TFG I 2020 | Fragmentado: Museu Interativo de Ciências e Meio Ambiente na Cidade de Taboão da Serra

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FRAGMENTADO

MUSEU INTERATIVO DE CIÊNCIAS E MEIO AMBIENTE NA CIDADE DE TABOÃO DA SERRA



Lucas Rodrigues Barboza

FRAGMENTADO

MUSEU INTERATIVO DE CIÊNCIAS E MEIO AMBIENTE NA CIDADE DE TABOÃO DA SERRA

Trabalho Final de Graduação Arquitetura e Urbanismo - Universidadae São Judas Tadeu Orientador - Professor Ms. Sérgio Salles São Paulo 2020



AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente a Deus por ter me guiado e ajudado imensamente nesses 5 anos de curso À minha família por ter me ajudado grandemente À todas e todos os meus amigos, irmãos e irmãs À todas e todos os meus colegas, amigas e amigos da faculdade Ao Professor Sérgio Salles nas orientações do desenvolvimento deste trabalho À todas e todos Professoras e Professores pela minha formação como Arquiteto e Urbanista À todas e todos do escritório onde estagiei pela compreensão com os trabalhos acadêmicos À Prefeitura e Secretaria de Cultura de Taboão da Serra pelas informações que ajudaram a compor este trabalho


RESUMO

METODOLOGIA

p. 9

OBJETIVO

p. 10

JUSTIFICATIVA

p. 10

p. 11

1 CULTURA E ESPAÇO URBANO p. 12

2 TABOÃO DA SERRA p. 18

Cultura e Espaço Urbano

p. 14

Espaços Livres e Equipamentos Culturais

p. 16

Contexto e Cenário Atual

p. 20

Diagnósticos

p. 28

Município, Cultura e Espaços Livres

p. 34

O Parque

p. 42

Diagnósticos

p. 44

Fotos do Local

p. 56

3 PARQUE DAS HORTÊNSIAS p. 40


4 REFERÊNCIAS PROJETUAIS E CONCEITUAIS p. 60

Museu Catavento

p. 62

Museu Interativo em Mirador - Chile

p. 68

Parque Escola Sabina - Paulo Mendes da Rocha + MMBB

p. 72

Inhotim - Minas Gerais, Brasil

p. 78

O Museu

p. 84

Programa

p. 87

Partidos

p. 92

Considerações e Pontos

p. 119

5 MUSEU INTERATIVO DE CIÊNCIAS E MEIO AMBIENTE p. 82

6 BIBLIOGRAFIA E LISTAS p. 120


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RESUMO O trabalho em questão procura propor uma Estação Ciência e Meio Ambiente localizada na região central da cidade de Taboão da Serra. Após um breve levantamento a partir de mapas e do próprio site da Prefeitura da cidade, constatou-se que a oferta de equipamentos desse caráter é insuficiente. A proposta advém de implantar este equipamento no antigo zoológico da cidade, na qual esta atividade foi desativada mantendo somente o parque com alguns poucos usos programáticos. Ademais, pretende-se realizar uma requalificação urbana em frente ao parque, no qual o espaço atualmente é utilizado como ponto final de ônibus intermunicipais, feira livre e estacionamento. Palavras-chave: Cultura; Equipamento; Espaço público; Taboão da Serra.

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OBJETIVOS

JUSTIFICATIVA

Este trabalho busca abordar a questão cultural e os espaços livres e públicos ofertados pela cidade de Taboão da Serra, a fim de analisar o contexto urbano social do território. Dessa forma, o objetivo principal pretende desenvolver um equipamento cultural integrado a um sistema de áreas verdes e espaço livre localizado na região central da cidade, interligando-se ao sistema educacional existente e propor também usos programáticos voltados para o desenvolvimento do espaço público.

Pautando-se no desenvolvimento social e urbano da cidade, a cultura tem um papel fundamental na estruturação urbana, sendo um catalisador de deslocamentos, aglomerações, atividades, conhecimentos entre outros, promovendo a ambiência e vitalidade de uma cidade. A cidade de Taboão da Serra é relativamente nova tendo um pouco mais de 50 anos e que vem apresentando transformações na morfologia urbana, entretanto, apesar de ter alguns equipamentos culturais importantes, a cidade ainda carece de atividades culturais mais diversificados e, principalmente, um desenvolvimento qualitativo acerca dos espaços livres e públicos.


METODOLOGIA A metodologia a ser adotada no desenvolvimento deste trabalho baseiase a primeira momento em: visitar o local a ser trabalhado; realizar levantamentos fotográficos; analisar o espaço urbano a ser trabalhado; definir concretamente o tema a ser abordado; revisar as referências bibliográficas e projetuais de acordo com o tema a ser abordado e buscar informações cadastrais e planos municipais de cultura na prefeitura da cidade. No segundo momento: Analisar e realizar levantamentos demográficos, econômicos, culturais, educacionais, urbanos e legislativos; analisar as referências projetuais; desenvolver o programa e partido do projeto

No terceiro momento: Desenvolver estudos básicos e preliminares do equipamento a ser implantando

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Imagem 1 Festival das Lanternas na Praça Nicolas Vivilechio - Taboão da Serra


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CULTURA E ESPAÇO URBANO

CULTURA E ESPAÇO PÚBLICO ESPAÇOS LIVRES E EQUIPAMENTOS CULTURAIS


CULTURA E ESPAÇO URBANO Antes de definir a cultura como uma manifestação artística, musical, teatral, educacional entre outras, segundo Santos [...] quando falamos em cultura estamos nos referindo mais especificamente ao conhecimento, às idéias e crenças, assim como às maneiras como eles existem na vida social (1987, p.21)

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Complementado com outro autor que também aborda o tema de cultura, “A cultura permite ao homem não somente adaptar-se a seu meio, mas também adaptar este meio ao próprio homem” (CUCHE, 1999, p. 10). A cultura é uma ciência que tem uma papel influenciador sobre a sociedade, assim como, de certa forma, ela também pode ser mutável. A cultura e suas manifestações tem um papel fundamental na formação da sociedade, sendo essa manifestação através de diversos meios e campos do conhecimento humano. Essa formação é um processo contínuo, sendo passível de transformações ao longo do tempo, uma exemplo de uma transformação que desenvolveu-se concomitantemente com a sociedade e em outras esferas, foi durante o período da industrialização, como explica os autores Carlos Fortuna e Augusto Santos Silva

[...] a diversificação das trocas mercantis e a concomitante complexificação da paisagem urbana cedo fizeram deslocar os termos da avaliação sobre a natureza da cidade, do mesmo modo que alteraram o entendimento da sua relação com a cultura” (FORTUNA; SILVA, 2001, p. 412)

Entretanto há um exemplo inverso onde pode-se perceber a influência social sobre a cultura, como por exemplo, nas expressões artísticas, literárias, musicais, nas arquiteturas, entre outras, sobretudo como uma forma de discutir, avaliar, protestar, criticar e conscientizar a sociedade como um todo, há diversos exemplos destas manifestações culturais em nosso meio, podendo citar a Semana de Arte Moderna em 1922, no âmbito das artes, o Tropicalismo, no âmbito da música, o Racionalismo, no âmbito da Arquitetura, etc. Por certo, a cultura manifesta em diversos espaços, em um deles com maior notoriedade seria a cidade, o espaço urbano que podem ser caracterizados como um grande catalizador e mediador das culturas, como diz Teixeira Coelho “A cidade é a primeira e decisiva esfera cultural do ser humano.” (COELHO, 2008, p.9), podendo influenciar, compartilhar e acrescentar no


pensamento, nas ideias e no modo de vida das pessoas, pois é no espaço urbano que ocorre essas trocas de informações. Em consonância com o pensamento de Teixeira Coelho acerca do espaço urbano e cultura, Danilo Santos de Miranda complementa: O espaço urbano é cada vez mais o espaço da cultura, o lugar onde florescem, desabrocham e fermentam as idéias contemporâneas, os valores de modernidade, a inovação e a criação, porque a cidade congrega, une e reúne, influencia, multiplica, combina e potencializa as várias sensibilidades e talentos. (MIRANDA, 2000, p.108)

Somente a sociedade não constrói a cidade e, consequentemente, a cidade, por si só, não transforma a sociedade, há outros fatores exógenos que contribuem no desenvolvimento como um todo, segundo no livro “O que é urbanismo”: [...] diversos aspectos do espaço e da sociedade contribuem simultaneamente, numa “rede” de influências, para o resultado final. Economia, política, tecnologia, cultura, geografia e clima são alguns dos aspectos cujo grau de influência deve ser avaliado na relação entre espaço e sociedade. (GONÇALVES JUNIOR et al., 1982, p.15)

O teórico Henri Lefebvre, no que tange à cidade, complementa esta ideia, no qual

A cidade sempre teve relações com a sociedade no seu conjunto, com sua composição e seu funcionamento, com seus elementos constituintes [...], com sua história. [...] ela muda quando a muda a sociedade no seu conjunto (LEFEBVRE, 2001, p. 51)

Em suma, o espaço público está intrinsicamente correlacionado com a vida cultural, vice-versa, a jornalista Jane Jacobs, embora relatasse mais precisamente sobre as ruas, esquinas e o “ver e ser visto”, ela também cita em um dos episódios que ocorre em um bairro estadunidense acerca da cultura pública, Conheço o profundo balé noturno e suas estações mais por despertar muito depois da meia-noite para cuidar de um bebê e de sentar no escuro vendo as sombras e ouvindo os sons da calçada. Na maioria das vezes é um som que lembra uma infinidade de fragmentos de conversas festivas e, por volta das três da madrugada, uma cantoria, uma cantoria muito boa. Às vezes há aspereza e ira, ou um choro triste, triste, ou uma azáfama de procura pelas contas de um colar partido. [...] (JACOBS, 1961, p.63)

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ESPAÇOS LIVRES E EQUIPAMENTOS CULTURAIS A constituição de um espaço livre, público, que propicie a cultura é extremamente importante. Na sociedade contemporânea a cidade [...] traz consigo novas realidades e novos usos para os espaços públicos urbanos, considerando a integração de distintas funções de vida coletiva e a criação de lugares onde as pessoas possam reunir [...] A este processo – em que o espaço público assume o papel de relacionar física e simbolicamente os sectores urbanos envolventes – está associado a implantação de equipamentos, que promovem a regeneração urbana e potenciam o desenvolvimento local, trazendo prestígio à cidade (MOTA, 2016, p.16)

Segundo o Solà-Morales (2008, p.190), os espaços coletivos são uma das estruturas principais das cidades históricas e, constituintes das cidades futuras, sendo cada vez mais importantes na vida cotidiana, a fim de ser apropriado por diferentes culturas urbanas. Os equipamentos culturais tem um papel fundamental na disseminação da cultura, do conhecimento e do pensamento crítica na sociedade, sejam eles centro culturais, museus, galerias de artes, teatros, bibliotecas etc. além desta importante fundamentação esses equipamentos também

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tem um viés turístico que pode desempenhar um efeito na economia das cidades. No que se refere aos equipamentos culturais, os teóricos Busquets e Correa[1] (apud MOTA, 2016, p.58) afirma que as infraestruturas e os equipamentos são vistos como elementos catalisadores, capazes de transformar partes emblemáticas da cidade, reestruturar o sistema de espaços públicos e, ao mesmo tempo, conceber estratégias que respondem às exigências globais

No que diz respeito a correlação entre o espaço público e os equipamentos desta natureza, Mota diz que: A ligação entre o espaço público e os equipamentos existe desde as primeiras cidades, sendo que os edifícios de exceção – como equipamentos, mercados, igrejas ou estações ferroviárias – são os elementos que mais atraem visitantes ao lugar público e justificam uma eventual permanência. (MOTA, 2016, p.72)

Há ótimos exemplos espalhados pelo mundo acerca desta dualidade entre o espaço público e o equipamento cultural, podendo citar o Centro Pompidou, na França, as obras de Paulo Mendes da Rocha, como o MuBE, implantando em uma localidade burguesa, entretanto “trata-se de um espaço que

[1]. BUSQUETS, Joan; CORREA, Felipe. Cities, X lines: a new lens for the urbanistic project. Cambridge: Nicolodi Editore, 2007. Harvard University, Graduate School of Design


oferece algum alívio da frenética economia de mercado” (WILLIAMS, 2008, p.42)

Imagem 3. Vista áerea do Museu Brasileiro de Escultura e Ecologia (MuBE)

Imagem 2. Caricatura de Semana de Arte Moderna em 1922 feita por Benedito Bastos Barreto (Belmonte)

Imagem 4. Centro Pompidou

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Imagem 5 Parte da área central - Taboão da Serra


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TABOÃO DA SERRA

CONTEXTO E CENÁRIO ATUAL DIAGNÓSTICOS MUNICÍPIO, CULTURA E ESPAÇOS LIVRES


TABOÃO DA SERRA - CONTEXTO E CENÁRIO circunvizinham a cidade de São Paulo, com sua pequena extensão territorial de 20 km²[2], pode ser considerada ainda como uma cidade nova, sendo emancipada por volta dos anos de 1950, de acordo com o site da Prefeitura “[...] em 31 de dezembro de 1958, a Lei 5.121 [...] criava os municípios de Taboão e Embu, além de outros sete na Grande São Paulo [...]”. Imagem 6. Vista aérea da cidade de Itapecerica da Serra ao qual Taboão da Serra era integrava como bairro, 1939

Antes de introduzir o projeto de intervenção, se faz necessário elucidar a caracterização do município, na qual será implantado a proposta, analisando brevemente a sua história, sua conformação urbana e demográfica. A cidade de Taboão da Serra, comparada às outras cidades que

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[2]. Mais especificamente a área da cidade de Taboão da Serra, no site do IBGE, tem 20,388 km². Fonte: https://cidades. ibge.gov.br/brasil/sp/taboao-da-serra/panorama. Acesso em: 20 de março de 2020.


Antes de Taboão da Serra tornarse a cidade que é hoje com toda a sua transformação morfológica e urbana, a cidade ainda rural, servia como “área de reserva

rural para o abastecimento da metrópole com os produtos da lavoura, gado, madeiras, lenha, carvão e outros, isso perdurou até meados do século XX.” (REIS, 2017, p. 38). Somente na década de 1940, segundo Maria Candida Delgado Reis, que o desenvolvimento econômico da cidade começa a ter outro caráter, contribuído pelo ideal rodoviarista que começava a ser presente nas cidades, sobretudo paulistas, “é neste período que se inicia a verdadeira metropolização de São Paulo e Taboão da Serra que se desenvolve a partir do chamado “povoado-entroncamento”[3], [...] tendo, portanto íntima ligação com o desenvolvimento do transporte rodoviário.” (REIS, 2017, p.51)

Imagem 7. Rodovia Régis Bittencourt, 1981

Ideário este que marcou a cidade com uma importante via que divide o território ao meio e que sofre com problemas de mobilidade urbana até os dias atuais. Através desta rodovia, a BR-116 Régis Bittencourt, que dava acesso a um dos equipamentos de maior importância para cidade no desenvolvimento econômico na época de 1940, o Instituto Pinheiros de Produtos Terapêuticos empregando moradores da região, além de ter uma importância na construção cultural da

[3]. “[...] (conceito desenvolvido por Langebuch) ou seja, um daqueles povoados surgidos no cruzamento de duas ou mais estradas [...]” (REIS, 2017, p.51)

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Imagem 8. Rodovia Régis Bittencourt atualmente

cidade, de acordo com a autora do livro Taboão da Serra: profundas raízes, “entre suas paredes funcionou uma classe de ensino primário e a primeira biblioteca da cidade, - biblioteca Castro Alves, embrião da atual, que funciona na Praça Nicola Vivilechio.” (REIS, 2017, p.68).

Outro aspecto que o Instituto Pinheiros desenvolveu na cidade, segundo a autora, foi no campo político, sendo

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importante na emancipação da cidade

A chegada da indústria moderna, representada pelo Instituto Pinheiros, trouxe para a região outros traços político-culturais e, entre eles - o associativismo -, a forma coletiva de luta por interesses comuns que foi uma grande herança de cidadania deixada pelos trabalhadores dessa empresa (REIS, 2017, p.70)

Em relação à morfologia da cidade, esta conformação se apoia em três momentos, sendo eles a partir de chácaras,


Imagem 9. Praça Nicola Vivilechio na década de 1970

onde atualmente é considerado o centro da cidade, no segundo momento fora a partir de, segundo Maria Candida, de clubes de campo e por último foram “os loteamentos para indústrias nas margens da rodovia, os loteamentos residenciais populares ou mais sofisticados [...], além de outras formas de ocupação coletiva que marcaram o desenvolvimento da cidade” (REIS, 2017, p. 71)

Este último, sobretudo os loteamentos

industriais, sendo notável algumas indústrias na área central da cidade que foram importantes como a indústria de cosméticos Niasi, a Giroflex e o Centro de Treinamento Homologado pela Mercedes-Benz com suas atividades encerradas e/ou parcialmente encerradas. No que se refere ao desenvolvimento de núcleos de povoamento, a cidade de Taboão da Serra foi diferente de outras

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cidades, pois a sua formação constituiu a partir do Jardim Santa Luzia (vide mapa 1), “[...] teve origem na antiga Chácara dos Padres Carmelitas, Igreja de Santa Terezinha, escola de emergência, e a antiga venda de seu Zeca (José André de Moraes) e na velha bomba de gasolina em frente à venda de dona Luzia Hellmeister Andrade” (REIS, 2017, p.73)

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Imagem 10. Antiga venda de seu Zeca

O outro núcleo foi desenvolvido no Pirajuçara “com os japoneses, a produção hortifruti e as olarias, posteriormente os nordestinos que vieram inicialmente para

Imagem 11. Velha bomba de gasolina de Dona Luzia

Imagem 12. Instituto Pinheiros na década de 1940


o trabalho nas olarias.” (REIS, 2017, p.73) e outro núcleo importante originou-se a partir do Instituto Pinheiros.

Por muito tempo, a cidade de Taboão da Serra poderia ser considerada como uma cidade-dormitório, entretanto

Mapa 1. Núcleos de Povoamentos

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as transformações na dinâmica da cidade vêm revertendo este estigma. Atualmente o setor terciário cresce a cada ano, podendo-

se observa no despontamento, ainda timidamente, de alguns poucos centros empresariais (vide mapa 2).

Mapa 2. Centros Empresariais

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Imagem 13. n° 1 - Centro Empresarial Vida Nova

Imagem 14. n° 2 - Centro Empresarial localizado próximo a Praça Nicola Vivilechio

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DIAGNÓSTICOS PANORAMA REGIONAL Como citado anteriormente e enfatizando, o município tem uma extensão territorial de 20,388 km², sendo uma das menores cidades, no âmbito territorial, na Região Metropolitana de São Paulo. A cidade localiza-se na Região Sudoeste de São Paulo (vide mapa 3), no qual é composto por 8 cidades. DEMOGRAFIA A atividade econômica industrial na década de 1970, não só na cidade de Taboão como nas outras cidades da Região Sudoeste de São Paulo, esteve intrinsicamente relacionado com o aumento populacional destas cidades, onde esse desenvolvimento se deve ao fato mediante à rodovia Régis Bittencourt (BR-116), “única ligação coma região sul do País, e Raposo Tavares, importante via de ligação da Capital com o Interior do Estado” (GONÇALVES, 1994, p. 54). Segundo o quadro 1, a população de Taboão

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da Serra passou de 7.173 para 40.945 pessoas em apenas 10 anos, tendo um crescimento populacional de 471%. Segundo Waldemar Gonçalves no livro Taboão da Serra: sua história e sua gente, “um outro fator impulsiona o crescimento demográfico dessa sub-região: a proximidade da maioria dos municípios que integram com a Metrópole.” (GONÇALVES, 1994, p. 54).

De acordo e analisando o quadro 2, a cidade de Taboão da Serra continua no posto de ser a cidade com maior concentração de habitantes por km² e também com a maior quantidade de habitantes. Sendo possível analisar alguns novos empreendimentos habitacionais que estão em desenvolvimento, sobretudo na região central da cidade (vide mapa 4).

Mapa 3. Região Metropolitana de São Paulo

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Quadro 1. Indicadores da Região Sudoeste de São Paulo entre 1960 e 1970 Fonte: Emplasa (Sumário de Dados da Grande São Paulo)

Quadro 2. Indicadores da Região Sudoeste de São Paulo Fonte: Emplasa, GIP/CDI, 2019

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MUNICÍPIO, CULTURA E ESPAÇOS LIVRES No âmbito cultural da cidade, teve em suas raízes a influência dos migrantes da Região Nordeste do Brasil que compõe parte da população taboense, entretanto

implantava o CEMUR, um centro municipal, que tinha como finalidade realizar apresentações culturais à população, segundo Maria

“em Taboão é preciso considerar que a cidade, mesmo tendo sua gênese numa sociedade mestiça geradora de cultura cabocla ou caipira, foi muito além disso” (REIS, 2017, p. 133)

sendo influenciado também por “entre os aspectos sagrados (religiosos) e profanos na constituição do campo da cultura local” (REIS, 2017, p. 133), complementa a autora. A cidade dispunha de um conjunto de integrantes que propagavam a arte e a cultura na década da emancipação da cidade, conhecido como SATS (Sociedade dos Artistas de Taboão da Serra), originouse em 1950, mas finalizou sua atividade em 1960, todavia apesar do seu encerramento conseguiu promover a cultura à cidade, sendo representativo a música, dança e literatura, “As danças eram frequentes, em festas populares, religiosas ou profanas. Havia mestres nas músicas, criação de letras, danças e coreografias.” (REIS, 2017, p. 134) Anos mais tarde, mas precisamente em 1980 no mês de fevereiro, o município

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Imagem 15. Centro Municipal de Recreação Carlos Drummond de Andrade (CEMUR) atualmente


Imagem 16. Escola Municipal de Bailado de Taboão da Serra

“criou a possiblidade de acesso de diversos grupos teatrais

que estavam se desenvolvendo naquela ocasião e a vinda de companhias profissionais trazidas de fora. Foi um marco na história cultural da cidade [...]” (REIS, 2017, p. 138).

Dez anos depois da criação do CEMUR, a Secretaria de Educação e Cultura implantava na cidade uma Escola de Bailados para meninos e meninas com o propósito de introduzi-los ao balé clássico. Estes equipamentos culturais e artísticos estão presentes até hoje.

Um movimento cultural importante para a cidade também que encerrou suas atividades na cidade foi o Cine Tupi na década de 1950 a cunho de José Severino Marques e sua esposa Odette Domingues Marques. A cidade atualmente dispõe de alguns equipamentos culturais, os já citados CEMUR e a Escola de Bailado, também há, segundo levantamento feito no próprio site da Prefeitura, a Biblioteca Municipal Mário de Andrade. Em conversa com uma

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representante do Secretário da Cultura da cidade, há mais dois equipamentos a serem realizados, uma Escola de Artes e um Museu

Interativo de Ciências e Meio Ambiente, sendo este último o projeto a ser desenvolvido neste Trabalho Final de Graduação.

Imagem 17. Público no Cine Tupi, na década de 1950 em Taboão da Serra

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EQUIPAMENTOS MUNICIPAL E ESPAÇOS LIVRES Analisando Taboão da Serra como um todo, considerando sua extensão territorial, a cidade dispõe-se de uma quantidade razoável de escolas, contando com 57 escolas, que atende desde o ensino primário até o médio, ademais há pouco tempo a cidade inaugurara a primeira escola estadual com ensino técnico, a ETEC, propondo uma base de ensino médio conjuntamente com o ensino técnico, abrangendo as áreas de Informática. No campo do ensino superior, atualmente, há três instituições, todas de ensino privado, sendo uma delas o SENAC. No campo dos esportes, levantou-se alguns equipamentos voltados tanto para o aprendizado e iniciação ao esporte como para usos recreativos e de exibição, sendo distribuídos próximos às centralidades da cidade. Estes equipamentos são: Arena Multiuso, Cento de Iniciação ao Esporte (CIE), Centro de Proteção à Infância e Maternidade (CEPIM), Campo Marabá e o Estádio Municipal José Ferez. Acerca dos equipamentos culturais, há os já citados, CEMUR, Escola de Bailado, a

Biblioteca Castro Alves e serão implantados ainda na cidade uma Escola de Artes e uma Estação Ciência e Meio Ambiente, há planos para implantar-se um Teatro Municipal na cidade, porém neste caso dependeria da gestão política. É notório também os movimentos culturais que ocorrem na cidade, ocorrendo em datas especificas, como no feriado de Corpus Christi, no qual ruas do centro são apropriadas pela arte das serragens emoldurando a festividade nas avenidas. Outro movimento é bloquinho de Carnaval, que também ocorre na área central de Taboão da Serra, conhecido como o bloco do “Espera marido”. O que se pode analisar e conferir na cidade de Taboão da Serra é que há uma oferta muito baixa de espaços livres, públicos e de lazer, podendo listar a Praça Nicola Vivilechio, o Parque das Hortênsias, ambas localizadas na região do centro e o Parque Linear INOCOOP.

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4

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Escolas Primárias Secundárias Médio

1 2

Esportes 2 2 3

1

1. 2. 3. 4. 5.

Campo do Marabá Centro de Iniciação ao Esporte CEPIM Arena Multiuso Estádio Municipal José Ferez

3

5

Espaços Livres 1. Parque das Hortênsias 2. Praça Nicola Vivilechio 3. Parque Linear INOCOOP

3

Cultura 1

1. Biblioteca Castro Alves 2. CEMUR 3. Escola de Bailado 4; Centro de Cultura e Esportes

Movimentos Culturais Corpus Christi Bloco de Carnval

Centralidades Mapa 5. Equipamentos Municipal

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Imagem 18 Parque das Hortênsias - Taboão da Serra


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PARQUE DAS HORTÊNSIAS

O PARQUE DIAGNÓSTICOS FOTOS DO LOCAL


O PARQUE O Parque das Hortênsias, localizado na região central de Taboão da Serra, foi inaugurado na cidade no ano de 1979, sendo umas das primeiras e poucas, até hoje, áreas de lazer na cidade. Posteriormente, nos anos de 1992, fora implantado no parque um zoológico que

“[...] fornece ligações de ecologia, notadamente para as crianças na medida em que ressalta a necessidade de equilíbrio entre a fauna, a flora e o meio ambiente [...] , o local foi inicialmente adaptado para tornar-se um bosque, com a conservação de grandes pedras (duas delas transformadas pelo pintor Satú em grandes elefantes), da vegetação e de uma nascente que permitiria formar-se ali um lago.” (GONÇALVES, 2000, p.153).

Imagem 19. Parque das Hortênsias em 1980

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Em consonância com esta citação, o parque recebera este nome devido ao fato de o poder público municipal trazer das serras gaúchas cinco mil mudas de hortênsias. A atividade zoológica funcionou até o ano de 2016 a pedido do Ministério Público de São Paulo, em virtude do abandono e descaso na manutenção do parque e com as vidas dos animais. A situação chegou no ponto crítico quando três felinos morreram, segundo a

notícia da repórter Carolina Giovanelli na revista Veja São Paulo, esta ocorrência da morte dos felinos e todo o descaso sobre o parque culminou em protestos por parte de ativistas ambientais, além de promover abaixo-assinados para o fim do uso do zoológico.

Imagem 20. Arara no zoológico

Imagem 21. Um dos últimos leões no zoológico

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DIAGNÓSTICOS CONDICIONANTES AMBIENTAIS E TOPOGRÁFICOS Analisando a região central neste raio de 1km a partir do Parque das Hortênsias, denota-se que ainda há áreas de vegetação significativas que cobrem a região, sendo uma delas o próprio parque, que utilizado atualmente como espaço de lazer. Há um importante curso de água que percorre por toda a cidade, o córrego Poá, um afluente do córrego Pirajuçara, que desagua na cidade de São Paulo, mais precisamente no Rio Pinheiros. Outro fator notável na cidade de Taboão da Serra é sua conformação topográfica, onde o nível mais alto da cidade chega a cota 875m acima do nível do mar. Em relação a condição topográfica e hidrográfica, o parque, segundo o filho do exprefeito da cidade, Ricardo Andrade “[...] nasceu em uma área remanescente do loteamento do Pq. Assunção, era uma topografia muito acidentada e com muitas nascentes, ali era quase um brejo”[4], em decorrência dessas duas condicionantes, formou-se um lago natural dentro do parque.

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[4]. Fala retirada do site O Taboanense que noticia a história do parque. Fonte: https://www.otaboanense.com.br/haexatos-40-anos-evento-marcou-o-nascimento-do-parque-das-hortensias/. Acesso em: 30 de abril de 2020.


Mapa 6. Condicionantes Ambientais e Topográficos

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PRINCIPAIS VIAS O Parque das Hortênsias situado na região central de Taboão da Serra está inserido próximo a importantes vias que cruzam a cidade. A via mais importante é a Rodovia Régis Bittencourt, conhecida como BR-116, esta que, sentido Oeste, conduz até Curitiba e permite acesso ao Rodoanel. No sentido Leste, liga-se a outra principal via que conduz à São Paulo, a Avenida Professor Francisco Morato. Outro via importante está paralela à Rodovia, a avenida Armando de Andrade, que conecta o bairro ao centro da cidade e também, através da Avenida Eliseu de Almeida, permite chegar a São Paulo. Em suma, habitantes das cidades de Itapecerica da Serra, Embu e, salvo as proporções, de São Paulo transitam diariamente pela cidade de Taboão da Serra por diversos motivos (logística, trabalho, comércio, serviço etc).

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Mapa 7. Principais Vias

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ESTRUTURA VIÁRIA, CIRCULAÇÃO E CONCENTRAÇÃO Como já citado no diagrama anterior, a principal via, de maior importância e de grande fluxo na cidade de Taboão da Serra é a Rodovia Régis Bittencourt (BR-116) que liga-se às outras cidades. Contudo, nesta área próximo ao parque predomina-se as vias com menor fluxo de automóveis caracterizando como vias de bairro e circulação. Em questão dos modais, a principal via é compartilhada com uma grande quantidade de automóveis, de ônibus metropolitana e de uma quantidade um pouco menor de caminhões devido ao seu caráter viário.

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A cidade dipunha de uma rede cicloviária, entretanto com a atual gestão política esta rede fora desativada, culminando, em algumas vias, o uso da antiga ciclofaixa como estacionamento para os carros. É notável algumas concentrações de pessoas, sobretudo nos pontos de ônibus devido a um dos principais postos de trabalho da região central da cidade. Há também uma concentração de pessoas variável no Parque das Hortênsias, ou seja, ocorre com maior frequência em dias de feira livre.

Principal

Concentração

Bairro

Pontos de Ônibus

Coletora

Ponto Final de Ônibus


Mapa 8. Estrutura Viária, Circulação e Concentração

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EQUIPAMENTOS Em um raio de 1km a partir do Parque das Hortênsias, é possível notar a presença de 13 escolas, sendo elas de caráter público e privado, abrangendo desde o ensino primário até o ensino médio e técnico, proporcionando uma área bem equipada em termos educacionais. Além destas instituições, há outros equipamentos públicos administrativos implantados nesta área, como é o caso da Prefeitura Municipal de Taboão da Serra, as Secretarias de Municipal de Saúde, de Planejamento, um Centro de Especialidades Médicas e um Centro de Iniciação ao Esporte.

Escolas

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Equipamentos Municipal


Mapa 9. Equipamentos

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FOTOS DO LOCAL

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8

9

1 6

Imagem 22. Entrada do Parque das Hortênsias

14

11

7

4 3

5

1

2 2

50

Imagem 23. Ponto final dos ônibus intermunicipal de Osasco


3

4 Imagem 24. Centro de Convivência e Cultura

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Imagem 25. Lago

6 Imagem 26. Playground

Imagem 27. Jaula e acesso ao antigo museu do zoológico

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7

8 Imagem 29. Espaço de Convivência

Imagem 28. Jaula

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10 Imagem 30. Jaula

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Imagem 31. Jaulas


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12 Imagem 32. Jaulas

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Imagem 33. Jaulas

14 Imagem 34. Jaulas

Imagem 35. Jaulas

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Imagem 36 Museu Catavento - São Paulo


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REFERÊNCIAS PROJETUAIS

MUSEU CATAVENTO MUSEU INTERATIVO EM MIRADOR, CHILE PARQUE ESCOLA SABINA - PAULO MENDES DA ROCHA + MMBB INHOTIM, MINAS GERAIS, BRASIL


MUSEU CATAVENTO Local: São Paulo - SP, Brasil Ano: 2009 Projeto: Ramos de Azevedo

A construção do edifício Catavento localizado na região de D. Pedro II em São Paulo, em sua gênese, foi voltada para exposições. O prédio foi construído entre os anos de 1911 e 1924 recebendo a definição de Palácio das Indústrias que também abrigava os programas de agricultura e pecuária. O edifício, totalizado com 8.000m², fora projetado pelo escritório Ramos de Azevedo, conhecido por ter projetado o Teatro Municipal de São Paulo. Desde a sua construção como Palácio das Indústrias até antes de se tornar o Museu Catavento, o prédio passou por diversos usos, como delegacia, Assembleia Legislativa e a sede da Prefeitura de São Paulo, somente no ano de

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2009 que o Museu foi inaugurado. De acordo com o site do Museu Catavento, o objetivo do museu é proporcionar conhecimentos e valores sociais, assim como a cultura, ciência e tecnologia através da interatividade atraindo tanto o público infantil até a adulta. O uso deste estudo de caso se deve ao fato de, primeiramente, o museu ser uma referência nacional neste abordagem programática. A divisão em quatro grandes temas (Universo, Vida, Engenho e Sociedade) também foi um fator decisivo para a escolha do estudo de caso, pois permite uma setorização e até mesmo um percurso interligado entre si abordando diversos assuntos sobre os temas.


Imagem 37. Museu Catavento

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Imagem 38. Arcadas Subterrâneas

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Nas arcadas subterrâneas, disposto por um corredor central, aborda-se três dos quatro temas tratado pelo Museu, neste nível é exposto subtemas relativos ao Universo, Vida e Engenho, enquanto nos pavimentos superiores aborda-se todos os temas (Universo, Vida, Engenho e Sociedade) com seus respectivos subtemas. Toda a programação expositiva, seja ela fixa ou temporária, integra-se muito bem

com o edifício existente, onde em áreas com um dimensionamento físico maior, ficam expostos peças mais dinâmicas, como por exemplo, as exposições que tratam da Sociedade (vide imagens 46 e 47), enquanto peças menos dinâmicas, por assim dizer, alocam-se em áreas menores (vide imagem 48). O Museu Catavento aproveita-se ainda da área externa para instalar uma grande esfera que trata do tema da Vida (vide imagem 44).


Imagem 39. Piso Térreo

Imagem 40. Piso Superior

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Imagem 42. Vida

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Imagem 41. Borboletário

Imagem 43. Engenho


Imagem 44. Engenho

Imagem 45. Sociedade

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MUSEU INTERATIVO MIRADOR Local: Guajara - Santiago, Chile Ano: 2000 Projeto: Juan Baixas

O Museu Interativo em Mirador no Chile foi concebido a partir de uma política de desenvolvimento e disseminação de arte e cultura promovido pelo poder público, e fora criado de fato nos anos 2000, sendo um dos primeiros museu de ciências interativo da América Latina. Assim como o Museu Catavento no Brasil, o Museu no Chile aborda as temáticas de forma lúdica e interativa com o intuito educacional. Segundo o site do museu, o MIM (Museu Interativo Mirador) é um museu referência na América Latina. O MIM abriga 18 salas com os seguintes temas: Arte e Ciência, Desafio, Percepção, Mecanismo, Fluidos, Cidade, Robótica, Terra, Mineração, Luz, Eletromagnetismo, Energia, Nutrição e Vida, Corredor Central, Zona Neural, Túnel do Universo, Genes e Espaço da Inovação, algumas dessas salas ainda são divididas em subtemas com suas respectivas exposições. A escolha deste estudo de caso

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também permite analisar os diversos temas e subtemas que podem ser abordados para a formação educacional e cultural de quem o frequenta, assim como o Museu Catavento. Diferente do Museu Catavento, em alguns aspectos relativos ao espaço, o Museu Interativo em Mirador no Chile, por ter mais espaços e vãos maiores, possibilita ofertar uma gama maior de peças expositivas, sobretudo totalmente interativas, expressamente visualizados na figura 51, entretanto não se limita somente às exposições distanciadas, porém aproveita-se também dispositivos que não necessita de necessariamente de áreas com grandes vãos e pés diretos altos (vide imagem 50 e 52)


Imagem 46. Museu Interativo Mirador

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Imagem 47. Sala de Robótica

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Imagem 48. Sala d


de Artes e Ciências

Imagem 49. Sala de Mineração

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INHOTIM Local: Inhotim - MG, Brasil Ano: 2003 Projetos: Diversos escritórios de Arquitetura

O Instituto Inhotim é considerado o maior museu da América Latina de arte contemporânea ao ar livre e o mais importante centro de arte contemporânea do país. O instituto, idealizado pelo empresário Bernardo de Mello Paz na década de 1980, está localizado em um vasto jardim botânico na cidade de Brumadinho. O museu detém um atributo e conceito de uma certa promenade cultural, ou seja, as galerias de artes estão dispostas através de um percurso ricamente cultural, esta visão foi um dos motivos pela escolha do estudo de caso, onde busca-se trazer este mesmo conceito de um percurso que une as atividades a serem propostas no museu interativo em Taboão da Serra. Além das galerias de artes, abrigando obras de renomados artistas como Hélio Oiticica, Cildo Meireles, Chris Burden,

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Dan Graham, Olafur Eliasson, entre outros e exposições ao longo do percurso, o Instituto Inhotim também recebe e promove outros eventos, sobretudo culturais, como apresentações. Segundo um dos curadores do Instituto, Jochen Volz, em entrevista à Revista Monolito Inhotim: arquitetura, arte e paisagem, diz que o centro artístico de Inhotim sempre há uma novidade que motiva as visitas às galerias do Instituto. Compondo juntamente com as galerias propostas pelos escritórios Arquitetos Associados, Rizoma Arquitetura, Play Arquitetura, Tacoa Arquitetos e Rodrigo Cerviño Lopez houve outros trabalhos feitos por grandes nomes da arquitetura como Gustavo Penna, Siegbert Zanettini, Tripytiqué, Freuza Zechmeister e Henri Michel de Fournier.


Imagem 50. Implantação Inhotim

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Caminho Galerias Jardins Temáticos Obras de Artes

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Imagem 51. Implantação esquemática do Instituto Inhotim


Imagem 52. Galeria Cosmococa - Arquitetos Associados

Imagem 53. Galeria Tunga - Rizoma Arquitetura

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Imagem 54 Antigo Museu do Zoológico Parque das Hortênsias- Taboão da Serra


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MUSEU INTERATIVO DE CIÊNCIAS E MEIO AMBIENTE

O MUSEU PROGRAMA PARTIDO


O MUSEU O plano de partida da implantação de um Museu Interativo de Ciências e Meio Ambiente, advém da necessidade de propor mais equipamentos culturais à cidade, da existência de um planejamento público realizado pela Prefeitura de Taboão da Serra para ser implantado este museu no antigo zoológico da cidade, e, a partir dos diagnósticos realizados e levantados no entorno do Parque das Hortênsias, comprovando a sua instalação neste local, pois este tipo de projeto está expressamente ligado à educação, entretanto não se restringe somente neste âmbito, podendo contribuir para a sociedade como um todo. Assim como os Museu Catavento e Mirador no Chile, a estação de Ciências e Meio Ambiente também pode contribuir com o desenvolvimento de uma cultura científica, desenvolver um pensamento crítico acerca dos assuntos e abordar temas relevantes a todos, através de uma abordagem lúdica. O partido de implantação do projeto surgiu com a ideia adotada pelo Instituto Inhotim em Minas Gerais, onde o percurso é um ponto forte, baseando-se nesta premissa, a estação foi fragmentada em pavilhões e

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pequenos módulos, cada um com seu partido, linguagem e tema, distribuindo-se ao longo do parque promovendo uma “promenade cultural”. (vide diagrama 1). A distribuição programática ocorre, de certa forma, em 3 frentes, a primeira trabalha com o setor expositivo, a segunda com o ensino e educação e a terceira com eventos. Os programas administrativos e de suporte a entrada do parque pretendeu alocá-los nos espaços já existentes no parque aproveitando-se da estrutura. No âmbito expositivo, adotando os estudos de casos analisados neste trabalho, propõe-se 4 temas correlacionando-as com a Ciência, o Meio Ambiente e o Social, sendo os temas: Vida, Sociedade, Meio Ambiente e Tecnologia. Na questão do ensino, busca-se alinhar-se com o conteúdo abordado na estação e relacioná-los com a rede de ensino presente na cidade, trazendo laboratórios e uma biblioteca ao conjunto. Em relação aos eventos, propõe-se uma estrutura que possa ser utilizada como propagação da cultura, ciência e educação a partir de palestras e eventos em geral,


estrutura essa que se desenvolve com salas multiuso e um pequeno auditório.

Conceito

Diagrama 1. Partido

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VIDA SERVIÇOS ADM

SOCIEDADE

PARQUE

ESPAÇO EDUCACIONAL

ESTAÇÕES MEIO AMBIENTE

EVENTOS

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TECNOLOGIA


PROGRAMA ENTRADA BILHETERIA INFORMAÇÕES GUARDA VOLUME CANTINA PLAYGROUND LOJA AMBULATÓRIO BANHEIROS ESTAÇÕES EXPOSIÇÕES PERMANENTE EXPOSIÇÕES TEMPORÁRIAS ACERVO TÉCNICO EDUCACIONAL BIBLIOTECA LABORATÓRIOS BANHEIROS EVENTOS PEQUENO AUDITÓRIO SALAS MULTIUSO BANHEIROS ADMINISTRAÇÃO RECEPÇÃO SECRETARIA DIRETORIA COPA INFORMÁTICA E REDE ALMOXARIFADO BANHEIROS SERVIÇOS DEPÓSITO MATERIAIS DE LIMPEZA ENERGIA GERADORES COPA - FUNCIONÁRIOS VESTIÁRIOS RESERVATÓRIOS

115m² 15m² 15m² 10m² EXISTENTE EXISTENTE 30m² 15m² 30m² 600m² 350m² 150m² 100m² 210m² 90m² 90m² 30m² 240m² 120m² 90m² 30m² 150m² 15m² 30m² 30m² 15m² 30m² 15m² 15m² 155m² 50m² 15m² 10m² 10m² 15m² 40m² 15m²

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76

VIDA

SOCIEDADE

SER HUMANO

SOCIOLOGIA

EVOLUÇÃO BIOLÓGICA

HISTÓRIA

B IODIV ERSIDADE

GEOGRAFIA


MEIO AMBIENTE

TECNOLOGIA

SUSTENTABILIDADE

PROGRAMAÇÃO

ECOLOGIA

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

CON SCIENTIZAÇÃO

REALIDADE VIRTUAL

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EDUCACIONAL E EVENTOS

ESTAÇÃO - MEIO AMBIENTE

ADMINISTRAÇÃO ESTACIONAMENTO (EXISTENTE) EVENTOS TEMPORÁRIOS FEIRA LIVRE (EXISTENTE)

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ESTAÇÃO - TECNOLOGIA EVENTOS / ATIVIDADES

ESTAÇÃO - VIDA ESTAÇÃO - SOCIEDADE CANTINA PLAYGROUND ENTRADA PERCURSO EDUCATIVO

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VIDA

SER HUMANO

EVOLUÇÃO BIOLÓGICA

VIDA

B IODIVERSIDADE

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SOCIEDADE

A Vida um tema essencial, de muita reflexão em diversos campos do conhecimento, um estudo imprescindível a todos, esses atributos levaram a propor um pavilhão no Museu Interativo, abordando o Ser Humano estudando-o a sua formação, estrutura e funcionamento biológico, a Evolução Biológica dos seres vivos e a Biodiversidade SOCIOLOGIA tratando da variedade e riqueza de todo o ecossistema, explorando tudo a que nos circundam e formando um pensamento crítico.

HISTÓRIA

GEOGRAFIA


Transportando o tema da Vida, o pavilhão parte da ideia de ascensão, trabalhando com o percurso em níveis a partir de rampas que possam explorar a exposição através desta movimentação

VIDA

Percurso em níveis

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VIDA

Exposições

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No térreo do pavilhão, destina-se às exposições fixas, enquanto, interligadas pelas rampas, obtémse os planos expositivos destinados às exposições temporárias


Além de criar um “respiro” e uma transparência visual entre as rampas, também se aproveita deste vazio para ter algum tipo de exposição temporária enriquecendo ainda mais a experiência do percurso pelas rampas

VIDA

Átrio central

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VIDA

Visuais

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A composição do movimento das rampas, os níveis e os pés-direitos gerados permitiram-se trabalhar com as visuais, obtendo uma permeabilidade visual por todo o pavilhão


Em consonância a essa permeabilidade, procurou recuar as lajes expositivas dos pavimentos superiores para permitir um pé-direito maior no térreo para que fosse possível incorporar elementos expositivos que necessitam de espaço

VIDA

Visuais

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SOCIEDADE

SOCIEDADE

SOCIOLOGIA

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MEIO AMBIENTE

Como abordado anteriormente no capítulo de Cultura e Espaço Urbano, a sociedade está intrinsecamente relacionada com a cultura, este pavilhão busca evidenciar a formação da sociedade e cultura dos povos através dos temas História e Sociologia. Este espaço também busca trazer um conhecimento SUSTENTABILIDADE sobre o espaço físico e o que o compõe através da Geografia

HISTÓRIA

ECOLOGIA

GEOGRAFIA

CO NSCIENTIZAÇÃO


Pensando como linha do tempo, o ponto de partido deste pavilhão culminou através de uma circulação mais fluída nos corredores, aproveitando-a para propor as exposições fixas, enquanto, pensando em momentos, propõe-se uma circulação mais concentrada nas câmaras com as exposições temporárias

SOCIEDADE

Circulação

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SOCIEDADE

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Alturas

Para ocasionar uma dinamicidade ao espaço e eventuais peças expositivas de grande porte, pretende-se trabalhar com as alturas das câmaras de cada subtema


HISTÓRIA

SOCIOLOGIA

Divisão

Os subtemas (História, Sociologia e Geografia) foram divididos em câmaras para as exposições temporárias, aproveitando-se das alturas, o subtema Geografia fica disposto com uma célula mais quadrada, porém com um pé direito maior para eventuais peças expositivas de maior porte, enquanto os subtemas História e Sociologia ficam dispostas em células mais lineares e com um pé direito menor

SOCIEDADE

GEOGRAFIA

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MEIO AMBIENTE

SUSTENTABILIDADE

MEIO AMBIENTE

ECOLOGIA

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CON SCIENTIZAÇÃO

Um tema extremamente essencial, sobretudo no momento atual em que as discussões sobre mudanças climáticas estão em pauta, o pavilhão do Meio Ambiente visa a conceituação e a conscientização crítica e científica acerca do tema, subdividindose em Sustentabilidade, Ecologia e Conscientização

TECNOLOGIA

A ideia inicial do pavilhão do Meio Ambiente foi dividi-lo em três pavilhões cada um contendo PROGRAMAÇÃO um subtema abordado (Sustentabilidade, Ecologia e Conscientização) devido ao tamanho das antigas jaulas remanescentes no parque. INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

REALIDADE VIRTUAL


A ideia principal do pavilhão do Meio Ambiente origina-se de forma mais lúdica, apropriando-se da morfologia dos importantes cursos d’água presentes na cidade e transpondo à circulação, formando meandros assim como os cursos d’água

MEIO AMBIENTE

Circulação

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MEIO AMBIENTE

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Usos

Em consequência do movimento gerado pela circulação, define-se câmaras circulares no decorrer do percurso abrigando as peças expositivas


Não se limitando ao percurso através do pavilhão, o partido abordado também procura criar um percurso entre as câmaras

MEIO AMBIENTE

Ligações

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MEIO AMBIENTE

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Alturas

Aproveitando a sinuosidade e movimentação gerada pela circulação, buscou-se trabalha também com as alturas neste pavilhão dando a sensação de dinamicidade ao projeto e uma maior ludicidade


O resultado da circulação e ligações geraram as aberturas das câmaras que se interconectam

MEIO AMBIENTE

Ligações

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TECNOLOGIA

PROGRAMAÇÃO

TECNOLOGIA

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

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REALIDADE VIRTUAL

Outro tema de igual importância e cada vez mais presente na sociedade de diversas formas e com rápida difusão, o tema de Tecnologia abordado no pavilhão pretende gerar conhecimento a todos e ser uma extensão dos cursos técnicos na área de Informática promovidos pela Escola Técnica (ETEC) da cidade, mas não limitando a esse tema, estendendo-se à Programação, Inteligência Artificial e Realidade Virtual, pautas estas que são atuais no mundo científico tecnológico e, de certa maneira, em alguns cotidianos.


Sendo uma distribuição programática um pouco menos complexa comparada aos outro pavilhões, o projeto parte de uma lâmina dispondo 3 câmaras internas, sendo estas reservadas às exposições temporárias, enquanto os vedos opacos da lâmina reserva-se às exposições fixas

TECNOLOGIA

Distribuição

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TECNOLOGIA

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Circulação

Em virtude deste conceito, buscou-se propor uma circulação perimetral pelo pavilhão e uma interconexão linear entre as câmaras


INTELIGÊNCIA VIRTUAL

Usos

A resultante gerada define as 3 câmaras abordando os subtemas de Programação, Inteligência Artificial e Realidade Aumentada

REALIDADE VIRTUAL

TECNOLOGIA

PROGRAMAÇÃO

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EDUCACIONAL, SERVIÇOS E EVENTOS PARTIDOS O primeiro partido estudado origina-se através, primeiramente, da incorporação do percurso e circulação do parque a estes blocos (vide diagrama circulação), a partir desta circulação define-se uma divisão em dois blocos paralelos , criando-se um pequeno pátio de acesso aos blocos (vide diagrama separação), refina-se a forma, complementando-a com diagonais resultantes do eixo do percurso (vide diagrama adição), a orientação solar e a visual também é imprescindível na composição deste partido, no qual a lâmina está disposta em uma cota de nível relativamente alta permitindo, a partir da orientação sul, a vista para o entorno e parte do parque, e por fim, destina-se no térreo a biblioteca e as salas multiuso para o público em geral e no pavimento superior está alocado os laboratórios que interliga-se através de uma passarela ao auditório.

100

Adição

Circula

Estudo Solar


ação

r e Visual

Separação

Usos

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EDUCACIONAL, SERVIÇOS E EVENTOS PARTIDOS O segundo partido estudado para os programas educacionais, eventos e de serviços origina-se através de uma ligação visual com a futura Escola de Artes (vide diagrama ligação), a partir desta ligação propõese no térreo dispor a área de serviços e o pequeno auditório (vide diagrama térreo), os demais usos como laboratórios, biblioteca e salas multiuso concentram-se nos pavimentos superiores (vide diagrama superior), trabalhando com um vazio interno. Aproveitando-se da cobertura do bloco de serviços e auditório, estabelece uma conexão visual com o entorno e parte do parque. (vide diagrama visual)

Ligaçã

102

Superior

Superi


ão

Térreo

ior

Visual

103


MÓDULOS Pensando além dos pavilhões como único espaço de exposição, a ideia é propor módulos de 3x3x3m de fácil construção e material leve que possa ser componível tanto vertical como horizontalmente. Esta premissa pretende dispor estes módulos no decorrer do parque incentivando e enriquecendo o percurso, além abrigar as peças expositivas e também peças artísticas que podem ser concebidas a partir da Escola de Artes a ser implantada também no parque

3m

3m 104

3m Base

6m 3m

3m

Modul


lações

6m

6m 3m

Usos

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CONSIDERAÇÕES E PONTOS

Diante ao atual momento que vivemos, seja no campo político, social, ambiental e científico, o acesso à informação autêntica e séria nunca se fez tão necessária. O acesso à educação e ao conhecimento alinhado com as redes de ensino, seja ela privada ou pública, e com a cultura, tem, em si, seu grande papel na transformação e conscientização da sociedade, e em uma cidade nova e em constante crescimento populacional, como em Taboão da Serra, se faz cada vez mais necessário meios de incentivo à cultura a todos, seja por movimentos ou por equipamentos culturais.

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A primeira etapa de projeto neste semestre, buscou propiciar este acesso a esse conhecimento, através do Museu Interativo de Ciências e Meio Ambiente, afim de conscientizar e informar a população de uma forma mais lúdica alinhada ao lazer do parque. A segunda etapa de projeto do segundo semestre pretende-se desenvolver o estudo preliminar deste projeto e também requalificar o espaço livre que existe no entorno do parque a partir de estudos de caso que abordam o Placemaking e a Efemeridade.


Museu Interativo de Ciências e Meio Ambiente

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS E LISTAS


BIBLIOGRAFIA CHAGAS, Mário de Souza e NASCIMENTO JUNIOR, José do (org.). Subsídios para a criação de museus municipais. Rio de Janeiro: Ministério da Cultura, 2009. Disponível em: https://www. museus.gov.br/wp-content/uploads/2019/06/manual-subsidio-para-criacao-de-museu.pdf. Acesso em: 05 abr. 2020. COELHO, Teixeira et al (org.). A cultura pela cidade. São Paulo: Editora Iluminuras: Itaú Cultural, 2008 CUCHE, Denys. A noção da cultura nas ciências sociais. Bauru: Editora Edusc, 1999. Tradução de Viviane Ribeiro EMPRESA PAULISTA DE PLANEJAMENTO METROPOLITANO S/A - EMPLASA. Região Metropolitana de São Paulo. 2019. Emplasa, GIP/CDI. Disponível em: https://emplasa. sp.gov.br/RMSP. Acesso em: 16 abr. 2020 FORTUNA, Carlos; SILVA, Augusto Santos. A cidade do lado da cultura: espacialidades sociais e modalidades de intermediação cultural. : Espacialidades sociais e modalidades de intermediação cultural. In: SANTOS, Boaventura de Sousa; SILVA, Augusto Santos (org.). Globalização: Fatalidade ou Utopia? Porto: Editora Afrontamento, 2001. p. 409-461. Disponível em: https://estudogeral.sib.uc.pt/bitstream/10316/44030/1/As%20Cidades%20 do%20Lado%20da%20Cultura.pdf. Acesso em: 05 abr. 2020. GONÇALVES, Waldemar. Taboão da Serra na Virada do Milênio: memorial jornalístico e fotográfico elaborado e comentado por quem viu o município nascer. Taboão da Serra: Edição do Autor, 2000. . Taboão da Serra: sua história e sua gente. Taboão da Serra: Editora O Pirajuçara, 1994. IBRAM. Subsídios para a elaboração de planos museológicos. Brasília, 2016. Disponível em:

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https://www.museus.gov.br/wp-content/uploads/2019/07/SubsidiosPlanosMuseologicos. pdf. Acesso em: 05 abr. 2020. IMAGENS da cidade. Secretaria de Educação, Ciência e Tecnologia de Taboão da Serra. Disponível em: http://www.taboaohistoriaememoria.com.br/maissearch.php?art_id=211. Acesso em: 20 mar. 2020. INHOTIM: arquitetura, arte e paisagem. São Paulo: Monolito, 2015. Bimestral. JACOBS, Jane. Morte e Vida de Grandes Cidades. 3°. ed. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2018. LEFEBVRE, Henri. O direito à cidade. São Paulo: Editora Centauro, 2001 MIRANDA, Danilo Santos de. Reflexões sobre o papel da cultura na cidade de São Paulo. São Paulo Perspec., São Paulo, v. 14, n. 4, p. 105-110, 2000. Disponível em: <http://www.scielo.br/ scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102 88392000000400012&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 22 mar. 2020. MOTA, Joana Isabel Correia. Os equipamentos culturais na transformação do espaço público da cidade contemporânea: casos portugueses. 2016. 146 f. Dissertação (Mestrado) Curso de Arquitetura, Universidade do Porto, Porto, 2016. Disponível em: https://repositorioaberto.up.pt/handle/10216/87725. Acesso em: 27 maio 2020 REIS, Maria Candida Delgado. Taboão da Serra: profundas raízes. São Paulo, 2017. Secretaria de Educação, Ciência e Tecnologia de Taboão da Serra. Disponível em: http://www. taboaohistoriaememoria.com.br/Livro_PDF/livros.php?tipo=livro_completo. Acesso em: 20 abr. 2020 SANTOS, José Luiz dos. O que é cultura. 6. ed. São Paulo: Editora Brasiliense, 1987

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SOLÀ-MORALES, Manuel de. Espacios públicos/Espacios colectivos. In: SOLÀ-MORALES, Manuel de. De cosas urbanas. Barcelona: Editora Gustavo Gili, 2008. p. 184-191 WILLIAMS, Richard J.. Espaço Público e Cultura Pública: teoria, prática e problemas. : Teoria, Prática e Problemas. In: COELHO, Teixeira et al (org.). A cultura pela cidade. São Paulo: Editora Iluminuras: Itaú Cultural, 2008. p. 33-47

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LISTA DE IMAGENS, MAPAS E QUADROS IMAGENS Imagem 1. Festival das Lanternas na Praça Nicola Vivilechio - Taboão da Serra Fonte: https://ts.sp.gov.br/imprensa/noticias/taboao-da-serrapromoveu-o-1-festival-das-lanternas/. Acesso em: 20 mar. 2020

p.12

Imagem 2. Caricatura de Semana de Arte Moderna em 1922 feita por Benedito Bastos Barreto (Belmonte) p.17 Foto: Humberto Medeiros Estúdio Fonte: https://d3swacfcujrr1g.cloudfront.net/img/ uploads/2000/01/010376001019.jpg. Acesso em: 29 mai. 2020 Imagem 3. Vista aérea do Museu Brasileiro de Escultura e Ecologia Foto: Nicolas de Camaret Fonte: https://images.adsttc.com/media/images/563e/6d7e/e58e/cea9/eb00/003c/ slideshow/nicolas-de-camaret.jpg?1446931827. Acesso em: 29 mai. 2020

p.17

Imagem 4. Centro Pompidou p.17 Foto: Laura Lamas Fonte: https://3.bp.blogspot.com/-KH0PnOu3uqU/WMaoqC4SpMI/ AAAAAAAAHH4/3L8Hk4M5EF06F7kTcHqBQ2Mru_Tqy2q0gCLcB/ s1600/beaubourg-8.jpg. Acesso em: 29 mai. 2020

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Imagem 5. Parte da área central - Taboão da Serra Fonte: Acervo Pessoal

p.18

Imagem 6. Vista aérea da cidade de Itapecerica da Serra, 1939 Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

p.20

Imagem 7. Rodovia Régis Bittencourt, 1981 Foto: Acervo Municipal de Taboão da Serra Fonte: http://www.taboaohistoriaememoria.com.br/maissearch. php?art_id=211. Acesso em: 20 mar. 2020

p.21

Imagem 8. Rodovia Régis Bittencourt atualmente Foto: Acervo Municipal de Taboão da Serra

p.22


IMAGENS Fonte: http://ts.sp.gov.br/nossa-cidade/galeria-de-fotos. Acesso em: 20 mar. 2020 Imagem 9. Praça Nicola Vivilechio na década de 1970 Foto: Acervo Gazeta do Taboão Fonte: http://www.taboaohistoriaememoria.com.br/maissearch. php?art_id=211. Acesso em: 20 mar. 2020

p.23

Imagem 10. Antiga venda de seu Zeca Fonte: Acervo Gazeta do Taboão

p.24

Imagem 11. Velha bomba de gasolina de Dona Luzia Fonte: Acervo Therezinha Hellmeister de Andrade Fonte: http://www.taboaohistoriaememoria.com.br/maissearch. php?art_id=211. Acesso em: 20 mar. 2020

p.24

Imagem 12. Instituto Pinheiros na década de 1940 Fonte: Acervo Municipal de Taboão da Serra

p.24

Imagem 13. n° 1 - Centro Empresarial Vida Nova Fonte: https://www.m3efata.com.br/54856356/imoveis/sala-jardimmaria-rosa-taboao-da-serra-imobiliaria. Acesso em: 04 mai. 2020

p.27

Imagem 14. n° 2 - Centro Empresarial localizado próximo a Praça Nicola Vivilechio Fonte: Acervo Pessoal

p.27

Imagem 15. Centro Municipal de Recreação Carlos Drummond de Andrade (CEMUR) atualmente p.32 Fonte: Acervo Pessoal Imagem 16. Escola Municipal de Bailado de Taboão da Serra Fonte: http://www.ts.sp.gov.br/imprensa/noticias/escola-de-bailado-encantapublico-em-espetaculo-e-reune-750-alunos/. Acesso em: 26 abr. 2020

p.33

Imagem 17. Público no Cine Tupi, na década de 1950 em Taboão da Serra Fonte: Acervo Particular de Marina de Souza M. Barananowsky

p.34

Imagem 18. Parque das Hortênsias - Taboão da Serra Acervo Pessoal

p.38

113


114

Imagem 19. Parque das Hortênsias em 1980 Foto: Gazeta do Taboão Fonte: http://www.taboaohistoriaememoria.com.br/maissearch. php?art_id=161. Acesso em: 20 mar. 2020

p.40

Imagem 20. Arara no zoológico Fonte: https://www.areasverdesdascidades.com.br/2013/06/ parque-das-hortensias-em-taboao-da-serra.html . Acesso em: 08 abr. 2020

p.41

Imagem 21. Um dos últimos leões no zoológico Fonte: http://salveoparquedashortensias.blogspot.com/2011/09/quase400-assinam-salve-o-parque-das.html. Acesso em: 08 abr. 2020

p.41

Imagem 22. Entrada do Parque das Hortênsias Fonte: Acervo Pessoal

p.50

Imagem 23. Ponto final dos ônibus intermunicipal de Osasco Fonte: Acervo Pessoal

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Imagem 24. Centro de Convivência e Cultura Fonte: Acervo Pessoal

p.51

Imagem 25. Lago Fonte: Acervo Pessoal

p.51

Imagem 26. Playground Fonte: Acervo Pessoal

p.51

Imagem 27. Jaula e acesso ao antigo museu do zoológico Fonte: Acervo Pessoal

p.51

Imagem 28. Jaula Fonte: Acervo Pessoal

p.52

Imagem 29. Espaço de Convivência Fonte: Acervo Pessoal

p.52


IMAGENS Imagem 30. Jaula Fonte: Acervo Pessoal

p.52

Imagem 31. Jaulas Fonte: Acervo Pessoal

p.52

Imagem 32. Jaulas Fonte: Acervo Pessoal

p.53

Imagem 33. Jaulas Fonte: Acervo Pessoal

p.53

Imagem 34. Jaulas Fonte: Acervo Pessoal

p.53

Imagem 35. Jaulas Fonte: Acervo Pessoal

p.53

Imagem 36. Museu Catavento - São Paulo Fonte: Acervo Pessoal

p.54

Imagem 37. Museu Catavento Fonte: Acervo Pessoal

p.57

Imagem 38. Arcadas Subterrâneas Fonte: Site Museu Catavento http://www.cataventocultural.org.br/sites/default/files/ redatores/Aracadas.jpg. Acesso em: 06 mai. 2020

p.58

Imagem 39. Piso Térreo Fonte: Site Museu Catavento http://www.cataventocultural.org.br/sites/default/files/ redatores/Piso%20Terreo.jpg. Acesso em: 06 mai. 2020

p.59

Imagem 40. Piso Superior Fonte: Site Museu Catavento http://www.cataventocultural.org.br/sites/default/files/ redatores/Piso%20Superior.jpg. Acesso em: 06 mai. 2020

p.60

115


116

Imagem 41. Borboletário Fonte: Acervo Pessoal

p.60

Imagem 42. Vida Foto: Dinos do Brasil Fonte: https://turismoetc.com.br/wp-content/uploads/2017/03/ DSC0132-1024x678.jpg. Acesso em: 24 mai. 2020

p.60

Imagem 43. Engenho Fonte: Acervo Pessoal

p.60

Imagem 44. Engenho Fonte: Acervo Pessoal

p.61

Imagem 45. Sociedade Fonte: http://www.cataventocultural.org.br/sites/default/files/four_sections/ x2.jpg.pagespeed.ic.SE_Y7Y88Iz.jpeg. Acesso em: 18 mai. 2020

p.61

Imagem 46. Museu Interativo Mirador Fonte: http://museosdelmundo.com/wp-content/uploads/2019/05/ Museo-Interactivo-Mirador.jpg. Acesso em: 18 mai. 2020

p.62

Imagem 47. Sala de Robótica Fonte: https://www.mim.cl/index.php/robotica/ image?view=image&format=raw&type=img&id=17. Acesso em: 13 mai. 2020

p.64

Imagem 48. Sala de Artes e Ciências Fonte: https://www.mim.cl/index.php/arte-y-ciencia/ image?view=image&format=raw&type=img&id=23. Acesso em: 13 mai. 2020

p.64

Imagem 49. Sala de Mineração Fonte: https://www.mim.cl/index.php/mineria/ image?view=image&format=raw&type=img&id=74. Acesso em: 13 mai. 2020

p.65

Imagem 50. Implantação Inhotim Fonte: http://www.e-flux.com/wp-content/uploads/2011/12 c4431_dec22_ici.jpg?b8c429,2000. Acesso em: 17 mai. 2020

p.67


Imagem 51. Implantação esquemática do Instituto Inhotim Elaboração própria com base no mapa do Instituto Inhotim p. 68 Fonte: https://www.inhotim.org.br/visite/mapa-do-parque/. Acesso em: 17 mai. 2020 Imagem 52. Galeria Cosmococa - Arquitetos Associados Foto: Leonardo Finotti Fonte: https://arquitetosassociados.arq.br/img/GALERIA-COSMOCOCASARQUITETOS-ASSOCIADOS-01.jpg. Acesso em: 17 mai. 2020

p. 69

Imagem 53. Galeria Tunga - Rizoma Arquitetura Foto: Leonardo Finotti Fonte: https://images.adsttc.com/media/images/54be/909c/e58e/ceef/7000/010e/ large_jpg/51205_120907_011D.jpg?1421775000. Acesso em: 17 mai. 2020

p.69

Imagem 54. Antigo Museu do Zoológico Parque das Hortênsias- Taboão da Serra Fonte: Acervo Pessoal

p.70

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MAPAS Mapa 1. Núcleos de Povoamentos Fonte Base: Google Earth Elaboração Própria

p. 23

Mapa 2. Centros Empresariais Fonte Base: Google Earth Elaboração Própria

p.24

Mapa 3. Região Metropolitana de São Paulo Fonte: Elaboração Própria

p.27

Mapa 4. Empreendimentos habitacionais p.29 Fonte Base: Google Earth Elaboração Própria

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Mapa 5. Equipamentos Municipal (educação, lazer e cultura) Fonte: Elaboração Própria

p.37

Mapa 6. Condicionantes Ambientais e Topográficos Fonte: Elaboração Própria

p.45

Mapa 7. Principais Vias Fonte: Elaboração Própria

p.47

Mapa 8. Estrutura Viária, Circulação e Concentração Fonte: Elaboração Própria

p.49

Mapa 9. Equipamentos Fonte: Elaboração Própria

p.51


QUADROS Quadro 1. Indicadores da Região Sudoeste de São Paulo entre 1960 e 1970 Fonte: Emplasa (Sumário de Dados da Grande São Paulo) Quadro 2. Indicadores da Região Sudoeste de São Paulo Fonte: Emplasa, GIP/CDI, 2019

p.28

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