Gestão De Marketing

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EDITORIAL Quando o professor Jeferson Mola, Gestão de Marketing, nos apresentou o que queria como trabalho para finalizar nosso semestre, confesso que fiquei um pouco perdida com tantas idéias que me vieram à cabeça. Pensei em criar um folder publicitário, depois de tanto viajar nas ideias resolvi criar um site. Estava definido – um site. Porém, com o passar do tempo fui vendo que num site teria que me preocupar muito mais com a parte técnica do que teria tempo para elaborar o conteúdo, comecei a ficar realmente preocupada com este trabalho. E o conteúdo? Como colocar num site? O que teria como conteúdo já que discutimos tantos textos? Aquilo que era uma certeza passou a ser um drama, fazer um site não iria me deixar mostrar algumas cosias que realmente aprendi com o conteúdo. Mudei radicalmente de ideia e confesso que gostei muito do resultado que está aqui. Uma revista. Para a técnica que não domino contei com a ajuda de uma amigo, e então pude me dedicar ao conteúdo, aos textos e pude perceber que aprendi muito neste semestre, percebi também a importância e grandeza de usar bem as ferramentas do Marketing para atingir ao mercado que se quer. Exemplos de estratégias diversas e bem usadas podem ser vistas na premiação de Cannes, que mostrou ideias de pessoas que exploraram todas as possibilidades existentes para atrair a atenção de seus respectivos públicos. Sucesso total. Outro exemplo de estratégias e gestão de marketing bem sucedida pode ser vista nos trabalhos realizados para a divulgação das temporadas da série Game of Thrones. Sucesso recorde de espectadores em todo o mundo. Bom, como eu aproveitei e aprendi muito com este trabalho convido a todos a também aprenderem um pouco mais sobre o mundo fascinante das boas ideias no Marketing, lendo esta edição de Gestão de Marketing. Boa leitura.




O comércio de mercadorias existe desde o início da história da humanidade. Com o tempo as necessidades foram mudando, o mercado também, com novas formas de realizar este comércio, surgindo então o que chamamos hoje de Marketing

A troca de mercadorias e o comércio existem desde os primórdios dos tempos, mas o desenvolvimento do comércio aconteceu juntamente com o desenvolvimento do resto do mundo. Foi criada a moeda, um símbolo para a troca de mercadorias. Com a Revolução Industrial, o aumento da produtividade e da concorrência, os custos também foram barateados. A Revolução Industrial permitiu um grande desenvolvimento do comércio, pois o que antes um artesão demorava para fazer, virou o trabalho de máquinas, que realizavam a mesma tarefa em um tempo muito menor e que acabaram por substituir o trabalhador. Com as linhas de produção e a orientação por produção, surgiu a alienação do trabalho. Cada trabalhador fazia apenas uma parte do todo (antes um artesão realizava todo o processo) e, por volta de 1910 e 1920, a orientação das empresas era por produção. Isto é, era necessário produzir o máximo pos-

sível no menor tempo possível. Como várias fábricas e indústrias estavam funcionando, a concorrência aumentou e foi surgindo a necessidade de as empresas se diversificarem e apresentarem algo novo aos clientes. A orientação, nas décadas seguintes, mudou para por produto. A concorrência continuou crescendo e era necessário o desenvolvimento de produtos diferenciados para atrair novos clientes ou segurar os antigos. Na década de 1950, a orientação das empresas passou a ser por vendas. Nos anos 1960, a orientação das empresas passou a ser por mercado. Isso significa que era necessário estudar o público-alvo, ver o que queriam, se seria possível atender aos seus desejos e de que forma. Foi nesta década que Phillip Kotler lançou o livro “Administração de Marketing”, onde reúne, testa e consolida as bases daquilo que até hoje formam os princípios do marketing.


A década de 1980 foi marcada pela completa mudança na visão das empresas em relação à produção e ao mercado. Foi nessa década que surgiu o marketing holístico, ou seja, era necessário entender o mercado para ser possível oferecer para ele o que a empresa podia e o que ele precisava. Ouvir o que o público queria num produto tornou-se essencial e, só a partir dessa resposta, seria possível trabalhar em um produto.

O MARKETING

HOJE

Alguns especialistas consideram que o marketing nos tempos contemporâneos, da tecnologia avançada, está ainda mais diferenciado. Hoje estamos na era dos valores. Os clientes hoje estão escolhendo produtos e empresas que satisfaçam suas necessidades mais profundas de criatividade, comunidade e idealismo. Hoje é fundamental para uma organização saber com profundo conhecimento o que os clientes valorizam e tentar personalizar cada uma das propostas à suas necessidades.


Essas ações concorreram – e ganharam – ao prêmio de ações de Mídia Outdoor, isto é, mídia ao ar livre, no Festival Internacional de Criatividade de Cannes 2013

Mídia Outdoor é o que alguns chamam de “marketing ao vivo”, como intervenções urbanas inusitadas que impactam o público diretamente - e se destacam como uma das categorias mais criativas do festival. As campanhas acontecem fora das mídias convencionais justamente com o objetivo de surpreender o público e gerar conteúdo espontâneo nas redes sociais, por exemplo. Confira a seguir alguns dos projetos premiados.

Fonte: http://exame.abril.com.br/marketing/noticias/6-acoesde-marketing-na-rua-que-ganharam-premio-em-cannes


NIVEA A peça da Nívea premiada com um Leão de ouro convida os consumidores a levarem um anúncio para passear no sol - e então, ele se transforma num carregador de celular. Promovendo sua linha de protetores, Sun, a peça capta energia solar e transfere para a bateria do smartphone através de uma entrada USB. A criação é da Draftfcb.

TOYOTA Uma Toyota Tundra deu uma carona para o ônibus espacial Endeavor nos últimos dias de exibição da aeronove antes de sua aposentadoria, em 2012. A picape fez o reboque do módulo da NASA para um museu em Los Angeles. A criação é da Saatchi & Saatchi LA.

HEMOBA

A campanha “Meu Sangue é Rubro-Negro” baniu o vermelho da camisa do time do Vitória, na Bahia. A edição preto e branca só seria preenchida faixa-a-faixa, e devolvida aos torcedores em seu estado clássico, se a meta de doações de sangue fosse alcançada. O número era medido - e uma listra voltava a ficar vermelha - a cada partida do clube. A criação da Leo Burnett também levou um Leão de ouro.

IBM

O plano era falar de cidades mais inteligentes, e a mídia escolhida foi misturar publicidade com utilidade. A campanha “Smarter Citties” da IBM transformou seus outdoors em instalações urbanas: bancos, abrigos contra a chuva e rampas. A campanha da Ogilvy Paris levou o Grand Prix, prêmio máximo, na categoria Outdoor em 2013.

PWG

Lima, no Peru, é a segunda maior capital do mundo localizada em um deserto. Mesmo assim, a umidade do ar gira em torno de 98%. Tendo isso em mente, a Draftfcb fez uma pareceria com a Universidade de Engenharia e Tecnologia local para criar um outdoor capaz de produzir água potável usando ar, retirando gotículas e as retendo em seu sistema. O projeto ganhou um Leão de Ouro.

EXPEDIA

A campanha criada pela Olgivy Londres para a marca Expedia usou os códigos de aviação da IATA (Associação Internacional de Transportes Aéreos) para criar frases relacionadas à viagem. As siglas de três letras, que identificam os destinos de bagagem, foram emprestadas de localizações reais de mais de 9 mil aeroportos pelo mundo.


O remake lançado este ano de Robocop conta uma história passada num futuro não muito distante, onde drones não tripulados e robôs são usados para garantir a segurança mundo afora, mas o combate ao crime nos Estados Unidos não pode ser realizado por eles, porque não são aceitos pelo público americano. A empresa OmniCorp, criadora das máquinas, quer reverter esse cenário. Para isso, vemos no filme muitas ações de marketing, tais como processo de planejamento de ação, pesquisa com público, etc. Confira algumas das referências ao marketing presentes no filme:

Pesquisa de Dados - Criação de produto: No começo do filme, Raymond Sellars, dono da OmniCorp, discute com sua equipe de marketing sobre como fazer o produto entrar no país. O gerente de marketing apresenta números falando que estão perdendo dinheiro não sendo capaz de entrar nos EUA. Sellars chega à conclusão de que eles precisam criar um produto que o povo americano goste e aprove. Eles não precisam de uma máquina, e sim de um humano vestido como uma máquina. Após tomar essa decisão, Sellars e sua equipe passam, então, a procurar o homem ideal para representar a sua companhia e lutar pelo país. Seria necessário ser alguém que já havia trabalhado com a aplicação da lei, como policiais, soldados, etc, e sofreu algum acidente de trabalho, tornando-se incapaz de exercer suas atividades em plenas condições.

Sellars, no entanto, afirma que as pessoas não sabem o que querem e é seu trabalho mostrar a elas. As cores são tiradas da armadura e ela é deixada na cor preta.

Evento de lançamento: Como todo bom produto, o homem-máquina precisa ser lançado no mercado. Eles organizam um grande evento, com participação do prefeito e aberto ao público, para mostrarem ao mundo seu novo produto.

Gerenciamento de crise no pós lançamento: Após o “lançamento do produto”, o médico quer tirar Alex das ruas para poder dar mais atenção para o paciente e ver se há algo de errado com ele. Sellars afirma que não podem tirá-lo das ruas, pois, uma vez que o produto foi lançado, não se pode simplesmente fazê-lo sair do mercado e pedir desculpas por lançar algo com defeito. É necessário consertá-lo discretamente.

Pesquisa de Opinião – Criação Esgotamento de um produto: Dede necessidade de mercado: pois da aprovação da lei e de Alex não agir da Quando finalmente encontram o homem ideal – Alex Murphy - e o transformam em uma máquina, partem para a pesquisa de opinião. Como ele seria responsável por aplicar a lei, foi feita uma pesquisa com presidiários, que temeram a figura quando viram. Foi criada uma armadura capaz de mudar de cor, que encantou as crianças entrevistadas.

maneira como a Omnicorp esperava, Sellars e sua equipe de marketing decidem que não será mais necessário correr o risco de utilizar Alex e ele falhar e, portanto, chegam à conclusão de que ainda melhor do que um herói para defender a causa deles, é um herói morto.




A série de TV Game of Thrones, exibida pela HBO desde 2011, atinge hoje cerca de 7 milhões de telespectadores por episódio. Incluindo outras plataformas, a última temporada da série conta com 17,8 milhões de fãs. Para conseguir tais números, a emissora investe pesadamente em estratégias de marketing para divulgar o lançamento de cada nova temporada. Aqui estão alguns exemplos dessas ações: A Sombra do Dragão - Para promover a segunda temporada de Game of Thrones, a HBO exibiu uma sombra de Dragão sobre o prédio da própria emissora. Cerveja Game of Thrones - A cervejaria belga Ommegang firmou uma parceria com a HBO para produzir uma série de bebidas inspiradas no seriado. Dois modelos foram lançados até agora nos Estados Unidos: a “Iron Throne”, cuja embalagem é ilustrada com o famoso Trono de Ferro, e a “Take the Black Stout”, uma cerveja preta que traz no rótulo a escuridão da árvore considerada sagrada pelos povos no Norte. O design é da própria Brewery Ommegang. Anúncio de Dragão - Outra vez um dragão. Agora, o animal aparece num anúncio impresso

no The New York Times. A impressão é que o animal está sobrevoando as páginas da publicação. Exibição a Ferro e Fogo - Não é só mídia impressa ou outdoor que promovem a série. Uma exibição corre o mundo mostrando peças dos personagens de Game Of Thrones. Há até mesmo o trono de ferro disponível para que qualquer um possa sentar na exibição que passa pelo Brasil por seu segundo ano seguido. Transporte com o trono de ferro - A HBO também lançou um meio de transporte diferente para os fãs da série que estiverem em Nova York. Uma bicicleta com o trono de ferro. A mensagem dos corvos - Na série, corvos funcionam como o e-mail dos personagens. Isso mesmo, em Game of Thrones, são as aves negras que mandam mensagens de um canto a outro do reino. Para promover a série, a HBO também utilizou os corvos em seus outdoors. O crânio do Dragão - Para celebrar a chegada da terceira temporada de Game of Thrones, o serviço de streaming BlinkBox criou um crânio de dragão e o colocou numa praia do Reino Unido. A comida dos Sete Reinos - Nesta ação, a HBO fez um caminhão com a comida característica do seriado rodar por Los Angeles e Nova York.

Fontes: www.exame.abril.com.br e www.gameofthronesbr.com



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