Guia
Sobre
Volume 01
&
Impressionismo, Arts and Crafts Modernismo de Gaudi Guia - SobreArte
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4 Impressionismo
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AnĂĄlise da obra:
Le Moulin de la Galette
8 Arts and Crafts
Editorial Aperumqui solore explicitio mossequaecea verferchicae ex excepud aepudici ommodis ciisqui blaccumqui ipsapitibus ipicimi nullorume sunt liat. Ihilibusam rehendusam reria conem nus enim hicit, cullacimi, consera eperrundis aut rem id quunto berum seque a doluptas audit verfercipsus aut et qui reperovit acimolorepel idem quamus, volut quam, sitibus apienih illandipsam facestibus et mo et que minulli gendel inctem fugias et odicium haritincitis eosandebit adis re quo molor as alit, acearum re, conest volupient quisquam eat et inverun dellorum aceatium exerferias nis remque et essequid qui ut iniendis illat. Nectestia porporro eum sitas ut lantinus di in praepel loremol uptaspel iunt omnimenet volorisqui dem et que porit quam, sum es dolum quissim poratum illes re vellupt assimus volutem. Is auta voluptatum illaborit eaquibus quas maxim re, optatiunt magnimi nvelecus minus ut fugitat urendandam, quatibus impereicatio core qui quo inus reictoUgit quia natius, sitatinti doluptatur atem nos soloreceatis ea sit maio bea dolo il ius, et ressit, sum quatur? Doluptatiore cus repelit volo maiore corerum est, cullat.
ExpediĂŞnte
10 O modermismo de Gaudi 2
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Ovitios dolorem hita conecum est earum aces imi, tota nonsequ asitate sit mod magniendit mil et ape nate mi, ius, que pel inctore, veribusam, omnis debis aut aliquunt, ut mi, as sitatem rerrum lacil illabore ipsant omnis quam ipsant
Visão Histórica A arte baseia-se na vida, porém não como matéria mas como forma. Sendo a arte um produto directo do pensamento, é do pensamento que se serve como matéria; a forma vai buscá-la à vida. A obra de arte é um pensamento tornado vida: um desejo realizado de si-mesmo. Como realizado tem que usar a forma da vida, que é essencialmente a realização; como realizado em si-mesmo tem que tirar de si a matéria em que realiza. Fernando Pessoa, in ‘Ricardo Reis - Prosa’
Numa tarde fria de abril de 1874, na cidade de Paris de 230 anos atrás, foi organizada no ateliê do fotógrafo Maurice Nadar uma exposição de jovens pintores preocupados com uma nova forma de expressar a luz em seus quadros. Foi a primeira “Exposição dos Impressionistas”, que iniciou oficialmente o movimento artístico que viria a ser considerado como o de maior influência sobre a arte moderna. No grupo original estavam Monet, Manet, Renoir, Sisley, Degas e Pissarro, que figuram entre os principais nomes do movimento. Os impressionistas pintavam ao ar livre, privilegiando a luz natural para registrar as tonalidades que os objetos adquiriam ao refletir a iluminação solar em determinados momentos do dia, o que concedia imagens luminosas e coloridas da realidade a seus quadros. Esses pintores discordavam das correntes artísticas acadêmicas da época por considerarem todas as coisas dignas de serem pintadas, libertando-se da tendência em retratar, prioritariamente, figuras humanas. Também buscavam uma expressão artística que não estivesse focada na razão e nem na emoção, mas sim que refletisse as impressões da realidade impregnadas nos sentidos e na retina. O movimento Arts and Crafts, de origem inglesa, teve início na segunda metade do século XIX com grande influência do escritor John Ruskin e do designer e poeta William Morris. O ideal deste movimento era trazer de volta o estilo medieval, livrando-se assim da maçante modernidade e mecanicidade que dominava a criação artística da época, para isso houve uma valorização do artesanato, da manufatura. A intenção era que cada pessoa produzisse algo para sua própria casa, sendo assim mais valorizado e reconhecido, pois acreditava-se que ali estava a verdadeira arte. O Arts and Crafts defendia o artesanato
criativo em oposição à produção em série e tentava aproximar, sem distinções, artista e artesão. Durante o movimento, associações de artistas foram criadas com o objetivo de fazer um trabalho conjunto, apresentando trabalhos originais executados com meios de produção manuais. Apesar de pouco tempo de duração, este movimento deixou um grande legado que influenciou vários movimentos subseqüentes à ele como o art nouveau e a Bauhaus. Este, assim como o Arts and Crafts, acreditava que o ensino e a produção do design deveria ser organizado em associações ou grupos de artesãos e artistas liderados por um mestre, que na Idade Média eram chamadas de guildas. O Arts and Crafts teve um grande renascimento nos anos 90 e continua sendo além de um estilo, uma filosofia. É possível observar uma mescla do estilo medieval em ambientes modernos, os móveis do Arts and Crafts combinam com ambientes atuais, criando uma atmosfera agradável e confortável. Antoni Gaudí, sem dúvida, foi um dos maiores representantes do modernismo. Gaudí estudou arquitetura em Barcelona, entrando em contato com importantes mestres. Desde suas primeiras obras, mostrou interesse especial por um dos princípios formais mais importantes da nova corrente artística: a unidade do objeto artístico e os laços entre o artista e o artesão. Gaudí parte de uma concepção globalizadora da arquitetura – ela não é unicamente estrutura, integra também a ornamentação. Admirador da arte grega e do estilo mudéjar, sentiu-se cada vez mais atraído pelas possibilidades criativas assumidas pelas formas góticas. Seu interesse pela melhoria do sistema estrutural gótico levou-o a criar um novo tipo de arquitetura, que definiu como naturalista, fundamentada na utilização dos materiais até o limite da resistência.
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Impressionismo
Impressão, nascer do sol. 1872. Claude Monet. Museu Marmottan de Paris. Óleo sobre tela. 48 × 63 cm
Claude Monet (1840- 1926)
Almoço na Relva, 1863, Manet, Museu do Louvre, Paris, França. Óleo sobre tela, 214 x 270 cm.
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Entre 1865 e 66, no seu período de formação, inspira-se em Manet e no seu “Almoço na Relva” e tenta fazer melhor: pinta os amigos ao ar livre, mas não chega a acabar. Mas resulta numa outra obra, “Mulheres no Jardim”, 1867, em que as sombras se apresentam coloridas, um rosto de uma mulher surge verde sob um guarda-sol, o preto é excluído e a luz aparece resplandecente. Em 1866 tinha pintado “Retrato de Camila”. Em 1870 fez a viagem para Inglaterra com Pissarro, onde admira Turner e Whistler. Entre 1871 e 78 permaneceu em Argenteuil com Renoir, onde pintou paisagens (cenas fluviais, etc.), com um intervalo em 1877, em que executou o grupo de telas sobre a Gare de Saint-Lazaire. Nestas obras evocava o mundo contemporâneo, não rejeitando a modernidade mas antes representando os efeitos criados pelo vapor largado pelos comboios. Tratase da exaltação da poesia da luz através das irrisões surpreendentes criados pelo vapor. Entre 1878 e 81passou por Vétheuil onde pintou cenas de neve e geada (“O Sena em
Vétheuil”), utilizando uma pincelada quase transformada em pontos. Até 1926 seguiu um impressionismo muito puro e coerente: interpreta a impressão original e não se preocupa com o conhecimento dos seus elementos. Em 1883 comprou a casa em Giverny, com o célebre jardim, que irá ser ampliado pelo autor, construindo um lago e uma ponte à japonesa, com nenúfares. Hoje é um muito visitado museu, aberto ao público. Iniciou as SÉRIES, tornandoas numa nova noção de tema: o motivo deixa de ser um elemento da paisagem em si mesmo; converte-se numa certa luz, num determinado local, a uma dada hora. Repete o mesmo motivo inúmeras vezes, mas sob condições de luz diferentes e, por isso, com tonalidade diferentes. (“Catedral de Ruão”). A partir de 1912 dedicou-se aos nenúfares do jardim em que flores e água eram meros pretextos para pintar os reflexos e a incidência da luz. O tema quase que desaparece, num crescendo de abstracção. Entre 1900 e 1914 pintou em Londres quadros que não são verdadeiramente séries, uma vez que os motivos não se repetem completamente. Contudo, tirou proveito do “smog” londrino para representar os efeitos da luz coado pelo céu coberto dessa mistura de fumo com nevoeiro. De 1914 a 22 evoluiu para uma cada vez maior abstracção, já que as formas quase que não se distinguem e os limites dos elementos de composição são quase ininteligíveis. Os abstraccionistas líricos vêem nele um precursor.
Édouart Manet (1823-1883)
Fez uma adesão progressiva à nova estética, constituindo apenas uma das fases da sua vida artística. O processo iniciou-se em1868, com a obra “O Balcão” (ou “A Varanda”), que é uma variação de um tema de Goya, em 1869 fez uma estadia em Bolonha, adoptando uma pintura mais clara, em 1873 acentua esta tendência e torna-se mais precisa e em 1874 hospeda-se perto da casa de Monet.
A aula de dança, Edgar Degas, 1873 -1875, Museu d’Orsay, Paris. Óleo sobre Tela, 85 x 75 cm. A primeira bailarina, Edgar Degas, 1878, Museu de Orsay , Edgar Degas. Pastel, 58 x 42 cm.
A sua pincelada tende a dividirse mas o desenho retoma o seu papel anterior nas figuras humanas. Os tons modelam os volumes.
Edgar Degas (1834-1917)
Foi da geração de Manet e Whistler e aproximou-se do Impressionismo. Influenciado pelas estampas japonesas, aplicou a oposição de planos (“A Mulher do Jarrão”, 1872). Destaca-se como retratista. Nos célebres estudos de bailarinas revelou grande atenção à condição humana. Representa-as nos ensaios, durante o repouso, nunca em actuação. Destaque para a representação da luz artificial e de interior da ribalta no que constitui uma característica pessoal, assim como nos inovadores planos que tomava nas cenas representadas e que muito influenciarão a fotografia moderna. Revelou-se insensível à natureza e à paisagem, preferindo temas da vida citadina: a vida quotidiana das lavadeiras, das engomadeiras, das bailarinas nos ensaios, mas nunca as festas de Domingo.
No final da vida abandonou progressivamente a precisão da forma e adoptou uma técnica cada vez mais impressionista. Este facto também resultava das suas dificuldades de visão. Até 1909 produziu muito, com preferência pela figura feminina, pelo seu corpo, com ângulos e arranjos desconcertantes, estabelecendo planos de perspectiva invulgares (escorços, “plongée”, cortes tipo fotográficos), em composições muito complexas. Entre 1993 e 1908 deu-se o desenvolvimento da técnica do pastel: bailarinas e cavalos, captando a atitude espontânea. O que Monet procurava na luz, Degas procurava no gesto.
Auguste Renoir (1841- 1919). Amigo de Monet, seguiu-o de perto. Contudo, interessou-se mais pela figura humana. Em 1876 pintou “Torso de Mulher ao Sol”, libertando o nu das convenções académicas. A forma do corpo é como que negada pela alternância
das manchas de luz e sombra projectadas sobre o busto feminino pela peneira da folhagem. Em 1881 concebe “O Almoço dos Remadores”, célebre evocação dos prazeres dos passeios ao campo pelos citadinos, em que registou uma nova forma de sociabilidade além que também registou uma cena de seduções cruzadas e com elevada carga simbólica. com Renoir o tema não desaparece Em1886 entrou em crise e começou a utilizar o desenho, à maneira tradicional, usando contorno, mas conserva a técnica da gama clara e de tons quentes. Esta utilização do contorno permanece durante 4 anos, denominado período “agressivo” ou “ingresco”. após 1890 abandonou a crise classizante e retomou a prática anterior, e em 1894 adoptou uma gama muito quente, banindo quase os tons frios, continuando a demonstrar preferência pela figura humana e pela exaltação da cor. O reumatismo doloroso que o apoquenta limitalhe a actividade para o fim da vida. Instala-se em Cagnes-sur-Mer. Chamavam-lhe o «Poeta da alegria de viver». Guia - SobreArte
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Le Moulin de la Galette 1876. Óleo sobre tela 131x170 cm
Renoir, projetou um potente foco de luz sobre o casal, como se em vez de estar em um baile ao ar livre, a dupla estivesse em um poalco. Assim, conseguiu isolar o casal do restante dos dançarinos, chamando a atenção do espectador para eles. A dupla parece dançar sobre uma nuvem de sombras violetas.
A obra se baseia no contraste entre dois movimentos: o baile (à esquerda e no centro) e o repouso (em primeiro plano e à direita). Os casais giram em um redemoinho de luz. Em oposição, os grupos sentados forma a massa mais escura, onde a troca de olhares substitui o movimento dos corpos. A interpretação da vida popular parisiense, com o seu estilo inovador e formato imponente, assina a ambição artística de Renoir. A descontração das personagens, a sombra imposta pela copa das árvores, os resquícios de luz natural que recaem sobre os vestidos das senhoras e os chapéus dos senhores em primeiro plano, e tantos outros elementos neste quadro, tornam-no numa das principais obrasprimas do Impressionismo.
Sombras azuis, caracteristicos do movimento.
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Cores mais quentes, cenas do diaa-dia e pinceladas mais livres.
Renoir integrou à perfeição uma perspectiva quase clássica com pinceladas que cobrem todos os elementos do quadro. Os toques de luz, tão caracteristicos daquele período, modelam as formas. A composição bem iluminada retrocede para o fundo conforme o movimento de dança. O pincel é fluído, os contornos mal estão marcados, as zonas de sol alternam com os azuis escuros e a paleta se ilumina nos vestidos claros das mulheres. Luzes do sol filtradas através das folhas ressaltam em trajes, rostos, chapéus e no respaldo de uma cadeira. O olhar é levado para um fundo mais impreciso, onde cabeças e silhuetas pintadas com toques rápidos evocam a agitação da multidão em movimento.
No primeiro plano, destacam-se duas mulheres e um homem que formam um triângulo compositivo clássico que permite reonir dar solidez a sua composição. Guia - SobreArte
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Artsand
Craft
A
rts and Crafts é um movimento estético e social inglês, da segunda metade do século XIX, que defende o artesanato criativo como alternativa à mecanização e à produção em massa. Reunindo teóricos e artistas, o movimento busca revalorizar o trabalho manual e recupera a dimensão estética dos objetos produzidos industrialmente para uso cotidiano. A expressão “artes e ofícios” - incorporado em inglês ao vocabulário crítico - deriva da Sociedade para Exposições de Artes e Ofícios, fundada em 1888. As idéias do crítico de arte John Ruskin (1819 - 1900) e do medievalista Augustus W. Northmore Pugin (1812 - 1852) são fundamentais para a consolidação da base teórica do movimento. Mas o passo fundamental na transposição desse ideário ao plano prático é dado por William Morris (1834 - 1896), o principal líder do movimento. Pintor, escritor e socialista militante, Morris tenta combinar as teses de Ruskin às de Marx, na defesa de uma arte “feita pelo povo e para o povo”; a idéia é que o operário se torne artista e possa conferir valor estético ao trabalho desqualificado da indústria. Com Morris, o conceito de belas-artes é rechaçado em nome do ideal das guildas medievais, onde o artesão desenha e executa a obra,
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num ambiente de produção coletiva. Diversas sociedades e associações são criadas com base na intervenção direta de Morris. Em 1861, é fundada a Morris, Marshall, Faulkner & Co., especializada em mobiliário e decoração em geral: forrações, vidros, pratarias, tapeçarias etc. O sucesso da empresa pode ser aferido por sua ampla e duradoura produção. Dissolvida em 1874, deixa sua marca, seja nos padrões de Morris para papéis de parede (Pimpernel, 1876) e naqueles idealizados por A.H. Mackmurdo (1851 - 1942) - The Cromer Bird, 1884; seja nos trabalhos gráficos de Walter Crane (1845 - 1915), pioneiro da editoração popular (vale lembrar que Crane e Burne-Jones ilustram diversos livros para a Kelmscott Press, editora fundada em 1890 por Morris, que valoriza as antigas formas e técnicas de impressão). As Oficinas de Artes e Ofícios, fundadas em Viena, em 1903 (Wiener Werkstätte) por membros da Secessão, por sua vez, visam fundir utilidade e qualidade estética de acordo com as propostas de Morris. Esperam também, como ele, atingir um público mais amplo, o que efetivamente não ocorre. Os objetos de decoração de interiores (mosaicos, sobretudo), além de jóias, trabalhados de perto com o ideário art nouveau, produzidos nas
oficinas (fechadas em 1932) se mantêm restrita aos círculos de elite. As oficinas, às quais aderem artistas como Gustav Klimt (1862 - 1918), Josef Hoffman (1870 - 1956) e Oscar Kokoschka (1886 - 1980), são responsáveis pela substituição das linhas curvas e retorcidas do art nouveau pelas formas geométricas e retilíneas, que se tornam a marca distintiva da arquitetura e das artes decorativas vienenses, a partir de então. Na arquitetura norte-americana, o nome de Frank Lloyd Wright (1867 - 1959) deve ser lembrado pelo seu débito explícito em relação ao movimento Arts and Crafts e às idéias de Morris. Nas concepções e construções de Wright observa-se o mesmo gosto pela natureza (sua preferência pelos subúrbios e pelo modelo das casas de fazenda), pela simplicidade e pelo artesanal, que ele combina livremente a materiais e técnicas industriais em projetos como as séries de Prairie Houses, dos primeiros anos do século XX. A despeito do impacto estético do trabalho de Morris, seu projeto não logra a tão almejada popularização dos produtos. De qualquer modo, o legado do movimento Arts & Crafts pode ser aferido até hoje, em todo o mundo, pela propagação de estúdios de cerâmica, tecelagem, joalheria e outros e pela organização
de diversas escolas de artes e ofícios. No Brasil, especificamente, o Liceu de Artes e Ofícios, criado em diversas cidades (Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo), encontram na experiência do Arts & Crafts e na valorização do trabalho artesanal no interior da indústria de feição capitalista um modelo a ser seguido. As artes decorativas e aplicadas têm lugar assegurado no seio do modernismo de 1922 com os trabalhos - pinturas, tapeçarias e objetos - de John Graz (1891 - 1980) e dos irmãos Regina Graz (1897 - 1973) e Antonio Gomide (1895 - 1967). Anos mais tarde, a proximidade entre arte e indústria é reeditada no interior do grupo concreto paulista, na década de 1950. Aí se destaca o nome de Geraldo de Barros (1923 - 1998) por suas afinidades com a fotografia, com desenho industrial e com a criação visual, sobretudo a partir de 1954, quando funda a cooperativa Unilabor e a Hobjeto, dedicadas à produção de móveis. A Form-inform, também fundada por ele, destinase à criação de marcas e logotipos. Esses poucos exemplos, ainda que muito distintos em suas concepções e realizações, podem ser vistos como tentativas de atualização do ideário do Arts & Crafts e de sua filosofia da inseparabilidade entre artes visuais e artes aplicadas.
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O modernismo de Gaudi As artes decorativas uma realidade que Gaudí associou à arquitetura. O Modernismo é um movimento artístico que se desenvolveu a partir de meados do século XIX com semelhanças à Arte Nouveau e que marcou a arquitetura catalã entre 1880‐1910. Como estilo artístico, foi influenciado pelo chamado romantismo nacional que promoveu o estudo e a retomada da arquitetura e do idioma catalão e pelo progressismo, que observava a ciência e a tecnologia, como fundamento para o desenvolvimento da sociedade moderna. Estas duas influências aparentemente diferenciadas acabaram por ser determinantes na arquitetura catalã como provam as cerca de mil edificações que então se edificaram, sobre o risco de figuras como Domènech e Montaner, José Puig e Cadafalch e Antonio Gaudí. As suas obras edificadas, ecléticas e expressivas, destacam‐se sobretudo pela ornamentação integrada no próprio edifício, enfatizando o seu projeto, função e construção. Em pouco tempo, o Modernismo se confundiu com a obra de Antonio Gaudi cuja obra inicial evidencia outra influência da arte internacional, o movimento Arts and Crafts, visível na abordagem no ato de projetar cada aspecto dos seus edifícios. Ou do mestre da arquitectura francesa Eugène Emmanuel Viollet le‐Duc que preconizava o regresso à Idade Média e de uma forma particular à reconstrução gótica com base nas novas tecnologias. A primeira grande encomenda e que se tornou uma referência
do seu legado para a arquitectura contemporânea foi sem dúvida a Igreja da Sagrada família proposta ao mestre catalão em 1883 e que constitui o centro da sua atividade como arquiteto até ao fim dos seus dias. Às estruturas góticas existentes acrescentou espirais com aparência mouriscas, decoradas com azulejos de cerâmica, onde se destaca a riqueza cromática, dando uma nova visualidade ao espaço construtivo. A Sagrada Família reunia os valores apetecidos por Gaudi e respondia às suas convicções pessoais mais íntimas, experimentadas em menor escala na cripta de Santa Coloma de Cervelló, de 1898. Na Sagrada Família até a sua morte, Gaudi deixou uma marca expressa nas duas silhuetas que se elevam sobre o casario da cidade catalã, em que se destacam as suas altíssimas torres de agulha afiada, pináculos cónicos com rendilhados e remates florais. A faceta racionalista expressa na obra edificada mas sobretudo nos desenhos e maquetas que o autor deixou como um documento aberto que permite que um século depois a sua obra tenha continuidade. A sua amizade com o grande industrial, Don Eusebi Guell permitiu‐lhe trabalhar a um ritmo intenso face á variedade de encomendas como por exemplo a Casa Guell em 1888 o Parque Guell em 1900/14). Embora o Modernismo e a Art Nouveau internacional tenham tido uma vida curta, destacaram‐se pela capacidade expressiva na arte e na arquitectura do século XX. Principais trabalhos • • • • • • • • • • • •
Casa Vicens (1878-1880) Capricho de Gaudí (1883) Palácio Güell (1885-1889) Colégio de Santa Maria de Jesus (1889-1894) Palácio Episcopal de Astorga (1889-1913) Santa Coloma de Cervelló (1898-1915) Casa Calvet (1899-1904) Casa Batlló (1905-1907) Casa Milà (La Pedrera) (1905-1907) Parque Güell (1900-1914) e Cripta da Colónia Güell Templo Expiatório da Sagrada Família (1884-1926) e Escolas da Sagrada Família Orfila, Canoas (1850-1982)
Templo Expiatório da Sagrada Família. Barcelona (Espanha), Projeto iniciado em 1882
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Glossário PISSARRO (1830-1903)
Foi essencialmente paisagista, muito influenciado por Corot, menos inovador, mas fervoroso adepto da gama clara. Nascido nas Antilhas, só em 1855 foi para Paris, sendo o elemento mais velho do grupo. Em 1870 viajou com Monet para Londres. Em 1886 experimentou o pontilhismo durante 4 anos, com Seurat e Signac, mas depois regressa , mas já com temas urbanos.
SISLEY (1839-1899)
Essencialmente paisagista, pouco inovador, não evoluiu. A década de 70 foi o seu período mais brilhante, em que se liberta mais da influência de Monet. Mais sensível aos volumes, com uma luz mais suave e com temas mais pitorescos (Inundação em Port-Marly, 1876).
CÉZANNE (1839-1906)
BERTHE MORISOT (1841-1895)
Companheiro dos impressionistas desde o início foi, no entanto, um pintor isolado e único. Pertenceu à mesma geração dos impressionistas e com eles fez parte do seu percurso: exposições de 1874 a 77, amigo de Pissarro, Monet, Renoir. Contudo, desde o início, distinguiu-se dos demais significativamente: a sua pintura é realista, com influência romântica (“A Orgia”; “A Tentação de Santo Antão”) .
GUILLAUMIN (1841-1927)
Essencialmente paisagista, pouco inovador; não evoluiu. Foi um amador que se passa a dedicar inteiramente à pintura quando ganha a lotaria (1891). Registo fácil e com pouca força.
Curiosidades A partir de 1890, o Movimento de Artes e Ofícios liga-se ao estilo internacional do art nouveau espalhando-se por toda a Europa: Alemanha, Países Baixos, Áustria e Escandinávia. Ainda que um sucessor do movimento inglês, o art nouveau possui filosofia um pouco distinta. Menos que uma atitude de recusa à indústria, a produção art nouveau coloca-se no seu interior, valendo-se dos novos materiais do mundo moderno (ferro, vidro e cimento), assim como da racionalidade das ciências e da engenharia. Trata-se de integrar arte, lógica industrial e sociedade de massas, desafiando alguns princípios básicos da produção em série, por exemplo, o emprego de materiais baratos e o design inferior. Como indicam a arquitetura, o mobiliário, os objetos e ilustrações realizados sob o signo do art nouveau - as cerâmicas e os objetos de vidro de Émile Gallé (1846 - 1904), os interiores de Louis Comfort Tiffany (1848 - 1933), as pinturas, vitrais e painéis de Jan Toorop (1858 - 1928) e outros -, o estilo visa revalorizar a beleza, colocando-a ao alcance de todos. A articulação
Cunhada, desde 1874, de Manet, mas que se conheciam desde 68. Desde cedo, mesmo antes de Manet, adoptou uma pintura clara, feita ao ar livre. No entanto, preferia a representação de figuras humanas à das paisagens. Obras muito harmoniosas. Preferia temas domésticos e demonstrou forte influência japonesa.
BAZILLE (1841-1870)
Morreu na Guerra de 1870, sem ter tempo de amadurecer. Originário do “Midi” Montpellier, de onde retira a luz forte do Mediterrâneo.
estreita entre arte e indústria, função e forma, utilidade e ornamento parece ser o objetivo primeiro dos artistas. A associação entre arte, artesanato e indústria está no coração da experiência alemã da Bauhaus, fundada em 1919, q ue tem no movimento do Arts and Crafts um ancestral direto. Ao ideal do artista-artesão, defendido por Walter Gropius (1883 - 1969) desde a criação da escola, soma-se na experiência da Bauhaus a defesa da complementariedade das diferentes artes sob a égide do design e da arquitetura. O espírito que orienta o programa da escola ancora-se na idéia de que o aprendizado, e o objetivo, da arte liga-se ao fazer artístico, o que evoca uma herança medieval de reintegração das artes e ofícios. Nos anos 1920, as artes aplicadas encontram abrigo no estilo art deco. Aí, recoloca-se o nexo entre arte e indústria tendo a decoração como elemento mediador, na esteira das propostas art nouveau. Só que, no caso do art deco, as soluções indicam a preferência pelas linhas retas e estilizadas, pelas formas geométricas e pelo design abstrato, em consonância com as vanguardas do começo do século XX
Referência Arte Moderna. Giulio Carlo Argan.São Paulo: Companhia das Letras, 1992.] http://pt.wikipedia.org/wiki/Arts_&_crafts http://tipografos.net/designers/arts-and-crafts.html http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia_ic/index.cfm http://historiadomobiliario.blogspot.com/2010/03/o-movel-no-seculo-x http://mobeinteriores.blogspot.com/ http://pt.wikipedia.org/wiki/Claude_Monet
http://educacao.uol.com.br/biografias/Edouard-Manet.jhtm http://www.maguetas.com.br/impressionismo.php http://www.suapesquisa.com/biografias/manet.htm http://pt.wikipedia.org/wiki/Antoni_Gaud%C3%AD http://educacao.uol.com.br/biografias/klick/0,5387,456-biografia-9,00.jhtm http://flama-unex.blogspot.com/2011/04/o-modernismo-catalao-e-obrade-antoni.html Guia - SobreArte
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Trabalho de aproveitamento apresentado às Faculdades Integradas Rio Branco, Curso Comunicação Social, Habilitação Editoração, Disciplina Projeto Gráfico. Design Editorial: Luciana Silva Rodrigues Orientação: Denis Mandarino