Apresentação - Projeto | Ocupação Reexistir

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A Ocupação Cultural REEXISTIR vem com o intuito de resgatar a história do movimento cultural e político feminino do Oeste Paulista em sua essência; pautar a vida das mulheres em seus diferentes formatos e ângulos, a inserção da mesma na cidade e no campo, não se esquecendo do contexto cultural e regional e tudo que antecede o prisma atual. Discutir sobre a vida das mulheres é de suma importância, visto que a área geográfica do Pontal do Paranapanema passou e passa por um processo de lutas, no qual as mulheres sempre estiveram inseridas. No campo e na cidade, mulheres desenvolvem papéis para a formação da cultura de Presidente Prudente. A Ocupação REEXISTIR vem com a intenção de colocar em evidência, todas as lutas que as diversas mulheres estão presentes diariamente; trazer a reflexão de como é ser mulher no espaço urbano e rural e mostrar a realidade dessas que resistem e existem dentro desses espaços e como se organizam através da arte e da cultura, para mostrar as suas realidades.


É importante ressaltar, que os coletivos feministas de Presidente Prudente, desenvolveram um papel essencial na produção cultural da cidade, com a rotatividade de pessoas, ocupação de espaços urbanos e realização de saraus, cine-debates, mostras de arte, dentre outros. Por isso, o projeto busca visibilizar as mulheres do interior do Oeste Paulista, trazendo estas como referências para a construção da Ocupação. Um marco importante dentro do movimento cultural feminista da região, é o surgimento da primeira companhia de teatro, composta somente por mulheres. A Pagu Cia de Teatro, formada em 2017, participa, colabora e compartilha em diversos espaços políticos com intervenções e encenações. No mesmo ano, houve o nascimento também do Sarau das Minas. Evento cultural realizado em Presidente Prudente, que traz apresentações artísticas diversas, especificamente desempenhadas por mulheres, tais como: música, teatro, poesia, performance, exposição de artes visuais e dança, podendo ou não carregar todas essas categorias em um só evento. Essa iniciativa do projeto, surge da necessidade de ampliar os espaços onde possam ser divulgados diferentes trabalhos artísticos, realizados especificamente por mulheres, favorecendo consequentemente as questões que norteiam o feminismo, a fim de fortalecer a luta e os direitos das mulheres. Atualmente caminha rumo a sua 4ª edição.


Logo em seguida na cena independente, o coletivo Quilombo de Dandara, composto inicialmente em sua maioria por mulheres, começou a ganhar corpo, com o intuito de ocupar espaços urbanos, levando a poesia, recitais e a competição de poesia falada, chamada SLAM que acontece na Praça da APEA. Os Coletivos políticos atuais, sempre estiveram diretamente ligados à produção cultural Prudentina. Em agosto de 2018, foi realizado o Sarau da Visibilidade Lésbica, que se deu através da parceria de todos os coletivos, que tinham em sua composição mulheres lésbicas, pautando a visibilidade. Portanto, a criação do Projeto Ocupação REEXISTIR, se dá a partir das nossas mulheres artistas independentes e resistentes, que buscam discutir assuntos urgentes enfrentados pelas mesmas e que estão inseridas dentro do interior do Oeste Paulista, trazendo essas mulheres para dialogar e mostrar as suas formas de reexistir, dentro de uma sociedade que precisa muito ouvir e através da arte se transformar.



A PAGU CIA DE TEATRO, iniciou suas atividades no mês de fevereiro de 2017, com o objetivo de falar sobre “mulher”. formada pelas atrizes, Ana Paula, Ângela Afonso, Bárbara Ramires, Fer Batista, Elora Carolina e Poliana Wolochen, alunas de teatro oficina sócio cultural, no Centro Cultural Matarazzo e Técnico ator em artes dramáticas, no Senac Presidente Prudente do estado de São Paulo. Uniram-se no coletivo de pesquisa teatral, para a criação de uma cena curta, que abordasse as faces do feminismo contemporâneo, sociedade, mídia, pré-conceitos e direitos; através da pesquisa, a criação de uma cena curta foi realizada e se tornou um espetáculo: PARA MOLLIS, que atualmente, ainda circula com apresentações. A PAGU CIA DE TEATRO coloca em cena, questões referentes às mulheres na sociedade atual, evidenciando a necessidade e urgência de enfrentarmos e superarmos velhos e novos desafios; acreditando na arte teatral como um meio importante para discutir as questões referentes às mulheres, as quais repercutem em variados espaços da organização social. Atualmente, a cia participa do programa de qualificação em artes do Governo do Estado de São Paulo e vem ampliando seus conhecimentos e repertórios dentro do universo feminista.

MULHERES ARTISTAS

REEXISTINDO

NOS ESPAÇOS URBANOS!


| PROPOSTA A OCUPAÇÃO REEXISTIR tem como objetivo, pautar a vida das mulheres da região. A vida real onde tudo acontece, os preconceitos sofridos, enfrentamentos cotidianos, fazendo uma alusão ao contexto político-histórico regional. A ideia central é dar visibilidade à luta feminina e feminista, a conscientização necessária sobre o mês de março e as pautas urgentes que precisam ser discutidas, como: violência contra a mulher, mídia, contemporaneidade, feminismo e lutas pelo direito de existir, partindo do principio da arte como forma de libertar, transformar e empoderar, podendo ou não carregar diversas categorias da mesma. O ato de ocupar, em si, já é um ato de resistência. Por isso, é de suma importância que o espaço urbano seja central e acessível, para que haja circulação de pessoas no geral. A ocupação irá contar com a participação de mulheres dentro das áreas de teatro, artes visuais e plásticas, música, poesia, exposições de produção independente, rodas de conversas com mulheres das diversas áreas, tendo espaços para exposições, rodas e diálogos, intervenções, cine com filmes relevantes e um espaço para crianças, entendendo que abranger o público feminino é também falar sobre a maternidade e dar espaço para ela, dentro da ocupação. Dentro dessa estrutura, a ocupação busca visibilizar as mulheres, trazendo informação e discussões, através da arte e da cultura, alcançando não só o público feminino, mas também todos os tipos de público.

Como já dizia Simone de Beauvoir “É na arte que o homem se ultrapassa definitivamente”. Portanto, que seja através da arte então, que possamos ultrapasar os conceitos machistas, preconceituosos e de cultura de ódio, para que tenhamos uma sociedade que respeite os direitos de todo e qualquer ser humano, porque re[e]xistir é importante e necessário.



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