Ludo Brasil Magazine - Ed. 40

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Olá pessoal, chegamos a 40ª Edição da Ludo Brasil Magazine, uma edição histórica, porque depois de 40 meses de árduo trabalho e dedicação, estamos chegando ao fim de nossa jornada...

A Ludo Brasil sempre foi fruto da dedicação voluntária de nossos colunistas, entrevistadores, jornalistas, designers, correspondentes internacionais e demais colaboradores, que mês após mês trabalharam duro para que levássemos informações lúdicas a todos os cantos do Brasil, atingindo inclusive vários países da Europa, Asia e Américas!

Tornamos a Ludo Brasil uma das mais importantes revistas sobre jogos do mundo, sendo respeitados por designers, publishers e gamers, criamos um dos mais importantes prêmios sobre jogos do mundo, o Ludo Award, que hoje é referência mundial... fomos muito longe, quando começamos, o nosso mercado estava fraco, quase débil, hoje, nosso mercado é ascendente, com muitos designers, publishers novos, com grandes players publicando grandes jogos estrangeiros... acredito que conseguimos cumprir nossos objetivos, ajudamos a fomentar nosso mercado!

Mas, também sempre tive que me multiplicar para publicar a Ludo Brasil a cada mês, também tenho minhas atividades profissionais, e durante todo este tempo, foram muitas noites de

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trabalho, muitos finais de semana de total dedicacão, abrindo mão de muita coisa para que a revista sempre estivesse disponível, de forma gratuita, para todos, a cada início de mês, porém, neste ano de 2014 as coisas se tornaram mais difíceis, cada mês foi mais difícil conciliar tudo, as horas de sono se reduziram a 3 ou 4 horas por noite... o convívio com a família foi muito prejudicado...

Vinha levando tudo da melhor maneira possível, mas novas oportunidades profissionais tornaram a manutenção da Ludo Brasil impossível, tive que repensar meu presente e futuro, chegando a conclusão, que era o momento certo para o encerramento de nossas atividades.

Durante 40 meses lutamos por um sonho, tornar nosso mercado de board games sólido e crescente, sei que ainda não chegamos lá, mas sei que avançamos muito, e tenho certeza que a Ludo Brasil Magazine e o Ludo Award foram protagonistas, e agradeço muito a nossos colaboradores, anunciantes, assinantes e leitores, pois vocês nos ajudaram nesta jornada! Chega um momento que os “velhos guerreiros” saem de cena, para que “novos guerreiros” assumam seus postos e legado para seguir a batalha... Pode ser um adeus ou um até breve... um grande abraço!

Julio Trois Editor Chefe e Fundador Ludo Brasil Magazine

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KINGS OF AIR AND STEAM é um típico jogo de “Pick-up and Deliver” ou seja, você precisará coletar mercadorias e entrega-las para marcar pontos. Quem tiver mais pontos no final de 6 turnos vencerá.

Simples? Sim, a mecânica é muito simples de aprender, todos pegam bem rápido o que podem fazer em seus turnos. Mas montar uma estratégia para marcar seus pontos e ainda impedir que seus adversários, que serão muitos, façam mais dinheiro do que você é o que torna este jogo fascinante.

A arte é outro trunfo. Belíssima ambientação Steam Punk com traços de humor ao melhor estilo cartoon e qualidade impecável dos componentes. Um jogo que enche a mesa com seus mapas, cubos coloridos e gigantescas miniaturas de dirigíveis.

No início de cada turno, as fábricas produzirão produtos químicos, tecidos,

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comida, metais e presentes que devem ser coletados e entregues nas cidades que possuam demanda por aquela mercadoria específica. Cada jogador deverá escolher secretamente seus próximos quatro movimentos para o turno, utilizando suas cartas para isso. Após terem escolhido, todos revelam simultaneamente a primeira carta para seu movimento. As cartas de movimento possuem um número que representa a quantidade de espaços que seu dirigível poderá percorrer sobre o mapa.

Cada carta possui ainda uma letra, que determina a ordem do turno. Por exemplo, quem selecionou a carta 1B vai jogar depois de quem colocou a carta 2A. Após seu movimento você poderá coletar mercadorias, caso tenha conseguido parar sobre uma fábrica com produtos disponíveis.

Ou poderá descarregar mercadorias previamente recolhidas em movimentos anteriores em um de seus depósitos. Sim, você terá que gastar din din para construir seus depósitos em locais estratégicos, otimizando suas entregas, que deverão ser feitas por trem. Nenhum dirigível poderá atracar sobre as cidades.

A quantidade de mercadorias que seu dirigível poderá carregar vai depender do investimento que você fizer em upgrades da nave. E a distância que sua rede férrea poderá alcançar também. Ou seja, Kings os Air and Steam é um jogo de muita administração de tempo, recursos e ações.

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A cada turno, você terá que competir por recursos que irão variando seu preço de acordo com os mercados e demandas.

Agilidade é muito importante, caso outro jogador queira coletar ou entregar as mesmas mercadorias que você. Suas manobras de vôo serão cruciais para sua vitória, bem como investimentos em melhorias da nave e em sua rede de distribuição férrea, com a construção de novos depósitos que lhe renderão dividendos quando outros jogadores tentarem utilizá-los em suas entregas.

Após cada movimento de seu dirigível, o jogador poderá efetuar uma única ação. Ele deverá escolher se quer construir um novo depósito para suas mercadorias, Investir em melhorias em sua nave ou linha férrea, ajustar sua posição em 1 espaço para reaproveitamento de sua rota, caso tenha sido surpreendido por um adversário mais rápido, fazer uma entrega de um tipo de mercadoria em uma cidade que tenha demanda por ela ou simplesmente pegar um empréstimo (sem retorno) no banco.

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São escolhas que você terá que administrar a cada movimento e a ordem em que você escolher fazê-las vai ditar sua estratégia de conquista de área e de capacidade de faturamento.

O jogo possui duas versões. Uma “Básica”, com todos os jogadores jogando com dirigíveis idênticos, e outra “Normal”, onde cada jogador recebe um personagem com habilidades específicas e um dirigível personalizado. O que torna o jogo mais divertido com possibilidades muito maiores de interferência e de conquista.

Após você ter lido esta resenha, pode estar pensando que este jogo deve ser apenas para gestores e economistas. Na verdade é tudo muito intuitivo e visivelmente muito fácil de identificar.

A arte iconográfica em sua ficha o ajudará a se lembrar do que pode fazer com suas ações e o tabuleiro de fácil leitura não será mais desafiador após o primeiro turno.

Edição 40 Experimentei com 3, 4 e 7 jogadores e o jogo funcionou em todos os modos. O tempo de partida variou entre 25 e 30 minutos por jogador. A medida que os participantes foram ficando mais expertos este tempo diminuiu.

Kings of Air and Steam é um jogo que se aprende jogando. Na primeira partida você vai fazer muita besteira, mas entenderá a estratégia e tentará corrigi-la na próxima oportunidade. Um jogo desafiador, mas que agrada tanto gamers experientes quanto novos jogadores. Um dos jogos mais bem bolados, bonitos e divertidos que conheci em 2014. ∆

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Nesta minha última participação na Ludo Brasil Magazine, vou falar de um jogo que gosto muito: The Witches!

Componentes - 1 tabuleiro; - 55 cartas; - 80 contadores; - 4 displays das bruxas estagiárias; - 4 peças de madeira representando as bruxas; - 4 dados customizados; - 1 carta de apoio; - livro de regras.

Quatro bruxas em formação precisam passar pelo seu primeiro estágio na terra de Lancre, curando doenças e enfrentando criaturas do mal. Martin Wallace segue a frente de mais um jogo da franquia literária Discworld. Depois de Ankh-Morpork, é a vez de The Witches. Serão 3 jogos ao todo. The Witches pode ser competitivo, cooperativo ou solo.

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The Witches mantem uma continuidade gráfica em relação ao Discworld AnkhMorpork, mas seu conteúdo é bastaste distinto. O jogo é muito mais leve e família, com um fator sorte alto.

Cada jogador deve escolher uma das bruxinhas iniciantes e partir em busca de problemas a serem resolvidos. A cada confronto, o sucesso é determinado por rolagem de dados. O jogador pode usar cartas especiais com os personagens do livro para ajudar na resolução dos problemas. Além de poderes que podem ser usados em qualquer momento, as cartas permitem aumentar as chances de sucesso do jogador, além de poder transportá-lo para locais distantes.

Cada bruxa precisa visitar os vários locais do mapa que apresentam algum problema, que pode ser desde uma febre, a um porco doente, até a morte, ou um inimigo maléfico muito poderoso, como a realeza élfica.

Quando a bruxa falha em sua missão, ela ganha contadores negativos. Uma boa maneira de se livrar desses encostos, é encontrando as amigas para um chá! Sim, as bruxinhas podem marcar um encontro para botarem a fofoca em dia e o jogador acaba se livrando de uma parte dos pontos negativos.

Infelizmente, elas não podem fazer isso quando estiverem presas na masmorra!

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Novamente, é um prato cheio para os fãs de Terry Pratchett poderem encontrar seus personagens preferidos. A Treefrog Games, como sempre, disponibilizou uma edição de colecionador onde os peões são substituidos por miniaturas de bronze bem detalhadas, além de um super poster com a arte do jogo.

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O jogo é altamente recomendado para jogar com crianças e momentos família. Para jogadores mais experientes, ele parecerá pouco desafiador. A rejogabilidade fica por conta das modalidades de jogo, cooperativo, competitivo e solo, além do sorteio aleatório dos problemas. ∆

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Que tal fazer parte de uma família nobre e tradicional da Itália no ano de 1628?

Dispute com outras famílias ricas da cidade de Lucca na construção de fabulosos palácios, muros para cercar a cidade e dê festas quando abrir seus palácios. De posse do brasão de sua família, administre a construção dos seus palácios, administre os palácios construídos e os inaugure com festas na hora certa. Para reforçar os muros, construa torres. Mas fique atento, só a família mais bem sucedida será incluída no “Livro de Ouro” da República e poderá ganhar um lugar no governo da cidade de Lucca.

Este é o cenário de Lucca Città, um jogo estratégico, rápido e bem elaborado para 3 a 5 jogadores com o objetivo de obter mais prestígio (pontos de vitória). Trata-se de um card game de Alessandro Zucchini

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publicado pela Mayfair Games.

A caixa do jogo é de tamanho normal para os card games (padrão Copag), comporta bem as cartas do jogo e o manual. A ilustração da caixa mostra uma torre com elementos (giz, lápis e caneta) da cor dos castelos. O manual de regras está em inglês e não é colorido, fato que atrapalha um pouco nas ilustrações dos exemplos, porém, você encontra a tradução em fóruns pela internet.

As cartas são divididas em 4 categorias: de brasão, de bairro, de torres e de palácio. As cartas de brasão são bem coloridas, com brasões grandes e de fácil identificação de cada família. As cartas de bairro contém no centro brasão de cada família e é dividida em 3 setores: de palácios em construção, construídos e abertos.

As cartas de torres trazem uma imagem grande de torre (como na capa da caixa do jogo) também de fácil identificação. Já as cartas de palácio tem várias e importantes informações a serem administradas, a saber: no canto superior direito constam brasões, as janelas ficam na parte superior ao centro, na parte inferior fica a porta com seu respectivo número do palácio e ao lado da porta um elemento (giz, lápis ou caneta) indicando a cor do castelo.

Preparar o setup de Lucca Cittá é simples.

Escolha uma carta de brasão e sua respectiva carta de bairro da sua família.

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Coloque sua carta de brasão ao seu lado e a carta de bairro a sua frente. Deixe de lado (momentaneamente) as cartas de torres.

Embaralhe as cartas de palácio e distribua 4 cartas para cada jogador. Coloque trincas “aleatórias” de cartas de palácio igual ao número de jogadores mais 1 abertas no meio da mesa (se há 4 jogadores, coloque 5 trincas sobre a mesa). Das 4 cartas que cada jogador recebeu, escolha 2 cartas, as coloque em seu bairro no setor de palácio em construção (as cartas de palácio da mesma cor devem ser colocadas em uma única pilha) e descarte as outras 2 cartas.

Finalizando, junte as cartas de torres ao resto das cartas de palácios restantes e descartadas, embaralhe e deixe em local de fácil acesso a todos... pronto! Simples assim!

Bem, vamos ao jogo, pois afinal, administrar a construção de palácios, muros, festas na inauguração dos palácios não é tão simples assim... rsrs.

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Perceba que a estratégia e a emoção começam na hora da escolha das 2 cartas no setup do jogo, pois para determinar a ordem do jogo leva-se em consideração a quantidade de brasão nas cartas de cada jogador e em caso de empate o jogador com o maior número de palácio (impresso na porta do palácio) fica em primeiro...

Cuidar do setup faz todo o sentido em termos de estratégia. Definido a ordem dos jogadores, os mesmos colocam seus respectivos brasões ao lado do deck de palácios para lembrar a ordem do turno.

Isso mesmo, do turno! No próximo turno se faz necessário reorganizar a ordem dos jogadores, ou seja, não dá prá descuidar da estratégia em momento algum.

Em cada turno os jogadores podem fazer até 2 ações, a saber: você “pode” abrir um palácio já construído, mas “deve” escolher uma trinca de cartas de palácio disponível na mesa e usar as 3 cartas. Obviamente que no seu primeiro turno você não terá

11 nenhum palácio construído para inaugurar e dar uma festa.

Se estiver em turnos em que possa abrir palácios, isso lhe dará prestígio (pontos de vitória) que é uma combinação de fatores (seu palácio aberto, palácios de outros jogadores da mesma cor, etc... enfim... é estratégia pura). Perceba que construir pode lhe ajudar, mas construir palácios da mesma cor que o oponente pode ser uma faca de 2 gumes... rsrs. Tem que ficar ligado o tempo todo... é estratégia pura!

Quanto ao uso trinca de cartas que obrigatoriamente você tem que escolher, existem 5 opções para usar cada carta, a saber: iniciar um palácio de uma nova cor, adicionar uma carta em um palácio em construção, converter uma carta de palácio em muro da cidade, construir uma torre ou descartar a carta.

Se você optar por iniciar um palácio de uma nova cor basta colocar a carta no local de palácio em construção... simples assim?

Claro que não!!! Lá vem mais estratégia.

Você só pode ter um palácio de cada cor em seu bairro, independente do local onde o palácio está (em construção, construído ou aberto)... rsrs.

Se optar por adicionar a carta em palácio em construção basta colocá-la na pilha de palácios em construção respeitando a mesma cor. Só isso? Claro que não!!! Seu

Edição 40 palácio pode ser concluído a qualquer momento. Isso varia de acordo com o número de jogadores (exemplo: se há 3 cartas de palácio com 5 jogares). Pois é, veja que a qualquer momento você pode ter um palácio construído, mas isso é bom ou ruim? Depende!!! Se você perceber que um oponente está para inaugurar um palácio logo após você concluir o seu, isso pode não ser um bom negócio neste momento... mais estratégia.

Ao concluir um palácio você pontua automaticamente pelo número de janelas que ele possuir... veja que adicionar cartas ao seu palácio é realmente uma questão estratégica. Ao concluir o palácio, você “pode” abri-lo no próximo turno e pontuando por isso, colocando-o na área de palácios abertos.

Se escolher transformar uma carta de palácio em muro da cidade basta colocar a carta virada para baixo (fechada) na área de palácio concluído. Isso lhe dará pontos no final do jogo. Ôpa!!! Então vou converter todas as cartas de palácio em muros!!! Não é bem assim! Para que essa carta pontue no final você deve ter uma combinação de palácios abertos e escudos na área de palácios em construção. Estava fácil demais não é? Eu avisei que era estratégia o tempo todo... bom demais!!!

Se optar por construir uma torre basta você ter uma carta de torre, coloque-a na área de palácio concluído. Ela lhe dá pontos no final... não tão fácil assim... rsrs. Sua pontuação depende que todos os muros do castelo sejam pontuados, isso mesmo, todos os muros. Se algum deles não for pontuado suas torres não valem nada... E dá-lhe mais estratégia.

Finalmente, se optar por descartar a carta, apenas a descarte, mas perceba que não é sem estratégia. Você pode optar por não usar a carta estrategicamente para não beneficiar um oponente, por exemplo, no caso de concluir um castelo percebendo

Edição 40 que o oponente poderá obter vantagem com isso inaugurando um palácio... até para descartar tem que usar a estratégia.

Depois que cada jogador tiver completado um turno, a trinca da mesa não utilizada é descartada. Coloque um novo conjunto de trincas no meio da mesa. Determine a nova ordem de jogo e comece o próximo turno. O número de turnos para o final do jogo dependerá do número de jogadores.

Ao final se pontua pelos muros, torres e números dos palácios em construção... isso mesmo... manter o menor número de palácio em construção pode decidir o final do jogo... lhe manterá na liderança ou dará a vitória inesperada para alguma família oponente. É emoção até na pontuação final!

Perceba que toda essa estratégia e emoção foi apenas um turno de um jogador... rsrs.

Este é o cenário de Lucca Città. Estratégia e emoção do início ao fim, além do normal para um card game. Recomendo a sua Ludoteca! ∆

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Da ist der Wurm drin é uma corrida de minhocas em que cada jogador vai fazendo aumentar o tamanho do seu verme com a ajuda de segmentos coloridos de vários tamanhos ditado pelo dado.

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diferentes segmentos de corpo de minhoca, por cor e tamanho.

Todos os jogadores colocam a cabeça da sua minhoca no respetivo orifício, coincidente com a sua cor, do lado onde se vê o desenho da cauda.

Na sua vez, cada jogador lança o dado e, conforme a cor indicada, recolhe um segmento da cor indicada, colocando-o no mesmo orifício onde, anteriormente, introduzira a cabeça da sua minhoca. A seguir, o jogador decide se quer apostar a sua ficha de malmequer/morango nalguma minhoca.

Como se joga: No início do jogo monta-se o tabuleiro, este é composto por um tabuleiro principal e outro menor que se coloca por cima do primeiro. Os tabuleiros são ligados através da colocação de quatro marcadores cilindricos castanhos que os une.

Todos os jogadores recebem um conjunto de 3 fichas da mesma cor, composto por uma cabeça de minhoca e dois segmentos do corpo da minhoca, um com o desenho de uma malmequer e outro com o desenho de um morango.

Ao lado do tabuleiro agrupam-se os

Apostar as fichas de malmequer/morango implica que a minhoca em quem se apostou apareça em primeiro lugar no rasgo que revela a evolução do crescimento das minhocas. Assim que uma delas apareça num desses rasgos todos os segmentos de malmequer/morangos apostados nessa minhoca são entregues aos seus donos, que os introduzem na sua própria minhoca para a fazer aumentar.

Nessa altura são retiradas do jogo as fichas de malmequer/morango apostadas em minhocas que não tenham conseguido chegar em primeiro lugar e também as fichas de malmequer/morango que não tenham sido apostadas pelos seus donos.

O jogo termina imediatamente após uma minhoca ficar visível na parte final do

Edição 40 tabuleiro (oposto ao desenho da cauda). O dono dessa minhoca é declarado vencedor desta divertida corrida!

Avaliação: Não é por acaso que Da ist der Wurm drin venceu o Kinderspiele des Jahres em 2011 (prémio alemão), este jogo de corridas de minhocas diverte muito as crianças ao mesmo tempo que as ajuda a aprender préconceitos matemáticos, nomeadamente as noções de tamanho (curto, comprido/ pequeno-médio-grande).

O material é, como os jogos da Zoch são habitualmente, de elevada qualidade. O grafismo é muito atraente e as crianças estão sempre numa excitação para que chegue a sua vez de juntar mais um segmento à sua minhoca, para já não falar da ansiedade em saber se é desta que a cabeça da minhoca aparece.

Os dois rasgos no tabuleiro superior, que permitem ver o avanço das minhocas e determinar quem chega primeiro nos dois pontos intermédios, ao estilo velocipédico das contagens de montanha, adicionam uma equilibrada dose de estratégia ao jogo, na justa medida das capacidades dos intervenientes a quem se destina Da ist der Wurm drin.

Em suma, este belíssimo jogo baseia-se sobretudo no mecanismo do lançamento do dado, ou seja, na sorte ou azar, mas que juntos dos mais pequenos pouco importa, pois o mais se alcança é, sobretudo, o divertimento. ∆

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Com seu jeito simpático e simples, cara de nerd, pai de família e missionário batista Tom Vasel é conhecido mundialmente por seu canal no youtube Dice Tower onde apresenta resenhas sobre jogos de tabuleiro. Tom gentilmente falou conosco em nossa última entrevista para a Ludo Brasil Magazine!

procurando por jogos em lojas especializadas e lojas de venda de usados para jogar com meus amigos, meus vizinhos e parentes . Durante o ensino médio eu joguei jogos de cartas colecionáveis como Star Wars da Decipher e também Warhamer 40k da Games Workshop.

Marco Melo - Missionário Batista na Coréia do Sul e professor de matemática, fale-nos um pouco de como começou sua relação com os jogos de Tabuleiro.

Quando eu estava na Coréia do Sul trabalhando como missionário eu procurei algo mais, algo além, onde eu pudesse inserir minha esposa e outras pessoas, foi assim que eu descobri os jogos de tabuleiro. Muito disso através do site BoardGameGeek, onde eu descobri muitos

Tom Vasel - Eu comecei a jogar quando eu era criança e passei toda minha vida

17 jogos cooperativos, estratégicos, e me diverti muito aprendendo a jogar esses jogos.

MM - Você acredita que os jogos de tabuleiro possam ser usados dentro do ambiente educacional? Como professor o senhor se utiliza de jogos em sala de aula?

TV - Definitivamente, eu sempre sugiro com veemência que os jogos de tabuleiro devem ser usados em escolas. Eu já fiz muitos seminários acerca deste assunto. Eu penso que os jogos de tabuleiro podem ensinar a desenvolver habilidades de leitura, habilidades de negociação. Os jogos podem ensinar lógica, o que muitas crianças precisam hoje em dia. Eles podem ajudar a desenvolver tantas habilidades diferentes que poderíamos ficar aqui falando por horas sobre jogos e as habilidades que eles desenvolvem; como eles são úteis para desenvolver a criatividade e a imaginação.

Eu já usei jogos em sala de aula muitas e muitas vezes para ajudar a lecionar inglês, história, habilidades de negociação.

Existem tantas utilidades para eles e existem inúmeros jogos ótimos para o auxilio educacional.

MM - Em que momento surgiu a ideia de criar um Podcast para tratar do assunto? O que o levou a fazer isso?

TV - A ideia do podcast veio ao ouvir um outro podcast do Mark Johnson dizendo em seu programa “Boardgames to Go”, ele disse: “…qualquer um pode fazer isso…"

Então eu pensei…, então eu talvez possa fazer também. Daí comecei a fazer meu podcast sozinho, eu já estava envolvido em escrever resenhas e já era bem conhecido como boardgame reviewer então comecei a fazer o podcast à parte, e eu me senti abençoado pois me divertia mais falando sobre jogos do que escrevendo sobre eles.

MM - Em que ponto o PodCast evoluiu para um canal de vídeo? Quais foram os desafios?

Edição 40 TV - Os vídeos vieram pois eu pude perceber que eram o futuro. Eu entendi que era para onde as resenhas deveriam seguir porque é bom ouvir a respeito de um jogo, mas não se compara a vê-lo. Então eu comecei e segui de forma cautelosa gravando e postando na Internet. Era tão fácil como gravar um podcast, mas, as coisas foram ficando mais e mais difíceis e então fui obrigado a despender mais esforços para tornar meus vídeos cada vez melhores, com qualidade técnica. Os desafios são muitos, você sonha em fazer algo mas quando o resultado fica pronto não chega aos pés do que foi sonhado, então o continuei tentando melhorar cada vez mais.

MM - Sabemos que você tem uma coleção memorável de jogos, atualmente quantos jogos possui e dentre esses quais são os seus preferidos?

TV - Eu tenho muitos jogos mas a maioria deles ficam fora da minha casa. Se eu colecionasse cada jogo que chegou as minhas mãos eu provavelmente teria uma coleção com mais de três mil jogos, mas minha coleção tem algo entre trezentos e quatrocentos jogos.

O meu favoritos é Cosmic Encouter e você pode olhar minha lista dos 100 melhores na minha opinião no canal Dice Tower.

MM - Como você elege um jogo para ser resenhado? O que é mais importante: a mecânica ou o tema? Qual sua mecânica predileta?

TV - Eu resenho jogos baseados em poucas premissas. Muitas editoras me enviam seus jogos e eu tento resenhar a maioria deles.

Eu resenho jogos que eu julgo possam ser emocionantes, tento resenhar o máximo de jogos possível. Mecânica e arte são dois fatores importantes para um jogo, mas pra mim o tema é primordial. Meu gosto por mecânicas muda com o tempo, mas,

Edição 40 absolutamente eu adoro a mecânica onde eu possa negociar com outros jogadores.

MM - Eu imagino que as primeiras gravações do Dice Tower eram amadoras, sem muito recursos, como foi o início de tudo? Quantas pessoas na equipe? quem editava os vídeos?

TV - Nos primórdios do Dice Tower éramos apenas eu e meu macbook, não havia equipe, não havia produção, nada; apenas eu mesmo gravando. Logo em seguida eu convidei Eric Summerer para gravar algumas vozes para a chamada do Dice Tower, ele é meu anfitrião no Dice Tower podcast. A maior parte da edição eu faço sozinho, mas inúmeras pessoas contribuíram com o trabalho ao longo do tempo, contudo não tenho uma equipe contratada. Após o financiamento coletivo meu equipamento melhorou muito.

Kickerstart definitivamente mudou a forma de como fazemos o programa.

MM - Atualmente você tem mais de 65 mil inscritos no Canal do Youtube e sua fama é notoriamente mundial. No Brasil isso não é diferente.

Muitas pessoas acabam procurando seu canal para ver qual sua opinião sobre determinado jogo. Você sabe alguma coisa do mercado brasileiro de board games? Conhece algum jogo ou algum designer brasileiro?

TV - Pra ser sincero eu não conheço absolutamente nada do mercado brasileiro, eu sei apenas que é muito difícil e caro conseguir jogos importados por aí por causa dos impostos e taxas do seu governo. Também sei que existem alguns grandes jogos que vieram do Brasil o mais famoso em minha opinião é conhecido em inglês pelo nome Robin Hood e em alemão por Hart an der Grenze, e é um jogo fantástico e provavelmente será o primeiro jogo da linha essencial do Dice Tower lançado juntamente com a editora de Mage Wars - Arcane Wonders. Seu lançamento acontecerá ainda em 2014.

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Conte-nos um pouco sobre o Jack Vasel Memorial Fund.

TV - Meu filho Jack Vasel nasceu em 2010, ficou conosco por alguns meses e então infelizmente veio a falecer em janeiro de 2011. Muitas pessoas me ajudaram nesta hora de necessidade (jogadores, entusiastas e fãs do canal) e essa atitude se tornou o Jack Vasel Memorial Fund; Um fundo para ajudar a comunidade de jogadores em horas de necessidade. Temos um quadro de diretores e as pessoas enviam seus pedidos de ajuda. Já arrecadamos algumas dezenas de milhares de dólares para ajudar essas pessoas. Você pode encontrar mais informações a respeito no site www.jackvasel.org.

MM - Mr. Vasel muito obrigado por seu tempo, por favor deixe-nos uma mensagem para todos os seus fãs brasileiros.

TV - Muito obrigado pelo interesse e pela entrevista. Eu gostaria de conhecer o Brasil em algum momento da minha vida. Eu espero que vocês tenham uma fantástica copa do mundo esse ano e que melhore cada vez mais a imagem do seu país pelo mundo. Muito obrigado e cuidem-se! ∆

FIM – MARÇO/2011 – JUNHO/2014

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