SARA NÃO TEM NOME
Ministério da Cidadania e Vale apresentam
Sara Não Tem Nome nasceu em Contagem, Minas Gerais, em 1992. É graduada em Artes Visuais pela Escola de Belas Artes da UFMG. Transita entre as artes visuais, a música, a performance e o cinema. Desde 2009 vem participando de mostras, festivais, residências e exposições nacionais e internacionais. Em 2015, durante residência artística na Red Bull Station (SP), produziu e lançou o “Ômega III”, que recebeu o prêmio Dinamite de melhor álbum de música pop. Em 2017, ganhou o prêmio de melhor videoclipe e melhor música no Festclip (SP). Em 2019, foi premiada no Festival da Canção de Ouro Preto (MG) e no edital Natura Musical, para produção de seu próximo álbum “A situação”. Já realizou shows no Brasil, Portugal e Finlândia. Seus trabalhos artísticos fazem parte do acervo do Museu de Arte do Rio (MAR), Museu da Pampulha (MAP) e da Red Bull (SP). É integrante da banda Tarda.
SITUAÇÕES SARA NÃO TEM NOME CURADORIA JÚLIO MARTINS
saranaotemnome.com.br
Frágil, 2013_ Fotoperformance. Sara Não Tem Nome (detalhe)
@saranaotemnome - nas redes sociais.
Iniciativa:
Patrocínio:
A exposição Situações conclui o ciclo 2019-20 do Edital de Novos Artistas Mineiros do Memorial Minas Gerais Vale. Cantora, compositora e artista, Sara Não Tem Nome apresenta em sua primeira individual obras representativas de seu universo criativo múltiplo, em que diversas linguagens se entrelaçam e são tratadas
Apoio:
em contágio, tais como música, fotografia, videoclipe, poesia, fotoperformance, vídeo e livro de artista. As ações e as formas híbridas com que produz suas narrativas e experimentos dão protagonismo à presença de seu corpo-imagem - constantemente um elemento problematizador e revelador dos contextos nos Realização:
quais se insere poeticamente. O título inspira-se no artista islandês Sigurdur Gudmundsson, cuja série de fotoperformances Situations, da década de 1970, consiste em experimentos corporais que redimensionam
as paisagens em termos poéticos, visuais e culturais. Interessa também a Sara vivenciar e gerar situações de escuta, ocupação e resposta ao seu entorno mais próximo e cotidiano, principalmente em suas
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de suas estratégias na construção poética de tais situações. Podem consistir numa espécie de monumento
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que se instala na paisagem pelo gesto repetitivo da artista em tremular uma bandeira diante de uma igreja,
na coleira, ou dentro de um ônibus, em que está vestida somente com um bustiê de plástico que imita seios femininos, na mesma cor de sua pele. Em outras ações do vídeo, a artista se banha com farinha de trigo, acende um cigarro enrolado numa página de livro de autoajuda, alfineta uma boneca com seu nome
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fotoperformances. Também no vídeo Eu robô, as narrativas e as performances que se sucedem dão conta
como podem também se movimentar pela cidade, provocativas, num passeio em que Sara carrega alfaces
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bordado. Muitos desses expedientes refletem o que vai sendo narrado com voz em off, num tom quase confessional, ainda que todos os textos se originem de um software que mapeou e reconfigurou todas as publicações realizadas pela artista em seu Facebook para, em seguida, fornecer novas formatações dos textos. Esses novos enunciados, que beiram à escrita dadaísta e que a artista considera poemas gerados pela máquina em coautoria consigo, são interpretados nas narrativas do vídeo e também compilados em um livro de artista. Para Sara Não Tem Nome, aleatoriedade e acaso são recursos para provocar estranhamento e sugerir ressignificação de gestos e posições naturalizadas. Júlio Martins, curador
1 Eu robô videoperformance 10’25’’, 2017 Atemporal video 1’10’’, 2014 Cora, Sara, Cora! videoperformance 40’’, 2013 2 Andar de cima fotoperformance, tríptico 50 x 90cm, 2009-14 3 Santa Eufemia fotoperformance, trítptico, 50 x 90cm, 2012-14 4 Odisséia fotoperformance, 60 x 90cm, 2015 (coautoria: Sara Não Tem Nome e Pedro Veneroso) 5 Belo Horizonte fotoperformance, 4 fotografias 60 x 90cm, 2012-15 6 Frágil fotoperformance, fotografia 80 x 120cm, 2013-19 7 dreamt for light years in the belly of a mountain fotoperformance, fotografia 90 x 120cm, 2014-19 8 Sara veste mesa sobre cadeiras fotoperformance, fotografia 70 x 90cm, 2013-15 9 Sobre fotoperformance, fotografia 110 x 110cm, 2014-19
O Edital para Novos Artistas do Memorial Minas Gerais Vale foi lançado entre 2013 e 2014 com o objetivo de apoiar e dar visibilidade à vasta e diversificada produção artística contemporânea do estado, sobretudo de artistas em início de carreira. Durante esse período foram realizadas 19 exposições. Em 2019, inicia-se mais uma etapa do Edital, ainda voltado a artistas em início de carreira, mas independentemente de idade. Com uma nova coordenação, o projeto atual propõe um acompanhamento junto aos artistas, com o objetivo de proporcionar o maior amadurecimento dos trabalhos e a potencialização dos projetos expográficos.
10 mundo crânio - terra plena - a cabeça dá voltas em torno do sol fotoperformance e poema datilografado, 47 x 59cm, 2016-19 11 Coreografia das pedras fotoperformance e texto datilografado, fotografias 40 x 60cm, texto datilografado, 15 x 21cm, 2012-14 12 Andarilha fotoperformance, 16 fotografias 30 x 40cm, 2019 13 Eu robô livro de artista, 2015-19 Vozes e sons por Sara Não Tem Nome