Perfil Estado Goiรกs 2011
Apex-Brasil Mauricio Borges PRESIDENTE
Rogério Bellini DIRETOR DE NEGÓCIOS
Ana Paula Guimarães DIRETORA DE GESTÃO E PLANEJAMENTO
Marcos Tadeu Caputi Lélis COORDENADOR DA UNIDADE DE INTELIGÊNCIA COMERCIAL E COMPETITIVA
Luiz Augusto Pinto Rocha Manoel Carlos Rivas Franco Júnior Rômulo Viana Clezar AUTORES DO ESTUDO
SEDE Setor Bancário Norte, Quadra 02, Lote 11, CEP 70.040-020 Brasília – DF Tel. 55 (61) 3426-0202 Fax. 55 (61) 3426-0263 E-mail: apex@apexbrasil.com.br
© 2011 Apex-Brasil Qualquer parte desta obra poderá ser reproduzida, desde que citada a fonte.
APRESENTAÇÃO O Perfil Estado é um estudo elaborado pela Unidade de Inteligência Comercial e Competitiva da Apex-Brasil com o objetivo de traçar um panorama das exportações de cada estado brasileiro, além de identificar mercados que apresentem oportunidades de negócios para seus setores exportadores. A criação desta publicação conta com o apoio de Unidades de Atendimento da Apex-Brasil, localizadas em alguns estados da Federação. Com isso, é possível aliar os esforços empreendidos por essas Unidades a um conjunto de informações definidas com foco no perfil exportador de cada estado brasileiro. Contando com metodologia própria de análise quantitativa dos potenciais mercados para as exportações estaduais, o Perfil Estado pretende subsidiar o processo decisório dos exportadores, auxiliando-os na escolha dos mercados de destino de seus produtos.
A Unidade de Inteligência Comercial e Competitiva, responsável pelo desenvolvimento deste estudo, gostaria de saber sua opinião sobre ele. Se você tem comentários ou sugestões a fazer, por favor, envie um e-mail para: ic@apexbrasil.com.br
SUMÁRIO EXECUTIVO Elaborado com o objetivo de identificar e apresentar oportunidades para aumentar as exportações dos principais subgrupos de produtos de Goiás, este estudo constitui-se, também, num esforço da Apex-Brasil para a disseminação de informações estratégicas que auxiliem os operadores do comércio exterior em planejamento, adequação e posicionamento de seus produtos no exigente mercado internacional. O mapeamento e a análise das oportunidades para o incremento das exportações goianas, consolidadas neste trabalho, são de suma importância para empresários, instituições voltadas para o fomento do comércio internacional, formadores de opinião e estudantes. Ao traçar um panorama das exportações de Goiás, faz-se uma análise de sua evolução no período recente. Nesse sentido, mereceram cuidadosa avaliação a composição da pauta em termos setoriais e de intensidade tecnológica, o índice de concentração e os principais países de destino. As exportações de Goiás apresentaram uma elevada taxa crescimento entre 2003 e 2010, especialmente em 2007, com alta de 52,2% em relação ao ano anterior, muito acima da taxa de crescimento das exportações brasileiras, que foi de 16,6% no mesmo ano. Após essa data, o estado foi afetado pela crise econômica mundial que eclodiu no final de 2008, com redução das exportações em 11,7% no ano de 2009. Porém, essa redução foi inferior à verificada no país, que foi de 22,7%. As exportações do estado tiveram recuperação de 11,9% em 2010, praticamente retomando o valor obtido em 2008, período anterior à crise. Entre 2003 e 2008, em termos estruturais, verificou-se a intensificação das vendas de produtos primários (principalmente em detrimento da participação de produtos intensivos em recursos naturais), e, em 2010, houve um retorno aos níveis de 2003. Em 2010, os dois setores mais representativos foram carnes e lavouras temporárias. Devido ao aumento expressivo das exportações do setor de carnes, de mais de 23% ao ano entre 2005 e 2010, alguns setores sofreram redução relativa da participação na pauta, mesmo com aumento das exportações, em valores absolutos, no período. No setor carnes, os subgrupos mais exportados foram carne de boi e carne de frango. No caso do setor lavouras temporárias, os principais subgrupos exportados foram soja e milho. Outros dois setores com participação significativa em 2010 foram produção de óleos e gorduras vegetais e animais, além de extração de minerais, aparecendo como destaque os subgrupos farelo de soja e minério de cobre, respectivamente.
Neste trabalho, são detalhados 11 subgrupos que, em conjunto, foram responsáveis por mais de 88% do total exportado por Goiás em 2010. Entre esses subgrupos, representando 91,6% da pauta exportadora do estado, destacaram-se os produtos primários ou intensivos em recursos naturais, tais como minérios de cobre, carne de boi in natura, soja em grãos, farelo de soja e açúcar em bruto. O principal subgrupo intensivo em trabalho exportado foi o de couros e, no caso de produtos manufaturados intensivos em economia de escala, os principais subgrupos foram ferro-liga e veículos de carga. As exportações de produtos primários de Goiás são, na maioria, exportações de minérios de cobre e têm como principais destinos os países da Ásia e Europa. As principais oportunidades de aumento das exportações nesse subgrupo estão nos países asiáticos, sendo o Chile o maior fornecedor para a região. Outros subgrupos com participação relevante nas exportações de produtos primários são o de carne de boi in natura, comercializada em grande parte no Oriente Médio e no Leste Europeu, além do de soja em grãos, tendo como principal destino a Ásia. As oportunidades para aumento das exportações de carne de boi in natura estão em países como Rússia, Egito, Irã, Hong Kong e Israel, que apresentaram elevadas taxas de crescimento das importações desse subgrupo, para os quais o Brasil já aparece como maior fornecedor. Já no subgrupo soja em grãos, a China é a principal oportunidade, pelo dinamismo e volume das importações, além de o Brasil aparecer como um dos principais fornecedores. Entre os produtos intensivos em recursos naturais estão farelo de soja e açúcar em bruto. O farelo de soja tem as exportações destinadas para a Europa, e as oportunidades para aumento das exportações estão basicamente na Europa e na Ásia. As exportações do subgrupo açúcar em bruto são destinadas principalmente para a África e a Ásia, e as oportunidades para esse subgrupo estão na Ásia e na Europa. Por fim, as exportações de produtos manufaturados intensivos em economia de escala estão representadas pelos subgrupos ferro-liga e veículos de carga. No caso de ferro-liga, os principais destinos são os Países Baixos, o Japão e os Estados Unidos, e as oportunidades estão em países asiáticos, como Japão, China, Coreia do Sul e Índia. Para veículos de carga, verifica-se que as exportações ocorrem para América do Sul, exclusivamente por empresas de grande porte, com oportunidades restritas a essa mesma região.
SUMÁRIO
Introdução ......................................................................................................................................................6 Panorama das Exportações de Goiás .............................................................................................................8 Subgrupos selecionados para Goiás .............................................................................................................19 MINÉRIOS DE COBRE ................................................................................................................................20 SOJA EM GRÃOS .......................................................................................................................................21 FARELO DE SOJA .......................................................................................................................................24 MILHO.......................................................................................................................................................26 COURO ......................................................................................................................................................30 CARNE DE BOI IN NATURA........................................................................................................................32 CARNE DE FRANGO IN NATURA ...............................................................................................................35 AÇÚCAR EM BRUTO..................................................................................................................................39 MASSAS ALIMENTÍCIAS E PREPARAÇÕES ALIMENTÍCIAS .........................................................................41 FERRO-LIGA ..............................................................................................................................................44 VEÍCULOS DE CARGA ................................................................................................................................46 REFERÊNCIAS ................................................................................................................................................48 Anexo A – Metodologia de Seleção dos Países com Oportunidades para Exportação ................................49 Anexo B – PIB (PPP) 2009 e Taxa de Crescimento (*Previsão).....................................................................52
INTRODUÇÃO Este estudo tem como objetivo identificar e apresentar os mercados nos quais existam oportunidades de aumento das exportações para os subgrupos selecionados de Goiás, além de contribuir para a escolha dos mercados-alvo por parte dos empresários e das entidades nacionais que fomentam o aumento das vendas brasileiras no exterior. A primeira seção deste Perfil Estado traz uma visão geral das exportações de Goiás, através da análise da sua evolução no período recente e do impacto da crise de 2008 e 2009, da composição da pauta, em termos setoriais e de intensidade tecnológica, e do índice de concentração da pauta exportadora do estado, além dos principais países de destino dessas exportações. A segunda seção apresenta as oportunidades de acordo com o porte da empresa,1 identificadas para os principais subgrupos de produtos exportados pelo estado,2 definidos a partir da metodologia descrita no Anexo A. A seguir, são listadas as informações encontradas nas duas seções do estudo. Panorama das exportações de Goiás
Tendência das exportações de Goiás entre 2003 e 2011 Comparação entre as exportações de Goiás e as brasileiras Principais setores exportadores Intensidade tecnológica das exportações Índice de concentração das exportações (HHI) Razão de concentração das exportações (CR)
Oportunidades exportações
de
aumento
das
Subgrupos Selecionados: Minérios de cobre; Soja em grãos; Farelo de soja; Milho; Couro;
1
O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) classifica as empresas exportadoras em Micro, Pequenas, Médias e Grandes. O porte das empresas é definido a partir de dois critérios, que são o número de funcionários e o valor exportado por ano. Assim, Micro são as empresas que possuem até 10 empregados ou exportam até US$ 400 mil por ano; Pequenas, as que possuem entre 11 e 40 funcionários ou exportam até US$ 3,5 milhões por ano; Médias, as que têm entre 41 e 200 funcionários ou exportam até US$ 20 milhões por ano; e, por fim, Grandes, as que possuem mais de 200 funcionários ou exportam mais de US$ 20 milhões por ano. Quando houver divergência com a aplicação dos dois critérios, será adotada a classificação mais elevada. 2
Para a análise de oportunidades para as exportações do estado, adota-se a classificação setorial das exportações brasileiras em subgrupos de produtos, conforme categorização criada pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC).
6
Carne de boi in natura; Carne de frango in natura; Açúcar em bruto; Massas alimentícias e preparações alimentícias; Ferro-liga; Veículos de carga. Anexo A
Descrição da metodologia de seleção dos países com oportunidades para exportação
Anexo B
Relação do PIB (em PPP) dos países em 2009 e taxa média de crescimento anual previsto para o triênio 2010-2012
7
PANORAMA DAS EXPORTAÇÕES DE GOIÁS Esta seção pretende apresentar uma visão geral do comércio exterior de Goiás, mostrando, primeiramente, o valor das exportações do estado no período recente, além dos impactos da crise econômica que eclodiu ao final de 2008 e se estendeu até o início de 2009. Também é objeto de análise, neste trabalho, o detalhamento das exportações goianas por setor e por intensidade tecnológica, bem como seus principais destinos nos últimos anos. As exportações de Goiás cresceram de forma acelerada entre 2003 e 2010, com uma taxa média de crescimento anual de 20,39% no período, conforme o Gráfico 1. Em 2009, quando os efeitos da crise foram sentidos mais fortemente, as exportações goianas caíram 11,7%, retornando ao patamar de exportações visto em 2007. Em 2010, as exportações foram de US$ 4 bilhões, o que representa um crescimento de 11,9% em relação a 2009, praticamente retomando o valor alcançado em 2008, de US$ 4,1 bilhões.
US$ Bilhões
Gráfico 1 – Valor e taxa de crescimento anual das exportações de Goiás 28,5% 4,1
5
-11,7% 3,6
4 52,2% 3,2
4
11,9% 4,0
3 3 2 2
28,1% 1,4
28,6% 1,8
15,2% 2,1
1,1
1 1 2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
Fonte de dados brutos: Brasil, Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
O Gráfico 2 mostra a evolução das exportações goianas totais desde janeiro de 2003 até fevereiro de 2011, com o valor bruto das exportações mensais de Goiás, a estimação da tendência das vendas externas3 e a previsão das exportações até dezembro de 2011. Verifica-se uma clara 3
Essa abordagem utiliza o método estatístico aplicado em modelos de série de tempo estrutural univariado. Para mais detalhes, ver Commandeur e Koopman (2007) e Harvey (1989).
8
tendência de crescimento dessas exportações nesse período, com um forte movimento sazonal de queda, alternado entre os meses de janeiro e fevereiro. Apesar de o setor abate e preparação de produtos de carne e de pescado possuir maior participação na pauta exportadora de Goiás, suas exportações não têm a característica sazonal ilustrada para as exportações totais. A sazonalidade é explicada pelo setor produção de lavouras temporárias, principalmente pela produção de soja, representando 23,9% do total exportado em 2010, cuja produção se concentra no segundo quadrimestre de cada ano.
US$ Milhões
Gráfico 2 – Valor, tendência e projeção das exportações mensais de Goiás
700
600
500
400
300
200
100
0
Exportações de Goiás Tendência das exportações de Goiás Previsão para as exportações de Goiás
Fonte de dados brutos: Brasil, Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
No Gráfico 2 foram identificados alguns pontos fora da curva na análise da tendência das exportações do estado. O primeiro deles ocorreu em outubro de 2007, devido a um aumento efetivo das exportações. Considerando as exportações totais, o valor exportado no terceiro quadrimestre de 2007 dobrou, comparando com o mesmo período do ano anterior. O segundo ponto foi verificado no mês de julho de 2008, atingindo o valor mais elevado da série, de US$ 643 milhões. Em comparação com mês de julho de 2007, observa-se um aumento de 140%, sendo que a maior influência foi da exportação de soja, com variação de 448%. Para o mesmo produto, no trimestre entre julho e setembro de 2008, o crescimento em relação ao ano anterior foi de 245%.
9
Também foram encontradas duas quebras de nível, sendo uma quebra negativa, no mês de novembro de 2008, principalmente devido à variação das exportações de soja, e outra quebra positiva, no mês de janeiro de 2011, decorrente do aumento das exportações de energia elétrica para a Argentina e sulfetos de minério de cobre para a Índia e Espanha. Entre 2003 e 2010, Goiás subiu uma posição no ranking dos estados exportadores, passando da 12ª posição para a 11ª. Esse aumento relativo de importância das exportações de Goiás pode ser visualizado no Gráfico 3, que mostra a relação entre as exportações goianas e brasileiras, em que a participação das exportações do estado aumentou de 1,5% para 2,0% do total do país. Gráfico 3 – Participação das exportações de Goiás no total das exportações brasileiras
2,4% 2,0% 1,5%
1,5%
1,5%
1,5%
2003
2004
2005
2006
2007
2,1%
2008
2,0%
2009
2010
Fonte de dados brutos: Brasil, Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
Em 2009, quando houve uma redução do comércio mundial, a participação das exportações goianas aumentou para 2,4% do total exportado pelo Brasil, em relação à verificada em 2008. Esse aumento ocorreu devido à redução das exportações do país, que registraram queda de 22,7% em 2009, ao passo que as exportações de Goiás reduziram-se em 11,7%. Em 2010, a participação relativa caiu para 2,0% devido à expressiva recuperação de 32% das exportações brasileiras, enquanto o Estado de Goiás apresentou uma taxa de crescimento de 11,9% no mesmo ano.
10
A Tabela 1 apresenta, para 2010, a composição dos principais setores 4 da pauta exportadora de Goiás, o valor exportado, a participação de cada setor e algumas taxas médias de crescimento anual. Tabela 1 – Principais setores exportadores de Goiás Exportações de Goiás Valor 2010 Taxa média de crescimento anual (US$ 1.000) 2005-2010 2008-2009 2009-2010 Abate e preparação de produtos de carne e de pescado 27,4% 1.108.490 23,04% -21,07% 20,58% Produção de lavouras temporárias 23,9% 965.894 5,32% -19,02% -2,80% Produção de óleos e gorduras vegetais e animais 13,5% 545.406 13,46% 4,68% -5,97% Extração de minerais metálicos não ferrosos* 12,8% 519.164 5,97% -32,25% 56,07% Fabricação e refino de açúcar 4,8% 195.405 45,86% 227,32% 85,04% Metalurgia de metais não-ferrosos 4,7% 191.507 33,01% 94,45% 28,90% Produção de ferro-gusa e de ferro-ligas 3,7% 150.978 17,23% 47,11% -35,74% Extração de outros minerais não-metálicos 2,0% 81.234 12,41% -2,03% 2,53% Produção de lavouras permanentes 2,0% 79.426 9,12% 40,67% 19,22% Curtimento e outras preparações de couro 1,5% 60.990 4,33% -35,83% 11,24% Outros 3,6% 146.168 8,08% -42,42% 46,95% Total 100% 4.044.661 17,35% -11,65% 11,89% Fonte de dados brutos: Brasil, Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Nota: *taxa média de crescimento anual entre 2007 e 2010, por não existirem exportações do subgrupo em 2005 e 2006. Participação em 2010
SETOR
A taxa média de crescimento anual do total exportado por Goiás foi de 17,4% entre os anos 2005 e 2010. Em 2010, o setor com maior participação foi abate e preparação de produtos de carne e de pescado, que representava 27,4% das exportações de Goiás. Esse setor obteve taxa média de crescimento de 23% ao ano entre 2005 e 2010, uma queda de 21,1%, em 2009, devido à crise, e uma recuperação de 20,6% em 2010. Nesse mesmo ano, o principal produto exportado desse setor foi carne de bovino, com 51,1% do total do setor, seguido pelas exportações de carne de frango, que alcançaram 28,8% do total do setor. O setor produção de lavouras temporárias aparece como o segundo maior da pauta do estado, com 23,9% do total exportado em 2010. Tal setor apresentou taxa média de crescimento de 5,3% ao ano, entre 2005 e 2010, e sofreu uma redução de 19% em virtude da crise em 2009. Diferente da recuperação verificada no total das exportações, esse setor registrou queda de 2,8% em 2010.
4
Na elaboração desta tabela foi utilizada a Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE), na versão 1.0, com detalhamento em 3 dígitos. A CNAE foi elaborada nos anos 1990 pelo IBGE em conjunto com os órgãos de registro administrativo, com o objetivo de alcançar uma padronização das informações econômicas do Brasil. A construção da CNAE tomou como referência a classificação padrão elaborada pela Divisão de Estatísticas das Nações Unidas, a International Standard Industrial Classification of All Economic Activities (ISIC). Essa classificação associa produtos (NCMs) aos setores da economia, com enfoque na cadeia produtiva a que pertencem. Para mais informações, Comissão Nacional de Classificação, no site do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
11
A crise em 2009 atingiu também os setores extração de minerais metálicos não ferrosos, que apresentou queda de 32,3%, e curtimento e outras preparações de couro, que apresentou queda de 35,8% em relação ao valor de 2008. A redução das exportações de Goiás, em 2009, foi inferior à verificada no país, devido ao desempenho positivo de alguns setores importantes do estado nesse mesmo ano, como é o caso dos setores produção de óleos e gorduras vegetais e animais, com 4,7% de crescimento, fabricação e refino de açúcar, com 227,3%, metalurgia de metais não ferrosos, com 94,5%, produção de ferro-gusa e de ferro-liga, com 47,1%, e produção de lavouras permanentes, com 40,7%. Cabe destacar o dinamismo do setor fabricação e refino de açúcar, que, além do expressivo crescimento de 2009, registrou taxa média de crescimento anual de 45,9% entre 2005 e 2010, e 85% em 2010. Uma maneira alternativa de estudar a pauta de exportação de um estado ou país é através da classificação dos produtos de acordo com sua intensidade tecnológica. O Gráfico 4 apresenta as exportações de Goiás nos anos 2003, 2008 e 2010. Verifica-se, nos anos analisados, que a soma da participação de produtos primários e intensivos em recursos naturais ficou em torno de 91%. Entre os produtos primários, destacam-se soja, minérios de cobre, carne bovina e carne de frango. Em 2003, a soja representava 67% das exportações de produtos primários, porém essa participação foi reduzida para 32% em 2010, devido ao aumento da participação de minérios de cobre para 20%, de carne bovina para 16%, e de carne de frango para 12%. Os principais produtos intensivos em recursos naturais foram óleo de soja, açúcar e metalurgia de metais não ferrosos, como ouro em barras. A participação das vendas para o exterior de óleo de soja nesse grupo de produtos foi reduzida de 61%, em 2003, para 49% em 2010. Da mesma forma, o setor metalurgia de metais não ferrosos passou de 27% para 18% no mesmo período. Os produtos com crescimento da participação foram açúcar, que passou de 3% para 18%, e carne de peru, que não era exportado em 2003 e registrou participação de 5% em 2010. Verifica-se, entre 2003 e 2010, uma participação menor de manufaturados intensivos em economias de escala, de 4,9%, e manufaturados intensivos em trabalho, de 3,2%. Essas participações mantiveram-se nos três anos ilustrados no Gráfico 4. Entre os intensivos em economias de escala, destaca-se o ferro-nióbio, e, entre os intensivos em trabalho, o algodão debulhado e couro e peles de bovinos.
12
Quadro 1 - Taxonomia da Medida Intensidade Tecnológica e respectivos setores da economia Medida de Intensidade Tecnológica Setores da Economia Produtos Primários Agrícolas, Minerais e Energéticos; Indústria Intensiva em Recursos Naturais Indústria Agroalimentar, Indústria Intensiva em Outros Recursos Agrícolas, Indústria Intensiva em Recursos Minerais e Indústria Intensiva em Recursos Energéticos; Indústria Intensiva em Trabalho Bens industriais de consumo não duráveis mais tradicionais: Têxteis, Confecções, Couro e Calçado, Cerâmico, Produtos Básicos de Metais, entre outros; Indústria Intensiva em Escala Indústria Automobilística, Indústria Siderúrgica e os Bens Eletrônicos de Consumo [1]; Fornecedores Especializados Bens de Capital sob Encomenda e Equipamentos de Engenharia; Indústria Intensiva em P&D Setores de Química Fina (produtos farmacêuticos, entre outros), Componentes Eletrônicos, Telecomunicação e Indústria Aeroespacial. Fonte: Holland e Xavier (2004). Nota: [1] Os bens eletrônicos de consumo são especificados em três linhas básicas: (a) Vídeo – televisores, videocassete e câmera de vídeo; (b) Áudio – rádio, autorrádio, cd player, toca-discos, sistema de som etc.; (c) Outros Produtos – forno de microondas, calculadoras, aparelhos telefônicos, geladeiras, instrumentos musicais, entre outros.
Gráfico 4 – Intensidade tecnológica das exportações de Goiás em 2003, 2008 e 2010
2003
3,8% 4,9%
2010
26,9% 3,2% 4,9%
64,2% 26,7%
64,9%
2008
3,4% 4,8%
20,7% 71,0%
Produtos Primários Produtos Intensivos em Recursos Naturais
Manufaturados Intensivos em Trabalho Manufaturados Intensivos em Economias de Escala Manufaturados Produzidos por Fornecedores Especializados Manufaturados Intensivos em P&D
Fonte dos dados brutos: Brasil, Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
Conforme a Tabela 1, dois setores totalizaram mais de 50% da pauta de exportações de Goiás, sinalizando uma concentração dessa pauta. A fim de comparar a concentração da pauta de exportações de Goiás com a dos estados vizinhos, é apresentado, no Gráfico 5, o Índice de 13
concentração Herfindahl-Hirshman (HHI).5 Pela análise do HHI, o resultado pode ser enquadrado numa escala onde valores inferiores a 1.000 indicam baixa concentração; valores entre 1.000 e 1.800 caracterizam uma concentração moderada; e valores superiores a 1.800 revelam uma situação em que a pauta está concentrada em poucos setores.
Gráfico 5 – Índice de Concentração das Exportações (HHI) de Goiás comparado com os índices do Brasil e dos Estados vizinhos
6.300 5.800 5.300 4.800 4.300 3.800 3.300 2.800 2.300 1.800
8.168
8.099
8.300 7.800 7.300 6.800
6.228 5.274
5.161
4.505
4.793
4.389
3.710
3.680 2.035
3.283
3.147 3.079 2.585
2.972
2.768
1.690
1.954
1.335
1.300 800 1996
Bahia
1997
1998
Goiás
1999
2000
2001
Mato Grosso
2002
2003
2004
2005
Mato Grosso do Sul
2006
2007
2008
2009
Minas Gerais
2010
Tocantins
Fonte dos dados brutos: Brasil, Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e UN Comtrade.
Como era esperado, visto os valores da Tabela 1, a pauta de Goiás apresentou HHI superior a 1.800 em todo o período, representando alta concentração das exportações. Em 1996, o índice era de 3.680 devido à concentração das vendas em óleo de soja. Em 1997, o aumento das vendas de soja em grãos proporcionou uma queda do índice para 2.768. Em 2006, a concentração atingiu o pico, e o HHI somou 3.710 pontos, com os dois principais produtos, soja em grãos e carne bovina, com uma participação de 67,2%. Em 2010, o HHI caiu para 3.079 em virtude da diminuição das vendas desses produtos e a consequente redução da participação das exportações goianas para 51,3%. Minas Gerais registrou indicador de 2.035 em 1996, demonstrando a concentração da pauta em poucos setores, com redução, em 2001, para 1.690, indicando concentração moderada de suas exportações. Porém, em 2010, o HHI alcança o valor de 2.585 pontos, o que revela alta
5
O Índice de Herfindahl-Hirshman foi calculado de modo a medir a concentração das exportações nos setores da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE), versão 1.0, considerando uma estrutura de dois dígitos. Para mais detalhes sobre o HHI, ver Resende e Boff (2002).
14
concentração, em que a participação conjunta de apenas quatro subsetores representou 70% do total das exportações mineiras. A Bahia, principal exportador da Região Nordeste do Brasil, registrou HHI de 1.954 pontos em 1996 (alta concentração), reduzindo-o para 1.335 em 2010 (concentração moderada), tornando-se o estado com o menor indicador entre os analisados. O HHI de Mato Grosso permaneceu altamente concentrado em todo o período, de 4.389, em 1996, a 4.793 em 2010. Em 1996, o principal produto exportado foi o óleo de soja, e, em 2010, passou a ser grãos de soja. O valor mais elevado do estado foi verificado em 2009, com 5.161 pontos, devido ao aumento das exportações de grãos de soja, que chegaram a US$ 4,2 bilhões. Em 1996, Mato Grosso do Sul era o estado com maior HHI, em comparação com os apresentados no Gráfico 5, com 5.274 pontos, concentrando mais de 50% nas exportações de óleos e gorduras vegetais. Em 1998, a redução do HHI para 3.283 pode ser explicada pela forte redução das exportações de óleos e gorduras vegetais, consequência da crise internacional e da redução dos preços das commodities. Esse indicador aumentou até o ano de 2000; após esse período seguiu uma tendência de redução até o ano de 2010, chegando a 3.147, devido ao aumento das exportações dos subsetores abate de carnes e pescado, pasta de celulose e refino de açúcar. Tocantins atingiu o maior índice de concentração em comparação com os demais Estados avaliados. Em 1996, o HHI foi de 4.505, com tendência de redução da concentração até o ano de 2001, chegando a 2.972 pontos. Em 1996, as exportações do estado se concentravam em soja e curtimento de couro. Em 2001, a diversificação foi consequência do aumento das exportações de pedras preciosas, ouro e carne bovina. Porém, entre 2002 e 2005, esse indicador superou 8.000 pontos em função do crescimento das exportações de soja, de US$ 1,4 milhão, em 2001, para US$ 14,5 milhões em 2002. Entre 2003 e 2010, ocorreu um novo período de diversificação, com o crescimento das exportações de carne bovina. A Tabela 2 apresenta os resultados da razão de concentração das exportações de Goiás entre 2000 e 2010. O valor do CR(1) indica a fração das exportações goianas destinadas ao principal parceiro comercial em cada ano, independentemente de qual país ocupa essa posição. Entre 2000 e 2010, a taxa de concentração caiu em todos os níveis indicados nessa medida. As exportações do principal parceiro comercial do estado passaram de 31%, em 2000, para 17%, em 2010, com redução de 14 pontos percentuais. Para os cinco destinos mais importantes, a soma da participação caiu de 71% para 51%, entre 2000 e 2010. Quando se consideram os 15 principais
15
destinos, percebe-se uma redução de 10 pontos percentuais, caindo de 87% para 77%, no mesmo período. Tabela 2 - Razão de concentração das exportações de Goiás por destino – 2000, 2003, 2008, 2009 e 2010
Taxa de Concentração CR(1) CR(2) CR(3) CR(4) CR(5) CR(10) CR(15) Principais Importadores China Países Baixos (Holanda) Índia Espanha Rússia Reino Unido Irã Arábia Saudita Tailândia Japão
2000 31% 42% 53% 64% 71% 81% 87%
2003 32% 41% 50% 55% 59% 76% 85%
2008 19% 32% 41% 48% 54% 71% 80%
2009 21% 33% 40% 45% 51% 68% 78%
2010 17% 29% 37% 44% 51% 68% 77%
7º 1º 9º 17º 58º 13º 40º 12º 8º
5º 1º 21º 7º 8º 9º 15º 17º 16º 4º
1º 2º 4º 5º 3º 7º 11º 16º 12º 6º
1º 2º 5º 3º 4º 7º 6º 13º 15º 11º
1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º
Fonte dos dados brutos: Brasil, Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
A China tornou-se o principal destino das vendas de Goiás em 2008. Conforme o Gráfico 6, em torno de 90% das exportações para a China foi de produtos primários, essencialmente grãos de soja. Entre 2005 e 2010, de 3,6% a 8,3% das exportações para a China foram de manufaturados intensivos em trabalho, como couro e algodão. Em 2010, a participação de manufaturados intensivos em economias de escala aumentou para 3,6% devido às exportações de ferro-nióbio.
16
Gráfico 6 – Intensidade tecnológica das exportações de Goiás para China, Países Baixos (Holanda) e Índia em 2005, 2008 e 2010 100,0% 8,3%
3,5%
3,6% 4,5%
4,2%
6,6%
14,0%
90,0%
3,0% 1,9%
4,2% 4,0%
8,7%
33,5%
80,0% 70,0% 60,0%
56,8% 50,0% 91,1%
93,9%
79,5%
89,2%
94,7%
91,1%
2008
2010
82,7%
40,0% 66,5%
30,0% 20,0%
27,5%
10,0%
13,8%
0,0% 2005
2008
2010
CHINA
2005
2008
2010
2005
PAÍSES BAIXOS (HOLANDA)
ÍNDIA
Produtos Primários
Produtos Intensivos em Recursos Naturais
Manufaturados Intensivos em Trabalho
Manufaturados Intensivos em Economias de Escala
Manufaturados Produzidos por Fornecedores Especializados
Manufaturados Intensivos em P&D
Não classificados
Fonte dos dados brutos: Brasil, Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
Os Países Baixos mantiveram-se como um dos principais parceiros comerciais de Goiás entre 2000 e 2010, e, diferentemente da China, verificou-se uma mudança na pauta de exportações. A participação de produtos primários, como soja, milho e carnes, sofreram redução de 66%, em 2005, para 13%, em 2010, em detrimento de produtos intensivos em recursos naturais, como bagaço da extração de óleo de soja, que aumentou de 33%, em 2005, para 79% em 2010. Os manufaturados intensivos em economias de escala foram representados, em 2008, pelo ferro-nióbio e ferro-níquel, que tiveram participação de 14%, e, em 2010, pelo ferro-nióbio, que teve participação de 6,6% das exportações totais. A pauta de exportações de Goiás para a Índia tem intensidade tecnológica semelhante a da China, com participação entre 83% e 95% de produtos primários, porém com produtos diferentes aos exportados para a China. Em 2005, os produtos primários eram representados por amiantos em fibra, e, em 2008 e 2010, os sulfetos de minério de cobre passaram a ser os mais importantes. O principal produto exportado por Goiás e classificado como intensivo em recursos naturais foi o açúcar, e o classificado como intensivo em economia de escala foi o ferro-nióbio.
17
Em resumo, as exportações de Goiás tiveram uma queda de 11,7% em 2009 devido à crise mundial, porém inferior à redução encontrada para o Brasil, de 22,7%. A retomada das exportações do Estado foi de 11,9% em 2010, praticamente voltando ao patamar verificado antes da crise. Em termos estruturais, entre 2003 e 2008, verificou-se a intensificação das vendas de produtos primários, principalmente em detrimento da participação de produtos intensivos em recursos naturais. Porém, entre 2008 e 2010, ocorreu o movimento contrário, com o aumento da participação de produtos intensivos em recursos naturais em detrimento da participação de produtos primários, retomando as participações verificadas em 2003. Os dois setores mais representativos em 2010 foram abate e preparação de produtos de carne e de pescado e produção de lavouras temporárias, totalizando 51% das exportações do Estado. Os setores que apresentaram maior taxa média de crescimento anual, entre 2005 e 2010, foram fabricação e refino de açúcar, com 46%, e metalurgia de metais não ferrosos, com 33%. Por fim, verifica-se que o principal destino das exportações é a China, e o segundo destino são Países Baixos, que estavam em primeiro até 2003, seguidos por Índia e Espanha.
18
SUBGRUPOS SELECIONADOS PARA GOIÁS Nesta seção, realiza-se uma análise mais detalhada para cada subgrupo selecionado de Goiás e os respectivos destinos prioritários. Conforme metodologia descrita no Anexo A, são analisadas as oportunidades para subgrupos que representam mais de 1% na pauta do estado ou, pelo menos, 10% na pauta do país. A Tabela 3 apresenta os subgrupos que atendem a esses requisitos em Goiás e que juntos perfizeram um total de US$ 2,4 bilhões exportados, representando 88,7% do total das exportações goianas em 2010. Tabela 3 – Participação dos subgrupos selecionados nas pautas de Goiás e Brasil em 2010 Exportações do Participação do Intensidade Subgrupo de Produtos Subgrupo em Subgrupo na Pauta Tecnológica 2010 (US$) de Goiás Minérios de cobre PP 519.118.875 18,7% Soja em grãos PP 409.900.643 14,7% Farelo de soja PIRN 318.568.316 11,5% Milho PP 84.904.878 3,1% Couro MIT 56.467.168 2,0% Carne de boi in natura PP 513.829.275 18,5% Carne de frango in natura PP 49.423.014 1,8% Açúcar em bruto PIRN 279.990.478 10,1% Massas alimentícias e preparações PIRN 48.816.827 1,8% alimentícias Ferro-ligas MIEE 150.978.152 5,4% Veículos de carga MIEE 32.774.800 1,2% Total subgrupos selecionados 2.464.772.426 88,7%
Participação do Subgrupo de Goiás no Subgrupo do Brasil 41,9% 3,7% 6,8% 3,8% 3,2% 13,3% 0,9% 3,0% 6,0% 7,4% 1,9% 5,5%
Fonte dos dados brutos: Brasil, Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Legenda Intensidade Tecnológica: PP – Produtos Primários; PIRN – Produtos Intensivos em Recursos Naturais; MIT – Manufaturados Intensivos em Trabalho; MIEE – Manufaturados Intensivos em Economias de Escala; MPFE – Manufaturados Produzidos por Fornecedores Especializados; MIP&D – Manufaturados Intensivos em P&D. Nota: A diferença de valores entre a Tabela 1 e a Tabela 3 deve-se, não somente à forma de agrupamento dos dados (setor x subgrupo), mas também à diferença que ocorre no conceito de UF (Estado) entre os dados fornecidos à Apex-Brasil pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e os dados divulgados pelo MDIC no Portal Aliceweb. No caso da Tabela 3, os dados fornecidos para a Apex-Brasil consideraram como UF as empresas exportadoras que têm sua matriz em Goiás e não incluem as filiais, fato que diminui a base de empresas e, consequentemente, reduz o valor exportado pelo estado. Já os dados divulgados no Portal Aliceweb, utilizados na Tabela 1, consideram como UF as exportações por zona produtora (local onde o produto foi produzido), inclusive filiais. Nesse caso, a base de empresas exportadoras aumenta e, consequentemente, o valor exportado pelo Estado também aumenta.
Na Tabela 3, percebe-se que as exportações de Goiás concentram-se em produtos primários e produtos intensivos em recursos naturais. Os subgrupos com maior participação na pauta de exportações do estado, em 2010, foram minérios de cobre, com 18,7% do total, seguido de carne de boi in natura, com 18,5%. Ainda são representativos os subgrupos soja mesmo triturada, farelo de soja e açúcar em bruto, com participações entre 10% e 14% na pauta do
19
Estado. Verifica-se também que o estado apresentou elevada participação nas exportações brasileiras de minérios de cobre, com mais de 41% do exportado pelo país em 2010. Nas próximas páginas são apresentados os destinos selecionados com oportunidades para as exportações de cada subgrupo em Goiás. Primeiramente, são comentados os países e continentes nos quais foram verificadas exportações de Goiás em 2010, bem como o porte das empresas com acesso aos mercados selecionados. Na sequência, são mostrados os países selecionados com oportunidades para empresas de Goiás, conforme a metodologia descrita no Anexo A.
MINÉRIOS DE COBRE A Tabela 4 mostra a distribuição das exportações goianas de minérios de cobre em 2010. Observa-se que essas exportações são essencialmente realizadas por empresas de grande porte e estão divididas entre a Ásia e a Europa, sendo praticamente 50% destinadas para Índia e China e 50% para Espanha e Alemanha. Tabela 4 - Exportações goianas de minérios de cobre em 2010 – por país/continente e discriminação do porte da empresa Exportações Continente/ País/ Porte Continente/País GO (US$) Total Continente Micro Pequena Média Grande Ásia e Oceania 259.142.788 49,9% 100% Índia 247.016.978 95,3% 100% China 12.125.810 4,7% 100% Europa e Leste Europeu 259.976.087 50,1% 100% Espanha 235.934.952 90,8% 100% Alemanha 24.041.135 9,2% 100% Total geral 519.118.875 100% 100% Fonte dos dados brutos: Brasil, Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
A Tabela 5 traz os mercados selecionados com oportunidades para exportações de minérios de cobre. Tabela 5 - Destinos selecionados com oportunidades para o subgrupo minérios de cobre Crescimento Part. Imp. Principal Concorrente Imp. País em Porte das Tarifa Países Selecionados médio imp. País em 2008 Part. 2008 (US$ 1.000) empresas Média País 2003-2008 GO BR 2008 Japão 10.036.902 AD 33,6% I M-G 0,0% 0,4% Chile 40,1% China 9.930.444 AD 50,4% I M-G 0,0% 0,1% 0,9% Chile 32,8% Índia 4.306.863 AD 66,7% D M-G 2,0% 5,7% 7,7% Chile 36,5% Fonte dos dados brutos: Brasil, Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e UN Comtrade. Legenda: Quanto ao tamanho das empresas: M-P = micro e pequenas; M-G = médias e grandes. Quanto às importações do país: AD = Alto Destaque; A = Alto; MA = Médio Alto; MB = Médio Baixo. Quanto ao crescimento das importações entre 2003 e 2008: MD = Muito Dinâmico; D = Dinâmico; I = Intermediário; BD = Baixo Dinamismo; ED = Em Decadência. Nota: A tarifa apresentada é uma média aritmética da tarifa ad valorem de todos os SHs que compõem o subgrupo para os exportadores do Brasil. Esses dados são provenientes do Market Access Map.
20
A Ásia é o grande destino para as exportações de minérios de cobre, com oportunidades em três mercados importadores bilionários: Japão, China e Índia. Esses três países destacam-se pelas altas taxas de crescimento anual das importações entre 2003 e 2008. Nesse período, o Japão cresceu 33,6% ao ano, a China, 50,4% ao ano, e a Índia, 66,7% ao ano, sendo o país com a maior taxa de crescimento. O Chile configura-se como principal fornecedor de minérios de cobre na região, com participação de 40,1% no Japão, de 32,8% na China e de 36,5% na Índia. Há oportunidades para empresas de médio e grande porte; no Japão e na China existe a isenção de tarifas alfandegárias para a entrada desse produto, diferentemente da Índia, que aplica uma tarifa de 2%. Observa-se ainda que o Brasil tem uma pequena participação nos mercados do Japão e da China, de 0,4% e 0,9%, respectivamente. Já na Índia, o país tem 7,7% do mercado, sendo o estado de Goiás responsável por 5,7 pontos percentuais dessa participação.
SOJA EM GRÃOS A Figura 1 separa o Estado de Goiás em microrregiões produtoras de soja, conforme a Produção Agrícola Municipal do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (PAM/IBGE) de 2009. Na escala de cores, do verde mais claro para o mais escuro, o mapa mostra a concentração da produção de soja na região. Conforme a legenda, quanto mais escuro, maior é a produção na microrregião. O estado de Goiás é o quarto maior produtor de soja do Brasil, com 11,7% da produção nacional. A produção de soja em grãos de Goiás está concentrada nas microrregiões do Sudoeste do estado, com 44% do total produzido, seguidas pelas microrregiões Meia Ponte e Entorno de Brasília, cada uma responsável por 12% da produção. A Tabela 6 mostra a distribuição das exportações goianas de soja em grãos por país/continente e discrimina essa distribuição por porte das empresas exportadoras. Observa-se que 78% das exportações de soja em grãos de Goiás são destinadas à Ásia, especialmente à China, que importou mais de US$ 270 milhões em 2010. Registra-se, também, que as exportações desse subgrupo são realizadas basicamente por empresas de médio e grande porte. No continente asiático, além da China, existem outros destinos como Tailândia, que importou US$ 33,8 milhões em 2010, e Japão, que importou US$ 16 milhões. Nesse continente atuaram empresas de médio e grande porte.
21
Figura 1 – Valor da produção de soja em grãos de Goiás em 2009
Fonte: Produção Agrícola Municipal do IBGE.
A Europa e o Leste Europeu são outros destinos importantes, representando mais de 20% do total exportado no mesmo ano. Portugal é o principal destino europeu, com importações de US$ 36 milhões em 2010, seguido dos Países Baixos, com US$ 28,9 milhões, e da Espanha, com US$ 17,3 milhões. O mercado europeu está restrito essencialmente às grandes empresas, com alguma participação de empresas de porte micro nos Países Baixos, e de porte médio na Espanha. O único destino na América do Sul é a Venezuela, com importações de US$ 3,7 milhões. Cabe ressaltar que, nesse país, as exportações foram realizadas exclusivamente por micro empresas.
22
Tabela 6 - Exportações de soja em grãos de Goiás em 2010 – por país/continente e discriminação do porte da empresa Exportações Continente/ País/ Porte Continente/País GO (US$) Total Continente Micro Pequena Média Grande Américas 3.770.000 0,9% 100% Venezuela 3.770.000 100% 100% Ásia e Oceania 321.509.040 78,4% 0,3% 0,1% 0,4% 99,2% China 270.621.600 84,2% 0,4% 0,1% 99,5% Tailândia 33.798.363 10,5% 1,5% 98,5% Japão 15.990.094 5,0% 1,5% 98,5% Coreia do Sul 487.897 0,2% 100% Cingapura 391.329 0,1% 100% Taiwan (Formosa) 169.005 0,1% 100% Filipinas 50.752 0,0% 100% Europa e Leste Europeu 84.621.603 20,6% 1,1% 0,7% 98,2% Portugal 36.085.407 42,6% 100% Países Baixos (Holanda) 28.868.605 34,1% 3,3% 96,7% Espanha 17.267.046 20,4% 3,4% 96,6% Turquia 1.463.280 1,7% 100% Alemanha 708.000 0,8% 100% Itália 229.265 0,3% 100% Total geral 409.900.643 100% 1,4% 0,1% 0,4% 98,1% Fonte dos dados brutos: Brasil, Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
A Tabela 7 apresenta os mercados selecionados para a exportação de soja em grãos de Goiás, ordenados pelo tamanho do mercado importador em 2008. Tabela 7 – Destinos selecionados com oportunidades para o subgrupo soja Crescimento Imp. País em Porte das Tarifa Países Selecionados médio imp. 2008 (US$ 1.000) empresas Média 2003-2008 China 21.815.275 AD 32,1% D M-P-M-G 2,4% Japão 2.363.893 AD 9,3% BD M-P-M-G 0,0% Alemanha 1.856.166 AD 9,7% BD M-G 0,0% Indonésia 697.985 A 16,1% I M-G 0,0% Vietnã 65.441 MB 80,7% MD M-G 7,5% Bangladesh (3) 58.249 B 205,2% MD M-P-M-G 0,0%
Part. Imp. País em 2008 GO BR 1,2% 33,4% 0,7% 15,2% 0,0% 48,5% 0,8%
Principal Concorrente Part. País 2008 Estados Unidos 38,7% Estados Unidos 72,3% Estados Unidos 36,2% Estados Unidos 91,8% Estados Unidos 82,7% 28,5% Argentina 69,1%
Fonte dos dados brutos: Brasil, Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e UN Comtrade. Legenda: Quanto ao tamanho das empresas: M-P = micro e pequenas; M-G = médias e grandes. Quanto às importações do país: AD = Alto Destaque; A = Alto; MA = Médio Alto; MB = Médio Baixo. Quanto ao crescimento das importações entre 2003 e 2008: MD = Muito Dinâmico; D = Dinâmico; I = Intermediário; BD = Baixo Dinamismo; ED = Em Decadência. Nota: A tarifa apresentada é uma média aritmética da tarifa ad valorem de todos os SHs que compõem o subgrupo para os exportadores do Brasil. Esses dados são provenientes do Market Access Map.
Verifica-se que os Estados Unidos são o principal concorrente do Brasil nos países selecionados, exceto Bangladesh que tem a Argentina como maior fornecedor. Na Alemanha, o Brasil é o maior fornecedor de grãos de soja, com 48,5% de participação, no total das importações, US$ 1,8 bilhão em 2008; porém, os Estados Unidos aparecem em segunda posição, com 36,2% do mercado alemão nesse mesmo ano.
23
A China aparece como maior mercado importador dessa commodity, sendo quase dez vezes maior que o Japão, que se encontra na segunda posição. Além do tamanho do mercado, a China destaca-se pelo dinamismo das importações entre 2003 e 2008, com taxa média de crescimento de 32,1% ao ano.
FARELO DE SOJA A Tabela 8 mostra a distribuição das exportações goianas de farelo de soja por país/continente e discrimina essa distribuição por porte das empresas exportadoras. De forma geral, as exportações de Goiás estão distribuídas entre Europa e Ásia, além de estarem praticamente restritas às grandes empresas. Na Europa, destacam-se os valores exportados para Países Baixos e França, com 79% das exportações para o continente. Na Ásia, 77% das exportações são direcionadas à Coreia do Sul. No Oriente Médio, o principal destino é o Irã, que tem participação de 75% nessa região, e nas Américas o destaque é Cuba, com 89%. Tabela 8 - Exportações de farelo de soja de Goiás em 2010 – por país/continente e discriminação do porte da empresa
Continente/País África e Oriente Médio Irã Arábia Saudita Cabo Verde Américas Cuba Ilhas Turcas e Caicos Ásia e Oceania Coreia do Sul Tailândia Japão Indonésia Europa e Leste Europeu Países Baixos (Holanda) França Reino Unido Alemanha Espanha Eslovênia Romênia Dinamarca Polônia Total geral
Exportações Continente/ País/ GO (US$) Total Continente 11.380.994 3,6% 8.613.250 75,7% 2.744.884 24,1% 22.860 0,2% 6.509.220 2,0% 5.820.811 89,4% 688.409 10,6% 40.850.768 12,8% 31.642.467 77,5% 4.493.100 11,0% 2.722.492 6,7% 1.992.709 4,9% 259.827.334 81,6% 151.302.822 58,2% 54.288.496 20,9% 21.325.016 8,2% 11.725.540 4,5% 8.204.275 3,2% 7.800.291 3,0% 3.694.708 1,4% 1.404.067 0,5% 82.119 0,0% 318.568.316 100%
Micro -
Porte Pequena Média 1,0% 1,3% 0,1% -
Grande 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 99,0% 98,7% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100%
Fonte dos dados brutos: Brasil, Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
24
A Tabela 9 apresenta os mercados selecionados com oportunidades para exportação de farelo de soja, ordenados pelo tamanho do mercado importador em 2008. Tabela 9 – Destinos selecionados com oportunidades para o subgrupo farelo de soja Crescimento Part. Imp. Principal Concorrente Imp. País em Porte das Tarifa Países Selecionados médio imp. País em 2008 Part. 2008 (US$ 1.000) empresas Média País 2003-2008 GO BR 2008 França 1.923.155 AD 13,1% BD M-G 0,0% 2,8% 64,3% Argentina 17,2% Espanha 1.438.838 AD 18,8% I M-G 0,0% 0,6% 7,1% Argentina 88,8% Alemanha 1.368.501 AD 20,4% I M-G 0,0% 0,9% 55,8% Argentina 21,0% Itália 1.046.689 AD 12,1% BD M-G 0,0% 11,7% Argentina 73,4% Vietnã 1.044.527 AD 33,1% D M-G 0,0% 3,4% Índia 66,5% Indonésia 1.040.659 AD 23,5% I M-G 0,0% 0,2% 18,8% Argentina 48,7% Tailândia 1.027.712 AD 17,6% I M-G 6,0% 0,4% 38,7% Argentina 38,5% Reino Unido 972.988 AD 18,3% I M-G 0,0% 2,2% 36,3% Argentina 43,9% Japão (2) 854.044 AD 25,2% I M-P-M-G 0,0% 0,3% 0,0% Índia 51,1% Coreia do Sul 792.419 AD 20,3% I M-P-M-G 1,8% 4,0% 32,8% Argentina 32,5% Filipinas 506.578 AD 14,0% I M-G 3,0% Argentina 62,6% Malásia 396.529 AD 29,3% D M-G 0,0% 0,0% Argentina 79,4% Rússia 392.321 AD 40,1% MD M-G 2,5% 24,2% Argentina 56,4% Irã (3) 256.997 A 25,3% I M-G 4,0% 3,4% 34,9% Argentina 60,6% Rep. Dominicana (3) 146.844 A 14,9% I M-G 0,0% Estados Unidos 100,0% Síria (3) 122.276 A 15,8% I M-G 1,0% Argentina 91,2% Bielorrússia 113.024 A 57,7% MD M-G 2,5% 3,7% Argentina 79,2% Bangladesh (3) 103.060 A 16,1% I M-P-M-G 0,0% Índia 99,7% Cuba (3) 92.966 MA 34,1% D M-G 0,0% 6,3% 50,3% Estados Unidos 49,7% China (1) 88.666 MA 173,8% MD M-P-M-G 5,0% 0,1% Índia 97,6% Líbia (3) 71.518 MA 57,8% MD M-G 1,9% Argentina 92,8% Iêmen (3) 32.246 MB 89,3% MD M-G 5,0% Argentina 58,5% Fonte dos dados brutos: Brasil, Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e UN Comtrade. Legenda: (1) Esse país foi selecionado apesar do superávit na balança comercial para esse grupo. (2) A participação de Goiás foi maior do que a do Brasil nesse país. Essa diferença ocorre em função da fonte dos dados. A participação do Estado é fornecida pelo Departamento de Planejamento e Desenvolvimento do Comércio Exterior (DEPLA), da Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), enquanto a participação do Brasil e do principal concorrente são calculadas com informações reportadas pelo próprio país, de acordo com o UN Comtrade. (3) As informações sobre importações desse país estão de acordo com as exportações reportadas pelos outros países. Quanto ao tamanho das empresas: MP = micro e pequenas; M-G = médias e grandes. Quanto às importações do país: AD = Alto Destaque; A = Alto; MA = Médio Alto; MB = Médio Baixo. Quanto ao crescimento das importações entre 2003 e 2008: MD = Muito Dinâmico; D = Dinâmico; I = Intermediário; BD = Baixo Dinamismo; ED = Em Decadência. Nota: A tarifa apresentada é uma média aritmética da tarifa ad valorem de todos os SHs que compõem o grupo para os exportadores do Brasil. Esses dados são provenientes do Market Access Map.
Destacam-se dois grandes blocos de mercados com oportunidades para as exportações goianas de farelo de soja. O primeiro é formado por países da Europa, como França, Espanha, Alemanha, Itália e Reino Unido, que juntos compõem mais de US$ 6,8 bilhões importados em 2008. Esse bloco é formado por países que apresentaram crescimento médio das importações entre 12,1% e 20,4% no período 2003-2008, isentos de tarifas alfandegárias, porém com oportunidades restritas às médias e grandes empresas. Cabe ressaltar que, exceto na Itália, o Estado de Goiás já possui uma fatia desses mercados, sendo que o Brasil é o principal exportador para França e Alemanha. O principal concorrente brasileiro na Europa é a Argentina,
25
principalmente na Espanha e na Itália, onde detém 89% e 73% do total das importações, respectivamente, em 2008. O segundo bloco é formado por países do Sudeste Asiático, como Japão, Coreia do Sul, Rússia e China. Apesar de serem mercados importadores pouco menores do que os mercados europeus, conforme dados de 2008 apresentados na Tabela 9, esses países apresentaram crescimento nos últimos anos e estão entre os mais populosos do mundo. A taxa média de crescimento anual das importações na China foi de 173% entre 2003 e 2008. Nesse bloco, o Brasil tem dois grandes concorrentes: (i) a Índia no Vietnã, no Japão e na China; e (ii) a Argentina nos demais destinos. O Oriente Médio destina suas exportações a quatro países: Irã, Síria, Líbia e Iêmen. Esses mercados são relativamente pequenos, mas apresentaram taxa média de crescimento anual das importações superior a 15% entre 2003 e 2008. Constituem-se, também, oportunidades para empresas de médio e grande porte.
MILHO Goiás é o quinto maior produtor de milho do Brasil, respondendo por 8,4% da produção nacional. A Figura 2 divide o estado de Goiás em microrregiões produtoras de milho, conforme a Produção Agrícola Municipal do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (PAM/IBGE) de 2009. Verifica-se que a produção de milho, assim como a de soja, está concentrada na microrregião do Sudoeste de Goiás, com mais de 44% da produção de milho do estado, seguida pelo Entorno de Brasília, que responde por 18,3%. A Tabela 10 mostra a distribuição das exportações goianas de milho por país/continente e discrimina essa distribuição por porte das empresas exportadoras. As exportações goianas desse subgrupo têm como principal destino a África e o Oriente Médio, responsáveis por 42% do total exportado pelo estado. Em 2010, os três principais destinos foram Irã, Egito e Angola, com importações de US$ 13 milhões, US$ 12,5 milhões e US$ 6,1 milhões, respectivamente. Registrase, ainda, que as exportações desse subgrupo são realizadas basicamente por empresas de médio e grande porte; no entanto, observa-se a entrada de empresas de médio porte nesses mercados.
26
Figura 2 – Valor da produção goiana de cereais em grãos e esmagados – milho em 2009
Fonte: Produção Agrícola Municipal do IBGE.
Na América, o principal destino das exportações goianas é a Venezuela, com US$ 8,8 milhões em 2010, seguida por Estados Unidos, com US$ 3,3 milhões, Colômbia, Argentina, Peru e Paraguai, cada um com importações superiores a US$ 1 milhão. As exportações para a América são realizadas por empresas pequenas, médias e principalmente de grande porte. Na Europa, as exportações goianas de milho têm como principais destinos Países Baixos, Espanha e Portugal, onde se destacam as empresas de grande porte. Outro destino dessas exportações é o continente asiático, com destaque para os montantes exportados para Taiwan e Malásia. A Tabela 11 apresenta os mercados selecionados para as exportações goianas de milho. A soma do valor importado pelos principais mercados atingiu US$ 20 bilhões. É importante ressaltar que a participação das exportações brasileiras de milho para os três maiores mercados selecionados é pequena e tem os Estados Unidos como principal concorrente.
27
Tabela 10 - Exportações goianas de milho em 2010 – por país/continente e discriminação do porte da empresa
Continente/País África e Oriente Médio Irã Egito Angola Arábia Saudita Argélia Outros Américas Venezuela Estados Unidos Colômbia Argentina Peru Paraguai Outros Ásia e Oceania Taiwan (Formosa) Malásia China Paquistão Outros Europa e Leste Europeu Países Baixos (Holanda) Espanha Portugal Reino Unido Dinamarca Suíça Total geral
Exportações Continente/ País/ GO (US$) Total Continente Micro 36.140.077 42,6% 12.943.918 35,8% 12.571.211 34,8% 6.138.576 17,0% 2.997.028 8,3% 1.134.161 3,1% 355.183 1,0% 0,0% 21.120.139 24,9% 8.772.177 41,5% 3.331.976 15,8% 1.993.644 9,4% 1.951.330 9,2% 1.338.018 6,3% 1.149.033 5,4% 2.583.961 12,2% 0,0% 11.142.839 13,1% 4.510.693 40,5% 2.241.487 20,1% 1.371.580 12,3% 1.006.713 9,0% 2.012.366 18,1% 0,0% 16.501.823 19,4% 5.580.270 33,8% 4.091.446 24,8% 3.301.150 20,0% 2.452.675 14,9% 1.071.000 6,5% 5.282 0,0% 84.904.878 100% -
Porte Pequena Média 4,0% 17,7% 0,0% 97,6% 1,4% 2,8% 0,0% 10,8% 0,0% 21,0% 0,3% 0,5% 0,0% 0,6% 0,1% 0,4% 0,0% 0,3% 0,5% 1,4% 100% 0,4% 2,5%
Grande 96% 100% 100% 82,3% 100% 100% 2,4% 95,8% 100% 100% 100% 100% 100% 89,2% 0,5% 100% 99,5% 100% 100% 100% 3,6% 99,5% 99,7% 100% 98,1% 100% 100% 97,1%
Fonte dos dados brutos: Brasil, Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
Analisando-se essa tabela, verifica-se que, apesar de Irã e Egito serem o principal destino das exportações goianas, o Japão foi o maior mercado importador selecionado, sendo duas vezes maior do que a Coreia do Sul e o México em volume importado em 2008. Entretanto, Goiás não tem participação nas importações do Japão, onde a tarifa média de importação de 16,4% dificulta a comercialização, sendo essa a maior tarifa entre os dez maiores importadores selecionados para o subgrupo. O principal concorrente do Brasil no Japão são os Estados Unidos, que detêm 98% desse mercado. Assim como no Japão, os Estados Unidos são o maior concorrente do Brasil na Coreia do Sul e no México, com participação de mercado superior a 90%. Ressalte-se que esses três principais mercados apresentaram uma dinâmica relevante de crescimento das importações
28
entre 2003 e 2008, com taxa média de crescimento anual superior a 15% e que, presentemente, concentram oportunidades para empresas de médio e grande porte. Tabela 11 - Destinos selecionados com oportunidades para o subgrupo milho Crescimento Imp. País em Porte das Tarifa Países Selecionados médio imp. 2008 (US$ 1.000) empresas Média 2003-2008 Japão 5.581.884 AD 18,3% I M-G 16,4% Coreia do Sul 2.854.878 AD 21,9% I M-G 6,6% México 2.467.998 AD 17,9% I M-G 4,9% Espanha 1.692.242 AD 20,7% I M-P-M-G 3,5% Egito (2) 991.147 AD 12,9% BD M-G 0,5% Colômbia 948.895 AD 29,1% D M-P-M-G 8,8% Alemanha 869.548 AD 23,1% I M-P-M-G 3,5% Itália 777.994 AD 25,8% I M-P-M-G 3,5% Malásia 717.967 AD 19,2% I M-G 0,0% Marrocos 533.980 AD 27,8% D M-G 17,5% Estados Unidos 505.580 AD 19,9% I M-G 0,0% Chile 444.532 AD 27,7% D M-P-M-G 0,0% Reino Unido 431.646 AD 8,2% BD M-P-M-G 3,5% Peru 413.940 AD 27,2% D M-P-M-G 7,8% França 345.134 AD 14,2% I M-P-M-G 3,5% Tunísia 225.564 A 22,9% I M-G 3,0% Vietnã 151.326 A 21,3% I M-G 15,9% Líbia (3) 110.739 A 33,7% D M-G
Part. Imp. País em 2008 GO BR 0,0% 0,0% 1,3% 0,0% 0,3% 0,2% 15,2% 1,3% 0,3% 0,2% 7,7% 19,1% 15,1% 0,3% 7,7% 4,9% 0,7% 2,0% 0,0% 5,3% 0,6% 12,5% 0,3% 4,8% 10,0% 7,0% 0,4% 12,0% 2,8%
Principal Concorrente Part. País 2008 Estados Unidos 98,6% Estados Unidos 92,9% Estados Unidos 99,5% Argentina 39,8% Estados Unidos 62,2% Estados Unidos 78,7% França 39,4% Hungria 24,4% Índia 48,0% Argentina 61,5% Chile 34,1% Argentina 73,3% França 49,2% Argentina 75,9% Alemanha 18,1% Estados Unidos 39,5% Índia 52,8% Argentina 57,2%
Fonte dos dados brutos: Brasil, Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e UN Comtrade. Legenda: (2) A participação de Goiás foi maior do que a do Brasil nesse país. Essa diferença ocorre em função da fonte dos dados. A participação do Estado é fornecida pelo Departamento de Planejamento e Desenvolvimento do Comércio Exterior (DEPLA), da Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), enquanto a participação do Brasil e do principal concorrente são calculadas com informações reportadas pelo próprio país, de acordo com o UN Comtrade. (3) As informações sobre importações desse país estão de acordo com as exportações reportadas pelos outros países. Quanto ao tamanho das empresas: M-P = micro e pequenas; M-G = médias e grandes. Quanto às importações do país: AD = Alto Destaque; A = Alto; MA = Médio Alto; MB = Médio Baixo. Quanto ao crescimento das importações entre 2003 e 2008: MD = Muito Dinâmico; D = Dinâmico; I = Intermediário; BD = Baixo Dinamismo; ED = Em Decadência. Nota: A tarifa apresentada é uma média aritmética da tarifa ad valorem de todos os SHs que compõem o grupo para os exportadores do Brasil. Esses dados são provenientes do Market Access Map.
Além dos Estados Unidos, a Argentina também aparece como principal concorrente do Brasil em alguns países, como a Espanha, que, em 2008, se destacou como o quarto maior importador selecionado para o subgrupo milho. A Espanha apresentou taxa média de crescimento anual de 20% entre 2003 e 2008, o que caracterizou um dinamismo intermediário entre os países selecionados. A participação da Argentina na Espanha foi de 39% em 2008, sendo que Goiás participou com 0,2%, e o Brasil com 15% no mesmo ano. Apesar de o Egito ser o segundo principal destino das exportações goianas de milho, a participação do estado nesse mercado é de pouco mais de 1%.
29
COURO A Tabela 12 mostra a distribuição das exportações goianas de couro. Observa-se que 73,6% das exportações são destinadas para a Ásia, principalmente para a China, somando, em 2010, US$ 25,5 milhões, seguidas por Hong Kong e Vietnã, que importaram mais de US$ 5 milhões cada, nesse mesmo ano. Para a Ásia, as exportações foram realizadas essencialmente por empresas de grande porte. Outro destino importante das exportações goianas de couro é a Europa, mais especificamente a Itália, que importou US$ 10,7 milhões em 2010. Diferentemente da Ásia, as exportações para a Europa foram realizadas tanto por empresas de grande quanto por empresas de médio porte, com participação significante de 30% no total exportado para a região. Tabela 12 - Exportações goianas de couro em 2010 – por país/continente e discriminação do porte da empresa
Continente/País Américas Estados Unidos Rep. Dominicana Uruguai Canadá Ásia e Oceania China Hong Kong Vietnã Índia Tailândia Outros Europa e Leste Europeu Itália Portugal Outros Total geral
Exportações Continente/ País/ GO (US$) Total Continente 874.618 1,5% 572.895 65,5% 114.021 13,0% 105.299 12,0% 82.403 9,4% 41.585.985 73,6% 25.585.190 61,5% 5.495.158 13,2% 5.168.602 12,4% 2.271.684 5,5% 1.590.773 3,8% 1.474.578 3,5% 14.006.565 24,8% 10.776.496 76,9% 1.648.411 11,8% 1.581.658 11,3% 56.467.168
Porte Micro Pequena Média 3,4% 4,9% 1,8% 2,3% 0,0% 0,0% 1,4% 0,0% 30,1% 0,0% 24,5% 62,3% 0,0% 0,0% 35,4% 0,0% 10,0%
Grande 100% 100% 100% 100% 100% 96,6% 95,1% 98,2% 100% 97,7% 100% 98,6% 69,9% 75,5% 37,7% 64,6% 90,0%
Fonte dos dados brutos: Brasil, Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
A Tabela 13 apresenta os mercados selecionados com oportunidades para a exportação de couro. Verifica-se que a Ásia, representada por China, Vietnã, Índia e Indonésia, é a região que concentra a maior quantidade de países com oportunidades. Entre esses países, a China configurase como o maior mercado importador selecionado, somando, em 2008, US$ 5,6 bilhões em importações. Esse país ainda apresentou uma taxa média de crescimento de 8,4% ao ano entre 2003 e 2008 e uma barreira tarifária média de 6,7% à entrada dos produtos. O Brasil participou com 9,3% do total importado pela China em 2008, sendo os Estados Unidos seu principal concorrente, com participação de 20,4% nesse mesmo ano. O Vietnã é outro mercado bilionário 30
na Ásia, com taxa média de crescimento de 15% ao ano entre 2003 e 2008 e barreira tarifária média de 7,2% à entrada desse produto. O Brasil participou com 9,4% do total importado de couro pelo Vietnã em 2008, e o principal concorrente no país é a Coreia do Sul, com 11,1% do mercado. É importante ressaltar que, em relação à Ásia, apareceram oportunidades apenas para empresas de grande porte. Tabela 13 - Destinos selecionados com oportunidades para o subgrupo couro Crescimento Imp. País em Porte das Tarifa Países Selecionados médio imp. 2008 (US$ 1.000) empresas Média 2003-2008 China 5.639.531 AD 8,4% I M-G 6,7% Itália 3.573.836 AD 1,9% BD M-P-M-G 1,3% Alemanha 1.027.747 AD 4,7% I M-P-M-G 1,3% Vietnã 1.014.474 AD 15,0% MD M-G 7,2% México 668.464 AD -4,6% ED M-G 3,6% França 593.150 AD 2,6% BD M-P-M-G 1,3% Índia 484.938 AD 21,1% MD M-G 6,5% Indonésia 336.021 A 25,7% MD M-G 0,3% Rússia (1) 92.356 A 30,9% MD M-G 3,4% Camboja (3) 54.587 MA 16,9% MD M-G 20,2% Bangladesh (1) (2) (3) 40.093 MB 28,0% MD M-G 0,3%
Part. Imp. País em 2008 GO BR 0,5% 9,3% 0,3% 14,9% 0,1% 3,6% 0,5% 9,4% 9,5% 1,4% 0,5% 1,5% 0,0% 15,6% 0,1% 0,5% 3,1% 0,6% 0,6%
Principal Concorrente Part. País 2008 Estados Unidos 20,4% França 8,4% Itália 34,8% Coreia do Sul 11,1% Estados Unidos 42,5% Itália 39,8% Itália 16,7% Coreia do Sul 16,2% Itália 26,2% Tailândia 27,9% Itália 34,4%
Fonte dos dados brutos: Brasil, Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e UN Comtrade. Legenda: (1) Esse país foi selecionado apesar do superávit na balança comercial para esse grupo. (2) A participação de Goiás foi maior do que a do Brasil nesse país. Essa diferença ocorre em função da fonte dos dados. A participação do estado é fornecida pelo Departamento de Planejamento e Desenvolvimento do Comércio Exterior (DEPLA), da Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), enquanto a participação do Brasil e do principal concorrente são calculadas com informações reportadas pelo próprio país, de acordo com o UN Comtrade. (3) As informações sobre importações desse país estão de acordo com as exportações reportadas pelos outros países. Quanto ao tamanho das empresas: MP = micro e pequenas; M-G = médias e grandes. Quanto às importações do país: AD = Alto Destaque; A = Alto; MA = Médio Alto; MB = Médio Baixo. Quanto ao crescimento das importações entre 2003 e 2008: MD = Muito Dinâmico; D = Dinâmico; I = Intermediário; BD = Baixo Dinamismo; ED = Em Decadência. Nota: A tarifa apresentada é uma média aritmética da tarifa ad valorem de todos os SHs que compõem o grupo para os exportadores do Brasil. Esses dados são provenientes do Market Access Map.
A Europa, representada pela Itália, Alemanha e França, além de Rússia, no Leste Europeu, também foi selecionada como região com oportunidades para as exportações de couro. Diferentemente da Ásia, a Europa oferece oportunidades para micro e pequenas empresas. A Itália é o maior mercado europeu selecionado, com importações de US$ 3,5 bilhões em 2008, taxa média de crescimento de 1,9% ao ano entre 2003 e 2008 e barreira tarifária mais baixa em relação à Ásia, com taxa de 1,3% à entrada do produto. O Brasil participou com 14,9% do montante importado pela Itália em 2008, configurando-se como principal fornecedor do país e tendo como seu principal concorrente a França, com 8,4% do mercado italiano. Destaca-se que a Itália configura-se tanto como oportunidade para as exportações quanto como principal concorrente em outros países da Europa e no resto do mundo, como na Alemanha, com 34,8% do mercado, na França, com 39,8%, na Índia, com 16,7%, na Rússia, com 26,2%, e em Bangladesh, com participação de 34,4%. 31
Na América do Norte, o México destaca-se como oportunidade para as exportações de couro, que somaram US$ 668 milhões em 2008. No entanto, esse país apresentou taxa média decrescente de -4,6% ao ano entre 2003 e 2008, sendo classificado como um mercado em declínio. Os Estados Unidos são o principal parceiro comercial do México, com participação de 42,5% do mercado, e o Brasil participou com 9,5% do total importado de couro em 2008.
CARNE DE BOI IN NATURA A Figura 3 detalha o estado de Goiás em microrregiões criadoras de bovinos, conforme a Pesquisa Pecuária Municipal do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (PPM/IBGE) de 2009. Figura 3 – Efetivo dos rebanhos de bovinos de Goiás em 2009
Observa-se que a criação está distribuída por todo o estado, mas principalmente pelas microrregiões do Sudoeste de Goiás, São Miguel do Araguaia, Rio Vermelho, Porangatu e Meia Ponte, que juntas responderam por quase 50% do total do rebanho bovino do Estado, que era de 20,8 milhões de cabeças em 2009. Goiás responde por 10,2% do rebanho nacional, ficando atrás de Mato Grosso, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul. 32
A Tabela 14 mostra a distribuição das exportações goianas de carne de boi in natura, agrupada por continente/país, e ainda discrimina essa distribuição por porte das empresas exportadoras. O total exportado por Goiás, em 2010, foi de US$ 513,4 milhões, concentrando-se em dois países: Irã e Rússia. As empresas exportadoras dessa região foram exclusivamente de grande porte. Tabela 14 – Exportações goianas de carne de boi in natura em 2010 – por país/continente e discriminação do porte da empresa
Continente/País África e Oriente Médio Irã Egito Líbano Argélia Arábia Saudita Emirados Árabes Unidos Outros Américas Chile Venezuela Outros Ásia e Oceania Hong Kong Filipinas Cingapura Outros Europa e Leste Europeu Rússia Itália Alemanha Países Baixos (Holanda) Espanha Suécia Outros Total geral
Exportações Continente/ País/ GO (US$) Total Continente 269.930.578 52,6% 150.970.633 55,9% 37.629.518 13,9% 21.483.679 8,0% 16.548.220 6,1% 16.305.819 6,0% 5.614.407 2,1% 21.378.302 7,9% 45.170.805 8,8% 31.941.740 70,7% 12.032.447 26,6% 1.196.618 2,6% 20.408.342 4,0% 16.046.885 78,6% 2.468.384 12,1% 1.647.861 8,1% 245.212 1,2% 177.938.566 34,7% 120.201.776 67,6% 16.733.740 9,4% 8.015.716 4,5% 7.850.622 4,4% 4.260.227 2,4% 4.247.677 2,4% 16.628.808 9,3% 513.448.291 100%
Micro 0,0% 0,0% 0,0% -
Porte Pequena Média 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% -
Grande 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100%
Fonte dos dados brutos: Brasil, Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
O principal destino desse subgrupo é o Oriente Médio, sendo o Irã o país representante dessa região, abarcando mais de 50% das exportações destinadas à África e ao Oriente Médio, somando US$ 151 milhões em 2010. O segundo maior destino é a região do Leste Europeu, com destaque para a Rússia, que importou US$ 120 milhões no mesmo ano, participando com 67% do total enviado à Europa e ao Leste Europeu. As exportações goianas de carne de boi para as Américas foram de US$ 45 milhões e representaram 8,8% do total exportado por Goiás. Os principais destinos foram Chile e Venezuela. 33
Nesse subgrupo, a Ásia teve a menor participação, com importações de US$ 20 milhões, ou 4% do total exportado. Hong Kong destaca-se com mais de 78% das importações do continente. A Tabela 15 apresenta os destinos selecionados com oportunidades, em que se destacam os países da Europa como grandes mercados importadores. O maior comprador de carne bovina do continente é a Itália, com importações de US$ 2,9 bilhões em 2008 e taxa média de crescimento anual de 11,9% entre 2003 e 2008. A participação de Goiás na Itália é de apenas 0,6% e seu principal concorrente são os Países Baixos, com 19,8%. Após a Itália, os maiores importadores da região são Alemanha, Países Baixos e Espanha. Apesar de a Europa ser o maior mercado, a tarifa média de importações de 75,9% dificulta a comercialização do estado com a região. Tabela 15 - Destinos selecionados com oportunidades para o subgrupo carne de boi in natura Crescimento Part. Imp. Principal Concorrente Imp. País em Porte das Tarifa Países Selecionados médio imp. País em 2008 Part. 2008 (US$ 1.000) empresas Média País 2003-2008 GO BR 2008 Países Baixos Itália 2.990.566 AD 11,9% I M-G 75,9% 0,6% 2,8% 19,8% (Holanda) Rússia 2.662.374 AD 33,8% D M-G 15,8% 4,5% 50,5% Paraguai 10,1% Alemanha 1.660.718 AD 24,1% D M-G 75,9% 0,5% 3,2% Argentina 27,1% Países Baixos (Holanda) 1.586.811 AD 18,0% I M-G 75,9% 0,5% 4,8% Alemanha 22,2% Países Baixos Espanha 856.727 AD 12,9% I M-G 75,9% 0,5% 4,0% 23,5% (Holanda) Egito 483.764 AD 26,4% D M-G 0,0% 7,8% 32,3% Índia 56,4% Chile (2) 444.791 AD 15,4% I M-G 5,3% 7,2% 3,1% Paraguai 49,8% Hong Kong 357.694 AD 17,1% I M-G 0,0% 4,5% 44,9% Estados Unidos 14,1% Irã (3) 349.126 AD 44,4% MD M-G 4,0% 43,2% 92,5% Índia 7,5% Israel 309.899 AD 23,1% D M-G 101,5% 0,8% 34,0% Argentina 25,3% Arábia Saudita (3) 230.944 AD 20,2% I M-G 4,2% 7,1% 58,1% Índia 27,5% Filipinas 199.870 AD 16,9% I M-G 10,0% 1,2% 9,8% Índia 64,3% Emirados Árabes Unidos (3) 187.721 AD 27,9% D M-G 4,2% 3,0% 30,4% Índia 22,1% Indonésia 125.793 AD 46,7% MD M-G 5,0% Austrália 55,7% Líbano 124.079 A 28,8% D M-G 5,0% 63,0% Índia 20,9% Cingapura 109.975 A 19,5% I M-G 0,0% 1,5% 31,3% Austrália 40,1% Fonte dos dados brutos: Brasil, Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e UN Comtrade. Legenda: (2) A participação de Goiás foi maior do que a do Brasil nesse país. Essa diferença ocorre em função da fonte dos dados. A participação do Estado é fornecida pelo Departamento de Planejamento e Desenvolvimento do Comércio Exterior (DEPLA), da Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), enquanto a participação do Brasil e do principal concorrente são calculadas com informações reportadas pelo próprio país, de acordo com o UN Comtrade. (3) As informações sobre importações desse país estão de acordo com as exportações reportadas pelos outros países. Quanto ao tamanho das empresas: M-P = micro e pequenas; M-G = médias e grandes. Quanto às importações do país: AD = Alto Destaque; A = Alto; MA = Médio Alto; MB = Médio Baixo. Quanto ao crescimento das importações entre 2003 e 2008: MD = Muito Dinâmico; D = Dinâmico; I = Intermediário; BD = Baixo Dinamismo; ED = Em Decadência. Nota: A tarifa apresentada é uma média aritmética da tarifa ad valorem de todos os SHs que compõem o grupo para os exportadores do Brasil. Esses dados são provenientes do Market Access Map.
No Leste Europeu, a Rússia registrou a segunda posição entre os maiores mercados importadores do subgrupo carne de boi, com US$ 2,6 bilhões em 2008, além de apresentar taxa média de crescimento anual de 33,8% entre 2003 e 2008. As exportações para esse país 34
configuram uma oportunidade mais concreta em relação aos países europeus, pois já existe uma participação maior das exportações do estado. A tarifa média de importações foi de 15,8%, possibilitando uma participação de 4,5% do estado, além de ter o Brasil como principal fornecedor, com 50,5% do mercado. O destaque na Ásia está na oportunidade de exportações para Hong Kong. Desse mercado, Goiás tem participação de 4,5%, e o Brasil é líder, com 45%. O maior concorrente do Brasil são os Estados Unidos, com 14% de participação. No Oriente Médio, as principais oportunidades para exportações de carne de boi estão em Egito, Irã, Israel. O Egito apresentou dinamismo nas importações, com taxa média anual de 26%. Goiás tem participação de 7,8% nesse país, sendo a Índia o seu maior concorrente. O Irã se revelou como um país muito dinâmico nas importações, com taxa média anual de crescimento de 44%. Goiás contribuiu com 43% do total importado pelo Irã, e o Brasil com 92%, liderando o mercado que tem como o principal concorrente a Índia. Em Israel, a taxa média de crescimento anual das importações foi de 23%, porém a participação do estado foi inferior a 1%. Na América do Sul, o único país que se apresenta como oportunidade é o Chile, com taxa média de crescimento das importações de 15% ao ano. Nesse mercado, a participação de Goiás é de 7,2% e seu principal concorrente é o Paraguai, que detém 50% do mercado. CARNE DE FRANGO IN NATURA A Figura 4 detalha o estado de Goiás em microrregiões criadoras de frangos, conforme a Pesquisa Pecuária Municipal do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (PPM/IBGE) de 2009. Observa-se que a criação está concentrada na microrregião do Sudoeste de Goiás, com 45% do rebanho do Estado, seguido por Pires do Rio, Meia Ponte e Anápolis, que juntas responderam por quase 41% do total do rebanho de frangos de Goiás, que somava 42,9 milhões de cabeças em 2009. A Tabela 16 mostra a distribuição das exportações goianas de carne de frango por país/continente e ainda discrimina essa distribuição por porte das empresas exportadoras. As exportações foram de US$ 49 milhões em 2010 e realizadas somente por empresas de grande porte.
35
Figura 4 - Efetivo dos rebanhos de frango de Goiás em 2009
Fonte: Produção Agrícola Municipal do IBGE.
O principal destino desse subgrupo é o Leste Europeu, com participação de 46% do total exportado pelo estado, cujas exportações para a Rússia foram de US$ 22 milhões em 2010. O segundo maior destino é a Ásia e a Oceania, que receberam 36% do total exportado, com destaque para Hong Kong, que somou US$ 17,2 milhões em importações. Portanto, verifica-se que 80% do total exportado pelo subgrupo têm como destino Rússia e Hong Kong. As exportações para África e Oriente Médio somaram, em 2010, US$ 7,2 milhões e representaram 14,8% do total exportado por Goiás. Os principais destinos foram Iraque, Emirados Árabes e Kuwait. As Américas tiveram a menor participação, somando US$ 1,5 milhão, representando apenas 3% do total exportado pelo estado.
36
Tabela 16 - Exportações goianas de carne de frango in natura em 2010 – por país/continente e discriminação do porte da empresa Exportações Continente/ País/ Porte Continente/País GO (US$) Total Continente Micro Pequena Média Grande África e Oriente Médio 7.270.467 14,8% 100% Iraque 2.523.073 34,7% 100% Emirados Árabes Unidos 1.612.718 22,2% 100% Kuwait 1.224.281 16,8% 100% Omã 465.108 6,4% 100% Cabo Verde 323.098 4,4% 100% Líbano 259.920 3,6% 100% Catar 254.220 3,5% 100% Gana 205.619 2,8% 100% Angola 151.214 2,1% 100% Outros 251.216 3,5% 0% 0% 0% 100% Américas 1.526.942 3,1% 100% Antilhas Holandesas 639.512 41,9% 100% Granada 481.817 31,6% 100% Trinidad e Tobago 160.477 10,5% 100% Outros 245.136 16,1% 0% 0% 0% 100% Ásia e Oceania 17.887.680 36,3% 100% Hong Kong 17.223.332 96,3% 100% Vietnã 444.638 2,5% 100% Outros 219.710 1,2% 0% 0% 0% 100% Europa e Leste Europeu 22.538.755 45,8% 100% Rússia 22.063.344 97,9% 100% Montenegro 128.440 0,6% 100% Moldova 119.564 0,5% 100% Outros 227.407 1,0% 0% 0% 0% 100% Total geral 49.223.844 100% 0% 0% 0% 100% Fonte dos dados brutos: Brasil, Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
A Tabela 17 apresenta os mercados selecionados como oportunidade para o incremento das exportações goianas de carne de frango in natura. Os maiores mercados importadores estão na Ásia. O maior comprador de frango da região é o Japão, com importações de US$ 1,3 bilhão em 2008 e taxa média de crescimento anual de 11,9% entre 2003 e 2008. Apesar de Goiás não exportar para o Japão, o Brasil é líder nesse mercado e detém 95% de participação, consolidando uma oportunidade para as exportações goianas de frango. Após o Japão, os maiores importadores da região são China e Hong Kong. Na Ásia, as exportações goianas de frango atendem apenas Hong Kong. Nesse país, a participação dessas exportações é de 1,7%, sendo que o Brasil possui 62%, e o principal concorrente é a China, com 15% do mercado. Na Europa, apesar de apresentar baixo dinamismo do crescimento das importações, o Reino Unido é o maior importador, seguido por Alemanha, França, Países Baixos e Espanha. Na Espanha, o Brasil tem a maior participação, com 32% do mercado, sendo a Alemanha seu principal
37
concorrente, com 31%. Apesar de o Brasil fornecer carne de frango para os países mencionados, Goiás não registrou exportações para essas regiões. Tabela 17 – Destinos selecionados com oportunidades para o subgrupo carne de Frango in natura Crescimento Part. Imp. Principal Concorrente Imp. País em Porte das Tarifa Países Selecionados médio imp. País em 2008 Part. 2008 (US$ 1.000) empresas Média País 2003-2008 GO BR 2008 Japão 1.299.619 AD 11,9% I M-G 8,2% 94,6% Estados Unidos 3,7% Países Baixos Reino Unido 1.254.970 AD 6,7% BD M-G 29,7% 2,2% 54,8% (Holanda) Rússia 1.218.756 AD 14,0% I M-G 51,0% 1,8% 20,8% Estados Unidos 66,6% China 1.033.335 AD 20,2% I M-G 13,5% 0,0% Estados Unidos 73,8% Hong Kong 1.032.408 AD 13,9% I M-G 0,0% 1,7% 62,1% China 15,4% Países Baixos Alemanha 661.210 AD 7,2% BD M-G 29,7% 12,3% 47,1% (Holanda) França 651.206 AD 20,0% I M-G 29,7% 5,0% Bélgica 30,7% Países Baixos (Holanda) 646.229 AD 11,1% BD M-G 29,7% 18,7% Bélgica 28,8% Iraque (3) 273.832 AD 130,2% MD M-G 0,9% 31,6% Estados Unidos 27,9% Cingapura 228.291 AD 17,1% I M-G 0,0% 78,9% Estados Unidos 19,6% Espanha 219.563 AD 17,6% I M-G 29,7% 32,7% Alemanha 31,0% Angola (3) 198.726 AD 28,3% D M-G 10,0% 0,1% 32,6% Estados Unidos 54,0% Cuba (3) 165.998 A 28,1% D M-G 0,9% 18,6% Estados Unidos 80,6% Iêmen (3) 140.110 A 15,0% I M-G 10,0% 0,0% 65,7% França 32,6% Vietnã 123.541 A 267,5% MD M-G 20,0% 0,4% 26,8% Estados Unidos 62,7% Coreia do Sul 110.528 A 4,5% BD M-G 21,0% 46,9% Estados Unidos 47,9% Catar 86.316 A 16,3% I M-G 5,0% 0,3% 72,6% Estados Unidos 8,2% Cazaquistão 84.120 A 30,0% D M-G 71,8% 0,1% 6,2% Estados Unidos 78,8% Gana 77.836 A 26,4% D M-G 20,0% 0,3% 38,6% Estados Unidos 23,3% Chile (1) 41.239 MA 88,9% MD M-G 9,4% Argentina 97,0% Egito (3) 37.228 MA 127,4% MD M-G 30,0% 99,9% França 0,1% Fonte dos dados brutos: Brasil, Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e UN Comtrade. Legenda: (1) Esse país foi selecionado apesar do superávit na balança comercial para esse grupo. (3) As informações sobre importações desse país estão de acordo com as exportações reportadas pelos outros países. Quanto ao tamanho das empresas: MP = micro e pequenas; M-G = médias e grandes. Quanto às importações do país: AD = Alto Destaque; A = Alto; MA = Médio Alto; MB = Médio Baixo. Quanto ao crescimento das importações entre 2003 e 2008: MD = Muito Dinâmico; D = Dinâmico; I = Intermediário; BD = Baixo Dinamismo; ED = Em Decadência. Nota: A tarifa apresentada é uma média aritmética da tarifa ad valorem de todos os SHs que compõem o grupo para os exportadores do Brasil. Esses dados são provenientes do Market Access Map.
No Leste Europeu, a Rússia registrou a terceira posição entre os maiores mercados importadores do subgrupo carne de frango, com US$ 1,2 bilhão em 2008, e apresentou taxa média de crescimento anual de 14% entre 2003 e 2008. Goiás tem participação de 1,8% no total importado de carne de frango pela Rússia, e o Brasil detém 20,8%. O principal concorrente são os Estados Unidos, com 66,6% das importações russas. Os países que se destacam no Oriente Médio são o Iraque e o Egito. Apesar de não importarem valores tão expressivos, apresentaram-se como muito dinâmicos. O Iraque se destaca como oportunidade devido ao crescimento muito dinâmico das importações, registrando uma taxa média de crescimento de 130% ao ano entre 2003 e 2008. A participação de Goiás no mercado Iraquiano foi de 0,9%, sendo o Brasil o maior exportador, com 31% do mercado. No Egito, o Brasil também é líder, com 99% do total importado pelo país. As importações do Egito, em 38
2008, registraram taxa média de crescimento anual de 127%, o que também o classifica como uma oportunidade para as exportações de frango do estado. Na América do Sul, o país que se apresenta como oportunidade é o Chile, com taxa média de crescimento das importações de 89% ao ano, porém não ocorreram exportações para esse país, e a Argentina domina o mercado, com 97% do total importado. No continente Africano, os principais mercados importadores foram Angola e Gana, com taxa média de crescimento anual de 28% e 26%, respectivamente.
AÇÚCAR EM BRUTO A Tabela 18 apresenta os principais destinos das exportações goianas de açúcar em bruto, em 2010, por continente/país, e ainda discrimina essa distribuição por porte das empresas exportadoras. Tabela 18 - Exportações goianas de açúcar em bruto em 2010 – por país/continente e discriminação do porte da empresa
Continente/País África e Oriente Médio Egito Argélia Arábia Saudita Nigéria Marrocos Irã Outros Américas Venezuela Canadá Estados Unidos Outros Ásia e Oceania Indonésia Malásia Índia Bangladesh China Outros Europa e Leste Europeu Rússia Finlândia Outros Total geral
Exportações Continente/ País/ GO (US$) Total Continente 144.880.949 51,7% 39.874.613 27,5% 21.825.620 15,1% 19.012.913 13,1% 18.343.541 12,7% 17.240.426 11,9% 14.161.112 9,8% 14.422.724 10,0% 13.271.821 4,7% 5.971.594 45,0% 5.441.214 41,0% 1.660.933 12,5% 198.080 1,5% 92.313.849 33,0% 30.105.777 32,6% 21.194.050 23,0% 18.603.488 20,2% 12.612.765 13,7% 6.543.362 7,1% 3.254.407 3,5% 29.523.859 10,5% 21.107.113 71,5% 2.775.240 9,4% 5.641.506 19,1% 279.990.478 100%
Micro 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% -
Porte Pequena Média 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% -
Grande 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100%
Fonte dos dados brutos: Brasil, Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
39
O principal destino de açúcar bruto foi África e o Oriente Médio, com 51,7% do total exportado por Goiás. Nesse ano, o montante das vendas para Egito, Argélia, Arábia Saudita, Nigéria, Marrocos e Irã foi superior a US$ 130 milhões. O segundo destino foi a Ásia, representada especialmente por Indonésia, Malásia, Índia e Bangladesh e responsável por 33% dessas exportações, somando US$ 92,3 milhões. Outro grande destino dessas exportações foi a Rússia, no Leste Europeu, com importações de US$ 21,1 milhões em 2010. Vale ressaltar que as exportações desse subgrupo foram exclusivamente realizadas por empresas de grande porte. A Tabela 19 apresenta os mercados selecionados para as exportações goianas de açúcar em bruto. Tabela 19 – Destinos selecionados com oportunidades para o subgrupo açúcar em bruto Crescimento Part. Imp. País Principal Concorrente Porte das Tarifa médio imp. em 2008 Part. empresas Média País 2003-2008 GO BR 2008 Rússia 940.748 AD 1,9% BD M-G 48,6% 2,2% 83,9% Tailândia 8,6% Reino Unido 913.677 AD 5,9% BD M-G 55,5% 4,2% Maurício 28,7% Estados Unidos 710.781 AD 4,3% BD M-G 17,0% 0,2% 6,4% México 19,1% Coreia do Sul (2) 528.977 AD 12,6% I M-G 19,1% 0,2% 0,2% Austrália 71,6% Egito 474.901 AD 94,3% MD M-G 7,0% 8,4% 97,0% Estados Unidos 3,0% Malásia 412.921 AD 11,8% I M-G 0,3% 5,1% 36,2% Austrália 39,0% Sudão 406.691 AD 116,5% MD M-G 15,1% Arábia Saudita 98,1% Canadá 400.925 AD 10,4% BD M-G 1,6% 1,4% 64,1% Guatemala 17,1% Bangladesh (3) 247.084 AD 70,0% MD M-G 17,3% 5,1% 57,2% Índia 42,8% Cazaquistão 236.688 AD 14,5% I M-G 16,0% 82,1% Cuba 17,9% China (2) 223.778 AD 10,5% I M-G 40,7% 2,9% 0,1% Cuba 84,4% Síria (3) 146.082 AD 81,0% MD M-G 5,0% 2,8% 98,9% Índia 1,1% França 131.537 AD 21,8% D M-G 55,5% 7,5% Suazilândia 15,7% Indonésia (2) 123.895 AD 7,7% BD M-G 18,7% 24,3% Tailândia 82,4% Alemanha 93.169 A 47,9% MD M-G 55,5% 0,4% 3,7% França 27,4% Etiópia 54.945 A 303,1% MD M-G 5,0% Índia 77,3% Tunísia 45.735 A 12,8% I M-G 17,7% 100% Espanha 0,0% Nigéria 39.978 A 11,4% I M-G 13,9% 45,9% 91,6% Belize 6,0% Rep. Democratica do Congo (3) 39.355 A 19,8% I M-G 19,6% 9,5% Zâmbia 48,5% Fonte dos dados brutos: Brasil, Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e UN Comtrade. Legenda: (2) A participação de Goiás foi maior do que a do Brasil nesse país. Essa diferença ocorre em função da fonte dos dados. A participação do estado é fornecida pelo Departamento de Planejamento e Desenvolvimento do Comércio Exterior (DEPLA), da Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), enquanto a participação do Brasil e do principal concorrente são calculadas com informações reportadas pelo próprio país, de acordo com o UN Comtrade. (3) As informações sobre importações desse país estão de acordo com as exportações reportadas pelos outros países. Quanto ao tamanho das empresas: M-P = micro e pequenas; M-G = médias e grandes. Quanto às importações do país: AD = Alto Destaque; A = Alto; MA = Médio Alto; MB = Médio Baixo. Quanto ao crescimento das importações entre 2003 e 2008: MD = Muito Dinâmico; D = Dinâmico; I = Intermediário; BD = Baixo Dinamismo; ED = Em Decadência. Nota: A tarifa apresentada é uma média aritmética da tarifa ad valorem de todos os SHs que compõem o grupo para os exportadores do Brasil. Esses dados são provenientes do Market Access Map. Países Selecionados
Imp. País em 2008 (US$ 1.000)
Verifica-se que o Brasil é um grande produtor mundial, com grande participação na maioria dos mercados selecionados, e que as oportunidades aparecem para médias e grandes empresas. Por exemplo, o Brasil participou com 83,9% das importações de açúcar em bruto da Rússia em 2008, 97% das importações do Egito e 64% das importações do Canadá. Outro ponto importante e 40
que deve ser observado é a alta tarifa média cobrada na entrada do produto, ou barreira tarifária, a exemplo de 55,5% nos países europeus e 48,6% na Rússia. Na Europa e no Leste Europeu, aparecem destinos como Rússia, Reino Unido, França e Alemanha, com destaque para a Rússia e o Reino Unido, que importaram mais de US$ 900 milhões cada em 2008. Apesar de o mercado da Rússia ser um pouco maior do que o mercado do Reino Unido observa-se que, entre 2003 e 2008, este cresceu a taxas maiores, 5,9% ao ano, do que aquele com 1,9% ao ano. Outro ponto importante entre esses dois destinos está o fato de o Brasil ter uma posição consolidada na Rússia, com 83,9% de participação nesse mercado, contra apenas 4,2% no Reino Unido em 2008. Esse fato mostra que há bastante espaço para crescimento nesse grande mercado que é o Reino Unido, cujo principal parceiro comercial foram as Ilhas Maurício, com 28,7% de participação. Na América do Norte também aparecem dois grandes mercados, Estados Unidos e Canadá, com importações de US$ 710 milhões e US$ 401 milhões, respectivamente, em 2008. Nos Estados Unidos, o principal parceiro comercial é o México, com participação de 19,1% em 2008; no Canadá, o Brasil é o principal fornecedor, com 64,1%, seguido pela Guatemala, com 17,1% de participação no mesmo ano. Na Ásia, também aparecem vários países selecionados como oportunidade para as exportações de açúcar em bruto, tais como Coreia do Sul, Malásia, Bangladesh, China e Indonésia, que juntos foram responsáveis por mais de US$ 1,5 bilhão em 2008, com destaque para Bangladesh, que apresentou taxa média de crescimento de 70% ao ano, entre 2003 e 2008. A África também se destaca como importante região importadora de açúcar, com altas taxas de crescimento e grandes mercados, como Egito e Sudão, que importaram mais de US$ 400 milhões cada, em 2008, e cresceram a taxas de 94% e 116% ao ano, respectivamente, entre 2003 e 2008. Outros mercados na África são Síria, Etiópia, Tunísia, Nigéria e Congo, que, apesar de menores, crescem a taxas bem interessantes na relação entre crescimento de mercado e abertura de oportunidades para a entrada de novos fornecedores.
MASSAS ALIMENTÍCIAS E PREPARAÇÕES ALIMENTÍCIAS O grupo de massas alimentícias tem os concentrados de proteínas e substâncias protéicas texturizadas, em geral proteína concentrada de soja, como o principal produto de exportado. Conforme a Tabela 20, o principal destino das exportações goianas de massas alimentícias e suas preparações foi Europa, principalmente os Países Baixos, que importaram US$ 36,8 milhões em 2010. Outros destinos importantes estão na América do Sul, com exportações de US$ 5,2 milhões 41
para o Chile, US$ 2 milhões para a Argentina e mais de US$ 1 milhão para o Paraguai e o Uruguai, separadamente. A maioria das exportações goianas de massas alimentícias é realizada por grandes empresas, à exceção do Paraguai, onde 11,8% dessas exportações foram realizadas por médias empresas, e de Angola, onde 59,3% foram realizadas por pequenas empresas. Tabela 20 – Exportações goianas de massas alimentícias e preparações alimentícias em 2010 – por país/continente e discriminação do porte da empresa Exportações Continente/ País/ Porte Continente/País GO (US$) Total Continente Micro Pequena Média Grande África e Oriente Médio 825.886 1,7% 21,0% 79,0% Cabo Verde 493.334 59,7% 100% Angola 291.926 35,3% 59,3% 40,7% Outros 40.626 4,9% Américas 10.891.097 22,3% 0,1% 0,3% 1,7% 97,9% Chile 5.229.402 48,0% 0,1% 99,9% Argentina 2.042.069 18,7% 100% Paraguai 1.589.024 14,6% 11,8% 88,2% Uruguai 1.181.910 10,9% 100% Colômbia 320.376 2,9% 100% Bolívia 229.329 2,1% 100% Venezuela 195.431 1,8% 100% Outros 103.556 1,0% Ásia e Oceania 89.388 0,2% 100% Austrália 45.396 50,8% 100% Samoa 43.992 49,2% 100% Europa e Leste Europeu 37.010.456 75,8% 0,4% 99,6% Países Baixos (Holanda) 36.884.905 99,7% 0,1% 99,9% Outros 125.551 0,3% Total geral 48.816.827 0,0% 0,7% 0,4% 98,9% Fonte dos dados brutos: Brasil, Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior,
Os maiores mercados com oportunidades para massas alimentícias e preparações alimentícias estão na Europa e no Leste Europeu, seguido pela América do Norte, conforme a Tabela 21. Somando-se os valores importados por Alemanha, Reino Unido, França, Espanha, Países Baixos, Itália, Rússia, Suécia, Polônia, Ucrânia, Eslováquia e Turquia, obtém-se o montante de US$ 46 bilhões em importações em 2008. Com destaque para os mercados da Alemanha, Reino Unido e França, que importaram separadamente valores acima de US$ 8 bilhões em 2008 e apresentaram taxas médias de crescimento acima de 11% ao ano entre 2003 e 2008, além de oferecerem oportunidades para as exportações de empresas de todos os portes. Vale ressaltar que Alemanha e França se configuram tanto como oportunidades para o aumento das exportações quanto como principais concorrentes em outros países da região, isso devido à função de distribuidores comerciais, exercida por esses países na Europa e no Leste Europeu. Outros grandes mercados europeus são Espanha, Países Baixos, Itália, Rússia, Suécia e Polônia, que apresentaram montantes de importação acima de US$ 1 bilhão, com destaque para as taxas 42
médias de crescimento dos países do Leste Europeu, tais como Rússia, 23,9% ao ano, Polônia, 32,1% ao ano, e Ucrânia, 39,5% ao ano, entre 2003 e 2008. Tabela 21 – Destinos selecionados com oportunidades para o subgrupo massas alimentícias e preparações alimentícias Part. Imp. Principal Concorrente País em 2008 Part. País GO BR 2008 Estados Unidos 11.338.259 M-P-M-G 6,1% 0,0% 0,9% Canadá 36% Alemanha 9.717.232 M-P-M-G 15,2% 0,1% Itália 16% Países Baixos Reino Unido 8.564.651 AD 12,8% I M-P-M-G 15,2% 0,1% (Holanda) 15% França 8.293.461 AD 12,6% I M-P-M-G 15,2% 0,1% Alemanha 18% Canadá 4.662.895 AD 13,9% I M-P-M-G 27,6% 0,1% Estados Unidos 77% Espanha 4.170.972 AD 14,9% I M-P-M-G 15,2% 0,2% França 18% Países Baixos (Holanda) (2) 3.972.719 AD 12,1% I M-P-M-G 15,2% 0,9% 0,1% Alemanha 27% Itália 3.621.333 AD 13,9% I M-P-M-G 15,2% 0,0% 0,2% Alemanha 23% Rússia 2.571.598 AD 23,9% D M-P-M-G 15,7% 0,6% China 10% Austrália 2.166.977 AD 15,6% I M-G 3,9% 0,0% 0,0% Irlanda 19% Suécia 1.955.292 AD 13,8% I M-P-M-G 15,2% 0,0% Dinamarca 18% Polônia 1.690.051 AD 32,1% MD M-P-M-G 15,2% 0,0% 0,0% Alemanha 28% Nova Zelândia 715.554 AD 13,0% I M-G 3,0% 0,1% Austrália 49% Ucrânia 714.194 AD 39,5% MD M-P-M-G 9,1% 0,1% Rússia 27% Eslováquia 652.932 AD 25,1% D M-P-M-G 15,2% 0,0% Rep. Tcheca 30% Turquia (1) 504.929 A 21,9% D M-P-M-G 24,2% 0,0% Alemanha 19% África do Sul (1) 384.847 A 23,0% D M-P-M-G 15,6% 4,9% Estados Unidos 11% Nigéria 358.449 A 16,8% I M-P-M-G 14,6% 1,1% Irlanda 19% Angola (3) 352.118 A 26,8% MD M-P-M-G 11,9% 0,1% 13,0% Itália 18% Colômbia 314.621 A 14,5% I M-P-M-G 7,6% 0,1% 17,9% Chile 17% Chile (1) 308.979 A 22,4% D M-P-M-G 0,1% 1,7% 6,6% Argentina 31% Fonte dos dados brutos: Brasil, Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e UN Comtrade. Legenda: (1) Esse país foi selecionado apesar do superávit na balança comercial para esse grupo. (2) A participação de Goiás foi maior do que a do Brasil nesse país. Essa diferença ocorre em função da fonte dos dados. A participação do estado é fornecida pelo Departamento de Planejamento e Desenvolvimento do Comércio Exterior (DEPLA), da Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), enquanto a participação do Brasil e do principal concorrente são calculadas com informações reportadas pelo próprio país, de acordo com o UN Comtrade. (3) As informações sobre importações desse país estão de acordo com as exportações reportadas pelos outros países. Quanto ao tamanho das empresas: MP = micro e pequenas; M-G = médias e grandes. Quanto às importações do país: AD = Alto Destaque; A = Alto; MA = Médio Alto; MB = Médio Baixo. Quanto ao crescimento das importações entre 2003 e 2008: MD = Muito Dinâmico; D = Dinâmico; I = Intermediário; BD = Baixo Dinamismo; ED = Em Decadência. Nota: A tarifa apresentada é uma média aritmética da tarifa ad valorem de todos os SHs que compõem o grupo para os exportadores do Brasil. Esses dados são provenientes do Market Access Map. Países Selecionados
Crescimento médio imp. 2003-2008 AD 10,2% I AD 11,2% I
Imp. País em 2008 (US$ 1.000)
Porte das empresas
Tarifa Média
Outra região de destaque para as exportações de massas alimentícias é a América do Norte, onde aparecem os Estados Unidos, com importações de US$ 11,3 bilhões em 2008, e o Canadá, com importações de US$ 4,6 bilhões no mesmo ano. Também com oportunidades para as empresas de todos os portes, os Estados Unidos e o Canadá apresentaram taxas médias de crescimento de 10,2% e 13,9%, respectivamente, entre 2003 e 2008. Vale ressaltar que na América do Norte é muito forte o comércio intrarregional. Em 2008, 36% das importações dos Estados Unidos foram provenientes do Canadá e, por sua vez, 77% das importações do Canadá foram provenientes dos Estados Unidos.
43
Na Oceania aparecem dois grandes mercados importadores, tais como Austrália e Nova Zelândia, que juntos totalizaram importações de US$ 2,8 bilhões em 2008 e apresentaram taxas médias de crescimento de 15,6% e 13% ao ano, respectivamente, entre 2003 e 2008. Porém, nessa região aparecem oportunidades apenas para médias e grandes empresas. Na África, surgem oportunidades na África do Sul, na Nigéria e em Angola. Esses países, apesar de serem mercados menores do que os demais dispostos na Tabela 21, apresentaram altas taxas de crescimento anual, entre 16% e 27%, e oportunidades para todos os portes de empresa. O Brasil tem uma maior participação nas importações dessa região, se comparado com a Europa, a América do Norte e a Oceania. Em 2008, o país teve participação de 4,9% nas importações da África do Sul e de 13% nas importações de Angola. Na América do Sul também surgem oportunidades para as exportações de massas alimentícias e suas preparações, principalmente na Colômbia e no Chile, com importações acima de US$ 300 milhões em 2008 e taxa média de crescimento de 14,5% e 22,4% ao ano, respectivamente. Esses países apresentam oportunidades de exportações para todos os portes de empresa. Em 2008, o Brasil teve participação de 17,9% nas importações colombianas de massas alimentícias e de 6,6% nas importações chilenas desse subgrupo. Apesar dessa participação do Brasil no mercado colombiano, o Chile surge como seu principal concorrente, com 17% desse mercado. Já no Chile, o principal fornecedor é a Argentina, que, em 2008, foi responsável por 31% das exportações de massas alimentícias para esse destino.
FERRO-LIGA A Tabela 22 apresenta os principais destinos das exportações goianas de ferro-liga em 2010. Para Goiás, a denominação ferro-liga refere-se apenas ao nióbio. Verifica-se, que 50% das exportações goianas de ferro-liga, em 2010, foram destinadas à Ásia, sendo US$ 30,2 milhões destinados ao Japão, US$ 25,6 milhões, à China, US$ 13 milhões, à Índia e US$ 7,6 milhões, à Coreia do Sul. Outros grandes destinos dessas exportações, em 2010, foram, na Europa, os Países Baixos, com importações de US$ 31,2 milhões, e a Alemanha, com importações de US$ 5,9 milhões, e, na América do Norte, os Estados Unidos, com importações de US$ 29,3 milhões. Dessas exportações, 100% foram realizadas por empresas de grande porte.
44
Tabela 22 - Exportações goianas de ferro-liga em 2010 – por país/continente e discriminação do porte da empresa
Continente/País Américas Estados Unidos Ásia e Oceania Japão China Índia Coreia do Sul Europa e Leste Europeu Países Baixos (Holanda) Alemanha Espanha Rússia Total geral
Exportações Continente/ País/ GO (US$) Total Continente 29.363.944 19,4% 29.363.944 100% 76.640.390 50,8% 30.280.480 39,5% 25.661.041 33,5% 13.017.773 17,0% 7.681.096 10,0% 44.973.818 29,8% 31.263.139 69,5% 5.970.203 13,3% 3.962.995 8,8% 3.777.481 8,4% 150.978.152 100%
Micro -
Porte Pequena Média -
Grande 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100%
Fonte dos dados brutos: Brasil, Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
A Tabela 23, apresenta os mercados selecionados como oportunidade para as exportações de ferro-liga, onde surgiram oportunidades exclusivamente para empresas de médio e grande porte. Tabela 23 - Destinos selecionados com oportunidades para o subgrupo ferro-liga Crescimento Part. Imp. Principal Concorrente Imp. País em Porte das Tarifa Países Selecionados médio imp. País em 2008 Part. 2008 (US$ 1.000) empresas Média País 2003-2008 GO BR 2008 Japão 5.410.254 AD 33,8% I M-G 1,4% 0,6% 7,0% China 31,3% Alemanha 4.704.555 AD 37,6% I M-G 0,3% 0,1% 3,4% África do Sul 14,8% Estados Unidos 4.474.202 AD 36,4% I M-G 1,7% 0,7% 5,9% África do Sul 24,3% China 2.692.293 AD 77,6% MD M-G 1,7% 1,0% 18,1% Cazaquistão 25,9% Coreia do Sul 2.439.474 AD 24,1% I M-G 3,3% 0,3% 3,4% China 29,0% Turquia 920.251 A 40,6% I M-G 0,5% 2,8% Ucrânia 44,3% Índia (1) 455.418 A 47,3% D M-G 5,0% 2,9% 11,4% China 27,0% Fonte dos dados brutos: Brasil, Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e UN Comtrade. Legenda: (1) Esse país foi selecionado apesar do superávit na balança comercial para esse grupo. Quanto ao tamanho das empresas: M-P = micro e pequenas; M-G = médias e grandes. Quanto às importações do país: AD = Alto Destaque; A = Alto; MA = Médio Alto; MB = Médio Baixo. Quanto ao crescimento das importações entre 2003 e 2008: MD = Muito Dinâmico; D = Dinâmico; I = Intermediário; BD = Baixo Dinamismo; ED = Em Decadência. Nota: A tarifa apresentada é uma média aritmética da tarifa ad valorem de todos os SHs que compõem o grupo para os exportadores do Brasil. Esses dados são provenientes do Market Access Map.
A principal região importadora de ferro-liga é a Ásia, com Japão, China, Coreia do Sul e Índia totalizando importações de quase US$ 11 bilhões em 2008. Todos os países selecionados na região apresentaram altas taxas de crescimento anual entre 2003 e 2008, com destaque para a China, que cresceu 77,6% ao ano. É importante ressaltar que a China aparece tanto como oportunidade para as exportações quanto como principal concorrente na região, onde detém 31,3% do mercado japonês, 29% do mercado sul-coreano e 27% do mercado indiano. O Brasil 45
também é um importante parceiro comercial na região, com 7% do mercado no Japão, 18,1% na China e 11,4% na Índia. Outra região que apresentou oportunidades para o crescimento das exportações goianas de ferro-liga foi a Europa, com Alemanha e Turquia entre os países selecionados. A Alemanha foi responsável por um montante de importações de US$ 4,7 bilhões em 2008, apresentando taxa média de crescimento de 37,6% ao ano, entre 2003 e 2008. A Turquia foi responsável por um montante de US$ 920 milhões importado e apresentou taxa média de crescimento de 40,6% ao ano no mesmo período. A África do Sul é o principal concorrente na Alemanha, com participação de 14,8% nesse mercado, e a Ucrânia é o principal fornecedor na Turquia, com 44,3% do mercado turco. Na América do Norte, o destaque são os Estados Unidos, com importações de US$ 4,4 bilhões em 2008 e taxa média de crescimento de 36,4% ao ano, entre 2003 e 2008. O principal concorrente nos Estados Unidos também é a África do Sul, com participação de 24,3% do mercado. O Brasil teve participação de 5,9% nas importações norte-americanas em 2008 e o Estado de Goiás representou 0,7 pontos percentuais dessa participação brasileira.
VEÍCULOS DE CARGA As exportações goianas de veículos de carga são destinadas aos países da América do Sul, principalmente à Argentina, conforme a Tabela 24. Em 2010, foram exportados US$ 25,8 milhões para a Argentina e US$ 6,9 milhões para o Paraguai, e a totalidade dessas exportações foram realizadas por empresas de grande porte. Tabela 24 - Exportações goianas de veículos de carga em 2010 – por país/continente e discriminação do porte da empresa Exportações Continente/ País/ Porte Continente/País GO (US$) Total Continente Micro Pequena Média Grande Américas 32.774.800 100% 100% Argentina 25.869.310 78,9% 100% Paraguai 6.905.490 21,1% 100% Total geral 32.774.800 100% Fonte dos dados brutos: Brasil, Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior,
A Tabela 25 apresenta os destinos selecionados com oportunidades para as exportações goianas de veículos de carga. Verifica-se que, assim como os destinos, essas oportunidades estão limitadas à América do Sul.
46
Tabela 25 - Destinos selecionados com oportunidades para o subgrupo veículos de carga Crescimento Part. Imp. Principal Concorrente Imp. País em Porte das Tarifa Países Selecionados médio imp. País em 2008 Part. 2008 (US$ 1.000) empresas Média País 2003-2008 GO BR 2008 Chile 618.824 A 27,9% I M-G 0,0% 0,1% Tailândia 32,8% Argentina (1) 462.621 A 26,4% I M-G 0,0% 5,6% 84,5% Coreia do Sul 6,1% Colômbia 272.220 MA 54,7% D M-G 13,3% Equador 38,6% Fonte dos dados brutos: Brasil, Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e UN Comtrade. Legenda: (1) Esse país foi selecionado apesar do superávit na balança comercial para esse grupo. Quanto ao tamanho das empresas: M-P = micro e pequenas; M-G = médias e grandes. Quanto às importações do país: AD = Alto Destaque; A = Alto; MA = Médio Alto; MB = Médio Baixo. Quanto ao crescimento das importações entre 2003 e 2008: MD = Muito Dinâmico; D = Dinâmico; I = Intermediário; BD = Baixo Dinamismo; ED = Em Decadência. Nota: A tarifa apresentada é uma média aritmética da tarifa ad valorem de todos os SHs que compõem o grupo para os exportadores do Brasil. Esses dados são provenientes do Market Access Map.
O maior mercado importador selecionado foi o Chile, com importações de US$ 618 milhões em 2008, taxa média de crescimento das importações de 27,9% ao ano, entre 2003 e 2008, e isenção de barreiras tarifárias para a entrada de veículos de cargas brasileiros. O principal concorrente no país é a Tailândia, com 32,8% de participação nesse mercado em 2008. A Argentina também aparece como oportunidade para o aumento das exportações goianas de veículos de carga, com importações de US$ 462 milhões em 2008 e taxa média de crescimento de 26,4% ao ano, entre 2003 e 2008. Cabe ressaltar que o Brasil é o principal fornecedor de veículos de carga para a Argentina, com 84,5% do mercado em 2008. Dessa participação brasileira, Goiás contribuiu com 5,6 pontos percentuais. Para finalizar, aparecem oportunidades na Colômbia, que, em 2008 importou US$ 272 milhões e apresentou alta taxa de crescimento das importações, de 54,7% ao ano, entre 2003 e 2008. Destaca-se que o Brasil não possui participação nas importações colombianas, e o Equador é o seu principal parceiro comercial, com 38,6% do mercado em 2008.
47
REFERÊNCIAS COMMANDEUR, J. J. F.; KOOPMAN, S. J. State space time series analysis. Oxford: Oxford University Press, 2007. HARVEY, A. C. Forecasting, structural time series models and the Kalman filter. Cambridge: Cambridge University Press, 1989. HOLLAND, M.; XAVIER, C. L. Dinâmica e Competitividade Setorial das Exportações Brasileiras: uma análise de painel para o período recente. In: ENCONTRO NACIONAL DE ECONOMIA, 32., 2004, João Pessoa. Anais... João Pessoa: Anpec, 2004. 20 p. RESENDE, M.; BOFF, H. Concentração industrial. In: KUPFER, D.; HASENCLEVER, L. (Org.). Economia industrial: fundamentos teóricos e práticas no Brasil. Rio de Janeiro: Campus, 2002. Sites consultados Brasil. Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Secretaria de Comércio Exterior. Departamento de Planejamento e Desenvolvimento do Comércio Exterior. Disponível em: <http://www.mdic.gov.br>. Euromonitor International Statistics Database: <http://www.euromonitor.com>. Fundo Monetário Internacional. Disponível em: <http://www.imf.org>. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. <http://www.ibge.gov.br/concla/default.php>.
Comissão
Nacional
de
Classificação.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Produção Agrícola Municipal. <http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/pesquisas/pesquisa_resultados.php?id_pesquisa=44>.
Disponível
em:
Disponível
em:
Market Access Map: <http://www.macmap.org>. UN Comtrade. Disponível em: <http://comtrade.un.org>.
48
ANEXO A – Metodologia de Seleção dos Países com Oportunidades para Exportação A seleção dos setores para análise de oportunidades é feita a partir de subgrupos de produtos exportados pelo Estado.6 Depois do levantamento desses subgrupos, é calculada a participação de cada um deles nas exportações estaduais totais e nas exportações brasileiras do mesmo subgrupo. A partir daí, é adotado o seguinte critério: é selecionado o subgrupo que tiver participação superior a 1% na pauta total do Estado ou aquele em que as exportações do Estado representar mais de 10% das exportações brasileiras do subgrupo. Definidos os subgrupos que serão analisados, são identificados os países (e respectivos continentes7) para os quais as empresas desses setores exportaram em 2008. Nesse momento, a análise é ampliada para todos os países dos continentes identificados, com o objetivo de investigar oportunidades potenciais em países vizinhos àqueles para os quais o estado já exporta. A classificação do conjunto de países para cada subgrupo baseia-se em dois critérios. O primeiro deles avalia as importações, de cada país, dos produtos associados ao subgrupo. Para isso, é calculada a taxa média de crescimento anual do valor importado pelo país daquele conjunto de produtos entre 2003 e 2008. Além disso, os países são classificados conforme o valor total de suas importações daquele subgrupo em 2008. A taxa de crescimento indica o dinamismo das importações de cada economia. Assim, de acordo com a taxa verificada, os países são classificados em Muito Dinâmico, Dinâmico, Intermediário, Baixo Dinamismo e Em Decadência. No que tange ao volume das importações, os países são classificados como Alto Destaque, Alto, Médio/Alto, Médio/Baixo e Baixo. As faixas de dinamismo e destaque, no valor importado, são calculadas individualmente para cada subgrupo. O segundo critério empregado fundamenta-se no saldo da balança comercial8 de cada país para o subgrupo de produtos estudados. Considera-se que, quanto mais deficitário no setor for o país, mais interessante ele é para o exportador daqueles produtos. É avaliada a taxa de crescimento do déficit/superávit entre 2003 e 2008, o que possibilita verificar se o país tem 6
A classificação dos produtos é elaborada pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). 7
Aqui é empregada uma classificação de continente um pouco distinta da usual. Com o objetivo de especificar melhor as regiões, de acordo com suas características econômicas e históricas, os países foram agrupados do seguinte modo: África, América Central, América do Norte, América do Sul, Ásia, Europa, Leste Europeu, Oceania, Oriente Médio e Sudeste Asiático. 8
O saldo da balança comercial é igual à diferença entre as exportações e importações em determinado subgrupo.
49
aumentado de forma crescente suas importações em relação às exportações. Além disso, o valor do déficit em 2008 também é considerado, como forma de verificar o potencial importador de um mercado. Chega-se, dessa maneira, a uma segunda classificação dos países estudados, com faixas que coincidem com aquelas aplicadas no critério das importações. O Quadro 2 apresenta a matriz que sintetiza os resultados da classificação dos mercados, conforme os critérios explicitados anteriormente. Quadro 2 - Modelo de matriz para critérios de importação e balança comercial Critério Baixo Médio/Baixo Médio/Alto importação/BC
Alto
Alto Destaque
Em Decadência
ED/B
ED/MB
ED/MA
ED/A
ED/AD
Baixo Dinamismo
BD/B
BD/MB
BD/MA
BD/A
BD/AD
Intermediário
I/B
I/MB
I/MA
I/A
I/AD
Dinâmico
D/B
D/MB
D/MA
D/A
D/AD
MD/B
MD/MB
MD/MA
MD/A
MD/AD
Muito Dinâmico
Fonte: Unidade de Inteligência Comercial e Competitiva – ApexBrasil.
Para refinar a seleção, foi definido que somente os países que se posicionarem nos quadrantes destacados em vermelho serão considerados com oportunidades para as empresas exportadoras daquele subgrupo no Estado. Assim, são escolhidos os países que se destacam pelo volume importado/déficit elevado, os países considerados muito dinâmicos (com alto crescimento das importações ou com aumento do déficit comercial entre 2003 e 2008) ou os com uma mistura dessas duas situações (quadrantes mais centrais). O último filtro aplicado na análise dos mercados, após elaboração da matriz de importações e da matriz da balança comercial, é a análise do Produto Interno Bruto (PIB) em paridade de poder de compra (PPP)9 dos países escolhidos. O objetivo dessa avaliação é ponderar a seleção pelo tamanho e pelo crescimento da economia de cada país. Nesse caso, são considerados em cada subgrupo em análise, o PIB (PPP) de 2009 e o crescimento previsto do PIB para o triênio 2010-2012 para cada país selecionado pelos dois critérios expostos anteriormente. O balizador desse último filtro é a média do PIB (PPP) de 2009 dos países selecionados para o subgrupo e o crescimento médio previsto dos PIBs entre 2010 e 2012. Dessa maneira, um país deixará de ser considerado como oportunidade para exportações se o valor do seu PIB for inferior à média de todos os países considerados como oportunidade para
9
A PPP (do inglês, purchasing power parity) é uma medida útil para comparar o PIB de diferentes países, em vez do PIB em moeda local ou convertida para dólar de acordo com a taxa de câmbio. O PIB em PPP considera o poder de compra do país em termos internacionais, ou seja, reconhece que os preços de bens e serviços variam de um país para outro.
50
o subgrupo, e se a previsão da taxa média de crescimento for inferior à média calculada para os países selecionados para o subgrupo.
51
ANEXO B – PIB (PPP) 2009 e Taxa de Crescimento (*Previsão) Tabela 26 – Relação de PIB (PPP) 2009 e taxa média de crescimento anual entre 2009 e 2012 (*previsão) País Afeganistão África do Sul Albânia Alemanha Angola Antigua e Barbuda Arábia Saudita Argélia Argentina Armênia Austrália Áustria Azerbaijão Bahamas Bahrein Bangladesh Barbados Bélgica Belize Benin Bielorrússia Bolívia Bósnia-Herzegovina Botsuana Brasil Brunei Bulgária Burkina Faso Burundi Butão Cabo Verde Camarões Camboja Canadá Catar Cazaquistão Chade Chile China Chipre Cingapura Colômbia Congo Coreia do Sul Costa do Marfim Costa Rica Croácia Dinamarca Djibuti Egito El Salvador Emirados Árabes Unidos Equador Eritréia Eslováquia Eslovênia Espanha Estados Unidos Estônia
PIB PPP 2009 28.145 501.289 22.219 2.810.199 107.986 1.445 583.405 240.809 583.525 16.276 849.338 322.351 85.591 8.743 28.261 227.264 6.149 383.234 2.578 14.366 120.873 45.522 29.665 26.015 2.010.883 19.656 92.995 19.568 3.049 3.752 1.773 42.717 28.198 1.278.385 128.265 194.313 16.060 243.338 8.909.485 22.716 251.478 407.708 16.508 1.362.216 37.934 48.812 78.423 197.454 2.001 468.894 42.816 179.877 110.259 3.505 115.149 56.166 1.358.137 14.119.100 23.718
Taxa de Crescimento Previsto 8,83% 4,67% 4,31% 3,69% 7,68% 1,61% 5,34% 5,17% 6,04% 5,54% 4,54% 2,83% 4,23% 2,69% 5,73% 7,48% 2,85% 2,86% 3,48% 4,96% 7,30% 5,58% 2,49% 8,02% 6,48% 3,30% 3,22% 6,10% 5,60% 7,79% 6,93% 4,52% 7,26% 4,06% 15,86% 6,54% 5,82% 6,42% 11,16% 2,77% 9,11% 5,85% 8,74% 6,11% 5,05% 5,36% 2,07% 3,36% 6,57% 6,76% 3,35% 4,40% 3,63% 3,81% 5,46% 3,23% 1,87% 3,87% 4,09%
País
PIB PPP 2009
Etiópia Fiji Filipinas Finlândia França Gabão Gâmbia Gana Geórgia Granada Grécia Guatemala Guiana Guiné Guine Equatorial Guiné-Bissau Haiti Honduras Hong Kong Hungria Iêmen Ilha de Dominica Ilhas Comores Ilhas Salomão Índia Indonésia Irã Iraque Irlanda Islândia Israel Itália Jamaica Japão Jordânia Kiribati Kuwait Laos Lesoto Letônia Líbano Libéria Líbia Lituânia Luxemburgo Macedônia Madagascar Malásia Malavi Maldivas Mali Malta Marrocos Maurício Mauritânia México Mianmar (Birmânia) Moçambique Moldova
78.917 3.885 324.265 179.013 2.093.463 21.089 3.157 36.005 20.846 1.123 326.853 67.079 5.125 10.501 23.827 1.709 12.138 32.648 301.381 185.344 58.135 776 776 1.515 3.784.954 961.106 879.957 111.343 172.590 12.089 207.772 1.738.137 23.928 4.151.622 30.291 602 133.856 14.612 3.017 32.303 52.409 1.593 86.168 54.905 38.810 18.621 19.465 380.177 12.247 1.683 15.906 9.845 144.083 16.469 6.313 1.463.786 71.772 19.926 10.127
Taxa de Crescimento Previsto 9,44% 3,22% 6,57% 3,28% 2,89% 5,57% 6,47% 8,57% 6,08% 3,14% -0,75% 3,94% 4,28% 4,91% 2,73% 5,35% 4,10% 4,54% 6,26% 3,07% 6,59% 3,49% 3,88% 7,23% 9,95% 7,45% 3,75% 9,58% 2,64% 1,96% 5,29% 2,33% 2,38% 3,33% 5,44% 2,64% 5,16% 8,79% 6,30% 3,28% 6,89% 10,51% 8,93% 3,53% 4,25% 4,12% 3,01% 6,94% 7,42% 4,87% 6,62% 2,99% 5,66% 5,26% 6,31% 5,82% 6,34% 8,48% 5,12%
País
PIB PPP 2009
Mongólia Montenegro Namíbia Nepal Nicarágua Níger Nigéria Noruega Nova Zelândia Omã Países Baixos (Holanda) Panamá Papua Nova Guiné Paquistão Paraguai Peru Polônia Portugal Quênia Quirguistão Reino Unido Rep. Centro-Africana Rep. Democratica do Congo Rep. Dominicana Rep. Tcheca Romênia Ruanda Rússia Santa Lucia Senegal Serra Leoa Sérvia Seychelles Síria Sri Lanka Suazilândia Sudão Suécia Suíça Suriname Tadjiquistão Tailândia Taiwan (Formosa) Tanzânia Togo Tonga Trinidad e Tobago Tunísia Turcomenistão Turquia Ucrânia Uganda Uruguai Uzbequistão Vanuatu Venezuela Vietnã Zâmbia Zimbábue
9.365 6.595 13.853 33.922 16.607 10.091 335.421 251.741 116.302 73.880 658.962 40.183 14.146 439.438 28.621 251.099 687.644 241.488 62.660 12.088 2.126.159 3.359 21.411 80.205 252.867 254.810 11.312 2.116.068 1.695 22.628 4.260 80.128 2.039 102.282 96.430 5.748 92.977 334.302 313.397 4.226 13.648 539.279 734.657 57.625 5.883 728 25.845 95.521 32.526 879.626 289.285 39.673 43.968 76.489 1.144 348.536 256.546 18.346 4.346
Taxa de Crescimento Previsto 8,47% 3,89% 5,82% 4,77% 4,36% 8,24% 8,63% 2,76% 4,28% 5,69% 2,90% 7,81% 6,70% 5,07% 7,39% 7,89% 4,89% 1,75% 6,65% 4,43% 3,20% 5,31% 7,65% 6,91% 3,81% 2,50% 7,10% 5,43% 3,51% 5,53% 6,47% 4,35% 5,92% 6,60% 8,09% 3,50% 7,17% 4,55% 3,33% 5,99% 6,41% 6,45% 7,37% 8,15% 4,78% 2,68% 3,26% 5,74% 11,78% 6,24% 5,55% 7,34% 7,12% 8,56% 4,62% 1,21% 8,04% 7,85% 6,21%
Fonte dos dados brutos: Euromonitor International Statistics Database e Fundo Monetário Internacional. Nota: A previsão é uma taxa média de crescimento anual entre 2009 e 2012. Dados obtidos em 26 de outubro de 2010.
52