Fiesc industria, parcerias e investimentos

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IndĂşstria, parcerias e oportunidades de investimento

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Brasil

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Santa Catarina 95

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IndĂşstria, parcerias e oportunidades de investimento

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IndĂşstria, parcerias e oportunidades de investimento

santa catarina/brasil

Brasil

Santa Catarina


Editorial

Santa Catarina é uma terra de empreendedores, de

empresas dos mais variados setores são capazes de atender

homens de negócios. Talvez a melhor tradução dessa vocação seja a sua indústria, construída ao longo de mais

rapidamente a pedidos com as mais distintas características, com padrão de qualidade garantido. As empresas também

de um século de trabalho de gente visionária e talentosa.

souberam se antecipar ao mercado, adotando políticas de

A indústria ajudou a conformar um estado brasileiro que

inovação, pesquisa e desenvolvimento que se traduzem em

se destaca dos demais pela alta qualidade de vida que oferece aos seus cidadãos. Além de gente qualificada

novos produtos e processos industriais, surpreendendo seus clientes mundo afora. Essas mesmas empresas perceberam

que trabalha nessa direção em todas as áreas, o estado possui dotes naturais peculiares: é privilegiado por uma

que o conhecimento é o grande ativo da economia contemporânea, e investem no domínio de tecnologias que

natureza exuberante, um ativo do maior valor no mundo

lhes permitem explorar os pontos de maior valor agregado

contemporâneo. São esses fatores que tornam Santa Catarina um dos melhores lugares do Brasil – e certamente do

de diversas cadeias produtivas. Por fim, a indústria assumiu plenamente suas responsabilidades, produzindo em

mundo – para se viver e se fazer negócios. É esse estado que queremos mostrar nesta publicação, com ênfase para a sua

harmonia com o meio ambiente e com a sociedade.

indústria e as oportunidades de negócios por ela geradas.

Em síntese, Santa Catarina possui uma indústria de categoria mundial, perfeitamente integrada às mais exigentes cadeias produtivas globais. Essa indústria é apoiada por uma eficiente infraestrutura e por uma consistente rede de geração e difusão de conhecimento. Organizados espacialmente em polos especializados nas diferentes regiões do estado, alguns setores industriais catarinenses formam hubs e clusters que estão entre os mais importantes do mundo. Muitos desses setores estão se replicando em outras regiões, ao mesmo tempo em que novos segmentos industriais se desenvolvem no estado, aproveitando as sinergias existentes. Tudo isso se traduz em inúmeras oportunidades de negócios. Nosso objetivo é realizá-las, e esperamos que este guia sirva de apoio.

Graças à qualidade de suas empresas, com forte vocação exportadora, Santa Catarina goza de alta reputação no mundo dos negócios. E vive um momento especial de novas parcerias comerciais, desenvolvendo mercados em países com os quais jamais negociara. A indústria que nossos tradicionais e novos parceiros irão ver retratada neste guia está preparada para atender às exigências impostas por um mundo cada vez mais competitivo e globalizado. Para fornecer aos mais diversos mercados, o parque industrial catarinense se reorganizou e apresenta-se hoje extremamente flexível. Com tecnologia e pessoal qualificado,

Alcantaro Corrêa Presidente do Sistema FIESC


Grande Florianópolis ........................................................ 60

Economia ............................................................................. 8

Norte .................................................................................. 64

Dados gerais . .................................................................... 10

Oeste . ................................................................................ 68 Planalto Serrano ............................................................... 72 Sul ...................................................................................... 76 Vale do Itajaí ..................................................................... 80

Economia ........................................................................... 12 História .............................................................................. 18 Gente ................................................................................. 20

Portos . ............................................................................... 84

Qualidade de vida . ........................................................... 22 Aspectos físicos ................................................................. 26

Perfil . ................................................................................. 30

Aeroportos ........................................................................ 90

Infraestrutura

Santa Catarina

Sumário

Regiões

Brasil

Dados gerais . ...................................................................... 6

Mapa - dados gerais ......................................................... 92 Rodovias ............................................................................ 94 Ferrovias ............................................................................ 96 Energia . ............................................................................. 98

Alimentos .......................................................................... 40

Comunicações ................................................................. 100

Autopeças e veículos ........................................................ 42

Crédito ............................................................................. 101

Cerâmica ............................................................................ 46 Máquinas e equipamentos . ............................................. 48 Metalurgia e produtos de metal . .................................... 50 Móveis ............................................................................... 52 Plásticos ............................................................................. 54

Conhecimento

Indústria

Base florestal . ................................................................... 44

Rede catarinense . ........................................................... 102 Pesquisa e Desenvolvimento ......................................... 104 Formação profissional .................................................... 106

Tecnologia ......................................................................... 56 Têxtil e confecções . .......................................................... 58 4

Principais produtos exportados

............................ 108 5


Dados Gerais

Venezuela

Guiana Suriname

Colômbia

O Brasil é o quinto maior país do mundo em

Guiana Francesa

Segundo a Organização das Nações Unidas o Brasil é considerado

extensão territorial. O território apresenta

uma nação com Alto Índice de Desenvolvimento Humano.

características distintas de clima, vegetação, ocupação e exploração econômica. A floresta amazônica, ao norte, ocupa quase

Equador

metade do território nacional. Existem seis diferentes biomas no país. Distribuída pelo território está a maior bacia hidrográfica do mundo, que contém cerca de 12% de toda a água doce do planeta. O litoral,

Brasil

voltado ao Oceano Atlântico, se estende Nos últimos anos o país obteve notável desenvolvimento econômico e social. Sua economia situa-se entre as 10 maiores do mundo. O aumento da qualidade de

PERFIL

vida da população

Nome oficial: República Federativa do Brasil. Data nacional: 7 de setembro. Capital: Brasília. Hora local: -3 em relação a Greenwich (Brasília). Governo: República presidencialista. Divisão administrativa: 26 estados e 1 Distrito Federal. Moeda: real (R$). Climas: equatorial, tropical, tropical de altitude, tropical atlântico, subtropical, semi-árido. Maiores cidades: São Paulo (18 milhões de habitantes – aglomeração urbana), Rio de Janeiro (11,2 milhões – aglomeração urbana),

coloca o país entre os de alto desenvolvimento humano. A população brasileira é a quinta maior da Terra. É formada pela miscigenação entre brancos, negros, asiáticos e índios. A maioria da população é jovem, enquanto a expectativa de vida é de 73,5 anos. 6

Peru

entre os extremos sul e norte do Brasil.

Bolívia

SAIBA MAIS O Brasil possui a maior diversidade biológica do mundo, espalhada nos biomas Amazônia (49% da área do país), Cerrado (24%), Mata Atlântica (13%), Caatinga (10%), Pampa (2%) e Pantanal (2%). As áreas de conservação equivalem a 9% do território nacional. A manutenção dessas áreas, aliada à redução das emissões de carbono, colabora para a manutenção do ciclo de chuvas do planeta e a conservação da biodiversidade.

Paraguai

BRASIL Chile

População: 191 milhões de habitantes Território: 8.514.877 km2 Litoral: 11 mil km de costa

Oceano Atlântico

Argentina

Fronteiras: com 10 países PIB: US$ 1,57 trilhão (2008)

Uruguai

Salvador (2,7 milhões), Fortaleza (2,4 milhões) e Belo Horizonte (2,4 milhões). Nacionalidade: brasileira. Idioma oficial: português. Religião predominante: cristianismo (católicos, 73,6% da população; protestantes, 15,4%; outros, 1,6%). Grupos étnicos: brancos (49,9%), pardos (43,2%), negros (6,3%), amarelos (0,7%). População economicamente ativa: 97,5 milhões. Computadores instalados: 50 milhões. Internautas: 40 milhões. Telefonia celular: 150 milhões de assinantes. Telefonia fixa: 41 milhões de assinantes. 7


Economia

Um país em crescimento

Nos últimos anos as exportações brasileiras cresceram o dobro das exportações mundiais, com a ajuda de novos mercados da África, do Oriente Médio e da Ásia.

Estabilidade econômica e institucional aliada à

8

Energia limpa

O Brasil é um país que

o crescimento da classe média.

combina estabilidade,

Correspondente a cerca

crescimento e conhecimento.

de metade da população,

Ao conquistar estabilidade

ela se configura num dos

econômica e institucional o

mais robustos mercados

país pavimentou o terreno

consumidores do mundo.

para o crescimento econômico.

O sistema produtivo brasileiro

A inflação é estabilizada em

é um importante alicerce

um patamar de 5% ao ano.

para a sustentabilidade do

O sistema financeiro é sólido.

crescimento econômico. O

O Brasil segue as normas

país possui polos industriais

da Organização Mundial

avançados em vários setores

do Comércio. O ambiente

e regiões. É o sétimo maior

institucional oferece segurança,

produtor de automóveis do

e o país recebeu o grau de

mundo e o quarto maior

investimento das principais

de aeronaves. A indústria

em agronegócio, indústria

agências internacionais

é diversificada e espalhada

aeronáutica, prospecção de

de avaliação de risco. Em

pelo território. O país é líder

petróleo em águas profundas,

poucos anos os investimentos

mundial em exportação

telecomunicações, desenho

estrangeiros triplicaram. A

de commodities agrícolas

de software e biotecnologia,

taxa média de crescimento

e ferro. Em todas as áreas

incluindo o desenvolvimento

do Produto Interno Bruto foi

há centros de excelência

de biocombustíveis. Ocupa

próxima a 5% entre 2004 e

em formação profissional e

a 17ª posição no ranking

2008. Isso, aliado a uma melhor

pesquisa e desenvolvimento.

de países com produção

distribuição da renda, permitiu

O Brasil é referência global

científica relevante.

A matriz energética brasileira é tida como a mais limpa e renovável do mundo. Cerca de 44% da energia brasileira provém de fontes renováveis, enquanto a média mundial é de 14%. No caso da energia elétrica, 73% é proveniente de fontes hídricas. Em biocombustíveis o destaque é o etanol (30 bilhões de litros anuais). A fonte do combustível é a cana-de-açúcar, produzida principalmente nas regiões Sudeste e Sul. O país é líder na exploração de petróleo e gás em águas profundas.

Composição do PIB do Brasil Indústria

28% Serviços

65,3% Agropecuária SAIBA MAIS O Brasil é o maior exportador mundial de café, soja, suco de laranja, carne bovina, açúcar e etanol. Possui 90 milhões de hectares em terras agricultáveis não utilizadas. No total, são quase 400 milhões de hectares de terras férteis e de alta produtividade. Suas cadeias de produção agroindustrial estão entre as mais consistentes do planeta, incluindo forte atuação na área de pesquisa e desenvolvimento.

6,7%

Fontes: IBGE/FIESP

Brasil

competência empresarial produz ganhos.

Na condição de grande país emergente, o Brasil já era um dos mais atraentes destinos para investimentos do planeta. Após a crise financeira global, essa condição se tornou ainda mais evidente. Um dos motivos é o sistema financeiro sólido, que passou praticamente incólume ao forte abalo sofrido por bancos ao redor do mundo. O país também mostrou ser um dos menos suscetíveis à diminuição da atividade econômica, sofrendo bem menos que os países considerados desenvolvidos e outros emergentes. O terreno para investimentos é fértil. Um programa do governo federal para impulsionar a economia envolve investimentos de mais de US$ 400 bilhões em infraestrutura logística, energia e na área social. 9


Santa Catarina

Dados gerais

Santa Catarina é um pequeno

e com maior potencial de

estado brasileiro, considerando-

consumo. Sua área territorial

se a extensão territorial e a

é a sétima menor do país,

população. Ainda assim, suas

porém o consumo per capita

dimensões são semelhantes

catarinense é o sétimo maior

às de países como Irlanda,

dentre as 27 unidades da

Portugal, Áustria e Hungria.

Federação. A cultura de seu

O número de habitantes

povo é empreendedora:

é superior ao da Noruega

há uma empresa aberta

ou da Nova Zelândia.

no estado, em média, para

O estado é um território

cada 40 habitantes.

propício à realização de

Em comparação com os demais

negócios. Sua posição

estados, Santa Catarina

geográfica é privilegiada.

destaca-se na maioria dos

Encontra-se no centro das

indicadores socioeconômicos.

regiões de maior desempenho

A renda per capita é a quarta

econômico do país, e sua

maior do Brasil, e o Índice de

posição em relação ao Mercosul

Desenvolvimento Humano

é estratégica. Apesar de

(IDH) é o segundo maior. Os

contar com apenas 3,2% da

índices de escolaridade e saúde

população brasileira, é um

da população estão entre

dos estados mais dinâmicos

os mais elevados do país.

Distâncias a partir da capital Florianópolis (em km) São Paulo Rio de Janeiro Brasília Assunção (Paraguai) Montevidéu (Uruguai) Buenos Aires (Argentina) 10

705 1.144 1.673 1.350 1.360 1.850

Santa Catarina não possui grandes municípios, o que contribui para a

Paraguai

qualidade de vida da população e melhor distribuição regional da riqueza.

Principais municípios (mil habitantes - 2008) Joinville Florianópolis Blumenau São José Criciúma Chapecó Lages Itajaí

492,1 402,3 296,1 199,3 187,0 171,8 167,0 169,9

Argentina

Fonte: IBGE

BRASIL

Perfil Capital: Florianópolis. Habitante: catarinense. Hora local: -3 em relação a Greenwich (mesma de Brasília). Clima: subtropical. Área em relação ao Brasil: 1,1% População em relação ao Brasil: 3,2%. População economicamente ativa: 3,5 milhões. Densidade: 62,5 hab./km2. Domicílios: 1,8 milhão. População urbana: 83%. Portos: Itajaí, São Francisco do Sul, Imbituba, Navegantes, Laguna. Aeródromos: 52. Principais aeroportos: Florianópolis, Navegantes e Joinville. Frota de automóveis: 3 milhões. Telefonia fixa: 1,6 milhão de linhas. Celulares: 5,1 milhões (2008). Consumo de energia: 17.747 GWh (2008).

População: 6 milhões de habitantes Território: 95.442 km2 Litoral: 561 km de costa

Uruguai

Oceano Atlântico

Municípios: 293 PIB: US$ 60 bilhões (2008)

11


Economia

Estado de diversidade

Santa Catarina é o maior produtor brasileiro de maçã, cebola, pescados, suínos e moluscos, e o segundo em aves, arroz e fumo.

Na geografia, na cultura e na economia características distintas que

Santa Catarina

se entrecruzam conferem a Santa Catarina uma riqueza peculiar.

12

Participação setorial no PIB

O conceito de diversidade aplica-

uma boa parte dos habitantes

se a Santa Catarina em todos os

fala ao menos duas línguas. As

sentidos. O seu litoral é um dos

diversas fases de colonização

mais cobiçados destinos turísticos

do território permitiram o

do Mercosul. Em contraste com

estabelecimento de portugueses,

as centenas de praias, na Serra

alemães, italianos, poloneses

ocorrem as temperaturas mais

e outros imigrantes, cada qual

baixas do país e é onde mais neva.

conferindo características

O turismo é tradicionalmente

socioeconômicas peculiares às

desenvolvido nessas regiões, e mais

principais regiões do estado.

recentemente estabeleceu-se uma

Tudo isso se reflete na economia,

vigorosa vitivinicultura baseada

uma das mais diversificadas,

em castas de uvas europeias. As

dinâmicas e consistentes do

quatro estações do ano são bem

país. Santa Catarina é um dos

definidas no estado, ao contrário

principais polos turísticos do Brasil.

do que ocorre na maior parte do

O parque industrial é o quarto

país, sujeito ao calor escaldante

maior do país. A agricultura,

na maior parte do ano.

presente em praticamente todo

A diversidade cultural também é

o estado, é baseada no modelo

notória no estado. A formação do

de minifúndios, o que permite

povo catarinense é resultado da

a manutenção da população

mescla de imigrantes europeus,

no meio rural. O estado é um

negros e índios. Há apenas um

dos maiores produtores de

século falava-se cinco idiomas

alimentos do Brasil, apesar

diferentes no estado, e hoje

do pequeno território.

Comércio e serviços

Indústria

58,7%

34,4%

Balneário Camboriú

Opções no turismo

Pequenos e integrados

O melhor destino turístico do Brasil: Santa Catarina é frequentemente assim classificada por publicações especializadas. A diversidade de opções é o ponto forte. O magnífico litoral possui algumas das praias mais badaladas do Brasil. No interior pratica-se turismo de aventura, ecoturismo, turismo religioso, rural e de inverno. Há diversos roteiros gastronômicos, e o mês de outubro é repleto de festas, como a Oktoberfest, de Blumenau. Em 2009 o World Travel & Tourism Council, entidade que reúne as principais empresas mundiais do setor, realizou seu encontro anual na capital Florianópolis.

O território catarinense teve um modelo de ocupação baseado em pequenas propriedades familiares, 90% delas com tamanho inferior a 50 hectares. A característica mais marcante é a diversificação de atividades, o que inclui várias culturas de alimentos, fumo, reflorestamento e criação de animais, com destaque para suínos e frangos. Devido ao relevo acidentado, a viabilidade das propriedades exigiu o uso de tecnologia intensiva. Como resultado, pequenos agricultores catarinenses fazem parte de cadeias de fornecimento globais da agroindústria. Há no estado cerca de 190 mil propriedades rurais.

Produção agrícola Principais produtos Alho Arroz Banana Cebola Fumo Maçã Milho Trigo Produtos da silvicultura (*) (*) Inclui madeira em tora e lenha, em 2007.

Agropecuária

6,9%

Fonte: IBGE/FIESC Dados de 2006

Produção animal Mil toneladas 14,2 1.041,5 670,2 377,0 221,3 586,3 3.371,0 323,6 21,3 milhões m3

% do total nacional 15,5 8,4 8,6 29,1 27,1 50,2 7,0 5,6 21,2

Principais produtos

Frangos* Suínos* Leite Peixes (extração marinha) Crustáceos (extr. marinha) Moluscos (aquicultura) Dados de 2007.

Quantidade

% do total nacional

893 milhões (cabeças abatidas) 8,4 milhões (cabeças abatidas) 1,9 bilhão de litros 120,2 mil toneladas 5,9 mil toneladas 14,7 mil toneladas

20,6 25,2 7,1 26,2 10,5 95,1

(*) Dados de 2008. Fonte: Epagri/CEPA, IBGE, Abipecs, Embrapa, UBA/ABEF, Ibama, Fiesc

Fonte: IBGE/Fiesc

13


Economia

Polos industriais, conexões globais

Santa Catarina conta com cerca de 29 mil indústrias de transformação, que empregam aproximadamente meio milhão de pessoas

Com forte especialização setorial, Santa Catarina é um dos

Santa Catarina 14

conexão com o mundo. A

Santa Catarina contam com

economia do estado sempre

agrupamentos de empresas

foi aberta. Um dos motivos é o

industriais de forte adensamento,

pequeno mercado interno, que

implicando em especializações

obrigou suas empresas a buscar

setoriais. Assim, as principais

negócios em locais cada vez

regiões se apresentam como

mais distantes. Outro fator é a

clusters industriais, repletas

colonização europeia, sobretudo

de sinergias e vantagens

alemã e italiana nas regiões mais

competitivas que as tornam

industrializadas, que proporciona

atraentes para investimentos.

ligações culturais com o exterior.

As cadeias produtivas são

As exportações cresceram graças a

formadas pelas indústrias,

um parque industrial moderno e

fornecedores de matérias-primas,

flexível, capaz de se adaptar com

de equipamentos e de serviços.

agilidade às diferentes exigências.

Investem constantemente

A resultante é que o estado se

em atualização tecnológica e

apresenta como um elo do mundo

pesquisa e desenvolvimento.

globalizado. Seus produtos ganham

O conhecimento acumulado

o planeta por meio das exportações,

nos polos industriais permite

realizadas para mais de 190 países.

que setores como os de

Empresas regionais avançam

máquinas e de confecções se

para se tornarem multinacionais

espalhem por todo o estado.

e grupos estrangeiros

As concentrações industriais

encontram oportunidades de

catarinenses estão em ativa

investimento no estado.

manufaturados, enquanto a média nacional é de cerca de 50%.

Ligações oceânicas

principais exportadores de produtos industrializados do Brasil. As diversas regiões de

Cerca de 60% das exportações catarinenses são de produtos

Polos industriais Alimentos

Principais produtos

Carne suína e de aves e alimentos industrializados Eletrometalmecânica Motores, geradores, transformadores, compressores, eletrodomésticos de linha branca e autopeças Base florestal Papel, celulose, móveis e madeira beneficiada Têxtil e vestuário Tecidos, confecções e artigos de cama, mesa e banho Cerâmica Pisos, azulejos e porcelanatos Tecnologia Sistemas de gestão, ERP e automação

Região predominante Oeste Nordeste

A localização de Santa Catarina é um de seus maiores atrativos econômicos, pois está no meio do caminho entre os dois maiores mercados da América do Sul: São Paulo e Buenos Aires. Sua principal ligação com o mundo, entretanto, é o oceano. O conjunto de cinco portos está entre os mais eficientes do Brasil e passa por um grande processo de ampliação e modernização, com investimentos públicos e principalmente privados. A atratividade dos portos não se resume aos custos competitivos e à qualidade dos serviços: a vocação exportadora do estado faz com que haja em seus portos linhas disponíveis para todos os mercados, capazes de transportar qualquer tipo de produto.

Planalto Serrano e Norte Vale do Itajaí Sul Florianópolis

Navio atracado no Porto de Itajaí: o terminal é o segundo maior do país em movimentação de contêineres e está sendo ampliado

A oportunidade logística e a existência de clusters e hubs são fatores decisivos para a instalação de novas indústrias em Santa Catarina. Há ainda incentivos fiscais oferecidos pelo governo do estado, diferenciados em relação a outras Unidades da Federação. O Programa de Desenvolvimento da Empresa Catarinense (Prodec) incentiva a implantação e expansão de empreendimentos no estado, concedendo prazo para a empresa recolher até 75% do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Em municípios de baixo IDH ou para fabricação de produtos inexistentes no estado, o benefício pode chegar a 90%. O pagamento se inicia após quatro anos, a juros de 3% a 4% ao ano, e a empresa tem entre 120 e 300 meses para usufruir do incentivo, ou até atingir o valor do investimento em ativo fixo realizado. O Programa Pró-Emprego visa incentivar o comércio exterior, por meio dos portos, aeroportos e pontos de fronteira alfandegados do estado. Seus mecanismos incluem postergar o recolhimento de ICMS na compra de matérias-primas para a etapa seguinte de produção industrial e isenção do imposto para bens destinados a ativo fixo sem similar produzido no estado, entre outros benefícios. 15


Economia

O valor do conhecimento

A produção científica brasileira cresceu 56% em 2008, ano em que foram publicados mais de 30 mil artigos em periódicos científicos qualificados.

Tecnologia, pesquisa e inovação são bases da indústria tradicional,

Santa Catarina

da agropecuária e de segmentos emergentes em Santa Catarina

16

A economia catarinense é

tecnologia, com valor agregado

assentada no conhecimento. Nos

acima da média na maior parte

setores em que é fortemente

dos produtos agropecuários.

especializada, a indústria é

O conhecimento sustenta a

detentora de tecnologia de

emergência de novas atividades.

ponta e se ocupa em gerar

Uma delas é a indústria de base

novos conhecimentos, que se

tecnológica, que floresceu no

convertem em grande número

final do século XX. Apoiada

de inovações e consequentes

em boa formação de recursos

ganhos de competitividade.

humanos, incubadoras e parques

Setores industriais tradicionais

tecnológicos, o setor congrega mais

estão inseridos nos fluxos de

de 1.600 empresas e movimenta

comércio global. Para se manter e

cerca de US$ 1,5 bilhão. A pesquisa

avançar nessa condição a indústria

e o desenvolvimento também

conta com o apoio e parcerias

viabilizaram os segmentos de

de instituições científicas, de

vinhos finos e de maricultura no

pesquisa e de ensino disponíveis

estado. Santa Catarina é o maior

no próprio estado, em sintonia

produtor brasileiro de ostras e

com as suas demandas.

mariscos. As ostras cultivadas são

Na área rural, o conhecimento é

exóticas, da variedade Crassostrea

crucial para o sucesso. O terreno

gigas, naturais do Oceano

acidentado, de difícil manejo, e

Pacífico. O sucesso na adaptação

a predominância de pequenas

às condições locais deve-se ao

propriedades familiares exigiram a

trabalho conjunto de universidades,

prática de uma agricultura de alta

instituições de pesquisa e empresas.

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50

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Indústria de alta tecnologia: emergente em Santa Catarina, setor já contribui com mais impostos do que o turismo em Florianópolis

O Brasil tem um conjunto de leis que facilitam e incentivam a inovação. A Lei da Inovação facilita as parcerias entre o setor produtivo e instituições de pesquisa e a Lei do Bem permite a compra de máquinas e equipamentos e viabiliza investimentos em pesquisa e desenvolvimento. Um dos mecanismos mais importantes das leis é a subvenção econômica, que permite a aplicação de recursos públicos não reembolsáveis diretamente nas empresas. Santa Catarina também possui a sua própria Lei de Inovação, que prevê a aplicação de 2% da receita líquida do estado em pesquisa e desenvolvimento, e também permite a participação do estado em fundos de aval, garantia e investimentos. A lei prevê a criação do Sistema Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação de Santa Catarina, para desenvolver políticas públicas para o setor.

Vinhos finos A vitivinicultura é uma atividade tradicional em Santa Catarina, iniciada pelos imigrantes italianos que chegaram no século XIX. Ela, porém, se sofisticou radicalmente nos últimos anos. Antes a viticultura era restrita a uvas americanas, menos valorizadas, adequadas à produção de vinhos de mesa. Recentemente se passou a cultivar, com sucesso, uvas europeias, como Merlot, Pinot Noir, Cabernet Sauvignon, Tempranillo e Tannat, especialmente no Planalto Serrano. A produção de novas uvas e vinhos nas regiões de altitude foi viabilizada por anos de pesquisa e desenvolvimento no estado. 17


História

Trajetória singular Estado foi colonizado tardiamente e teve desenvolvimento

Santa Catarina

econômico distinto das demais regiões do país.

18

Povoamentos e colônias 1658-1684

Início do povoamento do litoral com assentamentos portugueses: São Francisco, Desterro e Laguna.

1748-1756

Chegada de imigrantes das ilhas dos Açores e Madeira para ocupação do litoral.

1818-1847

Vários pequenos movimentos migratórios da Europa. Em 1829 é fundada, por alemães de Bremen, a primeira colônia europeia, em São Pedro de Alcântara. Em 1836 é fundada a Nova Itália, atual São João Batista, por colonos da Ilha da Sardenha.

Navegadores portugueses

mais tarde, em meados do

chegaram ao Brasil em 1500,

século XVIII, quando Portugal

se apossando de imenso

assinou novo tratado com a

território. O litoral catarinense

Espanha e passou a ocupar

foi explorado por expedições

terras a oeste de Tordesilhas,

no início do século XVI, e em

houve novo fôlego de

1532 a Ilha dos Patos (atual

colonização no Sul do país.

Florianópolis) passou a se

Nesse período, imigrantes

chamar Santa Catarina. Nessa

das ilhas dos Açores e da

época o interior não era

Madeira se estabeleceram no

domínio português devido

litoral catarinense. Os colonos

ao Tratado de Tordesilhas,

desenvolveram uma economia

Foi o período das grandes

assinado entre Portugal

de subsistência, baseada

colonizações no Sul, quando

e Espanha em 1494 para

na farinha de mandioca.

o estado recebeu imigrantes

dividir territórios descobertos

Ainda assim, até meados do

alemães, italianos e eslavos,

durante as Grandes

século XIX a Província de

dentre outros. Entre 1850 e

Navegações. Santa Catarina

Santa Catarina seria uma das

1872 a população do estado

ficou à margem do cenário

menos populosas do Brasil.

duplicou. Os colonos se

brasileiro nos primórdios da

A ocupação do território

estabeleceram no Vale do

colonização portuguesa. Os

só iria sofrer alteração

Itajaí e Nordeste do estado,

primeiros assentamentos

considerável após a

organizados em propriedades

no litoral surgiriam,

independência do Brasil

familiares pequenas e

timidamente, na segunda

de Portugal (1822) e nos

produtivas. Eles diversificaram

metade do século XVII.

primeiros anos da República,

a economia e deram início à

Depois disso somente cem anos

proclamada em 1889.

industrialização do estado.

1850-1890

Período das Grandes Colonizações. Alemães fundam Blumenau em 1850 e a Colônia Dona Francisca, que originaria Joinville, em 1851. Em 1860, alemães e italianos dão origem a Brusque, que também recebe poloneses. Italianos e eslavos ocupam o Vale do Itajaí e o Sul do estado.

A indústria catarinense no tempo Rudimentos da indústria no litoral catarinense: engenhos de açúcar e farinha, alambiques, captura e beneficiamento de baleias.

Século XVIII

Autonomia industrial

Entre 1920 e 1940 ingressaram no Oeste catarinense mais de

Os imigrantes que chegavam a Santa Catarina em meados do século XIX possuíam vocação industrial, logo erguendo as primeiras unidades fabris nas colônias Blumenau e Dona Francisca. Sem contar com capital ou com apoio do governo, os primeiros industriais se financiaram junto aos comerciantes das colônias. No início do século XX, com a incorporação da região Oeste ao território catarinense, descendentes de imigrantes italianos estabelecidos no vizinho Rio Grande do Sul deslocaram-se para Santa Catarina em busca de oportunidades. O movimento deu origem à moderna agroindústria de alimentos, maior exportadora mundial de frangos. Nos anos de entreguerras a indústria deu um salto pois o país, até então produtor e exportador de matérias-primas, passou produzir seus bens de consumo. Nos anos 50 a indústria catarinense diversificouse, com o surgimento de novos setores dinâmicos. O modelo catarinense se contrapôs ao nacional, no qual multinacionais e estatais eram a base dos novos investimentos produtivos. O perfil demográfico do estado mudou, com o deslocamento da população para áreas urbanas, e logo o setor secundário se tornou o segmento mais importante da economia. Nos anos 70 a indústria conquistou novos mercados e deu o salto para o exterior, conquistando o perfil exportador que a caracteriza até hoje.

76 mil pessoas naturais do Rio Grande do Sul, num dos maiores

Cresce o movimento migratório. Nas colônias, a indústria surge pelas mãos de imigrantes alemães, italianos e outros. No Nordeste e Vale do Itajaí, serrarias e processadoras de erva-mate precedem os primeiros empreendimentos têxteis.

1850 – 1880 1800 – 1850

Movimentos migratórios da Europa e mudanças institucionais e econômicas no país põem fim a restrições da política colonialista e permitem o surgimento de empreendimentos industriais.

Infraestrutura de energia e transportes viabiliza crescimento urbano e dinamismo industrial por todo o estado.

Surto de industrialização, com companhias têxteis, serrarias e usinas a vapor em Joinville, Blumenau e Brusque.

Organização setorial O esforço de substituição de importações durante a Segunda Guerra Mundial impulsionou a indústria brasileira. Em meio a esse movimento, empresários uniram esforços para a modernização e defesa dos interesses do setor. Federações industriais estaduais foram criadas, e também a Confederação Nacional da Indústria. A formação de pessoal qualificado foi suprida com a criação do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) em 1942. O Serviço Social da Indústria (SESI), criado em 1946, estruturou uma rede de assistência social voltada aos trabalhadores da indústria e suas regiões de atuação. Em 1950 foi criada a Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina, congregando os principais sindicatos patronais do estado.

Diversificação e expansão: surge a indústria cerâmica no Sul, de papel e celulose no Planalto, de autopeças e plásticos no Nordeste, têxtil e alimentos ganham escala e novos empreendimentos revolucionam a metalmecânica.

Renovação: novas bases para competitividade demandam reestruturação produtiva, responsabilidade socioambiental, inovação e investimento em conhecimento.

1945 – 1970

Anos 90 / Século XXI

1900 – 1914 1880 – 1900

fluxos migratórios internos da história brasileira.

1914 – 1945 As guerras mundiais forçam a substituição de importações de bens de consumo e combustíveis. Consolidam-se as indústrias metalmecânica no Nordeste, de alimentos no Oeste, de madeira no Planalto e de carvão no Sul.

1970 – 1990 Indústrias de Santa Catarina exploram novos mercados, investindo em valor agregado. Conquistam liderança em processamento de aves e suínos, tubos e conexões de PVC, cerâmica, refrigeradores, motocompressores e motores elétricos.

19


Gente

O povo catarinense

Distribuição espacial

Várias culturas concorreram para delinear as

de Santa Catarina convivem

diferenciadas características demográficas do estado.

harmoniosamente não em grandes

Os seis milhões de habitantes

Santa Catarina

centros urbanos, mas em cidades Alemães, italianos, portugueses,

Itajaí, havia agrimensor, carpinteiro,

médias e pequenas, bem distribuídas

poloneses, austríacos, japoneses,

marceneiro, charuteiro, funileiro e

em todas as regiões do estado. Uma

africanos, índios: os rostos

ferreiro, além de lavradores. Todos

distribuição pulverizada que é única

catarinenses revelam diferenças

apegados a uma ética de valorização

no Brasil. Há 10 cidades com mais de

que se misturam no sangue e na

do trabalho, sem que deixassem

100 mil habitantes, constituindo-se

cultura, conferindo características

de lado a confraternização festiva.

nos polos regionais. A maior das

novas que não necessariamente

Foi a partir dessas peculiaridades

cidades, Joinville, tem menos de

apagam as originais. Um lugar-

que se forjaram duas características

600 mil habitantes. Florianópolis

comum em Santa Catarina é o

econômicas marcantes no estado:

é um raro caso de capital que não

grande influência de alemães, e

de que é impossível definir uma

o elevado grau de industrialização

é maior cidade do estado. Sua

também de italianos e poloneses.

única “cara” para o estado, uma

e a agropecuária de propriedades

região metropolitana, entretanto,

No Sul do estado, os italianos

cultura única que seja possível de

familiares. Já os habitantes do litoral,

é um centro urbano de porte, com

foram fundamentais para o

ser sistematizada e descrita. É essa

os açorianos, originários das ilhas

cerca de 1 milhão de habitantes.

desenvolvimento regional. Em todo

diversidade peculiar a característica

portuguesas dos Açores, trouxeram a

Ainda que a maior parte da

o litoral, mas marcadamente na

do povo catarinense, e que acabou

tradição da pesca. Não é à toa que o

população viva em cidades, a área

Grande Florianópolis, predomina

por delinear as características

estado é o maior expoente brasileiro

rural é ocupada por mais de 1

a cultura dos descendentes de

sociais, econômicas e culturais

em pesca oceânica.

milhão de pessoas, organizando-

açorianos. Japoneses se instalaram

se principalmente em pequenas

no Meio-Oeste, na região de

propriedades. Mais de 90%

Curitibanos, estabelecendo uma

dos que vivem no campo são

comunidade eminentemente

proprietários de suas terras.

agrícola. Pouco restou, entretanto,

As imigrações e migrações internas

das culturas indígenas. Dentre

marcaram a predominância

as comunidades sobreviventes

étnica nas principais regiões. O

destacam-se xoklengues,

Vale do Itajaí e o Norte possuem

kaingangues e guaranis.

do estado. Tome-se o caso dos imigrantes europeus. Ainda que a maioria dos que chegaram durante o século XIX fossem agricultores, muitos eram profissionais qualificados ligados à indústria. Na primeira leva de imigrantes que chegou a Blumenau, no Vale do 20

SAIBA MAIS Algumas das festas das etnias comemoradas em Santa Catarina passaram de eventos comunitários a atrações turísticas de grande porte. Destaque para a Oktoberfest, em Blumenau; Fenarreco, em Brusque; Schützenfest, em Jaraguá do Sul; Festa das Tradições, em Joinville, e Marejada, em Itajaí.

Perfil populacional População Densidade Crescimento demográfico População urbana Famílias (resid. domicílios particulares) Menores de 5 anos na população Idosos (mais de 60 anos) Expectativa de vida ao nascer Eleitores OBS: dados de 2006 Fontes: IBGE, RIPSA-IDB 2007, Governo de Santa Catarina

5,96 milhões 62,5 hab/km2 1,8% 83,3% 2 milhões (2008) 7,8% 10% 75,0 anos 3,82 milhões (2002)

Florianópolis, capital do estado, e Blumenau: qualidade de vida e respeito ao meio ambiente em harmonia com a indústria da construção civil

Distribuição regional da população em 2008 Planalto Serrano

7% Grande Florianópolis

16%

Vale do Itajaí

23%

Oeste

20%

Sul

15%

Norte

19%

Fonte: IBGE

21


Qualidade de vida

Bem-estar conquistado

Bens duráveis nos domicílios

Estado exibe indicadores compatíveis com os de países

Santa Catarina

desenvolvidos, e é um dos lugares do Brasil onde melhor se vive

Na média, os catarinenses vivem dois anos e meio a mais que os

Fogão

99%

Geladeira

99%

Freezer

43%

Televisão

97%

Rádio

94%

Máquina de lavar roupa

63%

Microcomputador

37%

Em Santa Catarina vive-se bem.

mais de 20% dos municípios

O catarinense tem acesso à

brasileiros que são considerados

educação, à saúde, à segurança

de alto desenvolvimento humano

e ao lazer, e também ao convívio

pertencem a Santa Catarina.

com a natureza, em razão superior

Já quando se leva em conta as

à média brasileira. Em vários

regiões metropolitanas brasileiras,

quesitos que medem o bem-

as quatro melhor posicionadas

estar da população, os índices

em IDH ficam no estado: Grande

Iluminação elétrica

99%

são comparáveis aos dos locais

Florianópolis, Joinville, Blumenau

Abastecimento de água

99%

mais desenvolvidos do planeta.

e Tubarão. Há ainda outros

Rede coletora de esgoto

21%

indicadores, como o criado pela

Fossa séptica

64%

condição é a aplicação do Índice

revista americana Newsweek

Coleta de lixo (direta)

85%

de Desenvolvimento Humano

em 2006. Segundo a publicação,

Coleta de lixo (indireta)

Balneário Camboriú

153

(IDH), que leva em consideração o

a capital Florianópolis é uma

Telefone

85%

Joinville

135

poder de compra da população, a

das 10 cidades mais dinâmicas

Moradores com acesso à internet

29%

São José

129

longevidade e o grau de educação.

do mundo, considerando as

Florianópolis

109

O IDH de Santa Catarina é o

oportunidades de negócios.

Fonte: IBGE Obs: em 2007/SC

Uma maneira de aferir essa

apenas ao do Distrito Federal. O desenvolvimento humano nos municípios, medido pelo índice IDH-M, revela o quanto o estado se destaca. No conjunto dos 50 municípios mais desenvolvidos do país, 16 são catarinenses. E

SAIBA MAIS Segundo a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), Santa Catarina detém o melhor Índice de Desenvolvimento Juvenil do Brasil. Um dos destaques é o ensino, pois é praticamente zero o analfabetismo juvenil no estado.

Um ranking elaborado por uma agência de estudos e pesquisas de mercado apontou os municípios mais dinâmicos do país e de Santa Catarina, dentro de um universo dos 300 municípios brasileiros mais importantes. Quatorze dos pesquisados são catarinenses, sendo que o município de Palhoça, localizado na Grande Florianópolis, foi considerado o mais dinâmico do país. A metodologia leva em conta o potencial de consumo, renda, abertura de empresas, licenciamento de veículos, operações bancárias por habitante e gastos sociais com saúde, educação, habitação, saneamento, ciência e tecnologia.

Fonte: IBGE Obs: em 2007/SC

Serviços nos domicílios

6%

Cerca de 20% das cidades com alta qualidade de vida no país ficam em Santa Catarina, a exemplo da capital, Florianópolis

Mais dinâmicos em 2008 Município Palhoça

% em relação à média da pesquisa = 100 164

Brusque

98

Blumenau

90

Sobre rodas

Chapecó

87

Uma das maneiras de se aferir o poder de compra de uma comunidade é o índice de veículos por habitante. Com mais de três milhões de veículos em circulação, a média é de 1,9 habitante para cada veículo, um padrão de países industrializados. A média brasileira é de cerca de sete habitantes por veículo. São tantos veículos que algumas das maiores cidades enfrentam problemas viários, que também se constituem em oportunidades de investimento.

Tubarão

84

Lages

80

Criciúma

79

Jaraguá do Sul

79

Itajaí

64

segundo mais alto do país, inferior

22

demais brasileiros, considerando-se a expectativa de vida ao nascer.

Fonte: Florenzano Marketing

23


Qualidade de vida

Santa Catarina

A força da educação

Saúde em foco

A qualidade da educação

escolas ou creches.

A expectativa de vida ao

faixa recomendada pelas

é fator fundamental para

Entre os adultos (maiores

nascer do catarinense é de 75

agências de saúde. Santa

que Santa Catarina se

de 15 anos), mais de

anos. Maior do que as médias

Catarina é um dos oito estados

destaque nos índices de

metade da população

brasileira e latino-americana,

brasileiros que apresentam

desenvolvimento e também

(57%) possui mais de

e próxima à expectativa de

parâmetros adequados. O

nos econômicos, em relação

oito anos de estudo, e

vida na América do Norte. A

sistema de prevenção controla

ao restante do país. A

27,7% tem entre quatro

mortalidade infantil no estado

com eficiência a incidência

taxa de analfabetismo,

e sete anos de estudo.

é de 12,7 óbitos para cada

de doenças como sarampo,

considerando-se a população

O nível educacional

mil nascidos vivos, enquanto

hepatite, difteria, coqueluche,

de mais de 15 anos, é

é um dos motores da

no Brasil a média é quase o

rubéola, tuberculose, tétano

inferior à metade da média

economia do estado,

dobro: 21,2 óbitos. Isso se

e dengue, dentre outras.

brasileira. Cerca de 99%

que avança na formação

deve a um conjunto de fatores

Há campanhas para doação

das crianças frequentam o

de pessoas aptas a se

envolvendo um conceito

de sangue e de prevenção a

Ensino Fundamental, o que

inserir em um mercado

amplo de qualidade de

doenças como AIDS e câncer.

confere ao estado a melhor

de trabalho cada vez mais

vida combinado à eficiência

taxa de escolarização do

exigente e complexo.

do sistema de saúde.

país para crianças entre 7 e

Há 99 instituições de

O estado conta com 15,6 mil

14 anos. Em 2008, cerca de

ensino superior no

leitos para internação em

1,4 milhão de catarinenses

estado, presentes nas

estabelecimentos de saúde,

com idade entre 0 e

principais cidades de

perfazendo uma média

17 anos frequentavam

todas as regiões.

de 2,7 leitos para cada mil habitantes, dentro da SAIBA MAIS

A taxa de analfabetismo em Santa Catarina é de 4% da população maior de 15 anos. Cerca de 80% da população entre 0 e 17 anos está matriculada em escolas ou creches. 24

Estudantes de curso profissionalizante e serviços hospitalares: índices de educação e saúde são superiores à média nacional

Dos 3,7 mil estabelecimentos de saúde do estado, cerca de 1,8 mil são públicos, e estão bem distribuídos pelos municípios. Os estabelecimentos municipais, como postos de saúde comunitários, somam 1,7 mil, para um total de 293 municípios.

Banhistas em praia da capital: costa com mais de 500 quilômetros oferece oportunidades de investimento em turismo

Água, esgoto e lixo O acesso à água é universalizado em Santa Catarina. Noventa e nove por cento da população possui cobertura de redes de abastecimento, sendo que 98% com canalização interna. A cobertura de saneamento não é tão avançada, mas o estado tem melhorado nesse quesito nos últimos anos. Atualmente atende 85% da população, considerando rede coletora e fossa séptica. A coleta de lixo atende mais de 90% dos moradores do estado.

Um dos segredos da qualidade de vida desfrutada em Santa Catarina está no destaque econômico do estado, que garante à população acesso à renda e direitos sociais, e consequentemente a bens de consumo e de conforto. É também um grande diferencial a maneira como a vida moderna se associa ao desfrute de uma natureza privilegiada, belíssima e diversificada, em boa parte conservada e respeitada. Com a valorização do meio ambiente, as belezas naturais configuram-se em oportunidades de negócios. Destaque para o turismo rural (nas regiões de Lages e São Joaquim e da Grande Florianópolis), o turismo ecológico (com a prática de trilhas e montanhismo em paraísos naturais como o Parque Estadual da Serra do Tabuleiro e o Parque Nacional dos Aparados da Serra) e o turismo de aventura e esportes radicais (Florianópolis e Imbituba são pontos famosos entre praticantes de surfe e já sediaram competições internacionais). Isso sem falar no tradicional turismo de verão, que atrai milhares de famílias. 25


Aspectos físicos

Estado multifacetado

➜➜Relevo O relevo de Santa Catarina é considerado um dos mais acidentados do Brasil, com variações em praticamente todo o seu território. No

Paisagens, relevos e climas diversos conferem a Santa Catarina

conjunto, três tipos se destacam. O Planalto Ocidental é o tipo de relevo

uma complexidade peculiar e atraente para os negócios.

que ocupa a maior parte do território de Santa Catarina e engloba o

Santa Catarina

Planalto Serrano, onde estão cidades como Lages e São Joaquim, além da Numa área equivalente à de

baías, promontórios, pontas

enquanto o verão do litoral

Serra do Espigão e do Morro da Igreja, em Urubici. Outro tipo de relevo

Portugal, correspondente a

e ilhas; os principais rios

está entre os mais quentes.

predominante é a Planície Costeira, que recorta o litoral catarinense e

1,1% do território brasileiro,

irrigam grandes planaltos

A vegetação predominante

favorece a formação de enseadas e baías, o que, por tabela, beneficia

a diversidade de paisagens

e serpenteiam entre serras

é a Mata Atlântica,

atividades como a portuária e a agrícola, por exemplo. O terceiro tipo de

é um ativo determinante

escarpadas e depressões.

considerada um dos biomas

relevo com destaque são as chamadas

para o surgimento de

Se o clima no geral é

mais ricos e ameaçados do

Serras Litorâneas, faixa formada

oportunidades de negócios. O

mesotérmico, os diferentes

planeta. Santa Catarina é

pelas serras do Mar e Geral e que

magnífico litoral catarinense,

relevos impõem diferenças

um dos estados com maior

serve de barreira entre a Planície

que corresponde a 7% da

extremas. O inverno na

percentual de cobertura

Costeira e o Planalto Central.

costa do país, é repleto de

Serra é o mais frio do Brasil,

vegetal nativa do país.

SAIBA MAIS O Morro da Igreja é o ponto mais alto do estado, com 1.822 metros de altitude.

➜➜Clima Morro da Igreja, ponto mais alto do estado (acima), Rio Uruguai (esquerda) e área de Mata Atlântica: Santa Catarina possui grande variedade de paisagens e alto grau de preservação ambiental

O clima em Santa Catarina é predominantemente subtropical úmido, com chuvas bem distribuídas em todo o território e temporadas ocasionais de seca. As temperaturas médias no estado variam entre 13°C e 25°C na maior parte do ano, influenciadas não só pela sazonalidade, mas também pelo relevo. Para se ter uma ideia, entre os Planaltos e o Litoral, as temperaturas podem variar mais de 10°C. Uma das características do clima de Santa Catarina é que as quatro estações do ano são bem definidas. O verão, por exemplo, é de muito calor no litoral e em cidades situadas em vales, como Blumenau, enquanto o inverno é de frio intenso e até de neve nas regiões mais altas, como Lages, São Joaquim e Urubici, que registram temperaturas abaixo de zero. Outono e primavera também são bem definidos, sempre mesclando características das duas outras estações.

No verão, turistas lotam as praias do litoral, enquanto que no inverno o movimento cresce no Planalto Serrano para acompanhar o espetáculo da neve. 26

27


Aspectos físicos

➜➜Recursos hídricos

Santa Catarina

No mapa da hidrografia, os rios de Santa Catarina estão

➜➜Vegetação No litoral predomina a vegetação herbácea e arbustiva,

separados em duas vertentes e têm como divisores as serras

caracterizada pela influência do oceano e pela formação

Geral e do Mar. Uma é a do Atlântico e inclui os rios que se

de grupos como mangues, restingas, dunas e praias.

orientam no sentido do mar. Nessa vertente, estão rios que

Nesses agrupamentos surgem espécies variadas como

drenam as regiões de Itajaí, São Francisco do Sul, Florianópolis

siriúba, algodoeiro-da-praia, aroeira-vermelha, pau-de-

e Laguna, e inclui os rios Itajaí-Açu, Tubarão, Araranguá, Tijucas

bugre, grama-de-praia e feijão-boi, entre outras.

e Itapocu. O sistema de drenagem da vertente do Atlântico

A Mata Atlântica, uma das principais formações vegetais

ocupa cerca de 35 mil km2, o equivalente a 37% da área total

do Brasil, também se destaca no mapa da vegetação

do estado. Já na outra vertente, a do Paraná (também chamada

catarinense. Predomina na região das serras litorâneas,

de vertente do interior), estão os rios que passam pelo planalto

margeando o Oceano Atlântico, mas também em direção

de Canoinhas, campos de Lages, Chapecó e Joaçaba, e seguem

ao interior do estado, no Vale do Itajaí. A Mata Atlântica

em direção à Bacia Platina, que inclui os rios Iguaçu e Uruguai

é caracterizada por grupos arbóreos densos, com árvores,

como principais coletores. Nela destacam-se os rios Chapecó e

arvoretas e arbustos. Também se destaca por apresentar uma

do Peixe. Essa vertente ocupa aproximadamente 60 mil km2, equivalentes a 63% do território do estado.

Regiões hidrográficas ➜➜Bacias do Iguaçu Abrangem área de 72.637,5 km², incluindo os estados do Paraná e de Santa Catarina. Em território catarinense a extensão é de 13.470 km². Principais rios em Santa Catarina: Iguaçu, Negro, Timbó e Canoinhas.. ➜➜Bacias do Sudeste Também chamada de bacia do Atlântico Sul – Trecho Sudeste, possui área total de 224.000 km², banhando extensas áreas do Rio Grande do Sul e parte de Santa Catarina, do Paraná e de São Paulo. Principais rios em Santa Catarina: Cubatão, Itapocu, Itajaí-Açu e Tubarão. ➜➜Bacias do Uruguai Abrangem 384 municípios do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, numa área de 384.000 km², sendo que deste total 176.000 km² situam-se em território brasileiro (46.000 km² em Santa Catarina). Principais rios em Santa Catarina: Uruguai, Chapecó, do Peixe, Canoas e Pelotas. 28

Paraná

A Serra Geral, que corta o estado no sentido norte-sul, é o grande divisor de águas do estado.

diversidade de plantas muito apreciadas por especialistas como

Região Hidrográfica do Iguaçu Região Hidrográfica do Uruguai

orquídeas e bromélias, além das tradicionais samambaias. No Planalto Serrano, a paisagem muda consideravelmente. A vegetação de maior destaque são as florestas com araucárias

Região Hidrográfica do Sudeste

ou pinheiro-do-paraná, que cobre boa parte da região. Esse tipo de vegetação é parte importante na economia da região, baseada na extração da madeira, e também inspirou a criação da Festa do Pinhão, um dos grandes eventos turísticos de Santa Catarina, que acontece anualmente na cidade de Lages.

Rios de Santa Catarina

Santa Catarina conta

Rio Grande do Sul

ainda com a presença de campos, sendo que os mais importantes também estão localizados no Planalto catarinense, nas cidades

Oceano Atlântico

de São Joaquim, Lages, Curitibanos e Campos Novos.

SAIBA MAIS Mangue é um ecossistema costeiro, de transição entre os ambientes terrestre e marinho, uma zona úmida característica de regiões tropicais e subtropicais. Restinga é um terreno arenoso e salino, próximo ao mar e coberto de plantas herbáceas características.

29


Perfil

Inserção global O comércio exterior é destaque da economia de Santa Catarina

➜➜ Santa Catarina é o maior exportador brasileiro de frangos e

Artigos catarinenses mais exportados

o segundo de suínos. Cerca de 14% das vendas internacionais

Produtos

2008 (US$ milhões) Frango (carnes e miudezas) 1.748,7 Fumo 667,1 Motores e geradores elétricos 531,0 Motocompressores herméticos 409,7 Suíno (carnes, carcaças e miudezas) 401,0 Preparações aliment. e conservas de galos/galinhas * 293,7 Móveis de madeira 272,0 Blocos de cilindros, cabeçotes, etc. p/ motores diesel 245,3 Grãos de soja, mesmo triturados 184,6 Ladrilhos, cerâmicas, vidrados e esmaltados ou não 170,6 Exportações totais 8.256,2

de frango saem do estado e a maior processadora e exportadora mundial de carne de frango é catarinense.

graças a uma indústria de categoria mundial, flexível e sustentável

Indústria

➜➜ Alguns dos maiores fornecedores mundiais de motores e geradores

30

Santa Catarina possui

alto valor agregado.

elétricos e de compressores para refrigeração estão situados em

uma indústria robusta e

A vocação internacional

Santa Catarina. O estado também se destaca no fornecimento

inovadora, integrada às

remonta ao século XIX, no

cadeias de fornecimento

início da industrialização

globais. O parque industrial

do estado, realizada por

diretamente para as maiores montadoras do mundo

do estado é o quarto maior

imigrantes europeus

itens como blocos de motores e cabeçotes.

do Brasil, considerando-

que detinham o

se o número de empresas

conhecimento necessário

cerâmicas para revestimento, como azulejos, pisos

e de trabalhadores.

para o nascimento da

e porcelanatos, e maior exportador do Brasil.

Uma importante

atividade. Consolidou-se

característica da indústria

no século XX por meio

é a especialização em

das exportações, que se

brasileiras nesse setor. A indústria madeireira é líder no Brasil

polos regionais, o que

tornaram especialidade da

em produção e exportação de portas de pínus e batentes.

permitiu o adensamento

indústria catarinense, e se

das cadeias produtivas

renova constantemente,

ao longo do tempo. As

com o desenvolvimento

exportador brasileiro de roupas de toucador/cozinha, de

indústrias catarinenses

de produtos e soluções

tecidos atoalhados de algodão e de camisetas de malha.

são francamente voltadas

adequados aos clientes

ao comércio exterior,

tradicionais e aos

produzindo artigos de

novos mercados.

global de eletrodomésticos e equipamentos odontológicos. ➜➜ Fabricantes de peças automotivas fornecem

➜➜ O estado é líder da América Latina na produção de

2008/2007 (%) 32,6 28,4 26,1 3,5 29 25,6 -12,2 6,3 -39 -8,3 11,8

Fonte: MDIC/SECEX Obs: Para a seleção dos produtos foi utilizada a listagem dos 100 mais exportados e feita a soma de NCMs similares. * Empanados de frango, hambúrgueres e outros industrializados.

➜➜ A indústria de móveis é essencialmente voltada para o comércio exterior. Santa Catarina lidera as exportações

➜➜ Santa Catarina se destaca mundialmente na produção de têxteis e artigos de vestuário. O estado é o maior

➜➜ Com alta tecnologia florestal para rendimento no crescimento de árvores, a indústria de papel e celulose catarinense está entre as mais competitivas do mundo.

Contêineres no Porto de Itajaí: exportações para os cinco continentes

O comércio exterior catarinense tem no Centro Internacional de Negócios, da FIESC, um de seus principais pontos de articulação. O CIN possui completa infraestrutura e tecnologia de informações comerciais, além de pessoal especializado em comércio exterior e questões legais para a prestação de serviços e suporte à cooperação internacional. Ajuda empresas catarinenses a encontrar mercados no exterior e também é capaz de localizar, dentro do estado, fornecedores capacitados a atender demandas de empresas de qualquer lugar do mundo. Atende empresários estrangeiros e mantém parcerias com entidades de classe e agências governamentais. O CIN atua com promoção de exportações, prospecção de mercados, capacitação empresarial, realiza estudos e diagnósticos, promove parcerias, organiza missões empresariais e emite certificados de origem. O CIN está conectado aos mais importantes programas internacionais voltados à promoção comercial e à cooperação empresarial. 31


Perfil

Indústria

Exportações para mais de 190 países

País

Para conquistar mercados ao

pequenos lotes sem perda

redor do mundo, a indústria

de escala. O segmento têxtil

de alimentos de Santa

também é capaz de atender a

Catarina desenvolveu mais

pequenos pedidos com agilidade.

de dois mil cortes diferentes

Além da produção de linhas

de carne de frango, o que

completas, a indústria agrega

exigiu o desenvolvimento

serviços aos seus produtos.

de complexos maquinários

Na fabricação de autopeças,

e sofisticados sistemas de

as principais companhias

informação e logística.

realizam engenharia simultânea

Com grande flexibilidade, a

com os clientes para obter

Estados Unidos Japão Argentina Países Baixos (Holanda) Alemanha Reino Unido Rússia Hong Kong México África do Sul

indústria é capaz de atender

os resultados desejados.

Fonte: MDIC/Secex – Sistema Alice

especificações e preferências

Mais do que simplesmente

de todos os cantos do mundo e

oferecer produtos

tornou-se a principal referência

industrializados, a indústria

mundial no setor. De modo

catarinense investe em inovação,

semelhante, todos os setores

design, marketing, distribuição

industriais importantes do estado

e marca, para se inserir de

possuem suficiente qualidade,

modo crescente e consistente

flexibilidade e estrutura logística

no mercado internacional.

para atender necessidades e oferecer inovações. A indústria de equipamentos elétricos investiu na eficiência energética, uma exigência global, e ampliou as linhas de produtos. O setor cerâmico produz grande número de lançamentos de coleções e pode produzir 32

Exportações de Santa Catarina

SAIBA MAIS Produz-se no estado motores elétricos em alumínio e ferro fundido. Há linhas próprias para ambientes constantemente lavados, outras para extração de fumaça em ambientes públicos, para uso em áreas de mineração ou ainda acoplados a aparelhos laminadores, só para citar algumas “famílias” que compõem o portfólio do setor.

2008 2008/2007 (US$ milhões) (%) 1.114,1 -12,8 558,3 69,8 548,7 5,0 548,1 26,7 365,7 -0,4 326,8 9,9 246,1 29,2 231,1 51,2 206,5 6,2 205,1 8,2

Importações de Santa Catarina País União Europeia Nafta Ásia Mercosul Aladi África (*) Federação da Rússia Oriente Médio (**) Oceania (***) Uruguai Total de importações (*) África do Sul e Angola. (**) Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita. Fonte: MDIC/SECEX - Sistema Alice

2008 2008/2007 (US$ milhões) (%) 2.256,7 75 1.446,1 79,0 1.322,0 34,9 864,0 61,5 835,4 18,6 297,0 53,1 246,1 206,2 219,6 36,2 56,4 75,1 175,9 17,1 7.951,6 59,0 (***) Austrália

Novos mercados Tradicionalmente, os principais destinos das exportações catarinenses são os Estados Unidos e países da União Europeia. O novo equilíbrio de forças do comércio mundial e o esforço comercial da indústria estão trazendo novidades. Dentre os 30 maiores importadores de Santa Catarina em 2008, alguns dos maiores crescimentos se observam em países asiáticos: Japão (69,8%), Hong Kong (51,2%) e China (37,3%). Também se destacaram os crescimentos das vendas para os Emirados Árabes Unidos (57,3%) e para Angola (86,7%), numa demonstração do potencial de negócios da África. Países da América do Sul estão aumentando as compras. Importações do Equador, Peru, Uruguai e Paraguai tiveram crescimentos próximos aos 50% em 2008. 33


Perfil

Indústria

Qualidade: categoria mundial O perfil exportador das

humanos qualificados.

empresas catarinenses

Em sintonia com os novos

permitiu – e ao mesmo

paradigmas de geração de

tempo exigiu – que o

riqueza, a indústria catarinense

setor atingisse um padrão

busca continuamente

de indústria de categoria

aproveitar as partes de maior

mundial. Os principais players

valor das cadeias produtivas,

no comércio internacional

como pesquisa, design e

realizaram recentemente – e

marcas. Com habilidade

o fazem continuamente –

para se adaptar a mudanças

investimentos direcionados

tecnológicas e organizacionais

à modernização de parque

e aproveitar oportunidades,

fabril, prospecção de novos

a indústria se vale do

mercados e promoção

crescente conhecimento

comercial, inovação

global e colabora para gerar

tecnológica e agregação

conhecimentos novos.

de valor a produtos.

O programa Benchmarking Industrial é uma das ferramentas para a competitividade acessíveis às empresas catarinenses que atuam internacionalmente. Disponibilizado pelo Sistema Fiesc, permite que empresas comparem seu nível de competitividade com as líderes mundiais em seu setor – o banco de dados tem informações de mais de 1.200 empresas. A consultoria aponta oportunidades de melhoria em qualidade, inovação, desenvolvimento de produtos, logística e outras áreas. Outro programa, o de Qualificação dos Fornecedores, foca a competitividade da cadeia produtiva, qualificando fornecedores das grandes empresas. O objetivo é aumentar a interação e desenvolver competências consideradas críticas para o sucesso das cadeias produtivas.

Centenas de companhias catarinenses possuem certificação ISO 9000, o que garante qualidade da produção e acesso a mercados em todo o mundo

Investimentos setoriais (2008)

Santa Catarina possui

Gênero industrial

significativos diferenciais competitivos para que sua indústria se destaque em um ambiente de concorrência global: a cultura industrial, as especializações setoriais, as sinergias proporcionadas pelo adensamento industrial e uma rede de serviços de apoio, pesquisa e formação de recursos 34

SAIBA MAIS A Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc) mantém uma rede de serviços voltada à competitividade da indústria do estado. A estrutura é voltada ao ensino, pesquisa e desenvolvimento, prestação de serviços tecnológicos, incubação de empresas e serviços sociais e ambientais. A rede do Sistema Fiesc atua em sintonia com as demais instituições de ensino, pesquisa e desenvolvimento do estado.

Máquinas, aparelhos e materiais elétricos Metalurgia básica Produtos alimentícios e bebidas Produtos de minerais não metálicos Confecções de artigos de vestuário Eletrônica e comunicações Produtos têxteis Outros setores TOTAL Fonte: FIESC

US$ % sobre o milhões faturamento 357,0 14,8 230,2 8,1 125,9 4,1 34,6 4,3 34,2 5,0 29,2 14,5 25,1 4,3 73,0 910,0 7,4

Tecnologia para os negócios A constante atualização tecnológica é um fator de competitividade internacional da indústria de Santa Catarina. As principais finalidades dos investimentos realizados pelas indústrias são aquisição de máquinas e equipamentos, atualização tecnológica, desenvolvimento de produtos, aumento da capacidade produtiva, lançamento de novos produtos e melhoria de qualidade dos produtos. Em 2008, cerca de um terço dos investimentos foram realizados no exterior, demonstrando o alto grau de internacionalização da indústria. Cerca de 60% das aplicações foram com capital próprio, revelando empresas capitalizadas e pouco endividadas. 35


Perfil

Indústria

Negócios sustentáveis Atuantes nos principais e

empresas catarinenses

mais exigentes mercados do

possuem eficientes sistemas

mundo, as principais indústrias

de gestão ambiental,

catarinenses têm incluídas as

garantindo que o respeito

questões ambientais e sociais

ao meio ambiente está

em suas decisões estratégicas.

presente em todas as etapas

Suas práticas são comparáveis

produtivas – considerando

às mais avançadas em nível

desde as matérias-primas

internacional. O crescimento

até a disposição final dos

e o planejamento das

resíduos. A aplicação do

indústrias são condicionados

conceito de ecoeficiência

às limitações impostas pela

permite aumentar a

conservação ambiental, e

produtividade das matérias-

também pelas oportunidades

primas, como materiais,

que surgem dessa condição.

energia e água, além de

Para organizarem a

reciclar materiais, reutilizar

produção, as grandes

água e eliminar emissões.

A Bolsa de Resíduos da Fiesc é um serviço de informações capaz de identificar mercado para resíduos gerados por indústrias que podem se tornar matéria-prima para outras. Cerca de 700 empresas utilizam o serviço para comprar, anunciar e vender resíduos, que de outra maneira poderiam se tornar passivos ambientais. Além de ser um ambiente de negócios, a Bolsa de Resíduos gera e dissemina informações sobre resíduos e meio ambiente. 36

Indústrias catarinenses neutralizam emissões de carbono com medidas como áreas de conservação, reúso de água, uso de gás natural e tratamento de efluentes.

SAIBA MAIS As principais indústrias de todos os setores em Santa Catarina possuem certificado ISO 14000, de gestão ambiental. No setor têxtil, as maiores exportadoras possuem o Öko-Tex, certificando que a produção é livre de substâncias nocivas. O setor de base florestal certifica suas florestas pelo FSC (Forest Stewardship Council), garantindo que a atividade é realizada com os devidos cuidados socioambientais.

Equipamento antipoluição, estação de tratamento de efluentes e projeto de aproveitamento de gás metano para geração de créditos de carbono

Tecnologia ambiental O desenvolvimento de tecnologias capazes de melhorar as relações produtivas com o meio ambiente é constante na indústria. Empresas do setor têxtil são capazes de reaproveitar a goma utilizada no trançamento de fios de tecidos por meio de nanotecnologia. No setor de confecções foi desenvolvido processo para neutralizar 100% dos compostos orgânicos das emissões das chaminés. Na indústria de fundição, desenvolveu-se tecnologia para uso dos resíduos (areia) na construção de rodovias e na agricultura. Indústrias de eletrodomésticos desenvolvem a logística reversa, permitindo que os produtos que fabricam retornem ao ciclo produtivo. A busca pela diminuição de resíduos, reúso e reciclagem é recorrente. Uma empresa do setor cerâmico reaproveita 60% dos resíduos gerados na produção. Em outra, rejeitos de esmalte são transformados em cera protetora para os revestimentos.

A troca de processos produtivos poluentes por outros capazes de retirar carbono da atmosfera pode gerar créditos de carbono. Isso é possível pelo enquadramento de projetos como Mecanismos de Desenvolvimento Limpo (MDL), criados pelo Protocolo de Kioto. Santa Catarina é um dos estados brasileiros com maior número de mecanismos em funcionamento. No setor de alimentos, a utilização do metano captado em criações de animais para geração de energia é uma das possibilidades exploradas. Nas fundições, há oportunidades na redução de gases gerados pelas ligas. A compra de créditos em Santa Catarina pode servir para o cumprimento de metas de redução de emissões. O Balcão MDL, da Fiesc, reúne oportunidades nessa área. O Programa Mercado de Carbono, coordenado pela Fiesc, visa inserir indústrias do estado no mercado, oferecendo consultoria especializada.

Rede de serviços O Senai/SC oferece serviços de consultoria ambiental em três linhas: conformidade legal, conformidade normativa (para implantação de sistemas de gestão ambiental) e ecoeficiência, além de assessoria em tratamento de águas e efluentes, áreas contaminadas e educação ambiental. Para o serviço, as mais de 30 unidades regionais atuam de forma integrada, e em parceria com outras unidades do Senai Nacional. 37


Responsabilidade socioambiental

Ambientes saudáveis

O estado de Santa Catarina

ações e prestam contas

ostenta alguns dos melhores

delas, por meio de balanços

indicadores de qualidade de vida

confiáveis. Adotam conceitos

do país, incluindo itens como

de governança corporativa,

saúde, educação e renda. O

consumo consciente, produção

papel da indústria na construção

limpa e justiça social, dentre

desse cenário é notório. Principal

outros, embasados em princípios

responsável pela geração de

éticos de transparência. Na

riqueza no estado, a indústria

era da sustentabilidade, as

proporcionou, com seu

empresas de ponta do estado

incremento ao longo de décadas,

estão conscientes de que o

o desenvolvimento social em

sucesso e a perpetuidade dos

todas as regiões, de forma

negócios são associados à saúde

bem distribuída e equitativa.

do meio ambiente e à qualidade

Mas a indústria catarinense faz

de vida dos trabalhadores

O Sistema Fiesc é um dos principais agentes disseminadores do conceito de gestão sustentável nas empresas catarinenses. Oferece serviços para melhorar a qualidade de vida na indústria, com foco no trabalhador. Na área de estilo de vida e mudança de comportamento, destacam-se serviços como o de alimentação, de academias corporativas e de organização de eventos esportivos. Para criar ambientes de trabalho saudáveis, o Sistema Fiesc promove ações de saúde e segurança no trabalho, ergonomia e pesquisas de clima organizacional. Na área de assistência em saúde oferece serviços de clínicas médicas, assistência odontológica (inclusive com unidades móveis) e farmacêutica, por meio de uma rede de farmácias. Há ainda serviços de consultoria para a incorporação de técnicas de responsabilidade corporativa ao modelo de gestão das empresas.

mais do que gerar empregos de

e das comunidades onde

qualidade, que proporcionam a

estão inseridas.

inserção de seus colaboradores em cadeias produtivas de alcance global. Historicamente, a indústria mantém laços estreitos com as comunidades nas quais está inserida. Uma atuação que se aprofundou nos últimos anos, com as novas demandas de responsabilidade socioambiental das empresas. As principais indústrias organizam suas 38

SAIBA MAIS A responsabilidade social empresarial engloba ações ambientais, ações desenvolvidas com foco nos funcionários – como qualificação, formação e melhoria da qualidade de vida – e projetos desenvolvidos em benefício e em parceria com as comunidades. Destacam-se em Santa Catarina ações de educação ambiental, em que empresas utilizam suas áreas de preservação como pontos de referência para ações comunitárias.

Por meio da criação de empregos, da oferta de serviços sociais e da manutenção de áreas de preservação as indústrias catarinenses assumem sua responsabilidade socioambiental

Reservas particulares O bioma mata atlântica, no qual se insere o estado de Santa Catarina, é um dos mais ricos e ameaçados do mundo. Possui 8 mil espécies vegetais endêmicas e cerca de 700 espécies animais. Devido à ocupação urbana, industrial e agrícola, restam menos de 10% de sua cobertura original. Atualmente, as indústrias catarinenses estão entre suas principais protetoras. O mecanismo de proteção que mais avança no estado é a Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN). Dezenas de indústrias já se comprometeram a preservar a biodiversidade para sempre nessas áreas. Ao fim de 2008 Santa Catarina possuía 31 RPPNs registradas no âmbito federal, correspondendo a uma área de quase 22 mil hectares.

A indústria tem participação e liderança nas regiões onde atua, encabeçando projetos com foco em questões sociais e ambientais em parceria com a sociedade civil.

Indústrias que mais empregam em Santa Catarina Vestuário

13,4%

Têxtil

9,7% Construção

Alimentos e bebidas

14,9%

Fonte: MTE/RAIS 2006

Indústria

Perfil

11,3% Madeireiras

5,8%

Outros

44,9%

39


Setores

Alimentos

Além do setor de carnes, destacam-se no complexo agroindustrial

Indústria fornece para mais de 100 países e oferece

primas para alimentos.

o processamento de grãos, pescados, laticínios, sucos e matérias-

Indústria

um insumo fundamental: alto padrão sanitário.

40

O setor de alimentos é um

o maior exportador mundial do

dos que melhor representa o

setor. Santa Catarina é o maior

potencial econômico de Santa

exportador brasileiro do produto.

Catarina, pois envolve uma

A agroindústria catarinense

cadeia produtiva completa,

reúne alguns dos maiores

do setor primário ao seu

players mundiais, e para se

ápice, a agroindústria. Com

alcançar os padrões que lhe dão

processos que agregam alta

sustentação no mercado externo

tecnologia, o segmento

– qualidade, preço e garantia de

tem participação decisiva

fornecimento – há uma série de

no desempenho da balança

fatores envolvidos. Um dos mais

comercial do estado e do Brasil.

importantes é o aperfeiçoamento

No segmento de carnes, o estado

genético, que proporciona o

é o maior produtor nacional

crescimento mais rápido do

de suínos, com cerca de 800

animal com menos ração, e o

mil toneladas/ano (25% do

desenvolvimento de animais

total brasileiro). A produção

com baixo teor de gordura.

local tem impacto direto no

As novas linhagens de frangos

desempenho do Brasil, que

e suínos, assim como novas

é o quarto maior produtor

fórmulas para produtos, rações

mundial. No caso das aves, Santa

e embalagens, são desenvolvidas

Catarina está no segundo lugar,

com o envolvimento de

com cerca de um bilhão de

uma rede de P&D que inclui

cabeças abatidas, volume que

empresas, institutos de pesquisa

representa 20% do total do país,

e agências governamentais.

A presença de destaque que Santa Catarina ocupa no mercado internacional de carnes tem como fator determinante a sanidade. O estado é o único no Brasil a manter o certificado de área livre de febre aftosa sem vacinação, concedido pela Organização Internacional de Saúde Animal (OIE) em 2007. Está há 16 anos sem registrar ocorrência de aftosa e há oito anos sem vacinação. Também é livre de peste suína clássica e doença de Aujeszky. Devido a isso é o primeiro estado brasileiro a exportar carne suína para os Estados Unidos. A esse fator soma-se o nível de especialização das empresas locais, que embarcam frango em cortes especiais para diferentes destinos: peito desossado para a Europa Oriental, coxa com osso para o Leste Europeu, coxa desossada e asa para Ásia e miúdos para a África. São fatores que demonstram o alto nível do complexo industrial, que alia padrões de excelência sanitária a flexibilidade industrial e regularidade no fornecimento.

A indústria de alimentos e bebidas é a mais importante do estado, com participação de quase um quarto do total do valor de transformação industrial do estado.

Pescados

Perfil Setorial (2008) Indústrias Trabalhadores Participação no VTI de SC (*) Exportações Participação nas exportações de SC

3.745 100 mil 19,3% US$ 3.162 milhões 38,3%

(*) Valor da Transformação Industrial; dados de 2007. Fonte: IBGE, Fiesc

Cerca de 80% da produção interna de pescado congelado é oriunda de Santa Catarina, estado que detém a maior frota pesqueira nacional e as maiores indústrias do setor. A atividade é potencializada pelo vasto litoral recortado por enseadas e pelo encontro de variadas correntes oceânicas, que proporcionam grande diversidade em sua costa.

Principais produtos: frangos (carnes e miudezas), suínos (carnes, carcaças e miudezas) e alimentos industrializados

Dentro dos procedimentos mundiais de defesa sanitária crescem os controles sobre a origem dos alimentos. Os principais mercados estão cada vez mais exigentes devido a problemas como a doença da vaca louca e a gripe aviária. Nesse contexto, há demanda para soluções relacionadas à rastreabilidade dos animais. O setor catarinense se insere na discussão internacional sobre o padrão a ser seguido e isso inclui desde o instrumento de identificação do animal (brincos, por exemplo) até o sistema completo de gerenciamento, o que cria oportunidades para empresas de base tecnológica. 41


Setores

Autopeças e veículos

Blocos eficientes O desenvolvimento de tecnologia de ponta alinhada com a tendência de motores menos poluentes abriu novas frentes para a indústria catarinense. Uma das principais fundições do estado fornece blocos de motores com tecnologia de ferro fundido vermicular, de alta resistência mecânica, permitindo o uso em motores diesel de combustão mais eficiente e, portanto, menos poluentes. Dentre os usuários de blocos de motores fabricados em Santa Catarina destacam-se Jaguar, Land Rover, BMW, Honda, Ford, GM, Peugeot e Volkswagen.

Inserida nas cadeias de fornecimento globais, Santa

Indústria

Catarina atrai investimentos de montadoras.

42

A indústria automotiva

de aço, plástico e elastômeros,

catarinense, tradicionalmente

usinagem de peças sob

voltada ao comércio exterior,

encomenda e produtos próprios.

está se adensando e se inserindo

A produção inclui impulsores de

cada vez mais profundamente nas

partida, mancais e polias, com

cadeias de fornecimento globais.

liderança na América Latina, e

De um lado, a padronização de

reposição de escapamentos e

processos em nível global permite

compressores de pistão, com

a grupos locais o fornecimento a

liderança nacional. Também

montadoras no Brasil e exterior,

se produz peças fundidas para

com know-how restrito a poucos

caminhões e automóveis,

centros industriais no mundo.

peças de suspensão, guias,

De outro, grupos estrangeiros

sedes e tuchos de válvulas,

encontram em Santa Catarina

camisas de cilindros, anéis,

oportunidades para ampliar seus

espelhos retrovisores e peças

negócios. A região Nordeste

para motocicletas (pedais,

do estado, em Joinville e seu

guidões), dentre muitas outras.

primeiros jipes em 2009, em

entorno, é o principal polo

As empresas catarinenses

Joinville. A mesma cidade

do setor, que também tem

são responsáveis por 6% das

abrigará a nova fábrica de

empresas no Vale do Itajaí.

exportações nacionais do setor.

motores e componentes

A indústria tradicional, em grande

A diversidade produtiva

da General Motors, que é

parte de capital nacional e

fomentou o surgimento de

construída com investimentos de

controle familiar, é caracterizada

uma montadora de automóveis

US$ 175 milhões. O projeto inclui

pela diversificação e atualização

catarinense, que deve iniciar

a produção inicial de 120 mil

tecnológica. Atua com peças

a produção comercial de seus

motores e 50 mil cabeçotes/ano.

Indústrias Trabalhadores Participação no VTI de SC (*) Exportações Participação nas exportações de SC (*) Valor da Transformação Industrial; dados de 2007.

341 13 mil 4% US$ 246 milhões 3%

Fontes: MTE, MDIC, IBGE, FIESC

Companhias integradoras do setor automotivo têm em Santa Catarina fornecedores confiáveis e diversificados. No estado há ampla capacidade de fornecimento de peças estruturais pesadas de fundição, de usinagem de precisão para as peças mais importantes dos motores e de componentes de plásticos e elastômeros desenvolvidos sob encomenda. Por outro lado, Santa Catarina é um local propício ao investimento do setor. Há oferta abundante de mão de obra especializada. A diversidade de fabricantes oferece sinergias e há vantagens logísticas para recebimento de matérias-primas e despacho de mercadorias, com proximidade aos principais mercados da América do Sul, um dos locais de maior crescimento da indústria automobilística no mundo.

SAIBA MAIS A mão de obra especializada no setor têxtil e as possibilidades logísticas levaram uma das principais fabricantes de cintos de segurança para automóveis do mundo a Santa Catarina. Com fábrica às margens da BR-101, no Norte do estado, a companhia importa a matéria-prima da África e escoa a produção de cadarços para cintos à América do Norte por meio do Porto de Itajaí.

Perfil do setor (2008)

A produção catarinense de carrocerias para ônibus é a terceira Principais produtos: Blocos de motores, impulsores de partida, sistemas de exaustão, peças de suspensão, peças usinadas e carrocerias para ônibus e micro-ônibus

maior do Brasil. Também se produz no estado carrocerias para caminhões, caçambas basculantes e porta-contêineres. 43


Setores

Base Florestal

Santa Catarina detém 60% da produção brasileira de celulose de fibra longa, destinada principalmente à fabricação de embalagens.

Com grandes florestas de pínus, estado é referência na fabricação

Indústria

de papel para embalagens e de portas e janelas de madeira.

44

O rendimento excepcional das florestas de pínus e a tecnologia fabril empregada fazem de Santa Catarina um dos fornecedores de papéis para embalagens mais destacados do Brasil. Na produção de sacos de cimento, que requerem resistência e ao mesmo tempo flexibilidade, a indústria utiliza celulose 100% fibra virgem, proveniente de árvores mais antigas, e equipamentos especiais. Outro destaque da indústria é a produção de Kraftliner para caixas de papelão ondulado, que em sua composição leva um percentual de papel reciclado. A mão de obra da indústria é especializada, formada especificamente para o setor, e há fabricantes de equipamentos em Santa Catarina que atendem às demandas específicas da indústria local.

A perfeita adaptabilidade do

utilizada no mix das fábricas,

pínus às condições físicas de

e também para a produção de

Santa Catarina colaborou para

papéis como o tissue, utilizado

tornar o estado um expoente

em produtos sanitários, por

na produção de papéis de fibra

exemplo. Com relação ao papel

longa. Esses são os tipos de

reciclado, Santa Catarina é o

papéis mais resistentes, como os

segundo maior consumidor

multifolhados, usadas para sacos

de aparas do Brasil, com cerca

de cimento, e papéis utilizados

de 765 mil toneladas anuais.

para a fabricação de caixas.

O pínus e o eucalipto também

Atuam em Santa Catarina 31

são as principais matérias-

fábricas de papel, cinco de

primas da indústria madeireira

celulose e 10 de pastas de alto

catarinense, que responde por

rendimento. Os negócios do

uma fatia de quase 17% da

setor no estado somam cerca

indústria nacional do setor. Com

SAIBA MAIS

de US$ 1,1 bilhão (faturamento

maior concentração no Planalto

em 2007). A capacidade de

Serrano, a exemplo do papel e

produção das fábricas de papel

celulose, a indústria da madeira

é de 1,8 milhão de toneladas.

destaca-se na fabricação de

Além das florestas de pínus,

portas e batentes de pínus,

destinadas aos papéis de

janelas e molduras. As árvores

fibra longa, a indústria de

cultivadas no estado também

papel mantém plantações de

são importante matéria-prima

eucalipto em Santa Catarina.

para a indústria de móveis

A fibra curta dessas árvores é

(ver setor Mobiliário).

A principal característica produtiva do Brasil é que 100% de seu papel e celulose são feitos a partir de florestas plantadas, ou seja, recursos renováveis. E para cada hectare de floresta plantada, se mantém praticamente outro hectare como área de preservação. A indústria mantém em Santa Catarina 85 mil hectares para preservação permanente e tem 111 mil hectares de florestas plantadas. As empresas ainda fomentam o plantio em mais 30 mil hectares pertencentes a terceiros.

Perfil do setor* (2008) Indústrias Trabalhadores Participação no VTI de SC (**) Exportações Participação nas exportações de SC (2007) (*) Soma dos setores Celulose e Papel com Madeira. (**) Valor da Transformação Industrial; dados de 2007.

3.300 56,6 mil 9,3% US$ 715 milhões 8,6%

Fonte: MTE, MDIC, IBGE, FIESC

Florestas de alto rendimento As florestas plantadas pela indústria de celulose e papel no Brasil são as mais produtivas do mundo. Na média, cada hectare de pínus rende 35 m3 de madeira, enquanto em 1980 o rendimento era de 19 m3. A partir do sétimo ano do plantio já é possível utilizar madeira das plantações. Os avanços se devem especialmente a pesquisas genéticas que produziram variedades mais resistentes a pragas e com maior quantidade de fibras. Espera-se que o rendimento do pínus ainda possa avançar para 40 m3. No caso do eucalipto, o rendimento atual é de 41 m3 por hectare, e estimase chegar a 50. O alto rendimento reduz a demanda por novas áreas para ampliação da produção. A produção anual de um milhão de toneladas de celulose no Brasil requer 100 mil hectares. Para o mesmo volume, na Escandinávia e Península Ibérica utilizam-se áreas de 720 mil e 300 mil hectares, respectivamente.

Principais produtos: papéis para embalagens (Kraft e Kraftliner), portas e batentes de pínus

45


Setores

Cerâmica Com tecnologia e design, estado é o principal fornecedor

Indústria

da América Latina para o segmento de construção civil

46

O Brasil é o segundo maior produtor e consumidor e o quarto

Perfil do setor (2008)

O setor cerâmico é um dos

e no município de Tijucas,

expoentes da indústria

na Grande Florianópolis.

catarinense, com destaque

As principais empresas

para a chamada cerâmica para

são líderes nacionais em

construção. Esse segmento

faturamento e lucratividade,

é composto por 13 grandes

e marcam presença nas

empresas, que possuem

principais feiras internacionais

20 unidades industriais em

do setor como Cersaie, em

território catarinense e sete em

Bolonha (Itália); Coverings,

outros estados. Elas possuem

em Chicago (Estados

quase 20% do mercado

Unidos), e Surfaces, em Las

brasileiro de revestimentos

Vegas (Estados Unidos).

cerâmicos, com produção

A forte inserção internacional

anual de 130 milhões de m².

da indústria deve-se

Faturam cerca de US$ 1 bilhão/

muito aos investimentos

ano. O desempenho coloca

em tecnologia e design

Indústrias Trabalhadores Participação no VTI de SC (*)

maior exportador do mundo de cerâmica para revestimentos.

730 18 mil 2,5%

Exportações Participação nas exportações de SC (2007)

Produção diversificada

US$ 186 milhões 2,3%

Além da atuação no mercado de revestimento cerâmico e porcelanato, Santa Catarina também se destaca na fabricação de outros produtos em cerâmica e porcelana, com empresas de grande porte e presença no cenário nacional e internacional situadas da região Norte e no Vale do Itajaí. Em São Bento do Sul, no Norte catarinense, localiza-se a principal fabricante do Brasil e da América Latina de pratos, xícaras, canecas e travessas em cerâmica e porcelana. Em Blumenau está situada a líder no ranking na produção de taças, copos, vasos e saladeiras. Na vizinha Timbó, também no Vale do Itajaí, funciona a fabricante de isoladores em cerâmica para energia elétrica que ocupa o terceiro lugar no ranking nacional e o sexto na América Latina. Em Rio Negrinho está a maior fabricante mundial de canecos de chope para colecionadores, com uma linha de produto que é a única no mercado mundial, 100% atóxica à saúde.

(*) Valor da Transformação Industrial; dados de 2007. Fontes: MTE, MDIC, IBGE, FIESC

Santa Catarina como líder na

realizados constantemente.

característica de cluster. Um

América Latina em produção

Há em Santa Catarina um

dos destaques é o Centro

de cerâmica para revestimento,

ambiente adequado ao

de Tecnologia em Cerâmica

além de maior exportador

desenvolvimento setorial,

(CTC), que realiza assessoria

do Brasil, comercializando

devido ao forte adensamento

técnica e tecnológica,

para 118 países.

industrial e à variedade de

pesquisa aplicada,

A maior concentração de

fornecedores de matérias-

informação tecnológica

indústrias é no Sul do estado

primas, serviços e produtos,

setorial e formação de

(Criciúma e cidades vizinhas)

que conferem ao setor

recursos humanos.

SAIBA MAIS Uma das frentes de pesquisa mais avançadas no setor é a ambiental. As principais empresas investem em equipamentos para controle ambiental, na redução do consumo de insumos, na reciclagem e no reaproveitamento de resíduos. O setor cerâmico está entre os principais usuários de gás natural em Santa Catarina, o que minimiza impactos.

Principais produtos: cerâmica para construção (azulejos, pisos, porcelanato, peças decoradas, peças especiais, pavimentos polidos e revestimentos externos), cerâmica vermelha, cerâmica e porcelana para mesa (pratos, xícaras, canecas e travessas)

Qualidade, design e preço. Baseada nesse tripé, a indústria catarinense conquistou clientes em todo o mundo. Com qualidade semelhante ou superior à de produtos feitos na Itália, Espanha e China, os artigos catarinenses podem custar até quatro vezes mais barato. A indústria é flexível e moderna, podendo produzir pequenos lotes sem perda de escala. Além da intenção de exportar, as empresas do setor também estão abertas a joint-ventures e outros negócios com investidores estrangeiros. A oportunidade é o aquecido mercado interno de construção civil brasileiro, que constrói como nunca. Fato que ajuda a justificar a queda do volume de exportações do setor nos últimos dois anos e aumento de vendas no mercado interno (veja o quadro na página ao lado). 47


Setores

Máquinas e equipamentos elétricos

A inovação tecnológica é essencial para o sucesso do setor. Nas

Empresas do estado produzem linhas completas de equipamentos

pela venda de produtos lançados nos últimos cinco anos.

grandes indústrias, em média metade do faturamento é obtido

Indústria

elétricos e estão entre os maiores fornecedores mundiais.

48

Concentrada na região

com altos investimentos

Nordeste, principalmente

das empresas em pesquisa

nas cidades de Joinville e

e desenvolvimento.

Jaraguá do Sul, a indústria

No Nordeste do estado estão

eletrometalmecânica é

os grandes players nacionais

uma das principais forças

e multinacionais do setor,

impulsoras da economia

mas um grande número

do estado. A produção

de pequenas e médias

catarinense representa

empresas atua em todo

13% do total nacional no

estado. No Vale do Itajaí um

segmento de Máquinas,

eixo eletrometalmecânico

Aparelhos e Materiais

produz equipamentos

Elétricos, destacando-se

voltados às indústrias têxteis

nos segmentos de motores e

principalmente na fabricação

e de confecções. Na região

compressores, Santa Catarina

de geradores, transformadores

de Joaçaba, no Meio-Oeste,

possui uma pauta de exportação

e motores elétricos, sendo

o foco são as máquinas

bastante diversificada, que

responsável por 37% da

agrícolas, enquanto Chapecó,

abrange desde motores

produção brasileira desses

no Oeste, é voltada para a

elétricos até equipamentos

produtos. Santa Catarina

indústria de alimentos e na

odontológicos. O principal

se destaca também na

região Serrana, a indústria

mercado para os produtos é a

produção de compressores

de máquinas para madeira é

União Europeia, seguida dos

herméticos para refrigeração

desenvolvida. Existem ainda

países do Mercosul, Estados

e eletrodomésticos de linha

polos menores na região Sul

Unidos e México. As grandes

branca. O estado está na

e na Grande Florianópolis.

empresas locais contam com

vanguarda mundial no setor,

Além da tradição internacional

unidades no exterior.

Principais produtos: motores, geradores e transformadores elétricos, compressores para refrigeração, máquinas para as indústrias têxtil, alimentícia e madeireira, ferramentaria, máquinas agrícolas e equipamentos pesados

Quem tiver interesse em adquirir uma central de geração hidrelétrica de pequeno porte pode fazê-lo inteiramente em Santa Catarina – das turbinas aos painéis eletrônicos. A indústria do estado produz ainda linha completa de geradores, transformadores e motores elétricos, de todos os portes e para todo o tipo de aplicações. No caso dos compressores para refrigeração, a variedade inclui equipamentos de alta eficiência energética até microcompressores para computadores portáteis. Apesar do domínio tecnológico e riqueza do portfólio, o setor se adensa ainda mais. Empresas multinacionais se integram produtiva e comercialmente com parceiros locais, formando redes de fornecedores de peças e equipamentos por meio de aquisições, parcerias e acordos tecnológicos.

Pessoas em foco Dispostas a obterem mais diferenciais competitivos, empresas catarinenses investem em recursos humanos. Os sindicatos patronais e a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) desenvolvem programas para a criação de ambientes de trabalho favoráveis ao desenvolvimento e motivação. A Abimaq também realiza treinamento em comércio exterior nas empresas e participa com estande próprio em feiras nacionais e internacionais, divulgando a produção dos associados.

Perfil do setor Indústrias Trabalhadores Participação no VTI de SC (*) Exportações (2008) Participação nas exportações de SC (2008)

2.025 64 mil 18,5% US$ 2,05 bilhões 24,8%

Obs: considera as indústrias de Máquinas e Equipamentos e Máquinas, Aparelhos e Materiais Elétricos (*) Valor da Transformação Industrial; dados de 2007. Fonte: FIESC

49


Setores

Metalurgia e Produtos de Metal Estado é centro de excelência em formação de pessoal,

As principais indústrias do setor são fornecedoras de produtos de alta complexidade para o mercado mundial, em especial na área automotiva. Ao atuarem com desenvolvimento de produtos sob encomenda, são habilitadas a realizar processo de engenharia simultânea com clientes. Nas empresas e em centros tecnológicos localizados em Santa Catarina, realiza-se desenvolvimento de ferramentas, ensaios e elaboração de protótipos, entre outras atividades. Em Joinville há centros de tecnologia nas áreas de mecânica, metalurgia e análise laboratorial, que realizam análises dimensionais e calibração de equipamentos e máquinas.

Indústria

desenvolvimento de produtos e de logística para o setor.

50

Fornecendo insumos essenciais

América Latina e da União Europeia.

para os principais polos

A maior parte da produção está

produtivos brasileiros, a indústria

na região Nordeste, em especial

metalúrgica de Santa Catarina

nos polos de Jaraguá do Sul

lidera o mercado nacional de

e Joinville. Outros municípios

eletroferragens galvanizadas a

com empresas importantes são

fogo para distribuição de energia

Garuva, Criciúma, Blumenau,

elétrica, telefonia e TV a cabo,

Brusque, Rio do Sul, Tubarão,

além de elementos de fixação

Porto União e Florianópolis. A

(parafusos e porcas) e produtos

maioria das empresas é de micro

para jardinagem. Responsável

ou pequenas. Entre as companhias

por 20% da produção nacional

de grande porte, Santa Catarina

de fundidos, o estado é sede da

conta com duas indústrias do

maior fundição independente da

segmento de transformação

América Latina, fornecedora de

de aço com faturamento

produtos fundidos para a indústria

superior a US$ 700 milhões.

automotiva e conexões em ferro

Santa Catarina se destaca no

para redes hidráulicas e de gás. No

parque industrial brasileiro pelo

segmento de produtos metálicos,

alto nível técnico de sua mão de

5% da produção catarinense

obra, formada por uma sólida rede

é exportada. No segmento de

de instituições de ensino locais.

metalurgia básica (perfis laminados,

Joinville é referência mundial na

tubos e fundição), 37% da produção

formação de engenheiros e técnicos

é destinada ao mercado externo.

de fundição, egressos de cursos

Os maiores clientes são países da

oferecidos pelo Sistema FIESC.

Perfil do setor (2008) Principais produtos: perfis laminados, fundidos para indústria automotiva, eletroferragens para distribuição de energia elétrica, telefonia e TV a cabo, elementos de fixação (parafusos e porcas) e produtos para jardinagem

Indústrias Trabalhadores Participação no VTI de SC (*) Exportações Participação nas exportações de SC (2007) (*) Valor da Transformação Industrial; dados de 2007.

3.287 49 mil 8,7% US$ 223 milhões 2,7%

Fontes: MTE, MDIC, IBGE, FIESC

Eficiência logística

A Metalurgia, feira setorial realizada a cada dois anos em Joinville, movimenta negócios de US$ 200 milhões e recebeu 20 mil visitantes em 2008.

Um dos maiores grupos siderúrgicos do mundo encontrou em Santa Catarina a localização ideal para a produção de bobinas de aço, direcionadas à indústria automobilística e a outros setores. A unidade está a meio caminho entre São Paulo e Buenos Aires, seus principais mercados. A matéria-prima vem do Espírito Santo, estado do Sudeste brasileiro a cerca de 1.200 quilômetros, pelo mar, até o Porto de São Francisco do Sul. O sistema de transporte utiliza barcaças oceânicas e dispensa a necessidade de 400 caminhões circulando em estradas. O mesmo Porto de São Francisco do Sul despacha as exportações de bobinas. 51


Setores

Móveis

Perfil setorial (2008) Indústrias Trabalhadores Participação no VTI de SC (*) Exportações (2007) Participação nas exportações de SC

O estado de Santa Catarina é responsável por mais de

Indústria

um terço das exportações brasileiras de móveis.

52

Santa Catarina é o maior

a maioria produtora de móveis

exportador de móveis do Brasil,

de madeira aglomerada e placas

destacando-se no segmento de

de MDF. Na região da Grande

móveis torneados de madeira

Florianópolis, empresas dos

maciça (pínus e eucalipto) para

municípios de Biguaçu e Palhoça

uso residencial. As exportações do

são especializadas no segmento de

estado correspondem a mais de um

alto padrão voltado ao consumidor

terço das exportações brasileiras. O

final. Empresas de ambas as regiões

principal polo produtor se localiza

também investem em exportação

no Alto Vale do Rio Negro, no

e começam a ganhar visibilidade

Planalto Norte, concentrando cerca

em feiras internacionais.

de 250 empresas em Rio Negrinho,

Investindo no aprendizado, na

São Bento do Sul e Campo Alegre.

qualificação da mão de obra e no

São na maioria indústrias de

espírito empreendedor, a indústria

pequeno e médio portes, que

moveleira catarinense criou

empregam diretamente cerca de

um diferencial de competência

11 mil trabalhadores e há três

técnica e produtiva. Dentre suas

décadas mantêm uma tradição

características destacam-se a

de qualidade e competitividade

agilidade no cumprimento de

no mercado externo.

prazos e a flexibilidade para

Mais voltadas ao mercado interno,

atender as demandas particulares

outras regiões se destacam na

de cada mercado. Entre os maiores

produção moveleira. O Oeste

consumidores estão Estados

reúne cerca de 125 empresas

Unidos, França, Alemanha,

em Chapecó e cidades vizinhas,

Inglaterra e países do Mercosul.

A indústria de móveis vem fortalecendo seus compromissos com clientes 2.060 26 mil 2,1% US$ 331 milhões 4,0%

tradicionais e alcançando novos mercados na África e no Oriente Médio.

(*) Valor da Transformação Industrial; dados de 2007. Fonte: MTE, MDIC, IBGE, Fiesc

Exportações catarinenses Período Jan/jul 2009 Jan/jul 2008 Jan/jul 2007

US$ milhões 140,1 193,9 216,9

Fonte: Abimóvel

Principais produtos: móveis para quarto, salas de estar e jantar, além de peças decorativas

SAIBA MAIS O programa Brazilian Furniture, desenvolvido pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), é uma ferramenta de acesso da indústria ao mercado externo. Ele viabiliza a participação de indústrias brasileiras em eventos no exterior e também a visita de empresários estrangeiros para rodadas de negócios durante as feiras setoriais brasileiras.

Participação nas exportações brasileiras 31,2% 30,2% 34,9%

Selo verde Com o objetivo de promover práticas ambientalmente sustentáveis na cadeia produtiva, 27 empresas moveleiras nos municípios de Rio Negrinho, São Bento do Sul e Campo Alegre criaram um selo de certificação ambiental para seus produtos. O BioMóvel é auditado pelo Senai/SC e concedido para empresas que atendem a critérios como o tratamento adequado de resíduos industriais, uso de colas e revestimentos não tóxicos e matéria-prima proveniente de fontes renováveis. Com o slogan “A sua casa mais saudável”, a certificação foi insipirada nas práticas da indústria moveleira alemã e confere mais um diferencial para a produção catarinense.

A indústria moveleira catarinense tem comprovada vocação exportadora e aprofunda a passos largos o seu processo de internacionalização. Os empresários se mostram cada vez mais abertos para parcerias e joint-ventures com empresas de fora do país, com o objetivo de capitalizar sua operação e aumentar a capacidade produtiva. A ideia é somar os pontos fortes da indústria local – matéria-prima abundante e renovável, tecnologia e agilidade na produção – com a expertise comercial de parceiros internacionais para posicionar os produtos catarinenses de forma mais agressiva no mercado externo.

SAIBA MAIS Os participantes também se comprometem a cumprir as exigências das legislações ambiental e trabalhista e a não comprar de fornecedores que usam trabalho infantil ou escravo.

53


Setores

Plásticos

A indústria catarinense é líder em produção de EPS (isopor) e embalagens plásticas para fertilizantes na América Latina.

Com destaque em produtos para construção civil e descartáveis,

Indústria

Santa Catarina tem o segundo maior parque industrial do país.

54

Pioneira na transformação de

A indústria se distribui por

plásticos na década de 1950,

todo o território, com destaque

quando recebeu sua primeira

para a região de Joinville, que

máquina de injeção manual

concentra as indústrias de PVC,

de resina plástica, Santa

torneiras e chuveiros, e para o

Catarina abriga hoje cerca de

Sul do estado, cuja produção

900 indústrias, que faturam

representa mais de 60% dos

anualmente mais de US$ 3

copos descartáveis consumidos

bilhões. Mesmo sem contar

no Brasil. Outras cidades suprem

do Mercosul, Estados Unidos e

com um polo petroquímico,

demandas regionais, em especial

Ásia. Para aumentar a presença

refinarias ou indústrias químicas

a produção de filmes plásticos

dos produtos transformados

de grande porte, o estado tem o

e bandejas em Chapecó e

no mercado internacional,

segundo maior parque instalado

Joaçaba, além de injetados e

empresas investem em

no Brasil e é líder nacional na

brinquedos em Blumenau. Áreas

programas como o Export

produção de PVC e descartáveis.

de injeção plástica voltadas à

Plastic da Agência Brasileira

O setor consolidou sua posição

engenharia e à construção civil

de Promoção de Exportações

por apresentar parque industrial

vêm crescendo no estado.

e Investimentos (APEX). A

de última geração, alto grau de

As exportações do setor

Interplast, feira realizada em

inovação, eficiência logística,

representam menos de 1%

Joinville, com empresas de Brasil,

empenho na obtenção de

do total catarinense. Em

Áustria, Alemanha, Inglaterra,

certificações ISO e tecnologia

contrapartida, com um consumo

Dinamarca, Itália, Espanha,

desenvolvida localmente. Isso

médio de 900 mil toneladas/

Nova Zelândia, Coreia do Sul,

permitiu às indústrias atingir

mês de resinas, as indústrias

China e Estados Unidos, gerou

custos de produção competitivos

são grandes importadoras de

US$ 100 milhões em negócios e

e reduzir prazos de entrega.

matérias-primas, principalmente

atraiu 25 mil pessoas em 2008.

Na indústria de plásticos catarinense, muitos itens antes importados começaram a ganhar espaço nas linhas de produção: os plásticos de alto valor agregado. São peças e componentes de informática e eletroeletrônicos e da indústria automobilística, notadamente para as áreas de iluminação de automóveis, mecanismos de movimentação de vidros, espelhos, freio, direção e cinto de segurança. As indústrias se favorecem pela excelente qualidade de pesquisa e desenvolvimento presente no estado e passaram a agregar esses produtos em seu portfólio.

SAIBA MAIS A demanda internacional por produtos plásticos transformados está em expansão e para a indústria catarinense os benefícios da internacionalização vão além dos resultados quantitativos. A conquista do exterior fortalece a imagem, amplia mercados, diversifica produtos, dilui custos, reduz a instabilidade e proporciona maior competitividade também no mercado interno.

Perfil do setor (2008) Indústrias Trabalhadores Participação no VTI de SC (*) Exportações Participação nas exportações de SC (2007) (*) Valor da Transformação Industrial; dados de 2007.

943 31 mil 5,4% US$ 69 milhões 0,8%

Fontes: MTE, MDIC, IBGE, FIESC

Mais qualidade Almejando ampliar o número de certificações ISO 9001 e ISO 14000, o setor de plásticos em Santa Catarina possui laboratórios itinerantes em viaturas capazes de realizar 30 testes e ensaios em matérias-primas, produtos e processos nas próprias indústrias. O objetivo é estancar gargalos produtivos provenientes de peças defeituosas, resinas mal armazenadas, máquinas mal reguladas e treinamento inadequado de funcionários. O projeto é ligado ao Export Plastic e visa combater não apenas problemas ocasionais, mas tornar rotina a adoção das tecnologias mais modernas de produção, formação e atualização de mão de obra permanente.

Principais produtos: artigos em PVC para construção civil, descartáveis, filmes plásticos, chuveiros, brinquedos e EPS

55


Setores

Indústria

Tecnologia

56

O mercado brasileiro de software e serviços cresceu

O software no Brasil

35% em 2008, movimentando US$ 15 bilhões.

➜➜Mercado de US$ 5,07 bilhões

Santa Catarina destaca-se com indústria de desenvolvimento de

➜➜Representa 1,68% do mercado mundial

softwares de gestão empresarial e soluções para telecomunicações.

➜➜É atendido em 32,5% por programas desenvolvidos no país ➜➜Exportação de US$ 82 milhões em licenças

Impulsionada pela crescente

estado conta com inúmeras

demanda das empresas locais por

empresas de pequeno e médio

inovação e competitividade, a

portes com potencial para

indústria de base tecnológica se

desenvolvimento e inovação.

destacou na economia estadual

A maioria foi criada a partir de

e insere suas marcas no mercado

uma rede de incubadoras que

internacional de Tecnologia

hospedam empreendedores

da Informação (TI). Joinville,

oriundos de universidades

Florianópolis e Blumenau, as

e da iniciativa privada,

três maiores cidades do estado,

oferecendo infraestrutura

são também os principais polos

física e serviços compartilhados

regionais de desenvolvimento.

para o desenvolvimento de

A produção de hardware e

projetos inovadores em TI.

componentes é mais concentrada

Entre os principais produtos

a União Europeia, investem em

na capital, enquanto as

exportados pela indústria

parcerias locais que envolvem

empresas de software são

de TI catarinense estão

transferência de know-

distribuídas por todo o estado.

softwares de gestão para

how e tecnologia, além de

Santa Catarina possui três

aplicações industriais e

investimentos diretos. Algumas

das quatro maiores empresas

soluções tecnológicas para

das grandes companhias do

desenvolvedoras de sistemas

a área têxtil. Os principais

setor, como HP, Siemens, IBM

do Brasil e outras empresas

clientes são países da América

e Microsoft têm parceiros

locais que participam de

Latina como Argentina,

locais bem estruturados.

projetos off-shore com grandes

Chile e México. Os Estados

Novos mercados surgem no

empresas do setor, como IBM,

Unidos são um comprador

Peru, na Colômbia e em países

HP e Microsoft. Além disso, o

importante e, juntamente com

da África Subssaariana.

Fonte: ABES (Associação Brasileira das Empresas de Software)

Polo de telecomunicações

Principais produtos: soluções para o setor de energia e indústria têxtil, sistemas ERP para produção industrial e softwares de gestão nas áreas de recursos humanos, construção civil e jurídica

Perfil setorial Empresas em Santa Catarina Empregos Faturamento Maior concentração

1.600 16,8 mil US$ 750 milhões Blumenau, Florianópolis, Joinville, Chapecó e Criciúma

Fonte: FIESC

Santa Catarina é um polo desenvolvedor de tecnologia para telecomunicações e abriga algumas das empresas mais representativas do Brasil. Na Grande Florianópolis se produz mais de 60% das centrais telefônicas vendidas no país, além de aparelhos de telefone, celulares, roteadores, notebooks e soluções para redes, call centers e telefonia IP. A convergência entre as áreas de telefonia, segurança e informática atrai parcerias internacionais. Dezenas de empresas atuam internacionalmente no mercado de telecomunicações por meio de alianças estratégicas com grandes marcas globais.

Para compradores de tecnologia, Santa Catarina é cada vez mais vista como um reservatório de mão de obra qualificada e referência no desenvolvimento de tecnologias para bancos, telecomunicações, energia, saúde, gestão empresarial, governo, segurança e internet em geral. Existe hoje no estado aproximadamente uma centena de empresas com potencial para serem players mundiais em diferentes segmentos. São empresas de médio porte, com um faturamento médio de US$ 5 milhões por ano, prontas para receber investimento e capacitação para se tornarem competitivas internacionalmente. 57


Setores

Têxtil e Confecções

Perfil do setor (2008) Indústrias Trabalhadores Participação no VTI de SC (*) Participação nas exportações de SC

Grandes companhias trabalham em sinergia com pequenas

Indústria

empresas, investindo em tecnologia e criação de moda.

58

(*) Valor da Transformação Industrial; dados de 2007.

A produção de têxteis e

em teares computadorizados,

artigos para vestuário é uma

equipamentos eletrônicos para

das atividades industriais

tinturaria e máquinas de corte e

mais tradicionais de Santa

costura automatizadas, aliados à

Catarina. Remonta ao século

capacitação profissional. Um dos

XIX, forjada por imigrantes

focos é ampliar as exportações.

alemães de vocação industrial

Entre as estratégias para

que colonizaram o Vale do Itajaí

se posicionar no mercado

e a região Nordeste do estado.

externo estão a abertura de

Desde cedo, a indústria realiza

lojas próprias e franqueadas e

intensas trocas comerciais e

escritórios de representação,

tecnológicas com o exterior,

além de pesquisas de mercado.

em especial a Europa.

As principais empresas possuem

Atualmente, grandes empresas

sistemas de gestão ambiental,

com marcas de alcance

certificados ISO 14000 e

internacional convivem com

Öko-Tex Standard 100. É um

milhares de micro e pequenos

dos setores que mais investe

empreendedores, com quem

em tecnologia ambiental.

US$ 5 bilhões (15% do total

compartilham a produção. Uma

A indústria têxtil e do vestuário

da indústria têxtil nacional).

das características do setor é

catarinense responde por cerca

Além da concentração setorial

a flexibilidade industrial para

de 15% das exportações e 23%

no Vale do Itajaí e região

atender a pequenos pedidos

das importações brasileiras no

Nordeste, existem núcleos

com agilidade. A indústria

setor. No total, são mais de 8

de confecção e malharia

passa por constante renovação

mil empresas no estado, com

em Florianópolis (capital)

tecnológica, com investimentos

faturamento anual superior a

e Criciúma (região Sul).

8.321 155 mil 16% 3,2%

Fonte: MTE, MDIC, IBGE, FIESC

Moda contemporânea Enquanto pequenas empresas subcontratadas se encarregam de boa parte da produção das grandes marcas, estas investem na criação para agregar valor aos produtos. Parcerias com universidades têm sido frutíferas para o desenvolvimento de tendências e inovações em moda. O programa Santa Catarina Moda Contemporânea (SCMC) integra instituições de ensino do estado com indústrias de moda. Em 2008 reuniu 15 indústrias e 14 instituições de ensino.

Principais produtos: malhas de algodão, tecidos de algodão, tecidos bordados e artigos de cama, mesa e banho

SAIBA MAIS Os principais países compradores das companhias catarinenses são a Argentina (roupas de malha e tecidos de algodão), Estados Unidos (vestuário, tecidos especiais, rendas e bordados) e a União Europeia (vestuário e tecidos de algodão).

Grandes e pequenas empresas de confecções atuam em cooperação. As pequenas se encarregam de parte da produção, conferindo flexibilidade ao sistema.

Como um dos principais polos têxteis brasileiros, Santa Catarina é sede de eventos e feiras de negócios de porte internacional. A Texfair, considerada a maior feira do setor na América Latina, acontece em Blumenau e reúne uma média de 200 expositores e 400 marcas nos segmentos de cama, mesa e banho, malharia, vestuário e decoração. Em 2008 recebeu mais de 30 mil visitantes. Durante a feira são realizadas visitas de compradores do mercado externo e rodadas de negócio. Também são importantes a Feira Internacional de Materiais para a Indústria Têxtil e de Confecção (Fematex), a Feira Brasileira para a Indústria Têxtil (Febratex) e a SC Mostra Jeans. 59


18 instituições de ensino superior

Grande Florianópolis

Perfil contemporâneo Região se destaca em tecnologia, turismo, serviços e

Regiões

construção civil, e ainda em setores da indústria tradicional.

60

A Grande Florianópolis

turismo, serviços e tecnologia.

é internacionalmente

Já a construção civil tem

reconhecida pelo turismo,

importante papel na geração

que atrai dois milhões de

de renda e emprego. São

visitantes na alta temporada –

cerca de 2,1 mil empresas,

de dezembro a março –, com

quase 20% do total do

cada vez mais estrangeiros.

estado, sendo 916 delas

A região no entorno da

somente na capital. Em São

capital, no entanto, possui um

José está instalada a maior

Serviços em alta

2,1 mil empresas de construção civil

A região se consolida como polo de serviços. Florianópolis conta com hospitais de referência em oncologia e outras especialidades. Três novos hospitais privados entram em operação em 2010 na cidade, além de ampliações em curso, que movimentam US$ 35 milhões. São empreendimentos que movimentam a construção civil, equipamentos e soluções tecnológicas. O comércio está em expansão acelerada: três novos shoppings devem funcionar entre 2010 e 2012, além dos quatro já existentes. Motivadas pela localização privilegiada, empresas nacionais e estrangeiras instalam na Grande Florianópolis seus centros de distribuição. Palhoça possui um condomínio empresarial com esse fim.

Indústrias cerâmica, de plástico, calçados e confecções

Vale do Itajaí

2 milhões de turistas por temporada Polo de comércio e serviços (medicina, ensino e centros de distribuição) 500 empresas de base tecnológica (sotware, hardware, telecomunicações, biotecnologia, equipamentos odontológicos)

Principais municípios Florianópolis São José Palhoça Biguaçu São João Batista Santo Amaro da Imperatriz

polo industrial diversificado,

empresa de pré-fabricados

que a coloca entre as mais

da América Latina. O setor

dinâmicas do país. Há

é responsável por 19 mil

importantes empresas do

vagas diretas. Sua base é

setor cerâmico (Tijucas),

o acelerado crescimento

de plásticos e petrolífero

demográfico: entre 1996

(Biguaçu), de equipamentos

e 2006, a população do

náuticos, odontológicos e de

estado cresceu 22,1%,

telecomunicações (Palhoça

enquanto Palhoça (57,8%) e

e São José), de alimentos

Florianópolis (49,9%) ficaram

sistema de private label para

e bebidas (São José) e de

bem acima desse índice.

grandes marcas, gerando 10

calçados. A capital Florianópolis

Outro setor consolidado é

mil empregos. O polo conta

não possui indústrias de

o de confecções, com cerca

ainda com uma universidade

manufatura pesada em função

de 2 mil micro e pequenas

pública de moda, o que garante

de restrições ambientais e

empresas, que possuem marca

contínua atualização de

sua economia é baseada em

própria ou produzem no

conhecimento e de tendências.

Mil habitantes (2008) 402,3 199,2 128,4 55,7 23,5 18,3

Planalto Serrano

Fonte: FIESC e IBGE

SAIBA MAIS O município de São João Batista é o quarto maior polo industrial do setor calçadista no país. Possui cerca de 200 empresas que produzem 1,5 milhão de pares/mês, com exportações para diversos países.

Oceano Atlântico

GRANDE FLORIANÓPOLIS

Sul 61


Grande Florianópolis

Regiões

Negócios do conhecimento

62

A região da Grande

em áreas como sistemas de

Florianópolis é o berço

informação, engenharia

de uma pujante indústria

de controle e automação,

de alta tecnologia, com

de produção, elétrica,

cerca de 500 empresas no

mecânica e de materiais

setor. A maioria é voltada à

na graduação. A

produção de softwares, mas

instituição também apoia,

há importantes companhias

com pesquisa, setores

de telecomunicações,

como a maricultura,

biotecnologia e

no qual a região tem

equipamentos

liderança no país.

odontológicos, que exportam

Outro destaque são os

para os cinco continentes.

centros tecnológicos

A consolidação da indústria

implantados desde a década

da tecnologia, que não polui

de 1980 e que hoje figuram

e contrata mão de obra

entre os melhores do país.

altamente qualificada, está

Incubadoras incentivam

relacionada a um ambiente

o empreendedorismo

favorável existente na

inovador e estão servindo

região. Há 18 instituições

de modelo em países

de ensino superior, sendo

como México, Peru e

a principal a Universidade

Venezuela. A iniciativa

Federal de Santa Catarina

também é desenvolvida em

(UFSC), uma das maiores

municípios como São José

do país. A UFSC oferece 65

e Biguaçu, que articulam

cursos de graduação, 60

planos de incentivos

de especialização, 55 de

fiscais para a instalação

mestrado e 37 de doutorado,

de novas empresas de

e se destaca nacionalmente

base tecnológica.

A cidade de Florianópolis e as indústrias de tecnologia, cerâmica e plásticos: a região é também um centro de serviços, comércio e educação

Mais de 90% da produção nacional de moluscos cultivados, com destaque para ostras, se concentra em fazendas marinhas localizadas na Grande Florianópolis.

Apesar dos grandes atrativos turísticos, a região ainda carece de infraestrutura náutica condizente: não há portos para a atracação de transatlânticos e são poucas as marinas, a maior parte de particulares. A instalação desse tipo de equipamento, além de um grande potencial de investimento em si, também gera a possibilidade de implantação de uma série de negócios relacionados como empresas fornecedoras de peças ou de manutenção de navios, barcos e lanchas, por exemplo. Outra possibilidade em estudo é a via marítima como forma de transporte de massa, com a operação de balsas ligando os principais municípios – a capital, Palhoça e Biguaçu – e reduzindo o fluxo de veículos via terrestre.

Lazer diversificado

Número de estabelecimentos industriais Produtos alimentícios e bebidas Produtos minerais não metálicos Artigos de vestuário e acessórios Móveis e indústrias diversas Fabricação de couro e preparação de artefatos Fonte: MTE, FIESC/2008

501 340 313 295 283

Um dos principais destinos turísticos mundiais, a Grande Florianópolis oferece diferentes tipos de lazer: no litoral, praias límpidas e paradisíacas – somente na Capital são 42 – e clima de serra no interior, com destaque para as águas termais, turismo rural e de aventura (rafting, canoagem e vôo livre) em municípios como Santo Amaro da Imperatriz, Rancho Queimado e São Pedro de Alcântara. Nova Trento é a segunda maior estância religiosa do país, com os santuários de Santa Paulina e Nossa Senhora do Bom Socorro. Ao todo, são 40 mil leitos disponíveis na região. A colonização se deu por distintas correntes imigratórias, sendo o litoral povoado por açorianos em meados do século XVII e a parte serrana por alemães no século XIX, fato que gerou uma rica arquitetura ainda preservada em boa parte dos casarões, sobrados e igrejas. 63


Norte

Negócios dinâmicos Com grande adensamento tecnológico e industrial, região

Regiões

abriga empresas que têm o mercado mundial como estratégia.

64

O município de Joinville gera cerca de 10% do total do Produto Interno Bruto catarinense (2006).

Principais municípios

O Norte catarinense reúne o

da América Latina e de unidade

maior polo industrial do estado.

siderúrgica multinacional. No

A vocação forjada em quase

Nordeste está o segundo maior

200 anos após a chegada dos

polo nacional de ferramentaria,

primeiros imigrantes vindos

que produz moldes para

do sul da Alemanha – em

indústrias como as de autopeças

1827 – gerou um parque

e matrizes para estamparias,

fabril que impressiona pelo

reunindo 430 indústrias que

número de empresas, mas,

atendem os mercados interno e

principalmente, pela expertise

externo. Em relação ao setor de

de produção em segmentos

eletrodomésticos, o destaque

como o metalmecânico, de

é para uma das principais

aparelhos elétricos, de autopeças

fábricas de refrigeradores e

e veículos automotores, de

freezers do Brasil e, no plástico,

plásticos, têxtil e moveleiro.

para a primeira empresa no

Alinhadas aos exigentes padrões

ranking brasileiro de tubos,

internacionais de produção

conexões e acessórios.

e gestão, boa parte dessas

Essas e outras empresas se

companhias se transformou

beneficiam de um contexto

em grandes players mundiais.

altamente favorável de logística,

federal e outra particular – e

A região sedia a líder mundial

educacional – são 12 instituições

um parque tecnológico que

de compressores, uma das

de nível técnico e superior com

inclui algumas das principais

maiores fabricantes de motores

cursos voltados às indústrias,

empresas que produzem

elétricos do mundo, além da

além de duas universidades em

soluções para a produção,

principal fundição autônoma

processo de instalação, uma

finanças e gestão de negócios.

Joinville Jaraguá do Sul São Bento do Sul Mafra Rio Negrinho São Francisco do Sul

Mil habitantes (2008) 492,1 136,3 75,5 52,7 44,0 39,3

Oceano Atlântico

Fonte: IBGE

Estratégias globais A lista dos principais produtos exportados por Santa Catarina demonstra a importância da região Norte para o comércio exterior de industrializados. À exceção da indústria de processamento de carnes e de cerâmica, os principais itens da pauta são manufaturados essencialmente na região Norte/Nordeste: motores e geradores elétricos, motocompressores, blocos de cilindro, cabeçotes e móveis de madeira. A característica essencial das principais empresas desses setores é que elas têm o mercado externo como estratégia de negócios e não como alternativa de ocasião. Isso significa que as principais indústrias estão próximas ao topo da escala de agregação de valor, disputando mercados em que o preço não é o único determinante.

Oeste

Destaque mundial em compressores, motores e geradores elétricos Vale do Itajaí

Produção de refrigeradores e freezers

NORTE

Autopeças: cadeia produtiva em consolidação

SAIBA MAIS Santa Catarina é grande exportadora de fumo – o produto é o segundo item da pauta. Nesse produto a região Nordeste também é destaque, pois está instalada em Joinville uma das maiores unidades exportadoras de tabaco do Brasil.

Maior polo nacional de tubos e conexões de PVC

Segundo maior produtor nacional de ferramentas

Planalto Serrano

Móveis: 30% das exportações brasileiras Concentração de fundições e indústrias de produtos de metal Grande Florianópolis

65


Norte

Regiões

Infraestrutura reforçada

A região Norte concentra cerca de 500 empresas de

A posição logística do Norte

de Itaipu devem chegar a

do estado é privilegiada e a

Joinville em 2010, assegurando

infraestrutura tem ganhado

o consumo pelas próximas

sucessivos reforços, fazendo

décadas, já considerando os

frente às necessidades do grande

incrementos de demanda. O

adensamento demográfico e

sistema de água está preparado

industrial. A principal estrada

para atender a demanda pelos

catarinense, a BR-101, que

próximos 10 anos, levando-se

corta o estado de norte a sul

em consideração um aumento

pelo litoral e que passa pelas

médio de consumo de 10% ao

principais cidades da região,

ano. Além disso, novos mananciais

teve a capacidade de tráfego

estão sendo prospectados.

duplicada há alguns anos. Fato

Todos esses fatores têm contribuído

que melhorou substancialmente

para fortalecer a região também

a ligação com o Sudeste brasileiro

como um polo de serviços, além

e com os portos de São Francisco

de industrial, com destaque

do Sul (45 km de Joinville), de

para o comércio e o turismo,

Itajaí (90 km) e de Paranaguá, no

especialmente o de negócios.

Paraná (135 km). Os portos estão para 2010 o funcionamento do Porto de Itapoá, na Baía da A capacidade instalada de fornecimento de energia recebeu um aporte de 52% em 2009, com a inauguração de uma nova subestação, e novas linhas de transmissão da hidrelétrica 66

Unido e Argentina, entre outros mercados.

Número de estabelecimentos industriais Produtos de metal (excluindo máquinas e equipamentos) Confecção de artigos de vestuário e acessórios Móveis e indústrias diversas Produtos de madeira Máquinas e equipamentos

O parque fabril do Nordeste oferece ambiente extremamente favorável para a instalação de empresas de médio e grande portes voltadas ao segmento de eletrodomésticos. A cadeia de negócios reúne a oferta de todos os componentes necessários para a montagem de refrigeradores, freezers, lavadoras e fornos de micro-ondas, por exemplo. São motores elétricos, geradores, transformadores ferramentaria e peças de plástico disponibilizadas pelas companhias locais, o que garante, entre outros benefícios, uma redução considerável nos custos de logística.

815 696 592 553 461

Fonte: MTE, FIESC/2008

Joinville e indústrias metalúrgica e de material elétrico: negócios focados na globalização

em ampliação e está previsto

Babitonga (veja os mapas).

móveis que exportam para Estados Unidos, França, Reino

Polo automotivo A vocação industrial da região Nordeste permite vislumbrar a consolidação de uma cadeia automotiva praticamente completa. Em Joinville, além da produção de ferramentaria, peças de plástico e componentes diversos, está instalada uma importante fundição que fornece blocos de motores, cabeçotes, perfis e gralhadas. Em São Francisco do Sul encontra-se uma das maiores siderúrgicas da América Latina, que disponibiliza chapas de aço para a indústria automotiva. Uma montadora de motores está se instalando em Joinville e há interesse de grupos na construção de uma planta industrial destinada à fabricação de pneus, a única carência ainda existente dentro da cadeia automobilística local. 67


Oeste

Do campo à fábrica Região é o berço da moderna agroindústria brasileira,

Regiões

com integração entre produtor e indústria.

68

O Oeste de Santa Catarina é

criação animal, processamento e

reconhecido internacionalmente

exportação, operações marcadas

por sua vocação agroindustrial,

pelo uso de tecnologia de ponta

forjada a partir das primeiras

em genética e manufatura.

décadas do século passado,

Com alta relação de ganho

quando começou a receber

de peso por consumo de

migrantes de origem italiana

ração, animais com muita

Parceria de sucesso

Paraná

A liderança de Santa Catarina no segmento de carnes está diretamente relacionada ao modelo criado pela agroindústria. No sistema integrado, os pequenos produtores rurais são responsáveis pela engorda de aves e suínos, recebendo das empresas, além da garantia de compra, matériaprima, insumos, assistência técnica e financiamentos. Entre as vantagens da integração estão a permanência do homem no campo, evitando o êxodo rural, e a garantia aos criadores de acesso a tecnologia.

Norte

Principais municípios Chapecó Concórdia Xanxerê São Miguel do Oeste Joaçaba Maravilha

e alemã vindos do estado

carne e pouca gordura e

vizinho do Rio Grande do Sul,

alta flexibilidade industrial

atraídos pela disponibilidade

(mais de dois mil cortes

de terras. Hoje, a região está

diferentes), o Oeste catarinense

entre os principais produtores

firmou-se uma das principais

de suínos e aves do país e sedia

regiões exportadoras de

algumas das maiores empresas

carne de frango do planeta:

de abate e processamento de

Santa Catarina detém 14%

animais da América Latina.

do comércio mundial. A

produção. No setor primário,

A produção inicialmente

agroindústria, predominante

destacam-se as plantações de

incipiente, com moinhos de

na região, responde por 38%

milho, para a alimentação do

trigo e fábricas de banha, foi

Mil habitantes (2008) 171,8 69,8 41,8 35,0 25,2 22,7

Fonte: IBGE, FIESC

das exportações do estado.

plantel e produção de rações,

dando espaço para matadouros

Uma característica marcante

com 1,6 milhão de toneladas,

e açougues, os embriões dos

da organização produtiva

cerca de 70% do total colhido

grandes grupos alimentícios

regional é o cooperativismo,

em Santa Catarina. O cenário

hoje instalados na região. Ao

que reúne pequenos produtores

produtivo garante que cerca de

longo dos anos se formou uma

rurais para a comercialização

50% da população ainda resida

cadeia produtiva completa, com

e industrialização de sua

no campo, em minifúndios.

Planalto Serrano Frangos: exportações catarinenses correspondem a 14% das vendas mundiais SAIBA MAIS As mais de 50 cooperativas agropecuárias de Santa Catarina congregam cerca de 60 mil associados. O setor obteve receitas próximas a US$ 3 bilhões em 2007, quando empregava 17 mil pessoas. As cooperativas localizam-se principalmente no Oeste do estado.

Suínos: com 4,5 milhões de cabeças, região Oeste tem maior rebanho nacional Indústria de máquinas e equipamentos reúne mais de 800 empresas Mais de 500 indústrias de móveis

OESTE

Rio Grande do Sul

Santa Catarina é a sexta maior bacia leiteira do país 69


Oeste

Regiões

Máquinas, móveis e leite

70

A expansão econômica da

Na área do agronegócio,

região Oeste, baseada na

destaca-se o crescimento

agroindústria, criou novas

da bacia leiteira do Oeste,

demandas e favoreceu o

que congrega mais de 60%

desenvolvimento de outros

da produção estadual.

importantes segmentos

Graças a ela, Santa Catarina

industriais. Um dos destaques

tornou-se o sexto maior

é o setor metalmecânico. A

estado produtor do Brasil,

fabricação de produtos de

com produção anual de

metal, incluindo máquinas

cerca de 1,9 bilhão de litros

e equipamentos, reúne 816

(2007). A cadeia produtiva

empresas, caracterizadas

conta com universidades

por pequenos e médios

e centros de pesquisa

negócios. Boa parte desses

envolvidos na melhoria da

fornecedores especializou-se

qualidade do leite. O mix

na indústria de alimentos,

de produtos da indústria

que necessita renovar

inclui queijos comuns,

constantemente seu

requeijões, leite UHT e

parque fabril em função

queijos nobres, produzidos

das exigências do mercado

com leite de ovelha.

externo. Há grande demanda

A região também iniciou

para o desenvolvimento de

a recente exploração do

máquinas que permitem a

potencial turístico de suas

diversificação de cortes de

fontes hidrotermais. Há

carnes. A região tornou-se

estâncias estruturadas em

também um importante

seis municípios: Piratuba,

polo moveleiro, este, porém,

Águas de Chapecó,

com atuação majoritária

São Carlos, Palmitos,

no mercado interno.

Quilombo e Caibi.

A disponibilidade de madeira foi fator decisivo para e desenvolvimento de indústrias baseadas no processamento da matéria-prima e também na fabricação de móveis. Hoje, a fabricação de produtos de madeira envolve cerca de 620 empresas, enquanto o segmento específico do mobiliário está em torno de 350 micro, pequenos e médios negócios. Para atender a demanda industrial, a matéria-prima é adquirida basicamente no Paraná e no Rio Grande do Sul, em distâncias que chegam a 400 quilômetros, o que encarece o produto final. O cenário está se modificando, com novas áreas de reflorestamento sendo constituídas e previsão de produção a médio prazo, em torno de cinco anos. Uma oportunidade que se abre é a instalação de novas empresas de fabricação de painéis de madeira, para atender especificamente a indústria moveleira.

Santa Catarina concentra 0,7% da produção suína mundial, com índices de produtividade comparáveis aos dos Estados Unidos e da Europa e altos padrões sanitários.

Chapecó e produção de frangos: a economia é baseada no agronegócio, com integração entre empresas e produtores

Produção de mudas: uma das maiores oportunidades emergentes na região é o plantio de florestas comerciais

No âmbito da produção animal, uma demanda forte na região Oeste é a de soluções para os dejetos suínos. Um dos processos empregados, o de compostagem, ainda exige altos investimentos e não dá destino ao produto final, apenas evita o despejo junto ao meio ambiente. A carência é de um procedimento no qual o produtor possa negociar esse insumo – aumentando a renda da propriedade e reduzindo o passivo ambiental –, que pode ser direcionado, entre outros usos, para usinas de gás metano. O cálculo médio é o de que um suíno vivo, com peso entre 16 e 100 quilos, produz de 5% a 9% de seu peso corporal em fezes e urina diariamente. Santa Catarina possui um rebanho permanente em torno de 4,5 milhões de cabeças, o que dá dimensão da matériaprima disponível.

Número de estabelecimentos industriais Produtos alimentícios e bebidas Produtos de madeira Móveis e indústrias diversas Produtos de metal (excluindo máquinas e equipamentos) Máquinas e equipamentos

845 642 543 513 373

Fonte: MTE, FIESC/2008

71


Planalto Serrano

A força da madeira Grande base florestal sustenta indústria de papel e celulose e favorece adensamento da cadeia

Regiões

produtiva madeireira de forma competitiva.

72

A Serra catarinense começou

alicerce 250 mil hectares de

a ser colonizada no século

florestas plantadas de pínus,

XVIII, com o processo de

além de eucalipto, e

ocupação organizado pelos

agrega algumas das mais

bandeirantes oriundos

importantes companhias de

Norte

Corredores ecológicos As florestas plantadas pelas principais indústrias de papel e celulose possuem como contrapartida a manutenção de grandes áreas de vegetação nativa. Graças ao sistema de plantio chamado mosaico, as plantações industriais são entremeadas pela mata nativa, formando corredores ecológicos. Eles permitem que animais se movimentem por longas distâncias, o que é essencial para a sobrevivência de muitas espécies.

Vale do Itajaí Florestas: 250 mil hectares plantados com pínus

Oeste

Indústria de base florestal: mais de 3 mil empresas Novo polo produtor de vinhos finos em São Joaquim Liderança nacional em produção de maçãs

Principais municípios Lages Curitibanos Campos Novos São Joaquim Otacílio Costa Correia Pinto

de São Paulo. Era preciso

papel e celulose, que possuem

um percurso, batizado de

certificados ambientais para

Caminho do Sul, pelo qual

suas florestas. As maiores

os tropeiros pudessem

indústrias localizam-se nos

alcançar a região do pampa,

municípios de Correia Pinto

no atual estado vizinho do

e Otacílio Costa. A linha de

Rio Grande do Sul. Em 1766

produção das empresas inclui

foi fundado o povoado que

desde papel para embalagens,

deu origem a Lages, hoje o

sacos industriais e papel Kraft

maior município da região, e

até lenços umedecidos, papel

relação a ferrovias, a região

cerca de 100 anos depois teve

higiênico e guardanapos.

é abastecida por malha

início o ciclo madeireiro, que

A infraestrutura logística

que faz a ligação entre os

garantiu impulso econômico

privilegiada é um dos atributos

extremos do Brasil, passando

e deixou como marca uma

da Serra: um tronco rodoviário

por importantes portos como

das principais vocações da

se forma a partir da BR-116,

os de São Francisco do Sul

região até os dias atuais.

estrada que liga o Sul ao

(SC) e Santos (SP) e trajetos

A indústria da madeira

Nordeste do país, além da

que incluem ainda países

desenvolveu uma cadeia

BR-282, entre o litoral e o

do Mercosul como Uruguai,

produtiva que tem como

planalto catarinense. Em

Paraguai e Argentina.

Mil habitantes (2008) 161,5 37,4 28,4 24,8 15,6 14,8

Grande Florianópolis

Fonte: FIESC

SAIBA MAIS A parceria com grandes indústrias de papel e celulose permite que produtores rurais participem de cadeias globais de fornecimento. As indústrias mantêm programas de fomento visando o plantio de árvores para seu abastecimento. Fornecem tecnologia, exigem respeito ambiental e garantem a compra da madeira. Até 2012, 20% da madeira utilizada pela indústria de papel e celulose será fornecida por pequenos produtores.

PLANALTO SERRANO

Sul Rio Grande do Sul

73


Planalto Serrano

Regiões

Tecnologia em fruticultura

74

O setor primário é

e Extensão Rural de Santa

responsável por boa parte

Catarina permitiram que a

da riqueza gerada na região

produção de maçã passasse

Serrana. A produção local de

de 18 mil toneladas em

frutas de clima temperado

1978 para 166 mil toneladas

garante a Santa Catarina

em 2009. São duas as

destaque no cenário nacional:

variedades mais colhidas: a

o estado lidera a produção

Fuji, entre março e abril, e a

de maçã, com 53% do total

Gala, em fevereiro e março.

brasileiro. Em 2009 a colheita

O clima da região favorece

alcançou 320 mil toneladas

a cultura. A oscilação de

em cinco municípios – Bom

temperatura ao longo do

Jardim da Serra, Bom Retiro,

dia confere maior coloração

Rio Rufino, São Joaquim,

e sabor adocicado às frutas.

Urubici e Urupema – com

Outras culturas de clima

um faturamento em R$ 190

temperado também

milhões. Nessas cidades, a

estão em expansão, como

atividade envolve quase dois

ameixa, pêssego e uvas.

mil fruticultores em uma área

Estas últimas estão criando

próxima a 11 mil hectares.

uma nova cadeia produtiva

A cidade de São Joaquim

na região, que inclui a

possui um dos mais

produção de vinhos finos.

modernos centros de

Os chamados Vinhos de

pesquisa em fruticultura de

Altitude de Santa Catarina

clima temperado do país.

são produzidos a até 1.400

Melhoramentos genéticos

metros em relação ao

desenvolvidos pela Estação

nível do mar, em cidades

Experimental da Empresa

como São Joaquim, a

de Pesquisa Agropecuária

mais fria do Brasil.

Turismo rural

A cidade de Lages, floresta comercial e fábrica de produtos de madeira: oportunidades crescentes no setor

Número de estabelecimentos industriais Apesar da expressiva produção, a fruticultura ainda não possui uma cadeia produtiva completa na região, fazendo com que os produtores comercializem a safra para distribuidores. Nesse contexto, uma possibilidade de investimento é a implantação de unidades de industrialização das frutas, em sucos concentrados ou em polpa, produtos de alto consumo, principalmente em grandes mercados, e que têm maior valor agregado.

Produtos de madeira Produtos alimentícios e bebidas Produtos de metal (excluindo máquinas e equipamentos) Fabricação de móveis e indústrias diversas Máquinas e equipamentos Fabricação de celulose, papel e produtos de papel Fonte: FIESC/2007

382 131 105 83 81 32

Montanhas com altitudes próximas aos 2 mil metros e temperaturas que ficam entre as mais baixas do Brasil – o que inclui o espetáculo da neve – colocam a Serra catarinense como um dos principais destinos do turismo rural do Brasil. Fazendas centenárias foram convertidas em hotéis e pousadas para receber hóspedes em municípios como Lages, São Joaquim, Urubici, Bom Jardim da Serra, Urupema e Bom Retiro, agregando uma série de confortos. Além de gastronomia farta e típica, é possível aproveitar uma série de opções de lazer como passeios a cavalo e charrete, além da prática de turismo de aventura como rapel, canoagem e trilhas.

Uma das oportunidades na cadeia produtiva da madeira está relacionada à manufatura de mobiliário, da fabricação de componentes para abastecer empresas do polo existente em São Bento do Sul, no Planalto Norte, e à produção final de dormitórios, cozinhas e jogos de sala, ainda praticamente inexistente na região. Outra possibilidade é a formação de joint-ventures para a produção de biomassa, os pellets, granulado de madeira comprimida a alta pressão, obtidos a partir de resíduos industriais e da limpeza das florestas. Os pellets são utilizados em aquecimento central, na produção de água quente e em estufas agrícolas e industriais, por exemplo. Seu preço equivale a cerca de 50% dos derivados de petróleo.

As indústrias de papel e celulose e de madeira, predominantes no Planalto Serrano, representam cerca de 10% da riqueza gerada por toda a indústria do estado e mais de 11% das exportações totais. 75


Grande Florianópolis

Sul

Capacidade ampliada

Além de ser uma das principais concentrações da

Diversificação industrial se acelera na região, que

um polo de produção de plásticos e confecções.

indústria cerâmica brasileira, o Sul de Santa Catarina é Planalto Serrano

Regiões

recebe importantes investimentos em infraestrutura.

76

Principais municípios

O Sul catarinense já

centros tecnológicos, unidades de

atravessou diferentes fases

pesquisa e desenvolvimento e de

de expansão econômica, com

formação de recursos humanos

destaque para a exploração

especializados. Há ainda grande

do carvão e consolidação

número de olarias e indústrias

da indústria cerâmica. Hoje,

de cerâmica vermelha e de

Criciúma Tubarão Araranguá Içara Laguna

porém, possui um parque

mesa. Em relação aos copos

Fonte: IBGE, FIESC/2008

industrial diversificado, no

descartáveis, calcula-se que cerca

qual se sobressaem também

de 70% da produção brasileira

os segmentos do vestuário,

é oriunda do Sul do estado.

diferentes heranças culturais.

metalmecânico e de plásticos

Outra indústria de destaque é a

Cidades litorâneas, como

descartáveis, todos detentores

de molduras, sendo o município

Laguna, foram colonizadas

de atributos competitivos que

de Braço do Norte chamado de

pelos imigrantes açorianos, a

garantem presença também nos

capital sul-americana do setor,

partir do século XVII. Já as terras

cenários nacional e externo.

em razão das exportações para

interioranas que deram origem

No caso da cerâmica, a região

mais de 20 países, enquanto que

aos municípios de Urussanga

sedia algumas das maiores

as empresas metalmecânicas

e Nova Veneza, por exemplo,

companhias nacionais do

desenvolveram know-how

receberam os imigrantes italianos

segmento, que são responsáveis

para atender as demandas

a partir do século XIX. Além de

pela liderança catarinense na

por soluções de ponta para

estarem entre os pioneiros da

produção de revestimentos –

diferentes segmentos produtivos.

indústria catarinense, os italianos

azulejos, pisos e porcelanatos

Pela extensão que agrega –

desenvolveram a vitivinicultura

– da América Latina. A região

cerca de 200 quilômetros entre

na região, que é notória pela

é um grande hub do setor, pois

o litoral e a divisa com o Rio

produção de vinhos elaborados

além das indústrias dispõe de

Grande do Sul –, o Sul guarda

a partir da uva Goethe.

Mil habitantes (2008) 187.0 95.8 59.1 56.4 51.3

SAIBA MAIS A região Sul detém 64,3% da produção bruta de carvão mineral (primeiro lugar do ranking nacional) e 45,3% da produção vendável (segundo lugar). A oferta é atraente para novos investimentos em geração térmica de energia elétrica, atividade de interesse para o país, que busca ampliar sua capacidade energética. A região já conta com o Complexo Termelétrico Jorge Lacerda, em Capivari de Baixo, com capacidade instalada de 857MW.

Oceano Atlântico

SUL

Santa Catarina lidera a produção de revestimentos e pisos cerâmicos na América Latina Copos descartáveis: 70% da produção brasileira está no Sul do estado Setor de confecções: 5 milhões de peças produzidas mensalmente 59,5% da produção de carvão mineral no Brasil Molduras de madeira: exportações para mais de 20 países 77


Sul

Regiões

Novos negócios

Com a duplicação da BR-101 os investimentos privados no Sul do estado devem se ampliar em US$ 500 milhões por ano, estimam

A região Sul atravessa um

de Jaguaruna, dotado de

período especial de sua história.

pista com 2,5 mil metros de

Uma série de investimentos em

extensão, uma das maiores

infraestrutura cria um contexto

do país, e dimensionado para

favorável à expansão econômica.

receber grandes aeronaves de

A mais importante obra é a

passageiros e de cargas. Além

duplicação do trecho Sul da

disso, o Porto de Imbituba

BR-101, principal rodovia federal

recém implantou duas novas

que corta o país de Osório (RS)

linhas de cabotagem, que

até Natal (RN), em uma extensão

atendem todo o litoral

de 4.551 quilômetros, passando

brasileiro. Esse cenário, que

por 12 estados brasileiros. O

inclui ainda a operação da

trecho Sul compreende 400

Ferrovia Tereza Cristina,

quilômetros de pista entre

concessionária da malha

o município catarinense de

ferroviária sul-catarinense,

Palhoça e Osório – 248 em Santa

cria diferentes possibilidades

Catarina – com previsão de

de integração logística que

conclusão em 2012. O trecho

poderão reduzir o custo do

vai melhorar sensivelmente

frete em cerca de 30%.

entidades empresariais da região.

a ligação do Sul do estado com os dois principais centros de consumo da América do Sul: São Paulo e Buenos Aires (Argentina). Além de beneficiar as cargas, a estrada vai facilitar o fluxo de turistas, atraindo investimentos da rede hoteleira. Para 2010 está prevista a inauguração do Aeroporto 78

SAIBA MAIS Além das indústrias tradicionais de manufatura, o turismo é um negócio importante para a região que compreende o litoral Sul de Santa Catarina até a divisa com o Rio Grande do Sul. Garopaba e Imbituba são duas cidades incluídas no roteiro internacional do surfe, recebendo cerca de 100 mil visitantes durante a temporada de verão, de janeiro a março. O município de Laguna possui cerca de 600 prédios e monumentos tombados, entre eles igrejas que ainda guardam imagens em tamanho natural e entalhadas a mão, do século XVIII. Nas cidades afastadas do litoral a colonização italiana deixou marcas na arquitetura, com igrejas e casarões do século XIX. Já a cidade de Gravatal oferece opções de turismo hidromineral.

Número de estabelecimentos industriais Artigos de vestuário e acessórios Produtos alimentícios e bebidas Produtos minerais não metálicos Produtos de madeira Produtos de metal (excluindo máquinas e equipamentos)

1.170 634 538 479 432

Fonte: MTE, FIESC/2008

O setor de vestuário e têxtil tem fundamental importância para a economia da região Sul: é o segmento, dentro da indústria de transformação, com maior número de empresas – 1.114, incluindo a produção de acessórios – e o que mais emprega, com cerca de 17,6 mil trabalhadores. Mensalmente, são produzidas cerca de 5 milhões de peças, sendo 40% destas de jeans e o restante de tecidos planos, em negócios de pequeno e médio portes. Apesar da pujança da indústria, ainda não existem grandes fornecedores de tecidos e outras matérias-primas na região. Há, portanto, espaço para instalação de novas indústrias fornecedoras tanto de jeans quanto de acessórios como botões e zíperes.

Criciúma, pisos e revestimentos cerâmicos e confecções: novas oportunidades com a expansão da infraestrutura regional

79


Vale do Itajaí

Norte

Costurando oportunidades Da tradicional indústria têxtil à indústria naval e à

Regiões

tecnologia, a economia regional é diversificada e dinâmica. A economia e a cultura do

empresas de alimentos do

Vale do Itajaí são marcadas

mundo, além de indústrias

pela indústria têxtil. Foi ali que

dos segmentos metalmecânico

teve início a industrialização

e de autopeças, em cidades

de Santa Catarina, no final

como Blumenau, Timbó,

do século XIX, pelas mãos de

Indaial, Rio do Sul e Guabiruba.

imigrantes alemães. Em 1880,

Em Brusque e Timbó estão

em Blumenau, abriu as portas

instaladas companhias de

a primeira fábrica de tecidos

eletrodomésticos como fogões,

de malha do país. Atualmente,

fornos e máquinas de lavar.

do total de 7,8 mil empresas

O Vale do Itajaí concentra

que atuam nos segmentos

ainda o mais antigo polo de

têxtil e de vestuário em Santa

Tecnologia da Informação (TI)

Catarina, 4,6 mil estão na região,

do estado, reunindo cerca de

empregando 92,3 mil dos 150,9

500 empresas com receita de

mil trabalhadores. Metade da

US$ 200 milhões anuais.

produção brasileira de artigos de cama, mesa e banho e de produtos de malha sai do estado. Mas assim como outras regiões do estado o Vale do Itajaí ampliou suas vocações industriais, contexto beneficiado pelo Porto de Itajaí. Atuam na região algumas das maiores 80

SAIBA MAIS No município de Gaspar está sediada a unidade de alimentos da maior empresa do agronegócio brasileiro e terceira maior do mercado global. Rio do Sul é sede do quarto maior exportador de carne suína do país. A maior empresa do mundo em processamento e exportação de frangos está constituindo sua sede em Itajaí.

Estilo germânico Mesmo sendo uma das cadeias produtivas mais completas do mundo, a indústria têxtil do Vale do Itajaí ainda tem lacunas a serem preenchidas. Uma das demandas é por empresas de beneficiamento e produção de fios sintéticos como elastano e poliéster para atender as indústrias locais, que hoje operam com insumos de outras regiões e importados.

Colonizado por alemães no início do século XIX, o Vale do Itajaí preserva muito das características dos imigrantes, seja na arquitetura ou na tradição oral. Pomerode, a “cidade mais alemã” do Brasil, possui um conjunto de 300 edifícios em estilo enxaimel, o maior do país, e calcula-se que 90% da população fala o alemão de maneira cotidiana. No turismo, são nove festas dedicadas à cultura e à gastronomia, em cidades diferentes, em outubro, que atraem turistas nacionais e estrangeiros. Em Blumenau, ocorre a Oktoberfest, a segunda maior festa da cerveja do mundo.

Oceano Atlântico

Líder nacional em cama, mesa e banho e produtos de malha Planalto Serrano

Sede das maiores indústrias de alimentos do país Segunda maior indústria naval do Brasil

Principais municípios Blumenau Itajaí Brusque Balneário Camboriú Camboriú Fonte: FIESC

Mil habitantes (2008) 296,1 169,9 99,9 99,5 56,3

Polo metalmecânico, de autopeças e eletrodomésticos VALE DO ITAJAÍ

Concentra polo de tecnologia mais antigo do estado Referência nacional na produção de cervejas artesanais Turismo: festas, gastronomia alemã, cerveja e praias

81


Vale do Itajaí

Regiões

Indústria naval

Turismo: em outubro, há nove festas dedicadas à

A indústria naval do Vale do

portuárias, de alumínio e barcos

Itajaí é a segunda maior do país.

de lazer (iates de madeira).

Gera 2,7 mil empregos diretos.

Também produzem navios para

Há cerca de 25 estaleiros voltados

transporte de gás em forma

à manutenção da frota pesqueira

líquida para a Petrobras.

(embarcações de até 28 metros)

O segmento naval está em

e outros quatro, de médio

expansão. Em nível nacional,

porte, direcionados à fabricação

estão sendo estudadas medidas

de equipamentos náuticos,

de incentivo à atividade

que figuram entre os mais

pesqueira, e a Marinha do

modernos da América Latina.

Brasil anunciou intenção de

Estes realizam investimentos

renovar em 50% a frota de

entre US$ 10 milhões e US$ 15

médio porte. A exploração

milhões cada um em ampliações.

de óleo da camada de pré-sal

Os estaleiros fabricam

exige novos investimentos

rebocadores portuários e barcos

por parte da Petrobras. O

de suprimentos de plataformas

setor portuário incrementa os

de petróleo, embarcações para

negócios com as ampliações em

transporte (catamarãs para até

São Francisco do Sul e Itajaí e a

600 pessoas), de aço para dragas

implantação do Porto de Itapoá.

cerveja e à gastronomia; no litoral, a rede hoteleira de Balneário Camboriú oferece cerca de 20 mil leitos.

O retorno da cerveja Na segunda metade do século XIX imigrantes alemães e suíços levaram a tradição cervejeira da Europa para Santa Catarina. Ergueram várias fábricas, que não resistiram ao século XX. Recentemente uma nova geração de cervejarias surgiu vigorosa no Vale do Itajaí. São cervejarias artesanais, de pequeno porte, que oferecem um produto gastronômico, como alternativa à bebida produzida em larga escala. As cervejarias do Vale e de outras regiões tornaram Santa Catarina o maior polo brasileiro de cervejas artesanais.

O Vale do Itajaí também se destaca pela produção de alimentos em conservas – pepinos, chucrute, tomate seco, palmitos – e itens como maionese, mostarda e doces. No entanto, a região não possui uma unidade fabril de fornecimento de embalagens de vidro, negócio com investimento relativamente modesto e de fácil implantação.

Número de estabelecimentos industriais O contexto de expansão da demanda gera uma série de possibilidades de negócios no segmento naval, da instalação de novos estaleiros à implantação de empresas de fornecimento de matérias-primas e equipamentos tanto para as unidades fabris quanto para as embarcações. Por exemplo: não há estaleiro direcionado ao reparo de navios acima de 100 metros. 82

Blumenau e a indústria têxtil: o setor que caracteriza a região desde o século XIX passa por renovação e economia se diversifica

Confecções de artigos de vestuário e acessórios Produtos têxteis Produtos alimentares e bebidas Produtos de metal (excluindo máquinas e equipamentos) Produtos de madeira

3.776 1.236 1.042 788 691

Fonte: MTE, FIESC/2008

83


Portos

Maiores e mais modernos Posição logística, demanda e flexibilidade situam os portos

Infraestrutura

catarinenses entre os mais competitivos da América do Sul.

84

Santa Catarina possui mais de

armazéns refrigerados, enquanto

500 quilômetros de extensão

São Francisco do Sul é o quarto

costeira, na qual estão instalados

em movimentação de soja.

cinco portos: Itajaí, Navegantes,

Somando os resultados dos portos

São Francisco do Sul, Imbituba e

de Santa Catarina em 2008, a carga

Laguna, além do Porto de Itapoá,

total alcançou 19,29 milhões de

que opera em 2010. O estado

toneladas e foram movimentados

apresenta grande competitividade

1,2 milhão de TEUs (unidade

dentro do cenário logístico

equivalente de 20 pés). Em relação

brasileiro. A posição logística

aos contêineres, tipo de transporte

privilegiada e a demanda por

que garante maior valor agregado,

serviços põem Santa Catarina no

o Brasil movimenta anualmente

mapa dos negócios internacionais:

8 milhões de TEUs. O estado,

há linhas disponíveis para

no entanto, possui capacidade

todos os mercados do mundo,

instalada para 3 milhões de TEUS, e

considerando praticamente

investimentos em curso estão

todos os tipos de cargas, além

elevando a capacidade para

de navegação de cabotagem.

5 milhões de TEUs. A nova

Cada um dos portos possui

configuração irá possibilitar

características próprias de gestão

vantagens competitivas frente

e também em relação à carga

aos concorrentes: infraestrutura

movimentada. No contexto

para manipulação de diferentes

nacional, Itajaí é o segundo em

cargas e localização estratégica,

movimentação de contêineres, além

tanto dentro do cenário nacional

de possuir o maior conjunto de

quanto da América Latina.

SAIBA MAIS A ampliação e modernização dos portos catarinenses acontecem com investimentos públicos e também privados, numa demonstração do reconhecimento do mercado do potencial de negócios do setor no estado. Grandes companhias brasileiras e estrangeiras investem em novos terminais, berços de atracação e infraestrutura geral, abrindo uma série de novas oportunidades de negócios.

Itapoá, o novo porto Em 2010 o Tecon Santa Catarina, o sexto porto do estado, iniciará suas operações. Localizado em Itapoá – na Baía da Babitonga, com o mesmo canal de acesso do Porto de São Francisco do Sul –, é um dos principais projetos do país, com investimento de US$ 156 milhões. É destinado à movimentação exclusiva de contêineres, com capacidade inicial para 300 mil TEUs/ano. Na segunda fase, em operação em 2012, a capacidade de movimentação irá dobrar. Concluída a terceira fase, a meta é alcançar 1,5 milhão de TEUs/ano. O projeto prevê o maior calado do estado, com 16 metros de profundidade e o funcionamento como um hub port, concentrando cargas de exportação e importação, o que permitirá redistribuir, por meio de cabotagem, mercadorias de outros portos do Brasil e da América do Sul, especialmente Argentina e Uruguai.

Imbituba

Itajaí

Navegantes

São Francisco do Sul

Itapoá*

Administração: Cia. Docas do Estado de SP

Administração: Cia. Docas de Imbituba

Administração: Superintendência do Porto de Itajaí

Administração: Portonave S/A

Administração: Itapoá Terminais Portuários

Berços de atracação: 4

Berços de atracação: 4

Berços de atracação: 10 Principais produtos: pescados

Berços de atracação: 4, sendo 3 no porto público e um arrendado

Administração: Governo do Estado de Santa Catarina

Principais produtos: cerâmica, fertilizantes e açúcar

Principais produtos: carnes congeladas, madeira, cerâmica, motores.

Calado: 5 metros

Calado: 10,8 metros

Calado: 10,5 metros

Laguna

Principais produtos: cargas frigoríficas e madeira Calado: 11 metros

Berços de atracação: 5 Principais produtos: soja em grãos, farelo, milho a granel Calado: 13 metros

Berços de atracação: 4 Principais produtos: movimentação exclusiva de contêineres Calado: 16 metros * Operação se inicia em 2010

Oceano Atlântico

O Tecon Santa Catarina, em construção em Itapoá, conta com apoio retroportuário com cerca de 12 milhões de m2. Toda a área será ocupada pela iniciativa privada, abrindo incontáveis possibilidades de investimentos no segmento de logística, entre eles instalação de armazéns e galpões, armazenamento de cargas especiais (reefer) e oferta de serviços como a reparação e manutenção de contêineres. 85


Portos

Itajaí, principal porto catarinense, mantém as operações de

Infraestrutura

maior valor agregado de mercadorias exportadas do Brasil. Maior porto de Santa Catarina

para contêineres reefer (a

e o segundo do Brasil em

maior da América Latina).

movimentação de contêineres,

Possui ainda 257,2 mil m2 de

Itajaí tem entre seus principais

área para armazenamento

atributos a localização

de cargas secas.

geográfica: em um raio de

Itajaí tem ainda a

até 100 quilômetros estão

particularidade de ser o único

Destaque privado

algumas das principais cidades

porto brasileiro com concessão

industriais do estado, como

municipalizada, considerada

Joinville, Blumenau e Jaraguá

uma tendência mundial em

do Sul, além de Florianópolis.

administração portuária,

Distante 200 quilômetros está

contando com operações de

o polo madeireiro e, a 300

terminais privados. Outro

quilômetros, as agroindústrias

atributo é a oferta de mão

de suínos e frangos.

de obra qualificada, dos

A carne de frango congelada,

trabalhadores braçais aos níveis

com alto valor agregado, é o

técnico e superior, em razão da

principal produto da carteira de

sólida oferta de cursos voltados

exportação, o que garante ao

à área portuária e de comércio

porto o primeiro lugar no ranking

exterior em instituições

nacional em carga refrigerada

de ensino do entorno.

O complexo portuário do Rio Itajaí-Açu conta com o Porto de Navegantes (Portonave), um dos mais modernos terminais privados do país, em funcionamento desde 2007. O projeto recebeu cerca de US$ 200 milhões em investimentos. São 900 metros de cais, três berços de atracação, 11 metros de calado e 270 mil m2 de retroárea, infraestrutura que permite a movimentação de 1 milhão de TEUs/ano. Até maio de 2009, havia recebido 475 navios e movimentado 190 mil contêineres e 327 mil TEUs. O mix de operação é liderado pela movimentação de cargas frigoríficas, com alto valor agregado, sendo que carnes correspondem a 41% do total, e em segundo lugar está a madeira, com 22%. Conta ainda com o Iceport, terminal frigorífico com capacidade para 18 mil toneladas.

em contêineres. Destaca-se a infraestrutura logística para o segmento, com o maior conjunto de armazéns refrigerados do Brasil – capacidade para 160 mil toneladas – e mais de 7 mil tomadas para conexão 86

SAIBA MAIS O Porto de Itajaí movimentou um total de 6,53 milhões de toneladas e US$ 8,92 bilhões em 2007, o que gera um valor agregado de US$ 1,62 por quilo de mercadoria exportada, o maior índice do país.

A produção de alto valor agregado das empresas do Vale do Itajaí gerou a especialização do Porto de Itajaí em contêineres: eles representam mais de 90% da movimentação

Um dos projetos mais importantes para o Porto de Itajaí é o processo de privatização da área pública ainda existente, com a administração retirando-se totalmente da área operacional. A meta é a implantação de dois berços de atracação, com a respectiva retroárea, o que exigirá grandes investimentos em equipamentos e obras complementares. Outras demandas de negócios também serão abertas com a implantação, na margem direita do Rio Itajaí – da foz até o atual porto – de uma área comercial, que inclui um novo terminal de navios de cruzeiros, marina e um empreendimento que poderá sediar hotel e/ou shopping e que será executada por meio de parcerias público-privadas.

O modal marítimo é o mais utilizado para as exportações catarinenses, sendo responsável por US$ 7,2 bilhões em divisas em 2008. 87


Portos

Os portos de São Francisco do Sul, administrado pelo estado, e de Imbituba, único cuja administração é concedida pela União à iniciativa privada, são

Infraestrutura

estratégicos para a competitividade de Santa Catarina.

Porto de São Francisco do Sul Instalado na Baía da Babitonga, região Norte do estado, o Porto de São Francisco do Sul tem como característica o perfil misto de movimentação de cargas e de contêineres – é o segundo do estado neste segmento, com 300 mil TEUs/ano. Obras de ampliação, com investimento de US$ 50 milhões e conclusão em 2010, irão dobrar essa capacidade em dois anos. O projeto inclui a construção de um novo berço de atracação, destinado para granéis sólidos, e um novo terminal arrendável. Um sistema de sinalização eletrônica cobre as 9,3 milhas do canal de acesso e a bacia de evolução. O sistema de boias e torre funciona com energia solar e a torre suporta ventos de até 200 km/h, oferecendo segurança à navegação. O porto é reconhecido como corredor de exportação em razão das operações ali realizadas: grandes empresas operam no segmento de granéis sólidos, entre eles a soja, cuja parte do total embarcado também é oriunda de outros estados, transportada pelo modal ferroviário. Já o terminal graneleiro público tem capacidade para 110 mil toneladas para granéis sólidos e 9 mil m3 para óleos vegetais.

SAIBA MAIS Um dos terminais do Porto de São Francisco do Sul é privado, o Terminal Santa Catarina (TESC). Após investimentos de cerca de US$ 70 milhões, recebe grandes embarcações e movimenta grandes quantidades de mercadorias. O sistema de operação é integrado, desde a atracação do navio até a saída da carga.

88

Movimentação nos portos (2008) Porto São Francisco do Sul Itajaí Imbituba Navegantes Total

Carga total (mil toneladas) 8.337,3 7.008,6 1.839,9 2.100,5 19.286,3

Contêineres (mil TEUs) 272,7 693,6 16,5 239,3 1.222,1

Porto de Imbituba

Porto de Laguna

O Porto de Imbituba tem a administração concedida para a iniciativa privada até 2012. Distante 90 quilômetros da capital, está conectado à BR-101, que corta todo o estado e facilita o deslocamento de mercadorias do Mercosul. Essa é uma das principais vantagens competitivas, que ganha maior dimensão com a ligação, ainda, à malha da Ferrovia Tereza Cristina, num total de 229 quilômetros. Sendo porto de enseada, não precisa de canal de acesso. Compõem o mix de movimentação os granéis sólidos e líquidos, congelados e carga geral –, com destaque para as importações de fertilizantes, coque, milho, sal e barrilha e as exportações de congelados. O calado do porto está sendo ampliado de 9,5 metros para profundidades entre 10,5 e 11 metros.

Distante 99 quilômetros da capital, o Porto de Laguna é terminal pesqueiro público, e possui infraestrutura voltada ao segmento: câmara para estocagem de congelados, silo para gelo e armazém para carga geral, incluindo aparelhos de aço inoxidável polido e salas ambientadas para a descarga de pescados, projetadas para atender as legislações sanitárias nacional e internacional. Instalado na margem esquerda do canal de ligação à Lagoa de Santo Antônio, possui área de 254,9 mil m2, disponibilizando áreas para implantação de novas empresas, prioritariamente deste segmento.

Fonte: Portos/FIESC

O Porto de São Francisco do Sul destaca-se em granéis, mas é também um gigante em contêneires. Recebe embarcações de mais de 290 metros, com capacidades superiores a 4.800 TEUs em contêineres de 20 pés.

Em Imbituba há quatro processos de licitação para terminais privados. O arrendamento do terminal de fertilizantes é o primeiro deles, com o estudo de viabilidade aprovado pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) e com lançamento do edital previsto para até o final de 2009. O valor mínimo de investimento é da ordem de R$ 18,6 milhões (cerca de US$ 9 milhões) e inclui cinco unidades misturadoras/ensacadoras e 32 mil m2 de armazéns. A movimentação mínima prevista está entre 210 e 237 mil toneladas de fertilizantes nos cinco primeiros anos do contrato de arrendamento. O terminal de grãos agrícolas (34 mil m2) será o próximo objeto de licitação, em 2010, enquanto para 2011 e 2012 estão previstos os de granéis líquidos (20,5 mil m2) e de barrilha (14,4 mil m2). 89


Aeroportos

Rede integradora Complexo aeroportuário em ampliação permite ligações

Infraestrutura

rápidas de todas as regiões para grandes centros do Mercosul. A estrutura para o transporte

(com operação prevista para

aéreo em Santa Catarina

2010), e o Regional do Planalto

é composta por uma rede

Serrano, em Correia Pinto. O

de 22 aeroportos públicos

aeroporto de Jaguaruna terá

distribuídos por todas as

a maior pista do estado, com

regiões do estado, garantindo

2,5 mil metros de comprimento

rápido acesso aos grandes

por 30 metros de largura,

centros e viabilidade para o

e operará com passageiros

transporte de cargas. Dois

e cargas. O aeroporto do

aeroportos internacionais - em

Planalto Serrano será utilizado

Florianópolis e Navegantes - e

principalmente para cargas,

dois nacionais – em Joinville e

atendendo as empresas

Forquilhinhas – são mantidos

dos setores madeireiro e de

sob administração federal.

papel e celulose da região. A

Os demais são administrados

pista, com 1,8 mil metros de

pelos municípios em convênio

comprimento por 30 metros

com o governo do estado.

de largura, está concluída.

Com aumento constante no fluxo de passageiros e cargas, Santa Catarina amplia a capacidade. Além de ampliações nos principais aeroportos, há a construção de mais dois, de grande porte: o Regional Sul, em Jaguaruna 90

Aeroporto Internacional de Florianópolis O Aeroporto Internacional Hercílio Luz, de Florianópolis, localizado a 12 quilômetros do centro da capital do estado, terá a capacidade praticamente triplicada até 2012. De 980 mil passageiros por ano, será redimensionado para 2,7 milhões de passageiros. O terminal de passageiros terá área de 33,6 mil metros quadrados e o aeroporto ganhará 36 balcões de check-in, quatro pontes de embarque, estacionamento com 1.820 vagas e pátio de aeronaves com 141,6 mil m2. Dentre as inovações, um terminal com cobertura em forma de avião. A conclusão é prevista para 2012. Área do sítio aeroportuário Dimensões das pistas Capacidade do terminal de passageiros Estacionamento para aeronaves

SAIBA MAIS Dentre os aeroportos municipais o principal é o de Chapecó, no Oeste do estado, com pista de 2,06 mil metros de comprimento, que opera linhas regulares para Florianópolis e São Paulo.

Estacionamento para automóveis

9.086.589,53 m² 14/32 (principal) 2.300 m x 45 m e 03/21 (auxiliar) 1.500 m x 45 m 980 mil/ano Pátio principal: cinco posições; Pátio secundário: três posições para aeronaves grupo 1, nove para aeronaves executivas e dois para helicópteros; Pátio auxiliar: quatro aeronaves de pequeno porte 580 vagas

Aeroporto Internacional de Navegantes

Além dos 18 aeroportos municipais existentes, mais dois

O Aeroporto Ministro Victor Konder atende vôos diários para São Paulo (Congonhas) e a demanda por vôos internacionais, especialmente particulares e fretados para a região do Vale do Itajaí. Localizado a 12 quilômetros do centro de Navegantes, passará por reforma e ampliação. O projeto prevê nova pista e um novo terminal, ampliação de salas de embarque e desembarque e telhado com isolamento termoacústico, entre outros.

estão projetados: um no município de São Joaquim e outro

Área do sítio aeroportuário Dimensões da pista Capacidade do terminal de passageiros Estacionamento para aeronaves Estacionamento para automóveis

716.883 m² 1.701 m x 45 m 600 mil/ano 14 posições 262 vagas

Aeroporto de Joinville Distante 13 quilômetros do centro de Joinville, o Aeroporto Lauro Carneiro de Loyola é um dos maiores da região Sul, com capacidade para atender 600 mil passageiros por ano. Para 2010 está prevista a construção e operação de um novo terminal de logística de cargas com câmaras frias, para armazenagem de medicamentos, produtos químicos e perecíveis. Área do sítio aeroportuário Dimensões da pista Capacidade do terminal de passageiros Estacionamento para aeronaves Estacionamento para automóveis

792.000 m² 1.640 m x 45 m 600 mil/ano 9 posições 240 vagas

na região do Contestado, entre Joaçaba e Catanduvas.

Aeroporto de Forquilhinha Localizado próximo à BR-101 e às rodovias SC-443 e SC-446, que interligam as cidades da região Sul de Santa Catarina, o aeroporto Diomício Freitas fica a 6 quilômetros do centro de Criciúma. Sob administração federal desde 2006, terá melhorias no terminal de passageiros, pista e pátio de aeronaves. O transporte de cargas está desativado desde 2007, mas o aeroporto tem grande potencial como facilitador do escoamento da produção local. Área do sítio aeroportuário Dimensões da pista Capacidade do terminal de passageiros Estacionamento para aeronaves Estacionamento para automóveis

285.000 m2 1.488 m x 30 m 430 mil/ano 7 posições 60 vagas

Movimento operacional (2008) AEROPORTO Florianópolis Navegantes Joinville

Carga aérea (em kg) 3.354.580 2.590.943 2.504.479

Nº de aeronaves 46.111 8.806 7.057

Nº de passageiros 2.081.066 419.113 234.102

Fonte: Infraero

91


Infraestrutura

Dados gerais

Redes de gás natural Gasoduto Bolívia-Brasil Gasoduto da SCGás Rede da SCGás projetada Ferrovias existentes ALL – América Latina Logística Ferrovia Tereza Cristina Ferrovias planejadas Ferrovia Leste-Oeste Ferrovia Leste-Oeste – opção 2 Ferrovia Translitorânea Rodovias Rodovias federais (BRs)

92

Aeroportos internacionais Aeroportos nacionais Aeroportos municipais Aeroportos em construção Portos

Oceano Atlântico

Portos em construção

93


Estradas

Malha em expansão

Principais estradas federais

Rodovias integram o estado nos sentidos norte-sul e leste-oeste,

Infraestrutura

estabelecendo ligações com mercados da América do Sul.

94

O transporte rodoviário é o

Dentro da malha viária estadual,

principal canal de escoamento

67 rodovias interligam as cidades

da produção industrial do

catarinenses. Entre as de maior

estado de Santa Catarina, cuja

fluxo estão a SC-401, que liga

malha viária é composta por

o centro da capital ao Norte

2.606 quilômetros de rodovias

da Ilha de Santa Catarina; a

federais e 6 mil quilômetros

SC-444, no Sul do estado, entre

de rodovias estaduais, além

Balneário Rincão e Criciúma,

das estradas municipais que

e a SC-301, ao Norte, que liga

garantem acesso a todos os

Joinville a São Francisco do Sul.

293 municípios do estado.

As rodovias estaduais passam por

Oito rodovias federais cruzam

processos de pavimentação ou

o território catarinense. As

reconstrução em 15 diferentes

mais importantes são as BR-

trechos. Para contribuir no

101 e BR-116 (sentido norte-

financiamento das melhorias

sul), que atravessam o país

na malha viária estadual, o

interligando os principais

governo do estado mantém

estados brasileiros e por onde

um programa em parceria com

passa a produção nacional.

o Banco Interamericano de

Outra estrada federal de grande

Desenvolvimento (BID). O objetivo

importância é a BR-282, com

do programa, desde sua criação

690 quilômetros de extensão,

em 1980, é desafogar o trânsito

que corta transversalmente

e reduzir possíveis gargalos

o estado, ligando a capital

logísticos, além de tornar as

Florianópolis à Argentina.

estradas catarinenses mais seguras.

A BR-101 corta o estado no sentido norte-sul, ligando-o a São Paulo e a Buenos Aires, na Argentina, os principais mercados do Mercosul

Corredor sul ampliado O Departamento Estadual de Infraestrutura (Deinfra) de Santa Catarina possui um sistema online para a elaboração de orçamentos de projetos rodoviários e de edificações, o SCO.NET. O objetivo é padronizar a elaboração de orçamentos, utilizando os referenciais de preços do Deinfra como valor-base dos materiais e serviços contidos no orçamento. Os principais usuários desse sistema são empresas de engenharia consultiva, contratadas para elaboração de projetos, bem como órgãos da esfera estadual.

O trecho sul da BR-101, que liga a capital Florianópolis ao estado vizinho do Rio Grande do Sul, está em processo de duplicação. A ampliação, realizada com recursos de US$ 1,1 bilhão, integra a artéria principal do Corredor Mercosul, que corta em seu trajeto a área mais desenvolvida do continente latino-americano. A construção de novas pistas vai propiciar a interligação multimodal dos polos produtivos aos portos marítimos de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, e permitir maior rapidez no escoamento da produção agropecuária e industrial. A rodovia, por onde passam cerca de 15 mil veículos por dia, terá uma perceptível melhoria no fluxo de tráfego, além de propiciar economia de combustível para os usuários.

Rodovia Sentido norte-sul BR-101 – Trecho Norte (*) BR-101 – Trecho Sul (*) BR-116 BR-153 BR-158 BR-163 Sentido leste-oeste BR-280 BR-282 BR-283 (**) BR-285 (**) Sentido diagonal BR-386 (**) De ligação BR-470 BR-475 (**) BR-477 (**) BR-480 (**) BR-486 (**)

Extensão (km) 216,5 249,5 315,9 119,8 147,3 122,6 228,2 680,4 350,4 65,8 73,8 358,4 214,4 213,9 155,8 182,4

Obs: dados de 2008 Fonte: DNIT e FIESC (*) Sob concessão (**) Sob administração temporária do governo estadual

Cerca de 10% das exportações de Santa Catarina (em US$) são realizadas por rodovias. Os principais destinos são os países do Mercosul, para os quais existem diversas ligações rodoviárias. 95


Ferrovias

Alternativas logísticas Rede ferroviária permite conexões entre modais, diminuindo

Infraestrutura

custos de exportações agrícolas e de industrializados.

96

A malha ferroviária catarinense

quilômetros estão em operação.

oferece alternativas eficientes

Os trechos ativos correspondem

e seguras para o deslocamento

às ligações de Mafra com o

de cargas no estado. Com uma

Porto de São Francisco do Sul

estrutura composta por 1.365

e de Mafra à divisa com o Rio

quilômetros de estradas de

Grande do Sul, via Lages. Em

ferro em operação, as ferrovias

sua maior parte, são utilizados

oferecem alta funcionalidade e

no transporte de grãos, madeira

baixo custo na conexão das regiões

e cargas em geral. Trechos que

produtoras com a estrutura

ligam Mafra a Porto União e Porto

portuária, estados e países

União a Marcelino Ramos (RS)

vizinhos. Além disso, ajudam

ainda não estão em operação.

a reduzir o fluxo de veículos

No Sul do estado, a Ferrovia

pesados nas estradas, responsáveis

Tereza Cristina (FTC) é

pela deterioração das pistas.

concessionária de uma malha com

Duas empresas são responsáveis

164 quilômetros de extensão,

por administrar as concessões

por onde passa grande parte do

do transporte ferroviário do

carvão mineral que abastece o

estado, privatizado em 1996. A

Complexo Termelétrico Jorge

maior delas é a América Latina

Lacerda, em Capivari de Baixo,

Logística (ALL), com 20.495 mil

vindo das minas na região

quilômetros de ferrovias no Brasil

de Criciúma. É importante

e na Argentina. Em território

escoador de produtos cerâmicos

catarinense, são 1.201 quilômetros

com destino à exportação

de trilhos instalados, dos quais 581

pelo Porto de Imbituba.

Rede ferroviária catarinense Extensão Ligações

Principais itens transportados Extensão Ligação Principais itens transportados

América Latina Logística (ALL) 1.300 km

Objetivos

Extensão Ligação Objetivo

Duas novas ferrovias estão sendo criadas em Santa Catarina. A Ferrovia Translitorânea, no sentido norte-sul, terá 235,6 quilômetros de extensão, conectando as malhas da ALL e da FTC, ligando os municípios de Imbituba a Araquari, com terminais em quatro portos catarinenses. A Ferrovia Leste-Oeste – também chamada de “Ferrovia do Frango” – prevê a ligação dos municípios de Itajaí e Chapecó, integrando a malha viária de Brasil, Argentina, Paraguai e Chile. Com 616 quilômetros, irá conectarse à ALL em Ponte Alta, no Planalto Serrano, e em Herval d’Oeste, no Vale do Rio do Peixe. A implantação da ferrovia representará um importante avanço logístico para a indústria produtora de frangos e suínos em Santa Catarina, possibilitando acesso facilitado à estrutura portuária.

➜ Divisa PR-SC - Mafra - Jaraguá do Sul São Francisco do Sul ➜ Mafra - Curitibanos - Lages Divisa SC-RS ➜ Mafra - Canoinhas - Caçador - Joaçaba Piratuba - Divisa SC-RS Soja e derivados e produtos industrializados Ferrovia Tereza Cristina (FTC) 164 km Criciúma - Capivari de Baixo - Imbituba Carvão mineral e produtos cerâmicos

Ferrovias projetadas Extensão Ligação

Novas linhas

Leste-Oeste (“Ferrovia do Frango”) 700 km Dionísio Cerqueira - Chapecó - Joaçaba - Curitibanos - Rio do Sul - Itajaí Facilitar o escoamento da produção dos frigoríficos do Oeste e a integração ferroviária com a Argentina e o Chile Translitorânea 500 km Araquari - Itajaí - Imbituba Integrar as malhas da ALL com a da Ferrovia Teresa Cristina e os três principais portos catarinenses

Vagões de carga operando no Porto de São Francisco do Sul: transporte intermodal é uma opção logística em Santa Catarina

Além das duas novas ferrovias em processo de implantação, um projeto envolvendo os governos de Santa Catarina e do Paraná também poderá ter importante papel na expansão da malha ferroviária. Trata-se da criação de um ramal da Ferrovia do Oeste do Paraná (Ferroeste) no município de Chapecó, que, após a construção de uma extensão de Cascavel (PR) até Maracaju (MS), ligará Santa Catarina ao Mato Grosso, passando pelo Sudoeste e Oeste paranaense. A implantação do novo terminal irá resultar em uma queda de 30% nos custos de transporte, em comparação com o modal rodoviário. A ferrovia deverá reduzir os gastos dos produtores com combustíveis, adubos, fertilizantes e outros insumos da produção de carnes, milho e soja, além de integrar as regiões produtoras no Paraná, em Santa Catarina e em Mato Grosso do Sul. 97


Energia

Fontes diversificadas Distribuição de qualidade e geração hidráulica, térmica, a

Santa Catarina tem possibilidades de ampliação de geração hidráulica, principalmente por meio de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs). O estado possui 22 PCHs em operação, com potência total instalada de 78.934 kW. Essas fontes dispensam licitação para obtenção da concessão, bastando autorização da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O Centro Nacional de Desenvolvimento de PCH dispõe de equipes qualificadas nas áreas de estruturação, montagem, obtenção de financiamento, viabilidade, licenciamento ambiental e engenharia, entre outras.

Infraestrutura

gás natural, eólica e de biomassa garantem abastecimento.

98

Santa Catarina é capaz de suprir

de carvão são conectadas

as necessidades energéticas

diretamente ao sistema de

das empresas e residências com

distribuição e têm capacidade

segurança, além de fornecer

para gerar pouco mais de 1

energia para outros estados e

milhão de kW. A principal

países. O estado é interligado ao

fonte é o complexo Jorge

sistema nacional, que distribui a

Lacerda, em Capivari de Baixo.

energia pelo país de acordo com

Adicionalmente, há um conjunto

as necessidades. A distribuidora

de outras 21 fontes de pequeno

estadual é considerada uma das

e médio portes (190MW).

melhores do país em relação

O gás natural, organizado por

aos índices que medem a

meio de um sistema interligado

qualidade do fornecimento.

em 35 municípios, é usado

Há 92 empreendimentos

pelas indústrias cerâmica,

geradores instalados em

de vidros e cristais, têxtil e

território catarinense, com

metalmecânica, entre outras. O

capacidade total de 5,5 milhões

setor industrial consome cerca

de kW. As hidrelétricas são

de um milhão de metros cúbicos/

a principal fonte de energia,

dia. A rede é a terceira maior

responsáveis por cerca de 80% da

do país, com 685 quilômetros

geração. O estado tem potencial

de extensão, abrangendo as

hidráulico de 9,5 milhões de kW

regiões Norte, Sul, Vale do

e há projetos para a conclusão

Itajaí e Grande Florianópolis.

de 10 novas usinas até 2015.

No total, 283 empresas

As usinas termelétricas à base

fazem uso do gás natural.

Empreendimentos em operação em Santa Catarina Tipo CGH EOL PCH UHE UTE Total

Quantidade 37 3 23 7 22 92

Fonte: Aneel CGH - Central Geradora Hidrelétrica EOL - Central Geradora Eólica PCH - Pequena Central Hidrelétrica UHE - Usina Hidrelétrica UTE - Usina Termelétrica

SAIBA MAIS Dois projetos se destacam: a Usina de Itapiranga (724MW), no Rio Uruguai, deve ser concluída em 2011, e a Usina Hidrelétrica de Pai Querê, que será localizada no Rio Pelotas e terá capacidade instalada de 292MW.

Potência (kW) 20.085 14.400 81.897 4.329.352 1.007.256 5.452.990

% 0,37 0,26 1,50 79,39 18,47 100

Energia alternativa Parques eólicos e o uso de biomassa e de outros resíduos são alternativas energéticas que passam a ser exploradas em Santa Catarina. O estado conta com três parques pioneiros em geração eólica: dois em Água Doce (13.800 kW) e um em Bom Jardim da Serra (600 kW), produção utilizada para iluminar a estrada da Serra do Rio do Rastro. Em Lages, a primeira usina termelétrica movida a biomassa entrou em operação em dezembro de 2003 e aproveita os resíduos da produção madeireira. Projetada para gerar 28MW de energia e 25 toneladas/ hora de vapor, a unidade opera com cerca de 30% de sua capacidade.

SAIBA MAIS Além dos três parques existentes está prevista a implantação de mais quatro parques eólicos em Água Doce e três em Bom Jardim da Serra. As duas áreas receberão cerca de US$ 500 milhões e deverão gerar um total de 218MW.

Hidrelétricas (esquerda) e termelétrica a carvão (acima): diversidade de fontes para geração de energia

Consumo de energia em SC Classe Residencial Industrial Comercial Rural Outros Total

2008 (em MWh) 3.801.333 8.254.476 2.513.779 1.739.058 1.439.212 17.747.585

Fonte: Celesc Obs.: área de concessão da Celesc

O setor industrial é responsável por cerca de 47% do consumo catarinense de energia elétrica e sua demanda cresce a uma média de 7% ao ano. 99


Comunicações

Ligações permanentes Sistema catarinense permite contato com qualquer localidade

Infraestrutura

do país e do exterior por meio de imagem, texto, dados e voz. Santa Catarina possui ligações

possuem hoje cobertura de

privilegiadas com o mundo.

telefonia móvel, 20 deles

Desde 1994 está interligada

com acesso à tecnologia 3G.

com La Plata, na Argentina, e

Existem 37.295 telefones

Maldonado, no Uruguai, por

públicos em operação. Santa

meio de cabo submarino de

Catarina está interligada

fibras ópticas (Unisur) com

ao serviço móvel marítimo,

1.741 quilômetros. Trafegam

possibilitando contato

por esse cabo todos os meios

por telefone ou envio de

de comunicação, como

mensagem para embarcações

televisão, telex, telefonia

em todo o mundo.

e dados. Desde 1997 cabos

Nas principais cidades há

terrestres de fibras ópticas,

pleno acesso doméstico e

em técnica OPGW, interligam

empresarial à internet de

Florianópolis a Curitiba e

alta velocidade. Todos os

Porto Alegre, as capitais

municípios catarinenses têm

dos estados vizinhos.

cobertura em pelo menos

A rede de telefonia local é

um ponto. Considerando

composta por 1,6 milhão

a presença de pequenos

de linhas fixas e 3 milhões

provedores de banda

de aparelhos móveis

larga, a cobertura é de 240

em operação. Todos os

municípios, que representam

municípios são atendidos

82% da população de

por telefonia fixa e 263 dos

Santa Catarina. A média

293 municípios catarinenses 100

brasileira é de 74%.

Crédito

Dinheiro para desenvolvimento

Mais uma opção de acesso à internet estará acessível aos usuários: a banda larga por meio da rede elétrica. A regulamentação é de 2009 e empresas podem solicitar à Anatel autorização para atuar com o sistema. Com isso, abre-se mais um canal para estimular a competição nesse mercado e contribuir para a inclusão digital no Brasil.

Internet rápida em Santa Catarina Velocidade de conexão 34 Mbps 2 Mbps a 34 Mbps 512 Kbps a 2 Mbps 64 Kbps a 512 Kbps Outros

0,6% 9,9% 48,9% 39,9% 0,7% Tipo de conexão

Linha Telefônica (xDSL) Cabo Rádio Satélite Outras Fonte: Anatel e operadoras

79,6% 8,2% 1,4% 0,5% 10,3%

Mídia em números Todas as regiões do estado possuem canais de televisão local e nacional, além de contarem com serviços de operadoras de TV a cabo e satélite. A mídia catarinense é composta por 240 emissoras de rádio, sendo 184 comerciais e 56 comunitárias, e 20 de televisão, entre abertas e pagas. O estado possui 135 jornais e variados títulos de revistas de circulação regional e nacional.

Sistema de comunicação no Morro da Cruz, em Florianópolis: alta tecnologia conecta Santa Catarina com o resto do mundo

Dois bancos de investimento

repasses para financiamento de

estão preparados para

capital de giro e investimentos em

atender as necessidades

construção civil, equipamentos

de empreendedores em

e instalações industriais. O

Santa Catarina: a Agência

banco também opera uma

Catarinense de Fomento S/A

linha de microcrédito, com

(Badesc) e o Banco Regional de

empréstimos no valor máximo

Desenvolvimento do Extremo

de R$ 10 mil, e a linha Pro-Micro,

Sul (BRDE). Ambos operam com

que financia até R$ 100 mil.

recursos do Banco Nacional de

Voltado para o desenvolvimento

Desenvolvimento Econômico

regional, o BRDE destinou R$ 1,261

e Social (Bndes) e de outras

bilhão em investimentos para

fontes de financiamento.

Santa Catarina em 2008. A área

Com uma capacidade de

industrial recebeu 37,4%. O prazo

empréstimo de cerca de R$ 1

de pagamento é de até cinco anos,

bilhão, o Badesc investe em

com carência de até dois anos.

praticamente todos os setores

Programas especiais financiam

da economia catarinense, com

capital de giro para exportar. O governo do estado participa como agente fomentador

O governo de Santa Catarina instituiu a possibilidade de Parcerias Público-Privadas (PPPs) em 2005. A SC Parcerias tem como objetivo gerar investimentos no estado, tanto pelo regime de PPPs quanto da concessão convencional de serviços públicos. As prioridades são rodovias, portos, sistemas de água e esgoto e equipamentos destinados ao entretenimento, lazer e turismo.

por meio do Programa de Desenvolvimento da Empresa Catarinense – Prodec. Além de incentivos fiscais, o Prodec viabiliza investimentos por meio de Parcerias Público-Privadas (PPPs). 101


Rede catarinense

Inteligência para os negócios

Rede em expansão A infraestrutura de conhecimento se expande e ganha qualidade com a Rede Catarinense de Núcleos de Inovação Tecnológica (NITS), que fortalece laços entre instituições de pesquisa e setor produtivo. Tratase de parceria entre o Sistema Fiesc e outras instituições. A Rede NITS funcionará basicamente como um banco de dados. Os núcleos manterão atualizadas informações sobre as competências disponíveis, fazendo o mapeamento da produção científica e tecnológica dos centros de pesquisa. As empresas podem procurar o núcleo mais próximo, conferindo qual instituição desenvolve projetos que atendam suas necessidades. Para a formação da Rede serão implementados novos núcleos de inovação em centros de pesquisa, que irão se juntar aos 10 núcleos em funcionamento. A Rede contempla ainda a implementação de 10 núcleos em empresas, utilizando a metodologia Gestão da Inovação desenvolvida pelo IEL/SC.

Instituições de ensino, pesquisa e desenvolvimento são parceiras

Conhecimento

da indústria tradicional e base para novos empreendimentos.

102

O conhecimento é um fator-

ensino, institutos de pesquisa,

chave para a competitividade

incubadoras e parques

da indústria catarinense. As

tecnológicos atuam de forma

empresas que são líderes em seus

descentralizada, com agilidade

segmentos investem no domínio

e autonomia para atender a

completo da tecnologia de seus

demandas regionais e setoriais.

produtos e serviços por razões

A rede de apoio à indústria

estratégicas. Também investem

conta ainda com fornecedores

em capacitação de recursos

de serviços técnicos de alta

humanos, preparando-os para

qualidade, como uma rede

novas tecnologias e mudanças na

de metrologia composta por

organização da produção. Para

mais de 120 laboratórios.

tanto, contam com uma rede

A infraestrutura voltada

estruturada, capaz de atender

ao conhecimento permite

a exigências cada vez maiores.

à indústria catarinense se

Santa Catarina conta com uma

posicionar como uma das

rede articulada e bem preparada

mais inovadoras do país,

para geração e disseminação

tanto na indústria tradicional

de conhecimento, que presta

quanto propriamente na

serviços fundamentais ao

chamada nova indústria do

desenvolvimento econômico do

conhecimento, formada por

estado. Dentre suas principais

setores como informática,

características estão a parceria

telecomunicações e

com a indústria, com foco em

biotecnologia, que também se

suas demandas. Instituições de

destacam em Santa Catarina.

Traço cultural A cultura de geração de conhecimento para os negócios está na gênese de parte importante da indústria catarinense. As principais empresas do setor eletrometalmecânico do estado, por exemplo, desenvolveram-se contando com parceria de laboratórios universitários do estado desde os anos 60. Dos laboratórios saíram soluções para aumentar o rendimento de motores elétricos e compressores para refrigeração, que hoje geram a mesma quantidade de frio com apenas metade da energia em comparação há 20 anos. Os laboratórios do estado hoje detêm a mais avançada tecnologia em refrigeração no país, além de serem referência em desenvolvimento de produtos e processos na área de Engenharia Mecânica.

SAIBA MAIS As principais universidades catarinenses estão diretamente envolvidas com o setor produtivo. São parcerias que se dão em diferentes formatos, como formação de mão de obra via cursos de treinamento, especialização ou mestrado profissional, e o desenvolvimento ou melhoria de produtos, processos e serviços. É uma relação construída de forma progressiva, com a edificação de relações mútuas de confiança e projetos de longo prazo, com continuidade do trabalho conjunto.

Educação tecnológica e atividades de pesquisa e desenvolvimento: geração e difusão do conhecimento

Santa Catarina tem 36 incubadoras de empresas de base tecnológica (21 já em funcionamento e outras 15 em fase de implementação) e dois parques tecnológicos. As incubadoras são ligadas a instituições como universidades e centros tecnológicos e têm o objetivo de oferecer condições favoráveis ao desenvolvimento de empresas incipientes, geralmente formadas por egressos de cursos universitários, desenvolvedoras de tecnologia. Existem no estado cerca de 120 empresas incubadas, responsáveis por 6.000 empregos diretos e faturamento anual de R$ 65 milhões. Os parques tecnológicos reúnem condições especiais para abrigar empresas de tecnologia.

As áreas de comunicação, convergência digital e entretenimento são exemplos de grande potencial para o desenvolvimento de pesquisa em Santa Catarina. 103


Pesquisa e Desenvolvimento

Elo fundamental

Os 13 laboratórios do Senai realizaram mais de 25 mil horas de ensaios/mês para 1,3 mil empresas em 2008.

Vinculado à indústria e sensível a suas demandas, Senai/SC

Conhecimento

integra instituições e fornece soluções especializadas.

104

O Serviço Nacional de

em sintonia com as necessidades

Aprendizagem Industrial (Senai)

das empresas, a instituição mantém

de Santa Catarina, integrado

consultas técnicas periódicas com

ao Sistema Fiesc, é um elo

sindicatos e entidades ligadas a

fundamental na rede catarinense

esses setores. A intenção é que

voltada a ensino, pesquisa e

nunca esteja aquém das empresas:

desenvolvimento para a indústria.

ou está junto ou à frente em

O Senai atua em todas essas

termos de novos conhecimentos,

frentes, de maneira integrada.

para poder oferecer consultorias

Possui centros de tecnologia

que levem à inovação. Como atua

voltados aos setores industriais

em rede, todas as competências do

mais importantes do estado. Os

Senai são disseminadas em todas

centros servem como peças de

as regiões do estado, por meio de

apoio à formação profissional, ao

consultorias prestadas às empresas.

desenvolvimento tecnológico e

Em 2008, o total de serviços e

à prestação de serviços técnicos

soluções prestados pelo Senai/

às indústrias, como certificações

SC cresceu em 150%, e o número

e informações. Estão ligados

de empresas atendidas cresceu

a incubadoras de empresas e

mais de 50%. Entre os serviços

a projetos internacionais de

prestados estão desenvolvimento

pesquisa, desenvolvimento e

tecnológico, consultorias e

ensino, em parceria com algumas

assessorias em gestão empresarial,

das mais importantes universidades

produção e ambiental, serviços

e empresas do mundo.

laboratoriais, técnicos e de

Para que o trabalho do Senai esteja

inspeção e informação tecnológica.

As unidades do Senai/SC em todo o estado funcionam de forma encadeada. Na prática, isso facilita a transferência de know-how de uma unidade para outra e pode ajudar a despertar o potencial até então inexplorado. Isso significa que o Senai/SC contribui para que novos polos produtivos ou uma vocação econômica sejam desenvolvidos em mais de uma região do estado. É o que ocorre em Chapecó, em Itajaí e em Criciúma. No caso de Chapecó, no Oeste, cujo forte é a agroindústria, o polo moveleiro está em desenvolvimento com o surporte do Senai a partir do que é feito na unidade de São Bento do Sul, que tem atuação no setor de móveis. Em Itajaí o apoio se dá a partir do know-how de Joinville, que ajuda a expandir o setor de metalmecânica. Em Criciúma, tradicional polo cerâmico, cresce a indústria têxtil e do vestuário, amparada pelo Senai com base no trabalho da unidade de Blumenau.

Parcerias internacionais Um exemplo de parceria estratégica envolvendo instituições de ensino e pesquisa e empresas é o projeto Senai Design Futures. Resultado de uma parceria do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai/SC) com o instituto italiano Poli-Design, seu objetivo é aplicar a experiência italiana em desenvolvimento de design para criar móveis, calçados e peças em vestuário para o mercado brasileiro. O primeiro setor beneficiado é o moveleiro do município de São Bento do Sul, no Norte do estado. A parceria não se propõe a apenas transpor um modelo pronto, testado na Itália, mas sim introduzir o conceito de design estratégico entre as empresas do setor, para que a partir disso se desenvolva todo o processo de criação, lançamento e divulgação de um novo produto.

Centros de Tecnologia do Senai/SC

SAIBA MAIS O Senai/SC conta com 33 unidades, que priorizam as vocações econômicas de cada região e atuam nos segmentos alimentício, automotivo, eletromecânico, eletrônico, automação, informática, madeira e mobiliário, papel e celulose, couro e calçados, têxtil e vestuário, cerâmica, pesca, construção naval, construção civil e materiais.

Unidades do Senai/SC proporcionam atividades de pesquisa e serviços tecnológicos para apoiar o desenvolvimento da indústria

Blumenau Chapecó Joinville Jaraguá do Sul São Bento do Sul Criciúma Florianópolis

Centro de Tecnologia Têxtil Centro de Tecnologia em Alimentos Centro de Tecnologia em Metalmecânica Centro de Tecnologia em Eletroeletrônica Centro de Tecnologia em Móveis Centro de Tecnologia em Materiais Centro de Tecnolgia em Automação e Informática 105


Formação profissional

Aprendizado para o mercado Há em Santa Catarina oferta de pessoal formado com orientação

Conhecimento

às necessidades específicas das empresas atuantes no estado.

106

Uma das maiores vantagens

como a maior formadora de

competitivas da indústria

pessoal voltado à indústria

catarinense é poder contar

do estado. Em 2008 foram

com profissionais formados

registradas 77 mil matrículas

no próprio estado, de acordo

em todas as áreas de atuação.

com suas reais necessidades.

Em seus 55 anos de existência,

No ensino superior, as

foram registradas mais de

universidades Federal, do

1,5 milhão de matrículas. Os

Estado e instituições privadas

principais objetivos do Senai/SC

possuem cursos de graduação

são garantir empregabilidade

e pós-graduação alinhados

e qualidade da mão de obra.

com os principais segmentos

Para isso, oferece vários tipos

industriais catarinenses. É o

de cursos, com ênfase para

caso dos cursos de Engenharia

ações que proporcionem

Mecânica, Elétrica e de

experência prática e

Produção da Universidade

aproximem suas unidades

necessário para melhorá-

Federal, que se perfilam

de ensino com o mercado.

lo. As atividades de ensino

entre os melhores do país.

O modelo utilizado pelo Senai/

são associadas ao trabalho

Universidades regionais,

SC é baseado na educação por

de consultoria prestado às

com atuação no Sul, Vale do

competência – conhecer para

empresas. Ambos caminham

Itajaí, Norte, Planalto e Oeste,

fazer. A partir de atividades em

juntos na estratégia da

possuem cursos voltados às

grupo, os alunos relacionam

instituição de disseminar

vocações econômicas regionais.

o conteúdo à realidade do

conceitos de gestão,

Dentre as instituições de

mercado e são incentivados

inovação e desenvolvimento

ensino, o Senai/SC se destaca

a buscar o conhecimento

tecnológico.

Matrículas no Senai/SC (2008) Cursos de capacitação do Senai/SC: instituição é o principal centro de formação profissional do estado

Atuação internacional Quando uma das maiores multinacionais brasileiras, sediada em Santa Catarina, mudou seu sistema de gestão (ERP) o Senai/SC realizou cursos a distância sob medida para as necessidades da empresa. Foram 36 cursos via internet em 2008, que atingiram cerca de cinco mil funcionários em mais de 20 países, totalizando mais de 30 mil matrículas. Os cursos foram desenvolvidos em português, inglês e espanhol. Numa outra empreitada internacional, a unidade do Senai/SC de Blumenau foi contratada por uma grande construtora brasileira para a capacitação de profissionais em atividades básicas da construção civil em Angola, na África. O treinamento de carpinteiros, pedreiros e armadores de ferro foi ministrado a 500 quilômetros da capital Luanda.

Modalidade Aprendizagem industrial Qualificação profissional (presencial) Qualidade profissional (a distância) Ensino médio Cursos técnicos Superior de tecnologia Pós-graduação

Número de alunos 4.369 38.871 9.213 3.494 16.454 4.430 989

Entre os ambientes voltados à atividade educacional, o Senai/SC conta com 342 salas de aula, 326 laboratórios didáticos e 24 bibliotecas. 107


Exportações catarinenses

100 principais produtos

Alimentos

Preparações alimentícias e conservas, de galos, galinhas

Madeira de coníferas, serrada/cortada em fls. etc. esp.>6mm

Preparações alimentícias e conservas, de peru

Outs. mad. comp. folheada, espess. ñ sup. a 6mm Outras obras de madeira

Aparelhos p/cozinhar/aquecer, de ferro, etc. combustív. gás

Carcaças e meias-carcaças de suíno, congeladas

Outras obras de marcenaria ou outs. papéis/ cartões

Bombas volumétr. rotativas, vazão<=300l/min. de engrenagem

Carnes de galos/galinhas, ñ/cortadas em pedaços, congel.

Papel/cartão “kraftliner”, p/cobertura, crus, em rolos/fls.

Bananas frescas ou secas

Carnes de outs. animais, salgadas, secas, etc. Carnes de peruas/perus, em pedacos e miudezas, congeladas

Autopeças Blocos de cilindros, cabeçotes, etc. p/motores diesel/semi

Carnes desossadas de bovino, congeladas

Carroçarias p/veíc. automov. transp.>=10 pessoas ou p/carga

Dextrina e outros amidos e féculas modificados

Cilindros/cabeçotes/cárteres, p/compressores

Enchidos de carne, miudezas, sangue, suas prepars. aliments. Maçãs frescas

Outs. freios e partes, p/tratores/veícs. auts.

Milho em grão, exceto para semeadura

Partes de apars. disposit. elétr. ignição, etc. p/ motor expl.

Misturas util. matéria básica p/inds. alimentar/de bebidas

Partes de máqs. e apars. agrícolas, etc. p/ prepar. do solo

Óleo de soja, em bruto, mesmo degomado

Virabrequins (cambotas)

Óleo de soja, refinado, em recipientes com capacidade>5l

Base florestal

Outros grãos de soja, mesmo triturados Outras miudezas comestíveis de suíno, congeladas Outros sucos de maçã Outros tipos de mate Pedaços e miudezas, comest. de galos/ galinhas, congelados

Armações e cabos, de madeira, de ferramentas, escovas, etc.

Molduras de madeira, p/quadros, fotografias, espelhos, etc. Madeira de coníferas, perfilada

Móveis de madeira p/cozinhas

Corr. altern. monof. 37.5W<p<=15kW< td>

Partes de outros motores/geradores/grupos eletrog. etc.

Outros móveis de madeira

Conversores eletrônicos de freq. p/var. vel. motor elétr.

Partes de turbinas e rodas hidráulicas, incl. reguladores

Congeladores (freezers) tipo armário, capacidade<=900l

Refrigeradores combin. c/congeladores, porta ext. separada

Kraft, crus, p<=150g/m2, em rolos/fls.

Congeladores (freezers) tipo cofre, capacidade<=800l

Sacos de papel ou cartão, cuja largura da base>=40cm

Refrigeradores de compressão, de uso doméstico

Geradores de corrente alternada, pot.> 750 kVa

Transformador de dielétrico líquido, pot>10.000 kVa

Papel kraft p/sacos de gde. capacidade, cru, em rolos/fls. Portas, respect. caixilhos, alizares e soleiras, de madeira

Instrumentos e apars. automat. p/controle velocid. motores

Cerâmica Louças/outs. artigos, uso doméstico, etc. de outs. cerâmicas Outros ladrilhos, etc. de cerâmica, vidrados, esmaltados Outros ladrilhos, etc. de cerâmica, ñ/vidrados, ñ/ esmaltad.

Fumo

Carpintaria, p/construções Mad. comp. face d/mad. ñ coníf, espessura<6mm

Outras partes de compressores de ar/outros gases

Móveis

Móveis de madeira p/escritórios

Outras carnes de suíno, congeladas Outras gelatinas e seus derivados

Outs. máquinas e apars. p/empacotar/ embalar mercadorias

Outras partes de refrigeradores, congeladores, etc.

Outras partes e acess. p/tratores e veículos automóveis

Óleo de soja, refinado, em recipientes com capacidade<=5l

108

Máquinas e equipamentos elétricos

Máqs. p/limpeza, seleção, etc.de grãos, prods. hortic. secos

Motor elétr. corr. altern. trif. 750w<p<=75 kW, rotor td gaiola<>

Lamin. ferro/aço, l>=6dm, galvan. outro proc. e<4.75mm

Motor elétr. corr. altern. trif. 7.500 kW<pot.<=30.000 kW< td>

Partes de torneiras, outs. dispositiv. p/ canalizações, etc.

Motor elétr. corr. altern. trif.37.5W<p<=750w, rotor td gaiola<>

Prods. semimanufat. de lamin. ferro/aço, a frio, l>=6dm, em outras obras de ferro ou aço

Desperdícios de fumo

Outros motores elétr. de equip. p/refr./ar-cond. cap=<30.000 frigorias/h

Fumo ñ/manuf. total/parc. destal. fls. secas, etc. virgínia

Outs. interruptores, etc. de circuitos elétr. p/ tensão<=1kV

Fumo ñ/manuf. total/parc. destal. fls. secas, tipo “burley”

Outros instrumentos e aparelhos p/ odontologia

Para fazer negócios em Santa Catarina, contate a FIESC >

www.fiescnet.com.br/cin

Têxtil e vestuário Camisetas “t-shirts”, etc. de malha de algodão Fitas de fibras sintéticas ou artificiais

Metalurgia e produtos de metal Ferro/aço, ñ/ligados, carbono>=0.25%

Outs. partes de bombas p/líquidos

Partes p/móveis, de madeira

Roupas de toucador/cozinha, de tecidos atoalh. de algodão

Motocompressor hermético, capacidade<4.700 frigorias/hora

Outras bombas volumétricas rotativas

Móveis de madeira p/quartos de dormir

Outros tubos de ferro/aço ñ/lig. sold. sec. circ. Outros acessórios p/tubos moldados de ferro fundido, etc.

Outros Couros/peles, bovinos, prepars. divid. c/a flor Energia elétrica Granito talhado ou serrado, de superfície plana ou lisa Iodetos de potássio Iodatos de cálcio Outros acessórios para tubos, de plásticos Partes superiores de calçados e seus componentes

Outs. parafusos/pinos/pernos, de ferro fundido/ferro/aço Rolos, 1mm<e<3mm< td>

business@fiescnet.com.br

(48) 3231 4651

Fonte: MDIC

109


Editor: Vladimir Brandão Diretor de arte: Luiz Acácio de Souza Editor de arte: João Henrique Moço Secretário de redação: Sérgio Ribeiro Repórteres: Alexandre Gonçalves, Carla Pessotto e Diógenes Fischer. Pesquisa: Rodrigo Coutinho Capa: Jaison Henicka (Divisão de Comunicação e Marketing Fiesc) Mapas: Fábio Nienow e Lucas Ferreyra (ícones) Fotos: Fiesc, Tempo Editorial (págs. 4 -, 5 - alto, 12, 13, 20, 24, 27, 79 - alto, 89 - esq., 94, 97, 99 – alto à dir. e 100), Expressão (págs.16, 25, 26, 57, 79 – abaixo à dir., 83 – centro e 103), Divulgação (págs. 36, 37, 39 - abaixo, 42 - alto, 54, 55, 71 – alto e 99 – alto à esq. e abaixo), Markito (p. 17), Zé Paiva (p.27 - abaixo), Mauro Isaque Vaz / Prefeitura Municipal de Florianópolis (p. 63), Marcelo Martins/ Prefeitura Municipal de Blumenau (p.66), Mauro Artur Schliek/ Prefeitura Municipal de Joinville (p.70), Antônio Vieira/ Prefeitura Municipal de Lages (p.74), Prefeitura Municipal de Chapecó (p. 82), APL/Codesp (p. 89 – dir.), Assessoria de imprensa DNIT (p. 94).

Produção: w w w. e x p r e s s a o . c o m . b r

.


Sistema Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina Rodovia Admar Gonzaga, 2.765 - Itacorubi Florianópolis/SC - CEP 88034-001 Fone: (48) 3231 4651 business@fiescnet.com.br

w w w. f i e s c n e t . c o m . b r


Indústria, parcerias e oportunidades de investimento FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DE SANTA CATARINA FIESC A Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (FIESC) é a entidade que representa o setor responsável por praticamente 34% do Produto Interno Bruto do estado. É filiada à Confederação Nacional da Indústria (CNI) e tem como principais objetivos o incremento de competitividade nos segmentos industriais já estabelecidos, estímulo ao surgimento de novos empreendimentos industriais, infraestrutura para o desenvolvimento sustentável e fortalecimento da representatividade industrial e sindical patronal. Estão filiados à FIESC 131 sindicatos de indústrias, incluindo segmentos como os de alimentos e bebidas, cerâmico, têxtil e vestuário, metalmecânico, de madeira e mobiliário, de informática, de calçados, de plásticos, de papel e celulose, de extração mineral, gráfico, de material elétrico, químico e de construção civil. A indústria catarinense perfaz um total de 35 mil estabelecimentos industriais, que empregam 645 mil trabalhadores.

Sistema

FIESC

Indústria, parcerias e oportunidades de investimento

FIESC CIESC SESI SENAI IEL


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