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IndĂşstria, parcerias e oportunidades de investimento
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Brasil
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Santa Catarina 95
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IndĂşstria, parcerias e oportunidades de investimento
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IndĂşstria, parcerias e oportunidades de investimento
santa catarina/brasil
Brasil
Santa Catarina
Editorial
Santa Catarina é uma terra de empreendedores, de
empresas dos mais variados setores são capazes de atender
homens de negócios. Talvez a melhor tradução dessa vocação seja a sua indústria, construída ao longo de mais
rapidamente a pedidos com as mais distintas características, com padrão de qualidade garantido. As empresas também
de um século de trabalho de gente visionária e talentosa.
souberam se antecipar ao mercado, adotando políticas de
A indústria ajudou a conformar um estado brasileiro que
inovação, pesquisa e desenvolvimento que se traduzem em
se destaca dos demais pela alta qualidade de vida que oferece aos seus cidadãos. Além de gente qualificada
novos produtos e processos industriais, surpreendendo seus clientes mundo afora. Essas mesmas empresas perceberam
que trabalha nessa direção em todas as áreas, o estado possui dotes naturais peculiares: é privilegiado por uma
que o conhecimento é o grande ativo da economia contemporânea, e investem no domínio de tecnologias que
natureza exuberante, um ativo do maior valor no mundo
lhes permitem explorar os pontos de maior valor agregado
contemporâneo. São esses fatores que tornam Santa Catarina um dos melhores lugares do Brasil – e certamente do
de diversas cadeias produtivas. Por fim, a indústria assumiu plenamente suas responsabilidades, produzindo em
mundo – para se viver e se fazer negócios. É esse estado que queremos mostrar nesta publicação, com ênfase para a sua
harmonia com o meio ambiente e com a sociedade.
indústria e as oportunidades de negócios por ela geradas.
Em síntese, Santa Catarina possui uma indústria de categoria mundial, perfeitamente integrada às mais exigentes cadeias produtivas globais. Essa indústria é apoiada por uma eficiente infraestrutura e por uma consistente rede de geração e difusão de conhecimento. Organizados espacialmente em polos especializados nas diferentes regiões do estado, alguns setores industriais catarinenses formam hubs e clusters que estão entre os mais importantes do mundo. Muitos desses setores estão se replicando em outras regiões, ao mesmo tempo em que novos segmentos industriais se desenvolvem no estado, aproveitando as sinergias existentes. Tudo isso se traduz em inúmeras oportunidades de negócios. Nosso objetivo é realizá-las, e esperamos que este guia sirva de apoio.
Graças à qualidade de suas empresas, com forte vocação exportadora, Santa Catarina goza de alta reputação no mundo dos negócios. E vive um momento especial de novas parcerias comerciais, desenvolvendo mercados em países com os quais jamais negociara. A indústria que nossos tradicionais e novos parceiros irão ver retratada neste guia está preparada para atender às exigências impostas por um mundo cada vez mais competitivo e globalizado. Para fornecer aos mais diversos mercados, o parque industrial catarinense se reorganizou e apresenta-se hoje extremamente flexível. Com tecnologia e pessoal qualificado,
Alcantaro Corrêa Presidente do Sistema FIESC
Grande Florianópolis ........................................................ 60
Economia ............................................................................. 8
Norte .................................................................................. 64
Dados gerais . .................................................................... 10
Oeste . ................................................................................ 68 Planalto Serrano ............................................................... 72 Sul ...................................................................................... 76 Vale do Itajaí ..................................................................... 80
Economia ........................................................................... 12 História .............................................................................. 18 Gente ................................................................................. 20
Portos . ............................................................................... 84
Qualidade de vida . ........................................................... 22 Aspectos físicos ................................................................. 26
Perfil . ................................................................................. 30
Aeroportos ........................................................................ 90
Infraestrutura
Santa Catarina
Sumário
Regiões
Brasil
Dados gerais . ...................................................................... 6
Mapa - dados gerais ......................................................... 92 Rodovias ............................................................................ 94 Ferrovias ............................................................................ 96 Energia . ............................................................................. 98
Alimentos .......................................................................... 40
Comunicações ................................................................. 100
Autopeças e veículos ........................................................ 42
Crédito ............................................................................. 101
Cerâmica ............................................................................ 46 Máquinas e equipamentos . ............................................. 48 Metalurgia e produtos de metal . .................................... 50 Móveis ............................................................................... 52 Plásticos ............................................................................. 54
Conhecimento
Indústria
Base florestal . ................................................................... 44
Rede catarinense . ........................................................... 102 Pesquisa e Desenvolvimento ......................................... 104 Formação profissional .................................................... 106
Tecnologia ......................................................................... 56 Têxtil e confecções . .......................................................... 58 4
Principais produtos exportados
............................ 108 5
Dados Gerais
Venezuela
Guiana Suriname
Colômbia
O Brasil é o quinto maior país do mundo em
Guiana Francesa
Segundo a Organização das Nações Unidas o Brasil é considerado
extensão territorial. O território apresenta
uma nação com Alto Índice de Desenvolvimento Humano.
características distintas de clima, vegetação, ocupação e exploração econômica. A floresta amazônica, ao norte, ocupa quase
Equador
metade do território nacional. Existem seis diferentes biomas no país. Distribuída pelo território está a maior bacia hidrográfica do mundo, que contém cerca de 12% de toda a água doce do planeta. O litoral,
Brasil
voltado ao Oceano Atlântico, se estende Nos últimos anos o país obteve notável desenvolvimento econômico e social. Sua economia situa-se entre as 10 maiores do mundo. O aumento da qualidade de
PERFIL
vida da população
Nome oficial: República Federativa do Brasil. Data nacional: 7 de setembro. Capital: Brasília. Hora local: -3 em relação a Greenwich (Brasília). Governo: República presidencialista. Divisão administrativa: 26 estados e 1 Distrito Federal. Moeda: real (R$). Climas: equatorial, tropical, tropical de altitude, tropical atlântico, subtropical, semi-árido. Maiores cidades: São Paulo (18 milhões de habitantes – aglomeração urbana), Rio de Janeiro (11,2 milhões – aglomeração urbana),
coloca o país entre os de alto desenvolvimento humano. A população brasileira é a quinta maior da Terra. É formada pela miscigenação entre brancos, negros, asiáticos e índios. A maioria da população é jovem, enquanto a expectativa de vida é de 73,5 anos. 6
Peru
entre os extremos sul e norte do Brasil.
Bolívia
SAIBA MAIS O Brasil possui a maior diversidade biológica do mundo, espalhada nos biomas Amazônia (49% da área do país), Cerrado (24%), Mata Atlântica (13%), Caatinga (10%), Pampa (2%) e Pantanal (2%). As áreas de conservação equivalem a 9% do território nacional. A manutenção dessas áreas, aliada à redução das emissões de carbono, colabora para a manutenção do ciclo de chuvas do planeta e a conservação da biodiversidade.
Paraguai
BRASIL Chile
População: 191 milhões de habitantes Território: 8.514.877 km2 Litoral: 11 mil km de costa
Oceano Atlântico
Argentina
Fronteiras: com 10 países PIB: US$ 1,57 trilhão (2008)
Uruguai
Salvador (2,7 milhões), Fortaleza (2,4 milhões) e Belo Horizonte (2,4 milhões). Nacionalidade: brasileira. Idioma oficial: português. Religião predominante: cristianismo (católicos, 73,6% da população; protestantes, 15,4%; outros, 1,6%). Grupos étnicos: brancos (49,9%), pardos (43,2%), negros (6,3%), amarelos (0,7%). População economicamente ativa: 97,5 milhões. Computadores instalados: 50 milhões. Internautas: 40 milhões. Telefonia celular: 150 milhões de assinantes. Telefonia fixa: 41 milhões de assinantes. 7
Economia
Um país em crescimento
Nos últimos anos as exportações brasileiras cresceram o dobro das exportações mundiais, com a ajuda de novos mercados da África, do Oriente Médio e da Ásia.
Estabilidade econômica e institucional aliada à
8
Energia limpa
O Brasil é um país que
o crescimento da classe média.
combina estabilidade,
Correspondente a cerca
crescimento e conhecimento.
de metade da população,
Ao conquistar estabilidade
ela se configura num dos
econômica e institucional o
mais robustos mercados
país pavimentou o terreno
consumidores do mundo.
para o crescimento econômico.
O sistema produtivo brasileiro
A inflação é estabilizada em
é um importante alicerce
um patamar de 5% ao ano.
para a sustentabilidade do
O sistema financeiro é sólido.
crescimento econômico. O
O Brasil segue as normas
país possui polos industriais
da Organização Mundial
avançados em vários setores
do Comércio. O ambiente
e regiões. É o sétimo maior
institucional oferece segurança,
produtor de automóveis do
e o país recebeu o grau de
mundo e o quarto maior
investimento das principais
de aeronaves. A indústria
em agronegócio, indústria
agências internacionais
é diversificada e espalhada
aeronáutica, prospecção de
de avaliação de risco. Em
pelo território. O país é líder
petróleo em águas profundas,
poucos anos os investimentos
mundial em exportação
telecomunicações, desenho
estrangeiros triplicaram. A
de commodities agrícolas
de software e biotecnologia,
taxa média de crescimento
e ferro. Em todas as áreas
incluindo o desenvolvimento
do Produto Interno Bruto foi
há centros de excelência
de biocombustíveis. Ocupa
próxima a 5% entre 2004 e
em formação profissional e
a 17ª posição no ranking
2008. Isso, aliado a uma melhor
pesquisa e desenvolvimento.
de países com produção
distribuição da renda, permitiu
O Brasil é referência global
científica relevante.
A matriz energética brasileira é tida como a mais limpa e renovável do mundo. Cerca de 44% da energia brasileira provém de fontes renováveis, enquanto a média mundial é de 14%. No caso da energia elétrica, 73% é proveniente de fontes hídricas. Em biocombustíveis o destaque é o etanol (30 bilhões de litros anuais). A fonte do combustível é a cana-de-açúcar, produzida principalmente nas regiões Sudeste e Sul. O país é líder na exploração de petróleo e gás em águas profundas.
Composição do PIB do Brasil Indústria
28% Serviços
65,3% Agropecuária SAIBA MAIS O Brasil é o maior exportador mundial de café, soja, suco de laranja, carne bovina, açúcar e etanol. Possui 90 milhões de hectares em terras agricultáveis não utilizadas. No total, são quase 400 milhões de hectares de terras férteis e de alta produtividade. Suas cadeias de produção agroindustrial estão entre as mais consistentes do planeta, incluindo forte atuação na área de pesquisa e desenvolvimento.
6,7%
Fontes: IBGE/FIESP
Brasil
competência empresarial produz ganhos.
Na condição de grande país emergente, o Brasil já era um dos mais atraentes destinos para investimentos do planeta. Após a crise financeira global, essa condição se tornou ainda mais evidente. Um dos motivos é o sistema financeiro sólido, que passou praticamente incólume ao forte abalo sofrido por bancos ao redor do mundo. O país também mostrou ser um dos menos suscetíveis à diminuição da atividade econômica, sofrendo bem menos que os países considerados desenvolvidos e outros emergentes. O terreno para investimentos é fértil. Um programa do governo federal para impulsionar a economia envolve investimentos de mais de US$ 400 bilhões em infraestrutura logística, energia e na área social. 9
Santa Catarina
Dados gerais
Santa Catarina é um pequeno
e com maior potencial de
estado brasileiro, considerando-
consumo. Sua área territorial
se a extensão territorial e a
é a sétima menor do país,
população. Ainda assim, suas
porém o consumo per capita
dimensões são semelhantes
catarinense é o sétimo maior
às de países como Irlanda,
dentre as 27 unidades da
Portugal, Áustria e Hungria.
Federação. A cultura de seu
O número de habitantes
povo é empreendedora:
é superior ao da Noruega
há uma empresa aberta
ou da Nova Zelândia.
no estado, em média, para
O estado é um território
cada 40 habitantes.
propício à realização de
Em comparação com os demais
negócios. Sua posição
estados, Santa Catarina
geográfica é privilegiada.
destaca-se na maioria dos
Encontra-se no centro das
indicadores socioeconômicos.
regiões de maior desempenho
A renda per capita é a quarta
econômico do país, e sua
maior do Brasil, e o Índice de
posição em relação ao Mercosul
Desenvolvimento Humano
é estratégica. Apesar de
(IDH) é o segundo maior. Os
contar com apenas 3,2% da
índices de escolaridade e saúde
população brasileira, é um
da população estão entre
dos estados mais dinâmicos
os mais elevados do país.
Distâncias a partir da capital Florianópolis (em km) São Paulo Rio de Janeiro Brasília Assunção (Paraguai) Montevidéu (Uruguai) Buenos Aires (Argentina) 10
705 1.144 1.673 1.350 1.360 1.850
Santa Catarina não possui grandes municípios, o que contribui para a
Paraguai
qualidade de vida da população e melhor distribuição regional da riqueza.
Principais municípios (mil habitantes - 2008) Joinville Florianópolis Blumenau São José Criciúma Chapecó Lages Itajaí
492,1 402,3 296,1 199,3 187,0 171,8 167,0 169,9
Argentina
Fonte: IBGE
BRASIL
Perfil Capital: Florianópolis. Habitante: catarinense. Hora local: -3 em relação a Greenwich (mesma de Brasília). Clima: subtropical. Área em relação ao Brasil: 1,1% População em relação ao Brasil: 3,2%. População economicamente ativa: 3,5 milhões. Densidade: 62,5 hab./km2. Domicílios: 1,8 milhão. População urbana: 83%. Portos: Itajaí, São Francisco do Sul, Imbituba, Navegantes, Laguna. Aeródromos: 52. Principais aeroportos: Florianópolis, Navegantes e Joinville. Frota de automóveis: 3 milhões. Telefonia fixa: 1,6 milhão de linhas. Celulares: 5,1 milhões (2008). Consumo de energia: 17.747 GWh (2008).
População: 6 milhões de habitantes Território: 95.442 km2 Litoral: 561 km de costa
Uruguai
Oceano Atlântico
Municípios: 293 PIB: US$ 60 bilhões (2008)
11
Economia
Estado de diversidade
Santa Catarina é o maior produtor brasileiro de maçã, cebola, pescados, suínos e moluscos, e o segundo em aves, arroz e fumo.
Na geografia, na cultura e na economia características distintas que
Santa Catarina
se entrecruzam conferem a Santa Catarina uma riqueza peculiar.
12
Participação setorial no PIB
O conceito de diversidade aplica-
uma boa parte dos habitantes
se a Santa Catarina em todos os
fala ao menos duas línguas. As
sentidos. O seu litoral é um dos
diversas fases de colonização
mais cobiçados destinos turísticos
do território permitiram o
do Mercosul. Em contraste com
estabelecimento de portugueses,
as centenas de praias, na Serra
alemães, italianos, poloneses
ocorrem as temperaturas mais
e outros imigrantes, cada qual
baixas do país e é onde mais neva.
conferindo características
O turismo é tradicionalmente
socioeconômicas peculiares às
desenvolvido nessas regiões, e mais
principais regiões do estado.
recentemente estabeleceu-se uma
Tudo isso se reflete na economia,
vigorosa vitivinicultura baseada
uma das mais diversificadas,
em castas de uvas europeias. As
dinâmicas e consistentes do
quatro estações do ano são bem
país. Santa Catarina é um dos
definidas no estado, ao contrário
principais polos turísticos do Brasil.
do que ocorre na maior parte do
O parque industrial é o quarto
país, sujeito ao calor escaldante
maior do país. A agricultura,
na maior parte do ano.
presente em praticamente todo
A diversidade cultural também é
o estado, é baseada no modelo
notória no estado. A formação do
de minifúndios, o que permite
povo catarinense é resultado da
a manutenção da população
mescla de imigrantes europeus,
no meio rural. O estado é um
negros e índios. Há apenas um
dos maiores produtores de
século falava-se cinco idiomas
alimentos do Brasil, apesar
diferentes no estado, e hoje
do pequeno território.
Comércio e serviços
Indústria
58,7%
34,4%
Balneário Camboriú
Opções no turismo
Pequenos e integrados
O melhor destino turístico do Brasil: Santa Catarina é frequentemente assim classificada por publicações especializadas. A diversidade de opções é o ponto forte. O magnífico litoral possui algumas das praias mais badaladas do Brasil. No interior pratica-se turismo de aventura, ecoturismo, turismo religioso, rural e de inverno. Há diversos roteiros gastronômicos, e o mês de outubro é repleto de festas, como a Oktoberfest, de Blumenau. Em 2009 o World Travel & Tourism Council, entidade que reúne as principais empresas mundiais do setor, realizou seu encontro anual na capital Florianópolis.
O território catarinense teve um modelo de ocupação baseado em pequenas propriedades familiares, 90% delas com tamanho inferior a 50 hectares. A característica mais marcante é a diversificação de atividades, o que inclui várias culturas de alimentos, fumo, reflorestamento e criação de animais, com destaque para suínos e frangos. Devido ao relevo acidentado, a viabilidade das propriedades exigiu o uso de tecnologia intensiva. Como resultado, pequenos agricultores catarinenses fazem parte de cadeias de fornecimento globais da agroindústria. Há no estado cerca de 190 mil propriedades rurais.
Produção agrícola Principais produtos Alho Arroz Banana Cebola Fumo Maçã Milho Trigo Produtos da silvicultura (*) (*) Inclui madeira em tora e lenha, em 2007.
Agropecuária
6,9%
Fonte: IBGE/FIESC Dados de 2006
Produção animal Mil toneladas 14,2 1.041,5 670,2 377,0 221,3 586,3 3.371,0 323,6 21,3 milhões m3
% do total nacional 15,5 8,4 8,6 29,1 27,1 50,2 7,0 5,6 21,2
Principais produtos
Frangos* Suínos* Leite Peixes (extração marinha) Crustáceos (extr. marinha) Moluscos (aquicultura) Dados de 2007.
Quantidade
% do total nacional
893 milhões (cabeças abatidas) 8,4 milhões (cabeças abatidas) 1,9 bilhão de litros 120,2 mil toneladas 5,9 mil toneladas 14,7 mil toneladas
20,6 25,2 7,1 26,2 10,5 95,1
(*) Dados de 2008. Fonte: Epagri/CEPA, IBGE, Abipecs, Embrapa, UBA/ABEF, Ibama, Fiesc
Fonte: IBGE/Fiesc
13
Economia
Polos industriais, conexões globais
Santa Catarina conta com cerca de 29 mil indústrias de transformação, que empregam aproximadamente meio milhão de pessoas
Com forte especialização setorial, Santa Catarina é um dos
Santa Catarina 14
conexão com o mundo. A
Santa Catarina contam com
economia do estado sempre
agrupamentos de empresas
foi aberta. Um dos motivos é o
industriais de forte adensamento,
pequeno mercado interno, que
implicando em especializações
obrigou suas empresas a buscar
setoriais. Assim, as principais
negócios em locais cada vez
regiões se apresentam como
mais distantes. Outro fator é a
clusters industriais, repletas
colonização europeia, sobretudo
de sinergias e vantagens
alemã e italiana nas regiões mais
competitivas que as tornam
industrializadas, que proporciona
atraentes para investimentos.
ligações culturais com o exterior.
As cadeias produtivas são
As exportações cresceram graças a
formadas pelas indústrias,
um parque industrial moderno e
fornecedores de matérias-primas,
flexível, capaz de se adaptar com
de equipamentos e de serviços.
agilidade às diferentes exigências.
Investem constantemente
A resultante é que o estado se
em atualização tecnológica e
apresenta como um elo do mundo
pesquisa e desenvolvimento.
globalizado. Seus produtos ganham
O conhecimento acumulado
o planeta por meio das exportações,
nos polos industriais permite
realizadas para mais de 190 países.
que setores como os de
Empresas regionais avançam
máquinas e de confecções se
para se tornarem multinacionais
espalhem por todo o estado.
e grupos estrangeiros
As concentrações industriais
encontram oportunidades de
catarinenses estão em ativa
investimento no estado.
manufaturados, enquanto a média nacional é de cerca de 50%.
Ligações oceânicas
principais exportadores de produtos industrializados do Brasil. As diversas regiões de
Cerca de 60% das exportações catarinenses são de produtos
Polos industriais Alimentos
Principais produtos
Carne suína e de aves e alimentos industrializados Eletrometalmecânica Motores, geradores, transformadores, compressores, eletrodomésticos de linha branca e autopeças Base florestal Papel, celulose, móveis e madeira beneficiada Têxtil e vestuário Tecidos, confecções e artigos de cama, mesa e banho Cerâmica Pisos, azulejos e porcelanatos Tecnologia Sistemas de gestão, ERP e automação
Região predominante Oeste Nordeste
A localização de Santa Catarina é um de seus maiores atrativos econômicos, pois está no meio do caminho entre os dois maiores mercados da América do Sul: São Paulo e Buenos Aires. Sua principal ligação com o mundo, entretanto, é o oceano. O conjunto de cinco portos está entre os mais eficientes do Brasil e passa por um grande processo de ampliação e modernização, com investimentos públicos e principalmente privados. A atratividade dos portos não se resume aos custos competitivos e à qualidade dos serviços: a vocação exportadora do estado faz com que haja em seus portos linhas disponíveis para todos os mercados, capazes de transportar qualquer tipo de produto.
Planalto Serrano e Norte Vale do Itajaí Sul Florianópolis
Navio atracado no Porto de Itajaí: o terminal é o segundo maior do país em movimentação de contêineres e está sendo ampliado
A oportunidade logística e a existência de clusters e hubs são fatores decisivos para a instalação de novas indústrias em Santa Catarina. Há ainda incentivos fiscais oferecidos pelo governo do estado, diferenciados em relação a outras Unidades da Federação. O Programa de Desenvolvimento da Empresa Catarinense (Prodec) incentiva a implantação e expansão de empreendimentos no estado, concedendo prazo para a empresa recolher até 75% do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Em municípios de baixo IDH ou para fabricação de produtos inexistentes no estado, o benefício pode chegar a 90%. O pagamento se inicia após quatro anos, a juros de 3% a 4% ao ano, e a empresa tem entre 120 e 300 meses para usufruir do incentivo, ou até atingir o valor do investimento em ativo fixo realizado. O Programa Pró-Emprego visa incentivar o comércio exterior, por meio dos portos, aeroportos e pontos de fronteira alfandegados do estado. Seus mecanismos incluem postergar o recolhimento de ICMS na compra de matérias-primas para a etapa seguinte de produção industrial e isenção do imposto para bens destinados a ativo fixo sem similar produzido no estado, entre outros benefícios. 15
Economia
O valor do conhecimento
A produção científica brasileira cresceu 56% em 2008, ano em que foram publicados mais de 30 mil artigos em periódicos científicos qualificados.
Tecnologia, pesquisa e inovação são bases da indústria tradicional,
Santa Catarina
da agropecuária e de segmentos emergentes em Santa Catarina
16
A economia catarinense é
tecnologia, com valor agregado
assentada no conhecimento. Nos
acima da média na maior parte
setores em que é fortemente
dos produtos agropecuários.
especializada, a indústria é
O conhecimento sustenta a
detentora de tecnologia de
emergência de novas atividades.
ponta e se ocupa em gerar
Uma delas é a indústria de base
novos conhecimentos, que se
tecnológica, que floresceu no
convertem em grande número
final do século XX. Apoiada
de inovações e consequentes
em boa formação de recursos
ganhos de competitividade.
humanos, incubadoras e parques
Setores industriais tradicionais
tecnológicos, o setor congrega mais
estão inseridos nos fluxos de
de 1.600 empresas e movimenta
comércio global. Para se manter e
cerca de US$ 1,5 bilhão. A pesquisa
avançar nessa condição a indústria
e o desenvolvimento também
conta com o apoio e parcerias
viabilizaram os segmentos de
de instituições científicas, de
vinhos finos e de maricultura no
pesquisa e de ensino disponíveis
estado. Santa Catarina é o maior
no próprio estado, em sintonia
produtor brasileiro de ostras e
com as suas demandas.
mariscos. As ostras cultivadas são
Na área rural, o conhecimento é
exóticas, da variedade Crassostrea
crucial para o sucesso. O terreno
gigas, naturais do Oceano
acidentado, de difícil manejo, e
Pacífico. O sucesso na adaptação
a predominância de pequenas
às condições locais deve-se ao
propriedades familiares exigiram a
trabalho conjunto de universidades,
prática de uma agricultura de alta
instituições de pesquisa e empresas.
150
100
50
0
Indústria de alta tecnologia: emergente em Santa Catarina, setor já contribui com mais impostos do que o turismo em Florianópolis
O Brasil tem um conjunto de leis que facilitam e incentivam a inovação. A Lei da Inovação facilita as parcerias entre o setor produtivo e instituições de pesquisa e a Lei do Bem permite a compra de máquinas e equipamentos e viabiliza investimentos em pesquisa e desenvolvimento. Um dos mecanismos mais importantes das leis é a subvenção econômica, que permite a aplicação de recursos públicos não reembolsáveis diretamente nas empresas. Santa Catarina também possui a sua própria Lei de Inovação, que prevê a aplicação de 2% da receita líquida do estado em pesquisa e desenvolvimento, e também permite a participação do estado em fundos de aval, garantia e investimentos. A lei prevê a criação do Sistema Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação de Santa Catarina, para desenvolver políticas públicas para o setor.
Vinhos finos A vitivinicultura é uma atividade tradicional em Santa Catarina, iniciada pelos imigrantes italianos que chegaram no século XIX. Ela, porém, se sofisticou radicalmente nos últimos anos. Antes a viticultura era restrita a uvas americanas, menos valorizadas, adequadas à produção de vinhos de mesa. Recentemente se passou a cultivar, com sucesso, uvas europeias, como Merlot, Pinot Noir, Cabernet Sauvignon, Tempranillo e Tannat, especialmente no Planalto Serrano. A produção de novas uvas e vinhos nas regiões de altitude foi viabilizada por anos de pesquisa e desenvolvimento no estado. 17
História
Trajetória singular Estado foi colonizado tardiamente e teve desenvolvimento
Santa Catarina
econômico distinto das demais regiões do país.
18
Povoamentos e colônias 1658-1684
Início do povoamento do litoral com assentamentos portugueses: São Francisco, Desterro e Laguna.
1748-1756
Chegada de imigrantes das ilhas dos Açores e Madeira para ocupação do litoral.
1818-1847
Vários pequenos movimentos migratórios da Europa. Em 1829 é fundada, por alemães de Bremen, a primeira colônia europeia, em São Pedro de Alcântara. Em 1836 é fundada a Nova Itália, atual São João Batista, por colonos da Ilha da Sardenha.
Navegadores portugueses
mais tarde, em meados do
chegaram ao Brasil em 1500,
século XVIII, quando Portugal
se apossando de imenso
assinou novo tratado com a
território. O litoral catarinense
Espanha e passou a ocupar
foi explorado por expedições
terras a oeste de Tordesilhas,
no início do século XVI, e em
houve novo fôlego de
1532 a Ilha dos Patos (atual
colonização no Sul do país.
Florianópolis) passou a se
Nesse período, imigrantes
chamar Santa Catarina. Nessa
das ilhas dos Açores e da
época o interior não era
Madeira se estabeleceram no
domínio português devido
litoral catarinense. Os colonos
ao Tratado de Tordesilhas,
desenvolveram uma economia
Foi o período das grandes
assinado entre Portugal
de subsistência, baseada
colonizações no Sul, quando
e Espanha em 1494 para
na farinha de mandioca.
o estado recebeu imigrantes
dividir territórios descobertos
Ainda assim, até meados do
alemães, italianos e eslavos,
durante as Grandes
século XIX a Província de
dentre outros. Entre 1850 e
Navegações. Santa Catarina
Santa Catarina seria uma das
1872 a população do estado
ficou à margem do cenário
menos populosas do Brasil.
duplicou. Os colonos se
brasileiro nos primórdios da
A ocupação do território
estabeleceram no Vale do
colonização portuguesa. Os
só iria sofrer alteração
Itajaí e Nordeste do estado,
primeiros assentamentos
considerável após a
organizados em propriedades
no litoral surgiriam,
independência do Brasil
familiares pequenas e
timidamente, na segunda
de Portugal (1822) e nos
produtivas. Eles diversificaram
metade do século XVII.
primeiros anos da República,
a economia e deram início à
Depois disso somente cem anos
proclamada em 1889.
industrialização do estado.
1850-1890
Período das Grandes Colonizações. Alemães fundam Blumenau em 1850 e a Colônia Dona Francisca, que originaria Joinville, em 1851. Em 1860, alemães e italianos dão origem a Brusque, que também recebe poloneses. Italianos e eslavos ocupam o Vale do Itajaí e o Sul do estado.
A indústria catarinense no tempo Rudimentos da indústria no litoral catarinense: engenhos de açúcar e farinha, alambiques, captura e beneficiamento de baleias.
Século XVIII
Autonomia industrial
Entre 1920 e 1940 ingressaram no Oeste catarinense mais de
Os imigrantes que chegavam a Santa Catarina em meados do século XIX possuíam vocação industrial, logo erguendo as primeiras unidades fabris nas colônias Blumenau e Dona Francisca. Sem contar com capital ou com apoio do governo, os primeiros industriais se financiaram junto aos comerciantes das colônias. No início do século XX, com a incorporação da região Oeste ao território catarinense, descendentes de imigrantes italianos estabelecidos no vizinho Rio Grande do Sul deslocaram-se para Santa Catarina em busca de oportunidades. O movimento deu origem à moderna agroindústria de alimentos, maior exportadora mundial de frangos. Nos anos de entreguerras a indústria deu um salto pois o país, até então produtor e exportador de matérias-primas, passou produzir seus bens de consumo. Nos anos 50 a indústria catarinense diversificouse, com o surgimento de novos setores dinâmicos. O modelo catarinense se contrapôs ao nacional, no qual multinacionais e estatais eram a base dos novos investimentos produtivos. O perfil demográfico do estado mudou, com o deslocamento da população para áreas urbanas, e logo o setor secundário se tornou o segmento mais importante da economia. Nos anos 70 a indústria conquistou novos mercados e deu o salto para o exterior, conquistando o perfil exportador que a caracteriza até hoje.
76 mil pessoas naturais do Rio Grande do Sul, num dos maiores
Cresce o movimento migratório. Nas colônias, a indústria surge pelas mãos de imigrantes alemães, italianos e outros. No Nordeste e Vale do Itajaí, serrarias e processadoras de erva-mate precedem os primeiros empreendimentos têxteis.
1850 – 1880 1800 – 1850
Movimentos migratórios da Europa e mudanças institucionais e econômicas no país põem fim a restrições da política colonialista e permitem o surgimento de empreendimentos industriais.
Infraestrutura de energia e transportes viabiliza crescimento urbano e dinamismo industrial por todo o estado.
Surto de industrialização, com companhias têxteis, serrarias e usinas a vapor em Joinville, Blumenau e Brusque.
Organização setorial O esforço de substituição de importações durante a Segunda Guerra Mundial impulsionou a indústria brasileira. Em meio a esse movimento, empresários uniram esforços para a modernização e defesa dos interesses do setor. Federações industriais estaduais foram criadas, e também a Confederação Nacional da Indústria. A formação de pessoal qualificado foi suprida com a criação do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) em 1942. O Serviço Social da Indústria (SESI), criado em 1946, estruturou uma rede de assistência social voltada aos trabalhadores da indústria e suas regiões de atuação. Em 1950 foi criada a Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina, congregando os principais sindicatos patronais do estado.
Diversificação e expansão: surge a indústria cerâmica no Sul, de papel e celulose no Planalto, de autopeças e plásticos no Nordeste, têxtil e alimentos ganham escala e novos empreendimentos revolucionam a metalmecânica.
Renovação: novas bases para competitividade demandam reestruturação produtiva, responsabilidade socioambiental, inovação e investimento em conhecimento.
1945 – 1970
Anos 90 / Século XXI
1900 – 1914 1880 – 1900
fluxos migratórios internos da história brasileira.
1914 – 1945 As guerras mundiais forçam a substituição de importações de bens de consumo e combustíveis. Consolidam-se as indústrias metalmecânica no Nordeste, de alimentos no Oeste, de madeira no Planalto e de carvão no Sul.
1970 – 1990 Indústrias de Santa Catarina exploram novos mercados, investindo em valor agregado. Conquistam liderança em processamento de aves e suínos, tubos e conexões de PVC, cerâmica, refrigeradores, motocompressores e motores elétricos.
19
Gente
O povo catarinense
Distribuição espacial
Várias culturas concorreram para delinear as
de Santa Catarina convivem
diferenciadas características demográficas do estado.
harmoniosamente não em grandes
Os seis milhões de habitantes
Santa Catarina
centros urbanos, mas em cidades Alemães, italianos, portugueses,
Itajaí, havia agrimensor, carpinteiro,
médias e pequenas, bem distribuídas
poloneses, austríacos, japoneses,
marceneiro, charuteiro, funileiro e
em todas as regiões do estado. Uma
africanos, índios: os rostos
ferreiro, além de lavradores. Todos
distribuição pulverizada que é única
catarinenses revelam diferenças
apegados a uma ética de valorização
no Brasil. Há 10 cidades com mais de
que se misturam no sangue e na
do trabalho, sem que deixassem
100 mil habitantes, constituindo-se
cultura, conferindo características
de lado a confraternização festiva.
nos polos regionais. A maior das
novas que não necessariamente
Foi a partir dessas peculiaridades
cidades, Joinville, tem menos de
apagam as originais. Um lugar-
que se forjaram duas características
600 mil habitantes. Florianópolis
comum em Santa Catarina é o
econômicas marcantes no estado:
é um raro caso de capital que não
grande influência de alemães, e
de que é impossível definir uma
o elevado grau de industrialização
é maior cidade do estado. Sua
também de italianos e poloneses.
única “cara” para o estado, uma
e a agropecuária de propriedades
região metropolitana, entretanto,
No Sul do estado, os italianos
cultura única que seja possível de
familiares. Já os habitantes do litoral,
é um centro urbano de porte, com
foram fundamentais para o
ser sistematizada e descrita. É essa
os açorianos, originários das ilhas
cerca de 1 milhão de habitantes.
desenvolvimento regional. Em todo
diversidade peculiar a característica
portuguesas dos Açores, trouxeram a
Ainda que a maior parte da
o litoral, mas marcadamente na
do povo catarinense, e que acabou
tradição da pesca. Não é à toa que o
população viva em cidades, a área
Grande Florianópolis, predomina
por delinear as características
estado é o maior expoente brasileiro
rural é ocupada por mais de 1
a cultura dos descendentes de
sociais, econômicas e culturais
em pesca oceânica.
milhão de pessoas, organizando-
açorianos. Japoneses se instalaram
se principalmente em pequenas
no Meio-Oeste, na região de
propriedades. Mais de 90%
Curitibanos, estabelecendo uma
dos que vivem no campo são
comunidade eminentemente
proprietários de suas terras.
agrícola. Pouco restou, entretanto,
As imigrações e migrações internas
das culturas indígenas. Dentre
marcaram a predominância
as comunidades sobreviventes
étnica nas principais regiões. O
destacam-se xoklengues,
Vale do Itajaí e o Norte possuem
kaingangues e guaranis.
do estado. Tome-se o caso dos imigrantes europeus. Ainda que a maioria dos que chegaram durante o século XIX fossem agricultores, muitos eram profissionais qualificados ligados à indústria. Na primeira leva de imigrantes que chegou a Blumenau, no Vale do 20
SAIBA MAIS Algumas das festas das etnias comemoradas em Santa Catarina passaram de eventos comunitários a atrações turísticas de grande porte. Destaque para a Oktoberfest, em Blumenau; Fenarreco, em Brusque; Schützenfest, em Jaraguá do Sul; Festa das Tradições, em Joinville, e Marejada, em Itajaí.
Perfil populacional População Densidade Crescimento demográfico População urbana Famílias (resid. domicílios particulares) Menores de 5 anos na população Idosos (mais de 60 anos) Expectativa de vida ao nascer Eleitores OBS: dados de 2006 Fontes: IBGE, RIPSA-IDB 2007, Governo de Santa Catarina
5,96 milhões 62,5 hab/km2 1,8% 83,3% 2 milhões (2008) 7,8% 10% 75,0 anos 3,82 milhões (2002)
Florianópolis, capital do estado, e Blumenau: qualidade de vida e respeito ao meio ambiente em harmonia com a indústria da construção civil
Distribuição regional da população em 2008 Planalto Serrano
7% Grande Florianópolis
16%
Vale do Itajaí
23%
Oeste
20%
Sul
15%
Norte
19%
Fonte: IBGE
21
Qualidade de vida
Bem-estar conquistado
Bens duráveis nos domicílios
Estado exibe indicadores compatíveis com os de países
Santa Catarina
desenvolvidos, e é um dos lugares do Brasil onde melhor se vive
Na média, os catarinenses vivem dois anos e meio a mais que os
Fogão
99%
Geladeira
99%
Freezer
43%
Televisão
97%
Rádio
94%
Máquina de lavar roupa
63%
Microcomputador
37%
Em Santa Catarina vive-se bem.
mais de 20% dos municípios
O catarinense tem acesso à
brasileiros que são considerados
educação, à saúde, à segurança
de alto desenvolvimento humano
e ao lazer, e também ao convívio
pertencem a Santa Catarina.
com a natureza, em razão superior
Já quando se leva em conta as
à média brasileira. Em vários
regiões metropolitanas brasileiras,
quesitos que medem o bem-
as quatro melhor posicionadas
estar da população, os índices
em IDH ficam no estado: Grande
Iluminação elétrica
99%
são comparáveis aos dos locais
Florianópolis, Joinville, Blumenau
Abastecimento de água
99%
mais desenvolvidos do planeta.
e Tubarão. Há ainda outros
Rede coletora de esgoto
21%
indicadores, como o criado pela
Fossa séptica
64%
condição é a aplicação do Índice
revista americana Newsweek
Coleta de lixo (direta)
85%
de Desenvolvimento Humano
em 2006. Segundo a publicação,
Coleta de lixo (indireta)
Balneário Camboriú
153
(IDH), que leva em consideração o
a capital Florianópolis é uma
Telefone
85%
Joinville
135
poder de compra da população, a
das 10 cidades mais dinâmicas
Moradores com acesso à internet
29%
São José
129
longevidade e o grau de educação.
do mundo, considerando as
Florianópolis
109
O IDH de Santa Catarina é o
oportunidades de negócios.
Fonte: IBGE Obs: em 2007/SC
Uma maneira de aferir essa
apenas ao do Distrito Federal. O desenvolvimento humano nos municípios, medido pelo índice IDH-M, revela o quanto o estado se destaca. No conjunto dos 50 municípios mais desenvolvidos do país, 16 são catarinenses. E
SAIBA MAIS Segundo a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), Santa Catarina detém o melhor Índice de Desenvolvimento Juvenil do Brasil. Um dos destaques é o ensino, pois é praticamente zero o analfabetismo juvenil no estado.
Um ranking elaborado por uma agência de estudos e pesquisas de mercado apontou os municípios mais dinâmicos do país e de Santa Catarina, dentro de um universo dos 300 municípios brasileiros mais importantes. Quatorze dos pesquisados são catarinenses, sendo que o município de Palhoça, localizado na Grande Florianópolis, foi considerado o mais dinâmico do país. A metodologia leva em conta o potencial de consumo, renda, abertura de empresas, licenciamento de veículos, operações bancárias por habitante e gastos sociais com saúde, educação, habitação, saneamento, ciência e tecnologia.
Fonte: IBGE Obs: em 2007/SC
Serviços nos domicílios
6%
Cerca de 20% das cidades com alta qualidade de vida no país ficam em Santa Catarina, a exemplo da capital, Florianópolis
Mais dinâmicos em 2008 Município Palhoça
% em relação à média da pesquisa = 100 164
Brusque
98
Blumenau
90
Sobre rodas
Chapecó
87
Uma das maneiras de se aferir o poder de compra de uma comunidade é o índice de veículos por habitante. Com mais de três milhões de veículos em circulação, a média é de 1,9 habitante para cada veículo, um padrão de países industrializados. A média brasileira é de cerca de sete habitantes por veículo. São tantos veículos que algumas das maiores cidades enfrentam problemas viários, que também se constituem em oportunidades de investimento.
Tubarão
84
Lages
80
Criciúma
79
Jaraguá do Sul
79
Itajaí
64
segundo mais alto do país, inferior
22
demais brasileiros, considerando-se a expectativa de vida ao nascer.
Fonte: Florenzano Marketing
23
Qualidade de vida
Santa Catarina
A força da educação
Saúde em foco
A qualidade da educação
escolas ou creches.
A expectativa de vida ao
faixa recomendada pelas
é fator fundamental para
Entre os adultos (maiores
nascer do catarinense é de 75
agências de saúde. Santa
que Santa Catarina se
de 15 anos), mais de
anos. Maior do que as médias
Catarina é um dos oito estados
destaque nos índices de
metade da população
brasileira e latino-americana,
brasileiros que apresentam
desenvolvimento e também
(57%) possui mais de
e próxima à expectativa de
parâmetros adequados. O
nos econômicos, em relação
oito anos de estudo, e
vida na América do Norte. A
sistema de prevenção controla
ao restante do país. A
27,7% tem entre quatro
mortalidade infantil no estado
com eficiência a incidência
taxa de analfabetismo,
e sete anos de estudo.
é de 12,7 óbitos para cada
de doenças como sarampo,
considerando-se a população
O nível educacional
mil nascidos vivos, enquanto
hepatite, difteria, coqueluche,
de mais de 15 anos, é
é um dos motores da
no Brasil a média é quase o
rubéola, tuberculose, tétano
inferior à metade da média
economia do estado,
dobro: 21,2 óbitos. Isso se
e dengue, dentre outras.
brasileira. Cerca de 99%
que avança na formação
deve a um conjunto de fatores
Há campanhas para doação
das crianças frequentam o
de pessoas aptas a se
envolvendo um conceito
de sangue e de prevenção a
Ensino Fundamental, o que
inserir em um mercado
amplo de qualidade de
doenças como AIDS e câncer.
confere ao estado a melhor
de trabalho cada vez mais
vida combinado à eficiência
taxa de escolarização do
exigente e complexo.
do sistema de saúde.
país para crianças entre 7 e
Há 99 instituições de
O estado conta com 15,6 mil
14 anos. Em 2008, cerca de
ensino superior no
leitos para internação em
1,4 milhão de catarinenses
estado, presentes nas
estabelecimentos de saúde,
com idade entre 0 e
principais cidades de
perfazendo uma média
17 anos frequentavam
todas as regiões.
de 2,7 leitos para cada mil habitantes, dentro da SAIBA MAIS
A taxa de analfabetismo em Santa Catarina é de 4% da população maior de 15 anos. Cerca de 80% da população entre 0 e 17 anos está matriculada em escolas ou creches. 24
Estudantes de curso profissionalizante e serviços hospitalares: índices de educação e saúde são superiores à média nacional
Dos 3,7 mil estabelecimentos de saúde do estado, cerca de 1,8 mil são públicos, e estão bem distribuídos pelos municípios. Os estabelecimentos municipais, como postos de saúde comunitários, somam 1,7 mil, para um total de 293 municípios.
Banhistas em praia da capital: costa com mais de 500 quilômetros oferece oportunidades de investimento em turismo
Água, esgoto e lixo O acesso à água é universalizado em Santa Catarina. Noventa e nove por cento da população possui cobertura de redes de abastecimento, sendo que 98% com canalização interna. A cobertura de saneamento não é tão avançada, mas o estado tem melhorado nesse quesito nos últimos anos. Atualmente atende 85% da população, considerando rede coletora e fossa séptica. A coleta de lixo atende mais de 90% dos moradores do estado.
Um dos segredos da qualidade de vida desfrutada em Santa Catarina está no destaque econômico do estado, que garante à população acesso à renda e direitos sociais, e consequentemente a bens de consumo e de conforto. É também um grande diferencial a maneira como a vida moderna se associa ao desfrute de uma natureza privilegiada, belíssima e diversificada, em boa parte conservada e respeitada. Com a valorização do meio ambiente, as belezas naturais configuram-se em oportunidades de negócios. Destaque para o turismo rural (nas regiões de Lages e São Joaquim e da Grande Florianópolis), o turismo ecológico (com a prática de trilhas e montanhismo em paraísos naturais como o Parque Estadual da Serra do Tabuleiro e o Parque Nacional dos Aparados da Serra) e o turismo de aventura e esportes radicais (Florianópolis e Imbituba são pontos famosos entre praticantes de surfe e já sediaram competições internacionais). Isso sem falar no tradicional turismo de verão, que atrai milhares de famílias. 25
Aspectos físicos
Estado multifacetado
➜➜Relevo O relevo de Santa Catarina é considerado um dos mais acidentados do Brasil, com variações em praticamente todo o seu território. No
Paisagens, relevos e climas diversos conferem a Santa Catarina
conjunto, três tipos se destacam. O Planalto Ocidental é o tipo de relevo
uma complexidade peculiar e atraente para os negócios.
que ocupa a maior parte do território de Santa Catarina e engloba o
Santa Catarina
Planalto Serrano, onde estão cidades como Lages e São Joaquim, além da Numa área equivalente à de
baías, promontórios, pontas
enquanto o verão do litoral
Serra do Espigão e do Morro da Igreja, em Urubici. Outro tipo de relevo
Portugal, correspondente a
e ilhas; os principais rios
está entre os mais quentes.
predominante é a Planície Costeira, que recorta o litoral catarinense e
1,1% do território brasileiro,
irrigam grandes planaltos
A vegetação predominante
favorece a formação de enseadas e baías, o que, por tabela, beneficia
a diversidade de paisagens
e serpenteiam entre serras
é a Mata Atlântica,
atividades como a portuária e a agrícola, por exemplo. O terceiro tipo de
é um ativo determinante
escarpadas e depressões.
considerada um dos biomas
relevo com destaque são as chamadas
para o surgimento de
Se o clima no geral é
mais ricos e ameaçados do
Serras Litorâneas, faixa formada
oportunidades de negócios. O
mesotérmico, os diferentes
planeta. Santa Catarina é
pelas serras do Mar e Geral e que
magnífico litoral catarinense,
relevos impõem diferenças
um dos estados com maior
serve de barreira entre a Planície
que corresponde a 7% da
extremas. O inverno na
percentual de cobertura
Costeira e o Planalto Central.
costa do país, é repleto de
Serra é o mais frio do Brasil,
vegetal nativa do país.
SAIBA MAIS O Morro da Igreja é o ponto mais alto do estado, com 1.822 metros de altitude.
➜➜Clima Morro da Igreja, ponto mais alto do estado (acima), Rio Uruguai (esquerda) e área de Mata Atlântica: Santa Catarina possui grande variedade de paisagens e alto grau de preservação ambiental
O clima em Santa Catarina é predominantemente subtropical úmido, com chuvas bem distribuídas em todo o território e temporadas ocasionais de seca. As temperaturas médias no estado variam entre 13°C e 25°C na maior parte do ano, influenciadas não só pela sazonalidade, mas também pelo relevo. Para se ter uma ideia, entre os Planaltos e o Litoral, as temperaturas podem variar mais de 10°C. Uma das características do clima de Santa Catarina é que as quatro estações do ano são bem definidas. O verão, por exemplo, é de muito calor no litoral e em cidades situadas em vales, como Blumenau, enquanto o inverno é de frio intenso e até de neve nas regiões mais altas, como Lages, São Joaquim e Urubici, que registram temperaturas abaixo de zero. Outono e primavera também são bem definidos, sempre mesclando características das duas outras estações.
No verão, turistas lotam as praias do litoral, enquanto que no inverno o movimento cresce no Planalto Serrano para acompanhar o espetáculo da neve. 26
27
Aspectos físicos
➜➜Recursos hídricos
Santa Catarina
No mapa da hidrografia, os rios de Santa Catarina estão
➜➜Vegetação No litoral predomina a vegetação herbácea e arbustiva,
separados em duas vertentes e têm como divisores as serras
caracterizada pela influência do oceano e pela formação
Geral e do Mar. Uma é a do Atlântico e inclui os rios que se
de grupos como mangues, restingas, dunas e praias.
orientam no sentido do mar. Nessa vertente, estão rios que
Nesses agrupamentos surgem espécies variadas como
drenam as regiões de Itajaí, São Francisco do Sul, Florianópolis
siriúba, algodoeiro-da-praia, aroeira-vermelha, pau-de-
e Laguna, e inclui os rios Itajaí-Açu, Tubarão, Araranguá, Tijucas
bugre, grama-de-praia e feijão-boi, entre outras.
e Itapocu. O sistema de drenagem da vertente do Atlântico
A Mata Atlântica, uma das principais formações vegetais
ocupa cerca de 35 mil km2, o equivalente a 37% da área total
do Brasil, também se destaca no mapa da vegetação
do estado. Já na outra vertente, a do Paraná (também chamada
catarinense. Predomina na região das serras litorâneas,
de vertente do interior), estão os rios que passam pelo planalto
margeando o Oceano Atlântico, mas também em direção
de Canoinhas, campos de Lages, Chapecó e Joaçaba, e seguem
ao interior do estado, no Vale do Itajaí. A Mata Atlântica
em direção à Bacia Platina, que inclui os rios Iguaçu e Uruguai
é caracterizada por grupos arbóreos densos, com árvores,
como principais coletores. Nela destacam-se os rios Chapecó e
arvoretas e arbustos. Também se destaca por apresentar uma
do Peixe. Essa vertente ocupa aproximadamente 60 mil km2, equivalentes a 63% do território do estado.
Regiões hidrográficas ➜➜Bacias do Iguaçu Abrangem área de 72.637,5 km², incluindo os estados do Paraná e de Santa Catarina. Em território catarinense a extensão é de 13.470 km². Principais rios em Santa Catarina: Iguaçu, Negro, Timbó e Canoinhas.. ➜➜Bacias do Sudeste Também chamada de bacia do Atlântico Sul – Trecho Sudeste, possui área total de 224.000 km², banhando extensas áreas do Rio Grande do Sul e parte de Santa Catarina, do Paraná e de São Paulo. Principais rios em Santa Catarina: Cubatão, Itapocu, Itajaí-Açu e Tubarão. ➜➜Bacias do Uruguai Abrangem 384 municípios do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, numa área de 384.000 km², sendo que deste total 176.000 km² situam-se em território brasileiro (46.000 km² em Santa Catarina). Principais rios em Santa Catarina: Uruguai, Chapecó, do Peixe, Canoas e Pelotas. 28
Paraná
A Serra Geral, que corta o estado no sentido norte-sul, é o grande divisor de águas do estado.
diversidade de plantas muito apreciadas por especialistas como
Região Hidrográfica do Iguaçu Região Hidrográfica do Uruguai
orquídeas e bromélias, além das tradicionais samambaias. No Planalto Serrano, a paisagem muda consideravelmente. A vegetação de maior destaque são as florestas com araucárias
Região Hidrográfica do Sudeste
ou pinheiro-do-paraná, que cobre boa parte da região. Esse tipo de vegetação é parte importante na economia da região, baseada na extração da madeira, e também inspirou a criação da Festa do Pinhão, um dos grandes eventos turísticos de Santa Catarina, que acontece anualmente na cidade de Lages.
Rios de Santa Catarina
Santa Catarina conta
Rio Grande do Sul
ainda com a presença de campos, sendo que os mais importantes também estão localizados no Planalto catarinense, nas cidades
Oceano Atlântico
de São Joaquim, Lages, Curitibanos e Campos Novos.
SAIBA MAIS Mangue é um ecossistema costeiro, de transição entre os ambientes terrestre e marinho, uma zona úmida característica de regiões tropicais e subtropicais. Restinga é um terreno arenoso e salino, próximo ao mar e coberto de plantas herbáceas características.
29
Perfil
Inserção global O comércio exterior é destaque da economia de Santa Catarina
➜➜ Santa Catarina é o maior exportador brasileiro de frangos e
Artigos catarinenses mais exportados
o segundo de suínos. Cerca de 14% das vendas internacionais
Produtos
2008 (US$ milhões) Frango (carnes e miudezas) 1.748,7 Fumo 667,1 Motores e geradores elétricos 531,0 Motocompressores herméticos 409,7 Suíno (carnes, carcaças e miudezas) 401,0 Preparações aliment. e conservas de galos/galinhas * 293,7 Móveis de madeira 272,0 Blocos de cilindros, cabeçotes, etc. p/ motores diesel 245,3 Grãos de soja, mesmo triturados 184,6 Ladrilhos, cerâmicas, vidrados e esmaltados ou não 170,6 Exportações totais 8.256,2
de frango saem do estado e a maior processadora e exportadora mundial de carne de frango é catarinense.
graças a uma indústria de categoria mundial, flexível e sustentável
Indústria
➜➜ Alguns dos maiores fornecedores mundiais de motores e geradores
30
Santa Catarina possui
alto valor agregado.
elétricos e de compressores para refrigeração estão situados em
uma indústria robusta e
A vocação internacional
Santa Catarina. O estado também se destaca no fornecimento
inovadora, integrada às
remonta ao século XIX, no
cadeias de fornecimento
início da industrialização
globais. O parque industrial
do estado, realizada por
diretamente para as maiores montadoras do mundo
do estado é o quarto maior
imigrantes europeus
itens como blocos de motores e cabeçotes.
do Brasil, considerando-
que detinham o
se o número de empresas
conhecimento necessário
cerâmicas para revestimento, como azulejos, pisos
e de trabalhadores.
para o nascimento da
e porcelanatos, e maior exportador do Brasil.
Uma importante
atividade. Consolidou-se
característica da indústria
no século XX por meio
é a especialização em
das exportações, que se
brasileiras nesse setor. A indústria madeireira é líder no Brasil
polos regionais, o que
tornaram especialidade da
em produção e exportação de portas de pínus e batentes.
permitiu o adensamento
indústria catarinense, e se
das cadeias produtivas
renova constantemente,
ao longo do tempo. As
com o desenvolvimento
exportador brasileiro de roupas de toucador/cozinha, de
indústrias catarinenses
de produtos e soluções
tecidos atoalhados de algodão e de camisetas de malha.
são francamente voltadas
adequados aos clientes
ao comércio exterior,
tradicionais e aos
produzindo artigos de
novos mercados.
global de eletrodomésticos e equipamentos odontológicos. ➜➜ Fabricantes de peças automotivas fornecem
➜➜ O estado é líder da América Latina na produção de
2008/2007 (%) 32,6 28,4 26,1 3,5 29 25,6 -12,2 6,3 -39 -8,3 11,8
Fonte: MDIC/SECEX Obs: Para a seleção dos produtos foi utilizada a listagem dos 100 mais exportados e feita a soma de NCMs similares. * Empanados de frango, hambúrgueres e outros industrializados.
➜➜ A indústria de móveis é essencialmente voltada para o comércio exterior. Santa Catarina lidera as exportações
➜➜ Santa Catarina se destaca mundialmente na produção de têxteis e artigos de vestuário. O estado é o maior
➜➜ Com alta tecnologia florestal para rendimento no crescimento de árvores, a indústria de papel e celulose catarinense está entre as mais competitivas do mundo.
Contêineres no Porto de Itajaí: exportações para os cinco continentes
O comércio exterior catarinense tem no Centro Internacional de Negócios, da FIESC, um de seus principais pontos de articulação. O CIN possui completa infraestrutura e tecnologia de informações comerciais, além de pessoal especializado em comércio exterior e questões legais para a prestação de serviços e suporte à cooperação internacional. Ajuda empresas catarinenses a encontrar mercados no exterior e também é capaz de localizar, dentro do estado, fornecedores capacitados a atender demandas de empresas de qualquer lugar do mundo. Atende empresários estrangeiros e mantém parcerias com entidades de classe e agências governamentais. O CIN atua com promoção de exportações, prospecção de mercados, capacitação empresarial, realiza estudos e diagnósticos, promove parcerias, organiza missões empresariais e emite certificados de origem. O CIN está conectado aos mais importantes programas internacionais voltados à promoção comercial e à cooperação empresarial. 31
Perfil
Indústria
Exportações para mais de 190 países
País
Para conquistar mercados ao
pequenos lotes sem perda
redor do mundo, a indústria
de escala. O segmento têxtil
de alimentos de Santa
também é capaz de atender a
Catarina desenvolveu mais
pequenos pedidos com agilidade.
de dois mil cortes diferentes
Além da produção de linhas
de carne de frango, o que
completas, a indústria agrega
exigiu o desenvolvimento
serviços aos seus produtos.
de complexos maquinários
Na fabricação de autopeças,
e sofisticados sistemas de
as principais companhias
informação e logística.
realizam engenharia simultânea
Com grande flexibilidade, a
com os clientes para obter
Estados Unidos Japão Argentina Países Baixos (Holanda) Alemanha Reino Unido Rússia Hong Kong México África do Sul
indústria é capaz de atender
os resultados desejados.
Fonte: MDIC/Secex – Sistema Alice
especificações e preferências
Mais do que simplesmente
de todos os cantos do mundo e
oferecer produtos
tornou-se a principal referência
industrializados, a indústria
mundial no setor. De modo
catarinense investe em inovação,
semelhante, todos os setores
design, marketing, distribuição
industriais importantes do estado
e marca, para se inserir de
possuem suficiente qualidade,
modo crescente e consistente
flexibilidade e estrutura logística
no mercado internacional.
para atender necessidades e oferecer inovações. A indústria de equipamentos elétricos investiu na eficiência energética, uma exigência global, e ampliou as linhas de produtos. O setor cerâmico produz grande número de lançamentos de coleções e pode produzir 32
Exportações de Santa Catarina
SAIBA MAIS Produz-se no estado motores elétricos em alumínio e ferro fundido. Há linhas próprias para ambientes constantemente lavados, outras para extração de fumaça em ambientes públicos, para uso em áreas de mineração ou ainda acoplados a aparelhos laminadores, só para citar algumas “famílias” que compõem o portfólio do setor.
2008 2008/2007 (US$ milhões) (%) 1.114,1 -12,8 558,3 69,8 548,7 5,0 548,1 26,7 365,7 -0,4 326,8 9,9 246,1 29,2 231,1 51,2 206,5 6,2 205,1 8,2
Importações de Santa Catarina País União Europeia Nafta Ásia Mercosul Aladi África (*) Federação da Rússia Oriente Médio (**) Oceania (***) Uruguai Total de importações (*) África do Sul e Angola. (**) Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita. Fonte: MDIC/SECEX - Sistema Alice
2008 2008/2007 (US$ milhões) (%) 2.256,7 75 1.446,1 79,0 1.322,0 34,9 864,0 61,5 835,4 18,6 297,0 53,1 246,1 206,2 219,6 36,2 56,4 75,1 175,9 17,1 7.951,6 59,0 (***) Austrália
Novos mercados Tradicionalmente, os principais destinos das exportações catarinenses são os Estados Unidos e países da União Europeia. O novo equilíbrio de forças do comércio mundial e o esforço comercial da indústria estão trazendo novidades. Dentre os 30 maiores importadores de Santa Catarina em 2008, alguns dos maiores crescimentos se observam em países asiáticos: Japão (69,8%), Hong Kong (51,2%) e China (37,3%). Também se destacaram os crescimentos das vendas para os Emirados Árabes Unidos (57,3%) e para Angola (86,7%), numa demonstração do potencial de negócios da África. Países da América do Sul estão aumentando as compras. Importações do Equador, Peru, Uruguai e Paraguai tiveram crescimentos próximos aos 50% em 2008. 33
Perfil
Indústria
Qualidade: categoria mundial O perfil exportador das
humanos qualificados.
empresas catarinenses
Em sintonia com os novos
permitiu – e ao mesmo
paradigmas de geração de
tempo exigiu – que o
riqueza, a indústria catarinense
setor atingisse um padrão
busca continuamente
de indústria de categoria
aproveitar as partes de maior
mundial. Os principais players
valor das cadeias produtivas,
no comércio internacional
como pesquisa, design e
realizaram recentemente – e
marcas. Com habilidade
o fazem continuamente –
para se adaptar a mudanças
investimentos direcionados
tecnológicas e organizacionais
à modernização de parque
e aproveitar oportunidades,
fabril, prospecção de novos
a indústria se vale do
mercados e promoção
crescente conhecimento
comercial, inovação
global e colabora para gerar
tecnológica e agregação
conhecimentos novos.
de valor a produtos.
O programa Benchmarking Industrial é uma das ferramentas para a competitividade acessíveis às empresas catarinenses que atuam internacionalmente. Disponibilizado pelo Sistema Fiesc, permite que empresas comparem seu nível de competitividade com as líderes mundiais em seu setor – o banco de dados tem informações de mais de 1.200 empresas. A consultoria aponta oportunidades de melhoria em qualidade, inovação, desenvolvimento de produtos, logística e outras áreas. Outro programa, o de Qualificação dos Fornecedores, foca a competitividade da cadeia produtiva, qualificando fornecedores das grandes empresas. O objetivo é aumentar a interação e desenvolver competências consideradas críticas para o sucesso das cadeias produtivas.
Centenas de companhias catarinenses possuem certificação ISO 9000, o que garante qualidade da produção e acesso a mercados em todo o mundo
Investimentos setoriais (2008)
Santa Catarina possui
Gênero industrial
significativos diferenciais competitivos para que sua indústria se destaque em um ambiente de concorrência global: a cultura industrial, as especializações setoriais, as sinergias proporcionadas pelo adensamento industrial e uma rede de serviços de apoio, pesquisa e formação de recursos 34
SAIBA MAIS A Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc) mantém uma rede de serviços voltada à competitividade da indústria do estado. A estrutura é voltada ao ensino, pesquisa e desenvolvimento, prestação de serviços tecnológicos, incubação de empresas e serviços sociais e ambientais. A rede do Sistema Fiesc atua em sintonia com as demais instituições de ensino, pesquisa e desenvolvimento do estado.
Máquinas, aparelhos e materiais elétricos Metalurgia básica Produtos alimentícios e bebidas Produtos de minerais não metálicos Confecções de artigos de vestuário Eletrônica e comunicações Produtos têxteis Outros setores TOTAL Fonte: FIESC
US$ % sobre o milhões faturamento 357,0 14,8 230,2 8,1 125,9 4,1 34,6 4,3 34,2 5,0 29,2 14,5 25,1 4,3 73,0 910,0 7,4
Tecnologia para os negócios A constante atualização tecnológica é um fator de competitividade internacional da indústria de Santa Catarina. As principais finalidades dos investimentos realizados pelas indústrias são aquisição de máquinas e equipamentos, atualização tecnológica, desenvolvimento de produtos, aumento da capacidade produtiva, lançamento de novos produtos e melhoria de qualidade dos produtos. Em 2008, cerca de um terço dos investimentos foram realizados no exterior, demonstrando o alto grau de internacionalização da indústria. Cerca de 60% das aplicações foram com capital próprio, revelando empresas capitalizadas e pouco endividadas. 35
Perfil
Indústria
Negócios sustentáveis Atuantes nos principais e
empresas catarinenses
mais exigentes mercados do
possuem eficientes sistemas
mundo, as principais indústrias
de gestão ambiental,
catarinenses têm incluídas as
garantindo que o respeito
questões ambientais e sociais
ao meio ambiente está
em suas decisões estratégicas.
presente em todas as etapas
Suas práticas são comparáveis
produtivas – considerando
às mais avançadas em nível
desde as matérias-primas
internacional. O crescimento
até a disposição final dos
e o planejamento das
resíduos. A aplicação do
indústrias são condicionados
conceito de ecoeficiência
às limitações impostas pela
permite aumentar a
conservação ambiental, e
produtividade das matérias-
também pelas oportunidades
primas, como materiais,
que surgem dessa condição.
energia e água, além de
Para organizarem a
reciclar materiais, reutilizar
produção, as grandes
água e eliminar emissões.
A Bolsa de Resíduos da Fiesc é um serviço de informações capaz de identificar mercado para resíduos gerados por indústrias que podem se tornar matéria-prima para outras. Cerca de 700 empresas utilizam o serviço para comprar, anunciar e vender resíduos, que de outra maneira poderiam se tornar passivos ambientais. Além de ser um ambiente de negócios, a Bolsa de Resíduos gera e dissemina informações sobre resíduos e meio ambiente. 36
Indústrias catarinenses neutralizam emissões de carbono com medidas como áreas de conservação, reúso de água, uso de gás natural e tratamento de efluentes.
SAIBA MAIS As principais indústrias de todos os setores em Santa Catarina possuem certificado ISO 14000, de gestão ambiental. No setor têxtil, as maiores exportadoras possuem o Öko-Tex, certificando que a produção é livre de substâncias nocivas. O setor de base florestal certifica suas florestas pelo FSC (Forest Stewardship Council), garantindo que a atividade é realizada com os devidos cuidados socioambientais.
Equipamento antipoluição, estação de tratamento de efluentes e projeto de aproveitamento de gás metano para geração de créditos de carbono
Tecnologia ambiental O desenvolvimento de tecnologias capazes de melhorar as relações produtivas com o meio ambiente é constante na indústria. Empresas do setor têxtil são capazes de reaproveitar a goma utilizada no trançamento de fios de tecidos por meio de nanotecnologia. No setor de confecções foi desenvolvido processo para neutralizar 100% dos compostos orgânicos das emissões das chaminés. Na indústria de fundição, desenvolveu-se tecnologia para uso dos resíduos (areia) na construção de rodovias e na agricultura. Indústrias de eletrodomésticos desenvolvem a logística reversa, permitindo que os produtos que fabricam retornem ao ciclo produtivo. A busca pela diminuição de resíduos, reúso e reciclagem é recorrente. Uma empresa do setor cerâmico reaproveita 60% dos resíduos gerados na produção. Em outra, rejeitos de esmalte são transformados em cera protetora para os revestimentos.
A troca de processos produtivos poluentes por outros capazes de retirar carbono da atmosfera pode gerar créditos de carbono. Isso é possível pelo enquadramento de projetos como Mecanismos de Desenvolvimento Limpo (MDL), criados pelo Protocolo de Kioto. Santa Catarina é um dos estados brasileiros com maior número de mecanismos em funcionamento. No setor de alimentos, a utilização do metano captado em criações de animais para geração de energia é uma das possibilidades exploradas. Nas fundições, há oportunidades na redução de gases gerados pelas ligas. A compra de créditos em Santa Catarina pode servir para o cumprimento de metas de redução de emissões. O Balcão MDL, da Fiesc, reúne oportunidades nessa área. O Programa Mercado de Carbono, coordenado pela Fiesc, visa inserir indústrias do estado no mercado, oferecendo consultoria especializada.
Rede de serviços O Senai/SC oferece serviços de consultoria ambiental em três linhas: conformidade legal, conformidade normativa (para implantação de sistemas de gestão ambiental) e ecoeficiência, além de assessoria em tratamento de águas e efluentes, áreas contaminadas e educação ambiental. Para o serviço, as mais de 30 unidades regionais atuam de forma integrada, e em parceria com outras unidades do Senai Nacional. 37
Responsabilidade socioambiental
Ambientes saudáveis
O estado de Santa Catarina
ações e prestam contas
ostenta alguns dos melhores
delas, por meio de balanços
indicadores de qualidade de vida
confiáveis. Adotam conceitos
do país, incluindo itens como
de governança corporativa,
saúde, educação e renda. O
consumo consciente, produção
papel da indústria na construção
limpa e justiça social, dentre
desse cenário é notório. Principal
outros, embasados em princípios
responsável pela geração de
éticos de transparência. Na
riqueza no estado, a indústria
era da sustentabilidade, as
proporcionou, com seu
empresas de ponta do estado
incremento ao longo de décadas,
estão conscientes de que o
o desenvolvimento social em
sucesso e a perpetuidade dos
todas as regiões, de forma
negócios são associados à saúde
bem distribuída e equitativa.
do meio ambiente e à qualidade
Mas a indústria catarinense faz
de vida dos trabalhadores
O Sistema Fiesc é um dos principais agentes disseminadores do conceito de gestão sustentável nas empresas catarinenses. Oferece serviços para melhorar a qualidade de vida na indústria, com foco no trabalhador. Na área de estilo de vida e mudança de comportamento, destacam-se serviços como o de alimentação, de academias corporativas e de organização de eventos esportivos. Para criar ambientes de trabalho saudáveis, o Sistema Fiesc promove ações de saúde e segurança no trabalho, ergonomia e pesquisas de clima organizacional. Na área de assistência em saúde oferece serviços de clínicas médicas, assistência odontológica (inclusive com unidades móveis) e farmacêutica, por meio de uma rede de farmácias. Há ainda serviços de consultoria para a incorporação de técnicas de responsabilidade corporativa ao modelo de gestão das empresas.
mais do que gerar empregos de
e das comunidades onde
qualidade, que proporcionam a
estão inseridas.
inserção de seus colaboradores em cadeias produtivas de alcance global. Historicamente, a indústria mantém laços estreitos com as comunidades nas quais está inserida. Uma atuação que se aprofundou nos últimos anos, com as novas demandas de responsabilidade socioambiental das empresas. As principais indústrias organizam suas 38
SAIBA MAIS A responsabilidade social empresarial engloba ações ambientais, ações desenvolvidas com foco nos funcionários – como qualificação, formação e melhoria da qualidade de vida – e projetos desenvolvidos em benefício e em parceria com as comunidades. Destacam-se em Santa Catarina ações de educação ambiental, em que empresas utilizam suas áreas de preservação como pontos de referência para ações comunitárias.
Por meio da criação de empregos, da oferta de serviços sociais e da manutenção de áreas de preservação as indústrias catarinenses assumem sua responsabilidade socioambiental
Reservas particulares O bioma mata atlântica, no qual se insere o estado de Santa Catarina, é um dos mais ricos e ameaçados do mundo. Possui 8 mil espécies vegetais endêmicas e cerca de 700 espécies animais. Devido à ocupação urbana, industrial e agrícola, restam menos de 10% de sua cobertura original. Atualmente, as indústrias catarinenses estão entre suas principais protetoras. O mecanismo de proteção que mais avança no estado é a Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN). Dezenas de indústrias já se comprometeram a preservar a biodiversidade para sempre nessas áreas. Ao fim de 2008 Santa Catarina possuía 31 RPPNs registradas no âmbito federal, correspondendo a uma área de quase 22 mil hectares.
A indústria tem participação e liderança nas regiões onde atua, encabeçando projetos com foco em questões sociais e ambientais em parceria com a sociedade civil.
Indústrias que mais empregam em Santa Catarina Vestuário
13,4%
Têxtil
9,7% Construção
Alimentos e bebidas
14,9%
Fonte: MTE/RAIS 2006
Indústria
Perfil
11,3% Madeireiras
5,8%
Outros
44,9%
39
Setores
Alimentos
Além do setor de carnes, destacam-se no complexo agroindustrial
Indústria fornece para mais de 100 países e oferece
primas para alimentos.
o processamento de grãos, pescados, laticínios, sucos e matérias-
Indústria
um insumo fundamental: alto padrão sanitário.
40
O setor de alimentos é um
o maior exportador mundial do
dos que melhor representa o
setor. Santa Catarina é o maior
potencial econômico de Santa
exportador brasileiro do produto.
Catarina, pois envolve uma
A agroindústria catarinense
cadeia produtiva completa,
reúne alguns dos maiores
do setor primário ao seu
players mundiais, e para se
ápice, a agroindústria. Com
alcançar os padrões que lhe dão
processos que agregam alta
sustentação no mercado externo
tecnologia, o segmento
– qualidade, preço e garantia de
tem participação decisiva
fornecimento – há uma série de
no desempenho da balança
fatores envolvidos. Um dos mais
comercial do estado e do Brasil.
importantes é o aperfeiçoamento
No segmento de carnes, o estado
genético, que proporciona o
é o maior produtor nacional
crescimento mais rápido do
de suínos, com cerca de 800
animal com menos ração, e o
mil toneladas/ano (25% do
desenvolvimento de animais
total brasileiro). A produção
com baixo teor de gordura.
local tem impacto direto no
As novas linhagens de frangos
desempenho do Brasil, que
e suínos, assim como novas
é o quarto maior produtor
fórmulas para produtos, rações
mundial. No caso das aves, Santa
e embalagens, são desenvolvidas
Catarina está no segundo lugar,
com o envolvimento de
com cerca de um bilhão de
uma rede de P&D que inclui
cabeças abatidas, volume que
empresas, institutos de pesquisa
representa 20% do total do país,
e agências governamentais.
A presença de destaque que Santa Catarina ocupa no mercado internacional de carnes tem como fator determinante a sanidade. O estado é o único no Brasil a manter o certificado de área livre de febre aftosa sem vacinação, concedido pela Organização Internacional de Saúde Animal (OIE) em 2007. Está há 16 anos sem registrar ocorrência de aftosa e há oito anos sem vacinação. Também é livre de peste suína clássica e doença de Aujeszky. Devido a isso é o primeiro estado brasileiro a exportar carne suína para os Estados Unidos. A esse fator soma-se o nível de especialização das empresas locais, que embarcam frango em cortes especiais para diferentes destinos: peito desossado para a Europa Oriental, coxa com osso para o Leste Europeu, coxa desossada e asa para Ásia e miúdos para a África. São fatores que demonstram o alto nível do complexo industrial, que alia padrões de excelência sanitária a flexibilidade industrial e regularidade no fornecimento.
A indústria de alimentos e bebidas é a mais importante do estado, com participação de quase um quarto do total do valor de transformação industrial do estado.
Pescados
Perfil Setorial (2008) Indústrias Trabalhadores Participação no VTI de SC (*) Exportações Participação nas exportações de SC
3.745 100 mil 19,3% US$ 3.162 milhões 38,3%
(*) Valor da Transformação Industrial; dados de 2007. Fonte: IBGE, Fiesc
Cerca de 80% da produção interna de pescado congelado é oriunda de Santa Catarina, estado que detém a maior frota pesqueira nacional e as maiores indústrias do setor. A atividade é potencializada pelo vasto litoral recortado por enseadas e pelo encontro de variadas correntes oceânicas, que proporcionam grande diversidade em sua costa.
Principais produtos: frangos (carnes e miudezas), suínos (carnes, carcaças e miudezas) e alimentos industrializados
Dentro dos procedimentos mundiais de defesa sanitária crescem os controles sobre a origem dos alimentos. Os principais mercados estão cada vez mais exigentes devido a problemas como a doença da vaca louca e a gripe aviária. Nesse contexto, há demanda para soluções relacionadas à rastreabilidade dos animais. O setor catarinense se insere na discussão internacional sobre o padrão a ser seguido e isso inclui desde o instrumento de identificação do animal (brincos, por exemplo) até o sistema completo de gerenciamento, o que cria oportunidades para empresas de base tecnológica. 41
Setores
Autopeças e veículos
Blocos eficientes O desenvolvimento de tecnologia de ponta alinhada com a tendência de motores menos poluentes abriu novas frentes para a indústria catarinense. Uma das principais fundições do estado fornece blocos de motores com tecnologia de ferro fundido vermicular, de alta resistência mecânica, permitindo o uso em motores diesel de combustão mais eficiente e, portanto, menos poluentes. Dentre os usuários de blocos de motores fabricados em Santa Catarina destacam-se Jaguar, Land Rover, BMW, Honda, Ford, GM, Peugeot e Volkswagen.
Inserida nas cadeias de fornecimento globais, Santa
Indústria
Catarina atrai investimentos de montadoras.
42
A indústria automotiva
de aço, plástico e elastômeros,
catarinense, tradicionalmente
usinagem de peças sob
voltada ao comércio exterior,
encomenda e produtos próprios.
está se adensando e se inserindo
A produção inclui impulsores de
cada vez mais profundamente nas
partida, mancais e polias, com
cadeias de fornecimento globais.
liderança na América Latina, e
De um lado, a padronização de
reposição de escapamentos e
processos em nível global permite
compressores de pistão, com
a grupos locais o fornecimento a
liderança nacional. Também
montadoras no Brasil e exterior,
se produz peças fundidas para
com know-how restrito a poucos
caminhões e automóveis,
centros industriais no mundo.
peças de suspensão, guias,
De outro, grupos estrangeiros
sedes e tuchos de válvulas,
encontram em Santa Catarina
camisas de cilindros, anéis,
oportunidades para ampliar seus
espelhos retrovisores e peças
negócios. A região Nordeste
para motocicletas (pedais,
do estado, em Joinville e seu
guidões), dentre muitas outras.
primeiros jipes em 2009, em
entorno, é o principal polo
As empresas catarinenses
Joinville. A mesma cidade
do setor, que também tem
são responsáveis por 6% das
abrigará a nova fábrica de
empresas no Vale do Itajaí.
exportações nacionais do setor.
motores e componentes
A indústria tradicional, em grande
A diversidade produtiva
da General Motors, que é
parte de capital nacional e
fomentou o surgimento de
construída com investimentos de
controle familiar, é caracterizada
uma montadora de automóveis
US$ 175 milhões. O projeto inclui
pela diversificação e atualização
catarinense, que deve iniciar
a produção inicial de 120 mil
tecnológica. Atua com peças
a produção comercial de seus
motores e 50 mil cabeçotes/ano.
Indústrias Trabalhadores Participação no VTI de SC (*) Exportações Participação nas exportações de SC (*) Valor da Transformação Industrial; dados de 2007.
341 13 mil 4% US$ 246 milhões 3%
Fontes: MTE, MDIC, IBGE, FIESC
Companhias integradoras do setor automotivo têm em Santa Catarina fornecedores confiáveis e diversificados. No estado há ampla capacidade de fornecimento de peças estruturais pesadas de fundição, de usinagem de precisão para as peças mais importantes dos motores e de componentes de plásticos e elastômeros desenvolvidos sob encomenda. Por outro lado, Santa Catarina é um local propício ao investimento do setor. Há oferta abundante de mão de obra especializada. A diversidade de fabricantes oferece sinergias e há vantagens logísticas para recebimento de matérias-primas e despacho de mercadorias, com proximidade aos principais mercados da América do Sul, um dos locais de maior crescimento da indústria automobilística no mundo.
SAIBA MAIS A mão de obra especializada no setor têxtil e as possibilidades logísticas levaram uma das principais fabricantes de cintos de segurança para automóveis do mundo a Santa Catarina. Com fábrica às margens da BR-101, no Norte do estado, a companhia importa a matéria-prima da África e escoa a produção de cadarços para cintos à América do Norte por meio do Porto de Itajaí.
Perfil do setor (2008)
A produção catarinense de carrocerias para ônibus é a terceira Principais produtos: Blocos de motores, impulsores de partida, sistemas de exaustão, peças de suspensão, peças usinadas e carrocerias para ônibus e micro-ônibus
maior do Brasil. Também se produz no estado carrocerias para caminhões, caçambas basculantes e porta-contêineres. 43
Setores
Base Florestal
Santa Catarina detém 60% da produção brasileira de celulose de fibra longa, destinada principalmente à fabricação de embalagens.
Com grandes florestas de pínus, estado é referência na fabricação
Indústria
de papel para embalagens e de portas e janelas de madeira.
44
O rendimento excepcional das florestas de pínus e a tecnologia fabril empregada fazem de Santa Catarina um dos fornecedores de papéis para embalagens mais destacados do Brasil. Na produção de sacos de cimento, que requerem resistência e ao mesmo tempo flexibilidade, a indústria utiliza celulose 100% fibra virgem, proveniente de árvores mais antigas, e equipamentos especiais. Outro destaque da indústria é a produção de Kraftliner para caixas de papelão ondulado, que em sua composição leva um percentual de papel reciclado. A mão de obra da indústria é especializada, formada especificamente para o setor, e há fabricantes de equipamentos em Santa Catarina que atendem às demandas específicas da indústria local.
A perfeita adaptabilidade do
utilizada no mix das fábricas,
pínus às condições físicas de
e também para a produção de
Santa Catarina colaborou para
papéis como o tissue, utilizado
tornar o estado um expoente
em produtos sanitários, por
na produção de papéis de fibra
exemplo. Com relação ao papel
longa. Esses são os tipos de
reciclado, Santa Catarina é o
papéis mais resistentes, como os
segundo maior consumidor
multifolhados, usadas para sacos
de aparas do Brasil, com cerca
de cimento, e papéis utilizados
de 765 mil toneladas anuais.
para a fabricação de caixas.
O pínus e o eucalipto também
Atuam em Santa Catarina 31
são as principais matérias-
fábricas de papel, cinco de
primas da indústria madeireira
celulose e 10 de pastas de alto
catarinense, que responde por
rendimento. Os negócios do
uma fatia de quase 17% da
setor no estado somam cerca
indústria nacional do setor. Com
SAIBA MAIS
de US$ 1,1 bilhão (faturamento
maior concentração no Planalto
em 2007). A capacidade de
Serrano, a exemplo do papel e
produção das fábricas de papel
celulose, a indústria da madeira
é de 1,8 milhão de toneladas.
destaca-se na fabricação de
Além das florestas de pínus,
portas e batentes de pínus,
destinadas aos papéis de
janelas e molduras. As árvores
fibra longa, a indústria de
cultivadas no estado também
papel mantém plantações de
são importante matéria-prima
eucalipto em Santa Catarina.
para a indústria de móveis
A fibra curta dessas árvores é
(ver setor Mobiliário).
A principal característica produtiva do Brasil é que 100% de seu papel e celulose são feitos a partir de florestas plantadas, ou seja, recursos renováveis. E para cada hectare de floresta plantada, se mantém praticamente outro hectare como área de preservação. A indústria mantém em Santa Catarina 85 mil hectares para preservação permanente e tem 111 mil hectares de florestas plantadas. As empresas ainda fomentam o plantio em mais 30 mil hectares pertencentes a terceiros.
Perfil do setor* (2008) Indústrias Trabalhadores Participação no VTI de SC (**) Exportações Participação nas exportações de SC (2007) (*) Soma dos setores Celulose e Papel com Madeira. (**) Valor da Transformação Industrial; dados de 2007.
3.300 56,6 mil 9,3% US$ 715 milhões 8,6%
Fonte: MTE, MDIC, IBGE, FIESC
Florestas de alto rendimento As florestas plantadas pela indústria de celulose e papel no Brasil são as mais produtivas do mundo. Na média, cada hectare de pínus rende 35 m3 de madeira, enquanto em 1980 o rendimento era de 19 m3. A partir do sétimo ano do plantio já é possível utilizar madeira das plantações. Os avanços se devem especialmente a pesquisas genéticas que produziram variedades mais resistentes a pragas e com maior quantidade de fibras. Espera-se que o rendimento do pínus ainda possa avançar para 40 m3. No caso do eucalipto, o rendimento atual é de 41 m3 por hectare, e estimase chegar a 50. O alto rendimento reduz a demanda por novas áreas para ampliação da produção. A produção anual de um milhão de toneladas de celulose no Brasil requer 100 mil hectares. Para o mesmo volume, na Escandinávia e Península Ibérica utilizam-se áreas de 720 mil e 300 mil hectares, respectivamente.
Principais produtos: papéis para embalagens (Kraft e Kraftliner), portas e batentes de pínus
45
Setores
Cerâmica Com tecnologia e design, estado é o principal fornecedor
Indústria
da América Latina para o segmento de construção civil
46
O Brasil é o segundo maior produtor e consumidor e o quarto
Perfil do setor (2008)
O setor cerâmico é um dos
e no município de Tijucas,
expoentes da indústria
na Grande Florianópolis.
catarinense, com destaque
As principais empresas
para a chamada cerâmica para
são líderes nacionais em
construção. Esse segmento
faturamento e lucratividade,
é composto por 13 grandes
e marcam presença nas
empresas, que possuem
principais feiras internacionais
20 unidades industriais em
do setor como Cersaie, em
território catarinense e sete em
Bolonha (Itália); Coverings,
outros estados. Elas possuem
em Chicago (Estados
quase 20% do mercado
Unidos), e Surfaces, em Las
brasileiro de revestimentos
Vegas (Estados Unidos).
cerâmicos, com produção
A forte inserção internacional
anual de 130 milhões de m².
da indústria deve-se
Faturam cerca de US$ 1 bilhão/
muito aos investimentos
ano. O desempenho coloca
em tecnologia e design
Indústrias Trabalhadores Participação no VTI de SC (*)
maior exportador do mundo de cerâmica para revestimentos.
730 18 mil 2,5%
Exportações Participação nas exportações de SC (2007)
Produção diversificada
US$ 186 milhões 2,3%
Além da atuação no mercado de revestimento cerâmico e porcelanato, Santa Catarina também se destaca na fabricação de outros produtos em cerâmica e porcelana, com empresas de grande porte e presença no cenário nacional e internacional situadas da região Norte e no Vale do Itajaí. Em São Bento do Sul, no Norte catarinense, localiza-se a principal fabricante do Brasil e da América Latina de pratos, xícaras, canecas e travessas em cerâmica e porcelana. Em Blumenau está situada a líder no ranking na produção de taças, copos, vasos e saladeiras. Na vizinha Timbó, também no Vale do Itajaí, funciona a fabricante de isoladores em cerâmica para energia elétrica que ocupa o terceiro lugar no ranking nacional e o sexto na América Latina. Em Rio Negrinho está a maior fabricante mundial de canecos de chope para colecionadores, com uma linha de produto que é a única no mercado mundial, 100% atóxica à saúde.
(*) Valor da Transformação Industrial; dados de 2007. Fontes: MTE, MDIC, IBGE, FIESC
Santa Catarina como líder na
realizados constantemente.
característica de cluster. Um
América Latina em produção
Há em Santa Catarina um
dos destaques é o Centro
de cerâmica para revestimento,
ambiente adequado ao
de Tecnologia em Cerâmica
além de maior exportador
desenvolvimento setorial,
(CTC), que realiza assessoria
do Brasil, comercializando
devido ao forte adensamento
técnica e tecnológica,
para 118 países.
industrial e à variedade de
pesquisa aplicada,
A maior concentração de
fornecedores de matérias-
informação tecnológica
indústrias é no Sul do estado
primas, serviços e produtos,
setorial e formação de
(Criciúma e cidades vizinhas)
que conferem ao setor
recursos humanos.
SAIBA MAIS Uma das frentes de pesquisa mais avançadas no setor é a ambiental. As principais empresas investem em equipamentos para controle ambiental, na redução do consumo de insumos, na reciclagem e no reaproveitamento de resíduos. O setor cerâmico está entre os principais usuários de gás natural em Santa Catarina, o que minimiza impactos.
Principais produtos: cerâmica para construção (azulejos, pisos, porcelanato, peças decoradas, peças especiais, pavimentos polidos e revestimentos externos), cerâmica vermelha, cerâmica e porcelana para mesa (pratos, xícaras, canecas e travessas)
Qualidade, design e preço. Baseada nesse tripé, a indústria catarinense conquistou clientes em todo o mundo. Com qualidade semelhante ou superior à de produtos feitos na Itália, Espanha e China, os artigos catarinenses podem custar até quatro vezes mais barato. A indústria é flexível e moderna, podendo produzir pequenos lotes sem perda de escala. Além da intenção de exportar, as empresas do setor também estão abertas a joint-ventures e outros negócios com investidores estrangeiros. A oportunidade é o aquecido mercado interno de construção civil brasileiro, que constrói como nunca. Fato que ajuda a justificar a queda do volume de exportações do setor nos últimos dois anos e aumento de vendas no mercado interno (veja o quadro na página ao lado). 47
Setores
Máquinas e equipamentos elétricos
A inovação tecnológica é essencial para o sucesso do setor. Nas
Empresas do estado produzem linhas completas de equipamentos
pela venda de produtos lançados nos últimos cinco anos.
grandes indústrias, em média metade do faturamento é obtido
Indústria
elétricos e estão entre os maiores fornecedores mundiais.
48
Concentrada na região
com altos investimentos
Nordeste, principalmente
das empresas em pesquisa
nas cidades de Joinville e
e desenvolvimento.
Jaraguá do Sul, a indústria
No Nordeste do estado estão
eletrometalmecânica é
os grandes players nacionais
uma das principais forças
e multinacionais do setor,
impulsoras da economia
mas um grande número
do estado. A produção
de pequenas e médias
catarinense representa
empresas atua em todo
13% do total nacional no
estado. No Vale do Itajaí um
segmento de Máquinas,
eixo eletrometalmecânico
Aparelhos e Materiais
produz equipamentos
Elétricos, destacando-se
voltados às indústrias têxteis
nos segmentos de motores e
principalmente na fabricação
e de confecções. Na região
compressores, Santa Catarina
de geradores, transformadores
de Joaçaba, no Meio-Oeste,
possui uma pauta de exportação
e motores elétricos, sendo
o foco são as máquinas
bastante diversificada, que
responsável por 37% da
agrícolas, enquanto Chapecó,
abrange desde motores
produção brasileira desses
no Oeste, é voltada para a
elétricos até equipamentos
produtos. Santa Catarina
indústria de alimentos e na
odontológicos. O principal
se destaca também na
região Serrana, a indústria
mercado para os produtos é a
produção de compressores
de máquinas para madeira é
União Europeia, seguida dos
herméticos para refrigeração
desenvolvida. Existem ainda
países do Mercosul, Estados
e eletrodomésticos de linha
polos menores na região Sul
Unidos e México. As grandes
branca. O estado está na
e na Grande Florianópolis.
empresas locais contam com
vanguarda mundial no setor,
Além da tradição internacional
unidades no exterior.
Principais produtos: motores, geradores e transformadores elétricos, compressores para refrigeração, máquinas para as indústrias têxtil, alimentícia e madeireira, ferramentaria, máquinas agrícolas e equipamentos pesados
Quem tiver interesse em adquirir uma central de geração hidrelétrica de pequeno porte pode fazê-lo inteiramente em Santa Catarina – das turbinas aos painéis eletrônicos. A indústria do estado produz ainda linha completa de geradores, transformadores e motores elétricos, de todos os portes e para todo o tipo de aplicações. No caso dos compressores para refrigeração, a variedade inclui equipamentos de alta eficiência energética até microcompressores para computadores portáteis. Apesar do domínio tecnológico e riqueza do portfólio, o setor se adensa ainda mais. Empresas multinacionais se integram produtiva e comercialmente com parceiros locais, formando redes de fornecedores de peças e equipamentos por meio de aquisições, parcerias e acordos tecnológicos.
Pessoas em foco Dispostas a obterem mais diferenciais competitivos, empresas catarinenses investem em recursos humanos. Os sindicatos patronais e a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) desenvolvem programas para a criação de ambientes de trabalho favoráveis ao desenvolvimento e motivação. A Abimaq também realiza treinamento em comércio exterior nas empresas e participa com estande próprio em feiras nacionais e internacionais, divulgando a produção dos associados.
Perfil do setor Indústrias Trabalhadores Participação no VTI de SC (*) Exportações (2008) Participação nas exportações de SC (2008)
2.025 64 mil 18,5% US$ 2,05 bilhões 24,8%
Obs: considera as indústrias de Máquinas e Equipamentos e Máquinas, Aparelhos e Materiais Elétricos (*) Valor da Transformação Industrial; dados de 2007. Fonte: FIESC
49
Setores
Metalurgia e Produtos de Metal Estado é centro de excelência em formação de pessoal,
As principais indústrias do setor são fornecedoras de produtos de alta complexidade para o mercado mundial, em especial na área automotiva. Ao atuarem com desenvolvimento de produtos sob encomenda, são habilitadas a realizar processo de engenharia simultânea com clientes. Nas empresas e em centros tecnológicos localizados em Santa Catarina, realiza-se desenvolvimento de ferramentas, ensaios e elaboração de protótipos, entre outras atividades. Em Joinville há centros de tecnologia nas áreas de mecânica, metalurgia e análise laboratorial, que realizam análises dimensionais e calibração de equipamentos e máquinas.
Indústria
desenvolvimento de produtos e de logística para o setor.
50
Fornecendo insumos essenciais
América Latina e da União Europeia.
para os principais polos
A maior parte da produção está
produtivos brasileiros, a indústria
na região Nordeste, em especial
metalúrgica de Santa Catarina
nos polos de Jaraguá do Sul
lidera o mercado nacional de
e Joinville. Outros municípios
eletroferragens galvanizadas a
com empresas importantes são
fogo para distribuição de energia
Garuva, Criciúma, Blumenau,
elétrica, telefonia e TV a cabo,
Brusque, Rio do Sul, Tubarão,
além de elementos de fixação
Porto União e Florianópolis. A
(parafusos e porcas) e produtos
maioria das empresas é de micro
para jardinagem. Responsável
ou pequenas. Entre as companhias
por 20% da produção nacional
de grande porte, Santa Catarina
de fundidos, o estado é sede da
conta com duas indústrias do
maior fundição independente da
segmento de transformação
América Latina, fornecedora de
de aço com faturamento
produtos fundidos para a indústria
superior a US$ 700 milhões.
automotiva e conexões em ferro
Santa Catarina se destaca no
para redes hidráulicas e de gás. No
parque industrial brasileiro pelo
segmento de produtos metálicos,
alto nível técnico de sua mão de
5% da produção catarinense
obra, formada por uma sólida rede
é exportada. No segmento de
de instituições de ensino locais.
metalurgia básica (perfis laminados,
Joinville é referência mundial na
tubos e fundição), 37% da produção
formação de engenheiros e técnicos
é destinada ao mercado externo.
de fundição, egressos de cursos
Os maiores clientes são países da
oferecidos pelo Sistema FIESC.
Perfil do setor (2008) Principais produtos: perfis laminados, fundidos para indústria automotiva, eletroferragens para distribuição de energia elétrica, telefonia e TV a cabo, elementos de fixação (parafusos e porcas) e produtos para jardinagem
Indústrias Trabalhadores Participação no VTI de SC (*) Exportações Participação nas exportações de SC (2007) (*) Valor da Transformação Industrial; dados de 2007.
3.287 49 mil 8,7% US$ 223 milhões 2,7%
Fontes: MTE, MDIC, IBGE, FIESC
Eficiência logística
A Metalurgia, feira setorial realizada a cada dois anos em Joinville, movimenta negócios de US$ 200 milhões e recebeu 20 mil visitantes em 2008.
Um dos maiores grupos siderúrgicos do mundo encontrou em Santa Catarina a localização ideal para a produção de bobinas de aço, direcionadas à indústria automobilística e a outros setores. A unidade está a meio caminho entre São Paulo e Buenos Aires, seus principais mercados. A matéria-prima vem do Espírito Santo, estado do Sudeste brasileiro a cerca de 1.200 quilômetros, pelo mar, até o Porto de São Francisco do Sul. O sistema de transporte utiliza barcaças oceânicas e dispensa a necessidade de 400 caminhões circulando em estradas. O mesmo Porto de São Francisco do Sul despacha as exportações de bobinas. 51
Setores
Móveis
Perfil setorial (2008) Indústrias Trabalhadores Participação no VTI de SC (*) Exportações (2007) Participação nas exportações de SC
O estado de Santa Catarina é responsável por mais de
Indústria
um terço das exportações brasileiras de móveis.
52
Santa Catarina é o maior
a maioria produtora de móveis
exportador de móveis do Brasil,
de madeira aglomerada e placas
destacando-se no segmento de
de MDF. Na região da Grande
móveis torneados de madeira
Florianópolis, empresas dos
maciça (pínus e eucalipto) para
municípios de Biguaçu e Palhoça
uso residencial. As exportações do
são especializadas no segmento de
estado correspondem a mais de um
alto padrão voltado ao consumidor
terço das exportações brasileiras. O
final. Empresas de ambas as regiões
principal polo produtor se localiza
também investem em exportação
no Alto Vale do Rio Negro, no
e começam a ganhar visibilidade
Planalto Norte, concentrando cerca
em feiras internacionais.
de 250 empresas em Rio Negrinho,
Investindo no aprendizado, na
São Bento do Sul e Campo Alegre.
qualificação da mão de obra e no
São na maioria indústrias de
espírito empreendedor, a indústria
pequeno e médio portes, que
moveleira catarinense criou
empregam diretamente cerca de
um diferencial de competência
11 mil trabalhadores e há três
técnica e produtiva. Dentre suas
décadas mantêm uma tradição
características destacam-se a
de qualidade e competitividade
agilidade no cumprimento de
no mercado externo.
prazos e a flexibilidade para
Mais voltadas ao mercado interno,
atender as demandas particulares
outras regiões se destacam na
de cada mercado. Entre os maiores
produção moveleira. O Oeste
consumidores estão Estados
reúne cerca de 125 empresas
Unidos, França, Alemanha,
em Chapecó e cidades vizinhas,
Inglaterra e países do Mercosul.
A indústria de móveis vem fortalecendo seus compromissos com clientes 2.060 26 mil 2,1% US$ 331 milhões 4,0%
tradicionais e alcançando novos mercados na África e no Oriente Médio.
(*) Valor da Transformação Industrial; dados de 2007. Fonte: MTE, MDIC, IBGE, Fiesc
Exportações catarinenses Período Jan/jul 2009 Jan/jul 2008 Jan/jul 2007
US$ milhões 140,1 193,9 216,9
Fonte: Abimóvel
Principais produtos: móveis para quarto, salas de estar e jantar, além de peças decorativas
SAIBA MAIS O programa Brazilian Furniture, desenvolvido pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), é uma ferramenta de acesso da indústria ao mercado externo. Ele viabiliza a participação de indústrias brasileiras em eventos no exterior e também a visita de empresários estrangeiros para rodadas de negócios durante as feiras setoriais brasileiras.
Participação nas exportações brasileiras 31,2% 30,2% 34,9%
Selo verde Com o objetivo de promover práticas ambientalmente sustentáveis na cadeia produtiva, 27 empresas moveleiras nos municípios de Rio Negrinho, São Bento do Sul e Campo Alegre criaram um selo de certificação ambiental para seus produtos. O BioMóvel é auditado pelo Senai/SC e concedido para empresas que atendem a critérios como o tratamento adequado de resíduos industriais, uso de colas e revestimentos não tóxicos e matéria-prima proveniente de fontes renováveis. Com o slogan “A sua casa mais saudável”, a certificação foi insipirada nas práticas da indústria moveleira alemã e confere mais um diferencial para a produção catarinense.
A indústria moveleira catarinense tem comprovada vocação exportadora e aprofunda a passos largos o seu processo de internacionalização. Os empresários se mostram cada vez mais abertos para parcerias e joint-ventures com empresas de fora do país, com o objetivo de capitalizar sua operação e aumentar a capacidade produtiva. A ideia é somar os pontos fortes da indústria local – matéria-prima abundante e renovável, tecnologia e agilidade na produção – com a expertise comercial de parceiros internacionais para posicionar os produtos catarinenses de forma mais agressiva no mercado externo.
SAIBA MAIS Os participantes também se comprometem a cumprir as exigências das legislações ambiental e trabalhista e a não comprar de fornecedores que usam trabalho infantil ou escravo.
53
Setores
Plásticos
A indústria catarinense é líder em produção de EPS (isopor) e embalagens plásticas para fertilizantes na América Latina.
Com destaque em produtos para construção civil e descartáveis,
Indústria
Santa Catarina tem o segundo maior parque industrial do país.
54
Pioneira na transformação de
A indústria se distribui por
plásticos na década de 1950,
todo o território, com destaque
quando recebeu sua primeira
para a região de Joinville, que
máquina de injeção manual
concentra as indústrias de PVC,
de resina plástica, Santa
torneiras e chuveiros, e para o
Catarina abriga hoje cerca de
Sul do estado, cuja produção
900 indústrias, que faturam
representa mais de 60% dos
anualmente mais de US$ 3
copos descartáveis consumidos
bilhões. Mesmo sem contar
no Brasil. Outras cidades suprem
do Mercosul, Estados Unidos e
com um polo petroquímico,
demandas regionais, em especial
Ásia. Para aumentar a presença
refinarias ou indústrias químicas
a produção de filmes plásticos
dos produtos transformados
de grande porte, o estado tem o
e bandejas em Chapecó e
no mercado internacional,
segundo maior parque instalado
Joaçaba, além de injetados e
empresas investem em
no Brasil e é líder nacional na
brinquedos em Blumenau. Áreas
programas como o Export
produção de PVC e descartáveis.
de injeção plástica voltadas à
Plastic da Agência Brasileira
O setor consolidou sua posição
engenharia e à construção civil
de Promoção de Exportações
por apresentar parque industrial
vêm crescendo no estado.
e Investimentos (APEX). A
de última geração, alto grau de
As exportações do setor
Interplast, feira realizada em
inovação, eficiência logística,
representam menos de 1%
Joinville, com empresas de Brasil,
empenho na obtenção de
do total catarinense. Em
Áustria, Alemanha, Inglaterra,
certificações ISO e tecnologia
contrapartida, com um consumo
Dinamarca, Itália, Espanha,
desenvolvida localmente. Isso
médio de 900 mil toneladas/
Nova Zelândia, Coreia do Sul,
permitiu às indústrias atingir
mês de resinas, as indústrias
China e Estados Unidos, gerou
custos de produção competitivos
são grandes importadoras de
US$ 100 milhões em negócios e
e reduzir prazos de entrega.
matérias-primas, principalmente
atraiu 25 mil pessoas em 2008.
Na indústria de plásticos catarinense, muitos itens antes importados começaram a ganhar espaço nas linhas de produção: os plásticos de alto valor agregado. São peças e componentes de informática e eletroeletrônicos e da indústria automobilística, notadamente para as áreas de iluminação de automóveis, mecanismos de movimentação de vidros, espelhos, freio, direção e cinto de segurança. As indústrias se favorecem pela excelente qualidade de pesquisa e desenvolvimento presente no estado e passaram a agregar esses produtos em seu portfólio.
SAIBA MAIS A demanda internacional por produtos plásticos transformados está em expansão e para a indústria catarinense os benefícios da internacionalização vão além dos resultados quantitativos. A conquista do exterior fortalece a imagem, amplia mercados, diversifica produtos, dilui custos, reduz a instabilidade e proporciona maior competitividade também no mercado interno.
Perfil do setor (2008) Indústrias Trabalhadores Participação no VTI de SC (*) Exportações Participação nas exportações de SC (2007) (*) Valor da Transformação Industrial; dados de 2007.
943 31 mil 5,4% US$ 69 milhões 0,8%
Fontes: MTE, MDIC, IBGE, FIESC
Mais qualidade Almejando ampliar o número de certificações ISO 9001 e ISO 14000, o setor de plásticos em Santa Catarina possui laboratórios itinerantes em viaturas capazes de realizar 30 testes e ensaios em matérias-primas, produtos e processos nas próprias indústrias. O objetivo é estancar gargalos produtivos provenientes de peças defeituosas, resinas mal armazenadas, máquinas mal reguladas e treinamento inadequado de funcionários. O projeto é ligado ao Export Plastic e visa combater não apenas problemas ocasionais, mas tornar rotina a adoção das tecnologias mais modernas de produção, formação e atualização de mão de obra permanente.
Principais produtos: artigos em PVC para construção civil, descartáveis, filmes plásticos, chuveiros, brinquedos e EPS
55
Setores
Indústria
Tecnologia
56
O mercado brasileiro de software e serviços cresceu
O software no Brasil
35% em 2008, movimentando US$ 15 bilhões.
➜➜Mercado de US$ 5,07 bilhões
Santa Catarina destaca-se com indústria de desenvolvimento de
➜➜Representa 1,68% do mercado mundial
softwares de gestão empresarial e soluções para telecomunicações.
➜➜É atendido em 32,5% por programas desenvolvidos no país ➜➜Exportação de US$ 82 milhões em licenças
Impulsionada pela crescente
estado conta com inúmeras
demanda das empresas locais por
empresas de pequeno e médio
inovação e competitividade, a
portes com potencial para
indústria de base tecnológica se
desenvolvimento e inovação.
destacou na economia estadual
A maioria foi criada a partir de
e insere suas marcas no mercado
uma rede de incubadoras que
internacional de Tecnologia
hospedam empreendedores
da Informação (TI). Joinville,
oriundos de universidades
Florianópolis e Blumenau, as
e da iniciativa privada,
três maiores cidades do estado,
oferecendo infraestrutura
são também os principais polos
física e serviços compartilhados
regionais de desenvolvimento.
para o desenvolvimento de
A produção de hardware e
projetos inovadores em TI.
componentes é mais concentrada
Entre os principais produtos
a União Europeia, investem em
na capital, enquanto as
exportados pela indústria
parcerias locais que envolvem
empresas de software são
de TI catarinense estão
transferência de know-
distribuídas por todo o estado.
softwares de gestão para
how e tecnologia, além de
Santa Catarina possui três
aplicações industriais e
investimentos diretos. Algumas
das quatro maiores empresas
soluções tecnológicas para
das grandes companhias do
desenvolvedoras de sistemas
a área têxtil. Os principais
setor, como HP, Siemens, IBM
do Brasil e outras empresas
clientes são países da América
e Microsoft têm parceiros
locais que participam de
Latina como Argentina,
locais bem estruturados.
projetos off-shore com grandes
Chile e México. Os Estados
Novos mercados surgem no
empresas do setor, como IBM,
Unidos são um comprador
Peru, na Colômbia e em países
HP e Microsoft. Além disso, o
importante e, juntamente com
da África Subssaariana.
Fonte: ABES (Associação Brasileira das Empresas de Software)
Polo de telecomunicações
Principais produtos: soluções para o setor de energia e indústria têxtil, sistemas ERP para produção industrial e softwares de gestão nas áreas de recursos humanos, construção civil e jurídica
Perfil setorial Empresas em Santa Catarina Empregos Faturamento Maior concentração
1.600 16,8 mil US$ 750 milhões Blumenau, Florianópolis, Joinville, Chapecó e Criciúma
Fonte: FIESC
Santa Catarina é um polo desenvolvedor de tecnologia para telecomunicações e abriga algumas das empresas mais representativas do Brasil. Na Grande Florianópolis se produz mais de 60% das centrais telefônicas vendidas no país, além de aparelhos de telefone, celulares, roteadores, notebooks e soluções para redes, call centers e telefonia IP. A convergência entre as áreas de telefonia, segurança e informática atrai parcerias internacionais. Dezenas de empresas atuam internacionalmente no mercado de telecomunicações por meio de alianças estratégicas com grandes marcas globais.
Para compradores de tecnologia, Santa Catarina é cada vez mais vista como um reservatório de mão de obra qualificada e referência no desenvolvimento de tecnologias para bancos, telecomunicações, energia, saúde, gestão empresarial, governo, segurança e internet em geral. Existe hoje no estado aproximadamente uma centena de empresas com potencial para serem players mundiais em diferentes segmentos. São empresas de médio porte, com um faturamento médio de US$ 5 milhões por ano, prontas para receber investimento e capacitação para se tornarem competitivas internacionalmente. 57
Setores
Têxtil e Confecções
Perfil do setor (2008) Indústrias Trabalhadores Participação no VTI de SC (*) Participação nas exportações de SC
Grandes companhias trabalham em sinergia com pequenas
Indústria
empresas, investindo em tecnologia e criação de moda.
58
(*) Valor da Transformação Industrial; dados de 2007.
A produção de têxteis e
em teares computadorizados,
artigos para vestuário é uma
equipamentos eletrônicos para
das atividades industriais
tinturaria e máquinas de corte e
mais tradicionais de Santa
costura automatizadas, aliados à
Catarina. Remonta ao século
capacitação profissional. Um dos
XIX, forjada por imigrantes
focos é ampliar as exportações.
alemães de vocação industrial
Entre as estratégias para
que colonizaram o Vale do Itajaí
se posicionar no mercado
e a região Nordeste do estado.
externo estão a abertura de
Desde cedo, a indústria realiza
lojas próprias e franqueadas e
intensas trocas comerciais e
escritórios de representação,
tecnológicas com o exterior,
além de pesquisas de mercado.
em especial a Europa.
As principais empresas possuem
Atualmente, grandes empresas
sistemas de gestão ambiental,
com marcas de alcance
certificados ISO 14000 e
internacional convivem com
Öko-Tex Standard 100. É um
milhares de micro e pequenos
dos setores que mais investe
empreendedores, com quem
em tecnologia ambiental.
US$ 5 bilhões (15% do total
compartilham a produção. Uma
A indústria têxtil e do vestuário
da indústria têxtil nacional).
das características do setor é
catarinense responde por cerca
Além da concentração setorial
a flexibilidade industrial para
de 15% das exportações e 23%
no Vale do Itajaí e região
atender a pequenos pedidos
das importações brasileiras no
Nordeste, existem núcleos
com agilidade. A indústria
setor. No total, são mais de 8
de confecção e malharia
passa por constante renovação
mil empresas no estado, com
em Florianópolis (capital)
tecnológica, com investimentos
faturamento anual superior a
e Criciúma (região Sul).
8.321 155 mil 16% 3,2%
Fonte: MTE, MDIC, IBGE, FIESC
Moda contemporânea Enquanto pequenas empresas subcontratadas se encarregam de boa parte da produção das grandes marcas, estas investem na criação para agregar valor aos produtos. Parcerias com universidades têm sido frutíferas para o desenvolvimento de tendências e inovações em moda. O programa Santa Catarina Moda Contemporânea (SCMC) integra instituições de ensino do estado com indústrias de moda. Em 2008 reuniu 15 indústrias e 14 instituições de ensino.
Principais produtos: malhas de algodão, tecidos de algodão, tecidos bordados e artigos de cama, mesa e banho
SAIBA MAIS Os principais países compradores das companhias catarinenses são a Argentina (roupas de malha e tecidos de algodão), Estados Unidos (vestuário, tecidos especiais, rendas e bordados) e a União Europeia (vestuário e tecidos de algodão).
Grandes e pequenas empresas de confecções atuam em cooperação. As pequenas se encarregam de parte da produção, conferindo flexibilidade ao sistema.
Como um dos principais polos têxteis brasileiros, Santa Catarina é sede de eventos e feiras de negócios de porte internacional. A Texfair, considerada a maior feira do setor na América Latina, acontece em Blumenau e reúne uma média de 200 expositores e 400 marcas nos segmentos de cama, mesa e banho, malharia, vestuário e decoração. Em 2008 recebeu mais de 30 mil visitantes. Durante a feira são realizadas visitas de compradores do mercado externo e rodadas de negócio. Também são importantes a Feira Internacional de Materiais para a Indústria Têxtil e de Confecção (Fematex), a Feira Brasileira para a Indústria Têxtil (Febratex) e a SC Mostra Jeans. 59
18 instituições de ensino superior
Grande Florianópolis
Perfil contemporâneo Região se destaca em tecnologia, turismo, serviços e
Regiões
construção civil, e ainda em setores da indústria tradicional.
60
A Grande Florianópolis
turismo, serviços e tecnologia.
é internacionalmente
Já a construção civil tem
reconhecida pelo turismo,
importante papel na geração
que atrai dois milhões de
de renda e emprego. São
visitantes na alta temporada –
cerca de 2,1 mil empresas,
de dezembro a março –, com
quase 20% do total do
cada vez mais estrangeiros.
estado, sendo 916 delas
A região no entorno da
somente na capital. Em São
capital, no entanto, possui um
José está instalada a maior
Serviços em alta
2,1 mil empresas de construção civil
A região se consolida como polo de serviços. Florianópolis conta com hospitais de referência em oncologia e outras especialidades. Três novos hospitais privados entram em operação em 2010 na cidade, além de ampliações em curso, que movimentam US$ 35 milhões. São empreendimentos que movimentam a construção civil, equipamentos e soluções tecnológicas. O comércio está em expansão acelerada: três novos shoppings devem funcionar entre 2010 e 2012, além dos quatro já existentes. Motivadas pela localização privilegiada, empresas nacionais e estrangeiras instalam na Grande Florianópolis seus centros de distribuição. Palhoça possui um condomínio empresarial com esse fim.
Indústrias cerâmica, de plástico, calçados e confecções
Vale do Itajaí
2 milhões de turistas por temporada Polo de comércio e serviços (medicina, ensino e centros de distribuição) 500 empresas de base tecnológica (sotware, hardware, telecomunicações, biotecnologia, equipamentos odontológicos)
Principais municípios Florianópolis São José Palhoça Biguaçu São João Batista Santo Amaro da Imperatriz
polo industrial diversificado,
empresa de pré-fabricados
que a coloca entre as mais
da América Latina. O setor
dinâmicas do país. Há
é responsável por 19 mil
importantes empresas do
vagas diretas. Sua base é
setor cerâmico (Tijucas),
o acelerado crescimento
de plásticos e petrolífero
demográfico: entre 1996
(Biguaçu), de equipamentos
e 2006, a população do
náuticos, odontológicos e de
estado cresceu 22,1%,
telecomunicações (Palhoça
enquanto Palhoça (57,8%) e
e São José), de alimentos
Florianópolis (49,9%) ficaram
sistema de private label para
e bebidas (São José) e de
bem acima desse índice.
grandes marcas, gerando 10
calçados. A capital Florianópolis
Outro setor consolidado é
mil empregos. O polo conta
não possui indústrias de
o de confecções, com cerca
ainda com uma universidade
manufatura pesada em função
de 2 mil micro e pequenas
pública de moda, o que garante
de restrições ambientais e
empresas, que possuem marca
contínua atualização de
sua economia é baseada em
própria ou produzem no
conhecimento e de tendências.
Mil habitantes (2008) 402,3 199,2 128,4 55,7 23,5 18,3
Planalto Serrano
Fonte: FIESC e IBGE
SAIBA MAIS O município de São João Batista é o quarto maior polo industrial do setor calçadista no país. Possui cerca de 200 empresas que produzem 1,5 milhão de pares/mês, com exportações para diversos países.
Oceano Atlântico
GRANDE FLORIANÓPOLIS
Sul 61
Grande Florianópolis
Regiões
Negócios do conhecimento
62
A região da Grande
em áreas como sistemas de
Florianópolis é o berço
informação, engenharia
de uma pujante indústria
de controle e automação,
de alta tecnologia, com
de produção, elétrica,
cerca de 500 empresas no
mecânica e de materiais
setor. A maioria é voltada à
na graduação. A
produção de softwares, mas
instituição também apoia,
há importantes companhias
com pesquisa, setores
de telecomunicações,
como a maricultura,
biotecnologia e
no qual a região tem
equipamentos
liderança no país.
odontológicos, que exportam
Outro destaque são os
para os cinco continentes.
centros tecnológicos
A consolidação da indústria
implantados desde a década
da tecnologia, que não polui
de 1980 e que hoje figuram
e contrata mão de obra
entre os melhores do país.
altamente qualificada, está
Incubadoras incentivam
relacionada a um ambiente
o empreendedorismo
favorável existente na
inovador e estão servindo
região. Há 18 instituições
de modelo em países
de ensino superior, sendo
como México, Peru e
a principal a Universidade
Venezuela. A iniciativa
Federal de Santa Catarina
também é desenvolvida em
(UFSC), uma das maiores
municípios como São José
do país. A UFSC oferece 65
e Biguaçu, que articulam
cursos de graduação, 60
planos de incentivos
de especialização, 55 de
fiscais para a instalação
mestrado e 37 de doutorado,
de novas empresas de
e se destaca nacionalmente
base tecnológica.
A cidade de Florianópolis e as indústrias de tecnologia, cerâmica e plásticos: a região é também um centro de serviços, comércio e educação
Mais de 90% da produção nacional de moluscos cultivados, com destaque para ostras, se concentra em fazendas marinhas localizadas na Grande Florianópolis.
Apesar dos grandes atrativos turísticos, a região ainda carece de infraestrutura náutica condizente: não há portos para a atracação de transatlânticos e são poucas as marinas, a maior parte de particulares. A instalação desse tipo de equipamento, além de um grande potencial de investimento em si, também gera a possibilidade de implantação de uma série de negócios relacionados como empresas fornecedoras de peças ou de manutenção de navios, barcos e lanchas, por exemplo. Outra possibilidade em estudo é a via marítima como forma de transporte de massa, com a operação de balsas ligando os principais municípios – a capital, Palhoça e Biguaçu – e reduzindo o fluxo de veículos via terrestre.
Lazer diversificado
Número de estabelecimentos industriais Produtos alimentícios e bebidas Produtos minerais não metálicos Artigos de vestuário e acessórios Móveis e indústrias diversas Fabricação de couro e preparação de artefatos Fonte: MTE, FIESC/2008
501 340 313 295 283
Um dos principais destinos turísticos mundiais, a Grande Florianópolis oferece diferentes tipos de lazer: no litoral, praias límpidas e paradisíacas – somente na Capital são 42 – e clima de serra no interior, com destaque para as águas termais, turismo rural e de aventura (rafting, canoagem e vôo livre) em municípios como Santo Amaro da Imperatriz, Rancho Queimado e São Pedro de Alcântara. Nova Trento é a segunda maior estância religiosa do país, com os santuários de Santa Paulina e Nossa Senhora do Bom Socorro. Ao todo, são 40 mil leitos disponíveis na região. A colonização se deu por distintas correntes imigratórias, sendo o litoral povoado por açorianos em meados do século XVII e a parte serrana por alemães no século XIX, fato que gerou uma rica arquitetura ainda preservada em boa parte dos casarões, sobrados e igrejas. 63
Norte
Negócios dinâmicos Com grande adensamento tecnológico e industrial, região
Regiões
abriga empresas que têm o mercado mundial como estratégia.
64
O município de Joinville gera cerca de 10% do total do Produto Interno Bruto catarinense (2006).
Principais municípios
O Norte catarinense reúne o
da América Latina e de unidade
maior polo industrial do estado.
siderúrgica multinacional. No
A vocação forjada em quase
Nordeste está o segundo maior
200 anos após a chegada dos
polo nacional de ferramentaria,
primeiros imigrantes vindos
que produz moldes para
do sul da Alemanha – em
indústrias como as de autopeças
1827 – gerou um parque
e matrizes para estamparias,
fabril que impressiona pelo
reunindo 430 indústrias que
número de empresas, mas,
atendem os mercados interno e
principalmente, pela expertise
externo. Em relação ao setor de
de produção em segmentos
eletrodomésticos, o destaque
como o metalmecânico, de
é para uma das principais
aparelhos elétricos, de autopeças
fábricas de refrigeradores e
e veículos automotores, de
freezers do Brasil e, no plástico,
plásticos, têxtil e moveleiro.
para a primeira empresa no
Alinhadas aos exigentes padrões
ranking brasileiro de tubos,
internacionais de produção
conexões e acessórios.
e gestão, boa parte dessas
Essas e outras empresas se
companhias se transformou
beneficiam de um contexto
em grandes players mundiais.
altamente favorável de logística,
federal e outra particular – e
A região sedia a líder mundial
educacional – são 12 instituições
um parque tecnológico que
de compressores, uma das
de nível técnico e superior com
inclui algumas das principais
maiores fabricantes de motores
cursos voltados às indústrias,
empresas que produzem
elétricos do mundo, além da
além de duas universidades em
soluções para a produção,
principal fundição autônoma
processo de instalação, uma
finanças e gestão de negócios.
Joinville Jaraguá do Sul São Bento do Sul Mafra Rio Negrinho São Francisco do Sul
Mil habitantes (2008) 492,1 136,3 75,5 52,7 44,0 39,3
Oceano Atlântico
Fonte: IBGE
Estratégias globais A lista dos principais produtos exportados por Santa Catarina demonstra a importância da região Norte para o comércio exterior de industrializados. À exceção da indústria de processamento de carnes e de cerâmica, os principais itens da pauta são manufaturados essencialmente na região Norte/Nordeste: motores e geradores elétricos, motocompressores, blocos de cilindro, cabeçotes e móveis de madeira. A característica essencial das principais empresas desses setores é que elas têm o mercado externo como estratégia de negócios e não como alternativa de ocasião. Isso significa que as principais indústrias estão próximas ao topo da escala de agregação de valor, disputando mercados em que o preço não é o único determinante.
Oeste
Destaque mundial em compressores, motores e geradores elétricos Vale do Itajaí
Produção de refrigeradores e freezers
NORTE
Autopeças: cadeia produtiva em consolidação
SAIBA MAIS Santa Catarina é grande exportadora de fumo – o produto é o segundo item da pauta. Nesse produto a região Nordeste também é destaque, pois está instalada em Joinville uma das maiores unidades exportadoras de tabaco do Brasil.
Maior polo nacional de tubos e conexões de PVC
Segundo maior produtor nacional de ferramentas
Planalto Serrano
Móveis: 30% das exportações brasileiras Concentração de fundições e indústrias de produtos de metal Grande Florianópolis
65
Norte
Regiões
Infraestrutura reforçada
A região Norte concentra cerca de 500 empresas de
A posição logística do Norte
de Itaipu devem chegar a
do estado é privilegiada e a
Joinville em 2010, assegurando
infraestrutura tem ganhado
o consumo pelas próximas
sucessivos reforços, fazendo
décadas, já considerando os
frente às necessidades do grande
incrementos de demanda. O
adensamento demográfico e
sistema de água está preparado
industrial. A principal estrada
para atender a demanda pelos
catarinense, a BR-101, que
próximos 10 anos, levando-se
corta o estado de norte a sul
em consideração um aumento
pelo litoral e que passa pelas
médio de consumo de 10% ao
principais cidades da região,
ano. Além disso, novos mananciais
teve a capacidade de tráfego
estão sendo prospectados.
duplicada há alguns anos. Fato
Todos esses fatores têm contribuído
que melhorou substancialmente
para fortalecer a região também
a ligação com o Sudeste brasileiro
como um polo de serviços, além
e com os portos de São Francisco
de industrial, com destaque
do Sul (45 km de Joinville), de
para o comércio e o turismo,
Itajaí (90 km) e de Paranaguá, no
especialmente o de negócios.
Paraná (135 km). Os portos estão para 2010 o funcionamento do Porto de Itapoá, na Baía da A capacidade instalada de fornecimento de energia recebeu um aporte de 52% em 2009, com a inauguração de uma nova subestação, e novas linhas de transmissão da hidrelétrica 66
Unido e Argentina, entre outros mercados.
Número de estabelecimentos industriais Produtos de metal (excluindo máquinas e equipamentos) Confecção de artigos de vestuário e acessórios Móveis e indústrias diversas Produtos de madeira Máquinas e equipamentos
O parque fabril do Nordeste oferece ambiente extremamente favorável para a instalação de empresas de médio e grande portes voltadas ao segmento de eletrodomésticos. A cadeia de negócios reúne a oferta de todos os componentes necessários para a montagem de refrigeradores, freezers, lavadoras e fornos de micro-ondas, por exemplo. São motores elétricos, geradores, transformadores ferramentaria e peças de plástico disponibilizadas pelas companhias locais, o que garante, entre outros benefícios, uma redução considerável nos custos de logística.
815 696 592 553 461
Fonte: MTE, FIESC/2008
Joinville e indústrias metalúrgica e de material elétrico: negócios focados na globalização
em ampliação e está previsto
Babitonga (veja os mapas).
móveis que exportam para Estados Unidos, França, Reino
Polo automotivo A vocação industrial da região Nordeste permite vislumbrar a consolidação de uma cadeia automotiva praticamente completa. Em Joinville, além da produção de ferramentaria, peças de plástico e componentes diversos, está instalada uma importante fundição que fornece blocos de motores, cabeçotes, perfis e gralhadas. Em São Francisco do Sul encontra-se uma das maiores siderúrgicas da América Latina, que disponibiliza chapas de aço para a indústria automotiva. Uma montadora de motores está se instalando em Joinville e há interesse de grupos na construção de uma planta industrial destinada à fabricação de pneus, a única carência ainda existente dentro da cadeia automobilística local. 67
Oeste
Do campo à fábrica Região é o berço da moderna agroindústria brasileira,
Regiões
com integração entre produtor e indústria.
68
O Oeste de Santa Catarina é
criação animal, processamento e
reconhecido internacionalmente
exportação, operações marcadas
por sua vocação agroindustrial,
pelo uso de tecnologia de ponta
forjada a partir das primeiras
em genética e manufatura.
décadas do século passado,
Com alta relação de ganho
quando começou a receber
de peso por consumo de
migrantes de origem italiana
ração, animais com muita
Parceria de sucesso
Paraná
A liderança de Santa Catarina no segmento de carnes está diretamente relacionada ao modelo criado pela agroindústria. No sistema integrado, os pequenos produtores rurais são responsáveis pela engorda de aves e suínos, recebendo das empresas, além da garantia de compra, matériaprima, insumos, assistência técnica e financiamentos. Entre as vantagens da integração estão a permanência do homem no campo, evitando o êxodo rural, e a garantia aos criadores de acesso a tecnologia.
Norte
Principais municípios Chapecó Concórdia Xanxerê São Miguel do Oeste Joaçaba Maravilha
e alemã vindos do estado
carne e pouca gordura e
vizinho do Rio Grande do Sul,
alta flexibilidade industrial
atraídos pela disponibilidade
(mais de dois mil cortes
de terras. Hoje, a região está
diferentes), o Oeste catarinense
entre os principais produtores
firmou-se uma das principais
de suínos e aves do país e sedia
regiões exportadoras de
algumas das maiores empresas
carne de frango do planeta:
de abate e processamento de
Santa Catarina detém 14%
animais da América Latina.
do comércio mundial. A
produção. No setor primário,
A produção inicialmente
agroindústria, predominante
destacam-se as plantações de
incipiente, com moinhos de
na região, responde por 38%
milho, para a alimentação do
trigo e fábricas de banha, foi
Mil habitantes (2008) 171,8 69,8 41,8 35,0 25,2 22,7
Fonte: IBGE, FIESC
das exportações do estado.
plantel e produção de rações,
dando espaço para matadouros
Uma característica marcante
com 1,6 milhão de toneladas,
e açougues, os embriões dos
da organização produtiva
cerca de 70% do total colhido
grandes grupos alimentícios
regional é o cooperativismo,
em Santa Catarina. O cenário
hoje instalados na região. Ao
que reúne pequenos produtores
produtivo garante que cerca de
longo dos anos se formou uma
rurais para a comercialização
50% da população ainda resida
cadeia produtiva completa, com
e industrialização de sua
no campo, em minifúndios.
Planalto Serrano Frangos: exportações catarinenses correspondem a 14% das vendas mundiais SAIBA MAIS As mais de 50 cooperativas agropecuárias de Santa Catarina congregam cerca de 60 mil associados. O setor obteve receitas próximas a US$ 3 bilhões em 2007, quando empregava 17 mil pessoas. As cooperativas localizam-se principalmente no Oeste do estado.
Suínos: com 4,5 milhões de cabeças, região Oeste tem maior rebanho nacional Indústria de máquinas e equipamentos reúne mais de 800 empresas Mais de 500 indústrias de móveis
OESTE
Rio Grande do Sul
Santa Catarina é a sexta maior bacia leiteira do país 69
Oeste
Regiões
Máquinas, móveis e leite
70
A expansão econômica da
Na área do agronegócio,
região Oeste, baseada na
destaca-se o crescimento
agroindústria, criou novas
da bacia leiteira do Oeste,
demandas e favoreceu o
que congrega mais de 60%
desenvolvimento de outros
da produção estadual.
importantes segmentos
Graças a ela, Santa Catarina
industriais. Um dos destaques
tornou-se o sexto maior
é o setor metalmecânico. A
estado produtor do Brasil,
fabricação de produtos de
com produção anual de
metal, incluindo máquinas
cerca de 1,9 bilhão de litros
e equipamentos, reúne 816
(2007). A cadeia produtiva
empresas, caracterizadas
conta com universidades
por pequenos e médios
e centros de pesquisa
negócios. Boa parte desses
envolvidos na melhoria da
fornecedores especializou-se
qualidade do leite. O mix
na indústria de alimentos,
de produtos da indústria
que necessita renovar
inclui queijos comuns,
constantemente seu
requeijões, leite UHT e
parque fabril em função
queijos nobres, produzidos
das exigências do mercado
com leite de ovelha.
externo. Há grande demanda
A região também iniciou
para o desenvolvimento de
a recente exploração do
máquinas que permitem a
potencial turístico de suas
diversificação de cortes de
fontes hidrotermais. Há
carnes. A região tornou-se
estâncias estruturadas em
também um importante
seis municípios: Piratuba,
polo moveleiro, este, porém,
Águas de Chapecó,
com atuação majoritária
São Carlos, Palmitos,
no mercado interno.
Quilombo e Caibi.
A disponibilidade de madeira foi fator decisivo para e desenvolvimento de indústrias baseadas no processamento da matéria-prima e também na fabricação de móveis. Hoje, a fabricação de produtos de madeira envolve cerca de 620 empresas, enquanto o segmento específico do mobiliário está em torno de 350 micro, pequenos e médios negócios. Para atender a demanda industrial, a matéria-prima é adquirida basicamente no Paraná e no Rio Grande do Sul, em distâncias que chegam a 400 quilômetros, o que encarece o produto final. O cenário está se modificando, com novas áreas de reflorestamento sendo constituídas e previsão de produção a médio prazo, em torno de cinco anos. Uma oportunidade que se abre é a instalação de novas empresas de fabricação de painéis de madeira, para atender especificamente a indústria moveleira.
Santa Catarina concentra 0,7% da produção suína mundial, com índices de produtividade comparáveis aos dos Estados Unidos e da Europa e altos padrões sanitários.
Chapecó e produção de frangos: a economia é baseada no agronegócio, com integração entre empresas e produtores
Produção de mudas: uma das maiores oportunidades emergentes na região é o plantio de florestas comerciais
No âmbito da produção animal, uma demanda forte na região Oeste é a de soluções para os dejetos suínos. Um dos processos empregados, o de compostagem, ainda exige altos investimentos e não dá destino ao produto final, apenas evita o despejo junto ao meio ambiente. A carência é de um procedimento no qual o produtor possa negociar esse insumo – aumentando a renda da propriedade e reduzindo o passivo ambiental –, que pode ser direcionado, entre outros usos, para usinas de gás metano. O cálculo médio é o de que um suíno vivo, com peso entre 16 e 100 quilos, produz de 5% a 9% de seu peso corporal em fezes e urina diariamente. Santa Catarina possui um rebanho permanente em torno de 4,5 milhões de cabeças, o que dá dimensão da matériaprima disponível.
Número de estabelecimentos industriais Produtos alimentícios e bebidas Produtos de madeira Móveis e indústrias diversas Produtos de metal (excluindo máquinas e equipamentos) Máquinas e equipamentos
845 642 543 513 373
Fonte: MTE, FIESC/2008
71
Planalto Serrano
A força da madeira Grande base florestal sustenta indústria de papel e celulose e favorece adensamento da cadeia
Regiões
produtiva madeireira de forma competitiva.
72
A Serra catarinense começou
alicerce 250 mil hectares de
a ser colonizada no século
florestas plantadas de pínus,
XVIII, com o processo de
além de eucalipto, e
ocupação organizado pelos
agrega algumas das mais
bandeirantes oriundos
importantes companhias de
Norte
Corredores ecológicos As florestas plantadas pelas principais indústrias de papel e celulose possuem como contrapartida a manutenção de grandes áreas de vegetação nativa. Graças ao sistema de plantio chamado mosaico, as plantações industriais são entremeadas pela mata nativa, formando corredores ecológicos. Eles permitem que animais se movimentem por longas distâncias, o que é essencial para a sobrevivência de muitas espécies.
Vale do Itajaí Florestas: 250 mil hectares plantados com pínus
Oeste
Indústria de base florestal: mais de 3 mil empresas Novo polo produtor de vinhos finos em São Joaquim Liderança nacional em produção de maçãs
Principais municípios Lages Curitibanos Campos Novos São Joaquim Otacílio Costa Correia Pinto
de São Paulo. Era preciso
papel e celulose, que possuem
um percurso, batizado de
certificados ambientais para
Caminho do Sul, pelo qual
suas florestas. As maiores
os tropeiros pudessem
indústrias localizam-se nos
alcançar a região do pampa,
municípios de Correia Pinto
no atual estado vizinho do
e Otacílio Costa. A linha de
Rio Grande do Sul. Em 1766
produção das empresas inclui
foi fundado o povoado que
desde papel para embalagens,
deu origem a Lages, hoje o
sacos industriais e papel Kraft
maior município da região, e
até lenços umedecidos, papel
relação a ferrovias, a região
cerca de 100 anos depois teve
higiênico e guardanapos.
é abastecida por malha
início o ciclo madeireiro, que
A infraestrutura logística
que faz a ligação entre os
garantiu impulso econômico
privilegiada é um dos atributos
extremos do Brasil, passando
e deixou como marca uma
da Serra: um tronco rodoviário
por importantes portos como
das principais vocações da
se forma a partir da BR-116,
os de São Francisco do Sul
região até os dias atuais.
estrada que liga o Sul ao
(SC) e Santos (SP) e trajetos
A indústria da madeira
Nordeste do país, além da
que incluem ainda países
desenvolveu uma cadeia
BR-282, entre o litoral e o
do Mercosul como Uruguai,
produtiva que tem como
planalto catarinense. Em
Paraguai e Argentina.
Mil habitantes (2008) 161,5 37,4 28,4 24,8 15,6 14,8
Grande Florianópolis
Fonte: FIESC
SAIBA MAIS A parceria com grandes indústrias de papel e celulose permite que produtores rurais participem de cadeias globais de fornecimento. As indústrias mantêm programas de fomento visando o plantio de árvores para seu abastecimento. Fornecem tecnologia, exigem respeito ambiental e garantem a compra da madeira. Até 2012, 20% da madeira utilizada pela indústria de papel e celulose será fornecida por pequenos produtores.
PLANALTO SERRANO
Sul Rio Grande do Sul
73
Planalto Serrano
Regiões
Tecnologia em fruticultura
74
O setor primário é
e Extensão Rural de Santa
responsável por boa parte
Catarina permitiram que a
da riqueza gerada na região
produção de maçã passasse
Serrana. A produção local de
de 18 mil toneladas em
frutas de clima temperado
1978 para 166 mil toneladas
garante a Santa Catarina
em 2009. São duas as
destaque no cenário nacional:
variedades mais colhidas: a
o estado lidera a produção
Fuji, entre março e abril, e a
de maçã, com 53% do total
Gala, em fevereiro e março.
brasileiro. Em 2009 a colheita
O clima da região favorece
alcançou 320 mil toneladas
a cultura. A oscilação de
em cinco municípios – Bom
temperatura ao longo do
Jardim da Serra, Bom Retiro,
dia confere maior coloração
Rio Rufino, São Joaquim,
e sabor adocicado às frutas.
Urubici e Urupema – com
Outras culturas de clima
um faturamento em R$ 190
temperado também
milhões. Nessas cidades, a
estão em expansão, como
atividade envolve quase dois
ameixa, pêssego e uvas.
mil fruticultores em uma área
Estas últimas estão criando
próxima a 11 mil hectares.
uma nova cadeia produtiva
A cidade de São Joaquim
na região, que inclui a
possui um dos mais
produção de vinhos finos.
modernos centros de
Os chamados Vinhos de
pesquisa em fruticultura de
Altitude de Santa Catarina
clima temperado do país.
são produzidos a até 1.400
Melhoramentos genéticos
metros em relação ao
desenvolvidos pela Estação
nível do mar, em cidades
Experimental da Empresa
como São Joaquim, a
de Pesquisa Agropecuária
mais fria do Brasil.
Turismo rural
A cidade de Lages, floresta comercial e fábrica de produtos de madeira: oportunidades crescentes no setor
Número de estabelecimentos industriais Apesar da expressiva produção, a fruticultura ainda não possui uma cadeia produtiva completa na região, fazendo com que os produtores comercializem a safra para distribuidores. Nesse contexto, uma possibilidade de investimento é a implantação de unidades de industrialização das frutas, em sucos concentrados ou em polpa, produtos de alto consumo, principalmente em grandes mercados, e que têm maior valor agregado.
Produtos de madeira Produtos alimentícios e bebidas Produtos de metal (excluindo máquinas e equipamentos) Fabricação de móveis e indústrias diversas Máquinas e equipamentos Fabricação de celulose, papel e produtos de papel Fonte: FIESC/2007
382 131 105 83 81 32
Montanhas com altitudes próximas aos 2 mil metros e temperaturas que ficam entre as mais baixas do Brasil – o que inclui o espetáculo da neve – colocam a Serra catarinense como um dos principais destinos do turismo rural do Brasil. Fazendas centenárias foram convertidas em hotéis e pousadas para receber hóspedes em municípios como Lages, São Joaquim, Urubici, Bom Jardim da Serra, Urupema e Bom Retiro, agregando uma série de confortos. Além de gastronomia farta e típica, é possível aproveitar uma série de opções de lazer como passeios a cavalo e charrete, além da prática de turismo de aventura como rapel, canoagem e trilhas.
Uma das oportunidades na cadeia produtiva da madeira está relacionada à manufatura de mobiliário, da fabricação de componentes para abastecer empresas do polo existente em São Bento do Sul, no Planalto Norte, e à produção final de dormitórios, cozinhas e jogos de sala, ainda praticamente inexistente na região. Outra possibilidade é a formação de joint-ventures para a produção de biomassa, os pellets, granulado de madeira comprimida a alta pressão, obtidos a partir de resíduos industriais e da limpeza das florestas. Os pellets são utilizados em aquecimento central, na produção de água quente e em estufas agrícolas e industriais, por exemplo. Seu preço equivale a cerca de 50% dos derivados de petróleo.
As indústrias de papel e celulose e de madeira, predominantes no Planalto Serrano, representam cerca de 10% da riqueza gerada por toda a indústria do estado e mais de 11% das exportações totais. 75
Grande Florianópolis
Sul
Capacidade ampliada
Além de ser uma das principais concentrações da
Diversificação industrial se acelera na região, que
um polo de produção de plásticos e confecções.
indústria cerâmica brasileira, o Sul de Santa Catarina é Planalto Serrano
Regiões
recebe importantes investimentos em infraestrutura.
76
Principais municípios
O Sul catarinense já
centros tecnológicos, unidades de
atravessou diferentes fases
pesquisa e desenvolvimento e de
de expansão econômica, com
formação de recursos humanos
destaque para a exploração
especializados. Há ainda grande
do carvão e consolidação
número de olarias e indústrias
da indústria cerâmica. Hoje,
de cerâmica vermelha e de
Criciúma Tubarão Araranguá Içara Laguna
porém, possui um parque
mesa. Em relação aos copos
Fonte: IBGE, FIESC/2008
industrial diversificado, no
descartáveis, calcula-se que cerca
qual se sobressaem também
de 70% da produção brasileira
os segmentos do vestuário,
é oriunda do Sul do estado.
diferentes heranças culturais.
metalmecânico e de plásticos
Outra indústria de destaque é a
Cidades litorâneas, como
descartáveis, todos detentores
de molduras, sendo o município
Laguna, foram colonizadas
de atributos competitivos que
de Braço do Norte chamado de
pelos imigrantes açorianos, a
garantem presença também nos
capital sul-americana do setor,
partir do século XVII. Já as terras
cenários nacional e externo.
em razão das exportações para
interioranas que deram origem
No caso da cerâmica, a região
mais de 20 países, enquanto que
aos municípios de Urussanga
sedia algumas das maiores
as empresas metalmecânicas
e Nova Veneza, por exemplo,
companhias nacionais do
desenvolveram know-how
receberam os imigrantes italianos
segmento, que são responsáveis
para atender as demandas
a partir do século XIX. Além de
pela liderança catarinense na
por soluções de ponta para
estarem entre os pioneiros da
produção de revestimentos –
diferentes segmentos produtivos.
indústria catarinense, os italianos
azulejos, pisos e porcelanatos
Pela extensão que agrega –
desenvolveram a vitivinicultura
– da América Latina. A região
cerca de 200 quilômetros entre
na região, que é notória pela
é um grande hub do setor, pois
o litoral e a divisa com o Rio
produção de vinhos elaborados
além das indústrias dispõe de
Grande do Sul –, o Sul guarda
a partir da uva Goethe.
Mil habitantes (2008) 187.0 95.8 59.1 56.4 51.3
SAIBA MAIS A região Sul detém 64,3% da produção bruta de carvão mineral (primeiro lugar do ranking nacional) e 45,3% da produção vendável (segundo lugar). A oferta é atraente para novos investimentos em geração térmica de energia elétrica, atividade de interesse para o país, que busca ampliar sua capacidade energética. A região já conta com o Complexo Termelétrico Jorge Lacerda, em Capivari de Baixo, com capacidade instalada de 857MW.
Oceano Atlântico
SUL
Santa Catarina lidera a produção de revestimentos e pisos cerâmicos na América Latina Copos descartáveis: 70% da produção brasileira está no Sul do estado Setor de confecções: 5 milhões de peças produzidas mensalmente 59,5% da produção de carvão mineral no Brasil Molduras de madeira: exportações para mais de 20 países 77
Sul
Regiões
Novos negócios
Com a duplicação da BR-101 os investimentos privados no Sul do estado devem se ampliar em US$ 500 milhões por ano, estimam
A região Sul atravessa um
de Jaguaruna, dotado de
período especial de sua história.
pista com 2,5 mil metros de
Uma série de investimentos em
extensão, uma das maiores
infraestrutura cria um contexto
do país, e dimensionado para
favorável à expansão econômica.
receber grandes aeronaves de
A mais importante obra é a
passageiros e de cargas. Além
duplicação do trecho Sul da
disso, o Porto de Imbituba
BR-101, principal rodovia federal
recém implantou duas novas
que corta o país de Osório (RS)
linhas de cabotagem, que
até Natal (RN), em uma extensão
atendem todo o litoral
de 4.551 quilômetros, passando
brasileiro. Esse cenário, que
por 12 estados brasileiros. O
inclui ainda a operação da
trecho Sul compreende 400
Ferrovia Tereza Cristina,
quilômetros de pista entre
concessionária da malha
o município catarinense de
ferroviária sul-catarinense,
Palhoça e Osório – 248 em Santa
cria diferentes possibilidades
Catarina – com previsão de
de integração logística que
conclusão em 2012. O trecho
poderão reduzir o custo do
vai melhorar sensivelmente
frete em cerca de 30%.
entidades empresariais da região.
a ligação do Sul do estado com os dois principais centros de consumo da América do Sul: São Paulo e Buenos Aires (Argentina). Além de beneficiar as cargas, a estrada vai facilitar o fluxo de turistas, atraindo investimentos da rede hoteleira. Para 2010 está prevista a inauguração do Aeroporto 78
SAIBA MAIS Além das indústrias tradicionais de manufatura, o turismo é um negócio importante para a região que compreende o litoral Sul de Santa Catarina até a divisa com o Rio Grande do Sul. Garopaba e Imbituba são duas cidades incluídas no roteiro internacional do surfe, recebendo cerca de 100 mil visitantes durante a temporada de verão, de janeiro a março. O município de Laguna possui cerca de 600 prédios e monumentos tombados, entre eles igrejas que ainda guardam imagens em tamanho natural e entalhadas a mão, do século XVIII. Nas cidades afastadas do litoral a colonização italiana deixou marcas na arquitetura, com igrejas e casarões do século XIX. Já a cidade de Gravatal oferece opções de turismo hidromineral.
Número de estabelecimentos industriais Artigos de vestuário e acessórios Produtos alimentícios e bebidas Produtos minerais não metálicos Produtos de madeira Produtos de metal (excluindo máquinas e equipamentos)
1.170 634 538 479 432
Fonte: MTE, FIESC/2008
O setor de vestuário e têxtil tem fundamental importância para a economia da região Sul: é o segmento, dentro da indústria de transformação, com maior número de empresas – 1.114, incluindo a produção de acessórios – e o que mais emprega, com cerca de 17,6 mil trabalhadores. Mensalmente, são produzidas cerca de 5 milhões de peças, sendo 40% destas de jeans e o restante de tecidos planos, em negócios de pequeno e médio portes. Apesar da pujança da indústria, ainda não existem grandes fornecedores de tecidos e outras matérias-primas na região. Há, portanto, espaço para instalação de novas indústrias fornecedoras tanto de jeans quanto de acessórios como botões e zíperes.
Criciúma, pisos e revestimentos cerâmicos e confecções: novas oportunidades com a expansão da infraestrutura regional
79
Vale do Itajaí
Norte
Costurando oportunidades Da tradicional indústria têxtil à indústria naval e à
Regiões
tecnologia, a economia regional é diversificada e dinâmica. A economia e a cultura do
empresas de alimentos do
Vale do Itajaí são marcadas
mundo, além de indústrias
pela indústria têxtil. Foi ali que
dos segmentos metalmecânico
teve início a industrialização
e de autopeças, em cidades
de Santa Catarina, no final
como Blumenau, Timbó,
do século XIX, pelas mãos de
Indaial, Rio do Sul e Guabiruba.
imigrantes alemães. Em 1880,
Em Brusque e Timbó estão
em Blumenau, abriu as portas
instaladas companhias de
a primeira fábrica de tecidos
eletrodomésticos como fogões,
de malha do país. Atualmente,
fornos e máquinas de lavar.
do total de 7,8 mil empresas
O Vale do Itajaí concentra
que atuam nos segmentos
ainda o mais antigo polo de
têxtil e de vestuário em Santa
Tecnologia da Informação (TI)
Catarina, 4,6 mil estão na região,
do estado, reunindo cerca de
empregando 92,3 mil dos 150,9
500 empresas com receita de
mil trabalhadores. Metade da
US$ 200 milhões anuais.
produção brasileira de artigos de cama, mesa e banho e de produtos de malha sai do estado. Mas assim como outras regiões do estado o Vale do Itajaí ampliou suas vocações industriais, contexto beneficiado pelo Porto de Itajaí. Atuam na região algumas das maiores 80
SAIBA MAIS No município de Gaspar está sediada a unidade de alimentos da maior empresa do agronegócio brasileiro e terceira maior do mercado global. Rio do Sul é sede do quarto maior exportador de carne suína do país. A maior empresa do mundo em processamento e exportação de frangos está constituindo sua sede em Itajaí.
Estilo germânico Mesmo sendo uma das cadeias produtivas mais completas do mundo, a indústria têxtil do Vale do Itajaí ainda tem lacunas a serem preenchidas. Uma das demandas é por empresas de beneficiamento e produção de fios sintéticos como elastano e poliéster para atender as indústrias locais, que hoje operam com insumos de outras regiões e importados.
Colonizado por alemães no início do século XIX, o Vale do Itajaí preserva muito das características dos imigrantes, seja na arquitetura ou na tradição oral. Pomerode, a “cidade mais alemã” do Brasil, possui um conjunto de 300 edifícios em estilo enxaimel, o maior do país, e calcula-se que 90% da população fala o alemão de maneira cotidiana. No turismo, são nove festas dedicadas à cultura e à gastronomia, em cidades diferentes, em outubro, que atraem turistas nacionais e estrangeiros. Em Blumenau, ocorre a Oktoberfest, a segunda maior festa da cerveja do mundo.
Oceano Atlântico
Líder nacional em cama, mesa e banho e produtos de malha Planalto Serrano
Sede das maiores indústrias de alimentos do país Segunda maior indústria naval do Brasil
Principais municípios Blumenau Itajaí Brusque Balneário Camboriú Camboriú Fonte: FIESC
Mil habitantes (2008) 296,1 169,9 99,9 99,5 56,3
Polo metalmecânico, de autopeças e eletrodomésticos VALE DO ITAJAÍ
Concentra polo de tecnologia mais antigo do estado Referência nacional na produção de cervejas artesanais Turismo: festas, gastronomia alemã, cerveja e praias
81
Vale do Itajaí
Regiões
Indústria naval
Turismo: em outubro, há nove festas dedicadas à
A indústria naval do Vale do
portuárias, de alumínio e barcos
Itajaí é a segunda maior do país.
de lazer (iates de madeira).
Gera 2,7 mil empregos diretos.
Também produzem navios para
Há cerca de 25 estaleiros voltados
transporte de gás em forma
à manutenção da frota pesqueira
líquida para a Petrobras.
(embarcações de até 28 metros)
O segmento naval está em
e outros quatro, de médio
expansão. Em nível nacional,
porte, direcionados à fabricação
estão sendo estudadas medidas
de equipamentos náuticos,
de incentivo à atividade
que figuram entre os mais
pesqueira, e a Marinha do
modernos da América Latina.
Brasil anunciou intenção de
Estes realizam investimentos
renovar em 50% a frota de
entre US$ 10 milhões e US$ 15
médio porte. A exploração
milhões cada um em ampliações.
de óleo da camada de pré-sal
Os estaleiros fabricam
exige novos investimentos
rebocadores portuários e barcos
por parte da Petrobras. O
de suprimentos de plataformas
setor portuário incrementa os
de petróleo, embarcações para
negócios com as ampliações em
transporte (catamarãs para até
São Francisco do Sul e Itajaí e a
600 pessoas), de aço para dragas
implantação do Porto de Itapoá.
cerveja e à gastronomia; no litoral, a rede hoteleira de Balneário Camboriú oferece cerca de 20 mil leitos.
O retorno da cerveja Na segunda metade do século XIX imigrantes alemães e suíços levaram a tradição cervejeira da Europa para Santa Catarina. Ergueram várias fábricas, que não resistiram ao século XX. Recentemente uma nova geração de cervejarias surgiu vigorosa no Vale do Itajaí. São cervejarias artesanais, de pequeno porte, que oferecem um produto gastronômico, como alternativa à bebida produzida em larga escala. As cervejarias do Vale e de outras regiões tornaram Santa Catarina o maior polo brasileiro de cervejas artesanais.
O Vale do Itajaí também se destaca pela produção de alimentos em conservas – pepinos, chucrute, tomate seco, palmitos – e itens como maionese, mostarda e doces. No entanto, a região não possui uma unidade fabril de fornecimento de embalagens de vidro, negócio com investimento relativamente modesto e de fácil implantação.
Número de estabelecimentos industriais O contexto de expansão da demanda gera uma série de possibilidades de negócios no segmento naval, da instalação de novos estaleiros à implantação de empresas de fornecimento de matérias-primas e equipamentos tanto para as unidades fabris quanto para as embarcações. Por exemplo: não há estaleiro direcionado ao reparo de navios acima de 100 metros. 82
Blumenau e a indústria têxtil: o setor que caracteriza a região desde o século XIX passa por renovação e economia se diversifica
Confecções de artigos de vestuário e acessórios Produtos têxteis Produtos alimentares e bebidas Produtos de metal (excluindo máquinas e equipamentos) Produtos de madeira
3.776 1.236 1.042 788 691
Fonte: MTE, FIESC/2008
83
Portos
Maiores e mais modernos Posição logística, demanda e flexibilidade situam os portos
Infraestrutura
catarinenses entre os mais competitivos da América do Sul.
84
Santa Catarina possui mais de
armazéns refrigerados, enquanto
500 quilômetros de extensão
São Francisco do Sul é o quarto
costeira, na qual estão instalados
em movimentação de soja.
cinco portos: Itajaí, Navegantes,
Somando os resultados dos portos
São Francisco do Sul, Imbituba e
de Santa Catarina em 2008, a carga
Laguna, além do Porto de Itapoá,
total alcançou 19,29 milhões de
que opera em 2010. O estado
toneladas e foram movimentados
apresenta grande competitividade
1,2 milhão de TEUs (unidade
dentro do cenário logístico
equivalente de 20 pés). Em relação
brasileiro. A posição logística
aos contêineres, tipo de transporte
privilegiada e a demanda por
que garante maior valor agregado,
serviços põem Santa Catarina no
o Brasil movimenta anualmente
mapa dos negócios internacionais:
8 milhões de TEUs. O estado,
há linhas disponíveis para
no entanto, possui capacidade
todos os mercados do mundo,
instalada para 3 milhões de TEUS, e
considerando praticamente
investimentos em curso estão
todos os tipos de cargas, além
elevando a capacidade para
de navegação de cabotagem.
5 milhões de TEUs. A nova
Cada um dos portos possui
configuração irá possibilitar
características próprias de gestão
vantagens competitivas frente
e também em relação à carga
aos concorrentes: infraestrutura
movimentada. No contexto
para manipulação de diferentes
nacional, Itajaí é o segundo em
cargas e localização estratégica,
movimentação de contêineres, além
tanto dentro do cenário nacional
de possuir o maior conjunto de
quanto da América Latina.
SAIBA MAIS A ampliação e modernização dos portos catarinenses acontecem com investimentos públicos e também privados, numa demonstração do reconhecimento do mercado do potencial de negócios do setor no estado. Grandes companhias brasileiras e estrangeiras investem em novos terminais, berços de atracação e infraestrutura geral, abrindo uma série de novas oportunidades de negócios.
Itapoá, o novo porto Em 2010 o Tecon Santa Catarina, o sexto porto do estado, iniciará suas operações. Localizado em Itapoá – na Baía da Babitonga, com o mesmo canal de acesso do Porto de São Francisco do Sul –, é um dos principais projetos do país, com investimento de US$ 156 milhões. É destinado à movimentação exclusiva de contêineres, com capacidade inicial para 300 mil TEUs/ano. Na segunda fase, em operação em 2012, a capacidade de movimentação irá dobrar. Concluída a terceira fase, a meta é alcançar 1,5 milhão de TEUs/ano. O projeto prevê o maior calado do estado, com 16 metros de profundidade e o funcionamento como um hub port, concentrando cargas de exportação e importação, o que permitirá redistribuir, por meio de cabotagem, mercadorias de outros portos do Brasil e da América do Sul, especialmente Argentina e Uruguai.
Imbituba
Itajaí
Navegantes
São Francisco do Sul
Itapoá*
Administração: Cia. Docas do Estado de SP
Administração: Cia. Docas de Imbituba
Administração: Superintendência do Porto de Itajaí
Administração: Portonave S/A
Administração: Itapoá Terminais Portuários
Berços de atracação: 4
Berços de atracação: 4
Berços de atracação: 10 Principais produtos: pescados
Berços de atracação: 4, sendo 3 no porto público e um arrendado
Administração: Governo do Estado de Santa Catarina
Principais produtos: cerâmica, fertilizantes e açúcar
Principais produtos: carnes congeladas, madeira, cerâmica, motores.
Calado: 5 metros
Calado: 10,8 metros
Calado: 10,5 metros
Laguna
Principais produtos: cargas frigoríficas e madeira Calado: 11 metros
Berços de atracação: 5 Principais produtos: soja em grãos, farelo, milho a granel Calado: 13 metros
Berços de atracação: 4 Principais produtos: movimentação exclusiva de contêineres Calado: 16 metros * Operação se inicia em 2010
Oceano Atlântico
O Tecon Santa Catarina, em construção em Itapoá, conta com apoio retroportuário com cerca de 12 milhões de m2. Toda a área será ocupada pela iniciativa privada, abrindo incontáveis possibilidades de investimentos no segmento de logística, entre eles instalação de armazéns e galpões, armazenamento de cargas especiais (reefer) e oferta de serviços como a reparação e manutenção de contêineres. 85
Portos
Itajaí, principal porto catarinense, mantém as operações de
Infraestrutura
maior valor agregado de mercadorias exportadas do Brasil. Maior porto de Santa Catarina
para contêineres reefer (a
e o segundo do Brasil em
maior da América Latina).
movimentação de contêineres,
Possui ainda 257,2 mil m2 de
Itajaí tem entre seus principais
área para armazenamento
atributos a localização
de cargas secas.
geográfica: em um raio de
Itajaí tem ainda a
até 100 quilômetros estão
particularidade de ser o único
Destaque privado
algumas das principais cidades
porto brasileiro com concessão
industriais do estado, como
municipalizada, considerada
Joinville, Blumenau e Jaraguá
uma tendência mundial em
do Sul, além de Florianópolis.
administração portuária,
Distante 200 quilômetros está
contando com operações de
o polo madeireiro e, a 300
terminais privados. Outro
quilômetros, as agroindústrias
atributo é a oferta de mão
de suínos e frangos.
de obra qualificada, dos
A carne de frango congelada,
trabalhadores braçais aos níveis
com alto valor agregado, é o
técnico e superior, em razão da
principal produto da carteira de
sólida oferta de cursos voltados
exportação, o que garante ao
à área portuária e de comércio
porto o primeiro lugar no ranking
exterior em instituições
nacional em carga refrigerada
de ensino do entorno.
O complexo portuário do Rio Itajaí-Açu conta com o Porto de Navegantes (Portonave), um dos mais modernos terminais privados do país, em funcionamento desde 2007. O projeto recebeu cerca de US$ 200 milhões em investimentos. São 900 metros de cais, três berços de atracação, 11 metros de calado e 270 mil m2 de retroárea, infraestrutura que permite a movimentação de 1 milhão de TEUs/ano. Até maio de 2009, havia recebido 475 navios e movimentado 190 mil contêineres e 327 mil TEUs. O mix de operação é liderado pela movimentação de cargas frigoríficas, com alto valor agregado, sendo que carnes correspondem a 41% do total, e em segundo lugar está a madeira, com 22%. Conta ainda com o Iceport, terminal frigorífico com capacidade para 18 mil toneladas.
em contêineres. Destaca-se a infraestrutura logística para o segmento, com o maior conjunto de armazéns refrigerados do Brasil – capacidade para 160 mil toneladas – e mais de 7 mil tomadas para conexão 86
SAIBA MAIS O Porto de Itajaí movimentou um total de 6,53 milhões de toneladas e US$ 8,92 bilhões em 2007, o que gera um valor agregado de US$ 1,62 por quilo de mercadoria exportada, o maior índice do país.
A produção de alto valor agregado das empresas do Vale do Itajaí gerou a especialização do Porto de Itajaí em contêineres: eles representam mais de 90% da movimentação
Um dos projetos mais importantes para o Porto de Itajaí é o processo de privatização da área pública ainda existente, com a administração retirando-se totalmente da área operacional. A meta é a implantação de dois berços de atracação, com a respectiva retroárea, o que exigirá grandes investimentos em equipamentos e obras complementares. Outras demandas de negócios também serão abertas com a implantação, na margem direita do Rio Itajaí – da foz até o atual porto – de uma área comercial, que inclui um novo terminal de navios de cruzeiros, marina e um empreendimento que poderá sediar hotel e/ou shopping e que será executada por meio de parcerias público-privadas.
O modal marítimo é o mais utilizado para as exportações catarinenses, sendo responsável por US$ 7,2 bilhões em divisas em 2008. 87
Portos
Os portos de São Francisco do Sul, administrado pelo estado, e de Imbituba, único cuja administração é concedida pela União à iniciativa privada, são
Infraestrutura
estratégicos para a competitividade de Santa Catarina.
Porto de São Francisco do Sul Instalado na Baía da Babitonga, região Norte do estado, o Porto de São Francisco do Sul tem como característica o perfil misto de movimentação de cargas e de contêineres – é o segundo do estado neste segmento, com 300 mil TEUs/ano. Obras de ampliação, com investimento de US$ 50 milhões e conclusão em 2010, irão dobrar essa capacidade em dois anos. O projeto inclui a construção de um novo berço de atracação, destinado para granéis sólidos, e um novo terminal arrendável. Um sistema de sinalização eletrônica cobre as 9,3 milhas do canal de acesso e a bacia de evolução. O sistema de boias e torre funciona com energia solar e a torre suporta ventos de até 200 km/h, oferecendo segurança à navegação. O porto é reconhecido como corredor de exportação em razão das operações ali realizadas: grandes empresas operam no segmento de granéis sólidos, entre eles a soja, cuja parte do total embarcado também é oriunda de outros estados, transportada pelo modal ferroviário. Já o terminal graneleiro público tem capacidade para 110 mil toneladas para granéis sólidos e 9 mil m3 para óleos vegetais.
SAIBA MAIS Um dos terminais do Porto de São Francisco do Sul é privado, o Terminal Santa Catarina (TESC). Após investimentos de cerca de US$ 70 milhões, recebe grandes embarcações e movimenta grandes quantidades de mercadorias. O sistema de operação é integrado, desde a atracação do navio até a saída da carga.
88
Movimentação nos portos (2008) Porto São Francisco do Sul Itajaí Imbituba Navegantes Total
Carga total (mil toneladas) 8.337,3 7.008,6 1.839,9 2.100,5 19.286,3
Contêineres (mil TEUs) 272,7 693,6 16,5 239,3 1.222,1
Porto de Imbituba
Porto de Laguna
O Porto de Imbituba tem a administração concedida para a iniciativa privada até 2012. Distante 90 quilômetros da capital, está conectado à BR-101, que corta todo o estado e facilita o deslocamento de mercadorias do Mercosul. Essa é uma das principais vantagens competitivas, que ganha maior dimensão com a ligação, ainda, à malha da Ferrovia Tereza Cristina, num total de 229 quilômetros. Sendo porto de enseada, não precisa de canal de acesso. Compõem o mix de movimentação os granéis sólidos e líquidos, congelados e carga geral –, com destaque para as importações de fertilizantes, coque, milho, sal e barrilha e as exportações de congelados. O calado do porto está sendo ampliado de 9,5 metros para profundidades entre 10,5 e 11 metros.
Distante 99 quilômetros da capital, o Porto de Laguna é terminal pesqueiro público, e possui infraestrutura voltada ao segmento: câmara para estocagem de congelados, silo para gelo e armazém para carga geral, incluindo aparelhos de aço inoxidável polido e salas ambientadas para a descarga de pescados, projetadas para atender as legislações sanitárias nacional e internacional. Instalado na margem esquerda do canal de ligação à Lagoa de Santo Antônio, possui área de 254,9 mil m2, disponibilizando áreas para implantação de novas empresas, prioritariamente deste segmento.
Fonte: Portos/FIESC
O Porto de São Francisco do Sul destaca-se em granéis, mas é também um gigante em contêneires. Recebe embarcações de mais de 290 metros, com capacidades superiores a 4.800 TEUs em contêineres de 20 pés.
Em Imbituba há quatro processos de licitação para terminais privados. O arrendamento do terminal de fertilizantes é o primeiro deles, com o estudo de viabilidade aprovado pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) e com lançamento do edital previsto para até o final de 2009. O valor mínimo de investimento é da ordem de R$ 18,6 milhões (cerca de US$ 9 milhões) e inclui cinco unidades misturadoras/ensacadoras e 32 mil m2 de armazéns. A movimentação mínima prevista está entre 210 e 237 mil toneladas de fertilizantes nos cinco primeiros anos do contrato de arrendamento. O terminal de grãos agrícolas (34 mil m2) será o próximo objeto de licitação, em 2010, enquanto para 2011 e 2012 estão previstos os de granéis líquidos (20,5 mil m2) e de barrilha (14,4 mil m2). 89
Aeroportos
Rede integradora Complexo aeroportuário em ampliação permite ligações
Infraestrutura
rápidas de todas as regiões para grandes centros do Mercosul. A estrutura para o transporte
(com operação prevista para
aéreo em Santa Catarina
2010), e o Regional do Planalto
é composta por uma rede
Serrano, em Correia Pinto. O
de 22 aeroportos públicos
aeroporto de Jaguaruna terá
distribuídos por todas as
a maior pista do estado, com
regiões do estado, garantindo
2,5 mil metros de comprimento
rápido acesso aos grandes
por 30 metros de largura,
centros e viabilidade para o
e operará com passageiros
transporte de cargas. Dois
e cargas. O aeroporto do
aeroportos internacionais - em
Planalto Serrano será utilizado
Florianópolis e Navegantes - e
principalmente para cargas,
dois nacionais – em Joinville e
atendendo as empresas
Forquilhinhas – são mantidos
dos setores madeireiro e de
sob administração federal.
papel e celulose da região. A
Os demais são administrados
pista, com 1,8 mil metros de
pelos municípios em convênio
comprimento por 30 metros
com o governo do estado.
de largura, está concluída.
Com aumento constante no fluxo de passageiros e cargas, Santa Catarina amplia a capacidade. Além de ampliações nos principais aeroportos, há a construção de mais dois, de grande porte: o Regional Sul, em Jaguaruna 90
Aeroporto Internacional de Florianópolis O Aeroporto Internacional Hercílio Luz, de Florianópolis, localizado a 12 quilômetros do centro da capital do estado, terá a capacidade praticamente triplicada até 2012. De 980 mil passageiros por ano, será redimensionado para 2,7 milhões de passageiros. O terminal de passageiros terá área de 33,6 mil metros quadrados e o aeroporto ganhará 36 balcões de check-in, quatro pontes de embarque, estacionamento com 1.820 vagas e pátio de aeronaves com 141,6 mil m2. Dentre as inovações, um terminal com cobertura em forma de avião. A conclusão é prevista para 2012. Área do sítio aeroportuário Dimensões das pistas Capacidade do terminal de passageiros Estacionamento para aeronaves
SAIBA MAIS Dentre os aeroportos municipais o principal é o de Chapecó, no Oeste do estado, com pista de 2,06 mil metros de comprimento, que opera linhas regulares para Florianópolis e São Paulo.
Estacionamento para automóveis
9.086.589,53 m² 14/32 (principal) 2.300 m x 45 m e 03/21 (auxiliar) 1.500 m x 45 m 980 mil/ano Pátio principal: cinco posições; Pátio secundário: três posições para aeronaves grupo 1, nove para aeronaves executivas e dois para helicópteros; Pátio auxiliar: quatro aeronaves de pequeno porte 580 vagas
Aeroporto Internacional de Navegantes
Além dos 18 aeroportos municipais existentes, mais dois
O Aeroporto Ministro Victor Konder atende vôos diários para São Paulo (Congonhas) e a demanda por vôos internacionais, especialmente particulares e fretados para a região do Vale do Itajaí. Localizado a 12 quilômetros do centro de Navegantes, passará por reforma e ampliação. O projeto prevê nova pista e um novo terminal, ampliação de salas de embarque e desembarque e telhado com isolamento termoacústico, entre outros.
estão projetados: um no município de São Joaquim e outro
Área do sítio aeroportuário Dimensões da pista Capacidade do terminal de passageiros Estacionamento para aeronaves Estacionamento para automóveis
716.883 m² 1.701 m x 45 m 600 mil/ano 14 posições 262 vagas
Aeroporto de Joinville Distante 13 quilômetros do centro de Joinville, o Aeroporto Lauro Carneiro de Loyola é um dos maiores da região Sul, com capacidade para atender 600 mil passageiros por ano. Para 2010 está prevista a construção e operação de um novo terminal de logística de cargas com câmaras frias, para armazenagem de medicamentos, produtos químicos e perecíveis. Área do sítio aeroportuário Dimensões da pista Capacidade do terminal de passageiros Estacionamento para aeronaves Estacionamento para automóveis
792.000 m² 1.640 m x 45 m 600 mil/ano 9 posições 240 vagas
na região do Contestado, entre Joaçaba e Catanduvas.
Aeroporto de Forquilhinha Localizado próximo à BR-101 e às rodovias SC-443 e SC-446, que interligam as cidades da região Sul de Santa Catarina, o aeroporto Diomício Freitas fica a 6 quilômetros do centro de Criciúma. Sob administração federal desde 2006, terá melhorias no terminal de passageiros, pista e pátio de aeronaves. O transporte de cargas está desativado desde 2007, mas o aeroporto tem grande potencial como facilitador do escoamento da produção local. Área do sítio aeroportuário Dimensões da pista Capacidade do terminal de passageiros Estacionamento para aeronaves Estacionamento para automóveis
285.000 m2 1.488 m x 30 m 430 mil/ano 7 posições 60 vagas
Movimento operacional (2008) AEROPORTO Florianópolis Navegantes Joinville
Carga aérea (em kg) 3.354.580 2.590.943 2.504.479
Nº de aeronaves 46.111 8.806 7.057
Nº de passageiros 2.081.066 419.113 234.102
Fonte: Infraero
91
Infraestrutura
Dados gerais
Redes de gás natural Gasoduto Bolívia-Brasil Gasoduto da SCGás Rede da SCGás projetada Ferrovias existentes ALL – América Latina Logística Ferrovia Tereza Cristina Ferrovias planejadas Ferrovia Leste-Oeste Ferrovia Leste-Oeste – opção 2 Ferrovia Translitorânea Rodovias Rodovias federais (BRs)
92
Aeroportos internacionais Aeroportos nacionais Aeroportos municipais Aeroportos em construção Portos
Oceano Atlântico
Portos em construção
93
Estradas
Malha em expansão
Principais estradas federais
Rodovias integram o estado nos sentidos norte-sul e leste-oeste,
Infraestrutura
estabelecendo ligações com mercados da América do Sul.
94
O transporte rodoviário é o
Dentro da malha viária estadual,
principal canal de escoamento
67 rodovias interligam as cidades
da produção industrial do
catarinenses. Entre as de maior
estado de Santa Catarina, cuja
fluxo estão a SC-401, que liga
malha viária é composta por
o centro da capital ao Norte
2.606 quilômetros de rodovias
da Ilha de Santa Catarina; a
federais e 6 mil quilômetros
SC-444, no Sul do estado, entre
de rodovias estaduais, além
Balneário Rincão e Criciúma,
das estradas municipais que
e a SC-301, ao Norte, que liga
garantem acesso a todos os
Joinville a São Francisco do Sul.
293 municípios do estado.
As rodovias estaduais passam por
Oito rodovias federais cruzam
processos de pavimentação ou
o território catarinense. As
reconstrução em 15 diferentes
mais importantes são as BR-
trechos. Para contribuir no
101 e BR-116 (sentido norte-
financiamento das melhorias
sul), que atravessam o país
na malha viária estadual, o
interligando os principais
governo do estado mantém
estados brasileiros e por onde
um programa em parceria com
passa a produção nacional.
o Banco Interamericano de
Outra estrada federal de grande
Desenvolvimento (BID). O objetivo
importância é a BR-282, com
do programa, desde sua criação
690 quilômetros de extensão,
em 1980, é desafogar o trânsito
que corta transversalmente
e reduzir possíveis gargalos
o estado, ligando a capital
logísticos, além de tornar as
Florianópolis à Argentina.
estradas catarinenses mais seguras.
A BR-101 corta o estado no sentido norte-sul, ligando-o a São Paulo e a Buenos Aires, na Argentina, os principais mercados do Mercosul
Corredor sul ampliado O Departamento Estadual de Infraestrutura (Deinfra) de Santa Catarina possui um sistema online para a elaboração de orçamentos de projetos rodoviários e de edificações, o SCO.NET. O objetivo é padronizar a elaboração de orçamentos, utilizando os referenciais de preços do Deinfra como valor-base dos materiais e serviços contidos no orçamento. Os principais usuários desse sistema são empresas de engenharia consultiva, contratadas para elaboração de projetos, bem como órgãos da esfera estadual.
O trecho sul da BR-101, que liga a capital Florianópolis ao estado vizinho do Rio Grande do Sul, está em processo de duplicação. A ampliação, realizada com recursos de US$ 1,1 bilhão, integra a artéria principal do Corredor Mercosul, que corta em seu trajeto a área mais desenvolvida do continente latino-americano. A construção de novas pistas vai propiciar a interligação multimodal dos polos produtivos aos portos marítimos de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, e permitir maior rapidez no escoamento da produção agropecuária e industrial. A rodovia, por onde passam cerca de 15 mil veículos por dia, terá uma perceptível melhoria no fluxo de tráfego, além de propiciar economia de combustível para os usuários.
Rodovia Sentido norte-sul BR-101 – Trecho Norte (*) BR-101 – Trecho Sul (*) BR-116 BR-153 BR-158 BR-163 Sentido leste-oeste BR-280 BR-282 BR-283 (**) BR-285 (**) Sentido diagonal BR-386 (**) De ligação BR-470 BR-475 (**) BR-477 (**) BR-480 (**) BR-486 (**)
Extensão (km) 216,5 249,5 315,9 119,8 147,3 122,6 228,2 680,4 350,4 65,8 73,8 358,4 214,4 213,9 155,8 182,4
Obs: dados de 2008 Fonte: DNIT e FIESC (*) Sob concessão (**) Sob administração temporária do governo estadual
Cerca de 10% das exportações de Santa Catarina (em US$) são realizadas por rodovias. Os principais destinos são os países do Mercosul, para os quais existem diversas ligações rodoviárias. 95
Ferrovias
Alternativas logísticas Rede ferroviária permite conexões entre modais, diminuindo
Infraestrutura
custos de exportações agrícolas e de industrializados.
96
A malha ferroviária catarinense
quilômetros estão em operação.
oferece alternativas eficientes
Os trechos ativos correspondem
e seguras para o deslocamento
às ligações de Mafra com o
de cargas no estado. Com uma
Porto de São Francisco do Sul
estrutura composta por 1.365
e de Mafra à divisa com o Rio
quilômetros de estradas de
Grande do Sul, via Lages. Em
ferro em operação, as ferrovias
sua maior parte, são utilizados
oferecem alta funcionalidade e
no transporte de grãos, madeira
baixo custo na conexão das regiões
e cargas em geral. Trechos que
produtoras com a estrutura
ligam Mafra a Porto União e Porto
portuária, estados e países
União a Marcelino Ramos (RS)
vizinhos. Além disso, ajudam
ainda não estão em operação.
a reduzir o fluxo de veículos
No Sul do estado, a Ferrovia
pesados nas estradas, responsáveis
Tereza Cristina (FTC) é
pela deterioração das pistas.
concessionária de uma malha com
Duas empresas são responsáveis
164 quilômetros de extensão,
por administrar as concessões
por onde passa grande parte do
do transporte ferroviário do
carvão mineral que abastece o
estado, privatizado em 1996. A
Complexo Termelétrico Jorge
maior delas é a América Latina
Lacerda, em Capivari de Baixo,
Logística (ALL), com 20.495 mil
vindo das minas na região
quilômetros de ferrovias no Brasil
de Criciúma. É importante
e na Argentina. Em território
escoador de produtos cerâmicos
catarinense, são 1.201 quilômetros
com destino à exportação
de trilhos instalados, dos quais 581
pelo Porto de Imbituba.
Rede ferroviária catarinense Extensão Ligações
Principais itens transportados Extensão Ligação Principais itens transportados
América Latina Logística (ALL) 1.300 km
Objetivos
Extensão Ligação Objetivo
Duas novas ferrovias estão sendo criadas em Santa Catarina. A Ferrovia Translitorânea, no sentido norte-sul, terá 235,6 quilômetros de extensão, conectando as malhas da ALL e da FTC, ligando os municípios de Imbituba a Araquari, com terminais em quatro portos catarinenses. A Ferrovia Leste-Oeste – também chamada de “Ferrovia do Frango” – prevê a ligação dos municípios de Itajaí e Chapecó, integrando a malha viária de Brasil, Argentina, Paraguai e Chile. Com 616 quilômetros, irá conectarse à ALL em Ponte Alta, no Planalto Serrano, e em Herval d’Oeste, no Vale do Rio do Peixe. A implantação da ferrovia representará um importante avanço logístico para a indústria produtora de frangos e suínos em Santa Catarina, possibilitando acesso facilitado à estrutura portuária.
➜ Divisa PR-SC - Mafra - Jaraguá do Sul São Francisco do Sul ➜ Mafra - Curitibanos - Lages Divisa SC-RS ➜ Mafra - Canoinhas - Caçador - Joaçaba Piratuba - Divisa SC-RS Soja e derivados e produtos industrializados Ferrovia Tereza Cristina (FTC) 164 km Criciúma - Capivari de Baixo - Imbituba Carvão mineral e produtos cerâmicos
Ferrovias projetadas Extensão Ligação
Novas linhas
Leste-Oeste (“Ferrovia do Frango”) 700 km Dionísio Cerqueira - Chapecó - Joaçaba - Curitibanos - Rio do Sul - Itajaí Facilitar o escoamento da produção dos frigoríficos do Oeste e a integração ferroviária com a Argentina e o Chile Translitorânea 500 km Araquari - Itajaí - Imbituba Integrar as malhas da ALL com a da Ferrovia Teresa Cristina e os três principais portos catarinenses
Vagões de carga operando no Porto de São Francisco do Sul: transporte intermodal é uma opção logística em Santa Catarina
Além das duas novas ferrovias em processo de implantação, um projeto envolvendo os governos de Santa Catarina e do Paraná também poderá ter importante papel na expansão da malha ferroviária. Trata-se da criação de um ramal da Ferrovia do Oeste do Paraná (Ferroeste) no município de Chapecó, que, após a construção de uma extensão de Cascavel (PR) até Maracaju (MS), ligará Santa Catarina ao Mato Grosso, passando pelo Sudoeste e Oeste paranaense. A implantação do novo terminal irá resultar em uma queda de 30% nos custos de transporte, em comparação com o modal rodoviário. A ferrovia deverá reduzir os gastos dos produtores com combustíveis, adubos, fertilizantes e outros insumos da produção de carnes, milho e soja, além de integrar as regiões produtoras no Paraná, em Santa Catarina e em Mato Grosso do Sul. 97
Energia
Fontes diversificadas Distribuição de qualidade e geração hidráulica, térmica, a
Santa Catarina tem possibilidades de ampliação de geração hidráulica, principalmente por meio de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs). O estado possui 22 PCHs em operação, com potência total instalada de 78.934 kW. Essas fontes dispensam licitação para obtenção da concessão, bastando autorização da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O Centro Nacional de Desenvolvimento de PCH dispõe de equipes qualificadas nas áreas de estruturação, montagem, obtenção de financiamento, viabilidade, licenciamento ambiental e engenharia, entre outras.
Infraestrutura
gás natural, eólica e de biomassa garantem abastecimento.
98
Santa Catarina é capaz de suprir
de carvão são conectadas
as necessidades energéticas
diretamente ao sistema de
das empresas e residências com
distribuição e têm capacidade
segurança, além de fornecer
para gerar pouco mais de 1
energia para outros estados e
milhão de kW. A principal
países. O estado é interligado ao
fonte é o complexo Jorge
sistema nacional, que distribui a
Lacerda, em Capivari de Baixo.
energia pelo país de acordo com
Adicionalmente, há um conjunto
as necessidades. A distribuidora
de outras 21 fontes de pequeno
estadual é considerada uma das
e médio portes (190MW).
melhores do país em relação
O gás natural, organizado por
aos índices que medem a
meio de um sistema interligado
qualidade do fornecimento.
em 35 municípios, é usado
Há 92 empreendimentos
pelas indústrias cerâmica,
geradores instalados em
de vidros e cristais, têxtil e
território catarinense, com
metalmecânica, entre outras. O
capacidade total de 5,5 milhões
setor industrial consome cerca
de kW. As hidrelétricas são
de um milhão de metros cúbicos/
a principal fonte de energia,
dia. A rede é a terceira maior
responsáveis por cerca de 80% da
do país, com 685 quilômetros
geração. O estado tem potencial
de extensão, abrangendo as
hidráulico de 9,5 milhões de kW
regiões Norte, Sul, Vale do
e há projetos para a conclusão
Itajaí e Grande Florianópolis.
de 10 novas usinas até 2015.
No total, 283 empresas
As usinas termelétricas à base
fazem uso do gás natural.
Empreendimentos em operação em Santa Catarina Tipo CGH EOL PCH UHE UTE Total
Quantidade 37 3 23 7 22 92
Fonte: Aneel CGH - Central Geradora Hidrelétrica EOL - Central Geradora Eólica PCH - Pequena Central Hidrelétrica UHE - Usina Hidrelétrica UTE - Usina Termelétrica
SAIBA MAIS Dois projetos se destacam: a Usina de Itapiranga (724MW), no Rio Uruguai, deve ser concluída em 2011, e a Usina Hidrelétrica de Pai Querê, que será localizada no Rio Pelotas e terá capacidade instalada de 292MW.
Potência (kW) 20.085 14.400 81.897 4.329.352 1.007.256 5.452.990
% 0,37 0,26 1,50 79,39 18,47 100
Energia alternativa Parques eólicos e o uso de biomassa e de outros resíduos são alternativas energéticas que passam a ser exploradas em Santa Catarina. O estado conta com três parques pioneiros em geração eólica: dois em Água Doce (13.800 kW) e um em Bom Jardim da Serra (600 kW), produção utilizada para iluminar a estrada da Serra do Rio do Rastro. Em Lages, a primeira usina termelétrica movida a biomassa entrou em operação em dezembro de 2003 e aproveita os resíduos da produção madeireira. Projetada para gerar 28MW de energia e 25 toneladas/ hora de vapor, a unidade opera com cerca de 30% de sua capacidade.
SAIBA MAIS Além dos três parques existentes está prevista a implantação de mais quatro parques eólicos em Água Doce e três em Bom Jardim da Serra. As duas áreas receberão cerca de US$ 500 milhões e deverão gerar um total de 218MW.
Hidrelétricas (esquerda) e termelétrica a carvão (acima): diversidade de fontes para geração de energia
Consumo de energia em SC Classe Residencial Industrial Comercial Rural Outros Total
2008 (em MWh) 3.801.333 8.254.476 2.513.779 1.739.058 1.439.212 17.747.585
Fonte: Celesc Obs.: área de concessão da Celesc
O setor industrial é responsável por cerca de 47% do consumo catarinense de energia elétrica e sua demanda cresce a uma média de 7% ao ano. 99
Comunicações
Ligações permanentes Sistema catarinense permite contato com qualquer localidade
Infraestrutura
do país e do exterior por meio de imagem, texto, dados e voz. Santa Catarina possui ligações
possuem hoje cobertura de
privilegiadas com o mundo.
telefonia móvel, 20 deles
Desde 1994 está interligada
com acesso à tecnologia 3G.
com La Plata, na Argentina, e
Existem 37.295 telefones
Maldonado, no Uruguai, por
públicos em operação. Santa
meio de cabo submarino de
Catarina está interligada
fibras ópticas (Unisur) com
ao serviço móvel marítimo,
1.741 quilômetros. Trafegam
possibilitando contato
por esse cabo todos os meios
por telefone ou envio de
de comunicação, como
mensagem para embarcações
televisão, telex, telefonia
em todo o mundo.
e dados. Desde 1997 cabos
Nas principais cidades há
terrestres de fibras ópticas,
pleno acesso doméstico e
em técnica OPGW, interligam
empresarial à internet de
Florianópolis a Curitiba e
alta velocidade. Todos os
Porto Alegre, as capitais
municípios catarinenses têm
dos estados vizinhos.
cobertura em pelo menos
A rede de telefonia local é
um ponto. Considerando
composta por 1,6 milhão
a presença de pequenos
de linhas fixas e 3 milhões
provedores de banda
de aparelhos móveis
larga, a cobertura é de 240
em operação. Todos os
municípios, que representam
municípios são atendidos
82% da população de
por telefonia fixa e 263 dos
Santa Catarina. A média
293 municípios catarinenses 100
brasileira é de 74%.
Crédito
Dinheiro para desenvolvimento
Mais uma opção de acesso à internet estará acessível aos usuários: a banda larga por meio da rede elétrica. A regulamentação é de 2009 e empresas podem solicitar à Anatel autorização para atuar com o sistema. Com isso, abre-se mais um canal para estimular a competição nesse mercado e contribuir para a inclusão digital no Brasil.
Internet rápida em Santa Catarina Velocidade de conexão 34 Mbps 2 Mbps a 34 Mbps 512 Kbps a 2 Mbps 64 Kbps a 512 Kbps Outros
0,6% 9,9% 48,9% 39,9% 0,7% Tipo de conexão
Linha Telefônica (xDSL) Cabo Rádio Satélite Outras Fonte: Anatel e operadoras
79,6% 8,2% 1,4% 0,5% 10,3%
Mídia em números Todas as regiões do estado possuem canais de televisão local e nacional, além de contarem com serviços de operadoras de TV a cabo e satélite. A mídia catarinense é composta por 240 emissoras de rádio, sendo 184 comerciais e 56 comunitárias, e 20 de televisão, entre abertas e pagas. O estado possui 135 jornais e variados títulos de revistas de circulação regional e nacional.
Sistema de comunicação no Morro da Cruz, em Florianópolis: alta tecnologia conecta Santa Catarina com o resto do mundo
Dois bancos de investimento
repasses para financiamento de
estão preparados para
capital de giro e investimentos em
atender as necessidades
construção civil, equipamentos
de empreendedores em
e instalações industriais. O
Santa Catarina: a Agência
banco também opera uma
Catarinense de Fomento S/A
linha de microcrédito, com
(Badesc) e o Banco Regional de
empréstimos no valor máximo
Desenvolvimento do Extremo
de R$ 10 mil, e a linha Pro-Micro,
Sul (BRDE). Ambos operam com
que financia até R$ 100 mil.
recursos do Banco Nacional de
Voltado para o desenvolvimento
Desenvolvimento Econômico
regional, o BRDE destinou R$ 1,261
e Social (Bndes) e de outras
bilhão em investimentos para
fontes de financiamento.
Santa Catarina em 2008. A área
Com uma capacidade de
industrial recebeu 37,4%. O prazo
empréstimo de cerca de R$ 1
de pagamento é de até cinco anos,
bilhão, o Badesc investe em
com carência de até dois anos.
praticamente todos os setores
Programas especiais financiam
da economia catarinense, com
capital de giro para exportar. O governo do estado participa como agente fomentador
O governo de Santa Catarina instituiu a possibilidade de Parcerias Público-Privadas (PPPs) em 2005. A SC Parcerias tem como objetivo gerar investimentos no estado, tanto pelo regime de PPPs quanto da concessão convencional de serviços públicos. As prioridades são rodovias, portos, sistemas de água e esgoto e equipamentos destinados ao entretenimento, lazer e turismo.
por meio do Programa de Desenvolvimento da Empresa Catarinense – Prodec. Além de incentivos fiscais, o Prodec viabiliza investimentos por meio de Parcerias Público-Privadas (PPPs). 101
Rede catarinense
Inteligência para os negócios
Rede em expansão A infraestrutura de conhecimento se expande e ganha qualidade com a Rede Catarinense de Núcleos de Inovação Tecnológica (NITS), que fortalece laços entre instituições de pesquisa e setor produtivo. Tratase de parceria entre o Sistema Fiesc e outras instituições. A Rede NITS funcionará basicamente como um banco de dados. Os núcleos manterão atualizadas informações sobre as competências disponíveis, fazendo o mapeamento da produção científica e tecnológica dos centros de pesquisa. As empresas podem procurar o núcleo mais próximo, conferindo qual instituição desenvolve projetos que atendam suas necessidades. Para a formação da Rede serão implementados novos núcleos de inovação em centros de pesquisa, que irão se juntar aos 10 núcleos em funcionamento. A Rede contempla ainda a implementação de 10 núcleos em empresas, utilizando a metodologia Gestão da Inovação desenvolvida pelo IEL/SC.
Instituições de ensino, pesquisa e desenvolvimento são parceiras
Conhecimento
da indústria tradicional e base para novos empreendimentos.
102
O conhecimento é um fator-
ensino, institutos de pesquisa,
chave para a competitividade
incubadoras e parques
da indústria catarinense. As
tecnológicos atuam de forma
empresas que são líderes em seus
descentralizada, com agilidade
segmentos investem no domínio
e autonomia para atender a
completo da tecnologia de seus
demandas regionais e setoriais.
produtos e serviços por razões
A rede de apoio à indústria
estratégicas. Também investem
conta ainda com fornecedores
em capacitação de recursos
de serviços técnicos de alta
humanos, preparando-os para
qualidade, como uma rede
novas tecnologias e mudanças na
de metrologia composta por
organização da produção. Para
mais de 120 laboratórios.
tanto, contam com uma rede
A infraestrutura voltada
estruturada, capaz de atender
ao conhecimento permite
a exigências cada vez maiores.
à indústria catarinense se
Santa Catarina conta com uma
posicionar como uma das
rede articulada e bem preparada
mais inovadoras do país,
para geração e disseminação
tanto na indústria tradicional
de conhecimento, que presta
quanto propriamente na
serviços fundamentais ao
chamada nova indústria do
desenvolvimento econômico do
conhecimento, formada por
estado. Dentre suas principais
setores como informática,
características estão a parceria
telecomunicações e
com a indústria, com foco em
biotecnologia, que também se
suas demandas. Instituições de
destacam em Santa Catarina.
Traço cultural A cultura de geração de conhecimento para os negócios está na gênese de parte importante da indústria catarinense. As principais empresas do setor eletrometalmecânico do estado, por exemplo, desenvolveram-se contando com parceria de laboratórios universitários do estado desde os anos 60. Dos laboratórios saíram soluções para aumentar o rendimento de motores elétricos e compressores para refrigeração, que hoje geram a mesma quantidade de frio com apenas metade da energia em comparação há 20 anos. Os laboratórios do estado hoje detêm a mais avançada tecnologia em refrigeração no país, além de serem referência em desenvolvimento de produtos e processos na área de Engenharia Mecânica.
SAIBA MAIS As principais universidades catarinenses estão diretamente envolvidas com o setor produtivo. São parcerias que se dão em diferentes formatos, como formação de mão de obra via cursos de treinamento, especialização ou mestrado profissional, e o desenvolvimento ou melhoria de produtos, processos e serviços. É uma relação construída de forma progressiva, com a edificação de relações mútuas de confiança e projetos de longo prazo, com continuidade do trabalho conjunto.
Educação tecnológica e atividades de pesquisa e desenvolvimento: geração e difusão do conhecimento
Santa Catarina tem 36 incubadoras de empresas de base tecnológica (21 já em funcionamento e outras 15 em fase de implementação) e dois parques tecnológicos. As incubadoras são ligadas a instituições como universidades e centros tecnológicos e têm o objetivo de oferecer condições favoráveis ao desenvolvimento de empresas incipientes, geralmente formadas por egressos de cursos universitários, desenvolvedoras de tecnologia. Existem no estado cerca de 120 empresas incubadas, responsáveis por 6.000 empregos diretos e faturamento anual de R$ 65 milhões. Os parques tecnológicos reúnem condições especiais para abrigar empresas de tecnologia.
As áreas de comunicação, convergência digital e entretenimento são exemplos de grande potencial para o desenvolvimento de pesquisa em Santa Catarina. 103
Pesquisa e Desenvolvimento
Elo fundamental
Os 13 laboratórios do Senai realizaram mais de 25 mil horas de ensaios/mês para 1,3 mil empresas em 2008.
Vinculado à indústria e sensível a suas demandas, Senai/SC
Conhecimento
integra instituições e fornece soluções especializadas.
104
O Serviço Nacional de
em sintonia com as necessidades
Aprendizagem Industrial (Senai)
das empresas, a instituição mantém
de Santa Catarina, integrado
consultas técnicas periódicas com
ao Sistema Fiesc, é um elo
sindicatos e entidades ligadas a
fundamental na rede catarinense
esses setores. A intenção é que
voltada a ensino, pesquisa e
nunca esteja aquém das empresas:
desenvolvimento para a indústria.
ou está junto ou à frente em
O Senai atua em todas essas
termos de novos conhecimentos,
frentes, de maneira integrada.
para poder oferecer consultorias
Possui centros de tecnologia
que levem à inovação. Como atua
voltados aos setores industriais
em rede, todas as competências do
mais importantes do estado. Os
Senai são disseminadas em todas
centros servem como peças de
as regiões do estado, por meio de
apoio à formação profissional, ao
consultorias prestadas às empresas.
desenvolvimento tecnológico e
Em 2008, o total de serviços e
à prestação de serviços técnicos
soluções prestados pelo Senai/
às indústrias, como certificações
SC cresceu em 150%, e o número
e informações. Estão ligados
de empresas atendidas cresceu
a incubadoras de empresas e
mais de 50%. Entre os serviços
a projetos internacionais de
prestados estão desenvolvimento
pesquisa, desenvolvimento e
tecnológico, consultorias e
ensino, em parceria com algumas
assessorias em gestão empresarial,
das mais importantes universidades
produção e ambiental, serviços
e empresas do mundo.
laboratoriais, técnicos e de
Para que o trabalho do Senai esteja
inspeção e informação tecnológica.
As unidades do Senai/SC em todo o estado funcionam de forma encadeada. Na prática, isso facilita a transferência de know-how de uma unidade para outra e pode ajudar a despertar o potencial até então inexplorado. Isso significa que o Senai/SC contribui para que novos polos produtivos ou uma vocação econômica sejam desenvolvidos em mais de uma região do estado. É o que ocorre em Chapecó, em Itajaí e em Criciúma. No caso de Chapecó, no Oeste, cujo forte é a agroindústria, o polo moveleiro está em desenvolvimento com o surporte do Senai a partir do que é feito na unidade de São Bento do Sul, que tem atuação no setor de móveis. Em Itajaí o apoio se dá a partir do know-how de Joinville, que ajuda a expandir o setor de metalmecânica. Em Criciúma, tradicional polo cerâmico, cresce a indústria têxtil e do vestuário, amparada pelo Senai com base no trabalho da unidade de Blumenau.
Parcerias internacionais Um exemplo de parceria estratégica envolvendo instituições de ensino e pesquisa e empresas é o projeto Senai Design Futures. Resultado de uma parceria do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai/SC) com o instituto italiano Poli-Design, seu objetivo é aplicar a experiência italiana em desenvolvimento de design para criar móveis, calçados e peças em vestuário para o mercado brasileiro. O primeiro setor beneficiado é o moveleiro do município de São Bento do Sul, no Norte do estado. A parceria não se propõe a apenas transpor um modelo pronto, testado na Itália, mas sim introduzir o conceito de design estratégico entre as empresas do setor, para que a partir disso se desenvolva todo o processo de criação, lançamento e divulgação de um novo produto.
Centros de Tecnologia do Senai/SC
SAIBA MAIS O Senai/SC conta com 33 unidades, que priorizam as vocações econômicas de cada região e atuam nos segmentos alimentício, automotivo, eletromecânico, eletrônico, automação, informática, madeira e mobiliário, papel e celulose, couro e calçados, têxtil e vestuário, cerâmica, pesca, construção naval, construção civil e materiais.
Unidades do Senai/SC proporcionam atividades de pesquisa e serviços tecnológicos para apoiar o desenvolvimento da indústria
Blumenau Chapecó Joinville Jaraguá do Sul São Bento do Sul Criciúma Florianópolis
Centro de Tecnologia Têxtil Centro de Tecnologia em Alimentos Centro de Tecnologia em Metalmecânica Centro de Tecnologia em Eletroeletrônica Centro de Tecnologia em Móveis Centro de Tecnologia em Materiais Centro de Tecnolgia em Automação e Informática 105
Formação profissional
Aprendizado para o mercado Há em Santa Catarina oferta de pessoal formado com orientação
Conhecimento
às necessidades específicas das empresas atuantes no estado.
106
Uma das maiores vantagens
como a maior formadora de
competitivas da indústria
pessoal voltado à indústria
catarinense é poder contar
do estado. Em 2008 foram
com profissionais formados
registradas 77 mil matrículas
no próprio estado, de acordo
em todas as áreas de atuação.
com suas reais necessidades.
Em seus 55 anos de existência,
No ensino superior, as
foram registradas mais de
universidades Federal, do
1,5 milhão de matrículas. Os
Estado e instituições privadas
principais objetivos do Senai/SC
possuem cursos de graduação
são garantir empregabilidade
e pós-graduação alinhados
e qualidade da mão de obra.
com os principais segmentos
Para isso, oferece vários tipos
industriais catarinenses. É o
de cursos, com ênfase para
caso dos cursos de Engenharia
ações que proporcionem
Mecânica, Elétrica e de
experência prática e
Produção da Universidade
aproximem suas unidades
necessário para melhorá-
Federal, que se perfilam
de ensino com o mercado.
lo. As atividades de ensino
entre os melhores do país.
O modelo utilizado pelo Senai/
são associadas ao trabalho
Universidades regionais,
SC é baseado na educação por
de consultoria prestado às
com atuação no Sul, Vale do
competência – conhecer para
empresas. Ambos caminham
Itajaí, Norte, Planalto e Oeste,
fazer. A partir de atividades em
juntos na estratégia da
possuem cursos voltados às
grupo, os alunos relacionam
instituição de disseminar
vocações econômicas regionais.
o conteúdo à realidade do
conceitos de gestão,
Dentre as instituições de
mercado e são incentivados
inovação e desenvolvimento
ensino, o Senai/SC se destaca
a buscar o conhecimento
tecnológico.
Matrículas no Senai/SC (2008) Cursos de capacitação do Senai/SC: instituição é o principal centro de formação profissional do estado
Atuação internacional Quando uma das maiores multinacionais brasileiras, sediada em Santa Catarina, mudou seu sistema de gestão (ERP) o Senai/SC realizou cursos a distância sob medida para as necessidades da empresa. Foram 36 cursos via internet em 2008, que atingiram cerca de cinco mil funcionários em mais de 20 países, totalizando mais de 30 mil matrículas. Os cursos foram desenvolvidos em português, inglês e espanhol. Numa outra empreitada internacional, a unidade do Senai/SC de Blumenau foi contratada por uma grande construtora brasileira para a capacitação de profissionais em atividades básicas da construção civil em Angola, na África. O treinamento de carpinteiros, pedreiros e armadores de ferro foi ministrado a 500 quilômetros da capital Luanda.
Modalidade Aprendizagem industrial Qualificação profissional (presencial) Qualidade profissional (a distância) Ensino médio Cursos técnicos Superior de tecnologia Pós-graduação
Número de alunos 4.369 38.871 9.213 3.494 16.454 4.430 989
Entre os ambientes voltados à atividade educacional, o Senai/SC conta com 342 salas de aula, 326 laboratórios didáticos e 24 bibliotecas. 107
Exportações catarinenses
100 principais produtos
Alimentos
Preparações alimentícias e conservas, de galos, galinhas
Madeira de coníferas, serrada/cortada em fls. etc. esp.>6mm
Preparações alimentícias e conservas, de peru
Outs. mad. comp. folheada, espess. ñ sup. a 6mm Outras obras de madeira
Aparelhos p/cozinhar/aquecer, de ferro, etc. combustív. gás
Carcaças e meias-carcaças de suíno, congeladas
Outras obras de marcenaria ou outs. papéis/ cartões
Bombas volumétr. rotativas, vazão<=300l/min. de engrenagem
Carnes de galos/galinhas, ñ/cortadas em pedaços, congel.
Papel/cartão “kraftliner”, p/cobertura, crus, em rolos/fls.
Bananas frescas ou secas
Carnes de outs. animais, salgadas, secas, etc. Carnes de peruas/perus, em pedacos e miudezas, congeladas
Autopeças Blocos de cilindros, cabeçotes, etc. p/motores diesel/semi
Carnes desossadas de bovino, congeladas
Carroçarias p/veíc. automov. transp.>=10 pessoas ou p/carga
Dextrina e outros amidos e féculas modificados
Cilindros/cabeçotes/cárteres, p/compressores
Enchidos de carne, miudezas, sangue, suas prepars. aliments. Maçãs frescas
Outs. freios e partes, p/tratores/veícs. auts.
Milho em grão, exceto para semeadura
Partes de apars. disposit. elétr. ignição, etc. p/ motor expl.
Misturas util. matéria básica p/inds. alimentar/de bebidas
Partes de máqs. e apars. agrícolas, etc. p/ prepar. do solo
Óleo de soja, em bruto, mesmo degomado
Virabrequins (cambotas)
Óleo de soja, refinado, em recipientes com capacidade>5l
Base florestal
Outros grãos de soja, mesmo triturados Outras miudezas comestíveis de suíno, congeladas Outros sucos de maçã Outros tipos de mate Pedaços e miudezas, comest. de galos/ galinhas, congelados
Armações e cabos, de madeira, de ferramentas, escovas, etc.
Molduras de madeira, p/quadros, fotografias, espelhos, etc. Madeira de coníferas, perfilada
Móveis de madeira p/cozinhas
Corr. altern. monof. 37.5W<p<=15kW< td>
Partes de outros motores/geradores/grupos eletrog. etc.
Outros móveis de madeira
Conversores eletrônicos de freq. p/var. vel. motor elétr.
Partes de turbinas e rodas hidráulicas, incl. reguladores
Congeladores (freezers) tipo armário, capacidade<=900l
Refrigeradores combin. c/congeladores, porta ext. separada
Kraft, crus, p<=150g/m2, em rolos/fls.
Congeladores (freezers) tipo cofre, capacidade<=800l
Sacos de papel ou cartão, cuja largura da base>=40cm
Refrigeradores de compressão, de uso doméstico
Geradores de corrente alternada, pot.> 750 kVa
Transformador de dielétrico líquido, pot>10.000 kVa
Papel kraft p/sacos de gde. capacidade, cru, em rolos/fls. Portas, respect. caixilhos, alizares e soleiras, de madeira
Instrumentos e apars. automat. p/controle velocid. motores
Cerâmica Louças/outs. artigos, uso doméstico, etc. de outs. cerâmicas Outros ladrilhos, etc. de cerâmica, vidrados, esmaltados Outros ladrilhos, etc. de cerâmica, ñ/vidrados, ñ/ esmaltad.
Fumo
Carpintaria, p/construções Mad. comp. face d/mad. ñ coníf, espessura<6mm
Outras partes de compressores de ar/outros gases
Móveis
Móveis de madeira p/escritórios
Outras carnes de suíno, congeladas Outras gelatinas e seus derivados
Outs. máquinas e apars. p/empacotar/ embalar mercadorias
Outras partes de refrigeradores, congeladores, etc.
Outras partes e acess. p/tratores e veículos automóveis
Óleo de soja, refinado, em recipientes com capacidade<=5l
108
Máquinas e equipamentos elétricos
Máqs. p/limpeza, seleção, etc.de grãos, prods. hortic. secos
Motor elétr. corr. altern. trif. 750w<p<=75 kW, rotor td gaiola<>
Lamin. ferro/aço, l>=6dm, galvan. outro proc. e<4.75mm
Motor elétr. corr. altern. trif. 7.500 kW<pot.<=30.000 kW< td>
Partes de torneiras, outs. dispositiv. p/ canalizações, etc.
Motor elétr. corr. altern. trif.37.5W<p<=750w, rotor td gaiola<>
Prods. semimanufat. de lamin. ferro/aço, a frio, l>=6dm, em outras obras de ferro ou aço
Desperdícios de fumo
Outros motores elétr. de equip. p/refr./ar-cond. cap=<30.000 frigorias/h
Fumo ñ/manuf. total/parc. destal. fls. secas, etc. virgínia
Outs. interruptores, etc. de circuitos elétr. p/ tensão<=1kV
Fumo ñ/manuf. total/parc. destal. fls. secas, tipo “burley”
Outros instrumentos e aparelhos p/ odontologia
Para fazer negócios em Santa Catarina, contate a FIESC >
www.fiescnet.com.br/cin
•
Têxtil e vestuário Camisetas “t-shirts”, etc. de malha de algodão Fitas de fibras sintéticas ou artificiais
Metalurgia e produtos de metal Ferro/aço, ñ/ligados, carbono>=0.25%
Outs. partes de bombas p/líquidos
Partes p/móveis, de madeira
Roupas de toucador/cozinha, de tecidos atoalh. de algodão
Motocompressor hermético, capacidade<4.700 frigorias/hora
Outras bombas volumétricas rotativas
Móveis de madeira p/quartos de dormir
Outros tubos de ferro/aço ñ/lig. sold. sec. circ. Outros acessórios p/tubos moldados de ferro fundido, etc.
Outros Couros/peles, bovinos, prepars. divid. c/a flor Energia elétrica Granito talhado ou serrado, de superfície plana ou lisa Iodetos de potássio Iodatos de cálcio Outros acessórios para tubos, de plásticos Partes superiores de calçados e seus componentes
Outs. parafusos/pinos/pernos, de ferro fundido/ferro/aço Rolos, 1mm<e<3mm< td>
business@fiescnet.com.br
•
(48) 3231 4651
Fonte: MDIC
109
Editor: Vladimir Brandão Diretor de arte: Luiz Acácio de Souza Editor de arte: João Henrique Moço Secretário de redação: Sérgio Ribeiro Repórteres: Alexandre Gonçalves, Carla Pessotto e Diógenes Fischer. Pesquisa: Rodrigo Coutinho Capa: Jaison Henicka (Divisão de Comunicação e Marketing Fiesc) Mapas: Fábio Nienow e Lucas Ferreyra (ícones) Fotos: Fiesc, Tempo Editorial (págs. 4 -, 5 - alto, 12, 13, 20, 24, 27, 79 - alto, 89 - esq., 94, 97, 99 – alto à dir. e 100), Expressão (págs.16, 25, 26, 57, 79 – abaixo à dir., 83 – centro e 103), Divulgação (págs. 36, 37, 39 - abaixo, 42 - alto, 54, 55, 71 – alto e 99 – alto à esq. e abaixo), Markito (p. 17), Zé Paiva (p.27 - abaixo), Mauro Isaque Vaz / Prefeitura Municipal de Florianópolis (p. 63), Marcelo Martins/ Prefeitura Municipal de Blumenau (p.66), Mauro Artur Schliek/ Prefeitura Municipal de Joinville (p.70), Antônio Vieira/ Prefeitura Municipal de Lages (p.74), Prefeitura Municipal de Chapecó (p. 82), APL/Codesp (p. 89 – dir.), Assessoria de imprensa DNIT (p. 94).
Produção: w w w. e x p r e s s a o . c o m . b r
.
Sistema Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina Rodovia Admar Gonzaga, 2.765 - Itacorubi Florianópolis/SC - CEP 88034-001 Fone: (48) 3231 4651 business@fiescnet.com.br
w w w. f i e s c n e t . c o m . b r
Indústria, parcerias e oportunidades de investimento FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DE SANTA CATARINA FIESC A Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (FIESC) é a entidade que representa o setor responsável por praticamente 34% do Produto Interno Bruto do estado. É filiada à Confederação Nacional da Indústria (CNI) e tem como principais objetivos o incremento de competitividade nos segmentos industriais já estabelecidos, estímulo ao surgimento de novos empreendimentos industriais, infraestrutura para o desenvolvimento sustentável e fortalecimento da representatividade industrial e sindical patronal. Estão filiados à FIESC 131 sindicatos de indústrias, incluindo segmentos como os de alimentos e bebidas, cerâmico, têxtil e vestuário, metalmecânico, de madeira e mobiliário, de informática, de calçados, de plásticos, de papel e celulose, de extração mineral, gráfico, de material elétrico, químico e de construção civil. A indústria catarinense perfaz um total de 35 mil estabelecimentos industriais, que empregam 645 mil trabalhadores.
Sistema
FIESC
Indústria, parcerias e oportunidades de investimento
FIESC CIESC SESI SENAI IEL