Núcleo de Pesquisas APESAR DE PEQUENA QUEDA MENSAL, INTENÇÃO DE CONSUMO DAS FAMÍLIAS CRESCE 14% EM RELAÇÃO AO MESMO PERÍODO DO ANO ANTERIOR A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) catarinenses permaneceu em patamar bastante elevado no mês de março. Os 149,2 pontos do índice garantem que o início de 2012 vem sendo bastante promissor para as famílias. Apesar da pequena queda de 0,4% no indicador em relação a fevereiro, na comparação anual o crescimento é forte: 14%. Esta forte expansão da disposição de consumir das famílias do estado pode ser associada à manutenção do emprego, o cenário inflacionário mais controlado e, principalmente, os ganhos de renda trazidos pelo aumento do salário mínimo deste início de ano. Mar/12
VARIAÇÃO MENSAL (%)
VARIAÇÃO ANUAL (%)
Emprego Atual
156,7
1,9
20,5
Perspectiva Profissional
112,1
-4,7
8,3
Renda Atual
166,9
3,7
14,9
Acesso ao Crédito
157,1
-3,0
1,4
Nível de Consumo Atual
117,6
-2,5
14,1
Perspectiva de consumo
156,3
2,1
50,1
Momento para duráveis
177,7
-1,3
1,2
ICF
149,2
-0,4
14,0
INDICADOR
Emprego, renda e consumo atuais Os indicadores de emprego, renda e consumo atuais apresentaram, sem exceção, um importante crescimento anual. Respectivamente, as expansões foram de 20,5%, 14,9% e 14,1%, colocando os indicadores nos patamares de 156,7, 166,9 e 117,6 pontos. Também na comparação mensal houve crescimento no emprego atual e na renda atual, de 1,9% e 3,7%, respectivamente. Apenas o nível de consumo atual caiu 2,5% mensalmente, o que pode ser associado a fatores sazonais, já que os primeiros meses do ano tem um ritmo de vendas mais fraco naturalmente. Na comparação por faixa de renda (famílias com mais e menos de 10 salários mínimos como rendimento), não houve diferenças significativas nestes três indicadores. Para as famílias com renda maior os indicadores foram, respectivamente, de 160,6, 164,2 e 124,8 pontos. Já para as famílias de renda menor os índices foram de 155,7, 167,6 e 115,7 pontos, também respectivamente.
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O que está por trás desse considerável crescimento anual são a manutenção do nível de emprego da economia, o maior controle do processo inflacionário deste início de ano e, principalmente, os ganhos de renda causados pelo aumento de 14% no salário mínimo. Desta forma, se depender da intenção de consumo dos catarinenses, provavelmente nos próximos meses começará a ser notada uma recuperação do ritmo de vendas do comércio, ritmo este que havia perdido força desde a segunda metade do ano passado. Perspectiva profissional A perspectiva profissional foi o índice mais baixo do ICF, ficando nos 112,1 pontos. O crescimento anual foi de 8,3%, com queda mensal de 4,7%. O que explica o menor patamar deste indicador são os problemas ocasionados pela falta de mão de obra qualificada, o que faz com que os empregados muitas vezes não consigam ascender dentro da estrutura corporativa. Acesso ao crédito Já o acesso ao crédito é outro indicador que apresentou alto patamar neste mês de março. O índice ficou em 157,1 pontos, com queda mensal de 3% e crescimento anual de 1,4%. Desta forma, o aperto no crédito sentido na segunda metade do ano anterior, e que também contribuiu para a desaceleração das vendas do comércio, vem aos poucos se desfazendo, o que, com toda a certeza, vai ajudar na recuperação das vendas e da economia catarinense neste ano. Perspectiva de consumo O maior crescimento deste mês foi a perspectiva de consumo do catarinense, que cresceu 50,1% em relação a março de 2011 e 2,1% em relação ao mês passado. Assim, o índice ficou estabelecido na casa dos 156,3%. Aqui também os ganhos de renda, a manutenção do emprego e a inflação mais controlada dão o motivo para tal crescimento. As famílias neste início de ano estão mais confiantes de que terão seu padrão de consumo aumentado durante o ano. Momento para duráveis Finalizando, o indicador com o maior patamar de pontuação é o momento para duráveis. O resultado foi de 177,7 pontos em março, crescimento anual de 1,2% e queda mensal de 1,3%. Este índice mostra que, novamente, o setor de bens duráveis deve experimentar forte crescimento das vendas em 2012, fator que vem se repetido ano a ano em virtude da expansão do crédito ao consumidor e do aumento da renda dos brasileiros e catarinenses. Conclusão A manutenção do emprego, o maior controle inflacionário e o aumento do salário mínimo, a despeito dos efeitos que pode trazer à inflação, impactaram fortemente a Intenção de Consumo das Famílias catarinenses no mês de março, O crescimento anual foi de expressivos 14%. Tendo em vista tal resultado favorável neste início de ano, a tendência é de que 2012 apresente novamente o setor comercial com crescimento superior ao restante da economia.
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Por sua vez, esta tendência de crescimento das vendas deve ser potencializada a partir do segundo semestre deste ano, quando o crédito ao consumidor deve apresentar nova expansão, com impactos óbvios sobre o aumento do consumo. Metodologia Foram entrevistados consumidores em potencial, residentes no Município de Florianópolis, com idade superior a 18 anos. Para fixar a precisão do tamanho da amostra, admitiu-se que 95% das estimativas poderiam diferir do valor populacional desconhecido “p” por no máximo 3,5%, isto é, o valor absoluto “d”(erro amostral) assumiria no máximo valor igual a 0,035 sob o nível de confiança de 95%, para uma população constituída de consumidores em potencial. Preferiu-se adotar o valor antecipado para “p” igual a 0,50 com o objetivo de maximizar a variância populacional, obtendo-se maior aproximação para o valor da característica na população. Em outras palavras, fixou-se um maior tamanho da amostra para a precisão fixada. Assim, o número mínimo de consumidores a serem entrevistados foi de 500, ou seja, com uma amostra de no mínimo 500 consumidores, esperou-se que 95% dos intervalos de confiança estimados, com semi-amplitude máxima igual a 0,035, contivessem as verdadeiras freqüências.
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