Plano de negócio mão na roda

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Michel Téo Sin

plano dE nEgócio

gilberto mesquita e márcio davi

proEza — Correia Pinto, SC

o que fez Protótipo de carro para deficientes físicos conquista Recebeu 50 000 reais de agências de fomento para investir no desenvolvimento do carro

mão na roda

Os sócios da catarinense Proeza já ganharam prêmios com o Pratyko, um protótipo de carro para deficientes físicos. Agora, eles precisam encontrar uma forma de tornar a produção em série viável comercialmente 92 | Exame pmE | Julho 2011

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— Com reportagem de Camilla Ginesi

próximos passos andré BEarzi

alEx TodrEs

aEsa — Cambé, PR

ViajanET — São Paulo, SP

Faturamento 65 milhões de reais(1)

Faturamento 55 milhões de reais(1)

Fabricante de autopeças

Agência de viagens

Criar uma rede de fornecedores

• Perspectivas O aumento do poder de compra da população brasileira faz com que esse seja o momento certo para um produto de nicho como o Pratyko entrar no mercado. • Oportunidades O Pratyko possui diversas vantagens em relação ao automóvel adaptado. Para que o carro tenha mais viabilidade comercial, no entanto, os sócios da Proeza deveriam repensar seu design, tornando-o mais parecido com os carros comuns. • O que fazer Pela minha experiência no setor automotivo, montar um carro, por menor que seja, exige muito capital. Para reduzir a necessidade de recursos, acredito que, no começo, a Proeza deveria terceirizar a produção das peças, para não ter de investir numa fábrica própria. De qualquer forma, para tirar o negócio do chão, será necessário contar com a ajuda de investidores. Uma instituição financeira com foco em responsabilidade social pode ser uma alternativa.

gabriel rinaldi

ve poliomielite, o catarinense Márcio Davi, hoje com 38 anos, tinha dificuldades em sair da cadeira de rodas para entrar no carro. Em 2005, ele conheceu o técnico em eletrônica Gilberto Mesquita, de 41 anos, durante uma festa na cidade de Correia Pinto, no planalto catarinense. Juntos, resolveram criar um veículo mais adequado aos deficientes físicos do que os modelos adaptados existentes no mercado. “Começamos o projeto na garagem de casa, com a ajuda de amigos que conheciam um pouco de mecânica”, diz Mesquita. A ideia inicial era construir um triciclo ou quadriciclo, mas eles perceberam em poucos meses que seria viável fazer um automóvel, do tamanho de um carro compacto, equipado com um elevador para embarcar o motorista cadeirante. Mesquita passou a investir no projeto o que sobrava de seu salário de técnico em uma fábrica de papel, emprego que ainda mantém. “Era pouco, entre 1 000 e 2 000 reais por mês”, diz ele. Três anos depois, ele e Davi inscreveram o projeto em um programa de fomento à inovação do governo catarinense e ganharam 50 000 reais para desenvolver o carro. Com o dinheiro, conseguiram terminar um protótipo. Dois colegas de Mesquita, os também técnicos eletrônicos João Francisco Gil, de 45 anos, e Sérgio Schutz, de 39 anos, empolgaram-se com a ideia, e os quatro fundaram a Proeza para patentear o carro, batizado de Pratyko. Agora, a Proeza tem de buscar um investidor para levar o projeto adiante. “Precisamos de, no mínimo, 5 milhões de reais”, diz Davi. Os sócios acreditam que o Pratyko pode chegar ao mercado a um preço próximo dos 30 000 reais. Pelos últimos dados demográficos disponíveis, do Censo de 2000, há no Brasil mais de 500 000 pessoas que precisariam usar cadeiras de rodas. Para ajudar a Proeza a encontrar uma forma de tornar seu projeto viável, Exame PME ouviu André Bearzi, diretor da fabricante de autopeças Aesa, e Alex Todres, fundador da Viajanet.

gabriel teixeira

p

araplégico desde a infância, quando te-

Buscar investidores com foco social

• Perspectivas O mercado está muito favorável para investimentos de fundos estrangeiros em empresas brasileiras. A Proeza pode aproveitar a oportunidade para conseguir aportes que tornem o negócio viável. • Oportunidades Produtos de cunho social e inclusivo, como o da Proeza, têm cada vez mais espaço no mercado. Além disso, muitos investidores, principalmente os internacionais, preferem pôr dinheiro em empresas preocupadas com responsabilidade social. Os criadores do Pratyko contam com todos os requisitos para cultivar uma imagem favorável entre esses investidores. • O que fazer Para atrair o interesse dos fundos de investimento, a Proeza precisa mostrar mais do que uma boa ideia: a gestão deve ser exemplar. Divulgar bem o produto na imprensa pode ajudar a chamar a atenção dos fundos de capital semente. É interessante ainda que o site tenha informações claras e conte com recursos interativos. 1. Em 2010

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