O RLA E C IDADE o lago para uma brasília contemporânea
CA D ERN O D E PR O JE T O 1 /2 0 1 7 L U I S A CO RREA D E O L IV E IR A 12/ 00 1 7 2 5 3 U n i v e r s i d a d e d e B r así l i a F a c u l d a d e d e Arq u i t e t u r a e U r ban i smo D e p a r t a m e n t o d e P ro j e t o , E x p re s s ã o e Re p re s en t aç ão Tr a b a l h o F i n a l d e G r a du aç ão O r i ent a dor a : P ro f . D r a . G i s e l l e C h a l u b Mar t i n s F a c u l d a d e d e Arq u i t e t u r a e U r b a n i s m o - U n B B a nca E xa mi na d o r a : P ro f . D r a . Mô n i c a Go n d i m F a c u l d a d e d e Arq u i t e t u r a e U r b a n i s m o - U n B P ro f . D r. Be n n y S c h v a r sbe rg F a c u l d a d e d e Arq u i t e t u r a e U r b a n i s m o - U n B Prof es s or a Convi d a d a : P ro f . D r a . P a t r í c i a S i l v a Go me s F a c u l d a d e d e Arq u i t e t u r a e U r b a n i s m o - U n B
PREFÁCIO
Es t e ca der no é a concl us ã o de u m a h i s t ó r i a . R e g i s t r a o p ro c e s so de proj et o do Tr a ba l ho Fi na l de G r a d u a ç ã o , q u e c o m p l e m e n t a e re pres ent a t oda a t r a j et ór i a da mi n h a f o r m a ç ã o c o m o a rq u i t e t a e urbani s t a no â mbi t o da Fa cul da de d e Arq u i t e t u r a e U r b a n i s m o d a U n ive r s i da de de B r a s í l i a (FA U/UnB ). Re ú n e a s i n f o r m a ç õ e s , a s p e s qu isas , a s i nda ga ções e i nqui et a çõ e s q u e m e f i z e r a m c h e g a r a t é aqu i e que s ã o própr i a s do prof i s s i o n a l q u e t r a n s f o r m a o e s p a ç o .
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O proj et o des envol vi do cons i s t e n a re q u a l i f i c a ç ã o u r b a n a d o Se tor de Cl ubes E s por t i vos Sul , i nc l u i n d o a Or l a J K , n a c i d a d e d e Brasíl i a . A es col ha do t em a R equa l i f i c a ç ã o U r b a n a m o s t r a - s e p e rt in en t e a o a borda r probl emá t i ca s ur b a n a s e s o l u ç õ e s e m u m a á re a com g r a nde pot enci a l de us o, porém s u b u t i l i z a d a . Tem com o t í t ul o “ O r l a e Ci da de ”, p a r a i n d i c a r a re l a ç ã o c o m Brasíl i a e a a r t i cul a çã o ent re pa i s a g e m , p a t r i m ô n i o e p e s s o a s , q u e o proj et o pret ende t r a z er. E s s a rel a ç ã o p re s s u p õ e u m a d e p e n d ê n cia en t re t odos , onde um nã o deve r i a e x i s t i r s e m o o u t ro , e q u e , a f o rça e gr a d i os i da de do l uga r, es t ã o e x a t a m e n t e n a u n i ã o e i m po rtânci a del es .
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À C é l i a C o r rê a . Voc ê é a m u l h e r m a i s b r i l h a n t e , h u m i l d e e i n c r í v e l q u e e u con h e c i e m m i n h a v i d a , e , s e r s u a f i l h a , f o i e s e r á t o d o s o s dias a viagem mais linda e deliciosamente cativante que voc ê j á m e p e r m i t i u f a z e r. Tud o à t i , s e m p re .
P ont e JK. Foto: Carol i na Garci a
I N T RO DU ÇÃO Apre sen tação Co nte xto J ust if icat iv a
10 11 13 15
REFERÊ NCIAS Teó ricas Projetu ais Técn icas Estu do s de Ca s o
17 18 20 21 23
C ARACTERIZ AÇÃO Le gislação Aspe ctos Amb i ent a i s Siste ma V iário U so e Ocupaçã o do Sol o Tran secto Pesso as At iv idades
25 27 30 35 40 45 46 47
D I AGNÓS TICO M apa S ínte se de Pot enci a l i da des M apa S ínte se de Probl ema s Anál ise S WOT
52 53 54 55
EST RATÉGIAS Co nce itos e d i ret r i z es V isão Projeto s e Po l í t i ca s Lin ha do tempo
59 60 61 62 64
O P R OJ ET O S t o r y Bo a rd Ma p a G e r a l An t e s Ma p a G e r a l D e p o i s Ma p a d e Z o n e a m e n t o G e r a l Ma p a d e G a b a r i t o Os L a y e r s A d i v i s ã o A Es c a l a R o s a A Es c a l a Ve rd e A Es c a l a Az u l Tr a n s e c t o
65 6 6 7 0 7 1 7 2 7 3 7 4 7 6 7 7 9 5 1 0 7 1 1 9
C ON C L U S ÃO
121 123
BI BL I OG R AF I A
INTRODUÇÃO
APRESENTAÇÃO
O proj et o a qui a pres ent a do des e n v o l v i do par a a d i s ci pl i na Tr a ba l ho Fi na l d e G r a du ação de A rqui t et ur a e Ur ba ni s m o d a U n i ve rsida de de B r a s í l i a com o t í t ul o “Or l a e Cidade - O L a go pa r a um a B r a s í l i a C o n t e m po râne a ” , cons i s t e na requa l i f i ca çã o u r b a n a do Se t or de Cl ubes E s por t i vos Sul , i n c l u i n d o a Orla da Pont e J K. O i nt ui t o é ent e n d e r e pro pô r nova s f or ma s de ocupa çã o e v i v ê n c i a da cid a de com es pecul a ções a res p e i t o d a relação do m ei o cons t r uí do e o m e i o n a t u ral, do pa t r i môni o e da i nova çã o. A Br a s í l i a Co nte mpor â nea orgul ha - s e do l eg a d o a rqu itetô ni co de s ua concepçã o, preo c u p a - s e com se us recur s os na t ur a i s e engl o b a t u d o isso em s eu pres ent e e f ut uro. O p ro j e t o é uma tent a t i va de a r t i cul a r a s dem a nd a s a t u ais de ocupa çã o do s ol o com a prot e ç ã o a m bie nta l e pa t r i m oni a l do que j á exi s t e . O obj et i vo do proj et o é p ro m o v e r cone ct i vi da de com o res t a nt e da ci da d e , p o r me io d e um s i s t ema vi á r i o a r t i cul a d o c o m d iretri z es de mobi l i da de ur ba na , i n c e n t i v a r o en cont ro de pes s oa s a t r a vés da d i v e r s i d a -
d e d e u s o s e a p r i m o r a r a re l a ç ã o t e r r a - á g u a c o m o p ro t e ç ã o a m b i e n t a l e f e r r a m e n t a d e inclusão social, através da experimentação s e n s o r i a l d a p a i s a g e m . P a r a i s s o , s e r á p ro p o s t a u m a re q u a l i f i c a ç ã o v i á r i a a g re g a n d o c i c l o v i a s e c o r re d o re s v e rd e s q u e c o n e c t e m a Or l a e a c i d a d e ; i m p l a n t a ç ã o e p a d ro n i zação de mobiliário urbano e sinalização para criação de uma identidade para o lugar; novos equipamentos urbanos de lazer; desenvolvimento de paisagismo adequado; d e f i n i ç ã o d e g a b a r i t o s e re t i r a d a d e b a rre i r a s ; i m p l a n t a ç ã o d e n o v a s a t i v i d a d e s n o l a g o q u e p ro m o v a m a s u s t e n t a b i l i d a d e e a i n t e g r a ç ã o ; re d e s e n h o d a s b o rd a s á g u a - t e rr a c o m l u g a re s p a r a e s t a r, c o n t e m p l a ç ã o e l a z e r m a i s p ró x i m o s à á g u a e d e f i n i ç ã o d e n o v o s p a r â m e t ro s d e u s o e o c u p a ç ã o d o s l o t e s d o S e t o r d e C l u b e s Es p o r t i v o s S u l , d e f o r m a a c r i a r u m a a p ro p r i a ç ã o d o e s p a ç o s e m ro m p e r c o m a e s c a l a b u c ó l i c a e d i re t r i z e s p a t r i m o n i a i s d e Br a s í l i a .
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VIL A PL AN ALT O
PA L Á C I O DO JABURU
Mapa de Localização
CONTEXTO HISTÓRICO A c id ade de Bra síl ia , pla neja da na déc ad a d e 5 0 pelo urba nista Lúcio Costa , teve su a c o n c e p çã o ba sea da nos princípios do urb an ismo moderno, que objet iva va a proposiç ão d e c id ades idea is pa ra um homem “t ipo”, p r io r izan d o a segrega çã o do espa ço por funç õ e s u r b ana s e privilegia ndo a locomoçã o p o r me io d o a utomóvel, símbolo do progresso h u man o . Lú c io Costa concebeu o pla no da nova c ap it al a p a rt ir de qua tro esca la s que confer ir am u m c ará ter pa rt icula r a o projeto e defin e m mu it o bem Bra síl ia a té hoje. As esca la s são a re sidencia l, compreendendo a s ha bit aç õ e s, e sc ala gregá ria , a briga ndo todos os se t o re s d e convergência da popula çã o como se t o re s b an cá rios e de d iversões, esca la mon u me n t al, onde está centra l iza da a sede do p o d e r ad mi nistra t ivo e, fina lmente, a esca la b u c ó l ic a q ue permeia a s outra s três e represe n t a a n at ureza pulsa nte e a bunda nte da cid ad e p arq u e. Ne st a úl t ima , encontra -se o La go P a ra n o á, u m importa nte elemento estrutura dor da c id ad e . O La go P a ra noá foi represa do a rt ific ialme n t e no período chuvoso dos a nos 1959 e 1 9 6 0 p ar a recrea çã o e pa isa gismo. Os curso s q u e o r igina ra m o la go integra m a ba cia d o Rio Par a noá , sendo eles: Ria cho Fundo, Rib e ir ão d o Ga ma , Córrego Ca beça de Vea d o , Rib e ir ão do Torto e Córrego Ba na na l. Foi in au g u r ad o em 12 de setembro de 1959, a ni-
versá rio do presidente Juscel ino Kubi ts c hek . 1 Situa -se na cota 1.000 a c i ma do ní v el do ma r. Apresenta a proxima da mente 8 0 k m de perímetro, superfície de 39 ,4 8 k m 2 , v olume de 560x106 m 3 , profund i dade máx i ma de 38 metros e méd ia de 1 4 ,8 metros . A Ba cia H idrográ fica do La go P a ranoá oc upa uma á rea de 1.010 km2 e eng l oba as R egi ões Administra t iva s do P la no Pi l oto, L agos Sul e Norte, P a ra noá , Núcleo B andei rante e Gua rá . O la go foi cria do visa n do ameni z ar a s cond ições cl imá t ica s da regi ão, permi t i r a gera çã o de energia elétrica e propi c i ar l az er à popula çã o. Lúcio Costa enfa t iza va o caráter l i v re da orla , ma ntendo a s á rea s reside nc i as af as tada s de sua s ma rgens pa ra preserv á-l as c omo espa ço públ ico. Dessa ma neira, no proj eto origina l, a ocupa çã o da orla des t i nav a-s e às a t ivida des de la zer, com clubes , rec reaç ão, resta ura ntes e lotes inst itucion ai s para us o públ ico comum. A orla ha via s i do pens ada pa ra funciona r como um espa ç o de c onex ão entre o homem e a na tureza , e como el emento da esca la bucól ica , sua função era s erv i r de tra nsiçã o entre a esca la res i denc i al e o cerra do.
1 FON SECA , FERN A N DO (organiz aç ão). Ol h are s so bre o L ago Par anoá - B r as íl ia: Sec ret ar ia de Meio A mbient e e R e c u rso s Hídric o s, 2001.
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L ag o Par an o á. F o t o : L u i sa C o r re a
A P RO PR IA ÇÃ O PRIVADA E P R O JE T O OR LA LIVRE 14
O p ro c e s s o d e a p ro p r iaç ão p r ivad a do l ago in i cio u - s e lo g o ap ó s su a c o n st r u ç ão, ai n d a n a d é c a d a d e 5 0 , q u an d o lo t e s do L ago S u l co m e ç a r a m a se r p r ivat izad o s. D a m es m a m a n e ir a , a p a r t ir d a d é c ad a d e 6 0 , os e s p a ç o s à s m a rg en s d o Lag o No r t e tam bém f o r a m p r i v a t i z a d o s, e mb o r a n aq u e l e m om e n t o o s t e r re n o s d as h ab it aç õ e s n ão obs truí ss e m o a c e s s o à s marg e n s, e r a u m i nd í c i o d o q u e v i r i a a s e r su a le n t a e p ro gres s i v a a p ro p r i a çã o p r i vad a. Após déc adas d e d e s c a s o s , a g re ssõ e s amb ie n t ias e aprop r i a çõ e s in d e v id a s e m d ive r sas p artes do l a g o , o G o v e r n o do Dist r it o F e d e r al foi obri g a d o a re s p o n d e r à d e c isão ju d ic ial para des o b s t r u çã o d a f a i x a p ú b l ic a d e 3 0 m da Orl a d o L a g o P a r a n o á , c o r re sp o n d e n t e à s ua área d e P re s e r v a çã o Pe r man e n t e - A PP. O P ro je t o O r la L i v re fo i c r iad o p ar a s er a re s p o s t a s o b re a d e so b st r u ç ão . Co m o m es mo , o D is t r i t o F e d e r al at e n d e ao ar t . 2 4 do D e cre t o 3 3 . 5 3 7 / 2 0 1 2 - Z o n e ame n t o Am bi ent a l d a A PA d o Lag o Par an o á, q u e es tabel e ce q u e a o r la de ve se r o b je t o d e
p ro je t o e specífico que ident ifique a s á rea s p assíve is d e ocupa çã o públ ica , com d iretrizes q u e ab r an jam os interesses da popula çã o em g e r al e ao seu P la no de Ma nejo, que prevê a e lab o r aç ão de um P la no de Ocupa çã o ou P la n o Dire t o r pa ra a Orla do La go. A mat eria l iza çã o do pla no de uso e ocup aç ão se r á a lca nça da por meio da ela bora ç ão d o Masterpla n, que será definido em um Co n c u r so I nterna ciona l, que deverá concil ia r as p re o c u p a ções a mbienta is, inerentes à cond iç ão d e área de preserva çã o perma nente do Lag o Par an oá , com a pa isa gem urba na hetero g ê n e a, b usca ndo ressa l ta r o potencia l de e x p lo r aç ão comercia l, turíst ica e de la zer do lag o Par an oá pela popula çã o do DF. 1 A c o nstruçã o de uma nova pa isa gem, p e la in t ro d uçã o de espécies na t iva s do bioma c e r r ad o , a ssocia da a a ções de recupera ç ão d e áre a s degra da da s , a o a proveita ment o d e e q u ipa mentos e de infra estrutura s já in st alad as, à mel horia dos a cessos, insta la ç ão d e n o va s a t ivida des de la zer, cul tura is, e sp o r t ivas, turíst ica s e ná ut ica s, irá via bil iza r a ap ro p r iaç ão socia l desse espa ço privilegia d o ju n t o ao espel ho d ’á gua do La go P a ra noá ,
com um projeto que da rá ênfa s e à es tét i c a da pa isa gem, a o enfoque a mbient al .
1 Secreta ria de Es t ado de G es t ão do Ter r it ór io e da Habit aç ão - SE GE TH . Termo de Referênc ia - Conc ur s o Int er nac ional n o 1 /2 0 1 6 . Bra síl ia : GD F , 2016 .
I d e a l i za çã o d o P ro j e t o O r l a L i v re . F o n t e : h t t p s: //w w w. o r l a l i v re . d f . g o v. b r
JUSTIFICATIVA A pó s a an ál ise d o c o n t e x t o d o Lago P a ra n o á e d e su a imp o r t ân c ia n o s c e n ár io s t uríst ico, a m b i e n t al, e c o n ô mic o e so c ial n a c id ad e de Bra s í l i a , p erc e b e - se o p re c e d e n t e p ar a u ma ocupa ç ã o in te l ig e n t e d o s e sp aç o s vazio s n o s seus a rre d o re s e a n e c e ssid ad e d e in t e r ve n ç ão em sua o r la , c o n sid e r ad a c o mo e sp aç o p ú b l ic o , em cons o n â n cia c o m a at u al id ad e d o Pro je t o O rla Livre d o G o ve r n o d e B r asíl ia. Tr an sfo r mar o s e sp aç o s p ú b l ic o s e m luga res a t r a t i v os é u m d o s d e safio s d a u r b an izaç ã o. P a ra o a rq u it e t o e u r b an ist a J an Ge h l ( 2 0 1 3 ) , é import a n t e c r iar c id ad e s p ar a as p e sso as e p ar a a qua l id a d e d e vid a d e las. S ão e las q u e t r an sforma m u m e s paç o : “ [ . . . ] Co n vid e as p e sso as p a ra usa r a cid a d e e e x ist ir ão mais p e sso as n as rua s.” 1 . D e a c o rd o c o m Ge h l ( 2 0 1 3 ) , a e sc ala h u ma na é a m a i s imp o r t an t e d as e sc alas e a mais c onvida t iv a , lo g o o s e sp aç o s d e ve m se r o rg an iza dos a p a r t ir de la. A p l ic an d o e sse s e o u t ro s c o n c e it o s na rea l id a d e d o lo c al d a in t e r ve n ç ão , p e rc e b e - se que a O r l a J K é p ar t e fu n d ame n t al d a h ist ó r ia do La go P a r a n o á p o ré m at u alme n t e e st á ab an d ona da e s u b u t il izad a. Co m e sse c e n ár io , c r ia- se entã o a o p o r t u n id ad e d e re q u al ific á- la e re vita l izá -la ju n t a m en t e c o m o re st an t e d o S e t o r d e Clubes 1 2013
GE H L, JAN. Cida des pa ra a s pessoa s - 1ed. - Sã o Pa ulo: Per s pec t iva,
Esport ivos Sul, indo de encontro com os conceitos de cida des viva s, protegida s e d iversa s. A problemá t ica é a tua l e va i de encontro com a s a mbições da SEGET H - Secreta ria de Esta do de Gestã o do Território e da H a bita çã o no â mbito do P rojeto Orla Livre: “Área T ipo 12 - Centro de La zer Beira La go, situa do na orla do P la no P iloto, pa ra esta á rea é prevista a revita l iza çã o dos espa ços públ icos de la zer e entretenimento e a insta la çã o de píer ou a tra ca douro.” 2 P orta nto, inspira da pela metodologia de desenho urba no que prioriza a s pessoa s, pa ra a lca nça r os objet ivos propostos no tra ba l ho, procura -se esta belecer um projeto urba níst ico pa ra o Setor de Clubes Esport ivos Sul, que seja ca pa z de integra -lo a o seu entorno, promover segura nça , conforto, pra zer e a cessibil ida de a os seus usuá rios, enqua nto propicia um crescimento intel igente da cida de. P a ra isso o projeto se a poia em referência s teórica s, técnica s e projetua is que dã o subsíd ios pa ra a definiçã o de d iretrizes, cria çã o de uma visã o e o esta belecimento da metodologia pa ra a ca ra cteriza çã o e o d ia gnóst ico da problemá t ica .
2 Sec ret ar ia de Es t ado de G es t ão do Ter r it ór io e da Habit aç ão - SEG ETH. Ter mo de Referênc ia - Conc ur s o Int er nac ional n o 1 /2 0 1 6 . - B r as íl ia: G DF ,2 0 1 6 .p.6 9 .
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P ont e JK. Foto: Carol i na Garci a
REFERÊNCIAS
REFERÊNCIAS TEÓRICAS
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C i dade V iva 1
Ci dade S u s te n tá ve l 1
A e xp e r i ê n cia d a v it al id ad e n a c id ad e não s e l i m it a à q u a n t id ad e . A c id ad e viva é um c o n ce i t o re l a t i v o . O q u e imp o r t a n ão s ão nú m e ro s , m u l t id õ e s o u o t aman h o d a c i dade, e s i m a s e n s a ç ã o d e q u e o e sp aç o é c onv i d a t i v o e p o p u l a r ; isso c r ia u m e sp aç o de si g n if i ca d o . A c id a d e v iv a p re c isa d e u ma vid a u rbana v a r i a d a e c o m p l e x a, o n d e as at ivid ades s oc ia is e d e l a z e r e st e jam c o mb in ad as, dei x and o e s p a ç o p a r a a n e c e ssár ia c irc u l aç ão d e p e d e s t re s e t ráfe g o , b e m c o mo oportu n i d a d e s p a r a par t ic ip aç ão n e sse uni v ers o . E s s a s s ã o a s q u a l i dad e s p re c isas q u e podem s e r u t i l i z a d a s c o m van t ag e m n o u rbani s m o m o d e r n o . A s palavr as- c h ave p ar a es t i m ul a r a v i d a n a c id ad e são : ro t as d iretas , l ó g ic a s c o m p a ct as; e sp aç o s d e mo des tas d i m e n s õ e s ; e u ma c lar a h ie r arq u ia s egund o s e e s c o l h e o s e sp aç o s mais important e s .
O c o n ceito de sustenta bil ida de ta l como ap l ic ad o às cida des é a mplo, sendo o consu mo d e e nergia e a s emissões dos ed ifícios ap e n as u ma da s sua s preocupa ções. Outros fat o re s c r u cia is sã o a a t ivida de industria l, o fo r n e c ime n to de energia e o gerencia mento d e ág u a, e sgoto e tra nsportes. S u st e n ta bil ida de socia l é um conceito amp lo e d e sa fia dor. P a rte do seu foco é da r ao s vár io s grupos da socieda de oportunida d e s ig u ais de a cesso a o espa ço públ ico e, t amb é m, d e se movimenta r pela cida de. Par a al ca nça r a sustenta bil ida de socia l, as t e n t at ivas da s cida des devem extra pola r a s e st r u t u r as física s. Se a meta é cria r cida des q u e fu n c io nem, os esforços devem concent r ar- se e m todos os a spectos, do a mbiente físic o e d as inst ituições socia is a os a spectos c u l t u r ais menos óbvios, que pesa m na forma c o mo p e rc ebemos os ba irros ind ividua is e a s so c ie d ad e s urba na s.
1 1G E H L , J A N. Ci d a d e s p a ra a s pessoa s - 1ed. - Sã o Pa ulo: P er sp ec t i va , 2 0 1 3
1 1GE H L, JA N . Cidades par a as pes s oas - 1 ed. - São Paulo: Per s pect iv a , 2013
To p o f i l i a 2 A pa la vra “topofil ia ” é um neol ogi s mo, pode ser definida de forma a brangente para incluir todos os la ços a fet ivos humanos c om o meio a mbiente. Estes d iferem bas tante em intensida de e modos de express ão. A resposta a o meio a mbi ente pode s er primeira mente estét ica : pode v ari ar do prazer pa ssa geiro que se tem de uma v i s ta ou do igua lmente pa ssa geiro, ma s mui to mai s i ntenso, senso de beleza que é reve l ado de repente. A resposta pode ser tá t il, um praz er c om a sensa çã o da á gua , do a r e da terra. M ai s perma nentes e menos fá ceis de ex pres s ar, s ão os sent imentos que a lguém tem em rel aç ão a a lgum luga r porque é sua ca sa , l ugar de memória s e de vida . P a ra a bra ng er toda a v arieda de de sensa ções e forma s de perc epç ão que temos de um espa ço, a experi ênc i a que este sugere deve ser mul t issens ori al .
2 TU A N , YI- FU . Topophil ia: A s t udy of Enviro n m e n tal P e rc e pt io n , A t t it udes and Values - N ew Yor k : Columbia U nive rsity P re ss, 1990
C i dades Int el igen tes 3 A rei nv ençã o d a s m e t ró p ole s c o n t e mp o r ân e as , no s écu l o X X I , p a s s a p e lo s n o vo s in d ic adores que m o s t r a m o p o r t u nid ad e s e m t e r mo s de c i dade s m a is s u s t e n t á ve is e mais in t e l igentes do q u e a s q u e c re sc e r am e se e x p an d i ram s em l im i t e s n o s é c u l o X X . A dem o c r a t i z a ç ã o d a s in fo r maç õ e s t e r r itori ai s , pl a n e j a m e n t o e g est ão e fic ie n t e s e a impl em en t a çã o d e a g ê n cias d e re d e se n vo lvim ento urb a n o - e c o n ô m ic o e sp e c ífic as, p e r mit irão o c re s cim e n t o d a s c id ad e s se m a n e c e ss i dade de e s g o t a m e n t o d o s re c u r so s n at u r ais. C res c i m en t o e s s e a p o ia d o p e la p ro mo ç ão d e com pac i da d e d o e s p a ç o u r b an o , p e lo u so m i s to do s o l o e p e l o c o mp ar t il h ame n t o d e equi pam e n t o s , p ro m o v e n d o a e fic iê n c ia n o us o de rec u r s o s , o u s o e f e t ivo d a c id ad e p o r s eus habit a n t e s e , co n s e q ue n t e me n t e , e l iminando as b a r re ir a s à i n t e g raç ão so c ial.
3 L EIT E, CA R L O S . Ci d a d e s s u s te n t á v eis, cida des intel igentes: D esenv ol vi men to s u s te n tá v e l n u m p l a n e ta urba no - Porto Alegre: Bo ok man, 2 01 2
DIVERSIDADE DESENHO PARA DE USOS E DESENHO ESPAÇOS DE MOBILIDADE TIPOLOGIAS PROTEÇÃO DESENHO AMBIENTAL INCLUSIVO DA PAISAGEM ENCONTRO
CIDADE VIVA CIDADE SUSTENTÁVEL TOPOFILIA CIDADES INTELIGENTES Q u a d ro s í n te s e d o s co n ce i t o s m e n ci o n a d o s. F o n t e : L u i sa C o r re a
PLANEJAMENTO A LONGO PRAZO
REFERÊNCIAS PROJETUAIS O rl a d e Aa rh u s
L o ca l i z a ç ã o : S y d n e y P a r k Rd , A u st r al ia Des i g ne r : Tu r f D e s ig n S tu d io , En viro n me n tal Partn e r s h i p , A l lu v i u m , Tu r p in + Cr awfo rd , D ragonfly a n d P a r t r id g e A n o d o p ro j e t o : 2 0 1 5 Á re a : 1 6 0 0 0 0 m 2 Conce i t o s q u e c o n t r i b u e m pa r a a Or l a da C i d a d e:
L oc a l i za ç ã o: Aa rhus, Dina ma rca D esi g ner : Bja rke Ingels Group, GEH L Archit e c t s, A n p artsselska bet Kilden & Mortensen, CA S A , MO E . Ano d o pro je to : 2017 Área : 1 0 0 0 00 m²
- reus o d a á g u a ; - água, f l o r a e f a u n a c o mo in t e g r aç ão e n t re pes s oas e p e s s o a s e l u g a r ; - tec nol o g ia d e m a n e jo da ág u a; - m ul t i d i s cip l in a r i e d a d e ; - natureza co m o re c re a çã o e fe r r ame n t a g e radora d e re c u r s o s .
- d e se n h o dos espa ços da orla de forma d in âmic a; - c o n st r u ç õ es de uso misto va ria da s; - re laç ão d e espa ços públ icos e priva dos; - al t e r n at ivas de la zer que se integra m o meio n at u r al.
S u n d ye n
C onc eito s qu e co n tribu e m para a Orla da Cidade :
Ed i f í ci o de u s o re si d e n ci a l e o rl a . F on t e : h t t ps : //w ww. a rc h d a i l y.co m
E sp a ço s d e l a ze r : p i sc i n a s, d e cks e a n f i te a tro . F o n t e : h t tp s :/ /ww w. a rch da i l y. co m
V i st a a é re a do P a rqu e . F on t e : h t t ps : //w ww. a rc h d a i l y.co m
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Parque de S y dn e y
Lo calização : Alesund, Noruega. Arqu ite to s: JAJA Architects An o do pro je to : 2016 Co n ce ito s qu e co n tribu e m para a O rla d a Cidade : - uso misto; - uso residencia l; - conexã o com o pa ssa do e o f uturo da c i dade; - uso da á gua como pa rte do proj eto; - espa ços públ icos rela ciona dos c om o mar;
REFERÊNCIAS TÉCNICAS
B a l a n ço pa ra c a d e i ra n te s F o n t e : h t tp : //a c e ss o br a s i l .w o rd p re ss . co m
1 Pos sib il id a d e e c o n d iç ão d e alc an c e , perc epç ão e e n t e n d im e n to p ar a u t il izaç ão com s egu r a n ç a e a u t o n o mia d e e d ific aç õ e s, es paç o, mo b i l i á r i o , e q u i pame n t o u r b an o e el em entos. É o a c e s s o u nive r sal ao e sp aç o públ i c o pa r a t o d a s a s p e s so as e su as d ife re n tes nec ess i d a d e s , re s p e it an d o o s p r in c íp io s de i ndepe n d ê n c ia , a u t o n omia e d ig n id ad e . radora de re cu r s o s .
1 ABN T N B R 9 0 5 0 : A ce s s i b i l i d a d e a ed if ica ções, mobil iá rio, espa ç os e eq ui p a m e n to s u rb a n o s .
Co n f o rto Amb i e n ta l
Ame n i d a d e s
A ar b o r izaç ã o de um espa ço pode reesta bele c e r a re laçã o entre homem e meio na tura l c o n t r ib u in do pa ra a qua l ida de de vida na cid ad e . O c o n forto a mbienta l se estende ta mb é m p ar a o conforto higrotérmico, que é o b t id o se mpre que se consegue ma nter um e q u il íb r io entre a s necessida des do corpo em c ad a at ivid a de que está sendo desempenha d a, p o d e ser promovido com o sombrea ment o d e c aminhos e qua dra s de esportes, por e x e mp lo . O c o n f orto sonoro é igua lmente import an t e , d e ma nda ndo cuida do especia l no zon e ame n t o da s a t ivida des pa ra nã o ha ver confl it o s e ap oio da vegeta çã o pa ra proteçã o so n o r a. Par a o conforto luminoso é necessá rio so mb re amento a dequa do pa ra previnir ofusc ame n t o e ilumina çã o a rt ificia l eficiente inc e n t ivan d o a perma nência e/ ou pa sseios em se g u r an ç a.
Sã o elementos existentes em v i as públ i ca s que busca m a tender a s nec es s i dades do usuá rio como ilumina çã o, informaç ão, des ca nso, orna mento, la zer etc. Tem c omo f unçã o integra r a cida de, fornecer pres taç ão de serviço, prover conforto a o us uári o, apoi ar a t ivida des vincula da s e ta mbé m f unç ão s i mból ica . P a ra que formem uma ident i dade, dev em ser ha rmônicos com cores qu e pos s i bi l i tem sua fá cil compreensã o e ca da e l emento dev e ter sua própria ident ida de que s e i dent i f i que com todo o conjunto. Seu desenho aj us ta-s e a d iferentes contextos e à s ne c es s i dades do usuá rio, ma ior dura bil ida de e menor manutençã o. P ode ser cla ssifica do c omo permanente ou temporá rio.
E xe m p l o s d e a m e n i da d es F o n t e : h t t ps : //w ww.p i n t e res t .c o m
A c es s ibil id ade Univer sal
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A e s t r u t u r a çã o u r b a n a d e ve se r c ap az de garan t i r s e g u r a n ça p ar a se u s u su ár io s, portanto o p la n e ja m e n t o d o e sp aç o é e x t re m am ente im p o r t a n t e . G ar a n t ir v ia s b e m i lu min ad as e b e m s i nal i z ad a s d im i n u i o s a c id e n t e s e n vo lve n do c arro s e p e d e s t re s ; e sc o l h e r ár vo re s q u e não obs t r u a m a i l u m i n a ç ão e a c alç ad a, p ro porc i ona m m a i o r s e g u r a nç a e c o n fo r t o ao s us uári os; p ro j e t a r ca lç a d as q u e c o mp o r t e m o fl ux o d e p e d e s t re s e vit a q u e e st e s c am i nhem p e la v i a d o s c a r ro s; e vit ar an ú n c io s l um i nos o s e h o l o f o t e s q u e o fu sq u e m a visão do m oto r i s t a . E s s e s s ã o p e q u e n o s c u id ad o s que dev e m s e r t o m a d o s q u e so mad o s t r aze m um bene f í cio n o t ó r io a o s u su ár io s q u an t o a s ua s egu r a n ça e co n f o r t o .
Te r mo , at r avés da engenha ria de trá fego, que d e fin e a apl ica çã o de regula menta çã o e de me d id as fís ica s, desenvolvida s pa ra controla r a ve lo c id ade dos motorista s e ga ra nt ir a seg u r an ç a viária e do meio a mbiente. S ão med ida s modera dora s de trá feg o q u e e sta belecem o pla neja mento urba n o c o mo u m processo de moderniza çã o com p re se r vaç ão e qua l ifica çã o dos espa ços urba n o s in c e n t iva ndo o trá fego de pedestres, o c ic l ismo , o tra nsporte públ ico e a renova çã o u r b an a. Me d ida s como ondula ções propicia m a d imin u iç ã o da velocida de, pla ta forma s permit e m a t r a vessia do pedestre sem muda nça d e n íve l, pa isa gismo define espa ços e funç õ e s u r b an as.
De s e n h o U rb a n o S e n s í ve l à Ág u a Um dos gra ndes desa fios para os pl aneja dores do espa ço urba no está em c onc i l i ar a s dema nda s pa ra a sobrevivênc i a do s er huma no (á gua , energia , produçã o de al i mentos , a brigos e tra ta mento de resíduos ) de f orma sistêmica com densida des de oc upaç ão e seus benefícios socia is em equ i l í bri o c om os processos na tura is como o cicl o da água urba no. 1
D e se n h o e s qu em á t i co d e u m j a rd i m d e c h u v a F o n t e : WS U D . Wa te r S e n s i t i v e Ur b a n D e s i gn P ro gr a m .
Tra ff i c Ca l mi n g
R u a re v i t a l i za d a com t r a ff i c ca l m i ng F o n t e: h t tp s: / /ww w.p i n t e re s t .co m
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Segur an ça
1 WSU D. Wat er Sens it ive U r ban Des ign Progr a m . C ity o f M e l bo u rn e WSU D guidel ines applying t he model WSU D g u ide l in e s. M e l bo u rn e Wat er, 2 0 0 8 .
ESTUDOS DE CASO EM BRASÍLIA De c k S u l
De c k N o rte
Si tua d o n o L a g o S u l , o lo c al ap re se n t a atrat i v os c o m o : re s t a u r a n te s d e al t o p ad r ão , qui os ques , á re a s v e rd e s , c alç ad a à b e ir a d ’ água, m i n i p a rq u in h o p a r a c r ian ç as, p íe r s e es paç os e e s t r u t u r a s p a r a ab r ig ar e ve n t o s es port i v os e c u l t u r a is . O p ro je t o fo i fe it o e é adm i ni s tra d o p e l a in i cia t iv a p r ivad a.
De se n volvido pelo GDF, com previsã o d e c o n c lu são pa ra o fina l do a no de 2016, o p ro je t o faz pa rte da recupera çã o do conjunt o u r b an íst i co da Orla do La go P a ra noá . O p ro je t o se r á impla nta do próximo a P onte da s Garç as e e ngloba ciclovia s, pista de corrida , p arq u e in fant il, P onto de Encontro Comunitá r io , p ist a d e ska te, qua dra s pol iesport iva s e c alç ad as e m toda a sua extensã o.
O ca lça dã o da Asa Norte é um es paç o de vivência na s ma rgens do Lago Paranoá. A á rea tem pra ça , deck, a ncora douro, parqui nhos pa ra cria nça s, circuitos pa ra c ami nhadas , equipa mentos de giná st ica e e s tac i onamento pa ra cem veículos. No loca l é pos s í v el al ugar pa sseios de la ncha e ca ia que, por ex empl o.
O p ro j eto tende a ser ma is uma interve n ç ão e x c l usiva mente pa isa gíst ica , sem uso n o t u r n o e com a cesso prioritá rio pa ra ca rros. O p ro g r ama de necessida des é bem pa recido c o m o q u e j á existe nos outros loca is públ icos n a o r la d o lago. Nã o há va rieda de de usos em su a o c u p aç ã o. Deck Norte F o n te : ht t p :/ /ww w. g1 .g l o b o .co m
P o n t ã o d o L a go S u l F o n te : A ce r v o P e s so a l
As s i m co m o o s o u t ros p ro je t o s d e sse t ipo, o esp a ço f i ca re s t r it o a in ú me r as áre as v erdes o cio s a s s e m v e rd ad e ir a in t e g r aç ão com o l ag o e o p e rcu r s o d e c alç ad as e n ão h á in c ent i v o a o u t ro s m e i o s de t r an sp o r t e alé m dos c arros . A f o r m a c o m o o p ro je t o fo i d e se n v ol v i do ( i n i cia t iv a p r iv a d a ) t amb é m p re ju d ic a a dem oc ra t iz a çã o d e s e u u so , c o mo a p o l ít ic a de pro i b i çã o d e f o t o s p ro fissio n ais, p o r ex em pl o.
P o n te d a s G a rç a s F on t e : h t t p :// ww w. c or rei o b r a z i l i e n se .co m . b r
P ont ão do Lago Sul
O espa ço possui d imensões modes tas e por isso seu espa ço está semp re mov i mentado sem á rea s ociosa s. A proximi dade do l ugar com a á rea residencia l da Asa Norte c ontri bui pa ra que seu uso seja consta nte. A i nteraç ão com a na tureza é de contemplaç ão, mas também há o incent ivo à prá t ica de es portes náut icos.
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Lak es ide
Pro j e to O rl a
O L a ke s id e é u m d o s mu it o s c o n d o míni os res i d e n cia is p r iv a t iv o s às marg e n s d o L ago Para n o á . O lu g a r p o ssu i: p isc in as, q u adras , c en t ro d e c o n v e n çõ e s, re st au r an t e s, pl ay groun d , s p a , a c a d e m ia, lavan d e r ia alé m de fl ats o u a p a r t a m e n t o s d e 3 q u ar t o s p ar a al ugar, tod o s m o b i l ia d o s . To d a a áre a d o c o n dom í ni o é co m p l e t a m e n t e c e rc ad a, t o r n an d o a orl a do la g o p r iv a d a n e sse lo c al. A s c o n struç ões s ã o b e m p ró xim a s d o me smo , o q u e contri bui p a r a o g o s t o d o s mo r ad o re s mas não para a p re s e r v a çã o a mb ie n t al.
O P rojeto Orla foi uma pro pos ta urbaní s t ica desenvolvida em 1995 pa ra a orl a do L ago P a ra noá . O mesmo tem uma e x tens ão mui to gra nde e engloba 11 pólos de des env ol v i mento. A intençã o era que se t i v es s e também usos ná ut icos e a t ivida des ta nto durante o d i a como a noite. O projeto foi ideal i z ado para ser uma pa rceira públ ico-priva d a. O pól o que contempla a á rea de projeto des te Trabal ho Fina l de Gra dua çã o, é o 6: “Centro de L az er Beira -La go - Numa á rea de 80 .0 0 0 m2 , j unto a o a cesso a Terceira P onte do L ago Sul , l oc al iza -se um Centro Comercia l e de Di v ers ões , onde poderã o se insta la r ba res , res taurantes , fa st-foods, cinema s, comércio, l oj as de c onveniência s, espa ço pa ra a rte e c ul tura al ém de uma Ma rina P úbl ica .” 1
E s s e t ip o d e c o n d o m ín io fo i mu it o b e m ac ei to pe la p o p u la ç ã o d a c id ad e d e vid o ao conforto e s e g u r a n ç a d e mo r ar e m u m lo c al equi pado d e t o d a a in f r a e st r u t u r a c it ad a an teri orm en t e e m f re n t e à paisag e m d o lag o . P orém , o u s o d a s m a rg e n s fic a re st r it o ao s m oradores d o s a p a r t - h o t éis, c o n t r ar ian d o a id ei a ori g i n a l d e d e m o cr a t izaç ão d a o r la imagi nada po r L ú c io C o s t a e a le g islaç ão vig e n te.
C o n d o mí n i o L a ke si d e F o n te : Ac e rvo P e sso a
Pe rs p e c t i va d a o r l a d o P ó l o 6 . F o n te : G DF. Pro j e t o O r l a - B r a sí l i a : E d i t o r a
A proposta do projeto é bas tante i nteressa nte e a presenta proposta s que a popula çã o dema nda . A preocupa çã o é que a ex tensã o da á rea é muito gra nde para abri gar a pena s usos comercia is e a t ividades de l az er, podendo esta se torna r ociosa e c ons equentemente ma l cuida da e nã o ut il i z ada pel os c i da dã os. 1 G DF. Projet o Or la - B r as íl ia: Ed it or a Pr át ic a, 1 995 - P. 19
CARACTERIZAÇÃO
N
A re a d o p ro j e t o
LEGISLAÇÃO P l an o d e P re s e r v a ç ã o d o C onj unt o Ur b a ní sti co d e Br a s í l i a - P P C U B f) O L a g o P a r a n o á 1 O s i st e m a h í d r i co d e Br asíl ia t e m c o mo pri nc i pal e l e m e n t o o L a g o Par an o á, re p re sado a part ir d e q u a t ro r i a ch o s t r ib u t ár io s: Riacho Fundo , G a m a , To r t o e Ban an al. O su ave re l ev o da b a c ia d o P a r a n o á fo i al t ame n t e d e term i nante p a r a a c o n f ig u r aç ão d a p ro p o st a v enc edora d o P la n o P i l o t o, c u jo fo r mat o d e “ aeropl an o ” s e a c o m o d a e m su as marg e n s. As as as re s i d e n cia is s e a f ast am d o Lag o d e ixando a bo rd a re s e r v a d a p a r a p asse io s e ame ni dades d a p o p u l a çã o . A s b aix as d e n sid ad e s cons trut i va s e a s a t i v i d a de s r are fe it as ( c lu bes , bal ne á r i o s , re s t a u r a n t e s) p e r mit e m q u e dos ponto s m a is a l t o s d a c id ad e se u su fr u a das v i s tas e m d ire çã o a o lag o . b ) F a i xa l i n d e i r a a o L a g o P a r a noá 1 Toda e s t a á re a , a o s e r p arc e lad a e m 1 9 6 0 pel a N ov a ca p , n ã o p re v i u a se r vid ão d e c o n torno ao lo n g o d o L a g o co mo su g e r id a p o r L uc i o C ost a , p e r m it i n d o q u e n aq u e le s se t o re s lo c al i z ado s n a s m a rg e n s h ou ve sse o c u p aç õ e s at i ngi ndo a b o rd a d o P a r a n o á. A in e x ist ê n c ia de v i as ou c a lç a d a s d e a c e sso ao s lo t e s t ambém dei x o u a s m a rg e n s d o Lag o p o u c o ac e ss í v ei s ao p ú b l i co e , a o m e smo t e mp o , vu ln e 1 G D F - Pl a n o d e P re s e rv a çã o p a ra o Conjunto Urba níst ico de Brasí l i a - Rel a t ó ri o Di a g n ó s t i c o - S u b p ro duto B - R ela tório Consol ida do - Vol um e 1
r áve is à o c u pa çã o irregula r da s á rea s públ ica s l in d e ir as ao s lotes. A p ar t i r de empreend imentos de gra nd e p o r t e , seja m hoteleiros ou de fla ts, a orla d o Lag o Para noá tem a presenta do gra ndes e x t e n sõ e s priva t iza da s, imped indo o a cesso c o n t ín u o à mesma . As regra s de ocupa çã o em vig o r e m seus efeitos sobre a pa isa gem e o u so d a o r la contra sta m com a quela s empreg ad as n as sua s primeira s construções. • a e sc ala de inserçã o dos elementos novos n a p aisag e m é excessiva , nã o a ssegura ndo u ma ar t ic u la çã o dos préd ios entre si e desses c o m a o r la. • as al t u r as l imites e a s ta xa s de ocupa çã o p e r mit id as cria m bloqueios visua is incompa t íve is c o m o luga r e com o sent ido da esca la b u c ó l ic a. • o s re c u o s la tera is exigidos sã o insuficientes p ar a g ar an t ir a permea bil ida de necessá ria .
“Evitou-se a loca l iza çã o do s bai rros residencia is na orla da la goa , a fi m de pres ervá -la inta cta , tra ta da com bos ques e c ampos de feiçã o na tura l ista e rúst i c a para os pa sseios e a menida des bucól icas de toda a popula çã o urba na . Apena s os cl ubes es port ivos, os resta ura ntes, os luga res de rec rei o, os ba lneá rios e núcleos de pes c a poderão chega r à beira d ’á gua .” A descriçã o induz à interpretaç ão de que deveria m ter sido esta bel ec i dos padrões restrit ivos pa ra a impla nt aç ão de ed i fica ções, por meio do esta bel ec i mento de ba ixa ta xa de ocupa çã o, a l ta tax a de área verde e permeá vel, coeficien te de aproveita mento ba ixo (ou ta xa de c ons truç ão, como consta em a lguma s NGBs ) e também um l imite de a l tura ba ixo. Além d i s s o, pode ind ica r a inda que deveria ser res erv ada, ao longo da ma rgem, á rea pa ra ci rc ul aç ão públ ica .
6.7.3.6 Or l a 1 Co m rela çã o à á rea da orla situa da nos l imit e s d o c onjunto tomba do, verifica -se confl it o e n t re a concepçã o do P la no P iloto e o e st ab e le c id o na s d iversa s NGBs que regra r am o s se t ores situa dos na Orla , bem como c o m re laç ão à situa çã o fá t ica . Neste ponto c o n vé m t r anscrever a s orienta ções do Rela tór io d o Plan o P iloto, de Lúcio Costa , pa ra esta re g ião :
Ana l isa ndo-se entã o o doc umento do P P CUB, percebe-se que nã o há um c ons enso ou uma cla reza de informa ções a res pei to da Orla do La go. H á sempre um c onf l i to entre o que foi escrito no Rela tóri o do Pl ano P iloto e o que rea lmente a c ontec e hoj e. Isso a contece, principa lmente, por c onta do desenvolvimento da cida de, que demanda novos usos d iferentes do que f oi pens ado
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60 anos a t r á s . D ess a f o r m a , e n t e n de - se q u e o u so p ú bl i c o do l a g o e s u a p re se r vaç ão d e ve m sim s er m an t id o s , m a s a f o r ma c o mo e st á h o je a l egi s l aç ã o , co m a p r i v a t izaç ão d o s c lu b e s e i m ens os lo t e s co m e rc ia is, n ão g ar an t e e ssa c ond i ç ão . A s s i m , c o n s c ie n t e d as re c o me n daç ões q u e s e d e v e e v it ar u so re sid e n c ial n o SC ES, a p ro p o s t a d o t r a b al h o é c r iar u ma n o va form a de p e n s a r a o r l a d o lag o e se u s ar re d o res , ari tc u l a n d o n a t u re z a e c id ad e , c o mo u ma s uges tão c o m p l e m e n t a r às n o r mas vig e n t e s, apos tand o e m n o v a s co n fo r maç õ e s t ip o ló g ic as dos l o t e s já e x is t e n t e s n o S e t o r d e Clu b e s, trans form a n d o s e u u s o , at re lad as ao d e se n h o da pai s a g e m d a o r l a e m si, g ar an t in d o o u so públ i c o, e u t il iz a n d o o u so p r ivad o ( c o m o s dev i dos p a r â m e t ro s d e u t il izaç ão ) c o mo in strum ento q u e m a n t é m o s e sp aç o s vivo s e u t il i z ados p e l a s p e s s o a s , g a r an t in d o se g u r an ç a e ev i tand o a o cio s i d a d e do s me smo s. SCE S - S e t o r d e C l u b e s E spor t i v os Sul 2
O Setor é c onst ituído d e g r a n d e n ú me ro d e lo te s de s t inados a c lubes qu e c h e g a m a t é à s ma rge n s, po rtanto a orla do la g o e s t á b a s t a n t e p r i vat izada e selet iva. A via L 4 v a i s e d i s t a n c i a n d o da m argem do lago, torna n d o e s t e t re c h o ma i s m on ó to no, c om ausênc ia d e ma rc o s re f e re n c i a i s da paisa gem e sem que se j a e x p l o r a d a a f l o r a ção, cor ou tex turas da veg e t a ç ã o u t i l i z a d a .
2 G D F - P l a n o d e P re s e rv a ç ã o pa ra o Conjunto Urba níst ico de B r así l i a - Rel a tó ri o Di a g n ó s t i co - S u b p roduto B - R ela tório Consol ida d o - Vol ume 1
Es c a l a U rba n a d e P re se r v a çã o . F o n t e : P l a n o d e P re se r v a çã o p a r a o C o n j u n t o U r b a n í st i co d e B r a síl ia
29
Q uadro 1: Fon te: SUDUR/SEDU H. 2013. Q uadro 2: Fon te: SUDUR/SEDU H. 2013.
Q u a d ro 3 : F o n t e : S i st e m a d e I n f o r m a çõ e s G e o r re f e re n ci a d a s - S I G D I P R E /S U D U R /S E D U H /G D F - 2 0 0 2
ASPECTOS AMBIENTAIS Z o n e a me n t o Am b i e n tal
30
A b a cia d o P a r a n o á é a ú n ic a b ac ia i ntegral m e n t e lo c a l iz a d a e m t e r r it ó r io d o D i s tri to F e d e r a l , o u s e j a , c o m t o d as as n asc entes s it u a d a s n o q u a d r ilát e ro d o DF, o que pos s ib il it a u m t o t a l c o n t ro le so b re o s m ananc ia is q u e a b a s t e ce m o Lag o Par an o á. O L a g o in s e re - s e e m u ma re g ião d e c l i m a tro p i ca l s e m i- ú m id o , c o m d u as e st aç ões be m d e f in i d a s : s e c a e c h u vo sa. Na e staç ão s e c a p re d o m in a m - se ve n t o s ad vin d o s do l es te e a s m e n o re s t e mp e r at u r as mé d ias do ano. N a c h u v o s a h á var iaç ão e n t re o s v entos n o ro e s t e e n o rd e st e e n e sse p e r ío do c os tu m a m s e r re g i s t r ad as as t e mp e r at u ras m éd i a s m a is a l t a s .
F o n t e d e i n f o r m a çõ e s: T E R R A C A P M a p a : L u i sa C o r re a
To p o g r a fia
31
Lago - cota 1000m
1005 - 1000m
1010 - 10 0 5 m
1015 - 1010m
1020 - 1015m
1 0 25 - 1020m
1030 -1025m
1035 - 1030m
1040 - 10 3 5 m
1045 - 1040m
1050 - 1045m
1 0 55 - 1050m
N
N
Ma p a S í n tes e Bi o c l i m át i c o
32
P e rcu r so S o l a r
Ve g e ta ç ã o
N
D i re çã o d o s v e n t o s
Or la J K. Fo t o: Lui sa Correa
O rl a JK . F o to : L u i sa C o r re a
O r l a J K . F o t o : L u i sa C o r re a
Or la J K. Fo t o: Lui sa Correa
O rl a JK . F o to : L u i sa C o r re a
O r l a J K . F o t o : L u i sa C o r re a
33
Ma p a d e b al n e ab i l i d ad e do Lago
34
Fon te: CAESB Ă re a d e P ro j e t o
SISTEMA VIร RIO
Mapa de Hier arquia V iรกr ia
35
V i a s co l e t o r a s
V i a s a rte ri a i s
N
V i a s l o ca i s
P e r fi s V i รกri o s
36
N
M a p a F u nc i o nal
37
Pa ra d a s d e Ă´ n i b u s
N
Rotas de Ă´nibus
C i cl o v i a s
38
Or la J K. Fo t o: Lui sa Correa
O r l a J K . F o t o : L u i sa C o r re a
Or la J K. Fo t o: Lui sa Correa Po n te JK .F o to: C a ro l i n e Va l e n รงa
Or la J K. Fo t o: Lui sa Correa
O rl a JK . F o to : L u i sa C o r re a
O r l a J K . F o t o : L u i sa C o r re a
Or la J K. Fo t o: Lui sa Correa
O rl a JK . F o to : L u i sa C o r re a
O r l a J K . F o t o : L u i sa C o r re a
39
USO E OCUPAÇÃO DO SOLO Ma p a d e U s o d o So l o
40
Com e rcia l
In s t i tu c i o n a l : c l u b e s
N
I n st i t u ci o n a l : cu l t u r a l
I n st i t u ci o n a l : ó rg ã o s e e n t i d a d e s p ú b l i ca s
M a p a d e Ă re as E d i f i c ad as
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Ă re a s e d i f i ca d a s
N
M a p a d e S i tu aรง รฃo F u n d i รกri a
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Lote s Reg i s tra d o s
N
M a p a d e Pe rm e ab i l i d ad e s e Bar reir as
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Ba rre i ra s
N
B a r re i r a s: l a g o
M a p a d e Gab ari to s
44
Até 7,50m
Até 9 , 0 m
N
Até 12,0m
> 12,0m
N
TRANSECTO A t r a v é s d a an ál ise d o t r an se c t o u r b an o , pode-se observa r a fra gil id a d e d a o c u paç ão at u al. A t r an siç ão d o me io na tura l pa ra o meio const r u íd o é f r a g me n t ad a c o m áre as in d e fin id as mescla ndo construções e e s p a ço s v a z i os. Te m- se o lag o , o e sp aç o mais na tura l, seguido por via s e a lg u n s v a z io s u r b an o s, d e p o is c o n st r u ç õ e s. O que se inicia depois sã o n o v a m e n t e v ias e mais vazio s. De ssa fo r ma, a composiçã o morfológica d o e s p a ç o n ão e vid e n c ia a re laç ão e n t re o lo c a l e a s construções inserid a s , n ã o f o r tale c e n d o o s laç o s c o m a p aisag e m à frente. L i n h a d e co r t e
45
1047m 1030m 1020m 1010m 1000m 0.5km
1.0km
1.5km
2.0km
2.5km
PESSOAS
46
“ A d e l i m it a ç ã o d o p ú b l ic o p o t e n c ialm ente us u á r io d a O r l a d o Lag o Par an o á n ão s e res tri ng e a p e n a s a o s m o r ad o re s d as RA s l im í trofes a o L a g o P a r a n o á : Plan o Pilo t o , Lag o Sul e L ago N o r t e ; m a s a b r a n g e t amb é m as Re gi ões próx im a s a o la g o , q ue n ão faze m l imit e d i reto c om e l e , c o m o p o r e x e mp lo , a RA d o P aranoá, o r i g i n a d a d e a s s en t ame n t o in fo r mal de 19 5 7 , e m b o r a p ró x im a ao Lag o Par an o á, não s e l i m i t a co m e s t e , e x c e t o p e lo t re c h o d a B arragem d o P a r a n o á . O s mo r ad o re s d o Paranoá s ão o s u s u á r i o s m a i s an t ig o s ( d e sd e a cons truç ã o d a B a r r a g e m ) , e sp e c ialme n t e p ar a o l az er e a p e s c a a r t e s a n a l. A d i f ic u l d a d e d e a ce sso d a p o p u laç ão re s i dente n a m a i o r i a d o s n ú c le o s u r b an o s d o D F aos es p a ç o s p ú b l ic o s e e q u ip ame n t o s d e st inados a a t iv id a d e s c u l t u r ais e e sp o r t ivas, conc entra d o s n o P la n o P i l ot o , p o d e se r ju st ifi c ada pel o p ro ce s s o d e s eg re g aç ão so c io e spac i al do D F, re s u l t a n t e d e u m t e c id o u r b an o fragm enta d o , d e s c o n t í n u o e c o m b aix a d e n s i dade de m o g r á f ic a , s o m a do à d e fic iê n c ia d e m obi l i dad e u r b a n a . ” 1 N o ca s o d o e s p a ço p ú b l ic o d a O r la d a P onte JK p e rc e b e - s e q u e h á mu it o s u su ár io s do P l ano P ilo t o co m o t a mb é m d a V ila Planal to, Par a n o á , V ila Te le b rasíl ia, Man g u e ir al, São Sebas t iã o e a t é m e s mo d e lu g are s mais afas tados c o m o Ta g u a t in g a e Ce ilân d ia. 1 Sec ret a ri a d e E s ta d o d e Ge s tã o do Território e da H a bita çã o - SEG ET H. Ter m o d e R e f e rê n ci a - Co n cu rso I nterna ciona l n o 1/ 2016. Brasí l i a: G D F ,2 0 1 6 .
Essa e norme va ria çã o ressa l ta a a bra ng ê n c ia re g iona l que o loca l possui e todo o se u p o t e n c i a l. Luga res como o Centro Cul tur al Ban c o do Bra sil e os clubes ta mbém inc e n t ivam o desloca mento da s pessoa s a té a re g ião . Um aspecto curioso dessa convergência d e p e sso as sã o a s a t ivida des que ca da grupo re al iza. No rma lmente a s pessoa s do P la no P ilo t o se d ir igem a té o loca l pa ra frequenta r os re st au r an t e s beira la go ou os clubes priva dos e p assam p ouquíssimo ou nenhum tempo no e sp aç o d a orla em si. Já a s pessoa s de outra s re g iõ e s ad ministra t iva s se d irigem a té o loc al e sp e c ifica mente pa ra desfruta r do espa ç o p ú b l ic o t ira ndo fotos, rea l iza ndo esportes aq u át ic o s e a té mesmo fa zendo churra scos e p iq u e n iq u e s, perma necendo no loca l por ba st an t e t e mp o. Essa o bserva çã o demonstra a segrega ç ão so c io - e spa cia l que está imbuída no loca l t ão fo r t e mente. A ideia é cont inua r a tra indo t o d a e ssa d iversida de de pessoa s ma s cria r at ivid ad e s que representem uma oportunida d e d e in t e g ra çã o e um jeito de todos a precia re m o me smo espa ço igua lmente.
F a m í l i a f a ze n d o u m ch u r r a sco n a O r l a J K. F o t o : L u i sa C o r re a
C o m é rci o i n f o r m a l x re st a u r a n t e s. F o t o : L u i sa C o r re a
ATIVIDADES
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N
O rl a . F o to : L u i s a C o r re a
48
O rl a . F o to : L u i s a C o r re a P r át ic a de esporte s náu t i cos. F ot o : Luis a Corre a
P o n t e J K : F o r t e a t r a t i v o t u r í st i co . F o t o : L u i sa C o r re a
Or la. Fo t o: Lu i sa Corre a
O rl a . F o to : L u i s a C o r re a
O r l a . F o t o : L u i sa C o r re a
Or la. Fo t o: Lu i sa Corre a
O rl a . F o to : L u i s a C o r re a
O r l a . F o t o : L u i sa C o r re a
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50
Or la dur ant e d i as de se man a: v azia . F o to : L u i s a Co rre a
O rl a d u ra n te d i a s d e se m a n a : v a zi a . F o t o : L u i sa C o r re a
O r l a d u r a n t e d i a s d e se m a n a : v a zi a . F oto: Luis a C orrea
Or la dur ant e d i as de sem ana: v azi a . F o to : L u i s a C o rre a
O rl a d u ra n te d i a s d e se m a n a : v a zi a . F o t o : L u i sa C o r re a
O r l a d u r a n t e d i a s d e se m a n a : v a zi a . F o to: Luis a C orrea
Or la dur ant e d i as de se man a: v azia . F o to : L u i s a Co rre a
O rl a d u ra n te d i a s d e se m a n a : v a zi a . F o t o : L u i sa C o r re a
O r l a d u r a n t e d i a s d e se m a n a : v a zi a . F oto: Luis a C orrea
Or la dur ant e d i as de sem ana: v azi a . F o to : L u i s a C o rre a
O rl a d u ra n te d i a s d e se m a n a : v a zi a . F o t o : L u i sa C o r re a
O r l a d u r a n t e d i a s d e se m a n a : v a zi a . F o to: Luis a C orrea
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DIAGNÓSTICO
MAPA SÍNTESE DE POTENCIALIDADES
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Vegetação Nat i v a razoavelme n te bem pre se rv ada A O r la é re al m e n te públ i ca e frequentada por pessoas.
Po u c a s á re a s e d i f i c a d a s : f a c i l i d a d e p a ra i n te rve n ç õ e s Ó t i ma b a l n e a b i l i d a d e d o l a g o : p rá t i c a d e e s p o rte s .
N
Gr a n d e p o t e n ci a l t u r í st i c o : v i st a d a p o n t e e p a i sagem natural do lago Gr a n d e á re a co m p o t e n c i a l d e o cu p a çã o
B o a a r t i cu l a çã o d e p o n t o s d e i n t e re sse
MAPA SÍNTESE DE PROBLEMAS
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L ote s m u i to gran des cr i a m in ú meras barre i ras para o s p e destre s Si stem a v i ári o supe rd i mensi on ado e pri ori zan d o a penas um m odal .
Área m u i t o g r a n d e co m o m e sm o u so d o s o lo - a t i v i d a d e s p o u co d i v e r si f i ca d a s, p o u co u so , b a i xo f l u xo d e p e sso a s. Pe rc u rs o s mo n ó to n o s A u sê n ci a d e p a i sa g i sm o a d e q u e a d o . N ã o a p ro ve i ta me n to d a re l a çã o I n v a sã o d e á re a p ú b l i ca p a r a m o r a com a paisagem do lago d i a s. In e x i s tê n c i a d e c a l ç a d a s n a s vi a s c o l e to ra s e l o c a i s .
E st r u t u r a s i m p ro v is adas . M o b i l i á r i o u r b a n o es c as s o. P a i sa g e m f r a g m e ntada por bolsõ e s d e e st a ci o n a mentos . U so f re q u e n t e a p e n a s e m finais de s emana
ANÁLISE SWOT IN TE R N O
OPOR TU NIDADE S
A M E A ÇA S
N E G ATIV O
FR A G IL ID A D E S
PO SITIV O
F ORÇAS
A pa rt ir dos ma pa s de potencia l ida des e problema s, é possível a profunda r e d ireciona r a a ná l ise a tra vés de outra s metodologia s. A Aná l ise SWOT, ou a ná l ise FOFA em português, é uma metodologia de a ná l ise que pode ser a pl ica da a d iversa s situa ções. “A a ná l ise nã o fornece soluções pronta s, ma s a juda a estrutura r o pensa mento a respeito da á rea e gera r ideia s pa ra l iga r problema s à s sua s soluções” 1 . No â mbito de projetos urba nos, ma is especifica mento no projeto em questã o, será cria da uma rela çã o entre a s oportunida des e a s fra gil ida des encontra da s na a ná l ise. Essa rela çã o esta belece uma l inha de pensa mento resumida nos conceitos, que posteriormente irã o estrutura r a s d iretrizes de intervençã o, os projetos e a s pol ít ica s de ca da um deles.
E XTE R N O 1 Weihr ic h, H. (1 9 8 2 ). The TOWS mat r ix —A t ool for s it uat ional analys is . Long r ange planning, 1 5 (2 ), 5 4 - 6 6 .
FORÇAS
OPORTUNIDADES
AMEAÇAS
A - M e io A m b i e n t e
A- M eio Amb ie n t e
A - M e i o A m bi e n t e
A- Meio Am bi ente
-P rox i m i d a d e d o L a g o P a r a n o á; -R az oáv el P re s e r v a çã o d a mat a nat i v a; -Ót i m a ba ln e a b il id a d e d o Lag o ; -G eom orfo l o g i a f a v o r á v e l; -Área m ui t o e x p re s s i v a e d e b e le z a natur a l in q u e s t io n á v e l.
- D et er io r aç ão d e áre as s e n s í v e i s ; - D es c as o c om a marg e m do l a go ; - Oc u p aç ão in ad eq u ad a a ca r re t a p oluiç ão e as s o reament o do l a go ; - F al t a d e v alor iz aç ão d a pa i s a ge m n at u r al;
- A pro v e i t a m e n t o da ge o m o r f o l o gi a pa r a cr i a r u m de s e n h o co m a á gu a , s e r v i n do a o m e s m o t e m po co m o pro t e çã o a m bi e n t a l e i n t e gr a çã o s o ci a l ; - I n t e gr a çã o do l a go , da pa i s a ge m n a t u r a l e do s e s po r t e s n á u t i co s e t e r re s t re s ; - A pro v e i t a m e n t o da v e ge t a çã o n a t i v a co m o pa i s a gi s m o e i n s t r u m e n t o de e du ca çã o a m bi e n t a l .
-Deteriora çã o devi do ao c res c i mento popula ciona l ; -P oluiçã o do la go e da v egetaç ão na t iva pelos visita n tes ;
S- As p e c t o s S o c i a i s
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FRAGILIDADES
S - Asp e ct o s S o cia i s
-P rox i m i d a d e c o m o P la n o Pilo t o , V i l a P l ana l t o , L a g o S u l e Ce n t ro C ul tural Ba n co d o B r a s il; -U s os que f a v o re c e m o c o n vívio s oc i al c omo c lu b e s , re s t a ur an t e s e es portes ; -D em anda p o r c o m é rc io e se r viços l oc ai s .
- B aix a d ens id ad e - inf r a e s t r u t u r a s e m ot imiz aç ão c o m al t o cu s t o de imp lant aç ão e man u t e n ç ã o ; - B aix a of e r t a d e s er v iç os e co m é rc io ; - B aix a s e g ur anç a p úb l ic a ; - E q uip ament os d e laz e r a pe n a s p ar a c r ianç as ; - E s p aç o u s ad o ap enas d u r a n t e f i n ais d e s e man a.
U- Espaço Urbano
U- E sp aço Ur b an o
-R ede de a b a s t e cim e n t o d e ág u a e es goto a b r a n g e t o d a a á re a; Si s tem a v iá r io p o s s u i o mín imo de hi erarq u ia ; -Áreas re s i d u a is co m p o te n c ial de oc upaçã o ; M ui tos l ot e s d e s o cu p a d o s ; -Áreas po t e n c ia is p a r a p ro je t o s es truturan t e s - i n c lu s iv e h ab it aci onai s ; -Áreas pa r a e q u i p a m e n t o s d e laz er e es po r t e s ;
- E s p aç o s p úb l ic os d eg r ada do s ; - Pou c as c alç ad as ; - S is t ema v iár io s up e rd im e n s i o n a d o; - V ias lo c ais lab ir ín t ic as ; - D ef ic iê n c ia no s is t e ma de s i n a l i z aç ão v iár ia e u r b ana; - E x c e s s iv os b ols õe s d e e s t a ci o n a me n t o ; - Pou c as c ic lov ias ; - D ef ic iê n c ia n a mo b il id ad e de pe d es t re s ; - N ão in t e g r aç ão d o s m e i o s de t r an s p or t e ; - Vaz io s u r b anos ; - F al t a d e d iv e r s id ad e d e u s o s ;
S - A s pe c t o s S o c i a i s - I n cre m e n t o do po t e n ci a l t u r í s t i co ; - C r i a çã o de n o v o s e m pre go s e de m a i s a t i v i da de s ; - C r i a çã o de h a bi t a çã o a pro v e i t a n do o s v a z i o s u r ba n o s , a i n f r a e s t r u t u r a e xi s t e n t e e a pro xi m i da de co m o P l a n o P i l o t o ; - I n t e gr a çã o s o ci a l a t r a v é s da n a t u re z a e do s e s pa ço s pú bl i co s . U - Es pa ç o U r ba n o - O t i m i z a çã o da i n f r a e s t r u t u r a e xi s tente; - R e qu a l i f i ca çã o do s i s t e m a v i á r i o ; - F a v o re ci m e n t o de t r a n s po r t e s n ã o po l u e n t e s ; - C r i a çã o de e s pa ço s a r t i cu l a do s e n t re s i e co m a n a t u re z a , pre v e n i n do s u a o ci o s i da de ; - C r i a çã o de i de n t i da de v i s u a l a de qu a da i n cre m e n t a n do o s e n s o de pe r t e n ci m e n t o do l o ca l ; - R e a l ce da s á re a s pú bl i ca s x á re as priva da s;
S- Aspect os Soci ai s -P ossibil ida de de gentri f i c aç ão com a cria çã o de nov os us os ; -Aumento da violênc i a urbana; U- Espa ço Urbano -Aumento dos con f l i tos de c i rc ula çã o devido à p rol i f eraç ão de nova s fontes gera doras de tráf ego; -Deteriora çã o dos equi pamentos urba nos; -Ociosida de dos es paç os . -Bloqueio do proj eto por parte da legisla çã o vigen te
PROBLEMAS - SOLUÇÕES MINIMIZAR FRAGILIDADES EXPLORANDO OPORTUNIDADES U - Es pa ç o U r ba n o A- M ei o A mbiente
S - Asp e ct o s S o c i a i s
- Aprovei t amento da g eom orf ol ogia pa ra c r iar um d e senho com a ág ua, s erv indo a o m esm o tempo como p ro t eç ão a mbienta l e i n tegr aç ão socia l; - I ntegr aç ão do la go, d a p ai sag e m na tura l e d os esp ortes ná ut icos e terrestres ; - Aprovei t amento da v e g etaç ão na t iv a como p ai sag i sm o e instrum ento de educa çã o am bi ent al .
- I n c re me n t o do po t e n c ial t ur ís t ic o ; - Cr iaç ão d e n o v o s e m p re g os e d e m a i s a t i v i d ad e s ; - Cr iaç ão d e h a bi t a çã o ap ro v e it and o o s v a z i o s u r b anos , a i n f r a e s t r u t u r a e x is t e n t e e a pro x imid ad e c o m o P l a n o Pilot o ; - I n t e g r aç ão s o ci a l a t r a v é s d a nat ure z a e do s e s p aç o s p úb l i co s .
O P O R T UNIDADES
FR A G IL ID A D E S
S - A s pe c t o s S o c i a i s
A - M eio Amb ie n t e -De t e r ior aç ão d e áre as sen s ív eis ; -De s c as o c o m a margem d o lag o ; -O c u p aç ão inad e q uada ac ar ret a p o luiç ão e a ss oreament o d o lag o ; -Fa l t a d e v alor iz aç ão da p ais ag e m n at u r al;
F R AG I L I D AD ES
O PO R TUN I D AD ES
- B a i xa de n s i da de : i n f r a estrutura sem otimizaçã o co m a l t o cu s t o de i m pl a n t a çã o e m a n u t e n çã o ; - B a i xa o f e r t a de s e r v i ço s e co m é rci o ; - B a i xa s e gu r a n ça pú bl i ca ; - E qu i pa m e n t o s de l a z e r a pe n a s pa r a cr i a n ça s ; - E s pa ço u s a do a pe n a s du r a n t e f i n a i s de s e m a na.
- O t i m i z a çã o da i n f r a e s t r u t u r a e xi s t e n t e ; - R e qu a l i f i ca çã o do s i s tema viário; - F a v o re ci m e n t o de t r a n s po r t e s n ã o po luentes; - C r i a çã o de e s pa ço s a rt i cu l a do s e n t re s i e co m a n a t u re z a , pre v e n i n do s u a o ci o s i da de ; - C r i a çã o de i de n t i da de v i s u a l a de qu a da i n cre m e n t a n do o s e n s o de pe r t e n ci m e n t o do l o ca l ; - R e a l ce da s á re a s pú bl i ca s x á re a s priva da s;
OP OR T U N I D AD E S
F R AGILIDADES
U - Es p a ço U r b a no - E s pa ços p úb l icos d egr a da d os ; - P o u c a s ca lça d a s ; - S i s t em a viá rio s up erd i m e n s iona d o; - V i a s loca is la b irínt ica s ; - D e f i c iência no s is tem a de s ina l iz a çã o viá r i a e u rb a na ; - E xce s s ivos b ols ões d e e s t a ci ona m ento; - P o u c a s ciclovia s ; - D e f i c iência na m ob il ida de d e p ed es tres ; - Nã o integ ra çã o d os m e i o s d e tra ns p orte; - Va z i os urb a nos ;
ESTRUTURANDO O RESULTADO - A pro v e i t a m e n t o da ge o m o r f o l o gi a pa ra cria r um d es e n h o co m a á gu a , s e r v i n do a o m e s mo tem p o com o pro t e çã o a m bi e n t a l e i n t e gr a çã o s o cia l; - I n t e gr a çã o do l a go , da pa i s a ge m n a tura l e d os es po r t e s n á u t i co s e t e r re s t re s ; - A pro v e i t a m e n t o da v e ge t a çã o n a t i va com o p a is a gi s m o e i n s t r u m e n t o de e du ca çã o a m b ienta l.
-D eter i o r a çã o d e á re a s se n síve is; -D es c a s o co m a m a rg e m d o lag o ; -Oc up a çã o i n a d e q u a d a ac ar re t a p o lu iç ão e asso ream en t o d o la g o ; -Fal ta d e v a l o r i z a ç ã o d a p aisag e m n at u r al; - B ai x a densida de: infrae s t r u t u r a s em o t imiz aç ão c om al to custo de impla nt aç ão e man u t e n ç ão; - B ai x a oferta de serv iços e c omé rc io; - B ai x a segura nça públ ica ; - Equi pa mentos de la zer ap e n as p ar a c r ianç as ; - Espaço usa do a pena s d ur ant e f in ais d e s e man a.
58
- I n cre m e n t o do po t e n ci a l t u r í s t i co ; - C r i a çã o de n o v o s e m pre go s e de m a is a t ivid a d es ; - C r i a çã o de h a bi t a çã o a pro v e i t a n do os va z ios urb a n o s , a i n f r a e s t r u t u r a e xi s t e n t e e a proxim id a d e com o Plano Piloto; - I n t e gr a çã o s o ci a l a t r a v é s da n a t u re z a e d os es p a ços pú bl i co s .
- Espaços públ icos degra d ad o s ; - P ouc a s ca lça da s; - Si stema v iá rio superd im e n s ion ad o; - V i as l o ca is la birínt ica s; - Def i c iência no sistema d e s inal iz aç ão v iár ia e u rbana; - Ex c essiv os bolsões de e s t ac io n ame n t o ; - P ouc a s ciclov ia s; - Def i c iência na mobil idad e d e p e d es t re s ; - Não i ntegra çã o dos me ios d e t r ans p o r t e ; - Vazi os urba nos;
PROTEGER
IN TE G R A R
- O t i m i z a çã o da i n f r a e s t r u t u r a e xi s t e nte; - R e qu a l i f i ca çã o do s i s t e m a v i á r i o ; - F a v o re ci m e n t o de t r a n s po r t e s n ã o p oluentes ; - C r i a çã o de e s pa ço s a r t i cu l a do s e n t re s i e com a na t u re z a , pre v e n i n do s u a o ci o s i da de ; - C r i a çã o de i de n t i da de v i s u a l a de qua d a increm ent a n do o s e n s o de pe r t e n ci m e n t o do l oca l; - R e a l ce da s á re a s pú bl i ca s x á re a s pri v adas ;
D I V E R S I F I C AR
OT I MI Z AR
R E QU ALIF IC AR
E S T R AT É G I A S
CONCEITOS E DIRETRIZES R e t o m a n d o a A nál ise S WO T fe it a n a e t ap a d e Diagnóst ico, tem-se que o estudo de fra gil ida des e oportunida des foi co ndens ado em 5 p a l a v r a s q u e d e fin e m o s c o n c e it o s b ase d o p ro je to. A pa rt ir deles, sã o ela bora da s e destrincha da s a s d iretrizes:
P R OT E G E R
60
P ROT EG ER o pat rimô n io n at u ral
P R OT E GE R o p a t r i m ôn i o con st r u í d o
D IVERSIFIC AR
DIVERSIF ICAR u so d o sol o
DIV E R S IF IC A R a tiv id a de s de l a ze r
DIVERSIFICAR mei os de t ran sport e
INT E GRAR
R EQUALIFIC AR I NT E G R AR e s paços públ icos e l ago
INTEGRAR espaç os pú bl icos e privados
I NT E GRAR mo dai s de t r ans porte
OTIMIZAR
OT I M I Z AR co ne x õ e s v iá r ia s co m a cid a de
OT I M I ZA R co ne x õe s v iá r ia s locai s
OT I M I Z AR transição para a escala bu cól ica
REQ UAL IFICAR
R EQUALIF ICAR
vias
espaços públ i cos
VISÃO P a uta da na s d iretrizes, temos a seguinte visã o como met a de projeto: Em 2030 pretende-se que o projeto implementa do sej a um ba irro que represente uma Bra síl ia Contemporâ nea . O con c ei to de contempora neida de é a qui entend ido como a revisita ção da Bra síl ia moderna , ressignifica ndo a lguns conceitos originai s de sua concepçã o. O loca l será um ponto crucia l na cida de on de o la go e a vegeta çã o na t iva esta rã o preserva dos e onde pes s oas , independente de sua ida de, cor ou ca pa cida de física , se s ent i rã o segura s e convida da s a se a propria r da quele espa ço. O l oc al proporciona rá a t ivida des única s de la zer, promovendo integraçã o da s pessoa s com a na tureza e consequentemente integraçã o entre a s própria s pessoa s, cria ndo um espa ço urba no v i v o e seguro. As rua s terã o seu va lor como espa ço públ ico resgatado, sendo va loriza da s como a principa l interfa ce entre d ifere ntes a mbientes e oportunida de consta nte de vivência e ocupa çã o. O loca l será a cessível por d iversos moda is de tra nsporte, e os mes mos serã o integra dos entre si, sempre va loriza ndo o percurso de quem a nda a pé ou de tra nsporte colet ivo. Neste Novo B ai rro a s pessoa s poderã o encontra r um loca l pa ra mora r, tra ba l har, fa zer compra s e se d ivert ir. As ed ifica ções construída s terão parâ metros de ocupa çã o compa t íveis com sua loca l iza çã o e funç ão, leva ndo em conta questões pa trimonia is a mbienta is e cul tu rai s . Ca lça da s, mobil iá rio urba no e sina l iza çã o sempre prioriza r ão o pedestre. Os espa ços públ icos serã o como extensões dos comércios e mora d ia s da s pessoa s, ca ra cteriza ndo espa ços seguros e a col hedores. O desloca mento dentro do ba irro será fa cil itado e a s d istâ ncia s a serem percorrida s sempre confortá veis. Será um loca l a gra dá vel de se viver, visita r ou pa ssea r. Será um p onto cha ve da cida de, sendo uma va loriza çã o de sua pa isa gem e s eu pa trimônio.
PROJETOS E POLÍTICAS P a r a q u e a v is ã o fu n c io n e e se ja t r ad u zid a e m d e senho urba no como estra tégia , deve-se est ipula r qua is os projetos ma teri al i z am as d i re t r iz e s e q u a i s p o l ít ic as g ar an t e m se u fu n c io n amento:
P ROT EG ER o pa t r i m ôn i o n a t u r a l e o p a t r i m ôn i o con st ruí do - - C a m i n h o s d ’ á g u a; [ mu l t a p ar a q u alq u e r o b st r u çã o ou poluiçã o dos ca minhos d ’á gua ]. - - J a rd i n s d e c h u va; [ a ág u a u t il izad a n a ir r ig aç ão de pla nta s e l impeza de ca lça da s deve ser proveniente do rea prov ei tamento d o s ja rd in s d e ch u va] . - - P a is a g i s m o c o m p lan t as n at u r ais d o c e r r ad o ; - - P re s e r v a r e re st au r ar a in fr ae st r u t u r a e x ist e n t e qua ndo possível.
62 INT EG RAR e s pa ç os p ú b l i cos e l a g o, esp a ç os p úbl i cos e pri vados e modai s de t ransport e - - I m p l a n t a r e s t ru t u r as b ase ad as n o ap ro ve it ame nto da s visua is; - - E s c o la d e e s po r t e s aq u át ic o s; - - S is t e m a d e c alç ad as e p assare las e m c o n t at o c om o la go; - - C r ia ç ã o d e p eq u e n o s amb ie n t e s p ar a d ive r sas at ivida des; - - N o v a s c ic lo v ias e p ar ad as d e ô n ib u s. [ o b r ig at o rieda de da permissã o do tra nsporte de bicicleta s em ônibus; rua s com res tri ç ão d e a c e s s o s p a r a ve íc u lo s p ar t ic u lare s] .
DIV ERSIF IC AR u s o d o sol o, m ei os de t r a n sp or t e e at i v i dades de l azer. - - N o v a p ro p o s t a d e zo n e ame n t o p ar a o S CES Tre cho 3 a bra ngendo uso inst ituciona l, residencia l e comercia l. - - P o n t o s d e a l ug u e l d e b ic ic le t as e c o r re d o re s verdes. - - C e n t ro d e a me n id ad e s e p isc in as d e n t ro d o lago. [a s a t ivida des de la zer deverã o ser a dministra da s pela inicia t iva pri v ada e c a d a u m a d e l a s d e ve se r c o n d u zid a p o r u ma e mp resa d iferente e entra da gra tuita em pelo menos um d ia da sema na ].
REQUAL IF IC AR v i a s e esp a ç os p ú b l i cos - - V i a s c o m calç ad as, c ic lo vias, p o n t o s d e ô n ib us e sistema de tra ffic ca lming em via s específica s; [via s loca is com v e lo c id a d e m á x ima d e 4 0 k m/h ] . - - N o v o p ro je to d e ilu min aç ão , p aisag ismo e sistema de comunica çã o visua l; - - P ro p o s iç ã o de n o vo s e q u ip ame n t o s u r b an o s de la zer e renova çã o dos existentes;
63 OT IMIZAR co n exões v i á r i a s com a c i d a de, con ex ões v i ári as l ocai s e t ran si ção para a escal a bucól i ca - - C r i a çã o d e no vas vias d e n t ro d o S CES Tre c h o 3; - - C r i a çã o d e no vas vias e p assag e n s d e p e d e st res no SCES Trecho 2 - - C r i a r ló g ic a d e o c u p aç ão d o so lo a p ar t ir d o tra nsecto urba no: qua nto ma is perto do la go, menor a densida de de o cu p a çã o .
LINHA DO TEMPO 2017
2018
2019
2020
2021
2022
2023
2024
2025
2026
2027
2028
2029
2030
Re q u al i f ic aç ão das v i as e xi ste n tes C ri aç ã o de novas v i as de n tro do S CES Tre c h o 3 C ri aç ã o de no vas vi as n o S CES Trech o 2 I m p l an taç ão dos nov os pontos de ôni bu s I m p l an taç ão de t odas as ci cl ov i as C am i n h os d ’água J a rd i n s de c huva I m p l an taç ão da nov a proposta de zoneame n to para o SCE S Trec ho 3 I m p l an taç ão do nov o pai sagi sm o i ncl u i n d o n o va p a viment aç ão I m p l an taç ão do s nov os e qui pam e n tos u rb a n o s de l az e r I m p l an taç ão dos nov os m obi l i ári os urban o s I m p l an taç ão das praças urban as C ri aç ã o do no vo percu rso de cal çadas n a O rl a C ri aç ã o dos dec k s e dem ai s i nfraestrutu ra s d a O rl a
A ordem d o s p ro je t o s d i s t r ib u íd a n a l in h a d o t e mp o b u sc ar orga nizá -los de modo a primeiro cria r-se a infra estrutura pa ra tra zer pes s oas ao loc al , c ri a r n o v o s u s o s p a r a q u e as p e sso as q u e ir am p e r man ecer nele em uma d inâ mica da esfera do cot id ia no e, fina lmente, que os doi s ant eri ores g a r a n t a m o f u n cio n ame n t o e a vivac id ad e d o s e sp aços públ icos e equipa mentos de la zer.
O P R O J E TO
STORY BOARD
66
O Story Boa rd foi estrutura do a pa rt ir dos c onc ei tos , d i retrizes e os projetos dentro deles. O objet ivo dos d i agramas é mostra r o processo de tra duçã o da informa ção teóri c a e ideológica em tra ça do de desenho urba no, a rq ui tetôni c o e pa isa gíst ico.
67
68
MAPA GERAL ANTES
E s c . : 1 : 10 . 0 0 0 N
MAPA GERAL DEPOIS
E s c . : 1 : 10 . 0 0 0 N
A proposta fina l a presenta como pontos principai s duas t i pol ogia s gera is de qua dra bem ma rca ntes, desenho d e pi s o e pai s agismo bem definidos (o rosa fa z pa rte),nova s via s e requal i f i c açã o da s existentes. Tentou-se a o má ximo ma nter as ed i f i c aç ões já existentes e incorporá -la s no projeto.
MAPA DE ZONEAMENTO GERAL
Uso Mi sto I - Com e rci al (Loj as) - Com e rci al Escri tóri os - R es ide n ci al - E qui pam e n tos (Educ aç ão ).
E s c . : 1 : 10 . 0 0 0 N
U s o M i s to II - C o me rc i a l (L o j a s ) - C o me rc i a l Es c ri tó ri o s - S e rvi ç o s - Re s i d e n c i a l
U s o M i s to I I I - C o me rc i a l ( L o j a s) - S e rvi ç os - Re s i d e nci a l
U so M i st o I V - C o m e rci a l ( L o j a s) - R e si d e n ci a l
R e si d e n ci a l
C o m e rci a l
MAPA DE GABARITO
A t é 2 p av.
E s c . : 1 : 10 . 0 0 0 N
Até 3 pav.
De 3 a 4 p a v.
De 3 a 5 p a v.
OS LAYERS: Lay er dos p e rcu r s o s d e p edes tres e e s p a ç o s p ú b l i co s.
La ye r d o s i s tem a v iá r io
Pro je t o c o mp l eto.
des enho se m e s c a la
La yer da s ed ifica ções
La yer da infra estrutura verde , que permeia todo o projeto em a bundâ ncia , mostra ndo a predominâ ncia da Esca la Bucól ica .
A DIVISÃO
P ara f a c il it a r o d e t a l hame n t o d o p ro je t o , d ivid iu - se a intervençã o em 3 es c a l a s d if e re n t e s : R osa, Ve rd e e A zu l. Nas p ró x imas p ágina s, ca da um a del a s s e r á d e t a l h a d a se p ar ad ame n t e mo st r an d o o s pontos ma is important e s q u e ca d a u m a d e las re p re se n t a. A d e fin iç ão d o l imite de cada es c a l a c o n t e m p l a a su p e r p o siç ão d a c aix a viár ia q u e d ivide dua s es c al as , e n f a t i z a n d o a i m p o r t ân c ia d e se mo st r ar e ssa in t e r fa ce.
E s c . : 1 : 10 . 0 0 0 N
A ESCALA ROSA
Es c . : 1: 1 5 0 0
N
78
P ers pec t i v a G e r a l d e s s a ĂĄ re a d e p ro je t o
2
1
1
4
3
Ă reas es co l h i d a s p a r a d e t a l h ame n t o
Story Board Tipologias
Índices urbanísticos Área do Lote e afastamentos
Características do tipo edilício
Varia de 1990m2 a 6500m2 Quando o fundo do lote não estiver faceando o pátio verde, afastamento mínimo de 20 mts.
Uso Misto I* - Comercial (Lojas) - Comercial Escritórios - Equipamentos (Educação) - Residencial
Varia de 1053m2 a 4240m2 Quando o fundo do lote não estiver faceando o pátio verde, afastamento mínimo de 20 mts. Varia de 400m2 a 5092m2 Quando o fundo do lote não estiver faceando o pátio verde, afastamento mínimo de 10 mts. Varia de 390m2 a 2252m2 Quando o fundo do lote não estiver faceando o pátio verde, afastamento mínimo de 10 mts. Varia de 465m2 a 2768m2 Quando o lote facear outra construção, deverá ter afastamento mínimo de 5 mts. 360 m2 Quando o lote facear outra construção, deverá ter afastamento mínimo de 1.5mts.
Varia de 360m2 a 600m2 Afastamento de no mínimo 5 mts no fundo.
Parâmetro
No. de domicílios/ salas comerciais
De 4 a 5 pav. T.O. entre 100% e 65% C.A. entre 3,6 e 5
Varia de 60 a 160 domicílios Varia de 30 a 80 salas comerciais (lojas, escritórios e equipamentos)
Uso Misto II* - Comercial (Lojas) - Comercial Escritórios - Serviços (bancos, correios) - Residencial
De 4 a 5 pav. T.O. entre 80% e 65% C.A. entre 3,41 e 5
Varia de 24 a 96 domicílios Varia de 16 a 64 salas comerciais (lojas, escritórios e serviços)
Uso Misto III* - Comercial (Lojas) - Serviços (bancos, correios) - Residencial
De 3 a 4 pav. T.O. entre 80% e 72% I.A. entre 2,25 e 4
Varia de 10 a 100 domicílios Varia de 6 a 60 salas comerciais (lojas, escritórios e serviços)
Uso Misto IV* - Comercial (Lojas) - Residencial
De 3 a 4 pav. T.O. entre 100% e 75% I.A. entre 3 e 3,55
Varia de 10 a 50 domicílios Varia de 2 a 10 lojas
Residencial I
Até 3 pav. T.O. entre 100% e 90% I.A. entre 4 e 1,72
Varia de 16 a 100 domicílios
Residencial II
até 2 pav. T.O. entre 100% e 91% I.A. entre 2 e 1,83
Até 4 domicílios
até 2 pav. T.O. entre 83% e 75% I.A. entre 1,66 e 1,5
Até 3 lojas
Comercial
* a tipologia não necessita de obrigatoriamente ter todos os usos ao mesmo tempo. Eles são todos permitidos e vão ocorrer a medida que a cidade demandar um prédio dessa forma ou não
Os d i fe re n t e s t i p o s d e l ot e s e p ar âme t ro s, p e r mitem i nf i n it a s co n f o r m a çõ e s p ar a o s e d ifíc io s d a c i dade , cr ia n d o a r i q u e za d a d ive r sid ad e , ad vin d a da l i be rd a d e d a c id a d e se faze r. A ú n ic a e x ig ê n c ia é que o u s o co m e rc ia l e st e ja se mp re n o t é r re o , garant i n d o r u a s v iv a s e se g u r as.
D epen d e n d o d a l o ca l izaç ão d o e mp re e n d i m en t o d e n t ro d o m ast e r p lan , a d e n sidade p e r m it i d a p a r a o me smo p o d e se r m ai or o u m e n o r, a d e pe n d e r d a p ro x imidade co m a E s c a la B u có l ic a.
Detalhe Cruzamento 1
84
E s c . : 1 : 40 0 N * O des enho dos cruzamentos sรณ s e rรก d e ta l h a d o d e n tro d a Es c a l a Ro s a , ma s el e s a co n t e ce m d a m e sm a f o r m a d e n t ro d e t o d o o p ro j e t o .
Perfi s Viรกrios
86
Perfi s Viários
S i st ema de c aptaç ão dos j a rd ins de c huva
87
*O desenho dos pe rfi s v i ári os só s e rã o d e ta l h a d o s d e n tro d a Es c a l a Ro s a , mas eles acon tece m da m e sma forma d e n tro d e to d o o p ro j e to .
Detalhe Parque
88
E s c . : 1 : 10 0 0
N
89
P ers pec t i v a d o P a rq u e
Detalhe Praรงa
90
E s c . : 1 : 10 0
N
Detalhe Praça
91
P ers pec t i v a d a P r a ça : C o n t e mp laç ão + in t e r aç ão
94
E s c . : 1 : 10 . 0 0 0 N
A ESCALA VERDE
95
Es c . : 1: 1 0 0 0
N
96
P e r s p e c t iva Ge r al d e ssa รกre a d o p ro je t o
Story Board
97
Espaço Feira Livre O espa ço da Fei ra L i v re encontra -se em pos i ç ão es tra tégica dentro do z oneamento do proje to, poi s c ri a a interfa ce en tre a E s c al a Bucól ica e a m ov i mentada á rea residencial . A i dei a é que seja um e s paç o c ompleta mente mu táv el e, por consequecênci a, adaptáv el à s necessida des da popula çã o. O d ia grama ao l ado mostra a geometri a, monta gem e possívei s us os da cobertura que demarc ari a o espa ço pa ra a Fei ra e f i xa ria uma forte i dent i dade pa ra o loca l.
98
P er s p e ct iv a d o e s p a รง o
Mobil iário Urbano D e se n h o d e b a n co
D e se n h o d e b a n co
D et al hamento geral do m obi l iá ri o q u e s e e s p a l h a p o r to d o o p ro j e to .
100 Det. Il um i n ação
C o b e r t u r a Ve rd e
D e se n h o d e b a n co
R e se r v a t ó r i o d e á g u a s p l u v i a i s
D e se n h o d e b a n co
D etal hamento das Parada s d e ô n i b u s * To dos os móv e i s aqui detal h ados ta mb é m s e e n c o n tra m n a Es c a l a Ro s a , ma s se r ã o d e t a l h a d o s a p e n a s n e st a se çã o
Praças Urbanas
101
Vár ias pr aç a s permei am o proj e to. Te r c o n s c ê n c i a d a mu l t i p l i c a d e d e s e u u s o a t r a v é s d e u m b o m d e si g n , é f u n d a m e n t a l .
Ă rea dos Restaurantes
102
P er spec t iva Ge ral
103
E s c . : 1 : 10 . 0 0 0 N
A ESCALA AZUL
Es c . : 1: 1 5 0 0
N
Story Board
Desenho original: paisagismo pouco integrado, pouquíssimas áreas sombreadas, nenhuma estrutura proporcionando interação com o lago, muitas atividades comerciais informais, grandes bolsões de estacionamento, áreas verdes degradadas, mobiliário urbano mal conservado, poucas opções de lazer, apenas contemplação, bloqueio das visuais.
Criou-se decks que extrapolam os limites da borda de terra e se estendem para o lago, delimitando espaços dentro do mesmo para usos diversos como recreação, aulas de esportes aquáticos, pólo aquático, stand up paddle. Também foram posicionados quiosques de apoio gastrônomico e comercial, nos quais os atuais comerciantes informais podem se apropriar.
Retirou-se os bolsões de estacionamento, criou-se duas novas vias trazendo maior permeabilidade para a área. No espaço da Orla em si, o piso drenante permite cria-se paginações para espaços de estar e atividades diversas sem interferir na drenagem do local. Novas calçadas também foram desenhadas pensando em sua integração com o paisagismo.
Proposta final.
Planta de Zoneamento
1 4 3
1
2
12345-
Áreas c o m p l a y g ro u n d s in fan t is e ad u l t o s e mo b il iár io u r ba no d iferencia do; E s c ol a d e E s p o r t e s A q u át ic o s + Mir an t e ; Qui os q u e s d e a p o io co me rc ial e al ime n t íc io ; Quadra d e e s p o r t e s c o b e r t a + e sp aç o mu l t iu so ; D ec k s e p is cin a s ;
1 5
#1 Playgrounds e mobil iário
Foram p re v is t o s b a n co s in c o r p o r ad o s ao p aisag ismo , p ro porciona ndo desca ns o s om b re a d o e e s t a çõ e s p ar a e st ac io n ar b ic ic le t as c o m um design ma rca nte, nov am e n t e f o r t a l e c e n d o a id e n t id ad e d o p ro je t o .
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Du r a n t e t o d o a á re a, e st ão in st alad o s p layg ro u n d s com design or i gi nal e i n t e r a t i v o , p ro p o rc io n an d o u ma re laç ão ú n ic a e n t re corpo, espa ç o e pai s a g e m . A i d e ia é q u e p e sso as d e d ife re n t e s id ad e s possa m interagi r c om o s m e s m o s , s e m re st r in g ir o laze r d a p o p u laç ão , incent iva ndo o d i v ert i m e n t o a c é u a b er t o e a re laç ão c o m a Esc ala Bu c ól ica .
#2 Escola de Esportes Aquáticos // Mirante
Consol ida ndo a voca çã o do loca l como pó l o de prát i c a de esportes a quá t icos d iversos como ca ia que, ca noa , pedal i nho, s tand up pa dd le e na ta çã o, propõem-se a cria çã o de uma E s c ol a que ensine os esportes e forta leça essa rela çã o. O design des ta c onf i gura uma importa nte rela çã o com a pa isa gem, a o mesmo tempo que s ua cobertura se desdobra como um mira nte, convida do o pas s ante a i ntera gir com o loca l.
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#3
Quiosques Fora m criados qui os ques pa ra a propria ção dos atuai s v endedores a mbula ntes que s e encontra m no local . A i dei a não é a ca ba r com esta at i v i dae, mui to pelo contrá rio, é ter c ons c i ência da necessidade dos produtos de consumo rá pi do of erec i dos . A ideia é justa m ente i ntegrá-l os a o projeto e co ns equentemente à pa isa gem.
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O des i g n d o s q u io s q u e s fo i pe ns ado par a co n s t r u çã o e m made i ra. A for m a é u m jo g o ge o m étri c o c ri a n d o u m a f o r m a q u e m uda quand o s e t ro ca o â n gu lo da qual el a é v is t a . A f o r m a o r iginal m arc a o s q u io s q u e s c o mo po nto de ref e rê n c ia e i d e n t id ad e pa ra a Orl a.
Pi so e Pai sagi smo A p a g i n a ç ã o d e p i so , p e ç a c h ave d a id e n t id ad e e compos i ç ão q u e p e r m e i a t o d o o p ro je t o , é fe it a p e la c o mb in açã o de d i feren t e s t o n a l id a d e s d e ro sas e ve r me l h o s d o p iso d rena nte Ac qua d re n o . O p is o , s ua in st alaç ão e c o mp o siç ão e st ão deta l hados a b a ix o . A i d e ia d o p a is a g i smo d o p ro je t o é e x t r ap o lar a mera esc ol ha d e e s p é c ie s v e g e t at ivas, re lac io n an d o - se , p r in c ipa lmente c om a c r ia ç ã o d e p a isag e n s u r b an as au t ê n t ic as, t o r n ando-se parte d a e x p e r i ê n cia d o p ro je t o c o mo u m t o d o . A lé m d e funcionarem a o m e s m o t e m p o c o mo in fr ae st r u t u r a ve rd e au x il ia ndo na dre n a g e m d e á g u a s p lu viais e n o c o n fo r t o h ig ro t é r mico do es paç o . A o la d o e n co n t r am- se alg u mas su g e st õ e s d e pla nta s nat i v as d o ce r r a d o p a r a a c o mp o siç ão d o s c an t e iro s, b o s ques e j ard i ns . E s t a s f o r a m d iv id id as e m e sp é c ie s g r amín e as, ar b ust iva s e árbó re a s .
B á l sa m o
Cagaiteira
Camarão
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D et al hamento do Pi so. F onte : Ca tá l o g o Ac q u a d re n o .
Chuveirinho
Flor de Mel
G r a m a A mendoim
I p ê R o sa
Jatobá
M a ce l a
TRANSECTO
Traç ando - s e o t r a n s e c t o no p ro je t o c o n so l id ad o , p e rc e b e - s e ma ior coerência na tra nsi ç ão ent re a e s c a la b u c ó l ic a e a re sid e n c ial e as d ife re n t e s densida des de ocupa çã o, q ue c aract e r i z a m a p r i n c ip al d ire t r iz d e o c u p aç ão d a p ro p o sta .
Linha de corte
1047m 1030m 1020m 1010m 1000m 0.5km
1.0km
1.5km
2.0km
2.5km
119
CONCLUSÃO
122
O p ro p ó s it o d e st e t r ab al h o fo i u m c o n vit e à u m a re f le xã o a c e rc a d a at u al d in âmic a d a c o n fig u r a ç ã o m o r f o ló g ic a d e B r asíl ia e ac e rc a d o s at u ais p a d rõ e s d e p l a n e jame n t o u r b an o d a c id ad e mo d e r n is t a . E s s e t a l c o n vit e fo i fe it o a p ar t ir d o d e se n h o q u e b u s c o u a l in h ar c o n c e it o s d e c id ad e s vivas, se g u r a s e in t e l i g e n te s c o m d e se n h o se n síve l à ág u a e v a l o r i z a ç ã o d a p aisag e m u r b an a. A b so lu t ame n t e t u d o f o i m u it o p e n sad o , p e sq u isad o e t e st ad o . D e s d e co n f ig u r a çõ e s d o sist e ma viár io , at é e sc o l h a d e m o b i l iá r io e p aisag ismo . To d o o p ro ce sso fo i u ma b r il h an t e ime r são n o t e m a , p r i n c ip a lm en t e ao se t r ab al h ar c o m d ife re n t e s e s ca la s e c o mo t o d as e las se re lac io n am p ar a f o r m a r u m t o d o co e so . D e s d e o p r in c íp io , a id e ia d e q u e t e r u ma id e n t i d a d e f o r t a l ec e o t o d o , se ja a n íve l d e p ro je t o , s e ja n a cid a d e c o n st r u íd a e m si, fo i su st e n t ad a d u r a n t e t o d o o pro c e sso , se t r an sfo r man d o n u m c o n ce i t o p o r s i s ó , n as p ró p r ias fo r mas e c o re s. A im p o r t â n c ia d e t u d o isso e st á n a valo r izaç ã o d a e xp e r i ê n cia h u man a e d e su a re laç ão c o m e s p a ç o s p ú b l ic o s , p r ivad o s, p aisag e m, e x t r ap o lan d o p a r a a re la ç ã o g o ve r n o , so c ie d ad e c ivil, se t o r p r iv a d o , p l a n e j a me n t o e d e se n h o u r b an o . A p ro p o s t a b u s c o u t r a ze r min imame n t e c ad a u m d e sse s c o n ce i t o s e s u a s re laç õ e s e e st ab e le c e r e sse d e bate. P o r f im , s ig o c o m a c e r t e za d e q u e n o sso t r ab a l h o , e n q u a n t o arq u it e t o s e u r b an ist as, d e ve se r s e m p re m e l h o r a r o me io e m q u e vive mo s.
B A I R R O S D I F E R E N T E S NÓS-
D E I N T E R A Ç Ã O C O M E S PA Ç O P Ú B L I COD I V I S Ã O E M E M P R E E N -
DIMENTOSDEESCALAMEN O R D I F E R E N T E S C A R ÁT E R E S E T I POLOGIASI N T R O D U Z I R N O VA S T E C N O L O G I A S A M B I E N T E S A M I G Á V E I S PA R A FA M Í L I A S S O L U ÇÕESENERGETICAMENTEE F I C I E N T E S D I V E R S I D A D E D E PA V I M E N TA Ç Ã O C R I A R S E N S O D E C O M U N I D A D E CRIARVIZINHANÇ A S Ú N I C A S E S T R AT É G I A D E D E S E N V O LV I M E N T O C O E R E N TEEMPREENDIMENTODIVID I D O E M FA S E S E S T R AT É G I A D E D E S E N V O LV I M E N T O FLEXÍV EIS
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