Manual do Professor 5º ano - Projeto Ápis

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ยบ 5ano

Manual do PROFESSOR


MP. Ciências

“Nós” de Ciências no 5º- ano Corpo humano e a Educação para a saúde Ao longo de todos os volumes de Ciências deste projeto, os alunos tiveram oportunidade de estudar o corpo humano: a dentição, os cuidados relacionados à higiene e à alimentação, etc. No livro do 5º- ano, esse estudo é aprofundado e os alunos são convidados a explorar o interior do corpo humano, as estruturas relacionadas à digestão, à respiração e à circulação, o desenvolvimento intrauterino e as transformações relacionadas à adolescência, os hábitos alimentares, o corpo durante uma atividade física intensa, o estilo de vida e sua relação com a saúde. Devemos destacar que trabalhar o corpo humano em Ciências ultrapassa contemplar o ensino-aprendizagem de conhecimentos da anatomia e da fisiologia. Hoje em dia, as interconexões entre corpo, mente, fatores sociais e ambientais determinando o status de saúde são pauta obrigatória na Educação para a saúde. Assim, o estilo de vida, a dieta alimentar, a prevenção e o estado de humor não podem ser negligenciados no trabalho com os alunos em sala de aula. Portanto, como professores, além de nos preocuparmos em trabalhar aspectos da anatomia e da fisiologia humana, devemos oferecer possibilidades para que as crianças desenvolvam um estilo de vida promotor de saúde, refletindo sobre seus hábitos alimentares, sobre o fato de terem ou não atitudes mentais positivas no dia a dia e sobre as pressões que a sociedade atual exerce sobre ambos. 326


Propostas de atividades • O número de crianças obesas aumenta em nosso país. E o problema é que a obesidade aumenta o risco de muitas complicações de saúde. Grande parte do problema deve-se ao sedentarismo e a uma dieta com alto teor de açúcares e gorduras. Precisamos motivar as crianças a se mexerem. É necessário que elas tomem consciência do corpo em atividade física, mesmo que mais intensa. Além disso, nossos alunos têm de estar instrumentalizados para analisar criticamente o que comem, avaliar e possivelmente modificar os próprios hábitos alimentares. Eles precisam, ainda, estar amparados para não se sujeitarem à influência da propaganda e do estímulo ao consumo de alimentos altamente energéticos. Nesse sentido, é conveniente que as crianças aprendam a analisar as informações sobre valor energético contidas nas embalagens de alimentos. Além disso, é importante que seja favorecida a visão do corpo humano como um conjunto de estruturas em funcionamento integrado. Como um “todo”, que está inserido em uma sociedade e, portanto, sujeito à influência do contexto no qual se encontra. Esses são temas abstratos, que podemos trabalhar com as crianças no 5º- ano. Para isso, devemos oferecer a elas exemplos acessíveis. É necessário que elas tenham a possibilidade de analisar criticamente estratégias publicitárias com que tomam contato diariamente e possam refletir se estas estimulam, ou não, hábitos saudáveis. • Em complemento, podemos ainda dizer que no 5º- ano, muitos alunos, principalmente as meninas, estão iniciando processos que os encaminham para a adolescência; sofrem mudanças corporais que os acompafoto: michaeljung/shutterstock/glowimages.

nharão, de certo modo, na vida adulta. Há os que crescem muito, mal cabendo nas carteiras; as meninas começam a ver os seios se desenvolvendo, algumas menstruam. Os cuidados com o corpo tornam-se mais necessários num momento em que ele está se transformando. E as transformações corporais provocam mudanças nas relações dos alunos consigo mesmos, com os colegas e com outros elementos do meio em que vivem. É o momento em que o cuidar na escola se torna imprescindível. 327


MP. Ciências Cuidar, nesse caso, significa permitir que se construam relações saudáveis e prazerosas dos alunos consigo mesmos, deles com seus colegas e adultos e com os espaços à sua volta. A autoimagem deles está em mudança: ser bonito ou ser feio, desengonçado ou atraente, inteligente ou tonto são algumas das imagens com que lidam ao se olharem no espelho e ao serem olhados pelos outros. Eles tornam-se mais sensíveis a apelidos e comentários, reagindo de modo extremo, recolhendo-se ou atacando. É o momento de favorecer o respeito à diversidade e à individualidade, de possibilitar reflexões sobre a pressão que os meios de comunicação exercem na criação de padrões de como deve ser o corpo humano e de como devem ser nossos hábitos. • É muito bem-vinda a disponibilização de tempo para os alunos fazerem pequenas assembleias, nas quais podem colocar os problemas que os incomodam nas relações com os colegas ou com adultos, discutindo posições e levantando possibilidades conjuntas de mudança. Eles podem, também, nas assembleias, fazer perguntas sobre as dúvidas que têm em relação ao seu próprio corpo. Dica! Crie uma caixinha de perguntas, na qual os alunos possam colocar questões que querem saber sobre o próprio corpo. Regularmente, durante um período combinado, leia as questões que surgirem e discuta possíveis respostas.

328

• Atividades em grupo também são importantes neste momento em que papéis masculinos e femininos se tornam mais visíveis pelas diferenças que os corpos passam a sinalizar de maneira mais pronunciada. Realizar projetos juntos e participar de comemorações festivas, nos quais podem trocar alimentos, histórias, brincadeiras, músicas, criações, é importante para aproximar todos os alunos, favorecendo o viver bem em grupo.


Como saber se o aluno aprendeu?

2

sidades de seus alunos sobre o corpo humano. O que eles querem saber? O que julgam já saber? Avalie se as

rir-se a partes e funcionamento do corpo humano. Observe também se eles manifestam noções básicas relaciona-

lacionar a determinados valores e

das à digestão, respiração e circulação

preconcepções.

(principais estruturas do corpo envolvidas, algumas características delas,

Observe as atitudes dos alunos du-

etc.). Nas explicações sobre o funcio-

rante as aulas: como eles dividem o

namento do corpo, avalie o que os alu-

tempo livre, se cuidam da higiene

nos deixam transparecer: diferentes

pessoal (por exemplo, se lavam as

estruturas funcionam de maneira inte-

mãos antes de pegar alimentos), se

grada ou de maneira isolada?

mo em situações difíceis. Acompanhe o desenvolvimento das atitudes observadas durante o ano letivo e procure avaliar se os alunos estão

foto: Monkey Business Images/shutterstock/glowimages.

lizar vocabulário específico para refe-

opiniões manifestadas podem se re-

procuram manter o bom humor mes-

3

4

Observe se seus alunos começam a uti-

5

Verifique se os conhecimentos manifestados nas discussões em sala de aula são coerentes com as atitudes que você observa entre seus alunos. Procure fa-

desenvolvendo hábitos promotores

zer enquetes para avaliar hábitos deles:

de saúde.

quanto tempo passam em atividades sedentárias, se seguem as orientações

Verifique como seus alunos se por-

da pirâmide alimentar e de atividade

tam durante as discussões sobre as

física apresentadas no livro-texto, etc.

modificações que ocorrem no corpo

Por fim, incentive a comparação entre

dos adolescentes e como encaram o

os dados obtidos nessas enquetes e as

sexo oposto. Avalie se acreditam, ou

informações sobre o funcionamento do

não, que o final da infância está che-

corpo humano apresentadas por eles.

gando para eles. Estimule que mani-

Ou seja, compare o que “fazem” em re-

festem como se sentem a respeito “do

lação ao corpo humano com o que “sa-

que está por vir”.

bem” sobre o corpo. 329

“Nós” de Ciências no 5º- ano

1

P rocure levantar quais são as curio-


MP. Ciências Usando o livro-texto...

movimentos respiratórios fazemos

explicando o que você acha que

nesse mesmo intervalo de tempo?

Vamos fazer uma atividade física intensa e observar o que acontece com nosso corpo?

[3]

2. Antes de iniciar a atividade física, sinta os batimentos do seu coração e os seus movimentos respiratórios.

[4]

você pode tomar a sua pulsação

meça o número de movimentos respiratórios em 1 minuto.

pulsações em 1 minuto. A

B

lateral do pescoço, logo abaixo de um dos ossos da face

[4]

Sentado lendo.

2. Você pode aconselhar os alunos a fazer mais de uma medição dos movimentos respiratórios e da pulsação. Em geral, nas primeiras medições a pessoa está se adaptando ao procedimento.

Algumas crianças, quando realizam alguma atividade física intensa, podem se sentir muito bem; outras podem se sentir mal e sem fôlego. Para tornar essa atividade mais proveitosa, procure se aconselhar com o professor de Educação Física.

[5]

3. No meio da atividade física, faça uma pausa para sentir os batimentos do coração e os movimentos respiratórios.

respiratório completo (B). Depois,

(A). Depois, meça o número de

Ápis Ciências 5ano_Merc

4. Cerca de 5 minutos depois da atividade física, sinta pela terceira vez os batimentos do coração e os movimentos respiratórios.

67

Participe das atividades cronometrando o tempo de 1 minuto para que os alunos realizem as medições. Você pode também cronometrar apenas 15 segundos (nesse caso, os alunos devem multiplicar por 4 a medida tomada para saber o número de movimentos respiratórios ou de batimentos cardíacos em 1 minuto).

pulso

[2]

parte interna dos tornozelos [1]

Para perceber o movimento respiratório completo, coloque as mãos sobre a barriga ou o peito. Um movimento respiratório completo ocorre cada vez que tomamos o ar (inspiramos) e em seguida o expulsamos do corpo (expiramos).

2 Anote os resultados obtidos:

NÚMERO DE BATIMENTOS CARDÍACOS EM 1 MINUTO

NÚMERO DE MOVIMENTOS RESPIRATÓRIOS EM 1 MINUTO

[5]

[3]

Andando.

andando

Logo após ter corrido. Compartilhe sua tabela com colegas e observe os dados obtidos por eles.

NÚMERO DE BATIMENTOS CARDÍACOS POR MINUTO

NÚMERO DE MOVIMENTOS RESPIRATÓRIOS POR MINUTO

Esperam-se respostas próximas às seguintes: 70 ou não muito além disso

10-15 ou não muito além disso

70

10-15

acima dos 70, próximos dos 100 a 120,

acima dos 15, próximos dos 20-25,

conforme a intensidade

conforme a intensidade

70

10-15

sentado lendo logo após ter corrido

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5/16/11 11:11 AM

deitado, antes de dormir

4. Incentive os alunos a realizar as atividades desta página preenchendo a tabela com os resultados obtidos. Comente que eles podem, a seu critério, registrar o que acontece quando realizam outras atividades (andando de bicicleta ou assistindo à TV, almoçando, depois de nadar ou jogar bola, por exemplo).

69

APIS_Ciencais_5ano_064a077_U2_M05.indd 68

A escrita de relatórios, já proposta em anos anteriores, é retomada em atividades como a da página 70. Também são oferecidas várias oportunidades para que os alunos pratiquem a escrita de sínteses e comecem a elaborar pequenos textos informativos, como no caso da página 104, com informações sobre o coração e os pulmões. A exposição das crianças a diferentes modelos de relatório e sínteses ajuda o desenvolvimento da escrita e serve ao desenvolvimento de discursos cada vez mais elaborados. Observação, descrição e análise de dados são valorizados em vários momentos da unidade 2, estimulando-se também a realização de discussões entre os alunos.

3. Converse com os alunos e aproveite a oportunidade para avaliar os seus conhecimentos prévios: quantas crianças acham que, ao longo do dia, ocorrem alterações nos ritmos cardíaco e respiratório? A que elas associam essas alterações?

[6]

Deitado e relaxado, quase pegando no sono.

4 Com os dados obtidos, complete a tabela.

68 5/16/11 11:11 AM

APIS_Ciencais_5ano_064a077_U2_M05.indd 69

5/16/11 11:11 AM

2

5 Note que aqui os alunos praticam a escrita de relatórios. Isso ocorre em vários momentos deste livro. Analise com eles os modelos de relatórios apresentados, criando condições para que eles se apropriem desse gênero textual. Oriente os alunos a fazer um rascunho do texto numa folha avulsa. Depois, cada um escreve o texto definitivo. Repare que, neste momento, estamos trabalhando com os alunos descrição e análise de dados. Incentive-os a trocar o texto produzido entre eles. Depois disso, peça que reformulem seus textos, acrescentando informações que julgarem convenientes.

Você já sabe: quando praticamos esportes, o coração bate mais rápido e a

8

Termine de escrever o relatório que começou a ser feito por alguns alunos.

respiração fica acelerada. Que tal agora conhecer um pouco mais essas estruturas do nosso corpo, o coração e os pulmões?

Relatório Resposta pessoal na qual os alunos manifestam o que já sabem. É importante manter os registros dessas respostas, para depois compará-las com o que aprenderam.

Você já reparou quantas vezes o seu coração bate? Será que esse número de batimentos é constante, ou pode variar bastante? Essas foram algumas questões que investigamos ao fazer medidas do número de batimentos cardíacos durante 1 minuto, em diferentes situações.

Espera-se que o aluno explicite no relatório que: “em diferentes situações, o número de batimentos cardíacos

Verificamos que e de movimentos respiratórios é diferente”; “nas atividades físicas, ou logo após elas, o ritmo respiratório (e

também o cardíaco) é maior”; “em repouso ou nas atividades que demandam pouco esforço físico, o número de batimentos cardíacos (e também o ritmo respiratório) é menor”; “quando ocorre uma atividade física mais intensa, aumenta tanto o número de batimentos

.

Esteja atento para o fato de que, ao longo deste módulo, trabalhamos com alguns procedimentos relacionados à pesquisa (seleção de material bibliográfico, seleção de informações em um texto e confecção de sínteses).

cardíacos quanto o ritmo respiratório”.

Além disso, também medimos o número de movimentos respiratórios durante

1 minuto, em diferentes situações. Nesse caso, constatamos que Algo que nos chamou a atenção é que existe uma relação entre o número de movimentos respiratórios e de batimentos do coração:

o nosso próprio corpo! 3

Agora é a sua vez! Observe as duas imagens abaixo e complete o texto que um aluno começou a fazer. Para isso utilize os termos do banco de palavras.

tossir

microscópicos

muco

cílios

[2]

[3]

Plantação de trigo.

Cílios das células do sistema respiratório. A imagem corresponde a uma ampliação de 4 160 vezes ao microscópio eletrônico de varredura (coloração artificial).

No nosso sistema

existem células com cílios.

respiratório

Na minha opinião o conjunto desses cílios pode ser comparado a uma plantação de trigo, pois os

cílios

não ficam parados.

Nas minhas pesquisas descobri que: •

o ar que inalamos pode conter incontáveis partículas e organismos

vivos

;

microscópicos

parte desse material fica retido num muco;

o

movimento

dos cílios impulsiona esse

muco

em direção à região da garganta e do nariz; •

daí vem aquela vontade de

tossir

Ápis Ciências 5ano_Merc

FOTOS: [1] SUSUMU NISHINAGA/SCIENCE PHOTO LIBRARY/LATINSTOCK; [2] HELY DEMUTTI/ARQUIVO DA EDITORA; [3] PROF. P. MOTTA/SCIENCE PHOTO LIBRARY/LATINSTOCK.

movimento

respiratório

3

Discuta com os alunos o quanto costumamos fazer analogias para explicar diferentes assuntos. Em relação ao corpo humano, são muito comuns analogias como “o coração é como uma bomba”, “os rins como que filtram o sangue”, etc. Portanto, comparar o corpo humano com o que conhecemos do nosso dia a dia nos ajuda a criar algum conhecimento sobre nós. Entretanto, é necessário cautela para que o corpo não seja identificado com máquinas ou eventos que usamos nessas analogias. Esteja atento que a analogia dos cílios do trato respiratório com uma plantação de trigo pode contribuir para formar uma imagem de que os cílios possuem movimento. No entanto, essa analogia é incompleta, uma vez que o batimento ciliar tem uma natureza distinta do movimento do trigo numa plantação.

e... é assim que,

no final das contas, a “sujeira” que inalamos pode ser eliminada das vias respiratórias. 123

APIS_Ciencais_5ano_116a129_U3_M09.indd 123

5/16/11 11:23 AM

330

Na unidade 3 incentiva-se que as crianças usem analogias para elaborar explicações sobre a estrutura e o funcionamento do corpo humano (um exemplo pode ser observado na página 123). É importante fazermos isso, pois o pensamento por analogia é algo comum no processo de formulação de diversas ideias científicas.

Caso não saiba a resposta de alguma pergunta, escreva simplesmente “Não sei”. PERGUNTA

RESPOSTA A PARTIR DO QUE JÁ CONHEÇO

Quantos litros de sangue temos no corpo?

Quantos pulmões temos?

O que existe dentro do coração?

O que é a artéria aorta?

[2]

[1]

104 5/16/11 11:11 AM

APIS_Ciencais_5ano_102a115_U2_M08.indd 104

Você acha que gasta mais energia fazendo quais atividades físicas? 3

Observe as imagens de crianças em situações variadas. Descreva as atividades em ordem crescente: da atividade em que gastamos menos energia para aquela na qual gastamos mais energia.

4

A quantidade de energia pode ser medida em caloria.

4

Analise o gráfico abaixo e confira quanta energia o nosso organismo consome em algumas atividades. Apresente esses dados no formato de uma tabela.

CONSUMO DE QUILOCALORIA EM 1 HORA (Kcal/h) 350

327

Inicialmente, aproveite a atividade 3 para avaliar o que os alunos já sabem: Quais dessas atividades eles acreditam que consomem muita energia? E quais eles consideram que necessitam de pouca energia para ser realizada? Depois, peça aos alunos que comparem as respostas que deram na atividade 3 com as informações do gráfico. Finalmente, promova discussões: a partir da análise do gráfico, caminhar demanda quanto a mais de energia do que dormir? Jogar futebol requer quanto de energia a mais do que ficar assistindo à TV? Proponha esta questão à classe: “Qual a forma mais fácil de ‘visualizar’ e ‘apresentar’ os dados: observando o gráfico de barras ou observando uma tabela?”

300 250

5/16/11 11:19 AM

4. Os valores de gastos energéticos aqui apresentados são aproximados e gerais, ocorrendo variações que dependem do grau de esforço físico e do metabolismo de cada pessoa. É muito comum algumas embalagens de alimentos designarem o valor energético em Cal. Esclarecemos que esta unidade de medida Caloria (repare no “C” maiúsculo) equivale a 1 000 calorias ou 1 quilocaloria (Kcal). Uma caloria (repare no “c” minúsculo), no estudo da Física, designa a quantidade de calor requerida para aumentar de 14,5 ºC para 15,5 ºC a temperatura de 1 grama de água.

230

200 150

A tabela pode ser:

100

85

85

60 50 ATIVIDADE dormir

caminhar

ler sentado

assistir à TV

jogar futebol

73 APIS_Ciencais_5ano_064a077_U2_M05.indd 73

Consumo de energia em atividades diárias Atividade Gasto energético em 1 hora dormir 60 Kcal caminhar 230 Kcal ler sentado 85 Kcal assistir à TV 85 Kcal jogar futebol 327 Kcal

Você viu que comparar uma imagem desconhecida do corpo humano (como

Considerando as informações que você já conhece, preencha o quadro abaixo.

Por onde passa o ar que inspiramos?

APIS_Ciencais_5ano_064a077_U2_M05.indd 70

pintura feita com “pontinhos coloridos”) pode nos ajudar a entender melhor

1

O que é a traqueia?

70

a do sangue visto ao microscópio) com algo que conhecemos (como uma

Na unidade 2, os alunos são convidados a colocar o corpo em movimento. Em acordo com a equipe de Educação Física, pode-se ampliar as atividades propostas na página 67 e realizar a vivência de atividades que exploram o equilíbrio estático e dinâmico, os limites de flexibilidade, o sincronismo viso-manual, etc. É valorizada a oportunidade para se exercitar a coleta e o registro de dados (no caso, de batimentos cardíacos e de frequência respiratória, como proposto nas páginas 68 e 69).

Coração e pulmões

Chegou o momento de você fazer um relatório sintetizando os resultados que obteve até aqui. 00 5

FOTO: FERNANDO VIVAS/ARQUIVO DA EDITORA. ILUSTRAÇÕES: HQZART/ARQUIVO DA EDITORA.

FOTOS: [1] DANIELA TOVIANSKY/ARQUIVO DA EDITORA; [2] A [5] EDUARDO SANTALIESTRA/ARQUIVO DA EDITORA.

[2]

1. Com o professor e seus colegas, decidam qual atividade física vocês vão praticar: pode ser corrida, jogo de voleibol, futebol ou uma dança.

b) Aprenda a perceber um movimento

a) Conheça os pontos do corpo onde

Ápis Ciências 5ano_Merc

pessoa bate em 1 minuto? E quantos

Numa folha avulsa, faça uma lista

o número de movimentos respiratórios, durante 1 minuto, em diferentes situações:

1 Leia os textos e observe as figuras.

5/16/11 11:11 AM

Ápis Ciências 5ano_Merc

vezes você acha que o coração de uma

essas atividades?

3 Para descobrir se isso ocorre, conte o número de batimentos do seu coração e depois

LIVRO PARA ANÁLISE DO PROFESSOR. VENDA PROIBIDA.

ou pouca energia para realizar

respiratório (número de movimentos respiratórios) podem mudar durante o dia?

Pulsação: em medicina, batimento ritmado, como o percebido no coração.

Ápis Ciências 5ano_Merc

Troque ideias com seus colegas: Quantas

1

Será que o ritmo cardíaco (número de batimentos do coração) e o ritmo

Vocabulário

Você sabe como medir o número de batimentos cardíacos e de movimentos respiratórios em 1 minuto?

FOTOS: [1]; [3]; [4]; [5] E [6] HELY DEMUTTI/ARQUIVO DA EDITORA; [2] HELY DEMUTTI/ARQUIVO DA EDITORA SOBRE FOTO DE OPTIMARC/SHUTTERSTOCK/GLOWIMAGES.

pratica esportes.

Você acha que é preciso muita

00 5

LIVRO PARA ANÁLISE DO PROFESSOR. VENDA PROIBIDA.

que você faz no seu dia a dia?

Hora do esporte

Avalie os conhecimentos prévios dos alunos: “Eles associam atividade física somente com suor, sensação de calor, ou também com aumento do ritmo cardiorrespiratório?”; “A maioria dos alunos pensa que o coração bate quantas vezes por minuto?”; “Alguém acha que o coração bate mais de cem vezes por minuto?”; “Alguém acha que o número de movimentos respiratórios é igual ao número de batimentos cardíacos?”; “Em que atividades eles acham que gastam mais energia?”; “Eles fazem associação entre movimento e gasto energético?”.

Ápis Ciências 5ano_Merc

acontece com seu corpo quando

LIVRO PARA ANÁLISE DO PROFESSOR. VENDA PROIBIDA.

Quais são as atividades físicas

Ápis Ciências 5ano_Merc

Um mundo de recursos digitais para você ensinar e seu aluno aprender.

Em Matemática, seus alunos já devem lidar com diferentes tipos de gráficos. Dessa maneira, além dos que são sugeridos nas unidades 2 e 3, podem ser explorados outros, inclusive propiciando exercícios iniciais com infográficos ou gráficos de figuras, associados a pesquisas em jornais e revistas. São excelentes oportunidades de se fomentar uma interação com a educação matemática e a exploração de jornais e revistas.


A dieta de Fernanda Keller Recordista sul-americana de provas de longas distâncias, a triatleta brasileira nunca descuida da alimentação.

F ernanda Keller con-

Gasto muita energia e

some alimentos ricos

preciso repô-la ao orga-

em fibras e carboidra-

nismo”, afirma.

tos. As carnes verme-

Durante os treinos e

lhas ela substituiu por

competições, a triatleta

carnes brancas (frango

costuma consumir bar-

e peixes), e os legumes,

ras de cereais e frutas,

verduras, frutas e iogur-

além de beber muito lí-

tes fazem parte de seu

quido. A todos, Fernan-

cardápio diário. Doces,

da dá uma dica valiosa:

LIVRO PARA ANÁLISE DO PROFESSOR. VENDA PROIBIDA.

2. Discuta com os alunos a frase de Fernanda Keller, que lembra o ditado popular “saco vazio não para em pé”. Nesta parte do módulo estudaremos parte dos fundamentos que estão por trás dessa ideia: quanto de energia precisamos? Quais são os alimentos mais energéticos?

“Jamais espere sentir

Fernanda adora um

sede para beber alguma

prato de arroz com fei-

coisa. A sede é um sinal

jão e acha essa combina-

de que o organismo já

ção superimportante:

está trabalhando no

“Se eu comesse só sa-

vermelho. O importan-

ladinhas, não aguenta-

te é se hidratar em in-

ria o pique dos treinos.

tervalos regulares.”

Fernanda Keller sabe que uma alimentação variada e água são importantes para o equilíbrio do organismo.

Adaptado de texto fornecido pela assessoria de imprensa de Fernanda Keller.

2 Troque ideias com os colegas: O que será que Fernanda Keller quis dizer?

“Se eu comesse só saladinhas, não aguentaria o pique dos treinos. Gasto muita energia e preciso repô-la ao organismo.”

necessidades diárias de nutrientes e energia. 2 Observe a imagem da pirâmide de alimentos para crianças e leia as

informações do quadro.

Grupo das GORDURAS e DOCES (coma menos)

Grupo do LEITE (2 porções)

APIS_Ciencais_5ano_064a077_U2_M05.indd 72

A QUE CORRESPONDE UMA PORÇÃO*?

1

Veja algumas perguntas que ajudam a avaliar como é o seu estilo de vida.

Acho que não vai dar certo colocar essa peça aí, nem adianta tentar...

Vamos tentar com aquela peça. Pode ser que encaixe.

Qual é o seu estilo de vida?

Se não encaixar, procuramos outra peça até acertar. Este quebra-cabeça é difícil demais!

Quantas horas você costuma dormir por noite? Você se preocupa com sua alimentação? O que costuma comer? Você tem muitos ou poucos amigos? Que programas você costuma fazer com seus amigos?

Você se considera uma pessoa otimista ou pessimista? Por quê? O que você faz para cuidar do seu corpo? Você pratica esportes regularmente? “Vamos tentar com...” e “Se não encaixar, procuramos...” indicam formas mais positivas de encarar a situação.

4

Espera-se que os alunos indiquem que o estilo de vida de uma pessoa pode promover ou não a sua saúde. Por exemplo, hábitos como dormir bem, praticar esportes, ter amigos e conviver bem com eles, ser otimista, etc. são indicativos de um estilo de vida promotor de saúde.

Depois de passar um questionário a diversas pessoas na escola, a professora concluiu que algumas delas não sabem qual é a relação entre estilo de vida e saúde. Escreva um texto para explicar a elas qual é essa relação.

Troque ideias com os colegas e pensem em mais três perguntas para o questionário “Qual é o seu estilo de vida?”. Escrevam-nas abaixo. Possíveis respostas: Quantas horas você costuma ver TV por dia? Você gosta ou não da maioria das coisas que faz no seu dia a dia? Você costuma se chatear facilmente com as coisas que acontecem? Você se considera uma pessoa bem-humorada?

100

- ½ peito de frango

- ½ xícara de arroz cozido, milho, macarrão, aveia ou trigo, etc.

- 1 banana

- 1 ovo

- ½ xícara de fruta picada

- ½ xícara de feijão cozido

- ½ xícara de suco de fruta Grupo dos VEGETAIS - 1 xícara de verduras folhosas (alface, couve, espinafre, etc.) - ½ xícara de verduras ou legumes picados e cozidos

Grupo das GORDURAS e DOCES

Grupo do LEITE - 1 copo de leite integral - 3 fatias de queijo fresco - 3 colheres de requeijão

Reduza o consumo de manteiga, amendoim, batata frita, biscoitos, refrigerante, bolos e doces.

* Uma porção equivale a uma das opções apresentadas.

85 5/16/11 11:14 AM

101 5/16/11 11:17 AM

Na passagem da infância para a adolescência, além da mudança de opiniões em relação ao sexo oposto, ocorrem várias outras transformações. 3

Leia esta entrevista com três jovens, Pedro, Belle e Camila, que estão no início da adolescência e saiba um pouco mais sobre esse momento de suas vidas.

O que mudou na sua vida com a adolescência? Pedro: Agora eu já penso em coisas

mais de adulto. Penso em meninas e em namorar, penso no que vou ser quando me tornar um adulto.

preocupado quando vejo que meu rosto está cheio de espinhas. As me-

menos vergonha.

Belle: Eu fiquei menstruada aos

beijo na boca na novela e ficava com

meus quadris aumentaram, minhas

nojo. Hoje eu gosto de beijar.

pernas engrossaram.

a adolescência? Pedro: Eu cresci, cresceram pelos

na perna, tem um bigodinho apare-

Camila: Eu ainda não fiquei mens-

truada e o meu corpo ainda não mudou muito. Antes de vocês serem adolescentes,

cendo. Surgiram as espinhas… De

o que achavam das meninas/dos

manhã, antes de ir para a escola, fico

meninos? O que acham agora?

8 APIS_Ciencais_5ano_142a153_U3_M11.indd 145

Motive os alunos a fazer um resumo do que aprenderam até agora, lendo a entrevista. Estimule a troca de ideias para que preencham o quadro da maneira mais completa possível.

ninas vão ficar olhando…

começou a mudar: meus seios e

O que mudou no seu corpo com

Troque ideias com os alunos: Existem diferenças entre o modo de pensar do adolescente do sexo masculino e da adolescente do sexo feminino? Pergunte-lhes se eles se identificam ou não com os adolescentes entrevistados.

9 anos e a partir daí o meu corpo

Camila: Quando eu era criança, via

145

Pedro: Antes era tudo mais separa-

Eles falam com qual menina estão

do, eu não conversava tanto com as

querendo “ficar” e a gente pode até

meninas. Agora eu converso mais

dar uma ajuda para eles.

com as meninas e descobri que elas

Pedro tem 14 anos e estuda no 8o ano. Hoje ele se relaciona muito melhor com as meninas do que quando era menor.

Belle: Antes eu era muito envergo-

cas e comecei a ficar mais solta, a ter

11

[2]

nhada e gostava de brincar de bonecas. Hoje já dei todas as minhas bone-

Estimule o debate sobre o comportamento dos adolescentes. Para isso, peça aos alunos que pesquisem mais textos sobre o assunto e compartilhem os resultados das leituras sobre o tema. Lembre-se de que esse tema gera muita polêmica e você pode enriquecer o debate com as opiniões dos próprios alunos sobre os textos pesquisados.

LIVRO PARA ANÁLISE DO PROFESSOR. VENDA PROIBIDA.

A ideia de que podemos escolher ter hábitos promotores de saúde e desenvolver uma atitude mental positiva, mesmo diante de acontecimentos desagradáveis, é explorada no final do módulo 7. É o momento em que damos um passo importante para trabalhar o corpo humano não somente no seu aspecto físico, mas de uma maneira mais ampla. Ou seja, aprendemos sobre nosso corpo quando estudamos a digestão, a circulação e a respiração (como fizemos no início da unidade 2), mas também desenvolvendo determinados hábitos e quando nos apercebemos de que nosso estado de humor afeta nossa saúde (como discutimos no final das unidades 2 e 3).

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Ápis Ciências 5ano_Merc

5/16/11 11:17 AM

Ápis Ciências 5ano_Merc

APIS_Ciencais_5ano_090a101_U2_M07.indd 100

FOTO: [1] MAURICIO DE SOUSA/MAURICIO DE SOUSA PRODUÇÕES; [2] ACERVO DO AUTOR/ARQUIVO DA EDITORA. ILUSTRAÇÕES: HQZART/ARQUIVO DA EDITORA.

7

Estilo de vida e saúde

Ápis Ciências 5ano_Merc

O que você faz nas horas de lazer?

ILUSTRAÇÕES: HQZART/ARQUIVO DA EDITORA.

LIVRO PARA ANÁLISE DO PROFESSOR. VENDA PROIBIDA.

Quais são as coisas que deixam você feliz?

2

- 1 bife pequeno

- 1 maçã

A análise do valor nutricional dos alimentos, iniciado na página 78, pode estimular o levantamento dos produtos consumidos diariamente pelos alunos e suas famílias. Esses dados podem ser analisados à luz da pirâmide dos alimentos apresentada na página 85. Além disso, na unidade 3 o trabalho pode ser aprofundado, quando se explora o tema da publicidade dos alimentos: Somos realmente livres para escolher o que quisermos comer? Temos à disposição nas prateleiras dos supermercados os mesmos produtos com marcas diferentes? Ou há uma boa diversidade de opções? As tradições alimentícias de nossa região ou cultura são voltadas para a saúde? Essa tradição tem se modificado? A produção de produtos em grandes porções e não em porções individuais estimula o desenvolvimento da obesidade?

Leia o que as crianças estão dizendo. Copie abaixo somente as falas que

Responda-as.

Avalie as ilustrações com os alunos: “O que as crianças estão fazendo?”; “O que fazem relaciona-se ou não com um estilo de vida promotor de saúde?”.

- 1 laranja

- 1 pãozinho francês

6

demonstram um jeito positivo de encarar os acontecimentos. 00 7

Grupo das CARNES, OVOS e FEIJÕES

Grupo das FRUTAS

Grupo dos PÃES, CEREAIS, ARROZ e MASSAS - 1 fatia de pão de forma

É conveniente você consultar o texto “A proposta de uma nova pirâmide alimentar”, no Manual do Professor. Lá estão explicadas as críticas a essa pirâmide alimentar, oficialmente anunciada em 1992. Basicamente, as novas orientações alertam para a necessidade de cautela na ingestão de carboidratos (presentes em alimentos como arroz e massas) e de gorduras saturadas (presentes em alimentos como carne vermelha e manteiga).

APIS_Ciencais_5ano_078a089_U2_M06.indd 85

3

Veja na seção Lições complementares (p. 222 e 223) atividades e textos de apoio que podem enriquecer o estudo deste módulo.

Grupo das FRUTAS (2 porções) Grupo dos PÃES, CEREAIS, ARROZ e MASSAS (6 porções)

5/16/11 11:11 AM

Leve os alunos a perceber que a pirâmide alimentar indica o que devemos comer durante todo um dia; explique-lhes que, ao elaborar um cardápio diário, não devemos concentrar os alimentos de cada parte da pirâmide em uma mesma refeição.

Grupo das CARNES, OVOS e FEIJÕES (2 porções)

Grupo dos VEGETAIS (3 porções)

72

Ápis Ciências 5ano_Merc

Ápis Ciências 5ano_Merc

ela procura evitar.

porções de diferentes tipos de alimento são recomendadas para suprir suas

Os alunos podem indicar como modificações nos meninos o surgimento de pelos em determinados locais do corpo (sobretudo no rosto), de espinhas e o maior interesse pelo sexo oposto; nas meninas, o maior interesse pelo sexo oposto, a ocorrência de menstruação, modificações no corpo (aumento dos seios e quadris).

são legais. Belle: Antes eu não conversava mui-

to com os meninos porque tinha vergonha. Agora eu estou namorando um garoto da minha idade. Camila: Eu sempre tive mais amigos

que amigas. Antes a gente brincava de jogar futebol. Hoje a gente conversa de tudo: música, futebol, novela.

4

[1]

Belle, à direita na foto, tem 13 anos e teve sua primeira menstruação aos 9 anos, quando estava no 5o ano. Camila está no 8o ano, tem 14 anos e ainda não teve sua primeira menstruação.

Preencha o quadro que começou a ser feito, sintetizando as informações obtidas na entrevista. MODIFICAÇÕES QUE OCORREM COM A CHEGADA DA ADOLESCÊNCIA EM...

Meninas

Meninos

146 5/16/11 12:08 PM

APIS_Ciencais_5ano_142a153_U3_M11.indd 146

O módulo 10 atende à necessidade de alunos do 5º- ano poderem refletir sobre a reprodução, a maneira como concebemos o sexo oposto, as mudanças que ocorrem nos adolescentes e pelas quais, em breve, estarão passando. Não são respostas técnicas apenas que ajudarão a formação de indivíduos seguros, que exigem e oferecem respeito ao próprio corpo e aos dos outros. Nesse sentido, é importante favorecer que as crianças sintam-se à

5/16/11 12:08 PM

vontade para falar sobre esses assuntos, que tomem contato com o que outros, um pouco mais velhos, pensam (como possibilitamos por meio das entrevistas com adolescentes apresentadas nas páginas 145 e 146 do módulo 11). Se possibilitamos que meninos e meninas discutam juntos esses temas, estamos potencializando uma interação futura prazerosa e construtiva entre duas pessoas de sexos diferentes.

331

“Nós” de Ciências no 5º- ano

1 Leia o texto abaixo e conheça os hábitos alimentares de uma atleta.

A pirâmide de alimentos, citada na entrevista da nutricionista, indica quantas

O texto sobre alimentação e exercício físico, na página 72, pode ser útil para se iniciar a discussão sobre dietas, qualidade de alimentação, doenças relacionadas ao excesso e à falta de alimentos. Em nome de uma imagem corporal dentro dos padrões divulgados pela mídia (assunto fortemente explorado no final da unidade 3), excessos podem ocorrer e uma autoestima negativa em relação à aparência do próprio corpo pode se desenvolver. Esteja atento a isso quando for trabalhar esses assuntos em sala de aula.

Ápis Ciências 5ano_Merc

Antes de sair por aí praticando alguma atividade física, é bom estar atento à sua alimentação!

FOTO: ACERVO DO AUTOR/ARQUIVO DA EDITORA. ILUSTRAÇÃO: HQZART/ARQUIVO DA EDITORA.

5

Energia para viver 00 5


MP. Ciências Ciência, tecnologia e sociedade Como era viver anos atrás, sem computador, sem telefone celular, sem televisão, sem antibióticos? E como será viver daqui a cem anos, quando muitas dessas invenções forem obsoletas? Nossas rotinas diárias são moldadas pelo universo de inventos que nos cerca. E esses inventos estão por todos os lados: o despertador ao acordar, a pasta de dentes, o ônibus e o trem, o rádio, etc. Vamos tomar como exemplo invenções conhecidas de todos: a televisão e o computador. Você já pensou quanto tempo as pessoas de nossa sociedade gastam em frente à televisão, enquanto poderiam estar fazendo outras coisas? E todos aqueles problemas de tendinite e postura, relacionados ao uso excessivo do computador? Certamente a televisão e o computador são invenções magníficas, repletas de aspectos positivos. Porém, como outras tantas invenções, eles também têm uma face diferente, notória pelos seus aspectos negativos.

[1]

Essa ideia complexa, de que as invenções podem ser concebidas como “moedas de duas faces”, pode ser trabalhada com alunos no 5º- ano do Ensino Fundamental. Um caso de estudo interessante são os veículos automotores. O crescente domínio do fogo e o desenvolvimento de motores movidos à combustão interna é algo de se admirar. Ampliou, e muito, nossa capacidade de ir e vir, de transportar 332


cargas. Só que a fumaça, liberada na queima, polui o ar. Assim, em grandes centros urbanos, repletos de veículos automotores, maior a quantidade de gases e partículas proveniente da queima de combustíveis. E com a consequente piora da qualidade do ar, mais pessoas vão parar nos hospitais. Podemos argumentar que [2]

um invento pode contornar o problema: são os catalisadores. Trata-se de dispositivos nos quais ocorre uma série de reações que convertem os gases liberados pelo motor e prejudiciais à saúde (óxidos de nitrogênio, monóxido de carbono), em nitrogênio, água e gás carbônico. Só que, apesar destes últimos ocorrerem naturalmente na atmosfera, emissões de gás carbônico podem contribuir para o efeito estufa. Ou seja, apesar de

vento humano que, também, têm um lado negativo.

Propostas de atividades • Na literatura internacional existem relatos de que as atitudes dos estudantes para com as ciências vão ficando menos positivas, na medida em que avançam os anos escolares. E uma consequência é que menos pessoas, em diferentes locais do mundo, tendem a escolher seguir seus estudos em carreiras ligadas às Ciências. Esse é um grande desafio que se impõe a todos os profissionais dedicados ao ensino dessa disciplina. Uma forma de modificar esse cenário é oferecer aos alunos abordagens que favorecem atitudes positivas para com a ciência. Exemplos são aquelas que, ao introduzir um assunto que será estudado, já focam o contexto e a aplicação da Ciência. Assim se possibilita que os alunos enxerguem mais facilmente a importância do que estudam. 333

“Nós” de Ciências no 5º- ano

fotos: [1] Sergej Khakimullin/shutterstock/glowimages; [2] alphaspirit/shutterstock/glowimages.

terem sido criados com um propósito positivo, os catalisadores são mais um in-


MP. Ciências

[1]

• No sentido de ressaltar aos alunos a importância do que estu-

Dica! Proponha às crianças que façam diários, nos quais registrem tudo o que fazem durante o dia. Os diários produzidos devem ter um foco especial. Neles deve ser indicado o maior número possível de invenções utilizadas no dia a dia.

dam, é muito relevante trabalhar com eles o conceito “invenções”. Afinal de contas, estamos cercados delas e seu uso no dia a dia reflete sua importância para nós. Só que, para trabalhar “invenções” em sala de aula, vários desafios precisam ser superados. Por exemplo, existe uma concepção comum de que as invenções são coisas complexas, com tecnologia avançada, eletrônicas. Despreza-se a engenhosidade do lápis e da faca, do

encanamento por onde passa a água de casa, do parafuso, etc. Outro aspecto é que, via de regra, uma primeira tendência dos alunos é relacionar as invenções somente com coisas boas. É um desafio “descortinar” a outra face delas: sugerir que podem também ter aspectos negativos. • Quando se aborda algum aspecto negativo de uma invenção, como, por exemplo, o aumento de poluição do ar relacionado ao aumento de veículos automotores, isso precisa ser demonstrado. Ou seja, é preciso apresentar dados para justificar essa afirmação, obviamente de uma maneira acessível para os alunos nessa faixa etária. São desafios que podemos superar por meio de algumas estratégias, como as que propomos no livro do 5º- ano. 334


Como saber se o aluno aprendeu?

1

Suponha uma análise da poluição nas

das essas invenções? Existirão muitas

rodovias daqui a 50 anos. Para isso,

invenções que queimam combustí-

mostre dois gráficos para os alunos:

veis, como nos dias de hoje? A compa-

um deles com dados de número de veí-

ração com o diário produzido no início

culos por hora, o outro, com dados da

das atividades aqui propostas ajudará

quantidade de partículas no ar em tor-

as crianças a terem uma dimensão de

no da rodovia em diferentes horários.

suas aprendizagens.

Estes gráficos podem ter uma diferença em relação aos que estudamos na página 198: apesar de haver uma correlação (quanto mais carros, maior a poluição), deve ser representado que proporcionalmente haveria muito mais veículos para uma determinada quantidade de poluentes. A situação permite verificar como andam entre os alunos as habilidades para lidarem com dados, tabelas e gráficos. Também dá informações so[2]

conceito de combustão e de novas tec-

fotos: [1] e [2] Monkey Business Images/shutterstock/glowimages.

nologias — possivelmente menos poluentes — para os veículos do futuro.

2

3

Que tal as crianças produzirem, ou então analisarem e complementarem, a propaganda de um veículo do futuro? Elas devem indicar qual a fonte de

Os alunos podem refazer o diário de

energia usada para mover o veículo, se

um dia comum em suas vidas, enfati-

ele polui ou não polui o ar, etc. O que

zando as invenções. Mas podem supor

elas escreverem fornecerá um rico ma-

que estão em uma situação diferente:

terial, que permitirá avaliar o que es-

eles vivem no final do século. Desde

tão aprendendo sobre invenções, sobre

acordar até dormir, que invenções

combustão e as reflexões que fazem

usarão no futuro? A que serão movi-

sobre ciência, tecnologia e sociedade. 335

“Nós” de Ciências no 5º- ano

bre as reflexões que fazem em torno do


MP. Ciências Usando o livro-texto...

As pessoas mais velhas podem nos dar valiosas informações sobre como era

1

viver em uma época diferente, em que não existiam algumas das invenções que

Leia a entrevista que esta dupla de alunos está fazendo.

3

Bem, nós trabalhávamos com máquinas de escrever e os documentos eram transportados pelos mensageiros. Com os computadores, as impressoras, o fax, a xérox e o e-mail, tudo ficou bem mais fácil e rápido.

Como eram os escritórios antes do fax, da xérox, do computador, da impressora e do e-mail?

E como eram conservados os alimentos na época em que não havia geladeiras?

Ah! Eram conservados em gelo. Antigamente, existiam vendedores de pedras de gelo.

Íamos à biblioteca pesquisar apenas em livros e enciclopédias. Hoje, com a internet, temos acesso a informações do mundo inteiro, sem levantar da cadeira do escritório!

Antes de existir a internet, como eram feitas as pesquisas?

Você pode organizar com os alunos um debate abordando o tema: “É melhor viver nos dias de hoje ou era melhor viver antigamente?”. Incentive-os, quando forem defender suas opiniões, a citar algumas invenções e como elas têm transformado o nosso dia a dia.

Na unidade 4, o conceito-chave trabalhado são as invenções. Mais especificamente os alunos são convidados a refletir sobre os dois lados delas: ao mesmo tempo que têm aspectos positivos, também têm aspectos negativos. Inicialmente as crianças são estimuladas a perceber que estão cercadas de inventos. A proposta de realização de entrevistas com pessoas mais velhas (página 174) pode revelar que isso já ocorria no passado. E mais

ainda: por meio das entrevistas os alunos podem desvendar quais eram alguns inventos muito usados antigamente nas casas, nos escritórios, nas escolas. Eles descobrem, por exemplo, como se faziam pesquisas bibliográficas na época em que não havia internet, como se enviavam documentos quando não existiam nem fax nem e-mail, como se mantinham os alimentos refrigerados quando não havia geladeira.

Com um colega, entreviste uma pessoa nascida entre os anos de 1930 e 1950. Registre as informações obtidas e, a partir delas, procure descobrir como as invenções têm provocado mudanças no dia a dia das pessoas.

Você sabe dizer por que o ser humano é tão inventivo?

174

4 Leia o texto abaixo e conheça uma opinião sobre o APIS_Ciencais_5ano_168a181_U4_M13.indd 174

5/16/11 12:18 PM

Troque ideias com os colegas: Vocês concordam com o que o texto diz?

assunto. Depois faça o que se pede.

O BICHO INVENTOR

Assim foi que resolveu contar

síssimo. E para libertar-se do esfor-

às perguntas.

aos meninos um dos últimos livros chegados: “História das invenções

sua eficiência. – Como? – Pelo aperfeiçoamento, pelo desenvolvimento das suas faculdades

do homem”. – Vou ler este livro hoje mesmo,

naturais, isto é, da faculdade de fa-

no serão. Podemos começar logo

lar, de andar, de ouvir, de enxergar.

depois do rádio.

Se eu dobro a força dos meus olhos com um invento qualquer (com um

*** – Comece vovó! – disse Pedrinho.

vidro de aumento por exemplo), es-

– Meus filhos, todas as invenções

tou aumentando a eficiência, ou o

humanas têm um objetivo comum:

poder, dos meus olhos. Se multipli-

poupar esforço, fazer as coisas com

co a minha capacidade de andar

o mínimo trabalho possível. No co-

usando o trem ou o automóvel, au-

meço o ser humano tinha de fazer

mento a eficiência dos meus pés. O

tudo unicamente com a força dos

nosso caso é o do ser humano au-

seus músculos, e o esforço era peno-

mentado pelas suas invenções.

Adaptado de: Monteiro Lobato. História das invenções. São Paulo: Brasiliense, 1995.

Vocabulário Serão: período entre o final do jantar e a hora de dormir

a) Dona Benta disse que iria começar a ler o livro “... depois do rádio”. Explique o que você entendeu dessa frase. Na época de Dona Benta era costume as pessoas sentarem-se em torno do rádio para ouvi-lo. Geralmente isso ocorria à noite. Hoje em dia muitas famílias, à noite, reúnem-se para assistir à televisão.

b) Escolha uma frase que, na sua opinião, resume a principal ideia desse texto. Depois, converse com seus colegas: Eles escolheram a mesma frase que você?

Converse com os alunos sobre a turma do Sítio do Picapau Amarelo, de Monteiro Lobato. Aproveite a oportunidade e incentive a classe a conhecer outras obras desse autor. 4b. Espera-se que os alunos escolham diferentes frases. Organize grupos de três alunos e procure colocar em cada um crianças que escolheram frases distintas. Peça então que conversem sobre quais são as principais ideias do texto; ao chegar a um consenso, escrevam uma frase explicitando o que julgaram ser mais significativo no material lido.

175 APIS_Ciencais_5ano_168a181_U4_M13.indd 175

14

LIVRO PARA ANÁLISE DO PROFESSOR. VENDA PROIBIDA.

Ápis Ciências 5ano_Merc

em quadrinhos? A invenção apresentada é a máquina fotográfica.

b) Qual aspecto dessa invenção desagradou à Mônica? O que gerou desagrado foi o fato de o disparo automático da máquina fotográfica não funcionar quando a Mônica esperava que funcionasse e, por outro lado, funcionar numa situação inadequada.

176 5/16/11 12:18 PM

3

[1]

Como podemos apagar essa vela? 182

APIS_Ciencais_5ano_182a193_U4_M14.indd 182

336

[1]

a) Qual é a invenção humana que mereceu destaque nessa história

APIS_Ciencais_5ano_168a181_U4_M13.indd 176

Da combustão à poluição

O que vamos estudar neste módulo: Estudaremos a combustão. Investigaremos como podemos apagar uma vela sem assoprá-la nem encostar nela. Conversaremos com um bombeiro e estudaremos a poluição do ar. Aqui estimulamos a reflexão de quanto o domínio do fogo se relaciona com o avanço do conhecimento científico e tecnológico e de quanto esse conhecimento tem aspectos positivos, mas também negativos .

Explore com os alunos a imagem de abertura. Aqui vemos uma vela ardendo. Ela nos sugere o domínio do fogo pelo ser humano, um passo importante no avanço do nosso conhecimento científico e tecnológico.

Costumamos ver as invenções como coisas muito úteis, com vários aspectos positivos. Mas as invenções também podem ter um outro lado...

ço o ser humano foi aumentando a

livros novos.

ILUSTRAÇÕES: HQZART/ARQUIVO DA EDITORA.

A leitura de um texto de Monteiro Lobato, na página 175, estimula a discussão sobre a natureza das invenções e a capacidade inventiva do ser humano. A partir daí, inicia-se um enfoque mais crítico, salientando que as invenções podem ter aspectos positivos e também negativos. É um assunto complexo, que precisa se tornar acessível para as crianças. E uma forma lúdica de se começar a fazer isso é por meio da leitura da história em quadrinhos proposta na página 176.

13

1 Leia a história em quadrinhos, discuta com os colegas e depois responda

Dona Benta costumava receber

2

Invenções: os dois lados da moeda

Oriente os alunos a consultar o dicionário sempre que surgir alguma palavra cujo significado eles desconheçam.

LIVRO PARA ANÁLISE DO PROFESSOR. VENDA PROIBIDA.

LIVRO PARA ANÁLISE DO PROFESSOR. VENDA PROIBIDA.

Ápis Ciências 5ano_Merc

Caso os alunos tenham dificuldade em realizar o Desafio, incentive-os a entrevistar, por exemplo, os funcionários da escola. Para os que trabalham no setor de administração, pode-se perguntar como eram os escritórios de antigamente (sem e-mail, fax ou xérox); professores que usam a internet podem contar como era fazer pesquisa sem esse instrumento; o pessoal da limpeza pode contar sobre os avanços dos produtos que usam; a direção pode aproveitar e dar uma visão panorâmica de como eram as escolas, tanto no aspecto físico como no disciplinar.

hoje conhecemos.

Ápis Ciências 5ano_Merc Ápis Ciências 5ano_Merc

13

5/16/11 12:21 PM

Podemos dizer que as invenções são conquistas da humanidade. Hoje em dia são motores criados pelo ser humano que impulsionam vários inventos e movimentam a sociedade. Só que para fazê-los funcionar, predominantemente, o que se faz é promover a queima de combustíveis fósseis.

Considerando isso, para entender mais profundamente algumas relações entre o desenvolvimento tecnológico e a sociedade atual, é conveniente nos aprofundarmos no estudo do domínio da combustão. Esse é o assunto prioritário no módulo 14.

5/16/11 12:19 PM


Um mundo de recursos digitais para você ensinar e seu aluno aprender.

4

Durante todo o módulo 14 trabalhamos simultaneamente narrativas mitológicas (que apresentam versões sobre a origem do domínio do fogo) e uma sugestão de trabalho investigativo (que avalia uma maneira de se apagar a chama de uma vela, sem nela encostar ou assoprar). Por meio de uma entrevista, os princípios básicos da combustão são apresentados por um profissional que domina o assunto: um bombeiro.

Pense no que você já sabe sobre o

Você sabe o que os bombeiros

assunto, troque ideias com os colegas

podem fazer para apagar o fogo?

e, numa folha avulsa, faça duas listas:

E na poluição do ar, você já

uma de materiais que você acha que

ouviu falar? Escreva numa folha

podem queimar e outra de materiais

avulsa o que você sabe sobre

que você acha que não queimam.

esse assunto.

Um adulto deverá manusear o fósforo. Mantenha sempre uma distância segura em relação ao fogo.

Vamos apagar uma vela sem assoprá-la nem encostar nela! 3. Cubra uma das velas com o frasco de vidro. Mantenha a outra vela sobre o pires sem cobri-la e observe: Qual vela apaga mais rápido?

O segredo do fogo

Avalie o que os alunos já sabem: eles conhecem materiais combustíveis? E as diferentes estratégias que podem ser usadas para combater um incêndio? Eles relacionam a combustão à poluição? Quais eles imaginam que sejam as principais causas da poluição do ar?

1 Para começar, leia esta história da mitologia grega e pense: Ao dominar o fogo, o

ser humano obteve quais conquistas?

PROMETEU REVELA O SEGREDO DO FOGO

Um esclarecimento: para ocorrer a queima da vela, é necessário o oxigênio. À medida que a queima ocorre, o oxigênio do ar vai se esgotando. Como no frasco fechado há uma quantidade limitada de oxigênio, quando este acaba, a chama se extingue.

Você já conhece a composição do

dos e liberados gases, isso acaba afe-

ar, uma mistura de diversos gases,

tando a composição do ar nos arredores

como o nitrogênio, o oxigênio e o

de onde algo está queimando.

gás carbônico, mas sabia que o ar

Da mesma maneira, os veículos

também pode conter partículas de

automotores (caminhões, ônibus,

poeira e fuligem?

automóveis, motos) e muitas indús-

LIVRO PARA ANÁLISE DO PROFESSOR. VENDA PROIBIDA.

Ápis Ciências 5ano_Merc Ápis Ciências 5ano_Merc

FOTOS: [1] HELY DEMUTTI/ARQUIVO DA EDITORA; [2] A [4] EDUARDO SANTALIESTRA/ARQUIVO DA EDITORA.

[3]

2. Peça a um adulto que acenda as duas velas e fixe cada uma delas sobre um pires. [4]

trias contribuem para o incremento

do natural do excesso de resíduos

da poluição, já que, para funcionar,

nele presentes. Esses resíduos po-

queimam combustível.

dem ser partículas como as libera-

carbônico no ar, ameaçando a saú-

Comente com os alunos que, embora exista uma crença popular segundo a qual as queimadas enriquecem o solo, de acordo com o texto, as queimadas têm efeitos negativos sobre o ambiente e, depois de algum tempo, o solo pode ficar pobre em nutrientes.

limpar o terreno com queimadas.

de das pessoas, o fogo traz prejuí-

O processo é o seguinte: derru-

zos imensos e duradouros para as

ba-se a mata, espera-se que os ve-

áreas verdes atingidas. Depois de

getais cortados sequem e então co-

algum tempo, o solo queimado fi-

loca-se fogo neles para que as

cará pobre em nutrientes necessá-

cinzas produzidas pela queimada

rios para a vida vegetal.

enriqueçam o solo. dades de fumaça com partículas

Teor: proporção, em um todo, de uma substância determinada; texto ou conteúdo de uma escrita.

QUEIMADAS

veículos

Ápis Ciências 5ano_Merc Ápis Ciências 5ano_Merc

ocorre em indústrias

Oxigênio

por exemplo

Comburente Combustível

QUEIMA

por exemplo

pode ser causada, por exemplo, por

TEMPESTADE DE AREIA

Álcool

Adaptado de: Tempo e clima. São Paulo: Time Life/Abril, 1995.

POLUIÇÃO

189

LIVRO PARA ANÁLISE DO PROFESSOR. VENDA PROIBIDA.

aumenta o teor de

A poluição do ar provocada por queima de combustível é mais grave nas grandes cidades.

PARTÍCULAS

gás carbônico

promovem o aumento da

poluição

As queimadas acarretam sérios prejuízos ao meio ambiente.

de barro que havia preparado e apre-

mentos de caça, se aquecer no frio. Quando viu o que estava acontecen-

Zeus, com sua autoridade, declarou:

do, Zeus ficou enraivecido e declarou:

– Enviarei essas criaturas à Terra,

– Agora, com o fogo, o ser humano poderá ser um rival perigoso. Em pou-

O tempo passava e Prometeu ficava

co tempo essas criaturas terão poderes

cada vez mais inquieto. Como era pos-

divinos. Depois, vão querer me des-

sível Zeus não perceber o estado de

tronar. Prometeu pagará pelo que fez!

ignorância de tais criaturas? Serviam-

Então Zeus ordenou que Prome-

-se somente dos seus membros para

teu fosse preso no alto do monte

viver na Terra, habitavam cavernas e

Cáucaso e declarou o cruel castigo:

não conseguiam utilizar recursos da

– Dia após dia, Prometeu, uma

natureza. Foi então que tomou uma

águia vai devorar o seu fígado, que,

decisão: “Vou lhes ensinar o necessá-

à noite, se regenerará. Esse castigo

rio para que levem uma vida digna e

será eterno. Espero que assim com-

feliz”. Os seres humanos aprendiam

preenda o grave erro que cometeu...

Adaptado de: Sílvia Agustín e Manuel Cerezales. Prometeo. Madri: Anaya, 1993.

5/16/11 12:21 PM

190 5/16/11 12:21 PM

Ao final, propomos uma abordagem otimista para esse complexo tema: a partir do conhecimento de quais são as fontes de energia preponderantemente usadas hoje em dia, convidamos os alunos a refletirem e sugerirem cenários possíveis para o futuro. Neste momento se desperta o assunto de novas tecnologias, associadas ao uso de fontes de energia renováveis. O encerramento do módulo 15 é o momento de se estimular discussões sobre como é o mundo que temos hoje e como será o mundo ideal, que queremos para o futuro. É quando podemos valorizar o conhecimento

APIS_Ciencais_5ano_182a193_U4_M14.indd 190

5/16/11 12:21 PM

científico e tecnológico de maneira ponderada: ao mesmo tempo em que esse conhecimento nos levou a criar o mundo de hoje, nos levará a criar o mundo que teremos no futuro. Ou seja, a Ciência, em si, não é nem boa nem má. Já os frutos do conhecimento científico e tecnológico podem ter aspectos positivos e negativos. Somos nós que decidiremos como usaremos o conhecimento científico. Somos nós que faremos o mundo do futuro. Esperançosamente, um mundo no qual a Ciência se concilie com o desenvolvimento do bem-estar individual e social.

6

Esta é a página de um jornal impresso no final do século XXI. 15

Ápis Ciências 5ano_Merc

Combustão

FUMAÇA

Papel

dios são eventos em que são consumi-

vasilhas de barro, forjar seus instru-

A partir da segunda metade do módulo 14, o próprio processo de combustão é analisado como se fosse uma moeda de duas faces. Afinal, a queima de combustíveis libera gases e partículas, o que é um grande desafio para as grandes cidades. Nelas existem muitos veículos com motores movidos a combustão interna e, quanto mais veículos, maior a quantidade de gases e partículas provenientes da queima. Consequentemente, piora a qualidade do ar. O tema poluição do ar é trabalhado, no final do módulo 14, por meio de atividades que valorizam o contato com textos jornalísticos e estimulam o uso de esquemas, como ferramentas que favorecem a leitura.

Vocabulário

Além de liberar enormes quanti-

para ocorrer necessita de

Isso pode acontecer, por exemplo, no caso dos incêndios. Como os incên-

FOTO: HELY DEMUTTI/ARQUIVO DA EDITORA.

parte do Brasil, ainda é costume

Combustível

composição dos gases que o formam.

APIS_Ciencais_5ano_182a193_U4_M14.indd 189

sólidas e aumentar o teor de gás

liberam

Outra parcela da poluição do ar pode ser decorrente de mudanças na

incêndios

5 Na Amazônia, como na maior

Adaptado de: Ciência Hoje das Crianças. Rio de Janeiro: SBPC, n. 157, maio 2005.

camada de ar poluído

Logo depois, os homens começaram a usar o fogo para cozinhar, fazer

as criaturas com água e uma mistura

APIS_Ciencais_5ano_182a193_U4_M14.indd 184

AS GRANDES QUEIMADAS E A POLUIÇÃO 14

Além de sintetizar a leitura da entrevista com o bombeiro na p. 187, estes esquemas vão complementar as informações dos textos aqui apresentados.

das nas tempestades de areia.

manos um pouco da chama eterna.

No outro dia, Prometeu modelou

184 6/8/11 1:35 PM

Comburente

Parte da poluição do ar é resulta-

dados pelos deuses: levou aos seres hu-

não em poder. Preciso que modele

Ao final deste módulo convidamos o aluno a “assumir” sua posição sobre como imagina que será a situação no futuro: continuaremos queimando combustíveis fósseis e poluindo o ar como hoje, ou não? Isso é feito no item b da atividade 3 e na atividade 4. Essa é uma estratégia que pode contribuir para os alunos começarem a se conscientizar que têm um papel importante como cidadãos, pois parte do futuro será feito pela geração à qual pertencem. Assumimos que projetar cenários otimistas para o futuro pode contribuir para que aquilo que idealizamos possa, de fato, ser construído pelas gerações futuras.

4

Ajude a terminar de escrever a reportagem explicitando aspectos da situação presente e como você a idealiza para o futuro.

“Nós” de Ciências no 5º- ano

começaram a ser feitos.

O QUE PODE CAUSAR POLUIÇÃO DO AR?

a eles um dos segredos mais bem guar-

semelhantes a nós em forma, mas

onde viverão sob nosso domínio.

LIVRO PARA ANÁLISE DO PROFESSOR. VENDA PROIBIDA.

2 Leia os textos a seguir, observe as imagens e complete os esquemas que

Tanto que Prometeu resolveu revelar

– Decidi criar uma raça de seres

[2]

A partir da leitura dos textos, incentive os alunos a fazer mais esquemas e compartilhá-los com os colegas.

Você já deve ter ouvido falar em poluição do ar, mas sabia que ela pode ter

tudo o que Prometeu lhes ensinava.

os deuses, mandou chamar Prometeu:

sentou-as a todos os deuses.

183

assunto, que tal fazer uma pesquisa?

Certa manhã, Zeus, o pai de todos

tais seres para mim.

1. Para desenvolver esta atividade, você vai precisar de duas velas, dois pires pequenos e um frasco de vidro de boca larga.

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uma relação com a combustão? Para aprender um pouco mais sobre esse

Neste módulo vamos desvendar alguns “segredos” do fogo.

14

SÉRIE DE REPORTAGENS COMEMORATIVAS DO FINAL DO SÉCULO XXI Hoje: A evolução da poluição do ar

[1]

Hoje em dia muitos se preocupam com a questão da qualidade do ar. Mas o fato é que na maior parte do tempo os níveis de poluição são muito baixos. O ar de hoje é muito mais “limpo” do que na primeira década dos anos 2000. Naquela época, sobretudo nos grandes centros urbanos, o ar .

era poluído

Isso acontecia, entre outros fatores, porque se utilizava muito os combustíveis fósseis como fonte de energia. A queima desses combustíveis contribuía para que a qualidade do ar piorasse.

. Ao longo deste século o ar melhorou muito, sobretudo porque Espera-se que aqui o aluno indique o cenário que imagina para o futuro. De acordo com as informações apresentadas ele pode indicar que, pelo que as atuais tendências sinalizam, no futuro tenderemos a utilizar fontes de energia menos poluidoras.

. Esse é o “admirável mundo novo” que construímos neste século XXI! Um mundo repleto de boas notícias...

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MP. História

Trabalhando com História no 5º- ano Esta parte aborda temas e atividades relativos ao conteúdo desenvolvido no 5º- ano. Ela é um importante auxiliar na realização do trabalho do professor junto aos alunos e na consecução dos objetivos propostos pelos PCN. Os objetivos mais específicos para este 5º- ano, e os quais definem os conteúdos desenvolvidos, são encontrados nas aberturas das unidades e dos capítulos de cada volume.

Unidade 1 — O mundo fica maior

1

Página 17 do livro

Estimule a curiosidade da classe. Trabalho conjunto com Ciências e Geografia. Compare as Grandes Navegações dos séculos XV e XVI com as modernas viagens espaciais, levando os alunos a en-

tender que tudo é fruto de uma época e da tecnologia que os povos alcançaram. Leia para a classe o texto a seguir e depois abra uma roda de conversa.

A China vai à Lua Foi dada mais uma largada na corrida pela ampliação da conquista espacial. De olho na Lua, a China lançou em outubro de 2007 a sonda Change, e fez isso no mesmo dia em que os americanos mandaram o seu Discovery para outra missão na Estação Espacial Internacional. Recentemente, o Japão se fez notar lançando o satélite Kaguya. E a Índia, por sua vez, também já afirmou que tem alta tecnologia e, mais que isso, está com “tudo pronto” para ingressar nessa disputa. Há olhos asiáticos, por enquanto, apenas cercando a Lua. A finalidade de todas essas missões, porém, vai além da simples pesquisa a distância — China e Japão querem pousar no solo

lunar e quebrar a exclusividade dos Estados Unidos, que ousaram fazer isso nos anos 1960. Naquela época, conquistar o espaço era uma extensão da guerra fria que acontecia cá embaixo entre soviéticos e americanos. O que está em jogo agora é a hegemonia tecnológica: os asiáticos não pretendem somente fincar uma bandeira em solo lunar. Querem competir diretamente com os americanos e conquistar de vez o satélite da Terra. Para vasculhar cada “poeira” do solo lunar, engenheiros chineses turbinaram a sonda com câmeras em 3D e espectômetros de raios X, capazes de ampliar e mandar diariamente dezenas de imagens para a base

terrestre. Essa será a primeira parte da missão. A segunda etapa, prevista para 2020, tratará de enviar ao solo lunar um jipe não tripulado, com seis rodas e pouco mais de um metro de altura, para que sejam recolhidas e analisadas as partículas que compõem o satélite da Terra. Isso dará subsídios para o objetivo final dos chineses: missões tripuladas e a conquista definitiva da Lua. Detalhe importante: tudo isso se desenrolará numa acirrada disputa tecnológica com os japoneses e seu programa espacial Selene, considerado o mais ambicioso desde a missão americana Apollo.

SGARBI, Luciana. IstoÉ. São Paulo: Três, 31 out. 2007.

248


Desde 1988 existe um programa espacial conjunto da China e do Brasil. É a principal iniciativa de cooperação científica entre os dois países.

Satélite lançado em setembro de 2007 pelos governos brasileiro e chinês transmite imagens atualizadas mensalmente.

Esse projeto tem três satélites de sensoriamento remoto (CBERS — China-Brazil Earth Resources Satellite ou Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres) e três satélites de coleta de dados (SCD). Uma das utilizações desses satélites é monitorar o desmatamento da Amazônia e a agricultura. Pergunte aos alunos: 1. Como vocês imaginam a vida do ser humano em outro planeta? 2. Na opinião de vocês, por que é importante explorar o espaço? 3. Os cientistas já descobriram tudo o que era possível com as explorações espaciais? Considere com a classe que os cientistas sempre pesquisarão o espaço. Hoje, um tema de pesquisa constante é a existência de vida fora da Terra. Além de Marte, pesquisas estão sendo feitas na maior das luas de Júpiter: Europa.

foto: agence France-presse/arquivo da editora.

Esta é uma boa oportunidade para pedir uma pesquisa sobre o Sistema Solar, em que poderão ser desenvolvidos trabalhos em conjunto com Ciências, Geografia e Arte.

2

Página 21 do livro

Converse com os alunos sobre o valor das especiarias no passado e no presente. O que foi considerado especiaria (produto raro) antigamente, como a canela, por exemplo, hoje é um produto comum nas

prateleiras dos supermercados. Para uma roda de conversa, proponha a seguinte questão: O que é considerado especiaria, ou produto raro, em nossa comunidade hoje? 249


MP. História Para sua referência, leia o texto a seguir:

A atração pelo ouro e pelas especiarias Quais os bens mais buscados no curso da expansão portuguesa? A dupla formada pelo ouro e pelas especiarias. É fácil perceber o interesse pelo ouro, utilizado como moeda confiável e empregado pelos aristocratas asiáticos na decoração de templos e palácios e na confecção de roupas. Mas por que as especiarias? Primeiro é preciso esclarecer o sentido da palavra. Ela provém do latim specia, termo usado pelos médicos para designar “substância”. O termo ganhou depois o sentido de substância muito ativa, muito cara, utilizada para vários fins, como condimento — isto é, tempero de comida —, remédio ou perfumaria. Especiaria se associa também à ideia de produto raro, utilizado

em pequenas quantidades. Houve produtos, como o açúcar, que foram especiarias mas, com a introdução de seu consumo em massa, deixaram de ser. São condimentos, entre outros, a noz-moscada, o gengibre, a canela, o cravo e, naqueles tempos, sobretudo a pimenta, a ponto de se usar a expressão “caro como pimenta”. O alto valor das especiarias se explica pelos limites das técnicas de conservação existentes na época e também por hábitos alimentares. A Europa ocidental da Idade Média foi “uma civilização carnívora”. Grandes quantidades de gado eram abatidas [...], quando as forragens acabavam no campo. A carne era armazenada e precariamente conservada pelo

sal, pela defumação ou simplesmente pelo sol. Esses processos, usados também para conservar o peixe, deixavam os alimentos intragáveis, e a pimenta servia para disfarçar o que tinham de desagradável. Os condimentos representavam também um gosto alimentar da época, como o café, que bem mais tarde passou a ser consumido em grande escala em todo o mundo. [...] Ouro e especiarias foram assim bens sempre muito procurados nos séculos XV e XVI, mas havia outros, como o peixe, a madeira, os corantes, as drogas medicinais e, pouco a pouco, um instrumento dotado de voz — os escravos africanos.

FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: Edusp, 2006.

3

Página 23 do livro

Para ilustrar a precariedade das primeiras viagens marítimas, leia para a classe o diário de bordo de Cristóvão Colombo. O trecho a seguir relata a viagem de volta da América — que Colombo acre-

ditava serem as Índias, como veremos mais adiante — para a Espanha.

De volta à Espanha 25 de janeiro. Fez sol o dia todo. Os marinheiros mataram uma toninha e um enorme tubarão. Foi mesmo preciso. As únicas coisas que ainda tinham para se alimentar eram pão, vinho e alho das Índias. 12 de fevereiro. O mar começou a se agitar muito e a se formar um temporal. Tive grande trabalho com o vento. Relampejou muito. 14 de fevereiro. O mar e o vento ficaram mais fortes. Vendo o perigo, comecei a navegar para onde o vento me levasse. Não ha-

via alternativa. Determinei que fizéssemos promessas gerais e comuns. Depois cada um fez outra em particular. A seguir, eu e toda a tripulação prometemos que, ao chegar à primeira terra, iríamos todos em procissão rezar numa igreja dedicada a Nossa Senhora. Ninguém contava escapar com vida. Nós nos considerávamos todos perdidos, por causa da terrível tempestade que enfrentávamos. A fraqueza e a angústia não me deixavam acalmar a alma. Sentia muita pena dos meus dois filhos que estudavam em Córdo-

ba, pois ficariam órfãos. 15 de fevereiro. Quando o dia amanheceu, avistamos terra. Ficamos dando voltas para conseguir nos aproximar. Fazia vento forte e as ondas eram altas. À noite, alguns avistaram luz. Descansei um pouco. Há quatro dias não podia dormir. Tinha ficado com as pernas dormentes por estar sempre desabrigado, com frio, sem água e mal alimentado. Por causa da grande cerração reinante, só ficamos sabendo no dia seguinte que estávamos no arquipélago dos Açores, na costa de Portugal.

Adaptado de PEREIRA, André. Diário de bordo de Cristóvão Colombo. São Paulo: Moderna, 2002.

250


Convide os alunos a fazer uma dramatização da vida a bordo das caravelas. Trabalho conjunto com Arte. Divida a classe em grupos para que cada um escolha os personagens — comandante, marinheiros, passageiros, etc. — e desenvolva o diálogo e a encenação. Para tanto, retome com os alunos o texto da página 21 do livro e este que você acabou de ler. Se possível, promova uma pesquisa iconográfica para que os alunos conheçam as roupas da época e possam improvisar trajes e objetos para caracterizar os personagens.

Reforce para os alunos que o Brasil tinha sociedades complexas muito antes da chegada dos europeus. Para adquirir subsídios, leia os textos a seguir:

Texto 1 A luz que o homem branco apagou Recentes descobertas arqueológicas em pelo menos dois pontos distintos da Amazônia brasileira sugerem que astecas, maias e incas não eram os únicos a ter o monopólio das sociedades complexas na época do desembarque do navegador Cristóvão Colombo. Nos últimos anos, intensos trabalhos de campo conduzidos por pesquisadores nacionais e do exterior no Alto Xingu, no norte do Mato Grosso, e na confluência dos rios Negro e Solimões, a cerca de 30 quilômetros de Manaus, no Amazonas, indicam a existência de grandes e refinados assentamentos humanos, habitados simultaneamente por alguns milhares de pessoas, nessas áreas, 500 anos atrás — ou até

mesmo antes disso. As evidências mais espetaculares de ocupações dessa magnitude — um feito só possível com a adoção de um estilo de vida sedentário e de práticas que alteravam a floresta nativa e possibilitavam a adoção de uma agricultura razoavelmente produtiva — saíram de sítios pré-históricos situados nas terras hoje habitadas pelo povo Kuikuro, dentro da reserva indígena do Xingu. A estrutura do tipo de sociedade que havia nesse ponto da Amazônia entre 1200 e 1600 d.C. apresentava um conjunto de dezenove aldeias de formato circular, as maiores protegidas por fossas de até 5 metros de profundidade e mu-

ros de paliçadas, interligadas por uma extensa e larga malha de estradas de terra batida. Estima-se que entre 2 500 e 5 000 pessoas moravam nas maiores aldeias. O capricho e a precisão com que as vias foram concebidas e executadas impressionam. Elas eram extremamente retilíneas, com larguras entre 10 e 50 metros e extensão de 3 a 5 quilômetros. Indícios de praças, pontes, represas e canais e do cultivo de mandioca e outras plantas também foram encontrados no sítio arqueológico, que compreende uma área de 400 quilômetros quadrados, equivalente a um terço do território da capital fluminense.

Extraído e adaptado da Revista Fapesp, n. 92. Disponível em: <http://revistapesquisa.fapesp.br>. Acesso em: dez. 2007.

Texto 2 A cerâmica: uma história antiga Os antigos habitantes da região Amazônica chegaram há pelo menos 10 mil anos, possibilitando o surgimento das primeiras aldeias. Embora os portugueses e espanhóis já tivessem explorado a região des-

de o século XVI, os arqueólogos só descobriram a Amazônia no século XIX. E as surpresas foram muitas. Nas zonas ribeirinhas existiam colinas artificiais, formadas pelo longo tempo de ocupação.

Alguns arqueólogos acreditam que, ali, no meio da floresta Amazônica, a cerâmica tenha sido inventada ao mesmo tempo que em outras partes da Terra e é das mais antigas do mundo.

FUNARI, Pedro Paulo. Os antigos habitantes do Brasil. São Paulo: Ed. da Unesp, 2000.

251

Trabalhando com História no 5º- ano

4

Página 37 do livro


MP. História Vaso de Santarém. O corpo da peça — muito rica em detalhes e criatividade — é sustentado por figuras humanas e de animais. As peças de Santarém representam com fidelidade o universo do povo que viveu nessa região, mostrando cenas do cotidiano ou animais com os quais conviviam.

Aproveite também para comentar com os alunos que recentemente o guarani foi oficializado como segunda língua em um município do Mato Grosso do Sul. Para sua referência, leia a reportagem a seguir:

Culturas Indígenas — Guarani é oficializado como segunda língua em município do Mato Grosso do Sul O guarani é a segunda língua oficial do município de Tacuru, no Mato Grosso do Sul. O município é o segundo do país a adotar um idioma indígena como língua oficial, depois da sanção [no dia 24 de maio de 2010] do projeto de lei [...]. Com a nova lei, os serviços públicos básicos na área de saú-

de e as campanhas de prevenção de Além do português, São Gadoenças nesse município devem, a briel tem três línguas indígenas ofipartir de agora, prestar informaciais: o nheengatu, o tukano e o bações em guarani e em português. niwa. [...] O primeiro município do Brasil Com a nova lei,– a5º Prefeitura ASAS PARA VOAR – História ano de a adotar idioma indígena como línTacuru se compromete a apoiar e a PNLD 2013o ensino da língua guagua oficial, além do português, foi incentivar São Gabriel da Cachoeira, localizarani nas escolas e nos meios de codo no extremo norte do Amazonas. municação do município. [...]

ESPÍNDOLA, Heli. Culturas Indígenas. Portal da Cultura. Brasília: MinC, 14 jun. 2010. Disponível em: <www.cultura.gov.br/site/2010/06/14/culturas-indigenas-14>. Acesso em: dez. 2010.

5

Página 39 do livro

Na página 35 do livro os alu-

TERRAS INDÍGENAS ATUAIS 55º O

nos leram um texto sobre os

RAPOSA/SERRA DO SOL TUMUCUMAQUE WAIÃPI

YANOMAMI

grupos indígenas que existiam na época da conquista.

ALTO DO RIO NEGRO

UNEIUXI

VALE DO JAVARI

COATÁ LARANJAL

KANAMARI

IPIXUNA MUNDURUKU CAITITU

KULINA MAMOABATE

ARIPUANÃ URUEU-WAU-WAU

ARARA ARAWETÉ

ARARIBOIA

BAÚ KAYAPÓ

KRAOLÂNDIA XERENTE

CAPOTO JARINA

ARAGUAIA XINGU

Se 5 milhões de indígenas viviam no Brasil

NAMBIQUARA

na época da conquista e hoje eles são cerca de OCEANO PACÍFICO ICO DE TRÓP

KADIWÉU

OCEANO ATLÂNTICO

RNIO CAPRICÓ

neira vão sobreviver como indígenas em um país onde a população é de cerca de 186 milhões de

ALTO TURIAÇU

ANDIRÁ MARAU RIO-BIÁ

Veja a situação atual no mapa ao lado.

350 mil, conforme dados da Funai, de que ma-

EQUADOR

WAIMÍRIATROARI

ESCALA 0 650

LEGENDA Terras indígenas

Quilômetros

habitantes? Quais foram os resultados do contato entre colonizadores portugueses e indígenas? 252

Mapa elaborado pelas autoras em 2010 com base em dados do Instituto Socioambiental, 2009.


As palavras desta canção explicam de outra maneira o contato entre o indígena e o europeu.

Chegança Sou Pataxó, sou Xavante e Cariri, Ianomami, sou Tupi Guarani, sou Carajá. Sou Pancararu, Carijó, Tupinajé, Potiguar, sou Caeté, Ful-ni-ô, Tupinambá.

Mas de repente me acordei com a surpresa: uma esquadra portuguesa veio na praia atracar. De grande-nau, um branco de barba escura, vestindo uma armadura me apontou pra me pegar.

Depois que os mares dividiram os continentes, quis ver terras diferentes. Eu pensei: “vou procurar um mundo novo, lá depois do horizonte, levo a rede balançante pra no sol me espreguiçar”. [...]

E assustado dei um pulo lá da rede, pressenti a fome, a sede, eu pensei: “vão me acabar”. Me levantei de borduna já na mão. Ai, senti no coração, o Brasil vai começar.

Nóbrega, Antonio. Chegança. Letra disponível em: <http://antonio-nobrega.musicas. mus.br/letras/68957/>. Acesso em: jan. 2011.

versa, isto é, se os não indígenas tivessem de se preocupar com a preservação da sua cultura e precisassem se adaptar ao estilo de vida indígena?

fotos: MUSEU PARAENSE EMÍLIO GOELDI, BELÉM, PARÁ/Foto: rômulo fialdini.

Unidade 2 — O trabalho constrói o Brasil

6

Página 49 do livro

Explore a questão do trabalho indígena e de como esses grupos se organizam economicamente, lendo para os alunos os textos a seguir:

Texto 1 Economia Nas sociedades indígenas o trabalho é bem dividido. Todos sabemos o que é tarefa para os homens e o que é tarefa para as mulheres. Normalmente o homem abastece a família com carne de caça e pesca, defende a aldeia de qualquer tipo de perigo

e prepara o terreno para que seja plantada a roça. As mulheres preparam o alimento, produzem farinha, plantam e colhem, confeccionam redes e outros objetos. Elas também tomam conta das crianças pequenas e cuidam da casa. É com essa divisão de tare-

fas que a comunidade se mantém abastecida de alimentos o tempo todo. Nas comunidades indígenas não existe acúmulo de riquezas ou propriedade individual. Tudo o que está na natureza pertence a todos, a cada família cabe a pro-

253

Trabalhando com História no 5º- ano

• Proponha aos alunos uma questão para discussão: Como seria a situação in-


MP. História dução do que necessita para viver. É claro que as pessoas fazem um comércio entre elas. Quem deseja possuir algo de outra família propõe uma troca com um objeto que tenha e de que aquela família necessite. Entre os dezessete povos que hoje habitam o Parque Nacional do Xingu, há um comércio anual de produ-

tos que eles chamam de moitará e que consiste na troca de produtos feitos pelos grupos durante o ano todo. Infelizmente a realidade que os povos indígenas vivem nos dias de hoje é um pouco diferente da do passado, quando, de fato, não havia fome ou pobreza. Hoje há casos de povos que passam

por necessidade de alimentos, provocada pela seca ou por não existirem mais animais para a caça e vegetais que sempre fizeram parte da dieta daquele povo. Com o tempo, o território indígena foi diminuindo e as sociedades tiveram que se adaptar a um espaço menor e, por vezes, muito mais pobre.

MUNDURUKU, Daniel. Coisas de índio; versão infantil. São Paulo: Callis, 2008.

Texto 2 O ritual das trocas no Xingu No Alto Xingu, cada povo é reconhecido por ser especialista na produção de algo. Por exemplo, os arcos de madeira dura e preta são feitos pelos Kamaiurá, enquanto as grandes panelas de cerâmica são uma especialidade dos Wauja. A troca desses e de outros produtos ocorre durante um evento chamado moitará, realizado entre casas de uma mesma aldeia ou entre aldeias diferentes. No primeiro caso, homens e mulheres (os visitantes) fazem a visita em momentos diferentes.

Mas o procedimento é o mesmo: um grupo leva os objetos que quer trocar até a outra casa. Os produtos passam pela mão dos interessados até que um deles coloca no chão aquilo que deseja dar em troca. Se a troca for aceita, o visitante recolhe do chão o que foi ofertado. Os visitantes são recebidos com castanha de pequi e mingau de mandioca. Depois das trocas, eles se retiram e aguardam a retribuição da visita. O moitará entre aldeias costuma ocorrer na estação seca.

Homens e mulheres participam juntos. A aldeia visitante parte em expedição, conduzida por seu chefe, para uma outra aldeia, carregando os objetos que deseja trocar. Os objetos são de propriedade individual, mas as trocas são intermediadas pelos chefes das aldeias. Os produtos trocados são: cerâmica, enfeites, armas, canoas, flautas, redes, cestas, sal, alimentos e animais, além de bens dos brancos. Antes das trocas, os homens lutam huka-huka, tradicional luta corporal dos povos da região.

Economias indígenas: vida compartilhada. Semana dos Povos Indígenas. Cuiabá: Cimi, 2007. Disponível em: <http://ccr6.pgr.mpf.gov. br/institucional/eventos/docs_eventos/semana_dos_povos_indigenas.pdf>. Acesso em: abr. 2008.

Após a leitura dos textos, faça estas atividades com os alunos: 1. Compare o tipo de comércio que temos nas cidades com o moitará, focando nas principais semelhanças e diferenças. 2. Observe se existem experiências de vida compartilhada no seu dia a dia. Se existem, como elas são? Se não existem, por que você acha que isso acontece?

7

Página 51 do livro 254

Para sua referência, leia o texto a seguir.

Moitará — Troca de produtos entre os povos indígenas do Alto Xingu, no estado do Mato Grosso, 2007.


A escravidão — índios e negros [...] A escravização do índio chocou-se com uma série de inconvenientes, tendo em vista os fins da colonização. Os índios tinham uma cultura incompatível com o trabalho intensivo e regular e mais ainda compulsório, como pretendido pelos europeus. Não eram vadios ou preguiçosos. Apenas faziam o necessário para garantir sua subsistência, o que não era difícil em uma época de peixes abundantes, frutas e animais. Muito de sua energia e imaginação era empregada nos rituais, nas celebrações e nas guerras. As noções de trabalho contínuo ou do que hoje chamaríamos de produtividade eram totalmente estranhas a eles. [...] Os colonizadores tinham conhecimento das habilidades dos negros, sobretudo por sua rentável utilização na atividade açucareira das ilhas do Atlântico. Muitos escravos provinham de culturas em que trabalhos com ferro e a criação de gado eram usuais. Sua capacidade produti-

va era assim bem superior à do indígena. O historiador americano Stuart Schwartz calcula que, durante a primeira metade do século XVII, nos anos de apogeu da economia do açúcar, o custo de aquisição de um escravo negro era amortizado entre treze e dezesseis meses de trabalho. [...] Seria errôneo pensar que, enquanto os índios se opuseram à escravidão, os negros a aceitaram passivamente. Fugas individuais ou em massa, agressões contra senhores, resistência cotidiana fizeram parte das relações entre senhores e escravos, desde os primeiros tempos. Os quilombos, ou seja, estabelecimentos de negros que escapavam à escravidão pela fuga e recompunham no Brasil formas de organização social semelhantes às africanas, existiram às centenas no Brasil colonial. [...] Admitidas as várias formas de resistência, não podemos deixar de reconhecer que, pelo menos até as últimas décadas do sé-

culo XIX, os escravos africanos ou afro-brasileiros não tiveram condições de desorganizar o trabalho compulsório. Bem ou mal, viram-se obrigados a se adaptar a ele. Dentre os vários fatores que limitaram as possibilidades de rebeldia coletiva, lembremos que, ao contrário dos ídios, os negros eram desenraizados de seu meio, separados arbitrariamente, lançados em levas sucessivas em território estranho. Por outro lado, nem a Igreja nem a Coroa se opuseram à escravização do negro. Ordens religiosas como a dos beneditinos estiveram mesmo entre os grandes proprietários de cativos. Vários argumentos foram utilizados para justificar a escravidão africana. Dizia-se que se tratava de uma instituição já existente na África e assim apenas transportavam-se cativos para o mundo cristão, onde seriam civilizados e salvos pelo conhecimento da verdadeira religião. Além disso, o negro era considerado um ser racialmente inferior. [...]

8

Página 61 do livro

Para ampliar os estudos sobre a vida e a obra de Aleijadinho, apresente aos alunos a biografia do artista e, se possível, apresente também o vídeo sobre ele, ambos disponíveis no site A cor da cultura:

<www.acordacultura.org.br/herois/episodio/aleijadinho>. Acesso em: ago. 2011.

foto: Rosana Gasparini/ISA.

9

Página 62 do livro

Explore o tema tropeiros com a classe, apresentando o texto a seguir:

Toda a comercialização do muar encontrado no Sul (tropas xucras1) era destinada para o Brasil central, ou seja, para a região de Minas Gerais, Mato Grosso, além de São Paulo, Rio de Janei-

1

ro, Espírito Santo e outras capitanias onde os animais eram utilizados como meio de transporte. Cabia aos gaúchos a criação dos animais, aos paranaenses o aluguel de campos para as inver-

nadas, além de terem também campos criatórios e, aos paulistas, a comercialização nas feiras realizadas em Sorocaba, pois era a partir delas que esses animais eram distribuídos para todas as

Tropa xucra era formada por burros não preparados ou treinados para o transporte de mercadorias.

255

Trabalhando com História no 5º- ano

FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: Edusp, 2006.


MP. História regiões articuladas na economia mercantil colonial. Apenas o homem já adaptado poderia vencer as dificuldades impostas pela natureza. Foi assim que se destacaram os peões, mestiços do branco com o negro, ou do branco com o indígena que muitas vezes começavam com uma pequena tropa e se tornavam, futuramente, grandes e poderosos tropeiros. As dificuldades encontradas ao longo das estradas refletiram

no modo de vida do tropeiro. As roupas utilizadas pelos tropeiros, pelo menos as dos donos das tropas, eram feitas de pano muito forte, incluindo chapéu de feltro, botas de couro flexível até a altura das coxas e grandes mantas de baeta 2 sobre os ombros. Os camaradas, os aprendizes e os cozinheiros andavam a pé, descalços, e suas roupas eram feitas de tecidos muito rústicos. Levando em conta os proble-

mas que enfrentavam durante toda a viagem, a distância e a dificuldade de transportar alimentos, o cardápio dos tropeiros constituía-se basicamente de carne-seca, feijão, angu de milho, farinha de mandioca, torresmo e café com açúcar. O alto preço do sal impedia sua utilização. O feijão tropeiro é, até hoje, um prato frequente na alimentação em muitas cidades.

Adaptado de STRAFORINI, Rafael. No caminho das tropas. Sorocaba: TCM, 2001.

1. Sobre o texto, discuta com os alunos: a. Qual era o principal motivo da criação de muares? Os animais serviam como meio de transporte na região das minas e em São Paulo, Rio de Janeiro e outras capitanias. b. Quem se adaptava melhor a esse tipo de serviço? O peão mestiço do branco com o negro, ou do branco com o indígena. c. Compare a roupa e a comida dos tropeiros com as existentes hoje. Resposta pessoal.

2. Dizem que as expressões “picar a mula”, “dar com os burros n’água” e “quando um burro fala, o outro abaixa a orelha” vieram dos tropeiros. O que essas expressões significam? Procure no dicionário, troque ideias com seus familiares e escreva no caderno o que você descobrir. “Picar a mula”: ir embora (faz alusão ao toque de esporas que provocava o movimento das mulas); “dar com os burros n’água”: frustrar-se, perder um negócio; “quando um burro fala, o outro abaixa a orelha”: quando uma pessoa fala, a outra deve escutar.

10

Página 63 do livro

Explore mais a diferença entre o trabalho escravo na época colonial e o trabalho livre atual, na lavoura. Faça, na lousa, uma tabela como a da página seguinte e preencha-a com os alunos.

2

Baeta é uma espécie de tecido felpudo e grosso de lã ou de algodão.

256


trabalho nos canaviais trabalho nos Época colonial canaviais

mão de obra Escrava mão de obra

Atualmente

11

Livre

Página 66 do livro

instrumentos utilizados

pagamento

instrumentos Inexistente. Em troca, os Ferramentas manuaispagamento trabalhadores recebiam (enxadas, arados, folhões, utilizados etc.).

casa, comida e roupas.

Máquinas (tratores, caminhões, cultivadeiras, colheitadeiras, etc.). O trabalho manual existe, mas é restrito, principalmente, à colheita e, em vários casos, é praticado na agricultura familiar.

Por empreitada, por dia de serviço ou por mês.

Para ampliar os estudos sobre Abolição, apresente à turma a biografia de Luís Gama, grande abolicionista brasileiro.

Luís Gama, nascido na Bahia em 1830, era filho de Luiza Mahin, uma africana liberta, e de pai português. Foi vendido pelo pai como escravo; por isso, passou a viver no Rio de Janeiro

e, posteriormente, em São Paulo. Aprendeu a ler e trabalhou como tipógrafo. Adquiriu a liberdade e tornou-se poeta, advogado e um dos mais importantes líderes abolicionistas do país.

Como advogado, teve atuação marcante contra a escravidão, libertando mais de 500 pessoas que viviam na condição de escravos. Faleceu em 1882.

12

Página 71 do livro

Trabalhando com História no 5º- ano

Informações disponíveis em: Uma visita ao Museu Afro Brasil. São Paulo: Imprensa Oficial/Secretaria Municipal de Cultura, 2006.

Para sua referência, leia o texto a seguir:

foto: acervo Iconographia/reminiscências.

Heranças operárias As vilas operárias surgiram no final do século XIX, começo do XX, em todas as grandes cidades do Novo Mundo que começavam seu processo tardio de industrialização, como Buenos Aires e Cidade do México. Em São Paulo, eram geralmente construídas ao lado de uma fábrica e abrigavam imigrantes, principalmente italianos. São Paulo teve cerca de 40 vilas, das quais hoje pouco ou nada resta. A cidade não dá conta de conservar suas históricas vilas operárias, principalmente as que já foram tombadas. É o caso da Vila Economiza-

dora, na Luz (centro da cidade), que assiste calada à sua deterioração. Tombada desde 1990, não conta, por exemplo, com uma associação de moradores. Da mesma maneira estão também outras vilas, como a Itororó, construída no começo do século passado na Liberdade, que trazia a primeira casa de São Paulo a contar com piscina, hoje um cortiço, e a Vila Suíça, no Glicério, ambas na região central. A exceção é a Vila dos Ingleses, na Luz, que subsiste inalterada pela mão forte de seu proprietário e pelo fato de ter se tornado centro comercial.

Cortiço na cidade do Rio de Janeiro, em 1906. Muitos operários moravam em cortiços ou em bairros muito distantes.

257


MP. História [1]

Bairro operário na cidade de São Paulo, por volta de 1925.

A Vila Maria Zélia foi construída no começo do século pelo industrial Jorge Street (1863-1939), ao lado de sua fábrica de tecidos. Era considerada revolucionária pelo que oferecia aos trabalhadores: creche, comércio cooperativo, hospital, igreja, restaurante, serviço de assistência social, médica, odontológica e farmacêutica. Foi tombada em 1992, mas a municipalidade não se dedicou ao local. O motivo, segundo o Departamento do Patrimônio Histórico (DPH), órgão municipal que

responde pelos bens tombados em São Paulo, é o de sempre: falta de gente e recursos. Formou-se assim a Sociedade Amigos da Vila Maria Zélia, que luta junto ao poder público por sua sobrevivência. A entidade acredita que “nas mãos certas, a vila poderia ser um destino turístico da cidade”. Felizmente há projetos de utilização das construções para um centro cultural e um museu do operário. Iniciativas semelhantes deram muito certo na Itália e na Argentina, por exemplo.

Adaptado de DÁVILA, Sérgio. Vilas de SP revelam história de trabalhadores. Folha.com. Disponível em: <www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u85377.shtml>. Acesso em: ago. 2011.

Além dos bairros operários, havia desde essa época (início do século XX) os cortiços. Se possível, mostre aos alunos as imagens desta e da página anterior e discuta com eles as diferenças entre o bairro operário e o cortiço.

13

Página 78 do livro

Conte aos alunos um pouco mais sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente: Leis que protegem as crianças

ECA, com letra maiúscula, representa algo muito bonito, de que devemos nos orgulhar: é a sigla do Estatuto da Criança e do Adolescente — Lei nº- 8 069, de 13 de julho de 1990, publicada no Diário Oficial da União de 16 de julho de 1990. Como o nome do estatuto é um tanto grande, usamos a sigla para simplificar... O ECA surgiu da consciência de que as crianças e os adolescentes merecem proteção integral, isto é, condições dignas para o seu bom desenvolvimento. É um conjunto de regras que estabelecem os direitos dos menores à vida, à saúde,

à convivência familiar, à educação... e também seus deveres dentro da sociedade. O Estatuto foi elaborado de forma democrática, com a participação do governo (poderes Legislativo, Executivo e Judiciário) e de vários movimentos populares. Quando nasceu, dois anos após a promulgação da Constituição Federal de 1988, o ECA foi considerado uma legislação avançada, bem superior ao Código de Menores, norma anterior, de 1979. Por meio do ECA, as crianças e os adolescentes passaram a ser encarados como dignos de direitos, independentemente de idade, etnia,

condições sociais, etc. Hoje cada vez mais gente, nos diversos cantos do Brasil, está lutando para diminuir os casos de trabalho infantil, mortalidade infantil e violência dentro de casa. Ao longo dos anos, o ECA sofreu algumas alterações e continua sendo atualizado. O Estatuto não é mais criança. Em 2007, completou 17 anos! Já alcançou várias conquistas, e a ideia é aperfeiçoá-lo e torná-lo cada vez mais eficiente, para beneficiar mais e mais crianças e adolescentes, pois muitas crianças no Brasil ainda têm seus direitos desrespeitados.

Adaptado de O Estatuto da Criança e do Adolescente. Disponível em: <www.plenarinho.gov.br/cidadania/direitos-e-deveres/copy_of_index_html>. Acesso em: jan. 2011.

Veja uma atividade que você pode desenvolver com os alunos sobre o tema trabalho infantil: • Leia a letra desta canção com os alunos e conduza as atividades a seguir. 258


Relampiano Tá relampiano Cadê Neném? Tá vendendo drops No sinal pra alguém [...] Todo dia é dia Toda hora é hora Neném não demora Pra se levantar…

Mãe lavando roupa Pai já foi embora E o caçula chora Pra se acostumar Com a vida lá de fora Do barraco... Hai que endurecer Um coração tão fraco Pra vencer o medo Do trovão Sua vida aponta A contramão... [...]

Tudo é tão normal Todo tal e qual Neném não tem hora Pra ir se deitar... Mãe passando roupa Do pai de agora De um outro caçula Que ainda vai chegar...

É mais uma boca Dentro do barraco Mais um quilo de farinha Do mesmo saco Para alimentar Um novo João Ninguém A cidade cresce junto Com Neném... [...]

LENINE; MOSKA, Paulinho. Relampiano. Letra disponível em: <http://letras.terra.com.br/lenine/88972>. Acesso em: ago. 2011.

a. Peça aos alunos que registrem, no caderno, as características de um dia de

Trabalhando com História no 5º- ano

Fotos: [1] Coleção João Emílio Gerodetti. Fonte: Gerodetti, Emílio. Lembranças do Brasil: as capitais brasileiras nos cartões-postais e álbuns de lembranças. São Paulo: Solaris Edições Culturais, 2004; [2] Foto: Jeka/shutterstock/glowimages.

sua vida.

[2]

b. Eles também devem apontar as diferenças entre sua vida e a vida de Neném. c. Na opinião da turma, está certo crianças trabalharem? Peça aos alunos que respondam a esta questão fazendo um desenho que expresse o que pensam sobre o trabalho infantil. Eles podem utilizar palavras ou frases em seu trabalho. d. No dia marcado, reúna os trabalhos da turma e organize a montagem de um painel com todos os desenhos elaborados. Troque ideias com a classe: os alunos representaram, em seus desenhos, opiniões diversas sobre o trabalho infantil? Se possível, exponha o painel na quadra ou nos corredores, para que possa ser visto pelo restante da comunidade escolar. 259


MP. História Unidade 3 — Brasil: de colônia a República 14

Página 92 do livro

A árvore genealógica de Chico Buarque, um dos maiores compositores brasileiros da atualidade, revela a herança da invasão holandesa no Nordeste, no século XVII.

Se possível, leia o artigo a seguir com os alunos. Usando-o como referência, faça uma brincadeira com eles perguntando qual o antepassado mais antigo que conhecem. Incentive-os a conversar com familiares, a pesquisar o sobrenome em enciclopédias e na internet.

Chico Buarque é de Holanda “O meu pai era paulista Meu avô, pernambucano O meu bisavô, mineiro Meu tataravô, baiano Meu maestro soberano Foi Antônio Brasileiro.”

Chico Buarque poderia prosseguir a viagem nostálgica da canção “Paratodos” e informar que um de seus antepassados era holandês. Os Buarque de Hollanda descendem de Gaspar Nieuhoff Van Der Ley, capitão de cavalaria das tropas dos Países Baixos. O bravo guerreiro casou-se com Maria Gomes de Mello e foi morar em Goiana, no interior de Pernambuco, entre 1630 e 1640. É quase certo, apontam os registros históricos, que Gaspar Van Der Ley tenha desembarcado no Brasil em data muito próxima àquela em que os 67 navios de guerra, de transporte e de carga aportaram no Recife: 15 de fevereiro de 1630. A partir daquele dia, e nos 24 anos seguintes, a Holanda dominaria parte do território do Nordeste brasileiro, de Sergipe ao Maranhão, fazendo da capital pernambucana, por suas terras planas e alagadiças, como as de Amsterdã, a capital de seu império na América. Nas ramificações da árvore genealógica de Chico Buarque há duas mulheres de nome Maurícia e um Maurício, homenagem a Maurício de Nassau. Muitos pernambucanos, desde a invasão holandesa, ganharam no nome e no sobrenome o Van Der Ley, transformado depois em Wanderlei. Eles também estão nos galhos genealógicos e nos atuais catálogos telefônicos de Pernambuco. Veja no quadro na página a seguir o caminho de dez gerações que leva Chico à Holanda. O bisavô mineiro e o tataravô baiano da canção “Paratodos” são maternos.

260


Francisco Buarque de Hollanda (19/6/1944) Rio de Janeiro–RJ Maria Amélia Cesário Alvim (25/1/1910 a 6/5/2010) Rio de Janeiro–RJ

Cristóvão Buarque de Hollanda (8/2/1864 a 13/2/1932) Rio Formoso–PE

Heloísa Gonçalves Moreira (7/7/1868 a 16/1/1957) Niterói–RJ

Manuel Buarque de Gusmão Lima (18/4/1819 a 17/5/1906) Porto Calvo–AL

Maria Madalena de Hollanda Cavalcanti de Albuquerque (12/7/1835 a 3/4/1924) Maragogi–AL

José Luis Paes de Mello (12/4/1784 a 16/9/1844) Rio Formoso–PE

Luiza Izabel de Hollanda Cavalcanti de Albuquerque (8/6/1810 a 1853) Maragogi–AL

Francisco Xavier Paes de Mello (14/4/1764 a 10/2/1835) Rio Formoso–PE

Maria Rita Maurícia Wanderley (3/4/1781 a 28/8/1841) Sirinhaém–PE

Francisco Xavier Paes de Mello Barreto Rio Formoso–PE

Ana Rita Maurícia Wanderley Sirinhaém–PE

Manoel de Barros Wanderley

Maria de Barros Lins

Cristóvão da Rocha Wanderley

Feliciana de Melo e Silva

João Maurício Wanderley

Maria Rocha Lins

Gaspar Nieuhoff Van Der Ley

Maria de Mello

Trabalhando com História no 5º- ano

Sérgio Buarque de Hollanda (11/7/1902 a 24/4/1982) São Paulo–SP

Foto: Ruslan Semichev/shutterstock/glowimages.

Texto e tabela adaptados de BUENO, Eduardo. Chico Buarque é de Holanda. Época Online. Disponível em: <http://epoca.globo.com/especiais/500anos /esp20000228.htm>. Acesso em: jan. 2011.

15

Página 101 do livro

A cidade do Rio de Janeiro, devido a sua longa e importante história, foi muito retratada, seja em gravuras e aquarelas, seja em desenhos e fotografias. Explore mais as mudanças e permanências

desta que foi uma das capitais do Brasil. 1. Peça aos alunos que pesquisem imagens antigas ou atuais da cidade em jornais, revistas, enciclopédias, na internet, etc. 261


MP. História 2. Marque um dia para que os alunos levem para a escola o material recolhido. 3. Em grupo, compare as imagens trazidas. Proponha questões como: a. Que características a cidade do Rio de Janeiro guarda desde o passado? Os alunos poderão explorar aspectos naturais que existiam no passado e construções antigas que permanecem até hoje, como o palácio da Quinta da Boa Vista, e novas, como a Ponte Rio–Niterói. b. E as diferenças? Os alunos poderão observar que nos morros, antes forrados de vegetação, hoje há favelas, e que alguns aspectos naturais foram alterados, como o Aterro do Flamengo.

16

Página 106 do livro

Em março de 1824, dom Pedro I dominava a cena política brasileira, tendo poderes para dissolver a Constituinte e baixar uma Constituição. Sete anos mais tarde, seria obrigado a abdicar do

trono. O que houve nesse ínterim? Veja o que houve com dom Pedro I entre 1824 e 1831: Abdicação e morte Dom Pedro envolveu-se em crises internas e externas. Incompatibilizou-se com o Exército, com o povo e com os políticos. Viu o Brasil se endividar e Portugal rebelar-se. Declarou uma guerra desastrosa à Argentina, a partir de dezembro de 1825, sendo vencido em Ituzaingó em 1827. O Exército afastou-se do imperador, indignado com a derrota e com a presença de portugueses no comando das tropas. O povo, recrutado à força, também passou a odiar dom Pedro. Como se não bastasse, o conflito deixou o Brasil ainda mais endividado. A crise financeira se iniciara em 1825, quando, para obter de Portugal o reconhecimento de sua independência, o Brasil foi forçado a pagar 600 mil libras à metrópole e assumir o pagamento de um empréstimo de 1,4 milhão de libras que Portugal fizera em bancos ingleses. Assim sendo, no mesmo ano, o Brasil negociara seu primeiro empréstimo externo:

obteve 3,6 milhões de libras do banco de Nathan Rothschild, com juros anuais de 5% e um desconto inicial de 18,33%. Em 1826, o dinheiro simplesmente acabou e dom Pedro recorreu à emissão de moedas de cobre, que, além de serem postas em circulação com um valor quatro vezes superior ao valor nominal, seriam falsificadas em larga escala. Em 1827, o deputado mineiro Bernardo de Vasconcelos ia ao plenário fazer um alerta contra a “inchação” da economia. Mas não era só isso: surgiram no Rio e em São Paulo inúmeros e “violentíssimos” jornais independentes — e os ataques a dom Pedro se tornaram uma espécie de esporte nacional. Embora também atuasse como jornalista, o imperador fechou muitos dos pasquins. Mas quando o jornalista Líbero Badaró foi assassinado em São Paulo, em novembro de 1830, ficou claro que ele não se sustentaria por mui-

to mais tempo no poder. O confronto entre brasileiros e portugueses havia chegado ao auge. Em 7 de abril de 1831, dom Pedro abdicou em nome de seu filho de 5 anos, dom Pedro II, nomeando José Bonifácio como tutor da criança. De volta a Portugal, dom Pedro ainda derrubaria seu irmão dom Miguel, aliado dos absolutistas e usurpador do trono. Em 1834, no palácio de Queluz, em Portugal, no mesmo quarto em que nascera 36 anos antes, dom Pedro I morreu serenamente, vítima de tuberculose. Em três décadas e meia de vida ele fundou o Império do Brasil, fez sucessores de ambos os lados do Atlântico e, embora tenha centralizado o poder, sempre agiu constitucionalmente. As duas constituições que criou (em 1824 no Brasil e em 1834 em Portugal) foram as primeiras a garantir os direitos básicos dos cidadãos luso-brasileiros.

Adaptado de BUENO, Eduardo. Brasil: uma história; a incrível saga de um país. São Paulo: Ática, 2007.

262


17

Página 109 do livro

Ao explorar os símbolos nacionais, aproveite para trabalhar o tema transversal Ética.

1. Bandeira do Brasil Nossa bandeira foi criada em 19 de novembro de 1889, quatro dias depois da proclamação da República. Cada uma das quatro cores da Bandeira Nacional tem um significado: o verde simboliza nossas matas, o amarelo é o ouro (representando as riquezas nacionais) e o branco é a paz. O círculo azul representa o céu do Rio de Janeiro com a constelação do Cruzeiro do Sul às 8h30min de 15 de novembro de 1889, data da proclamação da República.

2. Armas Nacionais ou Brasão Nacional As Armas Nacionais, ou Brasão Nacional, são obrigatórias nos edifícios-sede dos governos federal, estadual e municipal e em todos os Trabalhando com História no 5º- ano

papéis oficiais do governo federal (publicações, convites, etc.). As Armas são formadas por um escudo redondo sobre uma estrela de cinco pontas e uma espada. Também há, no centro, o Cruzeiro do Sul. À esquerda, há um ramo de café e, à direita, um ramo de fumo. A data que aparece nas Armas é a da proclamação

ilustrações digitais: arquivo da editora.

da República.

3. Selo Nacional A finalidade do Selo Nacional é autenticar os documentos oficiais. Seu uso é obrigatório em qualquer ato do governo e em diplomas e certificados escolares. Ele reproduz a esfera que existe na Bandeira Nacional. 263


MP. História 4. Hino Nacional Hino é uma canção feita para exaltar, seja um time de futebol, seja um país. E só exalta quem gosta. Para gostar, é preciso conhecer, interessar-se, participar. A letra e a melodia do Hino Nacional Brasileiro são muito complexas. Entretanto, “cada estrofe diz alguma coisa sobre nosso país. O Hino precisa ser traduzido para as crianças em termos de imagens, de histórias que falam do nosso território e dos mitos que construíram a nacionalidade brasileira”, avalia o antropólogo Roberto DaMatta. Apresente o Hino à classe como um texto, separado da melodia. Esse, aliás, foi seu processo de criação. A música de Francisco Manuel da Silva, composta em 1831, esperou 77 anos até receber os versos de Joaquim Osório Duque Estrada, vencedor de um concurso promovido em 1908*.

18

Página 111 do livro

Você pode realizar uma nova atividade com os alunos. Apresente à turma alguns nomes de cidades, ruas, avenidas, praças e rodovias que fazem homenagem a presidentes que o Brasil já teve,

como: Município de Presidente Prudente; Avenida Getúlio Vargas; Rodovia Presidente Dutra; Praça Marechal Deodoro; Rodovia Washington Luís; Rua Afonso Pena. Comente que, no Brasil, o presidente é eleito por um período de quatro anos e pode ser reeleito por mais quatro anos. É o presidente quem escolhe os ministros que vão ajudá-lo a governar o país. Em 2010, Dilma Rousseff foi a primeira mulher eleita presidente (ou presidenta) do Brasil. Em seguida, conduza as atividades: 1. Peça aos alunos que formem grupos. Eles devem procurar em jornais, em revistas e na internet fotos da presidente do Brasil e de seus ministros. 2. Os alunos devem reunir as fotos encontradas e produzir legendas para cada uma, identificando: quem aparece na foto, o cargo que ocupa, etc. 3. Peça aos alunos que montem um painel, em cartolina, com as fotos. Se possível, faça uma exposição com os painéis. 4. Por fim, peça aos alunos que procurem outras cidades, ruas, avenidas ou rodovias com nomes de presidentes. *Adaptado de Lição verde-amarela. Nova Escola. São Paulo: Abril, ago. 2000. 264


19

Página 113 do livro

Promova uma pesquisa sobre a capital do Brasil. Para sensibilizar os alunos, apresente-lhes a situação a seguir:

Brasília Como nascem as cidades? Normalmente nascem e crescem sem que a gente nem perceba! Uma pessoa faz uma casa, depois outra pessoa faz outra casa, depois vêm as ruas, uma escola, um hospital... Mas com Brasília, a capital do nosso país, foi diferente. Brasília foi inteiramente planejada. Teve até concurso para ver quem imaginava a cidade mais legal. Dois ar-

quitetos, Oscar Niemeyer e Lúcio Costa, ganharam a disputa. Eles decidiram dividir Brasília em partes. Cada parte servindo para uma coisa: esse bairro vai ser só para as pessoas morarem, esse outro só vai ter escritórios, aquele vai ter hospitais. Desenharam prédios e monumentos modernos, bem grandes e diferentes. E não é que deu certo? Depois que a cidade

ficou pronta, em 1960, todo mundo queria visitá-la. Os prédios mais bonitos de Brasília são todos muito diferentes. Os desenhos saíram da cabeça de Oscar Niemeyer, um dos mais importantes arquitetos brasileiros. A Brasília que ele sonhou é tão diferente e única que, em 1987, se tornou Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade.

Adaptado de Brasília. Canal Kids. Disponível em: <www.canalkids.com.br/viagem/brasil/brasilia.htm>. Acesso em: jan. 2011.

1. Divida a classe em grupos e proponha que cada grupo faça uma pesquisa sobre uma das construções da cidade de Brasília (Catedral, Praça dos Três Poderes, Palácio do Planalto, Esplanada dos Ministérios, Congresso Nacional, etc.). 2. Os grupos deverão: • descobrir o que funciona no prédio pesquisado e quem o ocupa; • descrever suas características arquitetônicas mais marcantes (procurar em jor-

3. No dia marcado, cada grupo deverá apresentar sua pesquisa para a classe.

Trabalhando com História no 5º- ano

fotos: [1] sérgio lima/folhaPRESS. [2] Monique Renne/arquivo da editora. [3] Orlando Brito/arquivo da editora.

nais, revistas, livros ou na internet imagens do prédio que estiverem pesquisando).

4. Para concluir, convide todos os alunos a elaborar um painel sobre Brasília com o material coletado pela classe. 5. Veja algumas imagens de Brasília que poderão fazer parte do levantamento dos alunos. Todas elas são projetos de Oscar Niemeyer. Palácio do Planalto

Edifício-sede do Supremo Tribunal Federal

Congresso Nacional

[1]

[2]

É a sede do poder Executivo brasileiro. Neste local fica o gabinete do presidente do Brasil.

É a sede do poder Legislativo. Inclui a Câmara dos Deputados e o Senado Federal.

[3]

Este é o órgão máximo do poder Judiciário nacional.

265


MP. História Palácio da Alvorada

Palácio do Itamaraty

[1]

É a residência oficial do presidente da República. Está às margens do lago Paranoá e é um símbolo da moderna arquitetura brasileira.

20

Página 117 do livro

Museu Nacional de Brasília

[3]

[2]

Sede do Ministério das Relações Exteriores. É o centro da política externa brasileira. Possui arcos que se refletem num espelho-d´água onde há ilhas de plantas tropicais.

Localizado na Esplanada dos Ministérios, faz parte do conjunto cultural da República. Está em uma cúpula com quase 90 metros de diâmetro, circundado por um espelho-d´água.

Para complementar o estudo do tema, apresente para a classe a letra da canção “Apesar de você”, de Chico Buarque de Hollanda, composta em 1970. Se possível, leve uma gravação dessa canção

para a classe. Trabalho conjunto com Língua Portuguesa.

Apesar de você Hoje você é quem manda Falou, tá falado Não tem discussão A minha gente hoje anda Falando de lado E olhando pro chão, viu [...]

Apesar de você Amanhã há de ser Outro dia Eu pergunto a você Onde vai se esconder Da enorme euforia Como vai proibir

Quando o galo insistir Em cantar Água nova brotando E a gente se amando Sem parar [...]

BUARQUE, Chico. Apesar de você. Letra disponível em: <www.chicobuarque.com.br/construcao/mestre. asp?pg=apesarde_70.htm>. Acesso em: ago. 2011.

Depois de apresentar a canção para a classe, comente que na época do regime militar as pessoas não podiam se manifestar contra o governo e a situação vigente. Em seguida, troque ideias sobre o texto e veja o que o autor sugeriu provavelmente com os versos:

“ Hoje você é quem manda Falou, tá falado” ”Você” representa a ditadura e seus governantes à época em que a canção foi feita.

266

“A minha gente hoje anda Falando de lado e olhando pro chão” É uma época em que as pessoas não podiam falar abertamente o que pensavam.

“Apesar de você Amanhã há de ser outro dia” O autor tinha a esperança de que, apesar da presença dos militares no poder, o regime ditatorial haveria de acabar.


Unidade 4 — O cotidiano na História

21

Página 130 do livro

Proponha uma atividade em grupo em que os alunos explorem o tema da alimentação. Para sensibilizá-los, apresente-lhes o texto a seguir, que fala da alimentação dos paulistas nos anos 1800.

Nessa época o povo de São Paulo se alimentava de três a quatro vezes por dia. Faziam o desjejum logo ao amanhecer; tomavam leite com açúcar. O almoço era por volta das 8 horas. O jantar acontecia às 12 horas. Os mais ricos começavam o jantar com caldos de várias car-

nes. Depois, galinha ensopada, frita ou assada, com molho de pimenta bem forte e gomos de laranja, saladas verdes com cebola e azeitonas importadas. Ao final, canjica de milho cozida com leite açucarado e pitadas de canela em pó, queijos frescos ou curados, compotas e frutas fres-

cas da estação. Isso para os ricos, é claro. Os pobres comiam carne-seca misturada com feijão-preto ou mulatinho, farinha de mandioca ou de milho, vegetais e frutas comuns, pois qualquer um podia ter sua plantação no fundo do quintal.

Adaptado de A alimentação no cotidiano paulista. In: Prazer em comer. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado, s.d.

• Em grupo, os alunos deverão escrever um relato sobre os hábitos alimentares do povo de sua cidade, na época atual: quantas refeições fazem por dia, em que horário e o que geralmente comem em cada uma delas.

mentares dos anos 1800 e os atuais. Esta outra unidade foca o tema O cotidiano na História, por isso as relações en-

fotos: [1] Carlos Namba/arquivo da editora. [2] Claudio Versiani/arquivo da eDiTora. [3] mario Roberto Duran Ortiz/Wikimedia Commons.

tre as crianças brancas e as negras podem ser analisadas com base na canção “Morro velho”, de Milton Nascimento. Os meninos, brancos e negros, podiam brincar juntos na fazenda, mas, quando cresciam, o destino os separava para sempre.

22

Página 142 do livro

A globalização é um fenômeno mundial que se acelerou a partir de 1991 com a derrocada da economia socialista, liderada até então pela União Soviética.

Comente com a classe que as decisões tomadas em um país podem afetar outros bem distantes; que mercadorias podem ser fabricadas na China, Taiwan ou Filipinas, onde a mão de obra é barata, e ser vendidas no mundo todo; que a maior parte da produção e do comércio mundial é controlada por grandes empresas internacio267

Trabalhando com História no 5º- ano

• Conclua a atividade discutindo com a classe as diferenças entre os hábitos ali-


MP. História nais; que a velocidade dos meios de comunicação (modernos computadores, sistema de telefonia e comunicação via satélite) e a modernização dos transportes facilitam e aceleram o processo de globalização. Ninguém mais precisa ficar isolado. Todos podem se integrar na comunidade internacional e participar da busca de soluções para os problemas mundiais.

23

Página 150 do livro

No livro, os alunos viram o Saci-Pererê e o Curupira. Se possível, mostre à turma mais alguns personagens do folclore brasileiro:

Mula sem cabeça De acordo com a lenda, ela aparece como um animal inteiro, forte, lançando fogo pelas narinas e pela boca. A lenda conta ainda que uma mulher teve um romance com um padre e, como castigo, foi transformada em um animal quadrúpede.

Lobisomem Um homem se transforma em lobo nas noites de lua cheia e ataca as pessoas que encontra pela frente. Somente um tiro de bala de prata é capaz de matá-lo.

Mãe-d’Água Boitatá É um monstro com olhos de fogo, enormes. De dia é quase cego, à noite vê tudo. Ele protege as matas e os animais e tem a capacidade de perseguir aqueles que desrespeitam a natureza.

É muito parecida com a sereia. Este personagem tem o corpo metade de mulher e metade de peixe. Com seu canto atraente, consegue encantar os homens e levá-los para o fundo das águas.

Retome com a classe que cultura popular e folclore são sinônimos. Proponha as seguintes questões para a classe: “Quem será que inventou as brincadeiras de pião, amarelinha ou trava-língua?”; “E os pratos como paçoca, feijoada ou vatapá?”; “E as danças como carimbó, lundu e frevo?”; “E os folguedos como a congada e os maracatus?”. Conte-lhes que tudo isso é aprendido em conversas com amigos, pais ou avós e que, desse mesmo jeito, são passados muitos outros saberes, como mitos e lendas, 268


artesanatos, instrumentos musicais. Esse tipo de conhecimento, passado de uma geração para outra, é chamado de cultura popular.

Materiais complementares Este volume de História conta com alguns materiais complementares, que se distribuem a partir de dois objetivos: aprofundar conteúdos desta disciplina e/ou desenvolver articulações interdisciplinares. São eles: • Caderno de atividades interdisciplinares; • A lmanápis; • Ápis Tabuleiros; • Ápis Adesivos; • Ápis Peças.

Caderno de atividades interdisciplinares

O Caderno de atividades interdisciplinares do 5º- ano desenvolve-se em torno dos temas: O índio brasileiro — ontem e hoje, Navegações do século XVI e Imigração negra, por meio de atividades de exploração e interpretação de imagens e textos. Articu-

• utilizações da palmeira e fruto do buriti, noção de vitaminas essenciais para o orga-

Trabalhando com História no 5º- ano

lam-se a esses temas:

Caderno de Atividades

INTERDISCIPLINARES

Cópia ilegal não é legal!

nismo humano (Ciências);

Ao comprar um livro, você remunera e reconhece o trabalho do autor e o de muitos outros profissionais envolvidos na produção editorial e na comercialização das obras: editores, revisores, designers, ilustradores, gráficos, divulgadores, distribuidores, livreiros, entre outros. Ajude-nos a combater a cópia ilegal! Ela gera desemprego, prejudica a

• noção de valor, troca e sistema monetário Parte integrante do Projeto Ápis – História, 5º- ano. Venda e reprodução proibidas.

difusão da cultura e encarece os livros que você compra.

(Matemática);

• hábitos indígenas e artesanato (Geografia

ano

HISTÓRIA

• noção de pirâmide alimentar: proteínas, carboidratos, lipídios, vitaminas e mineMATEMÁTICA

rais (Ciências); LÍNGUA PORTUGUESA GEOGRAFIA

Ápis História 5ano_Merc

Ápis História 5ano_Merc

imagens: Arquivo do jornal O Estado de S. Paulo.

e Ciências);

5º 3º

• propostas de leitura e interpretação de poeHISTÓRIA

CIÊNCIAS

www.projetoapis.com.br www.atica.com.br

mas e textos (Língua Portuguesa).

Sugere-se desenvolver as atividades deste CaApis_Historia_5ano_CAInt_CAI_CAPA.indd 10-11

6/3/11 9:45 AM

derno em duplas ou trios, no sentido de propiciarem diálogo e reflexão entre os alunos. 269


MP. História AlmanÁpis

O AlmanÁpis de História deste volume compõe-se das seções: • Cartão-postal – para o aluno e alguns colegas escreverem cartões-postais, como se estivessem em viagem;

• Você sabia? – para a leitura de curiosidades diversas; Cópia ilegal não é legal! Ao comprar um livro, você remunera e reconhece o trabalho

• Desafios – para o aluno aprender a fazer do autor e o de muitos outros profissionais envolvidos na

produção editorial e na comercialização das obras: editores, revisores, designers, ilustradores, gráficos, divulgadores, distribuidores, livreiros, entre outros. Ajude-nos a

combater a cópia ilegal! Ela gera desemprego, prejudica a difusão da cultura e encarece os livros que você compra.

uma luneta usando cartolina e cola; • No futuro quero ser... – para o aluno identificar alguns tipos de profissões retratadas nas imagens e completar o quadro, junto com os seus amigos, com desenhos do que

Aprender brincando, brincar aprendendo!

querem ser quando crescerem; • Gibizando – para leitura e produção de tirinhas; • Espaço da canção – para leitura da letra de duas músicas: “Brasil, terra adorada”, de www.projetoapis.com.br www.atica.com.br

Parte integrante do Projeto Ápis – História, 5º- ano. Venda e reprodução proibidas.

HISTÓRIA

Cartola, e “Canta, Brasil”, de Gal Costa. Apis_Historia_5ano_MCDisAlmanapis_CAPA.indd 2-3

6/3/11 10:07 AM

• Divertilândia – para o aluno encontrar palavras referentes às lições de História deste ano, no Acha-palavras; para decifrar códigos que escondem nomes de especiarias das Índias em Especiarias codificadas; e para brincar de Jogo de 7 erros. A ideia é que esse material possa circular entre os alunos para que eles troquem a sua produção, conhecendo diferentes alternativas para cada proposta.

imagens: Arquivo do jornal O Estado de S. Paulo.

Ápis Tabuleiros

O jogo disciplinar deste volume — Jogo da História do Brasil — é um jogo de tabuleiro que começa na casa 1500 e leva o aluno a

“caminhar” até a atualidade, passando pelos fatos históricos do Brasil. Todas as perguntas do jogo são relativas ao conteúdo aprendido no livro do 5º- ano, em torno dos assuntos: Sistema colonial no Brasil, Proclamação da Independência e antecedentes e Proclamação da República. Já o jogo interdisciplinar — Cruzadinha do Conhecimento — organiza-se em torno de vários temas trabalhados nas diversas disciplinas neste ano de escolaridade. 270


Perguntas 1. Que nome se dá à criação de

HISTÓRIA

bovinos e suínos?

Cruzadinha do conhecimento

2. Complete: Na época da escravatura,

quando um senhor libertava um escravo, ele dava a ele uma carta de

Quantidade de jogadores

.

•1a3

3. Quantos algarismos tem o resultado

Modo de jogar

da divisão de 2 000 por 50?

• Destaque as cartas e as letras do Ápis

4. Quem assinou a Lei Áurea?

Peças, das páginas 11 a 15, e tenha papel e caneta em mãos.

5. O estômago faz parte de que

• Embaralhe as cartas e divida-as

sistema do corpo humano?

igualmente pelo número de jogadores.

6. Complete: Um triângulo que tem os

• As perguntas do tabuleiro têm

três lados diferentes chama-se

números. As cartas tiradas no início do

.

jogo são numeradas e correspondem às perguntas do tabuleiro que cada um

7. Qual o primeiro nome do escritor

• Com as letras destacadas, cada

“Narizinho”?

jogador deverá responder às suas

8. Complete: Um texto organizado em

perguntas, na ordem que desejar,

versos, às vezes com rimas, chama-se

formando a resposta no espaço

.

quadriculado do tabuleiro. • Quem estiver com o número 1 começa

9. Qual é o nome da galáxia em que o

a partida. Assim que for montada a

planeta Terra está?

resposta da pergunta número 1, o

10. Qual é o nome do relevo em que

jogador à sua direita terá a vez. Ele

predominam as superfícies planas?

deverá cruzar a sua resposta com a(s) palavra(s) que já está(ão) no tabuleiro.

11. Complete: A palavra “você” é um

pronome de

Se não for possível, passa-se a vez.

.

12. Complete: Júlio Verne escreveu

histórias de ficção

.

Ganha o jogador que responder primeiro a todas as suas perguntas.

Escreva suas respostas em um papel para conferi-las ao final do jogo!

Os acentos e os espaços deverão ser ignorados.

Jogo 2

Apis_Historia_5ano_MCTabuleiro.indd 4-5

6/3/11 10:18 AM

Ápis Adesivos e Ápis Peças

Neste volume, além dos adesivos voltados para a organização da vida escolar do aluno, encontram-se aqueles que complementaTrabalhando com História no 5º- ano

rão um dos tabuleiros (Jogo de História do Brasil). O conjunto de peças traz as cartas e os dados dos jogos.

Jogo 1

Resposta

Resposta

Escambo.

Cana-de-açúcar.

Da África.

[2]

[3]

Adesivos

3 6/3/11 10:13 AM

Apis_Historia_5ano_MCInt_ADESIVOS.indd 3

6/3/11 10:10 AM

271

Ápis História 5ano_Merc

Resposta

[1]

Parte integrante do Projeto Ápis – História, 5º- ano. Venda e reprodução proibidas.

De onde vinham os escravos que serviram de mão de obra no Brasil colonial?

Reprodução proibida. Artigo 184 do Código Penal e Lei 9 610, de 19/2/1998.

Qual foi o primeiro produto a ser cultivado por portugueses no Brasil?

Resposta

Qual é o nome do tipo de comércio baseado na troca praticado entre portugueses e índios?

Porque era uma região rica em minas de ouro e de diamantes.

Tratado de Tordesilhas.

Por que Minas Gerais recebeu esse nome?

Resposta

Caravelas.

Senzala.

Resposta

Especiarias.

Resposta

Resposta

Peças

Como se chamava o tratado que dividia a América do Sul entre espanhóis e portugueses?

FOTOS: [1] BENEDITO CALIXTO/CLUBE NAVAL DO RIO DE JANEIRO, RIO DE JANEIRO (RJ); [2] OSCAR PEREIRA DA SILVA/MUSEU PAULISTA DA USP, SÃO PAULO (SP)/FOTO: JOSÉ ROSAEL; [3] FRANÇOIS-RENÉ MOREAU/MUSEU IMPERIAL, PETRÓPOLIS (RJ).

História do Brasil Cole estes adesivos no seu tabuleiro.

Qual era o nome das embarcações portuguesas que ancoraram no Brasil em 1500?

Qual é o nome da casa onde os escravos moravam?

Ápis História 5ano_Merc

Jogo 1 Jogo da História do Brasil As cartas desta página e das páginas a seguir você destacará para brincar com o Jogo da História do Brasil.

Que nome se dá ao conjunto de temperos que os europeus buscavam nas Índias?

Apis_Historia_5ano_MCInt_PECAS.indd 3

Parte integrante do Projeto Ápis – História, 5º- ano. Venda e reprodução proibidas.

terá de responder.

brasileiro que criou a personagem


MP. Reflexão... Costumamos dizer que a escola deve preparar o aluno para o futuro. No entanto, será que temos conseguido contribuir para a formação do aluno para o presente? Lembro-me de quando trabalhei em uma escola de educação democrática que enfatizava sua intenção de educar seus alunos não apenas para a cidadania, mas em cidadania. Os alunos tinham oportunidade de participar de todas as decisões importantes da rotina da escola por meio de assembleias que aconteciam regularmente. Assim aprendiam na prática, e por meio de processos reais, que a participação nas decisões coletivas era, mais do que um direito, um dever deles, visando ao bem comum. Quer seja para o presente, quer seja para o futuro, é certo que não será com ambientes, recursos e metodologias do passado que os alunos de hoje desenvolverão as competências necessárias para se tornarem os cidadãos do século XXI que eles,

Diretora-Geral Editoras Ática e Scipione Vera Balhestero Diretora Editorial Editoras Ática e Scipione Angela Marsiaj Gerente Editorial Didáticos Editoras Ática e Scipione Teresa Porto Gerente de Qualidade e Suporte Editoras Ática e Scipione Beatriz Mendes Gerente Editorial Didáticos Ática Margarete Gomes

de fato, já são.

O site do Projeto Ápis O Projeto Ápis apresenta um site exclusivo, com muitos objetos de aprendizagem que certamente encantarão os alunos: jogos, infográficos animados, uma cidade interativa, atividades extras. Acesse: www.projetoapis.com.br.

Responsáveis Editoriais: Roberta Lombardi Martins (Manual do professor, Material complementar e www.projetoapis.com.br) e José Roberto Miney (Livros Disciplinares) Editores: Solange A. de Almeida Francisco (Manual do professor, Material complementar e www.projetoapis.com.br), Sueli Campopiano, Cármen Matricardi, Vera Lucia Emidio e José Roberto Miney (Livros disciplinares) Editoras-Assistentes: Rosemary Lima Hirota, Mariana Albertini e Monique Matos de Oliveira (Manual do professor) Apoio Editorial: Wilma Lima, Mônica Torkomian e Margarida Silveira (Material complementar e “Nós” da Educação), Paloma Epprecht e Machado (A geração digital e a escola) Estagiários: Bruna Rodrigues, Diego da Mata, Isabela Semaan dos Santos, Leslie Sandes e Priscila Manfrinati Equipe de Revisão: André Albert, Aparecida Pereira S. Maffei e Rosalina Siqueira Editor de Arte: Silvio Testa (Direção e Projeto gráfico) Assistente de Arte: Ricardo José (Capa) Designers: Letícia Lavôr (Projeto gráfico), Luiza Senra, Nathália Rodrigues e Christine Getschko (Estagiária) Supervisor de Iconografia: Sílvio Kligin Tratamento de imagem: Cesar Wolf e Fernanda Crevin Equipe de Internet: Guilherme Paes Molina (Editor) e Jessica Siraque Estevam (Estagiária) Impressão e acabamento:

Uma Publicação

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