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distribuição gratuita
mui nobre e sempre leal cidade de Lisboa
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grÁtis free
FEVEREIRO 2015
FUNGÁGÁ
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DE 16 A 18 DE FEVEREIRO
MIĂšDOS ALEGRO
SEMPRE ÀS 15H, NO ALEGRO. ENCONTRAMO-NOS Là !
EM FEVEREIRO
Dia 1 TrocarCromos.com
Dia 22 CiĂŞncia Divertida
Dias 7 e 8 Filminhos
Dia 28 InglĂŞs
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Dia 21 Tetra Pak
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lémur-de-cauda-anelada
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jardim zoológico de lisboa Praça Marechal Humberto Delgado GPS: N 38°44’32.03” W 9°10’8.93” FICHA TÉCNICA DIRETOR GERAL: Tiago Fiel (fiel.tiago@lx4kids.pt) DIRETOR EDITORIAL: Miguel Cardoso (redacao@lx4kids.pt) PUBLICIDADE: Teresa Santos (teresa.santos@lx4kids.pt ) COLABORADORES: Ana Sofia Santos, Andreia Rasga, Nuno Miguel Dias, Sandra Belo e Soraia Teixeira DESIGN GRÁFICO: www.vinteoito.pt ILUSTRAÇÃO: Sergio Marques, freepick IMPRESSÃO: Gráficas Monterreina S.A., Área empresarial Andalucía, c/ Cabo de Gata 1-3, sector 2 - 28320 Pinto Madrid DISTRIBUIÇÃO: Urbanos- Jornal matinal PERIODICIDADE: Mensal TIRAGEM: 20 000 Deposito Legal: 371513/14 Nr. Registo na ERC: 126463 REDAÇÃO: Rua Pereira Henriques, N1 - S.11i - 1950-242 LISBOA - Tel. 211308317
uem é que não gosta de animais? Nós aqui na Lx4Kids não gostamos. ADORAMOS! E, no mês em que dedicamos quase por inteiro uma edição aos nossos amigos de quatro (e duas) patas, que melhor maneira de o mostrar senão apadrinhar uma das muitas espécies que vivem no Jardim Zoológico de Lisboa? A escolha, nada fácil, recaiu no lémur-de-cauda-anelada, um animal que, tal como a Lx4Kids, é conhecido pela sua sociabilidade, pelas suas brincadeiras e pela sua boa disposição. Este primata originário de Madagáscar gosta, tal como nós, de se expor ao sol e de brincar ao ar livre, mas a redução do seu habitat natural leva a que, cada vez mais, o lémur seja um animal de cativeiro. Mas, verdade seja dita, nem isso lhe retira a alegria de viver...
A REVISTA LX4KIDS APADRINHA O
LÉMURE-DE-CAUDA-ANELADA PROPRIETÁRIO E EDITOR Vinteoito Unipessoal Lda NIF: 510951325
PARCEIROS INSTITUCIONAIS:
É interdita a reprodução total ou integral de textos e imagens sob quaisquer meios e para quaisquer fins, sem autorização escrita do editor.
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ATUAL
cantinho dos póneis
www.cantinhodospneis. blogspot.pt Rua das Passarinhas, 2 Terrugem Benny, Boanca e Manchinha são as estrelas do Cantinho dos Póneis. Alvos da curiosidade de todos, os três pequenos animais são do mais paciente que há, permitindo que se lhes escove o pêlo e que se brinque com eles. Mas por aqui há mais animais: patos, gansos, vacas, galinhas, cabras, ovelhas, porcos, enfim, toda uma quinta à espera de uma visita e a uma curta distância do reboliço da cidade.
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oceanário
www.oceanario.pt Esplanada D. Carlos I Aquele que ainda recentemente foi eleito “O Melhor Aquário da Europa” pela TripAdvisor, oferece muito mais do que um vislumbre da vida marinha e dos oceanos. Aqui pode-se, por exemplo, dormir ao lado de um tubarãocornudo ou de um tubarão-leopardo depois de comer umas pipocas enquanto se assiste a um filme ao lado de um tubarão-dorminhoco ou de um tubarão-touro. 4
© Carlos Nunes
© Pedro A. Pina
Para ver animais em lisboa basta sair de casa. há patos, pavões e periquitos-de-colar espalhados um pouco por todo o lado, e a possibilidade de dormir ao lado de um tubarão ou de sentir bem perto o rugido de um leão...
jardim zoológico www.zoo.pt Praça Marechal Humberto Delgado Não há local com mais animais na cidade. Aqui as estrelas são os mais imponentes (leões, elefantes ou rinocerontes, por exemplo), mas há por lá uns amigos que merecem uma visita mais demorada e atenta: os lémures-de-cauda-anelada, os afilhados da Lx4Kids! Sociáveis e
brincalhões, estes primatas de orelhas triangulares, focinho comprido e olhos grandes são reconhecidos pela “máscara” preta que lhes envolve os olhos e, claro, pela distanta cauda anelada. Mas no Jardim Zoológico de Lisboa, o difícil vai ser fazer o tempo esticar, pois só assim se poderão ver muitos dos animais que enchem o imaginário das crianças.
© Rodrigo de Souza
gulbenkian
www.gulbenkian.pt Avenida Berna, 45 É, muito provavelmente, o melhor local da cidade para poder encontrar uma galinhad’água, ou para dar de caras com uma toutinegra-de-barretepreto. O Jardim da Fundação Calouste Gulbenkian esconde muitos atrativos, sendo que os animais estão sempre em destaque. Para além dos patosreais que abundam no lago principal, aqui é possível, com um pouco de atenção, ver como são belas as alvélas-brancas.
render da guarda
Terceiro domingo de cada mês Palácio Nacional de Belém Acontece uma vez por mês (sempre às 11:00h) e é uma das cerimónias protocolares mais concorridas. O facto dos imponentes cavalos da GNR participarem nesta Rendição Solene da Guarda também ajuda a despertar a curiosidade dos que se deslocam a Belém. Se passar por lá lembre-se: a seguir à cerimónia pode assistir à exibição da charanga a cavalo no Jardim Vieira Portuense.
quinta do villar
www.quintadovillar.com Terceira Circular - Cascais A visita à Quinta do Villar pode ser o ponto de partida para um dia em grande. Por aqui, para além de se poder ver de perto como vivem todos os animais que geralmente habitam uma quinta, pode ainda meter-se mãos à obra e participar num dos muitos ateliês disponíveis. Há dias em que se faz pão de trigo à moda antiga, outros onde reinam as barrinhas de cereais e outros ainda onde se aprende jardinagem.
AQUÁRIO VASCO DA GAMA
www.aquariovgama. marinha.pt Rua Direita do Dafundo, Cruz Quebrada A fauna da costa portuguesa ocupa o lugar de destaque da exposição de exemplares vivos do Aquário Vasco da Gama. Mas por aqui também se apresentam espécies animais e vegetais pertencentes aos mais variados grupos zoológicos e botânicos, provenientes de ecossistemas de água doce, salgada e salobra, de ambos os Hemisférios.
jardins de lisboa Vários locais A imensidão da cidade e toda a sua agitação por vezes engana e nem sempre nos lembramos que também no meio da cidade pode ser possível conviver com animais que, na maior parte das vezes, nem nos lembramos que por ali andam. Como os esquilos, as águias-de-asa-redonda, os mochos-galegos ou a coruja-dastorres que povoam toda a zona de MONSANTO. No JARDIM DA ESTRELA, por sua vez, reinam os cisnes e os gansos, mas também por lá encontramos pavões e periquitos-de-colar. Este são também possíveis de observar no JARDIM DO CAMPO GRANDE, principalmente ao fim do dia quando para lá regressam com os seus gritos estridentes. Nada que incomode os patos que se costumam passear pelo lago e os cães que ali brincam no primeiro recreio canino da cidade. Ali ao lado, na QUINTA DAS CONCHAS também encontramos os tão famosos periquitos-de-colar, muitas vezes confundidos com papagaios, mas aqui são também as rolas e os pintasilgos que captam a nossa atenção. Uma última sugestão: no PALÁCIO GALVEIAS e no MUSEU DA CIDADE, há pavões à espera de uma visita... 5
fluviário de mora badoca park
www.badoca.com Herdade da Badoca - Vila Nova de Santo André Com reabertura prevista para este mês de Fevereiro, o Badoca Park promete voltar a chamar os antigos visitantes, mas também aqueles que ainda não passaram por lá para admirar os primatas, as sitatungas, os dromedários, as avestruzes, as zebras ou mesmo os tigres de bengala.
MONTE SELVAGEM
www.monteselvagem.pt Monte do Azinhal, Lavre Montemor-o-Novo Planeado e desenvolvido segundo os princípios da Coerência Ambiental, este típico montado alentejano tem mais de 300 animais distribuídos por entre 70 espécies diferentes. Para além dos animais oriundos de outras paragens, destaque para os muitos que já por aqui nasceram nos últimos tempos, como é o caso de um macaco do Japão e algumas emas, avestruzes e até tartarugas. 6
evoa
www.evoa.pt Samora Correia Todos os dias são bons dias para se observar aves no espaço EVOA, em pleno Estuário do Tejo. É certo que antes de março dificilmente surgirão no horizonte aquelas espécies migratórias que apenas chegam com o calor, mas por lá poderá sempre encontrar as muitas outras aves residentes e, quem sabe, uma ou outra surpresa...
tapada de mafra
www.tapadademafra.pt Portão do Codeçal - Mafra O Inverno na Tapada Nacional de Mafra promete ser animado. É que a chuva e a humidade costumam ser uma tentação demasiado grande para os veados, os javalis, os morcegos, as cobras, os ouriços, as raposas, as águias, os mochos e os falcoes, entre tantos outros animais que por ali habitam. Neste verdadeira floresta encantada há ainda a hipótese de terminar o dia com um passeio a cavalo ou de charrete...
www.fluviariomora.pt Parque Ecológico do Gameiro Cabeção - Mora O primeiro grande aquário de água doce da Europa está em Mora e merece uma visita de todos os que se encantam com o mundo animal. Por aqui recria-se o universo aquático e consolida-se uma vertente educativa e ambiental com especial destaque para as exposições de modelos vivos e dinâmico e as muitas atividades disponíveis para os mais novos.
golfinhos no sado
Setúbal A observação de golfinhos em pleno Estuário do Sado é umas das razões que o pode levar até Setúbal. Mas é uma razão forte. Muito forte. Afinal de contas esta é a única população (atualmente são cerca de 40) de golfinhos sedentários e residentes em Portugal e as suas aparições, numa zona que se estende entre Setúbal, Tróia e o Parque Natural da Arrábida, costumam ser frequentes e repletas de emoção quer junto dos mais novos, como dos mais crescidos...
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DESTAQUES
COACHING EM EDUCAÇÃO Salesianos de Lisboa
A
organização pertence ao Centro de Formação Calvet de Magalhães e promete “proporcionar a troca de ideias, projetos e reflexões conjuntas”. Os dias 27 e 28 de fevereiro terão mesas redondas, debates e sessões práticas de coaching parental, relações professor-aluno, construção de resilência na sala de aula, criatividade na escola e de mindfulness na sala de aula. Não é para crianças, mas é sobre crianças e merece, por isso, toda a atenção. Mais informações em coachingemeducacao.blogspot.pt.
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PROIBIDO COLAR CARTAZES!
30 POR UMA LINHA
Culturgest
Gulbenkian
ois corpos atravessam as galerias da Culturgest descobrindo vários universos artísticos através de uma experiência sensorial. O convite é alargado a todos: visitar a exposição “Querido, reorganizei a coleção... por artista” e ver os cartazes ganhar tridimensionalidade possibilitando outras formas de olhar. Esta visita performativa proporciona a exploração da multiplicidade de diálogos entre o cartaz e o espectador e está patente entre 21 de fevereiro e 1 de março. Para as escolas há visitas entre 24 e 27 de fevereiro. Saiba mais em www.culturgest.pt.
ontos e linhas saem do papel e invadem o espaço. Passam do plano para o volume e criam fantásticas máscaras à volta do corpo. Pode uma linha sair da bidimensionalidade e passar para a terceira dimensão? Que possibilidades isso abre? Nesta oficina de expressão plástica, a partir das obras de Bernard Frize e Miguel Ângelo Rocha, a ter lugar na terça-feira de Carnaval, os participantes (dos 4 aos 6 anos, às 10:30h e dos 7 aos 10, às 15:00h) vão criar máscaras escultóricas feitas de linhas que se vestem de uma ponta à outra, utilizando técnicas de moldagem e recorte de papel.
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´ HISTORIAS DO FAZ DE CONTA
ATELIÊS NA CASA
Padrão dos Descobrimentos
Casa das Histórias Paula Rego
tempo de Carnaval! Este ano o Padrão dos Descobrimentos quer levar todos numa viagem pelo universo das máscaras africanas e dar a conhecer os segredos da sua existência. O objetivo desta oficina (que tem lugar apenas no dia 15 de fevereiro, às 10:30h) é usar a imaginação e inspiração para criar máscaras cheias de poderes mágicos e dançar ao ritmo de sons africanos. Indicada para pais e filhos maiores de 4 anos de idade, esta é uma atividade com marcação prévia, pelo que deverá reservar a sua vaga através do telefone 213 031 950 ou do email se@ padraodosdescobrimentos.pt.
o fim de semana do Carnaval a Casa das Histórias Paula Rego, em Cascais, tem dois ateliês que vão servir-se das obras expostas para enquadrar as expressões artísticas dos mais novos. Em “A Loiça em Nós” (dias 16 e 18 às 11:00h e dia 17 às 15:30h), as crianças assumem características de loiça para se retratar e combinam a asa da xícara, a tampa da terrina e o bico do jarro para se disfarçar. Já em “A Paródia nos Bastidores” (dias 16 e 18 às 15:30h e dia 17 às 11:00h) vão espreitar, sem que ninguém leve a mal, e bisbilhotar a confusão que mora atrás de um palco. Todas estas atividades exigem pré-marcação.
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N
Escola de Dança Ana Köhler CONTACTOS: 217150738 (APÓS 16H) | 961 268 279 R. Luis Pastor Macedo, 37 A—1750-159 LUMIAR WEBSITE: WWW.EDAK.PT / info@edak.pt
MÊS DE FESTA E BRINCADEIRA Alegro Alfragide
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segundo mês do ano promete ser animado no Alegro de Alfragide. A culpa, claro, é do Carnaval, que vai ser vivido em grande, como aliás deve ser. Assim, entre os dias 16 e 18 de fevereiro há palhaçadas, partidas, pinturas e muita animação carnavalesca à espera dos mais pequenos. O momento alto será, no entanto, a tarde do dia 17, quando terá lugar um grandioso desfile de máscaras que poderá, inclusive, valer prémios... Mas há mais: no dia 21 mostra-se como as embalagens ganham vida; no dia 22 é altura de brincar com a ciência; e no dia 28, vai-se aprender inglês.
QUINTA DAS CONCHAS (50 MTS DA ESCOLA)
escola.de.danca.ana.kohler Aula Experimental Gratuita Ballet para crianças a partir dos 3 anos e adultos, Dança Tradicional Irlandesa para crianças e adultos, Hip-Hop para crianças e adultos, Dança Oriental e Indiana (Bollywood), Dança Contemporânea para crianças e adultos, Dança Jazz, Yoga, Barra de Chão, Teatro, Pintura e Desenho Criativo para os mais pequeninos, entre outros.
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DESTAQUES
FESTA DE CARNAVAL MEO KIDS E SIC K MUSEU DA CARRIS | 15 FEVEREIRO MÚSICA
WORKSHOPS
NA NAZARÉ...
DESFILE DE MÁSCARAS
EM LOURES...
T CARNAVAL EM LISBOA... KƐ ƐĞƵƐ ĮůŚŽƐ ǀĆŽ ǀŝǀĞƌ ĐŽŵŽ ŚĞƌſŝƐ ŶĂ ĨĞƐƚĂ ĚĞ ĂƌŶĂǀĂů D K <ŝĚƐ Ğ ^/ <͘ /ŶƐĐƌĞǀĂͲŽƐ Ğŵ meokids.pt ĂƚĠ 8 de fevereiro͘ ƐƉĞƌĂŵŽƐ ƉŽƌ ƚŽĚŽƐ͕ ĚĞ ,ŽŵĞŶƐͲ ƌĂŶŚĂ Ă WƌŝŶĐĞƐĂƐ͕ ĚŝĂ ϭϱ ĚĞ ĨĞǀĞƌĞŝƌŽ ŶŽ DƵƐĞƵ ĚĂ ĂƌƌŝƐ ƉĂƌĂ Ă ĨĞƐƚĂ ĚŽ ĂŶŽ͊
udo indica que serão mais de 55 mil os foliões que vão passar por Loures. A entrada gratuita nos desfiles e os bailes de carnaval (dias 14 e 16) prometem animar uma festa que este ano tem como pano de fundo o cinema.
O
s bailes há muito começaram, mas é a partir de dia 3 de fevereiro que se começa a viver, oficialmente, o Carnaval nazareno. O dia de S. Brás marca o arranque da folia, que só termina no dia 18, com o enterro do Santo Entrudo. Pelo meio, muitos desfiles e “cegadas”...
A
tradição de “brincar ao Carnaval” continua viva na capital. Em São Domingos de Benfica e em Carnide, por exemplo, as crianças vão poder sair à rua mascaradas e integradas em corsos oficiais. São ambos às 10:00h de dia 13, o mesmo dia em que muitas escolas vão, igualmente, proporcionar um passeio mais animado do que é normal às suas crianças. Mas não se pense que só de desfile vive o Carnaval lisboeta. É que no dia 15, domingo, o Museu da Carris acolhe mais uma edição da Festa de Carnaval da Meo Kids e da SIC K, na qual não faltarão a música, os woorkshops e um enorme desfile de máscaras. Passe por lá e divirta-se!
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EM TORRES VEDRAS...
O
amor é o tema deste ano do Carnaval de Torres Vedras. O corso escolar (no dia 13, às 9:30h) abre caminho a cinco dias de folia que só terminam quando o fogo de artifício da Praça da República se extinguir. Único senão: por aqui é preciso pagar para assistir aos corsos.
E EM SESIMBRA!
O
desfile das escolas (dia 13, às 10:00h) não é a única atividade destinada aos mais novos no Carnaval de Sesimbra. Antes ainda há oficinas que ensinam a fazer fatos a partir de jornais (dias 10 e 12, às 14:30h) e até um concurso infantil de fantasias (dia 14, às 11:00h).
geral@familycoaching.pt
CRÓNICA SANDRA BELO
´ A PROPOSITO D’A MALÉFICA As madrastas têm a árdua tarefa de desconstruir o imaginário infantil alimentado pela Disney (e não só!). Construir uma nova família pode ser uma verdadeira (e boa!) aventura.
J
á passei a fase de filmes da Disney e afins (mesmo quando se tratam dos realizados com figuras humanas).No entanto, no verão, quando surgiu o filme da Maléfica fui “convidada” a revisitar o mundo Walt Disney, mais propriamente dito, o mundo das madrastas. É um tema que me interessa, confesso. De vez em quando, na Family Coaching, chegam pedidos de ajuda por parte das madrastas (e padrastos! – mas com menos frequência os pedidos masculinos). Queixam-se. Lamentam, também eles, que os enteados não trazem “manual de instrução”. As angústias, as dúvidas e os medos andam quase sempre em redor das mesmas questões: • Será que ele(a) vai gostar de mim? • Será que vou ser capaz de estabelecer regras e fazê-las cumprir? • Será que vou conseguir ter uma família de sonho? • Será que vou conseguir gerir o tempo e as emoções entre filhos e enteados? Talvez os dilemas não sejam tão diferentes daqueles com que os pais se deparam. Apenas o enquadramento seja outro... • Dar tempo ao tempo – para saber se gostamos, precisamos de conhecer, de descobrir e depois decidir. Talvez apreciemos algumas coisas, outras nem por isso. 12
• Ouvir – o que o outro tem para nos dizer e mostrar. Ouvir genuinamente. Com o coração. • Informar / partilhar – aquilo que para nós é importante; o que são os nossos limites e o que acontecerá se estes forem ultrpassados (seja adulto, seja criança). • Os sonhos constroiêm-se e depois vivem-se – quando envolvem várias personagens, só podemos garantir que fazemos aquilo que depende de nós para o tornar real. Certo é que
www.familycoaching.pt
o que cada um fizer influenciará a dinâmica da família. Como? Não sei. Esse é o mistério e o encanto das relações humanas. • O tempo que é dedicado a cada pessoa, atividade ou evento que é considerado importante, depende apenas daquele que é o “dono desse tempo”. Ou seja, de cada um de nós! Contruir uma nova família (com elementos que vêm de famílias desfeitas) é um desafio. Não sei se mais ou menos exigente. Talvez diferente. É preciso ter em consideração que todos trazem uma história familiar (já vivida e experimentada). Cheia de experiências, boas e más. Recordações. Sonhos que se despedaçaram. Esperanças. E que é dessa riqueza, do contributo da originalidade de cada um (mesmo que diametralmente oposto ao idealizado) que se pode construir a família de sonho. Talvez não a imaginada mas a que é real, possível, especial e ÚNICA. A cada madrasta/padrasto cabe a aventura de refletir e descobrir: o que quero para mim? Só quando sabemos o que queremos, para onde desejamos ir, podemos traçar o caminho a percorrer. O coaching parental tem-me mostrado isso. Que é possível recomeçar após a queda. Criar novas oportunidades de ser verdadeiramente feliz. Basta querer!
ar livre
Fotografias: © CML
quinta pedagógica dos olivais
AR LIVRE
quinta pedagógica dos olivais
Q
uem por lá passa e não conhece também não adivinha. Nos Olivais, mesmo encostado ao enorme centro comercial, há um espaço onde reinam os animais. Ali não há poluição, ali não há pressa, ali nem sequer há barulho. Bem, por vezes é difícil aguentar com os zurros do burro mirandês, mas quando comparado com o barulho que há do lado de fora dos muros, tudo é mais um sussuro...
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Aqui não há semáforos nem trânsito. Aqui respeitam-se os animais e aprende-se a viver como se estivessemos no mundo rural A Quinta Pedagógica dos Olivais é mesmo um espaço à parte no meio do reboliço da cidade. Inaugurados há 18 anos, estes dois hectares de campo no meio da cidade são o local ideal para, na impossibilidade de melhor alternativa, proporcionar
às crianças um contacto genuíno com o mundo rural. Ali revivem-se as tradições de um país que fica longe do mar e celebram-se as festividades de um calendário rural que muitos jovens “citadinos” desconhecem. Pavões, faisões, galinhas, cães,
informações úteis
coelhos, ovelhas, porcos, vacas, cabras e patos, entre outros, são os reis do espaço. Um espaço dotado de um conjunto de equipamentos e de atividades que permitem, a quem o visita, umas boas horas de diversão. Um simples passeio pelo jardim de plantas aromáticas e medicinais ou pela zona da árvore das chuchas pode ser o ponto de partida para aventuras sem fim... O programa familiar da Quinta Pedagógica dos
Olivais é, só por si, motivo mais que suficiente para uma visita. Valorizam-se relações familiares e promovem-se momentos de intercâmbio geracional onde todos, sem exceção, colaboram e partilham as suas experiências. Há tosquias para fazer, legumes para plantar, pão para cozer, majedouras para cuidar, plantas das quais se fazem remédios e uma olaria onde todos se revelam artistas...
HORÁRIO De outubro a abril: das 09:00h às 17:30h (de terça a sexta-feira) e das 10:00h às 17:30h (sábados, domingos e feriados) De maio a setembro: das 09:00h às 19:00h (de terça a sexta-feira) e das 10:00h às 19:00h (sábados, domingos e feriados) LOCALIZAÇÃO Rua Cidade do Lobito, Olivais Sul ACESSIBILIDADES Autocarros (Carris) - 708 e 759 Metro - Linha Vermelha, Estação Olivais CONTACTOS Telefone: 218 550 930 Email: quinta.pedagogica@cmlisboa.pt PREÇOS Entrada gratuita na Quinta As atividades lúdico-pedagógicas são pagas e obrigam a uma marcação prévia.
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No MUNDO da MR
CRÓNICA SORAIA TEIXEIRA
FILHA, ADORO-TE BUÉ, YAH?LOL! Um simples “yah” levou-me a cogitar um futuro angustiante marcado por uma comunicação pobre e deficiente. E agora? Como atuar quando o “fixe”, o “bué” e o “curtir” nos invadem os diálogos?
U
m destes dias, a Maria Rita chegou da escola a repetir orgulhosamente o monossílabo “yah”. Como se fosse uma enorme conquista linguística possível de se aplicar em qualquer resposta. - “Yah, é isso.” - “Yah, já vou.” - “Yah, já fiz” - “Yah, tá tudo bem.” Perante o uso recorrente da abreviatura, dei por mim a considerar um cenário arrepiante. E não estou a exagerar. Depressa fui invadida por uma sensação estranha comandada por um enorme vazio, que me levou a temer pela continuidade dos nossos preciosos diálogos entre mãe e filha. Juro que fiquei com medo que até as respostas simples – que ao final de um dia de trabalho (cheio de saudades dela) sabemme pela vida – desaparecessem dos nossas conversas. E daí até idealizar uma MR presa à geração do “Bué”, em vez da geração do “Buá”, foi um instante. Desde logo, questionei sobre como seria falar com ela no futuro. Fiquei arrepiada só de imaginar que ela um dia se transforme numa daquelas adolescentes que se expressam de maneira atabalhoada, deficiente e muito confusa. Do género: - “Tás a ver aquela pita buéda morena da minha turma? Yah, essa cena! A pita foi obrigada 16
pela kota dela a ir à toca da velha levar umas cenas, pq a velha tava a bater mal, tázaver? Ouve, nem te passes! A pita vai na descontra pela estrada, mas a toca da velha era bué bué longe, e a pita c... na cena da kota dela e enfiou-se por um atalho. Népia de mitra, na boa e tal, curtindo o som do iPod... É então que, ouve lá, salta um baita dog marado, bué ugly mêmo. Marado, marado!... Epá, má onda, tázaver? LOL” Ui. Estou certa que nessa altura vou imediatamente fazer soar o alarme do: “SOCORRO, a minha filha JÁ não VERBALIZA! E agora, Tiaaaaaaaaaaaaaaago o que fazemos?” Admito que os pais precisam de se atualizar constantemente para acompanhar o ritmo, necessidades e exigências dos filhos, mas daí até compactuar com uma comunicação pobre, insatisfatória e preguiçosa vai uma enorme distância. Estou a anos-luz de me conformar que um dia a MR adote este registo de poupança nas palavras. Logo ela que é uma tagarela deliciosamente persistente! Logo ela que não perde uma oportunidade de dar opinião! Logo ela que gosta de se fazer ouvir como gente grande, como tanto nos orgulhamos lá em casa! Há relativamente pouco tempo,
li num jornal que nas conversas do dia-a-dia utilizamos cerca de 2200 palavras diferentes. Mas que entre os jovens a tendência é para se assistir a uma escassez nas palavras e que as expressões mais populares são o “bué”, o “fixe”, o “curtir” e o tal “yah”. O uso de palavras como estas, mais simples e abreviadas, aparentemente alarmou os ingleses, que já estão a fazer uma campanha nacional para chamar a atenção dos riscos daquilo que consideram ser uma redução do vocabulário. Em contrapartida, os especialistas portugueses não estão preocupados, porque consideram que a linguagem dos mais jovens espelha (apenas) um sinal dos tempos. Eu cá não tenho problemas em reconhecer que estou apreensiva com esta nova realidade. E como eu parecem estar muitos educadores e pais. Até o próprio o Papa Francisco já se mostrou alarmado com o uso excessivo de telemóveis e das redes sociais, especialmente, junto das camadas mais jovens. Numa das suas mensagens, o Papa desafiou a moderar a consulta de informação e pediu ajuda dos pais para que intervenham na maneira de comunicar dos filhos: “É preciso ensinar a os mais novos a comunicar e isso faz-se em família”, disse. Eu concordo e vou aceitar o desafio, hoje mesmo.
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AR LIVRE
quinta do olival da murta
A
Quinta do Olival da Murta é uma estrutura agrícola tradicional de natureza familiar situada na região da Estremadura, junto à serra de Montejunto e um local com muitas atividades pedagógicas destinadas aos mais novos. Por aqui pode-se brincar ao mesmo tempo que se aprende como funciona a horta, os pomares, a floresta e o mel, o galinheiro, a pocilga, o curral, ou como é a produção de gado bovino que aduba as vinhas. Aqui abrem-se as portas à natureza, 18
às tradições do mundo rural e, claro está, à brincadeira. Com muitos ateliês à disposição dos visitantes, destaque para as tardes dos primeiros sábados de cada mês, quando a Quinta oferece uma oficina de expressão plástica que começa sempre com um divertido passeio pela quinta e termina com “as mãos na massa”. Mas há muito mais para fazer pelos lados do Cadaval. Há até quem por lá goste de celebrar o seu aniversário, entre patos, ovelhas, cabras e galinhas...
informações ÚTEIS LOCALIZAÇÃO Peral - Cadaval GPS: Latitude 39.24 Longitude -9.08 CONTACTOS Telefone: 964 823 959 Email: quintadamurta.sociocultural@ gmail.com Web: www.quintadoolivaldamurta. webs.com ATIVIDADES DISPONÍVEIS Férias na Quinta Oficinas e Tardes Temáticas Festas de Aniversário
lazer ENCONTRA
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O BOBI TÁ
CHEIO DE FOME este nosso amigo de quatro patas escondeu tão bem o osso que agora não o consegue encontrar. Podes ajudá-lo?
© Disney
Liga cada um dos animais à sua respetiva silhueta.
DIFERENÇAS
A
2
B
3
C
4
D
5
E
6
F
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1-C | 2-F | 3-E | 4-B |5-D | 6-A
SOLUÇÕES: A moeda do colar do dalmata | as pintas no dalmata | a porta azul cá em cima | o nariz do cão castanho | a coleira azul do cão
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Texto Ilustraçþes
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LEITURAS 28/10/14 07:59
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VĂĄrios Autores Pais-em-Rede 4â&#x201A;Ź A Pais-em-Rede desafiou trĂŞs autores a escrever novas histĂłrias infantis sobre crianças com vĂĄrios tipos de incapacidades. Afonso Cruz escreveu a histĂłria de ClĂĄudia (num livro ilustrado por Marta Leite), uma menina com hiperatividade e dĂŠfice de atenção. JosĂŠ LuĂs Peixoto (juntamente com o ilustrador Vasco Gargalo) retrata a vida de Martim, um menino com SĂndrome de CornĂŠlia de Lange. Finalmente, Teolinda GersĂŁo (e a ilustradora Carolina ArbuĂŠs Monteiro), apresenta Carolina, uma menina surdocega. Todos estes livros podem ser encomendados atravĂŠs do email encomendasmeninosespeciais@ gmail.com
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petzi constrĂłi um barco
o paraĂso sĂŁo os outros
Carla e Vilhem Hansen Ponto de Fuga 6,65â&#x201A;Ź Vestido de jardineiras vermelhas Ă s bolas brancas e com o seu caracterĂstico gorro azul, o ursinho Petzi estĂĄ de volta na companhia de uma trupe de amigos inseparĂĄveis: Pingo, o leal pinguim; Riki, o pelicano de cujo grande bico saĂam a voz da razĂŁo e os objetos mais inacreditĂĄveis; e Almirante, a foca indolente e conhecedora de todos os segredos dos mares e dos marinheiros.
Valter Hugo MĂŁe e Esgar Acelerado Porto Editora 12,20â&#x201A;Ź Esta ĂŠ a histĂłria de uma menina que se dedica a observar os casais. Casais de pessoas e casais de animais. Uma menina a quem o amor intriga e fascina. Ao imaginar a vida dos outros, sonha com a sua pessoa desconhecida que um dia hĂĄ de amar. Pode atĂŠ ser o Miguel ou nĂŁo â&#x20AC;&#x201C; hĂĄ tanta gente maravilhosa! Ao inventar a felicidade, ela jĂĄ sabe tudo o que ĂŠ preciso para se ser casal.
O principezinho Antoine de SaintExupĂŠry Porto Editora 9,90â&#x201A;Ź Obra de referĂŞncia, esta ĂŠ uma histĂłria intemporal destinada a todas as crianças: as que ainda o sĂŁo, as que jĂĄ o foram um dia e as que nunca deixarĂŁo de o ser. Esta edição, que conta com prefĂĄcio de Valter Hugo MĂŁe, mostra, pela primeira vez em Portugal, o texto e as ilustraçþes de acordo com a edição original de 1943.
TEATRO
o mundo das cores Clube Estefânia Rua Alexandre Braga, 24A Até 15 de fevereiro Terça a sexta-feira, às 10:00h (escolas e grupos organizados); sábados, às 16:00h; domingos, às 11:00h De Escola de Mulheres - Oficina de Teatro Com Ana Lopes Gomes, Joana Castro e Ruy Malheiro M/4 anos - 5€ (crianças) e 7€ (adultos) O Mundo das Cores conta a história de uma menina chamada Rodolfa que nasceu diferente, num mundo cheio de cores, amigos que só ela vê e hábitos só seus. Rodolfa sabe que tem um propósito, algo muito importante para encontrar. Sem pensar duas vezes, parte em busca de algo que nem ela própria parece saber o que é, mas não é por isso que a sua determinação irá diminuir.
Carochinha Teatro Turim Estrada de Benfica, 723A De 8 de fevereiro a 1 de março Sábados, às 16:00h; domingos, às 11:00h De Teatro Nova Morada Com Ana Almeida, Fábio Machado, Joana Garras, Susana Rodrigues, Bruno Saavedra, Laura Morgado, Fernanda Borges, Armando Vieira, Paulo Teles, Tiago Lucas, Luís Fernandes, São Machado, Isabel Silva e Álvaro Machado. M/6 anos - 5€ (crianças) e 8€ (adultos) Esta é uma versão bem mais moderna e dirigida a toda a família do conto tradicional da Carochinha. Uma aventura que se revela fantástica na descoberta dos verdadeiros valores da vida. Aqui não vão mesmo faltar a música, a comédia e muita, mesmo muita, animação.
sopa nuvem Culturgest R. do Arco do Cego De 26 de fevereiro a 1 de março Quinta-feira, às 10:00h e 14:30h (escolas); sexta-feira, às 10:00h (escolas); sábado e domingo, às 11:00h De António-Pedro e Caroline Bergeron Com António-Pedro e Gonçalo Alegri M/6 anos - 2,5€ (escolas) e 3,5€ (famílias) Mais do que “baseado numa história verídica”, “Sopa Nuvem” é uma história onde todos os personagens, objetos e a sopa que é servida aos espectadores no fim, são reais. Um homem conta-nos a sua história: o seu filho lembra-se do avô que morreu e, mais que tudo, da sopa de feijão que ele tão bem fazia. O pai parte então numa viagem, para dentro e fora de si, à procura da misteriosa receita do Avô António. 25
MÚSICA
espelhos Centro Cultural de Belém Praça do Império De 7 a 15 de fevereiro De terça a sexta-feira, às 10:00h; Sábados, às 15:30h; Domingos, às 11:30h M/6 - 3,20€ (semana) e 5,35€ (fim de semana) Esta é uma viagem ao universo musical de Carlos Paredes, cuja música, cheia de imagens do meio ambiente e das pessoas que o rodeavam, sugere uma nova linguagem visual. As melodias da guitarra são aqui dissolvidas na percussão, usando elementos como a água, o ar ou a madeira. Estas percussões são igualmente fontes de luz, com uma sinergia entre o som que produzem e os reflexos de luz que criam, sendo a audiência envolvida nesse jogo intenso, num ambiente de planetário. 26
as quatro estações Teatro Nacional de São Carlos Rua Serpa Pinto, 9 Dia 28 de fevereiro, às 11:00h M/6 - 5€ Todos os amantes de música têm uma história em comum para contar. Nessa história há sempre um momento fascinante de revelação em que uma obra musical se torna profundamente significativa. O Teatro Nacional de São Carlos está apostado em proporcionar essa experiência às gerações mais jovens e para tal programou uma série de concertos e workshops aos sábados de manhã. Este mês, por exemplo, Veliyana Hristova mostra os segredos de “As Quatro Estações”. Sim, por ali há cães a ladrar, trovoadas, moscas, gelo e muito mais para descobrir numa obra que tem tanto de famosa como de obrigatória.
As aventuras do príncipe achmed Museu do Oriente Avenida Brasília, Doca de Alcântara (Norte) Dia 22 de fevereiro, às 16:00h M/6 - 5€ “As Aventuras do Príncipe Achmed” é oficialmente a primeira longa-metragem de animação da história do cinema e uma obra de referência, mas surge nos destaques musicais da Lx4Kids devido ao acompanhamento ao vivo que será feito pelo Aroma Jazz Trio comporto por Arsénio Martins (pianista e compositor), Mateja Dolsak (saxofone) e um outro convidado especial ainda no segredo dos deuses... Uma oportunidade única a não perder!
destaques
CINEMA
PLAY Festival Internacional de Cinema Infantil & Juvenil de Lisboa Cinema São Jorge Até dia 8 de fevereiro Para crianças até aos 13 anos 1,9€ (criança) e 3,5€ (adulto) A segunda edição do PLAY vai animar a cidade até dia 8 de fevereiro e promete um vasto leque de filmes para o público infantojuvenil. Destaque para “O Tigre Azul” e “Floco de Neve”, duas aventuras fantásticas exibidas no último dia do festival. Pode consultar o programa completo em www. playfest.pt/programa-2015.
FILMINHOS Centro Comercial Alegro Alfragide Dias 7 e 8 de fevereiro M/6 anos
Spongebob: esponja fora de água Estreia dia 12 de fevereiro Pimentel - M/6 O pirata Alameda Jack conseguiu finalmente encontrar um livro mágico onde todos os planos malignos que escreve se tornam realidade. No entanto, ele precisa da última página do livro, que está de posse de SpongeBob, bem no fundo do mar. Para recuperá-la, Alameda elabora um plano onde o habitat de Bob é destruído. E é nesta altura que SpongeBob e os amigos Patrick, Sirigueijo, Lula Molusco e Plâncton decidem ir buscar ajuda à superfície.
Para os que sempre sonharam ser realizadores de cinema, esta é uma atividade a não perder. Afinal de contas, não é todos os dias que se pode dizer que se criou um filme, neste caso através de um zootropo.
RIO 2096: UMA HISTÓRIA DE AMOR E FÚRIA Estreia dia 26 de fevereiro Com Selton Mello, Camila Pitanga e Rodrigo Santoro M/12 anos
Pode não ser o filme mais indicado para ver com as crianças (embora a animação seja muito apelativa), mas “Rio 2096: Uma História de Amor e Fúria” merece mais atenção do que apenas uma espreitadela ao trailer. O filme de Luiz Bolognesi dá-nos quatro fases da história do Brasil: a colonização, a escravatura, o Regime Militar e o futuro, em 2096, quando haverá guerra pela água. 27
Lisboa mátria
CRÓNICA EL Mariachi dIAZ
ESTAMOS A ESTACIONAR! TV > ZX Spectrum > Jogo Electrónico “TETRIS” > Redes Sociais > Tablets > Carros Velhos em Lisboa NÃO, uma evolução óbvia!
H
á coisa de quase vinte anos, andava o dIAZ a tirar a ferros uma licenciatura daquelas que depois se provou não servir para nada à excepção de uma imensa pândega, que é basicamente para o que as licenciaturas servem, a Televisão fez 50 anos. Com mais ou menos exactidão, porque a coisa terá sido inventada lá para 1923, generalizou-se na década de 30 mas, enfim, o que se referia era a TV a cores, a chegar a tudo e a todos (em Portugal, enfim, era mais nos cafés, colectividades e Clubes Recreativos, para o Festival da Eurovisão e Gabriela, Cravo e Canela, a preto e branco, até à década de 70). O assunto serviu, na altura, para a publicação, num jornal que já não existe, de um extenso “estudo” (ou seria um daqueles meros artigos que hoje toda a gente partilharia, com assaz leviandade, no Facebook?), onde se lia: “A Humanidade mudou mais nos últimos 50 anos que nos anteriores 500”… Talvez não tenham sido exactamente estas palavras. Mas qualquer imprecisão é devida ao deficiente armazenamento, por parte da minha rica senhora - obrigado por tudo - de centenas de recortes de jornal arquivados em dossiers que teimo em coleccionar, não obstante os protestos (com razão, ‘tadinha). 28
O que dizer, pois, de Hoje? Passaram mais 20 anos e os nossos filhos digitam e arrastam no tablet quase tão intuitivamente como, “naquele tempo”, quando ainda não sonhávamos ser pais, observávamos, espantadíssimos, os petizes compenetrados com o tetris naquelas “consolas” portáteis. Suponho que fosse o mesmo espanto com que os nossos pais olhavam para a forma como jogávamos Space Invaders na Atari ou Chuckie Egg no Spectrum… Só que agora não estamos sozinhos. Partilhamos. Estados de espírito, tristezas, alegrias. Eles não estão livres, como livres não estão de nada que fazemos. Agora, apontamos o telemóvel para tirar uma foto e é-nos perguntado: “E agora, pai? Vais partilhar no Facebook, Instagram ou Pinterest?”… o que virá a seguir? Uma regressão. Em Lisboa, pelo menos. Há muito pouco tempo, a frase “estou a estacionar” servia para tudo. Em Lisboa. Contextualizemos: Com telemóvel, perdeu-se um pouco do “Estar lá, no dia e hora combinada”. Na própria data, é preciso fazer um “update”. E “Estamos a sair”, “A chegar” ou “Quase, quase, só mais um pouco” são desculpas esfarrapadas. Quem está à nossa espera merece algo que
o faça ficar mais descansado. “Estamos a estacionar” é, sabem os lisboetas, perfeito. Porque significa “Lá ir, vamos, não se sabe é a que horas chegamos” porque, já se sabe, podemos envelhecer décadas a tentar fazê-lo. Com os nossos filhos no banco de trás. Passeiozinho na Estrela ao final do dia? Era ir às 15h e começar à procura de estacionamento com esperança que o sol não se fosse embora até encontrarmos um lugar, muito provavelmente em Santos, lá para as 17h! Com os nossos filhos no banco de trás. Agora, “Estamos a estacionar” já não pega. Há estacionamentos. Pagos. Caros. E há interdição de circulação de automóveis anteriores a Mil Nove e Carqueja. GENIAL. Agora sim, vamos ter uma capital moderníssima, como a Suécia, onde até os ministros vão de transportes públicos para o trabalho, para levarmos os nossos filhos, no banco do lado, à Baixa. Só um “probleminha”… Para residentes, a circulação é permitida. Ou seja, voltamos, em pleno 2014, a uma Lisboa igual a si mesma desde 1980: Quem vem de fora, usa a fantástica rede de transportes públicos. Os lisboetas que moram no Rato vão ao cinema às Amoreiras… de CARRO!
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TELEVISÃO
LOONEY TUNES De segunda a sexta-feira, às 11:00h e às15:30h - Biggs Bugs e Daffy não mudaram - mas a sua vida sim. Bugs continua direto, sarcástico e despachado como sempre, e Daffy, apesar das suas tendências narcisistas, sociopatas e paranoicas, é o melhor amigo do Bugs e,
aparentemente, um hóspede permanente. Agora que já não estão confinados às animações de sete minutos, as suas personalidades (e egos), maiores do que a própria vida, oferecem uma abordagem irreverente e cómica do mundo moderno.
hora de aventuras Novos episódios dia 7 de fevereiro às 10:50h - Cartoon Network Grande amante da aventura que persegue o sonho de ser um valente herói, Finn passa parte do seu tempo a salvar princesas e a lutar contra ferozes e fortes monstros. Mas quando o mal não está por perto, passa o dia da melhor maneira com o seu melhor amigo, Jake, o cão, a organizar festas, a jogar espetaculares jogos, a rebolar pela relva, a explorar a Terra de Ooo, a comer doces e a sonhar com armaduras lendárias. 30
Tree Fu Tom Sábados e domingos, às 08:30h e 15:00h- Canal Panda Tree Fu Tom passa-se numa minúscula aldeia mágica (Treetopolis) no topo do tronco de uma grande árvore num bosque. Em cada episódio, Tom sai de casa pela porta
das traseiras, coloca um cinto de poder e corre pelo jardim em direção ao bosque. Lá encontra-se a árvore de Treetopolis, sempre protegida por um escudo protetor, mas onde Tom irá viver aventuras sem fim.
DESTAQUES BAIRRO DO PANDA De segunda a sexta-feira, às 18:00h Canal Panda MARATONA SPONGEBOB E ESTREIA DE NOVOS EPISÓDIOS Dia 7 de fevereiro, a partir das 13:40 Nickelodeon MR. PEABODY & SHERMAN” Dia 8 de fevereiro, às 12:20h TVC3 HD
tartarugas ninja Novos episódios de segunda a sexta-feira, às 16:40h - Nickelodeon As tartarugas mais famosas do planeta estão de regresso! Estes lutadores contra o crime voltam para uma terceira
temporada recheada de novos (e velhos) mutantes decididos a conquistar o mundo, perigosas missões em que a cooperação e o trabalho de equipa será fundamental e, claro, muitas pizzas!
OS THUNDERMANS A partir de 9 de fevereiro, às 20:00h Nickelodeon PETER PAN Dia 12 de fevereiro, às 16:20h TVC3 HD ESPECIAL CARNAVAL Dias 16, 17 e 18 de fevereiro, a partir das 11:00h Cartoon Netwok BARBIE PRINCESA DAS PÉROLAS Dia 16 de fevereiro, às 15:30h Canal Panda ESPECIAL “DECIDE TU O FINAL” Dia 20 de fevereiro, às 20:00h Nickelodeon
Sammy & CO. Estreia dia 14 de fevereiro, às 11:45h - Canal Panda Esta é a série de televisão que dá continuidade às peripécias vividas em “As Aventuras de Sammy - A Passagem Secreta 3D” e “Sammy
2”. Em histórias recheadas de humor Sammy, as tartarugas Ricky e Ella, o polvo Annabel e o peixe trombeta Pipo vão explorar o mundo subaquático como só eles sabem.
ESPECIAL “TOP MUSIC” De 26 a 30 de janeiro, às 19:50h Cartoon Network OS 101 DÁLMATAS 30 de janeiro, às 20:05h TVC3 HD 31
JOGOS
apps gratuitas
O
mundo das aplicações para tablet e telemóvel está recheado de jogos infantis onde os animais são as estrelas. 1 - Puzzle Pets São ilhas intermináveis de animais de estimação. O objetivo é, à partida, simples: basta combinar três raposas, focas, pandas ou qualquer outro animal e... subir de nível! 2 - Escape From Rio - Blue Birds Neste jogo só há uma maneira de ganhar: ultrapassar aventura atrás de aventura e levar o nosso querido pássaro azul até à floresta. 3 - Garfield’s Pet House O veterinário Garfield precisa de ajuda e ninguém melhor do que todos os seus amigos para lhe darem uma mão... É que aqui ninguém pode esperar muito tempo por uma consulta... 4 - Clouds & Sheep As ovelhas não são conhecidas pela sua esperteza, pelo que o melhor é estar atento para que nenhuma engula um cogumelo venenoso, ou apanhe demasiado sol... 5 - Save the Puppies São dezenas de labirintos que só se resolvem usando a cabeça e alguns truques. Mas estes cachorrinhos merecem o esforço...
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JOGOS ONLINE Nos últimos anos, a presença das consolas de vídeo tornaram-se cada vez mais comuns. Estas consolas apresentam funcionalidades semelhantes às de um computador, permitindo o acesso à Internet e a interação com outros jogadores de todo o mundo, seja por texto ou até conversação de voz e vídeo, tal como se jogássemos lado a lado com estes utilizadores.
A
evolução dos sistemas e a presença da Internet contribuíram para a grande evolução na natureza dos videojogos que se diversificam através de computadores, consolas e dispositivos portáteis. Entre jogos individuais e jogos online com milhões de utilizadores (MMORPG), existem milhentas ofertas para todos os gostos. Jogar online pode ser, por isso, uma experiência pedagógica, mas é necessário tomar atenção a alguns aspetos, nomeadamente: Adequação aos conteúdos e à idade Os jogos de vídeo não são todos apropriados para todas as idades, nem para todos os públicos. Por isso, o jogador deverá estar confortável com o conteúdo do jogo, sem que este lhe provoque ansiedade, choque ou frustração. Para ajudar a escolher jogos adequados, existem sistemas como o PEGI – Pan-European Game Information que fazem a catalogação dos jogos, por adequação a faixas etárias, com base nos conteúdos que estes apresentam. Segurança do dispositivo tecnológico Confirme que os dispositivos que utiliza para jogar estão protegidos com firewall e sistema antivírus, quando a integração destes sistemas é possível. Muitas consolas já permitem a integração destes sistemas,
resultado da preocupação com a segurança e privacidade dos jogadores. Interações Arriscadas Muitos jogos atuais têm associados a si comunidades online, permitindo a interação entre jogadores via chat, mensagens instantâneas, fóruns, entre outras possibilidades. Considerando que na Internet, nem toda a gente é o que aparenta, tenha o cuidado de não fornecer dados pessoais, nem de familiares. Utilize um nome de jogador (ou para a sua personagem), que não se associe em nada ao seu perfil pessoal. Custos associados a “Jogos Gratuitos” Na grande variedade de jogos existentes, existem os que são pagos uma única vez, os que requerem uma mensalidade, os que são gratuitos e os que são gratuitos mas requerem um pagamento para desbloquear funcionalidades ou bónus extra. Nos últimos anos, os websites, as redes sociais e os mercados das aplicações móveis contribuíram bastante para o aparecimento deste tipo de jogos, facilitando a compra de extras associados ao jogo. É importante que o jogador não se deixe influenciar por estes facilitismos e que faça a clara diferenciação entre as aplicações totalmente gratuitas e estas.
Adição ao Jogo Vários jogos, especialmente os que permitem experienciar o desenvolvimento de um personagem (conhecidos por RPG’s ou MMORPG’s), podem desenvolver um comportamento aditivo no utilizador. Os sintomas abaixo descritos podem ser considerados fortes indícios de uma adição, devendo ser tratados com bastante cuidado: - Gastar tempo a mais com o jogo do que na realização de outras atividades; - Estar sempre focado num jogo, mesmo quando não se está a jogar, e sentir que se está a perder algo por não o fazer; - Gastar dinheiro real para comprar itens de jogo ou aumentar as suas funcionalidades; - Ficar nervoso e/ou ansioso por não estar a jogar; - Sonhar com o jogo de forma regular. O Centro Internet Segura opera em Portugal desde 2007 e tem como missão a promoção da utilização segura da Internet, através dos websites de sensibilização (www.seguranet.pt) e (www.internetsegura.pt) e das Linhas de Ajuda e de denúncia de Conteúdos ilegais (Linha Alerta).
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OLHAR NO ESPELHO
CRÓNICA ANA SOFIA SANTOS
500 EUROS? Houve quem pagasse o equivalente ao salário mínimo nacional para o filho ir ao concerto da Violeta. Que exemplo estamos a dar à nossa descendência, será que não aprendemos nada com os sacrifícios que ainda estamos a fazer? O desperdício foi o que nos trouxe até aqui.
E
screvo ainda mal refeita do estado de espanto em que aquela notícia me fez ficar. Acabo de ler numa partilha no Facebook que houve pais que gastaram 500 euros num bilhete para o espetáculo da Violeta. Que loucura, penso com os meus botões, imaginando que tal episódio terá sido uma excentricidade bem apanhada pelos media. Quase um caso isolado, de tão insólito. Eis que aquilo que seria, a meu ver, uma exceção tem réplicas. Houve quem pagasse bilhetes de avião para aterrar em Lisboa e ver o concerto da mas recente diva da pequenada. Assim que foi anunciado que a Violeta vinha a Lisboa, instalou-se a histeria entre a criançada e o desespero dos pais. Lá se vão uns euros da carteira e pior… alguém tem que levar a miudagem ao espetáculo, que ainda faltam uns aninhos para andarem por aí sozinhos sem supervisão parental. Um casal de amigos com uma fã da Violeta lá em casa, tirou à sorte (foi mais ao azar…) quem iria escoltar a pequena. As filas amontoaram-se cedo para guardar o melhor lugar, o mais próximo possível da Violeta. E as horas passaram-se a cantarolar em espanhol as le34
tras sabidas de cor de salteado. Nada de novo. Mas 500 euros?! Está tudo maluco? Não está aqui em causa o espetáculo, muito menos a Violeta, que é engraçada e veste cor-de-rosa. Nem os euros que custa um bilhete a preço normal de bilheteira, antes de esgotar (e mesmo este valor é impensável para muitas famílias). Que exemplo estamos a dar aos mais pequenos quando compramos um bilhete pelo mesmo valor do salário mínimo nacional e satisfazemos a peso de ouro um desejo (não será difícil tratar-se até de um capricho) dos nossos filhos? Isto de educar a descendência é tema que merece todo o tipo de palpites, de sentenças e de crenças. Cada um saberá como lidar da melhor forma com aquele ser mais pequeno. De qualquer modo, 500 euros por um bilhete para o concerto da Violeta, não me parece razoável. Até podia invocar aqui a questão da moralidade tendo em conta a situação desgraçada em que o país ainda se encontra depois da troika. Podia. E seria legítimo. Mais grave do que estourar 500 euros num bilhete para um concerto infantil, é a mensagem que se está a passar para
a geração que um dia nos vai governar. O desperdício e o desrespeito pelo dinheiro e por aquilo que de bom pode fazer pela sociedade trouxe-nos até aqui. A um beco sem saída aparente. Quero acreditar que a geração dos nossos filhos será quem vai valer a Portugal. Porque são muito mais inteligentes que nós e têm uma cultura cada vez mais de sociedade e menos individualista. Porém estamos a dar uns exemplos desgraçados a esta geração na qual depositamos esperança. Já há uns tempos me impressionou o episódio relatado por uma amiga que é dentista. É médica sobretudo de crianças e não raras vezes lhe acontece os pais fazerem cara feia ao custo do tratamento que ela sugere, quando o filho tem nas mãos uma consola portátil de última geração, que custa à vontade 500 euros… Num dos casos, o pequeno tinha várias cáries e era necessários assegurar que os dentes de leite só caiam na altura certa. “Mas tem mesmo que ser? Esses dentes nem lhe fazem falta!”, ouviu do pai da criança. Importante mesmo, são os concertos da Violeta a 500 euros e consolas novas.
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* O Banco do Bebé - Associação de Ajuda ao Recém Nascido é uma IPSS constituída em 1996. Envie e-mail com comprovativo da transferência junto com dados para emissão e envio de recibo (nome, número de contribuinte e morada) ao abrigo da Lei do Mecenato (com benefícios fiscais).
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CRÓNICA Andreia Rasga
O MEU AVÔ Desde criança que adoro o miolo do pão. Na casa dos meus avós paternos todos os dias havia um pão fresquinho enorme que ia para a mesa inteiro e que eu transformava numa gruta, com a minha mão pequenina, escavando o interior para lhe retirar o miolo.
A
quela carcaça de pão oca era depois, discretamente, colocada junto ao prato do meu avô. Ele, quando chegava à mesa, sorria e sabia bem como tinha acontecido aquela magia. Lembro de há pouco anos, num almoço de domingo, o meu avô, sentado ao meu lado, pedir que lhe passasse um pedaço de pão. Depois, retirou o miolo e deixou pousada, junto ao prato, uma gruta oca, comendo apenas o interior que os dentes dos seus quase 90 anos lhe permitiam. Naquele momento, sei que tive perfeita noção da passagem do tempo, como se em poucos segundos desfilassem, frente aos meus olhos, as três décadas da minha vida. Uma inversão da história e dos papéis. O mundo redondo. Um percurso cíclico, sem escolha, sem desvios. O tal ciclo natural da vida que conhecemos e aceitamos, mas mantemos a uma distância perfeita para não nos assustar, para conseguirmos andar em frente, fazer coisas, procriar, tomar decisões, acordar e sair da cama, ter sonhos e lutar por eles. Num ápice perdi idade e altura, o meu avô perdeu anos mas ganhou cabelo e, naquele
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almoço, eu quis ser a menina que comia o miolo e ele o avô que ficava com a côdea e nunca este contrário. Naquele domingo, quis retroceder o avanço do tempo, travá-lo, deixá-lo parado, preso, eterno, escavando a memória como o miolo do pão e enchendo a gruta da côdea como se enchem os dias da vida. Os mesmos dias tantas vezes desperdiçados, injustiçados, cheios de banalidades e de feridas, ignorando tudo aquilo que realmente importa. As nossas pessoas e a nossa história. Porque, por muito que teimemos em disfarçar, a velhice não enruga só a pele e entorpece os movimentos. A velhice dói. O tempo que fica para trás é infinitamente maior do que aquele que se encontra pela frente. Então, muda tudo! Encurtam-se as expetativas e desfocam-se as perspetivas. Há o dia seguinte e aquele adormecer. Há mais um Natal e um outro aniversário. Há os almoços de domingo, os netos, os bisnetos, as saudades de quem já não está. E pouco mais que é o quase tudo, que quando acaba sabe realmente a nada. Então, vivemos certos de que a velhice que vemos é a velhi-
ce que seremos. E cabemos a nós, proteger quem nos criou, sabendo e sentindo, num egoísmo sem malícia, que é muito mais fácil ser cuidado do que cuidar. O meu avô partiu há poucos dias. Era o meu último avô. Deixou-me o miolo do pão e a côdea da vida para encher. Para encher de paixão, como aquela que ele sentia pelos jogos de futebol. De amor, como o que dividiu e multiplicou com a minha avó com quem viveu, no trabalho e na família, durante mais de 60 anos. De amizade, como a que ele partilhava com tantos velhotes de boina, parecidos a ele, a quem acenava pela rua, com o carro em ponto-morto nas descidas, quando me ia buscar à escola. De serenidade, como sempre lhe conheci e que sei que herdei. Para encher de boas memórias como as revistas do jornal de domingo que me guardava, religiosamente. Para encher do melhor que podemos trazer para os dias que temos. Enquanto não formos velhos. Enquanto cuidarmos dos nossos filhos. Enquanto lhes tentamos ensinar como, um dia, fará parte dos dias deles cuidar dos nossos.
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