Revista de Aero N.º 2

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Revista de Aero A revista de alunos de Aero para alunos de Aero ! NÚMERO 2

S E M E S T R A L - O U T U B R O / 2 0 1 1

Conteúdos 

PASSAROLA Team em grande!

Paris Airshow!

III Jornadas de Eng. Aeroespacial.

BALUA - o novo projecto do SSETI.

A escolha do ramo de Espaço!

APAE - Quem somos, que fazemos!

Reunião do Congresso EUROAVIA!

S3A - Uma nova Direcção!

S3A - O que andamos a fazer!

S3A- Dia do Caloiro!

Workshop Eurocopter - Paris Airshow.

Estágio na OGMA - Aeronaves.

Partículas movem-se mais rápido que a velocidade da luz ?!

Primeiros voos regulares de Passageiros com Biocombustível.

Air Cargo Challenge 2011 Paris Air Show 2011


Invasão Lusa no ACC da Alemanha A equipa PASSAROLA da S3A conseguiu no passado mês de Agosto a melhor classificação de sempre de equipas do IST em edições internacionais da competição Air Cargo Challenge (6º lugar).

Patrocínios:

Com 2 alunos do 5º ano (Hugo Marques e Pedro Albuquerque), 3 do 4º ano (David Melo, Diogo Vicente e Tiago Ferreira) e um piloto do Ensino Secundário (Pedro Precio-

so), a equipa conseguiu o primeiro resultado visível da criação da Secção Autónoma de Aeronáutica Aplicada da AEIST que foi criada justamente para servir de núcleo aglutinador de alunos que pretendam participar em competições e eventos aeronáuticos potenciando desta forma a transmissão de conhecimento e experiência entre alunos e reforçando o

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apoio logístico, institucional e financeiro, para que o Instituto Superior Técnico seja representado ao mais alto nível. No Air Cargo Challenge 2011 competiram 27 equipas de 11 países. Devido à tradição lusa desta competição, Portugal levou 6 equipas a Estugarda, tendo a Universidade da Beira Interior ganho a competição e batido a forte

concorrência alemã e chinesa. A competição, criada por alunos da Associação Portuguesa de Aeronáutica e Espaço (constituída por alunos de Engenharia Aeroespacial do IST) em 2003 cresceu e tornou-se internacional a partir de 2007 com edições bianuais. Esta foi a 1ª edição fora de Portugal, sendo organiza-

da pelos vencedores de 2009 – a Universidade de Estugarda. O esforço de muitos colegas de Engenharia Aeroespacial e também de Electrotécnica e de Mecânica do IST na S3A deu frutos e a equipa PASSAROLA da S3A da AEIST conseguiu o 2º melhor resultado a nível Ibérico, o melhor se apenas se contabilizarem equipas com alunos, já que

algumas congéneres tinham professores como membros da equipa. Diga-se ainda que no cômputo do relatório final, dos desenhos técnicos, da apresentação oral e das penalidades pré -voo, a equipa PASSAROLA ficou em 1º lugar. AUTORIA: Pedro Albuquerque


PASSAROLA Team da S3A em grande! O Air Cargo Challenge foi um evento bastante marcante para todos os membros da equipa PASSAROLA bem como para todas as pessoas que ajudaram a equipa. Por trás do 6º lugar alcançado pela equipa na edição de 2011 existem muitas histórias, preocupações, noites mal dormidas e percalços que assombraram a equipa e que vale a pena serem contados. Por esse motivo fizemos este pequeno resumo da competição e do processo de projectar a PASSAROLA.

O projecto A PASSAROLA foi projectada por um grupo de alunos do Instituto Superior Técnico que pretendem aplicar os conhecimentos que aprendem nas aulas teóricas. Grupo esse, composto por alunos do 4º e 5º ano de engenharia aeroespacial e ainda um sexto elemento (piloto) do primeiro ano de engenharia electrotécnica. Tal como qualquer projecto de engenharia actual, este avião foi projectado em grande parte com recurso a várias ferramentas de Software que vão desde CAD, simulações de escoamento de fluidos, análises estruturais até programas feitos pelos próprios alunos. Contudo esta é uma actividade extra curricular pelo que os alunos, além de projectarem o avião, têm ainda de fazer as cadeiras do respectivo curso. Posto isto nunca há tempo suficiente para fazer todos os estudos necessários para assegurar o correcto funcionamento do avião.

Consequentemente foram necessários vários protótipos para corrigir todos os errosnão detectados durante o projecto. Ainda como agravante o avião foi construído pelos alunos que tinham pouca ou nenhuma experiência na construção de aeromodelos. Por todos estes motivos, vários protótipos caíram até que finalmente se alcançou uma solução 100% operacional. Apesar de tudo o resultado final foi um aeromodelo de qualidade e bastante competente que conseguiu inclusivamente superar o desempenho de outros modelos de envergadura superior.

Durante a competição A competição realizou -se em Agosto na cidade alemã de Estugarda. Por ser uma competição internacional, todas as equipas foram obrigadas a transportar o avião numa caixa com dimensões definidas e iguais para todos. Sabendo que é sempre possível o avião despistar -se, a equipa preveniu-se e decidiu levar dois aviões na dita caixa. Para caberem os dois estes não podiam ir completamente montados, pelo que a montagem final foi feita na véspera do início da competição já na Alemanha. Escusado será dizer, que não foi uma noite bem dormida.

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11 de Agosto - 1º dia de competição: No primeiro dia do evento não haveria voos. Este dia resumir-se-ia a inspecções técnicas e à apresentação das equipas e dos seus aviões bem como de todos os estudos que fizeram para chegar ao produto final.

Patrocínios:

Este dia correu bem sendo o único percalço o facto do estabilizador horizontal não estar exactamente horizontal. Problema esse que foi corrigido para o dia seguinte. A equipa fez a sua apresentação dentro do tempo estipulado e não sofreu penalizações nas inspecções. O júri gostou do trabalho apresentado pela equipa até então, pelo que a pontuação total atribuída ao relatório de projecto, apresentação do trabalho e zero de penalizações valeram à equipa o primeiro lugar desse dia!!

No segundo dia de evento far-se-ia então a primeira e segunda ronda de voos. É de salientar que havia um peso máximo estipulado, para o avião sem carga, de 1.8Kg. No entanto a grande maioria das equipas excedeu este valor. A penalização de peso extra era de 10g de penalidade na carga levantada por cada grama de peso extra que o avião tivesse. Ou seja, se avião levantar 4Kg de carga mas o seu peso em vazio for de 1900g a equipa apenas pontuará 3Kg.

No primeiro voo a equipa quis manter uma carga leve para evitar surpresas e levantou o peso mínimo com que já tinham voado em Portugal, 3.8Kg. Para os voos serem válidos os aviões tinham de descolar em 60m de pista, dar a volta e aterrar (por isto entendase tocar com todas as rodas no chão e ir a deslizar na pista) em 120m. Nos vídeos publicados no site é possível ver que, ao aterrar, a passarola vai com o trem dianteiro no ar quase até parar. Esta foi uma manobra feita pelo piloto Pedro Precioso para evitar uma saída de pista do avião dado que o trem dianteiro desalinhava com facilidade. De notar que o piloto inicial da equipa, João Paulo, infelizmente não pôde ir à competição devido a imprevistos pessoais. Contudo foi o mesmo que sugeriu Pedro Precioso para tomar o seu lugar na competição dado que é também um piloto de grande qualidade.

O avião PASSAROLA não era excepção no peso extra. Pesava aproximadamente 1900g em vazio no primeiro voo. Era então crucial remover peso extra para o tornar o modelo competitivo. A remoção de peso tornou -se então uma verdadeira obsessão! Tudo o que se achasse desnecessário era removido, inclusivamente os “pesados” autocolantes

Infelizmente no segundo voo a equipa levantou 5.5Kg mas este não foi válido dado que avião descolou em mais de 60m. Pensa se que o centro de gravidade talvez estivesse demasiado para a frente, o que dificulta o levantar do nariz e torna o avião demasiado estável. Como agravante , a cobertura da fuselagem foi mal presa e soltou-se durante

12 de Agosto - 2º dia de competição:

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da equipa com o número 15. Em vez disso o número 15 era pintado nas asas poupando assim 1 ou 2g. Parafusos com milímetros a mais erram cerrados, excessos de madeira tinham o mesmo tratamento, isolamento eléctrico em demasia dos cabos do motor e baterias eram reduzidos ao mínimo, estas e muitas outras medidas foram adoptadas para combater a obesidade do modelo.


o voo ficando a bater e impedindo o avião de acelerar tanto quanto podia. O resultado foi um voo rasante e espectacular para deleite dos espectadores, que felizmente acabou numa aterragem segura novamente em cavalinho. 13 de Agosto - 3º dia de competição: No terceiro e derradeiro dia o avião fez um voo válido com 5.2Kg de carga, ficando assim em 6º lugar. A equipa, que no dia anterior solucionou problemas de fragilidade nas asas, conseguiu reduzir drasticamente o peso ao remover grande parte da cobertura de madeira de balsa das asas. Os pedaços removidos foram cobertos com papel transparente. O resultado foi uma redução de quase 100 gramas e mais uma noite mal dormida. Obviamente a carga levantada valeu por mais dado que a penalização por peso extra foi consideravelmente menor.

Beira Interior. O nosso país encontrava-se representado por seis equipas no total, AirFEUP, IPL Team, Luso SPAD, PASSAROLA, UBI – Portugal, Gryphus Team. É de bradar o espirto de entreajuda que havia especialmente entre as equipas portuguesas. Um obrigado muito especial ao Srs. Manuel Cunha, João Silva e Daniel Costa do clube de aeromodelismo de

Corroios por todo o apoio e paciência prestada durante a fase de testes do modelo. Agradecemos também o apoio prestado pelos professores Luís Eça, Paulo Oliveira, Fernando Lau, Agostinho Fonseca, José Azinheira e Filipe Cunha. AUTORIA: Hugo Marques

Ainda havia tempo para uma quarta ronda de voos. A equipa teve tempo para reduzir mais alguns gramas no peso do estabilizador horizontal (PASSAROLA V3.2) e fazer a derradeira tentativa com 6Kg de carga. Contudo de forma brusca e inesperada levantou-se um temporal com ventos muito fortes que obrigou ao cancelamento do evento e desmantelamento das tendas das equipas antes que estas voassem. A equipa volta então para Portugal com um suado mas merecido 6º lugar. É de salientar que a competição foi ganha pela equipa UBI Portugal da Universidade da Foto da equipa PASSAROLA: Da esquerda para a direita - David Melo, Hugo Marques, Pedro Albuquerque, Diogo Vicente, Tiago Ferreira e Pedro Precioso .

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Paris Airshow!

Paris! O sonho de gerações, fonte de inspiração e centro de confluência de grandes nomes da cultura, a perdição daqueles que procuram a excentricidade e os prazeres da vida! Cidade onde se forjou o pensamento ocidental contemporâneo após a tomada da Bastilha através da tão conhecida revolução Francesa. Cidade das luzes, capital da moda…e entre os dias 20 e 26 de Junho de 2011 o centro das atenções de todas as mulheres e homens de negócios e amantes da indústria aeronáutica e espacial, contando com mais de 2100 empresas representadas, de 45 países (Portugal incluído) e 150 aeronaves expostas! Este evento que já vai na sua 49ª edição, decorreu no histórico aeroporto de le Bourget ,onde Charles Lindberg aterrou após realizar a primeira travessia solitária do Atlântico sem escalas em 1927, e onde se situa o museu Francês do ar e do espaço (Musée de l'Air et de l'Espace) desde 1919, ano em que o aeroporto foi inaugurado. Durante os primeiros 4 dias (20-23 de Junho) deste importante festival aéreo o recinto esteve reservado apenas à indústria e às actividades ligadas aos negócios do sector. Estes dias contaram com a presença de 151.500 profissionais da industria aeroespacial. O destaque vai para a

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Airbus, que conseguiu um total de 730 novas encomendas de aeronaves, para a ATR (jointventure entre a Alenia Aeronautica e a EADS) com 60 aeronaves vendidas e para a fabricante de motores Safran com 910 encomendas para o seu motor Leap-X. Portugal apresentou-se representado por um conjunto de 37 empresas congregadas num único pavilhão o que culminou na maior representação de sempre de Portugal em eventos desta natureza. Para isso foram decisivos os esforços realizados pelo AICEP (Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal). O projecto Life, desenvolvido por um leque de empresas nacionais com a brasileira Embraer , que propõe um novo conceito de fuselagem mais leve e amigo do ambiente, foi a grande atracção do pavilhão de Portugal em le Bourget. Os dias mais ansiados da abertura ao público ocorreram entre os dias 24 e 26 de Junho. Durante estes dias 204.000 pessoas viram as aeronaves expostas e assistiram aos diversos voos do festival aéreo. Entre as aeronaves expostas as preferências do grande público inclinaram -se de forma arrebatadora para o Solar Impulse, um avião unicamente alimentado pela energia solar. Os aviões


militares A400M da Airbus e C-5 Galaxy da Lockheed bem como o clássico Boeing 747 -800 também despertaram o interesse dos visitantes. Já entre as 40 demonstrações aéreas realizadas, o novo helicópetro X3 da Eurocopter, o Airbus A380 e o caça Rafale da Dassault Aviation foram os preferidos do público. A grande desilusão foi a ausência do Boeing 787 Dreamliner nos dias de abertura ao público. Estes dias ficaram ainda marcados pelo career day no dia 24 em que a entrada foi gratuíta para todos os estudantes. Tiveram lugar nestes dias diversos eventos de recrutamento e workshops dirigidos a que procura emprego ou formação adicional na área. Cerca de 50.000 estudantes e jovens tiveram oportunidade de se apresentar às 63 empresas representadas neste evento paralelo. Neste número podemos incluir cerca de uma dezena de estudantes de Engenharia Aeroespacial do IST que quiseram estabelecer contactos e sentir um pouco da atmosfera que se vive na indústria actualmente. Seja pela dimensão, pela organização, pelo número impressionante de visitantes, ou pelo volume de negócios, o Paris Airshow foi um sucesso em toda a linha. Ficando assim comprovado que o sector Aeroespacial está de boa saúde e recomenda-se. AUTORIA: Pedro Vaz Paulo

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III Jornadas de Engenharia Aeroespacial 10 a 13 de Outubro de 2011 A Associação Portuguesa de Aeronáutica e Espaço (APAE) orgulha-se de apresentar pelo 3º ano consecutivo as Jornadas de Engenharia Aeroespacial, a realizar nos dias 10 e 13 de Outubro de 2011, no campus Alameda do Instituto Superior Técnico (IST), em Lisboa. O evento é de entrada livre e todos os participantes poderão assistir a muitas palestras e workshops e ainda conviver no grande Churrasco de Aeroespacial! Entre os convidados, contaremos com a presença de docentes da ACMAA, engenheiros portugueses em representação de empresas nacionais, alunos do curso de Engenharia Aeroespacial, representantes de projectos sedeados no IST, alumni e ainda algumas das equipas portuguesas que participaram no Air Cargo Challenge. Na segunda-feira, dia 10 de outubro, a Sessão de Abertura terá lugar às 9 horas, seguindo -se uma breve apresentação da APAE. A seguir, a S3A apresentará os seus projectos e demais actividades. De seguida, o Prof. Fernando Lau apresentará as várias colaborações internacionais disponíveis para o nosso mestrado, incluindo as opções de duplo grau. A seguir, assistiremos ao lançamento da 2ª edição da Revista de Aero, uma iniciativa da APAE e da S3A mas aberPágina 8

to a todos os alunos do IST. Após um breve intervalo para café, regressaremos para mais uma apresentação. O Eng. Ivo Vieira, alumni do IST, fará uma apresentação sobre a LusoSpace, abordando os principais desafios e projectos da empresa que fundou em 2002. Antes do almoço, teremos ainda oportunidade para assistir à palestra do Prof. Filipe Cunha intitulada “Operações com helicópteros em Portugal”. A sessão da tarde será realizada em colaboração com a S3A e dedicada ao Air Cargo Challenge, evento criado pela APAE em 2003. Contaremos com a participação do NAAM-FEUP e de várias equipas nacionais que participaram nos últimos eventos, incluindo equipas do IST. Com o aval da APAE, haverá ainda uma apresentação e consequente debate sobre uma proposta de uma nova competição baseada no ACC. Por fim, teremos a apresentação do projecto SSETI e ainda uma palestra do Prof. João Oliveira sobre “Dinâmica de Voo, Estabilidade e Controlo”. Na terça -feira, dia 11 de outubro, retomaremos novamente às 9 horas, com a apresentação da JUNITEC. A seguir, o Eng. Carlos Rodrigues da OGMA e o aluno Pedro Albuquerque apresentarão


a organização e discutir as experiências de estágios numa empresa de dimensão multinacional. A seguir, o Prof. Paulo Gil abordará o tema “do foguete de feira ao programa Apollo”. Por fim, os alunos Guilherme Trigo e Hugo Lopes contarão as suas experiências como estudantes do mestrado de duplo grau na Universidade de Delft, na Holanda. Após um pequeno intervalo, o Eng. Agostinho Fonseca, em representação da Ordem dos Engenheiros, apresentará as alterações previstas à distribuição dos Colégios da Ordem, nomeadamente a criação do Colégio de Engenharia Aeroespacial. Antes do almoço, assistiremos ainda à apresentação da SystemsGroup. Depois do almoço, teremos a apresentação do projecto FST Novabase, seguido de uma palestra do Eng. João Loureiro, alumni do IST, em representação do CEIIA.

Finalmente, a última apresentação estará a cargo do aluno Cláudio Silva, que abordará a sua experiência de estágio na empresa GMV. Durante as Jornadas, todos os participantes terão ainda a possibilidade de realizarem workshops de microfoguetões e de sistemas Arduinos. As Jornadas terão o seu final no magnífico Churrasco de Aeroespacial, no Bar da Bola, com muita bebida, comida e animação. Contamos contigo para tornar estas III Jornadas num evento memorável. Nuno Carvalho - APAE SSETI Student Space Exploration and Technology Initiative

ACC

Air Cargo Challenge

ACMAA

Área Científica de Mecânica Aplicada e Aeroespacial

CEIIA

Centro para a Excelência e Inovação na Ind. Automóvel

OGMA

Oficinas Gerais de Material Aeronáutico

S3A

Secção Autónoma de Aeronáutica Aplicada da AEIST

SSETI

Student Space Exploration and Technology Initiative

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BALUA - o novo projecto do SSETI

O SSETI, (Student Space Exploration and Technology Initiative), tem um novo projecto denominado BALUA, que consiste num inovador balão de altitude.

jecto é conseguir tornar este equipamento numa plataforma reutilizável, que permita a recuperação quer do objecto, quer dos dados que o mesmo contém.

Com um conceito simples, o BALUA pretende superar as anteriores incapacidades deste tipo de balão, pretendendo -se que, ao contrário dos anteriores, não rebente quando passa a barreira dos 30 km de altitude.

Com este novo projecto, as possibilidades que os balões atmosféricos oferecem aumentam consideravelmente. Detecção de incêndios, vigilância da costa, realização de estudos ambientais, ou a possibilidade de realizar fotografia aérea, até aqui apenas

O objectivo deste novo pro-

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disponível com recurso a helicópteros ou aviões o que representava gastos muito altos, ficam agora disponíveis. O grande desafio a que agora os investigadores envolvidos no projecto terão de responder prende-se com a capacidade de controlar este tipo de dispositivo sem recurso a hélices ou a motores. Mais informações em www.balua.org.


A escolha do ramo de Espaço! cientes. Mas são sem dúvida uma base

realizar um projecto distinto dos restantes

terceiro ano uma dúvida com a qual a

eficaz para uma formação auto

colegas, focado na conquista espacial. A

maioria de nós se depara, a escolha do

abrangente, e todos sabemos quão neces-

título de exemplo, este ano o projecto

ramo a seguir. Optei então por esclarecê -

sário isso é em engenharia.

consiste no design e plano de negócios

Recordo-me de enfrentar no meu

la com o meu Tutor. Meses mais tarde

-didática

Por outro lado, com o aparecimento

para um veículo de transporte para órbita

após esta conversa, o Professor Agostinho

deste novo ramo surgiram também novas

comercial. Verifica-se assim uma proactivi-

Fonseca contactou-me e disse-me que

oportunidades para os alunos, ao nível de

dade da parte dos professores para inte-

estava em aprovação o nascimento de um

cadeiras e projectos. Falo de Planeamento

grar o ramo do espaço e aplicá -lo à área,

terceiro ramo do nosso curso, que iria

de Missões Espaciais, cadeira leccionada

iniciativas que motivam os alunos interes-

combinar as cadeiras mais importantes

pelo Professor Paulo Gil e que tenta

sados no tema.

dos outros dois ramos e que estaria foca-

"consolidar esse conhecimento [Introdução

do para a exploração espacial.

Foi-me noutra circunstância referido que ao optar por um tão novo ramo estaria a prejudicar a minha integração

Seguiram-se inúmeras conversas com os meus colegas, e várias opiniões me

profissional, sonegando oportunidades

foram dadas. Desde o facto de este tercei-

nos ramos de aeronaves ou aviónica em

ro ramo ser uma mistura dos outros dois

prol das poucas, a nível nacional e interna-

ramos, não tendo por isso um currículo

cional, existentes com focagem directa na

forte, até ao facto de este ramo do espaço

exploração espacial. No entanto, a opinião

ser uma boa aposta mas, seguindo a nor-

da indústria não é esta, e embora seja de

ma que é o técnico, sobremodo teórico.

acreditar que o ramo da exploração espa-

Desta feita, ao escrever estas linhas, depa-

cial esteja a entrar em dificuldades devido

rei-me com uma questão: o que é que eu

a realocação de fundos por parte das

penso do ramo que escolhi?

agências governamentais, verdade é que só no nosso país foi elaborado recente-

Adoro. E explico. Quando me candidatei ao ensino superior sabia apenas

mente um catálogo com todas as empre-

que, pela reputação e colocação profissio-

sas que têm projectos focados na explora-

nal, um curso no IST seria o investimento

ção espacial, seja a nível de programação

de melhor retorno, mas ter que optar

informática ou da criação de maquinaria

entre um curso focado na mecânica ou na

como sensores ou estruturas. E isto a nível nacional, já que no estrangeiro há verda-

electrónica perplexava-me. Até que descobri o curso de Aeroespacial. Um curso

à Astronáutica], e de dominar todos os

exigente e completo nas áreas de enge-

aspectos básicos da dinâmica do voo espa-

nharia por excelência, e que viria deste

cial] através do contacto com a problemáti-

que embora recente, o ramo de espaço

modo colmatar a minha dúvida. Contudo,

ca global de definição de missões espaciais"

tem o potencial necessário para formar

e chegado ao terceiro ano, deparei-me

e "identificar, formular e abordar proble-

engenheiros aeroespaciais tão eficazes

novamente com a mesma situação. Foi

mas relacionados com a análise e design de

como os dos restantes ramos, com uma

então que acolhi de braços abertos a ideia

missões espaciais, tanto do ponto de vista

forte componente multi-disciplinar, que

de um ramo que continuava a minha for-

de cada subsistema como do ponto de vista

providencia as bases necessárias para uma

mação em ambas as áreas da aviação.

da missão como um todo" (do site da cadei-

aplicação eficaz em várias áreas de enge-

ra ou in www.ist.utl.pt). Falo também da

nharia, bem como noções das complica-

conhecida cadeira de Projecto Aeroespacial,

ções existentes na exploração espacial.

Sempre que me dizem que o ramo está incompleto, sorrio e concordo com eles. Não me iludi. Nunca achei que as cadeiras que nos são leccionadas são sufi-

leccionada pelo Professor Afzal Suleman, na qual pela primeira vez surge a opção de se

deiros gigantes da indústria espacial. Espero ter conseguido mostrar

AUTORIA: Ricardo Graça

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Depois do almoço, teremos a apresentação do projecto FST – Fórmula Student, seguido de uma palestra do Eng. João Loureiro, alumni do IST, em representação do CEIIA. Finalmente, a última apresentação estará a cargo do aluno Cláudio Silva, que abordará a

sua experiência de estágio na empresa GMV.

co Churrasco de Aeroespacial, no Bar da Bola, com muita bebida, comida e animação.

Durante as Jornadas, todos os participantes terão ainda a possibilidade de realizarem workshops de microfoguetões e de sistemas Arduinos. As Jornadas terão o seu final climático no magnífi-

Contamos contigo para tornar estas III Jornadas num evento memorável. AUTORIA: Nuno Carvalho - APAE

APAE - Quem somos e o que fazemos! Associação Portuguesa de Aeronáutica e Espaço. A Organização: A APAE surgiu no ano de 1996 quando quatro alunos da Licenciatura em Engenharia Aeroespacial resolveram

são europeia e com a qual

que possibilita a obtenção de

pretende testar os limites da

competências e experiências

criatividade e capacidade de

académicas que de outra

trabalho em grupo de cada

forma seria quase impossível.

equipa. O objectivo desta competição é simples: criar

Os Eventos

uma aeronave que transporte

Desde a sua criação, a APAE

a maior massa possível.

reestruturar a então denomi-

tem como prioridade o pla-

nada Secção Autónoma de

neamento

Aeronautica e Espaço, dirigida

variadas

enriquecedoras

Ao longo de cada ano lecti-

pela Associação de Estudan-

das quais se destacam as

vo a APAE compromete-se a

tes do Instituto Superior Téc-

seguintes:

realizar vários workshops que

nico. Desta forma, a associação deixaria de ser apenas um núcleo académico e passaria a ser reconhecida a nível

de e

* Workshops:

actividades

* JEA – Jornadas de Engenharia Aeroespacial: As JEA tiveram a sua primei-

visam enriquecer e complementar as aptidões adquiridas no curso. Como tal é possível aperfeiçoar os conheci-

europeu como parte inte-

ra edição em 2002 e têm

mentos a nível de aeromode-

grante

como objectivo o estreita-

lismo, programação de ardui-

A criação desta secção autó-

mento de relações entre os

nos, construção de rockets,

noma prendeu-se à necessi-

sectores industrial e académi-

etc.

dade sentida pelos alunos do

co, permitindo ao aluno infor-

curso em fundar um núcleo

mar-se sobre os mais varia-

capaz de promover a coope-

dos ramos do mercado de

ração entre estudantes da

trabalho, trocar impressões

área da aeronáutica, não só a

com antigos alunos e ainda

nível institucional mas tam-

fomentar a união dos vários

bém a nível nacional e euro-

anos do curso.

da

EUROAVIA.

peu. Desde então a APAE tem crescido a cada ano, permitindo aos seus associados a inte-

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gração num grupo dinâmico,

* Air Cargo Challenge: O ACC é um dos principais eventos criados pela APAE tendo neste momento dimen-

Se estas actividades são do teu interesse e se procuras novos desafios e estímulos à tua passagem pelo IST, visita o

nosso

site

em

www.apae.org.pt onde poderás encontrar mais informação útil. Vem conhecer-nos! AUTORIA: Alexandre Costa - APAE


Reunião do Congresso da EUROAVIA! E foi com muito trabalho (e também

meses. Foi ainda dada à Universidade

objectivo de transportar o maior peso

alguma diversão) que decorreu mais um

de Oostende (Bélgica) a possibilidade

possível. Foram conseguidos importan-

AMEAC, a reunião anual do Congresso

de se juntar a esta Associação, que

tes avanços na obtenção das regras que

da EUROAVIA – Associação Europeia de

conta com 37 membros em 17 países.

regerão os próximos eventos, estando

Alunos de Engenharia Aeroespacial. Desta vez, reuniram-se em Dresden (Alemanha), de 18 a 24 de Setembro de 2011, mais de 50 alunos vindos de toda a Europa para discutir o futuro da Engenharia Aeroespacial.

A APAE propôs também que os Congressos da EUROAVIA fossem transmitidos em directo através da internet, dando uma maior transparência a toda a Associação e possibilitando que os

prevista a sua aprovação no próximo Formation Workshop da EUROAVIA, em Bucareste (Roménia), já em Dezembro. Como Presidente da APAE, desejo-vos

seus mais de 1200 sócios possam

umas óptimas Jornadas e peço -vos que

acompanhar regularmente os traba-

consultem

e discussões claramente proveitosas

lhos realizados em prol dos seus inte-

so website (apae.org.pt), onde encon-

para o futuro da Associação. Todas as

resses.

trarão sempre algo novo e útil para a

Foram dias de trabalho muito intenso

Associações Afiliadas, onde se inclui naturalmente a APAE, apresentaram os relatórios das suas actividades locais e projectaram o futuro nos próximos 6

Por fim, foram ainda discutidos os Regulamentos do Air Cargo Challenge, evento criado pela APAE que visa a competição de aeronaves com o

regularmente

o

nos-

vossa formação e carreira profissional. Cumprimentos. AUTORIA: Vitor Frade - APAE

S3A - Uma nova Direcção! Cumprem-se por esta altura dois anos do início dos trabalhos da Secção Autónoma de Aeronaútica Aplicada (S3A), e deparamo-nos com um momento de transição especial. Impõe -se, portanto, um balanço geral, com os olhos postos no futuro, como chuva que assnta a poeira no caminho de terra batida e permite continuar a viagem com uma visão clara. Desde a nossa formação após o o AirCargo Challenge 2009 (ACC' 09), os nossos projectos foram crescendo e a nossa organização foi amadurecendo. Na época transacta, a equipa PASSAROLA participou no ACC' 11, em Stuttgart (Alemanha), superando com sucesso todas as etapas da prova. Este feito permitiu à S3A cumprir o seu primeiro

grande objectivo desde a sua fundação. Na vertente financeira, a S3A consegiu expandir amplamente o número de apoios e patrocínios, alcançando financiamento para as suas actividades. A nossa secção autónoma consolidou a sua estrutura, não só através de uma melhor e mais activa interacção dos seus orgãos, mas também através de um crescimento do número de colaboradores, que são agora cerca de trinta. Actualmente, os nossos projectos internos englobam a leccionação de minicursos de aeromodelismo, a construção de um hidroavião, de uma nova aeronave para as próximas competições de aeromodelismo, e uma colaboração com os nossos congéneres espanhois no sentido de criar uma competição ao nível da península ibérica. A nível externo, estamos a cola-

borar activamente com o Departamento de Arquitectura, na construção de um balão de observação do solo, e com o Instituto Superior de Robótica do Departamento de Engenharia Electrotécnica e de Computadores, no desenvolvimento de uma aeronave para testes de sistemas de controlo automático, permitindo elevar a S3A a um novo patamar de exigência e profissionalismo. Porém, todos progressos alcançados não teriam sido possíveis sem um ingrediente fundamental: o grupo. A S3A é um colectivo composto por estudantes de várias idades, com gosto pela aeronaútica, com uma forte base técnica, e com vontade de aprender e aplicar o que sabem. O sentido de corpo entre todos os colaboradores tem permitido uma forte articulação das competências individuais em torno dos projectos.

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O trabalho árduo e honesto, o espírito de equipa e a convivência salutar fizeram da S3A uma secção autónoma com uma imagem de qualidade a nível académico, uma referência para alunos e professores, e um núcleo aglutinador de experiência e competências. Este dois primeiros anos de trabalho e os tempos profícuos que se aproximam apontam para um futuro promissor. Os próximos projectos vão exigir muito a nível individual, mas ainda mais a nível colectivo, pois, por mais geniais que sejam os colaboradores, a missão só chegará a bom termo se toda a equipa estiver sintonizada e disposta

a sacrificar-se em prol da secção autónoma. É, pois, fundamental que se transmita o verdadeiro espírito de equipa às próximas gerações de colaboradores, para que a S3A continue a demonstrar o mesmo nível de brilhantismo. Assim, num ano em que uma percentagem considerável de colaboradores termina os seus cursos e segue caminho para o mercado de trabalho, fica uma mensagem. É necessário criar dinamismo, criatividade e elos emocionais entre os colaboradores que no futuro tomarão as rédeas da secção autónoma. Só com estes ingredientes se pode gerar a vontade e o espírito ganhador, empreendedor e

de sacrifício. Mais do que liquidez financeira ou projectos megalómanos, é preciso acreditar na S3A, como grupo de estudantes, como símbolo da aeronaútica no IST, como parte activa do meio académico de engenharia. A crença é o que dá significado a todos os desenvolvimentos científicos. Sem ela somos meros seres mecanizados, ao sabor de ordens ou modas. Este é o verdadeiro Desafio da S3A para o futuro. Vamos, pois, abraçá-lo, até porque desafios são o nosso metier... Saudações Aeroespaciais, AUTORIA: Pedro Ochôa - S3A

S3A - O que andamos a fazer! Mãos à obra! *Leccionação do III e IV Minicurso de Aeromodelismo S3A a alunos do IST:

minicurso de aeromodelismo S3A com conteúdo semelhante.

to de regiões abrangentes do Campus da Alameda: Set/2011 -Jun/2012.

Os conteúdos incluem introdução teórica, fresadora CNC, CNC de espuma, materiais compósitos, entre outros.

*III Jornadas Aeroespaciais no IST Out/2011:

Durante este ano será continuado o projecto do balão de observação de movimento em colaboração com o departamento de Arquitectura. A fase de testes do primeiro protótipo está quase a começar, com o modelo de testes a ser lançado no pavilhão da AEIST num futuro próximo. Próximos modelos apontarão para um alvo mais abrangente como os campos de ténis e futebol e, por fim, a calçada da alameda, dentro do campus.

Durante os meses de Outubro e Novembro decorre o III minicurso de aeromodelismo S3A que visa dotar os instruendos de competências práticas que não são leccionadas no programa do curso (ou são muito específicas). Entre elas encontram-se: fresadora CNC, CNC de espuma, materiais compósitos, programas de análise aerodinâmica (XFLR5), montagem e integração de componentes e electrónica. Em Março e Abril do próximo ano, realizar-se-á o IV

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No mês de Outubro serão organizadas as III Jornadas Aeroespaciais pela APAE. A S3A dá o seu contributo ao comparecer com alguns membros a falarem sobre experiências em competições de aeromodelismo. Outras Universidades ibéricas foram convidadas a participar, sedo que apenas a Universidade de Aveiro estará representada com a equipa Gryphos. *Colaboração com uma Docente do Departamento de Arquitetura: Na construção de um balão que permita a observação, registo e análise de movimen-

*Colaboração com o ISR: Desenvolvimento de um veículo aéreo não tripulado (UAV) em conjunto com o Instituto de Sistemas e Robótica (ISR).


O objectivo será construir um aparelho eléctrico que será instrumentado pelo ISR e será capaz de realizar um voo autónomo de reconhecimento e numa fase mais avançada mapeamento de uma área de 1 Km 2. A fase de design está a começar com uma equipa composta por estudantes de aeronaves (design e estudo de propriedades mecânicas e aerodi-

nâmicas do UAV) e de aviónica (projecto e estudo de sistemas de mapeamento e controlo automático). *Construção de asas: Construção de asas para serem utilizadas em ensaios laboratoriais, em conjunto com o professor de aerodinâmica

I. Estas asas visam substituir o ensaio actual e permitir medir o efeito das endplates nas características aerodinâmicas de uma asa, assim como distinguir a bossa laminar. AUTORIA: Diogo Vicente, Presidente da S3A

S3A- Dia do Caloiro! "Por iniciativa da S3A e em conjunto com as atividades de recepção aos novos alunos de aero (aka Caloiros), foi incluído no percurso de visita às instalações do IST uma visita ao laboratório. Os caloiros foram alertados para a importância das atividades extracurriculares, como reforço da nossa formação enquanto pessoas e engenheiros e ainda como forma de desenvolver importantes dinâmicas de trabalho em equipa. Houve ainda oportunidade para verem alguns aeromodelos construídos ao longo dos anos por alunos de Aero, tendo os caloiros ficado a conhecer as principais atividades da S3A neste âmbito." AUTORIA: Pedro Albuquerque

Workshop Eurocopter - Paris Airshow Foi no âmbito da minha visita ao Paris Airshow que me candidatei a um dos Workshops proporcionados a estudantes pela EADS no espaço «Work for EADS». Consegui ser selecionado para o workshop que coloquei em 1º lugar na minha lista de prioridades, o «Make Innovation Fly» da Eurocopter. O Workshop teve pouco mais de duas horas de duração, mas foi uma experiência muito interessante dando para ficar a conhecer um pouco melhor a orgânica da EADS e das suas 4 subsidiárias, a Airbus, a Eurocopter, a Astrium e a Cassidian (antiga Defense & Security. O Workshop dividiu-se em 4 partes. Uma breve apresentação sobre a EADS , outra sobre a Eurocopter e o futuro dos helicópteros, uma discussão sobre as

inúmeras causas de queda de helicópteros, e um último momento em que se dividiram as causas por vários grupos de trabalho que tiveram de encontrar soluções para as evitar, tendo concluído com uma apresentação oral sobre o tema aos demais colegas e membros da Eurocopter. Como único ponto negativo da experiência, destaco o facto de ter per-

dido a maior parte do voo de exibição do A380 presente no Airshow! Como nota final, diga-se que fui parcialmente reembolsado dos custos da viagem, o que foi muito simpático da parte deles! ;P

AUTORIA: Pedro Albuquerque

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Estágio na OGMA Aeronaves “As oportunidades não nos batem à porta. Se não formos buscá-las, jamais as materializaremos”

O Estágio curricular para realização de Dissertação de Mestrado na empresa OGMA, Indústria Aeronáutica de Portugal (Antigas Oficinas Gerais de Material Aeronáutico) foi proposto pelo Professor Filipe Cunha e de pronto abraçado por mim. O objetivo da Dissertação passava por construir um «Structural Loads Handbook», ou seja, construir uma ferramenta genérica que permita o cálculo de todas as cargas atuantes numa aeronave, em todas as condições de voo e em solo, determinando os valores do esforço transverso, momento flector e torção máximos possíveis em cada

ponto. O grande desafio foi fazer isto sem programação (como me foi pedido). Imaginam fazer isto em folhas Excel sem programar!? Não? Eu também não imaginava... Detalhes técnicos aparte, aconselho a todos quantos tenham a oportunidade de fazer a sua Dissertação numa empresa a não hesitarem. Para além do valor acrescentado no vosso CV, é uma excelente oportunidade para contatar com a realidade e entender como é que as coisas realmente funcionam. A OGMA é a maior indústria aeronáutica em Portugal.

Fundada em 1918, foi privatizada em 2003 e é hoje detida em três partes idênticas pela EMBRAER, pelo Estado Português e pela EADS. A empresa faz manutenção e opera as mais variadas modificações a F-16, C-130, P-3, família , A320, Embraer-145 e 190, fazendo ainda modificações a helicópteros e motores de outras aeronaves. A OGMA participa ainda na produção, com a produção da maior parte do avião suíço Pilatus, de parte da fuselagem do C295 dos espanhóis da CASA e ainda do helicópteros. AUTORIA: Pedro Albuquerque

Partículas movem-se mais rápido que a velocidade da luz ?! Uma experiência italiana

O projecto OPERA do laborató-

observações que os neutrinos

Emulsion-t Racking Ap-

60 nanossegundos mais rápi-

paratus), revelou que os

do que o previsto pela velocipelo projecto, António Eredi-

mentais, são capazes de se

tato afirma estar chocado

moverem mais rápido que

com os resultados e aceita o

a velocidade da luz. Os

cepticismo da comunidade

resultados desta experiência,

chegavam consistentemente

dade da luz. O responsável

neutrinos, partículas funda-

científica.

a confirmarem-se,

podem vir a pôr em causa

Os resultados foram apre-

um dos princípios base da

sentados no passado dia 23

teoria da relatividade geral proposta por Einstein no início do século XX. Segundo Einstein nada se move mais rápido que a velocidade da luz – 299 792 458 metros por segundo.

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revelou após mais de 16 000

do projecto OPERA rio nacional de Gran Sasso em (Oscillation Project with Itália em colaboração com o

CERN estuda a captação de um raio de neutrinos provenientes do CERN localizado a mais de 730 quilómetros de distância, perto da cidade de Genebra na Suiça.O detector de partículas italiano

de Setembro no CERN – onde se espera com ansiedade uma solução para este extraodinário mistério. AUTORIA: Sebastião Pereira


Primeiros voos regulares de passageiros com Biocombustível A Lufthansa efectuou o primeiro voo regular de passageiros do mundo com biocombustível. Quatro voos diários entre Hamburgo e Frankfurt vão ser os primeiros a usar uma mistura com 50% de ésteres hidro-processados e ácidos gordos, após este tipo de combustível ter sido aprovado em Julho. O avião utilizado é um A321, equipado com motores IAE (International Aero Engines). Cabe à Airbus prestar assistência técnica e monitorizar as propriedades do combustível. Inicialmente estão previstos voos durante seis meses como parte do projecto “Burn Fair”, com vista ao estudo do impacto a longo termo dos biocombustíveis no desempenho de aeronaves. O biocombustível está a ser fornecido pela Neste Oil, situada na Finlândia e todas as matérias -primas renováveis utilizadas para produzi-lo obedecem aos critérios de sustentabilidade da UE. “A Lufthansa é a primeira companhia no

mundo a utilizar biocombustíveis em voos diários. Isto é mais um consistente passo em frente na estratégia sustentável, que a Lufthansa tem vindo a perseguir durante anos. Nós queremos assegurar uma futura mobilidade sustentável apostando na pesquisa e desenvolvimento hoje,”afirma Cristoph Franz, CEO da Lufthansa.

importantes intervenientes para acelerar a comercialização de biocombustíveis. Estes voos diários são um passo significativo na nossa procura de um futuro sustentável para a aviação ", disse Tom Enders, Presidente e CEO da Airbus. A Airbus tem sido fundamental para a aprovação de combustíveis com 50% Fischer Tropsch (em Junho de

"A qualidade dos combustíveis é uma questão crítica na aviação. A tecnologia NExBTL da Neste Oil adequa-se muito bem à produção de combustível de aviação que atende aos mais rígidos critérios de qualidade ", diz Matti Lievonen, presidente e CEO da Neste Oil. "Sendo pioneiros nesta área, estamos muito orgulhosos em cooperar com a Airbus e a Lufthansa. Acreditamos que os combustíveis de aviação renováveis têm um real potencial para o futuro. " "A Airbus está orgulhosa de seu papel como catalisadora da reunião de vários e

2009),

ésteres hidro -processados e

ácidos gordos (em Julho de 2011), através de esforços conjuntos com companhias aéreas em todo o mundo. Nestes incluem-se o primeiro voo de biocombustível da América Latina, voo

comercial

o primeiro

do

mun-

do utilizando 50% de GTL e em Fevereiro de 2008, o primeiro voo Gas-toliquid do mundo (GTL) utilizando um A380. AUTORIA: Orlando Santos

A Lufthansa e a Airbus dão passos importantes no caminho da aviação sustentável. Página 17


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Francisca de Matos Dias, 5º Ano, MEAer Nuno Carvalho, 4º Ano, MEAer Orlando Santos, ???????? Revista de Aero

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A revista de alunos de Aero para alunos de Aero !

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REVISTA DE AERO Nº2

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