Circuito Silva Lobo - Pesquisa e análise do território

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PESQUI SAEANÁLI SEDO TERRI TÓRI O



PESQUISA E ANÁLISE DO TERRITÓRIO

CIRCUITO SILVA LOBO


FICHA TÉCNICA

SEBRAE MINAS Presidente do Conselho Deliberativo Olavo Machado Júnior Diretor Superintendente Afonso Maria Rocha Diretor Técnico Fábio Veras de Souza Diretoria de Operações Anderson Costa Cabido EQUIPE TÉCNICA SEBRAE-MG Assesora da Superintendência Maria de Fátima Trópia UNIDADE ATENDIMENTO COLETIVO COMÉRCIO, SERVIÇOS E ARTESANATO Gerente Agmar Abdon Campos Analista Samira de Carvalho Ribeiro Souza UNIDADE ACESSO A INOVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE Gerente Anizio Dutra Vianna Analista Andrea Tristao dos Anjos Lanza REGIONAL CENTRO Gerente Antônio Augusto Vianna de Freitas Analistas Márcia Valeria Cota Machado Zélia Cecília Simões Araújo

ENTIDADE EXECUTORA SEBRAETEC


CONSULTORES Esse trabalho foi coordenado por Fernando Maculan, consultor da Abedesign Minas Gerais (entidade executora do Sebraetec) e teve como participantes: MAPEAMENTOS E COMPILAÇÃO DE INFORMAÇÕES

CONSULTORIA MEIO AMBIENTE E LEGISLAÇÃO

Fernando Maculan Mariza Machado Coelho

Ana Lúcia Goyatá Campante Clara Maíra Oliveira Ferreira Rogério Palhares Zschaber de Araújo

Belisa Murta Felipe Carnevalli Fernanda Gomes João Carneiro Marcela Rosenburg Mateus Lira Vítor Lagoeiro

ENGENHARIA DE TRÁFEGO Leonardo Werneck ILUMINAÇÃO Mariana Novaes

PAISAGISMO LEVANTAMENTO CADASTRAL Felipe Fontes Helio Cabral DESIGN GRÁFICO André Coelho Anna Fonseca Carolina Santana Cynthia Massote Fernanda Giordani Gustavo Magno Mariana Hardy Mariana Muchon


Diagnóstico urbanístico de trechos das avenidas Silva Lobo e Barão Homem de Melo (Etapa2) e Estudo Preliminar de requalificação urbana (Etapa 3 - parcialmente concluída). Este documento foi elaborado a partir da iniciativa do SEBRAE-MG, através da ABEDESIGN – Associação Brasileira de Empresas de Design, visando a consolidação e fortalecimento do núcleo comercial urbano formado por micro e pequenos empreendimentos. Julho. 2015


6

INTRODUÇÃO

108

ESTACIONAMENTO

8

LOCALIZAÇÃO

110

SERVIÇOS DE LIMPEZA URBANA

10

HISTÓRICO

112

SISTEMA DE DRENAGEM

16

ACESSOS

116

TIPOLOGIAS ARQUITETÔNICAS

18

PESQUISA ORIGEM E DESTINO

124

CATÁLOGO DE MATERIALIDADES

20

PLANO DIRETOR ATUAL

128

FEIRA DE ARTESANATO

22

PERFIL DA POPULAÇÃO

136

DIVERSIDADE COMERCIAL

24

SÍNTESE DA PAISAGEM

140

DIVERSIDADE GRÁFICA

26

RECORTES DA PAISAGEM

146

CANAIS DE COMUNICAÇÃO

40

QUILOMBO DOS LUÍZES

148

ESTRATÉGIAS DE ARTICULAÇÃO

50

REFERÊNCIAS

150

DISPOSITIVOS DE OCUPAÇÃO

54

ATIVIDADES COTIDIANAS

152

O COMÉRCIO E A RUA

64

NETNOGRAFIA

156

OPINIÃO DOS COMERCIANTES

68

QUESTÕES RECORRENTES

158

OUTROS PROJETOS NA REGIÃO

70

PRAÇAS

162

TRANSFORMAÇÕES FUTURAS

88

MOBILIÁRIO URBANO

166

ÁREAS POTENCIAIS

96

ILUMINAÇÃO NOTURNA

172

EXPECTATIVAS E TENDÊNCIAS

100

ARBORIZAÇÃO

174

LISTA DE FONTES

106

CALÇADAS


INTRODUÇÃO Este projeto, apresentado aqui em etapa de diagnóstico urbanístico e com foco específico em trechos das avenidas Silva Lobo e Barão Homem de Melo, nasce de uma iniciativa do SEBRAE Minas, para a consolidação de núcleos de comércio de rua, ou “a céu aberto”, em várias cidades do estado de Minas Gerais. Iniciar o desenvolvimento de um estudo preliminar de requalificação urbana para esta área indica a consciência do SEBRAE Minas de que uma ampla noção de bem estar na região, em paralelo aos contínuos aprimoramentos em processos, produtos e serviços, contribuirá substancialmente para que se alcancem as metas da instituição para o desenvolvimento dos micro e pequenos empreendimentos. O momento da iniciativa é oportuno, na medida em que são traçadas pela Prefeitura Municipal de Belo Horizonte projeções que visam consolidar o contexto da avenida Silva Lobo como uma centralidade regional. Entre os tratamentos previstos pelo Plano Diretor Regional, que incluem a permissão de maior diversidade de atividades e o aumento da densidade construtiva local, a centralidade deve ser objeto de requalificação urbana, considerando “tratamento e melhoramento das calçadas, revitalização dos espaços livres de uso público, implantação de mobiliário urbano, iluminação, etc.”, com “desenho urbano que favoreça modos a pé de deslocamento e conforto aos usuários de transporte coletivo.”

EQUIPE E METODOLOGIA Para a elaboração do projeto, foi constituída uma equipe de mais de 15 profissionais especializados, individualmente responsáveis pela condução de cada disciplina envolvida, mas também orientados ao trabalho coletivo e interdisciplinar necessário a este tipo de ação. O trabalho envolve equipes de urbanismo, arquitetura, topografia, desenho de mobiliário urbano, pesquisa e mapeamentos, consultoria ambiental, paisagismo, design gráfico e estudos de circulação e transportes. Na Etapa 1, a equipe de topografia realizou o cadastro completo dos trechos das avenidas Silva Lobo e Barão Homem de Melo, com o levantamento planialtimétrico georreferenciado e a indicação de todos os elementos construídos, objetos e mobiliário urbano e espécies arbóreas presentes, necessários às pesquisas e projetos subsequentes. A Etapa 2, apresentada aqui, contempla os seguintes métodos em sua formulação: levantamento de dados através de documentos disponibilizados pelo SEBRAE Minas e pela PMBH; visitas de campo para coleta de informações através de observação e entrevistas; consultas a órgãos competentes e reuniões com seus representantes para coleta de dados, orientação sobre eventuais restrições e diretrizes. Através de encaminhamentos orientados pela PMBH e, mais especificamente, pela SMAPU - Secretaria Municipal Adjunta de Planejamento Urbano – foram consultados: Regional Oeste, SUDECAP, Urbel, SLU, BHTrans, Fundação Municipal de Cultura e DIPC - Diretoria de Patrimônio Cultural. Em paralelo, foram realizadas duas reuniões, em formato de workshop, com representantes da Associação de comerciantes da Silva Lobo. Com 10 anos de existência e com representantes atuantes e organizados, a associação assume papel fundamental no subsídio ao desenvolvimento do projeto.

6


Importante ressaltar que a metodologia aqui aplicada tem natureza híbrida, de modo a equilibrar pesos de informações e condicionantes que partem tanto dos órgãos reguladores quanto dos moradores e usuários da região. Valorizam-se a percepção e compreensão de microacontecimentos e comportamentos locais, para que as decisões de projeto tenham, em grande parte, origem “de baixo para cima”.

PRODUTOS A divisão temática dos mapeamentos apresentados como produtos da etapa de diagnóstico urbanístico é feita de maneira gradual, do geral ao específico, culminando nos registros de possibilidades de transformações futuras. O tratamento gráfico compreensível e didático e a forma simples atribuída aos textos deste relatório tem por objetivo ampliar seu compartilhamento e potencial de sua utilização, para além do subsídio à próxima etapa deste projeto. Também faz parte da Etapa 2 um conjunto de anexos contendo documentos detalhados que abordam os temas discutidos neste livro de forma mais técnica. Tais documentos funcionam como subsídio e complemento a este estudo, caso haja necessidade de um entendimento mais aprofundado sobre algum dos temas abordados aqui.

7


LOCALIZAÇÃO As avenidas Silva Lobo e Barão Homem de Melo atravessam diversos bairros da Regional Oeste em Belo Horizonte, operando como um importante eixo articulador da região. Este mapeamento mostra a localização da área de estudo e sua relação com os bairros do entorno.

BELO HORIZONTE

8

REGIONAL OESTE


ÁREA DE ESTUDO

Prado

Alto Barroca

Barroca

Nova Suíssa

Av. Barão Homem de Melo Grajaú

Gutierrez

Av. Silva Lobo Jardim América Nova Granada

Morro das Pedras*

*O Morro das Pedras é composto pelas Vilas São Jorge I, II, III e Antena. 9


HISTÓRICO A paisagem natural onde se localizam as avenidas Silva Lobo e Barão Homem de Melo são marcadas pelo vale dos córregos Piteiras e Marinho. Com o desenvolvimento urbano da região, os córregos foram canalizados e transformados em avenidas. Essas obras, relativamente recentes, promoveram um relevante impacto na transformação da paisagem.

1920

1970

Primeiros loteamentos aprovados, que deram origem aos bairros: Alto Barroca, Nova Suíssa, Grajaú, Gutierrez, Nova Granada e Jardim América

Início da abertura da Avenida Barão Homem de Melo

Início do alojamento de operários na parte do Morro das Pedras pertencente à Prefeitura

1885 Estabelecimento do Quilombo dos Luízes Exploração da pedreira do Morro das Pedras

10

1960 Início das ocupações de loteamentos, aumento da densificação habitacional do Morro das Pedras e consequentemente do comércio da região

1966 Início da Canalização do Córrego das Piteiras, com construção de trecho da Avenida Silva Lobo, bairros Alto Barroca, Barroca, Calafate e Nova Suíssa


1990 Construção de prédios com Centros Comerciais como o Grajaú Center e também da Pista de Caminhada

1995

2005

Abertura do Sebrae

Criação da Associação dos Comerciantes da Silva Lobo

Construção de quadras de futebol e restaurantes

Abertura da Praça da Saúde Fechamento das Agências de veículos

1980 Abertura do Hospital Maria de Lourdes Construção do Colégio Anchieta, atual prédio da Newton Paiva

2000

2010

Abertura do Posto Policial

Novas construções de uso misto (comercial e habitacional) de grande porte

Crescimento significativo do comércio Aumento do trânsito

Construção do Viaduto da Av. Amazonas Abertura da Regional da Prefeitura

Reconhecimento da região como Zona Boêmia

Inauguração do Hospital da Unimed Criação da Feira de Artesanato da Silva Lobo

11


FOTO DE 1953: Avenida Amazonas no início de sua ocupação e o fundo dos vales dos córregos Piteiras e Marinho, onde as avenidas Silva Lobo e Barão Homem de Melo foram construídas, local ocupado por sítios e pequenas plantações.

12


FOTO DE 1967: as avenidas ainda não existiam mas o traçado da cidade se expandia e as construções se tornavam mais presentes.

13


FOTO DE 2002: densidade alta e bairros já consolidados, restando poucas novas áreas para novas construções.

14


FOTO DE 2014: construção de prédios nos lotes vagos restantes, substituição de antigas casas por edificações com maiores altimetrias e reestruturação da ocupação do Morro das Pedras.

15


ACESSOS Os locais de acesso para as avenidas Silva Lobo e Barão Homem de Melo dependem de uma série de fatores como meio de transporte, origem e destino do deslocamento, motivo do deslocamento, entre outros. A seguir, são mostrados os padrões e dinâmicas mais recorrentes na região, definidos a partir de dados coletados em meios oficiais, de medições realizadas em campo e de entrevistas realizadas com frequentadores do local.

As principais vias de acesso à área de interesse são as avenidas Amazonas e Tereza Cristina para quem vem das regiões Norte, Leste e Oeste. Pela região Sul, pode-se acessar a área pela Av. Raja Gabaglia e Av. Barão Homem de Melo. Além dessas grandes avenidas, há uma série de vias locais que servem de atalho para acessar o local.

Há onze linhas de transporte público que circulam pela região, sendo 8 do tipo Diametral (cujo itinerário atravessa a região central) e 3 Suplementares.

Muitos moradores das proximidades da área vão até as avenidas de carro, muitas vezes movidos pela sensação de insegurança, principalmente no início da manhã e à noite. As comodidades dos carros ainda fazem muitos moradores e trabalhadores preferirem o seu uso, ocupando uma grande quantidade de vagas na região. Muitos consumidores desejam que haja vagas disponíveis em frente às lojas de interesse, o que desestimula o percurso a pé. Os trabalhadores da região reclamam pela falta de melhores conexões entre as linhas que atendem a região com relação ao metrô e o MOVE. Os estudantes usam de maneira mais frequente os ônibus e vans para chegar à faculdade.

CONTAGEM DE VEÍCULOS Tipo de veículo Os moradores dos bairros próximos tem a facilidade de chegar aos comércios e serviços das avenidas a pé ou de bicicleta.

16

Motocicleta Automóvel Ônibus Caminhão

Unidades de veículo padrão (UVP) 0,75 1,0 2,5 3,0

De acordo com a contagem volumétrica de veículos na Avenida Silva Lobo, percebe-se o grande número de caminhões, o que merece ser levado em consideração em eventuais propostas.


Av. Tereza Cristina

Av. Amazonas

ÁREA DE ESTUDO

Av. Silva Lobo

FLUXO DE VEÍCULOS PONTOS DE ÔNIBUS LINHAS DE ÔNIBUS: 201

205

2101

2103

2150

2152

8205

8208

9201

9204

Av. Raja Gabáglia

Av. Barão Homem de Melo

S21 17


PESQUISA ORIGEM E DESTINO Baseada em dados oficiais da Agência de Desenvolvimento da RMBH (2012), a pesquisa Origem e Destino tem como objetivo identificar as principais características da dinâmica de deslocamentos na região, tanto da população residente quanto daquela que utiliza as avenidas Silva Lobo e Barão Homem de Melo para fins de estudo ou compras.

Os dados a seguir foram estruturados para o horário de pico da manhã (entre as 05h e as 09h da manhã), período de maior concentração de viagens tidas como obrigatórias cotidianamente, e para o dia todo (24 horas). As viagens produzidas referem-se àquelas que tem a região de estudo como origem, e as viagens atraídas são aquelas que tem a região de estudo como destino. As viagens internas são aquelas que acontecem entre os bairros da região de estudo, e as externas são aquelas que tem a região de estudo como sua origem ou destino.

CARACTERÍSTICAS DAS VIAGENS Viagens Atraídas

Viagens Produzidas Período

Internas Em um bairro

24 horas

Manhã (5h - 9h)

Entre bairros

Externas

Total

Internas Em um bairro

Entre bairros

Externas

28.077

23.990

154.090 206.157

28.077

23.990

157.790 209.857

13,6 %

11,6 %

74.7 %

100 %

13,4 %

11,4 %

75.2 %

100 %

6.223

6.162

37.698

50.084

6.223

6.162

52.218

64.604

12,4 %

12,3 %

75,3 %

100 %

9,6 %

9,5 %

80,8 %

100 %

Percebe-se que a maior parte das viagens tem como origens e destinos áreas externas ao perímetro constituído pela região de estudo, com leve destaque para as viagens atraídas, sobretudo no período da manhã, o que indica que a região é polarizadora, pois atrai importante volume de viagens obrigatórias (como ida ao trabalho e à escola).

ORIGENS E DESTINOS DAS VIAGENS Localidades

Viagens Produzidas

Viagens Atraídas

Localidades

24 horas

18

Total

Viagens Produzidas

Viagens Atraídas

Manhã (5h - 9h)

Centro Sul

26,23 %

26,02 %

Centro Sul

45,38 %

6,71 %

Oeste

24,00 %

23,10 %

Oeste

18,35 %

23,12 %

Noroeste

9,39 %

8,30 %

Noroeste

8,46 %

6,46 %

Barreiro

6,42 %

7,32 %

Pampulha

6,51 %

4,80 %

Contagem

6,39 %

7,67 %

Barreiro

4,29 %

11,19 %

Pampulha

5,49 %

5,59 %

Leste

4,08 %

4,81 %

Nordeste

4,30 %

4,25 %

Contagem

3,30 %

12,73 %

Leste

3,54 %

4,01 %

Nordeste

3,26 %

7,67 %

Betim

1,67 %

2,99 %

Venda Nova

1,19 %

2,71 %

Ibirité

2,57 %

2,22 %

Betim

2,48 %

1,95 %


MOTIVOS DAS VIAGENS Viagens Produzidas

14%

49%

22%

Viagens Atraídas

15%

40%

31%

24 horas Viagens Produzidas Viagens Atraídas

28%

59%

23%

Escola Lazer Negócios particulares Outros Residência Saúde Trabalho

67%

Manhã (5h - 9h) Nota-se que, no pico da manhã, as viagens com motivo Trabalho atraídas para a região são sensivelmente maiores que aquelas que ali se originam, o que corrobora com a constatação de que a região se caracteriza como importante polo de emprego da cidade. A concentração de viagens não eletivas (trabalho e escola), somadas, constituem mais de 80% dos deslocamentos da área em análise. A participação importante das viagens por estudo entre os bairros chama a atenção, o que revela que a região é bem atendida por instituições de ensino. Entretanto, há baixo volume de viagens por estudo atraídas a partir de outras regiões da cidade. Tais dados revelam que, apesar de se caracterizar como polo de concentração de empregos dentro da cidade, o setor educacional não pode ser citado como constituinte desta polarização.

MODOS DE DESLOCAMENTO Viagens Produzidas

32%

45%

23%

Viagens Atraídas

34%

44%

22%

49%

24%

Coletivo Individual Não motorizado

24 horas

Viagens Produzidas Viagens Atraídas

27% 47%

36%

17%

Manhã (5h - 9h) A região possui participação dos modos individuais e coletivos em proporção superior à média da RMBH (36,5% e 24% respectivamente). O que chama a atenção é o baixo índice de deslocamentos não motorizados na região, contra 35% na RMBH, devido possivelmente à topografia acidentada do local (empecilho aos deslocamentos a pé ou por bicicleta) ou às características socioeconômicas da população (maior renda, maior inclinação aos deslocamentos motorizados). 19


PLANO DIRETOR ATUAL A área em questão apresenta três zoneamentos distintos: Zona Adensada (ZA), abrangendo partes dos bairros Alto Barroca e Grajaú, Zona de Adensamento Preferencial (ZAP), abrangendo partes dos bairros Nova Suíssa, Nova Granada e Grajaú, e Zona de Especial Interesse Social (ZEIS), abrangendo parte das vilas Barão Homem de Melo 2ª Seção, e São Jorge I, II e III.

São ZAs as regiões nas quais o adensamento deve ser contido, por apresentarem alta densidade demográfica e intensa utilização da infraestrutura urbana, de que resultam, sobretudo, problemas de fluidez do tráfego, principalmente nos corredores viários.

São ZAPs as regiões passíveis de adensamento, em decorrência de condições favoráveis de infraestrutura e de topografia.

20

São ZEISs as regiões edificadas, em que o Executivo tenha implantado conjuntos habitacionais de interesse social ou que tenham sido ocupadas de forma espontânea, nas quais há interesse público em ordenar a ocupação por meio de implantação de programas habitacionais de urbanização e regularização fundiária, urbanística e jurídica, no caso da área de estudo, a subdivisão aplicada é a ZEISs-1: regiões ocupadas desordenadamente por população de baixa renda, nas quais existe interesse público em promover programas habitacionais de urbanização e regularização fundiária, urbanística e jurídica, visando à promoção da melhoria da qualidade de vida de seus habitantes e à sua integração à malha urbana.


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PERFIL DA POPULAÇÃO Neste item apresenta-se uma caracterização sucinta da população residente no entorno da Avenida Silva Lobo, baseada em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE publicados para os anos 2000 e 2010.

Taxa média de crescimento anual dos domicílios e da população Total da área de estudos

1,97 0,56

Regional Oeste

2,43 1,09 1,96

Belo Horizonte 0,63

Taxa média anual de crescimento por domicilio Taxa média anual de crescimento população As taxas de crescimento são maiores para o número de domicílios do que para o número de moradores em todas as áreas analisadas, situação que tem se mostrado comum em função do desmembramento de famílias com a separação de casais, da saída dos filhos das casas dos pais para moradias independentes, e também pela tendência de aumento do número de domicílios com um único residente. Esta tendência também pode ser observada a partir da análise do tamanho médio das famílias, representando ainda a formação de novos casais com, no máximo, um filho. Este padrão também está presente na Regional Oeste e no município de Belo Horizonte. Na área de estudo: Número de moradores

19.063 20.159

Domicílios particulares permanentes Moradores / domicílio particular permanente

5.629 6.844 3,39 2,95

2000 2010 Na área analisada a população passou de 19.063 moradores em 2000 para 20.159 em 2010, representando uma taxa média de crescimento anual de 0,56%, o que indica que houve a saída de famílias/população, já que apenas o crescimento vegetativo, aquele que considera apenas o número de nascimentos subtraído o de mortes, já seria suficiente para uma taxa maior que a indicada. A partir de entrevistas realizadas no presente ano de 2015 aliado ao aquecimento do mercado imobiliário nos últimos anos, é possível verificar uma tendência um pouco diferente àquela observada em 2010, em que existe uma maior demanda e maior fluxo de pessoas interessadas em morar na região. 22


Em relação às densidades demográficas representadas abaixo, observam-se maiores concentrações de população nos bairros Nova Granada, vilas São Jorge II e III, pedaços do Grajaú e do Alto Barroca.

Prado

Alto Barroca

Barroca

Nova Suíssa

Grajaú

Gutierrez

Jardim América Nova Granada DENSIDADE (HAB/HA) ATÉ 86 ACIMA DE 86 ATÉ 140 ACIMA DE 140 ATÉ 230

Morro das Pedras*

ACIMA DE 230 ATÉ 430 ACIMA DE 430 ATÉ 660 ACIMA DE 660 ATÉ 1075

*O Morro das Pedras é composto pelas Vilas São Jorge I, II, III e Antena. 23


SÍNTESE DA PAISAGEM A imagem síntese da paisagem cotidiana da região evidencia os principais elementos, referências e particularidades que a compõem. Não se trata apenas de um registro visual do local, mas de uma ferramenta para revelar as relações sociais, os padrões espaciais e suas interações resultantes.

4

6

1

24

2

3

5

7

1

forte presença dos edifícios do Sebrae como referências na paisagem

5

contribuição das floriculturas para a criação de áreas verdes na região

2

estabelecimentos e serviços ligados ao setor automobilístico

6

presença de grandes fraquias e lojas de rede

3

serviços ligados a esporte, saúde e bem estar, como quadras e lojas de açaí

7

restaurantes e bares funcionam como espaços de lazer e encontro

4

presença de edifícios altos e dinâmica imobiliária efervescente

8

presença de comércio informal e ambulantes, principalmente nos finais de semana


12

13 9

11

14

8

10

9

canteiro central serve de suporte para atividades físicas como caminhada e corrida

12

instituições como Unimed e Newton Paiva funcionam como referências da paisagem

10

lazer infantil e ginástica nas proximidades da Praça da Saúde

13

comércio local e informalidade na região do Morro das Pedras

14

conflito no compatilhamento do espaço entre pedestres e carros

11 feira local de comida e artesanato como importante atrativo de pessoas

25


RECORTES DA PAISAGEM Apesar de serem ambas predominantemente de caráter comercial, as Avenidas Silva Lobo e Barão Homem de Melo possuem ao longo do seu percurso grandes diferenças quanto aos espaços que abrigam esses estabelecimentos comerciais. Ao recortar esse percurso em pedaços, podemos perceber como lojas vizinhas, espaços residenciais e públicos se articulam e interagem entre si e com as próprias avenidas em que estão localizadas.

BARÃO HOMEM DE MELO

ÁREA DE TRANSIÇÃO

ÁREA CENTRAL

ÁREA INSTITUCIONAL

MORRO DAS PEDRAS 26


BARÃO HOMEM DE MELO

ÁREA INSTITUCIONAL

ÁREA DE TRANSIÇÃO

MORRO DAS PEDRAS

ÁREA CENTRAL

27


BARテグ HOMEM DE MELO

A B

1

A 3

B

28

2


O recorte Barão Homem de Melo consiste em uma parte da avenida começando em seu cruzamento com a Avenida Silva Lobo e terminando na rua José Machado no lado par e na rua Boturobi no lado ímpar. Além de separados fisicamente, os comércios da área tem um caráter um pouco diferente daqueles localizados na Avenida Silva Lobo. Apesar desse recorte também contar com canteiros centrais, a atividade de caminhada não ocorre nessa avenida como ocorre na Silva Lobo. Fatores como maior tráfego de veículos motorizados de grande porte inibem esse tipo de atividade. 1

Há uma maior quantidade de serviços que possuem uma abrangência regional e são destinados a automóveis como loja de vans, autopeças e etc.

2

Podemos encontrar também comércios de abrangência local, como a loja de biscoitos localizada numa galeria no início da Barão.

3

Ponto de referência na região, o Sebrae concentra uma grande quantidade de estudantes durante diferentes partes do dia.

29


A

2

B

30


1

A

3

B

31


ÁREA DE TRANSIÇÃO

A B

3

1

2

A B

32


A área de transição abrange desde o início da Avenida Silva Lobo (onde existe o encontro com a Avenida Barão Homem de Melo) até a rua Canaã. Por não ser tão movimentada quanto a porção central da Silva Lobo, nem tão pouco habitada por pedestres, como a porção da Avenida Barão Homem de Melo, esse recorte pode ser considerado intermediário entre o pedaço da Barão Homem de Melo e da Praça da Saúde. 1

Concentração de edificações comerciais horizontais.

2

O lado par desse pedaço é bastante verticalizado, com destaque para os prédios bandeja, nos quais as residências estão dispostas verticalmente e a área comercial localizada em nível térreo.

3

Existe também um conjunto de lojas que, apesar de estarem localizadas em um edifício bandeja, tem uma relação diferente com a rua pelo fato de haver uma escada de acesso devido ao desnível em relação à calçada. Como consequencia dessa desconexão, existe uma maior rotatividade de comércios nesse local.

33


2

3

A

B

34


A

1

B

35


A B

ÁREA CENTRAL

1

3

1 2

4

A 36

B


O recorte central diz respeito à parte da Avenida Silva Lobo que começa na rua Canaã e termina no número 1390 do lado par e no número 847 do lado ímpar. É a área de maior movimento e consequentemente maior concentração de atividades do perímetro contemplado por esse estudo. 1

Catalisado pela Praça da Saúde, o pedaço conta com a presença de caminhantes, consumidores, skatistas, idosos e estudantes que se esbarram por ali durante o dia.

2

Aproveitando-se desse público, muitos dos comércios dali estão ligados à saúde e ao bem estar, como lojas de artigos esportivos e lojas de suco e açaí.

3

4

Podemos observar, dentro desta grande área, algumas “ilhas” que, apesar de também serem bastante movimentadas, apresentam características destoantes. Existe um prédio bandeja cujo piso térreo conta com diversas franquias: estabelecimentos comerciais que, por serem mais conhecidos, apresentam uma dinâmica diferente dos comércios que não integram uma rede (grande maioria na Silva Lobo). O Quilombo dos Luízes conta com comércios locais, contribuindo para que essa porção central da Silva Lobo seja marcada pela diversidade.

37


A

1

B 3

4

38


A

2

A 39


QUILOMBO DOS LUÍZES A origem do Quilombo dos Luízes remete ao final do século XIX, antes da fundação de Belo Horizonte. Historicamente liderado por mulheres, o grupo reconhece Anna Apolinária Lopes como sua principal ancestral. Quando Curral Del Rey havia sido decretado como a capital do estado, os descendentes de Anna Apolinária Lopes, todos de sobrenome Luiz, já moravam às margens do córrego Piteiras. Enquanto o asfalto não chegava até ali, seis gerações da família dos Luízes cresceram antes que o Piteiras fosse tapado para dar lugar à Avenida Silva Lobo, dando início a um processo de especulação imobiliária na região que hoje promove conflitos entre os quilombolas e a população que habita os bairros oriundos da urbanização da região. Por muito tempo, a agricultura foi a base de subsistência da comunidade, que também se dedicava à manufatura de pita e do coco licur, dando origem, respectivamente, à perucas e óleo de cozinha e sabão. Atualmente, a área ocupada pela comunidade possui alto valor imobiliário, impulsionando a saída de muitos dos Luízes da região. Os condomínios vizinhos, que não possuem vínculos com a comunidade, também exercem pressão para esse deslocamento, uma vez que a saída da comunidade da região é vista como uma medida de valorização imobiliária. Muitos dos Luízes não resistiram à pressão e alugaram seus imóveis, deslocando-se para outras regiões da cidade. Em sua conformação atual, a comunidade dos Luízes possui aproximadamente 100 moradores em suas terras à beira da Silva Lobo, além de outras 300 pessoas espalhadas por Belo Horizonte.

40


41


ÁREA INSTITUCIONAL

A

B

2

2

1

1

3

B A

42


A área institucional se inicia na Faculdade Newton Paiva do lado par e termina no edifício residencial número 2289. Já no lado ímpar, o recorte se inicia no edifício da Reitoria da Faculdade e termina na Polícia Militar. Esses dois estabelecimentos (Policia e a Faculdade) são importantes pontos de referência que são delimitados por grandes muros e grades que dividem o espaço privado da rua. A partir disso, percebe-se que o movimento de pedestres nessa área é bastante funcional e transitório: esperar o ônibus no ponto, ou dirigirse para o seu trabalho ou para a faculdade.

1

Conjunto residencial murado.

2

A Faculdade Newton Paiva é uma refêrencia que concentra uma grande quantidade de estudantes, principalmente no periodo noturno.

3

Polícia Militar localizada na fronteira entre os bairros e o Morro das Pedras.

43


1

A

B

44

1


2

2

A

3

B

45


MORRO DAS PEDRAS

B A

1

2

3

B A

46


O recorte do Morro das Pedras se inicia na rua Dantas no lado par e na rua Oscar Trompowsky no lado ímpar, terminando em uma rotatória dentro do Morro das Pedras. Área bastante movimentada e horizontalizada com edificações de no máximo 3 pavimentos. É importante ressaltar a falta de conexão espacial e social entre este recorte e as demais áreas que compõem o projeto, e a consequente necessidade de uma maior integração entre elas. 1

Concentração de híbridos de moradia e comércio.

2

Concentração de diversos equipamentos de uso público: a academia da cidade se localiza ao lado de um campinho de futebol de areia.

3

Área desapropriada pela prefeitura. Atualmente compõe uma espaço verde da região.

47


3

A

B

2

48


A

1

B 49


REFERÊNCIAS Por meio de entrevistas realizadas com transeuntes, moradores e comerciantes, foi observado que algumas instituições e equipamentos públicos são recorrentes na memória coletiva da paisagem local. Este mapeamento localiza estas referências e seus desdobramentos espaciais nas avenidas Silva Lobo e Barão Homem de Melo.

CANTEIRO CENTRAL SEBRAE PRAÇA DA SAÚDE MATERNIDADE UNIMED CENTRO UNIVERSITÁRIO NEWTON PAIVA POLÍCIA MILITAR 125ª COMPANHIA 50


CANTEIRO CENTRAL

Apesar de estreito e irregular, o canteiro central da Avenida Silva Lobo é amplamente usado como pista de corrida. do início da manhã até o fim da noite. Além de atrair moradores dos bairros atravessados pela avenida, a pista é também referência para moradores de outros bairros que vão até a região para caminhar e correr. Ainda que predominantemente utilizada pelos esportistas, a pista sofre alterações durante os dias de feira, quando se torna um espaço de transição e passeio entre as barracas dos feirantes.

SEBRAE

A abrangência regional do Sebrae o torna também uma referência. Em seu edifício sede em Minas Gerais, na Avenida Barão Homem de Melo, o Sebrae oferece cursos, palestras e eventos, atraindo público proveniente de diversas áreas da cidade e do estado. Além disso, o Projeto Caminhos, que tinha como objetivo iniciar um processo de transformação da Avenida Silva Lobo em um “shopping a céu aberto”, é amplamente difundido entre os comerciantes.

51


PRAÇA DA SAÚDE

Para muitos frequentadores, a praça é um marco da melhoria da qualidade espacial da região. A partir de sua construção pela Unimed em 2010, aumentou-se o tempo de permanência das pessoas na rua e, consequentemente, o estímulo das atividades comerciais em seu entorno. Ali se reúnem com frequência skatistas, idosos, crianças e acompanhantes dos pacientes da Unimed, além de servir como ponto de encontro para pedestres. Seu uso intensivo faz surgir a demanda por mais equipamentos que facilitam a permanência prolongada ali, como banheiros públicos, bebedouros e bicicletários.

MATERNIDADE UNIMED

Inaugurada em 2004, a maternidade Unimed é uma referência regional, atraindo pacientes de Belo Horizonte e de outros municípios da Região Metropolitana. Além deste público específico e flutuante, a Unimed é também referência para o público cotidiano que frequenta a Praça da Saúde, à qual muitos se referem como “Praça da Unimed”. O Instituto Unimed é também responsável pela organização de eventos esporádicos de artes cênicas, música e saúde que ocupam a praça e atraem público de diversos bairros. Apesar de serem organizados pela Unimed o volume do som já foi alvo de reclamações de funcionários e pacientes do hospital. 52


CENTRO UNIVERSITÁRIO NEWTON PAIVA

Composto por três edifícios ao longo da Avenida Silva Lobo, o Centro Universitário Newton Paiva reúne estudantes de diversas partes da cidade, durante as manhãs, tardes e noites. Os horários de término das aulas aglomeram um contingente significativo de alunos, configurando o entorno do edifício como um importante ponto focal na avenida e como oportunidade para vendedores ambulantes e lanchonetes motorizadas, que ali vendem lanches rápidos para os alunos que esperam ônibus ou vans.

POLÍCIA MILITAR MG - 125ª

A 125ª Companhia da Polícia Militar de Minas Gerais ocupa um edifício localizado na fronteira entre os bairros Nova Granada, Grajaú e Morro das Pedras, divisa entre territórios que apresentam configuração espacial e dinâmicas sociais discrepantes. Apesar de frequentarem o comércio e compartilharem os equipamentos públicos da Avenida Silva Lobo com os moradores dos bairros vizinhos, a população do Morro das Pedras foi algumas vezes responsabilizada por episódios criminosos pelos entrevistados. Como resultado desse conflito, a Polícia opera um papel importante na memória coletiva da região, e sua presença é muitas vezes percebida como insuficiente pelos comerciantes. 53


ATIVIDADES COTIDIANAS O ambiente físico construído influencia a ocorrencia e a qualidade de atividades que ocorrem ao ar livre em direfentes graus e maneiras. Segundo o arquiteto Jan Gehl, as atividades ao ar livre podem ser divididas em quatro categorias: atividades necessárias, atividades opcionais e atividades sociais intencionais e não intencionais. Na Avenida Silva Lobo, podemos encontrar exemplos dessas quatro categorias que são condicionadas pela oferta de espaços públicos e privados da região. Atividades necessárias: abrangem aquelas que fazem parte da rotina diária de cada um e que são mais ou menos obrigatórias pois independem das condições físicas e meterológicas encontradas. Ocorrências na região: Estudantes (Newton Paiva, Sebrae, etc) Pessoas esperando pelo ônibus Consumidores Comerciantes Atividades opcionais: atividades das quais se participa somente se houver o desejo de fazê-lo e se o tempo e o lugar as tornam possíveis. Ex.: Caminhada, passear pela rua, etc. Ocorrências na região: Caminhantes Passeio de pais e crianças pequenas Passeio de idosos Atividades sociais não intencionais: são todas as tividades que dependem da presença de outras pessoas em espaços públicos. As atividades sociais são indiretamente impulsionadas sempre que as atividades necessárias e opcionais se concentram no espaço em que elas ocorrem. Conversa na praça Encontro na feirinha Atividades sociais intencionais: assim como as atividades sociais não intencionais, elas dependem da presença de outras pessoas. Podendo ocorrer em espaços públicos ou não, esse tipo de atividade exige uma combinação prévia de um grupo social em um espaço pré-determinado. Jovens nos bares Skatistas Jogadores de futebol 54


ESTUDANTES

PESSOAS ESPERANDO PELO ÔNIBUS

CONSUMIDORES

COMERCIANTES

CAMINHANTES

PAIS E CRIANÇAS

IDOSOS

CONVERSA NA PRAÇA

ENCONTRO NA FEIRINHA

JOVENS NOS BARES

SKATISTAS

JOGADORES DE FUTEBOL 55


MANHÃ ESTUDANTES PESSOAS ESPERANDO PELO ÔNIBUS CONSUMIDORES COMERCIANTES CAMINHANTES IDOSOS CONVERSA NA PRAÇA

Caminhantes fazem do canteiro central da avenida uma pista de cooper.

Estudantes indo a pé para a escola no início da manhã.

Comerciante da loja Fina Lembrança durante o horário de trabalho. 56


Caminhantes, afim de praticar uma atividade física, utilizam o canteiro central da avenida para tal. Logo de manhã cedo já é possível notar uma grande concentração. Estudantes, em sua maioria da Faculdade Newton Paiva e do Sebrae, são um grupo de destaque na paisagem local tanto durante a manhã quanto a noite.

Comerciantes podem ser vistos logo que amanhece abrindo seus negócios. Conhecidas como pólo comercial da região, as avenidas dispõem de uma grande diversidade de comércios e serviços.

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TARDE ESTUDANTES PESSOAS ESPERANDO PELO ÔNIBUS CONSUMIDORES CAMINHANTES PAIS E CRIANÇAS IDOSOS CONVERSA NA PRAÇA

SKATISTAS JOGADORES DE FUTEBOL

Skatistas se encontram na Praça da Saúde.

Idosos passeam pela Praça da Saúde e aproveitam sua infra estrutura para um papo de fim de tarde.

Consumidores em uma loja de artigos esportivos. 58


Skatistas, em sua maioria moradores dos bairros vizinhos, encontram na Praça da Saúde um local propício para praticarem suas manobras. Essa prática causa conflitos com outros frequentadores da praça, como os idosos e as crianças.

Passeios de idosos pela Praça da Saúde são frequentes logo no início dos dias de semana ou durante os fins de semana.

Consumidores são muito presentes na paisagem local, seja nos restaurantes ou nas lojas da região. O horário comercial na Silva Lobo e na Barão é bastante movimentado com destaque para a hora do almoço.

59


NOITE ESTUDANTES PESSOAS ESPERANDO PELO ÔNIBUS COMERCIANTES CAMINHANTES

CONVERSA NA PRAÇA JOVENS NOS BARES JOGADORES DE FUTEBOL Conversas na praça no início da noite.

Pessoas esperando pelo ônibus a noite no ponto da Silva Lobo em frente ao número 1679.

Jovens nos bares de esquina da Avenida Silva Lobo com rua Periperi. 60


Conversas na praça podem se dar entre conhecidos e ocasionalmente entre desconhecidos. Elas são resultantes de diversos grupos diferentes que vão ao espaço público para desempenhar as mais variadas atividades. Pessoas esperando pelo ônibus podem ser observadas no fim de tarde, fim do horário comercial, em que comerciantes e trabalhadores se deslocam para suas casas.

Jovens nos bares são uma constante depois das 18h devido ao fim do horário de trabalho e das aulas, aliado à grande oferta de estabelecimentos dessa natureza na região.

61


FIM DE SEMANA PESSOAS ESPERANDO PELO ÔNIBUS CONSUMIDORES COMERCIANTES CAMINHANTES PAIS E CRIANÇAS IDOSOS CONVERSA NA PRAÇA ENCONTRO NA FEIRINHA JOVENS NOS BARES SKATISTAS JOGADORES DE FUTEBOL

Encontro na feirinha entre comerciantes, consumidores, caminhantes, pais e crianças.

Jogadores de futebol se encontram na quadra localizada entre as ruas Xapuri e Flanklin Figueiredo para uma partida de fim de semana.

Passeio de pais e crianças culminam grande parte das vezes na Praça da Saúde. 62


Passeios de pais e crianças ganham as ruas nos fins de semana, quando as avenidas estão menos movimentadas. A atividade pode ocorrer no canteiro central sob a sombra das árvores ou na Praça da Saúde, onde se pode tomar um sol.

O encontro na feirinha ocorre durante os sábados, em que a parte da Avenida Silva Lobo entre as ruas Viamão e Canaã é fechada para carros. Produtos e alimentos diversos atraem os mais diferentes grupos de pessoas para esse trecho da avenida.

Jogadores de futebol (crianças, jovens ou adultos) marcam encontros nas quadras locais para momentos de lazer.

63


NETNOGRAFIA Baseada em pesquisas nas redes de busca da internet, a Netnografia revela como as avenidas Silva Lobo e Barão Homem de Melo são percebidas e caracterizadas na web. Numa primeira escala, uma nuvem de informação obtida através de buscas no Google reúne palavras associadas às avenidas. Num segundo momento, a escala de observação é reduzida à análise de fotografias pessoais geolocalizadas na região e publicadas na internet por indivíduos ou grupos que por ali realizam suas atividades cotidianas.

A nuvem de informação é composta por palavras associadas à pesquisa pelos termos “Avenida Silva Lobo” e “Avenida Barão Homem de Melo” em redes de busca online, apresentadas de acordo com sua escala de recorrência (quanto maior a palavra, maior é a frequência com a qual ela aparece na internet). Percebe-se que o comércio e os serviços disponíveis desempenham um papel importante na imagem da Silva Lobo na internet, com destaque para a feira de artesanato e comida realizada aos sábados, que contribui fortemente para a identidade local. Com relação à Barão Homem de Melo, as maiores recorrências são ligadas a questões de trânsito. 64


65


EDUCAÇÃO #1ºdiadeaula #escola #newtonpaiva

TRÂNSITO #carronopasseio #brasilsemlei #tudoparado

SAÚDE #detox #aeróbico #ginástica #run #almaleve #alimentaçãosaudável #corridinha #nutrição

66


Complementando a núvem de informação, este inventário de fotos postadas na internet por frequentadores revela uma esfera mais individual e afetiva em relação à Silva Lobo e à Barão Homem de Melo. Cada grupo de atividades identificadas indica uma camada de desejo pessoal projetada pelas pessoas nas avenidas, ao expor nas redes sociais certas experiências que elas consideram importantes de serem compartilhadas. Questões ligadas ao bem estar, saúde e lazer são aquelas que aparecem com maior frequência dentre as fotografias.

COMÉRCIO E SERVIÇOS #novidades #peçasdeverão #yoga #oficina

LAZER #fdsdelícia #play #cervejacomosamigos #debobeira #skate #aniversariante

ALIMENTAÇÃO #foodtruck #sushi #heineken

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QUESTÕES RECORRENTES

68

MOBILIÁRIO

LIXO

SINALIZAÇÃO

ESTACIONAMENTO

JARDINS

CANTEIRO CENTRAL

TRÂNSITO

ILUMINAÇÃO

ACESSIBILIDADE

Produzido através de observações de campo e entrevistas com transeuntes, moradores e comerciantes, o diagrama abaixo sumariza as deficiências do espaço percebidas por quem frequenta a rua.


ACESSIBILIDADE

ESTACIONAMENTO

As calçadas em geral apresentam obstáculos como desníveis, postes, latas de lixo, raízes de árvores e pisos defeituosos que dificultam a circulação. Os pisos podotáteis assumem diferentes padrões em diferentes pontos da Avenida, contribuindo negativamente para a segurança dos pedestres, em especial aqueles com mobilidade reduzida.

O uso do carro pela maioria dos frequentadores da região faz com que as vagas de estacionamento sejam uma questão frequente nas discussões. Se, por um lado, alguns comerciantes reiteram a importância de estacionamento em frente às suas lojas, em vias estreitas, a presença de carros estacionados dificulta a circulação de pedestres e outros veículos.

ILUMINAÇÃO

SINALIZAÇÃO

Em muitos pontos a iluminação dos postes públicos fica obstruída pelas copas das árvores, criando áreas de sombra durante a noite.

Existe uma grande quantidade e variedade de placas nas avenidas. Por outro lado, elas não possuem padronização e, em alguns casos, apresentam informações desatualizadas.

TRÂNSITO

LIXO

Há registro de zonas de retenção, como na Rua Xapuri e Canaã, principalmente nos horários de pico no meio do dia e no fim da tarde.

A demanda para coleta de resíduos é grande, principalmente devido aos bares e restaurantes, gerando acúmulo de lixo em alguns pontos.

CANTEIRO CENTRAL

MOBILIÁRIO

O canteiro central, um dos maiores atrativos da região, é estreito para o fluxo de pessoas que ali circula. A circulação de veículos que cruzam a avenida dificulta o caminho dos pedestres que circulam ao longo do canteiro, pois os veículos tem preferência. O piso também apresenta irregularidades em alguns trechos.

Com a exceção das praças, é difícil encontrar mobiliário para o conforto das pessoas que circulam por ali. Alguns poucos comércios disponibilizam cadeiras ou colocam jardins nas portas, o que poderia ser potencializado.

JARDINS A falta de manutenção dos jardins e seu posicionamento no canteiro, que é utilizado como pista de caminhada e corrida, induz transeuntes a caminharem sobre ele. Algumas zonas do canteiro central apresentam poucas árvores e, portanto, sombreamento insuficiente. Em outras, as espécies plantadas possuem copas baixas e volumosas, dificultando a circulação de pedestres. 69


PRAÇAS A área de interesse deste projeto apresenta quatro praças em sua extensão, quantidade privilegiada quando comparada ao restante da cidade. Além de pausarem o ritmo retilíneo das avenidas, as praças promovem importantes áreas de respiro em regiões cada vez mais adensadas. Apesar disso, a qualidade espacial e as atividades sociais dessas praças apresentam discrepâncias significativas, o que pode ser observado nas análises a seguir.

70


PRAÇA GABRIELA

PRAÇA DA SAÚDE

PRAÇA MADRE GEMA DA EUCARISTIA

PRAÇA DO MORRO DAS PEDRAS

71


PRAÇA GABRIELA A Praça Gabriela está próxima ao cruzamento das avenidas Barão Homem de Melo e Silva Lobo. Por ser um ponto de grande circulação de veículos, a praça se configura como uma ilha, rodeada de problemas proporcionados por essa situação. Por outro lado, é um espaço bastante arborizado, bem ventilado e com jardins bem cuidados, o que a torna um respiro em meio à avenida.

1

2

3

72


4

1

Moradores da região circulando na praça, indo em direção à Av. Barão Homem de Melo.

2

É comum encontrar moradores de rua frequentando a praça.

3

Trabalhadores do entorno descansam nos horários de almoço sentados nos bancos ou deitados na grama. Moradores da região vão a praça para observar o movimento, conversar ou fazer exercícios físicos.

4

O grande fluxo de veículos no entorno gera ruídos e poluíção do ar. 73


74


75


PRAÇA DA SAÚDE Construída pela Unimed em 2010, a Praça da Saúde é uma das referências mais citadas pelos frequentadores da região. É intensamente utilizada ao longo do dia pelos mais diversos tipos de pessoas e, por integrar o conjunto de praças cuidadas pela cooperativa médica, possui uma programação variada ao longo do ano, o que a torna ainda mais atrativa.

1

2

Adjacentes à praça, existem dois estabelecimentos que prestam serviços de lava-jato e manutenção de veículos. Mesmo que sua localização demande a passagem de carros em cima da calçada, há poucos conflitos entre veículos e pedestres neste trecho. O parquinho é uma das áreas mais utilizadas da praça, principalmente no período da manhã e no início da noite. A diversidade e a acessibilidade dos brinquedos facilita sua utilização por diversas crianças, inclusive aquelas com mobilidade reduzida.

3

Muitos frequentadores da praça estão acompanhando ou visitando algum paciente da Maternidade Unimed.

4

A academia da cidade e as barras para alongamento são bastante utilizadas, principalmente pelas pessoas que correm no canteiro central. Esta área é também um importante ponto de encontro para conversa.

2

1

76

3


8 9 7 6 4

5

5

O bebedouro existente na praça é bastante utilizado pelos esportistas da região.

6

Organizados pela Unimed, eventos como apresentações teatrais, aulas de yoga e aferição de pressão ocorrem eventualmente na praça.

7

No período da tarde e no início da noite, jovens vão à praça para conversar e andar de skate, bicicleta ou patins. O amplo espaço livre e o mobiliário disponível se tornam suporte para a prática de suas manobras, dada a inexistência de um equipamento adequado a esse tipo de esporte na região.

8

Esta área da praça costuma ser mais ocupada no início da noite e, apesar de equipada com mesas de xadrez, esse mobiliário é utilizado para outros fins além do próprio jogo.

9

Embora a praça seja bastante utilizada ao longo do dia, em horários de sol forte a permanência em alguns pontos se torna difícil devido à falta de sombreamento. 77


78


79


PRAÇA MADRE GEMA DA EUCARISTIA A Praça Madre Gema da Eucaristia, mais conhecida como Praça da Newton Paiva, é frequentada principalmente por dois tipos de público: aqueles que esperam pelos ônibus (cujo ponto final está localizado na praça) e pelos alunos do centro universitário. Apesar de amplamente utilizada, apresenta uma carência de mobiliário público e está em mau estado de conservação.

1

2

80


4

3

1

No período da noite, vendedores ambulantes de comida são uma opção barata para os estudantes que saem da aula.

2

Nesta área da praça, pessoas se aglomeram esperando pela saída de seus ônibus junto a funcionários das empresas de transporte em pausa entre uma viagem e outra. No período noturno, percebe-se que a iluminação pública é insuficiente.

3

As escadas que conectam a Av. Silva Lobo e a rua Marechal Foch são frequentemente utilizadas pelas pessoas para sentar e conversar enquanto esperam a saída dos ônibus.

4

A falta de mobiliário e a maior densidade de árvores torna esta área pouco utilizada durante o dia e mal iluminada à noite, fazendo com que transeuntes evitem a permanência prolongada no local. 81


82


83


PRAÇA DO MORRO DAS PEDRAS A Praça do Morro das Pedras se localiza na extremidade sul da Avenida Silva Lobo. Há pouco tempo uma reforma foi realizada no local, em que vagas de estacionamento que ficavam em cima da calçada foram retiradas, árvores foram plantadas e equipamentos de ginástica instalados. Apesar das recentes mudanças, há ainda a necessidade de um desenho urbano que relacione melhor os equipamentos e que gere uma identidade própria da praça.

5 2

3

1

4

1

84

Moradores se concentram em áreas próximas às entradas das casas, dos comércios e em locais mais sombreados para conversar.

2

Os equipamentos de ginástica são frequentemente usados por moradores.


3

Área onde havia um estacionamento está atualmente desocupada, sem uso definido

4

Lote da prefeitura, onde há grande acúmulo de lixo

5

A quadra é amplamente usada para partidas de futebol entre os jovens da região. 85


86


87


MOBILIÁRIO URBANO O inventário do mobiliário urbano existente fornece um panorama geral da frequência e das características desses equipamentos nas avenidas Silva Lobo e Barão Homem de Melo. As imagens desses dispositivos deslocados de sua paisagem original possibilitam a análise do desenhos dos mesmos, visando a possíveis proposições futuras.

ILUMINAÇÃO PÚBLICA

PONTOS DE ÔNIBUS

88


A iluminação pública é padronizada com postes altos e lâmpadas voltadas para a rua. As únicas exceções são na Praça da Saúde, na praça em frente à faculdade Newton Paiva e na sede do Sebrae.

Há 27 pontos de ônibus presentes ao longo da área de estudo. Na praça em frente à faculdade Newton Paiva e próximo à Policia Militar, locais de pontos finais de ônibus, se encontram pequenos abrigos com instalações sanitárias para uso dos funcionários das empresas de transporte nos momentos de intervalo entre as viagens.

89


SINALIZAÇÃO PÚBLICA

SEMÁFOROS

90


Os semáforos da região são encontrados no cruzamento entre as duas avenidas e na praça Gabriela. Os cruzamentos entre as ruas Canaã e Xapuri e a Avenida Silva Lobo, e o cruzamento entre a rua Boturobi com a Avenida Barão Homem de Melo também apresentam semáforos.

A sinalização pública das avenidas segue o padrão oficial de sinalização viária da cidade. Entretanto, na Praça da Saúde é possível observar uma sinalização diferenciada que é adotada nas praças sob cuidado da Unimed. Além disso, no canteiro central existem placas de atenção direcionadas àqueles que ali praticam esporte, o que é pouco comum em outros pontos da cidade.

91


LATAS DE LIXO

TELEFONES PÚBLICOS

92


Os telefones públicos, mais conhecidos como orelhões, são vistos cada vez menos nas cidades. Apesar disso, a área de estudo concentra um número significativo de orelhões, especialmente na região próxima ao cruzamento das avenidas Silva Lobo e Barão Homem de Melo.

As latas de lixo estão bem distribuídas pelas avenidas. Entretanto, em alguns dias da semana é comum encontrar sacos de lixo nas esquinas e ao redor de árvores e postes à espera de serem recolhidas pelos caminhões de lixo.

93


EQUIPAMENTOS DE LAZER E ESPORTE

BEBEDOURO PÚBLICO

BANCOS

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CERCAMENTOS DE CANTEIROS

CAIXAS DE CORREIO


Os equipamentos de lazer e esporte estão presente em quase todas as praças da área de estudo, sendo a única exceção a praça em frente à faculdade Newton Paiva que não possui equipamento algum. Das praças restantes, a praça da Saúde é a única que possui brinquedos para as crianças.

Os cercamento de canteiros tem a função de proteger as plantas e as árvores jovens, mas são pouco frequentes nas avenidas, apesar da grande quantidade de vegetação recente. Uma alternativa frequente para estes equipamentos são toras de madeiras para sustentação das novas mudas.

As caixas de correio, assim como os orelhões, também são cada vez menos vistas nas cidades. No caso deste estudo esta é a única que foi encontrada.

O bebedouro público da praça da Saúde parece é a única fonte de água pública instalada na área das avenidas. Entretanto, existe um bebedouro instalado dentro da Galeria Grajaú Center, na Avenida Silva Lobo, que é frequentemente utilizado pelos transeuntes e esportistas.

Os bancos, fundamentais para um espaço público de qualidade, são pouco frequentes nas duas avenidas. Só se encontram em algumas praças e, mesmo assim, em quantidade insuficiente. É comum ver pessoas sentadas em meiofios, escadas e degraus de lojas por falta de outras opções.

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ILUMINAÇÃO NOTURNA Este mapeamento busca evidenciar as condições de iluminação artificial na área de estudo, analisando a relação com os usos e os estabelecimentos comerciais. A iluminação pública se assemelha à existente na maior parte da cidade. Postes a cada 25 metros, em ambos os lados das avenidas, são a principal fonte de luz. No entanto, eles iluminam primordialmente a passagem de veículos. A intensidade da iluminação para os pedestres varia ao longo das avenidas, de acordo com a densidade da vegetação árborea, a proximidade de bares ou restaurantes e a luz vinda de marquises e vitrines.

96

1

Na Avenida Barão Homem de Melo não há grandes obstruções de vegetação aos postes. No entanto, a ausência de estabelecimentos comerciais abertos durante a noite causa sensação de insegurança. Algumas partes das calçadas ficam escuras, principalmente nos pontos médios entre dois postes.

2

A qualidade da iluminação no canteiro central varia ao longo da Avenida Silva Lobo, de acordo com as espécies arbóreas. Mesmo com algumas zonas muito escuras, há uma grande quantidade de pessoas correndo e caminhando no período noturno.

3

Nem todos os edifícios bandeja têm suas marquises iluminadas durante a noite, pela falta de manutenção e economia de energia elétrica. Alguns comerciantes reivindicam que os proprietários mantenham as luzes acesas para trazer mais segurança.

4

Algumas áreas da Avenida Silva Lobo concentram uma grande quantidade de bares e restaurantes. Nessas regiões, há mais iluminação e maior movimento de pessoas durante a noite.

5

Na Praça da Saúde a iluminação pública é complementada com postes de menor porte voltada para os pedestres.

6

O entorno na faculdade Newton Paiva fica escuro durante a noite. A calçada junto ao muro da instituição é pouco iluminada e a praça em frente à faculdade tem iluminação incipiente, principalmente próximo ao ponto de ônibus.

7

A praça do Morro das Pedras é pouco iluminada, apesar da proximidade de bares abertos durante a noite.


2 1 3

A

4

B 5

4

C POSTE COM POUCA INTERFERÊNCIA DE VEGETAÇÃO

6

POSTE COM MUITA INTERFERÊNCIA DE VEGETAÇÃO LUZ DE BARES OU RESTAURANTES ABERTOS LUZ DE MARQUISES OU VITRINES

7

LINHA DE CORTE 97


CORTE A

3 2 1

4

1

lojas fechadas e marquise sem iluminação

3

árvore com copa permeável que permite a passagem de luz para o canteiro central

2

poste alto virado para a rua priorizando automóveisluminação da pista de rolamento

4

lojas e bares abertos iluminando o passeio e marquise iluminada

CORTE B

5

7

6

5

lojas fechadas, mas com vitrine iluminada e marquise sem iluminação

6

árvore de copa alta que não interfere na iluminação do canteiro central

7

maior frequência de postes e iluminação mais homogênea e no nível das pessoas

CORTE C 10 8

11

13

9 12

8

muros altos e edifícios recuados que não iluminam a rua

11 postes queimados ou que iluminam muito

9

árvores de copas baixas que atrapalham a iluminação do canteiro central

12 pessoas esperando ônibus no escuro

carros de lanches em ambientes pouco iluminados

13 marquises iluminadas mas lojas fechadas

10 98

pouco


3

4

5

7

9

13

99


ARBORIZAÇÃO A arborização urbana oferece diversos benefícios às pessoas, como conforto térmico, amenização da poluição, absorção de água da chuva, quebra da monotonia da paisagem urbana. As árvores levantadas no local de estudo necessitam de melhor manutenção e adequação das calçadas, rede elétrica e sinalização para seu melhor convívio com a população e o comércio local. Pode-se observar estragos em calçadas devido ao afloramento de raízes, copas interferindo na passagem de fiação aérea e atrapalhando a sinalização e placas de orientação. As copas grandes e baixas também promovem conflitos com as atividades praticadas na rua, uma vez que geram restrição da passagem de pedestres e veículos.

100


AMENDOEIRA OITÍ SABONETEIRA SETE-CASCAS SIBIPIRUNA RESEDÁ IPÊ AMARELO PALMEIRA SOLITÁRIA MURTA IPÊ ROSA FLAMBOYANT DEMAIS ESPÉCIES

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AMENDOEIRA Terminalia catappa Porte: médio/grande Copa: grande Floração: set -mar 24 exemplares Tem a copa bastante larga, fornecendo bastante sombra. Possui folhas caducas. Os seus frutos comestíveis, embora um pouco ácidos, são muito apreciados pelos morcegos.

OITÍ Licania tomentosa Porte: médio/grande Copa: grande Floração: jun - ago 13 exemplares É muito usada na arborização urbana por sua copa frondosa, que dá ótima sombra. Seus frutos são comestíveis, com amêndoas ricas em óleo. Um aspecto notável desta espécie é sua reconhecida resistência aos poluentes urbanos.

SABONETEIRA Sapindus saponaria Porte: pequeno/médio Copa: pequena/média Floração: abr - jun 21 exemplares Os seus frutos têm sementes pretas, esféricas e servem de sabão, devido a presença de saponinas, soltando espuma ao esfregar. Elas servem também de repelente de insetos e proteção de grãos, além de algumas propriedades terapêuticas. 102


SETE-CASCAS Samanea tubulosa Porte: grande Copa: grande Floração: ago - nov 19 exemplares Árvore de grande beleza ornamental quando em flor, atrativa de pássaros, principalmente de beija-flores.

SIBIPIRUNA Caesalpinia peltophoroides Porte: médio/grande Copa: grande Floração: ago - nov 60 exemplares Espécie perenifólia de copa arredondada e muito vistosa. A bela floração, com flores amarelas, ocorre partir de agosto, podendo estender-se até o final do verão.

RESEDÁ Lagerstroemia indica Porte: pequeno/médio Copa: pequena Floração: set - mar 26 exemplares Resedá é uma arvoreta que não possui raízes agressivas, sendo indicada para calçadas. Tem um belo florescimento e atrai beija-flores.

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IPÊ AMARELO Tabebuia chrysotricha Porte: pequeno Copa: média Floração: ago - set 37 exemplares É a espécie de ipê mais cultivada em praças e ruas das cidades brasileiras, até em função do forte apelo ornamental (sobretudo quando floresce). Soma-se a isso, por causa de seu porte pequeno, tem a vantagem de ser plantada sob a fiação elétrica sem causar qualquer tipo de dano. Muito atrativa a pássaros.

PALMEIRA SOLITÁRIA Ptychosperma Elegans Porte: médio Copa: pequena Floração: jun - set 18 exemplares Do Nordeste da Austrália, essa palmeira tem tronco solitário, muito elegante como revela o nome. De grande valor ornamental causa grande sensação.

MURTA Murraya exótica Porte: pequeno Copa: pequena Floração: set - mar 19 exemplares Durante todo o ano produz inflorescências terminais, com flores de coloração branca ou branca-creme, com perfume que lembra jasmim e flor-de-laranjeira.

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IPÊ ROSA Tabebuia impetiginosa Porte: médio/grande Copa: grande Floração: mai - ago 72 exemplares Ideal para áreas isoladas, ou paisagismo de grandes avenidas, o Ipê Rosa prefere solos férteis e bem drenados. É largamente empregada no paisagismo em geral por apresentar belíssimas inflorescências de cor rosa.

FLAMBOYANT Delonix regia Porte: médio Copa: grande Floração: out - dez 74 exemplares O flamboyant é considerado uma das árvores mais belas do mundo, devido ao colorido intenso de suas flores. Suas raizes são bastante agressivas, com parte delas acima da superfície, tornando-a imprópria para a ornamentação de vias públicas. Sua copa grande e baixa gera restrição da passagem de pedestres e veículos. 105


CALÇADAS A presença de pedestres tem se tornado cada vez maior na Avenida Silva Lobo. A infraestrutura de suporte a esta movimentação, entretanto, não acompanhou o ritmo de desenvolvimento da avenida e, atualmente, as condições de microacessibilidade e de segurança não estão totalmente garantidas aos pedestres. Do ponto de vista do dimensionamento, as calçadas apresentam larguras satisfatórias em grande parte do trecho analisado. O estado de conservação, entretanto, nem sempre é satisfatório, e as condições gerais de utilização das calçadas vêm se contrapondo a uma adequada apropriação deste espaço pelos pedestres, sobretudo no que se refere aos conflitos com arborização, estacionamentos e equipamentos urbanos. Fenômeno semelhante ocorre no tocante aos rebaixos para travessia de vias dedicadas ao fluxo de automóveis: em algumas há rebaixos padronizados, em outras rebaixos improvisados, e em várias delas nenhum tipo de rebaixo ou sinalização. Vale destacar o passeio central, que apresenta dimensionamento e desenho inadequados para as práticas que vem se estabelecendo ali.

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1

2

3

4

5

6


3 4 1

Exemplo de assimetria no desenho do canteiro central, questão frequente em toda a sua extensão.

2

6

LARGURA DAS CALÇADAS ESTREITAS (L<2) MÉDIAS (2<L<3,5)

No canteiro central existe uma faixa arborizada limitada por uma mureta baixa recentemente pintada que se comprime e alarga no decorrer da avenida, variando sua medida entre 1,2 m e 2,4 m. Ela divide a travessia dos pedestres em duas faixas laterais, que medem entre 1,0 m e 2,2 m, e abrigam caminhadas ao longo do dia. Além disso, a ausência de rebaixo no canteiro central junto a faixa de pedestres no sentido longitudinal da avenida prejudica a travessia dos caminhantes.

5

LARGAS (L>3,5) CANTEIRO CENTRAL 107


ESTACIONAMENTO A Avenida Silva Lobo possui cerca de 1.600 metros de extensão inseridos dentro da área de projeto, o que equivale a, aproximadamente, cerca de 3.200 metros lineares de meio fio, aqui incluídos os cruzamentos e os acessos de garagem. Não há regulamentação de estacionamentos rotativos e as áreas de estacionamento são bastante disputadas ao longo de todo o dia, inclusive nas ruas transversais, fazendo com que as práticas irregulares sejam bastente recorrentes.

PARALELO AO MEIO FIO Deste total, cerca de 1.200 são regulamentados como estacionamentos, distribuídos ao longo de todo o trecho, sempre paralelos ao meio-fio, o que equivale ao espaço aproximado para o estacionamento de cerca de 240 veículos leves.

PRIVADO Foram identificados quatro pontos de estacionamento privado: um próximo ao acesso ao Hospital Dia da Unimed, na Rua Viamão, com cerca de 44 vagas (preço de R$10 por hora); um na altura do número 1.110 da Avenida Silva Lobo, com cerca de 15 vagas (R$8 a hora); um terceiro na altura do número 1.325 da mesma avenida, com cerca de 12 vagas (R$6 a hora); e um quarto, próximo à Faculdade Newton Paiva, também na Av. Silva Lobo, com cerca de 45 vagas (preço aproximado da hora é de R$ 6,00).

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NO AFASTAMENTO FRONTAL São inúmeras as irregularidades relacionadas à regulamentação dos estacionamentos, sobretudo no que se refere à utilização dos afastamentos frontais de edifícios como estacionamento. Atualmente, os carros são estacionados próximos aos comércios, fazendo com que os pedestres caminhem próximos a via.

Porém, segundo a regulamentação do Decreto 14.060/2010, são determinadas condições bastante específicas para esta situação: “Art. 16 - Na hipótese em que a Lei de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo possibilite a utilização do afastamento frontal como área de estacionamento, havendo conflito entre a circulação de pedestres e a de veículos, o Executivo poderá autorizar que a área reservada ao trânsito de pedestre seja transferida para junto do alinhamento da edificação, ficando a área de estacionamento no mesmo plano da via.”

Na IV Conferência Municipal de Políticas Urbanas foram discutidas propostas para a estruturação urbana em que: “É proibida a utilização de afastamento frontal mínimo como estacionamento e como área de manobra em vias arteriais e de ligação regional. Na área de estudos, apenas a Avenida Barão Homem de Melo classifica-se como via arterial. Para estas áreas, propõe-se ainda que seja exigida área de estacionamento no mesmo plano da via “podendo ser demarcada ou revestida com material diferenciado, sendo o passeio transferido para junto do alinhamento da edificação. Nesse caso, a área poderá ficar disponível enquanto durar a utilização”.

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SERVIÇOS DE LIMPEZA URBANA A área de estudo conta com serviços de coleta de resíduos sólidos domiciliares regulares, sendo atendida por seis distritos de coleta: 01A, 02A, 06A 05B, 017B e 018B da Superintendência de Limpeza Urbana - SLU. Em todos eles, a frequência da coleta porta a porta é de três ou duas vezes por semana e ocorre no período diurno. Em alguns locais de grande concentração de usuários, observa-se a presença de suportes metálicos para abrigo dos sacos de lixo dispostos para coleta, como em frente ao batalhão de polícia militar e a alguns condomínios. Praticamente todas as vias que integram a área de intervenção contam com o serviço de varrição, que abrange a limpeza de sarjetas, calçadas e áreas públicas das vias pavimentadas com distintas frequências semanais. Em relação à coleta seletiva, a área não possui atendimento porta a porta. Entretanto, na Avenida Barão Homem de Melo, nº 300, está implantado um Local de Entrega Voluntária – LEV, com acesso pela Rua Cacuí, onde a população pode depositar os materiais recicláveis, separados em vidro, plástico, papel e metal. O material reciclável é recolhido três vezes por semana (segunda, quarta e sábado) e encaminhado a associações ou cooperativas de catadores e trabalhadores com materiais recicláveis que participam do Fórum Municipal Lixo e Cidadania. Ainda neste endereço, está implantada uma Unidade de Recebimento de Pequenos Volumes – URPV, destinada a receber gratuitamente materiais como entulho, resíduos de poda, pneus, colchões, eletrodomésticos e móveis velhos, com volumes limitados a 1m³ diário por obra. O material recolhido passa por triagem, e os volumes de entulho são encaminhados às estações de reciclagem de entulho, enquanto os demais são encaminhados para o aterro sanitário CRT/Macaúbas. Mesmo assim, observa-se um ponto de deposição irregular de lixo e entulho em um lote público localizado na Rua Sereno. O lote, que está destinado à implantação de equipamento público, vem sofrendo constantemente com a deposição irregular de resíduos.

1

110

Depósito irregular de entulho e lixo em lote público na Rua Sereno.

2

Acesso da rua Cacuí ao LEV (Local de Entrega Voluntária) e URPV (Unidade de Recebimento de Pequenos Volumes).


2

DISTRÍTOS DE COLETA 017B 02A

1

06A 05B 01A 018B FREQUÊNCIA DA VARRIÇÃO 3X POR SEMANA 2X POR SEMANA

* Todas as outras vias são varridas na frequência de uma vez por semana 111


SISTEMA DE DRENAGEM Considera-se como sistema de drenagem a rede hidrográfica natural de uma bacia ou as obras implantadas nas áreas urbanizadas para a coleta e condução das águas pluviais do escoamento superficial. Em termos do sistema de drenagem, a área de interesse que envolve os limites do projeto é representada pela porção da bacia do córrego das Piteiras. Este é um curso de água praticamente canalizado em toda a sua extensão, sob o leito da Avenida Barão Homem de Melo. O principal afluente da bacia é o córrego Marinho, que também está todo canalizado, acompanhando a Avenida Silva Lobo. Nota-se que a bacia tem um formato alongado, fator que facilita a rápida concentração das enxurradas no fundo do vale. A declividade do perfil longitudinal é relativamente elevada, com predominância de valores acima de 1,0%. A alta declividade, associada ao fato de o fundo do vale estar todo canalizado, reduz o tempo de concentração da bacia, resultando em respostas de escoamento imediatas para os temporais de curta duração.

REDE DE MICRODRENAGEM Em visita de inspeção à área, pôde-se verificar a existência de rede de microdrenagem, como bocas-de-lobo, ao longo das Avenidas Silva Lobo e Barão Homem de Melo, bem como na maioria das ruas transversais. Considerando o relevo da bacia e a topografia das ruas transversais, com declividades relativamente altas, pode-se esperar certa ineficiência de funcionamento do sistema de microdrenagem, que resulta em acúmulos progressivos de vazões não captadas pelas bocas-de-lobo e na concentração de enxurradas sobre os pavimentos das avenidas de fundo de vale. As placas de aviso de inundações existentes na Avenida Silva Lobo, em um trecho no qual a galeria tem capacidade de escoamento mais elevada, pode ser um indicativo de problemas de falhas na rede de microdrenagem, embora seja um trecho da canalização com declividade menos acentuada, que reduz a capacidade de descarga.

REDE DE MACRODRENAGEM O leito do córrego Marinho encontra-se canalizado desde o início da Avenida Silva Lobo, na rotatória com a Rua Oscar Trompowsky (Figura 8). Antes desse ponto inicial, não existe um talvegue bem definido e o escoamento ocorre de forma difusa pelas ruas do aglomerado Vila São Jorge, sendo coletado pela rede de microdrenagem, com maior concentração pela Rua Sereno. De forma semelhante ao córrego Marinho, o talvegue do córrego das Piteiras também se encontra canalizado desde a sua cabeceira, no cruzamento com a Rua João Ladeira de Sena. A montante desse ponto, o escoamento ocorre de forma difusa, sendo coletado pela rede de microdrenagem Em suma, o sistema de macrodrenagem da Avenida Silva Lobo não deve apresentar transbordamentos frequentes, se for considerada apenas a capacidade de descarga das galerias implantadas, na hipótese de eficiência de funcionamento da rede de microdrenagem.

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6

5

1 3

2 4

CÓRREGO PITEIRAS CÓRREGO MARINHO 113


CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES ACERCA DA DRENAGEM Como resumo geral da análise do sistema de drenagem implantado na área de interesse, pode-se considerar que o trecho de galeria da Avenida Barão Homem de Melo, a jusante da confluência do córrego Marinho (esquina Avenida Silva Lobo), apresenta-se como o mais restritivo para o escoamento das águas pluviais. A razão desse problema resulta de um estreitamento de seção da galeria, juntamente com a redução da declividade longitudinal do canal, fatores que diminuem a capacidade de descarga do sistema para a metade, além de induzir a formação de ressalto hidráulico localizado. Em razão dessa restrição, são frequentes as inundações no trecho da avenida, atestadas pelos relatos de moradores locais, pelas notícias veiculadas na imprensa e pela implantação das grelhas para alívio de pressão interna nas galerias. De uma maneira geral, a maior parte do desenvolvimento dos perfis de implantação das galerias da rede de macrodrenagem apresenta-se com declividade supercrítica, o que aumenta a capacidade de escoamento. Entretanto, as inundações têm sido frequentes, não apenas nesse trecho, mas também nos trechos de cabeceiras das avenidas, conforme registros disponíveis na internet. Observa-se, nas filmagens feitas por aplicativos de telefones celulares, uma grande concentração de enxurrada sobre o pavimento das avenidas, não significando, necessariamente, falha nas galerias de macrodrenagem. O excesso de água pode ser decorrente da ineficiência da rede de microdrenagem, que não opera na capacidade plena, em razão de entupimentos das bocas-de-lobo e das elevadas declividades das ruas transversais. Para o caso de implantação de quaisquer obras de revitalização do fundo de vale, recomenda-se que as estruturas estejam adequadas para suportar as inundações frequentes, considerando a dificuldade de solucionar o problema da geração de enxurradas em bacias densamente urbanizadas e com relevo acentuado, como no caso em análise. Essa colocação deve-se ao fato de que a solução plena para os problemas das inundações nos fundos de vale da bacia é bastante complexa, exigindo intervenções espaciais, distribuídas em toda a área da bacia e atuando sobre a ampliação e desempenho da rede de microdrenagem, bem como obras localizadas de ampliação e eliminação das singularidades hidráulicas identificadas no traçado dos canais da macrodrenagem. Não existe espaço na área de contribuição para a implantação de bacias de detenção de cheias, que poderiam mitigar o problema.

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1

Rede de microdrenagem na esquina da Avenida Silva Lobo com Rua Coruripe.

2

Rede de microdrenagem na esquina da Avenida Silva Lobo com Rua Peperi.

3

Aviso de área de risco de inundação na Avenida Silva Lobo.

4

Placa indicativa de área de risco de inundação (Avenida Silva Lobo esquina Rua Peperi).

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Detalhe da grelha na canalização do córrego das Piteiras, na Avenida Barão Homem de Melo.

6

Imagem retirada de video feito por celular no dia 12/12/2011 na ocasião de uma enchente na Av. Silva Lobo. 115


TIPOLOGIAS ARQUITETÔNICAS Este mapeamento identifica a ocorrência das tipologias de arquitetura encontradas nas avenidas Silva Lobo e Homem Barão de Melo, vinculadas às atividades sociais que os espaços promovem. Além de mapear tipologias recorrentes, este mapeamento põe em relevo também arquiteturas singulares de forte presença na paisagem cotidiana das avenida.

COMÉRCIO DE UM PAVIMENTO COMÉRCIO DE ESQUINA MALL EDIFICIO COMERCIAL/ INSTITUCIONAL CASA-COMÉRCIO GALPÃO QUADRA BANDEJA RESIDENCIAL FLORICULTURA MURADO

116


Ainda que os edifícios de um pavimento destinados ao comércio de rua (comércio de um pavimento) apresentem maior ocorrência nas avenidas Barão Homem de Melo e Silva Lobo, percebe-se maior influência na paisagem das tipologias de maior altimetria (edifícios bandeja) ou daquelas que se concentram em uma determinada área, como os híbridos casa-comércio nas proximidades do Morro das Pedras.

Gráfico de recorrência de cada tipologia nas avenidas Silva Lobo e Barão Homem de Melo

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COMÉRCIO DE UM PAVIMENTO

BAR DE ESQUINA

MALL

EDIFÍCIO COMERCIAL/ INSTITUCIONAL

CASA-COMÉRCIO 118


GALPテグ

QUADRA

FLORICULTURA

BANDEJA

RESIDENCIAL

ATIVIDADE COMERCIAL MURADA 119


COMÉRCIO DE UM PAVIMENTO

1

fachadas decoradas

2

edificações de um pavimento

3

proximidade do interior com a rua

4

passeio desocupado 1

2 3 4

COMÉRCIO DE ESQUINA

1

toldos/ sombreamento

2

maiores possibilidades de acesso conexão entre ruas diferentes relações com a rua

3

mesas no passeio, maior contato com a rua

1 2

3

120

2


MALL

1

franquias de redes de restaurante

2

estacionamento

3

mesas no afastamento frontal

4

unidades comerciais ainda em obras

5

unidades comerciais desocupadas

6

passeio ampliado

1

2 4

3

5 6

EDIFÍCIO COMERCIAL/INSTITUCIONAL

1

escritórios nos andares superiores

2

fachadas não customizadas

3

pouca relação com a rua 1

4

comércio no nível térreo 2

3

4

121


2

EDIFÍCIO BANDEJA 1

1

pavimentos repetidos

2

aberturas distantes da rua

3

áreas compartilhadas sem articulação com o espaço público

4

estacionamento dos moradores/ marquise para o comércio

5

nível térreo comercial

6

passeios largos

3

4 6

122

5


EDIFÍCIO RESIDENCIAL

1

pavimentos repetidos

2

janelas pequenas

3

baixo nível de conexão com a rua

4

ruas muradas

5

acessos constrangidos

1

2

4

3 5

ATIVIDADE COMERCIAL MURADA

1

cercamento elétrico/ arame farpado

2

áreas impermeáveis e sem sombreamento

3

ruas muradas

4

acesso controlado 1

2 3

4

123


CATÁLOGO DE MATERIALIDADES Esta é uma pequena amostra das texturas e dos materiais existentes nas avenidas. A escolha de cada uma se deu devido à sua expressividade na composição da paisagem ou à frequência em que seus materiais podem ser encontrados em ambas as avenidas.

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Tinta de cores diversas. Eventualmente obserservam-se pichações.

Mosaico de cacos cerâmicos sobre cimento branco.

Placas de granito polido.

Cimento desgastado com exposição das britas.

Placas de granito áspero retificado.

Placas cimentícias.

Cimento colorido.

Cimento colorido com canaleta metálica para escoamento de água.

Meio-fio de concreto separando área ajardinada no canteiro central.

Tijolo aparente.

Toras de madeira de eucalípto envernizadas.

Azulejo cerâmico retangular acentado desencontrado de cores diversas.

125


126


Azulejo cerâmico quadrado de cores diversas.

Piso cimentício e placas podotáteis de ladrilho hidráulico.

Piso de cimento cru.

Granito áspero retificado.

Chapisco natural ou pintado de cores diversas.

Pedras portuguesas formando variados desenhos.

Pedras de granito bruto.

Bloco cimentício intertravado vazado com grama.

Meio-fio de concreto separando área ajardinada no canteiro central.

Pastilhas cerâmicas de cores diversas.

Placas de mármore polido.

Bloco de concreto intertravado.

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FEIRA DE ARTESANATO A Feira de Artesanato da Avenida Silva Lobo funciona todos os sábados pela manhã, entre as ruas Canaâ e Coruripe. Os feirantes foram escolhidos por uma licitação pública e ocupavam 362 barracas, mas esse número diminuiu para 90. Recentemente, uma nova licitação foi proposta pela prefeitura, com a intenção de ampliar e revitalizar a feira. Os feirantes concordam com essa ampliação, mas não estão satisfeitos com as condições do edital, que não dá preferência para os atuais ocupantes e coloca como principal critério de seleção o maior valor pago pela licença.

4

1

Rua aã

Can

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2

3

1

Rua e

urip

Cur

1

O fluxo de automóveis é desviado para dentro do bairro jardim América. Embora alguns comerciantes e moradores se incomodem com a mudança temporária no trânsito, ela permite uma ambiência mais agradável no sábado de manhã, dando lugar para barracas, pedestres e ciclistas.

2

Em alguns sábados, a Unimed organiza eventos culturais na Praça da Saúde, trazendo mais compradores e mais vida para a feira. Para os feirantes, esses eventos poderiam acontecer com maior frequência.

3

A parte final da feira é ocupada por barracas de alimentação. São colocados banquinhos no canteiro central e na rua, mas não há muito espaço nem conforto para os consumidores. Os feirantes acreditam que poderia haver mais barraquinhas e maior variedade de comidas.

4

Apesar dos transtornos causados pela mudança no trânsito e diminuição de vagas de estacionamento, a feira traz vantagens para os comerciantes locais. Muitos compradores frequentam as lojas e restaurantes da Av. Silva Lobo depois de visitarem a feira.

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7 11

6

5

8 11

9 12

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5

Alguns feirantes colocam lonas próximo a suas barracas para proteger do sol e da chuva. No entanto, muitas lonas são mal fixadas e atrapalham a passagem de transeuntes.

6

O canteiro central é visto como grande atrativo da feira e funciona como passagem para os compradores. No entanto, a passagem é estreita e os transeuntes pisam nos canteiros, impedindo o crescimento de vegetação.

7

As árvores trazem sombra para a feira, mas algumas têm copa muito baixa, dificultando a passagem de pessoas. Há ainda trechos não sombreados, o que prejudica os feirantes ali posicionados.

8

Ciclistas, corredores e transeuntes que não querem andar pela feira passam pelo meio da rua.

9

Existem espaços para barracas que ficam vazios, pois muitos vendedores foram saindo ao longo do tempo. Feirantes acreditam que uma futura ampliação da feira será favorável, pois irá diversificar a gama de produtos oferecidos e deixar a feira mais contínua.

10

Muitos feirantes estabelecem relações de amizade com os fregueses frequentes, que são normalmente moradores dos bairros vizinhos. Há também compradores ocasionais, que passam pelo canteiro central.

11

Algumas pessoas têm suas próprias barracas, mas a maioria é alugada de empresas indicadas pela prefeitura, responsáveis pela montagem e desmontagem.

12

Segundo os feirantes, é preciso haver uma divulgação mais eficiente para atrair consumidores de outras partes da cidade.

131


132


A feira apresenta uma grande variedade de produtos, entre vestuário, alimentos e bijoterias. Os próprios feirantes desenham ou produzem grande parte das mercadorias e muitos deles dependem das vendas na feira, pois não conseguem custear lojas tradicionais. Dessa forma, muitos serão prejudicados caso a licitação para a nova feira não considere os feirantes antigos.

133


134


135


DIVERSIDADE COMERCIAL As avenidas Barão Homem de Melo e Silva Lobo abrigam uma rica diversidade de comércios. No levantamento abaixo, os comércios foram categorizados de acordo com seu tipo e a recorrência de cada grupo foi quantificada, de modo a indicar quais os tipos de comércio predominantes e aqueles que aparecem com menor frequência.

21% 23%

8,9% 2,0% 2,0% 2,0% 2,5% 8,9%

2,8% 3,9% 7,0%

5,0% 5,0%

23,0%

BAR/COMIDA

21,0%

VESTUÁRIO

8,9%

SAÚDE

8,9%

AUTOMÓVEL

7,0%

ESTÉTICA

6,0%

CONSTRUÇÃO

5,0%

ESPORTES

5,0%

VARIEDADES

3,9%

INTERIORES

2,8%

EDUCAÇÃO

2,5%

FLORICULTURA

2,0%

MERCADO

2,0%

IMOBILIÁRIA

2,0%

BANCOS OUTROS*

136

6,0%

horário de funcionamento 70% dos comércios abrem entre 7 e 19 horas.

Os comércios foram listados a partir da ordem de suas respectivas localizações nas avenidas em análise. *os tipos de comércios que não apresentavam quantidade suficiente para se configurarem como um grupo foram classificados como Outros e não compõem o gráfico. Essa categoria envolve 26 estabelecimentos e engloba instituições que não desenvolvem atividades comerciais, como o Sebrae, a Polícia Militar e a Newton Paiva.


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AVENIDA BARÃO HOMEM DE MELO 1. Feira das Pedras 2. Paluma 3. Bar da Vera 4. Arena Paint Ball 5. Imobiliária Credi Sonho 6. Bombeiro Hidráulico e eletricista 7. Carrefour Bairro 8. Sacolão ABC 9. Auto Bitts 10. Barão Bus 11. Laboratório Hermes Pardini 12. Eterno Desejo 13. Chaveco 14. Lanchonete 15. Escapamento assunção 16. Recanto da Barão 17. Biscoiteria Barão 18. Lanchonete e Restaurante Barão 19. Star Motos 20. Loc Civi 21. Barão Vans 22. Sebrae

AVENIDA SILVA LOBO 23. São Marcos Laboratório 24. Flora Stancia Gabriela 25. Brother Lan House 26. Bar Céu Pequeno 27. Salão Bela Mulher 28. Cia da Pele 29. Lápis de Cor Papelaria 30. Start Pilates 31. Banco Itaú 32. Mobilier Interiores 33. Ortobom Colchões 34. Clínica Energia Vital 35. Consultório Odontológico 36. Mania de Comer 37. Lojas Americanas Express 38. Container Outlet 39. Tropeiro da Lili 40. Prattes Coiffeur 41. Exclusiva Moda Feminina 42. Regional Oeste 43. Pizzalar 44. A La Folie Modas 45. Simone D’Valle Calçados 46. W3 Salão 47. Guaraçaí 48. Silva Guimarães Moda 10 49. Eletromerg 50. FarMelhor 51. Formação de Condutores 52. Colchão e cia. 53. Peter Kar 138

54. Estacionamento 55. Lobinho Espetos 56. Sorveteria Adriana 57. Pilates 58. Depósito Berlim 59. Território Aventura 60. Alfa Sacolão 61. Lobos Grill 62. Rosa dos Ventos Chopperia 63. Açaí Mais Sabor 64. Tudo de Bom 65. Mixirica 66. Pomodori Pizzaria 67. Restaurante Chalé Mineiro 68. Floricultura Beija Flor 69. Laboratório Geraldo Lustosa 70. Caixa Econômica Federal 71. Drogaria Pacheco 72. Unimed 73. Mineirim Restaurante 74. Rose e cia. Salão 75. Bolt Suplementos 76. Açaí Mix 77. Lava Jata Grajaú 78. Mecânica Multi Marcas 79. Barracão Materiais 80. Labella Fitness 81. Salão Silva Lobo 82. RC Nutri 83. Consultório Odontológico 84. Cia. Imóveis 85. Núcleo Terapêutico - YOGA 86. Styllus 87. Chamego da Arte 89. Park Idioma 90. Loteria Calçadão 91. Mit Mik Modas 91. Eterno Verão 92. Auto Escola Grajaú 93. Droga Mix 94. Mulher Bonita 95. Graff’s Papelaria 96. Banca Silva Lobo 97. Salão Tóquio 97. Salão Shangai 98. 2 Peketitos 99. Bergo 100. Avaní Ateliê 101. Instituto de Beleza Priscila Vilar 102. Villavi 103. Consultório Odontológico 104. Tot Boom 105. Cled’s Ferreira 106. Marióh 107. Tecnoposto 108. Classic - Corretora 109. Aldora


110. Marville 111. Let’Sports 112. Espaço Marilia 113. Tai Nutrition 114. Papelaria Many Paper 115. Malha Mania 116. Flaper 117. Vila Baby 118. Ótica Oficial 119. Academia Acqua Sports 120. Restaurante Divino Don 121. Luc Calçados 122. Chaveiro 123. Longevite 124. Flora Dona Flor 125. Viga Bytes Informática 126. Assimec 127. Labcor Laboratórios 128. Fixar Gráfica 129. Mentha 130. Fina Lembrança 131. Consultório Odontológico 132. Vest Shoes 133. Auto Escola Monteiro 134. Vest Fashion 135. Padaria Santo Pão 136. Obaçaí 137. Soulfit Sports 138. Prolar 139. Johnny Tattoo Studio 140. Moldura Artesanato 141. Fox Fit 142. Quadra Society 143. Papo Legal 144. NC Comércio 145. Sushi Japa Chan 146. O Boticário 147. Top Variedades 148. Cacau Show 149. Ortocrin 150. Subway 151. Enzo - Pizza & Steak 152. Rede Açaí 153. Mr. Toy - Brinquedos 154. Valencia Móveis 155. Depósito Materiais Aurora 156. Art’ Costura 157. Rei do Açaí 158. Gil Açaí e Lanches 159. Máximos Lava Jato 160. Borracharia 3 irmãos 161. Esmalteria W3 162. Chaveiro (instaladora BH) 163. Kumon 164. Caros Amigos Pet Shop 165. Cantina Fratello 166. Alliatum

167. Studio F 168. Via do Sabor Delivery 169. Sweet Sylla - Confeitaria 170. Compus Informática Técnica 171. Note e Anote Papelaria 172. Salão Mak Up Hair 173. Casa Limpeza 174. Revi Fitness 175. BK Estacionamento 176. Chaveiro Grajaú 177. Trem Bão Burger 178. Tecnofiltro Transpor 179. Lava Jato Leto Trato 180. Restaurante Trem Bão 181. WS Pedras 182. Papelaria 183. Bar La Picota 184. Lalis Studio de Beleza 185. Açaí Toca do Lobo 186. Sonia e Pri - Ateliê e Costura 187. Super Banho 188. Cão Carinho 189. Bolos de Minas 190. Design Estúdio de Beleza 191. CBC Lavanderia 192. Salgado Cê 193. Pro Reparos - Material Elétrico 194. Rei da Informática 195. Poka Ropa - Moda Infantil 196. Newton Paiva 197. UMEI 198. Forte Grama 199. CRAS 200. Batalhão da Polícia Militar 201. Drogaria Gutierrez 202. Pezão e Nuza (armarinho) 203. Maná Restaurante 204. Radu Lanches 205. Laticínios Tentações da Roça 206. Sorveteria Adriana 207. Sacolão Atos 208. Sacolão Econômico 209. Sandro Presentes 210. Salão Fram Caputo 211. Fiel Car 212. R&R Materiais de construção 213. Opção Calçados e acessórios 214. SupergasBras 215. Pizza Gospel 216. Depósito Sereno 217. Salão Unisex Filipai 218. Marry Studio de Beleza 219. Lavajato 220. Bar da Lala 221. Peixaria W.E. 222. Casa de rações 223. Disk Água BH 139


DIVERSIDADE GRÁFICA Os painéis de sinalização são elementos importantes nas atividades comerciais. Além de comunicarem a identidade visual dos comércios e divulgarem promoções e novidades, estes elementos também informam o modo de vida que cada tipo de comércio projeta. O mapa abaixo nos permite observar também a recorrência de cada tipo de sinalização de acordo com o público predominante das avenidas.

MURAL EM RELEVO IMPRESSOS ARTESANAIS LUMINOSOS

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MURAL

Concentrados nas regiões próximas ao Morro das Pedras, ao Quilombo e em oficinas mecânicas e lojas de materiais de construção da avenida Barão Homem de Melo, os murais são pintados diretamente sobre as fachadas dos estabelecimentos ou em seus portões, e apresentam uma rica diversidade de cores, tipos e texturas.

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EM RELEVO

As placas em relevo são encontradas em sua maioria nos comércios mais novos ou aqueles que sofreram reformas recentemente. Na maioria das vezes são utilizados materiais reluzentes, com a intenção de comunicar as noções de limpeza e novidade aos transeuntes.

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IMPRESSOS

As sinalizações impressas são as mais comuns nas avenidas. São encontradas em comércios mais antigos e, geralmente, sobrepõem diferentes texturas, fotografias e tipografias. Além de sinalizar o nome do estabelecimento, elas costumam informar slogans, websites e telefone. Os impressos são também utilizados como placas provisórias.

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ARTESANAIS

As placas dos sacolões apresentam materiais, cores e tipografias características desse tipo de comércio, anunciando as promoções e intercalando ilustrações e texto. O outro modelo encontrado são as placas de madeira de restaurantes de comida mineira, que remetem à estética das fazendas do interior.

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LUMINOSOS

As placas luminosas agrupam uma diversidade de comércios e serviços de temporalidades distintas, o que confere pluralidade estética a essa categoria. Mais recorrentes nas proximidades da Praça da Saúde, essas placas sinalizam desde redes de restaurantes a anúncios genéricos de “Bem-Vindo” e “Aberto”.

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CANAIS DE COMUNICAÇÃO A articulação gerada pelo Projeto Caminhos deu origem a uma série de canais de comunicação com diferentes finalidades, seja de lojista para lojista ou da associação para os consumidores. Entretanto, aqueles destinados à comunicação com o público geral falham em atingir um volume significativo de pessoas, ao mesmo tempo em que possuem projetos gráficos distoantes, o que dificulta o reconhecimento da origem comum desses veículos.

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GRUPO NO FACEBOOK

PÁGINA NO FACEBOOK

Grupo fechado no Facebook para os lojistas da Av. Silva Lobo e Barão Homem de Melo divulgarem informações de cunho restrito para os demais colegas. Além de convocações para reuniões, ali também são compartilhadas referências bem sucedidas de estratégia de marketing e empreendedorismo.

De acesso público, a página oficial do Projeto Caminhos no Facebook tem como função divulgar o desenvolvimento do projeto, e também serve como canal de comunicação entre as empresas participantes e seus clientes. Criada em Julho de 2014, a página tem pouca adesão (53 curtidas) e só recebeu até hoje duas publicações.


GRUPO NO WHATSAPP

JORNAL CAMINHOS

O grupo Projeto Caminhos no WhatsApp tem como principal função a convocação para reuniões e dinâmicas de grupo oferecidas pelo Sebrae à Associação dos Comerciantes da Av. Silva Lobo e Barão Homem de Melo.

Elaborado em parceria com estudantes de Comunicação da Newton Paiva, o jornal Caminhos é a publicação oficial da Associação dos Comerciantes da Avenida Silva Lobo, Barão Homem de Melo e entorno. Além de falar sobre as realizações do projeto Caminhos, o jornal serve também como roteiro do comércio da região, disponibilizando o mapa dos comércios e divulgando as promoções da temporada. Apesar de ser o veículo com maior alcance aos clientes, o jornal só teve um número publicado até hoje (Dezembro 2014).

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ESTRATÉGIAS DE ARTICULAÇÃO Ações conjuntas, de iniciativa dos próprios lojistas, vem contribuindo para a melhoria do seu espaço cotidiano e para o desenvolvimento das avenidas. Intervenções em datas comemorativas, estratégias de marketing e de fomento às vendas e tentativas de interlocução junto ao poder público são alguns dos exemplos de como os comerciantes, ao buscar soluções para seus próprios problemas, acabam transformando coletivamente as ruas, calçadas e praças da região.

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NATAL DE LUZ

LIMPEZA DAS AVENIDAS

No natal de 2014, os lojistas da região viabilizaram, com o auxílio da Cemig e da Belotur, a instalação de iluminação natalina em um trecho da avenida Silva Lobo, a fim de criar uma ambiência propícia à frequentação durante as festividades de fim de ano.

A partir de um pedido enviado à SLU (Superintendência de Limpeza Urbana), os comerciantes conquistaram a instalação de 21 novas lixeiras e a realização de uma campanha educativa sobre o lixo. Ainda encontram-se em articulação o aumento da frequência da coleta de lixo na região, e a implantação de coleta seletiva (impossibilitada no momento por falta de verba).


BLACK FRIDAY

SEGURANÇA NA REGIÃO

Realização, por parte de vários comerciantes, de um dia de descontos conjuntos nos produtos e serviços prestados na região. Os descontos de até 70% nos valores normais atraíram um grande público, e as vendas aumentaram consideravelmente.

Os comerciantes, junto com a 125a Companhia da Polícia Militar, elaboraram um plano de ação para a segurança na região no qual estão incluídas, por exemplo, a intensificação do patrulhamento local e a criação de uma rede de vigilância e de contato dos comerciantes com a polícia no aplicativo de celular Whatsapp. O grupo também se mobilizou para elaborar um projeto de instalação de câmeras de segurança nas avenidas viabilizado pelo Orçamento Participativo. Até o momento, assinaturas de moradores, comerciantes e frequentadores estão sendo coletadas.

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DISPOSITIVOS DE OCUPAÇÃO Alguns comércios das avenidas Silva Lobo e Barão Homem de Melo expandem seu espaço para a rua. Apesar de pontuais, essas práticas alteram a ambiência da rua e estabelecem dinâmicas de ocupação que incentivem a permanência das pessoas no passeio. Ainda que o acesso a esses dispositivos dependam de relações comerciais, esse mapeamento indica possibilidades interessantes de diluição da fronteira entre os espaços públicos e privados.

Vasos de planta de concreto são muito encontrados em frente a edifícios residenciais na Avenida Silva Lobo. Sua função se restringe à decoração, não oferecendo possibilidades de apropriação pelos pedestres.

Jardineiras decorativas são comuns nos peitoris de janelas de restaurantes nas avenidas.

Com pouco espaço interno para os clientes, esta sala de espera de um salão de depilação da Avenida Silva Lobo é montada no passeio durante o horário de funcionamento da loja.

Esta jardineira é utilizada por vários dos comércios do mall localizado na esquina da Avenida Silva Lobo com a Rua Canaã. Durante as horas de funcionamento o dispositivo é levado à rua. 150


Pertencente a uma mercearia, o carrinho de churros é estacionado em frente à loja, operando como uma vitrine ambulante. A mesma estratégia é observada com máquinas de sorvete. Tais práticas são mais comuns nas proximidades do Morro das Pedras.

Decks de madeira são encontrados na frente de alguns poucos estabelecimentos comerciais, em sua maioria das vezes bares ou restaurantes. Durante o horário de funcionamento dos restaurantes, os decks são ocupados por mesas e cadeiras. Entretanto, eles não são compartilhados com nãoconsumidores. Loja de móveis na Avenida Silva Lobo leva o mobiliário à venda à calçada, onde vendedores e amigos passam a tarde sentados conversando à espera de clientes. Além dos mobiliário da loja, cadeiras de plástico são também levadas por comerciantes vizinhos para a porta da loja.

Estes bancos de madeira são posicionados diariamente em frente a uma lanchonete localizada no térreo de um edifício-bandeja. A lanchonete, que só tem espaço interno para uma cozinha e um balcão, aproveita a marquise do edifício para oferecer assento aos clientes no passeio.

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O COMÉRCIO E A RUA No dia 03 de março de 2015, foi realizada uma atividade com membros da associação de empresários das avenidas Silva Lobo e Barão Homem de Melo. Em um primeiro momento, houve uma apresentação que abordou algumas experiências do urbanismo contemporâneo e estimulou um debate coletivo entre empresários e arquitetos. Foram discutidos temas como: crescimento da região, relação com clientes, mobilidade urbana, segurança, diferenças entre shopping e rua comercial. Na segunda etapa do encontro, os participantes responderam a quatro perguntas sobre a relação entre o comércio e a rua. Post-its com as respostas foram colados em um mapa e em fotos da área.

Cartilha com teorias de urbanismo, distribuída para os participantes. 152


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Como a rua beneficia o comércio atualmente? Como a rua pode melhorar o comércio? Como o comércio beneficia a rua atualmente? Como o comércio pode melhorar a rua?

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Disponibiliza possibilidade de caminhada e prática de esporte.

Praça atraente (em frente ao Carrefour)

Praça da Saúde.

Pista de cooper: caminhar faz observar as lojas.

Quarteirão com mais fluxo de pessoas.

Identidade visual, paisagismo no canteiro central.

Passeios regulares.

Revitalização da praça do Carrefour.

Praças mais atraentes.

Trazer mais vida, mais pessoas para essa área. (encontro da Barão com a Silva Lobo)

Estacionamento.

Táxi lotação específico para a Silva Lobo.

Estacionamento.

Administração única dos comércios.

Criar um canal de comunicação do projeto para aderir mais lojistas.

Criar pontos de informação.

Pontos de suporte às chuvas (coberturas).

Implementação de sinais de trânsito atuais.

Melhoria do transporte público.

Estacionamento.

Estacionamento.

Estacionamento rotativo.

Lugar para crianças enquanto os pais compram. Cinema, atrativos.

Mapas da Avenida (comércio e transporte público).

Estacionamentos 45 graus.


Estacionamento rotativo a fim de dar mais oportunidade de estacionamento.

Corrigir a Numeração.

Linhas de táxi específicas para a região.

Iluminação noturna na pista central.

Criar ligação entre as duas avenidas.

Linha de ônibus do metrô Calafate.

Morro das pedras só é frequentado pelos próprios moradores.

Bebedouro dentro das galerias e bancos.

Marquise em frente às lojas protege do sol e da chuva.

Muro Newton: barreira, interrupção. Como melhorar?

Diversidade de produtos e serviços.

Loja com afastamento frontal: ganhou 2 vagas de estacionamento.

Franquia chama a atenção porque tem nome.

Barão tem uma diversidade de comércios que não tem na Silva Lobo. Criar conexão!

Acessibilidade.

As lojas terem toldos padronizados.

Estilo arquitetônico marcante.

Padronizar as fachadas.

Organização do lixo (coleta seletiva).

Fachadas atraentes. Placas instrutivas.

Identidade gráfica da avenida.

Lojas da galeria abrirem mais cedo e fecharem mais tarde.

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OPINIÃO DOS COMERCIANTES Este mapeamento apresenta os resultados de um questionário respondido por comerciantes das avenidas Sila Lobo e Barão Homem de Melo. As respostas foram filtradas e resumidas, de forma a dar um panorama das opiniões e expectativas dos entrevistados.

Nestes 15 anos que aqui estou, o comércio vem se modernizando e se diversificando. De pequenas lojas para médias. Ramos de negócio cada vez mais diversos.

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Acredito ser a avenida uma área de lazer, principalmente com a pista de caminhada. A faculdade Newton, os bancos, a regional da prefeitura e o hospital Unimed também atraem muitas pessoas.

TRANSFORMAÇÕES

ATRATIVOS

A partir da década de 90, e mais intensamente na última década, o comércio na Av. Silva Lobo se tornou mais intenso e diversificado, consolidando a via como pólo comercial. Cada vez mais, são atraídos compradores não apenas dos bairros vizinhos, mas também de outras partes da cidade. O comércio vem se tornando cada vez mais sofisticado, além da instalação de grandes redes e franquias. Em contrapartida, na Avenida Barão Homem de Melo não houve um desenvolvimento considerável no comércio.

Além do comércio em si, há uma série de atividades na região que atraem pessoas e, consequentemente, trazem mais compradores. A Rua do Lazer aos domingos e os eventos organizados pela Unimed também são apontados como atrativos. Muitos comerciantes gostariam que os eventos culturais fossem mais frequentes, melhor divulgados e acontecessem em áreas menos movimentadas. As opiniões em relação à feira de artesanato são divergentes: enquanto alguns a vêem como vantajosa, outros consideram-na um empecilho para o comércio.


A maioria dos consumidores mora na vizinhança, mas há outros que trabalham na região, ou que já moraram na região. Têm faixa etária a partir de 25 anos, normalmente de classe baixa e média.

Uso a rede social para divulgar meus produtos, mas também estou sempre empenhada em investir em melhorias de visual na loja.

Penso em uma avenida bonita, com uma ótima estrutura, sinalizada, arborizada, passeios padronizados, estacionamento com faixa azul. Pista de caminhada e praças estruturadas.

PERFIL DOS COMPRADORES

ATRAINDO CLIENTES

EXPECTATIVAS PARA O FUTURO

A maioria dos comerciantes considera que o caráter dos clientes é bastante eclético. Dependendo do tipo de estabelecimento comercial, há uma maior frequência de determinado gênero, faixa etária ou classe social, sendo que muitos empresários relatam que têm mais clientes do sexo feminino. No geral, os consumidores são vistos como exigentes e críticos, pois frequentemente verificam a qualidade dos produtos e o preço justo.

A internet se destaca como plataforma de divulgação e contato com clientes, desde websites a grupos de email e páginas no Facebook. Além disso, os comerciantes investem na distribuição de panfletos e brindes, realização de eventos, anúncios em jornais locais, promoções e descontos. Além disso, a qualidade do atendimento e dos produtos faz com que haja uma publicidade espontânea, por “boca a boca”.

Estima-se que o crescimento e desenvolvimento do comércio continue acontecendo nos próximos anos, seguido de maior valorização. Os comerciantes almejam melhorias no transporte público, mais vagas de estacionamento, requalificação de fachadas, coleta de lixo mais eficiente, mais segurança, revitalização das praças e do canteiro central. Dessa forma, espera-se atrair mais clientes e desenvolver o potencial turístico da região.

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OUTROS PROJETOS NA REGIÃO Entre os projetos de grande porte propostos para a Regional Oeste, destaca-se o Programa Vila Viva para o Aglomerado Morro das Pedras, cuja implantação pretende “promover a requalificação urbanística, ambiental e social” das vilas que o compõe, buscando a melhoria do padrão de vida de seus moradores. Duas das vilas estão inseridas na área de intervenção da Av. Silva Lobo: São Jorge Segunda Seção e São Jorge Terceira Seção, e têm sido beneficiadas com as obras concluídas e em andamento. Observa-se que o trecho abrangido pela área do Projeto de Requalificação em pauta não apresenta riscos geológicos ou geotécnicos que tenham sido mapeados pelo Plano de Redução de Risco do município e de acordo com os técnicos da URBEL responsáveis pela implantação do Programa na Vila a única intervenção na área foco deste estudo é a desocupação da faixa sob a Linha de Transmissão.

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Através do Orçamento Participativo, foram previstos recursos para investir em diversas obras consideradas prioritárias e de interesse específico da população nas diversas regionais de Belo Horizonte. Na Regional Oeste, entre as obras previstas para atender a área de estudo e intervenção do projeto estão as seguintes, caracterizadas por ano/rodada: OP 2001/2002: previu recursos no valor de R$ 347.054,06 para ligação entre vias, abertura de becos, contenção e pavimentação de vias nas vilas São Jorge I e II, Cascalho, Bandeirantes, Leonina, Antena e Alpes. As intervenções encontram-se em fase de execução de obras. OP 2007/2008: previu recursos no valor de R$ 488.166,00 para urbanização de vias na Vila São Jorge II, entre elas a urbanização dos becos Fernandes, Liberdade e a escadaria do Beco Santa Inês. As intervenções encontram-se em fase de execução de obra. OP 2009/2010: previu recursos no valor total de R$ 1.777.029,30 para a implantação de redes de drenagem pluvial nas vias transversais à Avenida Silva Lobo. Os trabalhos têm previsão de conclusão para o primeiro semestre de 2015. OP 2011/2012: previu recursos no valor total de R$ 1.000.009,09 para realizar remoções para implantação e urbanização do trecho ocupado da Rua Pilar (PBH, 2014). OP 2011/2012: previu investimentos de R$ 462.080,48 para a reforma do Centro de Referência de Assistência Social - CRAS Morro das Pedras, localizado na Av. Silva Lobo, 2379, e de R$ 1.712.722,67 para a ampliação do Centro de Referência em Saúde Mental - CERSAM, encontrando-se atualmente em fase de projeto. OP 2013: previu recursos no valor de R$ 2.777.777,00 para a urbanização e revitalização da pista de caminhada da Avenida Silva Lobo, cujo projeto encontra-se em fase de estudos preliminares. A área de estudos é interceptada por duas redes aéreas de distribuição de energia, ambas de média tensão (13,8kV), na porção do Aglomerado Morro das Pedras. Para estas redes, é necessário respeitar uma faixa de segurança ou faixa de servidão de 20 metros, considerando 10 metros para cada lado da rede, em cuja área o uso e a ocupação são atribuídos à Cemig, de modo a permitir o livre acesso para implantação, operação e manutenção do sistema elétrico sob sua responsabilidade. Esta área vem sendo regularizada pela Cemig através de um convênio com a Urbel, para a desapropriação e remoção das edificações situadas sob a LT. Entretanto, desde 2012 este convênio está suspenso por falta de repasse de recursos para o prosseguimento das indenizações.

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SUBESTAÇÃO SE GUTIERREZ LINHA DE TRANSMISSÃO + FAIXA DE SEGURANÇA VILA VIVA MORRO DAS PEDRAS

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O Programa VIURBS tem como premissa melhorar o sistema de vias e circulação da cidade, buscando criar alternativas transversais de trânsito de uma região para outra sem passar pelo hipercentro da cidade. A área de estudo do projeto é atravessada por uma das vias propostas pelo programa, a Via 707, que objetiva melhorar o fluxo e as conexões entre as ruas Tibiriçá e Oscar Trompowsky, , interligando os bairros Gutierrez, Morro das Pedras, Nova Granada e Jardim América, e incrementando as condições de circulação entre as avenidas Barão Homem de Melo e Silva Lobo. Lobo. Em sua porção mais ao norte, a via 707 se conectará à Via 706 que pretende melhorar a circulação das ruas Gastão Cunha, Anita Garibaldi e Porto Carreiro, ampliando as conexões da região com a Av. Raja Gabaglia. As intervenções de alargamento e implantação de calçadas se darão através de desapropriações em determinados trechos. O objetivo é a implantação de via com duplo sentido de circulação ao longo de todo o trecho, com 18,0 metros de largura, sendo 12,0 metros de caixa de rolamento e passeios de 3,0 metros de cada lado. O sistema BRT/MOVE, em fase de implantação na cidade de Belo Horizonte, prevê a implantação de faixas exclusivas para o tráfego do transporte coletivo em diversos corredores viários da cidade, dentre eles a Avenida Barão Homem de Melo. De acordo com o PlanMobBH, a implantação do corredor de BRT (bus rapid transit) na avenida está previsto dentro do chamado ‘Pacote 2’, que inclui intervenções previstas para o ‘Cenário 2020 com Restrições de Investimento’, isto é, intervenções consideradas prioritárias dentro de um horizonte de médio prazo. O estudo proposto dentro do PlanMobBH prevê a implantação de um corredor com uma faixa exclusiva para o tráfego de ônibus, com largura constante ao longo de todo o corredor, consequentemente sem a implantação de duas faixas nas áreas próximas aos terminais ou pontos de parada, o que permitiria manobras de ultrapassagem entre os ônibus durante as operações de embarque e desembarque de passageiros. O tráfego de bicicletas ao longo do corredor da Avenida Silva Lobo, atualmente, é bastante reduzido. Durante os levantamentos de campo poucos ciclistas foram identificados, com exceção para os finais de semana, quando a via é parcialmente dedicada a atividades de lazer. Considerando-se os dados da Pesquisa OD, que mostraram uma importante conexão diária entre os bairros Nova Granada, Grajaú, Nova Suissa e Morro das Pedras (que se conectam através da Avenida Silva Lobo), a implantação de infraestrutura adequada pode exercer impacto positivo sobre uma demanda eventualmente reprimida. O programa PedalaBH, da Prefeitura de Belo Horizonte, atualmente em fase de implantação, prevê a instalação de infraestrutura de apoio a circulação de bicicletas nos corredores das avenidas Barão Homem de Melo e Silva Lobo. A previsão é de que todas as obras estejam concluídas até o final de 2016. Ainda não há definição sobre a tipologia da infraestrutura a ser instalada (se totalmente segregada, se junto a via de veículos, se no formato de ciclofaixa, ou se na calçada).

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VIA 706 VIA 707 CORREDOR BRT/MOVE (ANEL INTERMEDIÁRIO) CICLOVIAS PROJETADAS 161


TRANSFORMAÇÕES FUTURAS A região das avenidas Silva Lobo e Barão Homem de Melo vem passando por um processo de crescimento,alavancado pela verticalização. Os terrenos próximos à avenida Silva Lobo sofrem forte pressão pelo mercado imobiliário, devido à facilidade de acesso e abundância de estabelecimentos comerciais. Este mapeamento simula possíveis resultados da tendência de crescimento e transformação da área, baseado em possíveis mudanças na legislação urbanística.

Edificações não consolidadas ou terrenos vazios que poderão, eventualmente, ser substituídos por edifícios de grande porte. Estão incluídos: residências unifamiliares, floriculturas, estacionamentos, edifícios comerciais pequenos, restaurantes, lotes vagos, oficinas mecânicas.

Áreas protegidas pela legislação urbanística, onde não é possível construir edifícios de grande porte: interesse hstórico-cultural (Quilombo dos Luízes) ou Zona Especial de Interesse Social (Aglomerado Morro das Pedras).

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PROPOSTAS PARA A LEGISLAÇÃO URBANÍSTICA: O Plano Diretor Regional classificou a Avenida Silva Lobo como centralidade de nível intermediário, definida como centralidade já existente “com boa diversidade de usos, (localizada) em uma região de boa declividade, e com capacidade de adensamento, desenvolvendo-se em função de eixos bem articulados na cidade (Avenidas Silva Lobo e Amazonas)”. O plano propõe o reforço desta centralidade de modo que ela possa abranger uma região com maiores dimensões, transformando-se em uma centralidade de Tipo 1. A centralidade Tipo 1 é assim definida: “Centralidade de maior relevância que pretende atender a diretriz dos Planos Diretores Regionais de descentralizar as atividades no município, fortalecendo-se centros especializados e diversificados em cada Regional. São pontos nodais do espaço que devem receber políticas especiais para o incremento de atividades econômicas e propicias a desenvolver pontos preparados ao encontro de pessoas, favorecendo um atendimento de maior raio de abrangência – escala da Regional e municípios vizinhos.” Como estratégias de reforço das centralidades de Tipo 1, estão propostos tratamentos quanto a: “a) permissividade das vias, adotando mais Vias Mistas (VMs), permitindo uma diversificação maior de atividades; b) Outorga do Direito de construir, permitindo a construção para além do coeficiente construtivo básico (de forma onerosa ou não de acordo com os cenários) e assim aumentando a densidade construtiva local; c) requalificação urbana (tipo 1), que deve abranger tanto questões viárias, de acessibilidade, de valorização das calçadas e dos pedestres e da melhor acessibilidade entre as Avenidas Amazonas e Silva Lobo, favorecendo sobretudo o modo a pé.” A IV Conferência de Políticas Urbanas propôs para as centralidades intermediárias, como é o caso da Avenida Silva Lobo no trecho em foco, a possibilidade de adensamento construtivo maior que aquele permitido em seu entorno, dando prioridade ao uso misto, à ocupação de terrenos vazios e à substituição de edificações horizontalizadas por tipologias verticalizadas. Para isso, poderão ser aplicadas tanto a Outorga do Direito de Construir como a Transferência do Direito de Construir, condicionadas à geração de faixa ou área de fruição pública no nível térreo dos empreendimentos. Os recursos obtidos por meio de Outorga Onerosa do Direito de Construir nestas áreas deverão ser reinvestidos na própria área da centralidade para sua requalificação urbana.

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Área que atualmente inclui restaurante, residência unifamiliar, sacolão, loja de bicicletas, depósito de construção, academia de ginástica, sorveteria, bar e oficina mecânica, sujeita a transformação e substituição das tipologias existentes por edifícios de grande porte.

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Edifício hipotético, que poderia ser construído no terreno caso aprovadas as propostas da IV Conferência Municipal de Política Urbana.

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Na proposta, o CA (Coeficiente de Aproveitamento) Básico será 1,0. Com a obtenção de ODC (Outorga do Direito de Construir), o CA poderá chegar a 2,4 na Av. Silva Lobo, que será uma Centralidade de Tipo 1. Na Barão Homem de Melo, que está na área de Ocupação Preferencial 1, o CA poderá chegar a 2,0 com a compra de ODC.

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Na Avenida Silva Lobo, o afastamento frontal mínimo será de 5,0 metros, sendo proibida vedação e a utilização como estacionamento ou como área de manobra. Na Avenida Barão Homem de Melo, que é uma via arterial, o afastamento frontal também será de 5,0 metros, sendo permitida a utilização como área de estacionamento (ver mapeamento Estacionamento).


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A concessão de ODC para os terrenos nestes locais deve ficar vinculada à destinação de, no mínimo, 15% da área do terreno para faixa ou área de fruição pública (área de livre acesso, conectada à rua, cuja manutenção é de responsabilidade do proprietário do imóvel).

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O afastamento frontal e faixa ou área de fruição pública deverão ser equipados com iluminação de segundo nível; suporte para colocação de lixo; bancos; arborização; bicicletário ou paraciclo.

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A taxa de permeabilidade vegetada deve ser visível do logradouro ou da faixa ou da área de fruição pública, podendo ser parcialmente cumprida na faixa ou área de fruição pública.

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Poderá ser coberta até 20% da faixa ou área de fruição pública, desde que a cobertura esteja a 4,5 metros do piso sob a mesma.

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ÁREAS POTENCIAIS Através da análise das plantas do Cadastro de Parcelamento do Solo – CP da área de intervenção foram analisados os terrenos vazios públicos, passíveis de incorporação ao projeto a ser proposto, e também observados conflitos relativos ao sistema viário proposto, conforme apresentado a seguir.

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RUA CANAÃ

RUA PILAR

QUILOMBO DOS LUIZES

RUA SERENO

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RUA CANAÃ

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TERRENO INDIVISO DO CP LOTES CP TRAVESSIA DE PEDESTRES NA RUA CANAÃ Na Rua Canaã, um trecho da via foi interrompido devido à grande inclinação. Neste local foi implantado um acesso de pedestres constituído de duas escadarias situadas nas laterais da via e área permeável ao centro. Este trecho poderá ser incorporado ao projeto de revitalização, de modo a integrá-lo no novo contexto a ser criado. Já os terrenos vazios que cercam este trecho da via e apresentam formato triangular constituem lotes particulares.

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RUA PILAR

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TERRENO INDIVISO DO CP LOTES CP OCUPAÇÃO IRREGULAR A Rua Pilar, localizada nas proximidades do nº 1650 da Avenida Silva Lobo, possui um pequeno trecho de via previsto, mas não implantado, que teria a função de conectar a avenida à Rua Contria. Este trecho está ocupado por edificações com usos diversos e um acesso de pedestres que liga a Rua Contria à avenida. Através do Orçamento Participativo, foram previstos investimentos para remoção, implantação e urbanização deste trecho da Rua Pilar, que poderá ser incorporado ao projeto de requalificação a ser proposto.

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QUILOMBO DOS LUÍZES

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TERRENOS EM DISPUTA

Na altura do nº 1850 da Avenida Silva Lobo, está localizada a área do Quilombo Luizes, cujo terreno está em processo de titulação em nome desta comunidade. Conforme as plantas do cadastro de parcelamento disponibilizadas pela PBH, trata-se de área parcelada, para onde também estava prevista a implantação da Rua Arivaldo Martins Ferreira, hoje implantada apenas parcialmente, finalizando em uma “rua sem saída”. Vizinhos à área do Quilombo dos Luízes, existem duas áreas permeáveis vazias e arborizadas, cuja posse está em disputa entre a comunidade dos Luízes e construtoras e incorporadores. Em relação às possibilidades de ocupação desta área, ela atualmente está inserida em Zona de Adensamento Preferencial, o que possibilita um amplo potencial construtivo. Entretanto, a IV CMPU propôs baixa ocupação para esta área, demarcando-a como Preservação Ambiental-1. Embora haja conflito de posse, trata-se de terreno privado e, portanto, sua ocupação estaria condicionada à utilização de parâmetros urbanísticos menos restritos. Além disso, o cadastro de parcelamento previa a implantação da Rua C, que faria a conexão da Rua Arivaldo Martins Ferreira à Rua Marechal Foch. 170


RUA SERENO

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TERRENO INDIVISO DO CP

TERRENOS MUNICIPAIS

LOTES CP

FAIXA DE SERVIDÃO

Na Rua Sereno, na área de abrangência do Aglomerado Morro das Pedras, existem alguns terrenos públicos municipais vazios, resultantes de processos de desapropriação e áreas remanescentes de parcelamento, atualmente sem uso definido. Estas áreas vêm sendo ocupadas indevidamente pela população do aglomerado como áreas de estacionamento e bota-fora. Em relação aos terrenos vazios, destaca-se ainda a faixa de servidão da linha de transmissão de energia, cujo uso e ocupação são restritos e de responsabilidade da Cemig. A área, em parte ocupada pela população das vilas, estava em processo de regularização através de convênio firmado entre o poder público municipal, representado pela URBEL, e a Cemig. Além das áreas já desapropriadas para a liberação da faixa de servidão, está prevista a desapropriação de um terreno público de dimensões significativas, cuja ocupação foi concedida ao equipamento comunitário denominado Pequeno Cristo, que acolhe crianças e adolescentes de 7 a 14 anos. Destaca-se que o projeto a ser elaborado é de interesse público da URBEL, assim como a proposição de usos para a área, sendo desejada a incorporação destes terrenos ao projeto. 171


EXPECTATIVAS E TENDÊNCIAS Por meio de entrevistas realizadas com transeuntes, moradores e comerciantes, foi possível observar que muitos dos entrevistados compartilham expectativas e identificam tendências semelhantes em relação ao futuro da região. Abaixo, destacamos as observações mais recorrentes entre os entrevistados, intercalando citações extraídas das entrevistas e análises feitas a posteriori.

Vai ter tanto carro que vai sem impossível vir à Silva Lobo. O comércio vai crescer, mas não vai ter onde o carro estacionar.

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Depois da praça, onde não tem mais bares, fica muito escuro e vazio à noite. Acho perigoso passar por lá. As ruas laterais, onde dá para estacionar o carro, são também mais vazias e mal iluminadas.

Já vimos alguns comércios mais antigos, tipo marmorarias ou até campinho de futebol, serem substituídos por novos prédios ou comércios mais modernos.

MOBILIDADE

SENSAÇÃO DE INSEGURANÇA

MERCADO IMOBILIÁRIO

Na perspectiva da maioria dos comerciantes, a disponibilidade de vagas de estacionamento ao longo da avenida é de extrema importância para as vendas. Muitos clientes reclamam por encontrar vagas muito distantes das lojas e terem que caminhar para chegar até seus objetivos. Apesar disso, distâncias ainda maiores são percorridas em shopping centers sem que se perceba. Muitos entrevistados também disseram prever que haja mais linhas de ônibus atendendo a região no futuro e que a construção de uma ciclovia poderia incentivar os moradores das proximidades a visitar a avenida sem o carro.

A atividade comercial tem impactos positivos na sensação de segurança dos pedestres. À noite, quando a iluminação é reduzida, a presença de pessoas em bares, principalmente aqueles que têm mesas na calçada, fazem com que ocorra uma vigilância natural entre os clientes e quem caminha, inibindo episódios criminosos. Como resultado disso, as zonas percebidas como mais inseguras são aquelas onde há menos comércios abertos e, portanto, menos pessoas e iluminação.

A Silva Lobo vem passando por um processo de substituição, impulsionado pelo aumento de alugueis e pela construção de novos edifícios. O marketing que anuncia a “Nova Silva Lobo” ou a noção de “Shopping a céu aberto”, apesar de ser visto como um atrativo para novos clientes para o comércio pré-existente, pode funcionar na contramão das expectativas do comércio local, ao criar oportunidades para especulação no mercado imobiliário. É necessário desenvolver estratégias que abram espaços para melhorias do espaço sem que as práticas atuais sejam inviabilizadas.


Há dez anos atrás lembro das calçadas mais largas. E também tinha menos carro, o que facilitava para o pedestre nos cruzamentos. Hoje também tem muito buraco nas calçadas. Caminhar ficou mais difícil.

CALÇADA A vocação esportiva da Silva Lobo é conhecida nos bairros que a avenida atravessa e em outros pontos da cidade devido ao canteiro central, que é amplamente utilizado como pista de corrida durante todo o dia. O comércio de rua também garante às calçadas uma importante vitalidade peatonal. Entretanto, as reclamações frente à irregularidade das calçadas e do canteiro central, que já foi motivo para acidentes, está presente na maioria das entrevistas realizadas.

A pracinha poderia ser melhor, com mais brinquedos e mais sombra. E como aqui tem muito skatista, poderia ter também uma pista para eles.

MOBILIÁRIO URBANO Os mobiliários urbanos passíveis de apropriação são encontrados pontualmente nas praças das avenidas Barão Homem de Melo e Silva Lobo. Por outro lado, existe a demanda pela pulverização do mobiliário ao longo do trajeto, o que é manifestado tanto pelas entrevistas, quanto por observações de pessoas se apropriando de estruturas residuais como mobiliário urbano. Os usuários apresentam também demandas em relação às praças, que abrigam usuários com demandas específicas (por exemplo: crianças, skatistas) que não são contempladas pelo mobiliário urbano atual.

A avenida vai ficar ainda mais cheia. Vai haver mais comércios, mais moradores e mais estudantes. E com isso, mais pro-blemas de trânsito.

NOVO PÚBLICO A construção de edifícios residenciais, a presença da universidade e a abertura de novos bares têm atraído um novo público para a avenida. Apesar de criarem boas oportunidades para o comércio local, os entrevistados apresentaram preocupação em relação ao aumento de demanda por infraestrutura e transporte.

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LISTA DE FONTES FONTE DAS IMAGENS Páginas 14, 15 - Fonte: Acervo do Arquivo Público da Cidade de Belo Horizonte Páginas 16, 17 - Fonte: Google Earth Páginas 28, 29 - Fonte: Google Street View e Acervo Micrópolis Páginas 32, 33 - Fonte: Google Street View e Acervo Micrópolis Páginas 36, 37 - Fonte: Google Street View e Acervo Micrópolis Páginas 38, 39 - Fonte: CEDEFES, 2005 Páginas 42, 43 - Fonte: Google Street View e Acervo Micrópolis Páginas 46, 47 - Fonte: Google Street View e Acervo Micrópolis Página 50 - Foto 03 - Fonte: site Instituto Unimed Páginas 64, 65 - Fonte: Aplicativo Instagram Página 100 - Fonte: Arquivo pessoal de Felipe Fontes Página 101 - Foto Sete-Cascas - Fonte: Site do Ceasa Campinas <http://www.ceasacampinas.com.br/novo/DicasVer.asp?id=1016> acesso em 10/04/2015 Foto Sibipuruna - Fonte: LORENZI, Hari. Árvores brasileiras. Instituto Plantarum, Nova Odisséia, São Paulo, v. 01, p.128, 2008. Demais fotos - Fonte: Arquivo pessoal de Felipe Fontes Páginas 102, 103 - Fonte: Arquivo pessoal de Felipe Fontes Página 104 - Fonte: RELIGIO - Diagnostico de Mobilidade e Acessibilidade para a Av. Silva Lobo Páginas 106, 107 - Fonte: RELIGIO - Diagnostico de Mobilidade e Acessibilidade para a Av. Silva Lobo Página 108 - Foto 01 - Fonte: PRAXIS - Subsídio para projeto Requalificação Urbana e Ambiental da Avenida Silva Lobo Foto 02 - Fonte: Google Street View Página 113 - Fotos 1 a 5 - Fonte: PRAXIS - Subsídio para projeto Requalificação Urbana e Ambiental da Avenida Silva Lobo Foto 6 - Fonte: Vídeo Youtube Página 146 - Foto Natal de Luz - Fonte: Arquivo pessoal de Letícia Novais Página 147 - Foto Black Friday - Fonte: Arquivo pessoal de Letícia Novais Página 151 - Fonte: Arquivo pessoal de Guilherme Appolinário Página 165 - Fonte: intervenção sobre material fornecido pela PRAXIS - Subsídio para projeto Requalificação Urbana e Ambiental da Avenida Silva Lobo Página 166 - Fonte: intervenção sobre material fornecido pela PRAXIS - Subsídio para projeto Requalificação Urbana e Ambiental da Avenida Silva Lobo Página 167 - Fonte: intervenção sobre material fornecido pela PRAXIS - Subsídio para projeto Requalificação Urbana e Ambiental da Avenida Silva Lobo Página 168 - Fonte: intervenção sobre material fornecido pela PRAXIS - Subsídio para projeto Requalificação Urbana e Ambiental da Avenida Silva Lobo Página 169 - Fonte: intervenção sobre material fornecido pela PRAXIS - Subsídio para projeto Requalificação Urbana e Ambiental da Avenida Silva Lobo Páginas XXX, ZZZ - Fonte: Hardy Design As demais imagens não discriminadas nesta lista são de autoria ou do acervo do Micrópolis.

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FONTE DAS INFORMAÇÕES Páginas 6, 7 - Localização - Fonte: PBH, 2010, Micrópolis, 2015 Páginas 8, 9 - Acessos - Fonte: BHTrans, 2015, Religio/Micrópolis, 2015 Páginas 10,11 - Pesquisa Origem e Destino - Religio, 2015 Páginas 12, 13 - Histórico - História de Bairros, Belo Horizonte, Regional Oeste. Arquivo Público da Cidade de Belo Horizonte, 2011, Sebrae 2014, Micrópolis, 2015 Páginas 18, 19 - Plano Diretor Atual - Fonte: Lei 9.959/2010, Práxis/Micrópolis, 2015. Páginas 20, 21 - Perfil da População - Fonte: IBGE, 2010, Práxis/Micrópolis, 2015. Páginas 38, 39 - Quilombo dos Luízes - Fonte: CEDEFES, 2005. Páginas 98 a 103 - Arborização – Fonte: Felipe Fontes/Micrópolis,2015 Páginas 104, 105 - Calçadas - Fonte: Religio/Micrópolis, 2015 Páginas 106, 107 - Estacionamento - Fonte: Religio/Micrópolis, 2015 Páginas 108, 109 - Serviço de Limpeza Urbana - Fonte: PBH, 2012, Práxis/Micrópolis, 2015. Páginas 110 a 113 - Drenagem - Fonte: PBH, 2012, Práxis/Micrópolis, 2015. Páginas 156 a 159 - Outros Projetos na Região – Fonte: PBH, 2008, 2011, 2012, Práxis/Religio/Micrópolis, 2015. Páginas 164 a 169 - Áreas Potenciais - Fonte: PBH, 2011, Práxis/Micrópolis, 2015. Demais mapas - Fonte: Micrópolis, 2015

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