Eleições movimentam agenda sindical Brasília(DF) - ano 21 - nº 426 - Fevereiro/2013
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GDF intervém no transporte coletivo
Editor: Alfredo Bessow Textos: Sandra Fernandes,Wander Abdalla,Alfredo Bessow, Pedro Teichmann, Paulo Antenor,Arthur Monteiro. Diagramação: MadMídia Assessoria de Comunicação Fone: 61 3967 0013
Wosseb C&M CLSW 303 - Bl.A - Ent. 16 - Sl. 109 70673-621 - Brasília (DF)
E-mail: metrodf@gmail.com Correspondência: Cx. Postal, 72 | CEP: 70351-970 | Brasília (DF) Edição: mensal | Tiragem: 12 mil exemplares
Correio do Metrô 426
COMPORTAMENTO Sandra Fernandes – Psicóloga e Jornalista
Correio do Metrô 409
PONTO DE VISTA Ft Pedro Ventura/Ag. Brasília
Paulo Antenor
Opinião
Curtas
Comportamento
“Estamos nos armando em demasia em termos
“Nunca (...) fomos tão expostos à informação
espirituais. Estamos nos fechando em um círculo onde as emoções são proibidas. Precisamos ser e representar que somos fortalezas.”
As obras para duplicação da Ponte do Bragueto e ampliação viária da área norte de Brasília estão cada vez mais próximas. O DER vai abrir os envelopes do processo licitatório em 1º de abril.
como nos dias de hoje. Acordamos com o rádio-relógio tocando música, ligamos a TV para saber as notícias do dia, saímos de casa.”
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• OPINIÃO •
Brasília, Fevereiro de 2013 Divulgação
Palavra do senhor Coração calmo, coração satisfeito A calma está diretamente ligada à satisfação. Muitas vezes a rotina de trabalho, a pressão social e mesmo o nosso desejo consumista incitado por todos os lados, geram insatisfação, e consequentemente, intranquilidade e infelicidade. Acalme-se: ponha sua esperança em Deus! E, então, relaxe e viva em paz, como o salmista que afirmou: “Assim, como a criança desmamada fica quieta nos braços da mãe, assim eu estou satisfeito e tranqüilo, e o meu coração está calmo dentro de mim” (Sl 131.2).
Notícia falsa No livro do profeta Jeremias, Deus critica a atitude dos líderes religiosos, profetas e sacerdotes, revelando: “Eles tratam dos ferimentos do meu povo como se fossem coisa sem importância. E dizem: “Vai tudo bem”, quando na verdade tudo vai mal.” Mesmo que haja diversão, prosperidade financeira, crescimento da economia no Brasil, grandes e importantes eventos e parcerias, quando se está longe de Deus, tudo vai mal, e o povo, ferido. Não há festa, carnaval ou dinheiro que possam dar paz verdadeira. Jesus pode: “Deixo com vocês a paz. É a minha paz que eu lhes dou; não lhes dou a paz como o mundo a dá” (Jo 14.27). Nele, paz é realmente paz e a notícia é verdadeira: “Com Jesus, tudo vai bem”.
Sob sol ou chuva No verão, tempestades e sol escaldante são comuns. Mas as tempestades, apesar de oferecerem alívio ao calor, trazem perigos e medo. E o sol, apesar de desejado, queima peles e plantações e ansiamos por uma sombra. No verão e em todas as estações, precisamos de proteção, mas não apenas contra raios ultravioleta ou ventos fortes. Deus oferece proteção para toda a vida. Com o profeta Isaías dizemos:“Deus, te adoramos pois tens sido o protetor dos pobres, o defensor dos necessitados, um abrigo na tempestade e uma sombra no calor” (Is 25.1a,4). Abrigue-se em Jesus e você encontrará proteção sob qualquer circunstância, faça chuva ou faça sol.
Contentamento e investimento “O que foi que trouxemos para o mundo? Nada! E o que é que vamos levar do mundo? Nada!” (1Tm 6.7) Assim, a cobiça poderia ser definida como tolice, já que é investir, buscar algo que não trará benefício no futuro. Mas repartir, fazer o bem, ser rico em boas ações, ser generoso, é juntar “um tesouro que será uma base firme para o futuro” (v.19a). Sob a graça de Deus em Jesus há esperança verdadeira, contentamento e alegria eterna. Invista da melhor maneira e “viva uma vida correta, de dedicação a Deus, de fé, de amor, de perseverança e de respeito pelos outros” (v.11b)..
Mensagens extraídas do www.5minutoscomjesus.blogspot.com Espaço para fé e oração. Acesse todos os dias!
Outras razões para ter esperança
Alfredo Bessow *
Por vezes, a realidade tende a minar nossa capacidade de sonhar utopias, que é a forma mais aceita de transpor a realidade cruel que vivemos no dia-a-dia. Minha mãe dizia que os sonhos, por mais improváveis ou imaterializáveis que fossem, tinham a missão de nos “manter” vivos, de evitar que perdêssemos as forças para lutar. Assim, se não há a obrigatoriedade de “torná-los realidade”, cabe-nos o aprendizado de não nos tornarmos reféns deles. Saber o papel dos sonhos, dos projetos e das buscas impossíveis é a forma de harmonizar a realidade cruel com o hábito de pedalar na lua. Muitas vezes escutei a expressão de que a pessoa tem os dois pés na lua e logo me vêm a lembrança das cenas finais de Cyrano de Bergerac, de Edmond Rostand, q1uando o protagonista, visitando Roxana no convento, descreve a chegada da morte com a sensação do cimento congelando os pés. Se costuma ser pernicioso andar com os dois pé na lua, no etéreo, tenham certeza que também não é recomendável mantê-los exageradamente vincados na realidade dos cotidianos de tantas opressões, proibições e perdas.
Estamos nos armando em demasia em termos espirituais. Estamos nos fechando em um círculo onde as emoções são proibidas. Precisamos ser e representar que somos fortalezas. Fui, com esposa e filhos, olhar o magnífico Os Miseráveis. E ao final do filme, ficamos nos cobrando mutuamente para ver quem tinha chorado – e eu chorei... E chorei porque a obra de Victor Hugo é magnífica e me jogou para os meus 12 ou 13 anos quando li o livro, sendo que muitas das passagens estavam embotadas em meu emocional – desabrochando novamente diante de um musical que conseguiu trazer a densidade de uma obra típica de folhetim (mas que folhetim!) para um musical. E ficamos nos perguntando, nos indagando e nos revelando perplexos por nos depararmos que a cena mais comovente é quando o Marios volta ao bar para conversar com os amigos ausentes, mortos na barricada e se lamentar por estar vivo. Assista o filme. Vale a pena. E não se envergonhe se por acaso chorar também. * Alfredo Bessow é jornalista e brasileiro
Brasília, Fevereiro de 2013
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cURTAS Saídas de dólares em alta
As saídas de dólares do país continuam a superar as entradas. Em fevereiro, até o dia 22, a saída líquida (descontada a entrada) ficou em US$ 2,840 bilhões, informou hoje (27) o Banco Central (BC). Na semana passada, saíram do país US$ 2,022 bilhões. Somente na sexta-feira, US$ 1,538 bilhão deixaram o país.
Adesão ao pacto pela alfabetização
O ano letivo começou em grande parte das escolas públicas do país. Junto com as aulas, tem início também o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (Pnaic). Ao todo, 4.997 municípios dos 26 estados mais o Distrito Federal concluíram o processo de adesão ao pacto até dezembro de 2012, o que representa 89,8% dos municípios do país.
Obras na Ponte do Bragueto
As reformas para a duplicação da Ponte do Bragueto e ampliação viária da região norte de Brasília estão cada vez mais próximas. O Departamento de Estradas de Rodagem (DER) vai realizar a abertura dos envelopes do processo licitatório em 1º de abril. Durante a sessão pública, será escolhida a proposta da empresa que será responsável pelo projeto, chamado Trevo de Triagem Norte. A data foi publicada no Diário Oficial do DF do dia 26 de fevereiro.
Recadastramento eleitoral
Os eleitores do Distrito Federal vão votar a partir das eleições do próximo ano pelo sistema biométrico, que consiste na identificação por meio das impressões digitais. Para isso, o Tribunal Regional Eleitoral do DF (TRE-DF) fará o recadastramento dos 1.861.622 eleitores do DF, que poderão agendar o procedimento até o dia 31 de março de 2014.
Eleições movimentam agenda sindical
Bancários e Professores vão as urnas para confirmar Diretorias comprometidas com suas lutas Em 2013, várias são as eleições sindicais – afinal de contas, aqui no DF são centenas de entidades. De todos os portes. De todos os ramos de atividades. Entre estas, chamam atenção e geram expectativas os embates envolvendo os Bancários e os Professores da Rede Pública – a primeira ocorrendo em março e a segunda em maio. No caso dos Bancários, a entidade vem implantando uma prática de agressiva renovação dos dirigentes e ampliação da participação das mulheres. A disputa sempre descamba para o campo ideológico e de muita armação – prática que não tem dado certo para a oposição e que ainda assim é mantida. São três chapas na disputa. Segundo Rodrigo Brito, atual presidente da CUT-DF e que faz parte desta nova geração de sindicalistas “em oposição à Chapa 1, da atual diretoria, cutista e que é a responsável por conquistas e ganhos salariais nos últimos anos, há duas chapas, uma delas (a chapa 2) ligada exclusi-
vamente ao PCO. Já a chapa 3, junta grupos com linhas políticas aparentemente inconciliáveis, como UGT/Contec (PSDB-DEM), Intersindical (Psol) e Conlutas (PSTU)”. Sinpro No caso dos Professores, ainda não há uma definição das chapas, mas o cenário deve repetir pleitos anteriores, com a pulverização em três ou quatro chapas – algumas mais preocupadas em marcar posição e, ao mesmo tempo, vender propostas que não têm como serem implementadas. Na avaliação da professora Rosilene Corrêa, diretora do Sinpro e que traz a experiência de outras eleições, os grupos de oposição acabam se unindo mais por interesse imediato do que por compromissos ideológicos. Assim, é possível encontrar simpatizantes de tendências supostamente de esquerda do PT de braços dados com grupos de extrema direita...
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Brasília, Fevereiro de 2013 Antonio Cruz/ABr
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Governo assume gestão do Grupo Amaral no DF
Medida inédita em Brasília atinge a Rápido Veneza, a Viva Brasília e a Rápido Brasília. O objetivo é garantir transporte público seguro e de qualidade, além de assegurar os direitos trabalhistas dos funcionários das empresas
O
GDF adotou uma medida inédita na capital federal para assegurar um transporte público coletivo de qualidade. Nesta manhã, o governo assumiu a gestão das empresas de ônibus Rápido Veneza, Viva Brasília e Rápido Brasília, integrantes do Grupo Amaral. Coordenada pelo governador Agnelo Queiroz, a ação foi decretada e publicada no Diário Oficial do DF no dia 25 de fevereiro. “O objetivo é restabelecer o funcionamento regular de toda a frota, oferecer um transporte público seguro
e garantir os direitos trabalhistas dos funcionários dessas empresas”, afirmou Agnelo Queiroz. As três empresas operavam as linhas de São Sebastião, Paranoá, Itapoã, Planaltina, Sobradinho e Plano Piloto. Juntas eram responsáveis pelo atendimento de 2,44 milhões de pessoas por mês. No entanto, o serviço estava deixando a desejar há mais de um ano. Atualmente, apenas 40% da frota estava em circulação, ou seja, dos 446 ônibus registrados no Transporte Urbano do Distrito Federal (DFTrans), somente 186 estavam nas ruas
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na sexta-feira (22), quando foi realizada operação pelo órgão. Além disso, foram identificadas outras infrações técnicas. Entre elas, a descaracterização de cinco ônibus que deveriam trafegar apenas no DF, para também atender o Entorno. Quebra de acordo A medida de assumir a gestão das empresas foi o último recurso adotado pelo GDF, após esgotadas as chances para que o serviço fosse ofertado integralmente. Em julho do ano passado, o Grupo Amaral firmou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). No entanto, várias cláusulas foram descumpridas. Entre elas, o aporte de R$ 880 mil mensais para restabelecer o equilíbrio financeiro das empresas; e a manutenção de 95% das viagens previstas com, no mínimo, 350 veículos nas ruas. Atualmente, apenas cerca de 70% dos itinerários eram cumpridos e menos de 200 ônibus estavam em circulação. “Demos todas as chances possíveis, e, ainda assim, comprometeram o transporte público e não cumpriram com o estabelecido no TAC. Por isso foi imperativa a decisão de assumir o controle das empresas para evitar um prejuízo maior a população”, destacou Agnelo Queiroz. De acordo com o vice-governador, Tadeu Filippelli, essa ação é essencial para evitar um futuro colapso no sistema de transporte público. “Isso vai permitir a normalidade na operação dessas três empresas e tranquilizar os funcionários quanto ao pagamento dos salários. Todos eles terão seus postos de trabalho preservados. É um sinal claro da contínua mudança adotada pelo GDF no transporte público”, ressaltou Filippelli. Direitos trabalhistas Segundo o presidente do Sindicato dos Rodoviários, João Osório da Silva, as empresas funcionavam em situação precária, o que motivou duas paralisações dos empregados. “Eles não estavam depositando FGTS nem INSS, e os salários eram depositados com até 20 dias de atraso. Além disso, não estavam pagando os direitos trabalhistas nas rescisões”, alertou João Osório. “Essa medida beneficia não apenas os usuários do transporte, mas também aos trabalhadores das empresas”, completou. Gestão das empresas A partir de agora, o GDF, por meio da Transportes Coletivos de Brasília (TCB) com o apoio do DFTrans, assumirá a gestão adminis-
trativa e financeira das três empresas. Para regularizar o funcionamento e colocar os ônibus parados em circulação, o governo destinou R$ 15 milhões. Os recursos vão custear despesas emergenciais, como troca de pneus, manutenção de freios, compra de combustível, entre outros. Cerca de R$ 7,5 milhões já foram remanejados pelo GDF, por meio do DFTrans. Para o secretário de Transportes, José Walter Vazquez, o momento reflete a transição das antigas práticas para o novo modelo de transporte público coletivo, que está em andamento. “Essa é uma medida para recuperar os ônibus e atender melhor a população, e para isso estamos requisitando os equipamentos das empresas. A ideia é que, entre 10 e 15 dias, já tenhamos um aumento significativo da frota”, garantiu Vazquez. Operação A ação – realizada pelo DFTrans e pela TCB, com o suporte da Polícia Militar do Distrito Federal – para assumir a gestão das três empresas do Grupo Amaral teve início às 7h45, desta segunda-feira (25). Cerca de 50 agentes visitaram, simultaneamente, cinco garagens da Rápido Veneza, Viva Brasília e Rápido Brasília, localizadas em Planaltina, São Sebastião, Paranoá, Sobradinho e no Setor de Oficinas Sul (SOF). Nessa última, onde funciona a central das garagens, a operação contou com a participação do presidente da TCB e do diretor-geral do DFTrans, Marco Antônio Campanella. Durante a ação, os documentos das empresas que detalhavam as ações dos setores financeiro, administrativo e operacional foram recolhidos pelos agentes do DFTrans.“Fizemos uma requisição de todos os bens móveis e imóveis para garantir um serviço melhor à população atendida por esses ônibus”, assegurou Campanella.
Correio do Metrô 426 • 5 “Em uma garagem do grupo no Paranoá, por exemplo, metade da frota estava em manutenção. A empresa reduziu progressivamente o número de ônibus, não obedecendo ao mínimo de carros previsto para atendimento dos passageiros. Estamos nos amparando na lei para fazer essa ação”, declarou Agnelo Queiroz. Uma Comissão Executiva de Ocupação Provisória, formada pelos representantes da TCB e DFTrans, fará o levantamento patrimonial das empresas e assumirá integralmente os serviços. A criação do grupo foi autorizada por decreto, também publicado no DODF desta segunda-feira (25). Licitação A operação para assumir a gestão do Grupo Amaral no DF é uma das medidas adotadas pelo GDF para enfrentar os sérios problemas do setor, contrariando os interesses de poderosos grupos econômicos. Pela primeira vez na história da capital federal, está sendo realizada licitação do Sistema de Transporte Público. “Agiremos sempre, dentro da mais absoluta legalidade, para resguardar os direitos da população do Distrito Federal, em especial o direito ao transporte público de qualidade. É por isso que estamos licitando todo o sistema e fazendo mudanças profundas nessa área”, acrescentou o governador. O novo modelo prevê, entre outras mudanças, operação por bacia e não mais por frota, aquisição de ônibus 0km, corredores exclusivos de ônibus e controle dos veículos por GPS. Das cinco bacias para operação do transporte coletivo que estão sendo licitadas, duas já tiveram resultados homologados e contratos assinados. Isso significa que o GDF não retrocedeu na decisão de modernizar o sistema, mesmo com mais de 120 ações administrativas e judiciais que tentaram parar o processo licitatório. Pedro Ventura
Brasília, Fevereiro de 2013
Como vencer o
turbilhão
da modernidade A palavra vem do latim turbo e significa algo que gira. O dicionário a define como matéria arrastada num movimento giratório. O termo tem, na mente de quem o ouve, a força de um redomoinho varrendo poeira, papéis e todo tipo de detritos, girando freneticamente em círculos ferozes e vagando desgovernado para assombro ou chateação dos transeuntes. Informação. O vocábulo vem do latim informare , que significa modelar, dar forma. Para o Aurélio é, entre outras coisas, uma notícia recebida ou comunicada. Para nós, seres humanos comuns, seria, grosso modo, tudo aquilo acerca do que alguém toma conhecimento. Reflexão. Essa vem do latim e combina o termo re com flexus, que quer dizer dobrado. Seria o processo mental no qual voltamos nosso pensamento para um assunto. O dicionário reporta-nos à ideia de reflexão como meditação, pensamento. Mas, qual o propósito desse pequeno turbilhão de informação? Claro, a reflexão. Nunca, em nenhum momento da história humana, fomos tão expostos à informação como nos dias de hoje. Acordamos com o rádio-relógio tocando música, ligamos a TV para saber as notícias do dia, saímos de casa. No percurso, dezenas de outdoors, placas, cartazes e o rádio do carro, é claro. Depois, a internet e a possibilidade de acesso a uma quantidade interminável de informações. Ainda tem o cinema, os incontáveis títulos de livros, as revistas, os jornais, e por aí vai. Tudo está à nossa disposição e tudo gira velozmente, dando
lugar a novos fatos, novas versões, novos contextos. Tudo é levado no redemoinho da informação tão rapidamente que por vezes ficamos atordoados. Mas o cérebro se acostuma, pensamos.Afinal, estamos usando um pouco mais da nossa capacidade cerebral e isso é positivo. O único problema é onde fica a reflexão, aquela capacidade de entender, julgar, aprender, raciocinar, ir mais fundo no significado das coisas. Construir nossa própria visão de mundo a partir da realidade que vivemos tornou-se mais difícil. Primeiro, pela quantidade de informações que superlotam nosso cérebro e segundo porque estamos na era do prêt-à-porter, quando tudo já vem pronto para o consumo - inclusive as ideias. Poucas vezes paramos para refletir sobre os conceitos prontos que consumimos. Quais são nossos estereótipos? Já os questionamos? Eles correspondem à realidade? Por que os noticiários televisivos estão repletos de fatos e vazios de significados? Por que desejamos o que desejamos, gostamos do que gostamos e sofremos pelo que sofremos? Estamos sendo estimulados ao pensamento crítico, ao debate, a prestar atenção a nossos próprios processos mentais? Ou estamos repetindo bordões e conceitos que engolimos sem antes processar? A informação não pode ser um fim em si. Se for, ela será alienadora. Nós é que precisamos estar atentos para processar criticamente o que recebemos, considerando, enfaticamen-
te, de que fonte vem cada informação, em que contexto aparece, qual seu objetivo. É com serenidade de mente que saímos do turbilhão e aprendemos a pensar e dar sentido a todo esse universo de dados. Só assim saberemos buscar o que é importante e descartar o desnecessário, habilidade considerada fundamental para o homem moderno. Reflitamos. Nenhum fato está isolado. Se assim o tratarmos, perderemos seu significado. Tudo o que acontece tem algum antecedente histórico, mesmo que não o identifiquemos facilmente, e gerará alguma consequência. Muitas vezes, o que nos parece inusitado já se repetiu em várias outras ocasiões. Nosso alcance de visão tende a limitar-se à nossa existência e deixamos de considerar que outras gerações já nadaram no mesmo rio em que agora mergulhamos. De outro lado, os fatos não se dissociam de seu contexto social e geográfico. O sentido e alcance de alguma coisa depende de seus sujeitos e daqueles que foram afetados por ela. O que é normal no Brasil pode ser escandaloso no Irã. O que é apenas desonroso no Brasil pode levar um japonês a dar cabo da própria vida diante de extrema vergonha. Assim, refletir requer esforço, conhecimentos adicionais e capacidade de questionamento. Dá trabalho, mas é a chave da verdadeira autonomia - a autonomia de pensar, de reformular conceitos, de formar a própria visão de mundo e de afirmar a própria identidade.
e água.
JUNTOS ESTAMOS VENCENDO A DENGUE. Em 2012, os casos de Dengue caíram 54,7% e nenhuma morte foi confirmada. E isso só é possível porque todos têm feito a sua parte. A população, que tem evitado água parada, o acúmulo de lixo, entre outras medidas; e o GDF, com seus agentes de saúde, que vão de casa em casa para orientar os moradores. Mas precisamos continuar atentos, principalmente devido às fortes chuvas que estão caindo. Afinal, se a gente não se mexer, a Dengue toma conta.
Continue fazendo sua parte e ajude no combate à Dengue:
calhas.
Mantenha a caixa d’água bem fechada e com uma tela no ladrão.
Mantenha bem tampados tonéis e barris de água.
Lave semanalmente por dentro com escova e sabão os tanques de água.
Mantenha as garrafas com a boca virada para baixo.
Remova folhas, galhos e tudo que impeça a água de correr pelas calhas.
Não deixe água acumulada sobre a laje.
o uma vez por semana.
va, água e sabão semanalmente.
Encha os pratinhos de vasos de plantas com areia até a borda.
Elimine ou lave os pratinhos de plantas com escova, água e sabão uma vez por semana.
Troque a água dos vasos de plantas aquáticas e lave-os com escova, água e sabão semanalmente.
Coloque areia dentro dos cacos que possam acumular água.
Coloque o lixo em sacos plásticos e mantenha a lixeira bem fechada.
Feche bem os sacos de lixo e deixe-os fora do alcance de animais.