Leitura de Bordo Mar,Abr 2013

muito além da memória

Candangos,

Ano 4 – nº 15 – Março/Abril de 2013 – R$ 6,50

Cartas/Expediente

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Editorial

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Edição anterior

Próxima edição Montevidéu

Entrevista

a capital dos orientais

Segmentos apostam na impunidade

Os olhos e o computador Os cuidados necessários

Goiânia

a capital dos parques

Comportamento

Estádio Nacional de Brasília Final do Candangão será o primeiro jogo

Como vencer o

turbilhão

do cotidiano

Revista Leitura de Bordo – Ano 4 - nº 15 – Março/Abril de 2013 É publicação bimestral da Wosseb C&M, tiragemde 25 mil exemplares, circula nacionalmente nos principais aeroportos e rodoviárias; encaminhada às agências de viagem, hotéis e distribuição institucional.

Coord. Editorial: Sandra Fernandes Editor: Alfredo Bessow

Capa: Alfredo Bessow Fotos: Wosseb C&M

Produtor: Pedro Ricardo Teichmann

E-mail: geral@leituradebordo.com.br

Comercial: Wosseb C&M (+55 61 8150 0256)

Site: www.leituradebordo.com.br

Operacional: Roberto Carvalho

Escritório: CLSW 303 Bl. A – Ent. 16 – Sl. 109

Setor Sudoeste – 70673-621 – Brasília (DF) Impressão: Elite Gráfica +55 62 3548 2224

Projeto Gráfico: MadMídia (+ 55 61 3967 0013) Editoração Eletrônica: Wellington Pessoa

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|::Índice::| Na próxima edição

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| 33 | Enogastronomia

Proseando

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| 34 |

Entrevista

|7|

| 37 | Nutrição

Ponto de vista

| 10 |

| 38 | Comportamento

Fazendo a diferença

| 12 |

| 40 | Saúde

Economia

| 14 |

| 44 |

Roteiro testado

| 20 |

| 45 | Must-have

Itália

| 22 |

| 46 | Agende-se

Fenamilho

| 25 |

| 51 | Comunicação

Atualidade

| 27 |

| 52 | Galeria

Check in

| 28 |

| 53 | Cultura

Caderno da Copa

| 29 |

| 54 | Esporte

Ele ainda não faz parte dos roteiros oficiais do turismo da Capital do Brasil, mas é uma “viagem” aos primórdios da construção de Brasília.

Especial - Memória Viva na pág. 16.

Reinventar os espaços, com luz e sensibilidade, harmonizando texturas, possibilita o equilíbrio de um ambiente aconchegante.

Decoração & Bem estar na pág 42.

Síntese em inglês

Agências vs Internet Wasny de Roure: Política precisa ser feita com ética Impactos da Lei do Trabalho Doméstico Conglomerado de Turismo de Montevidéu Estação de Metarreciclagem de Samambaia-DF Café Majestic: elegância no norte de Portugal Sabores e encantos quem vêm da alma do povo Patos de Minas faz uma festa com sabor mineiro O papel do Sindcondomínio DF Visto é mesmo um bicho de sete cabeças?

Centenário - Monumento do Futebol Mundial

Rolhas dividem opiniões

Do meu jeito

O bacalhau ao forno do sommelier Olinaldo Oliveira Dicas de alimentação saudável

Entre as ondas da moda e a rebeldia

Os cuidados com a pele depois do verão

Bem viver

Harmonia e sofistificação

Novidades para o seu dia a dia

O melhor do São João está no Nordeste

É possível viver sem paixão?

Alamón: Não pinto para enfeitar paredes

As livrarias de Buenos Aires

Uma paixão chamada Grêmio

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Especial de Brasília

Agências vs Internet

M

uito se tem debatido sobre os avanços da tecnologia, internet, redes sociais e a velocidade das inovações do mundo virtual. Essas novidades que ficam “envelhecidas” a cada fração de tempo, não nos permitem mais conceber nosso mundo sem tais ferramentas. São indispensáveis, tal o volume de transações que efetuamos a todo instante.

O setor de viagens, como os demais segmentos da economia, foi impactado pelas tecnologias que nos permitiram novas formas de fazer negócios e de se relacionar.

Porém, quando se trata de comercialização de serviços – e de viagens – precisamos refletir acerca dos procedimentos que praticamos diariamente.

Com todas e tantas facilidades oferecidas pela internet, é comum ouvir frases deste tipo: Encontro mais barato na internet! O que nem sempre é um fato assim tão verdadeiro; Com a internet, as agências vão quebrar! Ainda mais fruto da torcida de alguns do que da realidade que vivemos.

As agências de viagens “tradicionais”, com loja e o atendimento de um ser humano onde se vai, inclusive para comprar viagens, também utilizam as novas tecnologias.

Então, qual a diferença de comprar em uma agência de viagens ou pela internet? Há várias maneiras de comparar para poder responder a essa pergunta: Que tipo de cliente utiliza e o que ele compra na agência tradicional? Que tipo de cliente utiliza e o que ele compra pela internet?

Precisamos entender isso!

Ao comprar produtos na internet, o “cliente” busca o produto, olha o preço, condição e pagamento, prazo de entrega, compra e pronto! Geralmente recebe o produto no endereço informado.

Ao comprar viagens em uma agência de viagens, você terá: Um profissional treinado para lhe atender, que dedicará seu tempo, seu conhecimento e seus recursos para oferecer o serviço mais adequado para a sua necessidade, a um preço que você pagará dentro de uma condição de pagamento negociada.

Havendo necessidade de alterar o serviço contratado, esse mesmo profissional estará apto a providenciar, oferecendo diversas opções para a solução de sua demanda – quase que imediatamente. Poderá esse profissional inclusive cancelar os serviços já vendidos, muitas vezes sem multa.

Será que os executivos, suas secretárias, os autônomos que estão sempre em reuniões ou em visitas a clientes, têm tempo de pesquisar horários, serviços e valores?

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Ao comprar viagens na internet, alguns cuidados são necessários – para evitar ainda maiores dores de cabeça: O que me levou a querer comprar na internet: Preço?

Condição de pagamento? Diria que geralmente é o fator preço! O preço apresentado está disponível para a data que eu quero ou preciso viajar? Os vôos/horários ou o serviço, são os mais adequados para minha necessidade? É primordial observar se o preço inicial, que era muito baixo, é o mesmo no final. No mais das vezes são acrescidas taxas que não foram informadas no início – podendo inclusive ter datas, horários e serviços diferentes dos inicialmente pretendidos.

Outro detalhe muito importante e que “quase” ninguém lê: é permitida alteração? Como proceder? Quais taxas serão cobradas? Com quem falarei?

Raramente você terá o menor ou melhor preço e condição de pagamento para o serviço procurado.

Geralmente a única forma de pagamento é via cartão de crédito, à vista ou parcelado, ou boleto bancário à vista (inclusive com uma taxa de boleto, não esqueça!).

Havendo problemas no destino: onde e com quem falar? E quem viaja sabe que eles sempre acontecem...

As Agências de Viagens (físicas) utilizam-se das novas tecnologias para atender seus clientes, disponibilizam atendimento em tempo integral, podendo apresentar soluções instantâneas, inclusive substituindo serviços não condizentes com a aquisição do cliente. Comprar viagens pela internet é um risco por conta dessas lacunas na solução de contratempos.

Com a popularização da internet, o brasileiro tem duas excelentes opções para comprar viagens – mas é importante que ele tenha em mente os limites de uma opção com um suposto menor preço e a abrangência de serviços, estrutura e retaguarda de outra que vai, sim, sempre oferecer ao cliente a opção do melhor preço.

Entrevista

“Quem desrespeita a política, ajuda a construir o autoritarismo”

W

asny de Roure chegou em Brasília em 1959 e viu a cidade, então promessa, se transformar em Patrimôno da Humanidade. Fez parte da 1ª Legislatura da história da Câmara Legislativa, 1991 a 1994, onde ajudou a escrever a Lei Orgânica do DF. Está no quarto mandato de Deputado Distrital e foi eleito em fins de 2012 para presidir a Câmara Legislativa do DF. Natural de Goiânia, Wasny é economista, com mestrado em sua área pela Universidade de Oxford, na Inglaterra. Técnico da Conab, foi diretor do Sinsep-DF e do Dieese-DF, tendo sido também Deputado Federal e secretário de Fazenda do GDF. Autor de mais de 100 leis, tem como marca de sua vida pública a coerência, sempre defendendo a democracia, a justiça, a cidadania e a ética na política, valores que norteiam também sua vida de cidadão.

Revista Leitura de Bordo – O senhor foi deputado quando da instalação da CLDF – Câmara Legislativa do Distrito Federal em 1991. É presidente da casa em 2013.

O que mudou ao longo do tempo?

Wasny de Roure – Toda instituição que nasce, já nasce sonhando além do possível – o que é próprio, natural e catalisador das energias de uma configu-

ração política também incipiente. Em função disso, participamos da construção da Câmara Legislativa como representantes de um partido de oposição, mas também como um partido que tinha a noção de contribuir na construção de um espaço da política no DF. Neste sentido, creio que a experiência foi extremamente positiva, porque começamos sem saber nem ao certo onde iríamos nos reunir, não tínhamos nenhuma história... E além de fazer toda a construção física da estrutura, nós também construímos aquilo que viria a ser a Constituição do DF que é a Lei Orgânica. A metodologia, a mobilização da sociedade, a construção do texto – de uma lei que hoje ainda é considerada avançada, com alguns conceitos inéditos e até hoje ausentes e outras constituições.

Revista Leitura de Bordo – Ela tem aspectos ultrapassados...

Wasny de Roure – Precisamos ter claro o que nós conquistamos e o que deve ser preservado, aprimorado, ampliado e o que deve ser eliminado. Esta lógica hoje perpassa a Casa. Nós precisamos fazer um debate sobre a atualização da Lei Orgânica, levando em conta que a nossa agenda não está assim tão cheia.

Revista Leitura de Bordo – A Lei Orgânica do DF estaria precisando de uma revisão?

Wasny de Roure – Não diria revisão. Há todo um trabalho que foi feito, mas existem demandas pendentes – ajustes que precisam ser feitos por conta de emendas constitucionais aprovadas e inseridas em nossa carta maior, legislações infra-constitucionais, tudo isso exige que nós atualizemos o texto da nossa Lei Orgânica. Eu não acredito em grandes modificações, porque www.leituradebordo.com.br | Mar/Abr 2013 | Leitura de Bordo 7

Entrevista eu acredito que nós sempre somos desafiados a fazer o possível. Nos próximos dias teremos a definição dos membros da nova comissão que vai apreciar as propostas de emendas à Lei Orgânica, em torno de 40. Mas existem também outras facetas da Lei Orgânica que espero que ess comissão examine.

Revista Leitura de Bordo – A Câmara Legislativa do DF não é refém do corporativismo?

Wasny de Roure – Não. Acredito que o corporativismo está presente na Câmara e não tem como fugirmos desta realidade. Isto é um processo histórico. Agora, não entendo em absoluto que a Câmara seja integrada, dominada ou comprometida apenas com as propostas corporativistas. Isso faz parte de uma cidade majoritariamente composta de servidores públicos – então é natural que isso ocorra. Mas nós também temos setores da terceirização representados aqui, de trabalhadores e de outros segmentos. Mas hoje ela é muito menos corporativa do que foi na sua origem. Há uma nítida evolução da instituição quanto aos perfis dos parlamentares na atualidade. Hoje é difícil você dizer que determinado parlamentar foi eleito por uma categoria específica – talvez sendo os egressos da Polícia Civil a única exceção. Mas é claro que eu ainda vejo marcas nítidas de segmentos, mas não vejo isto como um malefício ou um risco. Prefiro segmentos corporativos ‘aqueles que contaminaram o parlamento oriundos da marginalidade. Assim, essa questão do corporativismo, enquanto ele for salutar, é uma questão de dosagem.

Pior é aquele corporativismo que vem da criminalidade.

Revista Leitura de Bordo – Quais são os eixos de atuação que o senhor pretende implementar no comando da Câmara Legislativa?

Wasny de Roure – Meu desafio é continuar trabalhando para resgatar a credibilidade do Parlamento. Isto não é uma tarefa fácil, trabalho de um dia ou ação individual. Ela passa pelo coletivo dos parlamentares e pela compreensão do papel da Instituição. Em segundo lugar, restabelecer aquilo que é de direito da Câmara que é ocupar a representação da população local dentro do Parlamento. Continuar e aprofundar o restabelecimento das relações com as instituições – Ministério Público, Tribunal de Justiça, Tribunal de Contas, com as instâncias federais, inclusive com as representações internacionais, com o movimento social e sindical. Enfim, dar uma dimensão republicana da instituição, com o fortalecimento desta interlocução. Também fazer um debate permanente com o Poder Executivo dos assuntos que estão na pauta de temas de interesse da cidade como um todo. Lamento que não tivemos condições de fazer o debate e entrar no processo deliberativo da Lei do Uso e Ocupação do Solo, bem como do Plano de Proteção Conjunto-Urbanístico. Estes sim, seriam os dois grandes debates que a Casa teria condições de fazer – mas infelizmente o governo entendeu que seria melhor retirar as propostas da Casa para evitar problemas políticos maiores.

Revista Leitura de Bordo – A CLDF carrega a má-fama de ser uma Casa Legislativa que aprova muitas leis inconstitucionais...

Wasny de Roure – Olha... Nos últimos encontros que tivemos com o Ministério Público, não existe mais essa leitura. Entendo a pergunta porque essa é uma marca histórica da Casa.

Agora, o que mais me preocupa não é se a Lei é inconstitucional ou não. É se a proposta apontou na direção da melhoria da qualidade de vida da nossa população. Se ela apontou

Nós precisamos entender que fazer política requer uma estrutura de caráter – que não é apenas do seu partido, ideológico e dos livros, textos que todos nós gostamos de ler e de discutir.

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Entrevista na conquista da cidadania. Esse é um processo dialético, problemático. Nós não podemos achar que o ordenamento jurídico brasileiro é o perfeito e atende às demandas da nossa sociedade. Muitas vezes, ele teria sido fruto de interesses corporativos nítidos. Portanto, este enfrentamento, estar na fronteira do pensamento, da legislação e da influência do ordenamento jurídico é próprio do Legislativo. Agora, temos que manter consonância com o Ministério Público e com os órgãos de controle da constitucionalidade para evitar certos vícios. Porque também é preciso destacar que houve várias arguições de inconstitucionalidade que a Justiça não acatou. Eu mesmo tive algumas matérias questionadas pelo GDF, no Governo Arruda – como a questão da alíquota do IPTU nas kits.

E a Justiça não reconheceu a inconstitucionalidade da proposta. Cito outra: a instalação de semáforos nas pistas de alta velocidade para o respeito às faixas de pedestre. Foi questionada e mantida pela Justiça e há muitos outros casos – que nem sempre têm a mesma publicidade e divulgação o veredito do que o questionamento inicial.

Revista Leitura de Bordo – Com tantos ataques, onde se busca misturar alhos com bugalhos, fica a dúvida: Vale a pena fazer política?

Wasny de Roure – Claro que vale! Agora nós precisamos entender que fazer política requer uma estrutura de caráter – que não é apenas do seu partido, ideológico e dos livros textos que todos nós gostamos de ler e de discutir.

Mas isto perpassa lá pela tenra idade, no convívio com a família e com os seus pais – sobretudo tendo a sensibilidade de perceber que os exemplos dos pais foram importantes na formação do caráter. Além disso, no processo de amadurecimento, tomar consciência de que é importante estar inserido em lutas que tenham como base a defesa de interesses coletivos. E ter claro que o divisor de águas da vida política é saber e respeitar a distinção entre o que é público e o que é privado. Eu repudio aqueles que desrespeitam a política, porque estes constroem o autoritarismo. Nós temos que investir no aprimoramento da política brasileira, para que possamos oferecer às gerações vindouras estruturas mais sólidas, mais transparentes, mas comprometidas com a qualidade de vida e a cidadania da população brasileira.

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Reprodução

Ponto de vista

Lei do Trabalho Doméstico Por que não ter medo?

A aprovação da nova Lei, pelo Congresso Nacional e sanção presidencial, ensejou um sem fim de análises superficiais e cenários de fim de mundo e caos A promulgação da Emenda Constitucional nº 72/2013 (sim, já temos 72 alterações na nossa Lei Pétrea) e antes mesmo de sua promulgação criou-se um enorme alvoroço país afora, compreensível por se tratar de assunto novo e relevante. Vai gerar demissões? As contratações ficarão mais caras? Vamos ter que colocar relógio de ponto em casa?! Trabalhador que dorme no domicílio do patrão tem consideradas 24 horas de trabalho diárias?! E por aí vai. Afinal, há motivos para tantas preocupações? Entendo que não e vou argumentar.

Em primeiro lugar, trabalhador doméstico é trabalhador como qualquer outro, tendo, portanto, os mesmos direitos e obrigações, aliás, que nós demais trabalhadores temos já há algum tempo. Ter isto reconhecido na Constituição é dar mais força à cidadania e democracia.

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Em segundo lugar, se abusos ainda são cometidos contra trabalhadores que já têm seus “direitos assegurados”, se torna razoável supor que abusos ainda maiores são cometidos contra trabalhadores que não os têm. Nenhum empregado deve ficar à disposição do patrão 24 horas por dia, sete dias por semana, algo mais próximo à escravidão do que do emprego.

Em terceiro lugar, a Emenda Constitucional não modifica em momento algum um dos pilares da relação entre patrão e empregado, e que é mais visível no trabalho doméstico: a confiança. Com efeito, a relação entre patrão e empregado doméstico é muito próxima e não há dinheiro algum que pague a confiança em uma pessoa.

Em quarto lugar, o mercado sempre se adequa, com a lei da oferta e da procura. Com isto, para recompor eventuais custos com os novos direitos dos

Ponto de vista empregados domésticos, a média salarial da categoria pode cair um pouco. Ou não. Se faltarem bons profissionais no mercado, pode até subir. E quem pode, cobra mais. Quem não pode, cobra menos.

Quem não pode, não contrata. Se não cabe no orçamento, não se mantém a despesa. São regras simples do mercado de trabalho.

Em quinto lugar, o governo entrará com sua parte, facilitando a vida do empregador e até diminuindo encargos sociais. A conta não será tão alta como tem normalmente sido apregoada. Isto, se ela subir.

Em sexto lugar, veremos uma melhor qualificação dos profissionais domésticos. Mais direitos trarão mais exigências. O que é bom também para estes profissionais. Os bons ficarão no mercado. Os demais, ou se adequam ou estarão fora.

Em sétimo lugar, os terroristas de plantão, são somente isto, terroristas de plantão. Muita coisa sem pé nem cabeça está sendo dita. Então calma, a maioria dos pontos da Emenda Constitucional precisam ser ainda regulamentadas. Não vamos sair demitindo empregados sem conhecer o completo teor das recentes modificações e suas consequências.

Em oitavo lugar, os novos direitos têm um fundamento sólido na cidadania. Reconhecer direitos, que, aliás, já são reconhecidos aos demais trabalhadores, inclusive uma enorme gama de

patrões de empregados domésticos, é bom para o fortalecimento dos laços da sociedade brasileira. Desenvolver um país é sobretudo desenvolver os cidadãos deste país.

Em nono lugar, o Congresso Nacional, que é acusado de só nos trazer notícia ruim, nos traz boas novas.

Temos que dar apoio para continuarem neste ritmo.

Em décimo lugar, tá esperando o quê? Fique feliz pela conquista de quem te ajuda todos os dias, limpando, cozinhando, lavando, passando, cuidando de seus filhos, lhe dê um abraço e comemorem juntos. Afinal, direitos para nós é ótimo, mas para quem está do nosso lado todos os dias também é muito bom. Parabéns aos trabalhadores domésticos.

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www.leituradebordo.com.br | Mar/Abr 2013 | Leitura de Bordo 11

Fazendo a diferença

Conglomerado de Turismo de Montevidéu quando a união fortalece todos O turismo é uma das principais indústrias do Uruguai – fundamental para gerar recursos e manter a economia aquecida, mesmo em momentos delicados.

Aparentemente uma ideia simples: colocar no mesmo lado, lutando e somando esforços, segmentos diversos e que estejam diretamente envolvidos com o turismo. Mas até transformar o desejo em algo real, há todo um longo e penoso processo, que passa inclusive por vencer desconfianças e superar barreiras, deixar de lado a equivocada visão de que o que importa é o “meu negócio ir bem”.

Teresita Camejo, empresária do setor de turismo e secretária eleita do Conglomerado de Turismo de Montevidéu, revela que ele come-

çou a funcionar em 2008, com apoio do Banco Mundial e da Diretoria de Turismo da capital uruguaia. Depois do pontapé inicial caminha com as próprias pernas, mantido com a contribuição de empresas de 11 setores da cadeia produtiva – hospedagem, gastronomia, cultura, shoppings, transporte, educação e congressos, entre outros.

O desafio foi tornar Montevidéu um destino competitivo – tendo em vista as peculiaridades de seu turismo, como, por exemplo, o fato de não ter uma temporada definida (que é o caso de Punta del Este). O trabalho vem sendo feito com a participação em feiras onde são levadas as razões para conhecer as atrações que esta cidade banhada pelo Rio da Prata oferece.

Esplendor participa do Conglomerado fica na Cidade Velha

Instalado em Pocitos, o Armon apóia o Conglomerado

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Brasília tem tudo.

Só falta você.

Conhecida como Flor do Cerrado, a nova torre sintetiza o melhor da arquitetura de Niemeyer na cidade.

E, além dos monumentos modernistas, Brasília também tem um dos maiores polos gastronômicos do Brasil, uma agitada vida cultural e é perfeita para o turismo de natureza. Não importa qual é o seu roteiro de viagem, Brasília foi planejada para você.

Fts.: Divulgação

Economia

No DF, jovens aprendem a recondicionar computadores Estação de Metarreciclagem proporciona oportunidade profissional para jovens em situação de vulnerabilidade social da cidade de Samambaia > Por Ana Carolina Silva

Sabe aquele seu computador velho esquecido no seu armário? Ele pode ser matéria-prima para capacitar jovens e adultos, em situação de vulnerabilidade social, da cidade de Samambaia, no Distrito Federal. O local onde essa transformação acontece: a Estação de Metarreciclagem de Samambaia, um projeto coordenado pela Ong Programando o Futuro em parceria com a Fundação Banco do Brasil.

O projeto, que teve início em 2011, já capacitou mais de 512 jovens, entre 16 e 24 anos, em oficinas temáticas de formação téc14 Leitura de Bordo | Mar/Abr 2013 | www.leituradebordo.com.br

nica, com duração de dois meses, nas áreas de Montagem e Configuração de Computadores, Informática Básica, Eletrônica de Reparos e Edição de Vídeos. Além das capacitações, a Estação também recondiciona computadores (doados por pessoas físicas e jurídicas) e doa esses computadores a iniciativas de inclusão digital como escolas, telecentros, creches, bibliotecas, entre outras entidades.

“O Brasil hoje é o segundo país que mais produz lixo eletrônico no mundo. Isso está diretamente ligado ao tempo de vida desses equipamentos. As pessoas trocam em casa

de equipamento a cada dois anos. Quando a gente começou a perceber o volume de equipamentos que as pessoas descartam e que muitas dessas máquinas ainda funcionam, e que poderíamos recondicionar esses computadores e capacitar jovens para o mercado de trabalho por meio desses equipamentos é que criamos a Estação de Metarreciclagem”, contou Vilmar Simion, coordenador da Ong Programando o Futuro.

Resíduos eletrônicos Cerca de 30 jovens capacitados na oficina temática de Montagem e Configuração de Computadores passam por um processo seletivo e atuam como bolsistas, por um período de quatro meses, na Oficina de Recondicionamento de Computadores, onde os equipamentos doados são triados, limpos e ganham vida útil prolongada. Os pré-requisitos para atuar na oficina são estar estudando e ser frequente na escola e ter renda familiar de até dois salários mínimos. Os selecionados recebem uma bolsa auxílio de R$ 250.

“Aprendi muito na Estação de Metarreciclagem. Não só o aprendizado técnico sobre computadores, mas também a ser responsável e dedicado. Essa experiência que estou tendo de atuar como educador social está sendo ótima. Poder ensinar as pessoas sobre informática é um desafio. Quero seguir essa carreira. Vou ser analista de sistemas ou programador”, revelou Lázaro Castro Santiago, de 17 anos, que atua como educador social na Estação de Metarreciclagem de Samambaia. Lázaro utiliza a bolsa auxílio que ganha, como educador, para ajudar sua mãe nas despesas de casa e nos cuidados ao irmão mais novo que é deficiente.

Resíduos eletrônicos Aproximadamente 40% dos equipamentos doados para a Estação de Metarreciclagem não podem ser recondicionados, porque são antigos demais, e vão acabar virando lixo eletrônico novamente. Só em 2012 o laboratório processou cerca de 120 toneladas de resíduos eletrônicos. Os jovens bolsistas da Estação também fazem um período de estágio no Laboratório de Resíduos Eletrônicos. Lá eles têm a oportunida-

de de conhecer mais de perto cada componente dos computadores: placas-mãe, memórias, monitores, etc.

“Tivemos que criar o Laboratório de Resíduos Eletrônicos, onde os equipamentos que não podem ser reaproveitados são descaracterizados, separados e encaminhados para empresas que fazem a reciclagem desses materiais ou o descarte correto. Acabamos abrindo o leque de doações. Agora recebemos celulares, equipamentos eletroeletrônicos, CDs, DVDs, impressoras, telefones, entre outros equipamentos”, disse Wesley Dias, coordenador da Estação de Metarreciclagem.

Informações: www.doeseucomputador.org.br (61) 3559 1111 www.leituradebordo.com.br | Mar/Abr 2013 | Leitura de Bordo 15

Uma Capital que não

resiste na forma de muse

O conjunto original de prédios que resiste ao tempo mostra como foi épica e sem Localizado na Saída Sul de Brasília, o Museu Vivo da Memória Candanga ocupa o espaço onde, nos primórdios da Capital, funcionou o 1º Hospital de Brasília – construído em 60 dias e inaugurado em 6 de julho de 1957. Instalado estrategicamente entre a Cidade Livre – hoje Núcleo Bandeirante – e a Vila Operária – hoje Candangolândia, o HJKO-Hospital Juscelino Kubitschek de Oliveira foi fundamental para aten-

dimento aos “candangos” (operários da construção civil), em virtude da distância dos hospitais das cidades da região e da falta de infraestrutura entre as mesmas e o DF (vias, meios de transporte/locomoção, etc).

O hospital – que tinha uma área de 1.265m2 – era totalmente edificado em madeira e abrigava ambulatório, centro cirúrgico, serviços gerais, administração, residências para médicos, funcionários e alojamentos. Segundo consta, o HJKO funcionava 24h por dia e possuía os mais modernos equipamentos e instrumentos da época, contando com 50 leitos e oito enfermarias, dispostas em duas alas (masculina e

Especial

o existe mais

eu e de memória

m glamour a vida dos que construíram a capital do Brasil feminina); duas salas de cirurgia, aparelhos de raio-x, laboratório de análises clínicas, ortopedia, maternidade, berçário, farmácia e gabinete dentário.

Funcionou como hospital até 1968, sendo totalmente desativado em 1974.

Muito além da memória Em 1983, o IAPAS-Instituto de Administração Financeira da Previdência e Assistência Social (extinto ao ser fundido com o INPS-Instituto Nacional de Previdência Social em abril de 1990, para formar o que é hoje conhecido como INSS-Instituto Nacional do Seguro Social), proprietário da área resolveu desocupar e demolir as edificações devido ao estado de deterioração. A comunidade foi à luta e conseguiu impedir esse verdadeiro crime à memória brasileira.

Em 13 de novembro de 1985, o Governo do Distrito Federal, por meio do Decreto 9.036, tombou o conjunto arquitetônico do HJKO como Patrimônio Histórico. Em decorrência do tombamento, as famílias que residiam no local foram transferidas para a Candangolândia.

A partir de 1987, começa o processo gradual – e que sempre sofre com problemas de continuidade – de restauração e preservação dos prédios, muitos deles em precário estado de conservação.

Outra data importante é 26 de abril de 1990, quando o antigo HJKO passa a abrigar o Museu Vivo da Memória Candanga – representando uma das últimas referências arquitetônicas do resgate do testemunho histórico do contexto da construção de Brasília. www.leituradebordo.com.br | Mar/Abr 2013 | Leitura de Bordo 17

Especial Acervo

Viagem no tempo

O conjunto de prédios – de madeira – mostra a ação do tempo e a ausência de uma política de conservação da memória ao longo dos anos.

O acervo do museu, instalado como uma espécie de linha do tempo onde funcionava a pediatria (começando pela Missão Crulls, passando pelo dia a dia dos operários e suas ferramentas de trabalho, antigas peças do hospital, objetos do cotidiano e até mesmo a suíte do então Brasília Palace Hotel – às margens do Lago e que ruiu em chamas em 5 de agosto de 1978 – sendo reformado e restaurado 20 anos depois sob a supervisão de Oscar Niemeyer).

Alguns funcionários sonham com uma campanha de doação de acervo que ainda está nas mãos de descendentes de “candangos”, mas esbarram na burocracia e na falta de apoio oficial para que isso ocorra.

Equivocadamente ainda “esquecido” dos roteiros oficias dos órgãos do turismo do DF, o Museu Vivo da Memória Candanga tem sua visitação centrada principalmente em alunos da rede pública – numa lógica que precisa ser urgentemente revista, dada a beleza do local, seu aspecto lúdico e sua importância histórica para a consolidação da cidade que então surgia.

Existe o temor de que a falta de uma política de preservação do local tenha como preço a queda de outras casas - sendo que algumas já estão até mesmo fechadas pelo risco que representam.

Alguns sonham em tornar o espaço mais vivo, com a implantação de uma área de venda de souvenirs e mesmo uma alternativa de alimentação para quem visita o local. Mas vencer as barreiras decorrentes dessas limitações esbarra na indefinição da burocracia e na plena revitalização do Museu.

Visitação O local se mantém muito mais pela abnegação de funcionários e pela entrega de profissionais que trabalham nas oficinas do que como uma política pública de preservação da história e da memória. O que não é, infelizmente, privilégio da Capital do País, mas reflexo do descaso oficial pela cultura, memória e história.

O museu está aberto à visitação de segunda a sábado, sempre das 9h às 17h e o agendamento de visitas guiadas para grupos pode ser feito pelo fone +55 61 3327 4405.

18 Leitura de Bordo | Mar/Abr 2013 | www.leituradebordo.com.br

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Pacote Inclui: Passagem Aérea 07 Noites de Hospedagem Hotel RIU NAIBOA ALL INCLUSIVE Transfers In/Out Valor por passageiro em Apartamento Duplo Taxas de Embarque não Inclusas

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Roteiro testado

Café Majestic: elegância que encanta e fascina Elegante e místico, café localizado no Porto (Portugal) serviu de abrigo e aconchego para J.K. Rowling escrever o primeiro livro com a saga de Harry Potter Conta-se que foi nas mesas do Café Majestic do Porto – inaugurado em 21 de dezembro de 1911 como Elite e rebatizado um ano depois com o nome que carrega até hoje – que a escritora inglesa J.K. Rowling passava muito tempo trabalhando no primeiro livro “Harry Potter e a Pedra Filosofal”. Ela viveu na cidade até 1994 e o local é 20 Leitura de Bordo | Mar/Abr 2013 | www.leituradebordo.com.br

um dos mais belos e representativos exemplares da Arte Nova no Porto – e sua localização fica na Rua Santa Catarina, onde também ficam as melhores lojas e o principal shopping.

Trata-se de prédio imponente, com fachada em mármore e um interior que ao mesmo tempo que nos remete ao passado, nos convida

Roteiro testado ao devaneio – lembrando que o local abriga exposições de arte, audição de piano, lançamentos de livros e saraus. O local é parada obrigatória de turistas que fundem sotaques e falares.

O ar elegante do café foi uma proposta dos seus criadores, seguida até os dias de hoje.

A ideia era recriar um ar chic parisiense – mais próximo da clientela que os seus criadores quiseram cativar. Tudo é clássico no local, inclusive os bancos em couro gravado e o jogo de espelhos, lustres e esculturas dão uma sensação de profundidade e de aconchego.

As pessoas conversam de tons suaves, sem o alarido de feira que acaba sendo desagradável em outros lugares. Não se escutam as gargalhadas e nem o farfalhar de quem fala apenas para se sentir vivo. A educação e a presteza de garçons e de garçonetes é outra nota digna de registro.

Uma das características mais agradáveis do Majestic é que ele é um indutor a uma conversa mais lúdica, numa sensação de conforto advinda de uma atmosfera de luxo, requinte e bem-estar.

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ITÁLIA Fts.: Luciana Navarro

sabores e encantos que vêm da alma do povo

A partir desta edição, Luciana Navarro, brasileira que propõe roteiros de viagens diferentes e especiais por uma Itália nem sempre divulgada, acompanhando pequenos grupos, contará sua vivência junto a um povo que ajudou a definir os padrões da humanidade.

H

oje, um brasileiro que pretende viver na Itália, deve antes de tudo ter a abertura mental para aceitar um país cheio de contradições, com um povo ao mesmo tempo genial com seus artesãos, artistas, pintores, escultores, invejado na sua culinária maravilhosa e língua melodiosa, no seu charme sedutor, na sua criatividade, moda e design imbatíveis, na sua excelência ao criar e desenhar seu próprio mundo, exportando o conceito do Dolce far niente, das máquinas maravilhosas como Ferrari, Lamborghini e Masserati, a potente Ducati e tanta beleza e estética que se vê em cada ângulo por onde se passa... na beleza das mulheres, no charme do homem que é o único capaz de combinar uma calça violeta, com uma camisa rosa e um belo par “di scarpini rossi” e ainda assim ficar lindo, elegante e másculo. Um povo que por outro lado pode também ser simples, extremamente tradicional e fechado, mal humorado,

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“contadino” e desconfiado. Eles nos vêem com certa curiosidade e distância, é difícil interagir com seu vizinho quando você é uma estrangeira a mais, no incontável e preoucupante número de emigrados extra comunitários que chegam aqui todos os dias.

Por isso devemos estar atentos a certas regras veladas que aos poucos você vai conhecendo. Por exemplo, não se deve jamais tratar um italiano, que você não conheça bem, por você ou “Te”, é ofensivo, deseducado e pode lhe dificultar o contato. Um ano atrás, recém chegada resolvi reforçar meu italiano e me inscrevi em um curso para estrangeiros que a comunidade oferecia, e era exatamente ali que queria estar, em uma sala de aula entre pessoas diferentes, provando falar com seus variados sotaques o mesmo idioma.

Nossas duas professoras eram duas belíssimas jovens recém laureadas, professoras do nível elementar daquela escola, se chamavam Giulia e Caterina.

Roteiro testado Como meu italiano era considerado bom para principiante, Caterina me propôs conversação a duas em um nível mais adiantado e assim fizemos durante todo o período de verão... e só depois de nos tornarmos boas amigas, que tomei a liberdade de chamá-la por você, e ela era bem mais jovem que eu, com a idade talvez de minhas filhas.

Depois já mais intimas e com total confiança e empatia entre nós, ela me confessou que realmente a irritava muito quando as pessoas a tratavam por você. Portanto aqui fica a dica: seja no balcão da sorveteria, no hall do hotel, no restaurante com o garçom ou no mercadinho da feira livre, sempre mas sempre mesmo, trate por Signore ou Signora / Lei. Te verão com bons olhos e saberão que você é uma pessoa elegante e educada. Ao se despedir, se pode dizer Arriverderci, que significa “até nos vermos uma próxima vez” ou então arriverderLa...mais senhoril, “até vê-la uma próxima vez”.

Outra dica muito importante... na Itália, as feiras ao ar livre são uma tradição das mais agradáveis, divertidas e diversificadas, podem ser as simples feiras dos ambulantes que uma ou duas vezes na semana se fixam na piazza principal das cidades, e nestas você encontra de tudo desde roupas de marcas, sapatos, bijoux, flores, frutas e legumes até as feiras de Antiquariato, Vintage, temáticas e sazonais, que são chamadas de “Sagra”... essas são as festas das cidadezinhas ou “paesini”, com suas propostas especiais. São fantásticas e você tem vontade de ver, pegar, fotografar, escolher cada melanzana, cada tartufo, cada morango... mas muito cuidado, não o faça, peça sempre ao feirante, ele é que deve pegar e escolher para você, e pode ter

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Roteiro testado

certeza que o fará com imenso prazer e lhe dará o melhor, se por acaso trocar com ele “due parolle”, pode ser que lhe convide ao “pranzo” e no final lhe dê aquela receita da nona...que só sua mulher conseguiu roubar.

Em fevereiro, estive em Casola Valsenio... para a festa do Tartufo... que aqui na Emilia Romagna começa agora na primavera, embora o melhor do Tartufo seja em outubro/novembro da região do Piemonte, o famoso Tartufo bianco di Alba.

Este tartufo é chamado primaverile, pois é o primeiro que começa timidamente a despertar. Os produtores expõem sua colheita fresca, com todos os produtos que se pode artesanalmente fabricar com o mesmo... burro tartufato, salsa e miele tartufati... pães, pastas, formaggi... é uma profusão de sabores e odores maravilhosos.

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Da cozinha da Piazza vem até você um perfume inebriante e tentador das panelas fumegantes delle streghe italiane... as mulheres italianas são mágicas na arte da cozinha, está no DNA... nas mãos e no segredo trancado a chaves por gerações, e seguindo seu instinto e olfato, arrivi... finalmente na tavola divina. O menu, escrito rusticamente propõe: Crostini variate con tartufo taggliatelle alla salsa e tartufo uova al tegamino com lamine di tartufo bisteca con verdure e tartufo crepe al tartufo patate al forno con tartufo mezza bottiglia di vino rosso / bianco crostatta de mela con gelato e tartufo crostatta al ciocolatto con tartufo Hummmm!!!

Dove siamo? Dov’ é il letto? Sono in coma!!

Ft.: Fabricio Ferreira Silva

Roteiro testado

Música, trabalho e muita alegria na Fenamilho Uma das maiores festas do interior do Brasil, a Fenamilho de Patos de Minas se caracteriza por mostrar a pujança da região e a beleza da mulher mineira Criada em 1955 como uma festa estudantil, a Fenamilho – Festa Nacional do Milho em Patos de Minas, teve seu início oficial em 1958. De lá para cá, o evento se consolidou até se transformar em um dos maiores de Minas Gerais, rivalizando com feiras agropecuárias que são realizadas em cidades tradicionais como Uberaba. Na verdade, a Fenamilho transcende os conceitos e acaba sendo um evento que cresce pela diversidade de atrações – inclusive pratos feitos a partir do milho, a origem e razão de ser de um evento que se consolida edição pós edição.

A cada ano, milhares de turistas de todo País se dirigem até a cidade que é tida como a Capital do Alto Paranaíba – no Triângulo Mineiro – para assistir a shows de artistas consagrados, além de participar de rodeios, leilões, exposições

e ver muita gente bonita. Estima-se que em 2012, cerca de 300 mil pessoas tenham comparecido – lembrando que Patos de Minas, fundada em 1866, tem população de 140 mil habitantes e se caracteriza pela qualidade de vida.

A festa , realização do Sindicato Rural de Patos, que em 2013 terá a 55ª edição, acontece de 23 de maio a 2 de junho e será realizada apenas no Parque - ao contrário do que acontecia em edições anteriores.

A amplitude da festa tem impacto direto em muitos segmentos da economia não só da cidade, mas de toda a região.

Os shows musicais que serão realizados em quatro espaços culturais foram definidos a partir de consulta realizada pela internet - num processo de efetiva democratização da festa. www.leituradebordo.com.br | Mar/Abr 2013 | Leitura de Bordo 25

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26 Leitura de Bordo | Mar/Abr 2013 | www.leituradebordo.com.br

Atualidade

Um sindicato à frente do seu tempo Há 18 anos, o Sindicondomínio/DF investe para qualificar o seu modelo de gestão para atender às necessidades de uma Brasília em constante crescimento

F

undado em 1995, o Sindicato dos Condomínios Residenciais e Comerciais do Distrito Federal (Sindicondomínio-DF) representa condomínios comerciais e residenciais (de casas e apartamentos) no relacionamento com entidades de classe (Fecomércio-DF), governos, Câmara Legislativa do Distrito Federal e Congresso Nacional.

Em sua atual gestão, o presidente José Geraldo Pimentel tem conferido ao sindicato um papel importante na consolidação da classe em diversos setores produtivos. O empresário, administrador e bacharel em Direito impôs ao Sindicondomínio/DF uma revolução em sua gestão. “A nossa visão é de representação sindical moderna, atuando junto aos principais problemas relacionados com os condomínios, mas também com a nossa cidade”, destaca Pimentel.

O sindicato tem como meta o meio ambiente, as relações sociais dentro dos condomínios, o surgimento de novas categorias de condomínios e a necessidade de estimular a mão de obra qualificada para gerir condomínios. Um exemplo do pioneirismo do sindicato é o Curso Superior de Tecnologia em Gestão de Condomínio, realizado em parceria com o Centro Universitário do Distrito Federal (UDF), visando profissionalizar o trabalho de síndicos e administradores.

“O sindicato defende a bandeira de que um profissional bem formado terá a preocupação com o meio ambiente, com a sociabilização do condomínio, manutenção predial, importante para a sua conservação física, dentre alguns pontos. Além do que haverá no mercado de trabalho o nicho que falta na área, o profissional gestor condominial”, explica o presidente do Sindicondomínio/DF. A entidade possui uma agenda intensa de relações institucionais com outros sindicatos e instituições com o objetivo de costurar prioridades para os condomínios do Distrito Federal. Recentemente, fechou uma parceria com a Secretaria de Segurança Pública do DF dentro do programa “Ação pela Vida”. Juntas, as instituições irão atuar na conscientização dos síndicos e condôminos no combate à violência por meio de campanhas e workshops.

Palestras também estão na pauta do Sindicondomínio/DF. Temas sustentáveis como o manejo de resí-

José Geraldo Pimentel, presidente do Sindicondomínio-DF

duos sólidos de saúde em condomínios de clínicas são amplamente trabalhados com o universo de filiados ao sindicato. “Temos o compromisso de realizar uma gestão à frente do nosso tempo. Brasília e seu Entorno é uma região próspera e que demanda, portanto, a união dos sindicatos e instituições no debate sobre temas que permeiam o nosso presente e afetam o nosso futuro”, explica José Geraldo Pimentel.

Ao todo, o Sindicondomínio/DF possui mais de 13 mil condomínios em todo o DF. É um universo heterogêneo e que constantemente demanda atuação da entidade em diversas áreas. Para tanto, o sindicato presta assessorias jurídica, administrativa, contábil e também nas áreas de Engenharia Civil, Educação, Gestão de Pessoas, Edificações, entre outras. “Um sindicato forte é aquele que defende o seu representado, mas sobretudo, reconhece as carências da classe e caminha junto, conquistando espaço e aliados à causa”, define o presidente.

SERVIÇO: Sindicondomínio/DF SIG, Quadra 1, Lotes 495/515 Ed. Barão do Rio Branco – Sala 26 Tel.: (61) 3225 9552 E-mail: secretaria@sindicondominio.com.br www.leituradebordo.com.br | Mar/Abr 2013 | Leitura de Bordo 27

Check in

Visto é mesmo um bicho de sete cabeças? É importante saber as diferenças que existem, em termos de exigências, para obtenção da “liberação de entrada”

T

er definido o objetivo da sua viagem é o primeiro passo para tirar o visto correto e não correr o risco de ser deportado do país para onde vai viajar. Para saber as regras de cada caso, o ideal é contar com especialistas no assunto, como a Infovistos, que nos orienta sobre algumas situações.

Tudo depende do país para onde a pessoa vai viajar. A imigração da Austrália, por exemplo, aprova visto de turismo para quem vai visitar o país ou estudar até no máximo 12 semanas, não sendo permitido trabalhar. Para isso, deve-se solicitar o visto de estudante, que é emitido para cursos a partir de 13 semanas Por exemplo, recebe o visto de turismo a pessoa que vai viajar com o objetivo de conhecer um país ou visitar alguém. Em alguns casos, como no Canadá, este tipo de visto também é concedido para quem vai fazer um curso com duração de, no máximo, 6 meses.

Mas se a pessoa vai estudar e também quer trabalhar, o que define o tipo de visto é o tipo de programa/curso que vai fazer. No caso do Canadá, o governo aprova o visto de Residente Temporário, com categoria de turismo, para cursos de até 6 meses. Para mais tempo, muda para permissão de estudos.

Se o seu objetivo é tirar um visto para estudar e trabalhar no Canadá, por exemplo, terá que ter aprovada uma permissão de estudos, que inclui uma autorização adicional para trabalho.

Já se você quer sair do país com o intuito de trabalhar apenas, é necessário já ter a oferta de trabalho e, com uma carta-convite do empregador, iniciar o processo de solicitação de visto no consulado do país onde se pretende trabalhar.

Aqui, portanto, fica um alerta para as pessoas que pensam em procurar emprego quando chegarem ao outro país: o correto

28 Leitura de Bordo | Mar/Abr 2013 | www.leituradebordo.com.br

é estar inscrito em algum programa de estudo que inclui a autorização para trabalhar, viajando de forma legal. É ilegal procurar emprego no exterior com outro visto que não ofereça a permissão para trabalhar!

Conforme o diretor da Infovistos, Alexandre Luis Pedrosa, é muito arriscado viajar como turista, para depois procurar uma oferta de emprego. “A pessoa só vai poder mudar o status de seu visto, para trabalhar legalmente, fora do país onde estiver.”.

Para todos os casos, o mais indicado é estar orientado por profissionais que têm experiência nos trâmites para emissão de vistos consulares. Com a Infovistos, que é uma das cinco maiores empresas do ramo no Brasil, o viajante terá acompanhamento e todas as dicas para reduzir ao máximo a chance de ter o visto negado.

Para saber mais informações, acesse www.infovistos.com.br

Caderno da Copa

Centenário,

Monumento do Futebol Mundial

Estádio sediou a maior parte dos jogos da 1ª Copa do Mundo, em 1930, e ajudou a consolidar a mística que envolve o futebol uruguaio Dizem que no dia 18 de julho de 1930, quando Uruguai e Peru disputaram o primeiro jogo no Estádio Centenário – vitória da Celeste por 1 a 0, gol de Hector Castro diante de 57.735 espectadores, segundo a Fifa - muitos deles tiveram que assistir ao prélio de pé, por conta do cimento das arquibancadas em alguns setores ainda estar mole. Construído em tempo recorde e enfrentando períodos de muita chuva, que acabaram atrasando o ritmo das obras, o estádio recebeu apenas 10 das 18 partidas daquele evento. As outras partidas aconteceram nos estádios do Peñarol, Fields de Po-

citos que já foi demolido, e do Nacional, Parque Central que continua de pé e sediando jogos do campeonato local.

Verdadeiro templo do futebol mundial, o Centenário continua majestoso e imponente – mas não coube a ele “se o palco do primeiro gol em mundiais da Fifa. Este aconteceu em 13 de julho, no Fields

de Pocitos, no jogo entre França 4 x 1 México, obra do francês Lucien Laurent, aos 19’ do 1º tempo. Dada a rivalidade local, a organização do Mundial marcou um jogo no mesmo horário no Estádio Parque Central – Estados Unidos 3 x 0 Bélgica – mas o gol saiu apenas aos 41’, do norte-americano Bart McGhee.

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Ft.: Ariel Bentos

Caderno da Copa

Numa rua de Pocitos, o monumento da Fifa resgata a memória do local onde aconteceu o 1º gol em 1930

Sobre o 1º gol

Apenas 13 seleções...

Onde havia o campo do Peñarol, hoje está um dos mais elegantes bairros de Montevidéu – Pocitos. O avanço imobiliário engoliu o campo, mas para resgatar a memória daquele feito, a Fifa construiu um monumento nas Rua Coronel Alegre para indicar onde era o centro do campo e uma trave onde estava o gol no qual o francês Lucien Laurent inscreveu seu nome na história do futebol mundial como o primeiro de uma longa história de gols que na Copa de 2014 terá novos e emocionantes capítulos. Nesse jogo, cerca de mil pessoas estiveram presentes, testemunhas de algo que certamente nem eles tinham como dimensionar naquele momento.

O maior público do 1º Mundial, ao contrário do que se pode imaginar, não foi a final contra a Argentina, com vitória dos Orientais por 4 a 2 e 68.346 testemunhas do feito histórico – mas na partida contra a Iuguslávia, quando a mística Celeste aplicou 6 a 1 para deleite de 79.867 torcedores (sempre de acordo com a Fifa).

Não houve eliminatórias e 13 seleções participaram - sete da América do Sul, quatro da Europa e duas da América do Norte. A razão da ausência mais expressiva de selecionados europeus se deve a algumas contingências econômicas (custo elevado para participar em um mundo sofrendo diretamente as agruras da quebradeira geral da bolsa em 1929 – e a duração da viagem) e até mesmo desconhecimento do lugar onde o evento seria realizado. A França, por exemplo, saiu de Villefranche-sur-Mer, cidade ao sul, em 21 de junho de 1930 e chegou no Uruguai em 4 de julho de 1930. Outras seleções ficaram mais tempo do mar...

A participação dos europeus foi verdadeiro parto, porque foi preciso que o próprio presidente da Fifa, Jules Rimet, interviesse, junto com o governo uruguaio, prometendo custear as despesas de viagem de qualquer equipe europeia. Vale lembrar que até o prazo final das inscrições, nenhum selecionado do velho

30 Leitura de Bordo | Mar/Abr 2013 | www.leituradebordo.com.br

Caderno da Copa

A Torre das Homenagens, junto ao Estádio Centenário, é um tributo aos jogadores uruguaios que construíram a mística da “celeste” - com dois ouros olímpicos e dois mundiais da Fifa.

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Caderno da Copa continente confirmara presença. Depois de esforços, Bélgica, França, Romênia e Iugoslávia se aventuraram e ajudaram a construir a história.

Templo do futebol Considerado Patrimônio Cultural da Humanidade, o Centenário leva este nome em homenagem aos 100 anos da 1ª Constituição do Uruguai, comemorados em 1930. Também foi designado pela Fifa como Patrimônio do Futebol Mundial e foi palco de outras grandes conquistas do time que traz em sua história dois ouros olímpicos – jogos de 1924, na França, e de 1928, na Holanda – além de 15 Copas Américas, muitas delas vencidas neste estádio.

Para se ter uma ideia da força do futebol Uruguaio, o Peñarol tem cinco Libertadores e o Nacional outras três Libertadores – sendo que cada um tem três mundiais da Fifa. E nos áureos tempos de peleias, vencer algum time no Centenário era conquista a merecer comemoração.

No Centenário, funciona o Museu do Futebol e paira imponente a Torre das Homenagens que antes permitia a visitação até o seu cume possibilitando uma vista panorâmica lindíssima da capital banhada pelo Rio da Prata.

Estádio Parque Central do Nacional: parte da história

Centro do campo do antigo fields de Pocitos

Estádio Parque Central ainda hoje sedia os jogos do Naiconal - acanhado e místico 32 Leitura de Bordo | Mar/Abr 2013 | www.leituradebordo.com.br

Enogastronomia

Descoberto pelos fenícios no ano 3.000 AC, apenas no Séc. XVII o vidro passou a ser usado para armazenar o vinho, sendo que a produção industrial em série começou em 1903. A rolha tradicional, feita a partir da casca do Sobreiro – carvalho comum em Portugal, onde dispõe de legislação rígida sobre o seu manejo – surge na antiguidade, para fechar as ânforas. Mas eram em forma de cone, sendo “seladas” com lacre ou cera. O formato cilíndrico surgiu em 1830. O reinado das rolhas de vidro tem sofrido ataques... Não apenas das novas tecnologias, mas também do TCA (tricloroanisol) - substância química volátil liberada pela cortiça quando essa é atacada por um fungo que provoca aromas desagradáveis de mofo no vinho.

As rolhas mais usadas na atualidade: 1 - Spark - usadas em champanhes e espumantes.

2 - Natural - cilíndrica, obtida por brocagem manual ou automática. É um produto 100% natural. Usada nos bons vinhos de guarda, por possibilitar que o vinho continue seu processo de envelhecimento.

3 - Twin Top - é feita de duas metades e coladas, usando uma casca mais fina, que as totalmente naturais. Utilizadas em vinhos intermediários.

4 - Aglomerada - feita de farelo de cortiça colada e prensada é ideal para vinhos de consumo rápido, nos quais o fator preço aliado a uma boa performance são determinantes.

5 - Silicone - chegaram ao mercado no início dos anos 90 causando espanto e revolta em consumidores tradicionalistas. Vantagens: custam menos, permitem que o vinho seja guardado de pé, pode ser colorida, e o principal, não transmitem o TCA. 6 - T-Cork - é uma rolha de cortiça com cápsula. A sua função é a de permitir uma abertura rápida e

ser reutilizada muitas vezes. É utilizada nos vinhos do Porto, whisky, Cognac, Armagnac, Calvados, sherry/jerez, brandy, licores, aguardentes e azeites.

7 - Tampa de rosca - conhecida como screwcrap, vem sendo pesquisada para uso em vinhos na Austrália desde os anos 60. Além do baixo custo, dispensa uso do saca-rolhas e é reciclável. É a alternativa para vinhos jovens, que não precisam de guarda superior a oito anos.

Tampa de Vidro - um tipo de vedante, feito de vidro e forrado com material sintético é usado por alguns produtores alemães e austríacos. Seu custo ainda não é acessível a vinhos mais baratos.

Desse cenário, sempre com direito a muitas controvérsias e defesas apaixonadas, emerge uma realidade: as rolhas tradicionais, feitas de cortiça, terão sempre um charme e encanto todo especial. Serão cada vez mais um diferencial dos grandes vinhos de guarda - apresenta os melhores resultados para todos os tipos de vinho, além de ajudar na evolução dos mesmos. Por terem, no entanto, oferta limitada e qualidade heterogênea – as melhores têm custo elevado -, desde a década de 1990 tem crescido o uso de vedações alternativas.

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Do meu jeito

Um bacalhau com o toque especial do seu criador

N

esta nova seção da revista Leitura de Bordo, apresentamos receitas especiais feitas por quem tem o prazer (e a competência) de cozinhar Além do trabalho que realiza com vinhos – palestras, cursos, artigos e aulas para alunos de hotelaria – o sommelier Olinaldo Oliveira é tido como um cozinheiro múltiplo, capaz de preparar pratos da cozinha de vários países.

Ele foi convidado para “apresentar” um prato de sua preferência para abertura da seção “Do meu jeito” aqui na Revista Leitura de Bordo e optou por um bacalhau ao forno – numa receita marcada pelo toque e gosto pessoal de quem teve a oportunidade de descobrir como os próprios portugueses preferem prepará-lo.

Cabe lembrar que, em um passado recente, nas casas de portugueses “do povo”, era comum haver bacalhau dependurado, onde os miúdos (forma carinhosa com a qual os patrícios designam os filhos pequenos) iam pegar lascas para comê-los in natura.

Olinaldo e a família: prazer em cozinhar 34 Leitura de Bordo | Mar/Abr 2013 | www.leituradebordo.com.br

Vamos, pois, aos ingredientes: 2kg de bacalhau 300 gramas de tomate cereja 400 gramas de batata 300 gramas de cebola roxa 200 gramas de azeitonas pretas sem caroço Pimentão verde e amarelo (um de cada) Azeite EA ou outro com grau de acidez de até 0,4% Vinho branco seco Alho

Modo de preparar: Dessalgue o bacalhau por ao menos 24h. Troque a água a cada seis horas – sempre mantendo o vasilhame na geladeira. Na última troca, use leite no lugar da água.

Corte todos os ingredientes, deixando-os prontos para o uso.

Tomate cereja – uma vez ao meio no sentindo longitudinal Batata – corte-as em quatro Cebola – corte rodelas grossas, com 8mm cada, deixando-as inteiras Pimentão – corte em rodelas, retirando as sementes Alho – pique-o em rodelas

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Agora tem!

Montagem: Pegue uma travessa de vidro refratário ou de alumínio que seja grande e funda.

Faça uma “cama”, cobrindo todo o fundo com cebolas. Coloque bastante azeite de oliva.

Depois, coloque uma camada de pimentão e mais azeite.

Sobre essa base, coloque as postas inteiras do bacalhau e regue bem com azeite.

Coloque o alho sobre o bacalhau e depois use vinho branco – na receita foi usado o 100 Amigos, um alentejano de boa qualidade. E, claro, mais azeite.

Hora de colocar as batatinhas e depois os tomates cereja. E mais azeite.

Cubra com papel alumínio e leve ao forno pré-aquecido a 200 graus.

Deixe cozinhar tudo por 1h. Tire o papel alumínio e deixe mais 30 minutos.

Atenção: 10 minutos antes de tirar do forno, coloque as azeitonas pretas sem caroço.

Para servir, pode-se oferecer apenas o bacalhau ou então acompanhá-lo de arroz branco.

O prato foi saboreado tendo como companhia um vinho Piorro-Douro, Grande Reserva safra 2008 que permaneceu 2h no decanter e possibilitou uma harmonização que ressaltou as características da receita.

O melhor

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Nutrição

Nutrição

Alimentação saudável,

como iniciar as mudanças para um estilo de vida mais saudável A saúde nunca esteve tão em alta na sociedade. Hábitos como atividade física e alimentação saudável firmaram-se de vez na rotina das pessoas. O que nem todos sabem é que é muito fácil iniciar uma reeducação alimentar. Aos interessados, segue uma lista de dez passos fundamentais para a saúde.

1. É recomendado fazer seis refeições ao dia - desjejum, colação, almoço, lanche, jantar e ceia. Isso não quer dizer comer muito de três em três horas, e sim se alimentar a cada três horas de forma fracionada para que se tenha um maior controle sobre o apetite.

2. Inclua diariamente seis porções do grupo de cereais (arroz, milho, trigo) e tubérculos como as batatas e raízes (mandioca) nas refeições. Dê preferência aos grãos integrais e aos alimentos naturais. Atenção redobrada aos diabéticos que podem sofrer restrições de consumo a esse grupo de alimentos.

3. As verduras e frutas devem fazer parte do consumo diário. O recomendado é que se coma diariamente pelo menos três porções de cada para suprir o consumo de vitaminas e minerais.

4. A combinação mais pedida no Brasil é arroz e feijão no prato. A mistura típica dos pratos brasileiros garante uma fonte saudável de proteína vegetal. Além de ser bastante saborosa, é indicada ao menos cinco vezes por semana.

5. Consuma diariamente três porções de leite e derivados e uma porção de carnes, aves, peixes ou ovos.

6. A gordura é fundamental para o bom funcionamento do corpo humano, mas atenção, pois o consumo irresponsável é apontado como a principal causa das doenças

cardiovasculares. Consuma no máximo uma porção por dia de óleos vegetais, azeite, margarina. Gordura animal deve ser evitada.

7. Na correria dos compromissos diários, às vezes as comidas prontas ou fast-food são o que resta para não ficar sem comer nada, mas cuidado, esses alimentos são inimigos de uma boa alimentação. Evite refrigerantes, biscoitos recheados, comidas fast-food, frituras e outras guloseimas.

8. O sal deve ser consumido de forma consciente. Diminua a quantidade de sal na comida e retire o saleiro da mesa, pois sua presença estimula o maior consumo. Inclua outras fontes naturais para temperar a comida, como o alho e ervas em geral, que são ótimos para acrescentar sabor.

9. Água é essencial para uma boa saúde. Beba ao menos dois litros (seis a oitos copos) de água por dia, de preferência nos intervalos das refeições.

10. Consulte o médico para saber se é possível iniciar uma atividade física, praticando pelo menos trinta minutos por dia. Evite o consumo de bebidas alcoólicas e o fumo. Consulte regularmente seu nutricionista para um plano alimentar personalizado ajudando a manter seu peso dentro dos limites saudáveis.

www.leituradebordo.com.br | Mar/Abr 2013 | Leitura de Bordo 37

Entre as ondas d

F

otos de família são formas de congelar momentos, de guardar para depois um pedacinho de alguma ocasião especial. Clicamos, por vezes revelamos, e deixamos lá, para desfrutar mais tarde.

Em outra ocasião, sentimos vontade de dar uma espiadinha na janela do tempo e as imagens acabam evocando muitas lembranças adormecidas. Mas junto com os momentos eternizados em cada imagem e a constatação de que as pessoas avançaram no ciclo da vida, vem todo um contexto daquele período - os equipamentos que se tornaram obsoletos, os lugares que foram transformados pela ação do homem e a moda que passou. Esta é sempre a mais evidente - e geralmente a mais engraçada. Alguns até se perguntam: como tive coragem de usar aquilo?

Coragem talvez não seja a palavra certa. O que pretendemos saber é de que forma fomos persuadidos para, naquele momento, achar aquilo bonito - claro, se não tivéssemos gostado, não teríamos usado. A moda é feita para vir e depois ir embora, criando infindáveis necessidades de consumo. Quando a moda surge, sentimos de certa forma a mesma estranheza. Acontece que ela vai se propagando como onda pelo meio social e o que era esquisito vai virando normal e até bonito. Depois de assimilado, passa a ser lindo de morrer e muita gente morre no cartão da loja, no cheque especial... Ao adquirir o produto, passa a pertencer ao clube dos fashions e garantir seu reconhecimento social.

Afinal, todos somos seres gregários e precisamos da aprovação do nosso meio social, certo?

De forma geral, a moda parece expandir-se por esse meio social da mesma maneira que as ondas formadas por uma pedra lançada na água. Ela vai desenhando círculos cada vez maiores e mais distantes do centro ao se popularizar. Dos redutos elitizados a que poucos têm acesso, ela vai ganhando mais e mais vitrines. Dos shoppings de luxo aos outlets, das lojas de departamentos aos camelôs das ruas.

Comportamento

da moda e a rebeldia Dos desfiles de grifes às publicações especializadas, das novelas de televisão às revistas de marketing de redes. É exatamente como acontece com as ondas que vão se tornando mais fracas na medida em que se distanciam do centro, até que desaparecem completamente.

Algum tempo depois, apenas as fotos guardarão a imagem dessa onda que já se foi para dar lugar a outra e em seguida mais outra.

Essa engrenagem mercadológica que gira insistentemente e a cujo ruído nos acostumamos tem, no entanto, seus pontos de ferrugem.

Alguns profissionais do setor já reconhecem que há um grupo de pessoas que não está disposto a correr ao toque da sirene. São os que valorizam seu estilo pessoal e que procuram estabelecer uma harmonia entre o que pensam e sentem e de que forma se apresentam ao mundo. Essa busca de autonomia que de certa forma configura uma rebeldia silenciosa encontra um solo

fértil naqueles que aprenderam a confiar mais na autoimagem do que na própria imagem refletida pelo espelho social. Talvez esses rebeldes, ao rever suas fotos antigas, encontrem mais coerência em sua forma de vestir, pois ela será o reflexo do que foram como pessoas naquele momento. A individualidade, a expressão pessoal e o sentir-se bem usando o que escolher são, para essas pessoas, mais relevantes que as ondas impessoais, definidas em pesquisas de tendências, que arrastam consumidores que permanecem boiando na superficialidade enquanto esperam outra onda chegar.

A afirmação pessoal passa a ser, por muitos, mais valorizada que a padronização social.

A busca de estilos próprios e de singularidades vem se impondo para aqueles que querem ser apenas e tudo o que são no aqui e no agora.

Pele: depois do sol, Recuperar a pele dos exageros do verão – sol, piscina, praia, clube e mesmo festas – é regra básica também para a saúde Até parece um ritual: quando vai chegando ao fim o verão e a chamada “temporada de férias”, advém uma constatação: apesar de ter tido sempre a preocupação em usar protetor solar, a pele está ressecada. É importante entender que, a despeito dos avanços em termos de cremes, a pele é sensível e vulnerável aos efeitos de raios solares.

O que fazer para “ajudar” a pele a se recuperar? Não existe mágica e nada se resolve da noite para o dia, mas seguindo alguns passos, a recuperação é menos árdua.

Banho Se fosse feita uma pesquisa, a maioria das pessoas diria que prefere um banho quentinho – mesmo durante o verão. É natural essa opção, porque o banho quente transmite uma sensação mais relaxante. Mas isto tem seu preço.

O problema é que a água quente também ajuda a ressecar a pele – o que pode ter um efeito devastador para alguém que já esteja com a pele ressecada. Ninguém é obrigado a tomar banho frio, mas a dica é baixar a temperatura da água para menos de 25 graus e cuidar para que seus banhos sejam menos demorados – porque a água acaba prejudicando a película natural de proteção da pele.

Sabonete A escolha do sabonete é fundamental para esses momentos de pele ainda mais sensível.

Além do sol, a pele sofre com o sal (do mar) e com o cloro (das piscinas). Especialistas recomendam que se opte por aqueles com glicerina, ou hidratantes que tenham PH neutro ou o mais baixo possível. Outra dica é que a pessoa priorize o uso de sabonetes líquidos.

Hidratação Uma boa hidratação começa com a ingestão de água, fazendo com que o processo também seja de dentro para fora. Alguns dermatologistas recomendam que se trenha sempre por perto uma garrafinha de água, indicando o consumo de até 2 litros por dia como ideal.

Quanto a opção por determinado tipo de creme hidratante, vai depender do estágio da própria pele – e cada mulher sabe avaliar bem o “estrago” que foi feito. Para peles mais judiadas, o recomendado são hidratantes mais potentes, na medida em que eles ajudarão a fazer com que a pele consiga voltar a ter sua textura natural aos poucos, eliminando as partes mais secas.

O ideal são os cremes que contenham ureia e silicone na sua fórmula.

Manchas Não tem jeito... O verão sempre cobra o seu preço. No caso da pele, são as indesejáveis manchas – que geralmente aparecem porque as irradiações ultravioletas alteram com mais intensidade a produção de melanina, afetando a uniformidade da cor da pele.

A alternativa mais eficaz para se livrar deste incômodo é o peeling - através da descamação, a técnica promove a renovação da pele e, por isso é indicada para amenizar as manchas, suavizar sinais de acne e eliminar a textura áspera da pele – algumas das consequências do verão.

Mas é preciso, antes, avaliar o tipo de mancha, a profundidade e a causa do seu aparecimento para indicar qual método é mais eficaz.

Lembrete Antes de qualquer ação ou tratamento, procure um dermatologista. Sua pele merece esta atenção.

SaĂşde

cuidados especiais

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Decoração & Bem estar

Ambiente clássico e sofisticado Um ambiente clássico e sofisticado marca o estilo da sala de estar decorada pela arquiteta LIvia Meirelles e pela designer de interiores Cristiane Calixto.

Os sofás na cor verde musgo foram dispostos sobre o tapete oriental aubusson. Uma grande mesa de centro em espelho e madeira na cor imbuia contrasta com a mesa lateral redonda mais alta e com o baú colocado do lado oposto.

Completando o visual, quadro do pintor goiano C. Caixeta e objetos de decoração adquiridos pela proprietaria.

Na varanda, integrada à sala de estar, moveis de madeira. No sofá, almofadas bege, oncinha e estampa de pavão conferem conforto e bem-estar ao ambiente. O quadro, as cadeiras chinesas e os bancos em estilo moderno dão o toque de classe na decoração.

Ao lado, as profissionais criaram um “conversation” com cadeiras giratórias e mesa de centro, proprcionando um local agradável para ser desfrutado pela familia.

Na ampla sala de jantar, duas mesas quadradas e dois lustres de cristal foram dispostos. O quadro vermelho da pintora Antonia Celia com 4 metros veste a parede e retrata o estilo e a personalidade dos moradores.

Harmonia – Arquitetura e Interiores Cris Calixto e Lívia Meirelles 61 9272 9082 | 61 8138 0724 42 Leitura de Bordo | Mar/Abr 2013 | www.leituradebordo.com.br

Decoração & Bem estar

O destaque no hall de entrada, é a peça adquirida em um antiquário

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Bem Viver

Harmonia e requinte criam ambiente acolhedor

O desafio das decoradoras foi encontrar o equilíbrio que atendesse a expectativa de um espaço onde o calor humano fosse preservado.

Segundo Elda Midian, “para atender ao perfil e ao estilo dos clientes, foi projetado um espaço contemporâneo e despojado que buscou aliar beleza à qualidade das peças utilizadas (móveis, iluminação, adornos, etc), sem abrir mão do conforto e da sofisticação”.

Betânia Midian, Elda Midian e Gabriela Sue 44 Leitura de Bordo | Mar/Abr 2013 | www.leituradebordo.com.br

Must-have

Chocolates especiais da Harald Chega ao mercado a renovada linha Harald MelkenUnique, produzida pela empresa que é pioneira na fabricação e chocolates no País. A proposta tem o objetivo de valorizar o cacau brasileiro e difundir o conceito de Chocolate Gourmet, trazendo para o mercado brasileiro o padrão dos chocolates europeus. www.harald.com.br

DELSEY PARIS: Linha Flâneur

Shampoo seco Pensando na falta de tempo ocasionada pela vida moderna, Batiste Shampoo Seco trouxe uma solução prática e instantânea para quem precisa incrementar o visual sem ter que lavar os cabelos. www.batiste.com.br

Requintes da Kenwood Linha mescla elegância, praticidade e inovação. Assim pode ser definido o trio da Kenwood – torradeira, cafeteira e chaleira. Os produtos aliam novidades para facilitar a vida no dia a dia, como função descongelante na torradeira; janela para visualizar a quantidade de água dentro da chaleira e o sistema anti-gotejamento no mecanismo da válvula. Na Tool Box no Casa Park em Brasília.

A DELSEY, marca francesa de malas e acessórios de viagem, traz para o Brasil a Linha Flâneur de malas rígidas, a preço competitivo com o mercado internacional. A nova linha Flâneur é fabricada em estrutura rígida de policarbonato e interior poliéster. Os compartimentos internos são especialmente desenvolvidos para oferecer espaços funcionais de forma a acomodar naturalmente a bagagem. www.delsey.com.br

Esteira compacta

Homenagem a Niemeyer A H. Stern está lançando uma nova coleção de joias baseada na obra de Oscar Niemeyer. Ao todo, são 34 peças trazendo os traços únicos, simples e naturais do arquiteto que foi, antes de mais nada, um exímio desenhista. Ao lado, brincos inspirados nas colunas do Alvorada, em ouro amarelo texturizado. Toda a linha em www.hstern.com.br

A Brudden Equipamentos apresenta a esteira Perform R2. Produto compacto, com recursos inteligentes, criado especialmente para atender clientes do mercado residencial, hotéis e condomínios com fitness centers, será vendida ao preço médio de R$2.148,00. www.movement.com.br

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Eventos

Calendário 2013 32ª Feira Internacional de Artesanato

21ª Expotchê

Aberta ao público - peças de artesanato, decoração, vestuário, utilidades domésticas, tapetes, acessórios e complementos de moda e comidas típicas.

Feira variada, onde podem até ser encontrados alguns artigos do sul, entremeados com quinquilharias “made in China”. Ao contrário do que o nome pode sugerir, não possui vinculação cultural com o RS.

17 a 25 de maio - Expo Renault Barigui – Curitiba (PR) (BR 277 - Km Zero - Rodovia do Café, 00 - Santo Inácio)

Inf.: www.artesanatodiretriz.com.br

5ª Feira Nacional de Móveis para a Região Nordeste

21 a 24 de maio - Centro de Convenções de Pernambuco – Olinda (PE) - (Av. Professor Andrade Bezerra, s/n – Salgadinho)

Restrita a empresários, apresenta linhas de produtos e/ou serviços: móveis, decoração, utilidades domésticas, brindes e presentes.

Inf.: www.movexpo.com.br

7ª Feira de Marketing Promocional

28 de maio - Centro de Convenções SulAmérica – Rio de Janeiro (RJ) - (Av. Paulo de Frotin, 01 - Cidade Nova)

Aberta ao público, mas não permitido o acesso de menores de 18 anos. Tem como atração a apresentação de novidades em termos de brindes, produtos e serviços promocionais, materiais para merchandising no ponto de venda e serviços para eventos.

Inf.: www.brazilpromotion.com.br

21ª Feira Nacional do Doce

29 de maio a 16 de junho - Centro de Eventos Fenadoce – Pelotas (RS) - (Entroncamento da Av. Presidente João Goulart com BR 116, 3390 - Distrito Industrial)

O que não falta são atrações nesta que é uma das mais tradicionais festas do Sul do País. Quem for, terá para deliciar: cidade do doce, praça de alimentação, artesanato, moda, casa e decoração, motor show, avenida de tecnologia, estância princesa do sul, parque de diversões, apresentações culturais e espetáculos.

Inf.: www.fenadoce.com.br

31 de maio a 9 de junho –Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade – Brasília (DF)

Festas Juninas Realizadas em todo País, mas é no Nordeste que elas se transformaram em atração turística, arrastando milhões de pessoas. Leia na página 47 onde estão as mais famosas.

7ª Feira de Produtos e Serviços para Parques, Buffets e Festas Infantis

5 a 8 de junho - Expo Center Norte– São Paulo (SP) - (Rua José Bernardo Pinto, 333 - Vila Guilherme)

Acesso apenas aos empresários e tem como foco o mundo lúdico e lucrativo da diversão: animatrônicos, brinquedos e equipamentos, cenografia, atrações e entretenimento, jogos e equipamentos, infláveis, artigos de festas e decoração, alimentos, confeitos, bolos, doces, lembrancinhas, fantasias e serviços para festas.

Inf.: http://www.expoparquesefestas.com.br

41ª Feira das Américas – Abav 4 a 8 de setembro – Anhembi (SP)

Considerada a mais importante feira de turismo das américas, o evento da Abav-Associação Brasileira de Agências de Viagens a partir deste ano será realizada em São Paulo. Na edição de 2012 foram mais de 28 mil visitantes – todos ligados ao trade turístico. Em 2013, haverá acesso do público e a Feira das Américas conta com acordo de cooperação com a ITB Berlim.

Fita 2013 – Expo Bancomer Santa Fé 26 a 28 de setembro – Cidade do México

Atrações: produtos de malharia retilínea, tricô feminino, masculino e infantil.

A Feira terá neste ano a sua 4ª edição e reunirá profissionais do setor de turismo de todo o mundo com o objetivo de promover e comercializar produtos e destinos turísticos. Também vai servir para a formatação de novos negócios e investimentos – além de reforçar o posicionamento da Cidade do México como destino turístico.

Inf.: www.fenat.com.br

Inf.: www.fitamx.com

38ª Feira Nacional Do Tricô

30 de maio a 16 de junho - Centro de Exposições e Lazer de Monte Sião (MG)

46 Leitura de Bordo | Mar/Abr 2013 | www.leituradebordo.com.br

As festas juninas são comemoradas em todo Brasil, mas é no Norte e Nordeste que elas adquiriram relevância turística – atraindo milhares de pessoas de todos os cantos e recantos do País. A festa atracou entre nós ainda nos tempos coloniais, trazida pelos portugueses para homenagear São Pedro, Santo Antonio e São João – tanto assim que, nos primórdios, era chamada de “festa joanina” – abrasileirando-se para “junina” por conta do mês. Mas traz a influência de vários povos e culturas, cada qual com sua contribuição: China (fogos), França (quadrilha), Espanha (dança de fitas), Portugal (o mastro de São João, que virou Pau de Sebo), da Europa toda (fogueiras). As mais tradicionais ocorrem em Caruaru (PE), Campina Grande (PB), São Luis (MA) - na foto ao lado, integrante da Cia Barrica, Mossoró (RN), Aracajú (SE) – são 30 dias de festa e alegria.

São Luis (MA)

Caruaru (PE)

É uma festa diferente, com um jeito todo especial de ser. A começar pelo ritmo.

O reinado não é do forró, mas sim do Bumba meu Boi – com suas danças, melodias e o colorido de ricas fantasias. Os visitantes acabam interagindo mais, na medida em que ainda não há o gigantismo que se verifica em outros estados. Para 2013, são esperados 200 mil visitantes que poderão se divertir – tendo como principal local de concentração a Praça Maria Aragão, na capital do Maranhão.

Se você está em dúvida se vale a pena viajar os 130km que separam Caruaru do Recife, a resposta é uma só: vale a pena. E muito. Se já não tem mais Dominguinhos para animá-la, continua sendo uma aventura cultural – porque além da festa em si, o visitante irá conhecer o melodioso som das bandas de pífanos, poderá se deleitar com a literatura de cordel, se divertir com os mamulengos (bonecos) e observar a coreografia das quadrilhas.

Como ninguém é de ferro, os visitantes poderão também conhecer o artesanato feito na região e que atrai pela riqueza de detalhes e o colorido das peças.

O som oficial é o forró e, para este ano, são esperados dois milhões de turistas.

Aracajú (SE) Uma das mais belas capitais do Brasil faz um São João de muito envolvimento comunitário – não apenas na capital, mas também em várias cidades do interior onde os festejos adquirem ainda mais peculiaridades regionais. Em Aracajú, a festa acontece em todos os cantos – sempre ao som de um bom forró pé-de-serra (cote, xaxado e baião...).

Mossoró (RN) Distante 280km de Natal, as festas juninas em Mossoró aceitam uma diversidade de sons – inclusive o forró eletrônico ou universitário.

Assim, é possível no mesmo dia escutar um forró pé-de-serra autêntico e em outro festejo se deparar com os Aviões do Forró ou mesmo Michel Teló. Esta diversidade tem servido para atrair milhares de pessoas.

Campina Grande (PB) O “maior São João do Mundo” não é apenas um título grandioso, mas reflete a dimensão que a festa adquire nesta cidade distante 130 km da capital João Pessoa. Tem cerca de 400 mil habitantes, população esta que recebe de braços abertos os mais de 2 milhões de festeiros que a todo ano curtem um mês inteiro de festa e de folia. A festa, sob o enfoque turístico, começou em 1983, agregando melhorias e novidades a cada ano, fazendo com que o interesse seja sempre renovado. É roteiro obrigatório para quem quer conhecer a alegria do melhor e maior São João... www.leituradebordo.com.br | Mar/Abr 2013 | Leitura de Bordo 47

e d s o t Rela m e g a i v

Relatos de viagem

Olá, Por que a revista fica toda torta quando vou tentar lê-la no tablete?

Márcia Castilhos Lima – Campinas (SP)

Resposta: Estamos tentando solucionar este problema. .....................................................................

Senhor editor Peguei a a revista sobre Goiânia e acabei acessando o endereço eletrônico para ler as outras edições e percebi que algumas sessões surgiram e desapareceram, como por exemplo a de bricolagem, que é um segmento muito importante. Seria bom se vocês voltassem com ela, quem sabe alternando com artesanato. Outra sugestão seria abrir um espaço para crônicas dos leitores.

Jocemar Ayres – Goiânia (GO)

Resposta: O desafio de fazer uma revista é, também, econômico. Muitas vezes a vontade sucumbe diante da realidade. No caso do espaço de bricolagem a ideia é retomá-lo quando do aumento de páginas. A sua sugestão de fazer de modo alternado com artesanato pode ser uma boa alternativa, mas trabalhamos com a proposta de que as duas sejam simultâneas e permanentes. .....................................................................

Muito positiva a entrevista com o deputado gaúcho Paulo Pimenta, que é uma das vozes autênticas que ainda sobraram dentro do PT. A postura do referido parlamentar faz jus a tradição política do Rio Grande do Sul. Luciano Amorim – Porto Alegre (RS) .....................................................................

Recebi a revista no aeroporto de Brasília e gostei muito do conteúdo. Mas ficou uma sensação de orfandade: seria possível publicar a solução do sodoku na versão online? Minha sugestão seria no sentido de fazer assim: publica o sodoku na revista e coloca a solução na revista online no endereço eletrônico.

Carla Juliane – Salvador (BA)

Resposta: Obrigado por sua sugestão. Realmente facilitaria, e muito, o drama de vários leitores.

48 Leitura de Bordo | Mar/Abr 2013 | www.leituradebordo.com.br

É claro que muitos brasileiros – eu, inclusive – não querem saber nada de Copa do Mundo, até porque haverá muita bandalheira com dinheiro público, mas sugiro que depois da Copa, o espaço hoje ocupado por um Caderno sobre a competição da Fifa passe a ser utilizada para divulgar um estado por edição.

Creio que é muito mais importante do que a Copa.

Zuenir Alabarse Sá – Curitiba (PR)

Resposta: Pois é... São questões conceituais e de pontos de vista que devem ser respeitadas. A proposta editorial é que o Caderno da Copa dê lugar, ao final dela, ao Caderno das Olimpíadas. .....................................................................

Existem alguma possibilidade de assinatura da revista? Pergunto pelo fato de ter pego a edição 14 no gabinete de um deputado de Minas em Brasília e não saber como fazer para ter as outras que já foram feitas.

Adelia Martins – Belo Horizonte (MG)

Resposta: Não cogitamos fazer assinaturas. A solução é ler as edições anteriores na versão online, disponíveis no www.leituradebordo.com.br. .....................................................................

Queria sugerir a colocação de um espaço para resenhas de livros/lançamentos – porque senti falta de um espaço voltado para a literatura.

Roberto Pedrosa – Goiânia (GO)

Resposta: Realmente estamos em “débito” com a literatura. Mas tudo é parte de um processo continuado.

As próprias editoras começam a enviar as notícias de lançamentos e tenha certeza, Roberto, que o espaço de literatura em breve será realidade. .....................................................................

Muito legal o relato da Ana Gleice sobre viajar sozinha com os filhos. Quando me separei, convivi com este dilema. E sei que é possível vencer os desafios, mas o principal conselho que criei para mim mesma é não fazer nada de improviso. E não entrar em pânico – o que já é mais complicado...

Joana Maria da Silva - Rio de Janeiro (RJ) .....................................................................

Parabéns pela revista e pela entrevista com o deputado Paulo Pimenta.

Marcelo Lucas Piovante – Porto Alegre (RS)

Relatos de viagem

Mande suas fotos com sugestão de legenda e autorização de publicação para: leituradebordo@gmail.com www.leituradebordo.com.br | Mar/Abr 2013 | Leitura de Bordo 49

Comunicação

50 Leitura de Bordo | Mar/Abr 2013 | www.leituradebordo.com.br

Comunicação

É possível viver sem paixão?

Em um mundo onde a comunicação é, contraditoriamente, cada vez menos humanizada, a dúvida é saber se ainda há lugar para aqueles que vivem movidos pela emoção Lembro, sem que isso seja um exercício de saudosismo, da primeira vez que entrei numa “redação”.

Da sensação de estar pegando uma lauda? – e quantos hoje sabem como era uma lauda de jornal – colocando-a na máquina e o mistério diante do teclado de uma Remington.

Por estranho que pareça, aquele barulho das máquinas humanizava o ambiente da redação, as conversas truncadas, as piadas e as cobranças dos múltiplos editores – porque todo mundo ficava mais ou menos junto, com alguma divisão entre editorias que não indicavam a maior ou menor importância no contexto do jornal como um todo.

Dia destes, fui visitar o editor de um jornal – e já nem sei mais se grande ou pequeno, porque até estas valorações se descontextualizaram – e me deparei com uma redação asséptica, compartimentalizada – como se fossem as editorias unidades isoladas, distantes e formasse cada uma das ilhas uma espécie de jornal dentro do jornal.

Mais por provocação do que por curiosidade, perguntei se ele, sendo editor de economia, conhecia os jornalistas de outros setores. A resposta foi de assustadora sinceridade: nem me interessa. Fiquei perplexo e, enquanto ele prosseguia a conversa, fiquei divagando entre um passado onde as redações tinham uma energia máfica, e o presente com profissionais se movendo de modo quase autômato – num silêncio cortado apenas pelo ruído os celulares.

Enquanto ele pediu um tempo para resolver minha demanda, perguntei se podia dar uma passada pela redação: pode... mas evite conversar com as pessoas. Elas não gostam. E fui caminhando por um corredor feito brete, de onde e por onde trafegavam pessoas fechadas em si, como se cada uma delas fosse detentora de um conhecimento que precisava ser preservado de modo egoísta, compartilhado apenas com o teclado do computador.

Quis saber onde ficava a editoria de Variedades e me olharam espantados tantos olhos que me sen-

ti uma espécie de alienígena. Custei descobrir onde ficava e isto só foi possível depois de explicar do que se tratava. Sabia que ali estava antigo colega de redação, do qual nem mais me lembrava o nome – apenas o apelido (e fiquei em dúvida se seria conveniente revelar o apelido, porque poderia soar como uma espécie de bullying ou de assédio moral, nesta paranóia que vai tirando boa parte do colorido da vida).

Quando o localizei, depois do fraterno abraço, encetamos conversa sobre os tempos passados e me dei conta de que as pessoas achavam estranho duas pessoas rindo, contando coisas, marcando outras conversas. Vencida a fase de reminiscências, tratei de ser direto: como você consegue trabalhar numa redação que não tem vida? Me parece que este povo vive e trabalha sem tesão...

Pondo as mãos no meu ombro e já me conduzindo para o corredor, confidenciou: é assustador.

Diante do meu olhar de espanto, continuou: aqui não tem aquela vida que nós tínhamos. Aqui é tudo perfeito. Aqui todos são super. Aqui ninguém aceita abrir a guarda e revelar seu lado humano. Tratei de interrompê-lo, para indagar ao modo de despedida: aonde isto vai parar? Eu acho que mesmo estas redações de hoje estão com os dias contados. Em breve, mesmo este ambiente aqui, será jurássico...

Saí caminhando, cruzando olhares – todos frios, todos em dúvida se o outro olhar estava disputando espaço, se poderia representar algum risco ou perigo, e fiquei a indagar com as minhas lembranças: como as pessoas conseguiram chegar ao ponto de viver negando as próprias emoções?

Alfredo Bessow Jornalista e brasileiro

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Galeria

“Não pinto para enfeitar paredes”

Artista uruguaio revela em seus quadros a percepção única de como a robotização da vida torna o ser humano refém do individualismo Os Robôs de Alamón, exposição* que serve como uma miniretrospectiva em 34 obras do uruguaio Gustavo Alamón, nascido em 1935 em Taquarembó – para “los Orientales”, também a terra de Gardel – revela a forma peculiar como a modernidade, na visão do artista, foi destruindo e excluindo o homem do centro da percepção do mundo. Os quadros inquietam e fascinam, porque eles tornam o olho de quem os vê partes do processo de criação, numa simbiose que transcende o momento do olhar.

A obra do artista revela a inquietação do homem diante de uma realidade que, em lugar de propor alguma alternativa, oferece apenas o individualismo como “salvação”, negando ao homem até mesmo o direito a se sentir parte de uma cultura. “A nossa única forma de afirmação e de resistência é a cultura, mas não esta feita de verdades, estabelecida por conceitos do mercado”, enfatizou Alamón ao dizer as razões pelas quais acredita no valor da cultura e a defende como essência de identidade.

Se a cultura pode nos preservar enquanto povos, ela sofre, nos dias de hoje, a mais persistente e sistemática cruzada daqueles que precisam do seu fim ou esvaziamento para a imposição de outros valores. * Os Robôs de Alamón de 3 de abril a 19 de maio na Caixa Cultural de Brasília (DF) 52 Leitura de Bordo | Mar/Abr 2013 | www.leituradebordo.com.br

Cultura

Buenos Aires: terra das livrarias Mesmo com a crise e a inflação, a capital da Argentina continua sendo um passeio atraente. Ainda mais se o turista gostar de cultura...

Nem mesmo os argentinos sabem ao certo quantas são as livrarias da capital portenha. Alguns ufanam-se dizendo serem mais de mil, outros, mais realistas, dizem ser menos de 400. Em todo País, acima de 3 mil. A quantidade, cá entre nós, pouco importa. Vale que são espaços que primam pelo lado cosmopolita, onde sempre existe uma variedade de bons lançamentos, diversidade de abordagens e até pluralidade de línguas.

Pesquisando, descobre-se que a primeira livraria começou a funcionar em 1785 – La Botica – que vendia de tudo, inclusive livros. Depois, virou Libreria del Colegio, o primeiro espaço exclusivamente livreiro. Fechou as portas nos anos 80, quase virou lanchonete e em 1994 foi reaberta com o nome Librería de Ávila (Calle Alsina 500, perto da Plaza de Mayo, famosa por las madres e onde fica a Casa Rosada).

Quem gosta de tango, sabe que um dos mais conhecidos começa por um endereço: “Corrientes três, cuatro ocho,/ segundo piso, ascensor./ No hay porteros ni vecinos, /adentro,

cocktail y amor...” versos de A media Luz, uma criação de Edgardo Donato e Carlos César Lenzi, em 1925 – que Gardel imortalizou... É nesta emblemática Calle Corrientes entre as avenidas 9 de Julio e Callao que ficamos com a sensação de estar em uma imensa livraria, tantas são as opções.

El Ateneo Grand Splendid Para não ser injusto consigo mesmo, reserve um tempo sem relógio para conhecer o El Ateneo da Avenida Santa Fe 1860 (porque El Ateneo é o nome de uma rede de livrarias). Alguns números impressionam neste verdadeiro templo do conhecimento, apontado pelo New York Times como uma das mais lindas livrarias do mundo.

Localizada em um prédio construído pelos idos de 1919 pelo austríaco Max Glücksmann para abrigar um teatro e depois um cine, convertido em livraria desde 2000, tem 120 mil títulos em estoque, com uma frequência diária de 3 mil pessoas e vendeu mais de 700 mil livros em 2011. www.leituradebordo.com.br | Mar/Abr 2013 | Leitura de Bordo 53

Uma paixão chamada Grêmio

Da sacada do Olímpico, observam a saída de torcedores

54 Leitura de Bordo | Mar/Abr 2013 | www.leituradebordo.com.br

Esporte

P

edro Ricardo, Bruno Henrique e Marcos Alexandre – três irmãos que, mesmo morando longe do Rio Grande do Sul, têm em comum a paixão pelo Grêmio. Membros do Exército Gremista, têm inúmeras camisetas do time, usam-nas no cotidiano, até mesmo para ir à aula – além de copos, canecas e xícaras.

Morando em Brasília, que não possui nenhum clube na elite do futebol nacional, eles alimentam a paixão assistindo aos jogos pela TV ou se fazendo presentes quando o time do coração joga em Goiânia.

Acompanharam, pela internet, a evolução do novo e moderno estádio que o Grêmio construiu em parceria com a empresa OAS, mas jamais tinham “entrado” no Olímpico. Só o conheciam por fotos ou através das histórias contadas pelo pai.

Antes que o estádio que sediou tantos jogos históricos fosse trocado, os três, acompanhados pela mãe, que torce pelo Atlético-MG, se organizaram para conhecer o velho templo do futebol brasileiro que está com os dias contados – além de sentir a emoção de assistir a um jogo no estádio que, também para eles, será eterno na saudade.

Por uma destas coisas da vida, o jogo ao qual compareceram, contra o São Paulo, foi a última vitória do tricolor gaúcho no “velho casarão”. E com direito a virada e casa cheia...

A jornada dos três gremistas está nas fotos de momentos inesquecíveis.

Conhecendo o estádio Olímpico, palco de tantas glórias

No Olímpico, esperando o jogo

Comemoração pela vitória, com direito a virada

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Infantil

Horoscopinho Áries (21/3 a 20/4) Não adianta ficar enrolando a professora com historinhas de avó doente. Mude os personagens.

Touro (21/4 a 20/5) Todo mundo sabe que fazer caligrafia é um saco. Mas imprimir página da internet é muita esperteza...

Gêmeos (21/5 a 20/6) Quer dizer que você descobriu que sua irmã namora o seu melhor amigo?

Câncer (21/6 a 22/7) Ficar escondendo o boletim de notas não vai resolver o seu dilema existencial.

Leão (23/7 a 22/8) Essa mania de matar o banho e usar o perfume do pai ainda vai dar problema.

Virgem (23/8 a 22/9) Desde quando a derrota do seu time é razão justificada para faltar à aula?

Piadas - Mamãe, mamãe... na escola me chamaram de mentiroso.

- Cale-se que você nem vai à escola ainda... ............................................................................

- Mamãe, mamãe... me leva no circo?

- Não, filho... Se quiserem te ver, que venham aqui em casa... ............................................................................

A professora pergunta: - Quem é que quer ir par ao céu?

Todos levantam a mão, menos o Joãozinho.

- E você, Joãozinho? Não quer ir para o céu?

- Querer eu quero, mas a minha mãe falou que depois da aula era para eu ir direto para casa!

Libra (23/9 a 22/9) E você continua com essa mania de ficar namorando as primas em lugar de estudar para o PAS...

Escorpião (23/10 a 21/11) Não vá se enganar na hora de declarar amor para sua coleguinha de aula. Ainda é muito cedo para dizer que vai amá-la para sempre.

Sagitário (22/11 a 21/12) Um dos seus desafios é conciliar os jogos de PS3 com aulas de arte e de filosofia.

Capricórnio (22/12 a 20/1) Durante este período, muito cuidado com os olhares indiscretos para o caderno da professora. Caderno, dizem os astros.

Aquário (21/1 a 19/2) Este é o mês ideal para aprender o valor de economizar. Você já tem a sua poupança?

Peixes (20/2 a 20/3) Vá devagar para não prejudicar os seus planos. Isso inclui melhora seu desempenho escolar.

56 Leitura de Bordo | Mar/Abr 2013 | www.leituradebordo.com.br

- Por que a loira ficou feliz quando montou o quebra-cabeças em 6 meses?

- Porque na caixa estava escrito: de 4 a 6 anos. ............................................................................

Irritado com seus alunos, o professor lançou um desafio.

- Aquele que se julgar burro, faça o favor de ficar de pé.

Todo mundo continuou sentado.

Alguns minutos depois, Joãozinho se levanta.

- Quer dizer que você se julga burro? - perguntou o professor, indignado.

- Bem, para dizer a verdade, não!

Mas fiquei com pena de ver o senhor aí, em pé, sozinho!!!

Caça-palavras

Foi um carnaval

O mais esperto

Nova realidade

Dois amigos se encontram: - Você sabia que o Arnaldo está hospitalizado? - comenta um deles - O cara tá mal, parece que nem dá pra reconhecer direito...

- Não pode ser! - disse o outro, aflito - Ainda ontem eu vi o Arnaldo num baile de carnaval, dançando com uma loira deliciosa!

- Pois é, a mulher dele também viu!

Dois amigos se encontram depois de muitos anos.

- Casei, separei e já fizemos a partilha dos bens.

- E as crianças?

- O juiz decidiu que ficariam com aquele que mais bens recebeu.

- Então ficaram com a mãe?

- Não, ficaram com nosso advogado.

Qual a diferença entre um político e um cachorro atropelados? Antes do cachorro, há marcas de freada...

Quer emagrecer?

- Doutor, como eu faço para emagrecer?

- Basta a senhora mover a cabeça da esquerda para a direita e da direita para a esquerda.

- Quantas vezes, doutor?

- Todas as vezes que lhe oferecerem comida.

Melhor do que o CVV Se você está se sentindo sozinho, abandonado, achando que ninguém liga para você... “Atrase um pagamento”

O novo poder - Como é que se chama um traficante armado até os dentes?

- É melhor chamar de senhor...

E tem aquela...

- Por que o louco toma banho com o chuveiro desligado?

- Porque ele comprou um xampu para cabelos secos!

Aula de geografia - Se alguém nasceu na Rússia, cresceu na África, mudou-se para a América e morreu no Japão, o que é?

- Um defunto.

Mande suas piadas para: geral@leituradebordo.com.br

Linha direta O condenado à morte esperava a hora da execução, quando chegou o padre: - Meu filho, vim trazer a palavra de Deus para você.

- Perda de tempo, seu padre. Daqui a pouco vou falar com Ele, pessoalmente. Algum recado?

Só para variar Um advogado e sua sogra estão em um edifício em chamas. Você só tem tempo pra salvar um dos dois.

O que você faz? Você vai almoçar ou vai ao cinema?

Operação resgate Dois amigos conversam sobre as maravilhas do Oriente. Um deles diz: - Quando completei 25 anos de casado, levei minha mulher ao Japão.

- Não diga? E o que pensa fazer quando completarem 50?

- Volto lá para buscá-la. www.leituradebordo.com.br | Mar/Abr 2013 | Leitura de Bordo 57

Outro olhar

Lobo marinho come peixe na mão de turista, auxiliada por funcionário. O fotógrafo uruguaio Ariel Bentos registrou o flagrante

O fotógrafo Fabrício Carbonell registra o equilíbrio entre curvas e retas no Congresso Nacional visto do 10º andar do Anexo IV

58 Leitura de Bordo | Mar/Abr 2013 | www.leituradebordo.com.br

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