Relatório Anual GV 09

Page 1


Na capa: Papel de parede, 1827. “La Dame du Lac” de Sir Walter Scott. Casa Zuber. Autor: Jean-Michel Gué (1789-1843). Hotel Casa da Ínsua.


isabeiraGlobal,SGPS,SA Viatel PDT Real Life Technologies Visabeira Digital Visabeira Infra Estruturas Ambitermo Beiragás Pinewells Visabeira I&D Edivisa Granbeira Visacasa Vibeiras TV Cabo Moçambique Televisa Moçambique TV Cabo Angola Comatel Angola Constructel França Gatel França Construc élgica Televisa Marrocos Electrotec Moçambique Selfenergy Edivisa Angola Electrovisa Angola Sogitel Moçambique Visaconstroi Angola Visabeira Indústria, SGPS, SA Cerutil Vista Alegre Atlantis Faianças Artísticas Bordallo Pinheiro Mob Marmonte Moçambique Álamo Angola Hidroáfrica Moçambiq elmoque Moçambique Agrovisa Moçambique Visabeira Turismo, SGPS, SA Empreendimentos Turísticos Montebelo Movida Mundicor Ródia Turvisa Moçambique Visabeira Imobiliária, SGPS, SA Visabeira Imobiliária Ifervisa Figueira Paranova Imovisa Moçambique VisabeiraGlobal,SGPS,SA Viatel PDT Re fe Technologies Visabeira Digital Visabeira Infra-Estruturas Ambitermo Beiragás Pinewells Visabeira I&D Edivisa Granbeira Visacasa Vibeiras TV Cabo Moçambique Televisa Moçambique TV Cabo Angola Comatel Angola Constructel França Gatel França Constructel Bélgica Televisa Marrocos Electrot oçambique Selfenergy Edivisa Angola Electrovisa Angola Sogitel Moçambique Visaconstroi Angola Visabeira Indústria, SGPS, SA Cerutil Vista Alegre Atlantis Faianças Artísticas Bordallo Pinheiro Mob Marmonte Moçambique Álamo Angola Hidroáfrica Moçambique Celmoque Moçambique Agrovi oçambique Visabeira Turismo, SGPS, SA Empreendimentos Turísticos Montebelo Movida Mundicor Ródia Turvisa Moçambique Visabeira Imobiliária, SGPS, SA Visabeira Imobiliária Ifervisa Figueira Paranova Imovisa Moçambique VisabeiraGlobal,SGPS,SA Viatel PDT Real Life Technologies Visabeira Digi isabeira Infra-Estruturas Ambitermo Beiragás Pinewells Visabeira I&D Edivisa Granbeira Visacasa Vibeiras TV Cabo Moçambique Televisa Moçambique TV Cabo Angola Comatel Angola Constructel França Gatel França Constructel Bélgica Televisa Marrocos Electrotec Moçambique Selfenergy Edivisa Ango ectrovisa Angola Sogitel Moçambique Visaconstroi Angola Visabeira Indústria, SGPS, SA Cerutil Vista Alegre Atlantis Faianças Artísticas Bordallo Pinheiro Mob Marmonte Moçambique Álamo Angola Hidroáfrica Moçambique Celmoque Moçambique Agrovisa Moçambique Visabeira Turismo, SGPS, S mpreendimentos Turísticos Montebelo Movida Mundicor Ródia Turvisa Moçambique Visabeira Imobiliária, SGPS, SA Visabeira Imobiliária Ifervisa Figueira Paranova Imovisa Moçambique VisabeiraGlobal,SGPS,SA Viatel PDT Real Life Technologies Visabeira Digital Visabeira Infra-Estruturas Ambiterm eiragás Pinewells Visabeira I&D Edivisa Granbeira Visacasa Vibeiras TV Cabo Moçambique Televisa Moçambique TV Cabo Angola Comatel Angola Constructel França Gatel França Constructel Bélgica Televisa Marrocos Electrotec Moçambique Selfenergy Edivisa Angola Electrovisa Angola Sogitel Moçambiq isaconstroi Angola Visabeira Indústria, SGPS, SA Cerutil Vista Alegre Atlantis Faianças Artísticas Bordallo Pinheiro Mob Marmonte Moçambique Álamo Angola Hidroáfrica Moçambique Celmoque Moçambique Agrovisa Moçambique Visabeira Turismo, SGPS, SA Empreendimentos Turísticos Montebe ovida Mundicor Ródia Turvisa Moçambique Visabeira Imobiliária, SGPS, SA Visabeira Imobiliária Ifervisa Figueira Paranova Imovisa Moçambique VisabeiraGlobal,SGPS,SA Viatel PDT Real Life Technologies Visabeira Digital Visabeira Infra-Estruturas Ambitermo Beiragás Pinewells Visabeira I&D Edivi ranbeira Visacasa Vibeiras TV Cabo Moçambique Televisa Moçambique TV Cabo Angola Comatel Angola Constructel França Gatel França Constructel Bélgica Televisa Marrocos Electrotec Moçambique Selfenergy Edivisa Angola Electrovisa Angola Sogitel Moçambique Visaconstroi Angola Visabeira Indústr GPS, SA Cerutil Vista Alegre Atlantis Faianças Artísticas Bordallo Pinheiro Mob Marmonte Moçambique Álamo Angola Hidroáfrica Moçambique Celmoque Moçambique Agrovisa Moçambique Visabeira Turismo, SGPS, SA Empreendimentos Turísticos Montebelo Movida Mundicor Ródia Turvisa Moçambiq isabeira Imobiliária, SGPS, SA Visabeira Imobiliária Ifervisa Figueira Paranova Imovisa Moçambique VisabeiraGlobal,SGPS,SA Viatel PDT Real Life Technologies Visabeira Digital Visabeira Infra-Estruturas Ambitermo Beiragás Pinewells Visabeira I&D Edivisa Granbeira Visacasa Vibeiras TV Cabo Moçambiq elevisa Moçambique TV Cabo Angola Comatel Angola Constructel França Gatel França Constructel Bélgica Televisa Marrocos Electrotec Moçambique Selfenergy Edivisa Angola Electrovisa Angola Sogitel Moçambique Visaconstroi Angola Visabeira Indústria, SGPS, SA Cerutil Vista Alegre Atlantis Faianç rtísticas Bordallo Pinheiro Mob Marmonte Moçambique Álamo Angola Hidroáfrica Moçambique Celmoque Moçambique Agrovisa Moçambique Visabeira Turismo, SGPS, SA Empreendimentos Turísticos Montebelo Movida Mundicor Ródia Turvisa Moçambique Visabeira Imobiliária, SGPS, SA Visabe mobiliária Ifervisa Figueira Paranova Imovisa Moçambique VisabeiraGlobal,SGPS,SA Viatel PDT Real Life Technologies Visabeira Digital Visabeira Infra-Estruturas Ambitermo Beiragás Pinewells Visabeira I&D Edivisa Granbeira Visacasa Vibeiras TV Cabo Moçambique Televisa Moçambique TV Cabo Ango omatel Angola Constructel França Gatel França Constructel Bélgica Televisa Marrocos Electrotec Moçambique Selfenergy Edivisa Angola Electrovisa Angola Sogitel Moçambique Visaconstroi Angola Visabeira Indústria, SGPS, SA Cerutil Vista Alegre Atlantis Faianças Artísticas Bordallo Pinheiro Mob Marmon oçambique Álamo Angola Hidroáfrica Moçambique Celmoque Moçambique Agrovisa Moçambique Visabeira Turismo, SGPS, SA Empreendimentos Turísticos Montebelo Movida Mundicor Ródia Turvisa Moçambique Visabeira Imobiliária, SGPS, SA Visabeira Imobiliária Ifervisa Figueira Paranova Imovi oçambique VisabeiraGlobal,SGPS,SA Viatel PDT Real Life Technologies Visabeira Digital Visabeira Infra-Estruturas Ambitermo Beiragás Pinewells Visabeira I&D Edivisa Granbeira Visacasa Vibeiras TV Cabo Moçambique Televisa Moçambique TV Cabo Angola Comatel Angola Constructel França Ga rança Constructel Bélgica Televisa Marrocos Electrotec Moçambique Selfenergy Edivisa Angola Electrovisa Angola Sogitel Moçambique Visaconstroi Angola Visabeira Indústria, SGPS, SA Cerutil Vista Alegre Atlantis Faianças Artísticas Bordallo Pinheiro Mob Marmonte Moçambique Álamo Angola Hidroáfri oçambique Celmoque Moçambique Agrovisa Moçambique Visabeira Turismo, SGPS, SA Empreendimentos Turísticos Montebelo Movida Mundicor Ródia Turvisa Moçambique Visabeira Imobiliária, SGPS, SA Visabeira Imobiliária Ifervisa Figueira Paranova Imovisa Moçambique VisabeiraGlobal,SGPS,SA Via DT Real Life Technologies Visabeira Digital Visabeira Infra-Estruturas Ambitermo Beiragás Pinewells Visabeira I&D Edivisa Granbeira Visacasa Vibeiras TV Cabo Moçambique Televisa Moçambique TV Cabo Angola Comatel Angola Constructel França Gatel França Constructel Bélgica Televisa Marroc Análise deÁlamo Contas ectrotec Moçambique Selfenergy Edivisa Angola Electrovisa Angola Sogitel Moçambique Visaconstroi Angola Visabeira Indústria, SGPS, SA Cerutil Vista Alegre Atlantis Faianças Artísticas Bordallo Pinheiro Mob Marmonte Moçambique Angola Hidroáfrica Moçambique Celmoque Moçambique Agrovi oçambique Visabeira Turismo, SGPS, SA Empreendimentos Turísticos Montebelo Movida Mundicor Ródia Turvisa Moçambique Visabeira Imobiliária, SGPS, SA Visabeira Imobiliária Ifervisa Figueira Paranova Imovisa Moçambique VisabeiraGlobal,SGPS,SA Viatel PDT Real Life Technologies Visabeira Digi isabeira Infra-Estruturas Ambitermo Beiragás Pinewells Visabeira I&D Edivisa Granbeira Visacasa Vibeiras TV Cabo Moçambique Televisa Moçambique TV Cabo Angola Comatel Angola Constructel França Gatel França Constructel Bélgica Televisa Marrocos Electrotec Moçambique Selfenergy Edivisa Ango ectrovisa Angola Sogitel Moçambique Visaconstroi Angola Visabeira Indústria, SGPS, SA Cerutil Vista Alegre Atlantis Faianças Artísticas Bordallo Pinheiro Mob Marmonte Moçambique Álamo Angola Hidroáfrica Moçambique Celmoque Moçambique Agrovisa Moçambique Visabeira Turismo, SGPS, S mpreendimentos Turísticos Montebelo Movida Mundicor Ródia Turvisa Moçambique Visabeira Imobiliária, SGPS, SA Visabeira Imobiliária Ifervisa Figueira Paranova Imovisa Moçambique VisabeiraGlobal,SGPS,SA Viatel PDT Real Life Technologies Visabeira Digital Visabeira Infra-Estruturas Ambiterm eiragás Pinewells Visabeira I&D Edivisa Granbeira Visacasa Vibeiras TV Cabo Moçambique Televisa Moçambique TV Cabo Angola Comatel Angola Constructel França Gatel França Constructel Bélgica Televisa Marrocos Electrotec Moçambique Selfenergy Edivisa Angola Electrovisa Angola Sogitel Moçambiq isaconstroi Angola Visabeira Indústria, SGPS, SA Cerutil Vista Alegre Atlantis Faianças Artísticas Bordallo Pinheiro Mob Marmonte Moçambique Álamo Angola Hidroáfrica Moçambique Celmoque Moçambique Agrovisa Moçambique Visabeira Turismo, SGPS, SA Empreendimentos Turísticos Montebe ovida Mundicor Ródia Turvisa Moçambique Visabeira Imobiliária, SGPS, SA Visabeira Imobiliária Ifervisa Figueira Paranova Imovisa Moçambique VisabeiraGlobal,SGPS,SA Viatel PDT Real Life Technologies Visabeira Digital Visabeira Infra-Estruturas Ambitermo Beiragás Pinewells Visabeira I&D Edivi ranbeira Visacasa Vibeiras TV Cabo Moçambique Televisa Moçambique TV Cabo Angola Comatel Angola Constructel França Gatel França Constructel Bélgica Televisa Marrocos Electrotec Moçambique Selfenergy Edivisa Angola Electrovisa Angola Sogitel Moçambique Visaconstroi Angola Visabeira Indústr GPS, SA Cerutil Vista Alegre Atlantis Faianças Artísticas Bordallo Pinheiro Mob Marmonte Moçambique Álamo Angola Hidroáfrica Moçambique Celmoque Moçambique Agrovisa Moçambique Visabeira Turismo, SGPS, SA Empreendimentos Turísticos Montebelo Movida Mundicor Ródia Turvisa Moçambiq isabeira Imobiliária, SGPS, SA Visabeira Imobiliária Ifervisa Figueira Paranova Imovisa Moçambique VisabeiraGlobal,SGPS,SA Viatel PDT Real Life Technologies Visabeira Digital Visabeira Infra-Estruturas Ambitermo Beiragás Pinewells Visabeira I&D Edivisa Granbeira Visacasa Vibeiras TV Cabo Moçambiq elevisa Moçambique TV Cabo Angola Comatel Angola Constructel França Gatel França Constructel Bélgica Televisa Marrocos Electrotec Moçambique Selfenergy Edivisa Angola Electrovisa Angola Sogitel Moçambique Visaconstroi Angola Visabeira Indústria, SGPS, SA Cerutil Vista Alegre Atlantis Faianç rtísticas Bordallo Pinheiro Mob Marmonte Moçambique Álamo Angola Hidroáfrica Moçambique Celmoque Moçambique Agrovisa Moçambique Visabeira Turismo, SGPS, SA Empreendimentos Turísticos Montebelo Movida Mundicor Ródia Turvisa Moçambique Visabeira Imobiliária, SGPS, SA Visabe mobiliária Ifervisa Figueira Paranova Imovisa Moçambique VisabeiraGlobal,SGPS,SA Viatel PDT Real Life Technologies Visabeira Digital Visabeira Infra-Estruturas Ambitermo Beiragás Pinewells Visabeira I&D Edivisa Granbeira Visacasa Vibeiras TV Cabo Moçambique Televisa Moçambique TV Cabo Ango omatel Angola Constructel França Gatel França Constructel Bélgica Televisa Marrocos Electrotec Moçambique Selfenergy Edivisa Angola Electrovisa Angola Sogitel Moçambique Visaconstroi Angola Visabeira Indústria, SGPS, SA Cerutil Vista Alegre Atlantis Faianças Artísticas Bordallo Pinheiro Mob Marmon oçambique Álamo Angola Hidroáfrica Moçambique Celmoque Moçambique Agrovisa Moçambique Visabeira Turismo, SGPS, SA Empreendimentos Turísticos Montebelo Movida Mundicor Ródia Turvisa Moçambique Visabeira Imobiliária, SGPS, SA Visabeira Imobiliária Ifervisa Figueira Paranova Imovi oçambique VisabeiraGlobal,SGPS,SA Viatel PDT Real Life Technologies Visabeira Digital Visabeira Infra-Estruturas Ambitermo Beiragás Pinewells Visabeira I&D Edivisa Granbeira Visacasa Vibeiras TV Cabo Moçambique Televisa Moçambique TV Cabo Angola Comatel Angola Constructel França Ga rança Constructel Bélgica Televisa Marrocos Electrotec Moçambique Selfenergy Edivisa Angola Electrovisa Angola Sogitel Moçambique Visaconstroi Angola Visabeira Indústria, SGPS, SA Cerutil Vista Alegre Atlantis Faianças Artísticas Bordallo Pinheiro Mob Marmonte Moçambique Álamo Angola Hidroáfri oçambique Celmoque Moçambique Agrovisa Moçambique Visabeira Turismo, SGPS, SA Empreendimentos Turísticos Montebelo Movida Mundicor Ródia Turvisa Moçambique Visabeira Imobiliária, SGPS, SA Visabeira Imobiliária Ifervisa Figueira Paranova Imovisa Moçambique VisabeiraGlobal,SGPS,SA Via DT Real Life Technologies Visabeira Digital Visabeira Infra-Estruturas Ambitermo Beiragás Pinewells Visabeira I&D Edivisa Granbeira Visacasa Vibeiras TV Cabo Moçambique Televisa Moçambique TV Cabo Angola Comatel Angola Constructel França Gatel França Constructel Bélgica Televisa Marroc ectrotec Moçambique Selfenergy Edivisa Angola Electrovisa Angola Sogitel Moçambique Visaconstroi Angola Visabeira Indústria, SGPS, SA Cerutil Vista Alegre Atlantis Faianças Artísticas Bordallo Pinheiro Mob Marmonte Moçambique Álamo Angola Hidroáfrica Moçambique Celmoque Moçambique Agrovi oçambique Visabeira Turismo, SGPS, SA Empreendimentos Turísticos Montebelo Movida Mundicor Ródia Turvisa Moçambique Visabeira Imobiliária, SGPS, SA Visabeira Imobiliária Ifervisa Figueira Paranova Imovisa Moçambique VisabeiraGlobal,SGPS,SA Viatel PDT Real Life Technologies Visabeira Digi isabeira Infra-Estruturas Ambitermo Beiragás Pinewells Visabeira I&D Edivisa Granbeira Visacasa Vibeiras TV Cabo Moçambique Televisa Moçambique TV Cabo Angola Comatel Angola Constructel França Gatel França Constructel Bélgica Televisa Marrocos Electrotec Moçambique Selfenergy Edivisa Ango ectrovisa Angola Sogitel Moçambique Visaconstroi Angola Visabeira Indústria, SGPS, SA Cerutil Vista Alegre Atlantis Faianças Artísticas Bordallo Pinheiro Mob Marmonte Moçambique Álamo Angola Hidroáfrica Moçambique Celmoque Moçambique Agrovisa Moçambique Visabeira Turismo, SGPS, S mpreendimentos Turísticos Montebelo Movida Mundicor Ródia Turvisa Moçambique Visabeira Imobiliária, SGPS, SA Visabeira Imobiliária Ifervisa Figueira Paranova Imovisa Moçambique VisabeiraGlobal,SGPS,SA Viatel PDT Real Life Technologies Visabeira Digital Visabeira Infra-Estruturas Ambiterm eiragás Pinewells Visabeira I&D Edivisa Granbeira Visacasa Vibeiras TV Cabo Moçambique Televisa Moçambique TV Cabo Angola Comatel Angola Constructel França Gatel França Constructel Bélgica Televisa Marrocos Electrotec Moçambique Selfenergy Edivisa Angola Electrovisa Angola Sogitel Moçambiq isaconstroi Angola Visabeira Indústria, SGPS, SA Cerutil Vista Alegre Atlantis Faianças Artísticas Bordallo Pinheiro Mob Marmonte Moçambique Álamo Angola Hidroáfrica Moçambique Celmoque Moçambique Agrovisa Moçambique Visabeira Turismo, SGPS, SA Empreendimentos Turísticos Montebe ovida Mundicor Ródia Turvisa Moçambique Visabeira Imobiliária, SGPS, SA Visabeira Imobiliária Ifervisa Figueira Paranova Imovisa Moçambique VisabeiraGlobal,SGPS,SA Viatel PDT Real Life Technologies Visabeira Digital Visabeira Infra-Estruturas Ambitermo Beiragás Pinewells Visabeira I&D Edivi ranbeira Visacasa Vibeiras TV Cabo Moçambique Televisa Moçambique TV Cabo Angola Comatel Angola Constructel França Gatel França Constructel Bélgica Televisa Marrocos Electrotec Moçambique Selfenergy Edivisa Angola Electrovisa Angola Sogitel Moçambique Visaconstroi Angola Visabeira Indústr GPS, SA Cerutil Vista Alegre Atlantis Faianças Artísticas Bordallo Pinheiro Mob Marmonte Moçambique Álamo Angola Hidroáfrica Moçambique Celmoque Moçambique Agrovisa Moçambique Visabeira Turismo, SGPS, SA Empreendimentos Turísticos Montebelo Movida Mundicor Ródia Turvisa Moçambiq isabeira Imobiliária, SGPS, SA Visabeira Imobiliária Ifervisa Figueira Paranova Imovisa Moçambique VisabeiraGlobal,SGPS,SA Viatel PDT Real Life Technologies Visabeira Digital Visabeira Infra-Estruturas Ambitermo Beiragás Pinewells Visabeira I&D Edivisa Granbeira Visacasa Vibeiras TV Cabo Moçambiq elevisa Moçambique TV Cabo Angola Comatel Angola Constructel França Gatel França Constructel Bélgica Televisa Marrocos Electrotec Moçambique Selfenergy Edivisa Angola Electrovisa Angola Sogitel Moçambique Visaconstroi Angola Visabeira Indústria, SGPS, SA Cerutil Vista Alegre Atlantis Faianç rtísticas Bordallo Pinheiro Mob Marmonte Moçambique Álamo Angola Hidroáfrica Moçambique Celmoque Moçambique Agrovisa Moçambique Visabeira Turismo, SGPS, SA Empreendimentos Turísticos Montebelo Movida Mundicor Ródia Turvisa Moçambique Visabeira Imobiliária, SGPS, SA Visabe mobiliária Ifervisa Figueira Paranova Imovisa Moçambique VisabeiraGlobal,SGPS,SA Viatel PDT Real Life Technologies Visabeira Digital Visabeira Infra-Estruturas Ambitermo Beiragás Pinewells Visabeira I&D Edivisa Granbeira Visacasa Vibeiras TV Cabo Moçambique Televisa Moçambique TV Cabo Ango omatel Angola Constructel França Gatel França Constructel Bélgica Televisa Marrocos Electrotec Moçambique Selfenergy Edivisa Angola Electrovisa Angola Sogitel Moçambique Visaconstroi Angola Visabeira Indústria, SGPS, SA Cerutil Vista Alegre Atlantis Faianças Artísticas Bordallo Pinheiro Mob Marmon oçambique Álamo Angola Hidroáfrica Moçambique Celmoque Moçambique Agrovisa Moçambique Visabeira Turismo, SGPS, SA Empreendimentos Turísticos Montebelo Movida Mundicor Ródia Turvisa Moçambique Visabeira Imobiliária, SGPS, SA Visabeira Imobiliária Ifervisa Figueira Paranova Imovi oçambique VisabeiraGlobal,SGPS,SA Viatel PDT Real Life Technologies Visabeira Digital Visabeira Infra-Estruturas Ambitermo Beiragás Pinewells Visabeira I&D Edivisa Granbeira Visacasa Vibeiras TV Cabo Moçambique Televisa Moçambique TV Cabo Angola Comatel Angola Constructel França Ga rança Constructel Bélgica Televisa Marrocos Electrotec Moçambique Selfenergy Edivisa Angola Electrovisa Angola Sogitel Moçambique Visaconstroi Angola Visabeira Indústria, SGPS, SA Cerutil Vista Alegre Atlantis Faianças Artísticas Bordallo Pinheiro Mob Marmonte Moçambique Álamo Angola Hidroáfri oçambique Celmoque Moçambique Agrovisa Moçambique Visabeira Turismo, SGPS, SA Empreendimentos Turísticos Montebelo Movida Mundicor Ródia Turvisa Moçambique Visabeira Imobiliária, SGPS, SA Visabeira Imobiliária Ifervisa Figueira Paranova Imovisa Moçambique VisabeiraGlobal,SGPS,SA Via DT Real Life Technologies Visabeira Digital Visabeira Infra-Estruturas Ambitermo Beiragás Pinewells Visabeira I&D Edivisa Granbeira Visacasa Vibeiras TV Cabo Moçambique Televisa Moçambique TV Cabo Angola Comatel Angola Constructel França Gatel França Constructel Bélgica Televisa Marroc ectrotec Moçambique Selfenergy Edivisa Angola Electrovisa Angola Sogitel Moçambique Visaconstroi Angola Visabeira Indústria, SGPS, SA Cerutil Vista Alegre Atlantis Faianças Artísticas Bordallo Pinheiro Mob Marmonte Moçambique Álamo Angola Hidroáfrica Moçambique Celmoque Moçambique Agrovi oçambique Visabeira Turismo, SGPS, SA Empreendimentos Turísticos Montebelo Movida Mundicor Ródia Turvisa Moçambique Visabeira Imobiliária, SGPS, SA Visabeira Imobiliária Ifervisa Figueira Paranova Imovisa Moçambique VisabeiraGlobal,SGPS,SA Viatel PDT Real Life Technologies Visabeira Digi isabeira Infra-Estruturas Ambitermo Beiragás Pinewells Visabeira I&D Edivisa Granbeira Visacasa Vibeiras TV Cabo Moçambique Televisa Moçambique TV Cabo Angola Comatel Angola Constructel França Gatel França Constructel Bélgica Televisa Marrocos Electrotec Moçambique Selfenergy Edivisa Ango ectrovisa Angola Sogitel Moçambique Visaconstroi Angola Visabeira Indústria, SGPS, SA Cerutil Vista Alegre Atlantis Faianças Artísticas Bordallo Pinheiro Mob Marmonte Moçambique Álamo Angola Hidroáfrica Moçambique Celmoque Moçambique Agrovisa Moçambique Visabeira Turismo, SGPS, S mpreendimentos Turísticos Montebelo Movida Mundicor Ródia Turvisa Moçambique Visabeira Imobiliária, SGPS, SA Visabeira Imobiliária Ifervisa Figueira Paranova Imovisa Moçambique VisabeiraGlobal,SGPS,SA Viatel PDT Real Life Technologies Visabeira Digital Visabeira Infra-Estruturas Ambiterm eiragás Pinewells Visabeira I&D Edivisa Granbeira Visacasa Vibeiras TV Cabo Moçambique Televisa Moçambique TV Cabo Angola Comatel Angola Constructel França Gatel França Constructel Bélgica Televisa Marrocos Electrotec Moçambique Selfenergy Edivisa Angola Electrovisa Angola Sogitel Moçambiq isaconstroi Angola Visabeira Indústria, SGPS, SA Cerutil Vista Alegre Atlantis Faianças Artísticas Bordallo Pinheiro Mob Marmonte Moçambique Álamo Angola Hidroáfrica Moçambique Celmoque Moçambique Agrovisa Moçambique Visabeira Turismo, SGPS, SA Empreendimentos Turísticos Montebe ovida Mundicor Ródia Turvisa Moçambique Visabeira Imobiliária, SGPS, SA Visabeira Imobiliária Ifervisa Figueira Paranova Imovisa Moçambique VisabeiraGlobal,SGPS,SA Viatel PDT Real Life Technologies Visabeira Digital Visabeira Infra-Estruturas Ambitermo Beiragás Pinewells Visabeira I&D Edivi ranbeira Visacasa Vibeiras TV Cabo Moçambique Televisa Moçambique TV Cabo Angola Comatel Angola Constructel França Gatel França Constructel Bélgica Televisa Marrocos Electrotec Moçambique Selfenergy Edivisa Angola Electrovisa Angola Sogitel Moçambique Visaconstroi Angola Visabeira Indústr GPS, SA Cerutil Vista Alegre Atlantis Faianças Artísticas Bordallo Pinheiro Mob Marmonte Moçambique Álamo Angola Hidroáfrica Moçambique Celmoque Moçambique Agrovisa Moçambique Visabeira Turismo, SGPS, SA Empreendimentos Turísticos Montebelo Movida Mundicor Ródia Turvisa Moçambiq isabeira Imobiliária, SGPS, SA Visabeira Imobiliária Ifervisa Figueira Paranova Imovisa Moçambique VisabeiraGlobal,SGPS,SA Viatel PDT Real Life Technologies Visabeira Digital Visabeira Infra-Estruturas Ambitermo Beiragás Pinewells Visabeira I&D Edivisa Granbeira Visacasa Vibeiras TV Cabo Moçambiq elevisa Moçambique TV Cabo Angola Comatel Angola Constructel França Gatel França Constructel Bélgica Televisa Marrocos Electrotec Moçambique Selfenergy Edivisa Angola Electrovisa Angola Sogitel Moçambique Visaconstroi Angola Visabeira Indústria, SGPS, SA Cerutil Vista Alegre Atlantis Faianç rtísticas Bordallo Pinheiro Mob Marmonte Moçambique Álamo Angola Hidroáfrica Moçambique Celmoque Moçambique Agrovisa Moçambique Visabeira Turismo, SGPS, SA Empreendimentos Turísticos Montebelo Movida Mundicor Ródia Turvisa Moçambique Visabeira Imobiliária, SGPS, SA Visabe mobiliária Ifervisa Figueira Paranova Imovisa Moçambique VisabeiraGlobal,SGPS,SA Viatel PDT Real Life Technologies Visabeira Digital Visabeira Infra-Estruturas Ambitermo Beiragás Pinewells Visabeira I&D Edivisa Granbeira Visacasa Vibeiras TV Cabo Moçambique Televisa Moçambique TV Cabo Ango omatel Angola Constructel França Gatel França Constructel Bélgica Televisa Marrocos Electrotec Moçambique Selfenergy Edivisa Angola Electrovisa Angola Sogitel Moçambique Visaconstroi Angola Visabeira Indústria, SGPS, SA Cerutil Vista Alegre Atlantis Faianças Artísticas Bordallo Pinheiro Mob Marmon oçambique Álamo Angola Hidroáfrica Moçambique Celmoque Moçambique Agrovisa Moçambique Visabeira Turismo, SGPS, SA Empreendimentos Turísticos Montebelo Movida Mundicor Ródia Turvisa Moçambique Visabeira Imobiliária, SGPS, SA Visabeira Imobiliária Ifervisa Figueira Paranova Imovi oçambique VisabeiraGlobal,SGPS,SA Viatel PDT Real Life Technologies Visabeira Digital Visabeira Infra-Estruturas Ambitermo Beiragás Pinewells Visabeira I&D Edivisa Granbeira Visacasa Vibeiras TV Cabo Moçambique Televisa Moçambique TV Cabo Angola Comatel Angola Constructel França Ga rança Constructel Bélgica Televisa Marrocos Electrotec Moçambique Selfenergy Edivisa Angola Electrovisa Angola Sogitel Moçambique Visaconstroi Angola Visabeira Indústria, SGPS, SA Cerutil Vista Alegre Atlantis Faianças Artísticas Bordallo Pinheiro Mob Marmonte Moçambique Álamo Angola Hidroáfri oçambique Celmoque Moçambique Agrovisa Moçambique Visabeira Turismo, SGPS, SA Empreendimentos Turísticos Montebelo Movida Mundicor Ródia Turvisa Moçambique Visabeira Imobiliária, SGPS, SA Visabeira Imobiliária Ifervisa Figueira Paranova Imovisa Moçambique VisabeiraGlobal,SGPS,SA Via

Relatório Anual

09


Análise de Contas

O Design e a Arte

Capítulo 1 O ano 2009 em Análise Destaques 2009 I&D e Inovação no Grupo Visabeira 10 Sistemas de Informação Qualidade, Ambiente e Segurança As Pessoas Responsabilidade Social e Ambiente Factos Relevantes Ocorridos Após o Termo do Exercício Investimentos Previstos para 2010 e Projectos para o Futuro

Capítulo 2 Evolução Económico-Financeira

Capítulo 3 Demonstrações Financeiras Consolidadas e Respectivos Anexos

Sardão gigante, 1900. Autor: Rafael Bordallo Pinheiro. Jardim Bordallo Pinheiro. Museu da Cidade, Lisboa.

Índice de Ilustrações


O Design e a Arte no Grupo Visabeira


1

capítulo

O ano 2009 em Análise


O ano 2009 em Análise

O ano de 2009 viu nascer a insígnia Montebelo Hotels & Resorts, marca umbrella da Visabeira Turismo. Sob a égide da nova marca, a Visabeira Turismo inaugurou duas novas unidades hoteleiras de cinco estrelas: o empreendimento Montebelo Aguieira Lake Resort & Spa, em Mortágua e o Hotel Casa da Ínsua, em Penalva do Castelo. Esta unidade hoteleira foi, aliás, distinguida com o prémio Requalificação Projecto Privado 2009, atribuído pelo Turismo de Portugal.

Destaques em 2009

A nível internacional, realce-se o sucesso em França das empresas Constructel e Gatel, ao nível da engenharia de redes de telecomunicações e de serviços na área de electricidade, que colocaram aquele país como o principal mercado da Visabeira Global no exterior. Em Angola, a TV Cabo, único operador dual play (TV e Internet), prosseguiu a sua expansão da rede, abrangendo novas zonas com o objectivo de maior cobertura territorial dos serviços prestados. O volume de negócios consolidado do Grupo Visabeira, em 2009, situou-se nos 465 milhões de euros contra 343 milhões de euros registados em 2008, o que correspondeu a um crescimento recorde de 36%. O EBITDA subiu 8%, para 54,2 milhões de euros em 2009. As principais áreas impulsionadoras deste crescimento foram as telecomunicações e o turismo. O resultado líquido aumentou significativamente para os 53,4 milhões de euros, registando um crescimento de 250%.

O sector energético e a hotelaria, em Moçambique, foram duas áreas de destaque que muito contribuíram para o crescimento operacional sustentado naquele país. O Girassol Indy Congress Hotel & Spa, após a sua nova ampliação, reforçou a posição de unidade hoteleira de referência em Maputo, e a Electrotec, a operar na área da electricidade, revelou o forte potencial desta área estratégica em Moçambique, com um desempenho positivo e um crescimento exponencial dos resultados operacionais. O Grupo manteve a notação de rating A-2 com capacidade financeira forte com tendência estável, atribuída pela Companhia Portuguesa de Rating.

No primeiro trimestre do ano, o Grupo adquiriu 63,46% do capital social da Vista Alegre Atlantis, SGPS, SA e 83,04% da Bordallo Pinheiro, ambas através da Cerutil. Estas duas aquisições enquadram-se numa estratégia de posicionamento como líder na indústria da cerâmica e da cristalaria em Portugal. O final do ano 2009 ficou marcado pelo arranque de actividade do projecto Pinewells, empresa direccionada para a produção e distribuição de pellets de madeira para aquecimento. No âmbito social a Fundação Visabeira inaugurou duas creches em Viseu.

TAXA DE CRESCIMENTO 2008/2009 DOS PRINCIPAIS INDICADORES E DO CRESCIMENTO MÉDIO ANUAL DESDE 2004 ATÉ 2009 2008 / 2009

2004 / 2009

.

EBITDA por área de actividade 1

13

1

4

Global

Indústria

Turismo

Imobiliária

Partic. Financeiras 2009

8

54

4%

13%

Volume de negócios consolidado 465 milhões de euros

35%

16%

Mercados externos 36%

17%

2%

Resultado líquido 53 milhões de euros

250%

29%

Cash flow 78 milhões de euros

151%

26%

EBITDA 54 milhões de euros

8%

11%

Produtividade 29 milhares de euros

66%

10%

Pessoal 6.466 trabalhadores

49%

11%

milhões de euros

35

Volume de negócios agregado 553 milhões de euros

9


O ano 2009 em Análise

A IDI na Visabeira Global Viatel BeOn Mobility

I&D e Inovação no Grupo Visabeira

Este projecto de inovação, iniciado em 2008, que se consubstancia na adopção de novos processos e métodos de gestão das equipas, de informação e de comunicação, está plenamente implementado na Viatel. A empresa testemunha um novo paradigma na gestão operacional das diferentes actividades e indicadores, com resultados bastante satisfatórios ao nível da produtividade e da eficiência organizacional. O BeOn Mobility é uma solução tecnológica, adaptada aos processos organizacionais da Viatel, de suporte à mobilidade das suas equipas, enquanto solução integrada de georreferenciação e conectividade online. Permite uma gestão pró-activa e bidireccional das equipas no terreno, dos materiais e das acções em curso, objectivando a sua optimização global.

Visabeira Digital Para o Grupo Visabeira, a inovação é um processo que resulta da interacção entre as competências centrais das suas empresas e de toda a envolvente externa, tendo em última análise uma perspectiva de mercado potencial, quer seja para o reforço da posição competitiva, melhoria da produtividade e dos resultados económicos, a expansão para novos mercados ou a introdução de novos conceitos de gestão, sob a forma de novas ou significativamente melhoradas soluções (produto, processo, método organizacional ou de marketing). É habitualmente um processo complexo que envolve inúmeras actividades e recursos das empresas, que aliados ao conhecimento internamente existente ou obtido externamente, através de acordos de cooperação com entidades do sistema científico e tecnológico nacional ou organizações com interesses comuns, se traduzem no desenvolvimento de projectos de inovação ou de investigação e desenvolvimento (IDI), quando o conhecimento fundamental não é passível de aquisição. Com a conclusão de um importante ciclo de projectos de investigação e desenvolvimento tecnológico em 2008, que representaram o culminar de uma importante fase no desenvolvimento de actividades sistemáticas de IDI e na consolidação de uma cultura de inovação e empreendedora, a estratégia adoptada pelo Grupo Visabeira tem sido caracterizada pela aplicação do conhecimento e know how científico-tecnológico, adquirido nas actividades desenvolvidas nos três Núcleos de I&DT, em novos projectos de inovação centralizados em negócios e empresas concretas. Em 2009, fruto dessa opção, verificou-se o desenvolvimento de um conjunto de actividades de IDI, decorrentes da execução de projectos plurianuais iniciados em períodos anteriores, e da identificação e selecção de novas ideias e conceitos que corporizaram novas actividades de inovação e I&D.

10

Agile Corporate O Agile Corporate é um projecto de I&D, iniciado em Setembro de 2009, protagonizado por uma das equipas da Visabeira Digital, que responde ao desafio da criação de um novo produto na área das tecnologias de informação e comunicação e é baseado no desenvolvimento de uma plataforma informática orientada para as redes corporativas. Rede Corporativa é uma das formas de representação dos relacionamentos profissionais, entre os seus agrupamentos organizacionais (departamentos, áreas de negócio, parceiros, etc.) de interesses mútuos. A rede é responsável pela partilha de documentos, relatórios, indicadores de gestão e previsões em diversas disciplinas, entre pessoas que possuem interesses, objectivos e valores comuns. Potenciando o desempenho organizacional dos colaboradores, baseado na generalização das intra e extranets (locais de partilha de informação), desenvolve-se uma solução colaborativa capaz de transformar as actuais redes empresariais em instrumentos produtivos, canalizando valor acrescentado para o negócio e capaz de disponibilizar toda a informação válida ao processo de tomadas de decisão.

Gestão de Clientes/Integração com sistemas TV cabo e Internet Este projecto de I&D está orientado para desenvolver um sistema que permita a melhoria de gestão de clientes e uma completa integração com a gestão dos sistemas de TV por cabo e Internet, particularmente vocacionado para a TV Cabo Moçambique e para a TV Cabo Angola. A solução em desenvolvimento permite um controlo bidireccional, em tempo real, que garante a optimização dos serviços prestados aos utilizadores da televisão por cabo e Internet, através da box associada ao aparelho de televisão. Para além das facilidades e dos interfaces a que os clientes finais daquelas operadoras de telecomunicações terão acesso, associa-se igualmente uma optimização ao nível da gestão interna do controlo de clientes e ligações (assinaturas). No final de 2009, o projecto encontrava-se em fase de testes e na finalização da implementação nas duas referidas empresas, que decorreu em simultâneo com o processo de I&D.

11


I&D e Inovação no Grupo Visabeira

O ano 2009 em Análise

Sistema Integrado de Recolha, Gestão de Informação e Distribuição de Ordens de Trabalho (SIRGIDOT) A Visabeira Digital propôs-se neste projecto desenvolver um novo sistema integrado de gestão de informação com quatro componentes distintas e interligadas, que representam um avanço evolutivo face às soluções disponíveis no mercado. Cada uma destas aplicações responde a um levantamento de requisitos feito pela própria Visabeira Digital e perspectiva-se com esta ferramenta colmatar as necessidades, previamente identificadas, dos utilizadores finais. Recorre-se à aplicação de linguagem de programação, suportada em métodos de desenho das aplicações tendo em conta os requisitos específicos de cada solução pretendida. Iniciado em 2008, decorrente de anteriores actividades no âmbito dos Núcleos de I&DT e da própria estrutura da Visabeira Digital, o projecto engloba o desenvolvimento de várias aplicações.

iii. SIRGIDOT - Módulo BDC G (Base de Dados de Conhecimento Geográfico) Esta ferramenta é capaz de obter informação georreferenciada, desenvolvida numa base de dados que recolhe, codifica, sistematiza e posteriormente disponibilize informação georreferenciada ao módulo FPMC e DIA. Sobre a informação recolhida são aplicados algoritmos (desenvolvidos no âmbito do projecto) de forma a gerar conhecimento que possa ser utilizado na gestão da actividade, nomeadamente permitindo a avaliação da localização de armazéns e lojas. Em suma, esta base de dados (Transact SQL, VB.Net e XML) de conhecimento geográfico produz estatísticas detalhadas como, por exemplo, as estradas do país mais utilizadas pelos técnicos e a que velocidade o fazem ou as zonas onde se verifica o número mais elevado de intervenções. O objectivo é transformar esta informação em conhecimento, ou seja, acrescentar valor real à informação no sentido de melhor avaliar e gerir a localização dos armazéns, lojas e pontos de venda e a sua optimização global.

Ambitermo SIRGIDOT - Módulo BeOn Office

Caldeira de Biomassa

Este módulo é o master module da ferramenta, baseado em componentes de hardware e software adaptáveis às necessidades de negócio de cada cliente, vocacionada para a gestão das actividades de suporte desenvolvidas em back office. Sendo esta uma ferramenta desenvolvida de forma modular, permite a posterior concepção e integração de módulos adicionais, como as três ferramentas apresentadas de seguida e que serão incorporadas neste módulo principal:

i. SIRGIDOT - Módulo DIA (Distribuição Inteligente de Actividades) Aplicação para o cadastro das actividades e valências dos diversos técnicos disponíveis, bem como a sua localização geográfica. Para tal, o cerne coloca-se na definição um novo algoritmo que permite a distribuição automática dos serviços pelas respectivas equipas técnicas em função da análise de um conjunto de variáveis a considerar pela aplicação, como sejam o factor geográfico, as valências dos técnicos no terreno, as especificidades de cada actividade e tendo ainda em conta toda a envolvente de optimização de recursos e cumprimento de indicadores.

ii. SIRGIDOT - Módulo FPMC (Field Process Monitor and Communication) Este módulo compreende um sistema de alertas sustentado por um motor de workflow de SLA (Service Level Agreement). É objectivo monitorizar as ordens de trabalho, detectando excepções no sistema e despoletando um fluxo de acção que engloba a geração de alertas e notificações através de diversos meios de comunicação como SMS ou e-mails. Teoricamente este projecto é baseado no desenvolvimento de um novo gateway de mensagens numa lógica de sistema operacional de alertas. Este módulo pode constantemente acompanhar os técnicos e analisar, por exemplo, questões como a duração das intervenções ou tempos de paragem e descanso, despoletando as acções julgadas apropriadas pelo sistema em função da sua programação. No limite, permite avaliar os quilómetros percorridos pelos técnicos, o número de intervenções feitas ou o cumprimento dos objectivos estabelecidos, entre outras variáveis. Os resultados deste módulo FPMC originam um feed directo ao módulo DIA.

A produção de energia eléctrica a partir do vapor, nomeadamente através de pequenas unidades produtoras de energia que o desenvolvimento de novas técnicas tornou viáveis, é cada vez mais importante pelo impacto ambiental e económico positivo que gera e a optimização de processos que permite. Tirando partido dessas vantagens a Ambitermo está a desenvolver uma caldeira para produção de vapor, através de fontes energéticas alimentadas com biomassa: lenha, pellets, bagaços, desperdícios florestais, etc. Construída em aço, aproveita a capacidade de condução térmica desse material para a transferência de calor para a água, através da combustão de biomassa. Os trabalhos de I&D centraram-se no fabrico de um protótipo de caldeira, de dimensões reduzidas, alimentada por uma variedade abrangente de biomassa, direccionada a montante para o mercado dos pequenos produtores florestais e a jusante para mercado doméstico.

Incineradora de Resíduos Actualmente os materiais utilizados na prestação de cuidados de saúde contribuem de forma significativa para as preocupações de natureza ambiental, devido, maioritariamente, à utilização generalizada de medicamentos e produtos tóxicos e materiais descartáveis. Estima-se que são produzidos diariamente, por cada cama hospitalar, 3 a 4 kg de resíduos, para além dos restantes resíduos resultantes de outras actividades médicas. A incineração é um dos meios de tratar resíduos, que consiste na destruição térmica, a alta temperatura, dos compostos orgânicos com o oxigénio, ou seja, através da combustão. Neste domínio, a Ambitermo tem em desenvolvimento um projecto de um equipamento destinado à incineração de resíduos hospitalares perigosos, respeitando as exigências técnicas e legislativas em vigor, para que possam ser destruídos todos os microrganismos patogénicos e os gases libertados não sejam nocivos nem possuam odor.

Secador de Biomassa A biomassa, que não é mais que a fracção biodegradável de produtos e resíduos industriais e urbanos, pode ser transformada pelas diferentes tecnologias de conversão em biocombustíveis sólidos, líquidos ou gasosos e em formas finais de energia – térmica, mecânica ou eléctrica. Para que a biomassa se apresente com o maior potencial energético térmico possível, é fundamental garantir que esta apresente um teor de humidade o mais reduzido possível, o que é conseguido através de processos de secagem natural ou induzida. Aproveitando a experiência de fabrico em secadores industriais, a Ambitermo propõe-se com este projecto o desenvolvimento de um protótipo de secador de biomassa, cuja principal inovação está presente no tambor rotativo: escoamento contra-corrente, onde o fluxo de gases quentes é contrário à direcção de avanço dos materiais alvo de secagem. A forma helicoidal das pás encastradas na parede interna do cilindro permite um arrastamento contínuo e uniforme da biomassa, sem acumulação; roletes desenvolvidos por uma única peça, ao contrário do que é comum, aumentam a resistência mecânica.

12

13


I&D e Inovação no Grupo Visabeira

O ano 2009 em Análise

Caldeira de Recuperação

Reestruturação Organizacional

Uma caldeira de recuperação é aquela que usa como fonte de calor a energia do produto de combustão ou do produto resultante do processo anterior. São equipamentos utilizados para aproveitar o calor dos gases de exaustão de instalações industriais, que permitem a produção de vapor ou água quente. Este projecto tem como objectivo o desenvolvimento de uma nova caldeira para a produção de vapor saturado ou sobreaquecido, que fará parte de um sistema de cogeração (produção simultânea de energia eléctrica e térmica), a partir dos gases de exaustão sobreaquecidos, com carácter residual, gerados em sistemas principais de aquecimento de água. Como vantagem adicional, pode, pontualmente, se a capacidade da caldeira de recuperação não for suficiente para cobrir a procura, recorrer-se a um queimador auxiliar. A inovação deste novo sistema de recuperação energético reside na faculdade de produção de vapor ser independente do funcionamento da turbina e no sistema complementar de adição de ar fresco.

Planeado durante o ano de 2009 e com data prevista de arranque para Março de 2010, este projecto visa a implementação de novos processos de logística e de gestão, resultantes da adopção de uma solução desenvolvida de forma pioneira, sob a forma de cooperação empresarial, envolvendo uma empresa especialista no desenvolvimento de software de gestão da produção e a Visabeira Digital, e da aplicação dos métodos Kaizen, como melhorias organizacionais ao longo da cadeia de valor, sem os quais o sistema de informação agora disponibilizado não seria aproveitado em todas as suas potencialidades. Assim, a Mob será a primeira empresa portuguesa do sector da produção de mobiliário de cozinhas a integrar e aplicar numa solução global, desenvolvida com vista à optimização dos processos produtivos do sector e alavancando os resultados de projectos anteriores de I&D. Nenhuma outra empresa do sector no país, possui uma organização e integração de processos como a que este projecto alcançará ao ser implantado na totalidade.

A IDI na Visabeira Indústria A IDI na Visabeira Participações

Mob Sistema Integrado de Gestão Tecnológica de Processo (SIGTP) Concluído em Dezembro de 2009, este projecto de I&D alicerçou um novo sistema computacional que armazena e processa toda a informação e actividade dos diversos sectores (vendas, planeamento, produção, administração, compras, aprovisionamento, financeiro, qualidade) de uma forma integrada. Uma das características chave deste sistema computacional reside no uso de uma única base de dados unificada, que armazena dados de diversos tipos (desde simples dados até imagens e ficheiros do software CAM) dos vários módulos do sistema. Espera-se assim eliminar a impressão de toda a documentação em suporte físico que foi gerada à recepção da encomenda recebida por linha telefónica, papel ou e-mail, e a reintrodução ou transcrição desta em diferentes formatos para os outros sistemas informáticos dos vários sectores. Cumulativamente será facilitado o acompanhamento das encomendas até à respectiva expedição e melhorado o relacionamento com os clientes. São objectivos do projecto o aumento da produtividade global, conseguido através da maior flexibilidade na produção, traduzida na redução do tempo de configuração das máquinas de suporte à produção dos diferentes módulos de mobiliário e na anulação de certas operações manuais de transcrição e registo de dados e, adicionalmente, um maior controlo das existências nas diversas fases do processo, o encurtamento dos prazos de expedição e a redução dos erros na satisfação das encomendas. A efectiva verificação do impacto desta acção de I&D na empresa, que será complementada em 2010 através de um projecto de inovação autónomo - Reestruturação Organizacional - deverá por isso produzir resultados mais palpáveis a partir daquela data, altura em que novos métodos de trabalho decorrentes das ferramentas disponibilizadas deverão começar a estar implantados e com as suas rotinas em velocidade de cruzeiro.

Ciclorama No âmbito da adopção de novos métodos organizacionais na logística do negócio e na organização do trabalho, processo iniciado em 2008, foi determinante a instalação e configuração da aplicação informática que suporta todo o workflow e gestão documental electrónica. A par da implementação do novo sistema ERP, comum às empresas do Grupo Visabeira, houve uma clara necessidade de proceder a acertos no sentido de ajustar e integrar os dois sistemas. Em fase de conclusão é esperado que, em 2010, a Ciclorama, bem como as restantes empresas do Grupo Visabeira, alterem de forma significativa os processos e métodos organizacionais actualmente existentes. A desmaterialização documental, vertente do projecto que será mais perceptível pelos colaboradores, traduzir-se-á numa assinalável economia de custos e numa importante vantagem ambiental.

RESUMO DOS PROJECTOS DE IDI CO-FINANCIADOS POR FUNDOS COMUNITÁRIOS SI INOVAÇÃO (QREN) VIATEL

INVESTIMENTO PREVISTO

INCENTIVO PREVISTO

1.489.000

521.000

CICLORAMA

730.000

255.000

VISABEIRA DIGITAL

276.000

87.000

2.495.000

863.000

TOTAL

14

valores em euros

15


O ano 2009 em Análise

Sistemas de Informação

No ano de 2009 concretizou-se uma grande aposta na desmaterialização de processos, com recurso a sistemas de Gestão Documental e BPM. Foi também dada continuidade, neste exercício, à implementação de metodologias específicas noutros sectores, de que são exemplo as áreas de segurança, armazenamento e qualidade. Na vertente da segurança continuaram a ser abordadas especificidades que englobaram subsistemas como: Business Continuity Plan e Disaster Recovery Plan, bem como políticas, normas e procedimentos de segurança e ainda hardening dos servidores. Ao nível do armazenamento, foram consideradas políticas, normas e procedimentos de armazenamento da informação, consolidação das infra-estruturas, recursos e custos de armazenamento e definição de acordos de níveis de serviços aceitáveis (SLA). Também na área da qualidade se concretizou a implementação de módulos adicionais com vista a um melhor desempenho global. Deste modo, 2009 foi um ano pautado pela implementação no terreno de diversos projectos que até então tinham vindo a ser conceptualizados e desenvolvidos. A Visabeira Digital, assumindo o seu posicionamento enquanto empresa com experiência em desenvolver soluções para os mais variados sectores de actividade, assume o desafio de desenvolver e potenciar de forma global o negócio na área das Tecnologias de Informação, enquanto especialista em integrações e desenvolvimento de software. Este exercício marca também o amadurecimento do seu principal produto no mercado – BeOn Technologies – uma framework assente em tecnologias Microsoft, cujas vertentes focalizadas na operação, como é o caso do BeOn Mobility (soluções de sistemas de suporte à mobilidade) e BeOn Office (soluções inovadoras na automação de processos empresariais), revelaram soluções finais muito bem aceites pelo mercado, dando origem a produtos diferenciadores com funcionalidades acrescidas que distinguem este sistema nos mercados onde concorre. Em 2009, intensificou-se a implementação e utilização das plataformas colaborativas BeOn Office, incrementando a renovação nos processos e departamentos do Grupo. Estas ferramentas combinam a inovação e a facilidade de utilização e partilha de informação entre os colaboradores. Em termos ambientais permitiram ainda uma redução significativa da utilização de papel. Este exercício ficou marcado também pela contínua diversificação na oferta de serviços da Visabeira Digital, quer através da prestação de serviços em regime de outsourcing, quer através da interligação a outras tecnologias, como é o caso da SAP, um dos principais temas a incluir na estratégia dos Sistemas de Informação para o Grupo, que permitirá, entre outras coisas: racionalizar, uniformizar e automatizar alguns processos internos, tendo em conta as melhores práticas do sector, para disponibilizar novas funcionalidades junto dos utilizadores, de forma a melhorar o desempenho operacional, criar inovação e suportar novos modelos de negócio. A Visabeira Digital continua, através de uma postura de integração cada vez mais global, a alargar o seu espectro geográfico de actuação, mantendo-se especialmente activa nos mercados europeus e africanos. Ainda no âmbito dos Sistemas de Informação, as soluções implementadas na Edivisa foram alvo de redefinição de novos procedimentos na área do ambiente, em paralelo com a nova legislação de gestão de resíduos sectorial. Procedeu-se ainda à implementação de novas soluções informáticas em áreas como as compras e a gestão legislativa.

Relógio de Sol. Hotel Casa da Ínsua.

17


O ano 2009 em Análise

Qualidade, Ambiente e Segurança

Hoje em dia as empresas são avaliadas, entre outras iniciativas, pela forma responsável como interagem e se inserem no seu meio económico-social. No Grupo Visabeira, sendo esta uma preocupação estratégica, são promovidos os seguintes aspectos:

> Adopção das melhores técnicas disponíveis e princípios de eco-eficiência > Utilização racional de energia e estímulo de uma constante atitude de eficiência energética > Identificação de perigos, análise e avaliação de riscos no trabalho e atenção permanente à sua eficaz erradicação

> Adopção de sistemas de gestão ambiental, segurança e saúde no trabalho, adequados ao tipo de actividades e riscos inerentes

> Elaboração, implementação e actualização de planos de emergência > Adopção das medidas necessárias para evitar riscos em matéria de segurança e poluição ambiental Neste contexto, os Sistemas de Gestão das empresas do Grupo Visabeira foram pensados de modo a permitir, de forma imediata ou num momento posterior, a gestão integrada de qualidade, ambiente e segurança, continuando a promover a certificação dos sistemas de gestão de cada empresa. Tendo em conta a prossecução destes objectivos, em 2009 destacam-se, no que respeita às áreas da qualidade e ambiente, um conjunto de actividades que se sintetizam nas páginas seguintes.

Miniatura do “Águia e Coração de Jesus”, séc. XVIII. Hotel Casa da Ínsua.

19


Qualidade, Ambiente e Segurança

O ano 2009 em Análise

Visabeira Global A Viatel desenvolveu o seu processo de gestão online de trabalhos distribuídos aos técnicos (através da aplicação BeOn), reduziu a utilização de papel na actividade produtiva da empresa, elaborou e disponibilizou aos seus técnicos, através da aplicação BeOn, um dossier AQS (Ambiente, Qualidade e Segurança). Realizou também o seu programa integrado de auditorias técnicas planeadas e procedeu à integração das áreas do ambiente e da segurança no Sistema de Gestão da Qualidade, tendo levado a cabo a auditoria de 1ª fase do processo de certificação do seu Sistema Integrado de Gestão de Qualidade, Ambiente e Segurança. Paralelamente, foi também concretizada a transição para a nova norma do seu Sistema de Gestão da Qualidade, encontrando-se a empresa certificada de acordo com a ISO 9001:2008. A Visabeira Infra-estruturas prosseguiu a implementação de várias iniciativas, entre as quais merecem destaque a criação de manuais específicos para distribuição aos técnicos da empresa; a realização de acções de formação e sensibilização nas diversas áreas operacionais, tendo em vista a implementação de boas práticas ambientais; a implementação de novos meios de acondicionamento de absorventes e embalagens contaminadas, melhorando assim as condições de armazenamento na separação de resíduos; a realização de auditorias integradas (qualidade, ambiente e segurança) em todas as áreas operacionais da empresa. Este conjunto de acções permitiu a consolidação do seu sistema de gestão, tendo sido realizada a auditoria de acompanhamento pelo organismo certificador. Em paralelo, foi também concretizada a transição do Sistema de Gestão da Qualidade para a nova norma, encontrando-se a empresa certificada de acordo com a ISO 9001:2008.

Visabeira Indústria Na Visabeira Indústria procedeu-se ao desenvolvimento dos sistemas de gestão da qualidade das empresas certificadas, nomeadamente na Cerutil e na Mob, empresas de referência no controlo da poluição, graças às medidas técnicas implementadas ao longo dos últimos anos. Aí se realizaram auditorias de acompanhamento/transição dos respectivos Sistemas de Gestão da Qualidade para a nova norma, encontrando-se as empresas certificadas de acordo com a ISO 9001:2008. A Pinewells iniciou a implementação de um Sistema de Gestão da Qualidade de acordo com a ISO 9001:2008, tendo como objectivo a obtenção da certificação em 2010.

A Visabeira Digital concretizou o seu programa de acções de formação orientadas para este domínio e realizou uma auditoria de acompanhamento do respectivo Sistema de Gestão Integrado, pelo organismo certificador. Paralelamente, foi concretizada a transição para a nova norma do Sistema de Gestão da Qualidade, encontrando-se a empresa certificada de acordo com a norma ISO 9001:2008. Na Edivisa e na Granbeira concretizaram-se auditorias de acompanhamento/transição dos respectivos Sistemas de Gestão da Qualidade para a nova norma, encontrando-se as empresas certificadas de acordo com a ISO 9001:2008.

Estação de comboios do Rossio, Lisboa.

A Visacasa iniciou a implementação do seu Sistema Integrado de Gestão da Qualidade, Ambiente e Segurança de acordo com as normas ISO 9001:2008, ISO 14001:2004 e OHSAS 18001:2007, respectivamente, tendo como objectivo a obtenção da certificação durante o primeiro semestre de 2010. 21


Qualidade, Ambiente e Segurança

O ano 2009 em Análise

Visabeira Imobiliária Em 2009 continuaram a realizar-se as auditorias programadas tendo em vista a posterior certificação energética de todos os empreendimentos desta sub-holding. Esta área de negócio está sintonizada com as linhas fundamentais do Grupo nas suas diferentes actuações, interiorizando a importância estratégica que este posicionamento tem para o mercado em que opera.

Visabeira Turismo A Visabeira Turismo definiu a qualidade como uma componente prioritária e permanente do seu posicionamento, para todas as suas empresas. Uma gestão adequada e uma postura individual focada no cliente consolidam uma estratégia orientada para proporcionar um maior grau de satisfação e o cumprimento das expectativas dos seus clientes. Os projectos de certificação implementados trouxeram mais-valias ao dia-a-dia das unidades, tal como a organização dos procedimentos internos, permitindo actualmente um maior dinamismo e a garantia de melhor qualidade no serviço prestado. Ao longo dos anos, e com a maturidade que os sistemas de gestão já alcançaram, é notório que a liderança continua a promover o envolvimento de todos os colaboradores, a interiorização dos objectivos e das políticas da qualidade nas diversas actividades das organizações e, consequentemente, a minimização de erros e a optimização das prestações dos vários intervenientes nas diferentes áreas. Em 2009, paralelamente à transição do Sistema de Gestão da Qualidade da Ródia para a nova norma ISO 9001:2008, foi concretizado o alargamento do âmbito da certificação para novas unidades, nomeadamente à cervejaria Antártida do Palácio do Gelo Shopping. O Hotel Casa da Ínsua implementou igualmente, no ano que passou, um Sistema de Gestão da Qualidade, tendo obtido a certificação de acordo com a norma ISO 9001:2008.

22


O ano 2009 em Análise

No quadro da maximização de sinergias que conduzam a uma maior eficácia na sua intervenção, a Ciclorama desenvolveu ao longo do ano de 2009 um leque de acções enquadradas nas candidaturas ao QREN/POPH. Estas acções, quer ao nível do Eixo 3, quer do Eixo 2 (2008-2010), revestem-se de um carácter plurianual, com vista a garantir a continuidade do processo formativo das empresas clientes e dos colaboradores internos do Grupo Visabeira. Para além dos protocolos associados aos trabalhos relacionados com a elaboração dos planos plurianuais de formação, os quais envolveram necessariamente os grandes operadores públicos de formação (IEFP e ISQ, entre outros) e os parceiros do sector, a Ciclorama estabeleceu ainda outras prioridades visando, designadamente:

As Pessoas

> A implementação da norma SA 8000:2001 > A implementação da norma ISO 9001:2008 > A concepção e desenvolvimento de metodologias de registo, inscrições e tratamento de dados em suporte O Grupo Visabeira acredita que o seu desenvolvimento e o desempenho atingido dependem da motivação do excelente conjunto de profissionais que o compõe, pelo que a valorização dos recursos humanos se mantém como uma aposta constante, nos diversos níveis da organização. Em 2009, o Grupo continuou a investir em planos de formação e noutros mecanismos de optimização das competências dos seus colaboradores, contribuindo para uma melhor performance global e para o desenvolvimento profissional mais harmonioso e produtivo, alcançando simultaneamente mais valias significativas nas suas capacidades e competências. Em 31 de Dezembro de 2009, o número de pessoas ao serviço do Grupo Visabeira era de 6.378, e encontravam-se distribuídas pelas seguintes sub-holdings:

informático, no âmbito da diminuição da utilização dos recursos naturais, avançando cada vez mais para o escritório electrónico > Registo e utilização da marca Visabeira Potencial Humano > Construção de um site específico para os funcionários e clientes da Visabeira Potencial Humano, de forma a agilizar todos os processos de informação, inscrições e comunicação

EVOLUÇÃO DO QUADRO DE PESSOAL

Em termos de actividade, a Visabeira Potencial Humano concretizou os seguintes projectos de formação: 2009

2008

2007

2006

2005

VISABEIRA GLOBAL

2.351

2.198

1.832

1.408

1.519

VISABEIRA INDÚSTRIA

2.169

506

390

516

487

VISABEIRA TURISMO

714

619

474

463

53

VISABEIRA IMOBILIÁRIA

507

497

450

414

401

VISABEIRA PARTICIPAÇÕES

617

628

608

940

919

GRUPO VISABEIRA

20

18

56

385

117

6.378

4.466

3.810

4.126

3.975

.

TOTAL

FORMAÇÃO O Grupo Visabeira entende a formação como factor primordial do desenvolvimento das competências dos seus colaboradores. O objectivo é prepará-los para garantirem um contributo positivo às equipas em que estão inseridos e uma atitude pró-activa que permita ao Grupo crescer de forma sustentada, definindo-se como um conjunto de empresas competitivas e inovadoras, focadas na redução de custos e na melhoria dos níveis de produtividade.

O ano de 2009, seguindo um Plano Estratégico de aposta na Formação, ficou marcado pela implementação de projectos de formação nunca antes desenvolvidos. A Ciclorama, como entidade formadora, consolidou parcerias com diversas instituições de renome, entre as quais EDP, APIEF, ISQ e Cruz Vermelha, e com alguns Centros de Novas Oportunidades.

1. Sistema Aprendizagem (Grupo Visabeira – Entidade Promotora e Ciclorama – Entidade Formadora) Contemplando vários cursos de formação profissional, que vão das áreas de telecomunicações, à electricidade passando pelo turismo e pela indústria. Ao seleccionar cursos dentro destas áreas de actividade do Grupo Visabeira em posições em que sente maior dificuldade de recrutamento de pessoal qualificado, por escassez de mercado, definiu-se como objectivo central deste projecto permitir que os formandos, a par da obtenção da qualificação profissional, adquiram conhecimentos sobre o funcionamento e procedimentos da empresa, facilitando assim o seu enquadramento quando, no final do curso, e de acordo com o seu aproveitamento, passem a integrar os quadros das empresas do Grupo Visabeira que os irão acolher e promover o seu desenvolvimento profissional. 2. Formação Modular Certificada (Medida 2.3 – Programa Operacional Potencial Humano) Projecto plurianual, financiado pelo Fundo Social Europeu, cujo princípio é consciencializar os colaboradores das várias empresas do Grupo Visabeira para a importância da sua qualificação, motivando-os a obter uma dupla certificação, escolar e profissional. 3. Formação para a Inovação e Gestão (Medida 3.2 – Programa Operacional Potencial Humano) Projecto financiado pelo Fundo Social Europeu que visa essencialmente munir o potencial humano do Grupo Visabeira (Grupo Visabeira – Entidade Promotora e Ciclorama – Entidade Formadora) das necessárias competências, através da frequência de acções de formação de reciclagem, actualização ou aperfeiçoamento, dada a constante exigência de nova informação e o constante aprofundamento das competências dos recursos humanos associados a cada projecto. 4. Formação para o Exterior Prestação de serviços de formação a entidades externas, nomeadamente em cursos de especialização, dos quais se podem referir a título de exemplo: Trabalhos em Altura, Instaladores de Sistemas Solares Térmicos, Projectista de Sistemas Solares Térmicos, RCCTE – Peritos Qualificados, Segurança Privada e Passaporte de Segurança. 5. Programa Qualificação Emprego, Elaboração e Acompanhamento Físico e Financeiro de Candidaturas Programa que visa reforçar a capacidade competitiva das empresas através da qualificação dos seus recursos humanos e da promoção de formação profissional, de forma a garantir uma maior capacidade da empresa.

24

25


O ano 2009 em Análise

Responsabilidade Social e Ambiente

A Responsabilidade Social das Empresas (RSE) consiste na integração voluntária de preocupações sociais e ambientais nas suas operações quotidianas e na interacção com a comunidade em geral. Perspectiva-se contribuir de forma positiva para a sociedade e de gerir os impactos sociais e ambientais da organização, de modo a reforçar a sua presença e a aumentar a sua competitividade no mercado, assegurando uma melhor qualidade de vida à comunidade e aos colaboradores do Grupo. Neste contexto, o Grupo Visabeira e o conjunto das suas unidades de negócio, assumem-se como um pilar na ligação com a sociedade, adoptando uma postura de elevada responsabilidade social e fixando como objectivo permanente apoiar e associar-se a pólos dinamizadores de cultura, lazer, educação, desporto, saúde e bem-estar, públicos ou privados. Nesse sentido, o Grupo e as suas participadas mantiveram em 2009 uma atitude pró-activa e consistente, tendo materializado esses objectivos em diversas acções e iniciativas. Com vista a aumentar a oferta e a capacidade de resposta social na área da infância, o Grupo Visabeira apoiou, através da Fundação Visabeira - Instituição Particular de Solidariedade Social, a criação de duas creches (Infantinhos da Vilabeira e Infantinhos da Quinta do Bosque). Dois edifícios construídos de raiz, dotados de pessoal qualificado e de equipamentos pedagógicos de elevada qualidade. Num espaço de grande amplitude e visibilidade, o Palácio do Gelo Shopping (PGS), o Grupo Visabeira, através da sua participada Movida, acolheu e apoiou diversas iniciativas. Numa área tão sensível quanto a Segurança e Prevenção Rodoviária, o PGS patrocinou e acolheu uma exposição promovida pelo grupo Polimotarvis (profissionais da PSP) na qual foram mostrados veículos sinistrados e as consequências físicas para os envolvidos. Esta mostra pretendeu alertar para a dura realidade das mortes na estrada, sensibilizando os visitantes para as boas práticas na via pública. Na vertente do apoio social aos cidadãos mais carenciados do concelho, decorreu no PGS, em parceria com o Corpo Nacional de Escutas, uma recolha de bens para entrega à Cáritas Diocesana, encarregue da sua distribuição. No mesmo âmbito decorreu uma recolha de brinquedos destinados ao Serviço de Pediatria do Hospital de S. Teotónio de Viseu. Em paralelo, o Instituto Português de Sangue procedeu à recolha de dádivas com vista a aumentar a capacidade de resposta daqueles serviços.

26

A exposição inédita “A participação de Portugal na I Guerra Mundial” teve papel de destaque durante algumas semanas no PGS, através de um acervo fotográfico raramente visto no nosso país. Esta iniciativa foi fruto de uma estreita colaboração com o Regimento de Infantaria 14 de Viseu. Para proporcionar uma ida ao cinema a 570 crianças carenciadas do concelho de Viseu, o PGS, em articulação com a Zon Lusomundo e a Valentim de Carvalho, abriu as suas portas para a estreia do filme “A verdadeira História do Gato das Botas”. Também ao longo de 2009 o PGS proporcionou a diversas instituições e associações de solidariedade social a permanência no espaço de acções de recolha de fundos e bens. O PGS disponibilizou também diversos espaços a várias mostras temáticas, de âmbitos variados, merecendo especial destaque as iniciativas dedicadas ao Dia da Criança e do Ambiente e às comemorações do 25 de Abril, com uma exposição de fotografia de teor biográfico sobre a vida e obra de Zeca Afonso. Na quadra natalícia o PGS acolheu uma exposição de postais alusivos à quadra elaborados por alunos da Escola Superior de Educação de Viseu, recebendo diversos recitais apresentados pelos alunos e professores do Conservatório Regional de Música Dr. José de Azeredo Perdigão de Viseu, tendo o PGS atribuído uma verba àquela instituição de ensino, destinada à aquisição de instrumentos musicais. Promovendo os valores tradicionais enraizados na cultura popular, o PGS concedeu patrocínios à Associação das Cavalhadas de Vildemoinhos, com vista à realização do cortejo anual, bem como à Associação do Carnaval de Cabanas de Viriato. A Visabeira Turismo patrocinou a edição de um livro que retrata o percurso do Regimento de Infantaria de Viseu, desde os seus antecessores, passando pelos primórdios na cidade Tavira até à actualidade. Com o título "O 14 de Infantaria", a obra, de inegável valor para o conhecimento e compreensão daquela unidade militar, teve honras de lançamento numa participada cerimónia que decorreu no Hotel Casa da Ínsua. Foi igualmente naquele espaço, em Penalva do Castelo, que se proporcionou à população dois momentos musicais de elevada projecção artística. Em parceria com a Câmara Municipal de Penalva do Castelo, destacou-se a presença do grupo de câmara iraniano Golbang e, noutro registo, da Orquestra Clássica do Centro, acompanhada pelo Orfeão Universitário de Coimbra, que interpretaram a oratória “Messias”, de Haëndel. O Montebelo Golfe, que desde a primeira hora apoiou o golfista Rúben Figueiredo, viu o talento deste jovem ser reconhecido pelo Eco Fórum, uma instituição internacional de apoio a jovens talentos. O prémio desse esforço desportivo do “menino pastor” consiste num estágio na célebre academia Hank Haney, nos Estados Unidos da América. A Granbeira, uma das empresas da Visabeira Global, em sintonia com a aposta estratégica do Grupo de criar notoriedade à volta da região de Penalva do Castelo, localização do Hotel Casa da Ínsua, apoiou o Sport Clube Penalva do Castelo. A nível internacional, a responsabilidade social das empresas do Grupo, reveste-se de uma ênfase muito especial. Utilizando como exemplo o caso concreto de Moçambique, referimos a TV Cabo, empresa da Visabeira Global, que apoiou e promoveu a investigação científica e o desenvolvimento desportivo e cultural, como vertente estratégica do seu posicionamento no mercado. Entre as entidades que beneficiaram de apoios em 2009 contam-se a Universidade Mondlane, no âmbito de seminários de investigação, a comunidade mineira moçambicana na África do Sul e o Município de Maputo, na ajuda à construção de um lar de idosos. Destaque ainda à doação concedida aos Serviços Sociais da Polícia da República de Moçambique. A TV Cabo concedeu, igualmente, diversos patrocínios a várias entidades no âmbito da actividade desportiva.

27


O ano 2009 em Análise

Factos Relevantes Ocorridos Após o Termo do Exercício

Visabeira Global No dia 8 de Fevereiro a Viatel viu formalizada a sua selecção como vencedora no concurso para a implementação de uma rede de fibra óptica na região centro do país, no âmbito do concurso público para criação de redes de nova geração nas zonas rurais. A população abrangida ronda as 371 mil pessoas, espalhadas por sete distritos e 43 concelhos e a operação tem um prazo de 20 anos. Nesse sentido, e com um objectivo claro de liderança, a Viatel celebrou uma parceria com a PT Comunicações, que fortaleceu a proposta apresentando uma oferta comercial de retalho com enfoque nos serviços prestados sobre fibra óptica até casa do cliente. A Viatel, através da sua inserção na Visabeira Global, viu assim reconhecidas as competências que detém nesta área de actividade e a experiência acumulada que tem granjeado a confiança dos diferentes mercados em que actua.

Investimentos para 2010 e Projectos para o Futuro

Ainda sem perspectivas do final da crise mundial que marcou o ano de 2009, o Grupo vai prosseguir a sua política de contenção relativamente a investimentos, principalmente nos sectores imobiliário e turístico. Apesar do cenário actual de ligeira recuperação da economia, continuará a haver um máximo cuidado nos diversos investimentos a efectuar, dos quais se perspectiva obter o devido retorno, associando um menor risco a uma maior rentabilidade. Assim, e de acordo com a política estabelecida, foram seleccionados como relevantes e elegíveis os seguintes investimentos:

Visabeira Global O sector das telecomunicações é aquele onde o esforço financeiro vai ser maior, com as operações de TV por cabo a albergar a maior fatia do investimento a realizar em 2010. A TV Cabo Angola, na continuidade da expansão da rede vai investir 10,4 milhões de euros. Em Moçambique, apesar de o investimento ser menor, a concentração de esforços na TV Cabo Moçambique representa um investimento de 1,2 milhões de euros para concluir o alargamento da rede. A destacar ainda, em Angola, o investimento de 1,7 milhões de euros da Comatel, aplicados na renovação da frota automóvel e na melhoria de equipamentos para a sua actividade. A Viatel, fruto da consolidação do seu negócio, deverá investir cerca de 1,5 milhões de euros em equipamentos necessários à manutenção da sua actividade e optimização dos seus sistemas de informação. O projecto Pinewells, nas energias renováveis (fabrico de pellets) será concluído este ano, o que implicará um investimento adicional de 1 milhão de euros. A Ambitermo, subsidiária na mesma área da produção de equipamentos de cogeração, vai investir na remodelação e ampliação da sua fábrica o montante de 900 mil euros.

Visabeira Indústria Na área da Indústria, o maior destaque vai para a Vista Alegre Atlantis, que planeia investir em 2010 cerca de 5 milhões de euros, numa reestruturação da empresa que passa pela abertura de duas mega lojas, uma loja com marca Casa Alegre, internacionalização da marca com abertura de lojas na Europa, remodelação e optimização das lojas existentes e modernização dos equipamentos, de modo a melhorar a capacidade produtiva. Em Moçambique, o maior investimento será na Celmoque (700 mil euros), na aquisição de novo equipamento básico em máquinas pesadas. Jarro e Bacia. Primórdios da Vista Alegre, séc. XIX. Hotel Casa da Ínsua.

Visabeira Turismo Destaca-se a Turvisa com um investimento de 1,4 milhões de euros em obras de remodelação e arranjos exteriores das várias unidades hoteleiras que detém. A Movida terá um investimento de 900 mil euros, na conclusão do Centro de Inovação e novos escritórios da sede.

Visabeira Participações O Parque Desportivo de Aveiro (PDA) terá a maior atenção nesta área, uma vez que se irá adquirir terrenos para construção (cerca de 1 milhão de euros). Em Moçambique, através da Visabeira Moçambique, prevêem-se realizar investimentos financeiros no valor de 1,8 milhões de euros, aplicados nos empreendimentos Twin City e Lipilichi Holdings, nos montantes de 1,5 milhões de euros e 300 mil euros, respectivamente.

28

29


2

capítulo

Evolução Económico-Financeira


Evolução Económico-Financeira

Volume de negócios por holding 1%

6%

7%

Imobiliária

Partic. Financeiras Turismo

12%

74%

1%

6%

8%

8%

77%

Indústria

Global

Imobiliária

Indústria

Turismo

Partic. Financeiras Global

Análise Macroeconómica

Em Angola, a desaceleração do crescimento foi fruto do aumento da dívida externa, do aumento da inflação, da redução das quotas de produção imposta pela OPEP e do impacto, na economia angolana, da evolução do preço do petróleo, que constitui a principal fonte de divisas do Estado, nos mercados internacionais. Destaca-se ainda a deterioração do kwanza face ao dólar.

MARCOS ECONÓMICOS E FINANCEIROS CONSOLIDADOS

Estas duas aquisições, por parte da subsidiária Cerutil, enquadram-se numa estratégia de posicionamento como líder na indústria da cerâmica e da cristalaria em Portugal, e como um player de referência a nível internacional.

de negócio da Visabeira Global, mais concretamente na boa performance das Telecomunicações com o projecto FTTH (Fiber-to-the-Home) e na expansão da actividade em França e na Bélgica, cujo peso no volume de negócios total representa cerca de 9%; também pelo segmento da Indústria, beneficiando do alargamento do respectivo perímetro de consolidação à VAA e Bordallo Pinheiro, impactando com um volume de 39 milhões de euros; e ainda pelo segmento do Turismo, onde, após um ano completo de actividade, o Palácio do Gelo Shopping, com uma taxa de ocupação a rondar os 94%, contribuiu em 12 milhões de euros para esse bom desempenho.

Volume de negócios por país 330,3

48,1

46,8

36,8

3,2

465,2

Portugal

Moçambique

Angola

França

Out. Países

2009

Volume de negócios por país (em percentagem)

Em Moçambique assistiu-se à redução da capacidade produtiva em determinados sectores de exportação, que se mantém débil e muito dependente do sector primário, em consequência da diminuição da procura por parte dos mercados internacionais e da deterioração do metical face ao dólar.

71%

10%

10%

8%

1%

71%

12%

11%

5%

1%

Portugal

Moçambique

Angola

França

Outros países

Portugal

Moçambique

Angola

França

Outros países

2009

2008

EBITDA por país (em milhões de euros) 342,9

343,3

465,2

2007

2008

2009

29,7

11,2

11,3

1,7

0,4

35,8

5,9

6,7

1,5

0,2

Portugal

Moçambique

Angola

França

Outros países

Portugal

Moçambique

Angola

França

Outros países

Análise de Resultados O volume de negócios, em 2009, situou-se em 465 milhões de euros, contra 343 milhões de euros registados em 2008, o que correspondeu a um crescimento recorde de 36%. Este aumento, foi principalmente impulsionado pelo segmento

32

Volume de negócios

milhões de euros

Para o Grupo Visabeira o ano 2009 fica marcado pela aquisição em OPA (Oferta Pública de Aquisição) de 63,5% do capital da Vista Alegre Atlantis, SGPS, SA (VAA), grupo que se dedica à produção e distribuição de artigos utilitários e ornamentais em cerâmica, vidro e cristal, explorando também uma cadeia de lojas com marca Vista Alegre Atlantis; e pela aquisição de 83,04% do capital da Faianças Artísticas Bordallo Pinheiro, empresa que mantém a tradição da cerâmica das Caldas da Rainha iniciada com a fábrica fundada por Rafael Bordallo Pinheiro, em 1884.

2008

milhões de euros

A crise instalada em meados de 2008 afectou toda a economia mundial, atingindo um dos seus pontos mais negativos no ano de 2009. Com a contracção do PIB das principais economias mundiais, o abrandamento da actividade económica global levou ao agravamento dos problemas financeiros de todos os países em geral, com consequências devastadoras para as nações em vias de desenvolvimento e para aquelas que tinham nas principais economias os seus mercados tradicionais de exportação. No caso de Portugal, a recessão foi sem precedentes, potenciando um desequilíbrio estrutural das contas públicas e o agravamento da dívida pública e, por arrastamento, de toda a economia nacional.

2009

2009

2008

33


Marcos Económicos e Financeiros Consolidados

54,9

2007

2008

2009

56,8

15,2

53,4

2007

2008

2009

milhões de euros

Resultado líquido do exercício com interesses minoritários

Resultado líquido do exercício sem interesses minoritários

2007

35,8

2008

Resultados operacionais

37,4

2009

milhões de euros

30,9

34

2008

2009

Passivo remunerado / EBITDA

217,3

251,8

332,1

2007

2008

2009

Margem bruta

16

17

29

2007

2008

2009

Produtividade

2,1

2007 Liquidez geral

1,0

2008

0,9

2009

2008

2009

valores em percentagem

milhões de euros

14,1

101,2

Activo fixo sobre capital permanente

44,1

31,1

29,7

2007

2008

2009

valores em percentagem

2007

14,4

2007

97,6

Activo circulante sobre activo total

246,5

181,3

314,5

2007

2008

2009

1.072,3

1.124,1

1.394,5

2007

2008

2009

Capital próprio

No ano 2009, o activo líquido do Grupo teve um crescimento substancial para quase 1.395 milhões de euros, mais 24% face a 2008. Este aumento resultou nomeadamente i) da valorização da carteira de acções das empresas cotadas no PSI-20 (77,6 milhões de euros); ii) do alargamento do perímetro de consolidação para o qual contribuíram os activos da VAA, Bordallo Pinheiro e o início da consolidação integral da Pinewells (121,6 milhões de euros); iii) e o investimento em activos tangíveis (27,7 milhões de euros). O passivo financeiro líquido aumentou para 762 milhões de euros, face a 723 milhões de euros no final de 2008, reflectindo o investimento realizado durante o ano, com particular destaque para as aquisições da VAA e Bordallo Pinheiro e da expansão da rede de TV por cabo em Angola. No final de 2009, o custo médio da dívida consolidada era de 4,1%, registando uma descida de 1,1 p.p. em relação ao valor verificado em Dezembro de 2008. Esta variação resultou da forte descida das taxas de juro de curto prazo, que se iniciou nos últimos meses de 2008 e se prolongou durante o exercício de 2009. A situação líquida, excluindo interesses minoritários ascendeu a 301,4 milhões de euros. O aumento de 130,1 milhões de euros em 2009 é explicado i) pelo resultado líquido gerado no período (+53,4 milhões de euros) e ii) pela valorização da carteira de acções (+77 milhões de euros). Assim, a autonomia financeira subiu 6,4 p.p. situando-se em 21,6%, reflexo de uma estrutura sólida e de uma gestão eficaz e racional dos fluxos. O rácio de gearing foi de 69,6% (79,1% em 2008) e o rácio de cobertura de juros pelo EBITDA (após dedução dos dividendos recebidos), foi de 4,4 face a 2 registado em 2008.

Activo

Activo Capital próprio Passivo

3.973

2007

4.331

6.466

2008

2009

Recursos humanos

1.394,5 1.072,3

1.124,1

246,5

181,3

825,8

942,8

1.080,0

2007

2008

2009

Estrutura de capitais

35

314,5

milhões de euros

16,9

16,0

Análise da Estrutura de Capital 70,6

milhões de euros

58,2

milhões de euros

EBITDA

2009

Valor acrescentado bruto

O desempenho do EBITDA no período foi suportado pelo crescimento do segmento da Global e do Turismo, tendo sido parcialmente compensado pela diminuição da Indústria fruto da inclusão da VAA. Quando aos resultados operacionais, expurgando os itens não recorrentes das propriedades de investimento, dos ganhos na combinação de negócios, e das imparidades extraordinárias, passaram de 35,8 milhões de euros para 40,6 milhões de euros, o que representou um aumento de 13%. O segmento da Global foi o que mais contribuiu: 24 milhões de euros, com a Viatel a destacar-se com 7,7 milhões de euros, seguido do Turismo com 8,3 milhões de euros, tendo a Movida participado com 5,5 milhões de euros. Os juros líquidos, excluindo os custos financeiros decorrentes da dívida financeira contratada para o financiamento de investimentos financeiros, tiveram uma melhoria de 1,4 milhões de euros. Na origem desta variação, a descida das taxas indexantes dos empréstimos compensou os juros provenientes do aumento da dívida líquida. Os dividendos dos investimentos financeiros estratégicos detidos pelo Grupo das empresas cotadas no PSI–20, Zon Multimédia, EDP e Portugal Telecom, deduzido dos juros financeiros da dívida contratada para esse efeito, registou um saldo positivo de 8,9 milhões de euros face aos 3,3 milhões de euros de 2008. Os outros custos financeiros líquidos que incluem as diferenças cambiais e outras despesas financeiras ascenderam a -9,4 milhões de euros, contra -3,5 milhões de euros em 2008. As diferenças cambiais desfavoráveis, líquidas das diferenças cambiais favoráveis, penalizaram os resultados do Grupo em 5,8 milhões de euros fruto da desvalorização do kwanza e do metical. Em 2008, o efeito das diferenças de câmbio tinha sido nulo. O resultado líquido sem interesses minoritários aumentou 250%, em 2009, para 53,4 milhões de euros face a 15,2 milhões de euros em 2008, com o ganho decorrente da aquisição da VAA e da Bordallo Pinheiro a ser parcialmente compensado pela diminuição do justo valor do Palácio do Gelo Shopping e pelo reconhecimento de imposto diferido em consequência da alteração de planos quanto à futura rentabilização da propriedade de investimento.

milhões de euros

2009

2008

123,7

trabalhadores

2008

54,2

2007

74,4

anos

2007

50,2

milhões de euros

40,6

61,9

milhões de euros

2009

Cash flow

Realce-se que o mercado externo tem vindo a ganhar cada vez mais força, alcançando uma representatividade que hoje é já de 36%. Assim, fruto do crescimento de 80,9 milhões de euros no volume de negócios do segmento da Global, 34,9 milhões de euros no segmento da Indústria com a inclusão da VAA, 5,5 milhões de euros do Turismo, 3,3 milhões de euros das Participações Financeiras e 2,7 milhões de euros da Imobiliária, o “mix” do volume de negócios apresenta uma concentração de 73,6% do negócio no segmento da Global. Esta tendência não significa, no entanto, que a estratégia de diversificação operacional do Grupo tenha perdido importância, mas sim que a capacidade de geração de negócio do segmento da Global ultrapassou a das restantes áreas. Com a conclusão de algumas obras do Grupo, os trabalhos para a própria empresa baixaram 59% face a 2008, para 13,8 milhões de euros. A nível operacional, foram contabilizados itens não recorrentes no valor de -18,5 milhões de euros em propriedades de investimento, relativo à actualização do justo valor dos espaços comerciais Palácio do Gelo Shopping (IAS 40) e consequência da aquisição da VAA e da Bordallo Pinheiro, tendo sido apurada uma diferença positiva (ganho) no montante de 90,3 milhões de euros, correspondente a diferenças entre o justo valor dos activos líquidos identificados, tal como integrados nas contas do Grupo e o seu custo de aquisição. Os custos operacionais recorrentes ascenderam a 458 milhões de euros, representando um crescimento de 32%, mas, excluindo os 26,2 milhões de euros por conta da incorporação da VAA, esse aumento foi de 24%. O peso dos custos sobre o volume de negócios melhorou 2,8 p.p., principalmente devido à boa execução do plano de contenção ao nível dos fornecimentos e serviços externos que reduziram o seu peso no volume de negócios em 6,9 p.p., de 52,5% em 2008 para 45,6% no corrente ano. As amortizações do exercício aumentaram 5,4 milhões de euros face ao período homólogo. Cerca de 60% deste aumento resultou da inclusão da VAA no perímetro, e o restante reflecte o início da amortização dos investimentos realizados na TV Cabo Angola e Turvisa. O aumento das provisões de 3,7 milhões de euros deveu-se principalmente ao reconhecimento de imparidades em Angola. Como consequência do crescimento do volume de negócios e da melhoria dos níveis de eficiência nos custos, o EBITDA aumentou 8% em 2009 face ao exercício transacto de 2008, passando para 54,2 milhões de euros, equivalente a uma margem de 11,7%.

milhares de euros

2008

78,4

unidades

2007

31,2

milhões de euros

68,8

Evolução Económico-Financeira


Evolução Económico-Financeira

RISCOS DE TAXA DE JURO

Riscos Financeiros

Consciente da importância de adoptar uma gestão activa dos diferentes riscos financeiros com vista a minimizar os seus potenciais impactos negativos no cash flow, resultados e valor da empresa, o Grupo Visabeira procura gerir esses riscos de forma eficaz, formulando estratégias de cobertura em níveis considerados adequados.

A exposição do Grupo ao risco de taxas de juro advém essencialmente dos empréstimos obtidos, uma vez que as aplicações financeiras são normalmente contratadas por prazos curtos e, consequentemente, os impactos decorrentes de variações nas taxas de juro não afectam as contas de forma relevante. O saldo da dívida financeira consolidada do Grupo Visabeira, no final de Dezembro de 2009, foi contratado, maioritariamente, à taxa de juro indexada, sendo o principal indexante utilizado a Euribor, a um e a três meses para financiamentos nacionais, e a Libor para financiamentos em dólares, maioritariamente concedidos ao estrangeiro. Com o objectivo de reduzir o risco de flutuação da taxa de juro, privilegiou-se em 2009 a contratação de financiamentos, particularmente em Angola e Moçambique, em moeda local a taxa fixa. Mantêm-se ainda activos quatro contratos de swap de taxa de juro. No ano de 2007, o Grupo Visabeira SGPS, SA contratou um swap Euribor Range Accrual, com início em Julho e maturidade em 2014. O pagamento de juros é trimestral, recebendo a Euribor a 3 meses e pagando uma taxa fixa de 3,65%, para um montante nocional de 30 milhões de euros. À data de balanço, as trocas de fluxos representam uma perda global na operação de -2,21 mil euros, apresentando um valor mark to market negativo em 5 milhões de euros integralmente reconhecido. De referir que a quebra na taxa Euribor a três meses, iniciada em Outubro de 2008, em consequência dos sucessivos cortes na taxa directora do Banco Central Europeu, em resposta à crise financeira internacional, continuou o seu trajecto descendente no ano 2009, não sendo expectável uma inversão da evolução desta taxa a curto prazo. Tendo iniciado o ano em 2,859%, a Euribor a três meses fixou-se em 0,700% em 31 de Dezembro de 2009. Também em 2007, o Grupo contratou um swap de taxa de juro para um valor nocional de 43 milhões de euros, fixando a taxa em 2,97% com maturidade em 15 de Setembro de 2011. Esta operação gerou resultados financeiros que, à data do balanço, ascendiam a -241 mil euros com um valor mark to market negativo em 1,5 milhões de euros, integralmente reconhecido. Em 2009 contratou-se uma fixação de taxa de juro para o montante de 5 milhões de euros, trocando a Euribor a 3 meses por uma taxa fixa de 2,68%, operação que vence em 2015, e uma fixação para 3 milhões de euros, que troca o indexante Euribor a 1 mês pela taxa fixa de 2,48%. A Visabeira Global contratou em Novembro de 2009 um swap de taxa de juro para um montante nominal de 5 milhões de euros, tendo-se fixado a taxa de juro em 2,68%, com maturidade a ocorrer em 5 de Novembro de 2015. Ou seja, os subscritores recebem trimestralmente Euribor a 90 dias e pagam 2,68% até à data de maturidade do swap. A empresa Empreendimentos Turísticos Montebelo, participada do Grupo Visabeira, contratou em Março de 2009 um swap de taxa de juro para um montante nominal de 3 milhões de euros, tendo-se fixado a taxa de juro em 2,48%, com maturidade a ocorrer em 15 de Março de 2012. Ou seja, os subscritores recebem mensalmente Euribor a 30 dias e pagam 2,48% até à data de maturidade do swap.

RISCOS DE CRÉDITO Uma acrescida atenção relativamente ao risco de crédito é algo que assumidamente faz parte do quotidiano de qualquer participada do Grupo Visabeira, independentemente da natureza da actividade. Tendo em conta o negócio, a área de actividade em que se insere, ou o país do risco, a concessão de crédito obedece a uma classificação e avaliação resumida em fichas de crédito individuais que incluem informações sobre o carácter do cliente, a sua capacidade de gestão, património e garantias de crédito.

Travessa Companhia das Índias, séc. XVIII. Dinastia Qing, Reinado Jiaqing (1796-1820). Hotel Casa da Ínsua.

36

Em Portugal, o Grupo Visabeira mantém a subscrição de apólices de seguro de crédito, delegando em primeira instância a análise de concessão de crédito em profissionais especializados de cobrança e recuperação de dívidas, recebendo de uma fonte privilegiada a indicação de exposição – limite de crédito – ajustada à capacidade creditícia de cada cliente. Desta forma, as atenções da gestão podem centralizar-se fundamentalmente nas questões operacionais. A cobertura deste risco possibilita ainda uma indemnização pelos créditos de clientes não liquidados que para o mercado interno é de 85% e para o mercado externo de 90%. Os dois últimos anos foram marcados por um aumento das restrições na concessão de crédito em geral, tendo os limites de crédito sido objecto de revisões desfavoráveis significativas.

37


Riscos Financeiros

Evolução Económico-Financeira

Para dar resposta às necessidades de cobertura do risco de crédito relativamente aos quais os limites concedidos ao abrigo das apólices base se mostram insuficientes, o Grupo Visabeira contratou as coberturas adicionais OCDE I e OCDE II, linhas protocoladas com as Sociedades de Garantia Mútua e o Estado Português, que permitem, no primeiro caso, duplicar o limite da apólice base e no segundo garantir exportações com uma cobertura de 60%. As maiores restrições na cobertura externa do crédito concedido obrigaram também a um maior rigor e exigência na apreciação dos pedidos de concessão de crédito interno. As empresas do Grupo Visabeira que actuam como prestadoras de serviços de infra-estruturas e telecomunicações facturam a entidades de reconhecida idoneidade financeira que, no ano de 2009, representaram cerca 52% do volume de negócios consolidado. Neste grupo de entidades estão normalmente os operadores de telecomunicações locais, regra geral participados directamente pelo Estado de cada país, pelo que o risco de crédito se substitui pelo risco político. São exemplo a Portugal Telecom, Zon, EDP, concessionárias de gás natural, France Telecom, Belgacom, TDM – Telecomunicações de Moçambique, EDM – Electricidade de Moçambique, Angola Telecom, France Telecom e Belgacom. Incluem-se ainda neste grupo de entidades os organismos públicos, empresas estatais e as autarquias/municípios. O factoring, na modalidade sem recurso, é utilizado como uma forma de cobertura de risco complementar em operações em que o seguro de crédito possa não ser suficiente. Importante é também o montante relativo a recebimentos por adiantamento ou a pronto pagamento que, no ano em apreço, representaram um volume de cerca de 15% do volume de negócios, com especial contributo do negócio de distribuição de televisão por cabo e Internet e o turismo, restauração e lazer. O crédito concedido a entidades externas, que actuam simultaneamente como fornecedoras do Grupo, teve neste ano um peso de 3%.

RISCOS DE LIQUIDEZ O Grupo efectua uma gestão do risco de liquidez de forma a garantir o financiamento dos activos por prazos de maturidade e a taxas apropriadas e a liquidação atempada dos seus compromissos financeiros. Concomitantemente são mantidos saldos de disponibilidades apropriados e linhas de curto prazo que permitem uma gestão do disponível adequado aos compromissos financeiros de curto prazo. O aumento de capital da holding, que ocorreu em Outubro de 2007, permitiu reforçar os capitais próprios em 50 milhões de euros, melhorando a autonomia financeira do Grupo. Destaca-se também a contratação em Julho de um empréstimo obrigacionista de 60 milhões de euros bullet com vencimento a 7 anos. Estas operações trouxeram uma forte estabilidade das fontes de financiamento do Grupo. Refira-se que a alavancagem associada à aquisição das acções da PT, Zon Multimédia e EDP, sob a forma de papel comercial, com compromisso de tomada firme a 5 anos, face à elevada liquidez dos activos subjacentes e política de distribuição de dividendos das referidas sociedades, não implica qualquer pressão sobre a tesouraria do Grupo Visabeira, permitindo pelo contrário contribuir positivamente para o resultado financeiro de 2009 em 8,9 milhões de euros, valor que resultou da diferença entre os dividendos recebidos e os juros do financiamento destes activos.

RISCOS DE FLUXOS DE CAIXA A gestão global e centralizada dos investimentos e da tesouraria de todas as empresas do Grupo assegura uma redução dos riscos de fluxos de caixa, não existindo exposição a variações que possam afectar os resultados. O recurso ao factoring permite, por outro lado, uma redução dos prazos médios de recebimento com a inerente antecipação de recebimentos e facilita uma melhor gestão de tesouraria através da obtenção atempada do fundo de maneio necessário ao financiamento do ciclo de exploração, fundamental a um crescimento económico-financeiro sustentado. Em 31 de Dezembro 2009, o saldo de clientes cedido a empresas de factoring ascendia a 65,7 milhões de euros com valores adiantados de 53,8 milhões de euros. O Grupo mantém adicionalmente contratadas contas correntes de curto prazo para fazer face a necessidades pontuais de tesouraria.

RISCOS DE CÂMBIO O Grupo opta, sempre que possível, por efectuar uma cobertura natural do risco cambial ao possuir activos e passivos denominados em dólares, de forma a efectuar um equilíbrio e um ajuste automático a possíveis desfasamentos cambiais. A exposição a passivos em dólar não representa, pois, um risco económico e financeiro elevado, dados os impactos de variações cambiais sobre esses passivos serem naturalmente compensados pela receita operacional dos respectivos negócios, também conectada ao dólar. Nos mercados externos, designadamente em Angola e Moçambique, o Grupo importa do mercado europeu bens e serviços expressos em euros, facturando aos clientes em dólares e meticais, respectivamente. Nestes mercados, a moeda local está fortemente correlacionada com o dólar americano, com uma tendência histórica de desvalorização. Em 2009, o kwanza angolano desvalorizou 13,33% e o metical moçambicano 8,55% face ao dólar. Ao longo do ano o dólar manteve alguma oscilação, apresentando uma desvalorização anual em relação ao euro. Em Angola, as transacções internas têm ainda por referencial o dólar americano, pelo que os passivos e activos nesta divisa estão relativamente equilibrados. Por outro lado, o Grupo financia-se em dólares, apresentando assim neste país uma posição curta nesta moeda de 25 milhões de dólares. Em Moçambique, os saldos expressos nesta moeda apresentam também uma posição curta mas de menor dimensão, na ordem dos 3 milhões de dólares. Consequentemente, a reexpressão das contas locais em euros para efeitos de apresentação das contas consolidadas implicou impactos negativos em virtude da depreciação do dólar. O Governo Moçambicano introduziu em 2006 alterações nas regras de facturação referente a transacções efectuadas em território moçambicano, exigindo que passasse a ser emitida na moeda do país. Em conformidade, o Grupo passou também a contratar os novos financiamentos nessa moeda. Mantêm-se ainda assim posições expressas em dólares e, fundamentalmente, passivos em euros que se traduzem também em desvalorizações cambiais reconhecidas nos resultados consolidados do Grupo.

O Grupo mantém activas emissões do programa papel comercial contratado em 2005, no valor de 40 milhões de euros. As emissões deste programa são objecto de notação A2 por parte da Companhia Portuguesa de Rating. Face à possibilidade de denúncia anual a partir de 2008, procedeu-se à reclassificação deste financiamento para curto prazo, mantendo-se o compromisso de tomada firme. O Grupo Visabeira iniciará em 2010 a negociação de uma nova operação de características similares, com o objectivo de conferir maior maturidade à dívida global. Refira-se também que a compra de 63,4% do capital da Vista Alegre Atlantis foi precedida da concessão à sociedade adquirente e à própria Vista Alegre Atlantis de uma linha específica. Estas operações, dadas as suas características, foram relevadas em curto prazo, mas serão reclassificadas em Médio e Longo Prazo com a conclusão do processo. O montante de activos disponíveis e inertes do Grupo, que poderão ser utilizados como fontes de liquidez, contribui também para atenuar esse mesmo risco. No entanto, o índice de liquidez geral, que se situou próximo de 1, demonstra a adequabilidade do financiamento dos activos correntes por passivos correntes.

38

39


Evolução Económico-Financeira

Incentivos Fiscais

Neste capítulo é mencionado o conjunto de benefícios fiscais apurados no final de cada exercício contabilístico, que pela sua relevância merecem ser alvo de destaque. Assim, continuaram a ser importantes para a economia fiscal das empresas do Grupo Visabeira o Incentivo à Criação de Emprego (Artigo 19.º do EBF), o Regime de Interioridade (Artigo 43.º do EBF), os Benefícios Fiscais ao Investimento de Natureza Contratual (Artigo n.º 49.º do EBF) e o Sistema de Incentivos à Investigação e Desenvolvimento Empresarial (SIFIDE) (Lei n.º 40/2005 de 3 de Agosto). O ano de 2009 ficou marcado pela introdução de um conjunto de alterações legislativas no âmbito da Iniciativa para o Investimento e o Emprego (Lei n.º 10/2009 de 10 de Março), que implicaram alterações à forma de cálculo dos incentivos à Criação de Emprego e SIFIDE. Em Angola e Moçambique, à semelhança dos anos anteriores, as empresas participadas que tenham realizado investimento considerado relevante para a economia daqueles países, continuam abrangidas por medidas de incentivo fiscal, em especial isenções sobre Direitos Aduaneiros e Imposto sobre o Rendimento do Exercício. No âmbito das deduções à matéria colectável, o Artigo 19.º do EBF define que possam ser considerados custos do exercício, em 150%, os encargos com a criação líquida de postos de trabalho, para trabalhadores com idades compreendidas entre os 16 e os 35 anos (no exercício transacto este intervalo situou-se entre os 16 e 30 anos), e desempregados de longa duração, aferidos à data da celebração do contrato sem termo e aplicáveis durante um período de cinco anos. Em 2009, o resultado da majoração das remunerações fixas e das contribuições para a segurança social suportadas pelo empregador, determinadas pela diferença positiva entre o número de admissões elegíveis e o número de saídas de trabalhadores, que à data de admissão se encontrava nas mesmas condições elegíveis, ultrapassou os 881 mil euros a que correspondeu a criação líquida de 82 postos de trabalho. O Artigo 43.º do EBF, que tem demonstrado uma importante relevância nas medidas de combate à desertificação humana e de recuperação acelerada das regiões portuguesas que sofrem de interioridade, permitiu às empresas do Grupo Visabeira com sede nas áreas geográficas beneficiárias continuar a deduzir à matéria colectável 30% das reintegrações e amortizações de despesas de investimentos, efectuadas até ao limite de 500 mil euros. No ano de 2009, foi possível apurar um incentivo fiscal que ascendeu a 200 mil euros. No contexto dos benefícios fiscais ao investimento de natureza contratual, regulamentados pelo Artigo 41.º do EBF e pelo Decreto-Lei n.º 409/99 de 15 de Outubro, a Movida vem usufruindo, desde 2007, de um conjunto de créditos e isenções fiscais pela execução do projecto de investimento de ampliação e remodelação do Palácio do Gelo (concluído em 2008). Estes benefícios de natureza excepcional, com carácter temporário, são concedidos em regime contratual e limitados em função do investimento realizado, estabelecendo-se uma intensidade mais elevada para os projectos de especial interesse para o país. O reconhecimento do interesse estratégico para a economia portuguesa e da relevância para o desenvolvimento do tecido empresarial, nomeadamente pela indução do emprego e dinamização económica regional no sector do turismo, tiveram um papel fundamental na formalização do contrato de concessão de incentivos fiscais (Dezembro de 2006). A Movida tem desta forma ao seu dispor, cumulativamente, um crédito fiscal em sede de IRC até ao montante máximo de 2 milhões de euros (corresponde a 8% das aplicações relevantes do projecto) e isenção do Imposto de Selo em todos os actos ou contratos relacionados com o projecto.

A dinamização das actividades de investigação e desenvolvimento (I&D), nomeadamente a obtenção de novos conhecimentos científicos ou técnicos (despesas de investigação) e a exploração de resultados de trabalhos de investigação ou de outros conhecimentos com vista à melhoria de produtos, serviços ou processos (despesas de desenvolvimento), é fiscalmente considerada no SIFIDE. Em 2009, esta medida, regulamentada pela Lei n.º 40 de 3 de Agosto, foi objecto de um conjunto de alterações legislativas relevantes, nomeadamente em relação à taxa de base das despesas realizadas no período, que passou de 20 para 32,5%, e ao limite da taxa incremental (acréscimo das despesas realizadas no período em análise em relação à média aritmética dos dois exercícios anteriores), que foi estabelecido nos 1,5 milhões de euros, comparativamente aos 750 mil euros dos exercícios anteriores. Globalmente, para o universo das empresas do Grupo Visabeira foi apurado um incentivo fiscal de 207 mil euros, com particular destaque para projectos de I&D da Ambitermo e da Visabeira Digital. O Sistema de Lei de Bases do Investimento Privado Angolano (Lei n.º 11/03 de 13 de Maio) tem proporcionado aos promotores de investimento privado, cujo interesse seja considerado relevante ao crescimento da economia, um conjunto de isenções fiscais. Estão nesta situação a Comatel, a Álamo, a Tubangol, a TV Cabo Angola e a Visaconstroi que, em 2004, na sequência da realização de projectos de investimento formalizados à Agência Nacional para o Investimento Privado (ANIP), lhes viram ser concedidas isenções no domínio do Imposto Sobre Direitos Aduaneiros, do Imposto Industrial e do Imposto Sobre Aplicação de Capitais. Em 2009, com excepção da Comatel, que manteve a isenção do pagamento de direitos aduaneiros, as demais empresas apenas beneficiaram das isenções do pagamento do Imposto Industrial e do Impostos Sobre Aplicação de Capitais, por caducidade dos restantes. Em Moçambique, o quadro legal (Lei n.º 3 /93, de 24 de Junho e Decreto-Lei n.º 14/93 de 21 de Julho) proporciona o gozo de garantias e incentivos aos investidores nacionais e estrangeiros que contribuam para o desenvolvimento económico e social sustentável do país. O Sistema de Incentivos ao Investimento em Moçambique abarca quatro grandes componentes: Incentivos Fiscais; Incentivos Aduaneiros; Incentivos Relacionados com a Repatriação de Capital Investido e Lucros Obtidos; e a Garantia de Segurança e da Protecção pelo Estado Moçambicano dos Investimentos e da Propriedade Privada. Neste âmbito, as empresas do Grupo Visabeira, Imovisa (Girassol Bahia Hotel), Sogitel (Girassol Nampula Hotel), Turvisa (Girassol Indy Congress Hotel & Spa) e TV Cabo Moçambique têm vindo a beneficiar nos últimos anos do pacote de incentivos fiscais e aduaneiros previstos no Código dos Benefícios Fiscais, com particular destaque aos aplicáveis à indústria hoteleira. Em 2009, das empresas assinaladas apenas a Turvisa continuou a aplicar os benefícios fiscais, concretamente a utilização de um crédito fiscal de 8% (dedução à colecta) do investimento realizado no empreendimento Girassol Indy Congress Hotel & Spa (segunda fase), durante um período de cinco exercícios fiscais, por entretanto as restantes terem atingido o prazo útil de fruição.

INCENTIVOS FISCAIS EMPRESAS

AMBITERMO

INTERIORIDADE (MAJORAÇÃO DAS AMORTIZAÇÕES)

SISTEMA DE INCENTIVOS FISCAIS À I&D EMPRESARIAL (SIFIDE) 139.151

0

0

BENETRÓNICA

6.238

4.189

0

CERUTIL

20.200

5.202

0

CICLORAMA

226.016

17.451

0

EDIVISA

36.100

16.883

0

EMPREENDIMENTOS TURÍSTICOS MONTEBELO

26.799

11.421

0

GRANBEIRA

43.825

13.790

0

GRANBEIRA II

0

9.690

0

GRUPO VISABEIRA

0

721

0

JOAFIL

0

2.688

0

MOB

19.720

13.420

0

MOVIDA

29.419

22.388

0

MUNDICOR

6.300

1.603

0

PINEWELLS

0

3.217

0

REAL LIFE - TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO

177.218

0

0

RÓDIA

40.581

6.329

0

VIATEL

47.757

31.775

0

VISABEIRA

40.524

18.048

0

VISABEIRA DIGITAL

24.566

14.452

68.178

VISABEIRA IMOBILIÁRIA

4.938

4.542

0

VISABEIRA INDÚSTRIA

0

1.787

0

VISABEIRA PARTICIPAÇÕES

0

413

0

6.137

585

0

756.339

200.595

207.329

VISABEIRA TURISMO TOTAL

40

valores em euros ESTATUTO DOS BENEFÍCIOS FISCAIS (ART.º 19.º)

41


Evolução económico-financeira

2007

2008

2009

2007

2008

119,5

2009

5,2%). Ao conseguir controlar a evolução dos custos fixos mantendo o respectivo crescimento abaixo dos aumentos de facturação, a Viatel reduz o ponto crítico das vendas e em consequência aumenta a sua competitividade. Ao facto não foi estranha a introdução de novas formas de actuação na gestão corrente, como consequência da implementação do BeOn Mobilitiy e da sua extensão às diversas equipas de trabalho. O aumento dos resultados operacionais, que ultrapassaram os 6,8 milhões, traduz também a oportunidade e racionalidade do investimento realizado com o referido projecto. 56

54

57

2007

2008

2009

Outro facto muito relevante do exercício foi o início da actividade em Timor, alargando assim a presença do Grupo aos 5 continentes. O aumento do volume de facturação e das existências, aliado ao alargamento dos prazos de pagamento por parte dos seus principais clientes, fez aumentar o fundo de maneio que se situou na ordem dos 11,6 milhões de euros. 6,6

5,5

7,8

2007

2008

2009

Para financiamento dos seus activos a Viatel aumentou em pouco mais de 1 milhão de euros o seu endividamento bancário. Fê-lo porém em condições de crédito mais favoráveis, beneficiando da redução da Euribor e do facto de a sua solidez financeira não a fazer incorrer em elevados spreads, pelo que os encargos financeiros suportados se reduziram em pouco mais de 300 mil euros passando a representar 21,8% da dívida remunerada, contra 29,5% em 2008. O baixo endividamento da empresa, quando comparado com o montante dos seus activos e uma sustentada rentabilidade, asseguram-lhe uma estrutura financeira sólida traduzida numa autonomia financeira na ordem dos 25%, apesar de ter efectuado uma distribuição de dividendos de 3 milhões de euros. A rentabilidade das vendas, que tem tido um crescimento sustentado desde 2007 mais que duplicou, em resultado de um aumento menos que proporcional às vendas, quer nos FSE (que passaram a representar menos de 57% na estrutura de custos, uma significativa melhoria de 2%), quer nos encargos com pessoal (que de 6,7% passaram a

milhares de euros

Volume de negócios

EBITDA

42

Rentabilidade das vendas

Produtividade

Como consequência o EBITDA situou-se acima dos 7,8 milhões de euros, o que representa, face ao ano transacto, um crescimento de 42%. A empresa vê assim aumentado o seu VAB e com ele, por via da maior racionalidade e eficiência introduzidas na gestão dos seus recursos, a produtividade por activo.

A Real Life - Tecnologias de Informação, S.A. é um integrador de Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) que assume como missão a capacidade de disponibilizar soluções e serviços de elevada complexidade tecnológica, assegurando a máxima flexibilidade, qualidade e eficácia, focando-se na criação de relações de longo prazo com os seus clientes, fundamentadas no conhecimento do negócio e na procura de sucesso mútuo. 1,0

13,0

2008

2009

Volume de negócios

43

37

58

2008

2009

Produtividade

No mercado, estabeleceu-se uma posição ímpar no segmento das instituições financeiras, a Real Life Tecnologias de Informação, S.A. participou na concepção, desenho e implementação de alguns dos maiores projectos de infra-estruturas de comunicação aí existentes, tendo interligado milhares de nós de rede e no sector dos operadores conquistou uma presença sólida ao nível dos serviços de outsourcing e esteve ainda na génese de uma das maiores infraestruturas de comunicação em Portugal, sendo uma das mais inovadoras da Europa no seu género tecnológico. 1,1

1,3

2008

2009

Liquidez geral

REAL LIFE TECHNOLOGIES

milhões de euros

O Grupo Visabeira registou, em 2009, máximos históricos na maioria dos seus indicadores, com o volume de negócios consolidado a atingir os 465 milhões de euros. Os mercados externos atingiram o peso recorde de 36%, com especial relevo para Moçambique, Angola e França. Este desempenho positivo é alicerçado pelo comportamento das principais empresas, que apresentaram no exercício de 2009 uma performance que atingiu, na maioria dos casos, níveis nunca alcançados.

88,5

milhões de euros

115,1

milhões de euros

Análise Económico-Financeira Individual

A Viatel atingiu em 2009, um volume de facturação que ultrapassou os 119,5 milhões de euros correspondentes a um crescimento superior a 35% relativamente ao ano anterior, reforçou assim o seu contributo para o universo de empresas que integram a Visabeira Global, da qual se mantém como a principal participação. Consolidou a posição de forte liderança que ocupa no sector das telecomunicações, e para o qual contribuiu o projecto FTTH do cliente Portugal Telecom e a entrada em novos segmentos de actividade na área das novas tecnologias.

valores em percentagem

VIATEL

Em 2009, o primeiro ano fiscal completo, a empresa, tornou-se num interveniente incontornável no mercado Português das TIC, tendo obtido um volume de encomendas superior a 40 milhões de euros, e ratificado a capacidade para entregar o ciclo de vida completo de serviços de consultoria estratégica, análise de processos, auditoria, integração e sourcing em diferentes áreas, nomeadamente Networking, Security, Unified Communications, Data Centre, Storage, Contact center, Applications e Collaboration.

milhares de euros

5,6

unidades

2,6

Nas tecnologias, a empresa, passou a ser em Portugal um dos parceiros Gold mais certificados de um dos principais fabricantes mundiais de TIC, a Cisco Systems. De facto, ao obter especializações em tecnologias avançadas nas áreas de Advanced Routing & Switching, Advanced Security, Advanced Unified Communications, Advanced Wireless LAN, Advanced Data Centre Networking Infrastructure e Advanced Data Center Storage

1,7

17,2

2008

2009

Activo

milhões de euros

2,0


Análise Económico-Financeira Individual

Evolução Económico-Financeira

34,2

36,3

39,9

2009

2007

43,7

2009

2009

Nos mercados externos, que representaram sensivelmente 12,5% do seu volume de facturação repartidos de forma equilibrada entre mercado comunitário e extra comunitário, destaque para a Bulgária, a Espanha, a Suíça e os países africanos e para a prossecução do esforço de diversificação de mercados entretanto iniciado. 10,0

12,0

14,2

BEIRAGÁS Esta empresa resulta de uma parceria com a GDP Distribuição, onde a Visabeira Global detém cerca de 23,5%, correspondente a cerca de 3 milhões de euros. 16,1

2007

2008

2009

19,2

20,2

2007

Perante a necessidade de sustentar o previsto crescimento do negócio, a empresa iniciou a ampliação das suas instalações fabris e o aumento da sua capacidade produtiva para unidades de maior dimensão, de que resultou um investimento no exercício superior a 364 mil euros e que no final do ano ainda se encontrava em curso. 36,0

2008

2009

A Beiragás registou mais uma vez um excelente desempenho em 2009, ultrapassando neste exercício a barreira dos 40 mil clientes e dos 50 milhões de m3 de volume de gás veiculado. 2,2

27,4

2,1

2007

2008

2009

2007

2008

2009

Valor acrescentado bruto

Face à evolução registada nas taxas de juro, os custos financeiros registaram em 2009 um decréscimo de 29% em relação a 2008, dando origem a um crescimento de 32% dos resultados financeiros. Ao nível da estrutura financeira, destaca-se a manutenção dos principais indicadores de curto e médio prazo, demonstrando assim a consolidação financeira da empresa, fixando uma autonomia financeira de 23,8% e uma solvabilidade de 31,3%. A performance positiva do exercício está bem patente no crescimento do volume de negócios, na ordem dos 5%, alcançando os 20,2 milhões de euros. O resultado líquido, influenciado pelo comportamento favorável dos resultados financeiros, registou um novo crescimento ao atingir os 2,2 milhões de euros. 8,9

10,2

12,0

2007

2008

2009

2008

2009

milhões de euros

2007

Margem bruta

Em linha com o crescimento patenteado, regista-se a evolução do número de postos de trabalho que atingiram os cento e vinte e um trabalhadores.

44

2008

2009

Activo fixo sem capitais permanentes

Desta forma e coincidindo com o fim de um volume de obras que mobilizaram grande parte dos recursos da empresa - Palácio do Gelo Shopping, Quinta da Alagoa e Casa da Ínsua - verificou-se uma acentuada retracção do mercado, principalmente do investimento privado, o que originou uma menor produção. 80,7

93,1

93,8

2007

2008

2009

Capacidade de endividamento

O volume de negócios no ano 2009 foi de 41 milhões de euros. A conclusão das obras do Palácio do Gelo Shopping finalizadas no ano anterior foi o factor principal que influenciou a redução em 40% do volume de negócios da empresa face ao período homólogo. A área de negócio das obras públicas registou um crescimento de cerca de 10 milhões de euros, concluindo-se, portanto, que o sector imobiliário foi aquele em que a redução da produção mais se fez sentir. 33,3

37,4

36,7

2007

2008

2009

O EBITDA, no montante de 5,7 milhões de euros, apresentou um ligeiro decréscimo, cerca de 4%, fortemente influenciado pelo crescimento verificado nos fornecimentos e serviços externos, por sua vez influenciados pela complexidade introduzida pelas exigências do negócio regulado. Autonomia financeira

O volume de obras angariadas aumentou cerca de 93% relativamente ao ano transacto. Este aumento foi influenciado por um forte contributo na angariação de obras no segmento do Parque Escolar, em que se destaca uma obra orçamentada em cerca de 21 milhões de euros. De realçar também a empreitada de construção, instalação e conservação

Resultado líquido exercício

Activos fixos sem capitais permanentes

Ao nível dos custos operacionais verificou-se contudo um aumento generalizado da ordem dos 12%. A este crescimento não foi estranho o reforço das suas equipas e os processos de formação que as mesmas desenvolveram, de modo a permitir-lhe concorrer em novas áreas de negócio, com particular

2007

2,2

53,2

milhões de euros

2009

milhões de euros

2008

Margem bruta

14,5

7,3

Volume de negócios

Solvabilidade

2007

17,4

valores em percentagem

2008

Volume de negócios

48,0

2008

7,3

milhões de euros

2007

O EBITDA atingiu os 509 mil euros e o cash flow 394,5 mil. O investimento realizado não afectou significativamente a capacidade de endividamento da empresa que apresenta uma sólida estrutura de capital e que viu ainda no exercício melhorada a rotação dos seus activos, tanto por via das existências como da redução dos prazos médios de recebimento.

Produção 43,6

6,9

17,0

valores em percentagem

2008

O sector de construção civil foi particularmente afectado pela crise económica e dela se ressentiu o montante de negócios da Edivisa, já que tem nele a sua principal actividade.

Activo

Autonomia financeira

A nível patrimonial registou-se uma ligeira diminuição do activo líquido que passa dos 34,2 milhões de euros para 30,1 milhões. Esta variação é justificada não só pelo efeito das amortizações do activo fixo, mas principalmente pelo decréscimo das dívidas de terceiros. Ao nível do passivo, o prazo médio de pagamentos sofreu uma redução passando de 88 dias para 65 dias, fazendo com que as dívidas a fornecedores tivessem diminuído. Contudo uma redução dos outros credores obrigou ao reforço do financiamento bancário de curto prazo em cerca de 1,6 milhões de euros, o que se reflectiu no aumento dos encargos financeiros apesar da diminuição verificada nas taxas de juro. Face às alterações verificadas na estrutura do balanço, os principais indicadores financeiros em 2009 alcançaram valores muito apreciáveis, tendo reforçado em 4,4 p.p. o seu índice de solvabilidade para 48,1% e elevado para 32,5% o grau de autonomia financeira.

2007

9,0

milhões de euros

14,5

milhões de euros

2009

10,9

8,8

EDIVISA

valores em percentagem

Ao nível das áreas de negócio da Visabeira, a que mais se destacou foi a da electricidade, registando-se o facto de, em Dezembro, a empresa integrar o Grupo restrito dos 8 adjudicatários da nova empreitada da EDP a iniciar em Fevereiro de 2010 e que terá a duração de 3 anos com mais 2 de opção. Economicamente o exercício de 2009 manteve a tendência de crescimento dos últimos exercícios, caracterizado por um aumento do volume de negócios, cerca de 10% face ao ano anterior.

2008

10,0

6,9

de Lamego, passando a 13 o número de concelhos com gás natural disponível para todos os segmentos. No domínio patrimonial é de realçar o aumento do activo líquido na ordem dos 10,4 milhões de euros, representando um crescimento de 14% face a 2008. A maior contribuição para este aumento vem da rubrica de Imobilizado Líquido, pois em 2009 a Beiragás prosseguiu com a expansão das suas infraestruturas e criação de locais de consumo aptos para o gás natural, investindo cerca de 7,2 milhões de euros na construção de 7 km de rede primária e 40 km de rede secundária, em 2 082 ramais e na reconversão e conversão de consumos em 3,8 mil clientes.

milhões de euros

2009

Volume de negócios

32,5

Num ano marcado pela crise, a Ambitermo aumentou em quase 30% o seu volume de negócios, destacando-se pelo seu contributo para aquele a instalação dos sistemas de cogeração Ecociclo/ Sonae, de secagem de estilha da fábrica de pellets da Pinewells e da central de biomassa da Ecotator, Lda., todas elas actividades associadas à fabricação de geradores de vapor e de centrais de cogeração que constituem o core business da empresa.

milhões de euros

2008

44,9

milhões de euros

2007

40,4

30,4

AMBITERMO

A Ambitermo continua a apostar na inovação, tendo submetido ao QREN uma candidatura relativa a projectos que contemplam a introdução de inovações tecnológicas em caldeiras de recuperação, de biomassa e incineradores de resíduos.

milhões de euros

2007

O bom desempenho do sector das energias permitiu à Visabeira um crescimento sustentado do volume de negócios no ano de 2009 de 11%, ascendendo a 44,9 milhões de euros. A empresa desenvolve a sua actividade em todo o território nacional dispondo de zonas operacionais em vários pontos do país, garantindo desta forma uma cobertura integral do território. 36,4

30,4

valores em percentagem

VISABEIRA

destaque para as intervenções na rede de alta tensão e na instalação de equipamentos de aproveitamento das energias alternativas. Deste modo é expectável a melhoria da sua eficiência na actividade a desenvolver a partir do próximo ano. Como consequência de um aumento de custos superior ao registado nos proveitos, verificou-se uma redução dos resultados operacionais em 24%, o que não impediu que os resultados antes de impostos atingissem os 404,7 mil euros.

valores em percentagem

Networking, foram atingidos níveis de acreditação únicos em Portugal. Adicionalmente efectuou-se um investimento significativo na constituição de um laboratório de tecnologias de informação com a capacidade para simular a infra-estrutura multiserviços de um operador de grande dimensão. Este laboratório, por integrar o que de mais avançado existe no mundo das TIC, é único em Portugal e inovador na Europa. O sucesso da estratégia adoptada traduziu-se, em 2009, num volume de negócios superior a 13 milhões de euros, decuplicando o valor registado em 2008, reflectindo um resultado operacional de 721 mil euros e um crescimento da produtividade de 37 para 58 mil euros.

Neste exercício a Beiragás deu continuidade ao desenvolvimento do projecto de distribuição de gás natural na sua área de concessão, reforçando a sua presença nos concelhos já dotados de infraestruturas e expandindo a sua rede ao concelho

45


Análise Económico-Financeira Individual

Evolução Económico-Financeira

3,1

2007

2008

2009

Volume de negócios 1,1

1,1

1,3

2008

2009

unidades

2007

Perante a situação do mercado, durante 2009 a empresa apostou em reestruturações transversais a todas as áreas de negócio, tendo em vista a redução dos custos e uma maior racionalização dos meios afectos à actividade. Uma vez que a redução de proveitos não conseguiu, apesar de tudo, ter contrapartida numa proporcional redução de custos, dada a natureza dos mesmos e o peso dos custos fixos, verificou-se uma degradação dos resultados antes de impostos, que nem a redução para menos de metade dos juros suportados conseguiu neutralizar. 48,6

54,8

56,7

2,7 2007

A Visacasa, tendo como principais clientes a Refer, os CTT, a Educa e a Parque Expo, viu em 2009 o seu volume de vendas aumentar em cerca de 15% em relação ao ano transacto. Destaque para a renovação de contrato com a Refer no valor de cerca de 4,6 milhões de euros e para a adjudicação de duas obras de reabilitação de escolas pela Educa, no valor de 309 mil euros. 565

Liquidez geral

2008

2009

2007

320

2008

439

2009

EBITDA

Este factor reflectiu-se na rentabilidade das vendas que melhorou em cerca de 1%, em parte relacionado com o aumento do volume de negócios e por outro lado com uma melhoria do resultado líquido. Paralelamente ocorreu um aumento na rubrica de FSE, marcado essencialmente pelas rubricas de trabalhos especializados e subcontratos, decorrentes da necessidade de dar resposta às solicitações do mercado. 1,1

0,9

2008

2009

Autonomia financeira

Apesar de o prazo médio de recebimento se ter mantido apenas com uma diferença de dois dias, o prazo de pagamentos reduziu 23 dias face a 2008, por pressão dos fornecedores, pelo que houve um agravamento do fundo de maneio do negócio atenuado pela variação das existências. Também o rácio de solvabilidade melhorou consideravelmente (29%), comprovando uma maior solidez financeira durante o ano de 2009.

1,1

TV CABO MOÇAMBIQUE A TV Cabo Moçambique disponibiliza um serviço de distribuição de sinal de televisão por cabo e serviços de multimédia, oferecendo um serviço integralmente através de sistema digital. 8,4

8,9

10,0

2007

2008

2009

Volume de negócios

De facto, o sector onde a empresa detém a sua principal actividade – sector extractivo das rochas ornamentais – sofreu duplamente: com a crise e com as condições climatéricas adversas presentes no início do ano.

46

2007

2008

2009

Valor acrescentado bruto

Como tal, o EBITDA também aumentou em cerca de 119 mil euros, mais 37% comparativamente a 2008, demonstrando assim melhorias na produtividade e eficiência do negócio.

2009

A performance positiva do exercício está bem patente no crescimento do volume de negócios, que em 2009 se fixou nos 10 milhões de euros (374,5 milhões de meticais). A contenção verificada ao nível dos custos operacionais, com a maioria das rubricas de custo a revelarem crescimentos inferiores aos registados nos proveitos operacionais, permitiu o crescimento dos resultados operacionais para 1,3 milhões de euros (49,1 milhões de meticais), o que representa uma subida superior a 80%, quando comparada com o período homólogo (91% em meticais). Contudo, esta subida não se reflectiu de igual modo nos resultados correntes, devido à influência negativa dos resultados financeiros provocada pelas flutuações cambiais desfavoráveis. Ainda assim regista-se que, em 2009, o resultado líquido se manteve positivo, fixando-se nos 128 mil euros (4,8 milhões de meticais). 8,6

9,9

2007

2008

2009

1,1

1,4

Margem bruta

2009

A margem bruta foi superior à de 2008 atingindo um valor aproximado a 9,9 milhões de euros (369,1 milhões de meticais). A rentabilidade dos Capitais próprios mantém um rácio assinalável fixando-se nos 19,2%. A capacidade de gerar recursos revelou-se igualmente positiva, tendo os meios libertos líquidos ultrapassado 1,7 milhões de euros (65,5 milhões de meticais).

2007

2008

milhões de euros

2009

Custos fixos

2008

7,9

1,0

10,0

12,6

2007

2008

2009

2,5

Em 2009, a empresa continuou a desenvolver acções para aumentar a qualidade do seu serviço e dos produtos disponibilizados. No serviço de Internet, que tem registado um peso crescente no volume de facturação da empresa, destacamos o upgrade de banda de 20 mega bits. No serviço de televisão destaque para a assinatura do acordo com a RTP e para a retransmissão em exclusivo para a África Austral dos programas do canal RTPN.

milhões de euros

2008

milhões de euros

2007

2007

1,4

EBITDA

Autonomia financeira

O EBITDA e o cash flow atingiram, respectivamente, 718 mil euros e 730 mil euros, sendo também eles inferiores a 2008. Por outro lado a produtividade manteve-se, pois apesar de o valor acrescentado bruto diminuir também o número médio de colaboradores passou de 116 para 88 pessoas. Neste contexto, e como nota positiva, a solvabilidade e autonomia financeira conseguiram ser superiores ao ano anterior, e o endividamento reduziu cerca de 4%.

1,5

8,6

milhões de euros

2007

5,3

Em 2009, a Televisa continuou a desenvolver a sua actividade vocacionada para o projecto, instalação e manutenção da rede exterior de telecomunicações de Moçambique, actuando em todas as províncias do território nacional.

Volume de negócios

O operador público desta rede é a TDM Telecomunicações de Moçambique, que detém 50% do capital social da Televisa e que continua a ser o seu principal cliente. A empresa manteve o seu esforço na captação de novos clientes, tendo já executado trabalhos para o novo cliente VM SARL, a operar com a insígnia Vodacom na área das telecomunicações móveis. 240

331

432

2007

2008

2009

milhares de euros

4,6

milhões de euros

Por sua vez, no mercado das obras públicas, apesar de também se fazer sentir, a contracção não foi tão acentuada, tendo absorvido mesmo um maior volume de agregados e massas betuminosas. Assim sendo o volume de negócios apresentou uma redução na ordem dos 27%, ficando pelos 6,9 milhões de euros.

A actividade da Granbeira, associada à exploração de pedreiras e à produção de betão, sofreu o impacto da redução do investimento verificado em 2009 no sector da construção e obras públicas, para onde canaliza a generalidade da sua produção. 3,1

3,9

TELEVISA MOÇAMBIQUE

Cash flow

A Televisa tem estabelecido parcerias com outras empresas a operar no sector das telecomunicações, como operadores ou fornecedores de tecnologia. Na área das infra-estruturas de telecomunicações móveis, a Televisa alargou o leque de produtos disponíveis para o segmento de mercado da rádio e transmissão, aqui refere-se a título de exemplo um contrato de fornecimento e manutenção da rede de defesa nacional moçambicana. 6,1

6,6

7,6

2007

2008

2009

milhões de euros

2009

Produtividade

concorrente directo, acrescida da oferta dos canais recebidos directamente de Portugal, sendo ainda factor diferenciador a oferta de internet, tornando-a no único fornecedor dual player do mercado. A TV Cabo Moçambique continua a aguardar pela aprovação, em Conselho de Ministros, da legislação que lhe permitirá concorrer a uma licença de comercialização de voz, permitindo assim que a TV Cabo Moçambique se posicione como a maioria das suas congéneres, com uma oferta triple play: Televisão, Internet e Voz.

milhões de euros

2008

Apesar da crise generalizada, pode afirmar-se que 2009 foi um ano globalmente positivo para a actividade da Visacasa, confirmando que a empresa está numa fase de crescimento.

valores em percentagem

2007

valores em percentagem

GRANBEIRA

44,2

VISACASA

Cobertura imobilizado

Com um EBITDA de 2,9 milhões euros e um resultado líquido de quase 1,1 milhões euros, a Edivisa continua a ser uma das principais empresas do Grupo, instrumental para a estratégia de crescimento da Visabeira Global e determinante pelo contributo que aporta para os resultados da mesma. Daí que sem prejuízo dos valores que sempre nortearam a sua actuação, face ao reconhecimento das profundas alterações que o sector da construção civil sofreu, tenha elegido como principal preocupação para o próximo ano o incremento dos seus factores objectivos de competitividade.

33,7

milhões de euros

2009

58,8

29

milhões de euros

2008

688,4

29

milhares de euros

2007

574,4

valores em percentagem

589,3

31

milhares de euros

do Centro de Congressos, Feiras e Exposições da Quinta da Fonte e do Centro de Formação Profissional e Apoio Social da Outurela, uma obra em consórcio com as empresas Manuel Rodrigues Gouveia, Scoprolumba e Embeiral para o cliente OeirasExpo, orçamentada em 31,5 milhões de euros. Em finais de 2009, a Edivisa assinou um contrato de construção do projecto imobiliário Centro Deportivo y Cultural Juan Marichal, um projecto imobiliário na República Dominicana, promovido pelo banco público dominicano BNV e que será construído em consórcio com a empresa dominicana Rodriguez Sandoval, sendo o valor do contrato correspondente à Edivisa de 58 milhões de euros.

Margem bruta

Cash flow

O volume de negócios voltou a registar um crescimento comparativamente aos anos anteriores, atingindo em 2009 o valor de 12,6 milhões de euros (471 milhões de meticais).

Além destas mais-valias, actualmente a TV Cabo Moçambique comercializa os pacotes da Multichoice África ao mesmo preço que a DSTV, sendo esta uma grande vantagem competitiva na medida em que dispõe actualmente de toda a oferta do principal

47


Análise Económico-Financeira Individual

Evolução Económico-Financeira

13

16

A Constructel presta serviços de voz e dados, actuando assim no domínio das telecomunicações, essencialmente em França e nas Antilhas (ilhas de Martinica, Guadalupe e Guiana Francesa). 8,6

Em 2009, a TV Cabo Angola atingiu um marco histórico no seu volume de negócios alcançando 17,1 milhões de euros (1,905 milhões de kwanzas), o que representa um aumento de cerca de 32% face ao ano anterior, mantendo-se assim a tendência de crescimento verificada nos últimos exercícios. O facto é tanto mais significativo quanto é certo não se encontrar ainda concluída a totalidade da rede na área de intervenção prevista e existir ainda um potencial de clientes a activar. 2,7

2008

17,1

2009

milhões de euros

2007

11,4

2007

2008

2009

O aumento de 28% dos custos operacionais face ao ano anterior, não pode deixar de se associar à própria evolução da paridade da moeda local face ao dólar americano. No entanto e dado que este crescimento foi inferior ao verificado ao nível dos proveitos, o resultado líquido atingiu cerca de 2 milhões de euros (219,8 milhões de kwanzas), que quando comparado com o ano de 2008 representa um aumento de 8%. Ao nível patrimonial registou-se um aumento significativo no activo líquido, passando dos 26 milhões para 31,7 milhões de euros (2,845 milhões para 3,530 milhões de kwanzas). Esta variação é justificada essencialmente pelo acréscimo de investimento verificado. 3,1

2007

35,1

2,6

2008

2009

2009

4,0

6,5

2008

2009

Valor acrescentado bruto

48

Para o efeito em muito contribuiu, pelo lado dos proveitos, o reforço da actividade para os clientes tradicionais, na maioria do sector público ou dele dependente, como a angariação de novos trabalhos fruto da boa reputação de que a empresa goza no mercado local e, pelo lado dos custos, um esforço no controlo dos mesmos, que permitiu um crescimento bem inferior ao aumento da produção. 6,9

2007

9,1

2008

12,6

2009

Margem bruta

Não fora o impacto negativo da desvalorização da moeda local face ao dólar e deste relativamente ao euro, e a redução de quase 1,8 milhões de euros (197 milhões de kwanzas) relativamente ao valor de 2008 registada nos proveitos financeiros teria permitido à Comatel registar no exercício um resultado histórico. Aliás o impacto da crise, se é certo que não teve grande influência na actividade produtiva da Comatel, reflectiu-se indirectamente nas dificuldades sentidas pelo seu sector de cobranças no recebimento

milhares de euros

2008

Produtividade

Assim, grande parte dos resultados operacionais foi neutralizada pela performance financeira, a qual em larga medida ultrapassa o âmbito de actuação da gestão, pelo que os resultados líquidos do exercício e em consequência os indicadores de rentabilidade acabaram por não assumir a expressão que doutro modo poderiam ter atingido. O reforço do investimento realizado no ano, superior a quase 1 milhão de euros (110,2 milhões de kwanzas), respeitou não apenas a equipamentos que deverão permitir à empresa melhorar a sua capacidade de resposta e alargar a área de intervenção, mas também ao apetrechamento e formação das equipas. 4,7

3,3

2007

2008

2007

2008

2009

2009

Rentabilidade do capital

Para além de um reforço de competências, registou-se um aumento do quadro de pessoal em 40 efectivos que em nada comprometeu a respectiva produtividade por activo, que se viu aumentada em pouco mais de 3 mil euros (321 mil kwanzas). A melhoria de situação económica geral e a do país em particular, que se espera retome em breve valores de crescimento da ordem dos dois dígitos, deve levar a um reforço do investimento por parte dos seus clientes quer públicos quer privados, que fundamenta na Comatel a expectativa de um aumento do seu volume de negócios e dos seus resultados, a par do reforço da sua posição e notoriedade no mercado.

42

49

58

2007

2008

2009

Volume de negócios

Apesar da crise económica internacional o ano de 2009 revelou-se no exercício bastante positivo para a Constructel. De entre os principais clientes continua a destacar-se a France Telecom/Orange, empresa com a qual a Constructel mantém um elevado número de contratos e onde conquistou um lugar entre os seus principais fornecedores. 0,4

1,1

1,2

2007

2008

2009

4,0

EBITDA

Volume de negócios

2009 foi ainda um ano em que prosseguiram os trabalhos de construção de novas células para extensão da rede cujo traçado, nesta primeira fase, deverá ficar concluído até final de 2010.

1,7

5,4

EBITDA

A TV Cabo Angola é uma parceria entre a Visabeira Global e a Angola Telecom e tem como objecto a distribuição de sinal de televisão e internet através de uma rede de cabo coaxial e de fibra óptica. O ano de 2009 permitiu à empresa solidificar a sua actividade na zona de Luanda e projectar a expansão do seu crescimento alargando a operação a outras zonas, nomeadamente as províncias do Lobito, Benguela e Lubango. 8,6

3,5

1,4

2007

valores em percentagem

Cash flow

2007

TV CABO ANGOLA

2009

milhões de euros

Os resultados financeiros registaram um agravamento face a 2008; contudo a melhoria registada a nível operacional mais que compensou este agravamento e permitiu alcançar um resultado líquido de 205 mil euros (7,7 milhões de meticais) o que representa uma subida de 136% quando comparado com o resultado do ano transacto (145% em meticais). Relativamente aos indicadores, destaque para a subida da margem bruta que, em 2009, se fixou nos 7,6 milhões de euros (283,8 milhões de meticais). A capacidade de gerar recursos também foi excelente, tendo os meios libertos líquidos em 2009 apresentado um valor superior a 555 mil euros (20,8 milhões de meticais). A rentabilidade dos capitais próprios, por seu lado, situou-se no final do ano em alta, com um rácio de 23,1%.

2008

Apesar da crise económica que assolou as várias economias mundiais e de que a angolana igualmente se ressentiu, o ano de 2009 foi um ano bastante positivo para a Comatel tanto em termos de volume de negócios, que atingiram os 14,7 milhões de euros (1,640 milhões de kwanzas) - representando um crescimento de 32% em relação ao ano anterior - como de resultados operacionais que superaram em quase 1,8 vezes os bons resultados de 2008, cifrando-se muito próximo dos 1,9 milhões de euros (215 milhões de kwanzas).

milhões de euros

2007

milhões de euros

2009

COMATEL ANGOLA

milhões de euros

2008

Rentabilidade do capital

13,3

3,0

milhões de euros

2007

2,9

valores em percentagem

2,3

milhares de euros

13

CONSTRUCTEL FRANÇA

O volume crescente de negócios teve tradução no aumento dos encargos financeiros resultantes da actividade de factoring contratado com empresas da especialidade para antecipação dos recebimentos da empresa. Apesar disso os custos financeiros foram ligeiramente melhores, em parte influenciados pela diminuição das taxas de juro. Paralelamente, investiu-se na monitorização da qualidade e do desempenho, de modo a manterem-se os dois pontos fortes da Constructel: competitividade comercial, receptividade, flexibilidade e qualidade no serviço fornecido.

Produtividade

Os resultados registados, e que vêm no seguimento de todo um trabalho desenvolvido no decurso de 2008, traduziram-se num ano bastante positivo para a empresa e marcam uma nova etapa na dinâmica da sua actividade. Com efeito, tratou-se de um ano de consolidação e afirmação definitiva da empresa, em que a sua posição no sector saiu reforçada. Tendo em conta que o crescimento é sustentado, perspectiva-se para 2010 que a Constructel continue a aumentar a sua actividade, estendendo-a a outros mercados e territórios. De destacar a expectativa do crescimento na área das redes de fibra óptica neste mercado, onde a Constructel já está na dianteira no domínio das redes FTTH.

EBITDA

O aumento do volume de negócios de 13,3 milhões de euros para 35,1 milhões euros em 2009 deveu-se essencialmente à expansão da empresa a novas áreas geográficas e à entrada da empresa, no final de 2008, num consórcio com diversos parceiros do ramo. Por outro lado, também os custos operacionais aumentaram, na mesma medida. A aparente degradação dos indicadores de rentabilidade quando comparados com os do ano anterior resulta em parte da filosofia de consórcio, no entanto, quando expurgados do impacto dessa intermediação, a melhoria é significativa. Pela importância que assumem, foram renegociados os contratos já existentes com os diversos parceiros da Constructel, na busca de uma maior competitividade na negociação de novos contratos com os clientes. 2,0

2,6

GATEL FRANÇA O ano de 2009, o segundo de actividade da empresa no Grupo, foi marcado por um acentuado crescimento nas duas áreas de actuação em que opera: trabalhos em redes de comunicações e em redes de energia. Em consequência o valor da sua produção mais que duplicou, tendo ultrapassado os 5,4 milhões de euros. 2,6

5,4

2008

2009

3,1

milhões de euros

23,1

das respectivas facturas – um agravamento de mais de 30 dias – situação que partilha com o aumento da actividade da empresa a responsabilidade por um aumento dos saldos devedores de clientes em mais de 4,9 milhões de euros (545 milhões de kwanzas).

milhões de euros

11,4

Os principais indicadores financeiros mantiveram-se em níveis muito satisfatórios, com o grau de autonomia financeira acima dos 21% e o índice de solvabilidade acima dos 27%. Refira-se porém que dado o elevado volume de investimento, o indicador da cobertura de imobilizado deteriorou-se ligeiramente, mantendo-se no entanto em níveis francamente apreciáveis, acima dos 57%.

milhões de euros

10,9

O crescimento, diversificação da oferta e desenvolvimento tecnológico em que a TV Cabo Angola aposta como elementos diferenciadores da concorrência, requereram fortes investimentos por parte da empresa, procurando assim acompanhar a constante evolução tecnológica mundial característica do sector, evolução esta que terá já consequências práticas na concepção da rede que se prevê instalar no Lobito/Benguela.

Volume de negócios

2007

2008

2009

Valor acrescentado bruto

49

milhões de euros

A maioria das rubricas de custo cresceu, mas numa proporção inferior à do valor das vendas, o que originou também a melhoria dos resultados operacionais, que se fixaram nos 1,5 milhões de euros (56,7 milhões de meticais), o que representa uma subida de 56%, quando comparada com o período homólogo (66% em meticais).

Esse esforço de crescimento, importante para a consolidação da sua presença no mercado, onde conta já como clientes os principais agentes, como a Eiffage, Spie, Cegelec, Vinci e Ineo Suez, no sector da energia, e a France Telecom/Orange no das


Análise Económico-Financeira Individual

Evolução Económico-Financeira

O ano de 2009 foi para a Constructel Bélgica, empresa que se dedica à construção e manutenção de infra-estruturas de telecomunicações, um ano de excelente actividade não apenas em termos de volume de negócios mas também de resultados obtidos. 577

Tendo como principal cliente a Belgacom, a qualidade de desempenho e o grau de satisfação deste cliente levaram-no a solicitar um alargamento da área de intervenção da Constructel a outras regiões do país na sequência da renegociação do contrato existente, o que exigindo mais equipas no terreno requereu o reforço, em mais do dobro, do número de colaboradores.

2008

2009

Valor acrescentado bruto

Nestas circunstâncias afigura-se bastante promissor o futuro da empresa, que deverá a partir de agora começar a beneficiar da imagem de qualidade projectada com os trabalhos já realizados – com destaque para os levados a cabo em vários túneis rodo e ferroviários e nas linhas de tramway de diversas cidades – e com a composição do seu portefólio de clientes. 1,1

2007

1,3

Adicionalmente e no domínio da rede móvel foi celebrado um contrato com a Ericsson, alargando o espectro e a carteira de clientes da empresa. Na linha do sustentado crescimento que se vem verificando nos valores de facturação, o aumento em 2009 foi superior a 52%; e porque ao mesmo correspondeu uma proporcionalmente menor evolução dos custos externos, o EBITDA cresceu para mais do dobro situando-se nos 577 mil euros. 4,5

12,6

25,4

ELECTROTEC MOÇAMBIQUE O sector da energia, onde a Electrotec actua, vem sendo um dos vectores estratégicos à modernização e desenvolvimento de Moçambique. 1,4

4,4

8,6

Liquidez geral 2007

2008

2009

2008

2009

milhões de euros

2007

2009

2008

2009

Aproveitando a progressiva abertura do mercado aos investidores privados, a empresa tem aumentado a sua actividade em todo o território nacional desde o Rovuma a Maputo. O seu principal cliente continua a ser a EDM – Electricidade de Moçambique, para a qual tem vindo a realizar diversos trabalhos, mais concretamente instalações para o corte de fornecimento de energia, baixadas para ligação de novos clientes, construção e reabilitação de redes de baixa tensão, construção de redes de iluminação pública, construção e reabilitação de redes de média tensão, construção de postos de transformação, construção de subestações e trabalhos de manutenção. 329

2.180

Autonomia financeira 2007

EBITDA

A expansão da actividade da empresa foi acompanhada pela subida exponencial dos resultados operacionais que ascenderam a 2,1 milhões de euros (78 milhões de meticais), mais 673% que em 2008 (720% em meticais). Esta melhoria foi conseguida porque as principais rubricas de custo revelaram crescimentos inferiores aos registados no incremento do volume de negócios. 39,4

77,3

2007

2008

2009

2007

2008

2009

No exercício de 2009 foram relevantes os trabalhos executados para os Governos Provinciais de Angola, estando presente sobretudo na Província do Huambo. Nesta Província é de salientar a conclusão e entrega oficial de duas grandes obras: a Remodelação da Rádio Huambo, obra do Ministério da Comunicação Social, e o Centro de Formação de Funcionários Públicos, obra do Governo da Província do Huambo. No sector dos inertes, através da optimização da linha de britagem, conseguiu-se aumentar substancialmente a capacidade de resposta à forte procura destes materiais no mercado. 17

250

519

2007

2008

2009

2008

2009

Rentabilidade do capital

Ao nível do resultado líquido do exercício, o mesmo cifrou-se nos 984 mil euros (36,8 milhões de meticais), o que representa uma subida de 715% quando comparado com o resultado do ano transacto (765% em meticais). A margem bruta foi superior à de 2008 atingindo um valor de 5,6 milhões de euros (211,8 milhões de meticais), sendo os meios libertos líquidos, que apresentaram um valor muito próximo dos 1,6 milhões de euros (59,3 milhões de meticais), demonstrativos da capacidade da empresa em continuar a gerar recursos no futuro. A rentabilidade dos capitais próprios situou-se no final do ano em alta com um rácio de 77,3%, o que constitui, sem qualquer dúvida, um indicador de referência.

Resultados operacionais

A forte actividade, tanto na construção como na indústria, explica o crescimento de 10% no volume de negócios que ascendeu a 6,5 milhões de euros (719,3 milhões de kwanzas). O EBITDA cresceu 72% fixando-se nos 1,1 milhões de euros (127,8 milhões de kwanzas) e a margem alcançou os 17,8%, que compara positivamente com os 11,3% registados no ano transacto. Apesar da evolução favorável dos resultados operacionais, o resultado líquido foi influenciado negativamente pelos resultados financeiros tendo-se registado inclusivamente um prejuízo de 64 mil euros (7,2 milhões de kwanzas). 0,7

1,1

1,8

2007

2008

2009

EBITDA

A actividade da empresa tem vindo a evoluir em ciclo de crescimento, situação que se estendeu ao ano de 2009, tendo-se atingido neste exercício um volume de negócios superior a 8,6 milhões de euros

50

15,3

2007

2008

2009

Valor acrescentado bruto

51

Activo

milhões de euros

milhões de euros

2007

Volume de negócios

valores em percentagem

unidades

2009

11,7

1,1

Margem bruta

73

2008

2008

1,7

milhares de euros

2007

Produtividade

9,1

5,7

A melhoria da performance económica foi potenciada pela performance financeira já que os resultados financeiros passaram a positivos, o que contribuiu para que a rentabilidade das vendas tenha ultrapassado os 6%.

-31,7 0,8

0,7

O aumento dos custos financeiros é justificado não só pela desvalorização do kwanza, mas também pelo aumento do endividamento para fazer face aos crescentes investimentos que têm vindo a ser feitos a nível patrimonial.

Rentabilidade das vendas

52

2009

2,2

milhares de euros

2009

0,4 0,6

EBITDA

0,8

2008

2008

A Visaconstroi é uma empresa que actua no mercado angolano nos sectores da construção civil, obras públicas e indústria através da produção de inertes.

milhares de euros

33

2007

2009

VISACONSTROI ANGOLA

milhões de euros

Aliás, apenas uma melhoria de cobrança com a inerente redução do prazo médio de recebimentos impediu que fosse mais significativa a necessidade de fundos para financiar o seu crescimento. Ainda assim o resultado líquido situou-se na ordem dos 240 mil euros e o cash flow gerado, que aumentou em mais de 19 mil euros, ficou acima dos 248 mil euros. O ligeiro aumento no número de colaboradores não impediu que a produtividade por trabalhador crescesse mais de 1,5 vezes.

2008

milhões de euros

Valor acrescentado bruto

2007

(323,2 milhões de meticais), o que representa um crescimento superior a 93% se comparado com os valores de 2008 (104,7% em meticais). Comprovando este excelente desempenho, a KPMG certificou pelo segundo ano consecutivo que no ranking das 100 maiores empresas de Moçambique, a Electrotec foi a empresa que apresentou uma maior variação positiva do volume de negócios.

valores em percentagem

2009

278

milhões de euros

188

2008

6,1

valores em percentagem

2,6

2,8

CONSTRUCTEL BÉLGICA

milhões de euros

1,6

0,7

milhares de euros

telecomunicações, implicou alguns sobrecustos operacionais que se reflectiram na rentabilidade de exploração e exigiram um reforço de financiamento que fez aumentar os encargos financeiros apesar da redução das taxas de juro.


Análise Económico-Financeira Individual

Evolução Económico-Financeira

2008

2009

A Bordalgest, empresa onde o Grupo Visabeira detém maioritariamente, através da Cerutil, uma participação de 56% em parceria com o fundo do IAPMEI, detentor dos remanescentes 44%, foi constituída em Abril para assegurar o controlo da Faianças Artísticas Bordallo Pinheiro.

2009

Resultados operacionais

Um dos factores mais relevantes do ano para a Cerutil foi a aquisição de 63,46% do capital social da Vista Alegre Atlantis, em Abril de 2009. No mês de Março é também de referir uma tomada de posição de cerca de 55,97% no capital social da Bordalgest. A Bordalgest, por sua vez, adquiriu 76% do capital da Faianças Artísticas Bordallo Pinheiro, tendo posteriormente, e por via de um aumento de capital, passado a deter 83% da mesma.

2007

3,3

2008

3,3

2009

milhões de euros

3,0

31,1

-145

-850

2007

2009

2007

2007

2007

2008

2009

Valor acrescentado bruto

VISTA ALEGRE ATLANTIS O Grupo Vista Alegre Atlantis, SGPS, S. A., onde a Visabeira Indústria, por via da Cerutil passou a deter desde o corrente ano uma participação de capital de 63,46%, tem por objecto social a gestão de participações sociais noutras sociedades como forma indirecta de exercício de actividades económicas, as quais consistem na produção, distribuição e venda de artigos de porcelana, faiança, louça de forno, cristal e vidro manual, através de uma rede própria de retalho, de retalhistas e de distribuidores independentes.

Os resultados consolidados do exercício, que ao nível dos custos operacionais incluem um montante de custos não recorrentes no valor de 8,2 milhões de euros que, a não terem existido, permitiriam uma melhoria de 1,7 milhões no resultado operacional relativamente ao ano transacto, espelham ainda uma alteração na valorização standard dos produtos, os custos incorridos com a reestruturação, o valor das imparidades identificadas e o impacto do prolongamento da vida útil de alguns equipamentos no montante das amortizações, acabando por se situar dentro da mesma ordem de grandeza dos registados em 2008.

68,3

119,0

59,7

7,2

7,8

109,9

2009

Margem bruta exploração

De salientar que apesar das dificuldades, a Cerutil logrou obter nos mercados francês e italiano duas grandes encomendas que excederam, para os prazos

2008

2009

milhões de euros

milhões de euros

2007

Na sequência da alteração da sua composição accionista foi iniciado um plano de reestruturação global – financeira, produtiva e comercial – que permitiu melhorar a estrutura de capitais e abrir caminho à renegociação do passivo criando condições de suporte à concretização de um Plano

Os investimentos, da ordem dos 930 mil euros dos quais 354 mil euros respeitam a refractários para os fornos da área cerâmica, incluíram ainda acções nos domínios comercial e de marketing, destinadas a reforçar a presença e imagem da marca no mercado, a sua visibilidade e interacção com os clientes, em cujo âmbito merece destaque a reformulação do site. Apesar da manutenção de uma conjuntura adversa, encontram-se agora reunidas as condições necessárias à inversão da tendência de degradação de resultados e de notoriedade que se vinha registando, sendo de prever que a par das medidas que tem programadas o esforço de investimento que o Grupo se propõe realizar comece a produzir efeitos visíveis já no próximo exercício.

-18,4

-18,4

2007

2007

2008

2009

A fábrica, que devido ao passivo acumulado atravessava uma situação de grandes dificuldades que punham em causa a sua viabilidade, tem uma produção única que alia à utilidade das peças produzidas uma componente artístico/decorativa de inspiração naturalista, que lhes conferem um carácter de grande singularidade. 27

15

22

MOB A Mob é uma referência no sector do fabrico e montagem de mobiliário de cozinha, tendo já granjeado diversos prémios. 7,4

2007

2008

2009

2007

Activo

milhões de euros

2008

2009

2009

106,3

Volume de negócios

-12,4

2007

2008

milhões de euros

7,3

2007

2008

Cash flow

Como resultado das medidas adoptadas, foi possível suster o ritmo a que se vinha acentuando a quebra das vendas, obter economias na estrutura de custos e em consequência melhorar significativamente a rentabilidade, a produtividade e os resultados líquidos - que embora mantendo-se negativos em 107 mil euros, foram reduzidos para cerca de um décimo dos verificados em 2008 - mas sobretudo criar as bases e condições para o início da recuperação económica da empresa.

8,6

2008

2009

Adicionalmente herdou uma tradição associada à cerâmica artesanal e possui um património artístico de enorme valor que é fiel depositário do espírito e arte de Rafael Bordallo Pinheiro. Na sequência da tomada de posição accionista, do aumento de capital subsequente que permitiu à sociedade veículo passar a deter uma participação ao nível dos 83% e da realização de um empréstimo accionista que viabilizaram a liquidação do passivo da sociedade, foi dado início ao processo de reestruturação da empresa, à concepção do Plano de Marketing e ao gizar das acções comerciais estratégicas que deverão permitir uma abordagem robustecida aos mercados internacionais e o consequente aumento das exportações.

Volume de negócios

5,9

6,1

8,1

37,3

2007

2008

2009

24,8

34,9

A empresa continua a apostar continuamente na qualidade, design e inovação dos seus produtos como factores críticos de diferenciação e sucesso, numa procura constante de satisfazer os seus clientes.

Grau de alavancagem operacional

2007

2008

Autonomia financeira

2009

Apesar da recessão económica que afectou todos os sectores, a boa performance da loja Mob no Atrium Saldanha, que teve em 2009 um contributo de 22% para o total da facturação (mais 10% que em 2008), permitiu que o mercado dos particulares aumentasse em cerca de 34% a sua facturação, atingindo os 1,1 milhões de euros, no universo de 7,2 milhões de euros de volume de negócios alcançado.

Resultado líquido exercício

52

1,3

1,3

1,3

2007

2008

2009

Liquidez geral

Com efeito, enquanto o volume de negócios diminuiu cerca de 16%, os custos fixos baixaram 9%. Ao nível dos investimentos, 2009 marca o arranque de um novo sistema informático integrado que permitirá à empresa obter ganhos de produtividade e tornar os processos mais eficientes, melhorando a capacidade de resposta às solicitações do mercado. 50,5

46,4

49,9

2007

2008

2009

7,2

Produtividade

54,4

Valor acrescentado bruto

Estas duas aquisições por parte da Cerutil, que se enquadram numa estratégia de posicionamento líder na indústria da cerâmica e da cristalaria em Portugal, de forma a permitir-lhe ter massa crítica para que possa crescer neste sector e afirmar-se como um player de referência a nível internacional, implicaram a necessidade de recurso a financiamentos que fizeram multiplicar por oito o seu endividamento e afectaram a evolução que se vinha registando nos seus indicadores financeiros.

2009

131

22,0

milhões de euros

2008

milhares de euros

2007

35,5

2008

Rentabilidade das vendas

Grau de alavancagem financeira

Ainda assim a margem bruta de exploração subiu ligeiramente e a melhoria no desempenho operacional permitiu que os resultados operacionais subissem ligeiramente, situação que não se reflecte ao nível do resultado antes de impostos, devido ao agravamento dos encargos financeiros.

2007

valores em percentagem

2007

Os custos operacionais diminuíram em 20% na sequência de acções levadas a cabo para melhorar a produtividade e eficiência operacional, com vista ao alcance de uma maior competitividade e em linha com o projecto de inovação nesse domínio que a empresa tem em curso, o que permitiu à estrutura de custos acompanhar a quebra nas vendas, mas não evitou a deterioração dos resultados operacionais.

53

unidades

2007

2009

valores em percentagem

529

-5,1

milhões de euros

1,3

-40,4

valores em percentagem

521

1,0

BORDALLO PINHEIRO

milhares de euros

490

1,2

-6,8

valores em percentagem

O início do ano de 2009 revelou-se difícil para a Cerutil, já que a crise atingiu os mercados internacionais para os quais a empresa regularmente exporta. Contudo, no segundo semestre já se notou uma recuperação permitindo a verificação de melhores desempenhos.

valores em percentagem

CERUTIL

Estratégico de médio prazo, realizar as intervenções tidas por mais prioritárias nos equipamentos/ instalações fabris e de alguma forma minimizar o impacto negativo de uma conjuntura extremamente desfavorável, que afectou sobretudo o consumo de bens tidos por não essenciais e em particular as vendas no mercado nacional. Ainda que as economias que constituem os mercados tradicionais de exportação das empresas do Grupo tivessem também elas sofrido os efeitos da crise, a entrada em novos segmentos de mercado e uma nova dinâmica comercial permitiram que tanto as exportações de Cristal e Vidro como as de Faiança registassem aumentos, mesmo se insuficientes para compensar as quebras nas demais linhas de produtos.

milhares de euros

de entrega contratados, a sua capacidade produtiva própria, obrigando-a a subcontratar. As mesmas não foram contudo suficientes para evitar uma quebra no volume de negócios.

Autonomia financeira

Registou-se no exercício uma redução de 12% no número de colaboradores, parte dos quais em resultado dos novos processos adoptados. Deste modo o valor acrescentado por efectivo, embora tendo sofrido uma ligeira redução em relação ao ano transacto, ficou acima dos valores históricos. A liquidez geral tem vindo a melhorar de forma sustentada desde 2007, e a solvabilidade voltou a subir após uma pequena queda em 2008.


Análise Económico-Financeira Individual

Evolução Económico-Financeira

1,2

2007

1,9

6,2

2009

milhões de euros

2008

O ano 2009 ficou marcado pela abertura do Hotel Casa da Ínsua, uma unidade de 5 estrelas em Penalva do Castelo, a que foi atribuído, recentemente, o primeiro prémio do Turismo de Portugal na categoria de Requalificação de Projecto Privado, e do Montebelo Lake Resort & Spa, um resort turístico e habitacional, situado na Barragem da Aguieira, que incluiu também uma marina com 400 postos de amarração.

2007

3,6

2008

3,6

2009

milhões de euros

3,2

2009

milhões de euros

milhares de euros

2008

2008

2009

O Montebelo Golfe, que progressivamente se vai firmando como o mais importante campo da região centro, conseguiu, mesmo em época de crise, aumentar o seu volume de negócio. Registem-se ainda a redução do capital social em 11 milhões de euros, convertidos em reservas livres, a redução do passivo bancário em pouco mais de 1 milhão de euros e bem assim o aumento em cerca de 800 mil euros das dívidas a accionistas em termos líquidos.

2008

2009

EBITDA

Compreensivelmente, o cash-flow atingiu os 6 milhões de euros, registando um crescimento em relação ao ano anterior na ordem dos 93%. Este comportamento fica a dever-se ao crescimento dos resultados líquidos. A produtividade (VAB/n.º médio de trabalhadores), apesar do aumento do número médio de trabalhadores de 57 para 70, regista um crescimento de 16%, situando-se nos 138 mil euros. 22,7

27,8

2008

2009

MOVIDA O projecto de investimento de remodelação e ampliação do anterior multicomplexo Palácio do Gelo Shopping, Desportos, Saúde e Congressos, finalizado em 2008, concretizou num espaço único desporto, saúde, entretenimento, comércio e serviços. Este espaço singular alberga, para além do ForLife - um moderno espaço de desporto, saúde e bem-estar -, o maior hipermercado da região, um 3,8

12,1

15,3

2008

2009

milhões de euros

2007

2007

2008

2009

Autonomia financeira

Em resultado da conclusão do investimento e do impacto da contabilização das amortizações que se lhe associam, o activo líquido total registou um decréscimo de 1,5% relativamente a 2008, situando-se agora nos 144,3 milhões de euros. A autonomia financeira e a solvabilidade posicionaram-se, respectivamente, nos 30% e 43%, demonstrativos da estabilidade financeira da empresa a médio e longo prazo.

2,2

2007

2008

2009

Este facto, aliado ao aumento do prazo de pagamento a fornecedores permitiu a redução do fundo de maneio funcional que o gráfico evidencia.

A actividade da agência em 2009 ressentiu-se da conjuntura progressivamente desfavorável que se foi agravando com o decorrer do ano e que levou as empresas a adoptar uma política de contenção de custos mais profunda que em 2008, com reflexos nas viagens realizadas bem como nas convenções e reuniões promovidas. 825

846

845

2007

2008

2009

A quebra verificada no volume de negócios, da ordem dos 13%, e que veio afectar a performance operacional da empresa, foi por isso mais significativa na agência de Lisboa. Dada a rigidez da estrutura de custos do negócio, o peso dos FSE ainda que se tenha reduzido em termos absolutos na ordem dos 7%, aumentou para quase 95% na estrutura de custos, o que foi determinante para o decréscimo do EBITDA. 92

-26

2007 2007 Tesouraria líquida

2008

2009

A Ródia é a empresa que aglutina em Portugal o sector de restauração do Grupo não inserido em unidades hoteleiras. 153

159

226

2007

2008

2009

EBITDA

Pese embora o comportamento díspar das várias unidades, impactadas de forma diferente pela crise tanto em virtude da localização dos estabelecimentos como do respectivo tipo de clientela, pode afirmar-se que globalmente houve capacidade para acomodar a estrutura de custos à quebra de receitas, pelo que os resultados operacionais registaram um aumento de 87% relativamente a 2008, atingindo os 89 mil euros. 1,1

66

2009

RÓDIA

1,4

1,5

A abertura da Antártida no Palácio do Gelo Shopping determinou o encerramento em Abril da cervejaria do Fórum Viseu, decisão adequada porquanto a facturação daquela já ultrapassou em muito os resultados que a primeira vinha registando. Também a Antártida do Fórum Coimbra melhorou, ainda que ligeiramente, os seus resultados. O Forno da Mimi, que teve o principal contributo positivo para a formação de resultados, registou um crescimento de 21% na facturação, muito por virtude do aumento de eventos realizados no ExpoCenter que são servidos pelo Forno da Mimi, acrescido do facto de os custos terem reduzido mais que proporcionalmente. O activo fixo aumentou, tendo o investimento realizado sido de montante um pouco superior a 600 mil euros, dos quais cerca de 168 mil respeitam a investimentos financeiros relativos à unidade Prato Convivas. 14

13

14

2007

2008

2009

Produtividade

2007

2008

2009

Valor acrescentado bruto

Volume de negócios

54

1,1

Margem bruta exploração

Activo

30,2

1,9

Fundo maneio funcional

Custos fixos

Valor acrescentado bruto

O volume de negócios dos ETMB foi de 6,1 milhões de euros, mantendo-se ao mesmo nível do ano anterior. Num ano especialmente difícil, estas duas unidades vieram contribuir positivamente para o equilíbrio e diversificação da oferta na hotelaria.

2007

2007

2007

Cash flow

151

9,2

Margem bruta

2007

186

milhares de euros

1,3

5,4

167

A actividade do primeiro ano completo de operação nas novas instalações permitiu obter um volume de negócios de mais de 15,3 milhões de euros. Como resultado o EBITDA aumentou 48% e o resultado líquido do exercício situou-se nos 2 milhões de euros, quase triplicando o valor de 2008.

55

milhões de euros

1,4

5,3

238

valores em percentagem

4,8

295

Com efeito, ao nível da exploração, o CMVMC passou a representar 37% do valor da facturação, o que se traduziu numa melhoria de mais de 1 p.p. num indicador que é determinante para a avaliação do desempenho das unidades do sector. De igual modo os FSE registaram um decréscimo tanto em valor absoluto como relativo (de 5,2 p.p.), reduções estas que o aumento verificado nos encargos com pessoal no valor de 128 mil euros, e cujo quadro aumentou em quatro efectivos, não logrou neutralizar. O efeito conjugado dessas evoluções beneficiou os resultados operacionais, permitindo ao EBITDA um crescimento de 42%. Nestas circunstâncias apenas o registo de resultados extraordinários no valor de 95 mil euros é responsável pela quebra no resultado líquido de exploração, negativo em 45 mil euros.

milhares de euros

A empresa, estruturada por unidades de negócio que se apresentam no mercado como empreendimentos autónomos, congregou em 2009 cerca de 23% do número total de efectivos que o Grupo tem afecto ao sector do turismo em todo o mundo e foi destinatária de investimentos no valor de perto de 2 milhões de euros, ou seja, cerca de 38% do total investido pelo Grupo no mesmo âmbito.

2009

341

Cash flow

milhares de euros

Volume de negócios

2008

A Mundicor é uma agência de viagens em operação desde 1984, que abriu em 2008 um novo balcão no Palácio do Gelo Shopping. Ao encerrar no último trimestre de 2009, a agência de Lisboa posicionada preferencialmente para os segmentos Corporate e Mice, transferiu a carteira de clientes para a do Palácio do Gelo Shopping, sendo neste momento aquela que realiza a maior parte do volume de negócios. Esse encerramento permitiu uma redução dos custos fixos o que pode ser positivo numa perspectiva de aligeiramento de estruturas e ganhos de eficiência.

milhares de euros

2009

2007

6,0

MUNDICOR

Apesar de uma conjuntura difícil, foi possível evitar um significativo agravamento dos prazos médios de recebimento, que se situaram nos 42 dias, valor este inferior ao de 2008. Para além do permanente esforço de cobrança, ao facto não terá sido alheia a alteração da composição das vendas onde os segmentos tradicionais da empresa, de prazos de cobrança mais alargados mas também propiciadores de maiores margens, perderam importância relativa.

milhares de euros

2008

6,1

3,1

milhões de euros

2007

6,1

milhões de euros

5,6

1,5

valores em percentagem

A Empreendimentos Turísticos Montebelo (ETMB) ao integrar uma oferta turística que agrega a hotelaria, congressos e golfe, beneficia e potencia as sinergias induzidas pelas restantes valências da Visabeira Turismo.

amplo complexo de cinemas e uma oferta completa de moda, restauração e serviços. O core business da Movida centra-se assim na promoção e na gestão dos espaços comerciais e dos serviços associados ao ForLife.

milhões de euros

EMPREENDIMENTOS TURÍSTICOS MONTEBELO

O Montebelo Viseu Hotel & Spa continua a ser a referência entre as unidades da empresa, e aquele que mais contribuiu para o volume de negócios, com um peso de 54%. Apesar de em 2009 ter aumentado o número de unidades que integram os ETMB, dado o peso que nela assume a hotelaria, é manifesta a melhoria do CMVMC, que mesmo em valor absoluto diminuiu 2% face ao período homólogo, ou seja, uma redução superior à do volume de negócios, o que ilustra a preocupação de controlo deste importante factor de custo. O EBITDA da empresa foi positivo mas de valor inferior ao do ano anterior, fruto de ligeiros aumentos do peso dos custos com o pessoal e das amortizações no volumes de negócios. Na medida em que o prejuízo financeiro se agravou durante o ano (por via do aumento da divida financeira), fruto dos investimento nas novas unidades, e o valor dos extraordinários se manteve, o resultado líquido dos ETMB foi quase nulo, face aos 100 mil euros de 2008.

Este investimento sustentado em novos estabelecimentos, antes dos anteriores negócios terem atingido a sua maturidade, reflectiu-se na rentabilidade global da empresa, bem como na estrutura de financiamento dos seus activos, sem que no entanto a sua solidez financeira tenha sido posta em causa.


Análise Económico-Financeira Individual

Evolução Económico-Financeira

2007

2008

2009

EBITDA

Ainda em 2009, outro momento marcante na actividade da Turvisa foi a inauguração e entrada em funcionamento do novo pavilhão multiusos ForLife Indy, um conceito integrado de desporto, saúde e lazer inserido no Girassol Indy Congress Hotel & Spa e que pretende complementar a oferta global deste resort.

2009

375

1,5

2007

1,5

2008

2,7

2009

Grau de alavancagem operacional

2007

6

2008

2009

milhares de euros

2007 EBITDA

Em 2009, a empresa continuou a desenvolver os projectos imobiliários que actualmente detém em Guimarães, Tomar e Aveiro, este último numa fase muito avançada de construção, prevendo-se a sua conclusão no primeiro semestre de 2010. Este projecto, cuja comercialização irá arrancar muito em breve com o nome Páteo Vera Cruz, representou um investimento superior a 20 milhões de euros e colocará no mercado 103 fogos. 206

375

292

2007

2008

2009

10

2008

2009

Resultado da política adoptada, verificou-se um aumento do volume de negócios, que se cifrou nos 5,3 milhões de euros, o que correspondeu a uma variação de 56% face a 2008. Em consequência, o peso da margem sobre os resultados subiu, aumentando o grau de alavancagem operacional. 1,6

1,6

1,7

milhares de euros

4

2009

414

390

2007

2008

2009

milhares de euros

2008

291

Volume de negócios

A aposta na notoriedade da marca e obtenção de novas oportunidades de negócio levaram a empresa a recorrer a formas de negócio complementares às vendas de apartamentos novos: as permutas e o arrendamento de imóveis novos e usados. Com esta abordagem abrangente, a empresa conseguiu evitar que o impacto da conjuntura fosse tão gravoso na sua actividade e consolidou a sua posição no mercado.

2007

288

EBITDA

Activo 206

Valor acrescentado bruto

Fruto dos investimentos realizados, a actividade da empresa tem vindo a evoluir em ciclo de expansão, situação que se estendeu ao ano de 2009, tendo-se atingido neste exercício um volume de negócios de cerca de 7,7 milhões de euros (286,4 milhões de meticais), o que representa um crescimento superior a 56% se comparado com o período homólogo (66% em meticais). Este crescimento de actividade foi acompanhado pela contenção de custos, particularmente dos FSE. Apesar de o valor das amortizações ter duplicado em resultado da entrada em funcionamento dos novos equipamentos do Girassol Indy Congress Hotel & Spa, já referidos anteriormente, os resultados operacionais fixaram-se nos 1,7 milhões de euros (61,9 milhões de meticais), o que representa uma subida acentuada, quando comparado com os valores de 2008 (194% em meticais).

25,4

Valor acrescentado bruto

Por este motivo o resultado líquido da empresa em 2009 foi mais uma vez nulo. Este investimento foi financiado por capitais alheios remunerados a médio e longo prazo, levando a que o passivo registasse uma evolução semelhante. No seu conjunto, a empresa continua a apresentar uma solidez financeira adequada, com os principais indicadores financeiros a evidenciarem valores apreciáveis. A autonomia financeira e a solvabilidade situaram-se, respectivamente nos 22,2% e 28,6%, e a liquidez geral fixou-se muito próximo dos 2,2.

IMOVISA Em 2009, a Imovisa continuou a desenvolver a sua actividade nas três áreas de negócio que lhe são tradicionais: Reabilitação de Edifícios, Manutenção e Instalação de Equipamentos e Imobiliário. Este último tem presença significativa, quer na vertente de intermediação, quer na gestão de imóveis, quer ainda, por último, no segmento de serviços complementares onde se inclui a higiene e limpeza, que continua a ser o sector que mais contribui para o volume de negócios da empresa. A Imovisa é uma empresa bem conceituada no mercado moçambicano, particularmente em Maputo, primando por uma política de qualidade na prestação dos seus serviços.

Se analisados na moeda local, os resultados operacionais no montante de 189,6 mil euros (7,1 milhões de euros) apresentaram um ligeiro crescimento face a 2008. No que respeita aos resultados financeiros, estes mantiveram-se negativos e ainda mais penalizadores que em 2008, devido essencialmente à subida das diferenças de câmbio desfavoráveis. 1,0

1,3

1,4

2007

2008

2009

milhões de euros

2009

2008

milhões de euros

2008

2007

20,9

milhões de euros

5,3

15,9

O volume de negócios voltou a registar uma subida comparativamente aos anos anteriores, atingindo em 2009 o valor de 2,6 milhões de euros (98,4 milhões de meticais).

Valor acrescentado bruto

Este facto contribuiu negativamente para os resultados da empresa que, em 2009, foram negativos, registando um valor de -99 mil euros (-3,7 milhões de meticais). Relativamente aos principais indicadores financeiros, destacam-se a margem bruta que ascendeu a 2,1 milhões de euros (79,8 milhões de meticais) e a capacidade de gerar recursos, tendo os meios libertos líquidos apresentado um valor, em 2009, de 101 mil euros (3,8 milhões de meticais). 1,7

2,2

2,1

2007

2008

2009

Produtividade

Contudo, esta subida não se reflectiu nos resultados correntes devido à influência negativa dos resultados financeiros. Ainda assim, em 2009 o resultado líquido manteve-se positivo, fixando-se nos 37 mil euros (1,4 milhões de meticais). A margem bruta, por sua vez, foi superior à de 2008, atingindo um valor acima dos 6,1 milhões de euros (228,3 milhões de meticais). A capacidade de gerar recursos revelou-se igualmente positiva, tendo os meios libertos líquidos ultrapassado os 878 mil euros (32,9 milhões de meticais). No seu conjunto, a empresa apresenta uma estrutura financeira sólida e eficiente, continuando os principais indicadores financeiros a evidenciarem valores apreciáveis, com o grau de autonomia financeira próximo dos 29% e o grau de solvabilidade nos 40%.

2007

2008

2009

A nível patrimonial no exercício de 2009 registou-se um aumento significativo do activo, justificado essencialmente pela variação de produção que neste exercício registou um crescimento superior a 13,7 milhões de euros. 1,1

5,1

2,1

2,6

2,6

4,2

Liquidez geral 33,1

2007

31,1

2008

2007

32,0

2009

2007 Margem bruta

2008

2009

2008

2009

Volume de negócios

Entre os seus principais clientes destacam-se a Mozal, Socremo, Turvisa, Imensis, Banco de Moçambique e a TDM. Os dois últimos, para além de clientes são também importantes parceiros em alguns negócios, nomeadamente na Gestão Imobiliária.

Autonomia financeira

56

57

milhões de euros

2,5

3,4

3,4

Este valor resulta da capitalização de todos os custos envolvidos no desenvolvimento dos projectos que se encontram em curso, fundamentalmente no que concerne ao empreendimento de Aveiro, já referido anteriormente.

milhões de euros

1,0

milhões de euros

0,5

2007

1,7

milhões de euros

2009 ficou marcado pela abertura em Fevereiro do renovado Girassol Indy Congress Hotel & Spa, um resort de 7 hectares situado em Sommerschield, zona nobre de Maputo, que agora se posiciona como um empreendimento turístico de referência na capital moçambicana. Esta unidade passou a contar com 190 quartos, dos quais 118 em villas de tipologias V1 a V3. As piscinas e o bar exclusivos para hóspedes, bem como, os 2 campos de ténis e os amplos jardins são alguns dos atractivos que constituem esta nova hoteleira. Um novo restaurante com cozinha de forno de lenha, trabalhando a gastronomia moçambicana e internacional, um centro de conferências com capacidade até 1000 pessoas e várias salas de reuniões e ainda um edifício multiusos complementará esta nova oferta.

Apesar da crise que tem afectado o sector imobiliário, tanto a Visabeira Imobiliária SGPS como a Invesfer (participada da REFER), continuam empenhadas no objectivo estratégico que esteve na génese da criação da Ifervisa, ou seja: aproveitando a excelente localização de antigas estações de caminho de ferro, apostar em projectos imobiliários que se diferenciem pelas opções construtivas e qualidade de desenvolvimento, promovendo soluções inovadoras que marquem os locais onde se inserem e proporcionem a quem deles usufrui uma qualidade de vida superior.

valores em percentagem

2009

Volume de negócios

A Visabeira Imobiliária teve um ano particularmente difícil com o abrandamento do número de transacções e a crise generalizada no sector imobiliário.

unidades

2008

7,7

IFERVISA

valores em percentagem

2007

4,9

milhões de euros

3,6

VISABEIRA IMOBILIÁRIA

3,1 1,0

milhões de euros

A Turvisa agrega a oferta turística do Grupo Visabeira para Moçambique, através da cadeia hoteleira Girassol. A empresa, enquanto operador turístico, engloba cinco unidades de negócio autónomas, consoante o tipo de actividade que desenvolvem e a respectiva localização. Temos assim na hotelaria: O Girassol Indy Congress Hotel & Spa, em Maputo; o Girassol Bahia Hotel, em Maputo; o Girassol Lichinga Hotel, em Lichinga e o Girassol Nampula Hotel, em Nampula. Também na cidade de Maputo, mas no ramo da restauração, temos o restaurante Rodízio Real que em 2009 foi considerado um dos melhores restaurantes de África, através da atribuição de um Troféu Internacional de Turismo, Hotelaria e Gastronomia.

milhares de euros

TURVISA

Este conjunto de serviços de saúde e bem-estar que veio dar a Maputo um conceito inovador, englobando num mesmo espaço um ginásio, salão de cabeleireiro, centro de estética, piscinas, courts de ténis e kids club. Ainda no Girassol Indy Congress Hotel & Spa entraram também em funcionamento o Salão de Congressos e o restaurante Forno do Indy.

Margem bruta

A capacidade de solver os compromissos a médio e longo prazo mantém-se forte, com os níveis de autonomia financeira e solvabilidade a fixarem-se acima dos 26% e dos 35%, respectivamente.


Análise Económico-Financeira Individual

Evolução Económico-Financeira

2008

1,3

2009

unidades

2007

1,5

Liquidez geral

Foram registados no exercício menos 827 mil euros de outros proveitos operacionais e, contabilizados em ajustamentos em custos, mais 125 mil euros do que em 2008. O efeito conjugado dessas variações traduziu-se numa contracção dos resultados operacionais em quase 58%, a que se veio adicionar uma redução dos outros proveitos financeiros superior a 2,6 milhões euros, empurrando o resultado antes de impostos de cerca de 1,6 milhões de euros em 2008 para pouco mais de 333 mil euros em 2009.

Neste contexto, efectuou-se uma distribuição de resultados de 2 milhões de euros, sem que tal facto viesse prejudicar um aumento da autonomia financeira da empresa, que, realce-se positivamente, viu este indicador passar de 20,2 para 21,4.

2008

2009

Autonomia financeira

A redução da actividade teve, no entanto, um impacto positivo nos níveis de liquidez da própria empresa, uma vez que diminuiu as necessidades de fundo de maneio.

2007

2008

2009

13,6

14,2

0,8

0,9

1,7

2007

2008

2009

Activo

Volume de negócios

A Imensis tem por isso como objectivo estratégico a melhoria do parque imobiliário e o incremento da qualidade de serviços prestados, factores essenciais para a satisfação dos seus clientes e para a alavancagem do seu negócio. 194

198

170

2007

2008

2009

A redução de 8 mil euros verificada ao nível dos custos financeiros permitiu que o resultado líquido se fixasse nos 75 mil euros.

PARQUE DESPORTIVO DE AVEIRO O Parque Desportivo de Aveiro é um projecto plurifuncional e multifacetado que reúne uma componente imobiliária com vários equipamentos turísticos, desportivos e de lazer, onde se destaca o campo de golfe de 18 buracos, o centro hípico e ainda um hotel de quatro estrelas. A componente imobiliária que será desenvolvida em paralelo beneficiará de todas estas valências, assim como a quantidade e qualidade dos espaços verdes que caracterizarão toda a envolvente do Parque Desportivo de Aveiro. 10,6

2007

29,7

28,1

2008

2009

Numa era em que as pessoas se preocupam cada vez mais em combater o stress do dia-a-dia e, ao mesmo tempo, promover o convívio com a natureza e a boa forma física, o projecto Parque Desportivo de Aveiro, numa parceria com a Câmara Municipal de Aveiro, representa um investimento no futuro, já que alia todas as potencialidades nessa área a uma excelente localização, capaz de gerar sinergias com uma série de outros equipamentos da cidade e da região de Aveiro. Em 2009, fruto da concretização da estratégia planeada, destacamos a resolução das condicionantes colocadas em sede de DIA (Declaração de Impacte Ambiental), quanto à construção do campo de golfe.

58

2007

2008

2009

Imobilizado líquido

Apesar do crescimento verificado na estrutura do balanço, os principais indicadores financeiros continuam a evidenciar valores muito apreciáveis, com a autonomia financeira e solvabilidade a fixarem-se respectivamente em 28,1% e 39,2%. Como a empresa não tem qualquer proveito operacional, foi feito um esforço na contenção de custos, o que deu resultados positivos, provocando uma descida dos mesmos. Este facto, originou que o resultado operacional evoluísse da mesma forma, ou seja, embora continue negativo, teve uma evolução favorável se comparado com o período homólogo. No entanto, o acerto no lançamento dos impostos diferidos provocado pelo fim do período de reporte de prejuízos anteriores, provocou o efeito inverso no resultado líquido, que em 2009 se manteve negativo em 75 mil euros. 10,9

13,8

Valor acrescentado bruto

Nesta medida, o aumento do volume de negócio da empresa encontra-se portanto directamente associado à adequada actualização do cadastro dos inquilinos da Emose, à recuperação e beneficiação dos imóveis de modo a criar condições que justifiquem a actualização das rendas e ao acompanhamento da situação dos mesmos, aspecto para o qual assume particular importância o conjunto de guardas/zeladores que integram o quadro de funcionários da Imensis. 2,0

3,9

4,4

2007

2008

2009

14,3

Liquidez geral

2007 Activo

2008

2009

milhões de euros

2009

Neste exercício manteve-se o investimento na aquisição de terrenos, indispensáveis para a implantação do projecto, o que originou mais uma vez uma subida do activo, que em 2009 ascendeu a 14,3 milhões de euros. 10,9

21,4

valores em percentagem

2007

20,2

2008

1,8

Solvabilidade

Autonomia financeira 17,3

2007

1,7

milhões de euros

2009

1,1

milhares de euros

Contudo, ao nível dos custos operacionais as reduções verificadas não acompanharam proporcionalmente aquela descida, tendo mesmo a margem bruta sofrido uma diminuição de 1,7 p.p em resultado da evolução do custo das existências vendidas, que, apesar da diminuição em termos absolutos, aumentou o seu peso na estrutura de custos.

2008

Solvabilidade

39,2

Contudo tiveram um crescimento mais que proporcional tanto os custos com FSE ‘s como os com o pessoal - em virtude das medidas que houve que adoptar e que apenas terão pleno impacto nos anos subsequentes quando se forem consolidando os seus efeitos e for sendo dado cumprimento ao plano de intervenção previsto - donde resultou uma redução do EBITDA em cerca de 83 mil euros.

unidades

2009

2007

42,3

A Imensis é uma sociedade de direito moçambicano cujo objecto social consiste na gestão do património imobiliário do seu accionista Emose, e cujas receitas provêm duma comissão que aufere sobre as rendas cobradas aos inquilinos desses imóveis.

valores em percentagem

4,8

Margem bruta de exploração

1,2

27,2

IMENSIS

milhões de euros

2008

11,9

25,3

milhões de euros

2007

4,9

valores em percentagem

7,2

20,9

valores em percentagem

A Benetrónica, como empresa que actua no sector do comércio internacional, não ficou imune à recessão que se fez sentir no comércio global e à redução do volume de compras que intermediou, situando-se o seu volume de negócios nos 15,8 milhões de euros, registando uma quebra da ordem dos 42%.

Em consequência deste desenvolvimento, o projecto de execução está neste momento aprovado, assim como o respectivo RECAPE (Relatório de Conformidade Ambiental do Projecto de Execução), não existindo por isso qualquer impedimento ambiental à construção do campo de golfe, que será a principal âncora deste projecto.

valores em percentagem

BENETRÓNICA

Fruto de uma redução de saldos de clientes e dos débitos dos accionistas, que no seu conjunto representaram quase 7,8 milhões de euros, foi possível reduzir o endividamento bancário (682 mil euros) e regularizar parte das dívidas a fornecedores (cerca de 3,7 milhões de euros) e a outros credores (2,5 milhões de euros).

Como resultado da actividade desenvolvida no exercício, e que se centrou nos aspectos críticos que impedem ou condicionam a cobrança das rendas, o volume de negócios aumentou em mais de 54 mil euros, o que tendo em conta a desvalorização cambial do metical de 2008 para 2009, representa uma muito significativa melhoria.

59


Evolução Económico-Financeira

Portugal

Investimentos em 2009

A preocupação de reforço do potencial de desenvolvimento estratégico do Grupo e a avaliação que efectuou das oportunidades de crescimento sustentado, tendo em conta a evolução da conjuntura internacional, constituíram as linhas orientadoras da política de investimento concretizada no decurso do exercício. À luz deste princípio, o esforço de investimento, totalizando mais de 37,8 milhões de euros, repartiu-se entre a formação bruta de capital fixo (FBCF), responsável por 73% (27,7 milhões de euros) do total investido, e o Investimento Financeiro, na aquisição de novas participações ou no reforço do capital próprio das empresas participadas, de modo a poderem fazer face ao seu programa de investimentos (representando os restantes 27%), evidenciando uma clara intenção de crescimento exógeno, ainda que em muitos casos potenciador ou complementar das actividades e competências que integram o universo do Grupo Visabeira.

No investimento em FBCF realizado no país, e na continuidade dos investimentos transitados do ano anterior, a maior parcela – aproximadamente 6,1 milhões de euros – respeita à Pinewells e foi aplicada na conclusão da obra da construção e equipamento de uma fábrica de produção de pellets (combustível sólido de granulado de resíduos de madeira prensados, proveniente de desperdícios de madeira, sendo uma fonte de energia renovável pertencente à classe da biomassa). Esta unidade, situada na zona industrial de Arganil, tem uma capacidade de produção da ordem das 120.000 ton/ano. Fruto deste investimento a Visabeira Global representa, em 2009, 59% do total de investimentos do Grupo realizados em território nacional. Com 31%, seguiu-se a Visabeira Turismo. A destacar, dos investimentos mais significativos, com cerca de 1,9 milhões de euros em obras de remodelação, os espaços comerciais Polar & Brincar, Bowling e ForLife. Realce também para o investimento de aproximadamente 1 milhão de euros, efectuado no Montebelo Aguieira Lake Resort & Spa e mais de 600 mil euros no projecto do Hotel Montebelo Figueira da Foz. Igualmente relevantes foram os investimentos realizados na Viatel, cerca de 1,3 milhões de euros, dos quais cerca de 900 mil euros foram investidos em equipamentos e ferramentas procurando principalmente dotar as equipas com os meios necessários à optimização da sua actividade, melhorando a sua eficiência e produtividade. O valor remanescente diz respeito principalmente à tecnologia BeOn, sistema de controlo de operações e mobilidade. O terceiro maior investimento em volume, por parte desta sub-holding, no território nacional, foi realizado na Visabeira, ascendendo a 444 mil euros, principalmente na modernização do equipamento, com tecnologias mais sofisticadas, apostando sempre numa posição de vanguarda. A Visabeira Participações foi responsável por 4% do investimento. Deste, 50% foi corporizado pela PDA que teve um investimento de 500 mil euros na aquisição de terrenos.

INVESTIMENTOS 2009 PORTUGAL

valores em euros

EMPRESAS

VALOR

PINEWELLS

5.913.611

FÁBRICA DE PELLETS

MOVIDA

1.894.162

REMODELAÇÃO DO PALÁCIO DO GELO SHOPPING

EMPREENDIMENTOS TURÍSTICOS MONTEBELO

1.984.061

MONTEBELO AGUIEIRA LAKE RESORT & SPA; MONTEBELO HOTEL FIG. DA FOZ

VIATEL

1.268.408

EQUIPAMENTO INFORMÁTICO

PDA

529.318

AQUISIÇÃO DE TERRENOS

AMBITERMO

515.249

AMPLIAÇÃO DE INSTALAÇÕES

VISABEIRA

444.222

EQUIPAMENTOS

EDIVISA

177.839

EQUIPAMENTOS

GRANBEIRA

138.752

EQUIPAMENTOS

RÓDIA

224.409

REMODELAÇÃO DE ESPAÇO COMERCIAL

PRATO CONVIVAS

129.705

REMODELAÇÃO DE ESPAÇO COMERCIAL

BENETRÓNICA

103.375

REMODELAÇÃO DE ESPAÇO COMERCIAL

REAL LIFE TECHNOLOGIES

126.401

EQUIPAMENTOS

OUTRAS EMPRESAS

397.529

TOTAL

INVESTIMENTO

13.847.041

Copo de estanho, séc. XVII. Hotel Casa da Ínsua.

60

61


Investimentos em 2009

Evolução Económico-Financeira

África A aposta que o Grupo continua a fazer numa presença forte em África, de modo particular em Moçambique e Angola, encontrou tradução no investimento realizado em activos corpóreos com valores próximos dos 13 milhões de euros, representando cerca de 49% do investimento total. Em termos geográficos, o investimento realizado repartiu-se em 68% em Angola e 32% em Moçambique. Contudo, quer em Angola quer em Moçambique o investimento esteve primordialmente orientado para o sectores das Telecomunicações e da Construção, tendo sido investidos pelas empresas que integram a Visabeira Global mais de 10,3 milhões de euros, correspondendo a 83% da totalidade dos 12,5 milhões de euros. Assim, em Angola, a principal parcela (mais de 6,1 milhões de euros), continuou a ser investida na ampliação da rede da TV Cabo Angola e na construção do novo Head End. Na Visaconstroi foram investidos mais de 829 mil euros, essencialmente em equipamento básico e de transporte. Na Comatel, perto de 850 mil euros foram destinados à renovação da frota de viaturas e a maquinaria pesada. Em Moçambique, embora em menor proporção, o investimento no sector das telecomunicações situou-se perto dos 2,5 milhões de euros, sendo a TV Cabo Moçambique a principal destinatária, com cerca de 64% daquele montante, aplicado na ampliação e modernização da rede e na aquisição de viaturas. Seguiu-se a Televisa e a Electrotec com valores de investimento de 452 mil e 225 mil euros, respectivamente, onde a renovação das respectivas frotas de viaturas representaram a principal componente desta estratégia de investimento. O segundo objectivo do investimento realizado em Moçambique foi o sector do Turismo. Com efeito, na Turvisa concentraram-se cerca de 1 milhão de euros, aplicados, na sua quase totalidade, na ampliação e equipamento do empreendimento Girassol Indy Congress Hotel & Spa.

Europa O investimento em França teve um grande acréscimo em relação ao ano anterior em cerca de 1,2 milhões de euros, situando-se nos 1,4 milhões de euros. Este acréscimo ficou a dever-se sobretudo à aquisição de um imóvel por parte da nova SCI Constructel, por cerca de 1,3 milhões de euros para sua sede e comando operacional. Na Bélgica, os investimentos realizados visaram principalmente a aquisição de equipamentos que irão permitir melhorar a qualidade dos serviços prestados e optimizar os meios no terreno.

INVESTIMENTOS 2009 INTERNACIONAL

valores em euros

EMPRESAS

VALOR

INVESTIMENTO

MOÇAMBIQUE TV CABO MOÇAMBIQUE

1.679.382

EXPANSÃO REDE DE COBERTURA

TURVISA

960.955

EQUIPAMENTOS

TELEVISA

452.319

EQUIPAMENTOS TRANSPORTE

HIDROÁFRICA

383.690

EQUIPAMENTOS TRANSPORTE

ELECTROTEC

225.559

EQUIPAMENTOS

OUTROS

272.200

Investimentos Financeiros

O ano de 2009 fica marcado pela aquisição da Vista Alegre Atlantis e da Faianças Artísticas Bordallo Pinheiro, tornando o Grupo Visabeira, já detentor da Cerutil, num dos principais operadores no mercado da cerâmica e do cristal decorativos e utilitários. Estas operações totalizaram 6,4 milhões de euros (5,5 milhões de euros na Vista Alegre Atlantis e os restantes na Faianças Artísticas Bordallo Pinheiro). No decurso do exercício de 2009, foram ainda investidos em Portugal 867 mil euros. Maioritariamente na Bordalgest, detentora da participação na Faianças Artísticas Bordallo Pinheiro (560 mil euros) e na Base Force, no desenvolvimento de soluções de hardware e de software e serviços de manutenção, suporte e gestão de redes (298 mil euros). Em Moçambique foi constituída a Selfenergy, empresa que actua no âmbito das energias renováveis e na implementação de soluções inovadoras de eficiência energética, num investimento de 38 mil euros, e foi ainda efectuado o reforço da participação na Twin City Maputo em 141 mil euros, visando a construção e exploração de um centro comercial na capital moçambicana. Em Angola, destaque para a criação, sob a alçada da Visabeira Global, das empresas Electrovisa e Edivisa Angola num total investido de 130 mil euros. A Electrovisa é uma empresa prestadora de serviços no ramo da indústria ligada à engenharia electrónica, electricidade, gás, energias renováveis e energia em geral. Por outro lado, a Edivisa Angola, com actuação na construção civil e obras públicas no mercado angolano, visa complementar a oferta do Grupo neste mercado. Foram também reforçadas as participações na Ciclorama para 100%, por um valor de 300 mil euros, e na Constructel Roménia, de 75% para 100%, por 23 mil euros.

ANGOLA TV CABO ANGOLA

6.067.806

EXPANSÃO REDE DE COBERTURA

VISACONSTROI

828.867

PREPARAÇÃO DA PEDREIRA/EQUIPAMENTOS

COMATEL

845.499

EQUIPAMENTOS

ÁLAMO ANGOLA

451.967

LINHA MONTAGEM COZINHAS

VISACESIL

81.289

EQUIPAMENTOS

OUTROS

202.890

FRANÇA SCI CONSTRUCTEL

1.276.960

INSTALAÇÕES

CONSTRUCTEL FRANÇA

85.753

EQUIPAMENTOS

GATEL

18.887

EQUIPAMENTOS

42.680

EQUIPAMENTOS

BÉLGICA CONSTRUCTEL BÉLGICA TOTAL

13.876.703

62

63


Evolução Económico-Financeira

VOLUME DE NEGÓCIOS GLOBAL - EMPRESAS CONSOLIDADAS ÁREAS DE NEGÓCIO

valores em euros

TOTAL

GRUPO

CONSOLIDADO

INDÚSTRIA PORTUGAL VISABEIRA INDÚSTRIA, SGPS CERUTIL VISTA ALEGRE BORDALLO PINHEIRO MOB MOÇAMBIQUE AGROVISA CELMOQUE HIDROÁFRICA MARMONTE ANGOLA ÁLAMO ANGOLA TUBANGOL

Volume de Negócios Global

TOTAL

53.493.595 509.381 6.756.638 37.484.783 1.569.611 7.173.183 5.119.864 35.317 2.026.889 2.914.522 143.135 3.662.479 3.661.452 1.028

85,9% 0,8% 10,8% 60,2% 2,5% 11,5% 8,2% 0,1% 3,3% 4,7% 0,2% 5,9% 5,9% 0,0%

2.973.604 507.675 740.913 0 24.768 1.700.248 714.994 11.081 459.506 245.786 -1.378 917.626 916.629 997

64,6% 11,0% 16,1% 0,0% 0,5% 36,9% 15,5% 0,2% 10,0% 5,3% 0,0% 19,9% 19,9% 0,0%

50.519.991 1.705 6.015.726 37.484.783 1.544.843 5.472.935 4.404.869 24.236 1.567.382 2.668.737 144.514 2.744.853 2.744.823 30

87,6% 0,0% 10,4% 65,0% 2,7% 9,5% 7,6% 0,0% 2,7% 4,6% 0,3% 4,8% 4,8% 0,0%

62.275.938

100,0%

4.606.224

100,0%

57.669.714

100,0%

28.507.125 676.330 6.051.393 15.270.188 1.994.240 495.030 4.019.944 7.650.325 7.650.325 1.594.949 1.594.949

75,5% 1,8% 16,0% 40,4% 5,3% 1,3% 10,6% 20,3% 20,3% 4,2% 4,2%

5.138.877 610.675 486.928 2.620.586 457.329 42.336 921.023 612.178 612.178 11.874 11.874

89,2% 10,6% 8,4% 45,5% 7,9% 0,7% 16,0% 10,6% 10,6% 0,2% 0,2%

23.368.248 65.655 5.564.465 12.649.601 1.536.912 452.694 3.098.922 7.038.147 7.038.147 1.583.075 1.583.075

73,0% 0,2% 17,4% 39,5% 4,8% 1,4% 9,7% 22,0% 22,0% 4,9% 4,9%

37.752.399

100,0%

5.762.928

100,0%

31 989 470

100,0%

5.649.840 365.856 5 .283.983 2.628.350 2.628.350

68,2% 4,4% 63,8% 31,8% 31,8%

983.227 365.856 617.371 501.684 501.684

66,2% 24,6% 41,6% 33,8% 33,8%

4.666.612 0 4.666.612 2.126.666 2.126.666

68,7% 0,0% 68,7% 31,3% 31,3%

8.278.189

100,0%

1.484.911

100,0%

6.793.278

100,0%

32.293.360 663.359 15.773.233 10.976.512 7.000 841.832 299.828 2.188.068 9.247 12.000 7.500 197.796 7.835 1.309.151 8.278.618 1.778.713 1.765.480 3.422.168 1.312.257 16.378.551 8.054.205 1.581.928 6.742.418 51.974 62.092 -10.118

56,7% 1,2% 27,7% 19,3% 0,0% 1,5% 0,5% 3,8% 0,0% 0,0% 0,0% 0,3% 0,0% 2,3% 14,5% 3,1% 3,1% 6,0% 2,3% 28,7% 14,1% 2,8% 11,8% 0,1% 0,1% 0,0%

19.317.349 663.359 5.542.716 10.641.258 0 6.178 0 976.636 4.750 12.000 7.500 182.748 -205 1.280.409 3.925.504 302.175 -20.128 2.380.000 1.263.458 7.270.638 4.186.497 1.589.818 1.494.322 48.017 48.017 0

63,2% 2,2% 18,1% 34,8% 0,0% 0,0% 0,0% 3,2% 0,0% 0,0% 0,0% 0,6% 0,0% 4,2% 12,8% 1,0% -0,1% 7,8% 4,1% 23,8% 13,7% 5,2% 4,9% 0,2% 0,2% 0,0%

12.976.011 0 10.230.516 335.254 7.000 835.655 299.828 1.211.431 4.497 0 0 15.048 8.040 28.742 4.353.114 1.476.539 1.785.608 1.042.168 48.799 9.107.913 3.867.708 -7.891 5.248.096 3.958 14.076 -10.118

49,1% 0,0% 38,7% 1,3% 0,0% 3,2% 1,1% 4,6% 0,0% 0,0% 0,0% 0,1% 0,0% 0,1% 16,5% 5,6% 6,8% 3,9% 0,2% 34,4% 14,6% 0,0% 19,8% 0,0% 0,1% 0,0%

57.002.503

100,0%

30.561.508

100,0%

26.440.995

100,0%

2.547.644 2.547.644

100,0% 100,0%

2.536.678 2.536.678

100,0% 100,0%

10.965 10.965

0,0% 0,0%

2.547.644

100,0%

2.536.678

100,0%

10.965

0,0%

553.305.944

100,0%

88.084.040

100,0%

465.221.903

100,0%

TURISMO

VOLUME DE NEGÓCIOS GLOBAL - EMPRESAS CONSOLIDADAS ÁREAS DE NEGÓCIO

valores em euros

TOTAL

GRUPO

PORTUGAL VISABEIRA TURISMO, SGPS EMPREENDIMENTOS TURÍSTICOS MONTEBELO MOVIDA MUNDICOR PRATO CONVIVAS RÓDIA MOÇAMBIQUE TURVISA ANGOLA CONVISA TURISMO

CONSOLIDADO TOTAL

GLOBAL PORTUGAL VISABEIRA GLOBAL, SGPS VIATEL

270.977.613

70,3%

32.227.561

74,7%

238.750.051

69,7%

2.622.618

0,7%

2.520.418

5,8%

102.200

0,0%

120.043.563

31,1%

6.785.001

15,7%

113.258.562

33,1%

PDT

15.746.015

4,1%

929.727

2,2%

14.816.288

4,3%

REAL LIFE

13.001.876

3,4%

566.822

1,3%

12.435.054

3,6%

VISABEIRA DIGITAL

5.613.775

1,5%

5.305.427

12,3%

308.348

0,1%

VISABEIRA

44.889.128

11,6%

4.401.924

10,2%

40.487.204

11,8%

53.506

0,0%

-758

0,0%

54.264

0,0%

ACEEC AMBITERMO

14.210.464

3,7%

1.457.646

3,4%

12.752.818

3,7%

PINEWELLS

1.093.001

0,3%

0

0,0%

1.093.001

0,3%

TERMOGÁS

416.049

0,1%

416.049

1,0%

0

0,0%

EDIVISA

41.075.694

10,7%

4.712.460

10,9%

36.363.234

10,6%

GRANBEIRA

6.936.578

1,8%

1.567.365

3,6%

5.369.212

1,6%

VISACASA

5.275.345

1,4%

3.565.480

8,3%

1.709.865

0,5%

MOÇAMBIQUE

32.295.845

8,4%

2.126.155

4,9%

30.169.690

8,8%

TV CABO MOÇAMBIQUE

10.003.225

2,6%

150.714

0,3%

9.852.510

2,9%

TELEVISA

12.580.406

3,3%

896.578

2,1%

11.683.828

3,4%

ELECTROTEC

8.632.138

2,2%

0

0,0%

8.632.138

2,5%

28.666

0,0%

28.666

0,1%

0

0,0%

SOGITEL

1.051.411

0,3%

1.050.197

2,4%

1.214

0,0%

ANGOLA

38.400.931

10,0%

5.075.800

11,8%

33.325.131

9,7%

TV CABO ANGOLA

17.109.056

4,4%

162.489

0,4%

16.946.568

5,0%

COMATEL

14.730.352

3,8%

2.519.134

5,8%

12.211.218

3,6%

101.775

0,0%

11.638

0,0%

90.137

0,0%

SELFENERGY MOÇAMBIQUE

EDIVISA ANGOLA VISACONSTROI FRANÇA

6.459.747

1,7%

2.382.539

5,5%

4.077.208

1,2%

40.538 856

10,5%

3 696.935

8,6%

36.841.921

10,8%

CONSTRUCTEL

35.079.017

9,1%

642.805

1,5%

34.436.213

10,1%

GATEL

5.459.839

1,4%

3.054.131

7,1%

2.405.708

0,7%

BÉLGICA

3.226.760

0,8%

5.339

0,0%

3.221.422

0,9%

3.226.760

0,8%

5.339

0,0%

3.221.422

0,9%

9.266

0,0%

0

0,0%

9.266

0,0%

9.266

0,0%

0

0,0%

9.266

0,0%

385.449.271

100,0%

43.131.791

100,0%

342.317.481

100,0%

CONSTRUCTEL BÉLGICA MARROCOS TELEVISA MARROCOS TOTAL

IMOBILIÁRIA PORTUGAL VISABEIRA IMOBILIÁRIA, SGPS VISABEIRA IMOBILIÁRIA, SA MOÇAMBIQUE IMOVISA TOTAL

PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS PORTUGAL VISABEIRA PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS, SGPS BENETRÓNICA CICLORAMA 1101 SOLUTIONS DIGISPIRIT IUTEL JOAFIL PREDIBEIRA PTC RENTINGVISA VISABEIRA ESTUDOS E INVESTIMENTOS VISABEIRA SAÚDE VISASALES MOÇAMBIQUE AUTOVISA IMENSIS MERCURY VISABEIRA MOÇAMBIQUE ANGOLA MERCURY ANGOLA VISABEIRA ANGOLA VISASECIL ESPANHA VISABEIRA ESPAÑA TELESP TOTAL

HOLDING PORTUGAL GRUPO VISABEIRA, SGPS TOTAL

TOTAL GLOBAL

64

65


Evolução Económico-Financeira

Anexo ao Relatório do Conselho de Administração

Nos termos e para os efeitos do artigo 447º e 448º do Código das Sociedades Comerciais, informam-se as posições accionistas detidas pelos membros dos órgãos de administração e fiscalização e as operações efectuadas durante o exercício de 2009.

ACCIONISTA/MEMBRO DOS ÓRGÃOS SOCIAIS FERNANDO CAMPOS NUNES CAIXA CAPITAL AICEP CAPITAL GLOBAL

NÚMERO DE ACÇÕES EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009

%

NÚMERO DE ACÇÕES EM 31 DE DEZEMBRO DE 2008

%

MOVIMENTOS EM 2008

17.926.178 3.604.707 1.368.716

77,85% 15,66% 5,94%

17.040.985 4.489.900 1.368.716

74,01% 19,50% 5,94%

885.193 -885.193 0

67


3

capítulo

Demonstrações Financeiras Consolidadas e Respectivos Anexos


Demonstrações Financeiras Consolidadas e Respectivos Anexos

Demonstrações Financeiras Consolidadas e Respectivos Anexos

DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DOS RESULTADOS

exercícios findos em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 NOTAS

2009

2008

VENDAS

117.603.208

60.640.448

PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS

347.618.695

282.701.730

465.221.903

343.342.178

CUSTO DAS VENDAS E DAS PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS

-133.142.248

-91.518.853

MARGEM BRUTA

332.079.656

251.823.325

OPERAÇÕES CONTINUADAS

DEMONSTRAÇÃO DA POSIÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA

em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 NOTAS

2009

2008

IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS

23

291.311.155

239.476.632

GOODWILL

24

37.371.483

32.436.277

PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO

25

193.536.090

192.551.486

IMOBILIZAÇÕES INCORPÓREAS

26

61.773.621

962.216

INVESTIMENTOS EM EMPRESAS ASSOCIADAS

7

10.623.570

6.163.942

ACTIVO

VOLUME DE NEGÓCIOS

11

ACTIVOS NÃO CORRENTES

ACTIVOS FINANCEIROS DISPONIVEIS PARA VENDA

27

347.291.454

269 624.094

TRABALHOS PARA A PRÓPRIA EMPRESA

12

13.817.265

33.351.680

OUTROS INVESTIMENTOS FINANCEIROS

8

21.639 170

26.621.708

OUTROS PROVEITOS

14

9.875.721

6.670.774

IMPOSTOS DIFERIDOS ACTIVOS

22

16.427.918

6.679.304

FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS

15

-212.241.123

-180.419.574

CUSTOS COM O PESSOAL

16

-83.264.739

-57.585.073

979.974.461

774.515.659

OUTROS CUSTOS

14

-6.048.488

-3.688.903

54.218.291

50.152.229

TOTAL DE ACTIVOS NÃO CORRENTES ACTIVOS CORRENTES

RESULTADO OPERACIONAL RECORRENTE (s/ amortizações e provisões) PROVEITOS DE PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO

24

-18.385.000

93 .940.574

GANHOS NA COMBINAÇÃO DE NEGÓCIOS

13

90.335.301

0

AMORTIZAÇÕES

16

-16.816.587

PROVISÕES E AJUSTAMENTOS

17

-6.700.470

RESULTADO OPERACIONAL

28

145.089.811

124.393.961

CLIENTES E OUTROS DEVEDORES

29

163.509.731

123.494.595

ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS

30

7.784.853

8.313.093

OUTROS ACTIVOS CORRENTES

31

71.688.305

60.812.242

-11.404.864

ACTIVOS FINANCEIROS DETIDOS PARA NEGOCIAÇÃO

32

1.183.000

1.141.000

-2.960.463

CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA

33

25.219.380

31.450.127

102.651.536

129.727.476

TOTAL DE ACTIVOS CORRENTES

414.475.080

349.605.018

TOTAL DO ACTIVO

1.394.449.540

1.124.120.677

115.125.630

JUROS LÍQUIDOS

19

-21.367.232

-22.738.813

GANHOS EM ACTIVOS FINANCEIROS E OUTROS INVESTIMENTOS, LÍQUIDOS

20

8.908.623

-90.498.184

OUTROS CUSTOS FINANCEIROS, LÍQUIDOS

21

-9.415.525

-3.443.329

APLICAÇÃO DO MÉTODO EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL

7

-85.718

-160.967

RESULTADO ANTES DE IMPOSTO

EXISTÊNCIAS

80.691.684

12.886.183

CAPITAL PRÓPRIO CAPITAL

34

115.125.630

PRÉMIOS DE EMISSÃO DE ACÇÕES

34

44 493.578

44.493.578

OUTRAS RESERVAS

36

-56.849.214

-129.731.946

RESULTADOS RETIDOS

36

198.729.139

141.018.201

301.499.132

170.905.463

12.988.094

10.376.481

314.487.226

181.281.944

IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO CORRENTE

22

-2.924.600

-1.605.626

IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO DIFERIDO

22

-22.886.998

5.601.277

CAPITAL PRÓPRIO EXCLUINDO INTERESSES MINORITÁRIOS

54.880.087

16.881.834

INTERESSES MINORITÁRIOS

53.410.238

15.243.437

37

1.469.849

1.638.397

BÁSICO

35

2,32

0,66

EMPRÉSTIMOS BANCÁRIOS DE LONGO PRAZO

38

550.562.136

543.354.159

DILUÍDO

35

2,32

0,66

OUTROS CREDORES NÃO CORRENTES

40

60.584.801

67.316.372

IMPOSTOS DIFERIDOS PASSIVOS

22

44.616.173

12.078.495

PROVISÕES

43

10.729.625

126.958

666.492.735

622.875.983

RESULTADO LÍQUIDO ATRIBUÍVEL:

37

TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO

ACCIONISTAS INTERESSES MINORITÁRIOS RESULTADOS POR ACÇÃO:

PASSIVO PASSIVO NÃO CORRENTE

As notas fazem parte integrante desta demonstração dos resultados consolidados.

TOTAL DO PASSIVO NÃO CORRENTE PASSIVO CORRENTE

DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DO RENDIMENTO INTEGRAL

RESULTADO LÍQUIDO CONSOLIDADO DO PERÍODO

exercícios findos em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 2009

2008

54.880.087

16.881.834

VARIAÇÃO DAS DIFERENÇAS DE CONVERSÃO CAMBIAL

-6.607.023

-121.937

VARIAÇÃO DO JUSTO VALOR DE ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA

77.667.360

-83.198.232

OUTROS AJUSTAMENTOS RECONHECIDOS DIRECTAMENTE EM CAPITAL PRÓPRIO, LÍQUIDOS

4.491.520

-613.052

RESULTADOS RECONHECIDOS DIRECTAMENTE NO CAPITAL PRÓPRIO

75.551.857

-83.933.221

RENDIMENTO INTEGRAL DO PERÍODO

130.431.944

-67.051.386

130.593.670

-68.689.783

-161.726

1.638.397

EMPRÉSTIMOS BANCÁRIOS DE CURTO PRAZO

38

140.355.947

103.114.912

FORNECEDORES E OUTROS CREDORES

39

110.632.316

85.881.648

ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS

30

9.837.959

1.887.671

OUTROS PASSIVOS CORRENTES

40

152.643.357

129.078.519

413.469.579

319.962.750

TOTAL DO PASSIVO CORRENTE TOTAL DO PASSIVO

1.079.962.314

942.838.733

TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO E DO PASSIVO

1.394.449.540

1.124.120.677

As notas fazem parte integrante desta demonstração dos resultados consolidados.

RENDIMENTO INTEGRAL ATRIBUÍVEL A: ACCIONISTAS INTERESSES MINORITÁRIOS

70

71


Demonstrações Financeiras Consolidadas e Respectivos Anexos

Demonstrações Financeiras Consolidadas e Respectivos Anexos

ANEXO À DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DOS FLUXOS DE CAIXA

DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DAS ALTERAÇÕES NOS CAPITAIS PRÓPRIOS

A 1 DE JANEIRO DE 2008

exercícios findos em 31 de Dezembro de 2009 e 2008

CAPITAL

PRÉMIOS DE EMISSÃO

RESERVA JUSTO VALOR DOS ACTIVOS

RESULTADOS RETIDOS E OUTRAS RESERVAS (NOTA 36)

SUB-TOTAL

INTERESSES MINORITÁRIOS

TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO

90.000.000

19.619.204

-39.452.696

119.428.734

239.595.246

6.932.195

246.527.441

exercícios findos em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 1. AQUISIÇÃO OU ALIENAÇÃO DE FILIAIS

PREÇO

A1) AQUISIÇÕES NO EXERCÍCIO CORRENTE ATLANTIS CRISTAL UK BASE FORCE, LDA

AQUISIÇÕES DE SUBSIDIÁRIAS

0

0

0

0

0

1.805.889

1.805.889

RENDIMENTO INTEGRAL DO PERÍODO

0

0

-83.198.232

14.508.449

-68.689.783

1.638.397

-67.051.386

A 31 DE DEZEMBRO DE 2008

115.125.630

44.493.578

-122.650.928

133.937.182

170.905.463

10.376.481

181.281.944

DIVIDENDOS DISTRIBUÍDOS

0

0

0

0

0

-441.967

-441.968

AQUISIÇÕES DE SUBSIDIÁRIAS

0

0

0

0

0

3.215.308

3.215.307

RENDIMENTO INTEGRAL DO PERÍODO

0

0

77.667.360

52.926.310

130.593.670

-161 726

130.431.944

115.125.630

44.493.578

-44.983.568

186.863.492

301.499.132

12.988.094

314.487.226

127

(127)

297.620

(297.620)

SP RENOVADO, SA

6.500

(6.500)

ASSOCIAÇÃO INOVA PAREDES

25.000

(25.000)

TRANSCOM, SARL

49.582

(49.582)

TWIN CITY MAPUTO, LDA

141.781

(141.781)

TOTAL

520.610

(520.610)

1.927.400

1.927.400

553.472

553.472

2.480.872

2.480.872

2009

2008

A2) ALIENAÇÕES NO EXERCÍCIO CORRENTE VISABEIRA IMOBILIÁRIA, SA - PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO

A 31 DE DEZEMBRO DE 2009

RECEB./PAGAM.

ADIANTAMENTOS DE INVESTIMENTOS FINANCEIROS TOTAL A3) AQUISIÇÕES DE SUBSIDIÁRIAS VER NOTA 13

DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DOS FLUXOS DE CAIXA

exercícios findos em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 2009

2008

RECEBIMENTOS DE CLIENTES

510.897.152

410.044.266

PAGAMENTOS A FORNECEDORES

-388.857.068

-318.939.742

PAGAMENTOS AO PESSOAL

-82.219.628

-56.560.434

FLUXO GERADO PELAS OPERAÇÕES

39.820.456

34.544.090

PAGAMENTO/RECEBIMENTO DO IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO

1.821.383

4.858.601

ACTIVIDADES OPERACIONAIS

OUTROS RECEBIMENTOS/PAGAMENTOS RELATIVOS À ACTIVIDADE

9.247.280

9.072.007

FLUXO GERADO ANTES DAS RUBRICAS EXTRAORDINÁRIAS

50.889.119

48.474.698

FLUXO DAS ACTIVIDADES OPERACIONAIS (1)

50.889.119

48.474.698

2. DISCRIMINAÇÃO DOS COMPONENTES DE CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA A) CAIXA NUMERÁRIO

1.439.120

2.243.029

DEPÓSITOS BANCÁRIOS

23.703.780

29.087.801

DESCOBERTOS BANCÁRIOS

-8.930.798

-770.677

49.995

49.995

B) EQUIVALENTES A CAIXA C) OUTRAS DISPONIBILIDADES

0

0

4.036.911

4.094.123

20.299.008

34.704.271

DESCOBERTOS BANCÁRIOS

8.930.798

770.677

AJUSTAMENTOS DE APLICAÇÕES DE TESOURARIA

-2.827.426

-49.497

0

-2.834.323

26.402.380

32.591.127

TÍTULOS NEGOCIÁVEIS CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA NO FIM DO PERÍODO

ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO

JUSTO VALOR DOS ACTIVOS FINANCEIROS

RECEBIMENTOS PROVENIENTES DE: INVESTIMENTOS FINANCEIROS

2.480.872

271.273

IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS

63.479

2.298.753

SUBSÍDIOS AO INVESTIMENTO

386.012

63.243

JUROS E PROVEITOS SIMILARES

2.719.639

1.540.041

EMPRÉSTIMOS CONCEDIDOS

12.239.303

7.378.858

DIVIDENDOS

20.010.627

21.772.240

37.899.932

33.324.407 -11.406.917

CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA CONSTANTES DO BALANÇO

PAGAMENTOS RESPEITANTES A: INVESTIMENTOS FINANCEIROS

-520.610

AQUISIÇÕES DE SUBSIDIÁRIAS

-15.859.328

0

IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS

-16.202.148

-33.743.505

EMPRÉSTIMOS CONCEDIDOS

FLUXO DAS ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO (2)

-6.822.835

-17.329.226

-39.404.921

-62.479.649

-1.504.989

-29.155.242

ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO RECEBIMENTOS PROVENIENTES DE: EMPRÉSTIMOS OBTIDOS

1.056.554.638

1.503.154.619

1.056.554.638

1.503.154.619

PAGAMENTOS RESPEITANTES A: EMPRÉSTIMOS OBTIDOS

-1.065.692.190

-1.422.106.332

AMORTIZAÇÕES DE CONTRATOS DE LOCAÇÃO FINANCEIRA

-13.177.819

-40.980.171

JUROS E CUSTOS SIMILARES

-38.988.669

-40.604.452

-1.117.858.678

-1.503.690.956

-61.304.041

-536.337

FLUXO DAS ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO (3) VARIAÇÃO DE CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA (1) + (2) + (3)

-11.919.911

18.783.119

CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA NO INÍCIO DO PERÍODO

34.704.271

172.781.910

0

-155.042.718

RECLASSIFICAÇÕES EFEITOS DA ALTERAÇÃO DO PERÍMETRO CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA NO FIM DO PERÍODO

72

-2.486.729

-1.818.040

20.297.631

34.704.271

73


Demonstrações Financeiras Consolidadas e Respectivos Anexos

Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas em 31 de Dezembro de 2009 (montantes expressos em euros)

1 NOTA INTRODUTÓRIA

2 POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

O Grupo Visabeira iniciou a sua actividade em 1980, no sector das telecomunicações e da electricidade. Com sede em Viseu e fruto de uma aposta concertada nos recursos humanos, num sistema integrado de informação e logística, numa rede própria de transportes e num parque de instalações estrategicamente localizadas, o Grupo rapidamente estendeu a sua actuação a todo o território nacional e transformou-se no maior empregador da região centro do país. O seu contributo para a modernização e desenvolvimento das telecomunicações, através da oferta de soluções integradas e globais, granjeou-lhe a liderança de mercado no sector da engenharia de redes de telecomunicações, posição que mantém há cerca de 25 anos. Apostando na diversificação das suas actividades, Telecomunicações, Construção, Indústria, Imobiliária, Turismo e Serviços, bem como na presença em diversos mercados, adoptou uma estratégia de estruturação das suas operações em sub-holdings sectoriais, de forma a potenciar cada um dos seus negócios e a dinamizar a capacidade de realização do Grupo. O motor da sua estratégia de desenvolvimento assenta num modelo de gestão baseado em sistemas de informação globais e software próprio, interligando todas as unidades de negócios e integrando todas as valências do Grupo. Tendo por base a confiança granjeada no mercado, definiu e consolidou uma arrojada estratégia de internacionalização que consolidou as capacidades e a dinâmica do Grupo em duas frentes paralelas. Por um lado, expandiu e consolidou o seu modelo de actuação em novos países como extensão natural dos mercados e em países de economias emergentes, através de uma política de investimento em parceria ou de criação de empresas locais. Apostando, numa primeira fase, nos países de expressão portuguesa, o Grupo exportou o seu modelo a partir da década de 80 e, fruto dessa estratégia, detém hoje empresas com actividades consolidadas em Moçambique, Angola, França e presença em outros países. Através da internacionalização dos seus mercados, o Grupo promoveu a colocação dos seus produtos em mais de seis dezenas de países, nos cinco continentes, entre os quais assumem particular relevo os mercados da União Europeia, países Escandinavos, América do Norte, África, Austrália e Japão. Presentemente, pela via do investimento, o Grupo Visabeira continua a ter no seu crescimento externo a principal via de desenvolvimento, alavancada pela sua matriz multissectorial e por uma atitude de constante actualização tecnológica. O Grupo Visabeira de amanhã, potenciando as competências distintivas e o dinamismo empreendedor que o caracterizam, operará de forma integrada em cenários cada vez mais globais, expandindo os seus mercados de forma sustentada e perspectivando sempre a liderança nos seus negócios estratégicos. Em 31 de Dezembro de 2009, o volume de negócios atingiu o valor de 465.221.903 euros. O capital próprio atingiu o montante de 314.487.226 euros, dos quais 12.988.094 euros são interesses minoritários. O endividamento bancário foi de 690.918.083 euros. O Grupo Visabeira teve ao seu serviço durante 2009 um número médio de 6 466 colaboradores. As demonstrações financeiras foram aprovadas para emissão em conselho de administração, realizado em 23 de Fevereiro de 2010, estando pendentes de aprovação pela Assembleia-Geral de Accionistas.

As políticas contabilísticas mais relevantes utilizadas na determinação dos resultados do exercício e na apresentação da posição financeira são as seguintes:

2.1 BASES DE APRESENTAÇÃO De acordo com o Dec. Lei nº35/2005, de 17 de Fevereiro, o qual transpôs para a legislação portuguesa as disposições do Regulamento (CE) nº 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho de 19 de Julho de 2002, estas demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiros (IAS/IFRS) emitidas pelo “International Accounting Standards Board” (“IASB”) e Interpretações emitidas pelo “International Financial Reporting Interpretations Committee” (“IFRIC”) ou pelo anterior “Standing Interpretations Committee” (“SIC”), adoptadas pela UE, em vigor em 1 de Janeiro de 2009. O Grupo não está sujeito a qualquer obrigação legal de apresentar as suas demonstrações financeiras de acordo com o normativo das IFRS, mas entendeu que a apresentação da posição financeira e do desempenho do Grupo de acordo com este normativo permite uma melhor comparabilidade com as empresas cotadas no mercado da União Europeia. No exercício findo em 31 de Dezembro de 2007, o Grupo Visabeira apresentou também, pela última vez, demonstrações financeiras consolidadas de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal. Na preparação das demonstrações financeiras consolidadas de acordo com o IFRS, o Conselho de Administração do Grupo Visabeira SGPS utiliza estimativas e pressupostos que afectam a aplicação de políticas e os valores dos activos e passivos. Os resultados reais podem diferir das estimativas. As estimativas e julgamentos utilizados na elaboração das demonstrações financeiros estão apresentados no Nota 3. As demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas a partir dos livros e registos contabilísticos das empresas incluídas na consolidação (Notas 5 e 6), mantidos de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal e ajustados, no processo de consolidação, de modo a que as demonstrações financeiras consolidadas sejam apresentadas de acordo com as IAS/IFRS. As demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas no pressuposto de continuidade das operações, sendo respeitado o princípio do custo histórico, excepto no caso das propriedades de investimentos, derivados, investimentos detidos para negociação e investimentos disponíveis para venda, os quais foram mensurados ao justo valor.

2.2 BASES DE CONSOLIDAÇÃO a) Datas de referência As demonstrações financeiras consolidadas incluem, com referência a 31 de Dezembro de 2009, os activos, os passivos e os resultados das empresas do Grupo, entendido como o conjunto do Grupo Visabeira e das suas filiais, as quais são apresentadas nas Notas 5 e 6. b) Participações financeiras em empresas do Grupo Empresas do Grupo são as empresas controladas pelo Grupo Visabeira. Existe controlo quando o Grupo Visabeira tem o poder, directo ou indirecto, de dirigir as políticas financeiras e operacionais de uma empresa com o objectivo de influenciar benefícios resultantes da sua actividade. Potenciais direitos de voto exercíveis são tidos em consideração na determinação da existência, ou não, de controlo. Presume-se que existe controlo quando a percentagem de participação é superior a 50%.

75


Notas às Demostrações Financeiras Consolidadas

Demonstrações Financeiras Consolidadas e Respectivos Anexos

A participação do Grupo relativa aos ganhos e perdas das suas associadas é reconhecida na demonstração dos resultados, e a sua parcela de movimentos de Reservas Pós-aquisição são reconhecidos em Reservas. Os movimentos acumulados pós-aquisição são ajustados de acordo com os movimentos acumulados no investimento financeiro. Quando a participação do Grupo nas perdas de uma associada iguala ou ultrapassa o seu investimento nessa associada, incluindo qualquer transacção de recebimentos não segura, o Grupo deixa de reconhecer mais perdas, excepto se tiver incorrido em obrigações ou tiver efectuado pagamentos em nome da associada. Qualquer excesso do custo de aquisição de um investimento financeiro sobre a participação do Grupo no justo valor dos activos, passivos e passivos contingentes identificados à data da aquisição da empresa associada é reconhecido como goodwill, o qual é incluído no valor da participação financeira e a sua recuperação é avaliada anualmente como parte integrante do investimento financeiro. Se o custo de aquisição for inferior ao justo valor do valor líquido dos bens da associada adquirida, a diferença é registada directamente na demonstração dos resultados. Ganhos não realizados em transacções entre o Grupo e as suas associadas são eliminados na extensão da participação do Grupo nas associadas. Perdas não realizadas são também eliminadas, excepto se a transacção revelar evidência de imparidade de um bem transferido. As políticas contabilísticas de associadas são alteradas sempre que necessário, de forma a garantir consistência com as políticas adoptadas pelo Grupo.

As empresas do Grupo são incluídas na consolidação pelo método da consolidação integral, desde a data em que o controlo é adquirido e até à data em que o mesmo efectivamente termina. A contabilização através do custo de aquisição é o método utilizado para contabilizar a aquisição das subsidiárias do Grupo. Quando os prejuízos atribuíveis aos minoritários excedem o interesse minoritário no capital próprio da subsidiária, o Grupo assume esse excesso e quaisquer prejuízos adicionais, excepto quando os minoritários tenham a obrigação e estejam em condições de cobrir esses prejuízos. Se a subsidiária posteriormente obtiver lucros, o Grupo apropria esses lucros até que a parte minoritária dos prejuízos anteriormente assumidos pelo Grupo seja recuperada. O custo de uma aquisição é medido ao justo valor dos bens, instrumentos de capital utilizados e riscos incorridos ou assumidos à data de aquisição, mais os custos directamente atribuíveis à aquisição. Bens identificáveis adquiridos e os riscos e contingências assumidos numa combinação de negócio são medidos inicialmente ao justo valor à data de aquisição, independentemente da extensão de algum interesse minoritário. O excesso do custo de aquisição relativamente ao justo valor da parcela do Grupo dos bens identificáveis adquiridos é registado como goodwill. Se o custo de aquisição for inferior ao justo valor do valor líquido dos bens da subsidiária adquirida, a diferença é registada directamente na demonstração dos resultados. Saldos e transacções inter-grupo, assim como ganhos não realizados em transacções entre empresas do Grupo são eliminados. Perdas não realizadas são também eliminadas, excepto se a transacção revelar evidência de imparidade de um bem transferido. As políticas contabilísticas das subsidiárias são alteradas sempre que necessário de forma a garantir consistência com as políticas adoptadas pelo Grupo. Nas situações em que o Grupo detenha, em substância, o controlo de entidades criadas com um fim específico, ainda que não possua participações de capital directamente nessas entidades, as mesmas são consolidadas pelo método de consolidação integral.

e) Outras participações As participações relativamente às quais o Grupo não assegura uma influência significativa sobre a sua actividade, são registadas ao mais baixo valor entre o seu custo de aquisição e o seu valor de realização. f) Interesses minoritários Os montantes de capitais próprios das empresas filiais consolidadas pelo método integral, atribuíveis às acções ou partes detidas por pessoas estranhas às empresas incluídas na consolidação, são inscritos no balanço consolidado na rubrica de interesses minoritários. Os interesses minoritários sobre o resultado líquido das filiais consolidadas são identificados e ajustados por dedução ao resultado do Grupo e inscritos na demonstração dos resultados consolidados na rubrica interesses minoritários.

c) Participações financeiras em empresas controladas conjuntamente As participações financeiras controladas conjuntamente são incluídas na consolidação pelo método da consolidação proporcional, desde a data em que o controlo conjunto é adquirido e até à data em que o mesmo efectivamente termina. A classificação dos investimentos financeiros em empresas controladas conjuntamente é determinada com base na existência de acordos parassociais que demonstrem e regulem o controlo conjunto. De acordo com este método, os activos, passivos, proveitos e custos destas empresas foram incorporados nas demonstrações financeiras consolidadas, rubrica a rubrica, na proporção do controlo atribuível ao Grupo. O excesso do custo de aquisição relativamente ao justo valor da parcela do Grupo nos bens identificáveis controlados conjuntamente é reconhecido como goodwill. Se o custo de aquisição for inferior ao justo valor do valor líquido dos bens da entidade controlada conjuntamente adquirida, a diferença é registada directamente na demonstração dos resultados.

f) Especialização de exercícios Genericamente, os proveitos e os custos são registados de acordo com o princípio da especialização de exercícios, pelo qual as receitas e despesas são reconhecidas na medida em que são geradas, independentemente do momento em que são recebidas ou pagas. As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e as correspondentes receitas e despesas geradas, são registadas no balanço consolidado nas rubricas de “Outros activos correntes” e “Outros passivos correntes”, respectivamente.

2.3 RECONHECIMENTO DO RÉDITO a) Vendas e prestação de serviços Os proveitos decorrentes das vendas são reconhecidos na demonstração dos resultados quando os riscos e vantagens inerentes à posse dos activos vendidos são transferidos para o comprador. Os proveitos associados coma prestação de serviços são reconhecidos na demonstração dos resultados quando prestados, tendo em conta a proporção entre os serviços prestados no exercício e os serviços totais contratados. Os custos dos contratos de construção são reconhecidos quando incorridos. Quando as receitas do contrato não podem ser medidas com fiabilidade, os proveitos são reconhecidos na justa medida em que os custos são recuperados. Quando as receitas do contrato podem ser medidas com fiabilidade, e é provável que o contrato irá ser lucrativo, as receitas são reconhecidas ao longo do período da construção. Se o contrato não for lucrativo, a perda prevista é reconhecida imediatamente como custo do exercício. É utilizado o método da percentagem de acabamento para reconhecer as receitas em cada período. O grau de acabamento é medido tendo em conta o peso dos custos incorridos nos custos estimados totais. Os custos incorridos no exercício, que estão associados às actividades futuras do contrato, são excluídos do cálculo do grau de acabamento, sendo classificados como existências, custos diferidos ou outros. Os direitos de ingresso são reconhecidos no momento da assinatura do contrato do direito de reserva e consequente recebimento. O Grupo apresenta como um activo os valores a recuperar de clientes para os contratos em curso cujos custos incorridos adicionados dos proveitos reconhecidos (e subtraídos das perdas reconhecidas) excedem a facturação efectuada. As facturas por pagar são apresentadas na rubrica de clientes. Os proveitos decorrentes das vendas e prestação de serviços não são reconhecidos se existirem dúvidas quanto à cobrabilidade do produto da venda ou da prestação de serviços.

2.4 TRANSACÇÕES EM MOEDA DIFERENTE DO EURO A moeda funcional e de apresentação do Grupo, é o euro. As empresas sedeadas em Angola e Moçambique têm moedas funcionais diversas, sendo as suas demonstrações financeiras transpostas para o euro utilizando as cross rates kwanza e metical versus dólar americano e deste para o euro. Os activos e passivos monetários expressos em moeda estrangeira para os quais não há acordos de fixação de câmbio, são convertíveis para euros utilizando-se as taxas de câmbio vigentes na data do balanço. As diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis, que resultam da comparação entre as taxas de câmbio em vigor na data das operações e as vigentes na data das cobranças, dos pagamentos, ou à data do balanço, são registadas como proveitos e custos na demonstração de resultados, excepto no que respeita às diferenças de câmbio provenientes da conversão cambial de saldos de empréstimos que na prática se constituam como uma extensão de investimentos financeiros no estrangeiro e cujo reembolso não seja previsível num futuro próximo, as quais são registadas no capital próprio, até à alienação do investimento, momento em que são transferidos para os resultados do exercício. Os activos e passivos não monetários denominados em moeda estrangeira e registados ao justo valor são convertidos para a moeda oficial de cada filial, utilizando para o efeito a taxa de câmbio em vigor na data em que o justo valor foi determinado. A conversão de demonstrações financeiras de empresas subsidiárias e associadas expressas em moeda estrangeira é efectuada considerando as seguintes taxas de câmbio: > taxa de câmbio vigente à data do balanço, para a conversão dos activos e passivos; > taxa de câmbio média do período, para a conversão das rubricas da demonstração dos resultados; > taxa de câmbio média do período, para a conversão dos fluxos de caixa (nos casos em que essa taxa de câmbio se aproxime da taxa real, sendo que para os restantes fluxos é utilizada a taxa de câmbio da data das operações); > taxa histórica, para as rubricas de investimentos financeiros/capital próprio, utilizadas aquando da primeira consolidação.

b) Subsídios Os subsídios só são reconhecidos quando recebidos ou após existir segurança de que o Grupo cumprirá as condições a eles associadas. Os subsídios ao investimento são incluídos na rubrica de Outros passivos não correntes e o proveito subjacente é reconhecido em quotas constantes ao longo da vida útil estimada dos activos associados.

g) Alterações ao perímetro O Grupo Vista Alegre Atlantis foi adquirido a 24 de Abril de 2009, através de uma OPA (Oferta Publica de Aquisição) lançada pelo Grupo Visabeira. A 31 de Dezembro de 2009 comportava um total de volume de negócios de 54, 4 milhões de euros, originando um resultado líquido negativo de 18,4 milhões de euros; dos quais foram incorporados no consolidado a parte respeitante aos meses de exercício sob gestão do Grupo Visabeira, traduzindo-se em 37,5 milhões de euros de volume de negócios e um resultado líquido de positivo de 356 mil euros. Em 1 de Abril de 2009 foi adquirida as Faianças Artísticas Bordallo Pinheiro, empresa que se dedica à produção e distribuição de artigos utilitários e ornamentais em cerâmica e que contabiliza, a 31 de Dezembro de 2009, um volume de negócios de 2 milhões de euros e um resultado líquido negativo de 107 mil euros, tendo sido incorporado no consolidado um volume de negócios de 1,6 milhões de euros e um resultado líquido positivo de 137 mil euros.

d) Participações financeiras em empresas associadas Empresas associadas são as empresas sobre as quais o Grupo Visabeira exerce uma influência significativa na determinação das políticas operacionais e financeiras. Presume-se que existe influência significativa quando a percentagem de participação é superior a 20%. Estas participações financeiras são consolidadas pelo método da equivalência patrimonial, isto é, as demonstrações financeiras consolidadas incluem o interesse do Grupo no total de ganhos e perdas reconhecidos da associada, desde a data em que a influência significativa começa até à data em que efectivamente termina. Os dividendos recebidos destas empresas são registados como uma diminuição do valor dos investimentos financeiros.

76

c) Resultados financeiros líquidos Os resultados financeiros líquidos representam essencialmente juros de empréstimos obtidos deduzidos de juros de aplicações financeiras e ganhos e perdas cambiais. Os custos e proveitos financeiros são reconhecidos em resultados numa base de acréscimo durante o período a que dizem respeito. d) Dividendos Estes proveitos são reconhecidos quando o direito de recebimento do accionista é estabelecido.

As diferenças de câmbio originadas na conversão para euros das demonstrações financeiras de empresas subsidiárias e associadas expressas em moeda estrangeira são incluídas no capital próprio, na rubrica “Reservas de conversão cambial”.

e) Trabalhos para a própria empresa Os custos internos (por exemplo: mão de obra, materiais, transportes) incorridos na produção de activos tangíveis e existências são objecto de capitalização, apenas quando preenchidas as seguintes condições: (i) os activos são identificáveis e mensuráveis de forma fiável; (ii) existe forte probabilidade de que venham a gerar benefícios económicos futuros. Não são reconhecidas quaisquer margens geradas internamente.

77


Notas às Demostrações Financeiras Consolidadas

Demonstrações Financeiras Consolidadas e Respectivos Anexos

deduzido de qualquer perda de imparidade, por forma a que as mesmas reflictam o seu valor realizável líquido.

Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, os activos e passivos expressos em moeda estrangeira foram convertidos para euros com base nas seguintes taxas de câmbio de tais moedas relativamente ao euro:

b) Investimentos detidos até à maturidade Os investimentos detidos até à maturidade são classificados como Investimentos não correntes, excepto se o seu vencimento for inferior a 12 meses da data do balanço, sendo registados nesta rubrica os investimentos com maturidade definida para os quais o Grupo tem intenção e capacidade de os manter até essa data. Os investimentos detidos até à maturidade são registados ao custo amortizado, deduzido de eventuais perdas por imparidade.

TAXA CÂMBIO 2009

2008

CÓDIGO

DESIGNAÇÃO

106,67 11,42

103,04

DZD

DINAR ARGELINO

11,32

MAD

DIRHAM MARROQUINO

1,44

1,39

USD

DÓLAR AMERICANO

128,20

109,29

AON

KWANZA ANGOLANO

0,90

0,97

GBP

LIBRA INGLESA

39,67

35,30

MT

METICAL MOÇAMBICANO

4,24

4,02

RON

NOVO LEU DA ROMÉNIA

18,69

19,43

MXP

PESO MEXICANO

2,51

3,32

BRL

REAL BRASILEIRO

c) Investimentos mensurados ao justo valor através de resultados Incluem-se nesta categoria os activos financeiros detidos para negociação, e os activos designados ao justo valor através de resultados no momento do seu reconhecimento inicial; e são apresentados como activos correntes. Um activo financeiro está classificado como detido para negociação se for: > Adquirido ou incorrido principalmente para a finalidade de venda ou de recompra num prazo muito próximo; > Parte de uma carteira de instrumentos financeiros identificados que são geridos em conjunto e para os quais existe evidência de um modelo real recente de tomada de lucros a curto prazo; > Um derivado (excepto no caso de um derivado que seja um instrumento de cobertura designado e eficaz).

Nos exercícios de 2009 e 2008, as demonstrações de resultados das empresas subsidiárias expressas em moeda estrangeira foram convertidas com base nas seguintes taxas de câmbio médio de tais moedas relativamente ao euro: TAXA CÂMBIO MÉDIA 2009

2008

CÓDIGO

DESIGNAÇÃO

11,42

11,32

MAD

DIRHAM MARROQUINO

111,35

111,06

AON

KWANZA ANGOLANO

37,44

35,66

MT

METICAL MOÇAMBICANO

18,69

19,43

MXP

PESO MEXICANO

Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração no justo valor dos investimentos mensurados ao justo valor através de resultados são registados na demonstração de resultados do período. d) Activos financeiros disponíveis para venda Os investimentos disponíveis para venda são activos financeiros, não derivados, que o Grupo tem intenção de manter por tempo indeterminado, ou são assim designados no momento da aquisição, ou não se enquadram nas restantes categorias de classificação dos activos financeiros. São apresentados como activos não correntes, excepto se houver a intenção de os alienar nos 12 meses seguintes à data de balanço.

2.5 ACTIVOS E PASSIVOS FINANCEIROS Todas as compras e vendas destes investimentos são reconhecidas à data da negociação ou da assinatura dos respectivos contratos de compra e venda, independentemente da data de liquidação financeira. No momento inicial, os investimentos são inicialmente registados pelo seu valor de aquisição, que é o justo valor do preço pago, incluindo despesas de transacção, excepto para os activos valorizados ao justo valor através de resultados, em que os custos de transacção são imediatamente reconhecidos nos resultados.

Após o reconhecimento inicial, os investimentos disponíveis para venda são reavaliados pelos seus justos valores por referência ao seu valor de mercado à data do balanço, sem qualquer dedução relativa a custos da transacção que possam vir a ocorrer até à sua venda. Os investimentos que não sejam cotados e para os quais não seja possível estimar com fiabilidade o seu justo valor, são mantidos ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas por imparidade.

Estes activos não são reconhecidos quando: (i) expiram os direitos contratuais do Grupo quanto ao recebimento dos seus fluxos de caixa; ou (ii) o Grupo tenha transferido substancialmente todos os riscos e benefícios associados à sua posse, ou o controlo sobre os activos.

Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração no justo valor dos investimentos disponíveis para venda são registados no capital próprio, na rubrica de reservas, até o investimento ser vendido, recebido ou de qualquer forma alienado, ou até que o justo valor do investimento se situe abaixo do seu custo de aquisição e que tal corresponda a uma perda por imparidade, momento em que o ganho ou perda acumulada é registado na demonstração de resultados. Esta decisão requer julgamento. Para fazer este julgamento, o Grupo Visabeira avalia, entre outros factores, as variações das cotações das acções e o tempo /duração em que o valor de mercado das acções é inferior ao custo de aquisição.

2.5.1 Activos financeiros Os activos financeiros classificam-se como segue, dependendo da intenção do Conselho de Administração na sua aquisição: a) Empréstimos e contas a receber; b) Investimentos detidos até à maturidade; c) Investimentos mensurados ao justo valor através de resultados (detido para negociação); d) Activos financeiros disponíveis para venda. a) Empréstimos e contas a receber Incluem-se os activos financeiros não derivados com recebimentos fixos ou determináveis. Os saldos de clientes e devedores são contabilizados pelo valor nominal,

78

A designação de um instrumento financeiro derivado como sendo um instrumento de cobertura obedece às disposições da IAS 39. Uma relação de cobertura existe quando: > à data da contratação, existe documentação formal da cobertura; > existe a expectativa de que a cobertura seja altamente eficaz; > a eficácia da cobertura possa ser medida com fiabilidade; > a cobertura é avaliada continuadamente e mostra-se altamente efectiva ao longo do período de relato financeiro; > em relação a uma transacção prevista, esta tem de ser altamente provável.

2.5.2 Passivos financeiros Os passivos financeiros são classificados de acordo com a substância contratual, independentemente da forma legal que assumem, e classificam-se como segue: a) Passivos financeiros mensurados ao justo valor através de resultados; b) Empréstimos bancários; c) Contas a pagar. a) Passivos financeiros mensurados ao justo valor através de resultados Incluem-se nesta categoria os passivos financeiros detidos para negociação e os derivados que não qualifiquem para efeitos de contabilidade de cobertura, e sejam classificados desta forma no seu reconhecimento inicial.

As variações no justo valor dos instrumentos derivados designados como de cobertura de justo valor são reconhecidas como resultado financeiro do período. As variações no justo valor dos instrumentos derivados, designados como de cobertura de fluxos de caixa, são reconhecidas no capital próprio, na sua componente efectiva, e em resultados financeiros, na sua componente não efectiva. Os valores registados no capital próprio são transferidos para resultados no momento em que o item coberto tiver também efeitos no resultado. Quando os instrumentos financeiros derivados, embora contratados para efectuar cobertura económica de acordo com as políticas de gestão de risco do Grupo, não respeitam todas as condições estipuladas na IAS 39 para a sua qualificação como contabilidade de cobertura, são classificados como derivados detidos para negociação, sendo as respectivas variações de justo valor registadas nos resultados do período. Quando existam derivados embutidos em outros instrumentos financeiros ou outros contratos, os mesmos são tratados como derivados separados nas situações em que os riscos e características não estejam intimamente relacionados com os contratos e nas situações em que os contratos não sejam apresentados pelo seu justo valor com os ganhos ou perdas não realizadas registadas na demonstração de resultados.

Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração no justo valor dos passivos financeiros mensurados ao justo valor através de resultados são registados na demonstração de resultados do período. b) Empréstimos bancários Os empréstimos são registados no passivo pelo valor nominal, e o valor recebido é líquido de comissões com a emissão desses empréstimos. Os encargos financeiros são calculados de acordo com a taxa de juro efectiva e contabilizados na demonstração de resultados de acordo com o princípio de especialização dos exercícios, conforme política definida na nota 2.3 f). c) Contas a pagar Os saldos de fornecedores e outros credores são inicialmente registados pelo seu valor nominal, o qual se entende ser o seu justo valor, e subsequentemente são registados ao custo amortizado, de acordo com o método da taxa de juro efectiva.

2.5.5 Caixa e equivalentes de caixa

Os instrumentos de capital próprio são classificados de acordo com a substância contratual, independentemente da forma legal que assumem. Os instrumentos de capital próprio emitidos pelas empresas do Grupo são registados pelo valor recebido, líquido dos custos suportados com a sua emissão.

A rubrica caixa e equivalentes de caixa incluiu numerário, depósitos à ordem e aplicações de tesouraria, com prazos de vencimento curtos e que são mobilizáveis rapidamente sem risco significativo de alteração de valor. Para efeitos de demonstração de fluxos de caixa, a rubrica “Caixa e equivalentes de caixa”, inclui também os descobertos bancários incluídos no balanço na rubrica de “Empréstimos bancários”.

2.5.4 Derivados e contabilidade de cobertura

2.6 IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS

2.5.3 Instrumentos de capital próprio

Em 31 de Dezembro de 2009 encontrava-se contratado um conjunto de instrumentos financeiros derivados, essencialmente com o objectivo de minimizar os riscos de exposição a variações de taxa de juro.

As imobilizações são registadas ao custo de aquisição líquido das respectivas amortizações acumuladas e de perdas de imparidade (ver nota 2.13).

A contratação deste tipo de instrumentos financeiros é efectuada após análise cuidada dos riscos e benefícios inerentes a este tipo de operações e consulta a diversas instituições intervenientes no mercado. Estas operações estão sujeitas à aprovação prévia da Comissão Executiva e implicam o acompanhamento permanente da evolução dos mercados financeiros e das posições detidas pelo Grupo. O valor de mercado (fair value) destes instrumentos é apurado regular e periodicamente ao longo do ano, no sentido de permitir uma avaliação contínua destes instrumentos e das respectivas implicações financeiras.

Custos subsequentes são incluídos na quantia escriturada do bem ou reconhecidos como activos separados, quando for provável que benefícios económicos futuros, que excedam o nível de desempenho originalmente avaliado do activo existente, fluirão para a empresa e o custo do activo para a empresa possa ser mensurado com fiabilidade. Todos os outros dispêndios subsequentes são reconhecidos como um gasto no período em que sejam incorridos.

Os instrumentos financeiros derivados são inicialmente mensurados ao justo valor na data de contratação, sendo reavaliados subsequentemente pelo respectivo justo valor à data de Balanço.

Os encargos financeiros relacionados com financiamentos destinados à produção/aquisição de activos que exigem um período de tempo substancial para que estejam prontos a ser utilizados são adicionados ao custo destes activos.

79


Notas às Demostrações Financeiras Consolidadas

Demonstrações Financeiras Consolidadas e Respectivos Anexos

As rendas são constituídas pelo custo financeiro e pela amortização do capital. Os custos financeiros são imputados aos respectivos períodos durante o prazo de locação segundo uma taxa de juro periódica constante sobre o investimento líquido remanescente do locador.

Amortizações Os terrenos não são amortizados, excepto os afectos à actividade extractiva, sendo as amortizações dos restantes bens calculadas sobre os valores de aquisição, pelo método das quotas constantes, com imputação duodecimal. As taxas anuais aplicadas reflectem satisfatoriamente a vida útil económica dos bens.

As rendas classificadas como locações operacionais, nomeadamente pela inexistência de intenção de compra do bem, são contabilizadas como custo do exercício.

Os valores residuais dos bens e as suas vidas úteis são reavaliados, e ajustados caso necessário, à data de cada balanço.

2.9 IMOBILIZAÇÕES INCORPÓREAS E GOODWILL

As taxas de amortização praticadas correspondem, em média, às seguintes vidas úteis estimadas:

2.9.1 Imobilizações incorpóreas As imobilizações incorpóreas encontram-se registadas pelo custo de aquisição, deduzido das amortizações acumuladas e de perdas de imparidade.

TAXA DE AMORTIZAÇÃO 2009

2008

TERRENOS E RECURSOS NATURAIS

2,50%

2,50%

EDIFÍCIOS E OUTRAS CONSTRUÇÕES

2,00% - 50,00%

2,00% - 50,00%

EQUIPAMENTO BÁSICO

6,67% - 33,33%

6,67% - 33,33%

EQUIPAMENTO DE TRANSPORTE

16,66% - 25,00%

16,66% - 25,00%

FERRAMENTAS E UTENSÍLIOS

4,00% - 25,00%

4,00% - 25,00%

EQUIPAMENTO ADMINISTRATIVO

4,00% - 10,00%

4,00% - 10,00%

As amortizações são calculadas sobre os valores de aquisição, pelo método das quotas constantes, com imputação duodecimal, pelo seu período de vida útil (geralmente 3 anos). Custos com activos intangíveis gerados internamente e marcas próprias são registados na conta de resultados na medida em que são incorridos. As despesas de investigação, efectuadas na procura de novos conhecimentos técnicos ou científicos ou na busca de soluções alternativas, são reconhecidas em resultados quando incorridas. As despesas de desenvolvimento são capitalizadas quando for demonstrável a exequibilidade técnica do produto ou processo em desenvolvimento e o Grupo tiver intenção e capacidade de completar o seu desenvolvimento e iniciar a sua comercialização ou o seu uso.

2.7 PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO Compreendem imóveis e terrenos detidos para auferir rendimento ou valorização de capital, ou ambos, não sendo utilizados na prossecução da actividade normal dos negócios.

2.9.2 Goodwill

Inicialmente as propriedades de investimento são mensuradas ao custo de aquisição, incluindo os custos da transacção.

Ganhos ou perdas resultantes de alterações do justo valor das propriedades de investimento são relevadas na demonstração dos resultados no ano em que são geradas.

As diferenças de consolidação positivas (goodwill) representam o excesso do custo de aquisição sobre o justo valor dos activos e passivos identificáveis à data da aquisição ou da primeira consolidação e encontram-se registadas no activo (o goodwill associado à aquisição de subsidiárias é registado em investimentos financeiros) não corrente. As diferenças de consolidação negativas (badwill) representam o excesso do justo valor dos activos e passivos identificáveis à data da aquisição, sobre o valor de aquisição, sendo registadas em resultados.

As propriedades de investimento são desreconhecidas quando as mesmas forem alienadas ou quando forem retiradas de uso não sendo expectável que benefícios económicos futuros resultem da sua retirada. Quaisquer ganhos ou perdas resultantes do desreconhecimento de propriedades de investimento são reconhecidos na demonstração de resultados nesse ano.

O goodwill relativo a investimentos em empresas sedeadas no estrangeiro, adquiridas após 1 de Janeiro de 2005, encontra-se registado na moeda de reporte dessas empresas, sendo convertido para euros à taxa de câmbio em vigor na data de balanço. As diferenças de câmbio geradas na transposição de moedas são reconhecidas no capital próprio.

Os custos incorridos com propriedades de investimento em utilização, nomeadamente manutenções, reparações, seguros e impostos sobre propriedades, são reconhecidos nos resultados consolidados do período a que respeitam.

O goodwill não é amortizado, sendo abatidas ao valor do goodwill as respectivas perdas de imparidade, determinadas anualmente à data do balanço ou sempre que ocorram indícios de uma eventual perda de valor. Qualquer perda de valor, imparidade, é registada no resultado do período e não pode ser revertida subsequentemente.

Subsequentemente ao reconhecimento inicial as propriedades de investimento são mensuradas ao justo valor.

2.8 CONTRATOS DE LOCAÇÃO 2.10 IMPARIDADE DE ACTIVOS TANGÍVEIS E INTANGÍVEIS (EXCEPTO GOODWILL)

Os contratos de locação relativamente aos quais o Grupo assume substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse do activo locado são classificados como locações financeiras.

Os activos que não têm uma vida útil definida não estão sujeitos a amortização, mas estão sujeitos a testes de imparidade anuais. Para aqueles que, tendo uma vida útil definida, estão sujeitos a amortizações, realizam-se também testes de imparidade sempre que as circunstâncias se alteram e o valor pelo qual se encontra escriturado possa não ser recuperável.

Os contratos de locação financeira são registados na data do seu início como activo e passivo pelo menor do justo valor da propriedade locada ou do valor actual das rendas de locação vincendas. Os activos adquiridos em locação financeira são amortizados de acordo com a política estabelecida pela empresa para as imobilizações corpóreas.

80

Os encargos financeiros considerados correspondem aos custos reais dos empréstimos incorridos em contratos de financiamento que referem explicitamente o empreendimento, até ao ponto em que seja razoável face ao nível da aplicação. Os restantes produtos acabados e em curso encontram-se valorizados ao custo de produção, no qual se incluem todos os custos directos e encargos gerais de fabrico.

Uma perda por imparidade é a quantia pela qual a quantia escriturada de um activo excede a sua quantia recuperável. A quantia recuperável é a mais alta de entre o preço de venda líquido de um activo (justo valor – custos de venda) e o seu valor de uso, o qual decorre dos fluxos de caixa futuros actualizados com base em taxas de desconto antes de imposto que reflictam o valor actual do capital e o risco específico do activo(s) em causa. Para a determinação do valor recuperável, os activos são analisados individualmente ou agrupados aos mais baixos níveis para os quais são identificados separadamente como unidades geradoras de fluxos de caixa. Uma Unidade Geradora de Caixa (UGC) é o grupo mais pequeno de activos que inclui o activo e que gera influxos de caixa provenientes do uso continuado, que sejam em larga medida independentes dos influxos de caixa de outros activos ou grupos de activos.

As mercadorias estão valorizadas ao preço médio de aquisição, incluindo custos de transporte e armazenagem.

2.13 PROVISÕES São constituídas provisões no balanço sempre que o Grupo tem uma obrigação presente (legal ou implícita) resultante de um acontecimento passado e sempre que é provável que uma diminuição, razoavelmente estimável, de recursos incorporando benefícios económicos será exigido para liquidar a obrigação.

Sempre que o valor contabilístico do activo é superior ao seu valor recuperável é reconhecida uma perda por imparidade na demonstração de resultados do período a que se refere. Se esta perda for subsequentemente revertida, o valor contabilístico do activo é actualizado em conformidade mas nunca poder-se-á tornar superior ao valor que estaria reconhecido caso a perda por imparidade não tivesse sido registada. A reversão da imparidade é também reconhecida na demonstração de resultados do período a que se refere.

> Reestruturação: Uma provisão para reestruturação é relevada após aprovação formal de uma operação de reestruturação, e esta tenha sido iniciada ou tornada pública. Os custos operacionais não devem ser considerados no valor da provisão.

Em 31 de Dezembro de 2009 as situações de perda por imparidade estão identificadas na Nota 17.

> Contratos onerosos: Uma provisão para contratos onerosos é reconhecida quando os benefícios expectáveis da consecução do contrato são inferiores aos custos decorrentes da obrigação imposta por este.

2.11 ACTIVOS DETIDOS PARA VENDA E OPERAÇÕES EM DESCONTINUIDADE

As provisões para os custos de desmantelamento, remoção de activos e restauração do local são reconhecidas quando os bens começam a ser utilizados e se for possível estimar a respectiva obrigação dom fiabilidade. O montante da provisão reconhecida corresponde ao valor presente da obrigação, sendo a actualização financeira registada em resultados como custo financeiro na rubrica de “juros líquidos”.

Incluem-se nesta categoria os activos ou grupo de activos cujo respectivo valor seja realizável através de uma transacção de venda ou, conjuntamente, como um grupo numa transacção única, e os passivos directamente associados a estes activos que sejam transferidos na mesma transacção. Para que esta situação se verifique é necessário que a venda seja muito provável (sendo expectável que se concretize num prazo inferior a 12 meses), e que o activo esteja disponível para venda imediata nas actuais condições, para além de que o Grupo se tenha comprometido na sua venda.

As provisões são revistas e actualizadas na data de balanço, de modo a reflectir a melhor estimativa, nesse momento, da obrigação em causa.

2.14 ACTIVOS E PASSIVOS CONTINGENTES

A amortização dos activos nestas condições cessa a partir do momento em que são classificados como detidos para venda.

Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas, sendo os mesmos divulgados no anexo, a menos que a possibilidade de um ex-fluxo de fundos seja remota, caso em que não são objecto de divulgação.

2.12 EXISTÊNCIAS As existências são valorizadas ao menor, de entre o custo e o valor realizável líquido. O valor realizável líquido corresponde ao preço de venda deduzido dos custos de venda.

Os activos contingentes não são reconhecidos, e apenas são divulgados quando é provável a existência de um benefício económico futuro.

Matérias-primas, subsidiárias e de consumo – inclui terrenos para futuros empreendimentos imobiliários que se encontram valorizadas ao preço de aquisição acrescido das despesas de compra, o qual é inferior ao respectivo preço de mercado. As restantes matérias-primas subsidiárias e de consumo encontram-se valorizadas ao preço de aquisição acrescido das despesas de compra até à armazenagem.

2.15 IMPOSTOS SOBRE O RENDIMENTO O imposto sobre o rendimento é calculado com base nos resultados tributáveis das empresas incluídas na consolidação e considera a tributação diferida. O Grupo Visabeira encontra-se abrangido pelo regime especial de tributação dos grupos de sociedades, o qual abrange todas as empresas em que participa, directa ou indirectamente, em pelo menos 90% do respectivo capital e que, simultaneamente, são residentes em Portugal e tributadas em sede de Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Colectivas (IRC).

Produtos acabados e em curso – quando correspondem a fracções de edifícios para venda em empreendimentos concluídos e os produtos em curso, encontram-se valorizados ao custo de produção, o qual é inferior ao respectivo valor de mercado. O custo de produção inclui o custo das matérias-primas incorporadas, mão-de-obra directa e indirecta, subcontratos, outros custos variáveis e fixos e encargos financeiros.

81


Notas às Demostrações Financeiras Consolidadas

Demonstrações Financeiras Consolidadas e Respectivos Anexos

Os ganhos e perdas gerados por um corte ou uma liquidação de um plano de pensões de benefícios definidos são reconhecidos nos resultados do exercício em que o corte ou a liquidação ocorre. Um corte ocorre quando se verifica uma redução material no número de empregados ou o plano é alterado para que os benefícios definidos sejam reduzidos, com efeito material, originando assim uma redução nas responsabilidades com o plano.

As restantes empresas participadas, não abrangidas pelo regime especial de tributação dos grupos de sociedades, são tributadas individualmente, com base nas respectivas matérias colectáveis e nas taxas de imposto aplicáveis. O imposto diferido é calculado, com base no método da responsabilidade de balanço, sobre as diferenças temporárias entre os valores contabilísticos dos activos e passivos e a respectiva base de tributação. Não é calculado imposto diferido sobre as diferenças de consolidação e as diferenças de reconhecimento inicial de um activo e passivo quando a mesma não afecta nem o resultado contabilístico nem o fiscal. A base tributável dos activos e passivos é determinada por forma a reflectir as consequências de tributação decorrentes da forma como o Grupo espera, à data do balanço, recuperar ou liquidar a quantia escriturada dos seus activos e passivos, tendo por base decisões do ponto de vista fiscal substancialmente implementadas na data de balanço.

2.16.2 Cessação de emprego Os benefícios de cessação de emprego são devidos para pagamento quando há cessação de emprego antes da data normal de reforma ou quando um empregado aceita sair voluntariamente em troca destes benefícios. O Grupo reconhece estes benefícios quando se pode demonstrar estar comprometido a uma cessação de emprego de funcionários actuais, de acordo com um plano formal detalhado para a cessação e não exista possibilidade realista de retirada ou estes benefícios sejam concedidos para encorajar a saída voluntária. Sempre que os benefícios de cessação de emprego se vençam a mais de 12 meses após a data do balanço, eles são descontados para o seu valor actual.

O montante de imposto a incluir quer no imposto corrente, quer no imposto diferido que resulte das transacções ou eventos reconhecidos em reservas, é registado directamente nestas mesmas rubricas, não afectando o resultado do exercício.

2.16.3 Férias, subsídio de férias e prémios São reconhecidos impostos diferidos activos sempre que existe razoável segurança de que serão gerados lucros futuros contra os quais os activos poderão ser utilizados. Os impostos diferidos activos são revistos anualmente e reduzidos sempre que deixe de ser provável que os mesmos possam ser utilizados.

De acordo com a lei laboral, os empregados têm direito a 25 dias úteis de férias anuais, bem como a um mês de subsídio de férias, direitos adquiridos no ano anterior ao seu pagamento. Estas responsabilidades do Grupo são registadas quando incorridas, independentemente do momento do seu pagamento, e são reflectidas na rubrica de “Contas a pagar e outras”.

2.16 BENEFÍCIOS A EMPREGADOS

2.17 INFORMAÇÃO POR SEGMENTOS

2.16.1 Provisões para pensões de reforma – plano de benefícios definidos

Segmento de negócio Segmento de negócio é um componente distinguível do Grupo, comprometido em fornecer um produto ou serviço individual, e que está sujeito a riscos e retornos diferentes dos de outros segmentos de negócio. A organização interna e a estrutura de gestão, bem como o sistema de relato, estão orientados para a análise do desempenho do negócio por actividade.

Algumas empresas do Grupo Vista Alegre Atlantis (VAA) possuem esquemas de pensões atribuídos a antigos funcionários, na forma de um plano de benefício definido, sendo este um plano de pensões que define o montante de benefício de pensão que um empregado irá receber na reforma, normalmente dependente de um ou mais factores, como a idade, anos de serviço e remuneração. O Grupo (VAA) tem em vigor vários planos de benefícios de reforma, uns a cargo do grupo e outros a cargo do BPI Pensões. O passivo reconhecido no balanço relativamente a plano de benefícios definidos é o valor presente da obrigação do benefício definido à data de balanço, deduzido do justo valor dos activos do plano, juntamente com ajustamentos relativos a ganhos e perdas actuariais não reconhecidos e custo de serviços passados. A obrigação do plano de benefícios definidos é calculada anualmente por actuários independentes, utilizando o método do crédito da unidade projectada. O valor presente da obrigação do benefício definido é determinado pelo desconto das saídas de caixa futuras, utilizando a taxa de juro de obrigações de elevada qualidade denominadas na mesma moeda em que os benefícios serão pagos e com termos de maturidade que se aproximam dos da responsabilidade assumida. Ganhos e perdas actuariais resultantes de ajustamentos em função da experiência e alterações nas premissas actuariais são reconhecidos na demonstração de resultados durante o período médio remanescente dos anos de serviço dos empregados no activo. Os custos de serviços passados são imediatamente reconhecidos em resultados, excepto se as alterações no plano de pensões são condicionadas pela permanência dos empregados em serviço por um determinado período de tempo (o período que qualifica para o benefício). Neste caso, os custos de serviços passados são amortizados numa base de linha recta ao longo do período em causa.

Segmento geográfico Segmento geográfico é uma área individualizada do Grupo comprometida em prover produtos ou serviços dentro de um ambiente económico particular e que está sujeito a riscos e retornos que são diferentes de outras áreas que operam em outros ambientes económicos. O Grupo possui subsidiárias em Angola, Moçambique, e França, pelo que aqueles países são identificados como segmentos geográficos.

2.18 EVENTOS SUBSEQUENTES Os eventos ocorridos após a data de balanço que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam à data do balanço são reflectidos nas demonstrações financeiras consolidadas. Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação sobre condições que ocorram após a data do balanço, se materiais são divulgados nas notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas.

f) Análise de imparidade dos activos financeiros disponíveis para venda O Grupo considera que existe uma imparidade dos activos financeiros disponíveis para venda quando existe uma desvalorização prolongada ou de valor significativo do seu justo valor. Esta determinação requer julgamento. Na tomada de decisão, a Comissão Executiva do Grupo avalia, entre outras variáveis, a volatilidade normal dos preços de acções. No caso específico das acções detidas na Zon Multimédia, foram reconhecidas em 2008 as perdas por imparidade descritas na nota 20.

3 JULGAMENTOS E ESTIMATIVAS Na preparação das Demonstrações Financeiras Consolidadas de acordo com o IFRS, o Conselho de Administração do Grupo Visabeira SGPS utiliza estimativas e pressupostos que afectam a aplicação de políticas e montantes reportados. As estimativas e julgamentos são continuamente avaliados e baseiam-se na experiência de eventos passados e outros factores, incluindo expectativas relativas a eventos futuros considerados prováveis face às circunstâncias em que as estimativas são baseadas ou resultado de uma informação ou experiência adquirida. As estimativas contabilísticas mais significativas reflectidas nas Demonstrações Financeiras Consolidadas são como segue:

As estimativas foram determinadas com base na melhor informação disponível à data da preparação das demonstrações financeiras consolidadas. No entanto, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data, não foram consideradas nessas estimativas. Alterações a estas estimativas, que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras consolidadas, são corrigidas em resultados de forma prospectiva, conforme disposto pelo IAS 8.

a) Análise de imparidade do goodwill O Grupo testa anualmente o goodwill com o objectivo de verificar se o mesmo está em imparidade. Os valores recuperáveis das unidades geradoras de caixa foram determinados com base na metodologia do valor em uso. A utilização deste método requer a estimativa de fluxos de caixa futuros provenientes das operações de cada unidade geradora de caixa e a escolha de uma taxa de desconto apropriada.

4 ALTERAÇÕES DE POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

b) Valorização e vida útil de activos intangíveis O Grupo utilizou diversos pressupostos na estimativa dos fluxos de caixa futuros provenientes dos activos intangíveis adquiridos como parte de processos de aquisição de empresas, entre os quais a estimativa de receitas futuras, taxas de desconto e vida útil dos referidos activos.

Com excepção das alterações decorrentes das emendas às normas que o Grupo já adoptava, durante o exercício de 2009 não ocorreram alterações de políticas contabilísticas, face às consideradas na preparação da informação financeira relativa ao exercício anterior, apresentada para efeitos comparativos, nem foram identificados erros materiais de exercícios anteriores. As alterações por via de emendas ou revisões às normas foram as seguintes:

c) Reconhecimento de provisões e ajustamentos O Grupo é parte em diversos processos judiciais em curso para os quais, com base na opinião dos seus advogados, efectua um julgamento para determinar se deve ser registada uma provisão para essas contingências (nota 42). Os ajustamentos para contas a receber são calculados essencialmente com base na antiguidade das contas a receber, o perfil de risco dos clientes e a situação financeira dos mesmos. As estimativas relacionadas com os ajustamentos para contas a receber diferem de negócio para negócio. A política do Grupo relativamente à atribuição de plafonds à concessão de crédito, quer em termos nacionais quer em termos internacionais, é feita através de recurso a empresas especializadas em cobertura de risco de crédito. Excluindo os organismos estatais e os clientes com notação de risco nacional e internacional superior, refira-se que a exposição média de risco interno ascende a 20%. Porém, uma análise detalhada à variação das provisões anuais demonstra claramente, a quase, inexistência de risco de cobrança. Acresce que o Grupo possui acesso às principais bases de dados do mercado que juntamente com o seu corpo de análise técnica lhe permitem ajuizar e minimizar claramente o risco creditício.

IAS 1 – Apresentação das demonstrações financeiras (revista) O Grupo optou por apresentar uma nova demonstração do rendimento integral, de forma a permitir aos utilizadores das demonstrações financeiras mais facilmente distinguir as variações nos capitais próprios do Grupo decorrentes de transacções em accionistas, enquanto accionistas (ex. dividendos, transacções com acções próprias) e transacções com terceiras partes, ficando estas resumidas nesta nova demonstração. As referências à demonstração de resultados devem ser entendidas como componentes dos lucros e prejuízos. IFRS 2 (Alterada) – Pagamento em Acções: Condições de aquisição IFRS 7 – Divulgações de instrumentos financeiros (emenda) IAS 32 Instrumentos financeiros: apresentação e IAS 1 – Apresentação das demonstrações financeiras – Instrumentos financeiros remíveis e obrigações resultantes de liquidação (emenda)

d) Justo valor das propriedades de investimento O Grupo recorre a entidades externas para proceder ao cálculo do justo valor das propriedades de investimento, sendo utilizado o método do rendimento (fluxos de caixa descontados). Na nota 25 são descritos os pressupostos utilizados bem como a respectiva análise de sensibilidade. Uma avaliação é uma previsão do valor de mercado mas não é uma garantia do valor que seria obtido numa transacção. Adicionalmente, outros avaliadores podem legitimamente calcular um valor de mercado diferente.

IFRIC 9 – Reavaliação de derivados embutidos e IAS 39 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e mensuração – Derivados embutidos (emenda) Outras emendas às IFRS – Ano 2008 O processo anual de melhoria das IFRS procura lidar com a resolução de situações que necessitam de ser melhoradas de forma a aumentar o seu entendimento geral, mas que não são classificadas como de resolução prioritária. O IASB aprovou 34 emendas, algumas das quais resultam em alterações no modo de contabilização, outras referem-se a questões de terminologia e consistência entre normas, sendo seu impacto mínimo. A União Europeia endossou estas emendas em Janeiro de 2009.

e) Determinação do valor de mercado dos instrumentos financeiros O Grupo escolhe o método de avaliação que considera apropriado para os instrumentos financeiros não cotados num mercado activo com base no seu melhor conhecimento do mercado e dos activos, aplicando as técnicas de avaliação usualmente utilizadas no mercado e usando pressupostos com base em taxas de mercado.

82

83


Notas às Demostrações Financeiras Consolidadas

Demonstrações Financeiras Consolidadas e Respectivos Anexos

Ainda não endossadas pela UE

Adicionalmente, em resultado do endosso por parte da EU, foram adoptadas as seguintes normas e interpretações em vigor a partir de 1 de Janeiro de 2009, embora sem qualquer impacto nas demonstrações financeiras do Grupo:

5 EMPRESAS DO GRUPO INCLUÍDAS NA CONSOLIDAÇÃO CONDIÇÕES DE INCLUSÃO

IFRS 1 – First-time adoption of IFRS – Additional exemptions for First-time Adopters (emenda) GRUPO VISABEIRA, SGPS, SA

IFRS 2 – Âmbito do pagamento com base em acções

IFRIC 13 – Programas de fidelização Esta interpretação aplica-se a programas de fidelização de clientes, onde são adjudicado créditos aos clientes como parte integrante de uma venda ou prestação de serviços e este poderão trocar esses créditos, no futuro, por serviços ou mercadorias gratuitamente ou com desconto. Quando os bens e serviços são vendidos associados a programas de fidelização, as transacções são vistas como contendo multi-elementos, e o produto da venda tem de ser repartido pelos diferentes componentes com base no seu justo valor. Não houve qualquer impacto nas demonstrações financeiras do Grupo.

IFRS 9 – Instrumentos financeiros IFRS 24 – Transacções com partes relacionadas (revista)

VISEU

AMBITERMO - ENGENHARIA E EQUIPAMENTOS TÉRMICOS, SA

IFRS 19 – Extinção de passivos financeiros com instrumentos de Capital Próprio

IFRIC 16 – Cobertura de um investimento numa operação estrangeira Outras emendas às IFRS – Ano 2009 IFRIC 8 – Segmentos operacionais Esta norma substitui a IAS 14 – Relato por segmentos, e adopta totalmente o modo de abordagem adoptado pela Gestão, nomeadamente através dos sistemas de relatos internos, para identificar, mensurar e divulgar os resultados dos seus segmentos de negócios.

51,00%

51,00%

LUANDA

100,00%

100,00%

CONSTRUCTEL - CONTRUCTIONS ET TELECOMMUNICATIONS, SARL

VALENCE

99,96%

99,96%

MONS

99,98%

99,98%

BUCARESTE

100,00%

75,00%

VISEU

100,00%

100,00%

CONSTRUCTEL - CONTRUCTIONS ET TELECOMMUNICATIONS BELGIQUE EDIVISA - EMPRESA DE CONSTRUÇÕES, SA ELECTROTEC - PROJECTO, EXECUÇÃO E GESTÃO DE REDES DE ENERGIA, SA

a)

ELECTROVISA, LDA

100,00%

-

49,00%

49,00%

LUANDA

100,00%

-

100,00%

100,00%

GRANBEIRA - SOCIEDADE DE EXPLORAÇÃO E COMÉRCIO DE GRANITOS, SA

VISEU

98,75%

98,75%

PDT - PROJECTOS E TELECOMUNICAÇÕES, SA

LISBOA

99,29%

99,29%

ARGANIL

56,00%

-

NATURENERGIA - AGRO-ENERGIAS, SA

VISEU

100,00%

-

REAL LIFE - TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO, SA

ALGÉS

70,00%

90,00%

VALENCE

100,00%

-

MAPUTO

34,60%

-

MAPUTO

90,00%

90,00%

MAPUTO

50,00%

50,00%

ALGER

99,95%

99,95%

CASABLANCA

100,00%

100,00%

PINEWELLS, SA

SELFENERGY MOÇAMBIQUE, SA

a)

SOGITEL - SOCIEDADE DE GESTÃO IMOBILIÁRIA, LDA TELEVISA - SOCIEDADE TÉCNICA DE OBRAS E PROJECTOS, LDA

a)

TELEVISA ALGERIE, SPA TELEVISA MARROCOS, SA

IFRIC 27 – Demonstrações financeiras consolidadas e separadas (emenda) Esta norma foi emendada no sentido de estabelecer que relativamente às contas separadas de empresa-mãe: > Deixe de ser permitido o método de custo. A distinção entre lucros pré e pós aquisição deixa de ser efectuada. Todos os dividendos recebidos serão reconhecidos nos resultados do período, e obriga que seja realizado um teste de imparidade ao valor da participação; > No caso de reorganizações societárias em que é constituída uma nova empresa mãe, acima da empresa-mãe existente, sob determinadas circunstâncias, o custo da subsidiária é o valor contabilístico reconhecido previamente da sua quota-parte no capital próprio ao invés do seu justo valor. As demonstrações financeiras individuais do Grupo Visabeira, SGPS, SA são preparadas de acordo com o Plano Oficial de Contabilidade. Finalmente, não foram adoptadas as disposições das normas e interpretações cuja aplicação obrigatória apenas em exercícios futuros e que são as seguintes:

LUANDA MAPUTO DOMESSIN

SCI CONSTRUCTEL

IFRIC 23 – Custos de empréstimos obtidos (revista); não houve qualquer impacto nas demonstrações financeiras do Grupo, na medida em que o Grupo já adoptava o tratamento alternativo previsto no anterior texto da norma.

MÃE

CANTANHEDE

GATEL, SAS

IFRIC 15 – Acordos na construção imobiliária

MÃE

COMATEL - CONSTRUÇÃO MANUTENÇÃO SISTEMAS TELECOMUNICAÇÕES, LDA

EDIVISA - EMPRESA DE CONSTRUÇÃO, LDA

IFRS 14 – Adiantamentos relativos a requisitos de fundeamento mínimo (emenda)

% DE CAPITAL DETIDO 2009 2008

VISABEIRA GLOBAL

CONSTRUCTEL - TELECOMUNICATII SI CONSTRUCTII, SRL

IFRS 32 – Classificação de assuntos relativos a direitos (emenda)

SEDE SOCIAL

TERMOGÁS - PROJETOS E INSTALAÇÕES DE GÁS, UNIPESSOAL, LDA

a)

CANTANHEDE

51,00%

-

TV CABO - COMUNICAÇÕES MULTIMÉDIA, LDA

a)

MAPUTO

50,00%

50,00%

TV CABO ANGOLA, LDA

a)

50,00%

LUANDA

50,00%

VIATEL - TECNOLOGIA DE COMUNICAÇÕES, SA

VISEU

99,29%

99,29%

VISABEIRA DIGITAL - SISTEMAS INFORMAÇÃO E MULTIMÉDIA, SA

VISEU

100,00%

100,00%

VISABEIRA - SOCIEDADE TÉCNICA DE OBRAS E PROJECTOS, LDA

VISEU

60,00%

60,00%

VISABEIRA GLOBAL, SGPS, SA

VISEU

100,00%

100,00%

VISABEIRA INVESTIGAÇÃO & DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO, SA

VISEU

100,00%

100,00%

VISACASA - SERVIÇOS DE ASSISTÊNCIA E MANUTENÇÃO GLOBAL, SA

CACÉM

100,00%

100,00%

VISACONSTROI - CONSTRUÇÃO E GESTÃO IMOBILIÁRIA, LDA

LUANDA

100,00%

100,00%

VISEU

100,00%

-

AGROVISA - AGRICULTURA E PECUÁRIA, LDA

MAPUTO

100,00%

100,00%

ÁLAMO - INDÚSTRIA E DESENVOLVIMENTO FLORESTAL, LDA

LUANDA

100,00%

100,00%

BORDALGEST, SA

LISBOA

56,00%

-

MAPUTO

70,38%

70,38%

VISAGREEN, SA VISABEIRA INDÚSTRIA

CELMOQUE - CABOS DE ENERGIA E TELECOMUNICAÇÕES DE MOÇAMBIQUE, SARL CEREXPORT - CERÂMICA DE EXPORTAÇÃO, SA*

AVEIRO

63,46%

-

CERUTIL - CERÂMICAS UTILITÁRIAS, SA

SÁTÃO

100,00%

100,00%

CALDAS DA RAINHA

47,04%

-

AVEIRO

63,46%

-

GRANBEIRA II - ROCHAS ORNAMENTAIS, SA

VOUZELA

100,00%

100,00%

HIDROÁFRICA - COMÉRCIO E INDÚSTRIA, SARL

MAPUTO

85,52%

85,52%

MARMONTE - MÁRMORES DE MOÇAMBIQUE, SARL

MAPUTO

80,00%

80,00%

MOB - INDÚSTRIA DE MOBILIÁRIO, SA

VISEU

97,77%

97,77%

TUBANGOL - TUBOS DE ANGOLA, LDA

LUANDA

100,00%

100,00%

VISTA ALEGRE ATLANTIS, SGPS, SA

ÍLHAVO

63,46%

-

VISTA ALEGRE ATLANTIS, SA*

LISBOA

63,46%

-

VISTA ALEGRE ESPAÑA, SA*

MADRID

63,46%

-

VISTA ALEGRE GRUPO - VISTA ALEGRE PARTICIPAÇÕES, SA*

LISBOA

63,02%

-

VISTA ALEGRE RENTING, LDA*

ÍLHAVO

63,02%

-

VISABEIRA INDÚSTRIA, SGPS, SA

VISEU

100,00%

100,00%

FAIANÇAS ARTÍSTICAS BORDALLO PINHEIRO, LDA

a)

FAIANÇAS DA CAPÔA - INDÚSTRIA DE CERÂMICA, SA*

Já endossadas pela UE IFRS 3 – Concentrações de actividades empresariais (revista) IAS 27 – Demonstrações Financeiras Consolidadas e Separadas (emenda) IAS 39 – Instrumentos Financeiros: reconhecimento e mensuração – itens de cobertura elegíveis (emenda) IFRIC 17 – Distribuições aos proprietários de activos que não são caixa IFRIC 18 – Transferências de activos provenientes de clientes

84

85


Notas às Demostrações Financeiras Consolidadas

Demonstrações Financeiras Consolidadas e Respectivos Anexos

5 EMPRESAS DO GRUPO INCLUÍDAS NA CONSOLIDAÇÃO (CONTINUAÇÃO)

6 EMPRESAS CONTROLADAS CONJUNTAMENTE

CONDIÇÕES DE INCLUSÃO

SEDE SOCIAL

% DE CAPITAL DETIDO 2009 2008

a)

LUANDA

50,00%

50,00%

ACEEC - A.C.E. ELÉCTRICAS DO CENTRO, ACE

VISEU

50,00%

EMPREENDIMENTOS TURÍSTICOS MONTEBELO - SOCIEDADE TURISMO E RECREIO, SA

VISEU

99,83%

99,83%

MOÇAMGALP - AGROENERGIAS DE MOÇAMBIQUE, SA

MAPUTO

50,00%

-

MOVIDA - EMPREENDIMENTOS TURÍSTICOS, SA

VISEU

99,83%

99,83%

PINEWELLS, SA

ARGANIL

-

56,00%

VISEU

100,00%

100,00%

VISEU

50,00%

50,00%

VISABEIRA IMOBILIÁRIA

VISEU

100,00%

100,00%

IFERVISA - SOCIEDADE DE PROMOÇÃO E DESENVOLVIMENTO IMOBILIÁRIO, SA

LISBOA

50,00%

50,00%

MAPUTO

100,00%

100,00% VISEU

-

50,00%

VISABEIRA TURISMO

% DE CAPITAL DETIDO 2009 2008

SEDE SOCIAL VISABEIRA GLOBAL

CONVISA TURISMO, LDA

MUNDICOR - VIAGENS E TURISMO, SA PRATO CONVIVAS - SOCIEDADE HOTELEIRA, LDA

a)

RÓDIA - SOCIEDADE BEIRALTINA DE TURISMO E DIVERSÕES, SA TURVISA - EMPREENDIMENTOS TURÍSTICOS, LDA TURVISA, LDA

a)

VISABEIRA TURISMO, SGPS, SA

LUBANGO

30,00%

-

VISEU

100,00%

100,00%

50,00%

VISABEIRA PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS DIGISPIRIT - GESTÃO E EXPLORAÇÃO DE ESPAÇOS COMERCIAIS, LDA

VISABEIRA IMOBILIÁRIA IMOVISA - IMOBILIÁRIA DE MOÇAMBIQUE, LDA

MAPUTO

49,00%

49,00%

VISABEIRA IMOBILIÁRIA, SA

a)

VISEU

100,00%

100,00%

VISABEIRA IMOBILIÁRIA, SGPS, SA

VISEU

100,00%

100,00%

A empresa Pinewells, SA, passou a consolidar, em 2009, pelo método integral, pelo facto de o Grupo Visabeira ter passado a controlar as suas actividades e gestão.

VISABEIRA PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS 1101 SOLUTIONS, UNIPESSOAL LDA AGROVISA - AGRICULTURA E PECUÁRIA, LDA ARTE E CENA - PROJECTOS, OBRAS E CONSTRUÇÃO CINEMATOGRÁFICAS, LDA

VISEU

100,00%

-

LUANDA

100,00%

100,00%

VISEU

90,00%

90,00%

MAPUTO

80,00%

80,00%

BENETRÓNICA - INTERNATIONAL COMMERCE, IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO, SA

LISBOA

100,00%

100,00%

CICLORAMA - ESTUDOS, PROJECTOS E PRODUÇÕES, LDA

VISEU

100,00%

90,00%

LUANDA

50,00%

50,00%

VISEU

100,00%

-

AUTOVISA - SERVIÇOS AUTO, SARL

CONVISA ENGENHARIA, LDA

a)

DIGISPIRIT - GESTÃO E EXPLORAÇÃO DE ESPAÇOS COMERCIAIS, LDA

7 EMPRESAS ASSOCIADAS SEDE SOCIAL

2009

PARTICIPAÇÃO 2008

CAPITAL PRÓPRIO

2009 RESULTADO LÍQUIDO

VALOR CONTABILÍSTICO 2009 2008

EFEITO DO MEP 2009 2008

VISABEIRA GLOBAL

IMENSIS - SOCIEDADE GESTÃO EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS, LDA

a)

MAPUTO

49,00%

49,00%

BEIRAGÁS, SA

VISEU

23,52%

23,52%

20.430.889

2.182.580

5.358.908

4.883.973

474.935

458.838

IUTEL - INFOCOMUNICAÇÕES, SA

a)

VISEU

50,00%

50,00%

MOÇAMGALP - AGROENERGIA DE MOÇAMBIQUE, SA

MAPUTO

-

50,00%

-

-

-

32.962

-

0

VISEU

90,00%

90,00%

PRIO AGRICULTURA, SA

MAPUTO

40,00%

40,00%

97.984

-1.166.834

116.987

611.161

-515.926

0

MERCURY COMERCIAL, LDA

MAPUTO

100,00%

100,00%

MERCURY COMERCIAL, LDA

LUANDA

100,00%

93,10%

VISABEIRA TURISMO

PDA - PARQUE DESPORTIVO DE AVEIRO, SA

AVEIRO

54,57%

54,57%

DOUTIBELO, LDA

VISEU

19,97%

-

3.007.576

-161.777

3.124.328

0

-32.355

0

VISEU

50,00%

50,00%

LIPILICHI HOLDINGS, LDA

PORT-LOUIS

15,00%

15,00%

26.709

0

36

36

0

0

LISBOA

100,00%

100,00%

MTDENDELE HOLDINGS, LDA

PORT-LOUIS

25,00%

25,00%

1.202

0

60

60

0

0

VISEU

19,97%

-

1.665.278

-33.360

1.628.246

-

-6.672

FIGUEIRA DA FOZ

38,00%

38,00%

835.663

-38.358

333.249

338.948

-5.700

-12.238

JOAFIL - ACESSÓRIOS AUTOMÓVEIS, LDA

PREDIBEIRA - COMPRA E VENDA DE PROPRIEDADES, LDA

a)

PTC - SERVIÇOS DE TELECOMUNICAÇÕES, SA RENTINGVISA, UNIPESSOAL LDA

VISEU

100,00%

-

TELESP TELECOMUNICACIONES, ELECTRICIDAD Y GÁS DE ESPAÑA, SA

MADRID

100,00%

100,00%

VISABEIRA ANGOLA - INVESTIMENTO E PARTICIPAÇÕES, LDA

LUANDA

100,00%

98,00%

VISABEIRA IMOBILIÁRIA

VISABEIRA ESPAÑA, SA

MADRID

100,00%

100,00%

FIGUEIRA PARANOVA, SA

VISEU

100,00%

100,00%

VISABEIRA ESTUDOS E INVESTIMENTOS, SA VISABEIRA INVESTIMENTOS FINANCEIROS, SGPS, SA

SEM AMARRAS, SA

VISEU

100,00%

100,00%

VISABEIRA PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS

MAPUTO

100,00%

100,00%

PAYSHOP, LDA

MAPUTO

35,00%

35,00%

-453.465

-66.009

0

0

0

-2.567

VISABEIRA PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS, SGPS, SA

VISEU

100,00%

100,00%

PORTO SALUS AZEITÃO, SA

SETÚBAL

40,00%

40,00%

37.416

-10.281

61.755

19.986

0

0

VISABEIRA SAÚDE, SA

VISEU

100,00%

100,00%

VISAROCHA - ROCHAS DE ANGOLA, LDA

LUANDA

100,00%

96,04%

DETIDAS DIRECTAMENTE PELA HOLDING

VISASALES, SA

LISBOA

100,00%

100,00%

UNION MARBLE, LLC

ABU DHABI (DUBAI)

-

44,10%

-

-

-

55.199

-

-294.893

VISASECIL - PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS, LDA

LUANDA

70,00%

70,00%

RICHMOND, LLC

DUBAI

-

44,10%

-

-

-

221.616

-

-310.107

VISATUR - EMPREENDIMENTOS TURÍSTICOS, LDA*

LUANDA

100,00%

97,76%

VISAUTO - REPARAÇÕES AUTO, LDA

LUANDA

100,00%

99,92%

10.623.570

6.163.942

-85.718

-160.967

VISABEIRA MOÇAMBIQUE, LDA

TOTAL

DETIDAS DIRECTAMENTE PELA HOLDING STC DUBAI HOLDINGS, SGPS, LDA (EX - VISABEIRA EMIRADOS, SGPS, LDA)

VISEU

-

90,00%

VISABEIRA MÉXICO, SA

CIDADE DO MÉXICO

100,00%

100,00%

VISADRAG - GÁS, LDA

VISEU

-

50,00%

* Consolidadas pela VAA SGPS, empresa cotada.

a) Para as empresas acima indicadas foram incluídas na consolidação pelo método integral (maioria dos direitos de voto, acordo de gestão e representatividade nos órgãos de gestão) pelo facto de o Grupo Visabeira controlar as suas actividades e órgãos de gestão.

86

87


Notas às Demostrações Financeiras Consolidadas

Demonstrações Financeiras Consolidadas e Respectivos Anexos

8 OUTROS INVESTIMENTOS FINANCEIROS

O quadro que se segue evidencia a parte proporcional do Grupo nos balanços e demonstrações dos resultados das empresas acima referenciadas:

ANO BEIRAGÁS, SA

MOÇAMGALP, SA

PRIO AGRICULTURA, SA

FIGUEIRA PARANOVA, SA

DOUTIBELO, LDA

LIPILICHI HOLDINGS, LDA

MTDENDELE HOLDINGS, LDA

SEM AMARRAS, SA

PAYSHOP, LDA

PORTO SALUS AZEITÃO, SA

UNION MARBLE, LLC

RICHMOND, LLC

ACTIVOS

PASSIVOS

PROVEITOS

CUSTOS

2008

17.723.595

13.440.683

4.858.255

4.175.385

2009

20.160.484

15.355.139

5.014.420

4.501.077

2008

33.970

2.561

1.555

5.200

2009

-

-

-

-

2008

1.669.584

1.164.929

0

0

2009

2.562.790

2.523.596

371 302

838.036

2008

1.308.190

976.078

254 417

266.632

2009

1.897.785

1.580.233

611 669

626.245

2008

-

-

-

-

2009

2.084.485

1.483.873

47.912

80.219

2008

118.830

114.624

0

0

2009

207.309

203.303

0

0

2008

2.769

2.454

0

0

2009

3.106

2.806

0

0

2008

-

-

-

-

2009

1.239.782

907.308

29.626

36.287

2008

203.149

345.528

255.143

325.896

2009

149.051

307.764

273.222

296.326

2008

21.136

1.123

0

0

2009

49.213

11.797

0

0

2008

1.287.275

1.194.713

432.953

719.621

2009

-

-

-

-

2008

2.099.291

2.369.412

2.079.209

2.334.164

2009

-

-

-

-

TOTAL 2008

24.467.789

19.612.103

7.881.532

7.826.897

TOTAL 2009

28.354.007

22.375.819

6.348.152

6.378.189

SEDE SOCIAL

2009 %

VALOR DE BALANÇO

2008 %

VALOR DE BALANÇO

FRACTALNEMA, SA

VISEU

19,00%

1.430.145

19,00%

1.430.160

FUNDAÇÃO VISABEIRA, ISS

VISEU

85,09%

360.000

85,09%

360.000

BASE FORCE, LDA

VISEU

20,00%

297.620

-

-

PEDRÓGÃO GRANDE

3,17%

249.000

-

-

MAPUTO

40,00%

155.283

40,00%

13.502

DUOFIL, LDA TWIN CITY MAPUTO, LDA

LISBOA

2,50%

137.574

2,50%

137.574

MOÇAMBIQUE COMPANHIA DE SEGUROS, SARL

FUNDO DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO FECHADO TURÍSTICO II

MAPUTO

5,00%

97.382

5,00%

97.382

TRANSCOM - S. F. C. AUDITORIA T. COMUNICAÇÕES, SARL

MAPUTO

22,00%

91.494

5,00%

41.912

PIM - PARQUE INDUSTRIAL DA MATOLA, SARL

MAPUTO

5,66%

74.314

5,66%

74.314

CENTRO VENTURE - SOCIEDADE CAPITAL DE RISCO, SA

COIMBRA

3,33%

25.000

3,33%

25.000

ASSOCIAÇÃO INOVA PAREDES

PAREDES

10,00%

25.000

-

-

VISEU

4,00%

19.952

4,00%

19.952

GESTINVISEU - PARQUES EMPRESARIAIS DE VISEU, SA AÇOR PENSÕES

PONTA DELGADA

5,00%

13.708

5,00%

31.758

OEIRASEXPO, SA

OEIRAS

12,75%

12.750

12,75%

12.750

VIBEIRAS - SOCIEDADE COMERCIAL DE PLANTAS, LDA

TORRES NOVAS

11,04%

11.109

11,04%

11.109

LUSITÂNIA GÁS - COMPANHIA DE GÁS DO CENTRO, SA

AVEIRO

0,04%

7.784

0,00%

784

SÃO PAULO

-

0

1,60%

152.953 74.900

VISABRÁS - TELECOMUNICAÇÕES, ELECTRICIDADE E GÁS, LDA TAVARES PEREIRA & FERNANDES, LDA

CANTANHEDE

-

0

51,00%

TERMOGÁS, LDA

LISBOA

-

0

51,00%

14.964

DOUTIBELO, LDA

VISEU

-

0

19,97%

3.131.000

SEM AMARRAS, SA

VISEU

-

0

19,97%

1.660.000

OUTRAS PARTICIPAÇÕES

SEGURO DE CAPITALIZAÇÃO ADIANTAMENTOS POR CONTA DE INVESTIMENTOS FINANCEIROS

158.679

158.800

3.166.794

7.448.814

18.000.000

18.000.000

472.375

1.325.847

18.472.375

19.325.847

AJUSTAMENTOS VISABRÁS - TELECOMUNICAÇÕES, ELECTRICIDADE E GÁS, LDA

SÃO PAULO

TOTAL

0

-

-152.953

0

1,60%

-152.953

21.639.170

26.621.708

anos à taxa fixa de 3,25%. Este seguro de capitalização pode ser resgatado antecipadamente, implicando este resgate a perda de benefício fiscal, sendo intenção do Grupo mantê-lo até ao vencimento.

No final de 2009, o Grupo continuava a manter no saldo de investimentos financeiros um valor de 18 milhões de euros que resultou de uma aplicação, em Junho de 2005, num seguro de capitalização a 8

9 ALTERAÇÕES AO PERÍMETRO DE CONSOLIDAÇÃO % DETIDA

DATA DE AQUISIÇÃO

VALOR DE AQUISIÇÃO

AQUISIÇÕES / CONSTITUIÇÕES NATURENERGIA - AGRO-ENERGIAS, SA

CONSTITUIÇÃO

100,00%

20.01.2009

50.000

VISAGREEN, SA

CONSTITUIÇÃO

100,00%

20.01.2009

50.000

EDIVISA ANGOLA - EMPRESA DE CONSTRUÇÕES, LDA

CONSTITUIÇÃO

100,00%

19.03.2009

65.065

ELECTROVISA, LDA

CONSTITUIÇÃO

100,00%

19.03.2009

65.095

BORDALGEST, SA

CONSTITUIÇÃO

56,00%

30.03.2009

560.000 1.538.856

FAIANÇAS ARTÍSTICAS BORDALLO PINHEIRO, LDA

AQUISIÇÃO

47,40%

01.04.2009

RENTINGVISA, UNIPESSOAL, LDA

CONSTITUIÇÃO

100,00%

01.04.2009

5.000

SELFENERGY MOÇAMBIQUE, SA

CONSTITUIÇÃO

34,60%

23.04.2009

38.537

VISTA ALEGRE ATLANTIS, SGPS, SA*

AQUISIÇÃO

63,47%

24.04.2009

14.320.472

1101 SOLUTIONS, UNIPESSOAL LDA

CONSTITUIÇÃO

100,00%

08.09.2009

5.000

SCI CONSTRUCTEL

CONSTITUIÇÃO

100,00%

16.12.2009

1.000

PINEWELLS, SA

VER NOTA 6

TOTAL

16.699.025

* Aquisição directa e em bolsa. ALIENAÇÕES STC DUBAI HOLDINGS, SGPS, LDA (EX - VISABEIRA EMIRADOS, SGPS, LDA)

88

ALIENAÇÃO

89

90,00%

01.06.2009

1


Notas às Demostrações Financeiras Consolidadas

Demonstrações Financeiras Consolidadas e Respectivos Anexos

O principal impacto das alterações ao perímetro de consolidação nas demonstrações financeiras prende-se com a OPA (Oferta Pública de Aquisição) sobre o Grupo Vista Alegre e a aquisição da empresa Faianças Artísticas Bordallo Pinheiro, Lda. Sempre que relevante, o efeito das aquisições está divulgado nas notas (p.e., 11, 13, 15, 16 e 17).

10 ACTIVIDADES DESCONTINUADAS

13 GANHOS NA COMBINAÇÃO DE NEGÓCIOS

Nos exercícios de 2009 e 2008 não se registaram actividades descontinuadas. De igual forma, desde 31 de Dezembro de 2009 e até à presente data, não existem decisões para descontinuar actividades operacionais.

Durante o exercício de 2009 foram calculadas diferenças de consolidação, num total de 90.335.301 euros, com a integração dos seus activos líquidos identificáveis e passivos contingentes, valorizado ao justo valor, na sequência da aquisição da Vista Alegre (89.039.127 euros) e da

11 PRINCIPAIS INDICADORES POR SEGMENTOS a) POR ÁREA DE ACTIVIDADE

VOLUME DE NEGÓCIOS

RESULTADO LÍQUIDO

ANOS

GLOBAL

INDÚSTRIA

TURISMO

IMOBILIÁRIA

PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS

TOTAL

2008

263.261.355

22.456.310

26.320.659

4.130.524

27.173.330

343.342.178

2009

342.308.215

57.669.714

31.989.470

6.793.278

26.461.226

465.221.903

2008

9.369.814

-766.464

96.164.168

63.003

-87.948.687

16.881.834

2009

7.811.656

90.650.514

-39.054.288

-567.115

-3.960.679

54.880.087

Bordallo Pinheiro (1.296.174 euros). À marca Vista Alegre foi atribuído o valor de 60 milhões de euros apurado por uma entidade especializada independente.

VISTA ALEGRE

BORDALLO PINHEIRO

DATA DA AQUISIÇÃO

09/04/29

09/03/31

ACTIVOS INTANGÍVEIS

60.996.259

681.448

ACTIVOS TANGÍVEIS

40.449.986

4.903.759

ACTIVOS CORRENTES

29.010.650

2.674.393

OUTROS ACTIVOS CORRENTES

32.461.441

122.411

TOTAL DO ACTIVO

162.918.336

8.382.011

PASSIVOS NÃO CORRENTES

4.896.624

0

PASSIVOS CORRENTES

54.662.113

5.546.981

TOTAL DO PASSIVO

59.558.737

5.546.981

VALOR DOS ACTIVOS LÍQUIDOS ADQUIRIDOS APROPRIADOS PELO GRUPO

103.359.599

2.835.030

BADWILL

89.039.127

1.296.174

CUSTO DE AQUISIÇÃO

14.320.472

1.538.856

RESULTADOS OPERACIONAIS (SEM PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO)

2008

17.388.070

829.946

5.203.982

3.094.363

9.270.542

35.786.903

2009

24.087.153

1.239.193

8.319.347

790.550

2.965.462

37.401.705

IMOBILIZADO

2008

82.316.942

22.888.782

109.147.910

3.355.060

22.730.154

240.438.848

(CORPÓREO E INCORPÓREO)

2009

93.297.025

124.247.536

113.111.631

2.862.110

19.566.473

353.084.775

EXISTÊNCIAS

2008

27.596.409

6.100.673

726.841

80.392.673

9.577.365

124.393.961

2009

36.443.157

21.551.322

944.446

80.639.283

5.511.603

145.089.811

2009

2008

PROVEITOS SUPLEMENTARES

1.838.089

1.400.842

ALIENAÇÃO DE IMOBILIZADO

349.027

193.294

GANHOS EM EXISTÊNCIAS

14.664

62.816

SUBSÍDIOS AO INVESTIMENTO

169.518

244.164

OUTROS PROVEITOS OPERACIONAIS

7.504.423

4.769.658

TOTAL

9.875.721

6.670.774

2 .170.929

OUTROS PROVEITOS

b) POR ÁREA GEOGRÁFICA ANOS

VOLUME DE NEGÓCIOS

14 OUTROS PROVEITOS E OUTROS CUSTOS OPERACIONAIS

PORTUGAL

MOÇAMBIQUE

ANGOLA

FRANÇA

BÉLGICA

ESPANHA

OUTROS

TOTAL

2008

246.465.065

39.938.062

38.598.023

15.888.803

2.108.079

327.474

16.672

343.342.178

2009

330.301.145

48.092.486

46.760.972

36.841.921

3.221.422

3.958

0

465.221.903

2008

13.920.462

756.216

1.553.144

716.223

81.534

-1.995

-143.750

16.881.834

2009

56.675.010

-37.577

-2.489.387

897.820

202.607

-172.474

-195.911

54.880.087

IMPOSTOS

2.856.562

RESULTADOS OPERACIONAIS

2008

26.565.116

3.005.277

4.852.440

1.300.334

126.322

-66.018

3.431

35.786.902

DONATIVOS

113.088

84.672

(SEM PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO)

2009

20.974.233

7.496.749

7.315.304

1.521.054

428.704

-172.105

-162.233

37.401.705

MULTAS E PENALIDADES

252.290

111.317

PERDAS COM IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS

543.018

211.173

IMOBILIZADO

2008

155.633.575

44.158.762

37.001.042

737.811

261.440

15.915

2.630.303

240.438.848

DÍVIDAS INCOBRÁVEIS

184.805

0

(CORPÓREO E INCORPÓREO)

2009

272.948.962

40.634.807

37.425.022

1.890.885

147.901

10.123

27.075

353.084.775

OUTROS

2.098.724

1.110.811

EXISTÊNCIAS

2008

106.605.421

6.870.648

10.898.175

0

0

0

19.717

124.393.961

TOTAL

6.048.488

3.688.903

2009

131.678.989

6.473.855

6.926.302

10.051

0

0

613

145.089.811

2009

2008

REMODELAÇÃO DO PALÁCIO DO GELO SHOPPING

708.383

8.096.388

CONCLUSÃO DAS OBRAS DO GIRASSOL INDY CONGRESS HOTEL & SPA

236.595

5.713.242

INVESTIMENTO EM PELLETS

4.429.533

5.020.055

CONSTRUÇÃO DE NOVAS CÉLULAS (TV CABO)

2.848.075

3.563.124

PEDREIRA DE BENGUELA (VISACONSTROI)

1.097.466

805.693

OUTROS

4.497.213

10.153.178

TOTAL

13.817 265

33.351.680

RESULTADO LÍQUIDO

12 TRABALHOS PARA A PRÓPRIA EMPRESA

90

OUTROS CUSTOS


Notas às Demostrações Financeiras Consolidadas

Demonstrações Financeiras Consolidadas e Respectivos Anexos

15 FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS 2009

PESO %

2008

PESO %

SUBCONTRATOS

153.197.662

72%

117.932.054

65%

TRABALHOS ESPECIALIZADOS

13.363.631

6%

13.289.044

7%

RENDAS E ALUGUERES

12.926.137

6%

10.462.911

6%

SEGUROS

2.647.420

1%

2.156.943

1%

COMBUSTÍVEIS

6.626.276

3%

6.669.431

4%

TRANSPORTE DE MERCADORIAS

2.768.747

1%

2.530.243

1%

CONSERVAÇÃO E REPARAÇÃO

5.155.345

2%

4.469.845

2%

COMUNICAÇÃO

2.991.483

1%

3.153.676

2%

ELECTRICIDADE

4.408.486

2%

2.794.442

2%

PUBLICIDADE

2.499.112

1%

2.412.372

1%

DESLOCAÇÕES E ESTADAS

1.955.014

1%

2.011.631

1%

OUTROS

3.701.811

2%

12.536.982

7%

TOTAL

212.241.123

100%

180.419.574

100%

Durante o exercício de 2009, o número médio de colaboradores ao serviço do Grupo foi de 6 466 empregados, com a seguinte distribuição por sector de actividade e país: a) POR ÁREA DE NEGÓCIO NÚMERO MÉDIO DE TRABALHADORES 2009 2008 GLOBAL

2.340

2.048

INDÚSTRIA

2.138

600

TURISMO

702

603

IMOBILIÁRIA

517

536

PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS

769

544

6.466

4.331

TOTAL

b) POR PAÍS Para a variação das rubricas acima descritas, contribui significativamente a entrada no perímetro da Vista Alegre e da Bordallo Pinheiro com elevados custos de rendas e alugueres e electricidade, assim como o aumento da frota automóvel via leasing operacional de algumas empresas da área das telecomunicações, tais como a Viatel, Constructel França, TV Cabo Angola e Visaconstroi.

A entrada daquelas empresas no perímetro de consolidação, nomeadamente o Grupo Vista Alegre, veio contribuir directamente para o aumento de algumas rubricas de “Fornecimentos e serviços externos”, tais como: > Rendas e alugueres – 1.449.379 euros > Electricidade – 1.522.252 euros > Conservação e reparação – 665.486 euros > Transporte de mercadorias – 886.632 euros

NÚMERO MÉDIO DE TRABALHADORES 2009 2008 PORTUGAL

4.050

2.129

MOÇAMBIQUE

1.659

1.651

ANGOLA

627

469

FRANÇA

96

61

ESPANHA

1

1

BÉLGICA

33

15

OUTROS PAÍSES

0

5

6.466

4.331

2009

2008

DESPESAS DE INSTALAÇÃO

80.210

117.650

DESPESAS DE INVESTIGAÇÃO E DESENVOLVIMENTO

33.289

250.462

PROPRIEDADE INDUSTRIAL E O/ DIREITOS

36.008

40.330

149.507

408.442

TOTAL

16 CUSTOS COM O PESSOAL 2009

2008

ÓRGÃOS SOCIAIS

1.878.218

1.903.936

REMUNERAÇÕES DO PESSOAL

63.326.639

42.826.828

CONTRIBUIÇÕES PARA A SEGURANÇA SOCIAL

11.643.977

3.657.156

669.171

613.392

CUSTOS ACÇÃO SOCIAL

1.784.435

3.657.156

OUTROS

3.962.299

4.926.607

TOTAL

83.264.739

57.585.073

SEGUROS

A variação dos custos com o pessoal foi fortemente influenciada com a entrada no perímetro da Vista Alegre (18.151.282 euros) e da Bordallo Pinheiro (2.115.024 euros).

17 AMORTIZAÇÕES AMORTIZAÇÕES INCORPÓREAS

TOTAL AMORTIZAÇÕES INCORPÓREAS AMORTIZAÇÕES CORPÓREAS TERRENOS E RECURSOS NATURAIS

174.872

96.637

EDIFÍCIOS E OUTRAS CONSTRUÇÕES

6.045.749

3.712.968

EQUIPAMENTO BÁSICO

5.735.269

3.851.708

EQUIPAMENTO DE TRANSPORTE

1.850.451

1.332.392

FERRAMENTAS E UTENSÍLIOS

1.830.818

1.440.804

788.547

468.842

EQUIPAMENTO ADMINISTRATIVO TARAS E VASILHAME

51

0

241.323

93.071

TOTAL AMORTIZAÇÕES CORPÓREAS

16.667.080

10.996.422

TOTAL AMORTIZAÇÕES

16.816.587

11.404.864

OUTRAS IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS

O Grupo Vista Alegre contribuiu com 3,3 milhões de euros de amortizações do exercício, desde Abril a Dezembro 2009, sendo a rubrica

de “Edifícios e outras construções” a mais afectada com esta entrada no perímetro.

93


Notas às Demostrações Financeiras Consolidadas

Demonstrações Financeiras Consolidadas e Respectivos Anexos

18 PROVISÕES E AJUSTAMENTOS

22 IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO 2009

2008

AUMENTOS NAS PROVISÕES E AJUSTAMENTOS

7.579.978

1.819.233

REDUÇÕES NAS PROVISÕES E AJUSTAMENTOS

-879.508

-743.405

0

1.884.636

6.700.470

2.960.463

AJUSTAMENTOS EM INVESTIMENTOS FINANCEIROS TOTAL

2009

2008

IMPOSTO CORRENTE

-2.924.600

-1.605.626

IMPOSTO DIFERIDO

-22.886.998

5.601.277

IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO DO EXERCÍCIO

-25.811.597

3.995.651

2009

2008

ACTIVO POR IMPOSTO DIFERIDO INSTRUMENTOS FINANCEIROS

Os aumentos nas provisões e ajustamentos incluem o montante de 4,7 milhões de euros de saldos respeitantes a provisões de clientes de Angola.

19 JUROS, LÍQUIDOS

0

1.012.380

RESULTADOS NÃO REALIZADOS EM OPERAÇÕES INTRA-GRUPO

146.374

133 552

IMPOSTOS DIFERIDOS DECORRENTES DE AJUSTAMENTOS DE CONSOLIDAÇÃO

88.620

87.701

BENEFÍCIOS FISCAIS

1.582.577

1.797.720

PREJUÍZOS FISCAIS

9.624.284

3.397.873

PROVISÕES TRIBUTADAS

4.986.063

250.079

TOTAL ACTIVO POR IMPOSTO DIFERIDO

16.427.918

6.679.304

PASSIVO POR IMPOSTO DIFERIDO 2009

2008

JUROS SUPORTADOS EMPRÉSTIMOS OBTIDOS

-20.253.692

SWAP DE TAXA DE JURO

-19.753.395

-3.516.131

-3.992.824

-23.769.823

-23.746.219

2.402.591

1.007.406

2.402.591

1.007.406

-21.367.232

-22.738.813

JUROS OBTIDOS EMPRÉSTIMOS OBTIDOS

TOTAL

VARIAÇÕES CAMBIAIS

763.486

491.749

DIFERENÇA PARA O JUSTO VALOR DOS TERRENOS

3.541.929

3.604.636

DIFERENÇA PARA O JUSTO VALOR DE PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO (PALÁCIO DO GELO SHOPPING)

24.179.738

180.679

RESERVAS DE REAVALIAÇÃO LIVRES

15.118.586

6.628.941

RESERVAS DE REAVALIAÇÃO LEGAIS

24.344

32.474

OUTROS AJUSTAMENTOS DECORRENTES DE AJUSTAMENTOS DE CONSOLIDAÇÃO

988.089

1.140.016

44.616.173

12.078 495

2009

2008

RESULTADO CONSOLIDADO ANTES DE IMPOSTO

80.691.684

12.886.183

IMPOSTO CORRENTE SOBRE OS RESULTADOS DO EXERCÍCIO

-2.924.600

-1.605.626

TOTAL PASSIVO POR IMPOSTO DIFERIDO

DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS

IMPOSTO DIFERIDO RESULTADOS NÃO REALIZADOS EM OPERAÇÕES INTRA-GRUPO INSTRUMENTOS FINANCEIROS

20 GANHOS EM ACTIVOS FINANCEIROS E OUTROS INVESTIMENTOS, LÍQUIDOS ACTIVOS FINANCEIROS DETIDOS PARA NEGOCIAÇÃO (VER NOTA 32) ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA - IMPARIDADE (VER NOTA 27)

-2.475 1.012.380

BENEFICIOS FISCAIS

0

-175.521

PREJUÍZOS FISCAIS

1.169.544

1.438.870

RESERVAS DE REAVALIAÇÃO LIVRES

-186.090

154.105

RESERVAS DE REAVALIAÇÃO LEGAIS

0

17.437

-48.134.107

JUSTO VALOR DOS ACTIVOS DETIDOS PARA NEGOCIAÇÃO

0

2.960.420

2009

2008

42.000

-45.674.155

0

DIVIDENDOS

19.940.690

21.746.329

DIFERENÇA PARA O JUSTO VALOR DE PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO

JUROS DOS EMPRÉSTIMOS RELACIONADOS COM OS ACTIVOS FINANCEIROS

-11.074.068

-18.436.250

PROVISÕES TRIBUTADAS

8.908.623

-90.498.184

TOTAL

-2.475 -1.012.380

-22.416.741

-16.078

0

248.660

VARIAÇÕES CAMBIAIS

-386.725

54.246

OUTROS

-52.131

-90.766

54.880.087

16.881.834

RESULTADO LÍQUIDO CONSOLIDADO DO EXERCÍCIO COM INTERESSES MINORITÁRIOS

Foram reconhecidos impostos diferidos passivos associados a diferenças entre o valor contabilístico e a base fiscal do Palácio do Gelo em 2009 na sequência de uma alteração no plano de rentabilização deste activo.

21 OUTROS CUSTOS FINANCEIROS, LÍQUIDOS DIFERENÇAS DE CÂMBIO DESFAVORÁVEIS DESCONTOS DE PRONTO PAGAMENTO CONCEDIDOS

2009

2008

-17.559.142

-13.476.929

-25.765

-62.551

OUTROS CUSTOS

-4.055.386

-3.403.339

DIFERENÇAS DE CÂMBIO FAVORÁVEIS

11.773.259

12.764.067

DESCONTOS DE PRONTO PAGAMENTO OBTIDOS

128.921

176.523

OUTROS PROVEITOS

322.588

558.901

-9.415.525

-3.443.329

TOTAL

94

95


Notas às Demostrações Financeiras Consolidadas

Demonstrações Financeiras Consolidadas e Respectivos Anexos

23 IMOBILIZADO CORPÓREO

Na área das participações financeiras, a PDA tem 14 milhões de euros em imobilizado em curso referente à aquisição de terrenos para construção do Parque Desportivo de Aveiro.

IMOBILIZADO CORPÓREO EM CURSO TERRENOS

EDIFÍCIOS

EQUIPAMENTO BÁSICO

EQUIPAMENTO E TRANSPORTE

FERRAMENTAS E UTENSÍLIOS

EQUIPAM. OUTRAS IMOB. ADMINISTRAT. CORPÓREAS

IMOBILIZAÇÕES ADIANT. POR EM CURSO CONTA DE IMOB.

TOTAL

A 31 DE DEZEMBRO DE 2008 CUSTOS DE AQUISIÇÃO AMORTIZAÇÕES ACUMULADAS

15.031.124 138.010.487 606.486 22.683.233

67.788.550 28.957.155

20.514.942 11.575.160

22.679.166 10.587.450

8.710.202 5.849.155

527.622 89.160

43.230.365 0

3.331.973 0

319.824.431 80.347.799

IMOBILIZADO LÍQUIDO

14.424.638 115.327.254

38.831.395

8.939.782

12.091.716

2.861.047

438.462

43.230.365

3.331.973

239.476.632

SALDO INICIAL A 1 DE JANEIRO DE 2009 AUMENTOS ALIENAÇÕES/TRANSFERÊNCIAS ALTERAÇÕES AO PERÍMETRO AMORTIZAÇÕES DO EXERCÍCIO

14.424.638 115.327.254 706.507 6.585.857 -348.053 3.014.679 15.366.534 25.006.725 174.872 6.045.749

38.831.395 5.455.881 5.343.732 8.277.482 5.735.269

8.939.782 2.868.271 -620.285 102.445 1.850.451

12.091.716 2.298.694 -777.967 1.368.513 1.830.818

2.861.047 625.621 388.144 773.472 788.547

438.462 72.328 -55.765 998.902 241.374

43.230.365 8.036.030 -17.407.747 1.015.040 0

3.331.973 0 -98.440 0 0

239.476.632 26.649.189 -11.056.701 52.909.114 16.667.080

SALDO FINAL A 31 DE DEZEMBRO DE 2009

29.974.754 143.888.767

52.173.220

9.439.763

13.150.138

3.859.738

717.553

34.873.688

3.233.533

291.311.155

A 31 DE DEZEMBRO DE 2009 CUSTOS DE AQUISIÇÃO AMORTIZAÇÕES ACUMULADAS

30.826.729 220.681.576 851.975 76.792.808

144.250.124 92.076.905

23.195.265 13.755.502

31.003.290 17.853.151

20.061.450 16.201.712

1.829.478 1.111.925

34.873.688 0

3.233.533 0

509.955.133 218.643.978

IMOBILIZADO LÍQUIDO

29.974.754 143.888.767

52.173.220

9.439.763

13.150.138

3.859.738

717.553

34.873.688

3.233.533

291.311.155

O imobilizado em curso teve uma diminuição de 8,4 milhões de euros cifrando-se no final de 2009 em 34,9 milhões euros.

Em Angola estão em curso investimentos de 2,1 milhões de euros no projecto de TV Cabo para distribuição de sinal por cabo na cidade de Luanda e construção de uma rede bi-direccional de distribuição de banda larga para exploração de serviços de multimédia interactivos. Neste mercado estão também em curso investimentos no arranque de unidades industriais (1,1 milhões de euros).

No mercado nacional a grande fatia pertence à área do turismo, dos quais 8,5 milhões de euros dizem respeito ao Palácio do Gelo Shopping, nomeadamente às futuras instalações administrativas do Grupo Visabeira. De salientar o investimento na Pinewells, a qual procedeu à construção de uma fábrica para transformação e produção de pellets (combustível sólido de granulado de resíduos de madeira prensado).

24 GOODWILL ANO DE AQUISIÇÃO

VIATEL – TECNOLOGIA DE COMUNICAÇÕES, SA

1997, 2002

14.997.178

2009

4.710.749

0

2001, 2002

3.390.676

3.390.676

1992, 1998, 2002

3.116.383

3.116.383

1998, 2002

2.518.558

2.518.558

1992, 1998, 2001, 2002

2.105.101

2.105.101

1998, 2002

1.320.221

1.320.221

VISTA ALEGRE ATLANTIS, SGPS, SA

BENS DETIDOS EM LOCAÇÃO FINANCEIRA

VISABEIRA MOÇAMBIQUE, SARL 2009

2008

GRANBEIRA - SOCIEDADE DE EXPLORAÇÃO E COMÉRCIO GRANITOS, SA EMPREENDIMENTOS TURÍSTICOS MONTEBELO, SA

VALOR DO GOODWILL 2009 2008 14.997.178

EDIFÍCIOS E OUTRAS CONSTRUÇÕES

2.128.030

1.937.489

GRANBEIRA II - ROCHAS ORNAMENTAIS, SA

EQUIPAMENTO BÁSICO

5.435.942

6.293.278

MOB - INDÚSTRIA DE MOBILIÁRIO, SA

EQUIPAMENTO DE TRANSPORTE

2.314.872

2.383.439

PDA - PARQUE DESPORTIVO DE AVEIRO, SA

2005

894.659

894.659

FERRAMENTAS E UTENSÍLIOS

2.526.558

2.212.997

EDIVISA - EMPRESA DE CONSTRUÇÕES, SA

1993, 2002

888.354

888.354

285.638

251.240

EQUIPAMENTO ADMINISTRATIVO TOTAL

12.691.040

13.078.443

VALOR AQUISIÇÃO

AMORTIZAÇÕES ACUMULADAS

2009 VALOR LÍQUIDO

2008 VALOR LÍQUIDO

PORTUGAL

12.995.823

1.801.664

11.194.160

11.740.105

MOÇAMBIQUE

1.765.241

268.361

1.496.880

1.338.338

TOTAL

14.761.064

2.070.024

12.691.040

13.078.443

INVESTIMENTO EM IMOBILIZADO CORPÓREO

GATEL, SAS

2008

869.778

869.778

ELECTROTEC - PROJECTOS, EXECUÇÃO E GESTÃO DE REDES DE ENERGIA, LDA

2007

768.337

768.337

CERUTIL - CERÂMICAS UTILITÁRIAS, SA

401.130

401.130

OUTROS

1993, 2002

1.390.357

1.165.900

TOTAL

37.371.483

32.436.277

relativamente ao goodwill alocado ao negócio desenvolvido pela Viatel, o EBITDA desta empresa: 2009: 7,8 milhões de euros; 2008: 5,5 milhões de euros. O valor do goodwill incluído nas contas da Vista Alegre Atlantis foi ainda integrado de forma provisória podendo ser alocado nos 12 meses a partir da data de aquisição, aos activos identificáveis, não obstante o Grupo Visabeira não prever ajustamentos significativos.

Para efeitos da análise da imparidade, o goodwill foi distribuído pelas unidades geradoras de caixa, as quais correspondem aos segmentos de negócio reportáveis. O Conselho de Administração, suportado no valor dos fluxos de caixa previsionais daqueles segmentos, descontados à taxa considerada aplicável a cada negócio, concluiu que, em 31 de Dezembro de 2009, o valor contabilístico dos investimentos financeiros, incluindo o goodwill, não excede o seu valor recuperável, sendo de realçar

Os investimentos mais relevantes em imobilizado corpóreo em 2009 foram os seguintes: Global Na área das telecomunicações e construção, o investimento realizado na Edivisa respeita fundamentalmente à aquisição de novos equipamentos para a área de infra-estruturas. Na Viatel, o investimento efectuado focaliza-se na aquisição de novos equipamentos, com as rubricas de equipamento de transporte e ferramentas e utensílios a absorverem os maiores valores.

Turismo A área do turismo verificou um acréscimo no investimento, cuja maior contribuição foi dos Empreendimentos Montebelo com 2 milhões de euros de investimento. Com efeito, a Movida em 2009 investiu cerca de 1,9 milhões de euros na conclusão das obras de ampliação do Palácio do Gelo Shopping. Em Moçambique, o valor mais significativo de investimento foi realizado pela Turvisa, que em 2009 concluiu as obras já iniciadas no ano anterior, nomeadamente na ampliação do resort turístico Girassol Indy Congress Hotel & Spa.

Indústria Na área da indústria, depois do ciclo de fortes investimentos dirigidos à maior eficiência operacional, com apostas na qualidade e na adequação ambiental das unidades, iniciou-se uma nova fase caracterizada pela política selectiva e integrada de análise e aprovação de aplicações em capital fixo, de forma a assegurar a plena competitividade dos seus activos. Assim, em 2009, o investimento em activo fixo resumiu-se apenas aos novos equipamentos adquiridos pela Mob que, para além de substituírem os que foram enviados para a unidade de Angola, permitirão oferecer novos produtos e de valor acrescentado.

Participações Financeiras Nesta área, o destaque vai para a PDA que teve um investimento de 500 mil de euros na aquisição de terrenos.

25 PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO 2009

2008

SALDO INICIAL

192.551.486

2.218.000

ALIENAÇÕES

-1.711.351

0

0

96.392.911

TRANSFERÊNCIAS ALTERAÇÕES AO PERÍMETRO

21.080.956

0

ALTERAÇÃO NO JUSTO VALOR

-18.385.000

93.940.574

TOTAL

193.536.090

192.551.486

PALÁCIO DO GELO SHOPPING

170.000.000

188.385.000

EDIFÍCIO MOB 2

2.218.000

2.218.000

EDIFÍCIO VISTA ALEGRE

21.080.956

0

237.134

1.948.486

VISABEIRA IMOBILIÁRIA, SA (ARRENDAMENTOS)

As propriedades de investimento estão mensuradas ao justo valor, determinado com base em avaliações realizadas por entidades independentes, de acordo com o método de rendimento, com referência à data de balanço. A avaliação do Palácio do Gelo Shopping teve como base os seguintes pressupostos:

TAXA DE DESCONTO

96

193.536.090

192.551.486

5,3% - 6,6%

6,3% - 6,7%

6,6%

6,5%

TAXA DE OCUPAÇÃO

98%

98%

2% - 11%

8%

2%

2%

TAXA DE CRESCIMENTO DE RENDAS DE PERPETUIDADE

97

2008

TAXA DE DESCONTO DA PERPETUIDADE TAXA DE CRESCIMENTO DAS RENDAS VARIÁVEIS

TOTAL

2009


Notas às Demostrações Financeiras Consolidadas

Demonstrações Financeiras Consolidadas e Respectivos Anexos

Uma descida (aumento) da taxa de crescimento das rendas variáveis em 1 p.p. (1 p.p.) traduzir-se-ia num valor de 170,4 milhões de euros (170,9 milhões de euros), conjugada com aumento da taxa de desconto de 0,5 p.p. seria de 154,7 milhões de euros e conjugada com uma diminuição da mesma magnitude seria de 190,4 milhões de euros.

Uma descida (aumento) de 0,5 p.p. na taxa de desconto aumentaria (reduziria) o valor da avaliação para 190,2 milhões de euros (154,9 milhões de euros). Uma descida (aumento) de 8 p.p. (1 p.p.) na taxa de ocupação das lojas reduziria (aumentaria) o valor da avaliação para 158,6 milhões de euros (172,2 milhões de euros). Estas variações nas taxas de ocupação, conjugadas com as variações indicadas na análise de sensibilidade da taxa de desconto, traduzem-se num valor mínimo de 144 milhões de euros (-8 p.p. na ocupação e mais 0,5 p.p. na taxa de desconto) e num valor máximo de 191,9 milhões de euros (1 p.p. na ocupação e menos 0,5 p.p. na taxa de desconto).

Durante o exercício de 2009, o valor das rendas dos espaços comerciais do Palácio do Gelo Shopping atingiu cerca de 7,2 milhões de euros, tendo o número de visitantes ascendido, até à data, a 14,8 milhões. A taxa de ocupação em 31 de Dezembro é de 94%. O Grupo não prevê nos próximos anos obter um resultado tão significativo através da construção e desenvolvimento de propriedades de investimento e consequente valorização ao justo valor.

28 EXISTÊNCIAS MATÉRIAS PRIMAS

MERCADORIAS

PRODUTOS ACABADOS

PRODUTOS E TRABALHOS EM CURSO

ADIANT. P/ CONTA DE COMPRAS

TOTAL

20.320.090

11.862.897

44.279.849

44.697.959

3.420.979

124.581.774

0

-187.813

0

0

0

-187.813

20.320.090

11.675.084

44.279.849

44.697.959

3.420.979

124.393.961

CUSTO

25.622.454

10.030.344

78.189.964

35.807.615

3.417.649

153.068.025

AJUSTAMENTOS

-1.374.964

-151.135

-6.437.657

-14.459

0

-7.978.214

EXISTÊNCIAS AO MAIS BAIXO ENTRE O CUSTO DE AQUISIÇÃO E VALOR DE REALIZAÇÃO

24.247.490

9.879.208

71.752.307

35.793.156

3.417.649

145.089.811

2009

2008 121.384.846

31 DE DEZEMBRO DE 2008 CUSTO AJUSTAMENTOS EXISTÊNCIAS AO MAIS BAIXO ENTRE O CUSTO DE AQUISIÇÃO E VALOR DE REALIZAÇÃO

26 IMOBILIZADO INCORPÓREO DESPESAS DE I&D

OUTROS

IMOBILIZAÇÕES EM CURSO

TOTAL 31 DE DEZEMBRO DE 2009

A 31 DE DEZEMBRO DE 2008 CUSTOS DE AQUISIÇÃO AMORTIZAÇÕES ACUMULADAS

1.032.375

-166.708

86.179

951.846

903.726

-914.097

0

-10.371

AMORTIZAÇÕES DO EXERCÍCIO IMOBILIZADO LÍQUIDO

128.649

SALDO INICIAL A 1 DE JANEIRO DE 2009

747.389

86.179

negativa das cotações ocorrida no primeiro semestre de 2008, antes da sua reclassificação de activos em negociação para esta categoria). Atendendo a que as perdas não são revertidas através da demonstração de resultados, em 31 de Dezembro de 2009, a mais-valia potencial face à cotação de final de ano da ZON está reflectida nas reservas de justo valor.

Em 31 de Dezembro de 2009, as menos-valias potenciais face às cotações de final de ano, das acções na Portugal Telecom e na EDP, foram registadas nas reservas de justo valor, por se entender que não estavam reunidas as condições de imparidade (ver nota 2.5.1). Em 2008 foram registadas perdas por imparidade nas acções da ZON (48.134.107 euros) e EDP (45.674.155 euros, correspondentes à variação

962.217

128.649

747.389

86.179

962.217

AUMENTOS

128.534

60.040.013

37.127

60.205.674

ALIENAÇÕES/TRANSFERÊNCIAS

382.828

436.540

-64.132

755.237

AMORTIZAÇÕES DO EXERCÍCIO

33.289

116.218

0

149.507

606.722

61.107.724

59.174

61.773.621 CLIENTES - CONTA CORRENTE

160.953.485

CUSTOS DE AQUISIÇÃO

2.571.704

61.936.446

59.174

64.567.323

CLIENTES - TÍTULOS A RECEBER

406.881

0

AMORTIZAÇÕES ACUMULADAS

1.964.981

828.721

0

2.793.703

CLIENTES - SALDOS DE COBRANÇA DUVIDOSA

15.463.600

7.613.379

SALDOS DEVEDORES DE FORNECEDORES 606.722

61.107.724

59.174

61.773.621

SALDO FINAL A 31 DE DEZEMBRO DE 2009 A 31 DE DEZEMBRO DE 2009

IMOBILIZADO LÍQUIDO

29 CLIENTES E OUTROS DEVEDORES

1.518.199

1.366.127

PESSOAL

497.458

558.091

OUTROS

60

31.933

178.839.683

130.954.376

-15.329.952

-7.459.781

163.509.731

123.494.595

Na rubrica de “Outros” destaca-se um aumento de 60 milhões de euros (ver nota 13). AJUSTAMENTOS DE DÍVIDAS A RECEBER TOTAL

27 ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA VALOR DE BALANÇO

2008 RESERVA JUSTO VALOR

RESERVA JUSTO VALOR

2009 VALOR DE BALANÇO

PORTUGAL TELECOM

143.512.312

-99.611.153

-41.686.085

201.437.380

EDP

100.148.701

-23.039.775

-7.692.312

115.496.164

ZON MULTIMÉDIA

25.963.081

0

4.394.829

30.357.910

TOTAL

269.624.094

-122.650.928

-44.983.568

347.291.454

PARTICIPAÇÕES NO CAPITAL

envolvente económica. O Conselho de Administração entende que o valor contabilístico das contas a receber é próximo do seu justo valor. O Grupo não tem uma concentração significativa de riscos de crédito, dado que o risco se encontra diluído por um vasto conjunto de clientes.

A exposição do Grupo ao risco de crédito é atribuível às contas a receber derivadas da sua actividade operacional. Os montantes apresentados no balanço encontram-se líquidos das perdas de imparidade acumuladas para cobranças duvidosas, que foram estimadas pelo Grupo de acordo com a sua experiência e com base na sua avaliação da conjuntura e

30 ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS 2009

ACTIVO 2008

1.810.141

1.248.892

4.509

69.315

356.182

2.849.229

398.318

313.289

IMPOSTO SOBRE O VALOR ACRESCENTADO

5.602.259

4.064.709

8.608.062

714.945

CONTRIBUIÇÕES PARA A SEGURANÇA SOCIAL

16.271

150.262

789.070

790.122

7.784.853

8.313.093

9.837.959

1.887.671

IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO RETENÇÕES DE IMPOSTOS S/ RENDIMENTOS DE TERCEIROS

TOTAL

98

99

2009

PASSIVO 2008


Notas às Demostrações Financeiras Consolidadas

Demonstrações Financeiras Consolidadas e Respectivos Anexos

31 OUTROS ACTIVOS CORRENTES E NÃO CORRENTES

35 RESULTADOS POR ACÇÃO 2009

2008

ESPECIALIZAÇÃO DA MARGEM

38.676.189

29.776.494

ADIANTAMENTOS A FORNECEDORES

1.510.530

1.510.797

ESPECIALIZAÇÃO DE SEGUROS E JUROS

858.962

1.026.518

CORRENTES

2009

2008

RESULTADO LÍQUIDO DO ANO PARA EFEITO DO CÁLCULO

53.410.238

15.243.437

Nº MÉDIO PONDERADO DE ACÇÕES PARA EFEITO DO CÁLCULO

23.025.126

23.025.126

2,3197

0,6620

RESULTADO LÍQUIDO DO ANO PARA EFEITO DO CÁLCULO

53.410.238

15.243.437

Nº MÉDIO PONDERADO DE ACÇÕES PARA EFEITO DO CÁLCULO

23.025.126

23.025.126

2,3197

0,6620

BÁSICO

EMPRESAS DO GRUPO - EMPRÉSTIMOS

326.446

543.756

EMPRESAS ASSOCIADAS - EMPRÉSTIMOS

7.011.635

1.852.866

OUTROS DEVEDORES

16.042.852

4.455.684

350.100

0

OUTRAS ESPECIALIZAÇÕES

7.707.601

2.847.553

EMPRESAS PARTICIPADAS - EMPRÉSTIMOS

4.730.176

18.798.573

77.214.492

60.812.242

-5.526.187

0

71.688.305

60.812.242

OUTROS ACCIONISTAS - EMPRÉSTIMOS

AJUSTAMENTOS DE OUTROS DEVEDORES TOTAL

O valor da “especialização de margem” diz respeito a proveitos incorridos em 2009 mas apenas facturados em 2010, e está essencialmente relacionado com o negócio das telecomunicações.

O valor das cauções respeita a cauções de garantia relativas a obras realizadas ou serviços prestados a clientes.

RESULTADO POR ACÇÃO BÁSICO DILUÍDO

RESULTADO POR ACÇÃO DILUÍDO

36 RESULTADOS RETIDOS E OUTRAS RESERVAS 2009

2008

RESULTADOS RETIDOS

198.729.139

141.018.201

RESERVAS

-37.455.031

-116.504.460

RESERVAS DE CONVERSÃO CAMBIAL

-19.394.183

-13.227.485

TOTAL

141.879.924

11.286.256

32 ACTIVOS FINANCEIROS DETIDOS PARA NEGOCIAÇÃO 2009

VALOR DE BALANÇO 2008

BCP

1.183.000

1.141.000

TOTAL

1.183.000

1.141.000

PARTICIPAÇÕES NO CAPITAL

A legislação comercial portuguesa estabelece que se deve transferir para reserva legal 5% dos lucros líquidos até que esta represente pelo menos 20% do capital. Esta reserva não é distribuível e só pode ser utilizada

para incorporação no capital ou para cobrir prejuízos, depois de esgotadas todas as outras reservas.

37 INTERESSES MINORITÁRIOS % INTERESSES MINORITÁRIOS 2009 2008

33 CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA DEPÓSITOS À ORDEM

2009

2008

19.208.060

22.460.960

CAIXA

1.475.468

2.243.029

DEPÓSITOS A PRAZO

4.429.625

6.626.841

TÍTULOS NEGOCIÁVEIS

56.233

118.800

APLICAÇÕES DE TESOURARIA

49.995

498

TOTAL

25.219.380

O Capital Social autorizado está representado por 23.025.126 acções ao portador, com o valor nominal unitário de cinco euros e está realizado no montante de 115.125.630 euros.

À data de 31 de Dezembro de 2009, o accionista maioritário Fernando Campos Nunes, detinha, directa e indirectamente, 77,85% do Grupo Visabeira, possuindo 17.926.178 acções.

Em Dezembro foram adquiridas acções ordinárias por empresa detida a 100% pelo Eng.º Fernando Campos Nunes, ao FCR - Caixa Capital

AMBITERMO, SA

49,00

49,00

1.322.514

1.672.955

30.574

CONVISA TURISMO, LDA

50,00

50,00

616.204

96.422

561.938

61.117

PDA, SA

45,43

45,43

1.842.149

1.864.251

-18.559

-25.681

PINEWELLS, SA

44,00

44,00

1.970.499

0

-159.143

0

TELEVISA, LDA

50,00

50,00

418.475

383.272

102.553

43.084

TV CABO ANGOLA, LDA

50,00

50,00

2.181.262

2.288.877

987.045

919.954

TV CABO - COMUNICAÇÕES MULTIMÉDIA, LDA

50,00

50,00

314.290

349.754

63.962

127.490

VISABEIRA, LDA

40,00

40,00

2.214.444

2.463.996

110.598

372.342

OUTROS

2.108.258

1.256.955

-209.119

-268.560

TOTAL

12.988.094

10.376.481

1.469.849

1.638.397

408.650

38 ENDIVIDAMENTO CORRENTE

2009 NÃO CORRENTE

CORRENTE

2008 NÃO CORRENTE

PAPEL COMERCIAL

40.000.000

390.500.000

52.000.000

400.000.000

EMPRÉSTIMOS BANCÁRIOS

99.398.058

82.477.935

50.155.070

78.250.854

0

60.000.000

0

60.000.000

963.981

17.584.201

959.842

5.103.305

8.963.556

60.584.801

8.072.540

66.791.161

149.325.595

611.146.937

111.187.452

610.145.320

EMPRÉSTIMOS POR OBRIGAÇÕES SUBSÍDIOS REEMBOLSÁVEIS LOCAÇÃO FINANCEIRA TOTAL

100

RESULTADOS ATRIBUÍDOS 2009 2008

31.450.127

Gerido pela sociedade Caixa Capital SCR, SA, empresa de capital de risco do Grupo Caixa Geral de Depósitos, correspondente a 3,84% do capital social do Grupo Visabeira.

34 CAPITAL SOCIAL

VALOR DO BALANÇO 2009 2008

101


Notas às Demostrações Financeiras Consolidadas

Demonstrações Financeiras Consolidadas e Respectivos Anexos

38.3 LOCAÇÃO FINANCEIRA

38.1 PAPEL COMERCIAL Com o objectivo de adquirir acções da EDP, PT, e ZON Multimédia, o Grupo Visabeira contratou ainda os seguintes papéis comerciais, pelo prazo de 6 meses, renováveis pelo mesmo período até 5 anos, indexados à Euribor a 6 meses:

À data de 31 de Dezembro, estava integralmente subscrita a vigésima segunda emissão de papel comercial de 40 milhões de euros, com a duração de cinco anos, cujas emissões deixaram de ser objecto de notação de rating (contudo a notação mantém-se em A2 com tendência estável) mas mantêm o compromisso de tomada firme, encontrando-se registado na conta de empréstimos de curto prazo.

PORTUGAL MOÇAMBIQUE FRANÇA TOTAL

MONTANTE

DATA LIQUIDAÇÃO

2009 NÃO CORRENTE

CORRENTE

2008 NÃO CORRENTE

8.599.193

59.736.408

7.241.073

66.484.905

364.363

848.393

765.829

286.059

-

-

65.637

20.196

8.963.556

60.584.801

8.072.540

66.791.161

SPREAD

GRUPO VISABEIRA, SA

231.000.000

26-04-2012

0,80%

GRUPO VISABEIRA, SA

75.000.000

05-06-2012

0,80%

VISABEIRA IMOBILIÁRIA, SGPS, SA

20.000.000

05-06-2012

0,80%

VISABEIRA INDÚSTRIA, SGPS, SA

30.000.000

05-06-2012

0,80%

TOTAL

CORRENTE

356.000.000

38.4 DÍVIDA DE MÉDIO E LONGO PRAZO PORTUGAL

MOÇAMBIQUE

ANGOLA

OUTROS

TOTAL

2011

29.897.614

3.256.421

2.006.196

76.672

35.236.903

2012

392.442.281

2.995.489

1.829.970

80.194

397.347.935

2013

34.553.004

2.602.016

1.390.982

83.879

38.629.882

2014

74.133.579

1.805.779

1.203.294

87.732

77.230.384

2015 E ANOS SEGUINTES

56.997.749

2.540.779

2.411.538

751.767

62.701.834

TOTAL

588.024.228

13.200.484

8.841.980

1.080.245

611.146.937

2009

2008

FORNECEDORES - CONTA CORRENTE

103.737.043

79.554.712

FORNECEDORES - TÍTULOS A PAGAR

804.830

45.522

6.090.443

5.676.596

0

604.818

110.632.316

85.881.648

2009

2008

60.584.801

67.316.372

60.584.801

67.316.372

FACTORING

53.868.972

48.424.147

CUSTOS INCORRIDOS A FACTURAR EM ANOS SEGUINTES

7.580.609

7.961.956

ADIANTAMENTOS DE CLIENTES

8.175.055

8.522.995

SUBSÍDIOS AO INVESTIMENTO

4.243.775

3.881.820

FORNECEDORES DE IMOBILIZADO

11.760.609

10.313.944

Foram contratados ainda os seguintes programas de emissão de papel comercial com compromisso de tomada firme: MONTANTE

DATA LIQUIDAÇÃO

SPREAD

GRUPO VISABEIRA, SA

10.000.000

02-01-2013

2,75%

GRUPO VISABEIRA, SA

3.000.000

28-02-2012

1,00%

GRUPO VISABEIRA, SA

5.000.000

16-07-2012

0,50%

VISABEIRA TURISMO, SA

7.500.000

29-05-2013

1,75%

VISABEIRA IMOBILIÁRIA, SGPS

4.000.000

16-07-2012

0,50%

VIATEL, SA

3.000.000

19-06-2011

1,05%

2.000.000

21-12-2011

1,25%

NÃO CORRENTES

VIATEL, SA

34.500.000

39 FORNECEDORES E OUTROS CREDORES

SALDOS CREDORES DE CLIENTES OUTROS

CORRENTES GRUPO VISABEIRA, SA

9.000.000

17-06-2010

1,00%

EDIVISA, SA

4.000.000

17-06-2010

1,00%

VISABEIRA PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS, SA

18.000.000

17-06-2010

1,00%

9.000.000

17-06-2010

1,00%

VISABEIRA TURISMO, SA

TOTAL

40.000.000 TOTAL

74.500.000

40 OUTROS PASSIVOS CORRENTES E NÃO CORRENTES NÃO CORRENTES FORNECEDORES DE IMOBILIZADO

38.2 EMPRÉSTIMOS BANCÁRIOS

CORRENTES CORRENTE

2009 NÃO CORRENTE

CORRENTE

2008 NÃO CORRENTE

DESCOBERTOS BANCÁRIOS AUTORIZADOS

8.930.798

0

770.677

0

PORTUGAL

3.258.459

0

686.875

0

MOÇAMBIQUE

5.498.490

0

83.802

0

173.850

0

0

0

EMPRÉSTIMOS OBTIDOS

90.467.259

82.477.935

49.384.394

78.250.854

PORTUGAL

73.573.327

60.203.619

34.933.615

53.946.293

MOÇAMBIQUE

5.806.016

12.352.092

3.518.708

15.255.094

ANGOLA

11.018.161

8.841.980

10.747.490

9.049.467

OUTROS

69.755

1.080.245

184.582

0

99.398.058

82.477.935

50.155.070

78.250.854

FRANÇA

TOTAL

REMUNERAÇÕES A LIQUIDAR

8.316.661

4.361.381

ESPECIALIZAÇÃO DA MARGEM

42.626.046

33.566.143

ACCIONISTAS - EMPRÉSTIMOS

77.986

265

OUTRAS EMPRESAS ASSOCIADAS E PARTICIPADAS

156.716

161.151

OUTROS CREDORES

TOTAL

A dívida ao factoring resulta da cobrança de dívidas sobre clientes na modalidade “sem recurso”.

102

15.836.928

11.884.717

152.643.357

129.078.519

213.228.158

196.394.891

O valor dos “custos incorridos” em 2009 mas apenas facturados em 2010, está essencialmente relacionado com o negócio das telecomunicações.

103


Notas às Demostrações Financeiras Consolidadas

Demonstrações Financeiras Consolidadas e Respectivos Anexos

41 INSTRUMENTOS FINANCEIROS Risco da Taxa de Juro Quatro das empresas participadas do Grupo Visabeira contrataram, em Março de 2007, um swap macro-cobertura de taxa de juro, trocando o indexante variável Euribor por uma taxa fixa, segurando deste modo

VISABEIRA IMOBILIÁRIA, SA

16.000.000

EDIVISA, SA

14.000.000

VIATEL, SA

7.000.000

VISABEIRA, LDA

6.000.000

a dívida remunerada a esse indexante, para um valor nocional global de 43 milhões de euros, tendo-se fixado a taxa de juro em 2,97%, com maturidade a ocorrer em 15 de Setembro de 2011.

Neste swap, os subscritores recebem trimestralmente Euribor a 90 dias e pagam 2,97% no 1.º e 2.º trimestre, e nos restantes pagam 2,97% mais uma fixação condicional.

a taxa de juro em 2,68%, com maturidade a ocorrer em 05 de Novembro de 2015. Ou seja, os subscritores recebem trimestralmente Euribor a 90 dias e pagam 2,68% até à data de maturidade do swap.

O Grupo Visabeira contratou ainda, em Julho de 2007, um swap de taxa de juro para um montante nominal de 30 milhões de euros, tendo-se fixado a taxa de juro em 3,65%, com maturidade a ocorrer em 30 de Julho de 2014. Ou seja, os subscritores recebem trimestralmente Euribor a 90 dias e pagam 3,65% mais uma fixação condicional, até à data de maturidade do swap.

A empresa Empreendimentos Turísticos Montebelo, participada do Grupo Visabeira, contratou em Março de 2009 um swap de taxa de juro para um montante nominal de 3 milhões de euros, tendo-se fixado a taxa de juro em 2,48%, com maturidade a ocorrer em 15 de Março de 2012. Ou seja, os subscritores recebem mensalmente Euribor a 30 dias e pagam 2,48% até à data de maturidade do swap. Desta forma os contratos de swap em vigor à data de 31 de Dezembro de 2009 e 2008 eram os seguintes:

A Visabeira Global contratou em Novembro de 2009 um swap de taxa de juro para um montante nominal de 5 milhões de euros, tendo-se fixado

2009 OBJECTIVO ECONÓMICO

VALOR NOMINAL

TIPO DE OPERAÇÃO

MATURIDADE MÉDIA

SWAP TRIPLE PLAY RANGE ACCRUAL

43.000.000

INTEREST RATE SWAP

4,5 ANOS

ELIMINAR O RISCO DE VARIAÇÃO DA TAXA DE JURO EM FINANCIAMENTOS

SWAP EURIBOR RANGE ACCRUAL

30.000.000

INTEREST RATE SWAP

7 ANOS

ELIMINAR O RISCO DE VARIAÇÃO DA TAXA DE JURO EM FINANCIAMENTOS

SWAP EURIBOR RANGE ACCRUAL

5.000.000

INTEREST RATE SWAP

6 ANOS

ELIMINAR O RISCO DE VARIAÇÃO DA TAXA DE JURO EM FINANCIAMENTOS

SWAP EURIBOR RANGE ACCRUAL

3.000.000

INTEREST RATE SWAP

3 ANOS

ELIMINAR O RISCO DE VARIAÇÃO DA TAXA DE JURO EM FINANCIAMENTOS

de euros e Ifervisa de 12 milhões de euros. Para além dos valores referidos, salienta-se que o Grupo dispõe, em linhas agrupadas ou individuais, plafonds disponíveis para as actividades de factoring, confirming, remessas e créditos documentários e garantias bancárias de cerca de 15 milhões de euros. O Grupo possui uma linha de financiamento que, acrescida à sua parte de capitais próprios, relacionadas com a OPA lançada pela Cerutil à VAA que lhe garante, quer o processo de aquisição relacionado com a referida empresa quer relacionado com a reestruturação da mesma. Refira-se que o montante de dividendos a receber em 2010, à semelhança dos anos anteriores, supera os encargos relacionados com a divida conexa com as participações financeiras em empresas cotadas no mercado regulamentado EURONEXT em cerca de 9 milhões de euros.

Risco de Liquidez Este risco pode ocorrer se as fontes de financiamento (disponibilidades, fluxos de caixas libertos pelas operações, encaixes decorrentes de desinvestimentos, linhas de crédito, entradas de accionistas) não satisfizerem as necessidades existentes, de forma a cumprir com as obrigações decorrentes das actividades operacionais e de financiamento, os investimentos e o reembolso da dívida. Como forma de mitigar este risco, o Grupo Visabeira procura manter uma posição líquida e uma maturidade média que lhe permita adequar a libertação de fundos ao serviço da dívida actual. A maturidade média da dívida é de 6 anos e a dívida sobre o EBITDA é igualmente de 6 anos. Não existe qualquer compromisso quanto a distribuição de dividendos. O plano de investimentos para o próximo ano ascende a um valor até 41 milhões de euros, ou seja abaixo do valor do EBITDA previsto. O Grupo Visabeira dispunha à data de 31/12/2009 cerca de 51 milhões de euros em linhas de financiamento aprovadas, com especial destaque para os financiamentos aos investimentos Tv Cabo Angola de 7,5 milhões

Outras divulgações sobre instrumentos financeiros Tal como definido pela IAS 39, o valor contabilístico de cada uma das categorias previstas, é assim discriminado:

2009

2008

163.509.731 7.784.853

123.494.595 8.313.093

CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA

71.688.305 25.219.380

60.812.242 31.450.127

ACTIVOS FINANCEIROS REGISTADOS AO JUSTO VALOR ACÇÕES COTADAS

348.474.454

270.765.094

-5.058.739

-3.820.300

PASSIVO FINANCEIRO AO CUSTO AMORTIZADO DÍVIDA CONTAS A PAGAR ACRÉSCIMO DE CUSTOS

140.355.947 110.632.316 51.099.423

103.114.912 85.881.648 38.088.675

PASSIVO FINANCEIRO REGISTADOS DE ACORDO COM A IAS 17 - LOCAÇÕES

69.548.357

74.863.700

ACTIVOS FINANCEIROS REGISTADOS AO CUSTO AMORTIZADO CLIENTES E OUTROS DEVEDORES ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS OUTROS ACTIVOS CORRENTES (ADIANTAMENTOS A FORNECEDORES E OUTROS DEVEDORES)

DERIVADOS DE COBERTURA DE FLUXOS DE CAIXA REGISTADOS AO JUSTO VALOR

No final de 2009 estão em curso processos judiciais, alguns de natureza fiscal, do qual não se espera perdas significativas para o Grupo. 2008 VALOR DE BALANÇO SWAP TRIPLE PLAY RANGE ACCRUAL

VARIAÇÃO NO VALOR DE MERCADO (RESULTADOS)

2009 VALOR DE BALANÇO

166.211

-1.939.645

-1.773.434

SWAP EURIBOR RANGE ACCRUAL (30M)

-3.454.901

-3.813.956

-7.268.857

SWAP EURIBOR RANGE ACCRUAL (5M)

0

-42.694

-42.694

SWAP EURIBOR RANGE ACCRUAL (3M)

0

-15.244

-15.244

Risco de Crédito A política do Grupo relativamente à atribuição de plafonds à concessão de crédito, quer em termos nacionais quer em termos internacionais, é feita através de recurso a empresas especializadas em cobertura de risco de crédito.

Caso a taxa de juro média suportada tivesse em 2009 sido superior (inferior) em 0,5 p.p., os custos financeiros, líquidos, teriam sido superiores (inferiores) em aproximadamente 3,5 milhões de euros. Risco da Taxa de Câmbio O Grupo procura a cobertura natural da exposição em moeda estrangeira, tendo optado por este instrumento financeiro derivado negociado em OTC pela sua flexibilidade e eficácia na cobertura. Individualmente, o maior risco cambial a que o Grupo está sujeito situa-se ao nível dólar americano metical e dólar americano kwanza, sendo que umas estarão curtas e outras longas em dólar americano. O Grupo está a estudar uma solução de compensação destes riscos, baseada numa transferência dos fluxos positivos para as empresas que apresentam o mesmo valor de fluxo simétrico.

43 PROVISÕES 2008

ALTERAÇÃO AO PERÍMETRO

AUMENTOS

REDUÇÕES

2009

PENSÕES DE REFORMA

0

4.405.000

0

0

4.405.000

REESTRUTURAÇÃO VAA

0

1.964.000

0

0

1.964.000

OUTROS

126.958

1.767.000

2.501.080

-34.413

4.360.625

TOTAL

126.958

8.136.000

2.501.080

-34.413

10.729.625

Excluindo os organismos estatais e os clientes com notação de risco nacional e internacional superior, refira-se que a exposição média de risco interno ascende a 20%. Uma análise detalhada à variação das provisões evidencia a contabilização de imparidades de cerca de 5 milhões de euros em saldos com clientes angolanos, que, prudentemente, o Grupo entendeu relevar, demonstrando-se também claramente, a quase, inexistência de risco cliente nas restantes situações. Acresce que o Grupo possui acesso às principais bases de dados do mercado que juntamente com o seu corpo de análise técnica lhe permitem ajuizar e minimizar claramente o risco creditício.

Quanto ao risco de participações financeiras no exterior, quer em termos de capital quer em termos de prestações suplementares, não é relevante, uma vez que o nosso envolvimento de capital próprio não é representativo no total das participações agregadas.

104

105


Notas às Demostrações Financeiras Consolidadas

Demonstrações Financeiras Consolidadas e Respectivos Anexos

43.1 PENSÕES DE REFORMA

43.3 OUTROS

O Grupo Vista Alegre Atlantis (VAA) tem em vigor vários planos de benefício de reforma definidos, uns a cargo do Fundo de Pensões (BPI Pensões) e outros a cargo do Grupo VAA.

A provisão apresentada na linha de “Outros” destina-se, principalmente, a fazer face a responsabilidades estimadas com base em informações dos advogados e decorrentes de processos de índole contratual, laboral e fiscal intentados contra as empresas do Grupo.

2009

2008

-4.405.000

-4.154.000

PASSIVO – PROVISÕES PARA PENSÕES DE REFORMA BENEFÍCIOS DE REFORMA – PLANO DE BENEFÍCIO DEFINIDO A CARGO DO GRUPO VAA

44 GARANTIAS PRESTADAS 2009

ACTIVO – ACRÉSCIMO DE PROVEITOS BENEFÍCIOS DE REFORMA – PLANO DE BENEFÍCIO DEFINIDO COM FUNDO CONSTITUÍDO

1.399.000

1.115.000

(EXCESSO DO VALOR DO FUNDO DE PENSÕES)

Os valores reflectidos na demonstração dos resultados do Grupo VAA relacionados com benefícios de reforma são os seguintes: 2009

2008

251.000

1.996.000

284.000

147.000

Nas “Garantias reais” há a destacar 356 milhões de euros, respeitante às emissões activas de papel comercial, 17 milhões de euros referentes ao Grupo Vista Alegre e 15,7 milhões de euros respeitantes ao Palácio do Gelo Shopping.

2008

GARANTIAS FINANCEIRAS

21.791.023

22.112.072

GARANTIAS TÉCNICAS/BOA EXECUÇÃO OBRA

41.141.680

42.497.008

GARANTIAS REAIS

425.958.273

395.341.290

TOTAL

488.890.975

459.950.370

CUSTOS OPERACIONAIS PLANO DE BENEFÍCIO DEFINIDO A CARGO DO GRUPO VAA E PESSOAL NO ACTIVO

45 PARTES RELACIONADAS

PROVEITOS PLANO DE BENEFÍCIO DEFINIDO COM FUNDO CONSTITUÍDO

Plano de benefício definido a cargo do Grupo VAA A responsabilidade decorrente destes planos é assegurada directamente pelo Grupo, sendo actualmente estimada, à data do encerramento das contas, por uma entidade especializada (BPI Pensões). Movimento ocorrido no exercício no Grupo VAA: 2009

2008

4.154.000

2.471.000

CUSTOS COM JUROS + GANHOS/PERDAS ACTUARIAIS + REFORÇO PROVISÕES

571.000

1.996.000

REFORMAS PAGAS

-320.000

-313.000

SALDO EM 31 DE DEZEMBRO 2009

4.405.000

4.154.000

SALDO EM 1 DE JANEIRO 2009

ANO

ACCIONISTAS

2009 2008

ASSOCIADAS E OUTRAS PARTICIPAÇÕES

2009 2008

VENDAS A PARTES RELACIONADAS

5.754.060 10.559.472

COMPRAS A PARTES RELACIONADAS

556.271 575.602

VALORES A RECEBER DE PARTES RELACIONADAS

VALORES A PAGAR DE PARTES RELACIONADAS

5.886.865 299.551

99.376 265

2.583.826 11.005.507

395.580 169.414

De salientar também os empréstimos obtidos junto da Caixa Geral de Depósitos (Ver nota 38).

46 EVENTOS SUBSEQUENTES À DATA DO BALANÇO Não existem eventos subsequentes à data do balanço que possam ter impacto material nas demonstrações financeiras.

Plano de benefício definido com fundo constituído

Viseu, 23 de Fevereiro de 2010

As responsabilidades decorrentes destes planos encontram-se cobertas por um fundo de pensões autónomo gerido por uma entidade especializada (BPI Pensões). Valores reconhecidos no balanço no Grupo VAA: 2009

VARIAÇÃO

2008

VALOR PRESENTE DAS OBRIGAÇÕES

-2.363.000

392.000

-2.755.000

VALOR DE MERCADO DO FUNDO

3.762.000

-108.000

3.870.000

ACTIVO RECONHECIDO NO BALANÇO

1.399.000

284.000

1.115.000

O Técnico Oficial de Contas

O Conselho de Administração

Os movimentos descritos acima apenas foram reconhecidos pelo Grupo Visabeira a partir da aquisição do Grupo VAA. Ver nota 2.2 g)

43.2 REESTRUTURAÇÃO VAA O montante diz respeito ao valor ainda não dispendido e previsto no âmbito da reestruturação do Grupo VAA, sendo que a Vista Alegre Atlantis, SA obteve em Março de 2009 o estatuto de “Empresa em reestruturação”.

106

107


Documentos de Apreciação e Certificação

Certificação Legal das Contas Relatório e Parecer do Fiscal Único Acta da Aprovação de Contas

Documento Anno Domini, 1749. Hotel Casa da Ínsua. 109


Documentos de Apreciação e de Certificação

Demonstrações Financeiras Consolidadas e Respectivos Anexos

110

111


Documentos de Apreciação e de Certificação

Demonstrações Financeiras Consolidadas e Respectivos Anexos

112

113


Documentos de Apreciação e de Certificação

GRUPO VISABEIRA, SGPS, SA Repeses, 3504-511 Viseu NIPC e Reg. na CRC de Viseu sob o nº 502 263 628

ACTA NÚMERO 94

------- Aos dezoito dias do mês de Março de dois mil e dez, pelas onze horas e dez minutos, na sede social, no lugar de Repeses, freguesia de Repeses, concelho de Viseu, reuniram em Assembleia Geral Anual, os accionistas da sociedade comercial anónima denominada Grupo Visabeira, S.G.P.S., S. A., pessoa colectiva número 502 263 628, matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Viseu sob o mesmo número e com o capital social de cento e quinze milhões, cento e vinte e cinco mil, seiscentos e trinta euros. -------------------------------------------------------------------------------------------- Presidiu à Assembleia o Senhor Dr. Alberto Henrique de Figueiredo Lopes, secretariado pela Senhora Dr.ª Marta Albuquerque Santos, elementos que constituem a mesa. ------------------------------------------------------------------------------------- O Senhor Presidente, depois de circular a lista de presenças, confirmou a presença e representação de cem por cento do capital social considerando, após a análise da regularidade das cartas mandadeiras, que se encontravam reunidas as condições para a realização da Assembleia, nos termos do disposto no artigo trezentos e setenta e sete, número três, do Código das Sociedades Comerciais, tendo sido a todos dado conhecimento, por convocatória, da seguinte ordem de trabalhos: ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Ponto Um: Deliberar sobre o relatório e contas consolidadas do exercício de dois mil e nove; ------------------------------- Ponto Dois: Proceder à apreciação Geral da Administração e Fiscalização da Sociedade. ------------------------------------- Iniciada a sessão com a apreciação do primeiro ponto da ordem de trabalhos, pelo Senhor Presidente, foi concedida a palavra ao Conselho de Administração que, pela intervenção do Senhor Administrador, Dr. Pedro Manuel Nogueira Reis, realizou a apresentação do relatório de gestão e dos documentos que ilustravam as contas consolidadas, relativas ao exercício findo no passado dia 31 de Dezembro de dois mil e nove. Desde logo se referiu a alteração do perímetro de consolidação, devido às aquisições das partes de capital das sociedades VAA – Vista Alegre Atlantis, SGPS, S.A. e da Faianças Artísticas Bordalo Pinheiro, Lda. -------------------------------------------------------------------------------------------- Após aquela intervenção, tendo sido tomada a palavra pelo Senhor Administrador, Dr. Alcides Saraiva de Aguiar, este sublinhou a evolução positiva que o reporte financeiro comportou ao longo do exercício, permitindo um melhor acompanhamento por parte dos accionistas das contas e da principal actividade da sociedade. ----------------------------------- A observação registada, relativa à melhoria do reporte da informação financeira e de gestão, foi reforçada pelo Senhor Administrador, Dr. António Jorge Xavier da Costa, que confirmou o progresso respeitante à comunicação da informação da sociedade. ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Por fim, foi dada a palavra ao representante do Fiscal Único que empregou a oportunidade para referir que as contas consolidadas do Grupo Visabeira SGPS, S.A. foram objecto de certificação legal, sem qualquer reserva ou ênfase, propondo-se por isso, assim, no respectivo relatório, que as mesmas tivessem a aprovação dos accionistas. -------------------- Depois de auscultados os presentes e mais ninguém pretender intervir, foi colocado à votação o ponto UM da agenda e verificou-se a sua aprovação por unanimidade de votos. ------------------------------------------------------------------------- Já quanto à apreciação e análise do segundo ponto da ordem de trabalhos, o Senhor Presidente da Mesa fez menção ao trabalho realizado, ao longo do exercício de dois mil e nove, pelos membros do Conselho de Administração e pelo Fiscal Único e deu oportunidade aos presentes para apresentarem uma proposta de voto, no que diz respeito à apreciação da acção desenvolvida pelos órgãos executivo e fiscalizador da sociedade, no que respeita ao exercício 2009. ------- Neste sentido, foi apresentada uma proposta para aprovação de um voto de louvor e confiança ao Conselho de Administração e a cada um dos seus membros, bem como ao trabalho desenvolvido pelo Fiscal Único, proposta essa que, colocada à votação, foi aprovada por unanimidade de votos. ------------------------------------------------------------------------ Por último, não havendo qualquer necessidade, nem manifestação de interesse de qualquer outra intervenção, o Senhor Presidente da Mesa deu a sessão por encerrada, pelas doze horas, dela se lavrando a presente acta que, depois de lida e achada conforme vai ser assinada pelo Presidente e pela Secretária da Mesa. ----------------------------------------Exemplares da colecção “Personalidades na Azulejaria Toponímica”. D. Duarte, “O Eloquente” (1391-1438). Vasco Fernandes, “O Grão Vasco” (1475-1501). Edição exclusiva Grupo Visabeira, 1998. Fábrica de Porcelana da Vista Alegre.

114


Índice de Ilustrações

117



> Fruteiro forma livre para Cristal de Sèvres. Fábrica Atlantis.

> Copos “Marquis”. Tradicional. Fábrica Atlantis.

> Tigela Orbit, 2008. Autor: Richard Williams. Fábrica Vista Alegre.

> Sardão gigante, 1900. Autor: Rafael Bordallo Pinheiro, modelo cerca de 1900. Pintado a pincel com vidrados de óxidos de ferro e cobre. Jardim Bordallo Pinheiro. Museu da Cidade, Lisboa.

> Par chávena café rectangular, 2009. Autor: Richard Williams. Fábrica Vista Alegre.

> Documento Anno Domini, 1749. Hotel Casa da Ínsua.

> Exemplares da colecção “Personalidades na Azulejaria Toponímica”. D. Duarte, “O Eloquente” (1391-1438). Vasco Fernandes, “O Grão Vasco” (1475-1501). Edição exclusiva Grupo Visabeira 1998. Fábrica de Porcelana da Vista Alegre.

> Galos e Galinhas e Gato Assanhado. Autor: Rafael Bordallo Pinheiro. Jardim Bordallo Pinheiro, Museu da Cidade, Lisboa.



Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.