Na capa: Papel de parede, 1827. “La Dame du Lac” de Sir Walter Scott. Casa Zuber. Autor: Jean-Michel Gué (1789-1843). Hotel Casa da Ínsua.
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Moçambique Visaconstroi Angola Visabeira Indústr GPS, SA Cerutil Vista Alegre Atlantis Faianças Artísticas Bordallo Pinheiro Mob Marmonte Moçambique Álamo Angola Hidroáfrica Moçambique Celmoque Moçambique Agrovisa Moçambique Visabeira Turismo, SGPS, SA Empreendimentos Turísticos Montebelo Movida Mundicor Ródia Turvisa Moçambiq isabeira Imobiliária, SGPS, SA Visabeira Imobiliária Ifervisa Figueira Paranova Imovisa Moçambique VisabeiraGlobal,SGPS,SA Viatel PDT Real Life Technologies Visabeira Digital Visabeira Infra-Estruturas Ambitermo Beiragás Pinewells Visabeira I&D Edivisa Granbeira Visacasa Vibeiras TV Cabo Moçambiq elevisa Moçambique TV Cabo Angola Comatel Angola Constructel França Gatel França Constructel Bélgica Televisa Marrocos Electrotec Moçambique Selfenergy Edivisa Angola Electrovisa Angola Sogitel Moçambique Visaconstroi Angola Visabeira Indústria, SGPS, SA Cerutil Vista Alegre Atlantis Faianç rtísticas Bordallo Pinheiro Mob Marmonte Moçambique Álamo Angola Hidroáfrica Moçambique Celmoque Moçambique Agrovisa Moçambique Visabeira Turismo, SGPS, SA Empreendimentos Turísticos Montebelo Movida Mundicor Ródia Turvisa Moçambique Visabeira Imobiliária, SGPS, SA Visabe mobiliária Ifervisa Figueira Paranova Imovisa Moçambique VisabeiraGlobal,SGPS,SA Viatel PDT Real Life Technologies Visabeira Digital Visabeira Infra-Estruturas Ambitermo Beiragás Pinewells Visabeira I&D Edivisa Granbeira Visacasa Vibeiras TV Cabo Moçambique Televisa Moçambique TV Cabo Ango omatel Angola Constructel França Gatel França Constructel Bélgica Televisa Marrocos Electrotec Moçambique Selfenergy Edivisa Angola Electrovisa Angola Sogitel Moçambique Visaconstroi Angola Visabeira Indústria, SGPS, SA Cerutil Vista Alegre Atlantis Faianças Artísticas Bordallo Pinheiro Mob Marmon oçambique Álamo Angola Hidroáfrica Moçambique Celmoque Moçambique Agrovisa Moçambique Visabeira Turismo, SGPS, SA Empreendimentos Turísticos Montebelo Movida Mundicor Ródia Turvisa Moçambique Visabeira Imobiliária, SGPS, SA Visabeira Imobiliária Ifervisa Figueira Paranova Imovi oçambique VisabeiraGlobal,SGPS,SA Viatel PDT Real Life Technologies Visabeira Digital Visabeira Infra-Estruturas Ambitermo Beiragás Pinewells Visabeira I&D Edivisa Granbeira Visacasa Vibeiras TV Cabo Moçambique Televisa Moçambique TV Cabo Angola Comatel Angola Constructel França Ga rança Constructel Bélgica Televisa Marrocos Electrotec Moçambique Selfenergy Edivisa Angola Electrovisa Angola Sogitel Moçambique Visaconstroi Angola Visabeira Indústria, SGPS, SA Cerutil Vista Alegre Atlantis Faianças Artísticas Bordallo Pinheiro Mob Marmonte Moçambique Álamo Angola Hidroáfri oçambique Celmoque Moçambique Agrovisa Moçambique Visabeira Turismo, SGPS, SA Empreendimentos Turísticos Montebelo Movida Mundicor Ródia Turvisa Moçambique Visabeira Imobiliária, SGPS, SA Visabeira Imobiliária Ifervisa Figueira Paranova Imovisa Moçambique VisabeiraGlobal,SGPS,SA Via
Relatório Anual
09
Análise de Contas
O Design e a Arte
Capítulo 1 O ano 2009 em Análise Destaques 2009 I&D e Inovação no Grupo Visabeira 10 Sistemas de Informação Qualidade, Ambiente e Segurança As Pessoas Responsabilidade Social e Ambiente Factos Relevantes Ocorridos Após o Termo do Exercício Investimentos Previstos para 2010 e Projectos para o Futuro
Capítulo 2 Evolução Económico-Financeira
Capítulo 3 Demonstrações Financeiras Consolidadas e Respectivos Anexos
Sardão gigante, 1900. Autor: Rafael Bordallo Pinheiro. Jardim Bordallo Pinheiro. Museu da Cidade, Lisboa.
Índice de Ilustrações
O Design e a Arte no Grupo Visabeira
1
capítulo
O ano 2009 em Análise
O ano 2009 em Análise
O ano de 2009 viu nascer a insígnia Montebelo Hotels & Resorts, marca umbrella da Visabeira Turismo. Sob a égide da nova marca, a Visabeira Turismo inaugurou duas novas unidades hoteleiras de cinco estrelas: o empreendimento Montebelo Aguieira Lake Resort & Spa, em Mortágua e o Hotel Casa da Ínsua, em Penalva do Castelo. Esta unidade hoteleira foi, aliás, distinguida com o prémio Requalificação Projecto Privado 2009, atribuído pelo Turismo de Portugal.
Destaques em 2009
A nível internacional, realce-se o sucesso em França das empresas Constructel e Gatel, ao nível da engenharia de redes de telecomunicações e de serviços na área de electricidade, que colocaram aquele país como o principal mercado da Visabeira Global no exterior. Em Angola, a TV Cabo, único operador dual play (TV e Internet), prosseguiu a sua expansão da rede, abrangendo novas zonas com o objectivo de maior cobertura territorial dos serviços prestados. O volume de negócios consolidado do Grupo Visabeira, em 2009, situou-se nos 465 milhões de euros contra 343 milhões de euros registados em 2008, o que correspondeu a um crescimento recorde de 36%. O EBITDA subiu 8%, para 54,2 milhões de euros em 2009. As principais áreas impulsionadoras deste crescimento foram as telecomunicações e o turismo. O resultado líquido aumentou significativamente para os 53,4 milhões de euros, registando um crescimento de 250%.
O sector energético e a hotelaria, em Moçambique, foram duas áreas de destaque que muito contribuíram para o crescimento operacional sustentado naquele país. O Girassol Indy Congress Hotel & Spa, após a sua nova ampliação, reforçou a posição de unidade hoteleira de referência em Maputo, e a Electrotec, a operar na área da electricidade, revelou o forte potencial desta área estratégica em Moçambique, com um desempenho positivo e um crescimento exponencial dos resultados operacionais. O Grupo manteve a notação de rating A-2 com capacidade financeira forte com tendência estável, atribuída pela Companhia Portuguesa de Rating.
No primeiro trimestre do ano, o Grupo adquiriu 63,46% do capital social da Vista Alegre Atlantis, SGPS, SA e 83,04% da Bordallo Pinheiro, ambas através da Cerutil. Estas duas aquisições enquadram-se numa estratégia de posicionamento como líder na indústria da cerâmica e da cristalaria em Portugal. O final do ano 2009 ficou marcado pelo arranque de actividade do projecto Pinewells, empresa direccionada para a produção e distribuição de pellets de madeira para aquecimento. No âmbito social a Fundação Visabeira inaugurou duas creches em Viseu.
TAXA DE CRESCIMENTO 2008/2009 DOS PRINCIPAIS INDICADORES E DO CRESCIMENTO MÉDIO ANUAL DESDE 2004 ATÉ 2009 2008 / 2009
2004 / 2009
.
EBITDA por área de actividade 1
13
1
4
Global
Indústria
Turismo
Imobiliária
Partic. Financeiras 2009
8
54
4%
13%
Volume de negócios consolidado 465 milhões de euros
35%
16%
Mercados externos 36%
17%
2%
Resultado líquido 53 milhões de euros
250%
29%
Cash flow 78 milhões de euros
151%
26%
EBITDA 54 milhões de euros
8%
11%
Produtividade 29 milhares de euros
66%
10%
Pessoal 6.466 trabalhadores
49%
11%
milhões de euros
35
Volume de negócios agregado 553 milhões de euros
9
O ano 2009 em Análise
A IDI na Visabeira Global Viatel BeOn Mobility
I&D e Inovação no Grupo Visabeira
Este projecto de inovação, iniciado em 2008, que se consubstancia na adopção de novos processos e métodos de gestão das equipas, de informação e de comunicação, está plenamente implementado na Viatel. A empresa testemunha um novo paradigma na gestão operacional das diferentes actividades e indicadores, com resultados bastante satisfatórios ao nível da produtividade e da eficiência organizacional. O BeOn Mobility é uma solução tecnológica, adaptada aos processos organizacionais da Viatel, de suporte à mobilidade das suas equipas, enquanto solução integrada de georreferenciação e conectividade online. Permite uma gestão pró-activa e bidireccional das equipas no terreno, dos materiais e das acções em curso, objectivando a sua optimização global.
Visabeira Digital Para o Grupo Visabeira, a inovação é um processo que resulta da interacção entre as competências centrais das suas empresas e de toda a envolvente externa, tendo em última análise uma perspectiva de mercado potencial, quer seja para o reforço da posição competitiva, melhoria da produtividade e dos resultados económicos, a expansão para novos mercados ou a introdução de novos conceitos de gestão, sob a forma de novas ou significativamente melhoradas soluções (produto, processo, método organizacional ou de marketing). É habitualmente um processo complexo que envolve inúmeras actividades e recursos das empresas, que aliados ao conhecimento internamente existente ou obtido externamente, através de acordos de cooperação com entidades do sistema científico e tecnológico nacional ou organizações com interesses comuns, se traduzem no desenvolvimento de projectos de inovação ou de investigação e desenvolvimento (IDI), quando o conhecimento fundamental não é passível de aquisição. Com a conclusão de um importante ciclo de projectos de investigação e desenvolvimento tecnológico em 2008, que representaram o culminar de uma importante fase no desenvolvimento de actividades sistemáticas de IDI e na consolidação de uma cultura de inovação e empreendedora, a estratégia adoptada pelo Grupo Visabeira tem sido caracterizada pela aplicação do conhecimento e know how científico-tecnológico, adquirido nas actividades desenvolvidas nos três Núcleos de I&DT, em novos projectos de inovação centralizados em negócios e empresas concretas. Em 2009, fruto dessa opção, verificou-se o desenvolvimento de um conjunto de actividades de IDI, decorrentes da execução de projectos plurianuais iniciados em períodos anteriores, e da identificação e selecção de novas ideias e conceitos que corporizaram novas actividades de inovação e I&D.
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Agile Corporate O Agile Corporate é um projecto de I&D, iniciado em Setembro de 2009, protagonizado por uma das equipas da Visabeira Digital, que responde ao desafio da criação de um novo produto na área das tecnologias de informação e comunicação e é baseado no desenvolvimento de uma plataforma informática orientada para as redes corporativas. Rede Corporativa é uma das formas de representação dos relacionamentos profissionais, entre os seus agrupamentos organizacionais (departamentos, áreas de negócio, parceiros, etc.) de interesses mútuos. A rede é responsável pela partilha de documentos, relatórios, indicadores de gestão e previsões em diversas disciplinas, entre pessoas que possuem interesses, objectivos e valores comuns. Potenciando o desempenho organizacional dos colaboradores, baseado na generalização das intra e extranets (locais de partilha de informação), desenvolve-se uma solução colaborativa capaz de transformar as actuais redes empresariais em instrumentos produtivos, canalizando valor acrescentado para o negócio e capaz de disponibilizar toda a informação válida ao processo de tomadas de decisão.
Gestão de Clientes/Integração com sistemas TV cabo e Internet Este projecto de I&D está orientado para desenvolver um sistema que permita a melhoria de gestão de clientes e uma completa integração com a gestão dos sistemas de TV por cabo e Internet, particularmente vocacionado para a TV Cabo Moçambique e para a TV Cabo Angola. A solução em desenvolvimento permite um controlo bidireccional, em tempo real, que garante a optimização dos serviços prestados aos utilizadores da televisão por cabo e Internet, através da box associada ao aparelho de televisão. Para além das facilidades e dos interfaces a que os clientes finais daquelas operadoras de telecomunicações terão acesso, associa-se igualmente uma optimização ao nível da gestão interna do controlo de clientes e ligações (assinaturas). No final de 2009, o projecto encontrava-se em fase de testes e na finalização da implementação nas duas referidas empresas, que decorreu em simultâneo com o processo de I&D.
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I&D e Inovação no Grupo Visabeira
O ano 2009 em Análise
Sistema Integrado de Recolha, Gestão de Informação e Distribuição de Ordens de Trabalho (SIRGIDOT) A Visabeira Digital propôs-se neste projecto desenvolver um novo sistema integrado de gestão de informação com quatro componentes distintas e interligadas, que representam um avanço evolutivo face às soluções disponíveis no mercado. Cada uma destas aplicações responde a um levantamento de requisitos feito pela própria Visabeira Digital e perspectiva-se com esta ferramenta colmatar as necessidades, previamente identificadas, dos utilizadores finais. Recorre-se à aplicação de linguagem de programação, suportada em métodos de desenho das aplicações tendo em conta os requisitos específicos de cada solução pretendida. Iniciado em 2008, decorrente de anteriores actividades no âmbito dos Núcleos de I&DT e da própria estrutura da Visabeira Digital, o projecto engloba o desenvolvimento de várias aplicações.
iii. SIRGIDOT - Módulo BDC G (Base de Dados de Conhecimento Geográfico) Esta ferramenta é capaz de obter informação georreferenciada, desenvolvida numa base de dados que recolhe, codifica, sistematiza e posteriormente disponibilize informação georreferenciada ao módulo FPMC e DIA. Sobre a informação recolhida são aplicados algoritmos (desenvolvidos no âmbito do projecto) de forma a gerar conhecimento que possa ser utilizado na gestão da actividade, nomeadamente permitindo a avaliação da localização de armazéns e lojas. Em suma, esta base de dados (Transact SQL, VB.Net e XML) de conhecimento geográfico produz estatísticas detalhadas como, por exemplo, as estradas do país mais utilizadas pelos técnicos e a que velocidade o fazem ou as zonas onde se verifica o número mais elevado de intervenções. O objectivo é transformar esta informação em conhecimento, ou seja, acrescentar valor real à informação no sentido de melhor avaliar e gerir a localização dos armazéns, lojas e pontos de venda e a sua optimização global.
Ambitermo SIRGIDOT - Módulo BeOn Office
Caldeira de Biomassa
Este módulo é o master module da ferramenta, baseado em componentes de hardware e software adaptáveis às necessidades de negócio de cada cliente, vocacionada para a gestão das actividades de suporte desenvolvidas em back office. Sendo esta uma ferramenta desenvolvida de forma modular, permite a posterior concepção e integração de módulos adicionais, como as três ferramentas apresentadas de seguida e que serão incorporadas neste módulo principal:
i. SIRGIDOT - Módulo DIA (Distribuição Inteligente de Actividades) Aplicação para o cadastro das actividades e valências dos diversos técnicos disponíveis, bem como a sua localização geográfica. Para tal, o cerne coloca-se na definição um novo algoritmo que permite a distribuição automática dos serviços pelas respectivas equipas técnicas em função da análise de um conjunto de variáveis a considerar pela aplicação, como sejam o factor geográfico, as valências dos técnicos no terreno, as especificidades de cada actividade e tendo ainda em conta toda a envolvente de optimização de recursos e cumprimento de indicadores.
ii. SIRGIDOT - Módulo FPMC (Field Process Monitor and Communication) Este módulo compreende um sistema de alertas sustentado por um motor de workflow de SLA (Service Level Agreement). É objectivo monitorizar as ordens de trabalho, detectando excepções no sistema e despoletando um fluxo de acção que engloba a geração de alertas e notificações através de diversos meios de comunicação como SMS ou e-mails. Teoricamente este projecto é baseado no desenvolvimento de um novo gateway de mensagens numa lógica de sistema operacional de alertas. Este módulo pode constantemente acompanhar os técnicos e analisar, por exemplo, questões como a duração das intervenções ou tempos de paragem e descanso, despoletando as acções julgadas apropriadas pelo sistema em função da sua programação. No limite, permite avaliar os quilómetros percorridos pelos técnicos, o número de intervenções feitas ou o cumprimento dos objectivos estabelecidos, entre outras variáveis. Os resultados deste módulo FPMC originam um feed directo ao módulo DIA.
A produção de energia eléctrica a partir do vapor, nomeadamente através de pequenas unidades produtoras de energia que o desenvolvimento de novas técnicas tornou viáveis, é cada vez mais importante pelo impacto ambiental e económico positivo que gera e a optimização de processos que permite. Tirando partido dessas vantagens a Ambitermo está a desenvolver uma caldeira para produção de vapor, através de fontes energéticas alimentadas com biomassa: lenha, pellets, bagaços, desperdícios florestais, etc. Construída em aço, aproveita a capacidade de condução térmica desse material para a transferência de calor para a água, através da combustão de biomassa. Os trabalhos de I&D centraram-se no fabrico de um protótipo de caldeira, de dimensões reduzidas, alimentada por uma variedade abrangente de biomassa, direccionada a montante para o mercado dos pequenos produtores florestais e a jusante para mercado doméstico.
Incineradora de Resíduos Actualmente os materiais utilizados na prestação de cuidados de saúde contribuem de forma significativa para as preocupações de natureza ambiental, devido, maioritariamente, à utilização generalizada de medicamentos e produtos tóxicos e materiais descartáveis. Estima-se que são produzidos diariamente, por cada cama hospitalar, 3 a 4 kg de resíduos, para além dos restantes resíduos resultantes de outras actividades médicas. A incineração é um dos meios de tratar resíduos, que consiste na destruição térmica, a alta temperatura, dos compostos orgânicos com o oxigénio, ou seja, através da combustão. Neste domínio, a Ambitermo tem em desenvolvimento um projecto de um equipamento destinado à incineração de resíduos hospitalares perigosos, respeitando as exigências técnicas e legislativas em vigor, para que possam ser destruídos todos os microrganismos patogénicos e os gases libertados não sejam nocivos nem possuam odor.
Secador de Biomassa A biomassa, que não é mais que a fracção biodegradável de produtos e resíduos industriais e urbanos, pode ser transformada pelas diferentes tecnologias de conversão em biocombustíveis sólidos, líquidos ou gasosos e em formas finais de energia – térmica, mecânica ou eléctrica. Para que a biomassa se apresente com o maior potencial energético térmico possível, é fundamental garantir que esta apresente um teor de humidade o mais reduzido possível, o que é conseguido através de processos de secagem natural ou induzida. Aproveitando a experiência de fabrico em secadores industriais, a Ambitermo propõe-se com este projecto o desenvolvimento de um protótipo de secador de biomassa, cuja principal inovação está presente no tambor rotativo: escoamento contra-corrente, onde o fluxo de gases quentes é contrário à direcção de avanço dos materiais alvo de secagem. A forma helicoidal das pás encastradas na parede interna do cilindro permite um arrastamento contínuo e uniforme da biomassa, sem acumulação; roletes desenvolvidos por uma única peça, ao contrário do que é comum, aumentam a resistência mecânica.
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I&D e Inovação no Grupo Visabeira
O ano 2009 em Análise
Caldeira de Recuperação
Reestruturação Organizacional
Uma caldeira de recuperação é aquela que usa como fonte de calor a energia do produto de combustão ou do produto resultante do processo anterior. São equipamentos utilizados para aproveitar o calor dos gases de exaustão de instalações industriais, que permitem a produção de vapor ou água quente. Este projecto tem como objectivo o desenvolvimento de uma nova caldeira para a produção de vapor saturado ou sobreaquecido, que fará parte de um sistema de cogeração (produção simultânea de energia eléctrica e térmica), a partir dos gases de exaustão sobreaquecidos, com carácter residual, gerados em sistemas principais de aquecimento de água. Como vantagem adicional, pode, pontualmente, se a capacidade da caldeira de recuperação não for suficiente para cobrir a procura, recorrer-se a um queimador auxiliar. A inovação deste novo sistema de recuperação energético reside na faculdade de produção de vapor ser independente do funcionamento da turbina e no sistema complementar de adição de ar fresco.
Planeado durante o ano de 2009 e com data prevista de arranque para Março de 2010, este projecto visa a implementação de novos processos de logística e de gestão, resultantes da adopção de uma solução desenvolvida de forma pioneira, sob a forma de cooperação empresarial, envolvendo uma empresa especialista no desenvolvimento de software de gestão da produção e a Visabeira Digital, e da aplicação dos métodos Kaizen, como melhorias organizacionais ao longo da cadeia de valor, sem os quais o sistema de informação agora disponibilizado não seria aproveitado em todas as suas potencialidades. Assim, a Mob será a primeira empresa portuguesa do sector da produção de mobiliário de cozinhas a integrar e aplicar numa solução global, desenvolvida com vista à optimização dos processos produtivos do sector e alavancando os resultados de projectos anteriores de I&D. Nenhuma outra empresa do sector no país, possui uma organização e integração de processos como a que este projecto alcançará ao ser implantado na totalidade.
A IDI na Visabeira Indústria A IDI na Visabeira Participações
Mob Sistema Integrado de Gestão Tecnológica de Processo (SIGTP) Concluído em Dezembro de 2009, este projecto de I&D alicerçou um novo sistema computacional que armazena e processa toda a informação e actividade dos diversos sectores (vendas, planeamento, produção, administração, compras, aprovisionamento, financeiro, qualidade) de uma forma integrada. Uma das características chave deste sistema computacional reside no uso de uma única base de dados unificada, que armazena dados de diversos tipos (desde simples dados até imagens e ficheiros do software CAM) dos vários módulos do sistema. Espera-se assim eliminar a impressão de toda a documentação em suporte físico que foi gerada à recepção da encomenda recebida por linha telefónica, papel ou e-mail, e a reintrodução ou transcrição desta em diferentes formatos para os outros sistemas informáticos dos vários sectores. Cumulativamente será facilitado o acompanhamento das encomendas até à respectiva expedição e melhorado o relacionamento com os clientes. São objectivos do projecto o aumento da produtividade global, conseguido através da maior flexibilidade na produção, traduzida na redução do tempo de configuração das máquinas de suporte à produção dos diferentes módulos de mobiliário e na anulação de certas operações manuais de transcrição e registo de dados e, adicionalmente, um maior controlo das existências nas diversas fases do processo, o encurtamento dos prazos de expedição e a redução dos erros na satisfação das encomendas. A efectiva verificação do impacto desta acção de I&D na empresa, que será complementada em 2010 através de um projecto de inovação autónomo - Reestruturação Organizacional - deverá por isso produzir resultados mais palpáveis a partir daquela data, altura em que novos métodos de trabalho decorrentes das ferramentas disponibilizadas deverão começar a estar implantados e com as suas rotinas em velocidade de cruzeiro.
Ciclorama No âmbito da adopção de novos métodos organizacionais na logística do negócio e na organização do trabalho, processo iniciado em 2008, foi determinante a instalação e configuração da aplicação informática que suporta todo o workflow e gestão documental electrónica. A par da implementação do novo sistema ERP, comum às empresas do Grupo Visabeira, houve uma clara necessidade de proceder a acertos no sentido de ajustar e integrar os dois sistemas. Em fase de conclusão é esperado que, em 2010, a Ciclorama, bem como as restantes empresas do Grupo Visabeira, alterem de forma significativa os processos e métodos organizacionais actualmente existentes. A desmaterialização documental, vertente do projecto que será mais perceptível pelos colaboradores, traduzir-se-á numa assinalável economia de custos e numa importante vantagem ambiental.
RESUMO DOS PROJECTOS DE IDI CO-FINANCIADOS POR FUNDOS COMUNITÁRIOS SI INOVAÇÃO (QREN) VIATEL
INVESTIMENTO PREVISTO
INCENTIVO PREVISTO
1.489.000
521.000
CICLORAMA
730.000
255.000
VISABEIRA DIGITAL
276.000
87.000
2.495.000
863.000
TOTAL
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valores em euros
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O ano 2009 em Análise
Sistemas de Informação
No ano de 2009 concretizou-se uma grande aposta na desmaterialização de processos, com recurso a sistemas de Gestão Documental e BPM. Foi também dada continuidade, neste exercício, à implementação de metodologias específicas noutros sectores, de que são exemplo as áreas de segurança, armazenamento e qualidade. Na vertente da segurança continuaram a ser abordadas especificidades que englobaram subsistemas como: Business Continuity Plan e Disaster Recovery Plan, bem como políticas, normas e procedimentos de segurança e ainda hardening dos servidores. Ao nível do armazenamento, foram consideradas políticas, normas e procedimentos de armazenamento da informação, consolidação das infra-estruturas, recursos e custos de armazenamento e definição de acordos de níveis de serviços aceitáveis (SLA). Também na área da qualidade se concretizou a implementação de módulos adicionais com vista a um melhor desempenho global. Deste modo, 2009 foi um ano pautado pela implementação no terreno de diversos projectos que até então tinham vindo a ser conceptualizados e desenvolvidos. A Visabeira Digital, assumindo o seu posicionamento enquanto empresa com experiência em desenvolver soluções para os mais variados sectores de actividade, assume o desafio de desenvolver e potenciar de forma global o negócio na área das Tecnologias de Informação, enquanto especialista em integrações e desenvolvimento de software. Este exercício marca também o amadurecimento do seu principal produto no mercado – BeOn Technologies – uma framework assente em tecnologias Microsoft, cujas vertentes focalizadas na operação, como é o caso do BeOn Mobility (soluções de sistemas de suporte à mobilidade) e BeOn Office (soluções inovadoras na automação de processos empresariais), revelaram soluções finais muito bem aceites pelo mercado, dando origem a produtos diferenciadores com funcionalidades acrescidas que distinguem este sistema nos mercados onde concorre. Em 2009, intensificou-se a implementação e utilização das plataformas colaborativas BeOn Office, incrementando a renovação nos processos e departamentos do Grupo. Estas ferramentas combinam a inovação e a facilidade de utilização e partilha de informação entre os colaboradores. Em termos ambientais permitiram ainda uma redução significativa da utilização de papel. Este exercício ficou marcado também pela contínua diversificação na oferta de serviços da Visabeira Digital, quer através da prestação de serviços em regime de outsourcing, quer através da interligação a outras tecnologias, como é o caso da SAP, um dos principais temas a incluir na estratégia dos Sistemas de Informação para o Grupo, que permitirá, entre outras coisas: racionalizar, uniformizar e automatizar alguns processos internos, tendo em conta as melhores práticas do sector, para disponibilizar novas funcionalidades junto dos utilizadores, de forma a melhorar o desempenho operacional, criar inovação e suportar novos modelos de negócio. A Visabeira Digital continua, através de uma postura de integração cada vez mais global, a alargar o seu espectro geográfico de actuação, mantendo-se especialmente activa nos mercados europeus e africanos. Ainda no âmbito dos Sistemas de Informação, as soluções implementadas na Edivisa foram alvo de redefinição de novos procedimentos na área do ambiente, em paralelo com a nova legislação de gestão de resíduos sectorial. Procedeu-se ainda à implementação de novas soluções informáticas em áreas como as compras e a gestão legislativa.
Relógio de Sol. Hotel Casa da Ínsua.
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O ano 2009 em Análise
Qualidade, Ambiente e Segurança
Hoje em dia as empresas são avaliadas, entre outras iniciativas, pela forma responsável como interagem e se inserem no seu meio económico-social. No Grupo Visabeira, sendo esta uma preocupação estratégica, são promovidos os seguintes aspectos:
> Adopção das melhores técnicas disponíveis e princípios de eco-eficiência > Utilização racional de energia e estímulo de uma constante atitude de eficiência energética > Identificação de perigos, análise e avaliação de riscos no trabalho e atenção permanente à sua eficaz erradicação
> Adopção de sistemas de gestão ambiental, segurança e saúde no trabalho, adequados ao tipo de actividades e riscos inerentes
> Elaboração, implementação e actualização de planos de emergência > Adopção das medidas necessárias para evitar riscos em matéria de segurança e poluição ambiental Neste contexto, os Sistemas de Gestão das empresas do Grupo Visabeira foram pensados de modo a permitir, de forma imediata ou num momento posterior, a gestão integrada de qualidade, ambiente e segurança, continuando a promover a certificação dos sistemas de gestão de cada empresa. Tendo em conta a prossecução destes objectivos, em 2009 destacam-se, no que respeita às áreas da qualidade e ambiente, um conjunto de actividades que se sintetizam nas páginas seguintes.
Miniatura do “Águia e Coração de Jesus”, séc. XVIII. Hotel Casa da Ínsua.
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Qualidade, Ambiente e Segurança
O ano 2009 em Análise
Visabeira Global A Viatel desenvolveu o seu processo de gestão online de trabalhos distribuídos aos técnicos (através da aplicação BeOn), reduziu a utilização de papel na actividade produtiva da empresa, elaborou e disponibilizou aos seus técnicos, através da aplicação BeOn, um dossier AQS (Ambiente, Qualidade e Segurança). Realizou também o seu programa integrado de auditorias técnicas planeadas e procedeu à integração das áreas do ambiente e da segurança no Sistema de Gestão da Qualidade, tendo levado a cabo a auditoria de 1ª fase do processo de certificação do seu Sistema Integrado de Gestão de Qualidade, Ambiente e Segurança. Paralelamente, foi também concretizada a transição para a nova norma do seu Sistema de Gestão da Qualidade, encontrando-se a empresa certificada de acordo com a ISO 9001:2008. A Visabeira Infra-estruturas prosseguiu a implementação de várias iniciativas, entre as quais merecem destaque a criação de manuais específicos para distribuição aos técnicos da empresa; a realização de acções de formação e sensibilização nas diversas áreas operacionais, tendo em vista a implementação de boas práticas ambientais; a implementação de novos meios de acondicionamento de absorventes e embalagens contaminadas, melhorando assim as condições de armazenamento na separação de resíduos; a realização de auditorias integradas (qualidade, ambiente e segurança) em todas as áreas operacionais da empresa. Este conjunto de acções permitiu a consolidação do seu sistema de gestão, tendo sido realizada a auditoria de acompanhamento pelo organismo certificador. Em paralelo, foi também concretizada a transição do Sistema de Gestão da Qualidade para a nova norma, encontrando-se a empresa certificada de acordo com a ISO 9001:2008.
Visabeira Indústria Na Visabeira Indústria procedeu-se ao desenvolvimento dos sistemas de gestão da qualidade das empresas certificadas, nomeadamente na Cerutil e na Mob, empresas de referência no controlo da poluição, graças às medidas técnicas implementadas ao longo dos últimos anos. Aí se realizaram auditorias de acompanhamento/transição dos respectivos Sistemas de Gestão da Qualidade para a nova norma, encontrando-se as empresas certificadas de acordo com a ISO 9001:2008. A Pinewells iniciou a implementação de um Sistema de Gestão da Qualidade de acordo com a ISO 9001:2008, tendo como objectivo a obtenção da certificação em 2010.
A Visabeira Digital concretizou o seu programa de acções de formação orientadas para este domínio e realizou uma auditoria de acompanhamento do respectivo Sistema de Gestão Integrado, pelo organismo certificador. Paralelamente, foi concretizada a transição para a nova norma do Sistema de Gestão da Qualidade, encontrando-se a empresa certificada de acordo com a norma ISO 9001:2008. Na Edivisa e na Granbeira concretizaram-se auditorias de acompanhamento/transição dos respectivos Sistemas de Gestão da Qualidade para a nova norma, encontrando-se as empresas certificadas de acordo com a ISO 9001:2008.
Estação de comboios do Rossio, Lisboa.
A Visacasa iniciou a implementação do seu Sistema Integrado de Gestão da Qualidade, Ambiente e Segurança de acordo com as normas ISO 9001:2008, ISO 14001:2004 e OHSAS 18001:2007, respectivamente, tendo como objectivo a obtenção da certificação durante o primeiro semestre de 2010. 21
Qualidade, Ambiente e Segurança
O ano 2009 em Análise
Visabeira Imobiliária Em 2009 continuaram a realizar-se as auditorias programadas tendo em vista a posterior certificação energética de todos os empreendimentos desta sub-holding. Esta área de negócio está sintonizada com as linhas fundamentais do Grupo nas suas diferentes actuações, interiorizando a importância estratégica que este posicionamento tem para o mercado em que opera.
Visabeira Turismo A Visabeira Turismo definiu a qualidade como uma componente prioritária e permanente do seu posicionamento, para todas as suas empresas. Uma gestão adequada e uma postura individual focada no cliente consolidam uma estratégia orientada para proporcionar um maior grau de satisfação e o cumprimento das expectativas dos seus clientes. Os projectos de certificação implementados trouxeram mais-valias ao dia-a-dia das unidades, tal como a organização dos procedimentos internos, permitindo actualmente um maior dinamismo e a garantia de melhor qualidade no serviço prestado. Ao longo dos anos, e com a maturidade que os sistemas de gestão já alcançaram, é notório que a liderança continua a promover o envolvimento de todos os colaboradores, a interiorização dos objectivos e das políticas da qualidade nas diversas actividades das organizações e, consequentemente, a minimização de erros e a optimização das prestações dos vários intervenientes nas diferentes áreas. Em 2009, paralelamente à transição do Sistema de Gestão da Qualidade da Ródia para a nova norma ISO 9001:2008, foi concretizado o alargamento do âmbito da certificação para novas unidades, nomeadamente à cervejaria Antártida do Palácio do Gelo Shopping. O Hotel Casa da Ínsua implementou igualmente, no ano que passou, um Sistema de Gestão da Qualidade, tendo obtido a certificação de acordo com a norma ISO 9001:2008.
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O ano 2009 em Análise
No quadro da maximização de sinergias que conduzam a uma maior eficácia na sua intervenção, a Ciclorama desenvolveu ao longo do ano de 2009 um leque de acções enquadradas nas candidaturas ao QREN/POPH. Estas acções, quer ao nível do Eixo 3, quer do Eixo 2 (2008-2010), revestem-se de um carácter plurianual, com vista a garantir a continuidade do processo formativo das empresas clientes e dos colaboradores internos do Grupo Visabeira. Para além dos protocolos associados aos trabalhos relacionados com a elaboração dos planos plurianuais de formação, os quais envolveram necessariamente os grandes operadores públicos de formação (IEFP e ISQ, entre outros) e os parceiros do sector, a Ciclorama estabeleceu ainda outras prioridades visando, designadamente:
As Pessoas
> A implementação da norma SA 8000:2001 > A implementação da norma ISO 9001:2008 > A concepção e desenvolvimento de metodologias de registo, inscrições e tratamento de dados em suporte O Grupo Visabeira acredita que o seu desenvolvimento e o desempenho atingido dependem da motivação do excelente conjunto de profissionais que o compõe, pelo que a valorização dos recursos humanos se mantém como uma aposta constante, nos diversos níveis da organização. Em 2009, o Grupo continuou a investir em planos de formação e noutros mecanismos de optimização das competências dos seus colaboradores, contribuindo para uma melhor performance global e para o desenvolvimento profissional mais harmonioso e produtivo, alcançando simultaneamente mais valias significativas nas suas capacidades e competências. Em 31 de Dezembro de 2009, o número de pessoas ao serviço do Grupo Visabeira era de 6.378, e encontravam-se distribuídas pelas seguintes sub-holdings:
informático, no âmbito da diminuição da utilização dos recursos naturais, avançando cada vez mais para o escritório electrónico > Registo e utilização da marca Visabeira Potencial Humano > Construção de um site específico para os funcionários e clientes da Visabeira Potencial Humano, de forma a agilizar todos os processos de informação, inscrições e comunicação
EVOLUÇÃO DO QUADRO DE PESSOAL
Em termos de actividade, a Visabeira Potencial Humano concretizou os seguintes projectos de formação: 2009
2008
2007
2006
2005
VISABEIRA GLOBAL
2.351
2.198
1.832
1.408
1.519
VISABEIRA INDÚSTRIA
2.169
506
390
516
487
VISABEIRA TURISMO
714
619
474
463
53
VISABEIRA IMOBILIÁRIA
507
497
450
414
401
VISABEIRA PARTICIPAÇÕES
617
628
608
940
919
GRUPO VISABEIRA
20
18
56
385
117
6.378
4.466
3.810
4.126
3.975
.
TOTAL
FORMAÇÃO O Grupo Visabeira entende a formação como factor primordial do desenvolvimento das competências dos seus colaboradores. O objectivo é prepará-los para garantirem um contributo positivo às equipas em que estão inseridos e uma atitude pró-activa que permita ao Grupo crescer de forma sustentada, definindo-se como um conjunto de empresas competitivas e inovadoras, focadas na redução de custos e na melhoria dos níveis de produtividade.
O ano de 2009, seguindo um Plano Estratégico de aposta na Formação, ficou marcado pela implementação de projectos de formação nunca antes desenvolvidos. A Ciclorama, como entidade formadora, consolidou parcerias com diversas instituições de renome, entre as quais EDP, APIEF, ISQ e Cruz Vermelha, e com alguns Centros de Novas Oportunidades.
1. Sistema Aprendizagem (Grupo Visabeira – Entidade Promotora e Ciclorama – Entidade Formadora) Contemplando vários cursos de formação profissional, que vão das áreas de telecomunicações, à electricidade passando pelo turismo e pela indústria. Ao seleccionar cursos dentro destas áreas de actividade do Grupo Visabeira em posições em que sente maior dificuldade de recrutamento de pessoal qualificado, por escassez de mercado, definiu-se como objectivo central deste projecto permitir que os formandos, a par da obtenção da qualificação profissional, adquiram conhecimentos sobre o funcionamento e procedimentos da empresa, facilitando assim o seu enquadramento quando, no final do curso, e de acordo com o seu aproveitamento, passem a integrar os quadros das empresas do Grupo Visabeira que os irão acolher e promover o seu desenvolvimento profissional. 2. Formação Modular Certificada (Medida 2.3 – Programa Operacional Potencial Humano) Projecto plurianual, financiado pelo Fundo Social Europeu, cujo princípio é consciencializar os colaboradores das várias empresas do Grupo Visabeira para a importância da sua qualificação, motivando-os a obter uma dupla certificação, escolar e profissional. 3. Formação para a Inovação e Gestão (Medida 3.2 – Programa Operacional Potencial Humano) Projecto financiado pelo Fundo Social Europeu que visa essencialmente munir o potencial humano do Grupo Visabeira (Grupo Visabeira – Entidade Promotora e Ciclorama – Entidade Formadora) das necessárias competências, através da frequência de acções de formação de reciclagem, actualização ou aperfeiçoamento, dada a constante exigência de nova informação e o constante aprofundamento das competências dos recursos humanos associados a cada projecto. 4. Formação para o Exterior Prestação de serviços de formação a entidades externas, nomeadamente em cursos de especialização, dos quais se podem referir a título de exemplo: Trabalhos em Altura, Instaladores de Sistemas Solares Térmicos, Projectista de Sistemas Solares Térmicos, RCCTE – Peritos Qualificados, Segurança Privada e Passaporte de Segurança. 5. Programa Qualificação Emprego, Elaboração e Acompanhamento Físico e Financeiro de Candidaturas Programa que visa reforçar a capacidade competitiva das empresas através da qualificação dos seus recursos humanos e da promoção de formação profissional, de forma a garantir uma maior capacidade da empresa.
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O ano 2009 em Análise
Responsabilidade Social e Ambiente
A Responsabilidade Social das Empresas (RSE) consiste na integração voluntária de preocupações sociais e ambientais nas suas operações quotidianas e na interacção com a comunidade em geral. Perspectiva-se contribuir de forma positiva para a sociedade e de gerir os impactos sociais e ambientais da organização, de modo a reforçar a sua presença e a aumentar a sua competitividade no mercado, assegurando uma melhor qualidade de vida à comunidade e aos colaboradores do Grupo. Neste contexto, o Grupo Visabeira e o conjunto das suas unidades de negócio, assumem-se como um pilar na ligação com a sociedade, adoptando uma postura de elevada responsabilidade social e fixando como objectivo permanente apoiar e associar-se a pólos dinamizadores de cultura, lazer, educação, desporto, saúde e bem-estar, públicos ou privados. Nesse sentido, o Grupo e as suas participadas mantiveram em 2009 uma atitude pró-activa e consistente, tendo materializado esses objectivos em diversas acções e iniciativas. Com vista a aumentar a oferta e a capacidade de resposta social na área da infância, o Grupo Visabeira apoiou, através da Fundação Visabeira - Instituição Particular de Solidariedade Social, a criação de duas creches (Infantinhos da Vilabeira e Infantinhos da Quinta do Bosque). Dois edifícios construídos de raiz, dotados de pessoal qualificado e de equipamentos pedagógicos de elevada qualidade. Num espaço de grande amplitude e visibilidade, o Palácio do Gelo Shopping (PGS), o Grupo Visabeira, através da sua participada Movida, acolheu e apoiou diversas iniciativas. Numa área tão sensível quanto a Segurança e Prevenção Rodoviária, o PGS patrocinou e acolheu uma exposição promovida pelo grupo Polimotarvis (profissionais da PSP) na qual foram mostrados veículos sinistrados e as consequências físicas para os envolvidos. Esta mostra pretendeu alertar para a dura realidade das mortes na estrada, sensibilizando os visitantes para as boas práticas na via pública. Na vertente do apoio social aos cidadãos mais carenciados do concelho, decorreu no PGS, em parceria com o Corpo Nacional de Escutas, uma recolha de bens para entrega à Cáritas Diocesana, encarregue da sua distribuição. No mesmo âmbito decorreu uma recolha de brinquedos destinados ao Serviço de Pediatria do Hospital de S. Teotónio de Viseu. Em paralelo, o Instituto Português de Sangue procedeu à recolha de dádivas com vista a aumentar a capacidade de resposta daqueles serviços.
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A exposição inédita “A participação de Portugal na I Guerra Mundial” teve papel de destaque durante algumas semanas no PGS, através de um acervo fotográfico raramente visto no nosso país. Esta iniciativa foi fruto de uma estreita colaboração com o Regimento de Infantaria 14 de Viseu. Para proporcionar uma ida ao cinema a 570 crianças carenciadas do concelho de Viseu, o PGS, em articulação com a Zon Lusomundo e a Valentim de Carvalho, abriu as suas portas para a estreia do filme “A verdadeira História do Gato das Botas”. Também ao longo de 2009 o PGS proporcionou a diversas instituições e associações de solidariedade social a permanência no espaço de acções de recolha de fundos e bens. O PGS disponibilizou também diversos espaços a várias mostras temáticas, de âmbitos variados, merecendo especial destaque as iniciativas dedicadas ao Dia da Criança e do Ambiente e às comemorações do 25 de Abril, com uma exposição de fotografia de teor biográfico sobre a vida e obra de Zeca Afonso. Na quadra natalícia o PGS acolheu uma exposição de postais alusivos à quadra elaborados por alunos da Escola Superior de Educação de Viseu, recebendo diversos recitais apresentados pelos alunos e professores do Conservatório Regional de Música Dr. José de Azeredo Perdigão de Viseu, tendo o PGS atribuído uma verba àquela instituição de ensino, destinada à aquisição de instrumentos musicais. Promovendo os valores tradicionais enraizados na cultura popular, o PGS concedeu patrocínios à Associação das Cavalhadas de Vildemoinhos, com vista à realização do cortejo anual, bem como à Associação do Carnaval de Cabanas de Viriato. A Visabeira Turismo patrocinou a edição de um livro que retrata o percurso do Regimento de Infantaria de Viseu, desde os seus antecessores, passando pelos primórdios na cidade Tavira até à actualidade. Com o título "O 14 de Infantaria", a obra, de inegável valor para o conhecimento e compreensão daquela unidade militar, teve honras de lançamento numa participada cerimónia que decorreu no Hotel Casa da Ínsua. Foi igualmente naquele espaço, em Penalva do Castelo, que se proporcionou à população dois momentos musicais de elevada projecção artística. Em parceria com a Câmara Municipal de Penalva do Castelo, destacou-se a presença do grupo de câmara iraniano Golbang e, noutro registo, da Orquestra Clássica do Centro, acompanhada pelo Orfeão Universitário de Coimbra, que interpretaram a oratória “Messias”, de Haëndel. O Montebelo Golfe, que desde a primeira hora apoiou o golfista Rúben Figueiredo, viu o talento deste jovem ser reconhecido pelo Eco Fórum, uma instituição internacional de apoio a jovens talentos. O prémio desse esforço desportivo do “menino pastor” consiste num estágio na célebre academia Hank Haney, nos Estados Unidos da América. A Granbeira, uma das empresas da Visabeira Global, em sintonia com a aposta estratégica do Grupo de criar notoriedade à volta da região de Penalva do Castelo, localização do Hotel Casa da Ínsua, apoiou o Sport Clube Penalva do Castelo. A nível internacional, a responsabilidade social das empresas do Grupo, reveste-se de uma ênfase muito especial. Utilizando como exemplo o caso concreto de Moçambique, referimos a TV Cabo, empresa da Visabeira Global, que apoiou e promoveu a investigação científica e o desenvolvimento desportivo e cultural, como vertente estratégica do seu posicionamento no mercado. Entre as entidades que beneficiaram de apoios em 2009 contam-se a Universidade Mondlane, no âmbito de seminários de investigação, a comunidade mineira moçambicana na África do Sul e o Município de Maputo, na ajuda à construção de um lar de idosos. Destaque ainda à doação concedida aos Serviços Sociais da Polícia da República de Moçambique. A TV Cabo concedeu, igualmente, diversos patrocínios a várias entidades no âmbito da actividade desportiva.
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O ano 2009 em Análise
Factos Relevantes Ocorridos Após o Termo do Exercício
Visabeira Global No dia 8 de Fevereiro a Viatel viu formalizada a sua selecção como vencedora no concurso para a implementação de uma rede de fibra óptica na região centro do país, no âmbito do concurso público para criação de redes de nova geração nas zonas rurais. A população abrangida ronda as 371 mil pessoas, espalhadas por sete distritos e 43 concelhos e a operação tem um prazo de 20 anos. Nesse sentido, e com um objectivo claro de liderança, a Viatel celebrou uma parceria com a PT Comunicações, que fortaleceu a proposta apresentando uma oferta comercial de retalho com enfoque nos serviços prestados sobre fibra óptica até casa do cliente. A Viatel, através da sua inserção na Visabeira Global, viu assim reconhecidas as competências que detém nesta área de actividade e a experiência acumulada que tem granjeado a confiança dos diferentes mercados em que actua.
Investimentos para 2010 e Projectos para o Futuro
Ainda sem perspectivas do final da crise mundial que marcou o ano de 2009, o Grupo vai prosseguir a sua política de contenção relativamente a investimentos, principalmente nos sectores imobiliário e turístico. Apesar do cenário actual de ligeira recuperação da economia, continuará a haver um máximo cuidado nos diversos investimentos a efectuar, dos quais se perspectiva obter o devido retorno, associando um menor risco a uma maior rentabilidade. Assim, e de acordo com a política estabelecida, foram seleccionados como relevantes e elegíveis os seguintes investimentos:
Visabeira Global O sector das telecomunicações é aquele onde o esforço financeiro vai ser maior, com as operações de TV por cabo a albergar a maior fatia do investimento a realizar em 2010. A TV Cabo Angola, na continuidade da expansão da rede vai investir 10,4 milhões de euros. Em Moçambique, apesar de o investimento ser menor, a concentração de esforços na TV Cabo Moçambique representa um investimento de 1,2 milhões de euros para concluir o alargamento da rede. A destacar ainda, em Angola, o investimento de 1,7 milhões de euros da Comatel, aplicados na renovação da frota automóvel e na melhoria de equipamentos para a sua actividade. A Viatel, fruto da consolidação do seu negócio, deverá investir cerca de 1,5 milhões de euros em equipamentos necessários à manutenção da sua actividade e optimização dos seus sistemas de informação. O projecto Pinewells, nas energias renováveis (fabrico de pellets) será concluído este ano, o que implicará um investimento adicional de 1 milhão de euros. A Ambitermo, subsidiária na mesma área da produção de equipamentos de cogeração, vai investir na remodelação e ampliação da sua fábrica o montante de 900 mil euros.
Visabeira Indústria Na área da Indústria, o maior destaque vai para a Vista Alegre Atlantis, que planeia investir em 2010 cerca de 5 milhões de euros, numa reestruturação da empresa que passa pela abertura de duas mega lojas, uma loja com marca Casa Alegre, internacionalização da marca com abertura de lojas na Europa, remodelação e optimização das lojas existentes e modernização dos equipamentos, de modo a melhorar a capacidade produtiva. Em Moçambique, o maior investimento será na Celmoque (700 mil euros), na aquisição de novo equipamento básico em máquinas pesadas. Jarro e Bacia. Primórdios da Vista Alegre, séc. XIX. Hotel Casa da Ínsua.
Visabeira Turismo Destaca-se a Turvisa com um investimento de 1,4 milhões de euros em obras de remodelação e arranjos exteriores das várias unidades hoteleiras que detém. A Movida terá um investimento de 900 mil euros, na conclusão do Centro de Inovação e novos escritórios da sede.
Visabeira Participações O Parque Desportivo de Aveiro (PDA) terá a maior atenção nesta área, uma vez que se irá adquirir terrenos para construção (cerca de 1 milhão de euros). Em Moçambique, através da Visabeira Moçambique, prevêem-se realizar investimentos financeiros no valor de 1,8 milhões de euros, aplicados nos empreendimentos Twin City e Lipilichi Holdings, nos montantes de 1,5 milhões de euros e 300 mil euros, respectivamente.
28
29
2
capítulo
Evolução Económico-Financeira
Evolução Económico-Financeira
Volume de negócios por holding 1%
6%
7%
Imobiliária
Partic. Financeiras Turismo
12%
74%
1%
6%
8%
8%
77%
Indústria
Global
Imobiliária
Indústria
Turismo
Partic. Financeiras Global
Análise Macroeconómica
Em Angola, a desaceleração do crescimento foi fruto do aumento da dívida externa, do aumento da inflação, da redução das quotas de produção imposta pela OPEP e do impacto, na economia angolana, da evolução do preço do petróleo, que constitui a principal fonte de divisas do Estado, nos mercados internacionais. Destaca-se ainda a deterioração do kwanza face ao dólar.
MARCOS ECONÓMICOS E FINANCEIROS CONSOLIDADOS
Estas duas aquisições, por parte da subsidiária Cerutil, enquadram-se numa estratégia de posicionamento como líder na indústria da cerâmica e da cristalaria em Portugal, e como um player de referência a nível internacional.
de negócio da Visabeira Global, mais concretamente na boa performance das Telecomunicações com o projecto FTTH (Fiber-to-the-Home) e na expansão da actividade em França e na Bélgica, cujo peso no volume de negócios total representa cerca de 9%; também pelo segmento da Indústria, beneficiando do alargamento do respectivo perímetro de consolidação à VAA e Bordallo Pinheiro, impactando com um volume de 39 milhões de euros; e ainda pelo segmento do Turismo, onde, após um ano completo de actividade, o Palácio do Gelo Shopping, com uma taxa de ocupação a rondar os 94%, contribuiu em 12 milhões de euros para esse bom desempenho.
Volume de negócios por país 330,3
48,1
46,8
36,8
3,2
465,2
Portugal
Moçambique
Angola
França
Out. Países
2009
Volume de negócios por país (em percentagem)
Em Moçambique assistiu-se à redução da capacidade produtiva em determinados sectores de exportação, que se mantém débil e muito dependente do sector primário, em consequência da diminuição da procura por parte dos mercados internacionais e da deterioração do metical face ao dólar.
71%
10%
10%
8%
1%
71%
12%
11%
5%
1%
Portugal
Moçambique
Angola
França
Outros países
Portugal
Moçambique
Angola
França
Outros países
2009
2008
EBITDA por país (em milhões de euros) 342,9
343,3
465,2
2007
2008
2009
29,7
11,2
11,3
1,7
0,4
35,8
5,9
6,7
1,5
0,2
Portugal
Moçambique
Angola
França
Outros países
Portugal
Moçambique
Angola
França
Outros países
Análise de Resultados O volume de negócios, em 2009, situou-se em 465 milhões de euros, contra 343 milhões de euros registados em 2008, o que correspondeu a um crescimento recorde de 36%. Este aumento, foi principalmente impulsionado pelo segmento
32
Volume de negócios
milhões de euros
Para o Grupo Visabeira o ano 2009 fica marcado pela aquisição em OPA (Oferta Pública de Aquisição) de 63,5% do capital da Vista Alegre Atlantis, SGPS, SA (VAA), grupo que se dedica à produção e distribuição de artigos utilitários e ornamentais em cerâmica, vidro e cristal, explorando também uma cadeia de lojas com marca Vista Alegre Atlantis; e pela aquisição de 83,04% do capital da Faianças Artísticas Bordallo Pinheiro, empresa que mantém a tradição da cerâmica das Caldas da Rainha iniciada com a fábrica fundada por Rafael Bordallo Pinheiro, em 1884.
2008
milhões de euros
A crise instalada em meados de 2008 afectou toda a economia mundial, atingindo um dos seus pontos mais negativos no ano de 2009. Com a contracção do PIB das principais economias mundiais, o abrandamento da actividade económica global levou ao agravamento dos problemas financeiros de todos os países em geral, com consequências devastadoras para as nações em vias de desenvolvimento e para aquelas que tinham nas principais economias os seus mercados tradicionais de exportação. No caso de Portugal, a recessão foi sem precedentes, potenciando um desequilíbrio estrutural das contas públicas e o agravamento da dívida pública e, por arrastamento, de toda a economia nacional.
2009
2009
2008
33
Marcos Económicos e Financeiros Consolidados
54,9
2007
2008
2009
56,8
15,2
53,4
2007
2008
2009
milhões de euros
Resultado líquido do exercício com interesses minoritários
Resultado líquido do exercício sem interesses minoritários
2007
35,8
2008
Resultados operacionais
37,4
2009
milhões de euros
30,9
34
2008
2009
Passivo remunerado / EBITDA
217,3
251,8
332,1
2007
2008
2009
Margem bruta
16
17
29
2007
2008
2009
Produtividade
2,1
2007 Liquidez geral
1,0
2008
0,9
2009
2008
2009
valores em percentagem
milhões de euros
14,1
101,2
Activo fixo sobre capital permanente
44,1
31,1
29,7
2007
2008
2009
valores em percentagem
2007
14,4
2007
97,6
Activo circulante sobre activo total
246,5
181,3
314,5
2007
2008
2009
1.072,3
1.124,1
1.394,5
2007
2008
2009
Capital próprio
No ano 2009, o activo líquido do Grupo teve um crescimento substancial para quase 1.395 milhões de euros, mais 24% face a 2008. Este aumento resultou nomeadamente i) da valorização da carteira de acções das empresas cotadas no PSI-20 (77,6 milhões de euros); ii) do alargamento do perímetro de consolidação para o qual contribuíram os activos da VAA, Bordallo Pinheiro e o início da consolidação integral da Pinewells (121,6 milhões de euros); iii) e o investimento em activos tangíveis (27,7 milhões de euros). O passivo financeiro líquido aumentou para 762 milhões de euros, face a 723 milhões de euros no final de 2008, reflectindo o investimento realizado durante o ano, com particular destaque para as aquisições da VAA e Bordallo Pinheiro e da expansão da rede de TV por cabo em Angola. No final de 2009, o custo médio da dívida consolidada era de 4,1%, registando uma descida de 1,1 p.p. em relação ao valor verificado em Dezembro de 2008. Esta variação resultou da forte descida das taxas de juro de curto prazo, que se iniciou nos últimos meses de 2008 e se prolongou durante o exercício de 2009. A situação líquida, excluindo interesses minoritários ascendeu a 301,4 milhões de euros. O aumento de 130,1 milhões de euros em 2009 é explicado i) pelo resultado líquido gerado no período (+53,4 milhões de euros) e ii) pela valorização da carteira de acções (+77 milhões de euros). Assim, a autonomia financeira subiu 6,4 p.p. situando-se em 21,6%, reflexo de uma estrutura sólida e de uma gestão eficaz e racional dos fluxos. O rácio de gearing foi de 69,6% (79,1% em 2008) e o rácio de cobertura de juros pelo EBITDA (após dedução dos dividendos recebidos), foi de 4,4 face a 2 registado em 2008.
Activo
Activo Capital próprio Passivo
3.973
2007
4.331
6.466
2008
2009
Recursos humanos
1.394,5 1.072,3
1.124,1
246,5
181,3
825,8
942,8
1.080,0
2007
2008
2009
Estrutura de capitais
35
314,5
milhões de euros
16,9
16,0
Análise da Estrutura de Capital 70,6
milhões de euros
58,2
milhões de euros
EBITDA
2009
Valor acrescentado bruto
O desempenho do EBITDA no período foi suportado pelo crescimento do segmento da Global e do Turismo, tendo sido parcialmente compensado pela diminuição da Indústria fruto da inclusão da VAA. Quando aos resultados operacionais, expurgando os itens não recorrentes das propriedades de investimento, dos ganhos na combinação de negócios, e das imparidades extraordinárias, passaram de 35,8 milhões de euros para 40,6 milhões de euros, o que representou um aumento de 13%. O segmento da Global foi o que mais contribuiu: 24 milhões de euros, com a Viatel a destacar-se com 7,7 milhões de euros, seguido do Turismo com 8,3 milhões de euros, tendo a Movida participado com 5,5 milhões de euros. Os juros líquidos, excluindo os custos financeiros decorrentes da dívida financeira contratada para o financiamento de investimentos financeiros, tiveram uma melhoria de 1,4 milhões de euros. Na origem desta variação, a descida das taxas indexantes dos empréstimos compensou os juros provenientes do aumento da dívida líquida. Os dividendos dos investimentos financeiros estratégicos detidos pelo Grupo das empresas cotadas no PSI–20, Zon Multimédia, EDP e Portugal Telecom, deduzido dos juros financeiros da dívida contratada para esse efeito, registou um saldo positivo de 8,9 milhões de euros face aos 3,3 milhões de euros de 2008. Os outros custos financeiros líquidos que incluem as diferenças cambiais e outras despesas financeiras ascenderam a -9,4 milhões de euros, contra -3,5 milhões de euros em 2008. As diferenças cambiais desfavoráveis, líquidas das diferenças cambiais favoráveis, penalizaram os resultados do Grupo em 5,8 milhões de euros fruto da desvalorização do kwanza e do metical. Em 2008, o efeito das diferenças de câmbio tinha sido nulo. O resultado líquido sem interesses minoritários aumentou 250%, em 2009, para 53,4 milhões de euros face a 15,2 milhões de euros em 2008, com o ganho decorrente da aquisição da VAA e da Bordallo Pinheiro a ser parcialmente compensado pela diminuição do justo valor do Palácio do Gelo Shopping e pelo reconhecimento de imposto diferido em consequência da alteração de planos quanto à futura rentabilização da propriedade de investimento.
milhões de euros
2009
2008
123,7
trabalhadores
2008
54,2
2007
74,4
anos
2007
50,2
milhões de euros
40,6
61,9
milhões de euros
2009
Cash flow
Realce-se que o mercado externo tem vindo a ganhar cada vez mais força, alcançando uma representatividade que hoje é já de 36%. Assim, fruto do crescimento de 80,9 milhões de euros no volume de negócios do segmento da Global, 34,9 milhões de euros no segmento da Indústria com a inclusão da VAA, 5,5 milhões de euros do Turismo, 3,3 milhões de euros das Participações Financeiras e 2,7 milhões de euros da Imobiliária, o “mix” do volume de negócios apresenta uma concentração de 73,6% do negócio no segmento da Global. Esta tendência não significa, no entanto, que a estratégia de diversificação operacional do Grupo tenha perdido importância, mas sim que a capacidade de geração de negócio do segmento da Global ultrapassou a das restantes áreas. Com a conclusão de algumas obras do Grupo, os trabalhos para a própria empresa baixaram 59% face a 2008, para 13,8 milhões de euros. A nível operacional, foram contabilizados itens não recorrentes no valor de -18,5 milhões de euros em propriedades de investimento, relativo à actualização do justo valor dos espaços comerciais Palácio do Gelo Shopping (IAS 40) e consequência da aquisição da VAA e da Bordallo Pinheiro, tendo sido apurada uma diferença positiva (ganho) no montante de 90,3 milhões de euros, correspondente a diferenças entre o justo valor dos activos líquidos identificados, tal como integrados nas contas do Grupo e o seu custo de aquisição. Os custos operacionais recorrentes ascenderam a 458 milhões de euros, representando um crescimento de 32%, mas, excluindo os 26,2 milhões de euros por conta da incorporação da VAA, esse aumento foi de 24%. O peso dos custos sobre o volume de negócios melhorou 2,8 p.p., principalmente devido à boa execução do plano de contenção ao nível dos fornecimentos e serviços externos que reduziram o seu peso no volume de negócios em 6,9 p.p., de 52,5% em 2008 para 45,6% no corrente ano. As amortizações do exercício aumentaram 5,4 milhões de euros face ao período homólogo. Cerca de 60% deste aumento resultou da inclusão da VAA no perímetro, e o restante reflecte o início da amortização dos investimentos realizados na TV Cabo Angola e Turvisa. O aumento das provisões de 3,7 milhões de euros deveu-se principalmente ao reconhecimento de imparidades em Angola. Como consequência do crescimento do volume de negócios e da melhoria dos níveis de eficiência nos custos, o EBITDA aumentou 8% em 2009 face ao exercício transacto de 2008, passando para 54,2 milhões de euros, equivalente a uma margem de 11,7%.
milhares de euros
2008
78,4
unidades
2007
31,2
milhões de euros
68,8
Evolução Económico-Financeira
Evolução Económico-Financeira
RISCOS DE TAXA DE JURO
Riscos Financeiros
Consciente da importância de adoptar uma gestão activa dos diferentes riscos financeiros com vista a minimizar os seus potenciais impactos negativos no cash flow, resultados e valor da empresa, o Grupo Visabeira procura gerir esses riscos de forma eficaz, formulando estratégias de cobertura em níveis considerados adequados.
A exposição do Grupo ao risco de taxas de juro advém essencialmente dos empréstimos obtidos, uma vez que as aplicações financeiras são normalmente contratadas por prazos curtos e, consequentemente, os impactos decorrentes de variações nas taxas de juro não afectam as contas de forma relevante. O saldo da dívida financeira consolidada do Grupo Visabeira, no final de Dezembro de 2009, foi contratado, maioritariamente, à taxa de juro indexada, sendo o principal indexante utilizado a Euribor, a um e a três meses para financiamentos nacionais, e a Libor para financiamentos em dólares, maioritariamente concedidos ao estrangeiro. Com o objectivo de reduzir o risco de flutuação da taxa de juro, privilegiou-se em 2009 a contratação de financiamentos, particularmente em Angola e Moçambique, em moeda local a taxa fixa. Mantêm-se ainda activos quatro contratos de swap de taxa de juro. No ano de 2007, o Grupo Visabeira SGPS, SA contratou um swap Euribor Range Accrual, com início em Julho e maturidade em 2014. O pagamento de juros é trimestral, recebendo a Euribor a 3 meses e pagando uma taxa fixa de 3,65%, para um montante nocional de 30 milhões de euros. À data de balanço, as trocas de fluxos representam uma perda global na operação de -2,21 mil euros, apresentando um valor mark to market negativo em 5 milhões de euros integralmente reconhecido. De referir que a quebra na taxa Euribor a três meses, iniciada em Outubro de 2008, em consequência dos sucessivos cortes na taxa directora do Banco Central Europeu, em resposta à crise financeira internacional, continuou o seu trajecto descendente no ano 2009, não sendo expectável uma inversão da evolução desta taxa a curto prazo. Tendo iniciado o ano em 2,859%, a Euribor a três meses fixou-se em 0,700% em 31 de Dezembro de 2009. Também em 2007, o Grupo contratou um swap de taxa de juro para um valor nocional de 43 milhões de euros, fixando a taxa em 2,97% com maturidade em 15 de Setembro de 2011. Esta operação gerou resultados financeiros que, à data do balanço, ascendiam a -241 mil euros com um valor mark to market negativo em 1,5 milhões de euros, integralmente reconhecido. Em 2009 contratou-se uma fixação de taxa de juro para o montante de 5 milhões de euros, trocando a Euribor a 3 meses por uma taxa fixa de 2,68%, operação que vence em 2015, e uma fixação para 3 milhões de euros, que troca o indexante Euribor a 1 mês pela taxa fixa de 2,48%. A Visabeira Global contratou em Novembro de 2009 um swap de taxa de juro para um montante nominal de 5 milhões de euros, tendo-se fixado a taxa de juro em 2,68%, com maturidade a ocorrer em 5 de Novembro de 2015. Ou seja, os subscritores recebem trimestralmente Euribor a 90 dias e pagam 2,68% até à data de maturidade do swap. A empresa Empreendimentos Turísticos Montebelo, participada do Grupo Visabeira, contratou em Março de 2009 um swap de taxa de juro para um montante nominal de 3 milhões de euros, tendo-se fixado a taxa de juro em 2,48%, com maturidade a ocorrer em 15 de Março de 2012. Ou seja, os subscritores recebem mensalmente Euribor a 30 dias e pagam 2,48% até à data de maturidade do swap.
RISCOS DE CRÉDITO Uma acrescida atenção relativamente ao risco de crédito é algo que assumidamente faz parte do quotidiano de qualquer participada do Grupo Visabeira, independentemente da natureza da actividade. Tendo em conta o negócio, a área de actividade em que se insere, ou o país do risco, a concessão de crédito obedece a uma classificação e avaliação resumida em fichas de crédito individuais que incluem informações sobre o carácter do cliente, a sua capacidade de gestão, património e garantias de crédito.
Travessa Companhia das Índias, séc. XVIII. Dinastia Qing, Reinado Jiaqing (1796-1820). Hotel Casa da Ínsua.
36
Em Portugal, o Grupo Visabeira mantém a subscrição de apólices de seguro de crédito, delegando em primeira instância a análise de concessão de crédito em profissionais especializados de cobrança e recuperação de dívidas, recebendo de uma fonte privilegiada a indicação de exposição – limite de crédito – ajustada à capacidade creditícia de cada cliente. Desta forma, as atenções da gestão podem centralizar-se fundamentalmente nas questões operacionais. A cobertura deste risco possibilita ainda uma indemnização pelos créditos de clientes não liquidados que para o mercado interno é de 85% e para o mercado externo de 90%. Os dois últimos anos foram marcados por um aumento das restrições na concessão de crédito em geral, tendo os limites de crédito sido objecto de revisões desfavoráveis significativas.
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Riscos Financeiros
Evolução Económico-Financeira
Para dar resposta às necessidades de cobertura do risco de crédito relativamente aos quais os limites concedidos ao abrigo das apólices base se mostram insuficientes, o Grupo Visabeira contratou as coberturas adicionais OCDE I e OCDE II, linhas protocoladas com as Sociedades de Garantia Mútua e o Estado Português, que permitem, no primeiro caso, duplicar o limite da apólice base e no segundo garantir exportações com uma cobertura de 60%. As maiores restrições na cobertura externa do crédito concedido obrigaram também a um maior rigor e exigência na apreciação dos pedidos de concessão de crédito interno. As empresas do Grupo Visabeira que actuam como prestadoras de serviços de infra-estruturas e telecomunicações facturam a entidades de reconhecida idoneidade financeira que, no ano de 2009, representaram cerca 52% do volume de negócios consolidado. Neste grupo de entidades estão normalmente os operadores de telecomunicações locais, regra geral participados directamente pelo Estado de cada país, pelo que o risco de crédito se substitui pelo risco político. São exemplo a Portugal Telecom, Zon, EDP, concessionárias de gás natural, France Telecom, Belgacom, TDM – Telecomunicações de Moçambique, EDM – Electricidade de Moçambique, Angola Telecom, France Telecom e Belgacom. Incluem-se ainda neste grupo de entidades os organismos públicos, empresas estatais e as autarquias/municípios. O factoring, na modalidade sem recurso, é utilizado como uma forma de cobertura de risco complementar em operações em que o seguro de crédito possa não ser suficiente. Importante é também o montante relativo a recebimentos por adiantamento ou a pronto pagamento que, no ano em apreço, representaram um volume de cerca de 15% do volume de negócios, com especial contributo do negócio de distribuição de televisão por cabo e Internet e o turismo, restauração e lazer. O crédito concedido a entidades externas, que actuam simultaneamente como fornecedoras do Grupo, teve neste ano um peso de 3%.
RISCOS DE LIQUIDEZ O Grupo efectua uma gestão do risco de liquidez de forma a garantir o financiamento dos activos por prazos de maturidade e a taxas apropriadas e a liquidação atempada dos seus compromissos financeiros. Concomitantemente são mantidos saldos de disponibilidades apropriados e linhas de curto prazo que permitem uma gestão do disponível adequado aos compromissos financeiros de curto prazo. O aumento de capital da holding, que ocorreu em Outubro de 2007, permitiu reforçar os capitais próprios em 50 milhões de euros, melhorando a autonomia financeira do Grupo. Destaca-se também a contratação em Julho de um empréstimo obrigacionista de 60 milhões de euros bullet com vencimento a 7 anos. Estas operações trouxeram uma forte estabilidade das fontes de financiamento do Grupo. Refira-se que a alavancagem associada à aquisição das acções da PT, Zon Multimédia e EDP, sob a forma de papel comercial, com compromisso de tomada firme a 5 anos, face à elevada liquidez dos activos subjacentes e política de distribuição de dividendos das referidas sociedades, não implica qualquer pressão sobre a tesouraria do Grupo Visabeira, permitindo pelo contrário contribuir positivamente para o resultado financeiro de 2009 em 8,9 milhões de euros, valor que resultou da diferença entre os dividendos recebidos e os juros do financiamento destes activos.
RISCOS DE FLUXOS DE CAIXA A gestão global e centralizada dos investimentos e da tesouraria de todas as empresas do Grupo assegura uma redução dos riscos de fluxos de caixa, não existindo exposição a variações que possam afectar os resultados. O recurso ao factoring permite, por outro lado, uma redução dos prazos médios de recebimento com a inerente antecipação de recebimentos e facilita uma melhor gestão de tesouraria através da obtenção atempada do fundo de maneio necessário ao financiamento do ciclo de exploração, fundamental a um crescimento económico-financeiro sustentado. Em 31 de Dezembro 2009, o saldo de clientes cedido a empresas de factoring ascendia a 65,7 milhões de euros com valores adiantados de 53,8 milhões de euros. O Grupo mantém adicionalmente contratadas contas correntes de curto prazo para fazer face a necessidades pontuais de tesouraria.
RISCOS DE CÂMBIO O Grupo opta, sempre que possível, por efectuar uma cobertura natural do risco cambial ao possuir activos e passivos denominados em dólares, de forma a efectuar um equilíbrio e um ajuste automático a possíveis desfasamentos cambiais. A exposição a passivos em dólar não representa, pois, um risco económico e financeiro elevado, dados os impactos de variações cambiais sobre esses passivos serem naturalmente compensados pela receita operacional dos respectivos negócios, também conectada ao dólar. Nos mercados externos, designadamente em Angola e Moçambique, o Grupo importa do mercado europeu bens e serviços expressos em euros, facturando aos clientes em dólares e meticais, respectivamente. Nestes mercados, a moeda local está fortemente correlacionada com o dólar americano, com uma tendência histórica de desvalorização. Em 2009, o kwanza angolano desvalorizou 13,33% e o metical moçambicano 8,55% face ao dólar. Ao longo do ano o dólar manteve alguma oscilação, apresentando uma desvalorização anual em relação ao euro. Em Angola, as transacções internas têm ainda por referencial o dólar americano, pelo que os passivos e activos nesta divisa estão relativamente equilibrados. Por outro lado, o Grupo financia-se em dólares, apresentando assim neste país uma posição curta nesta moeda de 25 milhões de dólares. Em Moçambique, os saldos expressos nesta moeda apresentam também uma posição curta mas de menor dimensão, na ordem dos 3 milhões de dólares. Consequentemente, a reexpressão das contas locais em euros para efeitos de apresentação das contas consolidadas implicou impactos negativos em virtude da depreciação do dólar. O Governo Moçambicano introduziu em 2006 alterações nas regras de facturação referente a transacções efectuadas em território moçambicano, exigindo que passasse a ser emitida na moeda do país. Em conformidade, o Grupo passou também a contratar os novos financiamentos nessa moeda. Mantêm-se ainda assim posições expressas em dólares e, fundamentalmente, passivos em euros que se traduzem também em desvalorizações cambiais reconhecidas nos resultados consolidados do Grupo.
O Grupo mantém activas emissões do programa papel comercial contratado em 2005, no valor de 40 milhões de euros. As emissões deste programa são objecto de notação A2 por parte da Companhia Portuguesa de Rating. Face à possibilidade de denúncia anual a partir de 2008, procedeu-se à reclassificação deste financiamento para curto prazo, mantendo-se o compromisso de tomada firme. O Grupo Visabeira iniciará em 2010 a negociação de uma nova operação de características similares, com o objectivo de conferir maior maturidade à dívida global. Refira-se também que a compra de 63,4% do capital da Vista Alegre Atlantis foi precedida da concessão à sociedade adquirente e à própria Vista Alegre Atlantis de uma linha específica. Estas operações, dadas as suas características, foram relevadas em curto prazo, mas serão reclassificadas em Médio e Longo Prazo com a conclusão do processo. O montante de activos disponíveis e inertes do Grupo, que poderão ser utilizados como fontes de liquidez, contribui também para atenuar esse mesmo risco. No entanto, o índice de liquidez geral, que se situou próximo de 1, demonstra a adequabilidade do financiamento dos activos correntes por passivos correntes.
38
39
Evolução Económico-Financeira
Incentivos Fiscais
Neste capítulo é mencionado o conjunto de benefícios fiscais apurados no final de cada exercício contabilístico, que pela sua relevância merecem ser alvo de destaque. Assim, continuaram a ser importantes para a economia fiscal das empresas do Grupo Visabeira o Incentivo à Criação de Emprego (Artigo 19.º do EBF), o Regime de Interioridade (Artigo 43.º do EBF), os Benefícios Fiscais ao Investimento de Natureza Contratual (Artigo n.º 49.º do EBF) e o Sistema de Incentivos à Investigação e Desenvolvimento Empresarial (SIFIDE) (Lei n.º 40/2005 de 3 de Agosto). O ano de 2009 ficou marcado pela introdução de um conjunto de alterações legislativas no âmbito da Iniciativa para o Investimento e o Emprego (Lei n.º 10/2009 de 10 de Março), que implicaram alterações à forma de cálculo dos incentivos à Criação de Emprego e SIFIDE. Em Angola e Moçambique, à semelhança dos anos anteriores, as empresas participadas que tenham realizado investimento considerado relevante para a economia daqueles países, continuam abrangidas por medidas de incentivo fiscal, em especial isenções sobre Direitos Aduaneiros e Imposto sobre o Rendimento do Exercício. No âmbito das deduções à matéria colectável, o Artigo 19.º do EBF define que possam ser considerados custos do exercício, em 150%, os encargos com a criação líquida de postos de trabalho, para trabalhadores com idades compreendidas entre os 16 e os 35 anos (no exercício transacto este intervalo situou-se entre os 16 e 30 anos), e desempregados de longa duração, aferidos à data da celebração do contrato sem termo e aplicáveis durante um período de cinco anos. Em 2009, o resultado da majoração das remunerações fixas e das contribuições para a segurança social suportadas pelo empregador, determinadas pela diferença positiva entre o número de admissões elegíveis e o número de saídas de trabalhadores, que à data de admissão se encontrava nas mesmas condições elegíveis, ultrapassou os 881 mil euros a que correspondeu a criação líquida de 82 postos de trabalho. O Artigo 43.º do EBF, que tem demonstrado uma importante relevância nas medidas de combate à desertificação humana e de recuperação acelerada das regiões portuguesas que sofrem de interioridade, permitiu às empresas do Grupo Visabeira com sede nas áreas geográficas beneficiárias continuar a deduzir à matéria colectável 30% das reintegrações e amortizações de despesas de investimentos, efectuadas até ao limite de 500 mil euros. No ano de 2009, foi possível apurar um incentivo fiscal que ascendeu a 200 mil euros. No contexto dos benefícios fiscais ao investimento de natureza contratual, regulamentados pelo Artigo 41.º do EBF e pelo Decreto-Lei n.º 409/99 de 15 de Outubro, a Movida vem usufruindo, desde 2007, de um conjunto de créditos e isenções fiscais pela execução do projecto de investimento de ampliação e remodelação do Palácio do Gelo (concluído em 2008). Estes benefícios de natureza excepcional, com carácter temporário, são concedidos em regime contratual e limitados em função do investimento realizado, estabelecendo-se uma intensidade mais elevada para os projectos de especial interesse para o país. O reconhecimento do interesse estratégico para a economia portuguesa e da relevância para o desenvolvimento do tecido empresarial, nomeadamente pela indução do emprego e dinamização económica regional no sector do turismo, tiveram um papel fundamental na formalização do contrato de concessão de incentivos fiscais (Dezembro de 2006). A Movida tem desta forma ao seu dispor, cumulativamente, um crédito fiscal em sede de IRC até ao montante máximo de 2 milhões de euros (corresponde a 8% das aplicações relevantes do projecto) e isenção do Imposto de Selo em todos os actos ou contratos relacionados com o projecto.
A dinamização das actividades de investigação e desenvolvimento (I&D), nomeadamente a obtenção de novos conhecimentos científicos ou técnicos (despesas de investigação) e a exploração de resultados de trabalhos de investigação ou de outros conhecimentos com vista à melhoria de produtos, serviços ou processos (despesas de desenvolvimento), é fiscalmente considerada no SIFIDE. Em 2009, esta medida, regulamentada pela Lei n.º 40 de 3 de Agosto, foi objecto de um conjunto de alterações legislativas relevantes, nomeadamente em relação à taxa de base das despesas realizadas no período, que passou de 20 para 32,5%, e ao limite da taxa incremental (acréscimo das despesas realizadas no período em análise em relação à média aritmética dos dois exercícios anteriores), que foi estabelecido nos 1,5 milhões de euros, comparativamente aos 750 mil euros dos exercícios anteriores. Globalmente, para o universo das empresas do Grupo Visabeira foi apurado um incentivo fiscal de 207 mil euros, com particular destaque para projectos de I&D da Ambitermo e da Visabeira Digital. O Sistema de Lei de Bases do Investimento Privado Angolano (Lei n.º 11/03 de 13 de Maio) tem proporcionado aos promotores de investimento privado, cujo interesse seja considerado relevante ao crescimento da economia, um conjunto de isenções fiscais. Estão nesta situação a Comatel, a Álamo, a Tubangol, a TV Cabo Angola e a Visaconstroi que, em 2004, na sequência da realização de projectos de investimento formalizados à Agência Nacional para o Investimento Privado (ANIP), lhes viram ser concedidas isenções no domínio do Imposto Sobre Direitos Aduaneiros, do Imposto Industrial e do Imposto Sobre Aplicação de Capitais. Em 2009, com excepção da Comatel, que manteve a isenção do pagamento de direitos aduaneiros, as demais empresas apenas beneficiaram das isenções do pagamento do Imposto Industrial e do Impostos Sobre Aplicação de Capitais, por caducidade dos restantes. Em Moçambique, o quadro legal (Lei n.º 3 /93, de 24 de Junho e Decreto-Lei n.º 14/93 de 21 de Julho) proporciona o gozo de garantias e incentivos aos investidores nacionais e estrangeiros que contribuam para o desenvolvimento económico e social sustentável do país. O Sistema de Incentivos ao Investimento em Moçambique abarca quatro grandes componentes: Incentivos Fiscais; Incentivos Aduaneiros; Incentivos Relacionados com a Repatriação de Capital Investido e Lucros Obtidos; e a Garantia de Segurança e da Protecção pelo Estado Moçambicano dos Investimentos e da Propriedade Privada. Neste âmbito, as empresas do Grupo Visabeira, Imovisa (Girassol Bahia Hotel), Sogitel (Girassol Nampula Hotel), Turvisa (Girassol Indy Congress Hotel & Spa) e TV Cabo Moçambique têm vindo a beneficiar nos últimos anos do pacote de incentivos fiscais e aduaneiros previstos no Código dos Benefícios Fiscais, com particular destaque aos aplicáveis à indústria hoteleira. Em 2009, das empresas assinaladas apenas a Turvisa continuou a aplicar os benefícios fiscais, concretamente a utilização de um crédito fiscal de 8% (dedução à colecta) do investimento realizado no empreendimento Girassol Indy Congress Hotel & Spa (segunda fase), durante um período de cinco exercícios fiscais, por entretanto as restantes terem atingido o prazo útil de fruição.
INCENTIVOS FISCAIS EMPRESAS
AMBITERMO
INTERIORIDADE (MAJORAÇÃO DAS AMORTIZAÇÕES)
SISTEMA DE INCENTIVOS FISCAIS À I&D EMPRESARIAL (SIFIDE) 139.151
0
0
BENETRÓNICA
6.238
4.189
0
CERUTIL
20.200
5.202
0
CICLORAMA
226.016
17.451
0
EDIVISA
36.100
16.883
0
EMPREENDIMENTOS TURÍSTICOS MONTEBELO
26.799
11.421
0
GRANBEIRA
43.825
13.790
0
GRANBEIRA II
0
9.690
0
GRUPO VISABEIRA
0
721
0
JOAFIL
0
2.688
0
MOB
19.720
13.420
0
MOVIDA
29.419
22.388
0
MUNDICOR
6.300
1.603
0
PINEWELLS
0
3.217
0
REAL LIFE - TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO
177.218
0
0
RÓDIA
40.581
6.329
0
VIATEL
47.757
31.775
0
VISABEIRA
40.524
18.048
0
VISABEIRA DIGITAL
24.566
14.452
68.178
VISABEIRA IMOBILIÁRIA
4.938
4.542
0
VISABEIRA INDÚSTRIA
0
1.787
0
VISABEIRA PARTICIPAÇÕES
0
413
0
6.137
585
0
756.339
200.595
207.329
VISABEIRA TURISMO TOTAL
40
valores em euros ESTATUTO DOS BENEFÍCIOS FISCAIS (ART.º 19.º)
41
Evolução económico-financeira
2007
2008
2009
2007
2008
119,5
2009
5,2%). Ao conseguir controlar a evolução dos custos fixos mantendo o respectivo crescimento abaixo dos aumentos de facturação, a Viatel reduz o ponto crítico das vendas e em consequência aumenta a sua competitividade. Ao facto não foi estranha a introdução de novas formas de actuação na gestão corrente, como consequência da implementação do BeOn Mobilitiy e da sua extensão às diversas equipas de trabalho. O aumento dos resultados operacionais, que ultrapassaram os 6,8 milhões, traduz também a oportunidade e racionalidade do investimento realizado com o referido projecto. 56
54
57
2007
2008
2009
Outro facto muito relevante do exercício foi o início da actividade em Timor, alargando assim a presença do Grupo aos 5 continentes. O aumento do volume de facturação e das existências, aliado ao alargamento dos prazos de pagamento por parte dos seus principais clientes, fez aumentar o fundo de maneio que se situou na ordem dos 11,6 milhões de euros. 6,6
5,5
7,8
2007
2008
2009
Para financiamento dos seus activos a Viatel aumentou em pouco mais de 1 milhão de euros o seu endividamento bancário. Fê-lo porém em condições de crédito mais favoráveis, beneficiando da redução da Euribor e do facto de a sua solidez financeira não a fazer incorrer em elevados spreads, pelo que os encargos financeiros suportados se reduziram em pouco mais de 300 mil euros passando a representar 21,8% da dívida remunerada, contra 29,5% em 2008. O baixo endividamento da empresa, quando comparado com o montante dos seus activos e uma sustentada rentabilidade, asseguram-lhe uma estrutura financeira sólida traduzida numa autonomia financeira na ordem dos 25%, apesar de ter efectuado uma distribuição de dividendos de 3 milhões de euros. A rentabilidade das vendas, que tem tido um crescimento sustentado desde 2007 mais que duplicou, em resultado de um aumento menos que proporcional às vendas, quer nos FSE (que passaram a representar menos de 57% na estrutura de custos, uma significativa melhoria de 2%), quer nos encargos com pessoal (que de 6,7% passaram a
milhares de euros
Volume de negócios
EBITDA
42
Rentabilidade das vendas
Produtividade
Como consequência o EBITDA situou-se acima dos 7,8 milhões de euros, o que representa, face ao ano transacto, um crescimento de 42%. A empresa vê assim aumentado o seu VAB e com ele, por via da maior racionalidade e eficiência introduzidas na gestão dos seus recursos, a produtividade por activo.
A Real Life - Tecnologias de Informação, S.A. é um integrador de Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) que assume como missão a capacidade de disponibilizar soluções e serviços de elevada complexidade tecnológica, assegurando a máxima flexibilidade, qualidade e eficácia, focando-se na criação de relações de longo prazo com os seus clientes, fundamentadas no conhecimento do negócio e na procura de sucesso mútuo. 1,0
13,0
2008
2009
Volume de negócios
43
37
58
2008
2009
Produtividade
No mercado, estabeleceu-se uma posição ímpar no segmento das instituições financeiras, a Real Life Tecnologias de Informação, S.A. participou na concepção, desenho e implementação de alguns dos maiores projectos de infra-estruturas de comunicação aí existentes, tendo interligado milhares de nós de rede e no sector dos operadores conquistou uma presença sólida ao nível dos serviços de outsourcing e esteve ainda na génese de uma das maiores infraestruturas de comunicação em Portugal, sendo uma das mais inovadoras da Europa no seu género tecnológico. 1,1
1,3
2008
2009
Liquidez geral
REAL LIFE TECHNOLOGIES
milhões de euros
O Grupo Visabeira registou, em 2009, máximos históricos na maioria dos seus indicadores, com o volume de negócios consolidado a atingir os 465 milhões de euros. Os mercados externos atingiram o peso recorde de 36%, com especial relevo para Moçambique, Angola e França. Este desempenho positivo é alicerçado pelo comportamento das principais empresas, que apresentaram no exercício de 2009 uma performance que atingiu, na maioria dos casos, níveis nunca alcançados.
88,5
milhões de euros
115,1
milhões de euros
Análise Económico-Financeira Individual
A Viatel atingiu em 2009, um volume de facturação que ultrapassou os 119,5 milhões de euros correspondentes a um crescimento superior a 35% relativamente ao ano anterior, reforçou assim o seu contributo para o universo de empresas que integram a Visabeira Global, da qual se mantém como a principal participação. Consolidou a posição de forte liderança que ocupa no sector das telecomunicações, e para o qual contribuiu o projecto FTTH do cliente Portugal Telecom e a entrada em novos segmentos de actividade na área das novas tecnologias.
valores em percentagem
VIATEL
Em 2009, o primeiro ano fiscal completo, a empresa, tornou-se num interveniente incontornável no mercado Português das TIC, tendo obtido um volume de encomendas superior a 40 milhões de euros, e ratificado a capacidade para entregar o ciclo de vida completo de serviços de consultoria estratégica, análise de processos, auditoria, integração e sourcing em diferentes áreas, nomeadamente Networking, Security, Unified Communications, Data Centre, Storage, Contact center, Applications e Collaboration.
milhares de euros
5,6
unidades
2,6
Nas tecnologias, a empresa, passou a ser em Portugal um dos parceiros Gold mais certificados de um dos principais fabricantes mundiais de TIC, a Cisco Systems. De facto, ao obter especializações em tecnologias avançadas nas áreas de Advanced Routing & Switching, Advanced Security, Advanced Unified Communications, Advanced Wireless LAN, Advanced Data Centre Networking Infrastructure e Advanced Data Center Storage
1,7
17,2
2008
2009
Activo
milhões de euros
2,0
Análise Económico-Financeira Individual
Evolução Económico-Financeira
34,2
36,3
39,9
2009
2007
43,7
2009
2009
Nos mercados externos, que representaram sensivelmente 12,5% do seu volume de facturação repartidos de forma equilibrada entre mercado comunitário e extra comunitário, destaque para a Bulgária, a Espanha, a Suíça e os países africanos e para a prossecução do esforço de diversificação de mercados entretanto iniciado. 10,0
12,0
14,2
BEIRAGÁS Esta empresa resulta de uma parceria com a GDP Distribuição, onde a Visabeira Global detém cerca de 23,5%, correspondente a cerca de 3 milhões de euros. 16,1
2007
2008
2009
19,2
20,2
2007
Perante a necessidade de sustentar o previsto crescimento do negócio, a empresa iniciou a ampliação das suas instalações fabris e o aumento da sua capacidade produtiva para unidades de maior dimensão, de que resultou um investimento no exercício superior a 364 mil euros e que no final do ano ainda se encontrava em curso. 36,0
2008
2009
A Beiragás registou mais uma vez um excelente desempenho em 2009, ultrapassando neste exercício a barreira dos 40 mil clientes e dos 50 milhões de m3 de volume de gás veiculado. 2,2
27,4
2,1
2007
2008
2009
2007
2008
2009
Valor acrescentado bruto
Face à evolução registada nas taxas de juro, os custos financeiros registaram em 2009 um decréscimo de 29% em relação a 2008, dando origem a um crescimento de 32% dos resultados financeiros. Ao nível da estrutura financeira, destaca-se a manutenção dos principais indicadores de curto e médio prazo, demonstrando assim a consolidação financeira da empresa, fixando uma autonomia financeira de 23,8% e uma solvabilidade de 31,3%. A performance positiva do exercício está bem patente no crescimento do volume de negócios, na ordem dos 5%, alcançando os 20,2 milhões de euros. O resultado líquido, influenciado pelo comportamento favorável dos resultados financeiros, registou um novo crescimento ao atingir os 2,2 milhões de euros. 8,9
10,2
12,0
2007
2008
2009
2008
2009
milhões de euros
2007
Margem bruta
Em linha com o crescimento patenteado, regista-se a evolução do número de postos de trabalho que atingiram os cento e vinte e um trabalhadores.
44
2008
2009
Activo fixo sem capitais permanentes
Desta forma e coincidindo com o fim de um volume de obras que mobilizaram grande parte dos recursos da empresa - Palácio do Gelo Shopping, Quinta da Alagoa e Casa da Ínsua - verificou-se uma acentuada retracção do mercado, principalmente do investimento privado, o que originou uma menor produção. 80,7
93,1
93,8
2007
2008
2009
Capacidade de endividamento
O volume de negócios no ano 2009 foi de 41 milhões de euros. A conclusão das obras do Palácio do Gelo Shopping finalizadas no ano anterior foi o factor principal que influenciou a redução em 40% do volume de negócios da empresa face ao período homólogo. A área de negócio das obras públicas registou um crescimento de cerca de 10 milhões de euros, concluindo-se, portanto, que o sector imobiliário foi aquele em que a redução da produção mais se fez sentir. 33,3
37,4
36,7
2007
2008
2009
O EBITDA, no montante de 5,7 milhões de euros, apresentou um ligeiro decréscimo, cerca de 4%, fortemente influenciado pelo crescimento verificado nos fornecimentos e serviços externos, por sua vez influenciados pela complexidade introduzida pelas exigências do negócio regulado. Autonomia financeira
O volume de obras angariadas aumentou cerca de 93% relativamente ao ano transacto. Este aumento foi influenciado por um forte contributo na angariação de obras no segmento do Parque Escolar, em que se destaca uma obra orçamentada em cerca de 21 milhões de euros. De realçar também a empreitada de construção, instalação e conservação
Resultado líquido exercício
Activos fixos sem capitais permanentes
Ao nível dos custos operacionais verificou-se contudo um aumento generalizado da ordem dos 12%. A este crescimento não foi estranho o reforço das suas equipas e os processos de formação que as mesmas desenvolveram, de modo a permitir-lhe concorrer em novas áreas de negócio, com particular
2007
2,2
53,2
milhões de euros
2009
milhões de euros
2008
Margem bruta
14,5
7,3
Volume de negócios
Solvabilidade
2007
17,4
valores em percentagem
2008
Volume de negócios
48,0
2008
7,3
milhões de euros
2007
O EBITDA atingiu os 509 mil euros e o cash flow 394,5 mil. O investimento realizado não afectou significativamente a capacidade de endividamento da empresa que apresenta uma sólida estrutura de capital e que viu ainda no exercício melhorada a rotação dos seus activos, tanto por via das existências como da redução dos prazos médios de recebimento.
Produção 43,6
6,9
17,0
valores em percentagem
2008
O sector de construção civil foi particularmente afectado pela crise económica e dela se ressentiu o montante de negócios da Edivisa, já que tem nele a sua principal actividade.
Activo
Autonomia financeira
A nível patrimonial registou-se uma ligeira diminuição do activo líquido que passa dos 34,2 milhões de euros para 30,1 milhões. Esta variação é justificada não só pelo efeito das amortizações do activo fixo, mas principalmente pelo decréscimo das dívidas de terceiros. Ao nível do passivo, o prazo médio de pagamentos sofreu uma redução passando de 88 dias para 65 dias, fazendo com que as dívidas a fornecedores tivessem diminuído. Contudo uma redução dos outros credores obrigou ao reforço do financiamento bancário de curto prazo em cerca de 1,6 milhões de euros, o que se reflectiu no aumento dos encargos financeiros apesar da diminuição verificada nas taxas de juro. Face às alterações verificadas na estrutura do balanço, os principais indicadores financeiros em 2009 alcançaram valores muito apreciáveis, tendo reforçado em 4,4 p.p. o seu índice de solvabilidade para 48,1% e elevado para 32,5% o grau de autonomia financeira.
2007
9,0
milhões de euros
14,5
milhões de euros
2009
10,9
8,8
EDIVISA
valores em percentagem
Ao nível das áreas de negócio da Visabeira, a que mais se destacou foi a da electricidade, registando-se o facto de, em Dezembro, a empresa integrar o Grupo restrito dos 8 adjudicatários da nova empreitada da EDP a iniciar em Fevereiro de 2010 e que terá a duração de 3 anos com mais 2 de opção. Economicamente o exercício de 2009 manteve a tendência de crescimento dos últimos exercícios, caracterizado por um aumento do volume de negócios, cerca de 10% face ao ano anterior.
2008
10,0
6,9
de Lamego, passando a 13 o número de concelhos com gás natural disponível para todos os segmentos. No domínio patrimonial é de realçar o aumento do activo líquido na ordem dos 10,4 milhões de euros, representando um crescimento de 14% face a 2008. A maior contribuição para este aumento vem da rubrica de Imobilizado Líquido, pois em 2009 a Beiragás prosseguiu com a expansão das suas infraestruturas e criação de locais de consumo aptos para o gás natural, investindo cerca de 7,2 milhões de euros na construção de 7 km de rede primária e 40 km de rede secundária, em 2 082 ramais e na reconversão e conversão de consumos em 3,8 mil clientes.
milhões de euros
2009
Volume de negócios
32,5
Num ano marcado pela crise, a Ambitermo aumentou em quase 30% o seu volume de negócios, destacando-se pelo seu contributo para aquele a instalação dos sistemas de cogeração Ecociclo/ Sonae, de secagem de estilha da fábrica de pellets da Pinewells e da central de biomassa da Ecotator, Lda., todas elas actividades associadas à fabricação de geradores de vapor e de centrais de cogeração que constituem o core business da empresa.
milhões de euros
2008
44,9
milhões de euros
2007
40,4
30,4
AMBITERMO
A Ambitermo continua a apostar na inovação, tendo submetido ao QREN uma candidatura relativa a projectos que contemplam a introdução de inovações tecnológicas em caldeiras de recuperação, de biomassa e incineradores de resíduos.
milhões de euros
2007
O bom desempenho do sector das energias permitiu à Visabeira um crescimento sustentado do volume de negócios no ano de 2009 de 11%, ascendendo a 44,9 milhões de euros. A empresa desenvolve a sua actividade em todo o território nacional dispondo de zonas operacionais em vários pontos do país, garantindo desta forma uma cobertura integral do território. 36,4
30,4
valores em percentagem
VISABEIRA
destaque para as intervenções na rede de alta tensão e na instalação de equipamentos de aproveitamento das energias alternativas. Deste modo é expectável a melhoria da sua eficiência na actividade a desenvolver a partir do próximo ano. Como consequência de um aumento de custos superior ao registado nos proveitos, verificou-se uma redução dos resultados operacionais em 24%, o que não impediu que os resultados antes de impostos atingissem os 404,7 mil euros.
valores em percentagem
Networking, foram atingidos níveis de acreditação únicos em Portugal. Adicionalmente efectuou-se um investimento significativo na constituição de um laboratório de tecnologias de informação com a capacidade para simular a infra-estrutura multiserviços de um operador de grande dimensão. Este laboratório, por integrar o que de mais avançado existe no mundo das TIC, é único em Portugal e inovador na Europa. O sucesso da estratégia adoptada traduziu-se, em 2009, num volume de negócios superior a 13 milhões de euros, decuplicando o valor registado em 2008, reflectindo um resultado operacional de 721 mil euros e um crescimento da produtividade de 37 para 58 mil euros.
Neste exercício a Beiragás deu continuidade ao desenvolvimento do projecto de distribuição de gás natural na sua área de concessão, reforçando a sua presença nos concelhos já dotados de infraestruturas e expandindo a sua rede ao concelho
45
Análise Económico-Financeira Individual
Evolução Económico-Financeira
3,1
2007
2008
2009
Volume de negócios 1,1
1,1
1,3
2008
2009
unidades
2007
Perante a situação do mercado, durante 2009 a empresa apostou em reestruturações transversais a todas as áreas de negócio, tendo em vista a redução dos custos e uma maior racionalização dos meios afectos à actividade. Uma vez que a redução de proveitos não conseguiu, apesar de tudo, ter contrapartida numa proporcional redução de custos, dada a natureza dos mesmos e o peso dos custos fixos, verificou-se uma degradação dos resultados antes de impostos, que nem a redução para menos de metade dos juros suportados conseguiu neutralizar. 48,6
54,8
56,7
2,7 2007
A Visacasa, tendo como principais clientes a Refer, os CTT, a Educa e a Parque Expo, viu em 2009 o seu volume de vendas aumentar em cerca de 15% em relação ao ano transacto. Destaque para a renovação de contrato com a Refer no valor de cerca de 4,6 milhões de euros e para a adjudicação de duas obras de reabilitação de escolas pela Educa, no valor de 309 mil euros. 565
Liquidez geral
2008
2009
2007
320
2008
439
2009
EBITDA
Este factor reflectiu-se na rentabilidade das vendas que melhorou em cerca de 1%, em parte relacionado com o aumento do volume de negócios e por outro lado com uma melhoria do resultado líquido. Paralelamente ocorreu um aumento na rubrica de FSE, marcado essencialmente pelas rubricas de trabalhos especializados e subcontratos, decorrentes da necessidade de dar resposta às solicitações do mercado. 1,1
0,9
2008
2009
Autonomia financeira
Apesar de o prazo médio de recebimento se ter mantido apenas com uma diferença de dois dias, o prazo de pagamentos reduziu 23 dias face a 2008, por pressão dos fornecedores, pelo que houve um agravamento do fundo de maneio do negócio atenuado pela variação das existências. Também o rácio de solvabilidade melhorou consideravelmente (29%), comprovando uma maior solidez financeira durante o ano de 2009.
1,1
TV CABO MOÇAMBIQUE A TV Cabo Moçambique disponibiliza um serviço de distribuição de sinal de televisão por cabo e serviços de multimédia, oferecendo um serviço integralmente através de sistema digital. 8,4
8,9
10,0
2007
2008
2009
Volume de negócios
De facto, o sector onde a empresa detém a sua principal actividade – sector extractivo das rochas ornamentais – sofreu duplamente: com a crise e com as condições climatéricas adversas presentes no início do ano.
46
2007
2008
2009
Valor acrescentado bruto
Como tal, o EBITDA também aumentou em cerca de 119 mil euros, mais 37% comparativamente a 2008, demonstrando assim melhorias na produtividade e eficiência do negócio.
2009
A performance positiva do exercício está bem patente no crescimento do volume de negócios, que em 2009 se fixou nos 10 milhões de euros (374,5 milhões de meticais). A contenção verificada ao nível dos custos operacionais, com a maioria das rubricas de custo a revelarem crescimentos inferiores aos registados nos proveitos operacionais, permitiu o crescimento dos resultados operacionais para 1,3 milhões de euros (49,1 milhões de meticais), o que representa uma subida superior a 80%, quando comparada com o período homólogo (91% em meticais). Contudo, esta subida não se reflectiu de igual modo nos resultados correntes, devido à influência negativa dos resultados financeiros provocada pelas flutuações cambiais desfavoráveis. Ainda assim regista-se que, em 2009, o resultado líquido se manteve positivo, fixando-se nos 128 mil euros (4,8 milhões de meticais). 8,6
9,9
2007
2008
2009
1,1
1,4
Margem bruta
2009
A margem bruta foi superior à de 2008 atingindo um valor aproximado a 9,9 milhões de euros (369,1 milhões de meticais). A rentabilidade dos Capitais próprios mantém um rácio assinalável fixando-se nos 19,2%. A capacidade de gerar recursos revelou-se igualmente positiva, tendo os meios libertos líquidos ultrapassado 1,7 milhões de euros (65,5 milhões de meticais).
2007
2008
milhões de euros
2009
Custos fixos
2008
7,9
1,0
10,0
12,6
2007
2008
2009
2,5
Em 2009, a empresa continuou a desenvolver acções para aumentar a qualidade do seu serviço e dos produtos disponibilizados. No serviço de Internet, que tem registado um peso crescente no volume de facturação da empresa, destacamos o upgrade de banda de 20 mega bits. No serviço de televisão destaque para a assinatura do acordo com a RTP e para a retransmissão em exclusivo para a África Austral dos programas do canal RTPN.
milhões de euros
2008
milhões de euros
2007
2007
1,4
EBITDA
Autonomia financeira
O EBITDA e o cash flow atingiram, respectivamente, 718 mil euros e 730 mil euros, sendo também eles inferiores a 2008. Por outro lado a produtividade manteve-se, pois apesar de o valor acrescentado bruto diminuir também o número médio de colaboradores passou de 116 para 88 pessoas. Neste contexto, e como nota positiva, a solvabilidade e autonomia financeira conseguiram ser superiores ao ano anterior, e o endividamento reduziu cerca de 4%.
1,5
8,6
milhões de euros
2007
5,3
Em 2009, a Televisa continuou a desenvolver a sua actividade vocacionada para o projecto, instalação e manutenção da rede exterior de telecomunicações de Moçambique, actuando em todas as províncias do território nacional.
Volume de negócios
O operador público desta rede é a TDM Telecomunicações de Moçambique, que detém 50% do capital social da Televisa e que continua a ser o seu principal cliente. A empresa manteve o seu esforço na captação de novos clientes, tendo já executado trabalhos para o novo cliente VM SARL, a operar com a insígnia Vodacom na área das telecomunicações móveis. 240
331
432
2007
2008
2009
milhares de euros
4,6
milhões de euros
Por sua vez, no mercado das obras públicas, apesar de também se fazer sentir, a contracção não foi tão acentuada, tendo absorvido mesmo um maior volume de agregados e massas betuminosas. Assim sendo o volume de negócios apresentou uma redução na ordem dos 27%, ficando pelos 6,9 milhões de euros.
A actividade da Granbeira, associada à exploração de pedreiras e à produção de betão, sofreu o impacto da redução do investimento verificado em 2009 no sector da construção e obras públicas, para onde canaliza a generalidade da sua produção. 3,1
3,9
TELEVISA MOÇAMBIQUE
Cash flow
A Televisa tem estabelecido parcerias com outras empresas a operar no sector das telecomunicações, como operadores ou fornecedores de tecnologia. Na área das infra-estruturas de telecomunicações móveis, a Televisa alargou o leque de produtos disponíveis para o segmento de mercado da rádio e transmissão, aqui refere-se a título de exemplo um contrato de fornecimento e manutenção da rede de defesa nacional moçambicana. 6,1
6,6
7,6
2007
2008
2009
milhões de euros
2009
Produtividade
concorrente directo, acrescida da oferta dos canais recebidos directamente de Portugal, sendo ainda factor diferenciador a oferta de internet, tornando-a no único fornecedor dual player do mercado. A TV Cabo Moçambique continua a aguardar pela aprovação, em Conselho de Ministros, da legislação que lhe permitirá concorrer a uma licença de comercialização de voz, permitindo assim que a TV Cabo Moçambique se posicione como a maioria das suas congéneres, com uma oferta triple play: Televisão, Internet e Voz.
milhões de euros
2008
Apesar da crise generalizada, pode afirmar-se que 2009 foi um ano globalmente positivo para a actividade da Visacasa, confirmando que a empresa está numa fase de crescimento.
valores em percentagem
2007
valores em percentagem
GRANBEIRA
44,2
VISACASA
Cobertura imobilizado
Com um EBITDA de 2,9 milhões euros e um resultado líquido de quase 1,1 milhões euros, a Edivisa continua a ser uma das principais empresas do Grupo, instrumental para a estratégia de crescimento da Visabeira Global e determinante pelo contributo que aporta para os resultados da mesma. Daí que sem prejuízo dos valores que sempre nortearam a sua actuação, face ao reconhecimento das profundas alterações que o sector da construção civil sofreu, tenha elegido como principal preocupação para o próximo ano o incremento dos seus factores objectivos de competitividade.
33,7
milhões de euros
2009
58,8
29
milhões de euros
2008
688,4
29
milhares de euros
2007
574,4
valores em percentagem
589,3
31
milhares de euros
do Centro de Congressos, Feiras e Exposições da Quinta da Fonte e do Centro de Formação Profissional e Apoio Social da Outurela, uma obra em consórcio com as empresas Manuel Rodrigues Gouveia, Scoprolumba e Embeiral para o cliente OeirasExpo, orçamentada em 31,5 milhões de euros. Em finais de 2009, a Edivisa assinou um contrato de construção do projecto imobiliário Centro Deportivo y Cultural Juan Marichal, um projecto imobiliário na República Dominicana, promovido pelo banco público dominicano BNV e que será construído em consórcio com a empresa dominicana Rodriguez Sandoval, sendo o valor do contrato correspondente à Edivisa de 58 milhões de euros.
Margem bruta
Cash flow
O volume de negócios voltou a registar um crescimento comparativamente aos anos anteriores, atingindo em 2009 o valor de 12,6 milhões de euros (471 milhões de meticais).
Além destas mais-valias, actualmente a TV Cabo Moçambique comercializa os pacotes da Multichoice África ao mesmo preço que a DSTV, sendo esta uma grande vantagem competitiva na medida em que dispõe actualmente de toda a oferta do principal
47
Análise Económico-Financeira Individual
Evolução Económico-Financeira
13
16
A Constructel presta serviços de voz e dados, actuando assim no domínio das telecomunicações, essencialmente em França e nas Antilhas (ilhas de Martinica, Guadalupe e Guiana Francesa). 8,6
Em 2009, a TV Cabo Angola atingiu um marco histórico no seu volume de negócios alcançando 17,1 milhões de euros (1,905 milhões de kwanzas), o que representa um aumento de cerca de 32% face ao ano anterior, mantendo-se assim a tendência de crescimento verificada nos últimos exercícios. O facto é tanto mais significativo quanto é certo não se encontrar ainda concluída a totalidade da rede na área de intervenção prevista e existir ainda um potencial de clientes a activar. 2,7
2008
17,1
2009
milhões de euros
2007
11,4
2007
2008
2009
O aumento de 28% dos custos operacionais face ao ano anterior, não pode deixar de se associar à própria evolução da paridade da moeda local face ao dólar americano. No entanto e dado que este crescimento foi inferior ao verificado ao nível dos proveitos, o resultado líquido atingiu cerca de 2 milhões de euros (219,8 milhões de kwanzas), que quando comparado com o ano de 2008 representa um aumento de 8%. Ao nível patrimonial registou-se um aumento significativo no activo líquido, passando dos 26 milhões para 31,7 milhões de euros (2,845 milhões para 3,530 milhões de kwanzas). Esta variação é justificada essencialmente pelo acréscimo de investimento verificado. 3,1
2007
35,1
2,6
2008
2009
2009
4,0
6,5
2008
2009
Valor acrescentado bruto
48
Para o efeito em muito contribuiu, pelo lado dos proveitos, o reforço da actividade para os clientes tradicionais, na maioria do sector público ou dele dependente, como a angariação de novos trabalhos fruto da boa reputação de que a empresa goza no mercado local e, pelo lado dos custos, um esforço no controlo dos mesmos, que permitiu um crescimento bem inferior ao aumento da produção. 6,9
2007
9,1
2008
12,6
2009
Margem bruta
Não fora o impacto negativo da desvalorização da moeda local face ao dólar e deste relativamente ao euro, e a redução de quase 1,8 milhões de euros (197 milhões de kwanzas) relativamente ao valor de 2008 registada nos proveitos financeiros teria permitido à Comatel registar no exercício um resultado histórico. Aliás o impacto da crise, se é certo que não teve grande influência na actividade produtiva da Comatel, reflectiu-se indirectamente nas dificuldades sentidas pelo seu sector de cobranças no recebimento
milhares de euros
2008
Produtividade
Assim, grande parte dos resultados operacionais foi neutralizada pela performance financeira, a qual em larga medida ultrapassa o âmbito de actuação da gestão, pelo que os resultados líquidos do exercício e em consequência os indicadores de rentabilidade acabaram por não assumir a expressão que doutro modo poderiam ter atingido. O reforço do investimento realizado no ano, superior a quase 1 milhão de euros (110,2 milhões de kwanzas), respeitou não apenas a equipamentos que deverão permitir à empresa melhorar a sua capacidade de resposta e alargar a área de intervenção, mas também ao apetrechamento e formação das equipas. 4,7
3,3
2007
2008
2007
2008
2009
2009
Rentabilidade do capital
Para além de um reforço de competências, registou-se um aumento do quadro de pessoal em 40 efectivos que em nada comprometeu a respectiva produtividade por activo, que se viu aumentada em pouco mais de 3 mil euros (321 mil kwanzas). A melhoria de situação económica geral e a do país em particular, que se espera retome em breve valores de crescimento da ordem dos dois dígitos, deve levar a um reforço do investimento por parte dos seus clientes quer públicos quer privados, que fundamenta na Comatel a expectativa de um aumento do seu volume de negócios e dos seus resultados, a par do reforço da sua posição e notoriedade no mercado.
42
49
58
2007
2008
2009
Volume de negócios
Apesar da crise económica internacional o ano de 2009 revelou-se no exercício bastante positivo para a Constructel. De entre os principais clientes continua a destacar-se a France Telecom/Orange, empresa com a qual a Constructel mantém um elevado número de contratos e onde conquistou um lugar entre os seus principais fornecedores. 0,4
1,1
1,2
2007
2008
2009
4,0
EBITDA
Volume de negócios
2009 foi ainda um ano em que prosseguiram os trabalhos de construção de novas células para extensão da rede cujo traçado, nesta primeira fase, deverá ficar concluído até final de 2010.
1,7
5,4
EBITDA
A TV Cabo Angola é uma parceria entre a Visabeira Global e a Angola Telecom e tem como objecto a distribuição de sinal de televisão e internet através de uma rede de cabo coaxial e de fibra óptica. O ano de 2009 permitiu à empresa solidificar a sua actividade na zona de Luanda e projectar a expansão do seu crescimento alargando a operação a outras zonas, nomeadamente as províncias do Lobito, Benguela e Lubango. 8,6
3,5
1,4
2007
valores em percentagem
Cash flow
2007
TV CABO ANGOLA
2009
milhões de euros
Os resultados financeiros registaram um agravamento face a 2008; contudo a melhoria registada a nível operacional mais que compensou este agravamento e permitiu alcançar um resultado líquido de 205 mil euros (7,7 milhões de meticais) o que representa uma subida de 136% quando comparado com o resultado do ano transacto (145% em meticais). Relativamente aos indicadores, destaque para a subida da margem bruta que, em 2009, se fixou nos 7,6 milhões de euros (283,8 milhões de meticais). A capacidade de gerar recursos também foi excelente, tendo os meios libertos líquidos em 2009 apresentado um valor superior a 555 mil euros (20,8 milhões de meticais). A rentabilidade dos capitais próprios, por seu lado, situou-se no final do ano em alta, com um rácio de 23,1%.
2008
Apesar da crise económica que assolou as várias economias mundiais e de que a angolana igualmente se ressentiu, o ano de 2009 foi um ano bastante positivo para a Comatel tanto em termos de volume de negócios, que atingiram os 14,7 milhões de euros (1,640 milhões de kwanzas) - representando um crescimento de 32% em relação ao ano anterior - como de resultados operacionais que superaram em quase 1,8 vezes os bons resultados de 2008, cifrando-se muito próximo dos 1,9 milhões de euros (215 milhões de kwanzas).
milhões de euros
2007
milhões de euros
2009
COMATEL ANGOLA
milhões de euros
2008
Rentabilidade do capital
13,3
3,0
milhões de euros
2007
2,9
valores em percentagem
2,3
milhares de euros
13
CONSTRUCTEL FRANÇA
O volume crescente de negócios teve tradução no aumento dos encargos financeiros resultantes da actividade de factoring contratado com empresas da especialidade para antecipação dos recebimentos da empresa. Apesar disso os custos financeiros foram ligeiramente melhores, em parte influenciados pela diminuição das taxas de juro. Paralelamente, investiu-se na monitorização da qualidade e do desempenho, de modo a manterem-se os dois pontos fortes da Constructel: competitividade comercial, receptividade, flexibilidade e qualidade no serviço fornecido.
Produtividade
Os resultados registados, e que vêm no seguimento de todo um trabalho desenvolvido no decurso de 2008, traduziram-se num ano bastante positivo para a empresa e marcam uma nova etapa na dinâmica da sua actividade. Com efeito, tratou-se de um ano de consolidação e afirmação definitiva da empresa, em que a sua posição no sector saiu reforçada. Tendo em conta que o crescimento é sustentado, perspectiva-se para 2010 que a Constructel continue a aumentar a sua actividade, estendendo-a a outros mercados e territórios. De destacar a expectativa do crescimento na área das redes de fibra óptica neste mercado, onde a Constructel já está na dianteira no domínio das redes FTTH.
EBITDA
O aumento do volume de negócios de 13,3 milhões de euros para 35,1 milhões euros em 2009 deveu-se essencialmente à expansão da empresa a novas áreas geográficas e à entrada da empresa, no final de 2008, num consórcio com diversos parceiros do ramo. Por outro lado, também os custos operacionais aumentaram, na mesma medida. A aparente degradação dos indicadores de rentabilidade quando comparados com os do ano anterior resulta em parte da filosofia de consórcio, no entanto, quando expurgados do impacto dessa intermediação, a melhoria é significativa. Pela importância que assumem, foram renegociados os contratos já existentes com os diversos parceiros da Constructel, na busca de uma maior competitividade na negociação de novos contratos com os clientes. 2,0
2,6
GATEL FRANÇA O ano de 2009, o segundo de actividade da empresa no Grupo, foi marcado por um acentuado crescimento nas duas áreas de actuação em que opera: trabalhos em redes de comunicações e em redes de energia. Em consequência o valor da sua produção mais que duplicou, tendo ultrapassado os 5,4 milhões de euros. 2,6
5,4
2008
2009
3,1
milhões de euros
23,1
das respectivas facturas – um agravamento de mais de 30 dias – situação que partilha com o aumento da actividade da empresa a responsabilidade por um aumento dos saldos devedores de clientes em mais de 4,9 milhões de euros (545 milhões de kwanzas).
milhões de euros
11,4
Os principais indicadores financeiros mantiveram-se em níveis muito satisfatórios, com o grau de autonomia financeira acima dos 21% e o índice de solvabilidade acima dos 27%. Refira-se porém que dado o elevado volume de investimento, o indicador da cobertura de imobilizado deteriorou-se ligeiramente, mantendo-se no entanto em níveis francamente apreciáveis, acima dos 57%.
milhões de euros
10,9
O crescimento, diversificação da oferta e desenvolvimento tecnológico em que a TV Cabo Angola aposta como elementos diferenciadores da concorrência, requereram fortes investimentos por parte da empresa, procurando assim acompanhar a constante evolução tecnológica mundial característica do sector, evolução esta que terá já consequências práticas na concepção da rede que se prevê instalar no Lobito/Benguela.
Volume de negócios
2007
2008
2009
Valor acrescentado bruto
49
milhões de euros
A maioria das rubricas de custo cresceu, mas numa proporção inferior à do valor das vendas, o que originou também a melhoria dos resultados operacionais, que se fixaram nos 1,5 milhões de euros (56,7 milhões de meticais), o que representa uma subida de 56%, quando comparada com o período homólogo (66% em meticais).
Esse esforço de crescimento, importante para a consolidação da sua presença no mercado, onde conta já como clientes os principais agentes, como a Eiffage, Spie, Cegelec, Vinci e Ineo Suez, no sector da energia, e a France Telecom/Orange no das
Análise Económico-Financeira Individual
Evolução Económico-Financeira
O ano de 2009 foi para a Constructel Bélgica, empresa que se dedica à construção e manutenção de infra-estruturas de telecomunicações, um ano de excelente actividade não apenas em termos de volume de negócios mas também de resultados obtidos. 577
Tendo como principal cliente a Belgacom, a qualidade de desempenho e o grau de satisfação deste cliente levaram-no a solicitar um alargamento da área de intervenção da Constructel a outras regiões do país na sequência da renegociação do contrato existente, o que exigindo mais equipas no terreno requereu o reforço, em mais do dobro, do número de colaboradores.
2008
2009
Valor acrescentado bruto
Nestas circunstâncias afigura-se bastante promissor o futuro da empresa, que deverá a partir de agora começar a beneficiar da imagem de qualidade projectada com os trabalhos já realizados – com destaque para os levados a cabo em vários túneis rodo e ferroviários e nas linhas de tramway de diversas cidades – e com a composição do seu portefólio de clientes. 1,1
2007
1,3
Adicionalmente e no domínio da rede móvel foi celebrado um contrato com a Ericsson, alargando o espectro e a carteira de clientes da empresa. Na linha do sustentado crescimento que se vem verificando nos valores de facturação, o aumento em 2009 foi superior a 52%; e porque ao mesmo correspondeu uma proporcionalmente menor evolução dos custos externos, o EBITDA cresceu para mais do dobro situando-se nos 577 mil euros. 4,5
12,6
25,4
ELECTROTEC MOÇAMBIQUE O sector da energia, onde a Electrotec actua, vem sendo um dos vectores estratégicos à modernização e desenvolvimento de Moçambique. 1,4
4,4
8,6
Liquidez geral 2007
2008
2009
2008
2009
milhões de euros
2007
2009
2008
2009
Aproveitando a progressiva abertura do mercado aos investidores privados, a empresa tem aumentado a sua actividade em todo o território nacional desde o Rovuma a Maputo. O seu principal cliente continua a ser a EDM – Electricidade de Moçambique, para a qual tem vindo a realizar diversos trabalhos, mais concretamente instalações para o corte de fornecimento de energia, baixadas para ligação de novos clientes, construção e reabilitação de redes de baixa tensão, construção de redes de iluminação pública, construção e reabilitação de redes de média tensão, construção de postos de transformação, construção de subestações e trabalhos de manutenção. 329
2.180
Autonomia financeira 2007
EBITDA
A expansão da actividade da empresa foi acompanhada pela subida exponencial dos resultados operacionais que ascenderam a 2,1 milhões de euros (78 milhões de meticais), mais 673% que em 2008 (720% em meticais). Esta melhoria foi conseguida porque as principais rubricas de custo revelaram crescimentos inferiores aos registados no incremento do volume de negócios. 39,4
77,3
2007
2008
2009
2007
2008
2009
No exercício de 2009 foram relevantes os trabalhos executados para os Governos Provinciais de Angola, estando presente sobretudo na Província do Huambo. Nesta Província é de salientar a conclusão e entrega oficial de duas grandes obras: a Remodelação da Rádio Huambo, obra do Ministério da Comunicação Social, e o Centro de Formação de Funcionários Públicos, obra do Governo da Província do Huambo. No sector dos inertes, através da optimização da linha de britagem, conseguiu-se aumentar substancialmente a capacidade de resposta à forte procura destes materiais no mercado. 17
250
519
2007
2008
2009
2008
2009
Rentabilidade do capital
Ao nível do resultado líquido do exercício, o mesmo cifrou-se nos 984 mil euros (36,8 milhões de meticais), o que representa uma subida de 715% quando comparado com o resultado do ano transacto (765% em meticais). A margem bruta foi superior à de 2008 atingindo um valor de 5,6 milhões de euros (211,8 milhões de meticais), sendo os meios libertos líquidos, que apresentaram um valor muito próximo dos 1,6 milhões de euros (59,3 milhões de meticais), demonstrativos da capacidade da empresa em continuar a gerar recursos no futuro. A rentabilidade dos capitais próprios situou-se no final do ano em alta com um rácio de 77,3%, o que constitui, sem qualquer dúvida, um indicador de referência.
Resultados operacionais
A forte actividade, tanto na construção como na indústria, explica o crescimento de 10% no volume de negócios que ascendeu a 6,5 milhões de euros (719,3 milhões de kwanzas). O EBITDA cresceu 72% fixando-se nos 1,1 milhões de euros (127,8 milhões de kwanzas) e a margem alcançou os 17,8%, que compara positivamente com os 11,3% registados no ano transacto. Apesar da evolução favorável dos resultados operacionais, o resultado líquido foi influenciado negativamente pelos resultados financeiros tendo-se registado inclusivamente um prejuízo de 64 mil euros (7,2 milhões de kwanzas). 0,7
1,1
1,8
2007
2008
2009
EBITDA
A actividade da empresa tem vindo a evoluir em ciclo de crescimento, situação que se estendeu ao ano de 2009, tendo-se atingido neste exercício um volume de negócios superior a 8,6 milhões de euros
50
15,3
2007
2008
2009
Valor acrescentado bruto
51
Activo
milhões de euros
milhões de euros
2007
Volume de negócios
valores em percentagem
unidades
2009
11,7
1,1
Margem bruta
73
2008
2008
1,7
milhares de euros
2007
Produtividade
9,1
5,7
A melhoria da performance económica foi potenciada pela performance financeira já que os resultados financeiros passaram a positivos, o que contribuiu para que a rentabilidade das vendas tenha ultrapassado os 6%.
-31,7 0,8
0,7
O aumento dos custos financeiros é justificado não só pela desvalorização do kwanza, mas também pelo aumento do endividamento para fazer face aos crescentes investimentos que têm vindo a ser feitos a nível patrimonial.
Rentabilidade das vendas
52
2009
2,2
milhares de euros
2009
0,4 0,6
EBITDA
0,8
2008
2008
A Visaconstroi é uma empresa que actua no mercado angolano nos sectores da construção civil, obras públicas e indústria através da produção de inertes.
milhares de euros
33
2007
2009
VISACONSTROI ANGOLA
milhões de euros
Aliás, apenas uma melhoria de cobrança com a inerente redução do prazo médio de recebimentos impediu que fosse mais significativa a necessidade de fundos para financiar o seu crescimento. Ainda assim o resultado líquido situou-se na ordem dos 240 mil euros e o cash flow gerado, que aumentou em mais de 19 mil euros, ficou acima dos 248 mil euros. O ligeiro aumento no número de colaboradores não impediu que a produtividade por trabalhador crescesse mais de 1,5 vezes.
2008
milhões de euros
Valor acrescentado bruto
2007
(323,2 milhões de meticais), o que representa um crescimento superior a 93% se comparado com os valores de 2008 (104,7% em meticais). Comprovando este excelente desempenho, a KPMG certificou pelo segundo ano consecutivo que no ranking das 100 maiores empresas de Moçambique, a Electrotec foi a empresa que apresentou uma maior variação positiva do volume de negócios.
valores em percentagem
2009
278
milhões de euros
188
2008
6,1
valores em percentagem
2,6
2,8
CONSTRUCTEL BÉLGICA
milhões de euros
1,6
0,7
milhares de euros
telecomunicações, implicou alguns sobrecustos operacionais que se reflectiram na rentabilidade de exploração e exigiram um reforço de financiamento que fez aumentar os encargos financeiros apesar da redução das taxas de juro.
Análise Económico-Financeira Individual
Evolução Económico-Financeira
2008
2009
A Bordalgest, empresa onde o Grupo Visabeira detém maioritariamente, através da Cerutil, uma participação de 56% em parceria com o fundo do IAPMEI, detentor dos remanescentes 44%, foi constituída em Abril para assegurar o controlo da Faianças Artísticas Bordallo Pinheiro.
2009
Resultados operacionais
Um dos factores mais relevantes do ano para a Cerutil foi a aquisição de 63,46% do capital social da Vista Alegre Atlantis, em Abril de 2009. No mês de Março é também de referir uma tomada de posição de cerca de 55,97% no capital social da Bordalgest. A Bordalgest, por sua vez, adquiriu 76% do capital da Faianças Artísticas Bordallo Pinheiro, tendo posteriormente, e por via de um aumento de capital, passado a deter 83% da mesma.
2007
3,3
2008
3,3
2009
milhões de euros
3,0
31,1
-145
-850
2007
2009
2007
2007
2007
2008
2009
Valor acrescentado bruto
VISTA ALEGRE ATLANTIS O Grupo Vista Alegre Atlantis, SGPS, S. A., onde a Visabeira Indústria, por via da Cerutil passou a deter desde o corrente ano uma participação de capital de 63,46%, tem por objecto social a gestão de participações sociais noutras sociedades como forma indirecta de exercício de actividades económicas, as quais consistem na produção, distribuição e venda de artigos de porcelana, faiança, louça de forno, cristal e vidro manual, através de uma rede própria de retalho, de retalhistas e de distribuidores independentes.
Os resultados consolidados do exercício, que ao nível dos custos operacionais incluem um montante de custos não recorrentes no valor de 8,2 milhões de euros que, a não terem existido, permitiriam uma melhoria de 1,7 milhões no resultado operacional relativamente ao ano transacto, espelham ainda uma alteração na valorização standard dos produtos, os custos incorridos com a reestruturação, o valor das imparidades identificadas e o impacto do prolongamento da vida útil de alguns equipamentos no montante das amortizações, acabando por se situar dentro da mesma ordem de grandeza dos registados em 2008.
68,3
119,0
59,7
7,2
7,8
109,9
2009
Margem bruta exploração
De salientar que apesar das dificuldades, a Cerutil logrou obter nos mercados francês e italiano duas grandes encomendas que excederam, para os prazos
2008
2009
milhões de euros
milhões de euros
2007
Na sequência da alteração da sua composição accionista foi iniciado um plano de reestruturação global – financeira, produtiva e comercial – que permitiu melhorar a estrutura de capitais e abrir caminho à renegociação do passivo criando condições de suporte à concretização de um Plano
Os investimentos, da ordem dos 930 mil euros dos quais 354 mil euros respeitam a refractários para os fornos da área cerâmica, incluíram ainda acções nos domínios comercial e de marketing, destinadas a reforçar a presença e imagem da marca no mercado, a sua visibilidade e interacção com os clientes, em cujo âmbito merece destaque a reformulação do site. Apesar da manutenção de uma conjuntura adversa, encontram-se agora reunidas as condições necessárias à inversão da tendência de degradação de resultados e de notoriedade que se vinha registando, sendo de prever que a par das medidas que tem programadas o esforço de investimento que o Grupo se propõe realizar comece a produzir efeitos visíveis já no próximo exercício.
-18,4
-18,4
2007
2007
2008
2009
A fábrica, que devido ao passivo acumulado atravessava uma situação de grandes dificuldades que punham em causa a sua viabilidade, tem uma produção única que alia à utilidade das peças produzidas uma componente artístico/decorativa de inspiração naturalista, que lhes conferem um carácter de grande singularidade. 27
15
22
MOB A Mob é uma referência no sector do fabrico e montagem de mobiliário de cozinha, tendo já granjeado diversos prémios. 7,4
2007
2008
2009
2007
Activo
milhões de euros
2008
2009
2009
106,3
Volume de negócios
-12,4
2007
2008
milhões de euros
7,3
2007
2008
Cash flow
Como resultado das medidas adoptadas, foi possível suster o ritmo a que se vinha acentuando a quebra das vendas, obter economias na estrutura de custos e em consequência melhorar significativamente a rentabilidade, a produtividade e os resultados líquidos - que embora mantendo-se negativos em 107 mil euros, foram reduzidos para cerca de um décimo dos verificados em 2008 - mas sobretudo criar as bases e condições para o início da recuperação económica da empresa.
8,6
2008
2009
Adicionalmente herdou uma tradição associada à cerâmica artesanal e possui um património artístico de enorme valor que é fiel depositário do espírito e arte de Rafael Bordallo Pinheiro. Na sequência da tomada de posição accionista, do aumento de capital subsequente que permitiu à sociedade veículo passar a deter uma participação ao nível dos 83% e da realização de um empréstimo accionista que viabilizaram a liquidação do passivo da sociedade, foi dado início ao processo de reestruturação da empresa, à concepção do Plano de Marketing e ao gizar das acções comerciais estratégicas que deverão permitir uma abordagem robustecida aos mercados internacionais e o consequente aumento das exportações.
Volume de negócios
5,9
6,1
8,1
37,3
2007
2008
2009
24,8
34,9
A empresa continua a apostar continuamente na qualidade, design e inovação dos seus produtos como factores críticos de diferenciação e sucesso, numa procura constante de satisfazer os seus clientes.
Grau de alavancagem operacional
2007
2008
Autonomia financeira
2009
Apesar da recessão económica que afectou todos os sectores, a boa performance da loja Mob no Atrium Saldanha, que teve em 2009 um contributo de 22% para o total da facturação (mais 10% que em 2008), permitiu que o mercado dos particulares aumentasse em cerca de 34% a sua facturação, atingindo os 1,1 milhões de euros, no universo de 7,2 milhões de euros de volume de negócios alcançado.
Resultado líquido exercício
52
1,3
1,3
1,3
2007
2008
2009
Liquidez geral
Com efeito, enquanto o volume de negócios diminuiu cerca de 16%, os custos fixos baixaram 9%. Ao nível dos investimentos, 2009 marca o arranque de um novo sistema informático integrado que permitirá à empresa obter ganhos de produtividade e tornar os processos mais eficientes, melhorando a capacidade de resposta às solicitações do mercado. 50,5
46,4
49,9
2007
2008
2009
7,2
Produtividade
54,4
Valor acrescentado bruto
Estas duas aquisições por parte da Cerutil, que se enquadram numa estratégia de posicionamento líder na indústria da cerâmica e da cristalaria em Portugal, de forma a permitir-lhe ter massa crítica para que possa crescer neste sector e afirmar-se como um player de referência a nível internacional, implicaram a necessidade de recurso a financiamentos que fizeram multiplicar por oito o seu endividamento e afectaram a evolução que se vinha registando nos seus indicadores financeiros.
2009
131
22,0
milhões de euros
2008
milhares de euros
2007
35,5
2008
Rentabilidade das vendas
Grau de alavancagem financeira
Ainda assim a margem bruta de exploração subiu ligeiramente e a melhoria no desempenho operacional permitiu que os resultados operacionais subissem ligeiramente, situação que não se reflecte ao nível do resultado antes de impostos, devido ao agravamento dos encargos financeiros.
2007
valores em percentagem
2007
Os custos operacionais diminuíram em 20% na sequência de acções levadas a cabo para melhorar a produtividade e eficiência operacional, com vista ao alcance de uma maior competitividade e em linha com o projecto de inovação nesse domínio que a empresa tem em curso, o que permitiu à estrutura de custos acompanhar a quebra nas vendas, mas não evitou a deterioração dos resultados operacionais.
53
unidades
2007
2009
valores em percentagem
529
-5,1
milhões de euros
1,3
-40,4
valores em percentagem
521
1,0
BORDALLO PINHEIRO
milhares de euros
490
1,2
-6,8
valores em percentagem
O início do ano de 2009 revelou-se difícil para a Cerutil, já que a crise atingiu os mercados internacionais para os quais a empresa regularmente exporta. Contudo, no segundo semestre já se notou uma recuperação permitindo a verificação de melhores desempenhos.
valores em percentagem
CERUTIL
Estratégico de médio prazo, realizar as intervenções tidas por mais prioritárias nos equipamentos/ instalações fabris e de alguma forma minimizar o impacto negativo de uma conjuntura extremamente desfavorável, que afectou sobretudo o consumo de bens tidos por não essenciais e em particular as vendas no mercado nacional. Ainda que as economias que constituem os mercados tradicionais de exportação das empresas do Grupo tivessem também elas sofrido os efeitos da crise, a entrada em novos segmentos de mercado e uma nova dinâmica comercial permitiram que tanto as exportações de Cristal e Vidro como as de Faiança registassem aumentos, mesmo se insuficientes para compensar as quebras nas demais linhas de produtos.
milhares de euros
de entrega contratados, a sua capacidade produtiva própria, obrigando-a a subcontratar. As mesmas não foram contudo suficientes para evitar uma quebra no volume de negócios.
Autonomia financeira
Registou-se no exercício uma redução de 12% no número de colaboradores, parte dos quais em resultado dos novos processos adoptados. Deste modo o valor acrescentado por efectivo, embora tendo sofrido uma ligeira redução em relação ao ano transacto, ficou acima dos valores históricos. A liquidez geral tem vindo a melhorar de forma sustentada desde 2007, e a solvabilidade voltou a subir após uma pequena queda em 2008.
Análise Económico-Financeira Individual
Evolução Económico-Financeira
1,2
2007
1,9
6,2
2009
milhões de euros
2008
O ano 2009 ficou marcado pela abertura do Hotel Casa da Ínsua, uma unidade de 5 estrelas em Penalva do Castelo, a que foi atribuído, recentemente, o primeiro prémio do Turismo de Portugal na categoria de Requalificação de Projecto Privado, e do Montebelo Lake Resort & Spa, um resort turístico e habitacional, situado na Barragem da Aguieira, que incluiu também uma marina com 400 postos de amarração.
2007
3,6
2008
3,6
2009
milhões de euros
3,2
2009
milhões de euros
milhares de euros
2008
2008
2009
O Montebelo Golfe, que progressivamente se vai firmando como o mais importante campo da região centro, conseguiu, mesmo em época de crise, aumentar o seu volume de negócio. Registem-se ainda a redução do capital social em 11 milhões de euros, convertidos em reservas livres, a redução do passivo bancário em pouco mais de 1 milhão de euros e bem assim o aumento em cerca de 800 mil euros das dívidas a accionistas em termos líquidos.
2008
2009
EBITDA
Compreensivelmente, o cash-flow atingiu os 6 milhões de euros, registando um crescimento em relação ao ano anterior na ordem dos 93%. Este comportamento fica a dever-se ao crescimento dos resultados líquidos. A produtividade (VAB/n.º médio de trabalhadores), apesar do aumento do número médio de trabalhadores de 57 para 70, regista um crescimento de 16%, situando-se nos 138 mil euros. 22,7
27,8
2008
2009
MOVIDA O projecto de investimento de remodelação e ampliação do anterior multicomplexo Palácio do Gelo Shopping, Desportos, Saúde e Congressos, finalizado em 2008, concretizou num espaço único desporto, saúde, entretenimento, comércio e serviços. Este espaço singular alberga, para além do ForLife - um moderno espaço de desporto, saúde e bem-estar -, o maior hipermercado da região, um 3,8
12,1
15,3
2008
2009
milhões de euros
2007
2007
2008
2009
Autonomia financeira
Em resultado da conclusão do investimento e do impacto da contabilização das amortizações que se lhe associam, o activo líquido total registou um decréscimo de 1,5% relativamente a 2008, situando-se agora nos 144,3 milhões de euros. A autonomia financeira e a solvabilidade posicionaram-se, respectivamente, nos 30% e 43%, demonstrativos da estabilidade financeira da empresa a médio e longo prazo.
2,2
2007
2008
2009
Este facto, aliado ao aumento do prazo de pagamento a fornecedores permitiu a redução do fundo de maneio funcional que o gráfico evidencia.
A actividade da agência em 2009 ressentiu-se da conjuntura progressivamente desfavorável que se foi agravando com o decorrer do ano e que levou as empresas a adoptar uma política de contenção de custos mais profunda que em 2008, com reflexos nas viagens realizadas bem como nas convenções e reuniões promovidas. 825
846
845
2007
2008
2009
A quebra verificada no volume de negócios, da ordem dos 13%, e que veio afectar a performance operacional da empresa, foi por isso mais significativa na agência de Lisboa. Dada a rigidez da estrutura de custos do negócio, o peso dos FSE ainda que se tenha reduzido em termos absolutos na ordem dos 7%, aumentou para quase 95% na estrutura de custos, o que foi determinante para o decréscimo do EBITDA. 92
-26
2007 2007 Tesouraria líquida
2008
2009
A Ródia é a empresa que aglutina em Portugal o sector de restauração do Grupo não inserido em unidades hoteleiras. 153
159
226
2007
2008
2009
EBITDA
Pese embora o comportamento díspar das várias unidades, impactadas de forma diferente pela crise tanto em virtude da localização dos estabelecimentos como do respectivo tipo de clientela, pode afirmar-se que globalmente houve capacidade para acomodar a estrutura de custos à quebra de receitas, pelo que os resultados operacionais registaram um aumento de 87% relativamente a 2008, atingindo os 89 mil euros. 1,1
66
2009
RÓDIA
1,4
1,5
A abertura da Antártida no Palácio do Gelo Shopping determinou o encerramento em Abril da cervejaria do Fórum Viseu, decisão adequada porquanto a facturação daquela já ultrapassou em muito os resultados que a primeira vinha registando. Também a Antártida do Fórum Coimbra melhorou, ainda que ligeiramente, os seus resultados. O Forno da Mimi, que teve o principal contributo positivo para a formação de resultados, registou um crescimento de 21% na facturação, muito por virtude do aumento de eventos realizados no ExpoCenter que são servidos pelo Forno da Mimi, acrescido do facto de os custos terem reduzido mais que proporcionalmente. O activo fixo aumentou, tendo o investimento realizado sido de montante um pouco superior a 600 mil euros, dos quais cerca de 168 mil respeitam a investimentos financeiros relativos à unidade Prato Convivas. 14
13
14
2007
2008
2009
Produtividade
2007
2008
2009
Valor acrescentado bruto
Volume de negócios
54
1,1
Margem bruta exploração
Activo
30,2
1,9
Fundo maneio funcional
Custos fixos
Valor acrescentado bruto
O volume de negócios dos ETMB foi de 6,1 milhões de euros, mantendo-se ao mesmo nível do ano anterior. Num ano especialmente difícil, estas duas unidades vieram contribuir positivamente para o equilíbrio e diversificação da oferta na hotelaria.
2007
2007
2007
Cash flow
151
9,2
Margem bruta
2007
186
milhares de euros
1,3
5,4
167
A actividade do primeiro ano completo de operação nas novas instalações permitiu obter um volume de negócios de mais de 15,3 milhões de euros. Como resultado o EBITDA aumentou 48% e o resultado líquido do exercício situou-se nos 2 milhões de euros, quase triplicando o valor de 2008.
55
milhões de euros
1,4
5,3
238
valores em percentagem
4,8
295
Com efeito, ao nível da exploração, o CMVMC passou a representar 37% do valor da facturação, o que se traduziu numa melhoria de mais de 1 p.p. num indicador que é determinante para a avaliação do desempenho das unidades do sector. De igual modo os FSE registaram um decréscimo tanto em valor absoluto como relativo (de 5,2 p.p.), reduções estas que o aumento verificado nos encargos com pessoal no valor de 128 mil euros, e cujo quadro aumentou em quatro efectivos, não logrou neutralizar. O efeito conjugado dessas evoluções beneficiou os resultados operacionais, permitindo ao EBITDA um crescimento de 42%. Nestas circunstâncias apenas o registo de resultados extraordinários no valor de 95 mil euros é responsável pela quebra no resultado líquido de exploração, negativo em 45 mil euros.
milhares de euros
A empresa, estruturada por unidades de negócio que se apresentam no mercado como empreendimentos autónomos, congregou em 2009 cerca de 23% do número total de efectivos que o Grupo tem afecto ao sector do turismo em todo o mundo e foi destinatária de investimentos no valor de perto de 2 milhões de euros, ou seja, cerca de 38% do total investido pelo Grupo no mesmo âmbito.
2009
341
Cash flow
milhares de euros
Volume de negócios
2008
A Mundicor é uma agência de viagens em operação desde 1984, que abriu em 2008 um novo balcão no Palácio do Gelo Shopping. Ao encerrar no último trimestre de 2009, a agência de Lisboa posicionada preferencialmente para os segmentos Corporate e Mice, transferiu a carteira de clientes para a do Palácio do Gelo Shopping, sendo neste momento aquela que realiza a maior parte do volume de negócios. Esse encerramento permitiu uma redução dos custos fixos o que pode ser positivo numa perspectiva de aligeiramento de estruturas e ganhos de eficiência.
milhares de euros
2009
2007
6,0
MUNDICOR
Apesar de uma conjuntura difícil, foi possível evitar um significativo agravamento dos prazos médios de recebimento, que se situaram nos 42 dias, valor este inferior ao de 2008. Para além do permanente esforço de cobrança, ao facto não terá sido alheia a alteração da composição das vendas onde os segmentos tradicionais da empresa, de prazos de cobrança mais alargados mas também propiciadores de maiores margens, perderam importância relativa.
milhares de euros
2008
6,1
3,1
milhões de euros
2007
6,1
milhões de euros
5,6
1,5
valores em percentagem
A Empreendimentos Turísticos Montebelo (ETMB) ao integrar uma oferta turística que agrega a hotelaria, congressos e golfe, beneficia e potencia as sinergias induzidas pelas restantes valências da Visabeira Turismo.
amplo complexo de cinemas e uma oferta completa de moda, restauração e serviços. O core business da Movida centra-se assim na promoção e na gestão dos espaços comerciais e dos serviços associados ao ForLife.
milhões de euros
EMPREENDIMENTOS TURÍSTICOS MONTEBELO
O Montebelo Viseu Hotel & Spa continua a ser a referência entre as unidades da empresa, e aquele que mais contribuiu para o volume de negócios, com um peso de 54%. Apesar de em 2009 ter aumentado o número de unidades que integram os ETMB, dado o peso que nela assume a hotelaria, é manifesta a melhoria do CMVMC, que mesmo em valor absoluto diminuiu 2% face ao período homólogo, ou seja, uma redução superior à do volume de negócios, o que ilustra a preocupação de controlo deste importante factor de custo. O EBITDA da empresa foi positivo mas de valor inferior ao do ano anterior, fruto de ligeiros aumentos do peso dos custos com o pessoal e das amortizações no volumes de negócios. Na medida em que o prejuízo financeiro se agravou durante o ano (por via do aumento da divida financeira), fruto dos investimento nas novas unidades, e o valor dos extraordinários se manteve, o resultado líquido dos ETMB foi quase nulo, face aos 100 mil euros de 2008.
Este investimento sustentado em novos estabelecimentos, antes dos anteriores negócios terem atingido a sua maturidade, reflectiu-se na rentabilidade global da empresa, bem como na estrutura de financiamento dos seus activos, sem que no entanto a sua solidez financeira tenha sido posta em causa.
Análise Económico-Financeira Individual
Evolução Económico-Financeira
2007
2008
2009
EBITDA
Ainda em 2009, outro momento marcante na actividade da Turvisa foi a inauguração e entrada em funcionamento do novo pavilhão multiusos ForLife Indy, um conceito integrado de desporto, saúde e lazer inserido no Girassol Indy Congress Hotel & Spa e que pretende complementar a oferta global deste resort.
2009
375
1,5
2007
1,5
2008
2,7
2009
Grau de alavancagem operacional
2007
6
2008
2009
milhares de euros
2007 EBITDA
Em 2009, a empresa continuou a desenvolver os projectos imobiliários que actualmente detém em Guimarães, Tomar e Aveiro, este último numa fase muito avançada de construção, prevendo-se a sua conclusão no primeiro semestre de 2010. Este projecto, cuja comercialização irá arrancar muito em breve com o nome Páteo Vera Cruz, representou um investimento superior a 20 milhões de euros e colocará no mercado 103 fogos. 206
375
292
2007
2008
2009
10
2008
2009
Resultado da política adoptada, verificou-se um aumento do volume de negócios, que se cifrou nos 5,3 milhões de euros, o que correspondeu a uma variação de 56% face a 2008. Em consequência, o peso da margem sobre os resultados subiu, aumentando o grau de alavancagem operacional. 1,6
1,6
1,7
milhares de euros
4
2009
414
390
2007
2008
2009
milhares de euros
2008
291
Volume de negócios
A aposta na notoriedade da marca e obtenção de novas oportunidades de negócio levaram a empresa a recorrer a formas de negócio complementares às vendas de apartamentos novos: as permutas e o arrendamento de imóveis novos e usados. Com esta abordagem abrangente, a empresa conseguiu evitar que o impacto da conjuntura fosse tão gravoso na sua actividade e consolidou a sua posição no mercado.
2007
288
EBITDA
Activo 206
Valor acrescentado bruto
Fruto dos investimentos realizados, a actividade da empresa tem vindo a evoluir em ciclo de expansão, situação que se estendeu ao ano de 2009, tendo-se atingido neste exercício um volume de negócios de cerca de 7,7 milhões de euros (286,4 milhões de meticais), o que representa um crescimento superior a 56% se comparado com o período homólogo (66% em meticais). Este crescimento de actividade foi acompanhado pela contenção de custos, particularmente dos FSE. Apesar de o valor das amortizações ter duplicado em resultado da entrada em funcionamento dos novos equipamentos do Girassol Indy Congress Hotel & Spa, já referidos anteriormente, os resultados operacionais fixaram-se nos 1,7 milhões de euros (61,9 milhões de meticais), o que representa uma subida acentuada, quando comparado com os valores de 2008 (194% em meticais).
25,4
Valor acrescentado bruto
Por este motivo o resultado líquido da empresa em 2009 foi mais uma vez nulo. Este investimento foi financiado por capitais alheios remunerados a médio e longo prazo, levando a que o passivo registasse uma evolução semelhante. No seu conjunto, a empresa continua a apresentar uma solidez financeira adequada, com os principais indicadores financeiros a evidenciarem valores apreciáveis. A autonomia financeira e a solvabilidade situaram-se, respectivamente nos 22,2% e 28,6%, e a liquidez geral fixou-se muito próximo dos 2,2.
IMOVISA Em 2009, a Imovisa continuou a desenvolver a sua actividade nas três áreas de negócio que lhe são tradicionais: Reabilitação de Edifícios, Manutenção e Instalação de Equipamentos e Imobiliário. Este último tem presença significativa, quer na vertente de intermediação, quer na gestão de imóveis, quer ainda, por último, no segmento de serviços complementares onde se inclui a higiene e limpeza, que continua a ser o sector que mais contribui para o volume de negócios da empresa. A Imovisa é uma empresa bem conceituada no mercado moçambicano, particularmente em Maputo, primando por uma política de qualidade na prestação dos seus serviços.
Se analisados na moeda local, os resultados operacionais no montante de 189,6 mil euros (7,1 milhões de euros) apresentaram um ligeiro crescimento face a 2008. No que respeita aos resultados financeiros, estes mantiveram-se negativos e ainda mais penalizadores que em 2008, devido essencialmente à subida das diferenças de câmbio desfavoráveis. 1,0
1,3
1,4
2007
2008
2009
milhões de euros
2009
2008
milhões de euros
2008
2007
20,9
milhões de euros
5,3
15,9
O volume de negócios voltou a registar uma subida comparativamente aos anos anteriores, atingindo em 2009 o valor de 2,6 milhões de euros (98,4 milhões de meticais).
Valor acrescentado bruto
Este facto contribuiu negativamente para os resultados da empresa que, em 2009, foram negativos, registando um valor de -99 mil euros (-3,7 milhões de meticais). Relativamente aos principais indicadores financeiros, destacam-se a margem bruta que ascendeu a 2,1 milhões de euros (79,8 milhões de meticais) e a capacidade de gerar recursos, tendo os meios libertos líquidos apresentado um valor, em 2009, de 101 mil euros (3,8 milhões de meticais). 1,7
2,2
2,1
2007
2008
2009
Produtividade
Contudo, esta subida não se reflectiu nos resultados correntes devido à influência negativa dos resultados financeiros. Ainda assim, em 2009 o resultado líquido manteve-se positivo, fixando-se nos 37 mil euros (1,4 milhões de meticais). A margem bruta, por sua vez, foi superior à de 2008, atingindo um valor acima dos 6,1 milhões de euros (228,3 milhões de meticais). A capacidade de gerar recursos revelou-se igualmente positiva, tendo os meios libertos líquidos ultrapassado os 878 mil euros (32,9 milhões de meticais). No seu conjunto, a empresa apresenta uma estrutura financeira sólida e eficiente, continuando os principais indicadores financeiros a evidenciarem valores apreciáveis, com o grau de autonomia financeira próximo dos 29% e o grau de solvabilidade nos 40%.
2007
2008
2009
A nível patrimonial no exercício de 2009 registou-se um aumento significativo do activo, justificado essencialmente pela variação de produção que neste exercício registou um crescimento superior a 13,7 milhões de euros. 1,1
5,1
2,1
2,6
2,6
4,2
Liquidez geral 33,1
2007
31,1
2008
2007
32,0
2009
2007 Margem bruta
2008
2009
2008
2009
Volume de negócios
Entre os seus principais clientes destacam-se a Mozal, Socremo, Turvisa, Imensis, Banco de Moçambique e a TDM. Os dois últimos, para além de clientes são também importantes parceiros em alguns negócios, nomeadamente na Gestão Imobiliária.
Autonomia financeira
56
57
milhões de euros
2,5
3,4
3,4
Este valor resulta da capitalização de todos os custos envolvidos no desenvolvimento dos projectos que se encontram em curso, fundamentalmente no que concerne ao empreendimento de Aveiro, já referido anteriormente.
milhões de euros
1,0
milhões de euros
0,5
2007
1,7
milhões de euros
2009 ficou marcado pela abertura em Fevereiro do renovado Girassol Indy Congress Hotel & Spa, um resort de 7 hectares situado em Sommerschield, zona nobre de Maputo, que agora se posiciona como um empreendimento turístico de referência na capital moçambicana. Esta unidade passou a contar com 190 quartos, dos quais 118 em villas de tipologias V1 a V3. As piscinas e o bar exclusivos para hóspedes, bem como, os 2 campos de ténis e os amplos jardins são alguns dos atractivos que constituem esta nova hoteleira. Um novo restaurante com cozinha de forno de lenha, trabalhando a gastronomia moçambicana e internacional, um centro de conferências com capacidade até 1000 pessoas e várias salas de reuniões e ainda um edifício multiusos complementará esta nova oferta.
Apesar da crise que tem afectado o sector imobiliário, tanto a Visabeira Imobiliária SGPS como a Invesfer (participada da REFER), continuam empenhadas no objectivo estratégico que esteve na génese da criação da Ifervisa, ou seja: aproveitando a excelente localização de antigas estações de caminho de ferro, apostar em projectos imobiliários que se diferenciem pelas opções construtivas e qualidade de desenvolvimento, promovendo soluções inovadoras que marquem os locais onde se inserem e proporcionem a quem deles usufrui uma qualidade de vida superior.
valores em percentagem
2009
Volume de negócios
A Visabeira Imobiliária teve um ano particularmente difícil com o abrandamento do número de transacções e a crise generalizada no sector imobiliário.
unidades
2008
7,7
IFERVISA
valores em percentagem
2007
4,9
milhões de euros
3,6
VISABEIRA IMOBILIÁRIA
3,1 1,0
milhões de euros
A Turvisa agrega a oferta turística do Grupo Visabeira para Moçambique, através da cadeia hoteleira Girassol. A empresa, enquanto operador turístico, engloba cinco unidades de negócio autónomas, consoante o tipo de actividade que desenvolvem e a respectiva localização. Temos assim na hotelaria: O Girassol Indy Congress Hotel & Spa, em Maputo; o Girassol Bahia Hotel, em Maputo; o Girassol Lichinga Hotel, em Lichinga e o Girassol Nampula Hotel, em Nampula. Também na cidade de Maputo, mas no ramo da restauração, temos o restaurante Rodízio Real que em 2009 foi considerado um dos melhores restaurantes de África, através da atribuição de um Troféu Internacional de Turismo, Hotelaria e Gastronomia.
milhares de euros
TURVISA
Este conjunto de serviços de saúde e bem-estar que veio dar a Maputo um conceito inovador, englobando num mesmo espaço um ginásio, salão de cabeleireiro, centro de estética, piscinas, courts de ténis e kids club. Ainda no Girassol Indy Congress Hotel & Spa entraram também em funcionamento o Salão de Congressos e o restaurante Forno do Indy.
Margem bruta
A capacidade de solver os compromissos a médio e longo prazo mantém-se forte, com os níveis de autonomia financeira e solvabilidade a fixarem-se acima dos 26% e dos 35%, respectivamente.
Análise Económico-Financeira Individual
Evolução Económico-Financeira
2008
1,3
2009
unidades
2007
1,5
Liquidez geral
Foram registados no exercício menos 827 mil euros de outros proveitos operacionais e, contabilizados em ajustamentos em custos, mais 125 mil euros do que em 2008. O efeito conjugado dessas variações traduziu-se numa contracção dos resultados operacionais em quase 58%, a que se veio adicionar uma redução dos outros proveitos financeiros superior a 2,6 milhões euros, empurrando o resultado antes de impostos de cerca de 1,6 milhões de euros em 2008 para pouco mais de 333 mil euros em 2009.
Neste contexto, efectuou-se uma distribuição de resultados de 2 milhões de euros, sem que tal facto viesse prejudicar um aumento da autonomia financeira da empresa, que, realce-se positivamente, viu este indicador passar de 20,2 para 21,4.
2008
2009
Autonomia financeira
A redução da actividade teve, no entanto, um impacto positivo nos níveis de liquidez da própria empresa, uma vez que diminuiu as necessidades de fundo de maneio.
2007
2008
2009
13,6
14,2
0,8
0,9
1,7
2007
2008
2009
Activo
Volume de negócios
A Imensis tem por isso como objectivo estratégico a melhoria do parque imobiliário e o incremento da qualidade de serviços prestados, factores essenciais para a satisfação dos seus clientes e para a alavancagem do seu negócio. 194
198
170
2007
2008
2009
A redução de 8 mil euros verificada ao nível dos custos financeiros permitiu que o resultado líquido se fixasse nos 75 mil euros.
PARQUE DESPORTIVO DE AVEIRO O Parque Desportivo de Aveiro é um projecto plurifuncional e multifacetado que reúne uma componente imobiliária com vários equipamentos turísticos, desportivos e de lazer, onde se destaca o campo de golfe de 18 buracos, o centro hípico e ainda um hotel de quatro estrelas. A componente imobiliária que será desenvolvida em paralelo beneficiará de todas estas valências, assim como a quantidade e qualidade dos espaços verdes que caracterizarão toda a envolvente do Parque Desportivo de Aveiro. 10,6
2007
29,7
28,1
2008
2009
Numa era em que as pessoas se preocupam cada vez mais em combater o stress do dia-a-dia e, ao mesmo tempo, promover o convívio com a natureza e a boa forma física, o projecto Parque Desportivo de Aveiro, numa parceria com a Câmara Municipal de Aveiro, representa um investimento no futuro, já que alia todas as potencialidades nessa área a uma excelente localização, capaz de gerar sinergias com uma série de outros equipamentos da cidade e da região de Aveiro. Em 2009, fruto da concretização da estratégia planeada, destacamos a resolução das condicionantes colocadas em sede de DIA (Declaração de Impacte Ambiental), quanto à construção do campo de golfe.
58
2007
2008
2009
Imobilizado líquido
Apesar do crescimento verificado na estrutura do balanço, os principais indicadores financeiros continuam a evidenciar valores muito apreciáveis, com a autonomia financeira e solvabilidade a fixarem-se respectivamente em 28,1% e 39,2%. Como a empresa não tem qualquer proveito operacional, foi feito um esforço na contenção de custos, o que deu resultados positivos, provocando uma descida dos mesmos. Este facto, originou que o resultado operacional evoluísse da mesma forma, ou seja, embora continue negativo, teve uma evolução favorável se comparado com o período homólogo. No entanto, o acerto no lançamento dos impostos diferidos provocado pelo fim do período de reporte de prejuízos anteriores, provocou o efeito inverso no resultado líquido, que em 2009 se manteve negativo em 75 mil euros. 10,9
13,8
Valor acrescentado bruto
Nesta medida, o aumento do volume de negócio da empresa encontra-se portanto directamente associado à adequada actualização do cadastro dos inquilinos da Emose, à recuperação e beneficiação dos imóveis de modo a criar condições que justifiquem a actualização das rendas e ao acompanhamento da situação dos mesmos, aspecto para o qual assume particular importância o conjunto de guardas/zeladores que integram o quadro de funcionários da Imensis. 2,0
3,9
4,4
2007
2008
2009
14,3
Liquidez geral
2007 Activo
2008
2009
milhões de euros
2009
Neste exercício manteve-se o investimento na aquisição de terrenos, indispensáveis para a implantação do projecto, o que originou mais uma vez uma subida do activo, que em 2009 ascendeu a 14,3 milhões de euros. 10,9
21,4
valores em percentagem
2007
20,2
2008
1,8
Solvabilidade
Autonomia financeira 17,3
2007
1,7
milhões de euros
2009
1,1
milhares de euros
Contudo, ao nível dos custos operacionais as reduções verificadas não acompanharam proporcionalmente aquela descida, tendo mesmo a margem bruta sofrido uma diminuição de 1,7 p.p em resultado da evolução do custo das existências vendidas, que, apesar da diminuição em termos absolutos, aumentou o seu peso na estrutura de custos.
2008
Solvabilidade
39,2
Contudo tiveram um crescimento mais que proporcional tanto os custos com FSE ‘s como os com o pessoal - em virtude das medidas que houve que adoptar e que apenas terão pleno impacto nos anos subsequentes quando se forem consolidando os seus efeitos e for sendo dado cumprimento ao plano de intervenção previsto - donde resultou uma redução do EBITDA em cerca de 83 mil euros.
unidades
2009
2007
42,3
A Imensis é uma sociedade de direito moçambicano cujo objecto social consiste na gestão do património imobiliário do seu accionista Emose, e cujas receitas provêm duma comissão que aufere sobre as rendas cobradas aos inquilinos desses imóveis.
valores em percentagem
4,8
Margem bruta de exploração
1,2
27,2
IMENSIS
milhões de euros
2008
11,9
25,3
milhões de euros
2007
4,9
valores em percentagem
7,2
20,9
valores em percentagem
A Benetrónica, como empresa que actua no sector do comércio internacional, não ficou imune à recessão que se fez sentir no comércio global e à redução do volume de compras que intermediou, situando-se o seu volume de negócios nos 15,8 milhões de euros, registando uma quebra da ordem dos 42%.
Em consequência deste desenvolvimento, o projecto de execução está neste momento aprovado, assim como o respectivo RECAPE (Relatório de Conformidade Ambiental do Projecto de Execução), não existindo por isso qualquer impedimento ambiental à construção do campo de golfe, que será a principal âncora deste projecto.
valores em percentagem
BENETRÓNICA
Fruto de uma redução de saldos de clientes e dos débitos dos accionistas, que no seu conjunto representaram quase 7,8 milhões de euros, foi possível reduzir o endividamento bancário (682 mil euros) e regularizar parte das dívidas a fornecedores (cerca de 3,7 milhões de euros) e a outros credores (2,5 milhões de euros).
Como resultado da actividade desenvolvida no exercício, e que se centrou nos aspectos críticos que impedem ou condicionam a cobrança das rendas, o volume de negócios aumentou em mais de 54 mil euros, o que tendo em conta a desvalorização cambial do metical de 2008 para 2009, representa uma muito significativa melhoria.
59
Evolução Económico-Financeira
Portugal
Investimentos em 2009
A preocupação de reforço do potencial de desenvolvimento estratégico do Grupo e a avaliação que efectuou das oportunidades de crescimento sustentado, tendo em conta a evolução da conjuntura internacional, constituíram as linhas orientadoras da política de investimento concretizada no decurso do exercício. À luz deste princípio, o esforço de investimento, totalizando mais de 37,8 milhões de euros, repartiu-se entre a formação bruta de capital fixo (FBCF), responsável por 73% (27,7 milhões de euros) do total investido, e o Investimento Financeiro, na aquisição de novas participações ou no reforço do capital próprio das empresas participadas, de modo a poderem fazer face ao seu programa de investimentos (representando os restantes 27%), evidenciando uma clara intenção de crescimento exógeno, ainda que em muitos casos potenciador ou complementar das actividades e competências que integram o universo do Grupo Visabeira.
No investimento em FBCF realizado no país, e na continuidade dos investimentos transitados do ano anterior, a maior parcela – aproximadamente 6,1 milhões de euros – respeita à Pinewells e foi aplicada na conclusão da obra da construção e equipamento de uma fábrica de produção de pellets (combustível sólido de granulado de resíduos de madeira prensados, proveniente de desperdícios de madeira, sendo uma fonte de energia renovável pertencente à classe da biomassa). Esta unidade, situada na zona industrial de Arganil, tem uma capacidade de produção da ordem das 120.000 ton/ano. Fruto deste investimento a Visabeira Global representa, em 2009, 59% do total de investimentos do Grupo realizados em território nacional. Com 31%, seguiu-se a Visabeira Turismo. A destacar, dos investimentos mais significativos, com cerca de 1,9 milhões de euros em obras de remodelação, os espaços comerciais Polar & Brincar, Bowling e ForLife. Realce também para o investimento de aproximadamente 1 milhão de euros, efectuado no Montebelo Aguieira Lake Resort & Spa e mais de 600 mil euros no projecto do Hotel Montebelo Figueira da Foz. Igualmente relevantes foram os investimentos realizados na Viatel, cerca de 1,3 milhões de euros, dos quais cerca de 900 mil euros foram investidos em equipamentos e ferramentas procurando principalmente dotar as equipas com os meios necessários à optimização da sua actividade, melhorando a sua eficiência e produtividade. O valor remanescente diz respeito principalmente à tecnologia BeOn, sistema de controlo de operações e mobilidade. O terceiro maior investimento em volume, por parte desta sub-holding, no território nacional, foi realizado na Visabeira, ascendendo a 444 mil euros, principalmente na modernização do equipamento, com tecnologias mais sofisticadas, apostando sempre numa posição de vanguarda. A Visabeira Participações foi responsável por 4% do investimento. Deste, 50% foi corporizado pela PDA que teve um investimento de 500 mil euros na aquisição de terrenos.
INVESTIMENTOS 2009 PORTUGAL
valores em euros
EMPRESAS
VALOR
PINEWELLS
5.913.611
FÁBRICA DE PELLETS
MOVIDA
1.894.162
REMODELAÇÃO DO PALÁCIO DO GELO SHOPPING
EMPREENDIMENTOS TURÍSTICOS MONTEBELO
1.984.061
MONTEBELO AGUIEIRA LAKE RESORT & SPA; MONTEBELO HOTEL FIG. DA FOZ
VIATEL
1.268.408
EQUIPAMENTO INFORMÁTICO
PDA
529.318
AQUISIÇÃO DE TERRENOS
AMBITERMO
515.249
AMPLIAÇÃO DE INSTALAÇÕES
VISABEIRA
444.222
EQUIPAMENTOS
EDIVISA
177.839
EQUIPAMENTOS
GRANBEIRA
138.752
EQUIPAMENTOS
RÓDIA
224.409
REMODELAÇÃO DE ESPAÇO COMERCIAL
PRATO CONVIVAS
129.705
REMODELAÇÃO DE ESPAÇO COMERCIAL
BENETRÓNICA
103.375
REMODELAÇÃO DE ESPAÇO COMERCIAL
REAL LIFE TECHNOLOGIES
126.401
EQUIPAMENTOS
OUTRAS EMPRESAS
397.529
TOTAL
INVESTIMENTO
13.847.041
Copo de estanho, séc. XVII. Hotel Casa da Ínsua.
60
61
Investimentos em 2009
Evolução Económico-Financeira
África A aposta que o Grupo continua a fazer numa presença forte em África, de modo particular em Moçambique e Angola, encontrou tradução no investimento realizado em activos corpóreos com valores próximos dos 13 milhões de euros, representando cerca de 49% do investimento total. Em termos geográficos, o investimento realizado repartiu-se em 68% em Angola e 32% em Moçambique. Contudo, quer em Angola quer em Moçambique o investimento esteve primordialmente orientado para o sectores das Telecomunicações e da Construção, tendo sido investidos pelas empresas que integram a Visabeira Global mais de 10,3 milhões de euros, correspondendo a 83% da totalidade dos 12,5 milhões de euros. Assim, em Angola, a principal parcela (mais de 6,1 milhões de euros), continuou a ser investida na ampliação da rede da TV Cabo Angola e na construção do novo Head End. Na Visaconstroi foram investidos mais de 829 mil euros, essencialmente em equipamento básico e de transporte. Na Comatel, perto de 850 mil euros foram destinados à renovação da frota de viaturas e a maquinaria pesada. Em Moçambique, embora em menor proporção, o investimento no sector das telecomunicações situou-se perto dos 2,5 milhões de euros, sendo a TV Cabo Moçambique a principal destinatária, com cerca de 64% daquele montante, aplicado na ampliação e modernização da rede e na aquisição de viaturas. Seguiu-se a Televisa e a Electrotec com valores de investimento de 452 mil e 225 mil euros, respectivamente, onde a renovação das respectivas frotas de viaturas representaram a principal componente desta estratégia de investimento. O segundo objectivo do investimento realizado em Moçambique foi o sector do Turismo. Com efeito, na Turvisa concentraram-se cerca de 1 milhão de euros, aplicados, na sua quase totalidade, na ampliação e equipamento do empreendimento Girassol Indy Congress Hotel & Spa.
Europa O investimento em França teve um grande acréscimo em relação ao ano anterior em cerca de 1,2 milhões de euros, situando-se nos 1,4 milhões de euros. Este acréscimo ficou a dever-se sobretudo à aquisição de um imóvel por parte da nova SCI Constructel, por cerca de 1,3 milhões de euros para sua sede e comando operacional. Na Bélgica, os investimentos realizados visaram principalmente a aquisição de equipamentos que irão permitir melhorar a qualidade dos serviços prestados e optimizar os meios no terreno.
INVESTIMENTOS 2009 INTERNACIONAL
valores em euros
EMPRESAS
VALOR
INVESTIMENTO
MOÇAMBIQUE TV CABO MOÇAMBIQUE
1.679.382
EXPANSÃO REDE DE COBERTURA
TURVISA
960.955
EQUIPAMENTOS
TELEVISA
452.319
EQUIPAMENTOS TRANSPORTE
HIDROÁFRICA
383.690
EQUIPAMENTOS TRANSPORTE
ELECTROTEC
225.559
EQUIPAMENTOS
OUTROS
272.200
Investimentos Financeiros
O ano de 2009 fica marcado pela aquisição da Vista Alegre Atlantis e da Faianças Artísticas Bordallo Pinheiro, tornando o Grupo Visabeira, já detentor da Cerutil, num dos principais operadores no mercado da cerâmica e do cristal decorativos e utilitários. Estas operações totalizaram 6,4 milhões de euros (5,5 milhões de euros na Vista Alegre Atlantis e os restantes na Faianças Artísticas Bordallo Pinheiro). No decurso do exercício de 2009, foram ainda investidos em Portugal 867 mil euros. Maioritariamente na Bordalgest, detentora da participação na Faianças Artísticas Bordallo Pinheiro (560 mil euros) e na Base Force, no desenvolvimento de soluções de hardware e de software e serviços de manutenção, suporte e gestão de redes (298 mil euros). Em Moçambique foi constituída a Selfenergy, empresa que actua no âmbito das energias renováveis e na implementação de soluções inovadoras de eficiência energética, num investimento de 38 mil euros, e foi ainda efectuado o reforço da participação na Twin City Maputo em 141 mil euros, visando a construção e exploração de um centro comercial na capital moçambicana. Em Angola, destaque para a criação, sob a alçada da Visabeira Global, das empresas Electrovisa e Edivisa Angola num total investido de 130 mil euros. A Electrovisa é uma empresa prestadora de serviços no ramo da indústria ligada à engenharia electrónica, electricidade, gás, energias renováveis e energia em geral. Por outro lado, a Edivisa Angola, com actuação na construção civil e obras públicas no mercado angolano, visa complementar a oferta do Grupo neste mercado. Foram também reforçadas as participações na Ciclorama para 100%, por um valor de 300 mil euros, e na Constructel Roménia, de 75% para 100%, por 23 mil euros.
ANGOLA TV CABO ANGOLA
6.067.806
EXPANSÃO REDE DE COBERTURA
VISACONSTROI
828.867
PREPARAÇÃO DA PEDREIRA/EQUIPAMENTOS
COMATEL
845.499
EQUIPAMENTOS
ÁLAMO ANGOLA
451.967
LINHA MONTAGEM COZINHAS
VISACESIL
81.289
EQUIPAMENTOS
OUTROS
202.890
FRANÇA SCI CONSTRUCTEL
1.276.960
INSTALAÇÕES
CONSTRUCTEL FRANÇA
85.753
EQUIPAMENTOS
GATEL
18.887
EQUIPAMENTOS
42.680
EQUIPAMENTOS
BÉLGICA CONSTRUCTEL BÉLGICA TOTAL
13.876.703
62
63
Evolução Económico-Financeira
VOLUME DE NEGÓCIOS GLOBAL - EMPRESAS CONSOLIDADAS ÁREAS DE NEGÓCIO
valores em euros
TOTAL
GRUPO
CONSOLIDADO
INDÚSTRIA PORTUGAL VISABEIRA INDÚSTRIA, SGPS CERUTIL VISTA ALEGRE BORDALLO PINHEIRO MOB MOÇAMBIQUE AGROVISA CELMOQUE HIDROÁFRICA MARMONTE ANGOLA ÁLAMO ANGOLA TUBANGOL
Volume de Negócios Global
TOTAL
53.493.595 509.381 6.756.638 37.484.783 1.569.611 7.173.183 5.119.864 35.317 2.026.889 2.914.522 143.135 3.662.479 3.661.452 1.028
85,9% 0,8% 10,8% 60,2% 2,5% 11,5% 8,2% 0,1% 3,3% 4,7% 0,2% 5,9% 5,9% 0,0%
2.973.604 507.675 740.913 0 24.768 1.700.248 714.994 11.081 459.506 245.786 -1.378 917.626 916.629 997
64,6% 11,0% 16,1% 0,0% 0,5% 36,9% 15,5% 0,2% 10,0% 5,3% 0,0% 19,9% 19,9% 0,0%
50.519.991 1.705 6.015.726 37.484.783 1.544.843 5.472.935 4.404.869 24.236 1.567.382 2.668.737 144.514 2.744.853 2.744.823 30
87,6% 0,0% 10,4% 65,0% 2,7% 9,5% 7,6% 0,0% 2,7% 4,6% 0,3% 4,8% 4,8% 0,0%
62.275.938
100,0%
4.606.224
100,0%
57.669.714
100,0%
28.507.125 676.330 6.051.393 15.270.188 1.994.240 495.030 4.019.944 7.650.325 7.650.325 1.594.949 1.594.949
75,5% 1,8% 16,0% 40,4% 5,3% 1,3% 10,6% 20,3% 20,3% 4,2% 4,2%
5.138.877 610.675 486.928 2.620.586 457.329 42.336 921.023 612.178 612.178 11.874 11.874
89,2% 10,6% 8,4% 45,5% 7,9% 0,7% 16,0% 10,6% 10,6% 0,2% 0,2%
23.368.248 65.655 5.564.465 12.649.601 1.536.912 452.694 3.098.922 7.038.147 7.038.147 1.583.075 1.583.075
73,0% 0,2% 17,4% 39,5% 4,8% 1,4% 9,7% 22,0% 22,0% 4,9% 4,9%
37.752.399
100,0%
5.762.928
100,0%
31 989 470
100,0%
5.649.840 365.856 5 .283.983 2.628.350 2.628.350
68,2% 4,4% 63,8% 31,8% 31,8%
983.227 365.856 617.371 501.684 501.684
66,2% 24,6% 41,6% 33,8% 33,8%
4.666.612 0 4.666.612 2.126.666 2.126.666
68,7% 0,0% 68,7% 31,3% 31,3%
8.278.189
100,0%
1.484.911
100,0%
6.793.278
100,0%
32.293.360 663.359 15.773.233 10.976.512 7.000 841.832 299.828 2.188.068 9.247 12.000 7.500 197.796 7.835 1.309.151 8.278.618 1.778.713 1.765.480 3.422.168 1.312.257 16.378.551 8.054.205 1.581.928 6.742.418 51.974 62.092 -10.118
56,7% 1,2% 27,7% 19,3% 0,0% 1,5% 0,5% 3,8% 0,0% 0,0% 0,0% 0,3% 0,0% 2,3% 14,5% 3,1% 3,1% 6,0% 2,3% 28,7% 14,1% 2,8% 11,8% 0,1% 0,1% 0,0%
19.317.349 663.359 5.542.716 10.641.258 0 6.178 0 976.636 4.750 12.000 7.500 182.748 -205 1.280.409 3.925.504 302.175 -20.128 2.380.000 1.263.458 7.270.638 4.186.497 1.589.818 1.494.322 48.017 48.017 0
63,2% 2,2% 18,1% 34,8% 0,0% 0,0% 0,0% 3,2% 0,0% 0,0% 0,0% 0,6% 0,0% 4,2% 12,8% 1,0% -0,1% 7,8% 4,1% 23,8% 13,7% 5,2% 4,9% 0,2% 0,2% 0,0%
12.976.011 0 10.230.516 335.254 7.000 835.655 299.828 1.211.431 4.497 0 0 15.048 8.040 28.742 4.353.114 1.476.539 1.785.608 1.042.168 48.799 9.107.913 3.867.708 -7.891 5.248.096 3.958 14.076 -10.118
49,1% 0,0% 38,7% 1,3% 0,0% 3,2% 1,1% 4,6% 0,0% 0,0% 0,0% 0,1% 0,0% 0,1% 16,5% 5,6% 6,8% 3,9% 0,2% 34,4% 14,6% 0,0% 19,8% 0,0% 0,1% 0,0%
57.002.503
100,0%
30.561.508
100,0%
26.440.995
100,0%
2.547.644 2.547.644
100,0% 100,0%
2.536.678 2.536.678
100,0% 100,0%
10.965 10.965
0,0% 0,0%
2.547.644
100,0%
2.536.678
100,0%
10.965
0,0%
553.305.944
100,0%
88.084.040
100,0%
465.221.903
100,0%
TURISMO
VOLUME DE NEGÓCIOS GLOBAL - EMPRESAS CONSOLIDADAS ÁREAS DE NEGÓCIO
valores em euros
TOTAL
GRUPO
PORTUGAL VISABEIRA TURISMO, SGPS EMPREENDIMENTOS TURÍSTICOS MONTEBELO MOVIDA MUNDICOR PRATO CONVIVAS RÓDIA MOÇAMBIQUE TURVISA ANGOLA CONVISA TURISMO
CONSOLIDADO TOTAL
GLOBAL PORTUGAL VISABEIRA GLOBAL, SGPS VIATEL
270.977.613
70,3%
32.227.561
74,7%
238.750.051
69,7%
2.622.618
0,7%
2.520.418
5,8%
102.200
0,0%
120.043.563
31,1%
6.785.001
15,7%
113.258.562
33,1%
PDT
15.746.015
4,1%
929.727
2,2%
14.816.288
4,3%
REAL LIFE
13.001.876
3,4%
566.822
1,3%
12.435.054
3,6%
VISABEIRA DIGITAL
5.613.775
1,5%
5.305.427
12,3%
308.348
0,1%
VISABEIRA
44.889.128
11,6%
4.401.924
10,2%
40.487.204
11,8%
53.506
0,0%
-758
0,0%
54.264
0,0%
ACEEC AMBITERMO
14.210.464
3,7%
1.457.646
3,4%
12.752.818
3,7%
PINEWELLS
1.093.001
0,3%
0
0,0%
1.093.001
0,3%
TERMOGÁS
416.049
0,1%
416.049
1,0%
0
0,0%
EDIVISA
41.075.694
10,7%
4.712.460
10,9%
36.363.234
10,6%
GRANBEIRA
6.936.578
1,8%
1.567.365
3,6%
5.369.212
1,6%
VISACASA
5.275.345
1,4%
3.565.480
8,3%
1.709.865
0,5%
MOÇAMBIQUE
32.295.845
8,4%
2.126.155
4,9%
30.169.690
8,8%
TV CABO MOÇAMBIQUE
10.003.225
2,6%
150.714
0,3%
9.852.510
2,9%
TELEVISA
12.580.406
3,3%
896.578
2,1%
11.683.828
3,4%
ELECTROTEC
8.632.138
2,2%
0
0,0%
8.632.138
2,5%
28.666
0,0%
28.666
0,1%
0
0,0%
SOGITEL
1.051.411
0,3%
1.050.197
2,4%
1.214
0,0%
ANGOLA
38.400.931
10,0%
5.075.800
11,8%
33.325.131
9,7%
TV CABO ANGOLA
17.109.056
4,4%
162.489
0,4%
16.946.568
5,0%
COMATEL
14.730.352
3,8%
2.519.134
5,8%
12.211.218
3,6%
101.775
0,0%
11.638
0,0%
90.137
0,0%
SELFENERGY MOÇAMBIQUE
EDIVISA ANGOLA VISACONSTROI FRANÇA
6.459.747
1,7%
2.382.539
5,5%
4.077.208
1,2%
40.538 856
10,5%
3 696.935
8,6%
36.841.921
10,8%
CONSTRUCTEL
35.079.017
9,1%
642.805
1,5%
34.436.213
10,1%
GATEL
5.459.839
1,4%
3.054.131
7,1%
2.405.708
0,7%
BÉLGICA
3.226.760
0,8%
5.339
0,0%
3.221.422
0,9%
3.226.760
0,8%
5.339
0,0%
3.221.422
0,9%
9.266
0,0%
0
0,0%
9.266
0,0%
9.266
0,0%
0
0,0%
9.266
0,0%
385.449.271
100,0%
43.131.791
100,0%
342.317.481
100,0%
CONSTRUCTEL BÉLGICA MARROCOS TELEVISA MARROCOS TOTAL
IMOBILIÁRIA PORTUGAL VISABEIRA IMOBILIÁRIA, SGPS VISABEIRA IMOBILIÁRIA, SA MOÇAMBIQUE IMOVISA TOTAL
PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS PORTUGAL VISABEIRA PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS, SGPS BENETRÓNICA CICLORAMA 1101 SOLUTIONS DIGISPIRIT IUTEL JOAFIL PREDIBEIRA PTC RENTINGVISA VISABEIRA ESTUDOS E INVESTIMENTOS VISABEIRA SAÚDE VISASALES MOÇAMBIQUE AUTOVISA IMENSIS MERCURY VISABEIRA MOÇAMBIQUE ANGOLA MERCURY ANGOLA VISABEIRA ANGOLA VISASECIL ESPANHA VISABEIRA ESPAÑA TELESP TOTAL
HOLDING PORTUGAL GRUPO VISABEIRA, SGPS TOTAL
TOTAL GLOBAL
64
65
Evolução Económico-Financeira
Anexo ao Relatório do Conselho de Administração
Nos termos e para os efeitos do artigo 447º e 448º do Código das Sociedades Comerciais, informam-se as posições accionistas detidas pelos membros dos órgãos de administração e fiscalização e as operações efectuadas durante o exercício de 2009.
ACCIONISTA/MEMBRO DOS ÓRGÃOS SOCIAIS FERNANDO CAMPOS NUNES CAIXA CAPITAL AICEP CAPITAL GLOBAL
NÚMERO DE ACÇÕES EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009
%
NÚMERO DE ACÇÕES EM 31 DE DEZEMBRO DE 2008
%
MOVIMENTOS EM 2008
17.926.178 3.604.707 1.368.716
77,85% 15,66% 5,94%
17.040.985 4.489.900 1.368.716
74,01% 19,50% 5,94%
885.193 -885.193 0
67
3
capítulo
Demonstrações Financeiras Consolidadas e Respectivos Anexos
Demonstrações Financeiras Consolidadas e Respectivos Anexos
Demonstrações Financeiras Consolidadas e Respectivos Anexos
DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DOS RESULTADOS
exercícios findos em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 NOTAS
2009
2008
VENDAS
117.603.208
60.640.448
PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS
347.618.695
282.701.730
465.221.903
343.342.178
CUSTO DAS VENDAS E DAS PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS
-133.142.248
-91.518.853
MARGEM BRUTA
332.079.656
251.823.325
OPERAÇÕES CONTINUADAS
DEMONSTRAÇÃO DA POSIÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA
em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 NOTAS
2009
2008
IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS
23
291.311.155
239.476.632
GOODWILL
24
37.371.483
32.436.277
PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO
25
193.536.090
192.551.486
IMOBILIZAÇÕES INCORPÓREAS
26
61.773.621
962.216
INVESTIMENTOS EM EMPRESAS ASSOCIADAS
7
10.623.570
6.163.942
ACTIVO
VOLUME DE NEGÓCIOS
11
ACTIVOS NÃO CORRENTES
ACTIVOS FINANCEIROS DISPONIVEIS PARA VENDA
27
347.291.454
269 624.094
TRABALHOS PARA A PRÓPRIA EMPRESA
12
13.817.265
33.351.680
OUTROS INVESTIMENTOS FINANCEIROS
8
21.639 170
26.621.708
OUTROS PROVEITOS
14
9.875.721
6.670.774
IMPOSTOS DIFERIDOS ACTIVOS
22
16.427.918
6.679.304
FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS
15
-212.241.123
-180.419.574
CUSTOS COM O PESSOAL
16
-83.264.739
-57.585.073
979.974.461
774.515.659
OUTROS CUSTOS
14
-6.048.488
-3.688.903
54.218.291
50.152.229
TOTAL DE ACTIVOS NÃO CORRENTES ACTIVOS CORRENTES
RESULTADO OPERACIONAL RECORRENTE (s/ amortizações e provisões) PROVEITOS DE PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO
24
-18.385.000
93 .940.574
GANHOS NA COMBINAÇÃO DE NEGÓCIOS
13
90.335.301
0
AMORTIZAÇÕES
16
-16.816.587
PROVISÕES E AJUSTAMENTOS
17
-6.700.470
RESULTADO OPERACIONAL
28
145.089.811
124.393.961
CLIENTES E OUTROS DEVEDORES
29
163.509.731
123.494.595
ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS
30
7.784.853
8.313.093
OUTROS ACTIVOS CORRENTES
31
71.688.305
60.812.242
-11.404.864
ACTIVOS FINANCEIROS DETIDOS PARA NEGOCIAÇÃO
32
1.183.000
1.141.000
-2.960.463
CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA
33
25.219.380
31.450.127
102.651.536
129.727.476
TOTAL DE ACTIVOS CORRENTES
414.475.080
349.605.018
TOTAL DO ACTIVO
1.394.449.540
1.124.120.677
115.125.630
JUROS LÍQUIDOS
19
-21.367.232
-22.738.813
GANHOS EM ACTIVOS FINANCEIROS E OUTROS INVESTIMENTOS, LÍQUIDOS
20
8.908.623
-90.498.184
OUTROS CUSTOS FINANCEIROS, LÍQUIDOS
21
-9.415.525
-3.443.329
APLICAÇÃO DO MÉTODO EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL
7
-85.718
-160.967
RESULTADO ANTES DE IMPOSTO
EXISTÊNCIAS
80.691.684
12.886.183
CAPITAL PRÓPRIO CAPITAL
34
115.125.630
PRÉMIOS DE EMISSÃO DE ACÇÕES
34
44 493.578
44.493.578
OUTRAS RESERVAS
36
-56.849.214
-129.731.946
RESULTADOS RETIDOS
36
198.729.139
141.018.201
301.499.132
170.905.463
12.988.094
10.376.481
314.487.226
181.281.944
IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO CORRENTE
22
-2.924.600
-1.605.626
IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO DIFERIDO
22
-22.886.998
5.601.277
CAPITAL PRÓPRIO EXCLUINDO INTERESSES MINORITÁRIOS
54.880.087
16.881.834
INTERESSES MINORITÁRIOS
53.410.238
15.243.437
37
1.469.849
1.638.397
BÁSICO
35
2,32
0,66
EMPRÉSTIMOS BANCÁRIOS DE LONGO PRAZO
38
550.562.136
543.354.159
DILUÍDO
35
2,32
0,66
OUTROS CREDORES NÃO CORRENTES
40
60.584.801
67.316.372
IMPOSTOS DIFERIDOS PASSIVOS
22
44.616.173
12.078.495
PROVISÕES
43
10.729.625
126.958
666.492.735
622.875.983
RESULTADO LÍQUIDO ATRIBUÍVEL:
37
TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO
ACCIONISTAS INTERESSES MINORITÁRIOS RESULTADOS POR ACÇÃO:
PASSIVO PASSIVO NÃO CORRENTE
As notas fazem parte integrante desta demonstração dos resultados consolidados.
TOTAL DO PASSIVO NÃO CORRENTE PASSIVO CORRENTE
DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DO RENDIMENTO INTEGRAL
RESULTADO LÍQUIDO CONSOLIDADO DO PERÍODO
exercícios findos em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 2009
2008
54.880.087
16.881.834
VARIAÇÃO DAS DIFERENÇAS DE CONVERSÃO CAMBIAL
-6.607.023
-121.937
VARIAÇÃO DO JUSTO VALOR DE ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA
77.667.360
-83.198.232
OUTROS AJUSTAMENTOS RECONHECIDOS DIRECTAMENTE EM CAPITAL PRÓPRIO, LÍQUIDOS
4.491.520
-613.052
RESULTADOS RECONHECIDOS DIRECTAMENTE NO CAPITAL PRÓPRIO
75.551.857
-83.933.221
RENDIMENTO INTEGRAL DO PERÍODO
130.431.944
-67.051.386
130.593.670
-68.689.783
-161.726
1.638.397
EMPRÉSTIMOS BANCÁRIOS DE CURTO PRAZO
38
140.355.947
103.114.912
FORNECEDORES E OUTROS CREDORES
39
110.632.316
85.881.648
ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS
30
9.837.959
1.887.671
OUTROS PASSIVOS CORRENTES
40
152.643.357
129.078.519
413.469.579
319.962.750
TOTAL DO PASSIVO CORRENTE TOTAL DO PASSIVO
1.079.962.314
942.838.733
TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO E DO PASSIVO
1.394.449.540
1.124.120.677
As notas fazem parte integrante desta demonstração dos resultados consolidados.
RENDIMENTO INTEGRAL ATRIBUÍVEL A: ACCIONISTAS INTERESSES MINORITÁRIOS
70
71
Demonstrações Financeiras Consolidadas e Respectivos Anexos
Demonstrações Financeiras Consolidadas e Respectivos Anexos
ANEXO À DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DOS FLUXOS DE CAIXA
DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DAS ALTERAÇÕES NOS CAPITAIS PRÓPRIOS
A 1 DE JANEIRO DE 2008
exercícios findos em 31 de Dezembro de 2009 e 2008
CAPITAL
PRÉMIOS DE EMISSÃO
RESERVA JUSTO VALOR DOS ACTIVOS
RESULTADOS RETIDOS E OUTRAS RESERVAS (NOTA 36)
SUB-TOTAL
INTERESSES MINORITÁRIOS
TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO
90.000.000
19.619.204
-39.452.696
119.428.734
239.595.246
6.932.195
246.527.441
exercícios findos em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 1. AQUISIÇÃO OU ALIENAÇÃO DE FILIAIS
PREÇO
A1) AQUISIÇÕES NO EXERCÍCIO CORRENTE ATLANTIS CRISTAL UK BASE FORCE, LDA
AQUISIÇÕES DE SUBSIDIÁRIAS
0
0
0
0
0
1.805.889
1.805.889
RENDIMENTO INTEGRAL DO PERÍODO
0
0
-83.198.232
14.508.449
-68.689.783
1.638.397
-67.051.386
A 31 DE DEZEMBRO DE 2008
115.125.630
44.493.578
-122.650.928
133.937.182
170.905.463
10.376.481
181.281.944
DIVIDENDOS DISTRIBUÍDOS
0
0
0
0
0
-441.967
-441.968
AQUISIÇÕES DE SUBSIDIÁRIAS
0
0
0
0
0
3.215.308
3.215.307
RENDIMENTO INTEGRAL DO PERÍODO
0
0
77.667.360
52.926.310
130.593.670
-161 726
130.431.944
115.125.630
44.493.578
-44.983.568
186.863.492
301.499.132
12.988.094
314.487.226
127
(127)
297.620
(297.620)
SP RENOVADO, SA
6.500
(6.500)
ASSOCIAÇÃO INOVA PAREDES
25.000
(25.000)
TRANSCOM, SARL
49.582
(49.582)
TWIN CITY MAPUTO, LDA
141.781
(141.781)
TOTAL
520.610
(520.610)
1.927.400
1.927.400
553.472
553.472
2.480.872
2.480.872
2009
2008
A2) ALIENAÇÕES NO EXERCÍCIO CORRENTE VISABEIRA IMOBILIÁRIA, SA - PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO
A 31 DE DEZEMBRO DE 2009
RECEB./PAGAM.
ADIANTAMENTOS DE INVESTIMENTOS FINANCEIROS TOTAL A3) AQUISIÇÕES DE SUBSIDIÁRIAS VER NOTA 13
DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DOS FLUXOS DE CAIXA
exercícios findos em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 2009
2008
RECEBIMENTOS DE CLIENTES
510.897.152
410.044.266
PAGAMENTOS A FORNECEDORES
-388.857.068
-318.939.742
PAGAMENTOS AO PESSOAL
-82.219.628
-56.560.434
FLUXO GERADO PELAS OPERAÇÕES
39.820.456
34.544.090
PAGAMENTO/RECEBIMENTO DO IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO
1.821.383
4.858.601
ACTIVIDADES OPERACIONAIS
OUTROS RECEBIMENTOS/PAGAMENTOS RELATIVOS À ACTIVIDADE
9.247.280
9.072.007
FLUXO GERADO ANTES DAS RUBRICAS EXTRAORDINÁRIAS
50.889.119
48.474.698
FLUXO DAS ACTIVIDADES OPERACIONAIS (1)
50.889.119
48.474.698
2. DISCRIMINAÇÃO DOS COMPONENTES DE CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA A) CAIXA NUMERÁRIO
1.439.120
2.243.029
DEPÓSITOS BANCÁRIOS
23.703.780
29.087.801
DESCOBERTOS BANCÁRIOS
-8.930.798
-770.677
49.995
49.995
B) EQUIVALENTES A CAIXA C) OUTRAS DISPONIBILIDADES
0
0
4.036.911
4.094.123
20.299.008
34.704.271
DESCOBERTOS BANCÁRIOS
8.930.798
770.677
AJUSTAMENTOS DE APLICAÇÕES DE TESOURARIA
-2.827.426
-49.497
0
-2.834.323
26.402.380
32.591.127
TÍTULOS NEGOCIÁVEIS CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA NO FIM DO PERÍODO
ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO
JUSTO VALOR DOS ACTIVOS FINANCEIROS
RECEBIMENTOS PROVENIENTES DE: INVESTIMENTOS FINANCEIROS
2.480.872
271.273
IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS
63.479
2.298.753
SUBSÍDIOS AO INVESTIMENTO
386.012
63.243
JUROS E PROVEITOS SIMILARES
2.719.639
1.540.041
EMPRÉSTIMOS CONCEDIDOS
12.239.303
7.378.858
DIVIDENDOS
20.010.627
21.772.240
37.899.932
33.324.407 -11.406.917
CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA CONSTANTES DO BALANÇO
PAGAMENTOS RESPEITANTES A: INVESTIMENTOS FINANCEIROS
-520.610
AQUISIÇÕES DE SUBSIDIÁRIAS
-15.859.328
0
IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS
-16.202.148
-33.743.505
EMPRÉSTIMOS CONCEDIDOS
FLUXO DAS ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO (2)
-6.822.835
-17.329.226
-39.404.921
-62.479.649
-1.504.989
-29.155.242
ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO RECEBIMENTOS PROVENIENTES DE: EMPRÉSTIMOS OBTIDOS
1.056.554.638
1.503.154.619
1.056.554.638
1.503.154.619
PAGAMENTOS RESPEITANTES A: EMPRÉSTIMOS OBTIDOS
-1.065.692.190
-1.422.106.332
AMORTIZAÇÕES DE CONTRATOS DE LOCAÇÃO FINANCEIRA
-13.177.819
-40.980.171
JUROS E CUSTOS SIMILARES
-38.988.669
-40.604.452
-1.117.858.678
-1.503.690.956
-61.304.041
-536.337
FLUXO DAS ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO (3) VARIAÇÃO DE CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA (1) + (2) + (3)
-11.919.911
18.783.119
CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA NO INÍCIO DO PERÍODO
34.704.271
172.781.910
0
-155.042.718
RECLASSIFICAÇÕES EFEITOS DA ALTERAÇÃO DO PERÍMETRO CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA NO FIM DO PERÍODO
72
-2.486.729
-1.818.040
20.297.631
34.704.271
73
Demonstrações Financeiras Consolidadas e Respectivos Anexos
Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas em 31 de Dezembro de 2009 (montantes expressos em euros)
1 NOTA INTRODUTÓRIA
2 POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS
O Grupo Visabeira iniciou a sua actividade em 1980, no sector das telecomunicações e da electricidade. Com sede em Viseu e fruto de uma aposta concertada nos recursos humanos, num sistema integrado de informação e logística, numa rede própria de transportes e num parque de instalações estrategicamente localizadas, o Grupo rapidamente estendeu a sua actuação a todo o território nacional e transformou-se no maior empregador da região centro do país. O seu contributo para a modernização e desenvolvimento das telecomunicações, através da oferta de soluções integradas e globais, granjeou-lhe a liderança de mercado no sector da engenharia de redes de telecomunicações, posição que mantém há cerca de 25 anos. Apostando na diversificação das suas actividades, Telecomunicações, Construção, Indústria, Imobiliária, Turismo e Serviços, bem como na presença em diversos mercados, adoptou uma estratégia de estruturação das suas operações em sub-holdings sectoriais, de forma a potenciar cada um dos seus negócios e a dinamizar a capacidade de realização do Grupo. O motor da sua estratégia de desenvolvimento assenta num modelo de gestão baseado em sistemas de informação globais e software próprio, interligando todas as unidades de negócios e integrando todas as valências do Grupo. Tendo por base a confiança granjeada no mercado, definiu e consolidou uma arrojada estratégia de internacionalização que consolidou as capacidades e a dinâmica do Grupo em duas frentes paralelas. Por um lado, expandiu e consolidou o seu modelo de actuação em novos países como extensão natural dos mercados e em países de economias emergentes, através de uma política de investimento em parceria ou de criação de empresas locais. Apostando, numa primeira fase, nos países de expressão portuguesa, o Grupo exportou o seu modelo a partir da década de 80 e, fruto dessa estratégia, detém hoje empresas com actividades consolidadas em Moçambique, Angola, França e presença em outros países. Através da internacionalização dos seus mercados, o Grupo promoveu a colocação dos seus produtos em mais de seis dezenas de países, nos cinco continentes, entre os quais assumem particular relevo os mercados da União Europeia, países Escandinavos, América do Norte, África, Austrália e Japão. Presentemente, pela via do investimento, o Grupo Visabeira continua a ter no seu crescimento externo a principal via de desenvolvimento, alavancada pela sua matriz multissectorial e por uma atitude de constante actualização tecnológica. O Grupo Visabeira de amanhã, potenciando as competências distintivas e o dinamismo empreendedor que o caracterizam, operará de forma integrada em cenários cada vez mais globais, expandindo os seus mercados de forma sustentada e perspectivando sempre a liderança nos seus negócios estratégicos. Em 31 de Dezembro de 2009, o volume de negócios atingiu o valor de 465.221.903 euros. O capital próprio atingiu o montante de 314.487.226 euros, dos quais 12.988.094 euros são interesses minoritários. O endividamento bancário foi de 690.918.083 euros. O Grupo Visabeira teve ao seu serviço durante 2009 um número médio de 6 466 colaboradores. As demonstrações financeiras foram aprovadas para emissão em conselho de administração, realizado em 23 de Fevereiro de 2010, estando pendentes de aprovação pela Assembleia-Geral de Accionistas.
As políticas contabilísticas mais relevantes utilizadas na determinação dos resultados do exercício e na apresentação da posição financeira são as seguintes:
2.1 BASES DE APRESENTAÇÃO De acordo com o Dec. Lei nº35/2005, de 17 de Fevereiro, o qual transpôs para a legislação portuguesa as disposições do Regulamento (CE) nº 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho de 19 de Julho de 2002, estas demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiros (IAS/IFRS) emitidas pelo “International Accounting Standards Board” (“IASB”) e Interpretações emitidas pelo “International Financial Reporting Interpretations Committee” (“IFRIC”) ou pelo anterior “Standing Interpretations Committee” (“SIC”), adoptadas pela UE, em vigor em 1 de Janeiro de 2009. O Grupo não está sujeito a qualquer obrigação legal de apresentar as suas demonstrações financeiras de acordo com o normativo das IFRS, mas entendeu que a apresentação da posição financeira e do desempenho do Grupo de acordo com este normativo permite uma melhor comparabilidade com as empresas cotadas no mercado da União Europeia. No exercício findo em 31 de Dezembro de 2007, o Grupo Visabeira apresentou também, pela última vez, demonstrações financeiras consolidadas de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal. Na preparação das demonstrações financeiras consolidadas de acordo com o IFRS, o Conselho de Administração do Grupo Visabeira SGPS utiliza estimativas e pressupostos que afectam a aplicação de políticas e os valores dos activos e passivos. Os resultados reais podem diferir das estimativas. As estimativas e julgamentos utilizados na elaboração das demonstrações financeiros estão apresentados no Nota 3. As demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas a partir dos livros e registos contabilísticos das empresas incluídas na consolidação (Notas 5 e 6), mantidos de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal e ajustados, no processo de consolidação, de modo a que as demonstrações financeiras consolidadas sejam apresentadas de acordo com as IAS/IFRS. As demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas no pressuposto de continuidade das operações, sendo respeitado o princípio do custo histórico, excepto no caso das propriedades de investimentos, derivados, investimentos detidos para negociação e investimentos disponíveis para venda, os quais foram mensurados ao justo valor.
2.2 BASES DE CONSOLIDAÇÃO a) Datas de referência As demonstrações financeiras consolidadas incluem, com referência a 31 de Dezembro de 2009, os activos, os passivos e os resultados das empresas do Grupo, entendido como o conjunto do Grupo Visabeira e das suas filiais, as quais são apresentadas nas Notas 5 e 6. b) Participações financeiras em empresas do Grupo Empresas do Grupo são as empresas controladas pelo Grupo Visabeira. Existe controlo quando o Grupo Visabeira tem o poder, directo ou indirecto, de dirigir as políticas financeiras e operacionais de uma empresa com o objectivo de influenciar benefícios resultantes da sua actividade. Potenciais direitos de voto exercíveis são tidos em consideração na determinação da existência, ou não, de controlo. Presume-se que existe controlo quando a percentagem de participação é superior a 50%.
75
Notas às Demostrações Financeiras Consolidadas
Demonstrações Financeiras Consolidadas e Respectivos Anexos
A participação do Grupo relativa aos ganhos e perdas das suas associadas é reconhecida na demonstração dos resultados, e a sua parcela de movimentos de Reservas Pós-aquisição são reconhecidos em Reservas. Os movimentos acumulados pós-aquisição são ajustados de acordo com os movimentos acumulados no investimento financeiro. Quando a participação do Grupo nas perdas de uma associada iguala ou ultrapassa o seu investimento nessa associada, incluindo qualquer transacção de recebimentos não segura, o Grupo deixa de reconhecer mais perdas, excepto se tiver incorrido em obrigações ou tiver efectuado pagamentos em nome da associada. Qualquer excesso do custo de aquisição de um investimento financeiro sobre a participação do Grupo no justo valor dos activos, passivos e passivos contingentes identificados à data da aquisição da empresa associada é reconhecido como goodwill, o qual é incluído no valor da participação financeira e a sua recuperação é avaliada anualmente como parte integrante do investimento financeiro. Se o custo de aquisição for inferior ao justo valor do valor líquido dos bens da associada adquirida, a diferença é registada directamente na demonstração dos resultados. Ganhos não realizados em transacções entre o Grupo e as suas associadas são eliminados na extensão da participação do Grupo nas associadas. Perdas não realizadas são também eliminadas, excepto se a transacção revelar evidência de imparidade de um bem transferido. As políticas contabilísticas de associadas são alteradas sempre que necessário, de forma a garantir consistência com as políticas adoptadas pelo Grupo.
As empresas do Grupo são incluídas na consolidação pelo método da consolidação integral, desde a data em que o controlo é adquirido e até à data em que o mesmo efectivamente termina. A contabilização através do custo de aquisição é o método utilizado para contabilizar a aquisição das subsidiárias do Grupo. Quando os prejuízos atribuíveis aos minoritários excedem o interesse minoritário no capital próprio da subsidiária, o Grupo assume esse excesso e quaisquer prejuízos adicionais, excepto quando os minoritários tenham a obrigação e estejam em condições de cobrir esses prejuízos. Se a subsidiária posteriormente obtiver lucros, o Grupo apropria esses lucros até que a parte minoritária dos prejuízos anteriormente assumidos pelo Grupo seja recuperada. O custo de uma aquisição é medido ao justo valor dos bens, instrumentos de capital utilizados e riscos incorridos ou assumidos à data de aquisição, mais os custos directamente atribuíveis à aquisição. Bens identificáveis adquiridos e os riscos e contingências assumidos numa combinação de negócio são medidos inicialmente ao justo valor à data de aquisição, independentemente da extensão de algum interesse minoritário. O excesso do custo de aquisição relativamente ao justo valor da parcela do Grupo dos bens identificáveis adquiridos é registado como goodwill. Se o custo de aquisição for inferior ao justo valor do valor líquido dos bens da subsidiária adquirida, a diferença é registada directamente na demonstração dos resultados. Saldos e transacções inter-grupo, assim como ganhos não realizados em transacções entre empresas do Grupo são eliminados. Perdas não realizadas são também eliminadas, excepto se a transacção revelar evidência de imparidade de um bem transferido. As políticas contabilísticas das subsidiárias são alteradas sempre que necessário de forma a garantir consistência com as políticas adoptadas pelo Grupo. Nas situações em que o Grupo detenha, em substância, o controlo de entidades criadas com um fim específico, ainda que não possua participações de capital directamente nessas entidades, as mesmas são consolidadas pelo método de consolidação integral.
e) Outras participações As participações relativamente às quais o Grupo não assegura uma influência significativa sobre a sua actividade, são registadas ao mais baixo valor entre o seu custo de aquisição e o seu valor de realização. f) Interesses minoritários Os montantes de capitais próprios das empresas filiais consolidadas pelo método integral, atribuíveis às acções ou partes detidas por pessoas estranhas às empresas incluídas na consolidação, são inscritos no balanço consolidado na rubrica de interesses minoritários. Os interesses minoritários sobre o resultado líquido das filiais consolidadas são identificados e ajustados por dedução ao resultado do Grupo e inscritos na demonstração dos resultados consolidados na rubrica interesses minoritários.
c) Participações financeiras em empresas controladas conjuntamente As participações financeiras controladas conjuntamente são incluídas na consolidação pelo método da consolidação proporcional, desde a data em que o controlo conjunto é adquirido e até à data em que o mesmo efectivamente termina. A classificação dos investimentos financeiros em empresas controladas conjuntamente é determinada com base na existência de acordos parassociais que demonstrem e regulem o controlo conjunto. De acordo com este método, os activos, passivos, proveitos e custos destas empresas foram incorporados nas demonstrações financeiras consolidadas, rubrica a rubrica, na proporção do controlo atribuível ao Grupo. O excesso do custo de aquisição relativamente ao justo valor da parcela do Grupo nos bens identificáveis controlados conjuntamente é reconhecido como goodwill. Se o custo de aquisição for inferior ao justo valor do valor líquido dos bens da entidade controlada conjuntamente adquirida, a diferença é registada directamente na demonstração dos resultados.
f) Especialização de exercícios Genericamente, os proveitos e os custos são registados de acordo com o princípio da especialização de exercícios, pelo qual as receitas e despesas são reconhecidas na medida em que são geradas, independentemente do momento em que são recebidas ou pagas. As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e as correspondentes receitas e despesas geradas, são registadas no balanço consolidado nas rubricas de “Outros activos correntes” e “Outros passivos correntes”, respectivamente.
2.3 RECONHECIMENTO DO RÉDITO a) Vendas e prestação de serviços Os proveitos decorrentes das vendas são reconhecidos na demonstração dos resultados quando os riscos e vantagens inerentes à posse dos activos vendidos são transferidos para o comprador. Os proveitos associados coma prestação de serviços são reconhecidos na demonstração dos resultados quando prestados, tendo em conta a proporção entre os serviços prestados no exercício e os serviços totais contratados. Os custos dos contratos de construção são reconhecidos quando incorridos. Quando as receitas do contrato não podem ser medidas com fiabilidade, os proveitos são reconhecidos na justa medida em que os custos são recuperados. Quando as receitas do contrato podem ser medidas com fiabilidade, e é provável que o contrato irá ser lucrativo, as receitas são reconhecidas ao longo do período da construção. Se o contrato não for lucrativo, a perda prevista é reconhecida imediatamente como custo do exercício. É utilizado o método da percentagem de acabamento para reconhecer as receitas em cada período. O grau de acabamento é medido tendo em conta o peso dos custos incorridos nos custos estimados totais. Os custos incorridos no exercício, que estão associados às actividades futuras do contrato, são excluídos do cálculo do grau de acabamento, sendo classificados como existências, custos diferidos ou outros. Os direitos de ingresso são reconhecidos no momento da assinatura do contrato do direito de reserva e consequente recebimento. O Grupo apresenta como um activo os valores a recuperar de clientes para os contratos em curso cujos custos incorridos adicionados dos proveitos reconhecidos (e subtraídos das perdas reconhecidas) excedem a facturação efectuada. As facturas por pagar são apresentadas na rubrica de clientes. Os proveitos decorrentes das vendas e prestação de serviços não são reconhecidos se existirem dúvidas quanto à cobrabilidade do produto da venda ou da prestação de serviços.
2.4 TRANSACÇÕES EM MOEDA DIFERENTE DO EURO A moeda funcional e de apresentação do Grupo, é o euro. As empresas sedeadas em Angola e Moçambique têm moedas funcionais diversas, sendo as suas demonstrações financeiras transpostas para o euro utilizando as cross rates kwanza e metical versus dólar americano e deste para o euro. Os activos e passivos monetários expressos em moeda estrangeira para os quais não há acordos de fixação de câmbio, são convertíveis para euros utilizando-se as taxas de câmbio vigentes na data do balanço. As diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis, que resultam da comparação entre as taxas de câmbio em vigor na data das operações e as vigentes na data das cobranças, dos pagamentos, ou à data do balanço, são registadas como proveitos e custos na demonstração de resultados, excepto no que respeita às diferenças de câmbio provenientes da conversão cambial de saldos de empréstimos que na prática se constituam como uma extensão de investimentos financeiros no estrangeiro e cujo reembolso não seja previsível num futuro próximo, as quais são registadas no capital próprio, até à alienação do investimento, momento em que são transferidos para os resultados do exercício. Os activos e passivos não monetários denominados em moeda estrangeira e registados ao justo valor são convertidos para a moeda oficial de cada filial, utilizando para o efeito a taxa de câmbio em vigor na data em que o justo valor foi determinado. A conversão de demonstrações financeiras de empresas subsidiárias e associadas expressas em moeda estrangeira é efectuada considerando as seguintes taxas de câmbio: > taxa de câmbio vigente à data do balanço, para a conversão dos activos e passivos; > taxa de câmbio média do período, para a conversão das rubricas da demonstração dos resultados; > taxa de câmbio média do período, para a conversão dos fluxos de caixa (nos casos em que essa taxa de câmbio se aproxime da taxa real, sendo que para os restantes fluxos é utilizada a taxa de câmbio da data das operações); > taxa histórica, para as rubricas de investimentos financeiros/capital próprio, utilizadas aquando da primeira consolidação.
b) Subsídios Os subsídios só são reconhecidos quando recebidos ou após existir segurança de que o Grupo cumprirá as condições a eles associadas. Os subsídios ao investimento são incluídos na rubrica de Outros passivos não correntes e o proveito subjacente é reconhecido em quotas constantes ao longo da vida útil estimada dos activos associados.
g) Alterações ao perímetro O Grupo Vista Alegre Atlantis foi adquirido a 24 de Abril de 2009, através de uma OPA (Oferta Publica de Aquisição) lançada pelo Grupo Visabeira. A 31 de Dezembro de 2009 comportava um total de volume de negócios de 54, 4 milhões de euros, originando um resultado líquido negativo de 18,4 milhões de euros; dos quais foram incorporados no consolidado a parte respeitante aos meses de exercício sob gestão do Grupo Visabeira, traduzindo-se em 37,5 milhões de euros de volume de negócios e um resultado líquido de positivo de 356 mil euros. Em 1 de Abril de 2009 foi adquirida as Faianças Artísticas Bordallo Pinheiro, empresa que se dedica à produção e distribuição de artigos utilitários e ornamentais em cerâmica e que contabiliza, a 31 de Dezembro de 2009, um volume de negócios de 2 milhões de euros e um resultado líquido negativo de 107 mil euros, tendo sido incorporado no consolidado um volume de negócios de 1,6 milhões de euros e um resultado líquido positivo de 137 mil euros.
d) Participações financeiras em empresas associadas Empresas associadas são as empresas sobre as quais o Grupo Visabeira exerce uma influência significativa na determinação das políticas operacionais e financeiras. Presume-se que existe influência significativa quando a percentagem de participação é superior a 20%. Estas participações financeiras são consolidadas pelo método da equivalência patrimonial, isto é, as demonstrações financeiras consolidadas incluem o interesse do Grupo no total de ganhos e perdas reconhecidos da associada, desde a data em que a influência significativa começa até à data em que efectivamente termina. Os dividendos recebidos destas empresas são registados como uma diminuição do valor dos investimentos financeiros.
76
c) Resultados financeiros líquidos Os resultados financeiros líquidos representam essencialmente juros de empréstimos obtidos deduzidos de juros de aplicações financeiras e ganhos e perdas cambiais. Os custos e proveitos financeiros são reconhecidos em resultados numa base de acréscimo durante o período a que dizem respeito. d) Dividendos Estes proveitos são reconhecidos quando o direito de recebimento do accionista é estabelecido.
As diferenças de câmbio originadas na conversão para euros das demonstrações financeiras de empresas subsidiárias e associadas expressas em moeda estrangeira são incluídas no capital próprio, na rubrica “Reservas de conversão cambial”.
e) Trabalhos para a própria empresa Os custos internos (por exemplo: mão de obra, materiais, transportes) incorridos na produção de activos tangíveis e existências são objecto de capitalização, apenas quando preenchidas as seguintes condições: (i) os activos são identificáveis e mensuráveis de forma fiável; (ii) existe forte probabilidade de que venham a gerar benefícios económicos futuros. Não são reconhecidas quaisquer margens geradas internamente.
77
Notas às Demostrações Financeiras Consolidadas
Demonstrações Financeiras Consolidadas e Respectivos Anexos
deduzido de qualquer perda de imparidade, por forma a que as mesmas reflictam o seu valor realizável líquido.
Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, os activos e passivos expressos em moeda estrangeira foram convertidos para euros com base nas seguintes taxas de câmbio de tais moedas relativamente ao euro:
b) Investimentos detidos até à maturidade Os investimentos detidos até à maturidade são classificados como Investimentos não correntes, excepto se o seu vencimento for inferior a 12 meses da data do balanço, sendo registados nesta rubrica os investimentos com maturidade definida para os quais o Grupo tem intenção e capacidade de os manter até essa data. Os investimentos detidos até à maturidade são registados ao custo amortizado, deduzido de eventuais perdas por imparidade.
TAXA CÂMBIO 2009
2008
CÓDIGO
DESIGNAÇÃO
106,67 11,42
103,04
DZD
DINAR ARGELINO
11,32
MAD
DIRHAM MARROQUINO
1,44
1,39
USD
DÓLAR AMERICANO
128,20
109,29
AON
KWANZA ANGOLANO
0,90
0,97
GBP
LIBRA INGLESA
39,67
35,30
MT
METICAL MOÇAMBICANO
4,24
4,02
RON
NOVO LEU DA ROMÉNIA
18,69
19,43
MXP
PESO MEXICANO
2,51
3,32
BRL
REAL BRASILEIRO
c) Investimentos mensurados ao justo valor através de resultados Incluem-se nesta categoria os activos financeiros detidos para negociação, e os activos designados ao justo valor através de resultados no momento do seu reconhecimento inicial; e são apresentados como activos correntes. Um activo financeiro está classificado como detido para negociação se for: > Adquirido ou incorrido principalmente para a finalidade de venda ou de recompra num prazo muito próximo; > Parte de uma carteira de instrumentos financeiros identificados que são geridos em conjunto e para os quais existe evidência de um modelo real recente de tomada de lucros a curto prazo; > Um derivado (excepto no caso de um derivado que seja um instrumento de cobertura designado e eficaz).
Nos exercícios de 2009 e 2008, as demonstrações de resultados das empresas subsidiárias expressas em moeda estrangeira foram convertidas com base nas seguintes taxas de câmbio médio de tais moedas relativamente ao euro: TAXA CÂMBIO MÉDIA 2009
2008
CÓDIGO
DESIGNAÇÃO
11,42
11,32
MAD
DIRHAM MARROQUINO
111,35
111,06
AON
KWANZA ANGOLANO
37,44
35,66
MT
METICAL MOÇAMBICANO
18,69
19,43
MXP
PESO MEXICANO
Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração no justo valor dos investimentos mensurados ao justo valor através de resultados são registados na demonstração de resultados do período. d) Activos financeiros disponíveis para venda Os investimentos disponíveis para venda são activos financeiros, não derivados, que o Grupo tem intenção de manter por tempo indeterminado, ou são assim designados no momento da aquisição, ou não se enquadram nas restantes categorias de classificação dos activos financeiros. São apresentados como activos não correntes, excepto se houver a intenção de os alienar nos 12 meses seguintes à data de balanço.
2.5 ACTIVOS E PASSIVOS FINANCEIROS Todas as compras e vendas destes investimentos são reconhecidas à data da negociação ou da assinatura dos respectivos contratos de compra e venda, independentemente da data de liquidação financeira. No momento inicial, os investimentos são inicialmente registados pelo seu valor de aquisição, que é o justo valor do preço pago, incluindo despesas de transacção, excepto para os activos valorizados ao justo valor através de resultados, em que os custos de transacção são imediatamente reconhecidos nos resultados.
Após o reconhecimento inicial, os investimentos disponíveis para venda são reavaliados pelos seus justos valores por referência ao seu valor de mercado à data do balanço, sem qualquer dedução relativa a custos da transacção que possam vir a ocorrer até à sua venda. Os investimentos que não sejam cotados e para os quais não seja possível estimar com fiabilidade o seu justo valor, são mantidos ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas por imparidade.
Estes activos não são reconhecidos quando: (i) expiram os direitos contratuais do Grupo quanto ao recebimento dos seus fluxos de caixa; ou (ii) o Grupo tenha transferido substancialmente todos os riscos e benefícios associados à sua posse, ou o controlo sobre os activos.
Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração no justo valor dos investimentos disponíveis para venda são registados no capital próprio, na rubrica de reservas, até o investimento ser vendido, recebido ou de qualquer forma alienado, ou até que o justo valor do investimento se situe abaixo do seu custo de aquisição e que tal corresponda a uma perda por imparidade, momento em que o ganho ou perda acumulada é registado na demonstração de resultados. Esta decisão requer julgamento. Para fazer este julgamento, o Grupo Visabeira avalia, entre outros factores, as variações das cotações das acções e o tempo /duração em que o valor de mercado das acções é inferior ao custo de aquisição.
2.5.1 Activos financeiros Os activos financeiros classificam-se como segue, dependendo da intenção do Conselho de Administração na sua aquisição: a) Empréstimos e contas a receber; b) Investimentos detidos até à maturidade; c) Investimentos mensurados ao justo valor através de resultados (detido para negociação); d) Activos financeiros disponíveis para venda. a) Empréstimos e contas a receber Incluem-se os activos financeiros não derivados com recebimentos fixos ou determináveis. Os saldos de clientes e devedores são contabilizados pelo valor nominal,
78
A designação de um instrumento financeiro derivado como sendo um instrumento de cobertura obedece às disposições da IAS 39. Uma relação de cobertura existe quando: > à data da contratação, existe documentação formal da cobertura; > existe a expectativa de que a cobertura seja altamente eficaz; > a eficácia da cobertura possa ser medida com fiabilidade; > a cobertura é avaliada continuadamente e mostra-se altamente efectiva ao longo do período de relato financeiro; > em relação a uma transacção prevista, esta tem de ser altamente provável.
2.5.2 Passivos financeiros Os passivos financeiros são classificados de acordo com a substância contratual, independentemente da forma legal que assumem, e classificam-se como segue: a) Passivos financeiros mensurados ao justo valor através de resultados; b) Empréstimos bancários; c) Contas a pagar. a) Passivos financeiros mensurados ao justo valor através de resultados Incluem-se nesta categoria os passivos financeiros detidos para negociação e os derivados que não qualifiquem para efeitos de contabilidade de cobertura, e sejam classificados desta forma no seu reconhecimento inicial.
As variações no justo valor dos instrumentos derivados designados como de cobertura de justo valor são reconhecidas como resultado financeiro do período. As variações no justo valor dos instrumentos derivados, designados como de cobertura de fluxos de caixa, são reconhecidas no capital próprio, na sua componente efectiva, e em resultados financeiros, na sua componente não efectiva. Os valores registados no capital próprio são transferidos para resultados no momento em que o item coberto tiver também efeitos no resultado. Quando os instrumentos financeiros derivados, embora contratados para efectuar cobertura económica de acordo com as políticas de gestão de risco do Grupo, não respeitam todas as condições estipuladas na IAS 39 para a sua qualificação como contabilidade de cobertura, são classificados como derivados detidos para negociação, sendo as respectivas variações de justo valor registadas nos resultados do período. Quando existam derivados embutidos em outros instrumentos financeiros ou outros contratos, os mesmos são tratados como derivados separados nas situações em que os riscos e características não estejam intimamente relacionados com os contratos e nas situações em que os contratos não sejam apresentados pelo seu justo valor com os ganhos ou perdas não realizadas registadas na demonstração de resultados.
Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração no justo valor dos passivos financeiros mensurados ao justo valor através de resultados são registados na demonstração de resultados do período. b) Empréstimos bancários Os empréstimos são registados no passivo pelo valor nominal, e o valor recebido é líquido de comissões com a emissão desses empréstimos. Os encargos financeiros são calculados de acordo com a taxa de juro efectiva e contabilizados na demonstração de resultados de acordo com o princípio de especialização dos exercícios, conforme política definida na nota 2.3 f). c) Contas a pagar Os saldos de fornecedores e outros credores são inicialmente registados pelo seu valor nominal, o qual se entende ser o seu justo valor, e subsequentemente são registados ao custo amortizado, de acordo com o método da taxa de juro efectiva.
2.5.5 Caixa e equivalentes de caixa
Os instrumentos de capital próprio são classificados de acordo com a substância contratual, independentemente da forma legal que assumem. Os instrumentos de capital próprio emitidos pelas empresas do Grupo são registados pelo valor recebido, líquido dos custos suportados com a sua emissão.
A rubrica caixa e equivalentes de caixa incluiu numerário, depósitos à ordem e aplicações de tesouraria, com prazos de vencimento curtos e que são mobilizáveis rapidamente sem risco significativo de alteração de valor. Para efeitos de demonstração de fluxos de caixa, a rubrica “Caixa e equivalentes de caixa”, inclui também os descobertos bancários incluídos no balanço na rubrica de “Empréstimos bancários”.
2.5.4 Derivados e contabilidade de cobertura
2.6 IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS
2.5.3 Instrumentos de capital próprio
Em 31 de Dezembro de 2009 encontrava-se contratado um conjunto de instrumentos financeiros derivados, essencialmente com o objectivo de minimizar os riscos de exposição a variações de taxa de juro.
As imobilizações são registadas ao custo de aquisição líquido das respectivas amortizações acumuladas e de perdas de imparidade (ver nota 2.13).
A contratação deste tipo de instrumentos financeiros é efectuada após análise cuidada dos riscos e benefícios inerentes a este tipo de operações e consulta a diversas instituições intervenientes no mercado. Estas operações estão sujeitas à aprovação prévia da Comissão Executiva e implicam o acompanhamento permanente da evolução dos mercados financeiros e das posições detidas pelo Grupo. O valor de mercado (fair value) destes instrumentos é apurado regular e periodicamente ao longo do ano, no sentido de permitir uma avaliação contínua destes instrumentos e das respectivas implicações financeiras.
Custos subsequentes são incluídos na quantia escriturada do bem ou reconhecidos como activos separados, quando for provável que benefícios económicos futuros, que excedam o nível de desempenho originalmente avaliado do activo existente, fluirão para a empresa e o custo do activo para a empresa possa ser mensurado com fiabilidade. Todos os outros dispêndios subsequentes são reconhecidos como um gasto no período em que sejam incorridos.
Os instrumentos financeiros derivados são inicialmente mensurados ao justo valor na data de contratação, sendo reavaliados subsequentemente pelo respectivo justo valor à data de Balanço.
Os encargos financeiros relacionados com financiamentos destinados à produção/aquisição de activos que exigem um período de tempo substancial para que estejam prontos a ser utilizados são adicionados ao custo destes activos.
79
Notas às Demostrações Financeiras Consolidadas
Demonstrações Financeiras Consolidadas e Respectivos Anexos
As rendas são constituídas pelo custo financeiro e pela amortização do capital. Os custos financeiros são imputados aos respectivos períodos durante o prazo de locação segundo uma taxa de juro periódica constante sobre o investimento líquido remanescente do locador.
Amortizações Os terrenos não são amortizados, excepto os afectos à actividade extractiva, sendo as amortizações dos restantes bens calculadas sobre os valores de aquisição, pelo método das quotas constantes, com imputação duodecimal. As taxas anuais aplicadas reflectem satisfatoriamente a vida útil económica dos bens.
As rendas classificadas como locações operacionais, nomeadamente pela inexistência de intenção de compra do bem, são contabilizadas como custo do exercício.
Os valores residuais dos bens e as suas vidas úteis são reavaliados, e ajustados caso necessário, à data de cada balanço.
2.9 IMOBILIZAÇÕES INCORPÓREAS E GOODWILL
As taxas de amortização praticadas correspondem, em média, às seguintes vidas úteis estimadas:
2.9.1 Imobilizações incorpóreas As imobilizações incorpóreas encontram-se registadas pelo custo de aquisição, deduzido das amortizações acumuladas e de perdas de imparidade.
TAXA DE AMORTIZAÇÃO 2009
2008
TERRENOS E RECURSOS NATURAIS
2,50%
2,50%
EDIFÍCIOS E OUTRAS CONSTRUÇÕES
2,00% - 50,00%
2,00% - 50,00%
EQUIPAMENTO BÁSICO
6,67% - 33,33%
6,67% - 33,33%
EQUIPAMENTO DE TRANSPORTE
16,66% - 25,00%
16,66% - 25,00%
FERRAMENTAS E UTENSÍLIOS
4,00% - 25,00%
4,00% - 25,00%
EQUIPAMENTO ADMINISTRATIVO
4,00% - 10,00%
4,00% - 10,00%
As amortizações são calculadas sobre os valores de aquisição, pelo método das quotas constantes, com imputação duodecimal, pelo seu período de vida útil (geralmente 3 anos). Custos com activos intangíveis gerados internamente e marcas próprias são registados na conta de resultados na medida em que são incorridos. As despesas de investigação, efectuadas na procura de novos conhecimentos técnicos ou científicos ou na busca de soluções alternativas, são reconhecidas em resultados quando incorridas. As despesas de desenvolvimento são capitalizadas quando for demonstrável a exequibilidade técnica do produto ou processo em desenvolvimento e o Grupo tiver intenção e capacidade de completar o seu desenvolvimento e iniciar a sua comercialização ou o seu uso.
2.7 PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO Compreendem imóveis e terrenos detidos para auferir rendimento ou valorização de capital, ou ambos, não sendo utilizados na prossecução da actividade normal dos negócios.
2.9.2 Goodwill
Inicialmente as propriedades de investimento são mensuradas ao custo de aquisição, incluindo os custos da transacção.
Ganhos ou perdas resultantes de alterações do justo valor das propriedades de investimento são relevadas na demonstração dos resultados no ano em que são geradas.
As diferenças de consolidação positivas (goodwill) representam o excesso do custo de aquisição sobre o justo valor dos activos e passivos identificáveis à data da aquisição ou da primeira consolidação e encontram-se registadas no activo (o goodwill associado à aquisição de subsidiárias é registado em investimentos financeiros) não corrente. As diferenças de consolidação negativas (badwill) representam o excesso do justo valor dos activos e passivos identificáveis à data da aquisição, sobre o valor de aquisição, sendo registadas em resultados.
As propriedades de investimento são desreconhecidas quando as mesmas forem alienadas ou quando forem retiradas de uso não sendo expectável que benefícios económicos futuros resultem da sua retirada. Quaisquer ganhos ou perdas resultantes do desreconhecimento de propriedades de investimento são reconhecidos na demonstração de resultados nesse ano.
O goodwill relativo a investimentos em empresas sedeadas no estrangeiro, adquiridas após 1 de Janeiro de 2005, encontra-se registado na moeda de reporte dessas empresas, sendo convertido para euros à taxa de câmbio em vigor na data de balanço. As diferenças de câmbio geradas na transposição de moedas são reconhecidas no capital próprio.
Os custos incorridos com propriedades de investimento em utilização, nomeadamente manutenções, reparações, seguros e impostos sobre propriedades, são reconhecidos nos resultados consolidados do período a que respeitam.
O goodwill não é amortizado, sendo abatidas ao valor do goodwill as respectivas perdas de imparidade, determinadas anualmente à data do balanço ou sempre que ocorram indícios de uma eventual perda de valor. Qualquer perda de valor, imparidade, é registada no resultado do período e não pode ser revertida subsequentemente.
Subsequentemente ao reconhecimento inicial as propriedades de investimento são mensuradas ao justo valor.
2.8 CONTRATOS DE LOCAÇÃO 2.10 IMPARIDADE DE ACTIVOS TANGÍVEIS E INTANGÍVEIS (EXCEPTO GOODWILL)
Os contratos de locação relativamente aos quais o Grupo assume substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse do activo locado são classificados como locações financeiras.
Os activos que não têm uma vida útil definida não estão sujeitos a amortização, mas estão sujeitos a testes de imparidade anuais. Para aqueles que, tendo uma vida útil definida, estão sujeitos a amortizações, realizam-se também testes de imparidade sempre que as circunstâncias se alteram e o valor pelo qual se encontra escriturado possa não ser recuperável.
Os contratos de locação financeira são registados na data do seu início como activo e passivo pelo menor do justo valor da propriedade locada ou do valor actual das rendas de locação vincendas. Os activos adquiridos em locação financeira são amortizados de acordo com a política estabelecida pela empresa para as imobilizações corpóreas.
80
Os encargos financeiros considerados correspondem aos custos reais dos empréstimos incorridos em contratos de financiamento que referem explicitamente o empreendimento, até ao ponto em que seja razoável face ao nível da aplicação. Os restantes produtos acabados e em curso encontram-se valorizados ao custo de produção, no qual se incluem todos os custos directos e encargos gerais de fabrico.
Uma perda por imparidade é a quantia pela qual a quantia escriturada de um activo excede a sua quantia recuperável. A quantia recuperável é a mais alta de entre o preço de venda líquido de um activo (justo valor – custos de venda) e o seu valor de uso, o qual decorre dos fluxos de caixa futuros actualizados com base em taxas de desconto antes de imposto que reflictam o valor actual do capital e o risco específico do activo(s) em causa. Para a determinação do valor recuperável, os activos são analisados individualmente ou agrupados aos mais baixos níveis para os quais são identificados separadamente como unidades geradoras de fluxos de caixa. Uma Unidade Geradora de Caixa (UGC) é o grupo mais pequeno de activos que inclui o activo e que gera influxos de caixa provenientes do uso continuado, que sejam em larga medida independentes dos influxos de caixa de outros activos ou grupos de activos.
As mercadorias estão valorizadas ao preço médio de aquisição, incluindo custos de transporte e armazenagem.
2.13 PROVISÕES São constituídas provisões no balanço sempre que o Grupo tem uma obrigação presente (legal ou implícita) resultante de um acontecimento passado e sempre que é provável que uma diminuição, razoavelmente estimável, de recursos incorporando benefícios económicos será exigido para liquidar a obrigação.
Sempre que o valor contabilístico do activo é superior ao seu valor recuperável é reconhecida uma perda por imparidade na demonstração de resultados do período a que se refere. Se esta perda for subsequentemente revertida, o valor contabilístico do activo é actualizado em conformidade mas nunca poder-se-á tornar superior ao valor que estaria reconhecido caso a perda por imparidade não tivesse sido registada. A reversão da imparidade é também reconhecida na demonstração de resultados do período a que se refere.
> Reestruturação: Uma provisão para reestruturação é relevada após aprovação formal de uma operação de reestruturação, e esta tenha sido iniciada ou tornada pública. Os custos operacionais não devem ser considerados no valor da provisão.
Em 31 de Dezembro de 2009 as situações de perda por imparidade estão identificadas na Nota 17.
> Contratos onerosos: Uma provisão para contratos onerosos é reconhecida quando os benefícios expectáveis da consecução do contrato são inferiores aos custos decorrentes da obrigação imposta por este.
2.11 ACTIVOS DETIDOS PARA VENDA E OPERAÇÕES EM DESCONTINUIDADE
As provisões para os custos de desmantelamento, remoção de activos e restauração do local são reconhecidas quando os bens começam a ser utilizados e se for possível estimar a respectiva obrigação dom fiabilidade. O montante da provisão reconhecida corresponde ao valor presente da obrigação, sendo a actualização financeira registada em resultados como custo financeiro na rubrica de “juros líquidos”.
Incluem-se nesta categoria os activos ou grupo de activos cujo respectivo valor seja realizável através de uma transacção de venda ou, conjuntamente, como um grupo numa transacção única, e os passivos directamente associados a estes activos que sejam transferidos na mesma transacção. Para que esta situação se verifique é necessário que a venda seja muito provável (sendo expectável que se concretize num prazo inferior a 12 meses), e que o activo esteja disponível para venda imediata nas actuais condições, para além de que o Grupo se tenha comprometido na sua venda.
As provisões são revistas e actualizadas na data de balanço, de modo a reflectir a melhor estimativa, nesse momento, da obrigação em causa.
2.14 ACTIVOS E PASSIVOS CONTINGENTES
A amortização dos activos nestas condições cessa a partir do momento em que são classificados como detidos para venda.
Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas, sendo os mesmos divulgados no anexo, a menos que a possibilidade de um ex-fluxo de fundos seja remota, caso em que não são objecto de divulgação.
2.12 EXISTÊNCIAS As existências são valorizadas ao menor, de entre o custo e o valor realizável líquido. O valor realizável líquido corresponde ao preço de venda deduzido dos custos de venda.
Os activos contingentes não são reconhecidos, e apenas são divulgados quando é provável a existência de um benefício económico futuro.
Matérias-primas, subsidiárias e de consumo – inclui terrenos para futuros empreendimentos imobiliários que se encontram valorizadas ao preço de aquisição acrescido das despesas de compra, o qual é inferior ao respectivo preço de mercado. As restantes matérias-primas subsidiárias e de consumo encontram-se valorizadas ao preço de aquisição acrescido das despesas de compra até à armazenagem.
2.15 IMPOSTOS SOBRE O RENDIMENTO O imposto sobre o rendimento é calculado com base nos resultados tributáveis das empresas incluídas na consolidação e considera a tributação diferida. O Grupo Visabeira encontra-se abrangido pelo regime especial de tributação dos grupos de sociedades, o qual abrange todas as empresas em que participa, directa ou indirectamente, em pelo menos 90% do respectivo capital e que, simultaneamente, são residentes em Portugal e tributadas em sede de Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Colectivas (IRC).
Produtos acabados e em curso – quando correspondem a fracções de edifícios para venda em empreendimentos concluídos e os produtos em curso, encontram-se valorizados ao custo de produção, o qual é inferior ao respectivo valor de mercado. O custo de produção inclui o custo das matérias-primas incorporadas, mão-de-obra directa e indirecta, subcontratos, outros custos variáveis e fixos e encargos financeiros.
81
Notas às Demostrações Financeiras Consolidadas
Demonstrações Financeiras Consolidadas e Respectivos Anexos
Os ganhos e perdas gerados por um corte ou uma liquidação de um plano de pensões de benefícios definidos são reconhecidos nos resultados do exercício em que o corte ou a liquidação ocorre. Um corte ocorre quando se verifica uma redução material no número de empregados ou o plano é alterado para que os benefícios definidos sejam reduzidos, com efeito material, originando assim uma redução nas responsabilidades com o plano.
As restantes empresas participadas, não abrangidas pelo regime especial de tributação dos grupos de sociedades, são tributadas individualmente, com base nas respectivas matérias colectáveis e nas taxas de imposto aplicáveis. O imposto diferido é calculado, com base no método da responsabilidade de balanço, sobre as diferenças temporárias entre os valores contabilísticos dos activos e passivos e a respectiva base de tributação. Não é calculado imposto diferido sobre as diferenças de consolidação e as diferenças de reconhecimento inicial de um activo e passivo quando a mesma não afecta nem o resultado contabilístico nem o fiscal. A base tributável dos activos e passivos é determinada por forma a reflectir as consequências de tributação decorrentes da forma como o Grupo espera, à data do balanço, recuperar ou liquidar a quantia escriturada dos seus activos e passivos, tendo por base decisões do ponto de vista fiscal substancialmente implementadas na data de balanço.
2.16.2 Cessação de emprego Os benefícios de cessação de emprego são devidos para pagamento quando há cessação de emprego antes da data normal de reforma ou quando um empregado aceita sair voluntariamente em troca destes benefícios. O Grupo reconhece estes benefícios quando se pode demonstrar estar comprometido a uma cessação de emprego de funcionários actuais, de acordo com um plano formal detalhado para a cessação e não exista possibilidade realista de retirada ou estes benefícios sejam concedidos para encorajar a saída voluntária. Sempre que os benefícios de cessação de emprego se vençam a mais de 12 meses após a data do balanço, eles são descontados para o seu valor actual.
O montante de imposto a incluir quer no imposto corrente, quer no imposto diferido que resulte das transacções ou eventos reconhecidos em reservas, é registado directamente nestas mesmas rubricas, não afectando o resultado do exercício.
2.16.3 Férias, subsídio de férias e prémios São reconhecidos impostos diferidos activos sempre que existe razoável segurança de que serão gerados lucros futuros contra os quais os activos poderão ser utilizados. Os impostos diferidos activos são revistos anualmente e reduzidos sempre que deixe de ser provável que os mesmos possam ser utilizados.
De acordo com a lei laboral, os empregados têm direito a 25 dias úteis de férias anuais, bem como a um mês de subsídio de férias, direitos adquiridos no ano anterior ao seu pagamento. Estas responsabilidades do Grupo são registadas quando incorridas, independentemente do momento do seu pagamento, e são reflectidas na rubrica de “Contas a pagar e outras”.
2.16 BENEFÍCIOS A EMPREGADOS
2.17 INFORMAÇÃO POR SEGMENTOS
2.16.1 Provisões para pensões de reforma – plano de benefícios definidos
Segmento de negócio Segmento de negócio é um componente distinguível do Grupo, comprometido em fornecer um produto ou serviço individual, e que está sujeito a riscos e retornos diferentes dos de outros segmentos de negócio. A organização interna e a estrutura de gestão, bem como o sistema de relato, estão orientados para a análise do desempenho do negócio por actividade.
Algumas empresas do Grupo Vista Alegre Atlantis (VAA) possuem esquemas de pensões atribuídos a antigos funcionários, na forma de um plano de benefício definido, sendo este um plano de pensões que define o montante de benefício de pensão que um empregado irá receber na reforma, normalmente dependente de um ou mais factores, como a idade, anos de serviço e remuneração. O Grupo (VAA) tem em vigor vários planos de benefícios de reforma, uns a cargo do grupo e outros a cargo do BPI Pensões. O passivo reconhecido no balanço relativamente a plano de benefícios definidos é o valor presente da obrigação do benefício definido à data de balanço, deduzido do justo valor dos activos do plano, juntamente com ajustamentos relativos a ganhos e perdas actuariais não reconhecidos e custo de serviços passados. A obrigação do plano de benefícios definidos é calculada anualmente por actuários independentes, utilizando o método do crédito da unidade projectada. O valor presente da obrigação do benefício definido é determinado pelo desconto das saídas de caixa futuras, utilizando a taxa de juro de obrigações de elevada qualidade denominadas na mesma moeda em que os benefícios serão pagos e com termos de maturidade que se aproximam dos da responsabilidade assumida. Ganhos e perdas actuariais resultantes de ajustamentos em função da experiência e alterações nas premissas actuariais são reconhecidos na demonstração de resultados durante o período médio remanescente dos anos de serviço dos empregados no activo. Os custos de serviços passados são imediatamente reconhecidos em resultados, excepto se as alterações no plano de pensões são condicionadas pela permanência dos empregados em serviço por um determinado período de tempo (o período que qualifica para o benefício). Neste caso, os custos de serviços passados são amortizados numa base de linha recta ao longo do período em causa.
Segmento geográfico Segmento geográfico é uma área individualizada do Grupo comprometida em prover produtos ou serviços dentro de um ambiente económico particular e que está sujeito a riscos e retornos que são diferentes de outras áreas que operam em outros ambientes económicos. O Grupo possui subsidiárias em Angola, Moçambique, e França, pelo que aqueles países são identificados como segmentos geográficos.
2.18 EVENTOS SUBSEQUENTES Os eventos ocorridos após a data de balanço que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam à data do balanço são reflectidos nas demonstrações financeiras consolidadas. Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação sobre condições que ocorram após a data do balanço, se materiais são divulgados nas notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas.
f) Análise de imparidade dos activos financeiros disponíveis para venda O Grupo considera que existe uma imparidade dos activos financeiros disponíveis para venda quando existe uma desvalorização prolongada ou de valor significativo do seu justo valor. Esta determinação requer julgamento. Na tomada de decisão, a Comissão Executiva do Grupo avalia, entre outras variáveis, a volatilidade normal dos preços de acções. No caso específico das acções detidas na Zon Multimédia, foram reconhecidas em 2008 as perdas por imparidade descritas na nota 20.
3 JULGAMENTOS E ESTIMATIVAS Na preparação das Demonstrações Financeiras Consolidadas de acordo com o IFRS, o Conselho de Administração do Grupo Visabeira SGPS utiliza estimativas e pressupostos que afectam a aplicação de políticas e montantes reportados. As estimativas e julgamentos são continuamente avaliados e baseiam-se na experiência de eventos passados e outros factores, incluindo expectativas relativas a eventos futuros considerados prováveis face às circunstâncias em que as estimativas são baseadas ou resultado de uma informação ou experiência adquirida. As estimativas contabilísticas mais significativas reflectidas nas Demonstrações Financeiras Consolidadas são como segue:
As estimativas foram determinadas com base na melhor informação disponível à data da preparação das demonstrações financeiras consolidadas. No entanto, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data, não foram consideradas nessas estimativas. Alterações a estas estimativas, que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras consolidadas, são corrigidas em resultados de forma prospectiva, conforme disposto pelo IAS 8.
a) Análise de imparidade do goodwill O Grupo testa anualmente o goodwill com o objectivo de verificar se o mesmo está em imparidade. Os valores recuperáveis das unidades geradoras de caixa foram determinados com base na metodologia do valor em uso. A utilização deste método requer a estimativa de fluxos de caixa futuros provenientes das operações de cada unidade geradora de caixa e a escolha de uma taxa de desconto apropriada.
4 ALTERAÇÕES DE POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS
b) Valorização e vida útil de activos intangíveis O Grupo utilizou diversos pressupostos na estimativa dos fluxos de caixa futuros provenientes dos activos intangíveis adquiridos como parte de processos de aquisição de empresas, entre os quais a estimativa de receitas futuras, taxas de desconto e vida útil dos referidos activos.
Com excepção das alterações decorrentes das emendas às normas que o Grupo já adoptava, durante o exercício de 2009 não ocorreram alterações de políticas contabilísticas, face às consideradas na preparação da informação financeira relativa ao exercício anterior, apresentada para efeitos comparativos, nem foram identificados erros materiais de exercícios anteriores. As alterações por via de emendas ou revisões às normas foram as seguintes:
c) Reconhecimento de provisões e ajustamentos O Grupo é parte em diversos processos judiciais em curso para os quais, com base na opinião dos seus advogados, efectua um julgamento para determinar se deve ser registada uma provisão para essas contingências (nota 42). Os ajustamentos para contas a receber são calculados essencialmente com base na antiguidade das contas a receber, o perfil de risco dos clientes e a situação financeira dos mesmos. As estimativas relacionadas com os ajustamentos para contas a receber diferem de negócio para negócio. A política do Grupo relativamente à atribuição de plafonds à concessão de crédito, quer em termos nacionais quer em termos internacionais, é feita através de recurso a empresas especializadas em cobertura de risco de crédito. Excluindo os organismos estatais e os clientes com notação de risco nacional e internacional superior, refira-se que a exposição média de risco interno ascende a 20%. Porém, uma análise detalhada à variação das provisões anuais demonstra claramente, a quase, inexistência de risco de cobrança. Acresce que o Grupo possui acesso às principais bases de dados do mercado que juntamente com o seu corpo de análise técnica lhe permitem ajuizar e minimizar claramente o risco creditício.
IAS 1 – Apresentação das demonstrações financeiras (revista) O Grupo optou por apresentar uma nova demonstração do rendimento integral, de forma a permitir aos utilizadores das demonstrações financeiras mais facilmente distinguir as variações nos capitais próprios do Grupo decorrentes de transacções em accionistas, enquanto accionistas (ex. dividendos, transacções com acções próprias) e transacções com terceiras partes, ficando estas resumidas nesta nova demonstração. As referências à demonstração de resultados devem ser entendidas como componentes dos lucros e prejuízos. IFRS 2 (Alterada) – Pagamento em Acções: Condições de aquisição IFRS 7 – Divulgações de instrumentos financeiros (emenda) IAS 32 Instrumentos financeiros: apresentação e IAS 1 – Apresentação das demonstrações financeiras – Instrumentos financeiros remíveis e obrigações resultantes de liquidação (emenda)
d) Justo valor das propriedades de investimento O Grupo recorre a entidades externas para proceder ao cálculo do justo valor das propriedades de investimento, sendo utilizado o método do rendimento (fluxos de caixa descontados). Na nota 25 são descritos os pressupostos utilizados bem como a respectiva análise de sensibilidade. Uma avaliação é uma previsão do valor de mercado mas não é uma garantia do valor que seria obtido numa transacção. Adicionalmente, outros avaliadores podem legitimamente calcular um valor de mercado diferente.
IFRIC 9 – Reavaliação de derivados embutidos e IAS 39 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e mensuração – Derivados embutidos (emenda) Outras emendas às IFRS – Ano 2008 O processo anual de melhoria das IFRS procura lidar com a resolução de situações que necessitam de ser melhoradas de forma a aumentar o seu entendimento geral, mas que não são classificadas como de resolução prioritária. O IASB aprovou 34 emendas, algumas das quais resultam em alterações no modo de contabilização, outras referem-se a questões de terminologia e consistência entre normas, sendo seu impacto mínimo. A União Europeia endossou estas emendas em Janeiro de 2009.
e) Determinação do valor de mercado dos instrumentos financeiros O Grupo escolhe o método de avaliação que considera apropriado para os instrumentos financeiros não cotados num mercado activo com base no seu melhor conhecimento do mercado e dos activos, aplicando as técnicas de avaliação usualmente utilizadas no mercado e usando pressupostos com base em taxas de mercado.
82
83
Notas às Demostrações Financeiras Consolidadas
Demonstrações Financeiras Consolidadas e Respectivos Anexos
Ainda não endossadas pela UE
Adicionalmente, em resultado do endosso por parte da EU, foram adoptadas as seguintes normas e interpretações em vigor a partir de 1 de Janeiro de 2009, embora sem qualquer impacto nas demonstrações financeiras do Grupo:
5 EMPRESAS DO GRUPO INCLUÍDAS NA CONSOLIDAÇÃO CONDIÇÕES DE INCLUSÃO
IFRS 1 – First-time adoption of IFRS – Additional exemptions for First-time Adopters (emenda) GRUPO VISABEIRA, SGPS, SA
IFRS 2 – Âmbito do pagamento com base em acções
IFRIC 13 – Programas de fidelização Esta interpretação aplica-se a programas de fidelização de clientes, onde são adjudicado créditos aos clientes como parte integrante de uma venda ou prestação de serviços e este poderão trocar esses créditos, no futuro, por serviços ou mercadorias gratuitamente ou com desconto. Quando os bens e serviços são vendidos associados a programas de fidelização, as transacções são vistas como contendo multi-elementos, e o produto da venda tem de ser repartido pelos diferentes componentes com base no seu justo valor. Não houve qualquer impacto nas demonstrações financeiras do Grupo.
IFRS 9 – Instrumentos financeiros IFRS 24 – Transacções com partes relacionadas (revista)
VISEU
AMBITERMO - ENGENHARIA E EQUIPAMENTOS TÉRMICOS, SA
IFRS 19 – Extinção de passivos financeiros com instrumentos de Capital Próprio
IFRIC 16 – Cobertura de um investimento numa operação estrangeira Outras emendas às IFRS – Ano 2009 IFRIC 8 – Segmentos operacionais Esta norma substitui a IAS 14 – Relato por segmentos, e adopta totalmente o modo de abordagem adoptado pela Gestão, nomeadamente através dos sistemas de relatos internos, para identificar, mensurar e divulgar os resultados dos seus segmentos de negócios.
51,00%
51,00%
LUANDA
100,00%
100,00%
CONSTRUCTEL - CONTRUCTIONS ET TELECOMMUNICATIONS, SARL
VALENCE
99,96%
99,96%
MONS
99,98%
99,98%
BUCARESTE
100,00%
75,00%
VISEU
100,00%
100,00%
CONSTRUCTEL - CONTRUCTIONS ET TELECOMMUNICATIONS BELGIQUE EDIVISA - EMPRESA DE CONSTRUÇÕES, SA ELECTROTEC - PROJECTO, EXECUÇÃO E GESTÃO DE REDES DE ENERGIA, SA
a)
ELECTROVISA, LDA
100,00%
-
49,00%
49,00%
LUANDA
100,00%
-
100,00%
100,00%
GRANBEIRA - SOCIEDADE DE EXPLORAÇÃO E COMÉRCIO DE GRANITOS, SA
VISEU
98,75%
98,75%
PDT - PROJECTOS E TELECOMUNICAÇÕES, SA
LISBOA
99,29%
99,29%
ARGANIL
56,00%
-
NATURENERGIA - AGRO-ENERGIAS, SA
VISEU
100,00%
-
REAL LIFE - TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO, SA
ALGÉS
70,00%
90,00%
VALENCE
100,00%
-
MAPUTO
34,60%
-
MAPUTO
90,00%
90,00%
MAPUTO
50,00%
50,00%
ALGER
99,95%
99,95%
CASABLANCA
100,00%
100,00%
PINEWELLS, SA
SELFENERGY MOÇAMBIQUE, SA
a)
SOGITEL - SOCIEDADE DE GESTÃO IMOBILIÁRIA, LDA TELEVISA - SOCIEDADE TÉCNICA DE OBRAS E PROJECTOS, LDA
a)
TELEVISA ALGERIE, SPA TELEVISA MARROCOS, SA
IFRIC 27 – Demonstrações financeiras consolidadas e separadas (emenda) Esta norma foi emendada no sentido de estabelecer que relativamente às contas separadas de empresa-mãe: > Deixe de ser permitido o método de custo. A distinção entre lucros pré e pós aquisição deixa de ser efectuada. Todos os dividendos recebidos serão reconhecidos nos resultados do período, e obriga que seja realizado um teste de imparidade ao valor da participação; > No caso de reorganizações societárias em que é constituída uma nova empresa mãe, acima da empresa-mãe existente, sob determinadas circunstâncias, o custo da subsidiária é o valor contabilístico reconhecido previamente da sua quota-parte no capital próprio ao invés do seu justo valor. As demonstrações financeiras individuais do Grupo Visabeira, SGPS, SA são preparadas de acordo com o Plano Oficial de Contabilidade. Finalmente, não foram adoptadas as disposições das normas e interpretações cuja aplicação obrigatória apenas em exercícios futuros e que são as seguintes:
LUANDA MAPUTO DOMESSIN
SCI CONSTRUCTEL
IFRIC 23 – Custos de empréstimos obtidos (revista); não houve qualquer impacto nas demonstrações financeiras do Grupo, na medida em que o Grupo já adoptava o tratamento alternativo previsto no anterior texto da norma.
MÃE
CANTANHEDE
GATEL, SAS
IFRIC 15 – Acordos na construção imobiliária
MÃE
COMATEL - CONSTRUÇÃO MANUTENÇÃO SISTEMAS TELECOMUNICAÇÕES, LDA
EDIVISA - EMPRESA DE CONSTRUÇÃO, LDA
IFRS 14 – Adiantamentos relativos a requisitos de fundeamento mínimo (emenda)
% DE CAPITAL DETIDO 2009 2008
VISABEIRA GLOBAL
CONSTRUCTEL - TELECOMUNICATII SI CONSTRUCTII, SRL
IFRS 32 – Classificação de assuntos relativos a direitos (emenda)
SEDE SOCIAL
TERMOGÁS - PROJETOS E INSTALAÇÕES DE GÁS, UNIPESSOAL, LDA
a)
CANTANHEDE
51,00%
-
TV CABO - COMUNICAÇÕES MULTIMÉDIA, LDA
a)
MAPUTO
50,00%
50,00%
TV CABO ANGOLA, LDA
a)
50,00%
LUANDA
50,00%
VIATEL - TECNOLOGIA DE COMUNICAÇÕES, SA
VISEU
99,29%
99,29%
VISABEIRA DIGITAL - SISTEMAS INFORMAÇÃO E MULTIMÉDIA, SA
VISEU
100,00%
100,00%
VISABEIRA - SOCIEDADE TÉCNICA DE OBRAS E PROJECTOS, LDA
VISEU
60,00%
60,00%
VISABEIRA GLOBAL, SGPS, SA
VISEU
100,00%
100,00%
VISABEIRA INVESTIGAÇÃO & DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO, SA
VISEU
100,00%
100,00%
VISACASA - SERVIÇOS DE ASSISTÊNCIA E MANUTENÇÃO GLOBAL, SA
CACÉM
100,00%
100,00%
VISACONSTROI - CONSTRUÇÃO E GESTÃO IMOBILIÁRIA, LDA
LUANDA
100,00%
100,00%
VISEU
100,00%
-
AGROVISA - AGRICULTURA E PECUÁRIA, LDA
MAPUTO
100,00%
100,00%
ÁLAMO - INDÚSTRIA E DESENVOLVIMENTO FLORESTAL, LDA
LUANDA
100,00%
100,00%
BORDALGEST, SA
LISBOA
56,00%
-
MAPUTO
70,38%
70,38%
VISAGREEN, SA VISABEIRA INDÚSTRIA
CELMOQUE - CABOS DE ENERGIA E TELECOMUNICAÇÕES DE MOÇAMBIQUE, SARL CEREXPORT - CERÂMICA DE EXPORTAÇÃO, SA*
AVEIRO
63,46%
-
CERUTIL - CERÂMICAS UTILITÁRIAS, SA
SÁTÃO
100,00%
100,00%
CALDAS DA RAINHA
47,04%
-
AVEIRO
63,46%
-
GRANBEIRA II - ROCHAS ORNAMENTAIS, SA
VOUZELA
100,00%
100,00%
HIDROÁFRICA - COMÉRCIO E INDÚSTRIA, SARL
MAPUTO
85,52%
85,52%
MARMONTE - MÁRMORES DE MOÇAMBIQUE, SARL
MAPUTO
80,00%
80,00%
MOB - INDÚSTRIA DE MOBILIÁRIO, SA
VISEU
97,77%
97,77%
TUBANGOL - TUBOS DE ANGOLA, LDA
LUANDA
100,00%
100,00%
VISTA ALEGRE ATLANTIS, SGPS, SA
ÍLHAVO
63,46%
-
VISTA ALEGRE ATLANTIS, SA*
LISBOA
63,46%
-
VISTA ALEGRE ESPAÑA, SA*
MADRID
63,46%
-
VISTA ALEGRE GRUPO - VISTA ALEGRE PARTICIPAÇÕES, SA*
LISBOA
63,02%
-
VISTA ALEGRE RENTING, LDA*
ÍLHAVO
63,02%
-
VISABEIRA INDÚSTRIA, SGPS, SA
VISEU
100,00%
100,00%
FAIANÇAS ARTÍSTICAS BORDALLO PINHEIRO, LDA
a)
FAIANÇAS DA CAPÔA - INDÚSTRIA DE CERÂMICA, SA*
Já endossadas pela UE IFRS 3 – Concentrações de actividades empresariais (revista) IAS 27 – Demonstrações Financeiras Consolidadas e Separadas (emenda) IAS 39 – Instrumentos Financeiros: reconhecimento e mensuração – itens de cobertura elegíveis (emenda) IFRIC 17 – Distribuições aos proprietários de activos que não são caixa IFRIC 18 – Transferências de activos provenientes de clientes
84
85
Notas às Demostrações Financeiras Consolidadas
Demonstrações Financeiras Consolidadas e Respectivos Anexos
5 EMPRESAS DO GRUPO INCLUÍDAS NA CONSOLIDAÇÃO (CONTINUAÇÃO)
6 EMPRESAS CONTROLADAS CONJUNTAMENTE
CONDIÇÕES DE INCLUSÃO
SEDE SOCIAL
% DE CAPITAL DETIDO 2009 2008
a)
LUANDA
50,00%
50,00%
ACEEC - A.C.E. ELÉCTRICAS DO CENTRO, ACE
VISEU
50,00%
EMPREENDIMENTOS TURÍSTICOS MONTEBELO - SOCIEDADE TURISMO E RECREIO, SA
VISEU
99,83%
99,83%
MOÇAMGALP - AGROENERGIAS DE MOÇAMBIQUE, SA
MAPUTO
50,00%
-
MOVIDA - EMPREENDIMENTOS TURÍSTICOS, SA
VISEU
99,83%
99,83%
PINEWELLS, SA
ARGANIL
-
56,00%
VISEU
100,00%
100,00%
VISEU
50,00%
50,00%
VISABEIRA IMOBILIÁRIA
VISEU
100,00%
100,00%
IFERVISA - SOCIEDADE DE PROMOÇÃO E DESENVOLVIMENTO IMOBILIÁRIO, SA
LISBOA
50,00%
50,00%
MAPUTO
100,00%
100,00% VISEU
-
50,00%
VISABEIRA TURISMO
% DE CAPITAL DETIDO 2009 2008
SEDE SOCIAL VISABEIRA GLOBAL
CONVISA TURISMO, LDA
MUNDICOR - VIAGENS E TURISMO, SA PRATO CONVIVAS - SOCIEDADE HOTELEIRA, LDA
a)
RÓDIA - SOCIEDADE BEIRALTINA DE TURISMO E DIVERSÕES, SA TURVISA - EMPREENDIMENTOS TURÍSTICOS, LDA TURVISA, LDA
a)
VISABEIRA TURISMO, SGPS, SA
LUBANGO
30,00%
-
VISEU
100,00%
100,00%
50,00%
VISABEIRA PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS DIGISPIRIT - GESTÃO E EXPLORAÇÃO DE ESPAÇOS COMERCIAIS, LDA
VISABEIRA IMOBILIÁRIA IMOVISA - IMOBILIÁRIA DE MOÇAMBIQUE, LDA
MAPUTO
49,00%
49,00%
VISABEIRA IMOBILIÁRIA, SA
a)
VISEU
100,00%
100,00%
VISABEIRA IMOBILIÁRIA, SGPS, SA
VISEU
100,00%
100,00%
A empresa Pinewells, SA, passou a consolidar, em 2009, pelo método integral, pelo facto de o Grupo Visabeira ter passado a controlar as suas actividades e gestão.
VISABEIRA PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS 1101 SOLUTIONS, UNIPESSOAL LDA AGROVISA - AGRICULTURA E PECUÁRIA, LDA ARTE E CENA - PROJECTOS, OBRAS E CONSTRUÇÃO CINEMATOGRÁFICAS, LDA
VISEU
100,00%
-
LUANDA
100,00%
100,00%
VISEU
90,00%
90,00%
MAPUTO
80,00%
80,00%
BENETRÓNICA - INTERNATIONAL COMMERCE, IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO, SA
LISBOA
100,00%
100,00%
CICLORAMA - ESTUDOS, PROJECTOS E PRODUÇÕES, LDA
VISEU
100,00%
90,00%
LUANDA
50,00%
50,00%
VISEU
100,00%
-
AUTOVISA - SERVIÇOS AUTO, SARL
CONVISA ENGENHARIA, LDA
a)
DIGISPIRIT - GESTÃO E EXPLORAÇÃO DE ESPAÇOS COMERCIAIS, LDA
7 EMPRESAS ASSOCIADAS SEDE SOCIAL
2009
PARTICIPAÇÃO 2008
CAPITAL PRÓPRIO
2009 RESULTADO LÍQUIDO
VALOR CONTABILÍSTICO 2009 2008
EFEITO DO MEP 2009 2008
VISABEIRA GLOBAL
IMENSIS - SOCIEDADE GESTÃO EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS, LDA
a)
MAPUTO
49,00%
49,00%
BEIRAGÁS, SA
VISEU
23,52%
23,52%
20.430.889
2.182.580
5.358.908
4.883.973
474.935
458.838
IUTEL - INFOCOMUNICAÇÕES, SA
a)
VISEU
50,00%
50,00%
MOÇAMGALP - AGROENERGIA DE MOÇAMBIQUE, SA
MAPUTO
-
50,00%
-
-
-
32.962
-
0
VISEU
90,00%
90,00%
PRIO AGRICULTURA, SA
MAPUTO
40,00%
40,00%
97.984
-1.166.834
116.987
611.161
-515.926
0
MERCURY COMERCIAL, LDA
MAPUTO
100,00%
100,00%
MERCURY COMERCIAL, LDA
LUANDA
100,00%
93,10%
VISABEIRA TURISMO
PDA - PARQUE DESPORTIVO DE AVEIRO, SA
AVEIRO
54,57%
54,57%
DOUTIBELO, LDA
VISEU
19,97%
-
3.007.576
-161.777
3.124.328
0
-32.355
0
VISEU
50,00%
50,00%
LIPILICHI HOLDINGS, LDA
PORT-LOUIS
15,00%
15,00%
26.709
0
36
36
0
0
LISBOA
100,00%
100,00%
MTDENDELE HOLDINGS, LDA
PORT-LOUIS
25,00%
25,00%
1.202
0
60
60
0
0
VISEU
19,97%
-
1.665.278
-33.360
1.628.246
-
-6.672
FIGUEIRA DA FOZ
38,00%
38,00%
835.663
-38.358
333.249
338.948
-5.700
-12.238
JOAFIL - ACESSÓRIOS AUTOMÓVEIS, LDA
PREDIBEIRA - COMPRA E VENDA DE PROPRIEDADES, LDA
a)
PTC - SERVIÇOS DE TELECOMUNICAÇÕES, SA RENTINGVISA, UNIPESSOAL LDA
VISEU
100,00%
-
TELESP TELECOMUNICACIONES, ELECTRICIDAD Y GÁS DE ESPAÑA, SA
MADRID
100,00%
100,00%
VISABEIRA ANGOLA - INVESTIMENTO E PARTICIPAÇÕES, LDA
LUANDA
100,00%
98,00%
VISABEIRA IMOBILIÁRIA
VISABEIRA ESPAÑA, SA
MADRID
100,00%
100,00%
FIGUEIRA PARANOVA, SA
VISEU
100,00%
100,00%
VISABEIRA ESTUDOS E INVESTIMENTOS, SA VISABEIRA INVESTIMENTOS FINANCEIROS, SGPS, SA
SEM AMARRAS, SA
VISEU
100,00%
100,00%
VISABEIRA PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS
MAPUTO
100,00%
100,00%
PAYSHOP, LDA
MAPUTO
35,00%
35,00%
-453.465
-66.009
0
0
0
-2.567
VISABEIRA PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS, SGPS, SA
VISEU
100,00%
100,00%
PORTO SALUS AZEITÃO, SA
SETÚBAL
40,00%
40,00%
37.416
-10.281
61.755
19.986
0
0
VISABEIRA SAÚDE, SA
VISEU
100,00%
100,00%
VISAROCHA - ROCHAS DE ANGOLA, LDA
LUANDA
100,00%
96,04%
DETIDAS DIRECTAMENTE PELA HOLDING
VISASALES, SA
LISBOA
100,00%
100,00%
UNION MARBLE, LLC
ABU DHABI (DUBAI)
-
44,10%
-
-
-
55.199
-
-294.893
VISASECIL - PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS, LDA
LUANDA
70,00%
70,00%
RICHMOND, LLC
DUBAI
-
44,10%
-
-
-
221.616
-
-310.107
VISATUR - EMPREENDIMENTOS TURÍSTICOS, LDA*
LUANDA
100,00%
97,76%
VISAUTO - REPARAÇÕES AUTO, LDA
LUANDA
100,00%
99,92%
10.623.570
6.163.942
-85.718
-160.967
VISABEIRA MOÇAMBIQUE, LDA
TOTAL
DETIDAS DIRECTAMENTE PELA HOLDING STC DUBAI HOLDINGS, SGPS, LDA (EX - VISABEIRA EMIRADOS, SGPS, LDA)
VISEU
-
90,00%
VISABEIRA MÉXICO, SA
CIDADE DO MÉXICO
100,00%
100,00%
VISADRAG - GÁS, LDA
VISEU
-
50,00%
* Consolidadas pela VAA SGPS, empresa cotada.
a) Para as empresas acima indicadas foram incluídas na consolidação pelo método integral (maioria dos direitos de voto, acordo de gestão e representatividade nos órgãos de gestão) pelo facto de o Grupo Visabeira controlar as suas actividades e órgãos de gestão.
86
87
Notas às Demostrações Financeiras Consolidadas
Demonstrações Financeiras Consolidadas e Respectivos Anexos
8 OUTROS INVESTIMENTOS FINANCEIROS
O quadro que se segue evidencia a parte proporcional do Grupo nos balanços e demonstrações dos resultados das empresas acima referenciadas:
ANO BEIRAGÁS, SA
MOÇAMGALP, SA
PRIO AGRICULTURA, SA
FIGUEIRA PARANOVA, SA
DOUTIBELO, LDA
LIPILICHI HOLDINGS, LDA
MTDENDELE HOLDINGS, LDA
SEM AMARRAS, SA
PAYSHOP, LDA
PORTO SALUS AZEITÃO, SA
UNION MARBLE, LLC
RICHMOND, LLC
ACTIVOS
PASSIVOS
PROVEITOS
CUSTOS
2008
17.723.595
13.440.683
4.858.255
4.175.385
2009
20.160.484
15.355.139
5.014.420
4.501.077
2008
33.970
2.561
1.555
5.200
2009
-
-
-
-
2008
1.669.584
1.164.929
0
0
2009
2.562.790
2.523.596
371 302
838.036
2008
1.308.190
976.078
254 417
266.632
2009
1.897.785
1.580.233
611 669
626.245
2008
-
-
-
-
2009
2.084.485
1.483.873
47.912
80.219
2008
118.830
114.624
0
0
2009
207.309
203.303
0
0
2008
2.769
2.454
0
0
2009
3.106
2.806
0
0
2008
-
-
-
-
2009
1.239.782
907.308
29.626
36.287
2008
203.149
345.528
255.143
325.896
2009
149.051
307.764
273.222
296.326
2008
21.136
1.123
0
0
2009
49.213
11.797
0
0
2008
1.287.275
1.194.713
432.953
719.621
2009
-
-
-
-
2008
2.099.291
2.369.412
2.079.209
2.334.164
2009
-
-
-
-
TOTAL 2008
24.467.789
19.612.103
7.881.532
7.826.897
TOTAL 2009
28.354.007
22.375.819
6.348.152
6.378.189
SEDE SOCIAL
2009 %
VALOR DE BALANÇO
2008 %
VALOR DE BALANÇO
FRACTALNEMA, SA
VISEU
19,00%
1.430.145
19,00%
1.430.160
FUNDAÇÃO VISABEIRA, ISS
VISEU
85,09%
360.000
85,09%
360.000
BASE FORCE, LDA
VISEU
20,00%
297.620
-
-
PEDRÓGÃO GRANDE
3,17%
249.000
-
-
MAPUTO
40,00%
155.283
40,00%
13.502
DUOFIL, LDA TWIN CITY MAPUTO, LDA
LISBOA
2,50%
137.574
2,50%
137.574
MOÇAMBIQUE COMPANHIA DE SEGUROS, SARL
FUNDO DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO FECHADO TURÍSTICO II
MAPUTO
5,00%
97.382
5,00%
97.382
TRANSCOM - S. F. C. AUDITORIA T. COMUNICAÇÕES, SARL
MAPUTO
22,00%
91.494
5,00%
41.912
PIM - PARQUE INDUSTRIAL DA MATOLA, SARL
MAPUTO
5,66%
74.314
5,66%
74.314
CENTRO VENTURE - SOCIEDADE CAPITAL DE RISCO, SA
COIMBRA
3,33%
25.000
3,33%
25.000
ASSOCIAÇÃO INOVA PAREDES
PAREDES
10,00%
25.000
-
-
VISEU
4,00%
19.952
4,00%
19.952
GESTINVISEU - PARQUES EMPRESARIAIS DE VISEU, SA AÇOR PENSÕES
PONTA DELGADA
5,00%
13.708
5,00%
31.758
OEIRASEXPO, SA
OEIRAS
12,75%
12.750
12,75%
12.750
VIBEIRAS - SOCIEDADE COMERCIAL DE PLANTAS, LDA
TORRES NOVAS
11,04%
11.109
11,04%
11.109
LUSITÂNIA GÁS - COMPANHIA DE GÁS DO CENTRO, SA
AVEIRO
0,04%
7.784
0,00%
784
SÃO PAULO
-
0
1,60%
152.953 74.900
VISABRÁS - TELECOMUNICAÇÕES, ELECTRICIDADE E GÁS, LDA TAVARES PEREIRA & FERNANDES, LDA
CANTANHEDE
-
0
51,00%
TERMOGÁS, LDA
LISBOA
-
0
51,00%
14.964
DOUTIBELO, LDA
VISEU
-
0
19,97%
3.131.000
SEM AMARRAS, SA
VISEU
-
0
19,97%
1.660.000
OUTRAS PARTICIPAÇÕES
SEGURO DE CAPITALIZAÇÃO ADIANTAMENTOS POR CONTA DE INVESTIMENTOS FINANCEIROS
158.679
158.800
3.166.794
7.448.814
18.000.000
18.000.000
472.375
1.325.847
18.472.375
19.325.847
AJUSTAMENTOS VISABRÁS - TELECOMUNICAÇÕES, ELECTRICIDADE E GÁS, LDA
SÃO PAULO
TOTAL
0
-
-152.953
0
1,60%
-152.953
21.639.170
26.621.708
anos à taxa fixa de 3,25%. Este seguro de capitalização pode ser resgatado antecipadamente, implicando este resgate a perda de benefício fiscal, sendo intenção do Grupo mantê-lo até ao vencimento.
No final de 2009, o Grupo continuava a manter no saldo de investimentos financeiros um valor de 18 milhões de euros que resultou de uma aplicação, em Junho de 2005, num seguro de capitalização a 8
9 ALTERAÇÕES AO PERÍMETRO DE CONSOLIDAÇÃO % DETIDA
DATA DE AQUISIÇÃO
VALOR DE AQUISIÇÃO
AQUISIÇÕES / CONSTITUIÇÕES NATURENERGIA - AGRO-ENERGIAS, SA
CONSTITUIÇÃO
100,00%
20.01.2009
50.000
VISAGREEN, SA
CONSTITUIÇÃO
100,00%
20.01.2009
50.000
EDIVISA ANGOLA - EMPRESA DE CONSTRUÇÕES, LDA
CONSTITUIÇÃO
100,00%
19.03.2009
65.065
ELECTROVISA, LDA
CONSTITUIÇÃO
100,00%
19.03.2009
65.095
BORDALGEST, SA
CONSTITUIÇÃO
56,00%
30.03.2009
560.000 1.538.856
FAIANÇAS ARTÍSTICAS BORDALLO PINHEIRO, LDA
AQUISIÇÃO
47,40%
01.04.2009
RENTINGVISA, UNIPESSOAL, LDA
CONSTITUIÇÃO
100,00%
01.04.2009
5.000
SELFENERGY MOÇAMBIQUE, SA
CONSTITUIÇÃO
34,60%
23.04.2009
38.537
VISTA ALEGRE ATLANTIS, SGPS, SA*
AQUISIÇÃO
63,47%
24.04.2009
14.320.472
1101 SOLUTIONS, UNIPESSOAL LDA
CONSTITUIÇÃO
100,00%
08.09.2009
5.000
SCI CONSTRUCTEL
CONSTITUIÇÃO
100,00%
16.12.2009
1.000
PINEWELLS, SA
VER NOTA 6
TOTAL
16.699.025
* Aquisição directa e em bolsa. ALIENAÇÕES STC DUBAI HOLDINGS, SGPS, LDA (EX - VISABEIRA EMIRADOS, SGPS, LDA)
88
ALIENAÇÃO
89
90,00%
01.06.2009
1
Notas às Demostrações Financeiras Consolidadas
Demonstrações Financeiras Consolidadas e Respectivos Anexos
O principal impacto das alterações ao perímetro de consolidação nas demonstrações financeiras prende-se com a OPA (Oferta Pública de Aquisição) sobre o Grupo Vista Alegre e a aquisição da empresa Faianças Artísticas Bordallo Pinheiro, Lda. Sempre que relevante, o efeito das aquisições está divulgado nas notas (p.e., 11, 13, 15, 16 e 17).
10 ACTIVIDADES DESCONTINUADAS
13 GANHOS NA COMBINAÇÃO DE NEGÓCIOS
Nos exercícios de 2009 e 2008 não se registaram actividades descontinuadas. De igual forma, desde 31 de Dezembro de 2009 e até à presente data, não existem decisões para descontinuar actividades operacionais.
Durante o exercício de 2009 foram calculadas diferenças de consolidação, num total de 90.335.301 euros, com a integração dos seus activos líquidos identificáveis e passivos contingentes, valorizado ao justo valor, na sequência da aquisição da Vista Alegre (89.039.127 euros) e da
11 PRINCIPAIS INDICADORES POR SEGMENTOS a) POR ÁREA DE ACTIVIDADE
VOLUME DE NEGÓCIOS
RESULTADO LÍQUIDO
ANOS
GLOBAL
INDÚSTRIA
TURISMO
IMOBILIÁRIA
PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS
TOTAL
2008
263.261.355
22.456.310
26.320.659
4.130.524
27.173.330
343.342.178
2009
342.308.215
57.669.714
31.989.470
6.793.278
26.461.226
465.221.903
2008
9.369.814
-766.464
96.164.168
63.003
-87.948.687
16.881.834
2009
7.811.656
90.650.514
-39.054.288
-567.115
-3.960.679
54.880.087
Bordallo Pinheiro (1.296.174 euros). À marca Vista Alegre foi atribuído o valor de 60 milhões de euros apurado por uma entidade especializada independente.
VISTA ALEGRE
BORDALLO PINHEIRO
DATA DA AQUISIÇÃO
09/04/29
09/03/31
ACTIVOS INTANGÍVEIS
60.996.259
681.448
ACTIVOS TANGÍVEIS
40.449.986
4.903.759
ACTIVOS CORRENTES
29.010.650
2.674.393
OUTROS ACTIVOS CORRENTES
32.461.441
122.411
TOTAL DO ACTIVO
162.918.336
8.382.011
PASSIVOS NÃO CORRENTES
4.896.624
0
PASSIVOS CORRENTES
54.662.113
5.546.981
TOTAL DO PASSIVO
59.558.737
5.546.981
VALOR DOS ACTIVOS LÍQUIDOS ADQUIRIDOS APROPRIADOS PELO GRUPO
103.359.599
2.835.030
BADWILL
89.039.127
1.296.174
CUSTO DE AQUISIÇÃO
14.320.472
1.538.856
RESULTADOS OPERACIONAIS (SEM PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO)
2008
17.388.070
829.946
5.203.982
3.094.363
9.270.542
35.786.903
2009
24.087.153
1.239.193
8.319.347
790.550
2.965.462
37.401.705
IMOBILIZADO
2008
82.316.942
22.888.782
109.147.910
3.355.060
22.730.154
240.438.848
(CORPÓREO E INCORPÓREO)
2009
93.297.025
124.247.536
113.111.631
2.862.110
19.566.473
353.084.775
EXISTÊNCIAS
2008
27.596.409
6.100.673
726.841
80.392.673
9.577.365
124.393.961
2009
36.443.157
21.551.322
944.446
80.639.283
5.511.603
145.089.811
2009
2008
PROVEITOS SUPLEMENTARES
1.838.089
1.400.842
ALIENAÇÃO DE IMOBILIZADO
349.027
193.294
GANHOS EM EXISTÊNCIAS
14.664
62.816
SUBSÍDIOS AO INVESTIMENTO
169.518
244.164
OUTROS PROVEITOS OPERACIONAIS
7.504.423
4.769.658
TOTAL
9.875.721
6.670.774
2 .170.929
OUTROS PROVEITOS
b) POR ÁREA GEOGRÁFICA ANOS
VOLUME DE NEGÓCIOS
14 OUTROS PROVEITOS E OUTROS CUSTOS OPERACIONAIS
PORTUGAL
MOÇAMBIQUE
ANGOLA
FRANÇA
BÉLGICA
ESPANHA
OUTROS
TOTAL
2008
246.465.065
39.938.062
38.598.023
15.888.803
2.108.079
327.474
16.672
343.342.178
2009
330.301.145
48.092.486
46.760.972
36.841.921
3.221.422
3.958
0
465.221.903
2008
13.920.462
756.216
1.553.144
716.223
81.534
-1.995
-143.750
16.881.834
2009
56.675.010
-37.577
-2.489.387
897.820
202.607
-172.474
-195.911
54.880.087
IMPOSTOS
2.856.562
RESULTADOS OPERACIONAIS
2008
26.565.116
3.005.277
4.852.440
1.300.334
126.322
-66.018
3.431
35.786.902
DONATIVOS
113.088
84.672
(SEM PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO)
2009
20.974.233
7.496.749
7.315.304
1.521.054
428.704
-172.105
-162.233
37.401.705
MULTAS E PENALIDADES
252.290
111.317
PERDAS COM IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS
543.018
211.173
IMOBILIZADO
2008
155.633.575
44.158.762
37.001.042
737.811
261.440
15.915
2.630.303
240.438.848
DÍVIDAS INCOBRÁVEIS
184.805
0
(CORPÓREO E INCORPÓREO)
2009
272.948.962
40.634.807
37.425.022
1.890.885
147.901
10.123
27.075
353.084.775
OUTROS
2.098.724
1.110.811
EXISTÊNCIAS
2008
106.605.421
6.870.648
10.898.175
0
0
0
19.717
124.393.961
TOTAL
6.048.488
3.688.903
2009
131.678.989
6.473.855
6.926.302
10.051
0
0
613
145.089.811
2009
2008
REMODELAÇÃO DO PALÁCIO DO GELO SHOPPING
708.383
8.096.388
CONCLUSÃO DAS OBRAS DO GIRASSOL INDY CONGRESS HOTEL & SPA
236.595
5.713.242
INVESTIMENTO EM PELLETS
4.429.533
5.020.055
CONSTRUÇÃO DE NOVAS CÉLULAS (TV CABO)
2.848.075
3.563.124
PEDREIRA DE BENGUELA (VISACONSTROI)
1.097.466
805.693
OUTROS
4.497.213
10.153.178
TOTAL
13.817 265
33.351.680
RESULTADO LÍQUIDO
12 TRABALHOS PARA A PRÓPRIA EMPRESA
90
OUTROS CUSTOS
Notas às Demostrações Financeiras Consolidadas
Demonstrações Financeiras Consolidadas e Respectivos Anexos
15 FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS 2009
PESO %
2008
PESO %
SUBCONTRATOS
153.197.662
72%
117.932.054
65%
TRABALHOS ESPECIALIZADOS
13.363.631
6%
13.289.044
7%
RENDAS E ALUGUERES
12.926.137
6%
10.462.911
6%
SEGUROS
2.647.420
1%
2.156.943
1%
COMBUSTÍVEIS
6.626.276
3%
6.669.431
4%
TRANSPORTE DE MERCADORIAS
2.768.747
1%
2.530.243
1%
CONSERVAÇÃO E REPARAÇÃO
5.155.345
2%
4.469.845
2%
COMUNICAÇÃO
2.991.483
1%
3.153.676
2%
ELECTRICIDADE
4.408.486
2%
2.794.442
2%
PUBLICIDADE
2.499.112
1%
2.412.372
1%
DESLOCAÇÕES E ESTADAS
1.955.014
1%
2.011.631
1%
OUTROS
3.701.811
2%
12.536.982
7%
TOTAL
212.241.123
100%
180.419.574
100%
Durante o exercício de 2009, o número médio de colaboradores ao serviço do Grupo foi de 6 466 empregados, com a seguinte distribuição por sector de actividade e país: a) POR ÁREA DE NEGÓCIO NÚMERO MÉDIO DE TRABALHADORES 2009 2008 GLOBAL
2.340
2.048
INDÚSTRIA
2.138
600
TURISMO
702
603
IMOBILIÁRIA
517
536
PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS
769
544
6.466
4.331
TOTAL
b) POR PAÍS Para a variação das rubricas acima descritas, contribui significativamente a entrada no perímetro da Vista Alegre e da Bordallo Pinheiro com elevados custos de rendas e alugueres e electricidade, assim como o aumento da frota automóvel via leasing operacional de algumas empresas da área das telecomunicações, tais como a Viatel, Constructel França, TV Cabo Angola e Visaconstroi.
A entrada daquelas empresas no perímetro de consolidação, nomeadamente o Grupo Vista Alegre, veio contribuir directamente para o aumento de algumas rubricas de “Fornecimentos e serviços externos”, tais como: > Rendas e alugueres – 1.449.379 euros > Electricidade – 1.522.252 euros > Conservação e reparação – 665.486 euros > Transporte de mercadorias – 886.632 euros
NÚMERO MÉDIO DE TRABALHADORES 2009 2008 PORTUGAL
4.050
2.129
MOÇAMBIQUE
1.659
1.651
ANGOLA
627
469
FRANÇA
96
61
ESPANHA
1
1
BÉLGICA
33
15
OUTROS PAÍSES
0
5
6.466
4.331
2009
2008
DESPESAS DE INSTALAÇÃO
80.210
117.650
DESPESAS DE INVESTIGAÇÃO E DESENVOLVIMENTO
33.289
250.462
PROPRIEDADE INDUSTRIAL E O/ DIREITOS
36.008
40.330
149.507
408.442
TOTAL
16 CUSTOS COM O PESSOAL 2009
2008
ÓRGÃOS SOCIAIS
1.878.218
1.903.936
REMUNERAÇÕES DO PESSOAL
63.326.639
42.826.828
CONTRIBUIÇÕES PARA A SEGURANÇA SOCIAL
11.643.977
3.657.156
669.171
613.392
CUSTOS ACÇÃO SOCIAL
1.784.435
3.657.156
OUTROS
3.962.299
4.926.607
TOTAL
83.264.739
57.585.073
SEGUROS
A variação dos custos com o pessoal foi fortemente influenciada com a entrada no perímetro da Vista Alegre (18.151.282 euros) e da Bordallo Pinheiro (2.115.024 euros).
17 AMORTIZAÇÕES AMORTIZAÇÕES INCORPÓREAS
TOTAL AMORTIZAÇÕES INCORPÓREAS AMORTIZAÇÕES CORPÓREAS TERRENOS E RECURSOS NATURAIS
174.872
96.637
EDIFÍCIOS E OUTRAS CONSTRUÇÕES
6.045.749
3.712.968
EQUIPAMENTO BÁSICO
5.735.269
3.851.708
EQUIPAMENTO DE TRANSPORTE
1.850.451
1.332.392
FERRAMENTAS E UTENSÍLIOS
1.830.818
1.440.804
788.547
468.842
EQUIPAMENTO ADMINISTRATIVO TARAS E VASILHAME
51
0
241.323
93.071
TOTAL AMORTIZAÇÕES CORPÓREAS
16.667.080
10.996.422
TOTAL AMORTIZAÇÕES
16.816.587
11.404.864
OUTRAS IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS
O Grupo Vista Alegre contribuiu com 3,3 milhões de euros de amortizações do exercício, desde Abril a Dezembro 2009, sendo a rubrica
de “Edifícios e outras construções” a mais afectada com esta entrada no perímetro.
93
Notas às Demostrações Financeiras Consolidadas
Demonstrações Financeiras Consolidadas e Respectivos Anexos
18 PROVISÕES E AJUSTAMENTOS
22 IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO 2009
2008
AUMENTOS NAS PROVISÕES E AJUSTAMENTOS
7.579.978
1.819.233
REDUÇÕES NAS PROVISÕES E AJUSTAMENTOS
-879.508
-743.405
0
1.884.636
6.700.470
2.960.463
AJUSTAMENTOS EM INVESTIMENTOS FINANCEIROS TOTAL
2009
2008
IMPOSTO CORRENTE
-2.924.600
-1.605.626
IMPOSTO DIFERIDO
-22.886.998
5.601.277
IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO DO EXERCÍCIO
-25.811.597
3.995.651
2009
2008
ACTIVO POR IMPOSTO DIFERIDO INSTRUMENTOS FINANCEIROS
Os aumentos nas provisões e ajustamentos incluem o montante de 4,7 milhões de euros de saldos respeitantes a provisões de clientes de Angola.
19 JUROS, LÍQUIDOS
0
1.012.380
RESULTADOS NÃO REALIZADOS EM OPERAÇÕES INTRA-GRUPO
146.374
133 552
IMPOSTOS DIFERIDOS DECORRENTES DE AJUSTAMENTOS DE CONSOLIDAÇÃO
88.620
87.701
BENEFÍCIOS FISCAIS
1.582.577
1.797.720
PREJUÍZOS FISCAIS
9.624.284
3.397.873
PROVISÕES TRIBUTADAS
4.986.063
250.079
TOTAL ACTIVO POR IMPOSTO DIFERIDO
16.427.918
6.679.304
PASSIVO POR IMPOSTO DIFERIDO 2009
2008
JUROS SUPORTADOS EMPRÉSTIMOS OBTIDOS
-20.253.692
SWAP DE TAXA DE JURO
-19.753.395
-3.516.131
-3.992.824
-23.769.823
-23.746.219
2.402.591
1.007.406
2.402.591
1.007.406
-21.367.232
-22.738.813
JUROS OBTIDOS EMPRÉSTIMOS OBTIDOS
TOTAL
VARIAÇÕES CAMBIAIS
763.486
491.749
DIFERENÇA PARA O JUSTO VALOR DOS TERRENOS
3.541.929
3.604.636
DIFERENÇA PARA O JUSTO VALOR DE PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO (PALÁCIO DO GELO SHOPPING)
24.179.738
180.679
RESERVAS DE REAVALIAÇÃO LIVRES
15.118.586
6.628.941
RESERVAS DE REAVALIAÇÃO LEGAIS
24.344
32.474
OUTROS AJUSTAMENTOS DECORRENTES DE AJUSTAMENTOS DE CONSOLIDAÇÃO
988.089
1.140.016
44.616.173
12.078 495
2009
2008
RESULTADO CONSOLIDADO ANTES DE IMPOSTO
80.691.684
12.886.183
IMPOSTO CORRENTE SOBRE OS RESULTADOS DO EXERCÍCIO
-2.924.600
-1.605.626
TOTAL PASSIVO POR IMPOSTO DIFERIDO
DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS
IMPOSTO DIFERIDO RESULTADOS NÃO REALIZADOS EM OPERAÇÕES INTRA-GRUPO INSTRUMENTOS FINANCEIROS
20 GANHOS EM ACTIVOS FINANCEIROS E OUTROS INVESTIMENTOS, LÍQUIDOS ACTIVOS FINANCEIROS DETIDOS PARA NEGOCIAÇÃO (VER NOTA 32) ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA - IMPARIDADE (VER NOTA 27)
-2.475 1.012.380
BENEFICIOS FISCAIS
0
-175.521
PREJUÍZOS FISCAIS
1.169.544
1.438.870
RESERVAS DE REAVALIAÇÃO LIVRES
-186.090
154.105
RESERVAS DE REAVALIAÇÃO LEGAIS
0
17.437
-48.134.107
JUSTO VALOR DOS ACTIVOS DETIDOS PARA NEGOCIAÇÃO
0
2.960.420
2009
2008
42.000
-45.674.155
0
DIVIDENDOS
19.940.690
21.746.329
DIFERENÇA PARA O JUSTO VALOR DE PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO
JUROS DOS EMPRÉSTIMOS RELACIONADOS COM OS ACTIVOS FINANCEIROS
-11.074.068
-18.436.250
PROVISÕES TRIBUTADAS
8.908.623
-90.498.184
TOTAL
-2.475 -1.012.380
-22.416.741
-16.078
0
248.660
VARIAÇÕES CAMBIAIS
-386.725
54.246
OUTROS
-52.131
-90.766
54.880.087
16.881.834
RESULTADO LÍQUIDO CONSOLIDADO DO EXERCÍCIO COM INTERESSES MINORITÁRIOS
Foram reconhecidos impostos diferidos passivos associados a diferenças entre o valor contabilístico e a base fiscal do Palácio do Gelo em 2009 na sequência de uma alteração no plano de rentabilização deste activo.
21 OUTROS CUSTOS FINANCEIROS, LÍQUIDOS DIFERENÇAS DE CÂMBIO DESFAVORÁVEIS DESCONTOS DE PRONTO PAGAMENTO CONCEDIDOS
2009
2008
-17.559.142
-13.476.929
-25.765
-62.551
OUTROS CUSTOS
-4.055.386
-3.403.339
DIFERENÇAS DE CÂMBIO FAVORÁVEIS
11.773.259
12.764.067
DESCONTOS DE PRONTO PAGAMENTO OBTIDOS
128.921
176.523
OUTROS PROVEITOS
322.588
558.901
-9.415.525
-3.443.329
TOTAL
94
95
Notas às Demostrações Financeiras Consolidadas
Demonstrações Financeiras Consolidadas e Respectivos Anexos
23 IMOBILIZADO CORPÓREO
Na área das participações financeiras, a PDA tem 14 milhões de euros em imobilizado em curso referente à aquisição de terrenos para construção do Parque Desportivo de Aveiro.
IMOBILIZADO CORPÓREO EM CURSO TERRENOS
EDIFÍCIOS
EQUIPAMENTO BÁSICO
EQUIPAMENTO E TRANSPORTE
FERRAMENTAS E UTENSÍLIOS
EQUIPAM. OUTRAS IMOB. ADMINISTRAT. CORPÓREAS
IMOBILIZAÇÕES ADIANT. POR EM CURSO CONTA DE IMOB.
TOTAL
A 31 DE DEZEMBRO DE 2008 CUSTOS DE AQUISIÇÃO AMORTIZAÇÕES ACUMULADAS
15.031.124 138.010.487 606.486 22.683.233
67.788.550 28.957.155
20.514.942 11.575.160
22.679.166 10.587.450
8.710.202 5.849.155
527.622 89.160
43.230.365 0
3.331.973 0
319.824.431 80.347.799
IMOBILIZADO LÍQUIDO
14.424.638 115.327.254
38.831.395
8.939.782
12.091.716
2.861.047
438.462
43.230.365
3.331.973
239.476.632
SALDO INICIAL A 1 DE JANEIRO DE 2009 AUMENTOS ALIENAÇÕES/TRANSFERÊNCIAS ALTERAÇÕES AO PERÍMETRO AMORTIZAÇÕES DO EXERCÍCIO
14.424.638 115.327.254 706.507 6.585.857 -348.053 3.014.679 15.366.534 25.006.725 174.872 6.045.749
38.831.395 5.455.881 5.343.732 8.277.482 5.735.269
8.939.782 2.868.271 -620.285 102.445 1.850.451
12.091.716 2.298.694 -777.967 1.368.513 1.830.818
2.861.047 625.621 388.144 773.472 788.547
438.462 72.328 -55.765 998.902 241.374
43.230.365 8.036.030 -17.407.747 1.015.040 0
3.331.973 0 -98.440 0 0
239.476.632 26.649.189 -11.056.701 52.909.114 16.667.080
SALDO FINAL A 31 DE DEZEMBRO DE 2009
29.974.754 143.888.767
52.173.220
9.439.763
13.150.138
3.859.738
717.553
34.873.688
3.233.533
291.311.155
A 31 DE DEZEMBRO DE 2009 CUSTOS DE AQUISIÇÃO AMORTIZAÇÕES ACUMULADAS
30.826.729 220.681.576 851.975 76.792.808
144.250.124 92.076.905
23.195.265 13.755.502
31.003.290 17.853.151
20.061.450 16.201.712
1.829.478 1.111.925
34.873.688 0
3.233.533 0
509.955.133 218.643.978
IMOBILIZADO LÍQUIDO
29.974.754 143.888.767
52.173.220
9.439.763
13.150.138
3.859.738
717.553
34.873.688
3.233.533
291.311.155
O imobilizado em curso teve uma diminuição de 8,4 milhões de euros cifrando-se no final de 2009 em 34,9 milhões euros.
Em Angola estão em curso investimentos de 2,1 milhões de euros no projecto de TV Cabo para distribuição de sinal por cabo na cidade de Luanda e construção de uma rede bi-direccional de distribuição de banda larga para exploração de serviços de multimédia interactivos. Neste mercado estão também em curso investimentos no arranque de unidades industriais (1,1 milhões de euros).
No mercado nacional a grande fatia pertence à área do turismo, dos quais 8,5 milhões de euros dizem respeito ao Palácio do Gelo Shopping, nomeadamente às futuras instalações administrativas do Grupo Visabeira. De salientar o investimento na Pinewells, a qual procedeu à construção de uma fábrica para transformação e produção de pellets (combustível sólido de granulado de resíduos de madeira prensado).
24 GOODWILL ANO DE AQUISIÇÃO
VIATEL – TECNOLOGIA DE COMUNICAÇÕES, SA
1997, 2002
14.997.178
2009
4.710.749
0
2001, 2002
3.390.676
3.390.676
1992, 1998, 2002
3.116.383
3.116.383
1998, 2002
2.518.558
2.518.558
1992, 1998, 2001, 2002
2.105.101
2.105.101
1998, 2002
1.320.221
1.320.221
VISTA ALEGRE ATLANTIS, SGPS, SA
BENS DETIDOS EM LOCAÇÃO FINANCEIRA
VISABEIRA MOÇAMBIQUE, SARL 2009
2008
GRANBEIRA - SOCIEDADE DE EXPLORAÇÃO E COMÉRCIO GRANITOS, SA EMPREENDIMENTOS TURÍSTICOS MONTEBELO, SA
VALOR DO GOODWILL 2009 2008 14.997.178
EDIFÍCIOS E OUTRAS CONSTRUÇÕES
2.128.030
1.937.489
GRANBEIRA II - ROCHAS ORNAMENTAIS, SA
EQUIPAMENTO BÁSICO
5.435.942
6.293.278
MOB - INDÚSTRIA DE MOBILIÁRIO, SA
EQUIPAMENTO DE TRANSPORTE
2.314.872
2.383.439
PDA - PARQUE DESPORTIVO DE AVEIRO, SA
2005
894.659
894.659
FERRAMENTAS E UTENSÍLIOS
2.526.558
2.212.997
EDIVISA - EMPRESA DE CONSTRUÇÕES, SA
1993, 2002
888.354
888.354
285.638
251.240
EQUIPAMENTO ADMINISTRATIVO TOTAL
12.691.040
13.078.443
VALOR AQUISIÇÃO
AMORTIZAÇÕES ACUMULADAS
2009 VALOR LÍQUIDO
2008 VALOR LÍQUIDO
PORTUGAL
12.995.823
1.801.664
11.194.160
11.740.105
MOÇAMBIQUE
1.765.241
268.361
1.496.880
1.338.338
TOTAL
14.761.064
2.070.024
12.691.040
13.078.443
INVESTIMENTO EM IMOBILIZADO CORPÓREO
GATEL, SAS
2008
869.778
869.778
ELECTROTEC - PROJECTOS, EXECUÇÃO E GESTÃO DE REDES DE ENERGIA, LDA
2007
768.337
768.337
CERUTIL - CERÂMICAS UTILITÁRIAS, SA
401.130
401.130
OUTROS
1993, 2002
1.390.357
1.165.900
TOTAL
37.371.483
32.436.277
relativamente ao goodwill alocado ao negócio desenvolvido pela Viatel, o EBITDA desta empresa: 2009: 7,8 milhões de euros; 2008: 5,5 milhões de euros. O valor do goodwill incluído nas contas da Vista Alegre Atlantis foi ainda integrado de forma provisória podendo ser alocado nos 12 meses a partir da data de aquisição, aos activos identificáveis, não obstante o Grupo Visabeira não prever ajustamentos significativos.
Para efeitos da análise da imparidade, o goodwill foi distribuído pelas unidades geradoras de caixa, as quais correspondem aos segmentos de negócio reportáveis. O Conselho de Administração, suportado no valor dos fluxos de caixa previsionais daqueles segmentos, descontados à taxa considerada aplicável a cada negócio, concluiu que, em 31 de Dezembro de 2009, o valor contabilístico dos investimentos financeiros, incluindo o goodwill, não excede o seu valor recuperável, sendo de realçar
Os investimentos mais relevantes em imobilizado corpóreo em 2009 foram os seguintes: Global Na área das telecomunicações e construção, o investimento realizado na Edivisa respeita fundamentalmente à aquisição de novos equipamentos para a área de infra-estruturas. Na Viatel, o investimento efectuado focaliza-se na aquisição de novos equipamentos, com as rubricas de equipamento de transporte e ferramentas e utensílios a absorverem os maiores valores.
Turismo A área do turismo verificou um acréscimo no investimento, cuja maior contribuição foi dos Empreendimentos Montebelo com 2 milhões de euros de investimento. Com efeito, a Movida em 2009 investiu cerca de 1,9 milhões de euros na conclusão das obras de ampliação do Palácio do Gelo Shopping. Em Moçambique, o valor mais significativo de investimento foi realizado pela Turvisa, que em 2009 concluiu as obras já iniciadas no ano anterior, nomeadamente na ampliação do resort turístico Girassol Indy Congress Hotel & Spa.
Indústria Na área da indústria, depois do ciclo de fortes investimentos dirigidos à maior eficiência operacional, com apostas na qualidade e na adequação ambiental das unidades, iniciou-se uma nova fase caracterizada pela política selectiva e integrada de análise e aprovação de aplicações em capital fixo, de forma a assegurar a plena competitividade dos seus activos. Assim, em 2009, o investimento em activo fixo resumiu-se apenas aos novos equipamentos adquiridos pela Mob que, para além de substituírem os que foram enviados para a unidade de Angola, permitirão oferecer novos produtos e de valor acrescentado.
Participações Financeiras Nesta área, o destaque vai para a PDA que teve um investimento de 500 mil de euros na aquisição de terrenos.
25 PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO 2009
2008
SALDO INICIAL
192.551.486
2.218.000
ALIENAÇÕES
-1.711.351
0
0
96.392.911
TRANSFERÊNCIAS ALTERAÇÕES AO PERÍMETRO
21.080.956
0
ALTERAÇÃO NO JUSTO VALOR
-18.385.000
93.940.574
TOTAL
193.536.090
192.551.486
PALÁCIO DO GELO SHOPPING
170.000.000
188.385.000
EDIFÍCIO MOB 2
2.218.000
2.218.000
EDIFÍCIO VISTA ALEGRE
21.080.956
0
237.134
1.948.486
VISABEIRA IMOBILIÁRIA, SA (ARRENDAMENTOS)
As propriedades de investimento estão mensuradas ao justo valor, determinado com base em avaliações realizadas por entidades independentes, de acordo com o método de rendimento, com referência à data de balanço. A avaliação do Palácio do Gelo Shopping teve como base os seguintes pressupostos:
TAXA DE DESCONTO
96
193.536.090
192.551.486
5,3% - 6,6%
6,3% - 6,7%
6,6%
6,5%
TAXA DE OCUPAÇÃO
98%
98%
2% - 11%
8%
2%
2%
TAXA DE CRESCIMENTO DE RENDAS DE PERPETUIDADE
97
2008
TAXA DE DESCONTO DA PERPETUIDADE TAXA DE CRESCIMENTO DAS RENDAS VARIÁVEIS
TOTAL
2009
Notas às Demostrações Financeiras Consolidadas
Demonstrações Financeiras Consolidadas e Respectivos Anexos
Uma descida (aumento) da taxa de crescimento das rendas variáveis em 1 p.p. (1 p.p.) traduzir-se-ia num valor de 170,4 milhões de euros (170,9 milhões de euros), conjugada com aumento da taxa de desconto de 0,5 p.p. seria de 154,7 milhões de euros e conjugada com uma diminuição da mesma magnitude seria de 190,4 milhões de euros.
Uma descida (aumento) de 0,5 p.p. na taxa de desconto aumentaria (reduziria) o valor da avaliação para 190,2 milhões de euros (154,9 milhões de euros). Uma descida (aumento) de 8 p.p. (1 p.p.) na taxa de ocupação das lojas reduziria (aumentaria) o valor da avaliação para 158,6 milhões de euros (172,2 milhões de euros). Estas variações nas taxas de ocupação, conjugadas com as variações indicadas na análise de sensibilidade da taxa de desconto, traduzem-se num valor mínimo de 144 milhões de euros (-8 p.p. na ocupação e mais 0,5 p.p. na taxa de desconto) e num valor máximo de 191,9 milhões de euros (1 p.p. na ocupação e menos 0,5 p.p. na taxa de desconto).
Durante o exercício de 2009, o valor das rendas dos espaços comerciais do Palácio do Gelo Shopping atingiu cerca de 7,2 milhões de euros, tendo o número de visitantes ascendido, até à data, a 14,8 milhões. A taxa de ocupação em 31 de Dezembro é de 94%. O Grupo não prevê nos próximos anos obter um resultado tão significativo através da construção e desenvolvimento de propriedades de investimento e consequente valorização ao justo valor.
28 EXISTÊNCIAS MATÉRIAS PRIMAS
MERCADORIAS
PRODUTOS ACABADOS
PRODUTOS E TRABALHOS EM CURSO
ADIANT. P/ CONTA DE COMPRAS
TOTAL
20.320.090
11.862.897
44.279.849
44.697.959
3.420.979
124.581.774
0
-187.813
0
0
0
-187.813
20.320.090
11.675.084
44.279.849
44.697.959
3.420.979
124.393.961
CUSTO
25.622.454
10.030.344
78.189.964
35.807.615
3.417.649
153.068.025
AJUSTAMENTOS
-1.374.964
-151.135
-6.437.657
-14.459
0
-7.978.214
EXISTÊNCIAS AO MAIS BAIXO ENTRE O CUSTO DE AQUISIÇÃO E VALOR DE REALIZAÇÃO
24.247.490
9.879.208
71.752.307
35.793.156
3.417.649
145.089.811
2009
2008 121.384.846
31 DE DEZEMBRO DE 2008 CUSTO AJUSTAMENTOS EXISTÊNCIAS AO MAIS BAIXO ENTRE O CUSTO DE AQUISIÇÃO E VALOR DE REALIZAÇÃO
26 IMOBILIZADO INCORPÓREO DESPESAS DE I&D
OUTROS
IMOBILIZAÇÕES EM CURSO
TOTAL 31 DE DEZEMBRO DE 2009
A 31 DE DEZEMBRO DE 2008 CUSTOS DE AQUISIÇÃO AMORTIZAÇÕES ACUMULADAS
1.032.375
-166.708
86.179
951.846
903.726
-914.097
0
-10.371
AMORTIZAÇÕES DO EXERCÍCIO IMOBILIZADO LÍQUIDO
128.649
SALDO INICIAL A 1 DE JANEIRO DE 2009
747.389
86.179
negativa das cotações ocorrida no primeiro semestre de 2008, antes da sua reclassificação de activos em negociação para esta categoria). Atendendo a que as perdas não são revertidas através da demonstração de resultados, em 31 de Dezembro de 2009, a mais-valia potencial face à cotação de final de ano da ZON está reflectida nas reservas de justo valor.
Em 31 de Dezembro de 2009, as menos-valias potenciais face às cotações de final de ano, das acções na Portugal Telecom e na EDP, foram registadas nas reservas de justo valor, por se entender que não estavam reunidas as condições de imparidade (ver nota 2.5.1). Em 2008 foram registadas perdas por imparidade nas acções da ZON (48.134.107 euros) e EDP (45.674.155 euros, correspondentes à variação
962.217
128.649
747.389
86.179
962.217
AUMENTOS
128.534
60.040.013
37.127
60.205.674
ALIENAÇÕES/TRANSFERÊNCIAS
382.828
436.540
-64.132
755.237
AMORTIZAÇÕES DO EXERCÍCIO
33.289
116.218
0
149.507
606.722
61.107.724
59.174
61.773.621 CLIENTES - CONTA CORRENTE
160.953.485
CUSTOS DE AQUISIÇÃO
2.571.704
61.936.446
59.174
64.567.323
CLIENTES - TÍTULOS A RECEBER
406.881
0
AMORTIZAÇÕES ACUMULADAS
1.964.981
828.721
0
2.793.703
CLIENTES - SALDOS DE COBRANÇA DUVIDOSA
15.463.600
7.613.379
SALDOS DEVEDORES DE FORNECEDORES 606.722
61.107.724
59.174
61.773.621
SALDO FINAL A 31 DE DEZEMBRO DE 2009 A 31 DE DEZEMBRO DE 2009
IMOBILIZADO LÍQUIDO
29 CLIENTES E OUTROS DEVEDORES
1.518.199
1.366.127
PESSOAL
497.458
558.091
OUTROS
60
31.933
178.839.683
130.954.376
-15.329.952
-7.459.781
163.509.731
123.494.595
Na rubrica de “Outros” destaca-se um aumento de 60 milhões de euros (ver nota 13). AJUSTAMENTOS DE DÍVIDAS A RECEBER TOTAL
27 ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA VALOR DE BALANÇO
2008 RESERVA JUSTO VALOR
RESERVA JUSTO VALOR
2009 VALOR DE BALANÇO
PORTUGAL TELECOM
143.512.312
-99.611.153
-41.686.085
201.437.380
EDP
100.148.701
-23.039.775
-7.692.312
115.496.164
ZON MULTIMÉDIA
25.963.081
0
4.394.829
30.357.910
TOTAL
269.624.094
-122.650.928
-44.983.568
347.291.454
PARTICIPAÇÕES NO CAPITAL
envolvente económica. O Conselho de Administração entende que o valor contabilístico das contas a receber é próximo do seu justo valor. O Grupo não tem uma concentração significativa de riscos de crédito, dado que o risco se encontra diluído por um vasto conjunto de clientes.
A exposição do Grupo ao risco de crédito é atribuível às contas a receber derivadas da sua actividade operacional. Os montantes apresentados no balanço encontram-se líquidos das perdas de imparidade acumuladas para cobranças duvidosas, que foram estimadas pelo Grupo de acordo com a sua experiência e com base na sua avaliação da conjuntura e
30 ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS 2009
ACTIVO 2008
1.810.141
1.248.892
4.509
69.315
356.182
2.849.229
398.318
313.289
IMPOSTO SOBRE O VALOR ACRESCENTADO
5.602.259
4.064.709
8.608.062
714.945
CONTRIBUIÇÕES PARA A SEGURANÇA SOCIAL
16.271
150.262
789.070
790.122
7.784.853
8.313.093
9.837.959
1.887.671
IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO RETENÇÕES DE IMPOSTOS S/ RENDIMENTOS DE TERCEIROS
TOTAL
98
99
2009
PASSIVO 2008
Notas às Demostrações Financeiras Consolidadas
Demonstrações Financeiras Consolidadas e Respectivos Anexos
31 OUTROS ACTIVOS CORRENTES E NÃO CORRENTES
35 RESULTADOS POR ACÇÃO 2009
2008
ESPECIALIZAÇÃO DA MARGEM
38.676.189
29.776.494
ADIANTAMENTOS A FORNECEDORES
1.510.530
1.510.797
ESPECIALIZAÇÃO DE SEGUROS E JUROS
858.962
1.026.518
CORRENTES
2009
2008
RESULTADO LÍQUIDO DO ANO PARA EFEITO DO CÁLCULO
53.410.238
15.243.437
Nº MÉDIO PONDERADO DE ACÇÕES PARA EFEITO DO CÁLCULO
23.025.126
23.025.126
2,3197
0,6620
RESULTADO LÍQUIDO DO ANO PARA EFEITO DO CÁLCULO
53.410.238
15.243.437
Nº MÉDIO PONDERADO DE ACÇÕES PARA EFEITO DO CÁLCULO
23.025.126
23.025.126
2,3197
0,6620
BÁSICO
EMPRESAS DO GRUPO - EMPRÉSTIMOS
326.446
543.756
EMPRESAS ASSOCIADAS - EMPRÉSTIMOS
7.011.635
1.852.866
OUTROS DEVEDORES
16.042.852
4.455.684
350.100
0
OUTRAS ESPECIALIZAÇÕES
7.707.601
2.847.553
EMPRESAS PARTICIPADAS - EMPRÉSTIMOS
4.730.176
18.798.573
77.214.492
60.812.242
-5.526.187
0
71.688.305
60.812.242
OUTROS ACCIONISTAS - EMPRÉSTIMOS
AJUSTAMENTOS DE OUTROS DEVEDORES TOTAL
O valor da “especialização de margem” diz respeito a proveitos incorridos em 2009 mas apenas facturados em 2010, e está essencialmente relacionado com o negócio das telecomunicações.
O valor das cauções respeita a cauções de garantia relativas a obras realizadas ou serviços prestados a clientes.
RESULTADO POR ACÇÃO BÁSICO DILUÍDO
RESULTADO POR ACÇÃO DILUÍDO
36 RESULTADOS RETIDOS E OUTRAS RESERVAS 2009
2008
RESULTADOS RETIDOS
198.729.139
141.018.201
RESERVAS
-37.455.031
-116.504.460
RESERVAS DE CONVERSÃO CAMBIAL
-19.394.183
-13.227.485
TOTAL
141.879.924
11.286.256
32 ACTIVOS FINANCEIROS DETIDOS PARA NEGOCIAÇÃO 2009
VALOR DE BALANÇO 2008
BCP
1.183.000
1.141.000
TOTAL
1.183.000
1.141.000
PARTICIPAÇÕES NO CAPITAL
A legislação comercial portuguesa estabelece que se deve transferir para reserva legal 5% dos lucros líquidos até que esta represente pelo menos 20% do capital. Esta reserva não é distribuível e só pode ser utilizada
para incorporação no capital ou para cobrir prejuízos, depois de esgotadas todas as outras reservas.
37 INTERESSES MINORITÁRIOS % INTERESSES MINORITÁRIOS 2009 2008
33 CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA DEPÓSITOS À ORDEM
2009
2008
19.208.060
22.460.960
CAIXA
1.475.468
2.243.029
DEPÓSITOS A PRAZO
4.429.625
6.626.841
TÍTULOS NEGOCIÁVEIS
56.233
118.800
APLICAÇÕES DE TESOURARIA
49.995
498
TOTAL
25.219.380
O Capital Social autorizado está representado por 23.025.126 acções ao portador, com o valor nominal unitário de cinco euros e está realizado no montante de 115.125.630 euros.
À data de 31 de Dezembro de 2009, o accionista maioritário Fernando Campos Nunes, detinha, directa e indirectamente, 77,85% do Grupo Visabeira, possuindo 17.926.178 acções.
Em Dezembro foram adquiridas acções ordinárias por empresa detida a 100% pelo Eng.º Fernando Campos Nunes, ao FCR - Caixa Capital
AMBITERMO, SA
49,00
49,00
1.322.514
1.672.955
30.574
CONVISA TURISMO, LDA
50,00
50,00
616.204
96.422
561.938
61.117
PDA, SA
45,43
45,43
1.842.149
1.864.251
-18.559
-25.681
PINEWELLS, SA
44,00
44,00
1.970.499
0
-159.143
0
TELEVISA, LDA
50,00
50,00
418.475
383.272
102.553
43.084
TV CABO ANGOLA, LDA
50,00
50,00
2.181.262
2.288.877
987.045
919.954
TV CABO - COMUNICAÇÕES MULTIMÉDIA, LDA
50,00
50,00
314.290
349.754
63.962
127.490
VISABEIRA, LDA
40,00
40,00
2.214.444
2.463.996
110.598
372.342
OUTROS
2.108.258
1.256.955
-209.119
-268.560
TOTAL
12.988.094
10.376.481
1.469.849
1.638.397
408.650
38 ENDIVIDAMENTO CORRENTE
2009 NÃO CORRENTE
CORRENTE
2008 NÃO CORRENTE
PAPEL COMERCIAL
40.000.000
390.500.000
52.000.000
400.000.000
EMPRÉSTIMOS BANCÁRIOS
99.398.058
82.477.935
50.155.070
78.250.854
0
60.000.000
0
60.000.000
963.981
17.584.201
959.842
5.103.305
8.963.556
60.584.801
8.072.540
66.791.161
149.325.595
611.146.937
111.187.452
610.145.320
EMPRÉSTIMOS POR OBRIGAÇÕES SUBSÍDIOS REEMBOLSÁVEIS LOCAÇÃO FINANCEIRA TOTAL
100
RESULTADOS ATRIBUÍDOS 2009 2008
31.450.127
Gerido pela sociedade Caixa Capital SCR, SA, empresa de capital de risco do Grupo Caixa Geral de Depósitos, correspondente a 3,84% do capital social do Grupo Visabeira.
34 CAPITAL SOCIAL
VALOR DO BALANÇO 2009 2008
101
Notas às Demostrações Financeiras Consolidadas
Demonstrações Financeiras Consolidadas e Respectivos Anexos
38.3 LOCAÇÃO FINANCEIRA
38.1 PAPEL COMERCIAL Com o objectivo de adquirir acções da EDP, PT, e ZON Multimédia, o Grupo Visabeira contratou ainda os seguintes papéis comerciais, pelo prazo de 6 meses, renováveis pelo mesmo período até 5 anos, indexados à Euribor a 6 meses:
À data de 31 de Dezembro, estava integralmente subscrita a vigésima segunda emissão de papel comercial de 40 milhões de euros, com a duração de cinco anos, cujas emissões deixaram de ser objecto de notação de rating (contudo a notação mantém-se em A2 com tendência estável) mas mantêm o compromisso de tomada firme, encontrando-se registado na conta de empréstimos de curto prazo.
PORTUGAL MOÇAMBIQUE FRANÇA TOTAL
MONTANTE
DATA LIQUIDAÇÃO
2009 NÃO CORRENTE
CORRENTE
2008 NÃO CORRENTE
8.599.193
59.736.408
7.241.073
66.484.905
364.363
848.393
765.829
286.059
-
-
65.637
20.196
8.963.556
60.584.801
8.072.540
66.791.161
SPREAD
GRUPO VISABEIRA, SA
231.000.000
26-04-2012
0,80%
GRUPO VISABEIRA, SA
75.000.000
05-06-2012
0,80%
VISABEIRA IMOBILIÁRIA, SGPS, SA
20.000.000
05-06-2012
0,80%
VISABEIRA INDÚSTRIA, SGPS, SA
30.000.000
05-06-2012
0,80%
TOTAL
CORRENTE
356.000.000
38.4 DÍVIDA DE MÉDIO E LONGO PRAZO PORTUGAL
MOÇAMBIQUE
ANGOLA
OUTROS
TOTAL
2011
29.897.614
3.256.421
2.006.196
76.672
35.236.903
2012
392.442.281
2.995.489
1.829.970
80.194
397.347.935
2013
34.553.004
2.602.016
1.390.982
83.879
38.629.882
2014
74.133.579
1.805.779
1.203.294
87.732
77.230.384
2015 E ANOS SEGUINTES
56.997.749
2.540.779
2.411.538
751.767
62.701.834
TOTAL
588.024.228
13.200.484
8.841.980
1.080.245
611.146.937
2009
2008
FORNECEDORES - CONTA CORRENTE
103.737.043
79.554.712
FORNECEDORES - TÍTULOS A PAGAR
804.830
45.522
6.090.443
5.676.596
0
604.818
110.632.316
85.881.648
2009
2008
60.584.801
67.316.372
60.584.801
67.316.372
FACTORING
53.868.972
48.424.147
CUSTOS INCORRIDOS A FACTURAR EM ANOS SEGUINTES
7.580.609
7.961.956
ADIANTAMENTOS DE CLIENTES
8.175.055
8.522.995
SUBSÍDIOS AO INVESTIMENTO
4.243.775
3.881.820
FORNECEDORES DE IMOBILIZADO
11.760.609
10.313.944
Foram contratados ainda os seguintes programas de emissão de papel comercial com compromisso de tomada firme: MONTANTE
DATA LIQUIDAÇÃO
SPREAD
GRUPO VISABEIRA, SA
10.000.000
02-01-2013
2,75%
GRUPO VISABEIRA, SA
3.000.000
28-02-2012
1,00%
GRUPO VISABEIRA, SA
5.000.000
16-07-2012
0,50%
VISABEIRA TURISMO, SA
7.500.000
29-05-2013
1,75%
VISABEIRA IMOBILIÁRIA, SGPS
4.000.000
16-07-2012
0,50%
VIATEL, SA
3.000.000
19-06-2011
1,05%
2.000.000
21-12-2011
1,25%
NÃO CORRENTES
VIATEL, SA
34.500.000
39 FORNECEDORES E OUTROS CREDORES
SALDOS CREDORES DE CLIENTES OUTROS
CORRENTES GRUPO VISABEIRA, SA
9.000.000
17-06-2010
1,00%
EDIVISA, SA
4.000.000
17-06-2010
1,00%
VISABEIRA PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS, SA
18.000.000
17-06-2010
1,00%
9.000.000
17-06-2010
1,00%
VISABEIRA TURISMO, SA
TOTAL
40.000.000 TOTAL
74.500.000
40 OUTROS PASSIVOS CORRENTES E NÃO CORRENTES NÃO CORRENTES FORNECEDORES DE IMOBILIZADO
38.2 EMPRÉSTIMOS BANCÁRIOS
CORRENTES CORRENTE
2009 NÃO CORRENTE
CORRENTE
2008 NÃO CORRENTE
DESCOBERTOS BANCÁRIOS AUTORIZADOS
8.930.798
0
770.677
0
PORTUGAL
3.258.459
0
686.875
0
MOÇAMBIQUE
5.498.490
0
83.802
0
173.850
0
0
0
EMPRÉSTIMOS OBTIDOS
90.467.259
82.477.935
49.384.394
78.250.854
PORTUGAL
73.573.327
60.203.619
34.933.615
53.946.293
MOÇAMBIQUE
5.806.016
12.352.092
3.518.708
15.255.094
ANGOLA
11.018.161
8.841.980
10.747.490
9.049.467
OUTROS
69.755
1.080.245
184.582
0
99.398.058
82.477.935
50.155.070
78.250.854
FRANÇA
TOTAL
REMUNERAÇÕES A LIQUIDAR
8.316.661
4.361.381
ESPECIALIZAÇÃO DA MARGEM
42.626.046
33.566.143
ACCIONISTAS - EMPRÉSTIMOS
77.986
265
OUTRAS EMPRESAS ASSOCIADAS E PARTICIPADAS
156.716
161.151
OUTROS CREDORES
TOTAL
A dívida ao factoring resulta da cobrança de dívidas sobre clientes na modalidade “sem recurso”.
102
15.836.928
11.884.717
152.643.357
129.078.519
213.228.158
196.394.891
O valor dos “custos incorridos” em 2009 mas apenas facturados em 2010, está essencialmente relacionado com o negócio das telecomunicações.
103
Notas às Demostrações Financeiras Consolidadas
Demonstrações Financeiras Consolidadas e Respectivos Anexos
41 INSTRUMENTOS FINANCEIROS Risco da Taxa de Juro Quatro das empresas participadas do Grupo Visabeira contrataram, em Março de 2007, um swap macro-cobertura de taxa de juro, trocando o indexante variável Euribor por uma taxa fixa, segurando deste modo
VISABEIRA IMOBILIÁRIA, SA
16.000.000
EDIVISA, SA
14.000.000
VIATEL, SA
7.000.000
VISABEIRA, LDA
6.000.000
a dívida remunerada a esse indexante, para um valor nocional global de 43 milhões de euros, tendo-se fixado a taxa de juro em 2,97%, com maturidade a ocorrer em 15 de Setembro de 2011.
Neste swap, os subscritores recebem trimestralmente Euribor a 90 dias e pagam 2,97% no 1.º e 2.º trimestre, e nos restantes pagam 2,97% mais uma fixação condicional.
a taxa de juro em 2,68%, com maturidade a ocorrer em 05 de Novembro de 2015. Ou seja, os subscritores recebem trimestralmente Euribor a 90 dias e pagam 2,68% até à data de maturidade do swap.
O Grupo Visabeira contratou ainda, em Julho de 2007, um swap de taxa de juro para um montante nominal de 30 milhões de euros, tendo-se fixado a taxa de juro em 3,65%, com maturidade a ocorrer em 30 de Julho de 2014. Ou seja, os subscritores recebem trimestralmente Euribor a 90 dias e pagam 3,65% mais uma fixação condicional, até à data de maturidade do swap.
A empresa Empreendimentos Turísticos Montebelo, participada do Grupo Visabeira, contratou em Março de 2009 um swap de taxa de juro para um montante nominal de 3 milhões de euros, tendo-se fixado a taxa de juro em 2,48%, com maturidade a ocorrer em 15 de Março de 2012. Ou seja, os subscritores recebem mensalmente Euribor a 30 dias e pagam 2,48% até à data de maturidade do swap. Desta forma os contratos de swap em vigor à data de 31 de Dezembro de 2009 e 2008 eram os seguintes:
A Visabeira Global contratou em Novembro de 2009 um swap de taxa de juro para um montante nominal de 5 milhões de euros, tendo-se fixado
2009 OBJECTIVO ECONÓMICO
VALOR NOMINAL
TIPO DE OPERAÇÃO
MATURIDADE MÉDIA
SWAP TRIPLE PLAY RANGE ACCRUAL
43.000.000
INTEREST RATE SWAP
4,5 ANOS
ELIMINAR O RISCO DE VARIAÇÃO DA TAXA DE JURO EM FINANCIAMENTOS
SWAP EURIBOR RANGE ACCRUAL
30.000.000
INTEREST RATE SWAP
7 ANOS
ELIMINAR O RISCO DE VARIAÇÃO DA TAXA DE JURO EM FINANCIAMENTOS
SWAP EURIBOR RANGE ACCRUAL
5.000.000
INTEREST RATE SWAP
6 ANOS
ELIMINAR O RISCO DE VARIAÇÃO DA TAXA DE JURO EM FINANCIAMENTOS
SWAP EURIBOR RANGE ACCRUAL
3.000.000
INTEREST RATE SWAP
3 ANOS
ELIMINAR O RISCO DE VARIAÇÃO DA TAXA DE JURO EM FINANCIAMENTOS
de euros e Ifervisa de 12 milhões de euros. Para além dos valores referidos, salienta-se que o Grupo dispõe, em linhas agrupadas ou individuais, plafonds disponíveis para as actividades de factoring, confirming, remessas e créditos documentários e garantias bancárias de cerca de 15 milhões de euros. O Grupo possui uma linha de financiamento que, acrescida à sua parte de capitais próprios, relacionadas com a OPA lançada pela Cerutil à VAA que lhe garante, quer o processo de aquisição relacionado com a referida empresa quer relacionado com a reestruturação da mesma. Refira-se que o montante de dividendos a receber em 2010, à semelhança dos anos anteriores, supera os encargos relacionados com a divida conexa com as participações financeiras em empresas cotadas no mercado regulamentado EURONEXT em cerca de 9 milhões de euros.
Risco de Liquidez Este risco pode ocorrer se as fontes de financiamento (disponibilidades, fluxos de caixas libertos pelas operações, encaixes decorrentes de desinvestimentos, linhas de crédito, entradas de accionistas) não satisfizerem as necessidades existentes, de forma a cumprir com as obrigações decorrentes das actividades operacionais e de financiamento, os investimentos e o reembolso da dívida. Como forma de mitigar este risco, o Grupo Visabeira procura manter uma posição líquida e uma maturidade média que lhe permita adequar a libertação de fundos ao serviço da dívida actual. A maturidade média da dívida é de 6 anos e a dívida sobre o EBITDA é igualmente de 6 anos. Não existe qualquer compromisso quanto a distribuição de dividendos. O plano de investimentos para o próximo ano ascende a um valor até 41 milhões de euros, ou seja abaixo do valor do EBITDA previsto. O Grupo Visabeira dispunha à data de 31/12/2009 cerca de 51 milhões de euros em linhas de financiamento aprovadas, com especial destaque para os financiamentos aos investimentos Tv Cabo Angola de 7,5 milhões
Outras divulgações sobre instrumentos financeiros Tal como definido pela IAS 39, o valor contabilístico de cada uma das categorias previstas, é assim discriminado:
2009
2008
163.509.731 7.784.853
123.494.595 8.313.093
CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA
71.688.305 25.219.380
60.812.242 31.450.127
ACTIVOS FINANCEIROS REGISTADOS AO JUSTO VALOR ACÇÕES COTADAS
348.474.454
270.765.094
-5.058.739
-3.820.300
PASSIVO FINANCEIRO AO CUSTO AMORTIZADO DÍVIDA CONTAS A PAGAR ACRÉSCIMO DE CUSTOS
140.355.947 110.632.316 51.099.423
103.114.912 85.881.648 38.088.675
PASSIVO FINANCEIRO REGISTADOS DE ACORDO COM A IAS 17 - LOCAÇÕES
69.548.357
74.863.700
ACTIVOS FINANCEIROS REGISTADOS AO CUSTO AMORTIZADO CLIENTES E OUTROS DEVEDORES ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS OUTROS ACTIVOS CORRENTES (ADIANTAMENTOS A FORNECEDORES E OUTROS DEVEDORES)
DERIVADOS DE COBERTURA DE FLUXOS DE CAIXA REGISTADOS AO JUSTO VALOR
No final de 2009 estão em curso processos judiciais, alguns de natureza fiscal, do qual não se espera perdas significativas para o Grupo. 2008 VALOR DE BALANÇO SWAP TRIPLE PLAY RANGE ACCRUAL
VARIAÇÃO NO VALOR DE MERCADO (RESULTADOS)
2009 VALOR DE BALANÇO
166.211
-1.939.645
-1.773.434
SWAP EURIBOR RANGE ACCRUAL (30M)
-3.454.901
-3.813.956
-7.268.857
SWAP EURIBOR RANGE ACCRUAL (5M)
0
-42.694
-42.694
SWAP EURIBOR RANGE ACCRUAL (3M)
0
-15.244
-15.244
Risco de Crédito A política do Grupo relativamente à atribuição de plafonds à concessão de crédito, quer em termos nacionais quer em termos internacionais, é feita através de recurso a empresas especializadas em cobertura de risco de crédito.
Caso a taxa de juro média suportada tivesse em 2009 sido superior (inferior) em 0,5 p.p., os custos financeiros, líquidos, teriam sido superiores (inferiores) em aproximadamente 3,5 milhões de euros. Risco da Taxa de Câmbio O Grupo procura a cobertura natural da exposição em moeda estrangeira, tendo optado por este instrumento financeiro derivado negociado em OTC pela sua flexibilidade e eficácia na cobertura. Individualmente, o maior risco cambial a que o Grupo está sujeito situa-se ao nível dólar americano metical e dólar americano kwanza, sendo que umas estarão curtas e outras longas em dólar americano. O Grupo está a estudar uma solução de compensação destes riscos, baseada numa transferência dos fluxos positivos para as empresas que apresentam o mesmo valor de fluxo simétrico.
43 PROVISÕES 2008
ALTERAÇÃO AO PERÍMETRO
AUMENTOS
REDUÇÕES
2009
PENSÕES DE REFORMA
0
4.405.000
0
0
4.405.000
REESTRUTURAÇÃO VAA
0
1.964.000
0
0
1.964.000
OUTROS
126.958
1.767.000
2.501.080
-34.413
4.360.625
TOTAL
126.958
8.136.000
2.501.080
-34.413
10.729.625
Excluindo os organismos estatais e os clientes com notação de risco nacional e internacional superior, refira-se que a exposição média de risco interno ascende a 20%. Uma análise detalhada à variação das provisões evidencia a contabilização de imparidades de cerca de 5 milhões de euros em saldos com clientes angolanos, que, prudentemente, o Grupo entendeu relevar, demonstrando-se também claramente, a quase, inexistência de risco cliente nas restantes situações. Acresce que o Grupo possui acesso às principais bases de dados do mercado que juntamente com o seu corpo de análise técnica lhe permitem ajuizar e minimizar claramente o risco creditício.
Quanto ao risco de participações financeiras no exterior, quer em termos de capital quer em termos de prestações suplementares, não é relevante, uma vez que o nosso envolvimento de capital próprio não é representativo no total das participações agregadas.
104
105
Notas às Demostrações Financeiras Consolidadas
Demonstrações Financeiras Consolidadas e Respectivos Anexos
43.1 PENSÕES DE REFORMA
43.3 OUTROS
O Grupo Vista Alegre Atlantis (VAA) tem em vigor vários planos de benefício de reforma definidos, uns a cargo do Fundo de Pensões (BPI Pensões) e outros a cargo do Grupo VAA.
A provisão apresentada na linha de “Outros” destina-se, principalmente, a fazer face a responsabilidades estimadas com base em informações dos advogados e decorrentes de processos de índole contratual, laboral e fiscal intentados contra as empresas do Grupo.
2009
2008
-4.405.000
-4.154.000
PASSIVO – PROVISÕES PARA PENSÕES DE REFORMA BENEFÍCIOS DE REFORMA – PLANO DE BENEFÍCIO DEFINIDO A CARGO DO GRUPO VAA
44 GARANTIAS PRESTADAS 2009
ACTIVO – ACRÉSCIMO DE PROVEITOS BENEFÍCIOS DE REFORMA – PLANO DE BENEFÍCIO DEFINIDO COM FUNDO CONSTITUÍDO
1.399.000
1.115.000
(EXCESSO DO VALOR DO FUNDO DE PENSÕES)
Os valores reflectidos na demonstração dos resultados do Grupo VAA relacionados com benefícios de reforma são os seguintes: 2009
2008
251.000
1.996.000
284.000
147.000
Nas “Garantias reais” há a destacar 356 milhões de euros, respeitante às emissões activas de papel comercial, 17 milhões de euros referentes ao Grupo Vista Alegre e 15,7 milhões de euros respeitantes ao Palácio do Gelo Shopping.
2008
GARANTIAS FINANCEIRAS
21.791.023
22.112.072
GARANTIAS TÉCNICAS/BOA EXECUÇÃO OBRA
41.141.680
42.497.008
GARANTIAS REAIS
425.958.273
395.341.290
TOTAL
488.890.975
459.950.370
CUSTOS OPERACIONAIS PLANO DE BENEFÍCIO DEFINIDO A CARGO DO GRUPO VAA E PESSOAL NO ACTIVO
45 PARTES RELACIONADAS
PROVEITOS PLANO DE BENEFÍCIO DEFINIDO COM FUNDO CONSTITUÍDO
Plano de benefício definido a cargo do Grupo VAA A responsabilidade decorrente destes planos é assegurada directamente pelo Grupo, sendo actualmente estimada, à data do encerramento das contas, por uma entidade especializada (BPI Pensões). Movimento ocorrido no exercício no Grupo VAA: 2009
2008
4.154.000
2.471.000
CUSTOS COM JUROS + GANHOS/PERDAS ACTUARIAIS + REFORÇO PROVISÕES
571.000
1.996.000
REFORMAS PAGAS
-320.000
-313.000
SALDO EM 31 DE DEZEMBRO 2009
4.405.000
4.154.000
SALDO EM 1 DE JANEIRO 2009
ANO
ACCIONISTAS
2009 2008
ASSOCIADAS E OUTRAS PARTICIPAÇÕES
2009 2008
VENDAS A PARTES RELACIONADAS
5.754.060 10.559.472
COMPRAS A PARTES RELACIONADAS
556.271 575.602
VALORES A RECEBER DE PARTES RELACIONADAS
VALORES A PAGAR DE PARTES RELACIONADAS
5.886.865 299.551
99.376 265
2.583.826 11.005.507
395.580 169.414
De salientar também os empréstimos obtidos junto da Caixa Geral de Depósitos (Ver nota 38).
46 EVENTOS SUBSEQUENTES À DATA DO BALANÇO Não existem eventos subsequentes à data do balanço que possam ter impacto material nas demonstrações financeiras.
Plano de benefício definido com fundo constituído
Viseu, 23 de Fevereiro de 2010
As responsabilidades decorrentes destes planos encontram-se cobertas por um fundo de pensões autónomo gerido por uma entidade especializada (BPI Pensões). Valores reconhecidos no balanço no Grupo VAA: 2009
VARIAÇÃO
2008
VALOR PRESENTE DAS OBRIGAÇÕES
-2.363.000
392.000
-2.755.000
VALOR DE MERCADO DO FUNDO
3.762.000
-108.000
3.870.000
ACTIVO RECONHECIDO NO BALANÇO
1.399.000
284.000
1.115.000
O Técnico Oficial de Contas
O Conselho de Administração
Os movimentos descritos acima apenas foram reconhecidos pelo Grupo Visabeira a partir da aquisição do Grupo VAA. Ver nota 2.2 g)
43.2 REESTRUTURAÇÃO VAA O montante diz respeito ao valor ainda não dispendido e previsto no âmbito da reestruturação do Grupo VAA, sendo que a Vista Alegre Atlantis, SA obteve em Março de 2009 o estatuto de “Empresa em reestruturação”.
106
107
Documentos de Apreciação e Certificação
Certificação Legal das Contas Relatório e Parecer do Fiscal Único Acta da Aprovação de Contas
Documento Anno Domini, 1749. Hotel Casa da Ínsua. 109
Documentos de Apreciação e de Certificação
Demonstrações Financeiras Consolidadas e Respectivos Anexos
110
111
Documentos de Apreciação e de Certificação
Demonstrações Financeiras Consolidadas e Respectivos Anexos
112
113
Documentos de Apreciação e de Certificação
GRUPO VISABEIRA, SGPS, SA Repeses, 3504-511 Viseu NIPC e Reg. na CRC de Viseu sob o nº 502 263 628
ACTA NÚMERO 94
------- Aos dezoito dias do mês de Março de dois mil e dez, pelas onze horas e dez minutos, na sede social, no lugar de Repeses, freguesia de Repeses, concelho de Viseu, reuniram em Assembleia Geral Anual, os accionistas da sociedade comercial anónima denominada Grupo Visabeira, S.G.P.S., S. A., pessoa colectiva número 502 263 628, matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Viseu sob o mesmo número e com o capital social de cento e quinze milhões, cento e vinte e cinco mil, seiscentos e trinta euros. -------------------------------------------------------------------------------------------- Presidiu à Assembleia o Senhor Dr. Alberto Henrique de Figueiredo Lopes, secretariado pela Senhora Dr.ª Marta Albuquerque Santos, elementos que constituem a mesa. ------------------------------------------------------------------------------------- O Senhor Presidente, depois de circular a lista de presenças, confirmou a presença e representação de cem por cento do capital social considerando, após a análise da regularidade das cartas mandadeiras, que se encontravam reunidas as condições para a realização da Assembleia, nos termos do disposto no artigo trezentos e setenta e sete, número três, do Código das Sociedades Comerciais, tendo sido a todos dado conhecimento, por convocatória, da seguinte ordem de trabalhos: ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Ponto Um: Deliberar sobre o relatório e contas consolidadas do exercício de dois mil e nove; ------------------------------- Ponto Dois: Proceder à apreciação Geral da Administração e Fiscalização da Sociedade. ------------------------------------- Iniciada a sessão com a apreciação do primeiro ponto da ordem de trabalhos, pelo Senhor Presidente, foi concedida a palavra ao Conselho de Administração que, pela intervenção do Senhor Administrador, Dr. Pedro Manuel Nogueira Reis, realizou a apresentação do relatório de gestão e dos documentos que ilustravam as contas consolidadas, relativas ao exercício findo no passado dia 31 de Dezembro de dois mil e nove. Desde logo se referiu a alteração do perímetro de consolidação, devido às aquisições das partes de capital das sociedades VAA – Vista Alegre Atlantis, SGPS, S.A. e da Faianças Artísticas Bordalo Pinheiro, Lda. -------------------------------------------------------------------------------------------- Após aquela intervenção, tendo sido tomada a palavra pelo Senhor Administrador, Dr. Alcides Saraiva de Aguiar, este sublinhou a evolução positiva que o reporte financeiro comportou ao longo do exercício, permitindo um melhor acompanhamento por parte dos accionistas das contas e da principal actividade da sociedade. ----------------------------------- A observação registada, relativa à melhoria do reporte da informação financeira e de gestão, foi reforçada pelo Senhor Administrador, Dr. António Jorge Xavier da Costa, que confirmou o progresso respeitante à comunicação da informação da sociedade. ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Por fim, foi dada a palavra ao representante do Fiscal Único que empregou a oportunidade para referir que as contas consolidadas do Grupo Visabeira SGPS, S.A. foram objecto de certificação legal, sem qualquer reserva ou ênfase, propondo-se por isso, assim, no respectivo relatório, que as mesmas tivessem a aprovação dos accionistas. -------------------- Depois de auscultados os presentes e mais ninguém pretender intervir, foi colocado à votação o ponto UM da agenda e verificou-se a sua aprovação por unanimidade de votos. ------------------------------------------------------------------------- Já quanto à apreciação e análise do segundo ponto da ordem de trabalhos, o Senhor Presidente da Mesa fez menção ao trabalho realizado, ao longo do exercício de dois mil e nove, pelos membros do Conselho de Administração e pelo Fiscal Único e deu oportunidade aos presentes para apresentarem uma proposta de voto, no que diz respeito à apreciação da acção desenvolvida pelos órgãos executivo e fiscalizador da sociedade, no que respeita ao exercício 2009. ------- Neste sentido, foi apresentada uma proposta para aprovação de um voto de louvor e confiança ao Conselho de Administração e a cada um dos seus membros, bem como ao trabalho desenvolvido pelo Fiscal Único, proposta essa que, colocada à votação, foi aprovada por unanimidade de votos. ------------------------------------------------------------------------ Por último, não havendo qualquer necessidade, nem manifestação de interesse de qualquer outra intervenção, o Senhor Presidente da Mesa deu a sessão por encerrada, pelas doze horas, dela se lavrando a presente acta que, depois de lida e achada conforme vai ser assinada pelo Presidente e pela Secretária da Mesa. ----------------------------------------Exemplares da colecção “Personalidades na Azulejaria Toponímica”. D. Duarte, “O Eloquente” (1391-1438). Vasco Fernandes, “O Grão Vasco” (1475-1501). Edição exclusiva Grupo Visabeira, 1998. Fábrica de Porcelana da Vista Alegre.
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Índice de Ilustrações
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> Fruteiro forma livre para Cristal de Sèvres. Fábrica Atlantis.
> Copos “Marquis”. Tradicional. Fábrica Atlantis.
> Tigela Orbit, 2008. Autor: Richard Williams. Fábrica Vista Alegre.
> Sardão gigante, 1900. Autor: Rafael Bordallo Pinheiro, modelo cerca de 1900. Pintado a pincel com vidrados de óxidos de ferro e cobre. Jardim Bordallo Pinheiro. Museu da Cidade, Lisboa.
> Par chávena café rectangular, 2009. Autor: Richard Williams. Fábrica Vista Alegre.
> Documento Anno Domini, 1749. Hotel Casa da Ínsua.
> Exemplares da colecção “Personalidades na Azulejaria Toponímica”. D. Duarte, “O Eloquente” (1391-1438). Vasco Fernandes, “O Grão Vasco” (1475-1501). Edição exclusiva Grupo Visabeira 1998. Fábrica de Porcelana da Vista Alegre.
> Galos e Galinhas e Gato Assanhado. Autor: Rafael Bordallo Pinheiro. Jardim Bordallo Pinheiro, Museu da Cidade, Lisboa.