Relat贸rio Anual An谩lise de Contas
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Relat贸rio Anual An谩lise de Contas
www.grupovisabeira.com
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ermo Pinewells Beiragás Edivisa Granbeira Visacasa Vibeiras Televisa Moçambique TV Cabo Moçambique V Cabo Angola Visaconstroi Angola Constructel França Constructel Roménia Constructel Bélgica Gatel França oçambique Celmoque Moçambique Agrovisa Moçambique Álamo Angola Visabeira Turismo, SGPS, SA gola Visabeira Imobiliária, SGPS, SA Visabeira Imobiliária Ifervisa Figueira Paranova Imovisa Moçambique ermo Pinewells Beiragás Edivisa Granbeira Visacasa Vibeiras Televisa Moçambique TV Cabo Moçambique V Cabo Angola Visaconstroi Angola Constructel França Constructel Roménia Constructel Bélgica Gatel França oçambique Celmoque Moçambique Agrovisa Moçambique Álamo Angola Visabeira Turismo, SGPS, SA gola Visabeira Imobiliária, SGPS, SA Visabeira Imobiliária Ifervisa Figueira Paranova Imovisa Moçambique ermo Pinewells Beiragás Edivisa Granbeira Visacasa Vibeiras Televisa Moçambique TV Cabo Moçambique V Cabo Angola Visaconstroi Angola Constructel França Constructel Roménia Constructel Bélgica Gatel 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Anรกlise de Contas
O ano 2008 em Análise >04 Destaques 2008 I&D e Inovação no Grupo Visabeira Sistemas de Informação Qualidade, Ambiente e Segurança As Pessoas Responsabilidade Social Factos Relevantes Ocorridos Após o Termo do Exercício Investimentos Previstos para 2009 e Projectos para o Futuro
07 08 13 14 20 22 24 25
Evolução Económico-Financeira >26 Marcos Económicos e Financeiros Consolidados Riscos Financeiros Incentivos Fiscais Análise Económico-Financeira Individual Investimentos em 2008 Investimentos Financeiros Anexo ao Relatório do Conselho de Administração
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28 31 33 34 46 48 50
Demonstrações Financeiras Consolidadas e Respectivos Anexos >52 Demonstração dos Resultados Consolidados Balanço Consolidado Demonstração Consolidada dos Fluxos de Caixa Notas às Demontrações Financeiras Consolidadas Documentos de Apreciação e Certificação
01
54 55 56 58 90
03
Fev
Mai
Mar
Abr
Jan
Ago
Nov
Jul
Jun Out
Set
Dez
01
O ano 2008 em anรกlise
O ano 2008 em anรกlise
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Palรกcio do Gelo Shopping
Destaques 2008
Principais indicadores 2008 Taxa de crescimento médio anual 2003/2008 Volume de negócios agregado 479 milhões de euros
17%
Volume de negócios consolidado 343 milhões de euros
16%
Resultado líquido 15 milhões de euros
10%
Cash flow 31 milhões de euros
12%
EBITDA 50 milhões de euros
11%
Produtividade 17 milhares de euros
1%
Pessoal 4.331 trabalhadores
1%
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I&D e Inovação no Grupo Visabeira
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O ano 2008 em análise
A IDI EM 2008 O Grupo Visabeira aposta na Investigação, Desenvolvimento e Inovação (IDI) como dimensão central da sua estratégia, orientada para criação de valor num ambiente de maior competitividade e, consequentemente, na melhoria do seu desempenho financeiro. No âmbito da política de desenvolvimento do Grupo, é possível testemunhar, ao longo das últimas décadas de actividade, uma tendência crescente no seio das suas empresas e transversal às diferentes áreas sectoriais de actuação para apostar em factores de crescimento alicerçados nos esforços de IDI. O ano de 2008 marcou o culminar de uma etapa de cada vez maior exigência e focalização na procura de novas soluções, que permitiu um maior desenvolvimento e a consolidação de uma cultura de inovação. O período em análise foi caracterizado pela conclusão de um conjunto de actividades, assentes em estruturas de investigação científico-tecnológicas (Núcleos de I&DT) que deram forma a projectos de IDI, eles próprios baseados em práticas e conhecimentos já existente individualmente nas diferentes empresas do Grupo. Os Núcleos de Investigação e Desenvolvimento Tecnológico foram estrategicamente criados nos sectores de actividade mais representativos e com potencial inovador mais expressivo. O Núcleo da Visabeira Global, o Núcleo da Visabeira Indústria e o Núcleo da Visabeira Participações Financeiras, surgiram no segundo semestre de 2006 e deram continuidade, de forma organizada e estruturada, às acções com maior potencial em IDI que eram desenvolvidas autonomamente pelas empresas. Estas estruturas, exclusivamente dedicadas à actividade de investigação e desenvolvimento tecnológico, integravam uma equipa por Núcleo composta por três técnicos em exclusivo e concretizaram importantes objectivos na área da concepção de novas soluções de processos e métodos organizacionais, assim como ao nível de produtos. Cumprindo a calendarização estabelecida, todos os projectos em desenvolvimento foram concluídos a 30 de Junho de 2008, dando-se assim cumprimento às obrigações contratuais estabelecidas no âmbito de melhorar as estratégias empresariais – Núcleos de Investigação e Desenvolvimento Tecnológico no Sector Empresarial (NITEC), do Programa de Apoio à Modernização Empresarial (PRIME), integrado no QCA III, ao qual os três Núcleos se candidataram para apoios financeiros, adoptando uma estratégia de diversificação do risco financeiro. Em parceria com os Núcleos ou em projectos autónomos a Cerutil, a MOB e a Visabeira Digital prosseguiram ao longo do ano com o desenvolvimento de projectos de IDI próprios, como já vinha a acontecer nos anos anteriores. Por seu lado, a Ciclorama e a Viatel iniciaram individualmente um conjunto de projectos de inovação no âmbito de novos processos de logística e distribuição, bem como métodos organizacionais, aos quais à frente se dará o devido destaque. Este processo potenciou uma profícua colaboração que garantiu a transferência de tecnologia com instituições do sistema científico e tecnológico nacional. Neste âmbito, devem ser realçados, entre outros, os contratos de transferência de tecnologia, no âmbito da actividade dos Núcleos de I&DT, que protagonizaram cooperações com a Universidade de Aveiro e com a Escola Superior de Tecnologia do Instituto Politécnico de Viseu, em áreas científico-tecnológicas da cerâmica industrial, da robótica e das tecnologias de informação e comunicação. Concluído um ciclo importante de projectos, que representam o culminar de uma importante fase de desenvolvimento de actividades sistemáticas de IDI, o próximo enfoque será dado à gestão do conhecimento adquirido.
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I&D e Inovação no Grupo Visabeira
A IDI NA VISABEIRA GLOBAL A Visabeira Global, face à pouca resposta disponível no mercado ao nível da integração com outros sistemas instalados e da interligação com as demais áreas da gestão, optou por assumir a responsabilidade de criar e consolidar um sistema digital de apoio à gestão, capaz de introduzir melhorias ao nível dos recursos físicos, financeiros e humanos. Os resultados alcançados traduziram-se em protótipos que protagonizaram, respectivamente, um sistema de suporte à actividade de manutenção e um sistema ERP que integra todos os dados operacionais das obras/intervenções em curso. A Visacasa, a Viatel e a PDT, principais beneficiárias do resultado das acções de IDI, acompanharam e colaboraram nos trabalhos desenvolvidos, tal como na execução dos testes e avaliações finais. A entrada em produção de ambas as soluções permitiu observar uma nítida melhoria no controlo efectivo das actividades, um acompanhamento mais próximo das operações e uma optimização de recursos e meios, dando cabal resposta às especificidades dos negócios existentes na Visabeira Global. O projecto “Gestão das Actividades de Manutenção” tem como objectivo a concepção de um sistema de informação capaz de optimizar todo um sistema de gestão de equipas de trabalho e recursos associados. O projecto veio dotar as equipas de trabalho com equipamentos de processamento e transmissão de informação, computador portátil, PDA ou telemóvel, permitindo um contacto em permanência com o centro de operações, tornando mais eficiente a gestão das equipas e proporcionando aumentos de produtividade. Para tal, foram desenvolvidos vários módulos informáticos, nomeadamente para a gestão das equipas, planeamento da manutenção preventiva, gestão do cadastro de imobilizado, gestão de clientes e localização geográfica das equipas. O projecto “Gestão de Obra”, direccionado para as empresas da sub-holding com actividades no sector da construção civil e obras públicas, visa, tal como o anterior projecto, quebrar com ineficiências associadas à gestão dos trabalhos, que se caracterizavam pela elevada carga administrativa e um enorme volume de informação suportada em papel.
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VIATEL A Viatel, em 2008, iniciou um projecto interno de inovação de processos, resultado da transferência de tecnologia intra-grupo, desenvolvida no âmbito das actividades das estruturas de IDI da Visabeira Participações Financeiras e da Visabeira Digital. Exemplo é o projecto BeOn Mobility, que consiste na implementação de novos processos de logística e de gestão das equipas móveis da Viatel através da implementação de uma nova ferramenta tecnologicamente inovadora. Em simultâneo é igualmente expectável, a nível organizacional, que se registem inovações assinaláveis, através da implementação de novos métodos organizacionais na prática dos negócios e na organização do trabalho, gerando um incremento da eficácia operacional através da consolidação dos recursos técnicos e humanos. Este projecto pretende responder a um conjunto de necessidades da Viatel na área da mobilidade das suas equipas, enquanto abordagem integrada e inovadora; consiste no estudo e implementação de um sistema integrado de suporte à mobilidade, gestão de frotas e georeferenciação e conectividade online que permita gerir de forma pró-activa equipas no terreno, materiais e as suas acções operacionais. Adicionalmente o BeOn Mobility permite à Viatel erradicar os erros na informação disponível, eliminar a redundância de operações, diminuir o tempo associado à análise e troca de informações e reduzir os tempos improdutivos das equipas, contribuindo de forma decisiva para o aumento significativo do número de serviços efectuados por cada equipa móvel da empresa. VISABEIRA DIGITAL As tecnologias de informação e comunicação (TIC) têm sido, em particular, uma área científica e tecnológica privilegiada nas actividades de IDI desenvolvidas pela Visabeira Digital. Com resultados especialmente positivos ao nível da gestão de competências, da gestão do relacionamento com clientes e fornecedores, da gestão do relacionamento com parceiros, do trabalho colaborativo e da gestão de equipas. Simultaneamente, ao nível dos produtos e serviços, têm vindo a garantir uma maior eficiência na organização interna, indutora de um aumento da produtividade e paralelamente uma oferta mais adequada ao mercado. Em estreita ligação às actividades dos Núcleos de I&DT das sub-holdings da Visabeira Participações Financeiras e da Visabeira Global, concluiu em 2008 as actividades ligadas aos projectos em que activamente cooperou: workflow e gestão documental, multibox, gestão das actividades de manutenção e gestão obra. Paralelamente, no final de 2008 encontravam-se em fase de conclusão os projectos de IDI em curso dos anos anteriores, os processos de engenharia e software, a gestão de clientes/integração com sistemas TV Cabo e Internet e o @miga – arquitectura modular e integrada de gestão activa. Noutra vertente, através de transferência de tecnologia e do conhecimento gerado internamente, a Visabeira Digital tem activamente trabalhado na procura de soluções comerciais, cujo exemplo que mais se destaca é o BeOn Technology Solutions (BeOn Mobility, BeOn Industry, BeOn Home e BeOn Office).
O ano 2008 em análise
A IDI NA VISABEIRA INDÚSTRIA O Núcleo de I&DT da Visabeira Indústria tem como propósito estruturar e dinamizar a continuidade das acções de IDI nas empresas que a constituem, contribuindo para a criação de competências internas e para uma efectiva endogeneização de conhecimento técnico-científico. Nessa orientação estratégica, foram desenvolvidos cinco projectos que caracterizaram o conjunto inicial de actividades da estrutura. Os projectos incidiram na resolução de questões científicas na área tecnológica da cerâmica industrial. Em Junho de 2008, a equipa apresentou os resultados e deu por concluído os seguintes projectos: secagem por microondas, vidragem por robot, robotização da conformação e dos acabamentos, prototipagem rápida e identificação de oportunidades. Os resultados obtidos, individualmente e globalmente, permitiram um aumento do conhecimento técnico-científico do ciclo produtivo da Cerutil e, em partes específicas, a introdução de novos processos ou significativas melhorias nos existentes. Destaque-se, neste domínio, a automação com recurso a robotização de processos associados à conformação e ao acabamento das peças cerâmicas, para além do desenvolvimento de um processo de vidragem de peças cerâmicas, de produção limitada, unicolor e de elevada qualidade. As soluções encontradas na sequência das actividades desenvolvidas no âmbito dos projectos de secagem por microondas e de prototipagem rápida, apresentaram soluções alternativas ao estado da arte existente nessas áreas, que, por razões de inviabilidade tecnológica no primeiro caso e económico-financeiras no segundo, não foram adoptadas pela Cerutil. No entanto, o conhecimento adquirido permite perspectivar futuras actividades e desenvolvimentos naquelas áreas científicas.
MOB A MOB prosseguiu com o conjunto de actividades inerentes ao projecto Sistema Integrado de Gestão Tecnológica de Processos (SIGTP), que foi iniciado no ano de 2006. O desenvolvimento preconizado tem por base um sistema computacional que permite armazenar e tratar um conjunto de informação e processos vitais para o negócio da MOB. Realce-se uma das características mais importantes do sistema, que atribui um enorme potencial à empresa, que consiste na integração de equipamentos industriais com linguagem CNC (Computer Numerical Control). Projecta-se que, a partir da validação de uma encomenda, o sistema despolete todos os dados necessários à execução de propostas de compras e das respectivas ordens de fabrico. Para além disso, o modelo prosseguirá a monitorização de todo o processo, controlando a execução de ordens de fabrico CNC com o objectivo de alcançar melhores níveis de qualidade e rapidez de resposta. O automatismo inerente ao SIGTP reduzirá a frequência de erros, aumentará a flexibilidade na produção, bem como reduzirá o tempo de configuração das máquinas para a produção de diferentes módulos de mobiliário.
CERUTIL A Cerutil tem vindo a destacar-se nos últimos anos pelo empreendedorismo e qualidade dos seus projectos de IDI, numa perspectiva de optimização e de ganhos de eficiência do seu processo produtivo. Um exemplo deste facto é o aproveitamento da criação do Núcleo de I&DT da Visabeira Indústria para o estudo de constrangimentos e oportunidades de ganhos de eficiência, para, autonomamente, dar continuidade aos projectos de inovação do ano anterior. São exemplos o tapete para virar as paletes e o robot de acabamento da picota, concluídos em 2008. Arrancou com o desenvolvimento de quatro novos projectos: máquina de roçar fretes, sistema de acabamento de peças de prensa, sistema de acabamento automatizado da máquina da roller picota e a rede de sprinklers. A inovação identificada nos novos projectos tem uma natureza adaptativa ao nível do processo produtivo e organizacional da Cerutil.
Robot MOB Cozinhas
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I&D e Inovação no Grupo Visabeira
A IDI NA VISABEIRA PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS O Núcleo da Visabeira Participações, à semelhança dos outros Núcleos, surgiu como estrutura facilitadora e centralizadora do potencial inovador das empresas circunscritas na área dos serviços do Grupo Visabeira. Este Núcleo baseou a sua actividade em dois projectos de especial interesse para as operações internas das empresas: o workflow e gestão documental e o multibox. O primeiro concretizou um sistema que sistematiza de forma consistente e coerente os processos e fluxos de trabalho administrativo das empresas, de forma a torná-los simples e transparentes para os vários intervenientes e, com isso, obter ganhos de eficiência. A operacionalização do projecto teve implícitas e profundas alterações ao nível da forma de trabalho, nomeadamente na redução do papel como suporte de informação e na orientação do trabalho por sistemas de workflow com vista a uma maior eficiência. O segundo projecto, denominado de multibox, protagonizou o desenvolvimento de uma tecnologia de processamento de sinal multifacetado e personalizável de acordo com as necessidades específicas dos diferentes segmentos de mercado ou actividades para as quais foi desenhado. No primeiro caso, os resultados obtidos traduziram-se numa solução integrada de software “dinf@miga” e serviços que a Visabeira Digital, através de um processo interno de transferência de tecnologia, está a implementar comercialmente. Numa primeira fase, a sua introdução ocorre nas empresas do Grupo Visabeira como solução inovadora ao nível dos processos internos. No multibox a tecnologia resultante constitui uma ferramenta de gestão que permite a realização de procedimentos em tempo real que potenciam processo de maior eficácia e celeridade. O protótipo, que resultou da conclusão dos trabalhos neste projecto, constituiu uma plataforma tecnológica que a Visabeira Digital utilizou para o desenvolvimento comercial da plataforma BeOn Technology Solutions.
RESUMO DOS PROJECTOS DE IDI CO-FINANCIADOS POR FUNDOS COMUNITÁRIOS PRIME/NITEC (QCA III)
INVESTIMENTO REALIZADO
CICLORAMA valores em euros
INCENTIVO CORRESPONDE AO INVESTIMENTO REALIZADO
VISABEIRA GLOBAL
170.000
68.000
VISABEIRA PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS
237.000
118.000
VISABEIRA INDÚSTRIA
186.000
75.000
TOTAL
593.000
261.000
* OS TRÊS PROJECTOS PRIME/NITEC CONCLUÍRAM A REALIZAÇÃO MATERIAL EM 30 DE JUNHO DE 2008.
SI INOVAÇÃO (QREN) VIATEL CICLORAMA TOTAL
INVESTIMENTO PREVISTO
INCENTIVO PREVISTO
1.489.000
521.000
730.000
255.000
2.219.000
776.000
* OS DOIS PROJECTOS SI INOVAÇÃO FORAM HOMOLOGADOS EM AGOSTO DE 2008 E TÊM COMO DATA PREVISTA DE CONCLUSÃO MAIO DE 2010.
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A Ciclorama iniciou, no segundo semestre de 2008, um projecto de inovação ambicioso no campo da implementação de novos processos e métodos organizacionais. O “dinf@amiga” consiste na criação de um modelo de gestão inovador baseado numa ferramenta tecnológica a ser integrada no ERP e outros programas informáticos de gestão existentes na empresa. O resultado deverá reflectir-se na estrutura organizacional através da implementação de novos processos que terão impacto no relacionamento com entidades determinantes, como clientes, fornecedores e parceiros de negócio. Refira-se que o âmbito deste projecto não se circunscreve apenas à Ciclorama mas ao universo de empresas do Grupo Visabeira, para as quais presta serviços de gestão. O projecto tem duas dimensões inovadoras: a implementação de novos métodos organizacionais na logística do negócio e na organização do trabalho e, por outro lado, a introdução de uma ferramenta de workflow e gestão documental única, resultante de IDI interna (Núcleo de I&DT da Visabeira Participações Financeiras).
Sistemas de Informação
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Qualidade, Ambiente e Seguranรงa
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O ano 2008 em análise
VISABEIRA GLOBAL A Viatel implementou um novo processo de gestão online de trabalhos distribuídos aos técnicos (através da aplicação BeOn), reduziu a utilização de papel na actividade produtiva da empresa e elaborou um novo dossier AQS (ambiente, qualidade e segurança). Realizou o seu programa integrado de auditorias técnicas planeadas e procedeu à integração das áreas do ambiente e da segurança no Sistema de Gestão da Qualidade, tendo como objectivo a certificação do sistema integrado da empresa. A Visabeira Infra-estruturas realizou várias iniciativas, entre as quais merecem destaque: a criação de manuais para distribuição aos técnicos da empresa; a realização de acções de formação e sensibilização nas diversas áreas operacionais, tendo em vista a implementação de boas práticas ambientais; a implantação de novos meios de acondicionamento de absorventes e embalagens contaminadas, melhorando assim as condições de armazenamento na separação de resíduos; a realização de auditorias integradas (qualidade, ambiente e segurança) em todas as áreas operacionais da empresa. Ao mesmo tempo, procedeu à integração das áreas do ambiente e da segurança no sistema de gestão, tendo sido obtida a certificação do sistema integrado de qualidade, ambiente e segurança em Setembro de 2008.
A Visabeira Digital implementou um sofisticado sistema de recolha selectiva de resíduos, concretizou o programa de acções de formação e implementou um sistema integrado de qualidade, ambiente e segurança, tendo obtido a sua certificação em Setembro de 2008. Na Edivisa concretizou-se a realização de uma auditoria de renovação da certificação ISO 9001:2000, com a obtenção de novo certificado. Na actividade da Granbeira, destaca-se o alargamento do seu sistema de gestão da qualidade ao sector das rochas ornamentais, tendo sido obtida a respectiva certificação em Janeiro de 2008.
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Qualidade, Ambiente e Segurança
VISABEIRA INDÚSTRIA Nesta sub-holding realizaram-se as seguintes iniciativas: auditoria de acompanhamento ao Sistema de Gestão de Qualidade da Cerutil; auditoria de renovação da certificação do Sistema de Gestão de Qualidade da Mob. A Visabeira Indústria procedeu ainda à manutenção e desenvolvimento dos sistemas de gestão da qualidade das empresas certificadas, tendo sido efectuadas pelo organismo certificador (APCER) várias auditorias.
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Cozinhas MOB
O ano 2008 em análise
VISABEIRA TURISMO A Visabeira Turismo definiu, para todas as suas empresas, a qualidade como uma componente prioritária e permanente do seu posicionamento. Uma gestão adequada e uma postura individual focada no cliente consolidam a sua política focada em proporcionar aos seus clientes o maior grau de satisfação. Os projectos de certificação implementados trouxeram mais-valias para o dia-a-dia das unidades, tal como a organização dos procedimentos internos, permitindo actualmente um maior dinamismo no decorrer do serviço e a garantia de melhor qualidade no serviço prestado. Ao longo dos anos, e com a maturidade que os sistemas de gestão já alcançaram, é notório que a liderança continua a promover o envolvimento de todos os colaboradores, a interiorização dos objectivos e das políticas da qualidade em todas as actividades das organizações e, consequentemente, a minimização de erros e a optimização das prestações dos diversos intervenientes.
Montebelo Hotel & Spa
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Qualidade, Ambiente e Segurança
VISABEIRA IMOBILIÁRIA Em 2008, continuaram a realizar-se as auditorias programadas tendo em vista a posterior certificação energética de todos os empreendimentos desta sub-holding.
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Palácio do Gelo Shopping
O ano 2008 em análise
VISABEIRA PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS Em 2008, a Ciclorama deu início à implementação do Sistema de Gestão da Qualidade, Ambiente e Segurança, assim como algumas empresas que ainda não tinham iniciado esse processo. Em termos ambientais, a Benetrónica encontra-se registada em várias associações (de que são exemplo a ANREEE, a Amb3E e a Sociedade Ponto Verde), tendo em vista o cumprimento rigoroso dos requisitos legais aplicáveis.
19
As Pessoas
20
O ano 2008 em análise
DISTRIBUIÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DO QUADRO DE PESSOAL POR SUB-HOLDINGS PESSOAS AO NIVEL ETÁRIO SERVIÇO EM 31/12/08 MÉDIO H VISABEIRA GLOBAL
2.015
M
DIRIGENTES/QUADROS SUP./ PROFISSIONAIS ALTAMENTE PROFISIONAIS NÃO QUALIF./ ENSINO SUP. ENSINO SECUNDÁRIO 3º, 2º E 1ºCICLOS DO MÉDIOS/INTERMÉDIOS QUALIFIC./QUALIF./SEMIQUALIF PRATICANTES/APRENDIZES UNIVERS./POLITÉCN. SUPERIOR IND.PROF. ENSINO BÁSICO OU INF. H
M
T
H
M
T
H
M
T
H
M
T
H
M
T
H
183 2.198
T 35
365
35
400
1.469
115
1.584
177
37
214
173
33
206
192
31
223
1.649
M
T
120 1.769
VISABEIRA INDÚSTRIA
328
178
506
37
43
14
57
222
142
364
63
22
85
22
10
32
14
12
26
292
156
VISABEIRA TURISMO
342
277
619
36
32
20
52
232
177
409
78
80
158
13
30
43
43
53
96
286
194
480
VISABEIRA IMOBILIÁRIA
369
128
497
42
32
8
40
91
17
108
246
103
349
14
5
19
15
3
18
340
120
460
VISABEIRA PARTICIPAÇÕES
388
240
628
37
126
136
262
197
88
285
64
17
81
113
127
240
21
36
57
254
77
331
12
6
18
45
12
5
17
0
1
1
0
0
0
10
4
14
1
1
2
1
1
2
3.454 1.012 4.466
39
610
218
828
2.211
540
2.751
628
259
887
345
209
554
286 136
422
2.822
GRUPO VISABEIRA
TOTAL
À data de 31 de Dezembro de 2008, verificou-se um incremento de 656 novos colaboradores no universo do Grupo Visabeira, em relação à mesma data do ano anterior. O principal reforço centrou-se na Visabeira Global, devido à concentração estratégica das áreas
448
668 3.490
de Telecomunicações, Energia, Tecnologias e Construção nessa sub-holding, representando uma evolução qualitativa com base na aposta em quadros técnicos especializados nestas áreas e resultante da aposta no crescimento nas áreas das novas energias.
EVOLUÇÃO DO QUADRO DE PESSOAL
VISABEIRA GLOBAL
2008
2007
2006
2005
2004 1.601
2.198
1.832
1.408
1.519
VISABEIRA INDÚSTRIA
506
390
516
487
523
VISABEIRA TURISMO
619
474
463
532
436
VISABEIRA IMOBILIÁRIA
497
450
414
401
35
VISABEIRA PARTICIPAÇÕES
628
608
940
919
868
18
56
385
117
148
4.466
3.810
4.126
3.975
3.611
GRUPO VISABEIRA
TOTAL
FORMAÇÃO O Grupo Visabeira entende a formação como factor primordial do desenvolvimento das competências dos seus colaboradores. O objectivo é prepará-los para dar um contributo positivo às equipas onde estão inseridos e permitir ao Grupo crescer de forma sustentada, definindo-se como um conjunto de empresas competitivas e inovadoras, focada na redução de custos e na melhoria dos níveis de produtividade. No quadro da maximização de sinergias que conduzam a uma maior eficácia na sua intervenção, a Ciclorama desenvolveu ao longo do ano de 2008 um leque de acções enquadradas nas candidaturas ao QREN/POPH. Estas acções, quer ao Nível do Eixo 3 quer do Eixo 2 (2008-2010), revestem-se de um carácter plurianual, com vista a garantir a continuidade do processo formativo das empresas clientes e dos colaboradores internos do Grupo Visabeira. Para além dos protocolos associados aos trabalhos relacionados com a elaboração dos planos plurianuais de formação, os quais envolveram necessariamente os grandes operadores públicos de formação (IEFP, ISQ, IPV – ESTV, entre outros) e os parceiros do sector, a Ciclorama estabeleceu ainda outras prioridades visando, designadamente:
> a implementação da Norma SA 8000:2001 > a implementação da Norma ISO 9001:2008 > a concepção e desenvolvimento de metodologias de registo, inscrições e tratamento de dados em suporte informático, no âmbito da diminuição da utilização dos recursos naturais, avançando cada vez mais para o escritório electrónico
21
Responsabilidade Social
+
contribuição posi
22
iva
O ano 2008 em análise
Neste contexto, o Grupo e o conjunto das suas unidades de negócio assumem-se como um pilar na ligação com a sociedade e adopta uma postura de elevada responsabilidade social. Nesta sua postura, tem como objectivo permanente apoiar e associar-se a organizações que sejam marcantes enquanto pólos dinamizadores de actividades culturais, educativas, lúdicas, de lazer, saúde, bem-estar e desportivas. Neste domínio, apoiou durante 2008 diversos lançamentos e obras culturais, das quais se pode destacar a AVIS. No capítulo desportivo, foi especialmente relevante o patrocínio à Selecção Nacional de Futebol, o que permitiu acolher nas suas unidades em Viseu o estágio da Selecção na sua preparação para o Euro 2008, naquela que se tornaria uma das operações mais mediáticas e de enorme visibilidade a nível nacional e em várias comunidades espalhadas pelo mundo. Ainda na área do desporto, podem ser referidos o apoio ao Académico de Viseu e também à digressão a Portugal da Selecção Nacional de Futebol de Moçambique. Organização e apoio a exposições e/ou vendas cujos fundos revertem para instituições de solidariedade social, como foi a mostra de artistas com obras originais a propósito da estada da Selecção Nacional de Futebol em Viseu. Procura também constituir laços com causas e instituições de solidariedade social, com quem estabelece verdadeiras relações de parceria e de apoio. Neste âmbito, promoveu vários apoios a diversas associações ligadas à criança e aos deficientes. Outra linha inovadora da sua actuação, nesta ligação com a sociedade, foi a criação de parcerias com Câmaras Municipais e entidades intermunicipais, com o objectivo de organizar programas e acções de promoção às suas regiões, tradições, artesanatos, produtos e cultura, que se consubstanciaram na realização de várias Semanas Regionais de divulgação de vários municípios de todo o país. Neste contexto, também se pode referir o apoio e organização da Semana de Moçambique em Portugal. Apoio a acções de sensibilização dedicadas às crianças em várias áreas, de que é bom exemplo a organização da acção de sensibilização às regras de trânsito e segurança rodoviária, com pista emulando uma cidade, que ocorreu sob o lema “Conduzir em Segurança”. Apoio e organização de exposições que contribuam para o enriquecimento cultural dos seus visitantes, de que é exemplo a “Exposição História dos Jogos Olímpicos” ou, mais recentemente, a mostra fotográfica comemorativa dos 90 anos do armistício da Grande Guerra de 1914-18, vista pela objectiva de Arnaldo Garcez, o primeiro repórter de guerra português. Estabelecimento de parcerias com acções que mereçam ser promovidas e divulgadas pela sua valia e objectivos, como é claro exemplo a “Exposição Cadeira Parade”, em parceria com o Município de Paredes, com uma surpreendente mostra de cadeiras decoradas, inspiradas em obras de artistas célebres, realizada por crianças. Apoio para a concretização de espectáculos de música erudita e para a sua divulgação junto das camadas mais vastas da população, de que foram exemplo as Noites do Conservatório no Palácio do Gelo Shopping e que culminaram com a oferta de um contra-baixo ao Conservatório Azeredo Perdigão, ou o apoio a diversos concertos com Tunas, ou ainda a organização de um concerto integrado na digressão em Portugal da Orquestra Juvenil de Nordrhein-Westfalen, que se realizou no Salão de Eventos da Casa da Ínsua, ou, noutra linha, o apoio à digressão a Portugal do agrupamento Moçambicano “Timbila Muzimba”. Promover acções ou espectáculos que possam ser desfrutados pela população, e que vão desde shows de acrobacias aéreas, até sessões de fogo-de-artifício, passando por acontecimentos marcantes como o espectáculo de inauguração do Palácio do Gelo Shopping, ou acções mais pontuais de animação com os “Marimbondo” ou “a Ciência Divertida”, entre tantas outras.
No sector da Indústria, definiram-se como objectivos fundamentais para a componente ambiental o controlo da poluição e a minimização do consumo de recursos naturais e da adopção de uma atitude pró-activa de todos neste domínio. Destacam-se positivamente a Cerutil, como empresa “ambientalmente correcta, e a MOB, pela grande evolução na área ambiental e pelas medidas técnicas implementadas durante o ano de 2008, que fazem dela um exemplo a seguir interna e externamente. Em Moçambique, o Grupo tem sido um parceiro constante do projecto “Olhar de Esperança”, que apoia o Ministério da Educação no desenvolvimento de infra-estruturas escolares. A Televisa tem patrocinado diversos eventos promovidos pela Universidade Eduardo Mondlane, comemorando o 15º aniversário da institucionalização dos serviços de protecção e segurança da universidade. Enquanto projecto social, esta empresa contribuiu com a instalação de postes de energia para a iluminação da Aldeia da Esperança em Mamola, província de Nampula, que alberga crianças órfãs e famílias carenciadas. A TV Cabo Moçambique, em parceria com o departamento de projectos sociais da Polícia da República de Moçambique, entrou no projecto de ajuda a crianças órfãs e vulneráveis do Ministério do Interior. Esta acção tem como objectivo reduzir o sofrimento e melhorar as condições de vida deste grupo de risco. Associando-se ao Projecto PUMAP – Programa de Universitários Portugueses Voluntários, foi disponibilizado um vasto serviço de internet nas escolas primárias e nas universidades. Por outro lado, como acção de apoio ao desporto em Moçambique, destaca-se o patrocínio ao clube de natação Golfinhos, que tem lançado excelentes competidores nacionais e internacionais. Neste âmbito, refira-se ainda que a Electrotec se assume como um dos principais patrocinadores do clube de futebol Costa do Sol na Liga dos Campeões Africanos. A Marmonte, por ocasião do 50.º aniversário da cidade de Pemba, apoiou a organização das festividades, envolvendo-se com a comunidade local na preservação das suas tradições culturais. A Turvisa ofereceu a estada aquando da realização do grande evento “Cultural Face of Africa”, transmitido no canal Mnet da TV Cabo. Destacou-se também como um dos patrocinadores do concurso musical “Fama Show” para promoção de novos músicos moçambicanos. Apoiou também o Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Indústria Hoteleira, na sua participação no congresso de turismo, na África do Sul. O Girassol Nampula Hotel disponibilizou alojamento para a realização da Feira da Saúde na cidade de Nampula, assim como alimentação para a comemoração do Natal dos doentes do hospital central. A Autovisa, como parceiro do projecto “Olhar de Esperança”, esteve presente na Feira da Educação que decorreu em Maputo. A Mercury contribuiu para a construção de um lar para a 3ª idade na capital moçambicana, no âmbito de um projecto do gabinete da esposa do Presidente de Moçambique. FUNDAÇÃO VISABEIRA A Responsabilidade Social é algo que tem vindo a afirmar-se de uma forma consistente no seio da actividade das empresas. Contudo, ser socialmente responsável não deve e não pode assentar apenas em donativos. O Grupo Visabeira definiu objectivos ambiciosos, de modo a, para além do regime de donativos, sejam eles financeiros ou oferta de bens e serviços, promover um projecto bem estruturado que se afirme positivamente neste domínio. Assim nasceu a Fundação Visabeira, com a finalidade de contribuir para a promoção social da população em geral, nas áreas da infância, juventude, terceira idade, invalidez e reabilitação, entre outros Está, neste âmbito, programada a abertura de creches e jardins-de-infância, centros de actividades de tempos livres, serviços de apoio a crianças, jovens e famílias, lares para idosos e serviços de protecção dos cidadãos na velhice e invalidez e em todas as situações de falta ou diminuição de meios de subsistência ou de capacidade de trabalho, numa rede que será em breve muito relevante para a comunidade.
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Factos Relevantes Ocorridos Após o Termo do Exercício
VISABEIRA GLOBAL
VISABEIRA TURISMO
CONSTRUCTEL
TURVISA
A Constructel, empresa na área das redes de telecomunicações, adjudicou diversos contratos junto do seu principal parceiro, a France Telecom - Orange. Esta adjudicação constitui um indicador relevante do grau de confiança que um dos mais importantes operadores de telecomunicações francesas deposita na Constructel. Mais recentemente, a Constructel foi seleccionada para reconstruir a rede telefónica do sudoeste francês, região que foi atingida por um ciclone que deixou mais de 400.000 clientes com o serviço telefónico inoperacional. No dia 27 de Janeiro, a empresa assinou em Paris diversos contratos com a Administração da France Telecom num valor superior a 100 milhões de euros, para o fornecimento de serviços e soluções integradas durante os próximos três anos, conferindo uma perspectiva ainda mais optimista face ao crescimento do negócio e à rentabilidade que a empresa tem evidenciado nos dois últimos anos.
Em 17 de Fevereiro foi inaugurado o remodelado empreendimento turístico Girassol Indy Village, com a presença do Presidente da República de Moçambique Armando Guebuza e demais entidades governamentais e provinciais. A presente ampliação do Indy Village representou um investimento de 30 milhões de dólares, passando este a ser o maior investimento do Grupo Visabeira no sector do turismo em Moçambique. Este projecto irá gerar cerca de 200 postos de trabalho. O novo Girassol Indy Village é actualmente uma das principais referências turísticas de Maputo e a abertura ao público da sua segunda fase representa uma maior capacidade de alojamento, assim como uma maior oferta ao nível de serviços e facilidades.
PINEWELLS Este projecto, localizado em Arganil, envolve um investimento global de cerca de 16 milhões de euros e encontra-se em fase de conclusão. Inclui a construção da unidade industrial e a aquisição dos respectivos equipamentos fabris. Está previsto o recebimento de 2,1 milhões de euros relativos a parte do incentivo atribuído pelo IAPMEI no âmbito da candidatura ao SIME do IIIQCA para inícios de Março.
VISABEIRA INDÚSTRIA CERUTIL A empresa anunciou, em 19 de Janeiro de 2009, uma oferta pública geral e obrigatória de aquisição que tem por objecto a totalidade das acções ordinárias, escriturais e nominativas do capital social da VAA – Vista Alegre Atlantis, SGPS, SA. Com um capital social de 145.039.090 acções ordinárias e escriturais com o valor nominal de 0,20 euros (vinte cêntimos) cada uma. A contrapartida da oferta foi de 0,092 euros por acção da VAA e 0,072 euros por cada acção da VAA Fusão. Com a presente Oferta, a Cerutil pretende melhorar a actividade empresarial da VAA, assegurando assim a competitividade a médio e longo prazo, designadamente através do aumento de valor dos seus produtos e das marcas por aquela comercializada.
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ANGOLA No âmbito da expansão da oferta turística em Angola, foram aprovados os financiamentos para os projectos de construção e equipamentos Hotel Luanda Montebelo e do Hotel Girassol Lubango. Em 2009, serão iniciadas as obras do Hotel Luanda Montebelo, que será um hotel de 5 estrelas com 145 quartos, incluindo 12 suites e uma penthouse, para além de diversas salas que lhe permitirá receber conferências, reuniões e eventos de diversos tipos para grupos até 300 pessoas. Este hotel incluirá ainda um parqueamento interior. Por seu lado, o Hotel Girassol Lubango situa-se na rua principal de Lubango e, em 2009, serão realizados investimentos relativos à construção do Hotel e à aquisição dos seus equipamentos. Como hotel de 4 estrelas, partilhará da marca da cadeia Girassol Hotéis já existente em Moçambique. Esta unidade hoteleira integrará um Clube de Saúde e Spa com ginásios, salas de massagens, sauna, banho turco e zona de relaxe, uma piscina exterior, um jardim e um parque de estacionamento. Possuirá ainda salas de reuniões e de conferências com diferentes áreas para cerca de 200 pessoas.
Investimentos para 2009 e Projectos para o Futuro
O ano 2008 em análise
VISABEIRA GLOBAL
VISABEIRA TURISMO
A Viatel, fruto da consolidação do seu negócio, deverá investir cerca de 2,5 milhões de euros em equipamentos necessários à manutenção da sua actividade e optimização dos seus sistemas de informação As operações de TV por cabo em Angola e Moçambique vão investir conjuntamente em ampliação de rede e equipamentos de difusão de sinal cerca de 7,5 milhões de euros. O projecto Pinewells, nas energias renováveis (fabricação de pellets) será concluído este ano, o que implicará um investimento adicional de 5 milhões de euros (num total estimado de 16 a 17 milhões de euros). A Ambitermo, subsidiária na mesma área na produção de equipamentos de cogeração, vai investir na remodelação e ampliação da sua fábrica (no montante de 1 milhão de euros). Ainda na área das energias renováveis, as parcerias nos domínios do biocombustível e óleos alimentares, estabelecidas com a Galp e Martifer respectivamente, corresponderão a um investimento da ordem de 1 milhão de euros.
Destaca-se o início de construção de um hotel de 5 estrelas em Luanda e outro de 4 estrelas em Lubango (investimento que ronda os 50 milhões de euros no total, sendo que, em 2009, se situará nos 7,8 milhões de euros).
VISABEIRA PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS Na área da saúde, planeia-se arrancar o projecto de residências assistidas e unidade de cuidados continuados em Azeitão (projecto Porto Salus), que será um investimento de 1,2 milhões de euros para 2009, num total de cerca de 15 milhões de euros.
VISABEIRA INDÚSTRIA Por fim, e talvez mais relevante em termos de imagem externa, está o recente investimento na Oferta Pública de Aquisição (OPA) sobre a Vista Alegre Atlantis e sobre as empresas que constituem este Grupo. A Cerutil, participada da Visabeira Indústria, detém, à data deste relatório, cerca de 20% da Vista Alegre e estima, no final da OPA, obter os necessários 50,01% que lhe permitam o seu pleno controlo.
25
02
Evolução Económica-Financeira
Marcos Económicos e Financeiros Consolidados
DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS O volume de negócios de 343,3 milhões de euros, cifra histórica obtida em 28 anos de actividade, cujo peso nacional representa 72% e releva a posição equitativa dos negócios em Moçambique e Angola com cerca de 12% cada. França e Bélgica contribuem com uma quota de 5%, que decerto aumentará significativamente face ao volume de encomendas em carteira para concretização nos próximos anos. Realce-se que, quando expurgado o valor dos materiais dados em gestão aos subempreiteiros e que não constam em 2008 na Visabeira Global, o aumento do volume de negócios consolidado seria superior em 10% (cerca de 30 milhões de euros) quando comparado com 2007.
No que respeita às áreas de maior destaque, a Visabeira Global mantém o seu papel preponderante, arrecadando para si um valor de 263 milhões de euros graças ao peso das operações de TV por cabo em Moçambique e Angola, assim como as infra-estruturas, telecomunicações, electricidade e gás em Portugal, restante Europa e África. O facto mais relevante foi a performance operacional sem precedentes alcançada no exercício de 2008. De facto, graças à contínua melhoria da eficiência e a uma gestão racional dos recursos, o Grupo apresentou um valor recorde de EBITDA de 50,2 milhões de euros, representando um crescimento de 23% face ano anterior (40,6 milhões de euros em 2007), traduzindo-se numa rentabilidade nunca antes atingida de 14,6% (11,5% em 2007).
28
Evolução económica-financeira
A rentabilidade operacional seguiu a margem EBITDA, ou seja, 10,4% contra 9% em 2007, culminando com um valor final de 35,8 milhões de euros, cujos contribuintes mais significativos foram a Visabeira Global com 49% e a Visabeira Turismo com cerca de 15%. Ao valor do resultado operacional recorrente, atrás indicado, haverá que acrescer um montante de 93,9 milhões de euros provenientes do justo valor das propriedades de investimento (IAS 40), referentes ao Palácio de Gelo Shopping, resultante da sua entrada em actividade, e que colocou a rentabilidade operacional em 129,7 milhões de euros (53,3%).
Em termos financeiros, cujas variáveis estão em grande parte fora do controlo do Grupo, a empresa foi obrigada, por critérios de prudência absoluta e de modo a dar uma imagem apropriada no contexto actual dos mercados, a ajustar, por imparidade, os investimentos financeiros estratégicos das empresas cotadas no PSI–20, Zon Multimédia, EDP e Portugal Telecom. Assim, foram contabilizados em resultados 93,8 milhões de euros, referentes a menos valias potenciais. Este montante, acrescido dos encargos financeiros elevados devido ao aumento generalizado das taxas de juro ocorrido em 2008 - somente em parte atenuados pelos dividendos recebidos - conduziu a que o resultado financeiro fosse inferior ao de 2007, impactado pelo spin off da Zon com uma contribuição positiva de 38 milhões de euros. Foi ainda realizado um ajustamento correspondente ao justo valor de um swap condicional de taxa de juro que, pelo perspectivar da evolução das taxas de juro dadas pelos forwards na presente data, se concluiu por uma eventual e potencial responsabilidade, mas que, novamente por prudência o Grupo, fez reflectir nas contas (4 milhões de euros). A rubrica de impostos foi altamente influenciada pelos diferidos activos que superaram em muito os impostos correntes. O facto mais relevante foi a reversão do imposto diferido passivo contabilizado em 2007, associado à mais valia potencial, verificável no final de Dezembro de 2007 nas acções da EDP, no montante de 2,8 milhões de euros. Os dividendos também tiveram um papel fundamental na redução do lucro tributável, já que os mesmos não constituem base sobre a qual incida tributação. O resultado líquido do Grupo apurado em 2008, ainda que em valor inferior ao obtido em 2007 pelas razões atrás referidas, atingiu o significativo valor de 15,2 milhões de euros, permitindo o contínuo reforço e remuneração dos capitais próprios de modo a prosseguir uma estratégia de crescimento ambiciosa e sustentada.
29
Marcos económicos-financeiros consolidados
Realce-se também o crescimento da rubrica Propriedades de Investimento com a entrada em exploração do Palácio de Gelo Shopping, a ampliação do Girassol Indy Village em Moçambique e da expansão da rede de TV por cabo em Angola. Outro elemento a distinguir tem a ver com o facto de ter sido reclassificado, conforme previsto na IAS 39, a partir do segundo semestre, de activo detido para negociação em activos financeiros detidos para venda, no caso em apreço a EDP. Conjuntamente com o lançamento referido e com a possibilidade de uma eventual e potencial menos valia, o Grupo depreciou os activos financeiros no montante de 174 milhões de euros, dos quais 94 milhões de euros foram à conta de resultados, segundo os normativos e imperativos internacionais (IFRS). Fruto dos ajustamentos efectuados às desvalorizações das participações financeiras, o capital próprio sofreu uma ligeira correcção que situou o rácio de autonomia financeira em 15,2%. Ainda assim, se forem considerados no EBITDA os dividendos como seu equivalente ou, em alternativa, se retirarmos a dívida associada às acções e as mesmas, a cobertura da dívida por EBITDA daria uma recuperação em cerca de 8 anos. Em contrapartida, a rentabilidade do capital próprio accionista cifrou-se em cerca de 16%, após impostos, o que representa quer um acréscimo considerável em relação ao ano anterior, quer um valor robusto para o risco presente no seu portefólio de investimentos. O passivo remunerado da empresa, ao situar-se nos 713 milhões de euros, justificado em grande parte pela conclusão do investimento do Palácio de Gelo Shopping (80 milhões de euros), pela utilização da primeira tranche do financiamento à TV Cabo Angola pelo BEI (10 milhões de euros) e pelo financiamento associado às acções do PSI 20 detidas (365 milhões de euros), situou-se a um nível ajustado para a qualidade e maturidade dos seus activos correlacionados. O rácio de cobertura de juros pelo EBITDA é de 2 (após dedução dos dividendos recebidos) antecipando-se para 2009 um aumento para 3,5.
BALANÇO O activo líquido do Grupo, a 31 de Dezembro de 2008, fixou-se nos 1,1 mil milhões de euros, o que representa um crescimento de 51,8 milhões de euros (5%), quando comparado com o ano anterior. Não considerando os investimentos financeiros ajustados pelo justo valor, o activo cresceria 225 milhões de euros. Este crescimento deveu-se ao alargamento do perímetro de consolidação para o qual contribuíram os activos do PDA (Parque Desportivo de Aveiro), Pinewells (projecto de pellets em Portugal), Electrotec (Infraestruturas de electricidade em Moçambique), Real Life (Tecnologias de sistemas de informação em Portugal) e Gatel (Infra-estruturas de Telecomunicações em França), entre outras (cfr. nota 9 do anexo Balanço e Demonstração dos Resultados) incluídas pelo método global ou proporcional.
30
Riscos Financeiros
Evolução económica-financeira
RISCOS DE TAXA DE JURO
RISCOS DE CRÉDITO
O saldo da dívida financeira consolidada do Grupo Visabeira no final de Dezembro de 2008 foi contratado, maioritariamente, à taxa de juro indexada, sendo o principal indexante utilizado a Euribor, a um e a três meses para financiamentos nacionais, e Libor para financiamentos em dólares, maioritariamente concedidos ao estrangeiro. Com o objectivo de reduzir o risco de flutuação da taxa de juro Euribor, mantêm-se em vigor dois contratos de swap de taxa de juro. No ano 2007, o Grupo Visabeira SGPS, SA contratou um swap Euribor Range Accrual, com início em Julho e maturidade em 2014. O pagamento de juros é trimestral, recebendo a Euribor a 3 meses e pagando uma taxa fixa de 3,65%, para um montante nocional de 30 milhões de euros. À data de balanço, as trocas de fluxos representam um ganho global na operação de 268 mil euros. De referir que a taxa Euribor a três meses subiu, deste o início do ano, de 4,684% até um máximo de 5,393%, em 8 de Outubro de 2008, tendo iniciado uma quebra contínua desde essa data, em consequência dos sucessivos cortes na taxa directora do Banco Central Europeu, em resposta à crise financeira internacional, não sendo expectável uma inversão da evolução desta taxa a curto prazo. A Euribor a três meses fixou-se em 2,892% em 31 de Dezembro de 2008. Também em 2007, o Grupo contratou um swap de taxa de juro, para um valor nocional de 43 milhões de euros, fixando a taxa em 2,97% com maturidade em 15 de Setembro de 2011. Esta operação gerou resultados financeiros que à data do balanço ascendiam a 339 mil euros.
Uma acrescida atenção relativamente ao risco de crédito é algo que assumidamente faz parte do quotidiano de qualquer participada do Grupo Visabeira, independentemente da natureza da actividade. Tendo em conta o negócio, a área de actividade em que se insere, ou o país do risco, a concessão de crédito obedece a uma classificação e avaliação resumida em fichas de crédito individuais que incluem informações sobre o carácter do cliente, a sua capacidade de gestão, património e garantias de crédito. O ano de 2008 foi marcado por um aumento das restrições na concessão de crédito em geral, tendo os limites de crédito sido objecto de revisões desfavoráveis significativas, o que obrigou a uma maior exigência e rigor na apreciação dos pedidos de concessão de crédito interno. As empresas do Grupo Visabeira que actuam como prestadoras de serviços de infra-estruturas e telecomunicações facturam a entidades de reconhecida idoneidade financeira que, no ano de 2008, representaram cerca 59% do volume de negócios consolidado. Neste grupo de entidades, estão normalmente os operadores de telecomunicações locais, regra geral participados directamente pelo Estado de cada país, pelo que o risco de crédito se substitui pelo risco político. São exemplo a TDM – Telecomunicações de Moçambique, EDM – Electricidade de Moçambique, a Angola Telecom, a France Telecom, a Belgacom, a Portugal Telecom, a EDP e as concessionárias de gás natural. Incluem-se ainda neste grupo de entidades os organismos públicos, empresas estatais e as autarquias/municípios. Em Portugal, o Grupo Visabeira mantém a subscrição de apólices de seguro de crédito, delegando em primeira instância a análise de concessão de crédito em profissionais especializados de cobrança e recuperação de dívidas, recebendo de uma fonte privilegiada a indicação de exposição – limite de crédito – ajustada à capacidade creditícia de cada cliente. Desta forma, as atenções da gestão podem centralizar-se fundamentalmente nas questões operacionais. A cobertura deste risco possibilita ainda uma indemnização pelos créditos de clientes não liquidados que para o mercado interno é de 85% e para o mercado externo de 90%. O factoring, na modalidade sem recurso, é utilizado como uma forma de cobertura de risco complementar em operações em que o seguro de crédito possa não ser suficiente. Importante é também o montante relativo a recebimentos por adiantamento ou a pronto pagamento que, no ano em apreço, representaram um volume de cerca de 15% do volume de negócios, com especial contributo do negócio de distribuição de televisão por cabo e internet e o turismo, restauração e lazer. O crédito concedido a entidades externas, que actuam simultaneamente como fornecedoras do Grupo, teve neste ano um peso de 5%.
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Riscos financeiros
RISCOS DE LIQUIDEZ
RISCOS DE FLUXOS DE CAIXA
O risco de liquidez reflecte a potencial incapacidade, tanto de financiar os activos por prazos de maturidade e a taxas apropriadas, como de liquidar atempadamente os seus compromissos financeiros. O aumento de capital da holding, que ocorreu em Outubro de 2007, permitiu reforçar os capitais próprios em 50 milhões de euros, melhorando a autonomia financeira do Grupo. Destaca-se também a contratação em Julho de um empréstimo obrigacionista de 60 milhões de euros bullet com vencimento a 7 anos. Estas operações trouxeram uma forte estabilidade das fontes de financiamento do Grupo. Refira-se que a alavancagem associada à aquisição das acções da PT, Zon Multimédia e EDP, sob a forma de papel comercial, com compromisso de tomada firme a 5 anos, face à elevada liquidez dos activos subjacentes e política de distribuição de dividendos das referidas sociedades, não implica qualquer pressão adicional sobre a tesouraria do Grupo Visabeira. O risco de liquidez do Grupo já havia baixado com a contratação, em 2005, do programa de papel comercial de 40 milhões de euros, com a duração de cinco anos, cujas emissões são objecto de notação A2 por parte da Companhia Portuguesa de Rating, e também com compromisso de tomada firme. Face à possibilidade de denúncia anual prevista contratualmente a partir de 2008, procedeu-se à reclassificação deste financiamento para curto prazo, mantendo-se o compromisso de tomada firme. O montante de activos disponíveis e inertes do Grupo, que poderão ser utilizados como fontes de liquidez, contribui também para atenuar esse mesmo risco. No entanto o índice de liquidez geral que se situou em 1 demonstra a adequabilidade do financiamento dos activos correntes por passivos correntes.
A gestão global e centralizada dos investimentos e da tesouraria de todas as empresas do Grupo permite reduzir os riscos de fluxos de caixa, não existindo exposição a variações nos fluxos de caixa que possam afectar os resultados. O recurso ao factoring permite, por outro lado, uma redução dos prazos médios de recebimento com a inerente antecipação de recebimentos e facilita uma melhor gestão de tesouraria através da obtenção atempada do fundo de maneio necessário ao financiamento do ciclo de exploração, fundamental a um crescimento económico-financeiro sustentado.
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RISCOS DE CÂMBIO O Grupo opta, sempre que possível, por efectuar uma cobertura natural do risco cambial ao possuir activos e passivos denominados em dólares, de forma a efectuar um equilíbrio e um ajuste automático a possíveis desfasamentos cambiais. A exposição a passivos em dólar não representa, pois, um risco económico e financeiro elevado, dados os impactos de variações cambiais sobre esses passivos serem naturalmente compensados pela receita operacional dos respectivos negócios, também conectada ao dólar. Nos mercados externos, designadamente em Angola e Moçambique, o Grupo importa do mercado europeu bens e serviços expressos em euros, facturando aos clientes em dólares e meticais, respectivamente. Nestes mercados, a moeda local está fortemente correlacionada com o dólar americano, com uma tendência histórica de desvalorização. No entanto, em 2008, ao invés, o metical e o kwanza apreciaram face ao dólar. Em Angola, o Grupo financia-se em dólares, apresentando assim, uma posição curta nesta moeda. As transacções internas têm ainda por referencial o dólar americano, pelo que a apreciação do kwanza face ao dólar não teve impactos relevantes nas contas locais. Contudo, a reexpressão das mesmas em euros para efeitos de apresentação das contas consolidadas, implicou impactos negativos em virtude da depreciação do dólar. Tendo como objectivo final a elevação do prestígio da moeda nas diversas funções que desempenha na economia, o Banco de Moçambique procedeu à introdução em 2006 da nova família do metical. A facturação referente a transacções efectuadas em território Moçambicano, passou a obrigatoriamente ser emitida na moeda do país, pelo que o Grupo passou também a contratar os novos financiamentos nessa moeda. Mantêm-se ainda assim posições expressas em dólares e fundamentalmente passivos em euros, que se traduzem em desvalorizações cambiais que não puderam ser compensadas pela apreciação do metical face ao dólar.
Incentivos Fiscais
Evolução económica-financeira
desempregados de longa duração, avaliada na data de celebração do contrato, e o número de saídas de trabalhadores que, à data da admissão, se encontravam nas mesmas condições. No exercício de 2008, o valor da dedução determinado ascendeu a 617 mil euros, para o qual contribuíram os 39 postos de trabalho (criação líquida) apurados no âmbito das regras enunciadas.
Ao longo dos últimos exercícios tem sido conduzida uma política fiscal equilibrada, que se tem pautado por um justo equilíbrio entre o pagamento dos impostos devidos e o usufruto de benefícios fiscais. Neste capítulo, tem havido o cuidado de manter uma particular acuidade sobre as deduções ou isenções fiscais que são colocadas ao dispor das empresas em Portugal e nos restantes países onde o Grupo Visabeira actua. Têm mostrado relevância económica e financeira as medidas de combate à desertificação humana e incentivadoras da recuperação acelerada das zonas do interior de Portugal, o incentivo à criação de emprego previsto no Estatuto dos Benefícios Fiscais (EBF), o Sistema de Incentivos Fiscais à Investigação e Desenvolvimento Empresarial (SIFIDE) e os incentivos a investimento de natureza contratual. Em Angola e Moçambique, os incentivos relacionados com o investimento privado têm merecido especial atenção, sob a forma de isenção de direitos aduaneiros e imposto sobre o rendimento das sociedades. No regime fiscal da interioridade (Artigo 43.º do EBF), que beneficia as empresas cuja actividade principal se situa em áreas geográficas do interior do país, o Grupo Visabeira tem unicamente contemplado a dedução, para efeito de determinação do lucro tributável, da majoração em 30% das amortizações e reintegrações de investimento efectuado no exercício até ao limite de 500 mil euros. Em 2008, no cômputo das empresas do perímetro de consolidação de contas foi possível apurar uma dedução de 174 mil euros. O Artigo 19.º do EBF permite a dedução ao lucro tributável de 50% dos encargos com os custos do exercício, remuneração fixa e contribuições para a segurança social, das contratações elegíveis, durante 5 anos a contar da vigência do contrato de trabalho sem termo, até ao limite máximo anual de 14 vezes o salário mínimo garantido. A elegibilidade das contratações é determinada pela diferença positiva entre o número de trabalhadores com idade superior a 16 e inferior a 30 anos (com excepção dos jovens com idade inferior a 23 anos, que não tenham concluído o ensino secundário e que não estejam a frequentar uma oferta de educação-formação equiparada a esse nível de ensino), ou INCENTIVOS FISCAIS EMPRESAS
CERUTIL CICLORAMA
A Movida, no âmbito do projecto de ampliação e remodelação do Palácio do Gelo Shopping, concluído em 2008, beneficiou dos incentivos previstos para os investimentos considerados relevantes para o desenvolvimento de sectores de interesse nacional superiores a 4.987.978,97 euros (Decreto-Lei n.º 409/99 de 15 de Outubro e Artigo n.º 39.º do EBF). Tiveram especial relevância na sua atribuição a indução à criação de emprego e a dinamização económica regional, em particular no sector do turismo, associadas ao projecto. O incentivo fiscal concedido pautou-se pela acumulação de um crédito fiscal em sede de IRC até ao máximo de 2.073.293,28 euros, deduzido anualmente à colecta em função da aplicação da taxa de 8% das aplicações relevantes do projecto em cada um dos exercícios que decorram até 2014, e uma isenção do Imposto de Selo em todos os actos ou contratos indispensáveis à realização do projecto.
valores em euros
ESTATUTO DOS BENEFÍCIOS FISCAIS (ART.º 19.º)
BENETRÓNICA
O SIFIDE, regulamentado pela Lei n.º 40/2005 de 3 de Agosto, apresenta um conjunto de vantagens fiscais para as empresas promotoras de projectos de I&D, que se consubstanciam na dedução à colecta de um conjunto de despesas de investigação, com vista à aquisição de novos conhecimentos científicos ou técnicos e despesas de desenvolvimento, através da exploração de resultados de investigação ou de outros conhecimentos científicos ou técnicos para a descoberta ou melhoria de matérias-primas, produtos, serviços ou processos de fabrico. Em 2008, no seguimento de actividades iniciadas em anos anteriores, a Visabeira Global, a Visabeira Participações Financeiras, a Visabeira Indústria, a MOB, a Cerutil e a Visabeira Digital, em conjunto, totalizaram 74 mil euros de dedução à colecta.
INTERIORIDADE (MAJORAÇÃO DAS AMORTIZAÇÕES)
SISTEMA DE INCENTIVOS FISCAIS À I&D EMPRESARIAL (SIFIDE)
0
818
0
13.267
5.887
3.249
153.711
20.183
0
EDIVISA
53.993
18.802
0
EMPREEND. TURÍSTICOS MONTEBELO
21.547
10.135
0
GRANBEIRA
58.913
13.683
0
GRANBEIRA II
0
9.798
0
GRUPO VISABEIRA
0
603
0
JOAFIL
0
2.414
0
MOB
39.130
12.492
6.656
MOVIDA
39.163
12.812
0
5.964
955
0
MUNDICOR REAL LIFE
93.988
0
0
RÓDIA
34.933
6.475
0
VIATEL
13.898
17.401
0
VISABEIRA
24.159
15.048
0
VISABEIRA DIGITAL
47.712
20.839
34.004 17.945
VISABEIRA GLOBAL VISABEIRA IMOBILIÁRIA, SA VISABEIRA INDÚSTRIA VISABEIRA PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS VISABEIRA TURISMO TOTAL
0
0
4.769
4.086
0
0
1.048
5.078
0
413
7.043
11.928
470
0
617.076
174.362
73.975
O Estado Angolano, no âmbito do Sistema de Lei de Bases do Investimento Privado (Lei n.º 17/03, de 25 de Julho), proporciona às empresas um conjunto de benefícios fiscais, limitados no tempo em função da tipologia e localização do investimento. Neste âmbito, as empresas do Grupo Visabeira sedeadas em Angola, como a Visaconstroi, a Álamo, a Tubangol e a TV Cabo Angola continuam, à semelhança do ano transacto, a beneficiar de isenções de pagamento de direitos aduaneiros para a aquisição de equipamentos importados, do imposto industrial e do imposto sobre a aplicação de capitais. Em Moçambique, decorrentes das opções de investimento efectuadas, a Imovisa (Girassol Bahia Hotel), a Sogitel (Girassol Nampula Hotel), a Turvisa (Girassol Indy Village) e a TV Cabo Moçambique continuaram a beneficiar de um pacote de incentivos fiscais e aduaneiros, no âmbito do Código dos Benefícios Fiscais e do Regime Fiscal e Aduaneiro para a Indústria Hoteleira e Turismo. As medidas contempladas abrangem o deferimento do pagamento dos direitos aduaneiros e do Imposto sobre o Valor Acrescentado, redução em 50% da Taxa de Contribuição Industrial e do Impostos Complementar, a possibilidade de dedução à matéria colectável das despesas realizadas com a formação profissional dos trabalhadores moçambicanos e isenção do Imposto sobre Capitais Próprios ou empréstimos e respectivos juros relacionados com os investimentos efectuados.
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Análise Económico-Financeira Individual
Viatel A Viatel é a empresa que maior contributo dá para a actividade da Visabeira Global, quer em termos de volume de facturação como de resultados. No sentido de melhor se ajustar à evolução do mercado e nomeadamente em consequência do spin off entre a Portugal Telecom e a PT Multimédia (actualmente ZON Multimédia), a Visabeira Global decidiu em 2008 separar igualmente as suas áreas de prestação de serviços de telecomunicação entre rede fixa e de cabo, ficando outra empresa com esta última actividade. Na análise dos resultados dever-se-á ter igualmente em consideração que o volume de negócios em 2008 não inclui a venda de materiais, o que justifica a queda de 23% do volume de negócios. Os maiores motores para o crescimento da actividade da Viatel foram a expansão do negócio de triple play da Portugal Telecom, que levou a um aumento de instalações de IPTV, e o consequente crescimento desta área de prestação de serviços dentro da Viatel. No segmento rede móvel, registou-se igualmente um aumento da actividade, nomeadamente na construção e manutenção de infra-estruturas e instalação de equipamentos de redes móveis e wireless. A margem EBITDA registou um crescimento de 0,5 p.p., alcançando os 6,2% e evidenciando já parte do resultado que se espera alcançar com a política de investimento em novos equipamentos e formação. Efectivamente, no sentido de permitir à Viatel concorrer em mercados novos e de maior potencial, como é o caso dos associados à Televisão Digital Terrestre e FTTH (fibra óptica até casa), e, ao mesmo tempo, aumentar a produtividade, parte significativa dos seus colaboradores frequentou ao longo do ano acções de formação que se vão prolongar no futuro próximo. A empresa continua a apostar fortemente nas novas tecnologias de mobilidade para optimização dos seus recursos no terreno. Neste domínio, o investimento realizado pela empresa foi aplicado na aquisição de equipamento informático e software destinado a facilitar a coordenação, comunicações e logística das equipas no terreno, o seu
acesso aos locais de destino e a identificação dos mesmos, bem como a disponibilização dos recursos necessários no momento e quantidade certas. O investimento cifrou-se no ano em cerca de 2,4 milhões de euros. Desta forma a Viatel espera elevar os níveis de serviço com uma maior optimização de custos. O esforço de investimento fez-se sentir ao nível do endividamento, mas uma gestão mais eficaz do fundo de maneio permitiu que o rácio de solvabilidade e a autonomia financeira atingissem 38,2% e 1,22 e o rácio dívida líquida/ EBITDA mantivesse um valor próximo de zero. O resultado líquido da Viatel cresceu 2,1%, atingindo os 2,3 milhões de euros.
TV Cabo Moçambique A TV Cabo Moçambique continua a ser um operador de referência no domínio das actividades de distribuição de televisão por cabo e internet, apoiada numa moderna rede digital e num serviço de assistência permanente.
Este mercado mostra-se cada vez mais competitivo, com a TDM-ADSL, Teledata e Intra a fazerem forte concorrência no segmento da internet e com a DSTV e a GTV a apostarem numa política comercial muito agressiva na área de televisão. Apesar disso, a quota de mercado da TV Cabo Moçambique é superior a 60%. No segmento da internet o mercado está mais disperso, tendo a TV Cabo uma quota muito próxima dos 30%. Ainda assim, os serviços de internet ganham cada vez mais terreno aos serviços de televisão, tendo um peso crescente na facturação global da empresa. O volume de negócios voltou a registar uma subida comparativamente aos anos anteriores, atingindo em 2008 o valor de 8,9 milhões de euros (317,3 milhões de meticais). Fruto da evolução da actividade, as principais rubricas de custos cresceram, mas numa proporção inferior ao valor dos proveitos, o que originou também a subida dos resultados operacionais, fixando-se nos 720 mil euros (25,7 milhões de meticais).
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Evolução económica-financeira
Contudo, esta subida não se reflectiu nos resultados correntes devido à influência negativa dos resultados financeiros provocada pelas flutuações cambiais. Ainda assim, em 2008, o resultado líquido foi positivo, atingindo os 255 mil euros (9,1 milhões de meticais). A margem bruta foi superior à de 2007, registando um valor de 8,6 milhões de euros (305,9 milhões de meticais). A capacidade de gerar recursos também foi muito positiva, tendo os meios libertos líquidos apresentado em 2008 um valor superior a 1 milhão de euros (36,7 milhões de meticais). A rentabilidade dos capitais próprios situou-se nos 36,8%, o que constitui sem qualquer dúvida, um indicador de referência. A TV Cabo Moçambique terminou o ano com uma média de 121 trabalhadores, registando uma ligeira diminuição comparativamente a 2007, mas os principais indicadores nesta área registaram subidas consideráveis, destacando-se o volume de negócios por colaborador que passou de 63 mil (514 mil meticais) para 73 mil euros (556 mil meticais) por trabalhador.
Televisa A Televisa manteve em 2008 um trajecto de crescimento suportado no seu desempenho nas áreas de engenharia, projecto, instalação, manutenção e reparação de infra-estruturas, redes e sistemas de telecomunicações. A empresa desenvolve a sua actividade em todo o território nacional, suportada em delegações com estruturas funcionais instaladas em todas as capitais de província, garantindo desta forma uma cobertura integral do território em termos operacionais. A TDM – Telecomunicações de Moçambique, além de seu parceiro estratégico e enquanto operador nacional continua a ser o seu principal cliente. Em seguida destacam-se clientes como a Alcatel Denmark e a mCel – Moçambique Celular. Realce para a conquista de novos clientes, como por exemplo a EFACEC Portugal.
A margem bruta foi superior à de 2007, atingindo um valor superior a 6,5 milhões de euros (234,8 milhões de meticais). A rentabilidade dos capitais próprios também aumentou, cifrando-se nos 11,4%. A capacidade de gerar recursos revelou-se igualmente positiva, tendo os meios libertos líquidos ultrapassado os 385 mil euros (13,7 milhões de meticais). A nível patrimonial, o exercício de 2008 registou um aumento do activo, passando de 15,3 milhões de euros (533,2 milhões de meticais) para 17,3 milhões de euros (615,4 milhões de meticais). Esta variação é justificada tanto pelo aumento das dívidas de terceiros como pelo investimento efectuado na renovação da frota automóvel.
Comatel A Comatel é uma das empresas que em Angola mais contribui para o volume de negócios da Visabeira Global e também aquela que no país dispõe do maior número de colaboradores. O ano de 2008 foi, para a Comatel, um ano de consolidação do investimento realizado no exercício anterior, reforçando a sua cobertura ao longo de todo o mercado Angolano. Tal ficou reflectido nos 32% de aumento do volume de negócios que atingiram os 11,2 milhões de euros (1,1 mil milhões de kwanzas). Para esta performance contribuiu a Angola Telecom, que se mantém como principal cliente, sobretudo depois da entrada em vigor do novo contrato de operação e manutenção e o significativo desenvolvimento da actividade da TV Cabo Angola, para quem a Comatel procedeu à construção de novas células de expansão de rede. Entre as principais obras destacam-se a implementação de um backbone em fibra óptica com cerca de 400 km, city rings e três dezenas de sites para distribuição wimax para a Alcatel Lucent. Tendo em consideração a natureza da sua actividade no segmento das infra-estruturas tecnológicas é de realçar a importância das parcerias da empresa com os maiores players do sector. De destacar neste domínio a colaboração com a MS Telecom, Huawei, Nokia Siemens Networks e Alcatel Shangai Bell, entre outras. Na área da electricidade, onde a Comatel tem como principais clientes entidades institucionais, a empresa consolidou a sua posição no domínio da iluminação pública com a conclusão de vários projectos para o Governo Provincial de Luanda e junto da EDEL, para a qual foi criada uma área específica de manutenção permanente. O EBITDA cresceu 20%, atingindo os 1,7 milhões de euros (186,4 milhões de kwanzas). Convém realçar que a produtividade medida por VAB/trabalhador se manteve praticamente ao mesmo nível do ano passado, tendo inclusivamente crescido 5,4% em moeda local. Realce-se a evolução positiva do resultado líquido do exercício que cresceu 1%. O cash flow registou um aumento de 27%, atingindo os 812 mil euros (90,1 milhões de kwanzas).
A importância estratégica da empresa está patente nos serviços prestados nas actividades de operação e manutenção da rede exterior pública de telecomunicações em todo o território moçambicano, garantindo elevados níveis de serviço. Em 2008 podem-se destacar obras importantes, como a construção dos links, em fibra óptica, entre as cidades de Chimoio-Tete, Nampula-Pemba e Tete-Caia, numa extensão com mais de 1.150 km (backbone nacional). A performance positiva do exercício está bem patente no crescimento do volume de negócios na ordem dos 15% (18% em meticais), fixando-se nos 9,9 milhões de euros (356,2 milhões de meticais). Ao nível de resultado líquido do exercício, o mesmo cifrou-se nos 86 mil euros (3,1 milhões de meticais), o que representa uma subida de 4%, quando comparado com o resultado do ano transacto (6,7% em meticais).
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Análise económico-financeira individual
O investimento realizado ascendeu a 1,6 milhões euros (174,9 milhões de kwanzas) e esteve relacionado com o aumento da frota, para acompanhar o crescimento da actividade, e em equipamento industrial, sem que daí tivesse decorrido um acréscimo proporcional do endividamento. Efectivamente, os rácios de autonomia financeira e dívida líquida/EBITDA evidenciaram uma melhoria, atingindo os 39,6% e 4,8 anos, respectivamente. As boas perspectivas que se afiguram para este negócio levaram a Visabeira Global a aumentar a sua participação no capital social para 99,9% através da conversão de prestações suplementares em capital.
TV Cabo Angola A TV Cabo Angola assume o papel de operador de referência na África Austral com o recurso à sua rede integralmente digital e, pela primeira vez, assegura o lugar de principal empresa do Grupo a operar em Angola em termos de volume de negócios. 2008 foi mais um ano de investimento para a TV Cabo Angola, no âmbito do ambicioso programa que tem em curso. O investimento ascendeu a 5,2 milhões de euros (183,6 milhões de kwanzas) e permitiu construir e disponibilizar mais seis células de rede, às quais correspondem cerca de dez mil casas. Ao nível da actividade, destaca-se a taxa de penetração alcançada: 44% apesar de enfrentar um número crescente de concorrentes. Sendo que 60% dos seus clientes são titulares dos serviços de televisão e internet. O alargamento geográfico da rede e o crescimento do número de clientes e serviços, reflectiu-se naturalmente no volume de negócios da TV Cabo Angola, que de 2007 para 2008 registou um incremento de 34%, correspondendo a 2,9 milhões de euros (371,8 milhões de kwanzas) atingindo os 11,4 milhões de euros de facturação (1,271 milhões de kwanzas). O crescimento da actividade e a melhoria da sua eficiência contribuíram decisivamente para que o EBITDA crescesse 29% (36% em kwanzas) atingindo os 3,5 milhões de euros (385 milhões de kwanzas). Para esta evolução muito contribuiu a significativa melhoria verificada quer nos FSE quer nos encargos com pessoal que, apesar de terem subido em valores absolutos, o seu peso em relação ao volume de facturação passou a representar 68% (62% em kwanzas), o que representa uma redução de 6 p.p. em relação ao ano transacto. O resultado líquido registou um novo crescimento ao fixar-se nos 1,8 milhões de euros (204,3 milhões de kwanzas), facto de realçar ao coexistir com um período caracterizado por diferenças cambiais negativas, que afectaram negativamente a rentabilidade da empresa. Nesta conformidade, os cash flow gerados têm dado um contributo indispensável para que a situação financeira se mantenha sólida, tendo mesmo saído reforçada no final do exercício. A 31 de Dezembro o activo líquido da empresa atingiu os 25,6 milhões de euros (2.845 milhões de kwanzas), representando um crescimento em relação a 2007 de 26% (33% em kwanzas).
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O financiamento obtido junto do Banco Europeu de Investimento permitiu realizar a reestruturação do passivo, ajustando as fontes de financiamento à natureza dos activos. Deste modo, foi possível liquidar grande parte da dívida de fornecedores de imobilizado, de empréstimos de curto prazo e, principalmente, os novos investimentos efectuados, assegurando uma adequada cobertura dos activos fixos por capitais permanentes. O grau de cobertura do imobilizado passou de 25 para 69%. Refira-se que, apesar do crescimento verificado no Activo, o grau de autonomia financeira registou ainda assim um aumento de 2 p.p., fixando-se nos 23,4%, para o qual contribuíram os resultados líquidos que, por não serem distribuídos, incorporaram na sua totalidade os capitais próprios da TV Cabo Angola.
Constructel O ano de 2008 revelou ter sido um ano de forte crescimento sustentado para a actividade da Constructel com o volume de negócios a atingir quase 13,3 milhões de euros, representando um significativo crescimento de 55% face ao ano anterior.
No segmento das telecomunicações, merece especial destaque o cliente France Telecom – Orange, com a qual a Constructel tem um elevado número de contratos para a prestação de serviços de voz e dados em França e nas ilhas de Martinica e Guadalupe. Destaque-se o facto de a Constructel ocupar já o 4º lugar no ranking de prestadores de serviços do incumbente francês. Este significativo aumento da actividade, ficou-se principalmente a dever à expansão da área geográfica de actuação adjudicada pela France Telecom – Orange, fruto da confiança que a empresa granjeou no mercado e também à conquista de novos clientes, como é o caso da GELEC, na área da electricidade. A contenção verificada ao nível dos custos operacionais, aliada ao crescimento do volume de negócio, permitiu um aumento da margem operacional em 3,3 p.p. O EBITDA atingiu os 1,1 milhões de euros, quase o triplo quando comparado com o ano transacto. O resultado líquido acendeu a 476 mil euros, quintuplicando o valor registado no ano de 2007, apesar do aumento dos encargos financeiros resultantes da actividade de factoring fruto do volume crescente de negócios. Em termos de investimento, este atingiu os 274 mil euros com a aquisição dos terrenos e o início da construção de uma nova sede para a empresa. Os excelentes resultados alcançados, assim como a qualidade dos serviços prestados, foram reconhecidos pela APCER, que atribuiu uma nova creditação ISO9001 à Constructel.
Evolução económica-financeira
O ano de 2008 ficou igualmente marcado pela reestruturação da empresa, que delineou para 2009 entrar em novos mercados, como sejam o da rede móvel e da electricidade, com o início de prestação de serviços à EDF, o incumbente francês produtor de electricidade. A empresa tem também no seu horizonte iniciar trabalhos de prestação de serviços de telecomunicações, electricidade e manutenção para a SNCF, o operador da infra-estrutura ferroviária francês. A Constructel, em parceria com a Vinci, prepara-se igualmente para entrar no mercado de FTTH (fibra óptica até casa). As boas perspectivas que o mercado francês apresenta e a confiança na qualidade dos serviços e gestão da Constructel levou a Visabeira Global a adquirir a Gatel, uma empresa de direito francês especializada em trabalhos de engenharia de redes de telecomunicações, que presta também serviços na área de electricidade, nomeadamente em redes eléctricas industriais e redes eléctricas em túneis rodoviários e ferroviários. Desta forma, o Grupo reforça e diversifica a sua presença em França, o que lhe permitirá aumentar o seu volume de facturação.
Visabeira No ano de 2008, a Visabeira integrou na sua área de negócios a produção e comercialização de energia, incrementando a actividade já desenvolvida nos domínios das redes eléctricas, de gás e ferrovias. Com efeito, em Abril de 2008, a empresa iniciou a exploração da central de cogeração localizada no centro comercial Palácio do Gelo Shopping, produzindo em conjunto energia eléctrica (EDP) e térmica (utilizada nas piscinas e na climatização de todo o espaço comercial) a partir da combustão de gás natural.
No negócio da Electricidade em 2008, e contrariando o cenário recessivo global, a empresa inverteu a tendência evidenciada em 2007 e registou um crescimento da ordem dos 13%, ao atingir, neste ano, um volume de negócios de 15,7 milhões de euros, que representa cerca de 40% do volume de negócios global. Relativamente ao gás, o ano de 2008 caracterizou-se essencialmente pela continuidade, tendo mantido a presença na maioria dos clientes tradicionais e simultaneamente alargado a sua carteira de clientes. Paralelamente aos trabalhos relacionados com as infra-estruturas de gás, a Visabeira iniciou também, no âmbito da microgeração, a sua actuação ao nível da instalação de equipamentos para produção de energias renováveis na sequência de acordos celebrados com algumas empresas produtoras dos mesmos, actividade que se admite ter potencial de desenvolvimento e optimização dos recursos disponíveis. O aumento da actividade, com o volume de negócios a crescer 11%, e a contenção verificada ao nível dos custos operacionais, cujas principais naturezas FSE e Pessoal tiveram, em relação ao ano anterior, crescimentos de, respectivamente, 9% e 7%, abaixo portanto de crescimento do Volume de Negócios, permitiu um aumento dos resultados operacionais em 21%. O EBITDA registou uma evolução de idêntica ordem de grandeza, 23%, fixando-se nos 1,6 milhões de euros. Ao nível da estrutura financeira, destaca-se a manutenção dos principais indicadores de curto e médio prazo, demonstrando assim a consolidação financeira da empresa, fixando uma autonomia financeira de 30,4% e uma solvabilidade de 43,7%.
Beiragás A Beiragás resulta de uma parceria entre a GDP Distribuição, SGPS, SA (participada da GALP) e o Grupo Visabeira, SGPS, SA detendo, este último, uma participação de 23,5%, correspondente a cerca de 3 milhões de euros. Em 2008, a Beiragás, no desenvolvimento do projecto de distribuição de gás natural na sua área de concessão no âmbito do novo quadro regulatório, acumula as actividades de Operador de Distribuição com a de Comercialização de Último Recurso Retalhista. Reforçou ainda a sua presença nos concelhos já dotados de infra-estruturas de distribuição, contribuindo, simultaneamente, para o desenvolvimento do sector industrial e terciário da região. Dos principais acontecimentos que marcaram o ano de 2008, destacamos o aumento da carteira de clientes (ultrapassando os 36 mil) e do volume de gás vendido (excedendo os 34 milhões de m3). Realce ainda para a expansão da distribuição de gás natural ao concelho da Lousã, elevando para 12 o número de concelhos com gás natural disponível para todos os segmentos.
Tratando-se de um ano de arranque da nova actividade, no decurso de 2008 procedeu-se à contínua monitorização das instalações e aperfeiçoamento da utilização dos equipamentos, com vista a melhorar o seu rendimento e eficiência. Globalmente, o exercício de 2008 evidenciou uma evolução muito favorável, tendo atingido um volume de negócios superior a 40 milhões de euros, o que representa um crescimento de 11%. Para esta performance contribuíram a adjudicações de novos contratos por parte da EDP e a área de negócio da cogeração. Neste ultimo negócio, a Visabeira dispõe de uma potência eléctrica de 4MW, de uma potência de absorção de calor de 6,6MW e de transmissão de calor de 4,78MW. Em 2008, a produção de energia térmica gerou uma facturação de 242 mil euros, enquanto que os proveitos da energia eléctrica atingiram os 1,2 milhões de euros, o que correspondeu a um terço do crescimento global do volume de negócios.
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O desenvolvimento da infra-estrutura de gás natural da Beiragás prosseguiu, em 2008, com a construção de 78 km de rede secundária, 2.651 ramais e reconversão e conversão de consumos em 5,5 mil clientes. O valor global do investimento cifrou-se em cerca de 10,6 milhões de euros. Face à continuidade dos investimentos e consequente aumento da dívida bancária, os custos financeiros registaram um crescimento significativo em 2008, dando origem a um acréscimo de 32,5% dos resultados financeiros. Os resultados operacionais evoluíram favoravelmente, apresentando em 2008 um valor superior a 3,9 milhões de euros, com o contributo decisivo do crescimento de 21%, verificado no número de clientes ligados, e de 12% no volume de gás vendido face ao ano anterior. O EBITDA, no montante de 6 milhões de euros, cresceu 8% face ao ano anterior. No entanto, o resultado líquido, condicionado pelo comportamento dos resultados financeiros, manteve um valor próximo do resultado de 2007, cifrando-se nos 2,2 milhões de euros. Em matéria de gestão de recursos humanos, continuou a manter a aposta na formação profissional e no reforço das competências dos colaboradores como uma das suas prioridades. Esta actuação tem como objectivo um aumento constante da produtividade e da racionalização e adequação às reais necessidades do quadro de pessoal. Em consequência, e mantendo o número de trabalhadores, os principais indicadores nesta área registaram subidas consideráveis, destacando-se o volume de negócios por colaborador, que passou de 671 para 802 mil euros por trabalhador.
Electrotec A Electrotec é uma empresa especializada em redes, estando capacitada para a instalação de equipamentos de produção de energia tradicionais e renováveis. De modo a operar de forma abrangente na área de construção e manutenção de infra-estruturas de transporte de energia eléctrica. O sector da energia vem sendo um dos vectores estratégicos à modernização e desenvolvimento da sociedade moçambicana e tem assistido a uma progressiva abertura do mercado aos investidores privados. A Electrotec tem como principal cliente a EDM – Electricidade de Moçambique, para a qual tem vindo a realizar trabalhos de construção e reabilitação de redes de média e baixa tensão. Estes trabalhos têm vindo a ser desenvolvidos em todo o território moçambicano desde Cabo Delgado a Maputo. A actividade da empresa tem vindo a apresentar um crescimento consolidado, situação que se confirmou no ano de 2008. Efectivamente, neste ano, o volume de negócios atingiu o valor de 4,4 milhões de euros (157,9 milhões de meticais), representando um aumento superior a 215% se comparado com os valores de 2007 (223% em meticais).
A Electrotec foi a empresa que apresentou maior crescimento do volume de negócios no seu sector, segundo a KPMG, no ranking das 100 maiores empresas de Moçambique, o que comprova o elevado desempenho e crescimento da Electrotec durante o exercício de 2008. Para fazer face ao crescendo de actividade, foi realizado um investimento superior a 500 mil euros (17,8 milhões de meticais), essencialmente em equipamento de transporte, ferramentas e utensílios e equipamento básico. Os custos operacionais cresceram, mas numa proporção muito inferior ao valor das vendas, o que originou uma subida nos resultados operacionais superior a 300%, atingindo um valor de 267 mil euros (9,5 milhões de meticais). Os resultados financeiros continuaram negativos e ainda mais penalizadores que em 2007, devido essencialmente às diferenças de câmbio. O resultado líquido que, em 2007, tinha sido negativo, apresenta em 2008 um excelente resultado, com um valor superior a 119 mil euros (4,3 milhões de meticais). No que respeita aos principais indicadores financeiros, destacam-se a margem bruta, que ascendeu a 2,1 milhões de euros (77,3 milhões de meticais). A rentabilidade dos capitais próprios, por seu lado, situou-se no final do ano em alta, com um rácio de 39,4%. A capacidade de gerar recursos também foi excelente, tendo os meios libertos líquidos apresentado um valor em 2008 de 235 mil euros (8,4 milhões de meticais). Em termos de recursos humanos, e para garantir uma capacidade de resposta e qualidade do serviço prestado, tem vindo a ser criada uma organização especializada, leve e flexível, que se adapta com facilidade às necessidades dos clientes. Assim, no final de 2008, a Electrotec tinha nos seus quadros um total de 51 trabalhadores.
Edivisa A conjuntura difícil e um cenário de agravamento da situação económica, com particular incidência na crise vivida pelos sectores imobiliário e da construção, enformaram o sector onde a Edivisa desenvolve a sua actividade.
A actividade da empresa desenvolve-se orientada para dois segmentos distintos de mercado: 1 - O Imobiliário, onde tradicionalmente tem relevo a produção realizada no seio do Grupo 2 - Aquele que resulta dos concursos públicos a que se candidata em regime de concorrência com outros Relativamente ao primeiro segmento, a Edivisa esteve envolvida, no decurso do primeiro semestre de 2008, na conclusão da sua maior obra de sempre - o Palácio do Gelo Shopping, um empreendimento com mais
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de 175.000m2 de área bruta de construção – o que impactou directamente uma redução do volume de actividade neste segmento quando comparado com ao ano anterior. No segundo segmento, a área das obras públicas registou um crescimento de cerca de 1,5 milhões de euros, apesar da envolvente adversa que caracterizou este exercício. O volume de negócios neste ano diminuiu cerca de 13,6% em relação ao ano anterior, fixando-se nos 69,8 milhões de euros como implicação directa da conclusão no primeiro semestre da obra do Palácio do Gelo Shopping, que marcou uma grande parte da actividade da empresa no exercício anterior. Não se verificaram no exercício evoluções de relevo na estrutura de custos, que se situaram genericamente em valor absoluto abaixo dos valores do ano transacto. Contudo, a relativa rigidez dos custos envolvidos impediu que estes diminuíssem proporcionalmente ao volume de negócios, donde resultou uma quebra dos resultados operacionais, tanto em valores absolutos como relativos. O EBITDA, neste exercício, fixou-se nos 4,5 milhões de euros. Os resultados líquidos foram afectados pela subida verificada na Euribor, fazendo com que os encargos financeiros subissem em relação a 2007, apesar de o endividamento ter diminuído. O investimento total superou os 891 mil de euros, justificado pela necessidade de dotar a Empresa com os meios técnicos necessários para optimizar as suas performances operacionais, destacando-se cerca de 481 mil euros em diverso equipamento básico, 218 mil euros em equipamento de carga e transporte e, como investimento financeiro, 13 mil euros correspondente à participação na empresa OeirasExpo. O Activo, a 31 de Dezembro de 2008, fixou-se nos 54,8 milhões de euros, correspondendo a um crescimento de cerca de 797 mil euros em relação a 2007. Refira-se que esta evolução foi sustentada num crescimento do capital próprio em 2,6 milhões de euros tendo permitido o cash flow gerado, uma redução do passivo remunerado de 1,7 milhões de euros.
atingindo 1 milhão de euros e 949 mil euros, respectivamente. Os investimentos na Granbeira ascenderam a 812 mil euros. No segmento dos granitos, a aquisição mais significativa foi a cortadora de ponte que permite incrementar a capacidade de corte de grossas espessuras. Procedeu-se também ao aumento de capacidade do sistema de tratamento de águas residuais. Na área dos agregados, integrou-se um moinho impactor, de forma a reduzir a produção de areão grosso e aumentar a produção de areia média, produto mais procurado pelo mercado e utilizado na produção de betão pronto na central da Granbeira. Apesar de ter operado num contexto sectorial adverso a Granbeira, através de uma gestão de fundo de maneio mais eficaz, conseguiu reduzir a sua dívida a instituições de crédito em cerca de 1 milhão de euros, reforçando assim a estrutura do seu balanço. Consequentemente, merecem especial destaque os rácios de solvabilidade que se situou nos 121% e a dívida líquida/EBITDA que atingiu um valor nulo.
Visaconstroi A Visaconstroi actua em dois sectores de actividade complementares: o da construção civil e obras públicas; e o da indústria de extracção e transformação de inertes no mercado angolano. No primeiro, foram relevantes no exercício os trabalhos realizados para os governos provinciais de Luanda, do Huambo, do Kwanza Norte e Luanda Norte. Na extracção e transformação de inertes, realizada através da exploração de uma pedreira no Huambo, destacam-se entre os seus produtos a areia e a produção de blocos.
Granbeira Em 2008, a Granbeira não ficou imune à forte retracção que se fez sentir no mercado da construção civil e obras públicas, tendo os segmentos do betão pronto e dos granitos sentido mais fortemente este impacto negativo. Nem o aumento do volume de negócios relacionado com a construção dos parques eólicos na Serra de Montemuro foi suficiente para compensar a queda das vendas anteriormente referidas.
O volume de negócios da empresa, neste cenário adverso, registou uma redução de 10%, situando-se nos 9,6 milhões de euros. Neste enquadramento, o EBITDA e o cash flow decresceram 20% e 19%,
O exercício de 2008 foi caracterizado, no sector da construção civil e obras públicas, pela continuidade dos trabalhos decorrentes de contratos formalizados nos anos anteriores. No sector dos inertes, apostou-se fundamentalmente no aumento da capacidade de produção de modo a responder ao incremento da procura, resultante de um crescimento da actividade de construção e reabilitação urbana e de infra-estruturas promovida pelo Estado Angolano. O volume de negócios ascendeu, neste período, a 5,8 milhões de euros (642,6 milhões de kwanzas), evidenciando um crescimento de 43% (51% em kwanzas) em relação ao exercício anterior. O EBITDA registou um crescimento de 71% (81% em kwanzas), fixando-se nos 655 mil euros (72,7 milhões de kwanzas), comparativamente aos 383 mil euros (40,3 milhões de kwanzas) de 2007. No mesmo sentido, a produtividade da empresa (VAB) atingiu 23 mil euros (930 mil kwanzas), evidenciando um crescimento de 5%. Apesar da evolução favorável dos resultados operacionais, o resultado líquido do exercício foi influenciado pelo comportamento menos favorável dos resultados financeiros, que se fixaram em 247 mil euros
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negativos (-27,5 milhões de kwanzas), consequência das diferenças cambiais desfavoráveis verificadas no exercício. Em linha com o verificado em anos anteriores, a estrutura patrimonial continua a evidenciar um reforço incremental dos activos líquidos produtivos, imobilizado e existências, de 1,4 milhões de euros (186,3 milhões de kwanzas), evidenciando um crescimento de 28% (35% em kwanzas) em relação a 2007. Esta evolução foi sustentada pelo reforço do endividamento de médio longo prazo em 554 mil euros (61,6 milhões de kwanzas), por empréstimos no valor de 754 mil euros (90,2 milhões de kwanzas) e pelo aumento do saldo de fornecedores. Esta evolução permitiu uma melhoria significativa dos indicadores de autonomia financeira e solvabilidade que se fixaram, respectivamente, em 26,5% e 36,1%. O investimento realizado no período em análise ascendeu a 1,7 milhões de euros (188,8 milhões de kwanzas), revelando a continuidade da estratégia de investimento em curso na pedreira, nomeadamente na linha de produção de cubos. O investimento realizado contemplou também a aquisição de viaturas e equipamentos para o reforço do negócio da construção civil e obras públicas, beneficiando do Sistema de Lei de Bases do Investimento Privado.
O número médio de colaboradores passou de 19 para 26 o que justifica a evolução verificada com os encargos com pessoal e com a produtividade medida pelo VAB por trabalhador, que se situou em 33,5 mil euros.
MOB A MOB ocupa um lugar de liderança no contributo para o volume de negócios global da área industrial do Grupo. A empresa detém, no sector do fabrico e montagem de cozinhas, uma posição de relevo pela reconhecida qualidade, design e inovação que imprime aos seus produtos. A empresa, mantendo-se na primeira linha em termos de tecnologia e liderando o seu segmento de mercado, tem patenteado um crescimento consolidado do seu volume de negócios. Nesta evolução, a MOB em 2008 registou um crescimento do seu volume de negócios de 15%, apesar da crise que se manifesta em particular no sector da construção.
Visacasa A Visacasa tem, no âmbito da sua actividade, a conservação do edificado e do imobilizado dos seus clientes empresariais nas vertentes de Baixa Tensão, Construção Civil, AVAC, Média Tensão e Segurança Electrónica, entre outros, bem como a sua beneficiação/recuperação, de forma a atingir o estado de “zero defaults” e a de manutenção nas suas várias ópticas: Preventiva, Correctiva e Obras. No perfil de actuação da Visacasa, inclui-se também a vertente da racionalização energética dos edifícios e a implementação de boas práticas de consumos. Em 2008, a Visacasa deu continuidade aos contratos de manutenção já granjeados em anos anteriores, mantendo na sua carteira de parcerias/ clientes uma lista de importantes empresas de referência. Como exemplo, refira-se: Parque Expo; Refer; Sonae; CTT - Correios de Portugal; Accor; Sport TV; Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, entre outros. A Visacasa, no ano de 2008, patenteou um desempenho económico positivo, com o volume de negócios a crescer 17%, atingindo os 4,6 milhões de euros. Apesar deste crescimento, os resultados operacionais foram penalizados pelo aumento dos custos variáveis, resultado directo da envolvente macroeconómica negativa. Esta situação, aliada ao aumento dos encargos financeiros - resultantes do factoring contratado, é a causa da quebra ocorrida no resultado líquido do exercício e, em consequência, da evolução verificada nos seus indicadores de rentabilidade.
A abertura em 2007 de uma loja ao público em pleno centro de Lisboa veio a revelar-se uma aposta ganha, uma vez que já representa cerca de 12% da facturação da empresa. O EBITDA registou um crescimento de 6%. Registou-se também um aumento da produtividade, uma vez que o VAB/Efectivo aumentou 6%. O cash flow cresceu 12% apesar de um menor resultado líquido, que se ficou a dever exclusivamente ao facto da empresa ter beneficiado, no ano transacto, de um maior volume de benefícios fiscais, quer por virtude da criação de empregos, quer sobretudo por via do SIFIDE. Em 2008, investiu-se cerca de 600 mil euros. A maior parte deste investimento refere-se à orladora adquirida em 2007 e que teve ainda expressão este ano. Mesmo com o esforço de investimento realizado, o aumento da geração de caixa e uma gestão de fundo maneio mais favoráveis, permitiram que os rácios relativos à autonomia financeira e liquidez geral apresentassem valores bastante confortáveis de 46,4% e 1,3, respectivamente.
Cerutil O ano de 2008 foi mais um ano de crescimento orgânico para a Cerutil que assume, no âmbito da actividade do Grupo no sector da indústria, um papel de destaque no contributo para o seu volume consolidado de negócio. O valor da facturação cresceu 8%, atingindo os 7,2 milhões de euros, reflexo da política que tem determinado a estratégia da empresa. Efectivamente, o ano ficou marcado pelo lançamento de uma linha de artigos com revestimento anti-aderente que permitiu criar produtos de maior valor acrescentado. Saliente-se que a referida estratégia de colocação no mercado de produtos inovadores foi conseguida em paralelo com a redução dos custos operacionais, como evidencia o
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aumento da margem EBITDA em 0,7 p.p. para 14,2%, atingindo 1 milhão de euros. Efectivamente o VAB/Efectivo aumentou 16%, o que revela um significativo aumento da produtividade. Em termos de mercados assistiu-se ao reforço da posição da empresa no mercado francês, que representa já cerca de um quarto das vendas, e no mercado alemão, que representou 20% do total das vendas. Fruto da apreciação do euro face ao dólar e à libra esterlina, registou-se a uma diminuição do valor das vendas para os mercados norte-americano e inglês.
O investimento em 2008 ascendeu a 300 mil euros, essencialmente com a aquisição de uma linha de revestimento a Teflon, cuja capacidade permitirá não só o acabamento de peças próprias como a prestação de serviços de revestimento para o exterior, rentabilizando-se desta forma o investimento realizado. O bom desempenho operacional permitiu que o resultado líquido de 2008 registasse um aumento de 12%, atingindo 378 mil euros. A forte geração de caixa e a redução dos activos circulantes permitiu à Cerutil liquidar a sua dívida bancária, reforçando a estrutura do seu balanço.
Empreendimentos Turísticos Montebelo A Empreendimentos Turísticos Montebelo (ETMB) integra uma oferta turística que agrega hotelaria, congressos, golfe e hípico, assumindo-se como pólo agregador de negócios e potenciador as sinergias induzidas pelas restantes valências da Visabeira Turismo. O exercício de 2008 foi marcado por uma envolvente macroeconómica recessiva, não só no nosso país como em toda a Europa, cujas repercussões não podem deixar de se fazer sentir numa empresa que actua na área do turismo. Mesmo com esta envolvente adversa, 2008 configurou-se como um ano bastante positivo para o sector hoteleiro da Visabeira Turismo. O segmento hoteleiro da ETMB agrega uma variada oferta de unidades hoteleiras, que inclui o Montebelo Hotel & Spa (MHS) e o Hotel Palácio dos Melos (HPM), ambos de 5 estrelas, e o Hotel Príncipe Perfeito (HPP), de 4 estrelas, para além do golfe e hípico. Na generalidade das unidades assistiu-se a um crescimento do volume de actividade, apesar de os principais segmentos em que trabalha: turismo de lazer, mice e corporate são particularmente afectados pela deterioração da situação económica. O Montebelo Hotel & Spa apresentou um crescimento nos proveitos de 11% e a ocupação cresceu 10%. O Hotel Palácio dos Melos registou um incremento de 117% nos proveitos e de 34% na ocupação. Por seu lado, o Hotel Príncipe Perfeito incrementou os proveitos em 11% e a ocupação igualmente em 11%.
Facto incontornável a destacar foi a escolha do Montebelo Hotel & Spa e demais unidades da Visabeira Turismo como sede do estágio da Selecção Nacional de Futebol na sua preparação para o Campeonato Europeu de 2008. Esta operação, que envolveu toda a empresa e que foi elogiada pelos principais responsáveis da selecção, transformou-se num enorme sucesso unanimemente aclamado e teve um impacto mediático fortíssimo, acompanhado por toda a comunicação social, chegando a todo o país e a várias comunidades espalhadas pelo mundo. Neste enquadramento, o volume de negócios da empresa atingiu os 6,1 milhões de euros, correspondendo a um crescimento de 10%. Para este total o MHS dá o principal contributo, com cerca de 57%, seguido do HPP, com 15%, e do Golfe com 8%. Nos restantes 20% inclui-se o HPM e demais actividades complementares. A redução dos encargos financeiros e o controlo de custos permitiram que o resultado líquido mais que duplicasse o valor registado em 2007, crescendo 154% e fixando-se nos 55 mil euros em 2008.
Deste modo, e porque as amortizações vêm assumindo um peso crescente na estrutura de custos, em consequência do esforço sustentado de investimento que vem sendo realizado, o cash flow gerado em 2008 atingiu os 1,4 milhões de euros, representando um acréscimo de 18% em relação a 2007.
Movida O exercício de 2008 ficou marcado pela abertura ao público do Palácio do Gelo Shopping, ocorrida em Abril. O core business da Movida, passou a centrar-se assim na promoção e gestão dos espaços comerciais, para além da tradicional oferta de serviços associados de desporto, lazer e bem-estar. Face ao período de obras do Palácio do Gelo Shopping, estas últimas actividades estiveram até Maio provisoriamente instaladas no Pavilhão Desportivo da Vilabeira e só posteriormente se transferiram para as instalações do novo ForLife. Nesta conformidade, o exercício de 2008, bem como os dois que o antecederam, devem considerar-se anos atípicos, relativamente aos quais qualquer análise económica comparativa perde muito do seu significado. Em 2008, a empresa superou os 12 milhões de euros de volume de negócios, crescendo 217% relativamente ao ano anterior e tendo em atenção que o novo complexo contribuiu apenas com cerca de oito meses de actividade. Do volume de negócios atingido, 76% representam o contributo da componente imobiliária e dos direitos de ingresso associados. Como resultado o EBITDA aumentou 2,2 vezes e o resultado líquido do exercício, situou-se nos 605 mil de euros, um decréscimo de 50% em relação a 2007, no qual teve especial preponderância o efeito
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A quebra verificada no volume de negócios, da ordem dos 20%, foi apesar de tudo minimizada com a abertura da loja no Palácio do Gelo Shopping, que teve já uma contribuição significativa para o desempenho da empresa. A empresa focou-se na diminuição de encargos com pessoal através da redução do número de efectivos, adaptando a sua estrutura à nova realidade. Adicionalmente, um menor volume de encargos financeiros, que baixaram 20% relativamente ao exercício de 2007, permitiu que o resultado líquido do exercício quase decuplicasse. Dada a rigidez da estrutura de custos do negócio, o peso dos FSE, apesar de se ter reduzido em termos absolutos, manteve-se nos 90% na estrutura de custos, o que foi determinante para a redução do EBITDA. O investimento realizado no valor de 64 mil euros respeitou fundamentalmente às obras de construção civil de adaptação, mobiliário e equipamento da nova loja da empresa.
desfavorável dos encargos financeiros de financiamento, que se situaram nos 2,9 milhões de euros. O cash flow atingiu os 3,1 milhões de euros, registando um crescimento em relação ao ano anterior na ordem dos 114%. Este comportamento fica a dever-se ao valor das amortizações do exercício, que totalizaram 2,4 milhões de euros, em consequência da transferência do imobilizado em curso para firme. A produtividade (VAB/trabalhadores), apesar do aumento do número médio de trabalhadores de 25 para 57, regista um crescimento de 32% em relação a 2007, situando-se nos 119 milhares de euros. No global, o activo líquido total registou um crescimento de 26,8 milhões de euros, relativamente a 2007, ascendendo a 146 milhões de euros. A autonomia financeira e a solvabilidade situaram-se, respectivamente, nos 27,8% e 38,5%, demonstrativos da estabilidade financeira da empresa a médio e longo prazo.
Ródia A Ródia aglutina todo o sector de restauração da Visabeira Turismo, à excepção das unidades integradas na oferta hoteleira. A empresa aumentou em 2008 o seu portefólio de negócios, abrindo novas unidades no novo Palácio do Gelo Shopping (Rodízio do Gelo, Cervejaria Antártida e Pastelaria do Palácio) que foram as principais responsáveis pelo aumento de cerca de 1 milhão de euros no volume de negócios da empresa, correspondendo a um crescimento de mais de 29%, situando-se nos 4,4 milhões de euros.
Mundicor A Mundicor é uma agência de viagens com sede em Viseu e uma filial em Lisboa, tendo aberto, no decurso do corrente ano, um novo balcão no recém-inaugurado Palácio do Gelo Shopping. Trabalhando os segmentos corporate e mice, a actividade da agência em 2008 reflectiu-se da conjuntura desfavorável que se foi agravando com o decorrer do ano. Esta situação levou as empresas em geral a adoptar uma política de contenção de custos com reflexos nas viagens realizadas, bem como nas convenções e reuniões promovidas. Esta performance menos positiva da empresa em 2008 esteve em linha com o desempenho do sector em que se insere.
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Ao nível da exploração, e relativamente ao universo das unidades já existentes em 2007, constata-se uma melhoria nos consumos tanto nas Cervejarias como no Forno da Mimi, mais significativa neste último onde o CMVMC reduz 6 p.p. na estrutura de custos. Nas novas unidades, onde os primeiros meses foram, como seria previsível, de adaptação, verificou-se com o decorrer dos meses uma evolução favorável. Deste modo, e globalmente, o CMVMC passou a representar 38% do valor de facturação. Em termos de recursos humanos, a empresa cresceu de 80 para 107 colaboradores, pela compreensível necessidade de reforçar a sua estrutura com a integração das novidades. Os FSE, apesar do aumento de 252 mil euros verificado no exercício, reduziram o seu peso na estrutura de custos, baixando de 32% para 30%, o que se regista positivamente. O efeito conjugado destas evoluções condicionou o resultado operacional. No entanto, o aumento das amortizações permitiu um crescimento do EBITDA da ordem dos 4%. O investimento de 1,1 milhões de euros, realizado nas novas unidades referidas anteriormente, traduziu-se num acréscimo de amortizações
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no valor de 24 mil de euros, que assim contribui para a melhoria do cash flow gerado. A reestruturação da dívida, que se traduziu no acréscimo do endividamento bancário de médio prazo em detrimento do endividamento de curto prazo, permitiu melhorar o grau de cobertura dos activos por capitais permanentes, que se situou nos 195%. Apesar desta fase de investimento, que acabou por afectar a autonomia financeira da empresa, esta mantém-se sólida nos 39%.
Turvisa A Turvisa reúne em Moçambique todas as actividades do Grupo no sector do Turismo e aglutina na sua actividade o sector hoteleiro onde pontificam o complexo Girassol Indy Village e os hotéis Girassol Baía, em Maputo, Girassol Nampula e Girassol Lichinga, nas respectivas cidades, e também no sector da restauração, corporizada no Restaurante Rodízio Real, também situado na capital moçambicana. De um modo geral, todas as unidades que integram o universo de estabelecimentos da empresa apresentaram no decurso do ano um desempenho positivo, embora para o crescimento verificado o maior contributo tenha sido dado pelo complexo Girassol Indy Village que, na sequência do investimento ainda em curso mas em fase de finalização, viu a sua capacidade de alojamento gradualmente aumentada a partir de Maio, o que lhe permitiu dar um forte contributo para o crescimento da empresa, que assim viu situar-se o seu volume de negócios nos 4,9 milhões de euros (173 milhões de meticais), consolidando um crescimento de 36% face ao exercício anterior. O investimento associado à ampliação do complexo Indy atingiu neste ano o valor de 7,9 milhões de euros (280 milhões de meticais), elevando o imobilizado da empresa para quase 23 milhões de euros (810 milhões de meticais). Como resultado de um maior acompanhamento e controle dos custos, foi possível assegurar que o crescimento dos diversos factores de custo ficasse aquém do aumento dos proveitos, comparativamente ao ano transacto, donde resultou uma melhoria do EBITDA que se situou nos 986 mil euros (35 milhões de meticais), o que representa um acréscimo de mais de 86% sobre o valor de 2007. Este resultado só não teve proporcional reflexo nos resultados líquidos porquanto as amortizações sofreram naturalmente um agravamento de 24% e o financiamento de médio prazo contratado para cobertura do investimento realizado fez aumentar em quase 600 mil euros (21 milhões de meticais) o montante dos encargos financeiros. O aumento do capital em cerca de 2,7 milhões de euros (100 milhões de meticais) e das prestações suplementares em 500 mil euros (17 milhões de meticais) permitiram reforçar a estrutura financeira da sociedade, que vê assim melhorada a sua liquidez geral de 0,25 para 0,36 e os seus rácios de solvabilidade e autonomia financeira em, respectivamente, 11,6 e 5,8 p.p.
A Turvisa, fruto deste aumento da capacidade de oferta aumentou o número de colaboradores em 25, em 2008, situando-se agora o total em 259. Ainda assim, é de realçar que a produtividade aumentou 1,6 vezes, para 6 mil euros (224 mil meticais).
Visabeira Imobiliária A Visabeira Imobiliária, mesmo com a envolvente adversa que vem caracterizando o seu sector, registou em 2008 um crescimento do seu volume de negócios de 11%, situando-se nos 3,4 milhões de euros. No entanto é de ressalvar que cerca de 85% das vendas foram realizadas até ao início de Agosto, altura em que a crise financeira se manifestou mais fortemente no sector imobiliário.
Para contornar o impacto negativo que o custo do endividamento teve no custo da aquisição de habitação, a Visabeira Imobiliária adoptou uma estratégia de promoção imobiliária complementar à venda simples, optando pela dinamização do segmento de permuta e arrendamento de imóveis. Em termos comerciais, privilegiou-se a internet e o mailing enquanto se manteve a aposta em órgãos de comunicação social e outdoors como formas preferenciais de divulgação da carteira. Como forma complementar de incremento de vendas, maior divulgação e aumento de visibilidade dos produtos, abriu-se uma loja no Palácio do Gelo Shopping, como canal de distribuição para a comercialização dos vários produtos da Visabeira Imobiliária. O processo de racionalização de custos permitiu que o resultado operacional aumentasse 21% e atingisse os 2,5 milhões de euros. A melhoria da margem operacional repercutiu-se no aumento do retorno do capital, que aumentou para 8,2% face aos 7,3% em 2007. Refira-se que os resultados financeiros subiram significativamente, pelo facto de as capitalizações desses encargos terem diminuído como consequência da conclusão de algumas construções. Este efeito teve o seu impacto no resultado líquido da empresa, fazendo com que este diminuísse, situando-se nos 136 mil euros.
Figueira Paranova Apesar da crise que tem afectado o sector imobiliário, tanto a Visabeira Imobiliária SGPS como o Município da Figueira da Foz continuam empenhados no objectivo estratégico que esteve na génese da criação da Figueira Paranova, ou seja, a reabilitação de edifícios degradados e/ou abandonados na Figueira da Foz com a intenção de devolver ao centro urbano a vida que outrora gozou. O facto mais marcante em 2008 foi o início da empreitada de reabilitação do edifício na Rua dos Combatentes, que representa um investimento muito próximo dos 3 milhões de euros.
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Análise económico-financeira individual
O início desta obra originou o aumento da variação de produção e consequentemente fez aumentar o valor das existências e do activo, atingindo-se em 2008 o valor de 3,4 milhões de euros. Os resultados operacionais registaram um crescimento de 81% comparativamente a 2007. Contudo, esta subida não se reflectiu nos resultados correntes, devido à influência negativa dos resultados financeiros provocada pelo aumento dos financiamentos. Este investimento foi financiado por capitais alheios remunerados de médio e longo prazo, levando a que o passivo registasse uma evolução semelhante. Ainda assim, e no seu conjunto, a empresa apresenta uma solidez financeira adequada. Os principais indicadores financeiros, apesar de registarem uma ligeira descida, evidenciam valores apreciáveis, com o grau de autonomia financeira superior a 25% e o grau de solvabilidade nos 34%.
No seu conjunto, estes três projectos representam um investimento superior a 65 milhões de euros, correspondendo a uma área de construção muito próxima dos 85.000m2. Em 2008, a nível patrimonial, registou-se um aumento significativo do Activo, justificado essencialmente pela variação de produção que, neste exercício, patenteou um crescimento superior a 5 milhões de euros. Este valor resulta da capitalização de todos os custos ocorridos no desenvolvimento dos projectos que se encontram em curso, sendo a parcela mais significativa a correspondente ao empreendimento de Aveiro. Como consequência, o resultado líquido da empresa em 2008 foi nulo. O investimento realizado foi financiado na sua maioria por capitais alheios remunerados a médio e longo prazo, levando a que o passivo registasse um crescimento semelhante. Apesar do crescimento verificado na estrutura do balanço, os principais indicadores financeiros continuam a evidenciar valores apreciáveis. O grau de autonomia financeira fixou-se muito próximo dos 27%, o grau de solvabilidade cerca de 37% e a liquidez geral de 4,4. Estes indicadores demonstram que a empresa tem, neste momento, uma estrutura financeira sólida e eficiente, capaz de solver os seus compromissos a médio e longo prazo.
Imovisa A Imovisa é uma empresa conceituada no mercado moçambicano, primando por uma política de qualidade na prestação dos seus serviços, que vão desde a gestão e intermediação imobiliária, passando pela reabilitação e manutenção de imóveis e ainda pela prestação de serviços complementares na actividade de gestão de edifícios. Entre os seus principais clientes destacam-se o Banco de Moçambique e a TDM, tendo conquistado, em 2008, mais um importante cliente, a Mozal, produtora de alumínio que é a maior empresa a operar em Moçambique e a maior exportadora do país.
Ifervisa A génese da parceria entre a REFER e o Grupo Visabeira, que deu origem à constituição da Ifervisa, mantém-se actual apesar da conjuntura do sector imobiliário não ser a mais favorável. Apostando em projectos que se diferenciam pela qualidade de desenvolvimento e pelas opções construtivas e tirando partido de privilegiadas localizações de antigas estações de caminho de ferro, a empresa conta, no seu portefólio de negócios, com projectos de relevante dimensão. Empreendimentos que irão certamente marcar os locais onde se inserem, nomeadamente Tomar, Guimarães e Aveiro, estando este último numa fase muito avançada de construção.
A performance da empresa, a confiança que vem granjeando no mercado há mais de uma década e meia, o reforço de quota nos clientes tradicionais, acrescido do recente aumento do seu portefólio de clientes, teve como principal efeito o significativo aumento do volume de negócios da empresa. Em 2008, a empresa ultrapassou os 2,5 milhões de euros de volume de negócios (91,9 milhões de meticais), representando uma subida superior a 23% (26% em moeda local) se comparado com os valores de 2007. Os custos operacionais sofreram uma ligeira subida, mas crescendo numa proporção muito inferior aos proveitos, demonstrando ganhos efectivos de eficiência, o que originou uma subida nos resultados operacionais na ordem dos 466% (481% em meticais) atingindo um valor de 196 mil euros (6,9 milhões de meticais).
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Evolução económica-financeira
Os resultados financeiros foram negativos, devido essencialmente à diferença de câmbio. Este facto contribuiu negativamente para os resultados da empresa que foram negativos em 2008, registando um valor de -29 mil euros (-1 milhões de meticais). Ainda assim, a capacidade de solver os compromissos a médio e longo prazo mantém-se forte, com os níveis de autonomia financeira e solvabilidade a fixarem-se acima dos 27,7% e dos 38,3% respectivamente. A margem bruta foi superior à de 2007, atingindo um valor de 2,1 milhões de euros (76,7 milhões de meticais) e os meios libertos líquidos, que apresentaram um valor muito próximo dos 189 mil euros (6,7 milhões de meticais), são demonstrativos da capacidade da empresa em gerar recursos no futuro. Para fazer face ao crescimento de actividade houve a necessidade de reforçar a equipa de colaboradores da Imovisa, pelo que em 2008 o quadro médio da empresa se situou nos 449 funcionários. De realçar ainda que a produtividade medida por VAB/trabalhador aumentou cerca de 20%.
Parque Desportivo de Aveiro O Parque Desportivo de Aveiro é uma parceria com o Município de Aveiro, que representa um investimento multissectorial, sendo um projecto de referência não apenas para este Município, mas para toda a Região em que se integra. Este é um projecto de grande dimensão e multifacetado que reúne vários equipamentos turísticos, desportivos e de lazer, onde se destacam o campo de golfe de 18 buracos, o centro hípico e ainda a oferta hoteleira. A componente imobiliária, que será desenvolvida em paralelo, integra habitação e oferta comercial que beneficia de todas as valências do empreendimento e ainda dos espaços verdes que caracterizarão toda a envolvente do Parque Desportivo de Aveiro. É de realçar, no exercício de 2008, o aumento de capital social que passou de 500 mil euros para 3,5 milhões de euros, bem como a transformação do regime jurídico da sociedade, a qual deixou de ser uma empresa municipal de capitais maioritariamente públicos e passou para sociedade anónima de capitais mistos detida maioritariamente pelo Grupo Visabeira.
Benetrónica A Benetrónica é uma empresa que actua no sector do comércio internacional e tem por missão assegurar a melhor relação preço-qualidade dos produtos fornecidos, nos mais variados segmentos de mercado. A empresa registou um volume de negócios na ordem dos 27 milhões de euros, o que lhe permitiu, dada a natureza da actividade e a sua estrutura ligeira, melhorar significativamente os todos os seus indicadores de rentabilidade. Com efeito, e apesar de ter recorrido ao mercado de capitais para fazer face às necessidades de fundo de maneio, decorrentes de um maior volume de negócios, melhorou a sua liquidez e a solidez financeira não foi afectada, tendo logrado passar de uma rentabilidade dos capitais próprios de 12,7% para 20,3%. Resultado conjugado do acréscimo do volume de negócios e da melhoria dos resultados financeiros do diferencial de câmbio, consequência da forte internacionalização da sua actividade, o resultado líquido apresenta um crescimento de 93% e a consequente melhoria da rentabilidade das vendas em 1,7 p.p., alcançando 4,3%.
A nível patrimonial, o exercício de 2008 ficou marcado também por uma subida significativa do activo, passando de 10,9 milhões de euros para 13,8 milhões de euros. Esta subida é justificada essencialmente pelo investimento na aquisição de terrenos, que é uma das componentes mais importantes desta fase do projecto. Actualmente, foram já adquiridos mais de 90% do total dos terrenos necessários para o desenvolvimento do empreendimento, o que permite encarar de uma forma optimista o cumprimento dos objectivos fixados. O resultado líquido foi negativo em 64 mil euros, situando-se 63% abaixo do valor orçamentado, sinal considerado muito positivo e revelador do cuidado tido com a contenção de custos, já que a empresa não tem qualquer proveito operacional. O aumento de capital social, já referido anteriormente, permitiu reforçar o equilíbrio financeiro da sociedade, respondendo desta forma ao esforço de investimento e demonstrando a confiança que os accionistas depositam no projecto. Permitiu ainda uma evolução positiva dos principais indicadores financeiros da empresa, com o índice de solvabilidade a subir para os 42% e a autonomia financeira muito próxima dos 30%.
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Investimentos em 2008
PORTUGAL No investimento em FBCF realizado no país e na continuidade dos investimentos transitados do ano anterior, a maior parcela – mais de 32 milhões de euros – respeita à Movida e foi aplicada na conclusão da obra do Palácio do Gelo Shopping (cuja inauguração ocorreu em Abril). Fruto deste investimento, a Visabeira Turismo representa, em 2008, 52% do total de investimentos do Grupo realizados em território nacional. Com 25%, seguiu-se a Visabeira Global. O seu investimento mais significativo, com cerca de 6 milhões de euros, foi efectuado na Pinewells, relativo à construção e equipamento duma fábrica de produção de pellets (combustível sólido de granulado de resíduos de madeira prensados, proveniente de desperdícios de madeira, sendo uma fonte de energia renovável pertencente à classe da Biomassa). Esta unidade, situada na zona industrial de Arganil, tem uma capacidade de produção da ordem das 120.000 ton/ano. A Visabeira Global adquiriu uma posição inicial de capital de 76% na Pinewells, dos quais, posteriormente, veio a alienar 20%. Igualmente relevantes foram os investimentos realizados na Viatel, cerca de 2,5 milhões de euros, dos quais cerca de metade foi investido em tecnologia BeOn, sistema de controlo de operações e mobilidade, que irá permitir optimizar e aumentar a eficiência e eficácia das equipas no terreno, aumentando os níveis de produtividade; 186 mil euros em equipamento informático e fotografia digital, com que equipou as suas brigadas e os serviços de coordenação central e projecto; 545 mil euros em equipamento ligeiro e ferramentas diversas e 363 mil euros que aplicou na aquisição de viaturas e equipamento básico.
Na Edivisa, o investimento foi na ordem dos 900 mil euros, merecendo destaque os mais de 450 mil euros em maquinaria e equipamento com tecnologia avançada, orientadas para os novos desafios, de forma a permitir níveis mais elevados de rentabilidade operacional. O terceiro maior investimento em volume, por parte desta sub-holding, foi realizado na Granbeira, ascendendo a 612 mil euros dos quais, mais de 520 mil euros, em maquinaria moderna e sofisticada, nomeadamente uma máquina de corte, para operar no sector das rochas ornamentais duma forma mais rápida e eficaz. A Visabeira investiu cerca de 315 mil euros, dos quais 142 mil em equipamento de carga e transporte e 120 mil euros na modernização do equipamento, com tecnologias mais sofisticadas, apostando sempre numa posição de vanguarda. A Visabeira Indústria foi responsável por 3% do investimento. Este investimento foi corporizado pela MOB com mais de 600 mil euros, onde são de salientar 430 mil euros em máquinas e equipamentos com tecnologia de ponta, essencialmente para refinar a performance do sistema de cargas e descargas. Na Cerutil, mais de 430 mil euros foram investidos, na sua grande maioria em maquinaria e equipamento tecnológico, destacando-se um investimento em robótica, a linha de revestimento Teflon e o sistema ergonómico.
INVESTIMENTOS 2008 PORTUGAL EMPRESAS MOVIDA
valores em euros VALOR 32.180.067
INVESTIMENTO Remodelação Palácio do Gelo Shopping
PINEWELLS
5.790.060
Fábrica de Pellets
PDA
2.778.877
Aquisição de terrenos
VIATEL
2.473.627
Equipamento informático (Be On)
EMPREENDIMENTOS TURÍSTICOS MONTEBELO
1.297.133
Projecto Hotel Porto e Aldeamento do Golfe
RÓDIA
1.108.329
Abertura novos espaços comerciais
EDIVISA
878.663
Equipamentos
GRANBEIRA
611.712
Equipamentos
PRATO CONVIVAS
622.152
Abertura espaço comercial
MOB
608.943
Equipamentos
CERUTIL
430.235
Linha revestimento Teflon e sistema ergonómico
VISABEIRA
315.575
Equipamentos
AMBITERMO
298.996
Equipamentos
DIGISPIRIT
252.521
Abertura espaço comercial
OUTRAS EMPRESAS TOTAL
46
1.047.489 50.694.378
Equipamentos
Evolução económica-financeira
INVESTIMENTOS 2008 INTERNACIONAL EMPRESAS
valores em euros VALOR
INVESTIMENTO
MOÇAMBIQUE TURVISA
7.926.310
Girassol Indy Village
TV CABO MOÇAMBIQUE
788.797
Expansão da rede de cobertura
TELEVISA
392.087
Equipamentos de transporte
MARMONTE
312.308
Equipamentos
ELECTROTEC
595.114
Equipamento básico e de transporte
OUTROS
552.091
ANGOLA TV CABO ANGOLA
5.215.121
Expansão da rede de cobertura
VISACONSTROI
1.715.844
Preparação da pedreira
COMATEL
1.553.939
Equipamentos
ÁLAMO ANGOLA
808.924
Linha de montagem de cozinhas
VISABEIRA ANGOLA
172.732
Equipamentos
OUTROS
273.441
FRANÇA CONSTRUCTEL
95.788
Equipamentos / Instalações
GATEL
21.612
Equipamentos
9.887
Equipamentos
BÉLGICA CONSTRUCTEL BÉLGICA TOTAL
20.433.996
ÁFRICA A aposta que o Grupo continua a fazer numa presença forte em África, de modo particular em Moçambique e Angola, encontrou tradução no investimento realizado em activos corpóreos, com valores próximos dos 20 milhões de euros, representando cerca de 25% do investimento total. O investimento realizado repartiu-se, de forma quase uniforme, por aqueles dois países: 52% em Moçambique e 48% em Angola. Contudo, enquanto que em Angola o investimento esteve primordialmente orientado para o sectores das Telecomunicações e da Construção, tendo sido investido pelas empresas que integram a Visabeira Global mais de 8,5 milhões de euros, correspondendo a 90% deste montante, em Moçambique foi o Turismo o principal destinatário. Assim, em Angola, a principal parcela (mais de 5,2 milhões de euros), continuou a ser investida na TV Cabo Angola, onde a ampliação da rede representou cerca de 96% daquele montante. Na Visaconstroi foram investidos mais de 1,7 milhões de euros, essencialmente em equipamento básico e de transporte. Na Comatel, mais de 1,5 milhões de euros, dos quais 80% foram destinados à renovação da frota de viaturas e a maquinaria pesada e pouco mais de 15% na aquisição de equipamentos diversos com maior incorporação de tecnologia. Em Moçambique, embora em menor proporção, o investimento no sector das telecomunicações excedeu 1,8 milhões de euros, sendo a TV Cabo Moçambique a principal destinatária, com cerca de 46% daquele montante, aplicado na ampliação da rede e na aquisição de viaturas.
Seguiu-se a Electrotec e a Televisa com valores de investimento de 595 mil e 392 mil euros, respectivamente, onde a renovação das frotas de viaturas representou a principal componente de canalização dos investimentos. O principal alvo do investimento realizado em Moçambique foi o sector do Turismo. Com efeito, na Turvisa concentraram-se os cerca de 8 milhões de euros, aplicados, na sua quase totalidade, na ampliação do empreendimento Girassol Indy Village. Em Angola não houve investimento directo em FBCF no sector do Turismo, embora esteja previsto um significativo aumento da presença do Grupo Visabeira no sector hoteleiro, consequência de parcerias que a Convisa Turismo estabeleceu e que das quais resultou, em primeira linha, a abertura da primeira unidade hoteleira em Angola, localizada em Benguela, e estejam em estudo projectos de recuperação e exploração de outras unidades.
EUROPA O investimento em França teve um acréscimo em relação ao ano anterior em cerca de 68 mil euros, situando-se nos 117 mil euros. Devido à forte expansão da sua actividade, a Constructel apostou na melhoria dos equipamentos, frota e instalações no montante de 96 mil euros. Na Bélgica os investimentos visaram nomadamente a aquisição de equipamentos que vão permitir melhorar a qualidade dos serviços prestados.
47
Investimentos Financeiros
Ao investimento em FBCF que, como foi salientado, teve no âmbito do universo empresarial do Grupo o sector do Turismo como principal destinatário, correspondeu a maior parcela do investimento em participações de capital, de modo a reforçar a solidez dos rácios financeiros das empresas. Assim, a Visabeira Turismo, viu reforçados os seus capitais em cerca de 16 milhões de euros. As duas principais parcelas do aumento de capital tiveram aplicação na Movida e na Turvisa, com 13 milhões e 2,8 milhões de euros, respectivamente. Foi ainda constituída, no decurso do ano, a Turvisa Angola, a que correspondeu um investimento de 411 mil euros. O investimento da Visabeira Global ascendeu a 10 milhões de euros, com reforços de capital de montante superior a 3,9 milhões de euros, dos quais a maior parcela, mais de 2 milhões de euros, na Comatel, mais 1,5 milhões de euros na Visaconstroi e 408 mil euros na Electrotec. Na aquisição da Gatel, em França, operação que ocorreu já no segundo semestre do ano, foram investidos mais de 1,8 milhões de euros. Como resultado desta aquisição e das manifestas sinergias e complementaridades existentes entre as actividades da Constructel França e da Gatel, sai significativamente reforçado o potencial de negócio existente, quer por via do alargamento da cobertura territorial, anteriormente assegurada, quer pela maior abrangência das intervenções que passam a poder ser realizadas. Ainda para reforçar o posicionamento internacional nesta área de negócio, foi constituída a Constructel Roménia, resultado de uma parceria local a que correspondeu um investimento de 135 mil euros.
Em Moçambique concretizou-se o reforço de capital na Sogitel, no montante de 922 mil euros. Para além das mencionadas, refiram-se os 900 mil euros aplicados na Real Life; a tomada de uma participação de 56% no capital da Pinewells no valor de 840 mil euros; 600 mil euros, que tiveram por destinatária a Prio Moçambique e a constituição da Moçamgalp, uma parceria com a Galp, ambas vocacionadas para o sector das energias alternativas. Na sequência da parceria estabelecida com a Santa Casa de Misericórdia de Azeitão foi constituída uma sociedade, a Porto Salus, que assegurará a construção e exploração de um Complexo de Saúde e Bem-estar que integra uma Residência Assistida e uma Unidade de Cuidados Continuados, onde a Visabeira Participações, maioritariamente através da sua participada Visabeira Saúde, detém uma participação de 40%. Durante o exercício de 2008 foram constituídas empresas em parceria, vocacionadas para segmentos de negócio muito específicos. A Digispirit, que explora dois estabelecimentos comerciais de marca, um de vestuário, outro de mobiliário e decoração e a Prato Convivas, no sector da Restauração, ambos situados no Palácio do Gelo Shopping, e ainda a Oeiras Expo, uma parceria com a Câmara Municipal de Oeiras. No sentido de agregar as actividades de investigação e desenvolvimento nos diversos sectores de actividade, foi ainda criada a Visabeira Investigação e Desenvolvimento. A Visabeira Participações reforçou a sua posição accionista na PDA através de aumento de capital no montante de 1,7 milhões de euros, passando desta forma a deter a maioria do capital.
VOLUME DE NEGÓCIOS GLOBAL - EMPRESAS CONSOLIDADAS ÁREAS DE NEGÓCIO
valores em euros
TOTAL
GRUPO
CONSOLIDADO
GLOBAL PORTUGAL VISABEIRA GLOBAL ACEEC
77,1%
48.602.976
83,3%
199.375.196
2.444.846
0,8%
2.444.846
4,2%
0
75,7% 0,0%
160.755
0,0%
-345
0,0%
161.100
0,1%
AMBITERMO
11.625.224
3,6%
2.308.120
4,0%
9.317.104
3,5%
EDIVISA
69.770.712
21,7%
14.658.484
25,1%
55.112.228
20,9%
GRANBEIRA PDT REAL LIFE VISABEIRA
9.562.606
3,0%
1.956.357
3,4%
7.606.249
2,9%
15.177.973
4,7%
2.807.239
4,8%
12.370.734
4,7%
967.600
0,3%
93.462
0,2%
874.138
0,3%
40.403.645
12,6%
6.644.082
11,4%
33.759.563
12,8%
VISABEIRA DIGITAL
4.766.601
1,5%
4.477.190
7,7%
289.411
0,1%
VISACASA
4.603.164
1,4%
3.979.838
6,8%
623.326
0,2%
VIATEL
88.495.046
27,5%
9.233.703
15,8%
79.261.343
30,1%
27.211.419
8,5%
4.748.204
8,1%
22.463.215
8,5%
SOGITEL
3.898.582
1,2%
3.694.548
6,3%
204.034
0,1%
ELECTROTEC
4.426.661
1,4%
0
0,0%
4.426.661
1,7%
TELEVISA
9.988.690
3,1%
895.829
1,5%
9.092.861
3,5%
TVCABO
8.897.486
2,8%
157.827
0,3%
8.739.659
3,3%
28.423.146
8,8%
4.997.084
8,6%
23.426.062
8,9%
11.193.623
3,5%
2.749.128
4,7%
8.444.495
3,2%
5.785.723
1,8%
2.197.664
3,8%
3.588.059
1,4%
11.443.801
3,6%
50.292
0,1%
11.393.509
4,3%
2.126.206
0,7%
18.127
0,0%
2.108.079
0,8%
MOÇAMBIQUE
ANGOLA COMATEL VISACONSTROI TVCABO ANGOLA BÉLGICA CONSTRUCTEL BÉLGICA FRANÇA CONSTRUCTEL GATEL MARROCOS TELEVISA MARROCOS TOTAL
48
247.978.171
2.126.206
2,4%
18.127
0,0%
2.108.079
7,9%
15.888.982
4,9%
179
0,0%
15.888.803
6,0%
13.290.515
4,1%
179
0,0%
13.290.336
5,0%
2.598.467
0,8%
0
0,0%
2.598.467
1,0%
16.672
0,0%
0
0,0%
16.672
0,0%
16.672
0,0%
0
0,0%
16.672
0,1%
321.644.596
100,0%
58.366.569
100,0%
263.278.027
100,0%
Evolução económica-financeira
VOLUME DE NEGÓCIOS GLOBAL - EMPRESAS CONSOLIDADAS ÁREAS DE NEGÓCIO
valores em euros
TOTAL
GRUPO
CONSOLIDADO
INDÚSTRIA PORTUGAL
16.262.761
59,4%
3.066.505
62,5%
13.196.256
473.130
1,7%
473.130
9,6%
0
0,0%
CERUTIL
7.207.086
26,3%
73.605
1,5%
7.133.481
31,8%
MOB
8.582.545
31,4%
2.519.769
51,3%
6.062.776
27,0%
6.703.896
24,5%
504.318
10,3%
6.199.578
27,6%
20.411
0,1%
3.360
0,1%
17.051
0,1%
CELMOQUE
2.833.555
10,4%
49.975
1,0%
2.783.581
12,4%
HIDROÁFRICA
3.652.439
13,3%
447.452
9,1%
3.204.987
14,3%
197.492
0,7%
3.532
0,1%
193.960
0,9%
4.399.833
16,1%
1.339.357
27,3%
3.060.476
13,6%
ÁLAMO ANGOLA
3.053.796
11,2%
601.067
12,2%
2.452.729
10,9%
TUBANGOL
1.346.037
4,9%
738.290
15,0%
607.747
2,7%
27.366.490
100,0%
4.910.180
100,0%
22.456.310
100,0%
75,4%
VISABEIRA INDÚSTRIA
MOÇAMBIQUE AGROVISA
MARMONTE ANGOLA
TOTAL
58,8%
TURISMO PORTUGAL
26.339.322
79,4%
6.482.864
94,5%
19.856.458
VISABEIRA TURISMO
1.127.234
3,4%
867.819
12,7%
259.415
1,0%
EMPREENDIMENTOS TURÍSTICOS MONTEBELO
6.130.861
18,5%
771.146
11,2%
5.359.714
20,4%
12.059.809
36,3%
3.011.341
43,9%
9.048.468
34,4%
2.293.696
6,9%
539.140
7,9%
1.754.556
6,7%
349.216
1,1%
6.544
0,1%
342.672
1,3%
4.378.506
13,2%
1.286.874
18,8%
3.091.632
11,7%
4.851.892
14,6%
369.242
5,4%
4.482.650
17,0%
4.851.892
14,6%
369.242
5,4%
4.482.650
17,0%
1.988.025
6,0%
6.474
0,1%
1.981.551
7,5%
1.988.025
6,0%
6.474
0,1%
1.981.551
7,5%
33.179.239
100,0%
6.858.580
100,0%
26.320.659
TOTAL
4.022.463
60,9%
1.683.290
68,2%
2.339.174
56,6%
614.272
9,3%
552.947
22,4%
61.325
1,5%
3.408.192
51,6%
1.130.343
45,8%
2.277.849
55,1%
MOVIDA MUNDICOR PRATO CONVIVAS RÓDIA MOÇAMBIQUE TURVISA ANGOLA CONVISA TURISMO TOTAL
IMOBILIÁRIA PORTUGAL VISABEIRA IMOBILIÁRIA VISABEIRA IMOBILIÁRIA, SA MOÇAMBIQUE
2.577.327
39,1%
785.977
31,8%
1.791.350
43,4%
IMOVISA
2.577.327
39,1%
785.977
31,8%
1.791.350
43,4%
TOTAL
6.599.790
100,0%
2.469.267
100,0%
4.130.524
100,0%
42,2%
PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS PORTUGAL
46.938.936
53,7%
35.670.461
58,7%
11.268.474
VISABEIRA PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS
769.143
0,9%
769.143
1,3%
0
0,0%
ARTE E CENA
175.042
0,2%
175.042
0,3%
0
0,0%
BENETRÓNICA
27.189.485
31,1%
19.892.420
32,7%
7.297.065
27,3%
CICLORAMA
10.443.080
11,9%
9.408.496
15,5%
1.034.584
3,9%
DIGISPIRIT
337.151
0,4%
12.545
0,0%
324.606
1,2%
IUTEL
246.758
0,3%
408
0,0%
246.350
0,9%
2.917.816
3,3%
1.301.630
2,1%
1.616.187
6,0%
JOAFIL
903.839
1,0%
612.985
1,0%
290.853
1,1%
PTC
PREDIBEIRA
12.000
0,0%
12.000
0,0%
0
0,0%
VISABEIRA ESTUDOS
84.000
0,1%
84.000
0,1%
0
0,0%
469.401
0,5%
85.000
0,1%
384.401
1,4%
3.391.222
3,9%
3.316.794
5,5%
74.428
0,3%
488.759
0,6%
161.286
0,3%
327.474
1,2%
VISABEIRA ESPANHA
148.384
0,2%
126.916
0,2%
21.468
0,1%
TELESP
340.375
0,4%
34.370
0,1%
306.006
1,1%
MOÇAMBIQUE
14.281.556
16,3%
9 280 287
15,3%
5.001.269
18,7%
AUTOVISA
2.102.977
2,4%
433.840
0,7%
1.669.137
6,2%
IMENSIS
1.694.171
1,9%
22.434
0,0%
1.671.737
6,3%
MERCURY
9.131.538
10,4%
7.532.605
12,4%
1.598.932
6,0%
VISABEIRA MOÇAMBIQUE
1.352.870
1,5%
1.291.408
2,1%
61.462
0,2%
25.759.587
29,5%
15.629.653
25,7%
10.129.934
37,9% 6,0%
VISABEIRA SAÚDE VISASALES ESPANHA
ANGOLA MERCURY ANGOLA
14.788.028
16,9%
13.193.466
21,7%
1.594.562
VISABEIRA ANGOLA
1.122.658
1,3%
1.096.245
1,8%
26.412
0,1%
VISASECIL
9.848.902
11,3%
1.339.942
2,2%
8.508.960
31,8%
87.468.839
100,0%
60.741.687
100,0%
26.727.151
100,0%
3.186.784
100,0%
2.757.276
100,0%
429.507
100,0%
2.788.384
87,5%
2.757.276
100,0%
31.107
7,2%
398.400
12,5%
0
0,0%
398.400
92,8%
3.186.784
100,0%
2.757.276
100,0%
429.507
100,0%
TOTAL
HOLDING PORTUGAL GRUPO VISABEIRA VISABEIRA EMIRATOS TOTAL
TOTAL GLOBAL
479.445.737
136.103.559
343.342.178 49
Anexo ao Relatório do Conselho de Administração
50
Evolução económica-financeira
Nos termos e para os efeitos do artigo 447º e 448º do Código das Sociedades Comerciais, informam-se as posições accionistas detidas pelos membros dos órgãos de administração e fiscalização e as operações efectuadas durante o exercício de 2008.
ACCIONISTA/MEMBRO DOS ORGÃOS SOCIAIS FERNANDO CAMPOS NUNES CAIXA CAPITAL AICEP CAPITAL GLOBAL
NÚMERO DE ACÇÕES EM 31 DE DEZEMBRO DE 2008
NÚMERO DE ACÇÕES
MOVIMENTOS EM 2008
17.040.985 4.489.900 1.368.716
17.040.985 4.489.900 1.368.716
0 0 0
Viseu, 19 de Fevereiro de 2009
O Conselho de Administração
51
03
Demonstraçþes financeiras consolidadas e respectivos anexos
Demonstrações Financeiras consolidadas e respectivos anexos
DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS CONSOLIDADOS
exercícios findos em 31 de Dezembro de 2008 e 2007 NOTAS
2008
2007
OPERAÇÕES CONTINUADAS VENDAS PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS VOLUME DE NEGÓCIOS
11
60.640.448
90.903.229
282.701.730
251.988.093
343.342.178
342.891.322
CUSTO DAS VENDAS E DAS PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS
-91.518.853
-125.595.549
MARGEM BRUTA
251.823.325
217.295.773 28.473.240
TRABALHOS PARA A PRÓPRIA EMPRESA
12
33.351.680
PROVEITOS DE PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO
24
93.940.574
0
OUTROS PROVEITOS
13
6.670.774
7.052.530
FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS
14
-180.419.574
-160.341.484
CUSTOS COM O PESSOAL
15
-57.585.073
-48.902.027
OUTROS CUSTOS
13
-3.688.903
-2.124.167
AMORTIZAÇÕES
16
-11.404.864
-9.474.267
PROVISÕES E AJUSTAMENTOS
17
-2.960.463
-1.074.730
129.727.476
30.904.867
RESULTADO OPERACIONAL JUROS, LÍQUIDOS
18
-22.738.813
-9.327.908
GANHOS EM ACTIVOS FINANCEIROS E OUTROS INVESTIMENTOS, LÍQUIDOS
19
-90.498.184
44.300.816
OUTROS CUSTOS FINANCEIROS, LÍQUIDOS
20
-3.443.329
-2.741.373
7
-160.967
-5.496
12.886.183
63.130.905
APLICAÇÃO DO MÉTODO EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL RESULTADO ANTES DE IMPOSTOS IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO CORRENTE
21
-1.605.626
-3.698.528
IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO DIFERIDO
21
5.601.277
-1.210.540
16.881.834
58.221.838
RESULTADO LÍQUIDO ATRIBUÍVEL: ACCIONISTAS
15.243.437
56.801.105
36
1.638.397
1.420.732
BÁSICO
34
0,66
3,04
DILUÍDO
34
0,66
3,04
INTERESSES MINORITÁRIOS RESULTADO LÍQUIDO POR ACÇÃO:
As notas fazem parte integrante desta demonstração dos resultados consolidados.
54
Demonstrações Financeiras consolidadas e respectivos anexos
BALANÇO CONSOLIDADO
exercícios findos em 31 de Dezembro de 2008 e 2007 NOTAS
2008
2007
ACTIVO ACTIVOS NÃO CORRENTES IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS
22
239.476.632
259.640.696
GOODWILL
23
32.436.277
29.982.740
PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO
24
192.551.486
2.218.000
IMOBILIZAÇÕES INCORPÓREAS
25
962.216
791.234
7
6.163.942
8.116.288
26
269.624.094
274.561.395
8
26.621.708
20.065.336
21
6.679.304
4.018.873
774.515.659
599.394.560
INVESTIMENTOS EM EMPRESAS ASSOCIADAS ACTIVOS FINANCEIROS DISPONIVEIS PARA VENDA OUTROS INVESTIMENTOS FINANCEIROS IMPOSTOS DIFERIDOS ACTIVOS TOTAL DE ACTIVOS NÃO CORRENTES ACTIVOS CORRENTES EXISTÊNCIAS
27
124.393.961
111.593.761
CLIENTES E OUTROS DEVEDORES
28
123.494.595
118.893.644
ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS
29
8.313.093
17.191.525
OUTROS ACTIVOS CORRENTES
30
60.812.242
33.429.616
ACTIVOS FINANCEIROS DETIDOS PARA NEGOCIAÇÃO
31
1.141.000
169.343.084
CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA
32
31.450.127
22.492.572
349.605.018
472.944.201
1.124.120.677
1.072.338.761
115.125.630
TOTAL DE ACTIVOS CORRENTES TOTAL DO ACTIVO CAPITAL PRÓPRIO CAPITAL
33
115.125.630
PRÉMIOS DE EMISSÃO DE ACÇÕES
33
44.493.578
44.493.578
OUTRAS RESERVAS
35
-129.731.946
-47.755.599
RESULTADOS RETIDOS
35
141.018.201
127.731.637
170.905.463
239.595.246
10.376.481
6.932.195
181.281.944
246.527.441
CAPITAL PRÓPRIO EXCLUINDO INTERESSES MINORITÁRIOS INTERESSES MINORITÁRIOS
36
TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO PASSIVO PASSIVO NÃO CORRENTE EMPRÉSTIMOS BANCÁRIOS DE LONGO PRAZO
37
543.354.159
522.183.017
OUTROS CREDORES NÃO CORRENTES
39
67.316.372
71.718.765
IMPOSTOS DIFERIDOS PASSIVOS
21
12.078.495
15.147.202
PROVISÕES PARA OUTROS RISCOS E ENCARGOS
42
126.958
80.711
622.875.983
609.129.695
TOTAL DO PASSIVO NÃO CORRENTE PASSIVO CORRENTE EMPRÉSTIMOS BANCÁRIOS DE CURTO PRAZO
37
103.114.912
50.069.175
FORNECEDORES E OUTROS CREDORES
38
85.881.648
80.437.519
ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS
29
1.887.671
2.944.035
OUTROS PASSIVOS CORRENTES
39
129.078.519
83.230.896
319.962.750
216.681.625
TOTAL DO PASSIVO CORRENTE TOTAL DO PASSIVO TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO E DO PASSIVO
942.838.733
825.811.321
1.124.120.677
1.072.338.761
As notas fazem parte integrante desta demonstração dos resultados consolidados.
55
Anexo ao balanço e demonstração dos resultados consolidados
VARIAÇÃO DOS CAPITAIS PRÓPRIOS
A 1 DE JANEIRO DE 2007
CAPITAL
PRÉMIOS DE EMISSÃO
RESERVA JUSTO VALOR DOS ACTIVOS
RESULTADOS RETIDOS E OUTRAS RESERVAS (NOTA35)
SUB-TOTAL
INTERESSES MINORITÁRIOS
TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO
90.000.000
19.619.204
0
64.346.220
173.965.424
5.264.408
179.229.832
VARIAÇÃO DA RESERVA DE CONVERSÃO CAMBIAL AUMENTO DE CAPITAL
0
0
0
-782.079
-782.079
0
-782.079
25.125.630
0
-39.452.696
0
-14.327.066
0
-14.327.066 24.874.374
PRÉMIOS DE EMISSÃO
0
24.874.374
0
0
24.874.374
0
OUTROS
0
0
0
-933.215
-933.215
247.203
-686.012
RESULTADO DO EXERCÍCIO
0
0
0
56.797.808
56.797.808
1.420.583
58.218.391
115.125.630
44.493.578
-39.452.696
119.428.734
239.595.246
6.932.195
246.527.440
A 31 DE DEZEMBRO DE 2007 VARIAÇÃO DA RESERVA DE CONVERSÃO CAMBIAL
0
0
0
-121.937
-121.937
0
-121.937
AJUSTAMENTOS AO VALOR DE ACTIVOS FINANCEIROS
0
0
-83.198.232
0
-83 198 232
0
-83.198.232
DIFERENÇAS DE CONSOLIDAÇÃO
0
0
0
36.717
36.717
0
36.717
OUTROS
0
0
0
-601.233
-601.233
-362.651
-963.884
ENTRADAS NO PERÍMETRO
0
0
0
-48.536
-48.536
2.168.540
2.120.005
RESULTADO DO EXERCÍCIO
0
0
0
15.243.437
15.243.437
1.638.397
16.881.834
115.125.630
44.493.578
-122.650.928
133.937.183
170.905.463
10.376.481
181.281.944
A 31 DE DEZEMBRO DE 2008
DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DOS FLUXOS DE CAIXA
exercícios findos em 31 de Dezembro de 2008 e 2007 2008
2007
ACTIVIDADES OPERACIONAIS RECEBIMENTOS DE CLIENTES
410.044.266
443.509.099
-318.939.742
-361.147.225
-56.560.434
-48.894.267
34.544.090
33.467.606
PAGAMENTO/RECEBIMENTO DO IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO
4.858.601
-1.587.213
OUTROS RECEBIMENTOS/PAGAMENTOS RELATIVOS À ACTIVIDADE
9.072.007
-4.667.966
48.474.698
27.212.426
48.474.698
27.212.426
271.273
505.280
PAGAMENTOS A FORNECEDORES PAGAMENTOS AO PESSOAL FLUXO GERADO PELAS OPERAÇÕES
FLUXO GERADO ANTES DAS RUBRICAS EXTRAORDINÁRIAS FLUXO DAS ACTIVIDADES OPERACIONAIS (1) ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO RECEBIMENTOS PROVENIENTES DE: INVESTIMENTOS FINANCEIROS IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS
2.298.753
23.795
63.243
373.171
JUROS E PROVEITOS SIMILARES
1.540.041
3.457.023
EMPRÉSTIMOS CONCEDIDOS
7.378.858
1.186.530
SUBSÍDIOS AO INVESTIMENTO
DIVIDENDOS
21.772.240
4.632.963
33.324.407
10.178.761
INVESTIMENTOS FINANCEIROS
-11.406.917
-285.112.199
IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS
-33.743.505
-15.897.522
EMPRÉSTIMOS CONCEDIDOS
-17.329.226
-14.294.834
-62.479.649
-315.304.555
-29.155.242
-305.125.794
1.503.154.619
1.038.641.810
PAGAMENTOS RESPEITANTES A:
FLUXO DAS ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO (2) ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO RECEBIMENTOS PROVENIENTES DE: EMPRÉSTIMOS OBTIDOS AUMENTOS DE CAPITAL, PRESTAÇÕES ACESSÓRIAS E SUPLEMENTARES
0
50.000.004
1.503.154.619
1.088.641.814
-1.422.106.332
-634.381.345
PAGAMENTOS RESPEITANTES A: EMPRÉSTIMOS OBTIDOS AMORTIZAÇÕES DE CONTRATOS DE LOCAÇÃO FINANCEIRA
-40.980.171
-8.070.045
JUROS E CUSTOS SIMILARES
-40.604.452
-23.010.480
-1.503.690.956
-665.461.870
-536.337
423.179.944
FLUXO DAS ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO (3) VARIAÇÃO DE CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA (1) + (2) + (3) CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA NO INÍCIO DO PERÍODO RECLASSIFICAÇÕES ACTIVOS FINANCEIROS EFEITOS DA ALTERAÇÃO DO PERÍMETRO CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA NO FIM DO PERÍODO
56
18.783.119
145.266.577
172.781.910
27.515.333
-155.042.718
0
-1.818.040
0
34.704.271
172.781.910
Demonstrações Financeiras consolidadas e respectivos anexos
ANEXO À DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DOS FLUXOS DE CAIXA exercícios findos em 31 de Dezembro de 2008 e 2007 1. AQUISIÇÃO OU ALIENAÇÃO DE FILIAIS
PREÇO
RECEB./PAGAM.
MOÇAMGALP
32.962
(32.962)
PORTO SALUS AZEITÃO
19.986
(19.986)
484.000
(484.000)
TAVARES PEREIRA & FERNANDES
74.900
(74.900)
OEIRAS EXPO
12.750
(12.750)
TWIN CITY MAPUTO
13.502
(13.502)
A1) AQUISIÇÕES NO EXERCÍCIO CORRENTE
PINEWELLS
LUSITANIAGÁS PRIO
136
(136)
597.280
(597.280) (3.206.562)
ZON MULTIMÉDIA
3.206.562
FRACTALNEMA
1.420.660
(1.420.660)
DOUTIBELO
3.121.000
(3.121.000)
SEM AMARRAS
1.650.000
(1.650.000)
IFERVISA
435.000
(435.000)
VISAUTO
2.000
(2.000)
TELEVISA ALGERIE ADIANTAMENTOS DE INVESTIMENTOS FINANCEIROS
1
(1)
336.179
(336.179)
11.406.917
-11.406.917
A2) ALIENAÇÕES NO EXERCÍCIO CORRENTE LUSITANIAGÁS
74.761
-
273
273
GALP ENERGIA
171.000
171.000
BPN
100.000
100.000
346.033
271.273
11.752.950
-11.135.645
2008
2007
VISAUTO
2. DISCRIMINAÇÃO DOS COMPONENTES DE CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA A) CAIXA NUMERÁRIO DEPÓSITOS BANCÁRIOS DESCOBERTOS BANCÁRIOS B) EQUIVALENTES A CAIXA C) OUTRAS DISPONIBILIDADES
2.243.029
917.853
29.087.801
21.317.100
-770.677
-7.923.901
49.995
49.995
0
0
4.094.123
158.420.864
34.704.271
172.781.910
DESCOBERTOS BANCÁRIOS
770.677
7.923.901
AJUSTAMENTOS DE APLICAÇÕES DE TESOURARIA
-49.497
-6.286
-2.834.323
11.136.130
32.591.127
191.835.655
TÍTULOS NEGOCIÁVEIS CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA NO FIM DO PERÍODO
JUSTO VALOR DOS ACTIVOS FINANCEIROS CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA CONSTANTES DO BALANÇO
57
Notas às demonstraçþes financeiras consolidadas em 31 de Dezembro de 2008 (montantes expressos em euros)
58
Demonstrações Financeiras consolidadas e respectivos anexos
1
NOTA INTRODUTÓRIA
O Grupo Visabeira iniciou a sua actividade em 1980, no sector das telecomunicações e da electricidade. Com sede em Viseu e fruto de uma aposta concertada nos recursos humanos, num sistema integrado de informação e logística, numa rede própria de transportes e num parque de instalações estrategicamente localizadas, o Grupo rapidamente estendeu a sua actuação a todo o território nacional e transformou-se no maior empregador da região centro do país. O seu contributo para a modernização e desenvolvimento das telecomunicações, através da oferta de soluções integradas e globais, granjeou-lhe a liderança de mercado no sector da engenharia de redes de telecomunicações, posição que mantém há cerca de 25 anos. Apostando na diversificação das suas actividades, Telecomunicações, Construção, Indústria, Imobiliária, Turismo e Serviços, bem como na presença em diversos mercados, adoptou uma estratégia de estruturação das suas operações em sub-holdings sectoriais, de forma a potenciar cada um dos seus negócios e a dinamizar a capacidade de realização do Grupo. O motor da sua estratégia de desenvolvimento assenta num modelo de gestão baseado em sistemas de informação globais e software próprio, interligando todas as unidades de negócios e integrando todas as valências do Grupo. Tendo por base a confiança granjeada no mercado, definiu e consolidou uma arrojada estratégia de internacionalização que consolidou as capacidades e a dinâmica do Grupo em duas frentes paralelas. Por um lado, expandiu e consolidou o seu modelo de actuação em novos países como extensão natural dos mercados e em países de economias emergentes, através de uma política de investimento em parceria ou de criação de empresas locais. Apostando, numa primeira fase, nos países de expressão portuguesa, o Grupo exportou o seu modelo a partir da década de 80 e, fruto dessa estratégia, detém hoje empresas com actividades consolidadas em Moçambique, Angola, França e presença em outros países. Através da internacionalização dos seus mercados, o Grupo promoveu a colocação dos seus produtos em mais de seis dezenas de países, nos cinco continentes, entre os quais assumem particular relevo os mercados da União Europeia, países Escandinavos, América do Norte, África, Austrália e Japão. Presentemente, pela via do investimento, o Grupo Visabeira continua a ter no seu crescimento externo a principal via de desenvolvimento, alavancada pela sua matriz multissectorial e por uma atitude de constante actualização tecnológica. O Grupo Visabeira de amanhã, potenciando as competências distintivas e o dinamismo empreendedor que o caracterizam, operará de forma integrada em cenários cada vez mais globais, expandindo os seus mercados de forma sustentada e perspectivando sempre a liderança nos seus negócios estratégicos. Em 31 de Dezembro de 2008, o volume de negócios atingiu o valor de 343,342,178 euros. O capital próprio atingiu o montante de 181,281,944 euros, dos quais 10,376,481 euros são interesses minoritários. O endividamento bancário foi de 646,469,071 euros. O Grupo Visabeira teve ao seu serviço durante 2008 um número médio de colaboradores de 4.331. As demonstrações financeiras foram aprovadas para emissão em conselho de administração, realizado em 19 de Fevereiro de 2009, estando pendentes de aprovação pela Assembleia-Geral de Accionistas.
2
POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS
As políticas contabilísticas mais relevantes, utilizadas na determinação dos resultados do exercício e na apresentação da posição financeira, são as seguintes:
2.1 BASES DE APRESENTAÇÃO De acordo com o Dec. Lei nº35/2005, de 17 de Fevereiro, o qual transpôs para a legislação portuguesa as disposições do Regulamento (CE) nº 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho de 19 de Julho de 2002, estas demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiros (IAS/IFRS) emitidas pelo “International Accounting Standards Board” (“IASB”) e Interpretações emitidas pelo “International Financial Reporting Interpretations Committee” (“IFRIC”) ou pelo anterior “Standing Interpretations Committee” (“SIC”), adoptadas pela UE, em vigor em 1 de Janeiro de 2008. O Grupo não está sujeito a qualquer obrigação legal de apresentar as suas demonstrações financeiras de acordo com o normativo das IFRS, mas entendeu que a apresentação da posição financeira e do desempenho do Grupo de acordo com este normativo permite uma melhor comparabilidade com as empresas cotadas no mercado da União Europeia. No exercício findo em 31 de Dezembro de 2007, o Grupo Visabeira apresentou também, pela última vez, demonstrações financeiras consolidadas de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal. Na preparação das demonstrações financeiras consolidadas de acordo com o IFRS, o Conselho de Administração do Grupo Visabeira SGPS utiliza estimativas e pressupostos que afectam a aplicação de políticas e os valores dos activos e passivos. Os resultados reais podem diferir das estimativas. As estimativas e julgamentos utilizados na elaboração das demonstrações financeiros estão apresentados no Nota 3. As demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas a partir dos livros e registos contabilísticos das empresas incluídas na consolidação (Notas 5 e 6), mantidos de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal e ajustados, no processo de consolidação, de modo a que as demonstrações financeiras consolidadas sejam apresentadas de acordo com as IAS/IFRS. As demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas no pressuposto de continuidade das operações, sendo respeitado o princípio do custo histórico, excepto no caso das propriedades de investimentos, derivados, investimentos detidos para negociação e investimentos disponíveis para venda, os quais foram mensurados ao justo valor.
59
Anexo ao balanço e demonstração dos resultados consolidados
2.2 BASES DE CONSOLIDAÇÃO a) Datas de referência As demonstrações financeiras consolidadas incluem, com referência a 31 de Dezembro de 2008, os activos, os passivos e os resultados das empresas do Grupo, entendido como o conjunto do Grupo Visabeira e das suas filiais, as quais são apresentadas nas Notas 5 e 6. b) Participações financeiras em empresas do Grupo Empresas do Grupo são as empresas controladas pelo Grupo Visabeira. Existe controlo quando o Grupo Visabeira tem o poder, directo ou indirecto, de dirigir as políticas financeiras e operacionais de uma empresa com o objectivo de influenciar benefícios resultantes da sua actividade. Potenciais direitos de voto exercíveis são tidos em consideração na determinação da existência, ou não, de controlo. Presume-se que existe controlo quando a percentagem de participação é superior a 50%. As empresas do Grupo são incluídas na consolidação pelo método da consolidação integral, desde a data em que o controlo é adquirido e até à data em que o mesmo efectivamente termina. A contabilização através do custo de aquisição é o método utilizado para contabilizar a aquisição das subsidiárias do Grupo. Quando os prejuízos atribuíveis aos minoritários excedem o interesse minoritário no capital próprio da subsidiária, o Grupo assume esse excesso e quaisquer prejuízos adicionais, excepto quando os minoritários tenham a obrigação e estejam em condições de cobrir esses prejuízos. Se a subsidiária posteriormente obtiver lucros, o Grupo apropria esses lucros até que a parte minoritária dos prejuízos anteriormente assumidos pelo Grupo seja recuperada. O custo de uma aquisição é medido ao justo valor dos bens, instrumentos de capital utilizados e riscos incorridos ou assumidos à data de aquisição, mais os custos directamente atribuíveis à aquisição. Bens identificáveis adquiridos e os riscos e contingências assumidos numa combinação de negócio são medidos inicialmente ao justo valor à data de aquisição, independentemente da extensão de algum interesse minoritário. O excesso do custo de aquisição relativamente ao justo valor da parcela do Grupo dos bens identificáveis adquiridos é registado como goodwill. Se o custo de aquisição for inferior ao justo valor do valor líquido dos bens da subsidiária adquirida, a diferença é registada directamente na demonstração dos resultados. Saldos e transacções inter-grupo, assim como ganhos não realizados em transacções entre empresas do Grupo são eliminados. Perdas não realizadas são também eliminadas, excepto se a transacção revelar evidência de imparidade de um bem transferido. As políticas contabilísticas das subsidiárias são alteradas sempre que necessário de forma a garantir consistência com as políticas adoptadas pelo Grupo. Nas situações em que o Grupo detenha, em substância, o controlo de entidades criadas com um fim específico, ainda que não possua participações de capital directamente nessas entidades, as mesmas são consolidadas pelo método de consolidação integral. c) Participações financeiras em empresas controladas conjuntamente As participações financeiras controladas conjuntamente são incluídas na consolidação pelo método da consolidação proporcional, desde a data em que o controlo conjunto é adquirido e até à data em que o mesmo efectivamente termina. A classificação dos investimentos financeiros em empresas controladas conjuntamente é determinada com base na existência de acordos parassociais que demonstrem e regulem o controlo
60
conjunto. De acordo com este método, os activos, passivos, proveitos e custos destas empresas foram incorporados nas demonstrações financeiras consolidadas, rubrica a rubrica, na proporção do controlo atribuível ao Grupo. O excesso do custo de aquisição relativamente ao justo valor da parcela do Grupo nos bens identificáveis controlados conjuntamente é reconhecido como goodwill. Se o custo de aquisição for inferior ao justo valor do valor líquido dos bens da entidade controlada conjuntamente adquirida, a diferença é registada directamente na demonstração dos resultados. d) Participações financeiras em empresas associadas Empresas associadas são as empresas sobre as quais o Grupo Visabeira exerce uma influência significativa na determinação das políticas operacionais e financeiras. Presume-se que existe influência significativa quando a percentagem de participação é superior a 20%. Estas participações financeiras são consolidadas pelo método da equivalência patrimonial, isto é, as demonstrações financeiras consolidadas incluem o interesse do Grupo no total de ganhos e perdas reconhecidos da associada, desde a data em que a influência significativa começa até à data em que efectivamente termina. Os dividendos recebidos destas empresas são registados como uma diminuição do valor dos investimentos financeiros. A participação do Grupo relativa aos ganhos e perdas das suas associadas é reconhecida na demonstração dos resultados, e a sua parcela de movimentos de Reservas Pós-aquisição são reconhecidos em Reservas. Os movimentos acumulados pós-aquisição são ajustados de acordo com os movimentos acumulados no investimento financeiro. Quando a participação do Grupo nas perdas de uma associada iguala ou ultrapassa o seu investimento nessa associada, incluindo qualquer transacção de recebimentos não segura, o Grupo deixa de reconhecer mais perdas, excepto se tiver incorrido em obrigações ou tiver efectuado pagamentos em nome da associada. Qualquer excesso do custo de aquisição de um investimento financeiro sobre a participação do Grupo no justo valor dos activos, passivos e passivos contingentes identificados à data da aquisição da empresa associada é reconhecido como goodwill, o qual é incluído no valor da participação financeira e a sua recuperação é avaliada anualmente como parte integrante do investimento financeiro. Se o custo de aquisição for inferior ao justo valor do valor líquido dos bens da associada adquirida, a diferença é registada directamente na demonstração dos resultados. Ganhos não realizados em transacções entre o Grupo e as suas associadas são eliminados na extensão da participação do Grupo nas associadas. Perdas não realizadas são também eliminadas, excepto se a transacção revelar evidência de imparidade de um bem transferido. As políticas contabilísticas de associadas são alteradas sempre que necessário, de forma a garantir consistência com as políticas adoptadas pelo Grupo. e) Outras participações As participações relativamente às quais o Grupo não assegura uma influência significativa sobre a sua actividade, são registadas ao mais baixo valor entre o seu custo de aquisição e o seu valor de realização. f) Interesses minoritários Os montantes de capitais próprios das empresas filiais consolidadas pelo método integral, atribuíveis às acções ou partes detidas por pessoas estranhas às empresas incluídas na consolidação, são inscritos no balanço consolidado na rubrica interesses minoritários.
Demonstrações Financeiras consolidadas e respectivos anexos
Os interesses minoritários sobre o resultado líquido das filiais consolidadas são identificados e ajustados por dedução ao resultado do Grupo e inscritos na demonstração dos resultados consolidados na rubrica interesses minoritários. g) Alterações ao perímetro Ver Nota 9.
2.3 RECONHECIMENTO DO RÉDITO a) Vendas e prestação de serviços Os proveitos decorrentes das vendas são reconhecidos na demonstração dos resultados quando os riscos e vantagens inerentes à posse dos activos vendidos são transferidos para o comprador. Os proveitos associados com a prestação de serviços são reconhecidos na demonstração dos resultados quando prestados, tendo em conta a proporção entre os serviços prestados no exercício e os serviços totais contratados. Os custos dos contratos de construção são reconhecidos quando incorridos. Quando as receitas do contrato não podem ser medidas com fiabilidade, os proveitos são reconhecidos na justa medida em que os custos são recuperados. Quando as receitas do contrato podem ser medidas com fiabilidade, e é provável que o contrato irá ser lucrativo, as receitas são reconhecidas ao longo do período da construção. Se o contrato não for lucrativo, a perda prevista é reconhecida imediatamente como custo do exercício. É utilizado o método da percentagem de acabamento para reconhecer as receitas em cada período. O grau de acabamento é medido tendo em conta o peso dos custos incorridos nos custos estimados totais. Os custos incorridos no exercício, que estão associados às actividades futuras do contrato, são excluídos do cálculo do grau de acabamento, sendo classificados como existências, custos diferidos ou outros. Os direitos de ingresso são reconhecidos no momento da assinatura do contrato do direito de reserva e consequente recebimento. O Grupo apresenta como um activo os valores a recuperar de clientes para os contratos em curso cujos custos incorridos adicionados dos proveitos reconhecidos (e subtraídos das perdas reconhecidas) excedem a facturação efectuada. As facturas por pagar são apresentadas na rubrica de clientes. Os proveitos decorrentes das vendas e prestação de serviços não são reconhecidos se existirem dúvidas quanto à cobrabilidade do produto da venda ou da prestação de serviços. b) Subsídios Os subsídios só são reconhecidos quando recebidos ou após existir segurança de que o Grupo cumprirá as condições a eles associadas. Os subsídios ao investimento são incluídos na rubrica de outros passivos não correntes e o proveito subjacente é reconhecido em quotas constantes ao longo da vida útil estimada dos activos associados. c) Resultados financeiros líquidos Os resultados financeiros líquidos representam essencialmente juros de empréstimos obtidos, deduzidos de juros de aplicações financeiras e ganhos e perdas cambiais. Os custos e proveitos financeiros são reconhecidos em resultados numa base de acréscimo durante o período a que dizem respeito.
d) Dividendos Estes proveitos são reconhecidos quando o direito de recebimento do accionista é estabelecido. e) Trabalhos para a própria empresa Os custos internos (por exemplo: mão de obra, materiais, transportes) incorridos na produção de activos tangíveis e existências são objecto de capitalização, apenas quando preenchidas as seguintes condições: (i) os activos são identificáveis e mensuráveis de forma fiável (ii) existe forte probabilidade de que venham a gerar benefícios económicos futuros; não são reconhecidas quaisquer margens geradas internamente f) Especialização de exercícios Genericamente, os proveitos e os custos são registados de acordo com o princípio da especialização de exercícios, pelo qual as receitas e despesas são reconhecidas na medida em que são geradas, independentemente do momento em que são recebidas ou pagas. As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e as correspondentes receitas e despesas geradas são registadas no balanço consolidado nas rubricas de outros activos correntes e outros passivos correntes, respectivamente.
2.4 TRANSACÇÕES EM MOEDA DIFERENTE DO EURO A moeda funcional e de apresentação do Grupo é o euro. As empresas sedeadas em Angola e Moçambique têm moedas funcionais diversas, sendo as suas demonstrações financeiras transpostas para o euro utilizando as cross rates kwanza e metical versus dólar americano e deste para o euro. Os activos e passivos monetários expressos em moeda estrangeira para os quais não há acordos de fixação de câmbio são convertíveis para euros, utilizando-se as taxas de câmbio vigentes na data do balanço. As diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis, que resultam da comparação entre as taxas de câmbio em vigor na data das operações e as vigentes na data das cobranças, dos pagamentos, ou à data do balanço, são registadas como proveitos e custos na demonstração de resultados, excepto no que respeita às diferenças de câmbio provenientes da conversão cambial de saldos de empréstimos que na prática se constituam como uma extensão de investimentos financeiros no estrangeiro e cujo reembolso não seja previsível num futuro próximo, as quais são registadas no capital próprio, até à alienação do investimento, momento em que são transferidos para os resultados do exercício. Os activos e passivos não monetários, denominados em moeda estrangeira e registados ao justo valor, são convertidos para a moeda oficial de cada filial, utilizando para o efeito a taxa de câmbio em vigor na data em que o justo valor foi determinado. A conversão de demonstrações financeiras de empresas subsidiárias e associadas expressas em moeda estrangeira é efectuada considerando as seguintes taxas de câmbio: > taxa de câmbio vigente à data do balanço, para a conversão dos activos e passivos > taxa de câmbio média do período, para a conversão das rubricas da demonstração dos resultados > taxa de câmbio média do período, para a conversão dos fluxos de caixa (nos casos em que essa taxa de câmbio se aproxime da taxa real, sendo que para os restantes fluxos é utilizada a taxa de câmbio da data das operações) > taxa histórica, para as rubricas de investimentos financeiros e do capital próprio, com excepção dos resultados líquidos
61
Anexo ao balanço e demonstração dos resultados consolidados
As diferenças de câmbio originadas na conversão para euros das demonstrações financeiras de empresas subsidiárias e associadas expressas em moeda estrangeira são incluídas no capital próprio, na rubrica reservas de conversão cambial. Em 31 de Dezembro de 2008 e 2007, os activos e passivos expressos em moeda estrangeira foram convertidos para euros com base nas seguintes taxas de câmbio de tais moedas relativamente ao euro:
2.5.1 Activos financeiros Os activos financeiros classificam-se como segue, dependendo da intenção do Conselho de Administração na sua aquisição: a) Empréstimos e contas a receber b) Investimentos detidos até à maturidade c) Investimentos mensurados ao justo valor através de resultados (detido para negociação) d) Activos financeiros disponíveis para venda
TAXA CÂMBIO 2008
2007
CÓDIGO
DESIGNAÇÃO
103,04 11,32
102,00
DZD
DINAR ARGELINO
11,50
MAD
DIRHAM MARROQUINO
1,39
1,47
USD
DÓLAR AMERICANO
109,29
109,29
AON
KWANZA ANGOLANO
0,97
0,74
GBP
LIBRA INGLESA
35,30
34,76
MT
METICAL MOÇAMBICANO
4,02
3,61
RON
NOVO LEU DA ROMÉNIA
19,43
16,09
MXP
PESO MEXICANO
3,32
2,61
BRL
REAL BRASILEIRO
Nos exercícios de 2008 e 2007, as demonstrações de resultados das empresas subsidiárias expressas em moeda estrangeira foram convertidas com base nas seguintes taxas de câmbio médio de tais moedas relativamente ao euro: TAXA CÂMBIO MÉDIA 2008
2007
CÓDIGO
DESIGNAÇÃO
11,32
11,50
MAD
DIRHAM MARROQUINO
111,06
105,05
AON
KWANZA ANGOLANO
35,66
35,09
MT
METICAL MOÇAMBICANO
19,43
16,09
MXP
PESO MEXICANO
2.5 ACTIVOS E PASSIVOS FINANCEIROS Todas as compras e vendas destes investimentos são reconhecidas à data da negociação ou da assinatura dos respectivos contratos de compra e venda, independentemente da data de liquidação financeira. No momento inicial, os investimentos são inicialmente registados pelo seu valor de aquisição, que é o justo valor do preço pago, incluindo despesas de transacção, excepto para os activos valorizados ao justo valor através de resultados, em que os custos de transacção são imediatamente reconhecidos nos resultados. Estes activos não são reconhecidos quando: (i) expiram os direitos contratuais do Grupo quanto ao recebimento dos seus fluxos de caixa (ii) o Grupo tenha transferido substancialmente todos os riscos e benefícios associados à sua posse, ou o controlo sobre os activos
a) Empréstimos e contas a receber Incluem-se os activos financeiros não derivados, com recebimentos fixos ou determináveis. Os saldos de clientes e devedores são contabilizados pelo valor nominal, deduzido de qualquer perda de imparidade, por forma a que as mesmas reflictam o seu valor realizável líquido. b) Investimentos detidos até à maturidade Os investimentos detidos até à maturidade são classificados como investimentos não correntes, excepto se o seu vencimento for inferior a 12 meses da data do balanço, sendo registados nesta rubrica os investimentos com maturidade definida para os quais o Grupo tem intenção e capacidade de os manter até essa data. Os investimentos detidos até à maturidade são registados ao custo amortizado, deduzido de eventuais perdas por imparidade. c) Investimentos mensurados ao justo valor através de resultados Incluem-se nesta categoria os activos financeiros não derivados detidos para negociação e os derivados que não qualifiquem para efeitos de contabilidade de cobertura, sendo apresentados como activos correntes. Um activo financeiro está classificado como detido para negociação se for: > adquirido ou incorrido principalmente para a finalidade de venda ou de recompra num prazo muito próximo > parte de uma carteira de instrumentos financeiros identificados, que são geridos em conjunto e para os quais existe evidência de um modelo real recente de tomada de lucros a curto prazo > um derivado (excepto no caso de um derivado que seja um instrumento de cobertura designado e eficaz) Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração no justo valor dos investimentos mensurados ao justo valor através de resultados são registados na demonstração de resultados do período. d) Activos financeiros disponíveis para venda Os investimentos disponíveis para venda são activos financeiros, não derivados, que o Grupo tem intenção de manter por tempo indeterminado, ou são assim designados no momento da aquisição, ou não se enquadram nas restantes categorias de classificação dos activos financeiros. São apresentados como activos não correntes, excepto se houver a intenção de os alienar nos 12 meses seguintes à data de balanço. Após o reconhecimento inicial, os investimentos disponíveis para venda são reavaliados pelos seus justos valores por referência ao seu valor de mercado à data do balanço, sem qualquer dedução relativa a custos da transacção que possam vir a ocorrer até à sua venda. Os investimentos que não sejam cotados e para os quais não seja possível estimar com fiabilidade o seu justo valor, são mantidos ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas por imparidade.
62
Demonstrações Financeiras consolidadas e respectivos anexos
Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração no justo valor dos investimentos disponíveis para venda são registados no capital próprio, na rubrica de reservas, até o investimento ser vendido, recebido ou de qualquer forma alienado, ou até que o justo valor do investimento se situe abaixo do seu custo de aquisição e que tal corresponda a uma perda por imparidade, momento em que o ganho ou perda acumulada é registado na demonstração de resultados. Esta decisão requer julgamento. No contexto da forte turbulência no mercado de capitais, o Grupo considerou que as acções detidas da Portugal Telecom, que apresentaram uma tendência consecutiva de descida a partir do fim do primeiro trimestre de 2008, não estão em imparidade.
2.5.2 Passivos financeiros Os passivos financeiros são classificados de acordo com a substância contratual, independentemente da forma legal que assumem, e classificam-se como segue: a) Passivos financeiros mensurados ao justo valor através de resultados b) Empréstimos bancários c) Contas a pagar a) Passivos financeiros mensurados ao justo valor através de resultados Incluem-se nesta categoria os passivos financeiros detidos para negociação e os derivados que não qualifiquem para efeitos de contabilidade de cobertura, que sejam classificados desta forma no seu reconhecimento inicial. Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração no justo valor dos passivos financeiros mensurados ao justo valor através de resultados são registados na demonstração de resultados do período. b) Empréstimos bancários Os empréstimos são registados no passivo pelo valor nominal e o valor recebido é líquido de comissões com a emissão desses empréstimos. Os encargos financeiros são calculados de acordo com a taxa de juro efectiva e contabilizados na demonstração de resultados de acordo com o princípio de especialização dos exercícios, conforme política definida na Nota 2.16. c) Contas a pagar Os saldos de fornecedores e outros credores são inicialmente registados pelo seu valor nominal, o qual se entende ser o seu justo valor, e subsequentemente são registados ao custo amortizado, de acordo com o método da taxa de juro efectiva.
2.5.3 Instrumentos de capital próprio Os instrumentos de capital próprio são classificados de acordo com a substância contratual, independentemente da forma legal que assumem. Os instrumentos de capital próprio emitidos pelas empresas do Grupo são registados pelo valor recebido, líquido dos custos suportados com a sua emissão.
2.5.4 Derivados e contabilidade de cobertura Em 31 de Dezembro de 2008 encontrava-se contratado um conjunto de instrumentos financeiros derivados, essencialmente com o objectivo de minimizar os riscos de exposição a variações de taxa de juro. A contratação deste tipo de instrumentos financeiros é efectuada após análise cuidada dos riscos e benefícios inerentes a este tipo de operações e consulta a diversas instituições intervenientes no mercado. Estas operações estão sujeitas à aprovação prévia da Comissão Executiva e implicam o acompanhamento permanente da evolução dos mercados financeiros e das posições detidas pelo Grupo. O valor de mercado (fair value) destes instrumentos é apurado regular e periodicamente ao longo do ano, no sentido de permitir uma avaliação contínua destes instrumentos e das respectivas implicações financeiras. Os instrumentos financeiros derivados são inicialmente mensurados ao justo valor na data de contratação, sendo reavaliados subsequentemente pelo respectivo justo valor à data de balanço. A designação de um instrumento financeiro derivado como sendo um instrumento de cobertura obedece às disposições da IAS 39. Uma relação de cobertura existe quando:
> à data da contratação, existe documentação formal da cobertura > existe a expectativa de que a cobertura seja altamente eficaz > a eficácia da cobertura possa ser medida com fiabilidade > a cobertura é avaliada continuadamente e mostra-se altamente efectiva ao longo do período de relato financeiro
> em relação a uma transacção prevista, esta tem de ser altamente provável As variações no justo valor dos instrumentos derivados designados como de cobertura de justo valor são reconhecidas como resultado financeiro do período. As variações no justo valor dos instrumentos derivados, designados como de cobertura de fluxos de caixa, são reconhecidas no capital próprio, na sua componente efectiva, e em resultados financeiros, na sua componente não efectiva. Os valores registados no capital próprio são transferidos para resultados no momento em que o item coberto tiver também efeitos no resultado. Quando os instrumentos financeiros derivados, embora contratados para efectuar cobertura económica de acordo com as políticas de gestão de risco do Grupo, não respeitam todas as condições estipuladas na IAS 39 para a sua qualificação como contabilidade de cobertura, são classificados como derivados detidos para negociação, sendo as respectivas variações de justo valor registadas nos resultados do período. Quando existam derivados embutidos em outros instrumentos financeiros ou outros contratos, os mesmos são tratados como derivados separados nas situações em que os riscos e características não estejam intimamente relacionados com os contratos e nas situações em que os contratos não sejam apresentados pelo seu justo valor com os ganhos ou perdas não realizadas registadas na demonstração de resultados.
63
Anexo ao balanço e demonstração dos resultados consolidados
2.5.5 Caixa e equivalentes de caixa A rubrica caixa e equivalentes de caixa incluiu numerário, depósitos à ordem e aplicações de tesouraria, com prazos de vencimento curtos e que são mobilizáveis rapidamente sem risco significativo de alteração de valor. Para efeitos de demonstração de fluxos de caixa, a rubrica caixa e equivalentes de caixa, inclui também os descobertos bancários incluídos no balanço na rubrica de empréstimos bancários.
2.6 IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS As imobilizações são registadas ao custo de aquisição líquido das respectivas amortizações acumuladas e de perdas de imparidade (ver Nota 2.13). Custos subsequentes são incluídos na quantia escriturada do bem ou reconhecidos como activos separados, quando for provável que benefícios económicos futuros, que excedam o nível de desempenho originalmente avaliado do activo existente, fluirão para a empresa e o custo do activo para a empresa possa ser mensurado com fiabilidade. Todos os outros dispêndios subsequentes são reconhecidos como um gasto no período em que sejam incorridos. Os encargos financeiros relacionados com financiamentos destinados à produção/aquisição de activos que exigem um período de tempo substancial para que estejam prontos a ser utilizados são adicionados ao custo destes activos. Amortizações Os terrenos não são amortizados, excepto os afectos à actividade extractiva, sendo as amortizações dos restantes bens calculadas sobre os valores de aquisição, pelo método das quotas constantes, com imputação duodecimal. As taxas anuais aplicadas reflectem satisfatoriamente a vida útil económica dos bens. Os valores residuais dos bens e as suas vidas úteis são reavaliados e ajustados, caso necessário, à data de cada balanço. As taxas de amortização praticadas correspondem, em média, às seguintes vidas úteis estimadas:
2008 TERRENOS E RECURSOS NATURAIS
2007
2,50%
2,50%
2,00% - 50,00%
2,00% - 50,00%
EQUIPAMENTO BÁSICO
6,67% - 33,33%
6,67% - 33,33%
EQUIPAMENTO DE TRANSPORTE
16,66% - 25,00%
16,66% - 25,00%
FERRAMENTAS E UTENSÍLIOS
4,00% - 25,00%
4,00% - 25,00%
EQUIPAMENTO ADMINISTRATIVO
4,00% - 10,00%
4,00% - 10,00%
2.7 PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO Compreendem imóveis e terrenos detidos para auferir rendimento ou valorização de capital, ou ambos, não sendo utilizados na prossecução da actividade normal dos negócios. Inicialmente as propriedades de investimento são mensuradas ao custo de aquisição, incluindo os custos da transacção.
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Ganhos ou perdas resultantes de alterações do justo valor das propriedades de investimento são relevadas na demonstração dos resultados no ano em que são geradas. As propriedades de investimento são desreconhecidas quando as mesmas forem alienadas ou quando forem retiradas de uso, não sendo expectável que benefícios económicos futuros resultem da sua retirada. Quaisquer ganhos ou perdas resultantes do desreconhecimento de propriedades de investimento são reconhecidos na demonstração de resultados nesse ano. Os custos incorridos com propriedades de investimento em utilização, nomeadamente manutenções, reparações, seguros e impostos sobre propriedades, são reconhecidos nos resultados consolidados do período a que respeitam.
2.8 CONTRATOS DE LOCAÇÃO Os contratos de locação relativamente aos quais o Grupo assume substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse do activo locado são classificados como locações financeiras. Os contratos de locação financeira são registados na data do seu início como activo e passivo pelo menor do justo valor da propriedade locada ou do valor actual das rendas de locação vincendas. Os activos adquiridos em locação financeira são amortizados de acordo com a política estabelecida pela empresa para as imobilizações corpóreas. As rendas são constituídas pelo custo financeiro e pela amortização do capital. Os custos financeiros são imputados aos respectivos períodos durante o prazo de locação, segundo uma taxa de juro periódica constante sobre o investimento líquido remanescente do locador. As rendas classificadas como locações operacionais, nomeadamente pela inexistência de intenção de compra do bem, são contabilizadas como custo do exercício.
2.9 IMOBILIZAÇÕES INCORPÓREAS E GOODWILL
TAXA DE AMORTIZAÇÃO
EDIFÍCIOS E OUTRAS CONSTRUÇÕES
Subsequentemente ao reconhecimento inicial, as propriedades de investimento são mensuradas ao justo valor.
2.9.1 Imobilizações incorpóreas As imobilizações incorpóreas encontram-se registadas pelo custo de aquisição, deduzido das amortizações acumuladas e de perdas de imparidade. As amortizações são calculadas sobre os valores de aquisição, pelo método das quotas constantes, com imputação duodecimal, pelo seu período de vida útil (geralmente 3 anos). Custos com activos intangíveis gerados internamente e marcas próprias são registados na conta de resultados na medida em que são incorridos. As despesas de investigação, efectuadas na procura de novos conhecimentos técnicos ou científicos ou na busca de soluções alternativas, são reconhecidas em resultados quando incorridas. As despesas de desenvolvimento são capitalizadas quando for demonstrável a exequibilidade técnica do produto ou processo em desenvolvimento e o Grupo tiver intenção e capacidade de completar o seu desenvolvimento e iniciar a sua comercialização ou o seu uso.
Demonstrações Financeiras consolidadas e respectivos anexos
2.9.2 Goodwill As diferenças de consolidação positivas (goodwill) representam o excesso do custo de aquisição sobre o justo valor dos activos e passivos identificáveis à data da aquisição ou da primeira consolidação e encontram-se registadas no activo (o goodwill associado à aquisição de subsidiárias é registado em investimentos financeiros) não corrente. As diferenças de consolidação negativas (badwill) representam o excesso do justo valor dos activos e passivos identificáveis à data da aquisição, sobre o valor de aquisição, sendo registadas em resultados. O goodwill relativo a investimentos em empresas sedeadas no estrangeiro, adquiridas após 1 de Janeiro de 2005, encontra-se registado na moeda de reporte dessas empresas, sendo convertido para euros à taxa de câmbio em vigor na data de balanço. As diferenças de câmbio geradas na transposição de moedas são reconhecidas no capital próprio. O goodwill não é amortizado, sendo abatidas ao valor do goodwill as respectivas perdas de imparidade, determinadas anualmente à data do balanço ou sempre que ocorram indícios de uma eventual perda de valor. Qualquer perda de valor, imparidade, é registada no resultado do período e não pode ser revertida subsequentemente.
2.10 IMPARIDADE DE ACTIVOS TANGÍVEIS E INTANGÍVEIS (EXCEPTO GOODWILL)
Os activos que não têm uma vida útil definida não estão sujeitos a amortização, mas estão sujeitos a testes de imparidade anuais. Para aqueles que, tendo uma vida útil definida, estão sujeitos a amortizações, realizam-se também testes de imparidade sempre que as circunstâncias se alteram e o valor pelo qual se encontra escriturado possa não ser recuperável. Uma perda por imparidade é a quantia pela qual a quantia escriturada de um activo excede a sua quantia recuperável. A quantia recuperável é a mais alta de entre o preço de venda líquido de um activo (justo valor – custos de venda) e o seu valor de uso, o qual decorre dos fluxos de caixa futuros actualizados com base em taxas de desconto antes de imposto que reflictam o valor actual do capital e o risco específico do(s) activo(s) em causa. Para a determinação do valor recuperável, os activos são analisados individualmente ou agrupados aos mais baixos níveis para os quais são identificados separadamente como unidades geradoras de fluxos de caixa. Uma Unidade Geradora de Caixa (UGC) é o grupo mais pequeno de activos que inclui o activo e que gera influxos de caixa provenientes do uso continuado, que sejam em larga medida independentes dos influxos de caixa de outros activos ou grupos de activos. Sempre que o valor contabilístico do activo é superior ao seu valor recuperável é reconhecida uma perda por imparidade na demonstração de resultados do período a que se refere. Se esta perda for subsequentemente revertida, o valor contabilístico do activo é actualizado em conformidade mas nunca poder-se-á tornar superior ao valor que estaria reconhecido caso a perda por imparidade não tivesse sido registada. A reversão da imparidade é também reconhecida na demonstração de resultados do período a que se refere. Em 31 de Dezembro de 2008 as situações de perda por imparidade estão identificadas na Nota 17.
2.11 ACTIVOS DETIDOS PARA VENDA E OPERAÇÕES EM DESCONTINUIDADE
Incluem-se nesta categoria os activos ou grupo de activos cujo respectivo valor seja realizável através de uma transacção de venda ou, conjuntamente, como um grupo numa transacção única, e os passivos directamente associados a estes activos que sejam transferidos na mesma transacção. Para que esta situação se verifique é necessário que a venda seja muito provável (sendo expectável que se concretize num prazo inferior a 12 meses) e que o activo esteja disponível para venda imediata nas actuais condições, para além de que o Grupo se tenha comprometido na sua venda. A amortização dos activos nestas condições cessa a partir do momento em que são classificados como detidos para venda.
2.12 EXISTÊNCIAS As existências são valorizadas ao menor de entre o custo e o valor realizável líquido. O valor realizável líquido corresponde ao preço de venda deduzido dos custos de venda. Matérias-primas, subsidiárias e de consumo – Inclui terrenos para futuros empreendimentos imobiliários que se encontram valorizadas ao preço de aquisição acrescido das despesas de compra, o qual é inferior ao respectivo preço de mercado. As restantes matérias-primas subsidiárias e de consumo encontram-se valorizadas ao preço de aquisição acrescido das despesas de compra até à armazenagem. Produtos acabados e em curso – Quando correspondem a fracções de edifícios para venda em empreendimentos concluídos e os produtos em curso, encontram-se valorizados ao custo de produção, o qual é inferior ao respectivo valor de mercado. O custo de produção inclui o custo das matérias-primas incorporadas, mão-de-obra directa e indirecta, subcontratos, outros custos variáveis e fixos e encargos financeiros. Os encargos financeiros considerados correspondem aos custos reais dos empréstimos incorridos em contratos de financiamento que referem explicitamente o empreendimento, até ao ponto em que seja razoável face ao nível da aplicação. Os restantes produtos acabados e em curso encontram-se valorizados ao custo de produção, no qual se incluem todos os custos directos e encargos gerais de fabrico. As mercadorias estão valorizadas ao preço médio de aquisição, incluindo custos de transporte e armazenagem.
2.13 PROVISÕES São constituídas provisões no balanço sempre que o Grupo tem uma obrigação presente (legal ou implícita) resultante de um acontecimento passado e sempre que é provável que uma diminuição, razoavelmente estimável, de recursos incorporando benefícios económicos seja exigida para liquidar a obrigação. Reestruturação – Uma provisão para reestruturação é relevada após aprovação formal de uma operação de reestruturação que tenha sido iniciada ou tornada pública. Os custos operacionais não devem ser considerados no valor da provisão. Contratos onerosos – Uma provisão para contratos onerosos é reconhecida quando os benefícios expectáveis da consecução do contrato são inferiores aos custos decorrentes da obrigação imposta por este.
65
Anexo ao balanço e demonstração dos resultados consolidados
As provisões para os custos de desmantelamento, remoção de activos e restauração do local são reconhecidas quando os bens começam a ser utilizados e se for possível estimar a respectiva obrigação com fiabilidade. O montante da provisão reconhecida corresponde ao valor presente da obrigação, sendo a actualização financeira registada em resultados como custo financeiro na rubrica de juros líquidos. As provisões são revistas e actualizadas na data de balanço, de modo a reflectir a melhor estimativa, nesse momento, da obrigação em causa.
2.16 INFORMAÇÃO POR SEGMENTOS Segmento de negócio Segmento de negócio é um componente distinguível do Grupo, comprometido em fornecer um produto ou serviço individual, e que está sujeito a riscos e retornos diferentes dos de outros segmentos. A organização interna e a estrutura de gestão, bem como o sistema de relato, estão orientados para a análise do desempenho do negócio por actividade.
Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas, sendo os mesmos divulgados no anexo, a menos que a possibilidade de um exfluxo de fundos seja remota, caso em que não são objecto de divulgação.
Segmento geográfico Segmento geográfico é uma área individualizada do Grupo, comprometida em prover produtos ou serviços dentro de um ambiente económico particular e que está sujeito a riscos e retornos que são diferentes de outras áreas que operam em outros ambientes económicos. O Grupo possui subsidiárias em Angola, Moçambique e França, pelo que aqueles países são identificados como segmentos geográficos.
Os activos contingentes não são reconhecidos e são apenas divulgados quando é provável a existência de um benefício económico futuro.
2.17 EVENTOS SUBSEQUENTES
2.14 ACTIVOS E PASSIVOS CONTINGENTES
2.15 IMPOSTOS SOBRE O RENDIMENTO O imposto sobre o rendimento é calculado com base nos resultados tributáveis das empresas incluídas na consolidação e considera a tributação diferida. O Grupo Visabeira encontra-se abrangido pelo regime especial de tributação dos grupos de sociedades, o qual abrange todas as empresas em que participa, directa ou indirectamente, em pelo menos 90% do respectivo capital e que, simultaneamente, são residentes em Portugal e tributadas em sede de Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Colectivas (IRC). As restantes empresas participadas, não abrangidas pelo regime especial de tributação dos grupos de sociedades, são tributadas individualmente com base nas respectivas matérias colectáveis e nas taxas de imposto aplicáveis. O imposto diferido é calculado com base no método da responsabilidade de balanço, sobre as diferenças temporárias entre os valores contabilísticos dos activos e passivos e a respectiva base de tributação. Não é calculado imposto diferido sobre as diferenças de consolidação e as diferenças de reconhecimento inicial de um activo e passivo quando a mesma não afecta nem o resultado contabilístico nem o fiscal. A base tributável dos activos e passivos é determinada por forma a reflectir as consequências de tributação decorrentes da forma como o Grupo espera, à data do balanço, recuperar ou liquidar a quantia escriturada dos seus activos e passivos, tendo por base decisões do ponto de vista fiscal, substancialmente implementadas na data de balanço. O montante de imposto a incluir quer no imposto corrente, quer no imposto diferido que resulte da transacções ou eventos reconhecidos em reservas, é registado directamente nestas mesmas rubricas, não afectando o resultado do exercício. São reconhecidos impostos diferidos activos sempre que existe razoável segurança de que serão gerados lucros futuros contra os quais os activos poderão ser utilizados. Os impostos diferidos activos são revistos anualmente e reduzidos sempre que deixe de ser provável que os mesmos possam ser utilizados.
66
Os eventos ocorridos após a data de balanço que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam à data do balanço são reflectidos nas demonstrações financeiras consolidadas. Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação sobre condições que ocorram posteriormente a essa data, se materiais, são divulgados nas notas às demonstrações financeiras consolidadas.
3
JULGAMENTOS E ESTIMATIVAS
Na preparação das demonstrações financeiras consolidadas de acordo com o IFRS, o Conselho de Administração do Grupo Visabeira SGPS utiliza estimativas e pressupostos que afectam a aplicação de políticas e montantes reportados. As estimativas e julgamentos são continuamente avaliados e baseiam-se na experiência de eventos passados e outros factores, incluindo expectativas relativas a eventos futuros considerados prováveis face às circunstâncias em que as estimativas são baseadas ou resultado de uma informação ou experiência adquiridos. As estimativas contabilísticas mais significativas reflectidas nas demonstrações financeiras consolidadas são como se segue: a) Análise de imparidade do goodwill O Grupo testa anualmente o goodwill com o objectivo de verificar se o mesmo está em imparidade. Os valores recuperáveis das unidades geradoras de caixa foram determinados com base na metodologia do valor em uso. A utilização deste método requer a estimativa de fluxos de caixa futuros, provenientes das operações de cada unidade geradora de caixa, e a escolha de uma taxa de desconto apropriada. b) Valorização e vida útil de activos intangíveis O Grupo utilizou diversos pressupostos na estimativa dos fluxos de caixa futuros provenientes dos activos intangíveis adquiridos como parte de processos de aquisição de empresas, entre os quais a estimativa de receitas futuras, taxas de desconto e vida útil dos referidos activos. c) Reconhecimento de provisões e ajustamentos O Grupo é parte em diversos processos judiciais em curso para os quais, com base na opinião dos seus advogados, efectua um julgamento para determinar se deve ser registada uma provisão para essas contingências (Nota 42). Os ajustamentos para contas a receber são calculados essencialmente com base na antiguidade das contas a receber, o perfil de risco dos clientes e a situação financeira dos mesmos. As estimativas
Demonstrações Financeiras consolidadas e respectivos anexos
relacionadas com os ajustamentos para contas a receber diferem de negócio para negócio. A política do Grupo relativamente à atribuição de plafonds à concessão de crédito, quer em termos nacionais quer em termos internacionais, é feita através de recurso a empresas especializadas em cobertura de risco de crédito. Excluindo os organismos estatais e os clientes com notação de risco nacional e internacional superior, refira-se que a exposição média de risco interno ascende a 20%. Porém, uma análise detalhada à variação das provisões anuais demonstra claramente, a quase, inexistência de risco de cobrança. Acresce que o Grupo possui acesso às principais bases de dados do mercado que, juntamente com o seu corpo de análise técnica, lhe permitem ajuizar e minimizar claramente o risco creditício. d) Justo valor das propriedades de investimento O Grupo recorre a entidades externas para proceder ao cálculo do custo valor das propriedades de investimento, sendo utilizado o método do rendimento (fluxos de caixa descontados). Ver na Nota 24 os pressupostos utilizados, bem como a respectiva análise de sensibilidade. Uma avaliação é uma previsão do valor de mercado mas não é uma garantia do valor que seria obtido numa transacção. Adicionalmente, outros avaliadores podem legitimamente calcular um valor de mercado diferente. e) Determinação do valor de mercado dos instrumentos financeiros O Grupo escolhe o método de avaliação que considera apropriado para os instrumentos financeiros não cotados num mercado activo com base no seu melhor conhecimento do mercado e dos activos, aplicando as técnicas de avaliação usualmente utilizadas no mercado e usando pressupostos com base em taxas de mercado. f) Análise de imparidade dos activos financeiros disponíveis para venda O Grupo considera que existe uma imparidade dos activos financeiros disponíveis para venda quando existe uma desvalorização contínua e de valor significativo do seu justo valor. Esta determinação requer julgamento. Na tomada de decisão, a Comissão Executiva do Grupo avalia, entre outras variáveis, a volatilidade normal dos preços de acções. No caso específico das acções detidas na Zon Multimédia, foram reconhecidas as perdas por imparidade descritas na Nota 19. As estimativas foram determinadas com base na melhor informação disponível à data da preparação das demonstrações financeiras consolidadas. No entanto, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data, não foram consideradas nessas estimativas. Alterações a estas estimativas, que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras consolidadas, são corrigidas em resultados de forma prospectiva, conforme disposto pelo IAS 8.
4
ALTERAÇÕES DE POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS
Durante o exercício de 2008 não ocorreram alterações de politicas contabilísticas, face às consideradas na preparação da informação financeira relativa ao exercício anterior, apresentada para efeitos comparativos, nem foram identificados erros materiais de exercícios anteriores. Com efeitos a partir de 1 de Janeiro de 2008, o Grupo adoptou as seguintes normas/interpretações emitidas pelo IASB, aprovadas pela União Europeia:
IAS 39 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração IFRS 7 – Instrumentos Financeiros: Divulgações (emenda) Esta norma foi emendada para permitir a reclassificação de certos activos financeiros classificados nas categorias de detidos para negociação e disponíveis para venda. Ver Nota 26. IFRIC 11 IFRS 2 – Transacções com acções próprias Esta interpretação requer que acordos nos quais o empregado tem direito a receber instrumentos de capital da empresa sejam contabilizados como transacções de pagamento com base em acções e liquidadas com capital próprio, mesmo nas circunstâncias em que a empresa escolhe, ou é obrigada, a comprar esses instrumentos a outra parte, ou é o accionista da entidade que entrega os instrumentos de capital. Esta interpretação aborda também as condições nas quais as subsidiárias, nas suas demonstrações financeiras separadas, devem contabilizar transacções nas quais os seus empregados recebem instrumentos de capital da empresa-mãe. Esta norma não teve qualquer impacto nas demonstrações financeiras do Grupo Visabeira. IFRIC 14 IAS 19 – Limite de activos de benefícios definidos, requisitos de financiamento e sua interacção Esta interpretação aborda como avaliar qual o valor que pode ser reconhecido como um activo no caso particular em que um financiamento mínimo é obrigatório. Esta norma não teve qualquer impacto nas demonstrações financeiras do Grupo Visabeira. IFRIC 12 (não aprovada pela União Europeia) – Contratos de concessão, também aplicável a partir de 1 de Janeiro de 2008 A IFRIC 12 aplica-se a contratos de concessão de serviços público-privados. Esta norma aplicar-se-á apenas a situações onde o concedente: a) controla ou regula os serviços prestados pelo operador, e b) controla os interesses residuais das infra-estruturas, na maturidade do controlo. O Grupo Visabeira ainda se encontra a avaliar o seu impacto nas demonstrações financeiras futuras. Adicionalmente, à data de aprovação destas demonstrações financeiras, as seguintes normas e interpretações, ainda não adoptadas pelo Grupo Visabeira, tinham sido emitidas, mas a sua aplicação é apenas obrigatória em exercícios futuros: IFRS 1 (adopção pela primeira vez das normas internacionais de relato financeiro) – Custo do investimento em subsidiárias, entidades controladas conjuntamente ou associadas (emenda) Esta norma é de aplicação obrigatória para exercícios iniciados em ou após 1 de Janeiro de 2009, mas ainda não se encontra aprovada pela União Europeia. As demonstrações financeiras individuais do Grupo Visabeira são preparadas de acordo com o Plano Oficial de Contabilidade.
67
Anexo ao balanço e demonstração dos resultados consolidados
IFRS 2 (alterada) – Pagamento em Acções: Condições de aquisição Esta norma é de aplicação obrigatória para exercícios iniciados em ou após 1 de Janeiro de 2009 e já se encontra aprovada pela União Europeia. IFRS 8 – Segmentos operacionais Esta norma é de aplicação obrigatória para exercícios iniciados em ou após 1 de Janeiro de 2009 e já se encontra aprovada pela União Europeia. IAS 1 – Apresentação das demonstrações financeiras (revista) Esta norma é de aplicação obrigatória para exercícios iniciados em ou após 1 de Janeiro de 2009 e já se encontra aprovada pela União Europeia. IAS 23 – Custos de empréstimos obtidos (revista) Esta norma é de aplicação obrigatória para exercícios iniciados em ou após 1 de Janeiro de 2009 e já se encontra aprovada pela União Europeia. Não é expectável que esta norma tenha qualquer impacto nas demonstrações financeiras do Grupo Visabeira, na medida em que o Grupo já adoptava o tratamento alternativo previsto no anterior texto da norma. IAS 27 – Demonstrações financeiras consolidadas e separadas (emenda) Esta norma é de aplicação obrigatória para exercícios iniciados em ou após 1 de Janeiro de 2009, mas ainda não se encontra aprovada pela União Europeia. As demonstrações financeiras individuais do Grupo Visabeira são preparadas de acordo com o Plano Oficial de Contabilidade. IAS 32 – Instrumentos financeiros: Apresentação IAS 1 – Apresentação das demonstrações financeiras – Instrumentos financeiros remíveis e obrigações resultantes de liquidação (emenda) Esta emenda é de aplicação obrigatória para exercícios iniciados em ou após 1 de Janeiro de 2009, mas ainda não se encontra aprovada pela União Europeia. IFRIC 13 – Programas de fidelização Esta norma é de aplicação obrigatória para exercícios iniciados em ou após 1 de Julho de 2008 e já se encontra aprovada pela União Europeia. O Grupo ainda se encontra a avaliar o seu impacto nas demonstrações financeiras futuras. IFRIC 15 – Acordos na construção imobiliária Esta norma é de aplicação obrigatória para exercícios iniciados em ou após 1 de Janeiro de 2009, mas ainda não se encontra aprovada pela União Europeia. O Grupo ainda se encontra a avaliar o seu impacto nas demonstrações financeiras futuras. IFRIC 16 – Cobertura de um investimento numa operação estrangeira Esta norma é de aplicação obrigatória para exercícios iniciados em ou após 1 de Outubro de 2008, mas ainda não se encontra aprovada pela União Europeia. O Grupo já se encontrava a seguir esta política após a última revisão da IAS 21 (aplicável desde 1 de Janeiro de 2006).
68
Outras emendas às IFRS O processo anual de melhoria das IFRS procura lidar com a identificação de situações que necessitam de ser melhoradas de forma a aumentar o seu entendimento geral, mas que não são classificadas como de resolução prioritária. O IASB aprovou 34 emendas, algumas delas podem resultar em alterações no modo de contabilização, outras referem-se a questões de terminologia e consistência entre normas, sendo o seu impacto mínimo. Prevê-se que estas emendas sejam aprovadas pela União Europeia em 2009. Outras novas normas ou revisões que serão aplicáveis a exercícios a findar após Dezembro de 2009, embora todas elas ainda não têm sido aprovadas na União Europeia: IFRS 3 – Concentrações de actividades empresariais (revista) Esta alteração vai ter um impacto significativo nos resultados do período em que ocorre a aquisição e no valor do goodwill reconhecido. Esta norma é de aplicação obrigatória para exercícios iniciados em ou após 1 de Julho de 2009, mas ainda não se encontra aprovada pela União Europeia. IAS 27 – Demonstrações financeiras consolidadas e separadas (emenda) Esta emenda, tal como a anterior, é de aplicação obrigatória para exercícios iniciados em ou após 1 de Julho de 2009, mas ainda não se encontra aprovada pela União Europeia. O eventual impacto da adopção destas normas e interpretações nas demonstrações financeiras do Grupo ainda não se encontram completamente avaliados. IAS 39 – Instrumentos financeiros: Reconhecimento e mensuração – Itens de cobertura elegíveis (emenda) Esta emenda, tal como a anterior, é de aplicação obrigatória para exercícios iniciados em ou após 1 de Julho de 2009, mas ainda não se encontra aprovada pela União Europeia. O eventual impacto da adopção destas normas e interpretações nas demonstrações financeiras do Grupo ainda não se encontram completamente avaliados.
Demonstrações Financeiras consolidadas e respectivos anexos
5 EMPRESAS DO GRUPO INCLUÍDAS NA CONSOLIDAÇÃO CONDIÇÕES DE INCLUSÃO GRUPO VISABEIRA, SGPS, SA
SEDE SOCIAL
VISEU
% DE CAPITAL DETIDO 2008 2007 MÃE
MÃE
CANTANHEDE
51,00%
51,00%
LUANDA
100,00%
99,60%
PARIS
99,96%
99,96% 99,98%
VISABEIRA GLOBAL AMBITERMO - ENGENHARIA E EQUIPAMENTOS TÉRMICOS, SA
a)
COMATEL - CONST. MANUT. SISTEMAS TELECOMUNICAÇÕES, LDA CONSTRUCTEL - CONTRUCTIONS ET TELECOMUNICATIONS, SARL CONSTRUCTEL - CONTRUCTIONS ET TELECOMUNICATIONS BELGIQUE CONSTRUCTEL - TELECOMUNICATII SI CONSTRUCTII, SRL* EDIVISA - EMPRESA DE CONSTRUÇÕES, SA ELECTROTEC - PROJECTO, EXECUÇÃO E GESTÃO DE REDES DE ENERGIA, LDA
a)
GATEL, SAS GRANBEIRA - SOC. DE EXPLORAÇÃO E COM. DE GRANITOS, SA
MONS
99,98%
BUCARESTE
75,00%
-
VISEU
100,00%
100,00% -
MAPUTO
49,00%
DOMESSIN
100,00%
-
VISEU
98,75%
98,75% 99,29%
PDT - PROJECTOS E TELECOMUNICAÇÕES, SA (EX- PTC)
LISBOA
99,29%
REAL LIFE - TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO, SA
ALGÉS
90,00%
-
MAPUTO
90,00%
90,00%
MAPUTO
50,00%
50,00%
ALGER
99,95%
-
CASABLANCA
100,00%
-
SOGITEL - SOCIEDADE DE GESTÃO IMOBILIÁRIA, LDA TELEVISA - SOCIEDADE TÉCNICA DE OBRAS E PROJECTOS, LDA
a)
TELEVISA ALGERIE SPA TELEVISA MARROCOS, SA TV CABO - COMUNICAÇÕES MULTIMÉDIA, LDA
a)
MAPUTO
50,00%
50,00%
TV CABO ANGOLA, LDA
a)
50,00%
LUANDA
50,00%
VIATEL - TECNOLOGIA DE COMUNICAÇÕES, SA
VISEU
99,29%
99,29%
VISABEIRA DIGITAL - SISTEMAS INFORMAÇÃO E MULTIMÉDIA, SA
VISEU
100,00%
100,00%
VISABEIRA - SOCIEDADE TÉCNICA DE OBRAS E PROJECTOS, LDA
VISEU
60,00%
60,00%
VISABEIRA GLOBAL, SGPS, SA
VISEU
100,00%
100,00%
VISABEIRA INVESTIGAÇÃO & DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO, SA
VISEU
100,00%
-
VISACASA - SERVIÇOS DE ASSISTÊNCIA E MANUTENÇÃO GLOBAL, SA
CACÉM
100,00%
100,00%
LUANDA
100,00%
99,90%
AGROVISA - AGRICULTURA E PECUÁRIA, LDA
MAPUTO
100,00%
100,00%
ÁLAMO - INDÚSTRIA E DESENVOLVIMENTO FLORESTAL, LDA
LUANDA
100,00%
99,90%
CELMOQUE - CABOS DE ENERGIA E TELEC. DE MOÇAMBIQUE, SARL*
MAPUTO
70,38%
70,38%
VISACONSTROI - CONSTRUÇÃO E GESTÃO IMOBILIÁRIA, LDA* VISABEIRA INDÚSTRIA
CERUTIL - CERÂMICAS UTILITÁRIAS, SA
SÁTÃO
100,00%
100,00%
GRANBEIRA II - ROCHAS ORNAMENTAIS, SA
VOUZELA
100,00%
100,00%
HIDROÁFRICA - COMÉRCIO E INDÚSTRIA, SARL*
MAPUTO
85,52%
85,52%
MARMONTE - MÁRMORES DE MOÇAMBIQUE, SARL
MAPUTO
80,00%
80,00%
MOB - INDÚSTRIA DE MOBILIÁRIO, SA
VISEU
97,77%
97,77%
TUBANGOL - TUBOS DE ANGOLA, LDA
LUANDA
100,00%
99,90%
VISEU
100,00%
100,00%
LUANDA
50,00%
-
VISEU
99,83%
99,83%
VISABEIRA INDÚSTRIA, SGPS, SA VISABEIRA TURISMO CONVISA TURISMO, LDA*
a)
EMPREENDIMENTOS TUR. MONTEBELO - SOC. TUR. E RECREIO SA MOVIDA - EMPREENDIMENTOS TURÍSTICOS, SA
VISEU
99,83%
99,83%
MUNDICOR - VIAGENS E TURISMO, SA
VISEU
100,00%
100,00%
PRATO CONVIVAS - SOCIEDADE HOTELEIRA, LDA
a)
RÓDIA - SOCIEDADE BEIRALTINA DE TURISMO E DIVERSÕES, SA TURVISA - EMPREENDIMENTOS TURÍSTICOS, LDA VISABEIRA TURISMO, SGPS, SA
VISEU
50,00%
-
VISEU
100,00%
100,00%
MAPUTO
100,00%
100,00%
a)
VISEU
100,00%
100,00%
a)
VISABEIRA IMOBILIÁRIA MAPUTO
49,00%
49,00%
VISABEIRA IMOBILIÁRIA, SA
IMOVISA - IMOBILIÁRIA DE MOÇAMBIQUE, LDA
VISEU
100,00%
100,00%
VISABEIRA IMOBILIÁRIA, SGPS, SA
VISEU
100,00%
100,00%
69
Anexo ao balanço e demonstração dos resultados consolidados
5 EMPRESAS DO GRUPO INCLUÍDAS NA CONSOLIDAÇÃO (CONT.) CONDIÇÕES DE INCLUSÃO
SEDE SOCIAL
% DE CAPITAL DETIDO 2008 2007
VISABEIRA PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS AGROVISA - AGRICULTURA E PECUÁRIA, LDA* ARTE E CENA - PROJ., OBRAS E CONSTR. CINEMATOGRÁFICAS, LDA AUTOVISA - SERVIÇOS AUTO, SARL BENETRÓNICA - INTERNATIONAL COMMERCE, IMP. E EXPORTAÇÃO, SA CICLORAMA - ESTUDOS, PROJECTOS E PRODUÇÕES, LDA
LUANDA
100,00%
-
VISEU
90,00%
90,00%
MAPUTO
80,00%
80,00%
LISBOA
100,00%
100,00% 90,00%
VISEU
90,00%
CONVISA ENGENHARIA, LDA*
a)
LUANDA
50,00%
-
IMENSIS - SOC. GESTÃO EMPREEN. IMOBILIÁRIOS, LDA
a)
MAPUTO
49,00%
49,00%
IUTEL - INFOCOMUNICAÇÕES, SA
a)
50,00%
JOAFIL - ACESSÓRIOS AUTOMÓVEIS, LDA MERCURY COMERCIAL, LDA MERCURY COMERCIAL, LDA*
VISEU
50,00%
VISEU
90,00%
90,00%
MAPUTO
100,00%
100,00% 93,10%
LUANDA
100,00%
PDA - PARQUE DESPORTIVO DE AVEIRO, SA
a)
AVEIRO
54,57%
-
PREDIBEIRA - COMPRA E VENDA DE PROPRIEDADES, LDA
a)
VISEU
50,00%
50,00%
PTC - SERVIÇOS DE TELECOMUNICAÇÕES, SA
LISBOA
100,00%
100,00%
TELESP TELECOM., ELECTRICIDAD Y GÁS DE ESPAÑA, SA
MADRID
100,00%
100,00%
VISABEIRA ANGOLA - INVESTIMENTO E PARTICIPAÇÕES, LDA*
LUANDA
98,00%
98,00%
VISABEIRA ESPANHA, SA
MADRID
100,00%
100,00%
VISABEIRA ESTUDOS E INVESTIMENTOS, SA
VISEU
100,00%
100,00%
VISABEIRA INVESTIMENTOS FINANCEIROS, SGPS, SA
VISEU
100,00%
100,00%
MAPUTO
100,00%
100,00%
VISABEIRA PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS, SGPS, SA
VISEU
100,00%
100,00%
VISABEIRA SAÚDE, SA
VISEU
100,00%
100,00%
LUANDA
100,00%
96,04%
LISBOA
100,00%
100,00%
VISABEIRA MOÇAMBIQUE, SARL
VISAROCHA - ROCHAS DE ANGOLA, LDA* VISASALES, SA VISASECIL - PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS, LDA
LUANDA
70,00%
70,00%
VISATUR - EMPREENDIMENTOS TURÍSTICOS, LDA*
LUANDA
100,00%
97,76%
VISAUTO - REPARAÇÕES AUTO, LDA*
LUANDA
100,00%
99,92%
DETIDAS DIRECTAMENTE PELA HOLDING VISABEIRA EMIRATOS, SGPS, LDA VISABEIRA MÉXICO, SA VISADRAG - GÁS, LDA
a)
VISEU
90,00%
90,00%
CIDADE DO MÉXICO
100,00%
100,00%
VISEU
50,00%
50,00%
a) Para as empresas acima indicadas foram incluídas na consolidação pelo método integral (maioria dos direitos de voto, acordo de gestão e representatividade nos órgãos de gestão) pelo facto do Grupo Visabeira controlar as suas actividades e órgãos de gestão. * Sociedades que em 2008 foram transferidas de sub-holding.
6
EMPRESAS CONTROLADAS CONJUNTAMENTE SEDE SOCIAL
% DE CAPITAL DETIDO 2008 2007
VISABEIRA GLOBAL ACEEC - A.C.E. ELÉCTRICAS DO CENTRO, ACE PINEWELLS, SA
VISEU
50,00%
50,00%
PAMPILHOSA DA SERRA
56,00%
-
LISBOA
50,00%
50,00%
LISBOA
-
50,00%
VISEU
50,00%
-
VISABEIRA IMOBILIÁRIA IFERVISA - SOC. DE PROMOÇÃO E DESENVOLVIMENTO IMOBILIÁRIO, SA VISABEIRA PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS CTT IMO, SA DIGISPIRIT - GESTÃO E EXPLORAÇÃO DE ESPAÇOS COMERCIAIS, LDA
70
Demonstrações Financeiras consolidadas e respectivos anexos
7
EMPRESAS ASSOCIADAS SEDE SOCIAL
2008
PARTICIPAÇÃO 2007
CAPITAL PRÓPRIO
2008 RESULTADO LÍQUIDO
VALOR CONTABILÍSTICO 2008 2007
EFEITO DO MEP 2008 2007
VISABEIRA GLOBAL BEIRAGÁS, SA
VISEU
23,52%
23,51%
15.467.080
2.021.041
4.883.973
4.425.135
458.838
478.332
ELECTROTEC, LDA
MAPUTO
-
29,00%
-
-
-
486.279
-
93.646
MOÇAMGALP, SA
MAPUTO
50,00%
-
62.818
-7.289
32.962
-
0
-
PRIO AGRICULTURA, SA
MAPUTO
40,00%
-
1.261.638
-254.065
611.162
-
0
-
LIPILICHI HOLDINGS, LDA
PORT-LOUIS
15,00%
15,00%
28.043
0
36
36
0
0
MTDENDELE HOLDINGS, LDA
PORT-LOUIS
25,00%
25,00%
1.262
0
60
60
0
0
FIGUEIRA DA FOZ
38,00%
38,00%
873.979
-32.205
338.948
351.186
-12.238
-12.041
MAPUTO
35,00%
35,00%
-406.796
-202.151
0
2.567
-2.567
-70.000
AVEIRO
-
49,00%
-
-
-
1.293.945
-
-109.861
SETUBAL
40,00%
-
50.033
33
19.986
-
0
-
ABU DHABI
44,10%
44,10%
209.892
-650.041
55.199
580.010
-294.893
-65.324
DUBAI
44,10%
44,10%
-612.518
-578.128
221.616
977.067
-310.107
-320.248
6.163.942
8.116.288
-160.967
-5.496
VISABEIRA TURISMO
VISABEIRA IMOBILIÁRIA FIGUEIRA PARANOVA, SA VISABEIRA PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS PAYSHOP, LDA PDA, SA PORTO SALUS AZEITÃO, SA DETIDAS DIRECTAMENTE PELA HOLDING UNION MARBLE, LLC RICHMOND, LLC TOTAL
O quadro que se segue evidencia a parte proporcional do Grupo nos balanços e demonstrações dos resultados das empresas acima referenciadas:
BEIRAGÁS, SA
MOÇAMGALP, SA
PRIO AGRICULTURA, SA
FIGUEIRA PARANOVA, SA
LIPILICHI HOLDINGS, LDA
MTDENDELE HOLDINGS, LDA
PAYSHOP, LDA
PORTO SALUS AZEITÃO, SA
ANO
ACTIVOS
PASSIVOS
PROVEITOS
CUSTOS
2007
15.642.831
12.373.903
3.989.280
3.472.541
2008
17.723.595
13.440.683
4.858.255
4.175.385
2007
-
-
-
-
2008
33.970
2.561
1.555
5.200
2007
-
-
-
-
2008
1.669.584
1.164.929
0
0
2007
1.057.988
713.638
142.199
154.262
2008
1.308.190
976.078
254.417
266.632
2007
0
0
0
0
2008
118.830
114.624
0
0
2007
0
0
0
0
2008
2.769
2.454
0
0
2007
191.592
163.468
183.423
155.299
2008
203.149
345.528
255.143
325.896
2007
-
-
-
-
2008
21.136
1.123
0
0
2007
1.447.867
1.066.332
768.514
807.130
2008
1.287.275
1.194.713
432.953
719.621
2007
2.294.316
2.823.894
2.441.308
2.731.072
2008
2.099.291
2.369.412
2.079.209
2.334.164
TOTAL 2007
20.634.594
17.141.235
7.524.724
7.320.304
TOTAL 2008
24.467.790
19.612.103
7.881.533
7.826.897
UNION MARBLE, LLC
RICHMOND, LLC
71
Anexo ao balanço e demonstração dos resultados consolidados
8
OUTROS INVESTIMENTOS FINANCEIROS SEDE SOCIAL
2008 %
VALOR DE BALANÇO
2007 %
VALOR DE BALANÇO
SÃO PAULO
1,60%
152.953
60,40%
3.541.256
VISEU
85,09%
360.000
85,09%
360.000
FUNDO DE INVEST. IMOBILIÁRIO FECHADO TURÍSTICO II
LISBOA
2,50%
137.574
2,50%
137.574
OEIRASEXPO, SA
OEIRAS
12,75%
12.750
-
-
TWIN CITY MAPUTO, LDA
MAPUTO
40,00%
13.502
-
-
MOÇAMBIQUE COMPANHIA DE SEGUROS, SARL
MAPUTO
5,00%
97.382
5,00%
97.382
VISABRÁS - TELECOMUNIC., ELECTRICIDADE E GÁS, LDA FUNDAÇÃO VISABEIRA, ISS
LUSITÂNIA GÁS - COMPANHIA DE GÁS DO CENTRO, SA
AVEIRO
0,00%
784
0,37%
75.409
MAPUTO
5,66%
74.314
5,66%
74.314
CANTANHEDE
51,00%
74.900
-
-
MAPUTO
5,00%
41.912
5,00%
41.912
PONTA DELGADA
5,00%
31.758
5,00%
31.758
COIMBRA
3,33%
25.000
3,33%
25.000
GESTINVISEU - PARQUES EMPRESARIAIS DE VISEU, SA
VISEU
4,00%
19.952
4,00%
19.952
AEOLIA - PRODUÇÃO DE ENERGIA, SA
MAIA
11,00%
0
11,00%
16.500
LISBOA
51,00%
14.964
51,00%
14.964
PIM - PARQUE INDÚSTRIAL DA MATOLA, SARL TAVARES PEREIRA & FERNANDES TRANSCOM - S. F. C. AUDITORIA T. COMUNICAÇÕES, SARL AÇOR PENSÕES CENTRO VENTURE - SOC. CAPITAL DE RISCO, SA
TERMOGÁS, LDA PRIO AGRICULTURA, SA
MAPUTO
-
0
40,00%
13.882
TORRES NOVAS
11,04%
11.109
11,04%
11.109
DOUTIBELO, LDA
VISEU
19,97%
3.131.000
19,97%
10.000
SEM AMARRAS, SA
VISEU
19,97%
1.660.000
19,97%
10.000
FRACTALNEMA, SA
VISEU
19,00%
1.430.160
19,00%
9.500
MAPUTO
80,00%
2.370
80,00%
2.370
-
10.871
-
VIBEIRAS - SOCIEDADE COMERCIAL DE PLANTAS, LDA
XINAVANE - EMPREENDIMENTOS TURISTICOS, LDA OUTRAS PARTICIPAÇÕES
SEGURO DE CAPITALIZAÇÃO OUTRAS ACÇÕES ADIANTAMENTOS POR CONTA DE INVESTIMENTOS FINANCEIROS
9.982
7.303.255
4.502.863
18.000.000
18.000.000
145.560
416.560
1.325.847
687.168
19.471.407
19.103.728
AJUSTAMENTOS VISABRÁS - TELECOMUNIC., ELECTRICIDADE E GÁS, LDA
SÃO PAULO
1,60%
TOTAL
9
-152.953
60,40%
-3.541.256
-152.953
-3.541.256
26.621.709
20.065.336
ALTERAÇÕES AO PERÍMETRO DE CONSOLIDAÇÃO % DETIDA
DATA DE AQUISIÇÃO
VALOR DE AQUISIÇÃO
CONSTRUCTEL - TELECOMUNICATII SI CONSTRUCTII, SRL
CONSTITUIÇÃO
75,00%
14.10.2008
131.490
CONVISA ENGENHARIA, LDA
CONSTITUIÇÃO
50,00%
02.01.2008
34.314
CONVISA TURISMO, LDA
CONSTITUIÇÃO
50,00%
02.01.2008
34.314
DIGISPIRIT - GESTÃO E EXPLORAÇÃO DE ESPAÇOS COMERCIAIS, LDA
CONSTITUIÇÃO
50,00%
29.01.2008
10.000
AQUISIÇÃO
100,00%
01-07-2008
1.867.321
CONSTITUIÇÃO
50,00%
09.04.2008
32.320
AQUISIÇÃO
56,00%
25.06.2008
840.000
PORTO SALUS AZEITÃO - RESIDENCIAS ASSISTIDAS, SA
CONSTITUIÇÃO
40,00%
28.02.2008
19.985
PRATO CONVIVAS - SOCIEDADE HOTELEIRA, LDA
CONSTITUIÇÃO
50,00%
01.04.2008
10.000
REAL LIFE - TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO, SA
CONSTITUIÇÃO
90,00%
11.04.2008
1.000.000
TELEVISA ALGERIE, SPA
CONSTITUIÇÃO
99,95%
29.10.2008
3.549
TURVISA, LDA (ANGOLA)
CONSTITUIÇÃO
50,00%
01.04.2008
38.704
VISABEIRA INVESTIGAÇÃO & DESENVOLV. TECNOLÓGICO, SA
CONSTITUIÇÃO
100,00%
27.03.2008
95.985
OEIRASEXPO, SA
CONSTITUIÇÃO
12,75%
29.10.2008
12.750
TWIN CITY MAPUTO, LDA
AQUISIÇÃO
40,00%
03.06.2008
13.502
TAVARES PEREIRA & FERNANDES, LDA
AQUISIÇÃO
51,00%
31.10.2008
74.900
SINERGISA
AQUISIÇÃO
-
02.01.2008
5.425
SINERGESTÃO
AQUISIÇÃO
-
02.01.2008
1.492
GATEL, SAS MOÇAMGALP - AGROENERGIAS DE MOÇAMBIQUE, SA PINEWELLS, SA
PDA, SA
ALTERAÇÃO DE CONTROLO
ELECTROTEC, LDA
ALTERAÇÃO DE CONTROLO
TOTAL
72
4.226.052
Demonstrações Financeiras consolidadas e respectivos anexos
Os principais impactos das alterações ao perímetro de consolidação nas demonstrações financeiras estão identificados nas Notas 14, 22 e 23 e prende-se com as contribuições da PDA, da Electrotec e da Gatel.
10
ACTIVIDADES DESCONTINUADAS
Nos exercícios de 2008 e 2007 não se registaram actividades descontinuadas. De igual forma, desde 31 de Dezembro de 2008 e até à presente data, não existem decisões para descontinuar actividades operacionais.
11
PRINCIPAIS INDICADORES POR SEGMENTOS
a) POR ÁREA DE ACTIVIDADE
VOLUME DE NEGÓCIOS
RESULTADO LÍQUIDO
ANOS
GLOBAL
INDÚSTRIA
TURISMO
IMOBILIÁRIA
PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS
OUTROS NEGÓCIOS
TOTAL
2007
279.587.556
14.996.670
16.460.642
3.365.650
27.308.771
1.172.032
342.891.322
2008
263.261.355
22.456.310
26.320.659
4.130.524
26.727.151
446.179
343.342.178
2007
10.465.525
186.857
1.155.886
118.403
46.950.223
-655.056
58.221.838
2008
9.369.814
-766.464
96.164.168
63.003
-87.010.889
-937.798
16.881.834
2007
18.820.994
353.535
2.341.649
2.358.855
2.517.238
4.512.597
30.904.867
2008
17.388.070
829.946
5.203.982
3.094.363
5.258.348
4.012.194
35.786.902
2007
64.622.451
20.936.058
162.256.147
3.486.958
4.804.104
4.326.212
260.431.930
2008
82.316.942
22.888.782
109.147.910
3.355.060
17.554.928
5.175.226
240.438.848
2007
26.103.164
4.672.537
717.488
72.614.150
5.476.655
2.009.767
111.593.761
2008
27.596.409
6.100.673
726.841
80.392.673
9.556.120
21.245
124.393.961
RESULTADOS OPERACIONAIS (SEM PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO)
IMOBILIZADO (CORPÓREO E INCORPÓREO)
EXISTÊNCIAS
b) POR ÁREA GEOGRÁFICA
VOLUME DE NEGÓCIOS
RESULTADO LÍQUIDO
ANOS
PORTUGAL
MOÇAMBIQUE
ANGOLA
FRANÇA
BÉLGICA
ESPANHA
2007
275.166.114
33.383.985
2008
246.465.065
39.938.062
OUTROS
TOTAL
22.514.626
8.593.648
2.093.667
1.139.282
0
342.891.322
38.598.023
15.888.803
2.108.079
327.474
16.672
343.342.178
2007
55.651.719
560.508
2.033.865
132.724
31.437
-134.571
-53.844
58.221.838
2008
13.920.462
756.216
1.553.144
716.223
81.534
-1.995
-143.750
16.881.834
2007
25.697.576
2.083.274
2.923.268
316.400
42.943
-163.282
4.688
30.904.867
2008
26.565.116
3.005.277
4.852.440
1.300.334
126.322
-66.018
3.431
35.786.902
2007
193.816.779
36.089.756
29.709.515
340.893
402.437
67.861
4.689
260.431.930
2008
155.633.575
44.158.762
37.001.042
737.811
261.440
15.915
2.630.303
240.438.848
RESULTADOS OPERACIONAIS (SEM PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO)
IMOBILIZADO (CORPÓREO E INCORPÓREO)
EXISTÊNCIAS
2007
98.109.136
7.043.809
6.440.816
0
0
0
0
111.593.761
2008
106.605.421
6.870.648
10.898.175
0
0
0
19.717
124.393.961
73
Anexo ao balanço e demonstração dos resultados consolidados
12
TRABALHOS PARA A PRÓPRIA EMPRESA 2008
2007
REMODELAÇÃO DO PALÁCIO DO GELO
8.096.388
4.497.759
CONCLUSÃO DAS OBRAS DO INDY II
5.713.242
1.965.144
INVESTIMENTO EM PELLETS
5.020.055
0
CONSTRUÇÃO DE NOVAS CÉLULAS (TV CABO)
3.563.124
4.452.055
OUTROS
10.958.871
17.558.282
TOTAL
33.351.680
28.473.240
2008
2007
13
OUTROS PROVEITOS E OUTROS CUSTOS OPERACIONAIS
OUTROS PROVEITOS PROVEITOS SUPLEMENTARES ALIENAÇÃO DE IMOBILIZADO GANHOS EM EXISTÊNCIAS
1.400.842
496.738
193.294
1.918.790
62.816
81.663
244.164
264.396
OUTROS PROVEITOS OPERACIONAIS
4.769.658
4.290.944
TOTAL
6.670.774
7.052.530
2.170.929
1.380.798
84.672
52.750
MULTAS E PENALIDADES
111.317
60.379
PERDAS COM IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS
211.173
10.613
0
83.155
OUTROS
1.110.811
536.472
TOTAL
3.688.903
2.124.167
SUBSÍDIOS AO INVESTIMENTO
OUTROS CUSTOS IMPOSTOS DONATIVOS
DÍVIDAS INCOBRÁVEIS
14
FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS
SUBCONTRATOS
2008
PESO %
2007
PESO %
117.932.054
65%
122.739.982
77%
TRABALHOS ESPECIALIZADOS
13.289.044
7%
5.297.835
3%
RENDAS E ALUGUERES
10.462.911
6%
6.712.703
4%
SEGUROS
2.156.943
1%
1.385.668
1%
CONBUSTÍVEIS
6.669.431
4%
4.609.612
3%
TRANSPORTE DE MERCADORIAS
2.530.243
1%
1.941.224
1%
CONSERVAÇÃO E REPARAÇÃO
4.469.845
2%
3.345.820
2%
COMUNICAÇÃO
3.153.676
2%
2.688.357
2%
ELECTRICIDADE
2.794.442
2%
1.863.771
1%
PUBLICIDADE
2.412.372
1%
1.421.460
1%
DESLOCAÇÕES E ESTADAS
2.011.631
1%
1.211.600
1%
12.536.982
7%
7.123.451
4%
180.419.574
7%
160.341.484
4%
OUTROS TOTAL
74
Demonstrações Financeiras consolidadas e respectivos anexos
A entrada de novas empresas no perímetro de consolidação veio contribuir para o aumento de algumas rubricas de fornecimentos e serviços externos, tais como:
> Trabalhos especializados – 1.081.428 euros > Rendas e alugueres – 895.121 euros > Combustíveis – 163.332 euros > Conservação e reparação – 83.735 euros
15
Para a variação das rubricas acima descritas, contribui significativamente o aumento da frota automóvel via leasing de algumas empresas da área das telecomunicações, tais como a Viatel, Constructel França, TV Cabo Angola e Visaconstroi. De destacar ainda a redução da rubrica de subcontratos, devido à conclusão das obras do Palácio do Gelo Shopping, o aumento da publicidade, principalmente devido à abertura do Palácio do Gelo Shopping, com a consequente promoção do complexo comercial e desportivo, e da rubrica deslocações e estadas, devido ao aumento das actividades do Grupo no exterior.
CUSTOS COM O PESSOAL 2008
ÓRGÃOS SOCIAIS
2007
1.903.936
1.147.864
SALÁRIOS
31.955.714
27.230.744
PRÉMIOS, REMUNERAÇÕES VARIÁVEIS
10.871.114
9.277.429
3.657.156
3.152.258
CONTRIBUIÇÕES PARA A SEGURANÇA SOCIAL SEGUROS OUTROS TOTAL
613.392
527.452
8.583.763
7.566.280
57.585.073
48.902.027
Durante o exercício de 2008, o número médio de colaboradores ao serviço do Grupo foi de 4.331 empregados, com a seguinte distribuição por sector de actividade e país: a) POR ÁREA DE ACTIVIDADE NÚMERO MÉDIO DE TRABALHADORES 2008 2007 GLOBAL
2.048
1.884
INDÚSTRIA
536
424
TURISMO
600
502
IMOBILIÁRIA
526
464
PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS
603
655
17
45
4.331
3.974
OUTROS NEGÓCIOS TOTAL
b) POR ÁREA GEOGRÁFICA NÚMERO MÉDIO DE TRABALHADORES 2008 2007 PORTUGAL
2.129
1.911
MOÇAMBIQUE
1.651
1.625
ANGOLA
469
369
FRANÇA
61
45
ESPANHA
1
6
BÉLGICA
15
17
5
1
4.331
3.974
OUTROS PAÍSES TOTAL
75
Anexo ao balanço e demonstração dos resultados consolidados
16
AMORTIZAÇÕES 2008
2007
AMORTIZAÇÕES INCORPÓREAS DESPESAS DE INSTALAÇÃO
117.650
17.366
DESPESAS DE INVESTIG.E DESENVOLVIMENTO
250.462
313.332
PROPRIEDADE INDUSTRIAL E O/ DIREITOS TOTAL AMORTIZAÇÕES INCORPÓREAS
40.330
41.601
408.441
372.300
AMORTIZAÇÕES CORPÓREAS TERRENOS E RECURSOS NATURAIS
96.637
94.361
EDIFÍCIOS E OUTRAS CONSTRUÇÕES
3.712.968
1.657.081
EQUIPAMENTO BÁSICO
3.851.708
3.603.670
EQUIPAMENTO DE TRANSPORTE
1.332.392
1.830.243
FERRAMENTAS E UTENSÍLIOS
1.440.804
888.730
468.842
948.880
EQUIPAMENTO ADMINISTRATIVO TARAS E VASILHAME
0
33.186
93.071
45.817
10.996.422
9.101.967
11.404.864
9.474.267
2008
2007
AUMENTOS NAS PROVISÕES E AJUSTAMENTOS
1.819.233
1.904.237
REDUÇÕES NAS PROVISÕES E AJUSTAMENTOS
-743.405
-829.506
AJUSTAMENTOS EM INVESTIMENTOS FINANCEIROS
1.884.636
0
TOTAL
2.960.463
1.074.730
2008
2007
-23.746.219
-12.551.403
-23.746.219
-12.551.403
1.007.405
3.223.494
1.007.405
3.223.494
-22.738.813
-9.327.908
2008
2007
-45.674.155
11.171.395
-48.134.107
0
OUTRAS IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS TOTAL AMORTIZAÇÕES CORPÓREAS TOTAL AMORTIZAÇÕES
17
18
PROVISÕES E AJUSTAMENTOS
JUROS, LÍQUIDOS
JUROS SUPORTADOS EMPRÉSTIMOS OBTIDOS JUROS OBTIDOS EMPRÉSTIMOS OBTIDOS
TOTAL
19
GANHOS EM ACTIVOS FINANCEIROS E OUTROS INVESTIMENTOS, LÍQUIDOS
ACTIVOS FINANCEIROS DETIDOS PARA NEGOCIAÇÃO (VER NOTA 26)
ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA - IMPARIDADE (VER NOTA 26)
DIVIDENDOS
21.746.329
44.356.021
JUROS DOS EMPRÉSTIMOS RELACIONADOS COM OS ACTIVOS FINANCEIROS
-18.436.250
-11.226.600
TOTAL
-90.498.184
44.300.816
76
Demonstrações Financeiras consolidadas e respectivos anexos
20
OUTROS CUSTOS FINANCEIROS, LÍQUIDOS
DIFERENÇAS DE CÂMBIO DESFAVORÁVEIS DESCONTOS DE PRONTO PAGAMENTO CONCEDIDOS
2008
2007
-13.476.929
-7.860.238
-62.551
-55.440
OUTROS CUSTOS
-3.403.339
-2.222.032
DIFERENÇAS DE CÂMBIO FAVORÁVEIS
12.764.067
7.028.318
DESCONTOS DE PRONTO PAGAMENTO OBTIDOS
176.523
362.348
OUTROS PROVEITOS
558.901
5.672
-3.443.329
-2.741.373
2008
2007
TOTAL
21
IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO
IMPOSTO CORRENTE
-1.605.626
-3.698.528
IMPOSTO DIFERIDO
5.601.277
-1.210.540
IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO DO EXERCÍCIO
3.995.651
-4.909.068
2008
2007
ACTIVO POR IMPOSTO DIFERIDO INSTRUMENTOS FINANCEIROS RESULTADOS NÃO REALIZADOS EM OPERAÇÕES INTRA-GRUPO IMPOSTOS DIFERIDOS DE AJUSTAMENTOS ÀS CONTAS DE IMOBILIZADO
1.012.380
0
133.552
136.027
87.701
69.042
BENEFICIOS FISCAIS
1.797.720
1.973.241
PREJUÍZOS FISCAIS
3.397.873
1.829.083
PROVISÕES TRIBUTADAS OUTROS TOTAL ACTIVO POR IMPOSTO DIFERIDO
250.079
1.419
0
10.060
6.679.304
4.018.873
PASSIVO POR IMPOSTO DIFERIDO VARIAÇÕES CAMBIAIS DIFERENÇA PARA O JUSTO VALOR DOS TERRENOS JUSTO VALOR DOS ACTIVOS DETIDOS PARA NEGOCIAÇÃO DIFERENÇA PARA O JUSTO VALOR DE PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO (MOB II) RESERVAS DE REAVALIAÇÃO LIVRES RESERVAS DE REAVALIAÇÃO LEGAIS
491.749
534.123
3.604.636
3.618.501
0
2.960.420
180.679
164.600
6.628.941
6.682.474
32.474
51.705
1.140.016
1.135.379
12.078.495
15.147.202
2008
2007
RESULTADO CONSOLIDADO ANTES DE IMPOSTO
12.886.183
63.130.905
IMPOSTO CORRENTE SOBRE OS RESULTADOS DO EXERCÍCIO
-1.605.626
-3.698.528
-2.475
-2.288
OUTROS AJUSTAMENTOS DECORRENTES DA CONSOLIDAÇÃO TOTAL PASSIVO POR IMPOSTO DIFERIDO
DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS
IMPOSTO DIFERIDO RESULTADOS NÃO REALIZADOS EM OPERAÇÕES INTRA-GRUPO INSTRUMENTOS FINANCEIROS
1.012.380
-
BENEFICIOS FISCAIS
-175.521
-100.052
PREJUÍZOS FISCAIS
1.438.870
1.479.985
RESERVAS DE REAVALIAÇÃO LIVRES
154.105
135.014
RESERVAS DE REAVALIAÇÃO LEGAIS
17.437
4.039
2.960.420
-2.960.420
-16.078
-16.078
0
1.494
JUSTO VALOR DOS ACTIVOS DETIDOS PARA NEGOCIAÇÃO DIFERENÇA PARA O JUSTO VALOR DE PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO REAVALIAÇÃO DOS ACTIVOS IMOBILIZADOS PROVISÕES TRIBUTADAS VARIAÇÕES CAMBIAIS OUTROS RESULTADO LÍQUIDO CONSOLIDADO DO EXERCÍCIO COM INTERESSES MINORITÁRIOS
248.660
241
54.246
50.619
-90.766
196.906
16.881.834
58.221.838
77
Anexo ao balanço e demonstração dos resultados consolidados
22
IMOBILIZADO CORPÓREO TERRENOS
EDIFÍCIOS
EQUIPAMENTO BÁSICO
EQUIPAMENTO TRANSPORTE
FERRAMENTAS E UTENSÍLIOS
EQUIPAM. OUTRAS IMOB. ADMINISTRAT. CORPÓREAS
IMOBILIZAÇÕES ADIANT. POR EM CURSO CONTA DE IMOB.
A 31 DE DEZEMBRO DE 2007 CUSTOS DE AQUISIÇÃO AMORTIZAÇÕES ACUMULADAS
11.327.637 108.004.585 512.125 18.441.234
55.859.679 25.070.119
16.676.007 10.475.513
16.257.364 8.356.314
7.922.925 6.719.335
423.205 169.518
112.908.762 0
0 0
329.380.164 69.744.157
IMOBILIZADO LÍQUIDO
10.815.512
89.563.352
30.789.560
6.200.494
7.901.050
1.203.591
253.687
112.908.762
0
259.636.008
SALDO INICIAL A 1 DE JANEIRO DE 2008 AUMENTOS ALIENAÇÕES/TRANSFERÊNCIAS ALTERAÇÕES AO PERÍMETRO AMORTIZAÇÕES DO EXERCÍCIO
10.815.512 3.305 3.688.524 13.935 96.637
89.563.352 2.078.584 28.269.822 104.332 4.688.836
30.789.560 4.707.390 7.048.800 137.353 3.851.708
6.200.494 4.288.368 -1.053.611 836.923 1.332.392
7.901.050 5.493.245 109.269 28.956 1.440.804
1.203.591 820.925 1.250.791 54.582 468.842
253.687 115.468 153.148 9.230 93.071
112.908.762 53.454.627 -133.924.734 10.791.710 0
0 3.331.973 0 0 0
259.636.008 74.293.885 -94.457.992 11.977.021 11.972.290
SALDO FINAL A 31 DE DEZEMBRO DE 2008
14.424.638 115.327.254
38.831.394
8.939.782
12.091.716
2.861.047
438.462
43.230.365
3.331.973
239.476.632
A 31 DE DEZEMBRO DE 2008 CUSTOS DE AQUISIÇÃO AMORTIZAÇÕES ACUMULADAS
15.031.124 138.010.487 606.486 22.683.233
67.788.550 28.957.155
20.514.942 11.575.160
22.679.166 10.587.450
8.710.202 5.849.155
527.622 89.160
43.230.365 0
3.331.973 0
319.824.431 80.347.799
IMOBILIZADO LÍQUIDO
14.424.638 115.327.254
38.831.394
8.939.782
12.091.716
2.861.047
438.462
43.230.365
3.331.973
239.476.632
BENS DETIDOS EM LOCAÇÃO FINANCEIRA 2008
2007
EDIFÍCIOS E OUTRAS CONSTRUÇÕES
1.937.489
67.990
EQUIPAMENTO BÁSICO
6.293.278
3.485.666
EQUIPAMENTO DE TRANSPORTE
2.383.439
2.015.190
FERRAMENTAS E UTENSÍLIOS
2.212.997
691.059
251.240
67.533
13.078.443
6.327.438
EQUIPAMENTO ADMINISTRATIVO TOTAL
VALOR AQUISIÇÃO
AMORTIZAÇÕES ACUMULADAS
2008 VALOR LÍQUIDO
2007 VALOR LÍQUIDO
13.140.175
1.400.070
11.740.105
5.749.297
1.497.301
158.963
1.338.338
578.141
14.637.476
1.559.033
13.078.443
6.327.438
PORTUGAL MOÇAMBIQUE TOTAL
INVESTIMENTO EM IMOBILIZADO CORPÓREO Os investimentos mais relevantes em imobilizado corpóreo de 2008 foram os seguintes: Global Na área das telecomunicações e construção, o investimento realizado na Edivisa respeita fundamentalmente à aquisição de novos equipamentos para a área de infra-estruturas. Na Viatel, o investimento efectuado focaliza-se na aquisição de novos equipamentos, com as rubricas de equipamento de transporte e ferramentas e utensílios a absorverem os maiores valores. Indústria Na área da indústria, depois do ciclo de fortes investimentos dirigidos à maior eficiência operacional, com apostas na qualidade e na adequação ambiental das unidades, iniciou-se uma nova fase, caracterizada pela política selectiva e integrada de análise e aprovação de aplicações em capital fixo, de forma a assegurar a plena competitividade dos seus activos. Assim, em 2008, o investimento em activo fixo resumiu-se apenas aos novos equipamentos adquiridos pela MOB que, para além de substituírem os que foram enviados para a unidade de Angola, permitirão oferecer novos produtos e de valor acrescentado.
78
Turismo A área do turismo foi a principal responsável pelo acréscimo verificado no investimento. Com efeito, a Movida investiu cerca de 32,2 milhões de euros na conclusão das obras de ampliação do Palácio do Gelo Shopping, cuja abertura ocorreu a 15 de Abril 2008. Destaque-se ainda para o investimento realizado pelo Ródia nas unidades de restauração inseridas no Palácio do Gelo Shopping, nomeadamente o Rodízio do Gelo e a nova Cervejaria Antártida. Em Moçambique, o valor mais significativo de investimento foi realizado pela Turvisa, que deu continuidade ao conjunto de obras já iniciadas no ano anterior, nomeadamente na ampliação do resort turístico Girassol Indy Village. Participações Financeiras Na área de comércio e serviços, o destaque vai para a PDA, que teve um investimento de 2,8 milhões de euros na aquisição de terrenos.
TOTAL
Demonstrações Financeiras consolidadas e respectivos anexos
IMOBILIZADO CORPÓREO EM CURSO O imobilizado em curso teve uma diminuição de 69,6 milhões de euros cifrando-se, no final de 2008, em 43,2 milhões euros. No mercado nacional, a grande fatia pertence à área do turismo, dos quais 15,3 milhões de euros dizem respeito ao Palácio do Gelo Shopping, nomeadamente a acabamentos no ForLife e equipamentos para implementação do sistema de cogeração. De salientar o investimento na Pinewells, a qual procedeu à construção de uma fábrica para transformação e produção de pellets (combustível sólido de granulado de resíduos de madeira prensado).
23
Na área das participações financeiras, a PDA tem 13,5 milhões de euros em imobilizado em curso, referente à aquisição de terrenos para construção do Parque Desportivo de Aveiro. Em Angola, estão em curso investimentos de 1 milhão de euros no projecto da TV Cabo para distribuição de sinal por cabo na cidade de Luanda e construção de uma rede bidireccional de distribuição de banda larga para exploração de serviços de multimédia interactivos. Neste mercado estão também em curso investimentos no arranque de unidades industriais (1,3 milhões de euros).
GOODWILL ANO DE AQUISIÇÃO
VALOR DO GOODWILL 2008 2007
VIATEL - TECNOLOGIA DE COMUNICAÇÕES, SA
1997, 2002
14.997.178
VISABEIRA MOÇAMBIQUE, SARL
2001, 2002
3.390.676
3.390.677
1992, 1998, 2002
3.116.383
3.116.383
GRANBEIRA - SOCIEDADE EXPLORAÇÃO COMERCIALIZAÇÃO GRANITOS, SA EMPREENDIMENTOS TURÍSTICOS MONTEBELO, SA GRANBEIRA II - ROCHAS ORNAMENTAIS, SA
14.997.178
1998, 2002
2.518.558
2.518.558
1992, 1998, 2001, 2002
2.105.101
2.105.072
1998, 2002
1.320.221
1.320.221
2005
894.659
0
1993, 2002
888.354
888.362 0
MOB - INDÚSTRIA DE MOBILIÁRIO, SA PDA - PARQUE DESPORTIVO DE AVEIRO, SA* EDIVISA - EMPRESA DE CONSTRUÇÕES, SA GATEL, SAS
2008
869.778
ELECTROTEC - PROJECTOS, EXECUÇÃO E GESTÃO DE REDES DE ENERGIA, LDA*
2007
768.337
0
1993, 2002
401.130
401.130
1.165.900
1.245.159
32.436.277
29.982.740
CERUTIL - CERÂMICAS UTILITÁRIAS, SA OUTROS TOTAL
* O goodwill da PDA e Electrotec foi apurado em anos anteriores, sendo que este ano as empresas passaram a ser consolidadas integralmente.
Relativamente à aquisição do ano, o goodwill foi apurado da seguinte forma: GATEL DATA DA AQUISIÇÃO ACTIVOS INTANGÍVEIS ACTIVOS TANGÍVEIS ACTIVO CORRENTE OUTROS ACTIVOS CORRENTES
01-07-2008 3.413 372.262 2.135.305 7.643
TOTAL DO ACTIVO
2.518.623
PASSIVOS CORRENTES
1.521.080
TOTAL DO PASSIVO
1.521.080
VALOR CONTABILÍSTICO DOS ACTIVOS LÍQUIDOS ADQUIRIDOS
997.543
GOODWILL
869.778
PREÇO DE COMPRA
1.867.321
Tal como previsto na IFRS 3, o valor do goodwill foi calculado de forma provisória, podendo ser ajustado nos 12 meses a partir da data de aquisição. Não obstante, o Grupo Visabeira não prevê ajustamentos significativos. Para efeitos da análise da imparidade, o goodwill foi distribuído pelas unidades geradoras de caixa, as quais correspondem aos segmentos de negócio reportáveis. O Conselho de Administração, suportado no valor dos fluxos de caixa previsionais daqueles segmentos, descontados à taxa considerada aplicável a cada negócio, concluiu que, em 31 de Dezembro de 2008, o valor contabilístico dos investimentos financeiros, incluindo o goodwill, não excede o seu valor recuperável, sendo de realçar relativamente ao goodwill alocado ao negócio desenvolvido pela Viatel, o EBITDA desta empresa: 2008: 5,5 milhões de euros; 2007: 5,8 milhões de euros.
79
Anexo ao balanço e demonstração dos resultados consolidados
24
PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO
SALDO INICIAL
2008
2007
2.218.000
2.218.000
ADIÇÕES
96.392.911
0
ALTERAÇÃO NO JUSTO VALOR
93.940.574
0
TOTAL
192.551.486
2.218.000
PALÁCIO DO GELO
188.385.000
0
EDIFÍCIO MOB 2
2.218.000
2.218.000
VISABEIRA IMOBILIÁRIA SA (ARRENDAMENTOS)
1.948.486
0
192.551.486
2.218.000
TOTAL
As propriedades de investimento estão mensuradas ao justo valor, determinado com base em avaliações realizadas por entidades independentes, de acordo com o método de rendimento, com referência à data de balanço. A avaliação do Palácio do Gelo Shopping teve como base os seguintes pressupostos: 2008 TAXA DE DESCONTO
6,3% - 6,7%
TAXA DE OCUPAÇÃO
98%
TAXA DE CRESCIMENTO DAS RENDAS VARIÁVEIS
8%
TAXA DE CRESCIMENTO DA PERPETUIDADE
2%
Uma descida (aumento) de 0,5 p.p. na taxa de desconto aumentaria (reduziria) o valor da avaliação para 216,4 milhões de euros (176,2 milhões de euros).
(-8 p.p. na ocupação e mais 0,5 p.p. na taxa de desconto) e num valor máximo de 218,2 milhões de euros (1 p.p. na ocupação e menos 0,5 p.p. na taxa de desconto). Uma descida da taxa de crescimento das rendas variáveis para 2,2% traduzir-se-ia num valor de 192,7 milhões de euros (174,9 milhões de euros, conjugada com aumento da taxa de desconto de 0,5 p.p., e 214,8 milhões de euros, conjugada com uma diminuição da mesma magnitude). Desde a data da inauguração, em 15 de Abril de 2008, até 31 de Dezembro de 2008, o valor das rendas dos espaços comerciais do Palácio do Gelo Shopping ascendeu a cerca de 7,1 milhões de euros, tendo o número de visitantes ascendido a 6 milhões. A taxa de ocupação em 31 de Dezembro é de 94%. O Grupo não prevê, nos próximos anos, obter um resultado tão significativo através da construção e desenvolvimento de propriedades de investimento e consequente valorização ao justo valor.
Uma descida (aumento) de 8 p.p. (1 p.p.) na taxa de ocupação das lojas reduziria (aumentaria) o valor da avaliação para 181,2 milhões de euros (195,7 milhões de euros). Estas variações nas taxas de ocupação, conjugadas com as variações indicadas na análise de sensibilidade da taxa de desconto, traduzem-se num valor mínimo de 164,6 milhões de euros
25
IMOBILIZADO INCORPÓREO DESPESAS DE I&D
OUTROS
IMOBILIZAÇÕES EM CURSO
TOTAL
CUSTOS DE AQUISIÇÃO
966.116
-139.386
10.000
836.729
AMORTIZAÇÕES ACUMULADAS
857.146
-811.651
0
45.495
IMOBILIZADO LÍQUIDO
108.969
672.265
10.000
791.234
SALDO INICIAL A 1 DE JANEIRO DE 2008
791.234
A 31 DE DEZEMBRO DE 2007
108.969
672.265
10.000
AUMENTOS
270.141
233.104
76.179
579.424
AMORTIZAÇÕES DO EXERCÍCIO
250.462
157.980
0
408.441
128.649
747.389
86.179
962.216
SALDO FINAL A 31 DE DEZEMBRO DE 2008 A 31 DE DEZEMBRO DE 2008 CUSTOS DE AQUISIÇÃO
1.032.375
-166.708
86.179
951.845
AMORTIZAÇÕES ACUMULADAS
903.726
-914.097
0
-10.371
IMOBILIZADO LÍQUIDO
128.649
747.389
86.179
962.216
80
Demonstrações Financeiras consolidadas e respectivos anexos
26
ACTIVOS FINANCEIROS DETIDOS PARA VENDA VALOR DE BALANÇO
2007 RESERVA JUSTO VALOR
211.130.963
-31.992.502
-99.611.153
0
143.512.312
0
0
-23.039.775
0
100.148.701
63.430.432
-7.460.194
0
-48.134.108
25.963.081
274.561.395
-39.452.696
-122.650.928
-48.134.108
269.624.094
RESERVA JUSTO VALOR
IMPARIDADE
2008 VALOR DE BALANÇO
PARTICIPAÇÕES NO CAPITAL PORTUGAL TELECOM EDP ZON MULTIMÉDIA TOTAL
Tal como descrito na Nota 4, ao abrigo na emenda à IAS 39 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração e IFRS 7 – Instrumentos Financeiros: Divulgações, emitida pelo IASB em Outubro de 2008, o Grupo procedeu à reclassificação das acções da EDP da categoria de detidas para negociação para a categoria de disponível para venda. A reclassificação foi efectuada com efeitos a 1 de Julho de 2008. Tal como previsto no parágrafo 50C da norma emendada, o valor da cotação das acções da EDP a 1 de Julho de 2008 passa a ser considerado o seu novo
27
custo, sendo que a menos valia potencial ocorrida no primeiro semestre de 2008 foi reconhecida nos resultados do exercício – ver Nota 18. Em 31 de Dezembro de 2008, as menos valias potenciais, face às cotações de final de ano das acções na Portugal Telecom e na EDP, foram registadas nas reservas de justo valor por se entender que não estavam reunidas as condições de imparidade (ver Nota 2.5.1).
EXISTÊNCIAS MATÉRIAS PRIMAS
MERCADORIAS
PRODUTOS ACABADOS
PRODUTOS TRABALHOS EM CURSO
ADIANT. P/ CONTA DE COMPRAS
TOTAL
22.606.563
7.648.775
32.885.418
45.216.768
3.417.192
111.774.717
0
-180.957
0
0
0
-180.957
22.606.563
7.467.819
32.885.418
45.216.768
3.417.192
111.593.761
20.320.090
11.862.897
44.279.849
44.697.959
3.420.979
124.581.774
0
-187.813
0
0
0
-187.813
20.320.090
11.675.084
44.279.849
44.697.959
3.420.979
124.393.961
31 DE DEZEMBRO DE 2007 CUSTO DE AQUISIÇÃO AJUSTAMENTOS EXISTÊNCIAS AO MAIS BAIXO ENTRE O CUSTO DE AQUISIÇÃO E VALOR DE REALIZAÇÃO 31 DE DEZEMBRO DE 2008 CUSTO DE AQUISIÇÃO AJUSTAMENTOS EXISTÊNCIAS AO MAIS BAIXO ENTRE O CUSTO DE AQUISIÇÃO E VALOR DE REALIZAÇÃO
28
CLIENTES E OUTROS DEVEDORES
CLIENTES - CONTA CORRENTE CLIENTES - TITULOS A RECEBER
2008
2007
121.384.846
117.322.055
0
100.163
CLIENTES - SALDOS DE COBRANÇA DUVIDOSA
7.613.379
6.234.142
SALDOS DEVEDORES DE FORNECEDORES
1.366.127
1.291.461
PESSOAL
558.091
126.283
OUTROS
31.933
3.215
130.954.376
125.077.319
-7.459.781
-6.183.675
123.494.595
118.893.644
AJUSTAMENTOS DE DÍVIDAS A RECEBER TOTAL
A exposição do Grupo ao risco de crédito é atribuível às contas a receber derivadas da sua actividade operacional. Os montantes apresentados no balanço encontram-se líquidos das perdas de imparidade acumuladas para cobranças duvidosas, que foram estimadas pelo Grupo de acordo com a sua experiência e com base na
sua avaliação da conjuntura e envolvente económica. O Conselho de Administração entende que o valor contabilístico das contas a receber é próximo do seu justo valor. O Grupo não tem uma concentração significativa de riscos de crédito, dado que o risco se encontra diluído por um vasto conjunto de clientes.
81
Anexo ao balanço e demonstração dos resultados consolidados
29
ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS 2008
ACTIVO 2007
IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO
1.248.892
2.114.276
69.315
10.145
RETENÇÕES DE IMPOSTOS S/ RENDIMENTOS DE TERCEIROS
2.849.229
9.267.978
313.289
298.034
IMPOSTO SOBRE O VALOR ACRESCENTADO
4.064.709
5.809.272
714.945
2.024.318
150.262
0
790.122
611.539
8.313.093
17.191.525
1.887.671
2.944.035
2008
2007
29.776.494
19.062.704
1.510.797
1.284.162
0
598.022
ESPECIALIZAÇÃO DE SEGUROS E JUROS
1.026.518
364.964
EMPRESAS DO GRUPO - EMPRÉSTIMOS
543.756
0
CONTRIBUIÇÕES PARA A SEGURANÇA SOCIAL TOTAL
30
2008
PASSIVO 2007
OUTROS ACTIVOS CORRENTES E NÃO CORRENTES
CORRENTES ESPECIALIZAÇÃO DA MARGEM ADIANTAMENTOS A FORNECEDORES CAUÇÕES
EMPRESAS ASSOCIADAS - EMPRÉSTIMOS
1.852.866
0
OUTROS DEVEDORES
4.455.684
8.995.441
OUTRAS ESPECIALIZAÇÕES
2.847.553
3.088.579
EMPRESAS PARTICIPADAS - EMPRÉSTIMOS
18.798.573
35.744
TOTAL
60.812.242
33.429.616
O valor das cauções respeita a cauções de garantia relativas a obras realizadas ou serviços prestados a clientes.
31
O valor da especialização de margem diz respeito a proveitos incorridos em 2008 mas apenas facturados em 2009 e está essencialmente relacionado com o negócio das telecomunicações.
ACTIVOS FINANCEIROS DETIDOS PARA NEGOCIAÇÃO 2008
VALOR DE BALANÇO 2007
EDP
0
167.450.348
BCP
1.141.000
1.892.736
TOTAL
1.141.000
169.343.084
2008
2007
22.460.960
19.312.244
PARTICIPAÇÕES NO CAPITAL
32
CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA
DEPÓSITOS À ORDEM CAIXA
2.243.029
917.853
DEPÓSITOS A PRAZO
6.626.841
2.004.855
118.800
213.910
498
43.709
31.450.127
22.492.572
TITULOS NEGOCIÁVEIS APLICAÇÕES DE TESOURARIA TOTAL
82
Demonstrações Financeiras consolidadas e respectivos anexos
33
CAPITAL SOCIAL
O capital social autorizado está representado por 23.025.126 acções ao portador, com o valor nominal unitário de cinco euros, e está realizado no montante de 115.125.630 euros.
34
Em 31 de Dezembro de 2008, o accionista maioritário Fernando Campos Nunes detinha 74,0104 % do Grupo Visabeira, possuindo 17.040.985 acções.
RESULTADOS POR ACÇÃO 2008
2007
RESULTADO LÍQUIDO DO ANO PARA EFEITO DO CÁLCULO
15.243.437
56.797.808
Nº MÉDIO PONDERADO DE ACÇÕES PARA EFEITO DO CÁLCULO
23.025.126
23.025.126
0,6620
3,0407
RESULTADO LÍQUIDO DO ANO PARA EFEITO DO CÁLCULO
15.243.437
56.797.808
Nº MÉDIO PONDERADO DE ACÇÕES PARA EFEITO DO CÁLCULO
23.025.126
23.025.126
0,6620
3,0407
BÁSICO
RESULTADO POR ACÇÃO BÁSICO DILUÍDO
RESULTADO POR ACÇÃO DILUÍDO
35
RESULTADOS RETIDOS E OUTRAS RESERVAS
RESULTADOS RETIDOS RESERVAS RESERVAS DE CONVERSÃO CAMBIAL TOTAL
A legislação comercial portuguesa estabelece que se deve transferir para reserva legal 5% dos lucros líquidos até que esta represente pelo menos 20% do capital. Esta reserva não é distribuível e só pode ser utilizada
36
2008
2007
141.018.249
127.728.340
-116.504.460
-34.646.753
-13.227.485
-13.105.549
11.286.304
79.976.038
para incorporação no capital ou para cobrir prejuízos, depois de esgotadas todas as outras reservas.
INTERESSES MINORITÁRIOS % INTERESSES MINORITÁRIOS 2008 2007
VALOR DO BALANÇO 2008 2007
RESULTADOS ATRIBUÍDOS 2008 2007
AMBITERMO, SA
49,00
49,00
1.672.955
1.529.304
408.650
156.680
MARMONTE, SARL
20,00
20,00
61.757
158.027
-58.293
-36.328
PDA, SA
45,43
-
1.864.251
-
-25.681
-
TELEVISA, LDA
50,00
50,00
383.272
382.707
43.084
41.413
TV CABO ANGOLA, LDA
50,00
50,00
2.288.877
1.353.990
919.954
811.909
TV CABO MOÇAMBIQUE, LDA
50,00
50,00
349.754
317.466
127.490
179.179
VISABEIRA, LDA
40,00
40,00
2.463.996
2.052.479
372.342
207.912
1.291.621
1.138.221
-149.150
59.968
10.376.481
6.932.194
1.638.397
1.420.732
OUTROS TOTAL
83
Anexo ao balanço e demonstração dos resultados consolidados
37
ENDIVIDAMENTO CORRENTE
2008 NÃO CORRENTE
PAPEL COMERCIAL
52.000.000
EMPRÉSTIMOS BANCÁRIOS
50.155.070
EMPRÉSTIMOS POR OBRIGAÇÕES SUBSÍDIOS REEMBOLSÁVEIS LOCAÇÃO FINANCEIRA TOTAL
CORRENTE
2007 NÃO CORRENTE
400.000.000
0
430.000.000
78.250.854
49.015.215
29.411.523
0
60.000.000
0
60.000.000
959.842
5.103.305
1.053.960
2.771.495
8.072.540
66.791.161
5.705.665
71.718.765
111.187.452
610.145.319
55.774.840
593.901.783
37.1 PAPEL COMERCIAL À data de 31 de Dezembro, estava integralmente subscrita a vigésima emissão de papel comercial de 40 milhões de euros, subscrito pelo Grupo Visabeira (9 milhões de euros); Visabeira Participações Financeiras (18 milhões de euros); Visabeira Turismo (9 milhões de euros); Edivisa (4
MONTANTE DURAÇÃO
40.000.000 5 ANOS
N.º EMISSÕES
20
DATA SUBSCRIÇÃO EMISSÃO EM VIGOR
23-12-2008
DATA DE LIQUIDAÇÃO
22-06-2009
MOEDA EURIBOR 6 MESES
milhões de euros), com a duração de cinco anos, cujas emissões deixaram de ser objecto de notação de rating (contudo a notação mantém-se em A2, com tendência estável) mas mantêm o compromisso de tomada firme, encontrando-se registado na conta de empréstimos de curto prazo.
EUR 3,17%
SPREAD DE COLOCAÇÃO
Com o objectivo de adquirir acções da EDP, PT e ZON Multimédia, o Grupo Visabeira contratou ainda os seguintes papeis comerciais, pelo
1%
prazo de 6 meses, renováveis pelo mesmo período até 5 anos, indexados à Euribor a 3 e 6 meses: MONTANTE
DATA LIQUIDAÇÃO
SPREAD
GRUPO VISABEIRA, SGPS, SA
240.000.000
26-04-2012
0,30%
GRUPO VISABEIRA, SGPS, SA
75.000.000
05-06-2012
0,30%
VISABEIRA IMOBILIÁRIA, SGPS, SA
50.000.000
05-06-2012
0,30%
MONTANTE
DATA LIQUIDAÇÃO
SPREAD
GRUPO VISABEIRA, SGPS, SA
5.000.000
16-07-2012
0,50%
GRUPO VISABEIRA, SGPS, SA
4.500.000
14-12-2011
0,50%
GRUPO VISABEIRA, SGPS, SA
3.000.000
28-02-2012
0,45%
GRUPO VISABEIRA, SGPS, SA
10.000.000
02-01-2013
0,75%
VIATEL, SA
3.000.000
21-12-2011
0,30%
VIATEL, SA
3.000.000
19-06-2011
0,55%
VISABEIRA IMOBILIÁRIA, SGPS, SA
4.000.000
16-07-2012
0,50%
VISABEIRA TURISMO, SGPS, SA
7.500.000
07-09-2012
0,375%
VISABEIRA TURISMO, SGPS, SA
7.500.000
29-05-2013
0,80%
TOTAL
365.000.000
Foram contratados ainda os seguintes programas de emissão de papel comercial com compromisso de tomada firme:
TOTAL
84
47.500.000
Demonstrações Financeiras consolidadas e respectivos anexos
37.2 EMPRÉSTIMOS BANCÁRIOS CORRENTE
2008 NÃO CORRENTE
2007 NÃO CORRENTE
CORRENTE
DESCOBERTOS BANCÁRIOS AUTORIZADOS
770.677
0
6.729.078
0
PORTUGAL
686.875
0
4.999.104
0
83.802
0
1.729.974
0
EMPRÉSTIMOS OBTIDOS
49.384.394
78.250.854
42.286.137
29.411.523
PORTUGAL
34.933.615
53.946.293
29.866.208
21.115.509
3.518.708
15.255.094
4.834.151
7.184.868
ANGOLA
10.747.490
9.049.467
7.565.619
1.098.962
OUTROS
184.582
0
20.158
12.184
50.155.070
78.250.854
49.015.215
29.411.523
MOÇAMBIQUE
MOÇAMBIQUE
TOTAL
37.3 LOCAÇÃO FINANCEIRA
PORTUGAL MOÇAMBIQUE FRANÇA TOTAL
CORRENTE
2008 NÃO CORRENTE
CORRENTE
2007 NÃO CORRENTE
7.241.073
66.484.905
5.493.518
71.442.432
765.829
286.059
212.147
276.333
65.637
20.196
0
0
8.072.540
66.791.161
5.705.665
71.718.765
37.4 DÍVIDA DE MÉDIO E LONGO PRAZO PORTUGAL
MOÇAMBIQUE
ANGOLA
OUTROS
TOTAL
2010
20.393.196
696.208
4.394
20.196
21.113.994
2011
11.554.985
64.258
0
0
11.619.243
2012
390.114.784
463.666
808.364
0
391.386.815
2013
78.816.447
3.983.829
558.869
0
83.359.145
2014 E ANOS SEGUINTES
84.655.091
10.333.191
7.677.840
0
102.666.122
585.534.503
15.541.153
9.049.467
20.196
610.145.319
TOTAL
38
FORNECEDORES E OUTROS CREDORES 2008
2007
FORNECEDORES - CONTA CORRENTE
79.554.712
76.988.468
FORNECEDORES - TÍTULOS A PAGAR
45.522
133.523
5.676.596
2.816.708
604.818
498.821
85.881.648
80.437.519
SALDOS CREDORES DE CLIENTES OUTROS TOTAL
85
Anexo ao balanço e demonstração dos resultados consolidados
39
OUTROS PASSIVOS CORRENTES E NÃO CORRENTES 2008
2007
67.316.372
71.718.765
67.316.372
71.718.765
NÃO CORRENTES FORNECEDORES DE IMOBILIZADO CORRENTES FACTORING
48.424.147
41.401.296
CUSTOS INCORRIDOS A FACTURAR EM ANOS SEGUINTES
7.961.956
4.997.369
ADIANTAMENTOS DE CLIENTES
8.522.995
6.497.523
SUBSÍDIOS AO INVESTIMENTO
3.881.820
2.978.554
10.313.944
5.750.920
FORNECEDORES DE IMOBILIZADO REMUNERAÇÕES A LIQUIDAR ESPECIALIZAÇÃO DA MARGEM ACCIONISTAS - EMPRÉSTIMOS OUTRAS EMPRESAS ASSOCIADAS E PARTICIPADAS OUTROS CREDORES
TOTAL
A dívida ao factoring resulta da cobrança de dívidas sobre clientes na modalidade sem recurso. O valor dos custos incorridos em 2008 mas apenas facturados em 2009, está essencialmente relacionado com o negócio das telecomunicações.
4.361.381
3.551.250
33.566.143
13.869.957
265
265
161.151
52.347
11.884.717
4.131.415
129.078.518
83.230.896
196.394.890
154.949.662
Caso a taxa de juro média suportada tivesse, em 2008, sido superior (inferior) em 0,5 p.p., os custos financeiros líquidos teriam sido superiores (inferiores) em aproximadamente 3,5 milhões de euros. Risco da Taxa de Câmbio O Grupo procura a cobertura natural da exposição em moeda estrangeira, tendo optado por este instrumento financeiro derivado negociado em OTC pela sua flexibilidade e eficácia na cobertura.
40
INSTRUMENTOS FINANCEIROS
Risco da Taxa de Juro O Grupo Visabeira contratou, em Março de 2007, um swap macrocobertura de taxa de juro, trocando o indexante variável Euribor por uma taxa fixa, segurando deste modo a dívida remunerada a esse indexante, para um valor nocional global de 43 milhões de euros, tendo-se fixado a taxa de juro em 2,97%, com maturidade a ocorrer em 15 de Setembro de 2011. Neste swap, os subscritores recebem trimestralmente Euribor a 90 dias e pagam 2,97% no 1.º e 2.º trimestre, e nos restantes pagam 2,97% mais uma fixação condicional. O Grupo Visabeira contratou ainda em Julho de 2007, um outro swap de taxa de juro para um montante nominal de 30 milhões de euros, tendo-se fixado a taxa de juro em 3,65%, com maturidade a ocorrer em 30 de Julho de 2014. Ou seja, os subscritores recebem trimestralmente Euribor a 90 dias e pagam 3,65% mais uma fixação condicional, até à data de maturidade do swap. O valor deste swap, à data de 31 de Dezembro de 2008, ascende a -3.820.300 euros. Desta forma, os contratos de swap em vigor à data de 31 de Dezembro de 2008 e 2007 eram os seguintes:
Individualmente, o maior risco cambial a que o Grupo está sujeito situa-se ao nível dólar americano/metical e dólar americano/kwanza, sendo que umas estarão curtas e outras longas em dólar americano. O Grupo está a negociar no mercado uma solução de compensação destes riscos, baseada numa transferência dos fluxos positivos para as empresas que apresentam o mesmo valor de fluxo simétrico. Quanto ao risco de participações financeiras no exterior, quer em termos de capital quer em termos de prestações suplementares, não é relevante, uma vez que o envolvimento de capital próprio do Grupo não é representativo no total das participações agregadas. Caso a taxa média de câmbio do kwanza face ao euro tivesse, durante 2008, sofrido uma desvalorização (valorização) de 10%, as diferenças cambiais líquidas teriam sido desfavoravelmente (favoravelmente) influenciadas em aproximadamente 2 milhões de euros. Risco de Crédito A política do Grupo relativamente à atribuição de plafonds à concessão de crédito, quer em termos nacionais quer em termos internacionais, é feita através de recurso a empresas especializadas em cobertura de risco de crédito. 2008 E 2007 OBJECTIVO ECONÓMICO
VALOR NOMINAL
TIPO DE OPERAÇÃO
MATURIDADE MÉDIA
SWAP TRIPLE PLAY RANGE ACCRUAL
43.000.000
INTEREST RATE SWAP
4,5 ANOS
ELIMINAR O RISCO DE VARIAÇÃO DA TAXA DE JURO EM FINANCIAMENTOS
SWAP EURIBOR RANGE ACCRUAL
30.000.000
INTEREST RATE SWAP
7 ANOS
ELIMINAR O RISCO DE VARIAÇÃO DA TAXA DE JURO EM FINANCIAMENTOS
2007 VALOR DE BALANÇO
VARIAÇÃO NO VALOR DE MERCADO (RESULTADOS)
2008 VALOR DE BALANÇO
457.293
-291.082
166.211
64.277
-3.519.178
-3.454.901
SWAP TRIPLE PLAY RANGE ACCRUAL SWAP EURIBOR RANGE ACCRUAL
86
Demonstrações Financeiras consolidadas e respectivos anexos
Excluindo os organismos estatais e os clientes com notação de risco nacional e internacional superior, refira-se que a exposição média de risco interno ascende a 20%. Porém, uma análise detalhada à variação das provisões anuais demonstra claramente a (quase) inexistência de risco cliente. Acresce que o Grupo possui acesso às principais bases de dados do mercado que, juntamente com o seu corpo de análise técnica, lhe permitem ajuizar e minimizar claramente o risco creditício. Risco de Liquidez Este risco pode ocorrer se as fontes de financiamento (disponibilidades, fluxos de caixas libertos pelas operações, encaixes decorrentes de desinvestimentos, linhas de crédito, entradas de accionistas) não satisfizerem as necessidades existentes, de forma a cumprir com as obrigações decorrentes das actividades operacionais e de financiamento, os investimentos e o reembolso da dívida. Como forma de mitigar este risco, o Grupo Visabeira procura manter uma posição líquida e uma maturidade média que lhe permita adequar a libertação de fundos ao serviço da dívida actual. A maturidade média da dívida é de 8 anos e a dívida sobre o EBITDA é igualmente de 8 anos. Não existe qualquer compromisso quanto a distribuição de dividendos. O plano de investimentos para o próximo ano ascende a um valor até 36 milhões de euros, ou seja, abaixo do valor do EBITDA previsto. O Grupo Visabeira dispunha à data de 31/12/2008 cerca de 36 milhões de euros em linhas de financiamento aprovadas, com especial destaque para os financiamentos aos investimentos da Pinewells de 9,5 milhões de euros (indústria de pellets) e TV Cabo Angola de 7,5 milhões de euros. Para além dos valores referidos, salienta-se que o Grupo dispõe, em linhas agrupadas ou individuais, plafonds disponíveis para as actividades de factoring, confirming, remessas e créditos documentários e garantias bancárias de cerca de 15 milhões de euros. Foram ainda aprovados os financiamentos em kwanzas, no valor de 44,4 milhões de euros, e com colaterais 100% locais, para os projectos de construção e equipamentos Hotel Luanda Montebelo e do Hotel Girassol Lubango. O Grupo possui uma linha financiamento que, acrescida à sua parte de capitais próprios, relacionadas com a OPA lançada pela Cerutil à VAA, lhe garante quer o processo de aquisição relacionado com a referida empresa, quer relacionado com a reestruturação da mesma. Refira-se que o montante de dividendos a receber em 2009 supera os encargos relacionados com a dívida conexa com as participações financeiras em empresas cotadas no mercado regulamentado EURONEXT.
41
CONTINGÊNCIAS
No final de 2008, algumas empresas do Grupo sedeadas em Angola foram informadas de liquidações adicionais de imposto por parte das autoridades fiscais angolanas. É convicção do Conselho de Administração de que desta situação não irão surgir perdas significativas para o Grupo e que esta posição será mantida até às últimas instâncias.
42
PROVISÕES E AJUSTAMENTOS 2007 AUMENTOS
REDUÇÕES
2008
AJUSTAMENTOS EXISTÊNCIAS CLIENTES E OUTROS DEVEDORES INVESTIMENTOS
PROVISÕES PARA RISCOS E ENCARGOS
TOTAL
180.957
6.995
-138
187.814
7.038.299
2.847.818
-2.426.056
7.460.062
41.551
0
0
41.551
7.260.807
2.854.814
-2.426.195
7.689.426
80.711
46.247
0
126.958
80.711
46.247
0
126.958
7.341.517
2.901.061
-2.426.195
7.816.383
A provisão destina-se a fazer face a responsabilidades estimadas com base em informações dos advogados e decorrentes de processos de índole fiscal intentados contra as empresas do Grupo.
43
GARANTIAS PRESTADAS 2008
2007
GARANTIAS FINANCEIRAS
22.112.072
10.731.124
GARANTIAS TÉCNICAS/BOA EXECUÇÃO OBRA
42.497.008
38.199.657
GARANTIAS REAIS
395.341.290
373.859.188
TOTAL
459.950.370
422.789.970
Outras divulgações sobre instrumentos financeiros Tal como definido pela IAS 39, o valor contabilístico de cada uma das categorias previstas, é assim discriminado: 2008
2007
123.494.595 8.313.093
118.893.644 17.191.525
60.812.242 31.450.127
33.429.616 22.492.572
270.765.094
443.904.478
-3.820.300
0
PASSIVO FINANCEIRO AO CUSTO AMORTIZADO DÍVIDA CONTAS A PAGAR ACRÉSCIMO DE CUSTOS
103.114.912 85.881.648 38.088.675
50.069.175 80.437.519 22.039.202
PASSIVO FINANCEIRO REGISTADOS DE ACORDO COM A IAS 17 - LOCAÇÕES
74.863.700
77.933.013
ACTIVOS FINANCEIROS REGISTADOS AO CUSTO AMORTIZADO CLIENTES E OUTROS DEVEDORES ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS OUTROS ACTIVOS CORRENTES (ADIANTAMENTOS A FORNECEDORES E OUTROS DEVEDORES) CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA ACTIVOS FINANCEIROS REGISTADOS AO JUSTO VALOR ACÇÕES COTADAS DERIVADOS DE COBERTURA DE FLUXOS DE CAIXA REGISTADOS AO JUSTO VALOR
87
Anexo ao balanço e demonstração dos resultados consolidados
44
PARTES RELACIONADAS ANO
VENDAS A PARTES RELACIONADAS
COMPRAS A PARTES RELACIONADAS
VALORES A RECEBER DE PARTES RELACIONADAS
VALORES A PAGAR DE PARTES RELACIONADAS
ACCIONISTAS
2008 2007
0 0
0 0
299.551 35.744
265 265
ASSOCIADAS E OUTRAS PARTICIPAÇÕES
2008 2007
10.559.472 3.834.362
575.602 607.936
11.005.507 12.582.083
169.414 62.542
45
EVENTOS SUBSEQUENTES À DATA DO BALANÇO
Não existem eventos subsequentes à data do balanço que possam ter impacto material nas demonstrações financeiras.
Viseu, 19 de Fevereiro de 2009
O Técnico Oficial de Contas
88
O Conselho de Administração
Demonstraçþes Financeiras consolidadas e respectivos anexos
89
Documentos de Apreciação e Certificação
90
Demonstraçþes Financeiras consolidadas e respectivos anexos
91
Documentos de Apreciação e Certificação
92
Demonstraçþes Financeiras consolidadas e respectivos anexos
93
Documentos de Apreciação e Certificação
GRUPO VISABEIRA, SGPS, SA ACTA NÚMERO
93
------- Aos dezanove dias do mês de Março de dois mil e nove, pelas dezassete horas e dez minutos, na sede social sita em Repeses, concelho de Viseu, reuniram em Assembleia Geral Anual, os accionistas da sociedade comercial anónima denominada Grupo Visabeira, S.G.P.S., S. A., pessoa colectiva número 502 263 628, matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Viseu sob o mesmo número e com o capital social de noventa milhões de euros. -------------------------------------------- Presidiu à Assembleia o Senhor Dr. Alberto Henrique de Figueiredo Lopes, secretariado pela Senhora Dr.ª Marta Albuquerque Santos, elementos que constituem a mesa. --------------------------------- O Senhor Presidente fez circular a lista de presenças, tendo confirmado a presença e representação de cem por cento do capital social considerando, após a análise da regularidade das cartas mandadeiras, que se encontravam reunidas as condições para a realização da Assembleia, nos termos do disposto no artigo cinquenta e quatro do Código das Sociedades Comerciais, tendo sido por todos aceite a seguinte ordem de trabalhos: ----------------------------------------------------------------- Ponto Um: Deliberar sobre o relatório de contas consolidadas do exercício de dois mil e oito; --------- Ponto Dois: Proceder à apreciação Geral da Administração e Fiscalização da Sociedade. ------------ Iniciou-se a sessão com a apreciação do ponto Um da ordem de trabalhos e, pelo Senhor Presidente, foi conferida a palavra ao Conselho de Administração que, pela intervenção do Administrador Pedro Manuel Nogueira Reis, apresentou o relatório de gestão e as os documentos que ilustravam as contas consolidadas do exercício relativo ao ano dois mil e oito e que mereceram, da parte de todos, a maior atenção. --------------------------------------------------------------------------------------- Após a intervenção daquele Administrador, foi tomada a palavra pelo representante do accionista Caixa Capital que teve oportunidade de confirmar o acompanhamento atento que tem ocorrido, da parte dos accionistas, relativamente às contas da sociedade e que, por esse motivo, delas têm tido o necessário e atempado conhecimento. -------------------------------------------------------------- Posteriormente, o Senhor Presidente deu a palavra ao representante do Fiscal Único que referiu terem as contas consolidadas do Grupo sido objecto de certificação legal, sem qualquer reserva ou ênfase, propondo assim, no respectivo relatório, que as mesmas tivessem a aprovação dos accionistas. ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Uma vez que a administração manifestou interesse em voltar a tomar a palavra, foi conferido o uso desse direito, novamente ao Administrador, Pedro Manuel Nogueira Reis que, de forma breve, realçou o espírito de independência com que o órgão de fiscalização tem desenvolvido o seu trabalho. Por fim, foi colocado o ponto UM da agenda à votação e verificou-se a sua aprovação por unanimidade. ------------------------------------------------------------------------------------------------- Quanto à apreciação e análise do segundo ponto da ordem de trabalhos, o Senhor Presidente da Mesa fez menção ao trabalho realizado, ao longo do exercício de dois mil e oito, pelo membros do Conselho de Administração e convidou os presentes a apresentar uma proposta de voto, no que diz respeito à apreciação da acção desenvolvida pelos órgãos sociais do Grupo Visabeira. --------------------- Assim, foi apresentada a proposta, quer pelo representante da accionista Caixa Capital, quer pelo representante da accionista AICEP, de aprovação de um voto de louvor e confiança ao Conselho de Administração e a cada um dos seus membros, bem como ao trabalho desenvolvido pelo Fiscal Único, proposta essa que, colocada à votação, foi aprovada por unanimidade. ------------------- Por fim, não havendo qualquer necessidade de outra intervenção, o Senhor Presidente da Mesa deu a sessão por encerrada, pelas dezoito horas, dela se lavrando a presente acta que, depois de lida e achada conforme vai ser assinada pelo Presidente e pela Secretária da Mesa. ---------------
94
Repeses, 3504-511 Viseu NIPC e Reg. na CRC de Viseu sob o nº 502 263 628
Demonstraçþes Financeiras consolidadas e respectivos anexos
95
08 Anรกlise de Contas
VisabeiraGlobal,SGPS,SA Viatel Visabeira Infra-Estruturas Visabeira Digital Visabeira I&D Real Life Ambite Electrotec Moçambique Moçamgalp Moçambique Prio Moçambique Sogitel Moçambique Comatel Angola TV Televisa Marrocos Visabeira Indústria, SGPS, SA Cerutil Mob Marmonte Moçambique Hidroáfrica Mo Empreendimentos Turísticos Montebelo Movida Mundicor Ródia Turvisa Moçambique Convisa Turismo Ang VisabeiraGlobal,SGPS,SA Viatel Visabeira Infra-Estruturas Visabeira Digital Visabeira I&D Real Life Ambite Electrotec Moçambique Moçamgalp Moçambique Prio Moçambique Sogitel Moçambique Comatel Angola TV Televisa Marrocos Visabeira Indústria, SGPS, SA Cerutil Mob Marmonte Moçambique Hidroáfrica Mo Empreendimentos Turísticos Montebelo Movida Mundicor Ródia Turvisa Moçambique Convisa Turismo Ang VisabeiraGlobal,SGPS,SA Viatel Visabeira Infra-Estruturas Visabeira Digital Visabeira I&D Real Life Ambite Electrotec Moçambique Moçamgalp Moçambique Prio Moçambique Sogitel Moçambique Comatel Angola TV Televisa Marrocos Visabeira Indústria, SGPS, SA Cerutil Mob Marmonte Moçambique Hidroáfrica Mo Empreendimentos Turísticos Montebelo Movida Mundicor Ródia Turvisa Moçambique Convisa Turismo Ang VisabeiraGlobal,SGPS,SA Viatel Visabeira Infra-Estruturas Visabeira Digital Visabeira I&D Real Life Ambite Electrotec Moçambique Moçamgalp Moçambique Prio Moçambique Sogitel Moçambique Comatel Angola TV Televisa Marrocos Visabeira Indústria, SGPS, SA Cerutil Mob Marmonte Moçambique Hidroáfrica Mo Empreendimentos Turísticos Montebelo Movida Mundicor Ródia Turvisa Moçambique Convisa Turismo Ang VisabeiraGlobal,SGPS,SA Viatel Visabeira Infra-Estruturas Visabeira Digital Visabeira I&D Real Life Ambite Electrotec Moçambique Moçamgalp Moçambique Prio Moçambique Sogitel Moçambique Comatel Angola TV Televisa Marrocos Visabeira Indústria, SGPS, SA Cerutil Mob Marmonte Moçambique Hidroáfrica Mo Empreendimentos Turísticos Montebelo Movida Mundicor Ródia Turvisa Moçambique Convisa Turismo Ang VisabeiraGlobal,SGPS,SA Viatel Visabeira Infra-Estruturas Visabeira Digital Visabeira I&D Real Life Ambite Electrotec Moçambique Moçamgalp Moçambique Prio Moçambique Sogitel Moçambique Comatel Angola TV Televisa Marrocos Visabeira Indústria, SGPS, SA Cerutil Mob Marmonte Moçambique Hidroáfrica Mo Empreendimentos Turísticos Montebelo Movida Mundicor Ródia Turvisa Moçambique Convisa Turismo Ang VisabeiraGlobal,SGPS,SA Viatel Visabeira Infra-Estruturas Visabeira Digital Visabeira I&D Real Life Ambite Electrotec Moçambique Moçamgalp Moçambique Prio Moçambique Sogitel Moçambique Comatel Angola TV Televisa Marrocos Visabeira Indústria, SGPS, SA Cerutil Mob Marmonte Moçambique Hidroáfrica Mo Empreendimentos Turísticos Montebelo Movida Mundicor Ródia Turvisa Moçambique Convisa Turismo Ang VisabeiraGlobal,SGPS,SA Viatel Visabeira Infra-Estruturas Visabeira Digital Visabeira I&D Real Life Ambite Electrotec Moçambique Moçamgalp Moçambique Prio Moçambique Sogitel Moçambique Comatel Angola TV Televisa Marrocos Visabeira Indústria, SGPS, SA Cerutil Mob Marmonte Moçambique Hidroáfrica Mo Empreendimentos Turísticos Montebelo Movida Mundicor Ródia Turvisa Moçambique Convisa Turismo Ang VisabeiraGlobal,SGPS,SA Viatel Visabeira Infra-Estruturas Visabeira Digital Visabeira I&D Real Life Ambite Electrotec Moçambique Moçamgalp Moçambique Prio Moçambique Sogitel Moçambique Comatel Angola TV Televisa Marrocos Visabeira Indústria, SGPS, SA Cerutil Mob Marmonte Moçambique Hidroáfrica Mo Empreendimentos Turísticos Montebelo Movida Mundicor Ródia Turvisa Moçambique Convisa Turismo Ang VisabeiraGlobal,SGPS,SA Viatel Visabeira Infra-Estruturas Visabeira Digital Visabeira I&D Real Life Ambite Electrotec Moçambique Moçamgalp Moçambique Prio Moçambique Sogitel Moçambique Comatel Angola TV Televisa Marrocos Visabeira Indústria, SGPS, SA Cerutil Mob Marmonte Moçambique Hidroáfrica Mo Empreendimentos Turísticos Montebelo Movida Mundicor Ródia Turvisa Moçambique Convisa Turismo Ang VisabeiraGlobal,SGPS,SA Viatel Visabeira Infra-Estruturas Visabeira Digital Visabeira I&D Real Life Ambite Electrotec Moçambique Moçamgalp Moçambique Prio Moçambique Sogitel Moçambique Comatel Angola TV Televisa Marrocos Visabeira Indústria, SGPS, SA Cerutil Mob Marmonte Moçambique Hidroáfrica Mo Empreendimentos Turísticos Montebelo Movida Mundicor Ródia Turvisa Moçambique Convisa Turismo Ang VisabeiraGlobal,SGPS,SA Viatel Visabeira Infra-Estruturas Visabeira Digital Visabeira I&D Real Life Ambite Electrotec Moçambique Moçamgalp Moçambique Prio Moçambique Sogitel Moçambique Comatel Angola TV Televisa Marrocos Visabeira Indústria, SGPS, SA Cerutil Mob Marmonte Moçambique Hidroáfrica Mo Empreendimentos Turísticos Montebelo Movida Mundicor Ródia Turvisa Moçambique Convisa Turismo Ang VisabeiraGlobal,SGPS,SA Viatel Visabeira Infra-Estruturas Visabeira Digital Visabeira I&D Real Life Ambite Electrotec Moçambique Moçamgalp Moçambique Prio Moçambique Sogitel Moçambique Comatel Angola TV Televisa Marrocos Visabeira Indústria, SGPS, SA Cerutil Mob Marmonte Moçambique Hidroáfrica Mo Empreendimentos Turísticos Montebelo Movida Mundicor Ródia Turvisa Moçambique Convisa Turismo Ang
ermo Pinewells Beiragás Edivisa Granbeira Visacasa Vibeiras Televisa Moçambique TV Cabo Moçambique V Cabo Angola Visaconstroi Angola Constructel França Constructel Roménia Constructel Bélgica Gatel França oçambique Celmoque Moçambique Agrovisa Moçambique Álamo Angola Visabeira Turismo, SGPS, SA gola Visabeira Imobiliária, SGPS, SA Visabeira Imobiliária Ifervisa Figueira Paranova Imovisa Moçambique ermo Pinewells Beiragás Edivisa Granbeira Visacasa Vibeiras Televisa Moçambique TV Cabo Moçambique V Cabo Angola Visaconstroi Angola Constructel França Constructel Roménia Constructel Bélgica Gatel França oçambique Celmoque Moçambique Agrovisa Moçambique Álamo Angola Visabeira Turismo, SGPS, SA gola Visabeira Imobiliária, SGPS, SA Visabeira Imobiliária Ifervisa Figueira Paranova Imovisa Moçambique ermo Pinewells Beiragás Edivisa Granbeira Visacasa Vibeiras Televisa Moçambique TV Cabo Moçambique V Cabo Angola Visaconstroi Angola Constructel França Constructel Roménia Constructel Bélgica Gatel França oçambique Celmoque Moçambique Agrovisa Moçambique Álamo Angola Visabeira Turismo, SGPS, SA gola Visabeira Imobiliária, SGPS, SA Visabeira Imobiliária Ifervisa Figueira Paranova Imovisa Moçambique ermo Pinewells Beiragás Edivisa Granbeira Visacasa Vibeiras Televisa Moçambique TV Cabo Moçambique V Cabo Angola Visaconstroi Angola Constructel França Constructel Roménia Constructel Bélgica Gatel França oçambique Celmoque Moçambique Agrovisa Moçambique Álamo Angola Visabeira Turismo, SGPS, SA gola Visabeira Imobiliária, SGPS, SA Visabeira Imobiliária Ifervisa Figueira Paranova Imovisa Moçambique ermo Pinewells Beiragás Edivisa Granbeira Visacasa Vibeiras Televisa Moçambique TV Cabo Moçambique V Cabo Angola Visaconstroi Angola Constructel França Constructel Roménia Constructel Bélgica Gatel França oçambique Celmoque Moçambique Agrovisa Moçambique Álamo Angola Visabeira Turismo, SGPS, SA gola Visabeira Imobiliária, SGPS, SA Visabeira Imobiliária Ifervisa Figueira Paranova Imovisa Moçambique ermo Pinewells Beiragás Edivisa Granbeira Visacasa Vibeiras Televisa Moçambique TV Cabo Moçambique V Cabo Angola Visaconstroi Angola Constructel França Constructel Roménia Constructel Bélgica Gatel França oçambique Celmoque Moçambique Agrovisa Moçambique Álamo Angola Visabeira Turismo, SGPS, SA gola Visabeira Imobiliária, SGPS, SA Visabeira Imobiliária Ifervisa Figueira Paranova Imovisa Moçambique ermo Pinewells Beiragás Edivisa Granbeira Visacasa Vibeiras Televisa Moçambique TV Cabo Moçambique V Cabo Angola Visaconstroi Angola Constructel França Constructel Roménia Constructel Bélgica Gatel França oçambique Celmoque Moçambique Agrovisa Moçambique Álamo Angola Visabeira Turismo, SGPS, SA gola Visabeira Imobiliária, SGPS, SA Visabeira Imobiliária Ifervisa Figueira Paranova Imovisa Moçambique ermo Pinewells Beiragás Edivisa Granbeira Visacasa Vibeiras Televisa Moçambique TV Cabo Moçambique V Cabo Angola Visaconstroi Angola Constructel França Constructel Roménia Constructel Bélgica Gatel França oçambique Celmoque Moçambique Agrovisa Moçambique Álamo Angola Visabeira Turismo, SGPS, SA gola Visabeira Imobiliária, SGPS, SA Visabeira Imobiliária Ifervisa Figueira Paranova Imovisa Moçambique ermo Pinewells Beiragás Edivisa Granbeira Visacasa Vibeiras Televisa Moçambique TV Cabo Moçambique V Cabo Angola Visaconstroi Angola Constructel França Constructel Roménia Constructel Bélgica Gatel França oçambique Celmoque Moçambique Agrovisa Moçambique Álamo Angola Visabeira Turismo, SGPS, SA gola Visabeira Imobiliária, SGPS, SA Visabeira Imobiliária Ifervisa Figueira Paranova Imovisa Moçambique ermo Pinewells Beiragás Edivisa Granbeira Visacasa Vibeiras Televisa Moçambique TV Cabo Moçambique V Cabo Angola Visaconstroi Angola Constructel França Constructel Roménia Constructel Bélgica Gatel França oçambique Celmoque Moçambique Agrovisa Moçambique Álamo Angola Visabeira Turismo, SGPS, SA gola Visabeira Imobiliária, SGPS, SA Visabeira Imobiliária Ifervisa Figueira Paranova Imovisa Moçambique ermo Pinewells Beiragás Edivisa Granbeira Visacasa Vibeiras Televisa Moçambique TV Cabo Moçambique V Cabo Angola Visaconstroi Angola Constructel França Constructel Roménia Constructel Bélgica Gatel França oçambique Celmoque Moçambique Agrovisa Moçambique Álamo Angola Visabeira Turismo, SGPS, SA gola Visabeira Imobiliária, SGPS, SA Visabeira Imobiliária Ifervisa Figueira Paranova Imovisa Moçambique ermo Pinewells Beiragás Edivisa Granbeira Visacasa Vibeiras Televisa Moçambique TV Cabo Moçambique V Cabo Angola Visaconstroi Angola Constructel França Constructel Roménia Constructel Bélgica Gatel França oçambique Celmoque Moçambique Agrovisa Moçambique Álamo Angola Visabeira Turismo, SGPS, SA gola Visabeira Imobiliária, SGPS, SA Visabeira Imobiliária Ifervisa Figueira Paranova Imovisa Moçambique ermo Pinewells Beiragás Edivisa Granbeira Visacasa Vibeiras Televisa Moçambique TV Cabo Moçambique V Cabo Angola Visaconstroi Angola Constructel França Constructel Roménia Constructel Bélgica Gatel França oçambique Celmoque Moçambique Agrovisa Moçambique Álamo Angola Visabeira Turismo, SGPS, SA gola Visabeira Imobiliária, SGPS, SA Visabeira Imobiliária Ifervisa Figueira Paranova Imovisa Moçambique
Relat贸rio Anual An谩lise de Contas
08
Relat贸rio Anual An谩lise de Contas
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