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OBRAS DO
PAN
OBRAS E MELHORIAS QUE A CIDADE DO RIO DE JANEIRO GANHOU COM A REALIZAÇÃO DOS JOGOS PAN-AMERICANOS DE 2007
XV JOGOS PAN-AMERICANOS ENGENHÃO PARQUE AQUÁTICO VELÓDROMO ARENA
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3 CARTA AO LEITOR Com muito orgulho, a Metropolitana, a Odebrecht, a OAS, a Sanerio, a Oriente, a Tecnosolo e a Rio Convention & Visitors Bureau decidiram publicar esta revista com informações sobre os principais equipamentos e melhorias feitos pela Prefeitura, na cidade do Rio de Janeiro, para os Jogos Pan-Americanos de 2007. Fruto da persistência, da obstinação e do trabalho do prefeito Cesar Maia, com o apoio do Comitê Olímpico Brasileiro, a escolha da cidade do Rio do Janeiro para sede do Pan 2007, foi uma vitória histórica e representou uma conquista decisiva para tornar a cidade uma referência internacional para grandes eventos esportivos. Escolhidas através de licitações para assumir a responsabilidade pela construção dos equipamentos e melhorias, as empresas destacam, como um dos fatores que garantiram a qualidade e o cumprimento dos prazos, a excelência do trabalho desenvolvido pela Secretaria Municipal de Obras — liderada por Eider Dantas —, através de seus diversos órgãos, em especial a Riourbe Empresa Municipal de Urbanização. Outro aspecto marcante, registrado pelas empresas, foi a comprovação mais uma vez da qualidade da nossa mão-de-obra que, com dedicação extrema — dia e noite —, foi capaz de tornar realidade um sonho de todos os cariocas. O Estádio Olímpico Municipal João Havelange (Engenhão), a Arena Multiuso, o Parque Aquático Municipal Maria Lenk e o Velódromo, apresentados nesta edição — grandes legados que ficam para sempre para a cidade —, garantem ao Rio de Janeiro todas as condições para disputar e vencer outras concorrentes, brasileiras ou internacionais, na disputa para sediar grandes eventos esportivos, em especial as Olimpíadas e a Copa do Mundo.
ÍNDICE 4 PREFEITO 6 RÓTULA 8 UM TIME CAMPEÃO 10 ENGENHÃO 20 URBANIZAÇÃO 22 ENTREVISTA 25 CIDADE DOS ESPORTES 26 PARQUE AQUÁTICO 32 ARENA 38 VELÓDROMO 43 SECRETÁRIO 44 EQUIPAMENTOS TEMPORÁRIOS 46 VILAS OLÍMPICAS 48 PARAPAN
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verdade que o esporte se profissionalizou, no sentido de abrir em seu universo um sem-número de possibilidades, além dos próprios atletas. São treinadores de vários tipos, médicos específicos, massagistas e fisioterapeutas especializados, podólogos, psicólogos, roupeiros, designers, etc. Mas a importância do esporte como atividade econômica é muito maior. Pode-se afirmar que, num país desenvolvido, ele e seus links representam a mais importante atividade econômica. Na imprensa, quatro páginas de jornal diário, jornais especializados, blocos e programas específicos nas TVs e rádios, transmissões que criam um amplo campo para o jornalismo esportivo, além de todas as atividades implícitas, como fotógrafos, câmeras, iluminadores, auxiliares. Ao lado de tudo isso, um sistema especial de publicidade e patrocínios com a característica de, independentemente do resultado, não afetar o retorno das marcas de apoio. Hoje, o material esportivo e seus desdobramentos ocupam um espaço significativo na indústria de confecções. Da mesma forma na indústria de calçados, sendo que, nesta, sua participação está na casa dos 30%. Vale lembrar o aprimoramento das técnicas de fisioterapia e cirurgia desenvolvidas a partir do esporte e que hoje permitem a milhares de pessoas caminhar, usar as mãos. Vitaminas são desenvolvidas tendo o esporte como objetivo. Toda a indústria de equipamentos de musculação, esteiras, aparelhos de alongamento, tiveram, sem exceção, origem no esporte. Novos hábitos de caminhar e ou de correr foram desenvolvidos, enquanto uma extensa rede de academias surgia e novas faculdades de educação física foram necessariamente criadas. As escolas tiveram que transformar a educação física-recreação em educação física profissional. O comércio de material esportivo, os equipamentos construídos, como estádios e ginásios, e seu uso e manutenção criaram
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milhares e milhares de empregos, milhares e milhares de empresas. Enfim, trata-se de inúmeras atividades ancoradas no esporte, cujos valores somados o transformaram na mais importante indústria do mundo. Quando se fala em Jogos Pan-Americanos e se pensa em um grande evento, apequena-se a sua importância e seus multiplicadores. Além de um grande evento, jogos regionais - como os Asiáticos - ou sazonais - como os Jogos de Inverno -, para não falar de Olimpíadas e Campeonatos Mundiais de grande apelo como futebol, são momentos em que as cidades, certamente, terão seus legados de imagem, sua atratividade ao turismo acrescentada, equipamentos urbanos construídos, mas, acima de tudo, terão uma oportunidade única de desenvolver o esporte como núcleo de um enorme campo de atividade econômica. Para isso, seu planejamento deve ter o cuidado máximo com a realização do evento em si, mas deve potencializar todas as possibilidades e atividades que ele traz. Especialmente no Estado do Rio, sede do COB, da CBF, da CBV, onde se localizam os campos de treino do futebol, em Teresópolis, do vôlei, em Saquarema, da natação, em Arraial do Cabo, e tantos outros que poderão ser atraídos quando for demonstrada a economia de escala por estarem juntos. O clima do Rio, seus espaços naturais monumentais (arenas nas praias, lagoa, baía, mar, montanha), os equipamentos prontos ou quase prontos são muito atrativos. O que nos permite sonhar com a realização do Campeonato Mundial de Futebol, que terá a sede central no Rio, e a certeza de que um Pan nota 10 trará os Jogos Olímpicos de 2016. Pensar o PAN desta forma abrangente é dar a ele a sua verdadeira dimensão.
CESAR MAIA PREFEITO DO RIO
PAN
E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO
TEXTO CÍCERO LIMA FOT
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XV JOGOS PAN-AMERICANOS | RÓTULA
ANEL VIÁRIO PREFEITO PEDRO ERNESTO: PRIMEIRA OBRA DO PAN primeira grande obra para os Jogos Pan-Americanos de 2007, inaugurada pela Prefeitura do Rio, em 1o. de março de 2005, foi o Anel Viário Prefeito Pedro Ernesto, que liga as avenidas Ayrton Senna e Embaixador Abelardo Bueno, na Barra da Tijuca. O principal objetivo da intervenção viária foi dar maior fluidez ao tráfego na região, com a retirada de sinais de trânsito existentes na Avenida Ayrton Senna. A obra do Anel Viário, incluindo o novo acesso e sua urbanização, foi resultado de uma parceria entre a Prefeitura e empresas privadas. Com a rótula, os motoristas que desejam chegar à Avenida Embaixador Abelardo Bueno (Autódromo/Riocentro), vindos da Zona Sul/Barra, não precisam mais seguir até a Cidade de Deus para fazer o retorno. A obra facilita o fluxo na Avenida Ayrton Senna, da Zona Sul para a Linha Amarela, bem como da Linha Amarela e de Jacarepaguá para a Barra da Tijuca, o Recreio dos Bandeirantes e a Zona Sul. Na ocasião da inauguração, o prefeito Cesar Maia ressaltou a importância da parceria entre a Prefeitura e a iniciativa privada para a realização da obra e destacou os benefícios da intervenção para os moradores e o comércio da região. Como resultado da construção da rótula, que melhorou o fluxo de veículos e urbanizou a região, segundo corretores imobiliários os imóveis localizados na Avenida Embaixador Abelardo Bueno tiveram uma valorização de 10% a 12%. — O anel viário é de fundamental importância para o Pan, pois facilita o acesso de atletas e torcedores ao Autódromo, Riocentro e Cidade do Rock — locais de jogos —, além de beneficiar milhares de moradores daquela região, afirma Eider Dantas, Secretário Municipal de Obras (SMO). Devido às características do terreno, constituído por turfa, que é um material de origem vegetal, parcialmente decomposto, a construção da rótula representou um grande desafio do ponto de vista de sua execução, envolvendo diversos órgãos da SMO, que, sob a liderança da Coordenadoria Geral de Obras, viabilizaram a intervenção.
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OS NÚMEROS DA OBRA
ESCAVAÇÃO/MOVIMENTO DE TERRA 19.650 M3 ATERRO 118.136 M3 GALERIAS DE ÁGUAS PLUVIAIS 5 KM ÁREA ASFALTADA 94.500 M2 ÁREA DE PASSEIO EM CONCRETO 4.200 M2 IMPLANTAÇÃO DE MEIO-FIO 23 KM ILUMINAÇÃO 130 POSTES DE CONCRETO DE 17 METROS, 20 POSTES DE 9 METROS E 290 LUMINÁRIAS COM LÂMPADAS DE VAPOR DE SÓDIO DE 400W E DE 250W
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HOMENS E MULHERES, DE TODOS OS CANTOS DO PAÍS, COM ESFORÇO E DEDICAÇÃO CONSTRUÍRAM O PAN 2007
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UM TIME CAMPEÃO
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9 ram 5h da manhã e a cidade ainda dormia. Mas, o carioca Gilvan da Nóbrega, 38 anos, pedreiro, juntamente com o carpinteiro baiano Laedson Araújo, 23 anos, já estavam num ônibus rumo ao Engenhão, para mais um dia de batalha. Assim como os dois, milhares de outros trabalhadores (homens e mulheres) acordaram de madrugada e trabalharam duro para garantir que os Jogos Pan-Americanos de 2007, no Rio, fossem um sucesso, o maior de todos os Pan-Americanos já realizados. Quando chegavam no Estádio, Gilvan e Laedson se encontravam com centenas de outros operários que estavam indo embora, na mudança de turno, pois, trabalharam a noite toda para garantir que, quando chegar o momento dos atletas — personagens principais da grande festa —, tudo esteja pronto e bem acabado. Antes mesmo de começarem os Jogos Pan-Americanos, já é possível conhecermos os primeiros campeões, verdadeiros atletas anônimos: são estes milhares de trabalhadores e trabalhadoras que, dia e noite, com grande esforço e competência, constroem os equipamentos e realizam as obras de infra-estrutura para o Pan.
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Pendurados no alto, montando estruturas de ferro e aço, assentando tijolos, trabalhando com madeira, com a parte hidráulica, elétrica, para cada um deles podemos lembrar o poema de Vinícius de Moraes e dizer que “Era ele que erguia casas/Onde antes só havia chão./Como um pássaro sem asas/Ele subia com as casas/Que lhe brotavam da mão.” Com certeza, o final das obras vai deixar muita saudade nestes cariocas, baianos, mineiros, pernambucanos, sergipanos, alagoanos, brasileiros de todos os cantos que, com o seu trabalho, materializaram o sonho do Rio de sediar o Pan. Novas amizades foram conquistadas e muitas histórias, verdadeiras ou inventadas, foram contadas por eles, divertindo ou despertando interesse dos companheiros de trabalho. No futuro, cada um deles poderá dizer aos seus filhos ou netos que, com suor e paixão, ajudaram a construir as obras dos Jogos Pan-Americanos. E o Rio de Janeiro, como sempre, os acolheu de braços abertos e agradece a todos que contribuíram para a construção de um legado que fará com que a cidade continue para sempre maravilhosa e uma referência para o esporte no mundo inteiro.
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O SECRETÁRIO EIDER DANTAS E O PREFEITO CESAR MAIA COMEMORAM O SUCESSO DO PAN DO RIO
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11 UMA DAS CARACTERÍSTICAS DO ENGENHÃO É TER SIDO CONSTRUÍDO COMO UMA ARENA ESPORTIVA, INCLUSIVE COM LOJAS QUE FUNCIONARÃO INDEPENDENTES DA REALIZAÇÃO DE JOGOS OU PROVAS DE ATLETISMO
ENGENHÃO
MUITO MAIS QUE UM ESTÁDIO “É
O PROJETO DE UM ESTÁDIO DE FUTEBOL, ELABORADO POR OSCAR NIEMEYER, EM 1941, FOI A PRINCIPAL INFLUÊNCIA NA ARQUITETURA DO ENGENHÃO FOTO: HIPÓLITO PEREIRA / AG. O GLOBO
um estádio de primeiro mundo. Não é só um estádio, é uma arena. Nele poderão ser realizados shows, teremos 50 lojas e 78 camarotes com ar condicionado. E ele pode ser ampliado para ter capacidade de até 60 mil espectadores”. Estas palavras do secretário municipal de Obras, Eider Dantas, principal responsável pela construção, sintetizam a característica de maior destaque do Estádio Olímpico Municipal João Havelange, popularmente já conhecido como Engenhão. A construção do estádio no bairro do Engenho de Dentro, no quadrilátero formado pelas ruas Arquias Cordeiro, Doutor Padilha, das Oficinas e José dos Reis, decidida pelo prefeito Cesar Maia dentro de uma estratégia de revitalização daquela região da Zona Norte da cidade, tem resultado em enormes benefícios, com novos investimentos em empreendimentos imobiliários e no comércio (VER BOX). Outro aspecto que favoreceu a escolha do local foram as características do terreno e as facilidades de acesso, por via férrea ou por transporte coletivo, em via expressa. Primeiro grande estádio a ser construído na cidade do Rio de Janeiro, desde o Maracanã — inaugurado em 1950 —, o Engenhão foi projetado para abrigar 45 mil espectadores, numa primeira etapa. Por conta da sua estrutura modular, poderá ser ampliado para até 60 mil lugares, servindo para eventos esportivos e outros espetáculos. No projeto em execução, sob fiscalização da Riourbe – Empresa Municipal de Urbanização, presidida pelo engenheiro João Luiz Reis da Silva, estão sendo construídas uma pista de atletismo do tipo Classe 1 (400 metros) de piso sintético, com 9 raias completas Padrão Standard, seguindo as exigências da Federação Internacional de Atletismo (IAAF, sigla em inglês), um campo de grama natural para jogos de
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futebol nas dimensões de 105 m x 68 m e, externamente, uma pista para o aquecimento dos atletas com as mesmas características da principal. PROJETO DE NIEMEYER INSPIROU ARQUITETOS
A grandiosidade da obra, com um projeto moderno e arrojado, elaborado pelo arquiteto Carlos Porto junto com o escritório Lopes, Santos e Ferreira Gomes Arquitetos, exigiu a participação de mais de 50 engenheiros, arquitetos e técnicos especializados, além de aproximadamente 3.500 operários. O trabalho também envolveu consultorias interna-
cionais especializadas em projeto, construção e montagem de equipamentos esportivos de grande porte. A principal influência no projeto do Estádio Olímpico João Havelange, segundo o arquiteto Gilson Santos, foi o trabalho de Oscar Niemeyer no Concurso Público para o Estádio Nacional, em 1941, na área do antigo Derby Club, onde hoje se situa o Estádio do Maracanã.
TOTAL ACESSO PARA PORTADORES DE DEFICIÊNCIA FÍSICA Facilitar o acesso de portadores de deficiência física no Estádio foi uma das principais preocupações dos arquitetos responsáveis pelo projeto. Desde a chegada, com vagas reservadas no estacionamento, às acomodações nos lugares para cadeiras de rodas — com acesso por elevadores, passando pelos sanitários especialmente preparados, o Engenhão é um dos poucos estádios brasileiros apto a ser freqüentados por pessoas portadoras de deficiência física. No projeto constam 288 lugares para cadeiras de rodas, 60 lugares para portadores de deficiênciaambulatória parcial e sanitários em todos os setores.
DOIS CENTRO OPERACIONAIS GARANTEM O PERFEITO FUNCIONAMENTO DO ESTÁDIO
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De acordo com o arquiteto Carlos Porto, “este é um estádio que foi pensado originalmente para o atletismo. Buscamos observar as regras da Federação Internacional de Atletismo (IAAF) e da Fifa, utilizando sempre o maior padrão para que pudesse atender às duas”.
PROJETO ARQUITETÔNICO PERMITE VISÃO TOTAL EM QUALQUER PONTO DO ESTÁDIO
COMPLEXIDADE DA OBRA
Com o objetivo de atender as dificuldades da obra num terreno de 200 mil m2 e agilizar o processo de construção, a opção para o erguimento da superestrutura do estádio (arquibancadas, lajes e pórticos) foi por um sistema de peças pré-fabricadas de concreto. Para isto, uma fábrica para confecção das peças foi instalada no próprio canteiro de obra. Para dar idéia da magnitude do trabalho, que levou inclusive ao acompanhamento da sua execução pelo programa “Megaestruturas”, do canal de TV a cabo Discovery Channel, ao todo foram executados 80 pórticos de 80 toneladas e 30 metros cada. A movimentação das peças exigiu estudos e especificação de equipamentos especiais, alguns com capacidade superior a 400 toneladas, além de carretas dotadas de 12 eixos. Os pilares curvos, denominados de “baleia”, e outros elementos como os das arquibancadas, apelidados de “cavalo-marinho”, são exemplos de peças de grande complexidade para montagem. No total, foram produzidas 10.416 peças, com um volume mensal de concreto em torno de 2.000 m³. COBERTURA METÁLICA
A cobertura metálica, com um vão principal de 220 metros de extensão, foi um dos elementos de maior complexidade da obra e exigiu a utilização de 4.500 toneladas de aço.
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CARACTERÍSTICAS DO ESTÁDIO
A COBERTURA METÁLICA UTILIZOU MAIS DE 4 MIL TONELADAS DE AÇO
O acesso do público ao interior do estádio será feito por quatro pórticos situados nas ruas que circundam o terreno (Norte - Rua
das Oficinas; Sul - Rua Arquias Cordeiro; Leste - Rua Doutor Padilha, e Oeste - Rua José dos Reis). Cada pórtico conta com acessos e saídas para portadores de deficiências físicas. Os quatro conjuntos de rampas poderão ser usados de forma setorizada, de maneira a evitar problemas entre torcidas rivais e agilizar o tempo de esvaziamento do estádio, que poderá ser feito em 10 minutos. O Engenhão contará, ainda, com um edifício-garagem de dois andares com estacionamento para o público (1.660 vagas), estacionamento para autoridades (220 vagas), para ônibus e microônibus (40 vagas) e com áreas para carga e descarga de caminhões, além de outros espaços para veículos e locais especificados para deficientes físicos. Houve uma atenção especial em relação à especificação dos sistemas de iluminação (a iluminação do campo e das pistas esportivas receberá 1.500 lux uniformemente), aos sistemas de detecção e combate a incêndio, suprimento de água e ventilação e condicionamento de ar, o mesmo ocor-
FOTO: PAULO ROMEU/MY ZOOM
Para a sua montagem, foram utilizados guindastes com capacidade de 750 e 550 toneladas. A estrutura de cobertura do estádio é toda feita em aço e está sendo fabricada com tecnologia 100% nacional, em duas empresas – uma do Rio de Janeiro e outra do Rio Grande do Sul. Ela é montada sobre oito pilares de sustentação, denominados gigantes, e cada um deles tem 45 m de altura e 4,80 m de diâmetro, suportando esforços de mais de 1.000 toneladas. A cobertura metálica foi fixada em um conjunto de quatro grandiosos arcos de aço de 2 m de diâmetro, formando um anel de cobertura de aproximadamente 50 metros de largura, que protegerá a totalidade dos assentos.
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ENGENHÃO VALORIZA MERCADO IMOBILIÁRIO E REVITALIZA A ZONA NORTE A decisão do prefeito Cesar Maia de construir o Estádio Olímpico João Havelange, no Engenho de Dentro, tem se mostrado uma estratégia correta, pois, a construção ainda nem foi concluída e já valorizou os imóveis do bairro. Segundo avaliam corretores que atuam naquela região, o valor das casas e apartamentos subiram entre 30% a 40%. Ainda de acordo com profissionais do mercado imobiliário, a construção do Engenhão fez muitos moradores adiarem o plano de vender seus imóveis para depois que o estádio estiver pronto, confiantes no aumento dos preços. Além da valorização dos imóveis, a revitalização daquela área tem atraído grandes construtoras para projetos no Engenho de Dentro e no entorno, em bairros como o Méier e o Engenho Novo. Desde 2005, um ano após as obras do Estádio terem começado, já foram lançados quatro grandes condomínios.
O ESTÁDIO OLÍMPICO JOÃO HAVELANGE É O PRIMEIRO EQUIPAMENTO ESPORTIVO DE GRANDE PORTE CONSTRUÍDO NA CIDADE DESDE O MARACANÃ, EM 1950
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OS NÚMEROS DA OBRA VOLUME DE CONCRETO 84.200 M³ QUANTIDADE DE AÇO 7.115 T ESTRUTURA METÁLICA DA COBERTURA 4.150 T ÁREA DE COBERTURA - SUSPENSA POR 4 ARCOS 35.000 M² DIMENSÕES DO CAMPO 105 X 68 METROS PISTA DE ATLETISMO - SINTÉTICA 9 RAIAS COMPLETAS PADRÃO STANDARD I.A.A.F. PISTA DE AQUECIMENTO EXTERNA* PLACARES ELETRÔNICOS 2 TELÃO DE PROJEÇÃO 2 ÁREA DE LOJAS 3.650 M² PREVISÃO DE DEMANDA DE ENERGIA 4.500 KVA SUBESTAÇÕES 4 UNIDADES GRUPO MOTO GERADORES 4 UNIDADES 2 DE 450 KVA E 2 DE 340 KVA (COM AS MESMAS CARACTERÍSTICAS, DIMENSÕES E ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DA PISTA INTERNA, CONFORME REGRA 140 DA I.A.A.F.)
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PARA ECONOMIZAR ÁGUA, O ESTÁDIO TEM UM SISTEMA DE CAPTAÇÃO DE ÁGUA DAS CHUVAS PARA IRRIGAR O GRAMADO
PAINÉIS ELETRÔNICOS: MAIORES DO PAÍS E COM QUALIDADE DIGITAL Os painéis eletrônicos, instalados na cobertura do Estádio Olímpico João Havelange (Engenhão), são os maiores já fabricados no Brasil. Os equipamentos medem cerca de 60 metros quadrados e pesam 4,5 toneladas. Cada painel é iluminado por 442.368 microlâmpadas. A tecnologia permite que os painéis divulguem não apenas mensagens curtas, como resultados de partidas, mas também imagens captadas durante os eventos. A resolução (384 linhas e 228 colunas) será semelhante a de uma imagem reproduzida por um vídeo na sala de uma casa. Os aparelhos ficam a 30 metros de altura e foram instalados nos lados norte e sul do Engenhão.Esta é a primeira vez que os painéis são colocados na cobertura de um Estádio e têm capacidade de reproduzir 1 bilhão de cores. Com os painéis, os espectadores terão condições de visualizar as informações transmitidas, com a mesma qualidade de uma televisão digital, de qualquer posição no Estádio.
FOTO: DIVULGAÇÃO / PREFEITURA DO RIO
rendo no que diz respeito aos sistemas de coleta e destinação final do lixo e à drenagem do campo, que reaproveitará as águas pluviais. Para o perfeito funcionamento do Estádio estão sendo instalados dois Centros Operacionais. O primeiro deles, localizado no nível térreo, comandará, entre outros, os sistemas de Circuito Interno de TV com 86 câmeras, sendo 4 externas, uma em cada acesso, 2 internas panorâmicas com zoom de 24x e o restante distribuído pelos pavimentos; Som; Iluminação do Campo e Geral; Controle e Combate a Incêndio, e Controle Policial, com uma Delegacia Interna e salas para policiais. O segundo Centro, localizado no último nível das arquibancadas, com visão direta das arquibancadas e remota das dependências do Estádio, pode operar os Sistemas de Segurança em paralelo com o primeiro Centro.
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ENTORNO DO ENGENHÃO: MODERNIZAÇÃO DA INFRA-ESTRUTURA E MELHORIAS lém da construção do Estádio Olímpico Municipal João Havelange, os moradores das ruas no entorno também foram beneficiados com importantes obras de infraestrutura, necessárias para adequar as ruas à nova realidade. As intervenções se subdividiram em duas frentes de trabalho. A primeira frente contemplou a modernização das Ruas Arquias Cordeiro, José dos Reis, Dr. Padilha, das Oficinas e General Clarindo com uma nova pavimentação asfáltica, numa área de 33.155 m2, implantação de passeios em concreto e em pedra portuguesa, correspondendo as áreas de 10.128 m2 e 1.787 m2, respectivamente, meio-fio, numa extensão de 5.270 m, e ainda, a sinalização, a iluminação pública e novos ramais de caixa de ralo da rede de drenagem de águas pluviais. Nestas ruas, levando em consideração a questão ambiental, haverá o plantio de centenas de árvores. A segunda intervenção compreende a implantação da drenagem externa que atenderá ao Estádio Olímpico, e
OS NÚMEROS DA OBRA MOVIMENTO DE TERRA / ESCAVAÇÃO 9.865,92 M3 ÁREA PAVIMENTADA COM CBUQ 33.155 M2 MPLANTAÇÃO DE GALERIA DE ÁGUAS PLUVIAIS: (RECUPERAÇÃO DE RAMAIS) 880,00 M IMPLANTAÇÃO DE REDE LIGAÇÕES DOMICILIARES): ESGOTO SANITÁRIO 660 M ÁGUA POTÁVEL 660 M GÁS 660 M ÁREA DE PASSEIO 11.915 M2 IMPLANTAÇÃO DE MEIO-FIO 5.270 M
ILUMINAÇÃO PÚBLICA: BRAÇO CURVO (LUMINÁRIA LRJ-33) 180 UN SINALIZAÇÃO HORIZONTAL 637,95 M2 INSTALAÇÃO DE TACHA/TACHÃO 400 UN
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ainda a recuperação da Rua Henrique Scheidt, no que diz respeito à pavimentação asfáltica, aos passeios em concreto e pedra portuguesa, ao meio-fio, à sinalização e à iluminação pública. No local também haverá o plantio de grama e novas árvores. Para isto, serão fresados 2.646 m2 de pavimento asfáltico, implantados aproximadamente 1.000 m de galeria de águas pluviais e recuperados 5.180 m2 de pavimento, 3.552 m2 de passeio em concreto e 888 m2 de passeio em pedra portuguesa. O investimento realizado pela Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, nas duas obras, totalizam aproximadamente R$ 9 milhões.
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21 PASSARELA LEVA PASSAGEIROS FERROVIÁRIOS DA ESTAÇÃO PARA O ESTÁDIO Com o objetivo de facilitar o acesso dos torcedores que utilizarem o trem como meio de transporte para o Engenhão, a Prefeitura do Rio construiu uma passarela em concreto armado e aço, com cobertura ao longo de sua extensão, ligando a Estação do Engenho Dentro ao Estádio Olímpico Municipal João Havelange. Esta medida resultou em mais conforto e segurança para os torcedores. Os acessos a esta passarela serão pelo mezanino (da estação de Engenho de Dentro - Supervia) e pela Rua Arquias Cordeiro. Calcula-se que, em dias de competição, 25 mil pessoas passarão por hora pela estrutura. Esta obra abrange ainda a construção de um edificio para abrigar a nova subestação de energia que irá atender a Estação do Engenho de Dentro. Com a construção deste novo espaço, a Supervia irá deslocar seus equipamento hoje instalados em um prédio próximo ao local. Posteriormente, a Prefeitura irá demolir o prédio antigo, finalizando a transferência da subestação. A Prefeitura do Rio investiu cerca de R$ 4 milhões nestas obras.
OS NÚMEROS DA OBRA EXTENSÃO DA PASSARELA (TABULEIRO) 50 M LARGURA DA PASSARELA (TABULEIRO) 8 M EXTENSÃO DA RAMPA DE ACESSO 80 M ESTRUTURA DE AÇO 181,20 T ÁREA DE PASSEIO EM PAVIMENTO INTERTRAVADO1 4.258 M2 ÁREA DE EDIFICAÇÃO2 3.285 M2 Nº DE PAVIMENTOS DA EDIFICAÇÃO 2 UN 1 O PAVIMENTO INTERTRAVADO SE LOCALIZA JUNTO À RAMPA DE ACESSO À PASSARELA, NO LADO DO ESTÁDIO OLÍMPICO. 2 ESTA É A ÁREA DO EDIFÍCIO A SER CONSTRUÍDO PARA ABRIGAR A NOVA SUBESTAÇÃO DE ENERGIA QUE ATENDE A ESTAÇÃO DE ENGENHO DE DENTRO.
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XV JOGOS PAN-AMERICANOS | ENTREVISTA
SECRETÁRIO DE OBRAS CONTA COMO FOI TRANSFORMAR O RIO DE JANEIRO NO MAIOR COMPLEXO ESPORTIVO DO BRASIL
EIDER DANTAS
O Pan de Santo Domingo, em 2003, ficou marcado pelas obras inacabadas. O Rio corre esse risco? Eider Dantas - Todas as obras da Prefeitura do Rio serão entregues a tempo para realização os Jogos Pan-Americanos. No dia 13 de julho, dia de abertura dos Jogos, todas nossas obras estarão prontas, acabadas e entregues aos organizadores dos Jogos Pan-americanos. Esta minha certeza decorre da extrema competência e capacidade de trabalho dos técnicos da Prefeitura, da dedicação e afinco dos operários, bem como da excelência das empresas envolvidas. Qual a sua avaliação com relação ao andamento das obras? Eider Dantas - A preparação está indo dentro daquilo que prevíamos. Há três anos, o prefeito César Maia está arcando com custos financeiros muito pesados, e a Prefeitura do Rio já desembolsou mais de R$ 1 bilhão. O prefeito tem muita competência. Privatizou o complexo do Riocentro, o complexo da Marina e a Vila do Pan. Isso tirou de nossas costas algo em torno de R$ 750 milhões em gastos. Mas estamos desembolsando, no Estádio Olímpico, R$ 380 milhões; na Cidade dos Esportes, cerca de R$ 200 milhões. Fora a infraestrutura, as ruas, a drenagem e as melhorias que estamos fazendo em diferentes locais da cidade para que os Jogos tenham uma boa receptividade para a população. Mas tudo isso vale a pena, porque o Pan é assistido por 800 milhões de pessoas no mundo todo. Quais os maiores desafios para a construção do Estádio João Havelange? Eider Dantas – Tinha uma adutora no meio do campo de futebol, que não estava no projeto. Depois tivemos uma série de indenizações e questões como realocação de uma Associação, o Museu do Trem e o campo de uma escola. Outra dificuldade foi a cobertura do Estádio, pois era um projeto ousado. Só o Estádio do Benfica tem isso e nós, no começo, nos empenhamos muito para adaptar o projeto. Fomos obrigados a fazer o encaixe e a solda a 70m de altura. Imagine o vento que o trabalhador enfrentou. Mas foi um sucesso. O Estádio pode ser visto de
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23 diversos pontos da cidade. É a maior obra no Rio de Janeiro feita nos últimos 50 anos e, inclusive, foi objeto de reportagem especial do programa “Megaestruturas”, do Discovery Channel. Comparado proporcionalmente e por assento, o Engenhão está saindo até barato diante de outros estádios similares. Fizemos um comparativo com instalações como o Estádio Nacional de Pequim, construído para os Jogos Olímpicos, e o Allianz, em Munique, que recebeu jogos da Copa do Mundo de 2006. Nosso estádio é o mais barato por assento. Para manter o projeto original, prevendo acessos por quatro direções (Norte, Sul, Leste e Oeste) e a possibilidade de expansão da capacidade de público de 45 mil para 60 mil (adequando-o assim às exigências para uma Copa do Mundo), a Prefeitura do Rio precisou remover o Museu do Trem, com todos os seus equipamentos, e negociar a liberação do terreno pertencente à Escola Técnica Silva Freire. A solução foi transferir o campo da escola. Mas nós trocamos por um campo de futebol que já existia a 400m e era usado pelos operários. Em troca, pudemos absorver o espaço para fazer a rampa Leste, senão não teria acesso por este lado. Desde o início, o senhor enfrenta o desafio de conjugar a preparação para o Pan sem parar as outras obras da cidade. A Secretaria Municipal de Obras teve de reduzir investimentos? Eider Dantas – Este é um ponto muito complicado. Uma coisa é a manutenção da cidade: tapar buraco, fazer novas ruas, isso não tem nada a ver com Pan. Outra coisa é você conjugar uma parte da Secretaria Municipal de Obras (SMO) para cuidar da Cidade e a outra para o Pan. Uma parte da população acha que o Pan está causando o buraco, mas o buraco sempre teve e continua sendo tapado. A SMO tapa mais de 200 mil buracos por ano. Estamos gastando na conservação o que sempre gastamos historicamente. Não houve redução orçamentária. É possível quantificar a porcentagem de obras feitas para a cidade e para o Pan? Eider Dantas – Os equipamentos construídos para o Pan vão servir à cidade, portanto, eu não posso separar as coisas. Não tem um equipamento que vá ficar parado, todos vão ter serventia à população e alguns vão dar retorno financeiro para a Prefeitura. O prefeito vai terceirizar a Arena Multiuso. Depois do Pan, vamos fazer a licitação. Com o Estádio João Havelange faremos o mesmo. Construímos equipamentos jamais vistos no Brasil e até fora. O Engenhão é um estádio que pode ser usado para a
Copa de 2014. Tem uma arena onde funcionarão 50 lojas. Vai ter vida permanente. Ele vai dar muita vida ao Engenho de Dentro, Méier, Água Santa e redondezas. É o único que vai ter estação ferroviária dentro, basta pegar a rampa. A passarela colocará 25 mil pessoas por hora dentro do Estádio. Não há perigo de o estádio virar um elefante branco? Eider Dantas – Não, o prefeito vai licitar. Alguns dos grandes clubes cariocas já visitaram o Engenhão e ficaram entusiasmados. Os clubes e empresas de eventos esportivos vão entender que é um excelente negócio assumir a concessão do Estádio. A Prefeitura irá fazer o mesmo acordo que fez com a Liesa (Liga das Escolas de Samba na Cidade do Samba): cede por um percentual do que for arrecadado. Além do que, a pista de atletismo é de Primeiro Mundo. No projeto do Pan estava implícito que a cidade ganharia muito em infraestrutura. Qual o legado para a cidade? Eider Dantas - A Prefeitura do Rio está se esforçando na área de infra-estrutura para honrar tudo que foi combinado. Mais de 250 ruas receberão melhorias antes do Pan. O entorno de todos os equipamentos recebeu obras de melhorias na pavimentação e drenagem. A população já está usando várias obras, mas ainda não percebe. Embora o esgoto seja obrigação do Governo Estadual, pegamos R$ 50 milhões nossos e fizemos todo o saneamento básico do Recreio dos Bandeirantes, Vargem Grande e Vargem Pequena. São 150km de rede. Mas, de acordo com o convênio que firmamos com o Governo do Estado, no início do ano, entregamos essas estações a eles e implantaremos o saneamento em outros bairros da Zona Oeste. Depois de todo este esforço concentrado para o Pan, o que vocês já têm programado para a cidade? Eider Dantas – O Prefeito quer entregar a Cidade da Música, na Barra da Tijuca, no primeiro semestre de 2008. Uma obra que vai marcar a gestão dele. Ao mesmo tempo, vamos continuar fazendo aquilo que sempre fizemos: vilas olímpicas. Já temos sete prontas — sendo utilizadas por cerca de 90 mil crianças e adolescentes —, e mais três em construção. O Prefeito também irá continuar os programas Rio Cidade, Rio Comunidade e Favela Bairro. São programas que já têm 12 anos e deram certo. Falta um ano e dez meses para terminar o mandato dele. Estamos cumprindo o que prometemos lá atrás. O que plantou e semeou, vamos colher no final do mandato junto com a população. Muitas obras serão inauguradas ainda este ano e no próximo. Qual será a cara do Rio depois que tudo que é voltado ao Pan estiver pronto e entregue? Eider Dantas - Vai ser uma cidade com expertise muito grande na área de esportes, dentro da vocação natural do Rio, que é turismo, esporte e serviços. O Rio não é uma cidade industrial, São Paulo é. O turismo de São Paulo 90% é de negócios. O viajante aproveita para ir a um restaurante, ver uma peça de teatro, um show, mas o turismo de São Paulo é voltado para o negócio, business. Aqui é o contrário: o turismo é de lazer, cultural. O Rio tem sua vocação natural e o grande legado do Pan é qualificá-lo como a cidade de esportes que tem competência para realizar eventos esportivos de grande porte e que vai, talvez, nos beneficiar como cidade-candidata às Olimpíadas de 2016. Com tudo o que foi realizado para o Pan, o que ainda fica por fazer para as Olimpíadas? Eider Dantas - O Rio tem que se qualificar melhor na questão da infra-estrutura, por exemplo na área de saneamento e de água potável. Além disto, precisa se qualificar melhor com a diminuição das desigualdades entre as diversas regiões da cidade. O Rio tem 600 favelas aproximadamente, 200 delas sofreram intervenção do maior programa mundial de inclusão social urbana: o Favela-Bairro. Investimos US$ 1 bilhão, em 12 anos de governo, em um programa que é modelo do BID (Banco Internacional de Desenvolvimento), que exporta isso para países da África. O trabalho é longo e continuaremos fazendo. Em termos dos equipamentos esportivos, todos os construídos para o Pan, a cargo da Prefeitura do Rio, foram aprovados pelas respectivas confederações esportivas. Por tudo isto, pelo que já foi feito e pelo que ainda virá, posso afirmar com toda a certeza que os cariocas podem sonhar com as Olimpíadas no Rio, pois as bases para que se torne realidade já existem.
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om a preservação das pistas de corridas do Autódromo Internacional do Rio, com uma pequena modificação no traçado de uma delas, garantindo a sua utilização em eventos automobilísticos, a Prefeitura do Rio decidiu construir naquela área, viabilizando uma verdadeira Cidade dos Esportes, três importantes equipamentos para a realização de diversas modalidades dos Jogos Pan-Americanos. Sob a responsabilidade da Riourbe — Empresa Municipal de Urbanização, vinculada à Secretaria Municipal de Obras, e com projetos dos arquitetos Carlos Porto e Paulo Casé, a Cidade dos Esportes do Município do Rio de Janeiro abrigará uma Arena Multiuso, um Parque Aquático e um Velódromo. Todos os equipamentos dispõem de total acessibilidade às pessoas portadoras de deficiência. Na Arena Multiuso, destaque arquitetônico da Cidade dos Esportes, com capacidade para 15 mil pessoas e
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O AUTÓDROMO DO RIO PASSOU A ABRIGAR O COMPLEXO ESPORTIVO COMPOSTO PELO VELÓDROMO, ARENA E PARQUE AQUÁTICO
arquibancadas retráteis, serão realizadas as provas de basquete e ginástica artística. O Parque Aquático Maria Lenk, com piscina olímpica e de aquecimento e um tanque para saltos ornamentais, sediará as provas de natação, nado sincronizado e saltos ornamentais. As provas de ciclismo e de patinação de velocidade serão realizadas no Velódromo, um equipamento esportivo até então inexistente no Rio. Nas próximas páginas, saiba mais sobre cada um destes equipamentos.
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27 UM MERGULHO NA MODERNIDADE. O NOVO PARQUE AQUÁTICO TRAZ A TECNOLOGIA QUE AJUDA A QUEBRAR RECORDES om suas piscinas já testadas e aprovadas, o Parque Aquático Municipal Maria Lenk (ver box) — onde serão realizadas as provas de natação, nado sincronizado e saltos ornamentais — foi projetado de acordo com os parâmetros e especificações estabelecidos pela Federação Internacional de Natação (Fina). O Parque será parcialmente coberto e contará com uma piscina olímpica, uma piscina de aquecimento, um tanque para saltos ornamentais — com plataformas de 10m de altura e trampolins de 3m. O complexo, cujas AS PROVAS DE NADO cadeiras serão todas na cor SINCRONIZADO, UM DOS amarela, terá capacidade para TRÊS ESPORTES OLÍMPICOS receber aproximadamente 8 PRATICADO APENAS POR mil pessoas, sendo que 930 MULHERES, OCORRERÃO NA lugares serão provisórios PISCINA OLÍMPICA DO PARQUE para o Pan. A área de construção é de 42 mil metros quadrados e as instalações esportivas também foram projetadas de acordo com as especificações para os Jogos Parapan-Americanos, bem como ambientes e equipamentos foram preparados para receber portadores de necessidades especiais. As competições de Natação e Nado Sincronizado — um dos três esportes olímpicos praticado apenas por mulheres — serão realizadas em uma piscina de 50m x 25m x 3m, com 10 raias. Enquanto as provas de Saltos Ornamentais serão realizadas em tanque com 30m x 25m x 5m / 3,80m, e haverá uma piscina independente para aquecimento dos atletas, com
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BRAÇADAS, MÚSICAS E SALTOS NAS ÁGUAS DO PARQUE
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PARQUE AQUÁTICO MARIA LENK: UMA JUSTA HOMENAGEM Por mais incrível que possa parecer, uma pneumonia dupla levou à descoberta de uma grande campeã. Maria Lenk tinha apenas 10 anos quando adoeceu. Seus pais acharam que a natação faria bem à saúde da filha de 10 anos e, na ausência de piscinas, a levaram para dar suas primeiras braçadas no Rio Tietê. Naquela época, anos 20/30 do século XX, havia preconceito com relação às mulheres que praticavam esportes. As meninas bem que iam aos clubes e aprendiam a nadar. Mas quando tentavam começar a competir os pais não queriam, o namorado implicava. O preconceito era tão forte que até mesmo os jornais falavam que as mulheres que praticavam esporte não iam ter filhos, ou que não seria uma prática muito religiosa. Maria Lenk, com o apoio dos pais, não dava ouvidos e seguia apenas o seu impulso de querer fazer esporte, competir e ganhar. Aos 17 anos, ela já era uma atleta de nível internacional e tornou-se a primeira sul-americana a competir em uma Olimpíada, a de 1932. Na competição, ela participou das provas dos 100 m livre, 100 m costas e chegou às semifinais dos 200 m peito. O feito de Maria Lenk serviu de exemplo para todas as mulheres. E muitas, a partir de então, começaram a ousar e se destacar no esporte e na vida. Nos anos 30, Maria Lenk casou-se com o engenheiro Gilberto Ziegler, com quem teve dois filhos. Outro fato marcante na carreira de Maria Lenk foi a sua participação nas Olimpíadas de Berlim, em 1936. Na ocasião, destacouse como precursora do nado borboleta entre as mulheres. Ela utilizou-se da braçada deste estilo nos 200 m peito e, novamente, chegou às semifinais da prova. Em 1939, ela bateu os recordes mundiais dos 200 m e 400 m nado
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MARIA EMMA HULGA LENK FOI A PRIMEIRA ATLETA FEMININA DO BRASIL A PARTICIPAR DE UMA OLIMPÍADA
de peito. No auge de sua forma, era a mais séria candidata ao ouro olímpico, em 1940. Mas a Segunda Guerra Mundial provocou o cancelamento do evento. No início dos anos 40, era a única mulher em uma delegação de nadadores sul-americanos que excursionou pelos EUA. Maria Lenk quebra doze recordes norte-americanos e aproveita sua estadia para concluir o curso de Educação Física na Universidade de Springfield. Em 1942, abandonou a carreira e ajudou a fundar a Escola Nacional de Educação Física, da Universidade do Brasil, hoje UFRJ, no Rio de Janeiro. Maria Lenk entrou para o Hall da Fama da natação, em 1988, e foi homenageada com o Top Ten da Federação Internacional (Fina), título dado aos 10 melhores nadadores da categoria Master no mundo. No campeonato mundial da categoria 85-90 anos, em 2000, ela voltou de Munique com cinco medalhas de ouro. Maria Lenk foi a campeã dos 100 m peito, 200 m livre, 200 m costas, 200 m medley e 400 m livre. Nesse torneio, ela ganhou o apelido de Mark Spitz da terceira idade, uma referência às sete medalhas de ouro que o nadador norte-americano ganhou na Olimpíada de Munique, em 72. Em março de 2005, o maior ícone da natação feminina do Brasil pulverizou três recordes mundiais, durante a I Etapa do Circuito Estadual Master de Natação, em Niterói. Maria Lenk estabeleceu a nova marca mundial (faixa etária mais de 90 anos) para os 100m costas, nadando a prova em 2m43s99, e para os 50m livre (1m09s40) e 50m costas (1m13s75). Recentemente falecida, aos 92 anos, quando nadava na piscina do Flamengo – como era sua rotina de muitos anos, Maria Lenk foi homenageada pelo prefeito Cesar Maia e tem o seu nome eternizado no Parque Aquático, construído pela Prefeitura do Rio para o Pan, na Cidade dos Esportes. Uma homenagem mais do que justa à “Dama das Piscinas”.
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PARA ENCHER A PISCINA OLÍMPICA SÃO NECESSÁRIO 3,8 MILHÕES DE LITROS DE ÁGUA
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(fem.), 1.500m livre (masc.), 100m peito (masc. e fem.), 200m peito (masc. e fem.), 100m costas (masc. e fem.), 200m costas (masc. e fem.), 100m borboleta (masc. e fem.), 200m borboleta (masc. e fem.), 200m medley (masc. e fem.), 400m medley (masc. e fem.), revezamento 4x100m livre (masc. e fem.), revezamento 4x200m livre (masc. e fem.), revezamento 4x100m medley (masc. e fem.) FOTO: DIVULGAÇÃO / PREFEITURA DO RIO
50m x 20m x 1,65m /1,35m. No fundo da piscina olímpica e no tanque de salto foi instalada uma sala com filtros, que servirão para a manutenção da qualidade da água, cuja temperatura deverá estar permanentemente entre 27º e 29º C. As provas e os estilos de natação serão os seguintes: 50m livre (masc. e fem.), 100m livre (masc. e fem.), 200m livre (masc. e fem.), 400m livre (masc. e fem.), 800m livre
OS NÚMEROS DA OBRA CONCRETO 11.450 M³ AÇO 872 T ESTRUTURA METÁLICA 593 T ESCAVAÇÃO 25 MIL M³ ESTACAS HÉLICE E RAIZ 4.784 M COBERTURA METÁLICA 6.500 M² IMPERMEABILIZAÇÕES 7.150 M² ELEVADORES 9 UNIDADES
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ARENA OLÍMPICA: UM EQUIPAMENTO MULTIUSO O ESPORTE GANHOU UM NOVO INCENTIVO COM A CONSTRUÇÃO DE UMA ARENA NOS MESMOS MOLDES DOS MELHORES GINÁSIOS DA NBA
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sto aqui, ô, ô/É um pouquinho de Brasil, Iaiá/Desse Brasil que canta/e é feliz,/Feliz, feliz/É, também, um pouco de uma raça/Que não tem medo de fumaça, ai, ai/E não se entrega, não.” Ao som desta música de Ary Barroso, intitulada “Isto aqui o que é”, a premiada ginasta Daiane dos Santos pretende, além de conquistar a medalha de ouro na prova de solo da ginástica artística, agradar os torcedores brasileiros que sempre esperam dela alguma novidade. A apresentação de Daiane será na Arena Olímpica, construída pela Prefeitura do Rio, na Cidade dos Esportes. Outra grande esperança de medalhas na ginástica, e que serviriam para inaugurar com chave de ouro a Arena, é com os irmãos Diego Hypólito e Daniele Hypólito. Chamada de Arena Multiuso, pela possibilidade da realização de eventos de diversos tipos, incluindo as atividades esportivas olímpicas realizada em local fechado, a Arena também sediará um outro esporte de grande sucesso nos Jogos Pan-Americanos: o basquete. Nestes Jogos, o Brasil vai brigar por um inédito tricampeonato pan-americano no basquete masculino. Os brasileiros correm também para quebrarem outra marca: apenas duas vezes na história do Pan, o campeão de basquetebol entre os homens foi o país anfitrião.
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OS JOGOS DE BASQUETE, ALÉM DA GINÁSTICA PROMETEM ESQUENTAR O CLIMA DA ARENA CLIMATIZADA
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A ARENA SERÁ O GINÁSIO MAIS MODERNO DA AMÉRICA-LATINA COM ARQUIBANCADAS MÓVEIS E PLACAR ELETRÔNICO COM TELÕES DE ALTA DEFINIÇÃO
Em 14 participações na competição, a seleção masculina conquistou quatro medalhas de ouro, duas de prata e seis de bronze, enquanto a seleção feminina — 3a. colocada em Santo Domingo, em 2003 — já conquistou três medalhas de ouro, três de prata e três de bronze, nas 12 edições disputadas. Para a construção da Arena, o projeto seguiu todos os parâmetros e especificações exigidos pela Federação Internacional de Basquete (Fiba) e pela Federação Internacional de Ginástica (Fig). Com capacidade para receber um público de 13 mil a 15 mil espectadores (ver Box), a Arena terá 50 mil metros quadrados de área construída e o gerenciamento da obra está a cargo da Riourbe — Empresa Municipal de Urbanização, vinculada à Secretaria Municipal de Obras. Segundo o arquiteto Carlos Porto, autor do projeto juntamente com o arquiteto Paulo Casé, “a Arena tem quatro conjuntos de rampas em cada um de seus cantos e acesso
ARQUIBANCADA RETRÁTIL: UMA NOVIDADE NA ARENA Uma novidade chama atenção na Arena Multiuso. De acordo com o evento esportivo ou com o espetáculo, o estádio poderá ter a sua capacidade de público aumentada de 13 para 15 mil espectadores. Isto será possível graças à instalação de uma arquibancada retrátil que, quando armada, amplia a lotação do estádio em mais 1.716 lugares. A peça, que pode ser comparada a um gaveteiro, fica guardada na base do vão da arquibancada principal sem ocupar nenhum espaço da quadra, e apenas 1,30 m da parte interna. Ao ser instalada, a arquibancada avança pouco mais de 6 m à frente. De forma prática e com economia de espaço, os pisos da arquibancada são feitos de madeira compensada, provenientes de espécies alternativas de alta resistência, com assentos plásticos reclináveis, interligadas por estruturas de metal, instaladas sobre um sistema de trilhos, que possibilita a montagem da peça. Os torcedores que ficarem na arquibancada retrátil, nos jogos de basquete, por exemplo, vão assistir bem de perto cada lance. É uma verdadeira área vip.
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SISTEMA DE AR CONDICIONADO 2.600 TR ESTRUTURA METÁLICA 1.129 T CONCRETO 16.711M3 AÇO 1.297 T ESTACAS RAIZ 30.237 M COBERTURA METÁLICA 15.427M2 ALVENARIAS 24.400 M2 ÁREA DE PINTURA 70.822M2 ELEVADOR 10 UN
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por uma passarela. Ela tem linhas retas e uma cobertura de suportes metálicos. É espetacular.” A infra-estrutura para as atividades esportivas foi projetada com base na multiplicidade de usos da Arena. O salão de jogos terá as seguintes dimensões mínimas: 40m x 60m x 16 m. O equipamento contará, ainda, com uma área de treinamento, independente do salão de jogos principal, com as seguintes medidas mínimas: 32m x 42 m x 16 m. Sob a madeira do piso do salão de jogos e da área de treinamento foram colocadas borrachas que têm a função de diminuir o impacto do atleta no piso. Toda a madeira do piso é certificada e é proveniente de áreas de replantio. Para conforto dos atletas e espectadores, a Arena será inteiramente climatizada, com a instalação de um sistema de ar condicionado central, que garante uma temperatura máxima de 25º C.
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CAUÊ, MASCOTE DO PAN, APROVOU A ARENA, EM ESPECIAL A ARQUIBANCADA RETRÁTIL
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VOANDO EM BUSCA DA PERFEIÇÃO. O VELÓDROMO SERÁ A MELHOR PISTA NO PADRÃO OLÍMPICO NA AMÉRICA LATINA
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VELÓDROMO: UM ESTÁDIO QUE FALTAVA
om um aspecto futurista, ciclistas com capacetes aerodinâmicos passam em grande velocidade em bicicletas muito leves, feitas de material moderno, e pesando entre 5,5 Kg e 7,5 Kg, sem freios nem marchas. Antes de mesmo de ficar pronto, já é possível antecipar o que os 1.500 espectadores assistirão nas provas de ciclismo no PanAmericano, que serão realizadas no Velódromo da Cidade dos Esportes, no Autódromo da Barra da Tijuca, na modalidade pista, que reúne dez disputas diferentes, individuais e por equipes, de velocidade, contra o relógio e perseguição. No Brasil inteiro, existem somente três velódromos (São Paulo (2) e Paraná (1) e nenhum deles é coberto. A vitória do Rio de Janeiro para sediar o Pan serviu como estímulo para que pudesse ser preenchida uma importante lacuna, até então existente: a capital nacional da bicicleta (ver box) não tinha um velódromo. Graças aos Jogos, a cidade dos “camelos” vai passar a ter o velódromo mais moderno da América Latina, construído de COBERTO E COM UMA PISTA DE acordo com as normas, especificações e métodos aprovados pela MADEIRA DE PINHO SIBERIANO, Associação Brasileira de Normas IMPORTADA DA HOLANDA, O Técnicas (ABNT), e entidades VELÓDROMO SERÁ O MELHOR nacionais e internacionais, como o DA AMÉRICA LATINA Comitê Olímpico Internacional (COI), a União Ciclística Internacional (UCI), a Confederação Brasileira de Ciclismo (CBC) e a Federação de Ciclismo do Estado do Rio de Janeiro (FECIERJ). Com uma pista de madeira feita pelo mesmo fabricante da pista na Olimpíada de Atenas (Grécia), com uma extensão de 250 m e 13 m de largura, feita de pinho siberiano, importada da Holanda, no Velódromo, além do ciclismo, também serão realizadas as provas de patinação de velocidade. Esta modalidade esportiva, praticada por homens e mulheres, individualmente e por equipes (revezamento), pode ser disputada em pistas ou circuitos de rua. As distâncias variam entre 200 m e 50 mil m, incluindo a maratona (42km) nas competições de rua. As provas também podem ser contra o relógio. As provas de ciclismo, na modalidade pista, são as seguintes: Velocidade: Dois atletas percorrem a pista para competirem um contra o outro. A prova é percorrida em três voltas e é eliminatória. O percurso total tem 1 quilômetro, mas
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quatro componentes, que completam 14 voltas. A equipe que terminar primeiro a distância com três ciclistas ou aquela que ultrapassar o terceiro ciclisto adversário vence a prova. Quilômetro contra o relógio: A prova, individual, consiste numa corrida contra o relógio entre a linha de partida e de chegada. Os ciclistas partem saem em intervalos de 1 minuto. A distância para homens é de 1 mil metros, e para mulheres, 500 metros. Corrida por pontos: Considerada a prova mais longa do ciclismo em velódromo. A distância é de 25 km para mulheres e 40 km para homens. A cada sprint de dez voltas, os quatro melhores posicionados na prova recebem uma pontuação. A pontuação dobra no último sprint. O vencedor é o ciclista que somar mais pontos. Nesta modalidade somente são disputadas provas individuais.
OS NÚMEROS DA OBRA ESTRUTURA METÁLICA 305 T CONCRETO 2.154 M3 AÇO 93 T ESTACAS HÉLICE 4.144,50 M COBERTURA METÁLICA 10.000M² ALVENARIAS 4.000 M² ÁREA DE PINTURA 9.415 M² ELEVADOR 1 UNID. FOTOS: DIVULGAÇÃO / PREFEITURA DO RIO
somente os últimos 200 metros são cronometrados. Nos primeiros 800 metros, os ciclistas andam de forma lenta, para evitar ficar à frente do adversário, para que não se dê a vantagem do vácuo. Velocidade olímpica: Disputada por equipes de três ciclistas, eles largam em posições opostas da pista. Na primeira volta a disputa é liderada por um ciclista, que sai da disputa quando a volta é completada. Na segunda volta, o segundo competidor assume a liderança e sai da disputa na conclusão do término do percurso. Na última volta, o terceiro competidor completa a prova. Os pontos dos três ciclistas é somada e se define a equipe campeã. A prova somente é disputada por homens. Contra o relógio: O ciclista larga sozinho na pista para percorrer 500 metros (mulheres) e 1.000 metros (homens). Cada competidor larga em intervalos de 90 segundos. Perseguição: Os ciclistas largam em posições opostas do velódromo. O atleta que ultrapassar primeiro o adversário ganha quem a prova. Se não acontecer isto, o vencedor é aquele que completar o percuso da prova em menos tempo. Para homens, a distância é de 4 mil metros, e para mulheres, 3 mil metros. As provas são disputadas individualmente e por equipes (somente para homens). A perseguição por equipes é feito por
ALÉM DO CICLISMO, NO VELÓDROMO SERÃO REALIZADAS AS PROVAS DE PATINAÇÃO ARTÍSTICA
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Keirin: A prova é disputada em oito voltas. Nas primeiras cinco voltas e meia, os ciclistas seguem uma bicicleta motorizada. Ela dita o ritmo do percuso até chegar aos 45 km/h. Em seguida ela abandona a pista e deixa os atletas disputarem as últimas duas voltas e meia. Madison: A prova é disputada entre dois ciclistas. Um deles mantém ritmo lento na parte alta da pista, enquanto outro percorre o mais rápido possível na parte inferior do velódromo. Há uma troca de ciclista, sendo que aquele que está na parte de baixo toca a roda do companheiro para que este prossiga pedalando. A dupla pontua a cada 20 voltas completadas. O vencedor é quem completar o maior número de voltas. Em caso de empate, o vencedor será o que somou mais pontos. Naturalmente, vai demorar algum tempo para que o ciclismo no Rio, e mesmo no Brasil, venha a ter o prestígio como na França, Itália e Espanha, que atrai mais atenção que o futebol durante provas renomadas como o Tour de France, o Giro d’Italia e a Vuelta de España. Mas, com o Velódromo, com o incentivo às modalidades esportivas inerentes a este estádio, e com a elaboração de um calendário de eventos, certamente a capital nacional da bicicleta logo estará se destacando nas diversas disputas que compõem as provas de pista.
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PRESIDENTE DO COB, ARTHUR NUZMAN E RUY CEZAR, TRABALHANDO JUNTOS
JOGOS RIO 2007: VOCAÇÃO E LEGADO s Jogos Pan-americanos Rio 2007 consolidarão a vocação da cidade como sede esportiva de alto nível. Mas esse é um processo que não teve início com o Pan. A Prefeitura, consciente do valor do esporte como instrumento de inclusão social, entregou à população carioca sete Vilas Olímpicas dispersas por vários bairros. Somados aos projetos esportivos e ao Centro Esportivo Miécimo da Silva, o maior dentre os centros esportivos municipais do Brasil, essas vilas oferecem mais que atividades esportivas: proporcionam atividades recreativas e culturais; são celeiros de jovens e promissores atletas, cujos nomes começam a aparecer nas manchetes esportivas. A disposição da cidade para o esporte foi certamente uma das alavancas que projetaram o Rio como sede dos Jogos Pan-americanos deste ano. O incentivo ao esporte, os seus resultados efetivos entre a juventude, certamente pesaram na escolha dos integrantes da Organização Desportiva Pan-americana em 2002. Outro aspecto importante no cenário do Pan é o chamado legado dos Jogos. Esse legado não se limita às novas e magníficas instalações esportivas que a cidade está recebendo. Estende-se ao aporte de novas tecnologias esportivas ou não; à valorização imobiliária nos entornos dos novos estádios; à revitalização de grandes áreas da cidade, como o bairro do Engenho de Dentro e cercanias.
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Os jogos trouxeram para o Rio 10.000 novos empregos, principalmente na construção civil; propiciaram o crescimento de cerca de 50% no licenciamento de atividades econômicas; incentivaram a construção de quatorze novos hotéis, que estarão plenamente ocupados no mês de julho, à semelhança de toda a rede hoteleira carioca; consolidaram na cidade o conceito de hospedagem domiciliar, com o sucesso dessa iniciativa da Prefeitura. Outro importante marco do legado Rio 2007: o aperfeiçoamento profissional de diversos segmentos profissionais. Com os jogos do Rio, dirigentes esportivos, servidores públicos e profissionais das áreas de arquitetura, engenharia e equipamentos reciclaram seus conhecimentos no planejamento, organização e gerenciamento de grandes eventos ligados ao esporte de alto nível. Os XV Jogos Pan-americanos Rio 2007 revelarão grandes vencedores no esporte. Homens e mulheres, os melhores em suas disciplinas, serão honrados com as medalhas e as palmas da vitória. Mas antes deles, antes mesmo dos Jogos começarem, a cidade já é vencedora. Rio, medalha de ouro.
RUY CEZAR SECRETÁRIO ESPECIAL RIO 2007
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XV JOGOS PAN-AMERICANOS | CIDADE DO ROCK E MARAPENDI
EQUIPAMENTOS TEMPORÁRIOS
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45 lém dos estádios que estão sendo construídos, e que ficarão como um legado para a cidade, algumas modalidades esportivas serão disputadas em equipamentos temporários, montados exclusivamente para o Pan. Entre estes equipamentos encontram-se os estádios para beisebol e softbol (versão feminina do beisebol), na área da Cidade do Rock, e quadras de tênis no Marapendi Country Club. A seguir, as características de cada um destes equipamentos temporários.
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COMPLEXO ESPORTIVO CIDADE DO ROCK
Os sons das guitarras e baterias, que levaram a Cidade do Rock a entrar para a história da música reunindo em seus festivais milhares de jovens, vão ser substituídos pelo barulho seco dos tacos de madeira nas bolas de beisebol. Sem nenhuma conotação política, certamente os grandes confrontos no basebol, no campo montado na Cidade do Rock, serão entre as equipes de Cuba, Venezuela e Estados Unidos. Desde o Pan de São Paulo, em 1963, quando teve início a rivalidade esportiva entre os dois países, os cubanos passaram a dominar o esporte dos tacos, criado pelos norte-americanos, no final do século XIX. Ganhou todas as medalhas de ouro, com exceção de Winnipeg (1967). A Cidade do Rock está sendo preparada, com a construção de estádios temporários com campos gramados, para abrigar as provas de beisebol e softbol nos Jogos Pan-americanos. DO PAN PARA O GRUPO MUNDIAL, A ELITE DO TÊNIS: O projeto inclui a demolição dos pisos de OS GRANDES DESAFIOS. concreto e asfalto, a retiO MARAPENDI TEM SIDO rada de parte de um UMA SEDE TRADICIONAL palco metálico, a DE DISPUTAS IMPORTANTES drenagem do terreno, a implantação de ilumiDO TÊNIS BRASILEIRO. nação com postes e refletores, e a montagem de arquibancada metálica com assentos plásticos, entre outros serviços. O estádio para beisebol terá capacidade para 3 mil pessoas, enquanto o de softbol comportará 2 mil torcedores.
FOTOS: DIVULGAÇÃO / PREFEITURA DO RIO
MARAPENDI COUNTRY CLUB
AS PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE O BEISEBOL E SOFTBOL SÃO AS SEGUINTES: DIMENSÃO DO CAMPO As do beisebol são maiores do que as do softbol BOLA menores no beisebol TEMPO DE JOGO No beisebol são nove entradas, contra sete no softbol LANÇAMENTO DA BOLA no softbol é feito de baixo para cima
Dois meses antes de disputar os jogos na sua luta para retornar ao Grupo Mundial do tênis, onde estão os 16 melhores países do mundo, o Brasil irá enfrentar uma outra batalha difícil, que são os Jogos Pan-Americanos. A melhor participação do país no Pan ainda é a de 1963, quando ganhou três medalhas de ouro, duas de prata e uma de bronze, em São Paulo. Na época, contava com duas grandes estrelas do tênis brasileiro: Maria Esther Bueno e Thomaz Koch. Os seis atletas (três homens e três mulheres) que representarão o Brasil, no Pan, são: Equipe feminina: Jenifer Widjaja, Teliana Pereira e Joana Cortez, e Equipe masculina: Thiago Alves, Marcos Daniel e Flávio Saretta. Para os jogos, está sendo construída no Marapendi Country Club uma quadra central, com piso de saibro e arquibancadas desmontáveis — com capacidade para 5 mil torcedores —, e mais duas quadras de tênis para aquecimento. Além das quadras, o projeto também inclui um acesso novo, na rua principal interna, em piso asfaltado para possibilitar o acesso de pessoas portadoras de necessidades especiais. Os alambrados e vestiários existentes serão reformados. Toda a infra-estrutura temporária necessária à realização dos jogos será implantada, incluindo também banheiros químicos, tendas, mobiliário, comunicação visual, instalações prediais, inclusive as especiais para a realização das competições. O Marapendi está acostumado a receber grandes eventos de tênis e foi a sede da última disputa do Brasil na Copa Davis. Além das partidas do Pan, no clube serão realizadas as disputas de tênis em cadeira de rodas, do Parapan-Americano.
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AS VILAS OLÍMPICAS DA PREFEITURA DO RIO SÃO INSTRUMENTOS DE INCLUSÃO SOCIAL ATRAVÉS DO ESPORTE ndré Assis, 15 anos; Bruno Basilio da Silva, 17; Charles Izidório, 16; Jonatan Isídio, 12; Leonardo Mamed, 18; Mariana Gonçalves, 12; Pâmela Yuriê, 19; Ruan Braga, 13; Tamara Alexandrino e Úrsula Rannily, 12 anos; Vinícius Amorim, 9, e William Ferreira, 18. Estes são alguns nomes de crianças e adolescentes que começam a despontar como atletas, vencedores em torneios de atletismo, caratê, jiu-jitsu, judô, natação e taekwondo, entre mais de 75 mil jovens que hoje participam das atividades esportivas das Vilas Olímpicas da Prefeitura do Rio. A descoberta destes novos desportistas, por parte dos professores das Vilas Olímpicas, é a comprovação de que o prefeito Cesar Maia acertou em cheio ao decidir implementar, a partir de 2001, o Programa de Vilas Olímpicas, que complementa o trabalho das escolas e oferece oportunidades a jovens que mais precisam. A conquista para o Rio de Janeiro dos Jogos Pan-Americanos 2007 representou um impulso ainda maior para o programa, sob a responsabilidade da Secretaria Municipal de Obras, através da Riourbe. Sete Vilas Olímpicas já foram construídas, em diferentes bairros da cidade (VER BOX), além do Centro Esportivo Miécimo da Silva, que também desempenha o mesmo papel. Neste momento, mais três Vilas estão sendo construídas, que permitirá o atendimento a mais de 100 mil crianças e adolescentes.
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CARACTERÍSTICAS DAS VILAS OLÍMPICAS
As Vilas Olímpicas são centros esportivos, com todos os serviços de um clube, instalados em diversas comunidades.
TODOS OS DIAS, NOVOS ATLETAS SÃO DESCOBERTOS NAS VILAS OLÍMPICAS
MASSIFICAÇÃO DO ESPORTE E MODELO PARA OUTRAS CIDADES
Um outro aspecto que se destaca no Programa das Vilas é a possibilidade de massificação do acesso ao esporte. Desta forma, crianças e adolescentes que, devido às suas realidades sócio-econômicas dificilmente teriam acesso à prática de esportes, passam a ter possibilidades de praticá-los, gerando condições objetivas para o surgimento de grandes atletas, em diferentes esportes. O sucesso do Programa é muito grande e a repercussão dos êxitos obtidos tem levado a que muitos governos procurem a Prefeitura do Rio para conhecer as instalações e a dinâmica de funcionamento das Vilas. Recentemente, o ministro do Esporte, Orlando Silva Júnior, e o secretário de Esportes do Distrito Federal, Luis Augusto Castro, visitaram a Vila Olímpica da Gamboa, para conhecer o equipamento esportivo que será utilizado como referência na construção de cinco vilas olímpicas no Distrito Federal, com financiamento dos governos distrital e federal. FOTOS: DIVULGAÇÃO / PREFEITURA DO RIO
VILAS OLÍMPICAS
Elas têm piscinas, campos de futebol, quadras de vôlei, basquete e monitores, que oferecem escolinhas de esportes e atividades culturais. E o mais importante: funcionam em perfeita sintonia com as escolas municipais viabilizando uma ação de educação integral às crianças e adolescentes das comunidades, inclusive aquelas portadoras de deficiência física. Mais de 4 mil pessoas portadoras de deficiência estão matriculadas e participam das atividades esportivas promovidas pelas Vilas Olímpicas. Durante o recesso escolar, as Vilas Olímpicas organizam colônias de férias de segunda a sexta-feira, durante todo o dia, e oferecem além de esportes, atividades recreativas e culturais. Em 2007, mais de 6.500 jovens se inscreveram nas colônias de férias nas Vilas Olímpicas da Prefeitura. Além de servirem como um espaço de inclusão social para dezenas de milhares de jovens, as Vilas Olímpicas têm permitido à Prefeitura do Rio fazer parcerias de cogestão esportiva com universidades, para a coordenação das Vilas. Com isso, professores e alunos de cursos como Educação Física, Serviço Social, Psicologia, Sociologia e Pedagogia poderão implantar programas pedagógicos e realizar pesquisas nestes equipamentos esportivos.
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47 AS VILAS OLÍMPICAS E MODALIDADES ESPORTIVAS OFERECIDAS Vila Olímpica Municipal Oscar Schmidt (Santa Cruz) — 26 modalidades Vila Olímpica Municipal da Maré (Complexo da Maré) — 23 modalidades Centro Esportivo Miécimo da Silva (Campo Grande) — 21 modalidades Vila Olímpica Municipal Ary Carvalho (Vila Kennedy) — 18 modalidades Vila Olímpica Municipal Mestre André (Padre Miguel) — 15 modalidades Vila Olímpica Municipal Carlos Castilho (Complexo do Alemão/Leopoldina) — 14 modalidades Vila Olímpica Municipal da Gamboa (Gamboa) — 12 modalidades Vila Olímpica Municipal Clara Nunes (Acari) — 11 modalidades
DA VILA OLÍMPICA DE PADRE MIGUEL PARA O PAN Rosângela Oliveira, de 17 anos, aluna da Vila Olímpica Municipal Mestre André, localizada no bairro de Padre Miguel (Zona Oeste), foi convocada para a seleção brasileira de atletismo, que disputará os Jogos Pan-Americanos de 2007, como resultado da sua conquista da medalha de prata, na prova dos 100 m, no Troféu Brasil. Rosângela havia conquistado no Campeonato Brasileiro de Menores, realizado em São Paulo, no último dia 17 de julho, as medalhas de ouro nos 100 m, e prata nos 200 m. No Pan, a atleta da prova de revezamento 4 x 100m. Por seu desempenho, Rosângela foi escolhida uma das melhores atletas do Campeonato Brasileiro de Menores, por uma comissão de treinadores, e também irá disputar o Mundial da categoria, marcado para Ostrava (República Tcheca), no mês de julho.
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NESTA TERCEIRA EDIÇÃO, OS JOGOS PARAPANAMERICANOS TERÃO A PARTICIPAÇÃO DE 14 PAÍSES E 1.300 ATLETAS, QUE DISPUTARÃO AS MEDALHAS EM 10 MODALIDADES ESPORTIVAS
PARAPAN:
INCLUSÃO PELO ESPORTE ela primeira vez desde que foram criados, em 1999, os Jogos Parapan-Americanos serão disputados na mesma cidade e imediatamente após aos Jogos Pan-Americanos. De 12 a 19 de agosto, 1.300 atletas – representando 14 países – irão disputar as provas esportivas em instalações utilizadas no Pan. As delegações também utilizarão a Vila Pan-Americana, cujos apartamentos foram projetados visando a sua utilização pelos atletas dos Jogos Parapan-Americanos. A cerimônia de abertura será no dia 12 de agosto, no Estádio Olímpico João Havelange (Engenhão), que também abriTEREZINHA gará a cerimônia de encerramenGUILHERMINO to, no dia 19 de agosto, e as (ATLETA CEGA) E provas de atletismo. Outras quatro O ATLETA-GUIA instalações esportivas (Cidade dos CHOCOLATE. ELA É Esportes, Marapendi Country Club, Riocentro e Complexo CAMPEÃ MUNDIAL Esportivo de Deodoro) sediarão NOS 200M RASOS os eventos do Parapan. Os esportes praticados por pessoas portadoras de necessidades especiais têm grande semelhança com os seus correspondentes olímpicos. As principais características dos 10 esportes que integram o programa dos Jogos Parapan-Americanos Rio 2007 são: Atletismo: Participam atletas com deficiência física e deficiência visual, e há provas de pista e de campo (arremesso, lançamento e salto). As provas têm especificidades de acordo com a deficiência dos competidores: na corrida, por exemplo, o atleta cego é acompanhado por um guia, e ambos são unidos por uma corda. Basquete em Cadeira de Rodas: É jogado apenas por atletas com deficiência físico-motora, sob as regras adaptadas da Federação Internacional de Basquete (FIBA). FOTO: PEDRO TEIXEIRA/CPB Futebol de 5: É disputado por cegos (só o goleiro tem
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ARIOSVALDO FERNANDES, ATLETA DE CORRIDA EM CADEIRA SEGUNDO O INTERNATIONAL PARALYMPIC COMMITTEE (IPC), NO MUNDO EXISTEM APROXIMADAMENTE 500 MILHÕES DE PESSOAS PORTADORAS DE DEFICIÊNCIA (NO BRASIL, DE ACORDO COM O IBGE, SÃO 24 MILHÕES), DAS QUAIS MILHARES SÃO ATLETAS QUE PARTICIPAM EM MAIS DE 300 COMPETIÇÕES EM TODOS OS CONTINENTES, COMO OS JOGOS PARAPAN-AMERICANOS.
JOGOS PARAOLÍMPICOS Os Jogos Parapan-Americanos são um evento com diversas modalidades esportivas para pessoas portadoras de necessidades especiais. Sua história, estimulada pelos Jogos Paraolímpicos de Roma (1960), começa com a realização dos Jogos Pan-Americanos para Paraplégicos, em Winnipeg (Canadá), em 1967, quando seis países competiram em esportes de cadeiras de rodas. Os primeiros Jogos Parapan-Americanos formais realizaram-se em 1999, na Cidade do México, com a participação de 1.200 atletas de 20 países, que competiram em 4 esportes: Atletismo, Natação, Basquete e Tênis de Mesa. JOGOS PARAPAN-AMERICANOS REALIZADOS Ano Jogos Cidade-sede País 1999 I Cidade do México México 2003 II Mar del Plata Argentina
FOTO: CHRISTOPHE SCIANN
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visão), em uma quadra de futsal adaptada e a bola tem um guizo para orientação dos jogadores. Futebol de 7: É disputado por paralisados cerebrais, em um campo de 55x77m. Halterofilismo: É praticado por atletas portadores de deficiência física, que competem deitados durante suas tentativas. Judô: Tem as mesmas regras da modalidade convencional e é um esporte de cegos e pessoas de baixa visão. Natação: Para atletas com deficiência física e deficiência visual, as competições vão de 50m a 400m, nos quatro estilos - livre, peito, costas e borboleta – além das provas de medley e revezamento (livre e medley). Os nadadores cegos recebem um aviso, por meio de um bastão com uma ponta de
espuma, quando estão se aproximando das bordas (nas viradas e nas chegadas). Tênis de Mesa: As competições estão divididas basicamente entre atletas que competem de pé e os que o fazem em cadeiras de rodas. Os jogos podem ser individuais e em duplas. Participam competidores com paralisia cerebral, amputados e usuários de cadeira de rodas. Tênis em Cadeira de Rodas: Difere do convencional basicamente em relação ao quique da bola, que pode ser duplo. Vôlei (Sentado): É praticado por atletas com deficiência física, que jogam sentados na quadra, e a altura da rede é inferior ao esporte convencional. A quadra é menor do que a convencional (10x6m contra 18x9m) e o saque pode ser bloqueado.
CLODOALDO SILVA NO MUNDIAL DE NATAÇÃO FOTO: EDUARDO ROCHA
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FOTO: ROBSON MOREIRA (CRISTO)
PAN 2007: O RIO MERECE!
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