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2/12/2009

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MOMENTOS INESQUECÍVEIS DO FUTEBOL - VASCO ISSN 1413-9529

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FOTO MARCELO MOREIRA


FOTO MARCELO MOREIRA

ÍNDICE


5

06 12 16 26

NOSSO TIME CAMPEÃO O SENTIMENTO NÃO PARA

36 58

ENTREVISTA: CARLOS ALBERTO ENTREVISTA: FERNANDO PRASS

RESUMO DOS JOGOS

52 56

CRÔNICA DE UM VASCAÍNO ENTREVISTA: EDUARDO PAES

QUEM FAZ O VASCO...

64

PROMESSAS VASCAÍNAS

MOMENTOS INESQUECÍVEIS DO FUTEBOL - VASCO CAMPEÃO 2009 ES T A PUBLICAÇÃ O FOI PR ODUZIDA SEMAEDI TORA LEDI

TDA.

CNPJ: 04.652.263/0001-36 INSC. ESTADUAL: 77.233.407 AV. NOVA YORK, 371 - BONSUCESSO - RIO DE JANEIRO RS - CEP: 21041-040 TEL.: (21) 3977-5415 - FAX: (21) 3977-5453 - E-mail: semaedi@semaedi.com.br FOTO DE CAPA: IVO GONZALEZ / AGÊNCIA O GLOBO


6 | NOSSO TIME CAMPEÃO

ELENCO : O N I A C S VA RO GOLEIR

1 FERNANDO S NOME: FERNANDO BUTTENBENDER PRASS NASCIMENTO: 09/07/1978 IDADE: 31 ANOS NATURALIDADE: PATO BRANCO - PR ALTURA: 1,91M PESO: 79KG CLUBES: GRÊMIO (1998/1999); FRANCANA(200); VILA NOVA – GO (2001); CORITIBA (2002/2005); U.LEIRIA(POR) (2005/2008); VASCO (DESDE 2008) TÍTULOS: GAÚCHO (1999); COPA SUL (1999); GOIANO (2001); PARANAENSE (2002,2004). 2009 - CAMPEONATO BRASILEIRO DA SÉRIE B - VASCO JOGOS: 41 GOLS: 0

TO LATERAL DIREIT

RO GOLEIR

LATER TO DIREIT

AGO 50 TIA

23 FAGNER

NOME: ANTÔNIO CAMPAGNARO NASCIMENTO: 02/07/1983 IDADE: 26 ANOS NATURALIDADE: CAMPO LARGO - PR ALTURA: 1,90M PESO: 83KG CLUBES: PARANÁ (2002); JUVENTUS-SP (2003); MATSUBARA(2003); CORINTHIANS (2004/2005); PORTUGUESA (2006/2007); VASCO (DESDE 2009) TÍTULOS: CAMPEONATO BRASILEIRO (2005); 2009 - CAMPEONATO BRASILEIRO DA SÉRIE B - VASCO 23 GOLS: 2

NOME: FAGNER CONSERVA LEMOS NASCIMENTO: 11/06/1989 IDADE: 20 ANOS NATURALIDADE: SÃO PAULO - SP ALTURA: 1,68M PESO: 67KG CLUBES: CORINTHIANS (2006/2007); PSV(HOL) (2007/2008); VASCO (DESDE 2009) TÍTULOS: CAMPEONATO HOLANDÊS (2008); 2009 - CAMPEONATO BRASILEIRO DA SÉRIE B - VASCO JOGOS: 17 GOLS: 2

O 02 PAULO SÉRGIO NOME: PAULO SÉRGIO ROCHA NASCIMENTO: 01/10/1978 IDADE: 31 ANOS NATURALIDADE: ANDRADINA - SP ALTURA: 1,70M PESO: 65 KG CLUBES: COMERCIAL – MS (1998); ANDRADINA – SP (1999); MARCÍLIO DIAS – SC (1999,2000/2001); AVAÍ (2001); FIGUEIRENSE (2001/2005); NOROESTE-SP (2005); SÃO CAETANO –SP (2006); PALMEIRAS (2007); GRÊMIO (2008); VASCO (DESDE 2009) TÍTULO: 2009 - CAMPEONATO BRASILEIRO DA SÉRIE B - VASCO JOGOS: 48 GOLS: 3


7

LATERAL RDO ES

LATERAL RDO E

42 PARÁ

33 RAMON

NOME: ERINALDO SANTOS RABELO NASCIMENTO: 19/09/1987 IDADE: 22 ANOS NATURALIDADE:RIO MARIAN - PR ALTURA: 1,72M PESO: 73 KG CLUBES: GRÊMIO (2004); SÃO CAETANO (2005/2006); UNIÃO DE SÃO JOÃO (2007); COMERCIA – SP (2008); BRAGANTINO – SP (2008 /02009); VASCO (DESDE 2009) TÍTULOS: 2009 - CAMPEONATO BRASILEIRO DA SÉRIE B - VASCO JOGOS: 4 GOLS: 0

RO ZAGUEIR

NOME: RAMON DE MORAIS MOTTA NASCIMENTO: 06/05/1988 IDADE: 21 ANOS NATURALIDADE: CACHOEIRA DE ITAPEMIRIM -ES ALTURA: 1,73M PESO: 65 KG CLUBES:VITÓRIA (2004); INTERNACIONAL (2006/2008); VASCO (DESDE 2009). TÍTULOS: GAÚCHO (2008); COPA DE DUBAI (2008); SUL-AMERICANA (2008); 2009 - CAMPEONATO BRASILEIRO DA SÉRIE B - VASCO JOGOS: 55 GOLS: 3

RO ZAGUEIR

LATERAL E QUERDO

46 ERNANI NOME: ERNANI NASCIMENTO GERMANO NASCIMENTO: 16/07/1974 IDADE: 35 ANOS NATURALIDADE: SÃO JOÃO DA BARRA - RJ ALTURA: 1,85M PESO: 68 KG CLUBES: MARÍIA – SP (2006); JUVENTUDES- RS (2006); NOROESTE – SP (2007); IRATY- PR (2007); JOENVILLE- SC (2008); AMERICANO (2009); VASCO (DESDE 2009) TÍTULOS: 2009 - CAMPEONATO BRASILEIRO DA SÉRIE B - VASCO JOGOS: 13 GOLS: 0

RO ZAGUEIR

04 FERNANDO 26 DEDÉ NOME: ANDERSON VITAL DA SILVA NASCIMENTO: 01/07/1988 IDADE: 21 ANOS NATURALIDADE: VOLTA REDONDA - RJ ALTURA: 1,93M PESO: 87 KG CLUBES: FLUMINENSE (2005 A 2009); VASCO (DESDE 2009) TÍTULOS: 2009 - CAMPEONATO BRASILEIRO DA SÉRIE B - VASCO JOGOS: 5 GOLS: 0

NOME: FERNANDO SANTOS NASCIMENTO: 25/02/1980 IDADE: 29 ANOS NATURALIDADE: RIO DE JANEIRO - RJ ALTURA: 1,91 M PESO: 91 KG CLUBES: FLAMENGO (2000/2003, 2005/2006); MUNIQUE 1960 (ALE) (2004/2005); AUSTRIA VIENNA (AUT) (2004/2005); DUISBURG (ALE) (2007); VASCO (DESDE 2008) TÍTULOS: CARIOCA (200/2001. 2006); COPA DOS CAMPEÕES (2001); COPA DO BRASIL (2006); 2009 - CAMPEONATO BRASILEIRO DA SÉRIE B - VASCO JOGOS: 22 GOLS: 2

TI 13 TIT NOME: CHRISTIAN CHAGAS TAROUCO NASCIMENTO: 13/03/1988 IDADE: 21 ANOS NATURALIDADE: PELOTAS - RS ALTURA: 1,88M PESO: 83 KG CLUBES:INTERNACIONAL (2007/2008); NÁUTICO (2008); VASCO (2009) TÍTULOS: CAMPEONATO GAÚCHO (2008); 2009 - CAMPEONATO BRASILEIRO DA SÉRIE B - VASCO JOGOS: 35 GOLS: 3


8 | NOSSO TIME CAMPEÃO

RO ZAGUEIR

RO ZAGUEIR

RO ZAGUEIR

48 RAFAEL CO AN GIA NOME: GIAN FRANCESCO GONÇALVES NASCIMENTO: 19/09/1982 IDADE: 27 ANOS NATURALIDADE: SANTO ANDRÉ- SP ALTURA: 1,90M PESO: 82 KG CLUBES: JUVENTUS – SP (2004); MARÍLIA – SP (2005 A 2007); VASCO (DESDE 2009) TÍTULOS: 2009 - CAMPEONATO BRASILEIRO DA SÉRIE B - VASCO JOGOS: 30 GOLS: 3

VOLANTE

ALLAN NOME: ALLAN MARQUES LOUREIRO NASCIMENTO: 08/01/1991 IDADE: 18 ANOS NATURALIDADE: ALTURA: 1,73M PESO: 73KG CLUBES : VASCO (2009) TÍTULO: 2009 - CAMPEONATO BRASILEIRO DA SÉRIE B - VASCO JOGOS: 14 GOLS: 0

NOME: RAFAEL MORISCO DA SILVA NASCIMENTO: 04/08/1986 IDADE: 23 ANOS NATURALIDADE: ENGENHEIRO BELTRÃO - PR ALTURA: 1,82M PESO: 80 KG CLUBES: URT- MG (2005); SENDAS - RJ (2005/2006); JUVENTUS – SP (2006 / 2007); METROPOLITANO – SC (2008); CHAPECOENSE – SC (2009); VASCO (DESDE 2009) TÍTULOS: TORNEIO CENTENÁRIO FC METROPOLITANO (2007); 2009 - CAMPEONATO BRASILEIRO DA SÉRIE B - VASCO JOGOS: 3 GOLS: 0

LSON 28 VIL NOME: VILSON XAVIER DE MENEZES JUNIOR NASCIMENTO: 03/04/1988 IDADE: 21 ANOS NATURALIDADE: SÃO GONÇALO- SG ALTURA: 1,89M PESO: 79 KG CLUBES: MADUREIRA – RJ (2004 / 2005); MADUREIRA (2005); VASCO (2005 A 2009) TÍTULOS: 2009 - CAMPEONATO BRASILEIRO DA SÉRIE B - VASCO JOGOS: 38 GOLS: 2

VOLANTE

VOLANTE

05 AMARAL

LTON 06 NIL

NOME: CARLOS RAFAEL DO AMARAL NASCIMENTO: 28/11/1983 IDADE: 25 ANOS NATURALIDADE: MOGI-MIRIM - SP ALTURA: 1,75M PESO: 71 KG CLUBES: PAUISTA-SP (2003/2004/2005/2006); ITAUNO-SP (2004); VASCO (2005/2006,2006/2008/2 009); GRÊMIO (2008) TÍTULOS: BRASILEIRO SÉRIE C (2003); COPA DO BRASI (2005); 2009 - CAMPEONATO BRASILEIRO DA SÉRIE B - VASCO JOGOS: 52 GOLS: 1

NOME: NILTON FERREIRA JUNIOR NASCIMENTO: 21/04/1987 IDADE: 22 ANOS NATURALIDADE: BARRA DOS GARÇAS - MT ALTURA: 1,84M PESO: 91 KG CLUBES: CORINTHIANS (2004/2008); VASCO (DESDE 2008) TÍTULOS: CAMPEONATO BRASILEIRO SÉRIE A (2005); CAMPEONATO BRASILEIRO SÉRIE B (2008); 2009 - CAMPEONATO BRASILEIRO DA SÉRIE B - VASCO JOGOS: 50 GOLS: 6


9

VOLANTE

16 MATE NOME: MATEUS DE OLIVEIRA BARBOSA NASCIMENTO: 18/05/1987 IDADE: 22 ANOS NATURALIDADE: PONTE NOVA - MG ALTURA: 1,81M PESO: 80 KG CLUBES: VASCO TÍTULOS: 2009 - CAMPEONATO BRASILEIRO DA SÉRIE B - VASCO JOGOS: 36 GOLS: 1

VOLANTE

VOLANTE

14 SOUZA

22 PAULINHO

NOME: JOSEF DE SOUZA DIAS NASCIMENTO: 11/02/1989 IDADE: 20 ANOS NATURALIDADE: RIO DE JANEIRO ALTURA: 1,76M PESO: 77 KG CLUBES: VASCO (1998 A 2008); VASCO (2008/2009) TÍTULOS: 2009 - CAMPEONATO BRASILEIRO DA SÉRIE B - VASCO JOGOS: 20 GOLS: 2

MEIA

MEIA

07 ALEX RA TEIXEIR

17 MAGNO

NOME: ALEX TEIXEIRA SANTOS NASCIMENTO: 06/01/1990 IDADE: 19 ANOS NATURALIDADE: DUQUE DE CAXIAS - RJ ALTURA: 1,73M PESO: 68 KG CLUBES: VASCO DA GAMA TÍTULOS: CAMPEONATO SUL-AMERICANO SUB-17 (2007); COPA RIO JUVENIL (2007); 2009 - CAMPEONATO BRASILEIRO DA SÉRIE B - VASCO 38 GOLS: 5

NOME: MAGNO DAMASCENO SANTOS DA CRUZ NASCIMENTO: 20/05/1988 IDADE: 21 ANOS NATURALIDADE: SALVADOR - BA ALTURA: 1,74M PESO: 74 KG CLUBES:CRUZEIRO – MG (2005 A 2007); FLAMENGO (2008); BRASIL- RS (2009); VASCO (2009) TÍTULOS: TAÇA BELO HORIZONTE JUNIORES (2005); TAÇA SÃO PAULO JUNIORES (2007); 2009 - CAMPEONATO BRASILEIRO DA SÉRIE B - VASCO JOGOS: 9 GOLS: 0

NOME: PAULO ROBERTO GONZAGA NASCIMENTO: 26/01/1989 IDADE: 20 ANOS NATURALIDADE: BLUMENAU- SC ALTURA: 1,85M PESO: 71 KG CLUBES: METROPOLITANO (2004/2005); GRÊMIO (2005 A 2009); VASCO (2009) TÍTULOS: 2009 - CAMPEONATO BRASILEIRO DA SÉRIE B - VASCO JOGOS: 5 GOLS: 0

MEIA

CO 20 ENRIC NOME: ENRICO CARDOSO NAZARÉ NASCIMENTO: 04/05/1984 IDADE: 25 ANOS NATURALIDADE: BELO HORIZONTE - MG ALTURA: 1,76M PESO: 70 KG CLUBES: DJUGARDEN (SUE) TÍTULOS: 2009 - CAMPEONATO BRASILEIRO DA SÉRIE B - VASCO JOGOS: 29 GOLS: 2


10 | NOSSO TIME CAMPEÃO

MEIA

MEIA

MEIA

PP E LLIP PHIL COUTINHO

10 JEFERSON

FUMAGALLI

NOME: PHILLIPPE COUTINHO CORREIA NASCIMENTO: 12/06/1992 IDADE: 17 ANOS NATURALIDADE: RIO DE JANEIRO - RJ ALTURA: 1,71M PESO: 65 KG CLUBES: VASCO DA GAMA TÍTULOS: SUL-AMERICANO SUB-15 (2007); COPA BRASIL JUVENIL (2008); CAMPEONATO SUL-AMERICANO SUB-17 (2009); 2009 CAMPEONATO BRASILEIRO DA SÉRIE B - VASCO JOGOS: 12 GOLS: 0

MEIA

NOME: JÉFERSON RODRIGUES GONÇALVES NASCIMENTO: 15/07/1984 IDADE: 25 ANOS NATURALIDADE: BRASÍLIA - DF ALTURA: 1,80M PESO: 76 KG CLUBES: BRASILIENSE (2005); ATLÉTICO – GO (2005); GUARANI (2006); SANTO ANDRÉ (2006/2008); VASCO DA GAMA (DESDE 2009) TÍTULOS:BRASILIENSE (2005); GOIANO SEGUNDA DIVISÃO (2005); PAULISTA A-2 (2008); 2009 - CAMPEONATO BRASILEIRO DA SÉRIE B - VASCO JOGOS: 23 GOLS: 4

MEIA

OS 19 ALBERTO NOME: CARLOS ALBERTO GOMES DE JESUS NASCIMENTO: 11/12/1984 IDADE: 24 ANOS NATURALIDADE: RIO DE JANEIRO - RJ ALTURA: 1,75M PESO: 71 KG CLUBES: FLUMINENSE (2000/2004,2007); PORTO (POR) (2004/2005); CORINTHIANS (2005/2007); WERDER BREMER (ALE) (2007/2008); SÃO PAULO (2008); BOTAFOGO(2008); VASCO (DESDE 2009) TÍTULOS: CARIOCA (2002);PORTUGUÊS (2004); LIGA DOS CAMPEÕES (2004); MUNDIAL DE CLUBES (2004); BRASILEIRO (2005); COPA DO BRASIL (2007); 2009 - CAMPEONATO BRASILEIRO DA SÉRIE B - VASCO JOGOS: 44 GOLS: 15

LTON 15 MIL BENÍTEZ NOME: MITON RODRIGO BENÍTEZ LIRIO NASCIMENTO: 30/03/1986 IDADE: 23 ANOS NATURALIDADE: PEDRO JUAN CABALLERO ALTURA: 1,71M PESO: 63 KG CLUBES: LIBERTAD- PAR (2007); OLÍMPIA PAR (2008); 3 DE FEBRERO – PAR (2008); VASCO (2009) TÍTULOS: 2009 - CAMPEONATO BRASILEIRO DA SÉRIE B - VASCO JOGOS: 4 GOLS: 0

NOME: JOSE FERNANDO FUMAGALLI NASCIMENTO: IDADE: 32 ANOS NATURALIDADE: ALTURA: 1,77 M PESO: 74 KG CLUBES: SANTO ANDRÉ (2005); FORTALEZA – CE (2005); SPORT-PE (2006 / 2007); ALL RAYYAN (2007/2008); SPORT – PE (2009); VASCO (2009) TÍTULOS: CAMPEONATO PERNAMBUCANO (2006); COPA DO BRASIL (2008); CAMPEONATO PERNAMBUCANO (2009); 2009 - CAMPEONATO BRASILEIRO DA SÉRIE B - VASCO JOGOS: 9 GOLS: 1

ATACANTE

O SIO 21 ALOIS NOME: ALOÍSIO JOSÉ DA SILVA NASCIMENTO: 27/01/1975 IDADE: 34 ANOS NATURALIDADE: ATALAIA - AL ALTURA: 1,88M PESO: 86 KG CLUBES: ATLÉTICO PARANAENSE (2005); SÃO PAULO (2005 A 2008); AL RAYYAN (2008 /2009); VASCO (2009) ÍTULOS: CAMPEONATO PARANAENSE (2005); MUNDIAL DE CLUBES (2005); CAMPEONATO BRASILEIRO (2006,2007,2008); 2009 CAMPEONATO BRASILEIRO DA SÉRIE B - VASCO JOGOS: 12 GOLS: 0


11

ATACANTE

ATACANTE

ATACANTE

GO 11 RODRIG PIMPÃO

41 ROBINHO

09 ELTON

NOME: RODRIGO PIMPÃO VIANNA NASCIMENTO: 23/10/01987 IDADE: 22 ANOS NATURALIDADE: CURITIBA - PR ALTURA: 1,76M PESO: 67 KG CLUBES: PARANÁ (2006,2008); BLUMENAU-SC (2007); VASCO (DESDE 2009) TÍTULOS: 2009 - CAMPEONATO BRASILEIRO DA SÉRIE B - VASCO JOGOS: 34 GOLS: 10

ATACANTE

NOME: ROBERT BRITO LUCIANO NASCIMENTO: 08/09/1987 IDADE: 22 ANOS NATURALIDADE: VOLTA REDONDA - RJ ALTURA: 1,85M PESO: 71 KG CLUBES: VOLTA REDONDA - RJ (2007 A 2009); VASCO (2009) TÍTULOS: 2009 - CAMPEONATO BRASILEIRO DA SÉRIE B - VASCO JOGOS: 14 GOLS: 2

NOME: ELTON RODRIGUEZ BRANDÃO NASCIMENTO: 01/08/1985 IDADE: 24 ANOS NATURALIDADE: IRAMAIA - BA ALTURA: 1,85M PESO: 84 KG CLUBES: IRATY-PR (2003/2005 E 2007); SÃO CAETANO (2005/2006); SANTO ANDRÉ (2006 E 2008); LEGIA (POL) (2006); VASCO (DESDE 2006) TÍTULOS:PAULISTA A-2 (2008); 2009 CAMPEONATO BRASILEIRO DA SÉRIE B - VASCO 52 GOLS: 28

ATACANTE

CO TÉCNIC

LLEN 29 WIL

VAL DORIV OR JUNIO

NOME: WILLEN MOTA INÁCIO NASCIMENTO: 10/01/1992 IDADE: 17 ANOS NATURALIDADE: RIO DE JANEIRO (RJ) ALTURA: 1,83M PESO: 76KG CLUBES: (2003 A 2009) - VASCO (CATEGORIAS DE BASE) – (2009) - VASCO TÍTULOS: 2009 - CAMPEONATO BRASILEIRO DA SÉRIE B - VASCO; 2009 - CAMPEONATO BRASILEIRO DA SÉRIE B - VASCO JOGOS: 1 GOLS: 0

NOME: DORIVAL SILVESTRE JUNIOR NASCIMENTO: 25/04/62 IDADE: 47 ANOS NATURALIDADE: ARARAQUARA (SP) CLUBES: (2003 A 2004) - FIGUEIRENSE - (2005) FORTALEZA, CRISCIUMA, JUVENTUDE E SPORT RECIFE - (2006) HAVAÍ E SÃO CAETANO - (2007) CRUZEIRO - (2008) CURITIBA - (2009) VASCO TÍTULOS: 2004 - CAMPEÃO CATARINENSE; 2005 - CAMPEÃO CEARENCE; 2006 - CAMPEÃO PERNAMBUCANO; 2008 - CAMPEÃO PARANAENSE; CAMPEONATO BRASILEIRO DA SÉRIE B - VASCO

ANO 39 ADRIA NOME: ADRIANA FERREIRA MARTINS NASCIMENTO: 21/01/1982 IDADE: 27 ANOS NATURALIDADE: SÃO PAULO – SP ALTURA: 1,75M PESO: 76 KG CLUBES: ADAR-PR (2006); BOTAFOGO – PB (2006); TREZE – PB (2006); ADAP-PR (2007); INTERNACIONAL (2007/2008); MÁLAGA – ESP (2009); VASCO (2009) TÍTULOS: CAMPEONATO PARANAESNSE A-2 (2005); CAMPEONATO GAÚCHO (2008); COPA SUL-AMERICANO (2008); (2009) CAMPEONATO BRASILEIRO DA SÉRIE B – VASCO; 2009 CAMPEONATO BRASILEIRO DA SÉRIE B - VASCO JOGOS: 24 GOLS: 5


12 | O SENTIMENTO NÃO PARA

. . . É O C S A V SER

É RIR, TAR, É RI NO IMPROVÁV , DIFÍCIL DE DEC R TA DI RE AC É SABER É , ! EL AR ÍV É CHORAR, É VIBR UNHAS! É SONHAR COM O IMPOSS SE SUPERA O UL XINGAR, É ROER AS RIA É FÁCIL, QUE NENHUM OBSTÁC TER, É SER! TÓ TO, É QUE NENHUMA VI O, É RENASCIMEN LH GU OR É E, AD ID COM TRANQUIL - RIO DE JANEIRO ANDRÉ LIBONATI

OVAR QUE SER VASCO É... PR MITES, LI O AMOR NÃO TEM GULHO. OR VERGONHA FIEL . SER ASCO É SER JANEIRO - RIO DE DANIELA DO VALLE


13 . É SER S QUE TORCEDOR V SCO É SER MAI DERRUBAR PRECONCEITOS, SER VA IA, É E DE AGENTE DA HISTÓR . SER VA V SCO É SER PART O OS FI SA DE IT ER NO PE É VENC FAMÍLIA QUE TRAZ É SER F O UMA GIGANTESCA IONAL. SER VA SC V IC UM AMOR INCOND FELIZ... RTINS TE EN ONEMBERGER MA ESSENCIALM INS - ISABELLE KR EIRO MARTINS EMBERGER MART CO RIB FRANCISCO KRON MARTINS - FRANCIS S KRONEMBERGER MARIA DE LOURDE

INUA. SENTIMENTO CONT S O ZA MAI EB NA ALEGRIA U IA É O CORA ÃO ÍL M FA GOL É O O É SC PO VA M SER EM CA E M TI U SE ANTO É FORTE QUANDO MÍLIA E MOSTRO FA HA IN M DA TO VASCÃO. QUE ABRA O R ELA E PELO MEU PO OR AM SE ES IMPORTANTE DE JANEIRO E - RIO LOURIVAL ANDRAD


14 | O SENTIMENTO NÃO PARA R AMOR E PAIXÃO PO SER VASCO É TER E IR ST SI A DE ESTE CLUBE. NUNC DO MEU CORAÇÃO. E M TI NO R ACREDITA JANEIRO S - RIO DE CLAIRTON TAVARE

ELHOR. SCO POR SER O M E V VA O I LH CO ES O NÃ SS POR MAIS QUE FO O AMOR SURGIRIA O TR OU DE IGINOU O PIOR, POIS SE OR TENHO POR MEU E QU O : TO SENTIMEN NÇA O VIA TORCER PAI. QUANDO CRIA UILO ME TOCOU, CONCENTRADO E AQ NSA PAIX XÃO. AO TE EO GERANDO ESSA IN NTEI: DESCOBRI QU CRESCER ME ESPA POR SER O MELHOR, O TIME, QUE AMEI NÃ AIOR, JUSTAMENTE M O A ER E NA VERDAD QUE APENAS UM DO S AI M M DOS POR SER BE MAIS. TROFÉUS TO CLUBE COMO OS DE O DA GAMA POSSUI OS V SC TÊM, MAS SÓ O VA GAR ZER SOZINHO, NAVE F FA SE DE S LO TÍTU IR SA A DOS E AIND PARA CONTRA TUDO E TO ANDE O SUFICIENTE RIO À GR R SE O, OS RI TO VI DÁ PERMANECER SOLI MESMO ATACADO POVOS, E ES ÍS PA R TA ESEN SOCIEDADE, REPR RAR PRECONCEITOS. UNIR RAÇAS E QUEB OTOU O ORGULHO. O BR DEPOIS DO AMOR, O! IC A ÚN É O VASC V ANOS – JORNALIST DE ANDRADE – 32 RDIM LUIZ FERNANDO JA


15

DE AMAR M CLUBE E É... SER FELIZ... É -S L DE SER V É NDA... SER VASCO DOS ÍDOLOS E UMA HISTÓRIA LI E QUISTA DA CA DE R DO LEMBRAN ACREDITA MISA... É ES EM NIR GERA VESTIRAM SUA CA NO AMOR D S RE DO AC AR E PI ARRE VIRA . SER VASCO É SE E O TIME ENTRA ÃO IX PA A IC ÚN U S EM TODAS AS VEZE O “SENTIMENTO” PÉS A CABE LTIVAR E EM CAMPO... É CU R VASCO É TUDO DE BOM!!! SE ... TE ETERNAMEN MAGALHÃES - RIO DE JANEIRO IRA URSULA DE OLIVE


16 | ENTREVISTA - Carlos Alberto

Carlos Alberto A

um dia não tinha oportunidade pra nada e no outro podia fazer coisas que, às vezes, uma pessoa que trabalhou muitos anos não conseguiria.

Você foi muito novo para a Europa, aos 19 anos. Como foi essa experiência? Saí de casa muito novo, tinha uns 13 anos. Hoje que sou pai não vejo meu filho saindo novo de casa, eu acho um absurdo uma criança sair com essa idade de casa. As dificuldades são imensas, acho que toda criança tem que vencer seus medos e inseguranças ao lado de seus pais; quando ficava ao lado do meu pai, me sentia protegido, nada iria acontecer comigo. Ele era para mim um super-herói. Naquele momento ( na Europa) eu tive que vencer as coisas sozinho, não podia contar com ninguém. Mas graças a Deus eu consegui, me tornei uma pessoa firme. Às vezes por coisas da idade, a gente comete algum excesso, mas tudo dentro da normalidade de um garoto de 19 anos, que

Você foi campeão Português, campeão da Liga dos Campeões da UEFA, campeão da Super Copa Portugal e campeão do Mundial de Interclubes, tudo isso aos 19 anos. Esses títulos pesaram? Depois da Copa do Mundo Liga dos Campeões é o camp onato mais importante para u jogador. É o auge para o atleta j gar uma Champions League. N Europa o mais importante é a Li dos Campeões. O Brasil valor muito o Mundial de Interclubes imagem que eu tinha do Mund era Zico, Raí e Toninho Cerez Pra mim aquilo era uma coisa p ser festejada, porque era muito d chegar ali, eu pensava que eu ti que dar a minha vida por aquele j “sabe lá Deus quando terei opor dade de novo”. E na Europa não, valorizam a Champios League. A gente tem essa tradição com Mundial de Clubes. Mas eu olhava para “os caras” e parecia uma partida normal. Tive oportunidade de jogar e vencer esses campeonatos. Mesmo com 19 anos eu sempre fui muito perseverante nas minhas coisas. Até hoje eu acredito muito... Eu procuro ver sempre as soluções. Você tem que saber que mesmo novo você responde pelos seus atos. Eu sempre tive o apoio da minha família. Toda vez que eu entrava em campo independente do adversário e como entro até hoje para jogar, faz parte da realização de um sonho, porque eu sempre quis ser um jogador. Eu me preparei para ser um atleta de alta performance...

grande esperança de 2009 caiu nas graças da torcida e se transformou no grande ídolo do clube. Carlos Alberto já jogou em muitos clubes: Fluminense, Porto - Portugal, Corinthians, Werder Bremer, São Paulo, Botafogo e agora Vasco da Gama; mas só no Vasco encontrou tudo que precisava para estar feliz novamente. Jogador polêmico, Carlos Alberto chegou ao Vasco como a grande esperança da luta pelo retorno a série A do Campeonato Brasileiro. Com 15 dias de clube ele começou a se apaixonar pelo Gigante da Colina e para cair nas graças da torcida foi um pulo. Um colecionador de grandes títulos, o capitão da camisa 19 vai guardar o título de campeão da série B do Campeonato Brasileiro como um dos mais importantes da sua carreira. Sua ida para o Vasco foi um desafio pessoal que hoje se concretiza e se transforma em amor, respeito e gratidão a família vascaína. Segundo o próprio capitão cruzmaltino quando sair do clube quer ser lembrado como o “Carlos Alberto do Vasco”. Confira na íntegra a entrevista de Carlos Alberto para a Revista Momentos Inesquecíveis do Futebol - Vasco 2009.


FOTOS MARCELO MOREIRA

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18 | ENTREVISTA - Carlos Alberto

Carlos Alberto se apaixonou pelo Vasco


19 Você guarda na sua memória o gol que fez na final da Liga dos Campeões? A minha estréia na Liga dos Campeões foi contra o Manchester United. Eu guardo muito esses momentos bons da minha vida. É bom você trazer para o seu dia a dia, mas não viver aquilo, porque o que passou, passou. A recordação te mostra que você é capaz. Hoje estou no Brasil, no Vasco, feliz da vida, mas eu quero voltar a vencer a Liga dos Campeões e vou vencer. Porque a gente é o que a gente pensa. Independente da profissão que você exerce, se você quiser ser uma pessoa vencedora e determinada, você vai ser. Mas se você quiser ser um fraco, um covarde, você vai ser. A gente é do tamanho dos nossos sonhos. Como o Vasco da Gama entrou na vida? O Vasco entrou na minha vida como um grande desafio pessoal. Que algumas pessoas próximas não entenderam. Mas eu precisava desse fato novo na minha vida. Eu já tinha conquistado vários títulos fora do país e no Brasil. Mas eu precisava ter uma identificação mais firme com um clube, mas de uma forma natural como tem sido no Vasco. Eu tenho muito carinho para falar do Vasco porque foi onde eu encontrei tudo que eu precisava para estar feliz novamente. Pessoas próximas que não se preocupam só com o atleta, mas com o ser humano que somos. Todas essas mudanças causam prejuízos, você fica longe dos familiares e amigos; a adaptação da família, tudo é muito complicado. Por isso, queria ficar no Rio. Muitas pessoas falam que eu poderia estar na Europa ganhando muito mais. Mas no Vasco eu tenho tudo isso. Hoje eu me permito estar no Brasil, até porque eu já tive tudo isso que “os caras” da minha idade estão tendo agora. Hoje temos o Adriano no Flamengo, o Fred no Fluminense. Eu acredito que se no Brasil tivéssemos 70 % da infraestrutura de que temos lá fora, muitos atletas optariam em ficar aqui, principalmente no Rio de Janeiro. Você teve receio em aceitar esse novo desafio? Toda vez que você toma a decisão de assumir alguma coisa, você corre o risco e tem que assumir por sua decisão. Muita gente me criticou, disse que era difícil, mas eu tinha condições de enfrentar e isso está valendo a pena no Vasco. Por isso que o Vasco está tendo este sucesso. Você nunca vai ouvir no time alguém dizer que não vai fazer ou não vai conseguir; o time sempre vai falar: vamos tentar. Essa é a idéia do Vasco. A minha vinda para cá exigiu de mim muita coragem. Podia estar jogando na primeira divisão, tinha proposta de outros times... Mas

eu coloquei na minha cabeça que ia abraçar essa causa, primeiro pelas pessoas que abraçaram a proposta comigo, como o Rodrigo Caetano, que viveu o futebol e se preparou para administrar o futebol, isso é muito importante, depois pelo Roberto (Dinamite) que teve uma experiência enorme, a maior referência do clube, hoje ele é a figura do presidente. Quando você está do lado de pessoas que fazem você ter uma paz, te deixam tranqüilo, vale a pena você se expor. Mesmo que os riscos sejam grandes. Ao final dessa jornada, mesmo que você não consiga, tiveram pessoas que acreditaram nisso. O ruim é o cara chegar e dizer: eu podia ter feito isso... Você nunca vai ter a sensação da vitória ou da derrota se você não tentar. A gente tem que

Eu nunca fui tão amado como estou sendo no Vasco. Agradeço aos outros clubes, mas a forma que a torcida do Vasco me acolheu, o clube, é uma coisa imensurável.

se atirar a luta. Só conhece a dor da derrota e os louros da vitória quem luta. E como é ter um ídolo com presidente do clube? Pra mim é maravilhoso porque eu já admirava o Roberto (Dinamite) pela figura dele. Já jogamos pelada juntos, sempre muito simpático, amigável...aí você começa a fazer comparações . Porque independente da situação ele se manteve como era. Pra mim, conviver com ele, tem sido uma experiência maravilhosa. Depois que você começa a entender melhor as pessoas, aí vai além da admiração. Depois que cheguei ao Vasco

ganhei um Dvd com uns 200 gols dele. No dvd deve ter uns oitenta gols bonitos... Ele é um cara formidável, estou muito feliz em conviver com pessoas desse nível: pessoas esclarecidas. Tem gente no futebol que tem conceitos antigos, não tem humildade de ver que o futebol está evoluindo; pessoas que não dividem as opiniões, as decisões, essas pessoas vão perdendo espaços. E o Roberto como presidente do clube, o dono de um banco e o faxineiro têm as mesmas condições de chegar próximo a ele e conversar. Essa é a grande diferença. Nunca vi um trato dessa maneira. Eu reparo muito nos momentos difíceis... ele está sempre preocupado, querendo ajudar. O Roberto sabe transmitir a tranqüilidade para o atleta. Quando precisa ser mais firme, ele sabe passar também. É importante identificar o comportamento dos atletas e passar a mensagem da forma que todos entendam. Você já declarou que jogar no Vasco te deixa muito feliz? Qual é a diferença dos outros clubes? Eu nunca fui tão amado como estou sendo no Vasco. Agradeço aos outros clubes, mas a forma que a torcida do Vasco me acolheu, o clube, é uma coisa imensurável. Então foi um casamento perfeito Carlos Alberto e Vasco? Foi perfeito. Uniu a fome com a vontade de comer. Eu precisava de um novo projeto para que as pessoas vissem que eu tinha mudado de postura. Então sua ida para o Vasco foi o reencontro. Um reencontro de um clube que estava precisando se reerguer no campo e politicamente e você que estava precisando encontrar a sua felicidade como jogador e como ser humano? Eu saí do Botafogo porque eu não recebia, larguei o time no meio do campeonato. Eu já tinha saído do São Paulo numa situação ruim. Eu precisava de uma identificação com um clube. E eu reencontrei tudo de novo no Vasco, felicidade, vitórias, tudo na medida certa, numa seqüência maior. O ser humano vive numa busca incessante pela felicidade. Num momento que você consegue isso, você não pode desperdiçar. Eu recebi recentemente uma proposta da Arábia. Um dia vai chegar esse momento, mas hoje a paz que eu encontrei aqui não está venda. Hoje eu vivo um momento que eu estava buscando há um ano e meio. Só quem vive a série B sabe que é muito difícil. Encarar todas as dificuldades de uma segunda divisão é muito complicado, só com união e amor.


20 | ENTREVISTA - Carlos Alberto

O capitรฃo sempre representou perigo constante para os adversรกrios


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É mais difícil jogar a segunda divisão do que a primeira? Já joguei Libertadores, Mundial de Clube, o raio que o parta...., mas nunca joguei um campeonato tão difícil, tão competitivo como a série B do Campeonato Brasileiro. Primeiro pelo grau de dificuldade, depois pela obrigação de ganhar. São poucas as pessoas que conseguem ter bons resultados vivendo um ano inteiro sob pressão. Esse é o martílio da série B. Depois que conseguirmos o nosso objetivo as pessoas vão dizer: O Vasco não fez mais que a sua obrigação. Temos que nos valorizar principalmente pela campanha que fizemos. Mas no final de tudo, o futebol brasileiro tem um grau de exigência enorme como não tem em país nenhum. Aqui só tem espaço para quem é vencedor. Se o Vasco volta para a série A sem o título, a cobrança iria ser enorme....Na série A você tem jogadores de maior qualidade. Só pode falar quem já jogou a série A, série B, Liberdadores e Liga dos Campeões... Eu posso falar, porque já joguei todos esses campeonatos. Na série B os times que jogam contra o Vasco vêm para não deixar a gente jogar. Você joga contra 19 times querendo te comer vivo. E lutar contra um time que você vê que aquele duelo é o momento da sua vida: “que exigência”!. Requer muito equilíbrio, muita amizade e muita coragem. Acho que a coragem foi o ponto principal da série B. Não adianta ter grandes jogadores, porque se eles tiverem medo do risco, não vão conseguir.....

O ambiente que

encontrei no Vasco foi maravilhoso e eu nunca tinha

vivenciado isso em

pouco isso.... pela forma que as pessoas encaram o atleta... em algum momento da minha carreira me magoou muito. Hoje eu vivo bem com isso, porque tenho pessoas do meu lado que dão a cara a tapa junto comigo. Hoje eu estou na série B mais feliz do que em muito lugar que já joguei.

Você é o capitão do Vasco. Uma curiosidade. Como escolhe o capitão do time? São vários fatores. As vezes um cara que o treinador tem confiança, depois a forma que ele se posiciona em relação as coisas do grupo, a forma que ele se expõe para a diretoria. Porque ser capitão não é colocar a braçadeira no braço.... não é isso. Ser capitão é primar pelos horários, cobrar dos companheiros de uma forma positiva, principalmente dos mais jovens. Faz a diferença na escolha do treinador, o cara que foi vencedor. Você precisa ter experiência. Tem uma hierarquia nisso também. Eu sempre fui um cara acessível a novas idéias. É lógico que tenho meus princípios. Você não faz uma pessoa um líder, o líder já nasce um líder. Mesmo novo as pessoas sempre pararam para me ouvir.

lugar nenhum.

Você pensou num desafio pessoal mesmo? Quando eu saí do São Paulo, tive a oportunidade de jogar a série B pelo Corinthians e naquele momento eu achei que a série B seria dar um passo atrás na minha carreira. Naquele momento eu precisava de paz, voltar ao Rio, ficar perto da minha família...Mas quando eu vim para o Vasco, inicialmente meu contrato seria de seis meses, passado quinze dias na prétemporada eu disse que era ali que queria ficar. Porque realmente o ambiente que encontrei foi maravilhoso e eu nunca tinha vivenciado isso em lugar nenhum. A minha família vê isso todos os dias quando eu saio feliz para trabalhar e quando retorno com um sorriso no rosto, como tem sido bom estar aqui no Vasco. Um cara que se sente privilegiado por Deus em poder jogar futebol e viver do futebol. Eu tinha perdido um

O capitão também dá palpite sobre a escalação? Não, isso não. A gente conversa muito sobre o time, mas o treinador usar de parâmetro uma conversa para escalar o time, aí, perde toda essência de liderança. Acho que se isso acontecer comigo eu sou o primeiro a falar que estou fora porque estarei confundindo as coisas e já vai ter dado o meu ciclo num determinado clube. Depois, como você vai olhar para um companheiro teu sabendo que você um dia o preteriu. Isso não é bacana. Hoje para eu exercer esta função eu conto com a ajuda do próprio Dorival, do Rodrigo e do Roberto. Em alguns momentos de turbulência, eles sempre estão me ajudando...Lá eu tenho um grupo de amigos. As vezes você tem um time de futebol que os jogadores apenas se respeitam, que já é importante. Mas ali você tem carinho, respeito, amizade, é muito bom, compartilham de momentos fora do futebol. E ser líder de um time desse não é difícil não. Tem muita gente pra te dar força. Gols mais marcantes da sua carreira? O da Champions League com certeza. Teve um pênalti no Mundial de Clubes que eu estava todo borrado. Fiquei pensando que se perdes-


22 | ENTREVISTA - Carlos Alberto se aquele pênalti, com 19 anos, sabe Deus lá quando estaria lá de volta novamente. Não poderia perder... jamais. E não perdi. O que passou na sua cabeça naquele pênalti? Primeiro veio todo o filme da minha vida. Você não tem noção...minha família, minha luta, lesões, pessoas que acreditavam em mim, pessoas que não acreditavam.... tudo isso resumindo... a uma simples cobrança. Ali com certeza mudou a minha vida. Mas isso que é o bom do futebol A gente tem a possibilidade de lidar com a sua emoção e com a emoção de milhares de pessoas. É um divisor de águas. Eu tenho certeza, que muitas pessoas dariam tudo para viver um pouco dessa emoção. Por isso que eu me acho um privilegiado por Deus. Fazer a opinião de muita gente, deixar muita gente feliz, participar na formação do caráter de muitas crianças... essas coisas para quem vive a essência do futebol faz uma grande diferença. Como é a sua relação com a torcida do Vasco? A minha relação com a torcida vascaína é uma coisa indescritível. Têm muitos “caras” de outras equipes, fazendo campanha para o torcedor ficar mais próximo. Eu não faço isso, eu acredito que a medida que o meu trabalho tiver sendo desenvolvido da maneira que eu quero e da maneira que eles (torcida) querem nós vamos ter uma relação mais forte e mais afetiva. As vezes antes do “cara” jogar já quer conquistar a torcida por medo, isso não faço. Você não pode chegar num time de futebol e sair beijando a blusa...Hoje eu posso fazer isso porque criei uma relação afetiva com a torcida e com o clube. No dia em que eu sair do Vasco eu quero ser lembrado como o “Carlos Alberto do Vasco”, porque eu nunca fui amado dessa maneira e na vida agente tem que ser grato. E eu vou ser eternamente grato ao Vasco e ao torcedor vascaíno. Como foi para você ouvir 80 mil pessoas no Maracanã gritando o seu nome? Cada situação dessa é uma emoção diferente. Cada gol marcado é uma sensação diferente. É uma mistura de emoções, por isso que eu falo que as pessoas tinham que viver um dia a emoção de ser jogador de futebol. Pra mim tem sido emocionante, o torcedor tem sido cúmplice. E ser cúmplice é você apoiar incondicionalmente todos os atos daquela pessoa, daquele jogador. E cada dia que passa eu me emociono mais pelo clube. Fomos jogar em Brasília na semana que meu filho nasceu e o aeroporto estava tomado pelos torcedores e eles gritaram o nome do meu filho. Aquilo foi mel pra minha boca. Eu liguei para a minha mulher, para meus pais, para contar o que tinha acontecido igual a

uma criança. Que gesto nobre da torcida! Então toda vez que eu entro para jogar eu presto atenção em todos os seguimentos que antecedem a partida. E toda vez que eu entrar eu tenho que pensar nisso: que não posso entrar apenas para jogar, eu tenho que me doar. E quando o jogador é vaiado? O que vocês sentem? Eu sempre falo que temos que ter um termômetro em determinadas situações. Você não pode se “euforizar” quando vence e nem se sentir o pior ser humano quando perde. São coisas que no futebol sempre vão existir. Sabe quando isso vai acabar? Quando eu pendurar as minhas chuteiras. Mas aí eu não vou ser mais vaiado, também não serei mais aplaudido. Tem o ônus e o bônus. Você tem mais suces-

eu quero ser lembrado como o Carlos Alberto do Vasco, porque eu nunca fui amado dessa maneira...

so quando aprende a viver com isso. Graças a Deus eu nunca fui vaiado no Vasco. Isso faz parte do contexto do futebol. Não adianta querer lutar contra isso. E torcedor está dentro do contexto dele. Aquilo é um espetáculo e ele torcedor espera que a gente dê show. Eu quando era vaiado, aquilo servia de estímulo para jogar mais. É importante você se conhecer e se preparar para enfrentar qualquer coisa que possa acontecer. Você conversa muito com os outros jogadores sobre isso? A gente conversa muito. A gente tem que evitar o desgaste. Quem sou eu para querer dá qualquer ensinamento...eu passo a minha experiência. Futuro? O que pensa para 2010? Eu tenho mais seis meses de contrato com o Vasco. Vou jogar o Campeonato Carioca, Copa do Brasil e início do Campeonato Brasileiro.


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Carlos Alberto foi um jogador 100% dedicado, do priemeiro ao Ăş ltimo jogo


24 | ENTREVISTA - Carlos Alberto Vou passar o Natal e o Ano Novo com a faixa de campeão. Esse título no Vasco vai ser mais lembrado do que o time campeão da Libertadores. Esse título tem uma essência diferente. Foi o momento do clube que muitos jogadores não quiseram estar aqui. Muita gente não teve coragem. Vai se passar cem anos, muitos outros títulos vão chegar, mas este vai entrar para a história. Todo mundo vai se lembrar. Quando meus netos estiverem no estádio para assistir a uma partida do Vasco e o clube estiver homenageando os times de outros anos, com certeza, eles verão o time de 2009 sendo homenageado pelo grande feito que fizemos. Devolvemos o Vasco para o lugar de onde nunca deveria ter saído: a primeiro divisão. Eu tenho mais seis meses de contrato e eu digo: só saio se eles se enjoarem de mim. Eu quero ficar aqui. Tenho mais um ano de contrato com o Werder Bremer e acho improvável minha volta. Eu vivo uma situação diferente aqui. Penso em jogar na seleção brasileira ainda. E Seleção Brasileira? Eu coloco os meus objetivos e vou vivendo até chegar a eles. Lá é a minha meta. Aqui no Vasco quero criar meu filho que já é um vascaíno nato, hoje de coração te falo isso, sem demagogia. Me sinto um torcedor do Vasco, pela forma que eu fui recebido aqui. Hoje eu entendo como é ser amado por um clube. É gratidão. Eu não posso ser outra coisa. E repito: quando eu sair do Vasco quero ser lembrado como o Carlos Alberto do Vasco. E se um dia eu voltar para o Brasil eu quero voltar para o Vasco e, se possível, terminar a minha carreira no clube. E ser campeão da série B pelo Vasco me levará a seleção brasileira, que almejo muito. O Vasco vai me dar essa grande possibilidade de jogar a seleção brasileira. E pensar, quem sabe, na Copa do Mundo do ano que vem. Porque o Vasco voltou na série A, e é uma grande potência. E as grandes massas tem que estar nos grandes palcos e o Vasco é uma grande massa. Eu vejo o Corinthians que foi dessa forma. O André Santos está na seleção e fez o mesmo processo. Ganhar um título ou dois nos seis meses que antecedem a Copa e isso é impactante pra cabeça de um treinador. E o treinador não tem jeito, no fute-

bol ou fora do futebol, o vencedor sempre vai ter espaço em qualquer lugar. E isso independente do que aconteceu na minha carreira, foi uma coisa que não sou eu que estou falando, são os números, é o meu currículo. Eu tenho que me valorizar. Eu sou um vencedor. O importante é ter essa paz de fazer meu trabalho direito e se tiver que acontecer no futuro vai ser de uma forma natural. O sentimento não pode parar? Quando o Vasco foi rebaixado eu vi um lance que me chocou muito, um torcedor querendo pular do telhado de São Januário. Você vê até onde vai o sentimento de um ser humano. Eu fico até arrepiado... Eu sempre procuro observar o coração das pessoas. Aquilo foi a forma de mostrar que o sentimento não para. Não estou falando isso para as pessoas amanhã se jogarem não... pelo amor de Deus. Não tinha limite para o sentimento dele. Agora, eu tenho visto isso nos momentos felizes do Vasco. As pessoas chegam e falam que estão se sacrificando, faltando o aniversário de seu filho, um compromisso de trabalho para ver o Vasco jogar. Eu sou um atleta que vejo os seguimentos que antecedem uma partida: “aqueles caras” que não têm dinheiro para comprar ingresso, ou que brigam com a família para nos ver jogar. Não tem como você não se emocionar, não se sacrificar quando entrar em campo. Tem caras que decidem ir para a Europa para buscar uma independência financeira. Eu já tive isso. Hoje posso dar uma tranqüilidade para a minha família. Vai chegar o tempo que terei que ir novamente, mas hoje eu me permito ficar aqui. Porque esses meus anseios já foram realizados e hoje jogando no Vasco, em termos de Brasil, eu tenho um ótimo contrato. O Vasco fez um esforço enorme para eu permanecer aqui. O que o jogador ganha lá fora está fora dos padrões do futebol brasileiro e mesmo assim o Vasco insistiu com isso. Hoje eu ganho a mesma coisa que ganhava no Werder Bremer. Tudo pelos meus seis meses. Pela minha entrega, o Vasco achou que valeria a pena. E no final do ano ter o reconhecimento de toda essa torcida e do clube valeu muito a pena e vale a pena.

...meu filho que

já é um vascaíno nato, hoje de co-

ração te falo isso, sem demagogia. Me sinto um torcedor do Vasco...


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DECLARAÇÃO DE AMOR AO VASCO Eu costumo dizer para pessoas próximas a mim que jogar futebol é muito bom, se eu começasse a minha vida agora e me perguntassem o que queria fazer eu diria que queria correr atrás daquela bolinha... Mas jogar no Vasco tem sido realmente especial, jogar futebol é maravilhoso, mas jogar futebol no Vasco tem sido muito gratificante. E eu faço questão de acompanhar todos os movimentos do clube. Participo da campanha dos sócios, de palestras... Eu tenho a obrigação de representar o clube em todos os quesitos. Isso é sincero e tem sido recíproco. O amor do clube por mim e o meu amor e minha gratidão perante ele.


26 | ENTREVISTA - Fernando Prass


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Fernando Prass F

ernando Buttenbender Prass, o absoluto número 1 do clube do Vasco da Gama conta um pouco da sua trajetória como jogador de futebol. Tudo começou como uma brincadeira e quem poderia imaginar que um dia o nosso grande goleiro estaria defendendo o gol vascaíno. Aos 31 anos, Fernando Prass fala do seu trabalho no Vasco, da luta pelo retorno a série A do Campeonato Brasileiro e da lua de mel que tem vivido com a torcida vascaína. Treina-

do pelo eterno ídolo Carlos Germano, Fernando diz que a comparação é inevitável, mas que ele fica envaidecido quando o compara com o seu treinador. Para Fernando, o retorno a série A do Brasileirão vai ser fundamental para a reestrutura financeira e política do Vasco. Confira abaixo a entrevista na íntegra. Como iniciou sua carreira como jogador de futebol? Comecei meio por brincadeira. Jogava numa escolinha de futebol em Viamão, cii dade que fui morar com três anos. Todo fii nal de semana tinha um campeonato. Num desses finais de semana faltou o goleiro. O time iria revezar, cada final de semana uma jogava, mas fui na primeira partida e ganhamos e o time pediu para eu ficar. No outro final de semana comecei a treinar no gol e acabei engrenando. Esse time de salão foi participar de um campeonato de futebol de areia em Tramandai em 91. E lá tinha olheiros do Grêmio, que gostaram no meu futebol e me chamaram para jogar. No Grêmio fiquei de 1991 até 2000. Fui emprestado para o Francana, onde jogava no Paulista da série A2, depois fui para o Vila Nova, lá fiquei um ano e meio. Depois fui para o Coritiba através do Sergio Ramires e fiquei lá por quatro anos. Depois fui vendido para União de Leiria de Porr tugal para substituir o Helton e fiquei lá por três temporadas. Eles queriam um goleiro brasileiro para a posição. E como veio a proposta do Vasco? Em janeiro de 2009 recebi uma ligação do Rio de Janeiro, achei estranho porque não conhecia ninguém no Rio. Era o Rodrigo Caetano me apresentando uma proposta para vir para o Vasco. Minha saída foi um pouco demorada porque o clube de inicio pediu muito


28 28 || ENTREVISTA ENTREVISTA -- Fernando Fernando Prass Prass

dinheiro, mas abri mão do dinheiro que eles estavam me devendo e acabamos resolvendo o problema. Cheguei no Vasco dia 21 de janeiro de 2009. Como foi chegar no Vasco num momento de reestruturação dentro e fora do campo? Eu acompanhei através de um amigo que é cria do Vasco. Acompanhei todo o problema da eleição, os problemas financeiros, o rebaixamento dentro do campo. Quando eu falei que estaria vindo para o Vasco, as pessoas diziam que eu era maluco. Mas eu sabia que não teria problema, eu sabia que pela pessoa que estava fazendo contato comigo, o Rodrigo Caetano, por maior que fosse a dificuldade o clube iria cumprir o contrato. Meus amigos me diziam que o Vasco era um caldeirão e que estava pronto para explodir. A torcida revoltada pelo rebaixamento, problemas financeiros

e problemas dentro do campo. Mas pela conversa que tive com o Caetano eu percebi que era um time com uma torcida enorme e de muito potencial. Eles estavam buscando reestruturar o clube. Como você nunca tinha jogado no Rio de Janeiro, qual era a idéia que tinha da estrutura dos clubes? Pelo pouco que conhecia, sabia que eram clubes com muito potencial, com uma torcida imensa, uma dimensão extraordinária, mas tudo isso fora de campo, dentro de campo isso não acontecia. Percebi na minha conversa com o Rodrigo Caetano que o Vasco estava propondo esta mudança. O Rodrigo Caetano me fez uma proposta de dois anos de contrato. Eu sabia que estava vindo para um clube com muita dificuldade, mas que estava fazendo um planejamento de trabalho para mudar isso. É

muito difícil mudar uma história de 20, 30 anos, mas acho que esse retorno a série A vai ajudar muito. Um dos passos mais importantes para o Vasco se reestruturar é o retorno a série A. Como foi recebido pela torcida? Fui recebido com desconfiança. Mas fui recebido bem. Acho que todos fomos recebidos com desconfiança. Até do Carlos Alberto que já tinha dado provas foi recebido dessa maneira. Mas em termos de tratamento foi tudo muito bom. Quando estreou no time? Foi no Brasileiro Como foi a estréia? Estrei junto com o Vasco no Campeonato Brasileiro. Fiquei sabendo que iria jogar em cima da hora. Foi uma estréia boa, primeiro


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porque não tomei gol, para goleiro jogo melhor não tem, depois porque o Vasco venceu e isso foi ótimo. Era a grande expectativa. O Vasco passou muitos anos com uma carência de goleiros. Vc acha que tinha muita expectativa com a sua chegada. Você sentiu uma certa preocupação com a sua chegada? As pessoas me perguntam se estou na minha melhor fase e eu respondo que não. Tive bons jogos no Coritiba e no União de Leiria de Portugal. Mas tudo que você faz lá, fica por lá, as pessoas não tomam conhecimento. Questionavam muito um jogador de 30 anos nunca ter jogado em time grande. As pessoas ligam muito a qualidade a fama e não deveria ser assim. O jogador deveria ser conhecido pela sua qualidade. No Brasil tem ótimos jogadores que não são famosos, mas que tem muita qualidade.

Você é treinado pelo um dos grandes ídolos do clube, o Carlos Germano. Como é para você essa experiência? É bom porque é uma referência que você tem, você se inspira num ídolo, mas é uma cobrança. Bem ou mal existe uma comparação. Apesar de termos semelhanças fora do campo, na posição de goleiro cada um tem a sua historia, cada um vai fazer a sua historia. O Carlos Germano escreveu história dele e eu vou fazer a minha. Mas sempre vão traçar um paralelo. A torcida sempre te compara com os melhores. A comparação é boa porque te motiva a trabalhar mais e render mais. Um curiosidade, como foi escolhida estampa da sua camisa? A camisa foi feita para homenagear a colônia portuguesa. Ela era para ser usa-

da apenas no primeiro joga da série B e depois seria aposentada. Seria apenas comemorativa. Por coincidência foi a estréia no campeonato, a minha estréia, eu vinha de Portugal e já tinha uma ligação com o país e vencemos. E como continuamos vencendo, a camisa foi ficando. Eu particularmente adorei a estampa. Quando entrou o novo fornecedor, eles me apresentaram três tipos, mas não tinha a que eu usava. Pedi que fosse confeccionada uma camisa parecida com aquela, primeiro eles relutaram porque ligaria com a antiga marca, mas depois aceitaram. Acho que hoje esta sendo bom para eles também. Porque além de trazer sorte, teve uma ótima aceitação. Criou uma identidade forte. As vezes você fica marcado pela camisa. Eu gosto disso, isso me envaidece. Gosto de ser lembrado pela camisa. Quando as pessoas vêem


30 30 || ENTREVISTA ENTREVISTA -- Fernando Fernando Prass Prass

O Carlos Germano fez a história dele no Vasco e eu quero fazer a minha.


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Tenho certeza que o presidente Roberto Dinamite gosta muito do Vasco porque para assumir uma verdadeira bomba como era o Vasco naquele momento, tem que ter muito amor.

a camisa, não precisa nem esta escrito o nome, só a cor já te liga ao clube.

Como é ter o maior ídolo do Vasco como presidente? Além, é claro, de ter sido jogador de futebol. Isso facilita o relacionamento com vocês? É bom para o clube. Ele se enctende bem com os jogadores. Ele sabe as dificuldades, ele entende os problemas que passamos. As vezes as pessoas têm idéias erradas porque nunca viveu no meio. Só pelo o olhar ele já sabe o que esta acontecendo com o jogador, o que fez ele jogar mal, se esta bem psicologicamente ou tem algum problema financeiro. Se puder aliar a pessoa competente com essa função, acho que é ótimo. Tenho certeza que o presidente Roberto Dinamite gosta muito do Vasco porque para assumir uma verdadeira bomba como era o Vasco naquele momento, tem que ter muito amor. Herdar a herança de mais de 20 anos de problemas tem que ter muita coragem. Aposto que nos próximos anos muitas pessoas vão querer ser presidente do clube porque ele (Roberto Dinamite) esta reestruturando e levantando o clube. Vocês estão sendo encarados como guerreiros vascaínos. Tem esse sentimento de guerreiros? Muitos dizem que nós não fizemos mais do que a nossa obrigação. Outros reconhecem o nosso trabalho e nos dão os parabéns pela campanha. Nos tivemos uma campanha muito consistente, fomos bem em todos os jogos. O ano que vem vai servir para valorizar o que fizemos este ano. Clubes grandes vão cair e vão ter dificuldades para subir e ai virá o reconhe-

cimento do nosso trabalho. Acham que a série B é fácil. Cada jogo foi uma batalha. Tínhamos obrigação de vencer.

O objetivo do clube sempre foi o Campeonato Brasileiro? Com certeza. Retornar a série A sem o título teria um gosto amargo. Sem o título de campeão não seríamos lembrados por tudo que fizemos este ano. Os jornais não iriam divulgar que o Vasco retornou a série A com o título e sim que o Vasco perdeu o campeonato para o Guarani. O objetivo sempre foi o titulo do Campeonato Brasileiro da série B. O time mesmo na reta final não tirou o pé do acelerador. Com certeza. Porque ganhar um campeonato seja da série A, série B, campeonato de rua ou qualquer outro campeonato com a camisa do Vasco e colocar a faixa de campeão no peito não tem igual. É um Campeonato Brasileiro. A pressão que a gente sente jogando na série B é muito grande. As pessoas achavam que tínhamos que golear em todos as partidas. Com todo respeito, mas não dá para comparar a história do Vasco com qualquer outro time da série B. Quando fomos jogar fora do Rio sempre encontramos os estádios lotados pela nossa torcida por isso também tanta cobrança. Como é jogar dentro de São Januário? O goleiro do Guarani é muito meu amigo e no dia do jogo ele me ligou e disse que tinha adorado que o jogo seria no Maracanã porque ele sabia que jogar em São Januário era muito mais complicado. Porque o Maracanã para ter um ambiente bom de jogo tem que


32 | ENTREVISTA - Fernando Prass ter muita gente e em São Januário com vinte mil torcedores já está lotado. Em São Januário o campo fica mais perto,é o campo que agente treina, a torcida enche o estádio. É a casa do Vasco mesmo. Mas não dá para dispensar o Maracanã como conseguimos encher contra o Ipatinga. Como veio o artigo que você escreveu para o site do Vasco? A cobrança em cima da gente era muito grande. Alguns jogos fomos vaiados. Quando o campeonato entrou na reta final, a cobrança foi maior. E esse artigo eu escrevi no hotel depois de um jogo e parecia que estava prevendo o que aconteceria no jogo contra o Vila Nova. Queria mostrar a ansiedade da torcida e pedir calma e principalmente pedir o apoio da torcida que com certeza faz muita diferença. O jogo contra o Vila Nova mostrou isso. No momento que a torcida começou a vaiar foi o nosso pior momento na partida. Quando a torcida começou a nos motivar, o time melhorou e viramos o jogo. Se a torcida do Vasco apoiar fica mais fácil jogar. Todo mundo sabe que é difícil jogar contra a torcida do Vasco, os outros times sabem disso. Mas imagina ter a sua torcida contra, vaiando o seu time. É a pior coisa que tem. Claro que rola uma pressão psicológica. Muitas vezes o time leva a torcida. O time está bem, a torcida explode. Mas eu acho que o que faz a diferença é a torcida que leva o time. Quando o time está mal e a torcida o consegue levantar. Você é dos jogadores mais experientes? Vocês conversam muito? Conversamos muito, até porque ficamos muito tempo juntos. Trocamos muita experiência. E com a convivência a gente aprende como falar com o grupo. O time é muito jovem. Tem jogadores que não pode falar mais grosso durante a partida porque sabe que ele cai de produção, mas também tem aquele que está num ritmo bom de jogo e precisa receber uma chamada para continuar bem na partida. Isso com a experiência e com a convivência a gente aprende. Só pelo olhar você consegue ver a reação do time. O sentimento não pode parar? Acho que não. Está provado este ano. Foi difícil subir com a maior média de público da série B. Imagina se a gente não tivesse sido abraçado pela torcida da maneira que fomos. Provavelmente não teríamos ganho o campeonato. Alguns jogos ganhamos com apenas um gol de diferença. Já pensou se não tivéssemos a torcida ao nosso lado, como seria? Futuro. O que pensa? O Vasco está nos seus planos? Europa volta para a sua cabeça?

Jogador tem que pensar em duas coisas. Jogar onde se sente bem, onde é querido e onde te dão condições. E juntar tudo isso ao lado financeiro. Tem que pensar que quando parar de jogar tem que dar uma vida razoável para seus filhos. No Vasco tenho totais condições de unir essas duas coisas. Na parte financeira depende do clube e a parte de se sentir bem depende de mim. Se jogar bem a torcida vai gostar de mim e se eu não jogar a torcida não vai gostar. Estou num clube grande e todo jogador quer jogar num clube grande. Não tenho problemas financeiros. Hoje não penso em sair do Vasco.

Muitos goleiros ficaram marcados pela cor da camisa. Quero ser lembrado pela camisa que uso no Vasco.

Um jogo mais emocionante da série B? Em termos de ambiente foi contra o Ipatinga. Estávamos no Maracanã e a torcida compareceu em peso. E neste dia estávamos comemorando o aniversário do clube. E em termo de emoção foi contra o Atlético GO lá. A gente estava perdendo de 2 x 0, o time conseguiu empatar; depois tivemos chance de virar, de perder e terminamos empatados. E o jogo emocionante na sua vida? Foi 2004 pelo Coritiba, na Arena onde fomos campeões paranaense invicto. O jogo foi contra o Atlético e empatamos de 3 a 3. No último minuto o juiz deu uma falta para eles em cima da linha e eu estava rezando para a bola não entrar. A bola bateu na barreira e foi para fora e o juiz apitou o final do jogo. O que os vascaínos podem esperar para 2010? Podem esperar um time forte em busca de títulos de maior importância.


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36 | RESUMO DOS JOGOS

O D A H N A A CAMP

O L U T TÍ JOGO A JOGO O RESUMO COMPLETO DA SAGA VASCAÍNA NA SÉRIE B

1º TURNO

09 de maio Vasco x Brasiliense

16 de maio Vasco x Ceará

O Vasco começou a partida motivado e pressionando. Aos 13 minutos, Paulo Sérgio cruzou pela direita e Elton cabeceou para fora com muito perigo. Aos 28, Carlos Alberto e Rodrigo Pimpão tabelaram bem na entrada da área. O chute do meia, porém, saiu nas mãos do goleiro Guto. O Brasiliense não ficou apenas se defendendo. Por duas vezes quase marcou. Ailson recebeu na área e chutou cruzado. Fernando Prass ainda tocou na bola, que bateu na trave e voltou nas mãos do goleiro. Outra chegada perigosa foi aos 40 minutos. Julio César explorou bem o espaço deixado pelo lateral Ramon pela esquerda, ganhou na corrida de Carlos Alberto chutou cruzado. A bola passou muito perto do gol de Fernando Prass. O Vasco voltou para o segundo tempo tentando manter a pressão. Logo no primeiro minuto, Léo Lima deu excelente passe para Ramon. O lateral perdeu o tempo da bola, tentou driblar o goleiro Guto e acabou desarmado. Em seguida, vários cruzamentos perigosos para área, mas sem ninguém para concluir. O primeiro lance de perigo do Brasiliense veio aos 14 minutos. Fábio Júnior arriscou de fora da área e o goleiro Fernando Prass espalmou a bola para escanteio. Mas aos 16 minutos em uma jogada muito bem trabalhada, Carlos Alberto recebeu pela direita, tocou para Léo Lima, que dominou e passou para Ramon. A bola saiu de um lado para o outro do campo. O lateral então viu Rodrigo Pimpão na área. O toque foi preciso. O atacante dominou e chutou no canto esquerr do de Guto. Vasco 1 a 0.

Aos 10 minutos, Magno roubou a bola no campo de defesa e tocou para Elton. O atacante viu bem a entrada livre de Paulo Sérgio pela esquerda. O lateral driblou o goleiro, mas na hora de fazer o gol pegou muito embaixo na bola, que subiu e passou por cima do travessão. Quatro minutos depois, novamente Magno começou a jogada e tocou para Elton. De primeira, o atacante passou para Enrico. O meia se livrou do marcador, entrou na área e chutou forte por cima do gol de Marcelo Bonan. O Ceará teve três ótimas chances para abrir o placar. Preto recebeu ótimo passe na área de Geraldo, mas foi travado por Vilson na hora da conclusão. A bola sobrou limpa para Wellington Amorim fazer o gol. Mas o atacante do Ceará tocou muito de lado e a bola bateu na trave e saiu pela linha de fundo. Aos 43 minutos, Preto recebeu nas costas de Ramon e chutou cruzado. A bola passou por Fernando Prass e o zagueiro Vilson conseguiu tocar para escanteio antes de Wellington Amorim fazer o gol. Logo depois Ramon soltou a bomba no canto esquerdo de Marcelo Bonan, que só olhou. Um bonito gol. Aos 13 minutos, o Ceará quase empatou em uma grande jogada de Geraldo. Léo Lima passou a comandar o meiocampo. E criou duas boas oportunidades. Primeiro deu um passe para Elton, que chutou mal e o goleiro Marcelo Bonan defendeu. Depois, o toque foi para Edgar,


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FOTOS MARCELO MOREIRA

Carlos Alberto o herói da conquista comemora a classificação


38 | RESUMO DOS JOGOS – 1º TURNO que se enrolou com os zagueiros e perdeu a chance. Na raça Ramon decidiu a partida. O lateral-esquerdo roubou uma bola na defesa e arrancou, tabelou com Elton e chutou forte quase sem ângulo. O goleiro Marcelo Bonan conseguiu defender, mas a bola sobrou limpa para Léo Lima, que só tocou para o gol vazio: 2 a 0.

23 de maio Vasco x Atlético GO Numa cabeçada de Elton o Vasco abriu o placar. Preso à marcação do adversário, o time cruzmaltino só conseguiu ameaçar em chutes de longa distância. Mas todos saíram fracos ou sem direção. Aos 21, o goleiro Fernando Prass deu um susto, saltou para segurar uma cobrança de falta de Alysson e por pouco não caiu com a bola dentro do gol.

Em um contragolpe rápido aos 41 minutos, Rodrigo Pimpão recebeu na direita e rolou para Paulo Sérgio. O lateral chutou cruzado, mas mesmo assim a bola sobrou nos pés de Élton que girou e mandou sobre o travessão. Aos 44 minutos Pituca cometeu falta violenta e recebeu o cartão vermelho. Na cobrança, Paulo Sérgio levantou, Elton apareceu na segunda trave e cabeceou para abrir o placar. Aos 22, Juninho chutou por cima do travessão dentro da pequena área. Aos 29 minutos Nilton deu uma arrancada do meio-campo, rolou para Edgar chutar alto e fazer o segundo gol vascaíno. Aos 47 Ramon entrou pela ponta esquerda, tentou cruzar, mas acertou o canto esquerdo de Márcio: 3 a 0.

30 de maio Vasco x Paraná Nos dez minutos iniciais os erros de passe por conta do péssimo estado do grama-

do, que estava cheio de areia, atrapalhou o desempenho das duas equipes. O primeiro chute do Vasco saiu aos 11 minutos. Dois minutos depois Pará achou Edgar na marca do pênalti, o atacante acertou uma bela cabeçada e abriu o marcador. Aos 17, o Paraná quase empatou a partida. Após cobrança de escanteio, Freire subiu mais do que a zaga carioca e cabeceou forte. O goleiro Fernando Prass fez um milagre e evitou o gol. Porém, um minuto depois, Bebeto cruzou na cabeça de Alex Afonso, que escorou para empatar o jogo. No final do primeiro tempo Enrico fez uma falta dura em Davi e acabou expulso. Aos 43, após sobra do escanteio, Titi pegou o rebote pela direita e chutou de canhota. A bola explodiu na trave direita de Ney. Aos nove minutos do segundo tempo, o Paraná virou o marcador. Em cobrança de falta na entrada da área, Davi rolou para Marcelo

Adriano comemora o primeiro gol no jogo da classificação contra o Juventude


39 Toscano, que cobrou com categoria para marcar o segundo do Tricolor. O Paraná ampliou o marcador em um contra-ataque fulmintante. Alex Afonso lançou Dinelson em velocidade. O meia entrou na área e tocou na saída de Fernando Prass: 3 a 1 para o Tricolor.

06 de junho Vasco x São Caetano O Vasco iniciou a partida disperso, dando espaços para o São Caetano avançar. Mas aos poucos o Vasco foi se organizando em campo. Elton foi expulso aos 45 minutos depois de um carrinho em Iran, levando o segundo cartão amarelo. Aos 47 minutos, o goleiro Fernando Prass fez uma bela defesa após chute de Iran. O Vasco voltou para o segundo tempo ainda sem qualquer concentração e visivelmente nervoso. Nilton poderia ter sido expulso aos 14 minutos, depois de fazer falta violenta em Ademir Sopa. O árbitro, no entanto, apenas deu cartão amarelo. Fernando Prass brilhava com suas defesas. Frente a frente com Marinho, o goleiro saiu com precisão, ficou com a bola e ainda driblou um adversário, levando a torcida à loucura. São Caetano criou uma boa chance aos 42 minutos, quando Betinho aproveitou a sobra da zaga e chutou forte, de dentro da grande área. Comprovando sua grande fase, Fernando Prass fez uma grande defesa. No último lance Edgar chutou para fora após cruzamento de Ernani.

13 de junho Vasco x Guarani Sem criatividade o time do Vasco se enrolou no meio-campo e chegou pouco ao ataque. A primeira oportunidade perigosa foi somente aos 15 minutos, quando Ramon recebeu bom passe de Léo Lima e cruzou para Edgar. Douglas saiu do gol para salvar. Somente aos 21 minutos que o Vasco teve uma boa jogada. Edgar recebeu ótimo passe na direita da grande área, mas achou que não chegaria e facilitou o trabalho de Douglas. No lance seguinte, Carlos Alberto deixou o atacante na cara do gol, mas ele dominou mal. No segundo tempo o Guarani tinha mais volume de jogo. Mas foi o Vasco que chegou bem ao ataque aos 15 minutos. Paulo Sérgio avançou em velocidade pela lateral direita, invadiu a área e chutou cruzado. As duas equipes começaram a arriscar um pouco mais no final da partida. O Guarani pressionou com bolas alçadas na área, enquanto o Vasco tentou com chutes de longe e tabelas perto da grande área. A partida, no entanto, terminou 0 a 0.

19 de junho Vasco x Duque de Caxias A partida começou em alta velocidade. Aos dois minutos, após escanteio, Léo Lima teve chance de abrir o placar, mas pecou na hora de finalizar. Aos oito minutos o goleiro Vinicius errou na reposição de bola e tocou para Elton, que avançou livre para o gol. Nos contra-ataques, o Duque de Caxias tentava surpreender os vascaínos. Aos 20 minutos uma boa chance para os visitantes. Paulo Sérgio deu bobeira e Edivaldo ficou com a bola. O artilheiro invadiu a área e chutou rasteiro para a defesa de Fernando Prass. No rebote, Tiaguinho quase marcou, mas Gian afastou o perigo. No inicio do segundo tempo o Vasco chegou perto de abrir o placar. Após levantamento pela esquerda, Elton mandou de voleio e a bola passou rente ao travessão. No contraataque, o Duque de Caxias não deixou por menos e também assustou. Paulo Rodrigues avançou e chutou forte, Fernando Prass se esticou e fez grande defesa. Aos 11 minutos, o estreante Phillipe Coutinho recebeu na entrada da área, girou e chutou de perna direita, mas Vinicius uma grande defesa. Aos 30, Elton recebeu dentro da área, se livrou da marcação, mas, na hora de driblar o goleiro, se enrolou e foi desarmado. Ramon pegou o rebote, mas mandou para fora. Foi assim até o apito final, erros de passes e finalizações erradas.

27 de junho Vasco x Figueirense Vasco começou o jogo atacando, aos 15 minutos, Alex Teixeira tocou para Carlos Alberto dentro da área, pressionado por um zagueiro, o meia conseguiu chutar para Wilson defender com o ombro. Dez minutos depois, Léo Lima deu um ótimo passe para Robinho. O atacante entrou na área e chutou de primeira. A bola explodiu no travessão de Wilson. Dois minutos depois, Alex Teixeira foi quem recebeu dentro da área e chutou para outra boa intervenção do camisa 1 do Figueira. Os catarinenses tiveram uma ótima oportunidade aos 28 minutos. Lucas cruzou da direita na cabeça de Rafael Coelho. Um minuto depois, o Vasco abriu placar. Carlos Alberto dominou na entrada da área e arriscou de perna esquerda. A bola entrou à esquerda de Wilson: 1 a 0 Vasco. O Figueirense voltou completamente para a etapa final. Aos 24 minutos Rafael Coelho recebeu na entrada da área e chutou para bela defesa de Fernando Prass. Na sobra, Clodoaldo tocou para o gol para empatar a partida. Seis minutos depois, Alex Teixeira quase recolocou os cariocas em vantagem. O jogador fez uma bela jogada pela direita e

tentou cruzar. A bola pegou um efeito e Wilson tocou para escanteio. O time adversário buscava a vantagem no marcador e quase foi premiado aos 40 minutos. Um minuto depois, o gol mais perdido do jogo. Carlos Alberto lançou Alex Teixeira dentro da área, completamente livre, o meia-atacante chutou em cima do goleiro Wilson.

30 de junho Vasco x Bragantino A equipe do Vasco atacou quase o jogo todo, mas não tinha ofensiva para movimentar o placar e por sua vez o Bragantino torcia por uma oportunidade nos erros do time cruzmaltino. Com um minuto, Carlos Alberto isolou por cima do gol na pequena área. No minuto seguinte, Titi na área, que pôs a mão na bola e Carlos Eugênio Simon mandou seguir. Aos cinco minutos Léo Lima conduziu a bola pela intermediária, prendeu a jogada e, ao tentar o passe, enrolou-se com a bola e caiu sozinho no gramado. A entrada de Philippe Coutinho no lugar de Léo Lima ganhou novo ânimo. Robinho reapareceu na partida, mas as três boas finalizações conseguidas pararam nas mãos de Gilvan. Aos 39 minutos, Alan Kardec cabeceou e ele fez grande defesa - a bola ainda parou na trave. No minuto seguinte, Amaral salvou na pequena área.

11 de julho Vasco x Ponte Preta O Vasco entrou em campo com muitos desfalques. O Vasco começou a partida com mais posse de bola, mas tinha dificuldade para armar as jogadas. O time também chutava pouco a gol. Aos 16 minutos, o time carioca perdeu Jéferson com uma lesão muscular na coxa direita. Ernani entrou bem e levou perigo ao gol de Gilson em duas oportunidades em chutes de fora da área. Aos 24 minutos, Alex Teixeira caiu na área derrubado por Gum. Mas o árbitro nada marcou e ainda deu cartão amarelo para o vascaíno. Fagner foi até a linha de fundo e cruzou. Robinho se antecipou e tocou de cabeça encobrindo o goleiro Gilson. Vasco 1 a 0. Falta na intermediária para a Ponte Preta. Edílson mandou uma bomba e a bola bateu no travessão. Pouco antes do fim do primeiro tempo, Fagner foi até a linha de fundo e acabou derrubado por Luís Gustavo. Novo pênalti não marcado pela arbitragem. Mas aos 46 minutos não teve jeito. Souza invadiu a área e sofreu falta de Gercimar. Desta vez o árbitro marcou. Elton cobrou no canto esquerdo do goleiro Gilson, que pulou para a direita. Aos 30 minutos, Souza arrancou e Gercimar derrubou o vascaíno de forma violenta.


40 | RESUMO DOS JOGOS – 1º TURNO

O árbitro Claudio Mercante expulsou o jogador da Ponte Preta. Em vantagem numérica, o Vasco ainda fez o terceiro aos 45 minutos. Magno tocou para Elton, que tocou com categoria na saída do goleiro Gilson.

14 de julho Vasco x Vila Nova O time goiano começou a partida com mais posse de bola explorando as jogadas pelas pontas. Aos 24 minutos, Elton fez boa jogada individual pela esquerda, mas teve seu passe interceptado por Cocito. Numa cobrança de falta Fágner cobrou pela lateral esquerda diretamente para o gol. A bola encobriu o goleiro do Vila Nova e morreu no ângulo: 1 a 0, aos 28 minutos. Fernando Prass fez sua primeira defesa na partida aos 42 minutos. Aos 20 minutos do segundo tempo Fernando Prass fez uma defesa espetacular numa cabeçada, após desatenção da defesa vascaína. Três minutos depois, o Vasco fez 2 a 0. Fágner acertou bom lançamento para Paulo Sérgio que caprichou no cruzamento. Elton deslocou Juninho com sua cabeçada e marcou.

17 de julho Vasco x ABC - RN No primeiro minuto de jogo saiu o gol cruzmaltino, após uma confusão entre o goleiro Tiago Cardoso e o zagueiro Ben-Hur. Souza aproveitou a indecisão da dupla após um passe de Paulo Sérgio roubou a bola e chutou para o gol vazio. O Vasco tinha mais a posse de bola, mas exagerava nos passes errados e não criava chances claras para ampliar. O time carioca se limitava a tentar cruzamentos para a área. Nilton, Titi e Elton até conseguiram cabecear. Aos cinco minutos do segundo tempo Adriano recebeu pela esquerda se livrou de Bosco, entrou na área, deixou Fabiano no chão e soltou a bomba no canto direito de Tiago Cardoso que nada poderia fazer. Vasco 2 a 0. O terceiro gol vascaíno quase saiu aos 23 minutos com Elton. O atacante recebeu passe na área de Phillipe Coutinho na área e chutou rasteiro. A bola explodiu na trave direita de Tiago Cardoso. Outra boa chance surgiu aos 31 minutos, Phillipe Coutinho passou para Enrico que chutou rasteiro. O

goleiro Tiago Cardoso defendeu com os pés e salvou o ABC de sofrer o terceiro gol. Aos 37 minutos falta cobrada pela esquerda e Elton se adiantou a marcação para cabecear. A bola entrou no canto esquerdo de Tiago Cardoso.

25 de julho Vasco x Bahia Foi um primeiro tempo com 25 faltas. Com o meio-campo pouco criativo o Vasco teve a primeira chance num lance de bola parada, aos 12 minutos. Aos 21 minutos, Alex Maranhão cobrou uma falta do lado direito procurando Menezes que emendou por cima do gol com perigo. Paulinho entrou no time cruzmaltino e aos três minutos encontrou logo o caminho do gol. Em bola que Robinho acabou deixando para Alex Teixeira, o camisa 7 dominou, cortou Nen e bateu cruzado: Vasco 1 x 0. Novamente pela direita, por pouco ampliou o placar. Aos 8, Paulo Sérgio dominou e girou batendo de canhota. O Bahia aproveitou as oportunidade e chegou ao empate aos 19 minutos. Depois o Bahia quase virou o placar aos 23, quando Reinaldo


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A equipe vascaína, unida, agradece a conquista do título da série B


42 | RESUMO DOS JOGOS – 1º TURNO Alagoano arrancou pela esquerda e bateu cruzado. A bola tocou em Fernando Prass e ia entrar, quando Vilson salvou. A partida ficou emocionante. Aos 40 minutos, Fernando Prass salvou uma cabeçada de Rogério.No escanteio, Nen, novamente de cabeça, marcou o gol da virada baiana, aos 41 minutos.

28 de julho Vasco x Fortaleza O Vasco esteve especialmente mal no primeiro tempo. O gol veio em uma jogada individual. Carlos Alberto teve seu ataque cortado e a bola sobrou para Alex Teixeira. Ele deu um bonito drible em Amarildo que ficou no chão. O Vasco voltou para a segunda etapa mais movimentado. Logo aos oito minutos, Carlos Alberto recebeu passe de Mateus pela direita e cruzou. Adriano desperdiçou a chance. Fortaleza conseguiu o empate com uma cobrança de escanteio. Alex Teixeira ganhou jogada de Jailson, após passe longo de Carr los Alberto, e foi derrubado na área. O jogador do Fortaleza foi expulso, e Adriano fez 2 a 1 na cobrança de pênalti, aos 22 minutos.

01 de agosto Vasco x Juventude Aos três minutos o lateral Ramon disputou corrida com a zaga gaúcha, perdeu o equilíbrio dentro da área e o árbitro marcou pênalti. Carlos Alberto cobrou com categoria e abriu o placar. Na metade do primeiro tempo Souza disparou a 104 km/h, o goleiro Juninho caiu totalmente sem jeito e aceitou o segundo dos vascaínos. Aos 28 minutos a zaga carioca parou e Zezinho ficou livre para completar. A conclusão de carrinho com a perna direita não saiu legal e foi pela linha de fundo. Pelo lado esquerdo do ataque Zezinho passou por Nilton, invadiu a área e recebeu uma trombada de Vilson. Pênalti claro que Mendes bateu diminuindo o placar 2 a 1. Aos 35 minutos Carlos Alberto puxou o ataque com velocidade, achou Adriano na ponta esquerda, mas o atacante bateu em cima da zaga alviverde. Adriano ainda teve três oportunidades claríssimas de fazer o terceiro, mas também faltou sorte.

08 de agosto Vasco x Campinense A equipe de São Januário pressionou o adversário desde o primeiro minuto. Com oito minutos de jogo Enrico bateu escanteio da direita e quase fez gol olímpico. Fabiano colocou para escanteio. Na jogada seguinte saiu o gol do Vasco. Bola na área para Elton, que foi seguro

pelas pernas por Márcio Paraíba. Carlos Alberto partiu para a bola e colocou no canto direito: 1 a 0. Com 23 minutos, Adriano recebeu na fora da área e bateu rasteiro, mas Fabiano segurou. Dez minutos depois, Elton foi lançado na área pelo lado esquerdo, chutou cruzado, e Fabiano se esticou todo para espalmar para o lado. No segundo tempo, Aloísio entrou no lugar de Adriano e aos quatro minutos veio o segundo gol do Vasco. Carlos Alberto brigou pela bola na área e passou para Elton livre para tocar no canto esquerdo e fazer 2 a 0. Com quatro minutos, Gian cobrou falta no cantinho esquerdo e colocou 3 a 0 no placar.

11 de agosto Vasco x América RN O América-RN que fez o primeiro gol logo no primeiro chute do time. Somária aproveitou uma saída errada do Vasco pela direita, avançou e soltou a bomba da intermediária. A bola entrou no ângulo do goleiro Fernando Prass, que não esperava o efeito que o chute ganhou e pulou estranho no lance. América-RN 1 a 0. Aos 30 minutos do primeiro tempo, Ramon saiu rápido para o ataque e foi derrubado por Vanderley. Na cobrança Carlos Alberto cruzou para a área e Nilton cabeceou no canto esquerdo. Weverton conseguiu espalmar para escanteio. O gol de empate surgiu aos 34 minutos numa bela jogada de Alex Teixeira. Ele deu passe para Elton na área que chutou na saída do goleiro Weverton. Tudo igual: 1 a 1. Aos seis minutos do segundo tempo Enrico vacilou na saída de bola. Fábio Neves tocou bem para Lúcio que chutou rasteiro. Fernando Prass não defendeu. América-RN 2 a 1. Aloísio sofreu falta na intermediária. Enrico cruzou para a área, o goleiro Weverton tocou para o meio da área e Adriano apareceu chutando de primeira. A bola entrou no canto direito. Tudo igual novamente: 2 a 2.

15 de agosto Vasco x Portuguesa O Vasco foi melhor e conseguiu uma vitória de virada sobre o rival paulista por 3 a 1. A Portuguesa iniciou a partida atacando o Vasco e aos 4 minutos do primeiro tempo, Dinei recebeu a bola dentro da área cruzmaltina e, com liberdade, chutou rasteiro, na saída de Fernando Prass: 1 a 0. Vasco passou a criar boas chances de gol, mas não conseguia empatar no placar. Aos 47 minutos Dinei acertou o travessão de Fernando Prass e deu um novo susto no time cruzmaltino. A Portu-

guesa quase ampliou o marcador aos 44 minutos com Héverton. No segundo tempo, a Portuguesa desperdiçou boas chances para ampliar o placar e aos 11 minutos, numa cabeçada de Gian, o Vasco empatou. Nem deu tempo para o Vasco aproveitar a vantagem numérica porque aos 14 minutos, Ernani cometeu falta dura e foi expulso de campo. Com mais espaço, as duas equipes passaram a atacar, mas quem marcou foi a Portuguesa. Buscando desesperadamente o empate, a Portuguesa sofreu mais duas expulsões: Thiago Gomes e Preto, que fez um pênalti em cima de Enrico. Na cobrança da penalidade Élton acertou o ângulo direito de Fábio.

22 de agosto Vasco x Ipatinga O jogo começou com o Vasco pressionando. A primeira boa chance aconteceu aos nove minutos. Alex Teixeira aproveitou uma sobra, dominou na área e girou. O chute foi rasteiro, mas no meio do gol. Na segunda chance o meia não decepcionou. Ramon apareceu bem pela esquerda e viu a penetração de Alex Teixeira. O cruzamento foi perfeito, na cabeça do meia, que se antecipou ao goleiro Fred. A bola entrou no meio do gol. Vasco 1 a 0. O time carioca voltou a assustar o Ipatinga aos 28 minutos. Após cobrança de escanteio, Vilson desviou de cabeça. A bola passou com perigo pelo canto esquerdo de Fred. Aos 39 minutos, o Vasco levou um susto. Marcelo Moscatelli cruzou e Thiago Matias apareceu desviando de cabeça. A bola passou muito perto do canto direito de Fernando Prass. Contra-ataque do Vasco, Vilson tocou para Enrico que fez um ótimo lançamento para Alex Teixeira que passou para Carlos Alberto que só precisou empurrou a bola para o fundo da rede. Vasco 2 a 0. Aos nove minutos do segundo tempo Alessandro Lopes puxou Elton dentro da área. Pênalti bem marcado pelo árbitro. O próprio atacante pegou a bola para bater. A cobrança foi no canto esquerdo, sem chance para o goleiro Fred. Vasco 3 a 0. Adriano que entrou no lugar do Carlos Alberto foi logo mostrando o faro de artilhei aproveitou o cruzamento e tocou de cabeça para o fundo da rede. Mas o árbitro anulou marcando falta no lance. O jogo esfriou após a metade do segundo tempo. Em um contra-ataque, Adriano passou para Alex Texeira que entrou na área e chutou cruzado. Vasco 4 a 0.


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2ยบ TURNO 25 de agosto Vasco x Brasiliense

28 de agosto Vasco x Ceara


44 | RESUMO DOS JOGOS – 2º TURNO

O Ceará teve uma chance de marcar com Wellington Amorim. Aos 42, Geraldo cruzou na cabeça do atacante, que tocou à direita de Fernando Prass. O goleiro vascaíno ficou parado observando a bola sair. Os cariocas voltaram a assustar aos 13 minutos. Enrico cruzou na cabeça de Alan Kardec, que cabeceou nas mãos de Lopes. Cinco minutos depois, Vilson perdeu a bola para Jorge Henrique, que tocou para Wellington Amorim. Na marca do pênalti, o atacante chutou e a bola ainda bateu no goleiro Fernando Prass antes de entrar: 1 a 0. Aos 40, o Vovô aumentou o placar. Geraldo fez uma ótima jogada e chutou para Mota. O atacante só precisou desviar para marcar o segundo.

05 de setembro Vasco x Atlético GO O Atlético-GO começou melhor a partida. E logo com um minuto, Jairo perdeu uma boa chance de colocar os goianos em vantagem. Aos dez minutos, o Vasco teve a primeira chance de marcar. Alex Teixeira ganhou no corpo e tocou para Enrico, já dentro da área. O meia tentou cruzar para Carlos Alberto, mas foi travado no momento do passe. Um minuto depois, os goianos puxaram o contra-ataque e quase abriram o marcador com Rafael Cruz. Aos 22, Amaral cobrou falta da entrada da área e o goleiro Márcio defendeu no susto, salvando o Atlético-GO. Cinco minutos, o Atlético abriu o marcador. Após cobrança de escanteio e falha da zaga, Jairo subiu sozinho e empur-

rou para a rede de cabeça. Aos 29, uma nova bobeada, Pituca avançou pelo lado direito e cruzou para trás. Juninho tocou para ampliar. Aos 41, Elton cruzou na área e a bola bateu na mão do zagueiro Antônio Carlos, pênalti para o Vasco. Carlos Alberto cobrou e diminuiu. Com um jogador a mais o Vasco dominou a partida. Paulo Sérgio cobrou escanteio, Elton subiu mais do que a zaga e empatou a partida. Aos 35, Philipe Coutinho fez um ótimo lançamento para Carlos Alberto já dentro da área. O meia deu um corte no zagueiro do Atlético-GO e foi derrubado. Pênalti marcado por Roman que Carlos Alberto perdeu. O Vasco teve a chance de virar aos 45. Ramon recebeu na entrada da área e chutou sem direção.


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11 de setembro Vasco x Paraná O Vasco assustou o Paraná logo aos dois minutos de jogo. Ramon fez boa jogada pelo lado esquerdo e chutou de direita. A bola passou à direita do goleiro Zé Carlos. Cinco minutos depois, Davi cobrou falta da entrada da área e a bola raspou a meta de Fernando Prass. O Paraná passou a ter mais domínio de bola e a rondar a área do Vasco. Porém, as conclusões não chegavam ao gol cruzmaltino. Ramon foi derrubado na área. Pênalti para os cariocas. Elton cobrou e colocou a equipe da Colina em vantagem. Aos cinco minutos do segundo tempo Wellington Silva conseguiu empatar. O jogador recebeu na entrada da área e chutou no canto

esquerdo de Fernando Prass, que não conseguiu tocar na bola: 1 a 1. Aos 12 minutos Philipe Coutinho dominou na entrada da área e mesmo marcado rolou uma bola primorosa para Robinho. Sozinho, o atacante tocou na saída de Zé Carlos e fez o segundo dos cariocas em São Januário.

15 de setembro Vasco x São Caetano O Vasco foi quem assustou primeiro. Logo aos dois minutos, Carlos Alberto aproveitou uma bobeada da zaga, deu um corte em um zagueiro e chutou da entrada da área. A bola passou por cima do gol de Luiz. O jogo caiu de produção e as duas equipes pecavam nos erros de passe. Aos 28 minutos,

o Azulão quase marcou. Gian bobeou e a bola sobrou para Vandinho, que chegou atrasado. Prass defendeu, salvando o Vasco. Os cariocas só voltaram a assustar aos 34 minutos. Paulo Sérgio cobrou falta da direita, a bola passou por todo mundo e o goleiro Luiz fez a defesa. Cinco minutos depois, o São Caetano teve uma ótima chance. Jairo chutou de fora da área e Prass defendeu em dois tempos. Aos 40, Elton aproveitou toque de cabeça de Carlos Alberto e marcou. O árbitro assinalou impedimento e anulou o gol. Na etapa final, as jogadas mais perigosas surgiram apenas em contra-ataques. Aos 18, Adriano tabelou com Elton, recebeu na frente e foi derrubado por Anderson Marques. O zagueiro, que já tinha recebido um


46 | RESUMO DOS JOGOS – 2º TURNO cartão amarelo no primeiro tempo, foi expulso pelo árbitro. Aos 26, Paulo Sérgio cobrou escanteio na cabeça de Gian. O zagueiro subiu mais do que a zaga do Azulão e errou o gol de Luiz por pouco. Aos 31, o São Caetano quase abriu o marcador. Xuxa bateu escanteio da direita na cabeça de Washington. O atacante desviou e a bola passou rente à trave de Fernando Prass. O vasco enfim conseguiu abrir o marcador. Ramon fez uma boa jogada pelo lado esquerdo e cruzou no peito de Elton. O atacante dominou, fez o giro no zagueiro e chutou. A bola desviou em um defensor e matou o goleiro Luiz.

19 de setembro Vasco x Guarani Com um público aquém do esperado pelo treinador Dorival Júnior, em virtude do caráter decisivo do confronto, o primeiro lance de perigo do jogo foi vascaíno aos três minutos. Guarani recuou e passou arriscar apenas nos contra-golpes. O time carioca ameaçou aos 12 minutos, em cabeçada de Elton e em jogada individual de Allan, pela esquerda, em que Douglas se antecipou à finalização de letra, de Robinho. Aos 40 minutos, Carlos Alberto chamou o lateral Maranhão para dançar, pela esquerda do ataque vascaíno e cruzou para a pequena área. Elton chegou completando, mas Douglas salvou o Guarani. Na sequência, Titi desperdiçou grande chance. O segundo tempo começou sem um ritmo diferente da primeira etapa. Logo aos 4 minutos um lance incrível. Ramon cruzou da esquerda e, após desvio de Elton, Carlos Alberto perdeu o gol praticamente em cima da linha. Fernando Prass apareceu com duas belas defesas. Uma em cobrança de falta de Luciano Santos e outra em cabeçada perigosa. O jogo ficou mais corrido e Márcio Alemão foi expulso, aos 24 minutos, por simular um pênalti. Mesmo assim, o Guarani não esmoreceu e continuou atacando o cruzmaltino.

26 de setembro Vasco x Duque de Caxias Logo aos três minutos, o Vasco teve a primeira oportunidade de marcar. Robinho passou pelo zagueiro Santiago pelo lado direito e cruzou para Elton que errou na finalização. Aos 17, Paulo Sérgio cruzou na cabeça de Carlos Alberto. Entre dois zagueiros, o meia cabeceou e a bola passou rente à trave do Caxias. Aos 25, Leandro Chaves recebeu dentro da área e soltou a bomba. Fernando Prass fez uma ótima defesa, salvando o time da Colina. O Vasco voltou a assustar aos 33 quando Elton recebeu dentro da área e deu um ótimo passe para Robinho. De frente para o gol, o atacante

chutou em cima de Vinícius, que evitou o pior. Robinho ainda teve uma outra oportunidade, aos 40, quando passou por um adversário e chutou em cima da zaga. Aos quatro minutos do segundo tempo, Robinho fez um lindo lançamento para Ramon pelo lado esquerdo da área do Duque de Caxias. O lateral chutou e Vinícius deu rebote. Na sobra, Carlos Alberto empurrou para a rede: 1 a 0.

29 de setembro Vasco x Figueirense O Vasco entrou em campo com Fágner na lateral direita, no meio-campo, Enrico ganhou a vaga e Elton e Carlos Alberto, que estavam lesionados, se recuperaram a tempo de disputar a partida. Logo aos quatro minutos, Elton levou uma pancada no mesmo tornozelo que quase o afastou da partida. Aos 10, Enrico arriscou de fora da área, e Wilson caiu para defender com tranquilidade. Egídio e Fernandes trabalhavam com relativa tranquilidade pelo setor. Aos 25, o meia rolou para Maicon na entrada da área. O atacante chutou, e a bola passou à esquerda de Prass. Cinco minutos depois, Schwenck aproveitou o toque de Egídio na cobrança de falta e soltou a bomba. O goleiro vascaíno nem se mexeu e a bola foi direto para a rede cruzmaltina: 1 a 0 para os catarinenses. Aos 41, Ramon cruzou da esquerda e Adriano desviou para o gol. O árbitro Leandro Pedro Vuaden anulou o lance corretamente, assinalando o impedimento. Cinco minutos depois, Fernandes fez o que quis na entrada da área e chutou para marcar o segundo. Os cariocas assustaram os visitantes em dois lances. No primeiro, aos oito minutos, Philippe Coutinho recebeu na entrada da área e chutou. O goleiro Wilson segurou no meio do gol. Dois minutos depois, o garoto cobrou falta da direita para Carlos Alberto. O meia se esticou todo, mas errou a finalização. O Vasco só conseguiu assustar os catarinenses aos 37. Ramon cobrou falta na cabeça de Nilton. O volante subiu mais do que a zaga e diminuiu o marcador. O Figueira, por sua vez, tentava segurar o resultado e abusava das faltas. Foi assim até o final.

03 de outubro Vasco x Bragantino A tarde abafada em Bragança Paulista provocou um forte temporal, com granizo e muitos raios, que alagou o gramado do estádio Nabi Abi Chedid, interrompendo a partida

aos oito minutos. O jogo só recomeçou após 1h08m de paralisação. Na volta, o Bragatino passou a dominar a partida, tanto que criou o primeiro lance de perigo aos 26 minutos. Léo Jaime escapou pela direita, e cruzou à meia altura para Frontini completar de primeira. Fernando Prass fez ótima defesa. Aos poucos, porém, o gramado foi secando e o futebol do Vasco começou a aparecer. Aos 40, Robinho deu dois dribles desconcertantes em Da Silva e chutou rasteiro. A bola passou à esquerda. O Vasco voltou do intervalo com o atacante Aloísio, que entrou na vaga do lateral-direito Fagner.Logo aos 2 minutos, saiu a primeira jogada: Carlos Alberto passou para Aloísio, que dominou e abriu para Robinho chutar forte. O tiro saiu rasteiro, à direita do gol de Gilvan. Apesar de todo o domínio carioca, foi o time paulista quem criou a jogada mais perigosa da primeira etapa.O jogo se tornou muito corrido nos minutos finais. Aos 38 minutos Paulinho recebeu pelo meio e chutou rasteiro. Prass defendeu com dificuldades. O Vasco ainda teve sua última chance aos 51, Fumagalli cobrou falta com força e Gilvan mandou para fora.

13 de outubro Vasco x Vila Nova Embalado pelo grito da torcida aos sete minutos Paulo Sérgio cobrou escanteio da direita e Nilton mandou um belo voleio. Um golaço: 1 a 0. No minuto seguinte, o Vila assustou com o atacante Nena. Após cruzamento da direita, o jogador do time goiano subiu mais do que a zaga e desviou de cabeça, Fernando Prass defendeu com segurança. O Vasco tinha mais posse bola, mas não encontrava facilidade de penetrar na defesa adversária. Aos 26 minutos os goianos chegaram ao gol de empate. Após cobrança de lateral na direita, Otacílio se livrou de Nilton com facilidade e cruzou rasteiro para Nena, que, atrás do zagueiro Titi, chutou da entrada da pequena área e venceu Fernando Prass. Aos 33 minutos, Nilton quase marcou seu segundo gol na partida. O volante recebeu bom lançamento de Fumagalli na direita, levou a marcação para o meio e chutou de perna esquerda. O goleiro Juninho se esticou e defendeu. Na metade do segundo tempo Adriano entrou no lugar de Fumagalli, Magno no de Aloísio e Ernani na vaga de Pará. Aos 20 minutos, Amaral acertou um belo chute colocado do bico da grande área e acertou o ângulo esquerdo do goleiro Juninho: 2 a 1. O Vasco aproveitou o embalo e deixou mais uma bola no fundo da rede do Vila. Aos 24, Titi recebeu bom passe de Ernani dentro da área e chutou fraco, mas forte o suficiente para vencer o arqueiro do time goiano. Aos 33 minutos,


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Roberto Dinamite, o eterno 铆dolo, agora presidente, levou a sua equipe a mais uma conquista hist贸rica


48 | RESUMO DOS JOGOS – 2º TURNO Adriano invadiu a área e chutou rasteiro. O goleiro defendeu e a bola sobrou livre para Élton, que bateu direto para rede do goleiro Juninho.

20 de outubro Vasco x ABC RN Com o Vasco querendo garantir o acesso o mais rápido possível a Série A, aos dois minutos, Ernani deu o primeiro chute a gol em cobrança de falta e isolou. Em seguida, Gaúcho deu o troco na mesma moeda e ao menos assustou Fernando Prass. Aos sete minutos Fumagalli fez boa jogada pela direita e cruzou na área. Augusto Recife cortou pela linha de fundo, mas na cobrança de escanteio Titi desviou no primeiro pau e Fernando abriu o placar. Mano a mano com o veloz Ricardinho, Amaral foi driblado aos 13 e cometeu pênalti. Gaúcho cobrou, fez o gol, mas o árbitro Wilson Luiz Semene identificou invasão e mandou voltar. Na repetição, cobrança idêntica e empate no placar. Em mais um duelo entre Amaral e Ricardinho, aos 19, por pouco o ABC não conseguiu a virada. Três minutos depois, Bruno Barros foi quem levou perigo ao gol de Fernando Prass em chute rasteiro. O Vasco acordou aos 27. Élton serviu Ernani, que encarou e foi derrubado por Audálio na área. Pênalti convertido por Carlos Alberto. Na volta para o segundo tempo, o ABC não perdeu tempo. Logo aos 13 segundos, Júnior Negão recebeu de Bruno Barros na área, limpou a jogada e acertou em cheio o canto direito de Fernando Prass: 2 a 2. Aos 14, Alexandre Oliveira derrubou Carlos Alberto próximo da área. Fumagalli assumiu a cobrança e marcou seu primeiro gol com a camisa cruzmaltina.

24 de outubro Vasco x Bahia Sem Carlos Alberto, vetado no vestiário o Vasco, teve a primeira boa chance aos nove minutos de jogo. Ernani cobrou falta com força e a bola passou rente à trave esquerda do goleiro Marcelo. O Bahia conseguiu a resposta em um rápido contra-ataque. Aos 11, Ananias chutou cruzado da entrada da área e Fernando Prass espalmou. Nadson tentou pegar o rebote, mas furou na hora de finalizar. Aos 22 Elton dominou dentro da área, mas foi desarmado na hora que ia girar para chutar. Na sequência da jogada, Ernani recebeu na esquerda e bateu cruzado. Alex Teixeira se esticou todo, mas não alcançou a bola. O gol vascaíno saiu 36 minutos. Fagner tabelou com Adriano e da entrada da área, chutou forte com a perna esquerda para fazer um belo gol: 1 a 0. As equipes voltaram para o segundo tempo com o freio de mão puxado. A primeira oportunidade só aconteceu aos 15 minutos. Alex Teixeira fez

boa jogada e finalizou forte. O goleiro do Bahia fez boa defesa. Aos 18, por pouco o Vasco não ampliou. Após um bate-rebate na área, Adriano chutou dentro da pequena área e defesa interceptou. Mas aos 33 minutos, Amaral arrancou e serviu Elton, que acertou o ângulo direito do goleiro e fez um lindo gol: 2 a 0. Dois minutos depois, Paulo Isidoro recebeu dentro da grande área e bateu na saída de Fernando Prass; 2 a 1.

31 de outubro Vasco x Fortaleza O Vasco começou pressionando e logo aos três minutos, Alex Teixeira passou por dois adversários, entrou na área e chutou em cima dos zagueiros. Na sobra, Ernani arriscou da intermediária e a bola por cima do gol de Douglas. Os cariocas seguiram pressionando e tiveram mais duas chances. Na primeira, aos seis, Fernando aproveitou cobrança de escanteio e chutou para defesa de Douglas. No minuto seguinte, Titi recebeu pelo lado direito da grande área e bateu de canhota. O Vasco voltou a assustar aos 35. Allan fez um ótimo lançamento para Paulo Sérgio pelo lado direito da grande área. O jogador cruzou na cabeça de Adriano que errou a finalização e perdeu uma chance de abrir o marcador. Cinco minutos depois, Elton recebeu na área, girou e chutou para defesa de Douglas. Aos sete minutos, o Fortaleza abriu o marcador. Dedé fez ótima jogada e tocou para Bismark já dentro da área. O meia chutou sem defesa para Fernando Prass. Dois minutos depois Paulo Sérgio tabelou com Elton e entrou na área. Com estilo, o lateral tocou por cima de Douglas para igualar o marcador. Aos 42, Rodrigo Pimpão ainda teve uma ótima chance de virar o marcador no fim do jogo, mas errou a finalização e mandou longe do gol do Fortaleza. No lance seguinte, o jogador fraturou o braço e deixou o campo de jogo.

07 de novembro Vasco x Juventude “Foi o grande jogo” – O retorno do Vasco a Série A”. O Vasco colocou 81 mil vascaínos no Maracanã. A primeira divisão já é novamente uma realidade para o Vasco. Neste sábado os vascaínos tiveram jogo tenso contra o Juventude, mas venceram por 2 a 1 e confirmaram o acesso na Série B do Campeonato Brasileiro. Com 70 pontos em 34 rodadas, o Vasco está 100% garantido na próxima Série A. O jogo foi difícil. O primeiro gol, convertido por Adriano, teve toque de Elton com o braço. Apesar de controlar o primeiro tempo, o Vasco, nervoso e bem marcado,teve dificul-

dades de chegar ao gol de Juninho. Só aos 22minutos, em giro seguido de chute de Elton, o Juventude foi ameaçado. Depois de Zezinho ter boa chance para os gaúchos aos 25 minutos, pintou o gol que abriu o placar. Aos 28min, Ramon levantou bola para a área e Elton, que disputou com o zagueiro, acabou ajeitando com o braço para Adriano, que botou nas redes. Alegria nas arquibancadas. Com este resultado o Vasco estaria finalmente de volta a série A. Após o intervalo, com o Juventude tendo feito duas trocas. As melhores chances vieram com Carlos Alberto, que finalizou contra o Juventude aos 11min e aos 12min. Aos 17minutos Gustavo cobrou falta e Irineu escorou para as redes de Fernando Prass. O resultado adiava o acesso do Vasco, que se mandou para o ataque e conseguiu responder rapidamente. Já aos 19min, Elton recebeu na área e driblou Juninho, que derrubou o atacante vascaíno e acabou expulso. Sem substituições para fazer, o Juventude colocou o atacante Mendes no gol. Elton pediu a bola, mas Dorival Júnior mandou Carlos Alberto para a cobrança. O grande nome do jogo. Com tranquilidade, o capitão


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O capitão Carlos Alberto ergue a taça oficial da Série B do Brasileirão

bateu no canto esquerdo e correu para o abraço.A partir daí o Vasco diminuiu o ritmo e ficou aguardando o apito final do juiz. Só aos 35min, em chute do lateral Ramon que acertou a trave, o Vasco foi ameaçado. E terminou com os gritos de “o campeão voltou”.

10 de novembro Vasco x Campinense PB O zagueiro Fernando foi vetado e Vilson jogou em seu lugar. O juiz não deixou o Vasco jogar com a camisa comemorativa lançada por causa do retorno à Primeira Divisão. Os jogadores entraram em campo com o modelo, mas depois tiraram por considerá-lo parecido com o uniforme do Campinense. A partida começou quente. Em 15 minutos, o árbitro foi cercado três vezes pelos jogadores. Primeiro ao marcar uma falta na entrada da área a favor do Vasco. Os atletas do Campinense não se conformaram e foram para cima do juiz, que deu cartão amarelo apenas para o autor da infração: o zagueiro Kleber. Na cobrança, Nilton soltou a bomba mas desviou no caminho e passou com perigo por cima do travessão do goleiro Fabiano.

Aos 13 minutos, Adriano fez falta na lateral do campo em cima de Anderson Oliveira. O lance teria sido normal se logo depois o volante Allan, que também estava na disputa de bola, não tivesse pisado, de forma desleal, infantil e covarde no companheiro que estava caído no chão. André Luiz de Freitas Castro, de frente para o lance, expulsou o vascaíno. Nova confusão em campo. Dorival Júnior, no banco de reservas, só balançava a cabeça em reprovação à atitude de Allan. Logo depois de o jogo recomeçar, Ramon partia rápido para o contra-ataque e foi derrubado por Daniel. Os dois se enrolaram no chão e o pé do jogador do Campinense bateu na perna do vascaíno sem intenção. Começou então um enorme empurra-empurra no gramado, com os jogadores se ameaçando. O árbitro apenas observou e resolveu não punir ninguém. Com um jogador a menos, o Vasco recuou. O Campinense tentava chegar ao gol com chutes de fora da área. Apenas um, de Marcelinho, assustou. Mas Fernando Prass segurou firme a bola.

Aos 32 minutos, a situação melhoria para os cariocas. Após cruzamento na área, o zagueiro Vilson correu para dominar a bola e foi derrubado por Buick. Pênalti marcado pelo árbitro apesar das reclamações. Elton cobrou bem e deslocou o goleiro Fabiano. Vasco 1 a 0. Foi o 16º gol do atacante na Série B, que briga pela artilharia com Rafael Coelho. - Eu nem toquei nele no lance do pênalti. Ele se jogou e o juiz deu o pênalti - reclamou Buick, que ainda recebeu amarelo no lance. Logo depois do gol, Adriano arrancou e foi derrubado por Leandro Camilo quando entraria livre na área. Mas o árbitro deixou o lance seguir para a revolta dos vascaínos. Antes de terminar o primeiro tempo, o Campinense assustou com uma cabeçada de Edmundo para fora. Fernando Prass só ficou torcendo para a bola sair. E o intervalo veio em um bom momento. - O primeiro tempo foi muito nervoso porque o árbitro não soube conduzir bem o início da partida - disse o vascaíno Ramon. Os vascaínos voltaram para o segundo tempo já sabendo que não poderiam garantir o título da Série B nesta terça-feira por causa


50 | RESUMO DOS JOGOS – 2º TURNO da vitória do Guarani sobre o Ipatinga. Mesmo assim, o time carioca voltou animado. Logo no primeiro minuto, Elton deixou Adriano na cara do gol, mas o atacante furou talvez prejudicado pelo campo irregular. Aos 12 minutos, Carlos Alberto aproveitou cruzamento da direita e cabeceou para o gol. O árbitro assinalou impedimento e anulou o segundo gol vascaíno. O capitão cruzmaltino teve uma outra oportunidade aos 31 minutos, Ele bateu falta da entrada da área por cima do gol de Fabiano. No minuto seguinte, o Campinense teve uma ótima chance de igualar o marcador. Almir recebeu na entrada da área e chutou por cima do gol de Fernando Prass. Aos 33, Marcelinho Aguiar foi expulso por conta de uma falta dura em Nilton. O time paraíbano seguiu abusando das faltas e teve mais um atleta advertido com o cartão vermelho. Buick deu um pontapé em Carlos Alberto no meio-campo e foi para o vestiário mais cedo. Edmundo teve uma chance clara de empatar aos 42 minutos. O jogador entrou na área e chutou para fora. Na sequência do lance, o atacante deu um tranco em um vascaíno e acabou expulso. Com três a menos, o Campinense nada pôde fazer para mudar o panorama da partida. Nos acréscimos, Magno foi derrubado na área e o árbitro marcou pênalti. Ernani cobrou e despediçou. No fim, os vascaínos comemorarem mais uma vitória e a proximidade do título da Série B.

13 de novembro Vasco 2 x 1 América RN O jogo do título. A torcida vascaína lotou mais uma vez o Maracanã para ver o Vascão vencer por 2x1 o América RN e se consagrar Campeão da Série B do Campeonato Brasileiro de 2009. Um título muito esperado pelo torcedor vascaíno. Depois de ser rebaixado em 2008, o clube passou por uma mudança estrutural, política e não podia ser diferente, um ano novo, só de vitórias. O torcedor vascaíno começou 2009 com uma grande esperança, além de um novo presidente, o clube precisava de mais; precisava do título e do retorno a elite do futebol nacional. O bacalhau está de volta. A partida começou ruim. Desde o início, a equipe mostrou-se dispersa e sem capacidade para fazer a transição da defesa para o ataque. Dorival optou por escalar Ernani no lugar de Allan, suspenso. Aos nove minutos, Elton quase marcou. Aos poucos a equipe foi apostando na individualidade, e os erros proporcionavam contra-ataques.

Foi num deles que o América abriu o placar, aos 13 minutos, após jogada pelo lado esquerdo, Lúcio recebeu passe de Somália dentro da área, passou pela marcação de Titi e chutou no canto de Fernando Prass, fazendo 1 a 0. Apesar da apatia da equipe, a torcida do Vasco não se entregou, e logo incentivou, pedindo a virada. Mas a equipe não se mostrava contagiada pelas vozes da arquibancada. Do outro lado, o América se aproveitava dos erros do adversário e controlou sua vantagem até o intervalo. O Vasco voltou para o segundo tempo com Fumagalli no lugar de Ernani, e a mudança não demorou muito a fazer efeito. Logo aos 20 segundos, Fumagalli foi derrubado na área, e o árbitro marcou pênalti. O zagueiro Leonardo foi expulso. Mas Elton, que não é o batedor oficial, mas que depois da penúltima partida passou a ser o responsável pelas penalidades, visando a artilharia do campeonato, desperdiçou o chute e o goleiro Rodolfo voou em seu canto direito e impediu o empate. A partir de então, o clima de tensão tomou conta do Maracanã, dentro e fora do campo. Os jogadores do Vasco aparentavam nervosismo, se precipitando nos passes e chutes a gol. Mas não demorou muito para que o time da Colina tivesse uma outra grande oportunidade de empatar. Carlos Alberto, o grande nome do campeonato chamou a responsabilidade e, depois de arriscar uma jogada, foi derrubado dentro da área por Julio Terceiro e o árbitro assinalou pênalti. À beira do campo, o técnico Dorival Júnior gritava para que o capitão fosse o autor da cobrança, embora Elton tenha se apresentado. Mas Carlos Alberto, para dar moral ao companheiro conversou com o centroavante e abriu mão da função. Dessa vez, Elton optou pelo canto esquerdo de Rodolpho e igualou o marcador, aos 15 minutos. Festa nas arquibancadas ao som de “Élton é o terror”. O técnico Dorival Júnior, que já havia arriscado ao substituir o zagueiro Vilson por Philippe Coutinho, abriu muito mais o time trocando Fagner por Aloísio. Mas foi no momento que o jogo mostrava-se mais amarrado, um lance de habilidade individual resolveu. Alex Teixeira recebeu na entrada da área, deu um drible em seu marcador e chutou rasteiro. A bola andou lentamente e encontrou a rede do lado direito de Rodolpho. Era a virada vascaína, que garantiu o título da Série B e fez explodir o grito da torcida: “o campeão voltou!” Era o ápice de todo o trabalho da equipe. O Vasco não conquistara apenas o retorno a série A, mas o título de campeão.

21 de novembro Vasco x Portuguesa O dia era para ser de uma grande festa, pois a taça e a faixa de Campeão Brasileiro da Série B seriam entregues, mas o time do Vasco relaxou e não jogou bem, deixando a vitória escapar. O Maracanã recebeu um pouco mais de 26 mil pessoas para comemorar o título. O Vasco entrou mal no gramado do Maracanã. A equipe mostrava claramente um ritmo mais lento em relação às partidas anteriores, fazendo com a equipe pouco ameaçasse a Portuguesa. Enquanto isso a Portuguesa estava mais motivada, pois entrara em campo ainda com chances de subir para a Série A, o time paulista era quem buscava o ataque. Visivelmente desgastado, o Vasco apostava na troca de passes para chegar ao ataque, mas não mostrava articulação e coordenação suficientes para isso. A Portuguesa tentava imprimir velocidade nos contra-ataques. No entanto, encontrava dificuldades em vencer a defesa cruzmaltina. Diante de um jogo pouco movimentado, que deixou a torcida quase calada, o primeiro chute a gol do Vasco aconteceu aos 29 minutos do primeiro tempo, com Elton, que recebeu um passe de Fumagalli. Mas antes de chegar à meta de Muriel, a bola explodiu em Thiago Gomes. Em sua primeira partida pela Série B, Tiago apareceu bem em duas oportunidades, aos 37 e 42 minutos da primeira etapa. Na primeira, espalmou para fora um chute de Marco Antônio, de fora da área. Na segunda, mostrou reflexo numa tentativa de Héverton. No segundo tempo, o Vasco voltou ainda lento comemorando o retorno para a série A enquanto a Portuguesa lutava para garantir uma vaga na série A. E a Portuguesa apareceu e fez valer sua maior motivação. Aos 26 minutos abriu o placar num bonito lance de Fellype Gabriel. Ele recebeu dentro da área, passou por dois marcadores e, dentro da grande área, chutou para fazer 1 a 0. Com a desvantagem no placar o Vasco acelerou o ritmo investindo em jogadas pelas pontas. A torcida, assim como aconteceu durante todo o Brasileiro, procurou incentivar a equipe, gritando “é campeão”. No entanto, nem mesmo assim o time da casa conseguiu reunir forças para empatar. O jogo acabou com a invencibilidade de dois meses sem derrota.

28 de novembro Vasco 0 x 2 Ipatinga O último jogo do Vasco no Brasileirão era para ser diferente, mas o time não foi bem e o Vasco não conseguiu vencer o Ipatinga.


51 O jogo também foi a despedida de Dorival Junior no comando do time. O Ipatinga começou o jogo buscando a vitória desde o início, o time queria se livrar de vez as chances de ser rebaixado para a Série C. Falta de criatividade, toques laterais em excesso, sem qualquer objetividade, erros nos passes, poucos chutes a gol, defesa vulnerável. Mesmo com o título já conquistado na Série B, O Vasco entrou com um time misto e o clima de despedida, principalmente do técnico o Vasco nem assustava. Logo aos três minutos, o lateral Fágner roubou uma bola no meio-campo, avançou pela direita, tabelou com Adriano e bateu cruzado, para fora. Aos nove, em centro da esquerda, Fumagalli pulou mais alto que a defesa do time mineiro e testou para o chão. O primeiro lance do Ipatinga foi aos 13 minutos, justamente pelos dois jogadores mais esforçados e velozes. Começou pela esquerda, com Marinho Donizete, e foi concluída por Diego Silva, que pela direita, após jogada individual, bateu cruzado para fora. Os laterais Fágner e Pará se esforçavam em fazer boas jogadas ofensivas pelas laterais. Pelo meio, Fumagalli e Alex Teixeira procuravam municiar, sem sucesso, o atacante Elton, que brigava para se isolar na artilharia do campeonato e se separar de Rafael Coelho, também com 17 gols. O time só voltou a chutar a gol aos 36 minutos, quando Nilton cobrou uma falta com relativa força, mas nas mãos de João Carlos. A melhor jogada da equipe foi individual de Alex Teixeira, aos 43, quando entrou driblando e foi derrubado por Max, que fez falta dura e levou cartão amarelo. Aos 13 minutos do segundo tempo, Amílton aproveitou a bobeada de Rafael Morisco, roubou a bola pela direita e bateu sem defesa para Tiago: 1 a 0. Dorival Jr. mexeu no Vasco: pôs Robinho no lugar de Adriano, e o atacante, que luta para se manter no clube em 2010, cobrou falta rente ao travessão aos 22 minutos. Três minutos depois, Magno cometeu pênalti infantil em Amilton. Thiago Mathias cobrou com categoria, sem defesa para Thiago, e fez 2 a 0 para o Ipatinga aos 27 minutos, garantindo a permanência do Tigre na Série B. No fim do jogo, Elton ainda tentou marcar o gol, mas sem sucesso.

A taça da Série B


FOTOS MARCELO MOREIRA

52 | CRÔNICA DE UM VASCAÍNO


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O Almirante dos Mares Bravios e a Revolução da Torcida

POR FRANCISCO KRONEMBERGER MARTINS

S

entimento, a palavra mais dita, cantada e versada no ano de 2009, fiel representante da força transformadora que fez do Clube de Regatas Vasco da Gama um dos gigantes do futebol mundial. Um clube que carrega no nome a homenagem ao heróico navegador português, primeiro europeu a chegar à Índia cruzando o temível Cabo das Tormentas. Seguindo os passos do navegador que lhe dá nome, tantas foram as tormentas enfrentadas pela caravela cruzmaltina rumo às incontáveis glórias esportivas. A primeira delas, a vil perseguição da elite branca do football carioca, que queria proibir o clube de utilizar jogadores


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negros e de origem humilde no campeonato carioca. E aquele até então pequeno clube do subúrbio carioca, campeão estadual logo em seu ano de estréia na elite, mostrou que veio ao mundo não para participar, mas para ser protagonista. Fez de uma carta endereçada ao presidente da Associação Metropolitana de Esportes Atléticos um marco na democracia esportiva mundial. E consolidou as bases da popularização de um esporte até então restrito a uma elite preconceituosa. Graças ao Vasco, o football virou futebol e craques como Leônidas da Silva e Fausto, a Maravilha Negra, puderam brilhar na década de 30. Da luta cruzmaltina contra o preconceito fez-se o alicerce para o surgimento do

Rei Negro do Futebol Mundial, um menino mineiro de nome Édson, que, por uma doce coincidência (ou seria predestinação?) carregava no peito o amor ao clube da cruz de malta. A tormenta do preconceito era grande, mas não o suficiente para subjugar um destemido Vasco da Gama. E impuseram nova restrição: o clube não poderia disputar campeonatos por não possuir estádio. Uma tormenta quase intransponível. Como um clube de origem humilde conseguiria construir um estádio? Mas eis que uma força até então desconhecida ergue-se para conduzir o almirante a mais uma vitória. Sua já grande torcida se une, faz uma campanha

de arrecadação e em 1927 inaugura o maior estádio de futebol das Américas. São Januário tornou-se o símbolo da transformação do Vasco em um gigante do futebol brasileiro. Palco da seleção brasileira, dos principais eventos da então capital federal, dos discursos do presidente da República. Quis o destino que oito décadas após sua construção, São Januário testemunhasse uma grande tristeza para milhões de apaixonados torcedores. A caravela cruzmaltina rumou para o revolto mar da segunda divisão brasileira. Mas o que era motivo de revolta, dor, choro, transformou-se em redenção. Era preciso expurgar os pecados recentes, os


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desmandos, os males causados à imagem do clube. Era preciso reconstruir uma marca e mais que isso, reconstruir uma relação. O Vasco sempre foi da torcida, mas tinha deixado de ser. Passou a ter um dono, que se autoproclamava defensor dos interesses do clube, mas o conduzia por um oceano de dívidas rumo a um deserto de títulos. E no ano em que o maior ídolo da história do clube tornou-se seu presidente, os problemas deixados pelo antecessor e mal-conduzidos pelos inexperientes novos administradores, aliados a uma insana guerra política, rebaixaram o clube. E nesse cenário de ruína, a torcida vascaína retomou sua origem revolucionária.

Envolta em um sentimento de amor e entrega há muito não visto, abraçou a causa de reconduzir o clube a seu lugar de direito entre os grandes do futebol nacional. Levou a caravela nos ombros, inflou o brio dos jogadores, ferveu o Caldeirão, fez o Maior do Mundo parecer uma Bombonera em final de Libertadores. Recordes foram batidos, camisas do Vasco se proliferaram por todo o Brasil. O sentimento se aflorou e fortaleceu. Nunca parou. E a tormenta foi vencida. Hoje o maior ídolo vascaíno é o camisa 19, Carlos Alberto. Mas o principal jogador do time no ano, o responsável direto pela volta à elite, o camisa 10, sou eu. E você. E mais 15 milhões de apaixonados que fize-

ram o Vasco jogar em casa onde quer que o time fosse. E mostraram a todo o país a grandeza do clube e a força do sentimento que emana das arquibancadas. Sentimento esse que nos trouxe de volta. Mais fortes, mais unidos, mais apaixonados pelo glorioso Clube de Regatas Vasco da Gama. Clube que tal qual o bravo almirante, vence os mares mais bravios. E traz consigo a cruz, símbolo de redenção e de entrega. Que 2010 seja o ano da volta por cima. A torcida merece. Francisco Kronemberger Martins tem 28 anos é publicitário e especialista em Marketing.


56| VASCAÍNO IL USTRE

Eduardo Paes


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COMO TODOS SABEM O PREFEITO DO RIO DE JANEIRO, EDUARDO PAES, É UM GRANDE VASCAÍNO. A PAIXÃO PELO GIGANTE DA COLINA FOI HERANÇA DE SEU PAI, VASCAÍNO FANÁTICO. EDUARDO GOSTARIA DE PODER ACOMPANHAR MAIS DE PERTO SEU TIME DO CORAÇÃO, MAS O TRABALHO NA PREFEITURA O IMPOSSIBILITA DE ESTAR NOS ESTÁDIOS TORCENDO E INCENTIVANDO OS JOGADORES. PARA O PREFEITO O VASCO É UM TIME DE ELITE E NÃO PODERIA ESTAR DE FORA DA PRIMEIRA DIVISÃO.

Como veio a paixão pelo Vasco? É herança do meu pai, vascaíno fanático. Todos na família dele são tricolores, os irmãos, sobrinhos. Ele era o único vascaíno e me ensinou a amar o time, a torcer desde pequeno. A paixão que eu tenho é a mesma do meu pai. Como é a sua relação com o clube. O senhor vai aos jogos, frequenta São Januário? Antes eu ia mais, adoro estádio. É uma emoção sem igual ver o jogo de perto, vibrar com a torcida, estimular os jogadores. Mas depois que assumi a Prefeitura, as idas aos jogos ficaram comprometidas. São muitos compromissos com a cidade e acabo tendo pouco tempo para todo o resto. Morro de saudades. Nos relate um jogo histórico. Aquele que sempre quando conversa com amigos, o senhor lembra. Acho que todo vascaíno não esquece o Campeonato Carioca de 81. O Vasco tinha a missão impossível: precisava vencer o Flamengo por três jogos seguidos para ser o campeão. Era difícil acreditar que dava, porque o Flamengo vinha de uma ótima campanha, mas o time venceu a primeira partida por 2 a 1. Fomos para o segundo jogo no Maracanã torcendo, mas sabendo da pauleira. Chovia torrencialmente e as duas torcidas estavam em peso no Maraca. Foi uma festa linda, mas o gol não saía. Quando ninguém acreditava mais, aos 42 do segundo tempo, bola na grande área rubronegra, Amauri erra a cabeçada, mas a bola sobra na marca do pênalti. Chovia muito e ela parou ao invés de correr. Roberto Dinamite veio que nem um louco lá de trás e nem olhou, saiu chutando. A bola

entrou no gol que nem um foguete. Foi o gol da partida e a partida dos sonhos. O estádio quase veio abaixo. Lembro como se fosse hoje. Qual o seu ídolo vascaíno? Roberto Dinamite. Ele é o maior jogador do Vasco de todos os tempos. Nosso maior artilheiro. Foi um matador – o que mais fez gols na história do Brasileirão e do Campeonato Carioca. Trouxe as maiores alegrias para os vascaínos. Fomos cinco vezes campeões do Carioca com ele e pela primeira vez campeões brasileiros, em 1974, por causa dele também. Tenho enorme admiração e respeito pelo Dinamite, pelo jogador que foi e pelo amor que tem ao time. A série B foi um tormento para os vascaínos. Nunca se imaginou que pudéssemos viver isso. Como vascaíno, como o senhor avalia o ano de 2009? Foi um ano difícil. Quem gosta de ver seu time na segundona? Mas acho que o Vasco deu uma lição de humildade e de raça. Os jogadores, a comissão técnica e a torcida não deixaram a bola cair. O Vasco é time de elite, não pode estar fora da Primeira Divisão. Todos sabiam disso e acho que todos cumpriram com o seu dever. Ganhamos o campeonato e voltamos por cima, com moral e é isso que importa. Temos que olhar pra frente. Isso mexe com a autoestima dos jogadores e é uma felicidade para a torcida. Agora, precisamos marcar nossa volta com reforços e contratações de peso para fazermos uma campanha que não deixará dúvidas do nosso lugar no futebol brasileiro. Eu espero que essa retomada seja uma volta ao caminho das vitórias e dos títulos que todos os vascaínos desejam


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...com o nosso torcedor, nossos funcionários e se Deus quiser fazer do Vasco cada vez mais forte dentro do campo...


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Roberto Dinamite

PRESIDENTE DE FUTEBOL

F

omos ao encontro do Presidente Roberto Dinamite para testemunhar a sua felicidade com o título do Campeonato Brasileiro de 2009 e o encontramos junto ao Grande Benemérito Dr.Alberto Moutinho, que presidiu a histórica eleição de Roberto à presidência do Vasco junto de seu filho Manoel Moutinho, vice-presidente médico. Os três, com as famílias, comemoravam o título e nessa oportunidade, conversamos como nosso Presidente. Roberto, como foi o sentimento diferencial de ser campeão como jogador e campeão como presidente? Acho que foi um momento realmente muito especial nesta nova função como presidente junto com o trabalho coletivo de toda a equipe, departamento médico, departamento de futebol, financeiro e administrativo. Todos os setores do clube se uniram em prol do Vasco da Gama e acho que essa foi a grande conquista. Isso fez o Vasco mais forr te, mais unido, mais humano. E fico feliz por isso, não foi só a conquista dentro do campo, foi essa conquista fora dele que fez o Vasco se tornar mais forte. Eu como jogador e agora como presidente fico muito honrado de estar participando desse momento. Dr. Alberto, o senhor que presidiu a Assembléia Geral, na histórica reunião, que elegeu Roberto Dinamite presidente do Vasco, como se sente hoje com a conquista do Campeonato Brasileiro a conseqüente recondução do nosso clube à série A do Brasileirão? Eu sempre confiei no Roberto. Confiei e confio.Confiei desde os tempos em que ele jogava, pois sabia que a qualquer momento ele decidiria com um gol, uma jogada genial a vitória do nosso Vasco(confiava no jogador) e confio agora (no dirigente), pois tenho certeza que a administração sob o seu comando ainda dará muito mais alegrias à todos os vascaínos. Dr Manoel Moutinho, o senhor como vicepresidente médico do clube, como definiria

as maiores dificuldades na área médica enfrentadas nesse brasileirão ? Bem ... eu sabia que a partir da formação de um grupo de profissionais que possuíssem a competência necessária,a experiência e a vontade de vencer,eles superariam todos os obstáculos que se apresentassem, tudo seria mais fácil. De antemão, sabíamos a série B do Brasile era uma compet extremamente difíc dura. A estatística vinha mostrando a dos que as constan viagens, algumas c intervalos de some três dias e jogos extrema dificulda ”de pegada” e ao de todos teriam u só objetivo, derro o grande Vasco d Gama, iria nos lev a uma árdua tare para a manutençã da integridade físic dos jogadores, re cuperação e desen volvimento da pe formance atlética d modo a permitir du rante toda a compe tição a necessária competitividade que nos levaria à vitóri Foi duro! Como o senhor formou a equipe médica para trabalhar na manutenção da saúde dos jogadores. Fazendo com que o Dorival pudesse contar com todos durante a competição? Tínhamos o setor de “fisiologia aplicada ao esporte” que mantinha os jogadores sob constante controle e nos permitia adequar a carga de trabalho; a nutrição que acompanhou desde os primeiros dias, na prétemporada lá em Vila Velha (ES); o grupo de fisioterapeutas que foi incansável no traba-


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lho diuturno e os meus médico que souberam desenvolver com maestria, sob a direção de Cló vis Munhoz toda a sua profic ência médica. Realmente eu f privilegiado de contar com tod esse grupo. Me furto de nomin todos para não me esquecer justamente de nenhum nom Citando o Clóvis homenageio agradeço a toda a minha eq pe pela dedicação e lealdade Vasco da Gama ! Roberto, você sempre foi muito querido, ovacionado pela torcida do Vasco. Você esperava como presidente, essa massa, esse apoio irrestrito ao seu nome. Essa confiabilidade que você conseguiu unir todas as facções de torcida do Vasco para chegar ao campeonato brasileiro? Nunca imaginava que tal coisa viesse acontecer. Tudo isso é fruto de um trabalho que aconteceu lá trás. O Dr. Alberto Moutinho foi fundamental para que a gente pudesse hoje estar aqui fazendo do Vasco essa grande família. O retorno dessa relação de respeito, carinho e de vitória que sempre foi o nosso desejo. Realmente eu não poderia imaginar essa aproximação, essa identificação e fico muito grato por isso. Quais são os planos do Vasco para 2010? Fortalecer mais do que nunca essa relação entre as pessoas, o nosso dia a dia, com o clube, com o nosso torcedor, nossos funcionários e se Deus quiser fazer do Vasco cada vez mais forte dentro do campo, buscando a colaboração de cada setor. O Vasco só vai se tornar mais forte ainda a partir do momento que isso passar acontecer em 2010 e conto com a colaboração do Dr. Alberto e do Dr. Manoel Moutinho e de sua equipe. Queremos fazer um Vasco vencedor em todos os caminhos e em todos os espaços, principalmente dentro do coração de cada um de nós. Gostaria de agradecer ao amigo Manoel Moutinho tudo o que ele vem fazendo, tem feito e o que vai fazer ainda pelo Vasco, principalmente no ano de 2010.

AL SPECIA E O T N E IM C E D A R AG AO NOSSO GRANDE BENEMÉRITO DR. ALBERTO MOUTINHO QUE CONSEGUIU DIANTE DE TANTOS PROBLEMAS E EMPECILHOS COMANDAR AS NOVAS ELEIÇÕES VASCAÍNAS. SÓ MESMO UMA PESSOA ÍNTEGRA, HONESTA, RESPEITADA, E JUSTA CONSEGUIRIA VENCER AS BARREIRAS E DAR AO VASCO A OPORTUNIDADE DO CRESCIMENTO, DO RESSURGIMENTO E DO RESGATE A ESSÊNCIA DO VERDADEIRO AMOR AO FUTEBOL. AGORA O VASCAÍNO SE ORGULHA DE SUA DIRETORIA E TEM CERTEZA QUE LÁ TEM PESSOAS HONESTAS TRABALHANDO PELO MELHOR DO VASCO.

Dr. Manoel Moutinho recebendo a faixa de campeão da série B


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Rodrigo g Caetano

DIRETOR-EXECUTIVO DE FUTEBOL

R

odrigo Vila Verde Caetano, 39 anos, trabalha como diretor executivo desde 2003. Rodrigo começou como superintendente de futebol do R. S. Futebol; em 2005 foi trabalhar no Grêmio nas categorias de base e em 2007 foi para o futebol profissional. O reconhecimento de seu trabalho trouxe a proposta de formar uma equipe forte e sólida para disputar a Série B do Campeonato Brasileiro de 2009 pelo Club de Regatas Vasco da Gama. Segundo Rodrigo, depois de dez meses de trabalho, tem certeza de que fez a escolha certa. “O Vasco é um grande clube e o ano de 2009 vai entrar para a história do clube”. Como chegou no Vasco? Recebi o convite do Sr. Mandarino e posteriormente do Roberto Dinamite e aceitei fazer parte dessa reestrutura. Essas pessoas me fizeram tomar esta decisão de mudar o meu plano de vida e de carreira. Fui muito bem recebido e tenho certeza que tomei a decisão correta. São dez meses que parecem dez anos. Não é fácil você fazer um convite de trabalho na posição que o Vasco estava. E todos os jogadores que hoje estão devem ser reconhecidos e exaltados, que estão passando por este momento difícil, participando de uma competição que o único lugar que se pode chegar é ao título. Pelo tamanho e pela grandeza que o Vasco você tem que ser o primeiro. Esses atletas tiveram a nítida noção disso e assumiram essa responsabilidade. Para mim o grande desafio foi a reestruturação do ano de 2009. Por mais que eu olhe para frente e que tenhamos competições contra adversários mais qualificados, o marco zero de 2009 já passou. Ou seja, vamos ter que fazer ajustes, melhores. É um ano que vai entrar para a história do clube. De dever cumprido. Como escolheu os jogadores? Carlos Alberto foi um jogador chave? Quando ele chegou, ele sinalizou algo diferente para o torcedor. Ninguém consegue construir uma equipe vencedora se não tiver ídolos no qual o torcedor não se identifique.

Foi uma decisão muito bem sucedida pela presidência d clube que vislumbraram es grande oportunidade. Ma uma montagem do elenco nã se resume só isso. Você prec sa de uma base que o Vasc não tinha e um percentual p queno de apostas que dera certo como Ramon, Nilton Elton. Essa prospecção e ca tação de jogadores que ain não estão consagrados, hoje em dia, é a única situação que permite no cenário nacional. Adquirir, emprestar jogadores que ainda não atingiram o nível de reconhecimento como os demais. Um número pequeno de jogadores já consagrados com foco neste investimento; ter um espaço reservado jovens atletas oriundos das divisões de base e somando, é claro, a esta base que temos que seja cada vez menos alterada. Tendo espaço para esses perfis de atletas, o somatório disso pode-se traduzir numa equipe vencedora. É isso que o Vasco conseguiu em 2009 e espero que a gente tenha êxito em 2010. O Vasco investiu na sua categoria de base? No departamento de futebol não existe a separação entre o futebol profissional e o futebol de base. Claro que em 2009 tivemos que priorizar aquilo que era questão de sobrevivência do clube, fazer o Vasco retornar para a Série A. O Vasco aonde entrar tem que mirar o título. O trabalho das divisões de base é um trabalho integrado. Nós vamos procurar aprimorar mais com o passar dos anos. O Vasco sempre foi um celeiro de craques. Temos que investir mais nisso, também em metodologia e infraestrutura para que tenhamos esse abastecimento na equipe profissional. Esses sairão e temos que ter outros atletas para ocupar o espaço na montagem do nosso elenco. Como você essa evolução do Vasco fora de campo? É uma grande responsabilidade estar à frente do departamento de futebol profis-

sional do clube. O Vasco tem uma característica de receber muito bem as pessoas. Sinto uma satisfação enorme em trabalhar no clube. E eu vejo isso no torcedor, uma manifestação de reconhecimento do trabalho, em tom de agradecimento. E isso não tem preço que pague. Por isso que estamos cada vez mais motivados. E esse torr cedor mesmo possa entender a dificuldade, a dimensão que é ter um título nacional de campeão da série B. vai ficar para a história. Só nós e nossos torcedores sabemos como vai ser comemorado esse título. E projetos para 2010? O Vasco tem que formar o seu elenco, montar a sua base. Formar um elenco competitivo, com o perfil como foi feito esse ano. Com atletas comprometidos com o clube, atletas que muitas vezes não virão para dar espetáculos, mas para jogar bravamente pelo clube e temos que buscar de todas as formas uma das vagas para a Libertadores de 2011. Temos que ter um compromisso com o orçamento destinado ao departamento de futebol, buscando a melhoria da infraestrutura física que é sinônimo de ferramenta de trabalho para nossos atletas. O sentimento não pára? Não. Não vai para não. Temos que ter os pés no chão e torcedor também tem. Que o Vasco passa por um processo. Não podemos interromper essas etapas ou pular essas etapas sob pena de termos problemas. Essa reconstrução tem que ser sólida, então, vamos sempre mirar em atletas que têm perfil competitivo.


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José Hamilton Mandarino de Mello

VICE - PRESIDENTE DE FUTEBOL

J

osé H amilton Mandarino eleito 2º vice-presidente em junho de 2008, ocupa o cargo de vice-presidente de futebol do Vasco da Gama. Um dos responsáveis pela nova estrutura do futebol vascaíno, afirma que o Vasco está passando por uma reconstrução moral, ética, profissional e de respeito mútuo. Para ele o pacto de fidelidade feito com os torcedores vascaínos, o relacionamento de honestidade e integridade da diretoria com o clube e o comando exemplar de Roberto Dinamite vai trazer uma Nova Era ao Vasco da Gama. A nova estrutura do Vasco com a chegada do Dinamite: Eu costumo dizer que o meu ingresso no futebol foi rigorosamente atendendo a um chamado do coração. Nós vascaínos vivíamos de longo tempo uma frustração muito grande pela forma com que era conduzido o clube. Um clube de tradições seculares de democracia, de participação da sociedade, de um apelo popular imenso... e estava se tornando num dos clubes mais impopulares e mais antipatizados do Brasil inteiro. Além de ser uma situação que era exemplo no Brasil daquilo que não deveria se fazer. Isso aí, em todos nós vascaínos, foi se transformando numa frustração muito grande. E em um dado momento estimulado, sem dúvida alguma, sob a presença do Roberto Dii namite, ele é um ídolo de extraordinário apelo, de um carisma ímpar. Ele é uma pessoa em que revela o carisma sem pronunciar uma palavra. E a atitude de acolhimento, de atenção, e de atitude de carinho que ele está sempre disposto a transmitir a quem quer que seja, me animou a esse engajamento político maior. E esse engajamento foi crescendo... Esse movimento não era contra ninguém e nunca foi contra ninguém, era a favor do Vasco. Eu não tenho dúvida em afirmar, que o Vasco corria o sério risco de não ter mais nenhuma chance de se recuperar. Isso era flagrante. E atendendo ao apelo de alguns componentes do clube eu aceitei a compor a chapa junto com o Roberto Dinamite. Eu jamais tinha tido participação no clube. Eu era sócio meramente pelo prazer de ter uma carteira de sócio, razão puramente afetiva. Quando vencemos o processo eleitoral nos deparamos com um quadro de extrema dificull

dade. As dificuldades que imaginávamos que clube pudesse ter, eram muito maiores, desde o recurso financeiro até o meio de trabalho mais elementar. Nada disso existia dentro do Vasco. As coisas eram feitas de maneira rudimentar, retratando uma era de autoritarismo desarcebado e uma incapacidade de gestão do clube muito grande. Quando o clube foi rebaixado para a série B do Campeonato Brasileiro, vimos que teríamos pela frente uma tarefa gigantesca e decidimos que alguém deveria cuidar do futebol. Fui designado a ocupar a vice-presidência de futebol do clube. O Vasco tinha sido reduzido a sete jogadores. Diante disse eu tive duas prioridades, dentro de uma visão de princípios: o trabalho profissional que exige capacidade profissional tem que se realizado por profissionais. Esse dublê de dirigente-profissional não interessa, porque geralmente esse dublê tem uma segunda intenção. No Vasco não tenho nenhum projeto pessoal. Quero contribuir para que a instituição se fortaleça e se perpetue definitivamente. E naquele momento precisávamos criar um grupo de profissionais no futebol do Vasco, tanto no que diz respeito na direção executiva do futebol, quanto ao treinador. Porque são pessoas que confeririam num momento de vazio, num momento de angústias, de frustações e incertezas, um grau de credibilidade. Que os vascaínos ganhassem um sopro de confiança e esperança. Então, fomos procurar um treinador que pudesse ter suficiente estatura moral, profissional, que fosse revelado e valorizado pelo trabalho e fomos procurar um diretor executivo que pudesse consolidar a cabeça dessa estrutura, daí surgiram os nomes de Dorival Junior e Rodrigo Caetano. A partir daí, constituímos um novo grupo, sempre com o objetivo de não apenas dar destaque ao valor individual de cada um, e avaliá-los pelo valor individual, mas que eles nos pudessem nos trazer no aspecto coletivo. Eu tenho como um dos princípios na vida que podemos ter uma excelência individual, mas as grandes conquistas são arrebatas, são ganhas pelo coletivo, pelo peso que representa o grupo. Nós individualmente somos muito pouco, mas quando nós nos somamos nos tornamos muito fortes. Esse foi um princípio que buscamos, respeitar

sempre a formação desse plantéo que representa a série B. É um trabalho que contempla o profissionalismo e a necessidade de contarmos com uma equipe que seja solidária, que seja leal aos objetivos do clube e naturalmente competência suficiente em campo, para enfim, ganhar as partidas e como felizmente isso aconteceu. Troca de experiência com o Corinthians: Eu conversei muito com duas pessoas com quem mantenho um relacionamento muito bom Andrés Sanches e Luiz Paulo Rosemberg, vice-presidente de marketing do Corinthians. Uma das coisas que ouvi e procurei respeitar bastante, foi uma colocação feita pelo Andrés, e me voltando até contra a opinião de algumas pessoas do clube, que nós tínhamos que fazer um grande pacto com a torcida do Vasco. Um pacto de fidelidade, de respeito recíproco, esse contingente de pessoas somaria decisivamente para que nós vencêssemos os obstáculos que viriam pela frente. E isso nós fizemos decididamente. Nós temos hoje uma relação de respeito, a torcida participa, sabe das ações que tomamos, conhece as razões das medidas tomadas. Esse pacto esta nas arquibancadas, nos estádios, nas ruas. Essa troca foi em cima de aspectos que eles vivenciaram e a opinião foi muito útil. A situação do Vasco hoje? A capacidade da destruição é muito maior do que a de construção. Na realidade, dentro desse nosso processo, essa reconstrução institucional, moral, ética, profissional, ela é lenta. Ainda mais quando você se depara com meios de recursos pobres, limitados. Temos tido dificuldades nessa reconstrução. Quando chegamos não encontramos documentos, informações relevantes e nem contratos. Recebemos informações de que tudo era concentrado na presidência e que ninguém tinha conhecimento de nada. São dificuldades em termo de gestão.... agudas. Mas acho que com seriedade, com o trabalho solidário que hoje se tem na direção do clube, pouco a pouco vamos avançando. Como é ter o grande ídolo como presidente do clube?


É efeito demonstração. O mau exemplo e o bom exemplo se multiplicam. O bom exemplo se multiplica em bons comportamentos. Hoje há uma consciência que umas tantas práticas devem ser definitivamente eliminadas e outras tantas práticas devem ser inseridas como rotina do clube. A imagem do Roberto, as atitudes dele, a forma desprendida, correta, séria que pu blicamente assume, são ferramenta indispensáveis para o sucesso d trabalho. A nossa gestão está pau tada nisso. Não fizemos mais ness tempo porque foi impossível fazer. Como o clube está vivenciando esse momento mágico de retorno a série A. A série B do Campeonato Bra leiro se revelou num campeonato extrema dificuldade. O Carlos Alber que já jogou praticamente todos campeonatos, declarou que nun viu um grau de dificuldade maior esse que está vivendo na série B forma dura como a série B é joga As equipes adversárias entram campo para não deixar o Vasco jo É um campeonato muito pegado. tarefa de ganhar a série B é uma ta de alto grau de dificuldade. Só te razões para estarmos muito felizes exaltar esse feito nosso. Feito de to cada qual dando ali o seu pedaç sua parcela e naturalmente nos cionando com lealdade, solidaried com respeito, com uma visão co muito grande. Programa o Vasco é meu: Nós forjamos um novo ciclo de são a esse programa. Esse prog tem dois aspectos. O primeiro é re nado ao fato inacreditável que um popular e com as origens e raízes d co tivesse apenas 900 associados atestado da incapacidade adminis da incompetência, do desmando, de zelo que tinham com o clube. A mos a um clamor público de pesso queriam ser sócias do Vasco e não ser. E outro lado de restabelecimen tro do novo pacto firmado de nov ções do grande público com o Va Vasco não é de ninguém; é seu, é nosso. É um principio que devem firmemente. Iniciamos esse novo c o bom desempenho na série B q rá aumentar tanto de torcedores va que estabelecem uma relação de de, como também o número de só tatutários do clube.


64| PROMESSAS VASCAÍNAS

As rga and ndes es rpo om mes ess sas OV VASCO DA GAMA SEMPRE FOI UM CELEIRO DE CRAQUES. DE UNS ANOS PARA CÁ ESTAVA T PERDENDO ESTA T FUNÇ Ã OA ATÉR OBERTO DINAMITE ASSUMIR A PRESIDÊNCIA E INCENTIVAR O TRABALHO NA CAT A EG OR IA DE BASE DO FUTEBOL. O VASCO V EM 20 0 9 VOLTOU A INVESTIR NO FUTEBOL AMADOR E CRAQUES COMO ALAN KAR K DEC,AL EX TEIXEIRA, SOUZA,PHILLI PE COUTINHO DESPONTARAM T NO FUTEBOL PROFISSIONAL E NA SELEÇ Ã O BRASILEIRA. CONHEÇA ALGUNS TA T LENTOS DO CLUBE DA COLINA.


65 RAFAEL COUTINHO gou ao Vasco em 2002. Goleiro do time de Júnior do Vasco não começou no gol. Rafael treinava como atacante em uma escolinha e por acaso um dia achou uma roupa de goleiro no armário do irmão. A partir daí não tirou mais as luvas e a blusa de goleiro. Está em seu primeiro ano como Júnior do Vasco da Gama, ainda não jogou no time principal, mas tem esperança de em 2010 ter a oportunidade de mostrar seu futebol. Se orgulha de ter o seu grande ídolo, Roberto Dinamite, como presidente do clube. Para ele é muito importante poder usufruir do contato com grandes jogadores como Carlos Alberto e Fernando Prass. No Estadual de 2009 esteve como reserva em novo jogos.

G GILH ERME Guilherme Costa Machado Silveira, nasceu no Rio de Janeiro, 1994. Criado no bairro de Inhaúma, zona norte do Rio, Guilherme começou a jogar bola aos quatro anos, na Escolinha de Futebol Rio Sport Center, com 10 anos fez teste para jogar no Flamengo, passou mas não quis ficar. A Escolinha acabou transformandose no Estácio de Sá onde chegou a disputar parte do campeonato Mirim de 2006 mesmo tendo um ano a menos. Foi indicado ao Vasco pelo seu o treinador de Goleiros do clube. Em 2006 foi Campeão pelo Vasco do Estadual Sub-12. Já no Mirim conquistou o Estadual de forma invicta e Guilherme foi o vice-artilheiro com 29 gols. Neste mesmo ano foi também campeão da Macaé Cup, o Meia terminou a temporada com 44 gols assinalados. Em 2008, no Infantil, foi artilheiro da equipe com 22 gols e o que é melhor, garantindo a titularidade durante o ano. Guilherme é um jogador diferenciado, moderno, que sabe marcar e pode atuar como meia armador e como atacante. Tem excelente cabeceio, sabe trabalhar bem com as duas pernas, e é exímio cobrador de faltas e pênaltis. Inteligente e disciplinado, Guilherme é um jogador completo e com certeza dará muitas alegrias no futuro. Sua estréia na Seleção Brasileira aconteceu em 2008 e da lá para cá já foi convocado mais sete vezes.

CAIO O jovem Caio, carioca de Duas Barras, 13 anos é o capitão da equipe campeã da Taça Guanabara 2009 do Mirim e vem chamando a atenção de todos. O volante atuou em 17 partidas das 18 disputadas, é o jogador que mais roubou bola em toda a competição e na maioria das vezes sem falta, já que nunca recebeu sequer um cartão amarelo, muito menos um vermelho. Caio chegou ao Vasco em 2007. Seu primeiro título veio em 2007 no pré-mirim, com a Copa Unimed e no ano seguinte a Copa Light. Neste ano, o russinho faturou o título do Estadual.


FOTO MARCELO MOREIRA




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