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ANO 12 | mai/jun | 16
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crise espiritual O evangelismo está em apuros. E não é por causa de dinheiro. Cristãos mornos deixam de cumprir seu papel e causam um buraco no foco missionário da Igreja. Saiba como interromper esse cenário e vencer a mediocridade cristã
Impacto esperança
crise: dá para investir?
dízimo das redes sociais
“Eu era perdido”
Acontece em maio o maior projeto anual missionário da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Confira
Saiba se o momento atual da economia é propício para grandes investimentos
É possível dedicar a Deus a décima parte do tempo que navegamos na WEB? Descubra
Inspire-se na história de um exfuncionário do SBT que mudou de vida após conhecer Deus
sumário
maio junho 2016 12 Entrevista
Felipe Lemos, Assessor de Comunicação da Igreja Adventista fala sobre seu trabalho e a importância de sua profissão para a denominação
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O projeto “Impacto Esperança” distribuiu milhares de livros missionários nos lares de oito países sul-americanos. Saiba mais
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Preparamos 14 dicas para que você seja um “cara” legal e conquiste o sucesso por meio de uma personalidade carismática
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A falta de compromisso de muitos cristãos está levando o evangelismo à crise. Veja como é possível vencer a mornidão espiritual
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Construir uma carreira profissional ou uma família? Pode ser os dois? Confira como está sendo formada a nova geração feminina
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seções 10 editorial 20 família 22 empreendedor 28 on-line 44 jovem 47 notícias 56 Aconteceu comigo 58 reflexão
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editorial
Força de vontade O Facebook talvez seja a rede social
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mais conhecida e acessada em todo o mundo. Nela você vê o que seus amigos estão fazendo, posta fotos, vídeos, comentários e interage com qualquer pessoa, de qualquer lugar, a qualquer distância. A rede social, além de disponibilizar um serviço de bate-papo, também permite que haja uma videoconferência entre duas pessoas. Além de todas as facilidades de comunicação que o Facebook trouxe, inovou com mais uma: a possibilidade de fazer trocas, vendas e compras através dos grupos. Se você fizer uma busca rápida, vai encontrar milhares de grupos de desapego, em que as pessoas vendem produtos e serviços, novos ou usados, mais barato. Além desse tipo de negociação, os grupos também funcionam como verdadeiros informantes. Se determinado
produto está em oferta em algum supermercado regionalmente conhecido, a pessoa tira uma foto e posta no grupo, informando a todos. O produto mais anunciado são as fraldas descartáveis infantis. Assim, a pessoa que viu a promoção anuncia no grupo para que outras também sejam beneficiadas com a economia que poderão fazer. Esse cenário me fez refletir em algo relacionado à vida espiritual. Se nos grupos de desapego as pessoas anunciam sobre aquilo que fizeram bem a elas para que outras desfrutem da mesma oportunidade, por que nós, cristãos, não fazemos o mesmo com o evangelho? Se sabemos que transformou a nossa vida, é único e fará bem a outras pessoas, por que não nos disponibilizamos para contar aos quatro cantos do mundo? O que nos impede de realizar o trabalho de Deus? A matéria de capa desta edição trata exatamente deste assunto. Os cristãos hipócritas e preguiçosos espirituais estão fazendo com que o evangelho sofra uma crise. Não por falta de recursos, mas por falta de gente comprometida com Jesus, que sonhe em abreviar a Sua volta fazendo o trabalho que os próprios anjos gostariam de fazer. Espero que ao ler essa matéria você reconheça essa fraqueza, caso seja realidade em sua vida, e se inspire a mudar o rumo de sua história. Que Deus lhe dê forças para prosseguir de forma diferente, a fim de conquistar mais pessoas para Cristo. Maranata!
Diretor Executivo marcelo@seveneditora.com.br
des ta quese Ano 12 Mar/Abr 2016
Que belíssimo trabalho a União Leste Brasileira (ULB) está fazendo! Construir mil igrejas em cinco anos não é para qualquer um. Que Deus abençoe esse projeto incrível da Igreja Adventista. Ivan Lelis, atendente de telemarketing Na última edição, a seção Igreja abordou sobre o projeto “10 Dias de Oração e 10 Horas de Jejum”. Eu participei e confesso que senti a mão de Deus guiar a minha vida de forma muito mais intensa. Joana de Paula diarista Realmente estamos errando muito feio quando deixamos de lado o Culto Familiar, tema da seção Família. Precisamos voltar às origens e dar mais importância a isso. Devemos nos lembrar sempre das bênçãos desses momentos juntos. Rafael Amaral advogado A matéria de capa trouxe à tona um assunto importantíssimo: nossa fidelidade a Deus em meio às adversidades. Precisamos ser leais frente a qualquer dificuldade, e seremos honrados por isso, afinal, Deus jamais vai desamparar Seus filhos. Irene Saraiva contadora
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entrevista Felipe Lemos
Por Vanessa Moraes
Prontidão para o serviço J
Assessor de Comunicação expõe a importância de sua área profissional para a Igreja
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ornalista, especialista em marketing, autor de crônicas e artigos diversos, Felipe Lemos é o atual gerente da Assessoria de Comunicação da sede sulamericana da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Natural de Montenegro, Rio Grande do Sul, formou-se em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul), em 2004. Em 2008, concluiu sua Especialização Lato Sensu em Marketing Estratégico, também pela Unisul, e neste ano finalizou um MBA em Comunicação Corporativa pelo Centro Universitário Adventista de São Paulo (Unasp), campus Engenheiro Coelho. Atualmente, Lemos é aluno especial do Mestrado de Comunicação da Universidade Católica de Brasília (UCB). O jornalista trabalhou durante cinco anos como repórter, fotógrafo, subeditor e pauteiro em jornais no Rio Grande do Sul. Além disso, foi noticiarista e produtor por outros cinco anos na Rádio Novo Tempo de Florianópolis, em Santa Catarina. Atuou durante cinco anos com comunicação corporativa (assessoria de imprensa) na agência Del Mondo Estratégias de Comunicação. Casado com a psicóloga Joseane Cordazzo de Lemos, com quem tem uma filha, Gabriela, Lemos possui basicamente dois hobbies: escrever crônicas e praticar esportes, como vôlei e futebol. Felipe, você é assessor de comunicação da Igreja Adventista do Sétimo Dia para a América do Sul. Em que consiste seu trabalho? Como é sua rotina na DSA?
arquivo pessoal
“Tenho me envolvido em discussões, reuniões e seminários que podem nos ajudar a saber agir com maior eficiência e eficácia”
entrevista
Quando você decidiu trabalhar para a Igreja, certamente sabia que poderia enfrentar desafios relacionados à crise de imagem e de opinião pública, como qualquer instituição pode sofrer, seja religiosa ou não. Como você lidou com isso? Houve alguma preocupação? Sempre soube disso e sei que é uma área delicada. Mas compreendo, ao mesmo tempo, que é um prazer poder servir nessa área estratégica e que envolve lidar com situações que podem criar algum tipo de problema para a imagem ou reputação da Igreja em nosso território. Eu me preocupo bastante e diariamente com o assunto, por isso tenho me envolvido em discussões, reuniões e seminários que podem nos ajudar a saber agir com maior eficiência e eficácia em relação a esse assunto.
Qual é a importância da comunicação para a Igreja? A comunicação organizacional ou corporativa é vital para qualquer organização em que seres vivos estáo envolvidos. E não poderia ser diferente no caso de uma Igreja mundial como a nossa, que tem como missão expandir seus ensinos (que consideramos bíblicos) para o maior número possível de pessoas ao redor do mundo. A atuação estratégica comunicacional é fundamental por três razões: 1) Faz parte do cumprimento da missão da própria Igreja Adventista. 2) É mais inteligente porque utiliza as diferentes ferramentas de uma forma organizada para se alcançar com maior facilidade os objetivos de levar o conteúdo a diferentes públicos. 3) Valoriza os profissionais dessa área e as pessoas que se dedicam a estudar mais a comunicação. Existem pessoas que não acreditam na religião porque sempre ouviram que igrejas e pastores servem para “extorquir” dinheiro. Como a comunicação da Igreja pode trabalhar para desmistificar essa crença para esse nicho? Comunicação estratégica serve exatamente para fazer com que uma organização se faça ser compreendida pelos seus públicos. E isso envolve uma Igreja. No caso da Igreja Adventista, para contribuir com essa desmistificação da ideia de “igrejas só existem para extorquir dinheiro”, temos trabalhado por pelo menos alguns meios: 1) Aumentar a divulgação de informações a respeito de ações, programas e projetos que mostrem a Igreja sendo relevante à sociedade. 2)
Dar a máxima transparência para o uso dos recursos de dízimos e ofertas e, também, informar qual é o conceito da Igreja sobre fidelidade e uso dos recursos financeiros. Creio firmemente que a melhor forma de evitar equívocos a respeito de uma organização é que ela crie mecanismos de comunicação capazes de fazer com que a percepção das pessoas seja a mais próxima daquilo que a própria organização espera. Que dicas você dá para aspirantes a comunicadores que queiram trabalhar na obra? Bem, tenho três dicas: 1) Seja um profissional de excelência ou busque ser um profissional de excelência. Trabalhar em instituições adventistas é um privilégio e uma responsabilidade como trabalhar em qualquer outro lugar. 2) A Igreja precisa de gente comprometida, dedicada e confiável no trabalho comunicacional. Que saiba equilibrar ousadia e criatividade com prudência e consistência no trabalho. 3) Todos os lugares são desafiadores e isso não exclui a Igreja Adventista e suas instituições. Não é o lugar mais difícil para se trabalhar, mas também não é o mais fácil. Nossa atitude é que vai contar muito. Deixe uma mensagem para os leitores da revista Mais Destaque. Que colaborem com a obra comunicacional cristã e adventista compartilhando conteúdos de qualidade, criando materiais que edificam a vida das outras pessoas e orando por quem participa das decisões estratégicas comunicacionais.
“A Igreja precisa de gente comprometida, dedicada e confiável no trabalho comunicacional. Que saiba equilibrar ousadia e criatividade com prudência e consistência no trabalho” arquivo pessoal
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Eu sou gerente da Assessoria de Comunicação da Igreja para a América do Sul desde setembro de 2009. Meu trabalho consiste, portanto, em coordenar tecnicamente o trabalho desse departamento que envolve basicamente quatro áreas de atuação: coordenação da Agência Adventista Sul-Americana de Notícias (ASN), que engloba notícias, artigos opinativos e elaboração semanal do noticiário em vídeo ASNTV, coordenação geral das estratégias de assessoria de imprensa institucional, produção de alguns materiais impressos da sede sul-americana como Revista Família Esperança, Revista Quebrando o Silêncio e Revista da AFAM e coordenação das estratégias comunicacionais de gerenciamento de crises de imagem institucional. Minha rotina é a de avaliar junto com a equipe aqui da sede (outros três colegas) diariamente, semanalmente e mensalmente as metas que nos propusemos a colocar para tornar nosso trabalho mais fácil de ser avaliado e obter os resultados esperados. Também tenho em minha rotina atividades administrativas (reunião com departamentais, administradores da DSA) e viagens para palestras sobre assuntos ligados à nossa área nas uniões, campos e instituições.
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Impacto Esperança Jovem aceita a Cristo e decide fazer teologia depois de ler livros de projeto missionário Por Silaine Bohry
divulgação
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projeto “Impacto Esperança” estimula a leitura de livros com temas bíblicos variados, que são capazes de mudar a vida do leitor. Foi criado em 2008 pela Igreja Adventista na América do Sul e desde então tem mobilizado os mais de dois milhões de fiéis adventistas no território sulamericano, com mais de 200 milhões de livros e revistas entregues. Essa semente de esperança chegou à casa de Lucas Fávero, em Ubiratã, no oeste do Paraná, por meio de um primo que é pastor adventista. Em 2007 e 2008, o familiar entregou dois livros missionários ao pai de Lucas: “Os Dez Mandamentos” e “Esperança para Viver”. Como o pai era muito ocupado com o trabalho, guardou os livros no fundo de uma gaveta e não demonstrou nenhum interesse. Tempos depois, entre os 12 e os 13 anos, Lucas descobriu os exemplares, e hoje diz que inicialmente se interessou apenas pelas capas atrativas. Ao folhear as primeiras páginas, observou que vários pontos estavam em dissonância com o que aprendia na outra denominação. Mesmo assim, por influência de familiares, deixou a mensagem de lado. Aos 15 anos, pediu uma garota adventista em namoro. Ela, no entanto, disse que só aceitaria o compromisso se ele fizesse estudos bíblicos e entrasse no Clube dos Desbravadores (um ministério da Igreja Adventista voltado ao desenvolvimento mental, físico e espiritual de juvenis e adolescentes). Ele aceitou prontamente, mas a princípio não levou o estudo bíblico tão a sério. A cada nova lição, porém, percebia que já conhecia aqueles ensinamentos de algum lugar. Foi então que voltou a procurar os livros do “Impacto Esperança”, passou a valorizar os estudos e foi batizado. “Tudo isso somente foi possível por conta dos livros que outrora tinha lido por simples curiosidade”, afirma. Lucas pensava em ser um engenheiro civil, mas depois de ouvir um sermão estimulando os jovens a serem pastores decidiu mudar de área. Hoje, cursa o quarto ano de teologia no Centro Universitário Adventista de
Lucas Fávero foi desafiado a fazer estudos bíblicos e aos poucos percebeu as verdades reveladas na Sagrada Escritura
São Paulo (Unasp), campus Engenheiro Coelho. Para ele, o “Impacto Esperança” é fundamental não apenas por alimentar internamente a Igreja, mas principalmente porque aqueles livros conseguem chegar aonde nenhum pastor ou membro da Igreja conseguirá chegar. “E na minha casa eu duvido que chegaria se não fosse dessa forma. Muitos desses resultados a gente não vai conseguir ver aqui, agora. A gente vai ver só lá no céu”, conclui. De acordo com o presidente da Igreja Adventista na América do Sul, pastor Erton Köhler, “o sonho é colocar um livro e uma semente de esperança dentro de cada casa no território sul-americano. “Nós calculamos que haja por volta de 100 milhões de domicílios em todo o continente”, afirma.
Impacto Esperança 2016 Neste ano, o “Impacto Esperança” foi realizado entre os dias 14 e 15 de maio, em que houve a distribuição gratuita de 18,5 milhões de livros (14 milhões em português e 4,5 milhões em espanhol), intitulado “Esperança Viva”. A autoria é do pastor Ivan Saraiva, apresentador do programa Está Escrito, da TV Novo Tempo. O livro fala sobre algumas doutrinas bíblicas consideradas polêmicas, como guarda do sábado, teologia da prosperidade, criacionismo versus evolucionismo e uso de línguas estranhas em cultos religiosos. Os temas foram escolhidos, segundo o autor, com o objetivo de alcançar
os livros conseguem chegar aonde nenhum pastor ou membro da Igreja conseguirá chegar
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Ano a ano
Veja quais foram os títulos e a quantidade de livros distribuídos no “Impacto Esperança” desde o início do projeto:
2006
2007
2008
2009
2010
1,2 milhões de cópias do livro “O Grande Conflito”, de Ellen White. Este foi o primeiro livro missionário distribuído no território da Divisão Sul-Americana (DSA).
3,2 milhões de cópias do livro “Os Dez Mandamentos”, de Loron Wade. Este foi o primeiro livro missionário mundial.
2,2 milhões de cópias do livro “Esperança para Viver” (adaptação do livro “Caminho a Cristo”), de Ellen White, e mais de 20 milhões de exemplares da revista “Viva com Esperança”.
7 milhões de cópias do livro “Sinais de Esperança”, de Alejandro Bullón.
10 milhões de livros “Tempo de Esperança”, de Mark Finley, e mais de 30 milhões de revistas “Um dia de Esperança”.
2011
2012
2013
2014
2015
Mais de 56 milhões de exemplares do livro “A Grande Esperança”, de Ellen White.
Além dos mais de 15 milhões de livros “A Grande Esperança”, de Ellen White, foram distribuídos mais de 7,2 milhões de unidades do DVD “A Última Esperança” em português e mais de 1,3 milhão de unidades em espanhol.
Mais de 20 milhões de livros “A Única Esperança”, de Alejandro Bullón.
Mais de16,5 milhões de livros “Viva com Esperança”, de Mark Finley e Peter Landless.
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11 milhões de livros “Ainda Existe Esperança”, de Enrique Chaij.
Fonte: adventistas.org
“Vivemos um fenômeno pós- moderno onde há uma superficialidade do conhecimento bíblico”
pessoas que não acreditam mais em igrejas e no evangelho. “Vivemos um fenômeno pósmoderno onde há uma superficialidade do conhecimento bíblico e um alto índice de rejeição ao evangelho. A intenção é mostrar que a Bíblia também não concorda e não aceita qualquer outro evangelho além do que ela mesmo apresenta”, ressalta ele.
Versão digital O livro “Esperança Viva” está disponível também em versão digital neste site: livro.esperanca.com.br/esperancaviva/. Para o diretor de Marketing Digital da sede sul-americana adventista, Carlos Magalhães, “a expectativa é que cerca de um milhão de downloads sejam feitos do exemplar em formato PDF”.
ApFee
famĂlia
Impacto na famĂlia
Como lidar com a crise financeira dentro do lar Por Darleide Alves
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os últimos tempos, a palavra “crise” tomou conta do vocabulário nacional e até internacional. É algo que tem preocupado muita gente, os que trabalham muito ou pouco, os que têm dinheiro e os que não têm. A crise bateu à porta do nosso país, e um lugar onde ela se manifesta com força é dentro de casa. Hoje está mais caro para comer e para se vestir. E quando as coisas começam a apertar em casa, os relacionamentos acabam sendo afetados. Pesquisas apontam que situações financeiras domésticas mal resolvidas implicam em crise conjugal e familiar.
Como gerenciar crises De acordo com o administrador financeiro Josias Silva, a melhor maneira de vencer a crise é esperar por ela. “Temos que planejar e estar preparados para quando a crise vier. Assim, sofremos menos, pois todos sofrem com uma crise. É difícil alguém dizer que não foi afetado pela crise atual, basta uma visita ao supermercado para perceber que fomos sim atingidos”, diz. Antônio Tostes, apresentador do
programa Saldo Extra da TV Novo Tempo e especialista financeiro, concorda com Silva e acrescenta que além da preparação, também é preciso ter uma postura firme para evitar as reclamações e desviar o foco dos problemas e mantê-lo apenas nas soluções. “Temos que entender que a despeito dos fatores externos, podemos olhar para dentro de casa e buscar a solução para sobreviver nesse momento de crise sem afetar nossa vida financeira. Precisamos ser otimistas e positivos”, acredita.
Organize as finanças “Numa crise você precisa tirar o S da palavra. Crie. Seja criativo para ajustar as coisas dentro de casa. Muitas vezes, nas dificuldades, o responsável pela casa acaba descontando no cônjuge ou nos filhos, mas ele realmente precisa aprender a ser criativo para lidar com a situação”, explica Josias Silva. Para Tostes, as famílias precisam garantir o que elas já têm. O momento de crise não serve para pensar em aumento de salário, promoção ou benefícios. O desafio é garantir o que se tem. O Brasil está vivendo um momento de recessão, em que a produção está caindo, as
vendas estão diminuindo e, junto a isso, cai também o número de contratações, de empregos formais, isto é, com vínculos empregatícios. “Garanta o seu trabalho. Se você é esforçado e dedicado, é hora de andar a segunda milha. Se a crise bater à porta da empresa que você trabalha, e ela precise fazer ajustes, os funcionários mais dedicados e mais compromissados serão mantidos”. Uma das principais técnicas usadas para o controle financeiro é a montagem de uma planilha de gastos. Antônio Tostes explica que essa metodologia permite encontrar brechas que mostram o desperdício de dinheiro em certas superfluidades. A planilha também ajuda a refazer o orçamento e a ser mais minucioso em relação às despesas domésticas, além de evitar gastos com aquilo que pode ser evitado, criar a consciência de adiar um investimento que seria feito agora e fortalecer a reserva bancária. Tudo para superar esse momento de crise. Para reforçar o controle financeiro doméstico é necessário anotar todos os gastos que a família possui no dia a dia. Todos os membros da casa, que ajudam a gastar o salário e a renda, devem participar desse diálogo.
situações financeiras domésticas mal-resolvidas implicam em crise conjugal e familiar Veja algumas dicas que os especialistas financeiros Josias Silva e Antônio Tostes deixam para você: • Cartão de crédito: ele possui os juros mais altos. É uma armadilha para quem não sabe se controlar financeiramente. Se o cartão de crédito está fazendo você se enrolar nas finanças, quebre-o. Evite usá-lo.
• Grandes investimentos: evite. Mesmo que você tenha dinheiro guardado, não é o momento para comprar um carro, imóvel ou fazer qualquer outro grande investimento. Mantenha seu recurso guardado por mais algum tempo.
• Mesada para os filhos: desde pequenas, as crianças devem ter uma educação financeira. Quando elas têm maturidade, é um bom momento para inserir a mesada, a fim de que elas aprendam a controlar seus próprios gastos.
• Confiança em Deus: mais do que confiar na estabilidade do seu emprego, no seu salário, nos investimentos ou nas reservas, a confiança em Deus é o que nos sustém a cada dia. Coloque todos os seus problemas e dificuldades nas mãos dEle.
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Douglas Perez Barros é contador da Perez Barros Contabilidade - douglas@perezbarros.com.br
Gestão de Custos A avaliação de custos e despesas deve iniciar em momentos em que a empresa atravessa um período de estabilidade
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O exemplo de José do Egito nos ensina importante lição sobre como gerir melhor os negócios
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iante do cenário atual de crise que vivemos, há incerteza e dúvida em relação ao que vai acontecer com o país, sobre quando iremos retomar o crescimento e diminuir os índices de desemprego que ultrapassam 10% da população economicamente ativa. O desafio para cada família é: como conviver neste cenário e que medidas temos que tomar para suportar até que a crise passe. Temos uma história bíblica de um personagem que eu admiro muito, José (Gênesis 37 a 50). Vendido pelos irmãos como escravo, depois preso injustamente, apesar de todos os contratempos sofridos, Deus o prepara para ser o governador do Egito, com a missão de salvar a humanidade de um período muito longo de fome. Deus concedeu vários talentos a José, mas nesta ocasião quero destacar somente um que envolve umas das áreas fundamentais da Contabilidade: Gestão de Custos. José teve a percepção de acumular alimento/riqueza no período de fartura, onde o clima e a economia eram favoráveis, e quando chegou o período de escassez, teve suprimento o suficiente tanto para o seu país quanto para as nações vizinhas, que vinham até eles buscar alimento. A avaliação de custos e despesas deve iniciar em momentos em que a empresa atravessa um período de estabilidade, época em que a preocupação com gastos é menor, seja pelo aquecimento do mercado ou pelas boas negociações obtidas. É nesse momento que a empresa tem a seu favor o tempo necessário para gerenciar seus custos, preparar seus relatórios gerenciais (com base na
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contabilidade) e, assim, chegar ao gasto “ideal” de seu processo produtivo. E foi exatamente isso que fez José no período das “vacas gordas”. E não é isso que vemos acontecer em muitas empresas e principalmente nas famílias. No período bom, gasta-se mais do que devia, os endividamentos crescem, pois a pessoa acha que a situação ficará sempre favorável, e não se resguarda nem poupa para momentos de crise. Investir em momentos de crise pode se tornar interessante, caso haja reservas acumuladas e surjam oportunidades de negócios em que o preço esteja bem abaixo do valor de mercado e em condições de no futuro obter ganhos maiores e melhores. No período de escassez, José acumulou alimentos. Suas reservas eram tão grandes que proporcionaram oportunidades
de negócios incríveis, tornando, assim, o Egito o país mais rico e poderoso de sua época. Caso contrário, se não houver reservas, não possuir recursos próprios, o indivíduo ou a empresa não deve enveredar para o financiamento, pois o custo se torna muito caro e inviabilizaria o negócio. É momento, portanto, de reduzir gastos supérfluos, caso haja algum endividamento relevante e possua algum bem que possa desfazê-lo, deve-se vender esse bem e quitar as dívidas para que ela não aumente numa velocidade maior do que sua capacidade de pagar seus débitos. José nos ensina que devemos ser sábios em épocas de fartura, para não sofrermos em períodos de escassez, princípios básicos na gestão de custos tanto para administração familiar quanto na gestão de negócios.
Investir em momentos de crise pode se tornar interessante, caso haja reservas acumuladas
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Você também deve colocar em prática a sabedoria no que diz respeito à aquisição de bens
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Fábio Nascimento é advogado em São Paulo - fabio.nascimento@adv.oabsp.org.br
Arrependimento no investimento Como prosseguir caso queira voltar atrás numa compra?
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ntes de tomar qualquer decisão, devemos pensar muito bem em nossos atos. Atualmente estamos vivendo um cenário nada animador do ponto de vista econômico, em razão dos gastos efetuados pelos governantes. Se estes enfrentam dificuldades financeiras, o que dirá nós, meros cidadãos brasileiros. Vivemos tempos de glória, se comparado a alta inflação observada na década de 80 e que teve seu furor diminuído após 1994 com a entrada do plano real. Algumas pessoas economizaram na época das vacas gordas, outras estão nesse início de crise passando por certas dificuldades. Isso nos remete a como deveríamos agir desde os primórdios da humanidade se observarmos a bela história de José do Egito, como você pôde ler na descrição de Douglas Perez na página 22. Você que está no comando da sua família, do seu negócio e da sua vida pessoal também deve colocar em prática a sabedoria no que diz respeito à aquisição de bens. E aí talvez você pergunte: “Durante as vacas gordas não economizei, e agora, o que posso fazer?” Neste momento de crise, pense, repense e informe-se antes de firmar qualquer contrato.
Via de regra, nossas leis não oferecem à parte o direito do arrependimento, só cabendo a devolução do dinheiro se o produto/serviço estiver com defeito. Veja: Compra fora do estabelecimento comercial Exceção existente nas relações de consumo quando o consumidor pode desistir do contrato no prazo de sete dias, a contar da assinatura ou do ato de recebimento do produto ou serviço, quando a contratação ocorrer fora do estabelecimento comercial e especialmente por telefone ou a domicílio. Os valores eventualmente pagos serão devolvidos de imediato, e devidamente corrigidos monetariamente (Artigo 49 Código de Direito do Consumidor). No caso da desistência da compra, a despesa com a devolução do produto será do comerciante. (STJ REsp 1.340.604). Financiamento bancário O consumidor pode exercer o direito de arrependimento ao contratar um empréstimo bancário fora das instalações do banco. Financiamento de carro Se o contrato de compra e venda de veículo tiver previsão expressa de desistência é possível a resilição contratual. Os contratos com essa previsão vêm acompanhados de multa. Fora dessa hipótese, a devolução só ocorrerá por vício no produto de forma reiterada como nos casos de compra de veículo, e este tem que retornar sucessivamente à concessionária para reparos. Imóvel comprado na planta Poderá ocorrer a desistência do comprador do imóvel na planta se a culpa for do comprador, desde que também haja previsão contratual. Nesse caso, haverá retenção de parte do valor pago até o momento da rescisão em favor da construtora. Algumas empresas acabam se aproveitando da falta de conhecimento (sabedoria) de alguns consumidores e retendo um percentual muito alto dos valores, o que desmotiva o uso do recurso contratualmente convencionado do direito ao arrependimento. Alguns tribunais têm entendido que a retenção de 10% é o ideal e apto a reparar os gastos suportados pela construtora até se desfazerem as obrigações das partes.
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e d a d i l a n o Pers 14 dicas científicas de como ser um “cara” legal e de sucesso
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Q Rodrigo Bertotti é
teólogo, pastor, escritor e autor do livro “Manual do Homem Cristão”.
uando você está em um campo de trabalho altamente competitivo, talento e inteligência são pré-requisitos. Mas para se destacar, nada substitui uma personalidade carismática. Napoleon Hill, autor do “Think and Grow Rich” (Pense e enriqueça), um dos livros mais vendidos dos últimos tempos, descreveu os hábitos das pessoas mais amáveis, que têm uma personalidade agradável. Essas características foram publicadas no livro “The Science of Success” (A ciência do sucesso). Ele apresenta os passos para se ter uma personalidade de milhões de dólares. Isso referente ao magnata do aço nos Estados Unidos, Charles M. Schawab, que de um trabalhador assalariado passou a ganhar 75 mil dólares por mês e vários milhões de dólares como bônus. Segundo seu chefe, Andrew Carniggie, o salário era pelo trabalho realizado, e o bônus de milhões de dólares por ano era pelo que Schawab, com sua personalidade agradável, poderia levar os outros a fazer.
a c i t á m s i car Seja “o cara”
Veja algumas dicas que Napoleon Hill deixa para você: Desenvolva uma atitude mental positiva e faça todo mundo sentir essa sua atmosfera: muitas vezes é mais fácil ser crítico de tudo e de todos, mas aqueles que optam por ser positivos têm melhor reputação. Fale sempre em tom amigável: os melhores comunicadores falam com confiança e em tom agradável. Preste atenção na pessoa, quando essa está falando com você: olhe nos olhos e demonstre o seu total interesse no que a pessoa está falando para você. Mantenha a postura em todas as circunstâncias: uma reação exagerada de algo positivo ou negativo pode dar às pessoas má impressão. No caso de negativa, lembre-se que o silêncio pode ser muito mais eficaz do que suas palavras de raiva. Seja paciente: lembre-se de que o tempo de suas palavras e atos pode dar-lhe uma grande vantagem sobre as pessoas impacientes. Tenha sempre uma mente aberta: aqueles que se fecham em seu mundo e não conseguem ver as coisas de uma forma diferente perdem grandes oportunidades de crescimento. Sorria quando está falando com os outros: Hill diz que o maior trunfo do presidente Franklin Roosevelt foi o seu “sorriso de milhões de dólares”, o que permitia que as pessoas baixassem “a guarda” durante uma conversa.
Saiba que nem todos os seus pensamentos precisam ser expressos: as pessoas mais amáveis sabem que não vale a pena ofender os outros expressando todos os seus pensamentos, mesmo que muitas vezes sejam verdade. Não procrastine: procrastinação emite uma mensagem que você tem medo de agir, e isso é totalmente ineficaz. Envolva-se em pelo menos uma boa ação por dia: os melhores networkers ajudam outras pessoas sem esperar nada em troca. Essas pessoas constroem relacionamentos mais fortes e duradouros. Encontre sempre uma lição em meio ao fracasso: as pessoas admiram aqueles que crescem em meio ao fracasso em vez de ficarem lamentando pelo erro. “Expresse sua gratidão por ter ganhado uma medida de sabedoria, que não teria vindo sem derrota”, diz Hill. Aja como se a pessoa que está falando fosse a mais importante do mundo: as pessoas mais amáveis usam as conversas para aprender de outras pessoas. Elogie os outros de forma genuína: louve os outros e deixe-os saber o quanto você os admira. Mas, é claro, sem excesso, para não ser aquele cara chato ou um puxa saco. Tenha alguém que aponte as suas fraqueza com clareza: ter um confidente que possa lhe contar sobre algumas de suas fraquezas faz um bem tão grande que pode mudar a sua vida.
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Dízimo das redes sociais Se os meios de comunicação são dádivas de Deus, por que não entregar 10% disso a Ele? Por Carlos Magalhães
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udo vem de ti, e nós apenas te demos o que vem das tuas mãos” (1 Crônicas 29:14). O dízimo é uma forma de demonstrar reconhecimento e gratidão a Deus, que dá tudo o que o ser humano tem. É separar uma parte do que se recebe para ajudar a causa de Deus nesta Terra. Semelhantemente, no dízimo das redes sociais o indivíduo acredita que esse meio de comunicação também é um privilégio dado por
Deus e que deve usá-lo para Sua glória. Por isso, de tudo o que se coloca nas redes sociais, uma parte deve ser dedicada para itens espirituais que podem ajudar outras pessoas a conhecerem mais sobre Deus.
Como calcular? Não é fácil calcular 10% de vídeos, imagens ou textos. Então, como esse é um conceito adaptado, talvez seja possível combiná-lo com algo que já é conhecido. Pode-se dizer que o dízimo das redes sociais sig-
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de tudo o que se coloca nas redes sociais, uma parte deve ser dedicada para itens espirituais que podem ajudar outras pessoas a conhecerem mais sobre Deus
O dízimo das redes sociais não é uma doutrina bíblica, mas quem sabe, podemos aplicar
• Crie seu próprio conteúdo: existem vários aplicativos e sites que ajudam a criar imagens e vídeos bem bonitos. Depois, você só precisa escolher o texto, que também pode ser um verso da Bíblia.
esse conceito como mais uma forma de demonstrar nossa gratidão a Deus. Também pode servir de incentivo para outros usarem as redes sociais com objetivo de compartilhar esperança e salvação de forma sistemática e regular. Assim como a fidelidade financeira resulta em bênçãos, a fidelidade nas redes sociais também trará incontáveis alegrias. “Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal até que não haja lugar suficiente para a recolherdes. E por causa de vós repreenderei o devorador, e ele não destruirá os frutos da vossa terra; e a vossa vide no campo não será estéril, diz o Senhor dos Exércitos. E todas as nações vos chamarão bem-aventurados; porque vós sereis uma terra deleitosa, diz o Senhor dos Exércitos” (Malaquias 3:8-12).
• Compartilhe algum conteúdo pronto: algo feito por amigos ou encontrado nos sites e redes sociais da igreja. • Dedique um tempo para ensinar a Bíblia: sites como o biblia. com.br dão oportunidade para quem deseja orar ou dar estudos bíblicos pela internet. Você escolhe quantas pessoas deseja atender e o assunto que tem mais familiaridade. Faça um teste. • Participe de uma campanha: em maio, a Igreja realiza a maior campanha do mundo de incentivo à leitura. Anualmente, um livro é escolhido e milhões são distribuídos de casa em casa. Na internet podemos fazer o mesmo: enviar um convite para que os amigos baixem e leiam o livro no formato digital. O endereço este ano é: livro. esperanca.com.br.
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Fidelidade
Veja algumas sugestões do que compartilhar:
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nifica separar o primeiro “post” ou conteúdo de cada dia. O nome dessa sugestão é: “primeiro Deus”. Logo após ter o momento diário de comunhão com Cristo, o indivíduo compartilha com seus amigos, em suas próprias palavras, o que aprendeu ou sentiu Deus falar. Nada impede a criação de um formato personalizado. Deve-se analisar se o melhor é separar um post todos os dias ou um dia da semana ou do mês para compartilhar apenas conteúdos bíblicos e espirituais. O importante é criar uma rotina e dividir com os amigos um pouco do muito que Deus dá a você e a quem conhece o evangelho. “…Cada um de vós, segundo o dom que recebeu, comunicando-o uns aos outros, como bons despenseiros das várias graças de Deus” (1 Pedro 4:10).
O que dizimar?
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Evangelismo em apuros
A mornidão espiritual é a maior crise evangelística de uma igreja. Aprenda a vencê-la e ajude outros a voltarem a ser fervorosos Por Vanessa Moraes
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os últimos tempos, o Brasil tem atravessado uma grave crise econômica, política e moral. Segundo um dado da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio de 2015, o desemprego cresceu 8,5% no país, ou seja, aproximadamente 20 milhões de brasileiros perderam seus lugares no mercado de trabalho. As demissões e a diminuição de renda automaticamente refletem nas denominações religiosas, já que o volume de dízimos devolvidos e ofertas doadas também sofre redução, obrigando as igrejas a repensarem na administração de suas finanças. De acordo com o diretor financeiro da Igreja Adventista para oito países sul-americanos, Marlon Lopes, a Igreja Adventista do Sétimo Dia na América do Sul enfrenta a crise com um novo planejamento orçamentário, mas que não prevê nenhum tipo de corte em investimentos relacionados a ações e projetos evangelísticos. Sendo assim, o que mais tem afetado o trabalho de evangelismo não é a falta de verba, mas a ausência de pessoas comprometidas com a missão bíblica de salvação, que se agarrem ao “...Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura” (Marcos 16:15). A Igreja Adventista possui dezenas de departamentos. Cada um cuida de uma área específica, a fim de manter a ordem e a organização dentro da congregação e um padrão de trabalho para todas as igrejas adventistas ao redor do mundo. Eles envolvem desde crianças até idosos, preocupamse com a liberdade religiosa do cristão, com o patrimônio da igreja, a fidelidade nos dízimos e ofertas, comunicação, trabalho missionário, espiritualidade da igreja, entre outras importantes áreas. Na maioria das igrejas, acontece anualmente a comissão de nomeações, caracterizada por um grupo de líderes que elege novos diretores para assumirem os departamentos no ano subsequente. Muitos líderes indicados, quando informados sobre a eleição, rejeitam o cargo, alegando que não se sentem preparados, que não terão tempo para se dedicar ao trabalho ou outra descul-
o que mais tem afetado o trabalho de evangelismo não é a falta de verba, mas a ausência de pessoas comprometidas com a missão bíblica de salvação pa qualquer. Sendo assim, novas eleições são realizadas para eleger um novo líder. Em outros casos, quando o indicado aceita o cargo, encontra verdadeiros obstáculos em seu caminho, que desestimulam o trabalho e desanimam qualquer planejamento. Um exemplo disso são os diretores de jovens, que entre suas atribuições, são responsáveis por planejar e promover os programas de sábado à tarde, chamados de JAs. Mas nos últimos anos, uma problemática os aflige. O número de pessoas que comparece às programações é baixíssimo. Alguns diretores, desestimulados, diminuem os programas, promovendo-os a cada 15 dias ou apenas uma vez por mês. De acordo com o pastor Paulo Sérgio Fernandes, líder do departamento jovem da Associação Paulista Leste (APL), sede regional da Igreja Adventista, isso acontece por vários fatores, como a concentração de atividades no sábado. “A família vai para a igreja às 9h e sai às 12h. Depois emenda ensaios, reuniões,
Aventureiros, Desbravadores, entre outros. Quando chega a hora do Culto Jovem, às 17h, a maioria está tão saturada que prefere ir embora”, explica. A Escola Sabatina também é um departamento que tem enfrentado problemas com a pontualidade e com o estudo da lição. Dificilmente a igreja contabiliza um grande número de membros presentes às 9h da manhã de sábado. Inclusive há membros que só chegam para a hora do Culto Divino, descartando a importância da Escola Sabatina. Quando comparecem, é pequena a quantidade de pessoas que estudaram diariamente ou não a lição. O líder do Ministério Pessoal, departamento que cuida dos projetos missionários da igreja, também enfrenta problemas. Ninguém quer participar das duplas missionárias, fazer visitas, dar estudos bíblicos e entregar folhetos e livros. Além disso, os cultos de domingo e quarta-feira, em algumas igrejas, contam com mais bancos vazios do que pessoas. Diante desse trágico cenário, surge uma pergunta: por que o cristão não quer se comprometer com a causa de Deus? Esse questionamento, é claro, não quer generali-
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Nem morno, nem frio Veja três dicas que podem servir de pontapé para vencer a mornidão espiritual: • Tenha certeza que você foi chamado por Deus para cumprir Sua missão;
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• Busque ajuda entre irmãos e liderança de sua igreja (desabafe, converse e mantenha relacionamentos saudáveis com quem possa te incentivar a buscar a Deus);
• Não abra mão da devoção (ore e leia a Bíblia diariamente, frequente a igreja)
capa zar os membros de todas as igrejas. Aliás, muitos têm-se dedicado à missão salvadora como o principal elemento de suas vidas, doando-se inteiramente ao trabalho de Cristo.
Ser cristão
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O papel do cristão é sair em busca dos perdidos, convidá-los à fé e à submissão ao senhorio de Jesus. O evangelho desafia as pessoas a se arrependerem de seus maus caminhos e a mudarem de vida, tendo em vista que Jesus é o único que pode ajudá-las nesse processo. E quando um indivíduo se converte (conversão significa mudança de sentido, mudança de rumo), ele também deve assumir esse papel, fazendo por outros o mesmo que um dia fizeram por ele. Isso se chama discipulado. Para facilitar a compreensão sobre esse termo, a Igreja Adventista tem adotado projetos que incentivam seus membros a cumprirem a missão de Cristo de forma mais fácil. Isto é, você não precisa viajar até à África ou à China para falar de Jesus. Também não precisa parar no meio de uma praça pública e gritar as promessas bíblicas para quem está passando. Você pode fazer isso em seu trabalho, em sua escola ou faculdade, na roda de amigos, durante um passeio ou para seus próprios parentes. Pode ser durante uma conversa oral face a face ou por telefone, virtual, via WhatsApp, Facebook, Twitter e tantas outras redes sociais, e até mesmo do modo mais antigo, na troca de cartas. Os meios para isso são muitos.
Projetos O “Desafio 1+1” é um projeto criado pela Igreja Adventista que motiva cada cristão a buscar pelo menos uma pessoa que ainda não conhece o plano da salvação, e ganhá-la para Cristo. Em 2016, esse projeto ganhou um complemento: “Desafio 1+1: Meu talento, meu ministério”, em que cada cristão é influenciado a fazer do seu dom uma ferramenta de evangelismo. Ou seja, um pedreiro, dentro do seu ambiente de trabalho, pode pregar. Um marceneiro pode contar sobre a volta de Jesus para seus colegas de profissão. E isso funciona para qualquer área de atuação. Outro projeto evangelístico da Igreja é o “Impacto Esperança”, que acontece anualmente no mês de maio, e prevê a distribuição massiva e gratuita de livros missionários em toda a América do Sul (saiba mais sobre o “Impacto Esperança 2016” na seção Igreja, p. 16). Existem muitos outros projetos relacionados
ao evangelismo. Para todos os gostos. Alguns envolvem viagens, outros foram desenvolvidos para quem não consegue ficar longe da Internet e ainda outros possuem viés social. Além de projetos que buscam trazer para Cristo aqueles que ainda não O conhecem verdadeiramente, existem projetos que servem para fortalecer os próprios membros, incentivando-os a não desanimar. É o caso do Clube de Jovens (veja dicas na seção Jovem, p. 44), Projeto Maná, 40 madrugadas com Deus, Reavivados por Sua Palavra, entre outras iniciativas.
Cristão medíocre Diante de tantos projetos criados para trazer o perdido aos pés de Cristo e fortalecer a comunhão daqueles que já conhecem as verdades bíblicas, ainda é escasso o número de pessoas que participa deles. Embora as notícias da TV e da Internet mostrem vez ou outra a participação massiva em determinados projetos e encontros cristãos, não é sempre assim que acontece.
Ninguém quer participar das duplas missionárias, fazer visitas, dar estudos bíblicos e entregar folhetos e livros Para Juliano Nascimento, que atuou por quase quatro anos como evangelista pela APL – atualmente ele é administrador financeiro em um Colégio Adventista da zona leste de São Paulo –, existem quatro elementos que, se aplicados à vida espiritual, caracterizam o cristão como medíocre, podendo levá-lo para longe de Deus. São eles: a autossuficiência, preguiça espiritual, precipitação na tomada de decisões e seguir Jesus de longe. Uma pessoa autossuficiente espiritualmente é aquela cheia de si, que não depende de nada nem de ninguém para viver. Logo, Deus não ocupa o primeiro lugar em sua vida, já que ela também não depende dEle.
Vitória
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O cristão morno se conforma com uma oração vaga, não dá tanta importância à vida espiritual, vai à igreja mais por obrigação ou costume do que por amor a Deus, não confia no poder de Cristo para a resolução de seus problemas, segue os modismos do mundo adequando aos seus interesses e não reconhece a necessidade de mudança. Ao lado estão algumas sugestões para que você coloque sua vida espiritual nos trilhos certos. Experimente:
• Ao acordar pela manhã, dedique a primeira hora do dia a Deus, com o estudo de pelo menos um capítulo da Bíblia, da Lição da Escola Sabatina e a leitura da Meditação matinal (se você chega tarde em casa e não consegue acordar mais cedo para fazer esta atividade, peça forças a Deus. Seu dia vai render mais do que se você tivesse dormido nesta hora em que dedicou a Cristo). • Ore sempre. Ao sair de casa para o trabalho ou para a faculdade, fale com Deus. Seja no ônibus, no carro ou no metrô, converse com Cristo como você faria com um amigo. Durante o dia, nos momentos em que você não precisa se concentrar, seja nos intervalos de suas atividades, durante a locomoção para algum lugar, fale com Ele e exponha suas preocupações e seus problemas. À noite, antes de dormir, não esqueça de orar. • Introduza Deus em suas conversas. Se seu amigo está passando por uma dificuldade, dê-lhe um exemplo bíblico. “Jó também passou por isso. A Bíblia conta que.... Não se preocupe, assim como ele, você também vai vencer. Vou orar por você”. Ao receber uma bênção, testemunhe aos outros e diga quão feliz está por Deus ter te dado algo imerecido. • Frequente a igreja. Por mais cansado que você esteja ao final do dia, procure ir à igreja. Domingos, quartas-feiras, sábados, semanas de oração. Participe o máximo que puder. Isso fortalece a sua fé, além do rico aprendizado bíblico que os sermões trazem. • Aprenda a guardar o sábado. Se para
você o sábado é apenas o dia do “não pode” – não pode trabalhar, não pode comprar nem vender... – ou apenas “dia de ir para a igreja”, então ele não está cumprindo seu verdadeiro objetivo. O sábado deve ser um dia de adoração, descanso e regozijo no Senhor. Não é um dia para dormir, mas para realizar o trabalho de Deus. • Envolva-se em projetos missionários. Mesmo que seja contra a sua vontade, faça uma força e comprometa-se com pelo menos um projeto missionário. Se você quebrar a resistência inicial, o Espírito Santo fará o restante. Logo, essas atividades se tornarão um prazer e não um fardo para você. • Pense na vida. Reflita de onde você veio, onde está e para onde vai. Medite sobre a atual situação do mundo, sobre sua vida, a vida de sua família e sobre o tempo do fim. Isso pode trazer motivação para que você comece a ter vontade de evangelizar. • Use a Internet como ferramenta. Se você é tímido ou inseguro, faça da Internet a sua aliada. Você pode compartilhar mensagens bíblicas nas redes sociais, dar estudos bíblicos de forma on-line e participar de projetos virtuais. • Humilhe-se. Por fim, reconheça, perante Deus, com os joelhos no chão, que você é totalmente dependente dEle. Seja sincero e conte tudo o que está em seu coração. Se for necessário, faça prova de Deus. Quando menos você esperar, sentirá aquela paz que só Ele pode dar.
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A preguiça espiritual atinge aquelas pessoas que não gostam de sair da sua zona de conforto para fazer o trabalho missionário. Quanto menos puderem realizar, melhor, afinal, pensam que a única atividade que precisam realizar como cristãs é comparecer à igreja no sábado pela manhã. A precipitação na tomada de decisões também faz parte da personalidade do cristão medíocre. “A autossuficiência faz ele sentir que está pronto para qualquer situação e que pode dar a volta por cima caso suas escolhas deem errado”, comenta Nascimento. Desta forma, ele não pensa duas vezes antes de tomar decisões, o que pode causar sérios problemas a curto, médio ou longo prazo. Essas três características ajudam a formar esta última: seguir Jesus de longe. O indivíduo vai à igreja, canta hinos congregacionais, ouve os sermões, mas quando precisa “colocar a mão na massa”, foge. Em seu comportamento, não dá bons testemunhos. Quando percebe que será afligido ou humilhado por ser cristão, nega a fé.
Fim dos tempos Segundo o livro de Apocalipse, hoje o mundo vive o período de Laudicéia, a igreja apóstata. O estado espiritual desta identifica o último período da igreja na Terra, antes da volta de Jesus, ou seja, o sistema que predominará no final dos tempos é caracterizado pela apostasia, isto é, pelo desvio do evangelho de Jesus. A mornidão espiritual que acomete as igre-
jas hoje é abominável a Deus. “Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente; quem dera foras frio ou quente! Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca” (Apocalipse 3:15 e 16). Cristo chama os mornos ao arrependimento. Dá chances para que voltem a ser fervorosos. “Aconselho-te que de mim compres ouro provado no fogo, para que te enriqueças; e roupas brancas, para que te vistas, e não apareça a vergonha da tua nudez; e que unjas os teus olhos com colírio, para que vejas. Eu repreendo e castigo a todos quantos amo; sê pois zeloso, e arrepende-te. Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo” (Apocalipse 3:18-20).
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ALCANÇADO
PARA A VIDA
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mulher Mulheres ganham mais e precisam repensar sobre o tema família
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Por Fabiana Bertotti
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Nova geração
A
feminina
s mulheres representam hoje 42% da força de trabalho no Brasil. O último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que 37,3% das famílias são chefiadas pelas mulheres, o dobro de uma década atrás. Entretanto, a força feminina ainda não representa índices tão relevantes em altos postos – 8% em grandes cargos e salários 30% menores que os dos homens entre as executivas brasileiras – porém, cada vez mais elas são visadas pelas grandes empresas, especialmente pela capacidade de gerenciamento e resolução de conflitos. A mudança no perfil socioeconômico refletida no novo modelo familiar, onde os cuidados com os fi-
lhos e família antes responsabilidade exclusiva das mulheres passa a ser compartilhado, e muitas vezes trocado pela ação do marido, tem trazido muitas dúvidas entre os pesquisadores. Como esta troca de papéis pode influenciar na formação da nova geração? Quais benefícios e malefícios são sentidos pelas mulheres atuais? Em seu livro “O Sexo mais Rico”, a escritora norte-americana Liza Mundy analisa o que ela chama a inversão do conto da Cinderela, onde o homem é um beneficiário do casamento, e cada vez mais os casais são formados por mulheres com escolaridade superior à dos homens, o que reflete em melhores condições de trabalho e, consequentemente, renda.
Segundo a psicóloga Ellen Camargo, muitas mulheres ainda hoje se assustam com o poder que adquiriram no aspecto profissional, financeiro e na liderança familiar, e não sabem como se comportar. Daí vem a culpa, sentimento que traz efeitos psicológicos e físicos devastadores. Segundo Liza, o papel do homem é ajudar a mulher a ser cada vez mais independente, porque esta é mais feliz. A autora norte-americana Camille Paglia que recentemente lançou o livro “Personas Sexuais”, discorda que o crescimento profissional das mulheres traga felicidade. Ela afirma que os homens cada dia menos compreendem como as mulheres esperam que eles se comportem, e que por isso
“O Brasil não tem a mesma obsessão pela questão militar que os Estados Unidos, por isso teve uma mulher presidente” as próximas gerações, a psicóloga Esther Tribuzy afirma que mesmo ganhando menos o pai deve ter voz ativa. “Tenho certeza que a dedicação, o carinho e aconchego vindos de uma mãe deixam marcas profundamente importantes na vida dos filhos, sendo ela a liderança na casa, no trabalho ou não. Porém, se ao invés de autoridade
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se distanciam delas, causando o esfriamento das relações. “Eles se comportam como elas dizem que querem, e daí quando se transformam a mulher não quer mais aquele modelo”, disse a autora numa entrevista. Camille destaca ainda que as mulheres que investiram na carreira e formaram outro padrão familiar, já visível na era pós-revolução industrial, erraram. “Minha geração deu de cara com a parede. Quando chegarmos aos 70, 80 anos, acredito que a felicidade não estará com as ricas e poderosas, mas com as mulheres de classe média que produziram grandes famílias”, defende. Ainda segundo Camille, o feminismo cometeu o engano de tentar reduzir a vida feminina às conquistas profissionais. No universo masculino, a autora afirma que eles estão em uma encruzilhada. Muitos não enxergam que existem traços natos masculinos e femininos. “A compaixão e sensibilidade femininas são virtudes positivas, mas a conquista nas áreas de cultura e tecnologia requerem traços masculinos, como planejar a defesa de uma sociedade sob ameaças de ataque”, por exemplo. “O Brasil não tem a mesma obsessão pela questão militar que os Estados Unidos, por isso teve uma mulher presidente”, completa. Ela acredita que as mulheres não podem presidir países mais “bélicos”. Para que este novo modelo familiar não resulte em perdas para
tivermos autoritarismo, não importa de onde venha, isso traz consequências problemáticas, com implicações às próximas gerações”.
Conforto e segurança Parecem haver qualidades intrínsecas aos gêneros que definiram os papéis de cada um na família ao longo da história da humanidade. Os fortes, corajosos e decididos homens são responsáveis pela segurança e sustento da família. As dóceis, amorosas e zelosas mulheres cuidam do conforto de todos. Entretanto, nos relatos bíblicos existem mulheres com características ditas masculinas; como a capacidade de decisão e a coragem da juíza Débora, descrita em Juízes 4. Ela foi, aliás, a única mulher na Bíblia que não apenas governou, mas deu ordens militares. “Eu vou à luta e as honras da vitória não serão suas, pois o Senhor entregará Sísera nas mãos de uma mulher”, conta a história no verso 9. E aquela guerra foi mesmo vencida, também com a ação de outra mulher. Vale a pena ler esta história, assim como a que conta a valentia da rainha Ester, que atuou no momento crucial de necessidade do seu povo. O livro de Provérbios (capítulo 31) traz características da mulher/esposa. O curioso é que ele cita atribuições não exclusivas ao ambiente familiar, mas sempre voltadas ao fato de cuidar e ajudar.
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Clube de Jovens o Dez motivos para fundar esse projeto em sua igreja Por Isaías Cardoso
Clube de Jovens é a nova opção de integração, envolvimento e crescimento do jovem adventista. Foi criado para ocupar, com atividades interessantes e edificantes, o
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tempo dos jovens, envolvendo-os com amigos cristãos. A seguir, você vai conhecer alguns objetivos que podem ser alcançados com o Clube de Jovens em funcionamento.
Motivos
Estes também podem ser alguns motivos para você organizar um Clube em sua igreja ou distrito. Veja: 1. Oferecer sociabilidade e recreação cristã para os jovens; 2. Buscar mais uma oportunidade para envolve-los com as atividades da igreja; 3. Oferecer crescimento intelectual em ambiente cristão; 4. Levá-los a se envolverem de maneira mais efetiva em projetos sociais; 5. Desenvolver atividades de crescimento físico equilibrado, aproveitando o interesse especial que existe nesta fase; 6. Levá-los ao contato com a natureza, destacando o aprendizado, a aventura e a fé; 7. Colaborar com as famílias da igreja, criando oportunidade de aproximar pais e filhos; 8. Criar um espírito de crescimento e superação, através de programas específicos; 9. Formar liderança útil para as atividades da igreja; 10. Fortalecer a vida de comunhão dos jovens. Fonte: universojovemadv.blogspot.com.br
Jovens de peso
Se você analisar a realidade de nossas igrejas hoje, vai notar que: • Os jovens formam um exército com mais de 50% dos membros; • A sociedade JA precisa de um programa de apoio que ofereça comprometimento mais efetivo; • Muitos jovens têm saído da Igreja por falta de envolvimento; • Os jovens esperam da Igreja um movimento organizado, que ofereça desenvolvimento pessoal e recreação; • Os jovens precisam ter seu tempo ocupado com atividades e amigos alegres, desafiadores e cristãos, e esperam que a Igreja ofereça essa opção; • A Igreja precisa de jovens mais preparados para assumir a liderança; • A melhor maneira de alcançar outros jovens e levá-los a Jesus é o envolvimento em atividades com outros jovens cristãos. Fonte: adventistas.org/pt/jovens
o Clube de Jovens faz parte do departamento JA É importante lembrar que o Clube de Jovens não existe para substituir ou competir com o departamento Jovem da Igreja, conhecido como JA. Seu papel é servir como mais uma opção para que os jovens estejam envolvidos. Aliás, o Clube de Jovens faz parte do departamento JA e todas as suas ativida-
des devem ser compartilhadas com a liderança do mesmo. Devido a muitos fatores que têm levado nossos jovens a se afastarem da Igreja, é preciso um novo, dinâmico e criativo investimento nos jovens da Igreja, e o Clube de Jovens surgiu para cumprir esse objetivo.
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Como criar um Clube de Jovens? A estrutura do Clube de Jovens pode variar entre cada Associação/Missão. Veja abaixo um exemplo que funciona no Ministério Jovem da Associação Rio Sul (ARS) e confira como é fácil criar um Clube de Jovens em sua igreja (consulte a estrutura utilizada por sua Associação/Missão):
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Participantes • Jovens entre 16 e 35 anos. • Devem ser membros batizados e envolvidos na escola sabatina jovem ou sociedade JA. Participantes não batizados devem ser recomendados por um jovem adventista batizado.
• Associados - Apoiam o (a) diretor (a) no andamento das atividades; - Atuam como supervisores das equipes; - Podem atuar como instrutores; - Motivam o cumprimento dos requisitos das medalhas de outro e prata, habilidades etc.
Diretoria • Diretor (a) • Associados • Secretário (a) • Tesoureiro (a) • Capelão (ã) • Conselheiro Geral Toda a diretoria deve ser escolhida pela comissão executiva do Ministério Jovem e aprovada pela Comissão da Igreja.
• Secretário (a) - Organiza as fichas de registro e inscrição dos participantes; - Redige as atas das reuniões; - Envia relatórios.
Estrutura Equipes • Subdivisões formadas por grupos de, no máximo dez jovens. • Devem ter formação mista, ou seja, rapazes e moças. • Devem ter um coordenador, dentre os próprios participantes, que irá liderar e representar o grupo. • Essas equipes podem ter nomes bíblicos. • Devem ser identificadas por algum detalhe especial na camiseta de seus participantes. Uniforme • Uniforme de atividades • Uniforme de gala Reunião: quinzenal Atividades da diretoria • Diretor (a) - Representa o grupo perante a igreja; - Coordena as atividades do clube; - Dirige a programação; - Trabalha com a diretoria na elaboração e cumprimento de um calendário de atividades.
• Tesoureiro (a) - Trabalha submisso ao tesoureiro da igreja; - Arrecada as taxas de participação; - Coordena as entradas e saídas financeiras das atividades realizadas; - Apresenta regularmente um relatório da situação financeira ao clube; - Administra o movimento financeiro do clube somente com comprovantes legais. • Capelão (ã) - Responsável pelas atividades espirituais de cada reunião do clube; - Responsável pelas atividades espirituais das saídas do clube; - Responsável pelo envolvimento do clube com a programação da igreja; - Responsável pela coordenação da classe Bíblica jovem; - Responsável pelo treinamento de liderança para as atividades da igreja. • Conselheiro Geral - Supervisiona as atividades do clube; - Orienta a diretoria; - Serve de apoio aos jovens em suas necessidades; - Visita as famílias dos jovens participantes; - Está presente às reuniões e atividades do clube.
Notícias
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superbom
Aprendizado que vale ouro
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Em sua quarta edição, festival esportivo reúne centenas de alunos em Hortolândia Por Danúbia França
Festival Esportivo A poucos dias das olimpíadas, cerca de 500 alunos do sexto ano do Ensino Fundamental até o terceiro ano do Ensino Mé-
47 Abertura do Evento acontece no ginásio principal do Unasp
dio participaram do maior festival de esportes dos colégios da região, Fecaps, que aconteceu no Centro Universitário Adventista de São Paulo (Unasp), campus Hortolândia, a 130 quilômetros da capital. Foram três dias de competições. A abertura dos jogos aconteceu num domingo pela manhã, no ginásio principal do
Unasp. Após a cerimônia, os alunos foram direcionados aos locais das provas. Os atletas disputaram medalhas de ouro, prata e bronze em cinco categorias esportivas: vôlei, tênis de mesa, natação, atletismo (que incluiu arremesso de peso), salto em distância e corrida, além da prática da queimada, novidade deste ano.
No evento, muitos participantes tiveram a oportunidade de viver essa experiência pela primeira vez. “Não tinha noção de como era. Mas quando você participa, dá uma sensação maravilhosa, um frio na barriga, torna-se inesquecível”, afirma a estudante Maria Victória. O programa recebeu competidores profissionais
A cada encontro, os professores apresentam para pequenos e grandes a oportunidade de aprender e desenvolver diversas habilidades que os ajudarão no dia a dia
Danúbia França
Em agosto, a cidade do Rio de Janeiro receberá milhares de atletas vindos de todos os lugares do mundo para disputarem os jogos olímpicos. São dezenas de modalidades esportivas que exigem de homens e mulheres preparo para chegar ao nível de alto rendimento. Para tanto, treinos intensos são realizados diariamente. A relevância do evento, que também consiste na difusão de valores por meio do esporte, acaba mobilizando instituições de ensino em todo o país. Para incentivar os alunos, escolas têm realizado programas que massificam a prática de diversas modalidades esportivas. Exemplo disso é a Rede de Educação Adventista na zona sul da capital, que une Educação à prática de esportes com o objetivo de integrar conhecimento e desenvolvimento do estudante em diversas áreas.
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Estrutura do evento
Danúbia França
Os estudantes ficaram hospedados em hotéis próximos ao local do evento. “Essa vivência de estar longe de casa, dos pais, da escola, de acordar cedo para participar dos jogos e ter horário para tudo faz a gente se sentir mais responsável”, afirma Lucas Santos,
Nadadoras disputam a prova dos 25 metros nado livre
A relevância do evento, que também consiste na difusão de valores por meio do esporte, acaba mobilizando instituições de ensino em todo o país
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Final das competições. Entrega das medalhas aos vencedores
que se inscreveu em três modalidades esportivas. A fim de oferecer uma alimentação saudável e equilibrada aos competidores, as refeições foram preparadas e servidas no próprio restaurante do centro universitário, e um ponto de venda de lanches foi montado num espaço estratégico, próximo às áreas das provas. Incentivo ao esporte Durante as aulas de Educação Física, as ativi-
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como Gabrielly Nogueira, nadadora federada. “Já tem um tempo que treino e participo de provas fora da escola. Mas vejo que aqui no Fecaps o desafio também é grande, porque têm pessoas do meu nível. Então preciso me esforçar bastante e fico meio nervosa”, afirma. A proposta do programa, que está em sua quarta edição, é proporcionar integração entre os participantes, desenvolver habilidades, além de promover o incentivo ao esporte. “Esse é um grande evento, em que todos, especialmente os alunos, têm a oportunidade de vivenciar momentos singulares, longe do ambiente cotidiano deles. Nós sabemos a importância do esporte nas escolas, na vida dos pequenos e dos grandes. Por isso, o investimento”, afirma Willian Meira, diretor geral da rede de Educação Adventista da região Sul de São Paulo.
Cumprimento dos atletas após a partida
dades realizadas tanto em classe quanto nas quadras, de forma lúdica e atrativa, têm inserido o aluno no universo do conhecimento e da promoção à saúde. A cada encontro, os professores apresentam para pequenos e grandes a oportunidade de aprender e desenvolver diversas habilidades que os ajudarão no dia a dia. Para participar do Fecaps, além das atividades que fazem parte do planejamento escolar, os
professores trabalharam em horários alternativos. “Além das aulas habituais de Educação Física, marcamos um horário extraclasse. E para eles se habituarem ao clima do festival, a fizemos amistosos com outras escolas”, explica Priscila Bueno, professora de Educação Física. No encerramento, além das medalhas, foram entregues troféus para as escolas que tiveram o maior número de medalhistas.
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Ficará na história Por David Oliveira
Este ano representa um grande marco na história da Superbom, indústria de alimentos da Igreja Adventista do Sétimo Dia, presente no Brasil há nove décadas. Em especial, nas últimas semanas, dois acontecimentos trouxeram conquistas importantes à empresa, um de teor espiritual e o outro relacionado a produção. Nova vida
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Há dez meses, Cezar Vital de Deus Borges foi contratado pela Superbom para atuar como vigia. Hoje, o colaborador faz parte da equipe de pós-produção da fábrica. Durante algumas semanas, Borges recebeu estudos bíblicos do diretor da instituição, Regis Reis, que se reunia com o rapaz após o expediente. Borges nunca havia tido contato com a Igreja Adventista. Antes do atual emprego, ele atuou como segurança e vigia em outras empresas, e era instruído a agir com hostilidade e violência para manter a ordem. No entanto, ao conhecer a Superbom, encontrou uma empresa que, segundo ele, “inspira paz” e é fundamentada em diferentes princípios, principalmente no que diz respeito ao próximo, evidenciando Deus em todas as suas atividades.
Foi nas últimas semanas de estudo que Borges sinalizou o desejo pelo batismo. Numa conversa informal, ele ficou empolgado com a ideia de ser batizado na própria empresa, ao término de uma Semana de Oração que ocorreria nas próximas semanas. Casado com Camila Gomes Borges, não adventista e também funcionária da indústria, o colaborador entendeu a ocasião como uma grande oportunidade de testemunhar sua decisão à esposa e aos amigos que não compartilham da mesma fé. Em 24 de março, último dia da Semana de Oração dirigida pelo pastor Diego Barreto, diretor de Comunicação e Liberdade Religiosa da Associação Paulista Sul (APS), sede regional da Igreja Adventista, ocorreu a maior festa já vista em uma indústria de alimentos: a confirmação pública do retorno de um filho aos braços do Pai. Borges escolheu frequentar a igreja do Centro Universitário Adventista de São Paulo (Unasp) campus São Paulo e foi batizado pelo pastor Neumoel Stina. Embalagem diferente Desde 2015, em uma parceria com a Educação Adventista, a Superbom preparou cerca de 180 mil kits especiais de páscoa para os alunos da rede no Brasil. A indústria elaborou uma caixa presente exclusiva com o tema do Calvário, adotado pela Divisão
divulgação superbom
Indústria de alimentos saudáveis da Igreja Adventista comemora dois acontecimentos inesquecíveis em sua trajetória
Sul-Americana da Igreja, e incluiu uma mini-colomba (mais saudável que aquelas habitualmente comercializadas nos supermercados) e um suco de uva envasado numa embalagem de alumínio. O suco normalmente é distribuído em garrafas de vidro, mas para garantir maior segurança às crianças, que poderiam se machucar no manuseio desse material, especialmente para o projeto, a Superbom fez parceria com uma indústria que já possui envase em embalagens de alumínio. Foi a primeira produção de um suco em lata
com a marca Superbom da história da indústria. A iniciativa atendeu às expectativas da direção da Educação Adventista e dos estudantes. A empresa deseja, um dia, ter em sua fábrica uma linha de envase em latas, utilizando o seu próprio suco de uva e mantendo, dessa forma, o sabor do tradicional. Esse desejo é movido pelo empenho em criar cada vez mais soluções que atendam as demandas internas da Igreja, encontrando meios de chegar aos lares de mais pessoas com a marca da Igreja Adventista.
ulB
Corações inspirados
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comunicação ULB
Simpósio no nordeste do Brasil ressalta importância da profecia para os dias atuais
Por Heron Santana
Josafá foi o quarto rei na linhagem do trono de Judá. Ele realizou reformas judiciais, religiosas e militares que trouxeram paz e prosperidade para a sua população. Isso não impediu que uma confederação liderada pelos reinos de Moabe e Amon articulassem uma invasão contra o seu reinado. O receio diante da ameaça se transformou em esperança quando o Senhor anunciou que lutaria pelos judeus. O sentimento foi traduzido em um discurso animador, descrito no segundo livro bíblico de Crônicas, em que Josafá inspira o povo com uma declaração que anima corações ainda hoje: “Confiem em Deus, e vocês estarão seguros; confiem nos profetas de Deus, e tudo o que
vocês fizerem dará certo” (2 Crônicas 20:20, em versão na linguagem de hoje). Assim como ocorreu com o rei Josafá e os hebreus liderados por ele, a importância bíblica e histórica dos profetas inspirou corações e mentes de quase duas mil pessoas durante o
promove o ministério para mais de 2,2 mil igrejas, onde congregam mais de 190 mil seguidores. O evento aconteceu no templo da Faculdade Adventista da Bahia (FADBA), em Cachoeira, entre os dias 8 a 10 de abril, e impressionou pela atualidade da mensagem
comunicações e do crescimento da intolerância, a mensagem profética continua exercendo seu papel de orientação para o caminho a ser seguido pela Igreja. Logo na abertura foi possível sentir a preocupação de evitar o esquecimento de valores, princípios, da história da Igreja e do legado de pioneiros adventistas. A entrada de estandartes de ministérios como publicações, obra médicomissionária, comunicação e da Educação Adventista evidenciou a importância desses serviços para a origem e expansão do adventismo no Nordeste. Aliado a esses, uma série de estandartes lembrou a importância de iniciativas recentes que têm contribuído para orientar os fiéis em ideais de comunhão, relacionamento e missão. A presença de palestrantes com estudos e publicações sobre o tema foi bem satisfatória para os participantes. O destaque
a importância bíblica e histórica dos profetas inspirou corações e mentes de quase duas mil pessoas durante o primeiro Simpósio do Espírito de Profecia, realizado pela Ulb primeiro Simpósio do Espírito de Profecia, realizado pela União Leste Brasileira (ULB), sede da Igreja Adventista do Sétimo Dia para os estados da Bahia e de Sergipe. A instituição
profética. Em plena turbulência do século 21, na era da tensão entre discurso democrático e terrorismo, da explosão da tecnologia e dos desafios da globalização, da agilidade das
foi a participação do pastor James Nix, diretor do White Estate, organização sediada no escritório mundial da Igreja, em Silver Spring, Maryland, nos Estados Unidos, responsável
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comunicação ULB
a mensagem profética continua exercendo seu papel de orientação para o caminho a ser seguido pela Igreja
Palestras e louvor
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pelos escritos, traduções e legado do ministério profético da escritora Ellen White. Nix é tido como uma das principais autoridades na preservação do legado profético adventista. Em suas palestras, ele salientou que as profecias apontam para uma só direção, que é a volta de Jesus a este mundo, e instigou os participantes a assumirem a responsabilidade de anunciar este acontecimento. “Será a nossa geração que assumirá o compromisso de ver Jesus voltar? Se não for, quem será? Se não for agora, quando?”, questionou. O pastor Alberto Timm, diretor associado do White
Estate, abordou sobre a importância da profecia para os dias de hoje. Em sua apresentação, ele mostrouse surpreso pelo interesse despertado pelo evento. “Achei que este evento seria menor; subestimei esta festa espiritual, e fico impressionado com o compromisso de vocês com a mensagem profética”. Para o pastor Timm, o despertamento para as verdades contidas na Bíblia e na profecia são a chave para a disseminação do evangelho em um mundo secularizado. “Com um grupo assim, poderíamos abalar o mundo”, declarou, para a alegria dos participantes.
Outras palestras foram bem concorridas. O pastor Renato Stencel, diretor do Centro de Pesquisa Ellen White (São Paulo), trouxe uma apresentação sobre a primeira visão da escritora americana, reconhecida pelos adventistas como uma profetisa moderna. O pastor Daniel Plenc, diretor do Centro Ellen White, da Faculdade Adventista da Amazônia (FAAMA), apresentou uma análise sobre a cultura, o lazer e a profecia. Também participaram, entre outros, o pastor Gerson Rodrigues, diretor do Centro Ellen White da FADBA; o pastor Tércio Marques, diretor de Publicações da Divisão Sul-Americana (DSA), e o líder associado para este ministério, pastor Adilson Morais; e o pastor João Vicente, diretor geral de vendas da Casa Publicadora Brasileira (CPB). A liderança no louvor ficou sob a responsabilidade do quarteto Arautos do Rei, acompanhado pelo
maestro Jader Santos. Durante o evento, encenações contando a história da Igreja, desde 1844, passando pela chegada do adventismo no Brasil e os desafios do pioneirismo no Nordeste, emocionaram os participantes. Um momento de inspiração foi a participação da professora Carla Ferreira, de Vitória da Conquista, sudoeste da Bahia, que impressionou os participantes ao recitar trechos inteiros de escritos de Ellen White, inclusive o relato de sua primeira visão. Sobre sua capacidade de memória, ela disse se tratar de um dom de Deus. “Decoro quando estou em casa, fazendo comida, lendo os livros durante meia hora, pelas madrugadas, e então a mensagem entra em minha cabeça e não sai”, afirmou. Simpósio on-line Todo o Simpósio do Espírito de Profecia teve transmissão em tempo real pelo canal de vídeos da ULB, integrado com mídias sociais e com o portal oficial adventista para a América do Sul. Foram quase 20 horas de transmissão, com interação em mídias sociais como Twitter, Facebook e Youtube. Cerca de 1,5 mil pessoas acompanharam pelo menos parte da programação on-line. “Não estive presente, mas tive a honra de poder assistir nesse canal. E louvo a Deus por ter aberto a minha mente para também usufruir desses belíssimos escritos”, comentou Francisco Andrade. “Foi uma experiência incrível, com excelentes palestras e belas músicas”, afirmou Jones dos Anjos.
aconteceu comigo
“Eu era perdido”
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Antes Rodrigo Santana influenciava as pessoas para o mal caminho. Mas após conhecer o amor de Deus, passou a andar na contramão de sua própria história
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Por Vanessa Moraes
ono de uma vida sem regras, Rodrigo Pires Santana nunca acreditou na existência de um Deus. A maior parte de sua trajetória foi dedicada a baladas, bebidas, drogas, brigas e discussões. “Eu era um ‘cara’ perdido”, diz. Natural de São Paulo, capital, Santana é radialista e jornalista, e trabalha há mais de 18 anos com o apresentador Gugu Liberato, conhecido em todo o Brasil. Eles se tornaram muito amigos. Durante três anos atuou no SBT, no programa Domingo Legal. “Entrei como assistente de produção, depois fui produtor 1, 2 e 3. Exerci produção musical, coordenação, assistência a direção geral e fui diretor de externa do quadro ‘Construindo um Sonho’ de uma família que morou em uma Kombi e ganhou uma casa”, conta. Quando Gugu saiu do SBT e foi para a TV Record, o rapaz mudou de setor. Hoje ele
trabalha em novos projetos. Essa mudança não foi tão fácil. “Foi complicado. Estava no setor administrativo e passei para o de produção. Meu primeiro dia no palco foi assustador, mas a cada domingo ao vivo as coisas foram melhorando”, revela. Certa ocasião, em 2009, Santana se desentendeu com um diretor. Ao conversar com Gugu sobre o que havia acontecido, este sugeriu que o jovem procurasse um pastor ou padre, que seguisse uma religião para abandonar a vida desregrada. “O Gugu é muito fiel a Deus dentro de seu entendimento. Um exemplo de profissional, pai, filho, ser humano. Ele é um grande e verdadeiro amigo”, descreve. Algum tempo após a conversa com Gugu, Santana recebeu de Cecília, esposa de seu amigo Walter Wanderlei o “ Goiabinha “, pela internet, um vídeo chamado “O Grande Conflito”, apresentado pelo evangelista e pastor Luís Gonçalves. Ao assistir, o rapaz prontamente lembrou-se de uma ex-namorada
Seu maior sonho é ajudar, por meio de sua influência, na expansão da TV e rádio Novo Tempo que frequentava a Igreja Adventista do Sétimo Dia em Tucuruvi, zona norte de São Paulo. “O Espírito Santo me fez recordar das coisas que Muryel Sadala sempre me falava”, compartilha ele.
Primeiro contato Em meados de 2000, Muryel, na época namorada, sempre falava sobre Deus para Santana. Ela o levou à igreja e ele ouviu o primeiro sermão de sua vida, com o pastor Neumoel Stina. O rapaz a acompanhou à igreja algumas vezes, mas sua intenção era apenas agradá-la. Ele desconsiderava tudo o que ouvia a respeito de Deus, porém, uma semente foi plantada em seu coração. Contudo, devido às más influências do namorado, Muryel se afastou de Cristo. “Infelizmente hoje ela está fora da igreja por minha ignorância”, lamenta Santana. Passaram-se os anos. Santana viajou para Itupeva, São Paulo, a fim de visitar alguns primos, que eram batistas. Ele comentou sobre o vídeo que havia recebido pela internet, inclusive sobre a denominação a qual pertencia o pastor do vídeo. Seus planos eram retornar para a capital no sábado à noite, mas foi convencido por um primo a pernoitar, pois no dia seguinte uma pessoa que frequentava a mesma denominação do pastor Luís Gonçalves almoçaria com a família. “Foi aí que eu conheci a Ângela Arrais. Passamos o dia juntos e ela esclareceu muitas dúvidas que eu tinha. Minha curiosidade cresceu”, comenta. O marido de Ângela é médico e trabalhava com a esposa de um dos primos de Rodrigo Santana, que também é médica. Atualmente, Ângela é secretária da diretoria de pós-graduação, pesquisa e extensão do Centro Universitário Adventista de São Paulo (Unasp), campus Engenheiro Coelho.
para estudar a Bíblia com Ângela. Em um desses encontros, conheceu o irmão dela, o pastor Renato Stencel, diretor do Centro White do Unasp-EC, que apresentou o espaço para ele. Santana procurou uma Igreja Adventista na capital e conheceu José Camanzano, que deu continuidade ao trabalho de Ângela. “Fizemos o estudo ‘Ouvindo a voz de Deus’”. Santana literalmente rendeu-se ao convite de Cristo e depois de abrir sinceramente o coração para aprender sobre Seu amor, decidiu ser batizado. “Fiz um propósito de que somente o pastor Luís Gonçalves me batizaria, afinal, ele foi responsável por me ajudar a entender o plano de Deus para minha vida. Em visita a uma das igrejas, conheci o irmão do pastor Luís, o Pedro Gonçalves, que ajustou o batismo”, completa. Em 2 de abril de 2016 Rodrigo Santana e sua esposa Andréia Santana foram batizados pelo pastor Luís Gonçalves. Atualmente, ele faz um curso sobre dons e ministérios. “Quero descobrir meus dons e agregar nos propósitos de Deus. Segundo os testes, tenho vocação para profecia, mas estou aprendendo para entender. Já percebi que serei um eterno aprendiz”. Santana conta que daqui para frente, quer seguir sempre o que Deus ordenar. Seu maior sonho é ajudar, por meio de sua influência, na expansão da TV e rádio Novo Tempo e, assim, levar outros a conhecer a verdade que um dia ele também teve a chance de conhecer.
Sede de conhecimento Após conhecer mais sobre Deus, Santana passou a viajar quase todos os finais de semana para Engenheiro Coelho e Hortolândia, em São Paulo, arquivo pessoal
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reflexão
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Segredos para uma família feliz
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Confira 5 dicas que poderão ajudar a restaurar a felicidade de sua família
ual é o segredo da felicidade familiar? Muitos são os que buscam essa resposta. O certo é que claramente a busca pela felicidade é algo que todos nós almejamos como família. Claro que são muitas as dicas ou segredos para se construir e manter um relacionamento feliz e saudável, mas quero aqui destacar apenas cinco, que tenho visto e presenciado ao aconselhar diversas famílias com que tive contato ao longo do meu ministério. Conheça-os: O segredo da presença de Deus A família deve ser sempre direcionada por Deus, que a criou (Gênesis 2:18,21-24 e 9:1). Para que isso aconteça, é preciso permitir que Ele esteja intimamente presente no lar. Busque as orientações e os conselhos divinos, pedindo forças para agir de acordo com a vontade de Deus. Ele precisa ser a base, o fundamento, o principal alicerce de todo relacionamento familiar. O segredo da união Uma pessoa sozinha está mais vulnerável aos ataques do inimigo. São nesses momentos que sentimentos como a dúvida e a desconfiança aparecem para minar o amor entre os membros da família. Não podemos nos dar ao luxo de vivermos separadamente. Quem quer ter sucesso deve manter a família unida em todos os aspectos. Façam planos juntos, enfrentem as dificuldades juntos e, assim, estarão cada vez mais fortalecidos.
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Nós devemos nos esforçar para amar ao ponto de, se preciso for, renunciarmos a tudo, em detrimento uns dos outros
Caio Campos é pastor em Bacabal, Maranhão, pela Missão Sul Maranhense (MSMa)
O segredo do respeito O respeito é uma das bases fundamentais para o crescimento do amor. A família que se ama se respeita. Quando há respeito, se fortalece o amor. Evitem se desrespeitar quando estiverem sozinhos e, principalmente, quando estiverem em público. Assim, não haverá discussões e constrangimentos. Feridas ou magoas certamente serão evitadas. O segredo do diálogo Existem muitos que moram na mesma casa, dormem debaixo do mesmo teto, comem da mesma comida, mas vivem como se estivessem a centenas de quilômetros de distância uns dos outros. Mal se falam, mal se olham, mal se conhecem. Não permitam que a distância os separem dentro do mesmo ambiente. Conversem sobre todas as coisas. Não se
privem de um bom diálogo, principalmente para resolver os problemas que certamente virão ao longo do tempo. O segredo do amor O apóstolo Paulo, inspirado por Deus, nos revela a força do amor (I Coríntios 13). Em suas palavras ele enfatiza o fato de que o amor é o maior de todos os dons. Nós devemos nos esforçar para amar ao ponto de, se preciso for, renunciarmos a tudo, em detrimento uns dos outros, nos esforçando a cada dia pelo bemestar, felicidade e salvação de nossa família. Tamanho amor é evidenciado na cruz do calvário e não deve ser por nós negligenciado. Se reinar em vosso lar este amor, o mesmo verdadeiramente será eterno e a força do tempo não poderá subjugá-lo. Que nossas famílias vivam a felicidade que Deus quer nos dar.
O respeito é uma das bases fundamentais para o crescimento do amor. A família que se ama se respeita