Making of
editorial
Agora que o Verão está aí temos o calor, o sol, a energia, o bem-estar. Sentimo-nos bem, à flor da pele e queremos tirar o máximo proveito da vida, da natureza, da saúde - o nosso bem primeiro e aquele que temos de tratar com o maior cuidado. A saúde é o equilíbrio da vida e não apenas um objectivo. É para lhe lembrar tudo isto que existimos. Somos não apenas uma revista que o desperta para a saúde mas que lhe dá mais saúde. Somos uma equipa positiva para leitores mais saudáveis! Prova disso é que a +saúde magazine está a partir de agora encartada no Hoje, o líder dos diários económicos. A nossa saúde irradia e temos de agradecer a quem nos segue e likes us na maior rede social de hoje, o facebook. Todos os dias com novos seguidores, o que demonstra bem como este tema é inesgotável. Neste número regressamos mais saudáveis, com novos parceiros e novos nomes. Um brinde à saúde. E continuamos a dar-lhe ideias. Por exemplo, basta caminhar 30 minutos por dia para melhorar a sua saúde. Apresentamos-lhe o grupo «10.000 passos + 1», um conjunto de pessoas que, em nome da saúde, se reúne para fazer caminhadas! Explicamos-lhe também como valorizar a nossa milenar e tão saudável dieta mediterrânica. Desfrute-a. E já agora, sabia que D. José I usava as termas do Estoril para curar as chagas que o atormentavam? 50 anos depois as termas do Estoril reabrem com um spa oriental. Viajamos também até ao Norte, onde um dos maiores grupos empresariais portugueses abre mais um hotel a provar que é possível ser made in Portugal e saudável. Entre connosco nesta aventura saudável. E pela sua saúde, seja feliz!
Direcção Editorial: Safirasea, +Saude Magazine, Filipa Veiga Direcção Produção: Varvara Titova, Rafael Leitão, Net-marketeer e Mario Frade, Novas Tecnologias de Informação Design: Carlos Hipolito, Sofia Moniz, Nogueira & Cagnin Fotografia: Vitor Machado, Nogueira & Cagnin Departmento Financeiro: Varvara Titova Comercial e Marketing: A.C.S.N. Departamento Jurídico: escritórios Drª Maria Fatima Pires Contabilidade: Paula Esteves Distribuição gratuita: A distribuição é feita com o jornal económico "OJE"
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PUBLIREPORTAGEM
ste bar de Cascais abriu no ano anterior à revolução de 74. Assenta numa carruagem do primeiro ano da República. Talvez por isto seja um sítio onde se respiram as memórias das grandes noites entre amigos. Ali é tudo amigos, e essa é a alma do negócio.
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Como nasceu isto? Nasceu por acaso. Eu e o meu irmão trabalhávamos na discoteca Palm Beach, que era das mais conceituadas de Cascais na altura. Nós os dois e o porteiro passávamos por aqui todos os dias quando acabávamos o serviço. Este terreno estava livre e pensámos: «E se alugássemos este espaço e uma carruagem?» E foi assim. Falámos com a CP, que recebeu bem a ideia, e em pouco tempo estava tudo pronto. E a carruagem veio de onde? Primeiro foi só uma. Fomos ao estaleiro da CP no Entroncamento, escolhemos e comprámos a peso de sucata. Depois a CP construiu um ramal para a carruagem poder vir até aqui. Custou na altura 32 mil escudos, o que era uma fortuna. As pessoas acharam a ideia muito gira e ajudaram-nos. Por exemplo, um amigo nosso disse que nos fazia a decoração, a mesma que ainda existe hoje. A ideia do tecto almofadado foi dele. Que dá um ar aconchegante ao sítio. Sim, confortável. De carruagem. E depois? No primeiro ano só veio o meu irmão e eu fiquei onde estava para assegurar pelo menos um ordenado, caso a coisa corresse mal. Mas isto correu tão bem que, no segundo ano, vim para aqui e comprámos a segunda carruagem. Quem são os seus clientes? Muitos estrangeiros. Há pessoas que passam férias em Cascais e vêm cá todos os dias. De tal forma que criámos amizades e correspondemo-nos durante muito tempo. E já tenho 3 gerações de Cascais. Acha que o facto de ser uma carruagem verdadeira é que é o segredo da longevidade? Este é um bar apelativo, diferente do normal. Depois investimos sempre muito no serviço e temo-nos batalhado pela qualidade. E, claro, somos tão antigos que até já tenho netos dos meus primeiros clientes a virem aqui. Se os pais dizem aos filhos, olha ali há uns bifes muito bons, os filhos vêm cá provar! Por falar em bifes, que são uma das especialidades da casa. Mas há mais. Sim, o bife do lombo é óptimo. Depois temos o pica-pica. Agora temos a francesinha que trouxe o nosso cozinheiro que é de Felgueiras. E depois são os hambúrgueres, fomos talvez o primeiro sítio em Cascais a ter hambúrgueres há 36 anos!
Trem Velho Então e quem trouxe os hambúrgueres? Tenho uma história bem engraçada para contar. No primeiro ano, quando abrimos, tínhamos um cliente americano que vinha cá muito. Na altura só servíamos tostas mistas, pregos e cachorros. Esse senhor, que tinha sido cozinheiro na América, um dia pergunta-nos se não queremos experimentar algo diferente que podia ter muito sucesso. «Então o que é», perguntámos? É o hambúrguer, faz-se com carne picada que tem de se temperar. «Venho para aqui todas as tardes até aprenderem», propôs ele. E assim foi. E não é que foi um sucesso maluco! E a bebida Pims também ajudou! Foi outro sucesso. Era uma bebida bonita, cheia de frutas, e as pessoas gostaram tanto dela que pediam às 12. Custava 5 escudos. E a música que aqui passou nestes 37 anos, suponho que tenha mudado muito. A princípio tínhamos os hits do momento porque havia clientes que trabalhavam na TAP e traziam-nos os álbuns de Nova Iorque, Londres. Aqui ouvia-se música que não havia em mais lado nenhum. Depois passámos ao CD. Agora os DVD com concertos têm atraído muita gente. E por que é que toda a gente chama Carruagem e não Trem Velho? É certo que o nome Carruagem pegou. A ideia do meu irmão foi chamar-lhe Old Train, que não foi aceite. Hoje a geração mais nova parece ser a primeira a chamar-lhe pelo nome!
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SaĂşde da nossa Economia
hotel
Coimbra actualidade zona de investimento É o hotel de maior dimensão entre Lisboa e o Porto. Foi uma aposta no «centro do centro» de Portugal, Coimbra. Cidade onde se construiu a primeira universidade portuguesa no século XIII, é agora no século XXI um espaço para se descobrir a riqueza artística e monumental com a ambiência necessária para assinar bons negócios. E respira saúde. ão é por acaso que o grupo Vila Galé é um dos mais saudáveis do país e membro no ranking das maiores empresas hoteleiras do mundo. Arrojado, empreendedor, eficaz, aventureiro. O Vila Galé Coimbra, inaugurado este mês, é sinónimo disso mesmo. Um hotel situado numa cidade estudantil tem necessariamente sabor a cultura. Coimbra sempre efervesceu. A crise de 69 foi o Maio de 68 português, onde os estudantes, em pleno regime ditatorial, ousaram desafiar costumes e regras impostas. Coimbra viveu, então, o seu movimento flower power. Já os romanos, senhores a localizar os melhores secret places, tinham descoberto a zona e ali se estabelecido. Deixaram as belas ruínas da próspera cidade de Conímbriga que viria a dar o nome a Coimbra. Com Portugal já nascido, D. Dinis ligou-se à cidade com a fundação do Estudo Geral (a primeira Universidade portuguesa) em 1290. A sua mulher, Isabel de Aragão, fundadora do belo convento de Santa Clara, é atribuído o milagre das rosas, lenda do pão que se transforma em rosas. Para sempre ficaria Rainha Santa. No século XIV, os amores eternos
de Pedro e Inês tiveram Coimbra como testemunha. Morta por razões de estado, as lágrimas de Inês derramadas no rio Mondego teriam criado a Fonte dos Amores na Quinta das Lágrimas, local de visita também obrigatória. E há ainda as aldeias de xisto, as rotas dos veados e javalis na Lousã, a Serra de Cicó, Penela e as Ferrarias de São João. O Vila Galé apostou nesta herança óptima para grandes caminhadas e percursos ideais para BTT. Nos dias de hoje basta olhar para o mapa de Portugal para perceber a localização cirúrgica de Coimbra. Está no meio, entre as duas maiores cidades portuguesas, Lisboa e Porto. Como palco natural de união entre o Norte e o Sul, o Vila Galé Coimbra (VGC) apostou também no turismo de negócios e tem uma área de conferências equipada com a mais alta tecnologia e com capacidade para 600 pessoas. Quando entramos logo damos conta de uma aura diferente, quase estranha para o local. Mas quando de perto avistamos os tutus verdadeiros, a homenagem a Anna Pavlova em A Morte do Cisne, a montra de sapatos de dança com pontas de tecido azul ou vermelho, logo percebemos que o palco é de dança. Todos os manequins são da Companhia
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Nacional de Bailado, parceiro do VGC, que presta assim uma homenagem a esta forma de arte. «Nós começámos a introduzir a ligação de cada hotel a um conceito. Neste é a dança e penso que foi uma excelente escolha. Começámos a ligação às artes com o cinema no Porto, a ópera em Lisboa, a moda em Lagos. Faltava a dança. O facto de introduzimos um tema é um guião que seguimos, e para os clientes é sempre um aspecto que comentam», conta Gonçalo Rebelo de Almeida, filho do Presidente do Conselho de Administração do grupo Jorge Rebelo de Almeida, anfitrião nesta inauguração. «Acaba por enriquecer o hotel tornandoo um atractivo cultural. Os clientes passam a entrar nestas áreas, a conhecer por exemplo nomes de bailarinos ou de coreografias. Não pretendemos tornar ninguém entendido em dança, mas enriquecemos culturalmente os nossos clientes ao proporcionar-lhes esta experiência». E é de facto uma experiência. Podemos deixar-nos levar pelas histórias de amor que cantam os bailados, como Pedro e Inês, de Olga Roriz, ou o de Julieta, fotografados nas paredes. Dos 5 andares de quartos, o 5.º é dedicado aos casais. Os que têm a melhor vista são virados a Este, de frente para o
centro histórico, com o Mondego mesmo ao lado (a antiga fábrica de malhas e tecidos Ideal aguarda a recuperação obrigatória). Dizem que este é o melhor Vila Galé. «Desde sempre estamos atentos às expectativas e necessidades dos nossos clientes e vamos encontrando soluções que vão resultando melhor de um projecto para o outro. Também temos sempre a preocupação de melhorar qualquer pormenor, seja o tamanho da televisão, o buffet do restaurante, qualquer coisa de inovador. A sociedade evolui, as pessoas cada vez viajam mais, conhecem cada vez mais realidades, e nós temos de estar à altura». O Spa é muito zen. Sente-se uma calma e uma serenidade nirvânicas. O cheiro a incenso envolve-nos e depois é só escolher. Ginásio, piscina, jacuzzi, banho turco, yoga, pilates. Um corredor de velas leva-nos às 6 salas de massagens e uma tem o nome de Romeu e Julieta para programa a dois. Um investimento de 22 milhões de euros que criou 57 postos de trabalho directos. Uma empresa saudável em todos os sentidos, com direito a inauguração com honras de Estado. Presente, o primeiro-ministro, talvez por também ele ser adepto da vida saudável.
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entrevista
Entrevista a Gonçalo Rebelo de Almeida Ainda exerceu advocacia mas logo percebeu que o futuro seria ao lado do Pai. Hoje divide tarefas e adora o que faz. Conviver com clientes, parceiros, operadores turísticos. Não lhe custa o trabalho, mas consome 12 a 14 horas por dia. Quisemos saber como cuida da saúde, pessoal e hoteleira. TEXTO Filipa Veiga de Oliveira
Gonçalo Rebelo de Almeida
Dança é sinónimo de saúde, bem-estar. Este hotel também foi pensado para proporcionar momentos saudáveis? Este seria apenas mais um hotel de cidade, mas tornou-se um resort numa cidade. Tem uma vista fora do normal sobre o rio Mondego, os quartos podem desfrutar dela e isso permite iniciar logo o relaxamento. Nós criámos a nossa linha de SPA, o “Satsanga”, que, à semelhança dos hotéis, também tem vindo a ser melhorado. É cada vez maior o número de clientes que com o stress do diaa-dia quer aproveitar os momentos em que estão num hotel para melhorar a sua condição física. Os habitantes da cidade também podem usar o espaço. Como cuida a sua condição física? Tenho uma vida muito agitada, com família e muitas horas de trabalho. Mas tento sempre ter actividade física. Antes fazia jogging todos os dias e agora 3 vezes por semana. E vou a spas. Tenho por princípio não ir aos dos nossos hotéis! Não consigo relaxar, estou sempre a olhar e ver se está tudo limpo, arrumado, se falta alguma coisa. Portanto, nos momentos de lazer, saio, e não é porque não goste dos nossos, é mesmo para poder desligar.
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Saúde da nossa Saúde
in Pedra no Charco
L.M.B.A.
TEXTO Manuel Sanches, Psicólogo
oje, já é frequente encontrar livros sobre Inteligência Emocional. Em alguns se encontra a crítica aos testes que só tinham em conta o QI (Quoeficiente de Inteligência). De facto, numa avaliação escolar ou numa selecção para emprego, pouco contavam as emoções e os sentimentos: se o estudante ou candidato estava bloqueado com inibições, se o professor ou entrevistador o amedrontava, se tinha sofrido uma perda que o abalou, se tinha uma noite agitada e sem dormir... Que valor tinha ou tem o facto de tal pessoa ser lenta a responder perante uma situação que lhe causa stress emocional, mas que também atinge as metas, embora mais tarde, porque é persistente e lutadora? A eficácia não é exclusiva do género intelectual... Muitos sobredotados (com elevado QI) fracassaram, porque cresceram tortos, de forma desarmoniosa, com muitos boas capacidades de raciocínio e tempos de resposta curtos, mas muito frágeis do ponto de vista emocional, com séries de dificuldades de resistência à frustração e ao insucesso. Hoje, as comunidades terapêuticas para adictos têm muitos internados que são bons exemplos do que acabo de afirmar. Também as clínicas “PSI...” têm um novo paciente: o Yuppi, o Jovem Gestor que, rapidamente, atingiu o cume empresarial e que, agora está em queda livre, a afundar-se no abismo da angústia e da depressão, incapaz de dar respostas óbvias a coisas simples, a desistir de tudo, inclusive a cuidar da sua imagem que, antes tanto cultivava. Como dizia Camões, ”Perdigão perdeu a pena, não há mal que não lhe venha”. Hoje, já se começa a valorizar o QE (Quoeficiente Emocional), já se ouve perguntar, a miúdas vezes, o que é que sentes? E
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causam simpatia, políticos como Xanana Gusmão, que não escondem as emoções e que, publicamente, choram de tristeza, de dor, de raiva, de medo, de alegria. As próprias sondagens sobre preferências, põem em confronto dirigentes ditos mais racionais ou afectivos. O dualismo cartesiano é uma marca da cultura ocidental, com origens na Grécia Antiga. Também o é a desvalorização das sensações, das emoções, dos sentimentos, ou a prioridade ao racional, eu penso, logo existo. Pensadores vários levantaram-se contra o menodesprezo do eu sinto, contra a inversão de valores que nega às sensações, o primado ou contra a filosofia racionalista pura que teve como expoentes Sócrates, Descartes, Kant, entre outros. A grande descoberta de Sigmund Freud: o homen não ser só razão e depender de energias inconscientes. Henri Wallon escreve do acto ao pensamento, ou seja, que o cognitivo, o conhecimento se vai estruturando a partir da emoção, termo que vem do latim “emovere”, e significa o movimento de dentro para fora, expulsar de, abalar, sacudir. É pelas sensações resultantes do movimento de acção, como apalpar, levar à boca e mordiscar, que a criança vai conhecer e diferenciar umas coisas das outras. A emoção tem, por sua vez, um suporte material, o cérebro. António Damásio elaborou “o mapa da alegria e da tristeza” filmando, pela primeira vez na história da ciência, essas emoções no cérebro. Inteligência Emocional ou Emoção Inteligente? A primeira expressão, em meu entender, representa aparentemente, um avanço na nossa cultura, mas do ponto de vista científico, acho que é um erro. E é o perpetuar do erro ao afirmar-se o primado da inteligência sobre a emoção. A práctica clínica da terapia emocional põe em destaques que os “porquês”, os Insights, a compreensão surgem de forma espontânea e mais clara após a expressão das emoções de sobrevivência (são zanga, medo, dor, amor, prazer). Ao inverso, o bloqueio emocional, resultante de situações traumáticas, tapa o conhecimento e os “porquês” paralizam.
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opinião
Inteligência Emocional
Estoril regressa à tradição termal meio século depois
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termas
azer um tratamento termal na região da Grande Lisboa era algo que poucas pessoas imaginariam até há bem pouco tempo. No entanto, trata-se de uma tradição reconhecida internacionalmente desde há séculos e que foi interrompida apenas nos últimos 50 anos, com o encerramento das Termas do Estoril. Passado quase meio século e depois de muitos testes que passaram pela verificação do caudal hidrográfico e certificação das águas, as Termas do Estoril reabriram ao público em Novembro último integradas no Estoril Wellness Center, num edifício moderno onde se aliou o conceito de termas e SPA num mesmo espaço. Com um investimento que rondou os 25 milhões de euros, as novas termas retomam a tradição do tratamento de doenças respiratórias, músculo-esqueléticas e dermatológicas, graças às propriedades terapêuticas reconhecidas nas suas águas já no séc. XVII. Recentemente durante as pesquisas e realização de testes, foi possível localizar a 278 metros um lençol de águas cloretadas e sódicas, com as mesmas características físico-químicas que as tornaram famosas, levando mesmo o prestigiado hidrologista Charles Lepierre a classificá-las como “Àguas tipo Estoril” na sua Carta de Águas, publicada no início do século passado. Localizadas no centro do Estoril, junto ao Hotel Palácio, num edifício projectado pelo arquitecto Gil Graça, as termas estão dotadas dos mais modernos equipamentos e infra-estruturas, entre piscinas, ginásios, duches, salas de tratamento e gabinetes médicos. O edifício, conta com cerca de 4500 metros quadrados e está dividido em quatro pisos, dois dos quais reservados à prestigidada cadeia de Spa´s internacional, “Banyan Tree”. Aqui, no exotismo do ambiente de inspiração oriental, com aromas de incenso a pairar no ar, terapeutas e massagistas formados pela Academia Banyan Tree proporcionam alguns tratamentos exclusivos desta marca como o Harmony Banyan ou o Royal Banyan. Integrado na zona do Spa, encontramos ainda o Sandalwood Café, um restaurante de comida light inspirada na gastronomia tailandesa. O acesso a este espaço pode ser livre ou através do cartão de sócio e que dá acesso ainda a outras facilidades como descontos no golfe do Estoril, na prática de ténis e outros desportos em espaços geridos pelas Termas do Estoril, S.A., sociedade que tem como accionistas a Estoril Plage e a Opway Imobiliária.
TEXTO Manuel Sanches, Psicólogo
izemos que a dor, o medo, a zanga são emoções de sobrevivência. Também o são o amor e prazer. Com efeito, é a dor que nos leva a retirar a mão do lume e não ser distribuída, é o medo que nos impede de saltar-mos de uma ponte alta e não morrermos, é a zanga que nos pode livrar de alguém nos agredir ou massacrar, é o desprazer e a falta de amor sentido que gera angústia, desespero e dor, donde a procura da morte tantas vezes tentada e concretizada pelo suicídio. Aceitar as Emoções para uma Nova Cultura das Emoções! Mas, apesar de emoções de sobrevivência, quem é que não evita o medo, a zanga, a dor? E até o amor e o prazer? Todos temos tendência a fugir destas emoções. Porque? Para além de outras razões, creio que a cultura dita ocidental tem nisso jogado um papel decisivo, não só ao menosprezar e refrear o “eu sinto” (emoção), tendo sobrevalorizado o “eu penso” (cognição), mas também porque continua a impor uma variedade de atitudes mal adaptativas, valores e crenças sobre as emoções e a sua expressão. Para não falar da proibição das “coisas” do corpo que é sustentáculo das emoções. Na litangere é uma expressão latina (não tocar) que tem a ver com esse interdito. Preconceitos na nossa cultura:
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Zanga – os homens podem mostrar zanga, as mulheres não, porque zanga é sinal de energia, de poder e de virilidade. Zanga ainda é entendida como desamor, não gostar ou não ser gostado. Se tu estás zangado comigo, é porque não gostas de mim. Também Zanga é dita como sendo igual a destruição. Se eu chego a zangar-me, poderei destruir alguém, ou destruir-me. Medo/Dor – mostrar medo ou dor é sinal de fraqueza, logo os homens não podem mostrar tais sentimentos, quando muito isso é para as mulheres. Se eu mostro medo, sou atacado e não serei capaz de me defender. A dor é associada à morte. Se eu mostro dor, vou sofrer ainda mais, partir-me-ei todo e morrerei. Prazer/Amor – desejar ter prazer, é ser infantil, irresponsável, imoral, asqueroso, debochado, desavergonhado... Amar é romântico, logo ultrapassado e antiquado. O amor é também uma armadilha. Se eu expresso o meu amor por alguém, ficarei vulnerável e a mercê desse alguém a quem confesso o meu amor. Para outros, o prazer e o amor são identificados como uma utopia, como algo tão nobre e superior, logo longe do alcance dos seres humanos que são imperfeitos. Sim presto, sim mereço existir com prazer, sim mereço ser amado.
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opinião
Emoções de sobrevivência
spa
Sexto Sentido É no sexto sentido que está a diferença. E qual é o sexto? - perguntará. O centro de todas as virtudes, aquele que todos queremos atingir: o equilíbrio perfeito entre todos os outros.
TEXTO Filipa Veiga de Oliveira
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ria-se a pirâmide de 6 esferas que representa a filosofia fundamental da existência humana. E é como entrar numa viagem ao centro de nós. Estimula-se o primeiro dos sentidos, o olfacto. O magnífico cheiro, ao entrar, extasia-nos e tira de imediato qualquer dúvida ou inibição. O sítio onde nos encontramos, o Six Senses Spa, surpreende, inspira, relaxa. É o local por nós sonhado, onde todos queremos estar. Situado num ainda secret place da Serra de Sintra, este cantinho da natureza foi descoberto em 1355, sim, no século XIV. Local de perfeitas energias, foi logo escolhido para a instalação do primeiro convento da Ordem de S. Jerónimo em Portugal, da responsabilidade de Frei Vasco Martins. Nos séculos XV e XVI tornou-se refúgio preferido da família real portuguesa, que aqui deixou um agradecimento à natureza em forma de jardins, fontes e moinhos de água. Um misto de história, beleza e natureza faz da Penha Longa um dos retiros mais exclusivos da Europa e mesmo, poder-se-á dizer sem corar, do mundo. É nesta envolvência que surge um dos mais requintados e conhecidos Spas a nível internacional. O Six Senses Spa foi criado para distribuir bem-estar, oferecer harmonia e criar novas experiências de tranquilidade. A filosofia é totalmente oriental, não fosse o seu criador um indiano e não viesse toda essa terapia daquele outro lado do globo. O Six Senses Spa assenta numa busca perfeita de equilíbrio entre todos os sentidos. O terapeuta está ali para nos agradar e partilhar connosco aquele momento de forma especial. “Quando no fim me dizem que estão nas nuvens, sinto directamente a parte gratificante do meu trabalho”, resume a terapeuta Vina Teodoro. Dona de umas mãos macias e envolventes, emana do seu trabalho uma energia tranquila que nos transporta para uma viagem a um mundo mágico, onde nos é permitido esquecer. Os cheiros a eucalipto, os óleos à base de azeitona que percorrem o corpo, os sons do silêncio, o ambiente estético e, por fim, o chá de ingredientes secretos, são componentes deste retreat que pode durar 1 hora ou um dia. Tratamentos há-os todos e para todos os gostos. Que o vão deixar em paz holística, num todo. Mime-se, purifique-se e sobretudo aprenda a viver slow.
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a prevenção à cura de diversas doenças, a escolha correcta de alguns alimentos que deve incluir na sua dieta, repesenta o primeiro passo para uma vida mais longa e saudável. Vulgarmente presentes na dieta mediterrânica, seguem abaixo alguns alimentos que podem fazer a diferença no seu bem-estar a médio longo prazo. Legumes – excelente fonte de fibras, devem estar presentes em todas as refeições, dado o seu papel no processo digestivo, ajudando o intestino a funcionar bem e a prevenir a prisão de ventre e eventuais tumores. Iogurte – os estudos demonstram que as bactérias “benéficas” que fazem parte da sua composição estimulam o sistema imunitário e ajudam a prevenir diversos tipo de cancro. Azeite – um dos alimentos mais saudáveis da dieta mediterrânica, o azeite comprovou em diversos estudos a sua eficácia na prevenção de diversas doenças de foro cardiovascular. As suas propriedades eram já exploradas pelos egípcios e gregos que, para além da alimentação, também utilizavam o azeite na composição de sabonetes e essências, como poderoso antioxidante, ajudando a retardar o envelhecimento da pele. Chá – segunda bebida mais consumida no mundo a seguir à água, as suas virtudes acompanham o Homem desde tempos imemoriais. Isso deve-se sobretudo à quantidade de flavonóides, substâncias com poderosas propriedades antioxidantes. O seu consumo habitual ajuda na prevenção de diversas doenças, desde cardiovasculares, artrites, Alzheimer e inflamações diversas. Para além dos flavonóides, o chá contém ainda catequina, substância com um poder antioxidante 20 vezes superior ao da Vitamina C. Tomate – rico em betacaroteno é um dos alimentos mais importantes no reforço do sistema imunitário. A ingestão regular deste nutriente, seja através do tomate cru em saladas, sumos, sopas e mesmo o ketchup, ajuda a prevenir problemas causados pelos efeitos negativos dos raios solares sobre a pele e tecidos oculares. Peixes gordos – ricos em ácidos gordos do tipo Ómega-3, desenvolvem uma acção vasodilatadora dos vasos sanguíneos, favorecendo o seu funcionamento. Entre os mais comuns estão a sardinha, o atum e o salmão, cujo consumo ajuda ainda no processo de regulação da pressão sanguínea, no bom funcionamento do sistema nervoso e no desenvolvimentos dos mecanismos de defesa do organismo.
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nutrição
Alimentos “amigos” da sua saúde
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equitação
Montar é um estado de espírito! Num espaço maravilhoso na Quinta da Marinha, rodeados de imponentes árvores centenárias, a respirar o ar do mar, ao lado de uma motivada equipa de profissionais. Foi neste extraordinário cenário, envoltos de energia positiva, que entrevistamos Nuno Velloso. Como nasceu a sua paixão pelos cavalos? Penso que a minha paixão pelos cavalos é genética. O meu avô foi o impulsionador da equitação exterior em Portugal no princípio do séc. XX, tendo feito parte da primeira equipa que representou o país no estrangeiro, mais concretamente em S. Sebastian no ano de 1906. Aos 4 anos já eu montava a cavalo e aos 6 passeava no Alentejo no meio dos touros bravos. O cavalo sempre me fascinou, e quando era menino um dos meus sonhos era ser cavaleiro. Como tem sido o trajecto até os dias de hoje? Este ano faz 29 anos que trabalho com cavalos no Centro Hípico da Quinta da Marinha. Em 1980 comecei por tomar conta da escola de equitação, que vim adquirir uns anos mais tarde. Cheguei a ter 47 cavalos, 250 alunos e uma equipa de 12 elementos a trabalhar comigo. Em competição tinha cerca de 20 alunos em provas nacionais, alguns dos quais com óptimos resultados em campeonatos nacionais da juventude com várias subidas ao podium. Preparei também vários cavalos e faço competição há 23 anos na modalidade de saltos de obstáculos. Das minhas vitórias destaco o Grande Prémio de Alenquer em 1998, as Seis Barras de Santarém a 1.90m em 1997; fui campeão nacional de Veteranos em 2005. Actualmente estou envolvido num projecto que visa desenvolver o gosto pelo cavalo, a respeitá-lo e a interagir com ele, como se fosse uma dança, procurando formar um conjunto em plena harmonia. É uma espécie de academia, onde o aluno, independentemente da idade, do sexo, do escalão social, aprende tudo
sobre o cavalo, desde o tratamento, como a limpeza das boxes, do próprio animal, dos materiais, a sua constituição física e psíquica, o relacionamento com ele, a pé e montado. Tenho cavalos para iniciação (volteio), e para todos os níveis, até, inclusivamente para dar os primeiros passos em competição
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equitação
Academia de Equitação Nuno Velloso
equitação Quando entramos na Quinta da Marinha, sentimos que entramos num mundo a parte? A Quinta da Marinha é de facto, um local privilegiado pela natureza e o centro hípico beneficia desse enquadramento, proporcionando-nos um trabalho com boas condições para a prática deste desporto. É muito bom sentir as árvores, o chilrear dos passarinhos, admirar o voo de alguns peneireiros e águias de asa redonda, as perdizes a correrem a nossa frente, enfim, tão perto da cidade e tão longe ao mesmo do stress da vida do quotidiano citadino. É pois, um mundo a parte, enquadrada pela Serra de Sintra, pelas dunas e praia do Guincho, e o Golfe dos Oitavos. Como se sente a trabalhar com as camadas mais jovens? Trabalhar com as camadas mais jovens é para mim uma
grande alegria. Encontro nos jovens toda a força da vida, a vontade de aprender, de fazer melhor. Ajudam-me imenso a melhorar e aprendo com eles a descobrir o prazer da minha renovação interior, ao sentir-me como eu era quando tinha a idade deles, e, assim, ir descobrindo-me a mim próprio, pois só conhecendo-me posso tentar mudar e evoluir como pessoa. Sente que existe pouca promoção da Arte de Montar? No momento presente, penso que se tem dado mais importância à promoção da arte de montar. No entanto, ainda é visto como um desporto de elites, o que não corresponde a realidade. Como é um desporto e uma arte, não é a capacidade financeira que faz uma pessoa ter jeito, mas sim a prática e o ter nascido com um
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equitação dom, quando se aspira a um nível já muito avançado nesta comunicação cavalo-cavaleiro daí, eu pensar que se poderia abrir um pouco mais a divulgação sobre mundo maravilhoso que gira à volta do cavalo. Acredita que o projecto da C. M. Cascais em parceria com a Junta de Turismo da Costa do Estoril, a respeito do Hipódramo Manuel Possolo, irá beneficiar a Equitação na região? Penso que sim, que foi uma boa aposta, porque ao trazer os melhores cavaleiros e cavalos do mundo atrai mais pessoas para a prática da competição. No entanto, é fundamental não descuidar o desporto escolar, penso que a Câmara poderia investir mais nesta área, pois só da quantidade se pode vir a encontrar a qualidade.
Que outros serviços oferece a Escola? Na minha escola, que eu penso mais funcionar como academia, não me dedico somente ao ensino da arte de montar. Tento ajudar também as pessoas necessitadas de trabalho, ao proporcionar-lhes a aprendizagem do ofício de tratadores de cavalos, arranjando posteriormente colocação para elas; fazer uma boa época de concursos hípicos, pela captação de um ou mais sponsors tanto para a escola como para a competição, dado que sozinho se torna impossível levar este projecto para diante. É necessário criar raízes profundas para que se continue a solidificar a expansão deste desporto. As entidades competentes, Câmara Municipal, Junta de Turismo e algumas empresas poderiam desempenhar um papel fundamental neste aspecto. Qual a mensagem que gostaria de deixar para quem nunca montou a cavalo? Venha descobrir uma nova maneira de estar no mundo. Nada vai ser como antes.
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mbora os olhos estejam sempre em primeiro plano quando duas pessoas se encontram, a sua complexa constituição passa despercebida à maioria das pessoas. Daí que nem sempre tenham os cuidados que este órgão maravilhoso merece e exige para se manter activo e em boas condições de funcionamento ao longo dos 80 ou 90 anos da vida. Não vale a pena encarecer a importância da sua acção. É, por certo, o sentido mais especializado e que mais falta faz quando destruído. Podemos compará-lo a uma máquina fotográfica
gaste deste músculos piora a capacidade de focagem originando perturbações como a miopia. Por seu turno, a íris, que dá a cor aos olhos, tem por finalidade eliminar a luz que não deve entrar pelo seu orifício, denominado pupila, condicionando a quantidade de luz que chega ao nervo óptico. É também regulada por músculos que são sujeitos a imensa sobrecarga quando, subitamente, é lançado um feixe luminoso sobre os olhos, como acontece, frequentemente, em programas televisivos. A falta de preocupação sanitária dos realizadores, por desleixo ou ignorância do mal que provocam nos
com a sua lente de focagem, o obturador, neste caso a íris e uma câmara onde a luz entra e se projecta sobre o nervo que recolhe as impressões luminosas. Na prática, o que nos interessa saber sobre o seu funcionamento com vista a preservar o seu funcionamento é a constituição dos seus elementos mais susceptíveis a doenças ou maus tratos e que vêm a ser, sobretudo, a tal lente que toma o nome de cristalino, o obturador, que toma o nome íris, o conteúdo da câmara, constituído pelo humor vítreo e pelo humor aquoso, e o nervo ótico onde convergem as imagens. A lente tem a função de ajustar as imagens ao foco e, por isso, está sempre a alterar o seu comprimento, cada vez que olhamos para objectos colocados a distâncias diferentes. Isto é feito à custa de músculos e, portanto, a fadiga ou des-
espectadores é responsável por muitos danos a nível dos olhos. Os humores que preenchem os espaços do globo ocular desempenham funções de transporte da luz e, em caso de perturbações, dão origem à diminuição da tensão intraocular, a que se dá o nome de glaucoma. Por último, a lesão mais grave da visão localiza-se no nervo óptico, com graves possibilidades de cegueira irreparável. Diz-se que os olhos são o espelho da alma. Mas o maior ou menor cuidado com que os tratamos é o espelho da nossa responsabilidade para com o nosso carpo. Numa época em que se propala o exercício, a alimentação saudável, a vida ao ar livre, o anti-stress, continua a não ser dada atenção adequada à saúde dos olhos, sujeitos a todo o arsenal de agressões.
E
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saúde
As partes do corpo
as nossas sugestões
Mês do Coração dedicado à dieta mediterrânica A Fundação Portuguesa de Cardiologia, que em Maio assinala o Mês do Coração, vai dedicar a edição deste ano à alimentação mediterrânica, numa parceria com a Associação Portuguesa de Nutricionistas (APN). O objectivo consiste em sensibilizar a população portuguesa para a adopção de estilos de vida saudáveis, que passem pela adopção de novos comportamentos alimentares, nomeadamente no que diz respeito ao maior consumo de frutas e legumes. As doenças cardiovasculares, uma das consequências de uma alimentação desequilibrada, representam a principal causa de morte no nosso país e são também uma importante causa de incapacidade. Devem-se essencialmente à acumulação de gorduras na parede dos vasos sanguíneos (arterosclerose).
Sinais de perigo Todos os anos são detectados novos casos de melanoma, pelo que nunca é demais alertar para os perigos que a exposição solar pode representar. Faça regularmente um auto-exame da pele, começando pela zona da cabeça, onde para além dos sinais no rosto, pescoço e orelhas, deve também verificar o couro cabeludo, socorrendo-se de um secador se necessário para ajudar a afastar os cabelos. É muito fácil esquecermo-nos das zonas menos expostas, mas também estas devem requerer a sua atenção, como os antebraços, axilas, nuca, parte posterior das coxas e palmas dos pés. Fique atento a eventuais alterações da côr e da forma dos sinais, bem como ao surgimento de manchas ou comichões e ardor.
Energia solar bebível
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Existem sumos à base de folhas e caules, como bróculos e salsa, que pela sua quantidade de clorofila representam uma verdadeira fonte de energia solar. Com a chegada dos dias mais quentes, a ingestão destes ingredientes nos sumos naturais não só ajudam a refrescar, como são uma deliciosa fonte de energia e boa disposição.
PUBLIREPORTAGEM
É um cantinho confortável que fica mesmo a jeito para quem vai a caminho do Guincho ou para depois de um bom dia de praia. O Beirão serve os petiscos portugueses e oferece o melhor peixe que o nosso Atlântico nos proporciona. Conheça o chefe José Ribeiro e este restaurante à beiramar plantado que há 10 anos serve o melhor da comida portuguesa.
Quando abriu este restaurante? Foi exactamente há 10 anos. Vim de outro restaurante e resolvi investir neste. Isto já existia, era uma taberna que se chamava Beirão. Manteve o nome. Porquê? Sou de Trás-os-Montes, mas mantive o nome apesar de este sítio estar na altura um pouco «queimado» pelo ambiente que tinha. Limpei tudo, tirei toda a publicidade, no fundo, fiz a casa de raiz. E funcionou. Qual é o segredo do sucesso? É ser comida portuguesa bem confeccionada. Eu nunca saí, mas, do que me dizem, a comida portuguesa é a melhor do mundo e eu concordo! O facto de eu aqui estar todos os dias também ajuda a que tudo funcione na perfeição. Tem ajuda da família? Sim, o meu filho mais velho gosta de estar aqui e já me ajuda muito. O mais novo está na Escola de Hotelaria do Estoril e, para já, vai fazer um estágio, portanto só vem aos fins de semana. A minha mulher já está habituada às nossas ausências. O que nunca falha na confecção da sua comida? Sal, azeite e um bom tempero. Quais são as suas especialidades? Peixe e marisco. Todos os dias vou ao mercado logo pelas 7 e meia da manhã e trago produtos frescos. Nesta altura tenho sardinha assada na brasa todos os dias. E tenho muito cuidado na confecção do peixe, porque peixe mal cozinhado nunca sabe bem. Desvende-nos o seu truque. Não há nada como um bom peixe grelhado com um pouco de sal. Peixe que não sabe a mar não vale a pena. Quem são os seus clientes habituais? Muitos são de Cascais, mas também vêm de fora. São essencialmente pessoas que apreciam a minha comida, bom peixe e bom vinho da minha garrafeira. Eu nunca precisei de fazer publicidade, sempre funcionou a passar a palavra. A minha história resume-se a muito trabalho.
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O Beirão
conselhos saudáveis
Como escolher o seu Health Club?
Apesar dos Health Clubs fazerem cada vez mais parte da rotina dos portugueses, é nesta altura do ano que a procura destes espaços aumenta consideravelmente. Aqui deixamos algumas dicas para que a sua escolha se baseie em critérios conscientes, que contribuam para que a motivação não se esmoreça ao fim de algumas semanas. - Atendimento: a forma como é recebido na sua primeira visita vai reflectir o tipo de tratamento que terá quando se tornar sócio. A simpatia é importante mas seja exigente em relação ao profissionalismo da equipa que monitoriza o club, na forma como treina, se comporta e apoia os outros frequentadores. - Higiene: antes de efectuar a inscrição peça para visitar as instalações e preste especial atenção aos balneários. Sinais de negligência podem revelar-se potenciais focos de infecções e causar-lhe problemas diversos de saúde. - Equipamentos e serviços: verifique a qualidade e quanti-
dade de equipamentos, as modalidades que existem e se estão ajustados aos sócios. Facilidades como toalhas para os treinos, cacifos individuais, orientação de um personal trainer, oferta de shampô e gel de duche são pormenores que podem fazer a diferença. - Localização e estacionamento: opte sempre por clubs que fiquem próximos da sua área de residência ou do local de trabalho. Um Health Club que fique “a caminho” e não o obrigue a perder meia hora às voltas para estacionar facilita a fidelização. Qualidade/preço: Por vezes, mais vale pagar um pouquinho mais (20 euros equivalem a um almoço) e saber que vai obter os resultados desejados, do que cair na armadilha do “barato sai caro” e não ver o retorno do seu investimento. A qualidade tem um preço, e no que diz respeito à sua saúde e bem-estar não deve haver lugar para dúvidas.
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opinião
Importância do exercício TEXTO J. G. Pereira
estudo dos efeitos do exercício físico na saúde é, actualmente, uma das principais preocupações da Medicina do Exercício. Qualquer forma de manifestação da actividade motora, desde o desporto de lazer ao de alto rendimento, apresenta riscos e benefícios. O exercício, quando inconvenientemente orientado pode repercutir-se negativamente na saúde e bem-estar do indivíduo. As repercussões favoráveis da actividade física na saúde e na capacidade de sobrevivência são comummente avaliadas pelo estado de condição física, definindo-se para o efeito várias componentes. Daremos breve nota da componente morfológica e metabólica.
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Componente morfológica Pode ser definida como base em vários factores, advindo a sua importância da forte relação que evidencia com as condições de morbilidade e taxa de mortalidade. A relação entre a massa corporal e a altura é expressa pelo índice de massa corporal (quociente entre a massa corporal e o quadrado da altura em metros). Valores elevados ou demasiadamente baixos para este índice relacionam-se significativamente com a taxa de mortalidade. O excesso de peso relativamente à altura pode ser estatisticamente associado a perturbações da tolerância oral à glucose, hiperinsulinémia, hipertensão arterial, hipertrigliceridémia e algumas formas de dislipoproteinémia. É aceite que a adiposidade é a principal fonte de risco responsável pela morbilidade e mortalidade associada a índices elevados de massa corporal. Vários estudos e ensaios científicos apontam para a existência de uma correlação directa e significativa entre a massa gorda, perfil lipídico (colesterol elevado), sensibilidade à insulina, pressão arterial, doenças cardíacas e o risco de aterosclerose, responsáveis por elevadas taxas de mortalidade, mesmo no indivíduo não idoso, na faixa média da vida. A distribuição de gordura subcutânea é considerada um indicador importante de risco acrescido de doença cardiovascular e doenças metabólicas no adulto. A distribuição adiposa subcutânea regional característica do sexo masculino, localiza-se na região do tronco, mais particularmente a nível abdominal. Este tipo de distribuição exibe uma correlação estatisticamente significativa
com uma maior resistência á acção insulínica – hiperinsulinémia e um perfil lipídico e hemodinâmico claramente identificado com a maior aterogenecidade. O risco de doenças ateroescleróticas, particularmente coronariopatias, está associado á elevação da concentração plasmática de triglicéridos e do colesterol das lipoproteínas de baixa densidade (LDL), bem como de uma redução do colesterol das lipoproteínas de alta densidade. Os programas de actividade física regular, podem exercer um importante efeito preventivo a este nível, condicionando alterações favoráveis no perfil lipídico. É interessante referir que, quando se utiliza como estímulo o exercício muscular, os programas de prescrição de actividade física que se baseiam em programas de intensidade moderada/ baixa têm-se revelado mais eficazes e efectivos. Estas constatações, relativamente recentes na literatura, contrariam de forma inequívoca a necessidade de estimulações de intensidade elevada. Muito provavelmente, reside aqui a explicação para o facto dos ex-atletas não exibirem índices mais elevados de longevidade, nem se encontrarem mais protegidos contra este tipo de patologias. Em suma, actividade física sim, desde que convenientemente orientada e adaptada à especificidade do indivíduo ou à sua patologia (doença).
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A eficácia das “modernas” práticas milenares tratamentos alternativos massagem acompanha a Humanidade desde há milénios, quer no alívio de problemas físicos quer na indução do bem-estar. Actualmente, assistimos ao seu regresso em força, com diversas técnicas, umas mais exóticas do que outras, prometendo resultados milagrosos. Numa viagem por este universo, venha desmitificar os tratamentos da “moda” e descobrir qual o mais adequado para si.
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Hot Stones Técnica milenar que tem vindo a ganhar grande popularidade nos últimos tempos, consiste na colocação de pedras vulcânicas aquecidas sobre determinados pontos do corpo humano, nomeadamente ao longo da coluna vertebral e ombros, aquecendo os músculos e preparando-os para uma massagem profunda. A pedra vulcânica, dada a sua origem e composição – rica em ferro -, concentra grande quantidade de energia telúrica, activada com o seu aquecimento em cubas apropriadas. Colocada sobre o corpo, “substitui” a energia negativa da pessoa pela energia em si contida. Daí que o processo de re-energização e “purificação” da pedra, entre uma sessão e outra, seja obrigatório. Os benefícios deste tipo de tratamento vão desde o relaxamento profundo, o equilíbrio dos níveis energéticos, e subsequente conforto e harmonia. Massagem Tailandesa Dos templos budistas, onde já era praticada há cerca de 2000 anos, a massagem tailandesa, também conhecida
por massagem Thai, desceu para a confusão das cidades e é hoje praticada em todo o mundo. Consiste na pressão de pontos específicos do corpo, ao longo de uma “rede” subtil de linhas energéticas. Nesta rede, onde se acredita que circula a nossa energia vital, são aplicadas pressões profundas e efectuados alongamentos musculares de forma a desbloquear a energia vital. Embora, a manipulação seja aplicada no corpo físico, acredita-se que a cura atinge os demais corpos subtis, resultando na saúde e bem-estar generalizado da pessoa. As manobras utilizadas de desbloqueio da energia vital, vão ao encontro do mesmo resultado atingido pelas posições do yoga (asanas), permitindo os mesmos benefícios a quem não consegue as posturas exigidas por este tipo de exercício. Ao contrário da maioria das massagens, onde as mãos são o “instrumento” principal, na massagem Thai também são usados os pés, cotovelos e os antebraços. Entre os seus benefícios, contam-se o aumento da flexibilidade, a redução de tensões, a regularização de diversas funções do organismo e o aumento dos níveis de energia. Shiatsu Tal como a anterior, mas desta feita com raízes na medicina tradicional chinesa, o Shiatsu baseia-se na crença da existência de uma rede de canais energéticos no corpo humano por onde circula a energia vital, cuja pressão e estimulação garantem o bom funcionamento de todo o organismo. Segundo a filosofia que se encontra por detrás deste conceito, toda a doença resulta de um desequilíbrio
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tratamentos alternativos desta energia, sendo por isso necessária a sua estimulação, que pode ser alcançada quer seja por fricção, movimentos circulares, alongamentos e aquecimento de determinados pontos. Ideal para combater dores de coluna, insónias, estados de ansiedade e esgotamento físico, este tipo de massagem proporciona, tal como as demais, uma sensação generalizada de relaxamento e bem-estar. Drenagem Linfática Ao contrário da maioria das massagens, esta é relativamente recente, tendo sido introduzida como tratamento em meados do século passado. Consiste numa massagem manual muito suave, com movimentos circulares e em espiral, visando “trabalhar” os gânglios linfáticos, activando-os e facilitando a drenagem do organismo. Especificamente aconselhada para pessoas que passam muitas horas em pé ou sentadas, ou que levam uma vida demasiado sedentária, este tipo de massagem, por estimular a circulação linfática, ajuda a desintoxicar o organismo, elimina a celulite e as gorduras localizadas, ajuda a combater varizes e desencadeia uma sensação de leveza e bem-estar. Massagem com Óleos Essenciais (Aromaterapia) Esta conjugação de dois tipos de tratamento tem vindo a
ganhar cada vez mais adeptos entre nós. Consiste numa prática terapêutica onde, após uma operação de esfoliação de todo o corpo, se segue uma massagem profunda com óleos essenciais 100% puros, que visam a prevenção ou tratamento auxiliar de problemas físicos, psicológicos e energéticos. Como resultado final, este tipo de tratamento não só trata e embeleza a pele, como proporciona um profundo relaxamento do corpo e da mente. Chocolaterapia O conceito de conjugar a massagem com produtos à base de ingredientes naturais e aromas que nos despertam sensações e memórias agradáveis tem vindo a ganhar grande terreno, nomeadamente quando a procura do exotismo e de novas formas de atrair o cliente exigem um pouco mais de imaginação e excentricidade. É neste âmbito que surge a chocolaterapia, que consiste na colocação de uma “máscara”, após esfoliação, em todo o corpo de produtos em forma de gel ou creme à base das susbstâncias benéficas extraídas das sementes de cacau. Para além dos efeitos comprovados ao nível do relaxamento, a chocolaterapia proporciona também benefícios para a pele, nomeadamente ao nível da sua hidratação e consequente rejuvenescimento.
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SaĂşde da nossa Sociedade
internacional
EUA: Reforma do sistema de saúde beneficia mais de 30 milhões de pessoas om a chegada da Primavera, os Estados Unidos saudaram a chegada de uma nova era com a promulgação da reforma do seu sistema de saúde. Mais do que uma importante vitória legislativa do presidente Barack Obama, a promulgação deste plano representa uma revolução social no país, ao criar um Sistema Nacional de Saúde, seguindo o modelo do que já acontece na maioria dos países do continente europeu. Esta reforma permitirá alargar os cuidados de saúde a 32 milhões de cidadãos norte-americanos que até aqui não tinham acesso a estes serviços, o que à partida pode parecer estranho, se tivermos em conta que os Estados Unidos é o país que mais gasta em saúde. Importa referir que, actualmente, um em cada cinco norte-americanos não tem acesso a seguros de saúde, sendo os planos públicos de acesso exclusivo aos muito pobres e idosos, e os privados muito caros, penalizando, sobretudo, a classe média. A recusa por parte das seguradoras tendo por base o historial médico do paciente deixa agora de ser um entrave, uma vez que através deste plano as companhias de seguro estarão, à partida, proibidas de recusarem a cobertura de qualquer pessoa, independentemente de estarem doentes ou possuírem um mau historial médico. Desta forma, 95% da população nos EUA, com idade igual ou inferior a 65 anos, passará a estar coberta por um sistema de saúde, uma vez que, os idosos já tinham direito a um sistema de saúde público. A reforma prevê igualmente a atribuição de benefícios fiscais às empresas que financiem a cobertura de saúde dos seus funcionários e a concessão de ajuda às famílias com rendimentos mais baixos. Vista por muitos como uma das mais emblemáticas medidas desde o início de cobertura social no país, iniciada por Roosevelt na década de 30, ou como uma extensão do programa Medicare, criado em 1964, que instituiu a protecção e cuidados de saúde a maiores de 65 anos e a pessoas incapacitadas, a promulgação desta lei foi saudada pelo próprio
C
presidente norte-americano. Numa cerimónia realizada na Casa Branca, Barack Obama lembrou que a lei vai pôr em andamento as reformas pelas quais lutaram gerações de americanos, tendo ainda sublinhado o caso da sua mãe, que morreu de cancro e que “até aos últimos dias teve de discutir com as seguradoras”.
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O novo Premium Em Abril deste ano abriu o Vila Galé Coimbra, hotel que «está de saúde e recomenda-se». A aposta no centro foi cirúrgica: já atraiu eventos das maiores empresas portuguesas e a cidade está a receber muito bem a nova unidade hoteleira. Fomos ouvir Gonçalo Rebelo de Almeida, director de marketing e vendas, que nos falou da saúde da empresa, uma das maiores do país e do mundo, dos projectos e de um novo produto especial: o cartão Premium. Como é que este grupo mantém esta saúde de ferro ano após ano e mesmo quando os tempos são difíceis? A primeira regra é trabalhar mais. Dar mais ao cliente, melhor e de uma forma diferenciada. É um desafio quase impossível mas que concretizamos. Um exemplo: as crianças até aos 12 anos são nossas convidadas quando vêm com os pais. O que o distingue dos outros cartões? É um cartão de crédito que é também de fidelização. Inspirámo-nos noutros sectores de actividade e trouxemo-lo para o sector hoteleiro, onde somos pioneiros. É um cartão que funciona em qualquer lado do mundo e para nós o que nos interessa é que as pessoas mesmo que só utilizem o hotel 1 ou 2 vezes por ano, têm permanentemente a marca Vila Galé associada quando efectuam as suas compras. Quais são as grandes vantagens deste cartão? Tem duas grandes vantagens. A primeira é que as compras feitas em qualquer loja dão descontos que depois podem abater no Vila Galé. Outra foi uma condição negociada com a entidade portuguesa financeira emissora do cartão, a Unicre, que permite às pessoas pagarem as férias em 3, 6 ou mais prestações. As pessoas compram as férias e podem pagá-las faseadamente a uma taxa de juro acessível face ao que se pratica no mercado. Estes são os dois key points do cartão. Depois introduzimos algumas vantagens adicionais, como a isenção da taxa de transacção na compra de combustível quando se paga com cartão de crédito. Com o nosso não pagam essa taxa. É outro chamariz. E que vantagens têm nos hotéis Vila Galé? Ai já tem que ver com o programa de fidelização. Quem aderir terá um desconto de 15% nas nossas tarifas de alojamento e 10% nos restantes serviços, sejam restaurante, bar. Os spas aumentámos recentemente para 20% de desconto em qualquer tratamento. Outra vantagem é que os pontos que vão acumulando no uso do cartão tornam-se de novo em dinheiro, ou seja, se eu tenho 1000 pontos passo a ter de novo 25€. As pessoas ficam com um vale que podem logo utilizar em qualquer serviço no hotel. Portanto, o cliente pode gerir a sua carteira de pontos como entender: ou espera por
acumular o que pode dar-lhe estadias quase gratuitas ou vai usando num jantar ou café nos hotéis. Onde pode ser adquirido? Estamos a fornecer formulários aos nossos clientes directamente assim como através de nosso site. Temos uma campanha até ao final do mês de Julho que quem aderir ao cartão tem a oferta de uma noite num dos nossos hotéis. Este cartão está pensado nas empresas também? Temos um mecanismo que ainda não lançámos mas que está para breve. A ideia é ter alguém dentro da empresa que fique responsável por angariar cartões dentro da empresa. Quantos mais angariar mais pontos recebe. Porque esta aposta neste momento? Pensámos nisto porque, por vezes, as empresas se esquecem de uma coisa muito importante que é a fidelização de clientes. Passase muito tempo a pensar como angariar clientes e esquece-se como manter os que já se tem. Este cartão é pensado muito para estes clientes. Porquê o nome Premium? Quisemos fugir aos nomes tradicionais como Gold, até porque a nossa cor de imagem é prata. Mas quisemos um nome que sugerisse glamour e seriedade. O que não significa que não possa haver depois apostas num cartão mais restrito, um Platinum, quem sabe. Para quem esteja a pensar adquirir agora um cartão de crédito, o que diria para escolher este e não outro? Este cartão está direccionado para quem tenha apetência por hotéis e goste de passar férias em hotéis. É gratuito. Se fizer transacções durante o ano e atingir certo valor, posso ter vantagens naqueles dias especiais das férias, que agora se aproximam. E pode ser utilizado também nos Vila Galé Brasil? Exactamente. O cartão é universal. E como estão os projectos do lado de lá do Atlântico? Vamos abrir o Vila Galé Cumbuco, em Fortaleza, em Outubro. É um resort de 5 estrelas num terreno em frente à praia. Tem uma paisagem lindíssima em cima das dunas. É uma zona onde se partica muito kite e wind surf. Para dar saúde à região.
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cartão
PUBLIREPORTAGEM
saúde
Joanetes pé foi sempre o parente pobre do organismo. Situado numa zona pouco higienizada, preocupam-se as elegantes mais com o sapato do que com o seu próprio pé. Actualmente, começa a dar-se-lhe alguma atenção, constituindo a Podologia uma especialidade com profissionais preparados para o seu tratamento. De um modo simples, podemos afirmar que o pé é, na verdade, um tripé: embora possa medir à roda 40 centímetros, grande parte da superfície plantar não apoia no solo. Na verdade, são três pontos em que o pé assenta no chão: um atrás, no osso calcânio, e dois afrente, no primeiro e quinto metatársicos. Quando os arcos entre estes pontos não existem, originam o pé chato que tanto assusta as mamãs. Mas, entre os dois apoios anteriores, isto é, a extremidade anterior do primeiro metatársico e a do quinto, existe também um arco, embora mais ligeiro que, quando esse afunda alarga o pé, projectando o primeiro metatársico para dentro (em boa verdade para fora do pé), originando o joanete. Podemos, assim, dizer, que o joanete é constituído pela saliência daquele osso que, com o aperto do sapato, aumenta de volume, agravando a situação. A estes dois elementos, junta-se um terceiro: sobre o osso, forma-se uma bolsa que enche de líquido, e que, por fim, acaba por infectar. Como pode concluir-se, a pressão do sapato desempenha um papel importante do desenvolvimento do joanete. A propósito diga-se que o nome joanete deriva do nome João, já que, sendo um nome muito popular, e o joanete surgir como frequência no calçado usado na lavoura, o tamanco, deu origem a esta denominação. O que fazer, perante uma situação em que as pessoas usam a expressão: é como se andasse com a cara no chão? Se o joanete já se encontra numa fase adiantada, só há uma solução que é cirúrgica. Mas pode procurar-se evitar chegar a este ponto, utilizando sapatos que não exerçam grande pressão e evitar-se o uso de tacões muito altos. Isto porque a pressão do pé, quando o tacão é muito alto, exerce-se maioritariamente sobre o apoio anterior, alargando o pé.
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Como se concluí, muitas das situações patológicas avançadas podem hoje ser evitadas se o cidadão se preocupar um pouco em manter o corpo em bom estado, pelo menos com o mesmo cuidado com que evita riscos no carro ou lhe meta a gasolina adequada ou, ainda, faz a revisão em tempo próprio. Porque no caso do corpo, pode não pagar a multa por atraso de revisão, mas em muitos casos, o “carro” já não tem concerto.
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pensamento
Deficiências
Em memória de M.B.M.
“Deficiente” é aquele que não consegue modificar sua vida, aceitando as imposições de outras pessoas ou da sociedade em que vive, sem ter consciência de que é dono do seu destino.
“Louco” é quem não procura ser feliz com o que possui.
“Cego” é aquele que não vê seu próximo morrer de frio, de fome, de miséria, e só tem olhos para seus míseros e pequenas dores.
“Surdo” é aquele que não tem tempo de ouvir um desabafo de um amigo, ou o apelo de um irmão. Pois está sempre apressado para o trabalho e quer garantir seus tostões no fim do mês.
“Mudo” é aquele que não consegue falar o que sente e se esconde por trás da máscara da hipocrisia.
“Paralítico” é quem não consegue andar na direcção daqueles que precisam de sua ajuda.
“Diabético” é quem não consegue ser doce.
“Anão” é quem não sabe deixar o amor crescer. E, finalmente, a pior das deficiências é ser miserável, pois:
“Miseráveis” são todos os que não conseguem falar com Deus.
TEXTO Mario Quintana (escritor brasileiro) 1906 – 1994
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As alergias podem ser consideradas como um “excesso de zelo” do nosso organismo face a determinadas substâncias identificadas como nocivas, quando na realidade não o são. Para fazer face a estas “pseudo-ameaças”, o organismo desencadeia uma reacção cujos sintomas podem variar muito de indivíduo para indivíduo. As alergias mais comuns são as polinoses, causadas pelos pólens, e estes por sua vez podem ser anemófilos (espalhados pelo vento) ou entemófilos (espalhados pelos insectos, no seu processo de polinização). Para minimizar ou mesmo evitar os efeitos das alergias, aqui ficam algus conselhos simples: - Evite passear no campo, especialmente em dias quentes e secos; - Vigie os filtros do ar condicionado regularmente; - Para descongestionar o nariz, opte por soro fisiológico ou sprays de água do mar; - Como não existem tratamentos milagrosos para a polinose, o mais seguro é manter distância da fonte alergizante; - Tenha em atenção que os pólens podem percorrer grandes distâncias ao sabor do vento, afectando mesmo quem viva longe do campo; por isso, mesmo em zonas mais urbanizadas, mantenha as janelas de casa fechadas; - Em casos de maior gravidade recorra à ajuda médica, que eventualmente aconselhará um anti-histamínico. Contudo, convém não abusar deste tipo de tratamento, que pode provocar habituação, reduzindo a sua eficácia.
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sinta-se saudável
Alergias: o que fazer?
ENTREVISTA a Dr. Venâncio
É hoje raro ter de arrancar um dente? Em que condições tem de ser feito? Uma das grandes conquistas nos tratamentos orais foi a valorização do dente e a sua manutenção em boca. Isto só foi possível com os avanças da endodôntia (disciplina que executa a “desvitalização” do dente) que nos permitiu salvar dentes infectados que outrora eram obrigatoriamente extraídos. Mas existe, também outro factor importante que é consciência que o doente tem da importância do seu dente e isto deve-se a uma melhor informação e preocupação com a Saúde Oral. O facto de tentarmos preservar o dente não implica que haja situações em que ele deve ser extraído, como nos abcessos com infecção crónica, em doentes de risco (como os doentes cardíacos, renais, diabéticos ou imunossuprimidos, por exemplo), nos casos ortodônticos em que é necessário corrigir o alinhamento e oclusão dentária. As lesões promovidas pela doença periodontal, sem tratamento, levam à perda do osso que suporta o dente e, por vezes, há avulsão espontânea do mesmo. Em tais casos, quais são as consequências para os dentes vizinhos? A perda de um dente leva, de imediato, a uma pior qualidade de mastigação. Mas uma das consequências mais temidas deve-se ao facto de os dentes adjacentes ao espaço desdentado e dos oponentes, tentarem ocupar o espaço vazio (a Natureza tem horror ao vácuo), e esta migração não profissionalmente orientada pela Ortodontia, é feita com a inclinação e rotação dos dentes. Estas modificações podem, por sua vez, levar a uma alteração do contacto entre os dentes na posição de mastigação com a consequente lesão do(s) dente(s) e do ligamento alveolar. Numa situação posterior e mais grave, pode ocasionar uma lesão da articulação têmporo-mandibular que poderá ser dolorosa e incapacitante. É crença corrente que um dente com abcesso não deve ser arrancado. É verdade? Porquê? O que fazer em tais circunstâncias, geralmente muito dolorosas? R: O bom senso clínico aconselha-nos, perante uma situação aguda de abcesso dentário, com ou sem edema da face, não extrair o dente de imediato mas sim fazer a cobertura com antibiótico e anti-inflamatório na posologia adequada e só posteriormente efectuar a extracção. Podemos ter uma actuação médica complementar, com a drenagem do abcesso, tanto por via intra-canalar (dentária) ou por via da mucosa vestibular (gengival) o que leva a uma melhoria mais rápida da situação clínica.
entrevista
Saúde Oral
Com frequência ouve-se falar em pessoas que têm os dentes do siso mal implantados, geralmente na horizontal. A que se deve esta frequência? É uma característica hereditária? Os dentes de siso, cronologicamente, erupcionam na segunda década da vida e terão de se localizar no espaço remanescente que pode ser reduzido. Daí a sua migração eruptiva pode estar dificultada, do que resulta num dente incluso, totalmente intraósseo ou só submucoso ou um dente semi-incluso por não ter erupcionado totalmente, ficando exposta só parte da coroa. Estas situações tendem a ser mais frequentes, dada a melhoria dos cuidados preventivos e curativos que, por sua vez, limita, as extracções, levando a que o espaço para os sisos possa estar comprometido. Não há estudos que nos permitam afirmar a característica hereditária dos sisos mal posicionados, mas a realidade confirma que pais com sisos inclusos podem “legar” esta característica aos filhos, como um estigma. O que sabemos de certeza é que a característica morfológica dos dentes pode ser hereditária e a dimensão dos maxilares também é transmitida geneticamente, pelo que um filho resultante de um cruzamento de um progenitor com dentes grandes com o outro progenitor com maxilares pequenos tem grande probabilidade de ter dentes de siso inclusos e apinhamentos dentários nos restantes. Quais são dentes mais frequentemente afectados: os incisivos, os caninos ou os molares? Porquê? Depende da faixa etária. Nos jovens, depois dos 6 anos, são os primeiros molares que têm maior incidência de cárie, sendo múltiplas as razões tias como: ficam mais tempo expostos às agressões visto serem os primeiros dentes definitivos a erupcionar; a incorrecta higienização; uma alimentação rica em açúcares e, acreditem, a má informação dos pais que, por não saberem que este dente já é definitivo, negligenciam o seu tratamento porque, para eles, este é um dente para substituir. Os caninos raramente são sede de cárie dada a sua configuração de fácil higiene e de esmalte mais espesso. Os incisivos têm uma prevalência de cárie bastante elevada e quase sempre de causa alimentar e, fundamentalmente, por falta de higiene. Há doenças que atingem o esmalte, como a amelogénese, que sem tratamento levam à destruição da coroa dentária. É verdade que o açúcar faz mal aos dentes? É mesmo o açúcar que os deteriora ou a sua fermentação? A resposta é fácil e consensual – o açúcar faz mesmo mal aos
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entrevista dentes. Na realidade, são os ácidos resultantes da sua fermentação que, por aumento de acidez, levam á desmineralização do esmalte e, com o auxílio da placa bacteriana (das suas bactérias) cria uma das condições para o início da cárie dentária. O que faz pior aos dentes das crianças: rebuçados ou bolachas? Há factores que agravam o risco, tanto do rebuçado como da bolacha: maior adesividade do alimento agrava o potencial cariogénico pelo que as gomes são mais agressivas. Outro factor a ter em consideração é o tempo de exposição do alimento: a bolacha consome-se mais rapidamente do que a maioria dos rebuçados, pelo que é menos agressiva para os dentes. Outro factor de grande peso é a frequência do seu consumo já que um “banquete” de guloseimas durante uma hora, seguida de uma boa e eficiente escovagem, é menos prejudicial, em termos dentários, do que o consumo durante o dia, ainda que repartido. Há pessoas que dizem que tinham um dente cariado e o dentista lhe tratou ou mesmo arrancou outro. Isto é ainda possível nos nossos dias ou são histórias de passado? Se isto se dá, a que é devido? Pode e é muito frequente já que as condições que originam a cárie são muito semelhantes. É da nossa experiência que os dentes que foram tratados por cáries próximas (em contacto com adjacente) “passam” a cárie para o do lado, o que nos leva a reflectir sobre a intervenção profilática destas cáries, restaurando, quando há evidência de esmalte fragilizado e susceptível à cárie, das duas faces vizinhas em simultâneo. Estas histórias de dentistas que extraem o bom e deixam o estragado, algumas bem reais outras nem tanto, são motivadas, fundamentalmente, por erros de diagnóstico, e este erro é alicerçado habitualmente, numa descrição de sintomas dolorosos em que os doentes, pela irradiação da dor, referemna num local distante da origem da mesma. Esta irradiação, que tem a ver com a enervação periférica dos vários ramos que têm origem num tranco comum, pode confundir o local da dor. Quantas vezes o siso inferior simula dor do ouvido, levando o doente a pedir o auxílio do especialista de Otorrinolaringologia.
Estas histórias, passadas e presentes, para não se repetirem no futuro, é fundamental um correcto diagnóstico, alicerçado num adequado interrogatório (anamnese) e observação, sendo necessário proceder a exames complementares de diagnóstico, para o confirmar e assim ser reduzida a margem de erro. O que considera ser as maiores conquistas da Odontologia moderna? Falar sobre as conquistas da odontologia moderna é, em primeiro lugar, referir que elas só foram possíveis graças aos pioneiros que abraçaram esta especialidade com arte, dedicação, sacrifício e muito estudo. Há pessoas que vivem o pavor da cadeira do dentista. As modernas técnicas têm feito diminuir a sua frequência? Vamos referir algumas vertentes que mais evoluíram e tornaram a Medicina Oral mais “amiga” do doente: Anestesia e Analgesia – é possível efectuar tratamentos dentários praticamente indolores. Materiais – o aparecimento de matérias de restauro que simulam os dentes, tanto na cor como na consistência, tornando difícil a distinção entre o que é natural e o que é artificial. Exames Complementares – os Raios X digitais permitemnos um diagnóstico mais rápido e minucioso. Técnicas Médicas – a prótese fixa e mesmo a removível que complementam a Implantologia, permitem resolver problemas estéticos e funcionais, tendo em vista optimização do tratamento. A doença periodontal (das gengivas) que até alguns anos tinha uma evolução que levava quase sempre à perda do dente, hoje pode ser estabilizada, melhorada ou, em grande parte dos casos, curada. A Ortodontia e a Cirurgia Ortognática são valências que evoluíram de forma a permitir resultados estéticos e funcionais impensáveis há poucos anos atrás. Falar sobre o futuro da Medicina Oral e sobre as expectativas das investigações que actualmente decorrem, leva-me a terminar esta entrevista dizendo o que hoje é moderno o mais certo é estar ultrapassado num próximo futuro.
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receita saudável
Salada de Verão Tempo de preparação: 10 minutos Preparação: Fácil Ingredientes: 1 embalagem de mistura para saladas 2 cenouras médias raladas 1 cebola roxa fatiada 10 tomates cherry 3 ou 4 fatias de lombo de peru fumado Azeite (q.b.) Vinagre Balsâmico (q.b.) Sal (q.b.) Preparação: Junte a mistura para saladas, as cenouras raladas e a cebola num recipiente para saladas. Regue com o azeite e o vinagre, salpique com um pouco de sal e misture bem. Por cima disponha as fatias de peru com os tomates cherry e retifique os temperos se necessário.
Bolo de Banana Ingredientes: 1 barra de manteiga 1 chávena de chá de açúcar 2 ovos 3 bananas amassadas 2 chávenas de chá de farinha de trigo 1 colher de chá de bicarbonato de sódio 1 colher de sopa de fermento em pó ½ colher de chá de sal 1 chávena de chá de nozes picadas Preparação: Misture a manteiga e o açúcar até que vire um creme claro. Adicione os ovos e misture até que se torne uma massa uniforme. Misture então as bananas amassadas. Coloque aos poucos a farinha já misturada com o fermente e o bicarbonato. Por ultimo junte as nozes e mexa uma colher. Por último junte as nozes e mexa com uma colher. Despeje em forma untada e leve ao forno pré-aquecido por volta de 1 hora. O bolo estará pronto quando você espetar um palito no meio e ele sair sequinho.
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