Magazine 60+ #17

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60+

magazine Ano II

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Formato A4 | internet livre

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#17

S.Paulo, Novembro/2020 - #17

A ansiedade transtorna minha vida

Foto: Warren Wong

Páginas 18, 19 e 20

Depoimento: As sete chaves para vencer a cirurgia do Câncer de Mama Páginas 25 a 28 Especial: de 60+ para 60+ Páginas 60 a 68 A PRESENTE REVISTA TEM COMO FINALIDADE PASSAR INFORMAÇÕES PARA O PUBLICO 60+, SEM CONFLITOS DE INTERESSES E SEM FINS LUCRATIVOS.


NOSSOS PARCEIROS

USP 60+

Projeto Across Seven Seas www.acrosssevenseas.com

Cada um tem sua história e a liberdade para decidir qual caminho quer seguir, se é hora de mudar de rumo ou continuar lutando pela melhor qualidade de vida possível. Está chegando ou passou dos 60 anos, ou mesmo tem interesse pelo assunto, entre em contato e sugira histórias, cursos, eventos.

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(11) 9.8890-6403

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1º/11/2020

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Jornalista Responsável

Manoel Carlos Conti Mtb 67.754 - SP


Editorial Manoel Carlos Conti Jornalista

Na Amazônia e no Pantanal parte do fogo se apagou e a fauna e flora que restaram de quase 30% agora em cinzas começam a tentar respirar novamente. Pelos ares do mundo todo ainda ronda o tal COVID 19 que dizem ser mutante e suas mutações são difíceis de se conter ou mesmo de descobri-las antes que se alastre. Hoje, escrevendo esse artigo, vi imagens assustadoras do povo revoltado principalmente na Itália, Inglaterra e na Espanha onde, principalmente os jovens não se conformam com o novo aviso de lockdown o que a grosso modo significa confinamento, clausura, afastamento de convívio social, interrupção de atividades comuns, etc. Por aqui, no território Brasileiro os níveis de novos casos e de mortes parecem estar decrescendo e oramos seguidamente para todos os Deuses que isso continue. Se falamos de briga, seja pela Pandemia ou pelo fogo nas florestas não podemos deixar de comentar aqui onde o verdadeiro “quebra pau” está acontecendo e é pela continuidade ou não da democracia Norte Americana. Os 2 candidatos praticamente se pegaram no ‘tapa’ nos debates e agora, na reta final se fala em Justiça e cancelamento do pleito. É uma verdadeira briga para o mundo todo constatar se aquele país continuará ou não com a velha democracia. Segundo historiadores a América ficou dividida pela última vez como está hoje na Guerra da Secessão em meados de 1860 quando o norte já industrializado lutava contra o sul que insistia em continuar com a escravidão. No Brasil continua tudo como sempre. Temos visto as ‘comédias’ de alguns candidatos por todo país que dizem absurdos daquilo que farão caso eleitos bem como o que ou quem é realmente seu adversário. Muitos têm a ‘cara de pau’ de dizer

que seu partido é o mais honesto do mundo enquanto alguns de seus filiados e atuantes eleitos nos municípios ou estados são pegos com dinheiro ilegal dentro de suas casas ou em partes mais intimas de seus corpos ou vestimentas como cuecas só para dar um exemplo. Cada vez que monto e faço a revisão dessa nossa Revista acabo tendo de ler tudo muito mais que uma vez e o que mais me impressiona é a qualidade de artigos que vemos nessas próximas páginas. Desde o nascimento da televisão, passando por contos incríveis, textos psicológicos que nos ajudam a entender o porquê muitas coisas acontecem em nossas mentes e em nosso corpo, recomendações médicas, receitas saborosas, reaproveitamento de materiais, nossa eleição na TV, novos livros e escritores, viagens, poesia e muito mais. O Magazine 60+ cresceu muito com a Pandemia e crescemos juntamente com parceiros importantes e principalmente atuantes nessa mesma linha nossa. Nessa edição trazemos uma reportagem como suplemento de um pouquinho daquilo que é desenvolvido pelo Grupo Trabalho e Negócios 60+. Há pouco mais de 2 anos fui levado a conhecer toda essa gente pelo nosso colunista Marcelo Talemberg e de imediato me identifiquei muito com todos eles. As reuniões antes da Pandemia eram presenciais porém, com esse perigo nos rondando passamos a ver reuniões via internert e parece que por todos estarem em casa (somos do chamado grupo de risco) a coisa foi se avolumando e hoje são dezenas de cursos, reuniões, atividades onde uma quantidade que são acompanhadas por um número expressivo de pessoas. É isso, com a contribuição de nossos colunistas e de alguns leitores, temos hoje dados mais seguros de quantos acessam nossas páginas via internet (chegamos a quase 18 mil mensalmente) fora aqueles que recebem a revista via pdf, além daqueles que entram nas nossas páginas mais de 1 vez com o mesmo ID e essa segunda entrada não é registrada. Obrigado a todos e boa leitura!

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nosso time de colunistas

60+

magazine

Heródoto Barbeiro Militar discursa na ONU Página 4

Osvaldo B. de Moraes

João F. Aranha Wagner o músico dos Deuses

Como vi nascer a TV no Brasil Páginas 6 a 8

Páginas 9 a 11

Sandra R. Schewinsky A ansiedade transtorna minha vida

Lairtes Temple Vidal Era uma vez uma prosa

Página 18 a 20

Páginas 21 e 22

Katia Vargas

Sérgio Frug Cabelos Reconciliação Página 12 e13 familiar Página 13 e 14

Thais B. Lima Estratégias emocionais para lidar com o desgaste dos cuidadores Páginas 19 e 20

Malu N. Gomes As 7 chaves para vencer a cirurgia de câncer de mama Páginas 25 a 28

Silvia Triboni Chief Elder Officer Páginas 15 a 17

Marcelo Thalenberg Quarentena: do Ap para a Chácara. Maravilha Páginas 30

M.Luiza Conti

Malu Alencar Memórias de uma Crenças velhice que não aconteceu Páginas 31 e 32 Páginas 34 e 35

Marisa da Camara Quem é o maestro???

Divertida Idade

Páginas 39

Páginas 41 e 42

Laerte Temple

Tony Esculpido em Carrara de Souza Páginas 36 e 37 Aperto de mão Página 35

Especial Página 60 a 68

Página 38

Jane Barreto

Cida Tamaro

Katia Brito Eleições Municipais: representatividade, cidadania e compromisso Páginas 49 e 50

Carolina S. Conti Gaia

Cida Castilho

Veganos e Vegetarianos famosos Página 43

Rosa Maria Mexendo nas gavetas Páginas 44 a 46

João Alberto J. Neto Mosaico Intervenções urbanas II Páginas 47 e 48

Café no Vietnã Páginas 51

Falante e Fofoca Página 63

Manoel Conti A arte na Idade Média II Página 52

Lenildo Solano O Pantanal em chamas II Páginas 53 e 54

Ebe Fabra Dicas de Culinária Páginas 54 a 56


Crônicas do Brasil

Heródoto Barbeiro Jornalista/Historiador

Heródoto Barbeiro é âncora e editor-chefe do Jornal da Record News, em multiplataforma

Militar discursa na ONU A plateia é global. É uma rara oportunidade para que chefes de estado, democráticos ou não, façam a sua aparição triunfal. É uma oportunidade que ocorre somente uma vez por ano. A mídia se divide entre os que atacam o discurso do presidente e os que elogiam. Há uma enxurrada de análises em todas as plataformas. Afinal, dizem alguns críticos, ele é um militar que apoiou o golpe de 1964. As grandes potencias reafirmam sua hegemonia e compromissos com a

paz, crescimento econômico e ajuda aos parceiros fieis. Os pequenos países fazem críticas às potencias e denunciam o que entendem ser uma ameaça à segurança de todos. Há um protocolo que ninguém deve falar mais do que 15 minutos para expor sua mensagem. A ONU garante que todos os chefes de estado entrem e saiam dos Estados Unidos, sem nenhum constrangimento. Mesmo os acusados de ditadura, violação dos direitos humanos, corrup-

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tos, traficantes, mandantes de assassinatos de opositores políticos. Ninguém tem nada a temer, há uma inviolabilidade garantida na carta da ONU. Por isso os desafetos aproveitam a abertura da Assembleia Geral para discursar e defender o que bem entendem. É verdade que nem todos os representantes dos membros precisem ficar no plenário. Em sinal de protesto podem se levantar e sair. Isto também dá destaque na mídia mundial, com direito a imagem e reportagens. A tradição da Organização das Nações Unidas é que os discursos na Assembleia Geral sejam feitos pelos ministros das relações exteriores dos países. Os chanceleres como dizemos aqui. São homens de longa carreira diplomática, conhecedores dos bastidores da política internacional e fieis intérpretes das mensagens do governo que representam. Enquanto a tradição durou, os discursos eram duros, técnicos, burocráticos e o público em geral não dava muita atenção a eles. O conteúdo sofria a análise técnica dos especialistas que passavam para os jornalistas credenciados. Estes por sua vez se esforçavam para encontrar notícias que chamassem a atenção do público em geral. Afinal a ONU é um local onde se discute o futuro do mundo, a sobrevivência da humanidade e do meio ambiente, enfim os temas que afetam a todos em todos os continentes. E na Assembleia Geral cada país tem um voto. Nenhum tem o direito a veto, privilegio de cinco potencias que se encastelam no Conselho de Segurança. Os demais membros

do conselho não tem esse direito. Há inúmeros países que anseiam em fazer parte dos membros permanentes pelos mais diferentes motivos, até mesmo histórico e tradicional como o Brasil. Os políticos descobrem a tribuna da ONU. E nunca mais abrem mão dele. Em plena guerra fria, americanos e soviéticos ameaçam-se mutuamente em cada abertura da Assembleia Geral. E o presidente do Brasil também. O ministro das relações exteriores perde o lugar para o presidente da república. Agora é ele que usa o tempo e a tribuna para não só defender o seu governo, como para criticar as grandes potências. Para surpresa geral pede um mundo novo e que é necessário caminhar para a implantação de uma interdependência verdadeiramente solidária entre América Latina, África e Ásia. Fica claro no discurso presidencial que ele fala muito mais para o público do seu próprio pais do que para a comunidade global . Afinal a imprensa internacional diz que a democracia corre risco no Brasil, há uma ameaça de um novo golpe militar para sufocar a oposição e os que desejam a democracia. A violação dos direitos humanos é outro tema sensível, apesar das negativas do governo. O general João Figueiredo inaugura a presença de presidentes brasileiros na tribuna da ONU em 1982. Ultimo mandatário da ditadura militar ele foca sua fala em temas gerais e internacionais e não toca na política interna nem nas ameaças ao regime democrático.

Acordo Obsoleto, Durmo Atualizado www.durmoatualizado.com.br

Seniors ativos, curiosos, empreendedores e eternos aprendizesUm blog com dicas fáceis e diversas desde cortar custo de aquisição de remédios, como tirar uma ideia da cabeça e tornar-se um projeto a aplicativos que facilitem o seu dia a dia. Desenvolvido por Marcelo Thalenberg colunista do Magazine 60+

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Antropologia

Osvaldo B. de Moraes Historiador

Como vi nascer a televisão no Brasil A televisão foi um avanço da eletrônica entre tantos outros produtos que despontaram após o término da segunda guerra Muito se tem falado e escrito sobre os 70 anos da televisão brasileira, e então tecer mais um comentário histórico sobre ela seria uma redundância. Portanto, a apreciação que faço a seguir não tem o intuito de historiar os primeiros anos da TV no Brasil. É somente descrever o olhar de alguém que presenciou sua inauguração e acompanhou sua evolução como mero telespectador. Refletindo sobre o que a televisão contribuiu para as mudanças dos padrões culturais de nossa sociedade, retrocedo o odometro de minha idade até encontrar aquele garoto que em 18 de setembro de 1960, juntava-se àquela pequena multidão acumulada frente à Padaria do Comércio, na Rua Voluntários da Pátria, em Santana, para ver aquela caixa brilhante colocada em uma prateleira elevada, onde eram exibidas imagens em movimentos. Aquele grupo de pessoas avançava

para além da calçada, atingia o leito carroçável da rua de paralelepípedos, dificultando o trânsito dos bondes, na época o meio de transporte mais usado em São Paulo. Todos assistiam estupefatos esse fato inédito sem saber exatamente como aquilo era possível. As teorias populares eram as mais diversas: “Deve haver um pequeno projetor atrás da tela exibindo filmes”; “é o rádio transmitido agora com imagens”; aquelas garotas que acompanhavam com interesse as transmissões se deslumbravam: “poderemos então ver o Chico Alves, a Emilinha e a Dalva de Oliveira em casa? ”; “Acho que tem alguém no andar de cima com um projetor escondido”. Já aquela senhora, um tanto arqueada pelo peso da idade avançada e cujo único motivo de estar ali tinha sido comprar pão, ouvindo as várias teorias revirou os olhos de um lado para outro e disparou: ”Isto é obra dele”, “ do Tinhoso! ” Estava inaugurada a PRF3 TV, TUPI DIFUSORA, canal 3, apenas nove dias antes da inauguração da primeira emissora Foto: Globo Reporter 2020 - divulgação

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Mullard. Naquela noite a família reunida assistiu toda programação até o término das transmissões. Nessa época já havia três canais no ar. No dia seguinte, sábado, no final da tarde já estavam acomodados alguns televizinhos, aguardando o início das transmissões, estando sobre a mesa alguns comes e bebes para serem degustados durante as transmissões. No horário previsto girou-se então o botão “ligar” e esperou-se o aparelho esquentar, pois era a válvulas. Depois de alguns segundos ouviu-se o áudio. Ansiosamente esperou-se o surgimento da imagem. Ela demorava a aparecer. Após angustiantes minutos de espera, a triste constatação para desapontamento de todos. A imagem não viria. O aparelho estava com defeito. A decepção geral só foi sanada na semana seguinte após a visita de um técnico que efetuou a troca de uma válvula defeituosa. Nessa época ainda não existia vídeotape e toda a programação era ao vivo. Ela se compunha em programas musicais de auditório, de desenhos animados e programas de perguntas e respostas, sendo o mais famoso “O céu é o limite”, em que os concorrentes eram questionados em temas por eles escolhidos e a cada semana as perguntas se tornavam mais complexas, embora com prêmios

Foto: rnews.com.br - divulgação

cubana, tornando-se, portanto, a primeira emissora de televisão da América Latina. Por vários dias grupos de pessoas se reuniam em locais públicos onde estavam instalados receptores para assistirem as transmissões, ainda de modo empírico e que duravam apenas algumas horas. Contrariando análises pessimistas, em pouco tempo o mercado de televisores, incipiente no início, aos poucos foi gerando o desejo nas classes de poder aquisitivo mais elevado da necessidade de possuir essa nova novidade tecnológica em suas casas. Logo essa novidade tornou-se também aspiração e desejo de consumo das classes menos abastadas, iniciando-se a disseminação desse mercado, principalmente quando começaram as transmissões dos jogos do campeonato paulista. A partir daí alterou-se definitivamente os hábitos de convivência das comunidades dos bairros paulistanos. Aos poucos o costume de se colocar cadeiras nas calçadas à noite para jogar conversa fora com os vizinhos, foi se extinguindo, surgindo então uma nova forma de convivência com a figura dos televizinhos, isto é, era a reunião da vizinhança na casa daqueles que já possuíam televisão. Em casa o receptor de TV foi entronizado na sala de visitas numa sexta-feira. Era um aparelho enorme da marca

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Foto: fmetropolitana.com.br - divulgação

A agitada noite de estreia da TV no Brasil maiores. Na dramaturgia havia o “Grande teatro Tupi”, além do “TV de vanguarda” e da “TV de comédia”, que se alternavam a cada domingo. O pioneirismo do TV de Vanguarda foi emblemático ao levar grandes obras dramáticas de autores consagrados em cenários avançados para a época, considerando-se que ainda não existir o concurso de efeitos especiais e por ser totalmente ao vivo. A transmissão ao vivo propiciava uma forma indireta de entretimento, pois não deixava de mostrar os perceptíveis “cacos” produzidos pelos atores nos diálogos de seus personagens, quando esqueciam o texto. Na época nem se sonhava com ponto eletrônico. A forma

encontrada para suprir possíveis falhas era distribuir pelo cenário cópias do texto para os atores disfarçadamente lerem suas falas. Também nesse tempo se disputava as preferências sobre as garotas propaganda, que escolhidas principalmente pelos seus dotes físicos, demonstravam ao vivo os produtos dos patrocinadores. Era um tempo em que dominava o empirismo, mas em contrapartida se valorizava a iniciativa e a criatividade. Tudo Isto é saudosismo? É. Por que não?! É a visão de um adolescente que viveu nos chamados anos dourados onde o mundo parecia viajar sem solavancos na bem pavimentada estrada para o futuro.

O SUPERA é um curso diferente de tudo que você já conhece. Com apenas uma aula semanal de duas horas, você conquista uma mente saudável, com mais concentração, raciocínio, memória, criatividade e autoestima. Estas habilidades melhoram o desempenho na escola, alavancam a carreira e garantem mais qualidade de vida. Encare este desafio e experimente uma forma incrível de viver. Nossa metodologia não tem limite de idade: todo mundo pode viver esta emoção. magazine 60+ #17 - Novembro/2020 - pág.8


Contos II

João F Aranha

Cidadão e Repórter

Wagner o músico dos Deuses “Creio em Deus Pai, em Mozart e em Beethoven, assim como em seus discípulos e apóstolos. Creio no Espírito Santo e na verdade da arte, una e indivisível. Creio que esta arte tem origem em Deus e vive no coração de todos os homens iluminados pelo céu. Creio que, quem sentiu uma só vez suas sublimes doçuras, se transforma e jamais será um renegado. Creio que todos podem alcançar a felicidade através dela. Creio que no juízo final serão afrontosamente condenados todos os que nesta terra se atreveram a comercializar com essa arte sublime, a qual desonram por maldade de coração e grosseira sensualidade. Creio, ao contrário, que seus fiéis discípulos serão glorificados numa essência celeste, radiante, com o brilho de todos os sóis, no meio dos perfumes e acordes mais perfeitos, e que estarão reunidos por toda a eternidade na divina fonte de toda harmonia. Oxalá me seja concedida tal graça!Amém.”

Estas palavras, conhecidas como o “Credo de Wagner”, dizem muito sobre o genial músico alemão que revolucionou os conceitos musicais vigentes. Wagner buscava unificar todas as artes, para que, de formas irmanadas,

pudessem ultrapassar as linguagens verbal e escrita, criando uma linguagem musical, similar a dos anjos, que, ao falar diretamente aos sentimentos das pessoas, as ultrapassaria. Em suas obras não há só música e sim, reunidas, estão poesia, literatura, teatro, pintura, arquitetura e até mesmo a filosofia. Inspirou-se nos sentimentos contidos na história e nas lendas do povo germânico, e na cultura que realmente os identifica, para transportar sentimentos, como ele mesmo diz, a um nível universal. Seus dramas musicais - pois ele não os chamava de óperas - tinham uma estrutura diferente do que até então se apresentava. A ação se desenvolvia de forma contínua e não por sucessão de árias, coros e outros artifícios que, no seu entender, só prejudicariam a unicidade. Ele mesmo escrevia seus libretos e até hoje se discute o que, no seu processo de criação, viria primeiro, a música ou o tema que seria desenvolvido; ou seria tudo ao mesmo tempo? Wagner criou o “leitmotiv”, tema melódico ou harmônico que caracteriza um personagem, um lugar e, até mesmo, um objeto, uma ideia, uma força sobrenatural ou um estado de espírito. Seus acordes invertem o que normalmente se usava, iniciando com a tensão até chegar ao repouso. Sua primeira obra – As Fadas – revela certa imaturidade musical, própria de seus tempos juvenis, mas já traz em si a marca do que seriam as próximas criações wagnerianas. Já se nota sua atra-

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ção pelos mistérios, pelo vínculo entre os deuses e os homens e pela presença de heróis míticos. Seu drama seguinte - A Proibição de Amar – na realidade espelha sua atribulada vida amorosa, mas é em Rienzi – O Último dos Tribunos que aflora sua visão política-filosófica, com o surgimento do personagem do líder idealista, único que, ao contrário das revoluções, pode transformar a nação de maneira ordenada e eficaz. Embora o personagem Cola Rienzi seja real e fora objeto de obras literárias, sua trajetória, transportada para o drama musical, foi inadvertidamente apropriada por correntes ideológicas modernas.

Cena da ópera Rienzi Em O Navio Fantasma, também conhecida como a lenda do holandês errante, aparecem pela primeira vez, os leitmotiv que dão vida a personagens e situações num drama em que o protagonista, vítima de uma maldição, erra pelos oceanos, só podendo se aproximar da terra, apenas por um dia, de sete em sete anos, quando busca no amor de uma mulher a sua redenção. Trata-se de uma obra recheada de interpretações metafísicas. Wagner chega ao apogeu com seus dramas seguintes, todos eles baseados em míticos heróis, amores impossíveis, vilões que conspiram e traem e pela redenção só encontrada no amor. Lohengrin é a história de um duelo suportado pela honra. O herói, sem que ninguém o conheça, oferece-se voluntariamente para lutar pela honra de uma dama e somente no final, quando vence, revela sua identidade: é filho de Parsi-

fal – o rei do Graal, que será objeto de um futuro drama musical de Wagner - e Lohengrin identifica-se então como um cavalheiro que está em busca do Santo Graal. Tannhäuser pode ser sintetizado como a busca pelo amor espiritual. O herói inebriado pela voluptuosidade da deusa Venus não se contenta em apenas satisfazer os sentidos e parte em busca do verdadeiro amor. Num duelo de cantores cujo prêmio é sua amada, Tannhäuser enfrenta cantores que falam do amor espiritual sem nunca terem vivido o que procuram transmitir. Somente ele, que abandonara o palácio de Vênus pode distinguir uma coisa da outra e dar-lhe o verdadeiro valor.

Cena da ópera Tannhäuser Tristão e Isolda é a dramatização musical de uma das histórias mais conhecidas da Idade Média. Baseada em uma lenda celta trata mais uma vez do amor impossível que serviria de mote para inúmeras outras obras. Amor que só se concretiza com a morte dos amantes. As vicissitudes da vida estão ali representadas nas figuras irmanadas de Eros e Tânatos.

Tristão e Isolda

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O Anel dos Nibelungos é uma tetralogia que custou à Wagner 26 anos para compor. Suas quatro partes, encenadas em até 15 horas, são: O Ouro do Reno que trata da disputa entre o deus Wotan e forças tenebrosas, em luta pelo poder que deu origem ao mundo, numa batalha entre o bem e o mal. A Walquíria fala de um exército de virgens guerreiras, muito comum na mitologia nórdica, que são usadas por Wotan para atingir seus objetivos. Cavalgando com seus escudos que brilham à luz do Sol, são responsáveis pela visão mitológica do que seria a aurora boreal. Siegfried, outro herói nórdico que retrata a busca do poder através de um anel mágico, numa encenação que envolve ouro, deuses, gigantes, gnomos e dragões numa exploração épica do desejo humano, ambição e loucura. O Crepúsculo dos Deuses encerra a tetralogia de forma grandiosa. A saga do anel continua, assim como o papel das Walquírias e de Siegfried, mas ali estarão presentes a renunciação a voz do dever e a justiça divina. A cena final é grandiosa: o fogo consome o cenário, o rio Reno transborda levando consigo as ninfas. A guerra termina com o fim dos deuses e de suas moradas. Recomenda-se assistir a encenação do O Anel dos Nibelungos parte por parte, porém, de preferência, não se dando grande intervalo de tempo entre elas, pois, no estilo wagneriano, a história é sequencial. Parsifal reflete a imortal, a inacabada luta entre o bem e o mal, entre a luz e as trevas. Parsifal, o herói, o cavalheiro que persegue o Graal supera todas as dificuldades materiais e imateriais e ainda resta-lhe energia para a vitória do amor, do perdão, da redenção e da compre de que somos todos irmãos. O jovem rei da Baviera, Ludwig, quando adolescente assistira a uma encenação de um drama musical de Wagner e se apaixonou tanto que chegou às lagrimas. Anos mais tarde, ao se tornar rei, viajou de forma clandestina para assistir Tannhäuser uma de suas peças preferidas encenada no cenário autêntico. Quando rei uma de suas primeiras providências

foi chamar Wagner oferecendo-lhe uma residência em Munique e uma promessa de construir um teatro só para ele. Wagner ali permaneceu por um ano, porém, sucumbiu a inveja da corte que reclamava do excesso de proteção dado ao compositor pelo rei e pelos rumores de que o compositor nos seus tempos de juventude sempre fora um democrata que queria extinguir a monarquia. O rei Ludwig construiu o castelo de Neuschwanstein que hospedaria Wagner e contratou renomados pintores para ilustrar as paredes do castelo com quadros e murais, além de criar uma sala que reproduz exatamente o salão dos cantores de Parsifal, o salão de Lohengrin, o dormitório de Tristão e Isolda, a sala de despacho de Tannhäuser e representação de outras sagas de heróis germânicos e nórdicos.

Ludwig e Wagner Não é a toa que o castelo de Neuschwanstein viria, futuramente, inspirar a construção do castelo de Cinderela no mágico mundo criado por Walt Disney.

Castelo de Neuschwanstein

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Saúde, Beleza e Bem Estar

Kátia Vargas Lutfi Pileggi

médica dermatologista

Cabelos Os sinais do tempo podem ser observados pelo aparecimento de fios brancos, rarefação dos cabelos, e em homens e mulheres, normalmente essa queda acontece de maneiras distintas. Na mulher acontece de maneira homogênea, já nos homens se inicia pelas famosas entradas e algumas vezes na “coroa”da cabeça. E isso tem explicação científica. Mas o fato é: quando devo me preocupar com a queda de cabelo? Costumo dizer que nosso corpo fala e dá sinais e quando algo está foro do habitual é porque algo não vai bem.

Foto: Cristobal Baeza

Os cabelos dizem muito sobre nós, a falta deles também. Desde a época de Sansão era sinônimo de força, atualmente a falta dele pode estar relacionada a um aumento de testosterona. “É dos carecas que elas gostam mais?” A verdade é que existem inúmeros fatores relacionados a queda dos fios, para cada qual existe uma área da dermatologia responsável pelo seu estudo, a tricologia. Todo nosso organismo passa por um processo de oxidação na vida, conhecido como envelhecimento, com os cabelos não é diferente.

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E a pele, os cabelos e as unhas são nossos primeiros sinais, pois é a comunicação do meio interno e externo. Então qualquer dúvida procure um especialista. Aproximadamente a cada 7 anos acontece a miniaturização dos fios eles vão ficando mais finos e curtos, isso é fisiológico, e temos também sempre fios crescendo, caindo, e em repouso, tudo ao mesmo tempo, em equilíbrio. Ou seja, é normal cair cabelo todos os dias. Em média 120 fios por dia. Mas não saia por aí contando, afinal isso vai gerar um stress, e isso sim faz aumentar a queda. Com tratamentos conseguimos retardar essa evolução natural. Quando se tem uma aceleração nesse processo ou um desequilíbrio na proporção do que nasce do que cai começamos uma investigação. As principais causas são: fator genético, hormonal, nutricional, doenças auto-imunes, oncológicas, medicamentos e estresse. Para cada causa existe um tratamento indicado, então é muito importante conhecer o seu padrão de queda para ter seu tratamento personalizado. É importante reforçar que não existe milagre, se a vitamina da vizinha ou da moça da internet

fosse a solução, não existiriam mais carecas. Para alguns casos funciona pois supre as carências nutricionais do caso. Para os casos onde o fator é genético, conhecida como alopecia androgenética, é comum perguntarem até quando devo tratar? A resposta é: até quando você quiser manter os cabelos, e quanto antes iniciar melhor. Antes de considerar apenas o fator genético ou estresse, é importante fazer exames laboratoriais para uma investigação hormonal e nutricional, onde procura-se desordens tireoideanas, hormônios femininos, masculinos, supra renal, além de alterações de vitaminas e investigação de outras doenças em alguns casos se faz necessário biópsia. A tricoscopia pode ajudar no diagnóstico. Atualmente através de muito estudo são muitas as opções de tratamento que vai desde loções tópicas, medicações orais, vitaminas, lasers, luz de Led, infusão de medicamentos e implante capilar com diferentes técnicas. O mais importante é não se descabelar, afastada as causas orgânicas, se te incomodar há tratamento, se não tá tudo certo, o importante é estarmos bem consigo mesmo.

Cultura Geral

Sergio Frug

Reconciliação Familiar Não me canso de agradecer por ter nascido em uma família das mais bacanas. Quase que uma família exemplar. Claro que existem problemas entre nós, como sempre existiram, mas não têm sido muito difíceis de encarar. Olhando daqui hoje, desta visão já septuagenária, posso observar como to-

das as questões familiares que partiram de mim ou vieram a me atingir tiveram origem em mim mesmo, nas minhas próprias questões pessoais. E toda uma trajetória veio sendo construída através dos tempos para encarar esse fato de diversas formas até reconhecer que o problema é comigo mesmo.

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mília, pela origem de tudo, com as pessoas que mais nos afetam, com quem mais nos relacionamos, e também que mais amamos e eventualmente mais odiamos entre todas as demais? Sobre este tema ouço muitas vezes dizer que são os outros que não admitem ou não colaboram para a reaproximação. OK, então, mas se tudo nasce em nós mesmos, se apesar de estarmos profundamente interligados e entrelaçados, somos fundamentalmente seres individuais; o trabalho deve ser feito sobre nós mesmos, em silêncio, de preferência, com reconhecimento e resignação. A dor que sentimos ao pensar em nos reconciliar é diretamente proporcional à dor que causamos ao nos separar. Mas a dor que sentiremos ao perceber um dia como teria sido importante a reconciliação para que a vida tivesse algum sentido, com certeza será muito maior. De posse então da humildade necessária, enfrentaremos esta tarefa com determinação e alegria por estar finalmente, acima de qualquer crença ou conceito, reconhecendo o verdadeiro e absoluto poder do nosso próprio coração. Tudo que há começa na família e é na família que devemos aprender tudo que há. De nada adianta abandonar, pois teremos que retornar. E para isso a pandemia veio contribuir. “Não vamos nos dispersar”.

Foto: Jude Beck

Talvez diversas encarnações sejam necessárias para encaminhar esse processo. O meu horóscopo de nascimento mostra isso com clareza, mas finalmente, depois de muitas raivas, ódios e vinganças espalhadas por tantas vidas, depois de inúmeros rastros abandonados e fios deixados soltos, começo a reconhecer que tudo nasce em mim mesmo. É isto que quero compartilhar. Esta sensação de que finalmente estou pronto e em plena ativação do difícil ato da Reconciliação Familiar. Como, me pergunto, como poderemos alcançar sucesso efetivo em qualquer setor dessa vida sem antes nos reconciliar? Esta história não apenas pertence à própria Bíblia, com tantos “causos” entre irmãos, mas certamente à própria experiência do Homem no Planeta. Para certas tradições nativas a Reconciliação habita o Oeste, a direção para a qual todos nos encaminhamos, querendo ou não, do Velho Mundo para o Novo Mundo, do Fogo do Espírito para a Terra da Matéria, da expansão para o recolhimento, do nascimento para a morte, do ódio para a reconciliação, enfim, do Leste para o Oeste. E se um dia vamos mesmo nos reconciliar, porque não começar desde já? E por onde começar se não pela fa-

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Mudança de Hábito

Silvia Triboni Viajante Sênior e Repórter 60+

Chief Elder Officer – a função que conecta maturis ao interesse das empresas Recentemente, em uma das comunicações de um grupo internacional focado em inovação e economia da longevidade, o Aging2.0, constou a menção a uma função corporativa que me despertou profundo interesse: “Chief Elder Officer” (o equivalente em português a Diretor Ancião ou Diretor Maduro) . Que função seria esta, cujo ocupante deve ser um maturi? Quais habilidades este diretor precisaria ter para ser um Chief Elder Officer - CEO? Que tipo de organização pode se interessar pelo trabalho deste CEO? Quais já possuem esta função em sua estrutura organizacional? Eu já sabia da existência de inúmeros novos e inovadores cargos de liderança relacionados ao bem-estar do homem, por exemplo: Chief Wellness Officer; Chief Happiness Officer, Chief Wisdom Officer, Chief Mindfulness Officer, Chief Ecosystem Officer, mas sobre o Chief Elder Officer eu nunca ouvira falar. Pelo contexto em que estava empregado, primeiramente identifiquei um papel que o ocupante desta função deve desempenhar, qual seja o de organizar e viabilizar um processo de envolvimento sistemático dos adultos mais velhos da sua organização com os seus gestores, de modo a permitir ampla atenção destes às necessidades de seus membros idosos. Adicionado ao primeiro papel, e como consequência deste relacionamento sistematizado entre idosos e gestores, constatei outro trabalho do Chief Elder

Officer: proporcionar à sua instituição a disponibilização de serviços de interesse dos empreendimentos relacionados à economia da longevidade. Tais corporações precisam validar suas ideias com o respectivo cliente, demanda que faz do Chief Elder Officer o profissional de maior legitimidade para apresentar o público-alvo correto ao empresário que quer confirmar a aceitação de seu produto/serviço. Daquela pequena mensagem pude antever o grande valor desta inovadora função corporativa no cenário da atividade econômica dirigida às necessidades dos seniores e da promoção da longevidade positiva. Fui à busca de mais informações as quais ora apresento. Afinal, o que faz um, ou uma, Chief Elder Officer? Em suma, o ocupante do cargo de Chief Elder Officer deve ajudar a moldar a agenda de inovação de uma empresa. Ele tem por obrigação conhecer e aprofundar o seu relacionamento com os integrantes idosos de suas comunidades, e compartilhar o resultado de suas experiências com os superiores de sua própria organização, com o objetivo de aperfeiçoamento de programas e serviços internos. Igualmente, ele está legitimado a oferecer a sua expertise para a criação de produtos ou serviços destinados ao interesse dos adultos mais velhos. As atribuições do Chief Elder Officer não se esgotam aqui. Da pesquisa realizada, identifiquei

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CEO’s a representarem legítima e consistentemente o encargo a que foram destinadas, e cujos depoimentos nos mostram que suas funções vão muito além do mencionado acima. Conheça algumas Chiefs Elders Officers Hazel McMallion, 99 anos. É Chief Elder Officer da Revera, um provedor privado de acomodação, cuidados e serviços para idosos, com mais de 500 propriedades em todo o Canadá, EUA e Reino Unido, cuja matriz está sediada em Mississauga, Ontario, Canadá.

Hazel (acima) lidera discussões com residentes e funcionários em todas as comunidades da empresa e apresenta insights para a equipe de liderança da Revera, e para o seu Conselho de Administração, sobre como enriquecer a vida dos residentes e envolver a equipe, além de contribuir para iniciativas que desafiam o preconceito etário. Trabalha diretamente com o Senior Vice President of Innovation da Revera, Trish Barbato, e oferece suas opiniões para ajudá-los a ter sucesso em seus papéis de líderes. Seu papel, conforme ela mesmo explica em entrevista concedida ao Senior Living Innovation Forum, em 2019, é advogar e atuar como um canal para os residentes da Revera. Stephen Johnston, co-fundador da

Aging2.0 com a Chief Elder June Fisher. June M. Fisher, 87 anos. A Dra. June Fisher, tem 85 anos, é médica aposentada, ex-professora da Stanford e Chief Elder Officer no Aging2.0. Atua como mentora de estudantes de design na San Francisco State University e na University of California, Berkeley, e dá consultoria a startups em design e mobilidade. Em um painel de discussão sobre envelhecimento com segurança e felicidade, a Dra. Fisher expressou sua frustração com os jovens empreendedores da área do envelhecimento que não têm contato com as necessidades de seu público alvo. “Fico zangada com esses jovens de 20 anos que me dizem que sua tecnologia mudará nossas vidas sendo que eles nem conhecem os nossos desejos e necessidades”, disse Fisher no Annual d.Health Summit, ocorrido em 2017, em New York City, Estados Unidos. Em evento do Aging2.0, em San Francisco, em 9 de setembro de 2015, Dra. June Fisher (abaixo) foi juíza de uma competição de pitch, e teceu comentários diretos às startups interessadas em em-

preender na área de serviços e produtos relacionados ao envelhecimento. Naquela oportunidade a CEO do Aging2.0 observou que a maioria dos argumentos de venda apresentados pelos empreendedores ignoraram o que o idoso realmente precisa. Este descuido leva à concepção de produtos que atendem de forma inadequada as necessidades do idoso. De forma incisiva, a Dra. Fisher as-

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sim concluiu a sua participação: “Projete COMIGO, não PARA mim!” Adequação de produtos e serviços para o sênior. Em 2018, Stephen Johnston, cofundador da Aging2.0, plataforma sediada em São Francisco e dedicada ao desenvolvimento de produtos e serviços inovadores para o mercado sênior, foi ao Brasil palestrar no XIII Fórum da Longevidade Bradesco Seguros. Em sua palestra, Stephen foi categórico ao afirmar: a tecnologia é uma aliada na busca por um melhor envelhecimento. Entretanto, ao destacar a importância do trabalho da Dra. June Fisher, Chief Elder Officer da Aging2.0 acrescentou:“a tecnologia tem algumas, mas não todas as respostas. Recentemente, dei uma palestra no Google com a nossa Chief Elder Officer. Percebemos que, pelo Google Maps, não conseguíamos encontrar lugares com acessibilidade para cadeira de rodas. Seria fácil melhorar isso com a tecnologia.”. Gadgets e aplicativos não farão milagre se a sociedade não mudar sua visão preconceituosa do envelhecimento, disse Johnston.

Digamos SIM ao Chief Elder Officer Não há dúvida de que a longevidade é um dos grandes desafios do século XXI. Jamais, em todos os tempos, tantos indivíduos podiam atingir uma idade tão avançada. A expectativa de vida aumentou enormemente em todos os países do mundo. Essa conjuntura transportou o segmento etário dos idosos a uma relevante posição na dinâmica econômica, face a sua representatividade no consumo de bens e serviços. Posto isso, o diálogo entre empresas participantes da economia da longevidade e o público maduro torna-se imprescindível, a justificar a inserção do Chief Elder Officer na equação mercadológica da oferta/demanda Portanto, digamos SIM à presença do Chief Elder Officer nas organizações, o profissional que há de valorizar a pessoa mais velha perante o interesse econômico, e, consequentemente, toda a sociedade. Artigo originalmente pulicado no Maturi Blog.

Fundadora do Projeto Across Seven Seas Também no You Tube, Facebook e Instagram

Projeto Across Seven Seas www.acrosssevenseas.com

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Divã

Sandra Regina Schewinsky

Psicóloga - Neuropsicóloga

A ansiedade transtorna minha vida

CAPA

“Teu coração ‘tá batendo Como quem diz não tem jeito O coração dos aflitos Pipoca dentro do peito” (Alceu Valença) Sei lá!!!!! De repente começo a sentir umas coisas estranhas, tonturas, enjoos, dor de barriga, tensão muscular, insônia e o pior dos sintomas palpitações. Vou ao médico, devo estar muito doente! Chego na consulta e um médico novinho me examina e começa a fazer umas perguntas esquisitas: - A senhora anda muito nervosa? Tem dificuldade de concentração? Preocupações? Interrompo logo aquele falatório, a essa altura estou pela tampa com ele. Olha aqui doutor, com esses tempos quem não está com medo? Lógico que estamos chegando ao caos, não paro de pensar no fim do mundo! Minhas pernas e braços não param quietas de tão agitada que me sinto, dormir???? Nem pensar! Fico irritadíssima quando o médico me dá o diagnóstico de ansiedade e sugere que eu faça psicoterapia! Achei um insulto! Amado leitor, tive pedidos para falar sobre ansiedade e criei essa pequena história, que talvez alguém se identifique. Vamos falar sobre algumas questões importantes para sua vida e de quem você ama! Você sabia que o Brasil é o país com maior taxa de pessoas com transtornos de ansiedade no mundo? Exatamente, 9,3% (18,6 milhões de pessoas) da população brasileira tem ansiedade e 5,8% depressão diagnostica-

dos, imagine só quantas pessoas a mais temos sem tratamento adequado! Uma pesquisa da USP constatou que na cidade de São Paulo os índices de ansiedade são semelhantes aos apresentados nos países em situação de guerra. Assustador, não é???? Quantas pessoas sofrendo sem necessidade por não reconhecerem que precisam de ajuda! Por isso hoje falaremos sobre esse assunto tão incômodo. As características mais comuns da ansiedade são de medo e ansiedade excessivos e perturbações comportamentais relacionados. Medo é a resposta emocional a ameaça iminente real ou percebida, enquanto ansiedade é a antecipação de ameaça futura. Obviamente, esses dois estados se sobrepõem, mas também se diferenciam, no medo há pensamentos de perigo imediato e comportamentos de fuga, e a ansiedade é mais frequentemente a tensão muscular e vigilância em preparação para perigo futuro e comportamentos de cautela ou esquiva. Você sabia que a ansiedade também é um processo cerebral? Então, quando o cérebro interpreta um evento como perigoso, há uma cascata de neurotransmissores, a adrenalina que faz o corpo reagir ao estresse, ela causa; tontura, boca seca, taquicardia, dificuldade de respirar, tremores, inquietação física, frio na barriga, visão turva, arrepios e sensação de queda enquanto a serotonina regula o sono e humor,

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Foto: Eduardo Vásquez

e, a dopamina as sensações de recompensa. A ansiedade também está ligada ao funcionamento da amigdala (que fica numa área profunda do cérebro), que integra informações sensórias, emocionais e cognitivas. Possui conexões com a área pré-frontal, córtex orbitofrontal e córtex cingulado, responsáveis pelo controle emocional. Veja só meu querido leitor, toda essa cascata de neurotransmissores no seu cérebro libera substancias tóxicas para o corpo que podem diminuir sua imunidade, gerar pressão alta, diabetes, síndrome do intestino irritável, gastrite e dores generalizadas. Mas, seu cérebro também pode ficar envenenado e sofrer consequências sérias. Funcionalmente a pessoa com ansiedade pode apresentar tendência aumentada a cometer distorções da realidade e resistir muito quando alguém tenta lhe apresentar considerações ou interpretações alternativas. O que significa ficar uma pessoa rígida e repetitiva. Com cérebro não funcionando bem a pessoa ansiosa pode ter dificuldades importantes de atenção, memória e da capacidade de organização, planejamento, resolução de problemas e flexibilidade mental. O grande problema é que a cons-

tância dessa toxidade pode trazer efeitos deletérios permanentes para o funcionamento intelectual da pessoa. A agitação é muito presente e a pessoa não consegue pensar direito e muito menos ouvir o que o outro está falando. Paciência? Nem pensar! Sabe aquela pessoa que faz uma pergunta e ela mesma já começa a responder e falar sem parar????? Então, tal comportamento interfere nos relacionamentos interpessoais, seja com a família, no trabalho e com amigos. E ao se sentir rejeitada a pessoa fica ainda mais ansiosa. O sofrimento mental é igual uma ferida aberta sem cuidado, só aumenta e piora sem tratamento. Como no caso descrito no começo do nosso texto, é comum se ofender se alguém pergunta se já pensou em fazer terapia ou ir ao psiquiatra. A grande dificuldade é aceitar que se tem problemas emocionais. Geralmente se atribui a fraqueza, loucura, frescura e outros preconceitos mais. Amado leitor, o ansioso não tem culpa do seu mal e ele não muda o canal só “por força de vontade”. Também não é falta de fé, na verdade, é uma doença. Os profissionais da saúde chamam

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de transtorno de ansiedade e como vimos pode transtornar a vida da pessoa no âmbito da saúde física, no seu rendimento intelectual, nos seus relacionamentos com os outros, afetar seu cérebro e minar o prazer de viver. O tratamento deve se basear em um tripé: 1 - Medicamentoso: quem deve medicar é o psiquiatra, pois ele saberá qual o remédio indicado e a dose certa. Atenção: o remédio não vai lhe deixar bobo, nem viciado ou dependente, mas é preciso seguir à risca o tratamento e tirar todas as dúvidas com seu médico. O remédio NÃO engorda! O que pode acontecer é que você mude seus hábitos alimentares sem perceber. Se na ansiedade você tinha alterações de sono (dormir pouco ou demais) a medicação pode normalizá-lo. 2 - Psicoterapia: o remédio equilibra seu padrão de funcionamento cerebral, mas o que lhe ensina a lidar com os problemas, seus sentimentos, qualidade dos seus pensamentos e ações é a terapia. Deve ser realizada por psicólogo ou

psiquiatra especialista em psicoterapia. Cuidado com profissionais que não tenham a formação adequada! Você não ficará dependente do psicólogo, nem deixará de acreditar em Deus ou acabará com seu casamento por causa da terapia! Não é sinal de fraqueza fazer psicoterapia, muito pelo contrário é preciso muita coragem para enfrentar o bicho da ansiedade de frente! 3 – Atividade Física: A atividade física promove sensação de bem-estar ao estimular várias substâncias químicas no cérebro que podem fazer você se sentir mais feliz, mais relaxado e diminuir a ansiedade. Ainda por cima, você poderá melhorar sua aparência e auto estima, se socializar mais, aumentar sua libido e combater várias doenças! Amado leitor, caso você ou alguém importante na sua vida tiver ansiedade, por favor, TRATE! Os perigos de não tratar são imensos e a VIDA pode ser maravilhosa! SEM ANSIEDADE!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Com muito amor!

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Variações in VIVO

Dra. Lairtes Temple Vidal Psicóloga/acupunturista fitoterapeuta

Era uma vez uma prosa

lefones móveis. Falava uma pessoa por vez, se fosse ao mesmo tempo não daria pra se entender. O delay não incomodava tanto. Havia interesse na continuidade. Sem enxergar a expressão fisionômica uma pessoa da outra, havia menos suposição, menos inferência. Havia introdução, desenvolvimento e despedida, em meio a curtas pausas, havia o gostoso suspense que antecipava o ensejo seguinte, como no rádio. Havia imaginação e expectativa na breve espera. Às vezes até um combinadinho pra depois era sinalizado. Hoje a ligação cai ou é derrubada, sem querer, querendo, e fica sem o tchau, sem saber do depois como será.

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Foto: eniko kiz

Em Boiçucanga, durante o chá, num intervalo qualquer entre o almoço e o jantar. Eu, a visita, usando a máscara enquanto escutava a anfitriã, sem a máscara, falar por entre os dentes, com a boca a meio palmo empurrando às goladas o bolo mastigadinho goela abaixo. Tudo como deve ser, pouco açúcar e muito aconchego. Depois foi o meu momento voz e o momento silêncio dela. Eu sem a máscara tentava o mesmo gesto de comer, beber e falar sem cuspir, sem derramar, enquanto ela me imitava, usando a máscara, com a xícara flamejante em mãos, atenta, praticamente imóvel, tal qual eu me encontrava instantes antes. Primeiro uma depois a outra, depois a uma e novamente a outra. Havia desejo de falar e de ouvir. A vontadinha de encontrar alguém singular num espaço seguro, mesmo que dubitável pelo contexto pandêmico, e por isso ali co-habitavam a cautela, uma discreta ansiedade no ar, e a sensação de “será que não vai dar meleca?”. Revezávamos a conduta cuidadosa. Com toda essa delicadeza seguimos na prosa. Mesmo aquela que era a bola da vez se mantinha comedida nos movimentos. As preguinhas laterais no rosto, no intervalo do elástico entre a orelha e o tecido, denunciavam que os olhos sorriam, indicando que a prosa ia bem, na leveza que não exigia gargalhadas pra revelar o quão prazeroso era o divertimento. Quanta educação nessa prosa. Remeteu minha lembrança à época sem te-


Mas, voltando à prosa... Não falamos sobre política, muito menos olimpíadas, nem de amor desalmado, nem do preço das coisas que aumentam. Tampouco falamos daquela pessoa, não falamos de dinheiro também, por que pra prosear não precisa; não se paga pato, nem pau, nem mico. Falamos da brisa, da arte de criar, do mar, dos cabelos longos, dos curtos, das raízes todas, de percepção, de sensibilidade, ou não, dos nossos bichos e principalmente de gatos. Falamos do gato escaldado, do gato sem botas, do que cruza o caminho, do que subiu no telhado, do preto, do crush, do risonho, do gatuno, do invisível, do gato gambiarra. E claro, falamos de “Um Gato no Mercado”. Falamos da escrita. Generosa, ela fez um elogio ao

modo como narro as histórias de minha vida e sugeriu: “... você deveria escrever, suas coisas são intensas, faz isso, escreve”. Dias depois, virtualmente, ela me agradeceu a visita, dizendo que nem ela sabia como lhe faria bem receber alguém naquela situação. Agora brinco de escrever, e mal sabe ela o quanto agradeci e continuo agradecendo por ter sido eu a visita daquela tarde de contaminação, na qual não tivemos o cuidado de evitar esse tipo de vírus resultante da tal da prosa. Nota: “Um Gato no Mercado” e suas Crônicas Crocantes é o livro de Georgeta Gonçalves, lançado em 2019, pela Editora Autografia.

Benefícios

Thais Bento Lima gerontóloga e colunista do SUPERA Ginástica para o Cérebro

Estratégias emocionais para lidar com o desgaste e sobrecarga do cuidador O cuidador exerce um papel fundamental na vida de um portador de doença de Alzheimer, auxiliando na verbalização e externalização de seus sentimentos, sensações e desejos. A Constituição Federal (1988) assegura à pessoa idosa o oferecimento de cuidados, sendo estes de responsabilidade da família, sociedade e Estado, tendo os filhos o dever de ajudar e amparar os pais na velhice. Sendo assim, o papel do cuidador, muitas vezes é exercido por um familiar. Neste contexto, os responsáveis pelo cuidado são inseridos em uma nova rotina, necessitando adaptar-se às necessidades daquele que demanda cui-

dados, muitas vezes abdicando de seu trabalho, de seus hobbies e até mesmo de seu próprio cuidado. Envolvido nessa nova rotina, muitas vezes, o cuidador passa a experienciar um exacerbado sentimento de responsabilidade, assim como uma grande redução de liberdade. As demandas do cuidado podem acabar levando aquele que assume essa função a sofrer perdas na vida pessoal como a diminuição de sua independência, restrição de tempo para realizar tarefas pessoais, privação de sono, tendência ao isolamento e diminuição da rede de apoio social, acarretando em sobrecarga e estresse emocional, impactando

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● Conciliar atividades, cuidado e vida pessoal e familiar; ● Lidar com estresse, buscar alternativas de divisão de tarefas e aceitação de perdas; ● Oferecer oportunidade de autonomia para aquele que é cuidado, avaliando sua capacidade para tomada de decisão; ● Oferecer cuidado adequado e estabelecer relacionamento de qualidade com a pessoa cuidada; ● Buscar ajuda em grupos de apoio (Ex: Grupo de Apoio ABRAz); ● Reservar um tempo para realizar atividades prazerosas, descansar, relaxar; Existem ainda alternativas para os tempos de isolamento e as redes sociais são grandes aliadas. É possível encontrar grupos de apoio, palestras, artigos, vídeos (Ex: canais do YouTube onde cuidadores compartilham suas experiências), entre outros, que proporcionam momentos de partilha oferecendo apoio para os momentos difíceis. Além disso, a busca por conhecimento auxilia no enfrentamento

Foto: unsplash.com

em sua qualidade de vida e até mesmo no cuidado oferecido. Com a atual situação do mundo, reflexo da pandemia do novo coronavírus, muitos cuidadores têm enfrentado a batalha do cuidado de forma mais intensa e solitária. Aqueles que podiam contar com ajuda nesse processo, seja de familiares ou cuidadores formais, passaram a assumir as responsabilidades de forma integral, buscando diminuir o riscos de exposição a esse novo vírus. Além disso, as demandas com o cuidado aumentaram, devido às novas exigências de higiene que visam evitar a contaminação pelo coronavírus. Frente a este novo cenário, os cuidadores passaram a vivenciar situações de alto nível de estresse e sobrecarga. Alguns autores apontam que cuidar de uma pessoa dependente não traz apenas ônus emocionais, físicos, econômicos e sociais, mas também satisfação pessoal, mostrando que as crenças valores, e sentimentos são importantes para a qualidade de vida como destacam Rocha & Pacheco, (2013). Sabemos que os momentos desafiadores fazem parte do processo de cuidar. Para evitarmos situações desgastantes, que podem impactar tanto na saúde de quem é cuidado como na de quem cuida, é importante que o cuidador esteja munido de estratégias que o auxiliem nesse processo. As estratégias de coping são definidas pelo indivíduo e vão ajudá-lo a lidar com as situações de forma mais saudável, garantindo uma melhor adaptação às circunstâncias. Neste sentido é de suma importância que o cuidador saiba delegar funções, para assim, poder desfrutar de momentos de descanso e de menores responsabilidades, realizar outras atividades além do cuidado, recordar bons momentos, viver um dia de cada vez, tornando o percurso do cuidado mais leve, além de proporcionando a si mesmo qualidade de vida. Pensando nisso, listamos abaixo algumas estratégias que podem auxiliar você, ou alguém que você conheça a enfrentar momentos como esses: ● Investir em autocuidado, buscar manter as redes sociais e de apoio familiar, buscando por satisfação pessoal;

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dos desafios e no desenvolvimento de estratégias de cuidado que irão proporcionar momentos menos estressantes. Lembre-se sempre: é importante cuidarmos de quem cuida. Referências: ROCHA, Bruno Miguel Parrinha; PACHECO, José Eusébio Palma. Idoso em situação de dependência: estresse e coping do cuidador informal. Acta paulista de enfermagem, v. 26, n. 1, p. 50-56, 2013. PEREIRA, Regislaine Leoncio et al. Possibilidades no Cuidar: histórias de familiares - cuidadoras do ceresi. In: LODOVICI, Flamínia Manzano Moreira. Envelhecimento e Cuidados: uma chave para o viver. São Paulo: Portal Edições, 2018. p. 58-58.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ALZHEIMER (Brasil). Associação Brasileira de Alzheimer. Necessidades do familiar -cuidador. Disponível em: http://abraz.org.br/ web/orientacao-a-cuidadores/cuidados-com-o-familiar-cuidador/necessidades-do-familiar-cuidador/. Acesso em: 08 set. 2020. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ALZHEIMER (Brasil). Associação Brasileira de Alzheimer. O estresse do cuidador. Disponível em: http://abraz.org.br/web/ orientacao-a-cuidadores/cuidados-com-o-familiar-cuidador/necessidades-do-familiar-cuidador/. Acesso em: 08 set. 2020.

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Aprendizagem na 3ª idade

Malu Navarro Gomes Pedagoga Psicopedagoga

As sete chaves para vencer a cirurgia do Câncer de Mama Ao passarmos dos sessenta anos temos enormes ganhos na sensibilidade, inteligência, visão de mundo, tolerância, mas ao mesmo tempo nosso organismo começa a apresentar sinais de que está cansado. Problemas cardíacos, diabetes, rins, alergias, restrições alimentares, vamos vencendo um a um. De repente, porém, para algumas de nós aparece o diagnóstico de câncer. Em se tratando do câncer de mama essa doença junta mutilação física e desgaste psicológico, não apenas pela fraqueza que sentimos, mas também pela condição estética que a mídia e a sociedade nos impõem. No caso de uma recidiva do câncer de mama parece, mesmo que por um curto espaço de tempo, que nossa alma também foi destruída. Novas lutas nos desafiam. Sabemos agora que a cura não é a meta mais importante e sim voltarmos à vida plena. Aprendemos que o prêmio pela vitória não é a cura; é viver! Existem portas a atravessar nessa jornada que nos recoloca na vida e existem chaves que abrem essas portas. Primeira chave - Compreender o que está acontecendo Há três modalidades de mastectomia: a parcial, quando parte da mama é removida; a total quando a mama é extraída inteiramente; e a radical, quando além da mama, são retirados músculos e tecidos próximos que também podem ter sido afetados pela doença. A mastectomia pode ser realizada com fins preventivos, como ocorreu no caso da atriz

Angelina Jolie, ou estéticos, como fazem mulheres, por exemplo, para aumentar o tamanho das mamas, igualá-las caso exista uma diferença marcante entre elas ou mesmo diminuí-las, se forem grandes, pesadas e comprometam a postura e a saúde da pessoa. Os cirurgiões não costumam ser muito simpáticos ou sensíveis aos nossos sentimentos. Levemos então uma listinha de nossas dúvidas. Perguntemos os por quês, como, quando, onde, alternativas, sem temer se com essas perguntas todas ultrapassemos o tempo previsto para a consulta, sabendo-se ainda que esse tempo é relativo. Muitas vezes, por razões estéticas, mas com limites técnicos pode ser possível uma reconstrução. Complica a cirurgia e pode ser doloroso. O cirurgião dará razões técnicas, devemos ouvi-lo. Outro fator importante na nossa decisão é o companheiro – namorado ou marido – seus sentimentos diante da falta de algo tão estimulante sexualmente para ele. Quando o amor é forte, isso nem sequer importará muito. Haverá um período de adaptação do casal em que o respeito, a confiança, o cuidado com o outro, a criatividade de ambos ajudarão a manter o amor que dia a dia floresce e frutifica; sobrevive às tempestades, às diversas estações do ano e se consolida cada vez mais. Segunda chave – Preparar-se para a cirurgia O penúltimo passo para quem vive a recidiva do câncer de mama é outra

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vez planejar a cirurgia. Este é um processo tão importante que nele depositamos toda nossa energia. O que é decisivo para nossa vida, nossos sentimentos e felicidade e, por eles enfrentamos a burocracia, o desinteresse e alguma insensibilidade com nossas emoções, dúvidas e medos. Durante a consulta agendada para combinar providências e validar o procedimento cirúrgico, o mastologista combina uma possível data satisfatória para ambos, a paciente e o cirurgião. E informa: “A cirurgia terá início às tais horas do dia tal. Você receberá um telefonema do hospital informando o horário em que deverá se internar”. E acrescenta: “Se você chegar ao hospital atrasada perderá o direito de fazer a cirurgia”. Muitos dos telefonemas que recebemos nestes últimos tempos não se completam; por

isso, uma informação como essa gera um desconforto que poderia ser evitado caso o cirurgião fizesse acompanhar o comentário por explicações sobre como ocorre o processo de internação. Terceira chave – O amor dos amigos Um casal tinha planejado comemorar seus trinta anos de namoro em uma viagem de sonho. Os cuidados pré operatórios os impediram de realizar esse desejo tão acalentado, mas não os derrotaram. Ela presa em casa e sofrendo com as sessões de quimioterapia; ele então enviava pela internet – passo a passo, minuto a minuto seguindo o roteiro da frustrada viagem – fotos dos quartos dos hotéis onde se hospedariam, das atrações turísticas que estariam curtindo naquele momento, dos restaurantes e pratos que estariam saboreando. Foi uma viagem

Foto: National Cancer Institute

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maravilhosa que durou quatro dias e ambos desfrutaram a beleza que cada lugar visitado lhes oferecia e a companhia carinhosa e regada do amor que cada um devota ao outro. Encontramos também o amor dos verdadeiros amigos que se mobilizam para nos ajudar. Incentivam por telefone, mandam mensagens de whatsapp, oferecem suas casas e nos buscam para visita-los e nos incentivam com seu amor, atenção e carinho a não nos entregarmos à doença. Outros amigos não tão próximos mas tão queridos, acompanham nossos passos, se fazem presentes de diversas formas e nos energizam para que possamos superar estes momentos de forma tranquila e fortalecida e, assim nos salvam de grandes receios e temores. Devemos gratidão a eles pelo restante de nossas vidas. Quarta chave – Enfrentar a rotina hospitalar Chega o tão esperado dia. Sufocamos as emoções e nos rendemos à rotina burocrática. Conferimos se a pasta com os exames e documentação necessários, passaportes para a realização da cirurgia, sejam confirmados pela enésima vez. O coração bate acelerado, pois o momento mais esperado chegou. Uma sensação de

desconforto e perigo iminente substitui a relativa calma que até uns dias atrás se fazia presente: Foi por este momento que ‘batalhei’ tanto. Não posso temer, não posso fugir, tenho que ser forte e enfrentar meu destino. Entendemos o porquê de o hospital exigir dos pacientes uma espera de tantas horas entre a internação e a cirurgia. São providências demoradas que terminam com o reconhecimento não apenas do agendamento – data e horário da cirurgia – como também da real necessidade em realizá-la em meio à pandemia. Uma série de papéis devem ser assinados: aceitamos nos submeter à transfusão de sangue, autorizamos o hospital a utilizar mecanismos, intervenções, instrumentos que inicialmente não haviam sido previstos. Deixamos o nome, endereço, telefone, grau de parentesco e uma série de outras informações sobre uma pessoa a ser contatada caso ocorra o óbito ou um acidente de percurso antes, durante ou após a cirurgia. Mas não terminou: o hospital solicita um tempo de espera para nos internar. Dependemos ainda da confirmação da autorização do nosso convênio médico para que nos encaminhem ao procedimento cirúrgico. Este tempo pode levar

Foto: National Cancer Institute

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horas. Ninguém parece sensível ao nosso drama. Na parede da sala de espera, uma televisão está sintonizada em um canal transmitindo um programa de luta livre. Explicamos à funcionária encarregada da sala que estes momentos anteriores à cirurgia são de introspecção e imagens de violência como aquelas não são apropriadas. Meio de má vontade ela explica que a programação não depende dela ou do hospital e faz parte de um pacote completo fornecido pela operadora. Não resistimos a nos perguntar: Creio que ela foi reprovada nas aulas sobre humanidade e compaixão na faculdade de administração hospitalar... Quinta chave – Passar pela cirurgia Finalmente surge o anestesista. Confirma nosso nome, data de nascimento e se apresenta. Informa que participará da cirurgia. Em uma proveitosa conversa, indaga sobre antecedentes médicos e situação atual de nossa saúde. Logo depois, entra um enfermeiro que anuncia ser ele quem nos acompanhará até que se inicie a cirurgia. Orienta para que nossos pertences sejam guardados em um armário, alertando que devemos ficar atentas à chave para não perdê-la. Indagamos internamente: Onde iremos guardar a chave quando estivermos sem roupa na mesa cirúrgica? Diversos são os pacientes que se encontram na sala de pré-cirurgia. Alguns aguardam o momento estabelecido para realizarem a cirurgia; outros, ainda sob o efeito da anestesia, dormem, se mexem inquietos e gemem em um sono profundo. Enfermeiros monitoram os pacientes saídos da cirurgia e os despertam caso estejam demorando mais de que o tempo previsto neste sono induzido. Finalmente somos levadas ao Centro Cirúrgico; lá está uma plêiade de profissionais, um deles é o anestesista, outro o cirurgião. Conseguimos manter o ritual de cordialidade: Boa sorte a todos nós! Horas depois, ao despertar na sala de pós-cirurgia o enfermeiro pergunta qual nosso nome e data de nosso nascimento. Pedimos que responda à nossa mais importante dúvida naquele momento: “Onde está chave do meu armário?” Divertido, o enfermeiro mostra um saco

plástico com nossos pertences, sobre ele a preciosa chave. Podemos nos tranquilizar: Tudo deu certo, graças a Deus! Sexta chave – A pós-cirurgia Quando tomamos conhecimento de que a cirurgia fora bem sucedida a sensação de alívio e esperança invadem nosso coração, nossa mente e nossa alma. O pesadelo teve um despertar feliz. Na manhã seguinte à alta hospitalar o cirurgião nos telefona, pergunta como estamos, descreve que o procedimento foi simples, não precisou invadir outras partes do tórax, então as sequelas serão mínimas e finalmente confirma: “Estamos curadas, o tumor foi retirado”. Neste momento liberamos o choro que contínhamos há meses, telefonamos em prantos para todos os amigos queridos para dar a boa nova. Passamos o dia inteiro derramando lágrimas copiosamente. Choramos tudo o que tínhamos direito e durante três ou quatro dias repousamos e dormimos com o emocional bastante fragilizado por todo estresse que vivêramos. Sétima chave – Entrar para a nova vida O curativo é enorme, a cicatriz é feia, mas a dor é suportável. Um banho de chuveiro é quase um desejo sensual. Entretanto, eu sei que cada dia será melhor do que o anterior. A vida nova me espera e está logo ali. Ainda não acabou, há pela frente uma jornada de pelo menos cinco anos a ser percorrida e de luta pra me manter saudável. Assim que puder andar, dirigir de novo, visitar amigos, eu vou comprar uma correntezinha com sete berloques de pequenas chaves de ouro. Quando me perguntarem o que significam eu vou contar que abrem portas, vou ensinar às pessoas que passam pelo que passamos como abrir as portas para entrar em uma nova vida. Quero compartilhar esta experiência, que não é só minha, com as pessoas, seus amigos, amados e parentes para que saibam o quanto são importantes seus cuidados, compreensão do sofrimento e da dor, doando todo o incentivo de que nós precisamos. Aguardem-me!

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Baseada em todos esses anos de experiência com pacientes neurológicos, ficou evidente o quanto passar informações de maneira simples e correta para os familiares, pacientes e profissionais sem expertise na área, seria profícuo. Assim, a Dra. Vera e eu escrevemos o livro: Lesão Encefálica Adquirida: o que é importante saber com Ilustrações de Manoel Carlos Conti, nosso editor! Consideramos que no momento atual, com tantos problemas neurológicos (AVC, traumas e tumores) e sequelas do Covid19, seria muito oportuno divulgar as informações do livro, que tenho a honra de compartilhar o link com vocês. https://www.amazon.com.br/s?k=les%C3%A3o+encef%C3%A1lica+adquirida&i=stripbooks&__mk_pt_ BR=%C3%85M%C3%85%C5%BD%C3%95%C3%91&crid=1CV0F7U0VNJ3Y&sprefix=les%C3%A3o+%2Cstripbooks%2C272&ref=nb_sb_ss_i_1_6

Sandra Regina Schewinsky LESÃO ENCEFÁLICA ADQUIRIDA o que é importante saber! Dra. Sandra Regina Schewinsky e Dra. Vera Lucia Rodrigues Alves

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Empreendedor/Tecnologia

Marcelo Thalenberg Empreendedor escreve artigos sobre tecnologia

Quarentena: do Apê para a Chácara. Maravilha!

Pois é, pesquise na internet como achar a fossa. 3- Fornecimento de água, há poço artesiano? Captação de lagos ou fontes como a água é tratada para seu uso? Agora a caixa d’água, a bomba e o tratamento são suas novas responsabilidades. 4- O gás não é da Comgás, mas de bujão, o registro no bujão é novo ou precisa trocar? Qual o estado da mangueira? 5- Ah! A jardinagem, cavou um buraco para uma nova arvore bonita e atingiu um cano escondido? Pois é! é frequente. Tem cola serra pedaço de cano e luvas para consertar ou vai ficar i dia inteiro sem água? Bem vindo a novas experiencias de vida, melhor que ficar trancado no apê. Concorda? www.durmoatualizado.com.br #durmoatualizado.

Foto: Marcelo Thalenberg

Muitas pessoas viveram toda a sua vida na cidade em apartamentos, nunca viveram em uma casa e com o desespero da quarentena internaram-se em chácaras e casas de praia em locais onde não há todos os serviços e novos aprendizados acontecem: 1- O telhado do apartamento é do condomínio e se você não morar na cobertura nem sabe se há problemas. Na casa o telhado é seu, subiu no forro antes de comprar e viu o estado do telhado? Não entende, contrate um especialista para verificar antes de comprar e descobrir que há diversos vazamentos e consertos a serem feitos. 2- Esgoto, Ahn? Não tem Sabesp para coletar e tratar na região, para onde vai o esgoto? Vai para a fossa que pode encher e vazar e ter que chamar empresas limpa fossas, Pera aí, mas onde está a fossa no terreno se nem o dono sabe?

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Nosso Universo interior

M. Luiza Conti

Desenvolvimento pessoal

Crenças

As crenças são todas as coisas ou possibilidades que você acredita, e por acreditar forma a sua realidade. É com essa programação mental que vamos determinar como será nossa vida. Nascemos com uma tela em branco, que fomos colorindo com as experiências, buscando referências em pessoas ou coisas, e fomos moldando nossos modelos mentais, sejam positivos ou negativos, mas que acreditamos como verdades absolutas. As crenças são suposições ou convicções julgadas verdadeiras a respeito de pessoas, conceitos ou fatos, é um estado em que o indivíduo se posiciona em relação ao que ele considera verdadeiro e certo. São conceitos, idéias, pressupostos e pensamentos, nos quais se acredita, e quanto mais intensa for a experiência, maior o impacto e mais poderosa será a crença e a programação criada. Elas são formadas por todas as idéias com base no que vemos, ouvimos e sentimos, e como ímãs, se você crê em algo, acabam se tornando uma verdade absoluta na sua vida, até se tornar realidade... se você crê que ela é difícil, ela se torna difícil. Ao viver determinada ex-

periência repetidamente, o nosso cérebro fortalece e registra o resultado dessas experiências, e a partir de um determinado tempo, toma aquele resultado como verdade para outras situações que se assemelhem ao que foi vivido, e acionamos um gatilho como mecanismo. O interessante sobre a crença, no entanto, é que nela não cabe a dúvida ou incerteza, crer é tomar algo por verdade certa, independente de comprovações sociais ou científicas. Crer é confiar, acreditar, apostar em algo apenas pela convicção de que ali está a verdade, pode-se dizer que é a crença que nos move a agir, sem a crença, o homem não tomaria atitude alguma. Os pensamentos são portadores de imagens e vibrações especificas que percebemos por meio dos nossos sentimentos. Quando a pessoa compreende a base dos seus sentimentos, é capaz de compreender conscientemente o que está liberando em termos vibratórios, e saber se sua vibração está de acordo com o que ela esta tentando manifestar. Cada ser humano é um concentrador de energia e pré estabelece crenças que detém vibrações, e estas vão atrair energias se-

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melhantes, ou seja, se uma pessoa tem crença de baixa auto-estima, ela irá emitir essa energia e irá atrair pessoas e situações que irão reforçar esse sentimento. Todo processo pode significar uma mudança na sua vida... imagine que algo que você sempre achou que aconteceria de certa forma, com o tempo você passou a entender que isso pode ser diferente. É uma quebra de crenças, e é preciso abraçar tudo isso para aprender e evoluir. Avaliar os motivos e tentar reavalia-los é uma forma de progresso pessoal e um forte exercicio de auto conhecimento e de uma nova realidade. Uma forma de mudarmos a nossa realidade é investirmos em conhecimento para com isso eliminarmos crenças sem fundamento que atrapalham a nossa vida e o nosso desenvolvimento. Se a nossa realidade atual é formada pelas crenças que tivemos, é importante revermos essas crenças a fim de que possamos manifestar o que realmente queremos. Em geral as crenças começam a se acumular desde a infancia, formando uma imagem mental de nós mesmos... se um pai diz a seu filho que ele é fraco e incapaz, ou compara com um irmão mais forte, é provável que essa atitude terá consequências na sua vida e ele pode sabotar sua auto estima, deixando-o mais inseguro em suas ações... Isso poderá

ser determinante para a formação dessa criança e da visão que ela tem de si mesma, já que nesse período os pais são suas principais referencias e suas palavras tem um peso muito grande. Essas crenças acabam sendo geradas de forma inconsciente, e ao longo dessa caminhada não questionamos o que acreditávamos ou o que era imposto. Portanto, a educação recebida, as experiências vividas e as situações pela qual somos expostas podem favorecer ou não as nossas crenças, influenciando a vivenciar o mundo de forma plena, enfrentar desafios, desenvolver novas habilidades, expandir seu potencial de crescimento etc... Muitas vezes arrastamos essas crenças durante toda uma vida, que se manifestam pelas nossas atitudes. Procurar se perguntar: - quem eu sou... - como vejo as minhas capacidades e habilidades - não tire conclusoes da sua imaginação - a opinião de cada um é a forma de como ele vê o mundo, já que o seu mundo é você quem cria... - nem todos pensam igual - cada um tem aquilo que mais fortalece no seu mundo, ou seja daquilo que mais acredita... somos uma ação correspondente... Crie seu novo ciclo de realidade...

Contos I

Malu Alencar Historiadora e Produtora cultural

Memórias de uma velhice que não aconteceu Quando jovem achava que nunca chegaria a ser “madura”, não pensava na idade e nem discutia com minhas amigas como seria a nossa velhice. Me sentia como um pássaro solto no universo, livre, sempre voando, em busca de um rumo.

Só tive uma amiga com quem conversei como seria a velhice, foi Liliana Iacocca, a conheci em 1966 assim que cheguei em São Paulo, ela fazia palavras cruzadas para uma editora, era extremamente criativa, fez teatro no Vento Forte

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e começou a escrever livros infantis: Felipe Roleiman, Caça ao Tesouro, Chiquinho quinta feira entre tantos outros. Não sabiamos dirigir e nem pretendiamos aprender essa “arte”. Gostavamos de andar pela avenida Paulista no final da tarde, começo da noite, paravamos nos pontos de ônibus e dávamos sinal para entrar.... Ainda ao lado do motorista Lili começava a cantar músicas italianas e eu atras batia palmas e dizia: Bravo! Bravo! A reação dos passageiros era muito estranha, alguns riam e acompanhavam cantarolando, outros ficavam incomodados. Em seguida pedíamos para o motorista nos deixar no próximo ponto e ele gentilmente parava, abria a porta e nos deixava sair sem pagar passagem e ainda buzinava como se desse um tchau. Não sei quantas vezes fizemos isso. Nada programado, parece que éramos bonecos de pilha que alguém dava corda e saiamos rodando. Desciamos do onibus e morriamos de rir.... Uma noite estavamos na varanda do meu apartamento e vimos a cidade lá do alto, as luzes acendendo, os carros passando na Consolação em direção ao centro, pessoas andando apressadas, olhamos para baixo e começamos a falar sobre a nossa velhice. Isso aconteceu na época das Diretas Já, por volta de 1982. Ficamos um tempo olhando para o horizonte, caladas e do nada Lili começou a falar:

- Você já pensou na velhice? - Como assim? Pensar... o que você quer dizer? - Como será a nossa vida? Como estaremos? O que faremos? - Onde cada uma estará morando? O que estará fazendo? - Será que estaremos num asilo? - Num asilo será muito triste, acho que não.... não sei se estarei casada. - Com filho é que não vou morar. - Nem eu... pelo amor de todos os anjos. Depois de um silencio meio triste, Lili abriu um sorriso e com sua voz italianada me disse: - Já sei! Já sei onde vamos morar! - Jura? Onde? - Vamos comprar um casarão ali no Bixiga e vamos criar galinhas. Todas as tardes vamos ficar na janela, você numa e eu noutra e ficamos conversando com quem passa pela calçada. Adorei a idéia. Combinamos que podiamos convidar outros amigos, o Mario Roitman foi escolhido de primeira, ele que sempre foi um parceiro de nossas aventuras, e Felicia Ogawa com aquele jeito oriental colocaria ordem na casa, seria um equilibrio para a nossa vida em república. Resolvemos escolher o casarão que seria comprado e fomos procurar pelas ruas do Bixiga. Vimos um, adoramos seu jeitão de casa antiga com uma varanda que acom-

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reparou que suas pernas não correm mais? E foi me dizendo: Cadê os seus? Sua familia de origem: pais, irmã, cunhado? Você reparou que seus filhos cresceram? Olha só seus netinhos que não te chamam mais de mãe, mas de Vó! Você é uma felizarda. E eu respondi: Mas eu sempre fui feliz, desde o dia que nasci! Minhas rugas são marcas de vida vivida, o meu andar lento é o cuidado que tenho que ter com os caminhos que escolher. E esse tempo que me resta e também não sei e não quero saber qual o prazo, é para eu viver de bem comigo mesma, aceitando os meus limites, lembrando de fatos e de histórias que me deram muito prazer, não preciso mais correr, nem cumprir horários rigidos com compromissos nem sempre agradáveis. Tenho tempo para ler a hora que quiser, acordar sem o despertador me chamar, cozinhar de madrugada tomando uma taça de vinho e escrever minhas memórias. São tantas memórias, são tantas histórias que posso passar todo esse tempo lembrando como se tudo fosse um filme que posso rever várias vezes. Um brinde aos saudosos amigos Liliana Iacocca, Felicia Ogawa e Mario Roitman que fizeram parte de um projeto de uma velhice que não aconteceu. Um brinde à Vida!

Foto: Douglas Lopez

panhava todas as janelas que davam para o quintal. Escolhemos que tipo de galinha teríamos, uma raça que botasse muito ovo. Os ovos poderiamos vender e se alguém precisasse também dariamos de graça, ou seria produto de escambo com as vendinhas próximas do nosso futuro casarão. Mas ficou só no sonho. Felicia partiu muito cedo, Lili um tempo depois e Mario resolveu encontrá-las e eu fiquei sozinha. Não pensei mais no casarão, muito menos na velhice. O tempo passou. Uma década, duas décadas.... Até que um dia a Dona Velhice bateu na minha porta. Não abri de vez, falei pela fresta: - O que a senhora quer de mim? E ela me respondeu: Vim te visitar, te avisar que agora você tem um tempo de validade, precisa se cuidar mais, não precisa ficar triste, mas quero ser sua amiga, vim para te apoiar. Com tanta gentileza, abri a porta e a deixei entrar, ela me pareceu muito feliz, muito lépida, cheia de energia e foi logo dizendo: - Oi, eu não sou a Velhinha que você conheceu lá atras, no tempo de sua avó, de sua mãe.... eu sou a maturidade, a experiência do viver e vim te fazer companhia, não vou deixar você reclamar de dor, nem de solidão, nem de tristeza. E continuou: Você já se olhou no espelho? Você

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‘Causos’ do Nordeste

Tony de Souza Cineasta

Aperto de mão Desde o início da pandemia do coronavírus alguns hábitos foram modificados para atender os protocolos da Organização Mundial de Saúde. Dentre eles o famoso aperto de mão. Agora cumprimenta-se com o cotovelo, no máximo punho serrado, com punho cerrado. Segundo o pesquisador e folclorista potiguar Câmara Cascudo, o aperto de mão já era tradicional entre os Gregos no tempo de Homero. Na famosa Ilíada há um trecho que comprova isso. Com o tempo, o aperto de mão acabou se tornando mais do que um cumprimento. É usado para selar um pacto, por exemplo. Para os Persas, oferecer a mão direita significava um juramento inviolável. Até em casos de guerra já se usou o aperto de mão para selar a paz. O aperto de mão durante séculos foi gesto privativo dos homens. “Homem não apertava mão de mulher senão na intimidade mais absoluta. E entre mulheres a saudação era o beijo.” Entre homem e mulher o que era permitido era a vênia, a curvatura, de um ao outro, como a reverência oriental usada até hoje. O bom-tom cerimonioso atualmente recomenda que o homem não estenda a mão às senhoras, esperem que elas tomem a inciativa. No tempo do império no Brasil, apertar a mão de uma mulher era quase uma imoralidade. Na corte usava-se o famoso beija-mão real. Câmara Cascudo afirma, que em suas pesquisas, descobriu que o provo mais simples, a chamada arraia-miúda, não valoriza o aperto de mão como um gesto cordial. Entre os homens, prefere-se a batida no ombro ou no peito. Entre

as mulheres a troca de beijos na altura das faces com o cuidado de não marcar uma outra com batom. Já recusar um aperto de mão é uma ofensa grave. Tem ocasionado até mortes. O contrário também (apertar a mão de todo mundo), denota uma atitude populista, típica dos políticos. Um amigo, câmera de televisão, que cobria campanhas políticas, me contou que uma vez gravou um encontro de Ulisses Guimaraes com um grupo de pessoas que fizeram uma roda em volta dele. Ele começou a cumprimentar todo mundo com aperto de mão. Até que chegou uma hora que já estava cumprimentando a mesma pessoa pela segunda vez. Foi muito engraçado. A banalização do aperto de mão. Existem pessoas, que em qualquer circunstância, valoriza muito o aperto de mão.

Fragmento da pintura de Michelangelo “a criação de Adão” Capela Sistina - Vaticano

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Ler e criar

Laerte Temple Doutor em Ciências Sociais Relações Internacionais

Esculpido em Carrara Quando duas pessoas parecem idênticas, é comum ouvir comentários como: cara de um, focinho de outro, ou que um é cuspido e escarrado a cara do outro. Essa última expressão sempre intrigou o pequeno Jofre, até que no colégio da cidade grande aprendeu que era uma corruptela, ou seja, uma deformação do original “esculpido em Carrara”, por conta da má compreensão por pessoas menos cultas. O sentido era como se fosse uma estátua perfeita de alguém, esculpida em mármore das jazidas da cidade de italiana de Carrara, o material preferido dos escultores renascentistas. A família de Jofre levava vida simples, mas por sorte, ele era muito bonito, alto, viril e musculoso, características que lhe renderam convite para se exibir no anonimato em uma boate exclusiva, a Ches Monique, frequentada por mulheres liberais e ansiosas por vingar as escapadas dos noivos e maridos. Não era o trabalho dos sonhos, mas as polpudas gorjetas que lhe permitiram cursar a faculdade. Certa tarde, na biblioteca, viu uma garota tentando pegar um pesado livro no alto. Ele se aproximou e alcançou o volume para a jovem. Suas mãos se tocaram, seus olhares se cruzaram, sorriram timidamente e ela murmurou um “obrigado”. Jofre levou o livro até a mesa, pediu o número de telefone mas conseguiu apenas seu nome, Graziela, e um “a gente se vê por aí”. Naquela noite, na boate onde trabalhava, um grupo de mulheres comemorava um aniversário. Jofre iniciou sua

performance com o corpo brilhando por causa do óleo aromático. No rosto, máscara de Zorro e muito glíter. A roupa era uma minúscula tanga de pele de leopardo, com rabinho e tudo. Olhou para a mesa central, viu Graziela com seu sorriso encantador e pensou: faz-se de difícil na biblioteca e solta a franga na boate. Quem diria! Oculto pela máscara e pela pouca luz, fez sua melhor performance e recebeu aplausos frenéticos. As normas da casa eram muito rígidas quanto à postura do elenco em relação às clientes. Porém, mal entrou no camarim, foi alcançado pela hostess que lhe disse que tinha de entreter a aniversariante por vinte minutos como parte do caríssimo pacote VIP, presente das amigas. A hostess saiu, trancou a porta e deixou o casal a sós e à meia luz. Após muitos beijos e abraços tresloucados, sua sunga desapareceu, assim como parte da roupa da aniversariante. Pelas regras do pacote, nada poderia ser dito, nem a máscara retirada. Pouco depois, ouviram-se três batidas na porta e em instantes ela, já vestida, deixou o camarim. Jofre pensou em recusar a generosa gorjeta, mas ele conhecia as regras da casa. Nos dias seguintes, procurou Graziela na biblioteca, na cantina, mas sem sucesso. O reencontro aconteceu por acaso. Ela caminhava pela praça abraçada a um livro e eles se esbarraram, sorriram e trocaram um oi acanhado. - Não me reconhece, Graziela? - Claro que sim. Jofre, né? Da biblioteca.

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se nota diferença de idade. - A da esquerda é a mãe, com apenas dezessete anos a mais, carinha de menina e corpo em plena forma – disse o homem orgulhoso, sem revelar que era marido e pai das beldades. Jofre entendeu o motivo do tapa que levou de Graziela e o homem, querendo impressionar os rapazes, disse, ainda sem revelar laços familiares: - Vou chegar junto a uma das duas. O que acham? - Pega a da esquerda – respondeu Jofre de bate-pronto. - A mãe? Por que a mãe? Acha que não tenho chances com a filha? - Dica de quem sabe o que está falando. Conheço as duas, lindas e gostosas. A filha é muito fresca e recatada, mas a mãe, na cama e no escurinho, parece uma cadela no cio. É chutar e correr para o abraço. Vai que é sua, amigo!

Foto: Velizar Ivanov

- Sim, e também sou o performer da “Ches Monique”. Surpresa? Então ele a tomou nos braços, deu-lhe um beijo tão ardente quanto aos de dias atrás no camarim da boate e disse que queria leva-la a um motel para terminar o serviço. Ela o empurrou, deu um forte tapa em seu rosto e saiu correndo. Jofre não entendeu nada e foi embora aborrecido. No domingo, no clube, viu Graziela na piscina. Aliás, duas Grazielas, idênticas, esculpidas em Carrara. Jofre e um amigo estavam no bar da piscina, ao lado de um desconhecido que comprava bebidas. - Olha lá aquelas duas beldades – disse ao amigo apontando discretamente para ambas. Acho que são gêmeas. - Não são gêmeas – observou o desconhecido – são mãe e filha. - Mãe e filha? Incrível. Quase não

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O que aprendi com minha vó

Carolina Conti Jornalista

Gaia Uma das maiores riquezas da infância, pra mim, é a capacidade de experimentar o mundo e encantar-se com ele como se este fosse sempre novidade. O inédito é cotidiano na vida da criança e a linguagem, da palavra dita, entra nesse contexto. Quantas vezes ouvimos da sua boquinha inquieta um novo jeito de perceber, e contar as coisas, que é o maior barato? No final dos anos 1980 meu irmão somava menos de 10 de idade e um pergaminho de neologismos. Palavras que saltavam dele e davam cambalhotas no ar, arteiras, divertidas, enfeitando o tempo e o espaço. Enquanto eu ainda ensaiava a vida em outras paragens, ele coloria os dias de meus pais com suas criatividade e alegria. Foi numa dessas, num desses rompantes inventivos, que o Tiago pariu um apelido tão potente, mas tão potente, a ponto deste destronar o nome e assumir de vez o reino da identidade: uma de minhas avós paternas (conto mais sobre isso numa próxima) chamava-se Dária, mas com o contorno da poesia do menino virou Gaia. A vó Gaia. Assim, uma dissílaba sem o serviço da língua, uma palavra que irrompe de dentro e logo encontra o vento, sem escala entre os dentes. Desde então, do Oiapoque ao Chuí da árvore genealógica viva dos “Conti”, ninguém se referia e se refere à vovó de outra maneira. Incluindo eu. Aliás, já nasci nesta nova encarnação dela, mas só fui compreender a beleza da metáfora por trás disso quando a amiga Lila Leite – ao conhecer um pouco sobre a história inspiradora da vó Gaia – me disse: Nos-

sa, esse é o nome perfeito pra ela! Gaia, na mitologia grega, está associada à vida, à criação. É, também, a materialização do amor que vem trazer luz ao Deus Caos. Na voz de muitos ambientalistas, ela traduz-se como um organismo vivo do qual nós, humanos, fazemos parte. Gaia pulsa, vibra, fertiliza, abriga. Tudo isso era e é, porque vive em nós, a vovó. Vou te falar, como foi certeiro o Tiaguinho! . . . É por essas e por outras que eu fico com a pureza da resposta das crianças.

Gaia

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A vida como ela é

Marisa da Camara Consultora Imobiliária Brasil - Portugal

Quem é o maestro???

Ao mudar-me de um apartamento para uma casa, não previ que, diariamente, teria que conviver com a SCUB (Sinfonia dos Cachorros Unidos do Bairro). Gente!!! O que é aquilo??? O maestro levanta a batuta e, unânimes, todos os cães do bairro começam a latir. Em minha fantasia, se eu eliminar o maestro, aquela sinfonia desaparece... Será? E como saber quem é o regente daquela geringonça? A cantoria enlouquecedora é diária. Do pequeno chihuahua ao maior pitbull, todos cantam no mesmo tom, ao mesmo tempo, provavelmente pela mesma motivação ou apenas por solidariedade ao maestro. O vira-lata desajeitado e manco, do vizinho da frente, até arrisca uma segunda voz. Juro que me pego refletindo sobre a tal motivação. “Será que é manha de um cãozinho mimado? Será que desejam uma costelinha assada, em vez daquele mesmo prato de ‘cocozinhos de cabrito’, secos, ensacados e inodoros? “. Sigo tentando encontrar os porquês. Eu já cheguei a ir ao portão para ver se eu via a tal da motivação passando. Sei lá! Uma cadela rebolando ou a Jéssica Rabbit saída das telas do cinema, alí, na calçada, ao vivo, toda provocante, lançando olhares de cio carregados de promessas. Aquela sinfonia infindável me irrita, mas no fundo, aquela organização e união deles me encanta. Não tem convocação prévia. É sempre de improviso, mas com um quórum

Ilustração: Marisa da Camara

admirável. É a rede social mais bem sucedida que conheço. Basta um insatisfeito, simplesmente do nada, iniciar o primeiro “au, au, au” e pronto. Os demais param tudo para latir a uma só voz. Levei tempos para perceber que qualquer ruído pode disparar a Sinfonia SCUB. Basta eu acionar meu chuveiro, o secador de cabelos ou o liquidificador que o maestro dá início ao The Voice Canino. Andei colocando câmeras em frente de casa, para ver se consigo flagrar o tal maestro do The Voice Canino. Será que isso já está me enlouquecendo?

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CriativA Idade

Jane Barreto Psicopedagoga e Arteterapeuta

Divertida Idade A Divertida idade existe, ela acontece a partir do nascimento e recebe o nome de infância. O bebê ainda no ventre materno já tem percepções sobre o universo que o cerca e será cenário de sua existência. Os avós se fazem presentes e participam dessa aventura familiar com muita intensidade. Após o nascimento, começa a fase essencial para vivencias que vão permear a vida inteira do ser humano. É nessa etapa em que os sonhos devem ser possíveis e se constroem no imaginário ético e estético, através do despertar da curiosidade, contemplação, exercício da imaginação, fantasia, ludicidade, protagonismo e aprendizagem! Com experiências significativas que possibilitem a criatividade na ação intergeracional, e com ludicidade, as crianças interagem e brincam com seus avós, sábios e vividos, que marcam sua infância. A partir de contação de histórias, produção de brinquedos com materiais disponíveis e simples, brincadeiras de rodas e cantigas, manuseios de objetos e álbuns de fotografias da época em que foram crianças, memórias afetivas serão resgatadas e compartilhadas com os pequenos, criarão repertório e enriquecerão a cultura, a história de vida dessas crianças que tem o privilégio de conviverem com seus avós, que trazem à elas a noção de sua primeira sociedade, no mundo em que atuarão como cidadãos. Para desenvolvimento saudável dessa infância, o mundo precisa ser visto como Belo, avós podem estar por perto e junto aos pais revelarem aos netos esse mundo onde vale a pena viver. Dessa for-

ma norteando a criação e educação do importante ser para que ele Seja! Avós também podem colaborar na criação dos netos e exercer seu papel de forma significativa, atribuindo a uma educação humanizada, os pilares que sustentam relacionamentos sociais: tolerância, autonomia, amor e claro, criatividade para quando um desses três falta. A infância é morada da criatividade! É nessa fase da vida, durante os dois primeiros setênios em que a fantasia e a descoberta se tornam naturalmente mais potentes; é quando o ser humano se constrói e modela sua moral, desperta para autonomia, percebe-se e protagoniza para toda sua existência. Valores éticos, estéticos e poéticos oferecidos nessa experiência concreta, promovem desenvolvimento sensível, evocando importantes pilares na formação da criança. Avós podem colaborar na criação dos netos e exercer seu papel de forma significativa, atribuindo a uma educação humanizada, que sustentam relacionamentos sociais: tolerância, autonomia, amor e claro, criatividade para quando um desses três falta. Todos os seres humanos recebem como dádiva uma porção de criatividade. Mas só isso não basta, é necessário desenvolvê-la. As crianças criativas são como crias em seus ninhos, que precisam apreender a voar... para isso deve haver espaço na “casinha de dentro e na de fora”, para desenvolvimento dessa criatividade na infância, alçando vôs que cheguem perto dos horizontes, coloridos e cheinhos de propósito. Os peque-

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convívio intergeracional. Esse percurso não poderia ser iniciado em outro tempo, se não na infância! e que seja ela presente em todas as idades, com vozes, risos, versos, poesias e canções, para estar viva em todas as idades..

Foto: Taylor Heery

nos criam, percebem, contemplam, sentem, ouvem, cheiram, tocam e pensam, fazem seus experimentos, pesquisam, constroem, vivem! Na condução de um avô como referência, participando dessa infância com ternura e afeto, é possível a construção da criatividade para arte do

Diagramação, Reportagem, Fotografia, Desenho, Entrevistas, Propagandas, Folders, Folhetos, Identificação Visual, Montagem de livros e Revistas NOSSA REVISTA PRECISA SOBREVIVER PRECISAMOS DE DOAÇÕES EM QUALQUER VALOR Desde 1993

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Vida Saudável

Cida Tammaro Adm. de Empresas

Veganos/Vegetarianos famosos Além de ser uma dieta alimentar, o veganismo, é um estilo de vida, que vem ganhando adeptos. 14% de brasileiros com mais de 16 anos, equivale a 22 milhões de pessoas, se declaram vegetarianos, segundo uma pesquisa encomendada pela Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB). Seguem algumas referências de famosos. RODRIGO SANTORO O ator se tornou vegano, aos poucos. Primeiro, ele largou a carne vermelha, depois o frango, e por fim peixes e frutos do mar. YASMIN BRUNET Além de adotar uma alimentação vegetariana, a modelo usa a imagem para apoiar campanhas contra maus tratos aos animais, e promove produtos de beleza que sejam orgânicos e não realizem testes em cobaias. XUXA MENEGHEL A famosa já era vegetariana há muitos anos, por conta de alergias alimentares. Em janeiro de 2018, decidiu ser vegana, desde então, não consumindo nenhum produto de origem animal. PAUL E STELLA MCCARTNEY Além de se posicionar contra a exploração animal, o ex Beatle mantém uma dieta vegetariana e é um dos incentivadores junto com suas filhas, do movimento Meat Free Monday. Stella (uma de suas filhas) investe em abordagem sustentável à frente da grife Stella Mccartney. TATÁ WERNECK Defensora do estilo de vida vegano, a atriz não consome nada de origem animal. Recomenda o documentário “A carne é fraca”, que nos faz refletir muito sobre o consumo de

carne. MILEY CIRUS A cantora deixou de consumir produtos de origem animal, desde 2014. A partir daí, segue influenciando as pessoas, a adotarem uma postura de compaixão aos animais. BRAD PITT Ator, produtor cinematográfico e empresário, aderiu ao veganismo pelos benefícios para a saúde, e também contribuir na diminuição dos efeitos ambientais das criações de gado. ALBERT EINSTEIN Físico alemão, pai da teoria da relatividade e da equação mais famosa do mundo, que converte massa em energia, foi também vegetariano e autor da máxima: “Nada beneficiará mais a saúde da humanidade e aumentará as chances de sobrevivência da vida na Terra, quanto a dieta vegetariana”. Alguns, por problemas de saúde, outros por compaixão e, até por problemas ambientais aos poucos o veganismo está entrando na vida das pessoas. Os animais, e o planeta agradecem. Fonte - Uol.com.br - Globo.com.br - Terra.com.br

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Falando em escrever

Rosa Maria Rodrigues Castello Consultora em Direitos Autorais

Mexendo nas gavetas...

Foto: Roberto Sansão Jr.

“Em tempo de pandemia, uma das coisas que mais fazemos é reorganizar coisas que há muito tempo não eram mexidas. Semanas atrás, resolvi dar uma geral na minha estante e lá encontrei uma antiga agenda. Por que estou contando isso? É para dar meu depoimento sobre meu grande amigo José Carlos. Achei uma carta de 16 de maio de 2009, dia em que ele completou 60 anos de idade. Uma carta escrita por ele e endereçada aos seus familiares e amigos, que participaram da comemoração dos seus 60 anos. Achei oportuno publicá-la aqui.” (veja a carta na íntegra na página 46)

A arte de envelhecer Completar 60, 70, 80 anos de idade, ou mais, e poder comemorar com a família e os amigos é um privilégio, uma bênção. Mas é, também, um bom momento para fazer uma retrospectiva da nossa vida: as conquistas e os fracassos; os sonhos realizados e os que ficaram

pelo caminho, enfim, um momento para rever o que carregamos em nossa bagagem, além da família, dos amigos, da fé em Deus, em nós e na vida; além da esperança, do amor e do desejo permanente de ser feliz. Mas eis que, sem surpresa, porém um tanto apreensivos, nos damos conta de que a velhice chegou e que estamos deixando para trás a primavera da nossa existência, para dar lugar ao outono. Sem dúvida, nos vemos diante de novos desafios e de uma nova realidade. As limitações vão surgindo, é verdade, mas sentimos um desejo enorme de continuar produzindo e sonhando com outras possibilidades, mesmo que a curto prazo. Envelhecer é uma das etapas da vida, e cada um chega de um modo próprio, de acordo com própria história de vida. Uns com mais saúde, outros com menos; uns com mais conforto e qualidade de vida, outros com menos. Mas, é com esse cenário que vamos lidar com a velhice, usando nossas experiências, nossa criatividade e nos reiventando a cada dia. E aí, percebemos que vamos precisar, mais do que nunca, da família, dos amigos e da sociedade. É importante aceitar a velhice. Afinal, ter chegado até aqui é uma vitória. E nada contra sentar-se na cadeira de balanço, com uma agulha de tricô ou crochê, com um charuto ou cachimbo, com um bom livro, ou diante da tv para assistir àquele programa favorito. Ou deitar-se numa rede para cutucar a memória e ativar as boas lembranças. Mas isso, só depois de uma caminhada, da aula de dança, de pintura, de música, de culiná-

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ria ou de natação. Ou mesmo, depois de uma visita a um amigo ou uma amiga, ou alguém da família, para um gostoso cafezinho e um papo agradável. Pensando bem, envelhecer é uma aventura. “Somente os idiotas se lamentam de envelhecer”, escreveu o filósofo Caio Túlio Cícero. Ele dizia que o importante é encontrar o prazer que todas as idades proporcionam, pois todas têm suas virtudes. A velhice, por si só, não muda o temperamento, o comportamento ou o caráter de alguém. Mas pode ser um gatilho para aqueles que desejam mudar para melhor, na reta final de sua existência. E aí é que nos damos conta de que a vida é curta demais. E para terminar, caros leitores, velhos, idosos, da terceira idade, seja lá como queiram ser chamados, vamos em frente, sem medo, sem preconceito, sem pessimismo e sem pressa; com leveza, tolerância, paciência, paixão e sabedoria. Vamos levar apenas o essencial, aquilo que, realmente, vale a pena. Não é fácil, porque a vida não é nada fácil. Mas o importante é tentar, sempre. Vamos sorrir para a vida, porque

ela continua sorrindo para nós. Sobre o autor Sou licenciado em Letras e graduado em Comunicação Social, com especialização em Editoração, e fui profissional na área editorial por mais de 30 anos (editoras Saraiva e Moderna), dos quais 20 anos como editor de livros paradidáticos (informativos) para o público infantojuvenil e adulto. Meu primeiro livro -- Fazendo história e cutucando a memória – Um olhar sobre o país da Copa --, pela editora Textonovo, foi publicado em 2013, às vésperas da Copa do Mundo, e dirigido ao grande público jovem/adulto. O livro fala, rapidamente, sobre o Brasil, sua origem, sua formação, suas paisagens, sua cultura, seus costumes, sua culinária, e sobre o povo brasileiro e seu jeito brasileiro de ser. Trata-se apenas de um olhar, naquele momento em que o país se preparava para ser o anfitrião da Copa do Mundo. A partir dessa experiência autoral, que foi um forte desejo naquele momento, dei continuidade a esse “chamamento” com três textos infantis (já escritos), um segmento que me atrai demais.

CHÃO DE CABELOS – A história de sucesso do cabelereiro do século XX Autor: Pacheco – Norival Pacheco Prefácio de Ignácio de Loyola Brandão ISBN 978-65-81379-00-1 Lançado em 19 de janeiro de 2020 – em seu aniversário de 80 anos – com mais de 150 pessoas num lindo domingo de verão. Ficou interessado!! Venha conhecer a trajetória de vida desse profissional de beleza, que teve a honra de cuidar dos cabelos de muita gente famosa, como Chico Anisio, Jô Soares, Tony Ramos, muita gente interessante que ainda hoje vai ao seu salão.

O livro poderá ser adquirido por R$ 42,00 até 31 de dezembro de 2020, através do e-mail : vendas.castelloeditorial@gmail.com Nosso site https://www.castelloeditorial.com.br/

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A carta enviada por José Carlos a seus familiares quando da comemoraçao de seus 60 anos

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Reutilizando materiais

João Alberto J. Neto Analista de sistemas

Mosaico - Intervenções Urbanas II A POESIA NA PRAÇA São Paulo, zona sul, bairro Real Parque (próximo ao Morumbi), Praça Poeta Carlos Drumond de Andrade. Apesar do nome de prestígio, era um local de área verde que estava praticamente abandonada pela Prefeitura de São Paulo e que estava causando problemas aos moradores, tanto pela frequência de grupos estranhos para consumir drogas, quanto pela própria situação do lugar que acabou virando uma mata fechada, colocando em risco a segurança no bairro. Em 2017, identificando o problema, a vizinhança começou a se organizar, inicialmente através do Sr. Sergio Sbrighi e do Sr. Fábio Azevedo Dias, que iniciaram uma “associação de moradores virtual”, através de aplicativo, conseguindo a adesão de grande parte dos moradores para discutir e levantar fundos com o objetivo de revitalizar a praça, adotando-a. O Sr. Sbrighi contratou um paisagista, fizeram um projeto privado, apresentaram a proposta na Regional, conseguiram a participação deles para o recolhimento do lixo, podaram árvores, construíram uma escada cortando a praça e possibilitando a passagem entre duas ruas e outras benfeitorias. Depois de toda essa história, chegamos ao ponto que nos interessa: A Escada. Uma escada de cimento, 37 degraus largos e espaçosos. O que fazer para deixa-la mais atraente? Nessa altura, o grupo já era grande e também tinha a participação da artista Regina Shahini, esposa do Sr. Azevedo e

também uma das fundadoras do grupo Mosaico Paulista, que recebeu a proposta de fazer um projeto de mosaico na escada, cabendo ao Mosaico Paulista apresentar um tema. A artista Regina Shahini, 58 anos, ex-dentista e sócia do ateliê Berton & Shahini Mosaicos, apresentou a ideia de projeto ao Mosaico Paulista, que consistia em reproduzir no espelho dos degraus o poema “No meio do caminho (1928)” de Carlos Drumond de Andrade, sendo um poema com apenas 10 linhas, cada linha em 2 degraus, intercalando cada um deles com uma arte contemporânea, daria para completar a escada perfeitamente. Com a ideia do projeto aprovada, faltava reunir a forma, definir material, idealizar a fonte para compor as letras, fazer plotagem para cada degrau que receberia a poesia, ficando a cargo de cada artista a arte a ser utilizada nos degraus intermediários entre cada frase, com predominância às cores da bandeira brasileira. Ficou combinada com a associação de moradores a contratação de pedreiros, compra de argamassa e o resto do material necessário para conclusão da parte artística. Ficou ao encargo de 19 mosaicistas voluntários a confecção dos espelhos, de acordo com o tema e o esquema de cada degrau, já definido pelo grupo. A obra foi executada entre fevereiro e abril de 2019 e instalada em abril de 2019. Vale destacar a alegria dos artistas participantes que transformou o evento em uma grande festa, pois assim o é.

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Uma festa cheia de carinho para algo que tende a se eternizar. Tanto carinho foi empregado nesse trabalho que a própria idealizadora deu um outro presente à praça. No pavimento abaixo da pedra fundamental da praça ela fez um rosto estilizado de Drumond, com a seguinte frase do autor: “E como ficou chato ser moderno, agora serei eterno”. Quem tiver o interesse de fazer uma visita, a praça pode ser acessada em frente ao número 174 da rua Nabih Assad Abdalla, no bairro Real Parque. No final dessa história, vimos que para uma intervenção urbana é necessário muita dedicação, negociação, coordenação, vontade de fazer, seguir regras e muita, mas muita alegria ao chegar ao final, pois tudo isso vem da alma do artista e o artista acaba sendo eterno quando fica muito chato ser moderno. Até mais... No Meio do Caminho

Carlos Drummond de Andrade

No meio do caminho tinha uma pedra Tinha uma pedra no meio do caminho Tinha uma pedra No meio do caminho tinha uma pedra Nunca me esquecerei desse acontecimento Na vida de minhas retinas tão fatigadas Nunca me esquecerei que no meio do caminho Tinha uma pedra Tinha uma pedra no meio do caminho No meio do caminho tinha uma pedra Referências: https://www.facebook.com/ mosaicopaulista https://www.facebook. com/regina.shahini https://www.facebook.com/bsmosaicos https://www.letras.mus.br/carlos-drummond-de-andrade/807509/ https://vejasp.abril.com.br/ blog/arte-ao-redor/praca-morumbi-carlos-drummond-andrade/

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Em todas as telas

Katia Brito Produtora de conteúdo sobre envelhecimento e longevidade

Eleições minicipais: representatividade, cidadania e compromisso Foto: Fábio Pozzebom/Agência Brasil Uma das consequências da pandemia do novo coronavírus foi o adiamento do primeiro turno das eleições municipais, que seria em outubro para o dia 15 de novembro. E logo que foi liberada, a propaganda eleitoral ganhou as ruas, as redes sociais, o rádio e as telas da TV. Mas, será que a população idosa está devidamente representada? Muitos candidatos a prefeitos e vereadores são 60+, mas, embora possam defender a causa da pessoa idosa, têm grande dificuldade em se assumir como idosos. O idoso sempre será o outro. É importante se reconhecer enquanto parte dos 60+, se este for o caso, e conhecer de perto as demandas específicas das muitas velhices que formam as cidades, independentemente do porte que elas tenham. Sem esse conhecimento, não há como criar ou propor políticas públicas realmente eficientes. Ouvir a população para uma construção conjunto é imprescindível. Sem deixar de lado o tema desta coluna que é a mídia e os idosos, na propaganda eleitoral esta importante faixa etária é bastante lembrada, são muitos os candidatos que se dizem defensores da população idosa. Porém, quais deles pode responder como pretendem fazer isso de forma concreta? Quais são suas propostas, os projetos reais para este público? Uma minoria dos que desejam ocu-

par a prefeitura ou uma vaga na Câmara Municipal tem algo mais concreto para mostrar à população idosa, que fica longe das prioridades dos planos de governo e não deveria diante do envelhecimento populacional. Fique alerta se um deles falar em creche para idosos! Isso não existe ou, pelo menos, não deveria. Idosos mesmo com limitações não são crianças, têm histórias de vida que devem ser respeitadas. Os espaços que recebem idosos durante o dia são Centros-Dias. Atenção também às fake news. Na dúvida, se uma informação é falsa ou não, não compartilhe. Pesquise e verifique sua autenticidade. Não seja vítima do vale-tudo eleitoral. Compromisso O envelhecimento digno e bem-sucedido deveria ser um compromisso assumido por todos os candidatos ao Legislativo ou Executivo, com projetos para o presente das cidades, e principalmente, para o futuro. É preciso pensar em medidas que garantam a representatividade e abram espaço para que as muitas velhices tenham seu lugar de fala. Tomando as devidas precauções, participe das eleições, pesquise os candidatos de sua cidade, escolha aqueles que têm propostas reais para as questões que você julga importantes. Esse ano haverá um horário diferenciado para os 60+ nas seções eleitorais, das 7 às 10 horas. Não há obrigatoriedade depois dos 70, mas

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parte desse grupo hoje, mas, se tudo der certo, fará. E o passo seguinte, depois das eleições, é ficar de olho nos eleitos e cobrar para que as propostas não sejam apenas promessas.

Foto: Fábio Pozzebom/Agência Brasil

exerça sua cidadania e faça a diferença. Indo além, defender questões para um envelhecimento digno e bem-sucedido, não é só pleitear benefícios e melhorias para a população idosa, é advogar em causa própria. Você pode não fazer

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Nosso cafézinho

Café do Vietnã

Cida Castilho Barista

Pois é, hoje vamos falar de um café de longe e de referência no mercado internacional, vamos falar do café do Vietnã. Em resumo esse café chegou no Vietnã pelos colonos franceses em meados do século XIX. Sabia que em boa parte da Europa, já existia uma cultura do café nos anos de 1600. O consumo era garantido em suas colônias com os franceses no Caribe. O que diferencia o café Vietnamita é que eles estabeleceram uma torra diferente do que estamos habituados, e também o grão de café que plantam é da espécie Robusta, que tem uma bebida mais encorpada, diferente do arábica. Com a torra mais longa e consequentemente mais escuro e oleoso, porém não são queimados. Eles utilizam uma pequena quantidade de açúcar com um toque de baunilha. Claro que essa torra não é via de regra, o restante é torrado por vias normais. Enfim, café famoso, ele compõe blends de cafés especiais, para dar um toque diferente na bebida. Existe no Vietnã um café preparado em época de falta do leite eles acabaram por colocar ovo no preparo em substituição ao leite. E para fazer a bebida eles precisavam fazer a gema atingir consistência correta e o sabor e cheiro do ovo eram presente na bebida, com o passar do tempo foram aprimorando e graças a Deus apareceu a batedeira ou mixer para bater o ovo, e o aroma e gosto do ovo eles fizeram um segredo que já sabemos qual é, e vamos passar a receita na integra para fazer em casa, que fica muito

bom. Essa receita é apreciada até os dias de hoje. Segue receita - Café com ovo Ingredientes 60ml de café coado tradicional Creme - 1 gema de ovo 2 colheres de sopa de leite condensado 2 gotas de essência de baunilha Preparo1 – Creme, em uma tigela funda ou batedeira bata a gema de ovo até que comece a ficar esbranquiçada. 2 – Adicione o leite condensado e continue batendo, finalize com a baunilha e mexa delicadamente para misturar. 3 – Montagem – coe o café e coloque em uma xícara ou onde achar melhor e que fique bonito. 4 – Coloque o creme sobre o café bem devagar. A segunda receita para quem gosta de café, vai adorar fazer agora no verão por ser refrescante, e bem fácil. Café gelado (foto ilustrativa acima) 100ml de café coado tradicional 50 a 100ml de leite condensado 4 cubos de gelo Colocar em um copo, taça onde achar melhor, colocar o café, leite condensado e o gelo. Mexer e degustar uma bebida bem gostosa e refrescante.

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A História da Arte Manoel Carlos Conti Artista Plástico Jornalista

A arte na Idade Média II

Muito foi criado e fabricado na Idade Média. Alguns antigos historiadores, principalmente aqueles da ‘linha italiana’ ou mesmo os europeus, costumavam dizer que ‘esse (Idade Média) foi um período de guerras, sangue e destruição’. Hoje veem que foi um engano dizer isso. Por causa das guerras foi criado o Arco Gótico que muitos dizem terem sido criados no Período Românico porém muitas fortalezas com os arcos em forma de ogivas surgiram para suportar mais peso na Idade Média. Capacetes e capas dos animais feitas em bronze que serviam de proteção também vieram dessa época. Podemos dizer que dentre as diversas criações da Idade Média a mais artística deve ser os Manuscritos e as encadernações. Apesar de muitas fortalezas terem desaparecido por completo um número infindável de manuscritos iluminados ficaram para a história como verdadeiras obras de arte. Durante esse período muitas esculturas se ressaltaram de forma impressionante. Uma delas é o crucifixo de Gereão de escala monumental, talhada em formas poderosamente avultadas e com a expressão do profundo sentimento das dores do Cristo. É particularmente impressionante a forma do pesado corpo para a frente dando real a violenta distensão dos ombros e braços. Quanto a arquitetura podemos destacar que a cidade de Colônia mantinha estreitas relações com a casa imperial através do Arcebispo Bruno, irmão de Otão I o qual se manteve à frente da construção de numerosas igrejas como a abadia beneditina de S. Pantaleão, onde se encontra seu túmulo.

Dentre os manuscritos onde se combinam elementos carolíngios (período de reinado de Carlos Magno) e bizantinos podemos dizer que uma das obras da arte medieval, é talvez o Evangeliário de Otão III. A cena em que Cristo lava os pés de São Pedro contém notáveis reminiscências da pintura antiga. As suaves matizes em azulado lembram as artes greco-romanas. Outra dessas pinturas é a de São Lucas, imagem simbólica de esmagadora grandeza. Nesse caso Lucas não está escrevendo, como era comum nessas artes e tem já o Evangelho terminado em suas mãos. Ao centro encontra-se o boi simbólico, rodeado por cinco profetas do velho testamento. Na próxima edição a Arte Românica. Mais um período da Idade Média.

São Lucas do Evangeliário de Otão III Biblioteca do Estado Bávaro - Munique

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Mensagens para leitura e meditação

Lenildo Solano Professor

O Pantanal em chamas RECONCILIAÇÃO

Em minhas apresentações musicais esta é a música inicial: COM O CORAÇÃO MEU AMIGO! Não sendo profissional/Canto com coração Compartilhando com você/A minha emoção. Levo uma mensagem/De otimismo e coragem Canto meu Mato Grosso/Com seu poten-

cial colosso. Minha quente Cuiabá/Sua cultura e tradição Seu povo hospitaleiro/Rainha do Cento Oeste brasileiro. A querida mãe Natureza/O meu digno respeito A Deus toda gratidão/Por cada linda canção. Canto essa música, inicialmente, em respeito aos cantores profissionais e como fomos convidados para escrever para esta conceituada revista pelas men-

Foto: UNICEF

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sagens que postamos em nosso blog: lenildosolanoblogspot.com e no site: www. lenildosolano.com.br , que são mensagens reflexivas obtidas intuitivamente e portanto, peço permissão aos profissionais da área para compartilhar textos, poesias e poemas que levam mensagens de otimismo, encorajamento, conhecimento, alegria, fé e esperança sem apresentar fundamentação científica e placa religiosa. Mas esta é a nossa principal proposta. Já escrevi para a nossa revista sobre cultura e tradições regionais, sobre o pantanal mato-grossense, mas o nosso foco são as mensagens reflexivas e, nesta edição falamos sobre a Reconciliação. Como é bastante gratificante ouvir dizer que fulano voltou a estudar, que havia parado a anos e por motivo de ter que ajudar a família nos gastos de casa ou porque casou e as responsabilidades atrapalharam o retorno as aulas. Assim como certa pessoa adquiriu ou foi contemplada com a casa própria, principalmente, quando tem crianças ou a mãe desenvolve duplo papel na família, sendo mãe solteira ou viúva; são reconciliações pessoais significativas em suas vidas. Em meio a pandemia, que vem dei-

xando certas pessoas apreensivas, nervosas e até agressivas, tivemos que acolher a pedido dele um afilhado que havia desentendido com a própria genitora. No mesmo dia em que ele chegou em casa perguntou-me: por que o senhor está triste? No momento não disse o porquê e que era impressão dele. Passados apenas cinco dias em casa, comparecendo regularmente ao seu trabalho e com diálogos que mantínhamos sobre relacionamentos, percebemos que ele já estava bem aliviado da tensão e trouxe-nos uma grata notícia de que havia por telefone entendido com a mãe já estava retornando para a sua casa. Aproveitamos a oportunidade e dissemos a ele que quando da sua chegada em nossa casa demonstrávamos estar triste devido ao desentendimento ente mãe e filho, o que se resolve com diálogo e amor de ambas as partes; mas que para a felicidade de todos, tudo voltava a estar bem. Agradecíamos à Deus pela oportuna reconciliação e que o diálogo amigável é sempre necessário. Lembrando de que dialogar é saber ouvir, compreender e falar também, buscando soluções e que a reconciliação é prova de evolução!

Receitas Fáceis

Ebe Fabra Chef de Gastronomia

DICAS DE EBE FABRA NA COZINHA

Dedicar horas de um belo domingo ao preparo de refeições ricas e apetitosas, rodeadas pelos amigos e pela família, é uma delícia. Hoje com a pandemia não precisamos esperar pelo domingo*. E, mulheres contemporâneas como nós, quase um ideal utópico. Filhos, carreira, casa - há muito a fazer. * para saborear pratos criativos e gostosos.

Tem sido uma surpresa para mim, ver meus filhos se esmirilhando na cozinha, são muito criativos e me surpreendo com eles a cada dia. Sinto que o aroma e o paladar estão refinados; além de apresentação impecável. Tanta sofisticação, no entanto, não se reflete no gasto para aprontá-los. Cada receita, toma às vezes, no máximo 30 minutos do seu dia! Acredite!

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Aprecie sem moderação! Bora lá ....... “Batatinha com creme de ervas” Receita de Guilherme Tse Candido e Juliana Amorim do Restaurante Ecully - São Paulo Esse prato com as batatas-bolinhas (foto à direita) pode servir de entrada, quase 2 porções grandonas individualmente Receita para 2 porções (30 minutos) -10 batatas-bolinhas com casca -3 colheres (sopa) cream cheese -1 colher (sopa) de mix de ervas picadas fino (alecrim, tomilho,manjericão .......) -sal e pimenta-do-reino a gosto -1/2 xícara (chá) de bacon picado fino *Modo de fazer: Em uma panela com água fervente cozinhe as batatas. Escorra e deixe estriar! Corte a tampinha e a base de cada uma delas e faça uma pequena cavidade no centro, retirando com uma colher (cuidado para não tirar muito). Reserve. Em uma vasilha, misture o cream cheese, as ervas, sal e pimenta-do-reino. Recheie as batatas com esse creme. Em uma frigideira. em fogo baixo, frite o bacon até ficar crocante, Deixe esfriar sobre o papel absorvente. Espalhe sobre as batatas e sirva. *se quiser substituir as batatas-bolinhas pelas grandonas, cozinhe-as inteiras, com casca, corte-as ao meio no sentido do comprimento e cubra-as com o recheio. Desse jeito, podem até virar um lanche substancioso. Se não usar o bacon, substitua por ervas ou queijo e espalhe sobre as batatas. Dica: fica muito bom no forno, pra dar uma gratinada.

em tiras finas -1/3 xícara de manteiga derretida -1/2 xícara de castanha-de-caju picada grosseiramente -2 colheres (sopa) de azeite -folhas de alface romana a gosto -talos de cebolinha para amarrar Para o molho: -3 dentes de alho picados -1 cebola cortada em pedaços -2 colheres (sopa) de azeite

“Filé de frango crocante na folha” Em 15 minutos você prepara esta receita, rende 20 porções (foto à direita embaixo) Ingredientes: -100 gramas de parmesão ralado -1/3 de xícara de farinha de rosca -400 gramas de peito de frango cortado

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informe publicitário

-1 lata de tomate pelado escorrido -molho de pimenta a gosto Em uma tigela, misture o queijo parmesão e a farinha de rosca. Reserve. Passe as tiras de frango na manteiga derretida e coloque na vasilha com a mistura de parmesão e farinha. Acrescente a castanha-de-caju e misture bem com as mãos. Em uma frigideira, em fogo alto, aqueça o azeite. Doure o frango empanado e a castanha. Retire do fogo e deixe escorrer bem so-

bre o papel absorvente. Prepare o molho: Em uma panela, em fogo alto, refogue o alho e a cebola no azeite até que fiquem transparentes. Passe pelo processador ou liquidificador junto com os tomates. Volte à panela. junte o molho de pimenta e ferva. Disponha o frango e a castanha sobre as folhas de alface. Amarre com as cebolinhas e sirva com o molho de tomate. Um cheiro pra vocês

O Cidadão e Repórter é um movimento social que desenvolve e transmite informações relacionadas a cidadania levando aos leitores e seguidores, a visão de repórteres 60+, baseada na nossa vivência e experiência e na divulgação e defesa dos princípios da democracia e da livre expressão.

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VAMOS APRENDER DESENHO NAS FÉRIAS? DURAÇÃO DO CURSO - 2 MESES CONTEÚDO - COMPOSIÇÃO, LUZ E SOMBRA, ANATOMIA E PERSPECTIVA - LOCAL - PELA INTERNET - APLICATIVO ZOOM MATERIAL: 1 BLOCO DE PAPEL LAY OUT A4 1 LÁPIS 6B E 1 HB - UMA RÉGUA DE 30 CM.

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Dúvidas e Propostas Manoel (11) 9.8890.6403 todos que pretendem fazer o curso peço que me enviem um whatsapp para eu começar a formação do grupo IDADE MÍNIMA 10 ANOS magazine 60+ #17 - Novembro/2020 - pág.57


Foto: Nathan Rogers

Especial

... de 60+ para 60+ u m g ru po c o m mui ta d iversid ade de negรณc i os, cu rs os e trabal ho magazine 60+ #17 - Novembro/2020 - pรกg.58


Eduardo Meyer

O trabalho 60+ é o espaço do velho ativo (dentro do prazo de validade) Somos um grupo aberto, gratuito e inclusivo. Queremos sempre novas pessoas, com novas ideias e novos projetos. Esse é o nosso capital, nosso capital intelectual. Nosso grupo teve origem no curso de reinvenção profissional do Lab 60 + , onde sentimos a força da soma de nossas experiências, para solução de problemas e criação de novos processos. Somadas nossas experiências e vivências, nos mais diversos campos do conhecimento, são milênios de sabedoria. Nós juntos buscamos atividades prazerosas, colaborativas e com justa remuneração. Sabemos que temos muito o que contribuir, temos sonhos e desejos a realizar, queremos deixar um significativo legado para as próximas gerações.

Acreditamos na força do grupo, uma força intangível e imensurável, mas inegável. ´ Essa força do grupo, é nosso combustível. Somos o espaço do protagonismo sênior para a realização de projetos. É o local para trocar ideias , propor e desenvolver projetos. Todos podem criar novos grupos e/ou participar de grupos já existentes. Buscamos a convivência produtiva. É o espaço de velhos com sonhos e projetos, e, realizá-los em grupo é muito mais produtivo e prazeroso. Buscamos o trabalho colaborativo, prazeroso e que possa proporcionar uma justa remuneração. Venha nos conhecer, teremos enorme prazer em recebê-los.

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Sérgio Grimberg Engº Eletronico

É possível o aprendizado em qualquer idade Já há algum tempo tenho visto pessoas de mais idade, tipo 60+, quase que conformadas a dificuldade com a tecnologia, primeiro dos computadores e na sequência dos celulares. Parece que existe o pensamento que as gerações mais novas têm alguma diferença, algum a mais, que os torna capazes de entender estes Apps que estão revolucionando o mundo. Com a minha experiência de muitos e muitos anos nesta área de programas para os chamados micro-computadores não me conformei com este entendimento. Como sempre tive alma de pesquisador, conversei com muitas pessoas, ouvi até tecnicamente como programador de software suas aparentes incapacidades e fiz alguns experimentos práticos. A maior conclusão a que cheguei é que o que mais falta é o conhecimento dos fundamentos gerais desta tecnologia e também como o computador foi programado para entender nossos comandos e o que é capaz de nos entregar. Muitas e muitas pessoas desta faixa etária, têm muito medo de lidar com estes dispositivos por falta de conhecimento da estrutura de entrada e armazenamento de dados, dos eventuais perigos

que a má utilização de um App poderia acarretar aos dados armazenados e ao aparelho em si. Desta maneira, comecei já no começo de 2017, uma iniciativa a qual denominei “Desmitificando a Conversa com o Computador/Smartphone”. O grande foco é mostrar na prática que, havendo vontade, com a alocação de um pouco de tempo, em qualquer idade é possível aprender a desfrutar desta tecnologia. Neste período de pandemia, a necessidade de comunicação via Apps de reuniões, Apps de redes sociais ficou muito mais premente. Por exemplo, a experiência de anos do Grupo Trabalho60+ era o incentivo às reuniões presenciais. Com a nova realidade do confinamento, tivemos que migrar o mais rápido possível para atividades remotas. Foi escolhida na época, fim de março de 2020, a plataforma Zoom e o primeiro foco foi apresentar e ensinar as funcionalidades básicas desta plataforma, com a produção imediata de reuniões virtuais e curso específico. O resultado foi e está sendo maravilhoso. Lembrando que, no início, a maioria das pessoas não tinha grande intimidade com Apps de computadores

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e smartphones. Mostrando e treinando os fundamentos, as funcionalidades básicas, respeitando o tempo e a história de cada um, praticamente todos, mesmo aqueles que tinham mais medo da tecnologia, acessaram as reuniões, gostaram e até vários se animaram a promover o que chamamos de Iniciativas. Sempre remotamente. Com o apoio das aulas de tecnologia e da prática, outros Apps foram como que “descobertos”, o medo de lidar com os smartphones/computadores foi encarado, sempre no sentido de liberar mais autonomia, auto-confiança. A experiencia acumulada de muitos outros aprendizados, a disposição para ter pelo menos o mínimo de intimidade com estes aparelhos tem se provado

mandatória. É muito gratificante ver que pessoas destas faixas etárias, estejam, rapidamente adquirindo confiança, autonomia nesta área. Desfrutando das tecnologias atuais, de acordo com interesses particulares de cada um. Inclusive com relatos muito prazerosos de admiração dos netos. Sérgio Grinberg Engenheiro Eletrônico com foco no desenvolvimento, implementação e ensino de software. Mestre em MicroEletrônica pela Escola Politécnica da USP. WhatsApp: (11)94107-0960 Email: grinberg.sergio@gmail.com

Ana Maria Orsi

Ginástica Facial Para retribuir as inúmeras atividades que foram sendo oferecidas pelo Grupo Trabalho 60+, montei o primeiro Curso de Ginástica Facial, via Zoom, em Abril deste ano. A primeira turma contou com a presença de aproximadamente 30 pessoas e somente com indicações de quem já havia feito e gostado, chegamos a 103

participantes. Muitos quiseram repetir o curso e acompanharam as aulas da segunda turma. Além do eficiente e comprovado método de Ginástica Facial de Miss Craig que com apenas 30 exercícios, recupera naturalmente todos os músculos do rosto, recheei o meu curso com massagem

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Desde 1993

Diagramação, Reportagem, Fotografia, Desenho, Entrevistas, Propagandas, Folders, Folhetos, Identificação Visual, Montagem de livros e Revistas

(11) 9.8890-6403 contihq@hotmail.com magazine 60+ #17 - Novembro/2020 - pág.62


A Professora Ana Maria em plena atução

Falante e Fofóca CONTI/20

VOU FAZER GINÁSTICA FACIAL

...AAAAAAAA...

...CARRÁ CARRÁ...

...NHUUUUUU...

VOCÊ, SÓ COM REZA BRAVA...

E AI, TÔ MAIS BONITO?

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facial, face yoga, uma boa pitada de acolhimento e muitas risadas. Me emocionei com as mensagens carinhosas e os depoimentos que recebi após cada aula e resolvi tornar este curso permanente. No final da segunda turma, para não perder o contato com quem estava me acompanhando há cinco meses, montei a Academia das Caretas, que está funcionando às 3as e 5as feiras em dois horários, manhã e noite. Estou com fila de espera para uma nova turma do Curso das Caretas. Depoimentos: Eu amo as aulas de ginástica facial com Ana Orsi e meus amigos virtuais de caretas. A gente se diverte, o bom astral e o sorriso da Ana são contagiantes. Faz bem para o corpo e para a alma. Muito obrigada Rosa Maria Rodrigues Castello Nuovo, 64 anos

Cara Ana e colegas, levei ao conhecimento da Fisio e Osteopata que me acompanha em um processo de artrose cervical, os exercícios ministrados pela Ana nas aulas de Ginástica Facial. Os exercícios foram super recomendados como auxiliar no tratamento de toda a musculatura do pescoço, maxilar e rosto. Segundo a Dra. Fernanda, são muito úteis também para os alunos de canto, pois auxiliam no correto posicionamento da língua, da musculatura e articulações de toda a região. Neste momento digo sem medo de errar, foi Deus quem te trouxe até nós. Super beijo, gratidão.

Marisa Pellegrini Luciano – 65 anos Pela minha filha Sofia, assisti uma live da Cultura Orgânica, no Trabalho 60+ e soube do grupo da Ginástica Facial. Ana, nossa mestra, é esplêndida. Suas aulas são maravilhosas. Sinto-me muito beneficiada com os exercícios e massagens faciais e recomendo à todos, de qualquer idade, principalmente aqueles que ficam muito tempo estáticos em frente ao computador/celular, Já sinto os resultados. Valéria Coelho Moreira – 59 anos

Nossa aluna Carmen Rodrigues Bueno, 96 anos

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Participo da Ginástica Facial há meses e, além da prática saudável, adoro a convivência gostosa com os colegas. A Ana Maria ensina com competência, carinho e alto astral e os colegas colaboram com sugestões, técnicas de massagem e experiências. Sinto que os resultados da Ginástica Facial não são só no rosto, mas na autoestima e na alma. Ana Elisa Rodrigues Bueno

em ensinar e distribuir seus conhecimentos, que nos beneficia e contagia enormemente! Para mim os exercícios também são uma oportunidade de obter efeitos complementares de relaxamento, que extrapolam a região do rosto.... Uma delicia, traduzida pelos meus bocejos espontâneos nas aulas..... Com seu jeito especial de ser, percebo que a Ana Maria proporciona, nas aulas de ginástica fácil, a elevação da As aulas de ginastica facial sob auto estima e bem estar, trazendo aleorientação da Ana Maria são momentos gria e felicidade às pessoas, numa fase únicos ! importante da vida! Elas são leves, delicadas, muito Maria Aparecida bem humoradas, que despertam o autocuidado, tornando tudo muito agradável. Ana Maria Orsi Uma delícia acompanhar as prátiWhatsApp: 11 98351-0093 cas e instruções, somadas a sua alegria

Dulce

Lingua Francesa Promenade Française é uma iniciativa no grupo Trabalho60 + , coordenada por Diane Blum e Marie Claire Eshkenazy , com o objetivo de proporcionar aos participantes encontros descontraídos, em francês, nos quais é apresentado um assunto peculiar da França. De forma lúdica e participativa, aos poucos as pessoas se envolvem, interagem e, mesmo as que há muito tempo não praticavam o idioma, são incentivadas a conversar, “bavarder”, via Zoom (em razão do distanciamento social). O tempo flui rápido, o ouvido se acostuma ao idioma francês e, ao final, palavras voltam à memória, construção de frases são reforçadas e há um desenvolvimento de novas sinapses na mente. Também, é mostrado um vídeo com informações típicas sobre o tema abordado, o qual facilita a discussão. Por final, expressões cotidianas da

língua francesa. DEPOIMENTOS Comecei a frequentar as aulas da Promenade logo no primeiro encontro e não perdi nenhuma. Fomos bem acolhidas por Diane,Marie Claire e Dulce. Conheço bem a língua francesa,mas tenho dificuldade de falar. Mas aprendemos muito mais do que falar francês,nesses encontros. Conversamos sobre literatura,pintura,cidades interessantes e sobre a vida na França. Dulce sempre nos manda vídeos que serão a base da nossa conversa. Também sempre solicita e atenciosa Marie Claire e Diane são pessoas engajadas,cultas,inteligentes,alegres e os encontros são muito produtivos e agradáveis. Viva! V i v a ! ! Heloísa F.Rios

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Parabéns pela iniciativa. Gosto muito de participar do grupo e praticar o francês que não tenho mais oportunidade de falar. É muito gratificante estar no grupo e discutir vários temas onde todos colaboram com sua bagagem pessoal. Marcia Paisano Soler Parabéns ... cursos com professoras maravilhosas, muito abrangentes... com muito humor e educação.. tenho aproveitado muito as de Exercícios Faciais e Francês!!! A verdadeira cultura moderna virtual... não importa onde você esteja!!! Um abraço a todos estes geniais profes!!! Suzana Kras Borges, advogada, Floripa As reuniões do Promenade são deliciosas! É uma oportunidade de praticar o francês de uma forma divertida e colaborativa. Adorei a variedade dos temas sobra a cultura francesa, gastronomia, moda, literatura, teatro, música e outros. Eles são apresentados em vídeo e reforçados através da aprendizagem de expressões. Os bate-papos na divisão em salas no Zoom dão chance para todos se comunicarem não importando o nível de conhecimento da língua. O time organizador, Marie Claire, Dulce e Diane, é nota10. Ana Elisa Bueno “A plataforma Trabalho 60+ é excelente, entrei há pouco tempo e a variedade, a riqueza de conteúdos e formas de suporte é impressionante. Participo de atividades de informática, passeio cultural, conversação em francês e desenho, no meu tempo disponível. Parabéns pela iniciativa e organização , e obrigada ! Ju Rehfeld” Os encontros foram ótimos, com muitos videos interessantes e culturais. Também consegui desenferrujar praticando o meu francês e aprender muitas expressões novas e úteis do cotidiano. Cynthia Milani Boa tarde Dulce ! Aqui é o Guido. Sobre minha Opinião sobre o Grupo Promenade, só tenho Elogios e Palmas. A participação ativa da Marie Claire e de todas Vocês está me motivando a tirar os traumas do passado e aprender o Frances, pois o encontro, além de se conversação é Cultural. Pra mim : NOTA 10 com Louvor.

Guido Emilio Guisasola Quando soube que haveria encontros com a língua francesa não pensei como seria ..apenas entrei e aceitei o desafio do Projeto Promenade: conversar em francês! Eu adoro ouvir esta lingua! E graças a empatia e carinho das organizadoras do projeto consegui aos poucos recordar e falar um pouco e acima de tudo voltar a estudar esta cultura ! Espero que os encontros continuem pois há muito o que conversar ! Meus agradecimentos! Selma Luchesi O grupo 60 + É uma iniciativa que proporciona hoje através do zoom, encontros com temas interessantes, professores e participantes super agradáveis. Ginástica facial, Francês, Cultura Orgânica, Encontros Astrológicos me agregam muita informação e proporcionam entretenimento. Agradeço demais! Siomara Kogan Dentro do grupo Trabalho 60+ temos várias oportunidades de atividades e projetos bem bacanas: Janelas para o Mundo, Desmistificando a Tecnologia, Passeio na Cultura e a Promenade: passeio pela língua e cultura francesa são algumas das propostas. Dulce Cristina, Marie Claire e Diane nos proporcionam um encontro delicioso e bastante proveitoso; muito bem planejado com muita disponibilidade deste trio! Podemos conversar e aprender muitas coisas da cultura francesa. Sou muito grata à elas e ao Trabalho 60+! Rosângela Saad O grupo Trabalho 60+ que sempre se destacou, ao apoiar o protagonismo sênior, por suas atividades presencias, com a pandemia, também se destaca por suas iniciativas on-line. A força do grupo teve como voz ativa o Comunica60, uma de suas células, que tomou a frente na organização das novas iniciativas, agora on-line. Entre elas, tenho o prazer de participar do Promenade, “o grupo de francês”, conduzido com competência e criatividade pela Dulce, Diane e Marie Claire. Por meio de temas culturais, temos a formação de um grupo de conversação que só enriquece nossa experiência com a língua e cultura francesas. Merci a tous! Sandra Rodrigues

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Ary Filler

O coletivo “Trabalho60mais” vem se caracterizando ha quase 4 anos, como um grupo aberto, inclusivo, colaborativo, e que procura inserir os seniores em atividades produtivas, atraves do desenvolvimento de novos formatos de trabalho, produtos, servicos, e projetos. Nos ultimos seis meses, alem de nossas tradicionais reunioes institucionais semanais, que antes do virus eram 100% presenciais, acabamos criando uma serie de novas iniciativas virtuais, que visam prototipar possiveis negocios, fornecendo diversas opcoes de saude, convivencia, aprendizado, bem estar, e cultura; e que hoje abrangem entre 10 a 15 temas. Durante uma das reunioes do C.I.S., que eh a Celula de Inteligencia Senior, em julho desse ano, aonde sempre temos um espaco totalmente aberto para reflexoes, dentro do conceito do “livre pensar”, surgiu uma constatacao: a de que em nosso mundo atual inteiramente volatil, incerto, complexo, e ambiguo, o conceito de flexibilidade e principalmente de “facilitacao” da vida cotidiana como um todo, se tornou um imperativo, para

que nossa existencia possa ser minimamente suportavel, dentro de um novo ambiente opressivo, de confinamento e solidao. Nesse exato momento, tivemos um rapido “insight”, ou seja, o de que nos ultimos seis meses, somente se tornou possivel tanto a grande expansao organica do nosso grupo, como tambem a nossa propria integridade fisica, mental e emocional, porque temos em grande parte de nossos componentes, o “injusto privilegio socio-economico” de possuirmos uma razoavel banda larga de conexao a Internet em nossas residencias, o que inclusive nos permitiu realizar mais de 300 reunioes nesse periodo. Conscientes de que isso nao acontece na maior parte da populacao Brasileira, onde o terrivel fosso de desigualdades eh cada vez maior, e acoes de cidadania se tornam urgentes; ao mesmo tempo em que essa “pre-condicao tecnologica para poder acessar tudo” sera cada vez mais fundamental, optamos por deflagrar essa Peticao-Manifesto.

PETIÇÃO-MANIFESTO PARA EXPANSÃO ACELERADA DA BANDA LARGA RESIDENCIAL NO BRASIL QUESTÃO DE CIDADANIA E SOBREVIVÊNCIA! Momento atual: 2020, o mundo mudou! Está extremamente volátil, complexo e incerto, como nunca antes na historia da humanidade. Mas uma certeza todos nós temos: A de que o mundo será cada vez mais CONECTADO! O dia a dia das pessoas, em todas as suas atividades, passou a depender de uma infraestrutura básica, conhecida como “Comunicação Digital em Rede”. Para tal, necessitamos de uma internet conectada por banda larga, de alta qualidade, universal, disponívele acessívelpara toda a nossa população, principalmente na questão de custo. No atual cenário de pandemia esta moderna ferramenta é absolutamente essencial, pois todos já “sentiram na pele” o quanto dependem, e cada vez mais dependerão, dessa tecnologiapara realizar praticamente tudo no seu dia a dia. Desde comprar remédios sem sair de casa, adquirir

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todo tipo de material e produtos em lojas; comprar alimentos básicos e até refeições por aplicativos; pagar as suas contas mensais e fazertransferências; trabalhar em casa no modelo de “Home Office”;possibilitar que as crianças e os jovens realizem os seus estudos em escolas e faculdades; preservar a saúde emocional das pessoas por meio do entretenimento; auxiliar na comunicação entre familiares deprimidos e isolados, como avós e netos que somente se falam pela rede; e muito mais. O tristeeo mais vergonhoso para nós brasileiros, é que todas essas possibilidades estão sendo negadas à maior parte da população do paiís !! E existe uma questão ainda mais especifica: Para o imenso e crescente público composto por cidadãos seniores, Os chamados “60mais”, assim como os milhões de pessoasque possuem algum problema sêrio de saude, a questäo se mostra muito mais grave, aguda e urgente, pois inclusive as novasopções de consultas oferecidas por telemedicina, que são importantissimas, tambémdependem de uma boa, estável e rápida conexão de bandalarga para serem eficazes. Ressaltamos que nestecaso,trata-se de uma reivindicação para atendimento no curto prazo, pois ela se reveste de um caráter humanitário, uma demanda Justa e absolutamente fundamental; que busca preservar a qualidade de vida de uma grande parcela da nossa população, historicamente desassistida, e também podemos afirmar sem receio, basicamente excluídal!! A questão é preocupante, grave e aguda. Estamos no campo da sobrevivência, concreta, real. Nesse sentido, nossa meta para expanso da Banda Larga Residencial, que Consideramos ousada, porém viável, contém 5 parâmetros básicos: 1. Alcançar no prazo de um ano, 2. 80% de nossa população 3. Fornecendo uma velocidade de 30Mbps, no minimo 4. E um pacote de dados mensais de 100gigas; 5. Dentro de um custo socialmente aceitável,que devera ficar em torno de R$30,00 a R$50,00 mensais. Sabemos que não se trata de um desafio simples, frugal, ou de fácil implantação, mas ele tem que começara ser consideradoe estruturado imediatamente! A nação pede por essa iniciativa de grande impacto social, fundamentada no conceito de INCLUSAO; onde todos ganham,sejam os cidadãos e suas familias, as escolas, comércio, indústria, serviços, administração pública e oos governos! Portanto, solicitamos aos vereadores, deputados, senadores, autoridades de todas as esferas governamentais do pais, e a ANATEL, que percebam a dimensão do problema, e o enorme alcance social da solução proposta inclusive com repercussões positivase concretas tanto no aumento do emprego, como na renda da população. Desse modo, propomos considerar vários caminhos: desde estímulos fiscais para as empresas, novas leis de apoio, subsídios setorizados, contrapartidas especiais, compensações temporárias, investimentos e parceriaspúblico-privadas; assim como redução de impostos para as operadoras, e uso correto dos fundos de telecomunicações existentes Enfim, todas as opções devem ser estudadas com pragmatismo, mas implantadas rapidamente, para que possamos superar esse importante entrave estrutural da nossa sociedade, e assim conduzir o pais e os seus cidadãos a um patamar mais justo e desenvolvido. Segue abaixo a relação das assinaturas das entidades e pessoas da sociedade que apóiam este movimento cívico, onde pretendemos recolher 1 milhão de assinaturas, ou mais.

Copie o link abaixo, cole no navegador da internet, responda e o mais importante, veja se eles te enviarão um email para confirmação, confirme e compartilhe.

http://bit.ly/trabalho60maisbandalarga

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