Magazine 60+ #21

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S.Paulo, Março/2021 - #21

Foto: www.gessorochdale.com.br

Ano II

#21

Renascimento II O surgimento da tinta a óleo Páginas 55 e 56

A PRESENTE REVISTA TEM COMO FINALIDADE PASSAR INFORMAÇÕES PARA O PUBLICO 60+, SEM CONFLITOS DE INTERESSES E SEM FINS LUCRATIVOS.


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Cada um tem sua história e a liberdade para decidir qual caminho quer seguir, se é hora de mudar de rumo ou continuar lutando pela melhor qualidade de vida possível. Está chegando ou passou dos 60 anos, ou mesmo tem interesse pelo assunto, entre em contato e sugira histórias, cursos, eventos.

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*Todas as colunas são de inteira responsabilidade daqueles que a assinam

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Jornalista Responsável

Manoel Carlos Conti Mtb 67.754 - SP


Editorial seja bem-vindo Manoel Carlos Conti Jornalista

O Mundo está mudado e as coisas, principalmente em vista da Pandemia, não são mais como eram. Falando nisso, estamos com uma visualização recorde e acho que é 1 - por causa da Pandemia e 2 porque nossa revista está cada vez melhor. Assim, com tudo isso, resolvemos mudar também. Nossa diagramação está mais limpa, com mais espaços vazios aparecendo, com colunas inteiras em parágrafos e sem ‘blocar’ o que alguns diziam ser mais difícil de ler. Aumentamos as letras de título e de textos e aplicamos fotos mais vibrantes. Com o tempo, queremos receber mais propostas (essas mudanças foram feitas à partir de propostas recebidas de colunistas e de leitores) para quem sabe mudarmos e nos modernizarmos ainda mais. A vacina chegou, de certa forma meio ‘acanhadinha’, em doses pequeninas e me lembrou uma festa de aniversário em casa onde tinha um monte de gente e o bolo era pequenino graças a nossa situação financeira daqueles tempos. Minha Tia Tita disse para minha avó: “será que vai dar para todo mundo? ”, e minha avó prontamente respondeu, “corta as fatias mais finas que conseguir e dá primeiro para os mais velhos que são ‘fuxiqueiros’, para as crianças a gente dá os docinhos”. Como dizem “o mundo é dos espertos” e com toda essa corrida para a tal picada tem gente (quase todos autoridades ou seus parentes) furando a fila. É o maior dos absurdos mas o que podemos esperar de um país que não tem um programa de vacinação correto. Como diz Caetano “algo esta fora da ordem, fora da nova ordem mundial”. Bom parar por aqui senão aplicam um lockdown em nossa Revista. Mais um de nossos colunistas lança esse mês o seu livro, Laerte Temple é um escritor de mão cheia e uma cabeça de uma imaginação impressionante. Já li o Livro e recomendo... recomendo muito. É isso minha gente, parece até que diminui o Editorial por preguiça, mas todos sabem que essa palavra não combina comigo e tenham certeza que faremos de tudo para cada vez mais agradar nossos queridos leitores. Boa leitura a todos! Montagem feita com a foto de thom masat

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60+

magazine Heródoto Barbeiro

A gota dágua

Páginas 4 e 5

João F. Aranha

Cooperação - Fator de evolução

Páginas 6 a 8

Malu Alencar

A história do Calendário

Páginas 9 a 12

Sérgio Frug

Concentração

Páginas 13 a 14

Silvia Triboni

Voce sabe o que é Gerontologia

Páginas 15 a 17

Sandra R. Schewinsky

Assunto sério e delicado

Páginas 19 e 20

Malu N. Gomes

Sobre a vida e a morte

Páginas 21 e 22

Katia Vargas

Como eu trato? Melasma

Páginas 23 e 24

M.Luiza Conti

Expectativa

Páginas 25 e 26

Rosa Maria

César Obeid, nossa história

Páginas 27 a 29

Lairtes Temple Vidal

O tempo da tecnologia e a tecnologia do tempo

Páginas 31 a 33

Thais B. Lima

Deu branco, e agora?

Página 35

Tony de Souza

A esperteza do sapo

Página 36

Jane Barreto

Arteterapia e processos criativos

Páginas 37 e 38

João Alberto J. Neto

Intervenções urbanas VII

Páginas 39 e 40

Cida Barica

Respira, senão pira!

Páginas 41 e 42

Laerte Temple

Princípio ativo e Placebo

Páginas 43 e 44

Marisa da Camara

Meia vida de máscara

Páginas 45 e 46

Luiz A. Moncau

Uma festa para nossa mãe

Páginas 47 e 48

Ebe Fabra

Dicas de Cozinha - Recitas

Páginas 51 a 53

Cida Tamaro

Como ser vegano sem ser desagradável

Página 54

Manoel Conti

Renascimento - o surgimento da tinta a óleo - CAPA

Páginas 55 e 56

Katia Brito

#vacinasin #fofuranao

Páginas 57 e 58

Martha Karstrup

Cervantes e a memória

Páginas 59 e 60

Lenildo Solano

Reconstrução

Páginas 61 e 62

Falante e Fofoca

Vacina

Página 64

Nota do Editor: Caros Leitores e Colunistas. Temos tido bastante sucesso em nossos artigos mas, poderíamos fazer mais coisas, mais atrações, por exemplo: COLUNA PET, COLUNA DE HORÓSCOPO DE MENTIRA (bem divertido), MODA NA 3ª IDADE, ARTESANATO, TRABALHOS PARA SEREM VENDIDOS, etc. Falem com seus amigos a peçam para me ligarem... quem sabe teremos nossa Revista cada vez melhor.


Crônicas do Brasil

A gota dágua Heródoto Barbeiro Jornalista/Historiador

O deputado está em palpos de aranha. Depois do discurso que fez não há como voltar atrás. Certamente quer contentar sua base de apoio político no Rio de Janeiro, seu domicílio eleitoral. Está evidente que provocou um choque entre dois poderes da república e, geralmente, isso não traz boas coisas. Afinal, diz o parlamentar, há a garantia de liberdade de expressão, palavras, opiniões e votos. Este é um princípio mundialmente consagrado nas democracias ocidentais e um dos documentos que melhor espelha isso é a primeira emenda da Constituição dos Estados Unidos. Nota-se, redigida no final do século 18. No Brasil essa garantia vem sendo estabelecida desde a primeira constituição da república em 1891. É verdade que nos períodos ditatoriais, como no Estado Novo, de Getúlio Vargas, nenhuma garantia democrática funcionava. Por isso o deputado, amparado no seu direito de opinião, disse o que disse e não esperava ser punido pelo conteúdo de sua mensagem, por mais contundente que fosse considerada. Os controladores do pais estão de olho no Congresso Nacional, uma vez que ali ainda há uma oposição organizada contra o governo que tem como bandeira o combate à corrupção e afastar do pais o risco de uma ascensão dos comunistas ao poder. Os discursos contundentes são originados no parlamento e também nas manifestações públicas, como grandes passeatas no eixo Rio de Janeiro – São Paulo. Afinal por mais forte que seja o poder do executivo, ele não consegue impedir que alguns estados da federação sejam governados por gente da oposição. Por isso os analistas avaliam que se vive um momento crucial para a democracia no Brasil e a qualquer momento o executivo pode lançar mão de um ato de força e impor um governo totalitário.

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Para tanto vai precisar do apoio das forças armadas, especialmente o Exército que mantém vivo o ideal salvacionista de impedir que a esquerda chegue no poder . As intervenções militares nos governos anteriores deixam claro que nada mudou e que a qualquer momento, se a conjuntura se agravar, pode voltar. A gota d´água é o discurso do deputado. Provavelmente se não houvesse uma ação do poder executivo teria passado desapercebido. O tema central atinge o ânimo do nacionalismo. O parlamentar não é uma ameaça. Afinal ele esteve ao lado da direita quando o governo esquerdista foi derrubado por um golpe de força. Mas, decepcionado com os rumos que o Brasil tomava, partiu para a oposição. Participa de protestos e passeatas no Rio de Janeiro, denuncia torturas de presos políticos nos quartéis do exército em Mina Gerais. Julga que é o momento de usar a tribuna da câmara para mostrar ao país o que se passa. A oportunidade é a semana que antecede a comemoração do Dia 7 de Setembro, dia da independência nacional. Incita a população a boicotar os desfiles militares, e culmina pedindo às garotas que, nos bailes, não dancem com os cadetes do exército! O ministro da Justiça, Gama e Silva, em nome do governo, faz um pedido à câmara para processar Márcio Moreira Alves. O plenário nega. Chega-se ao auge do confronto. O chefe do executivo, Costa e Silva, assina mais um ato institucional. O de número 5, redigido pelo ministro. O AI5 começa a valer a partir da publicação. É o fechamento radical do regime e a implantação de uma ditadura. Políticos são cassados, funcionários demitidos, órgãos de comunicação censurados. Márcio parte para o exílio para escapar da prisão que não seria decretada por nenhum membro do Supremo Tribunal Federal.

Acordo Obsoleto, Durmo Atualizado www.durmoatualizado.com.br

Seniors ativos, curiosos, empreendedores e eternos aprendizesUm blog com dicas fáceis e diversas desde cortar custo de aquisição de remédios, como tirar uma ideia da cabeça e tornar-se um projeto a aplicativos que facilitem o seu dia a dia. Desenvolvido por Marcelo Thalenberg colunista do Magazine 60+

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Contos II

Cooperação Fator de evolução te para aqueles que habitavam o seu território, seria inevitável que surgissem os conflitos, gerando toda uma história de opressores, se há vitórias, e de oprimidos, se há derrotas, numa síntese do comportamento humano, caracterizado, salvo raras exceções, por violências, guerras, tiranias e outros infindáveis exemplos de exploração do homem pelo homem.

João F Aranha

Cidadão e Repórter

Desde que surgiu na face da Terra, há milhares de anos, e a partir do momento que, paulatinamente, passou adquirir consciência de si próprio e do meio que o cercava, o homem vem se questionando a respeito do que é vida, qual o seu sentido e qual é o sentido de sua própria existência. A história da humanidade tem revelado que o homem passou a compreender, ao longo do tempo, que existiam leis naturais imutáveis e de que fazia parte de um grande todo, incluindo aí os seus próprios semelhantes. Ao ampliar sua consciência, o homem verifica que enquanto na natureza o comportamento é governado por leis de causa e efeito que surgem naturalmente, no relacionamento social, onde a existência depende da comunicação e do conhecimento que é travado física e espiritualmente entre os seres humanos, as regras podem ser alteradas, substituídas ou mesmo melhoradas, através da vontade consciente e da razão, num processo constante de evolução. Ao optar, entretanto, pela busca do melhor apenas para si próprio, para seu grupo sangüíneo ou mesmo somen-

Indiferente às inúmeras lições de cooperação existentes nos reinos animal, vegetal e mineral, a humanidade passa por uma crise de percepção, cega que está pelo egoísmo, pela expansão indiscriminada e irresponsável, pela competição desenfreada e pela vontade de dominação a qualquer custo, o que tem levado a uma tensão constante entre as partes e o todo, causando uma inevitável desarmonia. Animais como abelhas e formigas, incapazes de sobreviverem de forma isolada, seguem seus instintos de sobrevivência e de manutenção da espécie, com um comportamento que não pode ser caracterizado nem como egoísta nem como

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altruísta, já que não foi produto de uma escolha consciente e sim fruto de um condicionamento biológico que não é alimentado por fatores emocionais ou sociais e nenhuma escala de valores. O homem, animal superior, dispõe, no entanto, de uma matéria a mais que o distingue dos animais comuns – a matéria espiritual – que permite a formação de uma escala de valores condizentes com a compreensão que tem do todo e, ao entender o que é vida, será levado progressivamente à descoberta do meio que o cerca e de si próprio. Concepções recentes do que é vida, afirmam que há um padrão de organização comum a todos os seres vivos. Este padrão tem as características de uma rede que se realimenta constantemente, regula a si mesmo e se auto- organiza. A vida é entendida então como um processo contínuo de conhecimento, onde a função exercida por cada componente se baseia nos princípios da interdependência e das interligações, uma simbiose onde diferentes organismos vivem em estreitas associações uns com os outros. A cooperação, portanto, tem importância vital no processo evolutivo dos seres vivos, bem como no processo evolutivo do próprio meio ambiente que habitamos, de tal forma que juntas elas estabelecerão, numa verdadeira lei da vida, um grande e único processo evolutivo. Quando a cooperação ocorre, cada parceiro passa a entender e compreender melhor as necessidades de seus semelhantes e isto permite aprendizados e mudanças mútuas, há uma co-evolução. Os homens ao se religarem com a fonte de onde tudo emerge, aprenderão com a sabedoria adquirida nos bilhões de anos de existência da natureza e passarão a viver de uma maneira sustentável que possa satisfazer suas necessidades sem diminuir as perspectivas das futuras gerações, dos filhos dos filhos dos nossos filhos. Entenderão que para viver numa comunidade auto-sustentável é necessário integrar e conviver, ou seja, viver em parceria, de tal forma que “o sucesso da comunidade toda depende do sucesso de cada um de seus membros, enquanto

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que o sucesso de cada membro depende do sucesso da comunidade como um todo. (*) Este foi o entendimento de Grandes Mentes que passaram pela face da Terra e que deixaram o testemunho de suas condutas e ações, voltadas para a cooperação, o altruísmo e a ajuda mútua. São exemplos vivos que reacendem a centelha divina que existe em todos nós e que nos mostram que somos todos irmãos e todos constituídos dos mesmos elementos, na unidade e no todo. Quando ideais de cooperação passam a existir numa comunidade como a nossa, incorporados que foram pelo reconhecimento de uma verdade, estabelece-se um modelo, um padrão que, com certeza, serão difundidos e implantados no seio de todos aqueles que lutam por um mundo bem melhor. (*) – A Teia da Vida: Uma Nova compreensão dos sistemas vivos – Fritjof Capra – Editora Cultrix

Fotos enviadas pelo Colunista

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Contos I

A história do calendário Malu Alencar Historiadora e Produtora cultural

No tempo de pandemia vejo o ano passar pela janela.... na falta do que fazer fico fazendo reflexões sobre a vida. Passa um cachorro embaixo da janela e fico pensando no que ele está pensando, será que cachorro pensa?. Uma motocicleta acelerada cortando o silencio da rua, fico imaginando se o motociclista é surdo ou está querendo ser notado. Mas hoje percebi que o ano começou faz pouco tempo e logo mais vai terminar. Fiquei assustada, dai contei os dias, procurei uma folhinha de 2021 mas não encontrei nenhuma, pedi na farmácia, mas me disseram que nesse ano não teve brinde, tive que buscar minha agenda para contar os dias que faltam para terminar o mês de fevereiro, dai a curiosidade bateu: qual a origem do nome fevereiro e qual a razão de sentir falta de uma folhinha colada na geladeira para contar os dias do ano, acompanhar mês a mês o que sei de cor e salteado desde tenra idade? Fiz um “google” e achei que deveria fazer a coluna desse mês para o Magazine 60+ com as informações que achei interessantes e curiosas:

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Calendário Aste


eca - Wikipédia

O nome fevereiro vem do latim februarius, inspirado em Fébruo, deus da morte e da purificação na mitologia etrusca. Você sabia que a maioria dos nomes dados aos meses do ano tem origem no primeiro calendário romano, criado por Rômulo, em 753 a.C.? Esse calendário possuía apenas dez meses, sendo o primeiro deles o mês de março. O responsável por introduzir mais dois meses ao calendário foi Numa Pumpílio (700 a.C- 673 a.C.), o segundo rei de Roma. Tempos mais tarde, optou-se pela troca de alguns nomes, a fim de homenagear o imperador César Augusto. Veja a seguir as razões que justificam o nome recebido por cada mês: Janeiro - Homenagem ao deus romano Jano (Janus, em latim), o deus da mudança (dos começos e dos fins), com duas faces, olhando em direções opostas, uma para a guerra outra para a paz, uma para o passado (fim do ano) outra para o futuro (ano novo). Fevereiro - Mês dedicado ao deus da purificação dos mortos, Februa, a quem os romanos ofereciam sacrifícios para expiar as faltas cometidas durante todo o ano. Março - Homenagem a Marte (Martius), deus da guerra. Abril - Há duas versões: A primeira baseia-se em uma comemoração sagrada: aprilis, feita em homenagem a Vênus, deusa do amor. A segunda versão viria de aperire (abrir, em latim), referência ao período de abertura das flores, no hemisfério norte. Maio - Nome baseado em comemorações que honravam duas deusas romanas identificadas com a primavera e com o crescimento de plantas e flores, Maia e Flora

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Junho - Homenagem à deusa Juno, protetora das mulheres e da maternidade. Outra versão diz que deriva do nome de um clã romano chamado Junius. Julho - No primeiro calendário romano, era chamado de quintilis, por ser o quinto mês do ano. Em 44 a. C., foi rebatizado em homenagem ao grande líder romano Júlio César, que fora assassinado. Agosto - Por representar o sexto mês do ano no antigo calendário romano, recebia o nome de sextilis. Também foi rebatizado para homenagear outro grande líder, Augusto, que se tornou o primeiro imperador romano. Setembro - Do latim septem (sete), o sétimo mês, antes do calendário de Numa Pumpílio.

Outubro - Do latim octo (oito), o oitavo mês.

Novembro - Do latim nove, o nono mês.

Dezembro - Do latim decem, o décimo mês.

Curiosidades: Somente o mês de fevereiro tem variação no número de dias, pois tem ano que tem 28 dias e no outro 29. A explicação está muito lá atras. Originariamente, fevereiro possuía 29 dias e 30 como ano bissexto, mas por exigência do Imperador César Augusto, de Roma no ano 8 a.c, um de seus dias passou para o mês de agosto, para que o mesmo ficasse com 31 dias, semelhante a julho, mês batizado assim em homenagem a Júlio César.

A pedido de Júlio César, o astrônomo alexandrino Sosígenes desenvolveu um calendário para levar em consideração, de forma mais precisa, o tempo de translação da Terra. Nosso planeta não leva somente 365 dias para concluir uma volta ao redor do Sol, mas 365 dias, 5 horas, 48 minutos e 56 segundos. A solução encontrada por Sosígenes foi aumentar um dia a cada quatro anos para compensar as horas “perdidas”. Esse calendário ficou conhecido como juliano, em homenagem ao imperador que pediu sua elaboração., esse dia “extra” é o dia 29, acrescentado

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Calendário Indú

O ano bissexto é aquele que possui 366 dias em vez dos 365 dias dos anos considerados “normais”. Ele foi criado em 238 a.C., em Alexandria, no Egito, mas só foi efetivamente adotado em 45 a.C., em Roma, pelo então imperador Júlio César.


Foto: Por Desconhecido - https://www.loc.gov/exhibits/world/images

no calendário a cada 4 anos, os romanos decidiram que esse dia seria em fevereiro, que na época era o ultimo mês do ano. É importante dizer que foram registrados pequenos erros nesse sistema e, por isso, ele acabou sendo substituído pelo calendário gregoriano, o que utilizamos atualmente. Para finalizar fiquei pensando como será daqui décadas ou centenas de anos, o que dirão de 2020, 2021.... os anos da Pandemia que o Planeta Terra “congelou”. Com certeza estranharão o fato das pessoas usarem máscaras, ou não; da busca pela vacina e o que seria essa vacina? Enquanto não tenho respostas e mal converso com pessoas, fico matutando o que vai acontecer em março, será que serei vacinada, já que tenho prioridade? Será que a vacina vai me dar salvo conduto para me reunir com os filhos, netinhos, amigas e amigos.... sair para fazer caminhadas, pegar um ônibus ou entrar num metrô e ir para onde quiser? Marcar um encontro no bar ou restaurante que gosto e me reunir com minhas amigas para um papo tomando um vinho ou uma caipiroska? Assistir um filme numa sala de cinema de verdade, ou sentar na platéia do teatro e aplaudir a peça quando a cortina fechar o palco? Será que fevereiro continuará sendo o unico mês com variação no número de dias? Será que o calendário gregoriano será trocado por outro calendário? Afinal qual o significado da palavra CALENDÁRIO? A palavra calendário veio do grego kalein, que significa chamar em voz alta, convocar. Em latim, transformou-se em calendae, significando o primeiro dia do mês. É de calendae que surgiu nossa palavra calendário, que adquiriu o sentido genérico de marcação do tempo (meses e dias do ano). Calendas era o primeiro dia do mês entre os romanos. Esse termo provavelmente veio do costume romano de chamar ou convocar o povo no primeiro dia de cada mês, quando o pontífice informava sobre os festivais e dias sagrados que deviam ser observados. Só muito tempo depois, o calendário oficial de Roma passou a ser afixado em lugares públicos, onde todo mundo podia ver. Obs: Calendário é sinônimo de: almanaque, anuário, efeméride, folhinha, cronograma, até hoje usado como brinde de farmácias, estabelecimentos comerciais e normalmente colocados na porta da geladeira ou penduradas na parede da cozinha. Fonte: Revista Superinteressante

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Cultura Geral

Concentração

Muitos anos atrás, me alertava uma querida mestra sobre a necessidade de concentrar a energia em lugar de dispersá-la em diversas atitudes e propósitos diferentes. É uma tarefa que até hoje exige atenção; praticamente todos os dias. O poder das imagens é muito grande, mesmo para aqueles que procuram afastar-se do “grosso” do sistema e buscar valores mais humanizados. É muito fácil cairmos no corre-corre, achando que quanto mais fazemos, mais correspondemos. Mas não é bem assim. O “fazer” desenfreado nem sempre leva a algo significativo; pelo contrário, muitas vezes dificulta a compreensão que temos de nós mesmos e de nossos objetivos mais profundos. O pior é que passamos esse tipo de “educação” para os nossos filhos. Inglês, natação, judô, computador... Achamos que quanto mais, melhor; e poucas vezes nos perguntamos sobre a eficiência de tudo a que nos propomos. Afinal todo mundo faz igual. Na “ponta” da Nova Era, também não é diferente. Freqüentamos cursos, workshops, completamos longas e dispendiosas formações, mas até que ponto experimentamos o encontro com a essência? Até que ponto abandonamos o encanto do consumismo e nos dedicamos a ser nós mesmos e participar efetivamente de um Grande Organismo? Nossos egos se locupletam quan-

Foto: John Moeses Bauan

Sergio Frug

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do escrevemos um texto, quando proferimos uma palestra ou focalizamos um evento. Mas até que ponto buscamos a humildade de sermos simplesmente o que somos e cumprirmos naturalmente com as tarefas mais singelas que temos a cumprir? Até que ponto procuramos entender “para quê” fomos escolhidos por nossos filhos e o que temos de melhor a oferecer? Quantos de nós procuram claramente educar os filhos para a consagração da vida e não apenas para satisfazer necessidades sociais? Como nos curamos? Que pedagogia escolhemos? A que intenção definitivamente nos entregamos? Perguntas que a pressa e a correria não nos preparam para responder. Muitas vezes apenas voamos dos médicos para os terapeutas, dos terapeutas para os cursos; dos cursos damos uma passadinha no Shopping e finalmente só nos resta jantar algo provindo de algum microondas. Quando foi que deixamos de nos relacionar? Quando foi que deixamos de curtir e reverenciar a vida para viver apenas suprindo necessidades? Para concentrar é preciso parar, dar um “stop”. Baixar o ritmo, fazer silêncio, contemplar, meditar. Há os que meditam tanto que mais parecem faquires, mas será que meditam? Ou será apenas mais um ego se exibindo? Pessoalmente não me eximo de nada disso e por outro lado, com certeza muitos de nós já vamos aprendendo a nos concentrar mais profundamente. Trabalhando assim para cumprir com os propósitos cósmicos que acompanham a árdua trilha sem se preocupar apenas com “ganhar dinheiro”, ou “ser feliz”, pois tanto ganhar dinheiro como a idéia que temos de “ser feliz” representa muito pouco perto da grandeza de servir e contribuir para a glória da Humanidade.

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Mudança de Hábito

Você sabe o que é Gerontologia? Silvia Triboni Viajante Sênior e Repórter 60+

O nome é curioso, sofisticado também, e à primeira vista pode parecer algo inacessível à pessoa comum, entretanto, a essência da Gerontecnologia está muito mais presente em nossas vidas 60+ do que você imagina. Certamente, você sabe o que é Gerontecnologia, se beneficia dela e, talvez, até esteja a empreender neste que é um dos mais promissores ramos empresariais do mundo. Interessei-me recentemente pelo assunto enquanto estudava o trabalho da gerontecnologista israelense Keren Etkin, co-fundadora e vice-presidente de produto da Sensi.Ai que desenvolve Inteligência Artificial para monitoramento de cuidados remotos. Keren também é Super Conector em ciência e tecnologia na Aging2.0 (da qual faço parte no capítulo de Lisboa), e criadora do site The Gerontechnologist.com. Curiosa que sou, busquei saber mais sobre Gerontecnologia, e agora compartilho com você meus novos conhecimentos. Gerontecnologia é... “A gerontecnologia é um campo interdisciplinar de pesquisa científica em que a tecnologia é direcionada às aspirações e oportunidades dos idosos. A gerontecnologia visa a boa saúde, a plena participação social e a vivên-

cia independente até a idade avançada, seja ela pesquisa, desenvolvimento ou design de produtos e serviços para aumentar a qualidade de vida.” (Fundação Holandesa Herman Bouma Fund for Gerontechnology). Um Rico Ramo da Economia da Longevidade Como já explorado em textos anteriores, a Economia da Longevidade é considerada o “maior mercado do século XXI”, e a terceira área estratégica da economia mundial. A AARP – American Association of Retired Persons, define o termo “Economia da Longevidade”, como a soma de todas as atividades econômicas que atendem às necessidades dos idosos. Nós, os Seniores, transformamos a nossa longevidade em um ativo poderoso para a sociedade na medida em que demandamos mais produtos e serviços que nos proporcionem dias cada vez melhores. Em 2030, eles devem gastar mais de US$ 200 bilhões anualmente em produtos de tecnologia, segundo a AARP. Esta nossa dinâmica tem fomentado uma enorme expansão de diversos setores da economia, atraindo mais e mais a atenção de start-ups, empresas, investidores e mídia. Americanos com mais de 50 anos gastaram US$ 7,6 trilhões em bens e serviços em 2018, com projeção de crescimento para US$ 27,5 trilhões em 2050. Sêniores adotam cada vez mais a tecnologia Um estudo recente da mesma AARP descobriu que os adultos mais velhos estão adotando a tecnologia mais do que nunca. Internet, smartphones, tablets, wearables* e smart TVs estão

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sendo usados por um número cada vez maior de adultos mais velhos. * Wearables são dispositivos tecnológicos vestíveis” ou similares a peças de roupa, tais como relógios, pulseiras ou até mesmo óculos de realidade virtual. Isso prova que, ao contrário da crença comum, os idosos estão dispostos a usar novos produtos e serviços de base tecnológica desde que os considerem úteis. 2020 – um super ano para a Gerontecnologia Em que pese 2020 ter sido um ano difícil para a humanidade, ele foi ótimo para os empreendedores no ramo da Gerontecnologia. As transformações digitais que decorreram da pandemia impactaram as vidas de muitos idosos, de suas famílias, de cuidadores e de provedores de cuidados de longa duração. Quando este público procurou soluções para os problemas que a pandemia criou, ou agravou, as empresas de tecnologia, especialmente as Age-Techs, as entregaram. À medida em que o uso de teSaúde Bem-estar Legado Cognitive Care

lessaúde disparou e as soluções para o bem-estar e engajamento de residentes tornaram-se fundamentais para a saúde dos idosos, muitas empresas de tecnologia aumentaram suas operações, ou migraram para este ramo, para atender o aumento repentino da demanda. O mercado global da Age-Tech deve atingir US$ 2 trilhões, segundo Dominic Endicott, da 4Gen Ventures, o primeiro investidor em uma empresa chamada “Great Call”, que atende clientes mais velhos com soluções em celulares, de saúde e bem-estar, e que comprou a Best Buy em 2018 por US $ 800 milhões. Mapa do Mercado Gerontecnológico Acredito que ficou clara a grandeza e o potencial deste campo da pesquisa científica em que a tecnologia é direcionada às aspirações e oportunidades dos idosos – a Gerontecnologia. Em um processo de seleção amplo, e de abrangência internacional, desde 2017 Keren Etkin mapeia os empreendimentos de alto desempenho deste ramo, compilando-os em aproximadamente 200 empresas, de acordo com as seguintes categorias:

Cuidadores InsureTech Planejamento de Fim de Vida Provedores de Healthcare Legado Independência Social e Comunicação Aposentadoria 2.0 Comunidades Senior Living Tecnologia em Home Care

Eu criei este mapa para uma necessidade pessoal que eu tinha. Eu queria uma visão clara de quais tecnologias estão disponíveis hoje para adultos mais velhos e não consegui encontrar algo semelhante a isso em qualquer lugar online. Mais de 2.000 empresas foram selecionadas e pouco menos de 200 conseguiram entrar. Keren Etkin Tendências em Age-Tech Aquele interessado em empreender, ou investir neste trilionário ramo da economia, sugiro que anote as tendências em produtos e serviços tecnológicos para o mercado sênior, segundo Keren Etkin: Tecnologia para moradia sênior Engajamento dos residentes e detecção de quedas são os produtos mais comuns nesta categoria. As startups que atuam nestas áreas têm como objetivo proporcionar aos residentes sêniores melhores e mais seguras experiências de vida.

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VR / AR (Realidade Virtual / Realidade Aumentada) Está em alta pelo terceiro ano, com diversos casos de usos, desde reabilitação e isolamento social até para aprendizagem imersiva pelos profissionais de que trabalham com os idosos. Monitoramento de bem-estar Wearables, sensores domésticos ou ambos, para o monitoramento doméstico de controle de quedas e de bem-estar de modo geral. Alguns deles usam VUI (Interface de voz) para interagir com seus usuários, alguns são ambientais sem interação com o usuário. Hearables - audição Com mais de 30% dos idosos apresentando perda auditiva, era apenas uma questão de tempo antes que uma nova categoria fosse criada. Hoje, os aparelhos auditivos oferecem conectividade com o smartphone via bluetooth, e os fones de ouvido são customizados para corresponderem à “impressão auditiva” de cada pessoa. Desconheço um mapa semelhante que reúna as organizações brasileiras de alto desempenho na área da gerontecnologia. Nós, integrantes do público-alvo destes empreendimentos, e, também, empreendedores 60+s, agradeceríamos muito a sua construção. E, se agora Você Sabe o que é Gerontecnologia, ainda que de forma geral, acesse o meu blog Across Seven Seas e conte-me quais as suas expectativas sobre o assunto, compartilhando, também, mais conteúdos que possam expandir os meus conhecimentos.

Foto: Sabine van Erp por Pixabay

Projeto Across Seven Seas www.acrosssevenseas.com

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Baseada em todos esses anos de experiência com pacientes neurológicos, ficou evidente o quanto passar informações de maneira simples e correta para os familiares, pacientes e profissionais sem expertise na área, seria profícuo. Assim, a Dra. Vera e eu escrevemos o livro: Lesão Encefálica Adquirida: o que é importante saber com Ilustrações de Manoel Carlos Conti, nosso editor! Consideramos que no momento atual, com tantos problemas neurológicos (AVC, traumas e tumores) e sequelas do Covid19, seria muito oportuno divulgar as informações do livro, que tenho a honra de compartilhar o link com vocês. https://www.amazon.com.br/s?k=les%C3%A3o+encef%C3%A1lica+adquirida&i=stripbooks&__mk_pt_ BR=%C3%85M%C3%85%C5%BD%C3%95%C3%91&crid=1CV0F7U0VNJ3Y&sprefix=les%C3%A3o+%2Cstripbooks%2C272&ref=nb_sb_ss_i_1_6

Sandra Regina Schewinsky LESÃO ENCEFÁLICA ADQUIRIDA o que é importante saber! Dra. Sandra Regina Schewinsky e Dra. Vera Lucia Rodrigues Alves

magazine 60+ #21 - Março/2021 - pág.18


Divã

Assunto sério e delicado Sandra Regina Schewinsky

A literatura nos traz vários personagens que lutam pela fonte da juventude e imortalidade: Fausto, Drácula, os Elfos do Senhor dos Anéis, de Zelda até Dark Souls (personagens dos games) entre outros. A ficção busca dar voz aos desejos dos homens, ou seja, a juventude eterna e quem sabe a própria eternidade. Quando falamos de envelhecimento, muitas vezes o assunto recai sobre a perda da beleza, vitalidade e destreza, mas o que de fato ronda os temores da alma é a debilidade. A leitora que sugeriu o presente tema escreveu: Com relação a envelhecer ... a velhice, deterioração do corpo não só da beleza é triste. Hoje acho que prolongamos demais a vida. Por exemplo, a mãe do meu marido está com 94 anos, não anda mais, não lembra do filho, e agora está hospitalizada, coitada! Já está na hora de partir né ... não sei! Esse viver até mais de 90 anos é deprimente para a pessoa e também os familiares ... o que você acha? Questão impactante não é mesmo!? A humanidade evoluiu até aqui graças aos problemas que ameaçam sua sobrevivência, intempéries climáticas, ameaças de outros animais ou semelhantes e doenças. É muito bom não ter mais tantas crianças morrendo de diarreia, tétano ou sarampo. Gratificante acompanhar belíssimas mulheres no auge de seus esplendorosos 40 anos, que alegria desfrutar das beneficies dos cientistas experientes!

magazine 60+ #21 - Março/2021 - pág.19

Foto: Oliver Cole on Unsplash

Psicóloga - Neuropsicóloga


Dicas para longevidade saudável tem aos caminhões: beber bastante água, fazer musculação, cuidar da alimentação, ter afetos, manter-se mentalmente ativo, cuidar do estresse e por ai vai!

ser uma companheira e as doenças crônicas e degenerativas trazem sofrimento, como ainda alto custo das medicações e dificuldades de acesso ao sistema de saúde.

Penso que viver como se não houvesse amanhã, pode ser perigoso. Negar nossa fragilidade e possível decadência física é viver um mundo de sonho. Temos sim anciões vivendo sem retaguarda, vi uma reportagem de 2018 que idosas no Japão cometem pequenos furtos para serem presas, pois se sentem sozinhas ou invisíveis em suas casas.

Organize seu futuro desde já. Resolva pendencias e assuntos mal-acabados. Pense e registre o que você quer, converse claramente com seus familiares até onde chegar em tratamentos interventivos, entenda sobre cuidados paliativos, doação de órgãos, clinicas de longa permanência e finalmente como se despedir.

Caro leitor, longe de mim ser nii Mas temos que concordar com a lista em minhas colocações, mas acho inexorável verdade desnudada por nossa importante que se tenha uma comunileitora. A natureza é soberana e mais dia cação clara e realista sobre o possível menos dia teremos um declínio total de envelhecimento. Cada glorioso dia que nossas forças. Estamos preparados para vencemos a morte, mais perto estamos isso? da senescência.

A população idosa é a que mais comete o suicídio, a depressão passa a

Ao enfrentarmos a realidade como ela é, mais fácil será lidar com ela!

Malu Navarro Gomes

Especialista em Psicopedagogia e Neuropedagogia Atenção, concentração e memória. Práticas psicopedagógicas conforme necessiades e objetivos específicos Troca de informações, orientações sobre dinâmicas e atividades apropriadas ao idoso. blog: https://blogdafelizidade.blogspot.com + 55 11 93481 1109 email: qualidadedevidaidosos@gmail.com

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Aprendizagem na 3ª idade

Malu Navarro Gomes Pedagoga Psicopedagoga

Tenho pensado muito a respeito da vida; sobre o tempo que passa sem que percebamos, o tempo que tivemos até aqui e que ainda teremos, o que vimos construindo, aquilo que fizemos ou presenciamos alguém fazer e que afetou nosso modo de ser, nossos desejos e sua maior ou menor viabilidade, até onde somos capazes de fazer nossas escolhas de forma pura e verdadeira, quais os desvios que aceitamos fazer, em nome de quê nos deixamos desviar e muito mais. Pensar sobre a vida nos remete a refletir sobre a morte, pois é ela a única certeza que temos. Tudo o mais são possibilidades, apenas isso, possibilidades. Para muitos pode ser amedrontador, temerário mesmo, perceber essa dualidade entre a vida e a morte, entre tantas possibilidades e uma única certeza. No entanto, se pararmos para refletir seriamente sobre esse cenário aparentemente irônico poderemos aos poucos descobrir a beleza que dele transparece: por ser carregada de possibilidades, a vida é feita de desafios. À medida que nos sentimos por ela instigados, nos organizamos para responder adequadamente tais provocações. Em uma viagem de férias fui convidada a percorrer um labirinto verde, feito com mudas de ciprestes e construído na praça central da cidade de Nova Petrópolis, nas Serras Gaúchas. Apesar de ser um lugar que as pessoas visitam para se divertir, lembro-me de certa angústia que senti quando, buscando caminhos que me levassem à saída, me deparava com o final de uma trilha que não conduzia a lugar algum. Diversas vezes errei o caminho. A vida bem pode ser comparada ao labirinto, a começar pelo fato de que ambos têm um início – a entrada – e um término – o seu ponto central. Uma vez iniciado o percurso, não há como voltar atrás e recomeçar tudo novamente. Como o labirinto, a vida apresenta caminhos

magazine 60+ #21 - Março/2021 - pág.21

Foto: Tolga Ulkan

Sobre a vida e a morte


vários, alguns que nos fazem progredir rumo ao objetivo, outros que nos desorientam e atrasam nossa caminhada. Como saber se estamos seguindo a trilha certa? Não sabemos. Compete a cada pessoa decidir o trajeto a ser feito e, aqui sim, voltar atrás para tomar outra direção, caso se perceba em um beco sem saída ou em uma encruzilhada que poderá retardá-la. A vida nos chama, desafia, mostra caminhos. Aceitar ou não suas provocações pode fazer toda diferença, não apenas para o caminhante como também para outras pessoas que cruzam seus caminhos. Cada pessoa percorre um labirinto diferenciado, exclusivamente seu. O fato de ser um trajeto personalizado, não impede que diferentes trilhas se cruzem em meio aos percursos individuais. Daí entendermos que não estamos sozinhos em nossa jornada; e não estamos mesmo. Muitas pessoas passam indiferentes à nossa presença. Algumas se encontram tão ocupadas com seus próprios caminhos que parecem não desejar nossa presença em seu percurso. Outras ainda, se encontram, se conhecem, se acolhem em meio a esse trajeto, seguem juntas durante um breve ou longo tempo, criam vínculos afetivos e se auxiliam mutuamente transformando esse caminhar, com seu carinho, amor e solidariedade em um gostoso passeio. O fato de acertarmos ou erramos caminhos e até mesmo vagarmos sem destino faz parte do nosso caminhar. Afinal, diz o poeta, em todo caminho há uma pedra, uma ponte caída, uma placa indicando “Rua sem saída” que deixamos de ler e só nos damos conta do fato ao retornarmos à via principal. É assim que o homem se forja, através dos desafios que aceita ao longo de sua vida e pela experiência de sucessos e fracassos obtidos em suas empreitadas. Experimentar apenas vitórias certamente resultaria em um ser mimado, frágil, egoísta, infantil. De outra forma, vivenciar somente derrotas poderia ocasionar um ser pessimista em relação a si próprio e ao mundo, talvez um ser vingativo que procurasse descontar, nos outros, tantos dissabores e injustiças por ele vividos. O ideal, então, como sempre, será encontrado no equilíbrio: vitórias entremeadas por fracassos em muitas de nossas tentativas de fazer e crescer. Não é assim que a vida nos ensina? A possibilidade de se chegar ao centro – nossa meta inexorável – pode estar mais próxima ou mais distante do que imaginamos e neste ponto é possível falar em ironia: não sabemos onde, realmente, fica o centro, tampouco como ele é. Sabemos apenas que ele existe e que nele fatalmente chegaremos, cada qual a seu tempo. Quem sabe ainda haja espaço para alguma surpresa ao final desse caminho, nosso destino. E possamos, enfim, reconhecer agradecidos que o esforço não foi em vão!

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Saúde, Beleza e Bem Estar

Como eu trato? Melasma Kátia Vargas Lutfi Pileggi

médica dermatologista

Uma das queixas mais frequentes no consultório é o Melasma. Mas você sabe o que é, como tratar e previnir? Melasma é uma condição que se caracteriza pelo surgimento de manchas escuras na pele, mais comumente na face, mas também pode acometer braços, pescoço e colo. Pode estar presente em ambos os sexos mas afeta mais frequentemente as mulheres. Existem causas intrínsecas e extrínsecas, que podem ocorrer de maneira isolada ou associada, existem fatores hormonais , como anticoncepcionais e gestação, principalmente se associada a exposição solar. Sendo este o principal fator, podendo ter um componente genético como uma predisposição a esta condição. Pacientes de pele morena e negra tem uma prevalência maior por apresentar uma quantidade maior de melanina na pele. É muito comum as pacientes chegarem ao consultório com as manchas principalmente em região malar, fronte e buço, e quando dizemos que afastando causas hormonais a principal causa é o sol, normalmente nos dizem mas eu não tomo sol, esquecendo que os danos do sol são acumulativos, o problema não é o sol de agora mas o da vida toda, e que tomar sol não obrigatoriamente precisamos estar expostos em praias e piscinas, momento onde nos protegemos com maior freqüência, mas o do dia-a-dia mesmo, porque o sol é o mesmo, nós é que mudamos de lugar. Os tratamentos devem ser muito bem avaliados e indicados por seu dermatologista, pois caso contrário pode inclusive agravar o quadro, já que tudo que aumentar o processo inflamatório, pode gerar uma hipercromia pós inflamatória. Os tratamentos variam, mas sempre compreendem orientações de proteção contra raios ultravioleta A e B e à luz visível, por isso a preferência é com cor nestes casos, que façam a proteção física e química, com Fps alto. As terapias disponíveis são o uso de medicamentos tópico dentre eles os mais comumente utilizados são: de hidroquinona, ácido glicólico, ácido retinóico e ácido azeláico. Além de arbutin, ácido kójico, ácido fítico, ácido tranexâmico e ácido dióico também são utilizados e procedimentos para o clareamento, dentre os procedimentos mais realizados estão os peelings que podem ser superficiais ou médios, mas que precisam de uma criteriosa avaliação para sua correta indicação e aplicações de luzes ou lasers, que

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Foto: arquivo

através de energia luminosa podem ajudar no conjunto de medidas para clarear o melasma. Esta modalidade de tratamento deve ser feita com cuidado para não gerar mais pigmentação, motivo pelo qual deve ser realizada por um profissional habituado às fontes de energia luminosa. O microagulhamento seguido de Drug delivery também pode ser uma ferramenta para o tratamento do melasma. A maior prevenção para o melasma é a proteção solar. As medidas de proteção devem ser realizadas diariamente, mesmo que o dia esteja nublado ou chuvoso. Como o melasma pigmenta também com a luz visível, os filtros solares comuns não protegem totalmente as pessoas com melasma. Por isso, devem-se associar à fotoproteção filtros físicos, que protegem da luz visível. Outra medida importante é a reaplicação do filtro solar, para manter a proteção adequada durante todo o dia. As pessoas com melasma devem também utilizar roupas, chapéus, bonés, óculos escuros, sombrinhas e guarda-sóis. Diariamente surgem novas tecnologias e ativos para combater essa alteração que acomete e impacta a vida de tantas pessoas, mas lembre-se a prevenção sempre é o melhor caminho.

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Nosso Universo interior

Expectativa M. Luiza Conti

Desenvolvimento pessoal

As expectativas são criadas em cima de uma possibilidade e ou probabilidade centrada no futuro, ou seja sentimos uma emoção ao pensar fantasiosamente no desejo do que poderá acontecer, em cima de algo que não é a realidade, e a possibilidade de frustração acaba sendo bastante grande. É natural do ser humano criar expectativas, porém elas são levadas ainda mais além quando colocamos em cima, nossas crenças ou experiências tornando-as verdadeiras, e acabamos acreditando e contando com a realização desse desejo. Porém como tudo isso é criado por nós, não acontece, ou pelo menos não da forma que idealizamos, e aí vem a decepção, insegurança e as vezes até dor. É bastante comum culpar a si mesma pela sua expectativa não ter se realizado, e constatar que você é rejeitada, abandonada, carente etc..... É primordial entender que os desejos de como as coisas devem acontecer é de cada um. Partindo da premissa de que cada ser humano é único e dá o que tem para dar e faz o que sabe fazer, dependendo da sua vontade e querer, entendemos que a expectativa que fazemos do que queremos do outro é nossa, e portanto não adianta esperarmos algo de alguém que não seja nós mesmos, acabamos impondo ao outro atitudes e ainda tiramos do outro a oportunidade de fazer algo mostrando como ele é e não como queremos que ele seja. Ninguém engana ninguém, enganamos a nós mesmos pelas próprias expectativas que criamos, e normalmente a nossa expectativa supera a realidade porque é fantasiosa e repleta de detalhes que não existem. Só temos controle daquilo que é nosso. Quando fazemos algo esperando dos outros, criamos a expectativa que teremos um retorno, e isso não é real. Não é o outro que reconhece o seu valor, é você mesma. Você só deve esperar algo de você. No fim o que vai te desapontar não é o que realmente acontecerá, mas sim as expectativas que foram depositadas por nós. Foto: arquivo

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Diferença da expectativa e do otimismo - A expectativa é criada por você, esperando que os outros realizem o que você idealizou. É esperar algo que não existe. - O otimismo não cria nada, ele acredita em si e no seu potencial e que fará o seu melhor para conseguir que tal coisa de certo. Algo que podemos usar para lidar melhor com as expectativas pode ser:

6.

1. Observar melhor o outro 2. Ter consciência de que não mudamos ninguém 3. Expressar-se claramente sobre o que espera do outro 4. Ter mais foco na realidade 5. Não depender do outro para ser feliz Procurar esperar mais de você permitindo sua vida fluir naturalmente

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Falando em escrever

CÉSAR OBEID, nossa história Rosa Maria Rodrigues Castello Consultora em Direitos Autorais

Olá amigos leitores do MAGAZINE 60+! Já estamos em março de 2021, ainda na pandemia, esperando a vacina e com um fevereiro sem carnaval. Mas não vamos perder a alegria de viver. Por isso, na minha coluna “Falando em escrever”, vou apresentar um autor que admiro e tenho carinho por ele. Conheci o Cesár em 2003, por conta de um licenciamento de direitos autorais. Estávamos editando uma obra de língua portuguesa, de autoria da Magda Soares, que utilizou um cordel do César Obeid. Eu inicie a pesquisa. Onde achar o cordelista? Quem será esse moço? Essas perguntas resultara numa grata surpresa...Localizei o autor paulistano (pensei que César fosse nordestino). Na época, César morava na região central da Capital de São Paulo. A autorização foi concedida...e CÉSAR OBEID iniciou sua carreira de autor. Em 2005 lançou seu primeiro livro pela Editora Moderna, “Minhas rimas de cordel”, relançado em 2013. Um sucesso de público e de adoções nas escolas brasileiras

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César Obeid


Hoje já são 35 livros publicados por diversas editoras. São cordéis, poesia, prosa, literatura infantil e juvenil. César é versátil, alegre, tem um sorriso largo e uma paz que contagiam. Em 2018 lança, também pela Editora Moderna, o livro “Almanaque da paz” que eu amo e que tive a alegria de participar da tarde de autografo, junto com a minha neta Gabriela. Em 2020 adapta seus cursos para a versão on-line, e se lança nas redes sociais: já tem mais 2.500 seguidores no Instagran. Suas lives com professores e com as crianças, falando sobre a literatura e a importância da leitura, são o maior sucesso. E tem mais: Em 2020 adapta seus cursos para a versão on-line, e se lança nas redes sociais: já tem mais 2.500 seguidores no Instagran. Suas lives com professores e com as crianças falando sobre a literatura e a importância da leitura são o maior sucesso. E tem mais: . Cria o curso: Conexão poesia de cordel, cuja proposta é despertar o seu poeta interior . Ministra aulas de métrica avançada . Criou o curso “o barbante e a rima, como contar histórias em versos com figuras de barbante

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Um presente

Oitavas da melhor idade

Quem é chamado de velho, Por quem lá ainda não chegou, Na verdade, conquistou A total renovação, Onde a sua experiência Amplifica a consciência E dá a plena permanência, Fruto da reinvenção.

Turma da melhor Idade, Já receba a minha rima Pra aumentar a autoestima De todo esse pessoal. Quem já tem 60 ou mais, Alcançou a liberdade Pois quem tem maturidade, Não se perde em vendaval.

Que estes versos sejam um brinde Que ofereço com amor, À senhora e ao senhor, Que adoram poesia. Eu ainda não estou lá, Tenho só quarenta e seis, Mas Deus queira eu cumpra as leis E que eu chegue lá um dia.

Cordel escrito especialmente para a nossa Magazine 60+

Agora um pouco mais sobre o autor.... Nascido na capital paulista em 1974, o escritor, palestrante, contador de histórias, cozinheiro e poeta César Obeid começou a escrever quando estudava dramaturgia, técnica da escrita teatral. Foi escrevendo peças de teatro que percebeu que poderia criar as suas histórias e poesias. Tem dedicado suas atividades à difusão da literatura infantil e juvenil. Realiza palestras, oficinas, workshops, mesas de debate e apresentações artísticas por todo o país. Escreve matérias e artigos para jornais e revistas, como também participa de gravações de programas de televisão e rádio sobre leitura, literatura, poesia e culinária vegetariana. Em 2010 e 2017 foi o escritor homenageado na cidade de Catanduva, no evento “Fazer Literário” produzido pelo Sesc. Atualmente, trabalha também com o projeto chamado Prosperidade Criativa que ajuda as pessoas a desenvolverem a própria criatividade e terem melhor qualidade de vida. No seu site pessoal, apresenta todas suas linhas de atuação. Curiosidades sobre César Obeid: É vegano , adora cozinhar e lavar louça, correr ao ar livre, meditar, plantar, encher os filhos de beijos e criar. Em sua casa tem uma pequena oficina cheia de ferramentas e conserta (quase) tudo o que quebra por lá. Ah, e só sabe contar uma única piada que aprendeu quando tinha 12 anos.

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VAMOS APRENDER DESENHO? DURAÇÃO DO CURSO BÁSICO CONTEÚDO - COMPOSIÇÃO, LUZ E SOMBRA, ANATOMIA E PERSPECTIVA LOCAL - PELA INTERNET - APLICATIVO ZOOM MATERIAL: 1 BLOCO DE PAPEL LAY OUT A4 1 BLOCO DE PAPEL CANSON A4 1 LÁPIS 6B E 1 HB - UMA RÉGUA DE 30 CM.e BORRACHA

TURMA 1 - TODA 2ª E 3ª DAS 10:00 ÀS 11:00 HS TURMA 2 - TODA 2ª E 3ª DAS 15:00 ÀS 16:00 HS TURMA 3 - ÓTIMA PARA QUEM TRABALHA TODA 3ª DAS 18:30 ÀS 19:30 HS (AULAS CONTÍNUAS OU SEJA, APÓS INICIADO O CURSO MAIS NINGUÉM ENTRA) FAREMOS UM GRUPO DE WHATSAPP DE CADA GRUPO SÓ PARA NOS COMUNICARMOS DE DÚVIDAS E MOSTRA DOS TRABALHOS (NÃO SERÁ POSTADO NADA ALÉM DISSO)

INÍCIO DAS AULAS - AO COMPLETAR UMA TURMA DE NO MÍNIMO 4 ALUNOS VALOR - R$ 150,00/MÊS

Dúvidas e Propostas Manoel (11) 9.8890.6403 todos que pretendem fazer o curso peço que me enviem um whatsapp para eu começar a formação do grupo IDADE MÍNIMA 10 ANOS

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Variações in VIVO

O tempo da tecnologia e a tecnologia do tempo Dra. Lairtes Temple Vidal Psicóloga/acupunturista fitoterapeuta

Meu pensamento divagava esses dias sobre o tempo em que vivemos, especialmente o tempo presente. Quanto tempo temos para fazer as coisas que precisamos ou nos interessam ou apenas queremos? Quando te passam uma nova tarefa, surge a pergunta: - pra quando? - quanto tempo eu tenho? -como vou arranjar tempo pra mais isso? O tempo das estações. O tempo das decisões. O de semear, o de colher. O ansioso tempo de espera. O tempo que passa rápido, num instante. O tempo que não basta. Seu tempo, o tempo do outro. O tempo todo. Todo o tempo. Um minuto é tão relativo; voa quando você tem algo a entregar e nunca chega quando você tem algo a receber. Pare um tempo pra pensar! O tempo que precisar, sem ser preciso nesse tempo. Apenas pare! O tempo cronológico nem sempre coincide com o tempo psicológico, são muitas as variáveis envolvidas. Quando a internet começou, em 1988, ainda discada, caia, discava de novo, caia. Tínhamos curiosidade, paciência, uma levava a outra. Eram outros tempos... mais de trinta anos. Hoje, queremos num clique instantâneo a tela tinindo, mostrando tudo, sem vagareza, o sinal no celular pulsando forte. Chame o técnico. Acabou a energia, bugou. Conserta isso logo. A internet provoca a nossa paciência. Notícias boas que instigam, ruins que desesperam, dúvidas que se acumulam, certezas que diminuem. Quer a resposta? Procure no Google. O que aconteceu? Quem fez? Pra onde foi? Verdade? Fake? Voce ainda não sabe? Em que tempo você vive? Internet é top na tecnologia. A lança para o homem das cavernas também era. O problema nem é tanto a tecnologia voraz. O problema urgente é a paciên-

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Foto: unsplash.com

cia. Paciência que precisamos pra tudo. Pra pesquisar, pra esperar, pra testar e comprovar, pro nenê nascer, pro bolo crescer, pra criança aprender, pro ovo chocar, pra esquecer, para as coisas que não mudam com o tempo. E a paciência te espreita. Você que impaciente não vê a importância que a paciência tem. Tenha paciência, comedida mas tenha. Depois, seja paciente com alguém significativo que ainda não alcançou esse estágio de evolução. Sim, na evolução individual, como sendo um processo, você interage e depende disso. Como pode andar lado a lado se o outro está um passo atrás? Você sabe escrever, certo? Conhece a ortografia básica em seu idioma-mãe. Aprendeu a escrever frases, com sujeito, predicado, objeto, asserção e razão. Parabéns! Desliga a tecnologia um tempinho, segue sem. Faz tudo isso de escrever muito bem, à mão. Agora como exercício de paciência, faça a mesma coisa com sua mão não dominante. Ué, está difícil? Mas você conhece as regras da escrita, basta usar a outra mão. Só isso... Não, não é tão simples, precisa treino, precisa paciência, precisa tempo. Tempo de adaptação e de acomodação. Artista e operário. Especialista e aprendiz. Soberba e humildade. Treino de desapego à vaidade. Isso me lembrou uma historia verídica, que mais parece ficção. Veja só. Nos anos 80, eu fazia um curso em um Instituto de Ortofrenia. Numa dada ocasião de palestras, uma senhora palestrante, mãe de uma criança portadora da Síndrome de Down, contou que havia uma competição de 100m rasos. Quando a menina que liderava e chegaria vitoriosa deu uma freada dizendo para a criança que vinha atrás dela : “- ganhe você , eu já ganhei ontem, essa é a sua vez!”. A criança que vinha em segundo lugar tomou à dianteira, triunfante, e venceu a prova. A título de veracidade, essa passagem coincidentemente foi confirmada por um aluno meu, anos mais tarde, quando na ocasião ele cursava fisioterapia, e numa exposição do trabalho de grupo, narrou o mesmo fato, o qual ocorreu durante as paraolimpíadas, quando ele fora árbitro. E eu, então professora da classe desse rapaz, avaliadora do tal trabalho apresentado, reconheci o fato a mim narrado em duplicidade. Não que fosse necessária a confirmação dessa história, mas acaba por reforçar aqui uma peculiaridade humana, refe-

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rente ao quanto teimamos em acreditar num fato diante de nosso nariz conquanto às vezes demos crédito ao invisível. Sinceramente. Quem de nós mortais, normais, sem síndromes classificadas no CID faria isso???? Abster-se da liderança no cobiçado pódio, estampando sua marca, reafirmando um grande ego, competitividade, e ao invés disso pairar em segundo lugar, por opção voluntaria. Quem faria isso!!?!? De verdade, muitos de nós temos uma síndrome sim. Nós normais temos várias síndromes de diferentes des-classificações. Paciência para aquietar. Quase uma redundância, mas é assim mesmo. Se você quer muito algo e não consegue na hora, a vontade até passa, você esquece. Veja como o tempo trabalha a seu favor nesse caso. Se conseguiu o que quer, sacia. Daí vem outro desejo, como uma peste que por dentro te contamina, e, o anseio de outro tempo pra acontecer o desejado assola. Provoca, instiga, apressa, assanha. Agora o tempo é inimigo. Não, não existe tempo amigo ou inimigo quando você tem o domínio, o controle. Não perca tempo em vão. Gaste bem seu tempo. De que modo?

[…]De modo que o meu espírito Ganhe um brilho definido Tempo, Tempo, Tempo, Tempo E eu espalhe benefícios Tempo, Tempo, Tempo, Tempo O que usaremos pra isso Fica guardado em sigilo Tempo, Tempo, Tempo, Tempo Apenas contigo e comigo Tempo, Tempo, Tempo, Tempo […] Caetano Veloso Pare um tempo, antes que um tempo te pare.

O SUPERA é um curso diferente de tudo que você já conhece. Com apenas uma aula semanal de duas horas, você conquista uma mente saudável, com mais concentração, raciocínio, memória, criatividade e autoestima. Estas habilidades melhoram o desempenho na escola, alavancam a carreira e garantem mais qualidade de vida. Encare este desafio e experimente uma forma incrível de viver. Nossa metodologia não tem limite de idade: todo mundo pode viver esta emoção. magazine 60+ #21 - Março/2021 - pág.33


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Benefícios

Deu branco, e agora? Thais Bento Lima gerontóloga e colunista do SUPERA Ginástica para o Cérebro

Imagem - reportagem de gersonaragao. jusbrasil.com.br

O que é memória? Esta pergunta parece simples de ser respondida por qualquer pessoa. Ao ser questionado sobre o que é memória, a resposta é quase imediata: é lembrar-se de algo! No entanto... será mesmo que memória é apenas o ato de lembrarmos de algo? Sim, claro! Para podermos lembrar algo, necessitamos que a informação da lembrança tenha sido apresentada a nós anteriormente e memorizada com sucesso. No processo de envelhecimento a memória sofre uma leve alteração, e nosso processo de memorização tem pequenas falhas que chamamos de “Brancos”, mas que podem ser compensados com exercícios de treinamento para a memória e com a mudança de alguns hábitos de vida, ou seja, com a adoção de um estilo de vida saudável, que envolve boa qualidade do sono; adoção de uma dieta rica em nutrientes importan-

tes para o desempenho das habilidades mentais; a prática regular de atividades físicas e a prática continua de exercícios intelectuais. Adicionalmente neste contexto, sabe-se que utilizar estratégias, termo que nós utilizamos para nos referir aos meios de compensar perdas e melhorar a memória, são formas de auxiliar na organização dos materiais a serem armazenados durante o processo de memorização, o que resulta em uma memorização mais eficiente. As estratégias de memória podem ser ferramentas para estimular as possibilidades de se compensar déficits associados ao processo de envelhecimento. Atenção! Não existem fórmulas mágicas para aumentar o nível de desempenho de memória independente da faixa etária, mas podemos observar ganhos no desempenho de memória e de outras habilidades mentais, em pessoas que participam de programas de treino que estimulam o aprendizado de estratégias e a otimização da memorização. Por isso mude seus hábitos e insira estratégias para melhorar a aprendizagem de novas informações, é um modo de melhorar a qualidade de vida e diminuir a frequência da sensação de brancos na memória

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‘Causos’ do Nordeste

A esperteza do sapo Tony de Souza Cineasta

Dentre as histórias que mamãe contava, havia algumas que eu gostava muito e sempre pedia que ela contasse de novo. A esperteza do sapo era uma delas. Um homem vinha caminhando por uma estrada e viu um sapo cururu pulando na grama. Saiu atrás dele e conseguiu captura-lo. Levou o réptil para casa e deu para os filhos brincarem. As crianças tão ignorantes quanto o pai, judiaram do animal a vontade. Quando não tinham mais o que fazer decidiram mata-lo. Aí começou uma discussão entre eles sobre como fazer. Um falou: - Tem um pé de cardeiro aqui perto. Vamos espetar ele nos espinhos. - Espinho não fura meu corpo – disse o sapo. - Vamos pegar umas brasas e botar o sapo em cima – disse outro. - Eu no fogo estou em casa – disse o sapo. - Vamos sacudir ele nas pedras – disse o terceiro. - Pedra não mata sapo – disse o sapo. - Vamos pegar uma faca e cortar ele – disse o quarto. - Besteira. Faca não me corta – disse o sapo. - Já sei! Vamos jogar o sapo na lagoa – disse o último. Todos concordaram. O sapo fingiu que estava triste. Fez cara de choro e começou a implorar: - Me bote no fogo! Me bote no fogo! N’agua não! N’agua eu me afogo! N’agua não! Eu me afogo! Os meninos muito perversos, o jogaram no meio da lagoa. O sapo mergulhou na água, foi até o fundo e retornou para superfície gritando: - Enganei vocês! Eu sou bicho d’agua! Eu sou bicho d’agua! Por isso, quando vemos alguém recusar o que mais gosta, dizemos: - É sapo com medo d’agua!... (Câmara Cascudo). Aproveito a oportunidade e transcrevo abaixo uma importante informação sobre esse tipo de sapo. “A característica principal desses animais é a pele grossa e rica em glândulas. As patas são curtas, o corpo é largo, e seus hábitos são mais terrestres que outros anfíbios. Geralmente, recorrem a ambientes aquáticos somente em épocas reprodutivas, e para a desova. Nestes períodos, assim como diversos outros anfíbios, os machos tendem a vocalizar (coachar), como uma estratégia de acasalamento, atraindo fêmeas. Costumam alimentar-se de pequenos invertebrados voadores, capturados com sua língua elástica e pegajosa. A simpatia a esses animais não costuma ser comum. Isso se deve, principalmente, a três fatos: serem associados a maus presságios; o aspecto não atraente, convencionalmente falando; e o receio de ser atingido por seus “esguichos” de veneno. Tais fatos refletem o desconhecimento que a população, em geral, tem acerca dos cururus, já que se percebe um forte e errôneo caráter cultural arraigado nessas falas. Esses animais são responsáveis pelo controle de mosquitos, inclusive aqueles que transmitem doenças, como o Aedes aegypti; as substâncias que excretam podem ser utilizadas na produção de remédios, como fármacos para câncer e hanseníase. (ARAGUAIA, Mariana. “Sapo-cururu (Família Bufonidae)”; Brasil Escola.)

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CriativA Idade

Arteterapia e processos criativos Faça a diferença, fazendo diferente! Jane Barreto Psicopedagoga e Arteterapeuta

É muito comum ouvir o termo “faça a diferença”, mas muitas vezes não se sabe como fazer diferente, nem se quer o que seria essa tal de diferença. Segundo o dicionário da língua portuguesa, um dos significados da palavra diferença é: fazer com diversidade ou variedade; modificar... Então entende-se que significa mudar, fazer novo, sair do ordinário para o extraordinário... Como fazer a diferença diante de cenários de ausência de saúde física, emocional e mental? Difícil não é? Ainda mais em tempos pandêmicos, quando a vulnerabilidade humana é ainda mais presente na vida das pessoas a partir do 8°setênio de vida. Mas é possível!!! Usando ferramentas que a arte terapia oferece, pode-se alcançar a qualidade de vida, fazendo diferente do que costuma-se fazer. A arteterapia propõe práticas terapêuticas com uso de recursos e materiais artísticos, permitindo que a pessoa se expresse livremente em seu processo criativo, usando as mais diversas linguagens da arte como: música, desenho, pintura, escultura, modelagens, colagens, dança, teatro, áudio visual, literatura. Nesse processo, as emoções, os sentimentos que habitam o interior da pessoa passam ao exterior, tornam -se visíveis na obra construída. O processo criativo contém o ato inovador em si. A materialização do que está latente no interior do ser humano - e exige ser revelado- acontece na produção da obra do autor. A criatividade consiste portanto em: conceber a realidade, implica em uma ação, em fazer ou colocar algo de novo para fora, mas não um algo qualquer, mas sim algo que diga respeito a uma verdade pessoal, a uma indagação interna diante da realidade que inspira e é externalizada. Então crie, invente, seja NOVO a cada dia, não abandone o VELHO, transforme-o. Como??? Ao amanhecer respire diferente! ...não com aquela respiração acelerada, mecânica, e costumeira, quase imperceptível, crie movimento para sua respiração, inspire o ar profundamente, pense nas características dele, entrando em seu corpo, alimente sua existência, respire contando ou cantando, perceba o ritmo das batidas do seu coração, faça o movimento do inspirar e expirar acontecer de forma especial, nova e essencial ... Abrindo os olhos, queira enxergar! Veja tudo que é igual, diferente. Mas não somente olhe, observe, enxergue o que está a sua frente e aprecie o que você vê

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todos os dias, como procurasse algo que nunca havia percebido no que aprecia, note a diferença a partir do seu olhar em outra perspectiva e contemple. Sinta os cheiros e gostos! Os aromas e sabores da vida estão presentes até no imperceptível. ...beba diferente a água num copo, taça ou caneca nova... Lembre-se - se que o copo cheio transborda, o vazio dá espaço, e ao ingerir a água há um novo despertando para vida, ela entra em contato com o ar e com os elementos da terra (magnésio, zinco, etc.) presentes em seu corpo. Perceba as texturas, cores, formas no que te alimenta, contemple a beleza que há em um prato de comida. Nutra-se com o que alimenta alma. Identifique a paleta de cores presente no aqui e agora! Que cor você está hoje? Se você fosse uma música, qual delas você seria? Faça diferente perceba-te! Quando apurado o olhar, para perceber o mundo e se auto perceber, a vida torna se muito mais colorida, com fontes de inspiração e devoção. Toque, pegue, apalpe! Segure firme com os dedos, cada pedacinho do seu corpo... a palma das mãos, os braços, dorso dos pés, o rosto que reflete agora a imagem que você vê no espelho. Contemple a criatura do criador que você é! Acolha em teu colo o que está a sua frente, faça transcender e nascerá o belo, o justo e o bom. Sinta - se e sinta o outro no físico, traga-o à sua memória na imaginação...pessoas habitam sua vida de infinitas maneiras, lembre –se que cada uma delas tem valor e significado na sua história. Ouse fazer! Aqueles materiais riscadores(lápis, giz, tintas, canetas,

carvão...) que há em seu lar, servem para registrar o que está observando, pensando, sentindo nesse processo, então desenhe, pinte, deixe fruir sem julgamento, solte o braço e a emoção... Traga as cores, pigmentos presentes nos alimentos da sua geladeira ou despensa, na sua maquiagem ou banheiro, e ainda no quintal de terra, nos vaso de plantas, ou jardins da praça, o que houver ao seu redor tingem essas percepções se forem experimentados com outros materiais, experimente, crie e faça diferente para você. Ouça mas também escute! A trilha sonora presente no cotidiano está aí para ser percebida, as onomatopeias, os sons e ruídos podem ser escutados, os desenhos das coisas, a palavra escrita, dita ou não dita em cada ato presente no seu dia a dia. Uma escuta atenta e sensível vai além do ouvir, trará revelações intimas sobre si e sobre o outro. Ainda que a criatividade apresente uma novidade, há uma ligação dessa novidade com algo de histórico do ser humano. Toda criação está vinculada a um criador, e este está inserido em seu contexto, às suas vivências mais atuais. O que é apresentado enquanto novidade tem algo de próprio daquele que a revela no momento em que cria, coloca em sua criação os resultados de suas experiências. Quem cria não está alheio àquilo que foi criado. Enquanto criador, essa nova realidade materializada e gera diálogos dizendo muito sobre si. Fazer a diferença, é construir o diferente para o inusitado acontecer a partir de si mesmo; transformando, criando, e sentindo -se vivo!

Foto: arquivo

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Reutilizando materiais

Mosaico Intervenções Urbanas VII Fotos: enviadas pelo colunista João Alberto J. Neto Analista de sistemas

Burle Marx Em artigos passados, evidenciamos o desenho das calçadas de São Paulo criadas pela artista Mirtes Bernardes, com um mapa simétrico do Estado de São Paulo. Talvez a obra urbana mais conhecida internacionalmente seja a de outra calçada, a de Copacabana. O desenho original fica na Praça do Rocio, em Lisboa, simbolizando o encontro das águas do Tejo com o mar. No Brasil, a calçada foi construída com pedras portuguesas pretas (basalto) e brancas (calcário) na gestão do prefeito Pereira Passos em 1906, com o formato das ondas perpendiculares ao comprimento da calçada. Em uma reforma de duplicação de pistas em 1970, o desenho foi alterado no projeto de Burle Marx, com as ondas em sentido paralelo à calçada, mantendo as pedras portuguesas, intensificando as curvas, significando o vai e vem do mar. Conhecido mundialmente como paisagista, “Burle Marx tinha várias aptidões artísticas, como tapeceiro, escultor, pintor, joalheiro e tantas outras especialidades, que deixam a sua opção

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pela arte musiva entre as preferências obscuras do artista. É difícil encontrar em livros ou na internet fotos o comentários sobre as obras importantíssimas que Burle Marx produziu ao longo de sua vida” (H. Gougon – mosaicosdobrasil. tripod.com). Durante a sua careira realizou várias obras em mosaico, utilizando pastilhas, pedras portuguesas, pedras semi-preciosas, como no salão de entrada do Hospital Souza Aguiar, no Rio de Janeiro, na parede do Banco Safra na Av. Rio Branco também no Rio, três murais na Cia de Tecelagem e Fiação Paraíba em São José dos Campos, uma delas na área externa da casa do antigo proprietário, Olívio Gomes. Essa empresa entrou com processo falimentar em 1993, ocasião em que o Município e o Estado uniram-se para salvar parte do patrimônio histórico e cultural, criando no local o Parque Burle Marx em São José dos Campos. Em 1994, aos 84 anos de idade, Roberto Burle Marx foi chamado para revestir a fachada do Hotel Castelli dela Alzer em Vicenza, na Itália. Foi sua última obra, pois morreu em junho daquele ano. Em São Paulo, o Parque Burle Marx foi inaugurado em 1995, utilizando uma área de mata atlântica, onde o paisagista fez um projeto para incorporar os jardins de uma casa datada da década de 50, que nunca chegou a ser concluída. Diferentemente dos outros parques municipais, ele tem uma proposta mais contemplativa e não apenas lazer e diversão. Não existe área para skate, bicicletas ou jogos. Apesar de ser público, o parque é administrado pela Fundação Aron Birmann, uma organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) que não visa fins lucrativos. Até mais...

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Só uma mensagem

Respira, senão pira!

Ouvi essa frase e me marcou muito, pois me ajuda a lembrar que mesmo no meio do tumulto temos que procurar a calma e centrar no que é primordial. Passei a repeti-la a mim mesma e a cada pessoa que esbarro num encontro casual, programado ou virtual. O ar entra pelas narinas e nos inspira, nos preenche, percorre nosso organismo, faz seu trabalho e sai, nos esvazia para novas experiências. A cada respiração o ar, como energia vital, permite centrar a mente, oxigenar as células, abaixar as tensões, ansiedades. É um movimento de troca que nos permite ter uma sensação de maior apreciação e plenitude da vida. É de Deus, respirar é simples e fundamental. O ar é o elemento do pensamento, das ideias, da mente criativa e comunicativa. Assim, a respiração dirigida é um excelente canal pra nos levar a novas respostas. O ar nos remete a lembranças principalmente através de aromas. O cheiro de uma boa comida estimula o paladar, o cheiro seduz, faz parte da química de um casal. Como nos fala a música “ A Flor” de Lia Sophia, “Fala ao meu nariz quero sentir o cheiro das tuas palavras” ... muito sensual. A vida é respiração plena, se por uma doença ou acidente, nos faltar o ar , temos que ter ajuda imediata, para nos recuperar. Triste lembrar a crise recente nos

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Foto: unsplash - Deniz Altindas

Cida Barica


hospitais de Manaus ou do interior de São Paulo, dos pacientes sofrendo com a falta de respiradores mecânicos, importantes aliados no tratamento das insuficiências respiratórias. Lembre-se, o ar não pode faltar nunca! Portanto, enquanto estiver bem se ocupe de melhorar sua capacidade respiratória. Há inúmeros exercícios para isso, veja o que melhor se adapta as suas condições de saúde. Aproveito para transmitir ao leitor, um breve exercício de respiração polarizada, que tem como objetivo alcançar maior serenidade e concentração e não pirar. Procure sentar-se numa posição digna ao exercício, mas adequada ao seu corpo no dia de hoje. Mantenha sempre que possível a coluna ereta e o pescoço alinhado. Em seguida, apoie levemente o polegar direito na narina direita. O indicador e médio estão sobre a testa. O anular e mindinho levemente apoiados na narina esquerda. Solte o ar pelas duas narinas Feche a narina direita pressionando o polegar De maneira lenta e calma, enquanto conta até 8, inspire pela narina esquerda. (Narina direita permanece fechada) Agora feche a narina esquerda com o dedo anular e prenda a respiração contando até 8. Abra apenas a narina direita (do polegar) e expire profundamente contando até 8. Sem fazer qualquer pausa, inspire pela narina direita contando até 8, feche a narina direita, prenda a respiração contando até 8. Abra a narina esquerda e expire profundamente contando até 8. Repita 5 vezes. Pode fechar os olhos ou manter as pálpebras abaixadas Respire de maneira calma e profunda Depois das repetições, se desejar pode permanecer mais um pouco nessa posição.

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Ler e criar

Princípio ativo e placebo ltemple@uol.com.br Laerte Temple Doutor em Ciências Sociais Relações Internacionais

A forma de escolha do nome dos filhos é às vezes curiosa. Aref e Soraia tiveram uma filha e resolveram homenagear a terra natal. Bia cresceu e se tornou uma mulher inteligente e belíssima, porém amarga, rancorosa e com vergonha do nome: Arábia Sharif. O primogênito de Elena e Elefthérios foi registrado Arthemus Príapo Metropoulos. A mãe escolheu Arthemus por devoção à deusa grega Artemis e o pai, orgulhoso do membro inferior central do bebê, quis homenagear o deus da fertilidade. Para fugir às piadas, o rapaz assinava apenas o primeiro nome. Quis o destino que as famílias fossem vizinhas e os pais tanto fizeram que uniram os jovens em casamento. Arthemus, encantado pela beleza de Bia, perdoava seu temperamento e nunca tentou qualquer intimidade pré nupcial. Porém, além de amarga e rancorosa, ele descobriu que Bia era mais frígida que boneca inflável, pois elas, embora inertes e mudas, pelo menos estão sempre dispostas. Ao melhor estilo Sherezade, Bia enrolou o marido com todas as desculpas imagináveis e só permitiu consumar o casamento depois de 1.001 noites, mesmo assim no escuro, sob a coberta, tirando apenas uma das pernas da calça do pijama e após besuntar-se com gel anestésico. Como resultado, Arthemus Príapo falhou, afrontando o deus grego homônimo. A frígida Bia soube tirar proveito da situação e ameaçou revelar o vexame aos sogros caso ele continuasse a exigir sexo. A auto estima de Arthemus foi para o brejo, com repercussões no humor e no trabalho. Inconformado com a atividade sexual digna de um monge enclausurado, ele procurou psicólogos, analistas, médicos e terapias alternativas. Tentou ViagraTM, Maca peruana, florais para impotência, o importado Stand Up Again, benzedeiras e fez até a simpatia do ovo de galinha caipira com canela, tudo para recuperar a virilidade e despertar o interesse de Bia, porém sem sucesso e sem saber do gel anestésico. Ele se afundava e ela curtia a situação. De repende, Arthemus recuperou o excelente humor, a disposição e a alegria de viver, embora a esposa continuasse a recusa-lo. Intrigada, Bia investigou o marido, fuçou o celular dele e checou sua gaveta. Encontrou uma receita à base de espada de São Jorge, semente de goiaba e alho, prescrita pela doutora Gorete Prazeres, dona da clínica Tenda dos Milagres, instalada no piso superior de um inferninho de luxo. Desconfiada, Bia confrontou Arthemus e exigiu explicações. Calmo e objetivo ele disse:

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- Amor, eu venho falhando na cama e você vive me esculhambando. - Claro, com um nome desses você não devia falhar nunca. - Então resolvi procurar médicos, tratamentos e até benzedeiras. - Quem é Gorete Prazeres? - Uma jovem cientista e pesquisadora alternativa. Primeiro ela me entrevistou, perguntou sobre meu casamento, examinou minhas partes íntimas e então sugeriu um experimento científico controlado. Uma luz acendeu no cérebro de Bia ao ouvir que a intimidade do marido fora exposta. Ciente da origem de seu nome e imaginando a reação da doutora ao apalpar o acessório marital, exigiu que ele descrevesse o tal experimento. - Ela sugeriu testar meu desempenho sexual por alguns meses, alternando princípio ativo e placebo, para só então prescrever o tratamento adequado, se fosse o caso. - Testar como? Qual princípio ativo? - A própria doutora Gorete conduz o teste, dia sim, dia não. O resultado tem sido excelente e digno do meu nome. - E eu, sua esposa, qual é meu papel nesse experimento? - Amor, você é o placebo. Bia calou-se para não criar um incidente diplomático entre as famílias. Pesquisou, procurou ajuda esotérica e fez a simpatia da cueca. Pegou uma roupa de baixo usada, escreveu os nomes Arthemus e Gorete, enterrou-a num vaso com flores sem espinhos e repetiu as palavras mágicas. Em três dias, Arthemus voltou a falhar, definitivamente, até com a doutora Prazeres. O casamento monótono e sem sexo retornou ao tédio que Bia tanto apreciava. A ciência descobre remédios, tratamentos, vacinas etc., mas nunca se pode subestimar o poder de uma boa simpatia!

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A vida como ela é

Meia vida de máscara Marisa da Camara Consultora Imobiliária Brasil - Portugal

Ela tem apenas dois anos de idade. Metade de sua vida usou máscaras, nas poucas vezes que saiu de casa ou se relacionou com alguém. Essa é a realidade que ela vive e conhece. Assim como minha neta mais nova, há milhões de bebês e crianças vivendo a pandemia, ao redor do mundo. A doce pequetita, cheia de vida e energia, que usa fralda e tira uma sonequinha todas as tardes, fala do tal coronavírus como falávamos da Emília, do Sítio do Pica-Pau Amarelo, em nossa infância. Eu me questiono sobre qual é sua fantasia a respeito desse ‘monstrinho’ que a trancafiou em casa, metade de sua vida. Sorte dela ter um irmãozinho de 4 anos e pais que buscam soluções de entretenimento e opções ao ar livre, para que ela possa perceber que o mundo está além dos horizontes da sala de sua casa. Parte-me o coração ao vê-la no pula-pula, usufruindo de sua energia física e capacidade respiratória, atrás de uma máscara. Assim como pegamos um casaco para sair, nas noites frias de inverno, ela não passa da porta de casa sem sua máscara. Essa situação já leva um ano e, ao que parece, não terminará tão logo. Com a reabertura das escolas, surgiu um novo norte, gerando alívio de tensões, sociabilidade com outras crianças e uma brecha, de algumas horas, para que os papais possam trabalhar sem interrupções e choros infantis. Peço a Deus que a não disseminação do vírus

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nas escolas se confirme. Fechá-las, novamente, seria muito penoso para essas crianças e para os papais que têm que entregar resultados, no trabalho, para receber o sustento da família. Que situação! Crianças cerceadas de usufruirem de sua enorme capacidade energética e fantasiosa, por um período tão grande! Concomitantemente, penso nos avós dessas crianças. São idosos que batalharam muito para chegar nesse estágio da vida e curtir sua liberdade. No entanto, neste processo pandêmico, estão com contatos limitados com seus netos, parentes e amigos, por pertencerem a um ‘grupo de risco’. Muitos sentem suas vidas frágeis e ameaçadas. Penso que nós, idosos, devemos manter o otimismo e viver o momento presente preenchendo nossa alma com escolhas de paz, cuidando da saúde do corpo, da mente e do espírito. Estudar, meditar, ler bons livros, fazer caridades e ver filmes de humor podem ser boas opções para a higiene interior e do sono e, ainda, nos fazer pacientes à espera do futuro repleto de abraços e beijos, que está por vir. Assim seja!

Ilustração: Marisa da Camara

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Mensagens

Uma festa para nossa mãe Luiz Arnaldo Moncau

Corria o ano de 2002. Dali a 40 dias minha mãe iria completar 93 anos. Foi quando nos ocorreu a ideia de fazermos uma festa maior para ela. Afinal, seus 90 anos haviam transcorrido sem nenhuma celebração especial. A ideia foi logo abraçada pelos quatro irmãos homens, pois minha irmã morava fora de São Paulo. Minha casa era grande o suficiente para acomodar umas 25 pessoas, sem filhos ou sobrinhos, pois o espaço seria insuficiente. Foi quando propus algo totalmente inusitado. Sempre que fazíamos alguma reunião, toda organização ficava a cargo de nossas esposas. Nós ajudávamos nas tarefas que elas nos passavam, que não eram muitas. Eram elas que sempre definiam todas as providências e ações necessárias, e cuidavam de quase tudo. Pois bem. A minha proposta era que a festa seria totalmente organizada pelos quatro irmãos, sem nenhuma participação das mulheres. Nenhuma! Nós cuidaríamos de tudo, elas viriam como os demais convidados. Todos concordaram, principalmente as mulheres, apesar dos temores que certamente sentiram. A diferença entre meus irmãos e eu era que eu e minha companheira morávamos em casas separadas, pois cada um morava com seus filhos. Desta forma, combinamos de nos reunir todas as 4as. feiras à noite em minha casa, garantia de que realmente não haveria nenhuma mulher a querer palpitar. Teríamos cinco semanas ou cinco reuniões para organizar tudo e distribuir tarefas exclusivamente entre nós. Considerando nossas competências, o tempo era razoável. Se fossem nossas mulheres fariam tudo em cinco dias ou menos, sem prejuízo de seus afazeres diários. Mas isso são detalhes. Foi assim que nós, os quatro irmãos, passamos a nos reunir todas as 4as feiras. Só nos quatro, mais ninguém. Só nos quatro! Não lembro de isto ter ocorrido uma única vez em nossas vidas adultas. Sem falar que nos dávamos muito bem. Não havia qualquer rivalidade ou ressentimento que pudesse gerar reservas ou desconfiança. Não costumávamos nos ver ou reunir com frequência. Era sempre em aniversários, com outras pessoas presentes. Assim, pela primeira vez, nós quatro, sozinhos, sem pressa, e totalmente descontraídos num clima de muita confiança uns nos outros. Não tínhamos nada a esconder. E queríamos muito bem uns aos outros. É lógico que tínhamos defeitos, manias, cacoetes, mas nos aceitávamos como éramos. E ríamos de nossos defeitos. Nossas reuniões duravam umas quatro horas, das 20hs até meia noite, às vezes um pouco mais. Eu comprava bastante frios, alguns petiscos, e uns 15 pãezinhos de uma ótima padaria do bairro. Vez ou outra pedíamos duas pizzas. E whisky, bastante whisky. Bebíamos sem moderação, mas sem perder a “sobrieda-

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Foto: Moncau

Na foto os 5 irmãos e, de costas, nossa mãe de”. E sem ouvir uma voz doce a dizer: meu bem, amanhã vocês têm que trabalhar! ” E foi neste clima que começou nossa aventura. A primeira reunião foi bastante operacional. Logo preparamos uma competente lista de tarefas e atribuição de responsabilidades. Afinal, éramos todos profissionais. Quantas pessoas convidar, calcular quantas poderíamos acomodar razoavelmente, quem convidar, o que servir, como harmonizar o menu (iríamos fazer um jantar), quanto de bebidas, quais bebidas, e assim por diante. Foram três horas de reunião operacional. Depois começávamos a conversar sobre nossas vidas. Na primeira reunião, foi apenas uma hora. Na segunda reunião, duas horas, nas demais era uma hora cuidando da festa, e três horas nos conhecendo, nossas neuras, nossos traumas, nossos fracassos, nossas vitórias, nossas perdas. Depois de décadas, começamos realmente a nos conhecer! Foi mágico! Como conhecemos nossas esposas, como foi o namoro. Falávamos raramente de nossos casamentos ou de nossos filhos, terreno sagrado e respeitado. E nunca falamos de futebol ou de política. O tempo todo falávamos de nós mesmos. Falamos de nossos pais, da educação que recebemos, de como eles eram, de como se tratavam, e de como tudo isso afetara nossas vidas. E tantas outras coisas que nos afetaram. A primeira namorada, a primeira transa, o primeiro fora. Quais eram nossos defeitos ou fraquezas, de onde surgiram, porque surgiram, e como nos afetavam. Divergíamos muitas vezes, quando a justificativa para um defeito ou característica era recusada pelos demais. E aí vinham as análises intermináveis, verdadeiras sessões de terapia, de conhecimento uns dos outros, e de autoconhecimento. Falávamos só verdades. A festa foi perfeita. Graças a uma de nossas esposas, que passou em casa às 16hs para ver se precisávamos de algo. Nas três horas seguintes ela trabalhou sem parar, pôs todos a correr. Que toalha vocês vão colocar na mesa, onde estão os guardanapos, em que bandejas vocês vão servir, a que horas vai chegar o garçom, lavaram os copos e pratos cca anos sem uso, isso não é jeito de arrumar um vaso, onde vão servir os aperitivos, e por aí vai. Eram detalhes... Saiu correndo para se arrumar quando os primeiros convidados começaram a chegar. Graças a Deus! Na semana seguinte nos reunimos para fazer o balanço, fechar as contas. E nunca mais paramos de nos reunir às 4as feiras, no mínimo uma vez por mês, até que um dos irmãos se mudou para o sul, e perdemos outro irmão, o mais querido, o mais autêntico, o mais amado. De lembrança, uma foto! E laços que nunca mais se afrouxaram.

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informe publicitário

O Cidadão e Repórter é um movimento social que desenvolve e transmite informações relacionadas a cidadania levando aos leitores e seguidores, a visão de repórteres 60+, baseada na nossa vivência e experiência e na divulgação e defesa dos princípios da democracia e da livre expressão.

magazine 60+ #21 - Março/2021 - pág.50


Receitas Fáceis

DICAS DE EBE FABRA NA COZINHA Ebe Fabra Chef de Gastronomia

Chegamos em Março, dias chuvosos, mas ainda quentes. A vacina chegou! Pena que em escala muito pequena. Mas se a gente acreditar que as coisas darão certo elas darão...isso se chama FÉ! e com ela vamos seguindo... Está me dando uma fominha...nada como começar com uma entrada de espeto de camarão, superfácil e deliciosa; bora lá... ESPETINHO DE CAMARÃO E PEPINO COM MOLHO AGRIDOCE Tempo de Preparo: 15 minutos Rendimento: 5 espetos INGREDIENTES Para o molho -250 g de iogurte natural -2 colheres (sopa) de azeite -2 colheres (sopa) de suco de limão -1 colher de (sopa) de mel -1 colher (sopa) de mostarda -1 colher (chá) de pimenta-dedo-de-moça picada Para o espeto -15 camarōes de médios a grandes e limpos -suco de 1 limão -sal a gosto -2 pepinos japonês cortados em rodelas de 1 cm -1/4 de xícara de azeite LImpar o camarão nem sempre significa deixá-lo

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pelado. Neste preparo, basta retirar a cabeça e as vísceras, mantendo parte da casca e o rabinho, que depois de tostados, conferem uma gostosa crocância ao espetinho. Prepare o molho: Em um bowl misture todos os ingredientes. Cubra com papel filme e reserve na geladeira. Prepare o espeto: Em um recipiente fundo, tempere os camarōes com o suco de limão e o sal. Em espetos de madeira para churrasco, intercale o camarão com as rodelas de pepino. Em uma frigideira ou grelha, aqueça bem o azeite. Grelhe os espetinhos por três minutos de cada lado e reserve. Sirva-os acompanhados do molho. Combina bem com cuscuz marroquino. (Receita já dada em edições anteriores). FILÉ DE FRANGO AO MOLHO COM UVAS Tempo de Preparo: 30 minutos Rendimento: 4 a 6 pessoas Para o molho: -3/4 de xícara de vinho tinto 3/4 de xícara de água - 4 colheres de (sopa) de açúcar -2 colheres de (sopa) de mostarda - sal a gosto Prepare o molho: em um bowl misture bem todos os ingredientes e reserve. Para os filés: 1 peito de frango (500 g) sem osso e sem pele, em fatias finas. sal a gosto 1 xícara de farinha de trigo 1/2 xícara de manteiga 1 xícara de uva roxa do tipo Crimson Prepare os filés: Com o lado liso do batedor de carne, bata os filés até que fiquem bem fininhos. Tempere-os com sal e passe-os na farinha de trigo. Em uma frigideira grande, em fogo baixo, derreta a manteiga e refogue os filés, virando-os de vez em quando. Quando estiverem cozidos, despeje o molho de vinho e deixe ferver em fogo alto. Abaixe a chama e

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cozinhe por mais 5 minutos. Junte as uvas, dê uma misturada e sirva-os, ou se preferir, sirva o molho com as uvas à parte. O vinho indicado é o tinto seco. Pra acompanhar este filé, basta um arroz branco. E vamos a esta deliciosa sobremesa..... MOUSSE DE FRUTAS AMARELAS Tempo de Preparo: 20 minutos + o tempo de geladeira Rendimento: 4 a 6 porções (depende do tamanho da taça) Ingredientes: -1 lata de leite condensado (ou caixa) - 1 lata de creme de leite (ou caixa) -1 xícara de suco de maracujá natural -1 colher (chá) de manteiga -1 colher (sobremesa) de açúcar -2 nesperas picadas (eu fiz com ameixas, usei 3) -1 tangerina sem pele e caroços picadas - 1 colher (sopa) de água mineral -2 colheres (sopa) de pistache triturado ( a gosto, pode substituir por nozes,castanha do-Pará) Modo de fazer: Bata no liquidificador o creme de leite, o leite condensado e o suco de maracujá. Distribua em taças ou copos de vidro e deixe na geladeira por 5 horas pra ficar bem firme. Em uma panela pequena, em fogo médio, derreta a manteiga. Junte o açúcar e deixe caramelizar. Adicione as frutas e água mineral mexendo até levantar fervura. Deixe esfriar e coloque as frutas caramelizadas por cima da mousse. Salpique com o pistache. Obs.: além das ameixas, coloquei 1 kiwi e 1/2 maga em cubinhos. A graça desta sobremesa está na transparência do vidro, que deixa as diferentes camadas da sobremesa bem visíveis.

Até a próxima... Cardápio de Páscoa! magazine 60+ #21 - Março/2021 - pág.53


Vida Saudável

Como ser vegano, sem ser desagradável Cida Tammaro Adm. de Empresas

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- não tente forçar alguém a ser vegano - ajude as pessoas no começo da jornada - mostre o lado bom de ser vegano, não o ruim de comer carne - cozinhe coisas deliciosas para pessoas carnistas - explique que a pele ficará mais bonita, comendo mais verduras, frutas e legumes - mostre que o vegano tem mais energia, por conta da desintoxicação no corpo, e a sensação de leveza, é bastante grande - mostre que terá menos possibilidade de ter doenças cardiovasculares - explique que o intestino, normalmente funciona melhor - mostre que o colesterol ruim, diminui consideravelmente - seja sempre cordial com as pessoas que querem se tornar veganas - apoie, instrua e parabenize, qualquer ação positiva - entenda e respeite o tempo de cada um (cada um sabe a delícia e a dor de ser o que é) - auxilie as pessoas a acharem os próprios motivos delas Seguem alguns aplicativos para consulta Veg Safe - diz se algo tem ou não, algo de origem animal Vegan maps - mostra restaurantes veganos, perto de você Bunny free - mostra se uma marca, testa ou não, em animais Veganismo, é amor!!! Espalhe ele com amor também.

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A História da Arte

Renascimento II O surgimento da tinta a óleo Manoel Carlos Conti Artista Plástico Jornalista

As técnicas de Têmpera e do Óleo

Na idade Média, a técnica de pintura em madeira tinha sido fundamentalmente a têmpera, na qual os pigmentos finamente moídos, eram então diluídos (daí o nome temperados) em água e era adicionado um aglutinante, a gema do ovo. Dessa forma eles obtinham uma tinta fina que secava rapidamente e poderia ser retocada quando seca além de deixar os tons dos pigmentos bastante vivos. O problema maior da Têmpera era conseguir o ‘degrade’ que dava realce e mostrava o volume das figuras. Isso deveria aparecer de forma suave e os artistas não conseguiam aquela progressão contínua de valores. O Mestre de Flémalle, considerado por muitos historiadores como sendo Robert Campin (1406 - 1444) não há nenhum argumento contra sua importância, pois sabe-se que ele fez uma ruptura radical com o elegante estilo gótico internacional de van Eyck, e é considerado um dos fundadores da escola flamenga da pintura. Nesse ponto existe a muito tempo uma discordância de que Jan van Eryck, um artista mais jovem e de maior fama foi a ele atribuída a ‘invenção’ da pintura a óleo. Eyck era um pintor minucioso apesar de muitos de seus quadros serem atribuídos a seus irmãos. Uma das obras mais impressionantes dele é o Retrato de Casamento. O jovem casal é retratado no momento de fazer o solene voto matrimonial na intimidade da câmara nupcial. Parecem estar sós mas quando observamos um espelho ao fundo descobrimos ali mais duas pessoas refletidas. Uma delas deve ser o próprio artista, pois uma legenda na parede revela, em florida letra de chancelaria, que “Johanes de eick fuit hic” (Jan van Eick esteve aqui), datado de 1434. acima: Retrato de Casamento (14 Sabe-se assim que ele serviu de testemunha no acima a esquerda detalh evento e pelo que parece o quadro tem o propósito de e a direita detalhe es revelar exatamente isso... tal arte foi realizada com tinta à base de óleo.

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Fotos: National Gallery - London - divulgação

434) - National Gallery - Londres he do espelho no quadro scrito sobre o espelho

Assim, a história do desenvolvimento da tinta de óleo e das datas de introdução dos vários componentes (secantes, diluentes, etc.) é ainda pouco compreendida, apesar de ser estudada desde o século XVIII. Existem muitas teorias e informações incorretas e, em geral, tudo o que foi publicado até 1952 deve ser tratado com muita cautela. As pinturas a óleo mais antigas que se tem conhecimento datam do ano 650 a.C e foram encontradas em 2009, em cavernas do Vale de Bamian no Afeganistão. De acordo com os estudos feitos, estas tintas de óleo eram feitas à base de óleos de nozes. Nas antigas civilizações do Mediterrâneo, Grécia, Roma e Egito usaram óleos vegetais, mas existem poucas provas que foram usados como meio de expressão artística em pintura, pois o óleo de linhaça demorava muito tempo a secar e tinha tendência para escurecer e fissurar (craquelar) ao contrário dos vernizes naturais e da cera. Escritores gregos, como Aetius Amidenus registaram receitas envolvendo óleos secantes como o óleo de nozes, óleo de papoula, óleo de cânhamo, óleo de pinho, óleo de rícino e óleo de linhaça. Quando espessos, os óleos ficavam resinosos e podiam ser usados como verniz para selar e proteger as pinturas da ação da humidade. Adicionalmente, quando se adicionava pigmento amarelo, podia ser usado como uma alternativa barata à dourarem. Os monges primitivos cristãos mantiveram estes registos e usaram as técnicas nos seus próprios trabalhos artísticos. Teófilo Presbítero, monge alemão do século XII, recomendava a utilização de óleo de linhaça e não aconselhava a utilização de Azeite devido ao seu longo tempo de secagem. No século XIII, a tinta de óleo era usada para os detalhes nas pinturas a têmpera. No século XIV, Cennino Cennini apresentou uma técnica de pintura usando têmpera coberta por ligeiras camadas de óleo. A propriedade de secagem lenta dos óleos vegetais era de conhecimento comum nos pintores primitivos. No entanto, a dificuldade em adquirir e trabalhar os materiais, significava que os mesmos, eram raramente usados, e ao longo tempo de secagem que era notado. Isso era bastante prejudicial uma vez que haveria atraso na entrega de trabalhos. Á medida que a preferência do público se orientava para um maior realismo, as tintas de têmpera de secagem rápida tornaram-se insuficientes. Os pintores flamengos combinaram a têmpera e a tinta de óleo durante o século XV, mas no século XVII a pintura de cavalete com tintas de óleo puras, era já comum, usando as mesmas técnicas e materiais que utilizamos nos dias de hoje.

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Em todas as telas

#vacinasim #fofuranao Katia Brito Produtora de conteúdo sobre envelhecimento e longevidade

As vacinas chegaram, ainda em quantidade inferior ao necessário, mas estão aí. A população idosa é um dos grupos prioritários, começando pelos residentes em instituições de longa permanência (ILPIs), depois pelos 90+, os 80+ e assim por diante. Além dos hediondos crimes com as vacinas de vento, quando o conteúdo não é injetado, e os fura-filas, o que se vê na mídia com a aplicação das doses são “vovôs e vovós fofos”. Será isso mesmo? A “fofura dos idosos” esconde o preconceito etário, chamado de idadismo, ageísmo ou etarismo, de quem acredita que ao envelhecer voltamos a ser criança. E ainda que desfrutamos de uma maior sabedoria e bondade ao envelhecer, o que não é bem assim. Os canalhas, como ouvi uma vez, também envelhecem. Uma história de vida construída ao longo de 60, 70, 80, 90 anos, tem que ser levada em conta com seus erros e acertos. As velhices são diversas, assim como outras fases da vida. São diferentes as trajetórias, e é preciso valorizar todas elas, desde daqueles que têm limitações a quem tem uma longevidade autônoma e independente. Aqueles “vovôs e vovós” que destacam as reportagens podem até nem ter netos ou filhos. A prefeitura do Rio de Janeiro, por exemplo, iniciou a vacinação no dia 31 de janeiro. Entre os primeiros vacinados, o compositor Nelson Sargento, de 96 anos, e o ator Orlando Drummond, de 101, conheci-

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Nelson Sargento

Nelson Sargento e Orlando Drummond

Fotos: Divulgação Pref. do Rio de Janeiro


Orlando Drummond

do pelo personagem Seu Peru, da Escolinha do Professor Raimundo, fora sua longa carreira como dublador. São homens “fofos” ou pessoas foda? Pessoas que fazem parte da história da música e do entretenimento do país. Sabe o que Nelson disse quando foi vacinado, conforme matéria divulgada pela Prefeitura do Rio: “Estou lendo muito e pintei três quadros na pandemia. Estou com alguns para vender. Mas estou sentindo falta da música. Estou aqui para ser vacinado e poder trabalhar”. Uma inspiração para todos com certeza. É preciso um novo olhar sobre a população idosa de hoje e sobre o envelhecer das próximas gerações. A “fofura” deve dar lugar ao respeito por sua história de vida, a luta por acesso à saúde de qualidade e segurança, ao incentivo à participação na sociedade e ao aprendizado ao longo da vida, pilares do envelhecimento ativo. Por isso, #vacinasim, #fofuranao. Independentemente da idade, ainda se pode sonhar e realizar, como mostram a cada domingo os participantes do The Voice+, edição do programa musical da Globo voltado exclusivamente para os talentos 60+. Embora muitos comentários que são destacados na edição sejam sobre a “fofura” dos participantes. Nem tudo é perfeito, mas já é um avanço importante com certeza.

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Minhas histórias, meus sonhos

Cervantes e a memória Martha Kastrup

Ah, memória, inimiga mortal do meu repouso. Cervantes disse isso há anos. Será mesmo minha inimiga? Ou não repouso justamente pela falta da memória. Onde guardei minha memória? Onde escondi minha memória? Nos escaninhos da minha escrivaninha ou na garupa da minha bicicleta? Cadê minha memória? O quarto é amplo, arejado e dá para um terraço que nos dias de verão tem piso de cerâmica quente. Pular dali para o telhado era mamão com açúcar. E lá ia eu, pisando nas telhas aquecidas pelo calor do sol já adormecido a essas horas. Só a luz da lua ilumina o caminho daqueles pés pequenos aventurando-se telhado afora. Perigoso, sim e não, com cuidado os pés sabem onde pisar e nunca uma telha se quebra. Chega na outra ponta, enxerga longe outros telhados escurecidos e, de vez em quando uma luz esmaecida ameaça iluminar um quintal. Deitada sobre as telhas aquecidas, sente-se abraçada pelo calor da noite. Há nuvens quando a lua é cheia e os mundos que crio em minha cabeça se formam ao sabor do vento. O príncipe encantado se aproxima da princesa apaixonada e, de mãos dadas, seguem para o castelo, entram e as nuvens rapidamente se transformam em cavalos, gatos ou cachorros conversadores, são tantos assuntos tratados que adormeço no meu castelo alto, tão alto que ninguém me alcança, ninguém se aproxima para atrapalhar meu repouso. Minha memória não é inimiga mortal do meu repouso, Cervantes. Minha memória é viva e se revigora a cada lembrança dos momentos de repouso que meu coração sente, deitada naquele telhado morno tão alto que ninguém me alcança. Sou assim, Rapunzel. Uma Rapunzel que jamais joga suas tranças

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para uma bruxa má. Uma Rapunzel que sonha desde pequena com um príncipe que a leva para longe, tão longe que ninguém jamais encontra. Volto para o quarto com os pés ainda sujos pela fuligem acumulada nas telhas de barro, deito e sonho, sonho e sonho. O tempo passa, meus pés crescem, o terraço e o telhado se tornam lembranças, somem na demolição do casarão. Os anos passam, o príncipe leva Rapunzel pelas mãos, o mundo dá voltas e hoje concordo com Cervantes. Ah, memória inimiga mortal do meu repouso. O sonho se foi pra sempre nos escombros da demolição, e a mão do príncipe se soltou da minha de repente e foi embora, perdeu-se nas nuvens da noite iluminada pela lua, entrou no castelo para nunca mais voltar, nem o príncipe nem o meu repouso. Cervantes tem razão.

Foto: revistahoteis.com.br - divulgação

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Mensagens para leitura e meditação

Construção é alegria, euforia, projeto, metas, organização, negociação, recursos financeiros, materiais e o início da obra. Começa com a expectativa, a fiscalização constante para que o material não venha faltar, pontualidade e esmero do pessoal com o objetivo de que a construção termine no prazo previsto, esperado e combinado com o executor. Concluída a obra é nova alegria, a euforia toma conta, festa, confraternização, contudo para que tenha as proteções e graças divinas e venha acontecer tudo de bom e de melhor a oração é o ingrediente maior. Devendo acontecer no início, durante e no término como gratidão, agradecendo pelo sonho realizado, materializado. Esta obra, esta construção é fruto, primeiramente, da nossa imaginação, podendo ser uma moradia, uma escola, uma fábrica, um hospital ou mesmo uma proposta, uma nova rotina de vida, visando o aprimoramento, crescimento em todos os aspectos pessoais. Mas com o advindo da pandemia, com a infecção pelo covid-19, para muitos tudo foi interrompido e foram estabelecidas normas de condutas e ações para não se contrair e não ser elemento propagador para outros. O ano de 2020 foi atípico, mas, felizmente, surgem novas perspectivas podendo até dizer que a alegria voltou, que ela está no ar, com a aplicação da vacina, e que contando com as proteções divinas e com a eficácia das vacinas seja controlada e combatida de vez esta doença. O homem, ser inteligente e criativo, intuído e instruído pelas forças superiores espirituais encontrará soluções para colocar em normalidade a vida no planeta com ganhos consideráveis. O mundo não será o mesmo, a transformação está ope-

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Foto: Descopera.ro - Pinterest

Lenildo Solano Professor

Foto: arquivo colunista

Reconstrução


rando, o grande ajudará o pequeno, o forte protegerá o fraco pois a pandemia mostrou que a morte está para todos sem discriminação de cor, raça ou poder; todos somos mortais e devemos valorizar muito mais a vida e que o amor, a fé, a caridade, a fraternidade, a paz e a esperança são os nossos melhores guardiões para sermos felizes. A reconstrução necessita do nosso otimismo, trabalho e das nossas orações! Vejamos um simples poema: A Reconstrução Do Ninho A chuva no sítio foi forte com vento vindo do Norte que derrubou o ninho com magrelo filhote A preocupada sabiá voava daqui para lá com todo cuidado para o filho salva A reconstrução do ninho foi rápida a ponto de admirar parecendo até que a noite a ave continuou a trabalhar Na manhã seguinte com lindo Sol a pino estava a mãe alimentando o seu mimado filhotinho Que exemplo a Natureza nos deu de trabalho, afeto e carinho determinação e amor através do resgate do passarinho!

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Falante e Fofoca

EU TE FALEI... NUM ADIANTA FICAR AÍ PARADO ESPERANDO A VACINA...

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