60+
magazine Ano II
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Formato A4 | internet livre
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#22
S.Paulo, Abril/2021 - #22
A história da Vacina Páginas 28 a 32 Foto: Kristine Wook
A PRESENTE REVISTA TEM COMO FINALIDADE PASSAR INFORMAÇÕES PARA O PUBLICO 60+, SEM CONFLITOS DE INTERESSES E SEM FINS LUCRATIVOS.
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USP 60+
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Cada um tem sua história e a liberdade para decidir qual caminho quer seguir, se é hora de mudar de rumo ou continuar lutando pela melhor qualidade de vida possível. Está chegando ou passou dos 60 anos, ou mesmo tem interesse pelo assunto, entre em contato e sugira histórias, cursos, eventos.
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1º/4/2021
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Jornalista Responsável
Manoel Carlos Conti Mtb 67.754 - SP
Editorial seja bem-vindo Manoel Carlos Conti Jornalista
Sempre gostei muito de cinema, desde pequeno quando minha avó me levou para assistir um filme de Mazzaropi. Alguns filmes me marcaram e me fazem pensar sobre o desenrolar das histórias e um desses é “O curioso caso de Benjamin Button” onde em um certo momento Benjamin (Brad Pitt) diz: “a gente pode xingar, amaldiçoar o destino, mas quando chega o fim, a gente tem de aceitar”. Resumindo toda essa história começo a perceber que como no filme citado tudo nasce com uma enorme vontade e uma grande sabedoria. Com o passar dos tempos começamos a nos desfazer de amigos que não são amigos de verdade, de sócios injustos, mudamos habitos alimentares que já não nos apetecem, passamos a tentar ser mais jovens e nos conectar ao novo mundo sempre aprendendo e percebemos que as coisas parecem melhorar enquanto isso acontece com a gente. Acho que minha avó que me criou e hoje, se viva, teria uns 120 anos, ficaria encantada se visse os novos celulares, os televisores e computadores, sistemas de mensagem que antes eram feitas pelo Correios e hoje chegam ao mundo todo imediatamente assim que acontecem. Talvez ela descobrisse que a doença que a levou, anos atras, hoje é curada em casa com um simples comprimido ingerido com um copo de água. Temos de acreditar que o futuro será melhor e que se hoje somos os atores de uma Pandemia que será muito estudada durante anos, seremos lembrados da mesma forma que nós descobrimos uma cura relativamente rápida para acabar com tudo isso de ruim. Tenho visto mais mensagens de amor, menos brigas nas redes, mais generosidade para com aqueles que ficaram e estão sem nada para colocar na frente de seus filhos dentro de um prato. As coisas estão mudando! Você irá ler nessa edição sobre o legado de cada um, sobre histórias de Dragões, textos mais alegres numa edição totalmente reformada e mais limpa, com mais espaços brancos para não serem lidos nem vistos, pois estão em branco e essa é a hora de reflexão. Repito, estamos em mudança, física e espiritual e isso me lembra de outra frase do filme “Uma nova chance” quando alguém diz: “A mudança muitas vezes tem um custo”. Boa leitura!
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60+
magazine Heródoto Barbeiro
O Governador não dá trégua
Páginas 4 e 5
João F. Aranha
Dragões, mito ou realidade
Páginas 6 a 8
Silvia Triboni
Vidas idosas importam
Páginas 9 a 12
Sérgio Frug
A arte de lidar
Páginas 13 a 14
Sandra R. Schewinsky
Afetações
Páginas 15 a 16
Malu N. Gomes
Apesar de tudo vamos celebrar a vida
Páginas 17 a 19
Katia Vargas
Queda de cabelo pós COVID 19
Páginas 21 e 22
Lairtes Temple Vidal
Começar de novo
Páginas 23 e 25
M.Luiza Conti
O legado de cada um
Página 26
Malu Alencar
A história da Vacina (CAPA)
Páginas 27 a 32
Rosa Maria
e-Editora lança seu 1º livro
Páginas 33 a 35
Thais B. Lima
Alzheimer
Página 36 a 38
Veterinária USP
ahhh... só um pedacinho
Páginas 39 e 40
Fábio F. de Sá
Benefícios do Idoso
Página 41
Martha Karstrup
Janelas para o mundo
Página 42
João Alberto J. Neto
Mosaico, intervenções urbanas VIII
Páginas 43 a 46
Marisa da Camara
Propósito de vida
Páginas 47 e 48
Fabíola Furlan
Psicoterapia on line funciona mesmo?
Páginas 49 e 50
Jane Barreto
Aromaterapia gotas essenciais da natureza criativa para a vida
Páginas 51 a 53
Laerte Temple
Quarentena, desemprego e auxilio emergencial
Páginas 55 e 55
Cida Barica
São as águas de março fechando o verão
Páginas 56 e 57
Tony de Souza
Achar algo perdido
Páginas 57 e 58
Osvaldo Bifulco
A cultura Paracas
Páginas 59, 60
Lenildo Solano
Não deixemos de sonhar
Páginas 63 e 64
Luiz A. Moncau
Felicidade
Página 65
Katia Brito
Voz unidas contra o preconceito etário
Páginas 67 e 68
Ebe Fabra
Receitas culinárias para a Páscoa
Páginas 69 a 71
Cida Castilho
Rceceitas e dicas com café
Páginas 71 e 72
Manoel Conti
Academia Contemporânea de Letras
Páginas 73 e 74
Cida Tamaro
Veganismo
Páginas 75 e 76
Vacina
Segunda Capa
Falante e Fofoca
Crônicas do Brasil
O Governador não da trégua Heródoto Barbeiro Jornalista/Historiador
Ser ministro do presidente da república é uma tarefa árdua. Especialmente se ele é originário da força militar e é treinado de forma diferente dos membros do seu ministério. Ele é lembrado fazendo cavalgadas, atravessando rios com a tropa, e ao lado dos soldados improvisados. A república precisa ser governada e nada é fácil em uma época de grandes transformações e perigos internos e externos. Os partidos políticos não estão estruturados e ninguém sabe exatamente qual a diferença entre eles. A população não tem acesso ao programa de governo e aparentemente tudo se processa em volta da figura do presidente. Ele é ao mesmo tempo o chefe das forças armadas e do governo e por isso divide o seu tempo entre uma coisa e outra. Ainda assim é uma pessoa admirável, e o mundo não conhece nenhum outro exemplo. Isto dito pelo ministro é, no mínimo, duvidoso. O ministro tem uma participação decisiva no governo. Sua estatura moral e intelectual ultrapassa a figura presidencial, afinal ele é um homem culto, que tem relacionamentos com intelectuais e autoridades de outros países. O presidente tem plena confiança nele e por isso estão juntos ao longo de todo o mandato. Segundo o ministro, a cultura do presidente é frágil e se resume a ler escrever e conhecer apenas a matemática básica. Já o ministro é o negociador em nome do pais, respeitado e conhecido internacionalmente, e com isso obtém a confiança dos investidores internacionais e cuida também do desenvolvimento econômico da nação . Sua figura, muitas vezes, faz sombra sobre o chefe de gover-
Fotos: arquivo do Colunista
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George Washington e Thomas Jefferson no a quem ele não poupa elogios. Vai ao cúmulo de dizer que é um bom cavaleiro e por isso tem um porte que inspira confiança e liderança. O presidente é incapaz de sentir medo, enfrenta os perigos pessoais com a mais calma despreocupação, continua o assessor. Afinal, o presidente leva tempo para se inteirar dos assuntos mais importantes do país, mas quando toma uma decisão, é a mais ponderada e debatida com a sua equipe. Não é vaidoso. Não tem pressa em governar. Ele divide com o ministro os assuntos mais importantes e espinhosos apesar de não ter a cultura que o ministro tem, fala de igual para igual. Sua integridade é a mais pura e o seu senso de justiça é inflexível. Não governa com ódio nem amizade, acima de tudo está o interesse na jovem nação. Em poucas palavras este é o retrato que o Secretário de Estado, Thomas Jefferson, faz do seu chefe o general e presidente George Washington.
Acordo Obsoleto, Durmo Atualizado www.durmoatualizado.com.br
Seniors ativos, curiosos, empreendedores e eternos aprendizesUm blog com dicas fáceis e diversas desde cortar custo de aquisição de remédios, como tirar uma ideia da cabeça e tornar-se um projeto a aplicativos que facilitem o seu dia a dia. Desenvolvido por Marcelo Thalenberg colunista do Magazine 60+
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Contos II
Dragões mito ou realidade João F Aranha
Cidadão e Repórter
Mitos, lendas e realidades sempre caminharam junto desde tempos imemoriais. Diferentemente de outros monstros mitológicos, os dragões se fixaram no inconsciente coletivo de tal forma que, muitas vezes, até fica difícil negar sua existência. Tantas são as referências históricas de dragões, vindas de todas as partes do mundo, que mesmos os cientistas começaram a se debruçar sobre o tema. Uma corrente defende que a eternização do mito se deve ao medo arquetípico, próprio do homem primitivo, que vivia assolado por ataques de felinos, serpentes e aves de rapina. O dragão seria, portanto, uma imagem estilizada que juntava todos esses animais. Outra corrente diz que os antigos se deparavam constantemente com fósseis de animais primitivos, o que mais uma vez alimentava sua imaginação. Foram tanto os relatos que se criou uma nova ciência para estudar os animais do passado e que, segundo alguns, poderão existir ainda hoje. Trata-se da Criptozoologia. Fósseis de mamutes, crocodilos de 12 metros, oviraptors que chocavam ovos, são alguns dos achados recentes que intrigam os cientistas. Baseados nos relatos de Marco Polo, os estudiosos dizem que não se sentirão surpresos se depararem com fósseis de grifos, unicórnios e fênix, ou se alguém provar a existência do monstro do lago Ness
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da Escócia, ou do Mokele-Mbembe, cujas aparições são relatadas desde a mais remota antiguidade.
Fóssil de mamute Há um animal, no entanto, que pode ser considerado o mais jurássico existente nos dias de hoje. Trata-se do Dragão de Komodo, um gigantesco lagarto de três metros de comprimento, que vive em ilhas da Indonésia. Dizem que a fera tem a alma de um Tyranossauro rex, que estraçalha suas vítimas em minutos, babando e ofegando. Utilizando sua língua enorme infecta e devora os animais que vê pela frente, acreditando-se que até mesmo a extinção de elefantes naquela região, fosse creditada ao monstro. Estudiosos acreditam que o dragão sobreviveu graças ao isolamento, à sua carne ruim e à sua pele que não tinha nenhum valor comercial.
Dragão de Komodo Citações de dragões, reproduções em estátuas e gravações em pedra, estão presentes em relatos de civilizações as mais díspares. Estão em sítios arqueológicos dos sumérios, guardando os portões dos templos babilônicos, incrustado nas pedras dos astecas, em hieróglifos egípcios, pergaminhos chineses, capacetes vikings e em tantas outras citações. Dragões estão também na bíblia, aparecendo no livro de Daniel como Sirruch, o temível dragão da Babilônia e como Leviatã no Livro de Jó, descrito como enorme animal com escamas e boca que jorrava fogo. Quem não conhece a história de Jorge, o soldado romano do século II que salvou a princesa da Líbia das garras de um dragão e que ficou conhecido como São Jorge o guerreiro, símbolo da coragem.
São Jorge e o dragão Dragões também estarão presentes na mitologia grega, quando Perseu libertou a princesa Andrômeda; nas antigas histórias britânicas que contam a história do guerreiro Beowulf, costumeiro matador de dragões; das sagas germânicas e da Escandinávia, onde Siegfried e Thor lutam contra dragões.
Dragão babilônico
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Mas foi na China que os dragões mais se enraizaram. Vasos de bronzes de 3.000 anos já continham gravuras de dragões. Tribos pré-históricas chinesas acreditavam que os dragões eram descendentes de seres celestiais, que detinham o poder de governar o mundo. O culto ao dragão se imiscuiu de tal forma na civilização chinesa, que a sua bandeira, até a 5ª dinastia, era representada por um dragão. Os imperadores se consideravam descendentes de dragões, dos quais tinham herdado as habilidades necessárias para ser um digno soberano. Dragões eram consultados, antes da tomada de importantes decisões e, nos palácios, havia o trono, o manto, o leito e o barco do dragão, todos de uso exclusivo do imperador.
Dragões chineses Tidos como a grande força divina na Terra, os dragões eram a representação viva das manifestações da natureza. Existiam, e existem até hoje, templos e pagodes dedicados aos dragões, onde incensos são queimados e orações feitas em busca da abundância, da prosperidade e da boa sorte.
Templo do Dragão Existem, para os chineses nove tipos de dragões, entre eles o celestial, que protege os deuses, o espiritual que cuida das chuvas e do vento, o da terra que cuida dos rios e das águas e o dos subterrâneos que vela pelos metais e pedras preciosas. Agradar os dragões, mantendo-os felizes, faz parte da cultura chinesa, traduzido em festivais de música e dança. Nascer no ano do dragão, que no calendário chinês ocorre de 12 em 12 anos, é altamente auspicioso, a ponto de muitas mulheres chinesas programarem seus partos para que haja a coincidência. Não ouse dizer a uma criança que dragões não existem. Os desenhos da Disney e os livros de Harry Potter estão aí como testemunhas da sua permanência no nosso imaginário.
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Mudança de Hábito
Vidas idosas importam Silvia Triboni Viajante Sênior e Repórter 60+
Em meio a tantas preocupações, medos e incertezas desses dias um tanto surreais, algo podemos afirmar: nunca estivemos diante de tantas movimentações pelo bem do próximo. De doações de alimentos à lives de reiki à distância, temos testemunhado grandes demonstrações de empatia, colaboração e amor ao próximo. São muitas as razões para nos orgulharmos dessa nossa Humanidade, e acreditarmos que o nosso planeta Terra está em boas mãos. Há quem esteja lendo e pensando: a Silvia está sofrendo da Síndrome de Poliana e não quer olhar para o mundo à sua volta, nem para as desigualdades sociais agravadas pela pandemia, inclusive na comunidade sênior menos privilegiada. E é exatamente isso! Sofrer do realismo depressivo pra quê? Prefiro exercer o otimismo e tenho razões para continuar sendo assim. Veja só! Estava eu pesquisando sobre Idadismo, uma das chagas da sociedade atual, quando deparei-me com um cartaz ativista pelos direitos dos sênioress, extremamente cativante e belo, que dizia: VIDAS IDOSAS IMPORTAM. EU FAÇO PARTE DESTA CAUSA. Além das mensagens de valorização da vida idosa, a foto do ativista ilustrava o documento, e despertou o meu interesse de imediato, uma vez que a pessoa além de se engajar à causa, expunha o seu rosto na campanha. Incontinentemente busquei saber mais, obtive informações que asseguraram a seriedade de seus fundadores e das motivações que os levaram
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a criar a campanha, e passei a apoiar o Movimento. Como Ativista 60+ que sou, passei a apoiar a campanha Vidas Idosas Importam. Vidas Idosas Importam – como tudo começou O Movimento Vidas Idosas Importam, criado no Dia Internacional dos Direitos Humanos, 10 de dezembro de 2020, foi idealizado com o objetivo principal de valorizar a pessoa idosa na defesa de seus direitos e na promoção de sua participação na sociedade. Inspirado no movimento norte-americano Black Lives Matter , esse projeto é uma iniciativa do Intercâmbio 60+ – Movimento Nacional de Ativistas dos Direitos Humanos da Pessoa Idosa. Seus fundadores e suas qualificações resumidamente são: Sandra Regina Gomes – Coordenadora Nacional - Fonoaudióloga pela PUC/SP, Especialista em Gerontologia pela SBGG, Mestre em Gestão e Políticas Públicas pela FGV e Diretora da Longevida Consultoria na Área do Envelhecimento; Sandra Rabello - Coordenadora Nacional Adjunta - Mestre em Psicanálise, Saúde e Sociedade na FIOCRUZ e Especialista em Gerotologia, titulada pela SBGG, e Crismédio Costa - Articulador Nacional - Sociólogo, Gerontologista e ativista dos Direitos Humanos da pessoa idosa e Conferencista em longevidade, em seminários e congressos nacionais e internacionais. O Movimento é composto por profissionais de diversas áreas da iniciativa pública e privada, e objetiva transformar a realidade atual em que se enquadram os idosos. Missão e Visão do Movimento Missão - O Movimento Vidas Idosas Importam existe para que a sociedade se conscientize sobre a importância do envelhecimento humano e sobre o valor existente na promoção dos direitos da pessoa idosa em toda a sua diversidade. Visão - Por meio da realização de mobilizações populares na proteção da pessoa idosa, apoio de ações comunitárias e de estudos sobre o processo de envelhecimento, a campanha visa consolidar a implantação da cultura do respeito ao adulto idoso e a seus direitos. Objetivos da Missão: - Valorizar, Incluir e Defender a Diversidade do Envelhecimento, para que toda a sociedade expanda
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os seus conhecimentos sobre o envelhecimento humano, em suas diversas realidades e especificidades. - Favorecer a troca de informações e de experiências de forma ampla, e em todo o território nacional brasileiro, com vistas à elaboração de projetos de políticas públicas direcionadas à população idosa. - Potencializar ações que contribuam para o protagonismo da pessoa idosa e a efetiva proteção contra a discriminação etária, denominada idadismo. O Movimento propõe a promoção de uma cultura de respeito às pessoas idosas, favorecendo a visibilidade e o reconhecimento social, com campanhas e ações educativas para a desconstrução de estereótipos em relação ao envelhecimento. Pessoas e empresas de todo o Brasil já apoiam o Movimento Vidas Idosas Importam Em dois meses os apoiadores do #vidasidosasimportam já somavam mais de 1 mil pessoas somente no Instagram, sem falar dos integrantes nas demais redes sociais e grupos de mensagens WhatssApp e Telegram. O Professor e Doutor Alexandre Kalache é um deles. Médico, gerontólogo, e ex-diretor da Organização Mundial de Saúde, e Presidente do Centro Internacional da Longevidade Brasil, Dr. Kalache defende a causa, pois, além de costumeiramente citar em suas palestras inúmeros argumentos em prol da valorização do adulto idoso, argumenta: “O preconceito relacionado à idade tem aumentado durante a pandemia de COVID-19, e a voz dos mais velhos, principal grupo de risco para a doença, é silenciada. “Eu Sou SUS” Os ativistas do Movimento Vidas Idosas Importam não podem parar. Vem aí mais uma missão. No dia dia 15 de março, às 19 horas, o Movimento Vidas Idosas Importam lançou mais uma crucial campanha intitulada EU SOU SUS. Neste evento gratuito, a Coordenadora do Centro Latino Americano de Estudos sobre Violência e Saúde na Fundação Oswaldo Cruz, Maria Cecilia de Souza Minayo, e o pesquisador, conferencista e
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escritor nas áreas de políticas sociais, serviço social, cidadania, criança e adolescente, saúde pública, violência, e gerontologia Vicente Faleiros, abrirão a campanha em defesa do maior sistema público de saúde do mundo: o nosso SUS A campanha se justifica em razão da necessidade de se mobilizar a sociedade brasileira para a defesa de tão importante instituição pública. “O Sistema Único de Saúde (SUS) do Brasil é fruto da luta pela redemocratização no nosso País, e nos últimos anos vem enfrentando a estagnação de recursos, ao mesmo tempo em que lida com um de seus mais duros desafios: a pandemia da COVID 19. Assegurado constitucionalmente, o SUS, de acesso universal e gratuito, atualmente é o único meio de cuidados da saúde para mais de 80% dos brasileiros, sendo que mais de 90% dos adultos mais velhos dependem exclusivamente dele para esses fins.” Ressalte-se que toda a população brasileira conta com o SUS para se vacinar e para serviços de vigilância sanitária. Assista a live do dia 15 de março pelo Youtube e Facebook do Vidas Idosas Importam (clique aqui) . FAÇA PARTE DESSA CAUSA! E então? Qual a sua opinião sobre o Movimento? Se gostou e quer aderir, veja como fazê-lo: CARD e CADASTRO - Envie foto, nome, cidade e estado, contatos e um breve descritivo de 4 linhas sobre você, ou sua empresa, para o e-mail: cadastro.vidasidosasimportam@gmail.com E-MAIL, REDES SOCIAIS E GRUPOS DE DISCUSSÃO DO MOVIMENTO E-mail: vidasidosasimportam@gmail.com Pelo Linktr.ee, basta clicar no que você deseja ver que será direcionado automaticamente https://linktr.ee/vidasidosasimportam.br FAÇA PARTE DESSA CAUSA! Obrigada! Projeto Across Seven Seas www.acrosssevenseas.com
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Cultura Geral
A arte de lidar Sergio Frug
Uma fala do Dalai Lama que muito me impressionou em sua primeira viagem, quando tive oportunidade de presenciar a palestra no Ibirapuera; referia-se à quantidade de más notícias que chegavam diariamente tanto ao seu “ouvido direito, como ao esquerdo”. Ainda assim, “é preciso prosseguir”, dizia ele. A não-identificação. Seja em pecado, seja em virtude, se é que existe diferença, “prosseguir” faz parte da qualidade humana. Mas identificar-se é perigoso. A identificação com as más notícias gera temor e o temor paralisa, ou cria violência, ou gera qualquer outro desperdício de energia. Robert Johnson, falando dos mitos femininos em seu livro “She”, lembra os momentos em que nada mais há a fazer que não sentar e chorar. Esta abertura positiva dos canais energéticos invariavelmente leva a algum tipo de percepção que nos motiva a lidar com os processos conforme se apresentam. Lidar, porém, nem sempre é fácil. Também não há como oferecer receitas concretas, já que mais do que uma técnica, “lidar” é uma arte que exige decisão, entrega e desprendimento. Aprendemos vivenciando. Em lugar de julgar e nos afastar daqueles que nos incomodam, haverá uma forma de harmonizar nosso estilo de convivência com o que quer que se ofereça em nossa existência. Se nada é por acaso, cedo ou tar-
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foto: claudia.abril.com.br - divulgação
de será necessário encarar os aprendizados. E não podemos depender da atitude alheia; apenas de nós mesmos. O ódio surge em lufadas violentas, mas nada nos impede de esquivar a alma para que não nos atinja. Já o amor, quando profundo e silencioso, exige poderosa força de intenção e perseverança. O valor que damos às más notícias em geral não é adequado. Grandes ameaças acabam tornando-se pequenos “tigres de papel” quando nos propomos a lidar com seus processos e fazer o que for preciso para limpar a área e prosseguir em nossa jornada. Questão de dar o primeiro passo. O bem e o mal simplesmente fazem parte do jogo da vida e a não-identificação implica em não rotular as coisas, evitando nos impressionar demais a todo o momento, em geral nos indignando ou nos mantendo em eterna inquietação. Para lidar com os grandes desafios não há receita infalível, mas com certeza há ingredientes indispensáveis, como a confiança em nosso destino, o abrandamento das atitudes e o apaziguamento das próprias emoções. Já que tudo afinal não passará de uma questão de posicionamento. Se nos mantivermos atentos e bem dispostos a dar o melhor que podemos em busca das soluções adequadas, será isto o que acontecerá. Mas se insistimos em esperar que a felicidade caia sobre as nossas cabeças apenas por sermos assim tão maravilhosos. Ou que apareça finalmente alguém ou algo para nos salvar, ou ainda que certas atitudes escusas ou de ética questionável possam resolver nossos problemas, aí sim, corremos o risco de nos vermos a despencar do alto do abismo. Desafios são formas que a vida possui de nos levar a definitivamente despertar da nossa antiga e prolongada letargia.
Dalai Lama
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Divã
Afetações Sandra Regina Schewinsky
Psicóloga - Neuropsicóloga
A Revista Magazine 60 + visa trazer as melhores informações, como também instigar a reflexão crítica sobre os mais variados temas. A Coluna Divã no número anterior (Assunto sério e delicado) tratou sobre a questão do envelhecimento sem qualidade, com sofrimento, solidão e coloca sobre a necessidade organizar o futuro, resolver pendencias e assuntos mal-acabados. Pensar e registar os desejos, até onde chegar em tratamentos interventivos, entender sobre cuidados paliativos, doação de órgãos, clinicas de longa permanência e finalmente como se despedir. Imaginei que haveriam vários tipos de comentários, como de fato houveram, mas peço licença para reproduzir o comentário do ilustríssimo Professor Doutor Júlio Cesar Fontana-Rosa, psiquiatra e docente do Depto de Medicina Legal, Ética Médica, Medicina Social e do Trabalho da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, entre várias outras atuações. ‘Oi Sandra muito interessante o artigo. Mas se me permite, eu não gosto da palavra envelhecer. Ela traz uma ideia de degradação (preciso tempo para explicar o que entendo por essa palavra). E, algumas pessoas não envelhecem, fazem anos. Envelhecer é ficar
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aquém das suas possibilidades. A idade traz limites, perdas, mas deixe que ela faça isso, não vá busca-las, não as utilize para justificar sedentarismo, falta de paixão, etc.’
Arte - M.Conti
A colocação é tão perfeita e completa que dá vontade de parar a coluna por aqui mesmo! A Wikipédia nos diz que: Envelhecimento, nos seres humanos, é o processo de desgaste do corpo (ou das células), depois de atingida a idade adulta. Meu primeiro artigo da revista em 2019 foi: Velho é trapo, onde brinquei com a ideia do que é velho, envelhecido, idoso, jovem e jovial. Coloco que: Há jovens, envelhecidos, mal-humorados, sem perspectivas. Em contrapartida temos idosos joviais, tolerantes, em consonância com os novos tempos. Assim, ao invés de brigar com a velhice, vamos lutar pela jovialidade. Manter o melhor condicionamento do corpo e principalmente uma mente avida por novos conhecimentos, alegrias e desafios. Colorir a vida com afetos!
Falemos então de afetos!
Enquanto as emoções são reações fisiológicas que ocorrem no corpo, os sentimentos são ligados a mente. Nossas vidas são permeadas por emoções, sentimentos, ideias e ações, mas o que de fato traz colorido para nossa existência são os afetos. Os afetos são cheios de cores, brilhos e tons, pois estão ligados aos relacionamentos, nunca estão sozinhos, sempre precisam do outro ou de algo para existirem. Vivemos nossas paixões e criamos laços de convivência por meio deles. Desta feita, concordo em número, gênero e grau com o Dr. Júlio, pois nossa capacidade de nos afetarmos com o outro não esmaece com o passar dos anos, caso aconteça é porque a pessoa se perdeu em algum lugar de sua estrada. Então, totalmente afetada por sua colocação, deixarei de usar a palavra envelhecimento de hoje em diante, pois não quero mais falar dos limites do corpo, mas sim da liberdade do ser! Muito obrigada e até a próxima.
magazine 60+ #22 - Abril/2021 - pág.16
Aprendizagem na 3ª idade
Apesar de tudo, vamos celebrar a vida
Independente de termos sido ou não infectados, conhecermos alguém acometido pela Covid-19 ou perdido parentes e amigos para o coronavírus, nunca havíamos nos deparado com uma situação que nos ameaça e agride de forma tão brutal. Em sua ação destrutiva o vírus, com todas as suas variantes, parece zombar de nossa ingenuidade, infantilidade, inconsequência – como queiram qualificar. Graças à arrogância, vaidade e ignorância de governantes e cidadãos incautos, incrédulos ou maliciosos há uma cruel devastação. E nos obriga a nos defendermos, de forma individual e coletiva, criando um campo de guerra em que cada um deve participar ativamente. As medidas sanitárias propostas em todo o mundo pregam o distanciamento social, higienização frequente das mãos e uso de máscara para evitar a inoculação e propagação do vírus. Mesmo assim, a pandemia tem se alastrado de forma incontrolável colocando em colapso o sistema hospitalar de nossas cidades e estados, não importando o tamanho ou o grau de desenvolvimento que eles tenham. Em meio às batalhas diárias e inclementes travadas com o inimigo, começamos a questionar nossos valores e convicções, encaminhamentos e decisões não apenas como indivíduos, mas também como membros de uma civilização que deseja viver um futuro de paz. O que era importante em nossas vidas deixou de ser; agora urgências mais relevantes estão presentes: nossa vida, a de nossos parentes, amigos e fundamentalmente a sobrevivência de nossa espécie e de tudo aquilo que de positivo se criou ao longo da história. Então, se o quadro é tão preocupante, incerto, devastador, o que podemos celebrar?
magazine 60+ #22 - Abril/2021 - pág.17
Arte - Redação
Malu Navarro Gomes Pedagoga Psicopedagoga
A vida! Estar vivo é uma dádiva. Fomos presenteados com a vida e este presente se fez nosso e nos acompanha desde que nascemos e evoluímos como uma pessoa única, distinta das demais. Viver nesta época imprecisa, angustiante nos instabiliza. O surgimento da Covid-19 revelou para o mundo nossos limites, fraquezas, vícios, perversidades como se não tivéssemos nada a ver com isso. A pandemia nos mostrou o que estávamos varrendo para debaixo do tapete. Expôs nossos erros e omissões, provocando em muitos de nós sentimentos de desconforto, frustração, decepção, um vazio na alma pelo que, direta ou indiretamente, consentimos que ocorresse. O mundo adoeceu e esta é uma época que exige um olhar diferenciado para o presente e o futuro – porque o futuro há de existir, porém sua qualidade dependerá de como vivemos o presente. Da mesma forma que desvelou o que estava oculto, a pandemia nos provoca e nos convoca a participarmos da construção de um novo tempo em que poderemos sentir-nos privilegiados e gratos. Todos estão comprometidos com essa obra e é importante que assim seja. Caberá a cada um escolher quais valores, condutas, moral e ética são adequados a este novo tempo. Pela convivência com outras pessoas o homem se constitui, se define, se reconhece como membro de uma sociedade e nela atua. Necessitamos da presença do outro, tanto quanto necessitamos do ar que respiramos. Entretanto, o momento exige de nós restrições da vida social para garantir a vida ao maior número possível das demais pessoas. O isolamento social nos fere na nossa essência; pertencemos a uma sociedade que precisa encontrar no outro algo que nos reflita, pois pouco nos conhecemos. Porém não será nos outros que iremos encontrar as respostas às nossas perguntas, porque eles também buscam respostas em nós. Então, como pensar em contar com pessoas tão fragilizadas para enfrentar este desafio avassalador? Mais uma vez a vida nos oferece a condição necessária para nos organizarmos – e a ela devemos agradecer: à medida que nos retira do convívio social, cria possibilidades de nos conhecermos intimamente, porque é disso que carecemos. A convivência conosco mesmo faz com que nos conectemos com tudo o que de bom e de ruim trazemos, nossas forças e nossas fraquezas, nossos temores e angústias, nossa alegria e brandura, nossos hiatos e silêncios, nossos sen-
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timentos mais nobres e os mais desprezíveis. Talvez uma das razões de encontrarmos tanto negacionistas, incapazes de enxergar e agir moralmente frente à necessidade do outro. Porque somos humanos a dualidade existe em nós, faz parte de nosso ser. Não podemos eliminá-la, mas podemos equilibrar nossas emoções, sentimentos e ações, nos tornando mais coerentes conosco e com os outros. Essa consciência de si e a coerência nos atos resultarão na autoestima – já não se fará necessária a aprovação externa pelo que se diz, faz ou se é. A própria pessoa se avalia e se corrige. Somente assim chegaremos a nos amar e amar o próximo verdadeiramente. Por amor, identificamos nossas falhas e defeitos, bem como nossas virtudes. Reconhecemo-nos como seres falíveis, como qualquer outra pessoa. Por amor, constatamos essas mesmas condições no outro. Então, seremos capazes de nos perdoar e de perdoar o próximo. Um treino que devemos iniciar se desejamos nos tornar melhores, mais saudáveis e vencermos esta e outras tantas “pandemias”. Todo ser humano busca a felicidade, quer ser feliz. Mal sabemos que a felicidade se encontra ao nosso lado, no outro que nos acolhe e a quem acolhemos com gratidão, equilíbrio, harmonia, boa vontade e fé. Temos uma grande batalha pela frente e um lindo caminho que começa a se descortinar. Vamos percorrê-lo? Vamos celebrar cada passo dado? Comecemos hoje, agora, pois temos muito a caminhar e a crescer
Malu Navarro Gomes
Especialista em Psicopedagogia e Neuropedagogia Atenção, concentração e memória. Práticas psicopedagógicas conforme necessiades e objetivos específicos Troca de informações, orientações sobre dinâmicas e atividades apropriadas ao idoso. blog: https://blogdafelizidade.blogspot.com + 55 11 93481 1109 email: qualidadedevidaidosos@gmail.com
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Baseada em todos esses anos de experiência com pacientes neurológicos, ficou evidente o quanto passar informações de maneira simples e correta para os familiares, pacientes e profissionais sem expertise na área, seria profícuo. Assim, a Dra. Vera e eu escrevemos o livro: Lesão Encefálica Adquirida: o que é importante saber com Ilustrações de Manoel Carlos Conti, nosso editor! Consideramos que no momento atual, com tantos problemas neurológicos (AVC, traumas e tumores) e sequelas do Covid19, seria muito oportuno divulgar as informações do livro, que tenho a honra de compartilhar o link com vocês. https://www.amazon.com.br/s?k=les%C3%A3o+encef%C3%A1lica+adquirida&i=stripbooks&__mk_pt_ BR=%C3%85M%C3%85%C5%BD%C3%95%C3%91&crid=1CV0F7U0VNJ3Y&sprefix=les%C3%A3o+%2Cstripbooks%2C272&ref=nb_sb_ss_i_1_6
Sandra Regina Schewinsky LESÃO ENCEFÁLICA ADQUIRIDA o que é importante saber! Dra. Sandra Regina Schewinsky e Dra. Vera Lucia Rodrigues Alves
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Saúde, Beleza e Bem Estar
Queda de cabelos pós COVID 19 Kátia Vargas Lutfi Pileggi
médica dermatologista
“Doutora o que faço? Tive Coronavírus há 3 meses e meu cabelo está caindo muito!” O mundo médico e científico está cada vez mais avançando no combate ao novo coronavírus, as medidas preventivas de manter o distanciamento pessoal, o uso de máscaras e a higienização das mãos continuam sendo as maneiras mais efetivas no que se diz respeito a diminuição da transmissão. Diariamente escutamos relatos de manifestações cutâneas durante e após a infecção pelo COVID 19, como é o caso de quadros de urticária e erupções na pele. Numa frequência aproximada de 1 a cada 4 pacientes com COVID-19 apresentam sintoma de queda de cabelos 2 a 3 meses pós infecção. Cientistas ainda tentam decifrar a fisiopatologia da queda de cabelo associada à covid-19, ou seja, quais são os mecanismos ligados à origem dessa condição dermatológica. Um grupo de pesquisadores italianos da Universidade Sapienza de Roma (Itália) levanta três hipóteses: 1. o coronavírus desencadeia uma reação autoimune contra os folículos capilares ao criar um ambiente inflamatório que abala o sistema imunológico; 2. o vírus gera uma reação cruzada envolvendo antígenos (que estimulam a formação de anticorpos) do vírus e do corpo humano; 3. o processo se origina a partir do estresse psicológico e da deterioração da saúde mental. Na prática clínica sabemos que esta não é uma exclusividade do coronvírus, qualquer processo infeccioso mais grave pode levar ao que chamamos de eflúvio telógeno, ou seja o desprendimento dos folículos do couro cabeludo, que na maioria das vezes é um processo auto limitado mas que quando se prolonga é recomendado tratamento dermatológico. Isso dependerá, por exemplo, do histórico de cada paciente e da dimensão da queda de cabelo em curso. Se ela for leve, transitória, a recuperação deve ser espontânea. Mas algumas pessoas podem apresentar perdas mais significativas, o que exigiria tratamento médico. Em alguns casos acontecem perda de cabelos localizadas fazendo áreas com ausência de fios no couro cabeludo, peladas, chamado de alopécia areata. Esses quadros podem ser decorrentes de alterações tanto infecciosas, quanto emocionais, auto-imunes e hormonais.E podem estar presentes independente da
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idade, e o tratamento vai ser avaliado dependendo do caso. Dependendo do tipo de evolução da doença o paciente pode ter evoluído com perda de peso expressiva, carência nutricional além do estresse decorrente do momento e tudo isso influencia para os anexos:cabelos e unhas. Pois nosso corpo é muito inteligente e se tiver que dar prioridade dará para os órgãos essenciais e o que sobra vai para os anexos, e no caso pode não estar sobrando, evoluindo com a queda dos cabelos.
ANUNCIE COM A GENTE PREÇO BAIXO E UM GRANDE ALCANCE Seja um doador mantenedor da nossa revista entre em contato com Manoel Carlos por telefone ou whatsapp (11) 9.8890.6403 seu nome terá um agradecimento (ou não caso prefira) e um destaque na próxima edição
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Variações in VIVO
Começar de novo Dra. Lairtes Temple Vidal Psicóloga/acupunturista fitoterapeuta
“Todo dia ela faz tudo sempre igual, me sacode as 6horas da manhã [...] todo dia eu só penso em poder parar, meio dia eu só penso em dizer não, depois penso na vida pra levar, e me calo com a boca de feijão [...] (Cotidiano; C. Buarque)”
Algumas pessoas quando se percebem sem rotina sentem falta dela; precisam dela pra se organizar. Essas pessoas trabalham melhor com prazos, metas bem definidas, metodologia sistemática, métrica. Planejam suas férias cuidadosamente ou, sem nada programado pra fazer aproveitam mal o período, se perdem. O improviso as estressa. Outras odeiam rotina, querem variar mas não conseguem devido ao ritmo de vida. Têm coisas que não podem mudar quando se referem a obrigações pactuadas num contrato, num compromisso estabelecido, num cronograma. Ficam impactadas. Essas pessoas enjoam da repetição, ficam buscando meios de quebrar a rotina, válvulas de escape, novas perspectivas. A mesmice as estressa. Nem tanto ao céu, nem tanto a terra. A busca do meio termo, tentativas frustradas, mudar o rumo, arriscar, malabarismos, procurar o equilíbrio, ganhos e perdas. Tudo isso também estressa. Qual a saída? A saída e’ pra dentro! Pare! De uma pausa todos os dias por alguns minutos. Dez ou quinze minutos do seu dia podem ser suficientes para você meditar e rever-se. Instantes de silêncio, numa postura confortável e contemplativa, aquietando seus batimentos cardíacos, mente e corpo. Relaxe e procure dentro de você o antídoto para si mesmo. Não vale dizer que não consegue. Se está dentro de você basta procurar que encontrará. Para isso e’ preciso determinação. “Determinação e’a força que te permite ser bem sucedido. E’ o resultado da ativação da sua força de
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foto: yogamedicine.com
vontade. A determinação e’ parceira da paciência. A paciência te ensina a não forçar, mas esperar e apreciar o jogo da vida, sabendo que nada permanece igual e que tudo mudará em algum ponto” (adaptado das Mensagens BK, 22/05/2020) Todo dia e’ um começar de novo. Seja igual ou diferente de ontem, no que tem a fazer hoje, Você e’ a repetição em questão. Você e’ a peça cotidiana em seu jogo da vida. Logo, esse seu EU, tem que se renovar a cada dia. Revigorar sua energia, seu astral, sua carga física, seja o que for que esteja balançando, precisa ficar firme. Não faz diferença se estiver num mau relacionamento, questões financeiras dificeis, problemas familiares, saúde abalada, caos social, ou outro mal estar qualquer; não vem ao caso o fato especifico, mas sim o fato genérico: Voce deve dominar a consciência e ter autocontrole. Para isso você só tem que encontrar minutinhos no seu dia e praticar relaxamento com introspecção. Caso precise de algum veículo facilitador para sua concentração, utilize um buscador na internet para encontrar um apoio virtual nesse exercício, ate’ definir ou criar “seu próprio sistema de pausa diária orientada para seus objetivos”. Existem vários aplicativos disponíveis para essa prática a qual me refiro, a Meditação. Vou sugerir aqui algumas modalidades, mas procure outras formas também, experimente várias e veja qual combina mais com você para uma atividade que pode mudar sua visão dos acontecimentos. Ainda que os acontecimentos permaneçam como são mude a forma de percebê-los e enfrentá-los. Há alguns anos vem ganhando popularidade o termo Mindfulness, traduzido para o português como Atenção Plena, que consiste em um estado mental de controle sobre a sua capacidade em se concentrar na experiência presente, numa atitude aberta, ampla e tolerante sobre os pensamentos. A Meditação Mindfulness tem sua origem em práticas budista. Existem vários aplicativos disponíveis na mídia. Consultando o site www.yogananda-srf.org poderá conhecer um pouco dos ensinamentos da Kriya Yoga, que consiste em técnicas avançadas de meditação, de cunho espiritual, atribuídas aos sábios iluminados da Índia. O site cita estudos que comprovam a eficácia da meditação como auxiliar no bem estar e cura de certos males. Existe um aplicativo que se chama “Medita BK”, grátis e leve, nele tem uma aba com mensagens positivas, diárias e curtinhas; em outra aba o conteúdo são doze meditações guiadas por voz,
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com fundo musical. Cada uma dessas trilhas tem um titulo-tema. Ouça uma a uma, aos poucos, escolha algumas preferidas e repita a audição em outros dias, mesmo que alternando uma e outra, em acordo com o seu dia, ou escolhendo uma única para todos os dias. A BK e’ uma organização espiritual reconhecida pela ONU, com matriz na Índia, presente em 140 países pelo mundo divulgando a meditação como forma de adquirir a Paz interior e a Felicidade. Todo dia você recomeça e continua. Deleite-se nesse processo de olhar o mesmo aspecto sobre outro prisma e começar de novo. Foto: Sabrina Araújo
O SUPERA é um curso diferente de tudo que você já conhece. Com apenas uma aula semanal de duas horas, você conquista uma mente saudável, com mais concentração, raciocínio, memória, criatividade e autoestima. Estas habilidades melhoram o desempenho na escola, alavancam a carreira e garantem mais qualidade de vida. Encare este desafio e experimente uma forma incrível de viver. Nossa metodologia não tem limite de idade: todo mundo pode viver esta emoção. magazine 60+ #22 - Abril/2021 - pág.25
Nosso Universo interior
O legado de cada um M. Luiza Conti
Desenvolvimento pessoal
“Legado não é o que você deixa para as pessoas e sim o que você deixa nas pessoas.” (Deive Leonardo – pensador) “O maior legado de um homem é o conhecimento que compartilhou com seus semelhantes durante a vida.” (José Vitoreli–pensador) Qual é sua missão? O que gostaria de deixar para o mundo?
Muitas pessoas conhecidas deixaram seus legados que são seguidos e continuam inspirando pessoas ao redor do mundo. Encontrar nossa missão na vida é o primeiro passo para seguir em frente se aperfeiçoando e se dedicando naquilo que deseja. O auto conhecimento é a melhor forma de encontrarmos nosso propósito e missão de vida, que é realmente o que você está aqui para realizar e desenvolver. Siga o caminho da sua verdade, da sua essência. O seu legado estará nos exemplos que você passou para as pessoas, nas coisas que você acrescenta ao outro quando fala, nos seus ensinamentos, na forma de ajudar as pessoas, enfim
nas suas atitudes diárias, e finalmente vai formando um legado que será muito importante para outros. E, quem sabe o que você acredita e transmite pode um dia se transformar em um livro, um vídeo ou algo que possa abranger ainda mais espaços e ajudar mais gente. Não construímos nada em um único dia, e sim pela experiência de vida, dia após dia. Pense que cada vez mais precisamos de pessoas que deixem seus legados para o mundo. Pode ser bastante interessante ler biografias de grandes líderes que deixaram coisas importantes para o mundo. Isso poderá estimula-lo e capacita-lo a encontrar a sua missão e deixar o seu legado. É importante perceber que não estamos sós, e vivemos em comunidade, portanto se torna muito importante ir atrás do seu objetivo, conseguir coisas não só para você mas para inspirar e agregar valor na vida de outras pessoas, afinal será muito bom se todos pudéssemos nos empenhar para deixar legados para um mundo melhor. Tenha a sua missão na vida, ela irá fortalecer a sua existência.. PENSE SOBRE O SEU LEGADO, PORQUE VOCÊ O ESCREVE TODOS OS DIAS...
“Nosso legado é aquilo que construímos durante a vida e que, mesmo quando não estivermos mais neste mundo, vai continuar falando por nós.”
Fotos: Pinterest - divulgação
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Contos I
A história da Vacina
Histórico da Vacina Faz exatamente um ano que vivemos sob a nuvem do medo da morte do inimigo invisível de um vírus que cobriu os céus de todos os cantos do Planeta Terra; foi no dia 11 de março de 2020 que a OMS declarou pandemia do novo Coronavírus. Desde então vivemos sob regras rígidas para controlar ou minimizar as ações desse vírus letal: isolamento social, uso de máscara, lavar as mãos com álcool gel ou água e sabão. Nessa data a OMS informou o seguinte:
Foto:Brasil Escola - Divulgação
Malu Alencar Historiadora e Produtora cultural
“A OMS tem tratado da disseminação [do Covid-19] em uma escala de tempo muito curta, e estamos muito preocupados com os níveis alarmantes de contaminação e, também, de falta de ação [dos governos]”, afirmou Adhanom no painel que trata das atualizações diárias. É uma guerra, sabemos quem é o inimigo, mas não sabemos onde ele está, pois é um fantasma, pode estar num aperto de mãos, num abraço, num beijo, num espirro, numa sala, num ônibus, no elevador.... daí os rígidos protocolos de comportamento iguais para todos os países: isolamento e uso de máscaras”. Mas qual a arma que pode acabar com esse terrivel inimigo? Sim, temos uma arma poderosa, a VACINA que finalmente pode exterminar esse inimigo e salvar a humanidade... afinal a vacina é uma velha conhecida, mas poucos sabem de sua história e sua origem. Uma história bonita, vale a pena conhecer como
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Edward Jenner f por criar a pr
foi o responsável rimeira vacina
surgiu... Foi Edward Jenner, quem descobriu essa arma poderosa, um resumo de sua vida e como comprovou sua eficácia: Edward Jenner foi o responsável por criar a primeira vacina. Edward Jenner nasceu na localidade inglesa de Berkeley, em 17 de maio de 1749. Com apenas treze anos de idade já ajudava um cirurgião em Bristol. Formou-se em Medicina em Londres, e logo em seguida retornou a sua cidade natal, onde realizou experimentos relativos à varíola, na época uma das doenças mais temidas pela humanidade. Ao observar que pessoas que ordenhavam vacas não contraíam a varíola, desde que tivessem adquirido a forma animal da doença, Jenner extraiu o pus da mão de uma ordenhadora que havia contraído a varíola bovina e o inoculou em um menino saudável, James Phipps, de oito anos, em 04 de maio de 1796. O menino contraiu a doença de forma branda e logo ficou curado. Em 1º de julho, Jenner inoculou no mesmo menino líquido extraído de uma pústula de varíola humana. James não contraiu a doença, o que significava que estava imune à varíola. A princípio, a experiência não obteve reconhecimento. O reconhecimento em seu país só foi alcançado após médicos de outros países adotarem a vacinação e obterem resultados positivos. A partir de então, Edward Jenner ficou famoso por ter inventado a vacina. Origem do nome: Os termos “vacina” e “vacinação” são derivados de Variolae Vaccinae (varíola da vaca), o termo inventado por Edward Jenner para denotar a varíola bovina. Em 1881, para homenagear Jenner, Louis Pasteur propôs que os termos fossem estendidos para cobrir as novas inoculações protetoras então em desenvolvimento. Edward Jenner criou a vacina contra a varíola e ajudou a erradicar essa grave doença. A vacina surgiu em um importante momento histórico de combate à varíola, uma das doenças mais temidas no mundo no século XVIII, com taxa de mortalidade em torno de 10 a 40%. A descoberta de que os sobreviventes não contraiam a doença novamente, trouxe à tona a ideia de provocar a enfermidade de forma branda para evitar que ela fosse contraída de maneira mais potente. Essa prática ficou conhecida como variolação e acredita-se que ela tenha surgido inicialmente entre os chineses, mas era conhecida por diversos povos da África e da Ásia, como os hindus, egípcios, persas, circassianos, georgianos e árabes. Em 1798, vieram a público as investigações feitas pelo médico inglês Edward Jenner.
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Foto:Brasil Escola - Divulgação
Por longos anos, ele observou que ordenhadores que haviam sido contaminados pela cowpox, doença branda semelhante à varíola que atingia gados, eram imunes à varíola. Mesmo sendo infectadas pelo vírus, estas pessoas se mantinham refratárias à doença. Quando Jenner inoculou o garoto de oito anos com o pus retirado da pústula (crosta cheia de pus formada sobre a pele do doente) de uma ordenhadora que sofria com a doença. O garoto contraiu uma infecção extremamente benigna e, dez dias depois, estava recuperado. Em pouco tempo o processo passou a ser adotado mundialmente. Em 1800, a Marinha britânica passou a utilizar vacinação. No Brasil, a vacina chegou em 1804, trazida pelo marquês de Barbacena. Em 1956 ocorreu o primeiro projeto de erradicação global de uma doença, patrocinado pela OMS (Organização Mundial da Saúde). Quatro anos depois, a varíola já não era mais encontrada nos países industrializados, e uma organização sólida permitiu que em 1977 se estabelecesse o primeiro e único episódio de erradicação de uma doença infecciosa humana em escala planetária. Até hoje vacinação em massa tem possibilitado o controle da disseminação de várias outras doenças infecciosas. Quais doenças podem ser prevenidas pela vacinação? Poliomielite, Tétano, Coqueluche, Haemophilus influenzae tipo B (meningite), Sarampo, Rubéola, Caxumba, Febre amarela, Difteria, Hepatite B, entre outras. Doenças muito graves podem ser evitadas com a vacinação. Por isso, é essencial seguir o calendário de vacinação em todas as faixas de idade, com objetivo de estimular o sistema imunológico e produzir anticorpos para proteger o organismo de vírus e bactérias. Grande parte da população crê que a vacina é obrigatória apenas para crianças, mas é importante ressaltar que a carteira de vacinação deve ser mantida em dia em todas as idades para evitar o retorno de doenças já erradicadas, o cuidado deve ocorrer principalmente na infância, já que recém-nascidos não possuem imunidade (proteção formada), o que os deixa mais suscetíveis a contrair doenças. A importância da vacina A vacina é uma importante aliada no controle, combate e eliminação de doenças, pois protege não apenas quem a recebe, mas também a comunidade como um todo. Isso significa que quanto maior o nú-
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Edward Jenner apli menino d
icando a injeçao no de 8 anos
mero de pessoas protegidas pela vacina, menor será a chance de qualquer indivíduo de uma comunidade – vacinado ou não – ser contaminado. No Brasil, o Ministério da Saúde criou o Programa Nacional de Imunizações (PNI) que se destaca entre os melhores programas de imunização do mundo com atuação na ampliação da prevenção, no combate ao controle e erradicação de doenças, além de disponibilizar diversas vacinas à população. O Brasil é um dos países que oferece o maior número de vacinas à população, disponibilizando mais de 300 milhões de doses anuais sendo 43 tipos diferentes de imunobiológicos: 26 vacinas, 13 soros heterólogos (imunoglobulinas animais) e quatro soros homólogos (imunoglobulinas humanas), utilizadas na prevenção e/ou tratamento de doenças. As campanhas nacionais de vacinação resultaram na eliminação da varíola, em 1973, da poliomielite, em 1989. Além disso, o programa de vacinação controla o tétano neonatal, as formas graves da tuberculose, a difteria, o tétano acidental e a coqueluche. Laboratórios que estão trabalhando para a criação de vacina contra Covid 19: Moderna Com sede em Cambridge, no estado americano de Massachusetts, a Moderna foi fundada em 2010, a partir de estudos desenvolvidos pelo professor de Harvard Derrick Rossi, conhecido por pesquisas com células-tronco. Com a ajuda do engenheiro e professor do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) Robert Langer e de outro professor de Harvard, Timothy Springer, eles conseguiram investimento para o negócio. As três últimas letras do nome da empresa (RNA) sintetizam sua ideia: criar medicamentos e vacinas a partir do RNA mensageiro, uma molécula que carrega instruções genéticas. O governo americano já investiu US$ 1 bilhão na Moderna para o desenvolvimento e a testagem da vacina. Segundo a TV americana CNN, a Moderna foi escolhida pelo governo dos Estados Unidos — que também investe em outras pesquisas de vacinas — por ela prometer entregar resultados num tempo mais curto que outros laboratórios. Mesmo assim, a Moderna já recebeu o apoio de outros laboratórios, como um investimento da anglo-sueca AstraZeneca em 2013 de US$ 240 milhões para pesquisar drogas usando a tecnologia baseada no RNA mensageiro contra uma série de doenças, que iam de problemas cardíacos e renais a cânceres.
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AstraZeneca Outra vacina que pode alcançar mais de 90% de eficácia, dependendo da dosagem, é a desenvolvida pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, em parceria com o laboratório anglo-sueco AstraZeneca. A AstraZeneca foi fundada em 1999, depois de uma fusão entre a sueca Astra e a britânica Zeneca. Com sede em Cambridge, na Inglaterra e investe, principalmente, em medicamentos para tratamentos de câncer, doenças cardiovasculares, renais e respiratórias. Seu imunizante deve ser produzido no Brasil pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), graças a um acordo de encomenda tecnológica firmado com o governo federal. A instituição prevê produzir 210,4 milhões de doses até o final de 2021. Gamaleya (Sputnik V) O governo da Rússia anunciou a aprovação de um imunizante contra o novo coronavírus ainda em agosto/20, antes mesmo do início da fase 3 de testes. Batizada de Sputnik V, a vacina é desenvolvida pelo Instituto de Pesquisa de Epidemiologia e Microbiologia de Gamaleya, ligado do Ministério da Saúde do país. O instituto foi fundado em 1891 como um laboratório priva do, foi estatizado após a Revolução Russa e em 1949 mudou de nome para homenagear Nikolai Gamaleya, considerado pioneiro nos estudos
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Foto: Prefeitura de SP - Divulgação
Pfizer / BioNTech A multinacional Pfizer, que tem sede em Nova York, nos Estados Unidos, foi a primeira a divulgar, em 9 de novembro, uma taxa de eficácia superior a 90% obtida na fase 3 de testes com sua vacina contra o novo coronavírus. O produto é desenvolvido em parceria com a empresa alemã de biotecnologia BioNTech. A empresa foi fundada em 1849 nos Estados Unidos pelo imigrante alemão Charles Pfizer, em parceria com um primo. O primeiro produto criado pela dupla foi um remédio para combater vermes intestinais. Anos depois, seria a primeira a produzir em massa a penicilina, antibiótico descoberto pelo médico Alexander Fleming em 1928. Já a BioNTech, bem menor e com uma história muito mais recente do que a parceira, foi fundada em 2008 por um casal de médicos com o foco em tratamentos para o câncer. E desde 2018 trabalha com a Pfizer numa vacina contra a gripe.
de microbiologia na Rússia. Durante a União Soviética (1922 a 1991), o órgão era responsável por organizar as campanhas de vacinação em massa no país e foi responsável por combater epidemias de cólera, difteria e tifo. Desde 1980, cientistas do instituto desenvolvem estudos de vacinas com adenovírus. Em 2015, o Gamaleya criou uma vacina contra o ebola usando essa tecnologia. Também estuda imunizantes com adenovírus contra a influenza e a Mers (Síndrome Respiratória do Oriente Médio), doença também causada por um coronavírus. A farmacêutica brasileira União Química anunciou um acordo com o governo russo para produzi-la no país em 2021. Sinovac / Instituto Butantan (Coronavac) No Brasil, a empresa privada chinesa Sinovac ganhou destaque devido ao acordo com o governo do estado de São Paulo para a produção da vacina Coronavac no país, pelo Instituto Butantan. Fundada em 2001, com sede em Pequim, na China, a Sinovac é responsável por cerca de 20% do mercado chinês de vacinas, produzindo 20 milhões de doses por ano. Ao todo, tem oito imunizantes registrados e outros quatro sendo testados em humanos. Entre os produtos oferecidos estão vacinas contra hepatite B, caxumba e influenza sazonal. A empresa foi a primeira a desenvolver e conseguir registro de uma vacina contra o vírus H1N1, em 2009. No caso da covid-19, a tecnologia usada é o próprio coronavírus “morto”. Por estar inativado, ele não causa doença, mas gera uma resposta do sistema imune. Essa tecnologia, dominada pelo Instituto Butantan, é a mais antiga na fabricação de vacinas no mundo. Para finalizar, esperamos que em breve essa pandemia seja vencida e passe para a história como uma das maiores guerras que o Planeta Terra sofreu, mas venceu, graças as vacinas criadas pelo trabalho incansável da Ciencia e de pesquisadores de vários países. REF: https://www.nexojornal.com.br/expresso/2020/11/24/Os-laborat%C3%B3rios-por-tr%C3%A1s-das-vacinas-contra-a-covid-19 www.unimed.coop.br/viverbem brasilescola.uol.com.br
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Falando em escrever
e-Editora lança seu 1º livro Rosa Maria Rodrigues Castello Consultora em Direitos Autorais
Olá amigos leitores. Chegamos em abril de 2021 ainda com muitos desafios, cuidados com a saúde, sem poder sair de casa. Um sacrifício, mas com certeza é a solução para diminuir essa triste estatística enquanto aguardamos a VACINA contra o Covid 19 para todos.
Laerte Temple – avô da Telly
e-EDITORA LANÇA SEU PRIMEIRO LIVRO Mas nem só de tristeza vivemos cotidianamente. Um dos fatos positivos que aconteceu em março foi o lançamento do livro Avós & Netos, pela e-Editora. O livro foi escrito com muita emoção e carinho por trinta e um autores que demonstraram isso em seus textos para amigos e família, inspirados em seus netos. Fala das alegrias dessa convivência, deixam mensagens para serem lidas pelas crianças no futuro porque algumas nem ainda sabem ler. Vários desses avós estão isolados por causa da pandemia, não se encontram com esses netos há meses. Alguns moram em estados e países diferentes, o que torna seus depoimentos ainda mais especiais. Para alguns desses autores foi a primeira oportunidade de escrever e publicar um livro. Participaram dessa edição os avós: Âmbar de Barros, Alice Bites, Amélia Loreto, Anita Tarasiewicz, Anna Abelha, Antonio Diomede e Maria Alice Bahia Diomede, Bia Perez, Carla Betta, Deilza Lessa, Diva de Oliveira, Dulce Mantella Perdigão, Herta Rebello, Ione Almeida, Karin Simon, Laerte Temple, Maria do Carmo Marini, Maria Helena Passos Miraglia, Maria He-
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Bia Perez – avó do João/5, em Londres, do Noah/2 em Miami e da Eva/2, em Paris
lena Duarte Nunes Pereira, Mauisa Annunziata, Monica Salvari Baumer, Myrian Becker, Neide Alves da Silva, Neide dos Santos Olic, Norival Pacheco da Silva, Norma Tenenholz Grinberg, Patrícia Vieira Bispo, Quitéria Fernandes, Rita Aparecida Melo, Rosana Cerqueira Dias e Vera Lucia Araujo Mera. Leiam o que três deles tem a contar: Laerte Temple – avô da Telly Stella (Telly), 3 anos, é minha primeira neta humana (cachorro são 4). Ao ser convidado para colaborar no livro Avós & Netos, aceitei pensando em deixar-lhe não apenas algumas fotos e vídeos, mas um depoimento sincero, para que sempre saiba o quanto foi esperada e é amada. Neide Alves da Silva – avó de Domênica, Marcos Filho, Luiza e bisavó de Larissa Estou bem contente com o livro. Escrevi o que vivo na minha vida, sem inventar. Quis deixar o amor que sinto, de verdade, pelas crianças. É o registro de uma pequena história de como aprendemos, cotidianamente, a sermos uma grande família. Bia Perez – avó do João/5, em Londres, do Noah/2 em Miami e da Eva/2, em Paris
Neide Alves da Silva – avó de Domênica, Marcos Filho, Luiza e bisavó de Larissa
Estou muito feliz e emocionada em participar do livro Avós e Netos. Sim!!! Sou uma avó coruja assumida, com muito orgulho. Transformar-me em avó no meu envelhecimento me trouxe mais vida, vitalidade... me encheu de sonhos, amor e propósitos de vida. Me fez voltar à infância, sempre que estou com eles. Amo muito!!!! Confira o evento de lançamento ocorrido em 27/03/21 pelo YouTube na plataforma da Unibes Cultural! https://www.youtube.com/watch?v=4zh2We_ lNNc ou pelo Facebook - https://www.facebook. com/UnibesCultural Aguardem o convite para o lançamento do volume 2, ainda em 2021!
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SOBRE A EDITORA: A e-Editora é um Negócio de Impacto Social criado sobre uma proposta de valor abrangente e ambiciosa: enfrentar o isolamento social nos bairros, promover a aproximação comunitária e entre as gerações, estimular o cuidado com o meio ambiente naquela região, por meio da valorização da lembrança dos idosos dos fatos que testemunharam nos bairros em que viveram. O primeiro da série de quatro livros anuais é sobre o Sumaré. Além dos e-books, serão produzidos outros materiais editoriais e eventos dirigidos a esse público com o mesmo propósito, como passeios didáticos, exposições e coletâneas. Conheçam e sigam nossas redes sociais Site: https://e-editora.com.br Facebook: https://www.facebook.com/eeditoraoficial Linkedin: https://www.linkedin.com/company/68731609/admin/ Instagran: https://www.instagram.com/e_editora_oficial/
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Benefícios
Alzheimer
Vacinas para o tratamento da Doença de Alzheimer: o que a ciência tem estudado? Thais Bento Lima gerontóloga e colunista do SUPERA Ginástica para o Cérebro
O assunto de hoje é Doença de Alzheimer. Você já ouviu falar sobre esta doença? Faz parte do grupo de doenças neurológicas, conhecidas como demências, que atingem e causam danos aos neurônios de forma progressiva, gradual e irreversível. As demências causam prejuízos para a memória, em outras habilidades cognitivas, e para o desempenho de atividades no cotidiano, além de afetar o relacionamento entre as pessoas e gerar gastos importantes para familiares e para o sistema de saúde. De acordo com a Organização Mundial da Saúde em um relatório publicado em 2017, a Doença de Alzheimer (DA) é a demência mais comum. Atualmente existem cerca de 50 milhões de pessoas com DA em todo o mundo e dados apontam que esse número será ainda maior em 2050, ultrapassando 150 milhões de casos. Estudos indicam que 6 em cada 10 pessoas diagnosticadas com DA, vivem em países em desenvolvimento como o Brasil. Mas o que causam as demências, mais especificamente, o que causa a Doença de Alzheimer? Atualmente sabe-se que a DA ocorre a partir de disfunções genéticas, por exemplo, no gene apoE e a partir do acúmulo de duas proteínas
tóxicas no cérebro, chamadas A Beta-amilóide (Aβ) e a proteína Tau. Esse acúmulo acaba provocando a morte dos neurônios, e consequentemente causam prejuízos cognitivos. Você pode estar se perguntando “é possível prevenir a DA?” e a resposta é que são conhecidos fatores de risco não genéticos como a baixa escolaridade, e que, portanto, desempenhar atividades intelectuais, como a estimulação cognitiva podem ajudar a minimizar os riscos, mas não é possível afirmar eficácia de prevenção. E quais são os tratamentos existentes para essa demência? Na tentativa de serem revertidos os danos gerados pela DA na memória e no desempenho cognitivo, uma forma de tratamento é o medicamentoso. É preciso ter em mente, porém, que o foco deste tipo de tratamento é o controle dos sintomas neurológicos e psiquiátricos, uma vez que não há, até o momento, medicamentos que levam à cura da doença. Alguns deles combatem a perda acelerada de neurônios relacionados a certos tipos de memória. Outro tipo atua na prevenção do excesso de estimulação dos neurônios, que pode causar danos a estas células, problema comum em pessoas com DA.
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Outra forma de tratamento é a terapia gênica. Esta técnica surgiu da possibilidade de aproveitar o potencial dos genes, ou seja, os elementos presentes em nosso organismo responsáveis pelas características que herdamos de nossos pais. O tratamento consiste em promover modificações no material genético das células afetadas pela doença, para que elas interrompam a produção de proteínas defeituosas. Além de ser um tratamento extremamente complexo, uma ressalva importante a se considerar na terapia gênica é a questão ética, uma vez que envolve a alteração dos elementos que definem como cada ser humano é constituído organicamente. Uma forma bastante promissora de tratamento da DA é a imunoterapia. Por meio desta abordagem busca-se fortalecer o sistema imunológico, que é uma espécie de autodefesa do nosso organismo, de forma a torná-lo mais eficaz no combate a infecções e outras doenças. Em outras palavras, estamos falando em imunização, ou ainda, vacinação. No caso da DA, as tentativas iniciais, que eram de imunização com Aβ, não alcançaram resultados satisfatórios. Com o avanço das pesquisas, surgiram as vacinas de Aβ de segunda geração e os anticorpos monoclonais chamados anti-Aβ. A chamada imunoterapia direcionada à Aβ divide-se em imunização ativa e passiva. Na ativa, as vacinas são projetadas com antígenos, substâncias estranhas ao nosso organismo, que acionam as células do sistema imunológico para produzirem anticorpos específicos contra a proteína Aβ. Por outro lado, a imunização passiva não depende da ativação do sistema imunológico, baseando-se, na verdade, na injeção de anticorpos monoclonais, que são proteínas produzidas em laboratório a partir de células vivas. Por não depender do sistema imune, a imunização passiva conta com a vantagem de poder ser interrompida em caso de reações adversas. Alguns ensaios clínicos, ou seja, pesquisas científicas em ambiente clínico têm sido realizados para o desenvolvimento de vacinas contra a DA. De acordo com uma recente revisão de literatura de Se Thoe et al., (2021), podem ser citadas as seguintes vacinas em teste atualmente como ensaios clínicos: ● CAD106: vacina ativa que demonstrou boa tolerabilidade e segurança, além de bons níveis de anticorpos específicos de Aβ detectados no corpo dos pacientes, ao final de um estudo de fase 2 patrocinado pela Novartis Pharmaceuticals. Atualmente, está sendo utilizada em um estudo conhecido por Iniciativa de Prevenção de Alzheimer (API); ● Crenezumab: anticorpo de imunoterapia passiva utilizado atualmente em um estudo de fase 2 patrocinado pela Genentech, com conclusão estimada para 2022; ● BAN2401: anticorpo monoclonal (imunoterapia passiva) utilizado atualmente em um estudo de fase 2 com conclusão estimada para 2022 e, também, em um de fase 3, em etapa de recrutamento de participantes, com estimativa de conclusão para 2024, ambos patrocinados pela Eisai Inc; ● ALZ801: agente oral (imunoterapia passiva) com grandes expectativas da comunidade científica por sua eficácia contínua; retratou perfil de segurança favorável ao final de um es-
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Foto: Jeremy Wong
tudo de fase 1 patrocinado pela Alzheon Inc. Atualmente, está sendo utilizado em um estudo de fase 3b, em etapa de envio de convite aos futuros participantes, com conclusão estimada para 2024 e com o mesmo patrocinador. Há muitos estudos em andamento, com outros tipos de drogas para o tratamento da Doença de Alzheimer. Neste texto abordamos apenas os tipos de vacinas que estão em estudos, nenhum estudo em fase conclusiva. Aproveitamos para reforçar, que até o presente momento não existem tratamentos milagrosos para a doença de Alzheimer, quando observarem estudos que prometem a cura, busquem verificar, o currículo de pesquisador, do cientista responsável pelo estudo e se falar em cobrança pelo tratamento, desconfiem, pois nenhum estudo pode cobrar pela participação de uma pessoa em uma pesquisa. A participação tem que ser voluntária, sem custos para o participante. Atuando para evitar que uma doença se instale, a prevenção é a melhor estratégia que temos para a promoção e, como vimos, no caso da DA, há motivos para acreditarmos que a prevenção é muito importância Fontes consultadas Ewen, Se Thoe et al. A review on advances of treatment modalities for Alzheimer’s disease. Life sciences, p. 119-129, 2021. Machado, J. C. B. Doença de Alzheimer. [In] Freitas, E. V.; PY, L. Tratado de Geriatria e Gerontologia. 4a Edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, p. 423-465, 2016. Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde. Campanha anti estigma “Vamos conversar sobre demência” marca início do Mês Mundial da Doença de Alzheimer nas Américas. Disponível em:<https://www.paho.org/bra/index .php?option=com_content&view=article&id=6012:campanha-antiestigma-vamos-conversar-sobre-demencia-marca-inicio-do-mes-mundial-da-doenca-de-alzheimer-nas-americas&Itemid=839>. Acesso em 18 mar 2021. Escrito por: Gabriela dos Santos – É gerontóloga pela Universidade de São Paulo (USP), com extensão pela Universidad Estatal Del Valle de Toluca – México e experiência em Iniciação Científica pelo Programa Unificado de Bolsas da USP. Membro da pesquisa científica de validação do Método SUPERA. Mestranda pelo Programa em Gerontologia da EACH-USP. Mauricio Einstoss de Castro Barbosa – Graduado em Gerontologia pela Universidade de São Paulo (USP), com participação no Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde/Interprofissionalidade), teve atuação como estagiário de Gerontologia na Coordenação de Políticas Para a Pessoa Idosa – Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania – Prefeitura de São Paulo. Profa. Dra. Thais Bento Lima-Silva, Docente do curso de Graduação em Gerontologia da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH-USP), Coordenadora do curso de pós-graduação em Gerontologia da Faculdade Paulista de Serviço Social (FAPSS), pesquisadora do Grupo de Neurologia Cognitiva e do Comportamento da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e conselheira executiva da Associação Brasileira de Gerontologia (ABG). Colunista e Assessora científica de pesquisa do Método SUPERA.
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Papo Animal
Saúde Única, sonhos coletivos FMVZ - USP
Olá, nós do Projeto Santuário em parceria com a Associação Faça Sua Parte estamos estreando a coluna Papo Animal para conversarmos sobre os pets. Somos um Projeto de Extensão da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (FMVZ-USP), que trabalha para melhorar a relação dos humanos com os animais e o ambiente. A Páscoa se avizinha e, com ela, os chocolates. Nham! Mas, atenção, chocolate faz mal pra cachorro! E pra gato também. Resista ao olhar pidão e as lambidas de beiços, pois muitos alimentos, mesmo que saudáveis para os humanos ou aparentemente inofensivos, podem causar sofrimento ao seu amor peludo. Por isso, nosso papo de hoje será sobre os alimentos que podem intoxicar seu pet. Chocolate Teobromina é o nome da substância do chocolate que faz mal para cães e gatos. Ela está presente também no café, em chás e bebidas à base de cola. Chocolates amargo e meio amargo são os que oferecem maior risco, devido à maior quantidade de cacau, no qual a substância se concentra. A depender da sensibilidade individual e da quantidade ingerida, o animal poderá apresentar náusea, vômito, diarreia, aumento da frequência cardíaca e hiperatividade, mas o quadro pode se agravar levando a convulsões. O chocolate branco, por sua vez, pode causar um quadro de pancreatite aguda nos animais por ser rico em gorduras, mas os sintomas podem ser parecidos: dor abdominal, vômitos e diarreia. Uvas e passas Em cães e gatos a ingestão de uvas ou passas, que são uvas desidratadas, pode causar lesão e insuficiência dos rins, mesmo em pequenas quantidades, como as presentes em bolos e pães. A substância tóxica ainda não é conhecida, mas os sintomas de intoxicação são dor abdominal, vômito, hiperatividade, diarreia, fraqueza, desidratação, tremores e falta de apetite.
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Arte: montagem (Gabriela Santos) imagens: canva
Ahh... só um pedacinho
Arte - M.Conti
Cebola e alho Esses temperos são muito utilizados na culinária e possuem substâncias benéficas para o ser humano, com ação antioxidante, antimicrobiana e que favorecem a absorção de vitamina C. Porém, eles possuem uma substância tóxica para cães e gatos (alicina) que pode danificar as células vermelhas do sangue e causar anemia, levando a sintomas como mucosas pálidas e fraqueza. Atenção, pois esses sintomas podem levar alguns dias para se manifestar e, por isso, é melhor não oferecer alimentos temperados para seus bichinhos. Xilitol O xilitol é um tipo de açúcar, normalmente utilizado como substituto da sacarose, mas que está presente no açúcar comum refinado. Pode ser encontrado em balas de goma e em frutas como ameixa, morango e framboesa. A ingestão dessa substância por pets pode causar uma grave diminuição da glicose do sangue, gerando sintomas como: apatia, prostração, vômito e fraqueza muscular. Abacate Todas as partes da planta e do fruto do abacate são potencialmente tóxicos para os cães e gatos, devido à toxina chamada persina. A intoxicação por esse alimento pode causar irritação gastrointestinal, vômito e diarreia, além de edema pulmonar que dificulta a respiração, podendo levar à morte em casos graves. Leite Cães e gatos, quando filhotes, produzem lactase, enzima responsável pela digestão da lactose (açúcar natural do leite), para que eles possam consumir o leite próprio para suas espécies, garantindo uma adequada nutrição. Quando adultos, deixam de produzir a enzima lactase, e desta forma não conseguem digerir bem o leite. Isso significa que, se consumirem leite, poderão apresentar manifestações clínicas similares aos de humanos intolerantes a lactose, como gases, dor abdominal, diarreia e, em casos mais graves, desidratação. Por essa razão, o leite de outras espécies (como por exemplo de vaca ou cabra) não é recomendado para cães e gatos em nenhuma fase da vida. Se houver suspeita de intoxicação, não provoque o vômito e procure um profissional médico veterinário. O vômito pode ser aspirado e agravar o quadro com uma pneumonia ou obstrução das vias respiratórias. Lembre-se, saúde é coisa séria e como se diz: quem ama, cuida! Até o mês que vem! Texto escrito por Luana Helena Antonini Gaia com a colaboração de Amanda Novais Grecco; Gabriela Cristina de Oliveira Santos; Larissa Silva Santos; Loren D’Aprile; Natayane do Vale Torquato, membros do Projeto Santuário. Coordenação Profª. Dra. Evelise Oliveira Telles Para sugestões ou dúvidas, entre em contato pelo e-mail: papoanimal60mais@gmail.com. Siga-nos nas redes sociais: Instagram: @projetosantuariousp e Facebook: Projeto Santuário FMVZ USP. Ficaremos muito felizes em ter vocês conosco!
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Amigo do Idoso
Benefício do idoso Foto: /inss.net
Fábio Faria de Sá Diretor do Instituto de Orientação Previdenciária
Primeiramente quero me apresentar, sou Fábio Faria de Sá, sou contabilista e Diretor do Instituto de Orientação Previdenciária, no instituto atendemos diversas causas na defesa do Idoso, estamos localizados no Jabaquara (SP) o atendimento é realizado a mais de 30 anos com o mesmo empenho de quando iniciado, neste período de pandemia não podemos fazer o atendimento presencial e para tentar ajudar e informar mais pessoas venho aqui escrever e deixar algumas informações que muitas vezes apenas pessoas que trabalham na área jurídica sabem e não apenas nesta edição mas nas próximas deixarei mais informações e dicas sobre direito do idoso. Nessa minha primeira coluna informativa vou falar sobre um tema de grande importância para a melhor idade que influencia diretamente na vida do idoso quanto ao benefício do INSS, no falecimento do companheiro(a). Em 2019 na reforma da previdência, na gestão do atual presidente, foi alterado a forma de cálculo para concessão do benefício e se manteve alguns pontos da reforma da antiga gestão Presidencial. São elas: a) Caso o falecido (a) possuir a qualidade de segurado ou recebia algum benefício previdenciário ou até o direito de algum benefício antes de falecer, será 50% (cinquenta por cento) do valor que ele ou ela teria o direito de receber, acrescido de 10% para cada dependente, limitado a 100%, aos menores, os incapazes ou os dependentes econômicos, claro, sempre que esse valor não pode ser menor que 01 (um) salário mínimo vigente, mudança essa na reforma de 2019. b) Em alguns casos a pensão poderá ser vitalícia, terá esse direito o beneficiário (a) que contar com 44 anos ou mais na data do fato, os filhos até os 21 anos que não sejam emancipados e se esses foram incapazes ou deficientes receberão até cessar o estado que se encontram, essa regra foi mantida da reforma
de 2015. Cabe lembrar algumas regras para os demais casos; c) Caso o segurado tenha contribuído por 18 meses ou menos e a união seja menos que 2 anos, apenas receberá por 4 meses; d) Contribuído por mais de 18 meses e a união for maior que 2 anos, esse prazo será regido pela idade do beneficiário 1 – Menor que 21 anos, recebe por 3 anos 2 – De 21 a 26 anos, recebe por 6 anos 3 – de 27 a 29 anos recebe por 10 anos 4 – de 30 a 40 anos recebe por 15 anos 5 – de 41 a 43 anos recebe por 20 anos 6 – acima dos 44 anos recebe vitalício Estamos passando por um momento muito difícil, onde as autoridades priorizaram a melhor idade que são o grupo de mais risco vacinando e diminuindo o risco de morte do idoso. Claro que temos de manter o distanciamento social, mas não podemos deixar de trabalhar, estudar e o mais importante, viver! Lave as mãos e não compartilhe objetos. Evite ler e espalhar notícias pessimistas, cuide da sua saúde mental. Tenha fé e compartilhe isso com as pessoas que estão precisando de uma dose de otimismo. Contatos, dúvidas, perguntas: FABIO FARIA DE SÁ Contabilista e Diretor do Instituto de Orientação Previdenciária 11-5015-0500 ou ou Kaique Silva cel: (11) 98797 7380 Kiqsilva2015@gmail.com
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Minhas histórias, meus sonhos
Janelas para o Mundo Martha Kastrup
O Projeto “Janelas para o Mundo” foi criado pela Marcia Cabral, jornalista e integrante “mais do que” ativa do Trabalho 60 mais- já conhecido de todos nós! O nome “Janelas” é muito sugestivo se imaginarmos o Trabalho 60 + como um “Casarão”, fundado pelo Eduardo Meyer, de portas sempre abertas recebendo todas as idéias inovadoras que proporcionem o protagonismo sênior em busca de um trabalho colaborativo, prazeroso e com justa remuneração. Marcia abriu a primeira “Janela”! O Projeto utiliza a literatura como fio condutor de conversas, diálogos e interação entre os participantes para estimular a leitura e a escrita. Semanalmente, a leitura de contos, crônicas, ensaios, de 30 a 35 participantes (60+), expõem e discutem o conteúdo das obras previa e cuidadosamente escolhidas pelos mediadores. Diante do sucesso e da grande aceitação, abriu mais Janelas, sempre acolhidas pelo “Casarão”. Hoje, são cinco! As Clássicas As Fantásticas As Latinoamericanas As Expressivas As Intergeracionais Faço parte, junto com outros mediadores, também 60+, da quinta Janela! O objetivo é transformar a leitura de livros, contos, crônicas, em conversas literárias que propiciem a interação, o diálogo e a conexão entre os leitores participantes, possibilitando a troca de
experiências, reflexões e novos aprendizados para o público jovem, em uma abordagem construtivista. Iniciada, ontem, com jovens da periferia entusiasmados e apaixonados por literatura, com a leitura da crônica de Marina Colasanti – “Sei, mas não devia”, onde os 36 presentes expuseram suas idéias claras e lúcidas e bem acolhidas por todos nós. Temos patrocínio para proporcionar aos adolescentes o acesso à “Plataforma Árvore do Livro” com grande acervo de obras literárias, além de Jornais e Revistas; créditos em seus celulares e caderno para seus escritos. O prazer em fazer parte desse
projeto não tem adjetivos suficientes! Vem junto você também! As portas do Casarão – Trabalho 60+ estão abertas e no “Janelas para o Mundo” sempre cabe mais um! Obs.: O Grupo Trabalho 60+ abraça outros projetos além do “Janelas para o Mundo”, vale conferir.
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Reutilizando materiais
Mosaico Intervenções Urbanas VIII
Fotos: enviadas pelo colunista
João Alberto J. Neto Analista de sistemas
Um Bonde para Santa Teresa O Homenageado Os Bondes de Santa Teresa são um serviço de transporte de passageiros operados pela estatal CENTRAL, que opera na cidade do Rio de Janeiro, no Brasil. Os seus veículos são o símbolo do bairro de Santa Teresa. O centro do Rio, com ruas estreitas, possibilitou a concessão de várias linhas curtas e a tração elétrica abriu uma nova possibilidade para a Companhia Ferro-Carril Carioca, já que a nova companhia conseguiu permissão para prolongar suas linhas até o Morro de Santo Antônio no centro, através do velho Aqueduto da Carioca (os Arcos da Lapa) que encontrava-se desativado, permitindo utilizá-lo para acessar o morro de Santa Teresa. A passagem dos bondes sobre os arcos fez com que a companhia utiliza-se a incomum bitola de 1.100 mm, sendo esta a largura possível entre os trilhos, dadas as limitações da antiga construção do Aqueduto da Carioca. A inauguração do novo sistema ocorreu em 1 de setembro de 1896. Os bondes seguiam subindo uma ladeira pelo Morro de Santo Antônio para alcançar os arcos, cuja travessia “arrepiou os pelos da nuca dos primeiros passageiros”. Em 2011, um turista francês morreu ao cair dos Arcos da Lapa.[2][3] Ele seguia em
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pé no estribo quando se desequilibrou ao tentar bater uma foto e ficou preso na mureta, caindo então em um vão existente entre o carro e as grades da mureta.[4] Em 27 de agosto do mesmo ano ocorreu outro acidente quando o bonde descarrilou e se chocou fortemente com um poste, matando 6 pessoas (incluindo o condutor Nelson Corrêa da Silva) e deixando mais de 50 passageiros feridos[5][6]. Este gravíssimo acidente paralisou totalmente o principal meio de transporte da região. Em julho de 2013, quase dois anos após o acidente com o bondinho, teve início a obra de substituição de toda a malha de trilhos. Em Abril de 2015, começam testes para o funcionamento dos novos bondes visando sua reinauguração parcial. No dia 27 de julho de 2015, após 4 anos parado, o sistema voltou a operar com passageiros A História. O nome da vez é Andrea Aires Imbiriba, 56 anos, técnica em turismo e mosaicista autodidata. Nascida no Rio de Janeiro e vivida na Amazônia, terra de seus pais, considera-se uma carioca de sangue amazônico. Conforme o balanço da vida houve a necessidade de idas e vindas entre suas duas realidades. Em uma dessas aprendeu que juntando azulejos quebrados poderia construir algo diferente. Com a ajuda de um aparador muito sóbrio, seus 3 filhos, um martelo e alguns azulejos conseguidos no escritório de arquitetura do seu tio, começou o seu aprendizado. A partir daí a interação foi intensa. Com muita criatividade produziu peças decorativas e utilitárias, tampos de mesa, espelhos, e também começou a receber encomendas de colegas, chegando a ser convidada pela prefeita a apresentar um projeto de educação artística para a EJA – Escola de Jovens e Adultos em escolas públicas e a dar aulas de mosaico, projeto que durou 3 anos. De dia 01 de agosto de 2011 voltou a morar no Rio, e em 27 de agosto do mesmo ano aconteceu um grave acidente com um dos bondinhos que circulavam no bairro de Santa Teresa, que provocou vítimas fatais e a interrupção total dos bondes. Depois de morar no interior do Rio, voltou para a capital e até 2016 participou de várias intervenções urbanas.
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A inspiração. Como sempre morou em cidades pequenas, o Rio estava mudado, agitado e barulhento. Lembrou-se dos tempos de infância e juventude no bairro de Santa Teresa, que parecia com as cidadezinhas onde morou posteriormente. Acordou um dia, ainda madrugada, montou sua mesa de trabalho e começou a desenhar a imagem de um bonde. Do desenho ao mosaico, do mosaico à ideia de uma intervenção urbana foi fácil com a ajuda das redes sociais. O projeto. A convocatória deu-se em 27 de julho de 2016 para alguns amigos e somente 4 meses após, por indicação de um amigo, o local propício apareceu em um muro pertencente a uma casa, propriedade de Ana Portilho e Hans Rauschmayer, que mesmo antes de ouvir o final da proposta aceitaram e incentivaram a ideia, possibilitando a data da instalação em 04 de fevereiro de 2017, sendo 100 peças de bondinhos instalados nessa data. O projeto ainda teve mais duas etapas, com 118 peças instaladas em 26 de agosto de 2017 e finalmente mais 8 peças em 1 de setembro no Espaço Cultural Carambola, cujos donos Miro Mendonça e Sérgio Sal cederam um espaço na fachada para o projeto, dia em que o bondinho completou 121 anos de existência. Ao todo foram produzidas 236 peças em mosaico, com a participação de 179 artistas e colaboradores do Brasil e do Exterior. Nacionais: Alagoas, Ceará, Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe. Internacionais: Alemanha, Argentina, Chile, Dinamarca, Holanda, Inglaterra e Irlanda. A ideia era produzir uma figura frontal de um bonde, com tamanho padronizado de uma folha A4, mas alguns artistas às vezes encontram dificuldades para produzirem no tamanho correto, mas geralmente as diferenças são poucas. A Instalação. Fachada da casa situada na Rua Paschoal Carlos Magno, 57 - total de 228 peças Ocupa uma área de 12 metros divididos em blocos e colunas. Cada bloco é composto por 25 mosaicos,
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sendo duas colunas com cinco peças cada e o bloco central com dezoito peças. Cada bloco com 25 peças mede 120,4 cm x 161,6 cm. Fachada do Espaço Cultural Canto da Carambola, situado na Rua Oriente, nº 123 - 8 peças. O projeto foi realizado em 6 etapas: 1ª Etapa: dia 27 de julho de 2016: Convocatória. 2ª Etapa: dia 04 de fevereiro de 2017: Instalação de 100 peças. 3ª Etapa: dia 10 de fevereiro de 2017: 2ª Convocatória. 4ª Etapa: dia 26 de agosto de 2017: Instalação de 118 peças. 5ª Etapa: dia 1º de setembro de 2017: Instalação de 8 peças. 6ª Etapa: dia 20 de dezembro de 2020: Instalação de 10 peças. Normalmente a mente do artista começa a trabalhar sobre um tema no momento em que esse tema se apresenta nos sentidos e se aloja no subconsciente e resta ao artista a oportunidade e a coragem de colocá-lo em prática. Quando chega o momento, não tem hora nem lugar. Ele quer nascer. Nesse mundo louco que vivemos, devemos discernir se damos vida a ele ou o matamos, mesmo sem saber. Oxala seja sempre a primeira opção. Até mais... Referências: Entrevista com a artista. https:// pt.wikipedia.org/wiki/Bonde_de_Santa_Teresa https://www.facebook.com/1493303414214395/ photos/a.1514938642050872/1896962673848465 https://www.facebook.com/events/178623885888589/?post_ id=178625789221732&view=permalink
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A vida como ela é
Propósito de vida Marisa da Camara Terapeuta Energética Radiestesista
Muito se fala sobre o propósito de vida. Muitas pessoas adorariam nele atuar, mas amadurecem, envelhecem e morrem sem sequer tê-lo descoberto. O que é, como e onde encontrar esse significado para a vida? No estágio desses questionamentos, cabe-nos uma importante pergunta: Queremos viver uma boa vida ou ter uma vida significativa? Independente de nossas crenças, sabemos que fazemos parte de algo maior, através de uma energia interligada, na qual a menor atitude de um ser afeta o todo, comprovando a importância de nossos atos. Uma vida com significado, com certeza, é o motivo pelo qual viemos ao mundo. O propósito de vida tem sido muito discutido pela psicologia, espiritualidade, física quântica, terapias holísticas e outros. Não só os seres humanos estão buscando os seus propósitos, o mundo também está de olho nas empresas, no sentido de que nenhuma organização exista sem servir um propósito maior, a despeito da obtenção de seus lucros. Uma vida com significado nos dá satisfação diária, traz brilho aos nossos olhos, nos ancora, dá sentido até aos mais árduos sacrifícios e deve estar voltado à coletividade, ainda que a um pequeno grupo. Muitos encontram o sentido de sua vida após passarem por grandes dores como o luto, doenças severas, abusos e outros. Alguns relatam ter sentido um enorme vazio durante toda sua trajetória de vida, entretanto comentam a deliciosa sensação de pertencimento ao todo e preenchimento daquele vazio, após encontrarem e atuarem em seus propósitos. Aqui cabe uma pergunta: Por quê muitos daqueles que estão ou estiveram em dor encontram seus propósitos de
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Imagem - Marisa da Câmara
a
vida? - Para mim, faz sentido que isso ocorra, porque o sofrimento nos faz parar, questionar sobre a vida, olhar para o nosso mais profundo eu. E a pergunta subsequente é: Se não me sinto vazio ou em sofrimento, como acesso esse meu propósito? Como responder as perguntas a seguir? O que faz sentido para a minha vida? O que me faz feliz e faz brilhar meus olhos? O que me motiva acordar e sentir-me pleno, diariamente? - Essas respostas estão aí, dentro de você. Basta acessá-las. Mas.... como??? Vivemos distraídos, fora do nosso eixo, desconectados de nossa essência. Estamos voltados para o externo, para o que pensam e esperam de nós, para o que o outro tem, quer e faz. Somos críticos em relação ao outro. Sabemos de tudo o que é melhor para o outro, enquanto o tempo passa e não conseguimos atentar para o propósito de nossa vida na Terra. Só acessaremos essas respostas quando estivermos em nossa essência, com atenção a cada passo nosso, a cada riso, a cada ação do dia a dia. É preciso, também, acessar nosso histórico de vida, visando encontrar a essência de nossas atitudes e de nossos prazeres. Com certeza, tem algo que faz a sua alma feliz, desde sempre. Muita gente foge da meditação. Eu fui uma dessas. Se eu pudesse imaginar que estar dentro de mim, num lugar de tanto prazer e calma, fosse tão bom, teria feito isso há muito tempo. Eu estava agitada demais para enxergar coisas verdadeiramente boas. Ocupada demais para amar a minha essência. Preocupada demais em ganhar e consumir, desenfreadamente, como fez grande parte da minha geração. Criticávamos o passado e vivíamos para o futuro. O presente me passou de relance, quase que despercebido. Estar no momento presente é estar atento a tudo, facilitando a jornada de busca de propósito. É importante que você se assista, enquanto vive; que se observe, enquanto feliz ou triste. Gere variedades prazerosas em sua vida como cursos, palestras, rodas de conversas virtuais, leituras de livros de diferentes temas, atividades manuais, artesanais, culinárias, mexer com a terra, fitoterapia, enfim se jogue no mundo das infinitas possibilidades e sinta tudo com o através do seu coração. Aquilo que lhe retrata, que anima a sua vida, que espelha você em pleno estado de amor incondicional é a sua essência. Aí, com certeza, reside o seu propósito.
Sua vida precisa de vida. Alimente-a.
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Psicologizando o cotidiano
Psicoterapia on line funciona mesmo? Fabíola Furlan
Quando essa pandemia começou, aos poucos, fomos sentindo as mudanças que deveríamos fazer para nos adaptar. Difícil encontrar alguém que não tenha feito uma ou muitas modificações em sua rotina, estilo de vida e, até nos pequenos hábitos e prazeres como: almoços, festas, encontros, quase tudo isso nos foi tirado em função do isolamento social ainda ser a melhor forma de não se contaminar com o Coronavirus. Foi então que psicólogos clínicos passaram a pensar de que forma então, poderiam dar seguimento aos atendimentos à pacientes que já estavam em psicoterapia regular e, conforme o tempo passava e a situação do contágio e vítimas subia, surgia aí uma necessidade incontestável de prestar atendimento não só aos nossos pacientes, mas também acolher e cuidar daqueles que se viam muito abalados emocionalmente e, que não podiam sair de casa para buscar atendimento psicológico. O Conselho Federal de Psicologia (CFP) publicou em 30 de março de 2020, no Diário Oficial da União uma normativa para regulamentar a prestação de serviços psicológicos por meio de Tecnologia da Informação e da Comunicação em tempos de pandemia. A Resolução CFP nº 04/2020 orienta o profissional psicólogo de todos Brasil, sobre a atuação online diante do cenário da pandemia pelo novo coronavírus. Diante da crise sanitária provocada pela Covid-19, essa nova resolução ainda suspende de forma temporária (excepcional) as indicações sobre o trabalho do psicólogo indicado na Resolução CFP nº 11/2018, que regulamente a prestação de serviços psicológicos online, flexibilizando o atendimento, evitando a descontinuidade da assistência prestada à população. Para manter seus atendimentos de forma online, o psicólogo deve fazer seu cadastro na plataforma e-Psi, junto ao Conselho Regional de Psicologia (cada profissional pertence a
magazine 60+ #21 - Março/2021 - pág.49
Foto: medicinasa.com.br/prevent-senior-robos - divulgação
Psicóloga
uma regional), para ter claro e reforçar que o cumprimento do Código de Ética deve prioridade. Os questionamentos foram muitos. Porém o mais persistente e preocupante foi descobrir o quanto, efetivamente, o atendimento psicoterápico online seria válido. Eu como psicóloga clínica desde a formação, levantei questionamentos quanto a mudança de ambiente de atendimento (setting terapêutico), questões sobre o sigilo ético e, como não poderia deixar de ser, sobre o quanto a falta do contato presencial afetaria minha forma de avaliar, conduzir o atendimento e fazer as intervenções necessárias para que meus pacientes pudessem seguir com seus processos de análise, bem como fazer avaliação e assumir novos pacientes, com quem eu jamais tivera nenhum encontro!! O começo foi de algumas dificuldades – mais especificamente sobre a qualidade das conexões de internet que sempre deixam marcas de desconfiança!!!. E em pouco tempo, percebi que sim!!! O atendimento acontecia de forma limpa e satisfatória. Aos poucos fomos nos adaptando, buscando espaços sem interrupções dentro de casa, por vezes na sacada, outras em seus carros na garagem, aos poucos o lugar da psicoterapia online foi sendo conquistado e, em razão da praticidade que ele proporciona, muitos dos meus pacientes afirmam que preferem esse método, pois eliminaram o trânsito, os atrasos, os cancelamentos. Essa nova modalidade de atendimento tem sido bem aceita pela maioria dos pacientes, desde os mais jovens – que dominam essa tecnologia, até os com mais de 60, 70 anos que avançaram em seus conhecimentos e, que afirmam ter sua hora de psicoterapia como um momento “só para eles”. Respondendo ao questionamento que dá título ao nosso texto atual: Sim!!! A psicoterapia online tem sido eficaz! Mesmo com o distanciamento e a impossibilidades dos encontros presenciais, os encontros virtuais tem sido um bom alivio às tensões. Cuidar do corpo, da alma, da vida, dos sonhos, da esperança sempre foi importante. Estamos agora buscando renovar esse cuidado e criar um fôlego para seguir, para conseguir respirar e sentir que vamos conseguir superar essa fase tão difícil. Cuidem-se bem!!! *Dedico o texto dessa edição à Andreia Prado Gualassi Furlan, minha cunhada* 1978 - 2021 Contato: Fone / WhatsApp: (11) 99478-5654 e-mail: fabiola.furlan08@gmail.com.br Fabíola Furlan é psicóloga clínica e da saúde, psico-oncologista, professora universitária, coautora de livros e palestrante. Já foi responsável serviços de psicologia em Hospitais de referência e hoje é Fundadora da Clínica de Psicologia Fabíola Furlan.
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CriativA Idade
Aromaterapia
gotas essenciais da natureza criativa para a vida!
Meditando sobre o jardim que temos dentro e fora de nós, deparei-me não apenas com as metáforas existentes no processor criativo, que nos levam às terapias que o homem dotado de sensibilidade e inteligência inventa, como também a infinita sustentabilidade do Ser. A terapia com os cheiros, aromas, ou aromaterapia, é uma delas. Refletindo um pouco nesse universo do homem, sua essência, nos aspectos que o torna humano - social, intelectual, físico, emocional e espiritual – descobriu-se a alternativa preciosa de diante do caos, poder olhar para natureza. Além do conhecimento oriundo do senso comum, das teorias e práticas passadas de geração em geração, existe a ciência que comprova o cuidado, a cura, através do que ela, a mãe natureza oferece através do jardim criado para subsistência do seres vivos . E por que será que a Natureza é chamada de mãe ? talvez por nutrir com o que ela tem? por ser provedora do alimento para o corpo desde os primeiros sinais de existência? ou por impulsionar para vida trazendo a preciosidade que pode ser esse jardim? Mesmo com espinhos, pedras e solos áridos, existe a beleza e a perfeição do jardineiro criador para os indivíduos cuidarem. Olhando para os indivíduos que moram nesse jardim, para a linguagem, os signos, e palavras, que podem ser como flores coloridas ou ervas daninhas, novamente é possível perceber que os seres não são divisíveis, mas inteiros, plenos. Então se essa é a essência humana, por por que o homem não está inteiro, pleno, no século XXI? Nessa completude, acontecem experiência através dos sentidos: paladar, tato, visão, audição e olfato... destacando aqui o Olfato, sentido inibido naqueles que um dia realizaram
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Foto: Saffu
Jane Barreto Psicopedagoga e Arteterapeuta
algum tratamento de saúde, foram adictícios ou acometidos por outras doenças graves como a covid; esse que é mil vezes mais potente para captar cheiros do que o paladar sabores. Todos têm uma soma de memórias positivas e negativas, o cheiro traz isso, remete gota a gota, preenchendo a mente com elas pelo importante sentido do olfato. Se inalado uma essência de planta, aroma de um vinho, ou uma comida da infância, por exemplo, o cheiro vai pela fossa nasal direto para o sistema límbico, onde ficam registradas todas as memórias. Ele é o armazém das emoções, recebe as ligações desses sentidos. O sistema límbico é um conjunto de estruturas localizado no cérebro de mamíferos, abaixo do córtex e responsável por todas as respostas emocionais. Área responsável pela relação entre odores e imagens com a memória de experiências envolvendo todo corpo. Na sola dos pés ou orelhas, palmas das mãos e umbigo, há terminações nervosas ligadas ao corpo. Quando se ouve a palavra café, através da audição a mensagem dirigida ao sistema límbico, que traz a memória do gosto e cheiro do café. Os óleos essenciais puros são como o sangue das plantas, estão presentes na natureza e podem ser extraídos das árvores, flores, caules, cascas, raízes e folhas; são terapêuticos e pode tratar provendo a cura. A natureza foi criada com tudo o que os seres vivos precisam, as respostas para os males do corpo e da alma estão nela, só precisam ser descobertas, transformada com a criatividade para realizar as sinergias e localizar a fonte inesgotável de vida. A essência da planta lavanda por exemplo, quando inalada provoca sentimento de tranquilidade, leveza, gentileza, equilíbrio, e bem estar combatendo o estresse...nos bebes se massageada em terminações dos pés nutre vínculo afetivo com o adulto cuidador. Alguns óleos podem ser aromáticos mas não serem terapêuticos, deixando de tratar quem faz uso. As emoções podem adoecer, os sintomas tornarem- se doenças dos órgãos, como o medo que adoece os rins, tristeza os pulmões, a raiva o fígado e o estresse, a angustia adoecem o coração. Por desenvolver uma série de atividades do corpo humano como memória e comportamento, o mau funcionamento do sistema límbico pode acarretar diversas disfunções e doenças como: Depressão, ansiedade, problemas de memória recente ou longa duração, Alzheimer, esquizofrenia, TDAH, Epilepsia motora. As dores são sinais, uma luz que acende para indicar que algo não está bem no corpo ou na alma. A dor pode não ser sua, mesmo assim é possível se afetar com ela. Se alguém não se importa com a dor do próximo, a sua dor é maior que a dele. A qualidade para a vida está presente nos aromas e perfumes da sensibilidade humana em contato com o seu jardim interior. A memória olfativa é particular, tem a ver com a experiência pessoal que foi registrada no inconsciente. O cheiro de vela pode trazer a tristeza de um velório como um dia de festa de aniversário. As memórias ruins não são boas, mas existem em nós! Aprenda a limpá-las. A vida traz diversidades, mas
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também beleza, assim como no jardim há várias espécies de plantas que podem ser belas essenciais e raras, isso é belo, justo e bom, é preciso aprender com elas. Ah, a vida humana, essa é um sopro do criador do Universo em nós, uma dádiva que recebemos de graça, por isso somos, nos movemos e existimos. Fomos feitos para termos vida plena e abundante, para cuidar do jardim e para sermos cuidados Nele, para semear a esperança, cultivar a paz e colher a continuidade da existência, por isso precisamos do que a natureza nos dá como água, luz, ar, terra.... e AMOR. Limpe a casa de dentro e a de fora, encontre- se no Seu Jardim, cultive – se nele! Foto: arquivo
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Humor
Quarentena, desemprego e auxilio emergencial este seleto grupo? - Nada como um palhaço para lidar com o circo armado – falou o Saci. Rei Momo e Colombina disseram Laerte Temple que foram esquecidos, assim como PierDoutor em Ciências Sociais rô e Arlequim. Com o carnaval suspenRelações Internacionais so, muita gente manteve as festas, mas sem a presença deles e sem pagamento de royalties. O Coelho da Páscoa manifestou-se por Libras e citou o prejuízo com o fracasso nas vendas de ovos de Ltemple@uol.com.br chocolate. Todo mundo fez em casa. Mãe A pandemia surpreendeu o munJoana disse que, apesar de não ter data do e os cidadãos, empresas e governos comemorativa, sofreu na quarentena lidaram com o problema de diferentes com as Casas fakes. O país inteiro virou formas. No setor privado, suspensão de Casa da Mãe Joana. Concorrência deslecontrato de trabalho, redução de jornada al. e salário, demissão, e-commerce, deli A discussão corria solta quando, very etc. No governo, (des)orientação, de repente, o Saci se transtornou ao ver lockdown, politização, negação, jogo de na tela do Zoom o Cabeça de Abóbora, empurra, corrupção, hidroxicloroquina, Tio Fester, representando a família Advacina e auxílio emergencial. A mídia dams e a Bruxa de Salém. O Brasil inscumpriu seu papel de (des)informar, tituiu 31 de outubro como o Dia do Saci, variando entre sensacionalista, muito mas a lei não pegou e as crianças prefesensacionalista e totalmente sensaciona- rem importar o enlatado Dia das Bruxas. lista, pois o que dá mesmo audiência é Invasão de território, protestou o Saci notícia ruim. Negócios fecharam e o deinconformado. semprego, já alto, cresceu ainda mais. Pelo Zoom, além dos bruxos, tinha É verdade que teve apoio financei- o Papai Noel e a marmota Phil, o famoro para empresas e categorias que foso meteorologista americano. Tio Fester ram proibidas de trabalhar, como shows, lembrou que o Dia da Marmota foi cecinema, eventos, bordéis etc., porém, lebrado em 2 de fevereiro, em Punxsucom o cancelamento das festas públicas tawney, Pensilvânia, mas Phil disse que e feriados, os entes místicos, os celesfoi on line, sem público, com prejuízo fitiais e também da cultura popular foram nanceiro e para sua imagem. Papai Noel abandonados à própria sorte (ou azar). também reportou prejuízos com a falta Arlequim foi nomeado interlocutor do de trabalho e de dinheiro para comprar grupo para negociar ajuda do governo ração balanceada para as renas. O único e convocou reunião semipresencial na satisfeito com a suspensão das festas Casa da Mãe Joana. era o Peru de Natal, por razões óbvias. - Bem-vindos. Agradeço à Mãe A reunião caminhava para o imJoana por ceder a casa e sua conta no passe quando surgiu na tela uma nuvem Zoom para a reunião. Pergunto: por que branca, o som de canto gregoriano e um escolheram meu nome para representar ser alado flutuando no ar.
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- Quem é você? – perguntou Arlequim. - Sou PenaFiel, anjo assessor de imprensa celestial e protetor dos seres folclóricos. - Você pode nos ajudar? - Talvez, mas devo dizer que alguns entes celestiais também sofreram prejuízos na quarentena. Os festejos juninos foram cancelados e Antônio, João e Pedro, meus parças, estão inconsoláveis. Como vocês pronunciaram diversas vezes o nome do Supremo, precedido da expressão “pelo amor de”, nosso CEO Pedro pediu-me que os procurasse. O que desejam? - C-E-O! – exclamou Colombina com surpresa. - Sim, estamos nos reestruturando, com ajuda do irmão Anjo Caído, que cedeu consultores especializados em gestão de processos. - O Capeta ajudando o celestial? Não acredito! - É que aqui em cima não tem nenhum consultor. Estão todos nas profundezas, se é que me entendem. - Seu Santo, dá prá pressionar o governo para liberar nossas festas e um auxiliozinho emergencial? - Sou anjo, por favor. Posso colocar na pauta da próxima reunião do Conselho, mas não é tão simples. A CCJ precisa aprovar o parecer. - C-C-J? Lá tem isso também? – perguntou Pierrô. - Comissão Celestial de Justiça. Se autorizarem, a matéria entra na pauta e é levada para votação em plenário. Se for aprovada, o CEO Pedro despacha com o Supremo, que sanciona ou veta. Arte - Edição
- Quanto tempo demora? – perguntou Rei Momo. - Do início ao fim do processo, calculo uns seis meses. - Seis meses? – espantou-se o Saci. É muito tempo. - Talvez mais, talvez menos, difícil precisar. Não contamos o tempo na eternidade. Parece que o caso de vocês é igual ao das galinhas. O anjo PenaFiel explicou que, certo dia, as galinhas pediram audiência ao CEO Pedro para queixar que as aves têm apenas a cloaca, a única ligação com os sistemas renal, reprodutivo e gastrintestinal. Fazem as necessidades, recebem o galo e botam ovos diariamente por um só buraco. É muito sacrifício! O CEO Pedro perguntou o que queriam e elas responderam: queremos ter dois orifícios, como a maioria das fêmeas superiores. O CEO explicou que alterar um projeto animal é muito complexo, detalhou o processo e estimou um prazo médio de seis meses para a resposta. Acho que é o mesmo caso de vocês. - Não sei se aguentamos esperar tanto tempo – disse Arlequim. - Lamento, mas não tenho como reduzir o prazo de seis meses. - E enquanto isso? – arguiu o Saci. - Enquanto isso, façam como as galinhas: continuem tomando no... O tempo de Zoom terminou e a reunião foi encerrada, sem deliberações
magazine 60+ #21 - Março/2021 - pág.55
Só uma mensagem
São as águas de março fechando o verão... Cida Barica
São as Águas de Março fechando o verão, é promessa de vida em teu coração! Procurando o que escrever, veio a minha cabeça essa linda música que nos remete à passagem de um processo natural de limpeza, a água caindo, carregando o pau, a pedra, o toco seguindo o caminho. A gente ouve, vê e aguarda o seu término, para dar um novo começo. No momento da criação dessa música, Tom Jobim vivia um período com vários dramas pessoais. Estava depressivo, o trabalho no novo álbum musical o deixava estressado. Tinha um temor de que não teria mais ouvintes para suas músicas (imaginem!). Vivia sob pressão do aparelho repressivo do Estado. Na época, teve um diagnóstico de saúde, que ameaçava seus dias de vida. Encontrava-se no meio de uma casa em obras, em seu sítio, e as águas de março foram a trilha sonora desse drama todo, além de ser também o fator paralisador das obras de sua casa. Escrita em papel de embrulhar pão, sem a menor pretensão de que se tornaria uma obra prima. Mas algo lá no fundo prometia vida. Vivemos um mês de março, bem dra-
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mático, não se trata de dramas individuais, mas de todos nós. Todos temos que aguardar em casa, seguir as máximas: “se chover abra o guarda-chuva”, “se abrigue em local seguro e espere passar”. Vivemos um mês de pico, não de águas, mas de pandemia por covid, e o momento requer de nós calma, paciência, compaixão, fraternidade e muito trabalho. A água é um elemento que nos ensina sobre adaptação às condições adversas. Da nascente segue seu fluxo e se encontrar no meio do rio uma rocha enorme ela simplesmente contorna, sem espernear; se encontrar uma ribanceira se jogará e transbordará energia nessa queda. Seguirá em frente em qualquer terreno até chegar ao oceano. Evaporará no calor, se transformará em nuvens que serão levadas pelos ventos às terras mais distantes, levando vida em forma de chuva. Se tornará sólida como gelo e realizará em milhares e milhares de anos o grande espetáculo das geleiras e realizará a maravilhosa função de equilíbrio climático. Segue assim, mudando, sem perder suas características, sua essência é preservada, sempre será água. A pandemia mostra que todos nós somos prioridades, não só para evitar colapsos no sistema de saúde, mas somos prioridade na vida de alguém. E como humanidade já percebemos que todos importam. Se alguém não estiver bem, esquece que não iremos partilhar esse belo mundo com verdadeiros encontros. O que desejamos é fluir, transbordar, levar alegria e vida a outro SER Humano, essa é nossa essência, Ser Feliz! No mês de março também se comemora o dia Mundial da Água, para despertar sobre nossas atitudes no uso da água, evitar desperdícios, agir de forma consciente a fim de não poluir, apoiar os cuidados e preservação do meio ambiente. Respeitar os seres que nela habitam.
‘Causos’ do Nordeste
Achar algo perdido Recorra a um dos tres Santos: São Dino, São Longuinho, São Vitor Tony de Sousa Cineasta
Sou natural do Rio Grande do Norte, mas confesso que só vim tomar conhecimento desses santos em São Paulo. O mestre Câmara Cascudo afirma que na região onde eu nasci, oeste potiguar, era muito comum se fazer promessa para São Dino ou para São Longuinho quando se perdia uma coisa. E a maneira de pagar a promessa era, gritar três vezes: Achei São Dino! Ou Achei, São Longuinho! No caso da promessa ter sido feita para São Dino, antes de falar três vezes Achei, São Dino! Deve -se dizer: São Dino é o santo mais milagroso da corte celes-
magazine 60+ #21 - Março/2021 - pág.57
te! E a história dos três pulinhos? A verdade é que a versão que eu conheço da promessa a São Longuinho, não tem que gritar três vezes. Tem é que dar três pulinhos. E isso é combinado na hora que se faz a promessa: São Longuinho, São Longuinho, se eu achar “tal coisa” dou três pulinhos. Já São Vitor eu não conhecia como santo milagreiro de coisas perdidas. Nem conhecia a sua história, que é muito interessante, assim como são todas as histórias dos santos. Seu apelido era “O Mouro” pelo fato de ter nascido na Mauritânia. Apesar de ter nascido no Norte da África, seus pais eram cristãos e lhe transmitiram uma sólida fé no cristianismo. Depois de adulto ingressou nas legiões romanas. Progrediu na carreira militar e chegou a comandar um destacamento de cem soldados. Como centurião foi transferido pelo imperador Maximiano para Milão, de onde deveria seguir como combatente para a antiga Gália, hoje França. Acontece que o imperador exigia que os soldados oferecessem sacrifícios aos deuses romanos antes de partirem para as batalhas. Quem se recusasse era condenado a morte. Baseado na sua forte convicção no cristianismo, Vitor se recusou. Foi preso, levado a um tribunal e então começou seus martírios. Por ordem do imperador foi duramente torturado, mas manteve-se firme em sua fé. Conseguiu fugir da prisão, mas o encontraram e foi decapitado. Conta-se que o corpo de São Vitor ficou sem sepultura por uma semana, até ser encontrado por um bispo, São Materno, que achou incrível o fato do corpo está sendo guardado por dois animais ferozes que se afastaram e foram embora assim que ele chegou. No local onde o corpo de São Vitor foi encontrado intacto construiu-se uma igreja com seu nome. De acordo com as pesquisas de Câmara Cascudo, São Longuinho, assim como São Vitor, foi martirizado e os nomes deles estão registrados no Martyrologium romanum. Já São Dino, não se encontra dados biográficos sobre ele, mas povo diz que funciona. Comigo, sempre que peço, São Longuinho me ajuda. E eu cumpro a promessa dando três pulinhos.
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Antropologia
A cultura paracas Osvaldo B. de Moraes Historiador
Enumeras cultura pré-colombianas ainda são motivos para pesquisas e assim como outras, como as Orientais enfrentam disputas entre diferentes conotações cientificas. O Peru é uma região desafiadora para essas pesquisas. Entre outras sociedades que desafiam a antropologia encontramos a cultura Paracas. A cultura Paracas é proveniente de uma civilização pré-inca, surgida presumidamente entre 700 a.C e 200 d.C. Desde Machu Picchu até as linhas de Nazca, o Peru é um vasto campo de investigações sobre mistérios e Paracas localizada numa península no deserto de Pisco, costa sul do Peru também apresenta seus mistérios. Júlio Tello, arqueólogo peruano descobriu em 1928 uma necrópole de mais de 300 criaturas, todas com crânios estranhamento alongados. Essas pesquisas arqueológicas encontraram múmias masculinas e femininas de diferentes idades e colocadas em posição fecal envoltos por tecidos de cores vivas e decoradas com figuras de animais, peixes, cobras e desenhos geométricos. Também foram encontradas peças de cerâmica, armas e os tecidos usados pelos Paracas em seus rituais funerários, isso porque um dos aspectos culturais mais marcantes desse povo era o culto aos mortos, cujos corpos eram envolvidos em diversos tipos de tecidos como forma de elevar a alma. O mistério dos crânios alongados intrigou os meios científicos e cresceu após os primeiros exames de DNA feitos nos crânios que revelaram, a princípio, que não pertenciam a seres humanos, já que não havia relação com nenhuma raça conhecida. Todo material recolhido (ossos do crânio, dentes e pele foram enviadas amostras ao geneticista Brien Foerster que declarou que o DNA não se relacionava com qualquer ser humano, primata ou ani-
magazine 60+ #21 - Março/2021 - pág.59
Foto: revistahoteis.com.br - divulgação
Foto: culturaparacas.website
mal conhecido e o sequenciamento da análise de alguns fragmentos indicam a não compatibilidade com criatura humana, distante, portanto, do homo sapiens ou neandertal. Tal afirmação geraram opiniões diversas, sendo até aventada a ideia que se trata de restos de seres alienígenas. Todavia, essa presunção não encontra afirmação consistente, já que essa deformação craniana é encontrada em vários povos antigos como Iraque, Síria, Peru e Bolívia. Esse procedimento se vincula na crença que o indivíduo adquiria mais estado espiritual, inteligência, beleza e demonstraria melhor status social. A técnica usada pela maioria desses povos consiste em amarrar a parte posterior e anterior do crânio com uma corda ou fixas de couro em crianças entre 6 meses e 3 anos de idade Como já mencionado essa técnica de produzir crânio alongados não constituem fenômeno particular da cultura de Paracas. Entretanto, eles possuem características diferenciadas dos demais: são os maiores crânios alongados encontrados, contém um DNA misterioso e desconhecido, como também possuem estrutura diferenciada com mutação genética desconhecida, que podem estar relacionados a outra mutação como a cor dos cabelos entre louros e ruivos. Outro aspecto particular da cultura Paracas são os tecidos que envolviam os corpos ao misturarem algodão com pelos de animais, como lhama e vicunha, além dos trabalhos meticulosos de estamparia. Há muitas incógnitas envolvendo a cultura desse povo. Há suposições que os ritos envolventes do sepultamento pudessem servir como sinal de distinção de grupos sociais ou de nobreza já que algumas múmias com crânios mais alongados eram merecedoras de sepultamento mais complexo. Os desenhos dos tecidos levam a hipótese mística que eles levavam o falecido ao mundo espiritual, além de serem considerados símbolos de status e riqueza. Dessa maneira as múmias de líderes eram envoltas em camadas das melhores tapeçarias, junto a joias, armas e objetos religiosos. A análise dessa e outras sociedades ancestrais, sempre nos leva a reflexão que outras civilizações tiverem culturas diferenciadas e merecem respeito no seu contexto social.
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informe publicitário
O Cidadão e Repórter é um movimento social que desenvolve e transmite informações relacionadas a cidadania levando aos leitores e seguidores, a visão de repórteres 60+, baseada na nossa vivência e experiência e na divulgação e defesa dos princípios da democracia e da livre expressão.
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Mensagens para leitura e meditação
Não deixemos de sonhar Sonhar, sonhar. Como é bom e gratificante sonhar! Sonhar não tem limites, viajamos, comemos, bebemos, estudamos, dançamos, cantamos, trabalhamos, construímos, enriquecemos. Podemos amar, fazer caridade e perdoar. Assim como com tendências maldosas podemos sonhar cometendo crimes, vícios e aprontando coisas altamente maléficas, que acordados não faríamos. Os sonhos mais comuns são a conclusão dos estudos ou de cursos temporários que fazemos, pois, estudar deve ser uma constante em nossas vidas, obtenção da moradia própria e se possível com a gostosa piscina, principalmente, se mora em lugar de temperatura alta. Também fazem parte de lista de sonhos comuns, corriqueiros o casamento bem sucedido com a consequente constituição de linda e harmoniosa família, o sucesso na vida profissional que contribuirá para o bem estar na vida, as viagens e passeios e uma velhice mais tranquila com repouso e alegria, gozando da aposentadoria, que tornará mais difícil e prolongada com as medidas que são sendo tomadas com as reformas e, como bom brasileiro ganhar um prêmio substancial na mega sena, quina, loteria federal, lotofácil, timemania e outros jogos que deixam as pessoas se sentirem ricas, na expectativa entre a aposta e o sorteio de um grande prêmio como por exemplo a mega da virada. O sonho é individual, segundo alguns estudos, origina da mente, das expectativas da vida de quem sonha. Podendo ser para quem acredita na vida espiritual, a ação sobre nós dos espíri-
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Foto montagem - Edição
Lenildo Solano Professor
tos amigos e familiares, dando-nos uma orientação, um alerta ou mesmo um conselho. Olhando do lado pessoal, quando eu tenho durante o sono algum sonho na manhã logo lembro de uma querida tia de nome Teodora, mulher sem estudo, mas de grande sabedoria e um coração enorme na prática da caridade. Ela sempre dizia, quando sonhamos devemos interpretar, procurando verificar a mensagem do sonho e não em jogos, primeiramente; porque Deus avisa os homens enquanto dormem. Então, este dito, conservo até hoje após os sonhos e peço que Deus a ilumine ainda mais no plano espiritual! Não deixemos de sonhar, mesmo acordados, pois o sonho é estimulante da vida, juntamente com a fé renovam as nossas esperanças e sem fé e esperança não conseguiremos amar; a vida perde todo o seu sentido, seu valor. No momento, o sonho que queremos ver realizado é todos vacinados e o Covid-19 com suas variantes controlados e exterminados do planeta. Vejamos o poema: DECISÃO RADICAL Você vem me consumindo por dentro me machucando não tendo nenhuma piedade de quem te amava de verdade Mas tudo tem um preço e um final determinado vai sentir a minha falta ao estarmos separados Vou tomar com divina ajuda o que já devia ter feito uma decisão bem radical expulsá-la de vez do meu peito Você é demais egoísta e aqui vai o recado como dizia a vovó antes só que mal acompanhado Tentei, tentei muito sempre malsucedido vou tirá-la da minha vida antes que morra no prejuízo.
VAMOS APRENDER DESENHO? CURSO ON LINE VIA ZOOM SAIA DA MESMICE DESSA PANDEMIA VAMOS VER NO CURSO BÁSICO COMPOSIÇÃO, LUZ E SOMBRA, ANATOMIA E PERSPECTIVA MATERIAL: 1 BLOCO DE PAPEL LAY OUT A4, 1 BLOCO DE PAPEL CANSON A4, 1 LÁPIS 6B E 1 HB - UMA RÉGUA DE 30 CM.e BORRACHA
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Mensagens
Felicidade Luiz Arnaldo Moncau
Sou Feliz, Procuro a Felicidade. Se já és Feliz, Por que procuras a Felicidade? A Felicidade é sempre amanhã, Eu apenas vivo o agora.
Mas se a encontrares agora O que será do amanhã? Se a encontrar agora, Já não serei Feliz.
Então você a procura, Mas tem medo de encontrá-la? Não. Eu sou Feliz Porque insisto em procurá-la.
Mas se não a encontras, Deixarás de ser feliz? Não, se a encontrar é que Eu deixarei de ser feliz. Então és feliz, Mas não és Felicidade?
Sou Feliz porque a procuro. Mas não procuro o encontro. Arte: M.Conti
Não entendo. Onde você quer chegar?
Quero ir, não quero chegar. Ser Feliz é saber caminhar.
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Desde 1993
Diagramação, Reportagem, Fotografia, Desenho, Entrevistas, Propagandas, Folders, Folhetos, Identificação Visual, Montagem de livros e Revistas
(11) 9.8890-6403 contihq@hotmail.com
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Em todas as telas
Vozes unidas contra o preconceito etário Katia Brito Produtora de conteúdo sobre envelhecimento e longevidade
Não só a mídia, mas todos os segmentos vivem o desafio de combater o preconceito etário, também chamado de idadismo ou ageísmo. Junte sua voz a esta causa. Recentemente a novela “Vida da Gente” (2011/2012) voltou ao ar no horário das seis da Rede Globo em uma edição especial, trazendo de volta entre tantos talentos, Nicette Bruno, que faleceu em dezembro do ano passado aos 87 anos vítima da covid-19. Na novela, Nicette é Iná, avó das protagonistas Ana (Fernanda Vasconcellos) e Manuela (Marjorie Estiano), uma mulher idosa que vive plenamente cada instante ao lado do namorado Laudelino, vivido por Stênio Garcia. Um dos vídeos que circulou depois da morte da atriz foi um brinde ao tempo feito no último capítulo da trama. Como ela diz, “quem teve o privilégio de viver muito, sabe que o tempo é um mestre muito caprichoso”. É ele, o tempo, seguindo o texto do brinde, que permanece do mesmo modo, sempre passando, que nos ensina a olhar com serenidade o turbilhão da vida. Nicette diz ainda do orgulho das marcas do tempo esculpidas em seu rosto e na sua alma. E envelhecer é isso, um processo natural da vida, um privilégio. Só há uma opção contrária a longevidade: morrer cedo. Porém, nem tudo é divulgado é para festejar a longevidade, o envelhecer, como no personagem da saudosa atriz ou ainda com as grandes vozes 60+ que emocionam e inspiram no programa The Voice+, da mesma emissora. Há quem ache que a vida idosa vale menos. Idadismo O que dizer da deputada estadual Janaína
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Fo
Marjorie Estiano, e Fernanda Va Foto: Câmara
Deputada Janaína P
oto: Rede Globo - divulgação
Necette Bruno asconcellos dos Deputados - divulgação
Paschoal (PSL - SP)
Paschoal que usou sua conta no Twitter para dizer: “Eu me preocupo com todas as vidas! Mas as vidas daqueles que viveram menos me preocupam mais”. E continuou: “Aliás, penso que já estejamos no momento de estabelecer claramente regras para priorizar o uso dos recursos disponíveis: leitos, respiradores etc. É pesado, mas é necessário!”. A fala da deputada carregada de preconceito contra a pessoa idosa, em um momento em que o país chega a mais de 300 mil mortos pela covid-19, a maior parte idosos, foi repudiada por movimentos e entidades, como a Associação Brasileira de Gerontologia (ABG), Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), o Centro Internacional de Longevidade Brasil (ILC, sigla em inglês), e o Movimento Vidas Idosas Importam. A trágica situação atual do país em razão da pandemia não pede o favorecimento de determinada faixa etária, mas sim a união para que todos que precisem tenham acesso ao que for necessário, sejam leitos, respiradores, medicamentos. Sem prioridades pré-estabelecidas, sem restrições. Que as vozes dos mais variados segmentos se unam a favor de todos, a favor da saúde de qualidade, a favor do Sistema Único de Saúde (SUS), que apesar dos desafios tem sido fundamental no enfrentamento da pandemia. Que sejamos a favor da vacina para todos. O momento é de união pelo país, pela saúde de todos. Fotos: Janaína Paschoal - José Antonio Teixeira/ Alesp Stênio Garcia e Nicette Bruno - Globo/Divulgação Nicette Bruno com as protagonistas da novela Fernanda Vasconcellos e Marjorie Estiano – Imagem: Renato Rocha Miranda/Globo/Reprodução (As fotos da Nicette estão pequenas não sei se dá para usar)
Nota do Editor - No dia 27/3, Janaína Paschoal (PSL - SP), a Deputada mais votada da história propõe, de forma indireta, que mais jovens tenham prioridade na utilização dos leitos de UTI para COVID-19. Ela disse “As vidas daqueles que viveram menos me preocupam mais”.
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Receitas Fáceis
DICAS DE EBE FABRA NA COZINHA Ebe Fabra Chef de Gastronomia
Estamos nos aproximando de uma das datas mais queridas e especiais do ano. A Páscoa está chegando, e com ela, todo o encantamento de seu simbolismo e a magia de seus rituais, que ficarão para sempre entre as nossas melhores memórias da infância. Para quem tem filhos, este é o momento de reviver com eles a deliciosa brincadeira da caça aos ovinhos de Páscoa, presentes do coelhinho. Seguir as pistas deixada por suas patinhas brancas pela casa e procurar cada ovo escondido por ele é a mais pura alegria e diversão, para os pequenos e seus papais. Usávamos farinha de trigo para fazermos as pegadas. Vamos continuar a fazer a alegria dos pequenos, a arte de brincar com seus filhos.Eles nunca esquecerão. Feliz Páscoa! Como estamos falando em chocolate, nada melhor de começarmos hoje pela sobremesa. SOBREMESA GELADA DE CHOCOLATE COM MASCARPONE Rendimento: 6 porções Tempo de Preparo: 30 minutos + 2 horas na geladeira INGREDIENTES *350 g de chocolate amargo em pedaços pequenos *150 ml de leite, *150 ml de creme de leite fresco *1/2 colher (sopa) de mel,*90 g de manteiga *375 g de mascarpone, 75 g de açúcar de confeiteiro *1/2 colher (chá) de extrato de baunilha *Nibs de cacau pra decorar MODO DE PREPARO
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Coloque o chocolate em um bowl. Aqueça o leite e o mel. Quando ferver, desligue e reserve. Acrescente essa mistura ao bowl onde está o chocolate, e mexa até que derreta por completo e fique um creme liso. Junte a manteiga e misture novamente até derreter. Em outro recipiente, com a ajuda de um batedor de arame (fouet), misture o mascarpone, o açúcar e o extrato de baunilha. Usando colheres separadas, coloque um pouco do creme de mascarpone no potinho em que vai servir, intercalando com o creme de chocolate. Cubra os potinhos com filme plástico e leve à geladeira por no mínimo duas horas antes de servir. Decore com os nibs de cacau. RISOTO DE ASPARGOS Tempo de Preparo: 1 hora Fotos: Ebe Fabra
Rendimento: de 6 a 8 porções INGREDIENTES 2 xíc. de arroz pra risoto (Arbóreo) ou 400g 400 g de aspargos frescos, 1/2 cebola ralada 1,5 lt de caldo de legumes caseiro 2 colheres (sopa) de azeite 3 colheres (sopa) de manteiga 1 xíc. de vinho branco seco 3/4 xíc. de parmesāo ralado sal e pimenta-do-reino branca moída na hora a gosto PREPARO 1- Manter o caldo de legumes sempre quente em fogo baixo. (Use os legumes que tem em casa: cenoura,abobrinha, batata, etc.) 2- Rale a cebola. Lave e seque os aspargos. Corte as pontas. Reserve. Descarte a parte mais dura do talo e corte o restante em rodelas. 3- Leve uma panela grande ao fogo médio para aquecer. Regue com o azeite, adicione a cebola ralada, tempere com uma pitada de sal e refogue até ficar transparente. Acrescente as rodelas de aspargos e refogue por cerca de dois minutos. Junte o arroz e refogue por mais dois minutos para envolver bem os grãos com o azeite. Tempere com sal e a pimenta. 4- Regue com o vinho branco e misture bem até secar. Adicione duas conchas do caldo de legumes e misture bem. Deixe cozinhar, mexendo sempre até quase secar. Repita o procedimento, adicionando o caldo de concha em concha, mexendo bem a cada adição . 5- Depois de 10 minutos, junte as pontas de aspargos e continue acrescentando o caldo, por mais 7 a 8 minutos, até o risoto ficar no ponto, o grão deve estar cozido mas ainda durinho no centro (al dente). 6- Atenção: na última adição de caldo, mexa e desligue o fogo. Não deixe secar completamente, o risoto deve ficar bem úmido. Acescente a manteiga, o parmesão, e misture bem. Sirva a seguir. FILÉ MIGNON COM CREME DE GORGONZOLA
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Tempo de Preparo: 40 minutos Rendimento: 6 porções INGREDIENTES 1 kg de FIlé mignon cortados em medalhão sal e pimenta-do-reino a gosto 2 colheres de (sopa) de manteiga 300 g de queijo gorgonzola, 1 cx de creme de leite PREPARO Tempere os medalhōes com o sal e a pimenta. Pegue uma frigideira grande, coloque as duas colheres de manteiga e aqueça bem, vá colocando os medalhões e deixe dourar bem de um lado, vire do outro lado deixando-os bem dourados dos dois lados, e coloque-os num refratário. Use a mesma panela...coloque o gorgonzola em pedaços e o creme de leite, deixe ficar bem homogêneo, mexendo sempre. Coloque por cima dos medalhōes e bora comer!!!!!
Nosso cafézinho
Receitas e dicas com café Cida Castilho Barista
Base Creme Coffee: 1 sache de café solúvel de 50g 100 g de açúcar 200ml de água quente Modo preparo Colocar todos os ingredientes na batedeira e bater por 10 minutos até
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formar um creme claro, consistente e que dobre de volume. Pode manter na geladeira por 1 semana ou congelar por 3 meses. Dica: Congele em potinhos. Dica de como usar o creme de coffee Cappuccino cremoso – colocar 1 colher de (sopa) do creme de café em uma xícara de chá e adicionar leite quente, mexer e degustar. Dica1: Também podemos fazer como a foto ao lado, colocar o leite na xícara e o creme de café no final e se preferir pode povilhar canela . Dica2: Pode ser feito também com chocolate quente. Dica3 vamos ao preparo de café coado com ritual. Nos tempos da vovó, lembro bastante que elas usavam chaleiras para esquentar água para fazer o café. Chaleira Os Baristas estão utilizando chaleira para fazer café coado, só que com o bico mais fino, como a imagem ao lado. Chaleira bico fino As chaleiras são parecidas, e esta é um pouco diferente das outras, ela tem o bico mais fino para termos mais tempo de realizar o processo e coar o nosso café. O bico fino nos fará realizar um ritual no preparo como segue: 1- Pegar o filtro de papel, ou de pano 2- Após preparar o filtro de sua preferência coloque a medida que esta habituada de pó de café no filtro escolhido, ou para 500ml de água filtrada colocar 3 colheres de sopa do pó de café. 3- Coloque a chaleira com água filtrada para aquecer, quando iniciar a fervura, desligue e começe por umedeçer o pó e parar por 15 segundos, para que a água e o pó se concentrem, em seguida em movimentos circulares vai deixando a água cair, você vai perceber que formara um creme por cima da borra do café. 4- Agora é só saborear seu café, com açúcar ou sem açúcar o importante é apreciar uma boa bebida e bem preparada, deguste do seu jeito!
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A História da Arte
Academia Contemporânea de Letras Manoel Carlos Conti Artista Plástico Jornalista
Marly de Souza Carrasco Almeida Presidente da ACL
Esses dias fiquei sabendo que meu amigo e nosso colunista Tony de Sousa faz parte da Academia Contemporânea de Letras - ACL. Descobri isso vendo um vídeo postado no Youtube e então, achei importante demais fugir por uma edição dos meus artigos sobre História da Arte e falar um pouco dessa Academia e de nosso companheiro. Conversei com a Sra. Marly de Souza Carrasco Almeida - Presidente da ACL e ela me passou um pequeno histórico desse grupo de escritores. A ACL surgiu a partir da necessidade de levar às pessoas um pouco de poesia, que encontramos dentro de poemas, das histórias chamadas de contos, dos causos, das reflexões contidas nas crônicas, uma vez que estamos vivendo momentos difíceis, com tanta violência na nossa sociedade nos tempos atuais. Sendo assim, eu, Marly de Souza Carrasco Almeida, e um grupo de amigos escritores nos reunimos, em 2 de setembro de 2018, apresentei-lhes o projeto, cuja aceitação foi unânime e, ao mesmo momento, começamos a pensar juntos nos próximos passos: elaboração do estatuto e regimento e uma data para a eleição das diretorias. Também definimos nossa missão e propósitos, respectivamente: “Cultuar e divulgar o vernáculo da Língua Portuguesa e a Literatura em todos os níveis, nacional e internacional, promovendo a união, o reconhecimento e a divulgação dos poetas e escritores” “Apoiar toda a iniciativa que se identifique com seus fins de manter a autonomia em relação a qualquer outra entidade, órgão público ou particular; respeitar as convicções políticas, esportivas, partidárias e o sectarismo religioso; agir de forma
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não preconceituosa, jamais discriminando pessoas, raça ou credo” Muitas dificuldades enfrentamos, mas não desistimos. Toda luta está acompanhada com o sabor da vitória. A oficialização da Academia Contemporânea de Letras deu-se no dia 23 de março de 2019, com a posse dos acadêmicos. Em 25 de maio de 2019, do mesmo ano, novos membros tomaram posse. Em tão pouco tempo alcançamos uma dimensão inesperada e muitas portas se abriram. Realizamos debates, entrevistas, saraus, dois concursos literários, palestras, oficinas de escrita e uma antologia dos acadêmicos, que foi lançada na Bienal Internacional do Rio de Janeiro. Em 2020, em plena pandemia, continuamos com as nossas atividades, porém, virtualmente, entrevistas, saraus, 1º Concurso Literário Virtual Mirim (até 18 anos), palestras, oficinas de escrita, por meio de um grupo chamado LUPA criado no Facebook, para exercitarmos a escrita, explanação dos patronos e patronesses escolhidos (as) pelos acadêmicos e acadêmicas por plataformas, e uma antologia dos acadêmicos, que não foi lançada, em respeito aos protocolos de distanciamento social. Nosso propósito é de realizarmos muito mais em prol da cultura e da literatura. Conheço Antonio de Sousa há muitos anos e vejo bem de perto não só sua inteligência e sua forma “gostosa” de escrever que é exatamente como ele conversa. Meio tímido, no vídeo de apresentação de Tony à Academia ele diz: “sou membro da cadeira 25 e tomei posse no dia 25 de maio de 2019. Meu Patrono é Antonio Torres, um escritor muito conhecido e premiado que atualmente é da Academia de Letras e meu contato com a obra dele se deu há muitos anos quando eu era mais jovem e li seu livro ‘Essa Terra’ o qual me impressionou muito a sua forma de escrever na qual eu tento me basear até hoje. O principal tema dele e que me liga muito a sua escrita é o tema dos nordestinos que veem para a cidade grande como São Paulo onde achamos que a vida é mais tranquila quanto a tecnologia, moradia e financeira e isso na verdade não é a realidade. Todos temos de lutar muito pois nossa identidade não é considerada a local e acabamos perdendo aquela que trouxermos do norte e nordeste.” Tony já escreveu muitos livros e para aqueles que gostam de sua forma de escrita, esses livros podem ser encomendados na Livraria Cultura ou mesmo no email do autor tonydesousa@uol.com.br. Além de escrever Tony é cineasta e esteve nessa empreitada desde que chegou a SP. Sinceramente acho que é uma leitura obrigatória principalmente para que gosta de ‘causos’ e de histórias reais.
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Vida Saudável
Veganismo Cida Tammaro Adm. de Empresas
- Veganismo é uma religião? - Não. Veganismo, é um estilo de vida em respeito aos animais. Todas as pessoas, independente de credo, idade, classe social, podem a qualquer momento da vida, tornarem-se veganos. - Veganismo é política? - Em nenhum país do mundo, seja capitalista, socialista ou comunista, os animais se deram bem. Em todos os lugares, os animais são explorados além da morte, e do sofrimento inominável. Sempre que houver a oportunidade de apoiar um candidato que de fato, realize pelos animais, faça-o. Tendo em mente, que nenhum sistema político é melhor ou menos pior para os animais. - Devo amar os animais para ser vegano? - Amar nunca é demais mas, a base do veganismo, é respeito. Respeito à vida. - Devo divulgar o veganismo para as pessoas? - Sim, divulgue essa ideia com discrição, nem sempre pessoas estão abertas a novidades, ou simplesmente não querem ouvir. Respeite, sinta a receptividade, fale com quem queira ouvir, quem esteja aberto à informação. - É muito caro ser vegan? - A partir do momento que todos os produtos animais são excluídos da dieta, se torna mais barato ser vegan. Suas receitas serão livres de carne, ovos, queijos e leites. Você economiza,
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não consome colesterol e descobre incríveis maneiras de incrementar suas receitas, caprichando muito no paladar e saúde. O ideal é passar a se alimentar melhor com frutas, verduras, legumes, cereais, grãos, oleaginosas, e tudo isso, não é caro, principalmente avaliando os benefícios à saúde . E mais, tudo isso, não pesa na consciência, pois mente sã, corpo sadio. À princípio, sempre consulte um nutricionista que tenha pratica, com alimentação vegana.
Foto: veganismo.org.br
- Fiquei doente, devo tomar remédios que são testados em animais? - A finalidade do veganismo, é evitar o tanto quanto possível, a exploração animal e, não fazerem as pessoas se sentirem mal. Use o bom senso, se a opção é tomar antibióticos testados em animais, você não deve sentir-se mal. Colocar sua saúde em risco, não vai ajudar aos animais. Cuide-se, mantenha-se saudável para então fazer a diferença no mundo. - O que aconteceria com os animais, se muita gente se tornasse vegan? - Os animais iriam deixando de sofrer. Quanto menos pessoas consumirem animais, menos eles serão artificialmente reproduzidos pois, quanto menor a procura, menor a oferta . A indústria da carne, faz com que os animais reproduzam-se de modo anormal. Não é motivo de preocupação, não haveria animais sobrando no planeta. Claro que o veganismo não será uma realidade de uma década para outra mas, a conscientização, será gradual. Vamos fazendo aos poucos, e dentro dos nossos limites, a transição. Que tal começarmos com a segunda feira sem carne, e assim por diante? Sugestão de filme COWSPIRACY - O segredo da sustentabilidade (Netflix) Fonte de pesquisa: Associação brasileira de veganismo @bichopriguiça Netflix
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Aguardem mais informações na próxima edição
ESPETÁCULO MUSICAL: “MISS BRASIL 60+ PODE”
Informe Publicitário
Realização do Projeto: UPTV de São Bernardo do Campo. Texto e Direção Beneh Mendes (Estreia outubro de 21)
Beneh Mendes: Mestre das Terapias do Bambu Sagrado (Arte do Não Sofrer). Terapeuta como Acupunturista, Medicina Complementar e Coach de Saúde e Bem-estar/USP. - Profissional de Teatro desde 1970 com 54 produções como: Produtor/ diretor / Ator e Autor. Espetáculos como: Dzi Croquettes / Secos e Molhados / Pano de Boca / Filhos de Kennedy / Ópera do Malandro / Édipo Rei / Drummond – A Poesia de uma Vida / e outros. - Atualmente: Dirigindo o espetáculo “Das Mãos do Imperador”, com estreia para maio.
Falante e Fofóca DIA DESSES NO POSTO DE SAÚDE
OBA, SOMOS OS PRÓXIMOS...
AS VACINAS ACABARAM...
EM 1 MÊS TEREMOS OUTRO LOTE!
Nota do Editor: Caros Leitores e Colunistas. Temos tido bastante sucesso em nossos artigos mas, poderíamos fazer mais coisas, mais atrações, por exemplo: COLUNA DE HORÓSCOPO DE MENTIRA (bem divertido), MODA NA 3ª IDADE, ARTESANATO, TRABALHOS PARA SEREM VENDIDOS, etc. Falem com seus amigos a peçam para me ligarem... quem sabe teremos nossa Revista cada vez melhor.
magazine 60+ #21 - Março/2021 - SEGUNDA CAPA