Foto: Globo - divulgação
Oscar Niemaeyer 1907 - 2012
tância ao projetar hospitais como o de Veneza, em 1965, por Le Corbusier, com ampla iluminação e ventilação naturais, terraços-jardins para banho de sol, necessário para metabolizar a vitamina D em nosso organismo, além de outros benefícios. Os hospitais deixaram de ser ambientes funestos destinados a doentes terminais, para serem ambientes de cura, arejados, iluminados, revestimentos e mobiliário de fácil limpeza e deslocamento além de diversos outros itens enumerados na publicação “Notes on hospitals”, de 1859 pela britânica precursora da enfermagem moderna, Florence Nightingale. Após quase dois anos em regime de isolamento e restrição de deslocamentos, fica mais fácil entendermos o conceito de “Neuroarquitetura”, que analisa os estímulos que as sensações provocam na produção dos hormônios em nossos organismos, o aconchego de um raio de sol, de uma brisa, do contato com plantas e o ar livre. Acompanhamos que muitos que se recuperam da doença permanecem com mobilidade reduzida por longo tempo, impossibilitando o uso de escadas, banheiros estreitos, calçadas sem condições de segurança e acessibilidade. Muito importante mencionar que calçadas são bens públicos e devem ser construídas e mantidas pelos órgãos públicos, segundo art. 113 da Lei Brasileira da Inclusão (13.146/15), em condições de uso pleno, com segurança e autonomia, por qualquer cidadão, independente da condição física ou sensorial. Espero que juntos possamos tornar nossas cidades mais humanizadas, saudáveis e acessíveis a todos, evitando obstáculos absurdos como este da foto da calçada de acesso ao HC de Curitiba.
Arquiteto e Urbanista Ricardo Tempel Mesquita CAU A78906-2 (41)3277-5299 / 98536-6059 (WhatsApp) arqmesquita@gmail.com
Revista Livre Acesso #2 - Outubro - Novembro/2021 - pág.20