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Sandra Shevinsky 13 a
Perda de memória pós COVID-19
dicas de como amenizar esta sequela
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Thais Bento Lima gerontóloga e colunista do SUPERA Ginástica para o Cérebro
Você já ouviu falar da Síndrome pós Covid? Trata-se de sequelas de médio a longo prazo em que uma pessoa - após contrair o vírus SARS-CoV-2 - pode manifestar-se em seu organismo. Entre os sintomas mais comuns já relatados e identificados por especialistas, temos a perda de olfato, paladar, dores musculares e nas articulações, fadiga, taquicardia e os sintomas neurológicos, tais como: disfunção cognitiva, perda de memória entre outros. Os primeiros relatos surgiram sobre as consequências infecciosas pós-agudas do COVID-19, com estudos nos Estados Unidos, Europa e China (Nalbandian, 2021).
O comprometimento cognitivo pode se manifestar como dificuldades de concentração, memória, linguagem receptiva e/ou função executiva. No estudo de Heneka (2020), foi descrito que cerca de 36% dos indivíduos que contraíram a fase aguda da COVID-19 desenvolveram comprometimento no sistema neurológico, que em consequência pode acelerar ou agravar déficits cognitivos pré-existentes ou induzir o desenvolvimento de doença neurodegenerativas. Com isso, o autor sugere que as sequelas podem surgir pelas alterações
Revista Livre Acesso #3 - Janeiro - Fevereiro/2022 - pág.17
Foto: Método Supera sistêmicas e pelos altos níveis de citocinas pró-inflamatórias no sistema nervoso central (Heneka, 2020).
Em uma pesquisa realizada pelo Instituto do Coração (InCor) do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) revela que a COVID-19 pode prejudicar as funções cognitivas básicas como a linguagem, a memória e até o equilíbrio. As consequências das sequelas cognitivas estão relacionadas a dessaturação do oxigênio na corrente sanguínea, que automaticamente, compromete as funções cognitivas no cérebro.
Além disso, a neuropsicóloga Lívia Stocco Sanches Valentin relata que os primeiros sintomas perceptíveis na perda de memória é quando o sujeito começa a identificar alterações na linguagem e na memória de curto prazo, na qual apresentam esquecimentos, dificuldade na pronúncia das palavras e até na memória implícita, onde os indivíduos têm dificuldades nas funções motoras, tais como dirigir, andar de bicicleta, tocar um instrumento musical e entre outras tarefas do cotidiano.
A neuropsicóloga também destaca a necessidade de realizar atividades físicas, tais como: caminhadas, exercícios aeróbicos, Yoga, Pilates - para melhorar a oxigenação do cérebro. Além disso, outras dicas dada pela pesquisadora, foram realizar exercícios de treino e estimulação cognitiva, tais como: jogos online, quebra-cabeça, dominó, baralho, palavras-cruzadas, caça-palavras e entre outras atividades que exercitem o cérebro e ajudem na reabilitação dos indivíduos. Por outro lado, é indispensável a consulta com um médico especialista que irá avaliar cada caso com suas individualidades e necessidades para uma boa recuperação e reversão nos casos de sequelas mais graves após a Covid-19.
Referências bibliográficas Nalbandian, A., Sehgal, K., Gupta, A., Madhavan, M. V., McGroder, C., Stevens, J. S., ... & Wan, E. Y. (2021). Post-acute