Projeto mirins leitores 2014

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DIRETORIA DE LIVRO, LEITURA, LITERATURA E BIBLIOTECAS (DLLLB) COORDENAÇÃO GERAL DO SISTEMA NACIONAL DE BIBLIOTECAS PÚBLICAS EDITAL DLLLB/FBN/MinC N° 01 / 2014 PRÊMIO BOAS PRÁTICAS E INOVAÇÃO EM BIBLIOTECAS PÚBLICAS ANEXO I - APRESENTAÇÃO DA INICIATIVA PROJETO: MIRINS LEITORES, GRANDES MEDIADORES: PRÁTICAS EXITOSAS ENTRE O BALE E A BIBLIOTECA JOÃO XXIII – PROJETO “MAIS QUE 10” INICIATIVA vinculada ao PROGRAMA BALE (Biblioteca Ambulante e Literatura nas Escolas) PROPONENTE: Maria Lúcia Pessoa Sampaio NOME DA BIBLIOTECA: Biblioteca João XXIII O PROBLEMA (explicar qual o problema que levou a implementação da iniciativa) O Projeto MIRINS LEITORES, GRANDES MEDIADORES: PRÁTICAS EXITOSAS ENTRE O BALE E A BIBLIOTECA JOÃO XXIII (PROJETO “MAIS QUE 10”) é uma proposta de formação e de (auto)formação de leitores em escolas públicas, tendo na liderança e como protagonista as próprias crianças. Para tanto, focalizamos as experiências exitosas que vêm ocorrendo por meio do Programa BALE (Biblioteca Ambulante e Literatura nas Escolas) www.programabale.com.br na Biblioteca João XXIII da Escola Estadual João Escolástico, envolvendo crianças como leitoras que assumem, também, o papel de mediadores ao aproximar os leitores do livro como objeto de desejo e de prazer, por meio da contação de histórias. Essa escolar foi escolhida pelo BALE para essa iniciativa por apresentar nota baixa no IDEB e por se localizer em bairro muito pobre, periférico (porém populoso) da cidade de Pau dos Ferros – RN. Após essa experiência do BALE na Escola com ações de mediação de leitura e (auto)formação de leitores é que conseguimos empreender uma proposta de trabalho mais direto com uma escola parceira, envolvendo a Biblioteca e crianças do Ensino Fundamental. Com a ideia do FORMAR, FORMANDO-SE há muito tempo que o BALE aposta nos pressupostos da (auto)formação e o assume, claramente, como estratégia de trabalho. Acreditamos que o conceito (auto)formação emerge da compreensão de que este se constitui num processo de apropriação da própria formação, de modo singular no qual, cada indivíduo assume desde cedo o papel simultâneo de ser sujeito e ao mesmo tempo objeto da sua própria formação. Ou seja, o (auto)formar implica em carregar em si o desejo próprio de querer vencer, no assumir a responsabilidade pelo próprio processo formativo ao longo da vida e disso dependerá as escolhas e as opções tomadas pelo sujeito. Nessa perspectiva, a literatura e o texto literário se revestem por si só nesse espaço de (auto)formação, através da qual o sujeito leitor (independente da idade) aprende a selecionar, apreciar, negar e se apropriar do que lê. É por meio desse processo que o sujeito ganha autonomia e se torna o protagonista de sua formação como leitor. É com essa compreensão do conceito de (auto)formação que desde 2007 o BALE vem adotando esses princípios de (auto)formar estudantes de graduacao de Letras e de Pedagogia com sucesso. Já em sua oitava edição, estamos implementando o SubProjeto (PIBID/Pedagogia) “Mediadores de leitura e de textos em processos de (auto)formação”, financiado pela CAPES, no qual assumimos a categoria (auto)formação. Concomitantemente a essa experiência com jovens e adultos universitários estamos desenvolvendo desde 2012 o Projeto “Pequenos leitores, grandes mediadores” como forma de experimentar a (auto)formação entre crianças, por meio do mediador Kratos (nome fictício), também, já comprovamos ser exitosa, na medida em que as crianças tem se encantado não apenas por ler, mas também contar suas experiências leitoras para outras crianças, conforme relatado a seguir.


EXPLICAÇÃO DA BOA PRÁTICA OU INOVAÇÃO: Dentre as “boas práticas” implementadas pelo Programa BALE, optamos por apresentar a experiência desenvolvida na Biblioteca Joao XXIII, da Escola Estadual Joao Escolástico, realizada em parceria com a Bibliotecária da referida escola. Para tanto, mencionaremos o perfil da bibliotecária, o contexto e os mirins LeitoresMediadores. Essa proposta agrega pelo menos três aspectos fundantes para as políticas públicas brasileiras: (i) o livro, como objeto de desejo/prazer e a leitura como prática social, sendo esta a articuladora das diferentes possibilidades de crescimento afetivo, cognitivo, linguístico e sócio-cultural; (ii) a leitura como meio de promover o gosto pelo aprender, nas mais diferentes situações, envolvendo a função do imaginário (JOUVE, 2002, p. 104); (iii) a (auto)formação do leitor como desafios que persistem (LEROUX, 2010), principalmente, quando se trata de uma região como esta, localizada no Alto Oeste Potiguar, de difícil acesso a bens culturais como o livro, cinemas, que contribuam para o acesso a boas narrativas. Com isso, cabe descrever o contexto em que vem ocorrendo essa experiência: (i) A Bibliotecária: a profissional bibliotecária é pedagoga, com especialização na área de “formação do educador” não tendo, portanto, formação em biblioteconomia. Assim, a profissional atua nesse espaço (e não em sala de aula), pelo fato de nunca ter mudado de nível, pois como funcionária efetiva do Estado continua na categoria de professor de nível médio (chamado de P9C- Nivel Médio), mesmo tendo concluído pósgraduação lato sensu. Apesar de ter problemas de saúde, que a impede de estar em sala de aula, este fato não se constituiu justificativa formal para permanência da referida profissional na função de bibliotecária. De modo que estar na função de bibliotecária com 53 anos de idade e com 30 anos de serviço, já próximo á aposentadoria, visto pelos que fazem a escola como um situação confortável. Mas o desejo dessa profissional em buscar fazer a diferença se justifica por ter participado de pelo menos duas experiências com o BALE, uma delas como voluntária (2010) e outra, como funcionária cedida a mesma atuou junto ao BALE (2012), incentivando leitura para crianças, o que veio a facilitar esse intercâmbio de trabalho entre o BALE e a Biblioteca Joao XXIII. (ii) O contexto de atuação: a situação da profissional mencionada não difere da maioria das bibliotecárias lotadas nas escolas do RN, que se encontram adaptadas para a função de bibliotecários. Vivenciamos, assim, uma política que parece está na contramão para formação de leitores. Vale ressaltar que durante os sete anos de atendimento do programa BALE as várias escolas beneficiadas, pela primeira vez encontramos uma profissional da Biblioteca interessada em mudar a rotina de trabalho com a leitura no ambiente escolar. Portanto, foi no final de 2012 quando esta profissional assumiu a Biblioteca da referida Escola e que começou a buscar informações, junto ao BALE, de como tornar a biblioteca um espaço organizado com os livros catalogados para desenvolver o trabalho com a leitura e o empréstimo do acervo. Praticamente sozinha buscou informações junto ao BALE e, na internet, de como catalogar. Foi um ano inteiro dedicado para catalogação do acervo, em seguida, foi dado início as práticas de leitura, envolvendo voluntários do BALE e crianças da escola, via Biblioteca, mas nos espaços de sala de aula (devido a dificuldade do espaço da biblioteca não ser favorável, devido o calor, a falta de ventilação e o pouco espaço existente). (iii) Mirins Leitores e Grandes Mediadores de Obras Literárias: dentre os leitores mirins mediadores destacamos o leitor chamado Kratos (nome fictício dado por ele mesmo), voluntário do programa BALE (desde 2011), com 11 anos de idade, aluno do 6o ano do Ensino Fundamental em outra escola Kratos é proficiente na leitura, tornou-se um modelo de leitor para outros com até mais idade que ele, pelo fato de ler volumosas obras de ação e ter excelente habilidade como contador. Kratos desobedece o modelo de leitor vigente na escola, dado o diagnóstico feito na referida escola, que alguns de seus profissionais insistem em entregar ao leitor o livro, geralmente de pouco volume, inferindo estar de acordo com o tamanho do leitor, de sua idade e fluência em leitura, não os permitindo escolhas. De acordo com a tradição escolar o leitor Kratos lê livros não indicados para sua idade, mas foram estes que que vem agradando e inspirando outras crianças a também contarem obras como as que se seguem: “As crônicas de Nárnia” (752 pág. Vol. Único), de Clive Staples Lewis (2009), primeira obra contada por Kratos para toda a Escola (2012). As demais obras foram contadas nas turmas, conforme horário definido pela professora em comum acordo com a Bibliotecária, como por exemplo, “O Pistoleiro” de Stephen King (221 pág.), “Alma Escalarte”, de Renata Ventura (549 pág.), “O Diário de um Banana”, de Jeff Kinney (221 pág. cada volume). Além desses títulos foram contadas por Kratos histórias clássicas, obras menos volumosa, mas com imenso valor narrativo, tais como: “Menina bonita do laço de fita”, de Ana Maria machado (24 pág.), Chapeuzinho Amarelo, de Chico Buarque, fábulas como “A galinha dos ovos de ouro”, de Exopo, todas essas obras foram contadas sem apoio do livro e de imagens. Apenas, a primeira vez Kratos utilizou os acessórios do BALE, como forma de incentivar e encorajar os demais leitores a contação de histórias para crianças atendidas pelo BALE ao longo das sete edições. O resultado dessa experiência é que tem aumentado a quantidade de crianças contadoras de histórias na escola a


exemplo de Kratos. Houve sessões de leitura que surgiram até quatorze contadores que compartilharam o que leram, após a contaçao de Kratos. Alguns deles ainda não conseguem contar e preferem ler. Mesmo apresentando dificuldades na decodificação, a Bibliotecária estimula-os a continuar lendo e superando o desafio da pouca fluência na leitura. HISTÓRICO DO DESENVOLVIMENTO E IMPLEMENTAÇÃO (imprescindível informar desde quando a iniciativa está em execução). O projeto Mirins Leitores e Grandes Mediadores ou “Projeto Mais que 10”, batizado por uma das crianças participantes ao avaliar o desempenho de um dos contadores de história, foi iniciado em 2012, com a entrada de voluntários mirins em 2011, no Programa Biblioteca Ambulante e Literatura nas Escolas (BALE), instituído desde 2007. Portanto, em 2013 fomos intensificando o trabalho de mediação com leitores mirins na escola mencionada, que só foi possível com a inserção da Profa Auxiliadora na Biblioteca da Escola. Consideramos, também, como incentivo ao trabalho do BALE na referida escola, como Ponto de Leitura, a partir do qual muitas mudanças ocorreram, como por exemplo, a forma de ver a leitura não mais como atividade mecânica, mas que pode envolver o lúdico. O surgimento dessa experiência se deu a partir da identificação de que as práticas de leituras ainda existentes na escolas e na biblioteca se pautavam numa pedagogia em que o livro não era visto como objeto de desejo e sim de castigo, medo, exigência e como pretexto para outras atividades fins, sendo o seu uso justificado para evitar o tão falado “fracasso escolar”, visto no imaginário da comunidade escolar como um monstro que ataca, principalmente, as “criancinhas pobres”, embora a literatura da área demostre a não existência desse dito “fracasso”, de modo que o que existe, de fato, são pessoas fracassadas (CHARLOT, 2013). Conforme esse mesmo autor, o fracasso das crianças se dá quando estas apresentam dificuldades ao se relacionarem com o saber escolar. Dessa feita, a leitura ainda é vista nas escolas de forma ideal e romantizada, restrita á decodificação de símbolos e letras, tornando-se, assim, tanto para a escola quanto pelos seus protagonistas (alunos, professores e bibliotecários), privilégio apenas para aqueles que dispõem de relevante “capital cultural”, nos moldes que tratam Bourdier e Passeron (2008). É nesse contexto de comprensão das práticas leitoras e da sua mediação na escola que o BALE surgiu. Advindo do desejo de duas professoras do ensino superior (SAMPAIO e MASCARENHAS, 2007) que almejaram mudar essa realaidade, mas que para tanto, preciso foi captaram recursos (livros, materiais de divulgação e uma bolsa para mediador de leitura), através de Edital de Cultura do Banco do Nordeste do Brasil (BNB). Por meio desse financiamento foi possível fundar o BALE, Programa de extensão consolidado na Universidade do Estado do Rio Grande do Norte – UERN, que circula, sistematicamente, em escolas da região, nas cidades de Pau dos Ferros, Umarizal e Frutuoso Gomes. Portanto, somente com propostas como a do BALE que inspiram outros vários projetos como este da mediação de leitura de crianças para crianças. DETALHAMENTO DA METODOLOGIA UTILIZADA (apresentar os métodos, técnicas e instrumentos utilizados, especificações e requisitos funcionais, se for o caso, assim como o detalhamento das etapas do processo). Esclarecemos que a metodologia utilizada do BALE, do qual emerge a utilizada no Projeto Mirins leitores, grandes mediadores apresenta diferenciação, embora tenhamos como ponto em comum apenas uma das estratégias do programa que é a contação de histórias, como forma de levar o leitor a ter desejo pelos livros e pela leitura e objetiva o incentivo á leitura, utilizando-se, para isso, das mais diversas artes, como metáforas, envolvendo: (i) Canteiro Contação (Projeto BALE_Ponto de leitura): o texto vai até o leitor, por meio da “arte da palavra”, para tanto, o livro é tratado como objeto de desejo e de prazer; (ii) Canteiro Formação (Projeto BALE_FORMAÇÃO): atua com o propósito de (auto)formar a equipe (estudantes universitearios), professors das escolas e bibliotecários por meio de oficinas, cursos, etc; (iii) Canteiro Informação (Projeto BALE.Net): trabalha com a leitura virtual, por meio da divulgacao em blogs e mídias digitais; (iv) Canteiro Encenação (Projeto BALE_Em cena): adota as artes cênicas e circenses, como forma de atrair o leitor para o livro; (v) Canteiro Ficção (Projeto Cine_BALE_Musical): envolve as artes musicais e o cinema como arte privilegiada para aproximar os leitores dos livros. Para tanto, utilizamos o colorido, o teatro, a musicalidade e a junção de vários recursos, artes e cores do figurino tornam o momento de leitura do BALE único no universo escolar. No Projeto Mirins leitores e grandes mediadores, vinculado ao BALE, a metodologia incide em considerar os seguintes aspectos: (i)

Livro: principal recurso ao dispor do Contador, como protagonista, sendo que criança conta a(s) história(s) sem


(ii)

(iii)

(iv)

(v)

nenhum recurso visual, cabendo a este informar aspectos da capa, autor e ilustrador (se tiver), quantidade de páginas e volumes. Narrativa: o foco de todo o trabalho está na narrativa em si, que através do contador exerce sobre o leitor a emoção de trazer de sua memória os principais momentos vivenciados em cenas, que lhe provocaram raiva, medo, angústia, na medida em que compartilha com o expectador suas emoções e paixões, exerce sobre os possíveis leitores o maior fascínio de viver emoções antes já vividas. Recepção: Cabe ao adulto na condição de mediador adulto (Bibliotecária) observar a recepçao do texto pelos expectadores (leitores e mediadores em potecial) para, em seguida, os estimularem a contar/recontar suas histórias lidas com apoio do livro ou não, encorajando-os a se inspirarem nos modelos de leitores de sucesso. Livre expressão criadora: o projeto em andamento se consitui espaço garantido para que as crianças se expressem, livremente, com as narrativas que desejem e/ou já dominem a compatilhar com os colegas. Como se trata de (re)contação de histórias lidas, cabe ao contador selecionar o que vai dizer e como dizer, reinventando-as quando assim desejar. Não há exigência do reconto com fidelidade do original, porque cada leitor recria e reinventa a história a partir do seu ponto de vista e da recepção a narrativa lida. Leitores/mediadores “mais que 10”: expressão utilizada por um dos contadores, o resultado é a descoberta de outros contadores que começam a relatarem o que leram ou escutaram da tradicao oral em suas comunidades, trazendo para essse círculo de leitura escolar suas experiências, ao se sentirem partes dessas comunidades de leitores mirins, tornam-se assim grandes mediadores.

PÚBLICO DESTINADO: (identifique quem foi beneficiado diretamente e indiretamente, com a implementação da iniciativa, se possível quantificar). Essa metodologia utilizada no Projeto Mirins leitores, grandes mediadores já foi testada e comprovada há mais de sete anos pelo Canteiro da Ficção (BALE Ponto de Leitura), podendo ser utilizada em qualquer idade. Nesse projeto tem sido efetivada com crianças dos anos iniciais do Ensino Fundamental, numa faixa etária de 8 a 16 anos (muitos deles com históricos de repetência escolar), durante 01 ano, vigência do edital, funcionando no período da tarde, em 05 salas do 1o ao 5o ano do Ensino Fundamental, podendo ser extensivo, posteriormente, para o turno matutino e ter continuidade, estendendo-se, ainda, a outras escolas, atendidas pelos BALE. PROCESSO DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO (explique quais as formas de verificação e acompanhamento dos resultados). Todas as sessões do projeto vem sendo e continuarão sendo filmadas e fotografadas para acompanhamento dos avanços e dificuldades, enfrentadas pelas crianças mediadoras e leitoras. Há, também, o controle de participação por meio de assinaturas e registro em plano de trabalhos feito pela equipe, no qual consta as obras contadas, equipe e estratégias de trabalho. Para cada atividade a equipe do BALE elabora um plano de trabalho que fica como registro de atendimento e posterior comprovação. O acompanhamento tem demonstrado a cada dia os avanços como ressaltado na avaliação de uma das leitoras mirins ao ser indagada sobre o trabalho desenvolvido afirmou que no início tinha muita vergonha, mas que agora procura seu irmão mais velho para que consulte livros e compartilhe com a mesma, porque Kratos, segundo a leitora “é mais que dez” e que o BALE “aproxima as crianças dos livros e da leitura”, porque conforme a mesma “antes não ligava para nada” e agora não quer mais parar de ler e de se emocionar com os textos. Os depoimentos dos envolvidos foram coletados, gravados em vídeo e organizados em pequenos documentários acerca do projeto e do BALE, anexos, a essa proposta. RESULTADOS E IMPACTO PARA A COMUNIDADE ATENDIDA PELA BIBLIOTECA: descrever os resultados explicitando as alterações significativas ocorridas, os efeitos diretos e indiretos, informando se os mesmos são temporários ou permanentes. Os resultados são visíveis na comunidade escolar. A procura pelos livros e pela biblioteca aumentou consideravelmente. As crianças se sentem estimuladas e incentivadas a cada vez mais a lerem e a compartilharem suas histórias e partilharem dessas experiências, como se pode observar nas cartas que estes vem escrevendo para a Bibliotecária da escola, como exemplo no trecho, a seguir: “você já leu um livro de 112 páginas? Eu já quando eu estava saindo da escola e fiquei lendo até a noite chegar e eu já tinha terminado. Você gosta de livros de poesia ou de fábulas? Responda! Eu gosto mesmo de terror, livro de ação mais, eu também gosto de poesia também e você? Responda! Por favor, você sabe dizer se tem livro do maluquinho? Quantos? Porque uns já li. Tchau, um beijo e um abraço”. Depoimentos como este mostra o quanto o leitor mirim Kratos serviu de inspiração a essa leitura que ao indicar seus gostos diz gostar de livros de ação de 122 (volumoso), a exemplo de alguns já trabalhados no Projeto por


Kratos. Em função da não ter sido possível anexar vídeos acima de 10mb nessa proposta é que disponibilizamos alguns vídeos e imagens sobre esta ação, bem como o andamento da mesma no site do BALE www.programabale.com.br, bem como nas redes sociais https://www.facebook.com/pages/BALEUERN/250888374970756?fref=ts . Outros impactos podem ser evidenciados com essa prática: - Impactos na (auto)formação leitora de crianças: possibilidade de contribuição para a aprendizagem da leitura e da escrita, dado o caráter inovador ao envolver crianças de diferentes anos, algumas delas ainda não sabiam ler e agora querem que a Bibliotecária as ensine o que mostra que a experiência vem ampliando o repertório de leitura dessas crianças e dando sentido a relação destas com o saber (CHARLOT, 2013); - Interação entre Biblioteca, Escola e Universidade: antes quase inexistente, resumia-se ao trabalho realizado pelo BALE, agora a oportunidade das crianças vivenciarem momentos de (auto)formação leitora pela e na própria escola, contribuindo assim para a melhoria na habilidade de leitura não apenas literária, mas de outros gêneros, tem sido um contributo da Universidade nesses espaços. - Geração de produtos ou processos: a produção e divulgação desses materiais como filmagens e documentários servirão de orientação pedagógica, bem como para a produção de artigos e livros que venham contribuir para a difusão e a popularização do conhecimento de forma sistemática e para a visibilidade do programa BALE, consequentemente, para o MINC como órgão financiador dessa proposta; - Inspiração para novas boas práticas: o que tem contribuído para o interesse dos envolvidos em ampliar os espaços de leitura na escola e nas metodologias utilizadas pela Biblioteca, no tocante à formação de leitores; - Impacto social: oportunidade da Universidade contribuir de forma direta com a Educação Básica, constituindo-se num dos impactos para a formação contínua dos profissionais, acerca da leitura, sua mediação, bem como a produção de bens culturais e artísticos. Portanto, a proposta traz contribuição para inovação ao possibilitar o acesso à leitura por meio da mediação de criança. - Relação multilateral com outros setores da sociedade: através da anuência da escola beneficiada e adesão ao teor da proposta vem confirmar a sua relevância, viabilidade e aplicação a outras realidades. Portanto, o nosso intuito é dar continuidade a essa proposta nas demais escolas atendidas pelo BALE. - Contribuição na formulação, implementação das políticas públicas prioritárias: a garantia do acesso a leitura e ao texto literário e ao tornar o ato de ler prazeroso, possibilita um pouco mais de alegria a tantos olhares sem esperança (conforme pequenos filmes em anexo), ao mesmo tempo que se assegura o direito constitucional, de que urge a implementação de políticas públicas de educação, voltadas para a leitura, a exemplo do que regimenta o Plano Nacional de Cultura (PNC), o Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL) e do Plano Estadual do Livro e Leitura do Rio Grande do Norte (PELRN). - Atendimento a outras comunidades com vistas à futura autonomia das ações: a essência dessa proposta está na possibilidade de (auto)formação de leitores, o que implica na motivação dos profissionais da EB construírem autonomia pedagógica, para dar continuidade as ações de formação de leitores. RECURSOS: detalhar todos os recursos utilizados (humanos, materiais, bens e serviços e etc). (i) Recursos humanos: bolsas para 08 crianças contadoras de histórias de até 14 anos, no valor de R$ 100,00, totalizando R$ 8.000,00; bolsas de graduação: 3 bolsas de R$ 400,00, por 10 meses, somando 12.000,00, (ii) Recursos materiais: recursos para ambientação e melhoria dos espaços de leitura na biblioteca, tais como: papel de parede, tintas, tatames de leitura, almofadas, cortinas, papel e tecido de parede, totalizando R$ 3.000,00. (iii) Bens: aquisição de ventiladores ou condicionador de ar para melhoria do espaço de leitura na biblioteca, no valor de R$ 1.000,00; Câmera fotográfica e filmadora de alta resolução, com cartão de memória, somando R$ 2.000,00, para uso dos registros do projeto; Notebook com windows 8, processador i7 ou superior, de R$ 1.000,00; (iv) Servicos: materiais de divulgação como banner, fotografias, producao de vídeo em forma de documentario e/ou cartilhas, no valor de R$ 3.000,00. PARCERIAS (indique se há instituições parceiras e especifique a forma de apoio e função de cada uma delas.) Nome

Sigla

Instituição

Participação

Grupo de Estudos e Pesquisas do Planejamento do

GEPPE

UERN

O Programa BALE está vinculado ao Grupo GEPPE.


Processo Ensinoaprendizagem Departamento de Educação

DE

UERN

Departamento de Letras Estrangeiras

DLE

UERN

Departamento de Letras Vernáculas

DLV

UERN

MCS

UERN

XIV DIRED

Inst. Gover. Municipal

Museu da Cultura Sertaneja Diretoria Regional de Educação de Umarizal Diretoria Regional de Educação de Pau dos Ferros Secretaria Municipal de Educação Pau dos Ferros Secretaria Municipal de Educação de Frutuoso Gomes Programa de PósGraduação em Ensino Mestrado Profissional em Letras Programa Biblioteca Ambulante e Literatura nas Escolas Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de Pau dos Ferros

Inst. Gover. Municipal XV DIRED Inst. Gover. Municipal SEMED

Vinculação de docentes e alunos a serem selecionados e voluntários. Com vinculação direta de docentes e alunos voluntários a serem cadastrados posteriormente ao Programa. Com vinculação direta de alunos voluntários e docentes a serem cadastrados posteriormente ao Programa. Desenvolvimento de atividades em comum, junto à comunidade. Vinculação de docente e parceira nas atividades. Parceira nas atividades do Programa, mediante escolas beneficiadas Parceria nas atividades, mediante escolas beneficiadas. Parceira nas atividades, mediante escolas beneficiadas.

SEMED

Inst. Gover. Municipal

PPGE

UERN

ProfLetr as

UERN

BALE

UERN

SECUL T

Inst. Gover. Municipal Entid Parceira na realização de eventos culturais.

Vinculação docente às atividades do Programa. Parceria mediante vinculação docente ao programa. ArtiuArticulação das ações desenvolvidas pelo amb Programa.

EQUIPE: nome, contatos (telefone fixo, telefone celular e e.mail) e currículo do(s) coordenador(es) da iniciativa; nome, função e formação de outros membros participantes da equipe de execução do projeto (entre funcionários, terceirizados, prestadores de serviços e colaboradores) que considere relevante. 1. Maria Lucia Pessoa Sampaio (84) 3351 2670 (84) 96105332 malupsampaio@hotmail.com Coordenadora/Proponente 2. Keutre Gláudia da Conceição Soares Bezerra (84) 8124 4398 kekesoares@yahoo.com.br Membro do BALE 3. Maria Eridan da Silva Santos (84) 8153 6892 eridan.santos@hotmail.com - Membro do BALE 4. Maria Auxiliadora de Souza Rego (84) 9902 8592 auxiliadorarego@gmail.com - Bibliotecária da Escola 5. Emanuela Carla Medeiros de Queiroz (84) 9973 4059 manumedeiros2005@yahoo.com.br - Membro do BALE 6. Claudia Magna Pessoa de Queiroz (84) 9690 0964 lookpessos@gmail.com Aluna de Graduação/Volunt. BALE 7. Francisca Wynajara da Silva (84) 9922 2307 wynajara_costa@live.com Aluna de Graduação/Voluntária BALE 8. Gilton Sampaio de S. Júnior (84) 9935 0261 giltonjr2003@hotmail.com Volunt. do BALE/Comunid. externa 9. João Pedro da Silva (84) 8153 6892 eridan.santos@hotmail.com Voluntário do BALE/Comunidade externa 10. Antonia Alessandra da Silva (84) 8153 6892 eridan.santos@hotmail.com Volunt. do BALE/Comunid. externa 11. Orfa Noemi Gamboa Padilla (84) 9610 5332 ariesnoes@hotmail.com Membro do BALE

OS DOCUMENTOS COMPLEMENTARES, tais como fotos, declarações, croquis, etc, deverão identificado e anexado no Salic Web como portfólio da iniciativa. Obs: É imprescindível que as informações relatadas sejam as mais claras possíveis para que a iniciativa possa ser reaplicada em outras bibliotecas.



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