p2 HISTÓRIAS TIPOGRÁFICAS Revista digital Esta revista é o resultado de um trabalho proposto na disciplina de TIPOGRAFIA, no curso de Bacharelado em Design do IFSul. O trabalho consistiu em uma pesquisa teórica acerca das principais passagens históricas relacionadas à escrita e ao universo tipográfico, com a elaboração de textos sintéticos sobre cada período. Paralelamente foi desenvolvida pesquisa visual sobre os estilos gráficos, tipografias mais representativas e importantes tipógrafos de cada período, de modo a adequar o layout e a diagramação da revista à linguagem (tipo) gráfica de cada época.
SUMÁRIO 4 Origens da Escrita 6 Escrita Alfabética 8 Período Romano 10 Período Gótico 12 Período Renascentista 14 Tipografia Barroca 16 Tipografia Neoclássica 18 Tipografia Romântica 20 Modernismo Lírico
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22 Arts and Crafts | Art Nouveau 24 Vanguardas: Cubismo | Futurismo | Dadaísmo 26 Vanguardas: De Stjil | Bauhaus | Art Déco 28 Vanguardas: Expressionismo | Construtivismo 30 Modernismo Geométrico 32 Tipografia Realista 34 Anos 60 36 Anos 70 38 Pós-modernismo
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Escrita Alfabética A escrita, até chegar ao alfabeto atualmente utilizado, passou por um grande processo de evolução, com inúmeras mudanças e transformações.
Essa evolução foi marcada pelo surgimento do sistema de escrita
ideográfica (cuneiforme, hieroglífico e
chinês),
que
foi
gradualmente
conduzido para o fonetismo, sistema
onde as palavras passaram a ser
decompostas em unidades sonoras.
O fonetismo aproximou a escrita de sua função natural que é a de interpretar a língua falada e a língua oral (considerada
como som). Dessa forma o sinal se libertaria do objeto e a linguagem voltaria a sua verdadeira natureza que é oral. Decompondo o som das palavras, o homem percebeu que ela se reduzia a unidades separadas, mais ou menos
independente umas das outras. Daí surgiram dois tipos de
escrita: a silábica, fundamentada em grupos de sons e a alfabética, onde cada sinal corresponde a uma letra.
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A escrita alfabética foi difundida com a
vogais e consoantes. A partir do alfabeto
por vinte e dois signos que permitiam
etrusco e, finalmente o latino, que com
criação do alfabeto fenício, constituído escrever qualquer palavra. Adotado pelos gregos, esse alfabeto foi aperfeiçoado
e ampliado passando a ser composto por vinte e quatro letras, divididas em
grego surgiram outros, como o gótico, o a expansão do Império Romano e o domínio do mundo ocidental, se impôs em todas as suas colônias.
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O s romanos tinham quatro tipos de escrita. A Capitalis Romana, utilizada em monumentos, fachadas e prĂŠdios, sĂł existia em caixa-alta e sem espacejamento. A Quadrata, usada para livros pĂşblicos e documentos importantes, tinha todas as letras com a mesma altura, em caixa-alta sem espacejamento, e sem a barra transversal da letra A. 8
A Rústica Romana era usada mais informalmente, tinha elementos ascendentes e descendentes, apesar de não existirem as letras em caixa-baixa ainda, e suas serifas são grandes. A Cursiva Romana era escrita com pena de ponta fina, com elementos ascendentes e descendentes em profusão e variava muito, pois sendo manuscrita, podia ser mais ou menos inclinada e com ascendentes maiores ou menores, dependendo do escriba. Os escribas
eram responsáveis pela escrita de documentos, utilizando tinta e pena de aves. O Volumen é o nome dos rolos utilizados para escrever a documentação romana, formada por uma tira de papiro, sustentada por bastões de madeira, osso, metal ou marfim em suas extremidades. O códice ou codéx consistia de duas pranchas de madeira cobertas de cera, presas uma à outra ao longo de um dos lados e dobradas ou montadas como páginas.
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TIPOGRAFIA
RENASCENTISTA No final da Idade Média ocorreram muitas mudanças econômicas e sociais. Com o desenvolvimento de tipos móveis (J. Gutenberg - DATA), aumenta o desenvolvimento humano e torna-se cada vez maior a alfabetização entre pessoas comuns. A tipografia foi bastante desenvolvida durante o Renascimento, especialmente em Veneza. Um dos primeiros impressores venezianos foi Nicolas Jenson - DATA, francês, que se estabeleceu em 1470. Jenson trabalhou como gravador de punções, impressor e editor, formando uma tipografia onde as maiúsculas lapidares da Capitalis Quadrata foram complementadas com minúsculas humanistas derivadas da letra carolíngia; produziu cerca de 150 edições que têm servido de fonte de inspiração a inúmeros typeface designers posteriores. Aldus Manutius foi outro importante impressor e fundidor de tipos italianos que muito contribuiu para a divulgação da literatura humanista no século XVI. Inventou as edições de livros de bolso, acessíveis para uma ampla gama de leitores, normalizou o uso de pontuação e usou o primeiro tipo itálico. Contratou Francesco Griffo (1450-1518), gravador de punções italiano, para desenhar e gravar várias tipografias, sendo a mais importante delas o tipo Bembo (nome oriundo de uma publicação de autoria de Pietro Bembo, onde a tipografia apareceu pela primeira vez). Para economizar espaço de página e manter o custo da produção baixo, Griffo projetou tipos itálicos (de onde vem o termo grifar).
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(Itálico de Griffo/Manutius)
(Romana de Griffo: Fragmento da impressão da obra De Ætna do cardeal Pietro Bembo)
Os tipos cursivos de Griffo foram baseados no modelo da chancelaresca literária, (chancellaresca formata), relacionada à cidade de Veneza que se estabeleceu nos meios literários e eruditos, apresentando formas limpas e pouca ornamentação, sua maiúscula é vertical e baseada nas romanas. Já os tipos do escriba papal Ludovico Arrighi se popularizaram na Europa através de “La Operina”; sua escrita chancelaresca cursiva (cancellaresca corsiva), estava associada à Roma e à chancelaria Papal. Apresenta formas mais elaboradas e cursivas, é mais compacta e elíptica, seus terminais são mais pronunciados e em forma de lágrima.Outro tipógrafo importante e especializado em desenho e gravura de punções para tipos móveis, foi Claude Garamond. Sua tipografia, ‘Garamond’, se adaptava aos processos de impressão da época sendo considerada infalível pra composição de textos longos devido ao seu ritmo, elegância e legibilidade. As tipografias desenvolvidas nesta época (ou inspiradas naquelas criadas) por Claude Garamond e Aldus Manutius ficaram conhecidas como garaldas ou garaldinas. As tipografias venezianas são claras e legíveis, tem contraste moderado grosso/fino, altura curta/moderada, entre outras características.
eixo humanista (oblíquo) | terminais precisos, feitos com pena | abertura grande itálico equivalente e independente do romano.
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Tipografia Barroca A arte barroca está ligada às Reformas Religiosas do século XVI, quando os católicos haviam influenciado a política, a economia e a religião. Neste período era forte a ligação entre a espiritualidade e o teocentrismo da Idade Média. Assim como na arte, a tipografia expressa as emoções da vida: apresenta curvas sinuosas e detalhes decorativos.A letra Barroca surge no século XVII, como seguimento da maneirista do século XVI. Demonstra um crescente domínio dos recursos gráficos, traduzidos numa modulação mais controlada, com traços mais redondos, serifas e terminais modelados, abertura moderada e itálico subordinado e intimamente ligado ao romano. Nas letras barrocas é comum o aparecimento de um eixo secundário vertical - mas o eixo primário do traço é normalmente oblíquo.Este período é muitas vezes chamado de “transição” onde as fontes transitam pelos tipos romanos antigos e modernos.O tipo mais representativo dessa época é o Caslon, desenhado pelo tipógrafo inglês William Caslon(1692–1766), fundidor de tipos muito importante do seu século. Montou em 1720 a sua fundição e criou seu famoso catálogo de tipos, publicado em 1734, com 38 fontes. 14
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TIPOGRAFIA
ROMÂNTICA Este foi um período cultural, artístico e literário fortemente influenciado pelos ideais do iluminismo e pela liberdade conquistada na Revolução Francesa. A valorização das emoções, liberdade de criação, amor platônico, temas religiosos, individualismo, nacionalismo e história eram temas característicos. A indústria também evoluía com rapidez trazendo grandes impulsos para a impressão da época. Primeiras tipografias com faces de tipo de Estilo Moderno (Modern Style) aparecem pelas mãos de Bodoni e Didot.
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Os tipos do designer
GIAMBATTISTA
BODONI caracterizam-se pela extrema variação de peso entre os traços finos e espessos, as letras redondas ficaram um pouco mais estreitas, serifas muito finas e com ligação direta com a haste, sem transição sutil. É possível que Bodoni tenha se inspirado na obra do designer francês Firmin Didot, cujas características eram remates e terminais ultra-finos (influenciados, por sua vez, pela Romain Du Roi). Bodoni escreveu um manual tipográfico, publicado em 1818, como um mostruário dos excelentes tipos metálicos gravados e fundidos pelo notável impressor de Parma, na Itália.O livro põe em destaque as capacidades artísticas do autor e funciona como um instrumento publicitário para atrair a atenção dos bibliófilos para a qualidade das impressões da Oficina de Parma.
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Modernismo Lírico O Modernismo Lírico na tipografia pode ser associado ao Expressionismo Abstrato na pintura, onde os artistas trabalhavam o sensorial e as formas orgânicas em contraponto às mecânicas. O modernismo tipográfico é fundamentalmente a reafirmação da forma renascentista a partir da redescoberta das letras manuscritas, pois esta veio acompanhada da reutilização da pena larga, do eixo e da escala humanistas. As tipografias manuscritas são os tipos que imitam a caligrafia feita à mão. No passado as letras manuscritas expressavam a personalidade do autor através dos traços de sua caligrafia. Mas no universo da tipografia, as scripts não estão ligadas a esse conceito de personalidade. Elas são associadas ao romântico e sensual, moderno, descontraído e também elegante. Sugerem algo mais feminino, tanto que se pode perceber uma grande diversidade de scripts em rótulos de cosméticos. Dentre os typeface designers que produziram tipografias durante este período, destacam-se FredericGoudy, Hermann Zapf e Stanley Morrison, cujos trabalhos são reconhecidos e largamente utilizados até hoje.
Stanley Morrison
Stanley Morrison (1889-1967), foi a figura-chave do amplo movimento reformista que cunhou a tipografia britânica na primeira metade do século XX. Foi responsável pelo redesign do jornal The Times of London, em 1932, e pela criação da fonte Times New Roman. O The Times, como jornal criador de um estilo próprio, necessitava de uma tipografia única, cuja força das formas, a firmeza do contorno e a economia do espaço, satisfizessem as necessidades editoriais. A Times New Roman ganhou popularidade e é largamente usada em livros, revistas, relatórios, documentos e ainda em titulação e publicidade.
Times New Roman: LEGIBILIDADE LEGIBILIDADE LEGIBILIDADE Legibilidade
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Frederic Goudy Em 1915, Frederic Goudy (1865-1947) desenhou o Goudy Old Style, a sua 25ª tipografia e a primeira que fez para a American TypeFounders (ATM), suficientemente flexível para ser usada em texto e fora dele, muitas vezes usada em publicidade e embalagens. A graciosidade de suas formas a tornam visualmente apelativa, ao mesmo tempo que as curtas descendentes permitem o uso de um entrelinhamento apertado e, consequentemente, maior número de linhas por página.
Hermann Zapf Já Hermann Zapf (1918) desenhou a Palatino, uma tipografia romana baseada nas letras do Renascimento italiano, e deu-lhe o nome em honra de Giambattista Palatino, um mestre calígrafo da época de Leonardo da Vinci. Sua elegância e sobriedade, além de sua largura e altura-x elevadas, fizeram dela uma ótima solução não somente para compor textos longos, como livros, publicações periódicas e catálogos, como também textos em tela.
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Expressionismo
O Expressionismo foi um movimento artístico interessado em representar não a realidade objetiva, mas a experiência emocional e subjetiva. Desde modo, a linha e a cor eram intensificadas, desenho e proporção eram, frequentemente, distorcidos e exagerados, propriedades táteis e conteúdo simbólico eram valorizados. O movimento obteve poucas oportunidades no campo da publicidade comercial, mesmo assim, trabalhando com livros, revistas e cartazes, conseguiu resultados inovadores. As tipografias geralmente utilizadas em cabeçalhos, chamadas e títulos eram xilografadas ou à mão, rejeitando o estilo tipográfico de produção em massa. Embora o expressionismo tenha produzido seus resultados no designem um curto período, até hoje seus traços são visíveis. Ele reconhece e valorizaa tentativa de criar uma expressão pessoalsem levar em conta as regras do estilo dominante. Obras do Grupo Die Brücke
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Construtivismo
is utiv str Con
ca o p a é das d a ic loca o f á gr s, co cio a o ã uç trica renún ais.A d o pr omé um p nsion ifa à e ux s e ge como bidime m ser s. o r o t imple inas ( ente ra se ípcia m s i tiv mas s s pág ticam ento e ifas eg pala u r nst e for nte na s pra movim m ser binar tanto o C d ame O õe sse , era om nea, taç c i o s s a c e o u emati compo ada n ê-las to er multâ te tra enmat ), com utiliz os de t ovimen ncia si me. Es a influ ção i grid grafia os cas esse m xperiê em fil inado ompos ara t tipo os rar etas d uma e uanto va des as. a c asso p amn n i ou, das m gens ssas q s esta de idé meiro p eve t omo d i a Uma s e im impre visua icação o, o pri o se uais, c ers vra página magens comun , entã utivism as vis a sup de a em to de i uro da iniciav onstr técnic amas e turas o e c s men o fut agem o. Ao novas fotogr am mi cirílic tiu m ciar avra-i nalism ção de m, os ias er estilo eral, cor pal tojor utiliza ontage pograf os em m, em g cos de o o f m a fotom .As ti locad s Era dinâmi a ição es b rifa tes bé pos acter em se ntras car ilos s om co est adas c anho. liz e tam ed 20 . 19
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TIPOGRAFIA A Tipografia Realista surgiu no século 19 e início do século 20; as letras eram simples e francas e imitavam a escrita das pessoas, bem como, os pintores realistas – tais como Gustave Courbet e Jean-François Millet – pintavam pessoas comuns no seu dia-a-dia. As letras realistas foram desenvolvidas para divulgar rapidamente os impressos daquela época, para serem fáceis de ler, mesmo que de longe. Muitos sinais alfabéticos faltam em seu conjunto. A casa Fundidora Caslon foi responsável pela introdução dos tipos sans-serif (sem serifa), em 1816, causando certo estranhamento num primeiro momento. A partir de 1820 a aplicação da tipografia, até então focada na produção de livros, começa a se voltar pra o crescente uso de faces decorativas ou display (para títulos). Foi bastante expressiva a quantidade de tipografias criadas neste período e os ‘artistas comerciais’, por sua vez, se utilizavam de um grande número delas em um mesmo impresso pois acreditavam na força de expressão das mesmas frente a propaganda.
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A REALISTA Neste cenário de ‘frenesi tipográfico’ configuraram-se os ‘gráficos de segunda linha’, onde a profusão de tipos era usada como um recurso gráfico propriamente. É neste período que surgem as tipografias light, bold, black e as condensadas; são desta época também as tipografias Egípcias, de serifas pesadas, na forma de blocos, geralmente de mesma espessura que as hastes, também conhecidas como ‘slab serif’ ou de ‘serifa quadrada’. No final do século XIX, a tipografia Realista AkzidenzGrotesk foi editada pela fundição Berthold (Berlim - 1898), este tipo é ancestral da Franklin Gothic (1903) e da Helvetica (1952). Outras realistas importantes são a New Gothic (1908) e Franklin Gothic, desenhadas por Morris F. Benton.
Impressora da época: Minerva - Entintava o próprio papel na máquina e era preciso apenas de um impressor para colocar e remover o papel.
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PÓSZuzanna Licko
Zuzanna Licko Zuzanna Licko
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KATHERINE MCCOY KATHERINE MCCOY
KATHERINE MCCOY KATHERINE MCCOY 38
MODERNISMO
Y
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O desconstrutivismo tra-
balhava uma ideia linear e a reorganizava de modo a propor uma outra interpretação, algo mais profundo, propunha uma visão do todo sob novos prismas. Professora da Cranbrook Academy of Art, centro de design experimental entre os anos 70 e 80, Katherine McCoy buscou a quebra e a exposição da lin¬guagem visual manipulativa dos vários níveis de significação, seus experimentos eram constituídos pela sobreposição de palavras e imagens que necessariamente precisavam ser interpretadas.
A quebra de paradigmas se deu com a inclusão do computador no processo criativo. Já em 1984, na revista Emigre, tornou capaz a exploração da tec¬nologia digital para a criação de fontes. A partir de 1990, passou a publicar tipos desenhados por artistas do mundo tornando disponível uma biblioteca cada vez maior de fontes idiossincráticas. Emigre pôde reconhecer nestes a necessidade de busca de novas formas e proporções, seu papel foi decisivo na consolidação dos pequenos for¬necedores tipográficos digitais como elementos de renovação e fundadores de um novo padrão de mercado. Seu trabalho na exploração do tema da legibilidade ganhou notoriedade e ampliou sua influência, tanto no mainstream do mercado como no próprio en¬sino de design.
Cranbrook CranbrookAcademy AcademyOf OfArt Art Cranbrook Academy Of Art
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Instituto Federal Sul-rio-grandense - Campus Pelotas Bacharelado em Design | Tipografia Ms. Daniela Brisolara Bruna das Neves | LetĂcia Sawabe | Manuela Coitinho Pelotas, 9 de maio de 2013.
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