Paisagem Protética
Fronteira como espaço habitável e não como linha divisória
ARQ1318 INFRAESTRUTURA, PAISAGEM E FRONTEIRAS URUGUAI Chuy
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A atual fronteira entre Brasil e Uruguai sofreu continuas transformaçoes desde sua primeira divisão política com o Tratado de Versalhes. Desde então, a cultura de fronteira tem se espacializado para além de sua linha d, inicialmente, divisória, resultando numa cultura específica do -entre- países.
BRASIL Chuí Arroio do Chuí
Título de Imagem
-Como dissolver a fronteira a partir dos limites físicos dos recursos hídricos? Observamos uma dualidade entre o turismo de consumo e o turismo ecológico. Entende-se turismo de consumo como embrião da vertente americana da cidade de Las Vegas (como define o escritor uruguaio Eduardo Galeano ”economia de importação, reino de quinquilharias”) e o turismo ecológico como práticas ligadas a consciência ambiental e a natureza. Por mais que a economia local seja sustentada pelo comércio (turismo de consumo) e muitos o identifiquem como o potencial da região, acreditamos que deveríamos desviar o olhar para situações próximas que potencializam a relação da cidade com o campo (turismo ecológico), já que se situa no meio do Pampa e quase não obtém vínculos com o mesmo. A partir desses conceitos, escolhemos o Arroio do Chuí (fronteira molhada entre Brasil e Uruguai) como recorte territorial de intervenção. - Como desenvolver um parque de fronteira que se aproprie da oscilação fluvial e adeque-se a sazonalidade do local?
Crítica
Parque de fronteira: A proposta visa habitar a fronteira, revelando o Arroio que, atualmente, desaparece na paisagem voltada para o carro. A fim de quebrar com o paradigma urbanístico da fronteira como linha divisória, elaboramos um parque de integração entre os dois países que se estende por treze quilômetros entre o Chuí/Chuy e Barra do Chuí, conectando esses dois pequenos núcleos urbanos. O percurso desse rio até o mar se confunde com a fronteira geopolítica. Fronteira essa mutável, pois depende da dinâmica natural do meandro e das suas sobreposições, o que a torna uma fronteira flutuante.
Fronteira não separa. Ela proporciona interação entre as culturas.
Oportunidade Transformações da dinâmica meandrica como oportunidade de dissolução e habitat de fronteira.
Além de atender as novas demandas da população e se conectar as demais reservas e parques da região, intensifica essa vertente de turismo no local, abordando diferentes programas relacionados a água e a natureza, divididos entre técnico ambiental, lazer e turismo. Este parque potencializa o eixo Dieciocho de Julio- Barra do Chuí o qual abrange prioritariamente os seguintes itens turísticos: Histórico/cultural (Forte), comercial (Chuí), ecológico/ recreativo (parque) e litorâneo (Barra do Chuí)
Intenção Nano infraestruturas. Adaptação ao movimento natural das água
/ Recorte territorial ocupação urbana agrofloresta Chuy/Chuí
cultivo de arroz
1.
ocupação urbana
2.
agrofloresta cultivo de arroz
restinga
restinga
alagados
alagados
vegetação
vegetação agrofloresta cultivo de arroz alagados
3.
ocupação urbana
MAR
Barra do Chuy/Chuí
Título de Desenho escala 1:1000
4.
1. e 2. Conexao Chuy-Chuí e Barra do Chuy
3. Erosão
O Arroio do Chuy desaparece na paisagem voltada para as auto pistas e carros. Propomos um novo olhar sobre a paisagem, retomando a idéia de rio como conexão fluvial entre as cidades e fronteira dissolvida entre paises.
O sistema de erosão do meandro e o deposito de terra do lado oposto representam a característica mutável dos recursos hídricos