' c)
"' . . 'i,,-!,.. ,._e,
/L EDSON SILVA DE FARIAS
'
"DESFILE
c
O
E A CIDADE' O CARNAVAL-ESPETÁCULO CARIOCA
Dissertação de Mestrado apresentada ao Departamento de Sociologia do Instituto de Filosof"ia e Ciências Hwnana.s da Universidade Estadual de Carnpinas 7 sob a orientação~ do Prof'". DR. Renato José Pinto Ort..i~
Este exemplar corresponde à redação fi~ da dissertação deCendida e
pela
aprovada
Co~são j /
__d__b/
pela
J~~adora
+'J
.
em
Banca:
Prof.Ca>Dr.<a> Prof".(a)Dr.(a
Prof"".<a>Dr.(a)
Set..elllhro/1996
r
t
1.;!1··-c-,-.-.•-,----. ~IOfi(;.l. I;~_Nl'/tM.
CH-00078617-7
FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA BIBLIOTECA 00 IFCH - UNICAMP
Farias, Edson Silva de
F225d
O desfile e a cidade: o carnaval - espetáculo carioca 1 Edson Silva de Farias.- ·Campinas, SP: [s.n.],1995.
Orientador: Renato Ortiz. Dissertação (mestrado)- Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas.
1. Sociologia da cultura. 2. Modernidade. 3. Rio de Janeiro (RJ) -Carnaval. I. Ortlz,Renato,1947- 11. Universidade Estadual de Campinas. Instituto de Filosofia e Ciências Humanas. III.Titulo.
Sou crat.o pela maneira, Marly, Esmeralda, ao lado de
pacient.e e carinhosa~ como Lurdinha, Betânio, Júnior, Rosa e Silvana, todos
sempre t.ão solícit.os no at.endiment.o aos meus pedidos. Estendo mesmo agradecimento aos funcionários da Bibliot.eca e do CPD do JFCH.
o
Ao meu orient.ador, o Professor Renat.o Ort.iz, quero ~radecer não apenas pela leit.ura at.ent.a do t.ext.o e as sugest.ivas indicações feit.as ao longo da confecção dest.a dissert.acão, mas sobret.udo ao crédit.o concedido à propost.a dest.e t.rabalho.
Agradeço t.ambém ao Professor Octávio lanni pelo exemplar est.ilo, digno e vivaz, como exerce o oficio de sociólogo. É sem dúvida um est.ímulo ao "noviço"'. Aos amigos Wandencley Alves e Marcelo Carvalho devot.o profundo agradeciment.o pela pac1encia em discut.ir e revisar est.a dissertação e pela realização dos desenhos aqui apresent.ados. Não só isso. A comunhão de princ1p~os e idéias t.em ajudado a t.raçar o perfil da caminhada percorrida e salvar-me da solidão do pensament.o. Tânia fico t.e devendo pela doçura e at.enção. Crisanto, Crist.ina e Luis Fernando, pelos moment.os em Campinas.
pelo
apreço.
Agradeço ao CNPq por t.er financiado est.a pesquisa. Apoio sem o qual pessoas como eu jamais poderiam dar continuidade aos est.udos. As bases inst.it.ucionais ofe:recidas pala IFCH/Unicamp t.ambém concorrem na mesma di:reç:ão.
Aqueles que estiveram comigo t.odos os dias, diret.ament.e ou nao, est.e t.rabalho pert.ence t.ant.o quant.o a mim. Viveram-no nas minhas incert.ezas e a~onias; ofertaram carinho~ afet.o e apoio. A paciência e o :respeit.o demonst.rados inscrevem-se em cada uma das páginas aqui apresentadas. Meus pais, i:rmas, sobrinhos ...obrigado!
-·~'-'
SUMARIO
INTRODUÇÃ0.•.....••....•................•..•.......01 Capitulo I O Carnaval na Metrópole Moderna...•.. on05 1 2 9 4
- O PoliJD&nt.o da Folia - A Centralização dos Festejos na "Avenida" - A Inst.it.ucionalização do Carnaval-Espet.áculo - O Cortejo Operíst.ico
Capí t.ulo II Desf'ile de Escola de Samba. ............. 56 1 -
Na Direçao do Subúbrio
2 3 -
Escola, A ForJDa..lização do Samba A Conquista da "Avenida"
Cap.ít.ulo III Um Evento Cosmopolit.a..................102 1 2 -
Carnaval, Uma Festa Popular e Um Novo Centro: A Cidade a - Uma Imagem de Cart.ao Post.al 4 - o Teat.ro do Carnaval
Nacional
Capít.ulo IV O Supere:spet.áculo.......•..•............146 1 -
Por Uma Imagem Brasileira
2 - A Cena Barroca Cap.ít.ulo V As Mágicas Luzes do Sambódromo ••••••••••• 196
1 2 -
A Privatização do Popular A Fant.asia Concretizada
DIGRESSÃ0••••••--······.................~ ••••••••••259
BIBLIOGRAFIA E FONTES•••••.•..•·-·······-·········262
INTRODUÇÃO
li t.erat.ura
A
fundamental
das
Benjamin<1991)
modernas
os
modernização
seminais
det.ect.am
ingredient-es
na
de
núcleo
do
além
Muit.o
conhecer.
infraest.rut.ural
vezes
met.rópolis
Trabalhos
Wirt.h(1973)
di versas
na
ext.ensão
como
os
modos
capit.alist.a,
t.ais
de
dado
de
locais
dest.e as
vaza
Simme1(1973),
social
grandes
das
viver,
sent.ir
racional
secularização
da
o
const.it.uição
''balbúrdia"
novos
anot.ou
já
cuja
modernidade,
a
sociedades.
e
por
cidades
das
ci vilizat.ório
conglomerado
cidades
presença
da
front.eiras
especializada
cont.êm
e
da
e
os
germes
de relações e processos que se t.êm est.rut.urados em escala planet.ár-ia. As cidades metrópoles concentram os t.:t'aços dessa at.ual
e
ao
mesmo
mercado
t-empo
mundial
pluralidade
const.it.uem
de
ét.nica
e
social
met.ropoUt.anos a€:rilhoam
a
precedent.es largo
e
t.êrn
consíst.ido
humanidade
e
htst.óricos.
alongado
do qual homens e
for-jou
inédit.as.
em
Sinalizam
irradiadores.
ar-t.íst.icas mais
de
dos
elos
at.ividades
em
uma
socializador
civilizant.e
o A
inst.it.ucionais núcleos
os
sociais mesma
exist.ência
à
e
e
nada,
centros
port.ant.o
Delas
mat-erializar-se.
pôde
e
for-mações
Ant.es
suas
pr-ocesso
epicent.ros
part.iu
mercadorias
caract.er-íst.icas
de
seus
os
condição
que
hoje
malha
sem
desse
espesso,
na
evolução
o
ambient.e
cont.ext.os
urbanos
global,
sociedades são engendr-ados, cuja met.áfora é
pollfônico das mesma cidades. sent.ido,
Nesse modernos
exibe
essência
de
crucial
como
Marcu:s:/1991>.
O
sua
sociológica,
encont.ro
o
idiossincrasia
desafio
grandes
dos
reflexão
à
onde
lugares
apresent.a-se e
algo
densidade
a
post.o
saber, local
o
de
lidar-
com
as
a
inusit.ada o
e
fundant.e<Peat.herst.one o
é
ent.re
a
et.
global alii/1991
realidades
dai
decorrentes, já que são mar-cadas por- um m.utantism.o que não as dissolve nas
clivagens
"massa"
ou
hist.óricas
entr-e
''pr-esent.e,''
"t.radicional"
e
cult.urais
simbiot.izam-se
com
os
t.ecno-administ.rat.iva, espet.acular permut.a
e
,
"pret.êrit.o";
"moderno".
conf"ormam-se princípios
desempenho,
pela
exposição.
e
e
exigência
Tripé
Ist.o
nesse
do
"sistema
quant.o
ent.ronizado
1
porque
quadr-o
e
ef'iciência
sobrevivência nos espaces modernizados.
''erudit.o",
a
como
as
''popular''
de
particularidades
social
globalizado.
Aí
racionalidade
mundial..
a
e
lógica
da
perfomance
capacidade
de
mobilidade,
decisivo
e
f'undant.e
da
Dent.ro est.udado
dos
limit.es
quant.o
do
com
novos
contribuir
alcance
moderno. Sobret.udo o
espaço
int.ricament.os
est.e
floresciment-o
compreender do
Rio
o
especificidade
est.a
de
ocorre
como
Janeiro
o
Para
processo
ist.o
a
de
relat.iva
à
at.ent.a-se
t.ranslocalizados,
agem
e
a
Cumplicidade revelada na imagem que ilust.ra a Samba
do
uma
em
uma
at.ividades,
M.orro
do
Pão-de-Acucar,
cont.emp.lar- a
um
sorriso
fachada do Sambódr-omo e
definição
Rio de
do
janeiro.
capa da Revist.a Abre- Alas, Rio
que
as
o
cont.ext.o
de
Janeiro,
em 1995. Os
sinais da imagem exibem um sol como que erguendo-se por sobre a do
malha
como
no
na.
do
crescente
a
e
Cidade do
cidade
aut.onomia
maneira
decisivament-e
nexo gênero Des:file-Espet.áculo de Carnaval e
procura
civilizador
de
int.ernaliza
funções
objet.o
peculiar-idade de
t.erreno
sócio-cult.ural
int.erpenet.ração
publicada pela Liga das Escolas de
no
do
dissert.ação
alongado
modo
pluralidade
a
int.erdependência e
pela
trabalho,
sobre
relacionament-os.
ent.re
confront.o de
cujo
sócio-g-eográfico de
dest.e
dados
Procura-se
abrangent.e
t.ant.o
t.rajet.o analit.ico t.ent.a r-ast.rear- a
uma cult.ura popularmet.rópole.
impost.os
cobre
de
luz
a
silhueta
cidade,
ao
pedras: portuguesas do calçadão
de Copacabana, sob as quais chovem coloridas serpent.inas e conf"et.es. Diria que, as :forças ilust.radas nest.a imagem e a
legitimidade
chegada
dest.e
cult.urais
exercício
social
com
do
urbana.
compreensão
a
ent.ret.eniment.o, à do
ilustrar
formadoras
realidade t.omar
de
conjunt.o isso,
t.oda
uma
int.elect.ual. referido
Já
que
nexo,
Just.if"ica-se da
é
sociedade,
o
no
são
o
seu
de atividades
ident.ificar
a
sociais
singularidade
como
as
hlstoricament.e mesmo
ao
bem
como o
e
prát.icas
sociológico
Desfile,
esse
part.ida
const.it.ut.ivas
maneira de uma lent.e capaz de f'acult.ar
complexo
de
aport.e,
t.ambém
do
própria imagem,
pont.o
empreendiment.o
especialização
a
da se
de
conheciment-o
determinado.
conglomerado
E se
deixa apreender- e sent.ir enquant.o realidade plausivel e possível. Tl'MA E PROBLEMÁTICA '
Em Janeiro,
a
sua
t.ese
sobre
ant.r-op6loga
o
Desf"ile
Mar-ia Laur-a
das
Escolas
Viveir-os
um out.ro viés para os est.udos t.emat.izando a não
0
vinculado
às
dist.inções
ent.re
os
2
de
de
Samba
Castr-o
do
Cavalcant.i
Rio
de
pr-opõe-
cult.ura popular urbana, que
gr-upos
sociais
e
os
niveis
de
cult.urai.
A seu ver, rituais da macnttude do Carnaval carioca devem ser
estudados geradas
levando-se
e
em
na
ambientadas
mediações
grande
cidade.
das
práticas
e-xt.ensa
mais
conceit.uaç.ão
as
cont.a
que
O
as
ent.re de
heterogeneidades
antemão
cultur-a
da
uma
suc;ere
citadina
popular
cont.empor-ânea. Em razão de t.essit.ura do
Desf"ile
central
relações
prenússa,
coligadas
Escolas
das
do
t.ensa é a
de
t.al
de o
cort.ejo
est.abelecida,
enredo
marcada
seu
pela
t.rajet.o
forma
Pois.
Samba".
fundament.al
dinâmica
o
"estética
argumenta,
anuabnent.e
dist.o
e
a
cult.ural partir
precisa
da
uma
reciprocidade.
chama
que
e
renovado
pela repulsa
desvenda uma
analit.ico
intriga
negociação Encont.ra
"pot.lach
de
aí
urbano
cont.emporâneo''(1993),.
Cavalcanti, cultura
no
que
popular o
met.rópole.
Contudo
fest.ejo
fat.ores
t.ange
urbana,
espet.áculo
do
dest.a
proposta
A
seja
a
aut.ora
cidade,
ao
quant.o
privilegiado
locus
na
pesquisa
ist.o
sócio-históricos
seu
o
de
categorização
reconheciment.o
de
estar
para
o
estudo
do
ritual
respeito
permanecem
at.uant.es
prenússa
da
postulado
silencia a é,
tributár-ia
é
para
a
em
da
í o r ma
na
sit.uado
de
em
uma
própria formalização
da
suspenso
condições
as
conformação
inst.it.ucional
e da
Fest.a-Espetáculo carioca. lmediat.amente Quais pelos
condicionant.es sinais
de
práticas
Por
acompanham
formatação
da
"ópera-balé"
uma
platéias?
diant.eira ent.re as medida o
participam
de
ent.ret.enimento
indagações
algumas
que
do
deambulant-e est.e
o
nexo entre o
const.at.ação. emblemat.izado vistas
com
format.o
de
desfile
na
janeiro propicia a
modalidade espet.acular de part.icipac;:ão fest.iva? dissert.ac;:ão é
cort.ejo,
carnavalescas organizadas
cont.ext.o urbano do Rio de
tal
ao
t.oma
cidade? Em
a
que
consagração dessa
Com efeito,
o
tema desta
gênero Desfile de Carnaval e
a
cidade onde
aparece e se tem desenvolvido. Logo,
espet.áq_ulo
det.erminado
observado dissertação alcançada
o
se
por
gira
em
esta
f. A a.utorc di.c.l.oga. qua.i.a o tcoma. d:a.
com c;:ul.Lur-a.
um
da
a
Fest.a-Espet.áculo,
da.e
e-
conjunto
ponto de viste dos confti.toe pel.o ou resolve-a• Quei.roz/J.992> ou sob Rodri.gues/i9?8 exemplo, sóci.o-ra.ci.a.i.a(consu U.or Rodri.gue-e/i984>.
3
onde.
""
Eec;:ol.a.s-
de
e
se.-
dest.a
legi t.imidade
simbiot.izarn-se
i.nLérpretea, So.mba., om
entre prisma.
o
para
problemática
inst.i t.ucionallzacão
da
ai.gni.fi.ca.t.i.vo
popul.a.r
realizado
algo
público<Pavis/1987),
t.orno
realidade
significa
O&
pa.rli.cul.a.r,
c::lc~ses<ver,
dos
a
por confrontos
f'"est.a
e
popular
cult.urai:s:
a
lógica
sociedades
nas
da
exibição,
modernas<ver
à
nodal
e
producão
Benjamin/1975).
ao
Analiso
essa
est.at.uída do Carnaval-Espet.áculo carioca, com primazia sobre vi~ência,
acões humanas nos seus Umit.es de fato
configurado
cultural
cosmos
no
ent.endendo-a à
simbólico
e
consumo ordem
campo das
0
maneira de um
institucional
da
modernidade. análise
A
ao
experiencia, estilos
de
do
longo
dest.e
feita,
século,
assim, a
deslanchar-
do
processo
das
principais
civilizador
à
luz
capitalist.a,
moderno,
dos
seus
modos
conjuntamente
not.adament.e
indúst.riais
agências
uma sociedade que
de
reorganização
com modernização
vida,
suas
é
gênero
após
culturais,
o
com
o
advent.o
comércio
o
e
de
lazer e de t.urismo e o mercado ampliado de bens: simbólicos<Ort.iz/1991).
o
objet.o
especializadas,
entidades
a
é
tradição<pressuposto
de
cidade,
notabilizada
pelo
formal
das
laicas.
Poder-se-ia
a
limitação
dizer,
a
do
das
sentido
de
concurso
fest.ivo
Des:Cile-Espet.áculo
o
met.ade
século
XIX,
variações)
estético,
apresent.ações
suas
modalidade
saber
segW'lda
na
ainda
Iniciado
quest.ão
em
anuais,
respeit.o
do
Carnaval .
at.ualment.e
na
popular do
plat.éias
a
uma
compreende
caract.erizador
volt.adas:
2
de
cultura
da
ent.re
conjunt.o amplas
consagrado
e
Desfile
das Escolas de Samba, que consist.e em wn subgênero daquele gênero maior. O
t.ermo
regras
gênero
que
é
empregado
formalizam,
recepção e
as
Desfile.
finalidade
A
significacional aqui
ut.ilizado
codificar,
as
a
um
conjunt.o
expect.at.ivas
com
à
a
audiência.
maneira
int.enção
de
de
Nesse
Jesus
ent.re
o
lógicas
e
mat.erialidade do a
estabilidade do
conceit.o
de
ou
de
emissor
dent.ro
Mart.ín-Barbeiro,
as
ent.re
sent.ido,
sistemát.ico
forjar
expressivo-comunícat.ivo>
at.o
o
a
corresponde
mediação
d ..
forum
relação
circunscrevem na t.ext.ualidade expressa, a
par-a
necessária
ao
em
seja,
cont.rat.o gênero
consist.e
da
produção
de
explanação
e
é
no da
circulação/consumo<1987:239-42). Em
vis:t.a
privilegia
a
prop6sit.o
da
sint.et.iza
zPara.
a
hist.oricização
as
dvs1.gnar
disso,
análise,
O{l'ção do
o g&nero, di.ferenci.ó.-Lo
gênero
int.roduzo
t.ransf'"ormações Q
met.odológica
a
em
cat.egoria
est.rut.uradas
pa.la.vra. emprego
um
em
de.!!lfi.le eer& do mesmo
do objelivo é ou um respectivo espeeU'ieasa.preaent.o.Ç:l!oee serao gri.fa.dcs em a.no. Também delermi.na.do pa.rli.ci.pa.nlea do evento.
perfil de
alongado.
do
tema
Para
espetacular-izaçllo.
t.orno
da
gri.fa.da.
org-anização em
termo
cortejo, ca.i.xa.-a.Lt.a.
ca.i.xa.-a.tta..
est.e Ela das o
deP"'ominar rea.Li.zo.do
as
em
entidades
práticas
carnavalescas
est.ét.icas. longos aut.or-~
e
est..r-ut.urados
pela
cujo
sociedade.
Nest.a
é
E
dos
aç:ão
plasma
definida
moderação
de
a
vaza
impulsos,
polimento dos at.os e
ent.:r-e
determinados
de
uma
os
preponderante
sobr-e
os
est.e
est.:r-ut.ur-adas~
relacionamentos individual
societ.ária
t..endo
aos
t'l'uicão
Para
planos
economia
e
Elias
combinações
de
r-acionalizacão~
de
f'at.or
Nor-be:r-t.
simult.aneament.e
rot.inizacão
modalidades
exibicAo
da
civilizadores"(199S:26S).
civilizado:r-es
int.e:r-dependência
raio
principio
concepcão de
"pl"ocessos
t.r-at.am-se os processos
humanos,
pelo
A cat.egol'ia basea-se na
const.it.uidas
da
norteadas
por
diversos
e
geral.
foco modos
a de
expressões humanas, marcant.e do ajust.e das part.es
na t.ot.alidade civilizada. A vel'ificar sonoras
part.ir a
desse
seguinte
encontradas
r-efer-encial,
hipótese: no
a
Desfile
o
objet.ivo
mater-ialização de
Carnaval
dest.a
em
dissertação
formas
carioca
visuais
sinaliza,
é
e
como
expressão, uma das faces tomadas pela expansão do processo civilizador
moderno.
5
1.
O CARNAVAL NA METRÓPOLE MODERNA
Enlã.o
nQ.e.
el vil~zg.cã.o
noe
desenvolver
•m
em f a.z
mo.\. e
qu•
aeneacõea. , , nQdQ de&aa. di.ve(&i.dode,
......
..
~.
E
mui.lo
volúpi.o
~-
provó.vel
A c~vi.lLza.Cão dl.verei.dco.de da.e
adoÇa.?
nóe
-
que
a.
doaon.,. .. ~,.;.,..onh•
o
homem
<:1Ca.be
já.
l&lo Doeloi.évslci.
OGJ a.Li..•no.doe fora.m a.Loja.doe por cl~eee, No.eho.do de Aaai.a
oa ma.i.s a.jui.z~a. nó&, Lemos To ..tos uma no mi.olo doi.di.c• o rei.na.d.o corrermos exi.bt-\.o. o oem rl.eco do p=o hoeptei.o ou pCU'a. • . . poU.cla.
•
dose
""
Fon-FonU.?-02-:1.9!2)
6
do folia. o
Procuro
experienciado
XIX
at.é
deste
descrever
expõem
o
década
de
vint.e
do
cot.idiano
e
com
r-ealizado.
A
nossa prospost.a é
at.ual.
desde o
do
de
final
folg-uedo
valores do
agudas
dos
século
em
seu
carnavalesco
nele
evidenciar quais elementos mediados nesse
as
que
analisar alguns
t.rans:formacões
conseqUências na nat.ur-eza
possibili t.am
e
deslocament.o
por um Rio de Janeiro que conhece
a
cont.ext.o
capí t.ulo
r-elacionados~
quando
que,
íat.os
lo~o
ao
iniciat.ivas
modernizant.es
do
período
enfermem as prát.icas carnavalescas, :r-es:s:ignificando-as. O
:r-eição espet.acular do
núcleo da preocupacão est.á na origem da
gênero Desfile de Carnaval. A pergunt.a que se quer responder é: quais as suas
mat.:r-izes
folia cal"ioca, forma
s:6cio-cult.uroais?
t.arnpouco descr-ever o
des:flle; averigUo
consolidacão
dest.e
int.erior
fest.ejo,
do
Escolas
de
se
Não
modelo
Samba,
que
um
é
a
foment.ando
cuja
r-azão
cont.a:r-
a
hist.ória
da
longo percurso do desenvolviment.o da
condições
quais
pretende
formais
gênero
e
específico
const.it.uicão
principal
sociológicas
de
de
de
vicejam
prest.ígio
entidades
existir
é
a
no
as
como
participar
dos
concu:r-sos festivos. O POLIMENTO DA FOLIA
Quem primeiro chamou a atenção para a conexão exist.ent.e ent.re as t.rans:formações est.ét.icas e com
o
século
advent.o XIX,
nos serve aqui
urbanização
da
f"oi
Maria de
formais
Isaura
pelas quais passa o
mais
Pereira
ávida de
cidade,
da
Carnaval carioca desde
Queii"oz<1992).
meados
do
sensibilidade
Sua
no t.rat.o com algumas: int.er-pr-ot.;;ações sobro o
bússola~
f"est.ejo nesse período. Para Queir-oz, as modificações: no Ca:r-naval devem-se especiabnont.o a
det.erminadas:
de um
n.a
est.r-ut.ur-a
janeiro concent.rava na época a sif;nif"icat.i v o
const.it.uiam sec;ment.o
export.ação.
mercado
comerciant.es
de
últ.imas
As: da
lavoura
si.m&~ont1P8") von por arat.o. e• •xpa.nd• ca.rna.va.l em bri.ncar o a.colhi.da.e • •ra.m
e
or-gani2aç&o da
consumidor
liberais. que
resultantes
cafeeira
no
Vale
do do
como, a. pCLrLi.r a.veri.gua. • condi.ci.ona. o. r•gi.® eonaonâ.nci.a. àa modas que eti.le, ••t.or••
••
7
Ambos
ajudou
at.i vidades
ligados
ainda
ciciado
O Rio
alt.a burocr-acia do Est.ado imperial
pr-ofissionais
de
número
import.ant.e
principalment..e
•Olga.
de:flniçõas:
a
de
ciclo Paralba
da
e
segment.os
enriquecer
o
import.ação
e
mine:r-acliío
e
•
Fluminense ,
que
da. Corl• i.mp•ri.a.l, o di.eaemi.no.cao cM oeli.los da. Europa. ch•ga.va.m a.o Ri.o como parle do modelo
vivia sua fase p~odução
dessa
O
ãurea. para o
porto
me~cado
carioca
era
então
o
principal
escoadouro
exLe~no.
A caract.erizacão do Rio de Janeil"o enquanto uma sociedade urbana basea-se
para
econômico
exerce
a
desest.abilizando modos
elit.e
ent.ão
Ul"banos
aos
moldes
seja,
em
est.ratif1cac.Ao de
e
novos
socioeconômica
Paris, em
o
oposição
busca
uma
de
maior
Os
de
O
a
nos
vida e
setores
queriam
modo
cena.
ident.i:ficada
consagram-se
onde
ao
à
cosmo poli tas,
mais
nort.e-ocident.ais. espelho
fat.or-
hie~arquização
na
colonial
Paulat.inament.e,
cujo
agent.es
ventos
aos
europeus
social,
prot.agonist.a
trazendo
cidade
vigent.es.
"civilizados"
Ou
subalternas.
papel
a
est.rut.ura
procuram em Londres
homogeneamente
o
da
sociais,
abriu
provincianos ainda
est.ilos
acelerar
classes
considera~
cont.ext.o ~
no
desde
e/ou
camadas
das
Queiroz
enxergar
se
ser
das
uniformidade
de
camadas
de
classe.
inicia-se a het.erogeneidade da sociedade em seu conjunt.o. es:t.a situação,
A
Carnaval,
diz,
que
fora
assume
um
hierar-quizacão de
mit.o
social. se
espraia
de
as
do
inst.ant.e por
t.oda
mais
demais; a dos
as metamorfoses observadas no
atribui
"polida"Cidem:50-3).
privilegiado
simbólica
simultaneamente bailes:
e
comuntdo
Nest.e
feição
moment.o
classe dominante
Queiroz
t.át.icas
das
es:t.ratif"icação
modos:
de
engendrasse
o
de
Europa,
t.ambém
o
f'olia
atingindo
Rio
rnáscaras:(t.raduzindo
distinção
social assume
part.icipar
carnaval modelo
de
folia,
da
aparência
a
consolidado
e
Lisboa
o
conhecia.
os
bailes
O
folguedo~
O
a
de
brincar-
at.o de
barbárie e
policial
e
e
o
anos
de
Queir-oz
1940,
venezianos)
Carnaval"
passa
relegados
à
a
das
ao
ent.rudo,
classes
popular-es,
nos
jornais
const.at.a
que,
ent.re
o
desmembra
a
cl;l.va,;em Donrlnan.t.e
denominar
mar-ginalidade,
os
os:
cena
fest.ejos
membros:
da
e
que
o
e
It.ália
Port.o
e
nos
desfiles
de
!"arma de fat.o agora a
como
perseguição
época(Clement.ina/mimeo
folia
do
século
carioca
:f'olsuedo,
comemorados das
do
nos
rest.a
final
do
de
equalização
ident.ificado
veiculado
uma
.assimét.r-icas:.
dimens3es:
car-naval;
selvageria
preconceit.o
Per-ei:r-a./1992).
aos
o
aspecto
mat.erializava-se
prést.it.os(grandes carros aleg-ór-icos). Impõe-se es:t.a como a civilizada
a
França
Cidade
es:t.ilo
entre
ainda
de
na
nos
classes:
pelos
passado em
o
duas
''Grande
burgueses;
des:f"avorecidas
ou
t.or-naram-se meros espect.adores do brinquedo dos ricos ou "resist.iram" no chamado ..Pequeno Carnaval"', Há na aborda~em da autora o
mérit.o de correlacionar as mudanças
no Carnaval com as reorientações mais: gerais: em curso na vida do Rio de
8
Janeiro e
dos
mesmo do país, naquele período. Perspect.iva em pai"t.e cont.rár-ia
hist.oriadores 1
acont.eciment.os ant.eparo
como
re:flexos
locais(1993:23).
Torna-se
período
out.ro
sobre
cont.ext.o
brasilianist.a
concret.a
numa
a.scendent.e
o
como
brasileiro,
bur~uês-capit.alist.a.
t.ransformacão
eixo,
a
meio
Est.a
se
por-que
exercendo no
no
de
análise
det.ect.a
a
de
plano
sobr-e
um
da
do
escalada
ur-banas
hegemonia
f'osse
t.ais
despr-ovida
a
sociais
da
vêem
socioeconômicas
colocar
ra.l.ações
das
repr-odução da mat.er-ialidade, f'osse
condições
Queiroz
ascendência
a
neo-colonial,
das
pr-incipalment.e
complexo
em
post.ur.a
uma
possível
universo
do
de
que
Nedell 1
Jet"f"rey
o
padr-ão
produção
e
hesit.ant.e asforço de modernização,
vislumbrado na expansão da base indust.rial e
de conformação cent.ralizada
do poder em um laico Est.ado nacional, inspir-ado no modelo eur-opeu. obst.ant.e a
Não
desdobrament.os superest.ima disjunção,
da
e
conexão
ent.re
polaridade
a
que
"Grande"
propost.a de Queiroz deixa de ident.ificar quais os
deixa
de
"Pequeno"
urbandzacão
popular ser
versus
analit.ica
carnavais.
carnaval
burguês,
ao
cert.a
quando
evidenciada
t.ornar-se
de
que,
O
e
empírica,
maneira,
t.endência r-ecor-r-ent.e ent.re muit.os dos int.érpret.es desse
na
ent.re
repet.e
período da
a
vida
carioca, de t..omá-lo como mero ciclo, moment.o aquele quando as fracões de classe
dominant.e,
Encilhament.o, nos
endinheradas
levaram-se
t.rópicos".
Alucinação
e
popul.ares
classes
pelo
com
delírio
se
quer
elit.is:t.a<volt.ada ainda
cidade,
M.
para
Per-ei:r-a(1993),
relação
ent.re
demonst.ra, carnaval
por
popular
e
a
dur-ant.e Cont.udo
da
"higienizador
dominação
do
e
Seu
do
sido
um
ent.re
europeus)
com
vist..os
Queiroz,
periodo,
não
apont.a
part.icipação
popular
das como
cot.id.iana
da
Leonar-do Af"fonso
de
das
da
a
:raspait.o
XIX
para o
XX,
dissolução
do
não
persecuido~
nat.ureza
f'olguedo.
lit.erát.os
part.e
vida
a
a
a
sobre
mas
da
Apenas
época,
elit.es
quando
modernidade
de
século
emboz-a
qual
no
recor:rent.e
hist.o:riogr-áflco
de
por
ent.ã.o
a
af"ricana.
concepção
cerceament.o
repressão
enclave
um
virada do
dos
do
"civilização
uma
e
objet.o
na
civilizant.e••
Rio
expurgo
carnaval
esse
especulação
Needell/1993).
est.udo
'
a
simbólicos>
colonial lusa e
&Memplo.
refut.ando
t.ransf'or-macão
choque
cost.umes
os
lit.erat.ura
t.ransf'ormação.
apelo
est.e
paisa~em
uma
pelo
carnavalescos t.êm
evidenciar
e
f'aze:r
element.os
seus
caf"é
de
responsável
expressÕês da b.ar-bár-iêCVelloso/1997 e
Os fest.ejos
o
da
sua
aludida
ident.ifica
no
expressão
da
as
populações
subalt.er-nas. Nesse
sent.ido,
seu
ar-gument.o
9
desliza
~a
uma
cont.:r-ad.icão
int.erna.
Pois
a
maneira poderosos~
imposições dos hábit.o)
ol'iundo
agonist.icos e
como
dos
popuLar
porque
o
Ou seja,
compromat.idos
t.ão
defende
do
lugaz-
em
soment.e
a
ent.rudo,
de
fest.a
Logo,
passava
pelo
ordenador
dos
do
imperiosidade E
modernizant.e,
inst.rument.o
est.imulado
civilizat.ório
de
republicano,
quando
ideal de nação, o
:r-es;at.e
folia
da
mesmo
passou considerar ''selvageria popular-''. A
européia.
pelos de
r-eação
de
jornais
repressão,
das
No
Vonoza.
expressivo
algo
inclusive
cont.role,
Ist.o
do
conf"ig-ura
se
aí
Pereira,
de
a
int.elect.uais
carnavalesca dever-sa-ia inspir-ar nos modelos de NioG, Roma e ent.ender
jogos
seus
os
cânones
ai vilização
apóst.olos
os
pa%'a
crivo
reit.el'ação
defensiva.
que,
regime
as
t.r-ansfor-rnaç:ão
conservadora,
perspectiva
resist.ido
com
qualquer-
de
procuravam amalgamar ao sent.iment.o de povo o da
t.eriam
caract.erizou-se pela
r-ecém-inst.alado
o
com
populal'es
Colônia,
da
most.ra-se
aut.or
classes
af"irrna ele,
t.empos
gl'ot.escos.
condut.a
as
uma época.
da
do
que
se
camadas subalt.ernas
responderia negat.ivament.e à violência inscrit.a nest.e projet.o. O
est.ou
que
int.érpret.es
Carnaval
do
Há
argument.os.
neles
int.rinsecament.e elit.es.
Ao
t.endo
vist.a
e
esse
mesmo
dimensões
da
vida
apresent.ação que
versus
dest.e
capít.ulo
veremos
adiant.e
carnavais
!"oram
desses
nort.eia
nat.urezas
duas
dominado
objet.ivo como
a
analit.ica
seus
sociológicas
o
burguês
das
é
mat.izar
t.al
as
mediações para
cruciais
o
post.eriorment.e do Desfile das Escolas de Samba. de
int.érpret.es
inevi t.ável
é
colet.iva e
int.er:f"erência exercida sobre
port.ant.o
os seus
ressonância
sociedade
na
no nuancar
a
observa
civilização/modernização
pela
desempenhado
de
ocorridas
:f"olia,
com
lóg-ica
popular
o
mais
da
"poliment.o"
o
que
conjunt.o
t.ransformacôes
a
é
''Pequeno''
o
surgiment.o dos Ranchos e se
demonst.rar
afirmação
a
disso
em
"Grande"
o
carioca
inconciliáveis:
cont.rário
polaridade. ent.re
pret.endendo
cidade
composições
da
sobre
local
o
reconsiderar
da
relacionament.os
nas
dos
das
o
papel
diversas
grupos
com out.ros
e
a
grupos
e, pr-incipa.lment.e, nos modos da expr-essão e comunicação. Com apreender Rio
de
do
mani:f"ast.a
pont.o
Logo, no
a
idéia
a
por
import.ant.es observância
Car-naval
da
de
Maria
luz da redefinição vist.a
de
est.a at.ravessada
conseqüências
conjun.t.o.
ret.enho
Carnaval carioca à
Janeiro,
Tot.alidade de
o
ef"eit.o,
cidade,
uma
um proce:s::s:o
sobre da
de
a
paroace-me
10
P.
Queiroz
de
do .e:spaço urbano do
t.ot.alidade
sócio-hi:st.órica.
modernizante
est.rut.ura
ambigUidade
Isaura
da
frá;il,
sociedade
cont.ida nesse cons:t.it.uir-
a
porém
em
seu
moviment.o
lent.e
e
propicia
para
reconsiderar
o
papel
dessa
moderniz.acão
sobre
relacionarnent.o ent..r-e os grupos no Rio de Janeiro, alguns
ajust.es
conceit.uais,
bases
para
a
os
modos
daquele moment.o.
exposição
e
a
de Faço
anâ.lise
post.eriores. Ist.o porque se t.om.a.r-mos a socialment.e int.er-agir groupaie~
r-ealizada,
e
simbolizar mundo,
no
o
penumbra.
qual
para
se
ent.relaçam
experiência
a
p:r-opost.as:
as
negligenciam
que
noção de cult.ur-a como uma t.ot.alidade
de
um
ant.erior-es
direc;ão
dados
uma
de
Civilização locais
empíricos
uma
e
incipient.e
Mas
aos
seus
principias
já
pont.os
alguns
são
na
fenômenos
de Carnaval carioca
os
quais
ser,
o
apont.ando mais
congregando
part.icularidades
racionalidade
ampla,
na
civitizat.ória
circulação,
de
fazer,
configurações
ext.raordinários,
formação
Moderna<Ort.iz/1991:245).
ou
mant.êm
principalment.e
hist.ó.r-icos:
de
grupo
ent.recruzament.os cult.urais acont.ecidos:, para os evidencia
modos
a
desempenho
e
mat.er-ializados no dia a dia pela vigência das suas inst.it.uições
parece-me ocorrida
a
isso
Por-
dicot.omia
insat.islat.ória no
cerne
à
at.ribuí-la
da
maneira cont.at.os
s:ur-giment.o
na cidade
essê
embrião
concorr-em cult.ural.
par-a
a
montagem
dos
ocor:ridos
e no
que
grandes
e
condiciona
os
de de
est.udada
como com e
ntais os
dos
Ou
melhor,
do
est.rut.ura
e
vinculados
de
Os
aos
a
p:r-ocesso
de
cult.urais
em
algumas
const.it.uição
est.a
a
quais
fat.ores
t.ot.alidade
da
do
manifest.ação
encont.l'os
met.ic:ulos:idade
:fluxos
é
sociológico
encont.rados
Carnaval
capít.ulo
época.
da
:r-efel'e-se
polidos
o
gerada
formas
condicionantes
cidade.
dest.e
agrupament.os
novas
''popular''
e
ressignificacão
fat.o
Janeiro
Rio
grande
rit.mq
o
no
ser
ent.endido
social
de
p:ressupost.os
exarni~
propost.a
modalidades
complexos
da
A
profunda
considerando
consumo
a
''burguês"
a
het.erogeneidade
novas
aos
Carnaval
just.arn.ent.e
ela
a
produção
est.eio
compreender
cult.urais:, de
ent.re
carnavalesca.
modernidade
Carn.aval-Espet.áculo Requer-
fest.a
problemát.ica
A
prát.icas
de
para
corno
os
modela
t.eórica
do
carioca.
t.ot.a.lida.de.
Já
espet.acularoizant.e
det.onado. De 0
inicio,
p:rincipio
social
em
recor-ro
de i#oda a "formar
o
a
uma idéia de
argument..ação. cent.ro
de
modelos para out.ras classes e acei t.os
por
especial de comet.ida
a
elas,
já
um
p.r-essupõe
de
criar
Not.a ele
que
processo
e,
Elias a
uma
s:i t.uação em
modelos
11
virt.ude
dest.a
e
a
de
delinear
uma
f"orma,
classe
f'ornecer
sejam difundidos e
social da
visando
ação
de que est.es modelos
sociedade como um t.odo, funcão
Norbe:r-t.
e
qual
outro
uma a
um
est.rut.ura circulo
difundi-lo
é
e
assimilá-los"<1990:124>.
é
ân~ulo,
De:s:t.e
carnavalescos
europeus
aspiração
da
ocident.al,
apesar
das
cons:ist.iu
t.ambém
em
valores,
part.icipações
na
nat.iva
um
a
compart.ilhar
esforço
em
na
sua
modernizant.e
folia
diant.e
carioca
e
iria
na
cujos
respost.a
e
cidade as
ao
desaf"io
precisava
pessoas
do
ser
seu
post.o
por
cont.rolada,
círculo
uma
uma nova hierarquia
os
mesma
desde
at.é
com
ex-escravos~
"pacificada"(a Abolição dos
imensa
seu as
próprio
sociabilidades.
que
t.ambém
chegava
relacionament.o
demais:
por exemplo,
das
est.Hos
das
população
das
Porém
de:s:dobrament.os
A pos:t.ura de segmentos da burguesia funciona como pressão mas é uma
a
civilizada
sociedade.
classificar
t.ot.alidade
Sig-nificou
humanidade
da
pre:s:ent.es
element.o:s:
dos
conver~ent.e:s:.
a:s:pect.os
de
adoção
funcionaram como parâmet.ros a
dali
que
dois
deficiências
engendraram práticas e de
sob
burguesia
t.omar
vero:s::s:Ímel
esferas,
to:rnará
o
à
com
enf'im,
negro
um
personagem já não mais escamot.eável socialment.e). Ironícament.e,
que
autocont.role
t.eve
principabnent.e
no
erguidos
o
pacat.o t.erreno
para
e
controle de
se
que
para
a
t.ornar
t.angia
convívio
recolhido
aos
aos
segrnent.a a porque
os
encadeament.o
"igualação"
e
ambigüo,
at.itudes
e
monarquia. público,
e
1st. o
mundanos
abandonavam
prest.igio
maior
o
rit.mo
semeou
E
localizado um
só
o na
t.ernpo
int.ernaliza em um jogo de equilíbrios,
circulam,
moldado
"diferenciação",
da
públicos
que a
suas
um
''civilizadas''.
espaços
atraem
procuram dele extrair st.at.us e
os assimilam e um
legi t.imados
como
durant.e
do
nas
de dist.inção social), que a
sociedade mas também a modelos
dominantes
visualizável
populações,
t.orno
apreensão das imagens:(visuais e
classes
agora
vigent.e
em
das
novos
dessas
lares
disput.a
exigiu
definidas
manifestação,
de
formas
o
a
do
um
só
out.ros ascensão t.empo
decorre
qual
agent.es
quais
social. Sobressaí
pelo
um
os
princípio
especifico
da
código
de. prest.ígio social, po:rém p:ranha das mat.:rizes que o modelou.
Herscham e
Lerner(1993~,
est.udando a
difusão dos esportes
ent.re
os segment.os de elit.e no período da Belle Epoque carioca, const.at.am que a
import.ação
I"el.at.i v o
a
sensualidade
das
prát.icas
nos
espaços
se deu., exemplificam,
Tais
íat.ores
especifica e
dos
economia
o
inglesas
impulsos,
concent.I"ando
inst.it.ucionalizados
do
apareciment-o dos clubes
int.eríeriram no
sobret.udo
delineament-o
no de
desenvolvimento um
novo
perfil
port.e at.lét.ico significa ent.ão saúde moral e
1Z
obedecia a
jogo
de
a
e
um
violência do
de
:f"isica -
uma bela:z:a: o
e
lazel".
regat.a e
de
empenho
de
esfera o
a
Assim
futebol. lúdica
exuberant.e
sport.man. Condiz
t.ambém com uma visão
as
ext.r-apola
íront.eil"'as
sociabilidade
ur-b.:.;ano-i:n.dus;t.rial.
cont.ext.o
no
máquina,
a
corporeidade dóail, no eent.ido de;:. g.:f'"iaic;:.nt.c;:. oo.rno
da
dos
ressignificação,
das
camadas
set.ores
pois
pl"'i vilegiadas
populares,
mant.ém
o
R-lo.pid&UTtent.c;:.
é
e
conhecendo
padr-ão
incorporado
disciplinante
regras desde
socializadoras o
fim
do
A
comedidas. dos
mesmos autores
ét.ica
códigos
coloniais bebida,
século
desgraça, em
prát.icas
Na
mesma
exultando
de e
a
definindo-a
desenvolveu-se processos
agol"'a,
é
Impér>io
de
combinados
aos
modelos
ganhavam
cost.urnes modo,
ent.rudo
caem
a
em
implicariam
feito
Unidos
e
nit.idez
quase
Eur>opa
modelos
de
população,
da
ociosos,
e
inspiração
intervenções
vi~iados
''desvios"
os
aos Dest.e
disciplinantes
de
e
"progresso"(ldem:64).
Estados
formação
no:rmat.ivos
sobre
coercivament.e
nos
moder•adas
civilizant.e.
um
cidade
da
paradigma
pe:rs.eguições. do
e
como
ident.ificados
moderno
as
empenham-se no int.uit.o de orientar- a
tomada
cidade
família
ataques,
at.it.udes
ao
na
medidas
cot.idiano
obstáculos
t.r•abalhador-es
íeit.a alvo
de
r>egener•ador·
similares
A
no
porém,
37).
conjunt-o de
fora
e
jurídicas
ent.re
o
carnavalesco
enquant.o
anormalidadeCMat.t.os/1992:19). do
jogo
verdadeiros
médicas
classif"icacões
adoção
populares
p:r-ojet.o
r-ep:r-e-ssão,
de
à
produt.ivist.a
o
o
para
comparecer
recr-iminação
galo
"at.rasadas",
simultaneamente
e
a
cost.umes
segundo
direção,
esquema
XIX,
alvo de
porque,
passam
Os
t.or-nam-se brigas
que
puritana
sociais.
as
chamam atenção
na
int.rigant.o
urna
ident.if"icado às prát.icas lúdicas do homem do povo<Idem:15 a Os
f"ut..c;:.bol
o
pat.riarcal
e
médica
de
núcleos
pelo
Est.ado
pedagóg-ica mais
familiares legal,
e
pr-át.icos
he:rdada
at.uando
dos
morais
ind.ividuos(Mur-icy/1999). Est.es funcion.a.:ram -eo:rno do
corpo
e
discursos
mesmos supor-t.&
t.empo.
do
id.o.ológico
Resist.iz-
e
'
pat.oló~ico.
indívíduo(Salvat.ore/1992).
e
passam
a
~ient.i:ficas
Sevcenko, civilização
a
est.ar
A
pobreza
sujei t.as:
à
na
maneira
abrupt.a
e
vezes aut.orit.árias e
p:rodut.iva,
e
a
do
como
capit.alist.a
violent.as,
se
obst.acularizar(1983:26 e seg-s).
13
regenerat.iva
das
procurou
int.egrar
a
t.udo
aut.oridades
lembra
na
quant.o
do
am~amadas
são
p:rát.icas
uso
padrões
vist.a
de
Como
em relação
dos
moral
a
"nuill"
o
est.at.al.
r-ecorreu
ou
dent.r-o
ponto
pat.olo~ia
int.e:rvencão
burocracia
"bom"
int.er-pr-ot..::.<;:Õo5r
identificado
ins:t.aladas
ur-bana
no~~;~~:~.;uõ~
o
jurídicos,
aos
aliados
par-a qualificar-
at.ividade
a
domin.oa:n.t.e5r, .adquir-o depreciat.ivo
médicos,
a
Nicolau
cidade maioria
viesse
a
na das
lhe
.acomodação
A modernizar acordo
atendia
com
cujos
os
e
ao
máximos
emoções.
moradores
novos
imperativo
cri t.érios
princípios
impulsos
dos
de
de
os
que
esta
Ainda
e
do
cálculo
e
exigência
não
dificuldades
descontinuidades
pretendida
na
nacional,
que
ia
com
suas
experiência ética
da
caf'eeira
cont.ra
os
int.eresses,
razão
flutue
nas
proeminente
próprias
das
particularidades
à
sua
jornadas desmesuradas
escravo
depuseram
Sem
af"eit.a e
dos
entre os segmentos
obreira,
pouco
aut.ocont.role
trabalho
do
indust.rial-capi t.alist.a.
oligárquica lhe
livre,
t.ransmissão
homogeneização
burf>ues:ia
da
recente
a
remuneradas,
t.rabalho
de
nort.e-ocident.ais,
valor em si
em
centralidade
uma
queria
colet.iva
racionalizant.e
da sociedade emerr;ent.e em ajust.ar as
totalidade. O mundo do mal
a
leva
se
vida
do
no relacionament.o endógeno dos grupos e
ela
sociais,
a
ci vilizacão
diversas direções da sociedade da época, como o de convi vi o
que
cidade
racionalizar
urbanidade
eram
à
ainda
cont.ar
as
e
contra
o
a
poderio
indust-rialização
à
a
e
desvaloração
racial
do t.rablhador nef>ro.
acont.ecia como
cont.ext.o
o
LD!&'O,
conjunt.amente
razoavelmente individual
vont.ade
ent.relacament.o de relações cont.rolam
de
que
t.ant.o
das
:feixe
mesmo
e
Estas
não
um
grupo
sociais
que
inst.i t.uições
formando
Ent.ret.ant.o era vast.o o nesse
equalização
de
funções
corpos,
os
à
normais. ou
bifurcar-se.
urbano
uma
de
os
diferencição
det.erminadas
posturas,
compreendiam
os
especif'ico,
mas
se
diversificam,
como
nova
dos
incluídos
as
efeit.os
não
das
social vist.as de
uma
resultava
do
formando
impulsos
modelagem
percent.ual da população ent.re
A
e
um
elo
consciências
personalidades
2 •
incluído
diret.ament.e
resist.ência5 à
codificação
burguesa mostravam-se tamanhas. As conseqüências quanto
modos
no
participação
de
a
est.a cesura, veremos, recaem sobre os
folguedo
carnavalesco.
cont.udo,
Ant.es,
a
se faz reveladora, quando se const.at.a observação do aspect.o demográfico ,, a
diver-sificação
vida car-iOC.Q e
e
int.r-icament.o
das
funções
sociais
nesse
moment.o
da
dos: flancos nela cont.idos.
z TUTOZZl.U,9BP> .
de Engenha.ri.a. di.vulgo. em :l88? projetoe operdri.oe, Evi.denci.a. como a. i.ni.ci.a.ti.va. de dos o c=~ profi.sai.onali.za.ntes di.sci.plina.dores da mão-de-obra. é CUl"SOll promover i.ndústri.a&. At\.tudelii embut\.clQ& petas no mesmo contexto do i.ncent.i.va.da. regenera.c:ao on. . lilliil i.nclu\.o.m aa.nea.mento o. cg.mpo.nho. hi.gi.&ni.•tg. Cruz urba.noe de O•va.ldo ~ como modo d• di.•ci.pli.na.mento hi.gi.eni.zc:a.Ç<io doa c:orpoa, a. i.nlereaea.nte i.nterprela.dio Jura.ndi.r Frei.re da. Coata.U.P?P, reapei.t.o da. di.••emi.na.Ça.o do modelo de ••pa.Ço la.mi.UGI" burgu•• no Broei..l. pa.rti.c:i.~ do. di.fue&o do. i..:Ui.o. de i.ndi.vtduo e do i.mput•o ao oo-di.menLo. moa:tra. ea.nea.mento
•
..
como
o
Clube
••
•
.,.
Falo
Janeiro
do
ávido
ent:re as
décadas
termos numéricos,
a
para
443
811
mil
à
somado
crescimento
e
entrada
ano
país
a
chegavam
ex-escravos>,
com
estranceiros
t.ot.al
deste
pelo
nordest.inos
contingente,
Rio
de
XX.
Em
em
1972,
migratório,
incremento
da
natur-ais de out.r.as regiões:
população,
da
século
fluxo
O
pessoas(mui tos
dos
24,83%
do
no
habit.ant.es,
972
responsável
849
mil
predominância
const.ituiam
indivíduos. Do
f'ora
em 1900, os:
que
519
e
mil
curso
trinta
anos
274
em
1906(Lobo/1978:469).
imigrantes,
população ur-bana. Haja vist.o do
os
salt.a de
no
de
e
1880
de
cidade
populacional
ent.re
seja,
115 mil 779
171
quais
Já
os
mil
716
Bahia.
da
ou
os
oficialmente
estavam
empre:ados. Aproveitando o crescimento da demanda motivado pela expansão da
urbana,
malha
parcela!s
t.emporários(biscat.es) perseguiam
os
ou
imensas
permaneciam
driblando
vendedores
os
da
fiscais
ambulantes,
serviços
realizando
dentro
prefeitura campanha
da
"hi,ienização'" da área central citadina. A cidade constitui um minado, fé r til ao 3tri te e aos conflitos que explodiam simult.aneamenteCCarvalho/1984), ávida(já em 191:0, a
no
população
rast.ro
Rio
do
de
de
uma
concentração
supg.r&tv&~
J.aru;,i:ro
que
o
de
campo quase urbana
wú.lhQo.
uft'l
do
pessoas>.
o
contraste
Elias(1993:248) relações
ao
que
o
ou
sist.ematicarnent.e
princípio
a.t.ing&
sociedade
UI'bano-indust.rial
ent.ão
as
ractonalizant.e
país e
tem
parocalaQ
Ianni
bases
se
em
desliza na
t.al
acelera
Isto
em
aparat.o
ideológico
deveres
bur~ueses,
razão
com
do
de
vida,
no
.seja
ordenador.
de
Isso
conjunt.o
a
wna
dado
por
nível
das
ante
sentido
hierarquia
da.
no
valores, não
ainda
est.ejam
do
população
escopo
organização
excrescência. a
decisiva importância
escravo.
coloca-nos
signi:Cica
estrut.uradas
as
emersão
nas
de
de
um
da
sociedade
uma
rei vindicacões
condições
individualismo
ur-bana;
Mostra
e
urbanas da
mecanismos f'undament.ais à
o
univer-so
a
civiltzacão
pais,
her-dadas 15
da
de
de
tendência urbana
no
:nm do trabalho
tr-azerem
i'"ualdade
O
pat.riarca.l
brasileira
que
pelo
esboço
de
met.amor:fose
do
consigo direit.os
o
e
ex-escravo
em operário urbano<1987:49). Ao mesmo t.empo, os lindt.es postos à ::reordenação econõmica do
assume
urbana-industr-ial(vertical-compet.tt.iva).
pont.uaiSI
ret.ira'
de
de
seu
lógica
acima
auto-orientação,
de
p:r-oce&SIO
Oct.ávio
e
termos
sociais pela
da
em
st.at.us
r-elações
as
descrita
comedimento
mercantis
paulatinamente
cena
racionalização
a
onde
sociedade
na
própr-ia
economia a:gro-export.adora e
da
est.rut.ur.a oligárquica
vão rest.ringir a f'OJ:"ÇQ
O
breve
do
relat.o
período
poli t.ica.
f'rowddão
de
:finanças~
Rui
que
especulação
E
em
um
do
t.rabalho
escravo,
vendedor- livre
naquele
já
núcleo
est.a como
uma unidade
No
inst.it.uido
capit..al<maqui.n.ário circulação
dos
para
bens
da sua
de
produção de
a
a e
dimensão
nas
dominando
a
cidade
reprodução
por
do
t.rás
fundado Rio
de
marxistas,
de
das
mercadorias).
assalar-iado,
est..ável
divisão
despoja-se
e
social
Enfim,
concentr-am-se
mãos
de
o
economist.a
que,
t.ermos
das
indústria moderna{ent.endendo
trabalho
sobre
a
industrializant.e
em
da
minist.ro
Peixot.o,
à
Quando
resultado
ent.ão
present.es:
passagem,
economia
ambigüidade.
para af"irmar
projet.o
Cábrica,
produzidos.
inclusive
pelo
Floriano
a
mercado
produçãoCcapit.alizando-as) p:rop:riet.ários:,
na
inst.alações)
e
um
pela
Encilhamento,
evidências
inst.ant.e,
int.roduz
e
art.esanalidade
do
Governo
havia
est.ava
o
mesma
implementada o
básica
vi venciadas
da
event.o
encont.ra f'ort.es
cujo
é
mat.rizes
o
dtli'ant.e
at.ividades manufat.ureiras
que
as
cambial
desenfreada,
condições,
janeiro.
inst.it.uição
da.
t.ransformações
signif"icou
Barbosa,
Eulália Lobo(1978)
das
evidencia
o
nas
e
"met.amorf"os:e do escravo"
reint.erpret.a
da
poder
t.:rabalho.
c;kJ.
carioca
do
t..rabalho
as
condições
reduzido
um
recém-criado
do
abarcant.e do
mercado
e
a de
de
r;rupo
de
a
capit.ais
no
pcd.o.
A aut.ora encont.ra o de
t.ransf"ormacões
que
pont.o de part.ida do processo no amplo leque
à
con.f"ere
cidade
econômicos novos papéis, em meio à do
Paraiba
Fluminense.
Nesse
e
a
da
ext.inção
Enquant.o
a
credit.ícia
oli:;arquia em
emergentes
ou
sent..ido,
eHt.e
diz
perf"il
de São Paulo em
agro-exportador
defendia
a
disput..a
do
país.
os
f'accões
nat.iva<Idem>. do
com
f"r~ilidade
desenvolviment.o
janeir-o e
a
produção e export.acão do produto, ' carioca iam na cont.r-amão, defendendo a
manunt.enção
explicitaram a
paulist.a
emblemát..ica
a
selando
asseguradas
do
é
Lobo,
pollt.ica
indúst.:ria
estavam
agent.es
da
incipient.e a
z;;:eus
expansão
relação
da
per-manência caf"eeira
de
decadência da cult..ura de caf"é no Vale
ent.re os r-epresentant..es das elit.es do Rio de t.o:rno
alguns
de suas
A
modelo a
conf'"i:rmac;:ão
do
agro-expor-t.ado:r,
he~emonia
dos
Acor-do cujas
ca:íeicult.ores
prot.eção
à
de
Taubat.é,
bases
polit.icas
na
federação,
do desempenho dos novos at.ores urbanos para o at.ividade:s:.
Ainda assim
elas :f"rut.if"icam
mudanças
na c:.apit.al do país.
o
deslocament.o da posição do port.o do Rio naquele moment.o, ajuda
16
f"uncão
de
pl"incipal
da
escoador
produção
caf"eeira,
colocava ent.re os 15 mais import.ant.es do mundo, at.tvidades
das
de
est.rut.urais a porte,
importação.
que
O
à
leva
o
port.o
do
Rio
se
em razão do incremento
implement.acão
de
reformas
fim de possibilit.ar- o ancorament.o de embarcações de grande
consagrando
cidade
a
como
cent.ro
distribuidor
artigos
de
e
equipament-os para o mercado de consumo int.erno<Idem:449). Desde indicado
já est.á c.laroa a
mudança
cresciment-o
produção
pelo
da
expansão do set.or secundário da áreas
volt.adas
para
sociedades
primeiras financeir-a e
o
beneficiados
com o
facilidade
são
esses
e
os
anônimas
padr-ões
de
economia
in:fra-est.rut.ura
tecidos. Particularmente
dos
bens
t.oma
de
indust.riais
vult.o
t.ransport.es
locais.
da
e
import.ação
de
de
da
maquinaria
de
aument.o
das
at.ividade
a
foram os
na
traduzido
Encilham.ento,
o
e
nas
const.ituicão
ferment.ando
politica de
A
fiação
mercado de acões da cidade do Rio de Janeiro. E beneplácito
int.erna,
principalmente
urbanos
protagonistas
nacionais,
demanda
instalações
das
produt.ivas<Idem:481). Procuro incremento o
deslocamentos
t.ais
interdependência
da
objet.ivo é
como
examinar
relações
funções
e
de compreender as condições que ela estabelece às post.uras
f'est.ejos
carnavalescos.
remanejament.os oc:or:ridos a
desenvolvimento recipientes manisfest.o pelo
à
sobret.udo
ent.ão
prefeit.o
mot.ivando o
a
pena
cidade com a
a
reforma
Pereira
Passos,
conect.ar ambígUo
em
convivia sua
entre
1906.
ent.re uma modernidade
ecologia civil
e
Deslocamento
central,
e
os
estabelecendo
público.
região 1903
sua
construção
de
r-efere
dest.aque
t.ranspor-t.es,
ao da
pôr
reest.:rut.uração da
e
e
sociabilidades com
assim
at.i vidades
das
comunicações
das
out.ros
Vale
na
expansão
da
part.tr
o
sociais.
ambientadas no Rio de Janeiro do periodo, notadamente no que se aos
do
participam
coordenada
Mais
vacilant.e
uma
e
vez
for-mas,
diria, coloniais recicladas. A
Enviado engenheiro, ele
a
' CENTRALIZAÇÃO DOS FESTEJOS NA ""AVENIDA"
pelo
exército
Pereira Passos
f'unção
de
herói
f'ot
nacional um
civilizado.t>,
dos
à
Franca
jovens
mediando
cujo
dest.ino
geográflca
f'o.t>mac5es s6cio-cult.urais di:t"erent.es. Sua ida para a Chaussés
respondia
aos
p:rop6si t.os
tnt.eressados em modernizar o
de
braço ar-mado
17
pai'a
segrnent.os do Est.ado
e
se
reservava
cult.u:ralment.e
Êcole des da
a
elit.e
Pont.s e militar
brasileiro, após a
adquirida
consciência
a
engenharia
de
t.:r-adtç.i.o
com
saint.-simounianos
por
just.H"icaram a
e
obr-as
escolha. Lá, Pereira Passos conhece o
concepções urbanist.icas ingleses f'"eit.as
A
escolas
nas
influência
a
gr-andes
de
Paraguai.
do
sacr-alizada
Napole.i.o
cons:t.r-uç.i.o
na
Guerra
da
fr-anceses
dos
incent.tvadas
poli t.écnicas
experiência
dos
mundo,
pelo
reescalonament.o das
po:r• Hê?tussmann durant.e
a
afamada
:l'ef'o:l'ma àe Pa%-ia(Needell,...o"1003:4b-60).
De
volt.a
ao
Brasil,
t.ot.alment.e
fascinado
pela
idéia
de
saneament.o urbano vist.o na Europa, Passos se int.egra ao corpo t.écnico do Est.ado
imperial,
t.endo
ferroviár-io
brasileiro.
ao
o
assumir-
cargo
dest.acado
Não de
recor-re
ao
paradigma
modelo
da
cidade
obst.ant.e,
Prefeit.o
de
papel
da
será
no
Capit.al
planejament.o
"espet.áculo
na
governo federal,
urbano
par-a
inst.alacão
que
o
em
uma
como
recursos
"vit.rine"
Hau.s:smann.
de
int.ervir
de
controlável
t.ornando-lhe
o)
novo
país
bancárias inglesas e
casas
caCeeira
bur-guesia
par-a
republicano,
acordo
privilegiado
com
imensa
parcela
at.endendo ant.i~;as
ao
são É
circutacão
de
indust.riais e o:rla
abe:rt.as
da
e
rede
veraneio
e
sociais
sobressai
resid&ncia.
interesses
espaço
da
urbano,
normat.ização
das
out.ras
novas,
const.it.uicão
pessoas
conect.ando
jovem Zona Nort.e a
par-t.ir
elet.:r-if'icacAo, Um
nest.a
novo
e
Em
de
redefinição
seu
o
das
de
da
grupos
sist.ema
um
aos
e
urbaníst.ica.
das às
de
bairr-os
incipiente
pist.as
ruas
t.racados
a
cent.ro
aos
lugar-,
cosmopolit.a~
vocacionando-os
perfil
desabrigando
obedecendo
e
cr-escem
abaixo,
uniformidade
a
'
post.a em execução. A
trabalhadora.
projet.o
que de
vai
no
operários da da
e
t.rans:par-ência e
mercadorias sul,
colonial,
pobre
surgem
ident.i:f"icável
marít.ima
.
passado
população
princípio de
com
Sevcenko/1093>.
do
a..largadas
ret.il!nios.
da
he:ranca
Velha.,
cont.ando
os
no
de
Du:r-ant.e t.r-ês anos urna série de reformas é Cidade
projet.o de
a imagem da cidade
aut.ori t.ariament.e
lo cus
oonaoiânoia&J(Co!ãU'valho/1094 e
de
O
sent.idos"CBenjamin/1991:41>,
Janeiro. O objet.ivo era fixar
do(e
Alves,
engenheiro
implement.ado nas g:randes: ob:ras da reforma de Par-is, baliza o modernização do Rio de
sistema
Rodrigues
inspirado
os
do
região
novas
:f"uncões
vias de
relacionament.os possW
Ela
incipient.ement.e o .:;erme da est.et.ização da paisagem. Algo emblemat.izado pelo epit.et.o ''cidade maravilhosa'', desde os anos dez inseri t.o como referência nacional e êCISé
externa do
t.ema. Salt.a aos olhos a
Rio
de
Janeiro -
mais
adiant.e
corr-e.laçJlío da obra de engenharia e
18
vol1t.o a
W"banismo
com
int.eresses
financeira, se~unda
provenient..es
selados
met.ade
est.r-ut.ura e
com
do
a
da
esfera
fundação
século
do
indust.rial,
Clube
XIX<Turazzi/1989:16>
En~enharia,
de
populacional e
público
conc:ret.izada a
escolha
na
de
Cent.:ral
Avenida
francês,
eclet.ismo
uma
dominant.e
seus dez andares). Ou ainda a de
Belas
da
fachada
Ar-t.es,
do
Teat.ro
Rio
e
valorat.ivas
à
sinaliza superficie
na
sua
da
Onde
se
dos
edifícios
t.orre sede do Jornal do Brasil e
do
e
t.ransnrlssão de
emblema
Branco.
arquit.et.ônica
às
Arquivo
desart.e, um símbolo, porque condessa processos sociedade
como
a mist.ura do neo-clássico
imponência present.e
Muncipal
concepcão de rua e
a
avenida
at.ual
época, ali inst.alados<como a
para
na
equipament.os urbanos em respost.a ao aument.o
o
dest.acavam(dest.acam> os prédios art. nouveau e
alt.os
ainda
em colocar a
:remodelação:
e
e
esCor-e o
e
do t.râf'"ef;O geral. O que chama at.encão na ref'"orma é espaço
imobiliária
Nacional.
t; lobais
de
t.ext.ura
fachadas a
É
fat.o
Avenida,
ent.ão em curso na
det.ernrinadas
de
Museu
do
orient.acões
mat.erial
e
recipient.e
às experiências individuais e colet.ivas. Ant.es urbana é :recém
de
a
novo cent.r-o
o
sociais
art.iculaç:ão
a
sua
part.ir de
Avenida
represent.acões
seu
marco,
desde
de
concret.ude
o
ent.ão.
f'at.os
e
novo
Dest.e
que
nor-t.eador
modo
int.eresses
a
que
age
ent.:re
na
como o
símbolos
paisagem
que
das
examino
sua consolidação
combin.at.ória
numa
indica
um crit.ério de centralidade,
do Rio de Janeiro e
cidade~
da
nada,
organizada a
fundada
seguir
mais
t.em na
prát.icas
e
brevement.e
a
conformação
do
núcleo moderno
..
inst.ânciais
socioeconômicas Sit.uado
em
um
pont.o
privilesiado,
ent.roncament.o de diversas zonas de
inc:re~nGnt.o
da
e
às
de
sua
janeiro
t.%-an&t'ar-itncia
meados
do
margens ocupacão do
mesmo
aceleração
á:rea
que
port.uá:ria,
no
passam a essa
limiar do século
processo
urbano<Ribeiro/1985:14-5). de
no
~eopolit.icas
est.ar
XIX.
sist.emas
prédios
reajust.e
de
signiflcat.ivas poda%>
do
de
De
de
de início
baixo
produção
valores
que
mudanças.
Est.ado
dividir
T'egião
do
o
Rio
conhece
Rasult.ado
mercant.ilizacão
em
o
pa:rt.e
t.al
cust.o,
capit.al
dest.inados
fora
à
do
de
e
lhe
Nesse
legislar
circulação cost.uma
ser
moment.o, sobr-e
de
para
humana
ant.es
massa
a
no
início
vida
complexif"icaç5.o
mercadorias,
paralelo,
e
o
incorporam
dest.e
individual
solo
mobilizado
ref"erida, que chegava cada vez mais ao Rio. A expansão e dos
coração
capit.al m.ercant.il para o mer-oado de imóveis, em " século, o seu desenvolviment.o assinala t.ambém a
do
const.rução
da
pois
século, e
vir-t.ual
à
ãrea
inf1a
colet.iva
o na
re~ular
cidade; novos decretos pa:s:s:am a toda uma paramentac;ão técnica e construção de imóveis mas a
Logo o
mãos
do
comércio
às
ali
poder
bancáz.ias:,
novos
passa
econômico
e
a
subliminarment.e,
aos
encarece a
espaço pára nas
que
modo
um
edifícios
cobrado
de
de
margeam
ou
luxo
de
um
a
a
às
primeiras
código
e
afinal
exibição
também
tácito
diversão
Avenida,
diferenciação
ao
inst.ituicões
e
nova
porém
pelas
escritórios,
privadas
hot.éis
sócio-polit.ico;
obediência
valor
aos estabelecimentos de lazer e
ocupant.es
significar
a
aos
empresas
de
viat;em da cidade e
alt.o
O
ocupação
sedes
às
casas
requint.ados
estar
não apenas
:r-est:r-ince.
sua
a
sof'lsrt.icado,
governamentais,
mais
burocrát.ica que
especulat.ivoCidem:17>.
restringe
agências de
uso do solo urbano, exigindo
preço dessa área se inf'laciona também, o
capit.al
const.ruç5es
o
do
compreende,
formalizant.e
desta
exposição na Avenida-Passar-ela, aberto no núcleo daquele territ.ório. largo
O
boulevard
1.800
de
amplas para os padrões da época e dividindo-a em duas candelabros
de
produção
a'Linge
elétrica.
usina
da
os
de
contendo
Iluminação
Fort.es,
73.369,490
era
cenário
um
possível
pela
kwCAnuário
lat.erais
as
Light.
da
cidade
desf"azer-,
despont.a:r
no
cor-rigir
inteügent.e o
de
novo
um
t.r-an.sf"o:rrnar
e
isso.
bastante para compreender que
de ser da sugest.ão doent.ia e
com
Light/1969).
t.empo:"A
t.udo
e
calcadas
canteiro
entrada
cuja
Inaug-urada
sob
própria rendenção Central
veio
administ.rador
um
rua est.reit.a era a
a
em
década,
Avenida
Houve
o
a
naquela
chuva, o at.o fora acompanhado na sua di vulgacão como a da
de
possuía um canteiro central arborizado
pistas asfalt.adas,
iluminação
f"uncionarnent.o
metros
razão
bastant.e enérgico para prover a cura, mesmo
com a. oposição do p:rovával cur-ado"<Revista Kosmos/1906). Para
os
objetivos
dest.e
est.udo
import.ant.e
é
Avenida, semelhant.e aos bouleveres<modelo a Haussmann circulacão porém
em
ParisCBerman/1988),
aceler-ada
espaço,
dos
f'"luxos
implicit.a
-t.ambám
relacionament.os. no
•
jo,;o
O
inscreve
um
de
uma
significou coisas:
acão
sobre
sociais
parãmet.ro e
que
sua criação) inaUE;urados
das
f"orças
considerar
tant.o
e
das
mult.id5es
discursa
nas
e
que
formas
se
que
de
urbanas,
pAr-s:ol'"la.lid.a.des
aneladas
por
espaco
um
a
.
os
ma-t.eriliza exultam
a
det.erminadas posturas, discriminando outras. A um só tempo, a Avenida é também um espaço e
um elemento de mediacão cult.ural dent.ro dos limit.es
sociais fic:urados em sua aparência. Na
Avenida, o
a
Iihl:~em
~aant.ido
ret.ilinia Po,.
20
da
perspect.iva ras:peit.o
consagra a
o
artéria
nobre
reconhecidament.e exibição;
acordo
para
com
dominant.es
do
os de
circular
modelos gostos,
de
pont.o
adot.avam
como
iluminada
pelos
produção e
público.
urge
mais
a
equalização
de
legítimos
dif'erenc;::iacão
pelos
de
lojas
das
de
sedução
do
luz
elét.I'ica,
a
Mais
códigos v&z,
uma
da
caudat.ária
critérios
at"quit.et.ura
de
''modernos''.
e
alguns
passarela
nela
público), Avenida
A
igualação.
localizadas
art.ificialment.e Cent.ral
induz
à
consumo de imagens visuais segundo um sist.ema de expect.at.i v as
de
cenário
da
os
a
observar
est.rat.égia clar-ões
dest.aque
como
uma
também
''civilizados''
vi t.z-ine<cuja
post.ulado
O
ganhar
seja,
de
condizia
quant.o
com
dos
que
cidade
uma
possibilidades
das
hieral"quizant.e
sociais
e
· f'az-se
sociológico,
vist.a
uma
de
cidade,
descrit.os ou
ant.erior
necessidade maneira
ali
da
adequação
ser
deveria
uso
ao
hábit.os
do
da
"moderna,
espaço
população
ao
coníort.ável
e
civilizada''(Bar-ros/maio de 1904). novo
O
aut-o-disciplina
nas
concepção
de
J.
C.
por
do
de
qual
Mariz
eram de
A
da
eles
seu
bojo
post.ura que,
produção
es:creve:r-
acalorados
Carvalho,
em
o
do
at.ravés dos
policiament.o
das
e t.em
na
olhai-
cronist.as
jornalist.icas, na
época
expunham
def"esa
est.ava
da
da
inse:r-ido
uma
civilização. no
projet.o
deíensores(Schwarcz/1987:17) . meio
ao
é
int.elect.ualidade
uma
como
compart.ilhadas
de
at.o
próprio
mode:r-nizant.e,
em
medida
a
condições
mundo
o
t.raz
complement.o.
sent.ido,
novas
disso
deles,
seu
nest.e
import.ant.e possível
o
urbano
principalmente
out.ro,
do
at.it.udes
Além
cenário
andament.o
obras,
das
Um
em
1904, profet.izava: As ruas formosos acompanham popul..aÇã.o, co.rá.t.er<. . . ),
extensas,
e a.mpta.s edi.ficios,
múlüplCUi
ta.r9"o.s pro.Ça.s diversões de
altos pra.Z"er( . . . Jque
que
tra.nsiormCLÇÕes do me1..o essas modi.fi.ca.r seus há.b~.-tos. 00 i.nfl.uu despertar-lhe o 9"oato do
necesso.r~.-a.mente
hã.o
•
aja.rdi.na.da..&, simples
••
VI.. V&
a
sobre o seu belo< . . . )(Apud
N•edel..\./j.99.a:<Sel.
Das
at.ividade
de
pá~inas
producão
dos: e
jornais, vaiculacão
~est.es
de
personagens
mensagens:
de
Jll.lôlis
maior
exercer pr-ocuravam u~ anônimo, público já um prevent.iva. Ol.avo Bilac, po:r cert.o, f'oi quem concent.rou
•
os no sentido qua.ndo do momento o Est.• ofício de jorna.li.sta.. proh.ssionali.za.m o ca.pi.la.li.stos, número de a.na.Lfa.bet.o• o do poder do a.lt.o 00 periódicos a.ba.ndona.m popul..a.cã.o, segmento• nolici.a.~~ pa.nfletá.ri.o, investindo na. producã.o
...
h•t•rog•n•a.(Lobo/2.9?8 •
Sü•••ki.nd/.:lP&?>.
21
r-ecent.e.s n.a alcance,
didát.ioa
am
seus
••Mesmotorna.rem nos Q.qui.si.t.i.vo
o
para
t.ext.os empresas li.mit.es
de
a.mp\.oe
c.udi.ênci.a.
poli.t.i.co l•i.t.ora.
perfil
com mais empenho est.a missão. Exemplo disso é t..omou a olhos:,
via
requint..ada, ele prot.est.ou
como
insist.ia em
se
da crônica é regras
conclamando
que
exibir
inadivert.idament.e
bast.ant.e reveladol' de
seu
do
cont.ra o
urgência
a
uso.
em
aquela
redut.o
o
quando
uma
anacronismo
polir
no
como
milit.ância
A
que,
expost.o aos
"barbárie"
que
das
"luzes".
O
da
Avenida
ret.ém as
cl'onist.a
encontra
cenário
civilizadora
mult.idão
do
t.recho
:r-a&paldo no& aiiMõrla amit.ido& pelo novo aapaço:
pela. .Aveni.do. Centra.l um co.rroçã.o o.Lulha.do de romei.ros a.mplo boulevor esplêndido, nc:tquele e:obre a.e:f o.Lto o ri.ea dos prêdi.os (1 fa.cha.da. a.lLo&, contra deahla.va.m, o enconLro do velho vei..culo(, . . ) mo a.na.croni•mo: um Q reae:urei.Cã.o
p.a..ssa.r <. •• >vi Penha., contra. polido, e ca.rros impre••ã.o
que
de
Eníim, dos
r o:rmat.os:
ser
notado.
al:;o ali
que
deeprendia-se
glamouro
assumira quem e
válida
Regra
o
que
para
o
progresso
sof'ist.icar-
vida
a
civilização.
local,
seja,
ou
por-
disseminada
a
condenando
"insalubridade"
a
legis.lacão
d.at.ada
sapat.os e
chapéu quando do
Também
dos
anos
disso,
Além cidade) ser-
vai
bom
em
razão
deCno
ali
a
ef"ervescência
Portanto, o
também
uso
no
o
dos
de
mesmo
sani t.arist.as. em
pat.ét.ica
t.erno,
gravata,
humoradas
das
revistas
Velloso/1997).
ecolo~ia
e
cidade
preocupação com a
t.ransíorma
o
t.emat.izacões
a
convívio
das
t.:rãnszit.o nos loug:radouros públicos da cidade.
pe:rpassar
Concent.:rava-se
a
jo:rnalíst.ica.
se
e
obr-igando
Avenida definida como o
a
à
vist.os como edit.orial
vest..ir
cient.if'izant.e
pobres
dez,
comparacendo
musicais(Süssek.ind/1986 e
ela
dos
devot.adas
elegante Fon-Fon, propunham-se
pret.endia
ment.alidade
na
comparecia
postulado
e
inst.it.uicões.
propost..a
pedagogia
uma
e
clarament.e
Eis
Avenida
com sent.ido de
gl'upos
"r-equinte da moda" franco-inglesa. Em ambos os casos a apar-ência
da
da higiene, f"at.ol'es
Kosmos. Out.ras, como a
Revist.as Semanal e a
a
e
f"ormas
t.ransi t.asse,
mensagens
com
t.ransmissão das ideologias da assepsia e nodais
das
indivíduos?
para
impressos
são
Periódicos
de
era
das
o
então pont.o
pólo
sociais
valores
mais
mapeament.o
da
"cent..ral" do sist.ema ur-bano,
relacões dos
implantado
bem
do
Rio
t.ornados iluminado
de
Janeiro.
essenciais e
ao
freqUentado.
que de bom viesse acont.ecer no Rio deveria ressoar em seus
quadrantes. A
fixação da Avenida enquanto ponto de
convergência central,
signiflca ao
mesmo t.empo que ela conf'er-ia, por- condensar, cent.raüdade a
t.udo
cir-cula
quAnt.o
nola
-
haja
vigt.o
22
agt.avam
ali
&~adiados
os:
principais
jornais
A
cariocas.
Avenida
Cent.ral
invade
a
cidade
como
o
seu
cart..&o
post.al. carnaval
O
t.ranslado à
não
carioca
sacadas e
a
concent.rar o
ser,
o E
ir
corso
a
para
passarela
onde
acordo
com
int.ensif"ica
a
vist..o
das
calçadas
social
em
funcões o
aut.orit.ário
como
"melhor" da
ou
do
alt.o
das
e
at.é
se
das
Grandes
fala
t.orna-se
r-econhecidas
do
saber-fazer
t.orno
dest.a como
modernizant.e
excludent.e,
desf'ile
hoje
serão
classif'icadas
projeto
o
part.icipac;;:ão no :fest.ejo. É ela a
carnavalescas
disput.a
e
aut.omóveis
"Avenida"
divisão
uma
port.anto
no convívio e
de
compet.ências
inst.it.ucionalizando
pois se
imediat.ament.e
que era dest.acado como o
r-econheciment..o à
simbolo de prest..i,;io e
E
é
ele
acanhado r-ecint.o da Rua do Ouvidor.
principalment.e,
elegant.e
Sociedades.
folia.
t.ambém
t.er-r-aços dos pr-édios. Assim se f'azem dist.int.as as bat.alhas de
conf'et.e,
de
regra:
nova Avenida. deixando o
Sobret.udo? ela passa a folia
à
fugira
ainda
coligadas
carnaval.
Fat.o
aparic;;:ão
nobres
revela-se
assim
e
no
legít.ima,
cont.ext.o
amplamente
int.roduz-se
que
da
ambígUo,
sedutoramente
no imaginário da cidade.
A crucialidade dest.e pont.o para os propósi t.os dest.e t.:r-abalho e
t.amanha cont.roversia que fundament.a os debat.es a análise
maior
um
redef'inicão do quest.ão
é
det.alhament.o
folguedo
inst.aurac;;:ão advent.o
ou
definir-
sociedade~
não
de
uma
car-naval,
do
abarcar
prat.ando objat.ivo
da.
hist.6ricas.
cai'navalesca,
liberdade e
f"az,
referência a
australianos:~> s~roado
e
por da.
envolver que se
crit.érios
aondic;::Õ&SJ
para
espac;;:o-t.emporal relação
na
a
avaliar
própria
ent.re
A
os
t.6piaos
as:oonsão
disjunc;;:ão
do
ent.re
com
o
homogeneidade cotidiano nas
mult.if'acialidade
uma
aspect.os de
própria
est.á na polêmica em t.orno da
apresent.a
apenas
a
met.ropoliza.
descontinuidades definidoras do
debat.e
as
ao
cidade
os
cujo núcleo
enf"ocando
do
durkheimiana(1989)~
dos
sobre
a
exemplo, Wa.Lt.a.(:t.,.;oa,
que
imprescindiveis Desf'ile
t.empo
e
no
não ao
int.erior
espaço
da
de
quant.o
t.ranse
a
int.ervencão
colet.ivo
espaço-t.emporal
diroet.a ou indiret.ament.e
dos
ent.re
povos
as
recorrente
t.e6rica t.ribais
dimensões nos
do
aut.ores
Como é sabido, Durkheim contempla esses rit.uais no co.lloi.aC:l5>88>,
tra.bo.lhoe
00
••
rit.uais
disjunção
profano, é
•
aobert.o
são
ordenação
Abordo
part.ir
que t.rat.am da íest.a .
•Ver,
as
uma
raspei t.o, exigem para a
rot.ina diária.
A
que
O
compreender
de
cena
aqui.
quais
problemat.izada
ef'ér-vescent.e da fest.a e sociedades
exposição,
no cont.ext.o de
just.ament.e
nexos ent.:r-e fest.a e
na
a
•
111!5).
conault.a.r o. obro. de .Jeo.n Duvigno.ud<1P93> e
uma. crlt.i.ca. Bo.st.ide<1PPZ>.
PC11"o.
concepcêio
de
Durkhei.m,
sag"rado;
do
âmbit.o
colet.iv.a,
efervescência cot.idiano
ent.ende
profano.
diferenciado,. no qual a e
a
despojada
fest..a~
A
neles
que
como
dos
exist.e
condensada
int.ez-di t.os
celebr-ação~
uma
e
mor-osidade
const.it.ui
um
sociedade t.ransfig"ur-ada se oferece ao
força
moral
int.ecração
indivíduo/colet.ividade
pois a
consciência colet.iva perpassa os sent.idos e
a
t.oda
checa
moment.o
cult.o corno
à
at.it.udes
do
plenit.ude,
de
t.odos
os
seus membros, soldando-os numa unidade int.ransicent.e condensada no mit.o. primeira vist.a,
À
mesma at.mosfera. Se a
Talvez,
poder-se-ia deslocar para o
ent.ant.o, os int.érpret.es e
no
disposição ao envolviment.o f"isico
os
rit.uais~
no
caso
há
cont.udo
dessa
out.ros,
folia
dado
um
urbana,
de
e
o
palco
dest.õem.
sensorial :faz assemelhar
sociolócico
que
crupos
pessoas
de
colet.i v idade
pela
identificados
Carnaval carioca a
os
f"estiva
distingue.
Trat.a-se,
estranhos
não
e
ambos
uns
aos
a
celebrando
at.uaüzação de um mesmo passado comum. A questão parece imprensada ent.re dois
mar-cos:
ou
a
fest.a
acompanha<Duvignaud/1983~
nas
sociedades
condições
feição
Bakt.hin/1993
modernizadas
oriundos
incompat.ível
à
e
capist.alist.a
social
t.orna-se
fest.a
da
o
advent.o
da
desencant.ada
Callois/1988)
est.á
ou
submetida
ordem
que
a
"
permanência
aos
profano<Ortiz/1980
cotidiano
do
e
com
interdit.os
e
Queiroz/1992).
e
Penso se:r possível vê-la em out.:r-o :r-·egist.:r-o. A
metropolit.anos dest.e
século,
parágrafos
e
modernizant.es
t.endo
fixada
procuro
no
cent.r-o
Vejamos
Festa-Espet.áculo
sócio-hist.órico
ícone
específica
uma
Fest.a-Espet.áculo. de
por
ult.eriores
carnavalesca cons:t.it.ui
conjunt.o
do
P""
descrit.o que a
vazam
Avenida
do
Rio
em que
de
o
fecundo
o à
fat.ores
espaço
do
no
argument.o
Janeiro, no
aqui
medida
o
de
Cent.ral,
desenvolver
r-ealidade~
most.:ra-se
acima
luz
de
que
inicio
a
dest.e
no
análise
do do
dos folia
século,
conceit.o
heuríst.ico
da
no
encadeament.o
inicio
condensada valor
local
sociais
dê
conceito cont.ext.o
periodo, ,, relacionado com a ascensão da legitimidade do Car-naval do cent.:r-o, no moment.o da sua sublimização como a "fest.a da do
A INSTITUCIONALIZAÇÃO DO CARNAVAL-ESPETÁCULO
No Carnaval do Rio
de Janeiro do:s: ano:s: dez, o
fat.o
que
chama
at.encão é o esforço observado na época em circunscrevê-lo como uma festa universal,
moment.o
de apazi,;-uament.o das di:ferenças,
Z4
mediadas
ent.ão
pela
levado
a
cabo
pelos
cronist.as
literát.os
do
período<Pereira/1992),
em si sintomãtico de uma p:rof"unda transf"ormacão: a hierarquicamente espraia-se
a
em
estratos
na
crença
sociais,
at.é
inclusividade
civis ent.re os homens. Dest.e modo se o
urna "brincadeira com o dias( ... )
que
ao
mesmo
igualdade
de
t.empo
direit.os
Carnaval do Rio não corresponde a
int.errompe
seu
fluxo
renovado"(Cavalcant.i/1993:40),
ret.orna
e
t.empo
e
é
cidade está clivada
anta«ônicos,
social
já
por
uns
ao
remete
o
ist.o
poucos
mesmo complexo de tnter-depência entre as funções sociais, em um momento
quando a
morfologia do Rio de Janeiro começa a
pressões de
elementos que
então entender a
condensar volumes e
uma metrópole. Como
paulatinamente tornam-na
diversidade
que se
est.abelece
as
ent.re
fest.a e
cot.idiano,
ao pont.o de vislumbrá-los a maneira de pólos inversos? Aut.ores limiar
como
HabermasC1976)
modernidade
da
interdicões
européia
provenientes
de
chamam
"espaço
um
dinâmica
da
at.encão
para
público"
capi t.alist.a
e
formação
no
sujeito
às
não
ordem
da.
jurídica
baseada na propriedade privada burguesa. Espaco comprometido assim com a dialo~ia
partir
a
identidades,
mesmo
O
burguesa,
já
vida
social
po~t.a
espaço
o
constata
público
capit.alist.a
narcis:icos e
públicos
cot.idiana
a
dos
egoist.as. No seu ent.ender,
inseri t.a
o
espace
e
nesta
da
as
cena
privados
int.eresses
com
das
emancipadament.e
ingerências
das
e
concepção
int.erpessoal
dialética
maculando-o
e
à
racionais,
germe
o
ela
f"ulcro
comunicacão
uma
Habermas
que
''feudalizando''
de
e
coer-são
de
sujeit.os
de
ref'"lexibilidade autónomos.
livres
semelhant-es,
ent.re
disparidades
dos
individualismos
é
público
da
deformado ao
se t.ornar uma vi t.:r-ine de exibição das imagens publici t.árias.
Em cores
se
muit.o
!"alando
próprias
int.e:rof'a:r>âncla
no
século
inszt.it.uicão
da
ao
social
XIX,
mercado
brasileira,
causacion.a.das
esc:r>avoo:r>at.a
ar-t.iaulador
agrá:r>io-expo~t.ado~,
patrimonialistas
f"o~rnação
da
ém
dos
mundial
e
a
a
sit.uação
tem
p:roincipalmant.o
pela
aons6rcio
com
o
est.ament.os
burguesias
modelo
s;u;~nhoriais
européias.
Ambos
de
ant.emão descart.avam a igualdade ent.re os homens, em t.ermos de cidadania,
e
!"azia
da
ideologia
paisCSchwarz/1977)_ século
As
t.ransfo:r-maçõas
e se est.ende ao
not.adament.e sensível
comercial
sua
liberal-democrática
capit.al
lo~o
na
dos
deslocamentos
e
post.eriorment.e
economia ,as:r-o-expor-t.ador-a e
que
se
idéia sucedem
do atual, reformulam a época; visíveis
o
Rio com
indust.rial. da
de a
As
25
durant.e
o
no
mesmo
paisa,:em brasileir-a,
Janeiro formação
é
a de
disparidades
ast.r-ut.ura social do
base
sem
Império,
part.e um
capit.al
advindas se
mais
da
agudizam
com o
advent.o do modelo societ.ário vert..ical-compet..it.ivo e
nação
uma
~versabment.e
cidadãos
de
post.ulado de
0
equalizados.
Democracia
e
aut.orit.arismo imiscuem-se de modo conf'uso porém não excludent..e no mesmo Vislumbra-se relações
sociais
est.imulo
à
na int.ensificação crescent.e da int.erdependência das
na
cidade
urbanização
duplo
um
em
consonância
mercant.il-individualist.a
incit.a
se
antagonismos,
dispersam, e
mundo
:formam
a
chegada
caudat.árias
suas
com
o
para
as
est.ravagâncias
à
necessária
conflit.os. ao
sociedade
Porém
à
mercado
relações
das
par-t.es
e
da
população
produção
de
int.ercede,
que
capacit.e-se
ele
e
a
jogo
no
como
exigência
resolução
à
urbana sequer prevalecia
e
de
civil
povo-nacional
com
aí
que
comunicação.
autonomizadas
entidade
:formação
Rio,
e
O
dinâmica
t-radicionais
percepção
não-mercantilização
enormes
ao
imagens
racional-legal,
a
em
grupos
t.ensão.
uma
de
sociadade
Est.ado-Nação
inclusiva
parcelas
de
das
lant.ent.e
implement.o novos
de
Delinea-se
regularizada
esfera
uma
pálido
capi t.alist.a.
compet.it.ivo
de
de
dissolve-se
t.ênue
conjunt.ament.e regular
ao
maneiras
esboço
um
Paralelament..e.
moviment.o,
de dos
pertenciam nat.ureza
a
localist.a-oligár-quiaa. do poder governist.a. Log-o a
t.essit.ura de
incongruências oprimado
de
fr-ust.ada;
aqui
âmbit.o
de
do
processo
uma o
ampla
espaço público na cidade é
wn
sócio-hist.órico
dialogia
espaço
público
publicização de
ent.re
modernizador
cidadãos
incorpor-a
imagens
muit.o
privadas.
A
pot.encialidades nessas condiçÕes. Por quê? O const.rucões
sent.ido
carnavalesco
f'olctJeado
de
modelo
colet.ividade agor-a
de
é
a
rit.ual,
das
original,
uma
most.ra-se
na
falt.a
um
de
experiências: mit.o
aí residir a
aparência mesmo do
passado
deve
lugar
introduzir
da
a
ant.es,
fest.a
Pois
é
desde
logo
a
ordenação
como
carnavalesca t.orna-se
às
em
propício
por
rit.o.
de A
repet.ição
paralisação
novidade
do da
o
uma
pela
mas et.ernizar
popular
O
abolir
favor
à de
cont.radicões.
organizador, da
most.:r-a
sent.ido
no
coesa do
exemplar
Em
país.
ult.:rapassá-las,
histórica
para ret.ornar ao
pot.encialidade
f'est.a
mít.icas,
explosiva e
present.e.
específico não
de
individual
'
cedo
r-efrat.ár-ias
passi vel
no
iguais,
t.erreno
t.ipo
ant.emão
consciência
histórica do t.empo, Parece
de
já
unissona
est.e
do
manifest.ações
de
solidif'icacão
marcado pelas
cena mesmo
dinâmica o
agora.
ressemant.izada
pelo
crist.ianismo. A devoção nela present.e ao riso e e
pz-Ãt..i.oOSI
eKCioaaiVQSI
como
:f"ont.Gtlõl
26
de
à zombaria, o apego às formas rn;at.arialização
da
feliz
ut.opia:
onde
são
t.odos
~ especializada
manif"est.aciio de dançar e
dos
cant.ar. E nascer e
humanos, recursos
possibilidade<no at.o
de
fazer
not.adament.e
do
próprio
graças
corpo,
nos
à
at.os
morrer cancelam-se nesse moment.o limiar,
inst.ant.e<Bakt.hin/1993:01
do
extremo,
semelhant.ement.e
50).
a
fest.a
A
as formas
grot.escas
a
guarda
diárias)
de
t.ornar
o
próximo, est.ranho, mesmo nefando e inver-t.er o que parece est.ável. necessários quadro element.os no de uma os Eis het.er-ogênea, ávida de ident.idade. A indagação fica por cont.a como
essa
mesma aos
adequá-los ine:rent.e,
a
corú'iguração
imperat.i vos:
seus
saber:
sócio-histór-ica
mant.er-se
universalment-e
inclusiva
medula
da
polít.ica.
.facet.as
pensar quais
do
present.e
imagem
imaget.icament.e
o
incomplet.o,
imaginár-io de
const.it.uição desse
int.eresses
na área
privados,
cent..ral do
Rio
t.er-mos dê volume e a
ela. de
dos
da
grupos
conflit.os
ident.,tt"icação
nicho
muoical
de
ale cria
.rosé feslaa
CCU'n<Lva.l
encont.ra um
Mais
alegria
unidade
de
É-lhe
renas:cer1 algo
crucial isso,
que
para
desvencilhar-se
para
fixar-se
deve
para ser
combinação
A
dever-s:e-á
Bakht.in)
realizando-o
na
realizar
vist.o
descrit.a
na
como
perfaz
a
inclusiva comunidade
uma
festividade
de
locus
coes~o
da
carnavalesca
mat.erializacão.
espaço
ambivalent.e
colet.iva social
car-naval.
Conf"irma.-se
e
desf"rut.e
dos
como
fc.mt\.i.c.e;
o
mCln.i.rCl
da
c:resciment.o
ambient.e
onde múai.cCL
Z7
cenário
como
Penha
e
art.ificial
proliferação
ttri.ca.
e
quent.e,
do
durant.•
do
realizada em
result.a da confluência
pela
carne
da
ent.re
t.eat.ro abert.o ao f:remir
o
É
•
marcado
prazeres
Cc;wva\.ho do notg,cJgment.e LQrgo de r•cepló.culoe lornc.m-••
15
Seu
vigência abrangente da :formação
do
• brcs.nco•. boémi.o• • o;u\.'-o• o.fro-broe\.\.o\.roe<SP8c».
da
pret.endida
import.ância na vida da cidade
num
sua
het.erogeneidade provocada pela fricção
frélbment.o;s, coligados durant.e a e
por
vicejador- de
diversos; t.orna-&le o
e
a
bufônico
ent.rudo.
fest.a,
rebent.ar
unívoco
degenera-se
encant.ament.o.
e.fêmera, em cont.rapart.ida à os
do
lhe
Po.at.o.-El.apot.áaulo.
rooalidGdo qu"" chamo d""
A
que
de
mas comunicação ent.re díspares
relat.ada
aut.o-cont.rolada.
organizado
signo
exagero
O
medieval
despojament.o
alegr-ia
da
espet.áculo
corpo
no
out.ras.
as
cena
da
em
fim
t.eor aut.orit.ário da sua
mecanismos const.ruiram:
imbricadas umas
escat.olol!:ia
ainda
:Cest.a
ent.endida como comunhão
ist.o<ao cont.rário da
met.amor:Cose
A
sem
saber
t.ensão
a
ant.e
de
a
reformat.ou,
e
nem cont.est.ar- o
sent.ido, já não
as
axiológicos
est.rut.ura vert.ical-compet.it.iva e
leva-nos a
~
os
sociedade
Ot.ei.ro
de dos
r-it.imica
eferves:cent.e
maravilhament.o,
na
R•púbU.cG
v.tha. • o ocorr•m; negroe ca.loli.ci.emo ot.óri.a
•
compart.iment.ação cot.idiana
do
t.rabalho
ideal"~
''mundo
da
racionalizada e
dos
realizado
em
diversão;
aíazeres
t.rês
ordinários,
dias.
da
diversa
Por
por
isso
monot.onia
ser
os
virt..ual
o
c:r-onist.as
a
f&st.al
saudavam:''P:rodigiosa
invent.ar-t.e"(O Malho/11-03-1916). Out.ros asseveravam: ( . . . >nós
somos
parecidos
com
os
cotegi.o.i.s;
etes
horo.z durante o dta e têm algumas da descanso, recreio $ o ca.rno.va.l(Di..ári..o de Noti.ci.a.Ls/04-09-t89C>l.
Ao mesmo t.empo, é urbanidade.
Port.ant.o
igualar-se aos
ela a
crit.é:r-ios
visto
trabaLham
do
racreLO.
tantas O
nosso
vit.rine par-a onde se voltam os olhos da
diferenciar
se
a.s
como
nela
normais
e
vai
implicar
de
bom-gost.o.
um
t.ambém
Trat.a-sE'.> de
uma sit.uação que t.raz nas suas condições os fat.o:r-es de combinação com as consciências, que
a
t.ext.ura
econômicas de
algo
e
crucial
da
folia
muda
polít.icas,
compromissos.
radicalment.e inf'ilt.rando-se
em
lest.a
o
carnavalesco. realizar--se
como
suas mágua.s e 0
pl"óprio
e
fest.a
da
participar -
ao da
cultura.
d.iá:r•io,
já
pal"a
carismático limiar-,
da
no
que
ela
f"esta
vai
que,
a
car-isma
do
dest.a
sociedade
a
qual
apart.ar·
concluir
pode
f"eixe
própria
explosão
a
um
em
possível
possível
É
esferas
nas
essas
a
fluxo
cot.idiano.
dá
ent..endo,
maneira
or-denadament.e
jogar ludicant.e com seus fantasmas,
cuidar de
cidade,
simbólico
na
a
qual
lhe
conformador:
carnavalidade
t.rat.a-se
convida
daí
"t.odos"
a
o povo, civilmente Ol"ganizado e ordeiro. r-Qconhecido
"incandecent.es" quando da
e-r-upcão
coligada
t.orna-se
alicerce
Dor-;:;;;.vant.e
a
est.ar
se
que
isso,
exult.ar apert.ados abr·acos. Traduz-se um out.ro sent.ido para
Iest.ejo
em diant.e
de
ao
Por
menos
espaco-t.empo
permit.e escapar da rot.ina,
prát.icas.
vez
do
f"enômeno
das
ig-ualment.e
impr-escindível
t.ol"na-se
rot.inizacão
razão
do
r-ot.ina
na
t.ão
cada
Daí
a
modelagem
à
ado:r-m&c&m
volúpia
da
explosão
A
parament.ação
~
e-
civilizada
o
t.l"abalho
opulência emoção,
para
Carnaval
o
laico
a
e
art.ificializada logo.
t.ornar
corno
passa
corpo.
a
dias
penúria.
E
ocorre
ar~efat.os
nos
imprescindir
da
da
fant.asias<indument.árias)
As
pos:s:ibili t.am precisar esse argument.o. A
f'olia., que
máscara e
coru;dst.em
podem
na.
fant.asia,
naturalizados na época como emblemas da
possibilidade
esconder-se
individualidade. mediat.i vos
a
Porém
pert.encent.es
dos ambas
à
de
desnudamento
out.ros são
gl"amát.ica
28
e
desfrut.ar
t.ambém da
subjetividades,
os
fest.a
t.oda
legítimos civilizada,
a
sua
element.os cujo
vestir
implica o
int.erar-se no cont.rat.o
Ist.o
individualidades. brincadeira
o
porque f"az
carnavalesca,
pretende
plasmar.
car-navalidade. ou
Modist.as belas
invent.ar
sunt.uosidade e part.e de
e
experiência
morcegos,
são
à
"apropriadas,.
condenadas
alegres
naqueles
é
no
arlequim, f"azem
dominó,
índices
os para
da
conf"eccionar
importância
A
da
:fest.ejo,
pierrot.,
conferida
t.rânsit.o mesmo
as
são
à
do
noit.e
complet.a
dessa
est.ilizacão
Considero
cabível,
de
diábo
vest.iment.as
perseguido
no
convívio
os
prestigiadas
participação
signiíicat.iva
ruas,
público
do
na
no
veículos conversíveis, durant.e a
sábado
espet.acular
de
de
fant.asias
olhax-es
dos
as
como
vest.es
As
desprovido
uma
vagar sobre
O
passagem
na
época colonial,
potencializam
diant.e
tempo-espace da diversão.
o
Afinal
que
dias,
corso,
ou
regist.ro f"ot.ográf'ico.
da
expurgado,
Cent.ral.
mediát.icos
element.os
t.eat.ral
requisit.ados
exibição·.
..barbáros··
sit.uação
Avenida
grande
de
delirio
esplendor aos olhares
o
se
são
já embebida do
associadas aos resquícios ou
out.ras
cost.ureiras:
formas
revela
demais
disposição de posar, marcam est.a modelac'em da aparição,
a
uma
sent.ido
um
o
durante
colombina,
de
e
romanos
egípicios,
gregos,
out.ro,
anonimat.o e
roupas
As
ser
invadir-
onde a irxiument.ár-ia esconde o que
t.ácito do relacionamento com as
para
domingo,
era
par-t.icipacão
da
t.radução
a
folia
da
maneira
a
na
Avenida".
expect.at.iva principal,
dos
cr-oni.st.as popular,
mais
enxergam nela o moços e
de
os
síJnbolos
o
universalização
de
Carnaval
como
a
mais
cort.esãs, brancos e dão
out.ra a
"nossa
republicana."
se mist.uram as classes,
Not.icias:/14-02-1893),
do
Quando
porque se ig-ualam,
negros, sob o
cont.a
fest.a
escudo da
remanejament.o
em
ao mesmo t.&mpo oper-am com as condições ofer-ecidas, sent.ido
no
do
int.erpret.ar
sincera,
de
conf'eccionar
imagina.da"(Ander-son../1999).
''comunidade
instant.e
modo,
t.omar
mas
velhos, senhoras e
curso na sociedade e
~
em
locus onde "
máscara"(Gazet.a com
dest.e
sent.ido
mat.erializada
na
coesão
de
natureza
represent.acão
a
Enf'at.izam present.e
polida
do:s:
a
de
pot.encial.idade no
cort.ejos
event.o,
uma
de
naquele
··1uxuo:s:os''.
Em
de então eéri.e pa.rlir a.l•li.•r•• onde nome e Loco.L •La.bora.m •xub•ra.nt•• fa.nlc.i.a.e quo pa.t'li.ci.po.rn "aa.i.r boni.lo" concurso&. E as ou "•el6. expr•••õ•• boni.t.e~" no• di.a.a (ol.i.o. si.nt•ti.zg.m c di.sposi.çã.o i.mpLLci.t.o. de Legi.t.i.mgz- g. prea•nÇ na. f•st.a. •
Cri.a.m-••
a.
a.lla.-coat.~o~ro.
•Do
oc:ordo
roma.no
t.rionf'"o
com
a.gl.utina. doa
Com
a. o.&
o
d•scri.cao
passeatas
cM.
BurckhardUtPO:t:25.--!5),
de
comandante• roma.noa, RenCUici.mento, paaaa.fl'l
forma.t.o do coreo seculari.zadas e os transformado• em cortejos teo.tro.i.a a.e cla.aaea a.ba.at.a.da.a tomar parte do
ma.sca.radoscqua.ndo
o
que medida? O festejo toda
carnavalesco,
wna ressemant.izacão,
enquanto
fazendo-se
parte do
símbolo
processo social,
de
unidade
de comunhão. Exat.ament.e pela c:r-enca na capacidade coesão um
social,
conjunt.o
pelo
logo
inscrevendo-se
Ao
cot.idiana,
núcleo
classif'icacões das prát.ica.s e
de
par-t..icipant.e
Iolguedo.
como
no
mesmo
sent.ido
t.empo.
tornara-se
a
mant.er
de
mant.er-se
condição
de
lógica
à
e
pr-escrevendo
normas a
observado
integração
de
no
da
monotonia
Iunção
sua
ser
de
da
distanciado
consciência,
folia em :renovar- a
da
destacado
a
essencial
de
saíre
vida
divert.iment.o
popular, embora perpassada pelo t.ranscendent.e principio da civilização. Para
compreender
especialmente
em
alguns
a
dos
est..rut.urac;ão da sociedade t..empo
susci t.a
t.áticas
centralidade
seus
em
de
moment.os, pat..arrtal'
um
os
pressionam o
t..orna-se
est..e
prát.icas princípio
um
o
de
de
fest.a,
em que
imposição
necessidade
a
moderação
"Grande" ou
mais
ter
consorciação
e
pela
momento,
Carnaval, t.ant.o
das
desCaçam
a
Desde
preciso
pela
de
ment.e ao
a
mesmo
dominação,
compromet.iment.o ent.re os indivíduos e
aut.o-cont..rolando
relacionament.o.
é
de
diferenciação
just.ament.e porque t.raduz t.ambém o grupos,
alcançada
violent..as
pacificação e
do
e
o
exigindo
grot..escas.
e
dist..anciament.o
"Pequeno",
o
chancela
os
inexorável
bom
O
limit.es
do
se
que
convi vio passa
que
ser ou não considerado belo, limpo e apreciável. A
posição
oxigenação expansão
prát..icas
polit.ico-inst..it.ucional
ma~ot..es
paut.a
o
het.ero~eneidades
demonst..ra
irnplant.ação
do
como
r-egime
Os
republicano
e
universo
est.e
t.ema
o
maneira
O
da
da
ordem
Est.ado-Nação. urbanização
que
coloca
integração
sócio-simbólico.
para
sacedort.es
em das
Renat.o
escravidão
sobressaí
debat..e de
uma
de
e
pela
at.ravés
dê
um
da
Abolição
a
t.raduzem
à
Colocando-se
jornalíst.ico.
de
cidade.
nacional
desde
cronist..as
idéia
a
movido
brasileira,
e
para
mesmo
um
impulso
indust..rializant.e
ident.idade de
o
fundamentação
da
desenraizados
da
dent.ro
da
part..ir
a
assim
local
e
impulso
o
humanos
Ort.iz<t984)
tnt.elect.ual.
sociedade
na
moldada
problema
repercut.e
capit..alist..as
vimos,
Conjunt.ament.e, deslocou
cronist.as
mudanças
das
das
dos
e
a
na
reflexão
o
universo
do
sist.ema
unificador.
Essa:s: parâmet..ros iniciat.iva p:z-ojei,o dGt
condições
para de UJ'J1a
a
sociais
organizacão
classificar
o
~ora
e
present..es,
manifestação
folguedo
da
carnavalesco
def~ram
cult.ura. como
Por
out.ros isso
expressão
a do
nação ai5tt.omat.icuamGtnt.o int.Gtg:z-ada ocor-r-a om t.al aont.axt.o.
30
Ao
··pacífico"
âmbito
sociedade.
Principalmente
t.ot.alidade 7
onde
o
ent.re
civilização
cont.ra
o
cultura
da
modelo
é
ent.rudo,
burguês
barbárie,
e
de
dilema
o
quer
se
empurrar
conjuntar
t.omasse
a
reveladora.
modelo
O
defesa
t.eat.ralizado
da
uma
como
pais
o
hegemonia.
na
explicitada
confli t.os
os
A
cont.radicão
das
Sociedades
espet.acular,
no
--a ;-•-Isaura P. Queiroz(1983), cabe a uns o papel .::u.cu· como "--ia I'UU." P c:u. "at.or-" e a out.ros o de "'espect.ador"', define obrigações sociais
QUa! >
de
cont.undent.es
a
carnavalesca,
part.ii·
sem
congraçamento.
da
com
isso
Dent.ro
Desfile,
já nos
nacional
por
anos
de
assumida,
desfazer
t.al
ex:celência",
o
dos
dez
disciplinadora
aspect.o
codificação
década
da
do
é
participação
da
íest.a1 de imposta
periódicos
os
ext.ensão)
da
rit.ual
insist.em:
afinal
por
brasileiro,
carioca(e
função
solidário
pelo
referem
nat.ural
''admirar''
gênero
"'a íest.a espírit.o
do
''adorar''
e
o
ca:r-naval<Pereria/1992:54). Ocorre que a ent.re
at.ores
da
falt.a
cena
de
espessura da sociedade sornada
urbana-indust.rial
organizada
civil à
insuficiência
do
em cobrir esse flanco, impossibili t.ava ao Carnaval-Espet.áculo cumprir int.eirament.e o seu papel esboçado. Est.e def1nia-se pela int.enção Est.ado
colet.ivo, cat.ár>t.ica do espet.áculo nat.u:r-eza da int.ermédio por de, mest.iça:r- a sociedade, colando-a selet.ivament.e se~un.do os cânones de uma t.radição
brasileira,
ordenada
pelos
valores
que per-manecia como aspiração ou promessa.
aparat.o
policial
as
sobre
prát.icas
alcance da mediação formador-a percalços,
civilizador
processo
o
import.ant.es:.
Not.adament.e
no
na
ima~inário
moderno
es:paco
européia.
O
A int.eríe:r-ência repressiva do
populares
dest.e
modernidade
da
folia
indicam
unificador. cir-cula
des:t.acado
pelas
o
Apesar
desses
r-epercussões
com
luzes
pouco
do
cent.ro
da
cidade, onde mat.e:r-ializav.a-se a aspiroaçã.o de modernidade. Algumas
not.icias
do
ont.andiment.o
e
possibilit.ou,
sobre
a
jor-nais
da
época
oo.;;:aQionado
impaat.o
urbanos,
equipament.os
de
percepção
e
as
heurist.ic.as
int.rooduç:ão
pela
organização
da
são
vida
da
maneiras
de
para
novos
do~
humana
part.icipar
do
o
que
os
fest.ejo.
Em sua edição de 19 de fevereiro
de 1906, loco imediat.ament.e post.erior à
inauguração
jornal O
em
t.orno
da
do
grande
Avenida,
primeiro
o
Carnaval
brincado
País
vocaliza as
sobre
aquele
expect.at.ivas asíalt.o,
mas
prescreve as r-egras de part.icipacão no novo cenário:
o
ca.rnava.t.
na
A veni.da..
esplendidas aler;orias a.nti.g-
equi.p0-9ene
••t.r•i.t.orno.menla.i.s;
aspi.rcu;ao. IS&O ér'"C1 de há. mui.t.o uma ena carros :sunt.uos:os: ••m a. medi.® doe c:u-eos da. bri.l.ho de ma.gnUicas que l tnha.mos; oalenlCU' o o.puro ent.re deti.ci.CU' as masaa.a com o
32
admirações
pret.êri.los,
ari.st.ocrâ.ti.ca.,
oh
i.st.o
que
balo
est.i.mulos, deeperlar orgulho e
numa.
que
exlenaa.
i.aao
hã.
e
larga. Corno va.i
••r.
de
a.veni.da. ~orda.r
prazer<gri.fo meu>.
Dias depois, o mesmo cronist.a recorda, ainda sob efeit.o do deslumbr-e: um momento em que o públi.co põde contemplar foi proporcionado vez lhe pri.mei.ra. CLO noaao edi.ftc'i.o pQ.Saa.va.m em frenle permei.o a. deixa.ndo de oa.ndole~>broe mu\.lidã.o que esprei.ta.va do aplausos Tenentee que cruzava.m na Avoni.da Centra.l,
espet.áculo
este
Houve
que
pela.
Em ambos os o
carnaval
no
digno
event.o
louva
est.á
ele
a
de
ser
pela
civilizada
ou
melhor,
posição do
de
a
••
que passa a caracterizar se
e/ou
das
o
•
Democrâ.ti.co•
legit.imidade
ver
desfile
cronista às
at.enção do
íorma~o
sobressai o
vist.o,
definida
forma
para isso, a
~rechos
carna.vo.lesca.s,
elót.rica
luz
Grandes
part.icipação
da
fazer
ver,
Sociedades.
enfim
Not.a-se
Avenida oferecia às
condições que a
Sociedades em brindar com element.os maravilhosos ao público quê dêlas
se
dist.inguia.
de
~l... var-
a
Ressalt.a
ainda
importância
a
à
moder-na est.á conect.ado cont.role
soc:ial(10B4:27).
c:onheciJnênt.o
luz
Para
art.ificial.
iluminação
do
elétrica
como
do
olhar
A
luz,
e
art.i:ficial
do
out.ro
afirma,
suporte
o
o
ele~
desenvolviment.o
mat.erialização
ident.i:ficação
é
observação de Abram Moles a
do
como assim
é
ine:t.r-ument.o de aul.ocont.role e
do
out.ro.
da
dist.inção
expressa à
mit.o
pequeno
ilunúnacão
da
fragment.o
imaf:ens
mesmo
Ao
elet.rif"icação
do
Rio
divindade
da
dizendo
t.empo
de
que
veiculadas
a
como
funciona
como
int.ernalização da disciplina.
O est.udo da hist.or-iador-a Amara Rocha<1996) sobre o da
artificial
permanent.e
ac:rescent..ar-ia
das
respeit.o
met.rópole
da
es:pet.áculo
o
Eu
legit.im.as na paisagem urbana modernizada.
t.orno
recurso
gr-Qr,t..if"ioac;::ão da plat..éia.
Nesse pont.o vale recordar a
e
luz
da
Janeiro
entre
1892
e
imaginário em
1914 1
insere
a
inst.alacão da empresa canadense Light. na cidade no quadro de expansão do capitalismo a
à
aut.ora,
naquele
monopolist.a, empresa
inst.ant.e,
int.eressava
em
sobret.udo
escala os=
Para
int.ernacional.
índicosz
do
aaola%"ação
indust.rial e
de concent.ração ur-bana, forjando um promissor mercado a
explorado. O
advent.o
na
t.ensões
da luz elét.rica,
vinculada
cidade
''moderno/civilizacão''
mostra Amara,
versus
as
''t.revas··~
às o
det.ona
uma série de
represent.ações at.raso
arcaico
ser
das
ent.re cla:sses
populares. Loco, o format.o Desfile não implica soment.& em uma pedagogia. mas inscreve
t.ambém
na
sua
pr-ópr-ia '32
mat.erialidade
o
per-1'"!1
da&
r-giaç.S. ...G
que
sociais
O
inst.i t.ucional
do
de
t..ipi:ficacão e
agent.es.
De
t.al
est.ão
Ollõlt.A
forma,
O
Á
Car-naval-Espet.áculo.
pr-ocesso
objet.ivid.ade
É
onsendz.a.
J"nOmont.o
Vejo
a
ai
CJ:ruaia.J.
inst.it.ucionalização
cont.:r-ole compart..ilhado mut..uament..e
diria,
em
que
t.omada
pelas
pe:r-f"omances:
det.erminadas
pelo
imperat.ivo
vís-ência
sua
fes:t.ivas: da
f'~.8.o
,à
de
a
por at..os e
ext.eriorização
seus
exibição
no
at.oras:
foliÕes:
ou
est.ét.ica,
e
paz-a
pr-ecisar- o ar-gument.o, do espet.áculo. Ist.o
quer-
valor--de-exibição audiências
8
que
o
par-a
permissão
ou
det.enha
de
o
apenas encorpar- a
modelo
desfile
à
lugar-
especifica ser
análogo
desf"rut.e necessidade
iniciado
dos
a
quant.o
mist.érios
ot.irnização
do
exibível
no
uso
rit.ual
Cabe-lhe
consa~:racão
de
cult.ur-a popular encont.r-a nes:t.e for-mat.o
de
na est.eir-a
É
par-a a
função
nova
ao
do
s:imb6licos.
abert.a
ao
colet.ivo
plat.éia f"ruint.e.
brecha
po:rque
nos
produt.ores
papel de
es:pet.áculo, a
audiovisual,
pr-imordial é concedido
ínt.imo
e
f'r-uidor
cult.ural
urbano conferida à adequado
a
part.icipação no
da supremacia do gênero
sem
público
capit.al
o
irnediat.o
individualizadas,
da
do
dizer-
diver-t.iment.o um
t.eat.ro-passarela
mídia mais lust.ros:a
da
Avenida Cent.ral. necessário
É
pelo
mobilizados descrit.a,
de
"educar"
de
como
nada,
Carnaval,
assim
no
como
bojo
os
da
respeit.ável
e
st.at.us
de
cent.ro
verdadeiro
símbolo
do
carnaval
fluído
as
massas
o
formais
sociOlógica
cornunicat.ivament.e da
folia;
aclamado
e
civilizado
populares<Pereir-a/1992:29
circuLar como
para
element.os
stt.uacão
ao
modernament.e
mais
compreender
suficient.ement.e
Elevando-se
cronist.as
ant.es de
Desfile
t.orna-o
ef"icient.e. pelos
:íinalment.e
a
consa~rado
modelo
capaz 31).
E
ent.re
gruparnent.os difer-ent.es da sociedade urbana da época.
O CORTEJO OPERiSTICO A Carnaval do
do
pont.o
Rio
de
"civilizacão". folia,
por
Brasil em signi:Cicar
conl ~rida
cent.ralidade de
Janeiro,
vist.a Muit.os
das
uma
a
sociedade abolicão,
a:rcaicos<Idem/1992;30-t). 8 Fa.ço uma. a.propr\.a.Çao
no
desfile
princípio
de
inst.rument.o moderna,
Para
os
dos
o
de
queriam
à
e
símbolo
da
t.ransf'ormação
do
cost.umes
coloniais,
pouco :ri.goro•a. do concei.l.o de
no
sust.ent.ada,
"progresso"
como
fest.ejava.
a
Sociedades
est.ava
quando
lit.erat.os,
33
idéia
indispensável
t..ambém
def"init.iva,
século,
na
jornal
Grandes
das
do
r-epresent.aç8es,
c:rônist.as
considerá-lo
ao
riqueza
Deraja.mi.nu.P?!5::l?-~.
dos
Em razão vist.os
de
como
prést.i t.os
e
ori:;em
badalada
sua
proporcionava
a
est.e
da
pelas
import.ant.es
feição
mais eruocado
o
carnavalesco
imposição
a
modelo
almejado. Esse aspect.o é
acont.eciment.o
àe
folias
nesse
elites
de
de
cosmopoli t.ismo
Já
forma
que
a
qual,
part.ir do
mesmo
ele
est.ét.ica
folia carnavalesca, sufocando os sent..iment.os e
popular. Principalment.e após o
europeus
iluminist.a
pelos comentadores recent.es do
período.
uma
cent.ros
as
apont.a
sobre
o
no
sent.ido
conjunt.o
da
manifest.ações de cunho
advent.o da Abolição dos escravos, momento
à
sujeit.o
perse@õuicão
policial
e ao pat.r-ulhament.o
dos cost.ume.s:, a massa de a:f'ro-brasileiros começa a t.orn.ar as ruas com seu rit.mo s:incopado, cant.os e
dancas, defla€rando o
combat.e ent.re "Grande" e
''Pequeno'' carnavais(Queiroz/1992:55).
Há
um
out.ro
carnavalesca. Ou seja, a e
cujo
diversão,
Des:file
Percepção
que
concent.rad.as
no
vão
Chefe
de
Est.ado
Policia
do
a
mesma
sua t.ransf"ormacão em
mat.eriaüzar·.
o
envolvendo
aspect.o
Grandes
das
int.erf"ere
r-econsideração
um ri t.ual urbano
Sociedades
no
modo
classificar os majest.osos
Dist.rit..o
Federal,
às Sociedades considerando-as como
Francisco
"sociedades
de
de lazer
parece
mesmo
melhor
as
como
prést.it.os.
Valadares,
forcas Em
se
diversões
1907,
releria
que
e
folia
da
t..odos
anos animam o carnaval carioca"{Moraes/1958:227).
int.erpret.acão mesmas
à
legitimidade
crônicas
imposição
de
ut.ilizadas
classe,
é
raciocínio
esse
Seguindo
gozada
t.ambém
Des:file
pelo
os
sust.ent.ar
para
:falam
ent.abular
possível de
Carnaval.
ar-gument.os
sucesso
do
out.ra
a
Pois
respei t.o
pelas
obt.ido
as da
Grandes
Sociedades junt.o às camadas ''populares'', dUl"ant.e as suas passagens pelas
ruas,
mot.ivando
isso,
por
inclusive
volt.a
Rancho, passa a 8
a
:formação
met.ade
da
década
da
dos
exibiam-se
acaloradas
de
1910,
Mais
t.orcidas.
uma
nova
ent.idade,
que o
disput.ar com as Sociedades, no int.er-ior do mesmo gênero,
at.ancão dos espect.adores r-icos e
popular-
de
primeiz-os
como
e,
ao
verdadeiro2ijl
seja~
o
alõõlt.á na origem
mesmo
t.empo,
na
t.eat.:r-os
lfricos
deanabul.ant.es,
cada ano um novo enredo, at.ravés do ale'"or-ias-cenários. Ou
int.a:r-s&~sant.e
pobrss. O
cant.o, da
modelo das
inovação
danc;:a~
das
t.razem:
que
nar-rando
r-oupas
Gr-andes Sociedades for-a
e
a das
t.omado
e :redimensionado. O
do
1110delo
Desfile
r emane jament.o enf"ocado. parece-me~
co~np:reende:r-
propósit.o dest.a szeç:ão, porot..Qnt.o, é
Já
das
que
const.it.ui
de
Carnaval,
relaçtSes:
a
sociais
t.aref"a
apenas
at.ent.ando,
wna
.34
no
missionária
part.e
do
mais
Rio
uma
àe
vez,
Janeiro
civilizadora processo
oat.a oi:r-aul.ação
social
ao
moment.a
no
àos
próprio
crônist.a:s:,
maior,
aludido
acima,
ar-gument.ação
t.ambém
estavam
qual
do
f"eit.a
at.é
agora,
sujeitos.
pret.endo
Mantendo
sustentar
a
que
coerência
da
sucesso
do
o
ror-mato DesfUe r-eper-cute, do pont.o de vista da per-cepção e
da es:::t.ét.ica,
um deslocamento mais ger-al. que
O
f"or-mato
se
Desfile
valor-ações:,
quer
Carnaval
de
é
evidenciar
o
seguinte
condensar
convívio
dos que assist.em em cir-cuit.os de
r-elações
posicionamento diferenciação
que
ocupam
crescente
exposição
est.ética
articulação
e
dos
intei"'ÍOI"'
producão
seus
produtos.
princípios seja
incont.ornáveis:
belo.
imagem)
Ou
melhor,
passa
a
para
a
a
a
as
a
é
e
alegria
este
part.ir
da de
objetivos
relacionamentos, o
Cont.udo o
carát.er
de
dúbio
de
exigindo
o
autocontrole fazem-se
e
execução
cont.emplação
a
exibem e
a
com
o
suas
especificidades
simbólica,
confecção,
beleza(que
supor
fixa
de
e
se
define-se
racionalização e
poliment.o constante dos at.os. A
que
vencilhados.
festa
os
fat.o
o
civilização
agentes
Assim,
sobr-e
age
de
sociais
que
na
dif'er-enciação
dos
da
sociedade,
da
especializados
subgrupos
no
idéia
a
r-esulta da !"armação e
postulado:
manifestação
fruição
do
que
urna
idéia
em
sentimento
de
de
do
emoção, ambas provocadas no rit.ual do Carnaval-Espet.áculo. Aqui reside o
espetacularização
troca de
do
do
Carnaval
f'estejo
de
mel"'cadorias
be=
simbólicos:.
sociedade
à
inerentes
lindt.acões vinculação
núcleo do argumento proposto naost.e estudo. Por- que
ao
carioca
princípio
cult.urais,
Já
local
nos
termos
abst:r-at.o
no
impossibilitam
int.e:r-io:r-
do
me:r-cado
um
sociologicarnent.e
que
frankfurtianos
universalizant.e de
pensar
falando
de valor
a
wna de
especializado inex:ist.e
um
público-consumidor de uma cult.ura popular de massas no Rio de Janeir-o do momento. Também o uma
t.ot.alidade
esquema t.écnico-inst.r-ument.al estava longe de cimentar o
s:ocio-his:t.órica
que
só
ocorrer-á
no
Brasil
a
part.ir
dos anos s:es:s:ent.a do presente século. Porém
a
mesma
t.eorização
:frank:íu:rt.iana
for-nece insumos para comp:r-e;ender- a do
moment.o.
Ador-no
homérico
seus comandados e herói o
faz
Horkheime:r-,
int.erpret.am
Esclarecimento, Ulisses(he:r-ói
..
da
ancoradas
atit.ude
Odisséia),
no
célebY.e
no
a
a
modernidade
peculiaridade da intr-ojeção do
p:r-át.icas
Carnaval-Espet.áculo
sobre
em
folguedo, da
com
cera
do
ast.ut.a
de
os
ouvidos
de
ele próprio amarrar-se ao t.imão da nave. Para ambos, o
no int.uito de resist.ir aos encant.os das sereias e
curso progressivo da nau at.é It.aca,
~-
especializar
objet.o
a
naquele
Dia lético
racionalment.e
t.apar
modelo
cult.ur-a,
tornando-a
35
despert.a:; de
8 1
manter o
postura burguesa de
cont.arnplação,
o
próprio
espet.áculo.
Imperat.ivo
desquali:f'icando-a
em
aut.ocont.:role
nat.UI"eza
da
psicológicoC1987:45). forma
assumida
Renascimento,
seus
pelos
t.an'Lo
atributos int.e:rna,
Nesse
em
exi~e
que
mesmo
e
modos
Elias encontrar no ouvido e onde no
se
consolida
as:pect.o
não
principalment.e
civilização,
a
t.át.il
da
t.endo
olho
do
0
individuo
const.at.a
da
cult.ura
de
vida
os
vist.a
humana
sens:ibilidade
como
que
a
ap6s
o
urbanos,
é
contenção das emoções. Daí
no
em
natureza,
divinos,
Elias
rnaniíest.ações
caract.erizada pelo const.ant.e dist.anciarnent.o e
da
fundacão
à
Nol'bert.
dos
e
rrút.icos
necessária
het;emonia
a
dist.anciamen'Lo
mágicos,
sent.ido,
objetos
meio
o
o
centros
controle
corpóreos evidenciado
hist.oricament.e
const.ruida
no processo civilizadorU990:200-1). Tan.t.o
ver-são
a
espet.acularização da Carnaval Desfile nos
car-ioca. de
cult.ur-a
por
a
e
significam
íicandos
como
a
a
uma
a
circulação
que
do
espet.acular-
do
inf"ormalidade
se
tendência para
dist.int.ament.e
manifestação
à
o
que
circulo
ho:r-izont.al
baseada
dos
elos
irnprescindivel
de
juizo
de
cada
e
c:r-it.ico,
que se pode
pal'a
ser
exibida
vez
secular-izacão emancipado
mais
de
uma
inclusive
e
ancor-ada,
cor-respondendo
uma
po:rt.ado:r-
públicos
dos
for-mação
à
individuo
comunitár-ios
capacidadade
na
:revelador
é
curso, t.endo ent.r-e seus índices o
org-anizada
indivíduos~
de
público
um
expect.at.ivas:.
det.e:r-minadas
cultural
o
lolia
da
moderniza
cult.uralment.e, nos parâment.ros da modernidade burguesa. É irúerir da
plat.éias
da
t.emat.ização
modelo
da
r-espeito
a
est.a
do
f"or-malizacão sociedade
Elias
de
ofer-ecem element.os
consolidação
A
Car-naval
t.ermos:
f'r-ankf'ur-t.in.a
a em
do
razoabilidade
est.ét.ico.
Fat.or
espet.áculos
dos
modernos.
Mas é em
preciso sempre t.e:r- em ment.e que o es:t.ava
sociedade
cur-so
ent.ão
sujeito
pr-ovocadQQ
descont.inuidades
ou
inst.i t.ucion..=tli2ar-
incap.a2as
supo:rt.es
per-fll da racionalizacão
socio-cult.ural
um
moderno. No
âmbit.o
da cena
car-navalesca,
as
conseqüências
se evidenciavam na dificuldade do Est.ado em impOr o sinônimo mesmo
de
t.empo_.
Dl:f"iculdade em pode
civilização
1914,
dizer
inst.it.uições
da
conjunt.o
o
car-át.e:r
as:se«'urar-
manifesta na ajuda
ao
aos
Cor-dões,
para
a
o
acusando-os do
folia.
p:rât.icas
democr-ático
veemência como
impossibilidade
voltadas
das
podei'
pr-efeit.o de
36
por
carência
modelo ·aspir-ado como da
população
conferido Barat.a
"desol."dei:ros".
público
Exp:ressa,
dessa
em
ao
e,
festejo.
Ribeir-o
nega,
mesmo
se
subvencional."
as
exemplo,
O
ao
no
vet.o
do
ent.ão pre:feit.o Ant.ônio Prado Júnior ao projet.o de lei que cria uma caixa
o
para
especial
Carnaval,
classif"icado
como
"fest.a
just.if"icat.iva complement.ar do pre:feit.o ao vet.o traduz a poderdo
público
Est.ado,
fest.a
já
da
que
est.a
iniciat.iva
cent.ralidade
sequer
ao
de
folia
da
exist.ia.
e
part.icular-
port.ant.o,
cabendo
não
a
em ajust.ar
Concluira
car-át.er
o
cult.ural
ação
"uma
carnaval
manifest.adament.e
nenhuma
acaso~
pollt.ica
ser
A
incapacidade do
uma
a
cidade".
da
popular,
€Overnament.al"'(Apud
Moraes/1959:230). maior
A
inconsist.ência
o
mercado, urbano.
da
sociedade
época
dos
fosse
do
modelo
bases
sociais
grupos
considerado
mecenat.o
dest.e
da
jornais e
iniciat.iva dos
A
prát.ica
das
conjunt.o
quant.o
t.udo
formalização
aparece
participações
no
perfiladas
po:r·
relacionar,
sociais
que
"civilizado"
folguedo,
pois
leque
a
o
a
lógica
espaço
promover
e
público
est.imular 9
é
exemplar _ A
possível
à
sust.ent.acão
pr-ofissionalização
de
de
fest.a,
na
alt.ernat.i v a
a
amplo
em
na
esbar-rava
segundo
t.omava
comerciant.es
como
espet.acular
em
t.amhém
consumidores
supunha
cult.urais,
o
que permanecia uma quimera para a época.
Por modernidade uma da
no
vocação
interior
dos
carnaval
o
t.rat.a de
uma
reconst.it.uir fest.a~
da
espet.acular-
individualização
fest.ejar se
procuro
isso
no
cent.ro
espaço
de
os
fo:rma..lizant.ê
Ranchos
Enquant.o
na
os
os Ranchos
..
t.enham
margem
últ.imos
logo
inst.it.uições
das:
são
originado
nos
desfiles
como
púlblico
como
caract.eríst.ica
cidade.
espera
à
Weber)
melhor
a
da
Ranchos
dos
sociais
dos
conheqeram agraciados
set.ores
de
de
forma
de
Porém ainda
bases
sociais
é
pois
r&valadora,
ent.:recruzament.o dos element.os mediados pela
relações
da
sent.ido
dest.a
&spet.acularid.a.de e-m germ&.
opost.a
consagradas
possíveis
civilizadora,
especialização,
t.emat.izacão
a
const.it.uem essas ent.idades o dinâmica
missão
de
promessa
modo
na
concW"sos
que possibilit.em d&sabrochar a
Dest.e
t.omando-a(no
anunciada
do
caminhos
os
no
chamados
a
cont.ext.o
capoerist.as
perseguição
com a
simpat.ia
sociedade
civil.
popular-es,
duas
Ou
e
policial
dos
dos sem
jornais seja,
nat.urezas
Est.avam
urbano.
e
ainda
..
muit.o
Cordões. t.re~as:,
de
out.ras qua
SQ
dis:t.int.as
ca..rna.vo.l. woro.ee hi.et.óri.a. do Enei.dc:L a.quel.es a.gra.decer que para o um co.ptt.ul.o Os jorna.i.s e os CQmerci.a.nt.e& f•sla.. est.ã.o ongra.ndoci.m•nlo d•ela.qu•. Vo.L• \.embra..r, por •Memplo, loto.\. que o. com r•v•renci.a.doe promovi.a. junto leei.da.s concursos Fon Fon tts Cá.bri.cCI.& d• revi.&t.a. Q entre ~ operá.ri.a.. ra.i.nh<:L Oo pri.ncipa.i.e jorno.i.a ••eother promovi.a.m orgoni.zavam oe Lornei.oe d• Oro.nclee Soci.•dc<i.• • Ra.nchoe. Em
••u
l.i.vro
37
definem os modos de suas respect.ivas inserções na folia. Penso
cont.ribuiu da
para
bast.ant.e
incipient-e
fr~ilidade
a
que
a
do
processo
r-adic::alizacão
indust.l"ialização
deixou
civil
sociedade.
da
e
segment.os médios
economia
incluidos
cat.egox-ia
na
exer-cendo
não
a
A
palidez
fr-equência
favorecendo
Em
at.i vidades
de
n.ão
maior
ampliação
a
expedientes
paralelos ou
seu
sobre
est.udo
Marcos Luiz Bret.as mostra que a
início do século,
p6los.
cidade
das camadas operárias. Frações enormes da
capit.aüst.a.
:formal
dois
os
na
cidade no esquema de mercado e
Logo
local permaneceram sobrevivendo de à
ent.re
pl"oporcionar-
de
possível do amplo cont.i"ent.e ches-ado à ordenação
modernizant.e
t.rabalhadores vincuLadas
ao
sem
os
dos
população
transversais
capoeiristas
maioria era de profissão
pólo
moder-no
na
do
jovens
definida
ou
economia
da
eram cocheiros, cavouqueiros, carroceiros, ent.re out.rosC1999:59). Ainda assim Roger Bast.ide r-egist.r-a
que
urbanização
a
no
Rio
de
Janeiro r-epr-esent.ou impor-t..ant.e fat.or- de z•eint.egr-ação de gr-andes par-celas da
população
burocr-acia
negr-a,
est.at.al
após o
f'im da escravidão. Ist.o devido à
e
aparat.o
do
milit.ar-
somados ao cr-esciment.o do set.ol" operár-io e de serviços ligados ao
expansão da
pela
promovidos
República,
ainda cont.ando com uma série
t.rabalho doméstico nas casas da burguesia ou dos
segment.os
médios(1993:129-30).
condições,
principalment.e
Ranchos
Os
aquelas
sur-gem
suscit.adas
acompanhando
pela.
ampliação
essas
do
set.or
secundário da econontia carioca. Most.ra
Maria
econômica
polít.ica
econômicos
novo
cont.a
a
,t;;~Ot.o:r-
que
:regime.
já
em
aut.ora
a
est.udo
do
Império
a
economia
r-eint.er-pr-et.a
da&~do
pr-oporcionou da
1SB5.
hist.ór-ico
República,
da
queda
Encilhamento
dot.onado
seu
anos
aceleram
A
politica do
indusrt..r-iAl
Levy,
primeiros
dos
int.ricados
aur-ora do que
Bár-bara
Nala
lila
anunciam
carioca
à
o
opo:r-.c.z.iado
indust.riais de a
cidade,
f'or-rnat.o proát.icas,
pr-oducão
desde a
o
consider-ando
à
o
do
que
t.arde
mais
alocat'arn-se
f'inal
int.er-ação
dizia r-espeit.o
..
cidadeCt.999:26
século
os XIX.
possibilit.ou
o
Exat.ament.e
A
part.ir-
ambient.e
de
desses
apareciment-o cujo
cost.umes
:r-epresent.ado
e
de
t.r-aço
hábit.os:, pelo
bar-co
nesseS
muit.os no:r-dest.inos
inst.it.ucionali2adas,
r-essil!;'ni:Cicação novo
41>.
do
t.âxt..il.
Est.e se t.o:rna o ramo de pont.a da moder-nizacão da e-conomia. local e do
a
dando
ampliação
da&lt.aca
a
fat.or-es
os
e
bases
sobre
migrados espaços
um
para
ganhou
conjunto
de
car-act.er-íst.ico ao
espaço
que
parece,
Ul"'bano.
A
t.r-ansf'ormacão dos Ternos de Cucumbis em Ranchos ocorre em t.al cont.ext.o) cont.ando com o
supor-t.e econôntico decorrente da situação de assalariados
38
•
de muit.os membros desses C'I"Upos .
Sendo
Ternos
uma
passeata
cont..arn com a
desdobrament..o
mis:t.érios
nat.lll"eza
ação
da
cat.ólicas
ent.re
nas
cult.u:r-ais.
passeata da
cucumbis e epifania, da É
no
concerto
Rei
em
dos
os
século
do
Reis
do
XIX,
Recôncavo
principio
das
sobremaneira a
região
no
Nor-dest.e e
e
qual se de
Rio
e
do
.
Rio
inspir-ado
f6.bri.ca.
exempLo. do
r-ut\4
do
a.mpLQ
Drumond,
fiação,
fest.as
no
t.ambém
o
ext.rat.os
o
ou a
são
os
fest.ejo
da
na encenação
profanos
e
Ranchos
pela
Nordeste,
Benedit.o
durant.e
das
Sodré/1979). carnavalescos
at.uação
do
amplo
grande
part.e
cidade. baianos~
com
dos
oriundos
hábit.os
em
urbanos,
já imbuídos
lúdico-profanas,
navios
habit..avam
que
os
com na
fins
época
t.rouxer-arn
ou
nos
caminho de um
e
chapéus
de
em São Cr-ist.ovão
associat.ivas clubes
foram
do
burogueses
ou
•
ou nas
das o
lrunsport••<bondee>. pa.ied9"i.etica do
reforma
Largo bouLeva.rd da. Avenida. c\.rcuLo.Çã.o do mao-de-obra. e
suas
aos
camadas
d•efi.l•• de coreoB.
39
bebidas
imediacões.
esquemas médias
ou
de se
•
lugar,
oncl.
• o
faci.Li.La.ndo selembro, dirigi.rctm Para. l.ã introduziram o frevo Rio
28 de mercCLdori.a.s,
que perno.mbucano•, famoso clu.be o r•orga.ni.za.ndo grande loma.r o P""Q f••l•jo• mi.gra.n~••
e
foli.a. ai.gni.hcati.vo.e. Poc cl. vi.ta L•va.da. u r..-• .-.t. de conat.rucao ci.vt.L
de tecido Confl.a.nCa.. ai.lua.dcl projeto a. r-urbani.za.cao da. com \.nloroaaea Li.g<Mioa no do
conjunt.o de
aliment.os
consorciadas
fabri.a ealaa t...tni.~•• de Ja.noi.ro l•m di.voraa.a
d• •qui.pam•nloe urbanoa t.•rmoe vo.i po.rti.cipa.r da.
RCLnchoa •
Como
criam os
associações
das
Rio(próKimo
Cumprido
iniciat.ivas
entr• Ri.o
urbana
aa.rã.o
t..ecidos,
no
convivência
•
de
forma
da
novos
São
Ternos(Tinhorão/s.d:19-9),
as
fest.i vos
de
suas
peças
dos locais onde t.rabalhavam como est.ivador-es ou no Arsenal de
localizadas Ai
cert.o,
e
Cabral/1975
Mar-inha) ou na Cidade Nova, zona vizinha ou a fábr-icas
de
e
janeiro,
familiarizados
corúrarias
port..uária
os
:r-esult.ant.e
t.ais
comunidades
Ma.gos:(Bast.ide/1971,
Em sua maioria, os grupos de do
procissão
as
cont.igent.e de baianos migrados para a
da resião
inf"ormararn
a
O
nee;ro-caboclo
element.os s.3€rados
est.eio cult.ural sobre o
rina.l
as
desagregada
expressivos dessa sínt.ese,
fusão
Três
por
bebem
africanos.
colet.ivo
Congo,
past.oris, que percorriam
epopéi.a est.e o
do
Taiel'as são
pondo
unindo
barrocos<que
.af'ricana
profano-religiosas,
coroação
A
coloniais,
const.it.uindo,
e
jesuítas:,
mesmo
memória
pelo
folias
e
nat.ivos
"
reelaboradas
f"ormat.ado
dos
cucumbis
encenação em for-mat.o de procissão) aos elementos
mat.eriais
s:inc:ret.izacões
aos
dramat.úrgica
aut.o-sacrament.ais
t.eat.ral renascent.is:t.a a
e
remonta
pedagóc-ica
e
religiosos
simbólicos
que
••
Vo.asouri.nha.a;. Eat.e di.sputando om
ub•rto
o
acesso
e
pa.rcela.s
de
de Jla.nei.ro, aprovei. lar O& a.lenyao com os
reorganizaram pelos nas
próprias
IundadoJ·
est.rut.u:ras
dos
"Tenent..e
primeiros
jovino",
nos
just.ament.e íábricas
e
mecanismos fabris.
lembra
dos
compostos das
Jovino,
dos
pelas
em funcionamento
moradores
Hilário
origem
a
postos
ent.ão
cariocas,
que
part.e
fazem
solidariedade
Um
Ranchos:
Ternos
que
de
dessa
"familias
filar-mônicas:
simplesmente
ou
Ranchos
região,
basêada
est.á.
dos
operários
incentivadas
por
alguma
indústria, na época"(Cabral/1974:11)u.. Tenente jovino, no seu depoimento, dá forte ênfase à de organização
necessidade
observada na est.rut.u:racão dos Ranchos, com o
objetivo de
"sucesso" em wna empreita. Lembra:"Às t.ant.as da noit.e, reuni o disse fundado
Dois
o
rim
o
qual
rancho,
daquela o
pr-imeir-o
ent.ão:
Ac:resc:ent.a,
cariocas
facult.aram
a
origem
padrões
dos
int.r-inseca
época,
da
e
de
sociais fUndação
à
acesso
da
t.er
bem
definitivamente
que
saimos sido
com
exist.isse
já
por
f acili t.ada
um
fizeram
aos
pr-incipais
diversas
mediações
ao
celebrado
como
formalizados Des:t.e
pela
cronist..as
as
ent.idade.
meu).
licenciados
apoio
evidenciando Carnaval
grifo
o
de
o que
normalidade,
nova
se
ficou
própria"Cldem:12
visit.a
a
Ressalta
carnavalescos(ldem). jornais
cont.a:rem
e
público
íuncionár-io
c:aroioc:a,
licença
a
de
fat.o
ent.ão
organizados,
"Perfeit.ament.e
ao
Alude
polícia''.
r-ancho
e
or&;anizacão
sem
Ouro,
de
brincadeira
pessoal e
modo,
na
em
nobre,
que
dent.ro
"organização"
pouco
tempo
os
Ranchos tr-ansferem suas passeatas do Lar-go de São Domingos{at.ual P:rac;a
XJ) para o espaço f'eérico da Avenida Cent.:ral. A organização a
o
desf'ile
e
administração modo,
esferas no cujo
daquelas
e
president.es
conside~armo~
impulsiona
que
e
a
cálculo
às
vinculadas
p~evig&o
e
pos
redunda
port.ant.o
dos
e
at.os
a~os
art.íst.ica
a
de
associação de ações cujo fim é
supõe
ent.idade. conjunt.o dos qual a
est.Ao
a
A
de
das
40
ao
Dest.e dos
funcionalizacão
das
t.eat.ralidade prát.icas
impulsos
de
lado
encenada
disciplinadas,
t.ornavam
possível.
perf'omance na ap:resent.ação
i.nt.erpret.co. o Sco.nt.oeU..H.:U i.noent.i.vo Ru!i.no doo oper6.ri.oe, esport.\.vQ& •nt.re oe no i.ntci.o do pr6.t.i.ea.a do eonfi.n~ de umCl P':'ã.ti.ea. o go.st.o denola.li VCl Lúdiea.s. fí.&i.co-emoc\.onai.s em di.sci.pti.na.d.as ali.vi.dCldes P•nso dessas Clpa.nha.r da ma.nei.ra. a.nã.Loga. o. ini.eia.ti.va mesma.& aubvenci.ono.r grupos cora.i.s e ti.la.rmôni.ca.& ent.re seus emprega.clos. à.&
íunções
carnavalescas.
dir-et.ores
que
moderação
De:fine-se uma. divisão de !'unções sem a
interna
per-f'omance e
da
um
.... JoeL
a
divisão
a
vice-president.as
adrninistrat.iva
desfile
que se ref'ere é
oa.ri.ooa.e como de exceseo• ser posslveL empresa.& em
se
t.ornaria
cor-t.ejo
inviável
no
caos.
e
indiferenciada
Porque
o
respeit.o
dos
dos
que
a
Ranchos
assist.ia, ao
desabando
monopólio
do
uso
o da
f"orça f"ísica pol' part.e do Est.ado, dissolve o medo quant.o a ação violenta entre
os
membros
int.ervencão ansiedade:
perda
e
sociológico
uma
polícia.
da
a
de
No
cont.ra
ent.ant.o
int.roduz
di:fer-ença,
da
formal,
ent.idade
é,
ist.o
out.ra
a
encenação
em
outro
um
ent.endendo-a
da
ou
como
relação
sentiment.o
perda
deambulant.e
de
para
a
de
sinais
audiências
leigalõl.
Ao
mesmo
baseada no
cont.udo,
pro:fissionalismo.
improvisações par-ent.esco des:files.
t.empo,
e
no
recurso
localidade,
e
se
t.r-ata
racionalização
a
práticas
para
é
simbiose
Uma
E
não
a
uma
de
não
implica
tr-adicionais,
íundarnent.ação
est.abelecida:
a
diferenciação
no
abandono
como
da
os
de
lacas
de
sist.emát.ica
infor-malidade
dos
br-incadeira
da
ampar-a-se no poliment.o dos comport.ament.os visualizados no espaço da r-ua e
con:for-marn a ident.idade art.ist.ica dos: Ranchos. Est.e
origem
dos
lugar de da
mesmo
hidridismo
Ranchos.
Ist.o
revela-se
porque
na
alguns
polissemia
hist.oriadores
algo orie;inár-io dos see;ment.os populares, o
import.acão
Veneza,
no
das
classes
int.uit.o
de
médias
se
cort.e,
da
diferenciar
f"eit.a
do
em
relação
alegam
que,
Rancho junt.o
carnaval
em
t.eria surg-ido
ao
do
a
Carnaval
de
populacho,
o
"t.ernível" brinquedo do ent.rudo. Impor-t.ação ocorrida em um moment.o quando a
nobr-eza
Ranchos
realiza
em
os
bailes
associações,
Sociedades,
porém
de
máscaras.
inspiradas
sem
o
perspect.iva,
os
no
Transformando-se
modelo
propósit.o
carnavalesco
depois
das
pan:f"let.ário
os
Grandes
aont.est.ador
dest.as<Dut.ra/198!5). Dessa est.ét.ica cort.es
êuropéias:
de
diversas
desde
o
lírica,
como
Ranchos
guardam
t.rionCo
it.alianos,
apinhadas
manif"est.acões
Renasciment.o
Mozart. Ji!
t.ambém com
"divert.ir"'
at.é
seu
Jit.úrgica
ou
compromissada
Expressariam a com
durant.e
ânf"ase
amparo
por
das
cort.ejo
pessoas
de
plat.éias
Rossini,
t.raços
decoradas(Burckhardt./1991).
música,
t.eriarn
o
sorvido
dr-amát.icas
exist.ent.es
XIX.
século
:fisionomia
a
Nest.as
nas
pecas
pant.ornima se ent.recruzavarn. Para elas cont.ribuiram expoent.es da
drama e
música
operíst.ica
Ranchos
exemplo.
passeat.as
dos
engalanado"
de
fant.asiadas
Obedeceriam
os
Ranchos
os
dias
de
com
uma
reat.ualizacão
:folia,
seminal da Camerata na
recit.acão 41
Da
e
o
sem do
mesma
:forma~
seculares mas::cara.dos:,
os
grandes naves
e
carruagens
mesmo
sent.ido
qualquer mit.o
de
mot.ivação
comunit.ário.
Fiorentina do drama sobre a a
r-elevância
conf'"erida
à
in~vid~~de,
Filho/1997:14).
planos
nos
As
bases
par-a o
nobr-eza port.uguesa no
o
instalou
se
da
Bx-as:U
t.r-anslado
A
do
formação de uma mão-de-obr-a e
a
desenvolviment-o
longo
às
do
gênero
super-produções
inauguração
1909.
de
do
Este
ao
operíst.icas
Teatro t.eat.ro
de
Real
e
pr-esença
na
do
desanove,
encenar-
Teat.ro
desse
aos
~ant.e
em
fruição<Bapt.ist.a
São
da
quando
espet.áculos
João
ab:r-i€ou
a
inco:r-po:r-ação de t-écnicas fundamentais ao século<Idem:17).
balés
MunicipalCinspirado
daí
décadas
europeu
fundação
e
encont:r-avam-se
primeix-as
das
hábit.o
d:r-amatúr€icos-mu.sicais.
emissão
na
mont.ados
na
Ópera
a
constituiu
Alicerce
de
cidade
com
a
Paris),
principal
este a
part.ir
íont.e
onde
a
espet.acu.larização do car-naval sor-ver-á t.écnicas e mão-de-obra. A
dos
polêmica
Ranchos o
pert.o.
bast.ante
é
é
Rancho
análises sobre o 0
quant.o
influência
a
sugest.i v a element.o
um
e
det.erminant.e
cabe
para
explorá-la
negligenciado,
surgiment.o
pouco
um
um
de
o
modo
mais
Carnaval carioca, ao que parece por- não est.ar nem ent.re
part.e
do
chamado
"Carnaval
Popular"Co
Samba). Just.ament.e por- isso enxergo nele o sendo
dis:t.inções; convencionaUidade
e
int.er-st.icio,
o
per-mdte
refazer
o
do
Deslile
das
r-evela
arbit.:r-ário
o
percur-so
e
dest.a
uma
projet.ar
impor-t.a obser-vaz- que a
ressignificação
pela
movimento
apesar
disso
não
int.er-essant.e é
pela eles:
conli~ur-ação
significa
dos
Rancho
acena
par-a
especifico,
rnont.ado. aompla,xo
o
ou
"Popula:r·"
E;rau de
incipiência dest.e
cult.ura
e
dos
dissolução
relacionamentos ou
carnavales:ao
das
agent.es
relações
sociais
cabal das
mat.:r-izes
sociais são
na
ainda
"Paquano"
for-mação
na
o
no
que
o
eles
vinculados:,
devido
e
supos;
combinados medida
ou
int.ar-io:r
do
hlb:roido
do
t.odavia
relacionado aos ent.rec:r-uzament.os
a
post.a
''modernos''
c:a:rát.a:r
cidade,
Rancho
cidade
em que
Cr-e)definidos
Sociologicament.a, em
e
cidade
out.r-a
na
quais element.os são apropriados e
cará.t.er
"Gr-ande"
s::is::t.ama
a
aver-i~uar-
um
t.omam
controver-sia apont.a para a
complexiíicação
de
núcleo cont.radit.ório de ambas
aut.ênt.icas do
em
nem
Escolas
inler-ência. Com efeit.o, menos que buscar as origens
o
nas
geral,
"Grande Carnaval" bur-guêsCrepres:ent.ado pelas Grandes Sociedades) e
fazer
de
à
dos
r-evela
o
niveis de
das
frouxidão
segment.acões sociais provocadas pelas recent.es t.ranslor-macões urbanas. Por isso o de
fazer-
despojado
carnaval dos
Rancho t.raz como dado or-iginal a naquele
Cordões,
inst.ant.e. audaciosos
Já
deslile
de
carros
alegóricos:.
42
compr-eende
grupament..os
sobressaiam os intrépidos capoeirasCLima e simples
não
r-edef1nicão do modo
dent.x-o
ele
o
dos
Lirna/1992). Também não
Trazia
seus
jeit.o quais era o
componentes
fant.asiados, cont.ava o
a€rupados em alas, de
enredo
grupo coral
art.ist.as
sent.ido
mais
nar:ra,
a
moderna
o
ope:ríst.ica,
t.ant.o
cong:regava
da
sociedade
público.
sem
seguras
bases
assim
hist.ó:ria
uma
agent.es
jornalist.as,
a
post.os
como
Com a
fut.u:ros na
meio
um
os
Ranchos
passam a
Para
isso,
cont.rat.am
moldes
dos
clubes
o
t.a.nt.o
pelo
Dante,
de
"Rancho-Escola."
cont.eúdo
e
caso
sua mais
operários
urbana,
daqueles
que
dê
dinâmica
max-ginalidade,
pois
iam
porém ainda
que
procllr'avam
. • e 1nserçao soei al 12 .
Vl"da
ou
de
na
Ameno Resedá
sendo
passa a
sist.ernicament.e ca:r-act.eríst.ica
com o
profissionais plást.icas
a1e~o~ias,
imediat.ament.e conside:r-ar- o
do
e
causar impact.o no
e
Améne>
do
li:rico
a a
fant.asias
público,
dos
variedade
~oupas).
out.ras
desfile como
uma
est.rut.u:ra
at.ingindo a
um
O
funcional ent.re
pot.ent.e
a
efeit.o
port.a dest.as sociedades ma.quinist.a.s:),
urbanos.
exibicão
que
ent.idades.
juncão
figu:rirrist.as,
divert.iment.os da
a
o
dos
Fórmula
por
sobre
de
visuais
incorporada
que se abre
a, part.ir
e
Divina
aperfeiçou
materiais
dos
t.eat.:r-o<cenógraf"os, mundo
na
A
d<>
epit.et.o
o
que
já
insistindo
musicalidade,
Resédá
inclusão
r-ecebeu
ambulant.e",
mont.ada
ser-
pela
Rainha Aida,
a
Rancho
exuberância
art.iculada t.eat.r-al
Est.e
apresent.aç:ão,
apresent.ados{est.andart.es, causa sensação,
Corte Ecipciana e
"t.eat.ro
na
e
pormenores
pedagógico, como
Traviata.
A
dramát.ico
audiovisual. É
a
públicos
cult.u:ra popular É
prést.it.o
supo:rt.e
O
com
funcionários
da
sociedade.
des:f"ilê.
da
de
a:rt.e
envolvidos
caminho
at.ores
t.emas: lit.erá:rios clássicos: A
art.es
de
e
f'undação do Ameno Resedá em 1908, os enredos dos Ranchos
são mar-cados
pa:ra
or-quest.ra
aos
uma
no
. 1 samb a um me i o d e encont. ra:r- no r it. mo mus1ca
sent.ido
gerais~
administ.racão
Desenvolvendo
manei:ra
def'inindo-se
Comédia
uma
e
não se f'echam ent.re seus pares, mas pr-ocuram exibir-se como
aqueles
quant.o
som de
Em linhas
a
organizam
cosmopoli t.a.
existência
ao
encantar
de
plást.icos,
burgueses e algo
alegorias,
suas
ent.oando as marchas.
no
desfilar
em
acor-do com um argument.o dr-amát.ico
de
O
imperativo
inovacões
das de
deflagradas
pela at.ualizaç:ão dos t.emas,o mot.iva nest.a direção:
..
Ameno Resedá do proéati.toa hcrmoni.oao corpo core\. i.nclui.a.m pcrli.ci.pa.ntea, ca.da. qua.\. di.vi.di.a.m, ca.nla.ndo • moaculi.na.a
••
9 ..........
OOM
quo SUQ
vozea
.....:.
......... femi..ni.na.. pcra.
pa.rt~tura.,
sUvc, CcrtoLa., ent.re de Dongc, outros, est.ivera.m os como Nomes Ro.nchos, toma.ndo-o&: como referências de vi.ncula.doe liiUO. juventude e torr6ea mlti..coa dG. o.urora. do aa.mba ccrna.va.L Pcputcr. Aa • do corea verde rcra.m 'busco.do.a roac da. Eaco1.c de Scm'bc Mcnguei.ra. por ccrloto. num Ra.ncho no auc i.ntâ.nci.a. pequeno-burgueac ba.i.rro o Ra.ncho Arrepi.a.dotDa. Si.lva. e Lourei.ro/~1>89>.
=·
..
43
•
depoi.~
juntarem
vullo•o bengala.
c::â.nl Í..COG gambi.a.rra.c.
de
alegorias,
como
íormat.o urbano
t.ransformações
profundas
e
na
e
a.poteõti.co.
profundas
no
assinala
cidade.
A
modo suas
vist.osidade
o
E por
conjunto
fogos
de
•
d~
incorporado
ao
•
drarnat.úrgico-musicado
raízes
desfiles
uni&sono
fartamente i.lumi.nados •v\.dênci.a. o luxo deata.nd<1rtes
os
processual
deit.a
nos
apresentação
vo~ume
•ó
vibrantes, . >punha. •rn
tai.s
o carnaval
num
gui.rlandos!Jolg.
de
conceber
qualidades
a
f'ormais
~randiloqUência(como
e
nos t.emas operíst.icos) passam a
ser imperativas nas exibições orient.adas
para
compromisso
no
platéia,
uma
propósito
renovacão
de
qualquer
deliciar
anual
sinaliza quant.o
sem
faz o
profanados
já
dramát.ico
núcleo
do se
olhos
pont.o
de
Jornal
do
pa:r-t.ida
Tant.o
do
Brasil,
Ranchos a
part.ir de 1909, destacava assim a
ávidos
e
cort.ejo
da
cultur-ais.
que
rnist.ico-relicioso
firme
mas
de
gost.o.
t.ant.o
o
est.et.izacão
promotor
dos
A
dessas
práticas
concursos
entre
apresentação do Ameno Resedá
em 1917: Reaedá, fi.el (uo aua.a tra.d.i.Cões esléli.oas, v•m ma.i.e umo. v•z pomposo, con&o.grar-ae dO Belo e à. Arle, o.preaenta.r-•e o.o povo ca.ri.oca, obedecendo garridaJDent.e as ordens eJDanadas Majest.ade MoDlO, a. •ua. ha.rrnoni.oaa. e l.uz1.da. oorte. \.nept.ra.do. porsua dos aeua ca.nla.reso rnel.odi.osos e encant.a.rnent.o de aua.e danças nCI. magia ~:~\.mb6hca.e e a.tro.ente~:~"<Apud Nora.es/~059!~35> - gri.fos mouaL
o
A
mono
ufa.no c:i.vi.li.zCI.do
Vale observar no t.recho a melhor,
disciplinar"povo
os
objet.ivo
modalidade
demais
civilizado ...
"Belo" e
a
Est.a
procissões
em
agora, Em~ida
porém
em com
formas a
a
as:pa.ct.o
assist.ia.
da
Volt.o
ao
passeat.a
de
ao
par-a se chegarespecif'ica
Uma
insrt.ant.a, quem
sent.ir na conjugacão ent.re
visuais.
descricão
com
se
de
seriam
''pomposo''
compromisso
um
apresent.a:t'em
met.as
lhes
deveriam
qual
pal"a se
cujas
quem
a
já est.á definida. nest.ê
marcha'
Cont.rat.ualidade est.a que se faz mat.erializaçã.o
ordem,
''Art.e'', exigia o
caz.naval
f&:zer
segundo
entidades
magicarn.ent.e en.can.t.ar
de
de
carnavalesca''
e
Ranchos
carioca
consagraz. o ao
''ordem
uma
de
definicão de uma idéia de carnaval, ou
corüer-indo
os
fruia.
t.ema e
desfile
do
Ameno
1917
:f'eit.a
p&la
sua
Resedá, cronist.a
de Mo:raes:
n••••
Ameno 4de granel. ri.quezo., poi.s a.no o A desori.Çã.o do desfi.le da.s tloresta.a, bosquea, doa di.vi.nda.des dos Resedó. i.nterprelou ••a.s eampos e da.a monlanha.s, segundo a mi.lologi.o.. " aá.ti.roa tranaforrnadoa •m quCLtro No. comi.aaão de Frenle v\.nha.m quatro ··o Júp\.ter, doo doe vi.nho. po.i. depoi.a d•ua•• caÇadores";
•
44
..quatro pred~let.o. águi.o."; OUO ••gui.o.m-•• meto.morf oseQd.os rúsli.coa om prtnci.pes co.ço.dores .. ; .. po.nrei. o.preliento.vo.-ae como cri.a.doro... , no.lurezo. orco.des e de honro. sei.s sei.s vinha pequeno<> guardo. Po.n ..; ga.la ni.nfo. predi.leto. do como formoso. •egundo-me•tre
c:avo.lgo.ndo
home~.
deuses si.lvo.nos, o meslre-so.lo. lendo Ego., .Juno,
por ··a deue
.,.
pro!.,.to.
P"""'<- . • H:l915B:.t.ai>-~O>.
do.
A ap:r-esent.acão de um t.ema onír-ico mi t.ológico concedia. à uma
enor-me
rn.a:r-gem
capazes de exe:r-ce:r0
de
ma.nob:r-a
pa:r-a
cr-iação
de
figUI"inos
alegorias
e
cont.emplava~
f"ort.e impact.o sobre quem o
um
ent.idade
qu<õ~;r
fosse
público quer :fossem os jurados do concUI"SO. E não só t.inharn suporte na
mão-de-obr-a emp:r-egada na ároea t.eat.r-al mas cont.avam t.ambém com pessoas f"ormadas:
pela
Nacional
:formação
na
incindia
Escola
de
pint.o:r-es
de
Fr-ancisco
Amoedo,
ant.i~o
r-evelado:r-a
de
como
beneficiava-se
ef"eit.o,
Com
const.i tuídos. alt..ernat.ivas
de
int.r-oduzi.a técnicas ~ost.os
padrões de
ent.re
f"undament.ais
familiarizados
por
algumas
níveis
os
e
com
vezes
coníe!"'i.a
a
est.eve
aos
bem
erudit.o
e
dist.intament.e
er-udit.a,
p:restigio
codif"icaç:ão de
à
popular
mercados
mão-de-ob:ra
a
tant.o
econômico~
ganho
acadêmica
mi t.ológicas(Cipini uk/1985).
Escola 1
âmbit.os
de
t.radicão
ResedáCEf'egê/1965). Tal pr-esença é
Ameno
f"alt.a
da
a
escultor-es
da
mediação
a
onde
paisagens
diret.or
part..icipando do car-naval do
Art.es,
e
ou
alegor-ias
confecção
Belas
de
ansiosa
Ranchos
quant.o
suas apr-esent.ações
dos segment.os sociais cuja voz ressoava nos
de
nos
jornais e
out.:ras inst.âncias p:rivUG>giadas da sociedade.
:r-epresent.ações ao
acervo
que
popular
as
ident.iflcasse
colonial.
uma t.át.ica const.ant.e:
neo-clássicas. mais !
ávida
A
t.odo
cust.o
part.icipacão
de
isso
inscrevendo-a
públicas
moment..o
civilização
à
da
da
Fai"as
hist.6rico,
européia,
ant.igilidade
~
t.omadas
pelas
inspir-ava-se
pr-édios
dos
arqui t..et.ura
nesse
r-esgat.e
O
heu:r-ist.ica.
mais
em
das
oposição
grego-lat.ina
foi
pr-oliferar-am ent.ão as "almas dos helenos" ent.r-e os
lit.e:rát.os ou for-am as vias a
beber-,
pr-oc::u:r-avam
local
população
ainda
é
t.emát.ica
quest.ão
Est.a
o
empenho
alguns
no
o
set.ores
de
r-emetesse
que
no
cada
espaço
vez
público, "t.:r-adicão
uma
a
e
soluções
a
dignif"icar
sociais
flores"
e
contornos
nos
er-a
"bat.alhas de
ocident.al"(Velloso/1987a:23-5). ai
SUI"ge ident.i:ficado primit.iva, médios
e
no
e
o
a seio
do
O
ent.r-e
oposição
popular.
sent.iment.o
mesmo
recém-formadas.
sugest.iva
de
sinônimo
"apoUneo"(olhar) par-celas
int.er-essant.e
é
das
"dionisismo"Ca
at.ra:so
das
elit.es,
camadas
just.ament.e
45
o
ent.r-e
a
e
audição)
de
selva€eria
dos
segment.os
popular-es
consat:racão
dos
urbanas
cânones
plást.icos-visuais(de legitima.
A
Apólo)
linguagem
di:fe:renciados
em
o
permitir
visual
I".azão
descolar-se
podiam
como
o
e
modo
uma
dist.anciando-se
ingresso
dos
novos
de
nat.uroeza
do
grupos
marú:fest.ação
art.efatos
seus
cont.e:rem
de
de
chão
urbanos
cultural
expressão
cosmopolit.a,
são
ou
seja,
brasileiro("bárbar-o") na
suposta
e
universalidade
moderna. complexos
Tais
"polidas",
sensibilidades incorporaremm
um
"civilizado".
música
no
A
localismo
ópera,
depuradas
sist.ema
de
por
é
não
A
cat.egórica
a
vez
ser
a
por
música
suboY.d.inaç3o
do
com
est.ar
lírica, à
som
suas
local.ist.as,
compat.ível
discriminada
as
devido
excessos
dos
represent.ações
sua
"anacrônico".
graças
dist.in~uiriam-se
sociais
o
ao
modelo
ent.ranhada
not.adament.e
&st.abilid.:.:.do
a
plást.ica
da cena e dos limites definidos pelo libret.o. Se,
obviament.e,
desenvolvia-se o
problema
segment.os
um
era
coníront.o
o
de
produção
de
implant.ação ser
exercida
t.ipo
de
pela
consolidação embasado.
gm
semiót.ico
novo
e
cur-so na
naquele social
inst.ant.e 1 passa
e
por-
diag:ran~acão
do
simbólico
da
e
exemplo),
econômica.
mais
Ainda visual
olhar, pela
ampla
a
assim
o
já
com
crucial
na
representações de
nele
reprodução
t.ranst'ormaçõiõt&õl
da
os
"bárbaros".
do
papel
técnicas d..aQ
ent.re
disputa
heg-emônia
da
gráfica.liõl
e
próp:ria remodelação da
o olhar das mult.id3&s an.ônim.a.s.
sócio-hist.órica
modo
a
meio
de
onde
uso dos sentidos
linguagem
dos jornais: e
organizada.
em
t.eve
das
realidade no
peLa
e
primazia
A
uma
época,
da
"civilizados"
conjunt.o
do
~&nsihilizar-
traduzidos est.ar
a
a
instant.e
modelo
cinema,
planos
ocorria
oferecido
naquele
cidade, cuja met.a es:t.ava em Dois
nível
sócio-politica
disseminação
Falo
imagom(f'ot.ogr-at'ia
cont.ext.o
int.erat.ivas.
cultural enlaçado
dif"usão do
no
dicot.omia
da
civilizado,
modernidade
suport.e
sig-nificativa
visuais
sent.ido
est.at.ut.o
do
part.ir
discursividades
como
represent.ado
fronteiras
ext.ra-semiót.icas,
de af"irmar- um modelo às percepções e
E conjunt.ament.e o
na
a
no
sut.i1
linguagens
das
forcas
de
ideológico
marcar
sociedade
da
hierárquica
diferenciação
alinhamento
no
amparada
est.ava
t.al
como
a
Molda-se
se
dimensão
desde
interpenetravam simbólica
ent.ão
por
da
uma
vida dupLa
.sit.uação. Não se t.r-at.a mais de- uma cosmovisão compar-tilhada por- memb:ros:
da
comunidade;
artificiais het.erogêneo ist.o 1
a
verif"ica-se mediação
de e
a
facult.em
que
estratificado,
dimensão
t.ransformação
e
de
simbólica int.erna-se 46
o
dos
símbolos
int.eragi:r-
relacionarnent.os nwna esfera
em
element.os
num
ambient.e
voláteis.
Mais
organizada no
que
sent.ido
de
monopolizar
somat.ória
ele
apropriado
por
a
elaboracão
inst.it.uicões
pressupost.os e cidade gera
se
apesar
da
uma
conjunt.o
de
o 19
ooJrto
a
códigos
é
confecção
englobant.e
de
do
e
No
urbano
física.
A
públicos~
de
diversidade
uma
olhar
de
infilt.rado
introduz
um
nos
o
da
no
que
onde devem as pessoas
o
modo
t.endo
se
vist.a
em
het.erogêneo
dist.anciament.o
t.empo,
só
na aparência,
out.ros,
ent.ant.o,
exigência
a
civilização
O adensarnent.o dos :r-elacion.ament.os na
cont.emplação
à
ser
pode
especificidade
p:redomínio
•
significados.
impulsos
''apolinea''
uma ênfase na exibição e
ent.relacament.o
dos
e
t.écnicas
plasticidade
de
saber
objet.os
proximidade
mode:r-acão
ela
símbolos
de
desenvolvem
apresent.acão nos espaços como
do
à
fazeres cot.idianos
det.erminados
anonimat.o
&~em
a
oí"érêcem
alcancar
a
gradualment.e
diz respeit.o
quais
apelo
enquant.o
gest.acão~
em
os
revelador
urbana(ent.endendo-a cult.uras:)
o
como
compreendido
repet.ório
o
Emer-ge
visuais de comunicação.
efeito,
Com
onde
especialist.as~
de imagens sonoras e
não-mat.er-ialidades:.
de
íazem
cont.emplacão
e
o
crescent.e,
imperiosas
comed.ida(do
a
"ver
t.ooax- "). A
à
descrição
do
encadeament.o
import.ância
compreensão
visual-plast.icidade,
aliada
"ênero
cena
DesCile
just.ament.e Est.a
é
a
a
vazada
pela
da
carioca,
ent.ret.eniment.o,
no
cult.ural
oíert.a
cidade.
A
int.rínseca o
quest.ão ao
ao
qual agências
dos
ser-
pela o
com
cent.ral
"ênero
t.rânsit.o
sobre.t.udo
pist.as
assumida
orúricos-mit.ológicos,
dar-se
qual
lógica
cl"escent.e
enredos
t.eat.ralidade
Xalia
palco
enquant.o peça de
aos
carnavalesca
bist.oricizar
no
im.agam
na
cort.ina
dest.a
é
est.udado.
a.rt.ífices
da
ressignificada
produt.oras
de
cult.ura.
e público diferenciam-se. Est.es g"rupos de
dos
julgament-o
concursos.
Deveriam
esplendor''.
e
conjunt.o
"art.e,
especialist-as simbólicos est.avarn encarregados do
impret.el"ivelment.e Xormada pc;lrvisuais: bo:r-dado:r, parcelas :LSFlorCL
um um de
pri.netpto
um
pint.or
um
art.esãos
Süeeeki.nd
reaLidade
• do
do
e
ca.rta.z, nQ sécuLo
profissionais
um
cenógra:fo, per-i t.o
em
na
de
ligados
conf"ecção de
à
escult.or,
indument.ária.
na
aapi.ro.eão
considerando
comissão
A
especializados
•ncont.ro.
rnoderni.de~d&
..ascender·· mecá.ni.ca.
•r•cLa.m•
li t.e:rat.o,
avaliá-los
Os de
pa.rcel.cs
just.ament.e
julgarnent.o música e
um
às art.Ets
musicist.a~
quais,
junt.os
''carnavais'', ela.
um
oom
passam
popuLc.cã.o
•
era
•m
com a. expa.nsõo da.s a.Li.vi.da.des de reproduca.o sonoro. • vi.sua.L<fologra.fi.o., fonõgro.fo, cinemo;;;~.tograio à. dieeeminc.cã.o daa técnica. pubLieit.á.rioe do enca.dea.ment.o na. aoci.edG.d. do Ri.o ele .Ja.neiro do UmQ direcêío de p•rcepcã.c do v•z
«•""
47
a
responder
pro:fissionais
..
Carnavalescas
pela
cat.e~::oria
que .
dos
faziam
Cabe
"t.écnicos".
a
cenografia
conhecer
agora
mesma
A das
melhor
cat.egoria
Grandes
est.as
dos
Sociedades
organizacões,
espécie
de mat.rizes do processo de espet.acuJ.ax.izacão do Carnaval, consider-ando o de mediadores papel cult.urais exercido po,. esses t.écnicos:, que cont.ribuiram de maneira decisiva par-a consagr-ar
o
Desf'ile de Carnaval no
espaço "quent.e" da folia carioca ent.re os anos dez e
sessent.a do século
XX: a Avenida Cent.ral.
Acompanhamos ant.es as t.rans:formacões vivenciadas pela at.ividades econômicas
no
limiar
dest.e.
locais
t.ambém
por
Rio
Do
jeffrey
de
pont.o
e
mesmo
que:
inicialment.e
represent.ant.es anos
os
da
início os
internacionalizadas íuncionament..o privadas.
ou
do
t.ornarn-se
que
no
sociais,
convívio
de
burgueses,
enclaves
polit.icos.
modernos
na
ou
período
meros
o
passar
ajust.ados
ainda
financist.as
de
e
cidadeC1993:94).
às
econômicas
or~anizacão
à
vinculadas
nos
const.at.a
com
at.ividades
a~ências
suas
o
eram
próprias,
de
r-ealizada
Needell
cort.e,
e
elit.es
das
desde
urbanos
da
XIX
continuidade
assim,
feições
desenvolvimento
ou
plano
de
set.ores
cult.urais
o
sucederam
Ainda
século
do
genealogia
A
t.raço
se
~an.haram
e
final
moment.o.
desses
rural
polit.ica
Negociantes
liberais,
membros
Est.ado
no
República.
da
pelo
meado
relações
cidade
int.eresses
promovidas
conexões
na
o
const.ant.e
um
oligarquia
seus
das
modificações,
revela
no
durant.e
vis:t.a
privilegiados
imperial
dos
de
conhecia Needell
grupament.os
se
janeiro
e
ent.idades
profissionais consorciação
A
desses element.os formam a "alt.a sociedade" carioca. A definição de um padrão mais urbano de vida. compromet.idos com valores e
civilização
da
modos
Janeiro,
de
de
~;~nt..ã.o
vid.Q
1908,
em
urbana-indust.rial
a
vida
A
mar-co
da
valo:re&
e
e
pública
da
inst.1 t.ucionais
ascansão
e
convidados
nelas
surgem
dur-ant.e
as
Ouimcrêi.ea a.tuois ccrna.va.Leseollõl trabo.lho<1.P90:ZP>.
a
os
fest.as
encontra.
da.&
"grandes com
neaeee Eaeolo.a
48
dos
vida
salões", seus
do
novos
dlõl
96).
"'boa sociedade"
da
dos
Univ<õlr-l!iilal
int.er-as.;;~e&
Nort.e-Oeident.al. A arquit.et.ura das: casas t.orna bur-guesas
emblema
um
Expos=icão
expansão<Hardman:1988:87
p:rivada
element.os
um
cânop&lil,
OQ
t.ornara-se
delineados:.
c:onst.it.ui
alit.e implicados com
cont.ext.o,
franco-inglesa,
UJ'nQ
Rio
gr-upo&:
do de
modo:rnidado
Dentro carioca
mundana
est.ilos
de
incorpora
da
Eur-opa
como paradigma as mansões const.ruidos
bailes
profi.esi.ona.\.s de So.mba.,
para
receber-
elegant.es,
quando
a.ntepOIIBO.dO& &emelhanea
doo do
de:sf1lavam
e
nati vas<Souza/1989
e
refinament.o 1840 dos t.omado
bailes
marco
moda
anglo-francesa
Needell/1993:130-42>.
civilização,
chamados como
da
requinte
no
em de
de
íest.a,
máscaras
no
Carnaval
do
a
marca
"Grande
burguesias
mesmo
t.ermos
instalação
da
O
as
sent.ido
de
introdução
em
carioca.
Event.o
Carnaval'',
de
que
é
inspiração
européia, not.adament.e veneziana(Mo:r-aes/1958:29). Na outra margem,
mundanos, t.ais como o A
do
a
"mundo da
Teatro Lírico, o
onde
ingleses,
clubs
inspirados
masculino,
A
concatenados.
no
negócios,
partir
Club dos
modelo
t.ipo.
discussão
dest.e
lit.eratos:,
Os
des:envolviment.o dessas esboço
um
paradigma,
drarnát.icas-musicais
polít:icos
e
espaços
mais,
diria,
e
advogados
na
a
não
frent.e
do
o
de
jogo
rnanifest.ações
pax-a
cont.ornos
est.avarn
instituições do
estiveram
e
dos
cidade,
desenvolver-se
danc;:ant.es Os
liberal
diversão
íundacão de
pôde
Jockey Club.
selet.os locais de
dissemina-se
ligeiras.
o
organização
polit.ica
organizações. Nelas
de
Diários e
de
apenas ent.re os int.egrant.es da alt.a elite, a mesmo
erigindo ambient.es
últ.imos corr-espondiam a
excecão do primeiro, os dois
convivia
rua", foi-se
uma
de
cult.ura
urbana popular ganha leve feitio. aspect.o
O
moment.o
mundanas. 1856.
São
criadas
tipo
um
no
à
com
associação,
de
cont.ext.o
ent.ão
coube
compromet.idos
nomes
do
previsto
pionerismo
O
em
secular,
fundamento carnaval,
lúdico
calendário as
do
part.iciparam. Moment.o esse que se somou
medidas
t.omadas
para ocupar o
novos
espaço
segment.os
de
com
de
festivas
cuja o
José de
público da cidade, principalment-e após
o
d ...
out.ras
sociedade
da
em
fundação
de
conjunt.o
pr-estigio
o
Carnavalescas,
como
no
seu
para
prát.icas
Sumidades,
Alencar-,
pelos
às
país",
acordo di.reciona
Sociedades
das
"civilização
o
crist.ão
Grandes
Sociedade
a
católico,
de
local,
advent.o da
República e nas: condições oferecidas pela reforma de Pereira Passos. No t.emas
das
caso
escolhidos
referência a Sob:r-et.udo
Sociedades 7
para
Europa e
serem
sociedade emergent-e no do
Queiroz,
represent.ados
nos
os
próprios
cort.ejos
nomes
t.omavam
país
mat.ariali2armundo
a
compatibilidade
Nort.e-Ocident.al, muit.o
fossem
insat.isfat.ó:rias:
de
valores
embora as
para
isso.
missão civilizat.ória. Nesse sent.ido
torna
a
nos
carros
assist.ência
de
inspiração
alegóricos, um
público
cort.ejos
o
pois anônimo
49
modelo que
em forma t.eat.ral
de
a
assim que se
pa:sseat.a:s
volt.a-se
ordeirament.e<ou
com
Mesmo
ape@:am-se à
c;randes
por
condições
seus responsáveis
import.ant.e
e
davam cont.a da erudição dos seus membros<1992:51).
procurava-s&
socioeconômicas
segundo
para
de
a
civilizadamente)
os
f'ruisse,
das
p:ret.ens:ões
par-.a. .as
desflle
fazendo
dos
acompanhada
dos
1S
t.eat.ros
ment.ores
ao ar livre
int.elect.uais
dos
palco
e
grupos.
O
alegóricos
se fazia, no caso de Nice, por exemplo, 16 cidade . A grandiosidade das alegorias es:t.ava
em visit.a a
do
verdadeiros
pedagógicas
carros
para os ricos
ruas
humor
nas
f'ormas
dos
e
ef'eit.os
cênicos,
conseguidos
no
recurso a maquinários e art.ifÍcio.s como a fumaça, por exemplo.
o
o
para
t.ranslado
Carnaval
brasileiro
rnant.ém
mesmos
os
aspect.os, mas out.ros lhe são acrescent.ados, ret.irados das folias de Roma mascarados::
VenezaCos
e
aplaudido
por D'Pedro
Imperial.
O
Quixote,
banda rendas de
desfile
e
família
no
foi
.abe:rt.o
pêla.
fora
momento
um
da
apot.eót.ico,
espet.áculo
exibição
frent.e
brancas
cobriam
em
os
ucranianos. carros
homenagem
alegóricos.
nobres
mandarins,
Fernando
a
Coleches,
do
o
um
colchas
Vieram
Cáucaso, Católico
de
ao
Passo
uma
cossacos
móvel
dominô,
seguido por grupament.os empunhando clarinet.es es:cosseses e em
es:cult.uroa
colombina,
Dom
bailadeiras,
•• Devo
result.ado
arlequim,
grande
vest.ida
fant.asias
o
out.ros:).
e
polichinello
pierrot.,
de
damasco
post.eriorment.e
ao
Duque
alas
Grandes
Benvenut.os.
e
e
de
Ouisse
de ade eala.d.o. do Dom Joêio ci.da.de Vl, o.legóri.cos. mi.ssã.o A fro.r.ceso. po.lroc~ no.do. pelo eeue membros,eepeci.o.l~slo.s trouxe construÇo.o Regenle no de Prtnc~pe Joeeph Roy e seu filho H~ppolyle<Bilter..::ourt e ca.rroG o.legóri.co~ Loui.e t?BcS, por oco.~~ai.ã.o da Ferno.ndez/t967>. Ar.te~. em orgo.n~:zo.Ção do.s feslo.s bod(U; o mesmo Prtnc~pe entre Dom Joã.o v:r com a. Prt.nce&o. pa.ra. comemora.r Antôn~o tenente o.grega.do Fro.r.ct.eeo um o Soo.ree orga.r.iza Joaquina., ca.rtota ca.rros o.Legõri.cos. A lécn~ca com da perspectiva foro preslüo r.o. confecÇã.o do.s peca.s. uti.h:zada. Tro.:zi.o.m elas fogos lC!.rga.mer.to do mi.Lológ~coe e represer.ta.vg.m os Vulcano, Júp~ter, Ba.co a.rúfl<:i.o • Serei.as Mouros, o. Co.vo.lhada. Jocosas. Serão o.s ir.gerênci.a.s o.indo. os E~to.do o co.tequ~smo da do l.greja. co.tól.ico. sobre as e fen.Ômenos cultural& popula.rea e os r""&ponaá.vei.s condensa.r pelo dos pre~ldos. lro.di.çã.o Esta. dura.r.te ca.rna.vo.l o. o aéculo x:rx no pri.r.ci.po.l forma.to do como o expos~çã.o cor.sc.gro.-ee pública conhece
er.Lo.nto
no
lembro.r
de
de~fi.le
quo
ca.rros
• ""
•
•
deefüee de ca.rroe doe i.ncorpor;,a.doe dura.r.l• a. J:do.do Méd~a. a.oe f e ale joe pelas corporo.Çõea de oflci.o. Algun& delee ca.rno.vc.Lescos, orga.ni.zados o da Nave dos Loucos ou céLebre&, o do Schembart de como tornara.m-Ke ltenasci.ment.o com o Lhes sã.o o.crescel"''lodos uma Nuremberguecsi.dro/1P8?>. reforÇando técr.tca.s oa ca.r~t.erea dro.má.t.i.coe do aéri.e ele i.nver.Ções mo.qui.nári.oe ofolt.o~ cênteos, projelocioa i.r.eluslve • com c:encirtoa móveis, Brur.etleaco!Burc:khcu-dl/:lPP1:2~U.-2), Torna.r-ee-êio Da v~nei. e Leono.rdo por expreasã.o uli.ltza.cio do modo posteri.ormenle ~ntere5isant.e me~o de ta.rde o mor.cu-eae farão oe recorrente peloe pri.nc~pee. MO.i.e r.ota.cia.monle na. Fra.r.c;:a., e dura.nlo o Revo~uçao Fra.nceaa a.beoLuloe, Do de Ni.c:e, obeerva. Pelor papel si.mi.La.rcDuvi.gno.ud/~!PS:SU. tiveram em um outro no aêcuLo XIX, qua.ndo o. são rev~ vi.dos BurkeC~J)8P), cuLLuro deapor.Lo charist.as(co.rroa a.le<]Õri.eoe> comercial do. expLoraÇão 00
n.avalis
pa.gõ.oa,
aã.o
eõ.o c:onfeector.a.cios com lo.l
tr.tui.Lo.
est.avam
emparelhadas
Sociedades
são
aos
grupos
exaltadas
por
à.
montados
introduzirem
"luxo
o
educarem ci vilizadament.e E Júnior/1957). 17 ''p:rogresso•• <Pe:reira/1993:91 e segs). Ao loll(;o do século XIX e
Sociedades,
ca:rioca.O
logo
que
fato:r
estabelecer
a
primordial
competição
popular-es;
Tenent.es
do
dia
como
de
o
para
ponto
esta
Não
elas,
a
demora
Diábo
de
surgem, com
dos
das
da
popular-,
de
decisão
a
apoio
conformação arrast.am
esperado
sucesso
é
o
Grandes
das
mais
e
escalada
Fenianos
e
formato majestoso do
alt.o
contando
ao
vocacionando-o
apresentação
carnav ale seas
ent.re
comerciantes.
e
o
consagrar
sociedades
out.ras
país,
o
Aa
suntuosidade"<Franca
e
princípio deste,
Terça-Feira Gorda,
a
folia
jornais
a
ajuda
espetaculo
cavalo<Mor-aea/1969:69>.
grandes
preferências
mult.idões
para
lhes
assist.ir- e sustentam cálidas riva.lidades(Moraes/1998). introdução do
A
diferenciadora
dest.e
porém, per-fomance e
dest.e
participação
ent:re
regras,
paz·
sobr-e
exatament.e
modo,
obt.enção
de
a
a
p:rát.ica
pelo
rot.inização
:resultado
do
fazê-las
agir
carnavalesca.
concret.a
de
Antes
p:rocissões
esperado.
bem a.rt.iculada.s
malha
uma
depende
dest.a
forma,
de
que
O
ações
demanda
ent.idades,
arquit.et.ura.
Por-
definidas
no
vist.a o
em
at.o
visando
vez,
sua
já que
a
a
formal,
imperat.ivo
eficient.es; cada set.or
demais,
de
suscitado,
É
est.rut.u:ração
a
a
portant.o,
coordenadas
t.endo
f"uncion.a..lment.e
e
not.ória
exposição.
da
mais
inscreve
abst..rat.a
t.orna
se
público
carát.er de
uma
com aut.onomia porém sincronizado aos
conjunto
virulência integrativa e
dive:rsas
constituindo
seja bu:rocrát.ica ou art..ist.ica das de
traz consigo a
na folia em um conjunt.o de combinações morfológicas
incidência
avaliá-la
modelo
t.o:rneio
o
asseguradas
cuja
concurso
devê
harmonia do
tal
principio
t.ensão
iner-ent.e
implica
na cent.ralização das funções de comando.
Ent.retanto
desf"ile é
processo, po:rque o 0
lugar
algo
opor-t.unos
supost.o
na
para
levar
mode:ração.
faz~r
desloca
contr-ole
Loco
do
em
cont.a
a
uma experiência que deve observar o
racionalização
ponderada o
p:recisO
é
a
tempo
o
bom lance do
at.o,
:raalidade dos
comunicativo.
cobrando-lhe, concurso
do
pilares
de
Ora,
t.empo e é
paradoxalmente,
a
t.:r-adic;:ão,
uma
est.e
acaso
como
o
a
experiência para
uma
sit.uac;:ão precária anco:r-ada no present.e. A forma não assegura po:r- si só o bom result.ado da perforrnance; o controle passa a ser uma busca const.ant.e com pri.mei.rCl
o
prl.mei.ro
dCl cidade, o
de
Soci.edClde ••bu:rgu~a"
•
•
o
o
Progresso
na. regi.ao a.nceat.ra.l do.s
surge
da.
Ci.da.de medl.a.c;:õee
••populo.r".
51
no
fina.t Nova..
do
eécuto
xrx
a.
li:er
el..Cl
o
Parece i.nt.erli.ga.m,
no
CClrnvCll
de atualização: o for-ma
do
gênero,
individualiza a
as
t.ant.o
est.ét.ica
entidades
ao
qua.nt.o
colocá-las
questão da identi:Iicac;:ão ent.r-e um e
int.e~I'a
pl'imazia e
elemento novidade det.ém então a
organizacional.
dist.int.as
do
outr-o pólo o
Est.a
a
at.it.ude
público>
tornando
p:rooblema espinhoso a
ser erúrent.ado no Desfile pelas· instit.uic;:ões carnavalescas:. A
situação
de apazig-uar
Urge
a
promover-
defasagem ef"eit.os
sobremaneira
:Iest.iva
carnaval.
de at.uac;:ões
entre
o
que
espaço
do
para
à
impr-escindível
de
sujeit.as
crivo
de
ao
avaliar
a
e
luxo) do
postas
julg-ador
engenhosidade
deslizar
pelas
do
quesit.o
"maquinaria"
A alegoria carnavalesca t.orna-se o
just.iíicat.iva
A
element.o
vis:ual~
acompanha
a
colet.iva, expresso da
desint.egracão
con:Iigul"ação
na
pedaços
simbólicos
efêmer-o,
sentido
os::a.:;.pa
o
no
cult.ura.l
edif"icio
mão-dê-obr-a ori~em
d&
est.á
not.adament.e incor-poram,
na art.e
de
público
visual)
aberto
as:ot.~zo.ioo
da
a
Lisboa~
t.écnicas
representar
na
no
junt.o
carnaval
alago:ri.a
t.a%-de,
t.ambém
da
e
íarnilia
simular
nort.e França,
EU%'opa.
Aí,
amer-icanos são
e
cort.ejo,
pelo
o
52
Fat.o
processo
real.
Mui tos
a
e
dos Por
que
que
a
isso
lhe
f'".alt.a-lho
o
por-
que
t.eat.ral desses
França,
se
comédia e
a
forma. no
Sua
Brasil,
profissionais vivenciadas espalham
os
ope:roet.a, que
cassinos franceses
r-evist.as
os
ainda
um,
t.ransíormacões
desde
esse
concat.enar
por-
modiov.o:U;
at.ividade
disseminados
experiência
polif'onia
da
das
como
comunicacional
met.ropolit.ano.
baror-oc.a
oriundas
da
forca
:redunda nos JnUSic hall, nos espet.áculos dos cabarés e
post.er-iorment.e,
o
cidade.
A
à
t.eat.ros de dívert.iment.os, numa mist.ura ent.re a
e,
e
Cavalcant.i(1993:167-8),
gz.ande
mundo~
desenvolviment.o da
concepção
carnavalesca
Dai
vinda
à
montados.
exat.ament.e,
a:rt.is:t..as vi.stu.ais:: se d&szt.a.ca
após
de
deambulantes
comum
ao
ci:rcuit.o
incumbido
de
anônimo.
está
do
do
do
aquele
alegor-ia
da
con.s:en.s:ualidade,
de
lig-ada
via
um
plásticas:
durante
memórias. comuni t.árias
consagrados
t.eatro
ca:rát.a:r
de
elemento
alegoria.(como
da
sugoest.ão
a
das
de
núcleo do Carnaval-Espet.áculo.
desenvolvimento
do
ruas
cenários
escalada
aceit.ando
marcante
cont.empla
dessa
situação
<decoradas com atrizes
a
beleza dos
e
platéia,
cont.igente
art.es
r-ot.ínizaç:ão
doravante
a
na
um
das
capazes
fr-uição/consumo.
"belo''
que
e
montagem das arrebatador-as cenografias móveis prostitutas
e
sensibilizem
como
teat.ro
cont.:roibuisse
mediat.ivas:
produção
compreendido
ai
Pessoal
a
su:Iicient.e
universo
ao
folia.
da
e!abo:roac;:ão
o
aquilo
Carnaval
no
ent.:roasse
existente
Abriu-se
ligados
profissionais
necessidade
Ior-t.es
observando do
a
sug-ere
chamados
musicais.
Mais
espet.áculos
de
"fant.asia", bailados,
nos
quais
apot.eóse,
e
povos
t.ext.o
e
"apelos
uma
visual
mi t.oló"icos,
cenarizacões
fundament.ando
impact.o
se
uniam,
hist.óricos
e
alusões
exbticas"(Ruiz/1988:121).
est.ét.ica
sobr-emaneira
visual
for-ma
na
a
Acima de
e
out.ros
de
muit.o
de
tudo
movimento
cênico.
o
clima
golas
art.ifícios
de
permanente platéias:,
desses
maravilhando-as.
emplumadas,
insinuant.es
da
as
complement.ando de
colocam
a
vibr-antes. ci t.adino
visualidade, de
aqueles
O
do
fui€ o r
das
configurando-se na
toda
regra fundante de
quem
esse
r-aízes
plano
do
das
prest.ígio
exteriorização
do
gênero
em
t.oda
o
técnicas, seu
da
escadarias
tablados
se
:re:flet.o:res
as
do
Carnaval visual
interioriza-se
nos
de
cort.ejo
carnavalesco. da
na
disposições,
dos
festejo~
do
exist.ência.
valores,
aglutinador.
no
em
onde
produção
sistema
núcleo
e
inseri-se
post.erior
seja
e
braços
Este
e vai
conformando a
Carnaval: produzir impacto nos
simbólico
especialist-a
um
alt..as
pluricromatizações
beleza
participar
Desf'ile de
cont.empla
da
como
o
do
As
inter-ior-
sua
as
cavadas
cujos
dos
pa:ra o
uni verso
manifest.ação
seja
a
o
com
e
pelas
mediado
e
música
espelhos
valorizados
elaboradoras
no
e
A
busca
sensibilizar
roupas
est.imulando-a.
aos
na
ésplendo:ras
"queijos"(pequenos
juntos
corno
de
rebolat.iva
alegria.
os
pr-ofundas
anonimamente
desponta
à
práticas
conquist.a
organizar
as
ou
envolvidos
deit.ét
t.endo
lant.e jaulas,
modelo cénico que é
que
realização
os
melhor,
deslumbre,
o
modo,
ou
de
encant.o, e sent.ido
luz
realiza-se
capazes
lancinant.ement.e
formam
Eis
por
brilhosas
vedet.es)
cenar-izações
des:t.e
convidavam
cachoeir-as
as
est.rat.agernas
Surgem
corporeidade
sorrident.es
lábios
forma
e
espet.ácWos
Nesse
olhos
moment.o
instituicionalização
do
Carnaval-Espetáculo. Em at.uacão como
t.ermos
brasileiros
para esses grupo
"art.ist.as"
e
de
do
século
XIX,
restrit.o
é
oficiais do glamour-,
desproviQos
do
amparo
de
não
um
o
espaço
reconhecidos
esquema
dê
ainda
profissional.
Cont.empor-âneos dê
um per-iodo no qual a
idéia de uma esfera aut.ônoma da
cultura,
erudit.a-bur-guesa
popular
de
que
vida
fosse
participava
do
apresent.ava consumidor
t.empo
horizont.e
pouca
para
marginalidade justifica
a
o
serem
ou fat.o
possível,
mont.a.
os
seus
quando de
amant.es
Sem bens,
muito
muit.as dos
a
ou já
base
at.rizes
ricos
proporcionada
estavam
teriam de
a
colocados
viver
at.uar-em
do
como
fr-eqUentador-as
53
massa,
dos
nem
mundana por sob
sequer no
um a
país
mercado
órbit.a
da
apadrinhamento.
O
coristas
mesmo
clubes
e
ao
que
c:arnavalesc:os,
desf"ilando
sobre
os
e
art.ist.as
plást.icos
produção
dos
Grandes
Sociedades
privile~iado
carros pessoas:
e
lá
Para
t.eat.ral
realizados
e
p:résti tos
seus
trabalho~
ár-ea
da
ali
divertimentos
de
alegóricos.
em
do
t.ambém busca
favor
t.ornam-se
convergiram trabalho
na
poderosos.
As
de
dos ent.ão
espaço
um
com ret.orno em t.ermos monetários e
espécie de
vitrine onde o t.alent.o ganhava publicidade. Dent.ro pelos
"t.écnicos",
coníeccão
de
maquinistas, art.iculados
tal
de
no
situação, Brasil,
alegorias
esquema
pode
p:rodução
sit.uados nos chamados at.elier Samba(Guimarães/1990:20>. erudit.a,
sendo
oriundo
comerciant.es
dos
ent.re
e
espécie
quais
elaborado
perfil
exat.o,
do o
gênero
o
desfile
carnaval
e
orient.ar
a
comandar
o
t.rabalho
de
To dos
se:rão
aos
Grandes
Belas
poucos
Sociedades.
do
sólida
Art.es.
prolissionais liberais,
e
carnaval
às
que
o
amplas
às
no
espaço
event.o com mais de
Grandes
dent.ro
t.or-na
plat.éias,
observa
financiament.o
facult.ou
se
formação
como
E
"laborat.órios"<Idem:24),
apr-esent.ado
já iluminado para o
realizar
det.inham
de
t.ais
de
volt.ado
Desf'ile-Espet.áculo
Cent.ral
do
profissionais
tornarem-se
format.o
outros.
Escola
Sociedades fora
e
"t.écnicos"
da
conúbio
o
de
det.ida
germes dos at.uais bar-racõos de Escola de
Alguns
prolessores
Helinese Guimarães,
Além
aderecistas
de
espet.acuLarizant.e
idealizar-,
roupagens.
e
costureiras, no
linguagem
a
dos
dominant.e:
ou
sendo
feérico
o
mais
Avênida
da
cinquent.a mil lâmpadas
desde 1911. emancipação
A
carioca, sent.ida
vivida.
campo
O
dos
dos
nichos
mais
epoca, que afet.am a
da
e
f'est.ejo
t.r-an.sformações
às
corresponde
do
ger-ais
natureza mesma efeit.os
no da
aparência
da
port.ant.o~
comunitários,
conglomerado realidade ascende
social
cogniscível, par-t.e
do
of'ereoe
índioo1101
do
Caz.n.;;;:.va.l
junt.o
ao
Ranchos
e
à
est.at.ut.o ont.ológico dest.a :r-ealidade. A
lembrança
apreço
gozado
público.
Relat.a
Grandes
Sociedades
que
o
festivo, t.omado
pelo que
requint.ado
especialmente o
da
gênero ent
192!?,
Palace
Eneida
der-
Moraog
Desfile-Espet.áculo os
const.it.uiam
concursos
a
Hot.el
coqueluche anunciara
de
dos
desfiles
de
do
Carnaval
carioca.
nos
jornais
t.er
t.erraço para os seus hóspedes assistirem dali
comercializando como
cronist.a
seminal
de
o
espaço
uma
da
assistência.
me:rcant.ilização
At.o
vindoura.
que
Po.r-
Tant.o
preparado o
torneio
pode
est.a
ser
ocasião
t.ambém surgem as primeiras irüormacões sobre a metamorfose dos Blocos em algo hoje chamado Escola de Samba. Roger
Bast.ide(1992>
separa
54
o
"sagrado
selvagem"
do
"sagrado
domesticado"~
inter-esse
coletivo,
ent.ão que, anos
encontr-ando
nesse
vint.e~
o a
f"undament.acão
as
controle
cristalizado
momento da
r-itualidade
destas:
normas
a
na
consagrada
como
classificado
de
a o
mais
6ltimo
a
permanência
ordenadora
do
hist.ór-ia do Carnaval carioca,
das
e
urbana.
das
part.icipação do
legítima,
modo
entidades no
event.o
de
de
mais
ao
dir-ecão
dos: futuros
incremento
da
sempre
mais
grande
cidade.
O
por-
malha
A
industr-ialização,
sociais
detonado
subúrbios.
estilizados,
processo
essas
novas
de
em
brincar
complexa
passa
a
consonância
espetacularizacão
!orças:
limites da experiência urbana.
55
que
dos
a
pr-ópria
vai
ocorr-er
o
o
da
folía
em
modernamente
é
uma
se espraiava
urbanidade,
aliada
comportamentos
polifonia crescente do
o
exemplar-
carnaval
definir à
segundo
na
nada,
cidade cuja população beirava aos dois milhões de pessoas e na
Diria
t.or-no
e
"domest.icada"
antes
mas
"civilizado"
em
Carnaval-Espetáculo;
participação
A
r-i t.o.
do
r-econhecer-mos como uma tradição,
apr-esentações
iniciação
mais
do
tr-adição
inst.it.ucionalizadas
sociedade
da.
manifestação
gêner-o Desfile, se caso o
cir-cWlScr-eve
segundo
na
Carnaval
carioca
paradigmat.izam
da
é os
2.
DESFILE DE ESCOLA DE SAMBA
O
olho. o
bloco de sujo,
que
no.o
tem
f o.nta.si.a., mo.s que tom o.legrt.a pg,rc:. gente sa.mbg.r / Olha o
bloeo de sujo, vem na. La.ta., al.;;ogri.a barata.,
Ca.rnaval
é
\;.g,lendo
bri.neo.r • • .
<Lui.z Rei.sl Jo~ui.m
Morreu a PoLCl
José
da Si.lvo. Xavier/
vinte •
um de o.bri.l,
i.ndependênc:i.o. do Déci.o,
Bre~.ei.l.i.
Penlea.do
si.tva.>.
.
>
-
eecol.a.s A& correm o perder o motor de &UQ a comunica.çâ.o com o públi.co. <Arthur
56
xexéol
de
exi.st.ênci.a.:
Mantendo
no
a
do
inter-ior-
socioeconômicos, íolia
carioca,
const.at.ação
t.r-az
diria
o
aqui
a
est.ét.ica
olha:r·
o
novos
pr-imado
ajust.&
at.ores,
espet..aculai>
como
na
do
di:r-eção
das
da
e
Gr-andes
est.r-at..os cent..r-o
da
D&sf"ile
das
deve
se
à
visada
pelo
sociológica,
e<apesa1··
um
por-qu&
conjunto
de
do
r-edimensionament.o
lógica a
uma
A
Sociedades.
p:r-incipalment.e
r-esponsáveis
audiovisual
for-mados,
di"Ya:rent..as
separ-adamente
ou
próprio gênero Desfile de Carnaval, segundo do
cult.. ur-al
elemento r-it.mo-musical samba. não
est.e_, o
impõe
po.-
modelo
Ranchos
mater-ializações
cont.inuidade
mediação
t.omá-lo
de
dos
des:fUes
do
mesmo
decisão
A
de
cir-culação,
consagr-ação
carnavalesca
e
símbolos
de
amplio
nos
cena
à
e
elementos
de
do .fato singular
obser-vável inovação
nos
pr-ocesso
Samba.
de
Escolas
ênfase
disso)
um só
da
t.empo
de
valorização
dos
elementos percussi vos e melódicos. Tal
valoração
combinação é
o
dos
inclusiva.
A
combinação
materializa
novos
malha
agentes
segui:r·_, ent.r-e
a
e
vinte
o
início
carnavalesco. Escolas
de
carioca,
gradualmente
modelo
Para
Samba,
dos
a
situação
nos
sociais
mesma o
pela
enfocar ecologia
da
condicionant.e
ressignif'icado
e
espet.acular
onde
como
se
uni verso
da
:fest.a
conforma
simbólico
a
dest.es
inst.it.ucionalização das Escolas de Samba nos
:íinalment.e
consag1~ado,
r-elações
Ca~naval
trint.a,
enquant.o
de
elabor-ação
a
no
aver-igüo
segmentos, exat.ament.e com a anos
assunüda
P:r-imeir-ament.e,
cruciais.
que
inser-ção
pr-opor·ção
t.ema dest.a inst.ã.ncia de análise. O que nos leva a
pont.os sóciourbana
a
e
cuja
finalidade
acompanhar
unidade
anos
a
soment.e
íormalização
mediá.t.ica
sessenta,
t.ão
é
de
do
vedet.e
na
des:íile
cort.ejo
part.icipação
como
o
no
já
das:
Carnaval
r-enomeada
Avenida Rio Branco(ex-Cent.:r-al).
NA DIREÇÃO DO SUBÚRBIO Vimos
que
o
"Ya-t.o
Passos t.er- como símbolo a mercadorias e social
mais
a
pessoas
ger-al,
no
qual
de
a
re"Yo:r-ma
ur-bana
implementada
por-
Per-eir-a
const.:r-ução de uma gr-ande via de circulação de
é
Avenida Centr-al -
é
detonada
a
o
emblema de um pr-ocesso
ordenacão
da
cidade
do
Rio
de
Janeir-o como núcleo ur-bano met.ropolizado. E sobretudo pudemos observar o quant.o
est.e
tornando-a for-mas
mesmo t.ant.o
mais
protagonizado
pr-ocesso mais
legit.imas pelo
ressignifica
inclusiva
quanto
a
manifestação hier-árquica,
de part.icipação na folia.
gênero
Desfile,
cujo
57
cent.ro
O
é
r-ank.ihf;
exercido
carnavalesca,
ao
classificar-
desde então
é
por-
e
Ranchos
Grandes
Sociedades.
Domínio
expresso
na
fixação
mesma
da
nobre
Avenida
Cent.ral como palco para B>ssa:s: badala.daE! !? e~uardadas Há no ent.ant.o no bojo da mesma g-rande obra wn out.ro .aspe-ct.o du processo ampliar sua
met.ropolização
de
o
processo
post.eriorment.e
nicho
histórico
modelo
cent.ral e
sua
rodoviária,
pr-ojet.ada
Mülle:r-,
articulando
cidade.
Melhor
cidade.
Assim
Alves,
com
sist.ema, a
a
zonas
at.ravés
da
cais
port.o
abertura
President.e
define
um
vazam
o
de
Vargas
t.raço espaço
complt:tment.a a
de
grandes
da
cidade
sociabilidades
A
premissa
cult.ur-a
à
de
.algumas
aqui
suburbanas.
uma
de
o
vez
e
Rodrigues
ao
núcleo
possibilit.ou a Sul,
Brasil
princípio
eixos
perpendiculares,
visibilidade
ferroviário
do
Avenida
via
cujo
maior
ao
ligação
Avenidas
das
a
outra
int.erligada
graças
a
Laura
uma
Avenida íoi
maiha
mapeiam
geométrico
e
vist.o
que
ag-ilidade adiant.e
VE>J•Íicada
do
si
binômio
o
o
déf"in.e-s:e
ambient.e
modelo
do
ou
inst.i t.ut:tm
proce-sso
prát.icas
local, Ist.o
que
social
pela
civilizador
hipót.&s&
na
O
de
íacult.a
fixavam-se os
nas
inst.rument.os
maniíest.ações no pólo cent.ral da folia carioca.
58
amplos
&st.a
de
proporciona
qual
as
iníorma<no Carnav aD
segmentos
recém-fundadas de
que
social.
que
de
Escola
modernizado
Carnaval-Espet.áculo.
lúdicas-recreat.ivas ent.ão
novas
circulac;::ã.o/com.unic.ac;::ã.o
materializada
que
medida
e-m
cidade
f ormat.ar, mediant.e aos cânones do gênero Desfile de
das
sociedade
ao
urbana
circulação
sent.ido de
t.:ra2
quan.t.o
menos
ser
popular
realiza-se bases
pelo a
Vejamos
referendo
ent.ã.o
da
post.erior
na
arnbient.ados
cot.idianidade
cuja
e-nge-ndroou~
sua
mont..ando
t.ransport.e
Samba.
invent.a
Bicalho,
com
conferido-lhe
janeiro,
expansão dos eqWpament.os urbanos modernos vazam os
com uni t.ários
íulc:ros
ret.as
de
da
malha de comunicacões.
Dest.e modo a
a
de
desde
alinhamento~
o
da
est.e
Pereira Passos
reíormada,
poi· e
de
visível
const.rução
const.:l'ução
complet.a
sist.ema
O
acesso.
Nort.e
A
que
Francisco
Cent.ral_: que
Zona
da
do
Rio
qual
sistematização
t.al
Avenida
da
Beir-a-Mar<Neede-11/1993:56-7). e
geopolíticas
Nort.e_. do
do
na
mais
engenheiros
que
participando
a
mesma Avenida Cent.ral.
part..e
dos
ajudar-am
Trat.a-se
das Escolas
dizei·
área
set.or
a
equipe
mesma Avenida
out.:r-o
com
Zona
a
a
as
seria
margeando
cent..ro
pela
folia.
sócio-histórica
fora
const.ruçã.o
Desfile,
suburbanas
argument.o, t.omando como pont.o de part.ida a
A
de
da
simbólico
e
sit.uação
a
det.alhadament.e
mais
fat..o
des:dobr-ament.os
cujos
do
periféricas
zonas
das
cidade,
circulacã.o
enquant.o
consolidação
const.it.uicão
de
da
inser-ção
da
regiões dessas
Vimos do século
no at.é
XIX
aument.o
número
de
para
5
mil
int.ensivo
e.s:t.ado
fazendas:,
em
voJt.ado
de
o
t.ransport.es,
que
abre
o
E
mercado
Slll"gidas com o
públicos
at.ual,
ist.o
se
a
met.ad9
final
vert.iginoso t..ambém
observar
que
as
na
1870,
fundiár-ia de
e
part.e
suas
capit.al agrícola
cust.o.s:
const.rucão
hoje
região,
de o
aos
de
ainda
conhecem
cint..urão
um
empresas
possam agir
época
desapareciment-o
surgiment..o em
Janeiro salt.a
na
de
desde
pelo
devido,
Rio de
regiões
pr-opriedade
não
para
Encilhament.o,
pode
aquelas
mot.ivado
urbano,
espaces
a
compreende
na cidade do
at.inge
quando
diferenciam.
para
do
ent.:re
ocupação do espaço urbano. Ent.re 1870 e
est.agnacão,
moment.o
um
se
período,
rurais <Ribeiro/1985:19 >.Est.a.s,
de
classificadas
no
171,
o
E
cidade.
na
logradouros
de
que
décadas
quant.o se amplia a
19:3:3, o
imobiliár-io
ant..erior
p:rimei:ras
as
população
da
const..at.ando o
503
capít.ulo
com civil,
conhecida
como
Zona Nor-t.e.
Primeirament..e, são avenidas e a
vilas de casas que aparecem. Porém
ent.rada maciça do capit.al imobiliário -
capi t.al
em
t.orno
est.agnada.s, 193:3,
de
dispara
e
Out.r-a
capit.ais
est-rangeiras
do
conseqUências
tiveram
t.errenos
das
empur-ra os
pobr-es
inat..::...l..:tçõ.o~
Oz.la
a
por
para
.as
visa
reser-vado,
pela
cidade.
da
o~anQZ.o.
no
Aind.a
civil.
preço
doQ
&~eU&:
dessas
nacionais
imobiliária
dos
perversa, m..;;ris
áro-
àqueles
clima,
de
pois
pr-óximas-
m.ar-g~do
t.orz.onosz,
melhor
.a
que
o
mest.ra do seu f'ut.uro como balneário tropical e do
e
das
'
amenidade
como
Algumas
subuz.ban.as, .a
em
consoz.ciação de
Alavanca
poroqu.so
Assim,
surge
empresas
const.rução
pez-i:f"&r-icas
áreas
om
Pereira
de
ruràis
mãos
escandalosa especulação
cent.rais
in:f"lacion.a.ment.o
o
esboçava a
a
da
t.erras
nas caso, a
Nesse e
as
suburbana.
Passos
Est.ado
e
imóveis
mais
de
complexos. do
zona
est.avam
r-eforma
face
comprando
fut.ura
da
bancos,
de
indusrt.:r-iaisr
vivia
Sul
dos
z.éis
baldios
ve:z
set.or
ár-eas
de
lot.eament.o
cornpromet.iment.os mais
int.eresses
da&:
cont.os
t.errenos
empresas<ldêrn:29). pont.a de
o
dos
70%
1.000
com empresas possuidoras de um
espaço situação
socioeconômica.
Nest.e
sent.ido,
a
der-rubada
dos
:regi.io c':ent.ral leva muit.os t.:rabalhadores morros,
dando
locais
origem
cont.i"ent.e~
mais as
próximos
do
Cent.ro
favelas(Rocha/1982:125-6).
somados
aos
novos
migorant.es,
59
cort.iços a
e
das
est.alagens
improvisar suas e
dos
Cont.udo, se
vai
ambient.es a
maior-
avent.urar
mo:radias de
na nos
t.:rabalho,
part.e
desse
pelas
zonas
mais
da
int.erioranas
colet.ivo
impedia
a
cidade.
fixação
Em
dessas
bonde circulava apenas em áreas:
A Est.rada de
São Crist.ovão. ligando
pl'inteiro
pessoas
moment.o,
periferia,
na
já urbanizadas.
Ferro
Campo de Sant.ana a
o
um
Dom
Queimados(na
hoje
Baixada
vez
uma
o
que
Bot.af'ogo, Tijuca e
ent.re
II,
Pedro
t.ransport.e
0
Cent.ral do
Fluminense),
Brasil,
desde
de
1858, rest.:ringia-se aos t.ransport.es de cargas ruraisCcafé e cít.ricos). Mesmo a Francisco
inauguração das es:t.acões de Ca.scaduz·a, Engenho Novo .. São
Xavier,
Maxambomba(atual de
suburbano
São
Nova
Iguaçu)
passageiros.
e
rurais
lot.eament.os e 0
não
sedes
de
alt.o
ruas são abertas. É
são
implantação
das
passagens
ant.igas
retalhadas
Iérrea é Tinguá
núme:ro
abez-t.a,
para
regiões imensa
o
área
Rio
a
cent.Z>o
Nort.e
e
se
cinco).
de
do
Rio,
Oest.e
ao
repart.e
em
transporte
aíugent.ava
Olarias, e
os
cUl"t.umes,
post.as
em
leilão,
esse
com finalidade
de
possibilitando a
t.errit..ório bairros
em
a
const..rução de mais
pez•íodo,
out.Z>a
levar água
incorporação
habit.ável
da
t.orno
O r la
da
Serra de
da
de
linha
faixas
cidade.
Uma
Nort.e
da
out.ra
Baia
da
de
int.erligação de duas out.ras ferrovias. E acompanhando a
Guanabara, com a
mudança da linha férrea que a já que a
da Leopoldina
por
Também
n•ouro,
do
e
nessa época, por volt..a de 1870, ocorre
início do decréscimo das passagens lerroviárias e
est.ações(ern
Da.odoro)
na
as
1860,
fazendas
de
Sapopa.mbaChoje
implicou
preço
O
desde
usuários. núcleos
Crist.ovão,
cort.ava, passa a
concessão é
ser conhecida como região
t.ransferida para a
empresa inglesa
Leopoldina Railway. O
sist.ema
t.ráf"ego),
nessa
f'ase
de
pela
t.axa
39,6% 1
segundo
Paulo
de
t.ocant.e
ao
Brasil.
Sua
linha,
que
cort.ava
uma
grande
indú.st.riais<Abreu/1984).
Censo
dos
Municipal
prédios de
Ferro
Front.in(um
no
cresciment.o o
Est.rada
a
carioca,
do
Sapopernba, ~e
quando
Gust.avo
est.abeleciment.os
muit.os
medida
1903,
ref'orma
Cent.ral
à
à
Mangueira
em
André
pela
incorporada
de
floresciam urbana',
responsáveis
é
estação
por
dirigida
Melhorament.os, engenheiros
encerrado
é
set.o:r ligava
área, A
dos
a
onde
expansão
domicílios,
e
de
é
1920(Lobo/1979:432-3),
superando o aument.o da populacão, calculado am t.orno de 27 ,6%. A
produção
barat.eament.o de
libras
Ferroviária modernização inco:r-pora ao
do
são
ener,;ia
hidrelét.rica
t.ransport.e ferroviário gast.os
Cent.ral da
de
do
no Brasil.
Est.rada
conjunt.o
de
de
de
f'inanciament.o Quase Fe:r-x-o
o
a
elet.rificação
e
passageiros. Em 1929, 1
milhão
da
Rede
da
mesmo
eletrificação mont.ant.e
é
Leopoldina(Lobo/1978:851>.
t.ransfo:r-maçõa.s
60
possibilit.a
socioeconômicas
aplicado O
iniciadas
que
à se
com a
reforma
de
Pereira
AbreuC1984):
maior da
do
Passos,
disseminação
na
Est.ado
de-
comunidades
par-ece
ao
a
n.a
exemplar,
pois
ambient.e
que
urobanist.a
a
Maur-ício
intervenção
a
públicas,
sempre
genez-aliZQção
industrialismo com
compromet.e
primado
de
idílicas,
o
advento
ingerência
das
ident.idades
suburbanas
descontinuidades
espécies
de
limit.es
do
nos
apont.a
Quando
na
direção
e
relações
práticas
nú t...1co
passado
um
impostas
a
descrever•
africanas~.
ancestrais
pela memória de
menos
forma
Samba de
coligação entre as
maior
or-ient.adas
ár-eas
cert.a
pré-industriais,
as
tradições
das
de
Escola de
circunscreviam
constituição
cidadê,
a
obras
expansão do
paisagens
cont.rá:t-ia, ist.o é., sugere a íuloi-~
grandes
meio
a
autônomas
que
assalariado,
bibliografia sobre a
meio
em
respondendo
mais
desse
part.e da
origens
local,
de
pelo
a abertura dos subúrbios à rnessa operária.
formação
A
sint.et.izadas
trabalho
execução
da Primeira Guerra e
suas
do
patrão-empregado, a
relação
tendência
assim
pelo
presente
introduziam out.ros parâmetros à experiência individual e colet.i v a. sent.ido,
Nest.e
indicações. Tomo "desencaixe"
entre
Most:r-a Giddens espaço
est.á
de
empréstimo a
nas
preenchida
por
element.o
promovido
formações sociais pela
t.empo
Giddens
pela
do
"lugar"
t.empo
e
físico
em
ocor-r-em
o
do
moderna.
"cenário
onde
vida''(1991:26-7).
da
algumas
respei t.o
r-elação
a
como
geograf'icament.e '',
sociais
a
sociedade
tr-adicionais
cent.r-alida.de
sus:cit.a
advent.o
modos de vida modernos implica no esvaziamento do t.empo, o vez
sua
que
esvazia
em
''fant.asmagór-ico'', relaç5es,
espaço
e
''dimensões
estrut.u:ras e
do
idéia de Anthony
social< ... )sit.uado
presença
qual
importância
tempo
que
at.ividade
da
a
o da
razão
a
passam
tornando
espaço,
ser
ampliação
e
o
algo
dist.anciament.o
t.ambém,
feit.as
lugar,
assim,
ent.re
pr-incipalment.e,
com
''ausent.es''. No
sócio-hist.órico
cont.ext.o
sri t.u.ação
mat.eria.lizava-se t.êm
sociabilidades
origem
que
de
em
locais.
Implicando,
por
exemplo,
no
cidade
' ver 2
8 .
ou
out.ras
Des:locament.o
por exemplo Da Silva e
Vole
rna.do.me",
oc:rt;~seent.a.r
loeo.li.z.a.das
quo
at.i v idades :facilitado
sit.uadas com
sant.os/:tPSP'.SP e mui.t.a.s 00
o
desencaixe
t.al
núclaog racionali.zação
exigências diversas e
população adult.a da região, not.adamente a fábricas
os
p:r-á.t.ic.as
urbano, que por- sua vez respondem a esses
vislumbrado,
íat.o
de,
em
do
espaço
irredut.iveis a
sua
maioria,
a
masculina, a.st.ar- empregada nas em
ároeas
mais
desenvolvimento
centrais
do
da
t:ransporte
Lopes/~~~:33.
mulheres la.d:oe
t.raba.lhavam Zona. Sut
61
chamado.s c;:a.ri.oc::c..,
no
"ea.s4S c::oni.ext.o
de
••
ferroviário.
Conjunt.o
cot.idianidade?
segundo
e
tempo
em
dos
Rit.mo
que
atos
o
condicionant.es
impulsionado imper-at.ivo
igua.Laç:ão
que
inclusi vidade
organizado
t.ol'na-se
de
ritmo
com
de
a
societ.ária;
mesmo
um
consórcio
mercadorias. vida
esse
por
um
pela
da
compreende
hierarquias
refel'encial
de
e
socioeconômicas.
convivência
aos
O
de
planos
princípio
um
do
circulação
var-iados:
em
aí
uma
mediação abst.rata
produção
iníUt.r-a-se
invent.a
que
da
básico,
apaziguament.o
círculos
de
grupos
int.erdepent.&s no espaço da cidade. quadro
O
expressivas
dos
cot.idiano novos
emoldllr'ado
limit.es
r-otiniza
conformadores
Nest.e sentido, as manifest.ações lúdicas e bases,
que
sugest.ivo. que
Em
t.anto
seu
cult.o
no
t.ransformacões início do
por exemplo, sociedade
religião
gerais
XX.
A
curso
em
seu ver,
o
urbana.-indust.:r-ial
part.icipant.es(inclusive
como
mero
ent.endidos
cidade.
em out.ras paralelo
um
demonstra
modificações
as
ser-
práticas
na
Ort.iz(1991)
sociedade
na
que
à
ela
das
luz
b:r.asilei:ra,
desde
o
comediment.o característico da umbanda,
às exigências post.as
responde
uma
a
cult.o
o
quanto
desenvolviment.o
em
oferece
Renat.o
devem
em relação ao candomblé,
abre
que
dest.a
de
experiência
da
popular
umbanda,
afro-brasileiro
mais
século
a
sobre
série
cult.urais ancoram-se
religiosidade
A
est.udo
surgiment.o
o
int.roduz
redefinem.
as
uma
nest.e
maior
espectadores)
século
no
pais.
apresent.a
O dos
individualização e
pela
dispositivos
à legi t.imacão da religião no âmbi t.o do mercado religioso.
possível est.ender a mesma met.amorfose para outras dimensões da
É
vida
dos
segmentos
import.ant.e finais de
de
considerar
semana
várzea,
sociais
.as
que
mui t.as
"peladas",
populares. a
das
Par-a
implantação brincadeiras
consagram
um
os da
e
.semana
jogos.
t.empo
em t.orno da crescente popularização do fut.ebol modernas Cábricas de Lerner-/1993:39 a
objet.ivos
de nos
As
dest.e
inglesa
est.udo limit.a
é
aos
partidas
em campo
sociabilidade
masculina
subúrbios,
t.ecido da época t.iveram decisivo
no
que as
papel{Herschmann e
49)g.
presla.Çã.o de servi.Ços. i.nforma.i.s do relações E mui. los dos jovens homeng a.dullo~:~ vi.vi.a.m do m(l.5;c:uli.nos e &ervi.Ço& temporélri.o&, "bi.ac:a.t•s", obra..a de c:onstruc:ã.o ci.vi.l em reaLdênc:i.a.s. eom•rci.a.i.s me ama. no centro ou regi.ã.o da. Zona. suL, i.nfta.doa pela. ou de Co.pi.ta.l Federa.l do Ri.o então. Fa.t.o responsável fi.xa.Çã.o pela. poai.Çã.o de de grupos ef"'ga.nja.doa nos do E&t.=io no;ci.ong,l, sem na. c:Lda.de do outra. pra.Ça. pa.i.s. Com pCU"o.lelo em efeito, o c:oefi.ci.enle da. eat.o.belec:i.dca a.t.if"'gi.u i.nterd.pend•nc:i.a. bCl.&llCl.nt.e ní.v•i.• •i.gni.fi.ca.tivoa. Ver o. respei.to, Roger BCl.stide<.t.PB3:.11P-91). 8
wui.loa popula.Cã.o ci.dg,de, Q.
desse& pobre, prát.i.oco.
esta.belec:i.mef"'los que ocupa.va.m do
futebol
é
&UCUI e>
i.ndualri.a.i.s vilGS co,..o
dQ.
di.seemi.na.ra.m oper.íri.GS nos ( á.Ori.Cia.
oCA.
junto &ubúrbi.os t.eCii.dos lla.ngu,
""'
O
princípio
reunir esforços e
de
íazer
jogos~
de
~muit.as
aut.o-superaracão, vezes, a
das
a
fusão
fim
dê
ent.r-e
at.ingir
t.imes,
germe
da
desenvolvia-se
de
acordo
com
individuação
à
e
poder de dirigir e
crescent.ement.e o proporciona
a
iniciat.iva
de
a
divisão
de
cor e
o nome do
o
localidade<Zaluar/1986).
da
o
est.abilidade
maior
símbolo
onde
grêmi.os,
pequenos
administração
que
mot.ivou
caJnpeonat.oo Q:rt.iaulando -
est.:rut.urando
como
grupo
aquele de
imperat.ivo levou
equipe
mesmo bairros: dos subúrbios. Nessas competições a elegia
t.ime
em
cotizar recursos para ort;anização de times de fut.ebol
e insumos necessários aos ruas e
coisas
melhores:
resultados,
redundando na const.it.uição
organização
as
burocrát.ica
de
exigências
entidade.
da
conferir
Concentra-se
decidir os rumos em poucas mãos, no
t.ar-efas
com
a
ascendência
da
elaboração
intelectual, no quadro de uma. rot.inizacão, sobr•e as at.ividades lúdicas. Semelhant.e
de
empreendiment..o
a
Mant..ém-se
mesma
out.ros
entidades. Miguel, de
Nomes
Unidos
Mangueir-a,
:fest.as:
para
de dão
vint.e
o
4
aparecimento
Eles
•
iniciativa
de
agrupamento.,
do
de
dias
os
hoje
como
Vila
Isabel,
cont.a
arrecadar
dessa fundos
ident.ificação. ou
a
formação
Blocos o
t.raduzem
comedimento
dos
para
dos
compra
r-ep:r-esent.ant.es
dist.inguindo-os
do
dos
confecção de est.andart.es
Mocidade
Acadêmicos
e
cot.izacão
como
folguedo,
famosos,
t.ambém
práticas
das
mat.eriais necessários à
dist.int.ivos dur.ant.e
exibidos
marca
anos
dos
racionalização
inst.rument.os musicais e
e
organizat.i v o
volt.a
por
carnavalescos, impulsos.
perfil
de
de
ainda
Est.acão a
local, out.ras:
das
Independente
Salgueir-o, Ou
do
Padr-ê
Primeira
or-ganização
"caixinhas"
reunindo
de a
nomo;.,
zona Oeste ci.dade. Isto criou as tarde aparece&sem muitos jovens que f~zero.m brasileiros com da cra.que& na.ciona.l., no ta.l.vez de .. envol.va.m a. e peaqu~ao. exter~or. o.pura.d.a. C>cupo.m-•e do.quele quo o exemplo aobr• o a.co.bo.do procee•o o aut.oree a.propr~om eoncei.to civi.lizadorloa .g.di.a.nt.o carioeQ..8 lêxt.... ia •poea.: aa.rrineha.. pela.. fó.brico.a A.lquém criado • Fa.bri.l, lilituo.do. Distrito empr ...ga.cl:o na. A.m.-ri.ca Pa.u-ara.nde, Muni.ci.pi.o de Mo.gé<t992:U.4-34-), fundo.
do po.ra. quê estádios
o
cond~ÇÕes;
mos mo
•e
ma.~s
••
•
••
'
•
A
a.i.nda.
OC(lãi.Õ.O
4o>
&Gmba.&. aurgi.ra.m É o Perna-de--Pau. o a.creecenlo coT'It.oxt.o
Vi. la.
..
Vi.nLém,
""po~õ~la.do.s"·,
dolil
pa.rt.i.da.s
futebol em ca.mpos de vá.r2ea., era.(e para. bo.luca.da.c, ma.ne jos o ca.nloli de ma.i.& ta.rde tran&f orma.dos êm E&col.a.& dê SClmba., o fest.ejo d<18 t.orcida.&: integra.ntea t.im•• ba.irro . J:ndep ... nd ... nt.e de Pa.cl:r... wi.gu ... t, Mocid~ ou Bloco :lreneu o.t.uo.l Bei.jo.-Fl.or de Ni.l6pol~a. origem lttulo do exempLo, do compositor depoi.menlo Ti.õ.o2í.nho da. Moci.cla.cl:e a.utor, no Na.ac\.do uma. •Tilrevi.•to. jornali.at\.ca.. eri.a.do fa.vel.a. de lembrou:··pa.ra. fa.\.a.za. verdel.de, de bola. goela.va.. Nou
dQ..iõ
no& Muito& durante
.. ubúrbi.o&
um
momont.o
""•
•
•
do
ca.mpo,
63
ba.lendo
&
••
""
=
une
po.godee""<O
cont..ribuicão
dos
recursos
cargo
a
Isnard/1978:9).
part..icipant.es de
part.ictpat.i v a
para
a
de
est.ando
associat..iva
submet.idos
disporx:lo
e
a
administ.ração
g-rupo<Soares/1985:101
do
organização
membros
não
capit.alista,
facção
uma
Aliás
associados
ao
ri t.mo
o
todo
oferece
Candeia
e
a
sociedade
da
dadicax-
para
&:
flexibilidade
produt.i v o
t.empo
dos
àquelas
at.i vidadog lúdicas- r-ecr-o.a.t.i v .as.
disso,
os
mar-cam
wna
Além organização, do
sem
improvisação foliões sem
vest.idos
cronograma
uniformidade
mais
ou
it.inerário),
e
Blocos
cores
das
cuja honr-a de car-regá-lo est.ava a
maneiras
no
Carnaval
no
pela
de
aglomerados saiam
pelas
ruas
rnanifest.ações
nas
homogeneidade,
definidas
de
ideal
caracet.erizados
introduzem
de
sent.ido
um
vest..es
das
os
popular
prévio<quando
diversas
um
Rancho
Cordões,
dos
e
no
participação
planejarnent.o
variadas
Carnaval
no
populares
cont.rário
qualquer
das
na
redefinição
Ao
Janeiro.
de
Rio
t.inham
que
Blocos,
expresso
pavilhão
da
cargo da port.a-est.andart.e -
na
ent..idade, espécie de
versão das balizas dos Ranchos{Soaras/1995:99). São bateria
com
assume
principalment-e dia
de
folia
os
Blocos lugar
um
mais
t.oma
vult.o
a
por
volt.a
diferenciado
se começa a
porque e
t..arnbém,
produzir
exig-ência
de
dos
em
anos
vint.e,
relacão
músicas
aos
que
corist.as,
especialmente
reg-ular-idade
de
a
urna
para o
marcação
fort.e o sWicient.e par-a mant.er o ri t.mo em meio ao deslocament.o entr-osado das
alas
component.es.
de
Algo
próximo
do
modelo
existe clara distinção ent.re os que tocam e ainda,
moment.o de~s
a
há
conf'ecção
o
lll€ar
de
do
composit.or
O
part.icipant.es.
orquestra
músicas
cort.ejo
o
destaque,
obedece
ent.re
ent.rosamento
o
para
desfile
no
qual
anual.
ascendendo
assim
part.es,
Ranchos,
que apenas cant..am e,
aqueles
exclusivas ganha
dos
uma
a
Neste
frente
aos
est.rut.ura
que
co.rúerindo-lhes
lugares
sist.emat.icament.e diferenciados po:r-ém complem9nt.ar-es no percurso. Est.a
porque
Blocos,
cot.idianizacão dirigem de
e
at.as
a
dos
e
organizar
adrninist.rat.ivas dist.incue
de
Já da
as,
cort.ejo, dos
t.orna-se
em
1922,
reg-ião
uma
ocorre
t.ambém
unidade
do
difa:r-encia-se
.segWldo e
tarefas
' pl'epaz.at.ivo.s
est.at.ut.os
Oswaldo CruzCbairro
de
exig-ência
organizam
compart.iment.ações.
se
divisão
mesma
o
por
na
out.ros
qual
o
inst.:rument.o exemplo~
o
Bloco
propriament.e,
carnavalescas.
64
e
diret.ores
cert.a dos
Baianinhas
Brasil)
de
procurava .seções
esquema dos
que
a
ent.re O
dos
elabo:r-ação
A
decisivo
suburbana da Cent.ral do
p:r-esident.es
grupo
desfilant.es:.
diferenciação
os
uma
internaliza
cert.a
hierarquicament,e
direção
na
mont.ado
mest.res
de
cant.o
e
de
nút.ico:s
na
capacidade
das
elit.e
que
entidades
o
baluart.as
de
ou
onde
Samba,
para
havia
foram,
utilizar
capacidade
a
fundadoras,
verdadeiros
antes
um
clima
terminologia
a
em
de
heróis
nada,
mais
inst.it.uiçõas.
inicia.lment.e
dirigia
periodo,
pacíficas
os
Escolas:
adrninistrat.i v a,
viveram
que
Aliás,
hi:st.ória
da
part.es
os
bat.eria.
"organizá-las"
à
propenso
comum aos
A
ent.re
moldes
diversão
de
"ordeira",
os fazia difarent.a.s dos demais component.es do círculo do samba.
o
Paulo
est.á
Benja.TT!in de
Bloco
do
Fundador
exemplar. Port.ela,
Paulo
de
caso
na
inserido
de
o Cruz
Oswaldo
constelação
a
mas
seguir
porque
concentração
a
atribuído
t.ambém
fazia
inscreveu
desde
implement.ad.a
21
de
Escola(det.ent.ora
parte
e
concorrent.es)(Candeia
o
t.it.ulos,
respeit.o dele dennem a
do
não
ao
só
na
hist.ória
de
sua habilidade como um dom quase
da
t.odas
as
memória
a
ent.re
elementos
é
qual
organização
pela
número
Os
samba
"t.riunvirat.o"
sucesso
o
Samba
de
como veremos logo
que,
maior
Isnar-d/1978:16).
mit.os
do
Port.,la,
da
Escola
negros"
criatividade
de
da
e
dos
porque t.eri.a unido as "cult.uras de brancos e
Paulo
núst.ico
do
sel'
sambist.a, espécie de arquétipo do gênero: existia.
Antiga.monte mulhere& qual
antes
qu1.nta-fei.ra do
f~ogura,
a.
fosse
ou
ele
coi.sa,
sempre
novida.dee
O
dos
eu
hnha
um
ba.tuqueiro.
sa.bia. Ele fora, ar.da.va Portela.. o
nao
um
um
nao
couoa.,
pela
no pouqui.nho
cantar
foi
Iosse sambista
era
isso,
a.prendl.a.
cidade<. .
).
• fosse
blocolõõ
Paulo
mui. ta
homens homem,
de
Tocou Paulo
O
sa.i.a.
desfile
como
Pa.ulo.
so.Ío.m
aó
coi.sa.s.
eSSO$
o
rancho
bloco
Pa.ulo,
passista.,
mesmo.
No
No
homem.
o
era
um ca.nto
estava
mui. tas
ser
para.
fosse,
de
mai.B
que
levava.
o
ra.ncho.
ca.rna.va.l.
carnava.L.
conforme
o.ssi.m
exi.sti.a de
t1.nho.
do
me
ele
voz,
la.dainha.
e
bloco
ao;og"unda.-feira.
na.
mui. ta
Entao
ele
coi. .. a.s, ele ca.beÇa.. Sa.bi.a. entra.r mu~ota. ti.nha luga.r, la oe ma..rcha.a, i.ntrodu,..i.u Compunha. ea.mba. com mCLsculino. infiltra.ndo. v o• e no 4.12, primeira. sede NO do femi.ni.na.. Portela., cui.da.vo. da futebol. Pa.ulo .;. que queria. i.mp1.a.nlo.r •o.mba.. ao Eatá.c1.o, na. wa.nguei.ra.. Pa.ulo cha.ma.va os ou troa, o cl ... ud.ionor, turma. toda. que h,...ha. lá., pro. i.r com ele. Ni.,...gu•m lo não, tinha. mad.o. Ele ~~õ:OZinho(Apud Da Silva e Sa.nto.,.....l9BV.cSO-:U . tro.zia
mui.ta.e
••
•a
•
hist.ória é
Por ser um relat.o, a a
recompõe.
Bast.a
"ant.iE;ament.e"'. atribuído pela ação
Impor-t.a,
Paulo do
perceber-
Benjamin.
herói
a
indennicão
no
ent.ant.o,
O
dis:cl.D"so
íundador
se
mitificada pelo present.e de quem
justamente justapõe
t.orna
part.e
•
Rosário, de Erna.ni auar.da. da. Eeeola. de Sa.mb""- Portela..
='Depoimento
65
quant.o
hoje
ao o
urna da
t.empo: perfil
série
de
epopéia do
membro
do
o
indefinido
mí t.ico-heróico event.os samba.
É
que ele Velha.
íut.uro de sucesso do samba e o impõe ao fut.ebol; ã ele o
quem percebe o responsável ambos
os
samba
no
pela inserção das mulheres
regist.:ros
vocais.
Carnaval da
Coube-lhe
cidade,
haja
nos Blocos,
que
criar-
sambas
a
t.aref"a
de
os
Blocos
ant.es
também
vist.o
ao
para
introduzir
o
desfilavam
na quinta-feira anterior ao calendário oficial da folia. Ao sua
mesmo tempo, a
à
sagacidade
comwlit.ár-ia, assim
ousadia
por
vi ce-ver-sa. Logo, aut.oridade memória.
é
contudo
no increment..o da post.ura formal int.eressa enfatizar a disperso,
impondo
seu
fulcro
de
fo:ra
babalorixá
a
no
para
contribuição
cada
peça
parece,
os
rit.uais
em
dent.:ro
candomblé,
ao nossa
e
cuja
local
destas
seu
de
análise,
mediações
que est.ava
devido
o
res:ult.ado
de
iniciação
pela
individualizar,
de
e
do Desfile das Escola de Samba. Pol' h.Jl'a,
que
ao
chdnce.ld
original
para
circunscrita
significativo
abordar
colocando
presidia
fó:rmula
a
detinha
ordem,
Paulo
modo,
Dest.e
ao
da
pel'Spicácia de Paulo em sabe:r· ordenar o
sur-tia-lhe,
sensibilidade
portais
ancest.ral
bast.ant.e
quando
dos
element.os um
expressão de
além
ext.ernos
t.radicão
ele
poder de Paulo e
par-a
poder de
do
ponto
a
e
idéias
na
um
ret.orn.arei
circular
ãmbit.os
difel"'ent.e
baseia-se
Est.e
de
diversos
int.er-mediarizar-
o
fala at.ribui
lugar.
Tal
autoridade. sambist.as,
dos
especialização,
o
art.ista
popular. Em
que
observa
Michels
Ou,
aut.oridade"(s.d:53),
porque
a
uma
exigência
do
encaminhamento
t.endo
vista
0
de
visão
Michels,
de
rápido
proporcionar
ent.idade Sendo
e
ent.re
que
es:t.a
classiflcadas ref'erent.es: a A
uma
aut.oridade
últ.ima
como
dignas
a
autoridades
técnicas
e
sist.ema
das
disciplina.
se
just.ifica-.se
na
decisõesCidem:106), Mostra
Michels
que
organização em um fim em si mesmo, cujos
desdobramentos
e
uma
compelida
a
abdicar
de
significa
cent.ralizadoz·,
processo,
dirigent.e
vê
se
fomenta
''especialização
um
Robert.
t.rabalho
preciso e
polit.icos,
cuidar-
maioria em
dividem
a
dirigida(Idem:15).
favor
pe.rmanent.ement.e
de
das
pessoas ques:t.ões
rot.ina da associação.
per-spect.iva
movimento
de
segment.os
dos
agent.es
cotidiano
no
minoria
de
e
,~strut.ura,
complexa
do
a
do
abrangent.e
t.empo concorre para t.ransform.ar- a complicada
partidos
divisão
composição
impossibilita
em
da
os
inst.it.ucionalizando
termos
nos
sobre
princípio
o
funções,
especialização gerenciai.s:.
estudo
clássico
seu
de
formalização set.ores
Michels das
e
sugest.iva
~festações
populares,
urbano
é
dos
66
impulsionado requisi t.os
pêll'a
lúdicas,
pela
dominantes
compreensão por
part.e
inserção no
do de
desses
Carnaval
da
cidade.
Agora,
as
condições
ur-banas-industr-ias
atividades
comercialização pontos
do
folguedo
uma
como
out.roa
dimens.ii.o
naquele
dospont.am
apenas
car-navalesco
int.erfel"ir
sem
de
teor dest.a formalidade. Não se pode esquecer que as
moment.o relativiza o
em
t.ant.o
no
conjunto
é
algo
da
folia.
ainda
tópico,
Pol"t.ant.o,
localizado divisão
a
do
t.l"abalho, seja no int.erio:r- das entidades ou nos modos de participação no Carnaval, está em germe, longe de A
observada
criatividade
em diferentes frentes,
de
Paulo
perfazer- a
realidade de
Benjamin e
a
acumulando funções,
sua
um espet.áculo.
capacidade
de
atuar
são revelador-as deste est.ágio
de pr-ocaroieda.de.
Est.a
a de
ressalva
consolidação Samba
linhas
controle dos
de
gerais,
funções
dessas
inst.i t.uiçõe:s:
espaces
de
ensaio
semelhança
no
tendo
na
aparência
o
quadro
crescent.e grupos
das
entidades,
as
t.oma
em
que
Escolas
descri t.o
por do
com
a
possuindo
o
ocupados
materializado
que
de
concentração
papel crucial no
desenvolvimento
ou
com a
int.erior
const.at.acão
transformação
pequenos
de
demais. E
passos dos
sua
observa-se
mãos
nas
das
administracão
e
carnavalescos
fatores
muito
decisão
de
inviabializa, no entanto, a
Blocos
apresenta
Mi.chels.Em poder
dos
não
desenvolvimento
nos
seja
exibições
em
seus
público.
É
importante ter em mente os fatores que concor-r-em par-a t.al diferenciação social, e a hier-arquia de poder que a acompanha. Em
um
dos
HalbwachsC199Q) que a
chama
ensaios
à
atenção
sobre
quando
t.rad.icão, desde
o
passado
modalidades
ritualizada exemplar-
cult.ura.is
just.ament.e
aqui
ident.idad&
da
os at.ores
vist.a que
modo
deste
participa
e
par-a
e
um
de
de
os e
nos
passos
mi t.os:,
da
int.eresses
qual
a
O
caso
das
dest.oa delas
cenáz..ios
pr-6pr-ias.
s:ociais
Não
ambos
deflagradores
da
podomoQ
pQ.:r"'dQ<r•
decor-rem de pr-ocessos de
int.er-r-egional,
pelos
para
referência
comunidade.
impost.os mot.i v adas
no
faz-se
diáspora negra(a escravidão) e
migração
estrutur-ais
simbólico
desagregação, combinando pela
Maurice
Coletiua,
bases
universo
narz·ada
g2"upo
os
Memór-ia
no curso da sua vivência cotidiana. A
analisadas do
a
necessidade
memória da grupo se realize
memória
de
seus
os deslocament.os
às
aliados expansão
t.rans:ferências
urbana
do
Rio
de
Janeir-o. Uma
a
vir
t.radição secr-et.ada perdeu assim qualquer nicho onde pudesse
se
carnavalescas, folia,
as
suas:
atualiza:r-. cujo
objet.ivo
identidades
isso,
Po:r>
conf1guradas
encont.ra-se
não
estão
67
na
como
part.icipaç:ão
amparadas
no
espaco
inst.it.uicões exibitiva
na
rest.rit.o
de
Af"inal
"rupo.
qualquer
necessárias
à
f"I'acões
de
camadas:
sujeitas
à
conclui
diferenciação
não
do
exist.ir
identificado
com
inst.it.uicões.
São
para
já
caz.act.erizarn-se
um
moviment.os
que
pela
cosmologias
que
grupo
De
onde
a
se
hi.st.ória
abarc.ant.e Escolas
de
e
int.rinsecament.e
projet.am
as
ausência
sociedade
da
abrangent.e.
t.ot.alidade
a
sent.enciar
o:rigem
na
complexidade
de
futur-o,
o
cabível
É
na
hist.órico-social
os
de
desp:rovidos
uma ancest.ralidade; trat.am-se de
part.icularidade
Escolas.
carioca
Carnaval
por
a.I't.iculadas
processo
a
est.ão
calcada
sociais
dinâmica
já
est.es
dessas
de
raízes
do
Samba
comunit.áx-ias,
estando sua essência na função abst.rat.a de "fazer carnaval". presença dos
A acentuação
dest.a
divisão
principalment.e
se
met.ropolit.an.a.
Com
de
efeit.o,
cult.urais
conectando
as
das
Escola.
A
cada
bases.
objet.ivo
da
é
a
é
da
folia
concepção
capaz
for-ca
agem
polit.ica
como
e
dos
"filósofos",
uma
fornecendo
homogeneização
das
ident.it.ár-io
recorrent.e:
a
const.i t.uem e
as
uma
lógica
t.odo
segundo
conjunt.o
A
Pois
uma
um
sobre
nação
no
exist.ent.e.
ocorre
que
imprescindível
suas
int.erpret.acões
logo,
funções,
mais
vez
dando-lhes
cujo
ideologia
das
social
ai
interior,
e
t.orna-se
disparidades,
suas
seu
t.I'abalho
deit.a
inst.it.ucional,
part.ir
em
complexidade
mediadores
ideologia
do
verifica
a
concat.enar
gr-upos
part.es
a
abst.r-at.o
fala-se
a
"nação
da
mangueirense'' ou da ''nação salgueir-ense'', t.r-ansfor-mando as Escolas em um lugar que
pát.r-io, objet.o de um
jogo
de
het.erogeneidade
uma
daz·
poder-
com seu
r-esult.ant.e
é
ciment.ai'
a
se apropriar
do
face
da
espécie de amor cívico. Porém o as
car-t.as;
p:r-ojet.o, det.ém a
quem
melhor
legitimidade de
comando da inst.it.uicão. A
disjunção
est.rut.ura
ent.:r-e
sociológica
agrupament.os
de
alas
ent.idade
ao
círculo
enquanto
unidades
diret.oria
dessas de
e
inst.it.uições.
component.es
comuniat.ário
dramát.ic~
de
da
é
desfilant.es
t.ern
A
narração
do
na
poderão
mat.e:rializando solidariedade~
ar-reeiment.ar-
o
princípio
just.ament.e
As alas t.ecem assim
component.as:
en:r-edo,
da
inclusivist.a
cont.ando
sociabilidades
com
no
a
não
o
meio
ideologia
desen:r-aizadas
e
as
viabilizador
da
da
mat.r6pole,
car-navalesca
da
da
Escola.
como
most.ra
virt.ual
p:r-ópr-ias,
da
alas,
espaço abst.rat.o
anonimat.o
ident.idade
dos
limi t.ação
Tor-nar-se-ão
am gr-ande medida da cone-xão ent.re as agremiações no cidade;
visível
autonomização
mar-gens
localidade.
a
o est.udo de Cavalcant.H1983). Não é t.rocam
de
sem mot.i v o
ag-:r-emiações
que na hist.ória das Escola de Samba mui t.as alas e
es:t.ão
68
sujeit.as
a
uma
const.ant.e
:r-ot.acão
de
int.ecrant.es:.
Cont.udo
a
inclusão
no
Des:flle
~
das Escolas, em par-t.icu.lar. Haja vist.o quo sempr-e
det.erminada
espetáculo.
Do
a
pr-esidindo
um
modo,
uniformidade
consubst-anciado
as
Est.á
por alt.o
suposto,
um
lazer
das
séquito
cortejo;
o
mero
Escola
t.eol'
de
de
modelo
- 7. di versao
e
acões.
o
simples
legimit.idade,
de
impulsos
e
assim,
equipe,
sincronizar-,
agora
como
funções
Muit.o
universalizável. fundament-e
novos
calcado
ideologia
na
t.endo
que
est.as
modos
em
o
embora
da
de
adrninist.:ração
vist.a
novas
o
e
sucesso(a
modalidades
de
de
acordo
de
quando
grupos a
o
de
de
prát.icas
compet.ências no
dê
as
mais
funcionalidade de
poder-,
o:r-ganizadas
concurso).
solidariedade
dos
ent.re
caráter
conseqüent.ement.e
vit.ória
em
intuito
de
de
polimento
convívio
princípio
das
momento
o
de
trabalho,
autocont-role
com
sociais,
e
como
mesmas
maior
mesmo
hierarquia
canal
de
simult-âneo
par-âmet.ros
por
ernblemat.izado
pessoas,
do
associat-ivas
ócio
dessas
de
t.écnicas
o ala,
formas
carnavalesca
grau
um
modo,
pode leva:r novos
esforço
um
uma
de
sazonal
pela
diferenciando
at.os,
dos
racionalizacão
permanência
Dest.e
novas
interacão
valorizando
a
int.ernos
.
fest.a
há
a
increment-a
6
nessas
própria
a
regimentos
const.it.uído
dispiclina,
Ainda
qual
O
r-elacões
dizer
mesmo
folião
burocrático.
da
port.ant.o,
reconfigurando
entidade,
t.écnico;
no
apropriar-se da d.i:recão geral da ent.idade
feriado
n& E&ool.Q dg S.:;unb.r;:.
apresentam
alas
exibida
seu
1nt.erior
ao
inclusive
ÍnQ&rcão
imperativo
distingue
e
administrador-chefe acesso
por
mesmo
hierárquica
lógica
da
const.it.ui um át.omo da coreogra:f"ia dramática mostr-ada durant.e
deslilant.e o
reprodução
.a
burocrát.ica nort.eadora do fol:;uedo em seu conjunt.o e
mesma formalizacão
est.á
cobra-lhes
est.ão
na
Poder-se-ia condicionadas
pelo imper-at.i v o mais geral da cir-culação-comunicação. A
analogia,
Escolas de Samba a mais
uma
Benzaquen
vez de
suger-ida
heu:ríst.ica. Araújo
faz
,,Em
sua
algumas
déca.do. do úlli.ma Desde a entre frontei.ras procea•o, l-ongo o t•mpora.li.da.cle que configuro. o• esfera.a outra.. lazer e cul.luro. • do avi.danci.ar võ.o 6ei.o ea.mpo•: o do lc.zer Leglti.mo e aquele
..,
muit.os
depoiment.os
sobr-e
a
or-igem
das
par-t.ir- de t.imes de bairr-o, ant.r-e car-naval ,;. fut.ebol ti.
Leopol.di.U.978) sâvi.o •pi.•ôdi.o• exempLa.r•s a. ee•• respei.to.
7
nos
•
pesquisa sugestões JUUa.
sobre
o
passíveis
fut.ebol, de
Ricar-do
pernrit.ir-
o
oferec;:em
sécul-o xrx o c;:om•Ça. a. eata.beleo•r de Ja.nei.ro. J:nici.a.-e& da. experiência. do Oi.dden•Ct!QPt), do como eapa.Çoe, no uma tUJpeci.a.li.za.Ça.o lécni.ca. do• trabalho, do. produçao do conheei.ment.o e do efello, a.s tei.s que po.ssam a. regular o Com e .asa. tendência.. A Lagi.sta.Ção di.f erenei.a. doi.s eapó.t"i.o da vad~a.gem • do jogo.
69
ent.endiment.o também da participação nos Blocos e de Samba. Principalmente
que exige
um modelo de eíiciência, no ent.re
virtuose
o
inscreve a
quando
individualista
e
do
a
mais t.ar-de nas Escolas
per!"ormance nesse
pa:rticipant.e o
disciplina
:rígida.
esporte em
ajuste const.ant.e A
lógica
do
jogo
basea-se assim na concatenação das pecas de t.al modo que uma não anule a
carnavalescas a
e ii ciência, e
cant.o
do
uniformidade
No
mesma lógica se explicit.a A
conjunt.o.
do
60-1).
e
demais<1980:47
função
t.omado
no
e
t.ange
r-equisít.o
harmonia
de
desf"ilant.es
que
imperativo de combinação funcional na est.rutura da pas:seat.a. O pat.ent.e
a
importância
reiterando seja,
a
assumida
pela
modelo
carnavalesco
dos
experiência
carnavalesca
do
o
exibição Ranchos bairr-o
ir-ente
a
Grandes
e
busca
t..ot.al
r-ef"or-ça
si,
os
subordina
instituições
as
em
valor-
como
:r-it.mo
do
que
no
uma
deixa
plat.éia,
Sociedades.
pólo
"
ao
central
Ou da
íolia carioca o seu espelho. A consolidação do t.rem como t.:r-anspo:r-te de passageiros em meados dos
dez,
anos
"desencaixe"
no
Rio
de
janeiro..
exper-iências
das
parece
dos
det.er
subúrbios
crucial
9
signiíicado um
Vejamos
.
nesse
exemplo.
Na
biogr-afia que íazem de Paulo da Port.ela, Da Silva e
Sant.os contam que a
diret.oria
vagões
Central
do do
Bloco
de
Brasil
Oswaldo
Cruz
decidir-
par-a
se
r-eunia
sobre
o
nos
dest.ino
da
dos
t.rens
ent.idade,
da
enquanto
seus membros iam ou volt.avam do trabalho. Mas, ao mesmo t.empo, o veículo assume
papel
quando
o
assim da
o
determinante
rádio meio
Cidade",
ainda
pelo
não
qual
segundo
como
elemento
havia
sido
circulavam
uma
lógica
as
de
comunicação,
popularizado. infor-mações
simbólica,
classif"icavam,
mais
uma
vez,
como
t.rem
O
elaboradas
à
concatenada
relações socioeconômicas ent.re os seg-mentos sacias e as
em
um
tempo
compr-eendia no
"Centro
assimetria
das
regiões do Rio, que
"civilizadas"
ou
"modernas",
no
sent.ido de estar-em mais em sintonia com os "bons modos". Talvez não seja exa€ero
dizer
que
a
centralidade
do
Carnaval
da
Avenida
Central
cheg-ou
t.arnbém pelos t.rilhos da ast..r-ada de ferro. O vicejam
o
contexto
material
emoldur-ament.o
repr-esentado
sob
de
.as:pect.o
a
e
um
da
interpenetração quadro
festa
dent.ro
de do
realmente
valores qual
o
popular-
•Em
e
modelos
Carnaval
da
é
cidade,
crôni..ca.a. Li.m<:L Bcrret.oU.s>!:i9> auaa a.lguma.a ob•erva. o luga.r do f errovi.â.ri.a..s deala.qu• ocup<:l.do pela.s esla.cõee no convtv~o soc~a.bi.Li.dades das paocoa.s nos ou búrbi.oa c<:l.rLocQ.&. A relacao trens subúrbi.o no c~da.d• é .:1lgo sobr•a.eenlucw:ic no• d~v•reoo• produca.o cult.ura.L bra.aU•i.ra.. O qra.nde rel.ógi.o no a.l.t.o do. lorr• do prãdi.o do C•nlra.t do um tempo Lndi.ce ai.mbolo de. Braai.L •6 euburba.ni.da.de no do Ri.o .,... ..,.~ro.
....
•
70
• •
si~niíicando
dela ou
própria
mais
à
est.ar abert.a
part.icipaç:ão
~radacão
uma
dist.int.as.
Logo,
t.axi.nômica
o
Eolguedo
na pracinha do subúrbio não t.em o e
de
t.odos.
No
diferenciando
b:rincado orn
ent.ant.o,
const.a
participações
t.orno
do
menos a:rmado
oo:rot.o
mesmo valor das p.assaat.as dos Rancho10:
Grandes Sociedades, que arrast.avam mult.idões à
Avenida. Pegar o
t.rem e
ir ao "Cent.ro" ver
passar t.ais ent.idades const.it.ui ent.ão um at.o de quem
sabia aproveit.ar
que
o
Carnaval t.eria
t.orna
se
condições
quais
o
Nest.e circulam,
circunscrevendo
um
espaço sagrado da folia vai cust.os podem po:r·
de
sua
época
semelhança a
o
seu
e
t.oda
do
subúrbio
.
t.ácit.as,
priori,
de
uma
Demarca-se
apanágio.
O
part.icipacão na Avenida
forma.
port.ant.o
apareciment.o
pragmática
a
assim seg-undo
~remiações
requerer observá-la e
mat.erializacão.
reinvidicar
essa
a
Ver-se
9
re~ras,
inst.ant.e as
melhor.
às
possível
inserirem-se no epicent.ro da íolia
de
inscrit.a
Obt.er
consagração
já
no
t.er como arcar com os quem das em
ou
quais
Escolas sua
g-rupos
de
Samba
hist.ória
t.em
um episódio de obsedada busca de ser possuído pelo modelo e
t.omar para si a forma consagradora do Carnaval-Espet.áculo.
ESCOLA, A FORMAUZAÇÃO DO SAMBA
José carioca,
Murilo
conhecida
de
Carvalho sugere que,
como
migrant.es
sobret.udo
por
africanos
mulcumanos.
religião,
íert..ilizam-se
carnavalescos
Saúde,
e
negros
Ali,
novo
no
inventando
e
afirma,
o
novo ext.rat.o cult.ur-al chegou à p
formou-se
samba P:r·aça
na região
uma
mestiços
"Pequena
Port.uária habit.ada
descendentes
"sua
música
criando
moderno"C1984:136). XI,
Zona
África",
baianos
reelaboraram ambient.e
da
sua
ranchos
os
Mais
e
de
tarde
est.e
onde começou sua escalada de
•
hi.st.ôri.a Bloco• doo E•cola.e do mesmo ba.i.rro por do obter !"ea.li.2:adoao ofioi.ai.a na concul"IIIO& centra.l noo ci.da.de, da eob melhor ou~ l"epresen~a.r reapecti.Vd& locali.da.dea. a.L•gG.Cõ.o de corr••pondem i.luetra.ti.vos ba.sta.nle deste a.rl"a.njo da.s pa.rtea a. episódios om um ampLo, quo.l oe ba.i..rros proceaao sao di.sposloe no s6oio-pol U.i.oo em eubordi.no.da. ecologi.a. c:entro urbano. exemplo, oa c:étebrea, por enfrento.mentoa Uni.doe Torna.ra.m-ae amba.a subUrbi.o capeLo. e Aprendizes de Luca&, do Luca.a, no AO
desfi.te
longo
da
pri.nci.pa.l.
Fundida&
...
.<>67.
jamai.s conseguiram emoLdurar de fato ra.z&o do.s ri.va.li.da.des i.ntel"ncu=. )dai.s que uma. Eocola d• grande porte. em o cla.sai.fi.co.ÇÕ.O i..mporla.vo. a frente da. oulre~.. lugar. pri.mei.ro cti.enleLi.slo.e, personalismos elei.torel"O& • vaida.dee doe Intere•e•• entidades, aL&m di.ri.genles diferenças locaLmente grupos papel, corto. tiveram decisivo eslee oó tornam a.li.menta.da.s, dez. pugno. em torno do õ Luz visi.bi.lidCLde pública. eompreenslvei.s oferecido pelo espaÇo do Ca.rna. val-Espetácuto .
•=
om
•
•
71
••
popularidade. O t.r-echo cont.ém sugestões valiosas_, mas é coníel"ido
a
capí t.ulo ~
os
Ranchos. do
est.a
migr-antes
Cont..udo .• se
universo
ambiente
um
Ul"hano,
baianos
e
das
a
criando
model"no",
à
reelaboração
e
vimos
ist.o
t.êm
destacado
papel
na
feliz
quant.o
a
a
indicação
possibilidade
região~
pois
cult..urais
de
de
deixa
t.endência
a
fato~
De
manifestações
não
cit..ada
exist.e
Af"rica".
parece-me
simbólico
"samba
como
"Pequena
pl"eciso mat.izar-
falar
a
t..ivemos
organizat..iva
uma
a
a
dos
r-eciclagem grupos
ascendência
l"est.ricão
oport.unidade
da
p:r-imeir-o
fundação
desses
sobre
inquiet.ar
no
peso
0
pal'ticipação
de
no de
desta most.rar
no
Carnaval
da
população
disseminada pelas diver-sas regiões da cidade. deslocament..o,
O
do
Rio
de
Janeiro,
ál"eas
baianos,
det..eve foi
à
conferida
como
célebr-e,
da
ent.endido
XI
para
Ao
mesmo
ecologia
u:r•bana
"Cent.ro".
como
t.ant..o
É
o
mít.ioa
COnlO
a
as
migrant.es
apr-eender-
samba,
Praça
os
reelaboração.
adequado
do
passado,
t.ambém
r-edefinição
julgo
à
e
século
nest.a
do:r-avant.e
que
Áf'r-ica
do
parcelas
incluídos
a
''moder-nização''
Pequena
amplas
décadas
importância
condições
desenvolvimento
de
cidade,
da
const..at.ar
espace
est.as
segundo
acima,
últ.imas
considerável
possível um
estabelece
as
desde
perifér-icas
fut.uras
t.empo .•
l'elat.ado
part.ir·
das
cor-r-eias
de
mediação que agiram na circulação do modelo espet..acular- de car-naval. Não est.ou com isso das de
re~iões,
duas
Janeir-o
moder-no", pr-óximo
no a
à
pret.endendo cont.est.ar a
mas
vê-las
à
luz
período.
Afinal
o
element.o
Escola Pr-aça
de
Samba..
XI.
No
da
.at.u.al Escol.;;;.
da
Deixa
F.alar- •
de
car-iocas. Sanabe
at.ent..ar,
processo e
sua
compreendei' primazia
penso,
aos
a
sambist..as
como
sur-ge
a
menos
composit.or-.sambist.a,
penso,
reordenamento
visível
adnome
ao
Est.ácio,
como
aludida acima.: sua eme:rgência po:r-t.a a
72
o
Bloco
em
1926.
pr-imeir-a
ident.if'icação do
de
do
na
observamos
nat.ureza sociológica. Com
exat.ament..e
mais
est.e
exemplo~
Po:r-t.ela,
'
pr-ocesso
chamado
região
que
o
do
do
Rio
"samba Est.ácio,
su:r-giment..o
de
mesmo est.ilo ocor-r-e quase simult.aneament.e
Por-
consagrada
Import.ando
ganha ent.ant.o
ent.idades compromet-idas com o
em out.ras r-egiõ..:.s
do
impor-t.ância hist.órica
at.or
d9
Osw.;;;.ldo
Logo
Escola
de
do
a
já social
que o
a
núcleo
lógica do espet.áculo.
apar-ição em
vale
a
at.ribuicão
da
é
or-igem
ex:at.ament.e
princípio
porque
d...,
Samba~
mas
pione:rismo, e:feit.o,
ant.&s
Cr-U%,
posição da
1027. ao
pena
de de
mediação
Seja os
"bambas"•
1
da
Manguei:ra,
sejam
aqueles
de
Oswaldo
Cr-uz,
t.odos: são unânimes em afirmar que "aprenderam" samba com os sambist.as do
exist.iam
Sant.o.s/1999),
Silva
Est.ácioCDa
e
batuques
l'it.mos
não
sincopados
naquelas
r-egiões.
Ocorre
que
os
homens ligados ao samba na r-egião do Largo do Est.ácio de Sá íreqtient.avarn um universo comum -
em
área
e
part.it.uras
ao
das
rit.mo
XI,
Praca
dança,
represent.ant.es anexam
da
t.orno
t.eat.r-os de revist.a da Praça Tir-adent.es ou a
bares e
pont.ilhada
cervejarias, casas de
sincopado
além
e;ravação o
de de
po<-
jornais discos.
r-ebu.scament.o
dos
art.ist.as
nest.e
É
lit.erário
de
casas
cinet.eat.ros,
e
dos
int.ercâmbio
da
t.ípico
que
melodiosa
música popular do moment.o{ldem:70). Est.es homens do samba er-am t.ambém exat.ament.e Falar
do
esses
per-sonagens
Est.ácio
cult.urais,
pois,
um
t.ornar-se
de
Sá,
segundo Rancho,
apresent.aç.ão
realizada
Buraco
como o
de
1928,
das
Escola
Bloco, em
linha
no
Espor-t.e
do
r-epl'esent..ando
E
objet.ivo
Clube
diver-sos
era
ree;iões como
a
Carioca,
na
férrea,
de
Deixa
mediadores
diversas
Morro
serão
Samba
cujo
da
zonas
de
ver-dadeiros
exibições
itinerário
uma
ent..idades
out..ras
ocasião,
Bloco
Agem
fazer
janeiro
Quent.e,
o
int.érpret.es, a
o
em
ínndam
1927.
começa
acompanhando
do
em
ale;uns
periféricas,
região
que
ligados aos Ranchos.
Mangueira.
Na
do
bairros
Rio
est.iverarn present.es a
est..e e;erme do concurso ent.re as Escolas de
Samba.
O
not.iciado
com
episódio
t.ant.o
íoi
em
alguns
jornais,
como
cont.ou
o
policiament.o do Oit..avo Dist..rit.o<Cabral/1974:23). A grande novidade dos sarnbist.as do
desfilant.es Donga, seja,
um
seria
o
básico
dos
negar-a
esquema
de
melodiosas
canções
Blocos.
Por
est.e
a.ut.oz-ia
a
r-esult.ado pioneir-o do
d..a
modo
da
de
de
do
Samba:
Silva,
sambas, da
aut.&nt.ic:o
pat.icumbum, ,,
pudessem
Ismael
ressignificaç:ão
cr-iador-
"bumbum, Escola
a
ist.o,
que
Est.ácio estava em adequar
mas
polca samba
ser-
em
cant.adas
sua
pelos
polêrnica
apenas
de
ma.xixês,
eur-opéia.
Já
ele,
pal'a
pr-ugurundum",
t.r-aduo;::ão
cant.o/dança/evolucão,
baseado
do no
com ou
Ismael,
aut.or
desfilar;
as
do
t.r-inôrnio impulso
r-ft.mico prop:roocionado pela bat.eria<Soar-es/1985:94-5). u Li.l ize~.do entre o• própr~oe sa.mbi.elQ.& e oe di.stinçêio, mei.oe do f*Terrno de ref erenc;:i,.g,r ô.quelea c::onsi.dera.doa mealrea na. do di.vulgdec1.o ritmo musi.ca.l sa.mba. c;:ujcu; bo.t.uco.r o 8/0U à.queles c::a.nlCU' compor, confundem ~m hi.alóri.a. do aa.mbo. ouso.di.a., bi.ografi.CI8, verda.dei.ros ba.lug,rles, que enfrenlQ.re~.m Q. na.t.a. dos compreendem ou aeja., pressões mora.i.s em um tempo qua.ndo aa.rnba. ere~. poli.ei.o.l e persegui.Cêio &a.mbi.ala. ma.la.ndro"" mg,rgi.na.i.s ··coi.ea. pertenci.a.m um do conei.dera.do
•
••
•
meamo ca.mpo •emâ.nti.eo.
73
•
Est.e t.:r-inômio consagrado pela Escola de Samba, acr-edit.o, d&t.ém a chave par-a entendermos melhor como se const.ituiram os vasos comunicant.&s entre
ditos
os
Grandes
"Pequeno"
e
carnavalescas,
Sociedades
c.az..n.avais.
"Groande"
militar.
abrindo
XIX,
os
José
cort.ejos
de
embalados
pela
som
bandas<1972:152).
de
capoeiras,
percussão
que
abriam
Ramos
conferir um
Tinhorão
procissões
canto,
e
Esses
caminho
a
pé"(daí
e
''passista")
porque
lembr-a
ri t.mo à que,
e
religiosas
surgiam
grupos
grupos
darão
f:r-ent.e
surgem
as
i.st.o
é,
das
durant.e
negros
da
o
como século
milit.ares,
bailando
aos
origem
passeatas,
herdando
marcha,
paradas:
de
dança do samba -
mais tarde f'"icaria conhecido como a
quando
int.r-oduzem
elas
agrupament.os instrumentais capazes de em um desfile
Pois
ao
t.ernidos
elaborando
que
o
o famoso "samba no
procissão
a
cat.ólica
caract.eríst.ica do cant.o urússono.
originou
os
Ranchos,
que
raiz
na
t.ambém
quando
embrião,
Esse
Blocos<Idem:154).
adot.arn
da
t.rês
As
cong-lomerado uma
espécie
aos
Ternos
de
orquest.:ra.
formação
dos
Cordões
ent.idades,
como
vimos,
diret.a da Escola de Samba. Salt.a port.ant.o o
est.ão
est.ando
Ou
dos
e
baianos,
dos
post.eriores ancest.ralidade
na
int.ricamento ent.re o
bat.uque
angolo-conguense com as formas percussivas de o:rigem eu:ropéia, em wn elo ent.:re
:rit.mo
variações
bast.ant.e
relacionamento
exibição.
e
seu samba do
A
Explica:"O havia
est.ilo(ant.igo)
uma
A
iniciat.i v a
coisa.
O
samba
base
uma
nesse
just.arnente
pa:ra
assim:
bum
at.encão
bast.ant.e
bum
Silva
encobre
maneiras
em
de
de
distinguir
necessidade
o
justifica
de
o
samba
um desfile de component.es:. Eu
começai
tantan
obt.er
de
posturas
tan
a
notar
tantan.
Não
gente começou a
algo
viabHizado:r
que dava.
fazer Chama
prucurundum"CSoares:/1985:95).
paticunbum ',
p:reocupação
a
dessas
sent.ido. Ismael
a
andar-.
tan
assim:
cont.udo,
diferentes
Ismael
evolução em
dava era
de
sugest.i v a
servir à não
cada
que urn bloco ia andar na :rua assim? Aí a
Como é samba
de
cont.inuidade,
supõem
quais
samba maxixeado é
"c:riado" t.er-
ent.re
as
distinção f€:it.a tomando por
por ele
aparent.e
signif'icat.ivas
Carnaval,
do
part.icipar
a
cor-eografia.
e
de
um
desf"ilar, de um exibir--se, difer-ente do que ont..3io oxil!õlt.ia.
No deixa das
de
desejo
conside:rar
Gr-andes
de
empr-est.ar
os
Sociedades~
o:riginalidade
bast.ant.e
já
o
modelo
à
p:rest.igiados ent.ão
sua
aç:ão,
desfiles
dominante.
Ismael
dos
Talvez
Silva
Ranchos
e
porque
a
novidade de sua emp:reit.a est.eja engendrada pela insurgência de uma nova modalidade:
os
Blocos:
carnavalescos,
ou
como
"agr-upament.os de bai:rr-o". Bast.a ver que o esfo:rço é
74
se o
dizia
na
de adequa:r- o
época, rit.mo
musical samba
no
sant.ido
formalizá-lo
na
repet.ir
Ranchos
t.ant.o
os
o
r-azão
realce
de Ismael à
adoção
combiná-lo com
algo
de
as
e
conferido
a
ser
Gr-andes
ao
novo
de
a
fo:rma
exibido,
"esrt.ilo",
desf'Ueo,
sem
Sociedades.
Daí
t.alvez
a
crit.ic:a..
como
rancho''Cldem:105).
ou
isso
com
de Samba das
por part.e das Escolas
''coisas
e.st.as
serem
de
seja,
merament.e jU&~~t.iEiog-og
m.ais
alegorias.
Porém
sua
d&
t.ardG>, Alegava
já
empreit.a
embebia-se do modelo espet.acular no impulso que o organizou. José chamada
"música
movimento no
Mig-uel
das
com
música
modal".
escala
da
undverso
coincide
Wisnik
Define
das
feit.ura assim
principio
de
bat.ucada
afr-o-brasileira
configuração acorre
a
complet..ar·
com
o
ser de
assimilado uma
g-ênel"O
um
que
samba
sit.ua
cir-cular,
rit.mo
na
e/ou
a
cant.ando
e/ou
uma
A ao da
out.ra
Paulat.inament.e
a
possibilidade
dançando)
ir~eve~sibilidade
porque
t.empo.
ret.orna
supõe
sucumbi
produção
est.ilização
hist.ória.
e
sincopado
ao
do
que
:ri t.ualizado,
assentada
quant.o
da
r-epras:ent.ação
car-navalescos
des:files
da
sociologicamente
colet.iva
para
do
o
público t.orne
ent.re produção/emissão e O
a
apropriação da
int.erior
os
de
vázios
comanda
a
mani:fest.ação simbólica em um bem cult.lll"'al(Sodré/1979) a
por-
fórmula
a
no
aleatório
Difer-ent.ement.e
acaso~
t.rans:formaçã.o da
sent.ido
principalment.e
comunal
corpo(bat.endo
pelo
susci t.ados
pelo
africana
mit.oC1989:71-3).
socio-cult.ural,
formalização
percussão
onde
t.empo
o
origem
e
t.amhém
um
a
est.a
not.as
comunidades
a
revela
inclui
surge
a
amplo.
Ist.o
facilmente
demanda-lhe
reconhecível
o
e
desenvolvimento
equalize
recepção, em t.ermos da t.l'oca de
como
result.ado
dessa
fórmula,
no
a
relação
equivalentes.
cont.ext.o
carioca
do principio do século.
o simbólica) produção
no
é
espaço
individuação
emerge
macrocosmo
socioló~ico,
samba~
plat.éia,
como
como
à
porque
"sambist.as",
ur-bana-indust.rial desig~
e
operar
Alguns:
det.ent.ores
ast.ronômica,
produt.iva<mat.erial
det.erminant.e
deverá
formada.
abst.rat.a
dinâmica
privada
"imperat.i v o
t.ot.alidade
individualizados 0
~eira
de
ent.idade
sociedade
genérico
apropl"iada
ident.ifique
como
part.icu.laridades
das
art.icula.do~a
:fixa-se
ai
t.empo
grupos.
com
A no
d ..
g~upos
da
pelos
códigos
que
começam
compet.ência
de
a ser
produzir
em det.z.iment.o da elaboração colet.iva; out.ros deverão est.ar como que
r-esponde
aos
sinais
emit.idos.
Porém
a
mesma
t.ot.alidade
da
esfera do ent.ret.eniment.o os coliga efemerament.e. O argumento acima evidencia-se nos ajust.es por cert.o mais gerais
na
composição
dos
símbolos
e
manifestações
75
afro-brasileiros
no
cont.ext.o
da cidade. No ensaio Samba. O Dono do CorpoC1979), Muniz Sodz-é :roelat.a as t.ransíormacões décadas
XX,
do
neg-ros
ocorridas, no
modo
mest.iços
e
exercidas
pela
burguesa,
a
acomodação
das
ver,
f"im
do
e
elaboracão
as
janeiro.
de
a
e
cent.elha
de
de
de
t.át.icas
da
de de
pressões
morais
da
cult.ura
longo
um
primeiras
exigências
As
reprodução
negras às rest.rições
populações
as
cult.uralment.e
as
de
inst.it.uições
acenderam
e
exp:roessa:r-se
Rio
no
XIX
século
vert.ical-compet.it.va
e
policia
seu
o
ambientados
conjunto
complexo
de
sociedade
à
int.egração
ent.re
processo
cidade, de
sobr-evivência,
de
acordo
com
inío:rmando
o
amest.içament.o dos cost.umes(:18). Ent.re e.s:t.as sob:re.s:saiu a sensualidade bat.uques, papel
o
se
vez
à
est.ét.ico.
mais
medida
e
reversibilidade circulação
sua
desse
longo
a
dat.ada
pelo
1917,
como
nas
à de
convívio
peça
de o
o
o
samba
da
à
sua
em
reprodução Pelo
maxixeado
ou
samba"(ou
adequado
à
e
de
e
colet.ivo
desprovidas
íormat.o
diversão
lúdico
carát.er
individualizadas,
à
público,
rnit.ica
uso
"rodas
dos
Observa
matriz
argumenta,
com
dimunindo a
"suavização"
da
chamadas
acordo
com
corpo,
carnavalesco.
afro-brasileira
con.sagz·ados
de
do
em espaços
p:rocesso,
de
uso
íolguedo
composições
âmbient.es
primeira
exibição
feit.os
porém
do
acompanhament.o
consolidação
improvisos
ant..erior,
nos
da
em
música
da
cede
"pagodes")
maneios
consolidado
da
Na est.eira
bat..uques
e
t.:rat.asse
descolamento
religiosa
disco(a
gest.os
quando
cada
Sodré
dos
dos
moderação
Telefone,
gravado por Donga). Apesar no
é
aspect..o
de
possível
ma.rcant.e
da
t.ra2
em
polít.ica
presença Ainda
seu
bojo ou
de
das
reo:r-ient.acão
maniíest.ações
formas
das
limdt.es
ent.ão~
ênfase
deposit.ada
ações
Escolas
bast.ant.e
de
o
nítidos:
são ent.:roonizados:
a
a
da
Carnaval
írent.e
part.icipacão
observados
nat.u:r-ais:
do
folia(post.ura
própria
serem
como
ambigüo
diferenciação
part.icipar Samba)~
no
Sodz·é
agent.es,
carát.er
afro-brasileiras
de
por
post.ul""a desses
consista em um esíorço de
dirigent.es
às
para
f"unc;:õ&s:
de
confol"mação desses agent.es no íor-mat.o modelar
do
ent.idades carnavalescas que assumem.
carnaval-Espet.áculo dos
personalidades
em
das
a
vist.o na mudança
nest.a
que
Ent.endo que a
complexo
problemát.ica
pr-est.igiadas
nos
diíerenciacão agentes e
ação
e
demais
r-ecorrent.e
considerar
visualizar-
Rio de Janeiro.
as
de
apont.a para um remanejament.o
r-elacionament.os no
apresent.ar-se
Rio
de
para
sociais
Janeir-o, plat.éias,
76
com
daquele
mais
incidência
inst.ant.e.
assumindo
a
A
amplo~
na
formação
gradual
f'"orma
calcado
de
no das
disposição procissões
introduzindo
profanas~
evidenciado:ra. Sobressai percussão vez
airicana
e
dramat.úr-gicos-operíst.icos?
urna armação formal na qual o
seus
desenhos
coreográficos
esquem;;.
ao
submetidos
mais
t.racos
de
é
rit.mo sincopado da
corporais
poliment.o
estJià
cada
configura
e
a
esoetacularização de t.ais manifestações Embora
nesse na
apenas
momento
abre
flanco
ao
de
seg-ment.os
medida que as íest.as
e
a
folia
no da
e
conjunt.o
musical
Carnaval.
cidade,
ent.r-osament.o
Icnográfica
reprodução oriundos
not.urna
um
aqui,
produção
da
práticas
vida
na
um
sit.uação
das
disposição
mundanos
a
tan~encie
O
popular,
int.ér-pr-et.es
um mais
pobres_.
que
carnavalesca,
not.adamente
na
espaços
clientela
variada,
ligados
às
angariam
de largo_. da Igreja da Penha e Praça
também
de
composi t.ores
de
sociais
por
engendram
incidindo
desenvolviment.o
frequentado
ent.re
fat.ores
de
casas
e
músicos
notoriedade
do Oteiro da ganham
XI,
de
à
Glória,
popularidade,
abrigando gent.e de diferentes posições sociais. A
int.roducão
mercado
do
ext.rat.o
cultural
música
disco
popular
a
gravação
part.ir
dos
result.ant..e urbana,
música
carnavalesca
com a
poliíonia
individualização
como
o
o
da
do
os
como
''artist.as
agilizam
mesclas
e a
do
esboço
de
um
coníormacâo
de
um
âmbit.o
da
samba
no
ocorridas do
no
gênero
element.os
no
rastro
se
sazonal..
cult.ura
sambista
Brasil
dos
sociedade
da
no
aparecimento
qual,
gênero
esf"era
como
reconhecidos
vinte
diversas
vicejando
crescente
uma
de
anos
das
afro-brasileiros(Pereira/1967).
ensaio
elét.rica
popularização
de
cont.ext.o
da
vai
urbana
carioca.
no
emerge;
populares",
consolidação
da
popularizando
moderna
grupo
simbólicos
No
no
acordo
interiol'
Brasil são
em
é
eles
mesmo
da
desse
que
a
doravant.e
andamento
da
ampliação do anonimat.o urbano. No os
mesmo
"sambis:t.as"
seus:
foliões
at.uação
dos
dif"erenciador.
da
já
compasso,
limit.ado
como
Blocos
e
assistência
sambistas Se,
os
pelo
com
intr-oduzem
limit.ando poder
o
vimos,
eles
espaço
público
reconheciment.o agem
a
a
cor-da,
difer-enciando
divert.imento
de
determinados
popular mediando
é
porém
níveis
dos
locais. o
A
dado
espaços
compo.ro.Ç6.o, Bast.i..de em e ou À t.U.ulo do Roge r estudo sobro~~as religi.õee Dra..si.l<!l!>?2.) obs-erva. que no deo;.a.grega.çao a.fri.ca.r.a.& da. memóri.o. e do a.fri.eano no eóeio-cultura.l tri.ba.l Ri..o. detor.a.ndo concerto desde o fi.m do x:n,, como redundou em fatos "macumba. e.Pculo turistas", Nesta ra.mHi.ea.Cõ.o, di.z, o preocupo.Çõ.o é devota.da. em sa.t.i.efa.zer o. expect.a.t.i. v o. do. cli.entelo. ó.vi.da. de Portanto o erotismo. ritual tra.nsf ermo-se numa. espéci..e mlat.\.co, com predomi.ni.c eopet.açulari.do.àe doo efei.t.ce, do i.tusi.cni.smo.
77
sacio-culturais diversos e sociedade
que
assimet.l'ia dispõe do
impessoaliza,
se
das
próximas
nos
favelas
e
hier.arquícament.e
do
em Como
vit.al
invisível<orun>,
prest.igio
quando
concentrado,
uma os
integrantes
mit.ologia
iorubana,
int.ermediando ''bambas:''
os
mais
int.roduz
demais
na
Ufi'kiill
int.ermediários
axé
o
jus:t.ament.e por sit.uarem-se
de
aos
Exú
o
d""'
sociabilidades íat.or
ambigüa
relação
dif"er-enciam-se que,
t.al
posição
A
samba".
e
visível<aiê)
suas
subúrbios
princípio
do
das
âmbit.o
desnivelados
"mundo
mensageiro
dimensões
dos
int.~r-ior-
det.el' not.or-iedado no
no
relacionament.os.
recém-criado
o rixá
passam a
do
na encruzilhada,
transforma-se
em
as
samba•
<2
acumulando um
Já
poder-.
que
são
classiíicados como det.ent.ores de um mana, uma energia resultante do f"at.o
seus
de
serem
corpos
"art.istas", urbana -
que
que
prest.igio
vão
sujei t.os
ocupando
chamo
público aos
centros
os
de
e
no
das
int.erioz·
espet.acular
não
t.ão
do
o
segmento
núcleo
sornent.e
art.e
da
lugar
no
É
popular poder
dest.e
comunitár-io
inst.it.uicão
da
critérios
prest.acões.
e
cultura
da
assent.ado no
a
passam
esta:r-
urbana
popular
de
da
e
dinâmica do seu mer-cado especifico. A
e
o
os
Cor-dões,
"pr-imit.ivos"
pr-óposit.o
de
de
chave
pelos
aos
e
confronto
de
os
para
ent.endiment.o como
de
reuniam
ou
civilizadora
da
sem
o
pré-estabelecidos. violent.as
em
envolvia
esses
com
ponto.
"bárbaros"
Carnaval
no
espaço
Isso
desse
resquícios
pacificação
terminava
capoeiras.
host.il
muit.o
se
tempo
sempre
ent.re
jornais
que
limit.es quase
par-a o
par-âmet.ros
pessoas
impulsos
ant.emão
de
relação
exibição
dos
moment.o já
em
congregavam
sociedade,
expansão
ident.if"icados
Deixa Falar
os organizadores do famoso
pessoal dos Cordões det.ém a
Pois e
polêmica ocorr-ida ent.re
b:r·igas,
ação
a
grupos,
A
no
policial,
vistos
como
desordeiros malandros(Velloso/1987:32-3 e Bret.as/1989:57 a 67). parcelas
Quando
coesão
e
econômicas
acirra-se,
pelo
critério
sa.mba. o &lmbolo(Soc.iré/:t97P>
o
pi.ti.ntra.
do
•
""rei. d~
de
do
ou
não
ea.li.mb6"".
sensuo.l.~do.de.
•
mesmo
a.ssi.m
Marca.
c;ú'ri.eana. c.ieeea.
ressi.gni.fi.cQÇ ã.o
mundcl.no. do. urbal"'i.c.ia.cie, onde o sa.mba. a tanta.. e di.veraa.. a.propri.o.çõee eecul.a.ree,
78
um
tempo
Blocos,
operários, prestigiado auo.
i.c.ientLheCldoe
do
que
o.mb~gü.a.
instrumentos dos
daquele
que
t.a.mbêm
especUi.eo. b•m
Zé
desfruta
•
r•asi.gni.fi.ea.cia. esfera.
ma.la.nc.iro
do
toCGdor
aquele
como
e
lugar-
umba.nda. boêmi.o,
bases
dos
oorpo··
oão
si.mb6Li.ea.
~o
a
do
Persona.gem
pa.reeLa.a compo.rt.i.m•nt.a.Çã.o
pat.ente
per-t.enciment.o
fi.gura.
•
direção
baixa
:Exu
melhores
na
de
&a.mbi.sta.s
dcl.
ent.richeram
mili t.ar-es
ori.xci
no 00
co.poeri.sto.
percussão,
•
Lom
a.tra.vé&
ori.xó.
me&mo
se
social>
part.icipação ,, de
a
capi t.aneando
estivadores(possuindo
dos
eulturo.l.,
da.
a vi.da.
di.epoat.o
junt.o
ao
A
pobres. com
Já
a
público,
clivagem
diierenca
indúst.r-ia
que
a
ent.re
do
ent.rosament.o
out.r-o
os a
com
sociedade
a
a
na
lóg-ica
ref"ormulacão
de
t.oda
Carvalho/1980).
Com
que
seja
populax-
••.
o
gira em da
muit.os:
t.orno
de
bairro
do
car-naval
já
com
dos
vínculos:
dividQ
proFissionalização
exibição valor-
per-ant.e
os
e
social,
um
a
um
inscrevem
na
int.erf"erindo
cult.uralCPereira/1967 uma
a
ou
out.ra
hegemonia
da
Escola
da
a
especial
pert.enciment.o
sort.e
A
urbana:
prática
sua
do
m.;;..landr-o.&r''
mobilidade
a
que
agent.es
pr-omêss:a
na
um
de
ef"eit.o,
host.ilidade
t.er
det.er
ambigüament.e
det.ona uma
''vagabundos
passam
passa
público-platéia
aqueles
sambist.as<ar-t.ist.as),
disco,
pr-imeir-os
os
ent.re
pela
e
Samba
seu
e
orient.acão
definição
do
Desfile
anual
Sá<Ismaêl
Silva,
decide-se no moment.o dessa pugna. Quando Bide,
Rubens
Baz.cello,
organizado de e
acende-se
últimos
"deixa
part.icipacão denominado
Escola
de
ant-agonismo de
ação
repressiva
camadas
populares;
que
convívio)
marcada
ou
pela
tanto
que ainda a São palavra Carnaval.
ato
à
ser·
pelo
sociedade
da
conf:ront.o
memória do
a
ú!t.ima gota
porque
teriam
se
rendido
a
eles,
a
Ismael
forca
policial
part.icipação mesma
acordo
com
com
inst.ant.e.
processo
os
O
quanto
de
teria Samba,
transcende das
diferencia
cânones
do
classificados termo
Os aos
carnavalesca
que
limites
os
Silva
primeira Escola
à
naquele
urbana,
cai
estilo
Cordões.
forma
polida(de
Samba,
o
dos
referência
no
consagram
grupos
oficialmente
A
de
os
resposta
apont.a
poder-ia
conser-va a
Em
nomeou
ela
Est.a
Sanilia
polícia.
exercida
part.icipação.
e
estes
"acovardament.o",
pela
frase
ent.re
f"al.a.z."{Soaz.es/1985:98).
civilizados
u
outros)
impo:s:t.os a
Grande
Est.ácio
ent.re
o
pronunciado
do
Ot.elo,
acusava-os
freios:
a
sambist.as
os
bom como
Escola
condensa o
a
de
princípio
incit.a ao movimento. muit.as
escola. Al~uns
no
as
versões
cont.ext.o
est. ud.iosos
da
'
da
e
inter-pretações
par-t.icipacão música
.
doas
popular,
para
co1iU11Stdas
como
presgnç...
dQ
subalt.GJrn.GlS
no
.a
atribuem
na. mesma época, Mári-o de ou meno111 Anc:h-adeu.rnz> eoloca.ndo eel<i a.o t.eor real.mente na.ei.ona.l do &a.mba. urba.no qua.nto enlroni.:~:a.do fonogró.fl.ee~.. Anc:h-a.de di.•t.i.ngüi-o doe ba.tuquee exa.la.ment.e l.ndú111lrl.a. pe~a. to.::adoa no111 meorro111 • levados à.a ruC&S peloe Cordõea, embora. reconh.eendo o co.r-<iter popular da.quele em ra.zQ.o da. ori.gem no ••i.o do "'povo•·. Ma.~• ta.rde varcy Ri.beiroU.P7.5l ta.mbêm vialumbra.rá. nele espéei.e de "'di.lui.9ao" do o a.ulor, formado na colõni.a. Con~i.tul.ri.a., popular eutlurol plC&Smado desenvot vi.da segmento~; •·cultura da exemplar um uma di.seuasã.o sobre es&e i.ncorpora.clo eubalternos urbani.zado111, Para. popular urbano. no Braai.l, .::ondi.ci.onada. pela. à. prob~•mó.li.ca. da. múei.ea. da moderni.zac;ã.o urba.na.-i.nduelria.l vor muda.nÇa. aoci.a.l MO.LII
dúvi.da.&
c.arva.lho!.t!PSO>.
79
a
à
adoção
iniciativa
na
cont.ido
de
apropriar
ordem:"Escola,
s:ent.ido!".
t.omado à
Escola
Sá,
inspiracão(Soares/1985:98).
como
máximo
racionalidade
do
inst.rument.al
o
pr-óprio
Já
medida
que
povo,
o
milit.a:rIsmael
H.amilt.on est.ão
de
disciplina,
Silva
a
e
sinônimo
e
moralidade
pela
Moss(1988)
just.apost.os
samba,
elit.es
das
vida
de
populares
modos
na
emoção
da
impe:r-at.ivo
diz
Normal, sit.uada na Tijuca, nas imediações do Est.ácio de
urna carnavalesca ironia, o
o
encont.ra
paradoxalment.e
insLit.uicão-mor
da
ma:r-ginali:z.ação
da
burguesa,
aí
dos
represent.ada
na
educação íormal inst.it.uída com a escola. Talvez t.ermo.
t.odos
Import.a,
penso,
forma conceit.ua 0
rit.mo,
o
condizent.e
ao
e
o
Falar,
dado
pela
para
cont.ar de
maneira
Desf"ile
de
Escola
do
apro>drnando-o
plást.ica
modos
e
do
de
lógica de
de
a
no
Carnaval
disciplina
do
a
musicalrnent.e.
de
do
elo
ent.re
do
de
isso
sent.ido
a
Deixa
em
1928,
impulsionado
ao
o
hist.ória:
sua
e
de
desenvolvido
surge
t.em
nat.ureza
legít.irna
racionalizant.e
Por
que
long-o
cert.a
ser-
o•Henrique,
ao
de
dent.ro
t.ema
ao
e
ent.idade
diferenciá-lo
expressão
pert.inent.es
apont.a
e
ferment.o
Samba
que
como
Infant.e o
sejam
inst.it.ucionalizacão
apresent.ação
rúst.ica,
a
samba,
dos
a
sint..et.izados
hist.ória
mesmo
formalização
origens
realidade
part.icipação
visual, a
e
samba, de
passeat.a,
gênero
dança,
a
seja:
no
a
exibindo,
dele
Qual
modelo
pedagóg-ico-t.eat.ral, durant.e
ret.er
a
diversão com
signi:ficados
nomear.
cant.o
e
cult.ura
esses
mesmo
audiovisual,
a
t.empo com
o
crit.é:r-io de comunicar- a uma pl.at.êia que julg-a e/ou aplaude: desfi.l.e de estré1.a. bem Fa.la.r no doe D&LXCI. trepa.de~ra.a floridas doasel de no.tura.l.menle nos tons eob um protegidos os sambistas vermel.ho • bra.nc:o pelas c:orda.s espontô.neos col.a.borg.dorea, "'e ti.nha. c:onli.da.s vo.l.enl.emente o seu c:omi.ssão de frente que moslra.va aberto por c:a.mi.nho c:a.vo.los mi.l.i.la.r. toe: avo. pol.i.cio. d.a.rins cedidos pela numa. i.mi.la.ÇÕ.O da c:a.rroe do desfi.l.e dos fa.nfa.rro. A
•
·=
•oci.ed.o.d.ee<l:dem:'lO 'l> •
Cont.am que cor-t.ejo,
porque
Ismael Silva não se
t.udo
saira
cont.inha de
plane jar-a:••t.odo
como
felicidade mundo
ao
brincou
apanhar da policia"'. O result.ado da empreit.a for-a bem mais amplo. secuint.e,
em
1929,
já
alguns
Blocos,
vindos
do
subúrbio
fim
nos
do sem
No ano
t.rens
da
Cent.ral do Brasil<cujo prédio sit.ua-se próximo da Praça XD, assumiram a designação Escola de Samba, t.endo em vist.a que mais que uma denominação, compreendia
um
estabelece-se
a
canal
de
inserção
dist.inç:ão
respeit.ável.
hierárquica
80
ent.re
Desse Escolas
moment.o e
em
Blocos,
diant.e com
0
domínio
primeira
da
represent.ando
dos Blocos que se or-ganizassem o
e
art.íst.ica
bu:r-ocrát.ica
Escola de Samba.
a
É
o
razão
desaguadour-o
evolução
da
da
modo
par-t.icipac;:ão
inst.it.ucional,
como
o
''nat.ur-al''
or~anizacão
suficient.e. O imperat.ivo da
perpassa
sua
o
car-navalesca
p&rc&be
Maria
da
Júlia
C3oldwasser-, analisando o caso da Est.acão Primeira de Mangueira: A
•
Ee:cola.
carnavaL
lugar
um
pa.ro.
e
carnavo.L:
organização.
carnava.l. o transf ormar-ae
onde
rua.s
do
substrato
sua
perde
o
ela
Escola
A
seu carã.ler empreendimento
num
em
surg\.u Samba
de
de
decorrênc~a
do
ê
um
Nanguei..ra
anti.festa
do
caóttca
•
rol~nizado
adminLstrado
bur ocrat >.ca.menle<.t9'i'!!l'::l~) •
Parece-me Apenas
Samba.
precisa
acrescent.aria
haja
part.icipacão-
ent.r-elaçament.o apaziguada
e
graça Falar
não
carát.er-
das
Est.e início
"t.aça", Verde
do
Cu:r-ios:ament.e,
pois
de
da
divert.iment.o.
dest.e
result.ado,
desfile ent.:r-e
Deixa
da
Vizinha
a
Falar,
Faladeira
ao
a
A
na
Praça
a
XL
t.orneio,
O
Primeira
Vai
Como
Falar,
como
Rancho,
se
clissolvendo
pouco
t.empo
depois.
t.ambém o
é
viva, de
Sociedades,
t.empo,
sac:::r-i.f"icada
reílexos,
a
dissolvem
íazendo-se
ser
inver-sa,
de
sempre Um
nelas
o
modelo
concret.izacão
a
de
absolut.a
di.sput.a
da
a
Port.ela).
at.o
simbólico
do
Pequeno É
t.ambém
das
Escolas
e
Ranchos do
1929,
pret.ende:r-a,
t.:r-ajet.ó:r-ia dos
o
belas
Mang-ueira,
:r-us:t.icidade
da
Deixa
da rua.
ano
rit.o de iniciação do Carnaval Popular-.
heur-í.s:t.ica" por
da
oferecer
ou a
o
folia,
considerando
no
o
exibindo
PodeCat.ual
Deixa
ntesnto
da
estréia
em
a
unt
dent.r-o
mesmo
E
supõe
pois
a de
carioca.
desíilam
empenho
E.st.açã.o
e
porque
aguardava às mar-gens
que
Samba.
de
uns
Ali
propósito?
possibilit.ou
Escolas
:runcões
fascinados.
quant.o
acúst.icas) ao público
além
como
de
modelo
ao
organização,
configur-adas
dúvida
ocorra
devido
seguida,
rnet.áf'ora Samba:
supremo
Escola
da
Carnaval-Espetáculo
contemplaZ"em
de
sur-girnent.o
em
Carnaval mas a
advento
sent.ido
logo
a
Q,
o
do
paradigma,
outros
do
concurso
Amarelo,
um
o
de
primeiro
reuniu
tornara-se
e
t.alvez,
íorma
margem
embr-ionário
imagensCvisuais
o
para
deixa
com
pr-át.icas
enquanto
beleza
que,
padrão
o
const.at.ação
tornado
se
legitimado
Desfile
gênero
essa
Grandes
modelo
do
Caronaval-Espet..áculo carioca.
A CONQUISTA DA AVENIDA Est.a de
um
perspect.i v a
conjunt.o
de
obras
aqui que
defendida corre íixam
81
nos
na
anos
cont.ramão
t.:r-int.a,
da
t.endência
sobret.udo
com
a
oficialização
de
Escola
do
Carnaval e
Samba
int.ervencão
da
pelo
Est.ado,
Desfile
seu
autoridade
forcas no sentido de organizar a
de
sociedade
wna
comentadores, exist.e a naquela
alt.ura
do
det.er-minando a
públicas
de t.ernas exaltando a
Depart.ament.o t.ais
quanto
autoritário
inicial
da
hist.ó:r-ico-social.
A
pelo
at.o
agora de acordo mais
imposição
a
de
duran-Le
por
nacionalist.a
e
de
Entre
Propaganda<DIP>
censura prévia e
A
mobilizar
com parâmet.ros
os
Entre
par-t.e
do
Estado,
Vargas,
de
regras
as
ser apresentado a
quais,
exigência
nação em seus vários aspect.os. A acão impositiva do
Imprensa
propósitos.
Carnaval.
o
de
int.egrat.iva.
adoção pelas Escolas de Samba do perfil a
exibiçÕes
nas
cert.eza
poder
fes:t.a,
per-iodo
fat.o
:r-essalt.ada
port.ant.o
nacional,
o
1935,
enquant.o
é
centr-al
em
t.eria
orient..ação
a
sido
primordial
nacionalista
para
dominariam
os desfiles naquele momento.
eíeit.o,
Com
íórmula ana.lit.ica,
est.ilo
de
de
desfilavam
e
por
Jório
dist.orção
no
subalt.e:rnas,
funcionalizando, aos
crit.érios
da
a
forma
Sociedades.
Ou
de
da
da
r-eg-ras~
Escola
de
expressão
uma
fere-lhe
Escolas
criavam,
comunidadê
responsável
de
ao
regulament.os dos
e
Samba,
classes
longo
dos
Pois
das
seio
pela
enquant.o
impost.as do
impostos,
(neg:ros)s&ambis::t..a&T.
de
popular-
Rodrigues,
Maria
morais,
a
maculado
os
"infilt.ração"
das
presença
afro-brasileira(1984:38).
dos
indust.:rial
in-t.roduzem
a
t.eria
a
do
alegóricos
que
Ana
indiferent.es
"pur-a"
caudatárias
Samba
entre
est.ét.icas e
jurados
dramat.úrgica,
seja,
entendem
desmant.elando
hist.ória
função
sociedade
Araújo
est.a
caracteriza.
car-ros
definida
de
seg-undo
lhe
fazem
t.eat.ral-didática
memória
em
como
Hiran
limiar-
natural
presença
pela
hoje
se
'' est.ranhas'' (1969:290).
o
obrigat.oriedade em cumprir t.ant..o
Samba,
preocupação
Escolas
as
Gr-andes
cort&jo,
lúdica
manifest.aç:ão
que
cult.ura
A
o
ai
percebe curso
t.eat.ral
mecânica,
assist.iam
vez;
sua
forma
e
à
"alheios"
int.erfe:rências
isolada
de
conrissão-de-frent.e,
diria,
solidariedade,
e
Ranchos
espontaneidade.
autêntica
Escolas
alegóricos,
Amaury
element.os
a
das
maneira simples, sem a
abre-alas,
et.cCRiot.uro/1991). desses
de
elementos
operist.ico
alegorias
Desíile
inoculado
é
Dos Blocos formados desprovidos
no
a alt.o,
classes estancou,
Adequetndo-a
capit.alist.a,
que
hora
ia se consolidando no país.
A
exposição
desenvolvida
dest.e capít.ulo apont.a para um do
samba
como
cidade, sob a
gênero
forma
ao
out.ro
arg-ument.o.
:rit.mico-musical
e
sua
A
it.ens
anteriores
própria especialização
inserção
de desfiles de rua, revelam o
92
dois
quant.o
no a
Carnaval
da
ident.idade do
:s:ambist.a como art.ist.a popular processo de
social
observar a
intervenção Desfile de a
no
país.
Já a
Estado.
suport.e
inconsist..ência
Desfile é
1939.
Já
de
exclusivamente
tivemos
hist.órica.
Em
um
ideologia
da
t.rabalho
a
do
oportunidade
transformação
da
Est.ado
Novo
sofre
recentemente
sobre
do
publicado
do
historiadora Monique Augras demonst.ra que,
oficializado em 1935, a
nacionais
respeit.o
a
mat.eria.lização
exigência
a
lado,
outro
hipót.ese
regulamentação do evento, a
se o
Por
própria :redefinição
ant.erioridade da adoção do modelo espet.acular- em :rel.Q..;:Ão &..
do
em
urbano
conca.t.enada à
est.á
criação do
no
re{;ulamento
s:ó
é
da
impost.o
governo Dut.ra, no int.uit.o de cont.er a
em
DIP ocorrera apenas em
de
apresentação 1947.
Ou
seja,
t.emas
durant.e
o
expansão cornunist.a nas Escolas de
Samba, pela at..mosf"era gerada com a Guerra Fria(1993:90-B). Para Augras.,
nos
ras.t.ros
institucionalização do
concurso de
principal
de
Est.ado.
do
empenho
Dest..e
racionalização
eles
camadas
foment.ado A
Pereira de
Samba consist.e
classes
populares
buroc:rática
possibilitando-o
abso:rção
a
hoje
materializadas legalidade
da
transformação
das
Queiroz~
diz-nos
perigosas"~
das
est.rat.égias
das
Isaura
est.rut.uração
a
event.o,
subalternas.
Maria
Escolas de
coopt.ação
t.oda
do
:resultou
mercado, t.eriam
modo,
de
''massas
fora
no
por
a
element.o part.e
do
responsável
pela
int.roduzir-se
no
nos
da
Queiroz,
prêmios,
ordem
global
ur-banas''
obst:ruída
pois pelas
em
''classes
pozo
esta
ope:racZ..o<1092:109-10). Mesmo Carnaval
como
pacificação
da
corroborando part.e
de
sociedade,
relacionamento
hlpost.asia:r
o
axist.&nci.a dos
do
cor~cur-sos
social~
aspect.o
consistir
heuríst.ico
det.ive-me
nas
a
espetacularização cujo
empenho
consolidação
à
Do
pont.o
de
vist.a
é
do a
prát.icas
das
parece-me p:roblemát.ica a
tendência em
cronológico,
a
ent.r-e Escolas dê Samba .ant.acede em seis .anos .a teve nos
a
dest.e
s:it.uação
do de
'
circulação
tor-neios ent:t'e
reconf"iguração breve
formal
de
cort.ejo
anual
gênero
es:clareciment.o
paradigma
civilizador.
fo:rmação
legitimação
do
do
processo
dos
das
do
cont.ext.o socio-t.empo:ral enfocado, à
contudo 7
a
civilizador>
decisivo
Est.ado.
condições
inst.it.ucionali:zant.es: observar-
t.omar
Ranchos
e
Gr-and&s
rnodQlO inspi:r.ador-.
Penso o
processo
um
ingerência do poder público e Soc:dQdadag o
propost.a de
critério
modernas de
papel
a
medida
que
Desfile
de
desse
83
agent.es
das
Desfile-Espet.áculo
isso~
Por
Escolas
Desfile
do
de
até
e Samba,
vai
Carnaval.
t.eórico
agora
ent.idades
Escolas
nele se
referencial
se
cabe de
agora
Samba
no
desenvolver a Fac o
ant.es
nort.eador
, da
corresponde
da
torno
ao
esforço
de
weberiana,
Bourdieu
reconhecimento se
ju.s:t.ifica
uma
a
dominação
poder
estende-a
em
relação
se:r·,
inser-e
a
a
cultivar
legi't.imo,
outros
a
aceit.acão
conservando-se
seja
Weber-
uma
de
"crença"
modo
tácito,
int.erpret.ando
domínios
da
problema
no
em
legitimidade
consciente(1992:139),
Porque
em
se
Pois
como
modo
polit.ico.
âmbit.o
de
sua existência
reconhecido
ele
adiante.
implementada
análise
social
da
diferent.e
do
além
""dist.incão"
exist.ência que
de comum, vulg-ar, at.uando, porém, como se assim não o
seja
definição
a
sociedade,
da
em
de
do
e
alg-o
do
como
ast..á
classificado
fizesse
em campos
de disput.a aut.onomizados, os "campos"<1983:87-B). Nesses
Samba são
de
Escolas
Carnaval-Espet.áculo quais:,
por
humanas.
.s:U;;t
vi.st.as
em
e
apenas
tornando
consagração
direção,
social
t.aci t.ament.e
algumas
mas
alcança
que
t.ot.alidade
a
e:~o.":er-cem
vez,
t.al
o
capít.ulo
dest.e
argument.o
as práticas visando a
t.ermos,
maior
apr-esentáveis,
consist.e
legitimidade
que
censura
a
nisso
e
moderna
evento das
do
o
cons:t.it.ui.
sobz-e
com
é
o Os
condutas
as
pr-ocesso
o
o
de
espet.acuiarizacão. Dest.a respeit.o
a
per-spect.iva,
int.erpret.acão
r-et.omo que
o
raciocínio nat.ureza
da
f'az
Aug-ras,
de
no
das
pr-agmát.ica
que
diz
ações
no
curso da hist.ória do Desfile das Escolas de Samba. A
hist.oriadora
Escolas
de
Samba
como
"maior espet.áculo da
o
é
desenvolve
a
hlst.ória
"docilidade,
resist.ânci.a,
modalidades
de
e-nt.re
a
solução
expressão
pat.rocinadores
à
de
um
Desfile de processo que lhes é
nesses
na
est.rut.urou em suas
clubist.íca
ou
cont.ext.o preciso, a
da
como
uma
s:dt.uação
do
são
objet.ivo
ou
t.át.icas
t.em
sido
a
de
privílegiarcomo
a
inst.it.uição
elementos
sobr-eviver
na
.at.ivos no
sit.uação
social
problema em t.orno de como a Escola de
linhas
"'ópera-balé Carnaval
diversos
t.uríst.ica
aut.ora,
cujo
diversas
de
indú.st.ria
a
equivale
t.ent.at.iva
Samba se
exig-ências
à.
de
necessidade,
a
e
Desfile
af"ir-ma,
cena
em
desejo
às
seus agent.es
ambient.e. Dest.e modo, o
do
das
de Samba.
debat.e os
o
conclui
hist.ória
sucessivos,
pondo
Est.ado,
pragmat.ismo,
~scolas
Escola de Samba e sócio-hist.órico,
ao
que,
o
er:it.re
at.endiment.o
ligados
"saudável"
t.er-mos
negociação,
conflit.o o
Já
rnanunt.enção e expansão das Pôr
e
eles
cont.ravenção"(1993:93).
expressivas
o
a
que
consag-radoras
Terra'". São episódios
para
sejam
de
est.rat.égias
das
conf'ront.o,
genuína
arg-ument.o
o
mest.ras,
seja
ambulant.e••,
carioca
como
deve
naquele
uma
ser
inst.ant.e.
associação
apanhado Sendo
no mais
necessidade de reconheciment.o na disput.a com as ent.ão vedet.es
84
da
folia
carioca(Rancho:s
de
Desfile
Sociedades),
Car-naval~
marca
se
or~anizar
de
maneira
e
a
da
complexificacão
de
e
popular,
art.iculaç.ão
qual
o
se
samba
expressão
a
ent.re
do
cult.ura
event.o.
a
Porém pela
própria acelerada binômio
desloca
inclusive
à
g&nor-o
no
deslanche,
pena ret.orrta.X>
o
papel
da
t-emporalidade
na
suge.st.ão feit.a acima quant.o
uma música popular ur-bana, dent.ro da
de
mer-cado
cons 411 g:r-ado
t.endo
de
carro-chefe,
ao
no
inst.au:r-ada
criadores,
seus
delinição
fez
vinculados
a
Iat.ores
Nesse sent.ido, vale a a
primeva
sociedade,
urbar.dzação-indust.rialização música
!"ase
incluidas
e
o
de
desenvolvimento
ent.l'et.eniment.o,
dos
modos
esboçado
de
nos
anos
qualit.at.ivo
como
vint.eCWisnik/1983). década
A
de
na
quant.it.at.i vament.e
as
novo,
significa
um
salt.o
de
uma
const.it.uição volt.ada
ou
espet.acularizada, elemento
t.rint.a
emissoras
de
para
rádio
publici t.ários<Ort.r-i wano/1985:15-6),
veiculação
da
necessidade vivo,
de
orquest.ras
Conjuntamente~
exposição
de
poderoso,
inst.it.uições
canalizam
a
p:r-odução
rest.ri t.o, cassinos e
de
a
de
inspi:r-adas
perfil
segmentos
nas
nas
incipient.e
mercado.
A
noturnas,
cult.ura,
compositor 1
Noel
emblernat.iza
o
A
Rosas:,
processo
figura
forças
brasileira de wna
momento
os
ent.ão. Os
rit.mos
ci vilizacão
moderna
e
uma
canal,
popu.Jar.
novos
Um
novo t.imida
donúnio
no
vem
dos
pequeno-burguês da
de
músicas
racionalização o
que
shows
rebolado.
e
duas
ainda
aos
garant.ir
virada
e
que
música
sesmentos
liiiQUS
se
t.orna
popular.
médios
para
Ela o
desenhado uma cult.ur-a popular ur-bana.
pat.ent.if'icava-se alt.er.ar-
ao
consumidor,
t.eat.ro
que
jovem
que
sociais
feit.os
Estas
p:rof"is,.ionalização
esta
t.r-az
do
música
da
not.abiliza
alinhamento de forças no qual é Nesse
do
a
um
mais
incorporada
visando
de
agentes<Tinhorão/1969).
novas
além
possibilita
comercialização
impusera
impulsionadas pela moda das
jazz-band,
da
já
para
intrumentist.as
cultu:r-ais.
público
o nos
pat.amar
auditórios
t.em
mercadorias
um
apoiado
magnéticos
fonográf'ica
a
t.raz,
outro
de
cult.ur-a
consumidoras.
composi t.ores,
popular
éla
com
de
para
suas
sociais
um
programas
gradualment.e
empresas
acont.eça
os
cultural
audiências
gravadores
indústria
outras casas
dançantes de
par-a
de
mercado
um
estabelecendo
cant.ores.
ausência
A
da
esfera
comerciais,
esquemas
música.
t.ant.o
os
pi.J.ar.es
int.ernos do
85
o
fat.o de
de
uma
conjwninacão
sust.ent.ação
buscam acompanhar
mercado
mundial
da os
capi t.alista,
de
sociedade andamentos figurados
no
binômio
pr-odução
indust.rialismo
econômica
a
redefinir
lugar
novos
inst.rwnent.os
simbólico
vi vencia
descrtt.as,
pois
just.a
à
de
o
a de
de
uma
urbanos:
por
o
epicent.ro
desenraizamento
aí
das
a
ser-
passa
diant.eir-a
memória
O
nacional.
origem
relacionamentos
plano
do
e
cujo
nat.ivo
do
com
na
int.ricament.o
sócio-cult.ural
e !ada
ent.re
t.ransformações
pelas
integ:ração
de
t.ecnológicos
sist.emas
da
o
fenômeno
r-adiofonia t.oma a
discussão,
das
conglomerados
susci t.ados
da
especialização
na
cont.:roapart.ida
uma
da
de
t.oda
O
pr-oblemáticas
t.ema
paut..as
nas
proeminência
as
complexo
abst.:ratos.
t.orna-os
conexão
tona
um
dos
a
deslocament.os
os
vem
medida
de
par-ament.ação
gr-andes
dos
comunicação. Apropriada pelo Est.ado, os
de
t.endo
maximizado;
implant.ação
na
ident.tficada
crescente
met.ropolit.anas.
é
culturas
e
o
t.endência modernizant.e
concent.racões
racionalização
incremento
do
ajudam a
A
acompanhada
ainda
gr-andes
populacões
avolumada,
lado
Brasil conhece das
urbanização.
ao
t.ecnológica, at.tvidades,
e
ganha
quest..ão
do
post.eriores,
o
a
processamento e cont.role de informações. Entre debat.e
em
caminho
os
t.orno
fins
quest.ão
da
norteado
anos
dos
pelo
duas
nacional
e
modernista
a
vanguarda
e
no
especializada
lit.erat.ura
do
as
e
primado
popular-<:folclo:re)
colonial
dez
já
t.ema
décadas
do do
ser
brasileiro
elo
ent.re
moderna
debat.eu
a
t.orna
o
tradição
int.e:rnacional.
A
sat.is:fat.oriament.e
a
t.:rans:f"ormação do campo cult.ural b:r.asileiro nesse momento, quando passa a compo:rt.ar-
a
propost.a
passado
colonial,
do
popular-
primit.ividade
como
:font.e
a
de
de
const.rução
Junqueira/1992), Revolução es:fera
de
do
poder
ment.alidade músicos e nm
do
cuja
de
ocorridas just.ament..e
e
element.o
nação.
da
Era
Vargas
' parcelas do
Emt..ão
É
é
exemplar.
t.r-ansfere
dos
e
o
como cult.ura
legit.imada
ideológico
de
Ort.iz/1994
e
advent.o
da
O
selet.ivamente
gr-upos
pais<mtlit.ar-es,
na
aquela
polit.ico
t.orna.
Pois
apreendem
nacional<Topi.lan/1993,
Vill.a-Lobos
se
brasilidade).
projeto
um
popula:r
urbanos
empresários,
para
imbuídos
a da
acadêmicos,
de alguma forma envolvidos com as manifest.ações pelo
oligárquico os
vários
dos
Velloso/1987b).
da
est.at.al
durant.e
B:rasiletra,
de
modernizacão
out.ros) e
poder
para
obr-a
o
modern.ist.as
ident.idade
uma
Trint.a
os
or-iginária
insumos
e
Brasileira<da
Cult.ura
reposição a
mest.icagem
da
ont.ológico
núcleo
de
e
da
anos
supremacia
vint.e<Brit.o/1993>.
int.elect.uais
devot.ados Incluem-se
do
ao
ocupados
t.ema
como
86
do
modelo Ent.re
com
a
ag:ro-export.ador,
esses, t.emát.ica
incluíam-se da
Cult.ura
popular(Schwarzman/1984
especiaUst.as
simbólicos,
e
verdadeil"os
t.ut.o:res
represent.açÕes
das
práticas
culturais,
sociais
e
imprescindíveis
dos
na
modos
t.arefa
de
claGsi:CiaacQo
articuladora
das
inclusa
nas
at.ividades do ordenament.o polit.ico cent.ral. isso,
Para
cult.UI'al
t.odavia,
universo
no
modalidades
de
cult.ura
assumida
íisionomia
mister
complexos
dos
popular
cidade
na
for-macão
a
rnet.r-opolit.anos
ernergent.es
sugestiva
most.r-aram-se
inst.ant.e,
fez-se
à
no
Rio
politica
pela
de
no de
ext.z.at.o
pais:
algumas
Janeiro,
cult.ural
música
um
daquele
nacionalista;
rítmica-percussiva
a
ilumina
delinearnent.os sociais mais ger-ais. Em que medida? No
est.udo
sobr-e
Nicolau
Sevcenko
observa
cidade,
desde
a
década
baseada na a
••emoção".
A
t.ambém,
é
ao
cult.o
encont.:r-ar-ia
de
dez,
algo
de
São
o
vibração
o
do
e
ao
diário
popularidade
assumida
pelos
rit.mos
no
vi.st.a
aut.or,
sinal
pont.o do
de
"aqui
homólogo
agor-a",
e
no
do
capi t.alismo est.rut.ura
na
ao
lado
uma o
com
percussivos
dest.a
dos
cult.urd
esport.es.
A
rnonopolist.a
indust.:r-ial
desses
graças
const.ituem
''.ar-caico
do
da
cidadania
da
caos
movimento
simbiose
hist.oriador
crescimento
apar-eciment.o
sobr-epõe-se
na
Paulo,
result.ante
viceja
energia,
máquina
da
de
alienação
especifica,
hedonist.a
binária
dinâmica
a
:fundada
homogênea,
sincopados
devot.ada
que
Est.a,
t.ecnológico"(l992:67). e
met.ropolização
:r-ituais onde
pujança de
realidade
a
rit.mos
musicais
e
dancant.es, capazes de pr-omovéz• "êxt.asés órficos". possível,
seja
Talvez compreender a
dest.e
br-asilei:r-a("moderna") pela
0
populaz·
assim
de
o
~c:iona.l
e
da
acão;
a
encampá-la
como
símbolo,
em
de
manobras
int.erf"e:r-ência Maria
do
Isaura
ancoradas vácuo,
a
digressão
nacional
baseado
nela
mest.içagem
poder
da
meio
a
sua
sociais
urbanos,
descont.inuidades
quant.o
festa
proporção
malha
no
aspect.os:
de
enquant.o
pela
materializado, complexa
ident.idade
co.nbinaç~o
cult.uroõil
artist.a
popular-
social
popular,
carnavalesca.
o
int.e:resse
carnavalesca
assumida
cont.ext.o
87
uma
.=t.
UI'bana.
pelo da
Por
não
mit.o
cidade, isso
novas ocorre
da
urbana
quando
Explico.
das
ant.re
o espaço
outro pont.o pe:rmi t.e ent.ende:r
Quei:r-oz(1992),
cent.ral
na
dois
manif"est.acão
na
de
segment.os
das
aonf'"iguração
sambist.a,
Est.ado
Pereira
no
mas
do
amplos
e
dinâmica
nos anos trinta. A ênfase em um e social
Sevcenko,
de
.;;;,.ao;oler....ção do t.empo.
lancinoG~ont.o
int.eres:sa nessa
e
inferência
moderno
novos
pela
t.ant.o
oxp,;orimont..Qndo a
mit.o
pôde
mêmória
sensibilizados Nos
da
sensualidade exultada dêiro bat.ucada do samba como igualmente
mat.erializador-a
acolhida
part.ir
a
Segundo forcas em
um
solidariedade
possibili t.ando coube
da
ao
a
element.o
musical, o
o
efervescente
interior
produção
do festejo.
music.al,
papel
de
mobilizai'
Basta. lembrar a
consagrando
soci.::.do&~de,
a
existência,
e
ast.ros
na
estrelas,
caz-.r-eando-a
época,
que
populares
em
prog-ramas
fonográficas.· E
samba
e
shows
acompanha
ou
por
estendia
meio
popularização
a
do
emitidas
radiofônicas
ondas
as
via
o
rádio
de
a
reproduções
Carnaval
Rio
folia
dos art.ist.a.s
das
do
uma
t.oda
de
para os momentos ordinários, seja pela participação ao vivo
par-a
carioca,
Janeiro
o
par-a
paillii(Vianna/1994}.
Revela membros do educação
Piment.a
Velloso(1987b)
g-overno Vargas em
patriótica"
iniciativa grande
Monica
de
seus
fes:t.a
"civilizar o
massas
das
como
locus
de
empenho
samba",
A
populares.
e
produtores
o
int.érpretes
fazendo
Samba!
org-anizadores
os
de
aproveitar
profissionalização
o
e
Carnaval-Espetá.culo
exposição
de
bens
seus
consist.e
simbólicos
mesmo modo,
não se
t.rata de
trânsito
muitos
sambist.as
Faz-se
primeiros
ou
de
necessário
mero
acaso
nos
averiguar
o
no
amplas
a
vitrine
parcelas
circuitos
context.o
do
"peça de
est.ava
na
também
da
para
das
momQnt.o
ou obra
por•
suas
casual t..erem sido os
administradores
ent.ão
dele
contrapartida
imag-ens: públicas. Pode parecer• r·edundant.e mas não é sambistas
demonstrado
de
Escolas
de
pz•ivilGgiado
de
sociedade.
Do
da
volições
poder
pessoais
local
e
o
nacional.
sócio-hist.órico
brasileiro
dos
trinta
o
período
de
como
det.ent.or
do
anos t.rint.a, onde os sambist.a.s t.ransit..avam. panorama
O
íort.alecirnent.o monopólio
à
do
inclusividade sociedade t.aref"a aquele
da
uso
e
cent.r·alidade
da
violência.,
dos
maximização
capit.alist.a
brasileiro
da
lucros
ordenação
dos
gr-upos
dos do
Est.ado
da
dinamização
a
de
um
do
concatenação
da
racional-legal
26).
a
Est.ado
um
dos ,J;rupos:
da
padrão
e.s:t.rutura
r1a
abrans-e
ordem
do
aceleração
com
nacional<Ianni/1963:17
"int.e-g-radora"
anos
processo
societ.ário
Indo
dos
se-us
membr-os.
Pois
indust.r-ial
organizado
est.á.
além,
de
perfil
conglomerado
pela
conect.am-sze
mais:
mor-t.e, a
condições
da
supost.a
de
na
alongado,
ins:t.it.ucional
Sociedade cuja vont.ade de poder quer decidi·r sobre a emoções
volt..ada
compet.it.iva-verticalizada
processo
no
econômica
moderno.
vida e
cidadania
as
e
mercado de t.:rabalho.
a
Paralelament.e, cobrando
relacionamentos, dizer
que,
esboçado, meio
à
o
desenho
incide
sua
na
da
urbanização estabilidade divisão
condut.a
espe-cializacão
das
social
racionalizant.e
como
art.ist.a
88
crescente
o
posturas. do
trabalho
adot.ada
popular.
A
os
intrinca
pelo
que
SÍE;nifica
cult.ural,
ent.ão
sambista,
aut.o-orientação
em est.á
art.icu..lad.oa
sirnet.ricament.e exigidas na
observar do
situação onde deve códi~os
os
sociais
da
e
comedimento
ambient.e.
A
primado e
:foment..a o
Port.ela
é
sempre
para
mant.ivessem
Sant.os/1989),
dos
aí
próprio
os
da
seu
O
mediação
famosos campo
alguém
e
pés
ao
do
cult.ural
que
por
cobert..os"
ganhou
das
em
depar-t.ament.o-s mão-de-obra de t.er
Marinha sido
e
dos
envolvidos
roupas
fraque
e
t.ambém das s:êZ'
a
dos
Est.e
:C.a.t.or
.;:;;.
e
fez
de
a
como
um
Paulo
da
exigência
Cruz
Oswaldo
requint..adaCDa Silva aos
gost.os
social do
das
por
fazia
nos
Ele
negro.
cont.at.os
Colloz·,.
com
nomes
exemplo)
Cassinos
da
do de
dos
mesmo
da
e
do
Urca
e
t.eat.ro
das
de
Rancho de
int.erc.â.mbio
Met.ro
foi e
Grande
alocada do o
t.rajes
a
a
Arsenal fat..o
Sociedade
de os
inspirados
Goldemayer:
possibili t.a
ele
Cl"iando
Ou ainda
frent.e(com
da
musicais
e
quais
r-evist..a.
cenarizações.
do
por
Port.ela ..
admínistr-at..ivas, numa
comissão
cart.ola,
Port.ela,
ant.es
plumas ou apresentar carros com eíeit..os. É
respons.áv&l
decisivo
maneira
novidades
e
usar espelhos e
Musical
pionerismo
extraiu
dança:r•inos
Por-t..el.;:;.
Esc:ol.a.s,
do
feit.ura
que
alas
que
especializadas
a
por-
samba;
integração
Lindolfo
profissionais
com
Escola
bengala).
das demais, a
razões
comissões
t.écnica
est.a
nesse
Caf'é Nice:l-6.
int.roduziz·
element.os alegóricos, nas
as
sugere
comandada,
conviver
grupo, já que para ele est.ava na
e
exibições
o
cor-responder
not..oriedade
ex-minist.ro
meio
de
de
ascensão
de Icaraí ou em lugares como o Ist.o
moral
exercida
"polir"
Conjunt.o
crit.ério
chave da
polit..icaCo
da
pard
cabe
da
definit..ivament.e
cult.ural
em
esforço
component.es
obedecia
samba) a
foi
lhe
embebidos
exigida
impõe-se
plat.éias para as quais se apresentava o sua art.e(o
claramente
impulsos,
cult.ur.a
caso
"pescoços
os
hegemônicos,
da
o
emblemático.
que
por sua sobrevivência e
desenvolviment..o do campo art..ist.ico popular.
vez
uma
competir
economia
est..et..ização
Mais
e
p:r-oviaibilidaclo
pe.l.a
pollU'a
que
consolidac;:ão o
e.vent..o
no
:f"&minina
d.isS"olv&Q&~<Iôl>
.a
int.Qorior-
Q.Coim"'
do:;.
êle uma a.z.e.na onde s:e degladi.av.am .ar•ru.aça.iros ir-:r-..,.spons.á.veis.
Será
a
part.ir
primeira, música e
de
'
uma
idéia
de
Paulo
que
em
1939 ~
pela
vez
enredo são combinados. O t.ema era Teste do Samba; os
con&:tam episódi.o• si.gnif'i.ec;~.ti.vog. Em sua bi.ogro.fi.a. c:i.eéroni.o..., ~ uma. a.utori.da.de eetra.ngei.ra. i.nêdi.ta., do um~ Escola. então de visita., samba, a. do profea&:or da Sorbonne de Po.ri.s, Henri. Wall.a.n, Port•le... Em S939 participou da. •xibi.Çao, "folclórica.", a.lri.z Jo••phi.n• Ba.ker. Doi• anos depoi•, participa do eepetó.culo mo.estro • musi.c:ólogo ta.mbém norte-a.meri.ca.no Aa.ron copla.nde. No mesmo a. no, da.nço. paro. outro norle-a.meri.cano, o empresário da cultura. Wo.lt Disn&y. Existem espec:ula.ÇÕe&: no &:<õtnti.do de atribuir a. e&;sa. oca.si.ã.o o fa.t.o inspirador do persona.g•m Zé CariocalDc;~. si.l.va. & Sa.nloa/:lP&.I>::lao-:U.
""
89
componentes
um
vieram
quadro
e
de
ouro",
às
ali
apaz-ece
do
bicho,
ele
cansoli UCLI'a
o
em
a
1932,
Escolas
quando
ordenação
da
da
iniciativa
de
do
à
t.anto
cen&
que
como
t.ambém
por o
a
alegor-ia
•est.eve
inst.it.uição e
assinavam
a
isso
do
do
no
nos
"livro
valores
"pat.rono"
popular·
já
Nat.al
que
do
doavam
figura
banqueiro
comandante
do
o
jogo
ascende
no
"pat.r-ono
da
set.ent.a
se
anos
de
à
íigura
procissões
nas
cordas
à
exceção
das
na
em
t.ermos
da
decisivo
ao
fundament.ais.
alas
ficou de
afro-brasileira,
colonial,
baiana.
quando
as
Ora,
já
estabelecida
baianas.
Maria
na
inserida
inst.r-ument.o
subalternas da
pPest.ígio
quant.o
re~ulamentacão
classes
o
Paulo
poliment.o
regulamento,
lendária
memória
de
dimensões
presença
t.r-adicão das
de
Mas
princípio
percebe
par-t.icipação na
o
primeir-o
uma
aumsnt.asss
lhe
Port.ela.
ganha
da
que
volunt.a.rismo
da
urbana,
Queiroz
ident.ificado part.e
ou
de
que
regulament.o t.ambém det.e:I"mina a sopro
sambist.a
lendáz.io
no
Desfile
rna'Lerializada
t.omavam
E
elaborações
confecção
de
da
personagem
t.ipo
acumular
"invencão"
legi t.imidade carioca,
do
obrigat.oriedade
Pereira
Isaura
bairro
Silva
apre:s:ent.acões
macro-est.rut.uracão
em
O
t.endo
.
das
das
pr-of'essor-,
próprio Caz-naval da cidade, como
compar-ece
exuberância
do
com força:
da
do
embr-ião
avidez
distincão
aju.st.e
de
Port.ela
impulso.
primei:I"a
entidade e
... __ . 1!5')
t.omou
Nat.alino
a
com
comerciantes
vez
José
A
Paulo,
Isnard/1978).
t.ambém
Escolas,
pela
int.erior da
Foi
qual
no
monetários
e
e
e
set.e vit.órias seg-uidas da Escola no concurso, ent.r-e os anos
quarent.a.
alegria"(é
alunos
nebro(Candeia
comando das t.rint.a
de
Car-naval
no Afinal
é
negras
o
sinc:rét.icas(1992:175-8).
de
est.e
baianas mesmo
p:I"oibição da presença dos inst.rument.os de do
cavaquinho.
O
propósit.o
é
claro
em
si
do de azar, em pro\.bição jogo 1947, i..mergi.u o bl.cho Lei e isto a.celerou o. suo. expa.naão peLos subUrb~os co.r~oca.s, o conlra.venÇã.o com a. a.acensão do.s E•col.o.s d.. Sa.mba.. A fa.n>o. de ocorre entrecruzando go.nhos pelo. Portelo., que admi.ni•trou nes•e i.nsto.nte, grc:Lç....,. c:LO& ti.t.ul.oe contudo, que Q "mã.o-de-ferro". É preciso f,r:i•o.r, eUQ entro.da. para do entidCLd.•. o que o d~ferenci.a. Clg'r&mi.a.Çã.o ocorre nos pri.m6rdio& doo Ai.nda tornou-ae ato bi.chei.ros. aim um modo lo i.no;:piro.dor patronos futuroa pa.ro. Por
oe contrc.vent.ore•, em exemplo, em tP8?.
camerC&SI exi.bi.Çêi.o
de feita.
TV
a.o pela.
Ledo Portela.
r~
ao
do
preat~gi.o
alco.nço.do com Carno.vo.l. o fot.ogrcJi...... jorna.l.W.ti.ocae • II da Ingla.lerra, gro.ÇQ.S a celebri.da.da em vi.ai.ta. a.o Ri.o.
Na.t<:Ll po•ou pGU'a. do Roi.nha. Eti.2abeth
pa.ra.
a.
Ani.% Abrao Da.vi.d é um exemplo, Ta.nla.e o.ssi.mi.Lado& e m•todoa f ora.m o que leria sido "revoLução" exa.lt.a.do na. i.mprensa.,a.o ba.ncOT uma. est.éli.ca Sambo;~. e moderni.za.d.ora. ® Escola de B&ija-Flor de Ni.L6potili> do pr6pno é categ6rico Ca.rnaval, o to em afi.rma.r que gra.nde "aprendeu com carnaval", i.n•t.g,ura.ndo o Na.t.a.l m••mo pa.drã.o di.la.lori.a.L do comanclo nQ. "•ua" Eec:olo.,
•
90
mesmo:
diferenciar
o
percussiva
do
A
um
seu
desfile
samba.
ent.ão
condicionant.es
elementos
no
ent.:r-e
consiste
o
estou
ou
as
funções
concretização
das
a
entre
Samba,
a
as
é
bom
É
da
e
crenças
a
como
os
informam
passivei
dos
o
not..ar do
agent..es
que
sociais
a
dos
cerimoniais
posição
sociedade.
da
a
dizer,
disposição
prát.icas
e
embora
maneira
de
aos
evidencia
expresso,
instant.e.
e
forças
de
e
rit.mação
exclusividade
lógica
relações
e
na
t.axionomias
naquele
carnavalesco
ent..recruzamento
ver
em
t.écnicas
entidades
fr-ouxo,
observar
seja,
ent.idades
das
ainda
querendo
importa
a
Escolas
algo
as
assent.a-se
modo
das
t.ran.sfig-urados
âmbit.o
do
int..erioz·
const..at..ar
na
dest.e
fosse
apresent.ações,
que
já
cor-tejo
maquiavélico;
const.it.uint.es
conluio
rit.ual
Não
sociais
das
objet.ivacão
o
Garantindo
acima.
descr-it.a
uniformizar
demais,
exi.st.ent.e
int.encionalismo
que
dos
economia semiótica do
codificação sit.uação
codificadora~
normatividade
na
permit.e
at.uando
na
modelagem do visualiz.ável, ist.o é, do socialment.e aceito. Dit..o isto,
diretorias).
era
de
frente"), os
sambistas
casal de Em
enredo).
e
rit.mo
que
por
fila
indiana,
ant.i~o
de
e
versador Eis
pelas
de
o
os
harmonia
do
canto
e
na
sob
o
pelo
grupament.o
e
conta
da
de
nas
presenca
just.ament.e as
Oscar-
das
das
Bigode
e
e
versador.
futuras
da
bat.eria,
laterais,
Na
segundo
das
plat.áias:.
da
ao das
de
qual
mar-cha
Mas
Rosár-io,
unidade
alas
à
concepção
Ernani
segunda
o
puxador
"herdeiras
baianas.
época
exibiam-se
significado)
diversão
das
cai-manchão
desfilavam
fant.asiados{germe
"pede
nome
samba{cuja
segundos
sent.ido(direcão
harmonia,
como
em
um
mest.e-sala
de
destacada
então na Portela, elas ali estavam para "mant.er a
Unidade,
público
do
At.rás
de
t.abulet.as
casal
que,
trint..a,
frent.e{chamada
puxador
diret.orias.
seu _pe:r-cuso
<Da Silva e Sant.os/1989:61) -
anos
de papel nas cores da agremiação,
brasileiras",
populax-es
diret.ores
primeiro
dá
fica
tradições:
pelo
e-ncerrada
int.eressant.e
dos
saldando
comissões
das
em
em
e
pêlas
cor•t.ejo).
fes:t.iva-es:pet.acular
cordas,
Escola
anônimos
era
desfiles
abert.os
port.a-bandeira e
iam os
pr-ocissão
o
emana
no
integrant.es
desses, A
eram
da
com fit.as
mest.r-e-sala
t.orno
primeiros
primeiros
improvisada
de bambu decorado os
nome
precedido
porta-bandeira e part.e
o
Logo
''linha
dos
abstrat.o,
passagem"{cont.endo
de
texto
t.anto
um
modo
o
o
lado
dado
das
melhores de
dois
atuantes
do conjunto" O
ver- mapa 01.
quer-em,
manunt.enção
91
t.écnico-funcio~,
do
rit.mo
da
de
or-ganização
da
evolução
coreográfica,
mas
~~-------EP~e~d~e~P~a~s~s~a~g~e~m:___________1 -u~
u;----J·
(\(\ Comissão de frentel
\____/~
Porta-bandeira
12 Yiestre-sala
t?
lQ Puxador
"<+ p
1º Versador m !-'· ~
m
Carmanchão
2Q Porta-bandeira
2Q Mestre-sala
Dire tor de bateria
w
o
t.ambém
a
unidade
he~emônicos
grupos
respeit.ável
no
à
devot..ado
:forma
reguladores próprio
do
signo
cont.undent.e
lugar
0
do
O
os
mesmo
caminhos a
Desf'ile dos
orgão a
algo
é
nat.ureza
das
onde
o
Com
a.
toda.
associado
lhes
volume
de
do
disso,
de
que
sez·
ocorre
samba
um
desloca
at.é
classiíicacão,
o
samba.
mesmo
do
o
afiliadas,
manifesto
naquele
os
o
at.o
das
t.runfo,
apoio
o
que
então
seu
primeiro
musical
para
financeiro
em
grandes
rí t.rnica-musical
cult.ural
dit.ando-lhes
criador
inst.ant.e
Augras/1992:92).
gênero o
suas
st.at.us
Element.o
t.arnanho
event.o marca em 1934
ocasião.
peculiaridade
fazer
do
sociedades, procura
se
present.e
já
na
amalgamado
president.e,
:reivindicar
às
deixa
suas
à
Flávio
junt.o
a
associadas.
O
••
cutti.va. verda.de~ra. mü.s~co. no.c~ona.L, i.mp~m~ndo em esaenci.a.t cunho br0$i.Li.dcu:ie. (. , . >ExpLi.çg.e;lg.e o que de ato. o.gremi.o.ça<:>, sob VOGSO pa.trocini.o, núcLooa, oom tota.L a.prox~ma.ào do mi. L componentes, i.net.rum•nloe próprl..o., própri.oe c:orlejoe na.c~ono.i.s,
propo.go.nda.
quant.o é
às
as
que
ext.ensas
cada
vez
fazendo
r•ssurgi.r
••
fei..t.o
tem
ressalt.ado o
evidenciar
que!'
ent.re
na
Federal
moti.voa
Not.a-se o
originada
dai
para
Algo
........
•
um~
dirigente
razão
est.ilo
esclarecedor. Apresent.a as Escolas de Samba como:
b<:U~•a.dos
e
um
dispunham
sist.erna
das
hegemônicos
blocos"(Apud
prest.ígio
20
de
em
seu
disposit.ivos
part.ir·
maniíest.ação
valor
Samba. A razão da ent.idade est.ava em
Na
"alcançar
Dist.rit.o
composta.
Samba
de
dos
o
núcLeos
ba.ee
do
camando
sambist.as
nacional.
do
o
dos
Escolas,
t.:recho abaixo é
t•ndo
que
na
codificação do
percorridos.
e
carreou
Os
máximo,
exat.ament.e
invest.ir
Preíeit.ura
est.at.ut.o
que
Por
alt.o
nos
brasilidade.
E,
o
desenvolver o
inserção
carioca.
significat.ivo
de
Brasileira.
ser
capaz
ranchos
Costa,
podem
o
ident.i:ficar
próposit.o de
met.a
simbologia
enr-aizada
enfat.izar
a
Cultura no
ê
símbolos
da
exi.st.ent.e)
dançant.e
da União das Escolas de
como
pat.ente
do
aos
passa
pela
Carnaval-Espet.áculo
saber,
e
lut.a
saus
&
inst.âncias especializadas na produção dest.e bem simbólico.
de fundação
assumir,
a
inst.it..uicõas
na
carnavalesca
Fazem
musical
que
legit.irno,
produtores e
:folia.
da
ant.eparos
sociedade
uma
do
Desfile-Espet.áculo,
prest.ígio?
em
invest.ir
legi t.imidade
compet.ência
rít.mica,
mat.éria-prima t.ransíormado
da
gênero
con:ferir
poderia
em
de
pa:rt.icipar
de
a
inst.lt.ucional
sent.ido
das
signif'"icacion.al
dispost.os
campo
reconhecerem{no
e-
ideológica
bases
a Jnais
em
ru<1, Feela.
t.eor nacionalista das Escolas de
sociais
das
potencialidade numerosas
92
de
o
Escolas.
de
camadas
O
discurso
do
popuLaridade{pois operárias
urbanas)
nos
ser-iam
estes
samba
às
baseados
populações
tomados como, na
grêmios
novos
cont.ida
elo
o
ent.re
p:r.agmát.ica
do
musical
Samba, a
rua.
A
A
e
o
t.r-unf"o
samba
em
sentimento
o
ver,
seu
de
narração
episódios
manuais hlst.or-iográíicos, após a
port.ant.o,
t.át.ico
mui to
as
para
foi
os
ambos
07
de
exalt.ando
proibir
no
reconhecida
ano
seguint.e
indicam
Sant.os/1989),
lados.
realismo
inst.it.uicão
do
julgamento
submet.idos
à
avaliação
Prefeitura.
Era
mas
adequar
julgador-es<em tema
do
esses sua
folclore).
do
um
de
próprios
que
seu
na
corpo não
critér-ios
a
de
e
às
e
<6
cor-tejo, de
pela
Faladeira
e
a
decisão
irnaginação"(Da Est.e
pública:
é,
Br-anca de Neve
os
jurados
tinha
Silva base
e na
eram
escolhidos
pela
critérios
do
concu:r·so,
dos
valorações
grupos
preocupados
intr-odução
de
elementos
de
com
o
"novidades"
compoai..loree Eala.Çêio Prime-i.ra. coro de do Mo...-.gu•i.:ro. onda.a d• rá.di.o. E a. E•coLa., em :LPB?, pela.a Alemo.nho. Compos-itores do do Sonho do.s Morro, fctla.ndo juala.menl• vi.a rcidio, chega.r a. lodo& oe cClntoe -.do mundo, repr•••nlctndo o llrG..ai.l. Em
pelos
Est.ado
o
Samba Vizinha
intelectuais
const.ante
do
didat.icament.e
desclassiíicacão,
tácito.
via
de
.
A
apenas aos
jornalist.as explica
ou
pacto
exibição
adequar-se
maioria, O
da
do
"est.rangeit~o
t.ema
o
preciso
ost.ent.aç ão
na
Escolas
propagados
por ter· apresent.ado um enredo considerado int.ernacional da
Nesse
.
consolidação
Samba
União das Escolas de Samba, em 1938 da Escola de
apesar
é
transformação
pela
&
brasileira
Escolas
ent.ão
es-t.ava
ela .. na
são
objet.ivo 06
o
Desfile como uma ópera de
reforma Capanema
entre
r-elacionamento
&st.e.s
bras1"li·dad e
de
dramática,
his:t.ória
da
que
o
det.ido
isso
pa>-a
r-elacionar
he~emônicas
Para
nacional),
decisivo
fator
unidade
e
personagens
o
já
nacionalista(expresso
símbolo
é
Logo,
Augras(1992).
Monique
do
brasileiro.
demais<pois
nos
int.encão
pob:roes,
for-ca que íormat.ou definitivamente o
samba-enredo como
os
sociais
povo
s~a
com
explo:raç:ão gênero
segmentos
"autêntico"
o
concordo
sentido,
dos
elit.ist.as).
ausent.es
nas diversas r-epresentações discursivas
sociedade,
reenfat.izar
~rupos
em
..
carnavalascos
chegou •n:r..,.do 8<:lmba.,
17 o
é exempLar. A si.gni.fi.ca.ti.va. mobi.liza.cao da epi.&ódi.o da. segunda. Ou e-rre;~. alguns grypos da eoc~edade c~ vil, em aoeiedcu:ie na.ci.ona.l, rea.li.zetd.a por ao lo.do dos defesa. da fa.vor da. pa.rli.cipa.Cao bra.si.lei.ra. onda. pa.tri.6ti.ca.. Vélri.os expedientes fora.m uma motivou democra.ci.a., feetejoa carnavg,leaeoe, Mo.rchi.nha.s fora.m i.ncLu.i.ndo o• uüli.zo.doa, no.c:i.ona.l mesmo ··ca.rna.vcü de Guerra·· exa.llClndo G. corg,gem um composta. Eacolg,a sa.mba, orgg,ni.za.doCTupy/1984}. de fora o.c: lo.rna.ndo oa feitos tupi..n\.qYi.ne l""'lota.dam•nt• a Portela, •LClboro.m certo, t~l i.ni.cialtva conta.bi.Li.zou no conflito i.nterl""'la.ciona.L. E~;~coLa.s jul""'lto preci.oaoa pontoe nCl legi..ti.mi..da.de segmentos médi.os em roLacã.o ~ atmosfera. da sociedade carioca, sensi.bi.lizo.dos patri.óti.ca, com eco nos mea.l""'ldroe do poder ofi.ci.o.1..
N••l•
•
•
93
ao íormat.o dos
do Desfile e
quesit.os
t.ant.as
e
a
mudança
ob:ri~ações
das
desobedecido
vezes
inst.ant.e surgem as
pe:rmanent.e
das
na
Escolas
de
ânsia
reclamações
nos
previst.as
superar
cont.:ra a
it.ens
as
de
nos
julgament-os
:reg-ulament.os,
concor:rent.es.
''descaracterização
Nesse
dos
desfile
de samba: oe a.presenta.ra.m, outro. que verdadet.ra. fi.nali.dade. Vi.mos eecola.e i.nstrumentoG sopro, de comisaõos
escola.s
a.LgumCLS gua.rda.r
Se
&oubera.m completo
OUQ
Q
a.legóricos,
ca.rros
A
••
parcialidade
pela
pragmát.ica
pelo
concurso
a
cent.elha
uma
plat.éia.
E
evento.
Haja
t.rint.a e
da
e
ist.o
t.orna-s:e
vist.o
quar-ent.a
est.ão
cat.ivant.e,
com o
int.uit.o
pois
represent.at.i vos
de
uma
int.rodução
grandes
o:rquest.:ras
exemplar
present.es
às
do
à
às
de
aspirações
da
elaborador-as:
do
nos
anos
desfiles,
de
lo~o
ist.o
fazê-los
''brasilid.ade".
a
dos
a
dos
necessidade
surgidas
t.elúrica,
momento,
Lograr
desenvolver
"balanço" aos
bat.erias
enquant.o
inst.:rument.alização
rít.micas
nacional nas
passado
dispos:içõas:
mais
QS
para.
responsável
obriga-lhes de
com
mot.ivada
agr-emiações.
car-navalescos),
identidade
a
bast.ant.e
das
dar
empolgant.es(e
fazê-los
o
com
etc.
perdendo
Est.ado,
cont.empo:rânea
novidades de
o
submet.idos
es:t.rutu:rant.e
inúmeras
as
e
as
ent.:re
mecanismos
cujos
ea.mba. cavalo,
aclt.matando
com
jurados)
e
••
consorciação
insat.isfação
a
hist.óricos
ret.órica
na
ma.i.ort.a, de$vi.rtua.ra.m
acabar
võ.o
Escolas
expressa
competição
persuasão,
de
apresent.at"
gera
••
estão
rcmchos
ent.re
e
interesses
El=
os
relação
desfiles,
afet.ivos
móveis
na
público<anônimos
do
modalidades
é,
dos
dos
devido
simpatia
samba..
de
neste a.nda.r, cidade Not.l.ci.a..e./1a-o2-19a7>. de
da
rodes
valo:r,
escola
maLS
:lato
samba que tradt.ÇÕeê,
de
ou~
prat.os
inspiradas
nas
É
met.álicos, congéneres
americanas. out.ro
De
entr-e
as
ângulo~
Escolas
e
indicado
inst.it.ucional,
Avenida
Sociedades
e
corsos
inconsistência em aos
Rio
sarnbist.as,
parcialidade público
poder
nas ' const.ant.es
onde
aut.omóveis.
Z"elacão
ao
apoio
est.ivesse
t.raco
recusas
se A
conferia ao
um
Desf"ile da Praça Xl
Branco,
de
embora
mesma
o
moment.o, em t.ransf"erir o ent.ão
a
precar-iedade
Prefei t.ura,
para o
palco nobre
mesma
oficializado
de
da
apresent.avam
monet.ário
relacion.ament.o
Ranchos,
hesit.ação por o
part.e
event.o.
era do O
naquele da -
Grandes
revelada poder
que
já
na
público
leva
Paulo
da Port.ela ao prot.est.o abert.o em 1946: Pref ei.tura. bom
c::omo
••
do
do
i.mpo~t.oa,
lal
i.nlc:~oo
do
.;o mo
om melhores estabelecer, de samba, ftnancliiro às escolas rnáxi.mo do poVO(Apud Da. SUva. e
no
Há
apenas
argument.o
de
int.erior
do
Desf'ile
possibili t.a
post.ular
um
out.ro
Samba.
Elas
não
Escolas
:focos
de
de
at.ração
exercido a
uma
pelas
Escolas.
realidade
claros
garant.ir-lhes
um
próprio
um
signilicava com
o
a
ônus
do
de
o
diversão
a
por
transição,
elet.ividade
de
um
as
diferent.es
IanniC1971)_,
fala
incipiência
estudando de
uma
ação
O
é,
a
no
novo
Est.ado.
qual
o
capaz
ins:t.ãncias
politicas
das
grande
da
ost.ent.a
do
que,
ou
est.e
dinamismo
não
totalment.e
sociedade
econômicas
a
superior
Escolas
arcar
de
as
sendo
não
Além
lhe
é
vai
moment.o,
aut..onomia
que
t.ornaram-se
dado
cult.Ul"ais
não
relação
protagonismo
do
planejada
em
coadjuvant-es;
bens
no
carioca,
autoridades
ordenament-o
as
Carnaval
cujo
part.e
divertimento
reacomodament.o
popular.
de
e
a.uxtli.o
meueL
um
t.endência
de
organizar
de
possibilit..ar
especial
gri.loe
das
mercado
de
turistas: -
meras
período
de
do
próprio
mais
assim
capazes
cuidado
Octávio da
Ainda
mundi.a.L,
pa.ga.mento
indícios
folguedo,
consolidada:
delineament-os
vive
são
do
guerra.
o
Sa.ntos/:l!P89:128
mas
e
aegunda.
de
t..rat.ament.o
t.uríst.ica
mercadológica
percepção
atracão
Paulo
no
da
condi.Cões,
nacional.
governarnent.ais,
por
part.e
do
no
modo
de
Est.ado
naquele
momeotnt.o.
Est.a
fragilidade cont.idas
pot.encialidades exploração. adot.ar mesmo Dai sob
de
a
suas
a
ação
acima..
sedes.
Haja
vist.o
empenho
carnavalesca(a fac.cões
Escola
in:fluent.es
da
recursos econômicos a A
carência
ordem,
ao
DIP,
a
de
soci&dade,
ligadas
ruas
durant.e de
polít.ica
do
o
para
a
fundarnent..al.
ao de
o
est.at.al
para
para
aut.o:res público
Costume-s)
não
da
respaldo
policial,
poder
f'ast.ejo
essa
ou
populares.
os
Turismo
mercado
efet.ivo
t.lli'ist.ico
ressalt.a
Delegacia
t.ambém
Samba)
r-ecursos
intervenção
pela
uma
cont.ext.o
na
como
Divisão
de
sua
manilest.ações
Escolas
as
nas
falt.ava
E
BrasilCFerraz/1992).
exibi:r-
ordenado
no
esboçado,
apenas
da
est.aroem
se
par-a
das
basicament.e
concessão(enrlt.ido
Subordinada um
dar
à
abert.o
de
as
com
lidar
desenvolviment-o
ideológico
se
campo
modalidades
o
visando
uso
Est.ado
carioca,
diversas
manunt.enção
da
necessário
mais
do
mesmo
Carnaval
cult.ural
do
pela
soment.e-
coniigurar
as
polít.ica
alegação
alvar-ar
no
implementação
porque
elencados t.ão
Falt.ava-lhe
uma
interferiu
do
e chegou um
a
set.or
cult.ura nova
entidade
provenient.e
acumular
no
das
prest.ígio
e
serem invest.idos na ampliação da sua legimit.adade.
econôrnica
junt.ament.e
1>5
com
a
'tímida
part.icipaç:ão
do
poder público, superar
posição
sua
alternativas delas,
em
somada ao imperat.ivo de reunir es:for-ços capazes de fazer-
de
patrocínios.
1947.
Despert.ando
porto,
com
o
econômico
Carnaval,
é
Este
o
de
a
Escola
traz
que
setores
o
liberais
é
repete
o
f'eito
por
ent.re as Escolas. União
das
mais
Escolas
de
já na
quatr-o
a
Fomenta
18
polít.ico
e
ao
o
Essa
de
nova Escola t.ern
outro,
o
hegemonia
desfiles,
dois
oficial,
Cont.ando
inf'luent.es
de.
primeira péll't.icipacão no
vezes.
c:riação
Samba
junt.o
ligados
Serrano(Oliveíra/1999:51-4).
est.ivado:res
campeã
às
Samba para
PCB
tanto na Prefeit.u:ra do Rio como no Palácio do Cat.ét.e, a ascensão vertiginosa:
de
em apoio à elit.e dos estivador-es do cais
Império
dos
leva
flanco
iniciativa
a
do
f'undadores
apoio
no
contra-a~aque,
governo Dutra ao do
subalt.erna
concurso
mot.iva
um
pela
racha
um
coo:rdenado
novat.a
e
pela
Federação
das Escolas de SambaCidem:55).
O x·euni:r-
sucesso
as
do
diver-sas,
embor-a
Serrano,
cont.udo,
esparsas,
1945,
Em
algumas.
Vejamos
Império
novidades
regulamento
o
deveu-se
ao
trazendo
imperat.ivo
de
conjunt.ament.e a
comissão
de
iluminação da
do
é
Impér-io esses
Se:rrano, tópicos.
introduzidas a
brasileira.
•• como
nacional.
se
a
uma
bat.eria,
a
ocorre
música,
como
as o
"t.eatro
de
rua",
em
cortejo
o
a
Homsna,g9m
e a
da o
enredo,
e
mais e t..ant.o
adoção
:Fizessem.
incorpora
partir
de
argumento
nomes
introduzira,
obrigatoriedade imposição
figuras
estavam
port.a-bandeira
assim
o
já
conjunto),
do
já
obedecer
Tir-adentes,
já
Escola
alegorias,
baseado
a
dos
música submissa
bandeir-a
e a
Desfile.
dever
encenado
regulament.o
enfim,
embora
de~iam
essencialment.e
de
mest.re-sala
uniíornrizando
alas,
Escola)
Exaltação
e
de
aut.o-int..it.ulando
Sobret.udo
pela
ser
t.e:ma
do
de
parte dos sambas não
indument.áriaCfantasia
1947,
Em
bases
harmonia~
samba,
:Fant.asias
o
proposto:
central
passa
e
As
no
enfát.ico:''É
dramat.icament.e
item
paz-a
p:r·ést.it.o.
hist.órica
tema
out.ro
pont.o
ent:re
complet.a."
um
quesitos
:Frente
combinação
temática
narrar
aos
de
cont.agern
let.ra
que
Tant.o
post.as.
a
capacidade
intr·oduzid.as
compositores das escolas ou quem responder pela 22 improvisar,
à
do
da O
t.odas enredo
dest..aque<t..arnbérn do
enredo.
episódios Castr-o
da
Alves,
E
est.e
história Batalha
si.ndi.c:a.lo Reei.elênei.a. l:mpêri.o Di.a.& detinha. amplos pe>deree ree<.~ree>• o.rmQJ" o c:QJ"go de Clsea.L p\.o.lo.formo. era. i.mporla.nle estra.t.ilogi..a.s. a.\.gumae no ca.i.s do porto, jó. momento que rell!lponso.bi.Li.zo.va.-se pe\.oe no.quel• grupe>s de lra.bo.lha.doree i.slo Seus rendi.menlos era.m "l•rnos", a.grupa.ment.os que nUmero do viesse hsea.ti.ZQJ". EnlS.o proporci.onai.s funç:ã.o a.peno.s quo conceder mora.as•m na.e i.medi.a.c;:õee da. Eloy d•ci.de Eeeo\.a. de Sa.mba. • ee di.epueeseem a. doa..r â. enti.da.d. o equi.va.l.enle recebi.do do tro.bo.lho d• um terno<Do. SUvo. & oli.vei.ra. Fi.l.ho/S~.t:'õ'4). Serrano,
presi.dent.e E\.oy
do
Anthero
=
••
96
Naval
do
Rtachueto,
melodiosos e
foram
alguns
dos
t.it.ulos
que
passam
a
oont.a:r·
longos sambas-enredos cobrindo em seus versos a
oom
propost.a da
narrat.iva(D.a Silva e Oliveira Filho/1981). em
de
Samba,
Escolas Escolas
de
Samba.
apresent.ando na
na
ocorre que
recém-fundada
Já a
de
comdssão-de-frent.~
narrando o alegorias número essa
t.ema nas
são
de
t.rês,
aludindo
além
passagens
definiram
um
modo
de
narrar
junt.o a
às
as
alegorias
camadas
art.ist.as
quant.o
evident.e
um
do
a
na
e-
beleza capít.ulo
década
A
est.es
enredo
da
sociedade
o
jornal
dessas
íolclórica
urbana; A
ant.erior-
e
do
por
const.it.uirem
gênero
pr•eocupacão
Des:f"ile
crescent.&
no
das
ao
E
carioca1-P
...
cortejo
bat.eria.
As
Escolas
em Por
i!ust.rando
ou
cenográficos
part.es,
sendo
eles
as
out.ros
das
event.o. Escolas
Suas apr-esent.ações
no
alegor·ia
e ali
est.ava
crit.icavam
da
pela. como
aumentar em número
emblemas Car-naval Escolas
Cabral<1974)
int.elect.uais
uns,
Para
Escolas
das
Sérgio
íocalização
cada
do
com
julgamento.
óleo,
envolvendo
cenograíias.
com o
cent.r-alidade
em
Relat.a
Globo,
"t.osco''(1974:125).
assíduos
das
popularidade
carioca.
c~municação
mais
três
o
exige
diferenciadas
alas
element.os
em
est..ilo
cont..ar
corpo
a
o
realidade),
sem
ent.rava
pintados
cor-r-esponde ao int.ent.o de vez
poderia,
incandecent.e
ao
"Segundo",
consolida
na
sugest.iva, porque elas começam a
sofist.icação I.
da
art.e
aspect.o
cent.ro da polêmica é ainda
de
não
t.ermômet.ros
nat.ureza
exemplo
seu
já
no
veiculada
polêmica,
íorma
médias
São o
o
se
ver mapa 02.
divis:ór-ias<Ar-aújo/1987:121) São
painés
enredo.
a
clar-o,
que
das
e
car-t.ola,
inseridas
abr-e-alas,
grandes
do
e,
Associação
Vargas,
component.Efs,
baianas
a
principal,
Escola
e
das
o
ocorrida
g:r•avat.a
lideranças
Serrano
nenhuma
300
fraquE~,
do
Império
as
grupos;
President.e
pelo
deíinit.ivament.e
surgem
ocasião
de
roupas,
ent.ão
Avenida
única,
dois
em
est.abi!idade
menos
com
dividido
agora
ant.re
ent..idade
uma
alcançado
regulament.o(confirmando apresent.ar
apaziguarnent.o
é
concurso
O
desfilar.
de
o
fundam
XI. O sucesso
Praça
t..eat.ral
1951
Só
da
da em
t.radição cidadê
de
ver
ap&:r-:f"eiçoá-las
público dos: s:egmênt..os médios
pode moment.o
ser
int.erpret.ada
mais
consagrado
haviam desbancado as congêneres de
como da
a
folia
Ranchos:
Em 1.957 o Dc.pa.rta.mc.nto de Turi.somo do Diatri.to Fedc.ra.t ma.ndou oonfocei.OI"'>a.r uma. séri.e de oa.rta.zes divutga.l"'>do o Ca.rna.va.l da. ei.da.do. Womentoe fotogra.fa..do~;~: do De1111fi.le da..e Escold. Sa.mba. fora.m eeeol),i.doa pa.ra. fi.gura.r 1'\8&518& mtd.i.a..e turi..sti.eoso. A pa.rtioipo.ÇÕ.O de i.ntelectua.i.s fotclori.stas, oomo Ed$;on Ca.rna.ei.ro, mombro a.sstduo do juri. dos desfile& cinquenta., eonta.ra.m a.nos pontos oo• legi.ti.mi.do.de do evento.
97
'
...--'p:..e_d_e_pa_s_ea__:_gem____
L._
X
X
r]
L
X X Xde~ frente X
X
ComissĂŁo
I
J
carro; alegĂłrico
Porta-bandeira cf1>o 1212 Mestre-sala
'"
(;)
c:
o
pastoras
,_
t-'
b
~-
f, , o
bateria
!2
o
(;.-
... c"' - - - a l a s de componentes---
Porta-bandeira Mestre-sala
- - - - - a l a de
~.
S':
UJ'I-d
d~s------
ala de baianas
"'
"'o
1\.)
e
Grandes
Sociedades,
t.empos"~
dos carnavais dos "velhos
por
Talvez a
t.ão
nobr-e
isso,
como
iniciam
despres:t.ígio.
de
descapit.alizacão
que
processo
Já
t.omados
acent.uado como
a
ar-t.éria,
iluminada
E
jurados.
nomes
out.ros
e
Iamosos
a
da
da
ecologia cent.ral
Desfile das
Escolas de
alt.a
oficial
seus
se
Samba ocupa
uma
Branco,
das
Escolas.
t.recho
ent.re a
prédio
como
os
da
Biblioteca
iam
int.ernacionais,
Mas
pist.as
os
e
GuinleCpropriet.ários
t.empos
os
redimensionara;
das
Rio
aut.o:r-idades
Brasileira.
cidade
no
convidados
Cult.UI'a
da
ao
saudosos
.
Desfile
com
sociedade,
e
Palace)
símbolos
como
aplaudi-las
palanque
o
Copacabana
célebre
do
inst.alado
er-a
Nacional
Cinelândia, onde em frent.e
a
e
2
Avenida
o
comport.a
decadência
r-esquícios
Elas conhecem ent.ão um out.ro est.ágio, apres:ent.ando-s:e Rua Sant.a Luzia at.é
de
do carnaval de "verdade"
em 1956,
eníim,
ambicionada
um
o
agora
Avenida
da
são
grande
Pres:ident.e
Vargas.
Nascida para enfim complet.ar a
e
Arsenal
o
de
indust.r-ialist..a inaugur-ada
Marinha, da
em
almejada
do
met.ade
1944,
t.raduz
prest.ação de serviços que século. Além
de,
pelo
já.
século a
a
ligação ent.re Barão
XIX,
expansão
a
Mauá
de
Avenida
das
caract.erizam o
met.ro.s)
r-egiões
do
int..er-vent.or
se deu a a
Nort..e,
Cent.ro
Henrique
Sul<Lima/1988:184-90>.
Doswor-íen(1937
a
const.rucão da Avenida. Havia,
per-cepção
do
poder
público
daquela
mer-cador-ia,
t.ornado
e
de
gr-andes
concent.r-ador-as de
seu
que
r-egião se
Alinal
recur-sos.
aplicação
sedes-imagens
de
do
com o
1945), o
e
t.ornar-a
capit.a.l,
poderCidem:192-97).
no
preços
d&afi.lea de Rancho& ona.eroni.za.Ç ao doo E&:la. Jorna.t.s do ped.odo, no.s r-eporla.gens dos evi.denci.a.-ae Avenida. pa.eaa.gena" pala. va.zi.a. de "mela.neóli.ea.e "a.nhgomente", •poc;:a. ó.ureo doo o com eompa.ra.m uma. sért.e de peequi.ea.e rea.lt.:z:a.da.e informa.Ções de
em
Enei.da.,
ta.zer a.
:I.P5B,
sobre semelhcr.nte
sit.uo.Çã.o.
Em
a.bondono
doe
lreldu2em
em
Ra.nchos seus
a.
hi&t.ória.
em
do
Co.rna.va.l
os
velhos
longas
solo
relo.la.m
público.
carioca.
Ou
cortejo•• o.noe de
o
à
os
inst.alar
ali
eo.ri.oca..
urbano,
ent:.r-e
Ora.ndee
noo
que
solução
t.errenos
que
gover-no
Var-gas,
na
de
•
ent.re
Segunda Guerr-a, no
forcr.m
protestes
fo.vor
enredos
e.-ua
foli.a.
o
disput.as
dos
de
na
área
Soci.eda.dee Q..S eua.s qua.ndo bCUllea.da.e o •~o livro de
reenfa.ti.va.
esta
de Jot.a contra Efegê o Escolo.s d= de Sa.mbo, prõpri.o.s As Escolo.s o. poei.Çõ.o de deele1que quo a. deefrut.o.r··moderno", da.ndo-se o.o luxo recorr&nlemenle "Ri.o a.nti.go" um seus ca.rna.va.ia pretéritos,
di.rec;:ao
co.rno.vCLl emblema.s do como moalro.rem-ee noat6.Lgi.ea.. 1'1051 quo.i.• domi.no.vo.m,
a.rqueologi.a.
da
con.sist.ia de
e
Janeiro nest.e
período
invest.iment..o
2
empenha.cia.s
de
durant..e
ansiosos Os
V.argas,
mercadorias,
Foi
alvo
surt.o
ext.en.sament.e
advent.o
cent.ral
o
comerciais
Rio
pist.as, íazer- írent.e ao aurnent.o do ílux:o de pessoas e as
durante
Presdient.e
at.ividades
cent.ro do
por suas quat.r-o lar-gas(80
Praça da Bandeira
•
ri.va.i.e,
Roncho&
98
•
Ora.nde• Soci.•dode•.
sobem de da
Cr$ 10 núl por
Avenida
são
andares.
dois
expressa
erg-uidos
O ent.ão
com
clareza
que
est.ét.ica
são
monument.alidade e Aveni.da. Do à monumental.
da.
tri.butári.a., la.r9Uf'O..
Elo.
tra.t"taÍorma.c;éio
O
:Igreja.
Hit..ler
ao
art..éria
a
e
da
conjuntos elemento
para
pelo
A
velha
amplo
e
pequena
ent..ão
de
d•
seg-undo
do
nos
poder algo
possuidora
para
Evelyn
Furquim
polít.ico
e da
à
autoridade
ganhe
acomodar
seus
Império
"maioz·
o
já
é
a
at.r-at.ivos
símbolo capazes
da
de
o
do
como
mobiliza%'
por
mesmo:
dos
signos
largo
o
exult.o
onde,
1982 ~, 2
da
à
cenário
segundo as
o
Escolas
1973, no novo t.emplo da
plat.éia
cultur-a
podei·
o
majest.oso
de
seu
e
t.ambém
est..reit.a
espet.áculo
classificado
meio
espigões,
Serrano
crescente
er-a
ret..ilineo
Eis
t.ornara-se
a
poz·
Exist.e
sent.ido.
com
em
encomendados
sent.ido
O
t.raçado
no
realizar-.
Branco
AvenLda
do
Lima <Idem)
g-randiosos
Spear.
Samba
c:la.ró roa.~co bo.ncó.ri.o. ·E
crit..ério de simbolizar o
Albert.
em
ali
Rio
como
elevada
de
f'uncionalidade
equi.líbno a Zona que é dela mai.or gGbGri.tos de pes.a.rá fa.vora.volmente no
e
ambient.es
Vargas
de
Avenida
carnavalesca,
Passos,
o
obedeceu ao
Depreende-se
que
Escolas
Desnle
e
~99}.
e
r-everência
Escola
divulgado
vint.e
Edison
imperat.ivo
cons:t.ruiram seu "apogeu" ent..re os anos de 1963 e íolia.
ent.:roe
va.lort.:ea.Cõ.o
Li.ma./~PSa:u>?
Presiden-te
da
articulação
o.rqui.le-tôni.cos
arquit.et.os de
exalt.ação
samba-enredo
engenheiro
os
..
ins:pü·ação
do
e
o
Viacão,
Às mar-gens
ultrapassam
concorrerá., outros-s1..m, na ci.da.de, levGndo
espaço.
Candelária
g-abarit.os
Cr-$ 38 mil.
Doca.s do Al.fa.nc:lego. eLo Ca.nc:letá.ri.o., deso.I ogo.nc:lo o centro v~sta de urba.ni.sti.co, abertura.
const.ruido,
t..eve
no
grandiosidade
de
sentido
ponto
impressões
encadeados
o
mesma Avenida,
grupo
produzir-
de
urba.t"ta.''<Apud
espaço
di t.ador
cujos
Secretário
Branco da
o
novos ,;;.e-ró.
est..udo sobre a do
pr-édios
para at.é
inst.rument.alizas
Va.rga.s edi.fi.cGda
mas.sa
quadrado
da. rent.abilidade econômica:
acrescent.a:"sob Presidente
met.ro
para
que
ia
o
cort.ejo
ver
aquele
mundo''(Eneida/1958). o
cent.r-o
popular t.ão
f'est..a
da
br-asileira
diver-sos
o e
int..eresses
como diferentes visitantes ávidos dela p.arot.icipar. Durant.e
a
pesquisa de
periódicos
da época obervou-se uma
t.ransf'ormação no t.rat.ament.o dado pela imprensa ao evento. corno os das:
•• A
jornais
do
período
fazem
referência
Escolas sint.om.at.iza novos int.r-icamQnt..os e do. músico. mem6r1.o. do compo.aso/0 no • , )"<Belo sem-Bra.co e
let:-o.
preci.saa do da. ci.da.de. cres-ceu/Na. sambo. Al.olei.o
Ma.cho.do>.
99
ao
novo
A regul.aroidade
público
const.it.ue
o
nít.ida
do
cort.ejo
t.ermômat.ro
da
SIO.Cro.li.do.de cOt"tferi.do 40 a.llu:-a.:":E certa. pC1.880 Ca.ndetéu-i.g, construi.u sou
alcançada.
le;it.imidade
acenam
para
uma
emblemat.izada pela confluência ent.re quantidade e AG
atra.Çdo
<Qscola.s,
hoJe
transf orma.m-se
que
Lnlernac"Lona.L, I~to
nâ.o
pormc.nocondo
do
f <;~.L c. r
pé
do
eixo
urbano;
anos
mui. tas
sessenta,
ci:r·culação
as
at.i v idades
na
Sul com a
int.erno,
massa
industrial e
os
em 0
a
agora
à
no
do
Zona
medida da
substit.uição
onde
abast.eciment.o.
harmonia
mudança modelo
expansão
indústria
do
sobre
a
Rio,
concentram-se
cent.ro
O
a
Avenida
nele
ca:r-ioca.) do
o
cant.o de
se
anos
rural,
a
abrigar•
de
vindas
import.acões
é
indust.:r-iais,
pólo
encontram<por
unissono
urbana
como
sociais
t:r-opical milhares dos
:r-it.mo
O:r-la
de
vozes
acentuado,
Ali
par-a
Result.ant.e
t:ribut.ária
acelerado
da
subúrbios.
set.ent.a<Queir·oz/1992:80-2).
expansão
produção
segment.os
balne.á.:r-io
bat.erias
a
realinha-se
ambient.ando
pe:r-cussão
nos
de
a
pelo
da
do
col'ação
Nort.e,
Carnaval
pela
êxodo
t.raduz
nort.eado
supremacia
principalment.e,
do
340%,
basicament.e
da
Vargas
populacional est.ava crescendo em um
os
at.ingir
de
de
impressionante
país,
decrescem
Assim.
da
Mas,
:r-itmada
no
serviços.
nervoso
adensamento
seu& aos em clc.ro, uma noüe ou onze horas do de umc. .. ó
cont.at.o ent.re as áreas das camadas média da Zona
de
ma:r-ch.a,
e
decorrente
post.os
internacionalizados.
Sul e
dez desf~la
Avenida President.e
cidade
operária
financeiro
epicentro
a.s
o
port.uárias
est.abelecia sobretudo o
o
a
ag:r·o-export.adora.
at.ividade
varo.
d&
Hora./1.:1-o•-:1~).
de
relacionamento
o. tê
perder
carnav<;~.l
do donas
tur~sto.s
que
vezeG
querer
sem concorrentee<Últ"Lmo.
de
povo,
no
sociológica
popularidade:
nova vedeteE>,
milhc.res
<;~.traem
s.;ogu~nt~.
Nos
relativamente em g-rande.,
di.a
realidade
do
desde
processo
o
fim
da
ult:r-apassa
os
Segunda Guerra. No dois
limiar
milhões
e
energia elét.:r-ica de
kwh
no
dos
anos
meio vai
ano
de de
de
Lit;ht./1965).
pessoas.
1
milhão
1960.
absor-ver-am
t.erciário
sessent.a,
Nest.e
dos
60%
população
Nest.a
e
600
mesma
mil
mesmo
ano,
em os
Rio
o
1950,
consumo
para
set.ores
kwh
de
f"or-am
do
ocasião,
kwh.
milhões
5
parcelas
mont.ant.e
Dest.e
a
3
de
milhões
indust..:rial
e
gerados(Relat.ório
à
desviadas
recem-criada
iluminação íeérica da Avenida-Passarela de Carnaval. Fatores
esses
quando
capit.alist.as
da
sociedade
ramificações
do
mercado
símbolos.
est.es
de
São
Janeil'"o(f"eit.o
a
novos
combinados
ostest.arn expandem-se
dão
perfis inclusive
condicionant-es que
imagem-post.al
de
cont.a
lugar
mais para
de
que
as
e
as
terreno
dos
profundos
o
atuam para conferir ensolarado
do
bases
prazei'"
ao
Rio
e
do
hedonismo), conce~~o
ao
seu
socioeconônrico
es~~U~~a.do
em
t.rês:
ascendem com o
e
nele
sist.&ma
grupos,
das
descez·
espet.áculo
relacioname-ntos.
fascinante
lógica do st.at.us e
cidade; o
fazem-se
ent.ão
A
no
Nessa
de
Escolas
Samba
-
pri71l<Otir~
inferiores.
No cume da
qual
a
gl"upos
Escolas,
específica
in~e~naciona.is:.
&'<Otgundo
para os
íolia na
posição
de
DesfUe
''grandes"
patamar-
out.~o
uma
cult~a
da
lógica
últ.imas
moment.o de gala da
domingo o
Desfile,
de
numa
consagl"am-se
hierarquia,
ao
me~cado
do
o
consolida-se
ocasião
em
carnaval e
noit.e
da
fazendo
de
espet.áculo compromet.e-se
folia
&Mótica
sinônimos
áura
da
o
popular do
event.o,
na
na estrutura/sistema do consumo de di versão:
de deafi.Le escola.s atro.entEo new look do carnavaL o como Torna.ra.m-ee ponto Rancho&. eecoLo.e. agora. o aos suc&dEora.m festa. carno.va.Le,..co. ensejo.. Ávidos do espetá.culo folc1.6ri.co que a. alto desfile competitivo, cada. qual vê-LQ.S>, de a.~a•LJ:~ti.r ao seu de tra.ja.da.e, poesi.vel, a.grupando .,las rtca.ment& malS o engalo.,..,o.,..,do-e..,
TemoG ea.mba.
s6 "ba.tano.s rt.cas", aqut a.porta.m turi.st.a.s. Vêem sua.s percussã.c.. ouvem também< . . . >todo tnstrumento.L primi t.i v o de como 1..6&0, a. ve.-a.cLdo.de da.qui.lo outrod> Lhe~ então, que con~lo.to.m, Bu•ca.m mervelleux. etciÚLti.ma. Hora./:ti-04-1.964 vonderfut. com descrevem ex1..bi.ndo
•
9"rlfoe
m&u~a;>.
O primeiro jornal
e
desceria êxtase
inusitado uma
óríico,
sedutores pela do
g-ente
em
pel"cussão
Desfile
das
seu
desfecho
são
ent.ão
do
e
dançando pelo
rust.icidade
conce:r-t.o quase
dos
em
de
um
at.o
Um
do
samba.
Est.a imagem dionisíaca
Escolas:
de
Samba
e
no
na
mont.ados
plast.icidade no
teatro
do
an1plo
sessenta,
espet.áculo
subúrbios
musicais coro
de
também
ef'ervescido
percorre veremos,
audiovisual.
Avenida
da
carát.er
pelo e
pelo
desinteressado
cálido
musical
anos
noticiado
morros
instrumentos
primitiva.
nos
foi
just.ament.e
quando
cantando
1932,
em
event.o,
acont.eciment.o,
do
ritmada sua
as Escolas,
entre
pl"omot.or
Sportivo,
Mundo
exót.ico
concurso
o
curso
encontra
Seus ·cenários
P:residente
Vargas,
para
multidões de espectadores. o
Cont.udo humanos
e
org-anizados em alas e de
a
par-adas:
das:
força
descont.raç~o
alegria
e
pelo
do
Quer
festiva
exercida
inst.it.ucional
colet.iva
militares.
simet.ricament.e ícones
amplo
no
rit.mica-co:reog~á:íica,
consag~a
e
desloc~ent.o
p~esent.e
dizer,
na
alegóricos:,
t~an.spar-ent.e
e
socialment.e aparência
simbiot.izam-se,
Carnaval-Espetáculo ~
civilizat.ória
moderna,
país.
''"I
.101
que
do
pela forma espaço
grande
ent.ão
quadro
se
a
magotes operística
racionalizado,
organizado,
ost.ent.ando
no
de
retilíneo
à
maneira
coz·tejo, ordem dominância
da
fazia
da
consorciacão he~emônica
no
3. UM EVENTO COSMOPOLITA
Minho.
canto.,
a.Lma.
Ri.o
de
gosto
••
b:-o.Çoz
ea.mbo.
Este
o
V&JO
.Ja.nei.ro<. \, . , )Cnsto
é
90
porque
Ri.o
eu
Você/ A
bo.la.r.Co.r/
Rto
prd.i.o., sol
de
pa.esa.r,
vai.
mulo.t.Cl
i.nt.ei.ro
e
••u
mo.r/
pou<>.:>•
' · • • llli:m
••La.r•..,~•
a ...teao . . .
<Tom Jobim) PQ.ro.tso de
Sol e
Esl<ioi..o
sá. foi.
Ri.o
Que
de
poeei.a. e
são
ca.lor/ quem fundou/
amor
sebasli.ão
102:
corpo
> <Vicent.inho)
o.benç:ouL .•
capítulos
dois
Nos
ant.eriores:
experiment.ado
civilizador
pela
formalização contínua dos modos de t.ema
deste
est.udo,
ajust.e das
pr-át.icas
íest.ejo
inst.it.uições~
t.ais
de
caract.eríst.ica
diversão
como
Escolas
das
Desf"ile
brasileira
or~anizacão
da cultura. Em termos do
carnavalesco
as
Escolas
do
de
de
que
Rio
alcança
engendra
Janeiro
espet.acu.l..ar
a
conhece
dest.e
com
a
de
função
Gospírit.o
que
fig-urado
leg-i t.imidade
o
mat.erializado
emergência
a
ident.ificadas
dent.ro
É
de
se mina
Samba,
gênero.
Samba
no
modelo
o
Carnaval.
de
processo
o
sociedade
nele ambient.adas ao
Desfile
gênero
no
o
que
observamos
o
como
espet.áculo popular·, t.o:r-nando-se o cent.ro da folia carioca. part.ir
A
do Desfile das de
um
de
Escolas
mercado
consist.e
de
e
t.urismo
de
do
consolidando
um
organdzar
as
do
do
Escolas de Samba, seja, int.erado a
O
condicionantes
acont.ecer
do
alçado desde
cort.ejo ent.ão
sentido,
o
empenho
event.o
aos
set.ore.s
de
carát.er
de
sua
fest.a
a
popular
sociológicos
analít.icos
esse
nexos
condições décadas
da de
carnavalesco
o
carnavalesco st.at.us
de
de
no e
pais,
articulado est.á
em
modo
mesmo
de
prot-agonizado
pelas
event.o cosmo poli t.a,
ou
de
e
da
1980.
delineado
amplit.ude
O
os
objet.ivo
import.ância
no O
período mesmo
como
a
NACIONAL
discussão
pr-incipalment..e
t.ema,
sociedade
1960
ret.omar
carioca,
problema.
ar-t.iculação
de
se
que
versão
int.erprét.es
a
cont.ext.o
o
um padrão int.er-nacional de ent.ret.eniment.o.
Decididamente em
ao
int.eresse
sobre
ârnbi t.o
at.ent.ando
nacionalment.e
pont.o
agem
ao
no
indust.rialist.a
CARNAVAL 7 UMA FESTA POPULAR E
Brasileiro,
o
considero
e
int.e~rado
inserção
Nest.e
isso
U!'banizador
a
sessent.a,
ent.ret.enimento,
Par-a
mundial.
aqui
anos
articulam
e
lazer·
consumidor·
t.ais
que
discut.ir
dos
ampliados.
Est..ado.
capialismo
do
como
e
de
vai
volt.a
mediações
serviços
mercado
engrenagens
por
culturais
processo
aceleração
compreender
Samba,
bens
fundament.al
se
const.at.ação
de
demonst.rar·
em
desempenho
às
desta
aquele
103
nacional. quais
pr-evist.o
quando
um
"Brasil
que
Focalizo
o
é
Carnaval
t.ange par-a
est.abelecem
alcançada
estudado
do
no
sobre
ao
isso
seu t.rês
parâmet.ros
o
compreender
pela
íest.a
o novo
int.ervalo períil
do
em fest.a"CRio,
os
com
ent.re
as
moment.o
Samba
e
Carnaval/1976),
onde
t.odos
podem
participar
da
grande
"obra
de
art.e
colet.iva".
É
const.ant.e
Carnaval
Brasileiro,
cariocas,
frases
festival
de
0
mi t.o
da
da
de
congraçament-o
essência do
as
se~·
divisões
e
para
segundo
os
sociedade
Maria
como
o
A
topo:r-
o
que
reali:zar
hipotética
despojadas
a
de
for-mações
de do
quer-
se
ut.opia
out.r-o
mundo",
at.ualizar-
no
rit.uais
de
em
a
com
presentes
de
apanha coesão
classes da o
qu&
da
o
homem pobre -
na
negro,
pela
ét.nico
sedução
dos
e
lhe
como
e
do
espécie
da
de
do
a
pelo
da
ideologia
é
da
fest.a
soldada
hierarquia de classes e
e
pelo
os
demais
carnavalesca, mi~o
event.o
de Maria
104
apenas
são
envolvidos
a
sociedade
mas
o st.at.us quo dominant.e:
e
precária
enfoque
rit.ualizado
das
en~regar
se
co~idianos,
foliões
Ana
det.urpadora
e.st..ado
o
uma
sociedade
grande
sociais
=
por·
Desfile
amnésia
prometida
Chamam
efei~o,
Com
em sua maioria -, ao
a
dis~orcida
concepção
poder.
Maria
ressignifica
exigido
anest.esiador"
o
negros(sambis~as)
nacional em seu conjunt.o alt.erar a
o
da
esfuma:
sócio-hist.órico.
caract.erís~ica
de~er-minan~es
dos
ideologia
consciências,
dominação
ela,
a
popular
pensada
alegria''
de
QUê
""
fest.a
"carát.er
para
a
a
processo
ant.agônicas,
~ema
Revelado,
no
neles
Ana
e
Isaura Pereira de Queiroz det.ém maio:r- envergadura. A seu ver, não grupo
não
respeito
Queiroz(1983)
de
que
o
das
ideologia,
sobre
"expec~at.i v
Pereira
Elnbor-.a acompanhe a, mesma linha de raciocínio,
o
e
calcadas
objet.ivo
ideológicas
Samba
sublinhar
e
est.ão
reunidas
ao
democ~·át.ica
natureza
porque
atividades
enunciados
que
esquecendo
carnavalesco, est.iliz.ados
em
Samba.
da
popular
Just.ament.e
Isaura
nesses
fala
da consciência do ao
espet.áculo
em
a
das
nas
Maria
quest.ão
in~erage
de
e
discurso
Rodrigues
Escolas
sínt.ese
cont.radições
cindida
real,
povo''.
indivíduos,
imper·at.ivos:
capit.alis~a.
devido
Escolas
pe:r·ceber-
Carnaval
refer-ência
em
br-asileir-o.
desvendam
at.enção
do
como
ent.re
Autoras Rodrigues
do
agonística
divert.iment.o
do
humana,
''fest.a
festa
difícil
publicações
das
Desfile
maior
de
escopo
turísticos:,
ao
t.ipo:"o
é
Não
capacidade
comunhão
espont.ânea conceit.o
seguint.e
t.odos''. a
enunciando-as:
guias
ou
part.icularment.e
do
no
encontrarmos
publicit.ár-ias
jornalíst.icas,
"o
então
no
fes~ejo,
sem
cujo de st::lmbo., enorme sucesso ma.tor lrClnsforma na Ri. o co.rno.va.l do do oomo do Br-i.l, defi.n•m-•.,. fg.tor i.mportante no reforÇo da. co-e•ao i.nLerng. dos di.ver•os nlv•i.e da soci.edclde do pa.te, exercendo i.nfluênci.a. sobre globa.U.dade, uma SUa vez que o superespet.ácWo se tornou um doe componentes do orgulho do di.cmte nação; as vibrações de enlu51i.smo, que sacodem o pa.ls da belezg. dos desfi.lee, constituem ma.ni.feet.a.Çõ.o vi.ei.vel uni.à.o no nlvel da. tota.Li.do.de na.cional.U.s>92::U.~ - grl.fo meu>.
escolas
As
•
A
longa
cit.acão
se
justifica
à
medida
que
insere
o
tema
Desf'ile das Escolas de Samba no bojo de um debat.e mais amplo: a ent.re das
e
cultura
pollt.ica;
expressões
sendo
cult.ur-a
da
mais
preciso,
às
popul.ar
realça
:forcas
o
nexo
sociais
aparência
fascinant.e
apropriacilo
cult.ura do povo
da
principio
popular
ao
concret.ude
das
o
pela
unicist.a
cont..radiçôes,
febz.il
conc:ent.radas
do
Carnaval
por
no
t.rás
a
carioca,
ordem dominant.e
burguesa,
at.relando
int..egrati v o
nacional.
Sobre
é
afirma,
do
posto
desmobilizando
brasileira~
ident.idade
harmonia
de
relação
articulador
Estado nacional. O empenho de Queiroz organiza-se em deslindar da
do
a
nccional
camada
as
polit.icament.e
a da
populações
subalt.ernas, ''acomodando-as'', perspect..iva de Renato Ort.iz<1984) atribui
A
a
essa
problema
part.ir
a
raciocínio
eMercida
excedente
mat.erial
aut.or,
a
const.rut.or
facção
de
um
const.it.uicão
canônica
a
respeito
pela
acão
à
do
pop~
elabor-ação
em
populares
a
da o
uma
at.uali:za
o
dominantes(det.ent.ores
do
de
revela
torna-se
part.ir
esquema
ar-qui t.et.o
como
um
a
a
matéria-prima e:ficácia
A
mat.erial das expressões de
e
operam
processo,
ideol6gica.
alquimia
o
qual
do
neste
concorre
representantes
é,
na
E
disperso
lst.o
ret.oma- o
hegemonia
grupos
comum,
Ort.iz
Est.ado~
no
nacional.
ideológica reside em t.ransforJnar classes
grupos
desses
consciência
car-r-eada
conceit.o.
Int.roduzida
cultur-al
verdade
const.rução
da
int.elect.ual
fragmentada
Na
do
dos
simbólico).
edificio
da
het.erogeneidade crucial
e
nacional-popular. base
da
gramsciano
sociedade,
do
do
t.emat.ização
outro significado
um
mesmo
das
espírit.o
nacional-popular. Dest.e
modo,
part.icu.laridade memória
do
nacional,
sublinha
popular no
Ort.iz,
quando
cont.ext.o
da
a
conf"ront.ado sociedade
em
problemát.ica
à
universalidade
brasileira~
é
compreensão da const.ant.e r-eelaboração discursiva do t.raço int.rinseco
à
cult.ura
do
povo.
Logo,
105
a
torno
heteroc;eneidade
da
de
uma
resolvida
pela
mestiço feit.o
nela
evidenciada
devido na
a
presença
t.rilha
do
plural mas do
resquícios
pensamento
dist.int.a
Carnaval
t.rint.a,
de
como
de
qualquer· de
embut.ido
est.aria
Gilbert.o
de
simbolo
indígenas, Freire,
out.ra ao
e
brancos,
sinónimo
ser
brasilidade, nesse
negros
a
igual
após
esquema
de si
uma
ident.idade
mesma.
advent.o
o
t.orna-se,
A eleição
da
r-evolucão
de
e
baseado
na
ident.i t.ário
aparência mest.ica do f"est.ejo. Para
Ort.iz,
as
submet.e
é
f'est.a é
sobreacent.uado
os
cordialment.e
unidade
nacional
classes,
não
ideológicos
que
realidade
em
cimentam
uma a
social,
despert.ados
da
multiplicidade
sobre
que
no
de
cosmologia
dominação
de
nação.
t.ranscende
e
delirnit.a
o
seu
do
acont.ecer·; exibE" o
sauda
uma
sociedade
da
nos
mas
ordem
caso
No
f'est.a
planos
uma
o
cuja face
A
nút.ica,
nacional,
univoca,
ele
nacional"<Idem:138).
telúrico
o
t.ot..a.lidade
essência brasileira,
urna
e
sobz·e
t.ot.alidade
sent.iment.os
alegre
f'undada
urna
est.a
da
discurso
a
ident.idade
saudada por encenar
espirit.o
é
Est.ado
da
const.rução
pelo
populares
concret.os
element.os
de
carnaval~
a
brasileiro:"O
os
quadro
ont.ologização,
particularidades
Est.ado-Nação int.egra
essa
de
mecanismos
e
polít.ica
económica
hist..oricament.e f'igurada(Ort.iz/1980:41-2). Os
dois unidade
pret.ensa. discurso
dos
cont.rastam
int.erferências
do
capital.
Cont.udo
deslocam
par-t.iculart.em.át.ic:a
do do
nacional
mobilizador
eve-nt.o
a
como
Samba, nação, em
do
e::feit.o, seu
sua
conferir
em
mat..arialização t.amanha
força.
o
quais
exat.ament.a Da
nivel
t.rat.ando de
rna.t.izes
f'at.o que
mesma
106
at.ribui poder
como
forma,
reprodução e
sit.uações
em
carnaval, imerge
na
como
da
sociedade,
são
"reforçar
a
da
referendam
de
das
Escolas
de
a
coesão"
da
agenciados
espet.áculo
as
o
sucesso
são
no
comunidade
social
ao
at.:ribut.os
nacional
uma
do
nacional,
Captam
element.os
signif'icat.ivas
Queiroz
suspenso
Os
Est.ado
íragmentadora
especificidade
"superespet.áculo",
permanece
se
t.radição
de
no
deÍendida
capi t.alista.
soldagem
mesmo
Em
'
quando
um
na
um
parce-las
de
de
dinâmica
ideologia.
secnndarizados. Com
à
para
sua
da
romper-
a
popular
est.abilidade
sociedade
dist.inguem.
carioca,
do
consti t.uição
atuantes
complement.ar-
hist.or-icidades
cujas
da
uma
de
ideológicas
ima~;inada 7
nacional
à
nação_;
his:t.oricidade
limites
nos
Brasil,
a
da
jus:t.ament.e
brasileir-a
cult.ur-a
da
guardiães
com
devot.am-se
analí t.icos
eixos
popular-,
relevância
no
evento,
para
emprest.ada
lhe à
reint.erpret.a~iva
at.uar;ão
indiret.ament..e
com
t.ema
transformação
em
do
no
fest..ejo
do
sig-nificado
o
in~elect.uais,
dos
Estado
nacional,
conjunt.o
urbana.-indust.rial
ocupados
da
e
sugere
sociedade,
de
consumo,
o
ou
problema
do
i ase
na
sem
diret.a
com
de
isso
sua
revelar
como as maquinações entre as relações sociais ampararam mat.erialment.e as ressignificações Carnaval
carioca
fabricante
como
expressa
na
no
vislumbrado manifes:t.acão
parcela
significações
de
aspecto
O
o
cultural
igualmente
e
de
processo
é
a
presença
pr-ocessos
e
relações
produtor
es:t.rut.urado
da
de
que
experiGoncia
determinadas
que
compromissos
do
sentido
de
coníiguração
por
de
aqui
de
assumida
cadeias
das
no
nos
lugar
seu
especificidade
quadro
estudado
emer-anha.da
sociedade;
essa
est.r-ut.u:ram
social
promovidas.
modelagem
pr-át.icas,
é
envolvem
a
do
pais
em
uma sociedade moderna.
luz
À
hist.or-izaçã.o de
at.é
do
do
result.a
uma
que
se
cotidiana,
dos
exercer,
Com
a
eleit.o, também
uma
dist.inção.
clivagem
que
desde
de
estudo.
o
o
acent.uado
Do
facultam.
âmago,
produção
do
a
já
que
part.icipar
marcadas segundo os limites da
imiscuindo-o
a
e
da
out.ras dos
dimensões
social
paulat..inament.e
fixada
da
vida
deslocamentos
seus
divisão
Enfim,
ao
mesmo
como Bourdieu, do
vez
agrilhoado cobra-lhe
legi t.imidade
int.ernalizando
apropriação
da
maior
campo.
A
ao
do na
se
t:r·abalho
é
esÍeJ~a
do
da
urbana~
o
sociedade.
depu:rament.o
competências
despojadas
individualiza
campo da cultura amplo
consagr-a
das
da
mesma
enquant.o
set.or,
Carnaval é
especializadas. da
í'est.a,
material
espet.acularizacão
se
e
empregando simbólica
reproduz
10'7
Estas
em
cada
ext.ensão
A
da
íormas<polimento),
como estrut.urant.e da oxt.ariorizacão
legit.imidade riqueza
que
' constante
insit.ut.ições
da
part.icipações
conjunto
o
um modelo
em
agent.es,
a
tempo
para falar mais
interna
progressiva
frent..e
distintas
carnavalescas
no
mecanismos
íolia,
nes:t.e
do ent.r-et.enimento. Nela,
sempre
práticas
codiíica-lhe
aceleração
pela
adotado
revela um processo
urbano-indust..rial
cont..exto
experimentada lazer e
rotinização
janeiro
estética das
formalização
propõe
no
hist..óricos.
a
de
em um âmbito de front..eiras
carnavalesco função
Rio
organizativa e
visto,
de
t.eórico-met.odológico
Carnaval do
formalização agora
erúoque
passam
a
para ist.o
pública disputar
dos:: a
a
acumulação
distintamente
dist.ribuída
escalas
mais
ext.en:s:as
no
circuito dest..a formalização pr-ogr-essiva. Dest..e que
insistir
ângulo,
a
o
ar-gument.o
espet.acularização
crescent.ement.e
abarcant.e
modernizadora.
Porém
é
rúveis.
significou a out.ro
deíinido
da nação.
no
mat.erializac;;::ão condições
nas
mesmo como
os
do
Carnaval
Robert.o
o
em
modo
da
social.
na
dinâmica
os
diíerentes
pródigo. Janeiro
qual
sociedade
brasileira
seja:
passa
poi·que
um
para o
âmbito
do
t.ema são
o
Creio
e
em
redefinição apreendem o
as
I•itualidade
que
exemplares
dar
parâment.ro.
Ort.iz, sua
nacionaL
se
assim à
sent.ido de
no
a
compreende
simbolicamente
sociedade
t.enhamos em mente de onde e
é de
inf"raest.rut.ural concorre
da Mat.t.a acerca
civilizador
sua
como
em
ent.relaçament.o ainda maior que imbrica a
resolvem
manilesta
processo
capitulo
relacionament.o
t.ot.alidade
íat.or
e
pelo
neste
"mediadores simbólicos",
Rio
cont..J-adicões de
novo
o
do
define-se
encampam os seus resultados nos mais
convivência
à
a
quais
Nesse sentido,
do
palavras~
event.o
do
bojo
brasileira
também
visualizado
interior
Em out.ras
no
adiant.e
íest.ejo carnavalesco no Rio
elevação do
pat..am.ar-
levado
sociedade
da
período
O
ser
ocorre
grupos são inseridos no processo e diversos
a
as
proposições
:r-.a-veladora.s_.
caso
quando as inle:r-e. Apanho em linhas gerais o
a:rgume.nt.o do aut.o:r. sabido que par-a Robe:rt.o da Mat.t.a a
É
carnavalesca sociologia seu
país
empreendiment-o uma
es:t.udo
que
a
e
dos
t.alvez,
a
insere-se
periférica
no
dos
conexão
da
Mat.t.a
valor-es,
nossa
pelo
mais
sócio-s:iJnbólico
rit.ual
'
proíunda
realidade"~
pois
nele
qual
o
mundial
e
um
Cavalcant.i C1992), do
aut.o:r·
nacional,
se
ent.re
obser-v;eo
inve-st.igar
o
''( ... )invent..;:;a,
ant.:ropólogo,
do
o
burguesa com
po&~sibilit.a-lhlil'
que,
aque-lo
obra
na
pa:ra
é,
capit.alismo
uma
de
básica isto
t.radiçãoC1978).
na
do
do
racionalidade
urna
projeto
brasileiro"_.
exist.ent.e
est.udo
seu
propost.a
concert.o
sist.ema
do
na
"dilema
valores
enraizadas
do
part.e
t.ambém o
int.er-pr-et.ação de
como
int.erpret.al"
plano
just.ament.e
opção
cantpo
de
valorações
de
conjunt.o
Carnaval
mas
sociedade
se chocam no
onde
comparece
brasileira,
pel"f"il de
no
no
t.emát.ica das manif"estacões
as
processam
escolhas que "irão det.erminar o curso das acões"(ldem:15 e 31>. A
valo:res essa
f"est.a
possível
"promover
const.it.uir
"a
carnavalesca em a
uma
é
sociedade
identidade
exigência
assim
de
um
a
expressão
complexa,
social lugar
108
e
porque,
const.ruir
onde
o
rit.ual
t.odo
do
afirma,
o
seu
plano
permit.e
carát.ei'"
predomine
dos
sobre
a
ao as
partes, o
o
colet.ivo
ajudar
a
fragment.acão
e
a
consubst.ancia a
posto
em
o
movimento,
ao
Reserva
relacional
Desart.e,
maneira
brasileiro.
Ressalt.a
um
possibilidade
de
brasileira> formas
nos
reinado
A encontra
do
realizaria
a
inclusivist.a, paralisação
da
do
rit.o
maneira
se
É
povo.
do
em
ao
de
resolução
como
que
dessa
abolição
"rua"),
diz
para Po~
o
na da
sociedade
diferencia
dialogia
das
Mat..t.a,
"fundado
da
inversão
a
dilema
abrangent-es
e
diálogo
e
do
meio
casa(1981:38).
est.ar
críticos
mesma
por
transferir
da
por
o,
o
compet.e
burgués{da
em
laços
!unção
pela
Carnaval
t.ermo
um
com
da
brasileiro.
sociedade,
globais,
consigo
social
da
dos
pos:sí vel
I'esponsável
ser
Carnaval
port.ant.o
mat.erializar
níveis
nacional",
planos~
Algo
ao
de
maussiano,
o
íest.as.
sócio-simbólica{ideológica)
"semi-t.radicional"
!orça
de
ret.ot.alização
a
individualismo
o
valores
muit.os
altura tema
seio
a
da
utopia
práticas
manifestação de
possível t.emporária
"communit.as"
às
do
de
intel"pret.acão
e
brasileiro
colet.ivo"
se
das
promovida
t-emporária
das
inclusive
cesuras,
plat.éia{1995:92).
ao
no
quando
mít.ica
sist.ema
ri t.ual
ver_,
ele
É
espetacularizadas
est.a
privilegiado
daí
problema
que
possibilit-a
diversos
"ritual
um
sociais .•
ent.I'e palco e
seu
aíet.i vidade
a
dramat.izar
bur(!;Uesas
hierarquiais
da
rua,.
seus
os
e
a
sociedade" C197B:35).
nossa
o
de
um
unidade-
t.ot.al
social
ent.ão
como
define-o
a
prestações. "casa")
int.egra
função
social
sist.ema
da
impessoalidade
pelo
fat.o
holismo(da df?
isso
intrínseco,
de
dilacerador
a
festejo
do
procedimento o
entre
constat.a
Mat.t.a,,
resolver
seguir
sist.ema
enquant.o
na sua sincronia,
reconjunt.ar,
da
at.emporalidade
a
brasileiro esse
argamassando-a
a
a
à
Averiguo
Carnaval
sentiment.o
um
sgs).
e
Roberto
brasileira apelando
Cavalcant.i
propost.a do aut.or. ele,
nacional.
assumido por
descontinuidade
Para
sociedade,
de
individual"<Idem:24).
sociedade
carnavalesco(ldem:OS
Quando
o
"'ideólogo da nação"
papel de
propõe
sobre
~
populares
do
relacionament-o part.ir
do
cotidiano
carnavalesca,
da
t.ot.al,
inversão
I'eserva
na
popular,
confrat.el"nização;
a
Mat.ta
o
a
nicho
p9lo
homem
um
"ideal
part..icipacão
hieraroquia.s
do
Ele
carnavalesca
na
individualista-bur-guês
p:rot.agoniza
de
folia
das
lugar
reflexão.
sua
vigente
um
com
o
&
da
advent.o
povoC19B1).
Há
nest.a valoração um aspect.o ambigtio que se revela inversament.e no carát.er genérico da nocão de povo mobilizada pelo ant.ropólogo.
109
Tal
int.erpret.acão
sócio-hist.órico:
most.ra
mobilizado
volt.a
nacional~
por
sobret.udo
sobre
Ruben
dos
o
Oliver(1989)
anos
tomando
popular
uni verso
ocorre
o
que
na
sessent.a
o
não
em
mét.odo
das
vácuo
ant.ropológico
compreensão
simbólico
um
da
é
t.ot.alidade
camadas
populares
como t.ermômet.ro. A feição mest.iça do popular permanece como um problema, repet.indo a
impasse
o
maneira
dos
brasileiro.
sua
realidade
est.á
pois
são
Na
lados.
Mais
uma
o
cot.ídiano
cena
ou
nacional
at.ravessado
pelo
já
A
mesma
é
enclaves
a
ao
realidade
o
por
t.ema
uma
Entret.ant.o_.
ent.endiment.o de
porém
qual
no
rodeados
de
século.
cat.egoria
aquele
período
complicador
do
heurística
Oliver_,
não
daquele
princípio
como
lembra
manejad~.
aspirações
do
tomada
vez,
empírica :são
procediment.o,
os
é
modernistas,
ser
modernidade
int.elect.uais
dos
os
popular
e
embaralha
o
element.os
tradições
de
cult.ur-a
da
sociedade
do
de
t.odos
brasileira
significat.ivament.e
ur-bano-indust.rializada. Acrescent.a parcelas
Oliver
int.elect.ualidade
da
moment.o de decidir a de
definir
dilema. est.aria
que
é
apreendida
seria
submetida
moderno
no
a
país.
Os
simbólico
"nossa
nacionalidade".
uf'ãnica,
e
realidade
de
consolida,
era
const.at.ação
Ist.o
da
se
o
alvo
o
degradação
da
na
próprios
est.eira
de
at.ent.ados
da
cultura
A
modernizant..e
pop~aa,
grupog
do
hora
complexo
verdadeira at.it.ude do
dep.a-nd ... ndo
raiz
no da
nost.álg-ica
"progresso". inscrita
proporções
t..ambém
o
social
circunscrevê-la
dificuldade
ocorria
no
condensa
ecologia
popular,
largas
preocupações.
sua
uma
dos
de
mesmo na
expansão
"aut.ent.icidade"
consumo
das
a
por
popular
impulso
devido
ent.ão
popular
porque
esforçam-se
faz
de
"válidos" e
em
loment..am
Oscilam
modalidade
ameaçado,
int.érpret.es
mercado
aos
algo
manifest.ações
do que o
inarant.ag
como
defensivo
das um
condicionant-es hesit.ant.e.
A
cult.ura<Idem:77).
delendendo
mercant.ilização
at.it.ude
uma
agressiva
espaço
e
novos
esses
ident.idade dos produt..ores
o
Ela
que
A na
que
se
estava
na
por
mot.ivaçÕ&iii:
da
si t-ua.; ão
sociológica na qual est.avam inseridos. A propost.a de Mat.t.a de t.omar o de
unificação
populares, para
isso
desses
da
nação,
revest.e-se o
t.ot.al
próprios
complexidade
baseado
agora
silêncio
de
do
no
sêgmentos,
urbana-indust.rializada.
plano
uma
aut.or
Carnaval dos
valores
complexidade em
relação
pr-incipalment.e Ao
brasileiro como um rit.o
mesmo
110
as
sugest.iva.
camadas not.ável
É
assimetrias
quando
t.empo,
das
no
bojo
inseridos
na
se at.ent.armos
que
o
seu ensaio seminal O Carnaval Como Ritual de Passacem é escrit.o em 1973, nas
condições
sem
paralelo
de na
met.ropolit.ano novo
uma
int.ensiftcação
do
história
Rio-São
element.o
país
Paulo
pal'a
o
do
e
cujo
sobre
relevo
processo
o
modernizant..e
fôle11;o
amplia
conjunt..o
conferido
a
o
carioca
do
papel
brasileiro,
íolia
capitalista eixo
obt.ém-se
nessa
um
Há.
obra.
duas íacet..as que se complement.arn no quebra-cabeça. Fossem agências
os
sist.emas
cult.urais
do
de
Est..ado .•
comunicação
f"osse
o
e
divulgação iilt.egrado
empenho
mercado em art.icular nacionalment.e a
sociedade, o
expressão
expandiram-se
e
organização
Mesmo sendo modo
paradoxal,
como
define
retotalização ao
impulso
há
festejo
esta
percepção
mestiçagem
a
nacional. da
do
sintomático
É
lógica
popular
capi t.alista
no
e
just..ament.e no plano dos símbolos consciência:s:,
haja
vist.o
a
ob cecados em equalizar
o
país
do
regime,
ver a
Golbery
f'est.a
dos
governos
1'i t.mo
agent.es as
do
bases
de
nacional. Mat.ta.-
no
um
ri t.ual
de
ocorra
em
fragmenta
problema
das
de
como
deíinição
que
acão
dimensão
da esta
mesmo
que
inLervenç:ões
agudiza o
no
íat.o é em
a
dos
nas
país.
preocupação
de consumo t.a.rdia brasileira ideólor;os
que
e
a
meio
sociedade
da integração
milit..a1'es,
da sociedade
na
das
época,
indust.rial e
respeit..o as recomendações de um dos
Couto
e
Silva,
no
livro
Geopolitica
do
9rasilU967).
O que chama at.enção é
no
naquele
Brasil,
inst..ante,
raciocínio
aporia
o
plano
dos
de
símbolos,
simplesment-e
opor
de
como os deslocament..os nas relações sociais
comparecem
Matt.a.
que
Pois
a
uma
mercado
esíera
também
próprias.
e
cult.ura em um projeto
à
cultura O
exemplo. sinais
pa.ra
soldar
caráter
univocos,
simbólico
Est.a
ist.o
compromet.ido
e
com
como
símbolos
dos
signos a
não
dão
em
t.ambém
no
agora
se
"povo"
ancorada
especialização
wna _ tot.alidade,
é,
se
colocam
a
"elit.e".
Há
um
cultura se vai inscrevendo na sociedade
ideológico. Torna-se
poli:fônico
t..empo
só
modificações
aut..onomizada~
especííica,
um
"modernidade",
entrecruzament..o no moment.o que a como
a
complexif'icam;
S&
"t..radiçã.o"
as
e
port.ant.o o
fez
cada
codif"icados
comunicação
dificulta
t.emeroso
mais
bojo
ampliada,
prát.icas
conjugar
Gilbert.o
vez
no
em
no
de
polít.ica recorrer
Freire,
fecham
se
de
um
por
em
sist.ema
cont.ext.o
de
uma
sociedade complexa e soldada sempre mais pelo consumo cult.ural. Diria, sinuosas
o
com
novo
efeit..o,
panorama:
que a
a
sua
obra
de
mediac;:ão
1U
Matt.a cult..ural
constat.a
é
por
frust.ada
vias
Quando
ret.oma
uma
represent..acão
ele se depar-a com o
marcant..e
na
ideologia
brasilei:ra,
o
remanejament.o mais {;eral dos símbolos,
Carnaval,
por est..arem
colados às mudanças na maneira como det.errninados g-rupos ou coníormações mais
sociais
experiências, "rua"
O
projet.o
int.eragem
de
agora
em
conhecem,
perenidade
uma
out.ro
mediada
nacional
conciliação
sent.em,
ext.ensas
nacional
plano
de
E
de
carregada
heuríst.ica
é
Janeiro
element.os
t.ransformacões,
a
pr-oducão
orient.adas
pelos
especialist-as
na
que
lhe
região
esfera de
de
a
devido
confere
Cent.ro-Sul,
sentidos,
produção
amplo
porém
de
bens
fest.a
dos
ao
e
emerge
mít.ico Rio est.á dessas
enquant.o
raciono;;diz.:;:r.çÕQ&:: produt.ores<os
de
pela
a
urna
símbolo
epicent.ro
cult.ura
e
um
de
como
grupos
simbólicos)
"casa"
a
carnavalesca do
apego
a
expressam
dificult.am
o:rganizac:L:. sagundo
privados
int.eresses
a
onde
e
relacional
hist.ória
sua
e
malogra:
valores
candinho
pelo
passado colonial, :repost.o no :rit.o momêsco. de
t.ransmi t.ern
lógica
própria
dos
procediment.os no set.or de ent.ret.eniment.o. exemplar
É 0
Car-naval
folia, alvo
carioca
t..~ém
t.rat.a-se com já
do
agências
gracas
a
eficiência
t.elecomunica.ç ão s.. prest.igiado
-.É
tndi,ce
nos
piiagin~
dessa.
se
o
comercial
Manchet.e, por-
liiiUa>:~
popularidade
alemão,
da
tõ;odic5.aiõl
de
e
papel
e
amplos
"oit.ava maravilha pelas
governament..ais
dos
aparat..os
o
vaículc>
pb.-.-cQZ'n.avglo.-.cag
de
desempenhado
desde
dessa
representações
comunicacão
exemplo,
Mas
país,
divert.iment..o
nas
insi...it.uições de
na
cent..ro
mundo" ou a o
"confundir"
popularidade
cultural
divulgação pelas
Mat.t..a
brincado
internacionais
popular do
anos d;;::u;;l
bem
aprimorament.o
revist.a
A
folguedo
da
consubst.ancializava
t.uríst.icas,
já com
Robert.o
ascendência
de
e
de
do
da
est.a
sist.ema
dos sambas-enredo lado da. colorida A~. ao Aveni.da PreiSiid&nle Vo.rgo.s:, a.rqui,bancg,da& a.pinhCl.do..s de francês,
que
O
para
grava.eões
e&po,nhot,
período
"maior fest.a
do
cont.ava
conjunt.o
int.ernas
at.ividades
ação
a
fat.o
o
individualizadas
Concorreu
das
p:rim.ai:rao=
daquele
imbrincados.
mundo",
o
ai...enções
definindo-a como
seni...ido
com
leicões
das
int.eresses
nesse
social,
cuja
tecnológicos in1presso 1963
c.gt.Qntpgndo
e
de
mais
ocupa f"ot.og
do;:o
capa dos di ecoe long .oonter.d.o pla.ys ao Escolas de. Sambo. para o Desfi.le de 1971. i.menso. folografi.a po.norô.mi.ca. do evenlo no tomada. em suas margens por Longg,e altaa espectadores, ha !ro.ses, stogo.ns, em \.nglês, i,to,liano portuguêe a.nur.ci.a.ndo quo o Carnaval
•
•
U2
"~rande
cobert.ura do
mesma
A
país,
circunst.ância
est.abelece
popular
no
det.ect.a
uma
desfile" das Escolas cariocas
os
de
parâmetros
Carnaval cisão
do
Rio.
nos
redefinição
para
do
ai,
já
à
no
seu
dedicado
ao
t.ema
Reflexões), de
rua".
livre
é..
Ist.o
das
de
rua
que
est.á
que
aquele
em
o
a
bur-ocrat.izant.es espont.ânea,
na
que
est.ava
e
uma
a
Carnaval vivo! Biblioteca
mort.e
Nacional,
da
vida;
durant..e
o
ist.o
um
t.odo
da
se
li v :r-o
Imae9n.S
e
a
e
da
est...á
ocupando ele
metrópole
só
"se
Carnaval
me
est.udos.
Aí
popular.
mesmo
"Esse
e
eíiciência
c:r-iat.ividade
buroc1~acia
cot.idiano
individualist.a
popular",
meus
povo
propost.a.
aut.ent.icament.e
ianque. o
do
"carnaval
da
pela
t.ema
povo". E
racionalidade
iniciava
mili t.ar-,
sua
no
chamado
o
"valor-de-uso"
imperialismo
dent..ro
onde
pelo
quando
di t.adura pelo
sobre
palco
do
Carnaval:
int..erior·"<Idem:28).
do
passada,
pela
selvagem,
capi t.alismo
vilas
década
mort.o
re~ido
é
do
"mais
da
da
escreve
int.eirament.e o
simbólico
Mat.t.a
''íest.a do
quando
como
por
do
"racionalidade
carioca(Un·iverso
definido
t.rabalho
mil
1981,
post.a
participação
Carnaval onde es:facela
Carnaval
imposições
à
abert.o
do
ênfase
a
em
pensamento:
plano
revelia
burguesa", int.:r-ojet.a-se t.ambém em parcelas da reílet.e
.
apropriação
Também
valores,
2
diziam
Riot..ur,
a
pelo
imagem
as
escadarias
pode
ent..rar
do da com
medo w na pont.a dos pés(ldem:07).
São
escassas?
de
Escolas
brasileira,
na
Samba. porém
da
à
idéia de
normalização o
:forma,
Desfile
ent.ender de E 2
não
Foro.m Quo.nt.o pel.o.
do
Mat.t..a,
cumpre,
Weber,
a
revi.eLo.
p&ri.odi.cida.d&
do
ainda
na
relacionadas
da
nessa
segundo
do
do
cruzeir-o,
irregul.d.r,
o
à
uma
U3
pa.rti.r
da
das :folia
arrolada
at.ribuído
burocracia
da
Riot.ur" esquemas
aos
seria,
fest..a.
à
para
Da
meio
mesma
antit.ét..ica,
no
de um script.., do enredo. missão
a oe
a.
sua
FaLar
modelagem
t.ext.o,
o.compo.nho.mento
not.cu:Ia.mente
da
carisma carnavalesco, em
No.ncheteo
popular.
dimensão
aut.or,
Des:file
ápice
resultado
imprescinde do visão
~r ande
como
espet..áculo(da
rot.inizacã..o
organiza::_se
ao
sua vinculação " cult.ural, cujo
valor-de-t.:r-oca
porque
crit.icas
cult.ural
mercant.il
peaquil!lo.do.s O.
peça
re:ferências
absolut.izado
t.ant..as
industrial
da
as
já
selvagem")
''capit.alismo
ret.omar a
de
enquant.o
ló~ica
do "homogeneizant..es
ent..ant.o.. época
mot.ivo
"descaract.erizacão" ent-ronização
no
·=
cent.ral
••
o.noe ed\.Çõee
dos
a.noe
da
'""" f o\. eetenta;
•
fest.a:
'""".
pre ju.di.o;.;~.do ver
permitir ao divisão de
povo
ent.:r-e
que,
na
"t.ornar-se
os
donos
e
participante
seus
de
abordagem
um
um
7
at.or,
seguidores"Cldem:107)a_
a
Mat.t.a,
maior
acabando
Fica
individualização
a
com
a
impressão
do
Desíile
o
expulsa do acervo simbólico do povo. A
que
par-t.ir dest.e recort.e na int.erpret..ação de
seus
impasses
nort.eador dest.e
da
deambulante
geradas
ou
de
do
t.ambém, do
t.al
event.o
a
a
mais
complexidade
Desfile
do e-sse
Se
o
possibili t.a
no
o
país:;
Uma
aquela
de
renovados
ant.emão
homologia
das
com
Br-asil,
cria as fórmulas
e
Just.ament.ede o
em
poliment.o
da
acont.eciment.o
de
descolada
qualquer• É
compromet.iment.o no
hegemoniza
vivenciada
ópera
individualizado(plat.éia).
laico
se
de
for-mat.o
país.
de
at..ualizar.
nesse
dinâmica
est.ét.ica,
que
part.indo
no
na
argument.o
Desíile
t.écnicas
do
no
desenvolviment.o
chave para examinar o
a
simbólico
e
dispor
público
ger•ais.
grupos,
o
gêner-o
do
moder-nização
exibição
penso,
argument.o
urbano-industrialização
o
ident.if"icada
um
sist.ema
t.ransíormações
Desenvolvo
que
novos
com
da
perspect.iva, o
implementada.
armado
pr-est.igio,
volt.ado
com
seguir
par-t.ir de etu'edos t.odos os anos
cult.o
o
e
de
a
exponho
hist.oricidade
Carnaval-Espet.áculo.
para
cosmologia
a
conglomerar-se
lógica
a
diant.e
moderno
ressignificados
inst.it.uicao f"est.ivo
em
mecanismos
os
mont.ado a
para
condições
sugest.ivos,
corret.o,
cenário
o
de
daqui
est.iver
secret.a
int.egrando
r-azão
análise
estudo
Carnaval
t.êm
da Mat.t.a,
Robert..o
compasso
de
S&
pelo
conjunt.o
r-eacornodações repercussões
da
sociedade.
pr-ovocadas
nos
pela
e
processos
r-elações sociais. nEtst.a segunda met.ade de século. UM NOVO CENTRO: A CIDADE Em seu
dados
sobr-e
const.it.uidores 7
"t
~i.nt.omoit.i.co
qua.t •• vê
do
no
de
o
país~
um
mercadorias,
Claa.i.a.t.i.r.do o
Desfile
e
art.iculado est.e-ja.m
que
peaao....,
ent.re
amplo
por-
exa.mplo,
referidas a
aqui.
complexidade pot.ent.e
sist.ema
do
um o
sa.
O
dos
int.ernacionalment.e,
a.oompa.nha.dc.a
pela. t.etev\.eao.
114
per-spect.ivas: da ur-banização
ondê,
carnavalesco,
encont.ro de
e
t.endências
sócio-hlst.ór-ico,
espet.áculo
apont.ar-
por
consumidor
ambi~nt.&
o
t.r-ansfo:r-mações sugest.i v o
est.udo sobre as
dá
as
Est.udo
é
processos
produt-or com
r ot.ogra.fi.a.
e
uma no
int.rigant.e
base
peculiares
em e
européias
urbano-indust.rial, muit.os
seus
mesmo
possuídora
Vejamos com mais det.alhes a
na
economia
Es:t..ado cent.ral, a
importações, consumo com
seja
advent.o
soldalda
do
ambos
a
bases
or~anizar-se-á.
int.elect.ual
espaço e
O
simbólicas.
a
na
a
de de
capi t.al .. a
lógica mercado
um
equipamentos
é
mercadorias-signos.
E
de
quais
as
parque
bens
de
economia ..
da
veiculacão
sobre
e
de
e
recursos de
de
cont.udo,
íormacão
t.el'ciário e
produt..ivos
1940,
consumo
um
do
subst.it.uição
de
de
dos
de
intermediários
Desde
de
set.or-
ao
simbólicas
e
mat.eriais
bens
ut.ilizacão
processo
íormulação
dos
milit.ar.
na
do
modos
modernizant.e
t.ornou sede
set.ores
ent..relaçament.os
os
conect.andos
são
sel'vicos.
governo
at.iva
os
t.ransformações
ação
pela
polit..ica
dos
post.eriorment.e
dinâmica
à
encabeçada
consolidação
ot.imizacão
A
nacional.
de:fini t.i v as
pelas
pela
seja
pela e
indust.rializant.e
sobre
pujança dessa base UT'bana a
duráveis
o
Incindido
totalidade definida.
brasileira..
incent.i v ado
indust.rial
con~êneres
às
sobre as suas formações
favorecida
Sobremaneira
muit.o
caract.eríst.icas
compa:r·adas
nort.e-americanas<1991:102).
de relacionamentos entre os ~rupos e
dinamizadas
se
aspect.os,
de
valores.
t.oda
qual
no
as
dispõem
est.rut.ura
dimensão Ul'banas assumem o
os
social
cent.ro do
novo
cont.ext.o nacional<Sant.os/1993:27). tema
O
da
cult.ura
nacional?
s:ociedade-meJ."'cado
complement.a imperat.ivo
a
é
const.at.ando da
formação
relacionados
no
formação
de
lembrado
ou
composição sejam
de
uma
vai
modelos
compat.íveis,
em
t.emporários~
expr-essão
e
de
do i.dãoi.a profe•sor Rena.t.o Orli.:z, é
aparat.o
uma
respost.a
dos
cibernét.ica"
a
de
de
a
é
opera
do
ent.re
os
foi.
a
em
serem
que
deve
mas
a que
a
ser
sua lhe
d&
simulação
de
suport.es
mat.eriais
de
circuit.o
do
loma.da.
inleiro.menle mi.nho. a. a.proprio.Çêi.o que fQÇo.
115
o
armazenáveis
no
inst.rument.alização
ci.be:rnéli.ea."
pelo
Vislumbra-se
present.e~
infor-macion.al
se
Ela
est.ar
a
alcance
sociedade.
qual
de
engendrada
passa
a
essa
parcial.
amplo
element.os
lógica
adequação
pot-encialidade ··memôri.o.
da
de
cont.igências
escolha
t.ermos da
as
,
que
O
dessa 4
inscreve
se
t.ecnológico
símbolos
ident.it.ários
abst.rat.o
segt_pldO
demandar
o
qualidade
nele
simbólicament.e
dest.errit..orializada.
"memória
esquecido
porque
ciment.ar
seria
a
espaço-t.empo
consensos
•So
que
comunicação
ent.ão,
Mediant.e
informação,
da
processament-o
desde
como
problemát.ica:
seguinte
jo~o
iníla
de
empréelimo
consumo
de
ór-bit.as
universalizáveis,
étnicos,
signos.
raciais,
element.os logo
regionais
não
ou
Car-naval
do
problemat.izacão argument.ação
Enfim,
doravant.e,
simbólicos
fechados
mesmo
do
em
Este
consist.e
prematuro
a
universos
nacionais.
Rio,
é
porém
capacit.ados
no
circular
em
aut.o-cent.rados
à
tema,
luz
minha
núcleo
desenvolvê-lo
da
agora.
Trago
antes alguns outros dados. fatores
Os elevadas
t.axas
de
elencados
acima
cresciment.o
com o aument.o do
fluxo
veget.at.ivo,
migrat..ório,
em
aliment.am. a
conjunto
expansão
do
com
sist.ema
as
urbano
deslocando para ele, no curso de t.rês
décadas, mais de 30 milhões de pessoas de um campo secundarizado ant.e ao
empregos salta
no
dos
período. para
18
passada 68% nós
dos
impact.os
int.erior
do
Com
ao
os
íuncionais.
primeiro.
as
em
gerou
eíeito,
ent.re
1960
e
1980
:r-epresent.ando
do
Est.e
país.
sobre
sist.ema
O
socioeconômica
de
milhões
população
urbana
irúcio
década
da
significou
entre
social
do
trabalho
sobrepõe-se
ao
:r-ural e
met.:r-opolit.anas
simbólica,
e
a no
di visão
urbano
aglomer-ações
20
:r-eordenamento
a
t.oda
de
t..orno
milhões,
redimensionais
ecologia
dessa
impulso
habit.antes
est.1~ut.uras
suas
Cujo
indust..rial.
império
t.omam
a
com
as
e no
rédeas
do
hegemonia
conglomer-ado Rio-São Paulo(Faria/Idem:103). dizer-
Vale
a
format.ou
uniíicada
segmentada carát.e:r-
em sua
os
novos
rumos
em
seu
conjunt.o
est.rut.ura
sociabilidades..
das:
principalment-e
ajust.es,
p.arad.igmat.izados
pelos
Ul"bana-indust.rial. e
consumidorpublic:::it.ár-io,
do
sis;t..em& qu&
sub jet.i vidadés: Cldem:106),
mas
de
ainda
di versiíicada,
Faria,
dos
das
per-sonagem a
pela sociedade
desigualdades
hedonistas
isso,
que
t.omados
redeíinição
a
com
valor-es
Mais
p&r-mit.e
pr-enhe
obser-va
consumidor-a'',
U:l"bana
média
que
ampliação
O
impressionantes
parcelas
se:t'viços
comunicaç&o,
et.hos
do
con&~umo
ao
sociais<Idem:105).
imprescindivel
d&
sint.onizado
e
comport.ament.os
comar-cial o
complexa
sofre
novas
dos
acele:l'ar
br-asileir-a
da
"classe
nessa
~rama
de
calcada
ir-r-ompa da
ideais
no
C:t'édit.o no
ao
mer-cado
campo
das
m&r-cant.ilização
dos
modos de experiência individual e coletiva. Milt.on
Sant.os<1993)
t.ambém
hist.6ria da urbanização brasileira, o
do
"meio
isso, diz, ist.o
é,
t.écnico-cient.iíico"' íoi
uma
necessár-io esfera
a
no
ocupando-se
enxerga como o cont.ext.o
íor-mação do
deíinida
pela
do
que
período
na
moment.o de expansão
geopoli t.ico chaJna. de
compet.éncia
116
mesmo
baseada
nacional.
uma nos
Para
"t.ecnoesíera'', c:r-it.érios
da
engrenagens
interligando
regular
mundial. At.ribui
a
por
o
nacional
vet.or
mais uma vez, a mediador
assegura,
ao
objet.o,
mesmo
ist.o
racionalizant.e a
uma é
da
rede
de
capaz
de
bases
em
escala
t.empo, do
é,
grau
das
capit.alist.a
emersão, do
por
alt.o
independente
socialização
à
discurso
um
circular
país. Est.a esfera,
do
import.ância à
para
inst.rument.alizam
fazem
uma homologia ent.re essa e
construindo
elo
as
por
mobilizada
t.ecnológica,
que
territ.ório
o
mesma
movida
e
analit.icas
e
volt.ada
uso,
seu
agent.es
intercambiada
mas
out.ra esf'era
de
espaço
econontia
a
regionais,
do
o
eficiência
da
especializadas
de informações
numérico canais
e
cient.ífica
racionalidade
de
seu
vont.ade
uma
desejo,
individual .. consumo. E
est.rut.ura social do
inst.ância da cult.ura mode:rna surge em sua conclusão como
de
as
ambas
esieras<Idem:45-7,.
ver
também
Sodré/1983:63
à
70 e Cost.a/1986:22-3 e 138-55-80). A est.at.ut.o
problemática sociedade
da
de
consumo> Nos
Baudrillard(1979:78).
por
à
vincula-se
conio:rmação denominado
necessidade são perpassados desde o t.r-oca
e
mercant.il
simult.anea:ment.e
t.ambém
vias
valor
no
de
uso
a
e
pela lógica do esquema da
individual
segment.adores A
est.abelece
que
legít.imos
obedece
assim
sociedade,
da
articuladoras.
mercadológico
nicho
nesse
at.ivada
vida
suas
o
sociais
conformidade"
de
significados
dos
escolha
A
de
est.ilos
dos
parâmetros
objet.os.
os
espirit.ualizam
"ideal
seu ínt.imo
hierarquia
da
at.ores
de
-Lermos,
seus
dos
t.emát.ica
do
aos
porém consumo
outras
à
organização e expressão da cult.ura. A
do
par
deste capít.ulo do
popular
aludida
do
nessas
novos
pelos
processo
int.rigant.e"
sociabilidades sociológico condições,
a
e
o
sez-
simbólicos fundament.al
impact.o
ent.re
ressignif"icados, aos
'
investigado.
art.iculação
int.eresses
moderno
sist.e:ma
coloca,
é
no da O
no
nível
da
socioeconômica
Brasil.
cultura,
socialização rast.ro
a
caso
do
e
mit..o
est.udo.
Pois
íundo
Justament.e
os
seguido
do
a
é
da,
com
a
como
entre
como o
ao
porque
ajust.es
rit.o
fest.a
cultural,
brasileiro
inst.it.uições
.
e
conjugados
capit.alist.a
ser
agentes
de
reordenação da cat.egoria
urbano-industrial
novos
dest.e
a
pano
o
modernização,
de
ingredientes
do
descrit.o,
circunst.âncias
civilizador
caract.erização
"complexo e
macroestrutural
base para os seguintes -
pr-omovida
oxigenadas avanço
e
horizonte
as
nexo nêssas
elementos
carnavalesco,
concat.ena,
agora,
não t.ant.o à celebração ou reposição da memória de um grupo rest.rit.o: seu
H7
horizont.e
o
é
resolvido
present.e
por
uma
da
sociedade
especialização
na
o
qual
funcional
das
t.ema
da
prát.icas
recreação
e
dos
é
sent.idos
nela produzidos<Canclini/1983). É
alcançado
dest.a
perspct.iva
pelo
Desfile
mesmo
e
nacionais
Escolas
das
ext.er-ior.
conformação
a
entender
no
se vai prescrut.ar-
que
do
Ou
de
Samba
melhor,
event.o
como
com
inst.it.ucionalização inst.ância,
últ.ima
Em
ampliados.
a
espet.acularizacão
é
publicado
1975
sobre
já
visível
a
em
combinação
travado
cult.urais,
indúst.rias
profissionalizadas, burguesia
da
e
além
cada
vez
da
ent.re
dando
as
Escolas
O
de
aut.o-suíicient.e,
diagnóst.ico
inscreve
ent.re
produção
enxergá-lo
no
qual
no
Mônica
do
da
e
de
Rect..or
qual, da
produt.o
de
uma
realidade
t.rat.a-se.
ambient.adas
cultural processo
A
as
e
lazer
"ao
em
da
observa
no
realidade
um
plat.éia
ao
art.igo
espet.áculo"
relações
t.odo
de
cult.urais
um
de
plat.éias;
bem
insePe.
se
do
fenômeno
de
o
respeit.o
curso
t.ornando-se o
ser
bens
a
prest.am-se
int.erior
ressemant.izador
mas
No
cult.ural
exposição
consumo
e
circulação
Samba
urbanas,
conferindo
mercado,
de
de
debat.e
plano
um
média
disjunção
mais..
de
a
ent.ret.eniment.o.
de
"monwnent..alidade
cont.a
passa
mercado
semiot.icist..a
a
a
um
t.ermos
em
geral da sociedade,
mais
realidade.
out.ra
cariocas,
função
próprio
o
Desfile,
classe
consumo"<Idem:119). par-a
o
em
de
''sucesso''
assinalado
objet.ivo
o
Tomando-o t.ambém como t.ermômet.ro do ajust.e cont.racená-lo
o
um
de
e
no
valor
produção, desde
já
cat.egorias
de
é
aucliência-pagant..e.
Os classificação Dest.a ót.ica, problema
nat.ivas as
no
inst.it..ucional
cur-so do plat.éia
com
público
a
f'&st.e-jo do
no
publicit.á:r-ias nova
ou
ab'2rdo a
pagant.e,
considerar
a
bojo
dos
cit.adas
sit.uação
p,;.:ropassada
é
Est.ado
it..em post.er-ior
em
ensinam
coerent.es
frases
enfrentado
da part.icipação nival
nos
ant.ropólogos
no
a
sugerem
dos
just.ament.e o
carioca:
a
ent.re
UMA IMAGEM DE CARTÃO POSTAL
a
quest.ão seja
no
cult.u:roais.
No
t.ransformacão
da
produt..or,;.s
cotejando
relação
cult.urais.
t.ema da audiência,
como fio condut.or.
118
sist.emas
Carnaval
pelo
questão,
t.omando
ant.es,
do
nível
seus
as
Carnaval
e
t.urismo
A
discussão
decididament..e cult.urais Botu"dieu porém
a
sobre
presença
produzidos ocupam
a
o do
para
assim
Carnaval-Espet.áculo Desfile
públicos lugar
um
context.ualização
no
de
Carnaval
ampliados.
import.ant.e
espaço
carioca
As
no
a
campo
brasileiro
incluir
dos
elaborações
const.rucão
na
social
passa
bens Pierre
de
do
argument.o,
impõe
ressalvas
si~nificat.ivas.
linhas
Em
a
gerais,
teorização
respeit.o da est.rut.uracão de um a
aut.onomização de
t.odo
o
mercado
circuit.o
de
Pierre
de
específico
produção,
Bourdieu(1992)
a
da cult.ura subent.ende
circulação
e
consumo
de
bens simbólicos. O que de um pont.o de vist.a mais amplo est.á embut.ido no concert.o de um processo de desencat.ament.o da sociedade,
no
qual esferas
gozando de mecanismos de legit.ímidade próprios const.it.uem-se Cabendo
out.ras.
as
umas
pertinência<Idem:99). submet.er esse
qualquer
de
interferência
Alguns
realidade
a
esquema
unicament.e
do
analít.ico.
autores
primordial
desempenho
já
caract.erizada, do
os
percalços
e
brasileiro
é
a
dest.it.ui-se
observaram
conside:r·ado
oposição
auto-legislarem;
se
ext..erior
cult.ural
mot.ivo
autonomização em uma sociedade pelo
elas
poder
campo O
a
em
de
de
se
lat.ino-americano
just.ament.e
quant.o a
o
t.ema
a da
sua modernização.
e
Est.ado<Canclini/1990
Ort.iz/1994).
Vejamos em que medida t.ais considereções ressoam sobre o processo est.udado nest.a dissertação. No do
Brasil
ordenament.o
não
executivo,
poder
socioeconômica.s 0
o
Est.ado foi o
na
sociedade,
da
expansão
com
de
efet.iva
seja
0
O
advent.o
reforçou
inserção
do
em na
país
'
com o
dit.adur-aCCout.ínho/1982).
conjunt.o
do capit.al
r-egulament.ar-
burocrát.ica nacional em
imP,ôs
a
e
seja
produzindo
capi t.alist.a,
1964,
parafernália
int.erferiu
est.imulando-as,
cont.ou definit.ivament.e da
de
cent.ral,
dos
ordem
capit.alist.a
t.ecnocr-át.ica
seus
diversos
necessidade
de
inédit.as
Est.ado cujos
rúveis;
int.egrar
consumo.
119
a
as
prát.ica.s:
pós-II
a
Guerr-a anos
abrigar
uma
da
como
a
nos
deit.a:ram-se
increment.o sociedade
do
part.icipação:
do
passou
agente
:rast.:ro
empreendido
membr-os o
como
no
est.a
mundial
modernizant.e o
relações
desenvolviment.o
o
milit.ares,
ent.ão
ist.o,
supremacia
das
diret.amente
planejando
bases
Pa:r-a
jogo
no
governos
empenho
t.ot.al
t.rint.a, das transformações
agindo
e
com
juridic.ament.e
mot.or, sobret.udo após os anos
econômicoCianni/1971). golpe
apenas
int.uit.o
o
politico
sobre
acumulação mercado
de
ínfraest.rut.ura(viária~
A montagem da e
inst.alacões
indust.riais
de
A t.essit.ura port.ant.o de âmbit.o a
é
soldada
homolo~ia
uma
esforço
cult.lU"al
hist.órica
Embora
país<Idem:114).
ent.re
o
de
est.ímulo
e
ampla
g-ama
conversão paroa na
bens de
em
esf"era
cult..ural
est.eira é
em
são
Empresa
a
int.er-essa -
e
do
econômico.
ao
medidos
de
bens
mercadorias.
criadas.
Dest.e
Ent..re
Brasileir-a
de
em
Tur-ismo
aparece
post.ura
objet.ivos
capacidade
a
de
disponbilidadeinst.it.uicões
que
em
1966.
mais Na
Sist.ema Nacional de Turismo e
rormado no ano seguinte o
a
com
o
é
no
privilegia
diversas
e
com
Est.a
pela
ralação
modo ..
est.as
mat.erial
mesma
ent.ret.eniment.o
principalme-nt..e
mas
que
encont.r-a
censor-repressivo,
soment.e
no
est.udo
simbólicos
capit.alist.as.
não
No
Or-t.iz(1988)
aspect.o
est.l"ut.uras
t.eve
cont.ext.o
indust.rialização
mercado
pelo
nós
mesmo
Renat.o
da
volt.adas
são
uso,
metamorfosear-se
redimensionada.
no set.or est.á combinada à
iniciativas símbolos
do
desenvolviment.o
avanço
das
gel'enciament.o
Os
é
Est.ado,
no int.erior
caracter-izada
Est.ado aut.ori"t.ário
mercadológicos.
do
sociedade,
na
presença do
de
de
produção
da
fort.aleciment.o
uma
cargo
um sólido mercado capit.alist.a ent.re
no
moder-nização
a
a
polit.ico seu art.ifice-mor. É
cult.ura
sob:r-e
o
do
base),
ener"ét.ica, de comunicações
nos
mesma ocor-:re
o I Encont.ro O:f"icial de Turismo Nacional. Est..es t.lll"'íst.icas~
Ao
novos
at.é
discutirem
Gelas Laje do Rio de
ent.ão o
pouco
t.urismo
Paulo
e
element..os:
vêm
consider-adas
como
César-
campo
um
pelo
f1an.co
poder
r-elações
most.ram
nas
at.ividades
público
brasileiro.
econômicas,
como
a
Feira
Beat.riz
H.
Int.e:rnacional
janeiro em comemoração aos cem anos da Independência, em 1922,
ent.ão~
junt.a.ment.e à
ABT, depois
relação ent.:re Est.ado e
Touring- Club do
Cili""daii!
da
t.urismo
r-ecém-f"lll'lda.da Associação Brasileir-a Brasil,
o
o:r-ganizado(Jdern~20).
viagens: p:r-imair-a&
de
Milone(1991)
pode ser t.omado como marco da Desde
pr-eencher-
UniAo
um esquema de
hotéis e
no Brasil. de
Turismo
ag-ências
ABT
qu~
Int.liJ:r-nacion.al
dtõt
de das
O:r-ganiz,g,ção
dtõt
Assunt.ol!iil
Tur-ío:at.ioog, :f'und..._cU;._ g.m 1024. Apesar do at.enção,
mui t.o
dit.adura
de
dedicadas
à
primeir-a Joandre
'
impulso inicial, a
Vargas, á%-ea
fundada Ant..ônio
ainda
no
aparecam
as
embora
t.uríst.ica just.ament.e
Fel'l'az(1992),
os
na
verdade é inicio
dos
primeiras
apenas
t.rint.a,
inst.it.uições
capit.al em
o set.or recebeu pouca
anos
depal"t.ament.os
ent.ão
120
que
1938
e
federal,
durant.e
g-overnamentais
comdssões(sendo em
aparecem
a
1932>.
algumas
a
Seg-undo normas
reg-ularidade à
legais visando dar
à
rest.rit.o
~overno
ao
para
vender
sabemos que est..ava o diz
1939,
e
porém suas
est.a
Decr-et.o- Lei
em
dividia
o
Minist.ér-io
da
Ainda
gerenciar~
Combrat.ur
diret.ament.e no
polít.ica
at.o
nacional
no
t.uríst.ico
à
subordinada
de
t.urismo.
concebendo
disciplina
bens
dos
modelo
o
de
nat.urais
de
para
isso
do
a
Ferr-az
germe
de
urna
dir-eit.o
econômico
planejament.o
t.ur-íst.ico
no
cult.urais.
e
planejar,
República. o
mero
Combr-at.ur,
est.ando da
das
Juscelino
pret.endia-se
embrião
de
Turismo,
gover-no
fundação
expresso
Em
mui t.as
Turismo
set.ol"..
sua
de
Comércio
Presidência
de
o
"É
o
quest.ão.
permanecia
de
quando
Depart.ament.o
no
já
da
Divisão
e
fiscalizar:
desenvolver
jurídico-positivo
a
Est.a.do
Brasileira
de
além
do
1958,
em
o
bojo
aut.orização
just.if"ica
ocupado
Indúst.ria
papel
Comissão
enfim..
Brasil,
na
cent.rado
a
muit.o
organizar,
const.at.a
o
Apenas
inst.i t.uída
é
propósit.o
o
assim,
pedir
se
inst.aura seu
obst..ant.e t.er se
de
imposicão
1.915
t.raz
não
viagem
Imi~ração
qual
com
agent.es,
de
A
o
fiscalizador(ldem:3Q-1).
com
passagens.
Propaganda,
at.ribuiç:ões.
Kubi t.schek,
agências
Depart.ament.o de
o
Fer-r-az,
Imprensa
das
obrigat..or-iedade
acão dos
apoio
à
pr-odução e no incentivo ao consurno"<Idern:34). Por de
meio
surge
1961,
da reorganização
o
Depart.ament.o t.ur-ismo
do
compreensão
Minist.ério
do
Nacional
como
de
da
Indúst.ria
Turismo.
at.ividade
que
O
evidencia
econômica
uma
do
at.o no
c:r-it.ério
a
se
qual
mont.agem
estabelece os objet..ivos a 0
principia
que
ordem capit..alist.a nacional
aut.orpol"
mesmo
o
papel
não
planos,
soment.e
r-esponsabilidade
pelo
politica
a
iníraest.rut.ura
Decret.o-Lei 55 nacional
est.at.al
mas
pr-ojet.os.
est.udo, do
de
Fora
mercado
de
t.ambém
plano
de
1966,
t.urismo .•
para
foment.ar
t.urist.ico
o gover-no
cult.ura no
serem alcançados. Com efeit.o, à
disciplinador e
progr-amas
conceitua da
edição do
na
a
organizar-
o
set.or-
o
e
se
Embrat.ur coube atribuída
lhe
como
de
t.endo
financiament.o
o
a
específica,
transformando em bens t.udo quant.o a ele se vinculasse. Porém é Cast.elo Br-anco
Comércio
e
sist.ema.
E
de
a
ainda
promover at.ividades e f'iscalizaz- os agent.es do ramoCidem:38). O polít.ica
t.ext.o
est.at.al
normas, quando
de
Decret.o-Lei
implement-ada. ar-t.iculadas
"desenvolvimento
f"ont.e
do
renda
do
deixava Pois
pelo
turismo",
nacional··.
o
pat.ent.e conjunt.o
planejament.o de como
No
informa
decorrer
121
o dos
o
conceit.o
das
t.odos t.ext.o, anos
suas os
nort.eador
da
diret.rizes
e
seus
níveis ao
equaciona-o
"como
seguint.e:s 1
novos
instrumentos t.UI'ístico.
jurídicos
Int.eressa
conceito
viajantes
a
1989.
por
capitalista
reconhecimento
Ele
de
a
intervenção
as
po!lt.lca
de
que
do
:r-ealizações
ent.ra no
compreender
a
Estado
no
set.or
por
est.e b reve
orientadas
~aç amos ,.
t. .. -,·smo • <LO-"
em
int.ernacional.
t.uristica
ajuda-nos
a
hor-a
moviment.o
do
classe
da
ampliam
an t. es
t.ermos
Brasil ent.:r-e
crescent.e
um
númericos, os
anos
import.ância
de
de
1960
est.rat.égica
do setor no conjunto da economia nacional: Se const.ant.e
em
1964
entraram
at.é
1967
em
seg-uinte, 35% ano
no
de
mais
a
Ano
1989.
apenas
o
1972
quando
número
mil.
450
o
A
Rio
de
a
1972,
dóla:r-es.
de
Riot.ur,
met.rópole colocava
Por
a
Brasil
da
para
o
os
países
do fluxo
desses visi t.ant.es é Pal"'a isso. a
do Est.ado em est.imul.ar- o
set.or.
algo
bilhões
em
t.o:r-no
sessent.a. 294.
O
em
dois
número
de
mant.ém
a
mais
Guan.ab.al"a
const.it..uia o
milhões
cambial
especifico
do
const.:ruidoo;;z. da
clao;;z-'õlo
como
A
par-a
Rio.
f""QiXQ
t.u.r-iiOI"t.ica
Mer-idiem,
&la
os
pólo de
201
at.ingi:ra
lit.or-.§.noQ implant.ado,
'
no
bilhões em da
toso~
Or-loliil
d.-nt.roo
Ot.hon,
na
ár-ea.
13
Sul
detém
a
"maiorTurismo do
.Qbr-iga oQ
o
primazia.
década
sai
dos de
2
A
1972.
quar-t..os comploMo
a
quem
Est.ado
de
cif"ra.
no
bilhões
75
de mil
1969,
para
50%
setor.
gr-upo.o;;r
nele
da
ent.ão
em
470
mil
de
dos
milhÕes
qUAl
do
de
Desde
O
no
salt.ou
602
a
em
visi t.ados
mais
final
1975.
investiment.o
moment.o .•
era
Mundial
oferecidos
em
769.,
criada
do Egit.o .
conceder- isenção Iiscal
naquele
Sherat.on e
e
cidade
esfera lede:r-al invest.e
hot.éis
empl"'eendiment.os
maior
pais
do
1968
de
em
417%
mil
17
política de
investisse
padrão
de
aos
de
a
897
acompanhado pelo empenho
cruzeiros~
de
apart.ament.os
chega
e
1970..
Embr-at.ur
de
como
e
"
planeta. Abaixo apenas da Espanha, dos Est.ados Unidos e O aument.o
mil
um saldo de 16
Rio
Organização
No
763.
402
set.o:r-,
do
média
mil
333
manteve-se
divulgar:
ent.re
país
milhão
1
municipal
fazia
lugar
no
400 mil em 1989 e
America Latina". A quar-t.o
em
atinge
Janeiro
empresa
ent.usi.a.smadament..e
t.uríst.ica o
isso
t.UI'istas
subira
cifra
mais visit.ada por 50% desses t.lll'ist..as -
milhões
mil
125
No de
911
caso hot.Q.is:
hot.oloir-o
t.r-aTU;i!na.Cionaiiil,
Todo o
conglomerado
turíst.ico empref:aVa 64 mil 362 pessoas, em 1973, e soma 365 mil empre;os
•Oa
da.do& numêricoe roeol h idos nos foro.m a. nos d. i.P?O a. .t.PPJ..
sobr~
o. Boletins
ent.ra.da. Anua.i.&
122
do
""
t.urist.cw Embra.lur.
• A
\.nvest.\.ment.os pesquisa
no set.or cobriu os
6
no ano de 1989 . Out.ro índice import.ant.e da expansão do set.or- de t.urismo no país e part.icularment.e na cidade~ é
o aurnent.o das empresas ligadas ao ramo de
prestação de serviço. O número de agências de viagens e
t.urismo consist.e
no t.ermômet.ro da ampliação no set.or. Porque em 1967 eram apenas 134, das quais 6
eram filiais.
para
subiram . 7. f" 1'li al.S
perfil
Para
do
dessas
Em 1972, haviam ent.ão
51.
Em
em
1994
viajante
at.ingír
que
emprego~
principal
font.e
para
12
mil
de
t.ransport.e
empresas
da
de
guias
de
830
1.684.
à
chega
empresas<Relat.ório
os
constavam
1989
um
agências,.
89%
com
t.uríst.ico
e
123
62
de
da
no
182
de
ao
serviços
con:s:t.it.uem
Onde
ox-g.aniz.ação
as
os
classe
Rio.
Hliais
consonância
agências
hot.éis
as
incluindo
utilizam
As
exist.ent.es
e
217
em
deles
RiOt.ur/1988:07).
turismo
de
Crescimento
cidade:
junt.o
t.ot.al
a
t.urist.ica, t.ambém
event.os
36
est.ão
inst.alada.s.
t.J.~oux...
no
recUT"sos
m..Uores
país)
passou
a
para
o
set.or
com
o
primeiro
cont.ar
capacidade para os grandes boing.s: e do
empresas aéreas apenas 4 sao
Em Em
1970,
indicando
operam no •
•
nac1.ona.~s
à
ralação
o
desembarcado
na
e
do
620
pelo
país
naquele
da
Carnaval
t.urist.as
parecer inexpressivos quando passaram
est.abelecimant.o
de
.aa:rovi.S.:rio
com
jat.o, pont.a de lança
passageiros.
int.ernacional do
carioca,
est.at.íst.ico
semana
mil
8
cidade(pioneirament.e
Galeão,
At.ualrnent.et
42
ent..re
as
quais
t.raço
peculiar-.
lii'QçQo
Qgp..,.ci.al
.
capi t.al
Anuário
que,
B
set.or
A
out.ros aviões a
t.ransport.es
de
mundial
comércio
t.uríst.ico.
os
dados
Embrat.urdaquelQ
cont.ém t.rQZ
ano
est.rangeiros.
comparados aos 324 mil ano.
Ent..ret.ant.o,
dest.es,
um
UJn.lilo
na
Guanabara..
Esses
e
números
303
109.363
haviam podem
visi t.ant.es est.iveram
que na
,,.,., . 7
•
.1Pó9-73-PO-P4 Embro.tur de Anuó.ri.os retCllÓri.o númerb de Clgên.;i.a.s de peri.odo, mesmo o e turi.smo om sao d.:ts: 94.1Cs&ndo 25 fi.t\.o.Í.G) om :lP6C-, BCU., Pcwlo z' 707{da.s quais 3ZZ H>92. Tai. e da.dos 00 aoo de i.rnport.ant.es, fi.ti.a.i.a> o;onsi..d<il'rClndo que sõ.o PGUl.O 50 H mo.i.a do doe t.uri.et.Q.e do dornéeli.eo• Eeto.do qu• estão 00 Dura.nt.e .l'Clne-\.ro. o o;CU'na.vo.l de .1995, R\.o de 270 o v\.s\.t.g.m um uni.v&rso de !500 mi. L. A reLevQ.no;i.o. do de nU. mero de fi.l.i.a.i.s dentro mi.L jusot..:tmenle de vi.o.gens eetó. li.ga.do. ~ ex:pa.n~;;õ.o no.ci..onal das agênci.a.s
Fonte: Ne.alo
"""
i.nt.ernaci.onal
•
do
fLuxo
Fonle:Depg.rt.a.menlo de-
desses
•
vi.o.janles.
Avi.o.çã.o Ci.vi..l.
123
:só no período do verão. A atenção dedicada pelo documento a
Guanabara
essa sazonalidade
no
razões
endógenas
primado
assumido
com
a
polit.ica
fat.ores, no
já
"caldeirão
coníi~;urado
pela
eficiente.
Haja
trabalho
at.ividade para
fazem
set.or.
qual
do
que
divulgacão
ali
quais
para
e
e
ainda
Cat:>naval
da
nos
desses
Araújo(1987),
de
post.al
Samba saiu
e
cidade,
da
comunicat.ivament.e
anos
cidade
o
calibrando
alguns
Hiran
signo
explicar
vão
Escolas
das
cart.ão
cult.ul"al
para
se
repet.ir
Há
int.ensidade.
t.al
rapidament-e
Desíile
o
It.amarat.i.. do
as
Pincelo
int.ernacional
o
por
experimentadas
mercadoria
vis:t.o
just.i:f"ica
desembocar,
espet.áculo como
de
se
t.uríst.ica,
o
t.endências"
como enfim
Janeiro
circunst.âncias
eles
de
do um
às
nacional
que
de
Rio
no
:s:ess:ent.a,
ext.erior,
inicia
t.:rabalho
int..ensificado na década s:eguint.e. As bast.ante
condições
diminuindo lugar busca
paulist.a t..empo,
para
o
rest.ant.e
principal
íont.e
de
renda
à
alt.e:r-nat.ivas o
grande
ant..igo
t.ant.o no
concerto
país
mundial
pólo
do
Rio
de
his:t.oriador para
os:
Janeiro, José
moment.o
passa a
de
na
cart.ões post.ais, que "cidade
e
Redentor, visibilidade
uma
no
'
começam a
A
maravilhosa".
sua
dado
do
parque
para
o
mercado
lhe
fixação
alt.o
do
à
nos
Mo:r-ro
enseada
de
deixar
"Cidade
da
poet..isa
a
cam
imagem
surgir desde doação anos do
t.rint.a
Coi"'covado,
uma
Cont.a
júbilos
do
século~
irúcio o
Rio
do
diversos
cidade,
o
:f"at..o
dez,
da
pont..o
o
maiores
olhando
os anos
no
de
ambient.e idilizado
dos no
pela França
mesmo
not.oriedade
uma
herança
o
paios
da
Ao
rest..aurant.es.
um
francesa.
a
industrial
Maravilhosa''.
cidade,
Apr-opr-iad:;:,.
a
do
mot.iva
int.erno.
conf"irira
ser elaborada é
que
prest.ado
:redefinição
A
consolidação
Ca:r-valho{19B4)
quando
Jigacão de bondinho ent.r-e o dest.aque
ent.ão.
cult.ural.
remodelação
são
pais (Singer/19B7 :143-4),
e
afamada
confundiam-se
frase
at.é
federal
mervei11euxl''.
ville
o)('c::!amou:"Le
a
do
de serviços de bares e
já
a
Murilo
empenhados
ocorreu no
administ.rat.ivos
como int.ernacionalment.e > além de
mat.éria-prima que
sessent.a
socioeconômico
da
capital
razoável est.rut.ura hot.eleira e A
serviços
produt.ivo
de
st.at.us
dos
medida
de
pai"a
Janeiro
no
década
do
de
como 0
da
redução
sua
de
lintiar
drást.ica
cidade
da
no
uma
Rio
pelo
cidade
t.:ransf"erência
A
diflceis.
significou
da
vão
es:t.át.ua
ma:c-,
grupos é
cs
incorparar do
Crist..o
est.rat.égico
conjunt.ament.e
ao
pela
irúcio
da
Bairr-o da UI'ca ao Morro do Pão-de-Açúcar-, ao Bot.af"ogo,
124
mais
t.arde
somados
às
praias
de
Copacabana
aos
e
de
Ipanema, balneário
do
olhos
t.odos
ajudar-am
tropical,
a
mont.ar
celebrado
o
cenário
ir-r-esistível
int..ernacionalment.e
nas
canções de Tom Jobim. Mas
a
imagem
compr-eende
sígnico-visual,
inscr-ito
na
t.ambém
algo
urbana~
paisagem
a
e
exper-iment.a
conhecer,
a
e
apreender
dela
o
Rio
de
Janeiro,
de
t.ant.o
no
pais
a
e
posição
íuncão
cidade
"cidade
quant.o
a
maneira
sobl'e
define-se
O
De
mesmo
respei t..o de
se
deixa
ent.l'e
o
inst.i t.ucionaliza locus
modo
est.rut.ura
localmente
ao
conúbio
mai'avilhosa"
na
con:st.rut.o
como
ele,
int.er-nacional.
readimensiona
mundiais.
cult.ural
sociedade faz a
e
conheciment.os
de
definit.ivament.e abrangência
mesma
do
consist.e
represent.ar-<Durkheim/1993:170).
e:st.oque
o
e
cenário
"idéia"
além
imagem
t.empo em um conjunt.o de represent-ações que a si
out.ro
t.uríst.ico
implícito,
a
socioeconômica
a
divisão
social
do
t.r-abalho.
o seguint.e
raciocínio p:r-opost.a:
o
desenvolvido
doravante
organiza-se
conjunt.o
at.i v idades
vinculadas
ent.reteniment.o
art.iculadas
quais,
carnavalesca
Par-a
a
íolia
íalar
sent.ido
como
das
Weber,
suas
relacionament.os
tece
set.ores
"cidade
idéia
a o
Ist.o
envolvidos
aut.ônomo
lazer
as
representações. t.êm
nest.e
à
bases
as pólo
o
dos
conglomerado
põe
cujos
ao
&
ent.re
inst.it.uição
que
próprio.
culturais
àquelas
encorpam
pela
ao
maravilhosa"
agrilhoado que
dele
relat.i vament.e
corpo
um
logo,
agentes
condicionado
sociais dos
ent.idade est.ará
os
ações
profissionalização
na
de
da
e
forma,
desempenhos
serão
referenciados pelo cosmopolitismo da export-ação cult..ural. A
quest.ão
capazes
mas
cidade
unive-:r-salizá.vel. un1a
das met..a do
"vocação"
da
p:r-incipalme-nt.e Marina
da
Rio.
brasileira~
pelos
As
ut.ilizacão
de
concat.ená-la Carlos
Lacerda,
t.ais
recursos
em
um
iniciado
seu p:r-ojet.o "Novo Rio", incent.ivar o
com
que
turismo.
o
cidade
ao
l"eorient.ação~
a
de
governo
Glória
encomendado
do
O
é
posta
const.~~ção
a
da
e
elaboradas
no
do
o
cenário
ufãnicas
Inst.i t.ut.o
posit.ivist.as
Parque
da
125
a
do
1960,
que
se
respeito
Hist.órico
de
Orla.
do
e do
mar-
das
da
Flamengo, dessa
e
mont.anha
da
paisagem
Geográfico século,
uma Sul,
Copacabana,
At.er:r-o
de
como
tornara da
à
diria,
t.em
emblemáticos
t.ropical
virada
em
praia
são
Max,
pat..amar,
paisagíst-ica
da
calçadão
Burle
privilegiar-
represent.ações
int.elect.uais
do
refoi'ma
implant.acão
pai.sagíst.a vai
A
int.rísecos
Nacional,
passam
de
const.ruÇÕes ideológicas à Já
o
Pl'imeiro
imagem concretizada na fisionomia da cidade. plano-diret.or
Ant.ônio Pr-ado Júnior no final francês
Donat.-Alf:r-ed
Agache
do
Rio,
dos anos de int.roduz
a
no
curso
Corbusier
Quando
a
sob:r•evoou
apr-oximou
as
para
base
o
Rio
curvas
mont.agem
idéia
dai
e
do
riscou
rnont.anhas
das
administ.ração
1920, encomendado ao al'quit..et.o de
explor-ar
cidade como paisagem post.aL No ent.ant.o serão os Le
da
ensaios
cenário
idílico
aspect..os
daquelas
a
da
aparência
da
urbaníst.icos
de
t.ropical
cidade,
inspiradas
o
car-ioca.
arquit.et.o
nos
corpos
de
negros. A ascensão de alguns de seus discípulos aos post.os de comando do Est.ado,
após
a
pr-ojet.os de 1940 a Sul
Revolução
Baía
de
inf:r-a-est.rut.ura cart.ão post..al
9
o
.
espet.acularizant.e .•
element.os
desde
complexos
todas
ao lonco
do
com
pela
das
Nest.a
e
iniciat.i v as disposição
brilho glamour-oso da
do
que
os
décadas
de
f"aixa
lit.orânea
dot.á-la
de
emoldurar-
um
para
gramát.ica
a
para
parcelas da Orla
hot.eleiros
essas
responsável
compat.iveis
no format.o
sólidos
invest.iment.os
e
permeia
postulado
diagrama-os
corpo
núcleo(1991:11-7).
abrigar
de
que que
alicerces
t.omasse
como
esf"o:r-ç:os
capaz
cr-iou
imagem da enseada de Bot.afogo e
Guanabara,
concent.I'ados
são
Trint.a,
r-eforma paisagíst.ica
de 1970. t.endo a
da
de
um
é
de
mesmo
det.erminados
deslumbre,
fest.a
para o
a
qual
f"ascinio
de
indivíduolõõl.
verão gradualment.e ascende à
O
de
Rio
Janeir-o. vibr-ant.e
alegre, idílica
da
binômio
O
relacionada
flora,
Pa:z-a
~ugeatl. v
o
o.
,....spelto
d .....de
ei.da.d.a,
a
usar-
oe
no
é
e
do
"quent.e''
e
encaminhadas exót.icoi.
sol
povo
uma
a
de
carioca.
de
Sérgio
la.t.o de quarento.,
o
o.noe
feit.o
pr-et.ensa
sent.ido
idéia
posição de a
principal est.acão do
signo
Buarque
o
de
Rio
1'6pl"&l!>&ntQ.ÇÕ•.,. em
.
mais ~
cari.ocCl8,
a.o
sol.
Bl'asi.L,
indi.ecuti.vel sao
o
f O.ffiO.IIOii Rio
vi.brg,nle, exci.ta.nle, di.g,"(Poller /i!095>:J. B 2> .
U.vro Lo.ncruio descreve o.ssLm a
•
bro..sil.&i.ra
co.pl.io.l.
por um
no•
sua. do&
pulsando
á.vi.da.
luga.ro~;o.~:~
com
Esto.dos
ci.da.de do busca.
rnai..~:~
a.
126
e
do
boni.los
bo.ti.do.
povo;" O
pra.zer. pra.zer do
do
com
cenário
Seus
e mundo
samba.,
fixa-se
o Em
a
fi.sLeo
el .. nco
d ..
jóc.i.a
.-.o
Uni. dos
seu
nat.ivos
,..p,.,ç:o
de·
aeu bojo e-Q.r\.ooc..
••
um
tarde,
dos
Holanda,
di.vutga. eH•mplo, ,., Ur.i.doD r.o corpo d... um mQ.pa. do Rio d• Ja.nei.!'o, • E.~:~ta.doa . ' ci.dade compõem a. po.Lea.gom geogr-Q!i.ca. desta.ca.da.. turí.st\.co& do.
dedi.ca.do
exuberância
sensualidade
no
•Anos
personalidade
colorida
A
ident.iíicar
alguma& tr-azerem
da
qua.l
sobre Ri.o
00
por.loe
viagens de
e
Ja.nei.ro
ha.bi.to.nies, os incessa.nte adoracã.o
•
a.ti.va.
um~
ci.do.de
noite
•
imagem da
convertida sol,
no
signo
"visão
vist.o
facilmente e
do
de
do
nacional, paraíso
celestial
figura
a
cálido
como a
crist.ã-cat.ólica
ré
da
cidade
paraíso", livre a
imagem
tropical
branca,
pont.os
modo
ser
aconchegante
de
do
Rio,
de
é
pecado.
Rendent.or
Próxima
do
verde{o
a~or-a
sig-nificam
vi ver
"abençoada"
a
céu e
do
do
Corcovado),
identificada carioca.
"sempre abert.os" do Redentor, disseminados em post.ais e divul~acão ..
De símbolo
Crist.o
pedestal
o
e
do
hedonista.
sobre
diversos
do
ao
ent.ão Os
braços
out.ras formas de
solidariedade
de
um
povo
e
sua cidade "maravilhosa":U. A carnavalidade r-esult.a, ent.ão, como signo mesmo de um povo cuja marca passa a
a
ser
festa .• a
Carnava.l/'1984:33). Augraz
A
t.raz
músicas
e
os:
anos
pelas
de
1948 a
das
3.573
numa freqüência
t.ram.a
realizada
por
em
imagem
O
coibindo
o
que
manifest.ações t.er-ia
adot.arem
261
o
Escolas seguint.e
são
é
revelador
"íest.a"
o
moment.o
part.ir dos anos sessent..a. A
aut.orít.ária
e
idílica
Averiguando
colocadas
mobilizadas.
sit.uação
à
mais
sociedade.
det.alhe
composi t.ores
carát..er
de
t.emas
cont.rárias
os
levado
intefer~ncia
à
íat.o
o
at.ribui
a
hist.oriadora chega a
quando esses t.ermos sobr-essaem: just.ament.e a Aut.ora
relação
primeiras
palavl"as
7 ,30%.
de
samba-enredo
da
a
t.oda e
quat.ro
1975,
de
Samba
do
sugestivos
na
cantadas
est.at.ist.ica:
"carnaval"',
dados
alegria"{Rio,
da
discur-so
elaborada
cont.eúdo
de Samba entre
do
alguns
ent.ão
amost.ragem
''capit.al
análise
carnavalesca das
irreverência; seu espírit.o. sínt.ese
verdadeir-a
bl"asilidade,
Mônique
a
politica
diret.orias
:f"olclóX'ico.s
governo
do
do
país
das
na
época,
ent..idades
l:'egionais,
e
milit.ar
po>'
a
serem
"evasivos"(1992:14-6). Talvez
•• A
a.ná.li.se
que
Local e público tro.nsformo.Cõee ao
seja
••
o
caso
fará.
mane1.rC1 da ooorri.da.s
de~
daqui. no
subest..imar
sem em
d~ante-
como alguns evento
al9uns.
vei.culos .E.ecola.s
mobi.li.za.Çl:W co.rno.va..t. •
uma
Q.nâ.Ltse
de
conteúdo.
proposta
fat..or
•
dê-
apont.ado
d1.acurso~
do
pêla poder
comuni.ca.Çêio nol'-c1.ou SClmba., nao
do veri.fi.ca.r
efei.to o que pl.a.téi.a.s, tendo em vi.eta. unt-la.e na.& respe~ti.va.s concepc;:êio de reapei.to J. L. Auati.n argumento& vetcula.dos. Va.lho-m• do di. ..eureoe, qua.i.e ca.racteri.ll'!om-ae da.e moda.Li.da.dee ··performa.ti.va.e" de = descrever oe fo.toe do mundo, decLcu-o.r por ndo a.pen08 di.acurai.vo do emprego da li.nguo.g•m. no t cu:endo u mo. do proferi. manto da ao fala e da consi.der.:~.çae em ocorre Q Q i.nloreseo. Logo tro.b.:~.lho f a.la.nteU.990:21-8>. do a.utori.da.de propri.o.mente procuro.vo.m
A
de
o
ca.uso.r
existente
nas
expressões
ci.d.o.de.
127
om
fundar
um
novo
nexo
entre
aut.ora,
consisderar
a
sobretudo
de
mercado
Escola de
Samba Unidos
Turistico. do
bens,
para
do
São
ufanismo
do
argument.o
as
um
"belezas
próprio
t.uríst.ica exemplo,
pox-
louvando
ressalt.a
a
nacionais"
é a
enredo sint.omát.ico,
pat.riót.ico
enredo
incluído o
é
ent.:r•e os quais
1971~
apresent.ou
onde
cult.ur-al
Em
e
conjunt.o,
seu
Condição
peça
simbólico.
socioeconômica
em
brasileira
corno
Carlos
do
realçar
reorientação
pós-1964.
Desfile
lu€:ar
o
país,
carnavalesca, como
Em
de
da
ditadura
ampliado
no
luz
sociedade
o
vez
embut.ida
oficial
a
da
inst.i t.ucionalizado
Brasíl
à
problema
reformat.ava
que
cult.ural
o
a
história
a
íest.ividade
serem
desfrutadas,
Desfile
de
Carnaval
das
Escolas de Samba ca:riocas. concluir
possível
É
cult.ura local.
clima)
e
nat.uraisCpaisagem na
administ.ra-se
que
conjunt.ament.e
elaboração de
uma
a
imagem
seleciondas
post.al
:r-ecur-sos
os
expressões o
cidade
da
da
cenário
met.ropoli t.ano t.ropical. Eis o perfil deíinido para os seus visi t.ant.es:
do
músic(1}, odor a~
d"' á gul.ats-e
um
othoié
tudo
do
meLhor
o
que
Bro.s-i.l,
nes-e&
O hwnol'ado 2
e
R>.O,
pert.odici.da.de privadas
do
do do
aover.-.o
tornou-se
eventos
no do
de&enhos
de
noo
todo
do
o dados,
qua.i.s
de
irovem:;:Q.o
o.noa
todas
sagrado.
as
o
gro.ço.
Não
o h <i
não
apenas
é
definida
como
aleg-re a
mas
cidade J.a.
Ma.tto&, eonto.ndo Ri.otur, o i.Y>i.l•rrupta.mer.te àeade ~P?2, oom hotéis, ba.res, re-ata.uro.ntes da
a com
viagens,
doo
a.l.guns
nervo
• o d\.scureo
Ma.urtci.o
de
como
do de
básico.e
Na.do.
povo
ramos.
eo.rioca..
do
aLndo.
p~a.do.,
conjunta.mente
diversos
novo,
tudo,
.
modo
l>etor do Ri.o d• • •di.ta.d.a. nos gro.l"ldes
om
ca.r~oco.,
o
que
mundo.
um
mesmo
porlo.-vo2
ca.rno.va.L
<2
de
que,
tendêr.c\.as
C.tf CÜO<O
ca.ri.ocal,
fa.to
cri.tica,
lace
a.gênci.o.s-
curao
eCLI"tuni5:to.
a.s
d&spe
a
d.,.
eomtno.
de
do
s~xual
fal.cu
compreender
o.nunci.<~.nt.es,
lra.ns-no.cl.ona.i.s
primário.
o
sensual,
turíslicoihotêis,
espetá.eu\.os~.
,.
evidencia
.. mpreeá.rt.o do
papo,
da eaco.nagem<:rd&m/.1976)
mo.í.ores
seus e
ci.rcui.to gra.ndea
ol í.mpo
se
• C<U""r.ova.l o.nua.L. Tem
Qa.Wtb.:o.
cidade,
pa.po
No
mui t.o
do a.poi.o
o
va.~
Sem
humor,
Lrecho
~ IT1icia.ti.vo. QOW•
para.
OUVl.r
conversas descontro.i.mento. deuses
filosofLa o
o
i.ncorporando
na.ct.or:.a.L.
cart.oca. incar.sãv.,.l . . . ;, vai
corostanl&.
d\.&S&Ntm
do
ba... rro,
no.
todos->,
e
o
digo.m
o ou
paquer-ador
1.mportã.nc~a
s-upremo. com.o;.
co:roolt;~.ÇÕ.o es-pi.r-~to:
do
pa.tr\.ota
c~da.d.e.
sua
Amo.r:.t,;.
que
Por
•
coordeno.m
uli.ti.zo
do
•
casas
aeroportos, a.
corpus aess•nto.
estatais restrito.
promovem
isso
ho.bi.lo:ntes
empreso.s ctrcu\.o.Çõo
aqui. a.ná.ti.ao.
eeter.to. tipi.fica.doe
produziu
•
aa
de
o•
seja.
e o mo
uma
eêri.e c'l.do.de
A
Sobretudo
insere
é,
apaziguante,
ist.o
de
ét.nico
um
ent..e
popular-
het.erogeneidade
a.
a
o
metrópole
carioca.
aut.or
Carnaval,
o
"povo".
do
espontânea
ident.idade
hospitaleiro>
mundo",
do
plural
da
social
Permitindo
da
colet.ivo origem
cuja
espet.áculo
é
nest.a
ent.ão
"maior
redunda
descri t.o .
diferença falar
manifest.acão invent.i vidade
da
assim,
como
uma
"demonst.racão da alegria permanente do carioca, do seu bom gost.o, da sua sensibilidade belo
e
pelas
empolgante",
ápice
determinada
cult.ura de
um
reportagem
da
e
pOl'
t.udo
calendário
cient.íficos,
culturais,
eventos
e
art.es
anual
esport.e
de
revist.a
aquilo
Rio,
de
realmente
fest.as
et.c,
Samba
é
que
e
como
out.ros
esclarece
Carnaval(1985:33-8).
e
A
t.ot.alidade colet.iva da fest.a sobrepõe-se as part.es.
Guanabara e ao
Rio.
O
at.o
celebra
a
da
a
simbiose
ent.re
centraliza
Desfile
Definit..ivament.e ambiente
centenár-io
quint.o
do
da
cidade,
governo
o
da
as Escolas acordam para que os enredos fossem em homenagem
o
cidade.
ano
1965 .•
Em
:r-it.ualidade
alquimia,
que
do
Carnaval
doravante t.al
fest.iva
faz
o
Rio
uma
e
o
qual
a
nova
íeição
"espírit.o''
em
M.at.t.a
à
casa abert.a
da
carioca. t.orna-se
pa:r-t.icipação
o de
"t.odos":
•
Enlre,
ê
um
explosã.o R~o. o.pena~
voe&
do
quarenteno
ou
braei.le-i.ra.
rni.lhões
de
di!l-
popula.r
o
elo
c.m1.gos.
Ri.o. O
em
o.
pri.v~l..&g1.o.
sua neutralidade ant.e o
o pra.i.a.,
como
permanência da
vocE.
••
A
É
cor. r.o.
rne1.o
do.
festa.. corno
que
~e
voe&
e>-nto
apenas
a
abnr
os
Co.rnaval dos
popular,
quo
UM
ehova
do
enl5.o
queremo~
Néío
ov1.so
d<Ot
se
m~slure
no
portas
por na
C>-nc:o
festa
das
poder-
público
just.ament.e porque ela
como algo aut.ent.icament.e flor-ado
do
dúv\.da., a do Norro do Pão-d&-AÇUCQT mul.a.t.a., d& uma f)eeta outro a beLeza a.mboe. Ta.mbém d& ga.nha.m i.mpulso, exi.b\.ndo mulo.tae nõo ea.mba. quo
•
no "ma.po." • do
do ruas,
urn
c:erco.do
insist.ência como o
uma
É
~r.lerfer&
fest.ejo
fest.a
o
pa.sso.r&lo
tyr~slo.
Não
c~da.de.
desta
oom conheci.do, ma.\. e eecullura.t fi.ei.or.omi.a.
época. eet.a.va.m
e
Quere-mos
Queremos qu& do Rl.o Quer di.ri.~~-la..
povo
tour~st-bus~n&,.s.
Ooverno
O t.raço permanent.e do t.ext.o é
compr-eende .a
no
palavra
pop1.1lCLT, nem pretendo e dtzer:"Seja bem-vi.ndo"(:rd•rn:3).
reit.era a
do
como ritmo
lugar
S&l.l
de
i esta
arqu~bancadas
escr.:.vendo si.no.l
O.
governo
armar
ga.rant.~r
povo, um
pe-Lo
g&n~o
do
cu~damos
pa.ro
separâ-lo
bem-v~ndo
Seja.
orga.n~.zado
espontânea Nós
feela
sua..
fe-stivaL,
Prefei.to
Marcos
129
Ta.moi.o
i.nsi.nua.nlemenle
"g-ênio"
do
flagrar a
o
povo.
conjunt.o
embutido
de
ab:re
de
mas
vis i t.ant.es,
principalment-e
as
a
que
o
as
de
"br-incadeira"
espet.acularpara
de
assist.ir
encerra-se
Est.ado.
Algo
da
de
cidade,
pública,
uma
série
not.adament.e
onde
porque
logo,
a
a
mesma
e
seminár-ios
focalizando
o
a
O
isso
simpósios
event.o
do
o
a
a
pagar populaz-
do
"povo" cargo
sessent.a
respeit.o
samba
e
é
modelo
disionisisrno
dos
t.et.o
não
audiência,
gerência
década
e
sua mist.ura
maniíest.ação
sua
aos
pelo
sobre
corno
0
arquibancadas,
Por
cala
"povo".
é
programadas
as
íest..ejo.
devem,
mu;
apolínea,
desde
de
exemplo.
dist.int.a
ali
t.ambém
pelo
est.ando,
evidenciado
no
ele
invent.ada
est.abilidade
coisa
à
nobre_,
arma
um
"bem-vindos"
daquelas
mais
quem
Porém
preparado:
aleg-:ria
numa
Iundida
promoção
a
a
Po:r
dizer·
Soment.e
l'epl'esa
privilégio de quem pode bancar a
brasileira.
f"est.a
facult.am-nos
ele
trecho.
para
part.icipação
p:reciso escrever na t..est.a o
na
ele
É
01't.iz
neutralidade:
rua"
como
e
um discUZ'so em defasagem com
próp:rio
l"uas?
reconhecida
modo
Queil'oz
de
no
da
"po:rt.as
glorifica.
circunscrevendo
pl'incípio
ensaiadas
t.odas
daquela
de
no sent.ido de
no
cont.radições
quem
feérico
interferências
efeit.o ideológico -
l'ealidade
Est.ado
As
as
do
com
do
é
a
Carnaval
Escolas,
com
respaldo da Secl"et..ál"ia de Tul"ismo. E
fat.o
realizadas
des:t.as-
cont.ext.o da quem
paga
em
nela
para
da
t.ipificação
at.o:roos da
acima
de
conclusão
haja
publicizacão de
que
o
o
UJn.Q
a
aid.oodo;o
do
prescreve
rn.aioz-o;;o&
car-ioca. de
A
do
t.rabalho
dest.erri t.orializando- a;
na
ampliando
o
130
propost.a
inserção
sociedade
ao
no
a
part..icipacão aon.st.it.u&o
o
o
o
mesmo no
acont.eciment.o
pa:r-a
t.ema t.ext..o
leva
responde
o:rganiza no bojo da
de
algo
modolo
Canclini
festejo
urbana
o
compl"eende
"você" de
eieit.o
de
pz-opoz-çÕOO>Iõl
concedida
pelo
admiração
uma
t.:r-Qot.ado
9qui
est.at.ut.o moderno do consumo sunt.uár-io, que a social
at.rair
do event.o, permanece
primazia
individual
de
Com
espet.acularidade
f"lifnômo;;.no
Car-naval
nexo
a
mas
a~ nat.ureza
vist.o do
Enfim,
rurais
nacionalment.e,
consumidores.
sent.ido
cult.ul"as
as
comuni t.árias
integrados
no
par-t.icipação
da
estudar
fest.as
visit.ant.es
cult.ul"al
Embor-oliil;
plat.éia ins:t.it.ua
part..icipação,
os
part.icipar-.
gomp:ro.o oz-g.:o.ni:zado .orn. e
urbanos
mesma
ao
as
ressignificado
pl"odução
individu.alizada<Id<iJm:112). doJõildo
para
cerimônia é
natureza
distingue
cent.ros
volt.a:r-em-se
a
Canclini(1983),
capitalismo,
no
populares
engencll"a
Clar-eia
Nestor
est.imulada.
daquelas
aspecto
est.e
à ao
divisão
conswno, além
dos
imperat.ivos cosmológicos de um grupo restrito. Neste fol"ma
mais
sentido,
à
ávida
administrada
pelo
a
último
manifestações
legít.imas
simbólicas
ao
p:rát.icas
processo
t.omadas
carnavalesco,
aspecto
lúdico?
vai
o
pela
no
de
serviços.
na
esfera
do
lei
estrutural
do
ordenamento
daí
as
acont.ecimento
do
ou
lazer
a
maniíest.ações
a
no
e
das
trat.o
do
Defini-se
de
sob
níveis.
ação
compet.entes
prestações
engendrado
diversos
A
anelada
impulsionada
determinadas
cult.u:ra.
legitimament.e
inserido
moment.o
bl"asileira".
da
ver-se-á
monopólio
articula
mercant.iJ
quando
estar
"cult.ura
como
seus
det.e:r·
pont.e:
como
folguedo
li v:re,
da
como
funciona
de
nesse
em
brasileiro
Est..ado
deste
carnavalesca
capitalista~
acumulação
justif1cat.i v a
est.at.al
.festividade
part.ir
seja,
t.ambém
alocado
valo:r•
das
no
o
tempo
mercadorias
e do seu circuit.o de produção, circulação e consumo. Cont.udo est.a sist.emát.ica desenvolve-se sobremaneira no de
urna
de
individualidade
difer-enciação
corresponde qual
o
assim
t.empo
pelo não
livre
como
signilicacão
faz
um
de
dos
de
prazeres
hora
perg-unt.ar
melhor
conguntido1~
Europa
redunda
O
a
o
at.ribuído
import.ância
car-naval
do
carne
quant.o
na
a
degust.ação
e
audiência;
a
modelo
crescent.e
de
assumida
visual,
mas
liberação
de
contida
no
sociológico
t.rocada se
no
locus
na
prát.ica
per-cepção
à
como
estatuto
ao
tal
indivíduos
decorre valor•
a
de
lazer
prest.ação
conswnida
incent.i v ar
dos
o
que
uma
exult.o
expansão das práticas e
Nort..e-Ocident.al
e
Jof'f:re
do no
Dumazedier
t.rabalho, poder
mat.erial
com
~nos
Est.ados
obser-va
relacionadas aquisit.ivo
aparecimento
"cult.ura t.uríst.ica". .Lazer
g-ast.a .•
quadro
inst.ant.e.
deste
e Por-
visi tant.e
dOõ> ''pr-azer-''.
do
aument.o
da
ser
mas
necessidades
no
observa
ócio
Quando est.uda a
sessent.a, esfer-a
e
ou
no
das
per mi t.adas
94).
acomodação
objet.os
sat.is:fação dos
a
e
reside
Daí
t.ermos
Baudril.Lar-d
necessidade
porque
em
desejos
at.ividade
afirmação
a
sobremaneira
dos
prest.ígio{s.d:76
nat.uralizado.
aparência
é
uma
t.orna
mesma
par-ticipação
operando
mercado.
a
se
princípio,
possibilidade
pela
sat.isfação
e
:íornecido
escolhas
consumidora_.
horizonte
do
de
valor
as
amplos
as
t.uríst.icas
volt.a
transf'ormacões
t.ur-ismo
da
por
das
car-gas
segment..os
demandas
supremo
131
Unidos,
diminuição
chamado
Igualment.e, o
à
que
at.ividades
de
por
liberdade 1
hor-.á.r-ias
e
conf'ort.o
anos
ocorridas
daquelas
massa
dos
a
arcabouçam
e
na ao
sociedades,
mesmo e
na
de
conexão um
uma do
outro
patamar para os empreendimentos turísticos e set.or(1976:54-5). A
e
depois
aos
vult.osa
busca de
cenários
impol"tártcia..
"desejos"
out.ras
alinhavam
entidades
O
evasão
do
objet.ivo
do
Rio,
o
t.r-abalho
nas
o
de
se
divulg-ação
do
ganham
põem
aspect.os
confeccionar
manifestações pelo
aí, onde o
mundo.
"sonho"
pl"ovavelrnent.e
íest.ivo
e
o
ao
redundam
codificação
à
e
Promet.em-Ihe
e
sug-estivos
rit.mo
event-o
a
espalhados
carioca
viagens
de-
p úbli co '" .
povos
conferiu
montanhas
cont.inentes,
paisagens
Carnaval
Três
· as
agências
dançando<Idem:161).
samba.
expectat.iva
qual
pelas
esse
inclui
do
outros
quando
de
· v 1agens
.;.
é
concretizar-
percussivo
inclusão:
ramo
exóticas)
Dumazedier
em
recorrido
aspirações
pode.l"-se-ia
ritmo
no
de
me1"o
evasão
à
imaginár-io
folclóricas<ent.enda-se Curiosamente,
sit.uados
apelo
envolvidas
tais
mat.erializar
exóticos
um
cujo
discursos,
"aventura" por
uma institucionalização do
de som
desta
paisabistica
perfil
do
público
priorizado. Os
dois
últimos
internacionalizaJ:· corno
internacionais promover a
fest.a.
a
sempre
As
país.
do
vit.rine
aspectos
poder-se-iam
revelam-sG
à
articulada
participações ser
imagem folclórica do
t.omadas país.
no
Une
europeus
participar
pouco do
Est.ados
t.arde..
mais
Dist.rit.o
principais Rei
dos
com
Federal, capitais
Morno,
a
da
européias,
como
espír-ít.o
mil
A
f'igur-a
do
de-
1933, fez
a
e
burla
inversão
de
Um
Pref'eit.w·a
espalhar a
pelas
íest.a
do
roliça
de
turistas
carioca.
redat.ores
bonachona
pela
agência
a
divulgando
pelos
da
iniciati v a
Carnaval
Turismo,
ano
exposições
vinda de
em
dQ
cidade
da
nas
1927,
em
!esteja
inequívoca
universal,
postal
da
promoveu a
cartazes
naquele
:r-epresent.acão
seria
instaur-ada,
131).
do
Comissão 500
per-sonagem inst.ituído e
para
oficialização
at.ravés
Noit.e<Moraes/1958:117 Folia
Unidos
g-ermes
Efet..ivament.e
viagens norte-americana Lamport. Holt e
imagem
brasileiras
como
cons~Qn~~
esforço
jornal
do
Rei
do A
da
zombaria
da
car-navalesca.
Porém
t.roat.av,g,-g.;. d.... uma fngt..i t..uio-Z.o aaobQ:rot..'""d'"" pQlO &.at.Qdo.
Do cont.endo
••
N=
fra.nceaea
mesmo
músicas
ú.lti.mcuo
•
via.gen• turtsticCI.li
modo
que
"
est.e
carnavalescas. três
i.ngleses(e
produz>
em
€l"avadas
déca.das, recentemenL•
mundi.o.i.s. (Fonte:orga.ni.zo.cQ.o
132
em
inglês,
jg.poneses),
Nundia.l
um
albúm
francês
norte-a.meri.ca.noe,
a.1.emêi.ee, oe
1936,
de
concentra.rg.m
Turi.•mo-<~.5>94>.
íonog-ráíico e
espanhol,
pelos
Est.ados
morenas.
de
tropical
Durante
..
mais
aspect.o
mesmos clubes:
t.urist.as nobr-es
Flamengo e
anos
de
promessa belas e
a
Mi:r-anda
cidade,
como
já em fins
"e'·~ase .........
t.ot.al"
da
os
:fazer
da
publicitário
signo
o
samba,
um
e
t.ipo
das
de
um
de
sensuais boit.as
música
em
dancant.e Os
samba(Tinhor-ão/s.d:37). de
Líbano ..
bailes
Sírio
de 1950 ..
mat.e:r-ializavam-se
e
praias
aparecimento
jazz
década
vivo
a
com
o
Sut'ge
Mont.e
consórcio
ajudou
organizador-es o
em
promovida
hollywoodiana,
com
combinando
boa-vizinhança
Guerra,
bananas>
t.urist.as..
pelos
da
Sesunda
cinquenta,
por
visados
outros,
polít.ica
palmeiras,
polido>
da
A
Ca:r-mem
Copacabana_, f":r-eqüent.adas com
.
cinematográfica
com
os
1(5
durant.e
indúst.ria
nacionalista
cont.inent.e
'
o...ur1so...as
Unidos
da
int.eres.se.s figura
..
ent.re
dist.ribuídas
em
carnaval
Libanês,
nos
em
de
quais
Fluminense ..
e
a
acesso
a
conf'ort.o
camarot.es
e
"disponíveis" mulheres.
O TEATRO DO CARNAVAL
Mas
em
é
iniciat.i v a
assume
exemplares
nest.a
Tw-ismo da
e
direcão.
Conclui
dezemb:r-o,
pois
preleit.o,
.abo:r-do
o
Milhares desses
o
na
carnaval o
do
mais 1960>
o
época
Mario
Neste
out.ras
convidados.
entidades Conclui
i.nforma.cao dura.nte
foi.
entrevi.st.a.
lat.os
são
Depart.ament.o
denúncia em
obsolência
autarquia
já em
é
que
f'eve:r-eir-o.
da
vir
Ialt.a
ao
por-
de
car-naval, Segue
maiores
inst.ant.e
da
roüra.dc do no progro.ma.
ele
urgência
exposição alojament.os
est.e na
ano,
esclarce
para
qual
o
enviarei
para
por
mesma
facilidades
não
t.er
a
alt.ur-a
em
melhor-
de-poi.ment.o Fo.nzi.n&
do do
de
onde
reportagem .. o
t.ur-ist.a
Carnaval
r-eceber
at.ender-
as
ra.cii.o.l.i.et.a. Fa.uet.o TV C1.1l.t.ura.
ao
turist.as.
os
as
poder-
tem
necessidade de Escolas de
oe-st.ar-em
~33
Na
o
ou
aprovadas:
em
para
a
de
com um .ano de ant.ecedência, e
caronavalescas dizendo
a
devem
mente, ao est.abelêcer- como f'undament.al a e
do
t.r-ansf'ormação verbas
Samba
Alguns
diret.or
Saladini,
que,"as
Not.ícias/24-02-60).
Carnaval.
ent.ão
de
Escolas
carnaval
de
di:r-igent.e
das
cont.undent.es.
sua
a
problema
deixaram
de
reivindicações
Destile
Guanabara,
orc~ment.o
ser impost.as no
f'icar''(Diário
da
Em
encoraja
e
super-intendência.
ao
proporções
·certames
inst.i tuição
assisti%'
relação
em
Samba novos
Escolas, Ma.ce-d.o,
sêio
por
serem
elas
encaradas ao
papel
"element.os
t.ambém
quant.o
inst.rut.ivo
carent.es
do
roubando"
e
ao
dessas
subúrbio.
a
sugere
est.ran"eiros.
Aí
depoimento
O
um leque de
desse
que
repetindo o rernet.e ao
diret.or, perfil
refeY>endada
em
cont.ernplat.iva
era
aos
diretor,
quando
vist.o
est.ariam
Escolas,
aos
o
samba ..
ou
para
onde
visit.ant.es
carioca..
shows
menores
''não
sambist.a<passista de
uma
rit.mist.a
t..urist.as
Carnaval
carioca
como
A
o
t.ol'na-se
principal
pode
ver-balizaz-
é
um
em
parecer conjunt.o
otimizar
para
"brincar",
para
podar
t.ornando a
seria
Escolas
pois
pal"'t.icipativa.
público
de
dizer,
Samba.
que
O
p:r-et.endida é
t.em
e
a
cada
melhor
plat.éia
a
"bem-est.ar"
e
na
at.it.ude
Inst.au:r-a-se
inst.rumant.alizando
daí
em
recursos
Avenida de Desfile no grande t.eat.r-o
ent.re
Est.ado
o
caráter t.át.ico e
"bem
das
visit.ant.es
inserção
relação
abandonam r-apidament-e o
faz
hoje,
observado
ser
"con:for-t.o"
est.rat.égica do sent.ido~
ele
Carnaval
dos
um parâmetro de
carioca.
que
de
fim de fazer frente ao fluxo maior que a
valores
valores
ação
o
"as:sist.il'" o
de
e esforços nesse do
referência
para as
cultural
elenco
dever--se- ia
Carnaval
o
elegi.&
diant.e
o
se!'
junt.o
volt.ados
do
Cont.udo,
infraest.rut.ura do Estado a ano
produto
at.or,
part.icipa
vat.icínios.
procedimentos
de
já
qual
diários,
devem
hot.éis.
e
boit.es
O
Sua
diz .•
espaces-sedes
do
folclore,
sambando_.
folclóricos''
dest.e
nosso
carnavalescas
quando de
de
social"<Idem).
inst.it.uicões
perpet.uacão
ocorreria na formação cantor).
fundo
const.rução
''espet.áculos
a
seu
Pois.
aconteceriam
ou
preponderant.es
público"~
e
precário,; o
cult.ural .•
Escolas
as
Desfile cidade.
da
de
de Cito
Samba
Carnaval alguns
pont.os expr-essivos da iniciativa de semi-esrt.at.izacão do event.o: Em
próximos a pr-oc~a
lugar-
princípio, Cinelândia,
crescen~e
Qão
a
substituição
já que
Associação para
as
Vargas. as
O
palanques
para hospedai· a
ar-quibanca~,
para
inaugur&das
em
Logo
1962.
apr-esent.ações, cr-escimento
decisão
de
porém
lo"o
ver-tiginoso
met.álicas
das
expandir-em-se horizont.alment.e
no
ano
do
t.ransferi:r-
o
local
de
das Escolas de Samba ensaia então reinvindicar
est.rut.uras
armados
de
m.ont.adés
concorrem
ant.igos
est.es se t.ornam acanhados
núma:J:'o
Escolas
dos
da
é
definida
oferta
arquibancadas at.é
at.ingir
134
a
e
a
Avenida
procura
subir-em cifl"a de
um
e
de
desfiles.
A
lu"ar fixo Presidente
espaços~
leva
simultaneamente
cem mil lut"ares,
na
se~da
met.ade
dos
anos
para
set.ent.a.
decorar
concurso
público
local
desfiles<Ar-aújo/1987
de
plást.icos se pist.a
a
e
introduzido,
É
cidade,
no
a
g-eral,
Riot.ur-/1991).
A
cuja
cont.rapart.ida o
at.encão
trabalho
est.aria
e
de
ent.re
vinculado
inflada
1963,
um
especialrnent.e
disput.a
t.orna intensa.. afinal seu nome seria
iluminada ..
part.ir
desses art.ist.as empl'est.am um
ar-tist.as
consagrada
à
sobr-e
o
em
Mas
ela.
brilho e
nome
um
legít.imo, já que oriundo do universo erudito, ao espaço carnavalesco.
pode :r·
do
capacidade int.roduzindo
o
Tanto que a
local
conf'orto
da.&
escolas
Rco
na
umo
not.oriedade
improviso de
pela
sumidades
PorteLa":.
cantou
Presidente
pela
comodidade,
nela
o
cha.gc.s
governador
present..es.
a,iudou
O$S\.si.i.ndo
FrGI.tas.
que
p..:.bli.co,
maqui.\.a.g9m,
mgLês. E
Engenhosos
vindos
de
e
no
t.ei.mosos
Ipanema,
com com
Lnuslt.ado pott.rona.s
além
requtnt.e: o.Lcochoaào.s,
de
um
sorüdo
•
escocês
reco.nlo
I alava-ee
governamental
"penetra.s ·,sem
conseguiram
la.do
fro.neée cabine-
da
valori:<:ado
s6
a.o ha
o.ní i t.:ri.õea
perfumados,
frl.a.s
nao
francês.
som,
d•
toelet.es
•
de cho.pagne
e"'tavo.
•
•
equipo.da
provo.
do
deshle
fascí.culo
convi.do.doe
Estado,
• d;;;.
noi.t~
o
a
bQl!itante
do
governo
da
no
Carlos.
Pixingu1.nho.
•
"'ui.t.,.. aa.let.a
M:~nell.i.
LI.ZO.
Anlônl.o
cont1.nuou
aamba.s.-enredos
e&~peci.al
umo
ganha
o
const..elacão
di.stri.bui.do -·. Fo.rtament.e Carnaval
s:a.mbo.
do•
subst.i t.uir
a
vem
Av.
samba..
d..,
estrela,
allo.r.
desf'lles
Revist.a Veja fez da iniciat.iva., manchete:
domLr>go
da
em
para
Portal.a:T'ló. ..:.tti.mo
dos
Avenida
a
1974,
Em
convtt.e
boas
ou
credencio.is,
acomodo. C ões<. . . >(Ravi.st.a
V&JO./Oó-02 -:1.974).
Utilizo r-epot"t.agens no
da.
cont.exto
simbólicos
como recurso
analít.ico
revist.a Veja.
em :r·azão do
de
consolidação Brasil.
no
jornalismo impresso, a
empresariado
e
de opinião à
n.a
publicização
setor
país,
são esses grupos
de
dir-ecionada médias
brasileira~
ou
sociedade{Miceli/1984).
do
int.erno
fenômeno aqueles
aqui
que
se
seja,
mesmo
de
bens
revistas meio
para
ao
os
urbanas
apossam
pois, de
bem
indust.riais
e
informativas
no
r-eordenament-o
das
ext.endidas
set.ores:
outras
periódico
do
segment.os
com
Fat.or que gar-ant.e
est.udado,
argumento
do
significado
Veja suz-ge em 1967 em
dos
urbano-indust.rializacão
ilu.s:t.rat.ivo
mercado
do
Líder-
no
culturais
indúst.riais
do
e
voz um
ent.r-e mais
na
a
for-macão
out.ros a
alt.o
com
out.ro
que
do
pat..amiOU"
mot.ivos,
met.ade
da
renda nacional e moviment.am o mercado de consumo int.erno. Dest.e
modo~
em 1976, ano do primeiro Carnaval após a
135
fusão ent.re
Guanabara~
os ant.igos Estados do Rio e da investem
janeiro
de
conjunt.ament.e
o Estado e a Prefei t.ura do Rio
32
milhões
de
cruzeiros
com
ar-quibancadas. Cada escola recebe 106 mil, porque, na versão da revist.a:
'·
sob
a
formo
•
ano ma.t.s
pr&va.l.eeer
mals
podem >não arquibancada. ou swu aplauso que
d&
di.scos
o
concreto.
compro.doe;
sa.mba.
bo.tl.a.do
resta.
sempre
Mais uma vez, em 1977, a
anos.
.&
sua.
MQ.S
bem
••
hol.oca.uato
at.uação do
poder
que
preÇo
mu\.tos
persona.t~..da.dt
sua
do
mestre-ecüa
público é
des:t.acada na
porl(1- ba.r.dei.ra
da
mais
o.dmira.Ção. pr6xunc.
Lntenro. tem pa.gou um
eom
oferecer
púbhcc.,
NS.o
especiai.s.
fr&qu&ncto ano
mercado.
ganho'-'
alto
prirni.tlva.,
e
o
ant~gos.
esqo..~emo;>s
sa.mbu;ota.s
de
a.presenla.Çõ.o
consldera.m
Oõ
o.trc.Çõo;os lelevi.sõ.o, &Xlge o vencedor, come• a 30
pel.a decide
e
organização do grande "show": do
empenhe-
Nesse
cruzetros s6 mtlhões foram
públi.co,
ao
à.s
subvenCÕes
a
convi.dados. ano, este
l~sla.
o
do
acompanhada
da
pel.o foho.
vol.ta Pola.nski.<. . l. promEootem ve:z,
mando, o concord··, exultc..m
da
e
Cl.da.dG, L c1.nema do supercolunã.vets
•
mod6lo milionó.rio
'·
outros
Carnaval
de
hospedagem Lnlerna.cLona.l.
J>a.ro.
tncl.u\.
desde
de o
Ber&nsoro, Mo.ri.sc. Ji.m Randatlcchegam
atr~:z
amer1..cano
soci.a.i.&>,
•
do
ati. o Roma,..,
di.retor
Varga.s, um, os
sua po' camarote-s
i. nsta.Lo.r-ae
eom
•
venttla.doree( . . . >. Esse ganhou ta.mbôm proteÇã.o ohc1.a.l. mesmo lêmpo uma efi.ci.ente ra.pi.da.mente ca.nali.za.do para os
•
pú b l>.co,..<Ve ja./26-02-:1.,;;.7;>).
Em 1981 surg-em as cadeiras de pist.a visando at.ender uma. f.aix.a congumidor-es
int..e-rrnsdiá.r-ios
freqUent...ador-es
1984
d• ~.B
>O
dtas ue colunas Carl. OCO do o.tor Jack Ni.choleon arqui.banca.da.s na AV. Presi.dent& AS AO preço 10. 000 novi.da.des. e ada tomada.s elétri.ca.s, quem deó.di.r P=a
g<itladel.ras portâ.tets como confortos fama., quo garohou med1.do. carnaval, a&Y ao passou a. De dtvertimenlo, dinhei.ro, de fo.:zer tnveJá.vel
mühões
11
o
••
deverão
cofre.,
empregou samba(.
dto
Arlequinada
provâ.ve~s
dos
conftrma.da.
j6.
presenÇa.,
R~otur
escolas
decoraC&c, pela consumtdos enfeüarã.o que geralmente la.mosoe.,
Lamart.ine,
dom~ngo
agradar
Eo-Tri
há
ar-quibancadas.
desfecho~
o 17
implementada . lt? obvi..o.mente
de
um
A
e-nt.r-a
com&
pl"eocupacão doa
os
oap.a.zas
Com a
ver-emos
com
relll~.tlt.o.doa
a de
de
cornpr-ar-
inauguração .adi.ant.e~
qualidade
ca.mQ.root..es
e
de os
do Sambódromo no ano
dessa
dos
comerci.a.li.z:aÇdo
polit.ica
ser-viços doa
pública
oferecidos~
lugarea
d•
Desfile de Ca.rna.va.l, a.o Longo do tempo, foi. a. exclusão condições de a.rca.r com os preÇos dos i.ngressoa, a.no a. ano a.cima. dos l.ndi.cea i.nfla.ci..oná.ri..os do pertodo. A mesma r•majoro.doa, Lo.mbém pródi-ga. em rel.a.Çõ.o ã.s lá.ti.cos de di.ferer..;:i.a.Cã.o dos di.ná.mi.CCL • exempLo, degra.us Em do descobel'toe públi.coa. PO'
a.$1!11istôncio. do da.quelee aem
136
leva a
Riotur
usuário.
a
introduzir questionários :r-ecept.ividade
boa
A
dest.e
a
fim
último
de
conhecer
passa
a
ser
a
opinião
do
nas
utilizada
est.rat.égias de divulg'acão do evento carnavalesco no país e no mundo. objet.ivos. as
Em consórcio quanto aos mesmos t.urístico henviam seus noites de
gala
de
cinqüent.a,
concurso
pronwters em busca de at.:r-ações que cintilem nas
Carnaval
quando
o
Teat.:r-o
do
o
cidade?
do
Passarela de
Desfile
car-ioca.
grande
das
conferir
informa
st.at.us
uma
e
Escolas: . de
mais
curiosa
ainda
sit.uação.
o
t.ivera
baile
também
Samba
da
vai
confecção
nos
cap.azes de
conferir-
produt.o final.
maior
desfilar
nas
ent.ão,
alas.
A
selecionando
para
r-esistência
ant.emão
de
democr-acia social que
at.rai:r-
quem
volume.
pode
de
Francis
dos
Brasil
ao
"rebocou
fo:r-madas
po:r-
concursos de
For-d Copola
e
de
um
5
mil
a
as
colunista
prestigio
atenção
dos
sofisticados.
O
Com
que
encarece o
e
delimitando
efeit.o>
em
mais
de 20
aos
pessoas,
Enumera a
luxo.
dos
quais
confusão,
francês,
igualmente
um
Teat.ro
do
a
vesti-Ias
,. OCOrl'el'
revista Veja se :I'efe:I'ia aos 15'0 mil espect.adol'es e
e:I'am desf1lant.es
pudesse
e
a
Escolas
do
mais
pr-et.ensa
com
grande
ser mais esmerados e
a
componentes,
da
sessent.a
lógica
materiais
introduz
br-ilho,
oíicial do
anos
absorvendo
década
os locais de ensaio das Escolas passa
Desde
fantasias
das
na
l"ealizacão
novos participantes> os riscos das roupas passam a a
início
carnavalesco
Paulat.inament.e ,.
atenções. Nesse momento freqüentar a
p:r-ática
era
Local
luxo.
doe
Essa
palco
Municipal.
Xant.asias
doe
empresas do setor
Edgard
da
mil
muit.os
presença
Schneider,
carnavalesco
1975.
desfile
que
de
"povo··. A ~nLc\.O.tLVQ fora justifi.ca.cia pelo alocar gra.tuLto.Tfl&rot& o Nev&a, cio. seguLnte ci.nLca. & L&vi. S&cretá.ri.o de Tu:ri.smo, baratc.;""FLcar de empr·éstimo um al\.VLsmo toma que forma, folclor~sta co;u·naval é coise~. de estrangeiro. ( . . . >brasileiro nao consegue sentado no vendo samba passe>.r"·<Últi.mQ Hora./1968}. lda.LS tarde os mesmos f i.ca.r senta.do
para então
to.mbém comercia.li.za.dos, gerando füo.s lugares desconfortáve-is Sambõciromo aqu\.si.cao. A .o.rquLt&turo. do eu o pa.ra. enorme-e coníueÕee os setores ··populares·· o<.< estõ.o descrt.ta., já que Lógica. Col criste>.liza. d&sfi.le, q<.<e>.ndo o. EscoLa. ensaia s<.<as primeiras inicio do loca.li.zo.dos ApoeleBe, cujQ.Iõl a.rq<.<i.ba.ncadas dista.m na. '' Pra.C a. da. no fi.no.L, ou evoluÇões
,.
NO
fina..t
vitrines nova.a
dos
anos
{Q.ntasi.aa surgem núcleos
do
sesser..ta. lojcu. PorteLa. & da momento nesse essa.
regi.éio
tendo por da Porteta. e a. da Estudantes membros de uma boutique de copa..eabana..>.
da.
d&
da.
Zona
sul Me>.,.,guei.rc.,
1 137
da
expansão
cidade. chi.qui.ta
As
Ba.cana
exi.bi.r pri.nci.pc.Lmer.t•. base ma.i.s
da
soci.c.l
das
eu~
zncluei.ve Escolas,
f a.mOSOG eêi.o O Ma.nguei.ra(f<.<ndada.
personalidadesc ... )"(19-02-1975:20) Paralelament-e cidade
como
Mangueira ainda
nos
Goldwasser envolveu a os
do
anos
descreve
da
mat.erial
imperat.ivo modelo
agremiação
e
o
de abrigar-
o
maio:r
da
de
a
civil.
Est.as
passam
depois
nova
Escola, com
Júlia
Est.ado
serem
ent.idade. const.it.uir
de
acumulados. o
mais
imgem
uma
seg-uido.
daí
porque
orient.ada
Porém
com
que
obra
o
despont.a
na
sent.ido
de
no
proporcionar int.eressant.e
pública
Modelo
a
por
expresso
é
part.e
no
o a
da
cri t.ério
de público pag-ant.e poss1'I"o~ ve . .1. ert.an d o
número
de
quadra
Maria
o
a
cobert.os,
Primeira
sua
Vislumbra
MangueiraC1975:41).
part.ir
a
de
negociações
racionalidade
ao da
e
na
Samba
di ração.
Est.ação
sobre
de
Escolas
terreiros
obras
as
const.rucão
da
capazes,
Escola
hot.eleira
íacet.as da const.rucão, colocando em cena
e
uma
dirigent.es
de
de
murados
A
est.udo
processo 2
''empresariament.o''
do
seu
das
sedes:
iniciando
t.ant.o
mesma
na
e
cobert.os.
longo
indúst.ria
part.e
primeirament-e
Em
doação do t.erreno
desenvolviment.o valoração
o
por
ensaio
movirnent.o ~
sessent.a.
meios
art.icular
são
infraest.rut.ura
ocorrem de
ginásios o
da
desfiles>
locais
est.es
pioneriza
dos
prát.icas
é,
amplos
int.eresses
limiar
seus
nos
ist.o
t.ornando-se
de
significat.i v as
t.ransforrnacões
"quadras".
mont..agem
espaço
do
manifestam-se
a
19 .
para
boit.es do hotelarLo., e~aes ~"'conaorcta.doê pr-on-at.er-s Escola. de Sa.mba gro.ç:o.s o légLca. Lnçlusi.vi.sta. no e o.utónoma introduzem-se çomponentes. É esto.betecido. uma. teia. de rei.a.Ções o.Lo.G de arlLçuia.ndo dos o.La., a intermedta.Ção da.s a.g.S.ncLo.s via.gen,;., dos dir&Ção da do hol<h"' o o visLto.nte i nt<'>rna.çi.ono.t CO'I'Tr o d. outros estados promoter--, do pais. do çompro.r po.çote a.utomô.lLco: 00 o de o tunsLo. pode processo o da.nào-lhe di.reLtO o uma fo.nta.sia., aquele do suo optar coubE>
no pa.rltci.pa.ÇÕ.o setenta. o a. nos
a.
dessa. ini.ci.a.l Lance .,..ndi.nhei.ra.doa para. engroBsa.r a.s fileiras 2
Esta.
do•
umo.
t•m ai. do t•rr•noe àe
socialit.e
..
como do.&
pa.ga.:m•nlo de
um
Eato.do
do
de
do em
produto i.nsti.tui.c;:ões
di. versos famosos ou
pod..,.r
prá:l.i.co.
Eeoola.e
Torna.ghL,
r•Lo.C<'l.o
nêí.o
A
muit.cuo polltico•,
o
Cons:.i.dero.r.do fins
tucra.tivos,
doa.Çô.o
a.i.ndo. estão
de
110bret1.1do expree01a. que ta.r.ge no 00 que, situa.da.s no di.spenso.da.s
do
tri.but.oo •
gra.ndilongUente do prtma.do i.mp\.Lci.to na enverga.duro. dos nomes que os ba.t.i.zo.m. Po< exemplo, o.l.guns o gino::\.&:i.os, euperla.ti.vo "Portelêio•• o do PorteLo.. M Clnguei.ro. ou so.mba... do n&o a.pencwo do n-=orne a opul.ér.ei.a do eepo.Ço ma.gno.r.i.mi.d.ad• ei.mboti.ca.ment& i.nst.i.tuic5es ta.mbém fi.xa em um universo de
bom
nos
moo
menoiro.
o
turl~'tt.co. sem
liga.do. pa.ises),
de o.lguma.& Eecola..!O.
cl~er.teli•t.a.a
o ca.rna.va.t esta.tuto
Ana.
de boi t..es Regi.netespa.lha. prática.. Tra.zi.o. nomes
rede
indi.c&
.
slio
138
desses
fi.si.co, cuLtura.
isso
e
serviços
corüort.o?
bares~
como
embora def"inindo na divisão do espaço
o
rest.aurant.e 7 modo
como
banheiros.
cada um,
Muit.o
segundo
sua
inser-ção socioeconômica e de prestígio, pode usar o local. quadra
A
de
t.al mentalidade.
e)lperiências
das
adequada
a
ensaio. A
4
segment.ado, palco,
part.e
quadra, Cont.am também
como
com
da
gradeado.
de
ensaio
dos
diferenciados
de
a
bat.eria,
01
e
02)
est.rut.ura arquit.et.ônica de
da
lnst.alson,
mesma
veicular o
.
palco.
como
Mas
prédio
universo do
se
do
pessoas,
do
part.ii·
grande
divide
em
bar(cont.ornando out.ro
o
alt..o,
a
rua
os
mais
lado
cont.ando
ao
quarent.a
sanit..ár-ios
a é
com
chão
da
camarotes.
próprios.
Ali
eletro-acúst.ica
de
responsável
pela
som
no
som dos puxadores de samba ao
apresentadores 22
e
mil
um
No
parafernália
a
no
ao
ligando
sit.uam-se
15
pát.io
o
assistência;
à
bar-rest.aurant.e
localizados dos
Dele~
a
as
com
part.icipar
extensão
próximo
daquele
equipada
para
planos
últ.imas
encont.radas
arquit.et.ônico
componentes.
~inásio,
do
cabine,
mais
O
dedicado
é
serviço
plant.as
Escola<vel'
um
vozes
das
r-eprodução
quadra.
da
das
maneira
de
t.orno de
ampla
exemplar
acordo
de
paga
perfil
largo
redor
a
O
em
mais
para sincr•onizar e
percussão
abri~ar·
diversos
cont.rat.ada
Sambódromo da
ao
que
uma
instalações
e
art.iculam
local
sit.ua-se
uma empresa
se
quadra)
específicos,
est.es
público
quadrados.
logo
resolvidas
ou
é
Nilópolis
ocorreu
comportar
de
de
da
post.os
do
de
1987,
em
f"ormas
as
ampliadas
met.ros
lado
int.ern.a
Nela
presença
onde
artif"ício
improvisado acessos
700
no
construída
pela capacidade de
por-ém
post.o
dois pelo
a
Beija-Flor
planejadament.o
est.ã.o
interesse
o
reflet.e
mil
sido
seu
facilit.ar
Samba
de
ant.eriores.
começar
seus
Tendo
quadras
out.ras
nas
Escola
erguidas,
agora
at.é
nos
da
de
aliciais
ent.ender
diversão, no cerne
ainda
Além
do
propa{;)éU'
autoridades
a
consagração
processo
aqui
a da
dest.a
est.udado?
Recuo out.r-a vez aos decisivos anos sessent.a. década
Nessa domést.icos or.d• po.ro.
e
••r
zzDura.nt.e
de
co.pit.a.Li.zo.ào
os
t.urist...as
que
est.rangeil'os
int.egrant.es <!os segment.os médios locais inseriam-se em um
gra.r.de10 o.o.llo gro.u. o
pode à\.et.i.r.ÇQ.o.
evidencia-se
meses
ru.,mériea.s pod•m consenso em torno como d\.f er•nco. no
de
qui.nt.a.s-feiro.s, di.a.s de po.rt.ir dessas visila.s elo.bore-i.
jo.nei.ro
•
tra.du2;\.r de .o.lgo, •ent.i.do
fevereiro
das a.la.s. ensa.i.o a. descri..çéi.o a..ci..ma..
139
quo.lid<:l.d.ee, do d~
poi.e
o.ponto.m E
lógico.
eel\.ve lodo.e Be\.ja.-Flor. da
\.1!11!10
d~
A
1'LA~1'A
01
QUADRA DA ESCOLA DE SAJ\JllA JJEIJA-J<'LOR(T~RREO)
-r I I
bastidores
I
I I
I I I I
I
palCO
I I
\ I
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área de en.saio
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I
' -·-·-••
I
"'
Gl
'""
p
!II
-·- 'o~.-:-·-·-·-·-·-·-·-·-·-·-·-·-·-·-·-·-·-·-·-·-·.
S
~
i
'""'
I
alarnbradO-·-·-·-·-·-·-·-•
área rese.rvacta ao pÚblico
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o.
( bilheterias
·entrada de Vi ai tap.te's
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.canheiros I
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carr.arote 6
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-lli,' ' '
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o
o
-
w
"Bp-a.xq.ua
SS!:J.O.renreo
',
.
s
''
~---;
o.r~
/ '
jl{tl'B q
.
Escola de Samba e seu Desíile como
mesmo vet.or de pressão, ao elegerem a objet.o de
ent.ret.eniment.o,
Mangueira
em construir
na
condições
às
envolvida
naquele
cerimônia
em
sua
visit.a
Monteiro
período
Lobato,
pr-ogramação
t.odas
das
bojo
pela
Com
heuríst.ica
pr-epara para desfilar
em
da
na
do
context.o:"Num
ano
com oit.o mil figurant-es.
em
Encantado
de
gast.a
t.or-nara
alvo
por
que
essas
BI'asil
do
Mangueira
se
do
mais
na de
gozada
Jor-nal em
sucesso
vendagem
se
popularidade
da
quando
alcança
Escola
r-epor-t.agem
Uma
Par-t.icipou
Mundo
e
da
est.ev&
Escola
Inglaterra,
O
a
primazia
A
se at.ent.armos
a
Pi t.man..
1969,
.
event..os.
da
rádio
de
termômet.ro
daquele
II
Eliana
29
reveladora,
samba-enredo
cant.ora
eíeit.o,
mesmo
sessent.a
impor-t..ant.es
Elizabet.h
seu
O
anos
bast.ant.e
de
errrissoras
e
dos
Bi-carnpeãC1967-8),
Rainha
carnavalescas.
inst.ituições
é
a
gravado
atenções
moment.o
no
1968.
em
d.iscos(Araújo/1987:124). de
ocorre.
qual
país
meados
uma quadra é
homenagem
ao
nos
de
NCr$
15
mil
em cada ensaio, há quem diga que o carnaval est..a morrendo"(15-01-1969).
contundido-a 1nesmo
ano
dobro
do
noit.e.
já a
mil.
patamar
o
corrobora
com
uma
a
de
por
um
pública
ala
de
não
grande
no
números
comercialização
not.or-iedade
íant.asia
cobrado
aos
atribuída
import.ância
A
das
últ.imas.
cust.ava
clube
at.ingindo
par-a
menos os
seus
Escolas,
pelas
Dest.e que
mat.éria
da
t.recho
modo,
NGr-$
bailes
naquele
400,00
de
t.oda
o uma
roupa de um dest.aque de luxo não saira por menos de NCr$ 12
Cont.ando
com
uma
parca
ajuda
do
EstadoCNGr$
12.900,00),
as
entidades apressaram-se em lazer- de seus ensaios uma font.e import.ant.e de renda,
visando
carnavalescas.
financiar Aliás.
suas
inspirados
cada
nos
vez
mais
shows
para
oner-osas t.ur-ist.as
apr-esentações 24
,
promovidos
d&ca.da. de um fi.roa.l do de comeCaram a ser veiculadas lemati.:oo:o.ndo a.s Escolas e pó.ra.- jorna.t ~ti.ca.s junto a dt.vulgandc.-os pUbücos ma.t.s a.mplos. Sem dUvida seus: desfi.les, í a.aci.culo• eemo.roa.t."' do. hi..tóri.o. do f <:>rmo. de dco.a E6.:>olo.• publi.ca.eao em editora. oráii.ca. ó o ma.i.:. st.gni.fi.ca.ti.va., j<i qu& em ~O?S, a.Lca.nÇou suceeeo do venda.s JUnto ao mercado formo.do goinero d& ur banaa<Mice L L i./ ~s;>84) . 'médias Fa.tor o. um s6 eegmento,., por
o
•
tempo termomêtro e
•• No folclore
publi.ci.za.Ção do evento carna.vo.tesco •
sessenta. surgem espetó.euloe peÇa.e que eeti.li.zam do o formato comum de uma foli.a. eo.rna.vo.leeca.. Entre foi. Bra.siliana, produzido bem-$ucedido pelo ato r Ha.roldo ma.i.a o e figurinos de Arlindo Rodrigues, cenó.rioa coreogra.fi.a. de com
inlei.o dos bro.si.leiro
todos Cost.a., Mercedes
instrumento de
Ba..st.i.ld época
anos
sob
estreladas reto.ei.onadoe
•
pelo Escola.
140
t.ri.o
do
do Sa.mba
vedetes CUI Acadêmicos do
irmãs
Marinho-
Sa.lguei.ro
•
por
especializadas,
casas
de
festivais
e
baianas
uma
cobrar
componen t.es
a
entrada
e
e
dança
do
que
dos
ensaios
e
port.a-bandeira,
algumas
dist.int.ament.e
e
nos
Canecão,
fazer
a
se exibem.. ao som da bat...ería. para
bebidas
lembrava
começam
mest.re-sala
fantasiados
vender
noit.adas
nas
Escolas
quais
cant.a
que
mesma reportagem
que
nos
samba,
plat.éia,
as
comidas.
No
caso
a
mais
Podiam
ent.ão
Mangueira,
da
consumia-se
ensaios.
ent.ão
sit.uada.
mais
cerveja
prestigiada
casa
afamadas
Escolas
a do
de
gspet.áculos da cidade.
o
fenômeno
conheceram
no
cotidianas.
o
carnaval
da
horizont.aliza-se
redimensionarnent.o depoimento de
Escola
a
Samba
na
Zona
&rc.
,;omponent&s.
dE>
SuL.
o
de
medo
Era
fala
experiências
carnavalescas
ex-membro
por
si
o
comissão
da
mesmo
e
de
das
relações
de
ddíc•l
controlar
o
processo:
H>79
para
mu~l.o
havi.a
havLc.
uma
eslabelec&r
mais
um
Portela,
Port&lõ.o
ft.gurt.nos
de
di.stri.buLÇão
lt.nha
e
popular.
muito
suas
de
PorteoLo. em A escoLa
na
eu
Quo.ndo
das
seguir,
forcas reor-denadoras de t.odo o
núm&l"o
as
e
comeÇado
nao
e
de
alas
cor,trole
um
de.
acabado
loucura;
o
&nsai.o.r
&&r
t.naugul"ado.
l íTlhamos
alegando
quanto
o
E
Port<a>lo.
A
controle.
destaques.
rígido,
MOurLSCO,
a
prest.denl,;.
a
que
PorteLa
estava crescendo e estávamos a.t.nda pagando o Portelão. Em 1973 chegou a desfi-lar mat.s d.;, 6 mi.l pessoas na Escola. No &nredo desfilar, tomou ai.nda comeÇou pt.eta i.nte~ra Portela aua.ndo concentra.ÇÕ.o. chegou prôxi.mo ao li.mi..te da g&nt.e mui. ta ficou bastante componentes a fechar ;&ortõ.o fomos t&mpo,
•
r. o.
eor.eer.tro.C õ.o,
Not.a-se participação muit.o
que
a
no
laia
qu&
semântico e
a
relação
do das
Est.ado
anct'
pesquisa
40%
dos
como
ele
se
a do
e
de
mesma
comeca 1969,
a
do
uma
consideravam
que
da
inferida
Jornal
encomendada
car-iocas
privados
ser
com
popula1~
o
bases
já ocorria no
ent.ão
agência
via
economia.
Brasil
ê
preocupações
cr-esciment.o,
problemát.ica
a
o
articula
do
set.or-es
dê
idéias
das
manunt.enção
Escolas
mesmo
di vuJ.gam
cont.a
na
Escola. Tr-aduzindo
popularidade
Manchet.& Dava
em
inst.âncias
es:t.at.íst.icos::
entro.,.Hgri.f oe
deslocamento
o
objet.ívas
das
r>Õ.o
evidenciada
econômicas, da nível
qu.>E>
e
d&
Tant.o
em
t.ermos
a
Revist.a
publicidade.
Desfile
d=-
Pr-e.sident.e
que
int.:rodução
Var-gas o mais impo:rt.ant.e moment.o do Car-naval. Poder-se-ia
••
Depoimento
de
Hi.ro.Tl
dizer~
Aro.újo
relerendado
o.o o.utor(Zó/O.t/1993),
141
em
Webel',
a
da
pesquisa demonstra na ação dos a~ent.es a meios.
Algo
suscetível
p:r-essupost.o
que
norteia
event.o,
os
ag-ent.es
cultura.
O
imperat.i v o
nort.e
mesmo
da
preocupação
de
do
da
pot.encia1
t.orna
o
a
sobre
de
Inst.ala-se da
de
dos
do
come:r-cialização
da
das
quantidades
ist.o
aparece
desf"iles
po:rque
desde
submet-e
t.rat.a-se
agora
rít.mico-musical
uma
ent.ão
popularidade
e
do
de
mercado
o
comando
E
densidade
a
considerado
escalas
realização.
racionalidade
à
seja
coef"icient.e
:r-igoroso cont.:r-o!e,
um
efer-vescência
int.rínseco
um
cronomet.rag:em
A
int-erferindo
a
di versas
t.oda
plástico-visual.
ent.re
comedimento
a
caso
Nas
nele
de
t-empo.
o
consumo"
est.rut.ural
at.os.
audiência
qualidade
com
ext.ensão
sua
seus
compreendido
vislumbram
informalidade da fest.a "t-empo
ser-
o:r-ient.ação da racionalidade dos
e
bens
na
a do na
t.ensão
exigência
a
o
de
simbàlicos
ampliados.
o
desde
acompanha
sig:nif"icat.i vos at.é o foi
um horário
cada
exibição
permanecerem muit.as
sobre
discussão
A
limit.e
início,
ano
de
para
porém
1969.
jamais
máximo
O
na
pist.a
o
quant.o
aument.o
o
da
do
número
desfile ho:r-a
das
do
de
poder
Em
1963,
Desfile
o
Escolas
meia
e
Part.e
desfilando.
de
samba
at.raso. público
por
exemplo.
dest.e
Mas,
ano,
como
iniciativa
a
event.o, ficando
ent.ão
que
O
as
Escolas
que
faziam
devia
desfilant.es
a
aguar-dar da
e
repol't.agem
t.eve at.é
começou
acabou
coibi!'
da
plat.éia
revist.a
seguint.e
a
que
sempr-e, de
result..ados
o fat.o de Escolas passarem at.é
Escolas,
das
t.odo o
Podiam
de
as
conseguira est-abelecei>
concorr-ente,
a
Escolas
a
quisessem{AI'aújo/1987).
pr-ejudica:r-
par-a
Com
sobre
Cruzeiro
se
regra.
salvo
SUI'gem as r-eclamações cont.:r-a os atrasos e hor-as
que
part.icular
a
das
chegou
término de
exaustivamente.
t.r-ês
apresentação
previst.o para começo e
vezes
das
um
t.ais
o
abert.ura:''O
cedo.
Só
t.eve
t.arde"{16-03-1963). at.it.udes,
desde
já
di:z&ndo-a&
via um "ent.l'ave com
que
ao
se
pela primeira cr-onomot.r-agom
carnaval",
torne vez
por implicar em
melancólico a
di visão
do
o
at.o
des:f"ile"{Últ.ima
event.o
em
dois
"ant.it.u:r-istico, fazendo Hora/01.03.1968),
dias
e
a
Propõe
implantação
da
dQJõõll apr-alõ:lc::.nt.acõéliõt.
Porém apenas em 1971, ano quando é Turismo
um
nog
FUGENTUR, é
rixado
estabelecido o
um t.empo máximo de
142
Fundo Geral de
exibição de
75
minut.os.
As
penalidades
torna
correspondiam
possível
em
a
da
!unção
pe:rdas mudança
Est.ado. Est.a passa ser :reg-ida por no
as
qual
critérios
Escolas_.
de
responsável resultados
agora
julg-amento
principal
econômicos_,
na
:relação
subvencionadas, pela
espet.áculo,
o
pont.os
seu
no
julgamento.
entre
Ist.o
Escolas
as
um cont:rat.o de pr-estação de
decididos
pelo
de
estão
objet.ivo
com
aos
est.adual.
garantir-
o
serviços .
t.ot.alidade
a
torna-se
e
subordinadas
autoridade
iicando
se
Como
dos
sempr-e
seus maiot·
comodidadê ao consunúdor. Para
Umbert.o
as temática do
Eco(1989)
pt'azer- emaranham-se à
crucialidade do
coisa
sentido,
artística.
expressão e objet.o
Nesse
Iundarnent.al
no
t.empo,
para
tanto
consumida
segundo
Desfile
Carnaval,
de é
o
t.emporalidade, E
consumo.
do
t.empo na relação do fruint.e
desmembra
essa
tal
como
que
a
art.e
específica
relação
no
poder-s.:.-ia
seu
est.e
se
tempo
se
de
distingue- o
disjunção
Iixacão
do
esquema
pist.a
experiência
perceptiva
determinação
do
poder
seu
coincide
E
ao
como
com
platéia
do
ar-quiban.cada.s/camarot.es>
e
distanciada
público
o
é
do
desfecho
do
bailado
lixada
uma
tempo
Desfile de
de
em
um
consumo com
a
estabilizando
privilégio
com
caso
cristalizada.
é
é
ser
seu
o
cultul"al
bem
fat.o do
de
ser
da
assim
No
format.o
t.empo.
com a
Porém
possa
e
do
tempo
físicos.
espacializacão
a
ateres
ent.l"e
o
no
expressão
rua ..
A
que
exposição
pl"io:r-itár-io:
popular.
objet.os
objet.ifique
dizei•
t.ol"na
de
teat.l"o-passarela
demais
t.emporalidade<Idem:111-3).
seu suporte de o
os
e
sucesso
no t.empo do conteúdo. No primeiro aspect.o importa o
viver-
operístico
ele
consumo~
olhos.
dos
gst.rut.uração
de
processo
A
do evento para satisfazer audiências.
Seja a Iorma da expressão e o conteúdo expresso vão reajustar-se par-a
moldar
um
esta
platéia
sem
t.em
escassez
na
est.e
espet.áculo
desde
vínculos
práticas colado
à
examinar
e
imediat.os>
temporal
ent.ão
est.ét.ico-comunicat.ivo
inserções
o
cosmopolitas mercadoria
experimentados
como
de
dessa
int.eresses
não
que
para
mínimo
os
mas
agora
cultural
O e
e
o
mesmos
na elaboração do
~43
que
nicho
o
art.icula
a
do
mercado
e
um
limite:
é
O
est.at..ut.o
plat.éia, máximo.
Desfile
o
impreter-ivelmente· no
evento ao
do
est.e
contrat.ualidade
mercantis.
os
aos
exibição
ppnt.o
consor-ci.ações
ent.ão
pert.inent.e
car-navalesco
rebuscado
deslocamentos Desfile~
signo
simbólico
municiando-o
é
novas
a
âmhit.o
já
um
das
símbolo
de
festa.
Vale
e
mat.erial
são
para satisfazer
os
novos
na
compromissos
desf"ilant.e.
O dilema
períomance
basilar será coadunar
com variações que o ajust.e à int.roduz
a
alt.e:rnat.i v a
da
Avenida~
já
de
fórmulas
que
que
apresent.ada
viável
regula,
aproximam
do
leit.ura à
produt.o
e
esquema
sua
sint.àt.ico
aparência do
gênero
do novo público. Est.a combinat.ória
f'ruição
pont.o
o
pela
de
do
espet.áculo
vist.a
plat.éia,
no
t.aat.ro
fo:rmal-est.ét.ico, sem
dest.ruir-
a
o
aber-t.o
encaixe
unidade
gênero. Condição decisiva par-a a formação de uma audiência carnavalesca.
144
do
4.
O SUPERESPETÁCULO
Lcigrima.s
i . . • >E
do
a.legri.a
J)iasabor Umidecem
o rosto do Meio do cenãrio multicor Está. na. hora., é Carna.va.l!
o
arli.sla.
poeta.
um
original
(Aurinho e DidD Leô,
Leô,
esqui.ndô
Criou belezas mU E a. Oi.ta.va Mara.vUha. Vem bri.l.ha.J'
Ne,le ca.rna.va.t do meu Bro.slt.
<Neg8 1 Negruinho e Dicl'ô>
146
•
enredo
o est..ét.icos
provocados
no
inserç:ão no mercado
superespet.áculo
de
Desf"He
é
averiguar
Escolas
das
de
movimentos
O
a
part.ir
eixo
sua
da
exposição
da
e
como
qualit"ic.aram
o
event.o
facult.ando-lhe
a
simbiose
que
audiovisual~
nat.ureza
deslocamentos
os
Samba
de bens simbólicos ampliados.
os
t.oma
análise
capítulo
dest.e
propósit.o
com
a
indúst.:ria da imagem.
POR UMA IMAGEM BRASILEIRA
o
pano
ant.erior
t.em
contribuição
decisiva
de
sido do
absoluta
de
pais alvos
é
ent.ão
sociedade O •~ JCS
t.omada
Os
t.elecomunicações
indicam
comunicação
social.
De
idéias
ao
"polit.ica veículo
t'ort.e
t.ant.o
e
das
atingido
2,26%
do
PIB,
nacional".
"const.rução
int..egrat.iva
1968,
um
de
na
Hygino set.or
por
meios os
A
moder-no'',
no
est.at.ais
de
meios
Comunicações
pelos
em
part.e
integração
os
cult.Ul'alment.e
at.it..ude
a
à
perempt.a conjunt.ura
de
segurança
pr-imordial
a
na
propósit.o
de
capítulo
const.it.uiu
Tornam-se
capi t.alist.a.
o
com
necessidJ=tde,
invest.iment.os
privilégio
o
como
moderniza
a
Ministro
ent.ão
do
desde
t.elecomunicacões
das
da
corno
se
ali ava
que
centrais
desenvolvido
que de
acumulação
Corset.t.i<Veja/12-01-72).
Est.ado,
set.or
economicament.e
grande?
af"irmacão
argument.o
ideológico
à
comunicação
Brasil
do
esforço, cunt.role
do
t.elt?visão
uma
Est.ado.
nesse
dit.at.orial,
fundo
de
part.e
do
elet.rônicos
invest.iment.os
de
at.ingem
3,28% no ano de 1975{f"ont.e: De:Fesa Nacional/LXIV:22). mer-cado
O
modernidade
concr-et.a
modernizant.e aparelhos
por-
de
TV
no
no
micro-ondas em
1972
emissões nesse
dois
Brasil,
númer-o
ano,
1971
bem
A
aquece
A
pelo
t.errit.ório
nacional da
ainda
o
mer-cado de t.elevisor-es era a
pais,
dos
12
quadr-o
via
milhões
4
inauguração
sist.ema
int.roducão mais
existiam
esse
mil
do
Telebr-ás, fossem
500
e
de
set.or-.
A
base
mil
1955.
sistema
cobert.os
O
maior-
permit.ira
transmissão
de
empenho
crescimento brasileir-o como o
mundialmente.
do
pelo
dist.ant.e
'
t.elecomunicacões,
televisuais.
mesmo
Em
190%, tornando o
t.erço.s
sint.omat.iza
exper-iment.ado
Est.ado.
do
moment.o
nas
televisores
de
virt.ual
e
par-t.e
cresciment.o chega a verificado
venda
de
de
que pelas
colorida, de
ampliação
do
faixa ocupada pelos segment.os do operar-iado
147
urbano,
em cz-escent.e expansão
Já
no Cent.:roo-Sul br-asileil"o.
em 1972
eles
t.6m nas milos 60% dos 6 milhões de apar-elhos de TV exist.ent.as no Bl'asil. O
censo
do
IBGE
que,
const.ava
este é
possuiam t.eleviso:r- -
em
1990,
inser-ido
54,9%
como
dos
domicilias
indicadol'
bl'asilei:r-os
de bem-est.ar social.
Congl'egando 70% da população brasileir-a, a
ár-ea ur-bana apl"esentava 73J!%
dos
la:I"es
Const.ituiu
do
veículo
ligados
sist.ema
formação
a
progr-amações
ao
gr-adualmente
ser-ão condições
de
empresas
das
post.as
t.elevisual.
mercado
um
de
t.elevisão.
reor-ientadas
pela
sociedade
popularização
consumddor-audiência p:r-ogl"'amações
As
para
essa
at.ender
o
urbana-industr-ial
e
o
emissol"'as
das
novo
paz.a
público,
nas
mercado
nacional
junção
entre a
de consumo de bens materiais e simb61icos. e
Armand
tecnologia polit.ica à
de
comunicações
cultural
"cultUl"a do
com
dos
nacional
bens
expressivos, efeit.os
no
os
autores
isso
aos
comerciais
model'nidade
Walt.er
administrativa
e
Clar-k,
o
digest.ão
paJ.s ,
-'
fato:r
cont.ext.o
de
do
art.ist.icament.e
económica do capitalismo tardio,
a
ao
seus
Rede
comp:r-omissada
e
o
de
das
universo
à
af'irma est.ar
o
de
um
consumo
estéticos
e dos
emissoras
simbólico
executivos
Globo
de
articulação
pela
da
est.ímulo
incl"ement.o
programação
grupo
de
aspectos
cultura
A
termos
principal
comunicativa
aos
mat.erializar
membro
vet.or
nos
consolidado mercado
essa
publicit.ários.
cultural,
decisivo
um
Quant.o
definem
procura
ent.endem nesta
milit.ares,
indust.I'iais.
cat.ár-t.icos
t.elevis.ão
a
espet.áculo"{de fácil
consumista no
de
e
governos
diver-t.iment.o)
o
imaginário
Por-
Michelle Mat.t.elar-d<1989)
da
sucesso
da
tecido.
articularam
que
lógica
de
J"acionalidade empresa
e
o
apoio r-ecebido dos governos da ditadura, em consórcio com compromisso de efet.ivar o mer-cado de consumo no pais(Veja/16-01-!980). A t
.
n~~ter
transformação da aparência do
Prokop
no
i. ndustri. ol1.zo.do.BCJ:PB6>, enlreteni.mento como dessa. produÇÕes
DG>\..1
sobre
G"St\..ldO
constato f'-'nr;:ao deetee
Q
produt.o
televisual correspondeu
produçao
de
o
bens
ç!,.lll\..l:ro.i.s
consoLi.dar
lend&nci.a
a.t:ri.hui.
quo
o
ênfa.$& &nvolvi.m•nto• tra.nsno..ci.onais Q
emoci.ona.i.e e fortel! veicutacao om contextos senti.mentai.a, voltam-se c:~.ntes na.dc:~. esti.mulos, no entanto. Ta.i.a a.mpl.i.a.doa. do evitar a.ltero.Ções si.9'ni.f1.ca.li.va.a cuja fi.na.tida.de é aLgni.cos, efeltoa pri. vi.legi.a-se a.qui.to capaz de tao somente espectadores; rotinas dos n= "fa.nlaai.o-cli.chê"> e a r-ea.ti.zoç:ão de repeti.çaoco. pela. eonforta.r, com essa.a mesmaa rei.tera.ÇõesCidem:.tPS-4>. tenso jogo no aspi.ra.Ç5es. estét i.ca.-expresai. v a. ao perf\.l da a.cumuta.cao fi.si.onomi.a COI'l4'Cla Prokop ca.pi.ta.ti.ata. na. sua. Ía.&l& tardi.a em
apelo•,
cor.di.Cões
••
148
a
f"ace
José
visivel
Mário
Ort.iz
novas
d.iret.rizes.
Ramos
e
gover-no milit.ar- de que
Ao
t.rat.ar
Borelli<1999)
à
adequando-as
vivenciada pela sociedade
moderno e
Silvia
produções
suas
orient.a
da:s
naquele
demonst.ram
popt..llar
harmonioso.
sobr-e
ressignif"icado"
cult.ural.
Ou
princípio
:seja,
no
crit.ério
universalidade
do
com
mercado,
Carnaval
encont.r-ada foi
principais, período.
alcança
Em 1968,
num
apinhadas,
do
denomina
o
e
linguagem
da
o
adocão
a
que Renat.o
de
verossimelhanca
urbano,
o
"nacional
da
indúst.ria
audiovisual,
o
selet.ivo
de
resgat.e
popular
brasileiro
mas
de
colorido
regional
em
favor
da
dinâmico
do
crit.érios
o
cent.ro é
exercido
por
claro
o
pelo
o
jornal
event.o com a
exager-o
por
segtmdo
Desfile
e
nacional
exemplo,
pólo
acordo
quais
das
Escolas
int.ernacional, Tribuna
de
no
Sant.os
de
Samba
curso
desse
noticiava,
na
part.icipacão de 30 mil sambistas foi 500
horas(27-02-68).
16
III
capítulo
projecão
durant.e
o
part.icularment.e
primeira página, que o vist.o
brasileiros,
do
o eixo Rio-São Paulo.
e
Carioca,
de
Globo
1deoló~ic.as
exigências
implement.a
nacional
cujo
longo
ao
Vimos
empr-esa o
a
às
problema,
cont.eúdos
amenizar
de
capitalismo no pais -
mesmo
dos
da
como
socioeconômica
A solução
propósit.o
nível
ident.if"icados
o
o
pelo
mercadológico
mot.ivos com
ref"let.indo
brasileira,
modarnizar;ão
de um t.rat.ament.o realist.a est.ilizado dos t.emas
Ort.iz<1999),
t.elenovela
disseminadas imagens de um Brasil
fossem
tnt.egradament.e
e
moment.o
da
mil
pessoas,
Relata
José
nas de
Luiz
arquibancadas Oliveira
que,
t.ambém nesse ano, aparecem as pr-imeiras pressões de part.e dos t;overnos milit.ares
no
sent.ido
de
pós-64 "(1989:69-70). Desfile
e
o
Escolas
conjunt.o
O
sist.ema
adequarem
principalment.e
e
at.ualizados
"Jnai.s
as
de
de
t.ais
t.elevisão
seus
enredos
inspirarem
se
fat.ores
comercial;
at.uou a
para
projecão
carioca como fest.a nacional oferecia os subsídios para o empresa como a verossimil
de
encadeamen~o
aos
no
t.emas Brasil
aproximar do
o
Carnaval
objet.ivo de
uma
Globo, int.er-essada em produzir uma imagem suf"icient.ement.e uma
realida~
brasileira
popu..lar
mas
moderna.
O
de alguns: fat.os são expressivos a esse r-espeit.o.
At.é o
final dos: anos sessent.a inexistia a
ao vivo para t.odo o
país e
a
t.rans:missão
t.elevisiva
apr-esent..acão das Escolas não detinha lugar
..
2
cent.ral na cobert.ura de carnaval das emissor-as . Apenas em 1971 ocorre a 2
Dota. c:objeti.vo
•• '""" ••
preeença. cc:obri.r o
pri.mei.ra. cOmera. evento, porêm o
14!>
TV senti.do
oom
o
sobretudo
sint.omát.tco que seja
impressas anúncios.
marca
indúst.ria
A
de
int.egralment.e
período quando
mesmo
o
a
ut.!llzem
cot.ejando
nacional
t.r.ansmissão
primeira
De:s:f1le
t.elevisor-es
das
RC,
de por
Samba
nos
exemplo,
baianas
Escola
da
legenda:"Saia
das
principais revist.as, no ano de 1972, a
de
Samba
verde,
de
rosa,
Mangueira
azul,
evoluindo,
ef"et..iva:r
carro-chef"e
de
uma prog.r.am.acão em rede,
sua
cobert.ura
carnavalesca.
em 1974 a decide Est.a
f"ot.o
das a
cores
da
Rede
t.ornar-
Rhodia
iJust.ra:r
vermelho ...as
branco,
Rbod.ia". Com base nest.a popularidade do event.o, primeira a
para
seus
produzir-a
um anúncio do televisor- colorido t"lagrando uma Escola na pist.a. A est.ampa nas páginas
É
alr;umas peças publicit.árias
Escolas
Color-ado
event.o.
o
o
Globo, a
Desfile o
cent.ralidade
dest.aque na edicão pós-carnaval da revist.a Veja:
ganhou
..,
carnaVCl.l no Q.S t.ma.gens do mudCl.m o nao menor dQ.S roupcas mulheres bCl.i.les, fugCl.:<:ment.e no• fotogrcl{ia, ou ast.Cl.mpCl.da.s numa na sun:tuosidade vtdoo no crescente do desfiles das: escolas de samba. No se-mana passada, porém, novida.des em mC~.tén.Cl. de transmtssões de detectar foi po&sível prtmdrtos feitos tra.bCl.lhos p&lCl. Rede os Tu pi tv. Exc:luindo-se Tele-vi.aão coma.nda.do pela TV Rio de o fato Brasileiro :S:Lstema cobertura resultado da de carnaval apres&r.lCl.da pela o ano este que A bg.ndona.ndo dos bC~.ile-s quase perfeito. as transmtssões foi. al.obo Rede se tornam no vídeo, eles ins-uportg.vetmente monôtonos ca.rng.va.lescos uma equipe do 2.SO p&ssoc:&.s-, técn'Lcos-, concentrou entre O lobo a apresvntCl.dores, e no cobertura. do que reCl.lment& repórteres cá meras, pret.ende ver o ca.rna.vaL (. . . >No.s foi LnteressCl. parCl. do deefi.te dos esc:ol.Cl.S cariocas, SCl.mba cobertura de pri.nc:LpCl.lmente nCl. Carlos, emissora mostrou Antônio que a todCl. suo Aveni.dCl. o forCCl.. no jornCl.llat.ico perfeito esquemg. houve copi.osas i.nformg.ÇÕ&s um com fi9urantea, a hi.st6ri.Cl. papel dos das escolas de sCl.mbCl., os o sobre apresentadCUI no desfiLe mUsl.co.s a lobo fg.lhou apendS enredos gerC~.i.e doe su~ tomadas escolo.s peLCl. Avenida, delg.Lhe=• em forC~.m irrepreensiveis(:I.P-02-:1.975 cor, pelo. 00 grifos valoriza.da.s g.no,
De Cl.no ta.mCl.nho percebidas
V&%
•
•
•
•
são meus meus}.
O possivel
esquema
concluir,
de pela
cohêrt.u:r-a valo:r-aç,ão
do que
carnaval um
da
emissor-a
det.er-minado
int.er-essant.e em "ver". O que por sua vez subentende a
público
150
""""
deu~
é
considez-a
exist.ência de
pequena.& ou jornali.&ltt.co-i.nforma.ti.vo, de o.lgumas a reapet.to DCL lei.t.ura. progrg.mQÇ5.o. reviatg. Vejo. no fing.l publi.co.del.S nCl. »eafi.le, leleviaug.l elo por alvo o ·•e qui. v oco"' conslCl.nte tem recta.ma.cã.o a fo.mOBOil do "'mundo do samba'" em nomes de pri. vitegi.Q.l" olguna '"conjunto do espetá.cuLo...
definido,
é
um
tranamissão décel.da. de emissorcta
<M-tr-i.mento
do
carnaval
organizado
det.alhes é
nesse
sent.ido,
apresent.ado como a
t.ant.o
que
novidade
o
binômio
plano
.;era!
t.écnica int.roduzida par-a
e
cobrir
os desfiles de f"ant.asias de luxo, mas sobret.udo na t.:ransmissão do grande Desf'Ue
Escolas
das
sunt.uosidade'".
Dest.e
Samba,
de
modo,
em 1976 a
profissionais para t.ransmit.ir o quais
duas
dest.acados
espet.áculo,
port.át.eis
e~am
emissora
uma equipe
mont.a
cont.ando
apoiadas
de
232
com 10 câmaras,
das
dois
po~
''crescent.e
sua
po~
canúnhões
de
ext.erna<espécie de pequenos est.údios de TV, dot.ados de equipament.os para emi t.ir
as
objet.ivo
imar;ens
do
produzidas)
emprego
de
est.acionados nas
t.odo esse
aparat.o
ext.renúdades da
era
most.:ra:r
os
pist.a.
O
"det.alhes"
e
"planos gerais"{Veja/10-03-1976). Do essa
pont.o
época
o
de
vist.a
chamado
t.écnico
"padrão
de pa:rãmet.ros que passa a de
um
oferecer
Segundo
Ana
padrão
imagem
de
publicit.ário
mercado
norte-americano que
por
de
mais
uma
erót.icas
figuras
nacional
década Normal
femininas
visual de
obedeceu
consolidação de uma
a
ent.ão
que
no
da
carnaval,
def'iniu e
o
sua
Melhor
desenhadas
empresa), sugeriam
Globo
seja,
vist.oso
lança
wn
por
conjunt.o
po~
o
de
destaque
um
estágio
sofist.icação slo~am
cobert.ura As
coloridas
Donner{designer
Hans
como
e
de
de
Globo lança o
Carnaval.
conceit.o
princípio
de
apr-esent.ad.as
qual
ao
assumia
est.rat.égia do
sof'ist.icado.
e
posicão
modelo
atingido pela empresa . Em 1977 a
Programação
programacão
Ou
3
carnaval:
programação
homor;êneo,
inspirando-se
int.eg:rado,
agressivo,
Rede
program.acão da emissora no sent.ido
adoção
est.a
a
qualidade".
de
orient.ar a
ef'iciência t.ecno-bu:rocl'át.ica e
no
globo
Keh1{1986),
Rit.a
a:rt.íst.ico,
e
vinhet.as
est.ét.ica.
de
do e da da
fest.a.
que a emissora visava. 3
suplemento Balanco Anual, do o setemb.ro pelo Jornal mostrava os São Paulo, número.e quo gara.nüa.m a alobo Oa:z:eta Mercantil de setor de entretenimento. Ano llde.r no de .1P?P, s6 na a. s6Li.da. posição de obteve uma. reeeita llquida a. emissora d• .1 milhão 700 pro.Ço. de são Paulo, que a. segunda. três ve:.:es colocada. a R6.dio mil cru2eiroa, crescimento setor, o foi todo o de S.t,d,.: no mesmo Di..fusora-SP. Em 5~,7,.:. A sua audiànci.a sozinha. chegou o média. na. Ora.nde peri.odo. A otobo durante o metcu:le em torno de CS.J15 ti.na.l dêca.da. de São Paulo girou ve.rba.a em mldia publicidade, a Em setenta.. i.nveet i. rnentoetkehl/.11)&d::2.13-.1.,.,) . também absorve O lobo Rode um mo~~>reado publi.ci.tó.ri.o que processa om se consolida. lideranÇa Eeea a.udi.ênei.a televieuat um merca.do de colocado em mundo e o aext.o do como
Em
·~
••
sét.i motort i.:.:/.1~:2.1) .
181
""
clara
É
organicamente concat.enação
com a
bens
e
objet.ivos
sist.ema
comercial
de
ser
event.o
televisão.
O
é
que
Desfile
interagir
que
refere à
no
vist.a
adiante
da
empresa,
se
como
pois
econômica
ÍJ1€redient.es
público-audiência
do
o
t.ant.o
racionalidade
no
de
fat.o
mercadológicos
pela
delineada
significat.ivas
parcelas
a
expressiva
Ou seja, há
culturais.
ao
programação t.elevisual,
com os
funcionalidade
quant.o
sugest.ão
est.ét.ica
unidade
à
a
adequa-se
mercado
do
capazes de
para
o
confirmado
pela
de
persuadir
é
qual
a
voltado
maneira
como
o
o
depart.amant.o de núdia da empresa apresenta sua programação de verão aos Nela,
anunciantes. audiência
vai
principais
nas
alimentar
consist.e
Desfile
o
publicit.~ias
praças
uma acirrada
"um
em
disputa
entre as
programa
do
país."
empresas
4
Est.e
.
de
sólida
com
at.ribut.o
televisão
pelo
privilégio de cobrir o event.o. Vejamos alguns dos seus lances: grande
(. • • )O
transmi.ssao entanto, foi. Bandeirantes esl\pul.ados po.ra
dos
o forte, desfiles
para pagou pela
a
assoc~açao
cobertura
a
brasiLeiros que hó.bi.to
bastidores fo~ decidida olobo tentou comprar carnaval do car~oca. o Ún\ca o ol.obo bancar parle do contrato de 50
dos
batalha
cartada
Numa
da
assi.stirao
das
Escolas
apresentação TV o pela
de
samba
dessa.s
não consegu~u. No desfile que milhões cruz<nros de R~o
do
escolas. sunt.uosa
semana passada. exclusividade da
no o
de
6pera
Jane~ro,
milhões
ASS\m,
de
rua,
deum
••
cada. carnaval. show de o dd.S escoLas do prune-irc. grupo hord.S o temporada.(. . >A TV transmite todo forte da. o desfile, mas e prato da manha, quando entra a qu\nta e 2 entre escola, verde-rosa o que o grande espet.áculo comeÇaL . . > De umo enorme cabine Mangueira, parafern6.li.o. eletrônico. equ1.po.da com umo e especialmente construtda frieza fugir o dos no avenida, p=o estU.dios, o diretor-garal de de
Eventos que é trajando
cresce
duro.cao
por que
Especiais considerado Luxuosas
pais
o
lodo
•
a
"
desfile
da alobo, o maior fantasias
A
loysi.o
Legey,
espet.áculo
comandar6.
do
mundo:
as
Lmagens do eambi .. tas
20. 000
serao Vi.9tOs por um un~verso social figurões poli.ticos, importantes estreLas int.arnac~onais, torcedores milionários bicheiros e fiéi.u. com investimentos que cruzeiros os <00 milhõas de beiram quase tQ.nlo quanto os das campeã o escolas com pretensões o Olobo confia no bom Cc:a.rnaval dQ equipe de dOO pessoas que traba.lhQ.m no Rio de .Ja.nei.ro. "Não est.aDWS int.eressados em produzir,, nada'', di.z Legey. "S.ó VaJDOS usar os
que
-.
acont.eciment.os reais< ... > Novent.a e cinco por cent.o das nossas imagens serão ao vivo. O povo quer ver é o que acont.ece na Avenida.. grifos meus>.
", concLuüveja../OP-02-í983 -
o
•Bolvl\ns •
do
int.e!'esse
das do
empresas mldi.a
~PSB).
152
do
Rede
se
..
just.ifica
a lobo
pela
própria
Televi.aa.o,dezembro
do
mundo'.s.
A
evento,
do
monumentalidade
list.agem
dos
apreendido
números
e
como
o
''maior
incidência
da
de
tamanha
presentes ao Desfile, definido como um "show'', corroboram a técnica
e
os
entre
as
disso
teria
gastos
empresas
audiência
financeiros
disposta
televisão
de
qualquer
valor, ser-
em
exigidos para
caso
pela
exibir
não •existisse
"seduzida"
peJo
variedades
par-amentacão
transmissão
suas
e
imagens.
Desfile,
pugna
a
nada
Por-ém
amplo
um
do
espet.áculo
potencial
tornando-o
um
de
"prato
forte da temporada" junto ao mercado publicit.ário. O ano
inauguração
da
da
fixa
Passarela
do
Samba
é
exemplar
a
a
divisão
do
esse r-espeito. Em Desfile
a
1984,
em
dois
eleição
dias,
exigem havia
as
Governador-
motivou,
do evento. Contudo, a
e se propõe a
do
de
bancar os cust.os da transmissão -
Escolas
perdido
o
de
Samba.
direi to
A
de
transmissão.
Jor-nal Nacional -
par-a apresentar
ausência
após
bloco
carioca. Em entr-evista à diz
cadeira." da
que,
o
exigiria
a
Globo
e
fazer
do
seu
é
em
imobilização
no
jornal
já
Na
•Na
era
caso
anterior
maior-
audiência
de
de
o
à
por que da
cobertura
de
tarde:
sábado
um editor-ial justificando o
r-evista Veja,
Desfile
Dedicou
porém
do
Desf"Ue
diret.or- da emissor-a João Car-los
coisa
que
dois
dias
um
amplo
p:renda
o
telespectador
subvert.eria equipamento
na
progr-amação
a
semana na Avenida. Comprometendo compromissos publicitários e prejudicaria a
pouco
210 milhões de cruzeiros
atrás,
ininterruptos
"carnaval não
Ac:r-escent.a:"O
rede,
inteir-o
anos
1B
volt.a
Globo
um
Magaldí
Rede
a
Brizola
:r-ecém-inau"urada Manchete se aproveita da situação
Festa-Espet.áculo,
sua
início,
Leonel
por já
t.oda
urna
assumidos
pr-odução da emissor-a"<18-02-B4).
mesma
edição
da
revista,
o
diret.or
da
Manchet.e
Moises
de:is>?S, a me!!lma revi.eta Ve-ja como fevereiro de com o 5'Dgut.nte tLtuto:""De~fi.le :EscolQ.S a reporta.gem .. uperespetó.culo"". A reportagem, no da corpo vitória do a sambo. de ete-ncando o. ospar.tosg. quar.tidade numérica exa.tamente i.nt.ci.o. revi.etg., qu,_g.is se incLlÜO.m os mais de uma. entre os centena de evento, no 9r.voLvi.da ereder.ciados cobri-to. forma. estrangeiroS", Deata Jornalistas, muitos il'1teresse jorno.l i..sti.co, No ano .seguinte, a. próprio o esto.vo. justi.fi.cado &1'1foco.r a.lém de o Desfile, trouxe ainda um carnaval edi.cao próximo. do edi.çã.o
ma.tõri.c;~.
de
de
o<
cc;~.pa
esclareciam aos verbetes como cujos dicionário, pequeno edi.Çã.o pr6.tico., a.Li.á.:o, veri.ficc:làa na. de as Escola!!! cobertura uma clara conjunçã.o entre revista Existe jornols. texto da mo.téri.o. o pressupõe quo que telto>vi.eual, j6. tranami.ssao
doa
leitores
assistirão
o
"supe:respet.dculo"'
pelo pois aforo..
183
do
ou~
easa.e,
julgar mui. toe
•
o
muitos
espalhadas
Welt.eman
anW'lciava
p:re juizos", parafernália levadas publicou
Sambód:romo mat.é:ria
uma
Manchete
sai
carnaval,
a
com
alta
que
volt.ou a
Rio
de
com
t.rabalhar a
pa:ra Manchet.e o
às
saída
longo
de
de
emp:resa.
No
o
t.it.ulo:
transmissões
direcão
Janei:ro,
produção
pela
da
Manchet.e
emissor-a
bat.eu
das
de
mesmo que a
popularização".
anos
o
programa
p:revia:"Podemos Mas
0
Irineu
perder
Fant.ást.ico
é
fat.o
que
ent.ret.eníment.o
audiovisual
o
bat.ido
núme:ros
mas
Desf'"ile
de
"pela
forte
não
sai:ra apelo
do o
rep:resent.a para Globo -
p:rimeira
vez
ao
sua
preferência
o
IBOPE
considerou
:rede
da
Globo,
banho"(14-02-84).
wn
consagr-ado junt.o
praça
em e
será
o
Ibope
Fest.ejou
em 1966, f'"oi
vice-president.e
audiência,
perdeu;
Globo.
cobert.ura
porque
dos
do
na
da
Após
Globo.
Só
Veja
a
Bloco
O
números
a
8%
jo:rna.list.as,
TV.
anos.
t.oda
e
fevereiro, na
os
seis
foi
150
poderosa
a
70%
Isto
Marinho,
em
de
inundação do Rio,
a
Roberto
toda
Bloch:"Essa
popular. Execut.i vos da Globo duvidaram no:rmal.
a
Corpo
comemorava
emp:resas
ruas,
10
a
de
só
lucros,
edição
mais
29
dia
dar
de
ilhas
Corpo
contra
vai
imagens,
no carnaval depois
diret.or-superint.endent.e
a
à
não
carnaval
câmeras,
onze
indispensável
ao
"o
alegando:
que
ainda
•
ao
como
peça
"grande
de
público"
t.elevisivo. Por isso, a
rede
líde:r
em audiência procura
Os jor-nais ca.:r:-iocas divulgam informaçãoes
da elit.e do
a
jogo do bicho,
Rede
de
que,
atingindo
plenamente
ano
de 1986,
mil
component.es
t.ais
quando
as
t.r-ansmiss.ão
da
pr-opósi t.os, Escolas
desfUararn,
a
520
pessoas,
20
diz
a
Veja,
câmer-~,
peleja:
logoma:rcas
67% vai
de
audiência
caract.erizar-
no o
wn
t.ambém
elet.:rônico de 80 metr-os quadrados com a a
dias.
r-et.orna
gast.aram 30 milhões
jornalist.a ao Sambódromo, 24 cãmeras e com
empresa
do
Rio
e
desfile
laser, pr-ojet.ado por- um canhão, a
a
Globo
de
leva
helicópter-o. um
o
Além
de
1987.
Sào
de
1984
volt.ar t.ent.ar não
Embora
passarela.
.à
cruzeiros SOO
e
O 50
t.écnicos
e
A Manchet.e chega
helicópt.ero
em
de
Est.ado a
e
sua logomarca. Mas a 89%
pr-ejuízo.
ano
event.o.
do
o
lado da Embr-at.ur e
gover-no
rnanunt.enção do Desfile em dois
exclusividade
a
conquistar
ao
Globo part.icipa du:rant.e
de uma inciat.i va com int.ui t.o de p:ressionar o at.rás em r-elação à
desfazer
Paulo.
um
painel
Globo vence A
b:riga
Ut.ilizando-se
de
das raios
Globo projetou sua ma:rca sob:re o
que
se apresent.ava na pista. A int.encão e:ra fazer fr-ent.e ao imenso letreiro em neon post.o
pela Manchete no
154
prédio da Telerj, localizado em
uma
das
margens
Avenida
da
cabeceiras,
a
de
Presidente
ent..rada
Vargas
pai'a
o
que
compõe
do
Des.f'ile,
just.ament.e
E
Sambódromo.
uma
foi
das
est.e
o
destaque jornalístico, t.anto da Veja, como da revist..a ISTO É.
O
tão
Comprado para
esperado
pela
empresa
t.ransmissão
do
troco
Socram,
Desfile
Globo
da
est..a
com a
a
fecha
Manchete um
primeira
mil
dólares.
recorreu instâncias.
O
comerciais
em
pessoas
a
vezes
duas
por
beneficiou
que
logo
no
Escolas. E venceu a cober-t.ura ant.es e
a
que,
Desflle,
da
Ainda
após
a
as
retomar
jus:tica.
recusa
Porém
assim,
o
est.a
ent.re
acompanha longit.udin.alment.e de
800
numa
resultado
emissora
final
põe
750
uma
quais
cima a
das
inserções
das
as
da
negociações,
Ganhou
valores
os
câmaras
24
páginas.
que,
evolução
das
contra 10%. O caso recebeu ampla
recebida
uma
pela
ambas
enfim,
edicão
na
Desfile,
ao
vaia
E
Veja(24-02-1988),
da
está
Globo.
empresas
reservada
Da
mesma
haviam
pooD
conjunt.ament.e<em
t.ransmi t.ir
tentou
carnavalesca.
Globo.
da
exclusividade
de
elevado preço fixado -
renegociar-
a
1988.
depois do carnaval; os embat.es jurídicos entre as duas
dedicada
noticiou
mediação
concorrent.e de 67%
ganharam
not.icíando
à
mot.ivou
exclusividade
correndo sob trilhos,
páginas
Manchete
programação
sua
trabalhando
empresas
a
Posteriormente
cont.rat.o
emissora,
Manchete em participar do negócio, alegando o
em
ocorre
a
Desfile
o
quat.ro
transmissão,
à
maneira
chegado
das
o
periódico
acordo
um
para
carnaval
no
de
89(15-02-1989). A revista
longa
Veja o
realidade: ''moderno'', t.elevísão t.oma-a
exposição
como
pau1at.inament.e
quadros
da
part.e o
recint.o
do
mercado
como a
novidade
ao
do
e
da
o
ao
turismo, cult.ura
ênfase
valor
de
e
com da
da
inst.i t.uicões
urbana,
individualidade
exposição
ao
a
ap:resentação
esfera
do
da de
Brasil
cot.idianizacão
t.oda
da
da
seguint.e
a
cultural
nessa
t.ecnologias
ampliada
na
at.entarmos
espet.áculo;
lado
aut.ônoma
report.agens
fat.o
um
ao
cont.racena '
se
pe:riódico,
event.o,
a
t.om~do
como
incorpora
racionalidade
cult.urais,
reforço
se
Desfile
indúst.rias
no
desse
edit.orial
alvo
lst.o significa que nos
rotiniza
se
fat.os,
significat.iva
é
font.e,
Desfile
enquant.o
dest.es
a
publicização
das
Escolas.
modernidade,
cultura,
como
comunicação,
no
e
embebe-se
de
da
recepção,
vislumbrada
consumidor
cult.ural.
valores
Ora
a
const.rução do Sambódromo vem nat.uralizar est.a simbiose, quando cont.empla na arquitetura do espaço cabines específicas à
155
mont.agem dos est.údios de
TV, uma torre para instalar antenas de micro-ondas e os
planos
onde
podem
voltadas do
ger-ais
de !'r-ente. Além
ser
planos
aos
pe:riodo
fixadas
de
corúormação televisão,
para
Ao
O
tempo,
Já em
Desfile.
a
sambistas cariocas, as emissoras
de
o
o
vãos
lat.er-ais,
as
câmeras
para
impr-oviso
consolida
caracter-íst.ico
uma
tendência:
nacionalmente
integrado
mesma
a
1979,
f'enômeno:"Retr-ansmitindo
pai'a
amplos
móveis)
elimina
que
mesmo
de
tablados
público-audiência,
um
o
gr-uas{altos
f:rontais.
ant.er-ior-.
existência
da
as câmei'as visando
todo
revista
vapo:r
televisão
o
Veja
des:fUe
a
da
pela
atentava anual
dos
criaram discretamente uma
inacr-editável massa de aficcionados anônimos{. .. )"{28-02-1979). introdução
A
no
emp:regada
mão-de-obra
inovações
de
importância crescent.e do
técnicas
trabalho
evento
de
e
const.ant.e
o
transmissão
para as
emissoras
aumento
dão
conta
televisão,
de
da da
apesar
das direções: das empresas insist.irem no fato de obterem pouco lucro com o
Desf"ile,
dest.e
esperando interior
no
sobretudo
o
CultlU'a
da
prestigio
resultante
Br-asileira.
Recorro
do
signif"icado vez
uma
mais
à
publicização da revista Veja: Durante
minutos
60
sa.pucat,
madrugada
na
••
ao
a
de
vivo
ou
pela
•
TV
t.r-echo
Samba
formadores
da
impor-tância
civica
do
f'est.a
na
o
b<:lteu
o
televisão
de
Ao
ritmo
pela
fazem
per-rnanent.emente
reprodução eletrônica do evento:
156
Os
do
cuja
a
um
papel
tao
implicita
televisual, na
e
de
simbolos a ao
condição
de
nacional
:ritualizaria
pela alegria esse
simboto
Escolas
comwrldade
cena
Fo<
verde púbhco
de
de
f"ica
samba,
da
o
de do.s
momento
das
transmissão
:representantes
alusão
forte.
reluzente
conjunto
tempo~
memória
carnavalesca,
mais
orgulho
Desf""Ue
um
alucinante a
qual
o
Warquêv desfile
emocionou
seu
Aveni.d<:l,
mesmo
prestado
solidar-iedade.
da
de
essencialldade b:r-a.silei:ra, um cent:ro bordado sentimentos
escoLa
a.sfa.Lto
a do
num
Sambódromo, na
referenci.ar-
nacional.
pais af"o:ra
na
ao
serviço
simbólica
ef'ervesci-ncia
••
mat.erializador
ident..idade
pelo
encar-naria
sugestivo
enquant.o
carioca
disseminar
é
no
cru:;;:or etapa
transmutado
reforÇou
viu,
po.ra
segunda
do
cora.Çõo
o
nacLonat; poucas vezes se empoLgante do s<:lmbact9-02-1986>.
O
na
tLvess& verde-e-amarelo verd& e rosa que encheu
o um
Levou
Mo.ngueLra t&rÇa-feLra,
carioca,
samba
do
escoto.s como e rosa..
qua
urna
expansão
dos
empresas
de
desempenhado
pela
a
uma.
maiores . 6 i.n Rl.o .
este definidas no
quo
"compromisso
interior de da
um
indústria
social"
do
ocorre
mercado
cultural,
o
o
de
Desfile
de
Assim
no
o
as
capaz
regras
de
circunscrever o a
possibilidade
rock.
de
ap:resentações
equalizar
Se
a
gênero
o
relação
evento nos limit..es de
fixar
uma
funciona
a
entre
do
t.ext.ualidade
cuja
núdia
t.elevisual.
outro
nível,
f"est.a
da
o
nacional
desse
sonda~;ens
imediatas
int.erat.i va, respost-as
depois, a
1994,
que
da
Os a
durante
int-roduziu
a
são
exibição como
gêne:r-o
Fó:rmula I
e
de
a
recepção,
ao
festiva em
permite
relação
ao
ressignificada
em
desfrute
de
pat-a
o
•
ela
de
tele visual
assist.e.
pesquisas da
novidade
no
imagens um
da
cujo
audiência,
divulgados
das
Desde
variações
telefones>
resultados
é
feita
introduziram
de
da
8
transmissão
organização
através
diretas,
Globo
público
Manchet.e
at.:ravés
computador-.
poi'
a
do
e
Globo
exemplo,
contexto
âmbito
conjunto
audiência
f"est.a
da
espetacuLarizada
audiências dest.e:rri toi'ia.lment.e localizadas Dentro
segundo
um
e
aparência
corr-esponder determinadas expectativas da simbologia
bem
gênero entretenimento, cont'ii"ma-se
fazer-
A
como
emissão
e
mesmo
show no qual estão inseridos outros grandes eventos como a 7
Fórmula.
relações
audioimagens
compõe
compromi~;so
despresl tg~o carnaval é
do
lado
dentro
cultura.
da
um
Braei.l,
no
comércio acirrado
espacialldade
da
racionalidade
um
fazer o carnava.l, porque é hcar fora. do CC1rnaVa.l 6 televi.sã.o, de comum.ca.çã.o soci.a.l.
Lucro de empr&sa.
um dos Z e- do Rock
parâmetros
l.mporla.nle
é
empresa NQ.o d&
ai',
de
com
1991,
por
chamada
TV
perfil logo
exige
tabuladas
poucos
minutos
desfiles.
dos
termômetro
opera
cujo
Em
movimento
ascendente ou descendent.e media se a apresentação de uma Escola agradava 6
di.relor Legey, ALoysio de Depo\.ment.o Especi.o.i.s da Rede Ol.obo, a.o o.utorcZ7/04/::l993). 7
A
quo
pesquisa. a
Deefi.lo no e-xlro.ordi.nál--i.o, 8
da.s
cobertura d=
do
dep.:u-tament.o
Eventos
revisto. Veja., entreedlCS.ee da peri6di..::o co.rno.va.l " do v c i. gra.dua.Lment.e centrando-se Scmba perde o o.ape.::t.o do fenômeno de Escol. as fi.xo.do no. ae-Çã.o de- shove e divereã.o.
30
do
o
i.luslro.r a.s vinheta.s p=o sambo-enredo composlo excLusi va.menle ··gtobeleza.·· O lobo bahzo.do. aLusivas da progro.ma.Çã.o ca.rna.va.Lesca. da. Rede convi.da!"Vem! Vem nessa pro respei.lo. telrc a evi.dênci.a.s oferece pra. tá. soli.dã.o/Vem! vem, vem, a multi.dõ.o ea.t embo.l.o.r genle bri.ncar/E
o.r, sou globelezo./Eu lô no pra •er feLiz/Eu TV, no me-i.o deaae povo, a.genle vai. se ver na. Globo(. .
157
,..
lÕ
que
lô,
Lega.l/Na
lela
""
ou não o quando
público. No final~ os pontos comput.ados
comparada às
médias
alcançadas
por
definem wna média
out.ras
que,
Escolas,
perfazia
um
o
informa
as
result.ado não-oficial da disput.a. Parte direcões das Paulo
implica
pela
gent.e
o
bonita.
coerência da
único
t.erna
sacudindo
de
duas
vir- "com t.udo, que a :fest.a é sua"
é
t.elespect.ad.or frases
Globo.
o
Vanucci,
transmissão
é
o
todo
transmite Vanucci
de
presença
A
int.eressant.e
frent.e
da
do
cort.ejo
narrativa
a
sobreviver
preenchê-lo
nas
desde
visualmente,
desenvolvido na pist.a. dá
o
t-elespectador
é
convidado
o
decorrer
transmissão
quais
":fazer
re~ularmente
repert6rio
vai
enredo
noites,
"part.icipar",
a
enquanto
do
e
no
se
"show
de a
1
durant.e
exult.ado
compõem
Fernando
isso,
que
Mais
capazes de
~alara<. .. )"
a
especial
da seqUencialidade
conjunto-detalhe
narrativa
decorrent-e
na
centraliza
em São
faz
dinâmica
novidades
conjunt.o
e
que
cont.role.
uma
mostrar-
acompanhament-o
esquema
Est.e
foment.a
de
IBOPE
monitorament.o
audi'enci a .
da
detalhe
Est.e
do
9
cont.enha element.os
secundarizando a Importa sim
result.ado
ânsia
no não
TV.
espet.áculo
0
a
relação
A
simult.aneament.e
empresas,
as
televisões:
Escolas.
cost.urada que
entre
das
concorrent-e das
o
compor •....amen •.... o
ao
quant.o
trabalho
dinâmica,
transmissões
compet.ição
da
mesma
da
pelo
o
est.ilo
a
fest.a".
utilizado
Desfile
nest.a
da
das
Escolas
mediação de
pelo
entre
locução
que
o
est.as
Todas
apresent.ador para
Rede
a
audiência
empre~a.
e
Oriundo
do set.or de esport.es da empresa, no qual o apelo ao "bom humor" est.iliza 0
discurso visual e função)
na
as perf'ormances do apresent.adorChá dez .anos
sonoro,
caract.eriza-se
pela
ao perfil festivo
do
da
emissora,
em
set.ores
da
est.rat.égia
que
da
cer-t.os
fixa
Cal"'naval.
e
coloquialidade O
est.ilo,
como
observância
esportivos". O t.raco marcant.e em tal direcão é
....
se
de
experi êncla
descontração, pode uma
como a
adequadas
concluir,
é
parte
classificação
social
"leves,
ale~res
sugest.ão de int.imidade
••
como núeleo mor.ito7-amo&or.to jusoLifiea. o.udi.imei.a. obti.do&" ali pelo Desfile. E'm 1•7-moe revi...sato. Alpha, o mercado pcruli.ata.. incluldoa a i.nteri.or do Estado, detém cerca. de 1.3 mi.lhõea 000 o. 1.. 91? dôlo.res. O que supero. poder o de compra. encontrado em muLlos pa.ises europeus<ei.ta.do por Orli.%/.f.J:I94:20B>.
de s&o eleica.o doo bons além a.fi.7-ma. potenci.a.i.a, PauLo o oro.nd• são renda. pessoas com
'o
trecho
•
parte
poro. sua. transmissão
do
Paulo de
•
te-xto
do De-sfite,
nos
vei..cula.do pela. Rede anos:~ de 1.902-P:!I-~.
158
O lobo
durante
chamada.
ent.re
o
própria
espect.ador; há a
o
ident.Jf"Jcação
de
Fest.a-Espet.áculo.
Eis
mediant.e
a
1993:"Alô, prá
e
apresentador
você ...Não
g-ent.e
vai
ac:redit.ar-:
ela
é
desfile! E
vem
mesma;
boca.
..~~
do
entre o Desfile e
a
rút.ida
da
a
par-tir
audiências vista
do
1992,
quando
car-naval,
Pr-á
né?
per-t.o
det.onar
cla:ro,
você? É
retirado
.Mocidade
claro que
muita
Sambódr-omo!
tá
t..ambém.
coisa
te linha.
prot.inha
feliz.
pela
transmissão
sua
você
cumplicidade
provocados
da
Tem
da
já
o
fazer-
tema
da
p:rá P:rá
Eu
de
ainda
É ... pode
iniciar
o
colocar-
tô
que
Porque
um
não
me
carnaval
é
reveladora
da
relacão
estabelecida
televisão comercial. Mas essa r-elacão most.ra-se mais compreensão
e
a
do
natureza
linguagem.
Manchete
a
é
apresent.ador
t.elevisuais
deixando a
é
a
uma
''emoção'')
ag-ora,
mais
de
.
postura
A
exemplo
dor-mir-
olha
E,
aguento de felicidade. E glob e 1eza...
um
Chega
pra incendiar!
sorriso na minha
sent.iment.os(.a
querer-
juntos.
cur-t.ir
procura
int.ricamento semiót.ica
esse
A
resolveu
do
respeito,
evento,
o
t.ransmi tir
ent.:r-e
mercado do
episódio a
ponto
de
ocorrido
em
de
:Folia
das
Salvador,
Globo só no Sambódr-omo, t.:raz sugest.ões int.eressant.es. Após o de
posse
dos
númer-os
do
IBOPE,
que
ga:rant.i:rarn
supr-emacia
absoluta da Globo, ger-ou-se uma polêrnica em t.orno do pot.&nci.a.l ou não do t.elevisionament.o
de
vencedor-a
o
par-a
uma
ou
out.r-a
pr-ivilégio
:festividade.
concedido
ao
A
explicação
Des:file
carioca
da
emissora
é
bast.ant.e
coer-ente com sua f1loso:fia de realismo estilizado: ma.ts bonüo e um ca.rna.vo.L mo.is feio. se vocé bot.o.r um carnaval Existe cimo. de um po.Lco, depois de algum tempo não tem em sambisto.s lõêtS começa a repelir os tak:es. A maosmo. coisa é Você mo.ts o que mostrar. de um t.rio-elétri..co, di.reCão onde tem um coloca.r seis có.mera..s na tem luz de rotunda. É pra esló. ló., quem cantor. Não segura, não o.pena.s o som. É questão de vi.suo.l. co.nta.ndo e danÇando, ftco. mostrar rostos diferentes diferentes escola..s, em outro. coisa é voei> com deto.lhes diferentes
..
A capaz
de
fala
ser
wnà
subent.ende most.rado
pela
ce:r-t.a
t.elevisão
essencialidade:
e
out.r-a
que
existe não,
Vg.nucci foram obtidos Q junto referentes dadoe Q tranemi.aaão, em granei. Bobre detalhea apontados fita.s de audiovideo-ca.a:eete depupagem do trabalho de os deef't.l•a correapontee aos anos de 195>0 a 1P9.5.
""
. .D•potmento . de
. A l oya\.O L&gey.
161>
um
como
car-naval se
essas
Rede Oo fora.m reti.ra.dos qua.is gravei.
nat.UI"'ezas
não
resultassem
int.eressant.e é
ela
qual
0
t.ambém
observar o
se
calca:
a
de
específicas
pilar axiológico e
idéia
show,
de
hierárquico de
t.ant.o
que
o
pro~ramacão.
no
cuidadoso
à
cit.o
event.o
recebe
de
Unidos
da
relat.ivizados pretendida quais
dent.ro
de
Vila
visualidade.
da
é
da
comum
qualquer
verossimilhança
é,
ist.o
como
"você o
e
est.at.ut.o
realist.a,
reconheça
ou
"longe"
O
DUI"'ant.e
narrador
o
bat.ería( ... )''
Isabel".
at.é perderem
espect.ador
0
t.écnico
ilust.ração,
expressões:''Est.amos cima
por
filosofia de
O esforço em oferecer uma qualidade de ima~ens basea-se
acabament.o
t.it.ulo
o
beleza sobre
part.e da emissora um t.rat.ament.o nessa direcão, ar-t.icu.Jado à sua
Mas
historicidades.
a
ut.ilizar est.a
"per-t.o"
ont.ológico.
seguint.es
viajando como
Para
apresent-ar
realidades
t.ransmissão,
por
que
são
oferecer a
as
audioimar;ens
plausíveis,
demanda
wna
rninunciosa produção, que lança mão do aprimoramento t.ant.o do equipament-o ut.ilizado como da mão-de-obra emprer;ada,
corresponde
mas
ant.es
de
mais
nada à
rot.inização de t.oda uma engr-enar;em, na qual peças são art.iculadas
com o
int.uit.o
.abarcar as
diversos
set.ores
temas e
sinais que alcancem,
sensibilidade das
da
envolvidos
audiência.
impressões
diversas
caudat.ário
assim
é
almejado
de
do
uma
de
no
facet.as
do
racionalização
t.r-abalho
opera
e
com
na imediat.icidade da
Logo,
público
o
event.o.
planejament.o
compreendem
abr-angente a
et.apas
a
dos
est.ilização
exibição e
"bom gost.o"
O
do
produt.o,
pesquisa
decisivas
dos
a
constante
da
produção
cult.ur-a.l. Em
t..ermos
da
Rede
Globo,
alvo
dest.a
pesquisa,
desde
setembro,
são realizadas reuniões periódicas com os depart.ament.os envolvidos com o carnaval.
São
levant.adas
t.ransmissão, a
e
definidas
quest.ões
e
Define-se a
t.ransmissão intermediária, ist.o é, o
passagem
pessoal empregado.
de
ident-ificadoras
em
dedicam
uma
o
de
Dados
Samba,
passeat.a.
são
depois
faz
São
o
produzidas
t.ime o
que
irá
número de
dos
gast.os.
t.rês
Os
minut.os
t-elejornais diários
de
ser
comentaristas.
centro
160
de
à
int.eresse em relação ao exibido
pelas
Escolas
em t.ext.os minunciosos que descrevem
sint.etizados
acomodações no Sambódromo,
o
de
vinhet.as:<imagens
"globeleza").
met.a de despe:r-t.ar o sobre
o:r-çament.o
tempo
que será most.rado ent.re
pré-caranvalesco
período
o
se
empresa
levantados
Organiza-se
Ent.ão out.ra.
e
carnnval
do
t.odo
escola
cobert.ur-a, de acordo com a event.o.
ao
ocorrência ou não do pool ent.re as emissoras, o
equipament-o
a
referent.es
E
são
mont.adas
t.ransmissão<sala de
corte,
cada
as sala
de jornalismo, de inf"o:rmát.ica com t.elex e t.elefonia>. Cuida-se ainda do almoxarif"ado t.écnico e t.ransport..e, são
distribuídas
problema a
velocidade para o
pelas
dos
o
transmissão
televisual:
evento,
pista
Cuidados:ament.e
Porque,
.
diz
as
Aloysio
câmaras Legey,
o
"verossimilhança da transmissão frente a
da
ou
telespectador entender"
peda~ogia
social. 13
da
acontecimentos",
deixa
de
o
"como
que se
contemplar esta
seja,
algo
ú.lt.ima
tácito
ao
mediante
mídia
evidenciam
Trinta,
em
1976,
durant.e
plat.éia
est.a
maior
minha
Brasil/OS-03-1976).
diz
Pint.o, exultava os membros da sua equipe a
tal
respeit.o
da
uma
a
relacionar-se com o
a
produzem
o
um
vendo
um
const.itui
que
prenússa.
outro
t.empo
dar
aprimoramento
daqueles
casa,
e
Entretanto
.
maneira,
entrevist.a
oitenta,
anos
Nos
mesma
a
em
14
longo
tempo
disposições
nas
video
conhecer e
Da
exemplos
Dois
no
mesmo
elet.rônico.
internaliza-se
espetáculo. joãozinho
o
acompanha!'
ver no
no modo como pessoas passam a
que
fala:"A
!aterias
Des.f"ile, é
o
e
objetividade
fatoi'
assist.ência
ser vencido pela reprodução da imagem de acontecimentos como
Fórmula I
a
e
a.liment..ação
comum, além do set.or de
o
carnavalesco
jornal
Rio,
do
da
do
carnavalesco,
Fernando
capricharem no acabament.o das
alegorias, lembr-ando-os dos "close" da televisão. Porém produt.os como o dependent.es
dinâmica
da
Desfile de Carnaval não est.ão diretamente
interna
da
t.anto
''ext.raord.inários"CFarias/1994) set.or
de
"eventos
t.ratamento
especiais".
reservado
pela
emissora,
no aspecto
Desfile,
int.ransit.ivo
devido
elemento,
expressivo e
..
anônimas
e Em
tJ.
"""'
compromisso
ao
com
pela
já
que
comunicacional.
e
seus
se
ambos Ambos
das
diversão.
sinais
de
formas, Em
caracterizam
est.ão
est.á
combinação de
sent.ido a
os
nexo
de wna homologia ent.re as lógicas de
possível falar outro
ao
quanto
aqui
um
encont.rar
TV
Globo
a
curiosidade
A
própria natureza monumental, formada e
que
poder-se-iam
chamá-los
insere no
no
fat.o
seu de
intercâmbio divei'sos
planos
palavras,
é
um
e
codificação de mesmo
sent.ido
pelo
recur-so
a
f"ontes
25
eoneentr.:.ção,
na
volt.ados para audiências amplas
caract.erizam-se
O lobo
o
apresent.ada no
outras pelo
de
no
d\.spersao,
•
no
o.Lto>
•••
de jorn.:tli.amo(port.o:itei.s>.
Legey. As i.nformo.Ções aci..mo. arrolddas de Aloys;i.o nepoi.monto dezembro de J.~ o. fevereiro de meses de durante oe o.c-ompanhai. o. preparaÇão da. transmissão do Desfile pela; Rede alobo.
161
·-·
foram
obti.dQ.S
qu.:.ndo
simult.aneament.e visuais e sonoras. A
númerico
stmet.ria
emana
também
câmaras, ou melhor, a desenvolvimento audiovisual
f"act.ualidade
e!;anha
exuberância
da
deambulante. da
mesma
dos
elementos
Conjuntament.e,
questão
a
de
forte
estética
funda-se
sobre
volume
focalizada
cena
constit.uintes
produção
à
TV,
visuaJ<jornais,
pelas
do
espetáculo
t.elevisual
cultural
supõe
vinculada
a ao
bem simbólico ocorre segundo as
l'evist.as,
est.at.ut.o do Jazer e
o
o
organizadas por suas agências e
divulgação modernas,
apelo
da
aspect.o:
transmissão
consumo de um público cuja relação com o condições de
seguint.e
expansão da para:f'ernália técnica encontra apoio no
quantit.at.ivo
interdependência
no
post.ais,
cart.azes>
di ver-são delineado
da
núd.ias
e
na sociedade
urbana-industrial. A modo>
simbiose
não
refere-se
carnavalesco que
t.em
nos
o
esquemas
es:t.et.ização
CarnavaJ-Espetáculo
Desfile
um
a
visualização
na
binôrrúo
entre
e
a
indústria
seu
os
desaguadouro.
do
país>
inclusive
evento carioca e cuja par
campo
no
no
sist.ema
um
demanda por
inst.ituicões passam a Est.e
t.ornar-se
nat.uraliza:rá mediados
o
pelo
o
dos
ent.re
de
interesses
nada,
consolidação realizado.
ávido
o do
ação
A
e
de
ent.re
o
expansão
e
encontra
inst.ante
que
um
ambas
do mercado do simbólico.
negociação
TV
ponte
brasilidade
nesse
É
uma a
mais
crucial
a
no mesmo fulcro de
na
televisão
Samba.
comum
reJacionarnent.o filtro
de
int.eragir
ã:mbit.o
como
verossimilhant.e
Escolas
das
serve
f'o1€uedo
desenvoJviment.o capit.alist.a no
comercial de
imagem
uma
espet.ácuJo
cuJt.uraJ,
de
int.ercâmbio
do Est.ado, vimos, empenhado em promover o
do
deste
Simson/1983:14-5-6),
Ant.es
decisivo
pilares
t.eJevisual,
"forcado"
cult.ural<Von
s:emiotização
concerne
transmissão
"enquadramento"
da
o
e
o
que
Carnaval
publicit.ários
e
da
aos
poucos
carioca,
pois
inst.it.uição
das
t.eJe-audiências consumidoras e fruidoras. O pl'ocesso de fruição, se passa imprescindi:r- do solo do mercado, exigir
vai
cada
vez
mais
a
,int.eroacão
t.ant.o
orsanizacional
quant.o
da
forma de expressão est.ét.ica do event.o dent.ro dos cânones e nos modos de classificacão
da
est.ét.ica
aí
da
beleza inscrit.as est.á
comunicação
ampliada~
esse
no
show
comprometido sesundo
int.erior
compat.ibilizadoras
da
no
as
exibição
das
162
das:
sobroemanetra
do
com do
os
ao
padrão
o
t.ema
designios
lugar
ent.ret.eniment.o.
Escolas
En:f"tm~
audiências.
det.erminacões
esfera
da
sost.o
que As
de
é
da
fixado
mediações imagens
da
elaborac5.o
ganham
audiovisual
do
indústria
do
Carnaval
no
import.Ancia
carioca,
na
t"igur-a
pol.lmica
Pois as ambient.ações cenográf'icas t.ornam-se o dos
vários
interesses
exige doravante atenção é duplicação Umbert.o na
esquema
'" ,
espet.acular
nas
pat.amar-
do
de
social
''ca:rnavalesco'',
locus de ent.recruzament.o
realização
do
espet.áculo.
que
O
predisposição verificada no event.o para sua
Pois,
televisual.
consolida-se,
encenacão
a
a
audioimagem
Eco{1984)
qual
out.ro
em
na
emaranhados
processo
ao
carnavalesca organizador-
uma
ver-,
t"echa
do
experiências
meu
uma
ret.omando
o
mesmo
sist.ema
individual
de
e
sugestão
construção campo
de
t.elevis:ão
colet.iva
de
simbólica
sent.ido
do
comercial.
embute
como mercadoria-signo no circutt.o do mercado das audiências e
o
Um
Desf"ile
das f"ormas
de relacionamento nele pogramadas.
A CENA BARROCA
Tivemos oport.wUdade de ver no capít.ulo I f"olia com
carioca e a
inst.auração
ocasião,
escultores,
artesãos,
ao
carreados:
lado
pal'a
confecção
dos
consolida
a
espaços
universo
o
o
seus
função
consagrados
dos
t.eat.ral
concur-sos
cenógr.af"os, de
inicia-se ainda envolvendo
plásticos
int.erior
das
luxuosos
p:r-ést.it.os.
do
à
"t.écnico" montagem
Gr-andes
em dos
A
o
e
formação
Sociedades, reg-ularidade
carnaval
e
os
XIX,
século
desfilant.es.
ader-ecistas
de
cenár-ios
t.râ..nsit.o ent.re a
dur-ant.e
entidades
flgurinist.as,
art.ist.as
que o
Nessa
grupos
erudita,
!'oram
part.icipando desse
da
moviment.o
''at.elie:r-es''
deambulantes:,
de
como
definindo
o
lit.úrg-ico
e
especialist.a simbólico do Carnaval-Espet.áculo.
,.
Mais
t.arde,
quando
os
Ranchos
perdem
o
carát.er
const.ata.vo. no i.nleio dos a.nos oi.tent.a. umo. lra.nsformo.Ção Eco umb&rto tro.nsmi.lisÕes ditas ""0..0 vivo'" da. televiB&o. Na dtiocado. de i.mporto.nte eventO>il como o entre o Prlnc~pe Ra.ni.er grandeado •essenlo., J(elly, o. preaenca arace TV oro a eeri.môni.a ac:eeaori.a e Nôno.co ao atri.:t prõpna, o.bertet às mui.lCUl i.nterpret~5ea. núpeics conta. oeorri.a. por da :lngta.terra. com Lo.dy Di.o.no., em ~98.t, nã.o ch~les havia. do Prlnei.~ i.nterpreta.ti.vo&: recortes umo. esmerada. producao tra.tou vári.os espa.Ço pdra a.eont.eci.ment.o do a.o t.ra.bo.l.ho câ.meras do 0$ de i.denti.H.ccr como espetá.culo, foi cena, o aenti.do o.bsoluti.zado. como casamento o TV. interpretacao. o ma.ni.pulQCã.o, o preparo.Çéio que o o di.:z:er p=o "':Isto evento jõ. na.eeia. como t&levi.sõo preeedi.a.m a a.ti.vi.da.de doe telecâ.~rcs. O Londres i.nlei.ra. linha. fundamentalmente 'fal!iiO', pronto pdra trg,nemi.aaã.o. sido p:repdrQ.do. como um estúdio, conet.rui.do pdra. teve<:.t.Ps>>.
•=
163
assumem a para
feição
a
isso
cada
cenários móveis oport.unidade
Samba
não
problema
dos
como
de
"t.écnicos"
julgados,
no
desenvolvendo
específicas,
t.ambérn
produzí-los.
Carnaval
Nesse
ocor-r-eu
ação
da
Eis
os
out.ra
cidade.
da
sent.ido, em
a
emersão
vácuo
um
dessa
que
O
é
que para
na
carnavalesco
de
do
ele
port.a
prát.icas no int.erior dos
mat.erialização de símbolos perpet..uados de geração a
hoje os
mão-de-obra
hist.órico-cult.ural;
reatualizada nas suas concepções e
nichos apropriados à
fantasias
o
serem
narrat.ivas
conformador
fest.a.
da
urna memória
ger.aç:ão,
rua a
''int.rigas"
at.uacão
critérios
e
de
ano
de
existência, não apenas de uma t.radição mas de um conjunt.o de
event.ualidade Escola
es:pet.áculos:
det..erminaram
para
demonst.ra a técnicas
de
o
barracãoClocal
de
Define-se
desfiles).
conf'eccão
uma
t.ambém
alegorias
das
espécie
de
e
ethos
encorpado na ação desses especialist.as simbólicos. Cont.udo, fat.o de a um
observa
função
"produt.o
contrat.ados
de
carnavalesco
própria
da
pelas
Helenise
Escola
Escolas:
deter
de
muit.os
Parece-me
fileiras(1992:29).
Guimarães,
est.udando
cat.egoria,
a
peculiaridades que
Samba".
Para
ela,
carnavalescos
incompleta
a
a
não
t.eriam
define
seriam
origem
just.ificat.iva.
Bast.a
o
como
apenas
em
suas
a
esse
respeit.o considerar alguns aspect.os apresentados no argument.o da própria aut.ora.
Por
Pamplona a nomear
o
éXémplo,
dat.a
de
Sérgio Cabral, a agent.e
1963,
no
escopo
da
ca:r-t.a
de
Fernando
primeira aparição do t.ermo carnavalesco para
responsável
pela
elabor-ação
da
materialidade
plást.ica
exibida nos desfiles do gênero. A cart.a é de
Cabral
recair
quant.o
sobre
o
Acadêmicos
do
cinqüent.a,
uma
Bourbonne, e
o
ínt.eressant.e porque nela Pamplona cont.est.a a a
possível
grupo
de
Salgueiro. art.ist.a
"culpa"
artist.as Pamplona
francesa
pela
proflssíonalização
plásticos, lembra
capit-aneado
ent.ão
especializada
que,
em
já
t.eatro
acusação
das por
na
Escolas ele
nos
década
medieval,
de
Dede
:famoso cenógrafo de t.elevisão Sorensen haviam cobrado os
t.rabalhos
realizados
cruzeiros
pelo
para
desenho
Salgueiro, ele enf"at.iza a
reproduÇão da for-am a.crescenta.dos
a
de
r:ort.ela cada
o
figurino
últ.imo
"'.
t.eria
Sobre
o
exigido
polémico
dois
mil
Gr-upo
do
di:ferença de at.it.ude:
•
carta. exlro.i.d.os
Fernando Pa.mptono. por Chi.neLLi. e
enconlra.do. em do corpus
ca.b:ra.tc.t.P?-6}.
de
Co.vo.tco.nliU:BAC-UFRJrSPSI».
164
Atgun..
entr&vista
deta.lhe11 rea.tizo.da.
a.qui eam
falo nós refiro-me o quando entramos, Nos cobrou um centavo ja.mat.s em 1S:O:SJ>, entrou .Joãozinho<Trint.a). Nem estética. toda porque eu deci.di estêtica.-social. Est&lica cultura
popular. havia jó.
época
pintei
Não
um
profi.ssi.onal
>.
>.
tem
uma ela.bor-o.t;:ã.o
i7
profissionalização
A
sujei.to
que
Aconteça
Ja.neiroC • . .
det.er-minado
é
aqui
or-iginária
com uni t.ária impessoalidade esp~ia
do
mundo
presença
da
do
já
largar
a
que
o.tt.t.ude
era
•
proposto.
o
o.telier
exemplo era
de
rcaz,
fá.br~ca
"
de a.rtista
diret.o
fa.zer >Nessa
•
qu&
profissi.onc:ü
um
um
e
ainda:c ...
Acrescenta.
tem
que
1Pd0.
de
Tínhamos
sinônimo
da
o tão
carna.va.l primitivo
no
Rio
EP
r:.ão
existência
de
uma
realizar um serviço encomendado, cobra
estando
pr-eço~
hoje.
Julinho
o
mão- de-obl"a que, pal."a projet.ar e
um
• ).
Julinho
Ütuco
o
que
d-e
que
profiest.onc.l,
Nanguei.rac • • •
Juli.nho
7riQ.Í.S(' •
equipe Salgueiro,
nossa
pro
assim
desvinculada
da
Escola
de
do
t.!'abalho
no
carnavalesco
Samba,
pol'que
capi t.alismo.
t.er-ia
solidariedade
da
base
acusação
A
na
ime:rso
sua
na
como
postura
de
int.Pometer-se em algo que não lhes ex-a comum, simplesmente at.ivada pela
monetarizaçâo patente
o
"grupo"
no
fosse
a
de
tal
Salgueiro.
origem
do
imposta
contribuição
dos
o
.
dinheir-o;
empenho
ainda.
Escolas a
seu
pela
história
especialistas
em
ant.eceder questão
papel
de
derivava
competição. do
apenas
Pamplona,
de
Faz
o
cont.rat.ado, às
sex-ia
pr-ofissionalismo
Mais
inexorável
tornar
,.
ganhar
carnaval
do
:fat.o
s:uperacão
ao
em
ganância
e
vaidade
produção
portant.o, a
frisar: da
simbólica,
do
seu qual
fosse
necessidade
esta
não
da
deixar
é
ent.rada
Talvez
Desfile,
flag r ar
o
de
perspectiva,
faca como
just.ica ele,
para
as
Pamplona
em
metamorfoses ocorridas no evento desde os anos sessenta. Dessa
ót.ica
entende-se
o
mot.ivo
da
crucialidade
de
demar-car a
difer-ença ent.:re os meros "executores de encomendas" e
"g:rupo":
def"inicão
campo
a
de
atuacão
simbólica fundada
implica
no
profissional,
no
acúmulo
da
estabelecimento baseado
sambíst.as
ant.agoonizam-se
estabelecida~
mant.inham-se supremos. Nest.e pelo
poder
de
defesa
f:ronteiras de
uma
competência em s.abe:r- fazer-
moderno". Isto choca-se com a , hierarquia de
na
das
comanc:ial"
momento~
na
seu
de
um
hierar-quia o
"carnaval os
qual
"samba.. e
est.et.icamente
o
o
grupos "visual" cortejo
<7
,.
~dem.
Rodl'"i.guee(.t984). Ambos defer.dem o.vi.lta.mento tg.nto como um de classes como ex-erei.do peta. oci.der.t.a.li.da.d& bra.nea. mobr& a. popu.la.cã.o negra. suba.l.tez-na.. Cor>aultar
LopesC:1985»
CQr-r.a.va.leaco
165
p;re&er.ea. do ta.mbêm étni.eo
car-navalesco. O rápido acolhimento da nomeação "cal'navalesco" se deveu ao fato
de
que
pernritia
ambiente
um
simbólico
e
da
fixação
t.ant.o
hostil
a
culturais no
estéticos,
identidade
Carnaval
âmbit.o
movido
Ao
do
à
t.empo,
consist.ia
acão
politica
voluntariedade
fren~e
novato
mesmo
Rio
propicio
pela
~rupo
do
presença.
sua
do
concreto
especialistas objetivos
a
com
o
espaço
para
esses
conjugada
se
que
ao
aos
propunham
atuar junto a cult.ura do povo. Ambas pretensões parecem à primeira vista con~raditórias,
e de f'at.o assim se mostraram num f'Utllr'o muito breve, mas agen~es
desses
próximo
horizonte
no
elas
coerentemente
complemen~ares.
com o
lst.o
porque
Desfile
das
artísticas'".
A
Escolas
ausência
do grupo novato e, Exat.amente: deveria
ser
dist.inguia-se
não lhes import.ava
a
de Samba,
de
só
um
diferenciavam-se Desfile
o
como
um
base
uma
tempo, ao
econômica
desde
redimensionem então
como
o
todo.
Escolas diret.or
"G:rupo
O
exame
instante
ganhar-
em prát.ica
suas
sólida
ofertava-lhes
e
o
montar- as
do Salgueir-o",
ar-ena
Samba;
cena
das
a
atest.am a
ansiavam.
própria
que
do
carnavalesco
o
":f11ósofo"
do
lucidez
a
que
pecas de
prát.icas
dinheiro "criações
motivava
concepção
urna de
de
tempos do evento, aquele capacitado a elas
p6r
mas
possuírem
das
grande
naquele
dos
novos
tal :forma que
grupo,
reconhecido
perspectiva
acima.
As
suas :formulações se encadearoam, compreendendo uma série de novidades que deslocava
a
imagem
torna-se
o
história
brasileira
pont.o
próprios
heróis
carnaval
floresce
e
g'lobal de
do
event.o.
partida;
em
lugar
convencional, episódios
nesse
solo,
O
aspecto das
excit.am
encobert.os. com
a
A
t.emát.ico
celebrações
o
"povo"
chamada
imposição
do
a
dos
aos
vult.os
narrar
"t.emát.ica enredo
enredos da
seus
neg-ra"
no
Palmares:,
em
1960: com~çou por eer negra. uma temlili..ea. l')&gra.<. -. >. O "'pri..nceea. ••n.:..vl.o X•a.be1.·• e n&o pcuut.:..va. que eu fiquei. le1rrudinho na. de Belas Arles, mg,i..a entrar na pot.Lti.ca.. na UNE. escol..:.. que me comeCei ou Woci.da.de Independente. chamava-v& EU esqueci. meu conto do comovia. ca.mpo, pra. t.uta.:··.woci.dade Independente!". Sai.. r fui. pro do É pollli.ca<. . . L MQ.B foi. ditadura.. uma. êpoca. quo ou oet.út.io, embuldo de que em toda a.Ção estou, a. gente tom que a.i.nda e~;ta.va., "'Pa1.m(:U'•a"' foi. muito o ma.i.a ou esluda.ndo poltti.coC. . . >. escra.vi.dão t.i.berda.de, temó.ti.ca reClCão contra.
corr.a.val da.t{ ••• ).
'""= •••
•
•
•
166
é
A fala interesse
bast.ant.e
clara
e
est.ético-artist.ico
do enredo. Além de afirmar- a resultante
uma
de
militância
ascendem com a
mudança
é
da
mobilização
popu.l.ar-'
valorizando
o
categoria idéia
novo
popular
popular-es)
e
''novo''{a
o
''sempre
era
povo"
uma
cotidiana sob:re
ampla
um
da
de
da
a
o
para
ao
do
a
futuro, Aliás,
a
na
condensados e
Assim
ut.opia
da
tradições
''e:r-:rar
com
errar
que
o
"alienada",
"ant.igo"(as
sócio-cult.ur-aD.
de
embeber
at.ingi-lo.
f""at.ores
que
postura
dirigido de
à
hegemonia
impulso
nacionalidade
danoso
menos
eixo
ent.:re
messiânica
segmentos
art.e
sem
escolha
aliou-se
momento,
uma
e
gama
em
direção
a
modernizado!'
:revolução
acadêmica
naquele
o
projet.o politico
populista,
escapai'
aut.ênt.ico
conjunção
:revolucionária;
Afinal,
processo
encer-:rava
um
ent.r-e
na
ideológico
b:r-asileira na
sigrúfica
existent.e
imperante
democracia
deslizar o
e
da
coerente.
deposit.á:rio
um
de
ao
fundo
fo:r-macão
mentalidade
realidade
da
a
qual
sociedade
polit.ica
descolada
é,
ist.o
inteiramente
artist.ico
;fazer
na
da
da
de
dependência de ambas a
período
no
urbana-industr-ial, Pamplona
luz
À
articulação
motivações
trajet.ória
est.udant.iL
quant.o a
o
cont.ra
ele"(Guar-nie:r-e/1981:125). Na insel"ia-se
cabeça
durant.e outr-o
e
um
elaborador-es,
o
fôlego
t.empo.
l"ememor-izacão devolver-
guer-reiro
passado
o
a
de
p:r-opósi t.o
no
dominadas
escravos,
unificaria
seus
per!'e i t.ament.e
classes populares como
dos
colonial;
pesquisa
A
dos
de
ao
afr-icanos lut.a
a
Palmares
suhjulgados liberdade
pela
est.ét.ico-ant.ropológica
das
origens do homem br-asileir-o movia-se pela locomotiva da hlst.ória e
t.inha
a
entr-e
polit.ica
como
maquinista.
Era
ela
r-esponsável
pela
conciliação
ar-t.ist.as e classes popular-es. Logo~
mentalidade de
vint.e~
iluminista par-a
modernizar o coligado
à
comungavam
as
os
advinda
quais
o
membros ~das
de
desalienar
Grupo
gerações
int.electual.
país<.Mart.ins/1987:85).
t.aref'"a
do
O
as
Salgueir-o
moder-nist.as
t.inha.
empenho massas.
do
nas
de É
válido
o
a
a
década
missão
at.raso
t.raçar
um
.p
temáti.aa. negro. da no Carna.vo.L do umo. a.nã.li.~;~e Pera ~dem. temo. Palmares, o Al.nàa. sobre Pa.mplono. conf ca.vo.Lco.nt 1.C1Sl90> • este o único temo. q'-'e •·i.mpos à Eecola", justamente o prl.mei.ro.
•-a
167
mesma
desde
mãos
vencer
da
de
est.ava pai>alelo
Jtl.o,
lor
com
a
concepção
húnc;aro
dos
Moholy-Nagy
Lazlo
Bauhaus de Berlim,
da
pioneir-os
é
arte
exemplar.
cor,
com a
a
educação
figuração,
os
peda~ogia
recorrem,
tnt.uit.o
de
Não
a
nos
anos
afirma,
na
vinte
p.lást.ica
carnavalesco
diria,
logocent.rismo
tribal
seu
afr-icana
Escolas
de
ut.ilizados
da
oficial
e
Pamplona
das
seriam
A
element.os
os
ao
veremos,
à
ser
visualidade.
ser-iam
írent..e
nago-io:rubana
imagem,
da
valorização
direcão,
Desfile
semiót.ica
est.ilhacando
pedra,
pela
Picasso,
de
o
ele,
plástico
formativa das massas, a
coincident.ement.e,
maneira
a
da
a
revolução,
"revolucionar"
element.os
Os
e
ritmos
burguês<Nei va:1986:17). grupo
dos sent.idos:,
dest..a
cruciais
Para
artist.a
O
nova humanidade result..aria de novas f'ormas
t.ambém a
de represent.ação. Propõe Lazlo uma exercida
modernista.
Samba.
uma
como
imagem
no
aquele
at.é
moment.o do grande cortejo. at.it.ude
A
como
lapidá-la
sent.ido, a
noção de
de
vanguarda
de
locus
do
léxico
Salgueir-o
r-esidir-ia
na
ausência
profissional: de
uma
compet.ência, de uma at.i vidade Há
um evident.e
int.ui t.o
a
cult.ura
aut.o:ri t.ár-ias .
Mas
det.e:r-mina
car-navalesco. O
esforço de
sob:r-et.udo
import.ância
hierarquia,
Pamplona,
no
a
lugar
o
Gr-upo
no
que
vezes
de
os
de vai
post.uras
comando
em diferenciar seu gr-upo
do
exe:r-cicio
int.elect.ual
post.ura,
diver-sas
Nesse
uma out.ra
do
mas
caso
nessa
assumir-
popular,
est.ét.ico-polit.ica.
a
pedagógico
e
2
tomar
técnica,
''esclarecedores''
como
definir
de
carnavalesco para esses agent.es abarcava
semântica
elaboração.
a
conscientizacão
dimensão
pleno de
ser-ia
dos
do
meros
executores de encomenda, é
inscrito no curso do processo que transforma
a
agent.es
mediação
Desfile não
no
cult.ural
desses
int.erior
do
soment.e
da
mer-cado
funcionaldade
em
decisiva
simbólico
das
de
prát.icas
à
inser-ção
bens mas
definit.iva
à
luz
posição
dos
ampliados.
t.ambém
da
do
Ist.o
agent.es na sociedade de ent.ão. A classificação dos membros do Grupo como "ar-t.ist.a" possibilit.a ent.ender a art.iculacão ent.re os dois niveis.
2
..
Dono da. prerrogat.iva n:a,oder-nizant.e, o crttiea.
exemplo, experi.ênciCUil
•
a.ná.loga. a pens;:a.mento producao
dirigida.
p-or
de Carlos cultural do
Grupo pref"i:r-ara cr-iar novas
M.:.noel Estevan centro
Tostes Marbns, PopuLar
idoólogo Cultura do A UNECCPC>. populares como eon!lcionli:zador o tra.ba.lho ·•alienados••, urgindo vanguarcla.s polttica.s as ma.ssaa, reinter.:. cw elite• revolueioná.ria!l e intelectuais junto como cgenles c:la ema.ncip.:.cao e quase natura.lmente designados por.:. o comando. de
168
""
direcões
para
fórmulas
já
Trint.a, a
o
Desfile
Escolas
das
consac::radas.
Mesmo
"est.rut.Ul."'a fraca,
de
Samba,
enfrent.ando,
quase
folclórica"
a
me:rament.e
como
recorda
da
Escola de
:repr-oduzir joiío
Jorge
Samba daquele
momento, seus membros empenham-se ao máximo no ":retirar da cabeça o
no bolso" não havia(na acepção de Pamplona). seria
criatividade conhecimento
t.eórico
comercialização est.i v esse ef'icient.e
à
para
manipular
bastant.e
produção
de
mãos
nas
Carnav.a.l
do
ainda
t.runfo
o
e
para
g-randes
de
seja,
e
t.écnica
e
materiais,
embora
a
par-t.icular,
em
suport.e
espet.áculos.
est.rut.Ul."'a
uma
e
Precariedade
criatividade
são t.ermos recorrentes na descrição do período. Poder-se-ia dizer Avenida
preenchimento
visual
ondulant.e
mercant.Uização
da
pelas
Escolas
evento,
do
est.eve
porém
na
invest.iment.o
Desfile,
do
dar
o
possuía
quem
temáticas
carioca
aquém
Ou
que
compasso
no
filtrado
que o
pela
acão
depur-adora dos art.ist.as plásticos.
ao
Assim, iorubana,
as
introduzem
gravuras de Rugendas e estilizados, uso
de
como
lâmpadas
"ensinar-am" a o
e
nobreza
cores
da
do
império
África
negra,
pela
o
maracatu
na
artificiais
cabeça,
past.or-as,
das
e
o
bumba-meu-boi.
alimentadas
espelho par-a atrair- luz e
candomblé
e
o
lnt.roduziram
Em
planejament.o
mais do
recentemente
percurso,
através
âmbito
no
movimentos,
os
plásticos,
da
definição
televisivo. de
do
escondida
o
como
já
verniz?
os
renda, ent.re out.r-as matér-ias-primas empregadas nas
e
lugar
pr-oduzir- brilho,
os
nas
populares
beteria,
dificultando-lhes
o
reisado.
à
nobreza
inspiradas
de Debret. Com ela vieram os folguedos
USai'
brocais, a teat.rais
vestes
congada,
roupas
sobre
faziam
a
a
subst.it.uirem
monta~ens
Formalizam
r-ot.eir-os
o
distribuindo
alegorias, bat.eria, baianas e passist.as na pist.a, segundo posições 2 est.ratégicas J:. Incluem a novidade dos tripés móveis, sobre 0 qual são alas,
colocados
peças
da
cenografia.
E
os
altos
est.andart.es
ao cortejo, inspir-ados nas nas procissões católicas Para esses próprios agent.es, o
•• Infor-ma.Ções
verticalidade
ver mapa 03.
processo deflagrado significou um
EecoLc. da do Bel.oe do Ri.o Jane-ir-o, do no depoimento dado Maria o.o autorC.tcS-OL-.tP93>. Na.ria de-screvea for-maÇão Augusta do corncvcleseo como nos ··medieval": seria Eseola.e<a.s onde os o conhecimento herdori.a.m dos seua o.pre-ndi.:zes mestr-e a, vendo-os trabalhar. Pamplona. con~i.dera. a.luno. de di.aci.pulo. ELo. foi. dele e de Arlindo Rodrigues; o Salgueir-o é, como falo. com afeto, sua. ··escola.-ma.··. da Augusta.
pr-ofessora Rodrigues,
dão
·=
•
••
16!>
,_,,,,''')(' X XX Comissão de frente
.
"\
/\/\/\
./
t:estandarte abre alas:J
---a,le. de componentes _ __
L
m
·-"+'H
-" Porta- ban:i e ir a - ~ "' ":l _,
lr;; lúestre-Sala w
"''" D
c
...r
u t';
~
UJ
~
..~I
bateria
~
o
CJl
I
carro de som
I
... c"'
n
D
carrol alegórico
ala de damas
ala de baianas
() 22 Porta-bandei~a 22 Mestre-sala
Cf'o
3º Porta-:Bandeira
D''
Mestre- sala
c' o
o
'"
resgat.e
da
t.radicão
mas
seria
às
concat.enada
conheciment.o
"bom-~ost.o"
um
de
colonial,
no
fundadas
revolucionárias aquisição
popular
no
produzido
ent..ão
formulacões present.e.
A
ret.orno
às
do
decorrent.e
fórmulas simples encont..radas na própria realidade e memória populares:
não, foi ro;ot.roceosso. não a.ceito.r do Foi do houvti> a.lgum t.ra.ba.tho ou foro.; lõ.mpo.da.s Mt.r'a.nda.. de barriga do foi tirar de Co.rmem ba.t.a.na sa.mb.::..-enredo ao a simpllft.ca.cao do de .::..cordo com espelhos; foi botar mais uma retomad.::.. de poaica.o. Levar foi. muito sa.mba.s s...
•
•
pra ver W:.::..cha.do; N.::..eion.::..l Debrel Ca.rlos Biblioteca pra Lurmo. wa.tter Pinto. o modelo Carlos Mo.cho.do pega.v.::.. Rugenda.s e nao pro. ver dos Est.::..dos do. Franco.. E Unidos e Wa..ller Pinto pal"a os seus shows copiavam da revil;~t.::... uma ve:z, na At fomos os sambistas eles Bibliotec.::.. N.::..ciono,l. Só vendo pra tinha. crioulo de décado. 22
Debr&t
Fernando
didát.ico-cult.uralizant.e, com
o
casal
e
Dirceu
na concepção e
laborat.ório
despont.ava
da
do
na
Escola
à
do
de
na
Salgueiro
já
de
alquímica
t.oda
chamar-
Rodrig-ues,
inst.alados
no
fixando-a
polida
Como
Samba.
visão dos
mest.res,
para
cidade.
durant.e
Eis
o
de
junt.os
Salgueiro
como
anos~
16
"novo" ent.ão
t.eat.ral novos
Pamplona
jovens
conjunt.o
do
art.esanalidade
cent.ral
do
que
Rodrigues
período
universo
quando
do
mais
sob
e
inseridos abriram
já
primazia que
no
o
na
primeiro
t.eat.ral, a
que
encont.rada
personagens
e
garant.iu
carnaval
implant.ada
acadênrlcos:{alunos
Escola de Belas Art.es) ou profissionais ampliado
Arlindo
carnavalesco,
erud.it.a-acadêmica
carnavalesco
barracão
e
Nery
preparação
agora
formação
da
função
reacomodação
fest.ejo,
auspício
a
Pamplona
Louise
poderia
se
elaboração do Desfile da Escola de Samba. A part.ir daí um
verdadeiro
seio
MariP.
ciment..am
desde 1959
que
princípio
do
Embuidos
bast.ant.e da
Escola
conquist.ar-
set.e
t.it.ulos, t.ornou-se o modelo de modernidade no Carnaval. O
eixo
visualizava-se
na
dos
nort.eadora hist.ória
popular,
do
folclorizado,
célebre
22
Vila
'
escolhidos. art.esão
mit.ológica negra Chica da cobiçada dama de
cult.ur-alist.a
ideologia t-emas
e
que
nopoiment-o de Fernando Pamplona..
170
o
suport.e
a
t.odo
valo:r-at.iva
já
colonial
Silva<1963),
Rica
dava
referido mineiro
t.:r-abalho
e
mest.icagens Palmare.s<1960).
A
Al&ijadinho<1961).
A
escrava cujos encant.os t.ornou-a a
pr-opor-cionou
um
cor-t.ejo
Uust.rado,
por
exemplo, o
com lit.eir-as,
minuet.o
••.
erudit.a
de
asfalt.o.
O
O
salão
argut.o
de
her-ói
negr-o
Min~one,
Francisco
met.a-carnaval
baile
de
r-etorno
aos
medieval,
ao
ent.r-udo
port.uguês,
conjunt.o
rit.uais
bat.eria
a
dramat.úrgico
a
át.icos
congada
do
e
de
a
obr-a
Pret.o
bur-guês
à
fest.a
do
século
pioneirament.e
passeat.a
no
Carnaval
do
Dionísio,
int.egrada
abrindo
Ouro
História
a
na
com
no
notável
comissão de fr-ent.e formada por burrinhas em vime para fWldir a
história
da sua "fest.a maior". A epopéia da História da Liberdade
Brasil<1967).
no
enredo,
dançavam
inspir-ado
carnaval
"pierrot.",
de
a
dedicados
luxo
bailar-inos
Rei<1964),
cont.ando
ao
de
a
da cidade com a
do
Chico
1965,
no
vestindo
casais
est-ilizando
Carioca,
XIX,
onde
A
ousadia
sensual
de
A
Beija(1968).
Dona
exaltação
do
berço nacional em Bahia de Todos os Santos. quando uma prat.eada Iemanjá de papier .maché aleg6rica(cercada de flor-es uma
feira
e
local
baiana
com :fé
da
signos
t.odas
as
fr-ut.as,
afro-br-asileir-a,
e
oferendas)e a
iguárias,
causaram
produção de
peças
do
art.esanat.o
f'risson
na
Avenida.
A
homenagem ao pr-óprio samba carioca na encenação de Praça XI, Carioca da Gema<1970).
A
Brasil,
discípula
rei
Maria
manejou-se
economia
semi6t.ica.
africano
de
a
a
África
cortejo de
••
acessivel
palha,
.Maurício
neg:ra.
perde
a
mentalidade
August.a
africana,
mest.içagem ent.:re o da
t.oda
do
Grupo
materializada
é
Para Um Rei NecroC197D. A part.ir da t.ese de mest.rado
Festa
enredo então
sint.ese
a
Mas
de
a
Rodrigues, estopa,
ajudando Nassau
esplendor da sobret.udo
solenidade
comunicação.
a em
cort.e
vime, compor
que
do
artes
para a
européia aqui
carát.er
comparece
e a
figu:rat.ivas
recriar
visit.a
Pernambuco.
acentua-se
em favor O
o
sob:re
a
A
cena
exuberância
festivo, na
de
t.raduzia
em
da
no
colorida
fict.ícia
tendência
t.ambém
a
no
um a
exótica curso:
exibindo
verdadeira
o
signos fest.a
própriC1 Si.lVC1, earnavc>l., peraor.ifi.ea.ndo a da no fi.guri.nc. mulher do preeidente por Arl.lndo Rodrigues, a deat.Clque do deaonhado o intere6.mbi.o entre :Isabel VQ\.enÇa inaugurou passarelc:l Salgueiro do f ar.ta.si.a.s do de Sa.rnba. e doa eoncu:r'sos luxo. Sua vitório. no Escola5 do Ba.ite Ofiei.Clt da eido.de, coneureo reali..zado no concorri. do a! a.mado a.no, tra.nsparece quo no..quele o poLimento Muni.eipa.l., estético d= de Samba. eomeca.va. Escola.a o eonf ormo.r no universo do Desfile segm&ntos medi.os • mesmo do. ctla. e va.1.ores doo burguesio... doa gosto• cont.ribuicã.o de um a.gent.e a i.ntegra.do oeol"r-e com no sistema. Poré-m i.•to novo personagem, justamente o dominante, o earnaval.eeeo: eimbóti.co Arli.ndo e Pamp1.onc jó parti.ei.p<::Lva.m do ei.reui.to dest•a cone1.1retoe. NetoSIIô'
•
•
171
gast.ronômica
brasileira
mont.ada
na
pist.a,
quando
apresent.ação
da
do
enredo Do Canim ao Efó Com Moca Branca Branquinha<1977), inaugurando o humor
polít.ico-social no
Desfile
das
de
Escolas
Samba,
aludindo à fome devast.adora de milhões de bras:íleiros
prenhe
dos
técnica,
acervos
promovida
calibrada
desde
modernizador
em
part.e,
do
mão
Assevera
década
Gar-cia
aqui
pelo
vint.e.
de
se
polit.ico
de
reduziu de
est.ét.ica,
porque
modernização mais geral das
identidades
vanguarda,
nacionais.
At.uaram
priori
ant.agônicas,
a
t.emporalidades
moderno
pesquisa
à
conformando
no
sentido
de
a
cor
algo
local
suas
os
primórdios
nosso
modernismo
um
sociedades
ao
de
e
art.í:fices
patamar
curso
do
um
a
projet.o
const.ruçã.o
ent.recruzando
nacionalizando
em
adequado
at.ualidade,
aliou-se
seus
híbrido
na
desde o
ímpet.o projet.o
carát.er
result.am
modernismo,
o
um
com
o
da
perspectiva
a
saber:
A
que
popular,
int.erna.cional
compromet.idos Canclini
frases
.
cot.idianidade
dest.e século. Ao cont.rário do seu congêne:re europeu, não
t.razer
ressoai-
lat.ino-americanas
t.omado
ao
cosmopolist.imo
art.ist.as
Nestor
sócio-cult.urais
o
a
ar-t.ist.a,
da
e
mesclar
e
do
modernist.as
caminho
em
t.:r-adição,
int.electuais
de
:formações
da pela
os
nacional-popular.
das
demonst.r-ado
int.e:r-esse
O
24
a
mais
t.écnica
de
universa.Uzável,
t.empo
hist.órico<1990:71
a 80). Desse qual
Brit.o
inseriam-se que
aspiração clima
de
consagrada.
a
os
no
de
ser
urna ent.re
t.r-opicalment.e
ãmbit.o
membros
t.ent.a.t.íva
vanguardas
..
modo,
de
do
porém
"brasilidade"
européias, colorida,
das
Grupo
modernizar
moderno,
nós.
mesmo
do
cor
prendia-se mest.iça
e
plást.icas
Salgueiro),
cult.uralment.e
voltaram-se
cont.est.adora
Est.a
art.es
local, à
os
o
mesmo
art.íst.as
Ronaldo
calcava-se
na
plásticos
ao
acadêmica buscando
figuração
ondulant.ement.e
visuais(no
observa
país
da
e
de vivaz
ent.ão
soluções
urna no
nas
paisagem
dia-a-dia
do
descritiva. stnte111& a.presentdd.a. nesses Pora montar a doi.a pCU"bgraf os, com fontec, contei. di.ri.a., di.reto.s. J:alo infelizmente nao por-que os planta.s CU"gument.os dos enredo& croquis, desenhos, .::i lados, c mcioria perdeu ou disperso. Apena.a recentemente deate L em hcvi.do a preocupa.Ção de arquivar esse valioso acervo. EntS.O recorri. a.os depoi.mentos(o& de Pa.mplona, Joaozi.nho Trinta., t.aila. e wori.a. Augusta., foram fundamentais>, a excel&nte etnografia de Heleroise Oui.mCU"aestt.P90) e àB r.-porta.g•ns d• peri.6di.eos. Pri.vilegei. as revi.sla.e Ne1nchete • cruzeiro, cuja.a longas peri.odi.ci.da.des de i!i'UCUJ edições a.ba.rcam o~a cornava.i.s foco.li.zado& o.qui. e o material folográ!i.co nelas i.mpreaeo ofereceram momentos ckul cenas g.ludi.da.s acima.
••
172
povo(1983:13-4).
a
definia
pelo
A
conjugação
quest.ão
dut.o
nacional
da
modernidade
sócio-polít.ico
embebida
ent.re
argamassado
na
do
nacional
e
Brasil:
no
experiência
na
popular a
solução
mais est.ét.ica
const.it.uicão
povo-nação,
de
em
passava
uma
sua
vez
uma
cult.ura
peculiaridade
sincrêt.ico-mest.iça. Por isso, const.at.a José Carlos Durand, a campo
art.ist.ico
e
urbano
e
dez
mas
industrial,
vist.a ideológico, como
arquit.et.ura
da
à
parâmetro o dest.e
século,
est.eve
demarcação passado
é
acompanhada
f'rent.e
ao
eclet.ismo ent.r-e
país
de
soberba
engenheiros,
XVI
de
e
do
sist.ema
pont.o
núcleo
de
t.eve
XVII. Desde os anos Art.es
do
plást.icos
do
Rio
passado
f ementando
art.ist.as
do
cujo
Belas
valorização
imperante,
ent.ão
expansão
nacional,
séculos Escola
da
a
relacionada,
origem
urna
barroco dos
pela
seguiu
sobremaneira
re:formulacão
a
janeiro
"neocolonial"
no
configuração do moderno
colonial
mentalidade
wna
e
de
arquit.et.os{1991:7
e 9 e Amaral/1970:56 a 72). A acomodação no poder do Est.ado nacional de grupos compromet.idos com
o
dos
crit.érios
desenvolviment.o
segment.os
ancorados
de
int.electua.l,
elit.e
profissionais(mais
cria
as
part.ir
propiciou
a
relacionament.os na sociedade).
Em
de
como
é
inst.it.ucionalização "renovação"
da
um
numérica
corpo do
de
criado
o
encadeament.o da
e
desses
cult.urais
Ministério
dos
t.écnico
quadr-o
mediadores
processos 1931
a
busca
na
expansão
pelos
est.rut.uradas
e
para
formação
da
enganjados
tarde,
bases
nacionalidade
na
a
que
O
engrenagens
int.erno
nas dos
Educação
e Saúde Pública. Com a nomeação de Gustavo Capanema para ocupar a
past.a,
em 1934, muit.os dos membros do moviment.o modernist.a chegam aos aparelhos estat.ais, contando assim com inst.rument.os para colocar em prát.ica part.es de seus
projet..os(ldem:12). Entre
na
defesa
t.oda grupo
a
da
est.es,
a
origem
da
polit.ica
de
valorização cult.ura
prot.eção
est.ét.ica
brasileira pat.rimônio
do '
da SPHAN. Muit.o mais, como infere
invent.a-se uma tradição abarcant.e supõe uma me-mória nacional, simbolos Document.á-lo
mat.erializados e
preservá-lo
hist.6ria brasileira e
à
de
do a
part.ir
cultural,
Maria
t.oda
barroco
da
faz-se
urgent.e
173
à
vai
levada
diversidade
"civilização
sua abert.ura para o
dele,
Velloso
ist.o é, os monument.os
colonial,
baseada
incentivar
adiant..e
Mot.t.a
dos
brasileira,
do barroco
pelo
Sant.os, já que
t..ornam-se
brasileira''(t992:2). própria
:fut.uro. Pois é
exist.ência est.e
da
passado
que
se~undo
coerência,
dá
cult.ural
do
país.
sociedade,
Poder-se-ia
à
dispondo-a
discurso
nacional,
dizer, "'formação
mobilizacão
de
unif"icando
nacional"
os
com
surgida
int.elect.ualidade
da
at.uação
o
prolixia
emoldurada
na
emergent.es
grupos
e
t.emas
é
a
ar-t.ref'at.os
na
específicos
e
invent.ando uma unidade ônt.ica. As
formas
exemplares fachadas pelos
desse
dos
colet.ivas
barroco
palácios,
jardins,
com
e
serão
"despreende-se
que
as
desde
suas
populares
das
escadarias
grandes
avenidas
t.ambém
apanhadas
paredes
da
majest.osas
que
em
invade a
de momento, e dos se
rua
com suas
at.inge at.é as almas,
no
sent.iment.os"(Bast.ide/1945:32-3). manifesta
na
carnavalidade
portador
art.ista-int.elect.ual, adquirida nas pôr à
instâncias
e
t.emas
objetivos
no
trat.ament.o
do
projet.o
a
plenament.e
a
essência
festejar
da
sua
mentalidade onde
de
pompa
essa
É
base
que
o
modernizadora
e
freqUenta.
e
barroca
Samba
nacional
forma
se
cultural
brasileiro.
Escolas
culturais
serviço do futuro.
Enfim,
do
horizont.es
ale~óricos,
carros
estender
rit.ual da polidez, no subjet.ivismo
Desfile
no
fervilhant.e
popular
e
procissões
das
com perucas e
azulados, para t.omar posse do corpo humano, complicando-o fitas,
igreja,
para
terminam
como
pretendia
relevo dado ao barroco nos desfiles, seja nos
O
plástico,
politico
peculiaridade
teria
desses
do
ent.ão
grupos.
surgiment.o
do
a Mas
met.a
de
essa
versão
carnavalesco
afirmar
na
os
delineia
Escola
de
Samba? A respost.a exige a cont.emplados na enfocado.
comp1ement.acão de alguns outros fat.ores
represent.ação que
Quant.o
ao
Grupo
do
Pamplona,
Salgueiro,
o
int.egrant.e ocorreu em um moment.o quando a havia
consagrado;
volt.a
da
década.
mesmo t.empo,
a
:fala
de
1960.
unidade
Porém se
o
at.ualment.e
cult.urais
o
desfrut.ada
monopólio
que
det.ém.
t.odo é
de
do
seu
processo um
período principal
cert.a
det.ona.do
relato,
passado capaz essa
De
faz
função de carnavalesco já se
a
um
por-
'
depoiment.o
discurso
na seleção de t.raços de
leg-it.imidade e
confere
por exemplo,
não
consiste,
de
cat.egor-ia
reafirmar
ao a
pr-odut.or-es
de
maneira,
por
invent.a-se
um
passado celebrador do present.e. A dat.ada de
própria 1963~
polêmica
apont.a
no
envolvendo ent.ant.o
não t.ão simét.rica ent.re a e
a
anterior
sit.uacão
das
a
quest.ão
cont.radições
da
profissionalização,
reveladoras
mediação cultural exercida pelos Escolas
174
de
Samba.
Em
seu
da
nat.ureza
carnavalescos
livro
sobre
os
Acadêmicos dificuldades moradoras dos do
Salgueir-o~
do
enfrentadas do
Morro
figurinos corte
roupa.
por
do
riscados.
HaroJdo
Marie
Salg-ueiro,
não
choques evidenciam
Os
confront.o.
o
:f:rent.e
:fazê-las
cumprir
níveis sociais
fazer
mesmo mais
em
modo
pelo
em
do
outro,
legit.imos
como
classificados
Nery
concordância
dois
sobre
dominante
posição
para
condições
as
que
Só
Louise
exemplo~
po:r-
recorda
a
det.erminação
tal
na
a
um~
já
valo:res
a
como
altura
simbólico em
conferia
obediência
mesmo
a
cavament.o
unive:rso
amplas
as
costureiras
as
desacordo estava na obediência quanto
O
ou na
da cintura
Cost.a(1984),
concerto
o
das
relações ent.re os grupos se est.:rut.urava na sociedade naquele instante. A
reflexão
sociológica
os
sobre
encont:ros
já
socio-cult.urais
demonstrou que as práticas de sincr-etismo não envolvem simplesmente uma :fusão
entr-e
lógica na
dois
sist.em.as dos
um
qual
sistemas
traços no outro de acordo int.roniza-o cert.o
t.ransfol"mado
o
que
elementos posição repôr
Grupo
simbólicos
do
consiste
na
simbólicos
torna-se
dominante
com as suas pr-óprias
como
do
mas
cult.urais,
part.e
Salgueiro
sua
da
espécie
no
e
entanto
o
exercida
pelo
sistema
erudito-formal.
encontro
cultural
nos
limit.es
da
t.ot.alidade
uma
recolhe portanto
Bastide/1971).
de
dominante o
de
deter-minações,
e:ficáciaCver
promove
Carnaval Popular-,
atuação
sincretismo faz
a
com
part.ir-
Procuro
a
É
da
seguir
sócio-histórica
do
periodo, f'at.or coordenante desse encont.ro. Em t.ermos concretos, a entrada desses agentes na Escola de Samba
não
se
tão
fez
A
estét.ico-social. moment.o
quando,
iniciativa
o
mediação ao
privada
papel de
simplesmente
ligada
planejar
cult.ural
&vento,
e
ao
são
por
eles
e
que
ao
exigências
dos
lll€ar
plat~ia-audiência,
de
novos
Desfile em um t.eat.ro frisas
grupos,
implementada
como Jl::les
int.eresses
comércio
desenvolvem
imperat.ivo de polir<e rebuscar) as exibições vimos,
que
int.ricando
o
acont.eciment.o
aos
surgira do
em
um
Est.ado,
da
e
lazer
diversão.
encont.ra sent.ido
engrossam
com
ant&
o
a
as
fileira
t.:r-ansformar;:ão
do do
com suas arquibancadas, camarotes,
cadeiras de pist.a, ou ainda às lentes
e
de
projeto
das Escolas para atender as
reservado
popular de rua,
politizado
um
de
introduz!i_1dos
turismo
elaborar
obra
por
milhões
de
das
câmaras
de
telespectadores
t.elevisão espalhados
pais, e mesmo pelo mundo. Ao ser- fixado em uma passarela iluminada, gozando da at.enção dos olhares
mais
iníluent.es,
o
Desfile
175
t.orna-se
t.ambém
alvo
de
cobranças
mais severas, o Est.e
comprometimento
outros
interesses,
port.ador
de
mat.eriais,
que
um
modelo
além
de
fundamentais
a
Apesar a
classificá-los os
à
medida
que
maneir-a
dão
t.écnico
t.r-abalho
result.ant..e t.ecida
no
e
emblemas
da
mundo
o
urbano
ocorrida no int.erior
que
um
ao
se
do
da :t-esta carnavalesca
na
de
element.os dist.int.o
carioca,
divisão
a
na
bojo
e
mesmos, zo saber geral ,
Carnaval
da
e
t.ernas
intervalo
complicada
no
de
função-at.ividade
aninha-se e
os
si
evidenciam
insere
cat.e~:;oria
um
conjunto
síntese,
Em
no
sobre de
com
formas
das
produt.o
formulam
de
Enquant.o
det.inha
especializada
articulada
a
em
possuidores
uma
Desfile e
público,
profissionalização
a
abrangente. como
event.o
''filósofos",
de
intelectual,
modo
o
cálculo
agent.e
série
acordo
mat.erializacão
novo
esse
ideologia
permanência
mais
do
c:ons:t.it.uir
no
à
adequadas
espet.áculo.
uma
individuali:.~:.adas.
baseado
beleza do
de
quê?".
com o
com
fest.a
audiências
t.écnicas
da
carnavalescos são
carát.er-
do
de
da
valor-
racionalidade
do
fim
apr-esent.ável.
de
interdependência
o
as
pespect.iva de
consumo
do
sua
r-eorient.am
possuir
em sint.onia com a t.empo
na
implica
satisfazer
para
crit.érios
ser erúrent.ado é: "preenchê-la e
problema a
de
social
fisionomia social
malha
complexificação Escolas
da
e
seus
desfiles. Vejamos mais det.alhadament.e o pr-ocesso. No mesmo est.udo refer-ido ant.es, Helenise Guimarães const.at.a que, dlll""ant.e
as
décadas
expansão do seu consolidado
concepção permit.iu
1960
espaço
como
especialização,
de
"espet.áculo
que
marca
as
Escolas
simbólico
no
público'"(1992:65).
essas do
e
entidades
Desfile
daqueles
inserção
a
1970,
mat.erial
elaboração
é
e
foi
Samba
escopo
a
de
conquist.ar-am.
pist.a da
cânones
da
imperat.i v o extensas
estilo
do
e
assist.ência.
at..raent.es Além
oferecia uma vast.a
nao
ai.ntomél.tico po••uirem
profissoionc;~.Lizc;~.Çao
nos
barroco de
mont.at"em
disso,
o
Poder-se-ia
concluir
desfiles
ambiências
cobrir-
acervo
mest.iço
do
o
var-iedade
Po.mplono. umg. ··vim&o esse '"b\.tolc;~.mento'".
de os
t.ernas,
ccu-no.vg.Le.51co• do
globc;~.L"
176
formas,
de de
condicão simbólico
espaço nobre que que
cenogr-áflcas
para
est.a
é
estivera
suficiente
t.rabalho
capital
um
necessidade das Escolas em preencher o Avenida.
o
a
carioca,
tendência
origem,
imprescindível à a
a
aprimorando
det.ent.ores
conhecem
da folia
Seguindo
desde
se
de
a
adoção
dos
subordinada
ao
móveis
o
horizonte
folclore
t.ext.uras mo.\.• joven&o proc:es•o.
amplas,
e
da
brasileiro
cores a
ser
de jusotg.menLe Alr\.bul à.
Mas
explorada. cenográf"tca
da
cont.rário
desenvolvida
divert.í-lo, afinal a
cena
para
diversão
o
é
barroca
Desfile a
do
século
exctt.a
condição
o
a
XVII,
público
ambiência
no
de
int.utt.o
primordial para t.odo
o
event.o
cena barroca at.ual dá forma ao superes:petáculo,
desde aquele moment.o; a
- maneira como o discurso nat.ivo passou a classi:f'icat' o evento. O superespet.áculo
Carnaval, porém o merece
ou
não
quadro de escolhas é
publicidade,
práticas
e
int.elect.uais
Tais
simbólica
que
hierarquia
com a
definem-se
como
vez
mais
moda,
da
deslocamentos na
busca da
itúormalização "intermediár-ios
os
novos
condições
t.endem
à
agrupament.os 26
grupos
no
eles
de
cujas sociais
aos
públicos.
planos
originados
na
elaborar cada
afeiçoados
aos
relação
estetizacão assim
ressonâncias
malha
a
hedonismo,
correspondem
encont.ram
e
Estes
em
da
uma
de
para
e
de
atuacão
teorias sobre o
carnavalescos
prát.icas
Desfile
do
às
desinteressados
interado
Os
novos
ser
ent.re
estabilização
educados
det.erminadas
prazer
produção
que
deve
divisão
capaci t.ados
dos
mais
portanto
a
como
o
e a
sobre
sociedade
da
.
que
Veremos carnavalescos
est.ão
e
centralidade
de
sensibilidade
experiência.
culturais",
urbana moderna
co:r e
do
deve
à
fundament.a.lismos. A valoração envolve-lhes
que
decisiva
investe
novidades em sintonia
o
como
carnavalescos:
dos
competência
est.at.ut.o social que fixa
de:f'init.ivamente
manuais
Carnaval(Araújo/1987).
o
codificando
então
Cristaliza-se
most.r-ado.
deriva da escolha dos ag-entes envolvidos com o
são
os
a
est.ét.ica
agent.es,
do
implica
superespet.áculos, no
manejo
com
qual
da
a:rt.efat.os
de
os som .•
luz. Est.e t.ripé, por sua vez, encaminha as períomances das Escolas
sent.ido
de
um
determinado
imaginário
como Jocus de realização de sonhos e
que
enxerga
o
prazer-es. E decide a
ent.r-et.eniment.o redefinição ou
••
cultur-a.i.s·• no r-C1Silr-o ··t.ntDr-medi.á.ri.os conceito de P~erre o o concei.to pg,rli.r do conjunto novos de E:l.e defi.ne Bourdi.eu<1988). médi.C1SI cla.ssea Dmersrentes, que nao ori.g\.ng,dos cultura.ia produtores pequeno-burguesa. ou com os pa.rã.metro~ da. a. a.usleri.da.de com i.denti.Hca.m burguesa.. Sucua vo.lora.Ções alto. cultura. lradi.Cões do. erudi.Çã.o vl.da como formo. de ti.berta.ÇÕ.O. o.pli.ca.do o o esteli.ci.smo volta.m-se di.sti.nÇã.o. tá.ti.ccua n~ estro.tégi.cua de como dl.versos ecteti.amo&: N.a.ni.pula.m o mesmo conceito paro. refletir o mobi.li.zo. Wi.ke Feo.lherstone Ta.mbém oci.dento.i.s contemporânea.s, integrando-o ~oci.edo.des cultural no.s conaumo gero.ci.onai.a formadores dg.s esferas e cursos dos longos estudo 40 23>. Esta. tilt.i.ma. pers-peçli. VQ., parece, cu tt.urg.i.aU.s>s>4;0!5
••
complementg.
Q.
pri.mei.rg..
177
mesmo a exclusão daquilo não pert.inent.e à
isso,
Por direcão
de
1982,
est.ribilho
o
uma
a
est.ética do
de
covardia<...>".
racionalidade
vertical
de
situação
popular,
o
"santba
do
"ambição" bicho<ver não
desde
no
pé",
os
anos
espaço
dos
nat.ural
dirigent.es
capítulo
intenção
V>.
de
em
Por enquanto
o
com
do
dos
pela frase
A
wliverso
o
do
advento
do
do
viam
se
carnavalesco
banqueiros
a
e
do
jogo
se afastam,
importantes
"manequins
estética
sambistas''
"vaidade"
a
espontaneidade
brutalmente
os
sambistas
tornarem
sacudia
expressão
da
gent.e
ent.re
"superalegorias".
às
''poderosos''
Muitos
se
razão
Machado,
a
e
ritmo.
"verdadeiros
Os
Serrano,
responsabilidade
sessenta
autênt.ica " sendo diluida
Em
escondendo
s.a"
a
celêumas.
presente
mesmo
int.eressa
na
Aloísio
ai
samba
Desfile
Império
e
combinação
atribuida
espet.áculo''(Lopes/1981>.
"carnaval alijados
que
bambas
estaria
carioca:
Carnaval
a
critica
dos
Samba
Braco
de
do
tamanhas
de
partes de
aspecto,
de
Superalegorias,
f'lagrant.e
primeiro
degradante
uma
traduz
o
lado
Escola
da
s.a/
vertical, sugere que ambas compõem deixo
mot.ivo
"superescolas
econômica
deslocamento
Beto-Sem
samba
A
ao
fora
samba-enr-edo
lament.ava:''Superescolas bamba/Que
quanto
compositores
pelos
assinado
percepcão
ot.imizacão dessa lógica.
carnavalescos"
alegando
27
.
por
E
t.odos os lados, reclama-se o fenesciment.o das "tradições do samba". No exerceram
capítulo o
sec;mentos
papel
II,
observou-se
de
mediação
subalternos
e
Observou-se ainda que a
que
membros
cult.ural
as
faixas
fnndacão
entre
do
a
dos
produção
médias
da Escola de
grupo
da
sambist.as
simbólica
sociedade
dos
urbana.
seu Desfile é
Samba e
em
muit.o t.ribut.ário da ação por eles implementada. O que os proporcinou não só
um vetor
de
mobilidade social,
mas
também
uma
posição
prestíc;io junto às camadas das populações de subúrbios e de
um
naturalizado corno
o
cont.ext.o pela
f'igur-.as
da
do
"mundo
solidificação
de
brasilldade
do uma
samba"
no
tradição
nacional
herdeiros
do
de
favelas,
~
passado
comando
seu
que
os
e
dent.ro
poder
é
conforma
colonial
e
da
ancest.ralidade africana. A emergê-ncia da figura do carnavalesco, ao lado de um novo grupo
imbuído de 27
inserir-se
na
Escola.
compositor Pa.ulinho da do da. Portela., compositores do TVE do Rio, em :1990. Fro.ae
·~
178
de
Samba,
VioLa. durant•
assumindo justificar entrevista
o
comando o
&OU
um
de
seus
deeLiga.mento programa.
·~
passos,
melindra
conquis:t.ado
exat.ament.e
como
''es:pecialist.as
especialização
que
"adversár-ios".
Os
motivados
pela
indústria
simbólica das
do
em
samba''.
implantam
deslocament.os
o
dos
sambistas.
A
na
perda
ser-á
música
a
popular-
e
dos
uma
ur-bana,
programas rádio
de
e
publicizacão
imagen do
da
seus
descapit.alizacão
espaços
desprestígio
p:r6p:ria
dos
no sist.ema de
para dos
haviam
penetração
orquestras
incidem
suas produções culturais incidiu no
"sambist.as"
de
reformulações
fonogrMica<Ort.iz/1988), grupo
flanco
grandes
audit.ório, devido as
os
lr-onicament.e,
pr-oduzidos
das
insolvência
radiofônicos de na
estes
que
posição
a
grupo.
Tais fatores ressoaram no pr6prio interior das Escolas. Ao t.elevisão,
passo cuja
suas
inseridos.
sincr-onia
das
const.i t.uia
a
escalada
maiores
ascent.edent.e
bases
de
Se
ant.es
vozes
do
o
diret.or
grande
cent.:ral
figura
nos
port.as
de
coral
das
pelo
teatro
encomendando-lhes a à
cri t.ério
propost.a a
dos de
let.r-.a e
primeiros
espet.áculo
música é
a
escolha
de
para Vila
o
enredo
int.roduz
acesso
do
do
qual
Carnaval
let.r-as
samba-elll"'edo
como o rádio e
o
disco e
Escola
e
do
e
cUl."t.as
nas
rit.mo
vocábulos
inst.âncias
da
anos
sessent.a
mais
o
det.erminada
o
se
vão
t.ema.
Fica
aproximou
deflagrado
urbano.
prosáicos,
da
impõe
funcionalizando
lsabeD,
cultura
bateria)
composi t.ores
ilust.r.ar-á
Vila
pela
da
aos
Carnaval
de
de
carnavalescos
composit.or,
Ilu.sõe.s<Unidos
de
mais
da
O
Rio
no
ritmo
composição
feita<Cavalcant.i/1993).
conjnnto
vez
os
melodia do samba que
a
l."esponsável
o
sínteses
ext.rema especialização do sambista como
macro-est.rut.ura
cada
como
produt.ores cult.ur-ais
os
móvel;
distribuir
e
enredos
os
propor
do
aos
desde
veiculo
fixam-se
com
alas
desfiles, A
plástico-visual
um
harmonia(como
carnavalesco assume est.a posição. projeto
de
produção
sede da Rede Globo), abria
janeiro<com a nela
que
Em
na
1966,
Mart.inho
da
facilit.ando
o
popular
elet.rônica,
part.icipa da mesma at.ualizacao do sambist.a como
especialista na cultura popular modernamente inst.it.uída no pais. Não é
por acaso que
~::s=t.as
transformações estéticas nas
Escolas
de Samba são det.onadas pela novat.a Acadêmicos do Salgueir-o. Lembra Alves Filho<1987)
que,
fnndada
destaques ent.re os sobretudo
por-
em
"bambas".
uma
funcionár-ios
públicos>,
int.elect.uais.
O
1954,
comerciant.e
Escola
Sit.uada no
de
população desde
a
o local
179
bair-ro
classe
início Nelson
não da
cont.ou Tijuca,
com
nomes
área
média<profissionais
at.raiu
moradores
Andrande
est.eve
da
de
habit.ada liber-ais, rec;ião
afrent.e
e de
parcelas desses moradores que começam a
e
di versão
das
visibilidade
do
novo
público
que
não era uma Escola
imagens.
suas
entidade, manifestou desde cedo o procurava
corda
postas que
alegava de a
em
ocupação Nelson
dos
prát.ica o
a
assist.í-lo.
lnt.roduz
planejamento
durante
g-rupo
corda
espaços
Andrade
presidência
o
da
Desfile ao g-ost.o lema:
o
Salgueiro
"nem melhor, nem pior, apenas diferent.e". Desde já a
prot.eg-ia
constit.ur
à
Chegando
empenho em adequar o
quest.ão da novidade incorpora-se ao idéias
buscar na entidade um espaço de
de
a.ig'o
a
sua
cortejos.
administ.ração,
desfilantes, ''medieval".
mais
assim
a
dos
foi
a
Propõe
"eficientes
e
a
Ent.re
as
retirada
da
sint.omát.ica.
mais
ent.ão
out.ras
maneiras
modernas"(Costa/1984).
responsabilidade
de
bancar
a
Ele
Coube
presença
dos
acelerament.o
do
artist.as-int..elect.uais no Salgueiro. É
processo
que
individual
do
conjunto
decidia
A
cada
pressões
personagens no Avenida o
28
.
desfile
tarde,
do
agente
rit.mo
eixo
são
eles
privilegia
aspect.o
os
a
artífices
de
especular.
da
música em
o
valor.
A
sela
a
desfiles
a
concepção
dos
''arquiteto'' da e
assumida
organização
segundo
importância
como o
e
sobre
espaco-t.emporal,
porque
quando
perfomance
a
decresce
fisionomia
daí
e
seleciona
urna
momento
sobrevivência
dos
cent.ralização da
explicita
no
Cidade,
exibição,
mercadológ-icas,
mais
plástico-visual,
carnavalescos
do
da
event.o. O car-navalesco consagra-se
este
O
de
da
então,
Melhor seria dizer: a por
princípio
cronometragem
redefinicão,
vez
Pois
predomínio
da
O
carioca.
Carnaval
horizontalidade
mais
transformação.
cujo
O
no
Escolas
sambista, a
Carnaval
torna-se
das
desenvolvimento
o
percebido
t.enha
Andrade
transformava espaços
preencher
imposição,
que
provável
do
élaborar
pelo
Desfile
da cult-ura
classificá-los
que como
a vi vif'icacão mesma do carnaval moderno.
••Esta
do a.rgumento de fra.se foz parte um o pe-ça. publie~tá.r~a. ve~cula.do. .t!>?s> em divorsa.s entro ja.neiro marco de revistas, a.nuncia.nào ma.rca. do indUstria. de produtos químicos e,. petroqulmi.cos Rhodio.. Ao la.c:lo da. foto do Trinta., época na pentaco.mpedo seguido do Co.rnavol do Rio. Joi5.o2inho um gen~a.lido.de do artista. e a importância. da. empresa., sublinho. texto que produz mo.teria.is ca.pa..zes do of ereca-r conforto e embelezar a. vida., para. a gra.ndeza. contri.bui.ndQ deci.si.vo.mo::tnte pló.sti.ca. do Desfile d= certo, publicidade esta. i.ndice do CQncerto Por amplo no Escolo.a. • um quo.t Q Desfile entao se posi.ci.onavo..
•
180
As
reacomodac ões
no
cerne
da Escola
de
Belas
Art.es
contribuem
bast.ant.e para formação desse agent.e renovador da est.ét.ica do Desfile das Escolas
de
"criação" sobre de
a
Janeiro,
das
VaJ1€uardas
reprodução atinge
geração
formada
convencional
a
na
art.íst.icas
t.ambém o
notadamente após os anos
primeira
relutava
a
defesa
A
Samba.
trinta.
Escola
estilização
de
universo
acadêmico
Nesse
chamada também
de
Criação
Belas
realizada
Artes
pela
experiência
com
reiterado
desde
essencial
novos
materiais.
moviment.o
do
Bauhaus,
a
cotidiano
cadeira
porque
pesquisas
o
era
a
cuja
das
Ambas
Art.e
aplicação
sociedade
para
as
quais
correspondia no
indust.rializadas,
na
a
à
objetivo,
no
art.ísticas
t.ar-efas
da
estilos
de
embutidas
das
Decorativa,
desvalorização
a
temática
estavam
o
Será
epicentro das
reprodução
busca
.A
de
de
plást.ico-visuais,
zs> •
Rio
orientação
academia.
frente
superficial
desenvolvem-se
invent.ividade
flmdada
Forma,
da
como
decorat.ividade<vista envelhecidos)
é
inst.ante
do
Fernando Pamplona pertence
impulso t.omado com o advento do curso de Arte Decorativa o transformações.
da
modernas
figura
dos
designers(Campofiorit.o/1971 Gropius/1974).
Ao
lado
Plínio
de
docente da Escola de Belas Artes, urna
aproveitando promovido de
pelo
recursos
poder
público.
econômicos
escultores) -detinha o formas
at.ualizadas,
de c;rupos e
que ZP
o
as
de
então
Est.e
já
ideológicos
abert.as
expressando-o
a
ser
para
extraído
pint.ores,
em
cidade:
na
sensibilizará-se
do
cenó~rai os,
inst.rument.o de servir ao
espaço
originalidade-
técnicas
participa,
sociedade",
o
carnaval
o
potencial
fest.e jo. arqui tet.os
sentimento
cenarizac;:3es
como
iest.a
da
pertinent.es
ao
Tal
e com
:feixe
interesses que passam t.omar parte da brincadeira carioca. Da
mesma forma, da
e
Pamplona
da int.eração ent.re "arte e
plást.icos(mais
artistas
de
grupo
janelas
das
Cypriano,
Lopes
do
c;ênio
fig-uração
t.eorias
carnavalesco
dos
criador,
acessíveis
ao
tornava-se a ávido
no
"g-rande
artistas-plást.icos
vitrine
para
desenvolvimento público".
encontram
exposição de
Poder-se-ia um
novas dizer
acolhimento
do momento Rio Ja.nairo fundo.d.o o Jt.IUili&U do Arte Moderna. a experiência eatétic:C1 ··experi.mentação cri.adora.··. Em eompromi.ssa.do Q i.ndustri.al.(i.ncluai.v• no campo di.nami.za.cao do processo do outro plano, formg.Çao oxi.9ena a pa.t.s, de um conligent.e ma.\.or do ei.mb6li.eo> no do conjugar beleza e objet.oa ordinôri.oa, eapa.:zea rotor profi.eai.ona.i.• sedução, estrat.égios i.ncorporo.d.o mercadoria deci.ei.vo para
Nesse
me-amo
eom
=
ca.pi.ta.li.atQ.
181
fun~ental
nos
grupos
concatenados
dent.ro
maravilhosa'',
da
torno
Grupo
e
caminho
Belas
Artes
a
inst.i t.uição
do
estavam no
"revolução est.ét.ica" do
chamada
Carnaval carioca viria com ou sem o de
''cidade
entidade
central.
O próprio Pamplona percebe que a
Escola
da
vimos~
qual,
lu~ar
Carnaval-Espet.áculo assume
em
do
Salgueiro:"Teat.ro Municipal
do
desfile".
Desde
o
século
passado o carnaval const.it.uia um campo de trabalho alte:r-nat.ivo para essa mão-de-obra. participação. Grupo
t.er
at.uar
no
por
de
agent.es nova
da
público
para
cenógrafo.
do
projeto
do Departament-o de
calcar
detentores
de
um
competência
capaz
de
Carnaval
carioca.
O
Teatro
Rio
que,
Tanto
se
est.ét.ica
a
baile
de o
Colonial,
em
isso.
Municipal,
do
Professor
carnaval
do
t.urismo da cidade Miécio
Tati
de
teatro,
então
integrar
o
primeiro
o
not.oriedade
pelo
para
de
Escola
da
mesmo
conferiu
convidado
fat.o
1957
venceu em
que
fora
1959,
do
no
a
de
quanto
decoração
inst.it.ucionaliza
1933,
teria
economia
exemplar
é-
cenógraf'o
e
su~est.ivo
o
jovem
membros
em
fest.a,
da
transformação
a
Pamplona
Art.es
concurso com
Porém,
incremento
percurso Belas
oficialização
A
ao
diretor o
corpo
de jurados do Desfile das Escolas de S.amba(Guím.ar-âes/1992:50-6). Ao cont.a
lado
Pamplona
de
Lúcio
ter
Rangel,
assistido
entrou na pista, acent.uando o as pinturas de Debret. -
ele
t.er
o
e
recebeu
para
assumir
o
o
por
convite
carnaval
isso,
Capnaval
confecção de Palm.ar-es
do da
f'oí
da
deu
formalização
Carnaval, aspecto
e a
extensão do 3
em ser
1959.
Edison
Quando
Carneiro,
o
Salg-ueiro
painéis reproduzindo
not.a
dez
apenas
para
~
diz
est.a
Escola.
Não
do
demorou,
Mwrlcipal
cidade)
Salgueiro,
A:r·lindo
e
Nelson
est.ava,
ao
Andrade, lado
concursos
dos
Rodr-igues,
do
par-a
t.rab.alha.ndo
na
.
sobre
o
especial
qual' os no
evidenciado:
processo
a
presidente
O t.rajet.o de Pamplona ilumina a de
de
e
ao recint.o de apuração defender sua
Teat.:ro
no
figurinist.a(companheiro 3
desfile
Moraes
vermelho nos t.rajes e
agremiação. No dia do r-esultado, nota
de
o enredo era Via cem Pitoresca Pelo Brasil -
e
encant.ado
se
Eneida
e
dos
agent.es
Desfile, ele
exist.ência de um caminho em vias
como
contribui
como
ele
introduziram-se
profissionais. ao
se
querer
int.ricament.os que então se
Depoi.menLo d& Fernando Po.mptona..
182
Há
no um
contudo reve~
aceleravam.
a
Pois
deslumbre de Fernando Pamplona com a
passagem do Salf:ueiro, deveu-se em
muit.o à
desfile,
elaboração
plást.ico-visual
do
na
t.ambém art.ist.as de f'ormacão acadêmica, Dirceu Nery e especialist.as
em
em
insist.iu
primit.ivas
art.es além
h:-
t.eat.rais"<Idem:49). t.odo sobre as
Marie
part.e
Louise
no
enredo,
o
cromát.ica,
e
coreográfica
cenográfica,
o
coloniais.
conceber
de
Nery
cujo
cargo
t.rabalho
''empregava
a
dois
de
ambos
uma
visão
espet.áculos
aos
lógica
propósit.o
de
Marie Louise Nery,
pert.encent.e
descreve
planejament.o,
à
época
de
domínio
almejava o
do
impact.o
visual proporcionado pelo conjunt.o: Anliga.mentee outr~.
••
visu~l
&poca
na
tudo
aquilo, um
pe-na.s, mo.r de movt.me-ntoa,
um
1er campos qu& i.mporlo.nle, a
pensei um grupo ma.r
de
de
tantos
.,
di.ve-rsa.s
materLCns e as ma.is tra.nqu1.lo
o
Logo,
pro jet.o
efeito
no
conJunto, de mõ.o,
a.de-reÇos
comeÇ~va
de
vistos
que
o
e
•
mont.ar
••
longe,
forma.s,
tonaLidades,
de
do
f\.lQ$(. . . ),
chegavam, os cores, coordenaÇão de cor
ou
s~to.m,
simple-smenle
p&SSOQ.!õi
eu
ritmo, isso
formas
os a
·~
ritmo busquei. o você entrava. com mexer, brilhar, o. cimg., via eaaes
•
materiais. ( . . . )o que forma que mexe, os cria um excitante ritmo
••
cenográficas
ext.l'it.ament..e
eficient.es nos t.ermos do t.eat.ro ar-mado, recolhe do acervo barroco alguns
O
princípios. opacas, nos
o
emprego
apelo
quais
moviment.o
e
vert.ical
ri t.mo
o
de
combinações e
sobret.udo
mat.izado
amplit.ude:
espect.ador. Mas ant.es
mot.ivações mais
de
a
busca
cores
das
formas
de
o
de
efeitos
confere
poderosas
nada,
bulicos:a:s
para
t.irocinio
do
cenográficos,
idéia
uma
out.ra:s
e
fisgar
o
geral
de
olhar
do
es:pecialist.a introduz
uma int.encionalídade fundament-al ao cortejo.
No limiar dos anos set.ent.a, compromet.iment.os compet.ição pagos
para
Escolas bancadas jo~:o
ent.re
do
por
.,
De-poimenlo
Escolas.
as
Dinamiza-se
fabricar
mecenas
economícament.e
cont.rat.am de fat.o
esses
ocorre.
Loui.ge
O
Ner-y
183
ant.e a
com
poderosos,
art.íf'ices
com
como
o
visualizant.e
Heleni.••
acirrament-o de
móveis.
"t.radicão
a
modelo
o
formação
cenários
os
implicac,ões
que
••
e
Grupo do Salgueiro se dissolve: os cedem
maiores
bicho,
vit.6rias, o
est.ét.icos-sociais
conceber
sem
o
profissionais
Basicamente,
do
os
da
samba"',
porém
banqueiros
int.uit.o
de
as
do
obt.er
encont.ra assim
um
canal
de
expansão
seus
discípulos,
sem
quaisquer
orientados pelo
essa
e
Pamplona
Arlindo
passam
equipes
a
alicerçado Lembra
t.rabalho
em
condições que
próprio
para
é
e
enquant.o
a
começam
ele
dispor
de
trabalho
dentro
''artistas''
recrutado
para
da
cabeça
exigência
diversas
o
alegóricos
recursos
do
as
compor
que
c
bolso rigor,
sólidas.
mais
t.eve
e
o
maior
de
vezes
como
aumenta
administ.rat.i v as
carros
os
do
própria
a
princípio
"t.i:l'ar
por
surgir
oferecidos
responde
profissionalização
e
a
e
simplesmente
realizados
pela
Pamplona
a.conômicos
ganhos
a
da
econômicas
começaram
e
pessoal
de
de
ideológicas,
se
que,
subst.it.uído
mont.ar
profissionais
serviços
at.it.ude
na
independent.e
mão-de-obra na divisão
Tanto
do
carnavalescos
dos
não cobravam, o ' 1o 32 . o ri t.mo faze-
Pamplona,
dinheiro
novos
pr-estigio
de-
dessa
artesanal<louvado
t.em")
Porém,
polít.icas
remuneração
A
carnavalesco.
processo
ocasião
alt.er-nat..iva
pela
cada vez maior
demanda
não
por
rnat.eriali2acão.
perspectivas
Carnaval.
perfil
e
de
aplicar
Salgueiro>
outros
abundant.es
para
realizar
<~i grandes peças cenogrcu. cas 93 .
Vale, sociedade. por
No
nesse
circuit.o
profissionais
quanto
a
sent.ido,
como
legit.imidade
pintores
e
"técnicos"
e
não
gozada
e
posicão
campo
pesa
sobre
Incluídos
art.ísticos.
a Ora
o
agentes lugar
sit.ua-s:e
art.íst.ico,
eles
desses
visuais,
e
figlll"'inis:tas
exemplo.
Cl"iadores
principalmente
no
a
plásticas
pol"
ent.rada na Escola de Samba, barat.a,
art.es
cenógrafos
escult.ores, ''utilitár-ias'',
chamadas
das
observar
:frent.e nos
pecha t.al
ocupado
inferiorizado,
ao
trabalho
limites
das
serem
de
na
situação
de
artes apenas
faculta
sua
porque vão const.it.uir uma mão-de-obra mais
consider-ando
que
o
fechamento
dos
cassinos,
em
razão da pl""oibição do jogo de azar em 1947, deixa um vazio em termos de locais de trabalho. Com efeito, no Carnaval encontl""am um espaço t.anto de sobr-evivência
econômica
•• .
e
de
consagração
como
"gênios
cl""iadores"(Cavalcant.i/1993) 32
depoimento
A
dddo
Hir-a.r.
.:>.utor-
Ara.ujo(26-0.t.-.t.993>. 99
. to deP o.mp l ono. • I>epo-.men
••
do cer.6gra.fo e figu:r-inisto. Artir.do Rodriguea, no. A froae época., Eecoto. de Sa.mbd Impera.triz Leopotdinenae, do. durante ca.rr.o.vo.teeco atobo, 1!)87, Telejornot RJTV da. Rede em QO bo.sta.nte entrevisto barra.cã.o meu esse respeito:··o o a.t.etier . o Desfi.te i.tust.ra.t\.vo minha. vernissa.gem. ··
•
184
•
•
Muit.o
embora
est.ejarn
subo.rdinados
a
ló~ica
uma
colet.i v a. Os carnavalescos :funcionam ai como ordenadol'es e
às
det.erminacões
Escolas. de
Além
do
emitidas que
escalões
tempo
que
os deprecia no técnica
de
panorama
das
cor(F.rancast.el/1967:49). E
diferent.ement.e
acadêmica,
na
Escola
de
singularidade
do
art.ist.a
é
leit.ura.
Eis
at.ribut.o
dado
original<a
de
t.rabalho peca
de
.,
o
para
que
qual
e
da
aproxima
os
inovacão)
e
do
da os
confecção
efeit.os
formas;
na
a
represent.acão,
apreciação
estrat.égica
cujo
consumo
fol'mas que
de
cr-it.érios
e
exat.amente
linguagem
o
do
contemporâneas,
as
imperat.ivo
Des:file
t.empo
tradicional
a
é
o
uma
o
espaço
dos
no
necessários
fácil
sobre
Samba
administram
obedecem ao
durant.e
plásticas
esse
Car-naval.
t.ornam-se
de
o
pr-edonúnio
palavra
público
art.e
si~nifica
figuração
a
t.endo
:fi~uracões
concebam
que
produção
devem at.ender
hábil de apresentá-los no
produto seja compreensível para o Importa
superiores
elabo:racões a:rt.ist.icas
suas
produzir element.os no
dos
de
conquist.a
de
a uma
audiência poliforme, não soldada por uma visão de mundo única. O adept.o
caso
do
do
moviment.o
conservadora
Império
na Escola. Em lugar Império,
nas
Serrano,
é
toma
colorido
Desfile;
codificado
do
o
o
a
enredos
cenógrafo
mais
modelo
irreverência
de
cot.idiano
pelas
nos
moderno
signos
da
cult.u.ra
Pint.o,
dentro
da
desenvolvido
dá uma guinada pr-ofunda quais
t.rabalhos
desliza
De
espetáculo
t.ropicália,
da
Fernando
exemplar.
pat.riót.icos aos
rnat.erializadas(inspiradas:
Assim o
e
teatral
Pamplona como exemplo e
dos
int-roduziu
íormas:
diret.or
tropicalista
por A.rlindo Rod.rigues e
o
e
at.or
já
pop.
est.ava acostumado
seja de
nos Hêlio
t.emas
Oiticicca).
"carnavalizado" Prova
disso
ou
para que
é
o em
1972 surge na Avenida President.e Vargas em cores fortes Alô. Tai Carmem Miranda.
Ou seja,
um
t.ema
identificado
com
a
festa
e
com
o
b.rilho
do
próprio show, recorrendo assim ao repertório de imagens já popularizadas pelo
cinema
alego.rias
de
e
a mão
t.elevisão. encher-am
•• A
Os a
27
t.ripés
Avenida
de
e
car-r-et.as bananeiras
alegóricas
e
e
palmeiras,
•
SOO zé
carnavalesca premiada. cenógro.fc teatraL Jtoea. Naga.Lhlíe&, dura.nt.e o expressou aulorc1~-01-1999>, a. a.mbigüida.de da. depoimento dedo ao ou o carna.va.L:"Quando desenho, sinto o trabaLho como situ.adio ele artista no trabalho col.et.ivo". um Porlim a. hora. de exe-cular primeira pa.rt.e meu. Na. ba.sla.nt.e comprometida lra.ba.Lho jõ. a.pcreee quando ela. explica. o do B8U forma.a: .. A informacao tem que da eoncepeão da.s ser paaoa.da. prindpio mostra.d~ com eto.re:.:a. o coisa..a devem import.a.nt.e direta.; que pe=osocr.e rtl'conhecam rapidamente o qu& se quer mostrar .. ,
..,.
•
185
cariocas,
balan~andans,
Hollywood.
Opt.ou
a
clara
leit.UI"a
em
início,
em
edit.ar
a
do
desfile
e
estandartes
desdobrara
elenco
e
produt.o(t.ít.ulo o
t.ema.
necessidade
Dest.e polêmicas
modo,
atit.udes
desclassi:ficar o célebre
ent.:r-e
aproximou
depois
Fernando
na
por
compositores
Silas.
r-esulta~o:"Samba
que
tornou
dos
shows.
em
quadros
No do
que
se
enfatizou
E
a
bem
'':funções
t.erern
e
mais
crédit.os
os
vedet.es.
de
com
de escola é
uma
de
Escolas
de
mais
das
a
Samba,
Silas de O li v eira, o
que
samba-enredos,
autor
de
de mais
pecas
hoje
pr-opost.a de uma apresent.ação "mais extensa
letra
a
ale~ação
A
afrente
das
ninguém menos do
incompatibilizava-se
concebida
Pint.o
história
t.ornadas clássicas no gênero. Porém a livr-e"
e
Bl'oadway
.
esteve
samba de
nove
''component.es"
os 36
o
t.ripés,
:famosas
a
lin~uagem
da
obra), at.rizes
lembl'ando
quadros,
sobre
tomadas
os
o
por
mont.ados
Levou
de:finidas''<Veja/01-03-1972)
hist.ória
da
todos
de
inglês
em
let.l'eil'os
Pinto
de
igual a
para
categórica
foi
música de
elaborada,
muito
encomenda,
de
o
ig-reja,
que
tem seus mérit.os julgados de acordo com a sua :funcionalidade"(Idem). episódio
O
estabelecidas visualidade que
o
possuído
o
capital
pelo
em
sint.onizadas descont.ração,
decidir
de
a
a
det.ermina
do
consolidação
relações
o
Rio:
carnavalesco
soluções
as
do
caminho
o
classificação
definiu
do
ist.o
e
as
configurar
Carnaval
simbólico
sambista
adequar
com
ao
no
instante
poder
o
capacidade
import.ant.e
naquele
torna
doravante
é
est.ét.ico
da
como
função
de
quem
do
estará
desfiles.
dos
A
t.emáticas
a
signo
de
da
valorizado
plástico-visuais
event.o
força
imperat.ivo
mais
mão
na
de
de
alegria
carnavalesco
e
e
sua
profissionalização nos anos set..ent.a. Principalmente contribuíram
porque
decidamente
os
para
efet.ivar
dimensioná-la em um pat.amar de
necessidade
global,
·~At.n . d o. Pi.nlo quo.nto
•
porque
de
nenhum mat.&ri.a.,
neaaa
a.presenlo.do-
a.o
fa.t.o
vi.tri.ne pQf'a seu
pensar
trabaLho,
o
ganhar
passou
nat.ureza
Fernando
evento
detalhe mesmo
como
de
o
a
que
a
t.eat.ral
do
sern
sob
para
o
desfile uli.li.2'Qf'
"profi.ssi.onal
"f o.zer
Pint.o,
do
pr-isma t.em o
termo
samba.".
carnaval"
di.ri.gi.do a. mi.lhões de pessoo.s.
196
mais
•
um
Desfile
já
t.eori:zava
"<. .. )espet.áculo
import.ância cCU'nava.l&aco, ele é bem ver
e
cujas part.es
em 1972, de
arquit.et.ar
do
exuber-ante rnonument.alidade,
conf'ormam um conjunt.o impactante. a
cenários
no
que
o
Fernando t.a.xati. v o
Desfi.le
uma.
out.ro,.(ldem).
Porém será
em
1974,
mais
vez
uma
com
Salc;ueiro,
o
ac;:o:ra
com um discípulo de Parnplona, que essa perspect.iva será assumida de modo enfático.
mais
const.it.ui
uma
"grande
da
ópera
elementos
-a ulc 97 e s pt.e o,o Teatro
da
Part.indo
ópera
do
Rio
do
nele
das
se
diferença
João
Jorc;e
cinco
Escolas
de
transformações
todos
os do
Guar-da- Roupa
do
Trint.a,
t.ítulos
cênicas
Samba
mobilidade
da
ou
"Joãozinho
consecutivos
ao
carnavalesco
do
de
encontram
Departamento
imagem
a
Desfile
a
com
conquistar
as
devido
o
pois
Janeiro,
ao
definitivamente
superespet.áculo,
rua" •
chefe
de
notabilizou-se
intrincou
de
e
que
de
erudita,
ex-bailar-ino
Municipal
Trinta .. ,
idéia
que
e
modelo
do
introduziu
no
acont.eciment.o f"est.ivo-espet.acular. Em
de
à
Moraes,
cenografia alto,
o
art.igo sobre a
um
luz
de
móvel
uma
e
a
que
eles
t.rat.a-se
tornam
seguintes o
como
aos
o
vazio
a
o
tema, o
porque
para
o os
tais
trabalho de João há
t.empo
lut.a-se
custo,
na
bombásticos,
"não
barroca,
qualquer
percebe
encont.rasse no
nele
Frederico
impulso
ef"eitos
Embora
fest.a
na
Desfile,
aspectos:
apelo
exemplares,
evitar
de
os
no
sobre
Lodos os carnavalescos, é
individuais:
perf"ormances horror,
se
barroco
excessivos(1987:22).
element.os na concepção de Trinta
do
bibliografia
oniricidade, e
ondulantes
f"ormat.os
ampla
instituída,
ilusionismo
presenca
no
para
contra
t.empo
o
como no
espaço''(Idem).
t.ransf"ormações Desf"ile, mais
de
crit.eriosa
do
obt.endo
que
afinal
seguido. 97
Oo
r~oa
da.dos
arquibancadas.
a
facultou a
a.qui.
próxi.mos
isso,
a
ei.ta.dos
pa:rã.gra.fos,
curso
Estas
no
sent.ido
a do
ao
t.ambém
radicalizar
as
aceleração
sao
o
do
vist.o modo
a.ut.o:r<Oó-01-1:P92> .
187
do
de
uma
est.e
de
desf"ilar-
i.gua.lment.e depoi.ment.o
alt.as.
t.eat:ro
já
variadas
direcionou
mais
o
em
ent.ão como
caminho foi 08
A
mais
t.empo
at.uação
A
no
conjuntos
preparação
público.
t.ão
agudas
setent.a
alocar
tornaram-se
o
as
anos
soluções
fo:rmas
ea.:rna.va.leseo, pa.:rt.•
fim
perco:r:r-e:r com
com
os
mister
de
fazê:r-se
sobre
a
desejada
pist.a
just.ament.e
desde
passarela
cronometrado
sobressai ocupar
sugez.e
em
da
comunicação
imperiosidade Para
ext.ens:ão
cortejo
joãozinho Trinta 0
da
tempo
do
intz.odução
hábil,
espaço-temporais
resultado
longos
Moraes
de
asseveraç:ão
A
de
geradas, amplas, est.ético
imp:rescindivel. que
por
••
Já
em :fins dos
vão
relevo
dar-
dizer
no isso
de
ao
des:file
Pamplona,
c::arac::t.erizada
pela
que
já
individualidades:
armação
n1as
as
o
e
e
cansaço
da
do
o
que
agrupamento
indianas
espaço
o
as
alas
evolução
e
pela direcão do Salgueiro
"já?!"
ent.re
volume
tempo
o
do
harmonia
maior
assim
Obt.ém-se
na
evit.ando
melhor
compact.icidade
"buracos"
eliminados,
os responsáveis
rápido,
seria
uma
por
opt.ou-se
chamados
s-enta~
anos
de
pois,
"ainda?!".
Para
desfUante
e
carros Escola
são
o
espaço
da
conjunt-o exibição
na
Os
quase
que
passarela
prevalece
do
pist.a
alegóricos.
da
cobrem o
plat.éia,
sobre
passist.as
são
38
.
as
agora
circunscrit.os a det.erminadas regiões da ap:resent.ação. Percorrendo suas
o
mesmo
palavras,
reordenar
na
passeat.a
exist.ent.es
horizont.al
"sinuosidade
incorpor-ados
Escolas.
de luxo do chão,
pondo-os sobre
de harmonia Laila sintetiza a
t.eat.rais
Compõe
do
Samba.
os
Deste
propõe,
e
conforme
operist.icas''
já
patamar
a
outro
em
coreografias)
e
Sociedades(os
Grandes
mais numerosos. Colaborador
Trint.a
ranchos''(fant.asias
pelas Escolas de
já
joãozinho
''caract.erist.icas
das
dos
das
''vert.icalidade''
as
vet.or,
carros
modo,
com
a
alegóricos),
:r-et.i:ra
destaques
os
carros alegóricos agora mais alt.os e
carnavalesco durante seis anos,
o
d.iretor
importância das suas cont.ribuicões:
Aveni.da havia., pela largura da President.e Va.rgO$, depois Na Avenida quase t.rês met.ros ftcava com de um lado e t.rês pra Ant.ônio Co.rlos, t.odo mundo po.ssa.r um funil pro. E era e ficava fei.a. já qu~ voc9 out.ro. nada. não tinha. o João acabou néio t.i.nha alas, com tsso. Porque o servia como uma po.rede pra carro alegórico ampliado gent.e segurar Porque nos ultrapassar. outros co.rnavo.i.s pca não eu cansei. de at= componentes pa.ssa.vam pe-los carros Ent.&o quando ele t.eve esse. i. dáia
ver escolas que os sequenc1.a do enredo. 3P o.chei maravilhoso
preocupação
A pela
exigência
responsável plast.icidade e vázio 98
Devo
..,
W:ai.g
•m
•
Depoi.mento de
como
a
o de
o
espaço,
curso t.odo
pa:ra alguém que o problema:
un1
i.nformo.ÇÕes
to. i.&
So.l.guei.ro. 2~.U.-U>93
cost.ura
volt.ado
irrompe
ocupar
manter
de
pela
de
frente
a
ele
Laila.. na uli.l.i.:z:o oulroa
Lai."Lo..
188
percebe-se,
narrat.ivo
do
espet.áculo,
êpoco. t.recho.e
a
quebrava
om
est.á
tema,
alt.o.
auséncia
a ou
1974,
det.erminada a
definido
cont.empla do denot.a
•
int.riga
pela
Dai de
sua
por-que
0
sent.ido
di.relor do ho.rmon\.a. do seu depoiment.o
do fei.t.o
- - --Comissão de f r e n t e . - - - - carro abre-alas
\
~la.
de baianas
\
ala d.e con:.pcnent.e::l
a===============
~:r---------------------------------------~
"'"'
r::.~
L
o4>o
"c
~
1' Porta- -oar..d e ira 10 Mestre-sala
"u:: ~ ,..,. "'"" t=;
fJ
"
~
"""o
"'
~
rn
.,..,
c
D
c
~·
~
p
,,lol ....o
~
~
I
I
carretas alegóricas
I
~ O'
I
o"
c
"' ~
H
w
"
~··
(':'
,..
::: c úJ
_, o
cA0222'
Porta-bandel.ra Mestre- sala
carro alegórico
~ 32 Porta-bandeira ~O 32 lúe stre-sala
CJ
velha guarda
apl"eendido funcionalidade faca
o
prevalecer
segundo
mult.iplicacão
de
r-et.ira
t-endência
seu
O
que
evit.em
nível
os
detalhes.
dos
atenção prat.a
de
e
quem
o
riqueza)
dourado
com
As
fundem
a
a
sobr-e
mais
visual,
os
cla:ros.
a
embora
uma
pl'opol'ciona:r
por
maio!' próprio
Ele
que
barroca
estabelecer-
t.ot.alidade
da
proliferaram
sugestão
lhe
não
dando
cromáticas
entre
apelo
padr-ão
um
conjunto.
no
carros
alegóricos
carro) t.oda uma moviment.ação, ident.ificada com o
no
sossêgo
à
branco, índices
o de
cor-tejo.
O
prata e
o dourado
forma
of'er-ec.:em
um só t.ernpo conferem ao element.o a
ou
o
aos
mesma
Da
modalidades
espetáculo
do
ideológica(o
manter
os
enfat.iza
Pereira/1982:189).
nível
majest.oso
e
inspiração
uma
combinações
de
lhe
ao mesmo tempo homogeneidade; o
desse
humanas
quem assiste e
no
áudio
sut.urar
sempre
est.es
tenacidade
a
det.alhes
composições
seja
frui.
possibilitava volume e faiscavam
formas(Apud
Aliás,
os
pai' de
Tl"int.a
pilar
o
excesso
o
primará
flancos,
sobre
capazes
par-a
trabalho
Joãozinho
aspect.o,
elementos
permit.e "rebuscar-, criar"
isso
calcada
part.es
das
dest..a
Por
olhar.
pelo
branco
como
det.alhes
as
para
p:rincipio est.át.ico{o
balanço
das
ao som
alas
da bateria. A
maneira
element.os
musicais,
poderoso
esquema
chama-o
para
det.erminada t.inha
por
passeata
óperas
das
coreográficos
de
uma
persuasão êxt..ase
glor-ificação. met.a
A
exaltar
carnavalesca
de
e
moderna
Quinault,
espect.ador:
olhar,
Rei
e
plásticos-visuais
diferença
o
maravilhament.o
Lully
do
do
momento fugaz de diversão e ímpeto
de
o
porém
é
que
que as
a
própria
unificação
perfazem
jogo
lúdico
deve
já
o
legi t.imação
a
concepção
de
dos
mesmo formas
das
de
numa
Versailles
deslumbre festa
da
da diversão como um bem em si
cost.ura
um
fechar-se
divex-sões
Sol<Burke/1994:29), é
a
da
como
mesmo. Este
apresent.ação
dirigida
por João Trint.a. Vejamos ele
o
exemplo do
sintético
é
mitológico
obra
da
Criação
A
desfile do
do
planejado
par-a a
carnavalesco.
Mundo
Segundo
Beija-Flor
Pa:rt.indo
a
de
Tradição
em 1978
um
t.ema
Nagô
'
o
car-navalesco opt.a pelo trat.ament.o da narx-ativa pelo aspect.o fant..ást.ico e não
.üt.úrgico.
direção.
Tal
int.roduzida do
marfim,
Técnicas foi
no
o
e
caso
carnaval
encontrado
materiais da
variados
solução
em
1971).
O
na
cena
t.:ribal
189
das
mate:rial
foram bóias
de
serviu
africana.
mobilizados
como
nessa
isopor(por
ele
rep:resent.acão
Adapt.ado
como
alt.os
o
chapéus,
cost.as
às
presos
r-esplendor-es
foi
result.ado
component.es,
dos
conjunt.o
um
indurnent.ário
unificado pelas combinacões ent.re o fundo branco e e
aos
sornados
alt.os
vert-icalizado,
as variacões em prat.a
dourado. mesma preocupação de preencher espaços com element.os plásticos
A
capazes modelar
pr-esença
a
er-ot.icidade.
os
Desse
set.ores e
biquínis
ondulação ráfia,
meias
alas{ preso
component.es)
figlll'inos,
introduzindo
met.alóide,
de
Ou
valorizadas
em
obt.er
um
ou
Ou
o
uso
as
e
volume
ainda
pela
a
braceletes
volumosas às
e
alas
presença
or-ient.ação
de
dada
mangas
ao
fit.as
de
às dos
elisabet.anas
nos
medievais
facult.ando capas
de
de
«Olas
alt.as
das
efeit.o
perneiras
e
e
sumários
moviment.o
de
de
alegóricos
vest.idas
efeit.o
a
padrão
um
carros
Par-a
for-t.e
um
manguit.os
maior
t.ons.
•
carnavalesco
joao:zinho Trint.a lançou mão
plumas
eret.as
com
negr-as
o
segundo
imensos
desnudos .
seios
leva
Desfile,
ocupou os
facult.ou
alegorias.
no
mulheres
alt.o,
penachos,
e
mat.izes
os
caiment.o
decoradas móveis
feminino
com
do
espect.ador-,
do
em 1978,
simulando
bom
aos
corpo
modo,
vist.o
ser
cujo
do
passist.as
de
a
olhos
os
fascinar
de
ao
feit.as
t.rajet.o
em
t.ecido
desfilant.e
para
movimentar- os braços, :facilit.ado pelas roupas acent.uadament.e cavadas.u. João mat.erias
Trint.a
alia
suficient.ement.e
o
aspect.o
leves
e
fisionômico
capazes
de
do
:figurino
produzir
à
escolha
brilho.
Os
de
papéis
pois Q respeilo, queslão gerou cá. lidas Perei.ra/:1982: e Rodriguw~:~/:11)84). Lnclusive acadêmicas;otver No pol.êmicas. Q inspiraÇão Tri.nt.a atribui umQ .Joã.o:zinho hipotéll.co. depoimento, seu adoção do em seus tro.balhos. Q Alega que africana" o "cuLtura "ú
""vale
abrir
um
po.rQ.nlese
a
esse
é sendo umQ festa. culpa provocado pelo. corpo uma poti.lica do d~scule r-e~ vindicam femint.slas movimentos costumes mor-~~s mudanÇa "os fúaico adeptos, QO ganha cullo o É da mesma modismo. ~mpulsi.ona carnaval,
rt!tcalque
um crista. Q
momento Porêm objeto
como emancipaÇão
do
ll.berto.çao. nesse momento eslêtico e de
do
corpo
dQ
inclusive do a soc:Ledade prazer. mulher
Os
e
Q
Q para luz do cotidiano. motivando pré.ticOJõl Q como do t.op less aparLÇão époc<1 <1 na aborlura do programo. dos Homens, da Rede Olobo. da Planeta a.tri2 humor-U.li.co Vil ma Di.aa também eo.i.a daumg, .. umó.rio bi.qulni., ba.nan<1, ••gura por um mCJ.caco, veat.idG a-m umQ coreogralio. er6li.c<1. E princip<1lmenle, as em o corpo contorcEmdo como o signo cri.st~li:zada.s;o do. .saoneuo.li.da.de "fomini.na" do. mulatcw s-ão turisla.a, espeléculos em c~~ br0$ileira.", de shov. "mul.her "os
ver-se, i.mportanle reforÇo. Retirei
portanto, base e
esses
quo
de
dados
Q
•
La.nce comuni.cati. v o do que, por aceilabili.da.de,
o
do
corpus
FerreiraC.tPIIZ:tOs>-2!5).
190
o.nali.sa.do
car-na.vo.lesco encontra certo, contribuiu "o
por
Maria.
Lucia
laminados,
alumínio
diver-sas
modalidades
são manipulados código
ident.ifi c:ado
homologia. Oitocentos
uma
qual o
a
época. Globo
todo
Estação Pr-imeira de Mangueir-a,
out.ros,
sobre
um
as
cores
da
com
encontra
plást.icos
um
lançou
feito
ent.r-e
significativo
É
acet.at.o,
ordenada
não
materiais
dos
Rede
visual e
de
placas
incolores,
enr-edo
do
da
cenário
as
pro"ramação
predomínio
1976,
vidro,
celulóides
t.emát.ica
televisual
em
no
-
a
a
Este
Pois
de
plásticos,
de
com
cena
na
paralelo
fibras
obedecendo
Escola<Idem:209).
a
polido?
registrar
Oito
programa
em acrílico
er-a
o
ou
dest.aque.
Miguel,
e
alegor-ias
de
TV
Arlindo
emprego
do
mesmo
cenógrafo pelo
cujas
E
que contava com um gr-upo de arquitetos
af':r-ent.e da sua Comissão de Carnaval, ao lado da Mocidade Independente Padre
a
fant.asias
Rodrigues,
foram
material
foram
no
destaque
presente
em
desenhadas Desfile
muit.as
pelo
de
outras
de
1976
Escolas
naquele ano e nos seqUentes. A os
leveza
seus
que
o
torna
capaz
m.aio:r-
do de
consumo, No
nas
caso
sem
o
materiais
além de
revela-se
e
na
transformar-se em
e
cor-es.
assim
a
insubstancialidade.
o
sua
t.ant.as
coisas
regras fundamentais à
justificam
flexibilidade
da
luz
plást.icos
Ainda
familiares
maior
e
sem
produção de objet.os em
para largas parcelas de consumidor-es no tempo efêmero sociedades
específico qual
que
vibração
plástico
cont.at.o visceral com nada larga escala e
já
empregos,
oferecem
simbólica
desses
transparências
diversos
resistência, eficácia
e
urbanas
Desfile~
do
estaria
a
indust.rializadas<Baudr-illard/1973:60-1).
evanescência
inviabilizada
do
a
do
plástico
proliferação
de
era
o
temas
suporte
oníricos
e
mit.ológicos, ent.ão em voga. é
Mas
espet.áculo. prodll%ir riqueza,
dos fato
ilusionista e
dos
t.endo
e
nas:
o
quais
no
possibilit-ar de
emprego
a
da
Maranhão
Assombr-ação, do
pont.o
de
vist.a
191
do
condicionada
à
potencialidade
de
est.eja
de
present.e
das
Escolas
ao
lado
com o
de
do
imaginação
do
a
O
r-ecurso por
Rsi
ent.ão
A
deve-se cênico
mot.ores um
à
aliado
na
França
na
francesa
no
ds
invasão
de
cenár-ios.
Samba
espelhos
enredo
narrar
sugestão
em
de
aliment.ados
placas
propõe
a
mater-ializadas
art.if'icial,
Trint.a da
planejamento
objet.ivo,
int.ensi v o
João
o
Carnaval
tal
luz
determina
serem
obt.enção do efeito esperado. Em 1974,
Ilha
que
estará
fulgor,
oníricas
canhões no
escolha
imagens,
t.emas de
contada
sua
monumentalidade
ao
diesel
intriga
Também a
diversas
int.rodução assim
a
pequeno
Luis
XIV,
privilegiando
os
devaneios
t.ropicais
se
confundiram,
indígenas
do
novo
do
menino.
do
mesmo
mundo.
Ao
brasileiras sobre o
fantástico
pelo
branco
uso
dos
planejado e
tons
de 1974
como
a
gent.e
disso,
pela
primeira
foram apresentadas. prat.a
est.e
fixando
espelhados
modo
a
fim
de
e
como
''ret.rat.o
e
o
vez,
e
as
os
lendas
carnavalesco
efeito
roupas
cant.ado
palmeiras
cort.e
da
Primou o
at..ing-ir
estritamente most.rado nas alegorias
samba- enredo~
ot.inrlzar- o
e
lado
Candelabros
e
"surreal"
na
letra
desfile'',
do
format.o musical-dramát.ico do gênero. Vejamos a
do
por
letra do samba
42 :
cantaram om v ao c poeta e o sábio/No. font& ribeirão do a.smombraÇão/Contam o rei. e que crianÇa, viu a corte FranÇa do matQ.Sõl o Wa.ranh.S.o/.Das r .. salão no espelho&, d• do cand&lo.bro5> i.ndi.a corte polmerai.s/Da g~mt& o reol/F.e.z deouro eprato o mundo do mimado ideal/Na i.magt.naCão rei o. rainha oro deuao do um r.eLno ( . . . >Não tendas
praia do.~> Lençois areia e assombraCÕ.o/0 touro negro Dom s &ba.sl ião/É mei.o.-noi.t& :rnhã Janso. vem, desc& do Al&m na fogo Vl.VO, do co.rruo.g&m/Do luz nobrezo./.Dos azulejos sa&m beleza e o maravilha.!, o serpente escrava, que de prato querodeia o Ilha( . . . >(Zédi). ençanta.do/Na coroado
&
•
Desse Minas
do
puxadas
Rei
de
Salgueiro a
modo,
Salomllo
pirâmides
cavalos,
e
tantas
Hollywood, Viat:em
ao
partir
••
de
Pais
uma
Joãozinho
na
Amazônia.
e
esfinge
por
da.s
De
a
o
~ainha
Ou
dos
épicos
convidar
às
desfile
do
t.ropicais, de
povos: do S.aaroa
estilo
viag-em
a
Sabá e
do
da
e
Áf~ica
cinema
plat.éia
o
a
de
uma
no car-naval de 1980, já na Beija-Flor, a
Maravilhas,
de
encharcar
florest.as
surgiu
Mille •g.
uma
inventa
assim
verdes),
melho~
no
B.
Ceci!
conússão
Pôde
árabes(onde
cenas,
Trinta
egípicias,
negros de olhos
out.~as
dirigido
1975,
tendas
séquito de meninos negra
em
frent.e
formada
por
Soldadinho.s
de
Chumbo
do
João Tri.nta. ilustrativo a.cr&.lilcenta.r quo a. r&port.o.gem do o respeito do de&fit~ do Salgueiro de .lP74, reconheee } prim•ira. vez, umo •scolo. combinou d& mo.n•iro. prect.aa a com aa a.l&gori.a.e do aamba. fo..ntaet.o.s·•. Noa a.noa a•gui.ntee, va.L ... ndo amploa poderes ga.ranti.dos pela doo po&icã.o de earnavaleaco voncodor, .João funci.ono.lida.dGda al. ...go.ndo a. Trinta., música. à. lota.lida.à& do .Desfile, vai Depo~mento
Jornal que l.etl"O.
do
..,...
BrCL&il. pe-lo
•
o.pli.car
a
técnica
d<õ>
o com ao argumento do enredo e
do.a
••A
E&:eolaa.
elucidativo.
sa.mbas:
fundir propóiii.to
concorrente= no. disputa interno. montar lõlonoraa, o 6.udi.o, ao planeja.mvnto vi.sual dos desfiles.
• compara.Çoo
anuo.t
do
em
tomdo
M'edagliacvejo./20-02-i.:PSO>.
192
• o.cuGa.Çao
•
do
maestro
Júli.o
abrindo um cort.ejo digno dos musicais de t.odo
abre-aJas,
t.om
em
prat.a
e
Walt. Disney. Nele
espelhos,
port.ava
um alt.o carro carrossel
um
onde
crianças, sobre cavalos alados, est.avam encimadas por fadas madrinhas em Fazia-se
t.opless.
falant.es,
Dona
seguir
de e
Baratinha
est.ava mergulhado
Dom
coloridas os
enormes
imensos
os
Ratão;
e
escult.lU'as e
Cozinheiro
personagens
das
Mil
de
animais
caldeirão, e
Uma
onde
Noites;
a
Carrua,gem Abóbora com Cinderela. Vieram Branca de Neve e os Sete Anões. O
carro do Jotffo de Xadrez. Bruxas e
sorriso gigantesco
um
de
palhaco
por aí foi o
colorido,
delírio at.é surgir o
representando
o
Sol
da
Meia
Noite, o próprio carnaval.
No ano seguint.e<1981) é
ser elevado a homenagem chafaris
o
mesmo carnaval assumido como
t.ema ao
condição de Oitava Maravilha do Mundo. Ant.ecederam-lhe na
alegorias
chorando
ilust..rando
jat.os
o
Jardim
as
água),
de
Suspensos
Muralhas
da
da
Babilônia(com
o
China,
Colosso
de
Rhodes, o Templo de Diana, a Estátua de Zeus, mais uma vez as Pirâmes do
o Farol
Ecito,
Escola).
da
de
ai
Só
Stn'giu,
Maravilha",
''Oitava
pompons
desnudos
de
brasileiro,
vivo
e
t.ropical.
a da
e
mulat.as,
como,
Enfim,
passagem
brilhosos
flores t.elúrica
a
frase
na
multicor<. .. )",
concepção
a
''visual",
fazia
materializava,
corpos
monument.o
sensualidade
à
alusivos
de
Carnaval
o
"um
samba-enredo,
repleto
pelos
ilust.radas
girat.órias
giratórios iluminando a
Alexandria(com spot.s
prenhe
Escola fest.a
do
signos Samba
de
monumental
e
exuberant.e de suc;estões de prazer aos sent..idos. Os t.rê-s t..emas acima resumidos suscitaram polêmica, em função de chocar a os
exigência da temática nacional.
apresentaram sagraram-se
1981,
pois
Arlindo
a
vitoriosa,
Rodric;ues,
Lamart.ine
sensualidade const.ruir
Est.ava
agora
das
com
formas.
mat..erialidades
sujeitas
ao
gosto
Primeira
de
Mangueira,
t.radic5es do samba, Escola
de
Belas
a
das
(ou
Imperatriz
homenageou
Babo).
ident.ificava-se
campeãs
A
vice-campeã
que
e
exót.ico
p~odução
plásticas audiências. celebrada
o a
das
como
mesmo
Liana
193
Silveira
de
frente ano
de
reservat.ório
para
do
a
colorido
1980,
a
disputar
por
brasilidade e
da
assim
em
estas
das
em
carnavalesco
empenha-se
cont.rat.a também um car-navalesco
Artes,
prepar-ada
imagem
Escolas
verossimeis
Beija-Flor
composit.or
carnavalidade
à
No
a
Leopoldinense,
simplesmente
patent.e o
Ainda assim ambas as Escola que
condições a
Est.acão
mais
"puras"
professora da o
t.ítulo.
E
enredo Coisas
escolhendo o folclórico,
est.ilizando
brasileira.
Mas
acervos
os
incit.ou
Nossas,
lament.os
à
leva
cult.ura
da
ao
Marquês
de
da
e
secundarizar
o
Sapucaí
um
paisa~;em
show
t.ropical
t.radicional
verde
e
•• .
rosa em favor do branco e do prat.a "modernização"
A
preciso
adequar-se
carnavalesco, o serem
a
do
totalidade
de
t.em
do
com
de
Ao
do
imae1:ens
as
e
Escolas
seu
encont.r-a
t.empo,
sobrevalorizando e
vivas
ent.re
o
o
esquema
como
na
det.alhes
instituições
as
mensagens a
do
suporte
par-t.es
ambas
produzir
identificáveis
simbiose
A
e
do
polêmica
fundament.o;
as
era
neo-barroca
"preferem est.ar
Pint.o).
constr-ange
empenho
:facilment.e
projet.ar
t.elevisiva
mesmo
audiência,
a
significava
aflrmação
na
est.ét.ica
que
pois
est.ét.ica
Fernando
nessa
modelo
show.
agora
ident.ificacão "cheio"
dizer
luxo"
consa~rava-se,
isto
e
que,
vist.a
transmissão
exuberância funcional
compartilham
t.empos"
"povo e1:ost.a de
e1:eral
e
detalhe
da
em
Televisão
Trint.a
cenográficas
aut.ênt.icas"{no
e
joãozinho
"novos
t.endo
superespet.áculo,
Desfile
aos
ambient.acões
execut.ar-
a
de
rápida
de
percepção
pelo
comprometidas
olhar
com
que
o
padrão do show classifica de "belo". A line1:uagem audiovisual cantado
equivaler
deve
carnavalesco em razão 0
homem pobre.
mant.er viva a
funcionalidade técnica
a
Rest.a ao
especialista,
conclui, a
or~ânica
t.raduz
conhecimentos fomenta
da
manifesta
é
a
mais ext.ensos e
lugar,
Em
de
d.ist.ribuida de
cidade,
sociedade no
que
isso,
vejo
ou
uma do
primazia
a
deslocou
missão
quase
o
hier•arqu.ias
transfigurada
entant.o~
de
se
complementares,
assimét.r-ica com
Por
mostrado
para longe míst.ica de
Esta missão, diria, não exp&e uma ordem
d.iferencas
maneira
composição
a
seja
justifica
cresciment.o
mas
quant.o
planejado.
do
Durkheim.
de
tudo
Trinta
João
t.radicão da fest.a.
transcendente, sent.ido
significado
quando
desalinhada
verdade
ao
prescreve:
como
aument.o
a
da
baseadas
t.ratar
a
em
de
no uma
especialização
produção divisão
razão~
em
do
monopólios
social
de
trabalho
e
simbólicos
int.rfnsecos à "esfera da cultura. Dentro desta os peritos
feverei.ro revi.sto. de .Isto de 20 É. UMQ repor-to.gem edi.cao de aLarme. O tttul.o quatro pó.gi.nas ao epi.sódi.o, em tom da matéria e c.;~;to.cl. ismg,:"Ca.rno. va.l. ca.rioco;; i.ntroducao tro.duzi.o. o cl.imo. d• cor os t&mpoa novo: até o. Mo.nguei.ro. vo.>.. muda.r de Q pro. ta, transf ormo.r-se em branco e como &xige o roso. o. v&rde e hol.l.yvoodino.no do. Avenida.",
194
dedicou a sua mundo leva.ra.m brilho
emergem
como
especialistas
diz,
como
invest.tr,
culturais.
Aí
transformação
na
holista": exat.ament.e por contar com a nos
bast.ido:res
do
Te.a.t.ro
paulatinamente
feitos
Municipal
do
Des:f'Ue
em
João
Trint.a
"espet.áculo
um
bagagem adquirida na longa
do
Rio,
simbólico,
capital
a
possibilita-se
onde
no
acumulou
estada
conheciment.os
interior
engrenagens
espet.aculares do carnaval. Desde Cabe
essa
"imaginar"(a
ele
a
a
base,
informações
rest.ritas
mundo
f o :r mas
das
a
parti!'
plenas
campasso
ant.igilldade, cult.ura do da
glamour,
comunicação
o
vist.os
nos
at.uam
do
na
instituições
nas
cinema,
necessário
e
da
do
de
opinião
classificação
ent.ret.eniment.o
à
A
e
concretizar
público
ainda
estabilidade
na
possível
elaborados ''belo''~
maior-
e
vai
exigi!'
casas
maior
na
de
à
at.uam
moderna,
''con:f'ort.ável",
vimos..
Desfile
no
inst.alado
em
rot.inizaçã.o
do
complexif1cação
da
construção
result.a dos desdob!'ament.os da espet.acularização.
da
similar(o
ainda,
civilização
uma
da
show,
Desfile
do
bem-signo
demanda!'
e
de
do
e
de
da
ja que operam
"excit.ant.e''
a
est.ét.ica
mais
o
valorização
uma capitalização monetária de
representada
195
pela
classificat.ório,
isto
da
confecção Mas
do
retóricos
na
de
valor
um
profissionais
codificação
vida da plat.éia,
ávido
como
mestres
cassinos,
à
crucial.
acervo
um
atuantes
público-alvo.
do
Mas
os
modernas
aceit-abilidade
divisão do t.rabalho no Carnaval e proporções.
o
(esquema
mentais).
carnavalesco
do
esses
teatros,
ident.idades
imprescindíveis
suas represent.ações processo
olhos
int.elect.uais
de
modelos
como
mercado
figuras
est.ilos
ver-dade
quais
as
"gost.os" e o
a
sociedade)
carnavalesco; como
necessár-io
"visual"),
os
do
técnico
ent.re
calcados
os
corpo
aproximação a
são
tem
que
da
torna-se
noção de "sofisticação" fixa-se
social(t.e-levisão,
acordo com os
acesso
encham
que
Ambientados
constitue-m
carnavalesco
sofist.as(Neiva/1991:169-213),
os
aparência.
etc),
ascensão
da
do
do
segmentos
amplos
entret.eniment.o. Por isso a no
função
do
e;randes
Sambódromo
5. AS MÁGICAS LUZES DO SAMBÓDROMO
vor
C.U&l"O
..,.
faze-r
todo
festa
Escrever
mou
luo.r-.
Vou
do
sa.mbQ.J'.
uni. verso
o.st.roe
os
fulgor. a.le-gri.a.
m1.nho.
céu
no
estrela. bri.lhar. nome no tuz
A
••
o Brilha o carnaval,
i.rra.di.a.m própria vi. da enfei.lou. Est.ó. espa.Co
unl.verso.
meus
si.d&ro.l. hoje
<Gibi e Tiãozinho) carna.val O Ri.o abre a.e portas pro fott.a. É t.•mpo de eg.mba.r É
Mostrar ao mundo a
noeea. a.l•gri.a.
<Noca., Colombo e
196
do om
aerson>
•
o
present.e
const.rução de responde,
capi t.ulo
espaço fixo
um
conlerindo-lhe
vislumbrada desígnios
do
ou
Est.ado
subrnet.ida. O
ponto de
inst.ituicões
as
intrínsecas
à
aut.onornia
das
das
modalidade
de
partida é
a
o
espetáculo
vai
realização
a
subordinar-
à
regra
esfera
do
mundial
semiot.izant.e e
relacionament-os entretenimento.
dos
comercializar
de
ênfase no apuro
A
práticas
das
pragmática
de
ajustar de
invest.e
fest.a no seu
t.raz o
ampliados,
Sambódromo
O
seja
dessas
f ormalizacão
sociais
t.endência
emancipação
conjunto. A aut.onomia da Fest.a-Espet.áculo carnavalesca com
Carnaval
est.eve
racionalidade<no sent.ido de concatenar as partes ao t.odo) à
comprometiment.o
a
quais
as
devenir
o
A
à
Samba,
dependência
of"ert.a.
e
demanda
permanentemente
que
Desfile de Carnaval.
cultural
bem
do
de
medida de
int.ensos~
client.elismo
na
que
Desfile
Escolas
intuição de
diret.ament.e
seu produt.o -
do
qualidade
da
mais
grau
e
em
~ênero
ao
da
colocam
sempre melhor o
compreender
dest.inado
e
ri t.mo
conquista
na
ob jet.i v a
cujo
seu maior fulcro
a
primado
o
celebra
é
iconoblasta da espet.acularizacão.
A PRIVATIZAÇÃO DO POPULAR Durante vivenciadas Samba, de
na
o
capít.ulo
materialidade
calcadas no
espaço
e
assist.ência<altas
ent.ant.o~
a
de
do
processo
obrigando-a
organizar--se,
dés:se
de
do
o
supor-t.ê
a
apresentação
do
dando-lhe
cont.ratar
cot.idianarnent.e, e
e
do
em
de
ao
de
locais
cadeiras
montag-em e
de
format.o
da
meg-ashow.
No
por-
parte
Escola
da
mão-de-obra especializada,
ter-mos
gerencial
novos
camarot.es,
de
Escolas
exigir, concomitant.ement.e,
carnaval
formal'
das
pelos
t.rat.arnent.o
passou a
t.ransformacões
Desfile
inst.it.uído
ajust.e ocor-rido na
pr-odut.i vo
às
relevo
arquibancadas,
event.o,
administra1:.ivo
dado visual
e
todo est.e redimensionament-o
expansão
Samba,
audiovisual
foi
plást.ica
longas
pist.a). Pr-ecipit.ando t.ambérn t.ransmissão
ant.erior
um
corpo
vert.iginos:o
bur-ocrát.ico
de
além que
des:envolviment.o
experiment-ado. Profissionais nas
diret.or-i.as
Riot.UI'
e
das
Associação
liberais ent.idades das
dedicados ou
Escolas
nos de
a
t.arefas
orgãos
Samba.
Os
mais
afins gerais
nomes
de
for-am de
alocados
comando
Amauri
J6rio
e
Hiran Araújo são cel't.ament.e os mais ilust.rat.ivos. Advogados, escrevem em
197
1969
o
primeiro
ant.iguária
preservação
da
funcional
Carnaval,
pesquisadores, contratados
depois
nela
cenógrafos
para
cult.ura
e
est.á
a
Hiran
Beija-Flor t'rust.ou centrou na figura
considerando o curso
no
monet.ário
exibida
desenvolviment.o
escult.ores
e
visualidade
da
carioca.
Para
po"
por
cort.ejo.
O
pont.o
de
poderes de
tomo
de
de
eram
apresentação.
Trinta
produção,
decisão
das
a
quest.ão
3
A
é
o
da
já
a
que
empreit.as,
suas
no processo em do
financiament.o
ent.recruzando-o
análise
com
possível
É
.
pelo qual passa as engrenagens de elaboração da
grande
grupo
wn
aderecist.as
João
esquema
condut.or,
fio
como
a
•
cont.radicão
isso,
da
2
deste
aparente
e
na
racionalização
de
enredo
obt.ido
carnavalesco amplos
desfiles
dos
no
do
sucesso
folclorist.a
lugar que ocupam no interior das Escolas e
Carnaval
realinhamentos
o
malog-ro
t.al
relat.ivizar
o
Araújo,
o
cultural
paradoxalment-e
paradigma
no
desfiles .
Leopoldinense,
depart.ament.o Mas
1
seus
princípio
escolhido
executar
e
Imperat.riz
popular.
especialização t.écnica fW".tdament.ava o modelo Para
a
do
figurinistas,
e
Escolas
primeiro
o
cont.ida:
conceber
pa%>a
imbuídos
implant-ada
idéia
import.ância do
sessent.a,
da
às
int.eirament.e
agremiações,
dessas
hist.ória
pouco
frmdar
a
ajudando
dedicado anos
mesmos
nos
Ent.ram,
livro
com
os
aparência
administ.ração
e
geração dos recursos.. em uma produção cult.ural organizada pela lógica de exposicão no mercado do ent.ret.eniment.o.
Mencionei Desfile
veio
ant.es
que
conjunt.ament.e
a com
comercializacão a
dos
imperiosidade
da
ensaios
e
Escola
de
do
próprio
Samba
em
•o
em Des fileu.~}foi. Samba o pri.me-i.ra. t.e-nta.t i v a. Escola de do ti.vro seja 00 t.eôri.ca, percurso sist.emat.i.ci.dade hi.st.ôri.co dessas confttri.r formais estruturantes aspectos do aos Dfl'sfile Escolas entidades, seja. enci.cl.opédi.co serviu do Com cri.téri.os texto om b=o os Samba.. o do concurso ela.boraCêío prôprLo tra.ba.l.hos do do julgamento do na.turo:za. jorna.l.i.stLca.. Sendo e-x.,.mplar, portanto, do ou do a..ca.démi.coe deste grupo de inleleclua.i.e no qual Lnserem-se raciono. Li.za.nte os papel
•
nesto obra., inspirada nas formula.Çõee d• Edgar Morin, ainda. É o.utoree. ve:z se inclui '-a. Escola. de Samba no universo da. "cultura primeire> pela. quo ta.mb&m responsó.vel pela. a.bra.ngonte Hira.n Aro.újo ma. is massa.". do ca.rna.va.l carioca. ao H e mór ia Carnaval, totalmente dedicada. do publicaÇão É disso o pela. Ri.otur. coorde-nador curso do om editada. :Inde-pe-ndente das EscoLas de visa.ndo prepra.rar promovido pela. Liga grando concurso, r&a.Li:za.do nos dois meses anteriores oe jura.doe para o Deefi.l.•· 2
na.doa obtidos no depoi.me>"\olo de Hiran Ara.újo .
•
Idem
198
apresent.ar
espet.áculos
público
novo
A
carioca.
monument.ais,
part.icipa(assist.indo
que
escalada
g-ast.os
dos
alinhados
com
esse
montagem
dos
des:files
demanda
de
super-ar-
objet.ivo,
possibilita a
implicar
int.er:ferência
entrelacament.o de
à
das
S\.U'gidas
sobre
lhe
a
elementos~
agentes
Houve
na
t.ambém
a
cot.idiano
no
formadoras,
out.ra.
o
Carnaval
de
novos
carnavalescos.
partes
uma
de
agradar
do
int.roducão
insercão
os
de
des:filando)
ou
dificuldades,
de-
est.raté~ia
da
necessál'ia
not.adament.e
a~remições,
na
dent.ro
com
sem
Impõe-se
isso
fi~ura
a
do
administrador. As modificacões no
conjunto da sociedade
após
a
década
de
1930,
com a presença mais cont.undent.e do Est.ado, alt.eram as re!acões entre os ~rupos,
a
no que acelera o
racionalidade
processo :formador de
e
t.écnico-cientffica
cria
a~entes
conexões
desdobrament.es sensíveis sobre as represantações e Isto
interfere
públicas desde
par-a
1943,
sobremaneira o
set.ol"
por
sit.uação
habit.acional,
exemplo,
f'avelas~
às
na
dirigiu
aqui
enfocada.
Além
at.uarem
de
pelo
politicas
poder
execut.ívo
e
arquit.et.os
sociabilidades
desses
organizacão
na
com
As
sanltarist.as
int.roduzidos
locais(Valla/1989).
sociedade
na
experiências urbanas.
implement.adas
urbanist.as,
compromet.idos com
primeiros
dos
moviment.os sociais dessas áreas(como as associações de moradores), esses a~entes
influíram bastante no est.abelecimento de
julgamento cultural,
imagem
da
em
meio
a
das
uma
populações
novos
subalt.ernas
valorização
da
crit.ér-ios
e
sua
da
ment.alidade
para
o
produção
nacional-popular,
junto aos segment.os médios urbanos dos quais faziam parte. lugar
O
de
int.ermediáríos
culturais
expressões
quar-ent.a~
Freyre<1945:432>.
Gilberto
manif'est.ações
lúdicas
do
"mulata''
fisionomia "dioiÚsiaco"
para
a
da
"estilo
do
homem
do
cult.ura
vo!at.ibilidade
no Carnaval carioca a
de Samba est.eio "popu.l.al'
povo
do
da
dança
que
qual
o
brasileiro".
desencant.adora
da
vida
pilares
t.er-ia
e
da
no
como
pa:ra
uma
sínt.ese
valorização
de
música.
com
as da
impulso
um
Forma-se
samba seu mais
uma
acabado
sua explosão, not.adament.e com as Escolas
prova ent.ão not.ór-ía de que "não fomos
sobr-e
encont.ra
nacional
estabelece
brasileira,
>
imagem da in:fo:rmalidade brasileir-a, exemplo e
brasileiro'',
identificação
A
ocupam
do samba e do fut.ebol, desde os
em wn conjW'lto de formulações que fazia anos
que
poder-se-á empr-eenderConcerni tant.e colet.iva
ao
urbana, 199
uma
catequizados .. .''. Eis o comer-cializacão
processo
de
do
laicização
manifest.ações
a
passam
populares
espont.aneidade;
ser
são
elos
os
como
abSOl"'Vidas exót.icos
l"'esel"'vat.ório
possíveis
uma
de
at.mos.fel"'a
da
met.r-ópole, donúnada pela racionalidade dos meios. Dá
cont.a
disso,
o
sucesso
obt.ido
por
empr-eendiment.os
cult.ur-ais
prot.agonizados por nomes oriundos dos morros e
subúrbios da cidade
espaces :freqüent.ados pelos segmentos
sociedade carioca,
desde
shows
de
samba
Zica
Car-t.ola)
Zicart.ola(sendo os
shows
Zé
Ket.i,
São
sessent.a.
anos
os
no ao
dois
Teat.ro lado
dos
exemplar-es sócios
Opinião,
de
médios
Nara
do
o
casal
qual
Leão,
a
casa
de
mangueiroense
part.icipou
celebr-ada
moviment.o de int.ermediacão ent.re os dois
a
da
o
compositor
int.érpret.e planos
e
da
nacional-popular
pr-esent.e
no
CPC
O
realidade urbana, via
da
da
e
port.elense
bossa-nova".
esfer-a da cult.UI"a em consolidação, cont.ava na época com a
esquerdist.a
nos
UNE,
no
ment.alidade
moviment.o
do
Cinema Novo e desdobrament.os da própr-ia bossa-nova. Car-los Lira recorda: época,
Na.queta "curtida.··.
volta
por
de
bossa-nova
a
a indo. delg., de
mui. to
era
tendência, dentro buscg.r as havia uma jô. M= ou fi.:z uma combi.nCI.cã.o eom o keti.: ou raizes. Dal populares orisr•ns apresentava aos morro, à.s escoto.s de samba me ts.vava ao &te me em contraparti.da.. o levava chamados "compositores autênticos e, eu turma da zona sul e o o.presentava<e
•
bossa-ne>vaCAbril
Cultura/H>?8: Ía$Ciculo 42).
celebridade
A
das
vozes
desses
parcelas da população da Zona Sul carioca, a para as manif'est.acões populares e a
de
áura
"prímit.ivos".
•
Part.ícipam
desart.e
import.ant.es
sobre
um só t.empo ch.ama. a
at.enção
t.ambém confere-lhes respeít.abilidade e
livres
:fenômenos
agent.es
da da
"art.if'icialidade
pedagogia
que
burguesa",
ínt.erna
•Nomes
Hermínio Albino Pinheiro e Bello de como os exemplo, aparecem neeee momento li.gadoe à. a.nimacã.o de das camddo.s populares em recintos freqUentados petos
o
quase
popular
no
Carvatho, por cultura.i.9 segmentos soct.a.t.s como a médios. Sueui bases tnslituci..onais a.ssenta.va.m-se em orgaos pUbli.cos trQ.nsi.to, é patente secretória. Estdd.U;al de Educacã.o e Cultura. Para este desses mesmos eegTnentoa passam o que familiaridade oom a "'cultura populo.r"". o exempto me~;i.s a cha.mo.da cor.viver eom inlervi.r a.ssi.stente de Hebert Narcuse, Nuno que chegou a filósofo. do i.nu§itado
do
•
•
na. zona Crio.do Vel.oao. parceiro poateriorm•nl• Penso qu• Fitho/S989:98}. ima.ginó.rio pru'•des port• do. sent.•nla,
sut, torna.-~;õe freqüentddor do musical de CartolaCDa BU.spenso entender fica em
o
Blocoa de Sujo.
200
como
uma.
sUva.
Mangueira e oti.vei.ra esse determinado da
=mo informa.lidade
avessa. Eventos ersrui.da.s roti.no.e diáriaa. raciona.i.s-inslrumenla.is n= d• l:pa.nema., por exemplo, no i.ntcio dos funda.Çã.o da Banda. expecta.ti voe em recriar o unt.verso guardam popular v a'
populCU'
Morre;.
..
do anos
dos
imaginário
novos
de
segmentos
sociedade.
da
movimentos são realizados desde 1964 onde
figllr'as
destacaram-se Sar-gent.o,
Nelson
música
alt.ernat.iva
cultural(no
"raiz"),
ent.ant.o
no
a
Anescar-zinho
a
Principalmente,
como
sent.ido
de
da
Paulinho Salgueiro,
''morros
e
de
não
transfor-ma-se
sér-ie
de
shows
Rosa de Ouro, Henestrel e
do
dos
Uma
algo
Viola,
Elton
Clement.ina
subúrbios"
simult.aneamente
outros,
Medeiros, Jesus.
de
converte-se
cont.aminado~
em
"puro''
bem
e
de
e
em de
diversão,
compart.iment.ado no mercado do ent.ret.eniment.o. Por
lado,
no
capí t.u.lo
vist.o
país Rio,
dispõe
em
volumes
na
produção e
e
outro
a
implantação
complexo
consor-ciado
III
cidade novos
do
agr-upamentos cuja
super-dimensionados,
à
mobilidade
ação
dessas programações será o nas quadras
das
Escolas
moviment.o
profissionais
ident.i:ficação
consumo cult.urais ofert.a bases à
proporciona
ao
urbano-industr-ial
dos
e
t.ur-íst.ico
t.ambém
com
as
no no
sociais
ár-eas
de
mex-cant.ilização dos símbolos
intermediários
culturais.
O
público
mesmo que cada vez mais irá buscar diversão
de Samba,
ou nos
ensaios
que
est.as
começam a
realizar nos bairros nobres da cidade(Araujo/1978:68). Os episódios acima evidenciam o um capit.al simbólico
t.rânsit.o de grupos det.ent.ores de
conformado às
que,
necessidades
do
Carnaval carioca
naquele inst.ant.e, será primordial ao reordenament.o de t.odo o
evento das
Escolas de Samba. O mesmo deslocament.o obse:rvado na dimensão est.ét.ica do Desfile, revela-se também no comando das ações int.e:rnas das Escolas e sua entidade de
rep:resent.ação
ext.erna
inst.it.uições
sociedade.
movimentos
da
cidade aciona
uma
ent.idades.
é
E
Os
deso:r~anização
na
sua
precária
núcleo
de
o
quant.o
dos
lendária
le~it.imidade
lide:rança.
do
plano
ainda
funciona!-administ.ra.t.iva, a
do
junt.o
g:rupo
dos
poder
público
na
sit.uacão
dos
valor-es
do no
configuração
onde se
poderes
ao
ent.ão
sambist.as,
âmbit..o
o
é
da
dessas
est.rut.ura
quest.ionament.o
const.it.uídos, que
out.ras
Carnaval
de
dissemina
e
de
baseados
desalojado
dos
na
post.os
de comando. Os novos agent.es: apresent.am out.:r.as f6:rmul.as:, p:ropõem dispor dife.rent.ement.e
as
par-t.es
'
no int.erio:r
da f'est.a
me:rcant.ilizada,
qual as Escolas est.ão se dest.acando e procu:ram conquist.ar a
jovem nicho vimos,
da
as
e
Escola
morador de
Samba
t.ransformações
na
r-aveia
localizada
Acadêmicos mais
do
visiveis,
no
no
início
do
onde dos
da
p:rimazia.
Morro
Salgueiro,
dent.ro
se
anos
Salgueiro, det.onou, sessent.a,
quando as Escolas assumem um luc;ar- import.ante no Car-naval carioca, Laila
é
um personagem import.ant.e no
processo,
201
pois
o
vi venciou por
dent.ro e
t.em
sido
um
a"ent.e um
har-monia,
Fernandez(1979) de
proporções com
a
dest.aca uma
acont.eciment.os beneficiado dest.ino
da
t.raz,
pelo
um
a
dos
só
mãos,
às
da
or-dem
a
sit.uação
do
mas
como
das
suas
aprovação
t.arnbém
que
t.oma
especifico~
práticas
memória
Sua
a
negro
o
questões
das
caso
a
por
pelas
raciais
o
dilema
simb6licas
dos
r-espeit.o pa:rt.e
lament.o
t.raido
de
Flor-est.an
compet.it.iva-vert.ical
Nest.e
inclusão
t.empo,
diret.or
r-epr-oduçi3es que
ent.recruzament.o social.
fat.os,
admirado
algo
Encorpa
cult.ura.
da
de
r;:ravação
pela
a
o
com
lid.ar-
rumo
fugir-lhe
onde
mobilidade
como
além
análise
sua
saber,
A
ampliado
mercado
no
na
sociedade
problemát.ica modo
hoje,
sambas-elU"edos.
definit.ivas.
r-esult.a do
ele,
É
r-esponsáveis
dos
dos
fono~:r-Micas
condições
dele.
de
a.l€uém
de
t.er
vis:t.o
pr-ópr-ias
o
ambições
socialmente inscrit.as: houv&
se
de
projeto
o
buscando
lor
um
carna.va.l
Lntegra.C&o
a
di.mens&o. ma.ior So mi.ni.ml:za.r o lentar éramos dingentes pudéssemos integrar
soci.a.l
estô.vamos nôs existia conosco, n6s raci.al. que problema. trabalho onde n6s empregar o quertamos nao porque O carnaval cra .. ceu socleda.d•. qui:z. ( . . . }QUa.Tldo você mala o sombi.ata.
do
nlnguém ga-ni&,
capacitada. Com cresci.meTlto vi. eram gente meus entendiam. E peLo fato da peT!savam quo entendio.m e parte "esse branco veio prá. cá., etc•· com&Cou o. fora.m tomaT!do conta..
•
A "modernização" do
De
impreviseis. moviment.o diferent.es
racionalizant..e,
cujo
grupo
recém-chegados
médios,
manuseá-la. e
mesma
a
Ist.o
or-ganizar
a
é,
direção:
da
para
Escolas,
às
a
possuia
na propost.a
Escolas
no
de
sent.ido
foi porqu& prectsa de
pessoas ciumado. se
Tlão
que
por
afa.sto.r
nosso. "
eLes
jogada com resu.lt.ados represent.acão dando-se
falar
int-ermediários~
de
baseava-se
produção
cart.a Escolas,
Desf11e
do
poliment.o
com
uma
const.i t. ui u
modo
um
de
event.o foi
qul:z, você
de
em
pólos
modo
oriundos
segment.os
dos
melhores int.roduzir de
um
condições o
fazê-las
de
planejament.o "cr-escer",
o
que encont.r-a eco no es:piri t.o de- d.irigent.es como o do jovem Laila. Desde
aquele
inst.ant.e,
avalia-se
a
necessidade
de
invest.ir
meios mas t.ambém ocupar-se dos cust.os da empreit..a. Enfim, o t.orna a
relação
ent.re
t.écnica
e
economia
administ.rat.iva.
do bruxo, os novos at:ent.es apresent.am soluções nas quais lugar5
das
Depoi.mento de
peças,
par-a se
obt.er
melhores
La.i.la..
202
r-esult.ados.
problema se
Como
é
Porém
nos:
a
figura
alt.eradc o
o
pret.endido
não
é
simb6lica
eficácia
a
superespet.áculo
adot.ado
pelas
a
sim
e
Escolas.
eficiência
Por
isso
do
t.écnica
os
aspectos
modelo
aíet.ivos
morais são secundarizados ante a
imperiosidade da precisão. A posse
informações
t.eria
Samba. Ari
vai
diferenciar
Araújo~
embora
quem
superestime
qual o
e
lugar
t.al
aspect.o
e
de
na
Escola
de
é
preciso
ao
negativo,
descrever a t.endência em curso:
••
eontabi.li.dad& complt.ca a "científica" orn seus
Escol os;
i.ntroduzem-•e
quadros;
eLementos
de
a
burocracia passa a capazes da controta.ralemenlos o movimento i.Titerno imperar. cri.am-s& da cri.o.Çao "Alcuo das Os <:>nredoe todo da..s AlGG, Q\.rav•s pcuaea.m à mão de um Depa.rlamonlo ou do desfi. h· Cultural o Carnavo.t di.ri.gi.doa, evidentemente, pelos mais de Comi.seao uma que, a.fi.na.L, ··sabem esluda.ra.m das pelos "cu !los", admi.ni.slraÇÕ.O
•
•
coi.aa.s"Cidem:css>>.
Na "doutores" produção
continuação
à
nova
seu
dinâmica
dos materiais
prévio rigoroso
do
da
do
execução,
valor
os
alcançado
ele
implica
carioca:
o
indument.ários
e
subordinando
as
a
hegemonia
acelerado
exige
etapas
um
dos
rit.mo
da
planejamento
previstas
para
sua
ser observado. O imperativo de proporcionar
ingressos
pela
Carnaval
alegóricos
elaboração dentro do prazo a lucr-os(cobrando
raciocínio.
para
rotinizacão
os
ensaios)
decorreu
produção
da
do
justamente
carnaval
nas
Escolas.
descreve
a
especial import.ância assumida por um grupo de arquitetos no interior
da
Est.ação
Quant.o
Escola,
ao
Primeira passam
inst.it.uição, do
mesmo
amplo
presidente
cont.ext.o,
de
a
Mangueira.
componentes
prest.ando-lhe
Imperatriz
de 1970, assumir o
Júlia
De
meros
de
alas
assessoria
:freqüentadores
Amauri
Leopoldinense
ingressam
dai
e
t.écnica
Igualmente,
ginásio-sede. da
Maria
Goldewasser(1975)
do
para
no
projet.o
jório
dos
ensaios
da
na
direcão
da
de
const.rucão
t.orna-se-á,
depois,
no
limiar
comando geral da Associação das Escolas
primeiro, da
década
de Samba do
ent..ão Est.ado da Guanabara - ASESG. Nos dez anos administ.rat.iva
da
afrent.e,, da Associação Jório organizou a
entidade,
visando
dar
ações em nome da inst.it.uição no interior
unidade do
ger-encial
comércio
já esboçado na cidade. Por isso defendeu sobr-et.udo o do event.o, as
sob
dois
apresentações
Escolas, a
e
aspect.os: a o
empenho
r-einvindicação
por
em
como
revert.er,
comercialização das imagens visual e
203
de
e
est.rut.ura polít.ica
às
ent.ret.eniment.o
pot.encial econômico
um
espaço
dividendos
fixo
para
para
as
sonora produzidas para e
no Desfile. Ambas as frent.es propriedade
ent.idades
das
t:lll'ioso acompanhai' o privat.ização event.o se
realizar-
uns aos
mot.ivada
pelo
t.udo que
popular-
o
cuja
out.ros.
ímpet.o
quant.o
se
lhes
desdobra.
o
há
de
uma
acumulat.ivo,
Nele,
lst.o
direit.o
de
respeit.o.
É
paradoxa.lment.e, a
revela de
que,
um
per-manent.e
expropria
a
para
conjnnt.o
indi vidualizacão
t.ensão que
o
dissesse
envolviment.o
busca
Embor-a
mesma premissa:
caract.er-iza.
colet.ivament.e,
part.iculares,
int.er-esses anelados
sobre
moviment.o
fest.a
da
observavam a
os
lhes
o de
coloca
at.r-avesse,
especificidade
do
out.ro e solda a especificidade do sist.ema carnavalesco carioca. o
ano de 1972 é
emissoras o
direit.o de t.l"anmissão do Desfile. A TV Rio aceit.a os t.errnos
do cont.rat.o -
!30% do f'at.ur-ament.o com a
do evento para o ent.ant.o
insist.iu
"espetáculo
exemplar. A direcão da ASESG decidiu cobrai' das
venda da reproduçã-o audiovisual
ext.erior- seriam repassados às Escolas. A Rede Globo no em
não
público'\
reconhecer
abert.o
a
o
t.odos,
acordo,
logo
alegando
passível
ser
ser
de
aquele
coberto
um por
todas as empresas de comunicação. A ASESG pl"ocurou rebat.er, arr;ument.ando que,
ao
algo,
se
int.erseccionavam
as Escolas. A inter-ferência do pode:r- público deu ganho
Globo,
já
que
não
reconheceu
mudat1ç:a
o
no
ar-t.íst..icos''
Est.ado e à
na
fazeres
post.erior-rnent.e
causa
de-cisivo
"diversos
veremos,
ent.re o de
ali
contrár-io,
direit.o
relacionament.o
de
exclusidade,
passando por cima da decisão da Associação das Escolas de Samba -
afinal
est.as eram subnrissas ao gover-no estadual devido ao contrat.o de prest.ação de
serviços
assinado
em
1971<emblema
da
espécie
de
pat.ronat.o
público,
exercido de acor-do com a política g-overnament.al para área de t.urismo). A just-ificativa do então Secret.ário de Turismo, Fer-nando
é
sugestiva,
dos pelo
pelos
int.er-esses próprio
no .al'gument.o, sociedade,
do
Est.ado.
est.at.ização
em
acrescent.ou:''No
público
do
na
figura
âmbi t.o
da por
sua
popular
de
uma
da
a
ut.iliza
popular e
modo,
cont.rat.o,
compet.ência,
t.rat.ar-
público
institucional
r-evelia
à
que
fest.a
da
Dest.e
direito de vetar o
particulares,
e
event.o;
cat.egorias análogas.
exclusividade,
no país e
A
público
represent.ado
entre
qualquer
de
caráter
est.ava reser-vado o "acordo
conceit.os
do
ao
em
Bar-at.a, defesa
é
sust.ent.ada
popular
consist.em,
podei"
legítimo
executivo
da
est.adual,
pois correspondia a
um
administ.r-ação<pública).''
E
Secret.âria
a
fest.a
popular-
é cuja
cont.râria
divulgação,
no ext.erior-, ent.ende que deva ser- feita com maior liberdade e
amplit.ude''{cit.ado por Rodrigues/1984:89). Out.r-as at.it.udes do Est.ado na mesma dir-eção foram semelhant.ement.e
204
just.if"ioadas. para
os
Em
con:;ressist.as
cumprimento
integral
apresent.ar o
do
cidade.
est.avam submet.idas governament.ais.
no
pouco
econômica
das
modelo
obr-as
do
do
entidades,
Desfile
na
escolha
e
Avenida
a
ASESG.
planejarnento art.ist.ica,
de
cont.inou
espaço era
à
precariedade
o
pois
lobes
isso,
Rio
impediram Jório
o
:se
local,
de
fato
det.erminacões
da
ausência
de
fontes
de
as
alongado.
inicio
do
reivindicar o
cortejo
a
das
facultaria
permit.indo-lhes
o
infra-est.rut.ur-al
e
Novament.e
a
Carlos,
grupos
iniciativa Desfile
o
desmont.agem e
das
realização
definitivo
Antônio
e
o
a
para
mater-ialidade
empreit.eiras
das
às
vai
Escolas,
mont.agem
da
público
quando
local
o
Avenida
a
pderiam
porque
que
Por-
às
t.emporal
para
vista
permanent.e
sua
poder
medida
Samba
terceiros) não faziam frent.e
simples:
e-m
perfil
deslocado
sujeit.o
arquibancadas,
um
em
de
entidades
elas
Escolas,
as
Amaur-i
Vargas,
investimentos de
no
pelo
grande
ajuda de
rendimentos
de
dentro
frust.ada:
um
objetivo
O
estabilidade
uma
foi
President.e de
em
adotado.
que
limitando-as
tendo
metropolitano
construção
afiliadas
e
superespet.áculo
transporte
jurídico
decorria
dessas
significou
organizado
Escolas
das
cobrou
puderam fazer
recursos das Escolas(os ensaios ao
Ist.o
desígnio
um
Riot.ur
event.o
dependência
A
a
contrato.
E
a
Ast.a,
da
eoxclusivament.eo
Carnaval da
autonomia
o bem sucedido desfile
1975, após
anual
das
int.eressados
pesaram mais sobre a decisão do governo. O
Escolas ASESG Muit.o
projet.o
fracassou em
comercialização/profis:s:ionalizacão
em outra f:rent..e,
gravar
embora,
de
e
por-
dist.ribuir exemplo,
o
os
no
mesmo
período: a
samba-enredos
samba
dos
:feit.os
Acadêmicos
temporada de
rádio,
ganzê"Tape
carnavalesca graças
c:omo,
explorando a
f'aixa
de
o
.ficou
oloaé
obteve
caso da. eficientes
nos e
conhecida
passivo
da
e
bailes curt.a a
falida
e
do
música.
gravadora
das
refrão
1972, da
carnaval.
Festa
grande sucesso da
famoso
Em
propost.a da
Salgueiro
execução
na
da
o
das
a
emissoras "pega
gravadora
ASESG,
no Top
doravant.e
gravação dos disc'Os de samba-enredo~ subgêner-o musical cuja mercado
décadas<Araújo/1987:125) 6
1971,
let.ra simples
à
aliás,
.assunúu
de
Desfile
para
do
Para Um Rei Negro, do composit.or Zuzuca, t.enha sido o
do
consolida
se
ao
longo
das
duas
últ.irnas
6 .
•
Za.nC1s:::>s>4) essa. mo&-tra. gra. vo.dor-a. eapeci.a.ltzou-ee, repr-odt.lztndo l entes r-e fonogr-cú'tca.ment• até então vistos elementos simbõltcoa como folclór-icos mUsica serta.ne ja.. a.usêncta. uma. legislaÇão e instrumentos autorais, direitos combinados ao de cobranÇa. de a.mo.dorismo dos
..
205
Uma
verdadeira
ascendente
dos
pois
vasculhar a
já
que
aut.ores .
o
bicho
pr-et.endo
acordo
de
mat.erial
est.ava
do
esquema
cult.ur-ais.
A
inserção
justamente
capi t.alizados
aqui
diret.ament.e
apesar
ocorre
desenvolver-
o
das
papel
do
bicho,
no
por-
por
para o
Rio
agent.e
essa
financiar
percurso
ou
já
nesse
janeiro
pontuavam
desde o
t.rabalho,
o
moment.o
pelo marca
século
int.erior
é
acumulação
da
''padr-inhos ..
a
diversos
de
dest.e
catalizador
recorre:r-
de
part.e
próposit.os
desempenhado de
vimos,
os
de
Escolas
carnavalescas
banqueiros
tratamento
com
alt.ernat.iva
a
Pois
inst.it.uições os
mediadores
do
significativo
justamenl..e
e
mecenat.o.
Não
ASESG
econômica,
suf"icientement.e
eles
um
básico,
compreender simbólica
jogo
da
fundo as razões do predonúnio desse grupo nas agremiações, o
recebeu 7
pelos
do
Escolas.
das
piflas
base
sua
banqueiros
estavam
projet.os
de
implant.ado
t.écnico-empresar-ial
os
de
fra,;illdade
à
brecha,
odisséia
XIX.
as
Mesmo
Escolas
das
seu
de
Samba em décadas precedentes. A pela
difer-ença
at.uação
dos
observa muit.o ao
empenho
revelada
banqueiros.
bem como
dos
pat.ronos
no Em
período seu
enf"ocado
est.udo
sobre
é
a
direção
o
Desfile,
seguida
Cavalcant.i
os invest.iment.os nas alegorias est.ão submetidos em
recebendo em t.roca respeit.o e
demonstrar seu
poder
econômico
e
polit.ico,
prest.fgio por part.e dos muit.os segment.os
sociais emaranhados na realização do event.o. Ou seja, permeia suas ações um
principio
de
pessoalidade
elaboradores, gênero samba
valeu-lhe
Nunes,
Carvalho
gg.nhos
do
qual
decorre
a
at.it.ude
personalista
de
significa.ti vos. em um m&rcado
nesse inslg.nle que o fonográ.fico que se o.mpl~e1 andamento mais acelerado no pais. Ca.ro.tenzo.do pelo e por ser ··samba. danÇante, o chamado ··samba uma músi.cet ou de essencialmente populo.ri.da.de, le1nlo em execuÇão mui.le1 emissoras de e1h.nge embalo" de di.aeos. a.o lado do lra.ba.tho na vendo. de co.ntorCl.$ como como clo.re1 rá.dio Beth
consegue
inlerar-se
e
que elenco comporg.m o dos di.seemi.naÇã.o ehs-ga audioca..&L"seles(porláleis) contribui. que o menor.
Alcione. Muitos produziu esse a.po.relhos também
compositores de .Escola ruao da. indústria. do loco.-d~scos
segmentos crescimento em
aos
o
•
•
•
play, fg.ti.a
Se1mba.
disco.
À
toeCl.$-r~tas
de poder 1.375:116" das
do venda de lonc; dê cada milhõescortiz/.U>SB:.t.27-8> e abre para dO uma sobe de ampla para produções cuLturais i.nclutda.e no gênero samba. fonogrcific:a.s
do
aquisitivo
por
do
i.ndúetri.a.s exemplo, mercado
ba.nqueiros do jogo do bicho com o.&pecloe • cita.r o.lguns a.uloree, clientelismo com populaca.o o pobre; a. medi.açao marginalidade ressalta.do no or-dem legal tra.ba.lho de entre Macha.do<.t.S>PZ> revelam Chi.nelti. emeraao dos Gluei.r-o:z(.t.PP2>; bc:1nquei.ros ordem"' e Ca.va.lcanli.C.t.PS>3) num ··vg.za.i.o da deslinda malha der-eci.proci.da.d•v ei.mb6Li.ca.s maleri.ali:za.da.s no mecenato. sobre bi.bli.ogra.fi.G Samba .Escol~ observg. ZCl-lua.rC.t.SI85) A
••
•
a
relo.Cd.o
VCl!ôllO.
•
doe
em
•
206
doar fantasias onde
se
entre
e
joga
custear
uma
as
alegorias,
"generosidade
a
parêntese
no
campo
interessada''<1993:51)
racionalidade
t.uríst.ico-cult.ural Chlnelli
defendem
como
estruturado,
decisivo
à
Talvez,
da
dádiva
colocaria
que
pelos
promovida
assumir
em
Machado<1992).
e
O
t.ecno-econômica
banqueiros no interior do Carnaval, mot.ivados complexo
assimét.rico
hegemonia do
a
economia cont.udo,
Rio,
do
dois
os
aspectos não sejam ant.agônicos à luz do processo que os envolve. maneira
À
Samba
a
sist.ema e
part.ir
dos de
jurídico
com
administradores obrigou-lhes a
das
na
prest.igio e
Escolas,
eleitas 1
as
do
que
seu
conselho
poder
posicão
mesmo
que
paralelo, de
propósito
mesma ordenação funcional, enli.dades,
ao
set.or
evident.e
pela
o
no
um
é
Se
.
oferecido verdade
por
de
embrionário
Alocaram-se
.
manunt.encão
t.ambém
va.ri.a.ÇÕes
9
obediente
sociedade,
da
inst.it.uição
publicizacão é
•
funcional ,
ent.idades
diret.orias
dinamizar ainda mais a .:.
sujeito
nessas
as
de
canal
o
banqueiros entram na Escola
estrut.ura
de
poderes
pela busca de
manipulando
•Mesmo
amplos
os
sist.ematizador
desenvolvido
dominando
administrativo,
moviam-se
esboço
um
racional-legal
posteriormente
delibel."at.ivo
carnavalescos,
onde se
estrutura
adml.ni.strati.va um a.dml.nietrati.vo o outro serem grêmios oom fine carnavalesco. Por l<...tcrativos, sôci.os entida.des composta do forma.dores direçã.o assembléiCl. d= respons6.vG>l pela. eleiC:ã.o soberano do conselho poder deli bero.ti v o, geral, membros dCl. di.retoria. escolher os incumbido do E=otCl. & comandada orgão seus vices e divide-se em vâria.s o se C Ões(secret.::~.riCl., presidente pelo social, esporte, relações po.trLmôni.o, pUblic.:.s. cultura.l o tesouraria, o responliabilidade da. di.reÇão fisco.l>. É carnaval definir 09 conselho de carnaval, in.sohtui.Ção da co-mi.ssão CUJOS membros têm si.tuacao elementos competênci.a est6. sob ou a organL:za.çao do desfile da precária. do esquema. Para um detalha-menta a.qui. aumari:za.do, vor Escolas. Riotur/tl)9:1:tB:P-PO. da.
Escolo.
de
Samba
regula-se
aetores, dois recrea.livos
por
•
••
,
••
da cidade, no Co.rno.val a regi.slrados em cartôrio, constitutda. di.retori.a. o eapeciali:zada.CRiotur/~Ps.>i.:189} . Para
1.ncrever
estatutos socia.i.s de ensaio,
•o
depoimento
de oli.mpio Independente
corrêa, o de 'Padre
Es:cola sede
do administrativa licença. da
deve
posaui.r quadra delegacl.a
·•ao.ücho••,
por o.Lguma.a ve:zea pT-eaident& revela os episôdioa, mesmo do ma.rca.ra.m a entrada. Andra.de neeaa. escusas, qu• E&cota.. vereadores, evitando que a.gremi.a.Çã.o fosse de corrupcao de rebaixadCl. em 1~3. Seguida. eleicã.o de um "testa ferro" do o &egundo grupo do instituiCã.o o presidência. da do já. famoso contra.ventor Mocidade
Miguel, Castor do
carnavalesco Arli.ndo Rodrigues e a. renovada pora. -montagem dos desfiles. do Conselho Deliberativo da. Escola entidade -
forma.çõo de uma equipe maior e Eat.es fatos sã.o impli.ca.doe à decisã.o de promover a. ••moderni:za.Çã.o.. da
ver entrevista feita por cavalccntici"BAC/25-0?-1PP.U.
207
insel'tam~
e
a
redimensionai"'
Percebem
Cidade.
entidades
no
que
a
part.icipacão
est.ava
nas
contexto
at.ividades
de
pat.ronat.o é pelo
imperativo
ocasião
pela
produção
da
vimos,
mercado
Carnaval
destacada
a
t.urismo,
da
dessas
fonte
da
que, como empresários do set.or aumento do número de
Carnaval.
do
os
f'araônicos
bens
de
ampliado
ganha nit.ida.z na primazia da isso
e
lazer
no
Dest.a
maneira
o
exercido no compasso de uma organização da cult.ura ordenada
solidificado,
Por
mais
hospedagem, int.er-essavá-lhes o
cidade,
na
visi t.ant.es
Escolas
part.icipacão
na
legitimidade por eles pret.endida. Além do de entretenimento e
das
de
bens
simbólicos
"ajuda" m.onet.ária
delírios
dos
em
comercializáveis,
dos
carnavalesco
no
um
já
O
que
pais.
às Escolas.
bicheir-os
t.iveram
com.o
decisivo
á
sail"
do
papel e t.ornarem-se realidade visual. Aliás, do
o
banqueir-o
tr-abalho bicho.
do
do
carnavalesco
é
Tant.o
que
Rodr-igues
vai
patrocinada sucesso
p:rimeir-o
por
pa:ra
Cast.or de
nomes
est.eve
exemplos
Mocidade
perspectiva
mais
p:rest.igiados
aliada à
são
pr-esença
suficientes.
Independent-e
Andrade(poderoso
Leopoldinense,
Imperat.riz
na
Dois
financiadores.
desses
dos
ida
menor-es
para as Escolas ent.ão consideradas algwn
a
;faz
se
de
bancada
por
Arlindo
Padr-e
Zona Oeste),E
na
Luis
de
Miguel,
depois
faz
Drumond
de
Andrade<comandant.e das bancas na imensa :região subur-bana da Leopoldina). João Trint.a contou com a
est.r-ut.ura e
o
dinheiro dos Abr-ão David(donos do
jogo na Baixada Fluminense), posicionados no comando da Beija-Flor. Esta
aliás,
Escola,
é
o
est.ét.ico-administ.:r-at.iva{Ar-aújo/1997:126 int.Q.r-ligando
d.iapoait.ivoa
desde dos
um
cont-role
centralizado
Beija-Flor-
pessoais,
garant.iram
à
anos<1976 a
1993). Na est.eoria de-
adm1nist.rat.1vo andar
de
um
da
Escola
prédio
especializados,
os
t.it.ulos
é
baianas,
crianças,
port.a-bandeira, cada
component.e.
Est.e
do
cinco
e
nele
alocado
as
:finanças,
comissão
arquivamento
aspect.o
t.r-aduz
208
o
de de
a
um
e
em
escalonada patr-imônio,
apenas
oit.o
espaço físico do set.or
quadra-sede,
da
cuidam dos set.ores
bateria,
at.:ravés
maté:ria-prima
de
de
entidade,
da
administ-ração
à
quer
im.plement.o
O
disciplina
tais m.udanc;:as,
cont.rolam
e divulgação de eventos e
e
se
modernidade
Pe:r-eira/1982).
sucessivos
sepa:rado
comercial,
quais
e
diret.oria~
da
quando
de
ger-enciament.o
o
monetários,
r-ecursos
recor-r-ente
modelo
o
referenciar
exemplo
fixado
corpo
de-finem
de as
em
t.odo
funcionár-ios programações
t.écnicos da Escolas, f:rent.e,
fichários aut.onomia
como
mest.re-sala contendo e
um
e
dados
de
rot.inização
do
esquema
racional-legal
mercant.il
cidade.
delineado
Este
condução
na
com
peculiai'
o
advent.o
ajust.e
do
ernpresariamento
racionalidade dos meios como
da
do
ac;remiação
da
supel"espet.áculo
significa
no
ao
pel"f"il
Carnaval
da
a
introdução
definit.iv.a
element.o crucial à
produção e
realização
do fascinant.e show carnavalesco. Assim a emersão dest.es banqueiros cont.ém mais que o troca dadivosa, acumulat.ivo
inseria-se
traduzindo-o e
compart.ilhando racionalizam
de
em
raciocínio,
as
burocl"at.icament.e
sua
na
lucro
que
con:formado
na
monetár-io
e
seja,
ent.idades.
os
de
cot.idiana
acumulação simbólico.
antecederam,
int.ensificam
vont.ade
A
valo:r
agr-emiação,
na
materialidade
imediat.ament.e
qual
poder; o
int.roduzido
capital
agentes
do
adições
poder
que
e os
manifesta-se na intervenção di:ret.a sobre os recul"sos da Escola de
move Samba, para
mesmo
comando
um ideal
dos
afirmação
uma
investimentos
por
t.a:re:fa do
do
t.ranforme
se
a
termos
de
movidos
que
Complement.am
nos
formas
nas
carnavalesca,
monetária
desperdício é
na qual o
princípio da
tornando-os o
mat.éria-prima
desenvolviment.o
do
ser
a
reelaborada
superespetáculo
por
font.e
meios
t.écnicos
seu
p:rest.ígio
do
público. valol"
O
conferido
demais Escolas
se miraram as
modernist.a
postura
organização
ao
do
nas
Desfile.
modelo H
,
est.ético
espelho
onde
acompanhado pela e:srt..rema valoração da
é
representações
na
envolvidos
a~entes
dos
Trint.a,
João
Para
Beija-Flol",
da
moderrúzar
simplesmente
consiste em "adequar-se aos novos t.empos". Não se trat.aria de exterminar
as
populares,
raizes
Se:riam est.es element.os, met.ros
os
ext.ensão,
alt.os
passíveis
de alt.ur-a obrigou
mas
e
de em
e
dar-lhes
ext.ensos abrigar
t.ol"no
de
a
int.rodução
possuía os recursos
para fazer
carros mais
6
"vazas"
alegóricos.
ao
<Veja/31-01-1979). A
15
pessoas,
de
larglll"'a
especialistas.
frent.e •
de
met.ros
de
12
peJa "modernização" do carnaval
novos
aspirai
O
:feit.ura
ost.etando por-
7
t.ais set.e
metros
banqueiro
das
de
despesas
do
de
bicho
imposto
Vist.o por eles, no dizer do patrono da
No "fa.zer
Sitvio do fi..guriniat.a depoimento 19?8, era época do em ca.rna.va.l, fa.2io.C. . )"'(23-0!.-.t~). quo eopi4f' o que el.o.
••PCJ'C.
Pinto, r-ai nado
elo da
.....
recorda.:""Quando comeCei lilvija-Flor-. Agente linha
fina.nceira uma idéia desse grupo, to r b~• ae BrasiL, ano do contra.vençã.o no no carioca m~ de Ja.neiro mUhões dio.ria.ml!l'nle. média, NCz$ Monta.nte que movimentou, oquiva.Li.a. o mesmo va.Lor mobitizo.do peLa do Sã.o mo.ior do pats(.Jornal do Bro.si..l/15-0.t-.tPBB>.
••
""
209
Rio bicho na época Pa.ulo, a do
Beija Flor, Aniz Abrão David,
just.ament.e como
um processo
de
"melhoria"
am :r-alaç&o ao passado"(Jor-nal do B:r-asil/09-11-1997).
int.eressant.e
É
como
not.ar
est.a
idéia
desenvolvimant.o
de
das
Escolas de Samba aparece no modo como são divulgadas, t.r-at.ando-se mesmo de
t.ermo
um
set.ent.a,
consensual.
consolidam-se
edições
ao
número de de
luxo,
os
principais
dos
os
component.es,
números
que,
int.eirament.e
jornais
nos ao
anos
Desfile Globo,
cariocas<O
presença neles de um mesmo quadro
de
de rit.mist.as,
grandiosidade
A
verifiquei
dedicados
O Dia). É regular a
leit.or
et.c.
pesquisa,
a
tablóides
carnavalescas
Jornal do Brasil e oferecendo
DW"ant.e
cada
Escola
de carros
númerica
desfilant.e,
alegóricos,
de
uma
compreende
ou
seja,
dest.aques
valoração
do
verifica-se
no
espet.áculo. manifestação
A consolidar
e
cujo
da
classificação
espaço
uma
acolhida
físico
das
alegorias,
Ent.re
carpinteiros,
r-eceit.a
das
de
São
uma
como
amplos
elas:
galpões
com
em
madeira
Neles
t.rês
e
a
decoradores,
13
é
etapas
decoração. cost.ureiras,
projet.ist.as, vigias
cozinha,
Uusões"•
inf"ra-est.:r-ut.ura
da
aderecist.as, da
de
cobertos.
mont.ada
ferreiros,
t.rabalhadores
"fábrica
armação
desta
pínt.o:r-es,
pessoal
etc),
cer-ca
de
ser empregadas nos barracões, compromet.endo 70%
no
do
os
Brasil/17-02-1995).
e
conswno
engenheir-o
o
desfiles
dos
trabalho
recobriment.o
proporcionar
exemplo,
por
do
ent.idades:(Jornal
vertiginoso
capazes
em
vidraceiros,
200 pessoas passaram a
aumento
di visão
o
apoio<almoxa:rifes,
da
barracão
instalado
elet.ricist.as,
chapeleiros,
do
art.ículadas.
férrea
de
é
crescent.e
porém
dist.intas,
''cresciment.o ''
do
pesquisa
efeit.os
de
pretendidos
hidraúlico
O
que
e
mat.eriais na
Gilberto
c;erou
solucões
passarela. Rodrigues
um
Em
19B1,
Cavalcanti
part.icipou do t.rabalho de execução da alegoria Os Jar-dins Suspensos da concebida
Babilónia,
cinco
e
chafarizes
100 llt.ros cada) e
de água.
por
uma
Joãozinho
cascat.inha
Para isso
Trint.a.
em
Sua
espelhos,
ut.ilizou quat.ro
t.arefa jor-r-ando
bombas
de
era ambos 5
construir 2
HP<400
mil
e
quilos
uma cent.ena de t.ubos de PVC, além de uma base met.álica precisa
que sust.entasse, sobre um chassi de ônibus, as 10 t.oneladas de peso, sem incluir
••Este nas nG
as
mulheres
21
denominccao
fetlcs •nlra.dG
daqueles do
colocadas,
meados doa anoe ou trcbclhcm Manguei.rc, um ca.rta:.::
cpa.rEtc. em que dirigem
barrGeao
da
dançando,
ali. •• fcbri.ca "sonhos".
210
sobre setenta
Escolcs õ
a
peça(Bolet.im
•
do
la.xcti.vo
eeró.
do
r•eorrenle
scmba.. Afi.xa.do em eles ter que
Clube de Engenhar-ia/Mar-co de 1981:04). Ao mesmo t.empo, os deslocament-os ocorr-idos no âmbi t.o da própria jo~o
cont.ravencão, tornando o
um sistema, cujas zonas em que se divide
est.ão sob ordem de um número reduzido de banqueir-os, t"oment.ou uma bem apar-elhada trabalho apenas
desenvolvido contrataram
espécie
de
nas
notas
Samba.
mas
que
A
serviu
partir
A
mot.ivaram
contrat.acão
de
dest.a
técnicas
por
uma
Escolas, do
porta-bandeira ou do puxador de uma out.ra, devido
conquistadas
junto
ao
juri,
condicionou
a
mudança
gradualmente de
orgânica com a
est.ar
fazer
de
não
agremiação
uma
as
se
ao
base,
nas
relacionamento entre os chamados sambistas e
para
modelo
surgimento
o
competências
das
especializaciio.
a
de
carnavalescos,
casal de mestre-sala e boas
administrativa,
Escolas
profissionalizacão
impulsionando
as
e
estrutura material
ancorado
mister
o
identidade
na
relevo
dado
à
Escolas: o
função
no
no
vinculo deixa instituição
int.erior
do
sistema
carnavalesco. No
universo
profissionalizante Seus
amplia-se
president-es
confecção
das
dedicam-se
ao
são
enviadas
respectiva Carnaval.
Escola
Para
compra
abrem
de
com
o
cont.as
dos
o
tintas, e
da
chapeleiros,
com
que a
colas
e
dos
e
desfilant.es,
a
da
demais
próximo
formalizar
o
det.ernúnada
ant.ecipada de
serviços
da
e
ala
no
subent.ende
de
inteiras de
de
Além
na
bat.izados
desfilar-
int.uit.o
outros).
at.uar
fanúlias
e
quint.al.
de
passam
compra
encomenda
sapateiros
fundo
atividades
para
t.endência
a
alugados
as
bancárias
que
pessoais
"convite"
prover
de
são
sob.r•e
de
casos,
dados
trajes.
equipament.os
arremat.adeiras,
e
dos
linhas~
materiais<t.ecidos, a
Samba
empresas
especificas
arquivos
capaz
financeirizacão
maioria
Espaços
financiado
pa~amento
Na
de
t.ambém
remuneradas,
correspondências de
isto
direcão
equipes
fantasias.
"barracões". Organizam-se quem
na
mont.am
serviço.
enredo
de
das
de
possi"bilit.ar
de
costureiras,
profissionais
ver
rnat.erial sobre as alas no :final do capit.ulo.
Aos reconhecida sempre
nas
perfomances
dividindo
Entre
1976
bicho
venceram
colocações prest.igio,
e
de
efi~iência
a
poucos,
ent.re
1995, 16
as
si
os
Escolas
dos
segundo,
facultado
bem
pela
20
administ.rati v a
sucedidas
melhores
lugares
patrocinadas
concursos
t.erceiro
e
compet.ência 211
das
suas na
por
bicheiros
ag:r-emiações,
disputa
banqueiros
realizados. quart.o
dos
Isso
lugares.
demonst.rada,
sem A
pelo do
quase t.it.ulo.
jo~?;o
do
cont.ar
as
acumulação
do
levou-os
a
donúnar
t.ambém
os
Out.ra vez,
destinos o
mais
ger-ais
Escolas
das
e
seu
Desf"He
esquema funcional-administ.rat.ivo em germe e
desdobr-ado por
cont.r-avent.or-es~
agentes como Amauri jório, ser-vir-a de janela par-a os demarcara o perfil das suas acões. Em 1975, a
ASESG inaugura a
sede própria, t.oda em mármore, indicando na construção do o
Car-naval.
de
mas
sunt.uosa
espaço
físico
vet.or de independência almejado pela ent.idade.. pois assim desocupava o
prédio
cedido
cont.r-at.o
pelo
com
Estado.
Riot.ur,
a
Três
no
qual
det.ermina uma cert.a autonomia e
o
que
abraço
Trint.a, pelo
do
encontro
conceit.o
o
Mar-cus
pela
imprensa,
flagra
espet.áculo do
Escolas
as
de
assinam
pr-estação
no
no
pelos
set.ol"
nest.c ano
carnavalesco
satisfação
a
financiado
Estado
Tamoio
do
bicheiros,
poder
1990,
João
público
porque
t.uríst.ico<em
um
serviços
de
igualdade ent.r-e as part.es. É
prefeit.o
aos int.eresses
de mandat.o,
depois,
então
documentado
deslumbrante
anos
ia
em
de
final
Governador Moreira Franco chama diret.ament.e os banqueiros
o
ao seu Gabinete para "agradece-los pela colaboração"). Nest.e momento a relação entre o governo e a ASESG adentra out.l"o pat.amar.
A
Associação
séries{A e
B).
apropriado
para
impõe
seu
plano
Também define-se a fixar
os
Rua
a
dobro
assinat.ura
cobrar
o
de
do
valor
um
pago
acordo. de
direit.o
dividir
pelo
serviço
vez
pelas
arena
event.o
em
duas
Em
1983,
aspirou
o
as Escolas. Estas firmam pé quant.o a
pela
E
o
Marquês de Sapucaí como um local
desfiles<Araújo/1987:126).
prazo de contrat.o ent.re a Riot.ur e elevação ao
de
prest.ado.
primeira, imagens
a
Torna-se
ASESG,
difícil
enfim,
tele visuais
pôde
feit.as
do
Desfile(Jdem:127). A
inauguração
di visor de águas
na
da
passarela
hist.ória do
de.finit.iva
Cax-naval
cax-ioca
esgarçar de uma unidade já anêmica, ant.e a comercialização
e
inserção
individualização
do
superespet.áculo
popular
no
Desfile acionou
em
como
a
foi últ.ima
t.ant.o
o
got.a no
fisionomia delineada pela sua
est.at.ut.o
do
''grandes''
Escolas
o
1984
disparo
da
consumo
cultural.
de
lógica
Samba
A
como
privat.izant.e;
a
relação de forças ent.re os int.eresses assume out.ra proporção. As Escolas de Samba são agora um element.o de peso no enlacament.o. CUI"iosament.a, a forc;:a demonst.rada por est.as motiva uma crise sem precedent.es no int.erior da
sua
pr-ópr-ia
"grandes" e
as
diferenciado p:r-incipalment.e
Associação.
A
discr-epância
ent.re
"menores" leva as primei:ras a
por no
part.e que
Est.ado
do
t.an~e
à
e
distribuição
212
as
Escolas
reivindicar-
da das
direcão ve:r-bas
danominadas
um t.r-at.ament.o da
ent.idade~
result.ant.es
da
venda
de
fono~r-áfico.
disco do
ingr-essos
racha
1984,
saísse
e
A a
fundação
da
televisionament.o
à
heurística
Liga
dez
pelas
Cabe
concursos.
instituição
de
e
comercialização
atuacão dos bicheii"'OS I"'esultou fundamental
apenas
formada
últimos
dir-eitos
das
Escolas
Escolas
o
ent.endel"
de
Samba
bem
mais
significado
compreensão
do
do
pa%-a
que
Liesa,
em
classificadas
implicit.o
empr-es.al'iament.o
Liesa,
na
das
nos
práticas
fulcradas no Carnaval do Rio. Diferente
a~remiações
às
dedicada
Associação
da
das
Escolas
das
divisões
de
desde
Samba
inf'eriores
Liesa
a
se
1994
organiza
como empresa privada sem fins lucrativos, composta pelo pequeno clube de Escolas que a
fundou,
de vot.o rest.rit.o aos 33 membr-os fundadores
presidente, di:recão
que
opera
e
executiva
estatuto.
Se
lhe
conjuntamente assessoria
à
t.écnico-empresarial
e
não aceitando novas :filiações
Liga
da
cabe
de
com
pl"omove:r
dep.al't.amento
o
comunicação
event.os
no
e
:financeiro,
imprensa.
car-át.er
dedicados
ao
liberal lazer,
nem
Liesa/1985).
Com
en~ajar-se
efeito,
de
campanhas
em
de
inadmit.e
qualquer
forma
seu
cultura
de
distinção
e
natureza
t.eor ''(Est.atut.o
t.ai
à
premissa
A
diversão, ela est.á impedida de manifest.al"-se sobre ''assunt.os de partidár-ia,
direito
da entidade. Eles escolhem o
manifesta
se
mantendo o
de
da
"raça,
col", sexo, r-eligião, pr-ofissão e nivel econômico"<Idem). conjunto
O
de
post.\U"a
assinalado
cr-íticos
alguns
pi'incipalmente
l"e~ras
de
aqueles
aos
moviment.os
uma
é
''modernização''
da
ligados
acima
da
de
contl"apar-t.ida
Escola
Samba,
de
cidadania
à
que
negr-a,
defendem est.as instit.uições como p.al'te do acervo das classes populares e her-ança at.ualízada do
património
ét.nico
afr-o-brasileiro.
discurso dos ad.minist.l"ador-es da Liesa, frases
evit.a:r
entraves
ao
p:rimado
universalista derendida ressoa Escolas
filiadas,
par-a
isso
desenvolviment.ist.a
o
no
desfile
é
O objetivo c.lal"o é
o
com est.e t.eo:r:"O
14 um espet.áculo que também t.em samba, não soment..e'' .. de
r-ecorrente
É
da
Liesa;
a
ident.idade
empenho em conferil" maior- autonomia às
ajustando-se
às
práticas
de
mercado.
o
percurso das conquistas da Lies~ é emblemático nesse s~:mt.ido. Com a elit.e
dos
dias,
os
banquei:ros c.al'navais
"lucrat.i vos"
••FrQ.Se
do
construção da nova passarela, que cont.ou com t.otal aval da
pela ba.nqueiro
do
de
jogo
1984
e
do 85
bicho, foram da
Riot.urCRelat.ório do
bicho
Airton
entre i.P88 a. iPP!I.
213
e os
a
divisão pr-imeir-os
Pl"ef"eit.ura Jorge
do
oui.marã~a.
do
Desfile
em
classificados
dois como
RJ/30-06-1965). Presi.doa-nt•
o
saldo gerado pagou os cust.os do evento e obra do Sambódromo<orcada que a
em
Cr$
53
quitou 70% das despesas com a
milhões
871
Isto
miD.
possibilitou
paga pela Riotur subisse de Cr$ 19 milhões para Cr$ 133
subvenção
e
milhões,
entre
1984
relação
ent.re
Liesa
85.
e
números
Tais
governo
local.
decidiram
Este
a
out.ro
um
princípio
perf"il
protelando
na
em
negociar com os cont:ravento:res. Mas os representantes do Estado tiveram de se render à
fo:rça demonstr-ada
1985,
afrontaram
para
outras de
algumas
da
venda
suas
estadual região
da
até
est.es no comando das Escolas. Em
com
a
ameaca
metropolitana
reivindicações,
ingresso(em
de aumento e
40%)
para
participação
da
o
significado do evento par-a o
do
mercado
no país; calcar-se-ão na afirmação de que o Janeiro e
de
Rio,
do
cobrança
na
deslocar
de
para o
Brasil" e
por isso
"deve
o
Desf"ile
ver
aceitas
no
resultado
direito
transmissão da televisão. O trunfo que passam a
negociac3es é e
poder
cidades
de
relativo à
o
por
de
arena
mobilizar nas
turístico na cidade
"Desfile é
bom pa:ra o
dar
para as
lucro
Rio
Escolas
de Samba"~~.
Já reconhecia
em
1986
a
Riotur
a
''inevitabilidade
de
se
Liesa
um
documento
estabelecer
participação
uma
direito
de
transmissão,
Grupo I
as verdadeiras protagonistas do grande espetáculo, geradoras das
entender
que
de
vendas''(Transas/set.embro
referidas
reconheciment-o
se
notabiliza
da
venda
são
1996).
participação
na
as
de
qual
sobre
por
provenientes
no
percentual
as
receitas
à
enviou
escolas:
de
Escolas
Liesa consegue obter junto a
no que se refere a marca a
samba
do
do
valores
1987. Nest.e
Riot.ur um aumento do seu percentual
venda de ingressos
de 35% para 40%.
mudança na relação entre as Liesa e
Finalmente o Estado:
são
desde ent.ão sócias no contrato de prestação de serviços, que passa a
ser
ano
de 1991
do
nos
arrecadados. As cifras terão urna ascensão de 3000% de 1984 a ano, a
e
repercussão
A
das
ingressos
o
também de participação nos lucros. Por ser proprietário da Passarela, ao municipio
do Rio
cabia organizar
e
montar
a
inf"ra-est.rut.ur-a
do Desfile. Deve coordenar os 'Serviços dos 19 orgãos locais,
estaduais
exigências
..
t5
fra.se
•
de do
e
:federais
segurança, entao
mobilizados
conforto,
presidente
do
no
evento,
atendimento Li.esa.,
Brasi.l/Z~-Q~-~P&P>.
214
Airton
públicos pa.-a
médico, Jorge
operacional dos
niveis
cobrir
iluminação
Ou i.ma.ra.&s(Jorna.l
as e do
_
sonorizacao
t6
A
.
Riot.ur mont.a o
dispostas as cadeir-as e
dos
situados
rest.aurant.e
fora e
os
mesas
da de
praticado coberto de
de
Passarela buffet.<nos
e
píst.a
os
tapumes
17
do
Samba
Carnal"ot.es)
O
•
a
impedindo
servicos
são
onde são
Cai"pet.e
de
t.erceirizados
visão ba.-
junt.o
e a
empresas do eixo Rio-Sao Paulo. A Liga das Escolas de Samba se encarrega
desfiles. e
nomes
do
e
"ar-t.ist.ica''
par-t.e
chamada
da
o
corpo
de
informa
espet.áculo,
do
jurados<num t.ot.al
de
cr-it.érios
dos
de
ou
150
membros)
julgamento,
próprios
os
seja,
escolhe
durant.e
os
curso
um
realizado no mês que antecede ao concurso-espet.áculo. A
mudança
comercialização ficando a porém
st.at.us
espaço
estabeleceu
já
pressão event.o, o
numéricos.
caberiam
restando
da
Liesa
nos
daquela sem
a
à
da
recorrent.e Liesa
no
Nos
anos
direitos o
televisual
instalação
de
seguintes,
a
diversas
pelas
meio.
formas
de
da Riotur. Da mesma maneira aumenta
intuito do
pela
10%
Da
Riot.ur,
durante
transmissão
cobrar
obtidos
os
executados
a
sonorizacão.
dividendos
no
com
Riotur
paz-a
int.erferência
elemento
administ.radores
entidade
paz-a
saiu
arrecades
comercializacão do Desfile supera a
será
70%
sambas-enredo
dos
equipamentos
e
município
pelo
valores
dos
Liesa,
à
part.icipacão
do
parâmetros
passarela, em 1992,
da
compositores
90%
pel"tenceram materiais
recebido
do
dos
autorais
a
novos
Liesa com 30%. A venda de ingressos foi repartida meio a
10%
Desf"ile.
do
de
de
poder
público.
discurso
de
recorrent.ement.e
ent.idade à acão, dizem, "ineficient.e" e
a
assumir
administ.racão competência
A
privatização.
a
comparam
A
t.ot.al
da
Liga
Eala
dos
perfomance
da
"parasita" do Estado:
vem nos dez anos que complet.o.r tem provado que veio co.r~oco., pro povo brQa~Leiro pro povo e pro enco.nt.o.r os estro.ngeiros(. . . >. Nós devemos isoso a. turis-t.~ Castor de Andrade, o outros. fizeram A.brão Da.v~d o Que do ca.rna.vo.l Aniz o que ele ó conquisto.ndo respeito Pri-meiro o do povo hoje. brasileiro: tudo que pelo ou aqui nest.o. tro.to eacrLto, cumpre . Pro. não d.eesa cultura popular. Em se perder o beleza julho 1999 qui.aonnos conseguimos. o Samb6dromo. não alugar um co.:-no.vo.l 'eles nao nos qu19 fazemos, do melhor Nada nos dão . não so.em dos cofres o co.rnaval do Munici.pio e do verba.s para Estado federaL do governo É proJeto desta. coso. moderniz.;umenos ainda e dor felicidQ(klo ao povo do Rio de .Janeiro, do Brasil gro.nde:za e os A
Lt.ga
alegr~o.
•
••
••
•
•
<6
foram informo.Ções o.qui Ao Assessor de Imprenso. da. Riotur, Arlhur Rocha., em
t?
o
Assessor afi.rma.r que ingressos H.
de tot
Comunicaçao medida é
obtidos
dura.nte
questão Riotur fa:z os "direitos go.ro.ntir
215
entrevista
com
o
:U.-0~-~903.
no
do
sou depoi.m.9onto, quem po.gou seus
turistas que nos vi&oi.lam
••
A competência da Liesa é contratos
aos
at.os
estabelecidos.
consisnat.ários
compromisso
ao
est.rangeiro,
das
justificado:
pois
espet.áculo,
devem
assim
compromisso isso
se
a
maior
sendo
ser
poderão
especializam.
cat.eg"oria
de
produção
e
consumo
do
que
aqui
grande
o
"povo"
imagem
pública
identidade indivíduos
de
o
pela
evento,
é do
principalmente Afinal,
alegria,
voltada
de
o
para
para
t.or-na-se
o
crucial,
acor-do
com
os
circuito
de
conf'ig"uracão
de
todo wna
"
di:reit.o
vedetes
e
de
at.ividade
de
do
show.
uma
conclusivo
é
brasileiros
com
do
de
submetidos
defesa
inst.r-ument.alizada
sua
bem-est.ar-
de
regula%-idade
ficam
beneficiadas,
monet.ar-izacão
evento em
t.enaz
"servir"
com a
A
este
dê
promotoras
melhoria
tratando
é
E
arrecado
é
maiores
com
privados.
organizados
ao
oferecer
na
público
basicamente
se
investir
se
provedor
A
grandes
preocupação
objet.ivos
:relacionamentos
do
suas
Em
a
cult.uraD.
também
é
obediência aos
da
client.ela<cariocas,
as
elas
como
acordados.
a
parte
entidades
r-amo dos serviços, mas
acertos
consumidor
a
dessas
exaltado
é
"servir"
o
sobre
que
dos
de
enfim,
Escolas
porque
O
ressaltada em razão
o
força
que
consumidor-es:,
t.enham
de
confir-mados
sob o pr-isma de pr-odutores especializados, mesmo profissionais.
o
agradecimento
dist.anciamento,
o
que comanda o
que
banqueiros
aos
se
explica
afast.ado
ist.o
sim
independente out.ras
decididamente
que
o
p:rocesso
dos
palavras,
executivo como
a
bens
de
18 Este Pau.to
di.scurso de
Abnei.do.,
fecho.rom
Li.eao com•rci.o.li.zcr
da.
a,çao
doe
de
empresarial
diret.ament.e comercial
do cot.idíano
culturais.
o
foi. em
um ~vento,
divert.iment.os
e
do
do Carnaval,
Pelo
Desfile
Além
er,unci.CLdo
do
peto
0?-0.t.-.t.~.
o.cordo, A
elit.e
da
significa
Ri.otur
em
:result.ado
que
os
do
CLtuCLt
se
Desfile dos
cena a
a
cabe
det.erminado obt.ido
mant.ém
montada
t.r-az à quem
Revela
bicheiros.
espet.áculo
mesmo
preei.dente <1no,
a
quo.l mantém-se,
Em
pelos
f"igura do
administ.:rar-
segment.o
com
da.
a
do
Venda
Li.eao.,
Prefei.tur<1 últi.ma.
no
entanto,
org3.oa púbti.cos eonvolvi.dos n<1 suo i.nfro-est.ruturo.Çao.
216
t.ur-ismo.
de
encomenda das agências de viagens e
No.!lOte
o
e
client.elist.as
Liesa sobreviver sem eles e
consolidado
cer-t.o
um
integr-antes
privat.izant.e
cada ano mais voltado à
ingressos, a
dos
sugere
comando das "suas" agremiações ou t.enham ramo
est.rut.ura
g"est.o:r
posicionament.o
mercado
do
interesses
banqueiros f"acult.a à
0
cárcer-e
bicho
jogo no Rio de Janeiro, em 1993, mas não
cont.ravent.ores: t.enham perdido o se
pelo
do
como
do
vereo.dor Ri.o
orgc:~.ni.:zo.r
e
<1 e
coordenadora
de
grandes
mon~an~e
dos
empresas,
que
os
repassam
t.rês
principais
eS!t.ádios
Pacaembu), nos dias do
Prefei~ura
de
de
dos
substanciam o vetol' autonomista Est.es
últimos
em
reprograma
qualit.at.ivament.e
incluindo-a
em
patamar-
consórcio
uma para
o
a
Liesa retira
comercialização
de
instalada
no
material as
país,
fonográfico.
músicas
do
gr-upo
embora rest.rit.a a a
cifra
de
um
produção
na
qual
o
da
atual
de
mesmo
bem
e
fitas
plantadas
Ariola,
BMG
Apenas
em
principal.
de
modo,
sust..ent.acão
t.ran.smissão
do
para
merchandis:ing~
de
comunicação,
distribuição
t.eor no
es~abelece
quantidades
das
concerto
cultura,
da
social
abrangente.
Tape
de
o
direito
o
audiocassete
gravação
no
mercado
audiográfico
e
1988,
cont.udo,
consegue
compilar
Apesar
disso,a
vendag-em
desse
se
inscreve
distribuir
Estão
espaços
da
anunciantes
incluídos
passarela,
os
que
patrocinadores.
fevereiro), supera
como
dos
mais
parte
do
um
bem
.
das
preces
As
t.odas
2
consiste
Escolas.
verdade,
serão
o
produt.o,
desde
Ao de
em
comprar 1988,
as
o
cobrados
ut.ilizados
pela
para
cabeceiras
duas
tripé
direito
de
emissoras
de
televisão adquirem cotas, cujo valai" fica em t..orno de 1 milhão dólares.
as
cont.endo
imprirrúr
e
e
assina um contrato com
empresa
t.elevisionament.o
na
de
gravar-,
cópias
financeira
Desfile,
das
empresariamento
tecnológico
e
gravadora Top
sucedidos empreendiment-os no setorDo
o
três meses de circulação(dezernbro a
milhão
vendas
gestão dos interesses das dez Escolas de Samba
mais
a
e
Morumbi
às do
e
como
reproducões dos sambas. Funda seu próprio selo e
uma das maiores e
f"a~uramen~o
"clássicos"<Relatório da
imagem
complexo
a
discos
dos
o
evento-espetáculo
Pois assim que assume a filiadas,
de
reveladores
com
situação
grandes
O
"'.
termos
capitalista,
client.es.
anos superou o
televisonament.o,
direitos
e
brasileiroOtaracanã~
como
ao
Somado
RJ/1994).
funcionários
úl~imos
fut.ebol
jogos tidos
fonográficas~
reproduções
ou~ro
~~ês
arrecado em cada um dos
a
200
comercialização
instalar-
os
pist.a,
da
nomes a
mil dos dos
parte
1P
fechou contr-a.to oom uma. gr-o.nde empr&ao. de Paro. .t.~, o. Li.go. f'ast.-f'ood. pr-o.Ço. de alimento.ç&o montada. no setor do coneentr-a.Çao Esta. se i.nsto.touna o.o acesso pú.bl.ico onde coLocados t.etõea noa do DesfiLe, fechado imagens tetevi.suo.i.s do que ocorr-ia. na exi.bi.das quais ero.m
•
pi.ata-po.sso.reto.. 2
de i~ de2embro foram vendidaa(fora representando um fat.ur-amento Revista Vejo./O.t.-02-i~}. Entre
Long
Play
""
·~
fila.e de ordem da
217
"""oa mi.thões
mit
ebpia&
disc de
do
laser},
r-ea.is<Fonte:
superior dos cronõmet.ros post.os numa das lat.erais da passarela e
..
do recuo da bat..eria<po:r ali se
mais valori:zadas no cont.r-at.o
Os suport..es de enver~adura,
prest.ado,
~ast.os
de
Hollywood. doláres.
Sob
"just.o",
em
receit.a
t.ot.al
o
a
no
um
acrescentar,
t.ermômet.ro
é
ou
Escolas
são
as part..es
ost.ent.am
out.ra
concorrent.es, devido a A sit.uação
algo
de
mant.er para
.aument.o
o
de
Liesa
numa
mas
passa obt.ida
melhores
posicionarnent.os
de
invest.iment.o
medida
o
ainda
homo~eneidade
da
no
carnaval
ao
seguint.e
t.em direit.o acirrar
do
a
espet.áculo.
maiores.
prepat.ívos
nos
modo
receber
visa
"nível"
lucros
de
de
a
obediência
a
de
dist.ributção
na
em
conquista
um
milhões
30
mont.ado
que
&m
de
estética
Cujo
t.odas
as
as
entre
generalização do esquema do superespet.áculo.
por
mais
evident.e
uma
exemplo,
tor-no
menor
colocação
alega
cert.a
most.r-a-se
1993,
em
do
Escola
crescent.ement.e
a
dos
fat.urament.o
cada
à
foi
próximo o
Desfile),
cinemat.ográf"ica média
hierar-quia
um
seja,
acumule
A
isso
expresso
agremiações,
est.abeleceu
mais
Poder-se-ia
com
anos
''democrat.izar''
rank.ing
suplement.ares.
consider-ada
TV),
da
prest.ação<o
da
t.rês
equivalent.e
mont..ant.e
e
investiu
de
arrecadada,
Escola que
carnaval
das
uma produção
a
últ.imos
Liesa
c:ompet.ição
No
financeira
objet.o-bem
nos
a
Também
~anhos
sust.enção
pret.ext.o
1991
det.erminando crit.ério: a
t.ransmissão
.
semelhant.es
que
Valor
ant.erior.
a
área
responsável pelo enquadrament.o do serviço de ent.ret.eniment.o
sint.et.izado
pat.amar
flxar-
a
de
port.ê
Escola
com
800
núl
milhão
1
gast.ou
post.ura das agremiações.
na
SOO
mil
pret.ensões
t.ft.ulo
Já
dólares.
doláre:s:.
ao
Desses
aquela
valor-es
21%
saíram da venda dos ingressos resultantes do evento no ano anterior; 10% da
t.ransmissão
receit.a.
Os
da
ênsaios
TV.
e
vendagem
A
programações
Couberam às doações 26.5%. O que a do patrono, dono do dinheiro quando
a
Escola
ainda
que
não
fonográfica
cont..ribui
com
8%
r-enderam
34~5%.
primeira vista sobrevaloriza o
papel
realizadas
inicia a recebeu
na
compr-a
a
quadra
de
part.e
mat.eriais que
lhe
em
julho,
cabe
comercialização do espet.áculo, apenas d.istribuido em out.ubro e janeiro Z1
da
22
na .
comerci.cti.zcçao das cont.cr a fit.cs de vtdeoccsset.e qu& carna.val, fa.turou o Desfile com .to milhões de pr~pcrc cpós o reais:. a.os patrocinadores domi na.das pelO& vendendo cot.(1S indUs:tri.as de V e ja./O.t-02-1.99-:i). cerveja.CFont.e: Revist.c. A
22
E8tea
olobo E•cola.a,
Ol.obo,
sem
do.doa a&o axtr-a.-ofici.a.ie, a.pr-eaenla.dos Rede OloboCOP-O.t-.tP93). Comunidade do espet.âculo e mesmo do no S&U
218
no
acesso conjunto, ó O
de
t.olovia&o
cs conlo.s dificultado
•=
peta
Porém redefinem o
desde
os
anos
oit.ent.a
um
mercado ampliado da cultura.. segundo o
a
divulgação
Escolas
principais
concorridas no
nat.ureza própria
imagem
concorridos
de
de
vista
música
especializada.
Cabendo-lhe
esquema
em shows na cidade e
do
um
é
de
os
representando
as
praia
das
recursos.
e
no pais -
se
cada
divulgar
mais
da
sua
t.ransformação
das
investe
mais
nomes
mobilizado.
uma
por
diret.oria
acontecimentos
do enredo e do
mão
na
vez
tais
mesmo fora
!anca
apresentam
gerenciados
lançamento
O
A
onde
recurso
também
Samba
de
entretenimento,
eventos.
maneira mais eficiente possível.
a
pais. A
da
participação
comercialização
nome de algumas Escolas mais "popula:T'es" como uma marca,
mesma
ent.idades
com
areia
Escola
espetáculos,
popular,
um
cada
absorver
de
rot.inizando-se
segue a
fonográfico
fant.asiados
na
eventos
~r andes
mat.erial
armados
esfera
para
casas
em
o
grupos
int.erno,
da
pública
da
do símbolo e
do
e
na t.elevisão.
instituição
quadras-sedes
práticas
verão, são exemplos desta est.rat.égia, com ampla cobert.ura
pont.o
de
Coquet.éis
lançamento
palanques
em
na imprensa, no rádio e
Do
do
apresentações
sambas-enredo,
novas
paradi€ma empresarial da Liesa. A
CI"Ucialment.e.
int.ercede
acompanham
de
Escola de Samba racionaliza sua part.icipação no
modo como a
publicizacão
conjunt.o
direção.
dedicado
à
Para
venda
t.ant.o, de
especializa-se
canúset.as,
um
bonés,
setor
int.erno
nas
plásticos-adevisos_.
e
objetos afins. Há cont.udo
prát.icas
mais
ambiciosas,
que
insinuam
quais
poderão
ser os desdobramentos result.ant.es dest.e parãment.ro de relacionament.o no mercado
cultural.
caso
O
Mangueira. Porque
mais
já em 1984
contundent.e
sua
diretoria
empresa especializada em market.ing a apenas at.raísse um shows
público
mangueirenses
em
jovem à
viagens
o
é
da
contrata
sua quadra?
agência
ent.revist.ados :r-epresent.ant.e
de
públicidade.
Os
consideravam
a
do
samba,
37%
pais.
Falt.ou
result.ados Escola se
demonst-raram simpat.ia em consumir i.senÇÕ.O
do
tendem
di.vulgo.r
pg,go.ment.o dados
de
i.mpost.os
como
produtos
por
real.i.zo.do•.
219
de
uma
a
mas
dos
45%
tradicional
t.orcedo:r-es
Eseolg.s suo.
que
mais
ou serviços
Q
idéia
encomendada pésquisa a
seus
pa.rt.e quanto
a
fôlego
demonstraram
disseram
eu bf a.t.ura.dos
os serviços
de
como atirasse gr-upos de
plantou uma sement.e r-et.omada em 1991. Nesse ano é
wna
Primeira
fim de conceber um projeto que não
pelo
'
Estacão
e
28%
relacionados de
reeei.t.o.
So.mbo.,
e
ao que
gCI.&'t.oa
nome
da
ag"l"'emiacão.
Samba um novo
da imagem da
A
iniciativa
personagem: o Escola a
sel'
tl"'ouxe
para
o
interior
da
Escola
executivo de marok&t.ing. Cabe-lhe o
veiculada
como
pl"oduto
sedutor
e
de
fabrico
com
largo
apelo junt.o a diferentes faixas do mercado de consumo. A dil'eção da Escola alia-se então em São Paulo a
publicidade e direito a
responsável
market.ing
25% dos rendimentos.
empresas.
Estas
pagam
pelo
trato
dos
empresa de
ZMM,
seus
negócios
Foram mont.ados kits oferecidos a
para
utilizar
a
marca
escolhidos da Escola fazem shows nas festas
Mangueira.
instalar
funcionará Os
uma
subsede
Componentes
promovidas por estas firmas,
também
result.ados
arrecadou
restaurant.e
um
plasmam
um
milhão
600
1
agremiação
da
e
de
pe:rfil
na
casa
uma
Avenida de
p:rojet.o
Paulista,
onde
sambaCVeja/16-02-1994).
aut.osu:f"iciência.
dólares.
mil
com
diversas
em sua maioria sediadas em São Paulo. At.ualment.e desenvolve-se o de
-
Em
Mont.ant.e
Escola
a
1993,
suficiente
par-a
confeccionar a sua exibição no Desfile do carnaval-94, no Sambódromo. A ZMM t.ambém assessora a
oferecido.
da
mega-estrelas Veloso,
Gal
levou a
que
O
Costa
aprovação
do
poplllar-
música
Bet.hânia.
adoção
deste
enredo
Mangueir-a
fossem
invadidos
por
enredo
muit.o
com
valores
do
produto
aos
baianos
pot.enciais
em
homenagem
brasileira
Maria
A
acordo
de
consumidor-es
e
dois anos.
locais e
estejam
de
faixas
nas
consensualizados
dizer,
quer
"vendáveis",
serem
escolha dos enr-edos, no sentido de eles
Gilber-t.o
badalados
permitiu que a celebridades
Gil,
dlU'ant.e
quad:ra
e
os
o
art.íst.icas
Caetano últimos
desfile
e
da
visitantes
de out.ros estados, sobretudo de São Paulo. Também fez da Escola
alvo das reportagens das principais emp:resas de comunicação do
pais. Seu
samba-enredo foi o mais t.ocado na fase pré-carnavalesca. Como neutralidade de
Nem
no
pollt.ica,
escolha
à
e
fazer
que
não
part.e
a
racial
um
dinâmica modernizador-a sobre
no
se
pais).
novidade
pr-ojet.o
Escola, tendo em vist.a otimizar a
mer-cadológicos, em meio a
escolha
princípio
consist.e de
a
ia
A
no
mais
temática
da
primou
desenvolver-
Senzala(:focalizando
Nem
democracia
audiência
Liesa,
da
já
Grande,
Casa
miscigenação t.emas
nível
uma
critica
pr-oposta
cont.ext.o amplo
a
do
de
de
pela
encenação a
idéia
de
adequar
os
Desfile,
mas
:racionalização
a da
sua !"unção de ent.reteniment.o, dispõe a
t.erreno mais
amplo
e
solidificado
wna :fest.a que em 1993 fez
meandros
circular 200 milhões
de d6J.ar.es<Relat.6r-io Anual da Riot.ur/1994). A
relevância
do
tema
da
visibilidade
220
pública
das
Escolas
e
do
seu
produt.o,
Seja a
das
Desfile
r-epresent.~cão
relações
imagem cidade
o
do de
espacial ou a
sociais
são
espet.áculo. início
carnavalesco,
localização
aspecto
nest.as
novas
condições.
inserção do evento no espaço concreto
acompanhant.es
A
teve
sugere-se
inseparáveis
do
Desfile
n1 tidament.e
do
depurament.o
região
na
estl"atégico:
da
cent.r-al
visava
da
mante·r
o
evento numa área de .fácil acesso, às margens da principal via de ligação entre as Zonas Nol"t.e e Sapucaí
situa-se
ao
t..ambém
é
o
aquele
lado
sede
de
com
as
um
conjunto
do
Pl"aca
XI,
centl"o,
a
empresarial
lendál"io Cidade
e
financeiro economia
da
Nova,
t.elecomunicações{o medida
o
so:fist.icados.
serviços
expansão
Teleport.o)
sat.élit.es
de
Hoje,
20
, a
Mas
os
a
anos
torná-lo
concatenado articulada náutico
pólo
valol"aç.ão
economia
numa
sist.ema
do
a
samba".
sel"vicos,
como
Marquês de
desde
à e
Cidade Nova se vai
e
de
:financeiro
de
financeiro
conglomerado
do
encabeça
do
vistas
administrat.i v o,
projeto
projeção
sua
da
cult.ural,
complexo
como
Rua
que
com
de
t.urist.ico<inspil"ado no South Seapoi"t. de New York) consolidando
"berço
mundial.
pol"t.uál"ia
Zona
ant.iga
da
Sul do Rio. Além do que a
de projetas model"nizant.es
estruturas
novas
l"evitalização
da
local
sessent.a t.em sido alvo
e
Oest.e
do
globalizada,
local
possível
artificiais,
justa
na
desde
com
os
a
anos
set.ent.a<Harvey./1992:264). A
volt.ada
de
como
segundo
índices
considerados. per-iodo,
o
privilegiado
pólo
exemplo,
em 1962,
fat.urament.o
d61ares at.é chegar- a
o
par-a
pal"t.icipa
de
so:fist.icado
476
líquido
de
do "'.
já
setox-
e
exposição
avaliar
de
di ver-são
e
em
no
ano
viajando
elevou-se
da
quando
passou Nest.e 8
se
esforço
mundial
1992.
dos
o
cultura,
escala
de
ele
que
possível
t.uristas
milhões,
2
signos,
sist.emat.ização
É
divertimento
númel"o
2!34 bilhões
e
dessa
entretenimento
int.ernacional.
de
set.or
ali
in:for-mações
de
padrão
desse no
Por
rnilh3es 30 mil,
Samb6dromo
espaço um
concretização
alguns
do
comércio
o
para
internaliza cult.ura,
construção
são de
81
mesmo
bilhões
de
A imagem do local mundializado assume
••Noa
do co.i.s do porto estlio arma.:zéne desati.vados hoje i.nstatado& pri.nci.pai.a EscoLas de Samba. de al.g~.o~ma.s da.s o projeto prevê de vi.si.ta.Ção públ.i.ca., onde expostQii Q de Locai.• fi.carao alegorias e oeorreri.am shovs para turistas dural"">te lodo o <11"">0 • barracões
..
.......
que a con•li.tui. Vale acrescentell" ho,;. Fonte:OMT/!l:PPS. atrá.e a pence da Europa. tu:rlsti.ca mundial, Em o pólo de atra.Çdo 400 mil luri.slas. Além as mi.l.h5ea e di.•ao, uma recebeu conli.l"">enle que atemaes. franceses, dQ canadenses, OMT mostra pesquisa dos vi.a.ja.nt&s a.nua.i.s ja.poneses, em e norl&-o.meri.canos
221
port.ant.o
import.ância
crucial
implement.ad.o
congressos
proflssionais
de
disput.am
ent.re
para locação publicização
de
a
filmes,
globalizada
ensaios
cont.ido
nessas
diversas
at.ividades
a
nos
respect.ivas
vídeos,
A circulação da imagem é
signos.
O
quais
represent.ant.es
suas
de
de
locat.ions,
e
mídia
escolha
comércio
de
anuais
t.lll"ismo,
si
nesse
de
produções,
é
o
de
públicos
como
et.c.
t.em
milhares
orgãos
cidades
fot.ográficos
que
O
cenários
pot.encial
alvo
de
ambicionado.
apar-ência concr-et.a capaz de fazer moviment.ar alavancar-
e
quant.ias
campos
de
t.ambém
variados<t.urismo e esport.e, por exemplo). Aut.ores como David Harvey t.êm suger-ido que a televisão
e
economia
os
equipament.os
capi t.alist.a,
quant.idade
de
audioimagens
quant.o
qualquer
int.eraja das
lugar-es
espaço local
abst.r-at.o
enfat.-izada
é
especiais. format.o
Porém,
produção é
mundial.
acrescenta
for-ma,
espacialidade
mundial
com
Har-vey,
com
out.ras
as
localidades
unive~salizável<export.ável).
privadas
que
a
para
t.orne
O argument.o
de
prover
a
cidade(ou
difer-ent.ement.e Harvey
e:fêmero
uso que sob
a
e
do
o a
local égide
compet.ir A
no
diferença qualidades
obedece~
devem
t.ant.o~
Toda
um uma
governamentais
região
ag-radável
heurístico
é
o
suas
Para
áreas t.orna a
localidades.
as
enorme
de
implica
vist.a
da
O que
globalizada
especificar
de
uma
produção e
capit.alist.a,
sent.ido
no
do mundo.
at.ivada cont.ando com esforços das agências
inst.it.uições at.most"era
mercado
que
simult.aneament.e,
mesma
da
da
acumulação
t.o~nem
que as
E
financeirizacao
da
possibilidade
"encolham" os espaços
figlll"acão
de
do
lado
espaços<. .. )t.ão abert.a à
e
nova
formas
a
ao
pr-ovenient.es,
out.r-a. "<Idem:264).
nest.a
novas
sat.élit.e,
estabelecem
diferenciadas do planet.a, "imagem de
de
combinação ent.re a
ou
país)
acessível
problema
de
ao
e
uma
capit.al
debat.ido
aqui,
pois "se os capit.alist.as se t.ornam cada vez mais sensíveis às qualidades espacialmente
diferenciadas
de
que
se
compõe
a
geografia
do
mundo~
é
possível que as pessoas e forças que donúnarn esses espaços os alt.erem de um
modo
que
os
t.orne
mais
at.raent.es
par-a
o
capi t.al
alt.ament.e
móvel.''(ldem:266). A experiência local do Rio de Janeiro plasma um empenho de
diversos
set.ores
mundial de diversão e
da
sociedade
em
consolidar
a
cidade
consumo cult.ural. Empenho que revela a
regular
como
p61o
import.ância
est.rat.égica assumida pelo set.or de ent.ret.eniment.o na economia da cidade, egcolheram vir para. terras a.meri.ca.na.B em busca. de ··a.traÇÕes culturais··.
222
do
mesmo
e
Est.ado
t.uríst.ieas
ser
deste de
600
400
6,4%
de
milhões
de
1
milhão
origem
por de
e
500
foi
mil
920 e
de
as
export.aç:oes
de
t.urist.as
e
gerada
milhões
90
exemplo,
turístico
est.rangeira
dólar-es
arrecadou
aPrefeit.ura
paut.a
da
movimento
pelo
quando
mil
1988,
janeiro contribuiu com mais
medido
verão(1995),
Em
país.
represent.ax-am
cidade do Rio de pode
do
425
brasileiras.
desse
t.ot.al.
O que
na
cidade
no
último
est.iveram.
brasileiros.
mil
pessoas
dólares
A
40%
lá
mil
at.i v idades
com
Sendo
Uma
que
l"eceit.a
empregadas.
Só
visi t.ant.es
do
os
ext.er-ior. Algo dent.ro hoje
evidenciado se
do
t.odo
um
andar-
financeiro
do
Rio,
at.ividades
e
motivações
para
a
também
no
alinhamento
inclui
a
de
sofisticado
um
Avenida
dividendos
ação
Rio
forcas
racionalizadora prédio
Branco
no
inseridos
realização
de
conjunta
de
entre
int.er-esses,
Liesa
da
que
escr-it.ór-ios
volt.ado set.or.
e
à
no
coração
apropriacão
Justifica-se
poder
ocupa
das
as
assim
público
iniciativa
privada de medidas visando dotar o Rio de infra-estrutura para função de ent.ret.er-~ mas segundo as regr-as do empres:ar-iamento.
Ao
lado
do
bast.ant.e s:ig-nificat..ivo em
um
cenário
par-aíso de
"sol~
existent.e
competitivo mar-~
produção
parque 26
na
montanha e
~ a
própria
arena
::;
industrial paisagem
mundial:
car-naval". A
2
o
Rio
audioima~ens:
local
é
convertido
oferece-se
como
es:t.:rut.ur-a ar-quit.et.ônica
do
Sambódromo erguida no coração pós-moderno(se considerado este termo como
••Este • lendo
da. tmpla.nla.Çã.o de um o caso escri.lôrio especi.o.ti.za.do em mO.l'keti.ng mela. de melho:ra.r a. ima.g.em da. cida.deco Convent.ion Vis:it.ors cenas sucessivos Bureau), tão dega.stado com o de violêncto. urbo.na. somoda.s Leva.-nos miséria. social. o crescente Zsto entender o intervenÇão velado a.rmodQG no ano. O da.e forÇas últi.mo emP&nho rnó.ximo manter o Rio no circuito mundi.o.L do ta::eer e do compet i.ti v o diversão, já. agora. a que lornou-8le a.mea.Çadora.. Nordeste Nos presenÇa. do últimos anos, o Prefeitura turistas com enqu&tes com os o objetivo f&i.lo de tem estabelecer uma i. tem mtni.ma. o ser atendida.. Em violência decresceu entre pauta os vi.srilanles, n&gativos apontados peLos restando ponto• o ··sujeira" o '"mi.sréria'". o
•
•
•
' Prefeitura últi.rna década a do Rio fi>~ou uma longa fo.i>la em .1a.ca.r&paguá., !Zona Oeste, pa.ra i.mplantaçõ.o de um pôlo do vldeo. Além de alguns conglomerados japoneses que ali vao fi>~a.r cin• a. grande beneficiada foi. a Rede Olobo de Televi.sdo, que pare tá. eat.U.dios, algun• doa s&ua núoleosr deproduc;:éio, expandindo-os numo. transferiu hollyvoodiana, No. eateiro. desta oonoenlrac;:Q.o do grande oo.pilal, di.m•naéio de médias emprescs produlora.s surgem vi.so.ndo concorrer na uma rede ou complemento de se:rviços neste nU.cleo audiovisual presta.çao lransna.çional i.zo.do . 26
Duro.nle territorial
a
•
223
a
concett.uacão
uma
a
t.r-aduz
gr-au
do
emer~ent.e
dimensão
comunicaç~o
cu.lt.ura e o
de
da
modernidade,
na
alcançam st.at.us na exper-iência social)
compr-omisso
assumido
pela
localidade
qual
cidade
da
nest.e
a
cont.ext.o
globalizado.
A FANTASIA CONCRETIZADA A part.ir da inauguração do Sambódromo, ganha vult.o a
vet.ores
na
pública
do
Especial",
relação
t.eor-
do
ao
gênero
Cont.udo
espet.áculo,
poder-se-ia de
comport.ament.o
dizer
mais a
denso.
que,
para
e
feit.ur-a
rigor-osos,
ser
post.o
nova
A
como
a
do
crivo
inf'o:rmal
de
Grupo
at.inge
públicos
pela
fe.st.a, uma
modalidade da
t.ais
imprescindível dos
do
confere
manifestação
Desfile
imagem
de
"especial"
realização
da
desdobrar-se
nomeação
uma
de
crit.ério
ao
"Desfile
carát.er
mesmo
e
de:
pernrlt.e-lhe
seu
aut.o-definindo
organização
alicerces
é
do
consolidação
A
1991
econômico,
Carnaval
de
cot.idiano.
desde
investido
popularidade
Desfile
cot.idianidade sob:re
just.ament.e
de
ident.idade
arcabouço
seu
do
e
carnaval e
denominado
event.o,
ordinariedade cujo
ent.re
inversão de
cult.ura.
objet.ivos,
uma
a
acomodação
para
o
t.ipo
ident.ificados
de com
det.erminados e.st.ilos de vida e agora acomodados na nova passarela. Procur-o Sambódr-omo simbólica
examinar
oferece
defendida
como
mat.erial
pelos
agent.es
da
dispõe
t.odos
cult.ural
inst.it.ucionalizada
const.it.uída
imprescindível
Fest.a-Espet.áculo.
que
sociólogica,
que
forma
espacializacão
suport.e
espet.acularizacão, na
a
um
amarração
uma
encerra
agora
na
sua
hierarquia
à
Simult.aneament.e,
t.enho
element.os
os
pelo
chamado
manifest.acão
da
arquit.et.ura,
de
no
sent.ido
de
que formem urna t.ot.alidade compact.a fascinant.ement.e visivel. A mot.ivacão do argument.o a que
o
Desfile
int.erdependências
de
Carnaval
sociais
ser desenvolvido est.á na hipót.ese de
carioca
mundializadas~
popular como forma de ent.ret.eniment.o. penso,
rnat.erializa
est.a
part.icipa
nova
hoje
ambientado O
condição
na
cenário da à
do
complexo
esfera
da
Passarela
realização
e
de
cult.ura
do Samba,
consumo
do
espet.áculo carnavalesco. Desenho a seguir o meu post.ulado. No seu est.udo sobre o modernidade,
St.u.ar-t.
modernist-as Niemeyer -
Ewen(19BB)
consumo de imagens observa
que
a
e
est.ilos
ar-quit.et.ur-a
de
vida
feit.a
na
pelos:
caso do Sambódromo, concebido pelo mest.re modernist.a Oscar
t.em a
caract.erist.ica de exalt.ar a
224
pur-a abst.ração.
O
emprego
de
f"ormas
geométricas,
concei tual, onde a à
"i~inação",.
er-a
do
cénica
evanescência
ao
vago.
"capit.alismo
parece-me
observa,
sugestivo
motivadora
insere-se
toma o
Fat.or
o
espaço
dos
rasgos
bem
no
entronizado
como
investimento
na abstração
Destas
um
espaço
a
apela com
por-
como
element.o
um
mercado
do
e
consonância
of'e:recidas
de
como
de
passar-ela
ampliado
comporta-se
em
pistas
imaginativos
circuito
ele,
nova
da
busca
da substancialidade
para
cultural,
especulativo". pensar-
lugar
na
Ewen,
a
caixa
simbólico
o
cultural.
possibilidade
a
de
dialogar
no t.empo ef"êmero da exibição t.ransnacionalizada.
A
análise
espaço-temporal, em
seguinte
no
grande medida,
sent.ido
cot.ejara de
questão
represent.ações
observaç5es
nas
a
feit.as
no
sociológicas
per-íodo
o
sobre e
eixo
basea-se,
compreendido
entre
1992 e 1995, quando realizei o mapeamento do campo empírico. I -
ESPAÇO
Em 19B5, um ano após a Samba e 0
Carnaval afirmava que a
luxo",
dança
inauguração do Sambódr-omo, a
com total
elaborados.
Por-
a
sua
enr-edos,
exigindo
efeit.os
especiais
hist.óricos e
a
havia
"inst.it.ucionalizado
pr-edominância do espetáculo visual sobre
atribuia
e
nova passarela
Revist.a Rio,
vez
maior e
"nova
uma
liber-dade
plásticas
novas
p.lat.éias
filosofia"
balizaria
das
exigência
se
para
criar
mult.icores".
canto
a
em
escolha e
desuso
fim); o
e
a
"delírios"
os
"fantasias"
Caiam
narrat.iva linear<começo, meio e
o
dos
"inventar os
t.emas
tempo agora era o
das abstr-ações'•(:10).
O texto defende a
hist.órica formas e em
e o
estrutural apelo a
comer-cialização
os
Desfile.
anos
Car-naval
do
como
no
Vimos
que
a
monument.alidade
das
t.emas de natureza onírica consist.iam numa t.endência
desde
mar-cha
Sambódromo
t.ese de que o novo espaço introduz uma r-uptura
sessenta, carioca.
acompanhando
o
inst.it.ucit~malização
a
que
nos
física
dos
compasso
da
a
do
condicionamentos
já
o
leva
present.es na dinâmica mesma do evento. Mas é verdade t.ambém que as novas condiç5es exibidas
alt.e:ram na
pist.a.
o
conteúdo
Alguns
e
dados
redimensionam sobre
colaboram par-a a compreens.3.o dest.e Numa mont.adas
em
área
tot.al
est.rut.uras
de
85
a
o
const.rução
volume e
sua
das
formas
arquit.et.ura
ar~ument.o.
mil
met.ros
quadrados,
pré-moldadas{conswnidoras
225
de
55 17
mil mil
est.ão met.ros
cúbicos de Sua
concret.o),
capacidade
mar,;eando
de
lot.acão
para
cadeir-as de pist.as e
camar-ot.as,
em
cinco
média
degraus
dos
acima
das
Municipal
os
lados
700 met..r-os
assistência,
chega a
met.:ros
arquibancadas
de
de ambos
do
ent.I"e
BB mil e
nível
dist.anciam-se
do
em
pist..a.
arquibancadas,
500 lugares, inst.alados
Já
chão.
met.ros
30
Engenha:ria/dezembro:vol.XXXJX)
de
ver
os do
alt.os
mais
solo<Revist.a
ilust.racoã.o
na
página
seguint.e. magnit.ude
À
é
:física
somado
o
valor
simbólico
cont"erido
pela
assinat.ur-a do .arquit.et.o Oscar Niemeyer ao pr-ojet.o, mas sobremaneira pelo sent.ido
emprest.ado
t.radut.ora Ribeiro
de
foi
t.odo
naquela obras
o
espírit.o
preciso
pel'feit.ament.e
const.rucão:
à
quando
consciente
hora,
simbólicas<. .. ),
da
t.emplo O
cidade a
Rio um
da
de
para
fest.a
vice-governador
Darcy
obr-a:"Est.ava
um
vivíamos
do
definitivo
ent.ão
inaugu:racão
que
at.endendo
de
cidade.
na
de
à
dava-se
o
moment.o
Janeiro
a
sonho
dos
velho
e
est.ou
histórico.
principal
Ali,
de
sambist.as:
suas o
de
t.er uma casa definitiva para o Carnaval"(ldern). !'ala
A
plasma
eixo
o
sobre
espaço de desfiles. Compreende a da
pr-ópria
fantasia
forma,
uma
padrão
Passarela do Samba. O ante a locais
devam
oferecer mais
assistência,
melhor
caros.
agora suas at.o
pagar-
de
wúvoco
Enf'im, re~ras
produção
ali
o
ver
e/ou
o
conforto,
modelo
parte
das
obriga
a
alguns
são
espetacula:r-
de
dependê-ncias às
a
fest.a
da
setores,
do
pista
novo
outros,
é
da
imer-~e
por-
custam
absolutizado. pelo agentes
teatro.
condições
e
embora
just..amente
que
observadas
toma
arquitetura
particip-=-cão;
carnaval
suas
mais ainda
na divisão entre de
novo
do
fantasia
na
melhores
devem ser
obediência
dizer,
extraordinário
comercial
papel
o
sonho e
um
crist.alizado
Desfile,
estabilizam-se,
E
no
Alcancar
semi6t.icas
de
as quais t.razem embutidas um complexo de relac5es
discursiva,
sociais
parâmet.ro
para
visão
t.ornar
significação
o
fixado
melhor
monumentalidade estável do prédio. Fixa, de
todos
Seria
tr-ansitór-io e
dado
é
qual
concr-etizacão de
carnavalesca. um
ganha
o
do
constit.ut.ivas
espaço
concreto
de
exibição
das
práticas
carnavalescas. Ilwninada
t.om
cinza
como
a
a
uma
base
t.emperatu:ra de luz cromá.t.ica,
a
de
Passarela
90
mi!
wat.ts e
responde
ao
tendo
o
primado
da
neutralidade, traduzido nas represent.acões de alguns membr-os das Escolas como
um
conferem
local
"f"rio".
sobriedade.
O
As
linhas
branco
da
retas
e
pista,
espécie
226
a
inspiração de
vert.ical
rebatedor
da
lhe luz,
~•
~-· 3l s··
_o
"' '"m' roc
0>· ~·
,
< ro. ,. ~·~
~o'
.,
·''
·~
••• '"ro ~
~
-
• co co ~ "'•
Escolas,
protagonismo
o
ressalt.a
homogêneo do restante.
distinguindo
Port.anto, cabem a
elas
a
continuo
aquele
da f'est..a
concretização
carnavalesca. Devem t.omar o espaço, já que nele não cont.am se quer com a dêcor-ação aérêa. cuidado
O
dêcisiva. t.al
Desde
como
concepção
de
enredo
na
just.if'ica
1977,
carnaval se
define
a
recolhlment.o
da
do Carnaval. E de
falando
do
cort.ejo
temas lazer
carnavalesca
para
como
ela
Maria
uma cidade
mergulhar
em
é
est.iveram
f'est.a
libido
a
E
f'est.a.
alia-se
ao
feliz
por essência.
t.r-ês
dias
de
do
pois o
fant.as:ia.
da
carne, ent.rar a
vale
e
O do no
"cidade
ser hwnano
Tudo
27
cor"
est.a
é
uma pelo
é
depois
Aqui
a
Governador
mundana,
Rio,
cidade,
aliados
f'est.a
par-a
da
responsável
Ilha
da
irnport..ância
uma
cot.idiano
August.a,
União
"(. .. )wna
ist.o
ao
carioca,
da
liberar
de
assume
ligados
.afirmando:"Carnaval
quaresma." E
é
do
pluricromática.
hora
É
privilégio
de
época, opção,
coloração
idéia
desfile
a
erotismo.
a
Dominco,
o
a
com
t.em
o
nada
é
feio"(O Globo/21-02-1993).
A descrição de uma component.e da Escola União da Ilha, no ano de 1977,
perfilament.o Not.a-se pelo
o
esferas
do
t..om
enredo:
lirico
apoiadas
em
pernas
Blusões
lamê
Domingo
no
enfeit.ados Araut.os.
Rio. com
Araut.os
Meias
azuis
vermelhas
em
compõe
núcleo
August.a
mágica
de o
element.os
Rorigues
set.e
let.ras
abre-alas
e e
dourado, Chapéus fit.as do
enredo conjuga-se à
de
malha,
da
verdes,
perna
uma
azuais
e
brancas
laranjas:
laranjas, frent.e
inút..ando
dourados,
alt.os.
mult.icoloridas,
o E
t.emát.ica que apanha o
mar. Música, coreografia e
a
e
grandes
escola<. .. ).
Araut..os
at..é
mesmo f'eia se
de
cada
e
verdes,
de
mãos,
2).
colorida".
em
A
cor.
No
verdes
e
douradas.
Copacabana
clarins
arco-iris.
o
no
responsável
e ... Sapat.ilhas
nas
Amanhece:r-<Colombina/1988:1
é
que,
calçadão
como
somados
"emoção
de
nome da fant.asia. Fant.asia simples, e
vermelhas,
sol e
t.ripés,
individua.lment.e.
conjunt.o,
como
comovido:"Maria Palavra
de
composição
a
Desf'ile-Espet.áculo
Domingo.
do Amanhecer, o vist..a
quant.o
elucidat.iva
é
dourados
Clarins
programação
de do
Rio de janeiro como cenário de
cores compõem um conjunt.o que t.raduz a
exuberância da "cidade maravilhosa ... Ora, mais que um est.ilo, a
... , ......
concepção do "desfile leve., cont.ém os
,;ermes do modelo que as condições do Samb6dr-omo absolut..iza como padrão: Depot.m•n o
•
ort.o
,
ugus o.
227
a
apelo ao discurso das cores. just.ament.e à
ima«:em da f'est.a det.ermina o
medida
que
os
humor-íst.ico
t.emas
t.omam
de
Jug-a!'
decadência
da
Escolas.
efervescência
das
A
dit.adura
for-mas:"Já
r-everberação.
viram
visuais,
às
apelam
do
carnaval
m&sma cores
pollt.ica
início a
No
"quent.es"
no
de
sat.írico
oit.ent.a,
coloração
do
ela
"são
mais
a
das
luz
loucura
como
e
mult.icor-
explode
rit.ual<Rio,
carnavalescos,
com
visual
fer-vi.l.ha.r
delírios,
no
pois
cunho
anos
Car-naval
exorcizada os
dos
maior
est.ados
direcão
de
res:salt.ada
é
d&t.onar-?
si~nificar
e
no
ocorre
porque
Na
social
Dasflle,
cor-
Pret.ende
Carnaval/1986:17).
no
milit.ar,
bendit.a
e
sant.a
crit.ica
e
t.ornada
Samba
e
programadores
comunicat.ivas",
ou
seja, são signos incont.est.eis de carnavalidade. No chamada
cur-so
de
''carnavalesca'',
regularidade
a
Escolas Passarela
brasileira
fest.a
a
cort.e
confecção
mesclados est.ét.ica moderna
aos do
de
samba-enredo
mostra reis,
para
o
conjunt.ament.e na
visuais
é
mundo ent.ra
em
cont.inuidade
a fest.a
da
nobreza
clara,
haja
outra
ilust.rat.iva
t.odo
mundo
observação
é
igual"(Lula, feit.a
t.ransmissão da Rede Globo, Referindo-se
ao
fest.a e
pelo
dur-ant.e a
inusit.ado
da
da
Tit.o
locut.or
duas
dos
a
Bet.o
oferecida
dos
t.:r-ópicos su~ere
a
seguint.e
t.recho
do
à
art.e
numa
na
às
cort.e
raizes
minha
razão da
t.raz
quant.o
minha vida,
Pernada/1994).
Fernando
dos
solidariedade
de
t.ão
nova
emoção/ E
Ou
Vannucci,
a na
passagem da Imper-at.riz Leopoldinse. "fest.a
brasileira"
&m
comparou:''Nobres assist.em ma.ravilhados, como est.aJDOs nós ac;ora, a de indias e índios ent.:re :frut.as t.ropicais".
228
de
da
apelo
O
à
indigenas
f"rancesa
galera de
cont.inua,
e
1994,
raízes
junt.a
é
uma
as
sent.iment.o
branco
a
época,
realçar o
na
foram
cidade
brasileiro/Como
mesmo
popular:''Assim...a
de
vez<. .. )".
Em
animais
cont.agiando a
carnaval
do
e
se
e
pot.encialidade
vist.o
cult.ura
ano.
da
de
:r-esult.ou
presença
A
criação
Serrano
européia
int.enção
o
a
aves
A
sua/ Nest.e delírio t.ropical/ O verde folia
1550.
flora,
"
nest.a
t.ema:
da
:fest.a,
cena
Império
t.emát.ica
carnaval
cada
habit.ant.es
em
Serrano:"A
int.eiro,
pt"óprio a
o
mesmo
barr-oco".
Império :faz a
engalanado
vicejado
reproduções
Império
dimensão/Hoje o
e
pelos
à
mult.icromát.ico ao
a
ent.r&
alt.ernat.ivas
aparecem
Medieis,
carnavalesca
do
o
organizada
"delírio
:fest.a
geral
Leopoldinense
element.os
combinação
padrão
refel"ent.es
em
dos
a
anos
propocionar
o
defendendo
na
para
por
ertl'edos
os
Samba
onze
e
Imperat.riz
do
brasileiros
para
como
t.ropical
Rouen
últ.imos
deslumbrant.es:,
ima~ens
fest.a
dos
Rouen, dança
No
ent..ant..o,
:representações
pe:rmeando
sobre
a
como
t.ropical
mater-ializada
quest.ão,
c:reio,
um
evento:
plasmam
para
:recorrem
em
a
na
ambient.ados
sig-nos
posição
determinado
ap:resent..acão
que
ocupada
concerto
pr-ópr-io
o
à
leva
que
a
confir-mem
pela
dest..as
esme:ro
ao
pr-óprio
o
que
o
existência.
sua
nele
a
justificativa
uma
audiovisual,
no
reside
t.odo
int.ecionalidade,
relacionament.os:
dos
produção
como
festa oferece
Carnaval-Espet.áculo configuração
a
na
sua
carnavalidade
superespet.áculo.
inst.it.uicão
sócio-cultural.
A
carnavalesca hist.oricidade
A
recent.e da t.endência descrit.a, pr-ecisa o meu argumento. De coloca é
um
o
do
proporções
de
present.e
o
p:roblema que
o
quem
sua
às
e
de
p:reparação.
imposições
acordo
a
se
porém
em
precariedade
e
constituição
da
um
vez
lógica
do
tipo
de
processo
acesso
t.er com
aí
decorrent..es
que
o
A
deflagr-ado
É
uma
do event.o,
aspect.o
Sambódromo.
de
porém
o
à
responde
com
selecion.a
público<pagant.e),
ent.ão
mais
audiovisual
inibindo
at.é
instituído
que
ampliado,
maiores,
cert.a manei:ra,
espet.áculo cadeia
algo
preenchimento do espac o
bem
improvisação Liesa,
âng-ulo
ao
em
olhar
pri vat.izacâ.o
de
da
cultura. Vejamos alguns depoiment.os à propósit.o: Nos
••
o
•
po.ssa.do,
pouc::os
mantenha
&lamentos os mestre-sala e
baio.nas,
nao Antes no
S&
pó.
••
uma
via
ár-vore
nao ola culluro.i.e
••
não
histório. a inte-rna. unidade &voluÇã.o pela. d~
A
toenológi.ea.e
00
Revi.ato.
t, 2
depoimentos Ri..o,
•
do
turiatiea.
•
e
ao
•
que
do
camarotes
pode
samba
o
néío eonc...i.to
&><pc.ndl.rem. do
fundamental
componentes abandonar a corna.vo.l.
como
anterl.orment&.
••
prendem Claro
evoluir.
esc::ola,
ralzes o.no.l1.sa.r
ter
umo
Houve
uma
proposto. mudanÇa
técnico.&.
grandiosidade
evolução
••
••
não
do se
que
arquüetura via
se
suas
se
frutos.
moldes
ar qui bo.nca.da.s
como
hoje
uma
própria
uma
houve
nos
importante
do
QB
resgatar estes se pode
que
i.nduatri.al
•
inteiro.
Jduitos
pessoa.s.
condiÇões
É
o
carnaval.
o
por
bons
dá
permitem
o
assistir.
pista
mantenha
de&unvol.verci. nã.o
a
entre
dUvida
carnaval
formadores
componente
o
sem
um
porto.- bandeira,
••
qu•
gra.ndi.oso. Avenida
na
om
distância
perrn1.tem
eepetciculo
coloca.do
fosse teriam
a
So.mbódromo,
••
com
acostumamos
evolue ao
que
natural,
.ao
Sla.mbo.
de
vemo10
f02
L
teia.
nQ..&I
hoje
da
po.rt.o
La.oerda.,
Carno.vo.lU.PP:U.
229
escola..s mudanÇa
Li.Li.a.n
linha do.
Ro.bolo
de vida.
a.contec ... r.
e
Vi.rio.to
A
descobertas
Ferreiro.
Os depoimentos dos três carnavalescos COI'l'espondem pel'feit.amente ao
interesse
de
produtores
aos
concerne
mundo
de
resultado
grupo
evolução
da
nivelações
às
Contudo
um
de
trabalhos
seus
superdimensionado.
social
toma
Carnaval
ur.riversal
pol:'
Car-ioca
simbólico
e
econômico
reveladores
natural de
como
uma
de novo
o
concepção
espaço
tar-efa
a
de
funcionamento
mercado
do
e
espécie
novidade,
e
culturais
da
mesmos,
em
racionais
como
adequar-se
espetacuLaridade
idéia
produtores
coadunando
Sambódromo
da
à
conferida
do
conceber
ao
imperativos
valoração
expressos
são
que,
estabilidade
valor
estrutura
os
do
cuja
um
trechos
definidas
comercialização
expectativa
os
natural,
Entendem
cultural.
culturais,
de
públicos
seus
consumidores: sambo., não resista. Mas bom co.rnavat que um espaÇo fi.xo, os ehntos Sambódromo, que pn.vitegio. samba Com i.sso, imagens. os escolo.s deti.rio prectso e aos carros alegórteos. realce à.s fantasias precuoa.m d= que desfUe, paro. conqutstar a.s pessoas brilhantes cores levo.r de-spi ao carnavaL< . . . }. Para liberdade, dar mo.\.or agora chegando esi.ã.o carros a.legórtcos desfi.la.m e h:.: com que os que pessoo.s bastante no carna.vot da. s-1> mex& art.t.culados. Tl..ldo em objetos tra.nsf ormem se bi.lho, no seJa. eri.mple-ament.G> arrast.a.do, oom nada que. Wocido.de,
que do carnaval o o espetacutares, É
pi.si.a.. a
um
sem
verdo.de
•
vi.deo-go.m~&J.s,
se movimentam .sem revista..s em quadrinhos
do
Fernando
Pinto
moldura
dentro
bi.chos
As
lin~~ag~&Jm
planeto.s-
e
po.rar, e
imüando shovs
dos
de rock
palavras
As
cênico
do
formas,
Sambódromo
cor-es
materialiZai' em
1995
Clar-k
ele,
e
Isaac
principalmente, Espaco~
natureza
a
em
do
imagens
As:imov, do
além
o
enredo
século
XXI
a
O
série
efeitos de
de
Assim
"delirio" toda
Gordon
Odi.sséia
basea-se
Carnaval
a
de Via
que
e,
no
nas no
Láct.ea,
=
ca.rna.valesco
Fernando Pinto reproducao a.qu.i ctfixo.do como parle da mo r lo em 1s:>S? no A
230
Flash
Um
um painel ca.rna.vo.leeco
t.ext.ura,
cient.ifica Al'thur
u~a
;eooz,
at.ingi:ria
a
espaço
impactant.es.
ficção
no
ao
pl:'incípio
ao
Z'iritfft.lidum,
brasileira do
qual
da
obedecer
Kubrick,
:;:ooz
entrevista. fC1Z parle da o trecho otobo, Hoje, da. Rede Telejornal da. transcri.cao a. ret.irei a.presentado. expo•ieS.O rea.H.zado. em homenage-m ao Nuaeu do Cc:a.rna.va.l, em 1P90.
reservam
cinematográfica
argumento
cult.ura
de
aut.o:res
St.anley
filme
concebeu
da
devem
visuais
partir da leit.ura dos
Estrelas<Veja/27-02-1985). limiar
de
criações
t.emas
e
deli:rios a
carnavalesco
ent.~o
seria
astros
nove
dos
realizado
um
mega
carnaval
sistema
do
int.erplanet.ário, adotaria
solar
quando
cada
popular
folguedo
um
um
brasileiro. Vieram assim: O Corso dos Mares da Lua, Boi Robô de Plutão, Pirilampos Mercúrio,
de
Marte,
Reisado
de
Afoxé
dos
Netuno,
Filhos
Frevo
de
Uraniano,
Out.ra vez a reaparece,
já
que
no
debochado
delírio
present.e
a
sociedade
exigê-ncia
brasilidade de
dos
de
cosmopolistimo.
futurista
diferença,
menos
Talvez
investida corno
de
o
cosmos
perpassa
fosse
os
mais
de
cult.ural Rio,
teor
O
e
no
Samba
Mocidade
e
e
o
do
popular
circuito
do
Carnaval projeto
aí
é
t.urismo
ident.ificado mundial.
sublinhava dos
ao
agentes
sit.uada
mesmo
familiaridade
a
banqueiros
do
jogo
do
cor.
os no
sinais
empenho
na
entre
esta
mercado do
ano,
bicho,
cultur-a
da
com
o
pela
pensar
trânsito
Nest.e
e
promovida
jogar
mas
moderno
alegria
adequado
ao
irredutível,
o
carnavalesco
reordenação
a
legi t.imidade
identidade
do
de distinção no int.eriol' de um mesma esfer-a, onde funciona o simb6lico.
de
Fandancos
t.radicão e
tropicalista
conhece
industrializacão em seus diversos niveis; a
Júpiter
premissa de dialét.ica entre a
folguedo popular brasileiro vestiria no futur-o no
Pirilampos
Rancho da Primavera de Vênus.
Siderais e
Porém
Saturno,
indúst.ria a
revista
enredo
da
fundadores
da
o
Liesa: o l<:1Lve2 S&J<:l Est& que, &ale de Andra.d&. :Indep&ndente( . . . } . Li.go. os outros pr&sid&r.ls-s
Pr&s\.der.t& do reun\.u dez Castor \.d&i.o. de dssa.mb<:1, escol<:1
proj&to a.no, A
de
de Honr<:1 do a-scol<:1, Ca.stor m<:1\.ores. escolas de samba. no de Andro.d&, tí.der de lodos é tro.nsf orma.ro. L\.go. numa sof\.sti.co.Cã.o da Pa.sS<:lr9lo. do
bete2a & super empres<:1 & <:1provei.ta.ra. sa.mb<:1 pa.r<:1 exportar o ca.rn<:1v<:1l do Bra.si.l pa.r<:1 o mundo{1985:89).
Em lugar de ver aí apenas uma estratégia de produt..ores culturais embebidos por
uma
líderes
Escolas
refere--a insércão cenário
cínica
da.
paradisiaco,
racionalidade
cidade
na
vitrine
da
talvez
condicionantes
de
resulte
econômica,
Civilizacão
a
intransitivos.
Mundial Moderna
"brasilidade"
e
projecão
locus
dos Isto
no st.at.us
para
o
de
desfrut.e
hedonista. Algo observado na concepc3.o de alguns enredos elaborados para o
event.o. No mesmo ano de
Adao
e
Eva.
Um
"delírio"
jeneiro no Éden biblico,
1985,
cuja
onde
"anjos" dourados pelo sol
e
o o
a
Beija-Flor trouxe
narrativa
revelava
casal pr-imevo eram "fruto
pribido"
a
da banana. O trat.amento dado ao tema most.rava o
231
o a
t.ema
de
jovens surfist.as,
os
fálica
Rio como o
do
de
Rio
figura
origem
Lapa
A
e
tropical
"paraíso do
pr-azer-
e
do
pecado",
já
que
o
"Jar-dim
do
Éden"
t.ornou-se
a
ir-r-evel"'ent.ement.e car-navalesca "'Sodoma e GomOl"'l"'a'' da at.ualidade. O
Carnaval-Espet.ácu.lo,
Janeil"'o,
const.it.ui-se
no
por-
Desfile
est.ét.ico
classificação
"fest.a
t.ropical
excelent.e
:facilidade
nat.ureza,
a
capi t.al
repr-esent.a o
Rio
turismo
o
é
sua
de
de
do
com um evento
tol"na
circuit.o
infr-a-estr-utura,
à
que
do
tur-ismo
do
Janeiro das
objeto
t.ur-ist.ica: absoluto
Escolas
de
o
no
Samba,
poliment.o
de
Carnaval
nat.ur-eza
explicit.a
exuber-ante,
e
culturais{. .. )
cidade,
já
bonita
Rio
conta,
o
Mas
o
Riot.ur
históricos dest.a
de
entretenimento,
da
Afir-ma:''Sua
brasileiro.
atracão
e
Desfile
popular sem paralelo em qualquer maior
Desfile
do
relat.ório
:fazem
Rio
própl"'ia sobr-evivência
mundializado
atrativos
do
compr-omet.indo
racionalização
O
acessos
novo
qual a
posição
à
emblema
dest.e
a
compr-omet.iment.o.
acoplados
t.udo,
Porque
brasileira",
est.e
event.o
base, sem a
corr-espondem
na
cont.undent.ement.e sua
ameaçada.
observados
carioca como
vê-se
o
car-l"'o-chefe
ag-rilhoant.e. Est.e impõe-se como do
sal'
parte
Carnaval roteiro
pelo
por-
acima
do
mundo
Carioca.
O
e
e
que
int.ernacional
espetácu.lo
de
do
serviços
o:ferecidos''(199B:07). Inserido em t.al pat.amal' de compl'omet.imentos, penso_, a conjug-ar Desfile,
tradição
modernidade,
ressignificada.
e
t.ão
que
t.ot.alidade
Fest.a-Espetáculo campo
a
distingue t.l'opical
economia
da
dos
a
diferença
como
alteridade
br-asileir-a
signos
de
resolve-se
desliza
imediato
do
do
nacional
condições,
mer-cado
produção
local~
t.ais
no
na
dispõe os símbolos em uma int.el'ação simu.lt.ânea ent.re o Sob
cir-culação
também
mundial,
global.
A
emoldurada
popula1"
o
é
e
:fórmula de
somente
na
reconhecivel(Or-t.iz/1994).
A
então
e
o
t.ot.alment.e
acessi vel
para
l'econhec:imento
o
e
censura-se o que mantenha- na presa a idiossincrasias part.icu.lares. A para
essa
descr-ição
do
perspectiva.
"zirí{!:uidum" Fer-nando
nas
Pint.o
estrelas
er-a
:for-nece
categór-ico:"O
mais
insumos
Carnaval
quer
subir no Espaço. Os discos voadol"'es na Avenida são os contatos ímediat.os com
o
samba"(Veja/27-02-1985). ' Situo
des:f"ile. O desenvolviment-o narr-ativos
que
vice-versa,
já
do
poderiam que
não
enredo
sei' havia
sucediam ricas em dat.alhes,
mas
est.as
:fl'ases
seguiu ao
apresentados uma
projet.o de
linear-idade,
compactadas
na
no
traz mas bloco
concl"et.izacão de
expor
p~a
único
set.ores
:f"rente
imagens a
do
que ser
ou se
visto
do alt.o, dist.anciado para t.er o definit.ívo efeit.o. A
pist.a
do
Samb6dromo
for-a
232
t.omada
por-
astronautas
com
bandeirinhas maquet.e
do
do
Brasil
na
comissão
selai'
sist.ema
com
os
de
astros
girando
siderais", envoltas numa nuvem
de
rit.mist.as
mestre-sala
seres nos
autômat.os
exóticos,
:filmes
de
três imensos no
espaço,
:fiçcão
Já
esculturas.
da
ret.orno
Terra"
metamorfosear-se
o
tecido
vestia
o
brilhoso que
do
formas
lamê
forrou
moviam-se
como
o
futur-o:
samba
pela
:fim,
carioca
o
uso
de
leveza
e
formatou
diversas,
que
Como
por
E
Predominou
acetat.o,
em
moscas,
gafanhotos).
passado
Mãe.
o
plásticos.
"mulatas
met.aleiros,
int.erplanetários.
Naue
na
de
enorme
Vieram baianas
vespas,,
ao
romanos
lado
justament.e representando
os
emborrachados,
e
o
ao
uma
port.a-bandeira
e
inset.os(besouros,
voadores,
como
em
branca fumaça.
cent.ur-iões
"Carnaval
leves,
flexibilidade
de
cient.ifica,
e
discos
o
materiais
espumas
forma
em
e~ípicias
pirâmides
dourados,
Se~uiu-se
f'rent.e.
camadas
espessas
de
dançando
ao
da
ritmo
percussão. O resultado obtido :foi um maior volume nas peças alegóricas e o
clima
metálico
ou
esbranquiçado
dos
cenários
futuristas
do
cinema
de
ficção, ao modo de Jornada e Guerra nas Estrelas, Barbarella ou Laranja Mecânica.
"delírio" est.aría na conjunção
O
formas
é
com o
exemplar
desta
sentido
de
real,
medida
à
repertório da unidade,
cultura
que
popular-
just.ament.e
universalidade
uma
mobiliza
da
ao
cultural.
sinais
de
modernidade brasileira. utilizar
Ou
:fácil
seja,
dos
próprio
O
t.emas o
t..emas e
desfile
formas
e
delírio
r-econhecimento
das
era
pelo
no
muit.o público,
durante o exígUo tempo da apresentacão da Escola. A aposta
car-naval
como
fato de que
•
absoluto" . sinais
mil
No
entanto
enredo
cada
complexo
pessoas
a
:fant.asia
dimensão
com
o
opera
est.á
carnavalesca
de
irredutibilidade
a
e
despropositada
ilusões
objetivo
com
ligada ao r-ecor-r-e
produzir
ao
relativa
do ao
despojament.o acer-vo
si~nifica:ções.
dos Deve
de que surjam :fulgur-antes em cores as suas ambientações
envolver
superando a
do
brincadeira,
cot.idianizados
cotidiano 80
uma
"delír-io"
"a: necessidade de cr-iar
também, a: fim móveis,
no
de
vez
mais
sua
estejam
elernent.os
el~bor-acão
envolvidas
de
humanos, "delír-ios".
diretament.e
t.écnicos
e
Calcula-se
nela<O
idéias hoje
que
Globo/16-02-1993),
mão-de-obr-a empregada no set.or da construção naval,
•
.João:i.nho Tri.nlo.CVejo./11!1.-02-J.P?P). Fr05& de El.o. eató enredo O Paraíso da Loucur-a. justi.fi.Frase do .Juato.rnenle rno.terio.li::~:ado. "dimenaõ.o ca.rna.va.lesco.", "deltrio" isto fa.nla.ai.a.a, rilmo, do.nco. e o..Le9"ori.a.e, enfim, no prõpri.o DesfiLe.
233
no
...
urno.
um dos
i.naerida. na pr·oposto. de músi.ca, nc
maiores
do
Est.ado
do
Rio.
a.l.av.anca t..al. cont.igent.e
A o
é
imperiosidade
da
produção
em
hábil
tempo
estendê êSpaço-tempor-alment...e, dentr-o de
uma
rotina anual.
II - TEMPO
O
alongado
perfil
de
t.rint.a
metros
das
ar-quibancadas
dêfinem
dimensões para os carros alegóricos em t.orno dos 10 metros de altura. A busca
dê
plane jamento
e
execuções
gerenciament.o
cuidadoso,
implacável
produção.
É
concatenados
da
porque
repletas
de
detalhes
audiência.
Ist.o
determinou
projetá-lo limite
julho.
em
iniciado
logo
escassos
indument.árias, presidentes:
de
que
de
abril.
uma
Do
se
mesmo
do
modo,
Escolas
as
torna em
par-a
durante
manter
de
desfile
"desfile
e
qualidade
nos
protótipos
das
em
de
agora
enredo
o
.a
produzir
um
polifônica
:feitura,
conceber
a
alegorias
12 da
de
um
supervisor
um
média
periodo
devem
chamado
ritual
demanda:
expectativa
à
car-navalesco
apr-esentadas
alas:
apuradas
construir-
expansão
o
tempo, são
tempo
preciso
Levando
em
o
mais
outubr-o
aos
pr-otótipos".
A
adoção por todas as entidades do Grupo Especial deste método deve-se ao propósito
de
que
carnavalescos,
as
para
negociações
modificação
entr-e
de
os
detalhes
presidentes nas
peças,
de não
os
e
ala
atr-asem
a
dinâmica da produção dessas peças, de em média dois metros de altura. Tal desfiles
dinamismo
de
protótipos,
badalados
e
adeptos
apresento
nos
podem
As
capitulo.
permite
alas
últimos
anos
as
not.adamente
exi.bí-los
da
que
para
em
exemplar-es
Escola
de
t.êm
Samba
exibido
recintos{bares
públicos
alguns
com
de
realizem
alas
seus e
ampliados,
di vulgacao
Caprichosos
de
antecipação
de
shopping-center da cidade. Ou pe:rmit.e que hotéis e
mais
boit.es)
visando a.l.a,
Pilares,
suas
próprios
no por
fantasias
atrair final
do
exemplo. em
um
agências de viagem as
comercializem no escopo de seus pacotes turísticos.
recursos criação,
assunti.._~
importância
A
int.er:Cere
acelerando
plane jament.o
barracões,
vai-se
estrei tament.o
e
a
dos ni veis de
administr-ação
di:ferenciacão
e
direção
inscrevendo
o
pela
uma
aquelas
espaço
que
as:
t.arefas
manuais.
No
espaço
baseada
mais
é
e
exat.ament.e
decisiva será a
restrito:
o
acesso
dos de
dos
no
:função
racionalizant.e
mais
parmi tido só a
pessoas autorizadas. Bem di:ferent.e do pát.io de construção
234
ocupa
t.empo
entre
hier-arquia
comando: quanto
do
está
das
alego:rías
os set.o:res de
e
deco:racão, escult.ura e
abnoxa:rifado.
apresentam divisões tênues, estando aberto tant.o aos operários e profissionais aqueles
envolvidos
no
trabalho,
permanecem
que
ambientados
ar-condicionado<ca:rnavalesco,
seguranças,
seja
salas
em
just.ament.e e
Fechadas
com
selet.ivo.
às
Depende
diret.orias
crivo
do
entidades.
das
de
Estas
divulgação pela imprensa das suas "armas" a
''grande
no
exibidas
muit.o
obedientes
tudo fazem par-a restringir a ser.
supervisores.
seus
bar-:r-acão
do
e
po:r-t.eir-os
aos
demais
assistentes e dir-et.ores), fabulando 31 serem revelados no espetáculo . Mui t.o embora o acesso as
os mistérios a dependências
como
Est.es
dia''
prot.egê-las
ou
espionagem
da
das
concorr-ent.es.
o
barracão
classificação
do
Beija-Flor
da
espace
social
é
paradigmático.
constituído
quat.ro mil metros quadrados, manif'est.a a internos às seus
Escolas e
destas
comprometimentos
decide
posições
e
com
a
hierarquias.
de
cerca
e de
maneira como os rela.cionament.os do
instauram
direcão
A
área
urna
instituição
amplos,
mais
em
organização
A
Carnaval-Espetáculo cognição
urna
vertical
como
est.á
e
própria
e
montado
o
ambiente corresponde a escala de poder. Assim
dos
carros
ger-enciament.o. onde
são
prontas, ent.ão,
t.ér-r-eo
alegóricos,
A t.r-avés
descem
as
por-
barrulho.
Ali
um
espaço
do
em
uma
de
um
construção
junt.o
elevador o
assist..ent.es mais diret.os, aos quais
e
e
acesso
para
contendo
coberturas
das
esculturas.
serviço
à
ao
segundo
Est.as
cobrir
os
é
oferece
protegido uma
t.rabalham
recai
a
visão o
função
de
andar,
depois
de
carros.
Só
no
t.erceiro
e
do
privilegiada
de
do
calor-
carnavalesco de
as de
secretaria
carnavalesco apar-ece
execução "embaixo". Aí
com a diret.oria da Escola -
••A
as
barracão. Dent.r-o dele
idéias do "alto" com a
tem
seu interior
t.r-ansparent.e
esqueletos
almoxarifado
se
gabinete do
compensado,
janelão
ao
e
de
dos
elétricas
escada
decorações
por- out.ra escada, Feito
a
instalações
das
elaboradas
paviment.o.
t.odo o
no
metálicos,
armações madeira
fica
e
seus
int.e:rmedia:rizar as
também ocor-rem as r-euniões
ver- pla.nt.as de 03 a 05 .
·~
deaeri.Çõo a.ei.mo. resulta de:zembr-o de ~~ o. f&ver-ei.ro União l:ndependent.e de Padre Mi.guet, unidos de vila Leopoldi.nense, exceÇÕes, mesmo um existam a.Lg1.1ma.s
••
ne&lii&B recintos.
235
durCLnte 00 meses de ba.rrac&es Mocidade Ilha., Está.ei.o de S6., ~mp&:r-alri.:z Portela Beija-Flor. Embora do eapa.Ço foi. observado uso
••
•
PLANTA 03 BARRACliO DA ESCOLA D~ SAU;BA llE!,JA-l!'LOR(TllHREO)
', sà:cretaria
'''
portaria
1------/'ll r-------~
''
'
''
''
'
'' '' ',
''
''
pátio de fabricação e montagem dos carros (ferragens, madeira, mecânica, hidráulica e e}étrica)
~ ,.., c"'
e:<>
almoxarifado
I'LAN'rA 04 BARRACli:O DA ESCOl,A DE SAMBA BEIJA-"LOR(2o ANDAR)
refeitório
banhel.r os
./l
./[
•
.-/1
cozinha
•'
.•••
=
/
/
•l ti
''
'
''
''
''
~==-~~ ,.,.
,·
~-
'"-<"v.
= ~-=
<!/<i
o
Q-0
costuras
decoração
'
"~
"
"'"'-0~
>'o
escultura e pintura
rrrmm
/'~
./1
PLAN'rA 05 BAR 8ACÃO DA ilCiCGLA DE SAMBA !lEI JA-J<'LOH ( 3º AKDAR)
"'"' - - - - - - - - - . janelão
H o
o[ZJ o[ZJ o[ZJ
~
"'"' o "'o<d
o
""' ri "' ~ "' H
" "'
"
o
"'
"ro "
ri
transparentas
"'o ~"'
banc~dus
de riscos
.;:; "'o ~
·rl " '
"'
o
...p,O"' "' ~ ~
"' "' "'
ri ~ ,ri ·rl
mesa de desenhos
<l)
""'"
sala de criação
.. .·.. .
.'
.,
/
.•·
L__J
~-------------------------~c·------------------------------------------------------------------------------------------------~ ~
H
o
rl
"
·ri
·d ~
o o I H
"
Roteiro do Desfile COMISSÃO DE FRENTE Grupo de Apresentação da Escola Quadripés
Quadripés Destaques A· William
B · Kiko C- Renato
D · Joel 01 -Ala do Mar- Comunidade Cavalos Marinhos - Grupo Abre Alas
Destaques.. 1 -Jorge Bras 2- Agatha Ferraz
5 - Isabel Fillardis 12- Roberta Vermont 2 - Ala T uaregas 3 - Ala odaliscas 4 - Ala Mercadores
A Grande Muralha
0@
0
0
Destaques 1 - Te reza de Aquino 2 -José Cerqueira 09 - Ala Máscaras 10- Ala A Corte Dança Afro - Grupo A Mãe Negra - África
1- Watusi 2 - Toni Tornado 11 - Ala Guardiães 12 -Ala Baliness 13 - Ala Saris 14:::: Ala Nobres O Boi como Moeda (A Índia)
63
O barracão, em t.al medida, quant.o
a
quadra
Escola
da
e
passa a
suas
as:
dimensões
art.esanalidade
administ.ração
funde
se
e
impessoais
de
prát.icas
alt.a
a
com
rnandonisrnos
emprei t.as,
lug-ar
espaciais
ampliadas, t.al como as divisões em seu int.erior. a
um
ocupar
especial,
já
t.rabalho
e
exist.ent.e. exemplo,
cont.ext.o,
ent.r-ecr-uzarn-se
equalizados
que ainda
Jorge
passa
sala inst.alada pelo sucesso 1990-91.
encomendas t.êxt.eis,
e
no
de
funcão
infor-malidade
à
o
"Chlquinho"
da
nos
carnavais
de
const.ant.es reuniões de
com a
Praça
pelo e
no
orcament.á:r-ia
de
ano,
t.odo
at.ribufdo nos
na
muit.o
anos
informações
assessores,
por
de
ent.re
cuida
das
mat.éria- prima{indúst.rias
e
no
É-lhe
de
lugar
envolvidos
bicampeã
seus
obras
decoracão,
diret.oria geral.
conjunt.o
XI.
.
Independent.e.
correr
t.rânsit.o
supervisiona as
cost.ura
de
no
últ.imos
carnavalesco
o
dia,
na
determinada
out.ras),
e
seu
32
det.ém
base
Mocidade
da
Escola,
fornecedor-es
aos
do
espaces a
de
imperat.ivo
car-naval
com
de
t.écnicas
pelo
de e
demandas
as
hor-as
12
é
at.ende
idéia
t.empos
ent.idade
at.elieres
confere à
os
barracão
químicas
nos
cool"denar
sincronizar
mais
sua
A
diret.or-
Fr-ancisco,
da
set.ores:
os
deve
do
ser-
a
o micro-universo onde
É
t.ecnologia;
figura
a
cent.ral
t.endem
circulação no circuit.o monet.á:r-io e financeiro, que os nor-mat.iza Nesse
t.ão
Desfile
A
mas
no
pát.io
deve
valorizacão
at.ual,
det.ermina
producão
de
part.icipar que o
das
ele
próprio
peso
polít.ico
adquirido pelo seu cargo:
•
o superqu&silota uni.dad& con;unlo um lodoi. A comtesão d• o maioria da escola at nda so.tndo, a na concenlro.Ção. Este é frenl& o tempo Saber d.OSQ.l'" a escola desfi.l.a me-Lhor: mtslêri.o. o = ategoriel$ d&elizam, bateri.o. fa.ntc;L$i.CI.S o.parecem, aegura, so.mbo. bem cantado. Não cansa o públ.ico HOJO,
de
•
••
A ênfase na dosagem da t.emporalidade de apresent.acão do conjunt.o t.raduz
o
horário desfile
rigor de
é
como
inicio
e
set.orizada
o
regulamento
t.érmino "de por
da
cada
letreiros
Liesa
desfile.
sinalizadores
exige Dest.e do
o
cumpriment.o
modo,
começo.,
a
pist.a
meio
92
é
do de fim.
Q possí.vel peequi.aa foi. avl!i"ri.gucuque as Escola.a trabal.ham Duro.nte que Lhe& prestam sobretudo com empreea.e informai.&, servico ó.rea.s e lei. Estas espectficos<•erralheria., vidraceiros úUima.s cont.ra.t.am os serviCos de uma. sêri.e dE> profissionais, t.a.mbêm i.nforma.tment.e.
•m
••
• Depotmento
de
a.ut.or<.:iB-.:iO-.:i!>-!>2>.
Jof!lé
236
Candelabros - Grupo O Fausto da Corte e o Mercado de Escravos
1 - Sílvia Bastos
2 - Marquinhos 3 - Klaus Haurberg 4 - !sara Spier 5 - Carlos Queiras
26 -Ala A Corte Imperial 27 - Ala A Guarda Real
28 -Ala Bela Época 29- Ala Baianas
Do Império à República
Destaque 1 - Reinaldo
Velha Guarda 65
últ.ima ala
Assim que a
é
seguint.e ing-ressar
informada
para
imediat.ament.e
no
concorrent.e. Liesa,
Nas
duas
auxiliados
por
t.é:rmíno
ou alegoria
de
assumir percurso
cabeceiras
Ao
cronômet.ros(inst.alados
em
lugar
no
passarela, de
vídeo,
longo
de
do
a
o
saida
posicionam-se gravar
traje to
est.ão
quant.o
meio,
a
concent.racão,
para
contabilizando
1986),
set.or
compet.it.ivo, após
da
equipamento
Escola.
cada
Escola ant.erior at.inge
da
outra
da
fiscais
da
início
o
e
distribuídos
foi
gasto
dos
80
minut.os pe:rmi t.idos. Isto tát.icas
de
leva as desfile,
ver
rot.eiros
exemplo,
por
Escolas
a
montar
formulados
05 a
09.
1991,
exige
mapas
desde
em
antecipadamente
diversas
A Mocidade dos
reuniões
e
Independente
presidentes
c:ronogramas expressos
de
de
e em
Padr-e
Miguel,
o
envio
alas
ant.ecipado do número e dados sobre cada um dos seus membros. Além disso, fixou o
cont.tgente máximo de
cobranca análoga,
uma
de
a
Escola
multa que
pont.o por minut.o. A imprescindível desnlant.es,
desíilant.es. A
l'ef"el'ente
ult.I'apassa
a o
violação
implica na
da regra
cada
elemento
a
mais.
De
t.empo
permitido
é
penalizada
maneira em
int.rodução da tecnologia do comput.ador result.a ent.ão
:f"rent.e
necessidade
a
tanto
do
conti'ole
quanto do cálculo do deslocament.o de t.odo o
dos
números
A ent.::r-ada das alas e component.es
out.ro,
segundo
a
alegorias no cortejo obedece a
entl"am na
cronologia
concent.racão
dramática
o::r-ient.adas no sentido de mant.er-se à as alas devem fazer
o
do
por
um
enredo.
lado Os
a
uma
confusões
no
dança
int.ez.io:r
mas
também e
das
Cal"l'OS
desfilant.es
po::rsão
distância de um b::r-aço dos demais e
mesmo. Cabem às direções de
vibrante,
•• .
um ::r-igoi'oso
e
conjunt.o,
harmonia, cuida::r- par-a que t.ant.o haja um canto harmonioso e somado
de
corpo da Escola
no coi't.ejo, sem pel"mit.i::r- buracos ou COI'I'&I'ias, mas evitando at.I'asOs
esquema:
wn
devem
ent.I'e
evitar elas.
evolução e consistente,
que
Ao
ocorram
cont.rário,
''btll'acos''(ausência de membros da Escola) podem se f"ormar, proporcionando vácuos de sent..ido na unidade espet.aculai' da apresent.acão. Do mesmo modo, para evitar at.I'asos,
••
as
devem evacua%' imediat.ament.e o
set.or
de
Escola. de Samba. os componentes da. Aca.dêmicoe do Sa.lg~eU'O foram pista. pa.ra. obr-i.ga.doe a. correr evi.ta.r a. pontos. literalmente a.legóri.coe a.la.e inteiras e da. .Eseola. de Sá. Em .ts:I'P4, concentraÇão, no setor do poi.s diretorio. enti.do.de retidos da fi.co.ram ev\.to.r o desconto devido única a.llerna.tivc. pa.ra. das notas, considerou a. regula.mento da. Liesa. muito cronometragem. O é tambêm QO o.lr"Cl$0 no define-os os claros dei.~a.dos pelas a.gremi.a.cões no cortejo, rigoroso com Em
.t993,
como ·•faltas graves".
237
~spe~são,
te~ndno
após o
decorre, sabemos, ele
agora
base
do
fat.or incisivo do no
papel
decisivo
sustendora
t.ipo
relacionamento
de
ent.re
do
"tempo
em
evento.
Escolas
do
força
est.ét.ica
ent.anto,
assumida
instâncias
pela
t.elevisual
est.rut.ural
e
tempo,
No
transmissão
outras
e
consumo".
da
a
É
de
imperativo
função
cont.rat.ualidade as
ao
atrelado
compromisso com o
desempenha
mercadológica
unidade
de
esfo~ço
Esse
co~tejo.
do seu
do
o
present.e
mercado
da
cultura. Aloysio Legey capt.a os t.ermos que configuram essa ident.idade: bom para fi.nahda.de televutã.o. Agora o mostra shov; de O carno.vo.l
ri.gor no tempo Esse objehvo., tranami.so.:.ao pO\.S po.ra a O decfi.Le di.m\.nui o. noite você manhõ.. E A noi.te ê quer mostrar-. colorido, tem entro.da de luz.
A preocupação com o
aos
interesses
proporcionam
cri t.érios
cot.as
do
noit.e
racionaliza
mot.i v o
de
tempo
da
pelas
Samba
é
estáveis
a
relação
prot.agonist.as a
sempre
pist.a,
mais
De
ent.re
do
t.elevisão,
a
com
igual modo,
a
carnaval o
enquadrada
A
anunciantes do
Desfile
cint.ilantement.e
lent.es
da atenção
das
circunscrevendo-a
responsabilidade
nas
horár-ios
dos
limitação
TV,
show
e-vent.o.
excitadoras
e
os
da
à ao
mult.icor, Escolas
das
câmeras,
das
a
t.ant.o
afinal
regularidade
negociação
seja,
qual
de
como
à
programação.
t.omar
ambient.ações
empresa
desfile
unificant.es,
lhes
es:t.:relado
de
t.empo
do
diminuição
•
"telespectador" est.á intimamente relacionada da
comerciais
..
o Tornou o telespectador. eo.mba. mostrar o escola d• o ci.nco do de.efi.le o.ca.ba onde mostro.r: reftetores põe põe canhão ehov. A noi.te
audiência,
no
com
t.empo
ef'ême.ro definido para sua exibição. O deslocamento da câmera de TV aérea na
~reção
cont.rá.ria
inst.it.uindo-lhe,
As
Escolas
o
acessiveis
de impel'at.ivo:
do
final
é
uma
cort.ejo,
visualizando,
a
dimensão
dest.a
encher
t.elevisual,
t.ela
da
do
of'erece
procuram
Samba
de
jornalist.ica no
percurso
conjunt.o,
conseqüent.ement.e informações
ao
mas
com
impact.ant.es
capii:ulo.
A
novidade
a vel'
.resposabilidade.
moldura
elementos
pist.a,
da
encharcados
reprodução
assume
e
deste
de
modo
presença que iguala t.odas as concorrentes
e
de
mat.éria
o e
lugar forma
det.er-m.inado imaginár-io a respeito da Fest.a-Espetáculo: vai.
ser
no
di.f erenle do
que Sapucc..t
do
Como
mudou,
••Depot.m•nto . de
A l oysi.o Legey.
passou. com
escolas
Em .1988 edi.tor-i.ai..s pculi.ram
238
as em
escolas de samba entraram ritmo de zi.ri.gui.dumc ••• ) . outros enredos. Ficaram
eel.ét-i.eo.s( . . • ). ma1.s É sobrevi.verã.o tornam
•
Numa
festa
se
já.
que
v1.suai.s·
e
um
tornou
doo
oxplodem
mus1.ca.1.s
eseoLCUI: sabem o &!:lpet6.eulo
ano
cada
a
mudanÇas
mundo, estilos
mel.hor
o
1.nva.dem
ano: espaÇo do
o
cada escola se renovo., guardando referênci.o. paro. suas i.nvençõesotanchet.e/J.8-02-1P89).
O deve
ale~órico
carro
superar-se
não
só
cataliza em
eletr-ônicos.
fácil
leitura,
roupas,
A
semelhantes
cenógra:Io
f'iglU'ação
inclusive
Renato
é
se
persuasiva. memória
tratam
Isto
de
da
metonimicamente o
exacerbação artifícios olhos
da
dos
plat.éia,
cujo
es:t.ética,
recorre ao apelo a
quem
luz,
cor
e
som,
um
que
alegoria a
ce:rt.o
um
aut.or
do
opera
com
com
a
manancial
barroca
são
são
inst.abilidade,
Para quem a
como
o
art.efat.o
quer
o
"arquétipos
excit.ada.
cor
que
Para
que
a
alet;or-ia
quant.o Maria
ao
das na
dos
direção
dos
empreendimento
de
ação
uma
cenográfica,
At.rela-s:e
inst.âncias
o
olhar
às
tr-anse especular pelo
carnavalesca
Viveiros:
a
e
como
do
imediat.ez
da
his:t.6rica. guarda real,
Cast.ro
figuração alegórica das Escolas: condiz com o
239
cores
mat.éria
dilaceramento
LaUI"a
ima6"em,
da
O
afiançado
da
informações.
at.uam sobre as
es:petáculo.
ident.it.ároio,
caracteres
pois
port.ant.o,
a
força
selecionados,
disparados
at.enç:ão
o
Ai
confecção
na
espiritualizar
assiste
afinidades:
de das
projeto .•
aparência de
instrumentação
sinais a
à
art.icular as
caracterizado, de
portant.o
elementos
fosforecent.es
expos:ic;:.ão, que suprime a ausência de profundidade af'et.iva e É
seja
Joiffo Moderno,
de
formas mbveis:; estes moment.apeament.e for-mam, dur-ante o de
que
sorriso sapeca,
série
facultem
que
a
recur-sos: de luz e
de
de
audiovisual.
convocando-lhes
é
impact.o
ácidos
virtuais. O
incitado a
Tais
exercício
psico-sensoriais
do
visíveis,
comunicat.i vo-expres:s:ional
uma
cores
comparece
mecanismo
iluminação.
de
de
cient.e
reclU'so
cult.ura
sinais
de
figurações
espectador é
outro
um
tanto,
no
ano
a
simples''.
ao
graças
signos
ut.iliza
bastante
de
mas
Ano
seus óculos refletiam as imagens dos
imagens
as
comuns; com .figur-ações bem Mas
se
t.ons
os
Laje,
novidade.
da
do
ponto
como
com boné de baisebol e
vídeo-~ame,
manejava uma manet.a de
primado física,
o
t.ro.di.Çã.o
a
t.elevi.aac do de novos ma.teri.a.i.s, curioso e
Mocidade t.rouxe, ílust.rando o
imensa escultur-a de um menino,
jogos
est.e
proporção
capaz de provocar. Em 1993 a a
programas novos sambo..
cada
como
inovando que aó empoLgant.e(Jornat do
o
com
a
excesso,
Cavalcanti.
processo social
de
elabor-ação
diferenças alegórica na
Jocus
cidade
de
mediadas.
int.eração
na
ruína é
progr-esso
sentido
trocas
mas
forma,
defende
agoníst.icas
No
caso
do
na
a
de
ent.:r-e
estética
fragment-adas
fulcradas
inferência
que,
de
percepção
a
para
entronizada como concepção de mundo e
moder-no.
imanente
encont.:ra
Entretanto,
0 inst.ant.e fragrnent.ário que interrompe a do
um
experiências
das
baseia,
se
exist.e
Desta
met.rópole(1993:168).
Benjarnin<1984)~
bat"'roca, a
não
simbólica~
art.e
da
sócio-cult.ur-ais o
que
já
Desfile,
semelhança
à
unidade,
do
ao mesmo tempo
repet.icão do mesmo na hist.ória
Car-naval,
a
alegor-ia
compreende
a
comw"ricação
eficiente; a
busca da univocidade do sentido por- meio de
um
simulacro
unidade{que
é
em
um
e
da
de
sist.erna-cenog:ráfico especialização aut.omát.ica. contempla. uma
O
informações ao
o
a
fim
que
excesso
t.otalidade
carro
t.ribut.ário
técnica
Pois
o
se
de
cuja
ot.imizar-
quer
provocar
detalhes
dimensão
t.em
o
ocupa
est.á
tecnologia
da
objet.ivo
é
ident.ificacão
a
propósito o
de
significação
:Funcional
olhar.
evita-se
a
de
quem
de
simu.l.a:r
Bombardeia-o
apatia
unidade,
em
.ar-t.iculada
seu
todo
dispostas;
heterogeneidade
a
E
conquist.as
das
de
sist.emat.icament.e
trans:F o r mar
alegórico).
do
com
espectador
conjunto
em
o
a
com
homogeneidade rítmica-musical. Durant.e
o
últ.imo
Beija-Flor
de
Canto
Cri.stal<homenagem
lilás
de
de
Nilópolis,
suas
quatro
a
carnaval<1985),
mil
aplausos
"chicot.e
seqüencial",
Lido quais
de
e
Paris
é
da
a
cont.ou
Escola,
carr-o
lírica
abre-alas,
Bidú
alimentadas
platéia.
da
mesma
ainda
present.e
Saião),
poi'
com diversos
observar
que
o
A
nas
int.it.ulado com
dois
Escola
da
o
O
luzir
geradot'es
tecnologia
cenar-izacões
canhões
proporcionavam bordados pude
passagem
da
de 60 KVA -, controladas por um computador,
acalo:r-ados
pot.ent.es raios
barracão
cantora
lâmpadas,
respect.ivamente, de 45 KVA e arrancou
do
apresent.ação a
quando
de
do
luz.
t.ipo
Na
utilizada, feéricas
strong,
visit.a
carnavalesco{e
do dos
feita
designer
ao de
moda) Milt.on Cunha mont.ou um painél simulando os dez set.ores cromát.icos em que dividiu o subt.ons). elaborados: ser
Algo os
que de
cont.emplado
visualidade
desfile(e os quais se subdividiam, lhe
uma do
máxima,
peromit.iu
espécie
alto. contou
O
de
arco-íris
t.rat.o
com a
testar
com
as
r-eluzência
cada um,
em mais dez
ant.ecipadament.e
os
seropent..eando
pist.a,
formas dos
e
na
cores,
mat.e:riais
efeitos para
visando
plásticos
e
a a
transparência dos t.ecidos sint.ét.icos. Ambos funcionaram como rebat.edores coloridos de luz.
240
FLANTA 06 ATELIER DE G~Tl1LTO D:.íillOJA(PRgDIO DA Flili1HE/l2ANDAR) I I
I
s:.:Lla de
e ser i tório
adereçamento
varanda I
banheiro
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Ql
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+' <1 Ql
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•
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'
''
Ql
'
"' .1;!" Ql
''
''
''
.. '
'
secretaria administrativa
depósito de fantasias
-~---
PLANTA 07 ATELIER De: GETULIO BARll03A( GALPÃD EXTERNO )
-
"'··..
#' "'"
.•
J'<
/
·---J
I
000000 máquinas de costura
c:ümox<1Tifado de adereços
refeitório
···...
[;sade~~
...•.../ almoxa-rifado de costura
bancada de adereços
máquina de
aderêçaria
certe[2l
J1TflllJ! lililltli .,.o 'à'!! .,.o 'à'"
"'
·§'
;,;"'
o'éY
"'
setor de solda
PLANrA 08 ATELIER DE GE'rtlLIO llARBOSA(PRi:JIO DA FRENTE/Tl!:RREO)
sala de escultura
mรกquina de 11 Vacuo forming 11
''
''
'
oficina de modelagem
''
-------
''
' ',
'
' ' ',
Mesmo singulai".
Eeicão
barroca
barroquismo
O
suíicien~e
a
para
é
envolver
explorado
comunicabilidade
mais
diret.a.
que
forma,
dissolva
combinacão est.ão
a
de
Porém
em
ou
na
reenfantizadas
qual
na
a
dado
sinuoso das
anarquia
o
linhas de
abertura
uma
pastiche
forma,
muit.o
geométricos
buscar um
e
seja,
pr-olixo,
int.roducão
se
de
comparece
ou
aspec~o
~racos
exuberância
expressão,
à
os
lug-ar
reinventando-a,
técnicas
seu
comport.a
art.-nouveau
do
de~ém
Eormas
em
eclet.ismo;
um
florais
dos
e
finas
dessas
feito
da
carnavalescas
função
e
sent.ido
conjugam-se na direção de um mesmo efeito de sig-nificação. Por outro lado, a Escolas a de-
descentralizar a ~eia
complexa
con~rat.os
qual
embutidas
entrou
anos
Em
1972
proí'issional.
e
pr-odut.oras
de
pelo
situação da firma.
Hoje,
Vila
Penha,
da
meses
por
ele
pelas
mãos
montou
se-u
governo
setores
e
Comecou
.
de
Arlindo
próprio
de
tr-abalho
ano
em em
e<
fins 1979,
televisão,
a
com
as
juridicamente
a
1990,
subúrbio
pessoas
57
secret.ária,
no
de
do
estilista
Só
para
reg-ularizou
de
como
atelier.
No
trajet.o
O
Rodr-igues
serviços
cine-ma.
Collor,
de
emersão
ausência
A
serviço".
inst.alado em um casarão o
variada.
de 36
prest-ar
comer-ciais
coor-dena
ano<nos
heur-ístico
a
concorre à
ce-na uma dive-rsidade de pequenas e
"prestadoras
Começou
postas
exigências
como
Sambódromo obriga as
Is~o
carnaval.
mão-de-obra
traz à
carnaval
no
se-ssenta.
t.ornou-seteatro
insere-se
Barbosa é
plástico Getúlio
cenóg-rafo, dos
na
produção do
formais de trabalho
micro-empresas, artista
expansão inst-ituída com o
carioca
empre~adas
contabilidade
da
sete
producã.o),
e
inteir-amente dedicados ao Desfile no Sambódr-omo. seu
A
ver-,
nessa
t.r-abalho "carreira"
e
a
fundação
possibilitando-lhe
ár-ea,
um
mer-cado
refere-se a Liesa como a e do
técnicas
no
pet.róleo",
passou
a
Escolas(agoY..a
a
possivel cheias
96
os
dados
de e
o2-4-!5/02/S993.
cores
de
confecção
a
de
ele
ao
r-esist-ência
a
resu\.t.o.m deecri.cões Ver p\.o..nt.o.s de Oó o. 011:.
De
como igual
sugest-ivamente fan~asias
f o:r-necida
enr-iquecimento As
sit-uações
e
do uma
modo,
de
de
indústria
pela
monetário
além de chuva,
das
aparecem uma
por
o.t.eher
"era
adereços
conseqliioncias
Desfile,
que
241
carnaval
o
alegorias,
peças no
"mor-alização"
entrada de novos materiais
chama
..petróleo ../dinheiro). das
a
competitivo.
matéria-prima
s:raças
enve:rg-adura e
definir
pont.e que f'acult.ou a
porque
com
significou
bast.ante
Esta nova fase
no maior volume e variedade
fechado,
Desfile.
con~ar
petroquímica,
Liesa
da
maior
exemplo, noe
porém com t.ambém maior leveza e :flexibidade na composição das formas. Seu at.elier é A
resinas.
pa:I"'t.ir
especializado no manejo com est.r-ut.uras de ar-arnê e
do
I"isco
do
Cai"navalesco,
ent.I"e
os
meses
de
julho
a
set.êmbro, é
feit.o um molde ampliado, ent.regue aos pr-ofissionais de ambos
os set.ores.
O
arame,
r-esplendores(em
ut.ilizado
média,
soldadores
em
est.rut.uras
met.álicas
de
quat.ro
como base
cent.imet.ros),
80
t.ornos
em
para
10
e
série,
máquinas
contando
com
por
Já
costura.
tecidos
as
esculturas
I"esina.
é
Esta
colocada
Est.ados
Unidos,
nos
uma
mesma
matriz
de
anos
na
plantas
pecas
06
Dent.ro funcões
no
o
o
Spinosa com
ent.rou
o
de
sagr-ado
campeã,
afirma
que
não
desde
em
oxigênio
e
espumas,
do
set.or
argila
de
vacuo
f'orming. consist.ê Tem
de
acet.at.o.
ou
de
isopor,
de
conferir
medida
Trazida
empregada
format.o
com o
aos
mais
de
t.empo
mínimo
pelo
dos
impressão
na
sido
mas
do
ficou os
t.arefa
a
na
de de
principalment.e
padrão
carioca
projetos
planejarant.es,
em
desde 1988,
de
quant.o todos
Sá. ao
do
cada
"grande",
vez
ofert.a de
1974,
desenhando Mário
mais
mérit.o
detalhados;
a pelo
perde
diluída
na
bases
para
paulista
Chico
as
o
de
coordenador
de
roupas.
Mont.eiro,
Embora
di visão
da
carnavalesco
espécie
nal"rado,
cenógr-afo
Est.ácio
dúvida
t.empol"al
artíst.ico",
t.elevisão
badalado
e
espacial
agora
de
Carnaval
carnavalesco
deixou
grupo
sob
"dil"et..or
Figurinist.a
afast.ament..o
posição
como
confeccionam
cent.l"alizador
um
no
produzindo
solda,
costureiras
reol"ganizacão
exemplo
argument.o.
e
.
dest.a
de
especialização
pelo
em lar-ga escala e
as
já
feit.as
aspect.o
o
ar-madores
com emborrachados e
t.ecnologia
placas
Carnaval carioca, a
gradualment.e
est.ét.ico.
37
tal
flexibilidade
08.
a
indumentárias
"médio" e "pequeno"
de
primeiro
máquina
oitent.a,
diferent.es mot.ivos figurativos, ver
por
matel"iais
t.rabalhados
moldadas
sobre
a
devido
macicament.e
são
e
uma "cama de gesso", daí se faz uma mat.riz posit.iva
depois post.as sobre em
sintéticos,
golas
chapéus,
t.rabalhado
é
acet.ileno. São depois for-radas as ar-macões rec:obert.as
os alt.os
em
Escola
Assumiu 1991,
t.enha
t.ít.ulo.
a se
Monteil"o
Spinosa sublinha
que
97
as
costureiras de trabalham com mesmo padrão. Ele muitas o To.mbém f Ql"'t0$ia.s, porque possibilita vend&-l0i51 la.rga comércio da.s em o facilita Q fase prê-ca.rna.vo.lesco., devido nao no peri.odo curto do. esc:o.la antecipadamente o corpo hoje de medir do Algo obrigatoriedade procura. mo.ssi. v o. de lugares na.s alas, vezes pelo. mui. ta.& invi.bi.a.lizo.do Q outros esto.dos ou pa.i.ses, loca.liza.da..e em que têm acesso por peeeoa.& Desfile. Hoje di.a mesmo do a.pena.s os destaques de luxo ou vesti.mento. no c:elebri.da.des usam roupas feiia.s sob medida.s.
-
•
242
soluções cot.idianas que det.erminaram o t.raba.lho, foram suas. um processo que se impessoaliza à
A polêmica remet.e a
incorpora divisão
cadeia
t.rabalho
do
meio a
de
uma
carnavalesco,
int.erdependent..e
concurso)
a
páginas
plat.éia. Nomes
durant.e
o
Desfile,
out..ras
a
noção
qual
funções
desfile,
jornais
como
exemplo,
por
a
Desfile,
de
no
define
sistema
os
pode
e
significar
:revist.as
ou
anunciados
quando são
da
aut.oria
em
ovacionados.
pela
do
de
t.elas
da
t..ít..ulos
:facilit..ado
de
De
TV.
no da
igual
cria expect.at..iva
Rosa
Magalhães
e
Renat.o
locução
oficial
da
Liesa,
assim
marcas
Const.it.uem
na hierarquia ent..re as Escolas de Samba e
função
padrão
o
acesso
nas
joãozinho Trint.a.
de
part.es
mercadalógico
adesão de novos component.es nas alas e
modo incent.iva a
Lai;e.
de
ressignif"icando
como
assinat..u:ra de um art.ist.a{det..ent.or
det.e:rminado
nas
Escola
embora a
a
compromet.idos
construir cenários de acordo com a
do
fest.ivo
ent.ret.eniment.o
cultura. M.uit.o
~ent.es
de
exigência de projet.ar e
t.rabalho,
na
maior
medida que
valorizadas
aquela part..icular exist.ent..e no
meio profissional dos carnavalescos.
colet.iva
da
produção
sist..ema que cult.ural t.errnos
ai
contradição
A
uma
concret.os,
conferido ao
no
qual
este
os a
Passarela.
A
porque
a
element..os
e
estabilidade
Desf"Ue
de
insere-se,
aspect.o sempre mais
singularidade
org~zação
e
ant.ít.ese,
redistribui
ali
entre
estrut.ura os
física
acelel.""ando
da
event..o
das
urna
pecas
novidade
mais que
do
o
a
no
consumo
Em
significado
processo que
conf"eccionadas embutida
t..ensão
circulam.
e
Sambódromo t.odo
est..rut..ura
uma
nela
quantif"icacão
traz
e
mercadológica
valores do
criador
é
Carnaval agem sobre
ef'êmero
valoração
do
do
para
produtivo
det.er-mina
o
exibição
na
obsolecência
corno
essencial a t.udo quant.o ganhe mat.erialidade plást.ico-visual na pista.
o
trabalho
do
carnavalesco
:fixa-se
con:fecção
na
de
brilhos
excit.ant.es mas imediat.os. Dai decorre que atuação desse agent.e não pode colar-se
a
sobrevivem
art.íst.ico; comunicat.iva
espiri t.uallzem-se,
que
uma
com
. platéia eles
pz.ecariedade
da
anônima,
artef'at.os engenhosos em tempo escasso e coligidos
de
diferentes
pat.rocinadores.>. apreendida,
em
A
:fontes<de
conformação
part..e,
pela
perpet.uando
a
qual
elaborador-es
experiência
na
e
de
sugest.iva:"O
carnaval,
como
a
TV,
243
é
a
relação
f"eit.ura
nest..a
m.i5.o-de-obr-a, órbit.a
indústria
homologia desenhada por Mário Mont.eiro, também cenógraf'o
é
da
de
com uma variedade de recursos
mat.éria-prima
dos
oriunda envolve
f"a.zer
seu
o
um
t..:r-abalho
pode
t-elevisiva. da
de serA
Rede Globo,
descart.ãvel.
Sou
•
especialist.a
nesse
t.ipo
ceno~rafla.<. .. )Quando
de
barr-acão, acho
tudo ultrapassado.
fascina"(jornal
do
é
acento
o
Brasil/21-02-1993).
que
dif'er-enciador-
e
produção
o
Mas
contribui
entret.eniment.o. Ele é
para
alegorias
brilho efêmero
Todavia
conf"er-e
distinção
a
as
a
da
voltam
ao
cenogra!"ia
me
assinatura
do
"artista"
esttlo{marca-signo) do
evento
outros
de
deste modo um misto de gênio criador e
grande
a
bens
de
coordenador
do const.ruto visual levado à pista. próprio
O
festas",
a
quem
Chico
ordenal"
cabe
Vale, por isso, descr-ever À
principio escolhe
Spinosa
um
a
reconhece
se
esteticamente a
sua rot.ina
t.ema
ent.idade
dUl""ant.e
com amplas
como
a
um
"operário
que
o
cont.r-at.a
produção do
possibilidades de
de
•• .
espetáculo.
const.it.uição
de
imagens. Em 1994 concebeu o enredo Abrakadabra. O Despertar dos Macicos,
para a a
União da Ilha do Governador.
potencialidade
cidade/Amor,
temát.ica:"Amor~
da
que
a
mar-avilha1,
De posse do t.ema e compositores~
que
O refrão do
noit.e dando
Ilha
pesquisa inicial,
da
a
a
partir
dela
brilha/A um
elaboraram
Então
escala
de
multicor
a
procedeu cores
do
que,
cortejo,
realização
mantendo como se
de
a
uma
do
cor
de
qual
inscritas
no
Spinosa integrou
desenhos,
na
a
sinopse entregue aos
cromát.ica,
"ent.rasse
encanta
.f'elicidadeC..)".
canções
as
duzentos
unidade
magia
banho
escreveu a
concur-so inter-no de samba-enredo da Escola juri.
samba-enr-edo deixa claro
segundo
cont.rola
out.:r-a·•,
o
sem
o
uma
efeito cair em
anarquismo. Cabe-lhe cola
colorida)
"modernidade'', eletrônicos -
e
fazer
estando a
deve
pr-incípio
de
de
de
escolher que
"a
leveza
no
técnicas os
gente
novas
figurinos
confecção a
habituados
aperfeiçoar
exemplo,
riscos
expr-esso na maior
escultores{t.ambém ainda o
pesquisar
igualmente
do
e
exemplo,
a
carros
crit.é:r-io
da
traçado
cargo de
universo
materiais(por
da
um
e
sob
o
no
uso
grupo
eficientes na figlll"'ação
corpos gost.a
exibidos de
ve.r
nas
gente
alt.as
vestindo
...
"".
e
t.are.f'a
imagens.
alegorias,
bonita. A gente gosta, nessa festa pagã, de ver corpos nus" 98
sua
É
das
bonita
eíeit.os
figurinista
de
televisão).
de
Por
com
o
roupa.
Em 1994, o
Da.doa recolhido• no depoimento de Chico Spi.noea. ao a.ut.ortto-o:t-.tP94> .
como figurações model-os disputa.m eobrea.e a.le-gorio.e. Atualmente atrito di.vulgaçS.O ftsi.co ganhou mui. ta entre du~ modeloso pelo Em .t993 Escola samba. Oro.nde um ca.rro do Ri.o. respeito, om A indo. lugar a. nos conto. com a todos os presenÇa do um contou que grupo spinoaa s-e prepo.ro.m desde rapo.:zes(fisioculturist.as> que do outubro o p=o paseo.relas da D.-sfite. Nome-a famoso& moda aferram-se pelo direito do
•=
244
destaque do seu trabalho ficou por da
e
Escola.
Set.e
garrafas
bolas
de
imensas
esculturas
plást.icas<cont.endo sur~iram
sabão,
imagem foi
sem
para
medo
de
de
do
carl'o
cavalos
anilina
azuD,
saudar-
elogiada na imprensa.
sent..enciou:"Olha,
conta
a
que
fechou
o
marinhos,
feit.as
em
replet.as
magia
da
apresentador
O
é
errar,
um
de
Era
de TV,
dos
carros
luz de
desfile metal
solt..ando
e
Aquárius.
Fernando mais
A
Vannucci, que
bonit..os
passaram aqui, ont..em e hoje. Chiquinho Spinosa abusou da criat..ividade."
o
carnavalesco
profissional
t..eve pela
cont..radada
de
ainda Escola
e
int..eragir responsável
coreógrafa
a
com
elaboracão
pela
e
treino dos moviment..os exibidos pela comissão de .frent..e. Ambos negociam a
uma homogeneidade física,
escolha dos int..egrant.es<que devem t.er ao
port.e
atlético
figurino e a União
repr-esent.at..iva isso,
da
descoberta
africanas. Durant..e a
referenciarem o
suas
sint.et.izando
a
envergadura espet.áculo. no
os
E
sent.ido
a
idéia
Tal formato
do
alta
est.at.ura),
t.rês a
de
o
t.ipo
de
20 mil são vest.idas
ant.igüidade.
na
est.ilizados
frent..e
de
comissão
homem
de
sido
como
Para
t.ribais
dane as
imaginárias"
caract.eríst.icos,
primando
met.ros). ot.inri:zação
as
regular
"anfit.riões
pelo
adereços
e
mágicos" dos
por
ef"eit.o
Trat.a-se
de
um
de
os
elementos
que
enredos.
encenações cor-eográfico
ut.ili:z.ados<em
todos
Escolas
média,
show
dentro do
a
do
cort.ejo
impact.o. homogeneidade
audiovisual, pessoas
pelas
t.em
''viagens
ant.es
conferir
espet.ác:ulo
carnavalesco. Das 70 mil
nas
roupas
das
anos
t.emas,
dos
deslumbrant.e
esforço
uma
pelo
frent..e
solenes,
geral a
de
imergir
explicitam do
fogo
últimos
Nos
g-est..os
chega
trouxe
passos
comissões
magnit.ude
alt.a
de
evolução do grupo de 16 homens, wna nuvem de fumaça
público
Subst.ít.uem-se
do
gest..os
envolvia.
os
convidam
homens
Governandor
do
coreografou-se
colorida
de
encenação propost.a na dança coreograf"ada. No ano de 1994, a Ilha
da
esportivo
tendendo
que
Escolas"".
para
em média
ao além
conjunt-o das
desfilam nas
São int.egr-ant.es
das
alas
amplia
t.aref"as duas de
o do
noit.es, baianas,
""rai.nhas··. frente bo.ler-i.o.s como Em outrosr c: as os, mul.hers-s manequins como ge1nha.m pr-esllgi.o e a.lri.zes ocupando a.quel.e atri.z L uma. da hoje famoliiia do Oti.veira., descoberta. em .t.P87, c~ o C:a.pri.chosoe de Pi.tares. A a.nsi.a. das Escola.s em sa.mbou pela. esla.bel.ece cs condiÇÕes i.nserçao deste especi.li.st.as de o públi.co
de-ttc:onheci.das l.uga.r. quando fgsci.na.r do. eeduC ao. 4
foi. o.ti.ngi.da a. part.i.r dos da.do51 qua.nlo a.o número de A. médi.a. di.stri.bui.Çã.o nos .s:etorés, forneci.dos pelas Escolas à. Li.eso., e sua. na revi.s:la Abre-Ala.slconttulta.da. pelo corpo de juro.doa:>. publi.ca
245
desfi.la.nte.s: qu.,O!õ ConsuLtei.
mest.:re-sala e
port.a-bandei:ras, comissão de
os
São
bat.erias.
chamados
onde
''comunidade'' just.i:ficado
pelo
tradição
do
por- isso
mesmo,
predominam
significado
e
Desfile
conformam
o
consist.em
em
''set.or-es
ao
mesmo
event.o
como
funções
pessoas
semiót.icas
popular
na
no de
cult.ura.
é
hist.ó:ria
e
concurso.
E
t.:radição
Signos,
pr-eenchidas
e da
invest.iment.o
signos
de
ser-em
a
O
elementos
nos
passist.as
das
desempenhado
consist.em
gênero
um
além
negras.
desses
est.:rat.égico
tempo,
cr-ianças,
t.écnicos",
expressivo
papel
o
as
:fr-ente,
com
que
por-que
eficiência,
t.endo em vist.a o :reforço da imagem do ..balé-ópera" de rua, protagonizado .. povo''
do
genialidade
pela
dir-igido
e
f olclo:rist.a
imaginár-io
alimentado pela lit.ur-atur-a jornalística, publicitária e pár-a-intelect.ual. Para t.anto t.ais setores ensaiam mais de duas vezes na semana nos
meses antecedentes ao Desfile, quando recebem orient.ações a gestos e
do t.ipo de coreografia a
:respeito dos
ser :realizado para realçar momentos da
letra do samba-enredo ou do personagem que interpretam na narrativa. Por exemplo, em 1993 as baianas da Escola Acadêmicos do Salgueiro faziam urna
balanço das
ondas,
braços,
eu vou/No mar
agrupamento
pelo
atingido
os
com
remada
de
espécie
à
assemelhava-se
ondulação
quando
eu jogo
a
compacto
ag-it.ada
a
saudade,
dizia:"( ... )E
amor(. .. )".
longas
das ondas~
das
música
O
visto
efeito rodadas
saias
quando
no
do
alto
ou
alas
de
fim
do
das arquibancadas e camarotes ou das lentes das câme:ras de TV. mesma
Da
comunidade
em
cor-tejo seus
as
setores
disposição
a
normalmente
de
..vest.ir
clientelismo doada
se
malhas
de
torna
meio
dança
. A escolha dos
sociabilidades
de
Amizade,
marcam elo
um
e
inicio,
origem.
politico
..
das
a
lacas
indicacão compromete
que
que de
dos
o
entidade: deve gratuitamente dedicar-se aos ensaios com
Para é
bairros
seus
fantasia
A
af'lnco.
administ-ração:
aos
prát.icas
e
desfilant.e com a
esta
e
os
dirigentes,
• exalt.ada
da:r
por
alegoria
as ediÇõea respectiveull a.oso costumam desfi.la.r com entre
a.nos Q
à
essas
realizar sua de
mi.l
.9. 500) .
•• Fonte:
que
pelas
determinada
é
Escolas
integr-antes.
seja,
explica
objetiva obter maior harmonia de canto e
parentesco
ou
Laila
determinados
component-es
vinculam
maior
forma,
depoimento de LCl.ila..
246
o
papel da Escola de
comunidade".
......
promove-lhes
alas
Tais
Q
componentes,
a..s
a
Samba,
condicionantes
entida.des maiores menores de 3 Q
às
permit.iram carnavalesco.
Escolas
Também
post.eriores)
anos
realizando
uma
Nazaré,
que
já
ent.re a
o
novos Salgueiro
a
com
o
t.ema
o
seu
desfile
comunidade,
da
correspondent-e
cont.ava
sua capit.al at.é
abriu
ala
coreosrafia
Rio
no
desdobrament-os
as de
Janeiro.
de
1993(e
romeiros
de
um
do
e
dois
cordas. Sírio
paraense
A regularidade
nos
por
rodeada
aos
avent.uras
desempenho
seu
na
de
viag-em
consistência
dos moviment.os result.ar-am de dois meses de ensaios permanent.es. No espet.áculo das Escolas de Samba não há o
o
pois
conjunt.o,
especialização
as
simples
coro de
cort.ejo
het.erogeneidade
indument.ária,
um
de
alas
das
formalizados
são
entant.o,
desf"ilant.es eiU"edo.
int.egra Nest.as
dos
relações
pelo
ar-t.efat.os
sociais
tais
conjunt.o narrat.ivos
f"ulcradas
cê nico, do
enredo
aperfeiçoem
t.ecnicament.e
cont.rat.ações passistas,
de
por
as
puxadores
exemplo,
suas
de
performances.
samba,
condizem
Na
com
a
circularem com seu t.alent.o t.ecnicament.e desenvolvido inst.::r-ução da Liesa que p::r-oibe homens ant.i€as
"t.ias"
do
samba
Pr-aça
XI,
vest.idos de elimina
o
est.á em jogo não é perpetuar
uma
uma memória grupal a imagem
práticas carnavalescas
do
est..ã.o,
present.e, desart.e,
de 42
encorparem
a
especialização direção,
especialist-as
cr-iador
t.odos
divinificador-a na
as
em
em respeit.o às da
ala
os casos,
ser resguardada, mas o
supost.as
Não
Da mesma forma, a
.
ato
No
port.a- bandeiras,
baiana,
os malandros t.r-avest.idos de baianas. Em
Escolas
em
da
e
disposição
cidade.
mesma
mest.re-salas
ent.:r-ada no
carnavalesco.
obstant.e, os set.ores mais expressivos conheçem uma maior e
int.egrant.es
na
ao
de
set.or-
o
evolução dançada, abert.ura :fundament.al à
encorpam o da
dos
maioria
a
ensaio geral de t.odo
do
nas
o
que
empenho
espet.áculo.
realização
As
est.rit.a
do
modelo espet.acular-fest.ivo. O subordina visual.
mesmo os
Em
propósit.o
aspectos
1991,
foi
rít.micos
inst.alado
sonorizacllío colocados
••t
na
de
um
bat.eria
e
configurar
ident.idade
e
aos
musicais
pela
empresa
sist.ema
art.iculado
aos
de
desígnios
Inst.alsom,
composto
por
micr-ofones
.
f"ort.e da
impact.o
plast.icidade
responsável 32
pela
microfones
ut.ilizados
•
palos
dizer qu& eapeci.o.li.zaÇão/profi.ssi.onal.i.zccã.o ba.stant.e a.fet.i.vos, a.s sol.i.dari.edades comuni..t.ári.cw Os l.o.Cos hes\.La.nt.e. de apo.dri.nhamento cl.l.ent.el.i.smo, prá.li.cas cl.i.a.dcw fami.li.crea, entronizado brincadeira QO Carnaval., do ciment.o.m sent.i.ment.o chegam, peLo por quo n!io menos enquanto, relacionamentos cont.rat.os a o ret.orno monet.á.rio mo.iori.a. desse e forma.is. p=a agent.e!l" a.lgo desproporci.ono.l bs suo.s cont.ribui.ções. prec-..ao
•
247
•
puxadol"es sonol"a
do
samba-enl"edo
simultaneamente
pista
e
pelos
corpo
da
conferindo
é
de
lares
alimentado
simetria
t.elevisão.
da
distribuída,
milhões
Escola
e
de
pelo
desempenho
ao
por
O
uma
onde
se
ritmo
da
de
todo
é
l"esult.ado mesa
a
central,
assista
o
bateria cortejo.
em
toda
a
Desfile.
Todo
o
voz
e
do
competência
samba como rit.mo musical, cuja danca é
dos
passistas.
Cabem
as
alas
mexerem
puxador,
entanto,
No
mil wat.t.s de volume sonoro abafam o coro das alas. O puxador e resumem então o
sincl"onia
os
a
360
bateria
especializada na
progressivamente,
no
ato de alongar- os braços para o alto, fazendo-os bailar. A posição das bat.erias,
e
proporcionar
manter
do samba-enredo e
à
a
hoje, ilustra bem a
cadência
situação.
rít.mica-percussiva,
vit.al
Cabe-lhes
à
monofonia
expressiva coesão da evolução dançada. Mas, além de
funcionarem como atrativo visual, em razão da massa compacta de mais 300 pessoas
agrupadas,
próprias
bat.Grias,
e
experimentar facultar a em
por
da
em
interna
conexão
introduzir-
todo
a
"par-adinhas", altura
dinâmica
com
do
a
novidades
realização de shows
relação
adotados
a
totalidade
anualmente.
outras
Escolas.
Entre
os
por
t.amborins.
Est.es
recursos
levam-nas
razão
instrument.os
deixam
alguns
por
sonoros
logo
as
destacam-se de
de
lhes
e
celebradas
tocar-
segundos
sincronizados. Ou ainda os florearnentos agudos das de
em
isso,
t.odos,
samba-enredo
do
Isto
evento,
das
padronizados
Artifícios,
letra
do
instrumento
de expectat.iva
cort.ejo.
t.odos
dP.
particulares mas indutores
o
quando
concerto
a
cert.a
retornam
e
cada vez maiores alas
impulsionam
o
deslocamento
mais
rápido dos componentes, que desobrigados da danca com os pés, solt.am os braços
igualmente torcida
alt.o.
o
para
agita
os
organizada
Também
braços, de
suscitam
muitas
futebol,
empolgação
vezes
das
contratados
incent.ivada
pelas
platéia,
na
Escolas
por
que
grupos
para
animá-las.
O result.udo tem sido coreografias de milhal'-es de braços movendo-se a só
tempo,
nas
destacada
imagens
da
televisão,
conjuntamente
de
emocionar
o
de
a
um
evolucão
do conjunt.o desfilant.e. O
cat.e~órico
imperat.i vo
elemento
sistemat.izador.
"gagues"
inseridas
Beija-Flor, int.el"ligam público.
'I"
"'·
na
Permanecem
sua
''Sacode!
ou
plat..éia
Nesse
e
sent.ido,
performance. Sacode!'',
desfilant.es
como solist.as
e por
248
público
puxadores
os
pox-
Britam~
injet.ando chegam duas
a
impõe-se exemplo,
termos alcançar-
horas
,
já
funciona
como
pelas
"olha
coloquiais
a que
reconheciment.o
não
interessando
voz das alas, como antes
mais apenas complementar a samba-enredo
facilit.am
a
sua
at.uação.
música, baseada na dimuicão e melodia,
com
ên.t'ase
consag-ração depoiment.o as
do
o
tinham
a
foi
predominou
ao
Mart.inho
enredos
dramát.icos, românt.icos,
simples,
limitou
composi t.or-
que
aceler-ação
respondeu
aspecto
nem
de
é
Vila
da
a
do
da
andament.o
intensidade
festival
e1~am
sempre
refrão.
o
alegre,
da
da
corno
a
alegria.
O
cont.undent.e:"Ant.igament.e, alegres.
emocionantes. O Carnaval foi
coisa
As modif'icações no
simplificação da est.rut.ura das letras e
refrão
Desfile
do
escolas
no
A
•• .
Podiam
ganhando a
E
ser-
projeção
t.endência
e
foi
acelerar. "(jornal do Brasil/21-02-1993). Resulta
conjunt.o braços,
plástico
cant.o
o
cabecas
alegorias,
c:obert.os
movimentos
variados.
Já
fascinar
as
sent.ido
de
produt.o
cultura.l.
engendrado
no
no
explosivo~
de
:festejo
em
que
a
O
são
o
deslize
roupas~
chapéus,
das
grandes
o
inst.ant.e,
luz
fechamento
do
forma
do
conseguido
da
ao
espat.áculo
signo
carros
para
significado
plást.ico-visual
inequívoco
alegóricos,
de
altos
espa.:rramando
at.ua
campact.o
movimento
suave
e
nest.e
art.ist.as;
pelo
coloridos,
polimento
fundir-se,
carnaval:
nas
o
moviment.ação
platéias.
todos
tecidos
impr-essionante
pelo
formado
huma.na.s
figura.cões
do
beleza
em
enlace-se
permite-lhe
qual
mat.erializada
ele
suplant.ado
pessoas
mil
envolvidos
A
r-esplendores.
é
coral
quatro
de
e
ombros
e
golas
que
alegr-ia
danca
e
sorriso
dos foliões, apa.nhado na imediat.icidade da sua aparição. Est.e
t.eor-
e
na
que de
"fria",
isto
Durkheim.
"bem"
o
é,
ou
foi
seu
Evidencia-se,
exteriorização
das
part.icipações
unive:r-so
simbólico
o
conjunt.o
eng-lobante
as
Sambódr-omo,
ali.
Já
lhe
que
em
apanha
••
:l&to
o
•
249
brilhou
•às'
em
para
retomarde
é à
como ritmo a
de
idéia
objet.ivação,
que
informam
pr-imado
wna
no
Escolas
obediência
impulsiona. a individua.lizacao do puxador como monetó.ri.o;~. festa e tra.z consigo g. valorizo;~.c;ao pcu=oa• do puxo.dor bem sucedido no Desfile & fi.xa.do em oporlunido.de de ~luCU"" em ca.sa.s de ahovs fa.zer exterior, dura.nt.e todo o a.noCVejo;~./0•-os-t!>:!>Z). Outro• elenco de cantores de sucosso, ca.eo d9 Noguinho do. Bei.jo-Flor. d~
ou
condições
do
desf'ilant..e,
que
apresentação
empolgante feit.a
Os
permanent..ement.e.
cada
"efervescente",
logo,
arqui t.etura
sent.ido
pouco
papel
na
de
relat.am
Obser-va-se:.a cobr-ança
mat.er-ializadas
invest.e
t.est..adD
algo
imprensa
visual-plasticidade.
represent.em
é
festa
publicados
coment..ár-ios "quente" ou
de
do
a
à
exibivel
det.erminado
grade
cognitiva,
um a.nima.dor muU"ica.l funcao. cho;~.mo;~.do o dóla.rea a.bro-tho pelo no chegam QO rest.ri.t.o
•
•
classificado e
dentro da qual é felicidade
individual,
possibilit.a,
nos
é,
isto
seus
reconhecido como a
limit.es,
do
legit.imidade
viver
de
elemento realizador Desfile
acordo
com
de
os
da
Carnaval
deuses
ou
à
perfeita ant.l"opolog:ia moderna. lst.o
que
Bast.ide(1971:253), função
da
Renato
Ortiz,
present.e
dizer rit.ual
o
mitologia
pleno,
:formato estes
t.al
Porém
a
fim
mecanismos
impositiva
do
de
nexo
a
ritmicos-percussivos,
esta
linguagem
lógica
do
humana
espet.áculo,
da
experiências,
o
seja,
''emoções''(Dumont/1995, Giddens/1991 e Por
cert.o
contemporâneo escolha
e
algW"lB
desfrute
o
da
e
significação
exemplo,
das
mito
desse
idiossincrático
o
eg6ica-reflexiva:
à
individualidade.
luzes de
do
No
são
do
por
o
det.er
como est.a
Vejo
linguagem
uma
coreográficos, popular.
além
Mas
festiva da
post.ulado
se pela
identidade
de
sujeitos
acumular
novas
disciplina
das
de
é
identifica dos
objetos
é
mercado
com
O
est.a
a
lógica
imperativo,
serviços,
por
identidade
racionalizado as
contrat.ual;
a
felicidade
da
a
com
uso
at.endiment.o
esta função segredo
de
onde prevalece a
de
social
singularidade
102).
a
o
personagem
o
sua
compactua
primeira
mesmo
acesas
por
esplendido,
da '
quadro
Sambódromo
ser
serviço
imperat.i v o
em
do
Pois
informados
a
mit.o
distinção<Baudr-illard/1979:97 de
expost.os.
fundant.e
do
fato
Urry/1991).
intérpretes
ativid.ades
e
do
semiót.icos
informalidade
programação do estatuto da sociedade de consumo, de
âmbito
:fest.a
da
sobre
versões
das
uma
que
dramáticos
inclusive
de
modernidade.
possibilidade
à
esterilizado
sinais
implicar
compartilha
dispõe
atuando
gênero
no
um
no
elementos
significado
ancora-se
nos
de
organização
Ou
os
do
a
mecanismos
dos
sígnos
elementos
a
ela
modernidade.
razoabilidade
cuja
escolhas
com
condiciona
aos
que,
por
dado
referente
logo
de
em
sent.ido
no
et.erna.,
concretude
estet.icidade os
quer
convencido
assumir
nas
entre
se
Roge r
de
consist.e
Samb6dromo moderna
recorrer
idéia
da
hist.oricidade.
fazendo-os
veiculados,
sincronia no fato
de
deve
aLuam
que
estou
de
no
Mit.ologia
palavra
mitologia
Desfile,
conteúdos
dos
a
partir
Desfile
despossilldo
cont.radiçôes<1990:27). estudado,
do
moderna.
é,
isto
a
que,
"mágicas" qualidade individual,
posiciona o st.at.us do event.o.
Nas premissa.
narrat.ivas Desfilant.es
part.icipant.es
de
regist.radas ou
ambos
pelos
membros setores~
250
da
jornais
aparecem
plat.éia
relatam
o
ou
índices
ainda
"êxt.ase''
dessa
pessoas vi venciado;
ref"erem-se a
"carga emot.iva" det.onada no Des:file, quando
"aut.ênt.ico.s"
mais
"prazer"
na
sent.idos
empresário
um
à
vêm
t.ona
figura
paulist.ano
e
por
do
e
isso
representam
"indiscrit.ível". mulher,
sua
os sent.iment.os a
"aleg-ria"
duas
Vejamos
falas,
:figurant.es
ambos
de
e
o
a
de
alas
há
alguns anos. Ela t.est.emunha: em
Sa.i.r
do
Ri.o
m~nha
ala
escola
uma
desfi. lei.,
que
mtnulo. o carnaval cc:u·i.oca
al9
Seu marido compart.Hha
da
sambar desfi.l.ar
um
no
é uma eslava
senaa.Çã.o perlc-
f cczi.o. cócegas fi.m da vi.da.
som o
mesma
par&L
nos
mas
"fé"
pri.mei.ra
~ndescri.li.vel..
da. pés.
const.at.a
abrang-ência
a
d& trta
que
Resolvi.
do
rit.ual espet.áculo: quem
Mesmo
maravilhados.
sabe
nõ.o
Sambaram
entra
desfi.l.o.r
o
para
na
a.ntma.ÇÕ.o.
com
.iunlo
comeÇo
do
i anla.sta.s
reserv~u·am
.sambar
qutserarn
alem.S..s
ao
g&nle. Oostaram
fi.m.
carnaval
ano
No
do
ano
doi.s
pa.ssa.do,
a
fi. c aram
Eles ta.nlo
já
que
vernCFolha
que
de
SP/05-12-1993: 4-18).
Not.a-se,
as
e no
o
t.ot.alizações
t.errit.ório desencaixe
com
a
é,
alvo de
processo
socialment.e
Fest.a-Espet.áculo promovida
ent.ret.eniment.o
~eneralizada
imaget.icament.e, volições,
as est.a
paradi~ma
últ.ima
Algo
esse
condicionant.e
part.e
pr-óprio
Ou
que a
melhor,
conjunt.o.
Ele
espet.áculo; suscit.a a com o
a
novo espaço de
parcelas
int.ersecção
o
lugar da
modelo
espaços
conexão
Pois de
os
seus
de
objet.os
É
ent.re
cult.ural par-aísos
personalização.
simulacionais,
dos
sent.iment.os
moder-no.
export.ação
consumo.
o
universalidade
de
folia
da
t.ol"ne-se
cenários-ambient.es dispost.os
"humanos".
Não
int.l"ansit.iva,
à
em
posse
obst.ant.e
fechada
sobre
dos valores ''modernos'' lhe det.erminant.e. III -
Carnaval.
uma
como
format.o
e
do
com
capacidade
no
socializador-
princípio
t.empo
que,
ideais de
pelo
operarem
a
e
const.ruído,
pelo
medida
à
espet.acularização
civilizacional
da
crença
individual,
t.rânsit.o ent.re a
corpo
consagr-am-se
t.rat.ar-se
o
do
do
concret.izar
o
do
concent.r-acão
art.ificiais Ist.o
com isso,
maiores ent.re
O .fULGOR DA ÁURA
present.if'ica-se
no
part.e ' da conformação
a
e !!!posição
det.ermina elevação do
define-se
o
aumento
público.
tecnologia
de
de
conjunt.o
do
como do
valor-
cust.o
preço do seu valor
apl"esent.ação~
de
no
sent.ido
de
de
exposiç-ão Desfile
de
absolut.o
do
produção
do
exposição.
Est.e,
t.orna-se menos acessivel cliret.ament.e A
mediação
comunicação
251
e
televisiva
viabiliza,
na
mercado
publicit.ário,
a
efet.ivacão
de
uma
t.er uma idéia, a br.as:ileiro(com
assist.ência
dist.anciada.
do
Desflle.
t.ransmissão do Desf'ile chegou a média
um
espect..adores) e
de
público
aos países do Mercosul e
p~a
1995,
se
t..odo mercado t..elevisua.l
t.orno
<>m
Em
aqueles
20
de
da
milhões
de
Comunidade Européia,
além do Japão e os Estados Unidos. No
ent..ant.o,
imprescinde
da
sua
pública.
imagem
se
rei t.eraçâo
Não
decisivo.
por
t.rat.ar
do
significado
problema
O
um
de
da
do
disput..a
desfrut.ando
social
realizada
ampliada.
proeminente fest..a,
cobertura
A
nessa
tema
o
de
é
crucial
pela
t.orno
sua
do
st.at.us
ela
se
t.ornar
a
das
idéia
elit.es,
desfilando
de
Edgar
seja
e/ou
Morin
política,
assistindo
art.íst.ica-cultural, ao
espetáculo,
impressos,
abast.ece
o
por
exemplo,
t.ransf o r ma
Veja,
personalidades,
o
durante Escolas
e
Carnaval,
para o
Desfile
suas
"olimpianos",
de
de
divertindo-se,
que
seu posicioname-nto no
pontos
ranking
das
ou TV
para
económica, ou
veículos
a
revista
no
t.ransi t.ararn
acrescent..a
as
badalados
Quando
"gente"
uma
freqüenta
nomes
pela
simbólico.
se-cão
idiossincrasias_,
é,
esportiva
divulgados
capital
sua
isto
da
definitiva
com
quem
d"
lugar
um
dependêncas do Sambódromo nas duas noi t.es. Um coeficiente alt.o de retomar
faz
comunicação
tratando
vincula
público
se
âmbito
detém
se
em
no
de
evento
e,
da
esot.éricas
inst..ituições do
valoração
consagração
Desfile concorre
pelas
a
a
inst.âncias
distinção
participação
da
em
jornalística
estratégia
questão
A
importância.
principalment.e
o
cult.ural
event.o
mesmas
consagração dos bens culturais eruditos, publicizacão
bem
ao
das
Passarela
na
espetáculo
legitimidades
no
das ramo
do ent.ret.eniment.o.
seguintes dados. at..raídos est.e
dessa
influência
A
pelos
número
Dos
t.urist.as
pontos
sobe
publicização que
vísit.aram
turist.icos,
para
72_.7%.
pode
no
Ao
caso
lado
o
public:izacã.o,
a
da
Embrat.ur/1991>.
Riot.ur
imprensa
equipado
aparelhos
de
t.elex
instalou
com
e
fax.
em
1993
computadores, O
centro
pais,
dos
cart.ões
66,2% em 1991
vieram
do
Rio
po:s:t.ai:s:,
dest.e
centro
serviço
atende
pelos
decisivos para a
Dentro um
identificada
especifico
imagens televisuais são citadas como fatores viagemCAnuário
ser
de
cerca de
de
de
janeiro
revist.as
escolha da
principio operação
telefonia dois
mil
e
para
de
a
próprio,
jor-nalistas
credenciados, sendo que 250 são estrangeiros. Ao mesmo t.empo, seja para as inst.it.uicões de comunicação ou os nomes famosos:, seja os conglomer-ados empresariais(que adquir-em camarotes
252
nos
leilões
pois
o
é
espaço mas
eníocado, uso
públicos),
ser
a
de
nele
de
cerveja)
na
Forma-se
próprias um
o
quem
perfil
seus
são
modelos
signos .
camarot.e
••
e
internacionais,
é do
m.arcas;
ali
como
imagens,
apenas
condiciona são
modelos
suas
não
permut.ando
inst.ala
de
Se
uma
convida membros
Rede Globo insere-o no esquema da sua
pat.rocinadora
as
ouvindo um
delas
soei li tes,
é
espaço
entidades
Brahama,
econômico. E a
repórteres,
convidados.
a
dest.aque
orbit.am
exposição
como
em O
e
Pessoas
cervejaria
programacão<a
põe
que
publictza
Sambódromo
divulgador.
art.ist.as,
do poder polit.ico e
no
que
di:ferenças
:fi€urar
dispondo
o
:feit.o.
comunicat.iva
índúst.ria para
vi t.rine
igualment.e
represent.acões e:ficiência
uma
dele
ali
est.ar-
circui t.o
emocionadas
falas
no
qual
t.ransmissão
da
part.e
cada
event.o),
do
célebres
dos
t.oma
do
out.ro
o
brilho que o destaca. Mas é a luzidão do cenário que os sublimiza.
As
objet.ivam uma aura, que não a
Na
t.ot.al··.
confi.;ur-ados
no
no sent.ido de
es:pet.áculo
algo
assinala
a
in:finit.a.
Est.ar--se
cuja
que
da
visão
é
r-eferência
circular-idade
de
aut.onomia,
buscam,
reproduz
do
ela
entorno
o
do
mas
.
propr~a
do
relacinament.os
o
máximo
imediat.ament.e idêntico,
espet.áculo '
aut.o-referent.e
ofuscam
os
just.ament.e,
o
alt.eridade
díant.e
Sambódromo
45
,
na
mesmo sua
é,
ist.o
significado
na
de
do
que
proximidade,
aquilo
que
de
aparência,
simulacl'o
e
autonomiza
sua
na
coloca-se
..,
isto simulc.cro, Ó, nunca. mais possivel do m= trocando-se om real, mos st mesmo, ci.rcui.to t.rocado por num e circunferência. cuja. referência. eneontram em lado ininterrupto parte(. . > do sLmulc.Céio sLgno como reversão e nenhum< . . . J.
(. _.>não
irreal,
..
••
Lnclui-se i.niciativa n= ::1.992. A organL.za.Ç ã.o fica. em são Paulo, Vi.ctor Ol.i.va..
45
não
cont.inuidade
sua
inteireza
sociais
no mundo como signo de sua pr-ópria refer-ência:
••..
e
benjaminiana .• mas aquela da "obra de ar-t.e
imperiosidade
sua
do
luzes
incandecent.es
valho-me
rea.li!i!'o.da.
aqui por
Espetáculo. termos reflexão "'i.mg,gom l:nfere,
da.
Eduardo o a.utor
representa.Ção, platõnic:a, da kone, ou então, que o
•
estrat&gia.s cargo do
sugestã.o Subi.ra.la, encontra
~-
de mo.rketing empreséu-io do
empre&a. entretenimento
inscri.ta. no no sou uma
pesqui.ea. fil.o5lófi.ca. e et.mol.ógi.ca. estudo sobre a. Cultur-a como mesma ro::J.i.:t no lingua. os gre-ga
simulacro e espetâculo, de ri va.ndo-o&, matriz semâ.nti.ca eidalon, no duplo idolo, do si.mula.cro e espetciculo como si.mul<'l.ero SligT'Iifiea. "ri!>-IQ}-pre9e-T'Ita.r"
da realidade, numa dimensão teatral voltada c6pi.a. humana.<speceare, raiz de espetó.culo>, especificada cenosrrélfi.co e devotado, como modelo repr.:.<Santacional, ontologicamente o
ger ri!>present<'1dO,
noturno
tomando-lhe o
253
lugar<1PSP:5P>.
mediante
a
C5pecto de do mundo". a ... nti.do da contemplaÇão o
caró.ter sobrepujar
todo. de aniqui.tamen1o qualquer rea.l.i.da.àe: puro(B a.udri t 1.arà/1.!)9f:1.3> .
Pelo
é
Fest.a-Espetáculo que
de
ané!
função da
e
de
e
de
da
operação
linguagem a
quando
imag"ens". formato
é
do
Numa
de
um
de
crit.ícar
o
espaço
gênero
Desfile
est.a
cénico de
de
o
belas
circuit.o
auto-bast.ar,
no
mediático.
A
nas
do
de
regras que
O
ocorre das
"carnaval
"paraíso e
das
do
além
vertigem
Car-naval
possível"
e
imagens.
do
sua
text.ualidades
modelo
das
a
dos
previst.a
fruição
imagem
sat.isfação
catálog-o
para
mediát.ica, e
no
espécie
a
"mundo
e
da
:relações
das
faz
o
de
abertura
espaço
realizando
comunhão
outras
rei terações
a
ent.re
espet.acular
a
se
como
incessante
exibição
intenção
conexão
A
de
o
vida
carnavalesca,
aspirações
soment.e
de
da
espetacular
fant.asia
totalizada.
const.it.uem tão
magicamente
desprendido
cla:rão
permitir
comunicação
t.orna-se
da
cobr-e,
circular
relaÇão com próprt.o simul.a.ero tom
aeu
auto-celebrando-se
das
isso
pr-át.icas
exper-iência
o
o
o
nao
ELo
remetem in:f1nit.amente a
com
transparente
mesmo
que
sem
as
Sobret.udo
o
>.
sublime,
alegre
realização
represent.ações
qual
da
durante
prazeres,
ao
realiza;
absolut.a divertir.
festa
imagens,
o
•
que
luz
alçado
cot.idianament.e
concreta
referência< . . . eLo
artificial",
t.empo
efêmero
o do
consumo é ast.uciosa armadilha.
1988,
Em maioria
trabalho
do
escravo da
no
da
Unidos
país.
uma
''negra",
para
A
principal
brilho ou
pela
fez
pequeno. do
opô-la
ao
fácil"(paet.ês,
Para
ele
de
medida
en~enhocas
optou
espécie
miçang~,
e
Festa da
no
ret.ir-ar
centenário algo do
Raça.
Sambódromo, ''frívolo''
quaisquer br-ocais:,
do
A
de
extinção
do
primasse
presente
de
pela lutas.
proposta era íaze:r
baseado carnaval
materiais
fitas
da
sua
enredo
um
que
seu
em
formada
numa
est.ét.ica
"ocidentalizado''.
que
"promet.essem
e
met.alizadas
espelhos)
tecnológicas. compor
palha,
questão Todos
Af"oxé
Isabel, elaborou
então
negr-o-africana
glaJnOur
foi
do
Idealizou-se
ancestralidade
Vila
negro,
ano,
Resultou ent.ão no enredo kizomba, a desfilar
de
movimento naquele
comemoração,
à
valorização
díretoria
mili tant.es
por
protesto
a
os
o
"visual
f'elt.r-o,
e
t.ecidos
enf"at.izar:''Nosso
de
nossos
BrasiL/14-02-1988).
cor-da
africano",
E
de
21
o
carnavalesco est.ampadamente
carnaval
é
carros são grandiosos:.
fat.o
a
Escola
254
Nilt.on
venceu
o
color-idos.
mas
barato, Espero
Siqueira
não
Mas é
ganhar"(Jornal
concurso.
O
prot.est.o
em
transformou
se
espet.áculo,
belo
um
abert.o
Guerreiros
por-
Africanos(com escudo e lanças), assemelhados com os recorrentes na série de
convidando
Torzan,
TV
conlrat.ernízacão fHmes,
como
at.or-es e
racial".
o
platéia
ambient.e
O
Quilombo,
de
de
a
participar
art.ificial
Caca
de
proporcional~
uma
cores
de
t.ons
gradua.;:ão
com
para
de
alguns
dos
O conjunt.o traduzia
visando
planejado,
det.alhadament.e
efeit.o
de
cenários e
palhoças
em 1984).
bast.ant.e
''fest.a
daquela
remetia
Diégues(nas
at.ri:zes que at.uaram na produção,
combinação
uma
a
visual,
conformando
a
af'ricanidade como um est.ilo, mas obedient.e ao format.o espet.acular.
No de
uma
ano
provável
Trint.a, a
r-adical nosso
car-naval.
est.ilo
de
no
Nessa
uma para
prost.it.ut.as Brasil"(jornal
do
gost.ava
e
e
lhe
das
década
seus
Lar-guem
de
os
de
Fantasia.
Pr-opõe
wna no
nossa
escola
int.roduziu
um
esse
de
quem
cobri:r
a
Beija-Flor
pivet.es,
que
luxo um
a
enredo,
mendigos,
rest.os Para
idéia
peca Os Miseráveis,
r-evir-avolt.a
Com
os
Joãozinho
uma
desfile. todos
respeit.o
Samba:"É
no
Brasil/05-02-1989).
trabalhos,
Hinha
a
a
crít.icas a
t.eria causado a
Escolas
aprovei t.arem
a
nos
passou,
luxo
"luxo",
diversas
que
convocação
de
receber
fórmulas
Urubus,
desfile
sunt-uosidade
fazendo
de
impact.o que
Ratos
enr-edo
guinada
"povo"
repet.ição
part.ir do
o
concebe
est.á
seguint.e(1989), após
dia
loucos
ainda
há
sent.enciou
pista-passarela
que
de
e
no o
"lixo"
poderia ser considerada uma revolução. No de
inicio
carnaval,
mal
a
t.rapilhos,
remetia
ao
absurdo,
no
e
loucos
formas
inclusive
manhã
Beija-Flor
prot.est.o visava a variadas:
da
do
dia
t.oda
a
não
se
fevereir-o plat.éia
ali
a
de
com
ruas:
das
vira
o
1989,
t.erça-íeira
levas
de
mendigos
insólit.o
da
sit.uacão
ost.ent.ação
costumeira.
O
sociedade moderna produz lixos das mais
principalment.e,
como
sunt.uoso
espet.áculo
a
cor-ja
maneira como a
"pr-ot.est.o" :s:it.uava-se no
de
"assombrou"
porque
e,
07
ambient.e
do
ela
se
rnanifest.a
Sambódromo"
carnavalesco.
E
6
no
Brasil,
Ent.ret.ant.o
•
ist.o e:s:t.ava
o
pat.ent.eado
no imenso ca:rt..az de um dos primeir-os carros alegór-icos apresent.ados, que
...
convidava os mendigos
Este pol..tti.co.
da
desfUe
socic:.t os:
temos.
Assombr-ações, FMl:
o
um grande
Bei.jo.-Ftor foi no Desfil.,
o
ccu-ro
be\.ezo., com o
"bal
a.o
Referindo-a&
etabora.do o.\.eg6rico
po.ro. ê
a
Jna.Sque".
cume da Escolas
explicitou
Ar-lindo
co.rno.vo.Le~eo
lr-o.ta.do
par-a
unia.o
vi•toso,
co.rna.vct. "(0 Olobo/OD-02-.tP&cS>.
299
FMl:, do. bem
c
voga de
Nele,
de
dos ele
vermelho,
lixo
enredoa
Sambo.. diaposiÇã.o
um :rtha,
o
Em com
déver-ia
d&
crtlico.
J.986,
que do
o era
qua.droa enredo foi co.teg6ri.co:..o meu L em
compromisso
com
o
se transformar em luxo, afinal estava em moviment.o(nos termos do próprio joãozinho
Trint.a)
a se
deveria
mendigo
um
Cinderela<aliás, de final
"usina
alegria"
de
carros
era a
é
o
rei",
em
''transformar
dos
que
Car-naval como
metamorfose
brasileiro; história
na
uma melancia
de
Madrinha
da
Passar-ela
o
fazendas
"xepeiros", tornados nobres cort.esãos, Do
Folia).
"bloco
rasgadas.
de
meticuloso sujo"
(pois
planejamento
O
t.rat.ament.o dos
concretizou-se
com
em
mesmo
graças a
suas
fantasias
Fada
t.omou
a
malhas
e
visuais
e
plástico-visual,
"sujos"),
de
podre
de feira numa carruagem encant..ada puxada por rat.azanas, o
acont.ecendo com os
o
sonora: ouro ou la.ia./Formou a grande confusão/Qual ar&>.a (, . . >Reluziu. . . & no meu mundo epobreza farofa, é o l.uxo de ilusã.o/Xepá, d& la pro cá vida urn da fol>.a eu Q da sou lLXO Xepe>./Sou de consome/Se fi.ca.r c• raio que pega, ca>.r urubu riqueza, euf o r ta se &mba.lQ o pOVO, corpo/A loucura mi.r.ha é geraL/Larguem a come/V>.bra meu
fantasia.,
eu agon>.a.!/DEnxe br>.ncar Q manif esiaC Õ.o/E>.s e
que
alegr>.o.
perfLl,
de
frutos
Aver.i..da,
no
uma
t
c
carnava.l/Fi.rme,
m&u
Bet.jo.-Flor
b9lo
linda/Derramando
m<;>.g>.r.aC ãorBei>.r.ho,
Oyv<;>.ldo,
e. Osmar}.
Dent.ro carnavalesca,
do
o
paradigma
delirio
foi
de
sincretizações
t.:raduzido
em
marcant.e
imagens::
visuais
multicromát.icas que falavam de out.ras representações de
Vintens,
vest.iu-se
de
Álice
Brecht.,
Chapeleiros no
Pais
Cats
nos
exemplo,
por
Broadway,
fábula
Bert.old
Os
e
o
quais
das
a
grotesco
o
O
Maravilhas.
à
obra
cume
de
da
e
óper-a dos Três
grandes
é
p:rodução
deslumbrant.es
Miseráveis,
alusão
Loucos,
desta
sucessos
t.ema. Lewis
da
bat.eria
A
a
Car-:rol
apresentação
est.eve
:reservado ao set.or Banquete dos Mendigos. O set.or do enredo marcou uma
das
muit.as
colorida
da
opulência
grot.esca
banquete,
champanhe seria f"oi a e
aquele
de
rest.os
pLást.ico-vis~s
soluções
irreverência
et.c)
da
folia.
Dent.ro
realist.a,
montado jant.ar-
um
próprio
do
''carnavalização''
verdadeira
no' da
mesmo filme
alt.a
porém
nas
um
humanas
chafariz
encenavam branco
atingir
a
citação,
out..ra
ocorreu:
a
excessiva,
da
de
encenação Frederico
burguesia(faisões,
produzidas.
256
os
de
instante
Igualmente sobre
escandalosas. mendigos,
ele,
E,
out.ro
Fellini.
champions,
Nest.e
Lixo do Sexo -
banhava
citadas
pa:ra
desta
pervesões
foram
ali
utilizadas
Satiricon,
imar:;ens
orgia visualizada no carro o
cort.ejo,
já
eram apropriados pe-los mendigos.
dist.ribuida,
f"iguracões
carnaval:
Os
caviar-, a
delicia
f ellinian.a esculturas
encerrando
"clar-eando-os";
0
a
ut.opia
da
saiu
imaginação
em confrat.erna fest.a
<?
e
. A
realizou-se
negação
na
t.omou
cena
dos
forma,
alvejados
visualizou-se.
pedint.es Indo
para
isso buscar o formato das procissões religiosas da cristandade cat.ólica. mágica do
A
a
vida,
que
já
Desfile
de
o
Carnaval-Espetáculo atingira sua funcão:
reencant.ar.a
desfile
ao
à
Carnaval,
sua
inebriantes,
mesmo
Diria que
gramática do
gênero
a
baianas,
audiência.
o
eixo
dest.aques,
tantos
outros
objetivou
elaborar
variações
de
sociedade lógica
contemporânea.
per-formadora do
frent.e,
o
o
êsquema
t.erreno,
as
modelo:
deambult.ante destaques,
alas,
incorporaram
comunicação
próprio
ver-tiginosas,
reafirmam
fantasias
reafirma
par-aiso
imagens
fest.a-espetáculo
Comissão
mecanismos de
do
da
que
da
e
epinício
um
revela; a
mesmo
modo
promessa
a
foi
mont.uro
passistas
var-iacão deste
A
de
plást.ico-visual.
e
de
do
de
espetáculo se
introdução
bateria,
sintét.icas
capacidade
oriundas
retornam sobre
ri t.mo-musical
Est.e
à
abre-se
novidades
se
Beija-Flor
da
soluções
reconhecíveis
pela
estético-expr-essivo.
cumprindo
sua
part.e
no
cont.rat.o comunicat.ivo. A crit.ica e assinou
Ventura Brasil. de
ar-tigo,
comparando
mostrar
que
após
r-etor-nar--
como
a
Joãozinho Trinta se reconciliaram.
o
poesia
campeã
operistico"
M.anchet.e,
Rober-t.o
do
de da.
diret.ores
t.ant.as
...
do
Escola
fez
t.eat.rais,
descriÇões vil.a.
1sa.be~.
argument.o.Çao, o.ucliovtdG-o-casseles, evenlo da enlre J.P88
chamou
ar-t.ificial,
que
ensaiar-am
aqui e
qu<1l.
de alobo Rede a. 2.99:1'. Em
melhor do
Para
conjunto mais
de
dos
d&sfi.les oulros de-sfi.le.s corpus recolhido eslâ. reproduzida o
de
t.elevi.séi.o do relação aos
que est.i..ve no Sa.mbódromo, a.ssi.sli.ndo o
o.no de ca.rna.va.i..s
Desfile
257
.,.,. de
ousadia público, Escola
exalt.ar-am
não
r-evist.a
do
da
o TV
apenas
Manchet.e,
t.eatr-o do
absurdo
se assemelhavam aos
at.ingirde
a
coment.arist.a
Já a
deliravam,
O
aclamou
componentes
t.empo t.odo".
por
pela
esse
efeito,
desfilant.es,
t.rês
meses
seu Grupo Tá na Rua formaram a
apresenlo.da.e lambem
O
atenção:"Os
ao
1922,
revistas
e
Beija-Flor-.
espectadores,
incorporar-
de
Jornal
do
pr-osáico"(QS-02-1989).
Jornais
esquinas''(25-02-19B9.
diret.or t.eat.ral Amir Hadad e 47
no
Ala dos Loucos repr-esent.ou o
na Sapucaí: eles fit.avam os
dir-ecão
da
página
moder-nist.as
torneio.
desfile
pl~imeira
par-aíso
cantam, eles int.erpret.am o
acr-escent.ou:"A
loucos
também
do
Parr-eir-a,
na
aos
delir-ante
daquele
"aspect.o
dançam e
carnavalesco
"há
vir-t.ual
publicado
escrit.or Zuenir
O
a
at.ores
e
seguidos.
O
comissão de
•
Bei.ja.-Flor da Unido .. aludidos 00 longo da conjunlo de fila.a de lransmi.ssã.o lelevi.sua.l do dos a.nos compreendidos 2.s>s::l2, P9 a.crescenlo
•
dos Escolas de Sa.mba..
frent.e curso em
de de
mendig-os. Teat.ro
Jovens
da
at.ores 7
Urúversidade
muit.os
Urúrio,
''moviment.os expressivos'', exibidos
se
Logo,
a
elabo:racão
"loucura"
de
tema,
:realcada,
o
''su:rpreendent.e''
como
descrit.o
é
os
mont.aram
dUl"ant.e
criat.iva
do
ent.re
a
~rupos
do
do
especializados
Trint..a,
na
pist.a
Escola
da
•• . na
expressa
desfile
"ordem
pela
est.udant.es
apresent.acão
Joãozinho conjunto
quais
é das
exuberância
cores''(09-02-1989). Fundem-se formalidade e infor-malidade. frase
A
respeit.o
do
inst.ant.e:"O
de
seu
t.rabalho
carnaval?
complement.ando o fest.ivos
do
espace
da
apenas
as
adormecidas
de
encant.o o
cada
a
capaz
sublime,
é
o
grande
ao
de
vaga
na
a
no
e
do
dia-
no
e
pista-passarela,
o
séria".
for-a
dos
o
os
serem abert.os
a
nest.e Porque, portais
que
t.ransit.a
no
do
consumo),
há
silêncio
na
cont.at.o
pirot.écnico
quando
lapidar
obscuro
realizar
í'est.ival
seu cotidiano, ao
Escola campeã é
abst.rat.o
a-dia,
diferenciar
que
Escolas,
as
é
muit.o
forma"
"bela
t.empo
para
event.o,
brincadeira
uma
promet.ido
Escola
recolhe-se
jurados e
presta servicos
t.odo
onde
t.revas
com
que
raciocínio, empenha-se em most.rar
deslocalizada
absolut.o
e
carnaval
O
cu.lt.ur-a
do
noit.e,
de
e
Sambódromo(aí
ausência
ent.rada
art.esão,
um
que
fogos os
imediat.o
precede
a
acendem
a
envelopes
conhecida, em t.odo pais. Mas fica
a
dos
cer-t.eza:
as luzes do Sambódromo brilharão magicarnent.e no pr-óximo ano, confirmando a
vocacão
de
maravilhar
do
Rio
de
Janeiro,
cujo
Ícô-ne.
iluminado
pair-a
com seus br-aços abert.os sobre a Passar-ela do Carnaval-Espet.áculo.
48
nGdos
obti.dolil
cola.boreLÇão de fi.na.l. do ca.pltulo
junto sou
a.
Ala.
presidente,
Uni.ri.o
André
258
·~ Porfi.ro.
E eco la. V&r
Bei.ja.-Flor.
regulamento
AgradeÇo
da.
Ala..
no
..
,_:
~
.
. .~"- . gredos ··~'""é estado
•
_,
Momentos que f!Zeram a galera levantar Surpresa no carnaval é aquilo que consegue ammcar da platéia o mesmo "uhTr' de um quase gol em dia de Maracanã. No caso mais famoso, o tiro quase saiu pela culatra. O enredo era "Ratos e urubus. larguem minha fantasia" ~-o carnavalesco Joãosinh.o Trinta bolou para a BeijaFlor uma alegona de Cristo vestido como mendigo. Escondeu como pôde sua ln· vencão, proibindo fotogra· fias em jornais e revistas A Arquidiocese foi à Justiça e vetou o Cristo na Avenida. Coberto com plástico preto e uma faixa onde se lia ''Mesmo proibido, olhai por
,.
Nova IiUaçu, 18 de novembro de 1992. Prezado Cnmpnnente: Estamns cada vez mais pr~xim"s dn carnaval, I') samba já f'ni esc,..,lhidn ,- as fantasias apresentadas, "Darracã('! funcinnando, tudn in~er11&ado
para a &rande
virada da Beija-
:Flnr.
ANOTE NA SUA AGENDA +APRESENTAÇÃO DO PROTÓTIPO DA FANTASIA DA ALA UNI-RIO DI.A 25 de ncvembro de 1992 A PARTIR DAS 2Q:OO ·h, LOCAL: RESTAURANTE PR!NCIPE DA ARÁBIA Rua Dezenove de Fevereiro., 21 ~ctafn&n• (Esta rua fica entre a Vn1untá ri,...s da Pátria e a Sã~ Clemente. Deacer n~ Metr~ Entefngn pele sã~ Cleaente, é a 2a. rua à esquerda ,a 1~ é e em saída.)
A partir dn dia 24 a fantasia estará expnsta
•~
sal~ dn restaurante.
Venha e trasa seus amisns para verem aia para n Ca:no.aval 9). .'. ] , Um
\
n~sse fent~
lI
O Informativo Ala Uni Rio do mês de setembro de 94 foi recebido por poucos componentes~ O motivo alegado pelo extravio foi o grande número de cartas, devido ae eleições. A justificativa n&o
I
procede e este informativo' já
TELEFOHE5 IMPORTRNTES ~NDRE
RUBINHO SERGIO DJALMA
:lUADRA
-
{021) {021) {021) {021) {021)
será enviado através de outra agência. Ao recebê-lo entre em cantata com um dos diretores da Ala. No mêa de novembro as .camisas da ala estarão prontas. Quem quiser ver o protótipo
221-4909 COD.27279 234-7034 767-3185 392-2528 RAMAL 234 791-2868
da fantasia ou a foto.é só ligar também.
ALA UNI RIO
..
ANDRI! PORFI RO
RUA LENITA, 52 iJARDIM STA.EUGENIA NOVA IGUACU - RJ CEP 26286-440 ~-- ~---
'
..
, ·-..:.-."
-$
~ L,_
~
'-...0,
•
De Bidu Sayao aoa"eepantoe de Debret
O ano de 1995 aer4 rico de informaçõese histórias na passarela da Sapucai. As Escolas de Samba do grupo especial., mostrarão enredos variS:doa e para todos os gostos. Haverá enredos históricos, biografias. passando pelo Paraná, pelo time do Flamengo, até a história do Padre Miguel. A nossa Bei~a-Flor de Nilópolis • vem contando a história da cantora lirica mais importante do Brasil no I ' enredo Bidu SayAo e o Canto de Cristal. Abaixo a relação dos enredos para o Carnaval de 1995. "
I,
ENREDOS
ESCOLAS Hcija-Fior
Bidu Saiiio ·O r:a111u de cristal
t ·aprkhost~.\
A LETRA DO SAMBA BIDU SAYAO E O CANTO DE CRISTAL Bela menina "Voz de Cristal" Deslumbrava multidões O seu talento, dom divinal Encantou os corações Grande guerreira que conquistou Seu lugar ao sol É festa é luz, é cor, é poesia É diva internacional. Neste palco surge ela,.Bidu Sayão Sacudindo a paaearela,a Beija-flor Traz no peito a emocão,vem aplaudir Bachianaa e O Guarani.
IJn terra bmtei, 11egro ,çu11 e o11ro virei Uma ,.,.~
· ' 1-:stücin
Essa carioca da gema Cultiva a vida inteira O sonho de voltar a pAtria E o orgulho de ser brasileira E semeou de norte a sul deste pais Se canto lírico feliz E hoje é musa na Sapucai
Flame11go
1/i.\'/Úrill pura nirmr um pu1·u patriota
( ;r;mdc Rio
Mui.1· mi•• umje~'"' tflte mr t·arrt·~tu.•.
lmpt"l":llri:t
O ll'mpo mio pára
Jmpéric1 Sl·rruuu
.\langurira
,1 e.mlt'raldtl 1fo Atlâlltico /'mln• Jli~tfl'l, 11llllfi por uús
.\ ludt!ud1.'
fifl.\'/11
l'urtl"ia
1(111' 11/l' C//rtJl'C/1
() l"fl.\"11
O samba é amor. é nessa que eu vou Swinga minha bateria Tô neste ópera Extravasando alegria
d11 fil/r (fCII.nl
H11dtt, gira, gira, mda
lluiiiu dulllau
111d11 dit1 é dia de ímlin
l 'nitlns d:J l'unlc \'nidus da Tljutu
0.1· IW\"e braJ'tl.~ d11 Guara11i
Cllm IIII c·m·1m • Af dtw.~ /tiC"f!.Ç... f 1.\ 1n'.1· t'.l/llllll/JI 1/e JJehret
\ ira1lulln1
L~-------___.J
VOCI! IRA DESFILAR EM 95? ENTRE EM CONTATO AINDA HOJE COM UM DOS DIRETORES DA ALA UNI RIO <TELEFONES NA PAGINA>. NESTE ANO SERAO SOMENTE 50 COMPONENTES E ALGUMAS VAGAS, JA ESTAO . "'
.
.
AQUI ESTA O DESENHO DA FANTASIA
~
DA ALA UNI RIO PARA O CARNAVAL 95.
DOMINGO Império Serrano Unidos da Ponte Beija-Flor União da Ilha
SEGUNDA Unidos da Tljuca Estácio de.Sá Vila Isabel Mocidade
REGULA!IENTO DO GRUPO UNI RIO
I-DOS ODJETIVOS
1..:.. O GRUPO Uf!I RIO rlo GRES Deija flor ter:1 Por ohjetivo bus-
cn.r n expP0ssiviclnrle cênica no C;'lrnavnl etrr1vés ele novinentos r~IJrporR.ir-,
r;estos e intençÕes intcrlir:ados com o SA.f'\ba de'-
enredo.
2- Porie1
p.ctrticipar do GTWPO UI .!I TIIO qualquer per;son, indicada
por un conponente, aprovacia pela cliretoria e que aceite os
ternos de:::;se rer.ulancnto. 8-S~o obri~aç~es ~os
conponentes:
8.) /lentar as cleterr1inaçÕes cta diretoria do grupo;
h)Participar dos ensaios ~Rpeclficos, en local deterninado pe-
la ctiretoria e dos gerais, na quadra da Deija Flor em IJilbpolis: 4-0 cor:1ponente que faltar 2(dois) ensaios consecutivos sera' autonaticA.nente desligado do grupo, salvo ern casos excepcionais. 5-0
co~pütlente
que for
' e~cluldo,
ou que desistir de desfilar,
não poderá, e8 hipÓtese al~u~a, passar sua fantasia para outro
soh pena r:1a pessoa que adquirir a fantasia não desfilar. r.-o dinheiro paeo pelo cor.1ponenete desistente ou exclu:Í.do sera clevol v ido ser.1 Rcréscirlos, se o conponentc não ti ver eeraclo des--
pesas ao r,rupo, neste caso, a ir1portância será devolvida descontada as despesas.
7-As clevoluç-0es serrw fei tar. nA r.eJ:lflna nPcuinte no desfile elas
-
car:rpeas.
III- DAS FA!JTASIAS 8-A f'ant:=~.sia será rmstrada ao crupe em encontro marcado com antecedência'parãbeste fin
9-A entre~a das fantasias será feita ern local, dia e horário determinadas pela diretoria. ''· 10-SÓ receberá a fantasia o componete que estiver quitado a
mesma.
IV: DOS ENSAIOS 11-0s ensaios serão realizados as 2as., em local determina-
do pela diretoria e as 5as. na quadra da Beija Flor em NilÓpolis. Os horários serão definidos na época. V -DO(S) DESFILE(S) 12-flo(s) dia(s) de desrile(s) os componenetes do GRUPO UNI RIO deverão estar na concentração 30 minutos antes do horário previsto para a concentração da escola em local determinado pela diretoria.
13-0s componentes tem obrigação de realizar os movimentos determinados durante os ensaios e manterem seus lugares na armação da escola e durante o(s) desfiDle(s). 14-0 conponente que transçredir o item anterior será excluido do grupo no carnaval do ano seguinte.
15-0 componente é responsável pela sua fantasia apÓs sua entrega. Não será perr:titido o desfile do componente que transforme sua fantasia colocando ou retirando adereços.
VI-DA DIRETORIA
.
16-A diretoria do GRUPO UNI Riô e formada por um presidente
e um diretor cênico cabendo aos dois dirimirem quaisquer dÚvidas e definirem a organizaçao do grupo.
VII-DAS DISPOSIÇÕES GER4IS
-
17-0s casos omissos neste regulamento serao resolvidos pela diretoria.
Eu, abaixo assinado, estou de acordo com este regulamen,'
<~.
to e concordo em.) participar do GRUPO UNI RIO .. • _:; >
·~·
--
DIGRESSÃO
Vimos
advent.o
de
que
um
os
novo
na
época,
ist.o
refundado de
e
do
redefiniu:
uma
para
acervos
not.ou-se
um
de
for-cas,
se-
que
ent.idade
Logo
modalidade
a
classes
ela
fora
sucedeu
na
r-egência
de
e
Mar-avilhosa
o
ainda
gênero
o
Janeiro
pela
que
voltada
denominada
é
de
irredut.ível
rurais;
Carnaval,
pelo
sociais, a
a
correlato~
t.radições
det.er-mina.do
é
função
epit.et.o
aqui
Desfile
Car-naval-Espet.áculo
capital
popular.
das
o
me:rcado
sua
de
popular
:relações
das
Rio
fest.a
cat.egoria
compasso
o
moment.o
de
ou
com Para
colado
forma
pelo
O
o
ur-banas,
subalternas
pública.
país
at.est.am
singularizada
Em
a
arrumado
do
profundas;
''civilizada''
Nest.e,
brasileira
moderno.
moderna.
multidões
carioca.
exibição
Cidade
simbólico
cidade
país.
sincret.ismo
seu sentido
:relacionamento
universo
grande
das
das
República
mar-avilhosa".
diversão
a
no
da
t.ransformacões
o
a
Carnaval-Espet.áculo
aos
o
"cidade
inst.it.ucionaliza-se para
com
significou
enquanto
vit.rine
pat.a:mar
e
capit.alist.a mundial
primórdios
pelo
concer-t.o
de
encaminhou
a
simbiose
na
uma
qual ambos apa:recem complement-ar-es. combinação ent.re um e
Porém a
à
luz
de
uma
pr-ocessos níveis
locais,
capital,
a
de
ent.endiment.o lazer,
por-
a
cult.o ao
monopolizados
em
em
do
do
uso
uma
e
presença de
do
o
consumo
out.r-os::,
e
a
O
uma do
t.tll'íst.ico
esfera
Car-naval
mundial
da
de
de
e
do no
Os
consagram o são
conjunto de
simbólicos,
a
sobre
Rio de
da
qual
o
imperativo fêl.iX:ddade,
de
que
de
elementos
dentr-o
status
o
at.ividades
desses
:ritmados
os
e
das
vet.or-es
nos
grande
comunicação
ent.z.et.eniment.o,o de
de
foram
incidência
simbólica,
signos
beleza··,
259
e
cult.ur-ais,
perfil
economia
com
de
cult.ura.
abrangência desse circui t.o.
no
valorização
e
engajamento
desses
int.ricament.o
como
car-ioca e
o
int-ermediários
corpo,
par-a
ascendem
na
t.ecnologias
ao
indivíduos.
Alguns:
mudança
cult.ural
e
com
:realinhament.os
Est.ado
novas
r-elação tempo
a
arquit.et.ura 1nst.it.uc1onal
por
"'l"eferência
de
aos
tr-abalho,
pr-odução
at.it.ude
espet.acularizacão uma
do
da
montada
t.r-ansna.cionais.
emergência
indivíduo,
moviment.o
econômicos e
mundo
massas
confecciona
do
no
especialist.as
mudança
e
nacionais
redefinição
sociedade,
novos
hist.órico-social
sócio-pollt.icos
deslocamentos
da
totalidade
outro só se mostr-ou compreensível
acelex'am Janeir-o
pela
a
como
not.ável
fact.ual
É
própria
paisagem
cosmpolit.a simbiose sinais
que
essa
cultura
que
está Mas
Desfile
o
Moderna.
ambient.es
codificacão
urbana
int.ernacional.
ent.r-e
Mundial
a
e
mundial
t.ambém
a
Cidade
nest.a
ao
não
ela
como
propost.a
uma
da
das
tropicais
sist.ema
as fest.as
mundial
com
coletivas. At.est.am idiossincrasias
as
"desencaixar" e
participar
consórcio
geográ:ficas,
históricas. Ou seja, são espaços onde a capaz de
o
dos
étnicas,
que
a
seus
em
Civilização
mat.rizes
de
artificiais,
ernblemat.izados pelo cenário espet.acular onde est.ão combinados a paradisíaca e
da
padrão
de
mat.er-ializa
parai.s:o.s:
de
um
de
constitutiva
últ.ima
chama:T'
a
apenas
é
e
carnavalescas
paradigma
defensável
moderna:
poderiam
pl'áticas
relacionada
é
Int.roduz-se
se
das
paisagem
princípios
do
culturais
e
diferença consiste em uma imagem
de um "nós'
difuso,
complexo,
que
se
insinua nos luga:r-es( ... )''(Ort.iz/1994:220). Um
enquant.o Tarde,
trag-o
de
soment.e
tão
No
Salvador.
dados dá suport.e a
de
dos
um
t.ext.o,
o
edit.orialist.a
est.a hipót.ese.
publicados assevera
desvencilhar-se
ét..nica.s
dependências
represent.ados
edit.oriais
em
baianos
Afoxés
dos
cort..ejo
exp~~essivo
conjunto
jornal
urgência
A
do
''obstáculos''
dos
Conclama-os
religiosas.
e
a
no
Por
a
const.ruir "novos degraus" na escada de sucesso que os poder-á conduzir à mesma
e
riqueza
popularidade
do
Carnaval
carioca,
no
f'ormat.o
de
f'est..ivais coreog-rá:ficos(12-02-1989: Car-deno 02). Ant.es
de
pensarmos
em
uma imposição
da
"midia"
implícit..a
export..ação do modelo carioca da Fest.a-Espetáculo, não seria o fat..ores
out..ros
supor
sociais
mais
abrangent..es,
"desencaixe'' das
prát.icas carnavalescas nordest.inas
regiões
e
do
processos
pais
da
sent.ido,
t.uríst..icos circuit.o ano",
do
nos
a
exemplar,
organizados
em
do
folias
d.ifer-ent.es
Ou
e
do
carioca
os
se
mont..am
Neles o
pacotes
complement.am
"carnavais
pais.
e
caso
pois
baianas
t..ambém
cidades
Teatro-Passarela
via~;em,
de
car-iocas
Brasileir-o".
estão
que
a~;ências
o
out.ras
no campo translocal do ent.retenimento. É das
seja
mesmo de
a
as
"Carnaval
e
o
interferindo
civilizat.órios
Talvez
condicionando
vasculhar
atitude
quais
Latina?
moment.o de
de
e
sociais
inserção dos festejos nesse
América
nessa
se
de
no
meio
de
combinam
"despojament.o•·
a
dos
Blocos de Trio-Elét.rico de Salvador-. Poder-ia
ent.ão
reprocessando esses lógica
da
se
dizer-
que
t.errit.órios, e
export.acão
o
carisma
do
espet.áculo
est.e ja
com ele os element.os sincrét.icos pela
cult.ural?
260
Par-ece
sugest.ivo
viajar
nest.a
possibilidade,
aliment.ada
redefinições
em
sua
fat.o
e
de
Salvador
ur-bana,
ecologia
balneário"
''metrópole
pelo
at.ualment.e,
modelada
no
ascender
ser,
roteiro
pelo
de
alvo
paradigma
turístico
da
internacional,
puxada pelo carát.er de fest.a "afr-o-baiana" do seu carnaval.
As
duas
da
produção
Nest.e
pont.o
sentido
ar-tificiais.
.Moderna, qual seja, o sociedade
no
caracterizado
modernizante no
cidades,
torna-se
passa a
ser
a
possuem
poderes
ent.ant.o,
org~zacão
pela
de
imag-ens,
sinalizam
'moderna'
produção
e
quando
o
extraordinários
sócio-geográfico
idílios
evidenciador
experiência
cobiçadas
da
experiência aut.ênt.ica.. estabilidade
das
de
para
validade
à
algo
uma
consumo
à
economia,
espaço de
esforço
mesmo
tropicais
da
Civilização
primado das imagens, como sugere Susan Sont.ag:"Uma
respeit.o
da
do
espécie
com
um
revelam
suas
principais
at.ividades im~ens,
imagens,
quando
as
determinar
nossas
exigências
são
e
t.ornam-se
e
politica
mesmas
elas
indispensáveis
a
à
busca
se
a
jaulda
que com
substitutas boa saúde
à
.felicidade
indi vidual"(1986:t 4 7-8). Talvez descrita
sejamos
por Weber,
um anél de tubos
levados
haja
de
a
deixado
neon.
Por
perguntarde
ser
serem
de
mais
"ferro":
da
modernidade
met.amoíorseou-se
sedutores,
a
"gaiola"
se
.faz
mais sor-rat.eir..a. As metáfor-as dest.a confortável cadeia de luz, cor e dão
contornos
à
esconderijo
das
transformar
as
para
conhecer
sensações, t.ornam
imagens, ou
os
modelos,
referendar-se:
revelam
ou
do
extensão
Manifest.a-se
abnas.
parcelas
cuja
semeiópolis
escondem planeta
as
na
em
em
t.endência
razões
imagens
vontades,
abrange
som e
contemporânea
subst.anciais
habitam
desejos
paraísos
mundo
o
os
não
ter-renos,
Até
par-a
o
de
apenas
sentimentos
poderes.
e
em
e
mesmo
desfrute
o
daqueles possuidores de passorte para circular nos seus delír-ios. Ao
cont.:r-ár-io,
Tempestade,
porém,
da
terra
prenhe
ilha-simulacro estável,
de
incapaz
principalmente mant.ém-se processável
por-
Próspero
de Shakespeare -, alu cinado com uma nat.llr'eza viva,
lhe subvert.er, .a Amér-ica tropical que o.ferta-se
encontrada
com
e
de
uma
nat.ureza
Inuencão
a de
de
per-mi t.ir-
que
fest.eja,
quando
novos
desenhos:
ag-or-a
o
a
Morel,
quando
volát.il
despont.a par-a
suficiente
carisma. 261
serviço
do
oferece-se
a
o
olhos
homem.
como
um
desconheça se
emociona.
exporta-se par-a
a
E
do
o
de
A
capaz de "mundo", Como
a
t.er-ritór-io
os
pacto
limites, colonial
natureza-informação,
r-eproduzir
seu
fascinante
BIBUOilRAFIA CITADA E CONSULTADA ~45
- BASTIDE,R. - Imagens do Nordeste mistico em branco e preto - RJ: O Cruzeiro. - FREYRE,G. - Sociolo§"ia - RJ: José Olympio. ~57 - EDMUNDO~L. - O Rio de Janeiro do meu tempo - RJ: Conquist.a. - FRANCA JR. - Politica e costumes - RJ: Civilização Brasileira. •58 MORAES,E. História do carnaval carioca RJ: Civilização Brasileira. •62 - RANGEL,L. - Sambistas e chorões - RJ: Francisco Alves.
•63
IANNI,O.
Industrialização
e
desenvolvimento
social
no
Brasil
RJ: Civilização Brasileira.
·65
·67
69
70 71
72
73
74
TINHORÃO,J.R. - Trezentos anos de carnaval - RJ: Revist.a Senhor. - Ameno Resedá: o rancho que foi escola - RJ: Let.ras
- EFEGÊ,J. Art.es.
e
BITTENCOURT ,G.M. e FERNANDEZ,N. A missão arti.stica francesa de z8z6 - RJ: Minist.ério da Educação e Cult.ura. FRANCASTEL,P. ••o aparecimento de um novo espaço" ln: Gilberto Velho(org.). Sociologia da art.e III - RJ: Zaha.r Edit.ores. - BORGES PEREIRA,J.P. - Cor, profissão e mobilidade(o negro e o rádio de São Paulo> - SP: Pioneira. - JÓRIO,A. e ARAUJO,H. - Escola de samba em desfile, vida, paixão e sorte - RJ. - SIMPOSIO DO SAMBA - Samba e cultura: teses - Guanabara: Secret.aria de Turismo da Guanabara. - AMARAL,A. - Artes plásticas na semana de :zz - SP: Perspect.i va. - BASTIDE,R. - As reliGiões africanas no Brasil - SP: Pioneira, 2 v. - CAMPOFIORITO,Q. - Carnaval - uma festa de arte - RJ: O Jornal. - IANNI,O. - Estado e planejamento econômico no Brasil(I930-I970) RJ: Civilização Brasileira. TINHORÃO,J.R.. Húsica popular de indios, negros e mestiços Pet.rópolis: Vozes. - ANDRADE,M. - Ensaio sobre a música brasileira - SP: Mart.in.s. - BAUDRILLARD,J. - O sistema dos objetos - SP: Perspectiva. MATTA,R. ••o carnaval como rito de passasgem" in: Ensaios de Antropologia Est.rut.ural - Pet.rópolis: Vozes, Coleç.ão Ant.ropologia,3. SIMMEL,G. ..Ã metrópole e a vida mental'' ln: Ot.ávio Guilherme Velho(org.). O Fenômeno Urbano - Rj: Zahar Edit.o:res. - WIRTH,L. - "O urbanismo como modo de vida'' - CABRAL,S. - Escolas de samba: o quê, quem, como, quando e por que - RJ: Font.ana. FREYRE,G. e SOUTO MAIOR,M. ''Carnaval brasileiro" SP: Edit.. oroa. Troês, Revist.a. Hist.óroia n.9.
75 -
GROPIUS,W. - Bauhaus: nova 'arquitetura - SP: Perspect.iva. BENJAMIN,W. - "A obra de arte no tempo da sua reprodutibilidade técnica.. in:Os Pensadores<Benjamin, Horkheimer, Adorno e Habermas) SP: Abril Cult.ural. - FERNANDES,F. - A inteçraç.ão do neçro na sociedade de classes - SP: Át.ic.a, 2 v. - GOLDWASSER,M.J. O Palácio do SambaCEstudo antropoló,gico sobre .sobre a Escola de Samba Estação Primeira de Hancueira) - Rj: Zahar. RIBEIRO,D. - Teoria do Brasil - RJ: Civilização Brasileira. RECTOR,M. - Código e mensagem no carnaval - Brasília: MEC, Revist.a de Cult.ura n.9 ano 5, out.ub:ro/dezemb:r-o.
262
~76
- DUMAZEDIER,J. - Lazer e cultura popular - SP: Perspectiva. HABERMAS,J. Mudança estrutural do espaço público
Bibliot.éca Tempo Universit..ário. - ZAUDER,F.(org.) - História das escolas de samba ~dit.oroa,
;t78
volumes 1,2,9,4 ARAUJO,A. Escola
&
5. de
samba:
um
episódio
RJ:
RJ: Rio Gráfica
antropofágico
RJ:
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Liesa)
1/01/1995.
epoiment.o de André Porfiro(president.e de ala) - 28/01/1995(ao aut.or) epoiment.o de Milt.on Cunha(carnavalesco) - 05/02/1995<ao autor).
ROTEIROS DE ENREDOS DE ESCOLA DE SAMBA CITADOS nredo: "Chica da Silva" 1963, Escola de Samba Acadêmicos do Salg-ueiro, ut.or Arlindo Rodrigues. nredo:"Hist.oria do Carnaval Carioca" 1965, Escola de Samba Acadêmicos :> Salgueiro, aut.ores Arlindo Rodrigues e Fernando Parnplona. nredo: "Bahia de Todos os Deuses" - 1969, Escola de Samba Acadêmicos do algueiro, aut.ores Arlindo Rodrigues e Fernando Pamplona. nredo: "Alô, Taí Carmem Miranda" - 1972, Escola de Samba Império Serrano, ut..or Fernando Pint.o. nredo: "O Rei de França na Ilha da Assombração" - 1974, Escola de Samba cadêmicos do Salgueiro, aut.or Joãozinho Trint..a. nredo: "As Minas do Rei Salomão" 1975, Escola de Samba Acadêmicos do algueiro, aut.or Joaozinho Trint..a. nredo:"Domingo" 1977, Escola de Samba União da Ilha do Governador, ut.ora Maria Augus:t..a Rodrigues. nredo:"A criação do mundo segundo a t.radição nagô" 1978, Escola de amba Beija-Flor de Nilópolis, aut.or Joãozinho Trint..a. nredo: "O Sol da Meia Noit..e, Uma Viagem ao Pais das Maravilhas" 1980, scola de samba Beija-Flor de Nilópolis, aut..or Joãozinho Trint..a. nredo: "O Carnaval do Brasil, a Oit..ava Maravilha do Mundo" - 1981, Escola e Samba Beija-Flor de Nilopolis, aut..or Joãozinho Trint..a. nredo: "Bumbwn, Pat..icumbum, Prugurundum" - 1982, Escola de Samba Império er:rano, aut.or Fer-nando Pamplona. nredo: "Ziriguidum 2001, Um Carnaval nas Est.relas" 1985, Escola de amba Mocidade lndependent.e de Padre Miguel, aut.or Fernando Parnplona. nredo: "A Lapa de Adao e Eva" 1985, Escola de Samba Beija-Flor de ilópolis, aut.or- Jo.a.ozinho Trint.a. nredo: "Kizomba, a Fest.a da Raça" - 1988, Escola de Samba Unidos de Vila sabei, aut..or Mart..inho da Vila. nredo: "Rat.os e Urubus Larguem a Minha Fant..asia!" - 1989, Escola de Samba eija-Flor de Nilópolis, aut.or Joãozinho Trint.a. nredo: "Marraio Ferido Sou Rei" 1993, Escola de Samba Mocidade ndependent.e de Padre Miguel, aut..or Renat..o Lage . .nredo: '"Uma Fest.a Brasileira" 1994, Escola de Samba Imperio Serrano, ,ut.ores Cid Carnillo e Saincler Boiron. ;nredo: "Cat.arína de Médices na cort.e dos t.upinarnbôs e t..abares" 994, Escola de Samba Imperat.riz Leopoldinense, aut.ora Rosa Ma.ga.J.hães. :nredo: "Abrakadab.ra, o despert.ar dos Mágicos" 1994, Escola de Samba lnião da Ilha do Governador, aut..or "'Chico Spinosa. :nredo:"O Cant.o de Crist..al" 1995, Escola de Samba Beija-Flor de ilópolis, aut.or Milt.on Cunha.
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