O desfile e a cidade: o carnaval-espetáculo carioca.

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/L EDSON SILVA DE FARIAS

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O

E A CIDADE' O CARNAVAL-ESPETÁCULO CARIOCA

Dissertação de Mestrado apresentada ao Departamento de Sociologia do Instituto de Filosof"ia e Ciências Hwnana.s da Universidade Estadual de Carnpinas 7 sob a orientação~ do Prof'". DR. Renato José Pinto Ort..i~

Este exemplar corresponde à redação fi~ da dissertação deCendida e

pela

aprovada

Co~são j /

__d__b/

pela

J~~adora

+'J

.

em

Banca:

Prof.Ca>Dr.<a> Prof".(a)Dr.(a

Prof"".<a>Dr.(a)

Set..elllhro/1996

r

t

1.;!1··-c-,-.-.•-,----. ~IOfi(;.l. I;~_Nl'/tM.


CH-00078617-7

FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA BIBLIOTECA 00 IFCH - UNICAMP

Farias, Edson Silva de

F225d

O desfile e a cidade: o carnaval - espetáculo carioca 1 Edson Silva de Farias.- ·Campinas, SP: [s.n.],1995.

Orientador: Renato Ortiz. Dissertação (mestrado)- Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas.

1. Sociologia da cultura. 2. Modernidade. 3. Rio de Janeiro (RJ) -Carnaval. I. Ortlz,Renato,1947- 11. Universidade Estadual de Campinas. Instituto de Filosofia e Ciências Humanas. III.Titulo.


Sou crat.o pela maneira, Marly, Esmeralda, ao lado de

pacient.e e carinhosa~ como Lurdinha, Betânio, Júnior, Rosa e Silvana, todos

sempre t.ão solícit.os no at.endiment.o aos meus pedidos. Estendo mesmo agradecimento aos funcionários da Bibliot.eca e do CPD do JFCH.

o

Ao meu orient.ador, o Professor Renat.o Ort.iz, quero ~radecer não apenas pela leit.ura at.ent.a do t.ext.o e as sugest.ivas indicações feit.as ao longo da confecção dest.a dissert.acão, mas sobret.udo ao crédit.o concedido à propost.a dest.e t.rabalho.

Agradeço t.ambém ao Professor Octávio lanni pelo exemplar est.ilo, digno e vivaz, como exerce o oficio de sociólogo. É sem dúvida um est.ímulo ao "noviço"'. Aos amigos Wandencley Alves e Marcelo Carvalho devot.o profundo agradeciment.o pela pac1encia em discut.ir e revisar est.a dissertação e pela realização dos desenhos aqui apresent.ados. Não só isso. A comunhão de princ1p~os e idéias t.em ajudado a t.raçar o perfil da caminhada percorrida e salvar-me da solidão do pensament.o. Tânia fico t.e devendo pela doçura e at.enção. Crisanto, Crist.ina e Luis Fernando, pelos moment.os em Campinas.

pelo

apreço.

Agradeço ao CNPq por t.er financiado est.a pesquisa. Apoio sem o qual pessoas como eu jamais poderiam dar continuidade aos est.udos. As bases inst.it.ucionais ofe:recidas pala IFCH/Unicamp t.ambém concorrem na mesma di:reç:ão.

Aqueles que estiveram comigo t.odos os dias, diret.ament.e ou nao, est.e t.rabalho pert.ence t.ant.o quant.o a mim. Viveram-no nas minhas incert.ezas e a~onias; ofertaram carinho~ afet.o e apoio. A paciência e o :respeit.o demonst.rados inscrevem-se em cada uma das páginas aqui apresentadas. Meus pais, i:rmas, sobrinhos ...obrigado!

-·~'-'


SUMARIO

INTRODUÇÃ0.•.....••....•................•..•.......01 Capitulo I O Carnaval na Metrópole Moderna...•.. on05 1 2 9 4

- O PoliJD&nt.o da Folia - A Centralização dos Festejos na "Avenida" - A Inst.it.ucionalização do Carnaval-Espet.áculo - O Cortejo Operíst.ico

Capí t.ulo II Desf'ile de Escola de Samba. ............. 56 1 -

Na Direçao do Subúbrio

2 3 -

Escola, A ForJDa..lização do Samba A Conquista da "Avenida"

Cap.ít.ulo III Um Evento Cosmopolit.a..................102 1 2 -

Carnaval, Uma Festa Popular e Um Novo Centro: A Cidade a - Uma Imagem de Cart.ao Post.al 4 - o Teat.ro do Carnaval

Nacional

Capít.ulo IV O Supere:spet.áculo.......•..•............146 1 -

Por Uma Imagem Brasileira

2 - A Cena Barroca Cap.ít.ulo V As Mágicas Luzes do Sambódromo ••••••••••• 196

1 2 -

A Privatização do Popular A Fant.asia Concretizada

DIGRESSÃ0••••••--······.................~ ••••••••••259

BIBLIOGRAFIA E FONTES•••••.•..•·-·······-·········262


INTRODUÇÃO

li t.erat.ura

A

fundamental

das

Benjamin<1991)

modernas

os

modernização

seminais

det.ect.am

ingredient-es

na

de

núcleo

do

além

Muit.o

conhecer.

infraest.rut.ural

vezes

met.rópolis

Trabalhos

Wirt.h(1973)

di versas

na

ext.ensão

como

os

modos

capit.alist.a,

t.ais

de

dado

de

locais

dest.e as

vaza

Simme1(1973),

social

grandes

das

viver,

sent.ir

racional

secularização

da

o

const.it.uição

''balbúrdia"

novos

anot.ou

cuja

modernidade,

a

sociedades.

e

por

cidades

das

ci vilizat.ório

conglomerado

cidades

presença

da

front.eiras

especializada

cont.êm

e

da

e

os

germes

de relações e processos que se t.êm est.rut.urados em escala planet.ár-ia. As cidades metrópoles concentram os t.:t'aços dessa at.ual

e

ao

mesmo

mercado

t-empo

mundial

pluralidade

const.it.uem

de

ét.nica

e

social

met.ropoUt.anos a€:rilhoam

a

precedent.es largo

e

t.êrn

consíst.ido

humanidade

e

htst.óricos.

alongado

do qual homens e

for-jou

inédit.as.

em

Sinalizam

irradiadores.

ar-t.íst.icas mais

de

dos

elos

at.ividades

em

uma

socializador

civilizant.e

o A

inst.it.ucionais núcleos

os

sociais mesma

exist.ência

à

e

e

nada,

centros

port.ant.o

Delas

mat-erializar-se.

pôde

e

for-mações

Ant.es

suas

pr-ocesso

epicent.ros

part.iu

mercadorias

caract.er-íst.icas

de

seus

os

condição

que

hoje

malha

sem

desse

espesso,

na

evolução

o

ambient.e

cont.ext.os

urbanos

global,

sociedades são engendr-ados, cuja met.áfora é

pollfônico das mesma cidades. sent.ido,

Nesse modernos

exibe

essência

de

crucial

como

Marcu:s:/1991>.

O

sua

sociológica,

encont.ro

o

idiossincrasia

desafio

grandes

dos

reflexão

à

onde

lugares

apresent.a-se e

algo

densidade

a

post.o

saber, local

o

de

lidar-

com

as

a

inusit.ada o

e

fundant.e<Peat.herst.one o

é

ent.re

a

et.

global alii/1991

realidades

dai

decorrentes, já que são mar-cadas por- um m.utantism.o que não as dissolve nas

clivagens

"massa"

ou

hist.óricas

entr-e

''pr-esent.e,''

"t.radicional"

e

cult.urais

simbiot.izam-se

com

os

t.ecno-administ.rat.iva, espet.acular permut.a

e

,

"pret.êrit.o";

"moderno".

conf"ormam-se princípios

desempenho,

pela

exposição.

e

e

exigência

Tripé

Ist.o

nesse

do

"sistema

quant.o

ent.ronizado

1

porque

quadr-o

e

ef'iciência

sobrevivência nos espaces modernizados.

''erudit.o",

a

como

as

''popular''

de

particularidades

social

globalizado.

racionalidade

mundial..

a

e

lógica

da

perfomance

capacidade

de

mobilidade,

decisivo

e

f'undant.e

da


Dent.ro est.udado

dos

limit.es

quant.o

do

com

novos

contribuir

alcance

moderno. Sobret.udo o

espaço

int.ricament.os

est.e

floresciment-o

compreender do

Rio

o

especificidade

est.a

de

ocorre

como

Janeiro

o

Para

processo

ist.o

a

de

relat.iva

à

at.ent.a-se

t.ranslocalizados,

agem

e

a

Cumplicidade revelada na imagem que ilust.ra a Samba

do

uma

em

uma

at.ividades,

M.orro

do

Pão-de-Acucar,

cont.emp.lar- a

um

sorriso

fachada do Sambódr-omo e

definição

Rio de

do

janeiro.

capa da Revist.a Abre- Alas, Rio

que

as

o

cont.ext.o

de

Janeiro,

em 1995. Os

sinais da imagem exibem um sol como que erguendo-se por sobre a do

malha

como

no

na.

do

crescente

a

e

Cidade do

cidade

aut.onomia

maneira

decisivament-e

nexo gênero Des:file-Espet.áculo de Carnaval e

procura

civilizador

de

int.ernaliza

funções

objet.o

peculiar-idade de

t.erreno

sócio-cult.ural

int.erpenet.ração

publicada pela Liga das Escolas de

no

do

dissert.ação

alongado

modo

pluralidade

a

int.erdependência e

pela

trabalho,

sobre

relacionament-os.

ent.re

confront.o de

cujo

sócio-g-eográfico de

dest.e

dados

Procura-se

abrangent.e

t.ant.o

t.rajet.o analit.ico t.ent.a r-ast.rear- a

uma cult.ura popularmet.rópole.

impost.os

cobre

de

luz

a

silhueta

cidade,

ao

pedras: portuguesas do calçadão

de Copacabana, sob as quais chovem coloridas serpent.inas e conf"et.es. Diria que, as :forças ilust.radas nest.a imagem e a

legitimidade

chegada

dest.e

cult.urais

exercício

social

com

do

urbana.

compreensão

a

ent.ret.eniment.o, à do

ilustrar

formadoras

realidade t.omar

de

conjunt.o isso,

t.oda

uma

int.elect.ual. referido

que

nexo,

Just.if"ica-se da

é

sociedade,

o

no

são

o

seu

de atividades

ident.ificar

a

sociais

singularidade

como

as

hlstoricament.e mesmo

ao

bem

como o

e

prát.icas

sociológico

Desfile,

esse

part.ida

const.it.ut.ivas

maneira de uma lent.e capaz de f'acult.ar

complexo

de

aport.e,

t.ambém

do

própria imagem,

pont.o

empreendiment.o

especialização

a

da se

de

conheciment-o

determinado.

conglomerado

E se

deixa apreender- e sent.ir enquant.o realidade plausivel e possível. Tl'MA E PROBLEMÁTICA '

Em Janeiro,

a

sua

t.ese

sobre

ant.r-op6loga

o

Desf"ile

Mar-ia Laur-a

das

Escolas

Viveir-os

um out.ro viés para os est.udos t.emat.izando a não

0

vinculado

às

dist.inções

ent.re

os

2

de

de

Samba

Castr-o

do

Cavalcant.i

Rio

de

pr-opõe-

cult.ura popular urbana, que

gr-upos

sociais

e

os

niveis

de


cult.urai.

A seu ver, rituais da macnttude do Carnaval carioca devem ser

estudados geradas

levando-se

e

em

na

ambientadas

mediações

grande

cidade.

das

práticas

e-xt.ensa

mais

conceit.uaç.ão

as

cont.a

que

O

as

ent.re de

heterogeneidades

antemão

cultur-a

da

uma

suc;ere

citadina

popular

cont.empor-ânea. Em razão de t.essit.ura do

Desf"ile

central

relações

prenússa,

coligadas

Escolas

das

do

t.ensa é a

de

t.al

de o

cort.ejo

est.abelecida,

enredo

marcada

seu

pela

t.rajet.o

forma

Pois.

Samba".

fundament.al

dinâmica

o

"estética

argumenta,

anuabnent.e

dist.o

e

a

cult.ural partir

precisa

da

uma

reciprocidade.

chama

que

e

renovado

pela repulsa

desvenda uma

analit.ico

intriga

negociação Encont.ra

"pot.lach

de

urbano

cont.emporâneo''(1993),.

Cavalcanti, cultura

no

que

popular o

met.rópole.

Contudo

fest.ejo

fat.ores

t.ange

urbana,

espet.áculo

do

dest.a

proposta

A

seja

a

aut.ora

cidade,

ao

quant.o

privilegiado

locus

na

pesquisa

ist.o

sócio-históricos

seu

o

de

categorização

reconheciment.o

de

estar

para

o

estudo

do

ritual

respeito

permanecem

at.uant.es

prenússa

da

postulado

silencia a é,

tributár-ia

é

para

a

em

da

í o r ma

na

sit.uado

de

em

uma

própria formalização

da

suspenso

condições

as

conformação

inst.it.ucional

e da

Fest.a-Espetáculo carioca. lmediat.amente Quais pelos

condicionant.es sinais

de

práticas

Por

acompanham

formatação

da

"ópera-balé"

uma

platéias?

diant.eira ent.re as medida o

participam

de

ent.ret.enimento

indagações

algumas

que

do

deambulant-e est.e

o

nexo entre o

const.at.ação. emblemat.izado vistas

com

format.o

de

desfile

na

janeiro propicia a

modalidade espet.acular de part.icipac;:ão fest.iva? dissert.ac;:ão é

cort.ejo,

carnavalescas organizadas

cont.ext.o urbano do Rio de

tal

ao

t.oma

cidade? Em

a

que

consagração dessa

Com efeito,

o

tema desta

gênero Desfile de Carnaval e

a

cidade onde

aparece e se tem desenvolvido. Logo,

espet.áq_ulo

det.erminado

observado dissertação alcançada

o

se

por

gira

em

esta

f. A a.utorc di.c.l.oga. qua.i.a o tcoma. d:a.

com c;:ul.Lur-a.

um

da

a

Fest.a-Espet.áculo,

da.e

e-

conjunto

ponto de viste dos confti.toe pel.o ou resolve-a• Quei.roz/J.992> ou sob Rodri.gues/i9?8 exemplo, sóci.o-ra.ci.a.i.a(consu U.or Rodri.gue-e/i984>.

3

onde.

""

Eec;:ol.a.s-

de

e

se.-

dest.a

legi t.imidade

simbiot.izarn-se

i.nLérpretea, So.mba., om

entre prisma.

o

para

problemática

inst.i t.ucionallzacão

da

ai.gni.fi.ca.t.i.vo

popul.a.r

realizado

algo

público<Pavis/1987),

t.orno

realidade

significa

O&

pa.rli.cul.a.r,

c::lc~ses<ver,

dos

a

por confrontos


f'"est.a

e

popular

cult.urai:s:

a

lógica

sociedades

nas

da

exibição,

modernas<ver

à

nodal

e

producão

Benjamin/1975).

ao

Analiso

essa

est.at.uída do Carnaval-Espet.áculo carioca, com primazia sobre vi~ência,

acões humanas nos seus Umit.es de fato

configurado

cultural

cosmos

no

ent.endendo-a à

simbólico

e

consumo ordem

campo das

0

maneira de um

institucional

da

modernidade. análise

A

ao

experiencia, estilos

de

do

longo

dest.e

feita,

século,

assim, a

deslanchar-

do

processo

das

principais

civilizador

à

luz

capitalist.a,

moderno,

dos

seus

modos

conjuntamente

not.adament.e

indúst.riais

agências

uma sociedade que

de

reorganização

com modernização

vida,

suas

é

gênero

após

culturais,

o

com

o

advent.o

comércio

o

e

de

lazer e de t.urismo e o mercado ampliado de bens: simbólicos<Ort.iz/1991).

o

objet.o

especializadas,

entidades

a

é

tradição<pressuposto

de

cidade,

notabilizada

pelo

formal

das

laicas.

Poder-se-ia

a

limitação

dizer,

a

do

das

sentido

de

concurso

fest.ivo

Des:Cile-Espet.áculo

o

met.ade

século

XIX,

variações)

estético,

apresent.ações

suas

modalidade

saber

segW'lda

na

ainda

Iniciado

quest.ão

em

anuais,

respeit.o

do

Carnaval .

at.ualment.e

na

popular do

plat.éias

a

uma

compreende

caract.erizador

volt.adas:

2

de

cultura

da

ent.re

conjunt.o amplas

consagrado

e

Desfile

das Escolas de Samba, que consist.e em wn subgênero daquele gênero maior. O

t.ermo

regras

gênero

que

é

empregado

formalizam,

recepção e

as

Desfile.

finalidade

A

significacional aqui

ut.ilizado

codificar,

as

a

um

conjunt.o

expect.at.ivas

com

à

a

audiência.

maneira

int.enção

de

de

Nesse

Jesus

ent.re

o

lógicas

e

mat.erialidade do a

estabilidade do

conceit.o

de

ou

de

emissor

dent.ro

Mart.ín-Barbeiro,

as

ent.re

sent.ido,

sistemát.ico

forjar

expressivo-comunícat.ivo>

at.o

o

a

corresponde

mediação

d ..

forum

relação

circunscrevem na t.ext.ualidade expressa, a

par-a

necessária

ao

em

seja,

cont.rat.o gênero

consist.e

da

produção

de

explanação

e

é

no da

circulação/consumo<1987:239-42). Em

vis:t.a

privilegia

a

prop6sit.o

da

sint.et.iza

zPara.

a

hist.oricização

as

dvs1.gnar

disso,

análise,

O{l'ção do

o g&nero, di.ferenci.ó.-Lo

gênero

int.roduzo

t.ransf'"ormações Q

met.odológica

a

em

cat.egoria

est.rut.uradas

pa.la.vra. emprego

um

em

de.!!lfi.le eer& do mesmo

do objelivo é ou um respectivo espeeU'ieasa.preaent.o.Ç:l!oee serao gri.fa.dcs em a.no. Também delermi.na.do pa.rli.ci.pa.nlea do evento.

perfil de

alongado.

do

tema

Para

espetacular-izaçllo.

t.orno

da

gri.fa.da.

org-anização em

termo

cortejo, ca.i.xa.-a.Lt.a.

ca.i.xa.-a.tta..

est.e Ela das o

deP"'ominar rea.Li.zo.do

as

em

entidades


práticas

carnavalescas

est.ét.icas. longos aut.or-~

e

est..r-ut.urados

pela

cujo

sociedade.

Nest.a

é

E

dos

aç:ão

plasma

definida

moderação

de

a

vaza

impulsos,

polimento dos at.os e

ent.:r-e

determinados

de

uma

os

preponderante

sobr-e

os

est.e

est.:r-ut.ur-adas~

relacionamentos individual

societ.ária

t..endo

aos

t'l'uicão

Para

planos

economia

e

Elias

combinações

de

r-acionalizacão~

de

f'at.or

Nor-be:r-t.

simult.aneament.e

rot.inizacão

modalidades

exibicAo

da

civilizadores"(199S:26S).

civilizado:r-es

int.e:r-dependência

raio

principio

concepcão de

"pl"ocessos

t.r-at.am-se os processos

humanos,

pelo

A cat.egol'ia basea-se na

const.it.uidas

da

norteadas

por

diversos

e

geral.

foco modos

a de

expressões humanas, marcant.e do ajust.e das part.es

na t.ot.alidade civilizada. A vel'ificar sonoras

part.ir a

desse

seguinte

encontradas

r-efer-encial,

hipótese: no

a

Desfile

o

objet.ivo

mater-ialização de

Carnaval

dest.a

em

dissertação

formas

carioca

visuais

sinaliza,

é

e

como

expressão, uma das faces tomadas pela expansão do processo civilizador

moderno.

5


1.

O CARNAVAL NA METRÓPOLE MODERNA

Enlã.o

nQ.e.

el vil~zg.cã.o

noe

desenvolver

•m

em f a.z

mo.\. e

qu•

aeneacõea. , , nQdQ de&aa. di.ve(&i.dode,

......

..

~.

E

mui.lo

volúpi.o

~-­

provó.vel

A c~vi.lLza.Cão dl.verei.dco.de da.e

adoÇa.?

nóe

-

que

a.

doaon.,. .. ~,.;.,..onh•

o

homem

<:1Ca.be

já.

l&lo Doeloi.évslci.

OGJ a.Li..•no.doe fora.m a.Loja.doe por cl~eee, No.eho.do de Aaai.a

oa ma.i.s a.jui.z~a. nó&, Lemos To ..tos uma no mi.olo doi.di.c• o rei.na.d.o corrermos exi.bt-\.o. o oem rl.eco do p=o hoeptei.o ou pCU'a. • . . poU.cla.

dose

""

Fon-FonU.?-02-:1.9!2)

6

do folia. o


Procuro

experienciado

XIX

at.é

deste

descrever

expõem

o

década

de

vint.e

do

cot.idiano

e

com

r-ealizado.

A

nossa prospost.a é

at.ual.

desde o

do

de

final

folg-uedo

valores do

agudas

dos

século

em

seu

carnavalesco

nele

evidenciar quais elementos mediados nesse

as

que

analisar alguns

t.rans:formacões

conseqUências na nat.ur-eza

possibili t.am

e

deslocament.o

por um Rio de Janeiro que conhece

a

cont.ext.o

capí t.ulo

r-elacionados~

quando

que,

íat.os

lo~o

ao

iniciat.ivas

modernizant.es

do

período

enfermem as prát.icas carnavalescas, :r-es:s:ignificando-as. O

:r-eição espet.acular do

núcleo da preocupacão est.á na origem da

gênero Desfile de Carnaval. A pergunt.a que se quer responder é: quais as suas

mat.:r-izes

folia cal"ioca, forma

s:6cio-cult.uroais?

t.arnpouco descr-ever o

des:flle; averigUo

consolidacão

dest.e

int.erior

fest.ejo,

do

Escolas

de

se

Não

modelo

Samba,

que

um

é

a

foment.ando

cuja

r-azão

cont.a:r-

a

hist.ória

da

longo percurso do desenvolviment.o da

condições

quais

pretende

formais

gênero

e

específico

const.it.uicão

principal

sociológicas

de

de

de

vicejam

prest.ígio

entidades

existir

é

a

no

as

como

participar

dos

concu:r-sos festivos. O POLIMENTO DA FOLIA

Quem primeiro chamou a atenção para a conexão exist.ent.e ent.re as t.rans:formações est.ét.icas e com

o

século

advent.o XIX,

nos serve aqui

urbanização

da

f"oi

Maria de

formais

Isaura

pelas quais passa o

mais

Pereira

ávida de

cidade,

da

Carnaval carioca desde

Queii"oz<1992).

meados

do

sensibilidade

Sua

no t.rat.o com algumas: int.er-pr-ot.;;ações sobro o

bússola~

f"est.ejo nesse período. Para Queir-oz, as modificações: no Ca:r-naval devem-se especiabnont.o a

det.erminadas:

de um

n.a

est.r-ut.ur-a

janeiro concent.rava na época a sif;nif"icat.i v o

const.it.uiam sec;ment.o

export.ação.

mercado

comerciant.es

de

últ.imas

As: da

lavoura

si.m&~ont1P8") von por arat.o. e• •xpa.nd• ca.rna.va.l em bri.ncar o a.colhi.da.e • •ra.m

e

or-gani2aç&o da

consumidor

liberais. que

resultantes

cafeeira

no

Vale

do do

como, a. pCLrLi.r a.veri.gua. • condi.ci.ona. o. r•gi.® eonaonâ.nci.a. àa modas que eti.le, ••t.or••

••

7

Ambos

ajudou

at.i vidades

ligados

ainda

ciciado

O Rio

alt.a burocr-acia do Est.ado imperial

pr-ofissionais

de

número

import.ant.e

principalment..e

•Olga.

de:flniçõas:

a

de

ciclo Paralba

da

e

segment.os

enriquecer

o

import.ação

e

mine:r-acliío

e

Fluminense ,

que

da. Corl• i.mp•ri.a.l, o di.eaemi.no.cao cM oeli.los da. Europa. ch•ga.va.m a.o Ri.o como parle do modelo


vivia sua fase p~odução

dessa

O

ãurea. para o

porto

me~cado

carioca

era

então

o

principal

escoadouro

exLe~no.

A caract.erizacão do Rio de Janeil"o enquanto uma sociedade urbana basea-se

para

econômico

exerce

a

desest.abilizando modos

elit.e

ent.ão

Ul"banos

aos

moldes

seja,

em

est.ratif1cac.Ao de

e

novos

socioeconômica

Paris, em

o

oposição

busca

uma

de

maior

Os

de

O

a

nos

vida e

setores

queriam

modo

cena.

ident.i:ficada

consagram-se

onde

ao

à

cosmo poli tas,

mais

nort.e-ocident.ais. espelho

fat.or-

hie~arquização

na

colonial

Paulat.inament.e,

cujo

agent.es

ventos

aos

europeus

social,

prot.agonist.a

trazendo

cidade

vigent.es.

"civilizados"

Ou

subalternas.

papel

a

est.rut.ura

procuram em Londres

homogeneamente

o

da

sociais,

abriu

provincianos ainda

est.ilos

acelerar

classes

considera~

cont.ext.o ~

no

desde

e/ou

camadas

das

Queiroz

enxergar

se

ser

das

uniformidade

de

camadas

de

classe.

inicia-se a het.erogeneidade da sociedade em seu conjunt.o. es:t.a situação,

A

Carnaval,

diz,

que

fora

assume

um

hierar-quizacão de

mit.o

social. se

espraia

de

as

do

inst.ant.e por

t.oda

mais

demais; a dos

as metamorfoses observadas no

atribui

"polida"Cidem:50-3).

privilegiado

simbólica

simultaneamente bailes:

e

comuntdo

Nest.e

feição

moment.o

classe dominante

Queiroz

t.át.icas

das

es:t.ratif"icação

modos:

de

engendrasse

o

de

Europa,

t.ambém

o

f'olia

atingindo

Rio

rnáscaras:(t.raduzindo

distinção

social assume

part.icipar

carnaval modelo

de

folia,

da

aparência

a

consolidado

e

Lisboa

o

conhecia.

os

bailes

O

folguedo~

O

a

de

brincar-

at.o de

barbárie e

policial

e

e

o

anos

de

Queir-oz

1940,

venezianos)

Carnaval"

passa

relegados

à

a

das

ao

ent.rudo,

classes

popular-es,

nos

jornais

const.at.a

que,

ent.re

o

desmembra

a

cl;l.va,;em Donrlnan.t.e

denominar

mar-ginalidade,

os

os:

cena

fest.ejos

membros:

da

e

que

o

e

It.ália

Port.o

e

nos

desfiles

de

!"arma de fat.o agora a

como

perseguição

época(Clement.ina/mimeo

folia

do

século

carioca

:f'olsuedo,

comemorados das

do

nos

rest.a

final

do

de

equalização

ident.ificado

veiculado

uma

.assimét.r-icas:.

dimens3es:

car-naval;

selvageria

preconceit.o

Per-ei:r-a./1992).

aos

o

aspecto

mat.erializava-se

prést.it.os(grandes carros aleg-ór-icos). Impõe-se es:t.a como a civilizada

a

França

Cidade

es:t.ilo

entre

ainda

de

na

nos

classes:

pelos

passado em

o

duas

''Grande

burgueses;

des:f"avorecidas

ou

t.or-naram-se meros espect.adores do brinquedo dos ricos ou "resist.iram" no chamado ..Pequeno Carnaval"', Há na aborda~em da autora o

mérit.o de correlacionar as mudanças

no Carnaval com as reorientações mais: gerais: em curso na vida do Rio de

8


Janeiro e

dos

mesmo do país, naquele período. Perspect.iva em pai"t.e cont.rár-ia

hist.oriadores 1

acont.eciment.os ant.eparo

como

re:flexos

locais(1993:23).

Torna-se

período

out.ro

sobre

cont.ext.o

brasilianist.a

concret.a

numa

a.scendent.e

o

como

brasileiro,

bur~uês-capit.alist.a.

t.ransformacão

eixo,

a

meio

Est.a

se

por-que

exercendo no

no

de

análise

det.ect.a

a

de

plano

sobr-e

um

da

do

escalada

ur-banas

hegemonia

f'osse

t.ais

despr-ovida

a

sociais

da

vêem

socioeconômicas

colocar

ra.l.ações

das

repr-odução da mat.er-ialidade, f'osse

condições

Queiroz

ascendência

a

neo-colonial,

das

pr-incipalment.e

complexo

em

post.ur.a

uma

possível

universo

do

de

que

Nedell 1

Jet"f"rey

o

padr-ão

produção

e

hesit.ant.e asforço de modernização,

vislumbrado na expansão da base indust.rial e

de conformação cent.ralizada

do poder em um laico Est.ado nacional, inspir-ado no modelo eur-opeu. obst.ant.e a

Não

desdobrament.os superest.ima disjunção,

da

e

conexão

ent.re

polaridade

a

que

"Grande"

propost.a de Queiroz deixa de ident.ificar quais os

deixa

de

"Pequeno"

urbandzacão

popular ser

versus

analit.ica

carnavais.

carnaval

burguês,

ao

cert.a

quando

evidenciada

t.ornar-se

de

que,

O

e

empírica,

maneira,

t.endência r-ecor-r-ent.e ent.re muit.os dos int.érpret.es desse

na

ent.re

repet.e

período da

a

vida

carioca, de t..omá-lo como mero ciclo, moment.o aquele quando as fracões de classe

dominant.e,

Encilhament.o, nos

endinheradas

levaram-se

t.rópicos".

Alucinação

e

popul.ares

classes

pelo

com

delírio

se

quer

elit.is:t.a<volt.ada ainda

cidade,

M.

para

Per-ei:r-a(1993),

relação

ent.re

demonst.ra, carnaval

por

popular

e

a

dur-ant.e Cont.udo

da

"higienizador

dominação

do

e

Seu

do

sido

um

ent.re

europeus)

com

vist..os

Queiroz,

periodo,

não

apont.a

part.icipação

popular

das como

cot.id.iana

da

Leonar-do Af"fonso

de

das

da

a

:raspait.o

XIX

para o

XX,

dissolução

do

não

persecuido~

nat.ureza

f'olguedo.

lit.erát.os

part.e

vida

a

a

a

sobre

mas

da

Apenas

época,

elit.es

quando

modernidade

de

século

emboz-a

qual

no

recor:rent.e

hist.o:riogr-áflco

de

por

ent.ã.o

a

af"ricana.

concepção

cerceament.o

repressão

enclave

um

virada do

dos

do

"civilização

uma

e

objet.o

na

civilizant.e••

Rio

expurgo

carnaval

esse

especulação

Needell/1993).

est.udo

'

a

simbólicos>

colonial lusa e

&Memplo.

refut.ando

t.ransf'or-macão

choque

cost.umes

os

lit.erat.ura

t.ransf'ormação.

apelo

est.e

paisa~em

uma

pelo

carnavalescos t.êm

evidenciar

e

f'aze:r

element.os

seus

caf"é

de

responsável

expressÕês da b.ar-bár-iêCVelloso/1997 e

Os fest.ejos

o

da

sua

aludida

ident.ifica

no

expressão

da

as

populações

subalt.er-nas. Nesse

sent.ido,

seu

ar-gument.o

9

desliza

~a

uma

cont.:r-ad.icão


int.erna.

Pois

a

maneira poderosos~

imposições dos hábit.o)

ol'iundo

agonist.icos e

como

dos

popuLar

porque

o

Ou seja,

compromat.idos

t.ão

defende

do

lugaz-

em

soment.e

a

ent.rudo,

de

fest.a

Logo,

passava

pelo

ordenador

dos

do

imperiosidade E

modernizant.e,

inst.rument.o

est.imulado

civilizat.ório

de

republicano,

quando

ideal de nação, o

:r-es;at.e

folia

da

mesmo

passou considerar ''selvageria popular-''. A

européia.

pelos de

r-eação

de

jornais

repressão,

das

No

Vonoza.

expressivo

algo

inclusive

cont.role,

Ist.o

do

conf"ig-ura

se

Pereira,

de

a

int.elect.uais

carnavalesca dever-sa-ia inspir-ar nos modelos de NioG, Roma e ent.ender

jogos

seus

os

cânones

ai vilização

apóst.olos

os

pa%'a

crivo

reit.el'ação

defensiva.

que,

regime

as

t.r-ansfor-rnaç:ão

conservadora,

perspectiva

resist.ido

com

qualquer-

de

procuravam amalgamar ao sent.iment.o de povo o da

t.eriam

caract.erizou-se pela

r-ecém-inst.alado

o

com

populal'es

Colônia,

da

most.ra-se

aut.or

classes

af"irrna ele,

t.empos

gl'ot.escos.

condut.a

as

uma época.

da

do

que

se

camadas subalt.ernas

responderia negat.ivament.e à violência inscrit.a nest.e projet.o. O

est.ou

que

int.érpret.es

Carnaval

do

argument.os.

neles

int.rinsecament.e elit.es.

Ao

t.endo

vist.a

e

esse

mesmo

dimensões

da

vida

apresent.ação que

versus

dest.e

capít.ulo

veremos

adiant.e

carnavais

!"oram

desses

nort.eia

nat.urezas

duas

dominado

objet.ivo como

a

analit.ica

seus

sociológicas

o

burguês

das

é

mat.izar

t.al

as

mediações para

cruciais

o

post.eriorment.e do Desfile das Escolas de Samba. de

int.érpret.es

inevi t.ável

é

colet.iva e

int.er:f"erência exercida sobre

port.ant.o

os seus

ressonância

sociedade

na

no nuancar

a

observa

civilização/modernização

pela

desempenhado

de

ocorridas

:f"olia,

com

lóg-ica

popular

o

mais

da

"poliment.o"

o

que

conjunt.o

t.ransformacôes

a

é

''Pequeno''

o

surgiment.o dos Ranchos e se

demonst.rar

afirmação

a

disso

em

"Grande"

o

carioca

inconciliáveis:

cont.rário

polaridade. ent.re

pret.endendo

cidade

composições

da

sobre

local

o

reconsiderar

da

relacionament.os

nas

dos

das

o

papel

diversas

grupos

com out.ros

e

a

grupos

e, pr-incipa.lment.e, nos modos da expr-essão e comunicação. Com apreender Rio

de

do

mani:f"ast.a

pont.o

Logo, no

a

idéia

a

por

import.ant.es observância

Car-naval

da

de

Maria

luz da redefinição vist.a

de

est.a at.ravessada

conseqüências

conjun.t.o.

ret.enho

Carnaval carioca à

Janeiro,

Tot.alidade de

o

ef"eit.o,

cidade,

uma

um proce:s::s:o

sobre da

de

a

paroace-me

10

P.

Queiroz

de

do .e:spaço urbano do

t.ot.alidade

sócio-hi:st.órica.

modernizante

est.rut.ura

ambigUidade

Isaura

da

frá;il,

sociedade

cont.ida nesse cons:t.it.uir-

a

porém

em

seu

moviment.o

lent.e

e

propicia


para

reconsiderar

o

papel

dessa

moderniz.acão

sobre

relacionarnent.o ent..r-e os grupos no Rio de Janeiro, alguns

ajust.es

conceit.uais,

bases

para

a

os

modos

daquele moment.o.

exposição

e

a

de Faço

anâ.lise

post.eriores. Ist.o porque se t.om.a.r-mos a socialment.e int.er-agir groupaie~

r-ealizada,

e

simbolizar mundo,

no

o

penumbra.

qual

para

se

ent.relaçam

experiência

a

p:r-opost.as:

as

negligenciam

que

noção de cult.ur-a como uma t.ot.alidade

de

um

ant.erior-es

direc;ão

dados

uma

de

Civilização locais

empíricos

uma

e

incipient.e

Mas

aos

seus

principias

pont.os

alguns

são

na

fenômenos

de Carnaval carioca

os

quais

ser,

o

apont.ando mais

congregando

part.icularidades

racionalidade

ampla,

na

civitizat.ória

circulação,

de

fazer,

configurações

ext.raordinários,

formação

Moderna<Ort.iz/1991:245).

ou

mant.êm

principalment.e

hist.ó.r-icos:

de

grupo

ent.recruzament.os cult.urais acont.ecidos:, para os evidencia

modos

a

desempenho

e

mat.er-ializados no dia a dia pela vigência das suas inst.it.uições

parece-me ocorrida

a

isso

Por-

dicot.omia

insat.islat.ória no

cerne

à

at.ribuí-la

da

maneira cont.at.os

s:ur-giment.o

na cidade

essê

embrião

concorr-em cult.ural.

par-a

a

montagem

dos

ocor:ridos

e no

que

grandes

e

condiciona

os

de de

est.udada

como com e

ntais os

dos

Ou

melhor,

do

est.rut.ura

e

vinculados

de

Os

aos

a

p:r-ocesso

de

cult.urais

em

algumas

const.it.uição

est.a

a

quais

fat.ores

t.ot.alidade

da

do

manifest.ação

encont.l'os

met.ic:ulos:idade

:fluxos

é

sociológico

encont.rados

Carnaval

capít.ulo

época.

da

:r-efel'e-se

polidos

o

gerada

formas

condicionantes

cidade.

dest.e

agrupament.os

novas

''popular''

e

ressignificacão

fat.o

Janeiro

Rio

grande

rit.mq

o

no

ser

ent.endido

social

de

p:ressupost.os

exarni~

propost.a

modalidades

complexos

da

A

profunda

considerando

consumo

a

''burguês"

a

het.erogeneidade

novas

aos

Carnaval

just.arn.ent.e

ela

a

produção

est.eio

compreender

cult.urais:, de

ent.re

carnavalesca.

modernidade

Carn.aval-Espet.áculo Requer-

fest.a

problemát.ica

A

prát.icas

de

para

corno

os

modela

t.eórica

do

carioca.

t.ot.a.lida.de.

espet.acularoizant.e

det.onado. De 0

inicio,

p:rincipio

social

em

recor-ro

de i#oda a "formar

o

a

uma idéia de

argument..ação. cent.ro

de

modelos para out.ras classes e acei t.os

por

especial de comet.ida

a

elas,

um

p.r-essupõe

de

criar

Not.a ele

que

processo

e,

Elias a

uma

s:i t.uação em

modelos

11

virt.ude

dest.a

e

a

de

delinear

uma

f"orma,

classe

f'ornecer

sejam difundidos e

social da

visando

ação

de que est.es modelos

sociedade como um t.odo, funcão

Norbe:r-t.

e

qual

outro

uma a

um

est.rut.ura circulo

difundi-lo

é

e


assimilá-los"<1990:124>.

é

ân~ulo,

De:s:t.e

carnavalescos

europeus

aspiração

da

ocident.al,

apesar

das

cons:ist.iu

t.ambém

em

valores,

part.icipações

na

nat.iva

um

a

compart.ilhar

esforço

em

na

sua

modernizant.e

folia

diant.e

carioca

e

iria

na

cujos

respost.a

e

cidade as

ao

desaf"io

precisava

pessoas

do

ser

seu

post.o

por

cont.rolada,

círculo

uma

uma nova hierarquia

os

mesma

desde

at.é

com

ex-escravos~

"pacificada"(a Abolição dos

imensa

seu as

próprio

sociabilidades.

que

t.ambém

chegava

relacionament.o

demais:

por exemplo,

das

est.Hos

das

população

das

Porém

de:s:dobrament.os

A pos:t.ura de segmentos da burguesia funciona como pressão mas é uma

a

civilizada

sociedade.

classificar

t.ot.alidade

Sig-nificou

humanidade

da

pre:s:ent.es

element.o:s:

dos

conver~ent.e:s:.

a:s:pect.os

de

adoção

funcionaram como parâmet.ros a

dali

que

dois

deficiências

engendraram práticas e de

sob

burguesia

t.omar

vero:s::s:Ímel

esferas,

to:rnará

o

à

com

enf'im,

negro

um

personagem já não mais escamot.eável socialment.e). Ironícament.e,

que

autocont.role

t.eve

principabnent.e

no

erguidos

o

pacat.o t.erreno

para

e

controle de

se

que

para

a

t.ornar

t.angia

convívio

recolhido

aos

aos

segrnent.a a porque

os

encadeament.o

"igualação"

e

ambigüo,

at.itudes

e

monarquia. público,

e

1st. o

mundanos

abandonavam

prest.igio

maior

o

rit.mo

semeou

E

localizado um

o na

t.ernpo

int.ernaliza em um jogo de equilíbrios,

circulam,

moldado

"diferenciação",

da

públicos

que a

suas

um

''civilizadas''.

espaços

atraem

procuram dele extrair st.at.us e

os assimilam e um

legi t.imados

como

durant.e

do

nas

de dist.inção social), que a

sociedade mas também a modelos

dominantes

visualizável

populações,

t.orno

apreensão das imagens:(visuais e

classes

agora

vigent.e

em

das

novos

dessas

lares

disput.a

exigiu

definidas

manifestação,

de

formas

o

a

do

um

out.ros ascensão t.empo

decorre

qual

agent.es

quais

social. Sobressaí

pelo

um

os

princípio

especifico

da

código

de. prest.ígio social, po:rém p:ranha das mat.:rizes que o modelou.

Herscham e

Lerner(1993~,

est.udando a

difusão dos esportes

ent.re

os segment.os de elit.e no período da Belle Epoque carioca, const.at.am que a

import.ação

I"el.at.i v o

a

sensualidade

das

prát.icas

nos

espaços

se deu., exemplificam,

Tais

íat.ores

especifica e

dos

economia

o

inglesas

impulsos,

concent.I"ando

inst.it.ucionalizados

do

apareciment-o dos clubes

int.eríeriram no

sobret.udo

delineament-o

no de

desenvolvimento um

novo

perfil

port.e at.lét.ico significa ent.ão saúde moral e

1Z

obedecia a

jogo

de

a

e

um

violência do

de

:f"isica -

uma bela:z:a: o

e

lazel".

regat.a e

de

empenho

de

esfera o

a

Assim

futebol. lúdica

exuberant.e

sport.man. Condiz


t.ambém com uma visão

as

ext.r-apola

íront.eil"'as

sociabilidade

ur-b.:.;ano-i:n.dus;t.rial.

cont.ext.o

no

máquina,

a

corporeidade dóail, no eent.ido de;:. g.:f'"iaic;:.nt.c;:. oo.rno

da

dos

ressignificação,

das

camadas

set.ores

pois

pl"'i vilegiadas

populares,

mant.ém

o

R-lo.pid&UTtent.c;:.

é

e

conhecendo

padr-ão

incorporado

disciplinante

regras desde

socializadoras o

fim

do

A

comedidas. dos

mesmos autores

ét.ica

códigos

coloniais bebida,

século

desgraça, em

prát.icas

Na

mesma

exultando

de e

a

definindo-a

desenvolveu-se processos

agol"'a,

é

Impér>io

de

combinados

aos

modelos

ganhavam

cost.urnes modo,

ent.rudo

caem

a

em

implicariam

feito

Unidos

e

nit.idez

quase

Eur>opa

modelos

de

população,

da

ociosos,

e

inspiração

intervenções

vi~iados

''desvios"

os

aos Dest.e

disciplinantes

de

e

"progresso"(ldem:64).

Estados

formação

no:rmat.ivos

sobre

coercivament.e

nos

moder•adas

civilizant.e.

um

cidade

da

paradigma

pe:rs.eguições. do

e

como

ident.ificados

moderno

as

empenham-se no int.uit.o de orientar- a

tomada

cidade

família

ataques,

at.it.udes

ao

na

medidas

cot.idiano

obstáculos

t.r•abalhador-es

íeit.a alvo

de

r>egener•ador·

similares

A

no

porém,

37).

conjunt-o de

fora

e

jurídicas

ent.re

o

carnavalesco

enquant.o

anormalidadeCMat.t.os/1992:19). do

jogo

verdadeiros

médicas

classif"icacões

adoção

populares

p:r-ojet.o

r-ep:r-e-ssão,

de

à

produt.ivist.a

o

o

para

comparecer

recr-iminação

galo

"at.rasadas",

simultaneamente

e

a

cost.umes

segundo

direção,

esquema

XIX,

alvo de

porque,

passam

Os

t.or-nam-se brigas

que

puritana

sociais.

as

chamam atenção

na

int.rigant.o

urna

ident.if"icado às prát.icas lúdicas do homem do povo<Idem:15 a Os

f"ut..c;:.bol

o

pat.riarcal

e

médica

de

núcleos

pelo

Est.ado

pedagóg-ica mais

familiares legal,

e

pr-át.icos

he:rdada

at.uando

dos

morais

ind.ividuos(Mur-icy/1999). Est.es funcion.a.:ram -eo:rno do

corpo

e

discursos

mesmos supor-t.&

t.empo.

do

id.o.ológico

Resist.iz-

e

'

pat.oló~ico.

indívíduo(Salvat.ore/1992).

e

passam

a

~ient.i:ficas

Sevcenko, civilização

a

est.ar

A

pobreza

sujei t.as:

à

na

maneira

abrupt.a

e

vezes aut.orit.árias e

p:rodut.iva,

e

a

do

como

capit.alist.a

violent.as,

se

obst.acularizar(1983:26 e seg-s).

13

regenerat.iva

das

procurou

int.egrar

a

t.udo

aut.oridades

lembra

na

quant.o

do

am~amadas

são

p:rát.icas

uso

padrões

vist.a

de

Como

em relação

dos

moral

a

"nuill"

o

est.at.al.

r-ecorreu

ou

dent.r-o

ponto

pat.olo~ia

int.e:rvencão

burocracia

"bom"

int.er-pr-ot..::.<;:Õo5r

identificado

ins:t.aladas

ur-bana

no~~;~~:~.;uõ~

o

jurídicos,

aos

aliados

par-a qualificar-

at.ividade

a

domin.oa:n.t.e5r, .adquir-o depreciat.ivo

médicos,

a

Nicolau

cidade maioria

viesse

a

na das

lhe


.acomodação

A modernizar acordo

atendia

com

cujos

os

e

ao

máximos

emoções.

moradores

novos

imperativo

cri t.érios

princípios

impulsos

dos

de

de

os

que

esta

Ainda

e

do

cálculo

e

exigência

não

dificuldades

descontinuidades

pretendida

na

nacional,

que

ia

com

suas

experiência ética

da

caf'eeira

cont.ra

os

int.eresses,

razão

flutue

nas

proeminente

próprias

das

particularidades

à

sua

jornadas desmesuradas

escravo

depuseram

Sem

af"eit.a e

dos

entre os segmentos

obreira,

pouco

aut.ocont.role

trabalho

do

indust.rial-capi t.alist.a.

oligárquica lhe

livre,

t.ransmissão

homogeneização

burf>ues:ia

da

recente

a

remuneradas,

t.rabalho

de

nort.e-ocident.ais,

valor em si

em

centralidade

uma

queria

colet.iva

racionalizant.e

da sociedade emerr;ent.e em ajust.ar as

totalidade. O mundo do mal

a

leva

se

vida

do

no relacionament.o endógeno dos grupos e

ela

sociais,

a

ci vilizacão

diversas direções da sociedade da época, como o de convi vi o

que

cidade

racionalizar

urbanidade

eram

à

ainda

cont.ar

as

e

contra

o

a

poderio

indust-rialização

à

a

e

desvaloração

racial

do t.rablhador nef>ro.

acont.ecia como

cont.ext.o

o

LD!&'O,

conjunt.amente

razoavelmente individual

vont.ade

ent.relacament.o de relações cont.rolam

de

que

t.ant.o

das

:feixe

mesmo

e

Estas

não

um

grupo

sociais

que

inst.i t.uições

formando

Ent.ret.ant.o era vast.o o nesse

equalização

de

funções

corpos,

os

à

normais. ou

bifurcar-se.

urbano

uma

de

os

diferencição

det.erminadas

posturas,

compreendiam

os

especif'ico,

mas

se

diversificam,

como

nova

dos

incluídos

as

efeit.os

não

das

social vist.as de

uma

resultava

do

formando

impulsos

modelagem

percent.ual da população ent.re

A

e

um

elo

consciências

personalidades

2 •

incluído

diret.ament.e

resist.ência5 à

codificação

burguesa mostravam-se tamanhas. As conseqüências quanto

modos

no

participação

de

a

est.a cesura, veremos, recaem sobre os

folguedo

carnavalesco.

cont.udo,

Ant.es,

a

se faz reveladora, quando se const.at.a observação do aspect.o demográfico ,, a

diver-sificação

vida car-iOC.Q e

e

int.r-icament.o

das

funções

sociais

nesse

moment.o

da

dos: flancos nela cont.idos.

z TUTOZZl.U,9BP> .

de Engenha.ri.a. di.vulgo. em :l88? projetoe operdri.oe, Evi.denci.a. como a. i.ni.ci.a.ti.va. de dos o c=~ profi.sai.onali.za.ntes di.sci.plina.dores da mão-de-obra. é CUl"SOll promover i.ndústri.a&. At\.tudelii embut\.clQ& petas no mesmo contexto do i.ncent.i.va.da. regenera.c:ao on. . lilliil i.nclu\.o.m aa.nea.mento o. cg.mpo.nho. hi.gi.&ni.•tg. Cruz urba.noe de O•va.ldo ~ como modo d• di.•ci.pli.na.mento hi.gi.eni.zc:a.Ç<io doa c:orpoa, a. i.nlereaea.nte i.nterprela.dio Jura.ndi.r Frei.re da. Coata.U.P?P, reapei.t.o da. di.••emi.na.Ça.o do modelo de ••pa.Ço la.mi.UGI" burgu•• no Broei..l. pa.rti.c:i.~ do. di.fue&o do. i..:Ui.o. de i.ndi.vtduo e do i.mput•o ao oo-di.menLo. moa:tra. ea.nea.mento

..

como

o

Clube

••

.,.


Falo

Janeiro

do

ávido

ent:re as

décadas

termos numéricos,

a

para

443

811

mil

à

somado

crescimento

e

entrada

ano

país

a

chegavam

ex-escravos>,

com

estranceiros

t.ot.al

deste

pelo

nordest.inos

contingente,

Rio

de

XX.

Em

em

1972,

migratório,

incremento

da

natur-ais de out.r.as regiões:

população,

da

século

fluxo

O

pessoas(mui tos

dos

24,83%

do

no

habit.ant.es,

972

responsável

849

mil

predominância

const.ituiam

indivíduos. Do

f'ora

em 1900, os:

que

519

e

mil

curso

trinta

anos

274

em

1906(Lobo/1978:469).

imigrantes,

população ur-bana. Haja vist.o do

os

salt.a de

no

de

e

1880

de

cidade

populacional

ent.re

seja,

115 mil 779

171

quais

os

mil

716

Bahia.

da

ou

os

oficialmente

estavam

empre:ados. Aproveitando o crescimento da demanda motivado pela expansão da

urbana,

malha

parcela!s

t.emporários(biscat.es) perseguiam

os

ou

imensas

permaneciam

driblando

vendedores

os

da

fiscais

ambulantes,

serviços

realizando

dentro

prefeitura campanha

da

"hi,ienização'" da área central citadina. A cidade constitui um minado, fé r til ao 3tri te e aos conflitos que explodiam simult.aneamenteCCarvalho/1984), ávida(já em 191:0, a

no

população

rast.ro

Rio

do

de

de

uma

concentração

supg.r&tv&~

J.aru;,i:ro

que

o

de

campo quase urbana

wú.lhQo.

uft'l

do

pessoas>.

o

contraste

Elias(1993:248) relações

ao

que

o

ou

sist.ematicarnent.e

princípio

a.t.ing&

sociedade

UI'bano-indust.rial

ent.ão

as

ractonalizant.e

país e

tem

parocalaQ

Ianni

bases

se

em

desliza na

t.al

acelera

Isto

em

aparat.o

ideológico

deveres

bur~ueses,

razão

com

do

de

vida,

no

.seja

ordenador.

de

Isso

conjunt.o

a

wna

dado

por

nível

das

ante

sentido

hierarquia

da.

no

valores, não

ainda

est.ejam

do

população

escopo

organização

excrescência. a

decisiva importância

escravo.

coloca-nos

signi:Cica

estrut.uradas

as

emersão

nas

de

de

um

da

sociedade

uma

rei vindicacões

condições

individualismo

ur-bana;

Mostra

e

urbanas da

mecanismos f'undament.ais à

o

univer-so

a

civiltzacão

pais,

her-dadas 15

da

de

de

tendência urbana

no

:nm do trabalho

tr-azerem

i'"ualdade

O

pat.riarca.l

brasileira

que

pelo

esboço

de

met.amor:fose

do

consigo direit.os

o

e

ex-escravo

em operário urbano<1987:49). Ao mesmo t.empo, os lindt.es postos à ::reordenação econõmica do

assume

urbana-industr-ial(vertical-compet.tt.iva).

pont.uaiSI

ret.ira'

de

de

seu

lógica

acima

auto-orientação,

de

p:r-oce&SIO

Oct.ávio

e

termos

sociais pela

da

em

st.at.us

r-elações

as

descrita

comedimento

mercantis

paulatinamente

cena

racionalização

a

onde

sociedade

na

própr-ia

economia a:gro-export.adora e


da

est.rut.ur.a oligárquica

vão rest.ringir a f'OJ:"ÇQ

O

breve

do

relat.o

período

poli t.ica.

f'rowddão

de

:finanças~

Rui

que

especulação

E

em

um

do

t.rabalho

escravo,

vendedor- livre

naquele

núcleo

est.a como

uma unidade

No

inst.it.uido

capit..al<maqui.n.ário circulação

dos

para

bens

da sua

de

produção de

a

a e

dimensão

nas

dominando

a

cidade

reprodução

por

do

t.rás

fundado Rio

de

marxistas,

de

das

mercadorias).

assalar-iado,

est..ável

divisão

despoja-se

e

social

Enfim,

concentr-am-se

mãos

de

o

economist.a

que,

t.ermos

das

indústria moderna{ent.endendo

trabalho

sobre

a

industrializant.e

em

da

minist.ro

Peixot.o,

à

Quando

resultado

ent.ão

present.es:

passagem,

economia

ambigüidade.

para af"irmar

projet.o

Cábrica,

produzidos.

inclusive

pelo

Floriano

a

mercado

produçãoCcapit.alizando-as) p:rop:riet.ários:,

na

inst.alações)

e

um

pela

Encilhamento,

evidências

inst.ant.e,

int.roduz

e

art.esanalidade

do

Governo

havia

est.ava

o

mesma

implementada o

básica

vi venciadas

da

event.o

encont.ra f'ort.es

cujo

é

mat.rizes

o

dtli'ant.e

at.ividades manufat.ureiras

que

as

cambial

desenfreada,

condições,

janeiro.

inst.it.uição

da.

t.ransformações

signif"icou

Barbosa,

Eulália Lobo(1978)

das

evidencia

o

nas

e

"met.amorf"os:e do escravo"

reint.erpret.a

da

poder

t.:rabalho.

c;kJ.

carioca

do

t..rabalho

as

condições

reduzido

um

recém-criado

do

abarcant.e do

mercado

e

a de

de

r;rupo

de

a

capit.ais

no

pcd.o.

A aut.ora encont.ra o de

t.ransf"ormacões

que

pont.o de part.ida do processo no amplo leque

à

con.f"ere

cidade

econômicos novos papéis, em meio à do

Paraiba

Fluminense.

Nesse

e

a

da

ext.inção

Enquant.o

a

credit.ícia

oli:;arquia em

emergentes

ou

sent..ido,

eHt.e

diz

perf"il

de São Paulo em

agro-exportador

defendia

a

disput..a

do

país.

os

f'accões

nat.iva<Idem>. do

com

f"r~ilidade

desenvolviment.o

janeir-o e

a

produção e export.acão do produto, ' carioca iam na cont.r-amão, defendendo a

manunt.enção

explicitaram a

paulist.a

emblemát..ica

a

selando

asseguradas

do

é

Lobo,

pollt.ica

indúst.:ria

estavam

agent.es

da

incipient.e a

z;;:eus

expansão

relação

da

per-manência caf"eeira

de

decadência da cult..ura de caf"é no Vale

ent.re os r-epresentant..es das elit.es do Rio de t.o:rno

alguns

de suas

A

modelo a

conf'"i:rmac;:ão

do

agro-expor-t.ado:r,

he~emonia

dos

Acor-do cujas

ca:íeicult.ores

prot.eção

à

de

Taubat.é,

bases

polit.icas

na

federação,

do desempenho dos novos at.ores urbanos para o at.ividade:s:.

Ainda assim

elas :f"rut.if"icam

mudanças

na c:.apit.al do país.

o

deslocament.o da posição do port.o do Rio naquele moment.o, ajuda

16


f"uncão

de

pl"incipal

da

escoador

produção

caf"eeira,

colocava ent.re os 15 mais import.ant.es do mundo, at.tvidades

das

de

est.rut.urais a porte,

importação.

que

O

à

leva

o

port.o

do

Rio

se

em razão do incremento

implement.acão

de

reformas

fim de possibilit.ar- o ancorament.o de embarcações de grande

consagrando

cidade

a

como

cent.ro

distribuidor

artigos

de

e

equipament-os para o mercado de consumo int.erno<Idem:449). Desde indicado

já est.á c.laroa a

mudança

cresciment-o

produção

pelo

da

expansão do set.or secundário da áreas

volt.adas

para

sociedades

primeiras financeir-a e

o

beneficiados

com o

facilidade

são

esses

e

os

anônimas

padr-ões

de

economia

in:fra-est.rut.ura

tecidos. Particularmente

dos

bens

t.oma

de

indust.riais

vult.o

t.ransport.es

locais.

da

e

import.ação

de

de

da

maquinaria

de

aument.o

das

at.ividade

a

foram os

na

traduzido

Encilham.ento,

o

e

nas

const.ituicão

ferment.ando

politica de

A

fiação

mercado de acões da cidade do Rio de Janeiro. E beneplácito

int.erna,

principalmente

urbanos

protagonistas

nacionais,

demanda

instalações

das

produt.ivas<Idem:481). Procuro incremento o

deslocamentos

t.ais

interdependência

da

objet.ivo é

como

examinar

relações

funções

e

de compreender as condições que ela estabelece às post.uras

f'est.ejos

carnavalescos.

remanejament.os oc:or:ridos a

desenvolvimento recipientes manisfest.o pelo

à

sobret.udo

ent.ão

prefeit.o

mot.ivando o

a

pena

cidade com a

a

reforma

Pereira

Passos,

conect.ar ambígUo

em

convivia sua

entre

1906.

ent.re uma modernidade

ecologia civil

e

Deslocamento

central,

e

os

estabelecendo

público.

região 1903

sua

construção

de

r-efere

dest.aque

t.ranspor-t.es,

ao da

pôr

reest.:rut.uração da

e

e

sociabilidades com

assim

at.i vidades

das

comunicações

das

out.ros

Vale

na

expansão

da

part.tr

o

sociais.

ambientadas no Rio de Janeiro do periodo, notadamente no que se aos

do

participam

coordenada

Mais

vacilant.e

uma

e

vez

for-mas,

diria, coloniais recicladas. A

Enviado engenheiro, ele

a

' CENTRALIZAÇÃO DOS FESTEJOS NA ""AVENIDA"

pelo

exército

Pereira Passos

f'unção

de

herói

f'ot

nacional um

civilizado.t>,

dos

à

Franca

jovens

mediando

cujo

dest.ino

geográflca

f'o.t>mac5es s6cio-cult.urais di:t"erent.es. Sua ida para a Chaussés

respondia

aos

p:rop6si t.os

tnt.eressados em modernizar o

de

braço ar-mado

17

pai'a

segrnent.os do Est.ado

e

se

reservava

cult.u:ralment.e

Êcole des da

a

elit.e

Pont.s e militar

brasileiro, após a


adquirida

consciência

a

engenharia

de

t.:r-adtç.i.o

com

saint.-simounianos

por

just.H"icaram a

e

obr-as

escolha. Lá, Pereira Passos conhece o

concepções urbanist.icas ingleses f'"eit.as

A

escolas

nas

influência

a

gr-andes

de

Paraguai.

do

sacr-alizada

Napole.i.o

cons:t.r-uç.i.o

na

Guerra

da

fr-anceses

dos

incent.tvadas

poli t.écnicas

experiência

dos

mundo,

pelo

reescalonament.o das

po:r• Hê?tussmann durant.e

a

afamada

:l'ef'o:l'ma àe Pa%-ia(Needell,...o"1003:4b-60).

De

volt.a

ao

Brasil,

t.ot.alment.e

fascinado

pela

idéia

de

saneament.o urbano vist.o na Europa, Passos se int.egra ao corpo t.écnico do Est.ado

imperial,

t.endo

ferroviár-io

brasileiro.

ao

o

assumir-

cargo

dest.acado

Não de

recor-re

ao

paradigma

modelo

da

cidade

obst.ant.e,

Prefeit.o

de

papel

da

será

no

Capit.al

planejament.o

"espet.áculo

na

governo federal,

urbano

par-a

inst.alacão

que

o

em

uma

como

recursos

"vit.rine"

Hau.s:smann.

de

int.ervir

de

controlável

t.ornando-lhe

o)

novo

país

bancárias inglesas e

casas

caCeeira

bur-guesia

par-a

republicano,

acordo

privilegiado

com

imensa

parcela

at.endendo ant.i~;as

ao

são É

circutacão

de

indust.riais e o:rla

abe:rt.as

da

e

rede

veraneio

e

sociais

sobressai

resid&ncia.

interesses

espaço

da

urbano,

normat.ização

das

out.ras

novas,

const.it.uicão

pessoas

conect.ando

jovem Zona Nort.e a

par-t.ir

elet.:r-if'icacAo, Um

nest.a

novo

e

Em

de

redefinição

seu

o

das

de

da

grupos

sist.ema

um

aos

e

urbaníst.ica.

das às

de

bairr-os

incipiente

pist.as

ruas

t.racados

a

cent.ro

aos

lugar-,

cosmopolit.a~

vocacionando-os

perfil

desabrigando

obedecendo

e

cr-escem

abaixo,

uniformidade

a

'

post.a em execução. A

trabalhadora.

projet.o

que de

vai

no

operários da da

e

t.rans:par-ência e

mercadorias sul,

colonial,

pobre

surgem

ident.i:f"icável

marít.ima

.

passado

população

princípio de

com

Sevcenko/1093>.

do

a..largadas

ret.il!nios.

da

he:ranca

Velha.,

cont.ando

os

no

de

Du:r-ant.e t.r-ês anos urna série de reformas é Cidade

projet.o de

a imagem da cidade

aut.ori t.ariament.e

lo cus

oonaoiânoia&J(Co!ãU'valho/1094 e

de

O

sent.idos"CBenjamin/1991:41>,

Janeiro. O objet.ivo era fixar

do(e

Alves,

engenheiro

implement.ado nas g:randes: ob:ras da reforma de Par-is, baliza o modernização do Rio de

sistema

Rodrigues

inspirado

os

do

região

novas

:f"uncões

vias de

relacionament.os possW

Ela

incipient.ement.e o .:;erme da est.et.ização da paisagem. Algo emblemat.izado pelo epit.et.o ''cidade maravilhosa'', desde os anos dez inseri t.o como referência nacional e êCISé

externa do

t.ema. Salt.a aos olhos a

Rio

de

Janeiro -

mais

adiant.e

corr-e.laçJlío da obra de engenharia e

18

vol1t.o a

W"banismo


com

int.eresses

financeira, se~unda

provenient..es

selados

met.ade

est.r-ut.ura e

com

do

a

da

esfera

fundação

século

do

indust.rial,

Clube

XIX<Turazzi/1989:16>

En~enharia,

de

populacional e

público

conc:ret.izada a

escolha

na

de

Cent.:ral

Avenida

francês,

eclet.ismo

uma

dominant.e

seus dez andares). Ou ainda a de

Belas

da

fachada

Ar-t.es,

do

Teat.ro

Rio

e

valorat.ivas

à

sinaliza superficie

na

sua

da

Onde

se

dos

edifícios

t.orre sede do Jornal do Brasil e

do

e

t.ransnrlssão de

emblema

Branco.

arquit.et.ônica

às

Arquivo

desart.e, um símbolo, porque condessa processos sociedade

como

a mist.ura do neo-clássico

imponência present.e

Muncipal

concepcão de rua e

a

avenida

at.ual

época, ali inst.alados<como a

para

na

equipament.os urbanos em respost.a ao aument.o

o

dest.acavam(dest.acam> os prédios art. nouveau e

alt.os

ainda

em colocar a

:remodelação:

e

e

esCor-e o

e

do t.râf'"ef;O geral. O que chama at.encão na ref'"orma é espaço

imobiliária

Nacional.

t; lobais

de

t.ext.ura

fachadas a

É

fat.o

Avenida,

ent.ão em curso na

det.ernrinadas

de

Museu

do

orient.acões

mat.erial

e

recipient.e

às experiências individuais e colet.ivas. Ant.es urbana é :recém

de

a

novo cent.r-o

o

sociais

art.iculaç:ão

a

sua

part.ir de

Avenida

represent.acões

seu

marco,

desde

de

concret.ude

o

ent.ão.

f'at.os

e

novo

Dest.e

que

nor-t.eador

modo

int.eresses

a

que

age

ent.:re

na

como o

símbolos

paisagem

que

das

examino

sua consolidação

combin.at.ória

numa

indica

um crit.ério de centralidade,

do Rio de Janeiro e

cidade~

da

nada,

organizada a

fundada

seguir

mais

t.em na

prát.icas

e

brevement.e

a

conformação

do

núcleo moderno

..

inst.ânciais

socioeconômicas Sit.uado

em

um

pont.o

privilesiado,

ent.roncament.o de diversas zonas de

inc:re~nGnt.o

da

e

às

de

sua

janeiro

t.%-an&t'ar-itncia

meados

do

margens ocupacão do

mesmo

aceleração

á:rea

que

port.uá:ria,

no

passam a essa

limiar do século

processo

urbano<Ribeiro/1985:14-5). de

no

~eopolit.icas

est.ar

XIX.

sist.emas

prédios

reajust.e

de

signiflcat.ivas poda%>

do

de

De

de

de início

baixo

produção

valores

que

mudanças.

Est.ado

dividir

T'egião

do

o

Rio

conhece

Rasult.ado

mercant.ilizacão

em

o

pa:rt.e

t.al

cust.o,

capit.al

dest.inados

fora

à

do

de

e

lhe

Nesse

legislar

circulação cost.uma

ser

moment.o, sobr-e

de

para

humana

ant.es

massa

a

no

início

vida

complexif"icaç5.o

mercadorias,

paralelo,

e

o

incorporam

dest.e

individual

solo

mobilizado

ref"erida, que chegava cada vez mais ao Rio. A expansão e dos

coração

capit.al m.ercant.il para o mer-oado de imóveis, em " século, o seu desenvolviment.o assinala t.ambém a

do

const.rução

da

pois

século, e

vir-t.ual

à

ãrea

inf1a

colet.iva

o na


re~ular

cidade; novos decretos pa:s:s:am a toda uma paramentac;ão técnica e construção de imóveis mas a

Logo o

mãos

do

comércio

às

ali

poder

bancáz.ias:,

novos

passa

econômico

e

a

subliminarment.e,

aos

encarece a

espaço pára nas

que

modo

um

edifícios

cobrado

de

de

margeam

ou

luxo

de

um

a

a

às

primeiras

código

e

afinal

exibição

também

tácito

diversão

Avenida,

diferenciação

ao

inst.ituicões

e

nova

porém

pelas

escritórios,

privadas

hot.éis

sócio-polit.ico;

obediência

valor

aos estabelecimentos de lazer e

ocupant.es

significar

a

aos

empresas

de

viat;em da cidade e

alt.o

O

ocupação

sedes

às

casas

requint.ados

estar

não apenas

:r-est:r-ince.

sua

a

sof'lsrt.icado,

governamentais,

mais

burocrát.ica que

especulat.ivoCidem:17>.

restringe

agências de

uso do solo urbano, exigindo

preço dessa área se inf'laciona também, o

capit.al

const.ruç5es

o

do

compreende,

formalizant.e

desta

exposição na Avenida-Passar-ela, aberto no núcleo daquele territ.ório. largo

O

boulevard

1.800

de

amplas para os padrões da época e dividindo-a em duas candelabros

de

produção

a'Linge

elétrica.

usina

da

os

de

contendo

Iluminação

Fort.es,

73.369,490

era

cenário

um

possível

pela

kwCAnuário

lat.erais

as

Light.

da

cidade

desf"azer-,

despont.a:r

no

cor-rigir

inteügent.e o

de

novo

um

t.r-an.sf"o:rrnar

e

isso.

bastante para compreender que

de ser da sugest.ão doent.ia e

com

Light/1969).

t.empo:"A

t.udo

e

calcadas

canteiro

entrada

cuja

Inaug-urada

sob

própria rendenção Central

veio

administ.rador

um

rua est.reit.a era a

a

em

década,

Avenida

Houve

o

a

naquela

chuva, o at.o fora acompanhado na sua di vulgacão como a da

de

possuía um canteiro central arborizado

pistas asfalt.adas,

iluminação

f"uncionarnent.o

metros

razão

bastant.e enérgico para prover a cura, mesmo

com a. oposição do p:rovával cur-ado"<Revista Kosmos/1906). Para

os

objetivos

dest.e

est.udo

import.ant.e

é

Avenida, semelhant.e aos bouleveres<modelo a Haussmann circulacão porém

em

ParisCBerman/1988),

aceler-ada

espaço,

dos

f'"luxos

implicit.a

-t.ambám

relacionament.os. no

jo,;o

O

inscreve

um

de

uma

significou coisas:

acão

sobre

sociais

parãmet.ro e

que

sua criação) inaUE;urados

das

f"orças

considerar

tant.o

e

das

mult.id5es

discursa

nas

e

que

formas

se

que

de

urbanas,

pAr-s:ol'"la.lid.a.des

aneladas

por

espaco

um

a

.

os

ma-t.eriliza exultam

a

det.erminadas posturas, discriminando outras. A um só tempo, a Avenida é também um espaço e

um elemento de mediacão cult.ural dent.ro dos limit.es

sociais fic:urados em sua aparência. Na

Avenida, o

a

Iihl:~em

~aant.ido

ret.ilinia Po,.

20

da

perspect.iva ras:peit.o

consagra a

o

artéria


nobre

reconhecidament.e exibição;

acordo

para

com

dominant.es

do

os de

circular

modelos gostos,

de

pont.o

adot.avam

como

iluminada

pelos

produção e

público.

urge

mais

a

equalização

de

legítimos

dif'erenc;::iacão

pelos

de

lojas

das

de

sedução

do

luz

elét.I'ica,

a

Mais

códigos v&z,

uma

da

caudat.ária

critérios

at"quit.et.ura

de

''modernos''.

e

alguns

passarela

nela

público), Avenida

A

igualação.

localizadas

art.ificialment.e Cent.ral

induz

à

consumo de imagens visuais segundo um sist.ema de expect.at.i v as

de

cenário

da

os

a

observar

est.rat.égia clar-ões

dest.aque

como

uma

também

''civilizados''

vi t.z-ine<cuja

post.ulado

O

ganhar

seja,

de

condizia

quant.o

com

dos

que

cidade

uma

possibilidades

das

hieral"quizant.e

sociais

e

· f'az-se

sociológico,

vist.a

uma

de

cidade,

descrit.os ou

ant.erior

necessidade maneira

ali

da

adequação

ser

deveria

uso

ao

hábit.os

do

da

"moderna,

espaço

população

ao

coníort.ável

e

civilizada''(Bar-ros/maio de 1904). novo

O

aut-o-disciplina

nas

concepção

de

J.

C.

por

do

de

qual

Mariz

eram de

A

da

eles

seu

bojo

post.ura que,

produção

es:creve:r-

acalorados

Carvalho,

em

o

do

at.ravés dos

policiament.o

das

e t.em

na

olhai-

cronist.as

jornalist.icas, na

época

expunham

def"esa

est.ava

da

da

inse:r-ido

uma

civilização. no

projet.o

deíensores(Schwarcz/1987:17) . meio

ao

é

int.elect.ualidade

uma

como

compart.ilhadas

de

at.o

próprio

mode:r-nizant.e,

em

medida

a

condições

mundo

o

t.raz

complement.o.

sent.ido,

novas

disso

deles,

seu

nest.e

import.ant.e possível

o

urbano

principalmente

out.ro,

do

at.it.udes

Além

cenário

andament.o

obras,

das

Um

em

1904, profet.izava: As ruas formosos acompanham popul..aÇã.o, co.rá.t.er<. . . ),

extensas,

e a.mpta.s edi.ficios,

múlüplCUi

ta.r9"o.s pro.Ça.s diversões de

altos pra.Z"er( . . . Jque

que

tra.nsiormCLÇÕes do me1..o essas modi.fi.ca.r seus há.b~.-tos. 00 i.nfl.uu despertar-lhe o 9"oato do

necesso.r~.-a.mente

hã.o

aja.rdi.na.da..&, simples

••

VI.. V&

a

sobre o seu belo< . . . )(Apud

N•edel..\./j.99.a:<Sel.

Das

at.ividade

de

pá~inas

producão

dos: e

jornais, vaiculacão

~est.es

de

personagens

mensagens:

de

Jll.lôlis

maior

exercer pr-ocuravam u~ anônimo, público já um prevent.iva. Ol.avo Bilac, po:r cert.o, f'oi quem concent.rou

os no sentido qua.ndo do momento o Est.• ofício de jorna.li.sta.. proh.ssionali.za.m o ca.pi.la.li.stos, número de a.na.Lfa.bet.o• o do poder do a.lt.o 00 periódicos a.ba.ndona.m popul..a.cã.o, segmento• nolici.a.~~ pa.nfletá.ri.o, investindo na. producã.o

...

h•t•rog•n•a.(Lobo/2.9?8 •

Sü•••ki.nd/.:lP&?>.

21

r-ecent.e.s n.a alcance,

didát.ioa

am

seus

••Mesmotorna.rem nos Q.qui.si.t.i.vo

o

para

t.ext.os empresas li.mit.es

de

a.mp\.oe

c.udi.ênci.a.

poli.t.i.co l•i.t.ora.

perfil


com mais empenho est.a missão. Exemplo disso é t..omou a olhos:,

via

requint..ada, ele prot.est.ou

como

insist.ia em

se

da crônica é regras

conclamando

que

exibir

inadivert.idament.e

bast.ant.e reveladol' de

seu

do

cont.ra o

urgência

a

uso.

em

aquela

redut.o

o

quando

uma

anacronismo

polir

no

como

milit.ância

A

que,

expost.o aos

"barbárie"

que

das

"luzes".

O

da

Avenida

ret.ém as

cl'onist.a

encontra

cenário

civilizadora

mult.idão

do

t.recho

:r-a&paldo no& aiiMõrla amit.ido& pelo novo aapaço:

pela. .Aveni.do. Centra.l um co.rroçã.o o.Lulha.do de romei.ros a.mplo boulevor esplêndido, nc:tquele e:obre a.e:f o.Lto o ri.ea dos prêdi.os (1 fa.cha.da. a.lLo&, contra deahla.va.m, o enconLro do velho vei..culo(, . . ) mo a.na.croni•mo: um Q reae:urei.Cã.o

p.a..ssa.r <. •• >vi Penha., contra. polido, e ca.rros impre••ã.o

que

de

Eníim, dos

r o:rmat.os:

ser

notado.

al:;o ali

que

deeprendia-se

glamouro

assumira quem e

válida

Regra

o

que

para

o

progresso

sof'ist.icar-

vida

a

civilização.

local,

seja,

ou

por-

disseminada

a

condenando

"insalubridade"

a

legis.lacão

d.at.ada

sapat.os e

chapéu quando do

Também

dos

anos

disso,

Além cidade) ser-

vai

bom

em

razão

deCno

ali

a

ef"ervescência

Portanto, o

também

uso

no

o

dos

de

mesmo

sani t.arist.as. em

pat.ét.ica

t.erno,

gravata,

humoradas

das

revistas

Velloso/1997).

ecolo~ia

e

cidade

preocupação com a

t.ransíorma

o

t.emat.izacões

a

convívio

das

t.:rãnszit.o nos loug:radouros públicos da cidade.

pe:rpassar

Concent.:rava-se

a

jo:rnalíst.ica.

se

e

obr-igando

Avenida definida como o

a

à

vist.os como edit.orial

vest..ir

cient.if'izant.e

pobres

dez,

comparacendo

musicais(Süssek.ind/1986 e

ela

dos

devot.adas

elegante Fon-Fon, propunham-se

pret.endia

ment.alidade

na

comparecia

postulado

e

inst.it.uicões.

propost..a

pedagogia

uma

e

clarament.e

Eis

Avenida

com sent.ido de

gl'upos

"r-equinte da moda" franco-inglesa. Em ambos os casos a apar-ência

da

da higiene, f"at.ol'es

Kosmos. Out.ras, como a

Revist.as Semanal e a

a

e

f"ormas

t.ransi t.asse,

mensagens

com

t.ransmissão das ideologias da assepsia e nodais

das

indivíduos?

para

impressos

são

Periódicos

de

era

das

o

então pont.o

pólo

sociais

valores

mais

mapeament.o

da

"cent..ral" do sist.ema ur-bano,

relacões dos

implantado

bem

do

Rio

t.ornados iluminado

de

Janeiro.

essenciais e

ao

freqUentado.

que de bom viesse acont.ecer no Rio deveria ressoar em seus

quadrantes. A

fixação da Avenida enquanto ponto de

convergência central,

signiflca ao

mesmo t.empo que ela conf'er-ia, por- condensar, cent.raüdade a

t.udo

cir-cula

quAnt.o

nola

-

haja

vigt.o

22

agt.avam

ali

&~adiados

os:

principais


jornais

A

cariocas.

Avenida

Cent.ral

invade

a

cidade

como

o

seu

cart..&o

post.al. carnaval

O

t.ranslado à

não

carioca

sacadas e

a

concent.rar o

ser,

o E

ir

corso

a

para

passarela

onde

acordo

com

int.ensif"ica

a

vist..o

das

calçadas

social

em

funcões o

aut.orit.ário

como

"melhor" da

ou

do

alt.o

das

e

at.é

se

das

Grandes

fala

t.orna-se

r-econhecidas

do

saber-fazer

t.orno

dest.a como

modernizant.e

excludent.e,

desf'ile

hoje

serão

classif'icadas

projeto

o

part.icipac;;:ão no :fest.ejo. É ela a

carnavalescas

disput.a

e

aut.omóveis

"Avenida"

divisão

uma

port.anto

no convívio e

de

compet.ências

inst.it.ucionalizando

pois se

imediat.ament.e

que era dest.acado como o

r-econheciment..o à

simbolo de prest..i,;io e

E

é

ele

acanhado r-ecint.o da Rua do Ouvidor.

principalment.e,

elegant.e

Sociedades.

folia.

t.ambém

t.er-r-aços dos pr-édios. Assim se f'azem dist.int.as as bat.alhas de

conf'et.e,

de

regra:

nova Avenida. deixando o

Sobret.udo? ela passa a folia

à

fugira

ainda

coligadas

carnaval.

Fat.o

aparic;;:ão

nobres

revela-se

assim

e

no

legít.ima,

cont.ext.o

amplamente

int.roduz-se

que

da

ambígUo,

sedutoramente

no imaginário da cidade.

A crucialidade dest.e pont.o para os propósi t.os dest.e t.:r-abalho e

t.amanha cont.roversia que fundament.a os debat.es a análise

maior

um

redef'inicão do quest.ão

é

det.alhament.o

folguedo

inst.aurac;;:ão advent.o

ou

definir-

sociedade~

não

de

uma

car-naval,

do

abarcar

prat.ando objat.ivo

da.

hist.6ricas.

cai'navalesca,

liberdade e

f"az,

referência a

australianos:~> s~roado

e

por da.

envolver que se

crit.érios

aondic;::Õ&SJ

para

espac;;:o-t.emporal relação

na

a

avaliar

própria

ent.re

A

os

t.6piaos

as:oonsão

disjunc;;:ão

do

ent.re

com

o

homogeneidade cotidiano nas

mult.if'acialidade

uma

aspect.os de

própria

est.á na polêmica em t.orno da

apresent.a

apenas

a

met.ropoliza.

descontinuidades definidoras do

debat.e

as

ao

cidade

os

cujo núcleo

enf"ocando

do

durkheimiana(1989)~

dos

sobre

a

exemplo, Wa.Lt.a.(:t.,.;oa,

que

imprescindiveis Desf'ile

t.empo

e

no

não ao

int.erior

espaço

da

de

quant.o

t.ranse

a

int.ervencão

colet.ivo

espaço-t.emporal

diroet.a ou indiret.ament.e

dos

ent.re

povos

as

recorrente

t.e6rica t.ribais

dimensões nos

do

aut.ores

Como é sabido, Durkheim contempla esses rit.uais no co.lloi.aC:l5>88>,

tra.bo.lhoe

00

••

rit.uais

disjunção

profano, é

aobert.o

são

ordenação

Abordo

part.ir

que t.rat.am da íest.a .

•Ver,

as

uma

raspei t.o, exigem para a

rot.ina diária.

A

que

O

compreender

de

cena

aqui.

quais

problemat.izada

ef'ér-vescent.e da fest.a e sociedades

exposição,

no cont.ext.o de

just.ament.e

nexos ent.:r-e fest.a e

na

a

111!5).

conault.a.r o. obro. de .Jeo.n Duvigno.ud<1P93> e

uma. crlt.i.ca. Bo.st.ide<1PPZ>.

PC11"o.

concepcêio

de

Durkhei.m,


sag"rado;

do

âmbit.o

colet.iv.a,

efervescência cot.idiano

ent.ende

profano.

diferenciado,. no qual a e

a

despojada

fest..a~

A

neles

que

como

dos

exist.e

condensada

int.ez-di t.os

celebr-ação~

uma

e

mor-osidade

const.it.ui

um

sociedade t.ransfig"ur-ada se oferece ao

força

moral

int.ecração

indivíduo/colet.ividade

pois a

consciência colet.iva perpassa os sent.idos e

a

t.oda

checa

moment.o

cult.o corno

à

at.it.udes

do

plenit.ude,

de

t.odos

os

seus membros, soldando-os numa unidade int.ransicent.e condensada no mit.o. primeira vist.a,

À

mesma at.mosfera. Se a

Talvez,

poder-se-ia deslocar para o

ent.ant.o, os int.érpret.es e

no

disposição ao envolviment.o f"isico

os

rit.uais~

no

caso

cont.udo

dessa

out.ros,

folia

dado

um

urbana,

de

e

o

palco

dest.õem.

sensorial :faz assemelhar

sociolócico

que

crupos

pessoas

de

colet.i v idade

pela

identificados

Carnaval carioca a

os

f"estiva

distingue.

Trat.a-se,

estranhos

não

e

ambos

uns

aos

a

celebrando

at.uaüzação de um mesmo passado comum. A questão parece imprensada ent.re dois

mar-cos:

ou

a

fest.a

acompanha<Duvignaud/1983~

nas

sociedades

condições

feição

Bakt.hin/1993

modernizadas

oriundos

incompat.ível

à

e

capist.alist.a

social

t.orna-se

fest.a

da

o

advent.o

da

desencant.ada

Callois/1988)

est.á

ou

submetida

ordem

que

a

"

permanência

aos

profano<Ortiz/1980

cotidiano

do

e

com

interdit.os

e

Queiroz/1992).

e

Penso se:r possível vê-la em out.:r-o :r-·egist.:r-o. A

metropolit.anos dest.e

século,

parágrafos

e

modernizant.es

t.endo

fixada

procuro

no

cent.r-o

Vejamos

Festa-Espet.áculo

sócio-hist.órico

ícone

específica

uma

Fest.a-Espet.áculo. de

por

ult.eriores

carnavalesca cons:t.it.ui

conjunt.o

do

P""

descrit.o que a

vazam

Avenida

do

Rio

em que

de

o

fecundo

o à

fat.ores

espaço

do

no

argument.o

Janeiro, no

aqui

medida

o

de

Cent.ral,

desenvolver

r-ealidade~

most.:ra-se

acima

luz

de

que

inicio

a

dest.e

no

análise

do do

dos folia

século,

conceit.o

heuríst.ico

da

no

encadeament.o

inicio

condensada valor

local

sociais

conceito cont.ext.o

periodo, ,, relacionado com a ascensão da legitimidade do Car-naval do cent.:r-o, no moment.o da sua sublimização como a "fest.a da do

A INSTITUCIONALIZAÇÃO DO CARNAVAL-ESPETÁCULO

No Carnaval do Rio

de Janeiro do:s: ano:s: dez, o

fat.o

que

chama

at.encão é o esforço observado na época em circunscrevê-lo como uma festa universal,

moment.o

de apazi,;-uament.o das di:ferenças,

Z4

mediadas

ent.ão

pela


levado

a

cabo

pelos

cronist.as

literát.os

do

período<Pereira/1992),

em si sintomãtico de uma p:rof"unda transf"ormacão: a hierarquicamente espraia-se

a

em

estratos

na

crença

sociais,

at.é

inclusividade

civis ent.re os homens. Dest.e modo se o

urna "brincadeira com o dias( ... )

que

ao

mesmo

igualdade

de

t.empo

direit.os

Carnaval do Rio não corresponde a

int.errompe

seu

fluxo

renovado"(Cavalcant.i/1993:40),

ret.orna

e

t.empo

e

é

cidade está clivada

anta«ônicos,

social

por

uns

ao

remete

o

ist.o

poucos

mesmo complexo de tnter-depência entre as funções sociais, em um momento

quando a

morfologia do Rio de Janeiro começa a

pressões de

elementos que

então entender a

condensar volumes e

uma metrópole. Como

paulatinamente tornam-na

diversidade

que se

est.abelece

as

ent.re

fest.a e

cot.idiano,

ao pont.o de vislumbrá-los a maneira de pólos inversos? Aut.ores limiar

como

HabermasC1976)

modernidade

da

interdicões

européia

provenientes

de

chamam

"espaço

um

dinâmica

da

at.encão

para

público"

capi t.alist.a

e

formação

no

sujeito

às

não

ordem

da.

jurídica

baseada na propriedade privada burguesa. Espaco comprometido assim com a dialo~ia

partir

a

identidades,

mesmo

O

burguesa,

vida

social

po~t.a

espaço

o

constata

público

capit.alist.a

narcis:icos e

públicos

cot.idiana

a

dos

egoist.as. No seu ent.ender,

inseri t.a

o

espace

e

nesta

da

as

cena

privados

int.eresses

com

das

emancipadament.e

ingerências

das

e

concepção

int.erpessoal

dialética

maculando-o

e

à

racionais,

germe

o

ela

f"ulcro

comunicacão

uma

Habermas

que

''feudalizando''

de

e

coer-são

de

sujeit.os

de

ref'"lexibilidade autónomos.

livres

semelhant-es,

ent.re

disparidades

dos

individualismos

é

público

da

deformado ao

se t.ornar uma vi t.:r-ine de exibição das imagens publici t.árias.

Em cores

se

muit.o

!"alando

próprias

int.e:rof'a:r>âncla

no

século

inszt.it.uicão

da

ao

social

XIX,

mercado

brasileira,

causacion.a.das

esc:r>avoo:r>at.a

ar-t.iaulador

agrá:r>io-expo~t.ado~,

patrimonialistas

f"o~rnação

da

ém

dos

mundial

e

a

a

sit.uação

tem

p:roincipalmant.o

pela

aons6rcio

com

o

est.ament.os

burguesias

modelo

s;u;~nhoriais

européias.

Ambos

de

ant.emão descart.avam a igualdade ent.re os homens, em t.ermos de cidadania,

e

!"azia

da

ideologia

paisCSchwarz/1977)_ século

As

t.ransfo:r-maçõas

e se est.ende ao

not.adament.e sensível

comercial

sua

liberal-democrática

capit.al

lo~o

na

dos

deslocamentos

e

post.eriorment.e

economia ,as:r-o-expor-t.ador-a e

que

se

idéia sucedem

do atual, reformulam a época; visíveis

o

Rio com

indust.rial. da

de a

As

25

durant.e

o

no

mesmo

paisa,:em brasileir-a,

Janeiro formação

é

a de

disparidades

ast.r-ut.ura social do

base

sem

Império,

part.e um

capit.al

advindas se

mais

da

agudizam


com o

advent.o do modelo societ.ário vert..ical-compet..it.ivo e

nação

uma

~versabment.e

cidadãos

de

post.ulado de

0

equalizados.

Democracia

e

aut.orit.arismo imiscuem-se de modo conf'uso porém não excludent..e no mesmo Vislumbra-se relações

sociais

est.imulo

à

na int.ensificação crescent.e da int.erdependência das

na

cidade

urbanização

duplo

um

em

consonância

mercant.il-individualist.a

incit.a

se

antagonismos,

dispersam, e

mundo

:formam

a

chegada

caudat.árias

suas

com

o

para

as

est.ravagâncias

à

necessária

conflit.os. ao

sociedade

Porém

à

mercado

relações

das

par-t.es

e

da

população

produção

de

int.ercede,

que

capacit.e-se

ele

e

a

jogo

no

como

exigência

resolução

à

urbana sequer prevalecia

e

de

civil

povo-nacional

com

que

comunicação.

autonomizadas

entidade

:formação

Rio,

e

O

dinâmica

t-radicionais

percepção

não-mercantilização

enormes

ao

imagens

racional-legal,

a

em

grupos

t.ensão.

uma

de

sociadade

Est.ado-Nação

inclusiva

parcelas

de

das

lant.ent.e

implement.o novos

de

Delinea-se

regularizada

esfera

uma

pálido

capi t.alist.a.

compet.it.ivo

de

de

dissolve-se

t.ênue

conjunt.ament.e regular

ao

maneiras

esboço

um

Paralelament..e.

moviment.o,

de dos

pertenciam nat.ureza

a

localist.a-oligár-quiaa. do poder governist.a. Log-o a

t.essit.ura de

incongruências oprimado

de

fr-ust.ada;

aqui

âmbit.o

de

do

processo

uma o

ampla

espaço público na cidade é

wn

sócio-hist.órico

dialogia

espaço

público

publicização de

ent.re

modernizador

cidadãos

incorpor-a

imagens

muit.o

privadas.

A

pot.encialidades nessas condiçÕes. Por quê? O const.rucões

sent.ido

carnavalesco

f'olctJeado

de

modelo

colet.ividade agor-a

de

é

a

rit.ual,

das

original,

uma

most.ra-se

na

falt.a

um

de

experiências: mit.o

aí residir a

aparência mesmo do

passado

deve

lugar

introduzir

da

a

ant.es,

fest.a

Pois

é

desde

logo

a

ordenação

como

carnavalesca t.orna-se

às

em

propício

por

rit.o.

de A

repet.ição

paralisação

novidade

do da

o

uma

pela

mas et.ernizar

popular

O

abolir

favor

à de

cont.radicões.

organizador, da

most.:r-a

sent.ido

no

coesa do

exemplar

Em

país.

ult.:rapassá-las,

histórica

para ret.ornar ao

pot.encialidade

f'est.a

mít.icas,

explosiva e

present.e.

específico não

de

individual

'

cedo

r-efrat.ár-ias

passi vel

no

iguais,

t.erreno

t.ipo

ant.emão

consciência

histórica do t.empo, Parece

de

unissona

est.e

do

manifest.ações

de

solidif'icacão

marcado pelas

cena mesmo

dinâmica o

agora.

ressemant.izada

pelo

crist.ianismo. A devoção nela present.e ao riso e e

pz-Ãt..i.oOSI

eKCioaaiVQSI

como

:f"ont.Gtlõl

26

de

à zombaria, o apego às formas rn;at.arialização

da

feliz

ut.opia:


onde

são

t.odos

~ especializada

manif"est.aciio de dançar e

dos

cant.ar. E nascer e

humanos, recursos

possibilidade<no at.o

de

fazer

not.adament.e

do

próprio

graças

corpo,

nos

à

at.os

morrer cancelam-se nesse moment.o limiar,

inst.ant.e<Bakt.hin/1993:01

do

extremo,

semelhant.ement.e

50).

a

fest.a

A

as formas

grot.escas

a

guarda

diárias)

de

t.ornar

o

próximo, est.ranho, mesmo nefando e inver-t.er o que parece est.ável. necessários quadro element.os no de uma os Eis het.er-ogênea, ávida de ident.idade. A indagação fica por cont.a como

essa

mesma aos

adequá-los ine:rent.e,

a

corú'iguração

imperat.i vos:

seus

saber:

sócio-histór-ica

mant.er-se

universalment-e

inclusiva

medula

da

polít.ica.

.facet.as

pensar quais

do

present.e

imagem

imaget.icament.e

o

incomplet.o,

imaginár-io de

const.it.uição desse

int.eresses

na área

privados,

cent..ral do

Rio

t.er-mos dê volume e a

ela. de

dos

da

grupos

conflit.os

ident.,tt"icação

nicho

muoical

de

ale cria

.rosé feslaa

CCU'n<Lva.l

encont.ra um

Mais

alegria

unidade

de

É-lhe

renas:cer1 algo

crucial isso,

que

para

desvencilhar-se

para

fixar-se

deve

para ser

combinação

A

dever-s:e-á

Bakht.in)

realizando-o

na

realizar

vist.o

descrit.a

na

como

perfaz

a

inclusiva comunidade

uma

festividade

de

locus

coes~o

da

carnavalesca

mat.erializacão.

espaço

ambivalent.e

colet.iva social

car-naval.

Conf"irma.-se

e

desf"rut.e

dos

como

fc.mt\.i.c.e;

o

mCln.i.rCl

da

c:resciment.o

ambient.e

onde múai.cCL

Z7

cenário

como

Penha

e

art.ificial

proliferação

ttri.ca.

e

quent.e,

do

durant.•

do

realizada em

result.a da confluência

pela

carne

da

ent.re

t.eat.ro abert.o ao f:remir

o

É

marcado

prazeres

Cc;wva\.ho do notg,cJgment.e LQrgo de r•cepló.culoe lornc.m-••

15

Seu

vigência abrangente da :formação

do

• brcs.nco•. boémi.o• • o;u\.'-o• o.fro-broe\.\.o\.roe<SP8c».

da

pret.endida

import.ância na vida da cidade

num

sua

het.erogeneidade provocada pela fricção

frélbment.o;s, coligados durant.e a e

por

vicejador- de

diversos; t.orna-&le o

e

a

bufônico

ent.rudo.

fest.a,

rebent.ar

unívoco

degenera-se

encant.ament.o.

e.fêmera, em cont.rapart.ida à os

do

lhe

Po.at.o.-El.apot.áaulo.

rooalidGdo qu"" chamo d""

A

que

de

mas comunicação ent.re díspares

relat.ada

aut.o-cont.rolada.

organizado

signo

exagero

O

medieval

despojament.o

alegr-ia

da

espet.áculo

corpo

no

out.ras.

as

cena

da

em

fim

t.eor aut.orit.ário da sua

mecanismos const.ruiram:

imbricadas umas

escat.olol!:ia

ainda

:Cest.a

ent.endida como comunhão

ist.o<ao cont.rário da

met.amor:Cose

A

sem

saber

t.ensão

a

ant.e

de

a

reformat.ou,

e

nem cont.est.ar- o

sent.ido, já não

as

axiológicos

est.rut.ura vert.ical-compet.it.iva e

leva-nos a

~

os

sociedade

Ot.ei.ro

de dos

r-it.imica

eferves:cent.e

maravilhament.o,

na

R•púbU.cG

v.tha. • o ocorr•m; negroe ca.loli.ci.emo ot.óri.a


compart.iment.ação cot.idiana

do

t.rabalho

ideal"~

''mundo

da

racionalizada e

dos

realizado

em

diversão;

aíazeres

t.rês

ordinários,

dias.

da

diversa

Por

por

isso

monot.onia

ser

os

virt..ual

o

c:r-onist.as

a

f&st.al

saudavam:''P:rodigiosa

invent.ar-t.e"(O Malho/11-03-1916). Out.ros asseveravam: ( . . . >nós

somos

parecidos

com

os

cotegi.o.i.s;

etes

horo.z durante o dta e têm algumas da descanso, recreio $ o ca.rno.va.l(Di..ári..o de Noti.ci.a.Ls/04-09-t89C>l.

Ao mesmo t.empo, é urbanidade.

Port.ant.o

igualar-se aos

ela a

crit.é:r-ios

visto

trabaLham

do

racreLO.

tantas O

nosso

vit.rine par-a onde se voltam os olhos da

diferenciar

se

a.s

como

nela

normais

e

vai

implicar

de

bom-gost.o.

um

t.ambém

Trat.a-sE'.> de

uma sit.uação que t.raz nas suas condições os fat.o:r-es de combinação com as consciências, que

a

t.ext.ura

econômicas de

algo

e

crucial

da

folia

muda

polít.icas,

compromissos.

radicalment.e inf'ilt.rando-se

em

lest.a

o

carnavalesco. realizar--se

como

suas mágua.s e 0

pl"óprio

e

fest.a

da

participar -

ao da

cultura.

d.iá:r•io,

pal"a

carismático limiar-,

da

no

que

ela

f"esta

vai

que,

a

car-isma

do

dest.a

sociedade

a

qual

apart.ar·

concluir

pode

f"eixe

própria

explosão

a

um

em

possível

possível

É

esferas

nas

essas

a

fluxo

cot.idiano.

ent..endo,

maneira

or-denadament.e

jogar ludicant.e com seus fantasmas,

cuidar de

cidade,

simbólico

na

a

qual

lhe

conformador:

carnavalidade

t.rat.a-se

convida

daí

"t.odos"

a

o povo, civilmente Ol"ganizado e ordeiro. r-Qconhecido

"incandecent.es" quando da

e-r-upcão

coligada

t.orna-se

alicerce

Dor-;:;;;.vant.e

a

est.ar

se

que

isso,

exult.ar apert.ados abr·acos. Traduz-se um out.ro sent.ido para

Iest.ejo

em diant.e

de

ao

Por

menos

espaco-t.empo

permit.e escapar da rot.ina,

prát.icas.

vez

do

f"enômeno

das

ig-ualment.e

impr-escindível

t.ol"na-se

rot.inizacão

razão

do

r-ot.ina

na

t.ão

cada

Daí

a

modelagem

à

ado:r-m&c&m

volúpia

da

explosão

A

parament.ação

~

e-

civilizada

o

t.l"abalho

opulência emoção,

para

Carnaval

o

laico

a

e

art.ificializada logo.

t.ornar

corno

passa

corpo.

a

dias

penúria.

E

ocorre

ar~efat.os

nos

imprescindir

da

da

fant.asias<indument.árias)

As

pos:s:ibili t.am precisar esse argument.o. A

f'olia., que

máscara e

coru;dst.em

podem

na.

fant.asia,

naturalizados na época como emblemas da

possibilidade

esconder-se

individualidade. mediat.i vos

a

Porém

pert.encent.es

dos ambas

à

de

desnudamento

out.ros são

gl"amát.ica

28

e

desfrut.ar

t.ambém da

subjetividades,

os

fest.a

t.oda

legítimos civilizada,

a

sua

element.os cujo

vestir


implica o

int.erar-se no cont.rat.o

Ist.o

individualidades. brincadeira

o

porque f"az

carnavalesca,

pretende

plasmar.

car-navalidade. ou

Modist.as belas

invent.ar

sunt.uosidade e part.e de

e

experiência

morcegos,

são

à

"apropriadas,.

condenadas

alegres

naqueles

é

no

arlequim, f"azem

dominó,

índices

os para

da

conf"eccionar

importância

A

da

:fest.ejo,

pierrot.,

conferida

t.rânsit.o mesmo

as

são

à

do

noit.e

complet.a

dessa

est.ilizacão

Considero

cabível,

de

diábo

vest.iment.as

perseguido

no

convívio

os

prestigiadas

participação

signiíicat.iva

ruas,

público

do

na

no

veículos conversíveis, durant.e a

sábado

espet.acular

de

de

fant.asias

olhax-es

dos

as

como

vest.es

As

desprovido

uma

vagar sobre

O

passagem

na

época colonial,

potencializam

diant.e

tempo-espace da diversão.

o

Afinal

que

dias,

corso,

ou

regist.ro f"ot.ográf'ico.

da

expurgado,

Cent.ral.

mediát.icos

element.os

t.eat.ral

requisit.ados

exibição·.

..barbáros··

sit.uação

Avenida

grande

de

delirio

esplendor aos olhares

o

se

são

já embebida do

associadas aos resquícios ou

out.ras

cost.ureiras:

formas

revela

demais

disposição de posar, marcam est.a modelac'em da aparição,

a

uma

sent.ido

um

o

durante

colombina,

de

e

romanos

egípicios,

gregos,

out.ro,

anonimat.o e

roupas

As

ser

invadir-

onde a irxiument.ár-ia esconde o que

t.ácito do relacionamento com as

para

domingo,

era

par-t.icipacão

da

t.radução

a

folia

da

maneira

a

na

Avenida".

expect.at.iva principal,

dos

cr-oni.st.as popular,

mais

enxergam nela o moços e

de

os

síJnbolos

o

universalização

de

Carnaval

como

a

mais

cort.esãs, brancos e dão

out.ra a

"nossa

republicana."

se mist.uram as classes,

Not.icias:/14-02-1893),

do

Quando

porque se ig-ualam,

negros, sob o

cont.a

fest.a

escudo da

remanejament.o

em

ao mesmo t.&mpo oper-am com as condições ofer-ecidas, sent.ido

no

do

int.erpret.ar

sincera,

de

conf'eccionar

imagina.da"(Ander-son../1999).

''comunidade

instant.e

modo,

t.omar

mas

velhos, senhoras e

curso na sociedade e

~

em

locus onde "

máscara"(Gazet.a com

dest.e

sent.ido

mat.erializada

na

coesão

de

natureza

represent.acão

a

Enf'at.izam present.e

polida

do:s:

a

de

pot.encial.idade no

cort.ejos

event.o,

uma

de

naquele

··1uxuo:s:os''.

Em

de então eéri.e pa.rlir a.l•li.•r•• onde nome e Loco.L •La.bora.m •xub•ra.nt•• fa.nlc.i.a.e quo pa.t'li.ci.po.rn "aa.i.r boni.lo" concurso&. E as ou "•el6. expr•••õ•• boni.t.e~" no• di.a.a (ol.i.o. si.nt•ti.zg.m c di.sposi.çã.o i.mpLLci.t.o. de Legi.t.i.mgz- g. prea•nÇ na. f•st.a. •

Cri.a.m-••

a.

a.lla.-coat.~o~ro.

•Do

oc:ordo

roma.no

t.rionf'"o

com

a.gl.utina. doa

Com

a. o.&

o

d•scri.cao

passeatas

cM.

BurckhardUtPO:t:25.--!5),

de

comandante• roma.noa, RenCUici.mento, paaaa.fl'l

forma.t.o do coreo seculari.zadas e os transformado• em cortejos teo.tro.i.a a.e cla.aaea a.ba.at.a.da.a tomar parte do

ma.sca.radoscqua.ndo

o


que medida? O festejo toda

carnavalesco,

wna ressemant.izacão,

enquanto

fazendo-se

parte do

símbolo

processo social,

de

unidade

de comunhão. Exat.ament.e pela c:r-enca na capacidade coesão um

social,

conjunt.o

pelo

logo

inscrevendo-se

Ao

cot.idiana,

núcleo

classif'icacões das prát.ica.s e

de

par-t..icipant.e

Iolguedo.

como

no

mesmo

sent.ido

t.empo.

tornara-se

a

mant.er

de

mant.er-se

condição

de

lógica

à

e

pr-escrevendo

normas a

observado

integração

de

no

da

monotonia

Iunção

sua

ser

de

da

distanciado

consciência,

folia em :renovar- a

da

destacado

a

essencial

de

saíre

vida

divert.iment.o

popular, embora perpassada pelo t.ranscendent.e principio da civilização. Para

compreender

especialmente

em

alguns

a

dos

est..rut.urac;ão da sociedade t..empo

susci t.a

t.áticas

centralidade

seus

em

de

moment.os, pat..arrtal'

um

os

pressionam o

t..orna-se

est..e

prát.icas princípio

um

o

de

de

fest.a,

em que

imposição

necessidade

a

moderação

"Grande" ou

mais

ter

consorciação

e

pela

momento,

Carnaval, t.ant.o

das

desCaçam

a

Desde

preciso

pela

de

ment.e ao

a

mesmo

dominação,

compromet.iment.o ent.re os indivíduos e

aut.o-cont..rolando

relacionament.o.

é

de

diferenciação

just.ament.e porque t.raduz t.ambém o grupos,

alcançada

violent..as

pacificação e

do

e

o

exigindo

grot..escas.

e

dist..anciament.o

"Pequeno",

o

chancela

os

inexorável

bom

O

limit.es

do

se

que

convi vio passa

que

ser ou não considerado belo, limpo e apreciável. A

posição

oxigenação expansão

prát..icas

polit.ico-inst..it.ucional

ma~ot..es

paut.a

o

het.ero~eneidades

demonst..ra

irnplant.ação

do

como

r-egime

Os

republicano

e

universo

est.e

t.ema

o

maneira

O

da

da

ordem

Est.ado-Nação. urbanização

que

coloca

integração

sócio-simbólico.

para

sacedort.es

em das

Renat.o

escravidão

sobressaí

debat..e de

uma

de

e

pela

at.ravés

um

da

Abolição

a

t.raduzem

à

Colocando-se

jornalíst.ico.

de

cidade.

nacional

desde

cronist..as

idéia

a

movido

brasileira,

e

para

mesmo

um

impulso

indust..rializant.e

ident.idade de

o

fundamentação

da

desenraizados

da

dent.ro

da

part..ir

a

assim

local

e

impulso

o

humanos

Ort.iz<t984)

tnt.elect.ual.

sociedade

na

moldada

problema

repercut.e

capit..alist..as

vimos,

Conjunt.ament.e, deslocou

cronist.as

mudanças

das

das

dos

e

a

na

reflexão

o

universo

do

sist.ema

unificador.

Essa:s: parâmet..ros iniciat.iva p:z-ojei,o dGt

condições

para de UJ'J1a

a

sociais

organizacão

classificar

o

~ora

e

present..es,

manifestação

folguedo

da

carnavalesco

def~ram

cult.ura. como

Por

out.ros isso

expressão

a do

nação ai5tt.omat.icuamGtnt.o int.Gtg:z-ada ocor-r-a om t.al aont.axt.o.

30


Ao

··pacífico"

âmbito

sociedade.

Principalmente

t.ot.alidade 7

onde

o

ent.re

civilização

cont.ra

o

cultura

da

modelo

é

ent.rudo,

burguês

barbárie,

e

de

dilema

o

quer

se

empurrar

conjuntar

t.omasse

a

reveladora.

modelo

O

defesa

t.eat.ralizado

da

uma

como

pais

o

hegemonia.

na

explicitada

confli t.os

os

A

cont.radicão

das

Sociedades

espet.acular,

no

--a ;-•-Isaura P. Queiroz(1983), cabe a uns o papel .::u.cu· como "--ia I'UU." P c:u. "at.or-" e a out.ros o de "'espect.ador"', define obrigações sociais

QUa! >

de

cont.undent.es

a

carnavalesca,

part.ii·

sem

congraçamento.

da

com

isso

Dent.ro

Desfile,

já nos

nacional

por

anos

de

assumida,

desfazer

t.al

ex:celência",

o

dos

dez

disciplinadora

aspect.o

codificação

década

da

do

é

participação

da

íest.a1 de imposta

periódicos

os

ext.ensão)

da

rit.ual

insist.em:

afinal

por

brasileiro,

carioca(e

função

solidário

pelo

referem

nat.ural

''admirar''

gênero

"'a íest.a espírit.o

do

''adorar''

e

o

ca:r-naval<Pereria/1992:54). Ocorre que a ent.re

at.ores

da

falt.a

cena

de

espessura da sociedade sornada

urbana-indust.rial

organizada

civil à

insuficiência

do

em cobrir esse flanco, impossibili t.ava ao Carnaval-Espet.áculo cumprir int.eirament.e o seu papel esboçado. Est.e def1nia-se pela int.enção Est.ado

colet.ivo, cat.ár>t.ica do espet.áculo nat.u:r-eza da int.ermédio por de, mest.iça:r- a sociedade, colando-a selet.ivament.e se~un.do os cânones de uma t.radição

brasileira,

ordenada

pelos

valores

que per-manecia como aspiração ou promessa.

aparat.o

policial

as

sobre

prát.icas

alcance da mediação formador-a percalços,

civilizador

processo

o

import.ant.es:.

Not.adament.e

no

na

ima~inário

moderno

es:paco

européia.

O

A int.eríe:r-ência repressiva do

populares

dest.e

modernidade

da

folia

indicam

unificador. cir-cula

des:t.acado

pelas

o

Apesar

desses

r-epercussões

com

luzes

pouco

do

cent.ro

da

cidade, onde mat.e:r-ializav.a-se a aspiroaçã.o de modernidade. Algumas

not.icias

do

ont.andiment.o

e

possibilit.ou,

sobre

a

jor-nais

da

época

oo.;;:aQionado

impaat.o

urbanos,

equipament.os

de

percepção

e

as

heurist.ic.as

int.rooduç:ão

pela

organização

da

são

vida

da

maneiras

de

para

novos

do~

humana

part.icipar

do

o

que

os

fest.ejo.

Em sua edição de 19 de fevereiro

de 1906, loco imediat.ament.e post.erior à

inauguração

jornal O

em

t.orno

da

do

grande

Avenida,

primeiro

o

Carnaval

brincado

País

vocaliza as

sobre

aquele

expect.at.ivas asíalt.o,

mas

prescreve as r-egras de part.icipacão no novo cenário:

o

ca.rnava.t.

na

A veni.da..

esplendidas aler;orias a.nti.g-

equi.p0-9ene

••t.r•i.t.orno.menla.i.s;

aspi.rcu;ao. IS&O ér'"C1 de há. mui.t.o uma ena carros :sunt.uos:os: ••m a. medi.® doe c:u-eos da. bri.l.ho de ma.gnUicas que l tnha.mos; oalenlCU' o o.puro ent.re deti.ci.CU' as masaa.a com o

32


admirações

pret.êri.los,

ari.st.ocrâ.ti.ca.,

oh

i.st.o

que

balo

est.i.mulos, deeperlar orgulho e

numa.

que

exlenaa.

i.aao

hã.

e

larga. Corno va.i

••r.

de

a.veni.da. ~orda.r

prazer<gri.fo meu>.

Dias depois, o mesmo cronist.a recorda, ainda sob efeit.o do deslumbr-e: um momento em que o públi.co põde contemplar foi proporcionado vez lhe pri.mei.ra. CLO noaao edi.ftc'i.o pQ.Saa.va.m em frenle permei.o a. deixa.ndo de oa.ndole~>broe mu\.lidã.o que esprei.ta.va do aplausos Tenentee que cruzava.m na Avoni.da Centra.l,

espet.áculo

este

Houve

que

pela.

Em ambos os o

carnaval

no

digno

event.o

louva

est.á

ele

a

de

ser

pela

civilizada

ou

melhor,

posição do

de

a

••

que passa a caracterizar se

e/ou

das

o

Democrâ.ti.co•

legit.imidade

ver

desfile

cronista às

at.enção do

íorma~o

sobressai o

vist.o,

definida

forma

para isso, a

~rechos

carna.vo.lesca.s,

elót.rica

luz

Grandes

part.icipação

da

fazer

ver,

Sociedades.

enfim

Not.a-se

Avenida oferecia às

condições que a

Sociedades em brindar com element.os maravilhosos ao público quê dêlas

se

dist.inguia.

de

~l... var-

a

Ressalt.a

ainda

importância

a

à

moder-na est.á conect.ado cont.role

soc:ial(10B4:27).

c:onheciJnênt.o

luz

Para

art.ificial.

iluminação

do

elétrica

como

do

olhar

A

luz,

e

art.i:ficial

do

out.ro

afirma,

suporte

o

o

ele~

desenvolviment.o

mat.erialização

ident.i:ficação

é

observação de Abram Moles a

do

como assim

é

ine:t.r-ument.o de aul.ocont.role e

do

out.ro.

da

dist.inção

expressa à

mit.o

pequeno

ilunúnacão

da

fragment.o

imaf:ens

mesmo

Ao

elet.rif"icação

do

Rio

divindade

da

dizendo

t.empo

de

que

veiculadas

a

como

funciona

como

int.ernalização da disciplina.

O est.udo da hist.or-iador-a Amara Rocha<1996) sobre o da

artificial

permanent.e

ac:rescent..ar-ia

das

respeit.o

met.rópole

da

es:pet.áculo

o

Eu

legit.im.as na paisagem urbana modernizada.

t.orno

recurso

gr-Qr,t..if"ioac;::ão da plat..éia.

Nesse pont.o vale recordar a

e

luz

da

Janeiro

entre

1892

e

imaginário em

1914 1

insere

a

inst.alacão da empresa canadense Light. na cidade no quadro de expansão do capitalismo a

à

aut.ora,

naquele

monopolist.a, empresa

inst.ant.e,

int.eressava

em

sobret.udo

escala os=

Para

int.ernacional.

índicosz

do

aaola%"ação

indust.rial e

de concent.ração ur-bana, forjando um promissor mercado a

explorado. O

advent.o

na

t.ensões

da luz elét.rica,

vinculada

cidade

''moderno/civilizacão''

mostra Amara,

versus

as

''t.revas··~

às o

det.ona

uma série de

represent.ações at.raso

arcaico

ser

das

ent.re cla:sses

populares. Loco, o format.o Desfile não implica soment.& em uma pedagogia. mas inscreve

t.ambém

na

sua

pr-ópr-ia '32

mat.erialidade

o

per-1'"!1

da&

r-giaç.S. ...G


que

sociais

O

inst.i t.ucional

do

de

t..ipi:ficacão e

agent.es.

De

t.al

est.ão

Ollõlt.A

forma,

O

Á

Car-naval-Espet.áculo.

pr-ocesso

objet.ivid.ade

É

onsendz.a.

J"nOmont.o

Vejo

a

ai

CJ:ruaia.J.

inst.it.ucionalização

cont.:r-ole compart..ilhado mut..uament..e

diria,

em

que

t.omada

pelas

pe:r-f"omances:

det.erminadas

pelo

imperat.ivo

vís-ência

sua

fes:t.ivas: da

f'~.8.o

de

a

por at..os e

ext.eriorização

seus

exibição

no

at.oras:

foliÕes:

ou

est.ét.ica,

e

paz-a

pr-ecisar- o ar-gument.o, do espet.áculo. Ist.o

quer-

valor--de-exibição audiências

8

que

o

par-a

permissão

ou

det.enha

de

o

apenas encorpar- a

modelo

desfile

à

lugar-

especifica ser

análogo

desf"rut.e necessidade

iniciado

dos

a

quant.o

mist.érios

ot.irnização

do

exibível

no

uso

rit.ual

Cabe-lhe

consa~:racão

de

cult.ur-a popular encont.r-a nes:t.e for-mat.o

de

na est.eir-a

É

par-a a

função

nova

ao

do

s:imb6licos.

abert.a

ao

colet.ivo

plat.éia f"ruint.e.

brecha

po:rque

nos

produt.ores

papel de

es:pet.áculo, a

audiovisual,

pr-imordial é concedido

ínt.imo

e

f'r-uidor

cult.ural

urbano conferida à adequado

a

part.icipação no

da supremacia do gênero

sem

público

capit.al

o

irnediat.o

individualizadas,

da

do

dizer-

diver-t.iment.o um

t.eat.ro-passarela

mídia mais lust.ros:a

da

Avenida Cent.ral. necessário

É

pelo

mobilizados descrit.a,

de

"educar"

de

como

nada,

Carnaval,

assim

no

como

bojo

os

da

respeit.ável

e

st.at.us

de

cent.ro

verdadeiro

símbolo

do

carnaval

fluído

as

massas

o

formais

sociOlógica

cornunicat.ivament.e da

folia;

aclamado

e

civilizado

populares<Pereir-a/1992:29

circuLar como

para

element.os

stt.uacão

ao

modernament.e

mais

compreender

suficient.ement.e

Elevando-se

cronist.as

ant.es de

Desfile

t.orna-o

ef"icient.e. pelos

:íinalment.e

a

consa~rado

modelo

capaz 31).

E

ent.re

gruparnent.os difer-ent.es da sociedade urbana da época.

O CORTEJO OPERiSTICO A Carnaval do

do

pont.o

Rio

de

"civilizacão". folia,

por

Brasil em signi:Cicar

conl ~rida

cent.ralidade de

Janeiro,

vist.a Muit.os

das

uma

a

sociedade abolicão,

a:rcaicos<Idem/1992;30-t). 8 Fa.ço uma. a.propr\.a.Çao

no

desfile

princípio

de

inst.rument.o moderna,

Para

os

dos

o

de

queriam

à

e

símbolo

da

t.ransf'ormação

do

cost.umes

coloniais,

pouco :ri.goro•a. do concei.l.o de

no

sust.ent.ada,

"progresso"

como

fest.ejava.

a

Sociedades

est.ava

quando

lit.erat.os,

33

idéia

indispensável

t..ambém

def"init.iva,

século,

na

jornal

Grandes

das

do

r-epresent.aç8es,

c:rônist.as

considerá-lo

ao

riqueza

Deraja.mi.nu.P?!5::l?-~.

dos

Em razão vist.os

de

como

prést.i t.os

e


ori:;em

badalada

sua

proporcionava

a

est.e

da

pelas

import.ant.es

feição

mais eruocado

o

carnavalesco

imposição

a

modelo

almejado. Esse aspect.o é

acont.eciment.o

àe

folias

nesse

elites

de

de

cosmopoli t.ismo

forma

que

a

qual,

part.ir do

mesmo

ele

est.ét.ica

folia carnavalesca, sufocando os sent..iment.os e

popular. Principalment.e após o

europeus

iluminist.a

pelos comentadores recent.es do

período.

uma

cent.ros

as

apont.a

sobre

o

no

sent.ido

conjunt.o

da

manifest.ações de cunho

advent.o da Abolição dos escravos, momento

à

sujeit.o

perse@õuicão

policial

e ao pat.r-ulhament.o

dos cost.ume.s:, a massa de a:f'ro-brasileiros começa a t.orn.ar as ruas com seu rit.mo s:incopado, cant.os e

dancas, defla€rando o

combat.e ent.re "Grande" e

''Pequeno'' carnavais(Queiroz/1992:55).

um

out.ro

carnavalesca. Ou seja, a e

cujo

diversão,

Des:file

Percepção

que

concent.rad.as

no

vão

Chefe

de

Est.ado

Policia

do

a

mesma

sua t.ransf"ormacão em

mat.eriaüzar·.

o

envolvendo

aspect.o

Grandes

das

int.erf"ere

r-econsideração

um ri t.ual urbano

Sociedades

no

modo

classificar os majest.osos

Dist.rit..o

Federal,

às Sociedades considerando-as como

Francisco

"sociedades

de

de lazer

parece

mesmo

melhor

as

como

prést.it.os.

Valadares,

forcas Em

se

diversões

1907,

releria

que

e

folia

da

t..odos

anos animam o carnaval carioca"{Moraes/1958:227).

int.erpret.acão mesmas

à

legitimidade

crônicas

imposição

de

ut.ilizadas

classe,

é

raciocínio

esse

Seguindo

gozada

t.ambém

Des:file

pelo

os

sust.ent.ar

para

:falam

ent.abular

possível de

Carnaval.

ar-gument.os

sucesso

do

out.ra

a

Pois

respei t.o

pelas

obt.ido

as da

Grandes

Sociedades junt.o às camadas ''populares'', dUl"ant.e as suas passagens pelas

ruas,

mot.ivando

isso,

por

inclusive

volt.a

Rancho, passa a 8

a

:formação

met.ade

da

década

da

dos

exibiam-se

acaloradas

de

1910,

Mais

t.orcidas.

uma

nova

ent.idade,

que o

disput.ar com as Sociedades, no int.er-ior do mesmo gênero,

at.ancão dos espect.adores r-icos e

popular-

de

primeiz-os

como

e,

ao

verdadeiro2ijl

seja~

o

alõõlt.á na origem

mesmo

t.empo,

na

t.eat.:r-os

lfricos

deanabul.ant.es,

cada ano um novo enredo, at.ravés do ale'"or-ias-cenários. Ou

int.a:r-s&~sant.e

pobrss. O

cant.o, da

modelo das

inovação

danc;:a~

das

t.razem:

que

nar-rando

r-oupas

Gr-andes Sociedades for-a

e

a das

t.omado

e :redimensionado. O

do

1110delo

Desfile

r emane jament.o enf"ocado. parece-me~

co~np:reende:r-

propósit.o dest.a szeç:ão, porot..Qnt.o, é

das

que

const.it.ui

de

Carnaval,

relaçtSes:

a

sociais

t.aref"a

apenas

at.ent.ando,

wna

.34

no

missionária

part.e

do

mais

Rio

uma

àe

vez,

Janeiro

civilizadora processo

oat.a oi:r-aul.ação

social

ao

moment.a

no

àos

próprio

crônist.a:s:,

maior,

aludido


acima,

ar-gument.ação

t.ambém

estavam

qual

do

f"eit.a

at.é

agora,

sujeitos.

pret.endo

Mantendo

sustentar

a

que

coerência

da

sucesso

do

o

ror-mato DesfUe r-eper-cute, do pont.o de vista da per-cepção e

da es:::t.ét.ica,

um deslocamento mais ger-al. que

O

f"or-mato

se

Desfile

valor-ações:,

quer

Carnaval

de

é

evidenciar

o

seguinte

condensar

convívio

dos que assist.em em cir-cuit.os de

r-elações

posicionamento diferenciação

que

ocupam

crescente

exposição

est.ética

articulação

e

dos

intei"'ÍOI"'

producão

seus

produtos.

princípios seja

incont.ornáveis:

belo.

imagem)

Ou

melhor,

passa

a

para

a

a

a

as

a

é

e

alegria

este

part.ir

da de

objetivos

relacionamentos, o

Cont.udo o

carát.er

de

dúbio

de

exigindo

o

autocontrole fazem-se

e

execução

cont.emplação

a

exibem e

a

com

o

suas

especificidades

simbólica,

confecção,

beleza(que

supor

fixa

de

e

se

define-se

racionalização e

poliment.o constante dos at.os. A

que

vencilhados.

festa

os

fat.o

o

civilização

agentes

Assim,

sobr-e

age

de

sociais

que

na

dif'er-enciação

dos

da

sociedade,

da

especializados

subgrupos

no

idéia

a

r-esulta da !"armação e

postulado:

manifestação

fruição

do

que

urna

idéia

em

sentimento

de

de

do

emoção, ambas provocadas no rit.ual do Carnaval-Espet.áculo. Aqui reside o

espetacularização

troca de

do

do

Carnaval

f'estejo

de

mel"'cadorias

be=

simbólicos:.

sociedade

à

inerentes

lindt.acões vinculação

núcleo do argumento proposto naost.e estudo. Por- que

ao

carioca

princípio

cult.urais,

local

nos

termos

abst:r-at.o

no

impossibilitam

int.e:r-io:r-

do

me:r-cado

um

sociologicarnent.e

que

frankfurtianos

universalizant.e de

pensar

falando

de valor

a

wna de

especializado inex:ist.e

um

público-consumidor de uma cult.ura popular de massas no Rio de Janeir-o do momento. Também o uma

t.ot.alidade

esquema t.écnico-inst.r-ument.al estava longe de cimentar o

s:ocio-his:t.órica

que

ocorrer-á

no

Brasil

a

part.ir

dos anos s:es:s:ent.a do presente século. Porém

a

mesma

t.eorização

:frank:íu:rt.iana

for-nece insumos para comp:r-e;ender- a do

moment.o.

Ador-no

homérico

seus comandados e herói o

faz

Horkheime:r-,

int.erpret.am

Esclarecimento, Ulisses(he:r-ói

..

da

ancoradas

atit.ude

Odisséia),

no

célebY.e

no

a

a

modernidade

peculiaridade da intr-ojeção do

p:r-át.icas

Carnaval-Espet.áculo

sobre

em

folguedo, da

com

cera

do

ast.ut.a

de

os

ouvidos

de

ele próprio amarrar-se ao t.imão da nave. Para ambos, o

no int.uito de resist.ir aos encant.os das sereias e

curso progressivo da nau at.é It.aca,

~-

especializar

objet.o

a

naquele

Dia lético

racionalment.e

t.apar

modelo

cult.ur-a,

tornando-a

35

despert.a:; de

8 1

manter o

postura burguesa de

cont.arnplação,

o

próprio


espet.áculo.

Imperat.ivo

desquali:f'icando-a

em

aut.ocont.:role

nat.UI"eza

da

psicológicoC1987:45). forma

assumida

Renascimento,

seus

pelos

t.an'Lo

atributos int.e:rna,

Nesse

em

exi~e

que

mesmo

e

modos

Elias encontrar no ouvido e onde no

se

consolida

as:pect.o

não

principalment.e

civilização,

a

t.át.il

da

t.endo

olho

do

0

individuo

const.at.a

da

cult.ura

de

vida

os

vist.a

humana

sens:ibilidade

como

que

a

ap6s

o

urbanos,

é

contenção das emoções. Daí

no

em

natureza,

divinos,

Elias

rnaniíest.ações

caract.erizada pelo const.ant.e dist.anciarnent.o e

da

fundacão

à

Nol'bert.

dos

e

rrút.icos

necessária

het;emonia

a

dist.anciamen'Lo

mágicos,

sent.ido,

objetos

meio

o

o

centros

controle

corpóreos evidenciado

hist.oricament.e

const.ruida

no processo civilizadorU990:200-1). Tan.t.o

ver-são

a

espet.acularização da Carnaval Desfile nos

car-ioca. de

cult.ur-a

por

a

e

significam

íicandos

como

a

a

uma

a

circulação

que

do

espet.acular-

do

inf"ormalidade

se

tendência para

dist.int.ament.e

manifestação

à

o

que

circulo

ho:r-izont.al

baseada

dos

elos

irnprescindivel

de

juizo

de

cada

e

c:r-it.ico,

que se pode

pal'a

ser

exibida

vez

secular-izacão emancipado

mais

de

uma

inclusive

e

ancor-ada,

cor-respondendo

uma

po:rt.ado:r-

públicos

dos

for-mação

à

individuo

comunitár-ios

capacidadade

na

:revelador

é

curso, t.endo ent.r-e seus índices o

org-anizada

indivíduos~

de

público

um

expect.at.ivas:.

det.e:r-minadas

cultural

o

lolia

da

moderniza

cult.uralment.e, nos parâment.ros da modernidade burguesa. É irúerir da

plat.éias

da

t.emat.ização

modelo

da

r-espeito

a

est.a

do

f"or-malizacão sociedade

Elias

de

ofer-ecem element.os

consolidação

A

Car-naval

t.ermos:

f'r-ankf'ur-t.in.a

a em

do

razoabilidade

est.ét.ico.

Fat.or

espet.áculos

dos

modernos.

Mas é em

preciso sempre t.e:r- em ment.e que o es:t.ava

sociedade

cur-so

ent.ão

sujeito

pr-ovocadQQ

descont.inuidades

ou

inst.i t.ucion..=tli2ar-

incap.a2as

supo:rt.es

per-fll da racionalizacão

socio-cult.ural

um

moderno. No

âmbit.o

da cena

car-navalesca,

as

conseqüências

se evidenciavam na dificuldade do Est.ado em impOr o sinônimo mesmo

de

t.empo_.

Dl:f"iculdade em pode

civilização

1914,

dizer

inst.it.uições

da

conjunt.o

o

car-át.e:r

as:se«'urar-

manifesta na ajuda

ao

aos

Cor-dões,

para

a

o

acusando-os do

folia.

p:rât.icas

democr-ático

veemência como

impossibilidade

voltadas

das

podei'

pr-efeit.o de

36

por

carência

modelo ·aspir-ado como da

população

conferido Barat.a

"desol."dei:ros".

público

Exp:ressa,

dessa

em

ao

e,

festejo.

Ribeir-o

nega,

mesmo

se

subvencional."

as

exemplo,

O

ao

no

vet.o

do


ent.ão pre:feit.o Ant.ônio Prado Júnior ao projet.o de lei que cria uma caixa

o

para

especial

Carnaval,

classif"icado

como

"fest.a

just.if"icat.iva complement.ar do pre:feit.o ao vet.o traduz a poderdo

público

Est.ado,

fest.a

da

que

est.a

iniciat.iva

cent.ralidade

sequer

ao

de

folia

da

exist.ia.

e

part.icular-

port.ant.o,

cabendo

não

a

em ajust.ar

Concluira

car-át.er

o

cult.ural

ação

"uma

carnaval

manifest.adament.e

nenhuma

acaso~

pollt.ica

ser

A

incapacidade do

uma

a

cidade".

da

popular,

€Overnament.al"'(Apud

Moraes/1959:230). maior

A

inconsist.ência

o

mercado, urbano.

da

sociedade

época

dos

fosse

do

modelo

bases

sociais

grupos

considerado

mecenat.o

dest.e

da

jornais e

iniciat.iva dos

A

prát.ica

das

conjunt.o

quant.o

t.udo

formalização

aparece

participações

no

perfiladas

po:r·

relacionar,

sociais

que

"civilizado"

folguedo,

pois

leque

a

o

a

lógica

espaço

promover

e

público

est.imular 9

é

exemplar _ A

possível

à

sust.ent.acão

pr-ofissionalização

de

de

fest.a,

na

alt.ernat.i v a

a

amplo

em

na

esbar-rava

segundo

t.omava

comerciant.es

como

espet.acular

em

t.amhém

consumidores

supunha

cult.urais,

o

que permanecia uma quimera para a época.

Por modernidade uma da

no

vocação

interior

dos

carnaval

o

t.rat.a de

uma

reconst.it.uir fest.a~

da

espet.acular-

individualização

fest.ejar se

procuro

isso

no

cent.ro

espaço

de

os

fo:rma..lizant.ê

Ranchos

Enquant.o

na

os

os Ranchos

..

t.enham

margem

últ.imos

logo

inst.it.uições

das:

são

originado

nos

desfiles

como

púlblico

como

caract.eríst.ica

cidade.

espera

à

Weber)

melhor

a

da

Ranchos

dos

sociais

dos

conheqeram agraciados

set.ores

de

de

forma

de

Porém ainda

bases

sociais

é

pois

r&valadora,

ent.:recruzament.o dos element.os mediados pela

relações

da

sent.ido

dest.a

&spet.acularid.a.de e-m germ&.

opost.a

consagradas

possíveis

civilizadora,

especialização,

t.emat.izacão

a

const.it.uem essas ent.idades o dinâmica

missão

de

promessa

modo

na

concW"sos

que possibilit.em d&sabrochar a

Dest.e

t.omando-a(no

anunciada

do

caminhos

os

no

chamados

a

cont.ext.o

capoerist.as

perseguição

com a

simpat.ia

sociedade

civil.

popular-es,

duas

Ou

e

policial

dos

dos sem

jornais seja,

nat.urezas

Est.avam

urbano.

e

ainda

..

muit.o

Cordões. t.re~as:,

de

out.ras qua

SQ

dis:t.int.as

ca..rna.vo.l. woro.ee hi.et.óri.a. do Enei.dc:L a.quel.es a.gra.decer que para o um co.ptt.ul.o Os jorna.i.s e os CQmerci.a.nt.e& f•sla.. est.ã.o ongra.ndoci.m•nlo d•ela.qu•. Vo.L• \.embra..r, por •Memplo, loto.\. que o. com r•v•renci.a.doe promovi.a. junto leei.da.s concursos Fon Fon tts Cá.bri.cCI.& d• revi.&t.a. Q entre ~ operá.ri.a.. ra.i.nh<:L Oo pri.ncipa.i.e jorno.i.a ••eother promovi.a.m orgoni.zavam oe Lornei.oe d• Oro.nclee Soci.•dc<i.• • Ra.nchoe. Em

••u

l.i.vro

37


definem os modos de suas respect.ivas inserções na folia. Penso

cont.ribuiu da

para

bast.ant.e

incipient-e

fr~ilidade

a

que

a

do

processo

r-adic::alizacão

indust.l"ialização

deixou

civil

sociedade.

da

e

segment.os médios

economia

incluidos

cat.egox-ia

na

exer-cendo

não

a

A

palidez

fr-equência

favorecendo

Em

at.i vidades

de

n.ão

maior

ampliação

a

expedientes

paralelos ou

seu

sobre

est.udo

Marcos Luiz Bret.as mostra que a

início do século,

p6los.

cidade

das camadas operárias. Frações enormes da

capit.aüst.a.

:formal

dois

os

na

cidade no esquema de mercado e

Logo

local permaneceram sobrevivendo de à

ent.re

pl"oporcionar-

de

possível do amplo cont.i"ent.e ches-ado à ordenação

modernizant.e

t.rabalhadores vincuLadas

ao

sem

os

dos

população

transversais

capoeiristas

maioria era de profissão

pólo

moder-no

na

do

jovens

definida

ou

economia

da

eram cocheiros, cavouqueiros, carroceiros, ent.re out.rosC1999:59). Ainda assim Roger Bast.ide r-egist.r-a

que

urbanização

a

no

Rio

de

Janeiro r-epr-esent.ou impor-t..ant.e fat.or- de z•eint.egr-ação de gr-andes par-celas da

população

burocr-acia

negr-a,

est.at.al

após o

f'im da escravidão. Ist.o devido à

e

aparat.o

do

milit.ar-

somados ao cr-esciment.o do set.ol" operár-io e de serviços ligados ao

expansão da

pela

promovidos

República,

ainda cont.ando com uma série

t.rabalho doméstico nas casas da burguesia ou dos

segment.os

médios(1993:129-30).

condições,

principalment.e

Ranchos

Os

aquelas

sur-gem

suscit.adas

acompanhando

pela.

ampliação

essas

do

set.or

secundário da econontia carioca. Most.ra

Maria

econômica

polít.ica

econômicos

novo

cont.a

a

,t;;~Ot.o:r-

que

:regime.

em

aut.ora

a

est.udo

do

Império

a

economia

r-eint.er-pr-et.a

da&~do

pr-oporcionou da

1SB5.

hist.ór-ico

República,

da

queda

Encilhamento

dot.onado

seu

anos

aceleram

A

politica do

indusrt..r-iAl

Levy,

primeiros

dos

int.ricados

aur-ora do que

Bár-bara

Nala

lila

anunciam

carioca

à

o

opo:r-.c.z.iado

indust.riais de a

cidade,

f'or-rnat.o proát.icas,

pr-oducão

desde a

o

consider-ando

à

o

do

que

t.arde

mais

alocat'arn-se

f'inal

int.er-ação

dizia r-espeit.o

..

cidadeCt.999:26

século

os XIX.

possibilit.ou

o

Exat.ament.e

A

part.ir-

ambient.e

de

desses

apareciment-o cujo

cost.umes

:r-epresent.ado

e

de

t.r-aço

hábit.os:, pelo

bar-co

nesseS

muit.os no:r-dest.inos

inst.it.ucionali2adas,

r-essil!;'ni:Cicação novo

41>.

do

t.âxt..il.

Est.e se t.o:rna o ramo de pont.a da moder-nizacão da e-conomia. local e do

a

dando

ampliação

da&lt.aca

a

fat.or-es

os

e

bases

sobre

migrados espaços

um

para

ganhou

conjunto

de

car-act.er-íst.ico ao

espaço

que

parece,

Ul"'bano.

A

t.r-ansf'ormacão dos Ternos de Cucumbis em Ranchos ocorre em t.al cont.ext.o) cont.ando com o

supor-t.e econôntico decorrente da situação de assalariados

38


de muit.os membros desses C'I"Upos .

Sendo

Ternos

uma

passeata

cont..arn com a

desdobrament..o

mis:t.érios

nat.lll"eza

ação

da

cat.ólicas

ent.re

nas

cult.u:r-ais.

passeata da

cucumbis e epifania, da É

no

concerto

Rei

em

dos

os

século

do

Reis

do

XIX,

Recôncavo

principio

das

sobremaneira a

região

no

Nor-dest.e e

e

qual se de

Rio

e

do

.

Rio

inspir-ado

f6.bri.ca.

exempLo. do

r-ut\4

do

a.mpLQ

Drumond,

fiação,

fest.as

no

t.ambém

o

ext.rat.os

o

ou a

são

os

fest.ejo

da

na encenação

profanos

e

Ranchos

pela

Nordeste,

Benedit.o

durant.e

das

Sodré/1979). carnavalescos

at.uação

do

amplo

grande

part.e

cidade. baianos~

com

dos

oriundos

hábit.os

em

urbanos,

já imbuídos

lúdico-profanas,

navios

habit..avam

que

os

com na

fins

época

t.rouxer-arn

ou

nos

caminho de um

e

chapéus

de

em São Cr-ist.ovão

associat.ivas clubes

foram

do

burogueses

ou

ou nas

das o

lrunsport••<bondee>. pa.ied9"i.etica do

reforma

Largo bouLeva.rd da. Avenida. c\.rcuLo.Çã.o do mao-de-obra. e

suas

aos

camadas

d•efi.l•• de coreoB.

39

bebidas

imediacões.

esquemas médias

ou

de se

lugar,

oncl.

• o

faci.Li.La.ndo selembro, dirigi.rctm Para. l.ã introduziram o frevo Rio

28 de mercCLdori.a.s,

que perno.mbucano•, famoso clu.be o r•orga.ni.za.ndo grande loma.r o P""Q f••l•jo• mi.gra.n~••

e

foli.a. ai.gni.hcati.vo.e. Poc cl. vi.ta L•va.da. u r..-• .-.t. de conat.rucao ci.vt.L

de tecido Confl.a.nCa.. ai.lua.dcl projeto a. r-urbani.za.cao da. com \.nloroaaea Li.g<Mioa no do

conjunt.o de

aliment.os

consorciadas

fabri.a ealaa t...tni.~•• de Ja.noi.ro l•m di.voraa.a

d• •qui.pam•nloe urbanoa t.•rmoe vo.i po.rti.cipa.r da.

RCLnchoa •

Como

criam os

associações

das

Rio(próKimo

Cumprido

iniciat.ivas

entr• Ri.o

urbana

aa.rã.o

t..ecidos,

no

convivência

de

forma

da

novos

São

Ternos(Tinhorão/s.d:19-9),

as

fest.i vos

de

suas

peças

dos locais onde t.rabalhavam como est.ivador-es ou no Arsenal de

localizadas Ai

cert.o,

e

Cabral/1975

Mar-inha) ou na Cidade Nova, zona vizinha ou a fábr-icas

de

e

janeiro,

familiarizados

corúrarias

port..uária

os

:r-esult.ant.e

t.ais

comunidades

Ma.gos:(Bast.ide/1971,

Em sua maioria, os grupos de do

procissão

as

cont.igent.e de baianos migrados para a

da resião

inf"ormararn

a

O

nee;ro-caboclo

element.os s.3€rados

est.eio cult.ural sobre o

rina.l

as

desagregada

expressivos dessa sínt.ese,

fusão

Três

por

bebem

africanos.

colet.ivo

Congo,

past.oris, que percorriam

epopéi.a est.e o

do

Taiel'as são

pondo

unindo

barrocos<que

.af'ricana

profano-religiosas,

coroação

A

coloniais,

const.it.uindo,

e

jesuítas:,

mesmo

memória

pelo

folias

e

nat.ivos

"

reelaboradas

f"ormat.ado

dos

cucumbis

encenação em for-mat.o de procissão) aos elementos

mat.eriais

s:inc:ret.izacões

aos

dramat.úrgica

aut.o-sacrament.ais

t.eat.ral renascent.is:t.a a

e

remonta

pedagóc-ica

e

religiosos

simbólicos

que

••

Vo.asouri.nha.a;. Eat.e di.sputando om

ub•rto

o

acesso

e

pa.rcela.s

de

de Jla.nei.ro, aprovei. lar O& a.lenyao com os


reorganizaram pelos nas

próprias

IundadoJ·

est.rut.u:ras

dos

"Tenent..e

primeiros

jovino",

nos

just.ament.e íábricas

e

mecanismos fabris.

lembra

dos

compostos das

Jovino,

dos

pelas

em funcionamento

moradores

Hilário

origem

a

postos

ent.ão

cariocas,

que

part.e

fazem

solidariedade

Um

Ranchos:

Ternos

que

de

dessa

"familias

filar-mônicas:

simplesmente

ou

Ranchos

região,

basêada

est.á.

dos

operários

incentivadas

por

alguma

indústria, na época"(Cabral/1974:11)u.. Tenente jovino, no seu depoimento, dá forte ênfase à de organização

necessidade

observada na est.rut.u:racão dos Ranchos, com o

objetivo de

"sucesso" em wna empreita. Lembra:"Às t.ant.as da noit.e, reuni o disse fundado

Dois

o

rim

o

qual

rancho,

daquela o

pr-imeir-o

ent.ão:

Ac:resc:ent.a,

cariocas

facult.aram

a

origem

padrões

dos

int.r-inseca

época,

da

e

de

sociais fUndação

à

acesso

da

t.er

bem

definitivamente

que

saimos sido

com

exist.isse

por

f acili t.ada

um

fizeram

aos

pr-incipais

diversas

mediações

ao

celebrado

como

formalizados Des:t.e

pela

cronist..as

as

ent.idade.

meu).

licenciados

apoio

evidenciando Carnaval

grifo

o

de

o que

normalidade,

nova

se

ficou

própria"Cldem:12

visit.a

a

Ressalta

carnavalescos(ldem). jornais

cont.a:rem

e

público

íuncionár-io

c:aroioc:a,

licença

a

de

fat.o

ent.ão

organizados,

"Perfeit.ament.e

ao

Alude

polícia''.

r-ancho

e

or&;anizacão

sem

Ouro,

de

brincadeira

pessoal e

modo,

na

em

nobre,

que

dent.ro

"organização"

pouco

tempo

os

Ranchos tr-ansferem suas passeatas do Lar-go de São Domingos{at.ual P:rac;a

XJ) para o espaço f'eérico da Avenida Cent.:ral. A organização a

o

desf'ile

e

administração modo,

esferas no cujo

daquelas

e

president.es

conside~armo~

impulsiona

que

e

a

cálculo

às

vinculadas

p~evig&o

e

pos

redunda

port.ant.o

dos

e

at.os

a~os

art.íst.ica

a

de

associação de ações cujo fim é

supõe

ent.idade. conjunt.o dos qual a

est.Ao

a

A

de

das

40

ao

Dest.e dos

funcionalizacão

das

t.eat.ralidade prát.icas

impulsos

de

lado

encenada

disciplinadas,

t.ornavam

possível.

perf'omance na ap:resent.ação

i.nt.erpret.co. o Sco.nt.oeU..H.:U i.noent.i.vo Ru!i.no doo oper6.ri.oe, esport.\.vQ& •nt.re oe no i.ntci.o do pr6.t.i.ea.a do eonfi.n~ de umCl P':'ã.ti.ea. o go.st.o denola.li VCl Lúdiea.s. fí.&i.co-emoc\.onai.s em di.sci.pti.na.d.as ali.vi.dCldes P•nso dessas Clpa.nha.r da ma.nei.ra. a.nã.Loga. o. ini.eia.ti.va mesma.& aubvenci.ono.r grupos cora.i.s e ti.la.rmôni.ca.& ent.re seus emprega.clos. à.&

íunções

carnavalescas.

dir-et.ores

que

moderação

De:fine-se uma. divisão de !'unções sem a

interna

per-f'omance e

da

um

.... JoeL

a

divisão

a

vice-president.as

adrninistrat.iva

desfile

que se ref'ere é

oa.ri.ooa.e como de exceseo• ser posslveL empresa.& em


se

t.ornaria

cor-t.ejo

inviável

no

caos.

e

indiferenciada

Porque

o

respeit.o

dos

dos

que

a

Ranchos

assist.ia, ao

desabando

monopólio

do

uso

o da

f"orça f"ísica pol' part.e do Est.ado, dissolve o medo quant.o a ação violenta entre

os

membros

int.ervencão ansiedade:

perda

e

sociológico

uma

polícia.

da

a

de

No

cont.ra

ent.ant.o

int.roduz

di:fer-ença,

da

formal,

ent.idade

é,

ist.o

out.ra

a

encenação

em

outro

um

ent.endendo-a

da

ou

como

relação

sentiment.o

perda

deambulant.e

de

para

a

de

sinais

audiências

leigalõl.

Ao

mesmo

baseada no

cont.udo,

pro:fissionalismo.

improvisações par-ent.esco des:files.

t.empo,

e

no

recurso

localidade,

e

se

t.r-ata

racionalização

a

práticas

para

é

simbiose

Uma

E

não

a

uma

de

não

implica

tr-adicionais,

íundarnent.ação

est.abelecida:

a

diferenciação

no

abandono

como

da

os

de

lacas

de

sist.emát.ica

infor-malidade

dos

br-incadeira

da

ampar-a-se no poliment.o dos comport.ament.os visualizados no espaço da r-ua e

con:for-marn a ident.idade art.ist.ica dos: Ranchos. Est.e

origem

dos

lugar de da

mesmo

hidridismo

Ranchos.

Ist.o

revela-se

porque

na

alguns

polissemia

hist.oriadores

algo orie;inár-io dos see;ment.os populares, o

import.acão

Veneza,

no

das

classes

int.uit.o

de

médias

se

cort.e,

da

diferenciar

f"eit.a

do

em

relação

alegam

que,

Rancho junt.o

carnaval

em

t.eria surg-ido

ao

do

a

Carnaval

de

populacho,

o

"t.ernível" brinquedo do ent.rudo. Impor-t.ação ocorrida em um moment.o quando a

nobr-eza

Ranchos

realiza

em

os

bailes

associações,

Sociedades,

porém

de

máscaras.

inspiradas

sem

o

perspect.iva,

os

no

Transformando-se

modelo

propósit.o

carnavalesco

depois

das

pan:f"let.ário

os

Grandes

aont.est.ador

dest.as<Dut.ra/198!5). Dessa est.ét.ica cort.es

êuropéias:

de

diversas

desde

o

lírica,

como

Ranchos

guardam

t.rionCo

it.alianos,

apinhadas

manif"est.acões

Renasciment.o

Mozart. Ji!

t.ambém com

"divert.ir"'

at.é

seu

Jit.úrgica

ou

compromissada

Expressariam a com

durant.e

ânf"ase

amparo

por

das

cort.ejo

pessoas

de

plat.éias

Rossini,

t.raços

decoradas(Burckhardt./1991).

música,

t.eriarn

o

sorvido

dr-amát.icas

exist.ent.es

XIX.

século

:fisionomia

a

Nest.as

nas

pecas

pant.ornima se ent.recruzavarn. Para elas cont.ribuiram expoent.es da

drama e

música

operíst.ica

Ranchos

exemplo.

passeat.as

dos

engalanado"

de

fant.asiadas

Obedeceriam

os

Ranchos

os

dias

de

com

uma

reat.ualizacão

:folia,

seminal da Camerata na

recit.acão 41

Da

e

o

sem do

mesma

:forma~

seculares mas::cara.dos:,

os

grandes naves

e

carruagens

mesmo

sent.ido

qualquer mit.o

de

mot.ivação

comunit.ário.

Fiorentina do drama sobre a a

r-elevância

conf'"erida

à


in~vid~~de,

Filho/1997:14).

planos

nos

As

bases

par-a o

nobr-eza port.uguesa no

o

instalou

se

da

Bx-as:U

t.r-anslado

A

do

formação de uma mão-de-obr-a e

a

desenvolviment-o

longo

às

do

gênero

super-produções

inauguração

1909.

de

do

Este

ao

operíst.icas

Teatro t.eat.ro

de

Real

e

pr-esença

na

do

desanove,

encenar-

Teat.ro

desse

aos

~ant.e

em

fruição<Bapt.ist.a

São

da

quando

espet.áculos

João

ab:r-i€ou

a

inco:r-po:r-ação de t-écnicas fundamentais ao século<Idem:17).

balés

MunicipalCinspirado

daí

décadas

europeu

fundação

e

encont:r-avam-se

primeix-as

das

hábit.o

d:r-amatúr€icos-mu.sicais.

emissão

na

mont.ados

na

Ópera

a

constituiu

Alicerce

de

cidade

com

a

Paris),

principal

este a

part.ir

íont.e

onde

a

espet.acu.larização do car-naval sor-ver-á t.écnicas e mão-de-obra. A

dos

polêmica

Ranchos o

pert.o.

bast.ante

é

é

Rancho

análises sobre o 0

quant.o

influência

a

sugest.i v a element.o

um

e

det.erminant.e

cabe

para

explorá-la

negligenciado,

surgiment.o

pouco

um

um

de

o

modo

mais

Carnaval carioca, ao que parece por- não est.ar nem ent.re

part.e

do

chamado

"Carnaval

Popular"Co

Samba). Just.ament.e por- isso enxergo nele o sendo

dis:t.inções; convencionaUidade

e

int.er-st.icio,

o

per-mdte

refazer

o

do

Deslile

das

r-evela

arbit.:r-ário

o

percur-so

e

dest.a

uma

projet.ar

impor-t.a obser-vaz- que a

ressignificação

pela

movimento

apesar

disso

não

int.er-essant.e é

pela eles:

conli~ur-ação

significa

dos

Rancho

acena

par-a

especifico,

rnont.ado. aompla,xo

o

ou

"Popula:r·"

E;rau de

incipiência dest.e

cult.ura

e

dos

dissolução

relacionamentos ou

carnavales:ao

das

agent.es

relações

sociais

cabal das

mat.:r-izes

sociais são

na

ainda

"Paquano"

for-mação

na

o

no

que

o

eles

vinculados:,

devido

e

supos;

combinados medida

ou

int.ar-io:r

do

hlb:roido

do

t.odavia

relacionado aos ent.rec:r-uzament.os

a

post.a

''modernos''

c:a:rát.a:r

cidade,

Rancho

cidade

em que

Cr-e)definidos

Sociologicament.a, em

e

cidade

out.r-a

na

quais element.os são apropriados e

cará.t.er

"Gr-ande"

s::is::t.ama

a

aver-i~uar-

um

t.omam

controver-sia apont.a para a

complexiíicação

de

núcleo cont.radit.ório de ambas

aut.ênt.icas do

em

nem

Escolas

inler-ência. Com efeit.o, menos que buscar as origens

o

nas

geral,

"Grande Carnaval" bur-guêsCrepres:ent.ado pelas Grandes Sociedades) e

fazer

de

à

dos

r-evela

o

niveis de

das

frouxidão

segment.acões sociais provocadas pelas recent.es t.ranslor-macões urbanas. Por isso o de

fazer-

despojado

carnaval dos

Rancho t.raz como dado or-iginal a naquele

Cordões,

inst.ant.e. audaciosos

deslile

de

carros

alegóricos:.

42

compr-eende

grupament..os

sobressaiam os intrépidos capoeirasCLima e simples

não

r-edef1nicão do modo

dent.x-o

ele

o

dos

Lirna/1992). Também não

Trazia

seus

jeit.o quais era o

componentes


fant.asiados, cont.ava o

a€rupados em alas, de

enredo

grupo coral

art.ist.as

sent.ido

mais

nar:ra,

a

moderna

o

ope:ríst.ica,

t.ant.o

cong:regava

da

sociedade

público.

sem

seguras

bases

assim

hist.ó:ria

uma

agent.es

jornalist.as,

a

post.os

como

Com a

fut.u:ros na

meio

um

os

Ranchos

passam a

Para

isso,

cont.rat.am

moldes

dos

clubes

o

t.a.nt.o

pelo

Dante,

de

"Rancho-Escola."

cont.eúdo

e

caso

sua mais

operários

urbana,

daqueles

que

dinâmica

max-ginalidade,

pois

iam

porém ainda

que

procllr'avam

. • e 1nserçao soei al 12 .

Vl"da

ou

de

na

Ameno Resedá

sendo

passa a

sist.ernicament.e ca:r-act.eríst.ica

com o

profissionais plást.icas

a1e~o~ias,

imediat.ament.e conside:r-ar- o

do

e

causar impact.o no

e

Améne>

do

li:rico

a a

fant.asias

público,

dos

variedade

~oupas).

out.ras

desfile como

uma

est.rut.u:ra

at.ingindo a

um

O

funcional ent.re

pot.ent.e

a

efeit.o

port.a dest.as sociedades ma.quinist.a.s:),

urbanos.

exibicão

que

ent.idades.

juncão

figu:rirrist.as,

divert.iment.os da

a

o

dos

Fórmula

por

sobre

de

visuais

incorporada

que se abre

a, part.ir

e

Divina

aperfeiçou

materiais

dos

t.eat.:r-o<cenógraf"os, mundo

na

A

d<>

epit.et.o

o

que

insistindo

musicalidade,

Resédá

inclusão

r-ecebeu

ambulant.e",

mont.ada

ser-

pela

Rainha Aida,

a

Rancho

exuberância

art.iculada t.eat.r-al

Est.e

apresent.aç:ão,

apresent.ados{est.andart.es, causa sensação,

Corte Ecipciana e

"t.eat.ro

na

e

pormenores

pedagógico, como

Traviata.

A

dramát.ico

audiovisual. É

a

públicos

cult.u:ra popular É

prést.it.o

supo:rt.e

O

com

funcionários

da

sociedade.

des:f"ilê.

da

de

a:rt.e

envolvidos

caminho

at.ores

t.emas: lit.erá:rios clássicos: A

art.es

de

e

f'undação do Ameno Resedá em 1908, os enredos dos Ranchos

são mar-cados

pa:ra

or-quest.ra

aos

uma

no

. 1 samb a um me i o d e encont. ra:r- no r it. mo mus1ca

sent.ido

gerais~

administ.racão

Desenvolvendo

manei:ra

def'inindo-se

Comédia

uma

e

não se f'echam ent.re seus pares, mas pr-ocuram exibir-se como

aqueles

quant.o

som de

Em linhas

a

organizam

cosmopoli t.a.

existência

ao

encantar

de

plást.icos,

burgueses e algo

alegorias,

suas

ent.oando as marchas.

no

desfilar

em

acor-do com um argument.o dr-amát.ico

de

O

imperativo

inovacões

das de

deflagradas

pela at.ualizaç:ão dos t.emas,o mot.iva nest.a direção:

..

Ameno Resedá do proéati.toa hcrmoni.oao corpo core\. i.nclui.a.m pcrli.ci.pa.ntea, ca.da. qua.\. di.vi.di.a.m, ca.nla.ndo • moaculi.na.a

••

9 ..........

OOM

quo SUQ

vozea

.....:.

......... femi..ni.na.. pcra.

pa.rt~tura.,

sUvc, CcrtoLa., ent.re de Dongc, outros, est.ivera.m os como Nomes Ro.nchos, toma.ndo-o&: como referências de vi.ncula.doe liiUO. juventude e torr6ea mlti..coa dG. o.urora. do aa.mba ccrna.va.L Pcputcr. Aa • do corea verde rcra.m 'busco.do.a roac da. Eaco1.c de Scm'bc Mcnguei.ra. por ccrloto. num Ra.ncho no auc i.ntâ.nci.a. pequeno-burgueac ba.i.rro o Ra.ncho Arrepi.a.dotDa. Si.lva. e Lourei.ro/~1>89>.

..

43


depoi.~

juntarem

vullo•o bengala.

c::â.nl Í..COG gambi.a.rra.c.

de

alegorias,

como

íormat.o urbano

t.ransformações

profundas

e

na

e

a.poteõti.co.

profundas

no

assinala

cidade.

A

modo suas

vist.osidade

o

E por

conjunto

fogos

de

d~

incorporado

ao

drarnat.úrgico-musicado

raízes

desfiles

uni&sono

fartamente i.lumi.nados •v\.dênci.a. o luxo deata.nd<1rtes

os

processual

deit.a

nos

apresentação

vo~ume

•ó

vibrantes, . >punha. •rn

tai.s

o carnaval

num

gui.rlandos!Jolg.

de

conceber

qualidades

a

f'ormais

~randiloqUência(como

e

nos t.emas operíst.icos) passam a

ser imperativas nas exibições orient.adas

para

compromisso

no

platéia,

uma

propósito

renovacão

de

qualquer

deliciar

anual

sinaliza quant.o

sem

faz o

profanados

dramát.ico

núcleo

do se

olhos

pont.o

de

Jornal

do

pa:r-t.ida

Tant.o

do

Brasil,

Ranchos a

part.ir de 1909, destacava assim a

ávidos

e

cort.ejo

da

cultur-ais.

que

rnist.ico-relicioso

firme

mas

de

gost.o.

t.ant.o

o

est.et.izacão

promotor

dos

A

dessas

práticas

concursos

entre

apresentação do Ameno Resedá

em 1917: Reaedá, fi.el (uo aua.a tra.d.i.Cões esléli.oas, v•m ma.i.e umo. v•z pomposo, con&o.grar-ae dO Belo e à. Arle, o.preaenta.r-•e o.o povo ca.ri.oca, obedecendo garridaJDent.e as ordens eJDanadas Majest.ade MoDlO, a. •ua. ha.rrnoni.oaa. e l.uz1.da. oorte. \.nept.ra.do. porsua dos aeua ca.nla.reso rnel.odi.osos e encant.a.rnent.o de aua.e danças nCI. magia ~:~\.mb6hca.e e a.tro.ente~:~"<Apud Nora.es/~059!~35> - gri.fos mouaL

o

A

mono

ufa.no c:i.vi.li.zCI.do

Vale observar no t.recho a melhor,

disciplinar"povo

os

objet.ivo

modalidade

demais

civilizado ...

"Belo" e

a

Est.a

procissões

em

agora, Em~ida

porém

em com

formas a

a

as:pa.ct.o

assist.ia.

da

Volt.o

ao

passeat.a

de

ao

par-a se chegarespecif'ica

Uma

insrt.ant.a, quem

sent.ir na conjugacão ent.re

visuais.

descricão

com

se

de

seriam

''pomposo''

compromisso

um

apresent.a:t'em

met.as

lhes

deveriam

qual

pal"a se

cujas

quem

a

já est.á definida. nest.ê

marcha'

Cont.rat.ualidade est.a que se faz mat.erializaçã.o

ordem,

''Art.e'', exigia o

caz.naval

f&:zer

segundo

entidades

magicarn.ent.e en.can.t.ar

de

de

carnavalesca''

e

Ranchos

carioca

consagraz. o ao

''ordem

uma

de

definicão de uma idéia de carnaval, ou

corüer-indo

os

fruia.

t.ema e

desfile

do

Ameno

1917

:f'eit.a

p&la

sua

Resedá, cronist.a

de Mo:raes:

n••••

Ameno 4de granel. ri.quezo., poi.s a.no o A desori.Çã.o do desfi.le da.s tloresta.a, bosquea, doa di.vi.nda.des dos Resedó. i.nterprelou ••a.s eampos e da.a monlanha.s, segundo a mi.lologi.o.. " aá.ti.roa tranaforrnadoa •m quCLtro No. comi.aaão de Frenle v\.nha.m quatro ··o Júp\.ter, doo doe vi.nho. po.i. depoi.a d•ua•• caÇadores";

44


..quatro pred~let.o. águi.o."; OUO ••gui.o.m-•• meto.morf oseQd.os rúsli.coa om prtnci.pes co.ço.dores .. ; .. po.nrei. o.preliento.vo.-ae como cri.a.doro... , no.lurezo. orco.des e de honro. sei.s sei.s vinha pequeno<> guardo. Po.n ..; ga.la ni.nfo. predi.leto. do como formoso. •egundo-me•tre

c:avo.lgo.ndo

home~.

deuses si.lvo.nos, o meslre-so.lo. lendo Ego., .Juno,

por ··a deue

.,.

pro!.,.to.

P"""'<- . • H:l915B:.t.ai>-~O>.

do.

A ap:r-esent.acão de um t.ema onír-ico mi t.ológico concedia. à uma

enor-me

rn.a:r-gem

capazes de exe:r-ce:r0

de

ma.nob:r-a

pa:r-a

cr-iação

de

figUI"inos

alegorias

e

cont.emplava~

f"ort.e impact.o sobre quem o

um

ent.idade

qu<õ~;r

fosse

público quer :fossem os jurados do concUI"SO. E não só t.inharn suporte na

mão-de-obr-a emp:r-egada na ároea t.eat.r-al mas cont.avam t.ambém com pessoas f"ormadas:

pela

Nacional

:formação

na

incindia

Escola

de

pint.o:r-es

de

Fr-ancisco

Amoedo,

ant.i~o

r-evelado:r-a

de

como

beneficiava-se

ef"eit.o,

Com

const.i tuídos. alt..ernat.ivas

de

int.r-oduzi.a técnicas ~ost.os

padrões de

ent.re

f"undament.ais

familiarizados

por

algumas

níveis

os

e

com

vezes

coníe!"'i.a

a

est.eve

aos

bem

erudit.o

e

dist.intament.e

er-udit.a,

p:restigio

codif"icaç:ão de

à

popular

mercados

mão-de-ob:ra

a

tant.o

econômico~

ganho

acadêmica

mi t.ológicas(Cipini uk/1985).

Escola 1

âmbit.os

de

t.radicão

ResedáCEf'egê/1965). Tal pr-esença é

Ameno

f"alt.a

da

a

escultor-es

da

mediação

a

onde

paisagens

diret.or

part..icipando do car-naval do

Art.es,

e

ou

alegor-ias

confecção

Belas

de

ansiosa

Ranchos

quant.o

suas apr-esent.ações

dos segment.os sociais cuja voz ressoava nos

de

nos

jornais e

out.:ras inst.âncias p:rivUG>giadas da sociedade.

:r-epresent.ações ao

acervo

que

popular

as

ident.iflcasse

colonial.

uma t.át.ica const.ant.e:

neo-clássicas. mais !

ávida

A

t.odo

cust.o

part.icipacão

de

isso

inscrevendo-a

públicas

moment..o

civilização

à

da

da

Fai"as

hist.6rico,

européia,

ant.igilidade

~

t.omadas

pelas

inspir-ava-se

pr-édios

dos

arqui t..et.ura

nesse

r-esgat.e

O

heu:r-ist.ica.

mais

em

das

oposição

grego-lat.ina

foi

pr-oliferar-am ent.ão as "almas dos helenos" ent.r-e os

lit.e:rát.os ou for-am as vias a

beber-,

pr-oc::u:r-avam

local

população

ainda

é

t.emát.ica

quest.ão

Est.a

o

empenho

alguns

no

o

set.ores

de

r-emetesse

que

no

cada

espaço

vez

público, "t.:r-adicão

uma

a

e

soluções

a

dignif"icar

sociais

flores"

e

contornos

nos

er-a

"bat.alhas de

ocident.al"(Velloso/1987a:23-5). ai

SUI"ge ident.i:ficado primit.iva, médios

e

no

e

o

a seio

do

O

ent.r-e

oposição

popular.

sent.iment.o

mesmo

recém-formadas.

sugest.iva

de

sinônimo

"apoUneo"(olhar) par-celas

int.er-essant.e

é

das

"dionisismo"Ca

at.ra:so

das

elit.es,

camadas

just.ament.e

45

o

ent.r-e

a

e

audição)

de

selva€eria

dos

segment.os

popular-es

consat:racão

dos

urbanas

cânones


plást.icos-visuais(de legitima.

A

Apólo)

linguagem

di:fe:renciados

em

o

permitir

visual

I".azão

descolar-se

podiam

como

o

e

modo

uma

dist.anciando-se

ingresso

dos

novos

de

nat.uroeza

do

grupos

marú:fest.ação

art.efatos

seus

cont.e:rem

de

de

chão

urbanos

cultural

expressão

cosmopolit.a,

são

ou

seja,

brasileiro("bárbar-o") na

suposta

e

universalidade

moderna. complexos

Tais

"polidas",

sensibilidades incorporaremm

um

"civilizado".

música

no

A

localismo

ópera,

depuradas

sist.ema

de

por

é

não

A

cat.egórica

a

vez

ser

a

por

música

suboY.d.inaç3o

do

com

est.ar

lírica, à

som

suas

local.ist.as,

compat.ível

discriminada

as

devido

excessos

dos

represent.ações

sua

"anacrônico".

graças

dist.in~uiriam-se

sociais

o

ao

modelo

ent.ranhada

not.adament.e

&st.abilid.:.:.do

a

plást.ica

da cena e dos limites definidos pelo libret.o. Se,

obviament.e,

desenvolvia-se o

problema

segment.os

um

era

coníront.o

o

de

produção

de

implant.ação ser

exercida

t.ipo

de

pela

consolidação embasado.

gm

semiót.ico

novo

e

cur-so na

naquele social

inst.ant.e 1 passa

e

por-

diag:ran~acão

do

simbólico

da

e

exemplo),

econômica.

mais

Ainda visual

olhar, pela

ampla

a

assim

o

com

crucial

na

representações de

nele

reprodução

t.ranst'ormaçõiõt&õl

da

os

"bárbaros".

do

papel

técnicas d..aQ

ent.re

disputa

heg-emônia

da

gráfica.liõl

e

próp:ria remodelação da

o olhar das mult.id3&s an.ônim.a.s.

sócio-hist.órica

modo

a

meio

de

onde

uso dos sentidos

linguagem

dos jornais: e

organizada.

em

t.eve

das

realidade no

peLa

e

primazia

A

uma

época,

da

"civilizados"

conjunt.o

do

~&nsihilizar-

traduzidos est.ar

a

a

instant.e

modelo

cinema,

planos

ocorria

oferecido

naquele

cidade, cuja met.a es:t.ava em Dois

nível

sócio-politica

disseminação

Falo

imagom(f'ot.ogr-at'ia

cont.ext.o

int.erat.ivas.

cultural enlaçado

dif"usão do

no

dicot.omia

da

civilizado,

modernidade

suport.e

sig-nificativa

visuais

sent.ido

est.at.ut.o

do

part.ir

discursividades

como

represent.ado

fronteiras

ext.ra-semiót.icas,

de af"irmar- um modelo às percepções e

E conjunt.ament.e o

na

a

no

sut.i1

linguagens

das

forcas

de

ideológico

marcar

sociedade

da

hierárquica

diferenciação

alinhamento

no

amparada

est.ava

t.al

como

a

Molda-se

se

dimensão

desde

interpenetravam simbólica

ent.ão

por

da

uma

vida dupLa

.sit.uação. Não se t.r-at.a mais de- uma cosmovisão compar-tilhada por- memb:ros:

da

comunidade;

artificiais het.erogêneo ist.o 1

a

verif"ica-se mediação

de e

a

facult.em

que

estratificado,

dimensão

t.ransformação

e

de

simbólica int.erna-se 46

o

dos

símbolos

int.eragi:r-

relacionarnent.os nwna esfera

em

element.os

num

ambient.e

voláteis.

Mais

organizada no

que

sent.ido


de

monopolizar

somat.ória

ele

apropriado

por

a

elaboracão

inst.it.uicões

pressupost.os e cidade gera

se

apesar

da

uma

conjunt.o

de

o 19

ooJrto

a

códigos

é

confecção

englobant.e

de

do

e

No

urbano

física.

A

públicos~

de

diversidade

uma

olhar

de

infilt.rado

introduz

um

nos

o

da

no

que

onde devem as pessoas

o

modo

t.endo

se

vist.a

em

het.erogêneo

dist.anciament.o

t.empo,

na aparência,

out.ros,

ent.ant.o,

exigência

a

civilização

O adensarnent.o dos :r-elacion.ament.os na

cont.emplação

à

ser

pode

especificidade

p:redomínio

significados.

impulsos

''apolinea''

uma ênfase na exibição e

ent.relacament.o

dos

e

t.écnicas

plasticidade

de

saber

objet.os

proximidade

mode:r-acão

ela

símbolos

de

desenvolvem

apresent.acão nos espaços como

do

à

fazeres cot.idianos

det.erminados

anonimat.o

&~em

a

oí"érêcem

alcancar

a

gradualment.e

diz respeit.o

quais

apelo

enquant.o

gest.acão~

em

os

revelador

urbana(ent.endendo-a cult.uras:)

o

como

compreendido

repet.ório

o

Emer-ge

visuais de comunicação.

efeito,

Com

onde

especialist.as~

de imagens sonoras e

não-mat.er-ialidades:.

de

íazem

cont.emplacão

e

o

crescent.e,

imperiosas

comed.ida(do

a

"ver

t.ooax- "). A

à

descrição

do

encadeament.o

import.ância

compreensão

visual-plast.icidade,

aliada

"ênero

cena

DesCile

just.ament.e Est.a

é

a

a

vazada

pela

da

carioca,

ent.ret.eniment.o,

no

cult.ural

oíert.a

cidade.

A

int.rínseca o

quest.ão ao

ao

qual agências

dos

ser-

pela o

com

cent.ral

"ênero

t.rânsit.o

sobre.t.udo

pist.as

assumida

orúricos-mit.ológicos,

dar-se

qual

lógica

cl"escent.e

enredos

t.eat.ralidade

Xalia

palco

enquant.o peça de

aos

carnavalesca

bist.oricizar

no

im.agam

na

cort.ina

dest.a

é

est.udado.

a.rt.ífices

da

ressignificada

produt.oras

de

cult.ura.

e público diferenciam-se. Est.es g"rupos de

dos

julgament-o

concursos.

Deveriam

esplendor''.

e

conjunt.o

"art.e,

especialist-as simbólicos est.avarn encarregados do

impret.el"ivelment.e Xormada pc;lrvisuais: bo:r-dado:r, parcelas :LSFlorCL

um um de

pri.netpto

um

pint.or

um

art.esãos

Süeeeki.nd

reaLidade

• do

do

e

ca.rta.z, nQ sécuLo

profissionais

um

cenógra:fo, per-i t.o

em

na

de

ligados

conf"ecção de

à

escult.or,

indument.ária.

na

aapi.ro.eão

considerando

comissão

A

especializados

•ncont.ro.

rnoderni.de~d&

..ascender·· mecá.ni.ca.

•r•cLa.m•

li t.e:rat.o,

avaliá-los

Os de

pa.rcel.cs

just.ament.e

julgarnent.o música e

um

às art.Ets

musicist.a~

quais,

junt.os

''carnavais'', ela.

um

oom

passam

popuLc.cã.o

era

•m

com a. expa.nsõo da.s a.Li.vi.da.des de reproduca.o sonoro. • vi.sua.L<fologra.fi.o., fonõgro.fo, cinemo;;;~.tograio à. dieeeminc.cã.o daa técnica. pubLieit.á.rioe do enca.dea.ment.o na. aoci.edG.d. do Ri.o ele .Ja.neiro do UmQ direcêío de p•rcepcã.c do v•z

«•""

47


a

responder

pro:fissionais

..

Carnavalescas

pela

cat.e~::oria

que .

dos

faziam

Cabe

"t.écnicos".

a

cenografia

conhecer

agora

mesma

A das

melhor

cat.egoria

Grandes

est.as

dos

Sociedades

organizacões,

espécie

de mat.rizes do processo de espet.acuJ.ax.izacão do Carnaval, consider-ando o de mediadores papel cult.urais exercido po,. esses t.écnicos:, que cont.ribuiram de maneira decisiva par-a consagr-ar

o

Desf'ile de Carnaval no

espaço "quent.e" da folia carioca ent.re os anos dez e

sessent.a do século

XX: a Avenida Cent.ral.

Acompanhamos ant.es as t.rans:formacões vivenciadas pela at.ividades econômicas

no

limiar

dest.e.

locais

t.ambém

por

Rio

Do

jeffrey

de

pont.o

e

mesmo

que:

inicialment.e

represent.ant.es anos

os

da

início os

internacionalizadas íuncionament..o privadas.

ou

do

t.ornarn-se

que

no

sociais,

convívio

de

burgueses,

enclaves

polit.icos.

modernos

na

ou

período

meros

o

passar

ajust.ados

ainda

financist.as

de

e

cidadeC1993:94).

às

econômicas

or~anizacão

à

vinculadas

nos

const.at.a

com

at.ividades

a~ências

suas

o

eram

próprias,

de

r-ealizada

Needell

cort.e,

e

elit.es

das

desde

urbanos

da

XIX

continuidade

assim,

feições

desenvolvimento

ou

plano

de

set.ores

cult.urais

o

sucederam

Ainda

século

do

genealogia

A

t.raço

se

~an.haram

e

final

moment.o.

desses

rural

polit.ica

Negociantes

liberais,

membros

Est.ado

no

República.

da

pelo

meado

relações

cidade

int.eresses

promovidas

conexões

na

o

const.ant.e

um

oligarquia

seus

das

modificações,

revela

no

durant.e

vis:t.a

privilegiados

imperial

dos

de

conhecia Needell

grupament.os

se

janeiro

e

ent.idades

profissionais consorciação

A

desses element.os formam a "alt.a sociedade" carioca. A definição de um padrão mais urbano de vida. compromet.idos com valores e

civilização

da

modos

Janeiro,

de

de

~;~nt..ã.o

vid.Q

1908,

em

urbana-indust.rial

a

vida

A

mar-co

da

valo:re&

e

e

pública

da

inst.1 t.ucionais

ascansão

e

convidados

nelas

surgem

dur-ant.e

as

Ouimcrêi.ea a.tuois ccrna.va.Leseollõl trabo.lho<1.P90:ZP>.

a

os

fest.as

encontra.

da.&

"grandes com

neaeee Eaeolo.a

48

dos

vida

salões", seus

do

novos

dlõl

96).

"'boa sociedade"

da

dos

Univ<õlr-l!iilal

int.er-as.;;~e&

Nort.e-Oeident.al. A arquit.et.ura das: casas t.orna bur-guesas

emblema

um

Expos=icão

expansão<Hardman:1988:87

p:rivada

element.os

um

cânop&lil,

OQ

t.ornara-se

delineados:.

c:onst.it.ui

alit.e implicados com

cont.ext.o,

franco-inglesa,

UJ'nQ

Rio

gr-upo&:

do de

modo:rnidado

Dentro carioca

mundana

est.ilos

de

incorpora

da

Eur-opa

como paradigma as mansões const.ruidos

bailes

profi.esi.ona.\.s de So.mba.,

para

receber-

elegant.es,

quando

a.ntepOIIBO.dO& &emelhanea

doo do


de:sf1lavam

e

nati vas<Souza/1989

e

refinament.o 1840 dos t.omado

bailes

marco

moda

anglo-francesa

Needell/1993:130-42>.

civilização,

chamados como

da

requinte

no

em de

de

íest.a,

máscaras

no

Carnaval

do

a

marca

"Grande

burguesias

mesmo

t.ermos

instalação

da

O

as

sent.ido

de

introdução

em

carioca.

Event.o

Carnaval'',

de

que

é

inspiração

européia, not.adament.e veneziana(Mo:r-aes/1958:29). Na outra margem,

mundanos, t.ais como o A

do

a

"mundo da

Teatro Lírico, o

onde

ingleses,

clubs

inspirados

masculino,

A

concatenados.

no

negócios,

partir

Club dos

modelo

t.ipo.

discussão

dest.e

lit.eratos:,

Os

des:envolviment.o dessas esboço

um

paradigma,

drarnát.icas-musicais

polít:icos

e

espaços

mais,

diria,

e

advogados

na

a

não

frent.e

do

o

de

jogo

rnanifest.ações

pax-a

cont.ornos

est.avarn

instituições do

estiveram

e

dos

cidade,

desenvolver-se

danc;:ant.es Os

liberal

diversão

íundacão de

pôde

Jockey Club.

selet.os locais de

dissemina-se

ligeiras.

o

organização

polit.ica

organizações. Nelas

de

Diários e

de

apenas ent.re os int.egrant.es da alt.a elite, a mesmo

erigindo ambient.es

últ.imos corr-espondiam a

excecão do primeiro, os dois

convivia

rua", foi-se

uma

de

cult.ura

urbana popular ganha leve feitio. aspect.o

O

moment.o

mundanas. 1856.

São

criadas

tipo

um

no

à

com

associação,

de

cont.ext.o

ent.ão

coube

compromet.idos

nomes

do

previsto

pionerismo

O

em

secular,

fundamento carnaval,

lúdico

calendário as

do

part.iciparam. Moment.o esse que se somou

medidas

t.omadas

para ocupar o

novos

espaço

segment.os

de

com

de

festivas

cuja o

José de

público da cidade, principalment-e após

o

d ...

out.ras

sociedade

da

em

fundação

de

conjunt.o

pr-estigio

o

Carnavalescas,

como

no

seu

para

prát.icas

Sumidades,

Alencar-,

pelos

às

país",

acordo di.reciona

Sociedades

das

"civilização

o

crist.ão

Grandes

Sociedade

a

católico,

de

local,

advent.o da

República e nas: condições oferecidas pela reforma de Pereira Passos. No t.emas

das

caso

escolhidos

referência a Sob:r-et.udo

Sociedades 7

para

Europa e

serem

sociedade emergent-e no do

Queiroz,

represent.ados

nos

os

próprios

cort.ejos

nomes

t.omavam

país

mat.ariali2armundo

a

compatibilidade

Nort.e-Ocident.al, muit.o

fossem

insat.isfat.ó:rias:

de

valores

embora as

para

isso.

missão civilizat.ória. Nesse sent.ido

torna

a

nos

carros

assist.ência

de

inspiração

alegóricos, um

público

cort.ejos

o

pois anônimo

49

modelo que

em forma t.eat.ral

de

a

assim que se

pa:sseat.a:s

volt.a-se

ordeirament.e<ou

com

Mesmo

ape@:am-se à

c;randes

por

condições

seus responsáveis

import.ant.e

e

davam cont.a da erudição dos seus membros<1992:51).

procurava-s&

socioeconômicas

segundo

para

de

a

civilizadamente)


os

f'ruisse,

das

p:ret.ens:ões

par-.a. .as

desflle

fazendo

dos

acompanhada

dos

1S

t.eat.ros

ment.ores

ao ar livre

int.elect.uais

dos

palco

e

grupos.

O

alegóricos

se fazia, no caso de Nice, por exemplo, 16 cidade . A grandiosidade das alegorias es:t.ava

em visit.a a

do

verdadeiros

pedagógicas

carros

para os ricos

ruas

humor

nas

f'ormas

dos

e

ef'eit.os

cênicos,

conseguidos

no

recurso a maquinários e art.ifÍcio.s como a fumaça, por exemplo.

o

o

para

t.ranslado

Carnaval

brasileiro

rnant.ém

mesmos

os

aspect.os, mas out.ros lhe são acrescent.ados, ret.irados das folias de Roma mascarados::

VenezaCos

e

aplaudido

por D'Pedro

Imperial.

O

Quixote,

banda rendas de

desfile

e

família

no

foi

.abe:rt.o

pêla.

fora

momento

um

da

apot.eót.ico,

espet.áculo

exibição

frent.e

brancas

cobriam

em

os

ucranianos. carros

homenagem

alegóricos.

nobres

mandarins,

Fernando

a

Coleches,

do

o

um

colchas

Vieram

Cáucaso, Católico

de

ao

Passo

uma

cossacos

móvel

dominô,

seguido por grupament.os empunhando clarinet.es es:cosseses e em

es:cult.uroa

colombina,

Dom

bailadeiras,

•• Devo

result.ado

arlequim,

grande

vest.ida

fant.asias

o

out.ros:).

e

polichinello

pierrot.,

de

damasco

post.eriorment.e

ao

Duque

alas

Grandes

Benvenut.os.

e

e

de

Ouisse

de ade eala.d.o. do Dom Joêio ci.da.de Vl, o.legóri.cos. mi.ssã.o A fro.r.ceso. po.lroc~ no.do. pelo eeue membros,eepeci.o.l~slo.s trouxe construÇo.o Regenle no de Prtnc~pe Joeeph Roy e seu filho H~ppolyle<Bilter..::ourt e ca.rroG o.legóri.co~ Loui.e t?BcS, por oco.~~ai.ã.o da Ferno.ndez/t967>. Ar.te~. em orgo.n~:zo.Ção do.s feslo.s bod(U; o mesmo Prtnc~pe entre Dom Joã.o v:r com a. Prt.nce&o. pa.ra. comemora.r Antôn~o tenente o.grega.do Fro.r.ct.eeo um o Soo.ree orga.r.iza Joaquina., ca.rtota ca.rros o.Legõri.cos. A lécn~ca com da perspectiva foro preslüo r.o. confecÇã.o do.s peca.s. uti.h:zada. Tro.:zi.o.m elas fogos lC!.rga.mer.to do mi.Lológ~coe e represer.ta.vg.m os Vulcano, Júp~ter, Ba.co a.rúfl<:i.o • Serei.as Mouros, o. Co.vo.lhada. Jocosas. Serão o.s ir.gerênci.a.s o.indo. os E~to.do o co.tequ~smo da do l.greja. co.tól.ico. sobre as e fen.Ômenos cultural& popula.rea e os r""&ponaá.vei.s condensa.r pelo dos pre~ldos. lro.di.çã.o Esta. dura.r.te ca.rna.vo.l o. o aéculo x:rx no pri.r.ci.po.l forma.to do como o expos~çã.o cor.sc.gro.-ee pública conhece

er.Lo.nto

no

lembro.r

de

de~fi.le

quo

ca.rros

• ""

deefüee de ca.rroe doe i.ncorpor;,a.doe dura.r.l• a. J:do.do Méd~a. a.oe f e ale joe pelas corporo.Çõea de oflci.o. Algun& delee ca.rno.vc.Lescos, orga.ni.zados o da Nave dos Loucos ou céLebre&, o do Schembart de como tornara.m-Ke ltenasci.ment.o com o Lhes sã.o o.crescel"''lodos uma Nuremberguecsi.dro/1P8?>. reforÇando técr.tca.s oa ca.r~t.erea dro.má.t.i.coe do aéri.e ele i.nver.Ções mo.qui.nári.oe ofolt.o~ cênteos, projelocioa i.r.eluslve • com c:encirtoa móveis, Brur.etleaco!Burc:khcu-dl/:lPP1:2~U.-2), Torna.r-ee-êio Da v~nei. e Leono.rdo por expreasã.o uli.ltza.cio do modo posteri.ormenle ~ntere5isant.e me~o de ta.rde o mor.cu-eae farão oe recorrente peloe pri.nc~pee. MO.i.e r.ota.cia.monle na. Fra.r.c;:a., e dura.nlo o Revo~uçao Fra.nceaa a.beoLuloe, Do de Ni.c:e, obeerva. Pelor papel si.mi.La.rcDuvi.gno.ud/~!PS:SU. tiveram em um outro no aêcuLo XIX, qua.ndo o. são rev~ vi.dos BurkeC~J)8P), cuLLuro deapor.Lo charist.as(co.rroa a.le<]Õri.eoe> comercial do. expLoraÇão 00

n.avalis

pa.gõ.oa,

aã.o

eõ.o c:onfeector.a.cios com lo.l

tr.tui.Lo.


est.avam

emparelhadas

Sociedades

são

aos

grupos

exaltadas

por

à.

montados

introduzirem

"luxo

o

educarem ci vilizadament.e E Júnior/1957). 17 ''p:rogresso•• <Pe:reira/1993:91 e segs). Ao loll(;o do século XIX e

Sociedades,

ca:rioca.O

logo

que

fato:r

estabelecer

a

primordial

competição

popular-es;

Tenent.es

do

dia

como

de

o

para

ponto

esta

Não

elas,

a

demora

Diábo

de

surgem, com

dos

das

da

popular-,

de

decisão

a

apoio

conformação arrast.am

esperado

sucesso

é

o

Grandes

das

mais

e

escalada

Fenianos

e

formato majestoso do

alt.o

contando

ao

vocacionando-o

apresentação

carnav ale seas

ent.re

comerciantes.

e

o

consagrar

sociedades

out.ras

país,

o

Aa

suntuosidade"<Franca

e

princípio deste,

Terça-Feira Gorda,

a

folia

jornais

a

ajuda

espetaculo

cavalo<Mor-aea/1969:69>.

grandes

preferências

mult.idões

para

lhes

assist.ir- e sustentam cálidas riva.lidades(Moraes/1998). introdução do

A

diferenciadora

dest.e

porém, per-fomance e

dest.e

participação

ent:re

regras,

paz·

sobr-e

exatament.e

modo,

obt.enção

de

a

a

p:rát.ica

pelo

rot.inização

:resultado

do

fazê-las

agir

carnavalesca.

concret.a

de

Antes

p:rocissões

esperado.

bem a.rt.iculada.s

malha

uma

depende

dest.a

forma,

de

que

O

ações

demanda

ent.idades,

arquit.et.ura.

Por-

definidas

no

vist.a o

em

at.o

visando

vez,

sua

já que

a

a

formal,

imperat.ivo

eficient.es; cada set.or

demais,

de

suscitado,

É

est.rut.u:ração

a

a

portant.o,

coordenadas

t.endo

f"uncion.a..lment.e

e

not.ória

exposição.

da

mais

inscreve

abst..rat.a

t.orna

se

público

carát.er de

uma

com aut.onomia porém sincronizado aos

conjunto

virulência integrativa e

dive:rsas

constituindo

seja bu:rocrát.ica ou art..ist.ica das de

traz consigo a

na folia em um conjunt.o de combinações morfológicas

incidência

avaliá-la

modelo

t.o:rneio

o

asseguradas

cuja

concurso

devê

harmonia do

tal

principio

t.ensão

iner-ent.e

implica

na cent.ralização das funções de comando.

Ent.retanto

desf"ile é

processo, po:rque o 0

lugar

algo

opor-t.unos

supost.o

na

para

levar

mode:ração.

faz~r

desloca

contr-ole

Loco

do

em

cont.a

a

uma experiência que deve observar o

racionalização

ponderada o

p:recisO

é

a

tempo

o

bom lance do

at.o,

:raalidade dos

comunicativo.

cobrando-lhe, concurso

do

pilares

de

Ora,

t.empo e é

paradoxalmente,

a

t.:r-adic;:ão,

uma

est.e

acaso

como

o

a

experiência para

uma

sit.uac;:ão precária anco:r-ada no present.e. A forma não assegura po:r- si só o bom result.ado da perforrnance; o controle passa a ser uma busca const.ant.e com pri.mei.rCl

o

prl.mei.ro

dCl cidade, o

de

Soci.edClde ••bu:rgu~a"

o

o

Progresso

na. regi.ao a.nceat.ra.l do.s

surge

da.

Ci.da.de medl.a.c;:õee

••populo.r".

51

no

fina.t Nova..

do

eécuto

xrx

a.

li:er

el..Cl

o

Parece i.nt.erli.ga.m,

no

CClrnvCll


de atualização: o for-ma

do

gênero,

individualiza a

as

t.ant.o

est.ét.ica

entidades

ao

qua.nt.o

colocá-las

questão da identi:Iicac;:ão ent.r-e um e

int.e~I'a

pl'imazia e

elemento novidade det.ém então a

organizacional.

dist.int.as

do

outr-o pólo o

Est.a

a

at.it.ude

público>

tornando

p:rooblema espinhoso a

ser erúrent.ado no Desfile pelas· instit.uic;:ões carnavalescas:. A

situação

de apazig-uar

Urge

a

promover-

defasagem ef"eit.os

sobremaneira

:Iest.iva

carnaval.

de at.uac;:ões

entre

o

que

espaço

do

para

à

impr-escindível

de

sujeit.as

crivo

de

ao

avaliar

a

e

luxo) do

postas

julg-ador

engenhosidade

deslizar

pelas

do

quesit.o

"maquinaria"

A alegoria carnavalesca t.orna-se o

just.iíicat.iva

A

element.o

vis:ual~

acompanha

a

colet.iva, expresso da

desint.egracão

con:Iigul"ação

na

pedaços

simbólicos

efêmer-o,

sentido

os::a.:;.pa

o

no

cult.ura.l

edif"icio

mão-dê-obr-a ori~em

d&

est.á

not.adament.e incor-poram,

na art.e

de

público

visual)

aberto

as:ot.~zo.ioo

da

a

Lisboa~

t.écnicas

representar

na

no

junt.o

carnaval

alago:ri.a

t.a%-de,

t.ambém

da

e

íarnilia

simular

nort.e França,

EU%'opa.

Aí,

amer-icanos são

e

cort.ejo,

pelo

o

52

Fat.o

processo

real.

Mui tos

a

e

dos Por

que

que

a

isso

lhe

f'".alt.a-lho

o

por-

que

t.eat.ral desses

França,

se

comédia e

a

forma. no

Sua

Brasil,

profissionais vivenciadas espalham

os

ope:roet.a, que

cassinos franceses

r-evist.as

os

ainda

um,

t.ransíormacões

desde

esse

concat.enar

por-

modiov.o:U;

at.ividade

disseminados

experiência

polif'onia

da

das

como

comunicacional

met.ropolit.ano.

baror-oc.a

oriundas

da

forca

:redunda nos JnUSic hall, nos espet.áculos dos cabarés e

post.er-iorment.e,

o

cidade.

A

à

t.eat.ros de dívert.iment.os, numa mist.ura ent.re a

e,

e

Cavalcant.i(1993:167-8),

gz.ande

mundo~

desenvolviment.o da

concepção

carnavalesca

Dai

vinda

à

montados.

exat.ament.e,

a:rt.is:t..as vi.stu.ais:: se d&szt.a.ca

após

de

deambulantes

comum

ao

ci:rcuit.o

incumbido

de

anônimo.

está

do

do

do

aquele

alegor-ia

da

con.s:en.s:ualidade,

de

lig-ada

via

um

plásticas:

durante

memórias. comuni t.árias

consagrados

t.eatro

ca:rát.a:r

de

elemento

alegoria.(como

da

sugoest.ão

a

das

de

núcleo do Carnaval-Espet.áculo.

desenvolvimento

do

ruas

cenários

escalada

aceit.ando

marcante

cont.empla

dessa

situação

<decoradas com atrizes

a

beleza dos

e

platéia,

cont.igente

art.es

r-ot.ínizaç:ão

doravante

a

na

um

das

capazes

fr-uição/consumo.

"belo''

que

e

montagem das arrebatador-as cenografias móveis prostitutas

e

sensibilizem

como

teat.ro

cont.:roibuisse

mediat.ivas:

produção

compreendido

ai

Pessoal

a

su:Iicient.e

universo

ao

folia.

da

e!abo:roac;:ão

o

aquilo

Carnaval

no

ent.:roasse

existente

Abriu-se

ligados

profissionais

necessidade

Ior-t.es

observando do

a

sug-ere

chamados

musicais.

Mais

espet.áculos

de


"fant.asia", bailados,

nos

quais

apot.eóse,

e

povos

t.ext.o

e

"apelos

uma

visual

mi t.oló"icos,

cenarizacões

fundament.ando

impact.o

se

uniam,

hist.óricos

e

alusões

exbticas"(Ruiz/1988:121).

est.ét.ica

sobr-emaneira

visual

for-ma

na

a

Acima de

e

out.ros

de

muit.o

de

tudo

movimento

cênico.

o

clima

golas

art.ifícios

de

permanente platéias:,

desses

maravilhando-as.

emplumadas,

insinuant.es

da

as

complement.ando de

colocam

a

vibr-antes. ci t.adino

visualidade, de

aqueles

O

do

fui€ o r

das

configurando-se na

toda

regra fundante de

quem

esse

r-aízes

plano

do

das

prest.ígio

exteriorização

do

gênero

em

t.oda

o

técnicas, seu

da

escadarias

tablados

se

:re:flet.o:res

as

do

Carnaval visual

interioriza-se

nos

de

cort.ejo

carnavalesco. da

na

disposições,

dos

festejo~

do

exist.ência.

valores,

aglutinador.

no

em

onde

produção

sistema

núcleo

e

inseri-se

post.erior

seja

e

braços

Este

e vai

conformando a

Carnaval: produzir impacto nos

simbólico

especialist-a

um

alt..as

pluricromatizações

beleza

participar

Desf'ile de

cont.empla

da

como

o

do

As

inter-ior-

sua

as

cavadas

cujos

dos

pa:ra o

uni verso

manifest.ação

seja

a

o

com

e

pelas

mediado

e

música

espelhos

valorizados

elaboradoras

no

e

A

busca

sensibilizar

roupas

est.imulando-a.

aos

na

ésplendo:ras

"queijos"(pequenos

juntos

corno

de

rebolat.iva

alegria.

os

pr-ofundas

anonimamente

desponta

à

práticas

conquist.a

organizar

as

ou

envolvidos

deit.ét

t.endo

lant.e jaulas,

modelo cénico que é

que

realização

os

melhor,

deslumbre,

o

modo,

ou

de

encant.o, e sent.ido

luz

realiza-se

capazes

lancinant.ement.e

formam

Eis

por

brilhosas

vedet.es)

cenar-izações

des:t.e

convidavam

cachoeir-as

as

est.rat.agernas

Surgem

corporeidade

sorrident.es

lábios

forma

e

espet.ácWos

Nesse

olhos

moment.o

instituicionalização

do

Carnaval-Espetáculo. Em at.uacão como

t.ermos

brasileiros

para esses grupo

"art.ist.as"

e

de

do

século

XIX,

restrit.o

é

oficiais do glamour-,

desproviQos

do

amparo

de

não

um

o

espaço

reconhecidos

esquema

ainda

profissional.

Cont.empor-âneos dê

um per-iodo no qual a

idéia de uma esfera aut.ônoma da

cultura,

erudit.a-bur-guesa

popular

de

que

vida

fosse

participava

do

apresent.ava consumidor

t.empo

horizont.e

pouca

para

marginalidade justifica

a

o

serem

ou fat.o

possível,

mont.a.

os

seus

quando de

amant.es

Sem bens,

muito

muit.as dos

a

ou já

base

at.rizes

ricos

proporcionada

estavam

teriam de

a

colocados

viver

at.uar-em

do

como

fr-eqUentador-as

53

massa,

dos

nem

mundana por sob

sequer no

um a

país

mercado

órbit.a

da

apadrinhamento.

O

coristas

mesmo

clubes

e

ao

que

c:arnavalesc:os,


desf"ilando

sobre

os

e

art.ist.as

plást.icos

produção

dos

Grandes

Sociedades

privile~iado

carros pessoas:

e

Para

t.eat.ral

realizados

e

p:résti tos

seus

trabalho~

ár-ea

da

ali

divertimentos

de

alegóricos.

em

do

t.ambém busca

favor

t.ornam-se

convergiram trabalho

na

poderosos.

As

de

dos ent.ão

espaço

um

com ret.orno em t.ermos monetários e

espécie de

vitrine onde o t.alent.o ganhava publicidade. Dent.ro pelos

"t.écnicos",

coníeccão

de

maquinistas, art.iculados

tal

de

no

situação, Brasil,

alegorias

esquema

pode

p:rodução

sit.uados nos chamados at.elier Samba(Guimarães/1990:20>. erudit.a,

sendo

oriundo

comerciant.es

dos

ent.re

e

espécie

quais

elaborado

perfil

exat.o,

do o

gênero

o

desfile

carnaval

e

orient.ar

a

comandar

o

t.rabalho

de

To dos

se:rão

aos

Grandes

Belas

poucos

Sociedades.

do

sólida

Art.es.

prolissionais liberais,

e

carnaval

às

que

o

amplas

às

no

espaço

event.o com mais de

Grandes

dent.ro

t.or-na

plat.éias,

observa

financiament.o

facult.ou

se

formação

como

E

"laborat.órios"<Idem:24),

apr-esent.ado

já iluminado para o

realizar

det.inham

de

t.ais

de

volt.ado

Desf'ile-Espet.áculo

Cent.ral

do

profissionais

tornarem-se

format.o

outros.

Escola

Sociedades fora

e

"t.écnicos"

da

conúbio

o

de

det.ida

germes dos at.uais bar-racõos de Escola de

Alguns

prolessores

Helinese Guimarães,

Além

aderecistas

de

espet.acuLarizant.e

idealizar-,

roupagens.

e

costureiras, no

linguagem

a

dos

dominant.e:

ou

sendo

feérico

o

mais

Avênida

da

cinquent.a mil lâmpadas

desde 1911. emancipação

A

carioca, sent.ida

vivida.

campo

O

dos

dos

nichos

mais

epoca, que afet.am a

da

e

f'est.ejo

t.r-an.sformações

às

corresponde

do

ger-ais

natureza mesma efeit.os

no da

aparência

da

port.ant.o~

comunitários,

conglomerado realidade ascende

social

cogniscível, par-t.e

do

of'ereoe

índioo1101

do

Caz.n.;;;:.va.l

junt.o

ao

Ranchos

e

à

est.at.ut.o ont.ológico dest.a :r-ealidade. A

lembrança

apreço

gozado

público.

Relat.a

Grandes

Sociedades

que

o

festivo, t.omado

pelo que

requint.ado

especialmente o

da

gênero ent

192!?,

Palace

Eneida

der-

Moraog

Desfile-Espet.áculo os

const.it.uiam

concursos

a

Hot.el

coqueluche anunciara

de

dos

desfiles

de

do

Carnaval

carioca.

nos

jornais

t.er

t.erraço para os seus hóspedes assistirem dali

comercializando como

cronist.a

seminal

de

o

espaço

uma

da

assistência.

me:rcant.ilização

At.o

vindoura.

que

Po.r-

Tant.o

preparado o

torneio

pode

est.a

ser

ocasião

t.ambém surgem as primeiras irüormacões sobre a metamorfose dos Blocos em algo hoje chamado Escola de Samba. Roger

Bast.ide(1992>

separa

54

o

"sagrado

selvagem"

do

"sagrado


domesticado"~

inter-esse

coletivo,

ent.ão que, anos

encontr-ando

nesse

vint.e~

o a

f"undament.acão

as

controle

cristalizado

momento da

r-itualidade

destas:

normas

a

na

consagrada

como

classificado

de

a o

mais

6ltimo

a

permanência

ordenadora

do

hist.ór-ia do Carnaval carioca,

das

e

urbana.

das

part.icipação do

legítima,

modo

entidades no

event.o

de

de

mais

ao

dir-ecão

dos: futuros

incremento

da

sempre

mais

grande

cidade.

O

por-

malha

A

industr-ialização,

sociais

detonado

subúrbios.

estilizados,

processo

essas

novas

de

em

brincar

complexa

passa

a

consonância

espetacularizacão

!orças:

limites da experiência urbana.

55

que

dos

a

pr-ópria

vai

ocorr-er

o

o

da

folía

em

modernamente

é

uma

se espraiava

urbanidade,

aliada

comportamentos

polifonia crescente do

o

exemplar-

carnaval

definir à

segundo

na

nada,

cidade cuja população beirava aos dois milhões de pessoas e na

Diria

t.or-no

e

"domest.icada"

antes

mas

"civilizado"

em

Carnaval-Espetáculo;

participação

A

r-i t.o.

do

r-econhecer-mos como uma tradição,

apr-esentações

iniciação

mais

do

tr-adição

inst.it.ucionalizadas

sociedade

da.

manifestação

gêner-o Desfile, se caso o

cir-cWlScr-eve

segundo

na

Carnaval

carioca

paradigmat.izam

da

é os


2.

DESFILE DE ESCOLA DE SAMBA

O

olho. o

bloco de sujo,

que

no.o

tem

f o.nta.si.a., mo.s que tom o.legrt.a pg,rc:. gente sa.mbg.r / Olha o

bloeo de sujo, vem na. La.ta., al.;;ogri.a barata.,

Ca.rnaval

é

\;.g,lendo

bri.neo.r • • .

<Lui.z Rei.sl Jo~ui.m

Morreu a PoLCl

José

da Si.lvo. Xavier/

vinte •

um de o.bri.l,

i.ndependênc:i.o. do Déci.o,

Bre~.ei.l.i.

Penlea.do

si.tva.>.

.

>

-

eecol.a.s A& correm o perder o motor de &UQ a comunica.çâ.o com o públi.co. <Arthur

56

xexéol

de

exi.st.ênci.a.:


Mantendo

no

a

do

inter-ior-

socioeconômicos, íolia

carioca,

const.at.ação

t.r-az

diria

o

aqui

a

est.ét.ica

olha:r·

o

novos

pr-imado

ajust.&

at.ores,

espet..aculai>

como

na

do

di:r-eção

das

da

e

Gr-andes

est.r-at..os cent..r-o

da

D&sf"ile

das

deve

se

à

visada

pelo

sociológica,

e<apesa1··

um

por-qu&

conjunto

de

do

r-edimensionament.o

lógica a

uma

A

Sociedades.

p:r-incipalment.e

r-esponsáveis

audiovisual

for-mados,

di"Ya:rent..as

separ-adamente

ou

próprio gênero Desfile de Carnaval, segundo do

cult.. ur-al

elemento r-it.mo-musical samba. não

est.e_, o

impõe

po.-

modelo

Ranchos

mater-ializações

cont.inuidade

mediação

t.omá-lo

de

dos

des:fUes

do

mesmo

decisão

A

de

cir-culação,

consagr-ação

carnavalesca

e

símbolos

de

amplio

nos

cena

à

e

elementos

de

do .fato singular

obser-vável inovação

nos

pr-ocesso

Samba.

de

Escolas

ênfase

disso)

um só

da

t.empo

de

valorização

dos

elementos percussi vos e melódicos. Tal

valoração

combinação é

o

dos

inclusiva.

A

combinação

materializa

novos

malha

agentes

segui:r·_, ent.r-e

a

e

vinte

o

início

carnavalesco. Escolas

de

carioca,

gradualmente

modelo

Para

Samba,

dos

a

situação

nos

sociais

mesma o

pela

enfocar ecologia

da

condicionant.e

ressignif'icado

e

espet.acular

onde

como

se

uni verso

da

:fest.a

conforma

simbólico

a

dest.es

inst.it.ucionalização das Escolas de Samba nos

:íinalment.e

consag1~ado,

r-elações

Ca~naval

trint.a,

enquant.o

de

elabor-ação

a

no

aver-igüo

segmentos, exat.ament.e com a anos

assunüda

P:r-imeir-ament.e,

cruciais.

que

inser-ção

pr-opor·ção

t.ema dest.a inst.ã.ncia de análise. O que nos leva a

pont.os sóciourbana

a

e

cuja

finalidade

acompanhar

unidade

anos

a

soment.e

íormalização

mediá.t.ica

sessenta,

t.ão

é

de

do

vedet.e

na

des:íile

cort.ejo

part.icipação

como

o

no

das:

Carnaval

r-enomeada

Avenida Rio Branco(ex-Cent.:r-al).

NA DIREÇÃO DO SUBÚRBIO Vimos

que

o

"Ya-t.o

Passos t.er- como símbolo a mercadorias e social

mais

a

pessoas

ger-al,

no

qual

de

a

re"Yo:r-ma

ur-bana

implementada

por-

Per-eir-a

const.:r-ução de uma gr-ande via de circulação de

é

Avenida Centr-al -

é

detonada

a

o

emblema de um pr-ocesso

ordenacão

da

cidade

do

Rio

de

Janeir-o como núcleo ur-bano met.ropolizado. E sobretudo pudemos observar o quant.o

est.e

tornando-a for-mas

mesmo t.ant.o

mais

protagonizado

pr-ocesso mais

legit.imas pelo

ressignifica

inclusiva

quanto

a

manifestação hier-árquica,

de part.icipação na folia.

gênero

Desfile,

cujo

57

cent.ro

O

é

r-ank.ihf;

exercido

carnavalesca,

ao

classificar-

desde então

é

por-

e

Ranchos


Grandes

Sociedades.

Domínio

expresso

na

fixação

mesma

da

nobre

Avenida

Cent.ral como palco para B>ssa:s: badala.daE! !? e~uardadas Há no ent.ant.o no bojo da mesma g-rande obra wn out.ro .aspe-ct.o du processo ampliar sua

met.ropolização

de

o

processo

post.eriorment.e

nicho

histórico

modelo

cent.ral e

sua

rodoviária,

pr-ojet.ada

Mülle:r-,

articulando

cidade.

Melhor

cidade.

Assim

Alves,

com

sist.ema, a

a

zonas

at.ravés

da

cais

port.o

abertura

President.e

define

um

vazam

o

de

Vargas

t.raço espaço

complt:tment.a a

de

grandes

da

cidade

sociabilidades

A

premissa

cult.ur-a

à

de

.algumas

aqui

suburbanas.

uma

de

o

vez

e

Rodrigues

ao

núcleo

possibilit.ou a Sul,

Brasil

princípio

eixos

perpendiculares,

visibilidade

ferroviário

do

Avenida

via

cujo

maior

ao

ligação

Avenidas

das

a

outra

int.erligada

graças

a

Laura

uma

Avenida íoi

maiha

mapeiam

geométrico

e

vist.o

que

ag-ilidade adiant.e

VE>J•Íicada

do

si

binômio

o

o

déf"in.e-s:e

ambient.e

modelo

do

ou

inst.i t.ut:tm

proce-sso

prát.icas

local, Ist.o

que

social

pela

civilizador

hipót.&s&

na

O

de

íacult.a

fixavam-se os

nas

inst.rument.os

maniíest.ações no pólo cent.ral da folia carioca.

58

amplos

&st.a

de

proporciona

qual

as

iníorma<no Carnav aD

segmentos

recém-fundadas de

que

social.

que

de

Escola

modernizado

Carnaval-Espet.áculo.

lúdicas-recreat.ivas ent.ão

novas

circulac;::ã.o/com.unic.ac;::ã.o

materializada

que

medida

e-m

cidade

f ormat.ar, mediant.e aos cânones do gênero Desfile de

das

sociedade

ao

urbana

circulação

sent.ido de

t.:ra2

quan.t.o

menos

ser

popular

realiza-se bases

pelo a

Vejamos

referendo

ent.ã.o

da

post.erior

na

arnbient.ados

cot.idianidade

cuja

e-nge-ndroou~

sua

mont..ando

t.ransport.e

Samba.

invent.a

Bicalho,

com

conferido-lhe

janeiro,

expansão dos eqWpament.os urbanos modernos vazam os

com uni t.ários

íulc:ros

ret.as

de

da

malha de comunicacões.

Dest.e modo a

a

de

desde

alinhamento~

o

da

est.e

Pereira Passos

reíormada,

poi· e

de

visível

const.rução

const.:l'ução

complet.a

sist.ema

O

acesso.

Nort.e

A

que

Francisco

Cent.ral_: que

Zona

da

do

Rio

qual

sistematização

t.al

Avenida

da

Beir-a-Mar<Neede-11/1993:56-7). e

geopolíticas

Nort.e_. do

do

na

mais

engenheiros

que

participando

a

mesma Avenida Cent.ral.

part..e

dos

ajudar-am

Trat.a-se

das Escolas

dizei·

área

set.or

a

equipe

mesma Avenida

out.:r-o

com

Zona

a

a

as

seria

margeando

cent..ro

pela

folia.

sócio-histórica

fora

const.ruçã.o

Desfile,

suburbanas

argument.o, t.omando como pont.o de part.ida a

A

de

da

simbólico

e

sit.uação

a

det.alhadament.e

mais

fat..o

des:dobr-ament.os

cujos

do

periféricas

zonas

das

cidade,

circulacã.o

enquant.o

consolidação

const.it.uicão

de

da

inser-ção

da

regiões dessas


Vimos do século

no at.é

XIX

aument.o

número

de

para

5

mil

int.ensivo

e.s:t.ado

fazendas:,

em

voJt.ado

de

o

t.ransport.es,

que

abre

o

E

mercado

Slll"gidas com o

públicos

at.ual,

ist.o

se

a

met.ad9

final

vert.iginoso t..ambém

observar

que

as

na

1870,

fundiár-ia de

e

part.e

suas

capit.al agrícola

cust.o.s:

const.rucão

hoje

região,

de o

aos

de

ainda

conhecem

cint..urão

um

empresas

possam agir

época

desapareciment-o

surgiment..o em

Janeiro salt.a

na

de

desde

pelo

devido,

Rio de

regiões

pr-opriedade

não

para

Encilhament.o,

pode

aquelas

mot.ivado

urbano,

espaces

a

compreende

na cidade do

at.inge

quando

diferenciam.

para

do

ent.:re

ocupação do espaço urbano. Ent.re 1870 e

est.agnacão,

moment.o

um

se

período,

rurais <Ribeiro/1985:19 >.Est.a.s,

de

classificadas

no

171,

o

E

cidade.

na

logradouros

de

que

décadas

quant.o se amplia a

19:3:3, o

imobiliár-io

ant..erior

p:rimei:ras

as

população

da

const..at.ando o

503

capít.ulo

com civil,

conhecida

como

Zona Nor-t.e.

Primeirament..e, são avenidas e a

vilas de casas que aparecem. Porém

ent.rada maciça do capit.al imobiliário -

capi t.al

em

t.orno

est.agnada.s, 193:3,

de

dispara

e

Out.r-a

capit.ais

est-rangeiras

do

conseqUências

tiveram

t.errenos

das

empur-ra os

pobr-es

inat..::...l..:tçõ.o~

Oz.la

a

por

para

.as

visa

reser-vado,

pela

cidade.

da

o~anQZ.o.

no

Aind.a

civil.

preço

doQ

&~eU&:

dessas

nacionais

imobiliária

dos

perversa, m..;;ris

áro-

àqueles

clima,

de

pois

pr-óximas-

m.ar-g~do

t.orz.onosz,

melhor

.a

que

o

mest.ra do seu f'ut.uro como balneário tropical e do

e

das

'

amenidade

como

Algumas

subuz.ban.as, .a

em

consoz.ciação de

Alavanca

poroqu.so

Assim,

surge

empresas

const.rução

pez-i:f"&r-icas

áreas

om

Pereira

de

ruràis

mãos

escandalosa especulação

cent.rais

in:f"lacion.a.ment.o

o

esboçava a

a

da

t.erras

nas caso, a

Nesse e

as

suburbana.

Passos

Est.ado

e

imóveis

mais

de

complexos. do

zona

est.avam

r-eforma

face

comprando

fut.ura

da

bancos,

de

indusrt.:r-iaisr

vivia

Sul

dos

z.éis

baldios

ve:z

set.or

ár-eas

de

lot.eament.o

cornpromet.iment.os mais

int.eresses

da&:

cont.os

t.errenos

empresas<ldêrn:29). pont.a de

o

dos

70%

1.000

com empresas possuidoras de um

espaço situação

socioeconômica.

Nest.e

sent.ido,

a

der-rubada

dos

:regi.io c':ent.ral leva muit.os t.:rabalhadores morros,

dando

locais

origem

cont.i"ent.e~

mais as

próximos

do

Cent.ro

favelas(Rocha/1982:125-6).

somados

aos

novos

migorant.es,

59

cort.iços a

e

das

est.alagens

improvisar suas e

dos

Cont.udo, se

vai

ambient.es a

maior-

avent.urar

mo:radias de

na nos

t.:rabalho,

part.e

desse

pelas

zonas


mais

da

int.erioranas

colet.ivo

impedia

a

cidade.

fixação

Em

dessas

bonde circulava apenas em áreas:

A Est.rada de

São Crist.ovão. ligando

pl'inteiro

pessoas

moment.o,

periferia,

na

já urbanizadas.

Ferro

Campo de Sant.ana a

o

um

Dom

Queimados(na

hoje

Baixada

vez

uma

o

que

Bot.af'ogo, Tijuca e

ent.re

II,

Pedro

t.ransport.e

0

Cent.ral do

Fluminense),

Brasil,

desde

de

1858, rest.:ringia-se aos t.ransport.es de cargas ruraisCcafé e cít.ricos). Mesmo a Francisco

inauguração das es:t.acões de Ca.scaduz·a, Engenho Novo .. São

Xavier,

Maxambomba(atual de

suburbano

São

Nova

Iguaçu)

passageiros.

e

rurais

lot.eament.os e 0

não

sedes

de

alt.o

ruas são abertas. É

são

implantação

das

passagens

ant.igas

retalhadas

Iérrea é Tinguá

núme:ro

abez-t.a,

para

regiões imensa

o

área

Rio

a

cent.Z>o

Nort.e

e

se

cinco).

de

do

Rio,

Oest.e

ao

repart.e

em

transporte

aíugent.ava

Olarias, e

os

cUl"t.umes,

post.as

em

leilão,

esse

com finalidade

de

possibilitando a

t.errit..ório bairros

em

a

const..rução de mais

pez•íodo,

out.Z>a

levar água

incorporação

habit.ável

da

t.orno

O r la

da

Serra de

da

de

linha

faixas

cidade.

Uma

Nort.e

da

out.ra

Baia

da

de

int.erligação de duas out.ras ferrovias. E acompanhando a

Guanabara, com a

mudança da linha férrea que a já que a

da Leopoldina

por

Também

n•ouro,

do

e

nessa época, por volt..a de 1870, ocorre

início do decréscimo das passagens lerroviárias e

est.ações(ern

Da.odoro)

na

as

1860,

fazendas

de

Sapopa.mbaChoje

implicou

preço

O

desde

usuários. núcleos

Crist.ovão,

cort.ava, passa a

concessão é

ser conhecida como região

t.ransferida para a

empresa inglesa

Leopoldina Railway. O

sist.ema

t.ráf"ego),

nessa

f'ase

de

pela

t.axa

39,6% 1

segundo

Paulo

de

t.ocant.e

ao

Brasil.

Sua

linha,

que

cort.ava

uma

grande

indú.st.riais<Abreu/1984).

Censo

dos

Municipal

prédios de

Ferro

Front.in(um

no

cresciment.o o

Est.rada

a

carioca,

do

Sapopernba, ~e

quando

Gust.avo

est.abeleciment.os

muit.os

medida

1903,

ref'orma

Cent.ral

à

à

Mangueira

em

André

pela

incorporada

de

floresciam urbana',

responsáveis

é

estação

por

dirigida

Melhorament.os, engenheiros

encerrado

é

set.o:r ligava

área, A

dos

a

onde

expansão

domicílios,

e

de

é

1920(Lobo/1979:432-3),

superando o aument.o da populacão, calculado am t.orno de 27 ,6%. A

produção

barat.eament.o de

libras

Ferroviária modernização inco:r-pora ao

do

são

ener,;ia

hidrelét.rica

t.ransport.e ferroviário gast.os

Cent.ral da

de

do

no Brasil.

Est.rada

conjunt.o

de

de

de

f'inanciament.o Quase Fe:r-x-o

o

a

elet.rificação

e

passageiros. Em 1929, 1

milhão

da

Rede

da

mesmo

eletrificação mont.ant.e

é

Leopoldina(Lobo/1978:851>.

t.ransfo:r-maçõa.s

60

possibilit.a

socioeconômicas

aplicado O

iniciadas

que

à se

com a


reforma

de

Pereira

AbreuC1984):

maior da

do

Passos,

disseminação

na

Est.ado

de-

comunidades

par-ece

ao

a

n.a

exemplar,

pois

ambient.e

que

urobanist.a

a

Maur-ício

intervenção

a

públicas,

sempre

genez-aliZQção

industrialismo com

compromet.e

primado

de

idílicas,

o

advento

ingerência

das

ident.idades

suburbanas

descontinuidades

espécies

de

limit.es

do

nos

apont.a

Quando

na

direção

e

relações

práticas

nú t...1co

passado

um

impostas

a

descrever•

africanas~.

ancestrais

pela memória de

menos

forma

Samba de

coligação entre as

maior

or-ient.adas

ár-eas

cert.a

pré-industriais,

as

tradições

das

de

Escola de

circunscreviam

constituição

cidadê,

a

obras

expansão do

paisagens

cont.rá:t-ia, ist.o é., sugere a íuloi-~

grandes

meio

a

autônomas

que

assalariado,

bibliografia sobre a

meio

em

respondendo

mais

desse

part.e da

origens

local,

de

pelo

a abertura dos subúrbios à rnessa operária.

formação

A

sint.et.izadas

trabalho

execução

da Primeira Guerra e

suas

do

patrão-empregado, a

relação

tendência

assim

pelo

presente

introduziam out.ros parâmetros à experiência individual e colet.i v a. sent.ido,

Nest.e

indicações. Tomo "desencaixe"

entre

Most:r-a Giddens espaço

est.á

de

empréstimo a

nas

preenchida

por

element.o

promovido

formações sociais pela

t.empo

Giddens

pela

do

"lugar"

t.empo

e

físico

em

ocor-r-em

o

do

moderna.

"cenário

onde

vida''(1991:26-7).

da

algumas

respei t.o

r-elação

a

como

geograf'icament.e '',

sociais

a

sociedade

tr-adicionais

cent.r-alida.de

sus:cit.a

advent.o

modos de vida modernos implica no esvaziamento do t.empo, o vez

sua

que

esvazia

em

''fant.asmagór-ico'', relaç5es,

espaço

e

''dimensões

estrut.u:ras e

do

idéia de Anthony

social< ... )sit.uado

presença

qual

importância

tempo

que

at.ividade

da

a

o da

razão

a

passam

tornando

espaço,

ser

ampliação

e

o

algo

dist.anciament.o

t.ambém,

feit.as

lugar,

assim,

ent.re

pr-incipalment.e,

com

''ausent.es''. No

sócio-hist.órico

cont.ext.o

sri t.u.ação

mat.eria.lizava-se t.êm

sociabilidades

origem

que

de

em

locais.

Implicando,

por

exemplo,

no

cidade

' ver 2

8 .

ou

out.ras

Des:locament.o

por exemplo Da Silva e

Vole

rna.do.me",

oc:rt;~seent.a.r

loeo.li.z.a.das

quo

at.i v idades :facilitado

sit.uadas com

sant.os/:tPSP'.SP e mui.t.a.s 00

o

desencaixe

t.al

núclaog racionali.zação

exigências diversas e

população adult.a da região, not.adamente a fábricas

os

p:r-á.t.ic.as

urbano, que por- sua vez respondem a esses

vislumbrado,

íat.o

de,

em

do

espaço

irredut.iveis a

sua

maioria,

a

masculina, a.st.ar- empregada nas em

ároeas

mais

desenvolvimento

centrais

do

da

t:ransporte

Lopes/~~~:33.

mulheres la.d:oe

t.raba.lhavam Zona. Sut

61

chamado.s c;:a.ri.oc::c..,

no

"ea.s4S c::oni.ext.o

de

••


ferroviário.

Conjunt.o

cot.idianidade?

segundo

e

tempo

em

dos

Rit.mo

que

atos

o

condicionant.es

impulsionado imper-at.ivo

igua.Laç:ão

que

inclusi vidade

organizado

t.ol'na-se

de

ritmo

com

de

a

societ.ária;

mesmo

um

consórcio

mercadorias. vida

esse

por

um

pela

da

compreende

hierarquias

refel'encial

de

e

socioeconômicas.

convivência

aos

O

de

planos

princípio

um

do

circulação

var-iados:

em

uma

mediação abst.rata

produção

iníUt.r-a-se

invent.a

que

da

básico,

apaziguament.o

círculos

de

grupos

int.erdepent.&s no espaço da cidade. quadro

O

expressivas

dos

cot.idiano novos

emoldllr'ado

limit.es

r-otiniza

conformadores

Nest.e sentido, as manifest.ações lúdicas e bases,

que

sugest.ivo. que

Em

t.anto

seu

cult.o

no

t.ransformacões início do

por exemplo, sociedade

religião

gerais

XX.

A

curso

em

seu ver,

o

urbana.-indust.:r-ial

part.icipant.es(inclusive

como

mero

ent.endidos

cidade.

em out.ras paralelo

um

demonstra

modificações

as

ser-

práticas

na

Ort.iz(1991)

sociedade

na

que

à

ela

das

luz

b:r.asilei:ra,

desde

o

comediment.o característico da umbanda,

às exigências post.as

responde

uma

a

cult.o

o

quanto

desenvolviment.o

em

oferece

Renat.o

devem

em relação ao candomblé,

abre

que

dest.a

de

experiência

da

popular

umbanda,

afro-brasileiro

mais

século

a

sobre

série

cult.urais ancoram-se

religiosidade

A

est.udo

surgiment.o

o

int.roduz

redefinem.

as

uma

nest.e

maior

espectadores)

século

no

pais.

apresent.a

O dos

individualização e

pela

dispositivos

à legi t.imacão da religião no âmbi t.o do mercado religioso.

possível est.ender a mesma met.amorfose para outras dimensões da

É

vida

dos

segmentos

import.ant.e finais de

de

considerar

semana

várzea,

sociais

.as

que

mui t.as

"peladas",

populares. a

das

Par-a

implantação brincadeiras

consagram

um

os da

e

.semana

jogos.

t.empo

em t.orno da crescente popularização do fut.ebol modernas Cábricas de Lerner-/1993:39 a

objet.ivos

de nos

As

dest.e

inglesa

est.udo limit.a

é

aos

partidas

em campo

sociabilidade

masculina

subúrbios,

t.ecido da época t.iveram decisivo

no

que as

papel{Herschmann e

49)g.

presla.Çã.o de servi.Ços. i.nforma.i.s do relações E mui. los dos jovens homeng a.dullo~:~ vi.vi.a.m do m(l.5;c:uli.nos e &ervi.Ço& temporélri.o&, "bi.ac:a.t•s", obra..a de c:onstruc:ã.o ci.vi.l em reaLdênc:i.a.s. eom•rci.a.i.s me ama. no centro ou regi.ã.o da. Zona. suL, i.nfta.doa pela. ou de Co.pi.ta.l Federa.l do Ri.o então. Fa.t.o responsável fi.xa.Çã.o pela. poai.Çã.o de de grupos ef"'ga.nja.doa nos do E&t.=io no;ci.ong,l, sem na. c:Lda.de do outra. pra.Ça. pa.i.s. Com pCU"o.lelo em efeito, o c:oefi.ci.enle da. eat.o.belec:i.dca a.t.if"'gi.u i.nterd.pend•nc:i.a. bCl.&llCl.nt.e ní.v•i.• •i.gni.fi.ca.tivoa. Ver o. respei.to, Roger BCl.stide<.t.PB3:.11P-91). 8

wui.loa popula.Cã.o ci.dg,de, Q.

desse& pobre, prát.i.oco.

esta.belec:i.mef"'los que ocupa.va.m do

futebol

é

&UCUI e>

i.ndualri.a.i.s vilGS co,..o

dQ.

di.seemi.na.ra.m oper.íri.GS nos ( á.Ori.Cia.

oCA.

junto &ubúrbi.os t.eCii.dos lla.ngu,

""'


O

princípio

reunir esforços e

de

íazer

jogos~

de

~muit.as

aut.o-superaracão, vezes, a

das

a

fusão

fim

ent.r-e

at.ingir

t.imes,

germe

da

desenvolvia-se

de

acordo

com

individuação

à

e

poder de dirigir e

crescent.ement.e o proporciona

a

iniciat.iva

de

a

divisão

de

cor e

o nome do

o

localidade<Zaluar/1986).

da

o

est.abilidade

maior

símbolo

onde

grêmi.os,

pequenos

administração

que

mot.ivou

caJnpeonat.oo Q:rt.iaulando -

est.:rut.urando

como

grupo

aquele de

imperat.ivo levou

equipe

mesmo bairros: dos subúrbios. Nessas competições a elegia

t.ime

em

cotizar recursos para ort;anização de times de fut.ebol

e insumos necessários aos ruas e

coisas

melhores:

resultados,

redundando na const.it.uição

organização

as

burocrát.ica

de

exigências

entidade.

da

conferir

Concentra-se

decidir os rumos em poucas mãos, no

t.ar-efas

com

a

ascendência

da

elaboração

intelectual, no quadro de uma. rot.inizacão, sobr•e as at.ividades lúdicas. Semelhant.e

de

empreendiment..o

a

Mant..ém-se

mesma

out.ros

entidades. Miguel, de

Nomes

Unidos

Mangueir-a,

:fest.as:

para

de dão

vint.e

o

4

aparecimento

Eles

iniciativa

de

agrupamento.,

do

de

dias

os

hoje

como

Vila

Isabel,

cont.a

arrecadar

dessa fundos

ident.ificação. ou

a

formação

Blocos o

t.raduzem

comedimento

dos

para

dos

compra

r-ep:r-esent.ant.es

dist.inguindo-os

do

dos

confecção de est.andart.es

Mocidade

Acadêmicos

e

cot.izacão

como

folguedo,

famosos,

t.ambém

práticas

das

mat.eriais necessários à

dist.int.ivos dur.ant.e

exibidos

marca

anos

dos

racionalização

inst.rument.os musicais e

e

organizat.i v o

volt.a

por

carnavalescos, impulsos.

perfil

de

de

ainda

Est.acão a

local, out.ras:

das

Independente

Salgueir-o, Ou

do

Padr-ê

Primeira

or-ganização

"caixinhas"

reunindo

de a

nomo;.,

zona Oeste ci.dade. Isto criou as tarde aparece&sem muitos jovens que f~zero.m brasileiros com da cra.que& na.ciona.l., no ta.l.vez de .. envol.va.m a. e peaqu~ao. exter~or. o.pura.d.a. C>cupo.m-•e do.quele quo o exemplo aobr• o a.co.bo.do procee•o o aut.oree a.propr~om eoncei.to civi.lizadorloa .g.di.a.nt.o carioeQ..8 lêxt.... ia •poea.: aa.rrineha.. pela.. fó.brico.a A.lquém criado • Fa.bri.l, lilituo.do. Distrito empr ...ga.cl:o na. A.m.-ri.ca Pa.u-ara.nde, Muni.ci.pi.o de Mo.gé<t992:U.4-34-), fundo.

do po.ra. quê estádios

o

cond~ÇÕes;

mos mo

•e

ma.~s

••

••

'

A

a.i.nda.

OC(lãi.Õ.O

4o>

&Gmba.&. aurgi.ra.m É o Perna-de--Pau. o a.creecenlo coT'It.oxt.o

Vi. la.

..

Vi.nLém,

""po~õ~la.do.s"·,

dolil

pa.rt.i.da.s

futebol em ca.mpos de vá.r2ea., era.(e para. bo.luca.da.c, ma.ne jos o ca.nloli de ma.i.& ta.rde tran&f orma.dos êm E&col.a.& dê SClmba., o fest.ejo d<18 t.orcida.&: integra.ntea t.im•• ba.irro . J:ndep ... nd ... nt.e de Pa.cl:r... wi.gu ... t, Mocid~ ou Bloco :lreneu o.t.uo.l Bei.jo.-Fl.or de Ni.l6pol~a. origem lttulo do exempLo, do compositor depoi.menlo Ti.õ.o2í.nho da. Moci.cla.cl:e a.utor, no Na.ac\.do uma. •Tilrevi.•to. jornali.at\.ca.. eri.a.do fa.vel.a. de lembrou:··pa.ra. fa.\.a.za. verdel.de, de bola. goela.va.. Nou

dQ..iõ

no& Muito& durante

.. ubúrbi.o&

um

momont.o

""•

do

ca.mpo,

63

ba.lendo

&

••

""

=

une

po.godee""<O


cont..ribuicão

dos

recursos

cargo

a

Isnard/1978:9).

part..icipant.es de

part.ictpat.i v a

para

a

de

est.ando

associat..iva

submet.idos

disporx:lo

e

a

administ.ração

g-rupo<Soares/1985:101

do

organização

membros

não

capit.alista,

facção

uma

Aliás

associados

ao

ri t.mo

o

todo

oferece

Candeia

e

a

sociedade

da

dadicax-

para

&:

flexibilidade

produt.i v o

t.empo

dos

àquelas

at.i vidadog lúdicas- r-ecr-o.a.t.i v .as.

disso,

os

mar-cam

wna

Além organização, do

sem

improvisação foliões sem

vest.idos

cronograma

uniformidade

mais

ou

it.inerário),

e

Blocos

cores

das

cuja honr-a de car-regá-lo est.ava a

maneiras

no

Carnaval

no

pela

de

aglomerados saiam

pelas

ruas

rnanifest.ações

nas

homogeneidade,

definidas

de

ideal

caracet.erizados

introduzem

de

sent.ido

um

vest..es

das

os

popular

prévio<quando

diversas

um

Rancho

Cordões,

dos

e

no

participação

planejarnent.o

variadas

Carnaval

no

populares

cont.rário

qualquer

das

na

redefinição

Ao

Janeiro.

de

Rio

t.inham

que

Blocos,

expresso

pavilhão

da

cargo da port.a-est.andart.e -

na

ent..idade, espécie de

versão das balizas dos Ranchos{Soaras/1995:99). São bateria

com

assume

principalment-e dia

de

folia

os

Blocos lugar

um

mais

t.oma

vult.o

a

por

volt.a

diferenciado

se começa a

porque e

t..arnbém,

produzir

exig-ência

de

dos

em

anos

vint.e,

relacão

músicas

aos

que

corist.as,

especialmente

reg-ular-idade

de

a

urna

para o

marcação

fort.e o sWicient.e par-a mant.er o ri t.mo em meio ao deslocament.o entr-osado das

alas

component.es.

de

Algo

próximo

do

modelo

existe clara distinção ent.re os que tocam e ainda,

moment.o de~s

a

conf'ecção

o

lll€ar

de

do

composit.or

O

part.icipant.es.

orquestra

músicas

cort.ejo

o

destaque,

obedece

ent.re

ent.rosamento

o

para

desfile

no

qual

anual.

ascendendo

assim

part.es,

Ranchos,

que apenas cant..am e,

aqueles

exclusivas ganha

dos

uma

a

Neste

frente

aos

est.rut.ura

que

co.rúerindo-lhes

lugares

sist.emat.icament.e diferenciados po:r-ém complem9nt.ar-es no percurso. Est.a

porque

Blocos,

cot.idianizacão dirigem de

e

at.as

a

dos

e

organizar

adrninist.rat.ivas dist.incue

de

Já da

as,

cort.ejo, dos

t.orna-se

em

1922,

reg-ião

uma

ocorre

t.ambém

unidade

do

difa:r-encia-se

.segWldo e

tarefas

' pl'epaz.at.ivo.s

est.at.ut.os

Oswaldo CruzCbairro

de

exig-ência

organizam

compart.iment.ações.

se

divisão

mesma

o

por

na

out.ros

qual

o

inst.:rument.o exemplo~

o

Bloco

propriament.e,

carnavalescas.

64

e

diret.ores

cert.a dos

Baianinhas

Brasil)

de

procurava .seções

esquema dos

que

a

ent.re O

dos

elabo:r-ação

A

decisivo

suburbana da Cent.ral do

p:r-esident.es

grupo

desfilant.es:.

diferenciação

os

uma

internaliza

cert.a

hierarquicament,e

direção

na

mont.ado

mest.res

de


cant.o

e

de

nút.ico:s

na

capacidade

das

elit.e

que

entidades

o

baluart.as

de

ou

onde

Samba,

para

havia

foram,

utilizar

capacidade

a

fundadoras,

verdadeiros

antes

um

clima

terminologia

a

em

de

heróis

nada,

mais

inst.it.uiçõas.

inicia.lment.e

dirigia

periodo,

pacíficas

os

Escolas:

adrninistrat.i v a,

viveram

que

Aliás,

hi:st.ória

da

part.es

os

bat.eria.

"organizá-las"

à

propenso

comum aos

A

ent.re

moldes

diversão

de

"ordeira",

os fazia difarent.a.s dos demais component.es do círculo do samba.

o

Paulo

est.á

Benja.TT!in de

Bloco

do

Fundador

exemplar. Port.ela,

Paulo

de

caso

na

inserido

de

o Cruz

Oswaldo

constelação

a

mas

seguir

porque

concentração

a

atribuído

t.ambém

fazia

inscreveu

desde

implement.ad.a

21

de

Escola(det.ent.ora

parte

e

concorrent.es)(Candeia

o

t.it.ulos,

respeit.o dele dennem a

do

não

ao

na

hist.ória

de

sua habilidade como um dom quase

da

t.odas

as

memória

a

ent.re

elementos

é

qual

organização

pela

número

Os

samba

"t.riunvirat.o"

sucesso

o

Samba

de

como veremos logo

que,

maior

Isnar-d/1978:16).

mit.os

do

Port.,la,

da

Escola

negros"

criatividade

de

da

e

dos

porque t.eri.a unido as "cult.uras de brancos e

Paulo

núst.ico

do

sel'

sambist.a, espécie de arquétipo do gênero: existia.

Antiga.monte mulhere& qual

antes

qu1.nta-fei.ra do

f~ogura,

a.

fosse

ou

ele

coi.sa,

sempre

novida.dee

O

dos

eu

hnha

um

ba.tuqueiro.

sa.bia. Ele fora, ar.da.va Portela.. o

nao

um

um

nao

couoa.,

pela

no pouqui.nho

cantar

foi

Iosse sambista

era

isso,

a.prendl.a.

cidade<. .

).

• fosse

blocolõõ

Paulo

mui. ta

homens homem,

de

Tocou Paulo

O

sa.i.a.

desfile

como

Pa.ulo.

so.Ío.m

coi.sa.s.

eSSO$

o

rancho

bloco

Pa.ulo,

passista.,

mesmo.

No

No

homem.

o

era

um ca.nto

estava

mui. tas

ser

para.

fosse,

de

mai.B

que

levava.

o

ra.ncho.

ca.rna.va.l.

carnava.L.

conforme

o.ssi.m

exi.sti.a de

t1.nho.

do

me

ele

voz,

la.dainha.

e

bloco

ao;og"unda.-feira.

na.

mui. ta

Entao

ele

coi. .. a.s, ele ca.beÇa.. Sa.bi.a. entra.r mu~ota. ti.nha luga.r, la oe ma..rcha.a, i.ntrodu,..i.u Compunha. ea.mba. com mCLsculino. infiltra.ndo. v o• e no 4.12, primeira. sede NO do femi.ni.na.. Portela., cui.da.vo. da futebol. Pa.ulo .;. que queria. i.mp1.a.nlo.r •o.mba.. ao Eatá.c1.o, na. wa.nguei.ra.. Pa.ulo cha.ma.va os ou troa, o cl ... ud.ionor, turma. toda. que h,...ha. lá., pro. i.r com ele. Ni.,...gu•m lo não, tinha. mad.o. Ele ~~õ:OZinho(Apud Da Silva e Sa.nto.,.....l9BV.cSO-:U . tro.zia

mui.ta.e

••

•a

hist.ória é

Por ser um relat.o, a a

recompõe.

Bast.a

"ant.iE;ament.e"'. atribuído pela ação

Impor-t.a,

Paulo do

perceber-

Benjamin.

herói

a

indennicão

no

ent.ant.o,

O

dis:cl.D"so

íundador

se

mitificada pelo present.e de quem

justamente justapõe

t.orna

part.e

Rosário, de Erna.ni auar.da. da. Eeeola. de Sa.mb""- Portela..

='Depoimento

65

quant.o

hoje

ao o

urna da

t.empo: perfil

série

de

epopéia do

membro

do

o

indefinido

mí t.ico-heróico event.os samba.

É

que ele Velha.


íut.uro de sucesso do samba e o impõe ao fut.ebol; ã ele o

quem percebe o responsável ambos

os

samba

no

pela inserção das mulheres

regist.:ros

vocais.

Carnaval da

Coube-lhe

cidade,

haja

nos Blocos,

que

criar-

sambas

a

t.aref"a

de

os

Blocos

ant.es

também

vist.o

ao

para

introduzir

o

desfilavam

na quinta-feira anterior ao calendário oficial da folia. Ao sua

mesmo tempo, a

à

sagacidade

comwlit.ár-ia, assim

ousadia

por

vi ce-ver-sa. Logo, aut.oridade memória.

é

contudo

no increment..o da post.ura formal int.eressa enfatizar a disperso,

impondo

seu

fulcro

de

fo:ra

babalorixá

a

no

para

contribuição

cada

peça

parece,

os

rit.uais

em

dent.:ro

candomblé,

ao nossa

e

cuja

local

destas

seu

de

análise,

mediações

que est.ava

devido

o

res:ult.ado

de

iniciação

pela

individualizar,

de

e

do Desfile das Escola de Samba. Pol' h.Jl'a,

que

ao

chdnce.ld

original

para

circunscrita

significativo

abordar

colocando

presidia

fó:rmula

a

detinha

ordem,

Paulo

modo,

Dest.e

ao

da

pel'Spicácia de Paulo em sabe:r· ordenar o

sur-tia-lhe,

sensibilidade

portais

ancest.ral

bast.ant.e

quando

dos

element.os um

expressão de

além

ext.ernos

t.radicão

ele

poder de Paulo e

par-a

poder de

do

ponto

a

e

idéias

na

um

ret.orn.arei

circular

ãmbit.os

difel"'ent.e

baseia-se

Est.e

de

diversos

int.er-mediarizar-

o

fala at.ribui

lugar.

Tal

autoridade. sambist.as,

dos

especialização,

o

art.ista

popular. Em

que

observa

Michels

Ou,

aut.oridade"(s.d:53),

porque

a

uma

exigência

do

encaminhamento

t.endo

vista

0

de

visão

Michels,

de

rápido

proporcionar

ent.idade Sendo

e

ent.re

que

es:t.a

classiflcadas ref'erent.es: a A

uma

aut.oridade

últ.ima

como

dignas

a

autoridades

técnicas

e

sist.ema

das

disciplina.

se

just.ifica-.se

na

decisõesCidem:106), Mostra

Michels

que

organização em um fim em si mesmo, cujos

desdobramentos

e

uma

compelida

a

abdicar

de

significa

cent.ralizadoz·,

processo,

dirigent.e

se

fomenta

''especialização

um

Robert.

t.rabalho

preciso e

polit.icos,

cuidar-

maioria em

dividem

a

dirigida(Idem:15).

favor

pe.rmanent.ement.e

de

das

pessoas ques:t.ões

rot.ina da associação.

per-spect.iva

movimento

de

segment.os

dos

agent.es

cotidiano

no

minoria

de

e

,~strut.ura,

complexa

do

a

do

abrangent.e

t.empo concorre para t.ransform.ar- a complicada

partidos

divisão

composição

impossibilita

em

da

os

inst.it.ucionalizando

termos

nos

sobre

princípio

o

funções,

especialização gerenciai.s:.

estudo

clássico

seu

de

formalização set.ores

Michels das

e

sugest.iva

~festações

populares,

urbano

é

dos

66

impulsionado requisi t.os

pêll'a

lúdicas,

pela

dominantes

compreensão por

part.e

inserção no

do de

desses

Carnaval

da


cidade.

Agora,

as

condições

ur-banas-industr-ias

atividades

comercialização pontos

do

folguedo

uma

como

out.roa

dimens.ii.o

naquele

dospont.am

apenas

car-navalesco

int.erfel"ir

sem

de

teor dest.a formalidade. Não se pode esquecer que as

moment.o relativiza o

em

t.ant.o

no

conjunto

é

algo

da

folia.

ainda

tópico,

Pol"t.ant.o,

localizado divisão

a

do

t.l"abalho, seja no int.erio:r- das entidades ou nos modos de participação no Carnaval, está em germe, longe de A

observada

criatividade

em diferentes frentes,

de

Paulo

perfazer- a

realidade de

Benjamin e

a

acumulando funções,

sua

um espet.áculo.

capacidade

de

atuar

são revelador-as deste est.ágio

de pr-ocaroieda.de.

Est.a

a de

ressalva

consolidação Samba

linhas

controle dos

de

gerais,

funções

dessas

inst.i t.uiçõe:s:

espaces

de

ensaio

semelhança

no

tendo

na

aparência

o

quadro

crescent.e grupos

das

entidades,

as

t.oma

em

que

Escolas

descri t.o

por do

com

a

possuindo

o

ocupados

materializado

que

de

concentração

papel crucial no

desenvolvimento

ou

com a

int.erior

const.at.acão

transformação

pequenos

de

demais. E

passos dos

sua

observa-se

mãos

nas

das

administracão

e

carnavalescos

fatores

muito

decisão

de

inviabializa, no entanto, a

Blocos

apresenta

Mi.chels.Em poder

dos

não

desenvolvimento

nos

seja

exibições

em

seus

público.

É

importante ter em mente os fatores que concor-r-em par-a t.al diferenciação social, e a hier-arquia de poder que a acompanha. Em

um

dos

HalbwachsC199Q) que a

chama

ensaios

à

atenção

sobre

quando

t.rad.icão, desde

o

passado

modalidades

ritualizada exemplar-

cult.ura.is

just.ament.e

aqui

ident.idad&

da

os at.ores

vist.a que

modo

deste

participa

e

par-a

e

um

de

de

os e

nos

passos

mi t.os:,

da

int.eresses

qual

a

O

caso

das

dest.oa delas

cenáz..ios

pr-6pr-ias.

s:ociais

Não

ambos

deflagradores

da

podomoQ

pQ.:r"'dQ<r•

decor-rem de pr-ocessos de

int.er-r-egional,

pelos

para

referência

comunidade.

impost.os mot.i v adas

no

faz-se

diáspora negra(a escravidão) e

migração

estrutur-ais

simbólico

desagregação, combinando pela

Maurice

Coletiua,

bases

universo

narz·ada

g2"upo

os

Memór-ia

no curso da sua vivência cotidiana. A

analisadas do

a

necessidade

memória da grupo se realize

memória

de

seus

os deslocament.os

às

aliados expansão

t.rans:ferências

urbana

do

Rio

de

Janeir-o. Uma

a

vir

t.radição secr-et.ada perdeu assim qualquer nicho onde pudesse

se

carnavalescas, folia,

as

suas:

atualiza:r-. cujo

objet.ivo

identidades

isso,

Po:r>

conf1guradas

encont.ra-se

não

estão

67

na

como

part.icipaç:ão

amparadas

no

espaco

inst.it.uicões exibitiva

na

rest.rit.o

de


Af"inal

"rupo.

qualquer

necessárias

à

f"I'acões

de

camadas:

sujeitas

à

conclui

diferenciação

não

do

exist.ir

identificado

com

inst.it.uicões.

São

para

caz.act.erizarn-se

um

moviment.os

que

pela

cosmologias

que

grupo

De

onde

a

se

hi.st.ória

abarc.ant.e Escolas

de

e

int.rinsecament.e

projet.am

as

ausência

sociedade

da

abrangent.e.

t.ot.alidade

a

sent.enciar

o:rigem

na

complexidade

de

futur-o,

o

cabível

É

na

hist.órico-social

os

de

desp:rovidos

uma ancest.ralidade; trat.am-se de

part.icularidade

Escolas.

carioca

Carnaval

por

a.I't.iculadas

processo

a

est.ão

calcada

sociais

dinâmica

est.es

dessas

de

raízes

do

Samba

comunit.áx-ias,

estando sua essência na função abst.rat.a de "fazer carnaval". presença dos

A acentuação

dest.a

divisão

principalment.e

se

met.ropolit.an.a.

Com

de

efeit.o,

cult.urais

conectando

as

das

Escola.

A

cada

bases.

objet.ivo

da

é

a

é

da

folia

concepção

capaz

for-ca

agem

polit.ica

como

e

dos

"filósofos",

uma

fornecendo

homogeneização

das

ident.it.ár-io

recorrent.e:

a

const.i t.uem e

as

uma

lógica

t.odo

segundo

conjunt.o

A

Pois

uma

um

sobre

nação

no

exist.ent.e.

ocorre

que

imprescindível

suas

int.erpret.acões

logo,

funções,

mais

vez

dando-lhes

cujo

ideologia

das

social

ai

interior,

e

t.orna-se

disparidades,

suas

seu

t.I'abalho

deit.a

inst.it.ucional,

part.ir

em

complexidade

mediadores

ideologia

do

verifica

a

concat.enar

gr-upos

part.es

a

abst.r-at.o

fala-se

a

"nação

da

mangueirense'' ou da ''nação salgueir-ense'', t.r-ansfor-mando as Escolas em um lugar que

pát.r-io, objet.o de um

jogo

de

het.erogeneidade

uma

daz·

poder-

com seu

r-esult.ant.e

é

ciment.ai'

a

se apropriar

do

face

da

espécie de amor cívico. Porém o as

car-t.as;

p:r-ojet.o, det.ém a

quem

melhor

legitimidade de

comando da inst.it.uicão. A

disjunção

est.rut.ura

ent.:r-e

sociológica

agrupament.os

de

alas

ent.idade

ao

círculo

enquanto

unidades

diret.oria

dessas de

e

inst.it.uições.

component.es

comuniat.ário

dramát.ic~

de

da

é

desfilant.es

t.ern

A

narração

do

na

poderão

mat.e:rializando solidariedade~

ar-reeiment.ar-

o

princípio

just.ament.e

As alas t.ecem assim

component.as:

en:r-edo,

da

inclusivist.a

cont.ando

sociabilidades

com

no

a

não

o

meio

ideologia

desen:r-aizadas

e

as

viabilizador

da

da

mat.r6pole,

car-navalesca

da

da

Escola.

como

most.ra

virt.ual

p:r-ópr-ias,

da

alas,

espaço abst.rat.o

anonimat.o

ident.idade

dos

limi t.ação

Tor-nar-se-ão

am gr-ande medida da cone-xão ent.re as agremiações no cidade;

visível

autonomização

mar-gens

localidade.

a

o est.udo de Cavalcant.H1983). Não é t.rocam

de

sem mot.i v o

ag-:r-emiações

que na hist.ória das Escola de Samba mui t.as alas e

es:t.ão

68

sujeit.as

a

uma

const.ant.e

:r-ot.acão

de


int.ecrant.es:.

Cont.udo

a

inclusão

no

Des:flle

~

das Escolas, em par-t.icu.lar. Haja vist.o quo sempr-e

det.erminada

espetáculo.

Do

a

pr-esidindo

um

modo,

uniformidade

consubst-anciado

as

Est.á

por alt.o

suposto,

um

lazer

das

séquito

cortejo;

o

mero

Escola

t.eol'

de

de

modelo

- 7. di versao

e

acões.

o

simples

legimit.idade,

de

impulsos

e

assim,

equipe,

sincronizar-,

agora

como

funções

Muit.o

universalizável. fundament-e

novos

calcado

ideologia

na

t.endo

que

est.as

modos

em

o

embora

da

de

adrninist.:ração

vist.a

novas

o

e

sucesso(a

modalidades

de

de

acordo

de

quando

grupos a

o

de

de

prát.icas

compet.ências no

as

mais

funcionalidade de

poder-,

o:r-ganizadas

concurso).

solidariedade

dos

ent.re

caráter

conseqüent.ement.e

vit.ória

em

intuito

de

de

polimento

convívio

princípio

das

momento

o

de

trabalho,

autocont-role

com

sociais,

e

como

mesmas

maior

mesmo

hierarquia

canal

de

simult-âneo

par-âmet.ros

por

ernblemat.izado

pessoas,

do

associat-ivas

ócio

dessas

de

t.écnicas

o ala,

formas

carnavalesca

grau

um

modo,

pode leva:r novos

esforço

um

uma

de

sazonal

pela

diferenciando

at.os,

dos

racionalizacão

permanência

Dest.e

novas

interacão

valorizando

a

int.ernos

.

fest.a

a

increment-a

6

nessas

própria

a

regimentos

const.it.uído

dispiclina,

Ainda

qual

O

r-elacões

dizer

mesmo

folião

burocrático.

da

port.ant.o,

reconfigurando

entidade,

t.écnico;

no

apropriar-se da d.i:recão geral da ent.idade

feriado

n& E&ool.Q dg S.:;unb.r;:.

apresentam

alas

exibida

seu

1nt.erior

ao

inclusive

ÍnQ&rcão

imperativo

distingue

e

administrador-chefe acesso

por

mesmo

hierárquica

lógica

da

const.it.ui um át.omo da coreogra:f"ia dramática mostr-ada durant.e

deslilant.e o

reprodução

.a

burocrát.ica nort.eadora do fol:;uedo em seu conjunt.o e

mesma formalizacão

est.á

cobra-lhes

est.ão

na

Poder-se-ia condicionadas

pelo imper-at.i v o mais geral da cir-culação-comunicação. A

analogia,

Escolas de Samba a mais

uma

Benzaquen

vez de

suger-ida

heu:ríst.ica. Araújo

faz

,,Em

sua

algumas

déca.do. do úlli.ma Desde a entre frontei.ras procea•o, l-ongo o t•mpora.li.da.cle que configuro. o• esfera.a outra.. lazer e cul.luro. • do avi.danci.ar võ.o 6ei.o ea.mpo•: o do lc.zer Leglti.mo e aquele

..,

muit.os

depoiment.os

sobr-e

a

or-igem

das

par-t.ir- de t.imes de bairr-o, ant.r-e car-naval ,;. fut.ebol ti.

Leopol.di.U.978) sâvi.o •pi.•ôdi.o• exempLa.r•s a. ee•• respei.to.

7

nos

pesquisa sugestões JUUa.

sobre

o

passíveis

fut.ebol, de

Ricar-do

pernrit.ir-

o

oferec;:em

sécul-o xrx o c;:om•Ça. a. eata.beleo•r de Ja.nei.ro. J:nici.a.-e& da. experiência. do Oi.dden•Ct!QPt), do como eapa.Çoe, no uma tUJpeci.a.li.za.Ça.o lécni.ca. do• trabalho, do. produçao do conheei.ment.o e do efello, a.s tei.s que po.ssam a. regular o Com e .asa. tendência.. A Lagi.sta.Ção di.f erenei.a. doi.s eapó.t"i.o da vad~a.gem • do jogo.

69


ent.endiment.o também da participação nos Blocos e de Samba. Principalmente

que exige

um modelo de eíiciência, no ent.re

virtuose

o

inscreve a

quando

individualista

e

do

a

mais t.ar-de nas Escolas

per!"ormance nesse

pa:rticipant.e o

disciplina

:rígida.

esporte em

ajuste const.ant.e A

lógica

do

jogo

basea-se assim na concatenação das pecas de t.al modo que uma não anule a

carnavalescas a

e ii ciência, e

cant.o

do

uniformidade

No

mesma lógica se explicit.a A

conjunt.o.

do

60-1).

e

demais<1980:47

função

t.omado

no

e

t.ange

r-equisít.o

harmonia

de

desf"ilant.es

que

imperativo de combinação funcional na est.rutura da pas:seat.a. O pat.ent.e

a

importância

reiterando seja,

a

assumida

pela

modelo

carnavalesco

dos

experiência

carnavalesca

do

o

exibição Ranchos bairr-o

ir-ente

a

Grandes

e

busca

t..ot.al

r-ef"or-ça

si,

os

subordina

instituições

as

em

valor-

como

:r-it.mo

do

que

no

uma

deixa

plat.éia,

Sociedades.

pólo

"

ao

central

Ou da

íolia carioca o seu espelho. A consolidação do t.rem como t.:r-anspo:r-te de passageiros em meados dos

dez,

anos

"desencaixe"

no

Rio

de

janeiro..

exper-iências

das

parece

dos

det.er

subúrbios

crucial

9

signiíicado um

Vejamos

.

nesse

exemplo.

Na

biogr-afia que íazem de Paulo da Port.ela, Da Silva e

Sant.os contam que a

diret.oria

vagões

Central

do do

Bloco

de

Brasil

Oswaldo

Cruz

decidir-

par-a

se

r-eunia

sobre

o

nos

dest.ino

da

dos

t.rens

ent.idade,

da

enquanto

seus membros iam ou volt.avam do trabalho. Mas, ao mesmo t.empo, o veículo assume

papel

quando

o

assim da

o

determinante

rádio meio

Cidade",

ainda

pelo

não

qual

segundo

como

elemento

havia

sido

circulavam

uma

lógica

as

de

comunicação,

popularizado. infor-mações

simbólica,

classif"icavam,

mais

uma

vez,

como

t.rem

O

elaboradas

à

concatenada

relações socioeconômicas ent.re os seg-mentos sacias e as

em

um

tempo

compr-eendia no

"Centro

assimetria

das

regiões do Rio, que

"civilizadas"

ou

"modernas",

no

sent.ido de estar-em mais em sintonia com os "bons modos". Talvez não seja exa€ero

dizer

que

a

centralidade

do

Carnaval

da

Avenida

Central

cheg-ou

t.arnbém pelos t.rilhos da ast..r-ada de ferro. O vicejam

o

contexto

material

emoldur-ament.o

repr-esentado

sob

de

.as:pect.o

a

e

um

da

interpenetração quadro

festa

dent.ro

de do

realmente

valores qual

o

popular-

•Em

e

modelos

Carnaval

da

é

cidade,

crôni..ca.a. Li.m<:L Bcrret.oU.s>!:i9> auaa a.lguma.a ob•erva. o luga.r do f errovi.â.ri.a..s deala.qu• ocup<:l.do pela.s esla.cõee no convtv~o soc~a.bi.Li.dades das paocoa.s nos ou búrbi.oa c<:l.rLocQ.&. A relacao trens subúrbi.o no c~da.d• é .:1lgo sobr•a.eenlucw:ic no• d~v•reoo• produca.o cult.ura.L bra.aU•i.ra.. O qra.nde rel.ógi.o no a.l.t.o do. lorr• do prãdi.o do C•nlra.t do um tempo Lndi.ce ai.mbolo de. Braai.L •6 euburba.ni.da.de no do Ri.o .,... ..,.~ro.

....

70

• •


si~niíicando

dela ou

própria

mais

à

est.ar abert.a

part.icipaç:ão

~radacão

uma

dist.int.as.

Logo,

t.axi.nômica

o

Eolguedo

na pracinha do subúrbio não t.em o e

de

t.odos.

No

diferenciando

b:rincado orn

ent.ant.o,

const.a

participações

t.orno

do

menos a:rmado

oo:rot.o

mesmo valor das p.assaat.as dos Rancho10:

Grandes Sociedades, que arrast.avam mult.idões à

Avenida. Pegar o

t.rem e

ir ao "Cent.ro" ver

passar t.ais ent.idades const.it.ui ent.ão um at.o de quem

sabia aproveit.ar

que

o

Carnaval t.eria

t.orna

se

condições

quais

o

Nest.e circulam,

circunscrevendo

um

espaço sagrado da folia vai cust.os podem po:r·

de

sua

época

semelhança a

o

seu

e

t.oda

do

subúrbio

.

t.ácit.as,

priori,

de

uma

Demarca-se

apanágio.

O

part.icipacão na Avenida

forma.

port.ant.o

apareciment.o

pragmática

a

assim seg-undo

~remiações

requerer observá-la e

mat.erializacão.

reinvidicar

essa

a

Ver-se

9

re~ras,

inst.ant.e as

melhor.

às

possível

inserirem-se no epicent.ro da íolia

de

inscrit.a

Obt.er

consagração

no

t.er como arcar com os quem das em

ou

quais

Escolas sua

g-rupos

de

Samba

hist.ória

t.em

um episódio de obsedada busca de ser possuído pelo modelo e

t.omar para si a forma consagradora do Carnaval-Espet.áculo.

ESCOLA, A FORMAUZAÇÃO DO SAMBA

José carioca,

Murilo

conhecida

de

Carvalho sugere que,

como

migrant.es

sobret.udo

por

africanos

mulcumanos.

religião,

íert..ilizam-se

carnavalescos

Saúde,

e

negros

Ali,

novo

no

inventando

e

afirma,

o

novo ext.rat.o cult.ur-al chegou à p

formou-se

samba P:r·aça

na região

uma

mestiços

"Pequena

Port.uária habit.ada

descendentes

"sua

música

criando

moderno"C1984:136). XI,

Zona

África",

baianos

reelaboraram ambient.e

da

sua

ranchos

os

Mais

e

de

tarde

est.e

onde começou sua escalada de

hi.st.ôri.a Bloco• doo E•cola.e do mesmo ba.i.rro por do obter !"ea.li.2:adoao ofioi.ai.a na concul"IIIO& centra.l noo ci.da.de, da eob melhor ou~ l"epresen~a.r reapecti.Vd& locali.da.dea. a.L•gG.Cõ.o de corr••pondem i.luetra.ti.vos ba.sta.nle deste a.rl"a.njo da.s pa.rtea a. episódios om um ampLo, quo.l oe ba.i..rros proceaao sao di.sposloe no s6oio-pol U.i.oo em eubordi.no.da. ecologi.a. c:entro urbano. exemplo, oa c:étebrea, por enfrento.mentoa Uni.doe Torna.ra.m-ae amba.a subUrbi.o capeLo. e Aprendizes de Luca&, do Luca.a, no AO

desfi.te

longo

da

pri.nci.pa.l.

Fundida&

...

.<>67.

jamai.s conseguiram emoLdurar de fato ra.z&o do.s ri.va.li.da.des i.ntel"ncu=. )dai.s que uma. Eocola d• grande porte. em o cla.sai.fi.co.ÇÕ.O i..mporla.vo. a frente da. oulre~.. lugar. pri.mei.ro cti.enleLi.slo.e, personalismos elei.torel"O& • vaida.dee doe Intere•e•• entidades, aL&m di.ri.genles diferenças locaLmente grupos papel, corto. tiveram decisivo eslee oó tornam a.li.menta.da.s, dez. pugno. em torno do õ Luz visi.bi.lidCLde pública. eompreenslvei.s oferecido pelo espaÇo do Ca.rna. val-Espetácuto .

•=

om

71

••


popularidade. O t.r-echo cont.ém sugestões valiosas_, mas é coníel"ido

a

capí t.ulo ~

os

Ranchos. do

est.a

migr-antes

Cont..udo .• se

universo

ambiente

um

Ul"hano,

baianos

e

das

a

criando

model"no",

à

reelaboração

e

vimos

ist.o

t.êm

destacado

papel

na

feliz

quant.o

a

a

indicação

possibilidade

região~

pois

cult..urais

de

de

deixa

t.endência

a

fato~

De

manifestações

não

cit..ada

exist.e

Af"rica".

parece-me

simbólico

"samba

como

"Pequena

pl"eciso mat.izar-

falar

a

t..ivemos

organizat..iva

uma

a

a

dos

r-eciclagem grupos

ascendência

l"est.ricão

oport.unidade

da

p:r-imeir-o

fundação

desses

sobre

inquiet.ar

no

peso

0

pal'ticipação

de

no de

desta most.rar

no

Carnaval

da

população

disseminada pelas diver-sas regiões da cidade. deslocament..o,

O

do

Rio

de

Janeiro,

ál"eas

baianos,

det..eve foi

à

conferida

como

célebr-e,

da

ent.endido

XI

para

Ao

mesmo

ecologia

u:r•bana

"Cent.ro".

como

t.ant..o

É

o

mít.ioa

COnlO

a

as

migrant.es

apr-eender-

samba,

Praça

os

reelaboração.

adequado

do

passado,

t.ambém

r-edefinição

julgo

à

e

século

nest.a

do:r-avant.e

que

Áf'r-ica

do

parcelas

incluídos

a

''moder-nização''

Pequena

amplas

décadas

importância

condições

desenvolvimento

de

cidade,

da

const..at.ar

espace

est.as

segundo

acima,

últ.imas

considerável

possível um

estabelece

as

desde

perifér-icas

fut.uras

t.empo .•

l'elat.ado

part.ir·

das

cor-r-eias

de

mediação que agiram na circulação do modelo espet..acular- de car-naval. Não est.ou com isso das de

re~iões,

duas

Janeir-o

moder-no", pr-óximo

no a

à

pret.endendo cont.est.ar a

mas

vê-las

à

luz

período.

Afinal

o

element.o

Escola Pr-aça

de

Samba..

XI.

No

da

.at.u.al Escol.;;;.

da

Deixa

F.alar- •

de

car-iocas. Sanabe

at.ent..ar,

processo e

sua

compreendei' primazia

penso,

aos

a

sambist..as

como

sur-ge

a

menos

composit.or-.sambist.a,

penso,

reordenamento

visível

adnome

ao

Est.ácio,

como

aludida acima.: sua eme:rgência po:r-t.a a

72

o

Bloco

em

1926.

pr-imeir-a

ident.if'icação do

de

do

na

observamos

nat.ureza sociológica. Com

exat.ament..e

mais

est.e

exemplo~

Po:r-t.ela,

'

pr-ocesso

chamado

região

que

o

do

do

Rio

"samba Est.ácio,

su:r-giment..o

de

mesmo est.ilo ocor-r-e quase simult.aneament.e

Por-

consagrada

Import.ando

ganha ent.ant.o

ent.idades compromet-idas com o

em out.ras r-egiõ..:.s

do

impor-t.ância hist.órica

at.or

d9

Osw.;;;.ldo

Logo

Escola

de

do

a

já social

que o

a

núcleo

lógica do espet.áculo.

apar-ição em

vale

a

at.ribuicão

da

é

or-igem

ex:at.ament.e

princípio

porque

d...,

Samba~

mas

pione:rismo, e:feit.o,

ant.&s

Cr-U%,

posição da

1027. ao

pena

de de

mediação


Seja os

"bambas"•

1

da

Manguei:ra,

sejam

aqueles

de

Oswaldo

Cr-uz,

t.odos: são unânimes em afirmar que "aprenderam" samba com os sambist.as do

exist.iam

Sant.o.s/1999),

Silva

Est.ácioCDa

e

batuques

l'it.mos

não

sincopados

naquelas

r-egiões.

Ocorre

que

os

homens ligados ao samba na r-egião do Largo do Est.ácio de Sá íreqtient.avarn um universo comum -

em

área

e

part.it.uras

ao

das

rit.mo

XI,

Praca

dança,

represent.ant.es anexam

da

t.orno

t.eat.r-os de revist.a da Praça Tir-adent.es ou a

bares e

pont.ilhada

cervejarias, casas de

sincopado

além

e;ravação o

de de

po<-

jornais discos.

r-ebu.scament.o

dos

art.ist.as

nest.e

É

lit.erário

de

casas

cinet.eat.ros,

e

dos

int.ercâmbio

da

t.ípico

que

melodiosa

música popular do moment.o{ldem:70). Est.es homens do samba er-am t.ambém exat.ament.e Falar

do

esses

per-sonagens

Est.ácio

cult.urais,

pois,

um

t.ornar-se

de

Sá,

segundo Rancho,

apresent.aç.ão

realizada

Buraco

como o

de

1928,

das

Escola

Bloco, em

linha

no

Espor-t.e

do

r-epl'esent..ando

E

objet.ivo

Clube

diver-sos

era

ree;iões como

a

Carioca,

na

férrea,

de

Deixa

mediadores

diversas

Morro

serão

Samba

cujo

da

zonas

de

ver-dadeiros

exibições

itinerário

uma

ent..idades

out..ras

ocasião,

Bloco

Agem

fazer

janeiro

Quent.e,

o

int.érpret.es, a

o

em

ínndam

1927.

começa

acompanhando

do

em

ale;uns

periféricas,

região

que

ligados aos Ranchos.

Mangueira.

Na

do

bairros

Rio

est.iverarn present.es a

est..e e;erme do concurso ent.re as Escolas de

Samba.

O

not.iciado

com

episódio

t.ant.o

íoi

em

alguns

jornais,

como

cont.ou

o

policiament.o do Oit..avo Dist..rit.o<Cabral/1974:23). A grande novidade dos sarnbist.as do

desfilant.es Donga, seja,

um

seria

o

básico

dos

negar-a

esquema

de

melodiosas

canções

Blocos.

Por

est.e

a.ut.oz-ia

a

r-esult.ado pioneir-o do

d..a

modo

da

de

de

do

Samba:

Silva,

sambas, da

aut.&nt.ic:o

pat.icumbum, ,,

pudessem

Ismael

ressignificaç:ão

cr-iador-

"bumbum, Escola

a

ist.o,

que

Est.ácio estava em adequar

mas

polca samba

ser-

em

cant.adas

sua

pelos

polêrnica

apenas

de

ma.xixês,

eur-opéia.

ele,

pal'a

pr-ugurundum",

t.r-aduo;::ão

cant.o/dança/evolucão,

baseado

do no

com ou

Ismael,

aut.or

desfilar;

as

do

t.r-inôrnio impulso

r-ft.mico prop:roocionado pela bat.eria<Soar-es/1985:94-5). u Li.l ize~.do entre o• própr~oe sa.mbi.elQ.& e oe di.stinçêio, mei.oe do f*Terrno de ref erenc;:i,.g,r ô.quelea c::onsi.dera.doa mealrea na. do di.vulgdec1.o ritmo musi.ca.l sa.mba. c;:ujcu; bo.t.uco.r o 8/0U à.queles c::a.nlCU' compor, confundem ~m hi.alóri.a. do aa.mbo. ouso.di.a., bi.ografi.CI8, verda.dei.ros ba.lug,rles, que enfrenlQ.re~.m Q. na.t.a. dos compreendem ou aeja., pressões mora.i.s em um tempo qua.ndo aa.rnba. ere~. poli.ei.o.l e persegui.Cêio &a.mbi.ala. ma.la.ndro"" mg,rgi.na.i.s ··coi.ea. pertenci.a.m um do conei.dera.do

••

meamo ca.mpo •emâ.nti.eo.

73


Est.e t.:r-inômio consagrado pela Escola de Samba, acr-edit.o, d&t.ém a chave par-a entendermos melhor como se const.ituiram os vasos comunicant.&s entre

ditos

os

Grandes

"Pequeno"

e

carnavalescas,

Sociedades

c.az..n.avais.

"Groande"

militar.

abrindo

XIX,

os

José

cort.ejos

de

embalados

pela

som

bandas<1972:152).

de

capoeiras,

percussão

que

abriam

Ramos

conferir um

Tinhorão

procissões

canto,

e

Esses

caminho

a

pé"(daí

e

''passista")

porque

lembr-a

ri t.mo à que,

e

religiosas

surgiam

grupos

grupos

darão

f:r-ent.e

surgem

as

i.st.o

é,

das

durant.e

negros

da

o

como século

milit.ares,

bailando

aos

origem

passeatas,

herdando

marcha,

paradas:

de

dança do samba -

mais tarde f'"icaria conhecido como a

quando

int.r-oduzem

elas

agrupament.os instrumentais capazes de em um desfile

Pois

ao

t.ernidos

elaborando

que

o

o famoso "samba no

procissão

a

cat.ólica

caract.eríst.ica do cant.o urússono.

originou

os

Ranchos,

que

raiz

na

t.ambém

quando

embrião,

Esse

Blocos<Idem:154).

adot.arn

da

t.rês

As

cong-lomerado uma

espécie

aos

Ternos

de

orquest.:ra.

formação

dos

Cordões

ent.idades,

como

vimos,

diret.a da Escola de Samba. Salt.a port.ant.o o

est.ão

est.ando

Ou

dos

e

baianos,

dos

post.eriores ancest.ralidade

na

int.ricamento ent.re o

bat.uque

angolo-conguense com as formas percussivas de o:rigem eu:ropéia, em wn elo ent.:re

:rit.mo

variações

bast.ant.e

relacionamento

exibição.

e

seu samba do

A

Explica:"O havia

est.ilo(ant.igo)

uma

A

iniciat.i v a

coisa.

O

samba

base

uma

nesse

just.arnente

pa:ra

assim:

bum

at.encão

bast.ant.e

bum

Silva

encobre

maneiras

em

de

de

distinguir

necessidade

o

justifica

de

o

samba

um desfile de component.es:. Eu

começai

tantan

obt.er

de

posturas

tan

a

notar

tantan.

Não

gente começou a

algo

viabHizado:r

que dava.

fazer Chama

prucurundum"CSoares:/1985:95).

paticunbum ',

p:reocupação

a

dessas

sent.ido. Ismael

a

andar-.

tan

assim:

cont.udo,

diferentes

Ismael

evolução em

dava era

de

sugest.i v a

servir à não

cada

que urn bloco ia andar na :rua assim? Aí a

Como é samba

de

cont.inuidade,

supõem

quais

samba maxixeado é

"c:riado" t.er-

ent.re

as

distinção f€:it.a tomando por

por ele

aparent.e

signif'icat.ivas

Carnaval,

do

part.icipar

a

cor-eografia.

e

de

um

desf"ilar, de um exibir--se, difer-ente do que ont..3io oxil!õlt.ia.

No deixa das

de

desejo

conside:rar

Gr-andes

de

empr-est.ar

os

Sociedades~

o:riginalidade

bast.ant.e

o

modelo

à

p:rest.igiados ent.ão

sua

aç:ão,

desfiles

dominante.

Ismael

dos

Talvez

Silva

Ranchos

e

porque

a

novidade de sua emp:reit.a est.eja engendrada pela insurgência de uma nova modalidade:

os

Blocos:

carnavalescos,

ou

como

"agr-upament.os de bai:rr-o". Bast.a ver que o esfo:rço é

74

se o

dizia

na

de adequa:r- o

época, rit.mo


musical samba

no

sant.ido

formalizá-lo

na

repet.ir

Ranchos

t.ant.o

os

o

r-azão

realce

de Ismael à

adoção

combiná-lo com

algo

de

as

e

conferido

a

ser

Gr-andes

ao

novo

de

a

fo:rma

exibido,

"esrt.ilo",

desf'Ueo,

sem

Sociedades.

Daí

t.alvez

a

crit.ic:a..

como

rancho''Cldem:105).

ou

isso

com

de Samba das

por part.e das Escolas

''coisas

e.st.as

serem

de

seja,

merament.e jU&~~t.iEiog-og

m.ais

alegorias.

Porém

sua

d&

t.ardG>, Alegava

empreit.a

embebia-se do modelo espet.acular no impulso que o organizou. José chamada

"música

movimento no

Mig-uel

das

com

música

modal".

escala

da

undverso

coincide

Wisnik

Define

das

feit.ura assim

principio

de

bat.ucada

afr-o-brasileira

configuração acorre

a

complet..ar·

com

o

ser de

assimilado uma

g-ênel"O

um

que

samba

sit.ua

cir-cular,

rit.mo

na

e/ou

a

cant.ando

e/ou

uma

A ao da

out.ra

Paulat.inament.e

a

possibilidade

dançando)

ir~eve~sibilidade

porque

t.empo.

ret.orna

supõe

sucumbi

produção

est.ilização

hist.ória.

e

sincopado

ao

do

que

:ri t.ualizado,

assentada

quant.o

da

r-epras:ent.ação

car-navalescos

des:files

da

sociologicamente

colet.iva

para

do

o

público t.orne

ent.re produção/emissão e O

a

apropriação da

int.erior

os

de

vázios

comanda

a

mani:fest.ação simbólica em um bem cult.lll"'al(Sodré/1979) a

por-

fórmula

a

no

aleatório

Difer-ent.ement.e

acaso~

t.rans:formaçã.o da

sent.ido

principalment.e

comunal

corpo(bat.endo

pelo

susci t.ados

pelo

africana

mit.oC1989:71-3).

socio-cult.ural,

formalização

percussão

onde

t.empo

o

origem

e

t.amhém

um

a

est.a

not.as

comunidades

a

revela

inclui

surge

a

amplo.

Ist.o

facilmente

demanda-lhe

reconhecível

o

e

desenvolvimento

equalize

recepção, em t.ermos da t.l'oca de

como

result.ado

dessa

fórmula,

no

a

relação

equivalentes.

cont.ext.o

carioca

do principio do século.

o simbólica) produção

no

é

espaço

individuação

emerge

macrocosmo

socioló~ico,

samba~

plat.éia,

como

como

à

porque

"sambist.as",

ur-bana-indust.rial desig~

e

operar

Alguns:

det.ent.ores

ast.ronômica,

produt.iva<mat.erial

det.erminant.e

deverá

formada.

abst.rat.a

dinâmica

privada

"imperat.i v o

t.ot.alidade

individualizados 0

~eira

de

ent.idade

sociedade

genérico

apropl"iada

ident.ifique

como

part.icu.laridades

das

art.icula.do~a

:fixa-se

ai

t.empo

grupos.

com

A no

d ..

g~upos

da

pelos

códigos

que

começam

compet.ência

de

a ser

produzir

em det.z.iment.o da elaboração colet.iva; out.ros deverão est.ar como que

r-esponde

aos

sinais

emit.idos.

Porém

a

mesma

t.ot.alidade

da

esfera do ent.ret.eniment.o os coliga efemerament.e. O argumento acima evidencia-se nos ajust.es por cert.o mais gerais

na

composição

dos

símbolos

e

manifestações

75

afro-brasileiros

no

cont.ext.o


da cidade. No ensaio Samba. O Dono do CorpoC1979), Muniz Sodz-é :roelat.a as t.ransíormacões décadas

XX,

do

neg-ros

ocorridas, no

modo

mest.iços

e

exercidas

pela

burguesa,

a

acomodação

das

ver,

f"im

do

e

elaboracão

as

janeiro.

de

a

e

cent.elha

de

de

de

t.át.icas

da

de de

pressões

morais

da

cult.ura

longo

um

primeiras

exigências

As

reprodução

negras às rest.rições

populações

as

cult.uralment.e

as

de

inst.it.uições

acenderam

e

exp:roessa:r-se

Rio

no

XIX

século

vert.ical-compet.it.va

e

policia

seu

o

ambientados

conjunto

complexo

de

sociedade

à

int.egração

ent.re

processo

cidade, de

sobr-evivência,

de

acordo

com

inío:rmando

o

amest.içament.o dos cost.umes(:18). Ent.re e.s:t.as sob:re.s:saiu a sensualidade bat.uques, papel

o

se

vez

à

est.ét.ico.

mais

medida

e

reversibilidade circulação

sua

desse

longo

a

dat.ada

pelo

1917,

como

nas

à de

convívio

peça

de o

o

o

samba

da

à

sua

em

reprodução Pelo

maxixeado

ou

samba"(ou

adequado

à

e

de

e

colet.ivo

desprovidas

íormat.o

diversão

lúdico

carát.er

individualizadas,

à

público,

rnit.ica

uso

"rodas

dos

Observa

matriz

argumenta,

com

dimunindo a

"suavização"

da

chamadas

acordo

com

corpo,

carnavalesco.

afro-brasileira

con.sagz·ados

de

do

em espaços

p:rocesso,

de

uso

íolguedo

composições

âmbient.es

primeira

exibição

feit.os

porém

do

acompanhament.o

consolidação

improvisos

ant..erior,

nos

da

em

música

da

cede

"pagodes")

maneios

consolidado

da

Na est.eira

bat..uques

e

t.:rat.asse

descolamento

religiosa

disco(a

gest.os

quando

cada

Sodré

dos

dos

moderação

Telefone,

gravado por Donga). Apesar no

é

aspect..o

de

possível

ma.rcant.e

da

t.ra2

em

polít.ica

presença Ainda

seu

bojo ou

de

das

reo:r-ient.acão

maniíest.ações

formas

das

limdt.es

ent.ão~

ênfase

deposit.ada

ações

Escolas

bast.ant.e

de

o

nítidos:

são ent.:roonizados:

a

a

da

Carnaval

írent.e

part.icipacão

observados

nat.u:r-ais:

do

folia(post.ura

própria

serem

como

ambigüo

diferenciação

part.icipar Samba)~

no

Sodz·é

agent.es,

carát.er

afro-brasileiras

de

por

post.ul""a desses

consista em um esíorço de

dirigent.es

às

para

f"unc;:õ&s:

de

confol"mação desses agent.es no íor-mat.o modelar

do

ent.idades carnavalescas que assumem.

carnaval-Espet.áculo dos

personalidades

em

das

a

vist.o na mudança

nest.a

que

Ent.endo que a

complexo

problemát.ica

pr-est.igiadas

nos

diíerenciacão agentes e

ação

e

demais

r-ecorrent.e

considerar

visualizar-

Rio de Janeiro.

as

de

apont.a para um remanejament.o

r-elacionament.os no

apresent.ar-se

Rio

de

para

sociais

Janeir-o, plat.éias,

76

com

daquele

mais

incidência

inst.ant.e.

assumindo

a

A

amplo~

na

formação

gradual

f'"orma

calcado

de

no das

disposição procissões


introduzindo

profanas~

evidenciado:ra. Sobressai percussão vez

airicana

e

dramat.úr-gicos-operíst.icos?

urna armação formal na qual o

seus

desenhos

coreográficos

esquem;;.

ao

submetidos

mais

t.racos

de

é

rit.mo sincopado da

corporais

poliment.o

estJià

cada

configura

e

a

esoetacularização de t.ais manifestações Embora

nesse na

apenas

momento

abre

flanco

ao

de

seg-ment.os

medida que as íest.as

e

a

folia

no da

e

conjunt.o

musical

Carnaval.

cidade,

ent.r-osament.o

Icnográfica

reprodução oriundos

not.urna

um

aqui,

produção

da

práticas

vida

na

um

sit.uação

das

disposição

mundanos

a

tan~encie

O

popular,

int.ér-pr-et.es

um mais

pobres_.

que

carnavalesca,

not.adamente

na

espaços

clientela

variada,

ligados

às

angariam

de largo_. da Igreja da Penha e Praça

também

de

composi t.ores

de

sociais

por

engendram

incidindo

desenvolviment.o

frequentado

ent.re

fat.ores

de

casas

e

músicos

notoriedade

do Oteiro da ganham

XI,

de

à

Glória,

popularidade,

abrigando gent.e de diferentes posições sociais. A

int.roducão

mercado

do

ext.rat.o

cultural

música

disco

popular

a

gravação

part.ir

dos

result.ant..e urbana,

música

carnavalesca

com a

poliíonia

individualização

como

o

o

da

do

os

como

''artist.as

agilizam

mesclas

e a

do

esboço

de

um

coníormacâo

de

um

âmbit.o

da

samba

no

ocorridas do

no

gênero

element.os

no

rastro

se

sazonal..

cult.ura

sambista

Brasil

dos

sociedade

da

no

aparecimento

qual,

gênero

esf"era

como

reconhecidos

vinte

diversas

vicejando

crescente

uma

de

anos

das

afro-brasileiros(Pereira/1967).

ensaio

elét.rica

popularização

de

cont.ext.o

da

vai

urbana

carioca.

no

emerge;

populares",

consolidação

da

popularizando

moderna

grupo

simbólicos

No

no

acordo

interiol'

Brasil são

em

é

eles

mesmo

da

desse

que

a

doravant.e

andamento

da

ampliação do anonimat.o urbano. No os

mesmo

"sambis:t.as"

seus:

foliões

at.uação

dos

dif"erenciador.

da

compasso,

limit.ado

como

Blocos

e

assistência

sambistas Se,

os

pelo

com

intr-oduzem

limit.ando poder

o

vimos,

eles

espaço

público

reconheciment.o agem

a

a

cor-da,

difer-enciando

divert.imento

de

determinados

popular mediando

é

porém

níveis

dos

locais. o

A

dado

espaços

compo.ro.Ç6.o, Bast.i..de em e ou À t.U.ulo do Roge r estudo sobro~~as religi.õee Dra..si.l<!l!>?2.) obs-erva. que no deo;.a.grega.çao a.fri.ca.r.a.& da. memóri.o. e do a.fri.eano no eóeio-cultura.l tri.ba.l Ri..o. detor.a.ndo concerto desde o fi.m do x:n,, como redundou em fatos "macumba. e.Pculo turistas", Nesta ra.mHi.ea.Cõ.o, di.z, o preocupo.Çõ.o é devota.da. em sa.t.i.efa.zer o. expect.a.t.i. v o. do. cli.entelo. ó.vi.da. de Portanto o erotismo. ritual tra.nsf ermo-se numa. espéci..e mlat.\.co, com predomi.ni.c eopet.açulari.do.àe doo efei.t.ce, do i.tusi.cni.smo.

77


sacio-culturais diversos e sociedade

que

assimet.l'ia dispõe do

impessoaliza,

se

das

próximas

nos

favelas

e

hier.arquícament.e

do

em Como

vit.al

invisível<orun>,

prest.igio

quando

concentrado,

uma os

integrantes

mit.ologia

iorubana,

int.ermediando ''bambas:''

os

mais

int.roduz

demais

na

Ufi'kiill

int.ermediários

axé

o

jus:t.ament.e por sit.uarem-se

de

aos

Exú

o

d""'

sociabilidades íat.or

ambigüa

relação

dif"er-enciam-se que,

t.al

posição

A

samba".

e

visível<aiê)

suas

subúrbios

princípio

do

das

âmbit.o

desnivelados

"mundo

mensageiro

dimensões

dos

int.~r-ior-

det.el' not.or-iedado no

no

relacionament.os.

recém-criado

o rixá

passam a

do

na encruzilhada,

transforma-se

em

as

samba•

<2

acumulando um

poder-.

que

são

classiíicados como det.ent.ores de um mana, uma energia resultante do f"at.o

seus

de

serem

corpos

"art.istas", urbana -

que

que

prest.igio

vão

sujei t.os

ocupando

chamo

público aos

centros

os

de

e

no

das

int.erioz·

espet.acular

não

t.ão

do

o

segmento

núcleo

sornent.e

art.e

da

lugar

no

É

popular poder

dest.e

comunitár-io

inst.it.uicão

da

critérios

prest.acões.

e

cultura

da

assent.ado no

a

passam

esta:r-

urbana

popular

de

da

e

dinâmica do seu mer-cado especifico. A

e

o

os

Cor-dões,

"pr-imit.ivos"

pr-óposit.o

de

de

chave

pelos

aos

e

confronto

de

os

para

ent.endiment.o como

de

reuniam

ou

civilizadora

da

sem

o

pré-estabelecidos. violent.as

em

envolvia

esses

com

ponto.

"bárbaros"

Carnaval

no

espaço

Isso

desse

resquícios

pacificação

terminava

capoeiras.

host.il

muit.o

se

tempo

sempre

ent.re

jornais

que

limit.es quase

par-a o

par-âmet.ros

pessoas

impulsos

ant.emão

de

relação

exibição

dos

moment.o já

em

congregavam

sociedade,

expansão

ident.if"icados

Deixa Falar

os organizadores do famoso

pessoal dos Cordões det.ém a

Pois e

polêmica ocorr-ida ent.re

b:r·igas,

ação

a

grupos,

A

no

policial,

vistos

como

desordeiros malandros(Velloso/1987:32-3 e Bret.as/1989:57 a 67). parcelas

Quando

coesão

e

econômicas

acirra-se,

pelo

critério

sa.mba. o &lmbolo(Soc.iré/:t97P>

o

pi.ti.ntra.

do

""rei. d~

de

do

ou

não

ea.li.mb6"".

sensuo.l.~do.de.

mesmo

a.ssi.m

Marca.

c;ú'ri.eana. c.ieeea.

ressi.gni.fi.cQÇ ã.o

mundcl.no. do. urbal"'i.c.ia.cie, onde o sa.mba. a tanta.. e di.veraa.. a.propri.o.çõee eecul.a.ree,

78

um

tempo

Blocos,

operários, prestigiado auo.

i.c.ientLheCldoe

do

que

o.mb~gü.a.

instrumentos dos

daquele

que

t.a.mbêm

especUi.eo. b•m

desfruta

r•asi.gni.fi.ea.cia. esfera.

ma.la.nc.iro

do

toCGdor

aquele

como

e

lugar-

umba.nda. boêmi.o,

bases

dos

oorpo··

oão

si.mb6Li.ea.

~o

a

do

Persona.gem

pa.reeLa.a compo.rt.i.m•nt.a.Çã.o

pat.ente

per-t.enciment.o

fi.gura.

direção

baixa

:Exu

melhores

na

de

&a.mbi.sta.s

dcl.

ent.richeram

mili t.ar-es

ori.xci

no 00

co.poeri.sto.

percussão,

Lom

a.tra.vé&

ori.xó.

me&mo

se

social>

part.icipação ,, de

a

capi t.aneando

estivadores(possuindo

dos

eulturo.l.,

da.

a vi.da.

di.epoat.o


junt.o

ao

A

pobres. com

a

público,

clivagem

diierenca

indúst.r-ia

que

a

ent.re

do

ent.rosament.o

out.r-o

os a

com

sociedade

a

a

na

lóg-ica

ref"ormulacão

de

t.oda

Carvalho/1980).

Com

que

seja

populax-

••.

o

gira em da

muit.os:

t.orno

de

bairro

do

car-naval

com

dos

vínculos:

dividQ

proFissionalização

exibição valor-

per-ant.e

os

e

social,

um

a

um

inscrevem

na

int.erf"erindo

cult.uralCPereira/1967 uma

a

ou

out.ra

hegemonia

da

Escola

da

a

especial

pert.enciment.o

sort.e

A

urbana:

prática

sua

do

m.;;..landr-o.&r''

mobilidade

a

que

agent.es

pr-omêss:a

na

um

de

ef"eit.o,

host.ilidade

t.er

det.er

ambigüament.e

det.ona uma

''vagabundos

passam

passa

público-platéia

aqueles

sambist.as<ar-t.ist.as),

disco,

pr-imeir-os

os

ent.re

pela

e

Samba

seu

e

orient.acão

definição

do

Desfile

anual

Sá<Ismaêl

Silva,

decide-se no moment.o dessa pugna. Quando Bide,

Rubens

Baz.cello,

organizado de e

acende-se

últimos

"deixa

part.icipacão denominado

Escola

de

ant-agonismo de

ação

repressiva

camadas

populares;

que

convívio)

marcada

ou

pela

tanto

que ainda a São palavra Carnaval.

ato

à

ser·

pelo

sociedade

da

conf:ront.o

memória do

a

ú!t.ima gota

porque

teriam

se

rendido

a

eles,

a

Ismael

forca

policial

part.icipação mesma

acordo

com

com

inst.ant.e.

processo

os

O

quanto

de

teria Samba,

transcende das

diferencia

cânones

do

classificados termo

Os aos

carnavalesca

que

limites

os

Silva

primeira Escola

à

naquele

urbana,

cai

estilo

Cordões.

forma

polida(de

Samba,

o

dos

referência

no

consagram

grupos

oficialmente

A

de

os

resposta

apont.a

poder-ia

conser-va a

Em

nomeou

ela

Est.a

Sanilia

polícia.

exercida

part.icipação.

e

estes

"acovardament.o",

pela

frase

ent.re

f"al.a.z."{Soaz.es/1985:98).

civilizados

u

outros)

impo:s:t.os a

Grande

Est.ácio

ent.re

o

pronunciado

do

Ot.elo,

acusava-os

freios:

a

sambist.as

os

bom como

Escola

condensa o

a

de

princípio

incit.a ao movimento. muit.as

escola. Al~uns

no

as

versões

cont.ext.o

est. ud.iosos

da

'

da

e

inter-pretações

par-t.icipacão música

.

doas

popular,

para

co1iU11Stdas

como

presgnç...

dQ

subalt.GJrn.GlS

no

.a

atribuem

na. mesma época, Mári-o de ou meno111 Anc:h-adeu.rnz> eoloca.ndo eel<i a.o t.eor real.mente na.ei.ona.l do &a.mba. urba.no qua.nto enlroni.:~:a.do fonogró.fl.ee~.. Anc:h-a.de di.•t.i.ngüi-o doe ba.tuquee exa.la.ment.e l.ndú111lrl.a. pe~a. to.::adoa no111 meorro111 • levados à.a ruC&S peloe Cordõea, embora. reconh.eendo o co.r-<iter popular da.quele em ra.zQ.o da. ori.gem no ••i.o do "'povo•·. Ma.~• ta.rde varcy Ri.beiroU.P7.5l ta.mbêm vialumbra.rá. nele espéei.e de "'di.lui.9ao" do o a.ulor, formado na colõni.a. Con~i.tul.ri.a., popular eutlurol plC&Smado desenvot vi.da segmento~; •·cultura da exemplar um uma di.seuasã.o sobre es&e i.ncorpora.clo eubalternos urbani.zado111, Para. popular urbano. no Braai.l, .::ondi.ci.onada. pela. à. prob~•mó.li.ca. da. múei.ea. da moderni.zac;ã.o urba.na.-i.nduelria.l vor muda.nÇa. aoci.a.l MO.LII

dúvi.da.&

c.arva.lho!.t!PSO>.

79


a

à

adoção

iniciativa

na

cont.ido

de

apropriar

ordem:"Escola,

s:ent.ido!".

t.omado à

Escola

Sá,

inspiracão(Soares/1985:98).

como

máximo

racionalidade

do

inst.rument.al

o

pr-óprio

medida

que

povo,

o

milit.a:rIsmael

H.amilt.on est.ão

de

disciplina,

Silva

a

e

sinônimo

e

moralidade

pela

Moss(1988)

just.apost.os

samba,

elit.es

das

vida

de

populares

modos

na

emoção

da

impe:r-at.ivo

diz

Normal, sit.uada na Tijuca, nas imediações do Est.ácio de

urna carnavalesca ironia, o

o

encont.ra

paradoxalment.e

insLit.uicão-mor

da

ma:r-ginali:z.ação

da

burguesa,

dos

represent.ada

na

educação íormal inst.it.uída com a escola. Talvez t.ermo.

t.odos

Import.a,

penso,

forma conceit.ua 0

rit.mo,

o

condizent.e

ao

e

o

Falar,

dado

pela

para

cont.ar de

maneira

Desf"ile

de

Escola

do

apro>drnando-o

plást.ica

modos

e

do

de

lógica de

de

a

no

Carnaval

disciplina

do

a

musicalrnent.e.

de

do

elo

ent.re

do

de

isso

sent.ido

a

Deixa

em

1928,

impulsionado

ao

o

hist.ória:

sua

e

de

desenvolvido

surge

t.em

nat.ureza

legít.irna

racionalizant.e

Por

que

long-o

cert.a

ser-

o•Henrique,

ao

de

dent.ro

t.ema

ao

e

ent.idade

diferenciá-lo

expressão

pert.inent.es

apont.a

e

ferment.o

Samba

que

como

Infant.e o

sejam

inst.it.ucionalizacão

apresent.ação

rúst.ica,

a

samba,

dos

a

sint..et.izados

hist.ória

mesmo

formalização

origens

realidade

part.icipação

visual, a

e

samba, de

passeat.a,

gênero

dança,

a

seja:

no

a

exibindo,

dele

Qual

modelo

pedagóg-ico-t.eat.ral, durant.e

ret.er

a

diversão com

signi:ficados

nomear.

cant.o

e

cult.ura

esses

mesmo

audiovisual,

a

t.empo com

o

crit.é:r-io de comunicar- a uma pl.at.êia que julg-a e/ou aplaude: desfi.l.e de estré1.a. bem Fa.la.r no doe D&LXCI. trepa.de~ra.a floridas doasel de no.tura.l.menle nos tons eob um protegidos os sambistas vermel.ho • bra.nc:o pelas c:orda.s espontô.neos col.a.borg.dorea, "'e ti.nha. c:onli.da.s vo.l.enl.emente o seu c:omi.ssão de frente que moslra.va aberto por c:a.mi.nho c:a.vo.los mi.l.i.la.r. toe: avo. pol.i.cio. d.a.rins cedidos pela numa. i.mi.la.ÇÕ.O da c:a.rroe do desfi.l.e dos fa.nfa.rro. A

·=

•oci.ed.o.d.ee<l:dem:'lO 'l> •

Cont.am que cor-t.ejo,

porque

Ismael Silva não se

t.udo

saira

cont.inha de

plane jar-a:••t.odo

como

felicidade mundo

ao

brincou

apanhar da policia"'. O result.ado da empreit.a for-a bem mais amplo. secuint.e,

em

1929,

alguns

Blocos,

vindos

do

subúrbio

fim

nos

do sem

No ano

t.rens

da

Cent.ral do Brasil<cujo prédio sit.ua-se próximo da Praça XD, assumiram a designação Escola de Samba, t.endo em vist.a que mais que uma denominação, compreendia

um

estabelece-se

a

canal

de

inserção

dist.inç:ão

respeit.ável.

hierárquica

80

ent.re

Desse Escolas

moment.o e

em

Blocos,

diant.e com

0


domínio

primeira

da

represent.ando

dos Blocos que se or-ganizassem o

e

art.íst.ica

bu:r-ocrát.ica

Escola de Samba.

a

É

o

razão

desaguadour-o

evolução

da

da

modo

par-t.icipac;:ão

inst.it.ucional,

como

o

''nat.ur-al''

or~anizacão

suficient.e. O imperat.ivo da

perpassa

sua

o

car-navalesca

p&rc&be

Maria

da

Júlia

C3oldwasser-, analisando o caso da Est.acão Primeira de Mangueira: A

Ee:cola.

carnavaL

lugar

um

pa.ro.

e

carnavo.L:

organização.

carnava.l. o transf ormar-ae

onde

rua.s

do

substrato

sua

perde

o

ela

Escola

A

seu carã.ler empreendimento

num

em

surg\.u Samba

de

de

decorrênc~a

do

ê

um

Nanguei..ra

anti.festa

do

caóttca

rol~nizado

adminLstrado

bur ocrat >.ca.menle<.t9'i'!!l'::l~) •

Parece-me Apenas

Samba.

precisa

acrescent.aria

haja

part.icipacão-

ent.r-elaçament.o apaziguada

e

graça Falar

não

carát.er-

das

Est.e início

"t.aça", Verde

do

Cu:r-ios:ament.e,

pois

de

da

divert.iment.o.

dest.e

result.ado,

desfile ent.:r-e

Deixa

da

Vizinha

a

Falar,

Faladeira

ao

a

A

na

Praça

a

XL

t.orneio,

O

Primeira

Vai

Como

Falar,

como

Rancho,

se

clissolvendo

pouco

t.empo

depois.

t.ambém o

é

viva, de

Sociedades,

t.empo,

sac:::r-i.f"icada

reílexos,

a

dissolvem

íazendo-se

ser

inver-sa,

de

sempre Um

nelas

o

modelo

concret.izacão

a

de

absolut.a

di.sput.a

da

a

Port.ela).

at.o

simbólico

do

Pequeno É

t.ambém

das

Escolas

e

Ranchos do

1929,

pret.ende:r-a,

t.:r-ajet.ó:r-ia dos

o

belas

Mang-ueira,

:r-us:t.icidade

da

Deixa

da rua.

ano

rit.o de iniciação do Carnaval Popular-.

heur-í.s:t.ica" por

da

oferecer

ou a

o

folia,

considerando

no

o

exibindo

PodeCat.ual

Deixa

ntesnto

da

estréia

em

a

unt

dent.r-o

mesmo

E

supõe

pois

a de

carioca.

desíilam

empenho

E.st.açã.o

e

porque

aguardava às mar-gens

que

Samba.

de

uns

Ali

propósito?

possibilit.ou

Escolas

:runcões

fascinados.

quant.o

acúst.icas) ao público

além

como

de

modelo

ao

organização,

configur-adas

dúvida

ocorra

devido

seguida,

rnet.áf'ora Samba:

supremo

Escola

da

Carnaval-Espetáculo

contemplaZ"em

de

sur-girnent.o

em

Carnaval mas a

advento

sent.ido

logo

a

Q,

o

do

paradigma,

outros

do

concurso

Amarelo,

um

o

de

primeiro

reuniu

tornara-se

e

t.alvez,

íorma

margem

embr-ionário

imagensCvisuais

o

para

deixa

com

pr-át.icas

enquanto

beleza

que,

padrão

o

const.at.ação

tornado

se

legitimado

Desfile

gênero

essa

Grandes

modelo

do

Caronaval-Espet..áculo carioca.

A CONQUISTA DA AVENIDA Est.a de

um

perspect.i v a

conjunt.o

de

obras

aqui que

defendida corre íixam

81

nos

na

anos

cont.ramão

t.:r-int.a,

da

t.endência

sobret.udo

com

a


oficialização

de

Escola

do

Carnaval e

Samba

int.ervencão

da

pelo

Est.ado,

Desfile

seu

autoridade

forcas no sentido de organizar a

de

sociedade

wna

comentadores, exist.e a naquela

alt.ura

do

det.er-minando a

públicas

de t.ernas exaltando a

Depart.ament.o t.ais

quanto

autoritário

inicial

da

hist.ó:r-ico-social.

A

pelo

at.o

agora de acordo mais

imposição

a

de

duran-Le

por

nacionalist.a

e

de

Entre

Propaganda<DIP>

censura prévia e

A

mobilizar

com parâmet.ros

os

Entre

par-t.e

do

Estado,

Vargas,

de

regras

as

ser apresentado a

quais,

exigência

nação em seus vários aspect.os. A acão impositiva do

Imprensa

propósitos.

Carnaval.

o

de

int.egrat.iva.

adoção pelas Escolas de Samba do perfil a

exibiçÕes

nas

cert.eza

poder

fes:t.a,

per-iodo

fat.o

:r-essalt.ada

port.ant.o

nacional,

o

1935,

enquant.o

é

centr-al

em

t.eria

orient..ação

a

sido

primordial

nacionalista

para

dominariam

os desfiles naquele momento.

eíeit.o,

Com

íórmula ana.lit.ica,

est.ilo

de

de

desfilavam

e

por

Jório

dist.orção

no

subalt.e:rnas,

funcionalizando, aos

crit.érios

da

a

forma

Sociedades.

Ou

de

da

da

r-eg-ras~

Escola

de

expressão

uma

fere-lhe

Escolas

criavam,

comunidadê

responsável

de

ao

regulament.os dos

e

Samba,

classes

longo

dos

Pois

das

seio

pela

enquant.o

impost.as do

impostos,

(neg:ros)s&ambis::t..a&T.

de

popular-

Rodrigues,

Maria

morais,

a

maculado

os

"infilt.ração"

das

presença

afro-brasileira(1984:38).

dos

indust.:rial

in-t.roduzem

a

t.eria

a

do

alegóricos

que

Ana

indiferent.es

"pur-a"

caudatárias

Samba

entre

est.ét.icas e

jurados

dramat.úrgica,

seja,

entendem

desmant.elando

hist.ória

função

sociedade

Araújo

est.a

caracteriza.

car-ros

definida

de

seg-undo

lhe

fazem

t.eat.ral-didática

memória

em

como

Hiran

limiar-

natural

presença

pela

hoje

se

'' est.ranhas'' (1969:290).

o

obrigat.oriedade em cumprir t.ant..o

Samba,

preocupação

Escolas

as

Gr-andes

cort&jo,

lúdica

manifest.aç:ão

que

cult.ura

A

o

ai

percebe curso

t.eat.ral

mecânica,

assist.iam

vez;

sua

forma

e

à

"alheios"

int.erfe:rências

isolada

de

conrissão-de-frent.e,

diria,

solidariedade,

e

Ranchos

espontaneidade.

autêntica

Escolas

alegóricos,

Amaury

element.os

a

das

maneira simples, sem a

abre-alas,

et.cCRiot.uro/1991). desses

de

elementos

operist.ico

alegorias

Desíile

inoculado

é

Dos Blocos formados desprovidos

no

a alt.o,

classes estancou,

Adequetndo-a

capit.alist.a,

que

hora

ia se consolidando no país.

A

exposição

desenvolvida

dest.e capít.ulo apont.a para um do

samba

como

cidade, sob a

gênero

forma

ao

out.ro

arg-ument.o.

:rit.mico-musical

e

sua

A

it.ens

anteriores

própria especialização

inserção

de desfiles de rua, revelam o

92

dois

quant.o

no a

Carnaval

da

ident.idade do


:s:ambist.a como art.ist.a popular processo de

social

observar a

intervenção Desfile de a

no

país.

Já a

Estado.

suport.e

inconsist..ência

Desfile é

1939.

de

exclusivamente

tivemos

hist.órica.

Em

um

ideologia

da

t.rabalho

a

do

oportunidade

transformação

da

Est.ado

Novo

sofre

recentemente

sobre

do

publicado

do

historiadora Monique Augras demonst.ra que,

oficializado em 1935, a

nacionais

respeit.o

a

mat.eria.lização

exigência

a

lado,

outro

hipót.ese

regulamentação do evento, a

se o

Por

própria :redefinição

ant.erioridade da adoção do modelo espet.acular- em :rel.Q..;:Ão &..

do

em

urbano

conca.t.enada à

est.á

criação do

no

re{;ulamento

s:ó

é

da

impost.o

governo Dut.ra, no int.uit.o de cont.er a

em

DIP ocorrera apenas em

de

apresentação 1947.

Ou

seja,

t.emas

durant.e

o

expansão cornunist.a nas Escolas de

Samba, pela at..mosf"era gerada com a Guerra Fria(1993:90-B). Para Augras.,

nos

ras.t.ros

institucionalização do

concurso de

principal

de

Est.ado.

do

empenho

Dest..e

racionalização

eles

camadas

foment.ado A

Pereira de

Samba consist.e

classes

populares

buroc:rática

possibilitando-o

abso:rção

a

hoje

materializadas legalidade

da

transformação

das

Queiroz~

diz-nos

perigosas"~

das

est.rat.égias

das

Isaura

est.rut.uração

a

event.o,

subalternas.

Maria

Escolas de

coopt.ação

t.oda

do

:resultou

mercado, t.eriam

modo,

de

''massas

fora

no

por

a

element.o part.e

do

responsável

pela

int.roduzir-se

no

nos

da

Queiroz,

prêmios,

ordem

global

ur-banas''

obst:ruída

pois pelas

em

''classes

pozo

esta

ope:racZ..o<1092:109-10). Mesmo Carnaval

como

pacificação

da

corroborando part.e

de

sociedade,

relacionamento

hlpost.asia:r

o

axist.&nci.a dos

do

cor~cur-sos

social~

aspect.o

consistir

heuríst.ico

det.ive-me

nas

a

espetacularização cujo

empenho

consolidação

à

Do

pont.o

de

vist.a

é

do a

prát.icas

das

parece-me p:roblemát.ica a

tendência em

cronológico,

a

ent.r-e Escolas dê Samba .ant.acede em seis .anos .a teve nos

a

dest.e

s:it.uação

do de

'

circulação

tor-neios ent:t'e

reconf"iguração breve

formal

de

cort.ejo

anual

gênero

es:clareciment.o

paradigma

civilizador.

fo:rmação

legitimação

do

do

processo

dos

das

do

cont.ext.o socio-t.empo:ral enfocado, à

contudo 7

a

civilizador>

decisivo

Est.ado.

condições

inst.it.ucionali:zant.es: observar-

t.omar

Ranchos

e

Gr-and&s

rnodQlO inspi:r.ador-.

Penso o

processo

um

ingerência do poder público e Soc:dQdadag o

propost.a de

critério

modernas de

papel

a

medida

que

Desfile

de

desse

83

agent.es

das

Desfile-Espet.áculo

isso~

Por

Escolas

Desfile

do

de

até

e Samba,

vai

Carnaval.

t.eórico

agora

ent.idades

Escolas

nele se

referencial

se

cabe de

agora

Samba

no

desenvolver a Fac o

ant.es

nort.eador

, da


corresponde

da

torno

ao

esforço

de

weberiana,

Bourdieu

reconhecimento se

ju.s:t.ifica

uma

a

dominação

poder

estende-a

em

relação

se:r·,

inser-e

a

a

cultivar

legi't.imo,

outros

a

aceit.acão

conservando-se

seja

Weber-

uma

de

"crença"

modo

tácito,

int.erpret.ando

domínios

da

problema

no

em

legitimidade

consciente(1992:139),

Porque

em

se

Pois

como

modo

polit.ico.

âmbit.o

de

sua existência

reconhecido

ele

adiante.

implementada

análise

social

da

diferent.e

do

além

""dist.incão"

exist.ência que

de comum, vulg-ar, at.uando, porém, como se assim não o

seja

definição

a

sociedade,

da

em

de

do

e

alg-o

do

como

ast..á

classificado

fizesse

em campos

de disput.a aut.onomizados, os "campos"<1983:87-B). Nesses

Samba são

de

Escolas

Carnaval-Espet.áculo quais:,

por

humanas.

.s:U;;t

vi.st.as

em

e

apenas

tornando

consagração

direção,

social

t.aci t.ament.e

algumas

mas

alcança

que

t.ot.alidade

a

e:~o.":er-cem

vez,

t.al

o

capít.ulo

dest.e

argument.o

as práticas visando a

t.ermos,

maior

apr-esentáveis,

consist.e

legitimidade

que

censura

a

nisso

e

moderna

evento das

do

o

cons:t.it.ui.

sobz-e

com

é

o Os

condutas

as

pr-ocesso

o

o

de

espet.acuiarizacão. Dest.a respeit.o

a

per-spect.iva,

int.erpret.acão

r-et.omo que

o

raciocínio nat.ureza

da

f'az

Aug-ras,

de

no

das

pr-agmát.ica

que

diz

ações

no

curso da hist.ória do Desfile das Escolas de Samba. A

hist.oriadora

Escolas

de

Samba

como

"maior espet.áculo da

o

é

desenvolve

a

hlst.ória

"docilidade,

resist.ânci.a,

modalidades

de

e-nt.re

a

solução

expressão

pat.rocinadores

à

de

um

Desfile de processo que lhes é

nesses

na

est.rut.urou em suas

clubist.íca

ou

cont.ext.o preciso, a

da

como

uma

s:dt.uação

do

são

objet.ivo

ou

t.át.icas

t.em

sido

a

de

privílegiarcomo

a

inst.it.uição

elementos

sobr-eviver

na

.at.ivos no

sit.uação

social

problema em t.orno de como a Escola de

linhas

"'ópera-balé Carnaval

diversos

t.uríst.ica

aut.ora,

cujo

diversas

de

indú.st.ria

a

equivale

t.ent.at.iva

Samba se

exig-ências

à.

de

necessidade,

a

e

Desfile

af"ir-ma,

cena

em

desejo

às

seus agent.es

ambient.e. Dest.e modo, o

do

das

de Samba.

debat.e os

o

conclui

hist.ória

sucessivos,

pondo

Est.ado,

pragmat.ismo,

~scolas

Escola de Samba e sócio-hist.órico,

ao

que,

o

er:it.re

at.endiment.o

ligados

"saudável"

t.er-mos

negociação,

conflit.o o

rnanunt.enção e expansão das Pôr

e

eles

cont.ravenção"(1993:93).

expressivas

o

a

que

consag-radoras

Terra'". São episódios

para

sejam

de

est.rat.égias

das

conf'ront.o,

genuína

arg-ument.o

o

mest.ras,

seja

ambulant.e••,

carioca

como

deve

naquele

uma

ser

inst.ant.e.

associação

apanhado Sendo

no mais

necessidade de reconheciment.o na disput.a com as ent.ão vedet.es

84


da

folia

carioca(Rancho:s

de

Desfile

Sociedades),

Car-naval~

marca

se

or~anizar

de

maneira

e

a

da

complexificacão

de

e

popular,

art.iculaç.ão

qual

o

se

samba

expressão

a

ent.re

do

cult.ura

event.o.

a

Porém pela

própria acelerada binômio

desloca

inclusive

à

g&nor-o

no

deslanche,

pena ret.orrta.X>

o

papel

da

t-emporalidade

na

suge.st.ão feit.a acima quant.o

uma música popular ur-bana, dent.ro da

de

mer-cado

cons 411 g:r-ado

t.endo

de

carro-chefe,

ao

no

inst.au:r-ada

criadores,

seus

delinição

fez

vinculados

a

Iat.ores

Nesse sent.ido, vale a a

primeva

sociedade,

urbar.dzação-indust.rialização música

!"ase

incluidas

e

o

de

desenvolvimento

ent.l'et.eniment.o,

dos

modos

esboçado

de

nos

anos

qualit.at.ivo

como

vint.eCWisnik/1983). década

A

de

na

quant.it.at.i vament.e

as

novo,

significa

um

salt.o

de

uma

const.it.uição volt.ada

ou

espet.acularizada, elemento

t.rint.a

emissoras

de

para

rádio

publici t.ários<Ort.r-i wano/1985:15-6),

veiculação

da

necessidade vivo,

de

orquest.ras

Conjuntamente~

exposição

de

poderoso,

inst.it.uições

canalizam

a

p:r-odução

rest.ri t.o, cassinos e

de

a

de

inspi:r-adas

perfil

segmentos

nas

nas

incipient.e

mercado.

A

noturnas,

cult.ura,

compositor 1

Noel

emblernat.iza

o

A

Rosas:,

processo

figura

forças

brasileira de wna

momento

os

ent.ão. Os

rit.mos

ci vilizacão

moderna

e

uma

canal,

popu.Jar.

novos

Um

novo t.imida

donúnio

no

vem

dos

pequeno-burguês da

de

músicas

racionalização o

que

shows

rebolado.

e

duas

ainda

aos

garant.ir

virada

e

que

música

sesmentos

liiiQUS

se

t.orna

popular.

médios

para

Ela o

desenhado uma cult.ur-a popular ur-bana.

pat.ent.if'icava-se alt.er.ar-

ao

consumidor,

t.eat.ro

que

jovem

que

sociais

feit.os

Estas

p:rof"is,.ionalização

esta

t.r-az

do

música

da

not.abiliza

alinhamento de forças no qual é Nesse

do

a

um

mais

incorporada

visando

de

agentes<Tinhorão/1969).

novas

além

possibilita

comercialização

impusera

impulsionadas pela moda das

jazz-band,

da

para

intrumentist.as

cultu:r-ais.

público

o nos

pat.amar

auditórios

t.em

mercadorias

um

apoiado

magnéticos

fonográf'ica

a

t.raz,

outro

de

cult.ur-a

consumidoras.

composi t.ores,

popular

éla

com

de

para

suas

sociais

um

programas

gradualment.e

empresas

acont.eça

os

cultural

audiências

gravadores

indústria

outras casas

dançantes de

par-a

de

mercado

um

estabelecendo

cant.ores.

ausência

A

da

esfera

comerciais,

esquemas

música.

t.ant.o

os

pi.J.ar.es

int.ernos do

85

o

fat.o de

de

uma

conjwninacão

sust.ent.ação

buscam acompanhar

mercado

mundial

da os

capi t.alista,

de

sociedade andamentos figurados


no

binômio

pr-odução

indust.rialismo

econômica

a

redefinir

lugar

novos

inst.rwnent.os

simbólico

vi vencia

descrtt.as,

pois

just.a

à

de

o

a de

de

uma

urbanos:

por

o

epicent.ro

desenraizamento

das

a

ser-

passa

diant.eir-a

memória

O

nacional.

origem

relacionamentos

plano

do

e

cujo

nat.ivo

do

com

na

int.ricament.o

sócio-cult.ural

e !ada

ent.re

t.ransformações

pelas

integ:ração

de

t.ecnológicos

sist.emas

da

o

fenômeno

r-adiofonia t.oma a

discussão,

das

conglomerados

susci t.ados

da

especialização

na

cont.:roapart.ida

uma

da

de

t.oda

O

pr-oblemáticas

t.ema

paut..as

nas

proeminência

as

complexo

abst.:ratos.

t.orna-os

conexão

tona

um

dos

a

deslocament.os

os

vem

medida

de

par-ament.ação

gr-andes

dos

comunicação. Apropriada pelo Est.ado, os

de

t.endo

maximizado;

implant.ação

na

ident.tficada

crescente

met.ropolit.anas.

é

culturas

e

o

t.endência modernizant.e

concent.racões

racionalização

incremento

do

ajudam a

A

acompanhada

ainda

gr-andes

populacões

avolumada,

lado

Brasil conhece das

urbanização.

ao

t.ecnológica, at.tvidades,

e

ganha

quest..ão

do

post.eriores,

o

a

processamento e cont.role de informações. Entre debat.e

em

caminho

os

t.orno

fins

quest.ão

da

norteado

anos

dos

pelo

duas

nacional

e

modernista

a

vanguarda

e

no

especializada

lit.erat.ura

do

as

e

primado

popular-<:folclo:re)

colonial

dez

t.ema

décadas

do do

ser

brasileiro

elo

ent.re

moderna

debat.eu

a

t.orna

o

tradição

int.e:rnacional.

A

sat.is:fat.oriament.e

a

t.:rans:f"ormação do campo cult.ural b:r.asileiro nesse momento, quando passa a compo:rt.ar-

a

propost.a

passado

colonial,

do

popular-

primit.ividade

como

:font.e

a

de

de

const.rução

Junqueira/1992), Revolução es:fera

de

do

poder

ment.alidade músicos e nm

do

cuja

de

ocorridas just.ament..e

e

element.o

nação.

da

Era

Vargas

' parcelas do

Emt..ão

É

é

exemplar.

t.r-ansfere

dos

e

o

como cult.ura

legit.imada

ideológico

de

Ort.iz/1994

e

advent.o

da

O

selet.ivamente

gr-upos

pais<mtlit.ar-es,

na

aquela

polit.ico

t.orna.

Pois

apreendem

nacional<Topi.lan/1993,

Vill.a-Lobos

se

brasilidade).

projeto

um

popula:r

urbanos

empresários,

para

imbuídos

a da

acadêmicos,

de alguma forma envolvidos com as manifest.ações pelo

oligárquico os

vários

dos

Velloso/1987b).

da

est.at.al

durant.e

B:rasiletra,

de

modernizacão

out.ros) e

poder

para

obr-a

o

modern.ist.as

ident.idade

uma

Trint.a

os

or-iginária

insumos

e

Brasileira<da

Cult.ura

reposição a

mest.icagem

da

ont.ológico

núcleo

de

e

da

anos

supremacia

vint.e<Brit.o/1993>.

int.elect.uais

devot.ados Incluem-se

do

ao

ocupados

t.ema

como

86

do

modelo Ent.re

com

a

ag:ro-export.ador,

esses, t.emát.ica

incluíam-se da

Cult.ura

popular(Schwarzman/1984

especiaUst.as

simbólicos,

e

verdadeil"os


t.ut.o:res

represent.açÕes

das

práticas

culturais,

sociais

e

imprescindíveis

dos

na

modos

t.arefa

de

claGsi:CiaacQo

articuladora

das

inclusa

nas

at.ividades do ordenament.o polit.ico cent.ral. isso,

Para

cult.UI'al

t.odavia,

universo

no

modalidades

de

cult.ura

assumida

íisionomia

mister

complexos

dos

popular

cidade

na

for-macão

a

rnet.r-opolit.anos

ernergent.es

sugestiva

most.r-aram-se

inst.ant.e,

fez-se

à

no

Rio

politica

pela

de

no de

ext.z.at.o

pais:

algumas

Janeiro,

cult.ural

música

um

daquele

nacionalista;

rítmica-percussiva

a

ilumina

delinearnent.os sociais mais ger-ais. Em que medida? No

est.udo

sobr-e

Nicolau

Sevcenko

observa

cidade,

desde

a

década

baseada na a

••emoção".

A

t.ambém,

é

ao

cult.o

encont.:r-ar-ia

de

dez,

algo

de

São

o

vibração

o

do

e

ao

diário

popularidade

assumida

pelos

rit.mos

no

vi.st.a

aut.or,

sinal

pont.o do

de

"aqui

homólogo

agor-a",

e

no

do

capi t.alismo est.rut.ura

na

ao

lado

uma o

com

percussivos

dest.a

dos

cult.urd

esport.es.

A

rnonopolist.a

indust.:r-ial

desses

graças

const.ituem

''.ar-caico

do

da

cidadania

da

caos

movimento

simbiose

hist.oriador

crescimento

apar-eciment.o

sobr-epõe-se

na

Paulo,

result.ante

viceja

energia,

máquina

da

de

alienação

especifica,

hedonist.a

binária

dinâmica

a

:fundada

homogênea,

sincopados

devot.ada

que

Est.a,

t.ecnológico"(l992:67). e

met.ropolização

:r-ituais onde

pujança de

realidade

a

rit.mos

musicais

e

dancant.es, capazes de pr-omovéz• "êxt.asés órficos". possível,

seja

Talvez compreender a

dest.e

br-asilei:r-a("moderna") pela

0

populaz·

assim

de

o

~c:iona.l

e

da

acão;

a

encampá-la

como

símbolo,

em

de

manobras

int.erf"e:r-ência Maria

do

Isaura

ancoradas vácuo,

a

digressão

nacional

baseado

nela

mest.içagem

poder

da

meio

a

sua

sociais

urbanos,

descont.inuidades

quant.o

festa

proporção

malha

no

aspect.os:

de

enquant.o

pela

materializado, complexa

ident.idade

co.nbinaç~o

cult.uroõil

artist.a

popular-

social

popular,

carnavalesca.

o

int.e:resse

carnavalesca

assumida

cont.ext.o

87

uma

.=t.

UI'bana.

pelo da

Por

não

mit.o

cidade, isso

novas ocorre

da

urbana

quando

Explico.

das

ant.re

o espaço

outro pont.o pe:rmi t.e ent.ende:r

Quei:r-oz(1992),

cent.ral

na

dois

manif"est.acão

na

de

segment.os

das

aonf'"iguração

sambist.a,

Est.ado

Pereira

no

mas

do

amplos

e

dinâmica

nos anos trinta. A ênfase em um e social

Sevcenko,

de

.;;;,.ao;oler....ção do t.empo.

lancinoG~ont.o

int.eres:sa nessa

e

inferência

moderno

novos

pela

t.ant.o

oxp,;orimont..Qndo a

mit.o

pôde

mêmória

sensibilizados Nos

da

sensualidade exultada dêiro bat.ucada do samba como igualmente

mat.erializador-a

acolhida

part.ir

a

Segundo forcas em

um

solidariedade

possibili t.ando coube

da

ao

a

element.o


musical, o

o

efervescente

interior

produção

do festejo.

music.al,

papel

de

mobilizai'

Basta. lembrar a

consagrando

soci.::.do&~de,

a

existência,

e

ast.ros

na

estrelas,

caz-.r-eando-a

época,

que

populares

em

prog-ramas

fonográficas.· E

samba

e

shows

acompanha

ou

por

estendia

meio

popularização

a

do

emitidas

radiofônicas

ondas

as

via

o

rádio

de

a

reproduções

Carnaval

Rio

folia

dos art.ist.a.s

das

do

uma

t.oda

de

para os momentos ordinários, seja pela participação ao vivo

par-a

carioca,

Janeiro

o

par-a

paillii(Vianna/1994}.

Revela membros do educação

Piment.a

Velloso(1987b)

g-overno Vargas em

patriótica"

iniciativa grande

Monica

de

seus

fes:t.a

"civilizar o

massas

das

como

locus

de

empenho

samba",

A

populares.

e

produtores

o

int.érpretes

fazendo

Samba!

org-anizadores

os

de

aproveitar

profissionalização

o

e

Carnaval-Espetá.culo

exposição

de

bens

seus

consist.e

simbólicos

mesmo modo,

não se

t.rata de

trânsito

muitos

sambist.as

Faz-se

primeiros

ou

de

necessário

mero

acaso

nos

averiguar

o

no

amplas

a

vitrine

parcelas

circuitos

context.o

do

"peça de

est.ava

na

também

da

para

das

momQnt.o

ou obra

por•

suas

casual t..erem sido os

administradores

ent.ão

dele

contrapartida

imag-ens: públicas. Pode parecer• r·edundant.e mas não é sambistas

demonstrado

de

Escolas

de

pz•ivilGgiado

de

sociedade.

Do

da

volições

poder

pessoais

local

e

o

nacional.

sócio-hist.órico

brasileiro

dos

trinta

o

período

de

como

det.ent.or

do

anos t.rint.a, onde os sambist.a.s t.ransit..avam. panorama

O

íort.alecirnent.o monopólio

à

do

inclusividade sociedade t.aref"a aquele

da

uso

e

cent.r·alidade

da

violência.,

dos

maximização

capit.alist.a

brasileiro

da

lucros

ordenação

dos

gr-upos

dos do

Est.ado

da

dinamização

a

de

um

do

concatenação

da

racional-legal

26).

a

Est.ado

um

dos ,J;rupos:

da

padrão

e.s:t.rutura

r1a

abrans-e

ordem

do

aceleração

com

nacional<Ianni/1963:17

"int.e-g-radora"

anos

processo

societ.ário

Indo

dos

se-us

membr-os.

Pois

indust.r-ial

organizado

est.á.

além,

de

perfil

conglomerado

pela

conect.am-sze

mais:

mor-t.e, a

condições

da

supost.a

de

na

alongado,

ins:t.it.ucional

Sociedade cuja vont.ade de poder quer decidi·r sobre a emoções

volt..ada

compet.it.iva-verticalizada

processo

no

econômica

moderno.

vida e

cidadania

as

e

mercado de t.:rabalho.

a

Paralelament.e, cobrando

relacionamentos, dizer

que,

esboçado, meio

à

o

desenho

incide

sua

na

da

urbanização estabilidade divisão

condut.a

espe-cializacão

das

social

racionalizant.e

como

art.ist.a

88

crescente

o

posturas. do

trabalho

adot.ada

popular.

A

os

intrinca

pelo

que

SÍE;nifica

cult.ural,

ent.ão

sambista,

aut.o-orientação

em est.á


art.icu..lad.oa

sirnet.ricament.e exigidas na

observar do

situação onde deve códi~os

os

sociais

da

e

comedimento

ambient.e.

A

primado e

:foment..a o

Port.ela

é

sempre

para

mant.ivessem

Sant.os/1989),

dos

próprio

os

da

seu

O

mediação

famosos campo

alguém

e

pés

ao

do

cult.ural

que

por

cobert..os"

ganhou

das

em

depar-t.ament.o-s mão-de-obra de t.er

Marinha sido

e

dos

envolvidos

roupas

fraque

e

t.ambém das s:êZ'

a

dos

Est.e

:C.a.t.or

.;:;;.

e

fez

de

a

como

um

Paulo

da

exigência

Cruz

Oswaldo

requint..adaCDa Silva aos

gost.os

social do

das

por

fazia

nos

Ele

negro.

cont.at.os

Colloz·,.

com

nomes

exemplo)

Cassinos

da

do de

dos

mesmo

da

e

do

Urca

e

t.eat.ro

das

de

Rancho de

int.erc.â.mbio

Met.ro

foi e

Grande

alocada do o

t.rajes

a

a

Arsenal fat..o

Sociedade

de os

inspirados

Goldemayer:

possibili t.a

ele

Cl"iando

Ou ainda

frent.e(com

da

musicais

e

quais

r-evist..a.

cenarizações.

do

por

Port.ela ..

admínistr-at..ivas, numa

comissão

cart.ola,

Port.ela,

ant.es

plumas ou apresentar carros com eíeit..os. É

respons.áv&l

decisivo

maneira

novidades

e

usar espelhos e

Musical

pionerismo

extraiu

dança:r•inos

Por-t..el.;:;.

Esc:ol.a.s,

do

feit.ura

que

alas

que

especializadas

a

por-

samba;

integração

Lindolfo

profissionais

com

Escola

bengala).

das demais, a

razões

comissões

t.écnica

est.a

nesse

Caf'é Nice:l-6.

int.roduziz·

element.os alegóricos, nas

as

sugere

comandada,

conviver

grupo, já que para ele est.ava na

e

exibições

o

cor-responder

not..oriedade

ex-minist.ro

meio

de

de

ascensão

de Icaraí ou em lugares como o Ist.o

moral

exercida

"polir"

Conjunt.o

crit.ério

chave da

polit..icaCo

da

pard

cabe

da

definit..ivament.e

cult.ural

em

esforço

component.es

obedecia

samba) a

foi

lhe

embebidos

exigida

impõe-se

plat.éias para as quais se apresentava o sua art.e(o

claramente

impulsos,

cult.ur.a

caso

"pescoços

os

hegemônicos,

da

o

emblemático.

que

por sua sobrevivência e

desenvolviment..o do campo art..ist.ico popular.

vez

uma

competir

economia

est..et..ização

Mais

e

p:r-oviaibilidaclo

pe.l.a

pollU'a

que

consolidac;:ão o

e.vent..o

no

:f"&minina

d.isS"olv&Q&~<Iôl>

.a

int.Qorior-

Q.Coim"'

do:;.

êle uma a.z.e.na onde s:e degladi.av.am .ar•ru.aça.iros ir-:r-..,.spons.á.veis.

Será

a

part.ir

primeira, música e

de

'

uma

idéia

de

Paulo

que

em

1939 ~

pela

vez

enredo são combinados. O t.ema era Teste do Samba; os

con&:tam episódi.o• si.gnif'i.ec;~.ti.vog. Em sua bi.ogro.fi.a. c:i.eéroni.o..., ~ uma. a.utori.da.de eetra.ngei.ra. i.nêdi.ta., do um~ Escola. então de visita., samba, a. do profea&:or da Sorbonne de Po.ri.s, Henri. Wall.a.n, Port•le... Em S939 participou da. •xibi.Çao, "folclórica.", a.lri.z Jo••phi.n• Ba.ker. Doi• anos depoi•, participa do eepetó.culo mo.estro • musi.c:ólogo ta.mbém norte-a.meri.ca.no Aa.ron copla.nde. No mesmo a. no, da.nço. paro. outro norle-a.meri.cano, o empresário da cultura. Wo.lt Disn&y. Existem espec:ula.ÇÕe&: no &:<õtnti.do de atribuir a. e&;sa. oca.si.ã.o o fa.t.o inspirador do persona.g•m Zé CariocalDc;~. si.l.va. & Sa.nloa/:lP&.I>::lao-:U.

""

89


componentes

um

vieram

quadro

e

de

ouro",

às

ali

apaz-ece

do

bicho,

ele

cansoli UCLI'a

o

em

a

1932,

Escolas

quando

ordenação

da

da

iniciativa

de

do

à

t.anto

cen&

que

como

t.ambém

por o

a

alegor-ia

•est.eve

inst.it.uição e

assinavam

a

isso

do

do

no

nos

"livro

valores

"pat.rono"

popular·

Nat.al

que

do

doavam

figura

banqueiro

comandante

do

o

jogo

ascende

no

"pat.r-ono

da

set.ent.a

se

anos

de

à

íigura

procissões

nas

cordas

à

exceção

das

na

em

t.ermos

da

decisivo

ao

fundament.ais.

alas

ficou de

afro-brasileira,

colonial,

baiana.

quando

as

Ora,

estabelecida

baianas.

Maria

na

inserida

inst.r-ument.o

subalternas da

pPest.ígio

quant.o

re~ulamentacão

classes

o

Paulo

poliment.o

regulamento,

lendária

memória

de

dimensões

presença

t.r-adicão das

de

Mas

princípio

percebe

par-t.icipação na

o

primeir-o

uma

aumsnt.asss

lhe

Port.ela.

ganha

da

que

volunt.a.rismo

da

urbana,

Queiroz

ident.ificado part.e

ou

de

que

regulament.o t.ambém det.e:I"mina a sopro

sambist.a

lendáz.io

no

Desfile

rna'Lerializada

t.omavam

E

elaborações

confecção

de

da

personagem

t.ipo

acumular

"invencão"

legi t.imidade carioca,

do

obrigat.oriedade

Pereira

Isaura

bairro

Silva

apre:s:ent.acões

macro-est.rut.uracão

em

O

t.endo

.

das

das

pr-of'essor-,

próprio Caz-naval da cidade, como

compar-ece

exuberância

do

com força:

da

do

embr-ião

avidez

distincão

aju.st.e

de

Port.ela

impulso.

primei:I"a

entidade e

... __ . 1!5')

t.omou

Nat.alino

a

com

comerciantes

vez

José

A

Paulo,

Isnard/1978).

t.ambém

Escolas,

pela

int.erior da

Foi

qual

no

monetários

e

e

e

set.e vit.órias seg-uidas da Escola no concurso, ent.r-e os anos

quarent.a.

alegria"(é

alunos

nebro(Candeia

comando das t.rint.a

de

Car-naval

no Afinal

é

negras

o

sinc:rét.icas(1992:175-8).

de

est.e

baianas mesmo

p:I"oibição da presença dos inst.rument.os de do

cavaquinho.

O

propósit.o

é

claro

em

si

do de azar, em pro\.bição jogo 1947, i..mergi.u o bl.cho Lei e isto a.celerou o. suo. expa.naão peLos subUrb~os co.r~oca.s, o conlra.venÇã.o com a. a.acensão do.s E•col.o.s d.. Sa.mba.. A fa.n>o. de ocorre entrecruzando go.nhos pelo. Portelo., que admi.ni•trou nes•e i.nsto.nte, grc:Lç....,. c:LO& ti.t.ul.oe contudo, que Q "mã.o-de-ferro". É preciso f,r:i•o.r, eUQ entro.da. para do entidCLd.•. o que o d~ferenci.a. Clg'r&mi.a.Çã.o ocorre nos pri.m6rdio& doo Ai.nda tornou-ae ato bi.chei.ros. aim um modo lo i.no;:piro.dor patronos futuroa pa.ro. Por

oe contrc.vent.ore•, em exemplo, em tP8?.

camerC&SI exi.bi.Çêi.o

de feita.

TV

a.o pela.

Ledo Portela.

r~

ao

do

preat~gi.o

alco.nço.do com Carno.vo.l. o fot.ogrcJi...... jorna.l.W.ti.ocae • II da Ingla.lerra, gro.ÇQ.S a celebri.da.da em vi.ai.ta. a.o Ri.o.

Na.t<:Ll po•ou pGU'a. do Roi.nha. Eti.2abeth

pa.ra.

a.

Ani.% Abrao Da.vi.d é um exemplo, Ta.nla.e o.ssi.mi.Lado& e m•todoa f ora.m o que leria sido "revoLução" exa.lt.a.do na. i.mprensa.,a.o ba.ncOT uma. est.éli.ca Sambo;~. e moderni.za.d.ora. ® Escola de B&ija-Flor de Ni.L6potili> do pr6pno é categ6rico Ca.rnaval, o to em afi.rma.r que gra.nde "aprendeu com carnaval", i.n•t.g,ura.ndo o Na.t.a.l m••mo pa.drã.o di.la.lori.a.L do comanclo nQ. "•ua" Eec:olo.,

90


mesmo:

diferenciar

o

percussiva

do

A

um

seu

desfile

samba.

ent.ão

condicionant.es

elementos

no

ent.:r-e

consiste

o

estou

ou

as

funções

concretização

das

a

entre

Samba,

a

as

é

bom

É

da

e

crenças

a

como

os

informam

passivei

dos

o

not..ar do

agent..es

que

sociais

a

dos

cerimoniais

posição

sociedade.

da

a

dizer,

disposição

prát.icas

e

embora

maneira

de

aos

evidencia

expresso,

instant.e.

e

forças

de

e

rit.mação

exclusividade

lógica

relações

e

na

t.axionomias

naquele

carnavalesco

ent..recruzamento

ver

em

t.écnicas

entidades

fr-ouxo,

observar

seja,

ent.idades

das

ainda

querendo

importa

a

Escolas

algo

as

assent.a-se

modo

das

t.ran.sfig-urados

âmbit.o

do

int..erioz·

const..at..ar

na

dest.e

fosse

apresent.ações,

que

cor-tejo

maquiavélico;

const.it.uint.es

conluio

rit.ual

Não

sociais

das

objet.ivacão

o

Garantindo

acima.

descr-it.a

uniformizar

demais,

exi.st.ent.e

int.encionalismo

que

dos

economia semiótica do

codificação sit.uação

codificadora~

normatividade

na

permit.e

at.uando

na

modelagem do visualiz.ável, ist.o é, do socialment.e aceito. Dit..o isto,

diretorias).

era

de

frente"), os

sambistas

casal de Em

enredo).

e

rit.mo

que

por

fila

indiana,

ant.i~o

de

e

versador Eis

pelas

de

o

os

harmonia

do

canto

e

na

sob

o

pelo

grupament.o

e

conta

da

de

nas

presenca

just.ament.e as

Oscar-

das

das

Bigode

e

e

versador.

futuras

da

bat.eria,

laterais,

Na

segundo

das

plat.áias:.

da

ao das

de

qual

mar-cha

Mas

Rosár-io,

unidade

alas

à

concepção

Ernani

segunda

o

puxador

"herdeiras

baianas.

época

exibiam-se

significado)

diversão

das

cai-manchão

desfilavam

fant.asiados{germe

"pede

nome

samba{cuja

segundos

sent.ido(direcão

harmonia,

como

em

um

mest.e-sala

de

destacada

então na Portela, elas ali estavam para "mant.er a

Unidade,

público

do

At.rás

de

t.abulet.as

casal

que,

trint..a,

frent.e{chamada

puxador

diret.orias.

seu _pe:r-cuso

<Da Silva e Sant.os/1989:61) -

anos

de papel nas cores da agremiação,

brasileiras",

populax-es

diret.ores

primeiro

fica

tradições:

pelo

e-ncerrada

int.eressant.e

dos

saldando

comissões

das

em

em

e

pêlas

cor•t.ejo).

fes:t.iva-es:pet.acular

cordas,

Escola

anônimos

era

desfiles

abert.os

port.a-bandeira e

iam os

pr-ocissão

o

emana

no

integrant.es

desses, A

eram

da

com fit.as

mest.r-e-sala

t.orno

primeiros

primeiros

improvisada

de bambu decorado os

nome

precedido

porta-bandeira e part.e

o

Logo

''linha

dos

abstrat.o,

passagem"{cont.endo

de

texto

t.anto

um

modo

o

o

lado

dado

das

melhores de

dois

atuantes

do conjunto" O

ver- mapa 01.

quer-em,

manunt.enção

91

t.écnico-funcio~,

do

rit.mo

da

de

or-ganização

da

evolução

coreográfica,

mas


~~-------EP~e~d~e~P~a~s~s~a~g~e~m:___________1 -u~

u;----J·

(\(\ Comissão de frentel

\____/~

Porta-bandeira

12 Yiestre-sala

t?

lQ Puxador

"<+ p

1º Versador m !-'· ~

m

Carmanchão

2Q Porta-bandeira

2Q Mestre-sala

Dire tor de bateria

w

o


t.ambém

a

unidade

he~emônicos

grupos

respeit.ável

no

à

devot..ado

:forma

reguladores próprio

do

signo

cont.undent.e

lugar

0

do

O

os

mesmo

caminhos a

Desf'ile dos

orgão a

algo

é

nat.ureza

das

onde

o

Com

a.

toda.

associado

lhes

volume

de

do

disso,

de

que

sez·

ocorre

samba

um

desloca

at.é

classiíicacão,

o

samba.

mesmo

do

o

afiliadas,

manifesto

naquele

os

o

at.o

das

t.runfo,

apoio

o

que

então

seu

primeiro

musical

para

financeiro

em

grandes

rí t.rnica-musical

cult.ural

dit.ando-lhes

criador

inst.ant.e

Augras/1992:92).

gênero o

suas

st.at.us

Element.o

t.arnanho

event.o marca em 1934

ocasião.

peculiaridade

fazer

do

sociedades, procura

se

present.e

na

amalgamado

president.e,

:reivindicar

às

deixa

suas

à

Flávio

junt.o

a

associadas.

O

••

cutti.va. verda.de~ra. mü.s~co. no.c~ona.L, i.mp~m~ndo em esaenci.a.t cunho br0$i.Li.dcu:ie. (. , . >ExpLi.çg.e;lg.e o que de ato. o.gremi.o.ça<:>, sob VOGSO pa.trocini.o, núcLooa, oom tota.L a.prox~ma.ào do mi. L componentes, i.net.rum•nloe próprl..o., própri.oe c:orlejoe na.c~ono.i.s,

propo.go.nda.

quant.o é

às

as

que

ext.ensas

cada

vez

fazendo

r•ssurgi.r

••

fei..t.o

tem

ressalt.ado o

evidenciar

que!'

ent.re

na

Federal

moti.voa

Not.a-se o

originada

dai

para

Algo

........

um~

dirigente

razão

est.ilo

esclarecedor. Apresent.a as Escolas de Samba como:

b<:U~•a.dos

e

um

dispunham

sist.erna

das

hegemônicos

blocos"(Apud

prest.ígio

20

de

em

seu

disposit.ivos

part.ir·

maniíest.ação

valor

Samba. A razão da ent.idade est.ava em

Na

"alcançar

Dist.rit.o

composta.

Samba

de

dos

o

núcLeos

ba.ee

do

camando

sambist.as

nacional.

do

o

dos

Escolas,

t.:recho abaixo é

t•ndo

que

na

codificação do

percorridos.

e

carreou

Os

máximo,

exat.ament.e

invest.ir

Preíeit.ura

est.at.ut.o

que

Por

alt.o

nos

brasilidade.

E,

o

desenvolver o

inserção

carioca.

significat.ivo

de

Brasileira.

ser

capaz

ranchos

Costa,

podem

o

ident.i:ficar

próposit.o de

met.a

simbologia

enr-aizada

enfat.izar

a

Cultura no

ê

símbolos

da

exi.st.ent.e)

dançant.e

da União das Escolas de

como

pat.ente

do

aos

passa

pela

Carnaval-Espet.áculo

saber,

e

lut.a

saus

&

inst.âncias especializadas na produção dest.e bem simbólico.

de fundação

assumir,

a

inst.it..uicõas

na

carnavalesca

Fazem

musical

que

legit.irno,

produtores e

:folia.

da

ant.eparos

sociedade

uma

do

Desfile-Espet.áculo,

prest.ígio?

em

invest.ir

legi t.imidade

compet.ência

rít.mica,

mat.éria-prima t.ransíormado

da

gênero

con:ferir

poderia

em

de

pa:rt.icipar

de

a

inst.lt.ucional

sent.ido

das

signif'"icacion.al

dispost.os

campo

reconhecerem{no

e-

ideológica

bases

a Jnais

em

ru<1, Feela.

t.eor nacionalista das Escolas de

sociais

das

potencialidade numerosas

92

de

o

Escolas.

de

camadas

O

discurso

do

popuLaridade{pois operárias

urbanas)


nos

ser-iam

estes

samba

às

baseados

populações

tomados como, na

grêmios

novos

cont.ida

elo

o

ent.re

p:r.agmát.ica

do

musical

Samba, a

rua.

A

A

e

o

t.r-unf"o

samba

em

sentimento

o

ver,

seu

de

narração

episódios

manuais hlst.or-iográíicos, após a

port.ant.o,

t.át.ico

mui to

as

para

foi

os

ambos

07

de

exalt.ando

proibir

no

reconhecida

ano

seguint.e

indicam

Sant.os/1989),

lados.

realismo

inst.it.uicão

do

julgamento

submet.idos

à

avaliação

Prefeitura.

Era

mas

adequar

julgador-es<em tema

do

esses sua

folclore).

do

um

de

próprios

que

seu

na

corpo não

critér-ios

a

de

e

às

e

<6

cor-tejo, de

pela

Faladeira

e

a

decisão

irnaginação"(Da Est.e

pública:

é,

Br-anca de Neve

os

jurados

tinha

Silva base

e na

eram

escolhidos

pela

critérios

do

concu:r·so,

dos

valorações

grupos

preocupados

intr-odução

de

elementos

de

com

o

"novidades"

compoai..loree Eala.Çêio Prime-i.ra. coro de do Mo...-.gu•i.:ro. onda.a d• rá.di.o. E a. E•coLa., em :LPB?, pela.a Alemo.nho. Compos-itores do do Sonho do.s Morro, fctla.ndo juala.menl• vi.a rcidio, chega.r a. lodo& oe cClntoe -.do mundo, repr•••nlctndo o llrG..ai.l. Em

pelos

Est.ado

o

Samba Vizinha

intelectuais

const.ante

do

didat.icament.e

desclassiíicacão,

tácito.

via

de

.

A

apenas aos

jornalist.as explica

ou

pacto

exibição

adequar-se

maioria, O

da

do

"est.rangeit~o

t.ema

o

preciso

ost.ent.aç ão

na

Escolas

propagados

por ter· apresent.ado um enredo considerado int.ernacional da

Nesse

.

consolidação

Samba

União das Escolas de Samba, em 1938 da Escola de

apesar

é

transformação

pela

&

brasileira

Escolas

ent.ão

es-t.ava

ela .. na

são

objet.ivo 06

o

Desfile como uma ópera de

reforma Capanema

entre

r-elacionamento

&st.e.s

bras1"li·dad e

de

dramática,

his:t.ória

da

que

o

det.ido

isso

pa>-a

r-elacionar

he~emônicas

Para

nacional),

decisivo

fator

unidade

e

personagens

o

nacionalista(expresso

símbolo

é

Logo,

Augras(1992).

Monique

do

brasileiro.

demais<pois

nos

int.encão

pob:roes,

for-ca que íormat.ou definitivamente o

samba-enredo como

os

sociais

povo

s~a

com

explo:raç:ão gênero

segmentos

"autêntico"

o

concordo

sentido,

dos

elit.ist.as).

ausent.es

nas diversas r-epresentações discursivas

sociedade,

reenfat.izar

~rupos

em

..

carnavalascos

chegou •n:r..,.do 8<:lmba.,

17 o

é exempLar. A si.gni.fi.ca.ti.va. mobi.liza.cao da epi.&ódi.o da. segunda. Ou e-rre;~. alguns grypos da eoc~edade c~ vil, em aoeiedcu:ie na.ci.ona.l, rea.li.zetd.a por ao lo.do dos defesa. da fa.vor da. pa.rli.cipa.Cao bra.si.lei.ra. onda. pa.tri.6ti.ca.. Vélri.os expedientes fora.m uma motivou democra.ci.a., feetejoa carnavg,leaeoe, Mo.rchi.nha.s fora.m i.ncLu.i.ndo o• uüli.zo.doa, no.c:i.ona.l mesmo ··ca.rna.vcü de Guerra·· exa.llClndo G. corg,gem um composta. Eacolg,a sa.mba, orgg,ni.za.doCTupy/1984}. de fora o.c: lo.rna.ndo oa feitos tupi..n\.qYi.ne l""'lota.dam•nt• a Portela, •LClboro.m certo, t~l i.ni.cialtva conta.bi.Li.zou no conflito i.nterl""'la.ciona.L. E~;~coLa.s jul""'lto preci.oaoa pontoe nCl legi..ti.mi..da.de segmentos médi.os em roLacã.o ~ atmosfera. da sociedade carioca, sensi.bi.lizo.dos patri.óti.ca, com eco nos mea.l""'ldroe do poder ofi.ci.o.1..

N••l•

93


ao íormat.o dos

do Desfile e

quesit.os

t.ant.as

e

a

mudança

ob:ri~ações

das

desobedecido

vezes

inst.ant.e surgem as

pe:rmanent.e

das

na

Escolas

de

ânsia

reclamações

nos

previst.as

superar

cont.:ra a

it.ens

as

de

nos

julgament-os

:reg-ulament.os,

concor:rent.es.

''descaracterização

Nesse

dos

desfile

de samba: oe a.presenta.ra.m, outro. que verdadet.ra. fi.nali.dade. Vi.mos eecola.e i.nstrumentoG sopro, de comisaõos

escola.s

a.LgumCLS gua.rda.r

Se

&oubera.m completo

OUQ

Q

a.legóricos,

ca.rros

A

••

parcialidade

pela

pragmát.ica

pelo

concurso

a

cent.elha

uma

plat.éia.

E

evento.

Haja

t.rint.a e

da

e

ist.o

t.orna-s:e

vist.o

quar-ent.a

est.ão

cat.ivant.e,

com o

int.uit.o

pois

represent.at.i vos

de

uma

int.rodução

grandes

o:rquest.:ras

exemplar

present.es

às

do

à

às

de

aspirações

da

elaborador-as:

do

nos

anos

desfiles,

de

lo~o

ist.o

fazê-los

''brasilid.ade".

a

dos

a

dos

necessidade

surgidas

t.elúrica,

momento,

Lograr

desenvolver

"balanço" aos

bat.erias

enquant.o

inst.:rument.alização

rít.micas

nacional nas

passado

dispos:içõas:

mais

QS

para.

responsável

obriga-lhes de

com

mot.ivada

agr-emiações.

car-navalescos),

identidade

a

bast.ant.e

das

dar

empolgant.es(e

fazê-los

o

com

etc.

perdendo

Est.ado,

cont.empo:rânea

novidades de

o

submet.idos

es:t.rutu:rant.e

inúmeras

as

e

as

ent.:re

mecanismos

cujos

ea.mba. cavalo,

aclt.matando

com

jurados)

e

••

consorciação

insat.isfação

a

hist.óricos

ret.órica

na

ma.i.ort.a, de$vi.rtua.ra.m

acabar

võ.o

Escolas

expressa

competição

persuasão,

de

apresent.at"

gera

••

estão

rcmchos

ent.re

e

interesses

El=

os

relação

desfiles,

afet.ivos

móveis

na

público<anônimos

do

modalidades

é,

dos

dos

devido

simpatia

samba..

de

neste a.nda.r, cidade Not.l.ci.a..e./1a-o2-19a7>. de

da

rodes

valo:r,

escola

maLS

:lato

samba que tradt.ÇÕeê,

de

ou~

prat.os

inspiradas

nas

É

met.álicos, congéneres

americanas. out.ro

De

entr-e

as

ângulo~

Escolas

e

indicado

inst.it.ucional,

Avenida

Sociedades

e

corsos

inconsistência em aos

Rio

sarnbist.as,

parcialidade público

poder

nas ' const.ant.es

onde

aut.omóveis.

Z"elacão

ao

apoio

est.ivesse

t.raco

recusas

se A

conferia ao

um

Desf"ile da Praça Xl

Branco,

de

embora

mesma

o

moment.o, em t.ransf"erir o ent.ão

a

precar-iedade

Prefei t.ura,

para o

palco nobre

mesma

oficializado

de

da

apresent.avam

monet.ário

relacion.ament.o

Ranchos,

hesit.ação por o

part.e

event.o.

era do O

naquele da -

Grandes

revelada poder

que

na

público

leva

Paulo

da Port.ela ao prot.est.o abert.o em 1946: Pref ei.tura. bom

c::omo

••

do

do

i.mpo~t.oa,


lal

i.nlc:~oo

do

.;o mo

om melhores estabelecer, de samba, ftnancliiro às escolas rnáxi.mo do poVO(Apud Da. SUva. e

no

apenas

argument.o

de

int.erior

do

Desf'ile

possibili t.a

post.ular

um

out.ro

Samba.

Elas

não

Escolas

:focos

de

de

at.ração

exercido a

uma

pelas

Escolas.

realidade

claros

garant.ir-lhes

um

próprio

um

signilicava com

o

a

ônus

do

de

o

diversão

a

por

transição,

elet.ividade

de

um

as

diferent.es

IanniC1971)_,

fala

incipiência

estudando de

uma

ação

O

é,

a

no

novo

Est.ado.

qual

o

capaz

ins:t.ãncias

politicas

das

grande

da

ost.ent.a

do

que,

ou

est.e

dinamismo

não

totalment.e

sociedade

econômicas

a

superior

Escolas

arcar

de

as

sendo

não

Além

lhe

é

vai

moment.o,

aut..onomia

que

t.ornaram-se

dado

cult.Ul"ais

não

relação

protagonismo

do

planejada

em

coadjuvant-es;

bens

no

carioca,

autoridades

ordenament-o

as

Carnaval

cujo

part.e

divertimento

reacomodament.o

popular.

de

e

a.uxtli.o

meueL

um

t.endência

de

organizar

de

possibilit..ar

especial

gri.loe

das

mercado

de

turistas: -

meras

período

de

do

próprio

mais

assim

capazes

cuidado

Octávio da

Ainda

mundi.a.L,

pa.ga.mento

indícios

folguedo,

consolidada:

delineament-os

vive

são

do

guerra.

o

Sa.ntos/:l!P89:128

mas

e

aegunda.

de

t..rat.ament.o

t.uríst.ica

mercadológica

percepção

atracão

Paulo

no

da

condi.Cões,

nacional.

governarnent.ais,

por

part.e

do

no

modo

de

Est.ado

naquele

momeotnt.o.

Est.a

fragilidade cont.idas

pot.encialidades exploração. adot.ar mesmo Dai sob

de

a

suas

a

ação

acima..

sedes.

Haja

vist.o

empenho

carnavalesca(a fac.cões

Escola

in:fluent.es

da

recursos econômicos a A

carência

ordem,

ao

DIP,

a

de

soci&dade,

ligadas

ruas

durant.e de

polít.ica

do

o

para

a

fundarnent..al.

ao de

o

est.at.al

para

para

aut.o:res público

Costume-s)

não

da

respaldo

policial,

poder

f'ast.ejo

essa

ou

populares.

os

Turismo

mercado

efet.ivo

t.lli'ist.ico

ressalt.a

Delegacia

t.ambém

Samba)

r-ecursos

intervenção

pela

uma

cont.ext.o

na

como

Divisão

de

sua

manilest.ações

Escolas

as

nas

falt.ava

E

BrasilCFerraz/1992).

exibi:r-

ordenado

no

esboçado,

apenas

da

est.aroem

se

par-a

das

basicament.e

concessão(enrlt.ido

Subordinada um

dar

à

abert.o

de

as

com

lidar

desenvolviment-o

ideológico

se

campo

modalidades

o

visando

uso

Est.ado

carioca,

diversas

manunt.enção

da

necessário

mais

do

mesmo

Carnaval

cult.ural

do

pela

soment.e-

coniigurar

as

polít.ica

alegação

alvar-ar

no

implementação

porque

elencados t.ão

Falt.ava-lhe

uma

interferiu

do

e chegou um

a

set.or

cult.ura nova

entidade

provenient.e

acumular

no

das

prest.ígio

e

serem invest.idos na ampliação da sua legimit.adade.

econôrnica

junt.ament.e

1>5

com

a

'tímida

part.icipaç:ão

do


poder público, superar

posição

sua

alternativas delas,

em

somada ao imperat.ivo de reunir es:for-ços capazes de fazer-

de

patrocínios.

1947.

Despert.ando

porto,

com

o

econômico

Carnaval,

é

Este

o

de

a

Escola

traz

que

setores

o

liberais

é

repete

o

f'eito

por

ent.re as Escolas. União

das

mais

Escolas

de

já na

quatr-o

a

Fomenta

18

polít.ico

e

ao

o

Essa

de

nova Escola t.ern

outro,

o

hegemonia

desfiles,

dois

oficial,

Cont.ando

inf'luent.es

de.

primeira péll't.icipacão no

vezes.

c:riação

Samba

junt.o

ligados

Serrano(Oliveíra/1999:51-4).

est.ivado:res

campeã

às

Samba para

PCB

tanto na Prefeit.u:ra do Rio como no Palácio do Cat.ét.e, a ascensão vertiginosa:

de

em apoio à elit.e dos estivador-es do cais

Império

dos

leva

flanco

iniciativa

a

do

f'undadores

apoio

no

contra-a~aque,

governo Dutra ao do

subalt.erna

concurso

mot.iva

um

pela

racha

um

coo:rdenado

novat.a

e

pela

Federação

das Escolas de SambaCidem:55).

O x·euni:r-

sucesso

as

do

diver-sas,

embor-a

Serrano,

cont.udo,

esparsas,

1945,

Em

algumas.

Vejamos

Império

novidades

regulamento

o

deveu-se

ao

trazendo

imperat.ivo

de

conjunt.ament.e a

comissão

de

iluminação da

do

é

Impér-io esses

Se:rrano, tópicos.

introduzidas a

brasileira.

•• como

nacional.

se

a

uma

bat.eria,

a

ocorre

música,

como

as o

"t.eatro

de

rua",

em

cortejo

o

a

Homsna,g9m

e a

da o

enredo,

e

mais e t..ant.o

adoção

:Fizessem.

incorpora

partir

de

argumento

nomes

introduzira,

obrigatoriedade imposição

figuras

estavam

port.a-bandeira

assim

o

conjunto),

do

obedecer

Tir-adentes,

Escola

alegorias,

baseado

a

dos

música submissa

bandeir-a

e a

Desfile.

dever

encenado

regulament.o

enfim,

embora

de~iam

essencialment.e

de

mest.re-sala

uniíornrizando

alas,

Escola)

Exaltação

e

de

aut.o-int..it.ulando

Sobret.udo

pela

ser

t.e:ma

do

de

parte dos sambas não

indument.áriaCfantasia

1947,

Em

bases

harmonia~

samba,

:Fant.asias

o

proposto:

central

passa

e

As

no

enfát.ico:''É

dramat.icament.e

item

paz-a

p:r·ést.it.o.

hist.órica

tema

out.ro

pont.o

ent:re

complet.a."

um

quesitos

:Frente

combinação

temática

narrar

aos

de

cont.agern

let.ra

que

Tant.o

post.as.

a

capacidade

intr·oduzid.as

compositores das escolas ou quem responder pela 22 improvisar,

à

do

da O

t.odas enredo

dest..aque<t..arnbérn do

enredo.

episódios Castr-o

da

Alves,

E

est.e

história Batalha

si.ndi.c:a.lo Reei.elênei.a. l:mpêri.o Di.a.& detinha. amplos pe>deree ree<.~ree>• o.rmQJ" o c:QJ"go de Clsea.L p\.o.lo.formo. era. i.mporla.nle estra.t.ilogi..a.s. a.\.gumae no ca.i.s do porto, jó. momento que rell!lponso.bi.Li.zo.va.-se pe\.oe no.quel• grupe>s de lra.bo.lha.doree i.slo Seus rendi.menlos era.m "l•rnos", a.grupa.ment.os que nUmero do viesse hsea.ti.ZQJ". EnlS.o proporci.onai.s funç:ã.o a.peno.s quo conceder mora.as•m na.e i.medi.a.c;:õee da. Eloy d•ci.de Eeeo\.a. de Sa.mba. • ee di.epueeseem a. doa..r â. enti.da.d. o equi.va.l.enle recebi.do do tro.bo.lho d• um terno<Do. SUvo. & oli.vei.ra. Fi.l.ho/S~.t:'õ'4). Serrano,

presi.dent.e E\.oy

do

Anthero

=

••

96


Naval

do

Rtachueto,

melodiosos e

foram

alguns

dos

t.it.ulos

que

passam

a

oont.a:r·

longos sambas-enredos cobrindo em seus versos a

oom

propost.a da

narrat.iva(D.a Silva e Oliveira Filho/1981). em

de

Samba,

Escolas Escolas

de

Samba.

apresent.ando na

na

ocorre que

recém-fundada

Já a

de

comdssão-de-frent.~

narrando o alegorias número essa

t.ema nas

são

de

t.rês,

aludindo

além

passagens

definiram

um

modo

de

narrar

junt.o a

às

as

alegorias

camadas

art.ist.as

quant.o

evident.e

um

do

a

na

e-

beleza capít.ulo

década

A

est.es

enredo

da

sociedade

o

jornal

dessas

íolclórica

urbana; A

ant.erior-

e

do

por

const.it.uirem

gênero

pr•eocupacão

Des:f"ile

crescent.&

no

das

ao

E

carioca1-P

...

cortejo

bat.eria.

As

Escolas

em Por

i!ust.rando

ou

cenográficos

part.es,

sendo

eles

as

out.ros

das

event.o. Escolas

Suas apr-esent.ações

no

alegor·ia

e ali

est.ava

crit.icavam

da

pela. como

aumentar em número

emblemas Car-naval Escolas

Cabral<1974)

int.elect.uais

uns,

Para

Escolas

das

Sérgio

íocalização

cada

do

com

julgamento.

óleo,

envolvendo

cenograíias.

com o

cent.r-alidade

em

Relat.a

Globo,

"t.osco''(1974:125).

assíduos

das

popularidade

carioca.

c~municação

mais

três

o

exige

diferenciadas

alas

element.os

em

est..ilo

cont..ar

corpo

a

o

realidade),

sem

ent.rava

pintados

cor-r-esponde ao int.ent.o de vez

poderia,

incandecent.e

ao

"Segundo",

consolida

na

sugest.iva, porque elas começam a

sofist.icação I.

da

art.e

aspect.o

cent.ro da polêmica é ainda

de

não

t.ermômet.ros

nat.ureza

exemplo

seu

no

veiculada

polêmica,

íorma

médias

São o

o

se

ver mapa 02.

divis:ór-ias<Ar-aújo/1987:121) São

painés

enredo.

a

clar-o,

que

das

e

car-t.ola,

inseridas

abr-e-alas,

grandes

do

e,

Associação

Vargas,

component.Efs,

baianas

a

principal,

Escola

e

das

o

ocorrida

g:r•avat.a

lideranças

Serrano

nenhuma

300

fraquE~,

do

Império

as

grupos;

President.e

pelo

deíinit.ivament.e

surgem

ocasião

de

roupas,

ent.ão

Avenida

única,

dois

em

est.abi!idade

menos

com

dividido

agora

ant.re

ent..idade

uma

alcançado

regulament.o(confirmando apresent.ar

apaziguarnent.o

é

concurso

O

desfilar.

de

o

fundam

XI. O sucesso

Praça

t..eat.ral

1951

da

da em

t.radição cidadê

de

ver

ap&:r-:f"eiçoá-las

público dos: s:egmênt..os médios

pode moment.o

ser

int.erpret.ada

mais

consagrado

haviam desbancado as congêneres de

como da

a

folia

Ranchos:

Em 1.957 o Dc.pa.rta.mc.nto de Turi.somo do Diatri.to Fedc.ra.t ma.ndou oonfocei.OI"'>a.r uma. séri.e de oa.rta.zes divutga.l"'>do o Ca.rna.va.l da. ei.da.do. Womentoe fotogra.fa..do~;~: do De1111fi.le da..e Escold. Sa.mba. fora.m eeeol),i.doa pa.ra. fi.gura.r 1'\8&518& mtd.i.a..e turi..sti.eoso. A pa.rtioipo.ÇÕ.O de i.ntelectua.i.s fotclori.stas, oomo Ed$;on Ca.rna.ei.ro, mombro a.sstduo do juri. dos desfile& cinquenta., eonta.ra.m a.nos pontos oo• legi.ti.mi.do.de do evento.

97


'

...--'p:..e_d_e_pa_s_ea__:_gem____

L._

X

X

r]

L

X X Xde~ frente X

X

ComissĂŁo

I

J

carro; alegĂłrico

Porta-bandeira cf1>o 1212 Mestre-sala

'"

(;)

c:

o

pastoras

,_

t-'

b

~-

f, , o

bateria

!2

o

(;.-

... c"' - - - a l a s de componentes---

Porta-bandeira Mestre-sala

- - - - - a l a de

~.

S':

UJ'I-d

d~s------

ala de baianas

"'

"'o

1\.)


e

Grandes

Sociedades,

t.empos"~

dos carnavais dos "velhos

por

Talvez a

t.ão

nobr-e

isso,

como

iniciam

despres:t.ígio.

de

descapit.alizacão

que

processo

t.omados

acent.uado como

a

ar-t.éria,

iluminada

E

jurados.

nomes

out.ros

e

Iamosos

a

da

da

ecologia cent.ral

Desfile das

Escolas de

alt.a

oficial

seus

se

Samba ocupa

uma

Branco,

das

Escolas.

t.recho

ent.re a

prédio

como

os

da

Biblioteca

iam

int.ernacionais,

Mas

pist.as

os

e

GuinleCpropriet.ários

t.empos

os

redimensionara;

das

Rio

aut.o:r-idades

Brasileira.

cidade

no

convidados

Cult.UI'a

da

ao

saudosos

.

Desfile

com

sociedade,

e

Palace)

símbolos

como

aplaudi-las

palanque

o

Copacabana

célebre

do

inst.alado

er-a

Nacional

Cinelândia, onde em frent.e

a

e

2

Avenida

o

comport.a

decadência

r-esquícios

Elas conhecem ent.ão um out.ro est.ágio, apres:ent.ando-s:e Rua Sant.a Luzia at.é

de

do carnaval de "verdade"

em 1956,

eníim,

ambicionada

um

o

agora

Avenida

da

são

grande

Pres:ident.e

Vargas.

Nascida para enfim complet.ar a

e

Arsenal

o

de

indust.r-ialist..a inaugur-ada

Marinha, da

em

almejada

do

met.ade

1944,

t.raduz

prest.ação de serviços que século. Além

de,

pelo

já.

século a

a

ligação ent.re Barão

XIX,

expansão

a

Mauá

de

Avenida

das

caract.erizam o

met.ro.s)

r-egiões

do

int..er-vent.or

se deu a a

Nort..e,

Cent.ro

Henrique

Sul<Lima/1988:184-90>.

Doswor-íen(1937

a

const.rucão da Avenida. Havia,

per-cepção

do

poder

público

daquela

mer-cador-ia,

t.ornado

e

de

gr-andes

concent.r-ador-as de

seu

que

r-egião se

Alinal

recur-sos.

aplicação

sedes-imagens

de

do

com o

1945), o

e

t.ornar-a

capit.a.l,

poderCidem:192-97).

no

preços

d&afi.lea de Rancho& ona.eroni.za.Ç ao doo E&:la. Jorna.t.s do ped.odo, no.s r-eporla.gens dos evi.denci.a.-ae Avenida. pa.eaa.gena" pala. va.zi.a. de "mela.neóli.ea.e "a.nhgomente", •poc;:a. ó.ureo doo o com eompa.ra.m uma. sért.e de peequi.ea.e rea.lt.:z:a.da.e informa.Ções de

em

Enei.da.,

ta.zer a.

:I.P5B,

sobre semelhcr.nte

sit.uo.Çã.o.

Em

a.bondono

doe

lreldu2em

em

Ra.nchos seus

a.

hi&t.ória.

em

do

Co.rna.va.l

os

velhos

longas

solo

relo.la.m

público.

carioca.

Ou

cortejo•• o.noe de

o

à

os

inst.alar

ali

eo.ri.oca..

urbano,

ent:.r-e

Ora.ndee

noo

que

solução

t.errenos

que

gover-no

Var-gas,

na

de

ent.re

Segunda Guerr-a, no

forcr.m

protestes

fo.vor

enredos

e.-ua

foli.a.

o

disput.as

dos

de

na

área

Soci.eda.dee Q..S eua.s qua.ndo bCUllea.da.e o •~o livro de

reenfa.ti.va.

esta

de Jot.a contra Efegê o Escolo.s d= de Sa.mbo, prõpri.o.s As Escolo.s o. poei.Çõ.o de deele1que quo a. deefrut.o.r··moderno", da.ndo-se o.o luxo recorr&nlemenle "Ri.o a.nti.go" um seus ca.rna.va.ia pretéritos,

di.rec;:ao

co.rno.vCLl emblema.s do como moalro.rem-ee noat6.Lgi.ea.. 1'1051 quo.i.• domi.no.vo.m,

a.rqueologi.a.

da

con.sist.ia de

e

Janeiro nest.e

período

invest.iment..o

2

empenha.cia.s

de

durant..e

ansiosos Os

V.argas,

mercadorias,

Foi

alvo

surt.o

ext.en.sament.e

advent.o

cent.ral

o

comerciais

Rio

pist.as, íazer- írent.e ao aurnent.o do ílux:o de pessoas e as

durante

Presdient.e

at.ividades

cent.ro do

por suas quat.r-o lar-gas(80

Praça da Bandeira

ri.va.i.e,

Roncho&

98

Ora.nde• Soci.•dode•.


sobem de da

Cr$ 10 núl por

Avenida

são

andares.

dois

expressa

erg-uidos

O ent.ão

com

clareza

que

est.ét.ica

são

monument.alidade e Aveni.da. Do à monumental.

da.

tri.butári.a., la.r9Uf'O..

Elo.

tra.t"taÍorma.c;éio

O

:Igreja.

Hit..ler

ao

art..éria

a

e

da

conjuntos elemento

para

pelo

A

velha

amplo

e

pequena

ent..ão

de

d•

seg-undo

do

nos

poder algo

possuidora

para

Evelyn

Furquim

polít.ico

e da

à

autoridade

ganhe

acomodar

seus

Império

"maioz·

o

é

a

at.r-at.ivos

símbolo capazes

da

de

o

do

como

mobiliza%'

por

mesmo:

dos

signos

largo

o

exult.o

onde,

1982 ~, 2

da

à

cenário

segundo as

o

Escolas

1973, no novo t.emplo da

plat.éia

cultur-a

podei·

o

majest.oso

de

seu

e

t.ambém

est..reit.a

espet.áculo

classificado

meio

espigões,

Serrano

crescente

er-a

ret..ilineo

Eis

t.ornara-se

a

poz·

Exist.e

sent.ido.

com

em

encomendados

sent.ido

O

t.raçado

no

realizar-.

Branco

AvenLda

do

Lima <Idem)

g-randiosos

Spear.

Samba

c:la.ró roa.~co bo.ncó.ri.o. ·E

crit..ério de simbolizar o

Albert.

em

ali

Rio

como

elevada

de

f'uncionalidade

equi.líbno a Zona que é dela mai.or gGbGri.tos de pes.a.rá fa.vora.volmente no

e

ambient.es

Vargas

de

Avenida

carnavalesca,

Passos,

o

obedeceu ao

Depreende-se

que

Escolas

Desnle

e

~99}.

e

r-everência

Escola

divulgado

vint.e

Edison

imperat.ivo

cons:t.ruiram seu "apogeu" ent..re os anos de 1963 e íolia.

ent.:roe

va.lort.:ea.Cõ.o

Li.ma./~PSa:u>?

Presiden-te

da

articulação

o.rqui.le-tôni.cos

arquit.et.os de

exalt.ação

samba-enredo

engenheiro

os

..

ins:pü·ação

do

e

o

Viacão,

Às mar-gens

ultrapassam

concorrerá., outros-s1..m, na ci.da.de, levGndo

espaço.

Candelária

g-abarit.os

Cr-$ 38 mil.

Doca.s do Al.fa.nc:lego. eLo Ca.nc:letá.ri.o., deso.I ogo.nc:lo o centro v~sta de urba.ni.sti.co, abertura.

const.ruido,

t..eve

no

grandiosidade

de

sentido

ponto

impressões

encadeados

o

mesma Avenida,

grupo

produzir-

de

urba.t"ta.''<Apud

espaço

di t.ador

cujos

Secretário

Branco da

o

novos ,;;.e-ró.

est..udo sobre a do

pr-édios

para at.é

inst.rument.alizas

Va.rga.s edi.fi.cGda

mas.sa

quadrado

da. rent.abilidade econômica:

acrescent.a:"sob Presidente

met.ro

para

que

ia

o

cort.ejo

ver

aquele

mundo''(Eneida/1958). o

cent.r-o

popular t.ão

f'est..a

da

br-asileira

diver-sos

o e

int..eresses

como diferentes visitantes ávidos dela p.arot.icipar. Durant.e

a

pesquisa de

periódicos

da época obervou-se uma

t.ransf'ormação no t.rat.ament.o dado pela imprensa ao evento. corno os das:

•• A

jornais

do

período

fazem

referência

Escolas sint.om.at.iza novos int.r-icamQnt..os e do. músico. mem6r1.o. do compo.aso/0 no • , )"<Belo sem-Bra.co e

let:-o.

preci.saa do da. ci.da.de. cres-ceu/Na. sambo. Al.olei.o

Ma.cho.do>.

99

ao

novo

A regul.aroidade

público

const.it.ue

o

nít.ida

do

cort.ejo

t.ermômat.ro

da

SIO.Cro.li.do.de cOt"tferi.do 40 a.llu:-a.:":E certa. pC1.880 Ca.ndetéu-i.g, construi.u sou


alcançada.

le;it.imidade

acenam

para

uma

emblemat.izada pela confluência ent.re quantidade e AG

atra.Çdo

<Qscola.s,

hoJe

transf orma.m-se

que

Lnlernac"Lona.L, I~to

nâ.o

pormc.nocondo

do

f <;~.L c. r

do

eixo

urbano;

anos

mui. tas

sessenta,

ci:r·culação

as

at.i v idades

na

Sul com a

int.erno,

massa

industrial e

os

em 0

a

agora

à

no

do

Zona

medida da

substit.uição

onde

abast.eciment.o.

harmonia

mudança modelo

expansão

indústria

do

sobre

a

Rio,

concentram-se

cent.ro

O

a

Avenida

nele

ca:r-ioca.) do

o

cant.o de

se

anos

rural,

a

abrigar•

de

vindas

import.acões

é

indust.:r-iais,

pólo

encontram<por

unissono

urbana

como

sociais

t:r-opical milhares dos

:r-it.mo

O:r-la

de

vozes

acentuado,

Ali

par-a

Result.ant.e

t:ribut.ária

acelerado

da

subúrbios.

set.ent.a<Queir·oz/1992:80-2).

expansão

produção

segment.os

balne.á.:r-io

bat.erias

a

realinha-se

ambient.ando

pe:r-cussão

nos

de

a

pelo

da

do

col'ação

Nort.e,

Carnaval

pela

êxodo

t.raduz

nort.eado

supremacia

principalment.e,

do

340%,

basicament.e

da

Vargas

populacional est.ava crescendo em um

os

at.ingir

de

de

impressionante

país,

decrescem

Assim.

da

Mas,

:r-itmada

no

serviços.

nervoso

adensamento

seu& aos em clc.ro, uma noüe ou onze horas do de umc. .. ó

cont.at.o ent.re as áreas das camadas média da Zona

de

ma:r-ch.a,

e

decorrente

post.os

internacionalizados.

Sul e

dez desf~la

Avenida President.e

cidade

operária

financeiro

epicentro

a.s

o

port.uárias

est.abelecia sobretudo o

o

a

ag:r·o-export.adora.

at.ividade

varo.

d&

Hora./1.:1-o•-:1~).

de

relacionamento

o. tê

perder

carnav<;~.l

do donas

tur~sto.s

que

vezeG

querer

sem concorrentee<Últ"Lmo.

de

povo,

no

sociológica

popularidade:

nova vedeteE>,

milhc.res

<;~.traem

s.;ogu~nt~.

Nos

relativamente em g-rande.,

di.a

realidade

do

desde

processo

o

fim

da

ult:r-apassa

os

Segunda Guerra. No dois

limiar

milhões

e

energia elét.:r-ica de

kwh

no

dos

anos

meio vai

ano

de de

de

Lit;ht./1965).

pessoas.

1

milhão

1960.

absor-ver-am

t.erciário

sessent.a,

Nest.e

dos

60%

população

Nest.a

e

600

mesma

mil

mesmo

ano,

em os

Rio

o

1950,

consumo

para

set.ores

kwh

de

f"or-am

do

ocasião,

kwh.

milhões

5

parcelas

mont.ant.e

Dest.e

a

3

de

milhões

indust..:rial

e

gerados(Relat.ório

à

desviadas

recem-criada

iluminação íeérica da Avenida-Passarela de Carnaval. Fatores

esses

quando

capit.alist.as

da

sociedade

ramificações

do

mercado

símbolos.

est.es

de

São

Janeil'"o(f"eit.o

a

novos

combinados

ostest.arn expandem-se

dão

perfis inclusive

condicionant-es que

imagem-post.al

de

cont.a

lugar

mais para

de

que

as

e

as

terreno

dos

profundos

o

atuam para conferir ensolarado

do

bases

prazei'"

ao

Rio

e

do


hedonismo), conce~~o

ao

seu

socioeconônrico

es~~U~~a.do

em

t.rês:

ascendem com o

e

nele

sist.&ma

grupos,

das

descez·

espet.áculo

relacioname-ntos.

fascinante

lógica do st.at.us e

cidade; o

fazem-se

ent.ão

A

no

Nessa

de

Escolas

Samba

-

pri71l<Otir~

inferiores.

No cume da

qual

a

gl"upos

Escolas,

específica

in~e~naciona.is:.

&'<Otgundo

para os

íolia na

posição

de

DesfUe

''grandes"

patamar-

out.~o

uma

cult~a

da

lógica

últ.imas

moment.o de gala da

domingo o

Desfile,

de

numa

consagl"am-se

hierarquia,

ao

me~cado

do

o

consolida-se

ocasião

em

carnaval e

noit.e

da

fazendo

de

espet.áculo compromet.e-se

folia

&Mótica

sinônimos

áura

da

o

popular do

event.o,

na

na estrutura/sistema do consumo de di versão:

de deafi.Le escola.s atro.entEo new look do carnavaL o como Torna.ra.m-ee ponto Rancho&. eecoLo.e. agora. o aos suc&dEora.m festa. carno.va.Le,..co. ensejo.. Ávidos do espetá.culo folc1.6ri.co que a. alto desfile competitivo, cada. qual vê-LQ.S>, de a.~a•LJ:~ti.r ao seu de tra.ja.da.e, poesi.vel, a.grupando .,las rtca.ment& malS o engalo.,..,o.,..,do-e..,

TemoG ea.mba.

s6 "ba.tano.s rt.cas", aqut a.porta.m turi.st.a.s. Vêem sua.s percussã.c.. ouvem também< . . . >todo tnstrumento.L primi t.i v o de como 1..6&0, a. ve.-a.cLdo.de da.qui.lo outrod> Lhe~ então, que con~lo.to.m, Bu•ca.m mervelleux. etciÚLti.ma. Hora./:ti-04-1.964 vonderfut. com descrevem ex1..bi.ndo

9"rlfoe

m&u~a;>.

O primeiro jornal

e

desceria êxtase

inusitado uma

óríico,

sedutores pela do

g-ente

em

pel"cussão

Desfile

das

seu

desfecho

são

ent.ão

do

e

dançando pelo

rust.icidade

conce:r-t.o quase

dos

em

de

um

at.o

Um

do

samba.

Est.a imagem dionisíaca

Escolas:

de

Samba

e

no

na

mont.ados

plast.icidade no

teatro

do

an1plo

sessenta,

espet.áculo

subúrbios

musicais coro

de

também

ef'ervescido

percorre veremos,

audiovisual.

Avenida

da

carát.er

pelo e

pelo

desinteressado

cálido

musical

anos

noticiado

morros

instrumentos

primitiva.

nos

foi

just.ament.e

quando

cantando

1932,

em

event.o,

acont.eciment.o,

do

ritmada sua

as Escolas,

entre

pl"omot.or

Sportivo,

Mundo

exót.ico

concurso

o

curso

encontra

Seus ·cenários

P:residente

Vargas,

para

multidões de espectadores. o

Cont.udo humanos

e

org-anizados em alas e de

a

par-adas:

das:

força

descont.raç~o

alegria

e

pelo

do

Quer

festiva

exercida

inst.it.ucional

colet.iva

militares.

simet.ricament.e ícones

amplo

no

rit.mica-co:reog~á:íica,

consag~a

e

desloc~ent.o

p~esent.e

dizer,

na

alegóricos:,

t~an.spar-ent.e

e

socialment.e aparência

simbiot.izam-se,

Carnaval-Espetáculo ~

civilizat.ória

moderna,

país.

''"I

.101

que

do

pela forma espaço

grande

ent.ão

quadro

se

a

magotes operística

racionalizado,

organizado,

ost.ent.ando

no

de

retilíneo

à

maneira

coz·tejo, ordem dominância

da

fazia

da

consorciacão he~emônica

no


3. UM EVENTO COSMOPOLITA

Minho.

canto.,

a.Lma.

Ri.o

de

gosto

••

b:-o.Çoz

ea.mbo.

Este

o

V&JO

.Ja.nei.ro<. \, . , )Cnsto

é

90

porque

Ri.o

eu

Você/ A

bo.la.r.Co.r/

Rto

prd.i.o., sol

de

pa.esa.r,

vai.

mulo.t.Cl

i.nt.ei.ro

e

••u

mo.r/

pou<>.:>•

' · • • llli:m

••La.r•..,~•

a ...teao . . .

<Tom Jobim) PQ.ro.tso de

Sol e

Esl<ioi..o

sá. foi.

Ri.o

Que

de

poeei.a. e

são

ca.lor/ quem fundou/

amor

sebasli.ão

102:

corpo

> <Vicent.inho)

o.benç:ouL .•


capítulos

dois

Nos

ant.eriores:

experiment.ado

civilizador

pela

formalização contínua dos modos de t.ema

deste

est.udo,

ajust.e das

pr-át.icas

íest.ejo

inst.it.uições~

t.ais

de

caract.eríst.ica

diversão

como

Escolas

das

Desf"ile

brasileira

or~anizacão

da cultura. Em termos do

carnavalesco

as

Escolas

do

de

de

que

Rio

alcança

engendra

Janeiro

espet.acu.l..ar

a

conhece

dest.e

com

a

de

função

Gospírit.o

que

fig-urado

leg-i t.imidade

o

mat.erializado

emergência

a

ident.ificadas

dent.ro

É

de

se mina

Samba,

gênero.

Samba

no

modelo

o

Carnaval.

de

processo

o

sociedade

nele ambient.adas ao

Desfile

gênero

no

o

que

observamos

o

como

espet.áculo popular·, t.o:r-nando-se o cent.ro da folia carioca. part.ir

A

do Desfile das de

um

de

Escolas

mercado

consist.e

de

e

t.urismo

de

do

consolidando

um

organdzar

as

do

do

Escolas de Samba, seja, int.erado a

O

condicionantes

acont.ecer

do

alçado desde

cort.ejo ent.ão

sentido,

o

empenho

event.o

aos

set.ore.s

de

carát.er

de

sua

fest.a

a

popular

sociológicos

analít.icos

esse

nexos

condições décadas

da de

carnavalesco

o

carnavalesco st.at.us

de

de

no e

pais,

articulado est.á

em

modo

mesmo

de

prot-agonizado

pelas

event.o cosmo poli t.a,

ou

de

e

da

1980.

delineado

amplit.ude

O

os

objet.ivo

import.ância

no O

período mesmo

como

a

NACIONAL

discussão

pr-incipalment..e

t.ema,

sociedade

1960

ret.omar

carioca,

problema.

ar-t.iculação

de

se

que

versão

int.erprét.es

a

cont.ext.o

o

um padrão int.er-nacional de ent.ret.eniment.o.

Decididamente em

ao

int.eresse

sobre

ârnbi t.o

at.ent.ando

nacionalment.e

pont.o

agem

ao

no

indust.rialist.a

CARNAVAL 7 UMA FESTA POPULAR E

Brasileiro,

o

considero

e

int.e~rado

inserção

Nest.e

isso

U!'banizador

a

sessent.a,

ent.ret.enimento,

Par-a

mundial.

aqui

anos

articulam

e

lazer·

consumidor·

t.ais

que

discut.ir

dos

ampliados.

Est..ado.

capialismo

do

como

e

de

vai

volt.a

mediações

serviços

mercado

engrenagens

por

culturais

processo

aceleração

compreender

Samba,

bens

fundament.al

se

const.at.ação

de

demonst.rar·

em

desempenho

às

desta

aquele

103

nacional. quais

pr-evist.o

quando

um

"Brasil

que

Focalizo

o

é

Carnaval

t.ange par-a

est.abelecem

alcançada

estudado

do

no

sobre

ao

isso

seu t.rês

parâmet.ros

o

compreender

pela

íest.a

o novo

int.ervalo períil

do

em fest.a"CRio,

os

com

ent.re

as

moment.o

Samba

e


Carnaval/1976),

onde

t.odos

podem

participar

da

grande

"obra

de

art.e

colet.iva".

É

const.ant.e

Carnaval

Brasileiro,

cariocas,

frases

festival

de

0

mi t.o

da

da

de

congraçament-o

essência do

as

se~·

divisões

e

para

segundo

os

sociedade

Maria

como

o

A

topo:r-

o

que

reali:zar

hipotética

despojadas

a

de

for-mações

de do

quer-

se

ut.opia

out.r-o

mundo",

at.ualizar-

no

rit.uais

de

em

a

com

presentes

de

apanha coesão

classes da o

qu&

da

o

homem pobre -

na

negro,

pela

ét.nico

sedução

dos

e

lhe

como

e

do

espécie

da

de

do

a

pelo

da

ideologia

é

da

fest.a

soldada

hierarquia de classes e

e

pelo

os

demais

carnavalesca, mi~o

event.o

de Maria

104

apenas

são

envolvidos

a

sociedade

mas

o st.at.us quo dominant.e:

e

precária

enfoque

rit.ualizado

das

en~regar

se

co~idianos,

foliões

Ana

det.urpadora

e.st..ado

o

uma

sociedade

grande

sociais

=

por·

Desfile

amnésia

prometida

Chamam

efei~o,

Com

em sua maioria -, ao

a

dis~orcida

concepção

poder.

Maria

ressignifica

exigido

anest.esiador"

o

negros(sambis~as)

nacional em seu conjunt.o alt.erar a

o

da

esfuma:

sócio-hist.órico.

caract.erís~ica

de~er-minan~es

dos

ideologia

consciências,

dominação

ela,

a

popular

pensada

alegria''

de

QUê

""

fest.a

"carát.er

para

a

a

processo

ant.agônicas,

~ema

Revelado,

no

neles

Ana

e

Isaura Pereira de Queiroz det.ém maio:r- envergadura. A seu ver, não grupo

não

respeito

Queiroz(1983)

de

que

o

das

ideologia,

sobre

"expec~at.i v

Pereira

Elnbor-.a acompanhe a, mesma linha de raciocínio,

o

e

calcadas

objet.ivo

ideológicas

Samba

sublinhar

e

est.ão

reunidas

ao

democ~·át.ica

natureza

porque

atividades

enunciados

que

esquecendo

carnavalesco, est.iliz.ados

em

Samba.

da

popular

Just.ament.e

Isaura

nesses

fala

da consciência do ao

espet.áculo

em

a

das

nas

Maria

quest.ão

in~erage

de

e

discurso

Rodrigues

Escolas

sínt.ese

cont.radições

cindida

real,

povo''.

indivíduos,

imper·at.ivos:

capit.alis~a.

devido

Escolas

pe:r·ceber-

Carnaval

refer-ência

em

br-asileir-o.

desvendam

at.enção

do

como

ent.re

Autoras Rodrigues

do

agonística

divert.iment.o

do

humana,

''fest.a

festa

difícil

publicações

das

Desfile

maior

de

escopo

turísticos:,

ao

t.ipo:"o

é

Não

capacidade

comunhão

espont.ânea conceit.o

seguint.e

t.odos''. a

enunciando-as:

guias

ou

part.icularment.e

do

no

encontrarmos

publicit.ár-ias

jornalíst.icas,

"o

então

no

fes~ejo,

sem


cujo de st::lmbo., enorme sucesso ma.tor lrClnsforma na Ri. o co.rno.va.l do do oomo do Br-i.l, defi.n•m-•.,. fg.tor i.mportante no reforÇo da. co-e•ao i.nLerng. dos di.ver•os nlv•i.e da soci.edclde do pa.te, exercendo i.nfluênci.a. sobre globa.U.dade, uma SUa vez que o superespet.ácWo se tornou um doe componentes do orgulho do di.cmte nação; as vibrações de enlu51i.smo, que sacodem o pa.ls da belezg. dos desfi.lee, constituem ma.ni.feet.a.Çõ.o vi.ei.vel uni.à.o no nlvel da. tota.Li.do.de na.cional.U.s>92::U.~ - grl.fo meu>.

escolas

As

A

longa

cit.acão

se

justifica

à

medida

que

insere

o

tema

Desf'ile das Escolas de Samba no bojo de um debat.e mais amplo: a ent.re das

e

cultura

pollt.ica;

expressões

sendo

cult.ur-a

da

mais

preciso,

às

popul.ar

realça

:forcas

o

nexo

sociais

aparência

fascinant.e

apropriacilo

cult.ura do povo

da

principio

popular

ao

concret.ude

das

o

pela

unicist.a

cont..radiçôes,

febz.il

conc:ent.radas

do

Carnaval

por

no

t.rás

a

carioca,

ordem dominant.e

burguesa,

at.relando

int..egrati v o

nacional.

Sobre

é

afirma,

do

posto

desmobilizando

brasileira~

ident.idade

harmonia

de

relação

articulador

Estado nacional. O empenho de Queiroz organiza-se em deslindar da

do

a

nccional

camada

as

polit.icament.e

a da

populações

subalt.ernas, ''acomodando-as'', perspect..iva de Renato Ort.iz<1984) atribui

A

a

essa

problema

part.ir

a

raciocínio

eMercida

excedente

mat.erial

aut.or,

a

const.rut.or

facção

de

um

const.it.uicão

canônica

a

respeito

pela

acão

à

do

pop~

elabor-ação

em

populares

a

da o

uma

at.uali:za

o

dominantes(det.ent.ores

do

de

revela

torna-se

part.ir

esquema

ar-qui t.et.o

como

um

a

a

matéria-prima e:ficácia

A

mat.erial das expressões de

e

operam

processo,

ideol6gica.

alquimia

o

qual

do

neste

concorre

representantes

é,

na

E

disperso

lst.o

ret.oma- o

hegemonia

grupos

comum,

Ort.iz

Est.ado~

no

nacional.

ideológica reside em t.ransforJnar classes

grupos

desses

consciência

car-r-eada

conceit.o.

Int.roduzida

cultur-al

verdade

const.rução

da

int.elect.ual

fragmentada

Na

do

dos

simbólico).

edificio

da

het.erogeneidade crucial

e

nacional-popular. base

da

gramsciano

sociedade,

do

do

t.emat.ização

outro significado

um

mesmo

das

espírit.o

nacional-popular. Dest.e

modo,

part.icu.laridade memória

do

nacional,

sublinha

popular no

Ort.iz,

quando

cont.ext.o

da

a

conf"ront.ado sociedade

em

problemát.ica

à

universalidade

brasileira~

é

compreensão da const.ant.e r-eelaboração discursiva do t.raço int.rinseco

à

cult.ura

do

povo.

Logo,

105

a

torno

heteroc;eneidade

da

de

uma

resolvida

pela

mestiço feit.o

nela

evidenciada


devido na

a

presença

t.rilha

do

plural mas do

resquícios

pensamento

dist.int.a

Carnaval

t.rint.a,

de

como

de

qualquer· de

embut.ido

est.aria

Gilbert.o

de

simbolo

indígenas, Freire,

out.ra ao

e

brancos,

sinónimo

ser

brasilidade, nesse

negros

a

igual

após

esquema

de si

uma

ident.idade

mesma.

advent.o

o

t.orna-se,

A eleição

da

r-evolucão

de

e

baseado

na

ident.i t.ário

aparência mest.ica do f"est.ejo. Para

Ort.iz,

as

submet.e

é

f'est.a é

sobreacent.uado

os

cordialment.e

unidade

nacional

classes,

não

ideológicos

que

realidade

em

cimentam

uma a

social,

despert.ados

da

multiplicidade

sobre

que

no

de

cosmologia

dominação

de

nação.

t.ranscende

e

delirnit.a

o

seu

do

acont.ecer·; exibE" o

sauda

uma

sociedade

da

nos

mas

ordem

caso

No

f'est.a

planos

uma

o

cuja face

A

nút.ica,

nacional,

univoca,

ele

nacional"<Idem:138).

telúrico

o

t.ot..a.lidade

essência brasileira,

urna

e

sobz·e

t.ot.alidade

sent.iment.os

alegre

f'undada

urna

est.a

da

discurso

a

ident.idade

saudada por encenar

espirit.o

é

Est.ado

da

const.rução

pelo

populares

concret.os

element.os

de

carnaval~

a

brasileiro:"O

os

quadro

ont.ologização,

particularidades

Est.ado-Nação int.egra

essa

de

mecanismos

e

polít.ica

económica

hist..oricament.e f'igurada(Ort.iz/1980:41-2). Os

dois unidade

pret.ensa. discurso

dos

cont.rastam

int.erferências

do

capital.

Cont.udo

deslocam

par-t.iculart.em.át.ic:a

do do

nacional

mobilizador

eve-nt.o

a

como

Samba, nação, em

do

e::feit.o, seu

sua

conferir

em

mat..arialização t.amanha

força.

o

quais

exat.ament.a Da

nivel

t.rat.ando de

rna.t.izes

f'at.o que

mesma

106

at.ribui poder

como

forma,

reprodução e

sit.uações

em

carnaval, imerge

na

como

da

sociedade,

são

"reforçar

a

da

referendam

de

das

Escolas

de

a

coesão"

da

agenciados

espet.áculo

as

o

sucesso

são

no

comunidade

social

ao

at.:ribut.os

nacional

uma

do

nacional,

Captam

element.os

signif'icat.ivas

Queiroz

suspenso

Os

Est.ado

íragmentadora

especificidade

"superespet.áculo",

permanece

se

t.radição

de

no

deÍendida

capi t.alista.

soldagem

mesmo

Em

'

quando

um

na

um

parce-las

de

de

dinâmica

ideologia.

secnndarizados. Com

à

para

sua

da

romper-

a

popular

est.abilidade

sociedade

dist.inguem.

carioca,

do

consti t.uição

atuantes

complement.ar-

hist.or-icidades

cujas

da

uma

de

ideológicas

ima~;inada 7

nacional

à

nação_;

his:t.oricidade

limites

nos

Brasil,

a

da

jus:t.ament.e

brasileir-a

cult.ur-a

da

guardiães

com

devot.am-se

analí t.icos

eixos

popular-,

relevância

no

evento,

para

emprest.ada

lhe à


reint.erpret.a~iva

at.uar;ão

indiret.ament..e

com

t.ema

transformação

em

do

no

fest..ejo

do

sig-nificado

o

in~elect.uais,

dos

Estado

nacional,

conjunt.o

urbana.-indust.rial

ocupados

da

e

sugere

sociedade,

de

consumo,

o

ou

problema

do

i ase

na

sem

diret.a

com

de

isso

sua

revelar

como as maquinações entre as relações sociais ampararam mat.erialment.e as ressignificações Carnaval

carioca

fabricante

como

expressa

na

no

vislumbrado manifes:t.acão

parcela

significações

de

aspecto

O

o

cultural

igualmente

e

de

processo

é

a

presença

pr-ocessos

e

relações

produtor

es:t.rut.urado

da

de

que

experiGoncia

determinadas

que

compromissos

do

sentido

de

coníiguração

por

de

aqui

de

assumida

cadeias

das

no

nos

lugar

seu

especificidade

quadro

estudado

emer-anha.da

sociedade;

essa

est.r-ut.u:ram

social

promovidas.

modelagem

pr-át.icas,

é

envolvem

a

do

pais

em

uma sociedade moderna.

luz

À

hist.or-izaçã.o de

at.é

do

do

result.a

uma

que

se

cotidiana,

dos

exercer,

Com

a

eleit.o, também

uma

dist.inção.

clivagem

que

desde

de

estudo.

o

o

acent.uado

Do

facultam.

âmago,

produção

do

a

que

part.icipar

marcadas segundo os limites da

imiscuindo-o

a

e

da

out.ras dos

dimensões

social

paulat..inament.e

fixada

da

vida

deslocamentos

seus

divisão

Enfim,

ao

mesmo

como Bourdieu, do

vez

agrilhoado cobra-lhe

legi t.imidade

int.ernalizando

apropriação

da

maior

campo.

A

ao

do na

se

t:r·abalho

é

esÍeJ~a

do

da

urbana~

o

sociedade.

depu:rament.o

competências

despojadas

individualiza

campo da cultura amplo

consagr-a

das

da

mesma

enquant.o

set.or,

Carnaval é

especializadas. da

í'est.a,

material

espet.acularizacão

se

e

empregando simbólica

reproduz

10'7

Estas

em

cada

ext.ensão

A

da

íormas<polimento),

como estrut.urant.e da oxt.ariorizacão

legit.imidade riqueza

que

' constante

insit.ut.ições

da

part.icipações

conjunto

o

um modelo

em

agent.es,

a

tempo

para falar mais

interna

progressiva

frent..e

distintas

carnavalescas

no

mecanismos

íolia,

nes:t.e

do ent.r-et.enimento. Nela,

sempre

práticas

codiíica-lhe

aceleração

pela

adotado

revela um processo

urbano-indust..rial

cont..exto

experimentada lazer e

rotinização

janeiro

estética das

formalização

propõe

no

hist..óricos.

a

de

em um âmbito de front..eiras

carnavalesco função

Rio

organizativa e

visto,

de

t.eórico-met.odológico

Carnaval do

formalização agora

erúoque

passam

a

para ist.o

pública disputar

dos:: a

a

acumulação

distintamente

dist.ribuída

escalas

mais

ext.en:s:as

no


circuito dest..a formalização pr-ogr-essiva. Dest..e que

insistir

ângulo,

a

o

ar-gument.o

espet.acularização

crescent.ement.e

abarcant.e

modernizadora.

Porém

é

rúveis.

significou a out.ro

deíinido

da nação.

no

mat.erializac;;::ão condições

nas

mesmo como

os

do

Carnaval

Robert.o

o

em

modo

da

social.

na

dinâmica

os

diíerentes

pródigo. Janeiro

qual

sociedade

brasileira

seja:

passa

poi·que

um

para o

âmbito

do

t.ema são

o

Creio

e

em

redefinição apreendem o

as

I•itualidade

que

exemplares

dar

parâment.ro.

Ort.iz, sua

nacionaL

se

assim à

sent.ido de

no

a

compreende

simbolicamente

sociedade

t.enhamos em mente de onde e

é de

inf"raest.rut.ural concorre

da Mat.t.a acerca

civilizador

sua

como

em

ent.relaçament.o ainda maior que imbrica a

resolvem

manilesta

processo

capitulo

relacionament.o

t.ot.alidade

íat.or

e

pelo

neste

"mediadores simbólicos",

Rio

cont..J-adicões de

novo

o

do

define-se

encampam os seus resultados nos mais

convivência

à

a

quais

Nesse sentido,

do

palavras~

event.o

do

bojo

brasileira

também

visualizado

interior

Em out.ras

no

adiant.e

íest.ejo carnavalesco no Rio

elevação do

pat..am.ar-

levado

sociedade

da

período

O

ser

ocorre

grupos são inseridos no processo e diversos

a

as

proposições

:r-.a-veladora.s_.

caso

quando as inle:r-e. Apanho em linhas gerais o

a:rgume.nt.o do aut.o:r. sabido que par-a Robe:rt.o da Mat.t.a a

É

carnavalesca sociologia seu

país

empreendiment-o uma

es:t.udo

que

a

e

dos

t.alvez,

a

insere-se

periférica

no

dos

conexão

da

Mat.t.a

valor-es,

nossa

pelo

mais

sócio-s:iJnbólico

rit.ual

'

proíunda

realidade"~

pois

nele

qual

o

mundial

e

um

Cavalcant.i C1992), do

aut.o:r·

nacional,

se

ent.re

obser-v;eo

inve-st.igar

o

''( ... )invent..;:;a,

ant.:ropólogo,

do

o

burguesa com

po&~sibilit.a-lhlil'

que,

aque-lo

obra

na

pa:ra

é,

capit.alismo

uma

de

básica isto

t.radiçãoC1978).

na

do

do

racionalidade

urna

projeto

brasileiro"_.

exist.ent.e

est.udo

seu

propost.a

concert.o

sist.ema

do

na

"dilema

valores

enraizadas

do

part.e

t.ambém o

int.er-pr-et.ação de

como

int.erpret.al"

plano

just.ament.e

opção

cantpo

de

valorações

de

conjunt.o

Carnaval

mas

sociedade

se chocam no

onde

comparece

brasileira,

pel"f"il de

no

no

t.emát.ica das manif"estacões

as

processam

escolhas que "irão det.erminar o curso das acões"(ldem:15 e 31>. A

valo:res essa

f"est.a

possível

"promover

const.it.uir

"a

carnavalesca em a

uma

é

sociedade

identidade

exigência

assim

de

um

a

expressão

complexa,

social lugar

108

e

porque,

const.ruir

onde

o

rit.ual

t.odo

do

afirma,

o

seu

plano

permit.e

carát.ei'"

predomine

dos

sobre

a

ao as


partes, o

o

colet.ivo

ajudar

a

fragment.acão

e

a

consubst.ancia a

posto

em

o

movimento,

ao

Reserva

relacional

Desart.e,

maneira

brasileiro.

Ressalt.a

um

possibilidade

de

brasileira> formas

nos

reinado

A encontra

do

realizaria

a

inclusivist.a, paralisação

da

do

rit.o

maneira

se

É

povo.

do

em

ao

de

resolução

como

que

dessa

abolição

"rua"),

diz

para Po~

o

na da

sociedade

diferencia

dialogia

das

Mat..t.a,

"fundado

da

inversão

a

dilema

abrangent-es

e

diálogo

e

do

meio

casa(1981:38).

est.ar

críticos

mesma

por

transferir

da

por

o,

o

compet.e

burgués{da

em

laços

!unção

pela

Carnaval

t.ermo

um

com

da

brasileiro.

sociedade,

globais,

consigo

social

da

dos

pos:sí vel

I'esponsável

ser

Carnaval

port.ant.o

mat.erializar

níveis

nacional",

planos~

Algo

ao

de

maussiano,

o

íest.as.

sócio-simbólica{ideológica)

"semi-t.radicional"

!orça

de

ret.ot.alização

a

individualismo

o

valores

muit.os

altura tema

seio

a

da

utopia

práticas

manifestação de

possível t.emporária

"communit.as"

às

do

de

intel"pret.acão

e

brasileiro

colet.ivo"

se

das

promovida

t-emporária

das

inclusive

cesuras,

plat.éia{1995:92).

ao

no

quando

mít.ica

sist.ema

ri t.ual

ver_,

ele

É

espetacularizadas

est.a

privilegiado

daí

problema

que

possibilit-a

diversos

"ritual

um

sociais .•

ent.I'e palco e

seu

aíet.i vidade

a

dramat.izar

bur(!;Uesas

hierarquiais

da

rua,.

seus

os

e

a

sociedade" C197B:35).

nossa

o

de

um

unidade-

t.ot.al

social

ent.ão

como

define-o

a

prestações. "casa")

int.egra

função

social

sist.ema

da

impessoalidade

pelo

fat.o

holismo(da df?

isso

intrínseco,

de

dilacerador

a

festejo

do

procedimento o

entre

constat.a

Mat.t.a,,

resolver

seguir

sist.ema

enquant.o

na sua sincronia,

reconjunt.ar,

da

at.emporalidade

a

brasileiro esse

argamassando-a

a

a

à

Averiguo

Carnaval

sentiment.o

um

sgs).

e

Roberto

brasileira apelando

Cavalcant.i

propost.a do aut.or. ele,

nacional.

assumido por

descontinuidade

Para

sociedade,

de

individual"<Idem:24).

sociedade

carnavalesco(ldem:OS

Quando

o

"'ideólogo da nação"

papel de

propõe

sobre

~

populares

do

relacionament-o part.ir

do

cotidiano

carnavalesca,

da

t.ot.al,

inversão

I'eserva

na

popular,

confrat.el"nização;

a

Mat.ta

o

a

nicho

p9lo

homem

um

"ideal

part..icipacão

hieraroquia.s

do

Ele

carnavalesca

na

individualista-bur-guês

p:rot.agoniza

de

folia

das

lugar

reflexão.

sua

vigente

um

com

o

&

da

advent.o

povoC19B1).

nest.a valoração um aspect.o ambigtio que se revela inversament.e no carát.er genérico da nocão de povo mobilizada pelo ant.ropólogo.

109


Tal

int.erpret.acão

sócio-hist.órico:

most.ra

mobilizado

volt.a

nacional~

por

sobret.udo

sobre

Ruben

dos

o

Oliver(1989)

anos

tomando

popular

uni verso

ocorre

o

que

na

sessent.a

o

não

em

mét.odo

das

vácuo

ant.ropológico

compreensão

simbólico

um

da

é

t.ot.alidade

camadas

populares

como t.ermômet.ro. A feição mest.iça do popular permanece como um problema, repet.indo a

impasse

o

maneira

dos

brasileiro.

sua

realidade

est.á

pois

são

Na

lados.

Mais

uma

o

cot.ídiano

cena

ou

nacional

at.ravessado

pelo

A

mesma

é

enclaves

a

ao

realidade

o

por

t.ema

uma

Entret.ant.o_.

ent.endiment.o de

porém

qual

no

rodeados

de

século.

cat.egoria

aquele

período

complicador

do

heurística

Oliver_,

não

daquele

princípio

como

lembra

manejad~.

aspirações

do

tomada

vez,

empírica :são

procediment.o,

os

é

modernistas,

ser

modernidade

int.elect.uais

dos

os

popular

e

embaralha

o

element.os

tradições

de

cult.ur-a

da

sociedade

do

de

t.odos

brasileira

significat.ivament.e

ur-bano-indust.rializada. Acrescent.a parcelas

Oliver

int.elect.ualidade

da

moment.o de decidir a de

definir

dilema. est.aria

que

é

apreendida

seria

submetida

moderno

no

a

país.

Os

simbólico

"nossa

nacionalidade".

uf'ãnica,

e

realidade

de

consolida,

era

const.at.ação

Ist.o

da

se

o

alvo

o

degradação

da

na

próprios

est.eira

de

at.ent.ados

da

cultura

A

modernizant..e

pop~aa,

grupog

do

hora

complexo

verdadeira at.it.ude do

dep.a-nd ... ndo

raiz

no da

nost.álg-ica

"progresso". inscrita

proporções

t..ambém

o

social

circunscrevê-la

dificuldade

ocorria

no

condensa

ecologia

popular,

largas

preocupações.

sua

uma

dos

de

mesmo na

expansão

"aut.ent.icidade"

consumo

das

a

por

popular

impulso

devido

ent.ão

popular

porque

esforçam-se

faz

de

"válidos" e

em

loment..am

Oscilam

modalidade

ameaçado,

int.érpret.es

mercado

aos

algo

manifest.ações

do que o

inarant.ag

como

defensivo

das um

condicionant-es hesit.ant.e.

A

cult.ura<Idem:77).

delendendo

mercant.ilização

at.it.ude

uma

agressiva

espaço

e

novos

esses

ident.idade dos produt..ores

o

Ela

que

A na

que

se

estava

na

por

mot.ivaçÕ&iii:

da

si t-ua.; ão

sociológica na qual est.avam inseridos. A propost.a de Mat.t.a de t.omar o de

unificação

populares, para

isso

desses

da

nação,

revest.e-se o

t.ot.al

próprios

complexidade

baseado

agora

silêncio

de

do

no

sêgmentos,

urbana-indust.rializada.

plano

uma

aut.or

Carnaval dos

valores

complexidade em

relação

pr-incipalment.e Ao

brasileiro como um rit.o

mesmo

110

as

sugest.iva.

camadas not.ável

É

assimetrias

quando

t.empo,

das

no

bojo

inseridos

na

se at.ent.armos

que

o


seu ensaio seminal O Carnaval Como Ritual de Passacem é escrit.o em 1973, nas

condições

sem

paralelo

de na

met.ropolit.ano novo

uma

int.ensiftcação

do

história

Rio-São

element.o

país

Paulo

pal'a

o

do

e

cujo

sobre

relevo

processo

o

modernizant..e

fôle11;o

amplia

conjunt..o

conferido

a

o

carioca

do

papel

brasileiro,

íolia

capitalista eixo

obt.ém-se

nessa

um

Há.

obra.

duas íacet..as que se complement.arn no quebra-cabeça. Fossem agências

os

sist.emas

cult.urais

do

de

Est..ado .•

comunicação

f"osse

o

e

divulgação iilt.egrado

empenho

mercado em art.icular nacionalment.e a

sociedade, o

expressão

expandiram-se

e

organização

Mesmo sendo modo

paradoxal,

como

define

retotalização ao

impulso

festejo

esta

percepção

mestiçagem

a

nacional. da

do

sintomático

É

lógica

popular

capi t.alista

no

e

just..ament.e no plano dos símbolos consciência:s:,

haja

vist.o

a

ob cecados em equalizar

o

país

do

regime,

ver a

Golbery

f'est.a

dos

governos

1'i t.mo

agent.es as

do

bases

de

nacional. Mat.ta.-

no

um

ri t.ual

de

ocorra

em

fragmenta

problema

das

de

como

deíinição

que

acão

dimensão

da esta

mesmo

que

inLervenç:ões

agudiza o

no

íat.o é em

a

dos

nas

país.

preocupação

de consumo t.a.rdia brasileira ideólor;os

que

e

a

meio

sociedade

da integração

milit..a1'es,

da sociedade

na

das

época,

indust.rial e

respeit..o as recomendações de um dos

Couto

e

Silva,

no

livro

Geopolitica

do

9rasilU967).

O que chama at.enção é

no

naquele

Brasil,

inst..ante,

raciocínio

aporia

o

plano

dos

de

símbolos,

simplesment-e

opor

de

como os deslocament..os nas relações sociais

comparecem

Matt.a.

que

Pois

a

uma

mercado

esíera

também

próprias.

e

cult.ura em um projeto

à

cultura O

exemplo. sinais

pa.ra

soldar

caráter

univocos,

simbólico

Est.a

ist.o

compromet.ido

e

com

como

símbolos

dos

signos a

não

dão

em

t.ambém

no

agora

se

"povo"

ancorada

especialização

wna _ tot.alidade,

é,

se

colocam

a

"elit.e".

um

cultura se vai inscrevendo na sociedade

ideológico. Torna-se

poli:fônico

t..empo

modificações

aut..onomizada~

especííica,

um

"modernidade",

entrecruzament..o no moment.o que a como

a

complexif'icam;

S&

"t..radiçã.o"

as

e

port.ant.o o

fez

cada

codif"icados

comunicação

dificulta

t.emeroso

mais

bojo

ampliada,

prát.icas

conjugar

Gilbert.o

vez

no

em

no

de

polít.ica recorrer

Freire,

fecham

se

de

um

por

em

sist.ema

cont.ext.o

de

uma

sociedade complexa e soldada sempre mais pelo consumo cult.ural. Diria, sinuosas

o

com

novo

efeit..o,

panorama:

que a

a

sua

obra

de

mediac;:ão

1U

Matt.a cult..ural

constat.a

é

por

frust.ada

vias

Quando


ret.oma

uma

represent..acão

ele se depar-a com o

marcant..e

na

ideologia

brasilei:ra,

o

remanejament.o mais {;eral dos símbolos,

Carnaval,

por est..arem

colados às mudanças na maneira como det.errninados g-rupos ou coníormações mais

sociais

experiências, "rua"

O

projet.o

int.eragem

de

agora

em

conhecem,

perenidade

uma

out.ro

mediada

nacional

conciliação

sent.em,

ext.ensas

nacional

plano

de

E

de

carregada

heuríst.ica

é

Janeiro

element.os

t.ransformacões,

a

pr-oducão

orient.adas

pelos

especialist-as

na

que

lhe

região

esfera de

de

a

devido

confere

Cent.ro-Sul,

sentidos,

produção

amplo

porém

de

bens

fest.a

dos

ao

e

emerge

mít.ico Rio est.á dessas

enquant.o

raciono;;diz.:;:r.çÕQ&:: produt.ores<os

de

pela

a

urna

símbolo

epicent.ro

cult.ura

e

um

de

como

grupos

simbólicos)

"casa"

a

carnavalesca do

apego

a

expressam

dificult.am

o:rganizac:L:. sagundo

privados

int.eresses

a

onde

e

relacional

hist.ória

sua

e

malogra:

valores

candinho

pelo

passado colonial, :repost.o no :rit.o momêsco. de

t.ransmi t.ern

lógica

própria

dos

procediment.os no set.or de ent.ret.eniment.o. exemplar

É 0

Car-naval

folia, alvo

carioca

t..~ém

t.rat.a-se com já

do

agências

gracas

a

eficiência

t.elecomunica.ç ão s.. prest.igiado

-.É

tndi,ce

nos

piiagin~

dessa.

se

o

comercial

Manchet.e, por-

liiiUa>:~

popularidade

alemão,

da

tõ;odic5.aiõl

de

e

papel

e

amplos

"oit.ava maravilha pelas

governament..ais

dos

aparat..os

o

vaículc>

pb.-.-cQZ'n.avglo.-.cag

de

desempenhado

desde

dessa

representações

comunicacão

exemplo,

Mas

país,

divert.iment..o

nas

insi...it.uições de

na

cent..ro

mundo" ou a o

"confundir"

popularidade

cultural

divulgação pelas

Mat.t..a

brincado

internacionais

popular do

anos d;;::u;;l

bem

aprimorament.o

revist.a

A

folguedo

da

consubst.ancializava

t.uríst.icas,

já com

Robert.o

ascendência

de

e

de

do

da

est.a

sist.ema

dos sambas-enredo lado da. colorida A~. ao Aveni.da PreiSiid&nle Vo.rgo.s:, a.rqui,bancg,da& a.pinhCl.do..s de francês,

que

O

para

grava.eões

e&po,nhot,

período

"maior fest.a

do

cont.ava

conjunt.o

int.ernas

at.ividades

ação

a

fat.o

o

individualizadas

Concorreu

das

p:rim.ai:rao=

daquele

imbrincados.

mundo",

o

ai...enções

definindo-a como

seni...ido

com

leicões

das

int.eresses

nesse

social,

cuja

tecnológicos in1presso 1963

c.gt.Qntpgndo

e

de

mais

ocupa f"ot.og

do;:o

capa dos di ecoe long .oonter.d.o pla.ys ao Escolas de. Sambo. para o Desfi.le de 1971. i.menso. folografi.a po.norô.mi.ca. do evenlo no tomada. em suas margens por Longg,e altaa espectadores, ha !ro.ses, stogo.ns, em \.nglês, i,to,liano portuguêe a.nur.ci.a.ndo quo o Carnaval

U2


"~rande

cobert.ura do

mesma

A

país,

circunst.ância

est.abelece

popular

no

det.ect.a

uma

desfile" das Escolas cariocas

os

de

parâmetros

Carnaval cisão

do

Rio.

nos

redefinição

para

do

ai,

à

no

seu

dedicado

ao

t.ema

Reflexões), de

rua".

livre

é..

Ist.o

das

de

rua

que

est.á

que

aquele

em

o

a

bur-ocrat.izant.es espont.ânea,

na

que

est.ava

e

uma

a

Carnaval vivo! Biblioteca

mort.e

Nacional,

da

vida;

durant..e

o

ist.o

um

t.odo

da

se

li v :r-o

Imae9n.S

e

a

e

da

est...á

ocupando ele

metrópole

"se

Carnaval

me

est.udos.

popular.

mesmo

"Esse

e

eíiciência

c:r-iat.ividade

buroc1~acia

cot.idiano

individualist.a

popular",

meus

povo

propost.a.

aut.ent.icament.e

ianque. o

do

"carnaval

da

pela

t.ema

povo". E

racionalidade

iniciava

mili t.ar-,

sua

no

chamado

o

"valor-de-uso"

imperialismo

dent..ro

onde

pelo

quando

di t.adura pelo

sobre

palco

do

Carnaval:

int..erior·"<Idem:28).

do

passada,

pela

selvagem,

capi t.alismo

vilas

década

mort.o

re~ido

é

do

"mais

da

da

escreve

int.eirament.e o

simbólico

Mat.t.a

''íest.a do

quando

como

por

do

"racionalidade

carioca(Un·iverso

definido

t.rabalho

mil

1981,

post.a

participação

Carnaval onde es:facela

Carnaval

imposições

à

abert.o

do

ênfase

a

em

pensamento:

plano

revelia

burguesa", int.:r-ojet.a-se t.ambém em parcelas da reílet.e

.

apropriação

Também

valores,

2

diziam

Riot..ur,

a

pelo

imagem

as

escadarias

pode

ent..rar

do da com

medo w na pont.a dos pés(ldem:07).

São

escassas?

de

Escolas

brasileira,

na

Samba. porém

da

à

idéia de

normalização o

:forma,

Desfile

ent.ender de E 2

não

Foro.m Quo.nt.o pel.o.

do

Mat.t..a,

cumpre,

Weber,

a

revi.eLo.

p&ri.odi.cida.d&

do

ainda

na

relacionadas

da

nessa

segundo

do

do

cruzeir-o,

irregul.d.r,

o

à

uma

U3

pa.rti.r

da

das :folia

arrolada

at.ribuído

burocracia

da

Riot.ur" esquemas

aos

seria,

fest..a.

à

para

Da

meio

mesma

antit.ét..ica,

no

de um script.., do enredo. missão

a oe

a.

sua

FaLar

modelagem

t.ext.o,

o.compo.nho.mento

not.cu:Ia.mente

da

carisma carnavalesco, em

No.ncheteo

popular.

dimensão

aut.or,

Des:file

ápice

resultado

imprescinde do visão

~r ande

como

espet..áculo(da

rot.inizacã..o

organiza::_se

ao

sua vinculação " cult.ural, cujo

valor-de-t.:r-oca

porque

crit.icas

cult.ural

mercant.il

peaquil!lo.do.s O.

peça

re:ferências

absolut.izado

t.ant..as

industrial

da

as

selvagem")

''capit.alismo

ret.omar a

de

enquant.o

ló~ica

do "homogeneizant..es

ent..ant.o.. época

mot.ivo

"descaract.erizacão" ent-ronização

no

·=

cent.ral

••

o.noe ed\.Çõee

dos

a.noe

da

'""" f o\. eetenta;

fest.a:

'""".

pre ju.di.o;.;~.do ver


permitir ao divisão de

povo

ent.:r-e

que,

na

"t.ornar-se

os

donos

e

participante

seus

de

abordagem

um

um

7

at.or,

seguidores"Cldem:107)a_

a

Mat.t.a,

maior

acabando

Fica

individualização

a

com

a

impressão

do

Desíile

o

expulsa do acervo simbólico do povo. A

que

par-t.ir dest.e recort.e na int.erpret..ação de

seus

impasses

nort.eador dest.e

da

deambulante

geradas

ou

de

do

t.ambém, do

t.al

event.o

a

a

mais

complexidade

Desfile

do e-sse

Se

o

possibili t.a

no

o

país:;

Uma

aquela

de

renovados

ant.emão

homologia

das

com

Br-asil,

cria as fórmulas

e

Just.ament.ede o

em

poliment.o

da

acont.eciment.o

de

descolada

qualquer• É

compromet.iment.o no

hegemoniza

vivenciada

ópera

individualizado(plat.éia).

laico

se

de

for-mat.o

país.

de

at..ualizar.

nesse

dinâmica

est.ét.ica,

que

part.indo

no

na

argument.o

Desíile

t.écnicas

do

no

desenvolviment.o

chave para examinar o

a

simbólico

e

dispor

público

ger•ais.

grupos,

o

gêner-o

do

moder-nização

exibição

penso,

argument.o

urbano-industrialização

o

ident.if"icada

um

sist.ema

t.ransíormações

Desenvolvo

que

novos

com

da

perspect.iva, o

implementada.

armado

pr-est.igio,

volt.ado

com

seguir

par-t.ir de etu'edos t.odos os anos

cult.o

o

e

de

a

exponho

hist.oricidade

Carnaval-Espet.áculo.

para

cosmologia

a

conglomerar-se

lógica

a

diant.e

moderno

ressignificados

inst.it.uicao f"est.ivo

em

mecanismos

os

mont.ado a

para

condições

sugest.ivos,

corret.o,

cenário

o

de

daqui

est.iver

secret.a

int.egrando

r-azão

análise

estudo

Carnaval

t.êm

da Mat.t.a,

Robert..o

compasso

de

S&

pelo

conjunt.o

r-eacornodações repercussões

da

sociedade.

pr-ovocadas

nos

pela

e

processos

r-elações sociais. nEtst.a segunda met.ade de século. UM NOVO CENTRO: A CIDADE Em seu

dados

sobr-e

const.it.uidores 7

"t

~i.nt.omoit.i.co

qua.t •• vê

do

no

de

o

país~

um

mercadorias,

Claa.i.a.t.i.r.do o

Desfile

e

art.iculado est.e-ja.m

que

peaao....,

ent.re

amplo

por-

exa.mplo,

referidas a

aqui.

complexidade pot.ent.e

sist.ema

do

um o

sa.

O

dos

int.ernacionalment.e,

a.oompa.nha.dc.a

pela. t.etev\.eao.

114

per-spect.ivas: da ur-banização

ondê,

carnavalesco,

encont.ro de

e

t.endências

sócio-hlst.ór-ico,

espet.áculo

apont.ar-

por

consumidor

ambi~nt.&

o

t.r-ansfo:r-mações sugest.i v o

est.udo sobre as

as

Est.udo

é

processos

produt-or com

r ot.ogra.fi.a.

e

uma no


int.rigant.e

base

peculiares

em e

européias

urbano-indust.rial, muit.os

seus

mesmo

possuídora

Vejamos com mais det.alhes a

na

economia

Es:t..ado cent.ral, a

importações, consumo com

seja

advent.o

soldalda

do

ambos

a

bases

or~anizar-se-á.

int.elect.ual

espaço e

O

simbólicas.

a

na

a

de de

capi t.al .. a

lógica mercado

um

equipamentos

é

mercadorias-signos.

E

de

quais

as

parque

bens

de

economia ..

da

veiculacão

sobre

e

de

e

recursos de

de

cont.udo,

íormacão

t.el'ciário e

produt..ivos

1940,

consumo

um

do

subst.it.uição

de

de

dos

de

intermediários

Desde

de

set.or-

ao

simbólicas

e

mat.eriais

bens

ut.ilizacão

processo

íormulação

dos

milit.ar.

na

do

modos

modernizant.e

t.ornou sede

set.ores

ent..relaçament.os

os

conect.andos

são

sel'vicos.

governo

at.iva

os

t.ransformações

ação

pela

polit..ica

dos

post.eriorment.e

dinâmica

à

encabeçada

consolidação

ot.imizacão

A

nacional.

de:fini t.i v as

pelas

pela

seja

pela e

indust.rializant.e

sobre

pujança dessa base UT'bana a

duráveis

o

Incindido

totalidade definida.

brasileira..

incent.i v ado

indust.rial

con~êneres

às

sobre as suas formações

favorecida

Sobremaneira

muit.o

caract.eríst.icas

compa:r·adas

nort.e-americanas<1991:102).

de relacionamentos entre os ~rupos e

dinamizadas

se

aspect.os,

de

valores.

t.oda

qual

no

as

dispõem

est.rut.ura

dimensão Ul'banas assumem o

os

social

cent.ro do

novo

cont.ext.o nacional<Sant.os/1993:27). tema

O

da

cult.ura

nacional?

s:ociedade-meJ."'cado

complement.a imperat.ivo

a

é

const.at.ando da

formação

relacionados

no

formação

de

lembrado

ou

composição sejam

de

uma

vai

modelos

compat.íveis,

em

t.emporários~

expr-essão

e

de

do i.dãoi.a profe•sor Rena.t.o Orli.:z, é

aparat.o

uma

respost.a

dos

cibernét.ica"

a

de

de

a

é

opera

do

ent.re

os

foi.

a

em

serem

que

deve

mas

a que

a

ser

sua lhe

d&

simulação

de

suport.es

mat.eriais

de

circuit.o

do

loma.da.

inleiro.menle mi.nho. a. a.proprio.Çêi.o que fQÇo.

115

o

armazenáveis

no

inst.rument.alização

ci.be:rnéli.ea."

pelo

Vislumbra-se

present.e~

infor-macion.al

se

Ela

est.ar

a

alcance

sociedade.

qual

de

engendrada

passa

a

essa

parcial.

amplo

element.os

lógica

adequação

pot-encialidade ··memôri.o.

da

de

cont.igências

escolha

t.ermos da

as

,

que

O

dessa 4

inscreve

se

t.ecnológico

símbolos

ident.it.ários

abst.rat.o

segt_pldO

demandar

o

qualidade

nele

simbólicament.e

dest.errit..orializada.

"memória

esquecido

porque

ciment.ar

seria

a

espaço-t.empo

consensos

•So

que

comunicação

ent.ão,

Mediant.e

informação,

da

processament-o

desde

como

problemát.ica:

seguinte

jo~o

iníla

de

empréelimo


consumo

de

ór-bit.as

universalizáveis,

étnicos,

signos.

raciais,

element.os logo

regionais

não

ou

Car-naval

do

problemat.izacão argument.ação

Enfim,

doravant.e,

simbólicos

fechados

mesmo

do

em

Este

consist.e

prematuro

a

universos

nacionais.

Rio,

é

porém

capacit.ados

no

circular

em

aut.o-cent.rados

à

tema,

luz

minha

núcleo

desenvolvê-lo

da

agora.

Trago

antes alguns outros dados. fatores

Os elevadas

t.axas

de

elencados

acima

cresciment.o

com o aument.o do

fluxo

veget.at.ivo,

migrat..ório,

em

aliment.am. a

conjunto

expansão

do

com

sist.ema

as

urbano

deslocando para ele, no curso de t.rês

décadas, mais de 30 milhões de pessoas de um campo secundarizado ant.e ao

empregos salta

no

dos

período. para

18

passada 68% nós

dos

impact.os

int.erior

do

Com

ao

os

íuncionais.

primeiro.

as

em

gerou

eíeito,

ent.re

1960

e

1980

:r-epresent.ando

do

Est.e

país.

sobre

sist.ema

O

socioeconômica

de

milhões

população

urbana

irúcio

década

da

significou

entre

social

do

trabalho

sobrepõe-se

ao

:r-ural e

met.:r-opolit.anas

simbólica,

e

a no

di visão

urbano

aglomer-ações

20

:r-eordenamento

a

t.oda

de

t..orno

milhões,

redimensionais

ecologia

dessa

impulso

habit.antes

est.1~ut.uras

suas

Cujo

indust..rial.

império

t.omam

a

com

as

e no

rédeas

do

hegemonia

conglomer-ado Rio-São Paulo(Faria/Idem:103). dizer-

Vale

a

format.ou

uniíicada

segmentada carát.e:r-

em sua

os

novos

rumos

em

seu

conjunt.o

est.rut.ura

sociabilidades..

das:

principalment-e

ajust.es,

p.arad.igmat.izados

pelos

Ul"bana-indust.rial. e

consumidorpublic:::it.ár-io,

do

sis;t..em& qu&

sub jet.i vidadés: Cldem:106),

mas

de

ainda

di versiíicada,

Faria,

dos

das

per-sonagem a

pela sociedade

desigualdades

hedonistas

isso,

que

t.omados

redeíinição

a

com

valor-es

Mais

p&r-mit.e

pr-enhe

obser-va

consumidor-a'',

U:l"bana

média

que

ampliação

O

impressionantes

parcelas

se:t'viços

comunicaç&o,

et.hos

do

con&~umo

ao

sociais<Idem:105).

imprescindivel

d&

sint.onizado

e

comport.ament.os

comar-cial o

complexa

sofre

novas

dos

acele:l'ar

br-asileir-a

da

"classe

nessa

~rama

de

calcada

ir-r-ompa da

ideais

no

C:t'édit.o no

ao

mer-cado

campo

das

m&r-cant.ilização

dos

modos de experiência individual e coletiva. Milt.on

Sant.os<1993)

t.ambém

hist.6ria da urbanização brasileira, o

do

"meio

isso, diz, ist.o

é,

t.écnico-cient.iíico"' íoi

uma

necessár-io esfera

a

no

ocupando-se

enxerga como o cont.ext.o

íor-mação do

deíinida

pela

do

que

período

na

moment.o de expansão

geopoli t.ico chaJna. de

compet.éncia

116

mesmo

baseada

nacional.

uma nos

Para

"t.ecnoesíera'', c:r-it.érios

da


engrenagens

interligando

regular

mundial. At.ribui

a

por

o

nacional

vet.or

mais uma vez, a mediador

assegura,

ao

objet.o,

mesmo

ist.o

racionalizant.e a

uma é

da

rede

de

capaz

de

bases

em

escala

t.empo, do

é,

grau

das

capit.alist.a

emersão, do

por

alt.o

independente

socialização

à

discurso

um

circular

país. Est.a esfera,

do

import.ância à

para

inst.rument.alizam

fazem

uma homologia ent.re essa e

construindo

elo

as

por

mobilizada

t.ecnológica,

que

territ.ório

o

mesma

movida

e

analit.icas

e

volt.ada

uso,

seu

agent.es

intercambiada

mas

out.ra esf'era

de

espaço

econontia

a

regionais,

do

o

eficiência

da

especializadas

de informações

numérico canais

e

cient.ífica

racionalidade

de

seu

vont.ade

uma

desejo,

individual .. consumo. E

est.rut.ura social do

inst.ância da cult.ura mode:rna surge em sua conclusão como

de

as

ambas

esieras<Idem:45-7,.

ver

também

Sodré/1983:63

à

70 e Cost.a/1986:22-3 e 138-55-80). A est.at.ut.o

problemática sociedade

da

de

consumo> Nos

Baudrillard(1979:78).

por

à

vincula-se

conio:rmação denominado

necessidade são perpassados desde o t.r-oca

e

mercant.il

simult.anea:ment.e

t.ambém

vias

valor

no

de

uso

a

e

pela lógica do esquema da

individual

segment.adores A

est.abelece

que

legít.imos

obedece

assim

sociedade,

da

articuladoras.

mercadológico

nicho

nesse

at.ivada

vida

suas

o

sociais

conformidade"

de

significados

dos

escolha

A

de

est.ilos

dos

parâmetros

objet.os.

os

espirit.ualizam

"ideal

seu ínt.imo

hierarquia

da

at.ores

de

-Lermos,

seus

dos

t.emát.ica

do

aos

porém consumo

outras

à

organização e expressão da cult.ura. A

do

par

deste capít.ulo do

popular

aludida

do

nessas

novos

pelos

processo

int.rigant.e"

sociabilidades sociológico condições,

a

e

o

sez-

simbólicos fundament.al

impact.o

ent.re

ressignif"icados, aos

'

investigado.

art.iculação

int.eresses

moderno

sist.e:ma

coloca,

é

no da O

no

nível

da

socioeconômica

Brasil.

cultura,

socialização rast.ro

a

caso

do

e

mit..o

est.udo.

Pois

íundo

Justament.e

os

seguido

do

a

é

da,

com

a

como

entre

como o

ao

porque

ajust.es

rit.o

fest.a

cultural,

brasileiro

inst.it.uições

.

e

conjugados

capit.alist.a

ser

agentes

de

reordenação da cat.egoria

urbano-industrial

novos

dest.e

a

pano

o

modernização,

de

ingredientes

do

descrit.o,

circunst.âncias

civilizador

caract.erização

"complexo e

macroestrutural

base para os seguintes -

pr-omovida

oxigenadas avanço

e

horizonte

as

nexo nêssas

elementos

carnavalesco,

concat.ena,

agora,

não t.ant.o à celebração ou reposição da memória de um grupo rest.rit.o: seu

H7


horizont.e

o

é

resolvido

present.e

por

uma

da

sociedade

especialização

na

o

qual

funcional

das

t.ema

da

prát.icas

recreação

e

dos

é

sent.idos

nela produzidos<Canclini/1983). É

alcançado

dest.a

perspct.iva

pelo

Desfile

mesmo

e

nacionais

Escolas

das

ext.er-ior.

conformação

a

entender

no

se vai prescrut.ar-

que

do

Ou

de

Samba

melhor,

event.o

como

com

inst.it.ucionalização inst.ância,

últ.ima

Em

ampliados.

a

espet.acularizacão

é

publicado

1975

sobre

visível

a

em

combinação

travado

cult.urais,

indúst.rias

profissionalizadas, burguesia

da

e

além

cada

vez

da

ent.re

dando

as

Escolas

O

de

aut.o-suíicient.e,

diagnóst.ico

inscreve

ent.re

produção

enxergá-lo

no

qual

no

Mônica

do

da

e

de

Rect..or

qual, da

produt.o

de

uma

realidade

t.rat.a-se.

ambient.adas

cultural processo

A

as

e

lazer

"ao

em

da

observa

no

realidade

um

plat.éia

ao

art.igo

espet.áculo"

relações

t.odo

de

cult.urais

um

de

plat.éias;

bem

insePe.

se

do

fenômeno

de

o

respeit.o

curso

t.ornando-se o

ser

bens

a

prest.am-se

int.erior

ressemant.izador

mas

No

cult.ural

exposição

consumo

e

circulação

Samba

urbanas,

conferindo

mercado,

de

de

debat.e

plano

um

média

disjunção

mais..

de

a

ent.ret.eniment.o.

de

"monwnent..alidade

cont.a

passa

mercado

semiot.icist..a

a

a

um

t.ermos

em

geral da sociedade,

mais

realidade.

out.ra

cariocas,

função

próprio

o

Desfile,

classe

consumo"<Idem:119). par-a

o

em

de

''sucesso''

assinalado

objet.ivo

o

Tomando-o t.ambém como t.ermômet.ro do ajust.e cont.racená-lo

o

um

de

e

no

valor

produção, desde

cat.egorias

de

é

aucliência-pagant..e.

Os classificação Dest.a ót.ica, problema

nat.ivas as

no

inst.it..ucional

cur-so do plat.éia

com

público

a

f'&st.e-jo do

no

publicit.á:r-ias nova

ou

ab'2rdo a

pagant.e,

considerar

a

bojo

dos

cit.adas

sit.uação

p,;.:ropassada

é

Est.ado

it..em post.er-ior

em

ensinam

coerent.es

frases

enfrentado

da part.icipação nival

nos

ant.ropólogos

no

a

sugerem

dos

just.ament.e o

carioca:

a

ent.re

UMA IMAGEM DE CARTÃO POSTAL

a

quest.ão seja

no

cult.u:roais.

No

t.ransformacão

da

produt..or,;.s

cotejando

relação

cult.urais.

t.ema da audiência,

como fio condut.or.

118

sist.emas

Carnaval

pelo

questão,

t.omando

ant.es,

do

nível

seus

as

Carnaval

e

t.urismo


A

discussão

decididament..e cult.urais Botu"dieu porém

a

sobre

presença

produzidos ocupam

a

o do

para

assim

Carnaval-Espet.áculo Desfile

públicos lugar

um

context.ualização

no

de

Carnaval

ampliados.

import.ant.e

espaço

carioca

As

no

a

campo

brasileiro

incluir

dos

elaborações

const.rucão

na

social

passa

bens Pierre

de

do

argument.o,

impõe

ressalvas

si~nificat.ivas.

linhas

Em

a

gerais,

teorização

respeit.o da est.rut.uracão de um a

aut.onomização de

t.odo

o

mercado

circuit.o

de

Pierre

de

específico

produção,

Bourdieu(1992)

a

da cult.ura subent.ende

circulação

e

consumo

de

bens simbólicos. O que de um pont.o de vist.a mais amplo est.á embut.ido no concert.o de um processo de desencat.ament.o da sociedade,

no

qual esferas

gozando de mecanismos de legit.ímidade próprios const.it.uem-se Cabendo

out.ras.

as

umas

pertinência<Idem:99). submet.er esse

qualquer

de

interferência

Alguns

realidade

a

esquema

unicament.e

do

analít.ico.

autores

primordial

desempenho

caract.erizada, do

os

percalços

e

brasileiro

é

a

dest.it.ui-se

observaram

conside:r·ado

oposição

auto-legislarem;

se

ext..erior

cult.ural

mot.ivo

autonomização em uma sociedade pelo

elas

poder

campo O

a

em

de

de

se

lat.ino-americano

just.ament.e

quant.o a

o

t.ema

a da

sua modernização.

e

Est.ado<Canclini/1990

Ort.iz/1994).

Vejamos em que medida t.ais considereções ressoam sobre o processo est.udado nest.a dissertação. No do

Brasil

ordenament.o

não

executivo,

poder

socioeconômica.s 0

o

Est.ado foi o

na

sociedade,

da

expansão

com

de

efet.iva

seja

0

O

advent.o

reforçou

inserção

do

em na

país

'

com o

dit.adur-aCCout.ínho/1982).

conjunt.o

do capit.al

r-egulament.ar-

burocrát.ica nacional em

imP,ôs

a

e

seja

produzindo

capi t.alist.a,

1964,

parafernália

int.erferiu

est.imulando-as,

cont.ou definit.ivament.e da

de

cent.ral,

dos

ordem

capit.alist.a

t.ecnocr-át.ica

seus

diversos

necessidade

de

inédit.as

Est.ado cujos

rúveis;

int.egrar

consumo.

119

a

as

prát.ica.s:

pós-II

a

Guerr-a anos

abrigar

uma

da

como

a

nos

deit.a:ram-se

increment.o sociedade

do

part.icipação:

do

passou

agente

:rast.:ro

empreendido

membr-os o

como

no

est.a

mundial

modernizant.e o

relações

desenvolviment.o

o

milit.ares,

ent.ão

ist.o,

supremacia

das

diret.amente

planejando

bases

Pa:r-a

jogo

no

governos

empenho

t.ot.al

t.rint.a, das transformações

agindo

e

com

juridic.ament.e

mot.or, sobret.udo após os anos

econômicoCianni/1971). golpe

apenas

int.uit.o

o

politico

sobre

acumulação mercado

de


ínfraest.rut.ura(viária~

A montagem da e

inst.alacões

indust.riais

de

A t.essit.ura port.ant.o de âmbit.o a

é

soldada

homolo~ia

uma

esforço

cult.lU"al

hist.órica

Embora

país<Idem:114).

ent.re

o

de

est.ímulo

e

ampla

g-ama

conversão paroa na

bens de

em

esf"era

cult..ural

est.eira é

em

são

Empresa

a

int.er-essa -

e

do

econômico.

ao

medidos

de

bens

mercadorias.

criadas.

Dest.e

Ent..re

Brasileir-a

de

em

Tur-ismo

aparece

post.ura

objet.ivos

capacidade

a

de

disponbilidadeinst.it.uicões

que

em

1966.

mais Na

Sist.ema Nacional de Turismo e

rormado no ano seguinte o

a

com

o

é

no

privilegia

diversas

e

com

Est.a

pela

ralação

modo ..

est.as

mat.erial

mesma

ent.ret.eniment.o

principalme-nt..e

mas

que

encont.r-a

censor-repressivo,

soment.e

no

est.udo

simbólicos

capit.alist.as.

não

No

Or-t.iz(1988)

aspect.o

est.l"ut.uras

t.eve

cont.ext.o

indust.rialização

mercado

pelo

nós

mesmo

Renat.o

da

volt.adas

são

uso,

metamorfosear-se

redimensionada.

no set.or est.á combinada à

iniciativas símbolos

do

desenvolviment.o

avanço

das

gel'enciament.o

Os

é

Est.ado,

no int.erior

caracter-izada

Est.ado aut.ori"t.ário

mercadológicos.

do

sociedade,

na

presença do

de

de

produção

da

fort.aleciment.o

uma

cargo

um sólido mercado capit.alist.a ent.re

no

moder-nização

a

a

polit.ico seu art.ifice-mor. É

cult.ura

sob:r-e

o

do

base),

ener"ét.ica, de comunicações

nos

mesma ocor-:re

o I Encont.ro O:f"icial de Turismo Nacional. Est..es t.lll"'íst.icas~

Ao

novos

at.é

discutirem

Gelas Laje do Rio de

ent.ão o

pouco

t.urismo

Paulo

e

element..os:

vêm

consider-adas

como

César-

campo

um

pelo

f1an.co

poder

r-elações

most.ram

nas

at.ividades

público

brasileiro.

econômicas,

como

a

Feira

Beat.riz

H.

Int.e:rnacional

janeiro em comemoração aos cem anos da Independência, em 1922,

ent.ão~

junt.a.ment.e à

ABT, depois

relação ent.:re Est.ado e

Touring- Club do

Cili""daii!

da

t.urismo

r-ecém-f"lll'lda.da Associação Brasileir-a Brasil,

o

o:r-ganizado(Jdern~20).

viagens: p:r-imair-a&

de

Milone(1991)

pode ser t.omado como marco da Desde

pr-eencher-

UniAo

um esquema de

hotéis e

no Brasil. de

Turismo

ag-ências

ABT

qu~

Int.liJ:r-nacion.al

dtõt

de das

O:r-ganiz,g,ção

dtõt

Assunt.ol!iil

Tur-ío:at.ioog, :f'und..._cU;._ g.m 1024. Apesar do at.enção,

mui t.o

dit.adura

de

dedicadas

à

primeir-a Joandre

'

impulso inicial, a

Vargas, á%-ea

fundada Ant..ônio

ainda

no

aparecam

as

embora

t.uríst.ica just.ament.e

Fel'l'az(1992),

os

na

verdade é inicio

dos

primeiras

apenas

t.rint.a,

inst.it.uições

capit.al em

o set.or recebeu pouca

anos

depal"t.ament.os

ent.ão

120

que

1938

e

federal,

durant.e

g-overnamentais

comdssões(sendo em

aparecem

a

1932>.

algumas

a

Seg-undo normas


reg-ularidade à

legais visando dar

à

rest.rit.o

~overno

ao

para

vender

sabemos que est..ava o diz

1939,

e

porém suas

est.a

Decr-et.o- Lei

em

dividia

o

Minist.ér-io

da

Ainda

gerenciar~

Combrat.ur

diret.ament.e no

polít.ica

at.o

nacional

no

t.uríst.ico

à

subordinada

de

t.urismo.

concebendo

disciplina

bens

dos

modelo

o

de

nat.urais

de

para

isso

do

a

Ferr-az

germe

de

urna

dir-eit.o

econômico

planejament.o

t.ur-íst.ico

no

cult.urais.

e

planejar,

República. o

mero

Combr-at.ur,

est.ando da

das

Juscelino

pret.endia-se

embrião

de

Turismo,

gover-no

fundação

expresso

Em

mui t.as

Turismo

set.ol"..

sua

de

Comércio

Presidência

de

o

"É

o

quest.ão.

permanecia

de

quando

Depart.ament.o

no

da

Divisão

e

fiscalizar:

desenvolver

jurídico-positivo

a

Est.a.do

Brasileira

de

além

do

1958,

em

o

bojo

aut.orização

just.if"ica

ocupado

Indúst.ria

papel

Comissão

enfim..

Brasil,

na

cent.rado

a

muit.o

organizar,

const.at.a

o

Apenas

inst.i t.uída

é

propósit.o

o

assim,

pedir

se

inst.aura seu

obst..ant.e t.er se

de

imposicão

1.915

t.raz

não

viagem

Imi~ração

qual

com

agent.es,

de

A

o

fiscalizador(ldem:3Q-1).

com

passagens.

Propaganda,

at.ribuiç:ões.

Kubi t.schek,

agências

Depart.ament.o de

o

Fer-r-az,

Imprensa

das

obrigat..or-iedade

acão dos

apoio

à

pr-odução e no incentivo ao consurno"<Idern:34). Por de

meio

surge

1961,

da reorganização

o

Depart.ament.o t.ur-ismo

do

compreensão

Minist.ério

do

Nacional

como

de

da

Indúst.ria

Turismo.

at.ividade

que

O

evidencia

econômica

uma

do

at.o no

c:r-it.ério

a

se

qual

mont.agem

estabelece os objet..ivos a 0

principia

que

ordem capit..alist.a nacional

aut.orpol"

mesmo

o

papel

não

planos,

soment.e

r-esponsabilidade

pelo

politica

a

iníraest.rut.ura

Decret.o-Lei 55 nacional

est.at.al

mas

pr-ojet.os.

est.udo, do

de

Fora

mercado

de

t.ambém

plano

de

1966,

t.urismo .•

para

foment.ar

t.urist.ico

o gover-no

cult.ura no

serem alcançados. Com efeit.o, à

disciplinador e

progr-amas

conceitua da

edição do

na

a

organizar-

o

set.or-

o

e

se

Embrat.ur coube atribuída

lhe

como

de

t.endo

financiament.o

o

a

específica,

transformando em bens t.udo quant.o a ele se vinculasse. Porém é Cast.elo Br-anco

Comércio

e

sist.ema.

E

de

a

ainda

promover at.ividades e f'iscalizaz- os agent.es do ramoCidem:38). O polít.ica

t.ext.o

est.at.al

normas, quando

de

Decret.o-Lei

implement-ada. ar-t.iculadas

"desenvolvimento

f"ont.e

do

renda

do

deixava Pois

pelo

turismo",

nacional··.

o

pat.ent.e conjunt.o

planejament.o de como

No

informa

decorrer

121

o dos

o

conceit.o

das

t.odos t.ext.o, anos

suas os

nort.eador

da

diret.rizes

e

seus

níveis ao

equaciona-o

"como

seguint.e:s 1

novos


instrumentos t.UI'ístico.

jurídicos

Int.eressa

conceito

viajantes

a

1989.

por

capitalista

reconhecimento

Ele

de

a

intervenção

as

po!lt.lca

de

que

do

:r-ealizações

ent.ra no

compreender

a

Estado

no

set.or

por

est.e b reve

orientadas

~aç amos ,.

t. .. -,·smo • <LO-"

em

int.ernacional.

t.uristica

ajuda-nos

a

hor-a

moviment.o

do

classe

da

ampliam

an t. es

t.ermos

Brasil ent.:r-e

crescent.e

um

númericos, os

anos

import.ância

de

de

1960

est.rat.égica

do setor no conjunto da economia nacional: Se const.ant.e

em

1964

entraram

at.é

1967

em

seg-uinte, 35% ano

no

de

mais

a

Ano

1989.

apenas

o

1972

quando

número

mil.

450

o

A

Rio

de

a

1972,

dóla:r-es.

de

Riot.ur,

met.rópole colocava

Por

a

Brasil

da

para

o

os

países

do fluxo

desses visi t.ant.es é Pal"'a isso. a

do Est.ado em est.imul.ar- o

set.or.

algo

bilhões

em

t.o:r-no

sessent.a. 294.

O

em

dois

número

de

mant.ém

a

mais

Guan.ab.al"a

const.it..uia o

milhões

cambial

especifico

do

const.:ruidoo;;z. da

clao;;z-'õlo

como

A

par-a

Rio.

f""QiXQ

t.u.r-iiOI"t.ica

Mer-idiem,

&la

os

pólo de

201

at.ingi:ra

lit.or-.§.noQ implant.ado,

'

no

bilhões em da

toso~

Or-loliil

d.-nt.roo

Ot.hon,

na

ár-ea.

13

Sul

detém

a

"maiorTurismo do

.Qbr-iga oQ

o

primazia.

década

sai

dos de

2

A

1972.

quar-t..os comploMo

a

quem

Est.ado

de

cif"ra.

no

bilhões

75

de mil

1969,

para

50%

setor.

gr-upo.o;;r

nele

da

ent.ão

em

470

mil

de

dos

milhÕes

qUAl

do

de

Desde

O

no

salt.ou

602

a

em

visi t.ados

mais

final

1975.

investiment.o

moment.o .•

era

Mundial

oferecidos

em

769.,

criada

do Egit.o .

conceder- isenção Iiscal

naquele

Sherat.on e

e

cidade

esfera lede:r-al invest.e

hot.éis

empl"'eendiment.os

maior

pais

do

1968

de

em

417%

mil

17

política de

investisse

padrão

de

aos

de

a

897

acompanhado pelo empenho

cruzeiros~

de

apart.ament.os

chega

e

1970..

Embr-at.ur

de

como

e

"

planeta. Abaixo apenas da Espanha, dos Est.ados Unidos e O aument.o

mil

um saldo de 16

Rio

Organização

No

763.

402

set.o:r-,

do

média

mil

333

manteve-se

divulgar:

ent.re

país

milhão

1

municipal

fazia

lugar

no

400 mil em 1989 e

America Latina". A quar-t.o

em

atinge

Janeiro

empresa

ent.usi.a.smadament..e

t.uríst.ica o

isso

t.UI'istas

subira

cifra

mais visit.ada por 50% desses t.lll'ist..as -

milhões

mil

125

No de

911

caso hot.Q.is:

hot.oloir-o

t.r-aTU;i!na.Cionaiiil,

Todo o

conglomerado

turíst.ico empref:aVa 64 mil 362 pessoas, em 1973, e soma 365 mil empre;os

•Oa

da.do& numêricoe roeol h idos nos foro.m a. nos d. i.P?O a. .t.PPJ..

sobr~

o. Boletins

ent.ra.da. Anua.i.&

122

do

""

t.urist.cw Embra.lur.

• A

\.nvest.\.ment.os pesquisa

no set.or cobriu os


6

no ano de 1989 . Out.ro índice import.ant.e da expansão do set.or- de t.urismo no país e part.icularment.e na cidade~ é

o aurnent.o das empresas ligadas ao ramo de

prestação de serviço. O número de agências de viagens e

t.urismo consist.e

no t.ermômet.ro da ampliação no set.or. Porque em 1967 eram apenas 134, das quais 6

eram filiais.

para

subiram . 7. f" 1'li al.S

perfil

Para

do

dessas

Em 1972, haviam ent.ão

51.

Em

em

1994

viajante

at.ingír

que

emprego~

principal

font.e

para

12

mil

de

t.ransport.e

empresas

da

de

guias

de

830

1.684.

à

chega

empresas<Relat.ório

os

constavam

1989

um

agências,.

89%

com

t.uríst.ico

e

123

62

de

da

no

182

de

ao

serviços

con:s:t.it.uem

Onde

ox-g.aniz.ação

as

os

classe

Rio.

Hliais

consonância

agências

hot.éis

as

incluindo

utilizam

As

exist.ent.es

e

217

em

deles

RiOt.ur/1988:07).

turismo

de

Crescimento

cidade:

junt.o

t.ot.al

a

t.urist.ica, t.ambém

event.os

36

est.ão

inst.alada.s.

t.J.~oux...

no

recUT"sos

m..Uores

país)

passou

a

para

o

set.or

com

o

primeiro

cont.ar

capacidade para os grandes boing.s: e do

empresas aéreas apenas 4 sao

Em Em

1970,

indicando

operam no •

nac1.ona.~s

à

ralação

o

desembarcado

na

e

do

620

pelo

país

naquele

da

Carnaval

t.urist.as

parecer inexpressivos quando passaram

est.abelecimant.o

de

.aa:rovi.S.:rio

com

jat.o, pont.a de lança

passageiros.

int.ernacional do

carioca,

est.at.íst.ico

semana

mil

8

cidade(pioneirament.e

Galeão,

At.ualrnent.et

42

ent..re

as

quais

t.raço

peculiar-.

lii'QçQo

Qgp..,.ci.al

.

capi t.al

Anuário

que,

B

set.or

A

out.ros aviões a

t.ransport.es

de

mundial

comércio

t.uríst.ico.

os

dados

Embrat.urdaquelQ

cont.ém t.rQZ

ano

est.rangeiros.

comparados aos 324 mil ano.

Ent..ret.ant.o,

dest.es,

um

UJn.lilo

na

Guanabara..

Esses

e

números

303

109.363

haviam podem

visi t.ant.es est.iveram

que na

,,.,., . 7

.1Pó9-73-PO-P4 Embro.tur de Anuó.ri.os retCllÓri.o númerb de Clgên.;i.a.s de peri.odo, mesmo o e turi.smo om sao d.:ts: 94.1Cs&ndo 25 fi.t\.o.Í.G) om :lP6C-, BCU., Pcwlo z' 707{da.s quais 3ZZ H>92. Tai. e da.dos 00 aoo de i.rnport.ant.es, fi.ti.a.i.a> o;onsi..d<il'rClndo que sõ.o PGUl.O 50 H mo.i.a do doe t.uri.et.Q.e do dornéeli.eo• Eeto.do qu• estão 00 Dura.nt.e .l'Clne-\.ro. o o;CU'na.vo.l de .1995, R\.o de 270 o v\.s\.t.g.m um uni.v&rso de !500 mi. L. A reLevQ.no;i.o. do de nU. mero de fi.l.i.a.i.s dentro mi.L jusot..:tmenle de vi.o.gens eetó. li.ga.do. ~ ex:pa.n~;;õ.o no.ci..onal das agênci.a.s

Fonte: Ne.alo

"""

i.nt.ernaci.onal

do

fLuxo

Fonle:Depg.rt.a.menlo de-

desses

vi.o.janles.

Avi.o.çã.o Ci.vi..l.

123


:só no período do verão. A atenção dedicada pelo documento a

Guanabara

essa sazonalidade

no

razões

endógenas

primado

assumido

com

a

polit.ica

fat.ores, no

"caldeirão

coníi~;urado

pela

eficiente.

Haja

trabalho

at.ividade para

fazem

set.or.

qual

do

que

divulgacão

ali

quais

para

e

e

ainda

Cat:>naval

da

nos

desses

Araújo(1987),

de

post.al

Samba saiu

e

cidade,

da

comunicat.ivament.e

anos

cidade

o

calibrando

alguns

Hiran

signo

explicar

vão

Escolas

das

cart.ão

cult.ul"al

para

se

repet.ir

int.ensidade.

t.al

rapidament-e

Desíile

o

It.amarat.i.. do

as

Pincelo

int.ernacional

o

por

experimentadas

mercadoria

vis:t.o

just.i:f"ica

desembocar,

espet.áculo como

de

se

t.uríst.ica,

o

t.endências"

como enfim

Janeiro

circunst.âncias

eles

de

do um

às

nacional

que

de

Rio

no

:s:ess:ent.a,

ext.erior,

inicia

t.:rabalho

int..ensificado na década s:eguint.e. As bast.ante

condições

diminuindo lugar busca

paulist.a t..empo,

para

o

rest.ant.e

principal

íont.e

de

renda

à

alt.e:r-nat.ivas o

grande

ant..igo

t.ant.o no

concerto

país

mundial

pólo

do

Rio

de

his:t.oriador para

os:

Janeiro, José

moment.o

passa a

de

na

cart.ões post.ais, que "cidade

e

Redentor, visibilidade

uma

no

'

começam a

A

maravilhosa".

sua

dado

do

parque

para

o

mercado

lhe

fixação

alt.o

do

à

nos

Mo:r-ro

enseada

de

deixar

"Cidade

da

poet..isa

a

cam

imagem

surgir desde doação anos do

t.rint.a

Coi"'covado,

uma

Cont.a

júbilos

do

século~

irúcio o

Rio

do

diversos

cidade,

o

:f"at..o

dez,

da

pont..o

o

maiores

olhando

os anos

no

de

ambient.e idilizado

dos no

pela França

mesmo

not.oriedade

uma

herança

o

paios

da

Ao

rest..aurant.es.

um

francesa.

a

industrial

Maravilhosa''.

cidade,

Apr-opr-iad:;:,.

a

do

mot.iva

int.erno.

conf"irira

ser elaborada é

que

prest.ado

:redefinição

A

consolidação

Ca:r-valho{19B4)

quando

Jigacão de bondinho ent.r-e o dest.aque

ent.ão.

cult.ural.

remodelação

são

pais (Singer/19B7 :143-4),

e

afamada

confundiam-se

frase

at.é

federal

mervei11euxl''.

ville

o)('c::!amou:"Le

a

do

de serviços de bares e

a

Murilo

empenhados

ocorreu no

administ.rat.ivos

como int.ernacionalment.e > além de

mat.éria-prima que

sessent.a

socioeconômico

da

capital

razoável est.rut.ura hot.eleira e A

serviços

produt.ivo

de

st.at.us

dos

medida

de

pai"a

Janeiro

no

década

do

de

como 0

da

redução

sua

de

lintiar

drást.ica

cidade

da

no

uma

Rio

pelo

cidade

t.:ransf"erência

A

diflceis.

significou

da

vão

es:t.át.ua

ma:c-,

grupos é

cs

incorparar do

Crist..o

est.rat.égico

conjunt.ament.e

ao

pela

irúcio

da

Bairr-o da UI'ca ao Morro do Pão-de-Açúcar-, ao Bot.af"ogo,

124

mais

t.arde

somados

às

praias

de


Copacabana

aos

e

de

Ipanema, balneário

do

olhos

t.odos

ajudar-am

tropical,

a

mont.ar

celebrado

o

cenário

ir-r-esistível

int..ernacionalment.e

nas

canções de Tom Jobim. Mas

a

imagem

compr-eende

sígnico-visual,

inscr-ito

na

t.ambém

algo

urbana~

paisagem

a

e

exper-iment.a

conhecer,

a

e

apreender

dela

o

Rio

de

Janeiro,

de

t.ant.o

no

pais

a

e

posição

íuncão

cidade

"cidade

quant.o

a

maneira

sobl'e

define-se

O

De

mesmo

respei t..o de

se

deixa

ent.l'e

o

inst.i t.ucionaliza locus

modo

est.rut.ura

localmente

ao

conúbio

mai'avilhosa"

na

con:st.rut.o

como

ele,

int.er-nacional.

readimensiona

mundiais.

cult.ural

sociedade faz a

e

conheciment.os

de

definit.ivament.e abrangência

mesma

do

consist.e

represent.ar-<Durkheim/1993:170).

e:st.oque

o

e

cenário

"idéia"

além

imagem

t.empo em um conjunt.o de represent-ações que a si

out.ro

t.uríst.ico

implícito,

a

socioeconômica

a

divisão

social

do

t.r-abalho.

o seguint.e

raciocínio p:r-opost.a:

o

desenvolvido

doravante

organiza-se

conjunt.o

at.i v idades

vinculadas

ent.reteniment.o

art.iculadas

quais,

carnavalesca

Par-a

a

íolia

íalar

sent.ido

como

das

Weber,

suas

relacionament.os

tece

set.ores

"cidade

idéia

a o

Ist.o

envolvidos

aut.ônomo

lazer

as

representações. t.êm

nest.e

à

bases

as pólo

o

dos

conglomerado

põe

cujos

ao

&

ent.re

inst.it.uição

que

próprio.

culturais

àquelas

encorpam

pela

ao

maravilhosa"

agrilhoado que

dele

relat.i vament.e

corpo

um

logo,

agentes

condicionado

sociais dos

ent.idade est.ará

os

ações

profissionalização

na

de

da

e

forma,

desempenhos

serão

referenciados pelo cosmopolitismo da export-ação cult..ural. A

quest.ão

capazes

mas

cidade

unive-:r-salizá.vel. un1a

das met..a do

"vocação"

da

p:r-incipalme-nt.e Marina

da

Rio.

brasileira~

pelos

As

ut.ilizacão

de

concat.ená-la Carlos

Lacerda,

t.ais

recursos

em

um

iniciado

seu p:r-ojet.o "Novo Rio", incent.ivar o

com

que

turismo.

o

cidade

ao

l"eorient.ação~

a

de

governo

Glória

encomendado

do

O

é

posta

const.~~ção

a

da

e

elaboradas

no

do

o

cenário

ufãnicas

Inst.i t.ut.o

posit.ivist.as

Parque

da

125

a

do

1960,

que

se

respeito

Hist.órico

de

Orla.

do

e do

mar-

das

da

Flamengo, dessa

e

mont.anha

da

paisagem

Geográfico século,

uma Sul,

Copacabana,

At.er:r-o

de

como

tornara da

à

diria,

t.em

emblemáticos

t.ropical

virada

em

praia

são

Max,

pat..amar,

paisagíst-ica

da

calçadão

Burle

privilegiar-

represent.ações

int.elect.uais

do

refoi'ma

implant.acão

pai.sagíst.a vai

A

int.rísecos

Nacional,

passam

de


const.ruÇÕes ideológicas à Já

o

Pl'imeiro

imagem concretizada na fisionomia da cidade. plano-diret.or

Ant.ônio Pr-ado Júnior no final francês

Donat.-Alf:r-ed

Agache

do

Rio,

dos anos de int.roduz

a

no

curso

Corbusier

Quando

a

sob:r•evoou

apr-oximou

as

para

base

o

Rio

curvas

mont.agem

idéia

dai

e

do

riscou

rnont.anhas

das

administ.ração

1920, encomendado ao al'quit..et.o de

explor-ar

cidade como paisagem post.aL No ent.ant.o serão os Le

da

ensaios

cenário

idílico

aspect..os

daquelas

a

da

aparência

da

urbaníst.icos

de

t.ropical

cidade,

inspiradas

o

car-ioca.

arquit.et.o

nos

corpos

de

negros. A ascensão de alguns de seus discípulos aos post.os de comando do Est.ado,

após

a

pr-ojet.os de 1940 a Sul

Revolução

Baía

de

inf:r-a-est.rut.ura cart.ão post..al

9

o

.

espet.acularizant.e .•

element.os

desde

complexos

todas

ao lonco

do

com

pela

das

Nest.a

e

iniciat.i v as disposição

brilho glamour-oso da

do

que

os

décadas

de

f"aixa

lit.orânea

dot.á-la

de

emoldurar-

um

para

gramát.ica

a

para

parcelas da Orla

hot.eleiros

essas

responsável

compat.iveis

no format.o

sólidos

invest.iment.os

e

permeia

postulado

diagrama-os

corpo

núcleo(1991:11-7).

abrigar

de

que que

alicerces

t.omasse

como

esf"o:r-ç:os

capaz

cr-iou

imagem da enseada de Bot.afogo e

Guanabara,

concent.I'ados

são

Trint.a,

r-eforma paisagíst.ica

de 1970. t.endo a

da

de

um

é

de

mesmo

det.erminados

deslumbre,

fest.a

para o

a

qual

f"ascinio

de

indivíduolõõl.

verão gradualment.e ascende à

O

de

Rio

Janeir-o. vibr-ant.e

alegre, idílica

da

binômio

O

relacionada

flora,

Pa:z-a

~ugeatl. v

o

o.

,....spelto

d .....de

ei.da.d.a,

a

usar-

oe

no

é

e

do

"quent.e''

e

encaminhadas exót.icoi.

sol

povo

uma

a

de

carioca.

de

Sérgio

la.t.o de quarento.,

o

o.noe

feit.o

pr-et.ensa

sent.ido

idéia

posição de a

principal est.acão do

signo

Buarque

o

de

Rio

1'6pl"&l!>&ntQ.ÇÕ•.,. em

.

mais ~

cari.ocCl8,

a.o

sol.

Bl'asi.L,

indi.ecuti.vel sao

o

f O.ffiO.IIOii Rio

vi.brg,nle, exci.ta.nle, di.g,"(Poller /i!095>:J. B 2> .

U.vro Lo.ncruio descreve o.ssLm a

bro..sil.&i.ra

co.pl.io.l.

por um

no•

sua. do&

pulsando

á.vi.da.

luga.ro~;o.~:~

com

Esto.dos

ci.da.de do busca.

rnai..~:~

a.

126

e

do

boni.los

bo.ti.do.

povo;" O

pra.zer. pra.zer do

do

com

cenário

Seus

e mundo

samba.,

fixa-se

o Em

a

fi.sLeo

el .. nco

d ..

jóc.i.a

.-.o

Uni. dos

seu

nat.ivos

,..p,.,ç:o

de·

aeu bojo e-Q.r\.ooc..

••

um

tarde,

dos

Holanda,

di.vutga. eH•mplo, ,., Ur.i.doD r.o corpo d... um mQ.pa. do Rio d• Ja.nei.!'o, • E.~:~ta.doa . ' ci.dade compõem a. po.Lea.gom geogr-Q!i.ca. desta.ca.da.. turí.st\.co& do.

dedi.ca.do

exuberância

sensualidade

no

•Anos

personalidade

colorida

A

ident.iíicar

alguma& tr-azerem

da

qua.l

sobre Ri.o

00

por.loe

viagens de

e

Ja.nei.ro

ha.bi.to.nies, os incessa.nte adoracã.o

a.ti.va.

um~

ci.do.de

noite


imagem da

convertida sol,

no

signo

"visão

vist.o

facilmente e

do

de

do

nacional, paraíso

celestial

figura

a

cálido

como a

crist.ã-cat.ólica

da

cidade

paraíso", livre a

imagem

tropical

branca,

pont.os

modo

ser

aconchegante

de

do

Rio,

de

é

pecado.

Rendent.or

Próxima

do

verde{o

a~or-a

sig-nificam

vi ver

"abençoada"

a

céu e

do

do

Corcovado),

identificada carioca.

"sempre abert.os" do Redentor, disseminados em post.ais e divul~acão ..

De símbolo

Crist.o

pedestal

o

e

do

hedonista.

sobre

diversos

do

ao

ent.ão Os

braços

out.ras formas de

solidariedade

de

um

povo

e

sua cidade "maravilhosa":U. A carnavalidade r-esult.a, ent.ão, como signo mesmo de um povo cuja marca passa a

a

ser

festa .• a

Carnava.l/'1984:33). Augraz

A

t.raz

músicas

e

os:

anos

pelas

de

1948 a

das

3.573

numa freqüência

t.ram.a

realizada

por

em

imagem

O

coibindo

o

que

manifest.ações t.er-ia

adot.arem

261

o

Escolas seguint.e

são

é

revelador

"íest.a"

o

moment.o

part.ir dos anos sessent..a. A

aut.orít.ária

e

idílica

Averiguando

colocadas

mobilizadas.

sit.uação

à

mais

sociedade.

det.alhe

composi t.ores

carát..er

de

t.emas

cont.rárias

os

levado

intefer~ncia

à

íat.o

o

at.ribui

a

hist.oriadora chega a

quando esses t.ermos sobr-essaem: just.ament.e a Aut.ora

relação

primeiras

palavl"as

7 ,30%.

de

samba-enredo

da

a

t.oda e

quat.ro

1975,

de

Samba

do

sugestivos

na

cantadas

est.at.ist.ica:

"carnaval"',

dados

alegria"{Rio,

da

discur-so

elaborada

cont.eúdo

de Samba entre

do

alguns

ent.ão

amost.ragem

''capit.al

análise

carnavalesca das

irreverência; seu espírit.o. sínt.ese

verdadeir-a

bl"asilidade,

Mônique

a

politica

diret.orias

:f"olclóX'ico.s

governo

do

do

país

das

na

época,

ent..idades

l:'egionais,

e

milit.ar

po>'

a

serem

"evasivos"(1992:14-6). Talvez

•• A

a.ná.li.se

que

Local e público tro.nsformo.Cõee ao

seja

••

o

caso

fará.

mane1.rC1 da ooorri.da.s

de~

daqui. no

subest..imar

sem em

d~ante-

como alguns evento

al9uns.

vei.culos .E.ecola.s

mobi.li.za.Çl:W co.rno.va..t. •

uma

Q.nâ.Ltse

de

conteúdo.

proposta

fat..or

dê-

apont.ado

d1.acurso~

do

pêla poder

comuni.ca.Çêio nol'-c1.ou SClmba., nao

do veri.fi.ca.r

efei.to o que pl.a.téi.a.s, tendo em vi.eta. unt-la.e na.& respe~ti.va.s concepc;:êio de reapei.to J. L. Auati.n argumento& vetcula.dos. Va.lho-m• do di. ..eureoe, qua.i.e ca.racteri.ll'!om-ae da.e moda.Li.da.dee ··performa.ti.va.e" de = descrever oe fo.toe do mundo, decLcu-o.r por ndo a.pen08 di.acurai.vo do emprego da li.nguo.g•m. no t cu:endo u mo. do proferi. manto da ao fala e da consi.der.:~.çae em ocorre Q Q i.nloreseo. Logo tro.b.:~.lho f a.la.nteU.990:21-8>. do a.utori.da.de propri.o.mente procuro.vo.m

A

de

o

ca.uso.r

existente

nas

expressões

ci.d.o.de.

127

om

fundar

um

novo

nexo

entre


aut.ora,

consisderar

a

sobretudo

de

mercado

Escola de

Samba Unidos

Turistico. do

bens,

para

do

São

ufanismo

do

argument.o

as

um

"belezas

próprio

t.uríst.ica exemplo,

pox-

louvando

ressalt.a

a

nacionais"

é a

enredo sint.omát.ico,

pat.riót.ico

enredo

incluído o

é

ent.:r•e os quais

1971~

apresent.ou

onde

cult.ur-al

Em

e

conjunt.o,

seu

Condição

peça

simbólico.

socioeconômica

em

brasileira

corno

Carlos

do

realçar

reorientação

pós-1964.

Desfile

lu€:ar

o

país,

carnavalesca, como

Em

de

da

ditadura

ampliado

no

luz

sociedade

o

vez

embut.ida

oficial

a

da

inst.i t.ucionalizado

Brasíl

à

problema

reformat.ava

que

cult.ural

o

a

história

a

íest.ividade

serem

desfrutadas,

Desfile

de

Carnaval

das

Escolas de Samba ca:riocas. concluir

possível

É

cult.ura local.

clima)

e

nat.uraisCpaisagem na

administ.ra-se

que

conjunt.ament.e

elaboração de

uma

a

imagem

seleciondas

post.al

:r-ecur-sos

os

expressões o

cidade

da

da

cenário

met.ropoli t.ano t.ropical. Eis o perfil deíinido para os seus visi t.ant.es:

do

músic(1}, odor a~

d"' á gul.ats-e

um

othoié

tudo

do

meLhor

o

que

Bro.s-i.l,

nes-e&

O hwnol'ado 2

e

R>.O,

pert.odici.da.de privadas

do

do do

aover.-.o

tornou-se

eventos

no do

de&enhos

de

noo

todo

do

o dados,

qua.i.s

de

irovem:;:Q.o

o.noa

todas

sagrado.

as

o

gro.ço.

Não

o h <i

não

apenas

é

definida

como

aleg-re a

mas

cidade J.a.

Ma.tto&, eonto.ndo Ri.otur, o i.Y>i.l•rrupta.mer.te àeade ~P?2, oom hotéis, ba.res, re-ata.uro.ntes da

a com

viagens,

doo

a.l.guns

nervo

• o d\.scureo

Ma.urtci.o

de

como

do de

básico.e

Na.do.

povo

ramos.

eo.rioca..

do

aLndo.

p~a.do.,

conjunta.mente

diversos

novo,

tudo,

.

modo

l>etor do Ri.o d• • •di.ta.d.a. nos gro.l"ldes

om

ca.r~oco.,

o

que

mundo.

um

mesmo

porlo.-vo2

ca.rno.va.L

<2

de

que,

tendêr.c\.as

C.tf CÜO<O

ca.ri.ocal,

fa.to

cri.tica,

lace

a.gênci.o.s-

curao

eCLI"tuni5:to.

a.s

d&spe

a

d.,.

eomtno.

de

do

s~xual

fal.cu

compreender

o.nunci.<~.nt.es,

lra.ns-no.cl.ona.i.s

primário.

o

sensual,

turíslicoihotêis,

espetá.eu\.os~.

,.

evidencia

.. mpreeá.rt.o do

papo,

da eaco.nagem<:rd&m/.1976)

mo.í.ores

seus e

ci.rcui.to gra.ndea

ol í.mpo

se

• C<U""r.ova.l o.nua.L. Tem

Qa.Wtb.:o.

cidade,

pa.po

No

mui t.o

do a.poi.o

o

va.~

Sem

humor,

Lrecho

~ IT1icia.ti.vo. QOW•

para.

OUVl.r

conversas descontro.i.mento. deuses

filosofLa o

o

i.ncorporando

na.ct.or:.a.L.

cart.oca. incar.sãv.,.l . . . ;, vai

corostanl&.

d\.&S&Ntm

do

ba... rro,

no.

todos->,

e

o

digo.m

o ou

paquer-ador

1.mportã.nc~a

s-upremo. com.o;.

co:roolt;~.ÇÕ.o es-pi.r-~to:

do

pa.tr\.ota

c~da.d.e.

sua

Amo.r:.t,;.

que

Por

coordeno.m

uli.ti.zo

do

casas

aeroportos, a.

corpus aess•nto.

estatais restrito.

promovem

isso

ho.bi.lo:ntes

empreso.s ctrcu\.o.Çõo

aqui. a.ná.ti.ao.

eeter.to. tipi.fica.doe

produziu

aa

de

o•

seja.

e o mo

uma

eêri.e c'l.do.de

A


Sobretudo

insere

é,

apaziguante,

ist.o

de

ét.nico

um

ent..e

popular-

het.erogeneidade

a.

a

o

metrópole

carioca.

aut.or

Carnaval,

o

"povo".

do

espontânea

ident.idade

hospitaleiro>

mundo",

do

plural

da

social

Permitindo

da

colet.ivo origem

cuja

espet.áculo

é

nest.a

ent.ão

"maior

redunda

descri t.o .

diferença falar

manifest.acão invent.i vidade

da

assim,

como

uma

"demonst.racão da alegria permanente do carioca, do seu bom gost.o, da sua sensibilidade belo

e

pelas

empolgante",

ápice

determinada

cult.ura de

um

reportagem

da

e

pOl'

t.udo

calendário

cient.íficos,

culturais,

eventos

e

art.es

anual

esport.e

de

revist.a

aquilo

Rio,

de

realmente

fest.as

et.c,

Samba

é

que

e

como

out.ros

esclarece

Carnaval(1985:33-8).

e

A

t.ot.alidade colet.iva da fest.a sobrepõe-se as part.es.

Guanabara e ao

Rio.

O

at.o

celebra

a

da

a

simbiose

ent.re

centraliza

Desfile

Definit..ivament.e ambiente

centenár-io

quint.o

do

da

cidade,

governo

o

da

as Escolas acordam para que os enredos fossem em homenagem

o

cidade.

ano

1965 .•

Em

:r-it.ualidade

alquimia,

que

do

Carnaval

doravante t.al

fest.iva

faz

o

Rio

uma

e

o

qual

a

nova

íeição

"espírit.o''

em

M.at.t.a

à

casa abert.a

da

carioca. t.orna-se

pa:r-t.icipação

o de

"t.odos":

Enlre,

ê

um

explosã.o R~o. o.pena~

voe&

do

quarenteno

ou

braei.le-i.ra.

rni.lhões

de

di!l-

popula.r

o

elo

c.m1.gos.

Ri.o. O

em

o.

pri.v~l..&g1.o.

sua neutralidade ant.e o

o pra.i.a.,

como

permanência da

vocE.

••

A

É

cor. r.o.

rne1.o

do.

festa.. corno

que

~e

voe&

e>-nto

apenas

a

abnr

os

Co.rnaval dos

popular,

quo

UM

ehova

do

enl5.o

queremo~

Néío

ov1.so

d<Ot

se

m~slure

no

portas

por na

C>-nc:o

festa

das

poder-

público

just.ament.e porque ela

como algo aut.ent.icament.e flor-ado

do

dúv\.da., a do Norro do Pão-d&-AÇUCQT mul.a.t.a., d& uma f)eeta outro a beLeza a.mboe. Ta.mbém d& ga.nha.m i.mpulso, exi.b\.ndo mulo.tae nõo ea.mba. quo

no "ma.po." • do

do ruas,

urn

c:erco.do

insist.ência como o

uma

É

~r.lerfer&

fest.ejo

fest.a

o

pa.sso.r&lo

tyr~slo.

Não

c~da.de.

desta

oom conheci.do, ma.\. e eecullura.t fi.ei.or.omi.a.

época. eet.a.va.m

e

Quere-mos

Queremos qu& do Rl.o Quer di.ri.~~-la..

povo

tour~st-bus~n&,.s.

Ooverno

O t.raço permanent.e do t.ext.o é

compr-eende .a

no

palavra

pop1.1lCLT, nem pretendo e dtzer:"Seja bem-vi.ndo"(:rd•rn:3).

reit.era a

do

como ritmo

lugar

S&l.l

de

i esta

arqu~bancadas

escr.:.vendo si.no.l

O.

governo

armar

ga.rant.~r

povo, um

pe-Lo

g&n~o

do

cu~damos

pa.ro

separâ-lo

bem-v~ndo

Seja.

orga.n~.zado

espontânea Nós

feela

sua..

fe-stivaL,

Prefei.to

Marcos

129

Ta.moi.o

i.nsi.nua.nlemenle


"g-ênio"

do

flagrar a

o

povo.

conjunt.o

embutido

de

ab:re

de

mas

vis i t.ant.es,

principalment-e

as

a

que

o

as

de

"br-incadeira"

espet.acularpara

de

assist.ir

encerra-se

Est.ado.

Algo

da

de

cidade,

pública,

uma

série

not.adament.e

onde

porque

logo,

a

a

mesma

e

seminár-ios

focalizando

o

a

O

isso

simpósios

event.o

do

o

a

a

pagar populaz-

do

"povo" cargo

sessent.a

respeit.o

samba

e

é

modelo

disionisisrno

dos

t.et.o

não

audiência,

gerência

década

e

sua mist.ura

maniíest.ação

sua

aos

pelo

sobre

corno

0

arquibancadas,

Por

cala

"povo".

é

programadas

as

íest..ejo.

devem,

mu;

apolínea,

desde

de

exemplo.

dist.int.a

ali

t.ambém

pelo

est.ando,

evidenciado

no

ele

invent.ada

est.abilidade

coisa

à

nobre_,

arma

um

"bem-vindos"

daquelas

mais

quem

Porém

preparado:

aleg-:ria

numa

Iundida

promoção

a

a

Po:r

dizer·

Soment.e

l'epl'esa

privilégio de quem pode bancar a

brasileira.

f"est.a

facult.am-nos

ele

trecho.

para

part.icipação

p:reciso escrever na t..est.a o

na

ele

É

01't.iz

neutralidade:

rua"

como

e

um discUZ'so em defasagem com

próp:rio

l"uas?

reconhecida

modo

Queil'oz

de

no

da

"po:rt.as

glorifica.

circunscrevendo

pl'incípio

ensaiadas

t.odas

daquela

de

no sent.ido de

no

cont.radições

quem

feérico

interferências

efeit.o ideológico -

l'ealidade

Est.ado

As

as

do

com

do

é

a

Carnaval

Escolas,

com

respaldo da Secl"et..ál"ia de Tul"ismo. E

fat.o

realizadas

des:t.as-

cont.ext.o da quem

paga

em

nela

para

da

t.ipificação

at.o:roos da

acima

de

conclusão

haja

publicizacão de

que

o

o

UJn.Q

a

aid.oodo;o

do

prescreve

rn.aioz-o;;o&

car-ioca. de

A

do

t.rabalho

dest.erri t.orializando- a;

na

ampliando

o

130

propost.a

inserção

sociedade

ao

no

a

part..icipacão aon.st.it.u&o

o

o

o

mesmo no

acont.eciment.o

pa:r-a

t.ema t.ext..o

leva

responde

o:rganiza no bojo da

de

algo

modolo

Canclini

festejo

urbana

o

compl"eende

"você" de

eieit.o

de

pz-opoz-çÕOO>Iõl

concedida

pelo

admiração

uma

t.:r-Qot.ado

9qui

est.at.ut.o moderno do consumo sunt.uár-io, que a social

at.rair

do event.o, permanece

primazia

individual

de

Com

espet.acularidade

f"lifnômo;;.no

Car-naval

nexo

a

mas

a~ nat.ureza

vist.o do

Enfim,

rurais

nacionalment.e,

consumidores.

sent.ido

cult.ul"as

as

comuni t.árias

integrados

no

par-t.icipação

da

estudar

fest.as

visit.ant.es

cult.ul"al

Embor-oliil;

plat.éia ins:t.it.ua

part..icipação,

os

part.icipar-.

gomp:ro.o oz-g.:o.ni:zado .orn. e

urbanos

mesma

ao

as

ressignificado

pl"odução

individu.alizada<Id<iJm:112). doJõildo

para

cerimônia é

natureza

distingue

cent.ros

volt.a:r-em-se

a

Canclini(1983),

capitalismo,

no

populares

engencll"a

Clar-eia

Nestor

est.imulada.

daquelas

aspecto

est.e

à ao

divisão

conswno, além

dos


imperat.ivos cosmológicos de um grupo restrito. Neste fol"ma

mais

sentido,

à

ávida

administrada

pelo

a

último

manifestações

legít.imas

simbólicas

ao

p:rát.icas

processo

t.omadas

carnavalesco,

aspecto

lúdico?

vai

o

pela

no

de

serviços.

na

esfera

do

lei

estrutural

do

ordenamento

daí

as

acont.ecimento

do

ou

lazer

a

maniíest.ações

a

no

e

das

trat.o

do

Defini-se

de

sob

níveis.

ação

compet.entes

prestações

engendrado

diversos

A

anelada

impulsionada

determinadas

cult.u:ra.

legitimament.e

inserido

moment.o

bl"asileira".

da

ver-se-á

monopólio

articula

mercant.iJ

quando

estar

"cult.ura

como

seus

det.e:r·

pont.e:

como

folguedo

li v:re,

da

como

funciona

de

nesse

em

brasileiro

Est..ado

deste

carnavalesca

capitalista~

acumulação

justif1cat.i v a

est.at.al

.festividade

part.ir

seja,

t.ambém

alocado

valo:r•

das

no

o

tempo

mercadorias

e do seu circuit.o de produção, circulação e consumo. Cont.udo est.a sist.emát.ica desenvolve-se sobremaneira no de

urna

de

individualidade

difer-enciação

corresponde qual

o

assim

t.empo

pelo não

livre

como

signilicacão

faz

um

de

dos

de

prazeres

hora

perg-unt.ar

melhor

conguntido1~

Europa

redunda

O

a

o

at.ribuído

import.ância

car-naval

do

carne

quant.o

na

a

degust.ação

e

audiência;

a

modelo

crescent.e

de

assumida

visual,

mas

liberação

de

contida

no

sociológico

t.rocada se

no

locus

na

prát.ica

per-cepção

à

como

estatuto

ao

tal

indivíduos

decorre valor•

a

de

lazer

prest.ação

conswnida

incent.i v ar

dos

o

que

uma

exult.o

expansão das práticas e

Nort..e-Ocident.al

e

Jof'f:re

do no

Dumazedier

t.rabalho, poder

mat.erial

com

~nos

Est.ados

obser-va

relacionadas aquisit.ivo

aparecimento

"cult.ura t.uríst.ica". .Lazer

g-ast.a .•

quadro

inst.ant.e.

deste

e Por-

visi tant.e

dOõ> ''pr-azer-''.

do

aument.o

da

ser

mas

necessidades

no

observa

ócio

Quando est.uda a

sessent.a, esfer-a

e

ou

no

das

per mi t.adas

94).

acomodação

objet.os

sat.is:fação dos

a

e

reside

Daí

t.ermos

Baudril.Lar-d

necessidade

porque

em

desejos

at.ividade

afirmação

a

sobremaneira

dos

prest.ígio{s.d:76

nat.uralizado.

aparência

é

uma

t.orna

mesma

par-ticipação

operando

mercado.

a

se

princípio,

possibilidade

pela

sat.isfação

e

:íornecido

escolhas

consumidora_.

horizonte

do

de

valor

as

amplos

as

t.uríst.icas

volt.a

transf'ormacões

t.ur-ismo

da

por

das

car-gas

segment..os

demandas

supremo

131

Unidos,

diminuição

chamado

Igualment.e, o

à

que

at.ividades

de

por

liberdade 1

hor-.á.r-ias

e

conf'ort.o

anos

ocorridas

daquelas

massa

dos

a

arcabouçam

e

na ao

sociedades,

mesmo e

na

de

conexão um

uma do

outro


patamar para os empreendimentos turísticos e set.or(1976:54-5). A

e

depois

aos

vult.osa

busca de

cenários

impol"tártcia..

"desejos"

out.ras

alinhavam

entidades

O

evasão

do

objet.ivo

do

Rio,

o

t.r-abalho

nas

o

de

se

divulg-ação

do

ganham

põem

aspect.os

confeccionar

manifestações pelo

aí, onde o

mundo.

"sonho"

pl"ovavelrnent.e

íest.ivo

e

o

ao

redundam

codificação

à

e

Promet.em-Ihe

e

sug-estivos

rit.mo

event-o

a

espalhados

carioca

viagens

de-

p úbli co '" .

povos

conferiu

montanhas

cont.inentes,

paisagens

Carnaval

Três

· as

agências

dançando<Idem:161).

samba.

expectat.iva

qual

pelas

esse

inclui

do

outros

quando

de

· v 1agens

.;.

é

concretizar-

percussivo

inclusão:

ramo

exóticas)

Dumazedier

em

recorrido

aspirações

pode.l"-se-ia

ritmo

no

de

me1"o

evasão

à

imaginár-io

folclóricas<ent.enda-se Curiosamente,

sit.uados

apelo

envolvidas

tais

mat.erializar

exóticos

um

cujo

discursos,

"aventura" por

uma institucionalização do

de som

desta

paisabistica

perfil

do

público

priorizado. Os

dois

últimos

internacionalizaJ:· corno

internacionais promover a

fest.a.

a

sempre

As

país.

do

vit.rine

aspectos

poder-se-iam

revelam-sG

à

articulada

participações ser

imagem folclórica do

t.omadas país.

no

Une

europeus

participar

pouco do

Est.ados

t.arde..

mais

Dist.rit.o

principais Rei

dos

com

Federal, capitais

Morno,

a

da

européias,

como

espír-ít.o

mil

A

f'igur-a

do

de-

1933, fez

a

e

burla

inversão

de

Um

Pref'eit.w·a

espalhar a

pelas

íest.a

do

roliça

de

turistas

carioca.

redat.ores

bonachona

pela

agência

a

divulgando

pelos

da

iniciati v a

Carnaval

Turismo,

ano

exposições

vinda de

em

dQ

cidade

da

nas

1927,

em

!esteja

inequívoca

universal,

postal

da

promoveu a

cartazes

naquele

:r-epresent.acão

seria

instaur-ada,

131).

do

Comissão 500

per-sonagem inst.ituído e

para

oficialização

at.ravés

Noit.e<Moraes/1958:117 Folia

Unidos

g-ermes

Efet..ivament.e

viagens norte-americana Lamport. Holt e

imagem

brasileiras

como

cons~Qn~~

esforço

jornal

do

Rei

do A

da

zombaria

da

car-navalesca.

Porém

t.roat.av,g,-g.;. d.... uma fngt..i t..uio-Z.o aaobQ:rot..'""d'"" pQlO &.at.Qdo.

Do cont.endo

••

N=

fra.nceaea

mesmo

músicas

ú.lti.mcuo

via.gen• turtsticCI.li

modo

que

"

est.e

carnavalescas. três

i.ngleses(e

produz>

em

€l"avadas

déca.das, recentemenL•

mundi.o.i.s. (Fonte:orga.ni.zo.cQ.o

132

em

inglês,

jg.poneses),

Nundia.l

um

albúm

francês

norte-a.meri.ca.noe,

a.1.emêi.ee, oe

1936,

de

concentra.rg.m

Turi.•mo-<~.5>94>.

íonog-ráíico e

espanhol,


pelos

Est.ados

morenas.

de

tropical

Durante

..

mais

aspect.o

mesmos clubes:

t.urist.as nobr-es

Flamengo e

anos

de

promessa belas e

a

Mi:r-anda

cidade,

como

já em fins

"e'·~ase .........

t.ot.al"

da

os

:fazer

da

publicitário

signo

o

samba,

um

e

t.ipo

das

de

um

de

sensuais boit.as

música

em

dancant.e Os

samba(Tinhor-ão/s.d:37). de

Líbano ..

bailes

Sírio

de 1950 ..

mat.e:r-ializavam-se

e

praias

aparecimento

jazz

década

vivo

a

com

o

Sut'ge

Mont.e

consórcio

ajudou

organizador-es o

em

promovida

hollywoodiana,

com

combinando

boa-vizinhança

Guerra,

bananas>

t.urist.as..

pelos

da

Sesunda

cinquenta,

por

visados

outros,

polít.ica

palmeiras,

polido>

da

A

Ca:r-mem

Copacabana_, f":r-eqüent.adas com

.

cinematográfica

com

os

1(5

durant.e

indúst.ria

nacionalista

cont.inent.e

'

o...ur1so...as

Unidos

da

int.eres.se.s figura

..

ent.re

dist.ribuídas

em

carnaval

Libanês,

nos

em

de

quais

Fluminense ..

e

a

acesso

a

conf'ort.o

camarot.es

e

"disponíveis" mulheres.

O TEATRO DO CARNAVAL

Mas

em

é

iniciat.i v a

assume

exemplares

nest.a

Tw-ismo da

e

direcão.

Conclui

dezemb:r-o,

pois

preleit.o,

.abo:r-do

o

Milhares desses

o

na

carnaval o

do

mais 1960>

o

época

Mario

Neste

out.ras

convidados.

entidades Conclui

i.nforma.cao dura.nte

foi.

entrevi.st.a.

lat.os

são

Depart.ament.o

denúncia em

obsolência

autarquia

já em

é

que

f'eve:r-eir-o.

da

vir

Ialt.a

ao

por-

de

car-naval, Segue

maiores

inst.ant.e

da

roüra.dc do no progro.ma.

ele

urgência

exposição alojament.os

est.e na

ano,

esclarce

para

qual

o

enviarei

para

por

mesma

facilidades

não

t.er

a

alt.ur-a

em

melhor-

de-poi.ment.o Fo.nzi.n&

do do

de

onde

reportagem .. o

t.ur-ist.a

Carnaval

r-eceber

at.ender-

as

ra.cii.o.l.i.et.a. Fa.uet.o TV C1.1l.t.ura.

ao

turist.as.

os

as

poder-

tem

necessidade de Escolas de

oe-st.ar-em

~33

Na

o

ou

aprovadas:

em

para

a

de

com um .ano de ant.ecedência, e

caronavalescas dizendo

a

devem

mente, ao est.abelêcer- como f'undament.al a e

do

t.r-ansf'ormação verbas

Samba

Alguns

diret.or

Saladini,

que,"as

Not.ícias/24-02-60).

Carnaval.

ent.ão

de

Escolas

carnaval

de

di:r-igent.e

das

cont.undent.es.

sua

a

problema

deixaram

de

reivindicações

Destile

Guanabara,

orc~ment.o

ser impost.as no

f'icar''(Diário

da

Em

encoraja

e

super-intendência.

ao

proporções

·certames

inst.i tuição

assisti%'

relação

em

Samba novos

Escolas, Ma.ce-d.o,

sêio


por

serem

elas

encaradas ao

papel

"element.os

t.ambém

quant.o

inst.rut.ivo

carent.es

do

roubando"

e

ao

dessas

subúrbio.

a

sugere

est.ran"eiros.

depoimento

O

um leque de

desse

que

repetindo o rernet.e ao

diret.or, perfil

refeY>endada

em

cont.ernplat.iva

era

aos

diretor,

quando

vist.o

est.ariam

Escolas,

aos

o

samba ..

ou

para

onde

visit.ant.es

carioca..

shows

menores

''não

sambist.a<passista de

uma

rit.mist.a

t..urist.as

Carnaval

carioca

como

A

o

t.ol'na-se

principal

pode

ver-balizaz-

é

um

em

parecer conjunt.o

otimizar

para

"brincar",

para

podar

t.ornando a

seria

Escolas

pois

pal"'t.icipativa.

público

de

dizer,

Samba.

que

O

p:r-et.endida é

t.em

e

a

cada

melhor

plat.éia

a

"bem-est.ar"

e

na

at.it.ude

Inst.au:r-a-se

inst.rumant.alizando

daí

em

recursos

Avenida de Desfile no grande t.eat.r-o

ent.re

Est.ado

o

caráter t.át.ico e

"bem

das

visit.ant.es

inserção

relação

abandonam r-apidament-e o

faz

hoje,

observado

ser

"con:for-t.o"

est.rat.égica do sent.ido~

ele

Carnaval

dos

um parâmetro de

carioca.

que

de

fim de fazer frente ao fluxo maior que a

valores

valores

ação

o

"as:sist.il'" o

de

e esforços nesse do

referência

para as

cultural

elenco

dever--se- ia

Carnaval

o

elegi.&

diant.e

o

se!'

junt.o

volt.ados

do

Cont.udo,

infraest.rut.ura do Estado a ano

produto

at.or,

part.icipa

vat.icínios.

procedimentos

de

qual

diários,

devem

hot.éis.

e

boit.es

O

Sua

diz .•

espaces-sedes

do

folclore,

sambando_.

folclóricos''

dest.e

nosso

carnavalescas

quando de

de

social"<Idem).

inst.it.uicões

perpet.uacão

ocorreria na formação cantor).

fundo

const.rução

''espet.áculos

a

seu

Pois.

aconteceriam

ou

preponderant.es

público"~

e

precário,; o

cult.ural .•

Escolas

as

Desfile cidade.

da

de

de Cito

Samba

Carnaval alguns

pont.os expr-essivos da iniciativa de semi-esrt.at.izacão do event.o: Em

próximos a pr-oc~a

lugar-

princípio, Cinelândia,

crescen~e

Qão

a

substituição

já que

Associação para

as

Vargas. as

O

palanques

para hospedai· a

ar-quibanca~,

para

inaugur&das

em

Logo

1962.

apr-esent.ações, cr-escimento

decisão

de

porém

lo"o

ver-tiginoso

met.álicas

das

expandir-em-se horizont.alment.e

no

ano

do

t.ransferi:r-

o

local

de

das Escolas de Samba ensaia então reinvindicar

est.rut.uras

armados

de

m.ont.adés

concorrem

ant.igos

est.es se t.ornam acanhados

núma:J:'o

Escolas

dos

da

é

definida

oferta

arquibancadas at.é

at.ingir

134

a

e

a

Avenida

procura

subir-em cifl"a de

um

e

de

desfiles.

A

lu"ar fixo Presidente

espaços~

leva

simultaneamente

cem mil lut"ares,

na


se~da

met.ade

dos

anos

para

set.ent.a.

decorar

concurso

público

local

desfiles<Ar-aújo/1987

de

plást.icos se pist.a

a

e

introduzido,

É

cidade,

no

a

g-eral,

Riot.ur-/1991).

A

cuja

cont.rapart.ida o

at.encão

trabalho

est.aria

e

de

ent.re

vinculado

inflada

1963,

um

especialrnent.e

disput.a

t.orna intensa.. afinal seu nome seria

iluminada ..

part.ir

desses art.ist.as empl'est.am um

ar-tist.as

consagrada

à

sobr-e

o

em

Mas

ela.

brilho e

nome

um

legít.imo, já que oriundo do universo erudito, ao espaço carnavalesco.

pode :r·

do

capacidade int.roduzindo

o

Tanto que a

local

conf'orto

da.&

escolas

Rco

na

umo

not.oriedade

improviso de

pela

sumidades

PorteLa":.

cantou

Presidente

pela

comodidade,

nela

o

cha.gc.s

governador

present..es.

a,iudou

O$S\.si.i.ndo

FrGI.tas.

que

p..:.bli.co,

maqui.\.a.g9m,

mgLês. E

Engenhosos

vindos

de

e

no

t.ei.mosos

Ipanema,

com com

Lnuslt.ado pott.rona.s

além

requtnt.e: o.Lcochoaào.s,

de

um

sorüdo

escocês

reco.nlo

I alava-ee

governamental

"penetra.s ·,sem

conseguiram

la.do

fro.neée cabine-

da

valori:<:ado

s6

a.o ha

o.ní i t.:ri.õea

perfumados,

frl.a.s

nao

francês.

som,

d•

toelet.es

de cho.pagne

e"'tavo.

equipo.da

provo.

do

deshle

fascí.culo

convi.do.doe

Estado,

• d;;;.

noi.t~

o

a

bQl!itante

do

governo

da

no

Carlos.

Pixingu1.nho.

"'ui.t.,.. aa.let.a

M:~nell.i.

LI.ZO.

Anlônl.o

cont1.nuou

aamba.s.-enredos

e&~peci.al

umo

ganha

o

const..elacão

di.stri.bui.do -·. Fo.rtament.e Carnaval

s:a.mbo.

do•

subst.i t.uir

a

vem

Av.

samba..

d..,

estrela,

allo.r.

desf'lles

Revist.a Veja fez da iniciat.iva., manchete:

domLr>go

da

em

para

Portal.a:T'ló. ..:.tti.mo

dos

Avenida

a

1974,

Em

convtt.e

boas

ou

credencio.is,

acomodo. C ões<. . . >(Ravi.st.a

V&JO./Oó-02 -:1.974).

Utilizo r-epot"t.agens no

da.

cont.exto

simbólicos

como recurso

analít.ico

revist.a Veja.

em :r·azão do

de

consolidação Brasil.

no

jornalismo impresso, a

empresariado

e

de opinião à

n.a

publicização

setor

país,

são esses grupos

de

dir-ecionada médias

brasileira~

ou

sociedade{Miceli/1984).

do

int.erno

fenômeno aqueles

aqui

que

se

seja,

mesmo

de

bens

revistas meio

para

ao

os

urbanas

apossam

pois, de

bem

indust.riais

e

informativas

no

r-eordenament-o

das

ext.endidas

set.ores:

outras

periódico

do

segment.os

com

Fat.or que gar-ant.e

est.udado,

argumento

do

significado

Veja suz-ge em 1967 em

dos

urbano-indust.rializacão

ilu.s:t.rat.ivo

mercado

do

Líder-

no

culturais

indúst.riais

do

e

voz um

ent.r-e mais

na

a

for-macão

out.ros a

alt.o

com

out.ro

que

do

pat..amiOU"

mot.ivos,

met.ade

da

renda nacional e moviment.am o mercado de consumo int.erno. Dest.e

modo~

em 1976, ano do primeiro Carnaval após a

135

fusão ent.re


Guanabara~

os ant.igos Estados do Rio e da investem

janeiro

de

conjunt.ament.e

o Estado e a Prefei t.ura do Rio

32

milhões

de

cruzeiros

com

ar-quibancadas. Cada escola recebe 106 mil, porque, na versão da revist.a:

'·

sob

a

formo

ano ma.t.s

pr&va.l.eeer

mals

podem >não arquibancada. ou swu aplauso que

d&

di.scos

o

concreto.

compro.doe;

sa.mba.

bo.tl.a.do

resta.

sempre

Mais uma vez, em 1977, a

anos.

.&

sua.

MQ.S

bem

••

hol.oca.uato

at.uação do

poder

que

preÇo

mu\.tos

persona.t~..da.dt­

sua

do

mestre-ecüa

público é

des:t.acada na

porl(1- ba.r.dei.ra

da

mais

o.dmira.Ção. pr6xunc.

Lntenro. tem pa.gou um

eom

oferecer

púbhcc.,

NS.o

especiai.s.

fr&qu&ncto ano

mercado.

ganho'-'

alto

prirni.tlva.,

e

o

ant~gos.

esqo..~emo;>s

sa.mbu;ota.s

de

a.presenla.Çõ.o

consldera.m

o.trc.Çõo;os lelevi.sõ.o, &Xlge o vencedor, come• a 30

pel.a decide

e

organização do grande "show": do

empenhe-

Nesse

cruzetros s6 mtlhões foram

públi.co,

ao

à.s

subvenCÕes

a

convi.dados. ano, este

l~sla.

o

do

acompanhada

da

pel.o foho.

vol.ta Pola.nski.<. . l. promEootem ve:z,

mando, o concord··, exultc..m

da

e

Cl.da.dG, L c1.nema do supercolunã.vets

mod6lo milionó.rio

'·

outros

Carnaval

de

hospedagem Lnlerna.cLona.l.

J>a.ro.

tncl.u\.

desde

de o

Ber&nsoro, Mo.ri.sc. Ji.m Randatlcchegam

atr~:z

amer1..cano

soci.a.i.&>,

do

ati. o Roma,..,

di.retor

Varga.s, um, os

sua po' camarote-s

i. nsta.Lo.r-ae

eom

venttla.doree( . . . >. Esse ganhou ta.mbôm proteÇã.o ohc1.a.l. mesmo lêmpo uma efi.ci.ente ra.pi.da.mente ca.nali.za.do para os

pú b l>.co,..<Ve ja./26-02-:1.,;;.7;>).

Em 1981 surg-em as cadeiras de pist.a visando at.ender uma. f.aix.a congumidor-es

int..e-rrnsdiá.r-ios

freqUent...ador-es

1984

d• ~.B

>O

dtas ue colunas Carl. OCO do o.tor Jack Ni.choleon arqui.banca.da.s na AV. Presi.dent& AS AO preço 10. 000 novi.da.des. e ada tomada.s elétri.ca.s, quem deó.di.r P=a

g<itladel.ras portâ.tets como confortos fama., quo garohou med1.do. carnaval, a&Y ao passou a. De dtvertimenlo, dinhei.ro, de fo.:zer tnveJá.vel

mühões

11

o

••

deverão

cofre.,

empregou samba(.

dto

Arlequinada

provâ.ve~s

dos

conftrma.da.

j6.

presenÇa.,

R~otur

escolas

decoraC&c, pela consumtdos enfeüarã.o que geralmente la.mosoe.,

Lamart.ine,

dom~ngo

agradar

Eo-Tri

ar-quibancadas.

desfecho~

o 17

implementada . lt? obvi..o.mente

de

um

A

e-nt.r-a

com&

pl"eocupacão doa

os

oap.a.zas

Com a

ver-emos

com

relll~.tlt.o.doa

a de

de

cornpr-ar-

inauguração .adi.ant.e~

qualidade

ca.mQ.root..es

e

de os

do Sambódromo no ano

dessa

dos

comerci.a.li.z:aÇdo

polit.ica

ser-viços doa

pública

oferecidos~

lugarea

d•

Desfile de Ca.rna.va.l, a.o Longo do tempo, foi. a. exclusão condições de a.rca.r com os preÇos dos i.ngressoa, a.no a. ano a.cima. dos l.ndi.cea i.nfla.ci..oná.ri..os do pertodo. A mesma r•majoro.doa, Lo.mbém pródi-ga. em rel.a.Çõ.o ã.s lá.ti.cos de di.ferer..;:i.a.Cã.o dos di.ná.mi.CCL • exempLo, degra.us Em do descobel'toe públi.coa. PO'

a.$1!11istôncio. do da.quelee aem

136


leva a

Riotur

usuário.

a

introduzir questionários :r-ecept.ividade

boa

A

dest.e

a

fim

último

de

conhecer

passa

a

ser

a

opinião

do

nas

utilizada

est.rat.égias de divulg'acão do evento carnavalesco no país e no mundo. objet.ivos. as

Em consórcio quanto aos mesmos t.urístico henviam seus noites de

gala

de

cinqüent.a,

concurso

pronwters em busca de at.:r-ações que cintilem nas

Carnaval

quando

o

Teat.:r-o

do

o

cidade?

do

Passarela de

Desfile

car-ioca.

grande

das

conferir

informa

st.at.us

uma

e

Escolas: . de

mais

curiosa

ainda

sit.uação.

o

t.ivera

baile

também

Samba

da

vai

confecção

nos

cap.azes de

conferir-

produt.o final.

maior

desfilar

nas

ent.ão,

alas.

A

selecionando

para

r-esistência

ant.emão

de

democr-acia social que

at.rai:r-

quem

volume.

pode

de

Francis

dos

Brasil

ao

"rebocou

fo:r-madas

po:r-

concursos de

For-d Copola

e

de

um

5

mil

a

as

colunista

prestigio

atenção

dos

sofisticados.

O

Com

que

encarece o

e

delimitando

efeit.o>

em

mais

de 20

aos

pessoas,

Enumera a

luxo.

dos

quais

confusão,

francês,

igualmente

um

Teat.ro

do

a

vesti-Ias

,. OCOrl'el'

revista Veja se :I'efe:I'ia aos 15'0 mil espect.adol'es e

e:I'am desf1lant.es

pudesse

e

a

Escolas

do

mais

pr-et.ensa

com

grande

ser mais esmerados e

a

componentes,

da

sessent.a

lógica

materiais

introduz

br-ilho,

oíicial do

anos

absorvendo

década

os locais de ensaio das Escolas passa

Desde

fantasias

das

na

l"ealizacão

novos participantes> os riscos das roupas passam a a

início

carnavalesco

Paulat.inament.e ,.

atenções. Nesse momento freqüentar a

p:r-ática

era

Local

luxo.

doe

Essa

palco

Municipal.

Xant.asias

doe

empresas do setor

Edgard

da

mil

muit.os

presença

Schneider,

carnavalesco

1975.

desfile

que

de

"povo··. A ~nLc\.O.tLVQ fora justifi.ca.cia pelo alocar gra.tuLto.Tfl&rot& o Nev&a, cio. seguLnte ci.nLca. & L&vi. S&cretá.ri.o de Tu:ri.smo, baratc.;""FLcar de empr·éstimo um al\.VLsmo toma que forma, folclor~sta co;u·naval é coise~. de estrangeiro. ( . . . >brasileiro nao consegue sentado no vendo samba passe>.r"·<Últi.mQ Hora./1968}. lda.LS tarde os mesmos f i.ca.r senta.do

para então

to.mbém comercia.li.za.dos, gerando füo.s lugares desconfortáve-is Sambõciromo aqu\.si.cao. A .o.rquLt&turo. do eu o pa.ra. enorme-e coníueÕee os setores ··populares·· o<.< estõ.o descrt.ta., já que Lógica. Col criste>.liza. d&sfi.le, q<.<e>.ndo o. EscoLa. ensaia s<.<as primeiras inicio do loca.li.zo.dos ApoeleBe, cujQ.Iõl a.rq<.<i.ba.ncadas dista.m na. '' Pra.C a. da. no fi.no.L, ou evoluÇões

,.

NO

fina..t

vitrines nova.a

dos

anos

{Q.ntasi.aa surgem núcleos

do

sesser..ta. lojcu. PorteLa. & da momento nesse essa.

regi.éio

tendo por da Porteta. e a. da Estudantes membros de uma boutique de copa..eabana..>.

da.

d&

da.

Zona

sul Me>.,.,guei.rc.,

1 137

da

expansão

cidade. chi.qui.ta

As

Ba.cana

exi.bi.r pri.nci.pc.Lmer.t•. base ma.i.s

da

soci.c.l

das

eu~

zncluei.ve Escolas,

f a.mOSOG eêi.o O Ma.nguei.ra(f<.<ndada.


personalidadesc ... )"(19-02-1975:20) Paralelament-e cidade

como

Mangueira ainda

nos

Goldwasser envolveu a os

do

anos

descreve

da

mat.erial

imperat.ivo modelo

agremiação

e

o

de abrigar-

o

maio:r

da

de

a

civil.

Est.as

passam

depois

nova

Escola, com

Júlia

Est.ado

serem

ent.idade. const.it.uir

de

acumulados. o

mais

imgem

uma

seg-uido.

daí

porque

orient.ada

Porém

com

que

obra

o

despont.a

na

sent.ido

de

no

proporcionar int.eressant.e

pública

Modelo

a

por

expresso

é

part.e

no

o a

da

cri t.ério

de público pag-ant.e poss1'I"o~ ve . .1. ert.an d o

número

de

quadra

Maria

o

a

cobert.os,

Primeira

sua

Vislumbra

MangueiraC1975:41).

part.ir

a

de

negociações

racionalidade

ao da

e

na

Samba

di ração.

Est.ação

sobre

de

Escolas

terreiros

obras

as

const.rucão

da

capazes,

Escola

hot.eleira

íacet.as da const.rucão, colocando em cena

e

uma

dirigent.es

de

de

murados

A

est.udo

processo 2

''empresariament.o''

do

seu

das

sedes:

iniciando

t.ant.o

mesma

na

e

cobert.os.

longo

indúst.ria

part.e

primeirament-e

Em

doação do t.erreno

desenvolviment.o valoração

o

por

ensaio

movirnent.o ~

sessent.a.

meios

art.icular

são

infraest.rut.ura

ocorrem de

ginásios o

da

desfiles>

locais

est.es

pioneriza

dos

prát.icas

é,

amplos

int.eresses

limiar

seus

nos

ist.o

t.ornando-se

de

significat.i v as

t.ransforrnacões

"quadras".

mont..agem

espaço

do

manifestam-se

a

19 .

para

boit.es do hotelarLo., e~aes ~"'conaorcta.doê pr-on-at.er-s Escola. de Sa.mba gro.ç:o.s o légLca. Lnçlusi.vi.sta. no e o.utónoma introduzem-se çomponentes. É esto.betecido. uma. teia. de rei.a.Ções o.Lo.G de arlLçuia.ndo dos o.La., a intermedta.Ção da.s a.g.S.ncLo.s via.gen,;., dos dir&Ção da do hol<h"' o o visLto.nte i nt<'>rna.çi.ono.t CO'I'Tr o d. outros estados promoter--, do pais. do çompro.r po.çote a.utomô.lLco: 00 o de o tunsLo. pode processo o da.nào-lhe di.reLtO o uma fo.nta.sia., aquele do suo optar coubE>

no pa.rltci.pa.ÇÕ.o setenta. o a. nos

a.

dessa. ini.ci.a.l Lance .,..ndi.nhei.ra.doa para. engroBsa.r a.s fileiras 2

Esta.

do•

umo.

t•m ai. do t•rr•noe àe

socialit.e

..

como do.&

pa.ga.:m•nlo de

um

Eato.do

do

de

do em

produto i.nsti.tui.c;:ões

di. versos famosos ou

pod..,.r

prá:l.i.co.

Eeoola.e

Torna.ghL,

r•Lo.C<'l.o

nêí.o

A

muit.cuo polltico•,

o

Cons:.i.dero.r.do fins

tucra.tivos,

doa.Çô.o

a.i.ndo. estão

de

110bret1.1do expree01a. que ta.r.ge no 00 que, situa.da.s no di.spenso.da.s

do

tri.but.oo •

gra.ndilongUente do prtma.do i.mp\.Lci.to na enverga.duro. dos nomes que os ba.t.i.zo.m. Po< exemplo, o.l.guns o gino::\.&:i.os, euperla.ti.vo "Portelêio•• o do PorteLo.. M Clnguei.ro. ou so.mba... do n&o a.pencwo do n-=orne a opul.ér.ei.a do eepo.Ço ma.gno.r.i.mi.d.ad• ei.mboti.ca.ment& i.nst.i.tuic5es ta.mbém fi.xa em um universo de

bom

nos

moo

menoiro.

o

turl~'tt.co. sem

liga.do. pa.ises),

de o.lguma.& Eecola..!O.

cl~er.teli•t.a.a

o ca.rna.va.t esta.tuto

Ana.

de boi t..es Regi.netespa.lha. prática.. Tra.zi.o. nomes

rede

indi.c&

.

slio

138

desses

fi.si.co, cuLtura.


isso

e

serviços

corüort.o?

bares~

como

embora def"inindo na divisão do espaço

o

rest.aurant.e 7 modo

como

banheiros.

cada um,

Muit.o

segundo

sua

inser-ção socioeconômica e de prestígio, pode usar o local. quadra

A

de

t.al mentalidade.

e)lperiências

das

adequada

a

ensaio. A

4

segment.ado, palco,

part.e

quadra, Cont.am também

como

com

da

gradeado.

de

ensaio

dos

diferenciados

de

a

bat.eria,

01

e

02)

est.rut.ura arquit.et.ônica de

da

lnst.alson,

mesma

veicular o

.

palco.

como

Mas

prédio

universo do

se

do

pessoas,

do

part.ii·

grande

divide

em

bar(cont.ornando out.ro

o

alt..o,

a

rua

os

mais

lado

cont.ando

ao

quarent.a

sanit..ár-ios

a é

com

chão

da

camarotes.

próprios.

Ali

eletro-acúst.ica

de

responsável

pela

som

no

som dos puxadores de samba ao

apresentadores 22

e

mil

um

No

parafernália

a

no

ao

ligando

sit.uam-se

15

pát.io

o

assistência;

à

bar-rest.aurant.e

localizados dos

Dele~

a

as

com

part.icipar

extensão

próximo

daquele

equipada

para

planos

últ.imas

encont.radas

arquit.et.ônico

componentes.

~inásio,

do

cabine,

mais

O

dedicado

é

serviço

plant.as

Escola<vel'

um

vozes

das

r-eprodução

quadra.

da

das

maneira

de

t.orno de

ampla

exemplar

acordo

de

paga

perfil

largo

redor

a

O

em

mais

para sincr•onizar e

percussão

abri~ar·

diversos

cont.rat.ada

Sambódromo da

ao

que

uma

instalações

e

art.iculam

local

sit.ua-se

uma empresa

se

quadra)

específicos,

est.es

público

quadrados.

logo

resolvidas

ou

é

Nilópolis

ocorreu

comportar

de

de

da

post.os

do

de

1987,

em

f"ormas

as

ampliadas

met.ros

lado

int.ern.a

Nela

presença

onde

artif"ício

improvisado acessos

700

no

construída

pela capacidade de

por-ém

post.o

dois pelo

a

Beija-Flor

planejadament.o

est.ã.o

interesse

o

reflet.e

mil

sido

seu

facilit.ar

Samba

de

ant.eriores.

começar

seus

Tendo

quadras

out.ras

nas

Escola

erguidas,

agora

at.é

nos

da

de

aliciais

ent.ender

diversão, no cerne

ainda

Além

do

propa{;)éU'

autoridades

a

consagração

processo

aqui

a da

dest.a

est.udado?

Recuo out.r-a vez aos decisivos anos sessent.a. década

Nessa domést.icos or.d• po.ro.

e

••r

zzDura.nt.e

de

co.pit.a.Li.zo.ào

os

t.urist...as

que

est.rangeil'os

int.egrant.es <!os segment.os médios locais inseriam-se em um

gra.r.de10 o.o.llo gro.u. o

pode à\.et.i.r.ÇQ.o.

evidencia-se

meses

ru.,mériea.s pod•m consenso em torno como d\.f er•nco. no

de

qui.nt.a.s-feiro.s, di.a.s de po.rt.ir dessas visila.s elo.bore-i.

jo.nei.ro

tra.du2;\.r de .o.lgo, •ent.i.do

fevereiro

das a.la.s. ensa.i.o a. descri..çéi.o a..ci..ma..

139

quo.lid<:l.d.ee, do d~

poi.e

o.ponto.m E

lógico.

eel\.ve lodo.e Be\.ja.-Flor. da

\.1!11!10

d~

A


1'LA~1'A

01

QUADRA DA ESCOLA DE SAJ\JllA JJEIJA-J<'LOR(T~RREO)

-r I I

bastidores

I

I I

I I I I

I

palCO

I I

\ I

.Ii

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+>

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área de en.saio

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S

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alarnbradO-·-·-·-·-·-·-·-•

área rese.rvacta ao pÚblico

I I

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( bilheterias

·entrada de Vi ai tap.te's

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carr.arote 6

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"Bp-a.xq.ua

SS!:J.O.renreo

',

.

s

''

~---;

o.r~

/ '

jl{tl'B q

.


Escola de Samba e seu Desíile como

mesmo vet.or de pressão, ao elegerem a objet.o de

ent.ret.eniment.o,

Mangueira

em construir

na

condições

às

envolvida

naquele

cerimônia

em

sua

visit.a

Monteiro

período

Lobato,

pr-ogramação

t.odas

das

bojo

pela

Com

heuríst.ica

pr-epara para desfilar

em

da

na

do

context.o:"Num

ano

com oit.o mil figurant-es.

em

Encantado

de

gast.a

t.or-nara

alvo

por

que

essas

BI'asil

do

Mangueira

se

do

mais

na de

gozada

Jor-nal em

sucesso

vendagem

se

popularidade

da

quando

alcança

Escola

r-epor-t.agem

Uma

Par-t.icipou

Mundo

e

da

est.ev&

Escola

Inglaterra,

O

a

primazia

A

se at.ent.armos

a

Pi t.man..

1969,

.

event..os.

da

rádio

de

termômet.ro

daquele

II

Eliana

29

reveladora,

samba-enredo

cant.ora

eíeit.o,

mesmo

sessent.a

impor-t..ant.es

Elizabet.h

seu

O

anos

bast.ant.e

de

errrissoras

e

dos

Bi-carnpeãC1967-8),

Rainha

carnavalescas.

inst.ituições

é

a

gravado

atenções

moment.o

no

1968.

em

d.iscos(Araújo/1987:124). de

ocorre.

qual

país

meados

uma quadra é

homenagem

ao

nos

de

NCr$

15

mil

em cada ensaio, há quem diga que o carnaval est..a morrendo"(15-01-1969).

contundido-a 1nesmo

ano

dobro

do

noit.e.

já a

mil.

patamar

o

corrobora

com

uma

a

de

por

um

pública

ala

de

não

grande

no

números

comercialização

not.or-iedade

íant.asia

cobrado

aos

atribuída

import.ância

A

das

últ.imas.

cust.ava

clube

at.ingindo

par-a

menos os

seus

Escolas,

pelas

Dest.e que

mat.éria

da

t.recho

modo,

NGr-$

bailes

naquele

400,00

de

t.oda

o uma

roupa de um dest.aque de luxo não saira por menos de NCr$ 12

Cont.ando

com

uma

parca

ajuda

do

EstadoCNGr$

12.900,00),

as

entidades apressaram-se em lazer- de seus ensaios uma font.e import.ant.e de renda,

visando

carnavalescas.

financiar Aliás.

suas

inspirados

cada

nos

vez

mais

shows

para

oner-osas t.ur-ist.as

apr-esentações 24

,

promovidos

d&ca.da. de um fi.roa.l do de comeCaram a ser veiculadas lemati.:oo:o.ndo a.s Escolas e pó.ra.- jorna.t ~ti.ca.s junto a dt.vulgandc.-os pUbücos ma.t.s a.mplos. Sem dUvida seus: desfi.les, í a.aci.culo• eemo.roa.t."' do. hi..tóri.o. do f <:>rmo. de dco.a E6.:>olo.• publi.ca.eao em editora. oráii.ca. ó o ma.i.:. st.gni.fi.ca.ti.va., j<i qu& em ~O?S, a.Lca.nÇou suceeeo do venda.s JUnto ao mercado formo.do goinero d& ur banaa<Mice L L i./ ~s;>84) . 'médias Fa.tor o. um s6 eegmento,., por

o

tempo termomêtro e

•• No folclore

publi.ci.za.Ção do evento carna.vo.tesco •

sessenta. surgem espetó.euloe peÇa.e que eeti.li.zam do o formato comum de uma foli.a. eo.rna.vo.leeca.. Entre foi. Bra.siliana, produzido bem-$ucedido pelo ato r Ha.roldo ma.i.a o e figurinos de Arlindo Rodrigues, cenó.rioa coreogra.fi.a. de com

inlei.o dos bro.si.leiro

todos Cost.a., Mercedes

instrumento de

Ba..st.i.ld época

anos

sob

estreladas reto.ei.onadoe

pelo Escola.

140

t.ri.o

do

do Sa.mba

vedetes CUI Acadêmicos do

irmãs

Marinho-

Sa.lguei.ro


por

especializadas,

casas

de

festivais

e

baianas

uma

cobrar

componen t.es

a

entrada

e

e

dança

do

que

dos

ensaios

e

port.a-bandeira,

algumas

dist.int.ament.e

e

nos

Canecão,

fazer

a

se exibem.. ao som da bat...ería. para

bebidas

lembrava

começam

mest.re-sala

fantasiados

vender

noit.adas

nas

Escolas

quais

cant.a

que

mesma reportagem

que

nos

samba,

plat.éia,

as

comidas.

No

caso

a

mais

Podiam

ent.ão

Mangueira,

da

consumia-se

ensaios.

ent.ão

sit.uada.

mais

cerveja

prestigiada

casa

afamadas

Escolas

a do

de

gspet.áculos da cidade.

o

fenômeno

conheceram

no

cotidianas.

o

carnaval

da

horizont.aliza-se

redimensionarnent.o depoimento de

Escola

a

Samba

na

Zona

&rc.

,;omponent&s.

dE>

SuL.

o

de

medo

Era

fala

experiências

carnavalescas

ex-membro

por

si

o

comissão

da

mesmo

e

de

das

relações

de

ddíc•l

controlar

o

processo:

H>79

para

mu~l.o

havi.a

havLc.

uma

eslabelec&r

mais

um

Portela,

Port&lõ.o

ft.gurt.nos

de

di.stri.buLÇão

lt.nha

e

popular.

muito

suas

de

PorteoLo. em A escoLa

na

eu

Quo.ndo

das

seguir,

forcas reor-denadoras de t.odo o

núm&l"o

as

e

comeÇado

nao

e

de

alas

cor,trole

um

de.

acabado

loucura;

o

&nsai.o.r

&&r

t.naugul"ado.

l íTlhamos

alegando

quanto

o

E

Port<a>lo.

A

controle.

destaques.

rígido,

MOurLSCO,

a

prest.denl,;.

a

que

PorteLa

estava crescendo e estávamos a.t.nda pagando o Portelão. Em 1973 chegou a desfi-lar mat.s d.;, 6 mi.l pessoas na Escola. No &nredo desfilar, tomou ai.nda comeÇou pt.eta i.nte~ra Portela aua.ndo concentra.ÇÕ.o. chegou prôxi.mo ao li.mi..te da g&nt.e mui. ta ficou bastante componentes a fechar ;&ortõ.o fomos t&mpo,

r. o.

eor.eer.tro.C õ.o,

Not.a-se participação muit.o

que

a

no

laia

qu&

semântico e

a

relação

do das

Est.ado

anct'

pesquisa

40%

dos

como

ele

se

a do

e

de

mesma

comeca 1969,

a

do

uma

consideravam

que

da

inferida

Jornal

encomendada

car-iocas

privados

ser

com

popula1~

o

bases

já ocorria no

ent.ão

agência

via

economia.

Brasil

ê

preocupações

cr-esciment.o,

problemát.ica

a

o

articula

do

set.or-es

idéias

das

manunt.enção

Escolas

mesmo

di vuJ.gam

cont.a

na

Escola. Tr-aduzindo

popularidade

Manchet.& Dava

em

inst.âncias

es:t.at.íst.icos::

entro.,.Hgri.f oe

deslocamento

o

objet.ívas

das

r>Õ.o

evidenciada

econômicas, da nível

qu.>E>

e

d&

Tant.o

em

t.ermos

a

Revist.a

publicidade.

Desfile

d=-

Pr-e.sident.e

que

int.:rodução

Var-gas o mais impo:rt.ant.e moment.o do Car-naval. Poder-se-ia

••

Depoimento

de

Hi.ro.Tl

dizer~

Aro.újo

relerendado

o.o o.utor(Zó/O.t/1993),

141

em

Webel',

a

da


pesquisa demonstra na ação dos a~ent.es a meios.

Algo

suscetível

p:r-essupost.o

que

norteia

event.o,

os

ag-ent.es

cultura.

O

imperat.i v o

nort.e

mesmo

da

preocupação

de

do

da

pot.encia1

t.orna

o

a

sobre

de

Inst.ala-se da

de

dos

do

come:r-cialização

da

das

quantidades

ist.o

aparece

desf"iles

po:rque

desde

submet-e

t.rat.a-se

agora

rít.mico-musical

uma

ent.ão

popularidade

e

do

de

mercado

o

comando

E

densidade

a

considerado

escalas

realização.

racionalidade

à

seja

coef"icient.e

:r-igoroso cont.:r-o!e,

um

efer-vescência

int.rínseco

um

cronomet.rag:em

A

int-erferindo

a

di versas

t.oda

plástico-visual.

ent.re

comedimento

a

caso

Nas

nele

de

t-empo.

o

consumo"

est.rut.ural

at.os.

audiência

qualidade

com

ext.ensão

sua

seus

compreendido

vislumbram

informalidade da fest.a "t-empo

ser-

o:r-ient.ação da racionalidade dos

e

bens

na

a do na

t.ensão

exigência

a

o

de

simbàlicos

ampliados.

o

desde

acompanha

sig:nif"icat.i vos at.é o foi

um horário

cada

exibição

permanecerem muit.as

sobre

discussão

A

limit.e

início,

ano

de

para

porém

1969.

jamais

máximo

O

na

pist.a

o

quant.o

aument.o

o

da

do

número

desfile ho:r-a

das

do

de

poder

Em

1963,

Desfile

o

Escolas

meia

e

Part.e

desfilando.

de

samba

at.raso. público

por

exemplo.

dest.e

Mas,

ano,

como

iniciativa

a

event.o, ficando

ent.ão

que

O

as

Escolas

que

faziam

devia

desfilant.es

a

aguar-dar da

e

repol't.agem

t.eve at.é

começou

acabou

coibi!'

da

plat.éia

revist.a

seguint.e

a

que

sempr-e, de

result..ados

o fat.o de Escolas passarem at.é

Escolas,

das

t.odo o

Podiam

de

as

conseguira est-abelecei>

concorr-ente,

a

Escolas

a

quisessem{AI'aújo/1987).

pr-ejudica:r-

par-a

Com

sobre

Cruzeiro

se

regra.

salvo

SUI'gem as r-eclamações cont.:r-a os atrasos e hor-as

que

part.icular

a

das

chegou

término de

exaustivamente.

t.r-ês

apresentação

previst.o para começo e

vezes

das

um

t.ais

o

abert.ura:''O

cedo.

t.eve

t.arde"{16-03-1963). at.it.udes,

desde

di:z&ndo-a&

via um "ent.l'ave com

que

ao

se

pela primeira cr-onomot.r-agom

carnaval",

torne vez

por implicar em

melancólico a

di visão

do

o

at.o

des:f"ile"{Últ.ima

event.o

em

dois

"ant.it.u:r-istico, fazendo Hora/01.03.1968),

dias

e

a

Propõe

implantação

da

dQJõõll apr-alõ:lc::.nt.acõéliõt.

Porém apenas em 1971, ano quando é Turismo

um

nog

FUGENTUR, é

rixado

estabelecido o

um t.empo máximo de

142

Fundo Geral de

exibição de

75

minut.os.


As

penalidades

torna

correspondiam

possível

em

a

da

!unção

pe:rdas mudança

Est.ado. Est.a passa ser :reg-ida por no

as

qual

critérios

Escolas_.

de

responsável resultados

agora

julg-amento

principal

econômicos_,

na

:relação

subvencionadas, pela

espet.áculo,

o

pont.os

seu

no

julgamento.

entre

Ist.o

Escolas

as

um cont:rat.o de pr-estação de

decididos

pelo

de

estão

objet.ivo

com

aos

est.adual.

garantir-

o

serviços .

t.ot.alidade

a

torna-se

e

subordinadas

autoridade

iicando

se

Como

dos

sempr-e

seus maiot·

comodidadê ao consunúdor. Para

Umbert.o

as temática do

Eco(1989)

pt'azer- emaranham-se à

crucialidade do

coisa

sentido,

artística.

expressão e objet.o

Nesse

Iundarnent.al

no

t.empo,

para

tanto

consumida

segundo

Desfile

Carnaval,

de é

o

t.emporalidade, E

consumo.

do

t.empo na relação do fruint.e

desmembra

essa

tal

como

que

a

art.e

específica

relação

no

poder-s.:.-ia

seu

est.e

se

tempo

se

de

distingue- o

disjunção

Iixacão

do

esquema

pist.a

experiência

perceptiva

determinação

do

poder

seu

coincide

E

ao

como

com

platéia

do

ar-quiban.cada.s/camarot.es>

e

distanciada

público

o

é

do

desfecho

do

bailado

lixada

uma

tempo

Desfile de

de

em

um

consumo com

a

estabilizando

privilégio

com

caso

cristalizada.

é

é

ser

seu

o

cultul"al

bem

fat.o do

de

ser

da

assim

No

format.o

t.empo.

com a

Porém

possa

e

do

tempo

físicos.

espacializacão

a

ateres

ent.l"e

o

no

expressão

rua ..

A

que

exposição

pl"io:r-itár-io:

popular.

objet.os

objet.ifique

dizei•

t.ol"na

de

teat.l"o-passarela

demais

t.emporalidade<Idem:111-3).

seu suporte de o

os

e

sucesso

no t.empo do conteúdo. No primeiro aspect.o importa o

viver-

operístico

ele

consumo~

olhos.

dos

gst.rut.uração

de

processo

A

do evento para satisfazer audiências.

Seja a Iorma da expressão e o conteúdo expresso vão reajustar-se par-a

moldar

um

esta

platéia

sem

t.em

escassez

na

est.e

espet.áculo

desde

vínculos

práticas colado

à

examinar

e

imediat.os>

temporal

ent.ão

est.ét.ico-comunicat.ivo

inserções

o

cosmopolitas mercadoria

experimentados

como

de

dessa

int.eresses

não

que

para

mínimo

os

mas

agora

cultural

O e

e

o

mesmos

na elaboração do

~43

que

nicho

o

art.icula

a

do

mercado

e

um

limite:

é

O

est.at..ut.o

plat.éia, máximo.

Desfile

o

impreter-ivelmente· no

evento ao

do

est.e

contrat.ualidade

mercantis.

os

aos

exibição

ppnt.o

consor-ci.ações

ent.ão

pert.inent.e

car-navalesco

rebuscado

deslocamentos Desfile~

signo

simbólico

municiando-o

é

novas

a

âmhit.o

um

das

símbolo

de

festa.

Vale

e

mat.erial

são

para satisfazer

os


novos

na

compromissos

desf"ilant.e.

O dilema

períomance

basilar será coadunar

com variações que o ajust.e à int.roduz

a

alt.e:rnat.i v a

da

Avenida~

de

fórmulas

que

que

apresent.ada

viável

regula,

aproximam

do

leit.ura à

produt.o

e

esquema

sua

sint.àt.ico

aparência do

gênero

do novo público. Est.a combinat.ória

f'ruição

pont.o

o

pela

de

do

espet.áculo

vist.a

plat.éia,

no

t.aat.ro

fo:rmal-est.ét.ico, sem

dest.ruir-

a

o

aber-t.o

encaixe

unidade

gênero. Condição decisiva par-a a formação de uma audiência carnavalesca.

144

do


4.

O SUPERESPETÁCULO

Lcigrima.s

i . . • >E

do

a.legri.a

J)iasabor Umidecem

o rosto do Meio do cenãrio multicor Está. na. hora., é Carna.va.l!

o

arli.sla.

poeta.

um

original

(Aurinho e DidD Leô,

Leô,

esqui.ndô

Criou belezas mU E a. Oi.ta.va Mara.vUha. Vem bri.l.ha.J'

Ne,le ca.rna.va.t do meu Bro.slt.

<Neg8 1 Negruinho e Dicl'ô>

146

enredo


o est..ét.icos

provocados

no

inserç:ão no mercado

superespet.áculo

de

Desf"He

é

averiguar

Escolas

das

de

movimentos

O

a

part.ir

eixo

sua

da

exposição

da

e

como

qualit"ic.aram

o

event.o

facult.ando-lhe

a

simbiose

que

audiovisual~

nat.ureza

deslocamentos

os

Samba

de bens simbólicos ampliados.

os

t.oma

análise

capítulo

dest.e

propósit.o

com

a

indúst.:ria da imagem.

POR UMA IMAGEM BRASILEIRA

o

pano

ant.erior

t.em

contribuição

decisiva

de

sido do

absoluta

de

pais alvos

é

ent.ão

sociedade O •~ JCS

t.omada

Os

t.elecomunicações

indicam

comunicação

social.

De

idéias

ao

"polit.ica veículo

t'ort.e

t.ant.o

e

das

atingido

2,26%

do

PIB,

nacional".

"const.rução

int..egrat.iva

1968,

um

de

na

Hygino set.or

por

meios os

A

moder-no'',

no

est.at.ais

de

meios

Comunicações

pelos

em

part.e

integração

os

cult.Ul'alment.e

at.it..ude

a

à

perempt.a conjunt.ura

de

segurança

pr-imordial

a

na

propósit.o

de

capítulo

const.it.uiu

Tornam-se

capi t.alist.a.

o

com

necessidJ=tde,

invest.iment.os

privilégio

o

como

moderniza

a

Ministro

ent.ão

do

desde

t.elecomunicacões

das

da

corno

se

ali ava

que

centrais

desenvolvido

que de

acumulação

Corset.t.i<Veja/12-01-72).

Est.ado,

set.or

economicament.e

grande?

af"irmacão

argument.o

ideológico

à

comunicação

Brasil

do

esforço, cunt.role

do

t.elt?visão

uma

Est.ado.

nesse

dit.at.orial,

fundo

de

part.e

do

elet.rônicos

invest.iment.os

de

at.ingem

3,28% no ano de 1975{f"ont.e: De:Fesa Nacional/LXIV:22). mer-cado

O

modernidade

concr-et.a

modernizant.e aparelhos

por-

de

TV

no

no

micro-ondas em

1972

emissões nesse

dois

Brasil,

númer-o

ano,

1971

bem

A

aquece

A

pelo

t.errit.ório

nacional da

ainda

o

mer-cado de t.elevisor-es era a

pais,

dos

12

quadr-o

via

milhões

4

inauguração

sist.ema

int.roducão mais

existiam

esse

mil

do

Telebr-ás, fossem

500

e

de

set.or-.

A

base

mil

1955.

sistema

cobert.os

O

maior-

permit.ira

transmissão

de

empenho

crescimento brasileir-o como o

mundialmente.

do

pelo

dist.ant.e

'

t.elecomunicacões,

televisuais.

mesmo

Em

190%, tornando o

t.erço.s

sint.omat.iza

exper-iment.ado

Est.ado.

do

moment.o

nas

televisores

de

virt.ual

e

par-t.e

cresciment.o chega a verificado

venda

de

de

que pelas

colorida, de

ampliação

do

faixa ocupada pelos segment.os do operar-iado

147


urbano,

em cz-escent.e expansão

no Cent.:roo-Sul br-asileil"o.

em 1972

eles

t.6m nas milos 60% dos 6 milhões de apar-elhos de TV exist.ent.as no Bl'asil. O

censo

do

IBGE

que,

const.ava

este é

possuiam t.eleviso:r- -

em

1990,

inser-ido

54,9%

como

dos

domicilias

indicadol'

bl'asilei:r-os

de bem-est.ar social.

Congl'egando 70% da população brasileir-a, a

ár-ea ur-bana apl"esentava 73J!%

dos

la:I"es

Const.ituiu

do

veículo

ligados

sist.ema

formação

a

progr-amações

ao

gr-adualmente

ser-ão condições

de

empresas

das

post.as

t.elevisual.

mercado

um

de

t.elevisão.

reor-ientadas

pela

sociedade

popularização

consumddor-audiência p:r-ogl"'amações

As

para

essa

at.ender

o

urbana-industr-ial

e

o

emissol"'as

das

novo

paz.a

público,

nas

mercado

nacional

junção

entre a

de consumo de bens materiais e simb61icos. e

Armand

tecnologia polit.ica à

de

comunicações

cultural

"cultUl"a do

com

dos

nacional

bens

expressivos, efeit.os

no

os

autores

isso

aos

comerciais

model'nidade

Walt.er

administrativa

e

Clar-k,

o

digest.ão

paJ.s ,

-'

fato:r

cont.ext.o

de

do

art.ist.icament.e

económica do capitalismo tardio,

a

ao

seus

Rede

comp:r-omissada

e

o

de

das

universo

à

af'irma est.ar

o

de

um

consumo

estéticos

e dos

emissoras

simbólico

executivos

Globo

de

articulação

pela

da

est.ímulo

incl"ement.o

programação

grupo

de

aspectos

cultura

A

termos

principal

comunicativa

aos

mat.erializar

membro

vet.or

nos

consolidado mercado

essa

publicit.ários.

cultural,

decisivo

um

Quant.o

definem

procura

ent.endem nesta

milit.ares,

indust.I'iais.

cat.ár-t.icos

t.elevis.ão

a

espet.áculo"{de fácil

consumista no

de

e

governos

diver-t.iment.o)

o

imaginário

Por-

Michelle Mat.t.elar-d<1989)

da

sucesso

da

tecido.

articularam

que

lógica

de

J"acionalidade empresa

e

o

apoio r-ecebido dos governos da ditadura, em consórcio com compromisso de efet.ivar o mer-cado de consumo no pais(Veja/16-01-!980). A t

.

n~~ter

transformação da aparência do

Prokop

no

i. ndustri. ol1.zo.do.BCJ:PB6>, enlreteni.mento como dessa. produÇÕes

DG>\..1

sobre

G"St\..ldO

constato f'-'nr;:ao deetee

Q

produt.o

televisual correspondeu

produçao

de

o

bens

ç!,.lll\..l:ro.i.s

consoLi.dar

lend&nci.a

a.t:ri.hui.

quo

o

ênfa.$& &nvolvi.m•nto• tra.nsno..ci.onais Q

emoci.ona.i.e e fortel! veicutacao om contextos senti.mentai.a, voltam-se c:~.ntes na.dc:~. esti.mulos, no entanto. Ta.i.a a.mpl.i.a.doa. do evitar a.ltero.Ções si.9'ni.f1.ca.li.va.a cuja fi.na.tida.de é aLgni.cos, efeltoa pri. vi.legi.a-se a.qui.to capaz de tao somente espectadores; rotinas dos n= "fa.nlaai.o-cli.chê"> e a r-ea.ti.zoç:ão de repeti.çaoco. pela. eonforta.r, com essa.a mesmaa rei.tera.ÇõesCidem:.tPS-4>. tenso jogo no aspi.ra.Ç5es. estét i.ca.-expresai. v a. ao perf\.l da a.cumuta.cao fi.si.onomi.a COI'l4'Cla Prokop ca.pi.ta.ti.ata. na. sua. Ía.&l& tardi.a em

apelo•,

cor.di.Cões

••

148


a

f"ace

José

visivel

Mário

Ort.iz

novas

d.iret.rizes.

Ramos

e

gover-no milit.ar- de que

Ao

t.rat.ar

Borelli<1999)

à

adequando-as

vivenciada pela sociedade

moderno e

Silvia

produções

suas

orient.a

da:s

naquele

demonst.ram

popt..llar

harmonioso.

sobr-e

ressignif"icado"

cult.ural.

Ou

princípio

:seja,

no

crit.ério

universalidade

do

com

mercado,

Carnaval

encont.r-ada foi

principais, período.

alcança

Em 1968,

num

apinhadas,

do

denomina

o

e

linguagem

da

o

adocão

a

que Renat.o

de

verossimelhanca

urbano,

o

"nacional

da

indúst.ria

audiovisual,

o

selet.ivo

de

resgat.e

popular

brasileiro

mas

de

colorido

regional

em

favor

da

dinâmico

do

crit.érios

o

cent.ro é

exercido

por

claro

o

pelo

o

jornal

event.o com a

exager-o

por

segtmdo

Desfile

e

nacional

exemplo,

pólo

acordo

quais

das

Escolas

int.ernacional, Tribuna

de

no

Sant.os

de

Samba

curso

desse

noticiava,

na

part.icipacão de 30 mil sambistas foi 500

horas(27-02-68).

16

III

capítulo

projecão

durant.e

o

part.icularment.e

primeira página, que o vist.o

brasileiros,

do

o eixo Rio-São Paulo.

e

Carioca,

de

Globo

1deoló~ic.as

exigências

implement.a

nacional

cujo

longo

ao

Vimos

empr-esa o

a

às

problema,

cont.eúdos

amenizar

de

capitalismo no pais -

mesmo

dos

da

como

socioeconômica

A solução

propósit.o

nível

ident.if"icados

o

o

pelo

mercadológico

mot.ivos com

ref"let.indo

brasileira,

modarnizar;ão

de um t.rat.ament.o realist.a est.ilizado dos t.emas

Ort.iz<1999),

t.elenovela

disseminadas imagens de um Brasil

fossem

tnt.egradament.e

e

moment.o

da

mil

pessoas,

Relata

José

nas de

Luiz

arquibancadas Oliveira

que,

t.ambém nesse ano, aparecem as pr-imeiras pressões de part.e dos t;overnos milit.ares

no

sent.ido

de

pós-64 "(1989:69-70). Desfile

e

o

Escolas

conjunt.o

O

sist.ema

adequarem

principalment.e

e

at.ualizados

"Jnai.s

as

de

de

t.ais

t.elevisão

seus

enredos

inspirarem

se

fat.ores

comercial;

at.uou a

para

projecão

carioca como fest.a nacional oferecia os subsídios para o empresa como a verossimil

de

encadeamen~o

aos

no

t.emas Brasil

aproximar do

o

Carnaval

objet.ivo de

uma

Globo, int.er-essada em produzir uma imagem suf"icient.ement.e uma

realida~

brasileira

popu..lar

mas

moderna.

O

de alguns: fat.os são expressivos a esse r-espeit.o.

At.é o

final dos: anos sessent.a inexistia a

ao vivo para t.odo o

país e

a

t.rans:missão

t.elevisiva

apr-esent..acão das Escolas não detinha lugar

..

2

cent.ral na cobert.ura de carnaval das emissor-as . Apenas em 1971 ocorre a 2

Dota. c:objeti.vo

•• '""" ••

preeença. cc:obri.r o

pri.mei.ra. cOmera. evento, porêm o

14!>

TV senti.do

oom

o

sobretudo


sint.omát.tco que seja

impressas anúncios.

marca

indúst.ria

A

de

int.egralment.e

período quando

mesmo

o

a

ut.!llzem

cot.ejando

nacional

t.r.ansmissão

primeira

De:s:f1le

t.elevisor-es

das

RC,

de por

Samba

nos

exemplo,

baianas

Escola

da

legenda:"Saia

das

principais revist.as, no ano de 1972, a

de

Samba

verde,

de

rosa,

Mangueira

azul,

evoluindo,

ef"et..iva:r

carro-chef"e

de

uma prog.r.am.acão em rede,

sua

cobert.ura

carnavalesca.

em 1974 a decide Est.a

f"ot.o

das a

cores

da

Rede

t.ornar-

Rhodia

iJust.ra:r

vermelho ...as

branco,

Rbod.ia". Com base nest.a popularidade do event.o, primeira a

para

seus

produzir-a

um anúncio do televisor- colorido t"lagrando uma Escola na pist.a. A est.ampa nas páginas

É

alr;umas peças publicit.árias

Escolas

Color-ado

event.o.

o

o

Globo, a

Desfile o

cent.ralidade

dest.aque na edicão pós-carnaval da revist.a Veja:

ganhou

..,

carnaVCl.l no Q.S t.ma.gens do mudCl.m o nao menor dQ.S roupcas mulheres bCl.i.les, fugCl.:<:ment.e no• fotogrcl{ia, ou ast.Cl.mpCl.da.s numa na sun:tuosidade vtdoo no crescente do desfiles das: escolas de samba. No se-mana passada, porém, novida.des em mC~.tén.Cl. de transmtssões de detectar foi po&sível prtmdrtos feitos tra.bCl.lhos p&lCl. Rede os Tu pi tv. Exc:luindo-se Tele-vi.aão coma.nda.do pela TV Rio de o fato Brasileiro :S:Lstema cobertura resultado da de carnaval apres&r.lCl.da pela o ano este que A bg.ndona.ndo dos bC~.ile-s quase perfeito. as transmtssões foi. al.obo Rede se tornam no vídeo, eles ins-uportg.vetmente monôtonos ca.rng.va.lescos uma equipe do 2.SO p&ssoc:&.s-, técn'Lcos-, concentrou entre O lobo a apresvntCl.dores, e no cobertura. do que reCl.lment& repórteres cá meras, pret.ende ver o ca.rna.vaL (. . . >No.s foi LnteressCl. parCl. do deefi.te dos esc:ol.Cl.S cariocas, SCl.mba cobertura de pri.nc:LpCl.lmente nCl. Carlos, emissora mostrou Antônio que a todCl. suo Aveni.dCl. o forCCl.. no jornCl.llat.ico perfeito esquemg. houve copi.osas i.nformg.ÇÕ&s um com fi9urantea, a hi.st6ri.Cl. papel dos das escolas de sCl.mbCl., os o sobre apresentadCUI no desfiLe mUsl.co.s a lobo fg.lhou apendS enredos gerC~.i.e doe su~ tomadas escolo.s peLCl. Avenida, delg.Lhe=• em forC~.m irrepreensiveis(:I.P-02-:1.975 cor, pelo. 00 grifos valoriza.da.s g.no,

De Cl.no ta.mCl.nho percebidas

V&%

são meus meus}.

O possivel

esquema

concluir,

de pela

cohêrt.u:r-a valo:r-aç,ão

do que

carnaval um

da

emissor-a

det.er-minado

int.er-essant.e em "ver". O que por sua vez subentende a

público

150

""""

deu~

é

considez-a

exist.ência de

pequena.& ou jornali.&ltt.co-i.nforma.ti.vo, de o.lgumas a reapet.to DCL lei.t.ura. progrg.mQÇ5.o. reviatg. Vejo. no fing.l publi.co.del.S nCl. »eafi.le, leleviaug.l elo por alvo o ·•e qui. v oco"' conslCl.nte tem recta.ma.cã.o a fo.mOBOil do "'mundo do samba'" em nomes de pri. vitegi.Q.l" olguna '"conjunto do espetá.cuLo...

definido,

é

um

tranamissão décel.da. de emissorcta

<M-tr-i.mento

do


carnaval

organizado

det.alhes é

nesse

sent.ido,

apresent.ado como a

t.ant.o

que

novidade

o

binômio

plano

.;era!

t.écnica int.roduzida par-a

e

cobrir

os desfiles de f"ant.asias de luxo, mas sobret.udo na t.:ransmissão do grande Desf'Ue

Escolas

das

sunt.uosidade'".

Dest.e

Samba,

de

modo,

em 1976 a

profissionais para t.ransmit.ir o quais

duas

dest.acados

espet.áculo,

port.át.eis

e~am

emissora

uma equipe

mont.a

cont.ando

apoiadas

de

232

com 10 câmaras,

das

dois

po~

''crescent.e

sua

po~

canúnhões

de

ext.erna<espécie de pequenos est.údios de TV, dot.ados de equipament.os para emi t.ir

as

objet.ivo

imar;ens

do

produzidas)

emprego

de

est.acionados nas

t.odo esse

aparat.o

ext.renúdades da

era

most.:ra:r

os

pist.a.

O

"det.alhes"

e

"planos gerais"{Veja/10-03-1976). Do essa

pont.o

época

o

de

vist.a

chamado

t.écnico

"padrão

de pa:rãmet.ros que passa a de

um

oferecer

Segundo

Ana

padrão

imagem

de

publicit.ário

mercado

norte-americano que

por

de

mais

uma

erót.icas

figuras

nacional

década Normal

femininas

visual de

obedeceu

consolidação de uma

a

ent.ão

que

no

da

carnaval,

def'iniu e

o

sua

Melhor

desenhadas

empresa), sugeriam

Globo

seja,

vist.oso

lança

wn

por

conjunt.o

po~

o

de

destaque

um

estágio

sofist.icação slo~am

cobert.ura As

coloridas

Donner{designer

Hans

como

e

de

de

Globo lança o

Carnaval.

conceit.o

princípio

de

apr-esent.ad.as

qual

ao

assumia

est.rat.égia do

sof'ist.icado.

e

posicão

modelo

atingido pela empresa . Em 1977 a

Programação

programacão

Ou

3

carnaval:

programação

homor;êneo,

inspirando-se

int.eg:rado,

agressivo,

Rede

program.acão da emissora no sent.ido

adoção

est.a

a

qualidade".

de

orient.ar a

ef'iciência t.ecno-bu:rocl'át.ica e

no

globo

Keh1{1986),

Rit.a

a:rt.íst.ico,

e

vinhet.as

est.ét.ica.

de

do e da da

fest.a.

que a emissora visava. 3

suplemento Balanco Anual, do o setemb.ro pelo Jornal mostrava os São Paulo, número.e quo gara.nüa.m a alobo Oa:z:eta Mercantil de setor de entretenimento. Ano llde.r no de .1P?P, s6 na a. s6Li.da. posição de obteve uma. reeeita llquida a. emissora d• .1 milhão 700 pro.Ço. de são Paulo, que a. segunda. três ve:.:es colocada. a R6.dio mil cru2eiroa, crescimento setor, o foi todo o de S.t,d,.: no mesmo Di..fusora-SP. Em 5~,7,.:. A sua audiànci.a sozinha. chegou o média. na. Ora.nde peri.odo. A otobo durante o metcu:le em torno de CS.J15 ti.na.l dêca.da. de São Paulo girou ve.rba.a em mldia publicidade, a Em setenta.. i.nveet i. rnentoetkehl/.11)&d::2.13-.1.,.,) . também absorve O lobo Rode um mo~~>reado publi.ci.tó.ri.o que processa om se consolida. lideranÇa Eeea a.udi.ênei.a televieuat um merca.do de colocado em mundo e o aext.o do como

Em

·~

••

sét.i motort i.:.:/.1~:2.1) .

181

""


clara

É

organicamente concat.enação

com a

bens

e

objet.ivos

sist.ema

comercial

de

ser

event.o

televisão.

O

é

que

Desfile

interagir

que

refere à

no

vist.a

adiante

da

empresa,

se

como

pois

econômica

ÍJ1€redient.es

público-audiência

do

o

t.ant.o

racionalidade

no

de

fat.o

mercadológicos

pela

delineada

significat.ivas

parcelas

a

expressiva

Ou seja, há

culturais.

ao

programação t.elevisual,

com os

funcionalidade

quant.o

sugest.ão

est.ét.ica

unidade

à

a

adequa-se

mercado

do

capazes de

para

o

confirmado

pela

de

persuadir

é

qual

a

voltado

maneira

como

o

o

depart.amant.o de núdia da empresa apresenta sua programação de verão aos Nela,

anunciantes. audiência

vai

principais

nas

alimentar

consist.e

Desfile

o

publicit.~ias

praças

uma acirrada

"um

em

disputa

entre as

programa

do

país."

empresas

4

Est.e

.

de

sólida

com

at.ribut.o

televisão

pelo

privilégio de cobrir o event.o. Vejamos alguns dos seus lances: grande

(. • • )O

transmi.ssao entanto, foi. Bandeirantes esl\pul.ados po.ra

dos

o forte, desfiles

para pagou pela

a

assoc~açao

cobertura

a

brasiLeiros que hó.bi.to

bastidores fo~ decidida olobo tentou comprar carnaval do car~oca. o Ún\ca o ol.obo bancar parle do contrato de 50

dos

batalha

cartada

Numa

da

assi.stirao

das

Escolas

apresentação TV o pela

de

samba

dessa.s

não consegu~u. No desfile que milhões cruz<nros de R~o

do

escolas. sunt.uosa

semana passada. exclusividade da

no o

de

6pera

Jane~ro,

milhões

ASS\m,

de

rua,

deum

••

cada. carnaval. show de o dd.S escoLas do prune-irc. grupo hord.S o temporada.(. . >A TV transmite todo forte da. o desfile, mas e prato da manha, quando entra a qu\nta e 2 entre escola, verde-rosa o que o grande espet.áculo comeÇaL . . > De umo enorme cabine Mangueira, parafern6.li.o. eletrônico. equ1.po.da com umo e especialmente construtda frieza fugir o dos no avenida, p=o estU.dios, o diretor-garal de de

Eventos que é trajando

cresce

duro.cao

por que

Especiais considerado Luxuosas

pais

o

lodo

a

"

desfile

da alobo, o maior fantasias

A

loysi.o

Legey,

espet.áculo

comandar6.

do

mundo:

as

Lmagens do eambi .. tas

20. 000

serao Vi.9tOs por um un~verso social figurões poli.ticos, importantes estreLas int.arnac~onais, torcedores milionários bicheiros e fiéi.u. com investimentos que cruzeiros os <00 milhõas de beiram quase tQ.nlo quanto os das campeã o escolas com pretensões o Olobo confia no bom Cc:a.rnaval dQ equipe de dOO pessoas que traba.lhQ.m no Rio de .Ja.nei.ro. "Não est.aDWS int.eressados em produzir,, nada'', di.z Legey. "S.ó VaJDOS usar os

que

-.

acont.eciment.os reais< ... > Novent.a e cinco por cent.o das nossas imagens serão ao vivo. O povo quer ver é o que acont.ece na Avenida.. grifos meus>.

", concLuüveja../OP-02-í983 -

o

•Bolvl\ns •

do

int.e!'esse

das do

empresas mldi.a

~PSB).

152

do

Rede

se

..

just.ifica

a lobo

pela

própria

Televi.aa.o,dezembro

do


mundo'.s.

A

evento,

do

monumentalidade

list.agem

dos

apreendido

números

e

como

o

''maior

incidência

da

de

tamanha

presentes ao Desfile, definido como um "show'', corroboram a técnica

e

os

entre

as

disso

teria

gastos

empresas

audiência

financeiros

disposta

televisão

de

qualquer

valor, ser-

em

exigidos para

caso

pela

exibir

não •existisse

"seduzida"

peJo

variedades

par-amentacão

transmissão

suas

e

imagens.

Desfile,

pugna

a

nada

Por-ém

amplo

um

do

espet.áculo

potencial

tornando-o

um

de

"prato

forte da temporada" junto ao mercado publicit.ário. O ano

inauguração

da

da

fixa

Passarela

do

Samba

é

exemplar

a

a

divisão

do

esse r-espeito. Em Desfile

a

1984,

em

dois

eleição

dias,

exigem havia

as

Governador-

motivou,

do evento. Contudo, a

e se propõe a

do

de

bancar os cust.os da transmissão -

Escolas

perdido

o

de

Samba.

direi to

A

de

transmissão.

Jor-nal Nacional -

par-a apresentar

ausência

após

bloco

carioca. Em entr-evista à diz

cadeira." da

que,

o

exigiria

a

Globo

e

fazer

do

seu

é

em

imobilização

no

jornal

Na

•Na

era

caso

anterior

maior-

audiência

de

de

o

à

por que da

cobertura

de

tarde:

sábado

um editor-ial justificando o

r-evista Veja,

Desfile

Dedicou

porém

do

Desf"Ue

diret.or- da emissor-a João Car-los

coisa

que

dois

dias

um

amplo

p:renda

o

telespectador

subvert.eria equipamento

na

progr-amação

a

semana na Avenida. Comprometendo compromissos publicitários e prejudicaria a

pouco

210 milhões de cruzeiros

atrás,

ininterruptos

"carnaval não

Ac:r-escent.a:"O

rede,

inteir-o

anos

1B

volt.a

Globo

um

Magaldí

Rede

a

Brizola

:r-ecém-inau"urada Manchete se aproveita da situação

Festa-Espet.áculo,

sua

início,

Leonel

por já

t.oda

urna

assumidos

pr-odução da emissor-a"<18-02-B4).

mesma

edição

da

revista,

o

diret.or

da

Manchet.e

Moises

de:is>?S, a me!!lma revi.eta Ve-ja como fevereiro de com o 5'Dgut.nte tLtuto:""De~fi.le :EscolQ.S a reporta.gem .. uperespetó.culo"". A reportagem, no da corpo vitória do a sambo. de ete-ncando o. ospar.tosg. quar.tidade numérica exa.tamente i.nt.ci.o. revi.etg., qu,_g.is se incLlÜO.m os mais de uma. entre os centena de evento, no 9r.voLvi.da ereder.ciados cobri-to. forma. estrangeiroS", Deata Jornalistas, muitos il'1teresse jorno.l i..sti.co, No ano .seguinte, a. próprio o esto.vo. justi.fi.cado &1'1foco.r a.lém de o Desfile, trouxe ainda um carnaval edi.cao próximo. do edi.çã.o

ma.tõri.c;~.

de

de

o<

cc;~.pa

esclareciam aos verbetes como cujos dicionário, pequeno edi.Çã.o pr6.tico., a.Li.á.:o, veri.ficc:làa na. de as Escola!!! cobertura uma clara conjunçã.o entre revista Existe jornols. texto da mo.téri.o. o pressupõe quo que telto>vi.eual, j6. tranami.ssao

doa

leitores

assistirão

o

"supe:respet.dculo"'

pelo pois aforo..

183

do

ou~

easa.e,

julgar mui. toe

o

muitos

espalhadas


Welt.eman

anW'lciava

p:re juizos", parafernália levadas publicou

Sambód:romo mat.é:ria

uma

Manchete

sai

carnaval,

a

com

alta

que

volt.ou a

Rio

de

com

t.rabalhar a

pa:ra Manchet.e o

às

saída

longo

de

de

emp:resa.

No

o

t.it.ulo:

transmissões

direcão

Janei:ro,

produção

pela

da

Manchet.e

emissor-a

bat.eu

das

de

mesmo que a

popularização".

anos

o

programa

p:revia:"Podemos Mas

0

Irineu

perder

Fant.ást.ico

é

fat.o

que

ent.ret.eníment.o

audiovisual

o

bat.ido

núme:ros

mas

Desf'"ile

de

"pela

forte

não

sai:ra apelo

do o

rep:resent.a para Globo -

p:rimeira

vez

ao

sua

preferência

o

IBOPE

considerou

:rede

da

Globo,

banho"(14-02-84).

wn

consagr-ado junt.o

praça

em e

será

o

Ibope

Fest.ejou

em 1966, f'"oi

vice-president.e

audiência,

perdeu;

Globo.

cobert.ura

porque

dos

do

na

da

Após

Globo.

Veja

a

Bloco

O

números

a

8%

jo:rna.list.as,

TV.

anos.

t.oda

e

fevereiro, na

os

seis

foi

150

poderosa

a

70%

Isto

Marinho,

em

de

inundação do Rio,

a

Roberto

toda

Bloch:"Essa

popular. Execut.i vos da Globo duvidaram no:rmal.

a

Corpo

comemorava

emp:resas

ruas,

10

a

de

lucros,

edição

mais

29

dia

dar

de

ilhas

Corpo

contra

vai

imagens,

no carnaval depois

diret.or-superint.endent.e

a

à

não

carnaval

câmeras,

onze

indispensável

ao

"o

alegando:

que

ainda

ao

como

peça

"grande

de

público"

t.elevisivo. Por isso, a

rede

líde:r

em audiência procura

Os jor-nais ca.:r:-iocas divulgam informaçãoes

da elit.e do

a

jogo do bicho,

Rede

de

que,

atingindo

plenamente

ano

de 1986,

mil

component.es

t.ais

quando

as

t.r-ansmiss.ão

da

pr-opósi t.os, Escolas

desfUararn,

a

520

pessoas,

20

diz

a

Veja,

câmer-~,

peleja:

logoma:rcas

67% vai

de

audiência

caract.erizar-

no o

wn

t.ambém

elet.:rônico de 80 metr-os quadrados com a a

dias.

r-et.orna

gast.aram 30 milhões

jornalist.a ao Sambódromo, 24 cãmeras e com

empresa

do

Rio

e

desfile

laser, pr-ojet.ado por- um canhão, a

a

Globo

de

leva

helicópter-o. um

o

Além

de

1987.

Sào

de

1984

volt.ar t.ent.ar não

Embora

passarela.

cruzeiros SOO

e

O 50

t.écnicos

e

A Manchet.e chega

helicópt.ero

em

de

Est.ado a

e

sua logomarca. Mas a 89%

pr-ejuízo.

ano

event.o.

do

o

lado da Embr-at.ur e

gover-no

rnanunt.enção do Desfile em dois

exclusividade

a

conquistar

ao

Globo part.icipa du:rant.e

de uma inciat.i va com int.ui t.o de p:ressionar o at.rás em r-elação à

desfazer

Paulo.

um

painel

Globo vence A

b:riga

Ut.ilizando-se

de

das raios

Globo projetou sua ma:rca sob:re o

que

se apresent.ava na pista. A int.encão e:ra fazer fr-ent.e ao imenso letreiro em neon post.o

pela Manchete no

154

prédio da Telerj, localizado em

uma

das


margens

Avenida

da

cabeceiras,

a

de

Presidente

ent..rada

Vargas

pai'a

o

que

compõe

do

Des.f'ile,

just.ament.e

E

Sambódromo.

uma

foi

das

est.e

o

destaque jornalístico, t.anto da Veja, como da revist..a ISTO É.

O

tão

Comprado para

esperado

pela

empresa

t.ransmissão

do

troco

Socram,

Desfile

Globo

da

est..a

com a

a

fecha

Manchete um

primeira

mil

dólares.

recorreu instâncias.

O

comerciais

em

pessoas

a

vezes

duas

por

beneficiou

que

logo

no

Escolas. E venceu a cober-t.ura ant.es e

a

que,

Desflle,

da

Ainda

após

a

as

retomar

jus:tica.

recusa

Porém

assim,

o

est.a

ent.re

acompanha longit.udin.alment.e de

800

numa

resultado

emissora

final

põe

750

uma

quais

cima a

das

inserções

das

as

da

negociações,

Ganhou

valores

os

câmaras

24

páginas.

que,

evolução

das

contra 10%. O caso recebeu ampla

recebida

uma

pela

ambas

enfim,

edicão

na

Desfile,

ao

vaia

E

Veja(24-02-1988),

da

está

Globo.

empresas

reservada

Da

mesma

haviam

pooD

conjunt.ament.e<em

t.ransmi t.ir

tentou

carnavalesca.

Globo.

da

exclusividade

de

elevado preço fixado -

renegociar-

a

1988.

depois do carnaval; os embat.es jurídicos entre as duas

dedicada

noticiou

mediação

concorrent.e de 67%

ganharam

not.icíando

à

mot.ivou

exclusividade

correndo sob trilhos,

páginas

Manchete

programação

sua

trabalhando

empresas

a

Posteriormente

cont.rat.o

emissora,

Manchete em participar do negócio, alegando o

em

ocorre

a

Desfile

o

quat.ro

transmissão,

à

maneira

chegado

das

o

periódico

acordo

um

para

carnaval

no

de

89(15-02-1989). A revista

longa

Veja o

realidade: ''moderno'', t.elevísão t.oma-a

exposição

como

pau1at.inament.e

quadros

da

part.e o

recint.o

do

mercado

como a

novidade

ao

do

e

da

o

ao

turismo, cult.ura

ênfase

valor

de

e

com da

da

inst.i t.uicões

urbana,

individualidade

exposição

ao

a

ap:resentação

esfera

do

da de

Brasil

cot.idianizacão

t.oda

da

da

seguint.e

a

cultural

nessa

t.ecnologias

ampliada

na

at.entarmos

espet.áculo;

lado

aut.ônoma

report.agens

fat.o

um

ao

cont.racena '

se

pe:riódico,

event.o,

a

t.om~do

como

incorpora

racionalidade

cult.urais,

reforço

se

Desfile

indúst.rias

no

desse

edit.orial

alvo

lst.o significa que nos

rotiniza

se

fat.os,

significat.iva

é

font.e,

Desfile

enquant.o

dest.es

a

publicização

das

Escolas.

modernidade,

cultura,

como

comunicação,

no

e

embebe-se

de

da

recepção,

vislumbrada

consumidor

cult.ural.

valores

Ora

a

const.rução do Sambódromo vem nat.uralizar est.a simbiose, quando cont.empla na arquitetura do espaço cabines específicas à

155

mont.agem dos est.údios de


TV, uma torre para instalar antenas de micro-ondas e os

planos

onde

podem

voltadas do

ger-ais

de !'r-ente. Além

ser

planos

aos

pe:riodo

fixadas

de

corúormação televisão,

para

Ao

O

tempo,

Já em

Desfile.

a

sambistas cariocas, as emissoras

de

o

o

vãos

lat.er-ais,

as

câmeras

para

impr-oviso

consolida

caracter-íst.ico

uma

tendência:

nacionalmente

integrado

mesma

a

1979,

f'enômeno:"Retr-ansmitindo

pai'a

amplos

móveis)

elimina

que

mesmo

de

tablados

público-audiência,

um

o

gr-uas{altos

f:rontais.

ant.er-ior-.

existência

da

as câmei'as visando

todo

revista

vapo:r

televisão

o

Veja

des:fUe

a

da

pela

atentava anual

dos

criaram discretamente uma

inacr-editável massa de aficcionados anônimos{. .. )"{28-02-1979). introdução

A

no

emp:regada

mão-de-obra

inovações

de

importância crescent.e do

técnicas

trabalho

evento

de

e

const.ant.e

o

transmissão

para as

emissoras

aumento

dão

conta

televisão,

de

da da

apesar

das direções: das empresas insist.irem no fato de obterem pouco lucro com o

Desf"ile,

dest.e

esperando interior

no

sobretudo

o

CultlU'a

da

prestigio

resultante

Br-asileira.

Recorro

do

signif"icado vez

uma

mais

à

publicização da revista Veja: Durante

minutos

60

sa.pucat,

madrugada

na

••

ao

a

de

vivo

ou

pela

TV

t.r-echo

Samba

formadores

da

impor-tância

civica

do

f'est.a

na

o

b<:lteu

o

televisão

de

Ao

ritmo

pela

fazem

per-rnanent.emente

reprodução eletrônica do evento:

156

Os

do

cuja

a

um

papel

tao

implicita

televisual, na

e

de

simbolos a ao

condição

de

nacional

:ritualizaria

pela alegria esse

simboto

Escolas

comwrldade

cena

Fo<

verde púbhco

de

de

f"ica

samba,

da

o

de do.s

momento

das

transmissão

:representantes

alusão

forte.

reluzente

conjunto

tempo~

memória

carnavalesca,

mais

orgulho

Desf""Ue

um

alucinante a

qual

o

Warquêv desfile

emocionou

seu

Aveni.d<:l,

mesmo

prestado

solidar-iedade.

da

de

essencialldade b:r-a.silei:ra, um cent:ro bordado sentimentos

escoLa

a.sfa.Lto

a do

num

Sambódromo, na

referenci.ar-

nacional.

pais af"o:ra

na

ao

serviço

simbólica

ef'ervesci-ncia

••

mat.erializador

ident..idade

pelo

encar-naria

sugestivo

enquant.o

carioca

disseminar

é

no

cru:;;:or etapa

transmutado

reforÇou

viu,

po.ra

segunda

do

cora.Çõo

o

nacLonat; poucas vezes se empoLgante do s<:lmbact9-02-1986>.

O

na

tLvess& verde-e-amarelo verd& e rosa que encheu

o um

Levou

Mo.ngueLra t&rÇa-feLra,

carioca,

samba

do

escoto.s como e rosa..

qua

urna

expansão

dos

empresas

de

desempenhado

pela


a

uma.

maiores . 6 i.n Rl.o .

este definidas no

quo

"compromisso

interior de da

um

indústria

social"

do

ocorre

mercado

cultural,

o

o

de

Desfile

de

Assim

no

o

as

capaz

regras

de

circunscrever o a

possibilidade

rock.

de

ap:resentações

equalizar

Se

a

gênero

o

relação

evento nos limit..es de

fixar

uma

funciona

a

entre

do

t.ext.ualidade

cuja

núdia

t.elevisual.

outro

nível,

f"est.a

da

o

nacional

desse

sonda~;ens

imediatas

int.erat.i va, respost-as

depois, a

1994,

que

da

Os a

durante

int-roduziu

a

são

exibição como

gêne:r-o

Fó:rmula I

e

de

a

recepção,

ao

festiva em

permite

relação

ao

ressignificada

em

desfrute

de

pat-a

o

ela

de

tele visual

assist.e.

pesquisas da

novidade

no

imagens um

da

cujo

audiência,

divulgados

das

Desde

variações

telefones>

resultados

é

feita

introduziram

de

da

8

transmissão

organização

através

diretas,

Globo

público

Manchet.e

at.:ravés

computador-.

poi'

a

do

e

Globo

exemplo,

contexto

âmbito

conjunto

audiência

f"est.a

da

espetacuLarizada

audiências dest.e:rri toi'ia.lment.e localizadas Dentro

segundo

um

e

aparência

corr-esponder determinadas expectativas da simbologia

bem

gênero entretenimento, cont'ii"ma-se

fazer-

A

como

emissão

e

mesmo

show no qual estão inseridos outros grandes eventos como a 7

Fórmula.

relações

audioimagens

compõe

compromi~;so

despresl tg~o carnaval é

do

lado

dentro

cultura.

da

um

Braei.l,

no

comércio acirrado

espacialldade

da

racionalidade

um

fazer o carnava.l, porque é hcar fora. do CC1rnaVa.l 6 televi.sã.o, de comum.ca.çã.o soci.a.l.

Lucro de empr&sa.

um dos Z e- do Rock

parâmetros

l.mporla.nle

é

empresa NQ.o d&

ai',

de

com

1991,

por

chamada

TV

perfil logo

exige

tabuladas

poucos

minutos

desfiles.

dos

termômetro

opera

cujo

Em

movimento

ascendente ou descendent.e media se a apresentação de uma Escola agradava 6

di.relor Legey, ALoysio de Depo\.ment.o Especi.o.i.s da Rede Ol.obo, a.o o.utorcZ7/04/::l993). 7

A

quo

pesquisa. a

Deefi.lo no e-xlro.ordi.nál--i.o, 8

da.s

cobertura d=

do

dep.:u-tament.o

Eventos

revisto. Veja., entreedlCS.ee da peri6di..::o co.rno.va.l " do v c i. gra.dua.Lment.e centrando-se Scmba perde o o.ape.::t.o do fenômeno de Escol. as fi.xo.do no. ae-Çã.o de- shove e divereã.o.

30

do

o

i.luslro.r a.s vinheta.s p=o sambo-enredo composlo excLusi va.menle ··gtobeleza.·· O lobo bahzo.do. aLusivas da progro.ma.Çã.o ca.rna.va.Lesca. da. Rede convi.da!"Vem! Vem nessa pro respei.lo. telrc a evi.dênci.a.s oferece pra. tá. soli.dã.o/Vem! vem, vem, a multi.dõ.o ea.t embo.l.o.r genle bri.ncar/E

o.r, sou globelezo./Eu lô no pra •er feLiz/Eu TV, no me-i.o deaae povo, a.genle vai. se ver na. Globo(. .

157

,..

que

lô,

Lega.l/Na

lela

""


ou não o quando

público. No final~ os pontos comput.ados

comparada às

médias

alcançadas

por

definem wna média

out.ras

que,

Escolas,

perfazia

um

o

informa

as

result.ado não-oficial da disput.a. Parte direcões das Paulo

implica

pela

gent.e

o

bonita.

coerência da

único

t.erna

sacudindo

de

duas

vir- "com t.udo, que a :fest.a é sua"

é

t.elespect.ad.or frases

Globo.

o

Vanucci,

transmissão

é

o

todo

transmite Vanucci

de

presença

A

int.eressant.e

frent.e

da

do

cort.ejo

narrativa

a

sobreviver

preenchê-lo

nas

desde

visualmente,

desenvolvido na pist.a. dá

o

t-elespectador

é

convidado

o

decorrer

transmissão

quais

":fazer

re~ularmente

repert6rio

vai

enredo

noites,

"part.icipar",

a

enquanto

do

e

no

se

"show

de a

1

durant.e

exult.ado

compõem

Fernando

isso,

que

Mais

capazes de

~alara<. .. )"

a

especial

da seqUencialidade

conjunto-detalhe

narrativa

decorrent-e

na

centraliza

em São

faz

dinâmica

novidades

conjunt.o

e

que

cont.role.

uma

mostrar-

acompanhament-o

esquema

Est.e

foment.a

de

IBOPE

monitorament.o

audi'enci a .

da

detalhe

Est.e

do

9

cont.enha element.os

secundarizando a Importa sim

result.ado

ânsia

no não

TV.

espet.áculo

0

a

relação

A

simult.aneament.e

empresas,

as

televisões:

Escolas.

cost.urada que

entre

das

concorrent-e das

o

compor •....amen •.... o

ao

quant.o

trabalho

dinâmica,

transmissões

compet.ição

da

mesma

da

pelo

o

est.ilo

a

fest.a".

utilizado

Desfile

nest.a

da

das

Escolas

mediação de

pelo

entre

locução

que

o

est.as

Todas

apresent.ador para

Rede

a

audiência

empre~a.

e

Oriundo

do set.or de esport.es da empresa, no qual o apelo ao "bom humor" est.iliza 0

discurso visual e função)

na

as perf'ormances do apresent.adorChá dez .anos

sonoro,

caract.eriza-se

pela

ao perfil festivo

do

da

emissora,

em

set.ores

da

est.rat.égia

que

da

cer-t.os

fixa

Cal"'naval.

e

coloquialidade O

est.ilo,

como

observância

esportivos". O t.raco marcant.e em tal direcão é

....

se

de

experi êncla

descontração, pode uma

como a

adequadas

concluir,

é

parte

classificação

social

"leves,

ale~res

sugest.ão de int.imidade

••

como núeleo mor.ito7-amo&or.to jusoLifiea. o.udi.imei.a. obti.do&" ali pelo Desfile. E'm 1•7-moe revi...sato. Alpha, o mercado pcruli.ata.. incluldoa a i.nteri.or do Estado, detém cerca. de 1.3 mi.lhõea 000 o. 1.. 91? dôlo.res. O que supero. poder o de compra. encontrado em muLlos pa.ises europeus<ei.ta.do por Orli.%/.f.J:I94:20B>.

de s&o eleica.o doo bons além a.fi.7-ma. potenci.a.i.a, PauLo o oro.nd• são renda. pessoas com

'o

trecho

parte

poro. sua. transmissão

do

Paulo de

te-xto

do De-sfite,

nos

vei..cula.do pela. Rede anos:~ de 1.902-P:!I-~.

158

O lobo

durante

chamada.


ent.re

o

própria

espect.ador; há a

o

ident.Jf"Jcação

de

Fest.a-Espet.áculo.

Eis

mediant.e

a

1993:"Alô, prá

e

apresentador

você ...Não

g-ent.e

vai

ac:redit.ar-:

ela

é

desfile! E

vem

mesma;

boca.

..~~

do

entre o Desfile e

a

rút.ida

da

a

par-tir

audiências vista

do

1992,

quando

car-naval,

Pr-á

né?

per-t.o

det.onar

cla:ro,

você? É

retirado

.Mocidade

claro que

muita

Sambódr-omo!

t..ambém.

coisa

te linha.

prot.inha

feliz.

pela

transmissão

sua

você

cumplicidade

provocados

da

Tem

da

o

fazer-

tema

da

p:rá P:rá

Eu

de

ainda

É ... pode

iniciar

o

colocar-

que

Porque

um

não

me

carnaval

é

reveladora

da

relacão

estabelecida

televisão comercial. Mas essa r-elacão most.ra-se mais compreensão

e

a

do

natureza

linguagem.

Manchete

a

é

apresent.ador

t.elevisuais

deixando a

é

a

uma

''emoção'')

ag-ora,

mais

de

.

postura

A

exemplo

dor-mir-

olha

E,

aguento de felicidade. E glob e 1eza...

um

Chega

pra incendiar!

sorriso na minha

sent.iment.os(.a

querer-

juntos.

cur-t.ir

procura

int.ricamento semiót.ica

esse

A

resolveu

do

respeito,

evento,

o

t.ransmi tir

ent.:r-e

mercado do

episódio a

ponto

de

ocorrido

em

de

:Folia

das

Salvador,

Globo só no Sambódr-omo, t.:raz sugest.ões int.eressant.es. Após o de

posse

dos

númer-os

do

IBOPE,

que

ga:rant.i:rarn

supr-emacia

absoluta da Globo, ger-ou-se uma polêrnica em t.orno do pot.&nci.a.l ou não do t.elevisionament.o

de

vencedor-a

o

par-a

uma

ou

out.r-a

pr-ivilégio

:festividade.

concedido

ao

A

explicação

Des:file

carioca

da

emissora

é

bast.ant.e

coer-ente com sua f1loso:fia de realismo estilizado: ma.ts bonüo e um ca.rna.vo.L mo.is feio. se vocé bot.o.r um carnaval Existe cimo. de um po.Lco, depois de algum tempo não tem em sambisto.s lõêtS começa a repelir os tak:es. A maosmo. coisa é Você mo.ts o que mostrar. de um t.rio-elétri..co, di.reCão onde tem um coloca.r seis có.mera..s na tem luz de rotunda. É pra esló. ló., quem cantor. Não segura, não o.pena.s o som. É questão de vi.suo.l. co.nta.ndo e danÇando, ftco. mostrar rostos diferentes diferentes escola..s, em outro. coisa é voei> com deto.lhes diferentes

..

A capaz

de

fala

ser

wnà

subent.ende most.rado

pela

ce:r-t.a

t.elevisão

essencialidade:

e

out.r-a

que

existe não,

Vg.nucci foram obtidos Q junto referentes dadoe Q tranemi.aaão, em granei. Bobre detalhea apontados fita.s de audiovideo-ca.a:eete depupagem do trabalho de os deef't.l•a correapontee aos anos de 195>0 a 1P9.5.

""

. .D•potmento . de

. A l oya\.O L&gey.

161>

um

como

car-naval se

essas

Rede Oo fora.m reti.ra.dos qua.is gravei.


nat.UI"'ezas

não

resultassem

int.eressant.e é

ela

qual

0

t.ambém

observar o

se

calca:

a

de

específicas

pilar axiológico e

idéia

show,

de

hierárquico de

t.ant.o

que

o

pro~ramacão.

no

cuidadoso

à

cit.o

event.o

recebe

de

Unidos

da

relat.ivizados pretendida quais

dent.ro

de

Vila

visualidade.

da

é

da

comum

qualquer

verossimilhança

é,

ist.o

como

"você o

e

est.at.ut.o

realist.a,

reconheça

ou

"longe"

O

DUI"'ant.e

narrador

o

bat.ería( ... )''

Isabel".

at.é perderem

espect.ador

0

t.écnico

ilust.ração,

expressões:''Est.amos cima

por

filosofia de

O esforço em oferecer uma qualidade de ima~ens basea-se

acabament.o

t.it.ulo

o

beleza sobre

part.e da emissora um t.rat.ament.o nessa direcão, ar-t.icu.Jado à sua

Mas

historicidades.

a

ut.ilizar est.a

"per-t.o"

ont.ológico.

seguint.es

viajando como

Para

apresent-ar

realidades

t.ransmissão,

por

que

são

oferecer a

as

audioimar;ens

plausíveis,

demanda

wna

rninunciosa produção, que lança mão do aprimoramento t.ant.o do equipament-o ut.ilizado como da mão-de-obra emprer;ada,

corresponde

mas

ant.es

de

mais

nada à

rot.inização de t.oda uma engr-enar;em, na qual peças são art.iculadas

com o

int.uit.o

.abarcar as

diversos

set.ores

temas e

sinais que alcancem,

sensibilidade das

da

envolvidos

audiência.

impressões

diversas

caudat.ário

assim

é

almejado

de

do

uma

de

no

facet.as

do

racionalização

t.r-abalho

opera

e

com

na imediat.icidade da

Logo,

público

o

event.o.

planejament.o

compreendem

abr-angente a

et.apas

a

dos

est.ilização

exibição e

"bom gost.o"

O

do

produt.o,

pesquisa

decisivas

dos

a

constante

da

produção

cult.ur-a.l. Em

t..ermos

da

Rede

Globo,

alvo

dest.a

pesquisa,

desde

setembro,

são realizadas reuniões periódicas com os depart.ament.os envolvidos com o carnaval.

São

levant.adas

t.ransmissão, a

e

definidas

quest.ões

e

Define-se a

t.ransmissão intermediária, ist.o é, o

passagem

pessoal empregado.

de

ident-ificadoras

em

dedicam

uma

o

de

Dados

Samba,

passeat.a.

são

depois

faz

São

o

produzidas

t.ime o

que

irá

número de

dos

gast.os.

t.rês

Os

minut.os

t-elejornais diários

de

ser

comentaristas.

centro

160

de

à

int.eresse em relação ao exibido

pelas

Escolas

em t.ext.os minunciosos que descrevem

sint.etizados

acomodações no Sambódromo,

o

de

vinhet.as:<imagens

"globeleza").

met.a de despe:r-t.ar o sobre

o:r-çament.o

tempo

que será most.rado ent.re

pré-caranvalesco

período

o

se

empresa

levantados

Organiza-se

Ent.ão out.ra.

e

carnnval

do

t.odo

escola

cobert.ur-a, de acordo com a event.o.

ao

ocorrência ou não do pool ent.re as emissoras, o

equipament-o

a

referent.es

E

são

mont.adas

t.ransmissão<sala de

corte,

cada

as sala


de jornalismo, de inf"o:rmát.ica com t.elex e t.elefonia>. Cuida-se ainda do almoxarif"ado t.écnico e t.ransport..e, são

distribuídas

problema a

velocidade para o

pelas

dos

o

transmissão

televisual:

evento,

pista

Cuidados:ament.e

Porque,

.

diz

as

Aloysio

câmaras Legey,

o

"verossimilhança da transmissão frente a

da

ou

telespectador entender"

peda~ogia

social. 13

da

acontecimentos",

deixa

de

o

"como

que se

contemplar esta

seja,

algo

ú.lt.ima

tácito

ao

mediante

mídia

evidenciam

Trinta,

em

1976,

durant.e

plat.éia

est.a

maior

minha

Brasil/OS-03-1976).

diz

Pint.o, exultava os membros da sua equipe a

tal

respeit.o

da

uma

a

relacionar-se com o

a

produzem

o

um

vendo

um

const.itui

que

prenússa.

outro

t.empo

dar

aprimoramento

daqueles

casa,

e

Entretanto

.

maneira,

entrevist.a

oitenta,

anos

Nos

mesma

a

em

14

longo

tempo

disposições

nas

video

conhecer e

Da

exemplos

Dois

no

mesmo

elet.rônico.

internaliza-se

espetáculo. joãozinho

o

acompanha!'

ver no

no modo como pessoas passam a

que

fala:"A

!aterias

Des.f"ile, é

o

e

objetividade

fatoi'

assist.ência

ser vencido pela reprodução da imagem de acontecimentos como

Fórmula I

a

e

a.liment..ação

comum, além do set.or de

o

carnavalesco

jornal

Rio,

do

da

do

carnavalesco,

Fernando

capricharem no acabament.o das

alegorias, lembr-ando-os dos "close" da televisão. Porém produt.os como o dependent.es

dinâmica

da

Desfile de Carnaval não est.ão diretamente

interna

da

t.anto

''ext.raord.inários"CFarias/1994) set.or

de

"eventos

t.ratamento

especiais".

reservado

pela

emissora,

no aspecto

Desfile,

int.ransit.ivo

devido

elemento,

expressivo e

..

anônimas

e Em

tJ.

"""'

compromisso

ao

com

pela

que

comunicacional.

e

seus

se

ambos Ambos

das

diversão.

sinais

de

formas, Em

caracterizam

est.ão

est.á

combinação de

sent.ido a

os

nexo

de wna homologia ent.re as lógicas de

possível falar outro

ao

quanto

aqui

um

encont.rar

TV

Globo

a

curiosidade

A

própria natureza monumental, formada e

que

poder-se-iam

chamá-los

insere no

no

fat.o

seu de

intercâmbio divei'sos

planos

palavras,

é

um

e

codificação de mesmo

sent.ido

pelo

recur-so

a

f"ontes

25

eoneentr.:.ção,

na

volt.ados para audiências amplas

caract.erizam-se

O lobo

o

apresent.ada no

outras pelo

de

no

d\.spersao,

no

o.Lto>

•••

de jorn.:tli.amo(port.o:itei.s>.

Legey. As i.nformo.Ções aci..mo. arrolddas de Aloys;i.o nepoi.monto dezembro de J.~ o. fevereiro de meses de durante oe o.c-ompanhai. o. preparaÇão da. transmissão do Desfile pela; Rede alobo.

161

·-·

foram

obti.dQ.S

qu.:.ndo


simult.aneament.e visuais e sonoras. A

númerico

stmet.ria

emana

também

câmaras, ou melhor, a desenvolvimento audiovisual

f"act.ualidade

e!;anha

exuberância

da

deambulante. da

mesma

dos

elementos

Conjuntament.e,

questão

a

de

forte

estética

funda-se

sobre

volume

focalizada

cena

constit.uintes

produção

à

TV,

visuaJ<jornais,

pelas

do

espetáculo

t.elevisual

cultural

supõe

vinculada

a ao

bem simbólico ocorre segundo as

l'evist.as,

est.at.ut.o do Jazer e

o

o

organizadas por suas agências e

divulgação modernas,

apelo

da

aspect.o:

transmissão

consumo de um público cuja relação com o condições de

seguint.e

expansão da para:f'ernália técnica encontra apoio no

quantit.at.ivo

interdependência

no

post.ais,

cart.azes>

di ver-são delineado

da

núd.ias

e

na sociedade

urbana-industrial. A modo>

simbiose

não

refere-se

carnavalesco que

t.em

nos

o

esquemas

es:t.et.ização

CarnavaJ-Espetáculo

Desfile

um

a

visualização

na

binôrrúo

entre

e

a

indústria

seu

os

desaguadouro.

do

país>

inclusive

evento carioca e cuja par

campo

no

no

sist.ema

um

demanda por

inst.ituicões passam a Est.e

t.ornar-se

nat.uraliza:rá mediados

o

pelo

o

dos

ent.re

de

interesses

nada,

consolidação realizado.

ávido

o do

ação

A

e

de

ent.re

o

expansão

e

encontra

inst.ante

que

um

ambas

do mercado do simbólico.

negociação

TV

ponte

brasilidade

nesse

É

uma a

mais

crucial

a

no mesmo fulcro de

na

televisão

Samba.

comum

reJacionarnent.o filtro

de

int.eragir

ã:mbit.o

como

verossimilhant.e

Escolas

das

serve

f'o1€uedo

desenvoJviment.o capit.alist.a no

comercial de

imagem

uma

espet.ácuJo

cuJt.uraJ,

de

int.ercâmbio

do Est.ado, vimos, empenhado em promover o

do

deste

Simson/1983:14-5-6),

Ant.es

decisivo

pilares

t.eJevisual,

"forcado"

cult.ural<Von

s:emiotização

concerne

transmissão

"enquadramento"

da

o

e

o

que

Carnaval

publicit.ários

e

da

aos

poucos

carioca,

pois

inst.it.uição

das

t.eJe-audiências consumidoras e fruidoras. O pl'ocesso de fruição, se passa imprescindi:r- do solo do mercado, exigir

vai

cada

vez

mais

a

,int.eroacão

t.ant.o

orsanizacional

quant.o

da

forma de expressão est.ét.ica do event.o dent.ro dos cânones e nos modos de classificacão

da

est.ét.ica

da

beleza inscrit.as est.á

comunicação

ampliada~

esse

no

show

comprometido sesundo

int.erior

compat.ibilizadoras

da

no

as

exibição

das

162

das:

sobroemanetra

do

com do

os

ao

padrão

o

t.ema

designios

lugar

ent.ret.eniment.o.

Escolas

En:f"tm~

audiências.

det.erminacões

esfera

da

sost.o

que As

de

é

da

fixado

mediações imagens

da


elaborac5.o

ganham

audiovisual

do

indústria

do

Carnaval

no

import.Ancia

carioca,

na

t"igur-a

pol.lmica

Pois as ambient.ações cenográf'icas t.ornam-se o dos

vários

interesses

exige doravante atenção é duplicação Umbert.o na

esquema

'" ,

espet.acular

nas

pat.amar-

do

de

social

''ca:rnavalesco'',

locus de ent.recruzament.o

realização

do

espet.áculo.

que

O

predisposição verificada no event.o para sua

Pois,

televisual.

consolida-se,

encenacão

a

a

audioimagem

Eco{1984)

qual

out.ro

em

na

emaranhados

processo

ao

carnavalesca organizador-

uma

ver-,

t"echa

do

experiências

meu

uma

ret.omando

o

mesmo

sist.ema

individual

de

e

sugestão

construção campo

de

t.elevis:ão

colet.iva

de

simbólica

sent.ido

do

comercial.

embute

como mercadoria-signo no circutt.o do mercado das audiências e

o

Um

Desf"ile

das f"ormas

de relacionamento nele pogramadas.

A CENA BARROCA

Tivemos oport.wUdade de ver no capít.ulo I f"olia com

carioca e a

inst.auração

ocasião,

escultores,

artesãos,

ao

carreados:

lado

pal'a

confecção

dos

consolida

a

espaços

universo

o

o

seus

função

consagrados

dos

t.eat.ral

concur-sos

cenógr.af"os, de

inicia-se ainda envolvendo

plásticos

int.erior

das

luxuosos

p:r-ést.it.os.

do

à

"t.écnico" montagem

Gr-andes

em dos

A

o

e

formação

Sociedades, reg-ularidade

carnaval

e

os

XIX,

século

desfilant.es.

ader-ecistas

de

cenár-ios

t.râ..nsit.o ent.re a

dur-ant.e

entidades

flgurinist.as,

art.ist.as

que o

Nessa

grupos

erudita,

!'oram

part.icipando desse

da

moviment.o

''at.elie:r-es''

deambulantes:,

de

como

definindo

o

lit.úrg-ico

e

especialist.a simbólico do Carnaval-Espet.áculo.

,.

Mais

t.arde,

quando

os

Ranchos

perdem

o

carát.er

const.ata.vo. no i.nleio dos a.nos oi.tent.a. umo. lra.nsformo.Ção Eco umb&rto tro.nsmi.lisÕes ditas ""0..0 vivo'" da. televiB&o. Na dtiocado. de i.mporto.nte eventO>il como o entre o Prlnc~pe Ra.ni.er grandeado •essenlo., J(elly, o. preaenca arace TV oro a eeri.môni.a ac:eeaori.a e Nôno.co ao atri.:t prõpna, o.bertet às mui.lCUl i.nterpret~5ea. núpeics conta. oeorri.a. por da :lngta.terra. com Lo.dy Di.o.no., em ~98.t, nã.o ch~les havia. do Prlnei.~ i.nterpreta.ti.vo&: recortes umo. esmerada. producao tra.tou vári.os espa.Ço pdra a.eont.eci.ment.o do a.o t.ra.bo.l.ho câ.meras do 0$ de i.denti.H.ccr como espetá.culo, foi cena, o aenti.do o.bsoluti.zado. como casamento o TV. interpretacao. o ma.ni.pulQCã.o, o preparo.Çéio que o o di.:z:er p=o "':Isto evento jõ. na.eeia. como t&levi.sõo preeedi.a.m a a.ti.vi.da.de doe telecâ.~rcs. O Londres i.nlei.ra. linha. fundamentalmente 'fal!iiO', pronto pdra trg,nemi.aaã.o. sido p:repdrQ.do. como um estúdio, conet.rui.do pdra. teve<:.t.Ps>>.

•=

163


assumem a para

feição

a

isso

cada

cenários móveis oport.unidade

Samba

não

problema

dos

como

de

"t.écnicos"

julgados,

no

desenvolvendo

específicas,

t.ambérn

produzí-los.

Carnaval

Nesse

ocor-r-eu

ação

da

Eis

os

out.ra

cidade.

da

sent.ido, em

a

emersão

vácuo

um

dessa

que

O

é

que para

na

carnavalesco

de

do

ele

port.a

prát.icas no int.erior dos

mat.erialização de símbolos perpet..uados de geração a

hoje os

mão-de-obra

hist.órico-cult.ural;

reatualizada nas suas concepções e

nichos apropriados à

fantasias

o

serem

narrat.ivas

conformador

fest.a.

da

urna memória

ger.aç:ão,

rua a

''int.rigas"

at.uacão

critérios

e

de

ano

de

existência, não apenas de uma t.radição mas de um conjunt.o de

event.ualidade Escola

es:pet.áculos:

det..erminaram

para

demonst.ra a técnicas

de

o

barracãoClocal

de

Define-se

desfiles).

conf'eccão

uma

t.ambém

alegorias

das

espécie

de

e

ethos

encorpado na ação desses especialist.as simbólicos. Cont.udo, fat.o de a um

observa

função

"produt.o

contrat.ados

de

carnavalesco

própria

da

pelas

Helenise

Escola

Escolas:

deter

de

muit.os

Parece-me

fileiras(1992:29).

Guimarães,

est.udando

cat.egoria,

a

peculiaridades que

Samba".

Para

ela,

carnavalescos

incompleta

a

a

não

t.eriam

define

seriam

origem

just.ificat.iva.

Bast.a

o

como

apenas

em

suas

a

esse

respeit.o considerar alguns aspect.os apresentados no argument.o da própria aut.ora.

Por

Pamplona a nomear

o

éXémplo,

dat.a

de

Sérgio Cabral, a agent.e

1963,

no

escopo

da

ca:r-t.a

de

Fernando

primeira aparição do t.ermo carnavalesco para

responsável

pela

elabor-ação

da

materialidade

plást.ica

exibida nos desfiles do gênero. A cart.a é de

Cabral

recair

quant.o

sobre

o

Acadêmicos

do

cinqüent.a,

uma

Bourbonne, e

o

ínt.eressant.e porque nela Pamplona cont.est.a a a

possível

grupo

de

Salgueiro. art.ist.a

"culpa"

artist.as Pamplona

francesa

pela

proflssíonalização

plásticos, lembra

capit-aneado

ent.ão

especializada

que,

em

t.eatro

acusação

das por

na

Escolas ele

nos

década

medieval,

de

Dede

:famoso cenógrafo de t.elevisão Sorensen haviam cobrado os

t.rabalhos

realizados

cruzeiros

pelo

para

desenho

Salgueiro, ele enf"at.iza a

reproduÇão da for-am a.crescenta.dos

a

de

r:ort.ela cada

o

figurino

últ.imo

"'.

t.eria

Sobre

o

exigido

polémico

dois

mil

Gr-upo

do

di:ferença de at.it.ude:

carta. exlro.i.d.os

Fernando Pa.mptono. por Chi.neLLi. e

enconlra.do. em do corpus

ca.b:ra.tc.t.P?-6}.

de

Co.vo.tco.nliU:BAC-UFRJrSPSI».

164

Atgun..

entr&vista

deta.lhe11 rea.tizo.da.

a.qui eam


falo nós refiro-me o quando entramos, Nos cobrou um centavo ja.mat.s em 1S:O:SJ>, entrou .Joãozinho<Trint.a). Nem estética. toda porque eu deci.di estêtica.-social. Est&lica cultura

popular. havia jó.

época

pintei

Não

um

profi.ssi.onal

>.

>.

tem

uma ela.bor-o.t;:ã.o

i7

profissionalização

A

sujei.to

que

Aconteça

Ja.neiroC • . .

det.er-minado

é

aqui

or-iginária

com uni t.ária impessoalidade esp~ia

do

mundo

presença

da

do

largar

a

que

o.tt.t.ude

era

proposto.

o

o.telier

exemplo era

de

rcaz,

fá.br~ca

"

de a.rtista

diret.o

fa.zer >Nessa

qu&

profissi.onc:ü

um

um

e

ainda:c ...

Acrescenta.

tem

que

1Pd0.

de

Tínhamos

sinônimo

da

o tão

carna.va.l primitivo

no

Rio

EP

r:.ão

existência

de

uma

realizar um serviço encomendado, cobra

estando

pr-eço~

hoje.

Julinho

o

mão- de-obl"a que, pal."a projet.ar e

um

• ).

Julinho

Ütuco

o

que

d-e

que

profiest.onc.l,

Nanguei.rac • • •

Juli.nho

7riQ.Í.S(' •

equipe Salgueiro,

nossa

pro

assim

desvinculada

da

Escola

de

do

t.!'abalho

no

carnavalesco

Samba,

pol'que

capi t.alismo.

t.er-ia

solidariedade

da

base

acusação

A

na

ime:rso

sua

na

como

postura

de

int.Pometer-se em algo que não lhes ex-a comum, simplesmente at.ivada pela

monetarizaçâo patente

o

"grupo"

no

fosse

a

de

tal

Salgueiro.

origem

do

imposta

contribuição

dos

o

.

dinheir-o;

empenho

ainda.

Escolas a

seu

pela

história

especialistas

em

ant.eceder questão

papel

de

derivava

competição. do

apenas

Pamplona,

de

Faz

o

cont.rat.ado, às

sex-ia

pr-ofissionalismo

Mais

inexorável

tornar

,.

ganhar

carnaval

do

:fat.o

s:uperacão

ao

em

ganância

e

vaidade

produção

portant.o, a

frisar: da

simbólica,

do

seu qual

fosse

necessidade

esta

não

da

deixar

é

ent.rada

Talvez

Desfile,

flag r ar

o

de

perspectiva,

faca como

just.ica ele,

para

as

Pamplona

em

metamorfoses ocorridas no evento desde os anos sessenta. Dessa

ót.ica

entende-se

o

mot.ivo

da

crucialidade

de

demar-car a

difer-ença ent.:re os meros "executores de encomendas" e

"g:rupo":

def"inicão

campo

a

de

atuacão

simbólica fundada

implica

no

profissional,

no

acúmulo

da

estabelecimento baseado

sambíst.as

ant.agoonizam-se

estabelecida~

mant.inham-se supremos. Nest.e pelo

poder

de

defesa

f:ronteiras de

uma

competência em s.abe:r- fazer-

moderno". Isto choca-se com a , hierarquia de

na

das

comanc:ial"

momento~

na

seu

de

um

hierar-quia o

"carnaval os

qual

"samba.. e

est.et.icamente

o

o

grupos "visual" cortejo

<7

,.

~dem.

Rodl'"i.guee(.t984). Ambos defer.dem o.vi.lta.mento tg.nto como um de classes como ex-erei.do peta. oci.der.t.a.li.da.d& bra.nea. mobr& a. popu.la.cã.o negra. suba.l.tez-na.. Cor>aultar

LopesC:1985»

CQr-r.a.va.leaco

165

p;re&er.ea. do ta.mbêm étni.eo


car-navalesco. O rápido acolhimento da nomeação "cal'navalesco" se deveu ao fato

de

que

pernritia

ambiente

um

simbólico

e

da

fixação

t.ant.o

hostil

a

culturais no

estéticos,

identidade

Carnaval

âmbit.o

movido

Ao

do

à

t.empo,

consist.ia

acão

politica

voluntariedade

fren~e

novato

mesmo

Rio

propicio

pela

~rupo

do

presença.

sua

do

concreto

especialistas objetivos

a

com

o

espaço

para

esses

conjugada

se

que

ao

aos

propunham

atuar junto a cult.ura do povo. Ambas pretensões parecem à primeira vista con~raditórias,

e de f'at.o assim se mostraram num f'Utllr'o muito breve, mas agen~es

desses

próximo

horizonte

no

elas

coerentemente

complemen~ares.

com o

lst.o

porque

Desfile

das

artísticas'".

A

Escolas

ausência

do grupo novato e, Exat.amente: deveria

ser

dist.inguia-se

não lhes import.ava

a

de Samba,

de

um

diferenciavam-se Desfile

o

como

um

base

uma

tempo, ao

econômica

desde

redimensionem então

como

o

todo.

Escolas diret.or

"G:rupo

O

exame

instante

ganhar-

em prát.ica

suas

sólida

ofertava-lhes

e

o

montar- as

do Salgueir-o",

ar-ena

Samba;

cena

das

a

atest.am a

ansiavam.

própria

que

do

carnavalesco

o

":f11ósofo"

do

lucidez

a

que

pecas de

prát.icas

dinheiro "criações

motivava

concepção

urna de

de

tempos do evento, aquele capacitado a elas

p6r

mas

possuírem

das

grande

naquele

dos

novos

tal :forma que

grupo,

reconhecido

perspectiva

acima.

As

suas :formulações se encadearoam, compreendendo uma série de novidades que deslocava

a

imagem

torna-se

o

história

brasileira

pont.o

próprios

heróis

carnaval

floresce

e

g'lobal de

do

event.o.

partida;

em

lugar

convencional, episódios

nesse

solo,

O

aspecto das

excit.am

encobert.os. com

a

A

t.emát.ico

celebrações

o

"povo"

chamada

imposição

do

a

dos

aos

vult.os

narrar

"t.emát.ica enredo

enredos da

seus

neg-ra"

no

Palmares:,

em

1960: com~çou por eer negra. uma temlili..ea. l')&gra.<. -. >. O "'pri..nceea. ••n.:..vl.o X•a.be1.·• e n&o pcuut.:..va. que eu fiquei. le1rrudinho na. de Belas Arles, mg,i..a entrar na pot.Lti.ca.. na UNE. escol..:.. que me comeCei ou Woci.da.de Independente. chamava-v& EU esqueci. meu conto do comovia. ca.mpo, pra. t.uta.:··.woci.dade Independente!". Sai.. r fui. pro do É pollli.ca<. . . L MQ.B foi. ditadura.. uma. êpoca. quo ou oet.út.io, embuldo de que em toda a.Ção estou, a. gente tom que a.i.nda e~;ta.va., "'Pa1.m(:U'•a"' foi. muito o ma.i.a ou esluda.ndo poltti.coC. . . >. escra.vi.dão t.i.berda.de, temó.ti.ca reClCão contra.

corr.a.val da.t{ ••• ).

'""= •••

166


é

A fala interesse

bast.ant.e

clara

e

est.ético-artist.ico

do enredo. Além de afirmar- a resultante

uma

de

militância

ascendem com a

mudança

é

da

mobilização

popu.l.ar-'

valorizando

o

categoria idéia

novo

popular

popular-es)

e

''novo''{a

o

''sempre

era

povo"

uma

cotidiana sob:re

ampla

um

da

de

da

a

o

para

ao

do

a

futuro, Aliás,

a

na

condensados e

Assim

ut.opia

da

tradições

''e:r-:rar

com

errar

que

o

"alienada",

"ant.igo"(as

sócio-cult.ur-aD.

de

embeber

at.ingi-lo.

f""at.ores

que

postura

dirigido de

à

hegemonia

impulso

nacionalidade

danoso

menos

eixo

ent.:re

messiânica

segmentos

art.e

sem

escolha

aliou-se

momento,

uma

e

gama

em

direção

a

modernizado!'

:revolução

acadêmica

naquele

o

projet.o politico

populista,

escapai'

aut.ênt.ico

conjunção

:revolucionária;

Afinal,

processo

encer-:rava

um

ent.r-e

na

ideológico

b:r-asileira na

sigrúfica

existent.e

imperante

democracia

deslizar o

e

da

coerente.

deposit.á:rio

um

de

ao

fundo

fo:r-macão

mentalidade

realidade

da

a

qual

sociedade

polit.ica

descolada

é,

ist.o

inteiramente

artist.ico

;fazer

na

da

da

de

dependência de ambas a

período

no

urbana-industr-ial, Pamplona

luz

À

articulação

motivações

trajet.ória

est.udant.iL

quant.o a

o

cont.ra

ele"(Guar-nie:r-e/1981:125). Na insel"ia-se

cabeça

durant.e outr-o

e

um

elaborador-es,

o

fôlego

t.empo.

l"ememor-izacão devolver-

guer-reiro

passado

o

a

de

p:r-opósi t.o

no

dominadas

escravos,

unificaria

seus

per!'e i t.ament.e

classes populares como

dos

colonial;

pesquisa

A

dos

de

ao

afr-icanos lut.a

a

Palmares

suhjulgados liberdade

pela

est.ét.ico-ant.ropológica

das

origens do homem br-asileir-o movia-se pela locomotiva da hlst.ória e

t.inha

a

entr-e

polit.ica

como

maquinista.

Era

ela

r-esponsável

pela

conciliação

ar-t.ist.as e classes popular-es. Logo~

mentalidade de

vint.e~

iluminista par-a

modernizar o coligado

à

comungavam

as

os

advinda

quais

o

membros ~das

de

desalienar

Grupo

gerações

int.electual.

país<.Mart.ins/1987:85).

t.aref'"a

do

O

as

Salgueir-o

moder-nist.as

t.inha.

empenho massas.

do

nas

de É

válido

o

a

a

década

missão

at.raso

t.raçar

um

.p

temáti.aa. negro. da no Carna.vo.L do umo. a.nã.li.~;~e Pera ~dem. temo. Palmares, o Al.nàa. sobre Pa.mplono. conf ca.vo.Lco.nt 1.C1Sl90> • este o único temo. q'-'e •·i.mpos à Eecola", justamente o prl.mei.ro.

•-a

167

mesma

desde

mãos

vencer

da

de

est.ava pai>alelo

Jtl.o,

lor


com

a

concepção

húnc;aro

dos

Moholy-Nagy

Lazlo

Bauhaus de Berlim,

da

pioneir-os

é

arte

exemplar.

cor,

com a

a

educação

figuração,

os

peda~ogia

recorrem,

tnt.uit.o

de

Não

a

nos

anos

afirma,

na

vinte

p.lást.ica

carnavalesco

diria,

logocent.rismo

tribal

seu

afr-icana

Escolas

de

ut.ilizados

da

oficial

e

Pamplona

das

seriam

A

element.os

os

ao

veremos,

à

ser

visualidade.

ser-iam

írent..e

nago-io:rubana

imagem,

da

valorização

direcão,

Desfile

semiót.ica

est.ilhacando

pedra,

pela

Picasso,

de

o

ele,

plástico

formativa das massas, a

coincident.ement.e,

maneira

a

da

a

revolução,

"revolucionar"

element.os

Os

e

ritmos

burguês<Nei va:1986:17). grupo

dos sent.idos:,

dest..a

cruciais

Para

artist.a

O

nova humanidade result..aria de novas f'ormas

t.ambém a

de represent.ação. Propõe Lazlo uma exercida

modernista.

Samba.

uma

como

imagem

no

aquele

at.é

moment.o do grande cortejo. at.it.ude

A

como

lapidá-la

sent.ido, a

noção de

de

vanguarda

de

locus

do

léxico

Salgueir-o

r-esidir-ia

na

ausência

profissional: de

uma

compet.ência, de uma at.i vidade Há

um evident.e

int.ui t.o

a

cult.ura

aut.o:ri t.ár-ias .

Mas

det.e:r-mina

car-navalesco. O

esforço de

sob:r-et.udo

import.ância

hierarquia,

Pamplona,

no

a

lugar

o

Gr-upo

no

que

vezes

de

os

de vai

post.uras

comando

em diferenciar seu gr-upo

do

exe:r-cicio

int.elect.ual

post.ura,

diver-sas

Nesse

uma out.ra

do

mas

caso

nessa

assumir-

popular,

est.ét.ico-polit.ica.

a

pedagógico

e

2

tomar

técnica,

''esclarecedores''

como

definir

de

carnavalesco para esses agent.es abarcava

semântica

elaboração.

a

conscientizacão

dimensão

pleno de

ser-ia

dos

do

meros

executores de encomenda, é

inscrito no curso do processo que transforma

a

agent.es

mediação

Desfile não

no

cult.ural

desses

int.erior

do

soment.e

da

mer-cado

funcionaldade

em

decisiva

simbólico

das

de

prát.icas

à

inser-ção

bens mas

definit.iva

à

luz

posição

dos

ampliados.

t.ambém

da

do

Ist.o

agent.es na sociedade de ent.ão. A classificação dos membros do Grupo como "ar-t.ist.a" possibilit.a ent.ender a art.iculacão ent.re os dois niveis.

2

..

Dono da. prerrogat.iva n:a,oder-nizant.e, o crttiea.

exemplo, experi.ênciCUil

a.ná.loga. a pens;:a.mento producao

dirigida.

p-or

de Carlos cultural do

Grupo pref"i:r-ara cr-iar novas

M.:.noel Estevan centro

Tostes Marbns, PopuLar

idoólogo Cultura do A UNECCPC>. populares como eon!lcionli:zador o tra.ba.lho ·•alienados••, urgindo vanguarcla.s polttica.s as ma.ssaa, reinter.:. cw elite• revolueioná.ria!l e intelectuais junto como cgenles c:la ema.ncip.:.cao e quase natura.lmente designados por.:. o comando. de

168

""


direcões

para

fórmulas

Trint.a, a

o

Desfile

Escolas

das

consac::radas.

Mesmo

"est.rut.Ul."'a fraca,

de

Samba,

enfrent.ando,

quase

folclórica"

a

me:rament.e

como

recorda

da

Escola de

:repr-oduzir joiío

Jorge

Samba daquele

momento, seus membros empenham-se ao máximo no ":retirar da cabeça o

no bolso" não havia(na acepção de Pamplona). seria

criatividade conhecimento

t.eórico

comercialização est.i v esse ef'icient.e

à

para

manipular

bastant.e

produção

de

mãos

nas

Carnav.a.l

do

ainda

t.runfo

o

e

para

g-randes

de

seja,

e

t.écnica

e

materiais,

embora

a

par-t.icular,

em

suport.e

espet.áculos.

est.rut.Ul."'a

uma

e

Precariedade

criatividade

são t.ermos recorrentes na descrição do período. Poder-se-ia dizer Avenida

preenchimento

visual

ondulant.e

mercant.Uização

da

pelas

Escolas

evento,

do

est.eve

porém

na

invest.iment.o

Desfile,

do

dar

o

possuía

quem

temáticas

carioca

aquém

Ou

que

compasso

no

filtrado

que o

pela

acão

depur-adora dos art.ist.as plásticos.

ao

Assim, iorubana,

as

introduzem

gravuras de Rugendas e estilizados, uso

de

como

lâmpadas

"ensinar-am" a o

e

nobreza

cores

da

do

império

África

negra,

pela

o

maracatu

na

artificiais

cabeça,

past.or-as,

das

e

o

bumba-meu-boi.

alimentadas

espelho par-a atrair- luz e

candomblé

e

o

lnt.roduziram

Em

planejament.o

mais do

recentemente

percurso,

através

âmbito

no

movimentos,

os

plásticos,

da

definição

televisivo. de

do

escondida

o

como

verniz?

os

renda, ent.re out.r-as matér-ias-primas empregadas nas

e

lugar

pr-oduzir- brilho,

os

nas

populares

beteria,

dificultando-lhes

o

reisado.

à

nobreza

inspiradas

de Debret. Com ela vieram os folguedos

USai'

brocais, a teat.rais

vestes

congada,

roupas

sobre

faziam

a

a

subst.it.uirem

monta~ens

Formalizam

r-ot.eir-os

o

distribuindo

alegorias, bat.eria, baianas e passist.as na pist.a, segundo posições 2 est.ratégicas J:. Incluem a novidade dos tripés móveis, sobre 0 qual são alas,

colocados

peças

da

cenografia.

E

os

altos

est.andart.es

ao cortejo, inspir-ados nas nas procissões católicas Para esses próprios agent.es, o

•• Infor-ma.Ções

verticalidade

ver mapa 03.

processo deflagrado significou um

EecoLc. da do Bel.oe do Ri.o Jane-ir-o, do no depoimento dado Maria o.o autorC.tcS-OL-.tP93>. Na.ria de-screvea for-maÇão Augusta do corncvcleseo como nos ··medieval": seria Eseola.e<a.s onde os o conhecimento herdori.a.m dos seua o.pre-ndi.:zes mestr-e a, vendo-os trabalhar. Pamplona. con~i.dera. a.luno. de di.aci.pulo. ELo. foi. dele e de Arlindo Rodrigues; o Salgueir-o é, como falo. com afeto, sua. ··escola.-ma.··. da Augusta.

pr-ofessora Rodrigues,

dão

·=

••

16!>


,_,,,,''')(' X XX Comissão de frente

.

"\

/\/\/\

./

t:estandarte abre alas:J

---a,le. de componentes _ __

L

m

·-"+'H

-" Porta- ban:i e ir a - ~ "' ":l _,

lr;; lúestre-Sala w

"''" D

c

...r

u t';

~

UJ

~

..~I

bateria

~

o

CJl

I

carro de som

I

... c"'

n

D

carrol alegórico

ala de damas

ala de baianas

() 22 Porta-bandei~a 22 Mestre-sala

Cf'o

3º Porta-:Bandeira

D''

Mestre- sala

c' o

o

'"


resgat.e

da

t.radicão

mas

seria

às

concat.enada

conheciment.o

"bom-~ost.o"

um

de

colonial,

no

fundadas

revolucionárias aquisição

popular

no

produzido

ent..ão

formulacões present.e.

A

ret.orno

às

do

decorrent.e

fórmulas simples encont..radas na própria realidade e memória populares:

não, foi ro;ot.roceosso. não a.ceito.r do Foi do houvti> a.lgum t.ra.ba.tho ou foro.; lõ.mpo.da.s Mt.r'a.nda.. de barriga do foi tirar de Co.rmem ba.t.a.na sa.mb.::..-enredo ao a simpllft.ca.cao do de .::..cordo com espelhos; foi botar mais uma retomad.::.. de poaica.o. Levar foi. muito sa.mba.s s...

pra ver W:.::..cha.do; N.::..eion.::..l Debrel Ca.rlos Biblioteca pra Lurmo. wa.tter Pinto. o modelo Carlos Mo.cho.do pega.v.::.. Rugenda.s e nao pro. ver dos Est.::..dos do. Franco.. E Unidos e Wa..ller Pinto pal"a os seus shows copiavam da revil;~t.::... uma ve:z, na At fomos os sambistas eles Bibliotec.::.. N.::..ciono,l. Só vendo pra tinha. crioulo de décado. 22

Debr&t

Fernando

didát.ico-cult.uralizant.e, com

o

casal

e

Dirceu

na concepção e

laborat.ório

despont.ava

da

do

na

Escola

à

do

de

na

Salgueiro

de

alquímica

t.oda

chamar-

Rodrig-ues,

inst.alados

no

fixando-a

polida

Como

Samba.

visão dos

mest.res,

para

cidade.

durant.e

Eis

o

de

junt.os

Salgueiro

como

anos~

16

"novo" ent.ão

t.eat.ral novos

Pamplona

jovens

conjunt.o

do

art.esanalidade

cent.ral

do

que

Rodrigues

período

universo

quando

do

mais

sob

e

inseridos abriram

primazia que

no

o

na

primeiro

t.eat.ral, a

que

encont.rada

personagens

e

garant.iu

carnaval

implant.ada

acadênrlcos:{alunos

Escola de Belas Art.es) ou profissionais ampliado

Arlindo

carnavalesco,

erud.it.a-acadêmica

carnavalesco

barracão

e

Nery

preparação

agora

formação

da

função

reacomodação

fest.ejo,

auspício

a

Pamplona

Louise

poderia

se

elaboração do Desfile da Escola de Samba. A part.ir daí um

verdadeiro

seio

MariP.

ciment..am

desde 1959

que

princípio

do

Embuidos

bast.ant.e da

Escola

conquist.ar-

set.e

t.it.ulos, t.ornou-se o modelo de modernidade no Carnaval. O

eixo

visualizava-se

na

dos

nort.eadora hist.ória

popular,

do

folclorizado,

célebre

22

Vila

'

escolhidos. art.esão

mit.ológica negra Chica da cobiçada dama de

cult.ur-alist.a

ideologia t-emas

e

que

nopoiment-o de Fernando Pamplona..

170

o

suport.e

a

t.odo

valo:r-at.iva

colonial

Silva<1963),

Rica

dava

referido mineiro

t.:r-abalho

e

mest.icagens Palmare.s<1960).

A

Al&ijadinho<1961).

A

escrava cujos encant.os t.ornou-a a

pr-opor-cionou

um

cor-t.ejo

Uust.rado,

por


exemplo, o

com lit.eir-as,

minuet.o

••.

erudit.a

de

asfalt.o.

O

O

salão

argut.o

de

her-ói

negr-o

Min~one,

Francisco

met.a-carnaval

baile

de

r-etorno

aos

medieval,

ao

ent.r-udo

port.uguês,

conjunt.o

rit.uais

bat.eria

a

dramat.úrgico

a

át.icos

congada

do

e

de

a

obr-a

Pret.o

bur-guês

à

fest.a

do

século

pioneirament.e

passeat.a

no

Carnaval

do

Dionísio,

int.egrada

abrindo

Ouro

História

a

na

com

no

notável

comissão de fr-ent.e formada por burrinhas em vime para fWldir a

história

da sua "fest.a maior". A epopéia da História da Liberdade

Brasil<1967).

no

enredo,

dançavam

inspir-ado

carnaval

"pierrot.",

de

a

dedicados

luxo

bailar-inos

Rei<1964),

cont.ando

ao

de

a

da cidade com a

do

Chico

1965,

no

vestindo

casais

est-ilizando

Carioca,

XIX,

onde

A

ousadia

sensual

de

A

Beija(1968).

Dona

exaltação

do

berço nacional em Bahia de Todos os Santos. quando uma prat.eada Iemanjá de papier .maché aleg6rica(cercada de flor-es uma

feira

e

local

baiana

com :fé

da

signos

t.odas

as

fr-ut.as,

afro-br-asileir-a,

e

oferendas)e a

iguárias,

causaram

produção de

peças

do

art.esanat.o

f'risson

na

Avenida.

A

homenagem ao pr-óprio samba carioca na encenação de Praça XI, Carioca da Gema<1970).

A

Brasil,

discípula

rei

Maria

manejou-se

economia

semi6t.ica.

africano

de

a

a

África

cortejo de

••

acessivel

palha,

.Maurício

neg:ra.

perde

a

mentalidade

August.a

africana,

mest.içagem ent.:re o da

t.oda

do

Grupo

materializada

é

Para Um Rei NecroC197D. A part.ir da t.ese de mest.rado

Festa

enredo então

sint.ese

a

Mas

de

a

Rodrigues, estopa,

ajudando Nassau

esplendor da sobret.udo

solenidade

comunicação.

a em

cort.e

vime, compor

que

do

artes

para a

européia aqui

carát.er

comparece

e a

figu:rat.ivas

recriar

visit.a

Pernambuco.

acentua-se

em favor O

o

sob:re

a

A

cena

exuberância

festivo, na

de

t.raduzia

em

da

no

colorida

fict.ícia

tendência

t.ambém

a

no

um a

exótica curso:

exibindo

verdadeira

o

signos fest.a

própriC1 Si.lVC1, earnavc>l., peraor.ifi.ea.ndo a da no fi.guri.nc. mulher do preeidente por Arl.lndo Rodrigues, a deat.Clque do deaonhado o intere6.mbi.o entre :Isabel VQ\.enÇa inaugurou passarelc:l Salgueiro do f ar.ta.si.a.s do de Sa.rnba. e doa eoncu:r'sos luxo. Sua vitório. no Escola5 do Ba.ite Ofiei.Clt da eido.de, coneureo reali..zado no concorri. do a! a.mado a.no, tra.nsparece quo no..quele o poLimento Muni.eipa.l., estético d= de Samba. eomeca.va. Escola.a o eonf ormo.r no universo do Desfile segm&ntos medi.os • mesmo do. ctla. e va.1.ores doo burguesio... doa gosto• cont.ribuicã.o de um a.gent.e a i.ntegra.do oeol"r-e com no sistema. Poré-m i.•to novo personagem, justamente o dominante, o earnaval.eeeo: eimbóti.co Arli.ndo e Pamp1.onc jó parti.ei.p<::Lva.m do ei.reui.to dest•a cone1.1retoe. NetoSIIô'

171


gast.ronômica

brasileira

mont.ada

na

pist.a,

quando

apresent.ação

da

do

enredo Do Canim ao Efó Com Moca Branca Branquinha<1977), inaugurando o humor

polít.ico-social no

Desfile

das

de

Escolas

Samba,

aludindo à fome devast.adora de milhões de bras:íleiros

prenhe

dos

técnica,

acervos

promovida

calibrada

desde

modernizador

em

part.e,

do

mão

Assevera

década

Gar-cia

aqui

pelo

vint.e.

de

se

polit.ico

de

reduziu de

est.ét.ica,

porque

modernização mais geral das

identidades

vanguarda,

nacionais.

At.uaram

priori

ant.agônicas,

a

t.emporalidades

moderno

pesquisa

à

conformando

no

sentido

de

a

cor

algo

local

suas

os

primórdios

nosso

modernismo

um

sociedades

ao

de

e

art.í:fices

patamar

curso

do

um

a

projet.o

const.ruçã.o

ent.recruzando

nacionalizando

em

adequado

at.ualidade,

aliou-se

seus

híbrido

na

desde o

ímpet.o projet.o

carát.er

result.am

modernismo,

o

um

com

o

da

perspectiva

a

saber:

A

que

popular,

int.erna.cional

compromet.idos Canclini

frases

.

cot.idianidade

dest.e século. Ao cont.rário do seu congêne:re europeu, não

t.razer

ressoai-

lat.ino-americanas

t.omado

ao

cosmopolist.imo

art.ist.as

Nestor

sócio-cult.urais

o

a

ar-t.ist.a,

da

e

mesclar

e

do

modernist.as

caminho

em

t.:r-adição,

int.electuais

de

:formações

da pela

os

nacional-popular.

das

demonst.r-ado

int.e:r-esse

O

24

a

mais

t.écnica

de

universa.Uzável,

t.empo

hist.órico<1990:71

a 80). Desse qual

Brit.o

inseriam-se que

aspiração clima

de

consagrada.

a

os

no

de

ser

urna ent.re

t.r-opicalment.e

ãmbit.o

membros

t.ent.a.t.íva

vanguardas

..

modo,

de

do

porém

"brasilidade"

européias, colorida,

das

Grupo

modernizar

moderno,

nós.

mesmo

do

cor

prendia-se mest.iça

e

plást.icas

Salgueiro),

cult.uralment.e

voltaram-se

cont.est.adora

Est.a

art.es

local, à

os

o

mesmo

art.íst.as

Ronaldo

calcava-se

na

plásticos

ao

acadêmica buscando

figuração

ondulant.ement.e

visuais(no

observa

país

da

e

de vivaz

ent.ão

soluções

urna no

nas

paisagem

dia-a-dia

do

descritiva. stnte111& a.presentdd.a. nesses Pora montar a doi.a pCU"bgraf os, com fontec, contei. di.ri.a., di.reto.s. J:alo infelizmente nao por-que os planta.s CU"gument.os dos enredo& croquis, desenhos, .::i lados, c mcioria perdeu ou disperso. Apena.a recentemente deate L em hcvi.do a preocupa.Ção de arquivar esse valioso acervo. EntS.O recorri. a.os depoi.mentos(o& de Pa.mplona, Joaozi.nho Trinta., t.aila. e wori.a. Augusta., foram fundamentais>, a excel&nte etnografia de Heleroise Oui.mCU"aestt.P90) e àB r.-porta.g•ns d• peri.6di.eos. Pri.vilegei. as revi.sla.e Ne1nchete • cruzeiro, cuja.a longas peri.odi.ci.da.des de i!i'UCUJ edições a.ba.rcam o~a cornava.i.s foco.li.zado& o.qui. e o material folográ!i.co nelas i.mpreaeo ofereceram momentos ckul cenas g.ludi.da.s acima.

••

172


povo(1983:13-4).

a

definia

pelo

A

conjugação

quest.ão

dut.o

nacional

da

modernidade

sócio-polít.ico

embebida

ent.re

argamassado

na

do

nacional

e

Brasil:

no

experiência

na

popular a

solução

mais est.ét.ica

const.it.uicão

povo-nação,

de

em

passava

uma

sua

vez

uma

cult.ura

peculiaridade

sincrêt.ico-mest.iça. Por isso, const.at.a José Carlos Durand, a campo

art.ist.ico

e

urbano

e

dez

mas

industrial,

vist.a ideológico, como

arquit.et.ura

da

à

parâmetro o dest.e

século,

est.eve

demarcação passado

é

acompanhada

f'rent.e

ao

eclet.ismo ent.r-e

país

de

soberba

engenheiros,

XVI

de

e

do

sist.ema

pont.o

núcleo

de

t.eve

XVII. Desde os anos Art.es

do

plást.icos

do

Rio

passado

f ementando

art.ist.as

do

cujo

Belas

valorização

imperante,

ent.ão

expansão

nacional,

séculos Escola

da

a

relacionada,

origem

urna

barroco dos

pela

seguiu

sobremaneira

re:formulacão

a

janeiro

"neocolonial"

no

configuração do moderno

colonial

mentalidade

wna

e

de

arquit.et.os{1991:7

e 9 e Amaral/1970:56 a 72). A acomodação no poder do Est.ado nacional de grupos compromet.idos com

o

dos

crit.érios

desenvolviment.o

segment.os

ancorados

de

int.electua.l,

elit.e

profissionais(mais

cria

as

part.ir

propiciou

a

relacionament.os na sociedade).

Em

de

como

é

inst.it.ucionalização "renovação"

da

um

numérica

corpo do

de

criado

o

encadeament.o da

e

desses

cult.urais

Ministério

dos

t.écnico

quadr-o

mediadores

processos 1931

a

busca

na

expansão

pelos

est.rut.uradas

e

para

formação

da

enganjados

tarde,

bases

nacionalidade

na

a

que

O

engrenagens

int.erno

nas dos

Educação

e Saúde Pública. Com a nomeação de Gustavo Capanema para ocupar a

past.a,

em 1934, muit.os dos membros do moviment.o modernist.a chegam aos aparelhos estat.ais, contando assim com inst.rument.os para colocar em prát.ica part.es de seus

projet..os(ldem:12). Entre

na

defesa

t.oda grupo

a

da

est.es,

a

origem

da

polit.ica

de

valorização cult.ura

prot.eção

est.ét.ica

brasileira pat.rimônio

do '

da SPHAN. Muit.o mais, como infere

invent.a-se uma tradição abarcant.e supõe uma me-mória nacional, simbolos Document.á-lo

mat.erializados e

preservá-lo

hist.6ria brasileira e

à

de

do a

part.ir

cultural,

Maria

t.oda

barroco

da

faz-se

urgent.e

173

à

vai

levada

diversidade

"civilização

sua abert.ura para o

dele,

Velloso

ist.o é, os monument.os

colonial,

baseada

incentivar

adiant..e

Mot.t.a

dos

brasileira,

do barroco

pelo

Sant.os, já que

t..ornam-se

brasileira''(t992:2). própria

:fut.uro. Pois é

exist.ência est.e

da

passado


que

se~undo

coerência,

cult.ural

do

país.

sociedade,

Poder-se-ia

à

dispondo-a

discurso

nacional,

dizer, "'formação

mobilizacão

de

unif"icando

nacional"

os

com

surgida

int.elect.ualidade

da

at.uação

o

prolixia

emoldurada

na

emergent.es

grupos

e

t.emas

é

a

ar-t.ref'at.os

na

específicos

e

invent.ando uma unidade ônt.ica. As

formas

exemplares fachadas pelos

desse

dos

colet.ivas

barroco

palácios,

jardins,

com

e

serão

"despreende-se

que

as

desde

suas

populares

das

escadarias

grandes

avenidas

t.ambém

apanhadas

paredes

da

majest.osas

que

em

invade a

de momento, e dos se

rua

com suas

at.inge at.é as almas,

no

sent.iment.os"(Bast.ide/1945:32-3). manifesta

na

carnavalidade

portador

art.ista-int.elect.ual, adquirida nas pôr à

instâncias

e

t.emas

objetivos

no

trat.ament.o

do

projet.o

a

plenament.e

a

essência

festejar

da

sua

mentalidade onde

de

pompa

essa

É

base

que

o

modernizadora

e

freqUenta.

e

barroca

Samba

nacional

forma

se

cultural

brasileiro.

Escolas

culturais

serviço do futuro.

Enfim,

do

horizont.es

ale~óricos,

carros

estender

rit.ual da polidez, no subjet.ivismo

Desfile

no

fervilhant.e

popular

e

procissões

das

com perucas e

azulados, para t.omar posse do corpo humano, complicando-o fitas,

igreja,

para

terminam

como

pretendia

relevo dado ao barroco nos desfiles, seja nos

O

plástico,

politico

peculiaridade

teria

desses

do

ent.ão

grupos.

surgiment.o

do

a Mas

met.a

de

essa

versão

carnavalesco

afirmar

na

os

delineia

Escola

de

Samba? A respost.a exige a cont.emplados na enfocado.

comp1ement.acão de alguns outros fat.ores

represent.ação que

Quant.o

ao

Grupo

do

Pamplona,

Salgueiro,

o

int.egrant.e ocorreu em um moment.o quando a havia

consagrado;

volt.a

da

década.

mesmo t.empo,

a

:fala

de

1960.

unidade

Porém se

o

at.ualment.e

cult.urais

o

desfrut.ada

monopólio

que

det.ém.

t.odo é

de

do

seu

processo um

período principal

cert.a

det.ona.do

relato,

passado capaz essa

De

faz

função de carnavalesco já se

a

um

por-

'

depoiment.o

discurso

na seleção de t.raços de

leg-it.imidade e

confere

por exemplo,

não

consiste,

de

cat.egor-ia

reafirmar

ao a

pr-odut.or-es

de

maneira,

por

invent.a-se

um

passado celebrador do present.e. A dat.ada de

própria 1963~

polêmica

apont.a

no

envolvendo ent.ant.o

não t.ão simét.rica ent.re a e

a

anterior

sit.uacão

das

a

quest.ão

cont.radições

da

profissionalização,

reveladoras

mediação cultural exercida pelos Escolas

174

de

Samba.

Em

seu

da

nat.ureza

carnavalescos

livro

sobre

os


Acadêmicos dificuldades moradoras dos do

Salgueir-o~

do

enfrentadas do

Morro

figurinos corte

roupa.

por

do

riscados.

HaroJdo

Marie

Salg-ueiro,

não

choques evidenciam

Os

confront.o.

o

:f:rent.e

:fazê-las

cumprir

níveis sociais

fazer

mesmo mais

em

modo

pelo

em

do

outro,

legit.imos

como

classificados

Nery

concordância

dois

sobre

dominante

posição

para

condições

as

que

Louise

exemplo~

po:r-

recorda

a

det.erminação

tal

na

a

um~

valo:res

a

como

altura

simbólico em

conferia

obediência

mesmo

a

cavament.o

unive:rso

amplas

as

costureiras

as

desacordo estava na obediência quanto

O

ou na

da cintura

Cost.a(1984),

concerto

o

das

relações ent.re os grupos se est.:rut.urava na sociedade naquele instante. A

reflexão

sociológica

os

sobre

encont:ros

socio-cult.urais

demonstrou que as práticas de sincr-etismo não envolvem simplesmente uma :fusão

entr-e

lógica na

dois

sist.em.as dos

um

qual

sistemas

traços no outro de acordo int.roniza-o cert.o

t.ransfol"mado

o

que

elementos posição repôr

Grupo

simbólicos

do

consiste

na

simbólicos

torna-se

dominante

com as suas pr-óprias

como

do

mas

cult.urais,

part.e

Salgueiro

sua

da

espécie

no

e

entanto

o

exercida

pelo

sistema

erudito-formal.

encontro

cultural

nos

limit.es

da

t.ot.alidade

uma

recolhe portanto

Bastide/1971).

de

dominante o

de

deter-minações,

e:ficáciaCver

promove

Carnaval Popular-,

atuação

sincretismo faz

a

com

part.ir-

Procuro

a

É

da

seguir

sócio-histórica

do

periodo, f'at.or coordenante desse encont.ro. Em t.ermos concretos, a entrada desses agentes na Escola de Samba

não

se

tão

fez

A

estét.ico-social. moment.o

quando,

iniciativa

o

mediação ao

privada

papel de

simplesmente

ligada

planejar

cult.ural

&vento,

e

ao

são

por

eles

e

que

ao

exigências

dos

lll€ar

plat~ia-audiência,

de

novos

Desfile em um t.eat.ro frisas

grupos,

implementada

como Jl::les

int.eresses

comércio

desenvolvem

imperat.ivo de polir<e rebuscar) as exibições vimos,

que

int.ricando

o

acont.eciment.o

aos

surgira do

em

um

Est.ado,

da

e

lazer

diversão.

encont.ra sent.ido

engrossam

com

ant&

o

a

as

fileira

t.:r-ansformar;:ão

do do

com suas arquibancadas, camarotes,

cadeiras de pist.a, ou ainda às lentes

e

de

projeto

das Escolas para atender as

reservado

popular de rua,

politizado

um

de

introduz!i_1dos

turismo

elaborar

obra

por

milhões

de

das

câmaras

de

telespectadores

t.elevisão espalhados

pais, e mesmo pelo mundo. Ao ser- fixado em uma passarela iluminada, gozando da at.enção dos olhares

mais

iníluent.es,

o

Desfile

175

t.orna-se

t.ambém

alvo

de

cobranças


mais severas, o Est.e

comprometimento

outros

interesses,

port.ador

de

mat.eriais,

que

um

modelo

além

de

fundamentais

a

Apesar a

classificá-los os

à

medida

que

maneir-a

dão

t.écnico

t.r-abalho

result.ant..e t.ecida

no

e

emblemas

da

mundo

o

urbano

ocorrida no int.erior

que

um

ao

se

do

da :t-esta carnavalesca

na

de

element.os dist.int.o

carioca,

divisão

a

na

bojo

e

mesmos, zo saber geral ,

Carnaval

da

e

t.ernas

intervalo

complicada

no

de

função-at.ividade

aninha-se e

os

si

evidenciam

insere

cat.e~:;oria

um

conjunto

síntese,

Em

no

sobre de

com

formas

das

produt.o

formulam

de

Enquant.o

det.inha

especializada

articulada

a

em

possuidores

uma

Desfile e

público,

profissionalização

a

abrangente. como

event.o

''filósofos",

de

intelectual,

modo

o

cálculo

agent.e

série

acordo

mat.erializacão

novo

esse

ideologia

permanência

mais

do

c:ons:t.it.uir

no

à

adequadas

espet.áculo.

uma

individuali:.~:.adas.

baseado

beleza do

de

quê?".

com o

com

fest.a

audiências

t.écnicas

da

carnavalescos são

carát.er-

do

de

da

valor-

racionalidade

do

fim

apr-esent.ável.

de

interdependência

o

as

pespect.iva de

consumo

do

sua

r-eorient.am

possuir

em sint.onia com a t.empo

na

implica

satisfazer

para

crit.érios

ser erúrent.ado é: "preenchê-la e

problema a

de

social

fisionomia social

malha

complexificação Escolas

da

e

seus

desfiles. Vejamos mais det.alhadament.e o pr-ocesso. No mesmo est.udo refer-ido ant.es, Helenise Guimarães const.at.a que, dlll""ant.e

as

décadas

expansão do seu consolidado

concepção permit.iu

1960

espaço

como

especialização,

de

"espet.áculo

que

marca

as

Escolas

simbólico

no

público'"(1992:65).

essas do

e

entidades

Desfile

daqueles

inserção

a

1970,

mat.erial

elaboração

é

e

foi

Samba

escopo

a

de

conquist.ar-am.

pist.a da

cânones

da

imperat.i v o extensas

estilo

do

e

assist.ência.

at..raent.es Além

oferecia uma vast.a

nao

ai.ntomél.tico po••uirem

profissoionc;~.Lizc;~.Çao

nos

barroco de

mont.at"em

disso,

o

Poder-se-ia

concluir

desfiles

ambiências

cobrir-

acervo

mest.iço

do

o

var-iedade

Po.mplono. umg. ··vim&o esse '"b\.tolc;~.mento'".

de os

t.ernas,

ccu-no.vg.Le.51co• do

globc;~.L"

176

formas,

de de

condicão simbólico

espaço nobre que que

cenogr-áflcas

para

est.a

é

estivera

suficiente

t.rabalho

capital

um

necessidade das Escolas em preencher o Avenida.

o

a

carioca,

tendência

origem,

imprescindível à a

a

aprimorando

det.ent.ores

conhecem

da folia

Seguindo

desde

se

de

a

adoção

dos

subordinada

ao

móveis

o

horizonte

folclore

t.ext.uras mo.\.• joven&o proc:es•o.

amplas,

e

da

brasileiro

cores a

ser

de jusotg.menLe Alr\.bul à.


Mas

explorada. cenográf"tca

da

cont.rário

desenvolvida

divert.í-lo, afinal a

cena

para

diversão

o

é

barroca

Desfile a

do

século

exctt.a

condição

o

a

XVII,

público

ambiência

no

de

int.utt.o

primordial para t.odo

o

event.o

cena barroca at.ual dá forma ao superes:petáculo,

desde aquele moment.o; a

- maneira como o discurso nat.ivo passou a classi:f'icat' o evento. O superespet.áculo

Carnaval, porém o merece

ou

não

quadro de escolhas é

publicidade,

práticas

e

int.elect.uais

Tais

simbólica

que

hierarquia

com a

definem-se

como

vez

mais

moda,

da

deslocamentos na

busca da

itúormalização "intermediár-ios

os

novos

condições

t.endem

à

agrupament.os 26

grupos

no

eles

de

cujas sociais

aos

públicos.

planos

originados

na

elaborar cada

afeiçoados

aos

relação

estetizacão assim

ressonâncias

malha

a

hedonismo,

correspondem

encont.ram

e

Estes

em

da

uma

de

para

e

de

atuacão

teorias sobre o

carnavalescos

prát.icas

Desfile

do

às

desinteressados

interado

Os

novos

ser

ent.re

estabilização

educados

det.erminadas

prazer

produção

que

deve

divisão

capaci t.ados

dos

mais

portanto

a

como

o

e a

sobre

sociedade

da

.

que

Veremos carnavalescos

est.ão

e

centralidade

de

sensibilidade

experiência.

culturais",

urbana moderna

co:r e

do

deve

à

fundament.a.lismos. A valoração envolve-lhes

que

decisiva

investe

novidades em sintonia

o

como

carnavalescos:

dos

competência

est.at.ut.o social que fixa

de:f'init.ivamente

manuais

Carnaval(Araújo/1987).

o

codificando

então

Cristaliza-se

most.r-ado.

deriva da escolha dos ag-entes envolvidos com o

são

os

a

est.ét.ica

agent.es,

do

implica

superespet.áculos, no

manejo

com

qual

da

a:rt.efat.os

de

os som .•

luz. Est.e t.ripé, por sua vez, encaminha as períomances das Escolas

sent.ido

de

um

determinado

imaginário

como Jocus de realização de sonhos e

que

enxerga

o

prazer-es. E decide a

ent.r-et.eniment.o redefinição ou

••

cultur-a.i.s·• no r-C1Silr-o ··t.ntDr-medi.á.ri.os conceito de P~erre o o concei.to pg,rli.r do conjunto novos de E:l.e defi.ne Bourdi.eu<1988). médi.C1SI cla.ssea Dmersrentes, que nao ori.g\.ng,dos cultura.ia produtores pequeno-burguesa. ou com os pa.rã.metro~ da. a. a.usleri.da.de com i.denti.Hca.m burguesa.. Sucua vo.lora.Ções alto. cultura. lradi.Cões do. erudi.Çã.o vl.da como formo. de ti.berta.ÇÕ.O. o.pli.ca.do o o esteli.ci.smo volta.m-se di.sti.nÇã.o. tá.ti.ccua n~ estro.tégi.cua de como dl.versos ecteti.amo&: N.a.ni.pula.m o mesmo conceito paro. refletir o mobi.li.zo. Wi.ke Feo.lherstone Ta.mbém oci.dento.i.s contemporânea.s, integrando-o ~oci.edo.des cultural no.s conaumo gero.ci.onai.a formadores dg.s esferas e cursos dos longos estudo 40 23>. Esta. tilt.i.ma. pers-peçli. VQ., parece, cu tt.urg.i.aU.s>s>4;0!5

••

complementg.

Q.

pri.mei.rg..

177


mesmo a exclusão daquilo não pert.inent.e à

isso,

Por direcão

de

1982,

est.ribilho

o

uma

a

est.ética do

de

covardia<...>".

racionalidade

vertical

de

situação

popular,

o

"santba

do

"ambição" bicho<ver não

desde

no

pé",

os

anos

espaço

dos

nat.ural

dirigent.es

capítulo

intenção

V>.

de

em

Por enquanto

o

com

do

dos

pela frase

A

wliverso

o

do

advento

do

do

viam

se

carnavalesco

banqueiros

a

e

do

jogo

se afastam,

importantes

"manequins

estética

sambistas''

"vaidade"

a

espontaneidade

brutalmente

os

sambistas

tornarem

sacudia

expressão

da

gent.e

ent.re

"superalegorias".

às

''poderosos''

Muitos

se

razão

Machado,

a

e

ritmo.

"verdadeiros

Os

Serrano,

responsabilidade

sessenta

autênt.ica " sendo diluida

Em

escondendo

s.a"

a

celêumas.

presente

mesmo

int.eressa

na

Aloísio

ai

samba

Desfile

Império

e

combinação

atribuida

espet.áculo''(Lopes/1981>.

"carnaval alijados

que

bambas

estaria

carioca:

Carnaval

a

critica

dos

Samba

Braco

de

do

tamanhas

de

partes de

aspecto,

de

Superalegorias,

f'lagrant.e

primeiro

degradante

uma

traduz

o

lado

Escola

da

s.a/

vertical, sugere que ambas compõem deixo

mot.ivo

"superescolas

econômica

deslocamento

Beto-Sem

samba

A

ao

fora

samba-enr-edo

lament.ava:''Superescolas bamba/Que

quanto

compositores

pelos

assinado

percepcão

ot.imizacão dessa lógica.

carnavalescos"

alegando

27

.

por

E

t.odos os lados, reclama-se o fenesciment.o das "tradições do samba". No exerceram

capítulo o

sec;mentos

papel

II,

observou-se

de

mediação

subalternos

e

Observou-se ainda que a

que

membros

cult.ural

as

faixas

fnndacão

entre

do

a

dos

produção

médias

da Escola de

grupo

da

sambist.as

simbólica

sociedade

dos

urbana.

seu Desfile é

Samba e

em

muit.o t.ribut.ário da ação por eles implementada. O que os proporcinou não só

um vetor

de

mobilidade social,

mas

também

uma

posição

prestíc;io junto às camadas das populações de subúrbios e de

um

naturalizado corno

o

cont.ext.o pela

f'igur-.as

da

do

"mundo

solidificação

de

brasilldade

do uma

samba"

no

tradição

nacional

herdeiros

do

de

favelas,

~

passado

comando

seu

que

os

e

dent.ro

poder

é

conforma

colonial

e

da

ancest.ralidade africana. A emergê-ncia da figura do carnavalesco, ao lado de um novo grupo

imbuído de 27

inserir-se

na

Escola.

compositor Pa.ulinho da do da. Portela., compositores do TVE do Rio, em :1990. Fro.ae

·~

178

de

Samba,

VioLa. durant•

assumindo justificar entrevista

o

comando o

&OU

um

de

seus

deeLiga.mento programa.

·~


passos,

melindra

conquis:t.ado

exat.ament.e

como

''es:pecialist.as

especialização

que

"adversár-ios".

Os

motivados

pela

indústria

simbólica das

do

em

samba''.

implantam

deslocament.os

o

dos

sambistas.

A

na

perda

ser-á

música

a

popular-

e

dos

uma

ur-bana,

programas rádio

de

e

publicizacão

imagen do

da

seus

descapit.alizacão

espaços

desprestígio

p:r6p:ria

dos

no sist.ema de

para dos

haviam

penetração

orquestras

incidem

suas produções culturais incidiu no

"sambist.as"

de

reformulações

fonogrMica<Ort.iz/1988), grupo

flanco

grandes

audit.ório, devido as

os

lr-onicament.e,

pr-oduzidos

das

insolvência

radiofônicos de na

estes

que

posição

a

grupo.

Tais fatores ressoaram no pr6prio interior das Escolas. Ao t.elevisão,

passo cuja

suas

inseridos.

sincr-onia

das

const.i t.uia

a

escalada

maiores

ascent.edent.e

bases

de

Se

ant.es

vozes

do

o

diret.or

grande

cent.:ral

figura

nos

port.as

de

coral

das

pelo

teatro

encomendando-lhes a à

cri t.ério

propost.a a

dos de

let.r-.a e

primeiros

espet.áculo

música é

a

escolha

de

para Vila

o

enredo

int.roduz

acesso

do

do

qual

Carnaval

let.r-as

samba-elll"'edo

como o rádio e

o

disco e

Escola

e

do

e

cUl."t.as

nas

rit.mo

vocábulos

inst.âncias

da

anos

sessent.a

mais

o

det.erminada

o

se

vão

t.ema.

Fica

aproximou

deflagrado

urbano.

prosáicos,

da

impõe

funcionalizando

lsabeD,

cultura

bateria)

composi t.ores

ilust.r.ar-á

Vila

pela

da

aos

Carnaval

de

de

carnavalescos

composit.or,

Ilu.sõe.s<Unidos

de

mais

da

O

Rio

no

ritmo

composição

feita<Cavalcant.i/1993).

conjnnto

vez

os

melodia do samba que

a

l."esponsável

o

sínteses

ext.rema especialização do sambista como

macro-est.rut.ura

cada

como

produt.ores cult.ur-ais

os

móvel;

distribuir

e

enredos

os

propor

do

aos

desde

veiculo

fixam-se

com

alas

desfiles, A

plástico-visual

um

harmonia(como

carnavalesco assume est.a posição. projeto

de

produção

sede da Rede Globo), abria

janeiro<com a nela

que

Em

na

1966,

Mart.inho

da

facilit.ando

o

popular

elet.rônica,

part.icipa da mesma at.ualizacao do sambist.a como

especialista na cultura popular modernamente inst.it.uída no pais. Não é

por acaso que

~::s=t.as

transformações estéticas nas

Escolas

de Samba são det.onadas pela novat.a Acadêmicos do Salgueir-o. Lembra Alves Filho<1987)

que,

fnndada

destaques ent.re os sobretudo

por-

em

"bambas".

uma

funcionár-ios

públicos>,

int.elect.uais.

O

1954,

comerciant.e

Escola

Sit.uada no

de

população desde

a

o local

179

bair-ro

classe

início Nelson

não da

cont.ou Tijuca,

com

nomes

área

média<profissionais

at.raiu

moradores

Andrande

est.eve

da

de

habit.ada liber-ais, rec;ião

afrent.e

e de


parcelas desses moradores que começam a

e

di versão

das

visibilidade

do

novo

público

que

não era uma Escola

imagens.

suas

entidade, manifestou desde cedo o procurava

corda

postas que

alegava de a

em

ocupação Nelson

dos

prát.ica o

a

assist.í-lo.

lnt.roduz

planejamento

durante

g-rupo

corda

espaços

Andrade

presidência

o

da

Desfile ao g-ost.o lema:

o

Salgueiro

"nem melhor, nem pior, apenas diferent.e". Desde já a

prot.eg-ia

constit.ur

à

Chegando

empenho em adequar o

quest.ão da novidade incorpora-se ao idéias

buscar na entidade um espaço de

de

a.ig'o

a

sua

cortejos.

administ.ração,

desfilantes, ''medieval".

mais

assim

a

dos

foi

a

Propõe

"eficientes

e

a

Ent.re

as

retirada

da

sint.omát.ica.

mais

ent.ão

out.ras

maneiras

modernas"(Costa/1984).

responsabilidade

de

bancar

a

Ele

Coube

presença

dos

acelerament.o

do

artist.as-int..elect.uais no Salgueiro. É

processo

que

individual

do

conjunto

decidia

A

cada

pressões

personagens no Avenida o

28

.

desfile

tarde,

do

agente

rit.mo

eixo

são

eles

privilegia

aspect.o

os

a

artífices

de

especular.

da

música em

o

valor.

A

sela

a

desfiles

a

concepção

dos

''arquiteto'' da e

assumida

organização

segundo

importância

como o

e

sobre

espaco-t.emporal,

porque

quando

perfomance

a

decresce

fisionomia

daí

e

seleciona

urna

momento

sobrevivência

dos

cent.ralização da

explicita

no

Cidade,

exibição,

mercadológ-icas,

mais

plástico-visual,

carnavalescos

do

da

event.o. O car-navalesco consagra-se

este

O

de

da

então,

Melhor seria dizer: a por

princípio

cronometragem

redefinicão,

vez

Pois

predomínio

da

O

carioca.

Carnaval

horizontalidade

mais

transformação.

cujo

O

no

Escolas

sambista, a

Carnaval

torna-se

das

desenvolvimento

o

percebido

t.enha

Andrade

transformava espaços

preencher

imposição,

que

provável

do

élaborar

pelo

Desfile

da cult-ura

classificá-los

que como

a vi vif'icacão mesma do carnaval moderno.

••Esta

do a.rgumento de fra.se foz parte um o pe-ça. publie~tá.r~a. ve~cula.do. .t!>?s> em divorsa.s entro ja.neiro marco de revistas, a.nuncia.nào ma.rca. do indUstria. de produtos químicos e,. petroqulmi.cos Rhodio.. Ao la.c:lo da. foto do Trinta., época na pentaco.mpedo seguido do Co.rnavol do Rio. Joi5.o2inho um gen~a.lido.de do artista. e a importância. da. empresa., sublinho. texto que produz mo.teria.is ca.pa..zes do of ereca-r conforto e embelezar a. vida., para. a gra.ndeza. contri.bui.ndQ deci.si.vo.mo::tnte pló.sti.ca. do Desfile d= certo, publicidade esta. i.ndice do CQncerto Por amplo no Escolo.a. • um quo.t Q Desfile entao se posi.ci.onavo..

180


As

reacomodac ões

no

cerne

da Escola

de

Belas

Art.es

contribuem

bast.ant.e para formação desse agent.e renovador da est.ét.ica do Desfile das Escolas

de

"criação" sobre de

a

Janeiro,

das

VaJ1€uardas

reprodução atinge

geração

formada

convencional

a

na

art.íst.icas

t.ambém o

notadamente após os anos

primeira

relutava

a

defesa

A

Samba.

trinta.

Escola

estilização

de

universo

acadêmico

Nesse

chamada também

de

Criação

Belas

realizada

Artes

pela

experiência

com

reiterado

desde

essencial

novos

materiais.

moviment.o

do

Bauhaus,

a

cotidiano

cadeira

porque

pesquisas

o

era

a

cuja

das

Ambas

Art.e

aplicação

sociedade

para

as

quais

correspondia no

indust.rializadas,

na

a

à

objetivo,

no

art.ísticas

t.ar-efas

da

estilos

de

embutidas

das

Decorativa,

desvalorização

a

temática

estavam

o

Será

epicentro das

reprodução

busca

.A

de

de

plást.ico-visuais,

zs> •

Rio

orientação

academia.

frente

superficial

desenvolvem-se

invent.ividade

flmdada

Forma,

da

como

decorat.ividade<vista envelhecidos)

é

inst.ante

do

Fernando Pamplona pertence

impulso t.omado com o advento do curso de Arte Decorativa o transformações.

da

modernas

figura

dos

designers(Campofiorit.o/1971 Gropius/1974).

Ao

lado

Plínio

de

docente da Escola de Belas Artes, urna

aproveitando promovido de

pelo

recursos

poder

público.

econômicos

escultores) -detinha o formas

at.ualizadas,

de c;rupos e

que ZP

o

as

de

então

Est.e

ideológicos

abert.as

expressando-o

a

ser

para

extraído

pint.ores,

em

cidade:

na

sensibilizará-se

do

cenó~rai os,

inst.rument.o de servir ao

espaço

originalidade-

técnicas

participa,

sociedade",

o

carnaval

o

potencial

fest.e jo. arqui tet.os

sentimento

cenarizac;:3es

como

iest.a

da

pertinent.es

ao

Tal

e com

:feixe

interesses que passam t.omar parte da brincadeira carioca. Da

mesma forma, da

e

Pamplona

da int.eração ent.re "arte e

plást.icos(mais

artistas

de

grupo

janelas

das

Cypriano,

Lopes

do

c;ênio

fig-uração

t.eorias

carnavalesco

dos

criador,

acessíveis

ao

tornava-se a ávido

no

"g-rande

artistas-plást.icos

vitrine

para

desenvolvimento público".

encontram

exposição de

Poder-se-ia um

novas dizer

acolhimento

do momento Rio Ja.nairo fundo.d.o o Jt.IUili&U do Arte Moderna. a experiência eatétic:C1 ··experi.mentação cri.adora.··. Em eompromi.ssa.do Q i.ndustri.al.(i.ncluai.v• no campo di.nami.za.cao do processo do outro plano, formg.Çao oxi.9ena a pa.t.s, de um conligent.e ma.\.or do ei.mb6li.eo> no do conjugar beleza e objet.oa ordinôri.oa, eapa.:zea rotor profi.eai.ona.i.• sedução, estrat.égios i.ncorporo.d.o mercadoria deci.ei.vo para

Nesse

me-amo

eom

=

ca.pi.ta.li.atQ.

181


fun~ental

nos

grupos

concatenados

dent.ro

maravilhosa'',

da

torno

Grupo

e

caminho

Belas

Artes

a

inst.i t.uição

do

estavam no

"revolução est.ét.ica" do

chamada

Carnaval carioca viria com ou sem o de

''cidade

entidade

central.

O próprio Pamplona percebe que a

Escola

da

vimos~

qual,

lu~ar

Carnaval-Espet.áculo assume

em

do

Salgueiro:"Teat.ro Municipal

do

desfile".

Desde

o

século

passado o carnaval const.it.uia um campo de trabalho alte:r-nat.ivo para essa mão-de-obra. participação. Grupo

t.er

at.uar

no

por

de

agent.es nova

da

público

para

cenógrafo.

do

projeto

do Departament-o de

calcar

detentores

de

um

competência

capaz

de

Carnaval

carioca.

O

Teatro

Rio

que,

Tanto

se

est.ét.ica

a

baile

de o

Colonial,

em

isso.

Municipal,

do

Professor

carnaval

do

t.urismo da cidade Miécio

Tati

de

teatro,

então

integrar

o

primeiro

o

not.oriedade

pelo

para

de

Escola

da

mesmo

conferiu

convidado

fat.o

1957

venceu em

que

fora

1959,

do

no

a

de

quanto

decoração

inst.it.ucionaliza

1933,

teria

economia

exemplar

é-

cenógraf'o

e

su~est.ivo

o

jovem

membros

em

fest.a,

da

transformação

a

Pamplona

Art.es

concurso com

Porém,

incremento

percurso Belas

oficialização

A

ao

diretor o

corpo

de jurados do Desfile das Escolas de S.amba(Guím.ar-âes/1992:50-6). Ao cont.a

lado

Pamplona

de

Lúcio

ter

Rangel,

assistido

entrou na pista, acent.uando o as pinturas de Debret. -

ele

t.er

o

e

recebeu

para

assumir

o

o

por

convite

carnaval

isso,

Capnaval

confecção de Palm.ar-es

do da

f'oí

da

deu

formalização

Carnaval, aspecto

e a

extensão do 3

em ser

1959.

Edison

Quando

Carneiro,

o

Salg-ueiro

painéis reproduzindo

not.a

dez

apenas

para

~

diz

est.a

Escola.

Não

do

demorou,

Mwrlcipal

cidade)

Salgueiro,

A:r·lindo

e

Nelson

est.ava,

ao

Andrade, lado

concursos

dos

Rodr-igues,

do

par-a

t.rab.alha.ndo

na

.

sobre

o

especial

qual' os no

evidenciado:

processo

a

presidente

O t.rajet.o de Pamplona ilumina a de

de

e

ao recint.o de apuração defender sua

Teat.:ro

no

figurinist.a(companheiro 3

desfile

Moraes

vermelho nos t.rajes e

agremiação. No dia do r-esultado, nota

de

o enredo era Via cem Pitoresca Pelo Brasil -

e

encant.ado

se

Eneida

e

dos

agent.es

Desfile, ele

exist.ência de um caminho em vias

como

contribui

como

ele

introduziram-se

profissionais. ao

se

querer

int.ricament.os que então se

Depoi.menLo d& Fernando Po.mptona..

182

no um

contudo reve~

aceleravam.

a

Pois


deslumbre de Fernando Pamplona com a

passagem do Salf:ueiro, deveu-se em

muit.o à

desfile,

elaboração

plást.ico-visual

do

na

t.ambém art.ist.as de f'ormacão acadêmica, Dirceu Nery e especialist.as

em

em

insist.iu

primit.ivas

art.es além

h:-

t.eat.rais"<Idem:49). t.odo sobre as

Marie

part.e

Louise

no

enredo,

o

cromát.ica,

e

coreográfica

cenográfica,

o

coloniais.

conceber

de

Nery

cujo

cargo

t.rabalho

''empregava

a

dois

de

ambos

uma

visão

espet.áculos

aos

lógica

propósit.o

de

Marie Louise Nery,

pert.encent.e

descreve

planejament.o,

à

época

de

domínio

almejava o

do

impact.o

visual proporcionado pelo conjunt.o: Anliga.mentee outr~.

••

visu~l

&poca

na

tudo

aquilo, um

pe-na.s, mo.r de movt.me-ntoa,

um

1er campos qu& i.mporlo.nle, a

pensei um grupo ma.r

de

de

tantos

.,

di.ve-rsa.s

materLCns e as ma.is tra.nqu1.lo

o

Logo,

pro jet.o

efeito

no

conJunto, de mõ.o,

a.de-reÇos

comeÇ~va

de

vistos

que

o

e

mont.ar

••

longe,

forma.s,

tonaLidades,

de

do

f\.lQ$(. . . ),

chegavam, os cores, coordenaÇão de cor

ou

s~to.m,

simple-smenle

p&SSOQ.!õi

eu

ritmo, isso

formas

os a

·~

ritmo busquei. o você entrava. com mexer, brilhar, o. cimg., via eaaes

materiais. ( . . . )o que forma que mexe, os cria um excitante ritmo

••

cenográficas

ext.l'it.ament..e

eficient.es nos t.ermos do t.eat.ro ar-mado, recolhe do acervo barroco alguns

O

princípios. opacas, nos

o

emprego

apelo

quais

moviment.o

e

vert.ical

ri t.mo

o

de

combinações e

sobret.udo

mat.izado

amplit.ude:

espect.ador. Mas ant.es

mot.ivações mais

de

a

busca

cores

das

formas

de

o

de

efeitos

confere

poderosas

nada,

bulicos:a:s

para

t.irocinio

do

cenográficos,

idéia

uma

out.ra:s

e

fisgar

o

geral

de

olhar

do

es:pecialist.a introduz

uma int.encionalídade fundament-al ao cortejo.

No limiar dos anos set.ent.a, compromet.iment.os compet.ição pagos

para

Escolas bancadas jo~:o

ent.re

do

por

.,

De-poimenlo

Escolas.

as

Dinamiza-se

fabricar

mecenas

economícament.e

cont.rat.am de fat.o

esses

ocorre.

Loui.ge

O

Ner-y

183

ant.e a

com

poderosos,

art.íf'ices

com

como

o

visualizant.e

Heleni.••

acirrament-o de

móveis.

"t.radicão

a

modelo

o

formação

cenários

os

implicac,ões

que

••

e

Grupo do Salgueiro se dissolve: os cedem

maiores

bicho,

vit.6rias, o

est.ét.icos-sociais

conceber

sem

o

profissionais

Basicamente,

do

os

da

samba"',

porém

banqueiros

int.uit.o

de

as

do

obt.er

encont.ra assim

um


canal

de

expansão

seus

discípulos,

sem

quaisquer

orientados pelo

essa

e

Pamplona

Arlindo

passam

equipes

a

alicerçado Lembra

t.rabalho

em

condições que

próprio

para

é

e

enquant.o

a

começam

ele

dispor

de

trabalho

dentro

''artistas''

recrutado

para

da

cabeça

exigência

diversas

o

alegóricos

recursos

do

as

compor

que

c

bolso rigor,

sólidas.

mais

t.eve

e

o

maior

de

vezes

como

aumenta

administ.rat.i v as

carros

os

do

própria

a

princípio

"t.i:l'ar

por

surgir

oferecidos

responde

profissionalização

e

a

e

simplesmente

realizados

pela

Pamplona

a.conômicos

ganhos

a

da

econômicas

começaram

e

pessoal

de

de

ideológicas,

se

que,

subst.it.uído

mont.ar

profissionais

serviços

at.it.ude

na

independent.e

mão-de-obra na divisão

Tanto

do

carnavalescos

dos

não cobravam, o ' 1o 32 . o ri t.mo faze-

Pamplona,

dinheiro

novos

pr-estigio

de-

dessa

artesanal<louvado

t.em")

Porém,

polít.icas

remuneração

A

carnavalesco.

processo

ocasião

alt.er-nat..iva

pela

cada vez maior

demanda

não

por

rnat.eriali2acão.

perspectivas

Carnaval.

perfil

e

de

aplicar

Salgueiro>

outros

abundant.es

para

realizar

<~i grandes peças cenogrcu. cas 93 .

Vale, sociedade. por

No

nesse

circuit.o

profissionais

quanto

a

sent.ido,

como

legit.imidade

pintores

e

"técnicos"

e

não

gozada

e

posicão

campo

pesa

sobre

Incluídos

art.ísticos.

a Ora

o

agentes lugar

sit.ua-s:e

art.íst.ico,

eles

desses

visuais,

e

figlll"'inis:tas

exemplo.

Cl"iadores

principalmente

no

a

plásticas

pol"

ent.rada na Escola de Samba, barat.a,

art.es

cenógrafos

escult.ores, ''utilitár-ias'',

chamadas

das

observar

:frent.e nos

pecha t.al

ocupado

inferiorizado,

ao

trabalho

limites

das

serem

de

na

situação

de

artes apenas

faculta

sua

porque vão const.it.uir uma mão-de-obra mais

consider-ando

que

o

fechamento

dos

cassinos,

em

razão da pl""oibição do jogo de azar em 1947, deixa um vazio em termos de locais de trabalho. Com efeito, no Carnaval encontl""am um espaço t.anto de sobr-evivência

econômica

•• .

e

de

consagração

como

"gênios

cl""iadores"(Cavalcant.i/1993) 32

depoimento

A

dddo

Hir-a.r.

.:>.utor-

Ara.ujo(26-0.t.-.t.993>. 99

. to deP o.mp l ono. • I>epo-.men

••

do cer.6gra.fo e figu:r-inisto. Artir.do Rodriguea, no. A froae época., Eecoto. de Sa.mbd Impera.triz Leopotdinenae, do. durante ca.rr.o.vo.teeco atobo, 1!)87, Telejornot RJTV da. Rede em QO bo.sta.nte entrevisto barra.cã.o meu esse respeito:··o o a.t.etier . o Desfi.te i.tust.ra.t\.vo minha. vernissa.gem. ··

184


Muit.o

embora

est.ejarn

subo.rdinados

a

ló~ica

uma

colet.i v a. Os carnavalescos :funcionam ai como ordenadol'es e

às

det.erminacões

Escolas. de

Além

do

emitidas que

escalões

tempo

que

os deprecia no técnica

de

panorama

das

cor(F.rancast.el/1967:49). E

diferent.ement.e

acadêmica,

na

Escola

de

singularidade

do

art.ist.a

é

leit.ura.

Eis

at.ribut.o

dado

original<a

de

t.rabalho peca

de

.,

o

para

que

qual

e

da

aproxima

os

inovacão)

e

do

da os

confecção

efeit.os

formas;

na

a

represent.acão,

apreciação

estrat.égica

cujo

consumo

fol'mas que

de

cr-it.érios

e

exat.amente

linguagem

o

do

contemporâneas,

as

imperat.ivo

Des:file

t.empo

tradicional

a

é

o

uma

o

espaço

dos

no

necessários

fácil

sobre

Samba

administram

obedecem ao

durant.e

plásticas

esse

Car-naval.

t.ornam-se

de

o

pr-edonúnio

palavra

público

art.e

si~nifica

figuração

a

t.endo

:fi~uracões

concebam

que

produção

devem at.ender

hábil de apresentá-los no

produto seja compreensível para o Importa

superiores

elabo:racões a:rt.ist.icas

suas

produzir element.os no

dos

de

conquist.a

de

a uma

audiência poliforme, não soldada por uma visão de mundo única. O adept.o

caso

do

do

moviment.o

conservadora

Império

na Escola. Em lugar Império,

nas

Serrano,

é

toma

colorido

Desfile;

codificado

do

o

o

a

enredos

cenógrafo

mais

modelo

irreverência

de

cot.idiano

pelas

nos

moderno

signos

da

cult.u.ra

Pint.o,

dentro

da

desenvolvido

dá uma guinada pr-ofunda quais

t.rabalhos

desliza

De

espetáculo

t.ropicália,

da

Fernando

exemplar.

pat.riót.icos aos

rnat.erializadas(inspiradas:

Assim o

e

teatral

Pamplona como exemplo e

dos

int-roduziu

íormas:

diret.or

tropicalista

por A.rlindo Rod.rigues e

o

e

at.or

pop.

est.ava acostumado

seja de

nos Hêlio

t.emas

Oiticicca).

"carnavalizado" Prova

disso

ou

para que

é

o em

1972 surge na Avenida President.e Vargas em cores fortes Alô. Tai Carmem Miranda.

Ou seja,

um

t.ema

identificado

com

a

festa

e

com

o

b.rilho

do

próprio show, recorrendo assim ao repertório de imagens já popularizadas pelo

cinema

alego.rias

de

e

a mão

t.elevisão. encher-am

•• A

Os a

27

t.ripés

Avenida

de

e

car-r-et.as bananeiras

alegóricas

e

e

palmeiras,

SOO zé

carnavalesca premiada. cenógro.fc teatraL Jtoea. Naga.Lhlíe&, dura.nt.e o expressou aulorc1~-01-1999>, a. a.mbigüida.de da. depoimento dedo ao ou o carna.va.L:"Quando desenho, sinto o trabaLho como situ.adio ele artista no trabalho col.et.ivo". um Porlim a. hora. de exe-cular primeira pa.rt.e meu. Na. ba.sla.nt.e comprometida lra.ba.Lho jõ. a.pcreee quando ela. explica. o do B8U forma.a: .. A informacao tem que da eoncepeão da.s ser paaoa.da. prindpio mostra.d~ com eto.re:.:a. o coisa..a devem import.a.nt.e direta.; que pe=osocr.e rtl'conhecam rapidamente o qu& se quer mostrar .. ,

..,.

185


cariocas,

balan~andans,

Hollywood.

Opt.ou

a

clara

leit.UI"a

em

início,

em

edit.ar

a

do

desfile

e

estandartes

desdobrara

elenco

e

produt.o(t.ít.ulo o

t.ema.

necessidade

Dest.e polêmicas

modo,

atit.udes

desclassi:ficar o célebre

ent.:r-e

aproximou

depois

Fernando

na

por

compositores

Silas.

r-esulta~o:"Samba

que

tornou

dos

shows.

em

quadros

No do

que

se

enfatizou

E

a

bem

'':funções

t.erern

e

mais

crédit.os

os

vedet.es.

de

com

de escola é

uma

de

Escolas

de

mais

das

a

Samba,

Silas de O li v eira, o

que

samba-enredos,

autor

de

de mais

pecas

hoje

pr-opost.a de uma apresent.ação "mais extensa

letra

a

ale~ação

A

afrente

das

ninguém menos do

incompatibilizava-se

concebida

Pint.o

história

t.ornadas clássicas no gênero. Porém a livr-e"

e

Bl'oadway

.

esteve

samba de

nove

''component.es"

os 36

o

t.ripés,

:famosas

a

lin~uagem

da

obra), at.rizes

lembl'ando

quadros,

sobre

tomadas

os

o

por

mont.ados

Levou

de:finidas''<Veja/01-03-1972)

hist.ória

da

todos

de

inglês

em

let.l'eil'os

Pinto

de

igual a

para

categórica

foi

música de

elaborada,

muito

encomenda,

de

o

ig-reja,

que

tem seus mérit.os julgados de acordo com a sua :funcionalidade"(Idem). episódio

O

estabelecidas visualidade que

o

possuído

o

capital

pelo

em

sint.onizadas descont.ração,

decidir

de

a

a

det.ermina

do

consolidação

relações

o

Rio:

carnavalesco

soluções

as

do

caminho

o

classificação

definiu

do

ist.o

e

as

configurar

Carnaval

simbólico

sambista

adequar

com

ao

no

instante

poder

o

capacidade

import.ant.e

naquele

torna

doravante

é

est.ét.ico

da

como

função

de

quem

do

estará

desfiles.

dos

A

t.emáticas

a

signo

de

da

valorizado

plástico-visuais

event.o

força

imperat.ivo

mais

mão

na

de

de

alegria

carnavalesco

e

e

sua

profissionalização nos anos set..ent.a. Principalmente contribuíram

porque

decidamente

os

para

efet.ivar

dimensioná-la em um pat.amar de

necessidade

global,

·~At.n . d o. Pi.nlo quo.nto

porque

de

nenhum mat.&ri.a.,

neaaa

a.presenlo.do-

a.o

fa.t.o

vi.tri.ne pQf'a seu

pensar

trabaLho,

o

ganhar

passou

nat.ureza

Fernando

evento

detalhe mesmo

como

de

o

a

que

a

t.eat.ral

do

sern

sob

para

o

desfile uli.li.2'Qf'

"profi.ssi.onal

"f o.zer

Pint.o,

do

pr-isma t.em o

termo

samba.".

carnaval"

di.ri.gi.do a. mi.lhões de pessoo.s.

196

mais

um

Desfile

t.eori:zava

"<. .. )espet.áculo

import.ância cCU'nava.l&aco, ele é bem ver

e

cujas part.es

em 1972, de

arquit.et.ar

do

exuber-ante rnonument.alidade,

conf'ormam um conjunt.o impactante. a

cenários

no

que

o

Fernando t.a.xati. v o

Desfi.le

uma.


out.ro,.(ldem).

Porém será

em

1974,

mais

vez

uma

com

Salc;ueiro,

o

ac;:o:ra

com um discípulo de Parnplona, que essa perspect.iva será assumida de modo enfático.

mais

const.it.ui

uma

"grande

da

ópera

elementos

-a ulc 97 e s pt.e o,o Teatro

da

Part.indo

ópera

do

Rio

do

nele

das

se

diferença

João

Jorc;e

cinco

Escolas

de

transformações

todos

os do

Guar-da- Roupa

do

Trint.a,

t.ítulos

cênicas

Samba

mobilidade

da

ou

"Joãozinho

consecutivos

ao

carnavalesco

do

de

encontram

Departamento

imagem

a

Desfile

a

com

conquistar

as

devido

o

pois

Janeiro,

ao

definitivamente

superespet.áculo,

rua" •

chefe

de

notabilizou-se

intrincou

de

e

que

de

erudita,

ex-bailar-ino

Municipal

Trinta .. ,

idéia

que

e

modelo

do

introduziu

no

acont.eciment.o f"est.ivo-espet.acular. Em

de

à

Moraes,

cenografia alto,

o

art.igo sobre a

um

luz

de

móvel

uma

e

a

que

eles

t.rat.a-se

tornam

seguintes o

como

aos

o

vazio

a

o

tema, o

porque

para

o os

tais

trabalho de João há

t.empo

lut.a-se

custo,

na

bombásticos,

"não

barroca,

qualquer

percebe

encont.rasse no

nele

Frederico

impulso

ef"eitos

Embora

fest.a

na

Desfile,

aspectos:

apelo

exemplares,

evitar

de

os

no

sobre

Lodos os carnavalescos, é

individuais:

perf"ormances horror,

se

barroco

excessivos(1987:22).

element.os na concepção de Trinta

do

bibliografia

oniricidade, e

ondulantes

f"ormat.os

ampla

instituída,

ilusionismo

presenca

no

para

contra

t.empo

o

como no

espaço''(Idem).

t.ransf"ormações Desf"ile, mais

de

crit.eriosa

do

obt.endo

que

afinal

seguido. 97

Oo

r~oa

da.dos

arquibancadas.

a

facultou a

a.qui.

próxi.mos

isso,

a

ei.ta.dos

pa:rã.gra.fos,

curso

Estas

no

sent.ido

a do

ao

t.ambém

radicalizar

as

aceleração

sao

o

do

vist.o modo

a.ut.o:r<Oó-01-1:P92> .

187

do

de

uma

est.e

de

desf"ilar-

i.gua.lment.e depoi.ment.o

alt.as.

t.eat:ro

variadas

direcionou

mais

o

em

ent.ão como

caminho foi 08

A

mais

t.empo

at.uação

A

no

conjuntos

preparação

público.

t.ão

agudas

setent.a

alocar

tornaram-se

o

as

anos

soluções

fo:rmas

ea.:rna.va.leseo, pa.:rt.•

fim

perco:r:r-e:r com

com

os

mister

de

fazê:r-se

sobre

a

desejada

pist.a

just.ament.e

desde

passarela

cronometrado

sobressai ocupar

sugez.e

em

da

comunicação

imperiosidade Para

ext.ens:ão

cortejo

joãozinho Trinta 0

da

tempo

do

intz.odução

hábil,

espaço-temporais

resultado

longos

Moraes

de

asseveraç:ão

A

de

geradas, amplas, est.ético

imp:rescindivel. que

por

••


em :fins dos

vão

relevo

dar-

dizer

no isso

de

ao

des:file

Pamplona,

c::arac::t.erizada

pela

que

individualidades:

armação

n1as

as

o

e

e

cansaço

da

do

o

que

agrupamento

indianas

espaço

o

as

alas

evolução

e

pela direcão do Salgueiro

"já?!"

ent.re

volume

tempo

o

do

harmonia

maior

assim

Obt.ém-se

na

evit.ando

melhor

compact.icidade

"buracos"

eliminados,

os responsáveis

rápido,

seria

uma

por

opt.ou-se

chamados

s-enta~

anos

de

pois,

"ainda?!".

Para

desfUante

e

carros Escola

são

o

espaço

da

conjunt-o exibição

na

Os

quase

que

passarela

prevalece

do

pist.a

alegóricos.

da

cobrem o

plat.éia,

sobre

passist.as

são

38

.

as

agora

circunscrit.os a det.erminadas regiões da ap:resent.ação. Percorrendo suas

o

mesmo

palavras,

reordenar

na

passeat.a

exist.ent.es

horizont.al

"sinuosidade

incorpor-ados

Escolas.

de luxo do chão,

pondo-os sobre

de harmonia Laila sintetiza a

t.eat.rais

Compõe

do

Samba.

os

Deste

propõe,

e

conforme

operist.icas''

patamar

a

outro

em

coreografias)

e

Sociedades(os

Grandes

mais numerosos. Colaborador

Trint.a

ranchos''(fant.asias

pelas Escolas de

joãozinho

''caract.erist.icas

das

dos

das

''vert.icalidade''

as

vet.or,

carros

modo,

com

a

alegóricos),

:r-et.i:ra

destaques

os

carros alegóricos agora mais alt.os e

carnavalesco durante seis anos,

o

d.iretor

importância das suas cont.ribuicões:

Aveni.da havia., pela largura da President.e Va.rgO$, depois Na Avenida quase t.rês met.ros ftcava com de um lado e t.rês pra Ant.ônio Co.rlos, t.odo mundo po.ssa.r um funil pro. E era e ficava fei.a. já qu~ voc9 out.ro. nada. não tinha. o João acabou néio t.i.nha alas, com tsso. Porque o servia como uma po.rede pra carro alegórico ampliado gent.e segurar Porque nos ultrapassar. outros co.rnavo.i.s pca não eu cansei. de at= componentes pa.ssa.vam pe-los carros Ent.&o quando ele t.eve esse. i. dáia

ver escolas que os sequenc1.a do enredo. 3P o.chei maravilhoso

preocupação

A pela

exigência

responsável plast.icidade e vázio 98

Devo

..,

W:ai.g

•m

Depoi.mento de

como

a

o de

o

espaço,

curso t.odo

pa:ra alguém que o problema:

un1

i.nformo.ÇÕes

to. i.&

So.l.guei.ro. 2~.U.-U>93

cost.ura

volt.ado

irrompe

ocupar

manter

de

pela

de

frente

a

ele

Laila.. na uli.l.i.:z:o oulroa

Lai."Lo..

188

percebe-se,

narrat.ivo

do

espet.áculo,

êpoco. t.recho.e

a

quebrava

om

est.á

tema,

alt.o.

auséncia

a ou

1974,

det.erminada a

definido

cont.empla do denot.a

int.riga

pela

Dai de

sua

por-que

0

sent.ido

di.relor do ho.rmon\.a. do seu depoiment.o

do fei.t.o


- - --Comissão de f r e n t e . - - - - carro abre-alas

\

~la.

de baianas

\

ala d.e con:.pcnent.e::l

a===============

~:r---------------------------------------~

"'"'

r::.~

L

o4>o

"c

~

1' Porta- -oar..d e ira 10 Mestre-sala

"u:: ~ ,..,. "'"" t=;

fJ

"

~

"""o

"'

~

rn

.,..,

c

D

c

~

p

,,lol ....o

~

~

I

I

carretas alegóricas

I

~ O'

I

o"

c

"' ~

H

w

"

~··

(':'

,..

::: c úJ

_, o

cA0222'

Porta-bandel.ra Mestre- sala

carro alegórico

~ 32 Porta-bandeira ~O 32 lúe stre-sala

CJ

velha guarda


apl"eendido funcionalidade faca

o

prevalecer

segundo

mult.iplicacão

de

r-et.ira

t-endência

seu

O

que

evit.em

nível

os

detalhes.

dos

atenção prat.a

de

e

quem

o

riqueza)

dourado

com

As

fundem

a

a

sobr-e

mais

visual,

os

cla:ros.

a

embora

uma

pl'opol'ciona:r

por

maio!' próprio

Ele

que

barroca

estabelecer-

t.ot.alidade

da

proliferaram

sugestão

lhe

não

dando

cromáticas

entre

apelo

padr-ão

um

conjunto.

no

carros

alegóricos

carro) t.oda uma moviment.ação, ident.ificada com o

no

sossêgo

à

branco, índices

o de

cor-tejo.

O

prata e

o dourado

forma

of'er-ec.:em

um só t.ernpo conferem ao element.o a

ou

o

aos

mesma

Da

modalidades

espetáculo

do

ideológica(o

manter

os

enfat.iza

Pereira/1982:189).

nível

majest.oso

e

inspiração

uma

combinações

de

lhe

ao mesmo tempo homogeneidade; o

desse

humanas

quem assiste e

no

áudio

sut.urar

sempre

est.es

tenacidade

a

det.alhes

composições

seja

frui.

possibilitava volume e faiscavam

formas(Apud

Aliás,

os

pai' de

Tl"int.a

pilar

o

excesso

o

primará

flancos,

sobre

capazes

par-a

trabalho

Joãozinho

aspect.o,

elementos

permit.e "rebuscar-, criar"

isso

calcada

part.es

das

dest..a

Por

olhar.

pelo

branco

como

det.alhes

as

para

p:rincipio est.át.ico{o

balanço

das

ao som

alas

da bateria. A

maneira

element.os

musicais,

poderoso

esquema

chama-o

para

det.erminada t.inha

por

passeata

óperas

das

coreográficos

de

uma

persuasão êxt..ase

glor-ificação. met.a

A

exaltar

carnavalesca

de

e

moderna

Quinault,

espect.ador:

olhar,

Rei

e

plásticos-visuais

diferença

o

maravilhament.o

Lully

do

do

momento fugaz de diversão e ímpeto

de

o

porém

é

que

que as

a

própria

unificação

perfazem

jogo

lúdico

deve

o

legi t.imação

a

concepção

de

dos

mesmo formas

das

de

numa

Versailles

deslumbre festa

da

da diversão como um bem em si

cost.ura

um

fechar-se

divex-sões

Sol<Burke/1994:29), é

a

da

como

mesmo. Este

apresent.ação

dirigida

por João Trint.a. Vejamos ele

o

exemplo do

sintético

é

mitológico

obra

da

Criação

A

desfile do

do

planejado

par-a a

carnavalesco.

Mundo

Segundo

Beija-Flor

Pa:rt.indo

a

de

Tradição

em 1978

um

t.ema

Nagô

'

o

car-navalesco opt.a pelo trat.ament.o da narx-ativa pelo aspect.o fant..ást.ico e não

.üt.úrgico.

direção.

Tal

int.roduzida do

marfim,

Técnicas foi

no

o

e

caso

carnaval

encontrado

materiais da

variados

solução

em

1971).

O

na

cena

t.:ribal

189

das

mate:rial

foram bóias

de

serviu

africana.

mobilizados

como

nessa

isopor(por

ele

rep:resent.acão

Adapt.ado

como

alt.os


o

chapéus,

cost.as

às

presos

r-esplendor-es

foi

result.ado

component.es,

dos

conjunt.o

um

indurnent.ário

unificado pelas combinacões ent.re o fundo branco e e

aos

sornados

alt.os

vert-icalizado,

as variacões em prat.a

dourado. mesma preocupação de preencher espaços com element.os plásticos

A

capazes modelar

pr-esença

a

er-ot.icidade.

os

Desse

set.ores e

biquínis

ondulação ráfia,

meias

alas{ preso

component.es)

figlll'inos,

introduzindo

met.alóide,

de

Ou

valorizadas

em

obt.er

um

ou

Ou

o

uso

as

e

volume

ainda

pela

a

braceletes

volumosas às

e

alas

presença

or-ient.ação

de

dada

mangas

ao

fit.as

de

às dos

elisabet.anas

nos

medievais

facult.ando capas

de

de

«Olas

alt.as

das

efeit.o

perneiras

e

e

sumários

moviment.o

de

de

alegóricos

vest.idas

efeit.o

a

padrão

um

carros

Par-a

for-t.e

um

manguit.os

maior

t.ons.

carnavalesco

joao:zinho Trint.a lançou mão

plumas

eret.as

com

negr-as

o

segundo

imensos

desnudos .

seios

leva

Desfile,

ocupou os

facult.ou

alegorias.

no

mulheres

alt.o,

penachos,

e

mat.izes

os

caiment.o

decoradas móveis

feminino

com

do

espect.ador-,

do

em 1978,

simulando

bom

aos

corpo

modo,

vist.o

ser

cujo

do

passist.as

de

a

olhos

os

fascinar

de

ao

feit.as

t.rajet.o

em

t.ecido

desfilant.e

para

movimentar- os braços, :facilit.ado pelas roupas acent.uadament.e cavadas.u. João mat.erias

Trint.a

alia

suficient.ement.e

o

aspect.o

leves

e

fisionômico

capazes

de

do

:figurino

produzir

à

escolha

brilho.

Os

de

papéis

pois Q respeilo, queslão gerou cá. lidas Perei.ra/:1982: e Rodriguw~:~/:11)84). Lnclusive acadêmicas;otver No pol.êmicas. Q inspiraÇão Tri.nt.a atribui umQ .Joã.o:zinho hipotéll.co. depoimento, seu adoção do em seus tro.balhos. Q Alega que africana" o "cuLtura "ú

""vale

abrir

um

po.rQ.nlese

a

esse

é sendo umQ festa. culpa provocado pelo. corpo uma poti.lica do d~scule r-e~ vindicam femint.slas movimentos costumes mor-~~s mudanÇa "os fúaico adeptos, QO ganha cullo o É da mesma modismo. ~mpulsi.ona carnaval,

rt!tcalque

um crista. Q

momento Porêm objeto

como emancipaÇão

do

ll.berto.çao. nesse momento eslêtico e de

do

corpo

dQ

inclusive do a soc:Ledade prazer. mulher

Os

e

Q

Q para luz do cotidiano. motivando pré.ticOJõl Q como do t.op less aparLÇão époc<1 <1 na aborlura do programo. dos Homens, da Rede Olobo. da Planeta a.tri2 humor-U.li.co Vil ma Di.aa também eo.i.a daumg, .. umó.rio bi.qulni., ba.nan<1, ••gura por um mCJ.caco, veat.idG a-m umQ coreogralio. er6li.c<1. E princip<1lmenle, as em o corpo contorcEmdo como o signo cri.st~li:zada.s;o do. .saoneuo.li.da.de "fomini.na" do. mulatcw s-ão turisla.a, espeléculos em c~~ br0$ileira.", de shov. "mul.her "os

ver-se, i.mportanle reforÇo. Retirei

portanto, base e

esses

quo

de

dados

Q

La.nce comuni.cati. v o do que, por aceilabili.da.de,

o

do

corpus

FerreiraC.tPIIZ:tOs>-2!5).

190

o.nali.sa.do

car-na.vo.lesco encontra certo, contribuiu "o

por

Maria.

Lucia


laminados,

alumínio

diver-sas

modalidades

são manipulados código

ident.ifi c:ado

homologia. Oitocentos

uma

qual o

a

época. Globo

todo

Estação Pr-imeira de Mangueir-a,

out.ros,

sobre

um

as

cores

da

com

encontra

plást.icos

um

lançou

feito

ent.r-e

significativo

É

acet.at.o,

ordenada

não

materiais

dos

Rede

visual e

de

placas

incolores,

enr-edo

do

da

cenário

as

pro"ramação

predomínio

1976,

vidro,

celulóides

t.emát.ica

televisual

em

no

-

a

a

Este

Pois

de

plásticos,

de

com

cena

na

paralelo

fibras

obedecendo

Escola<Idem:209).

a

polido?

registrar

Oito

programa

em acrílico

er-a

o

ou

dest.aque.

Miguel,

e

alegor-ias

de

TV

Arlindo

emprego

do

mesmo

cenógrafo pelo

cujas

E

que contava com um gr-upo de arquitetos

af':r-ent.e da sua Comissão de Carnaval, ao lado da Mocidade Independente Padre

a

fant.asias

Rodrigues,

foram

material

foram

no

destaque

presente

em

desenhadas Desfile

muit.as

pelo

de

outras

de

1976

Escolas

naquele ano e nos seqUentes. A os

leveza

seus

que

o

torna

capaz

m.aio:r-

do de

consumo, No

nas

caso

sem

o

materiais

além de

revela-se

e

na

transformar-se em

e

cor-es.

assim

a

insubstancialidade.

o

sua

t.ant.as

coisas

regras fundamentais à

justificam

flexibilidade

da

luz

plást.icos

Ainda

familiares

maior

e

sem

produção de objet.os em

para largas parcelas de consumidor-es no tempo efêmero sociedades

específico qual

que

vibração

plástico

cont.at.o visceral com nada larga escala e

empregos,

oferecem

simbólica

desses

transparências

diversos

resistência, eficácia

e

urbanas

Desfile~

do

estaria

a

indust.rializadas<Baudr-illard/1973:60-1).

evanescência

inviabilizada

do

a

do

plástico

proliferação

de

era

o

temas

suporte

oníricos

e

mit.ológicos, ent.ão em voga. é

Mas

espet.áculo. prodll%ir riqueza,

dos fato

ilusionista e

dos

t.endo

e

nas:

o

quais

no

possibilit-ar de

emprego

a

da

Maranhão

Assombr-ação, do

pont.o

de

vist.a

191

do

condicionada

à

potencialidade

de

est.eja

de

present.e

das

Escolas

ao

lado

com o

de

do

imaginação

do

a

O

r-ecurso por

Rsi

ent.ão

A

deve-se cênico

mot.ores um

à

aliado

na

França

na

francesa

no

ds

invasão

de

cenár-ios.

Samba

espelhos

enredo

narrar

sugestão

em

de

aliment.ados

placas

propõe

a

mater-ializadas

art.if'icial,

Trint.a da

planejamento

objet.ivo,

int.ensi v o

João

o

Carnaval

tal

luz

determina

serem

obt.enção do efeito esperado. Em 1974,

Ilha

que

estará

fulgor,

oníricas

canhões no

escolha

imagens,

t.emas de

contada

sua

monumentalidade

ao

diesel

intriga

Também a

diversas

int.rodução assim

a

pequeno

Luis

XIV,


privilegiando

os

devaneios

t.ropicais

se

confundiram,

indígenas

do

novo

do

menino.

do

mesmo

mundo.

Ao

brasileiras sobre o

fantástico

pelo

branco

uso

dos

planejado e

tons

de 1974

como

a

gent.e

disso,

pela

primeira

foram apresentadas. prat.a

est.e

fixando

espelhados

modo

a

fim

de

e

como

''ret.rat.o

e

o

vez,

e

as

os

lendas

carnavalesco

efeito

roupas

cant.ado

palmeiras

cort.e

da

Primou o

at..ing-ir

estritamente most.rado nas alegorias

samba- enredo~

ot.inrlzar- o

e

lado

Candelabros

e

"surreal"

na

letra

desfile'',

do

format.o musical-dramát.ico do gênero. Vejamos a

do

por

letra do samba

42 :

cantaram om v ao c poeta e o sábio/No. font& ribeirão do a.smombraÇão/Contam o rei. e que crianÇa, viu a corte FranÇa do matQ.Sõl o Wa.ranh.S.o/.Das r .. salão no espelho&, d• do cand&lo.bro5> i.ndi.a corte polmerai.s/Da g~mt& o reol/F.e.z deouro eprato o mundo do mimado ideal/Na i.magt.naCão rei o. rainha oro deuao do um r.eLno ( . . . >Não tendas

praia do.~> Lençois areia e assombraCÕ.o/0 touro negro Dom s &ba.sl ião/É mei.o.-noi.t& :rnhã Janso. vem, desc& do Al&m na fogo Vl.VO, do co.rruo.g&m/Do luz nobrezo./.Dos azulejos sa&m beleza e o maravilha.!, o serpente escrava, que de prato querodeia o Ilha( . . . >(Zédi). ençanta.do/Na coroado

&

Desse Minas

do

puxadas

Rei

de

Salgueiro a

modo,

Salomllo

pirâmides

cavalos,

e

tantas

Hollywood, Viat:em

ao

partir

••

de

Pais

uma

Joãozinho

na

Amazônia.

e

esfinge

por

da.s

De

a

o

~ainha

Ou

dos

épicos

convidar

às

desfile

do

t.ropicais, de

povos: do S.aaroa

estilo

viag-em

a

Sabá e

do

da

e

Áf~ica

cinema

plat.éia

o

a

de

uma

no car-naval de 1980, já na Beija-Flor, a

Maravilhas,

de

encharcar

florest.as

surgiu

Mille •g.

uma

inventa

assim

verdes),

melho~

no

B.

Ceci!

conússão

Pôde

árabes(onde

cenas,

Trinta

egípicias,

negros de olhos

out.~as

dirigido

1975,

tendas

séquito de meninos negra

em

frent.e

formada

por

Soldadinho.s

de

Chumbo

do

João Tri.nta. ilustrativo a.cr&.lilcenta.r quo a. r&port.o.gem do o respeito do de&fit~ do Salgueiro de .lP74, reconheee } prim•ira. vez, umo •scolo. combinou d& mo.n•iro. prect.aa a com aa a.l&gori.a.e do aamba. fo..ntaet.o.s·•. Noa a.noa a•gui.ntee, va.L ... ndo amploa poderes ga.ranti.dos pela doo po&icã.o de earnavaleaco voncodor, .João funci.ono.lida.dGda al. ...go.ndo a. Trinta., música. à. lota.lida.à& do .Desfile, vai Depo~mento

Jornal que l.etl"O.

do

..,...

BrCL&il. pe-lo

o.pli.car

a

técnica

d<õ>

o com ao argumento do enredo e

do.a

••A

E&:eolaa.

elucidativo.

sa.mbas:

fundir propóiii.to

concorrente= no. disputa interno. montar lõlonoraa, o 6.udi.o, ao planeja.mvnto vi.sual dos desfiles.

• compara.Çoo

anuo.t

do

em

tomdo

M'edagliacvejo./20-02-i.:PSO>.

192

• o.cuGa.Çao

do

maestro

Júli.o


abrindo um cort.ejo digno dos musicais de t.odo

abre-aJas,

t.om

em

prat.a

e

Walt. Disney. Nele

espelhos,

port.ava

um alt.o carro carrossel

um

onde

crianças, sobre cavalos alados, est.avam encimadas por fadas madrinhas em Fazia-se

t.opless.

falant.es,

Dona

seguir

de e

Baratinha

est.ava mergulhado

Dom

coloridas os

enormes

imensos

os

Ratão;

e

escult.lU'as e

Cozinheiro

personagens

das

Mil

de

animais

caldeirão, e

Uma

onde

Noites;

a

Carrua,gem Abóbora com Cinderela. Vieram Branca de Neve e os Sete Anões. O

carro do Jotffo de Xadrez. Bruxas e

sorriso gigantesco

um

de

palhaco

por aí foi o

colorido,

delírio at.é surgir o

representando

o

Sol

da

Meia

Noite, o próprio carnaval.

No ano seguint.e<1981) é

ser elevado a homenagem chafaris

o

mesmo carnaval assumido como

t.ema ao

condição de Oitava Maravilha do Mundo. Ant.ecederam-lhe na

alegorias

chorando

ilust..rando

jat.os

o

Jardim

as

água),

de

Suspensos

Muralhas

da

da

Babilônia(com

o

China,

Colosso

de

Rhodes, o Templo de Diana, a Estátua de Zeus, mais uma vez as Pirâmes do

o Farol

Ecito,

Escola).

da

de

ai

Stn'giu,

Maravilha",

''Oitava

pompons

desnudos

de

brasileiro,

vivo

e

t.ropical.

a da

e

mulat.as,

como,

Enfim,

passagem

brilhosos

flores t.elúrica

a

frase

na

multicor<. .. )",

concepção

a

''visual",

fazia

materializava,

corpos

monument.o

sensualidade

à

alusivos

de

Carnaval

o

"um

samba-enredo,

repleto

pelos

ilust.radas

girat.órias

giratórios iluminando a

Alexandria(com spot.s

prenhe

Escola fest.a

do

signos Samba

de

monumental

e

exuberant.e de suc;estões de prazer aos sent..idos. Os t.rê-s t..emas acima resumidos suscitaram polêmica, em função de chocar a os

exigência da temática nacional.

apresentaram sagraram-se

1981,

pois

Arlindo

a

vitoriosa,

Rodric;ues,

Lamart.ine

sensualidade const.ruir

Est.ava

agora

das

com

formas.

mat..erialidades

sujeitas

ao

gosto

Primeira

de

Mangueira,

t.radic5es do samba, Escola

de

Belas

a

das

(ou

Imperatriz

homenageou

Babo).

ident.ificava-se

campeãs

A

vice-campeã

que

e

exót.ico

p~odução

plásticas audiências. celebrada

o a

das

como

mesmo

Liana

193

Silveira

de

frente ano

de

reservat.ório

para

do

a

colorido

1980,

a

disputar

por

brasilidade e

da

assim

em

estas

das

em

carnavalesco

empenha-se

cont.rat.a também um car-navalesco

Artes,

prepar-ada

imagem

Escolas

verossimeis

Beija-Flor

composit.or

carnavalidade

à

No

a

Leopoldinense,

simplesmente

patent.e o

Ainda assim ambas as Escola que

condições a

Est.acão

mais

"puras"

professora da o

t.ítulo.

E


enredo Coisas

escolhendo o folclórico,

est.ilizando

brasileira.

Mas

acervos

os

incit.ou

Nossas,

lament.os

à

leva

cult.ura

da

ao

Marquês

de

da

e

secundarizar

o

Sapucaí

um

paisa~;em

show

t.ropical

t.radicional

verde

e

•• .

rosa em favor do branco e do prat.a "modernização"

A

preciso

adequar-se

carnavalesco, o serem

a

do

totalidade

de

t.em

do

com

de

Ao

do

imae1:ens

as

e

Escolas

seu

encont.r-a

t.empo,

sobrevalorizando e

vivas

ent.re

o

o

esquema

como

na

det.alhes

instituições

as

mensagens a

do

suporte

par-t.es

ambas

produzir

identificáveis

simbiose

A

e

do

polêmica

fundament.o;

as

era

neo-barroca

"preferem est.ar

Pint.o).

constr-ange

empenho

:facilment.e

projet.ar

t.elevisiva

mesmo

audiência,

a

significava

aflrmação

na

est.ét.ica

que

pois

est.ét.ica

Fernando

nessa

modelo

show.

agora

ident.ificacão "cheio"

dizer

luxo"

consa~rava-se,

isto

e

que,

vist.a

transmissão

exuberância funcional

compartilham

t.empos"

"povo e1:ost.a de

e1:eral

e

detalhe

da

em

Televisão

Trint.a

cenográficas

aut.ênt.icas"{no

e

joãozinho

"novos

t.endo

superespet.áculo,

Desfile

aos

ambient.acões

execut.ar-

a

de

rápida

de

percepção

pelo

comprometidas

olhar

com

que

o

padrão do show classifica de "belo". A line1:uagem audiovisual cantado

equivaler

deve

carnavalesco em razão 0

homem pobre.

mant.er viva a

funcionalidade técnica

a

Rest.a ao

especialista,

conclui, a

or~ânica

t.raduz

conhecimentos fomenta

da

manifesta

é

a

mais ext.ensos e

lugar,

Em

de

d.ist.ribuida de

cidade,

sociedade no

que

isso,

vejo

ou

uma do

primazia

a

deslocou

missão

quase

o

hier•arqu.ias

transfigurada

entant.o~

de

se

complementares,

assimét.r-ica com

Por

mostrado

para longe míst.ica de

Esta missão, diria, não exp&e uma ordem

d.iferencas

maneira

composição

a

seja

justifica

cresciment.o

mas

quant.o

planejado.

do

Durkheim.

de

tudo

Trinta

João

t.radicão da fest.a.

transcendente, sent.ido

significado

quando

desalinhada

verdade

ao

prescreve:

como

aument.o

a

da

baseadas

t.ratar

a

em

de

no uma

especialização

produção divisão

razão~

em

do

monopólios

social

de

trabalho

e

simbólicos

int.rfnsecos à "esfera da cultura. Dentro desta os peritos

feverei.ro revi.sto. de .Isto de 20 É. UMQ repor-to.gem edi.cao de aLarme. O tttul.o quatro pó.gi.nas ao epi.sódi.o, em tom da matéria e c.;~;to.cl. ismg,:"Ca.rno. va.l. ca.rioco;; i.ntroducao tro.duzi.o. o cl.imo. d• cor os t&mpoa novo: até o. Mo.nguei.ro. vo.>.. muda.r de Q pro. ta, transf ormo.r-se em branco e como &xige o roso. o. v&rde e hol.l.yvoodino.no do. Avenida.",

194

dedicou a sua mundo leva.ra.m brilho


emergem

como

especialistas

diz,

como

invest.tr,

culturais.

transformação

na

holista": exat.ament.e por contar com a nos

bast.ido:res

do

Te.a.t.ro

paulatinamente

feitos

Municipal

do

Des:f'Ue

em

João

Trint.a

"espet.áculo

um

bagagem adquirida na longa

do

Rio,

simbólico,

capital

a

possibilita-se

onde

no

acumulou

estada

conheciment.os

interior

engrenagens

espet.aculares do carnaval. Desde Cabe

essa

"imaginar"(a

ele

a

a

base,

informações

rest.ritas

mundo

f o :r mas

das

a

parti!'

plenas

campasso

ant.igilldade, cult.ura do da

glamour,

comunicação

o

vist.os

nos

at.uam

do

na

instituições

nas

cinema,

necessário

e

da

do

de

opinião

classificação

ent.ret.eniment.o

à

A

e

concretizar

público

ainda

estabilidade

na

possível

elaborados ''belo''~

maior-

e

vai

exigi!'

casas

maior

na

de

à

at.uam

moderna,

''con:f'ort.ável",

vimos..

Desfile

no

inst.alado

em

rot.inizaçã.o

do

complexif1cação

da

construção

result.a dos desdob!'ament.os da espet.acularização.

da

similar(o

ainda,

civilização

uma

da

show,

Desfile

do

bem-signo

demanda!'

e

de

do

e

de

da

ja que operam

"excit.ant.e''

a

est.ét.ica

mais

o

valorização

uma capitalização monetária de

representada

195

pela

classificat.ório,

isto

da

confecção Mas

do

retóricos

na

de

valor

um

profissionais

codificação

vida da plat.éia,

ávido

como

mestres

cassinos,

à

crucial.

acervo

um

atuantes

público-alvo.

do

Mas

os

modernas

aceit-abilidade

divisão do t.rabalho no Carnaval e proporções.

o

(esquema

mentais).

carnavalesco

do

esses

teatros,

ident.idades

imprescindíveis

suas represent.ações processo

olhos

int.elect.uais

de

modelos

como

mercado

figuras

est.ilos

ver-dade

quais

as

"gost.os" e o

a

sociedade)

carnavalesco; como

necessár-io

"visual"),

os

do

técnico

ent.re

calcados

os

corpo

aproximação a

são

tem

que

da

torna-se

noção de "sofisticação" fixa-se

social(t.e-levisão,

acordo com os

acesso

encham

que

Ambientados

constitue-m

carnavalesco

sofist.as(Neiva/1991:169-213),

os

aparência.

etc),

ascensão

da

do

do

segmentos

amplos

entret.eniment.o. Por isso a no

função

do

e;randes

Sambódromo


5. AS MÁGICAS LUZES DO SAMBÓDROMO

vor

C.U&l"O

..,.

faze-r

todo

festa

Escrever

mou

luo.r-.

Vou

do

sa.mbQ.J'.

uni. verso

o.st.roe

os

fulgor. a.le-gri.a.

m1.nho.

céu

no

estrela. bri.lhar. nome no tuz

A

••

o Brilha o carnaval,

i.rra.di.a.m própria vi. da enfei.lou. Est.ó. espa.Co

unl.verso.

meus

si.d&ro.l. hoje

<Gibi e Tiãozinho) carna.val O Ri.o abre a.e portas pro fott.a. É t.•mpo de eg.mba.r É

Mostrar ao mundo a

noeea. a.l•gri.a.

<Noca., Colombo e

196

do om

aerson>


o

present.e

const.rução de responde,

capi t.ulo

espaço fixo

um

conlerindo-lhe

vislumbrada desígnios

do

ou

Est.ado

subrnet.ida. O

ponto de

inst.ituicões

as

intrínsecas

à

aut.onornia

das

das

modalidade

de

partida é

a

o

espetáculo

vai

realização

a

subordinar-

à

regra

esfera

do

mundial

semiot.izant.e e

relacionament-os entretenimento.

dos

comercializar

de

ênfase no apuro

A

práticas

das

pragmática

de

ajustar de

invest.e

fest.a no seu

t.raz o

ampliados,

Sambódromo

O

seja

dessas

f ormalizacão

sociais

t.endência

emancipação

conjunto. A aut.onomia da Fest.a-Espet.áculo carnavalesca com

Carnaval

est.eve

racionalidade<no sent.ido de concatenar as partes ao t.odo) à

comprometiment.o

a

quais

as

devenir

o

A

à

Samba,

dependência

of"ert.a.

e

demanda

permanentemente

que

Desfile de Carnaval.

cultural

bem

do

de

medida de

int.ensos~

client.elismo

na

que

Desfile

Escolas

intuição de

diret.ament.e

seu produt.o -

do

qualidade

da

mais

grau

e

em

~ênero

ao

da

colocam

sempre melhor o

compreender

dest.inado

e

ri t.mo

conquista

na

ob jet.i v a

cujo

seu maior fulcro

a

primado

o

celebra

é

iconoblasta da espet.acularizacão.

A PRIVATIZAÇÃO DO POPULAR Durante vivenciadas Samba, de

na

o

capít.ulo

materialidade

calcadas no

espaço

e

assist.ência<altas

ent.ant.o~

a

de

do

processo

obrigando-a

organizar--se,

dés:se

de

do

o

supor-t.ê

a

apresentação

do

dando-lhe

cont.ratar

cot.idianarnent.e, e

e

do

em

de

ao

de

locais

cadeiras

montag-em e

de

format.o

da

meg-ashow.

No

por-

parte

Escola

da

mão-de-obra especializada,

ter-mos

gerencial

novos

camarot.es,

de

Escolas

exigir, concomitant.ement.e,

carnaval

formal'

das

pelos

t.rat.arnent.o

passou a

t.ransformacões

Desfile

inst.it.uído

ajust.e ocor-rido na

pr-odut.i vo

às

relevo

arquibancadas,

event.o,

administra1:.ivo

dado visual

e

todo est.e redimensionament-o

expansão

Samba,

audiovisual

foi

plást.ica

longas

pist.a). Pr-ecipit.ando t.ambérn t.ransmissão

ant.erior

um

corpo

vert.iginos:o

bur-ocrát.ico

de

além que

des:envolviment.o

experiment-ado. Profissionais nas

diret.or-i.as

Riot.UI'

e

das

Associação

liberais ent.idades das

dedicados ou

Escolas

nos de

a

t.arefas

orgãos

Samba.

Os

mais

afins gerais

nomes

de

for-am de

alocados

comando

Amauri

J6rio

e

Hiran Araújo são cel't.ament.e os mais ilust.rat.ivos. Advogados, escrevem em

197


1969

o

primeiro

ant.iguária

preservação

da

funcional

Carnaval,

pesquisadores, contratados

depois

nela

cenógrafos

para

cult.ura

e

est.á

a

Hiran

Beija-Flor t'rust.ou centrou na figura

considerando o curso

no

monet.ário

exibida

desenvolviment.o

escult.ores

e

visualidade

da

carioca.

Para

po"

por

cort.ejo.

O

pont.o

de

poderes de

tomo

de

de

eram

apresentação.

Trinta

produção,

decisão

das

a

quest.ão

3

A

é

o

da

a

que

empreit.as,

suas

no processo em do

financiament.o

ent.recruzando-o

análise

com

possível

É

.

pelo qual passa as engrenagens de elaboração da

grande

grupo

wn

aderecist.as

João

esquema

condut.or,

fio

como

a

cont.radicão

isso,

da

2

deste

aparente

e

na

racionalização

de

enredo

obt.ido

carnavalesco amplos

desfiles

dos

no

do

sucesso

folclorist.a

lugar que ocupam no interior das Escolas e

Carnaval

realinhamentos

o

malog-ro

t.al

relat.ivizar

o

Araújo,

o

cultural

paradoxalment-e

paradigma

no

desfiles .

Leopoldinense,

depart.ament.o Mas

1

seus

princípio

escolhido

executar

e

Imperat.riz

popular.

especialização t.écnica fW".tdament.ava o modelo Para

a

do

figurinistas,

e

Escolas

primeiro

o

cont.ida:

conceber

pa%>a

imbuídos

implant-ada

idéia

import.ância do

sessent.a,

da

às

int.eirament.e

agremiações,

dessas

hist.ória

pouco

frmdar

a

ajudando

dedicado anos

mesmos

nos

Ent.ram,

livro

com

os

aparência

administ.ração

e

geração dos recursos.. em uma produção cult.ural organizada pela lógica de exposicão no mercado do ent.ret.eniment.o.

Mencionei Desfile

veio

ant.es

que

conjunt.ament.e

a com

comercializacão a

dos

imperiosidade

da

ensaios

e

Escola

de

do

próprio

Samba

em

•o

em Des fileu.~}foi. Samba o pri.me-i.ra. t.e-nta.t i v a. Escola de do ti.vro seja 00 t.eôri.ca, percurso sist.emat.i.ci.dade hi.st.ôri.co dessas confttri.r formais estruturantes aspectos do aos Dfl'sfile Escolas entidades, seja. enci.cl.opédi.co serviu do Com cri.téri.os texto om b=o os Samba.. o do concurso ela.boraCêío prôprLo tra.ba.l.hos do do julgamento do na.turo:za. jorna.l.i.stLca.. Sendo e-x.,.mplar, portanto, do ou do a..ca.démi.coe deste grupo de inleleclua.i.e no qual Lnserem-se raciono. Li.za.nte os papel

nesto obra., inspirada nas formula.Çõee d• Edgar Morin, ainda. É o.utoree. ve:z se inclui '-a. Escola. de Samba no universo da. "cultura primeire> pela. quo ta.mb&m responsó.vel pela. a.bra.ngonte Hira.n Aro.újo ma. is massa.". do ca.rna.va.l carioca. ao H e mór ia Carnaval, totalmente dedicada. do publicaÇão É disso o pela. Ri.otur. coorde-nador curso do om editada. :Inde-pe-ndente das EscoLas de visa.ndo prepra.rar promovido pela. Liga grando concurso, r&a.Li:za.do nos dois meses anteriores oe jura.doe para o Deefi.l.•· 2

na.doa obtidos no depoi.me>"\olo de Hiran Ara.újo .

Idem

198


apresent.ar

espet.áculos

público

novo

A

carioca.

monument.ais,

part.icipa(assist.indo

que

escalada

g-ast.os

dos

alinhados

com

esse

montagem

dos

des:files

demanda

de

super-ar-

objet.ivo,

possibilita a

implicar

int.er:ferência

entrelacament.o de

à

das

S\.U'gidas

sobre

lhe

a

elementos~

agentes

Houve

na

t.ambém

a

cot.idiano

no

formadoras,

out.ra.

o

Carnaval

de

novos

carnavalescos.

partes

uma

de

agradar

do

int.roducão

insercão

os

de

des:filando)

ou

dificuldades,

de-

est.raté~ia

da

necessál'ia

not.adament.e

a~remições,

na

dent.ro

com

sem

Impõe-se

isso

fi~ura

a

do

administrador. As modificacões no

conjunto da sociedade

após

a

década

de

1930,

com a presença mais cont.undent.e do Est.ado, alt.eram as re!acões entre os ~rupos,

a

no que acelera o

racionalidade

processo :formador de

e

t.écnico-cientffica

cria

a~entes

conexões

desdobrament.es sensíveis sobre as represantações e Isto

interfere

públicas desde

par-a

1943,

sobremaneira o

set.ol"

por

sit.uação

habit.acional,

exemplo,

f'avelas~

às

na

dirigiu

aqui

enfocada.

Além

at.uarem

de

pelo

politicas

poder

execut.ívo

e

arquit.et.os

sociabilidades

desses

organizacão

na

com

As

sanltarist.as

int.roduzidos

locais(Valla/1989).

sociedade

na

experiências urbanas.

implement.adas

urbanist.as,

compromet.idos com

primeiros

dos

moviment.os sociais dessas áreas(como as associações de moradores), esses a~entes

influíram bastante no est.abelecimento de

julgamento cultural,

imagem

da

em

meio

a

das

uma

populações

novos

subalt.ernas

valorização

da

crit.ér-ios

e

sua

da

ment.alidade

para

o

produção

nacional-popular,

junto aos segment.os médios urbanos dos quais faziam parte. lugar

O

de

int.ermediáríos

culturais

expressões

quar-ent.a~

Freyre<1945:432>.

Gilberto

manif'est.ações

lúdicas

do

"mulata''

fisionomia "dioiÚsiaco"

para

a

da

"estilo

do

homem

do

cult.ura

vo!at.ibilidade

no Carnaval carioca a

de Samba est.eio "popu.l.al'

povo

do

da

dança

que

qual

o

brasileiro".

desencant.adora

da

vida

pilares

t.er-ia

e

da

no

como

pa:ra

uma

sínt.ese

valorização

de

música.

com

as da

impulso

um

Forma-se

samba seu mais

uma

acabado

sua explosão, not.adament.e com as Escolas

prova ent.ão not.ór-ía de que "não fomos

sobr-e

encont.ra

nacional

estabelece

brasileira,

>

imagem da in:fo:rmalidade brasileir-a, exemplo e

brasileiro'',

identificação

A

ocupam

do samba e do fut.ebol, desde os

em wn conjW'lto de formulações que fazia anos

que

poder-se-á empr-eenderConcerni tant.e colet.iva

ao

urbana, 199

uma

catequizados .. .''. Eis o comer-cializacão

processo

de

do

laicização

manifest.ações


a

passam

populares

espont.aneidade;

ser

são

elos

os

como

abSOl"'Vidas exót.icos

l"'esel"'vat.ório

possíveis

uma

de

at.mos.fel"'a

da

met.r-ópole, donúnada pela racionalidade dos meios. Dá

cont.a

disso,

o

sucesso

obt.ido

por

empr-eendiment.os

cult.ur-ais

prot.agonizados por nomes oriundos dos morros e

subúrbios da cidade

espaces :freqüent.ados pelos segmentos

sociedade carioca,

desde

shows

de

samba

Zica

Car-t.ola)

Zicart.ola(sendo os

shows

Ket.i,

São

sessent.a.

anos

os

no ao

dois

Teat.ro lado

dos

exemplar-es sócios

Opinião,

de

médios

Nara

do

o

casal

qual

Leão,

a

casa

de

mangueiroense

part.icipou

celebr-ada

moviment.o de int.ermediacão ent.re os dois

a

da

o

compositor

int.érpret.e planos

e

da

nacional-popular

pr-esent.e

no

CPC

O

realidade urbana, via

da

da

e

port.elense

bossa-nova".

esfer-a da cult.UI"a em consolidação, cont.ava na época com a

esquerdist.a

nos

UNE,

no

ment.alidade

moviment.o

do

Cinema Novo e desdobrament.os da própr-ia bossa-nova. Car-los Lira recorda: época,

Na.queta "curtida.··.

volta

por

de

bossa-nova

a

a indo. delg., de

mui. to

era

tendência, dentro buscg.r as havia uma jô. M= ou fi.:z uma combi.nCI.cã.o eom o keti.: ou raizes. Dal populares orisr•ns apresentava aos morro, à.s escoto.s de samba me ts.vava ao &te me em contraparti.da.. o levava chamados "compositores autênticos e, eu turma da zona sul e o o.presentava<e

bossa-ne>vaCAbril

Cultura/H>?8: Ía$Ciculo 42).

celebridade

A

das

vozes

desses

parcelas da população da Zona Sul carioca, a para as manif'est.acões populares e a

de

áura

"prímit.ivos".

Part.ícipam

desart.e

import.ant.es

sobre

um só t.empo ch.ama. a

at.enção

t.ambém confere-lhes respeít.abilidade e

livres

:fenômenos

agent.es

da da

"art.if'icialidade

pedagogia

que

burguesa",

ínt.erna

•Nomes

Hermínio Albino Pinheiro e Bello de como os exemplo, aparecem neeee momento li.gadoe à. a.nimacã.o de das camddo.s populares em recintos freqUentados petos

o

quase

popular

no

Carvatho, por cultura.i.9 segmentos soct.a.t.s como a médios. Sueui bases tnslituci..onais a.ssenta.va.m-se em orgaos pUbli.cos trQ.nsi.to, é patente secretória. Estdd.U;al de Educacã.o e Cultura. Para este desses mesmos eegTnentoa passam o que familiaridade oom a "'cultura populo.r"". o exempto me~;i.s a cha.mo.da cor.viver eom inlervi.r a.ssi.stente de Hebert Narcuse, Nuno que chegou a filósofo. do i.nu§itado

do

na. zona Crio.do Vel.oao. parceiro poateriorm•nl• Penso qu• Fitho/S989:98}. ima.ginó.rio pru'•des port• do. sent.•nla,

sut, torna.-~;õe freqüentddor do musical de CartolaCDa BU.spenso entender fica em

o

Blocoa de Sujo.

200

como

uma.

sUva.

Mangueira e oti.vei.ra esse determinado da

=mo informa.lidade

avessa. Eventos ersrui.da.s roti.no.e diáriaa. raciona.i.s-inslrumenla.is n= d• l:pa.nema., por exemplo, no i.ntcio dos funda.Çã.o da Banda. expecta.ti voe em recriar o unt.verso guardam popular v a'

populCU'

Morre;.

..

do anos

dos


imaginário

novos

de

segmentos

sociedade.

da

movimentos são realizados desde 1964 onde

figllr'as

destacaram-se Sar-gent.o,

Nelson

música

alt.ernat.iva

cultural(no

"raiz"),

ent.ant.o

no

a

Anescar-zinho

a

Principalmente,

como

sent.ido

de

da

Paulinho Salgueiro,

''morros

e

de

não

transfor-ma-se

sér-ie

de

shows

Rosa de Ouro, Henestrel e

do

dos

Uma

algo

Viola,

Elton

Clement.ina

subúrbios"

simult.aneamente

outros,

Medeiros, Jesus.

de

converte-se

cont.aminado~

em

"puro''

bem

e

de

e

em de

diversão,

compart.iment.ado no mercado do ent.ret.eniment.o. Por

lado,

no

capí t.u.lo

vist.o

país Rio,

dispõe

em

volumes

na

produção e

e

outro

a

implantação

complexo

consor-ciado

III

cidade novos

do

agr-upamentos cuja

super-dimensionados,

à

mobilidade

ação

dessas programações será o nas quadras

das

Escolas

moviment.o

profissionais

ident.i:ficação

consumo cult.urais ofert.a bases à

proporciona

ao

urbano-industr-ial

dos

e

t.ur-íst.ico

t.ambém

com

as

no no

sociais

ár-eas

de

mex-cant.ilização dos símbolos

intermediários

culturais.

O

público

mesmo que cada vez mais irá buscar diversão

de Samba,

ou nos

ensaios

que

est.as

começam a

realizar nos bairros nobres da cidade(Araujo/1978:68). Os episódios acima evidenciam o um capit.al simbólico

t.rânsit.o de grupos det.ent.ores de

conformado às

que,

necessidades

do

Carnaval carioca

naquele inst.ant.e, será primordial ao reordenament.o de t.odo o

evento das

Escolas de Samba. O mesmo deslocament.o obse:rvado na dimensão est.ét.ica do Desfile, revela-se também no comando das ações int.e:rnas das Escolas e sua entidade de

rep:resent.ação

ext.erna

inst.it.uições

sociedade.

movimentos

da

cidade aciona

uma

ent.idades.

é

E

Os

deso:r~anização

na

sua

precária

núcleo

de

o

quant.o

dos

lendária

le~it.imidade

lide:rança.

do

plano

ainda

funciona!-administ.ra.t.iva, a

do

junt.o

g:rupo

dos

poder

público

na

sit.uacão

dos

valor-es

do no

configuração

onde se

poderes

ao

ent.ão

sambist.as,

âmbit..o

o

é

da

dessas

est.rut.ura

quest.ionament.o

const.it.uídos, que

out.ras

Carnaval

de

dissemina

e

de

baseados

desalojado

dos

na

post.os

de comando. Os novos agent.es: apresent.am out.:r.as f6:rmul.as:, p:ropõem dispor dife.rent.ement.e

as

par-t.es

'

no int.erio:r

da f'est.a

me:rcant.ilizada,

qual as Escolas est.ão se dest.acando e procu:ram conquist.ar a

jovem nicho vimos,

da

as

e

Escola

morador de

Samba

t.ransformações

na

r-aveia

localizada

Acadêmicos mais

do

visiveis,

no

no

início

do

onde dos

da

p:rimazia.

Morro

Salgueiro,

dent.ro

se

anos

Salgueiro, det.onou, sessent.a,

quando as Escolas assumem um luc;ar- import.ante no Car-naval carioca, Laila

é

um personagem import.ant.e no

processo,

201

pois

o

vi venciou por

dent.ro e


t.em

sido

um

a"ent.e um

har-monia,

Fernandez(1979) de

proporções com

a

dest.aca uma

acont.eciment.os beneficiado dest.ino

da

t.raz,

pelo

um

a

dos

mãos,

às

da

or-dem

a

sit.uação

do

mas

como

das

suas

aprovação

t.arnbém

que

t.oma

especifico~

práticas

memória

Sua

a

negro

o

questões

das

caso

a

por

pelas

raciais

o

dilema

simb6licas

dos

r-espeit.o pa:rt.e

lament.o

t.raido

de

Flor-est.an

compet.it.iva-vert.ical

Nest.e

inclusão

t.empo,

diret.or

r-epr-oduçi3es que

ent.recruzament.o social.

fat.os,

admirado

algo

Encorpa

cult.ura.

da

de

r;:ravação

pela

a

o

com

lid.ar-

rumo

fugir-lhe

onde

mobilidade

como

além

análise

sua

saber,

A

ampliado

mercado

no

na

sociedade

problemát.ica modo

hoje,

sambas-elU"edos.

definit.ivas.

r-esult.a do

ele,

É

r-esponsáveis

dos

dos

fono~:r-Micas

condições

dele.

de

a.l€uém

de

t.er

vis:t.o

pr-ópr-ias

o

ambições

socialmente inscrit.as: houv&

se

de

projeto

o

buscando

lor

um

carna.va.l

Lntegra.C&o

a

di.mens&o. ma.ior So mi.ni.ml:za.r o lentar éramos dingentes pudéssemos integrar

soci.a.l

estô.vamos nôs existia conosco, n6s raci.al. que problema. trabalho onde n6s empregar o quertamos nao porque O carnaval cra .. ceu socleda.d•. qui:z. ( . . . }QUa.Tldo você mala o sombi.ata.

do

nlnguém ga-ni&,

capacitada. Com cresci.meTlto vi. eram gente meus entendiam. E peLo fato da peT!savam quo entendio.m e parte "esse branco veio prá. cá., etc•· com&Cou o. fora.m tomaT!do conta..

A "modernização" do

De

impreviseis. moviment.o diferent.es

racionalizant..e,

cujo

grupo

recém-chegados

médios,

manuseá-la. e

mesma

a

Ist.o

or-ganizar

a

é,

direção:

da

para

Escolas,

às

a

possuia

na propost.a

Escolas

no

de

sent.ido

foi porqu& prectsa de

pessoas ciumado. se

Tlão

que

por

afa.sto.r

nosso. "

eLes

jogada com resu.lt.ados represent.acão dando-se

falar

int-ermediários~

de

baseava-se

produção

cart.a Escolas,

Desf11e

do

poliment.o

com

uma

const.i t. ui u

modo

um

de

event.o foi

qul:z, você

de

em

pólos

modo

oriundos

segment.os

dos

melhores int.roduzir de

um

condições o

fazê-las

de

planejament.o "cr-escer",

o

que encont.r-a eco no es:piri t.o de- d.irigent.es como o do jovem Laila. Desde

aquele

inst.ant.e,

avalia-se

a

necessidade

de

invest.ir

meios mas t.ambém ocupar-se dos cust.os da empreit..a. Enfim, o t.orna a

relação

ent.re

t.écnica

e

economia

administ.rat.iva.

do bruxo, os novos at:ent.es apresent.am soluções nas quais lugar5

das

Depoi.mento de

peças,

par-a se

obt.er

melhores

La.i.la..

202

r-esult.ados.

problema se

Como

é

Porém

nos:

a

figura

alt.eradc o

o

pret.endido


não

é

simb6lica

eficácia

a

superespet.áculo

adot.ado

pelas

a

sim

e

Escolas.

eficiência

Por

isso

do

t.écnica

os

aspectos

modelo

aíet.ivos

morais são secundarizados ante a

imperiosidade da precisão. A posse

informações

t.eria

Samba. Ari

vai

diferenciar

Araújo~

embora

quem

superestime

qual o

e

lugar

t.al

aspect.o

e

de

na

Escola

de

é

preciso

ao

negativo,

descrever a t.endência em curso:

••

eontabi.li.dad& complt.ca a "científica" orn seus

Escol os;

i.ntroduzem-•e

quadros;

eLementos

de

a

burocracia passa a capazes da controta.ralemenlos o movimento i.Titerno imperar. cri.am-s& da cri.o.Çao "Alcuo das Os <:>nredoe todo da..s AlGG, Q\.rav•s pcuaea.m à mão de um Depa.rlamonlo ou do desfi. h· Cultural o Carnavo.t di.ri.gi.doa, evidentemente, pelos mais de Comi.seao uma que, a.fi.na.L, ··sabem esluda.ra.m das pelos "cu !los", admi.ni.slraÇÕ.O

coi.aa.s"Cidem:css>>.

Na "doutores" produção

continuação

à

nova

seu

dinâmica

dos materiais

prévio rigoroso

do

da

do

execução,

valor

os

alcançado

ele

implica

carioca:

o

indument.ários

e

subordinando

as

a

hegemonia

acelerado

exige

etapas

um

dos

rit.mo

da

planejamento

previstas

para

sua

ser observado. O imperativo de proporcionar

ingressos

pela

Carnaval

alegóricos

elaboração dentro do prazo a lucr-os(cobrando

raciocínio.

para

rotinizacão

os

ensaios)

decorreu

produção

da

do

justamente

carnaval

nas

Escolas.

descreve

a

especial import.ância assumida por um grupo de arquitetos no interior

da

Est.ação

Quant.o

Escola,

ao

Primeira passam

inst.it.uição, do

mesmo

amplo

presidente

cont.ext.o,

de

a

Mangueira.

componentes

prest.ando-lhe

Imperatriz

de 1970, assumir o

Júlia

De

meros

de

alas

assessoria

:freqüentadores

Amauri

Leopoldinense

ingressam

dai

e

t.écnica

Igualmente,

ginásio-sede. da

Maria

Goldewasser(1975)

do

para

no

projet.o

jório

dos

ensaios

da

na

direcão

da

de

const.rucão

t.orna-se-á,

depois,

no

limiar

comando geral da Associação das Escolas

primeiro, da

década

de Samba do

ent..ão Est.ado da Guanabara - ASESG. Nos dez anos administ.rat.iva

da

afrent.e,, da Associação Jório organizou a

entidade,

visando

dar

ações em nome da inst.it.uição no interior

unidade do

ger-encial

comércio

já esboçado na cidade. Por isso defendeu sobr-et.udo o do event.o, as

sob

dois

apresentações

Escolas, a

e

aspect.os: a o

empenho

r-einvindicação

por

em

como

revert.er,

comercialização das imagens visual e

203

de

e

est.rut.ura polít.ica

às

ent.ret.eniment.o

pot.encial econômico

um

espaço

dividendos

fixo

para

para

as

sonora produzidas para e


no Desfile. Ambas as frent.es propriedade

ent.idades

das

t:lll'ioso acompanhai' o privat.ização event.o se

realizar-

uns aos

mot.ivada

pelo

t.udo que

popular-

o

cuja

out.ros.

ímpet.o

quant.o

se

lhes

desdobra.

o

de

uma

acumulat.ivo,

Nele,

lst.o

direit.o

de

respeit.o.

É

paradoxa.lment.e, a

revela de

que,

um

per-manent.e

expropria

a

para

conjnnt.o

indi vidualizacão

t.ensão que

o

dissesse

envolviment.o

busca

Embor-a

mesma premissa:

caract.er-iza.

colet.ivament.e,

part.iculares,

int.er-esses anelados

sobre

moviment.o

fest.a

da

observavam a

os

lhes

o de

coloca

at.r-avesse,

especificidade

do

out.ro e solda a especificidade do sist.ema carnavalesco carioca. o

ano de 1972 é

emissoras o

direit.o de t.l"anmissão do Desfile. A TV Rio aceit.a os t.errnos

do cont.rat.o -

!30% do f'at.ur-ament.o com a

do evento para o ent.ant.o

insist.iu

"espetáculo

exemplar. A direcão da ASESG decidiu cobrai' das

venda da reproduçã-o audiovisual

ext.erior- seriam repassados às Escolas. A Rede Globo no em

não

público'\

reconhecer

abert.o

a

o

t.odos,

acordo,

logo

alegando

passível

ser

ser

de

aquele

coberto

um por

todas as empresas de comunicação. A ASESG pl"ocurou rebat.er, arr;ument.ando que,

ao

algo,

se

int.erseccionavam

as Escolas. A inter-ferência do pode:r- público deu ganho

Globo,

que

não

reconheceu

mudat1ç:a

o

no

ar-t.íst..icos''

Est.ado e à

na

fazeres

post.erior-rnent.e

causa

de-cisivo

"diversos

veremos,

ent.re o de

ali

contrár-io,

direit.o

relacionament.o

de

exclusidade,

passando por cima da decisão da Associação das Escolas de Samba -

afinal

est.as eram subnrissas ao gover-no estadual devido ao contrat.o de prest.ação de

serviços

assinado

em

1971<emblema

da

espécie

de

pat.ronat.o

público,

exercido de acor-do com a política g-overnament.al para área de t.urismo). A just-ificativa do então Secret.ário de Turismo, Fer-nando

é

sugestiva,

dos pelo

pelos

int.er-esses próprio

no .al'gument.o, sociedade,

do

Est.ado.

est.at.ização

em

acrescent.ou:''No

público

do

na

figura

âmbi t.o

da por

sua

popular

de

uma

da

a

ut.iliza

popular e

modo,

cont.rat.o,

compet.ência,

t.rat.ar-

público

institucional

r-evelia

à

que

fest.a

da

Dest.e

direito de vetar o

particulares,

e

event.o;

cat.egorias análogas.

exclusividade,

no país e

A

público

represent.ado

entre

qualquer

de

caráter

est.ava reser-vado o "acordo

conceit.os

do

ao

em

Bar-at.a, defesa

é

sust.ent.ada

popular

consist.em,

podei"

legítimo

executivo

da

est.adual,

pois correspondia a

um

administ.r-ação<pública).''

E

Secret.âria

a

fest.a

popular-

é cuja

cont.râria

divulgação,

no ext.erior-, ent.ende que deva ser- feita com maior liberdade e

amplit.ude''{cit.ado por Rodrigues/1984:89). Out.r-as at.it.udes do Est.ado na mesma dir-eção foram semelhant.ement.e

204


just.if"ioadas. para

os

Em

con:;ressist.as

cumprimento

integral

apresent.ar o

do

cidade.

est.avam submet.idas governament.ais.

no

pouco

econômica

das

modelo

obr-as

do

do

entidades,

Desfile

na

escolha

e

Avenida

a

ASESG.

planejarnento art.ist.ica,

de

cont.inou

espaço era

à

precariedade

o

pois

lobes

isso,

Rio

impediram Jório

o

:se

local,

de

fato

det.erminacões

da

ausência

de

fontes

de

as

alongado.

inicio

do

reivindicar o

cortejo

a

das

facultaria

permit.indo-lhes

o

infra-est.rut.ur-al

e

Novament.e

a

Carlos,

grupos

iniciativa Desfile

o

desmont.agem e

das

realização

definitivo

Antônio

e

o

a

para

mater-ialidade

empreit.eiras

das

às

vai

Escolas,

mont.agem

da

público

quando

local

o

Avenida

a

pderiam

porque

que

Por-

às

t.emporal

para

vista

permanent.e

sua

poder

medida

Samba

terceiros) não faziam frent.e

simples:

e-m

perfil

deslocado

sujeit.o

arquibancadas,

um

em

de

entidades

elas

Escolas,

as

Amaur-i

Vargas,

investimentos de

no

pelo

grande

ajuda de

rendimentos

de

dentro

frust.ada:

um

objetivo

O

estabilidade

uma

foi

President.e de

em

adotado.

que

limitando-as

tendo

metropolitano

construção

afiliadas

e

superespet.áculo

transporte

jurídico

decorria

dessas

significou

organizado

Escolas

das

cobrou

puderam fazer

recursos das Escolas(os ensaios ao

Ist.o

desígnio

um

Riot.ur

event.o

dependência

A

a

contrato.

E

a

Ast.a,

da

eoxclusivament.eo

Carnaval da

autonomia

o bem sucedido desfile

1975, após

anual

das

int.eressados

pesaram mais sobre a decisão do governo. O

Escolas ASESG Muit.o

projet.o

fracassou em

comercialização/profis:s:ionalizacão

em outra f:rent..e,

gravar

embora,

de

e

por-

dist.ribuir exemplo,

o

os

no

mesmo

período: a

samba-enredos

samba

dos

:feit.os

Acadêmicos

temporada de

rádio,

ganzê"Tape

carnavalesca graças

c:omo,

explorando a

f'aixa

de

o

.ficou

oloaé

obteve

caso da. eficientes

nos e

conhecida

passivo

da

e

bailes curt.a a

falida

e

do

música.

gravadora

das

refrão

1972, da

carnaval.

Festa

grande sucesso da

famoso

Em

propost.a da

Salgueiro

execução

na

da

o

das

a

emissoras "pega

gravadora

ASESG,

no Top

doravant.e

gravação dos disc'Os de samba-enredo~ subgêner-o musical cuja mercado

décadas<Araújo/1987:125) 6

1971,

let.ra simples

à

aliás,

.assunúu

de

Desfile

para

do

Para Um Rei Negro, do composit.or Zuzuca, t.enha sido o

do

consolida

se

ao

longo

das

duas

últ.irnas

6 .

Za.nC1s:::>s>4) essa. mo&-tra. gra. vo.dor-a. eapeci.a.ltzou-ee, repr-odt.lztndo l entes r-e fonogr-cú'tca.ment• até então vistos elementos simbõltcoa como folclór-icos mUsica serta.ne ja.. a.usêncta. uma. legislaÇão e instrumentos autorais, direitos combinados ao de cobranÇa. de a.mo.dorismo dos

..

205


Uma

verdadeira

ascendente

dos

pois

vasculhar a

que

aut.ores .

o

bicho

pr-et.endo

acordo

de

mat.erial

est.ava

do

esquema

cult.ur-ais.

A

inserção

justamente

capi t.alizados

aqui

diret.ament.e

apesar

ocorre

desenvolver-

o

das

papel

do

bicho,

no

por-

por

para o

Rio

agent.e

essa

financiar

percurso

ou

nesse

janeiro

pontuavam

desde o

t.rabalho,

o

moment.o

pelo marca

século

int.erior

é

acumulação

da

''padr-inhos ..

a

diversos

de

dest.e

catalizador

recorre:r-

de

part.e

próposit.os

desempenhado de

vimos,

os

de

Escolas

carnavalescas

banqueiros

tratamento

com

alt.ernat.iva

a

Pois

inst.it.uições os

mediadores

do

significativo

justamenl..e

e

mecenat.o.

Não

ASESG

econômica,

suf"icientement.e

eles

um

básico,

compreender simbólica

jogo

da

fundo as razões do predonúnio desse grupo nas agremiações, o

recebeu 7

pelos

do

Escolas.

das

piflas

base

sua

banqueiros

estavam

projet.os

de

implant.ado

t.écnico-empresar-ial

os

de

fra,;illdade

à

brecha,

odisséia

XIX.

as

Mesmo

Escolas

das

seu

de

Samba em décadas precedentes. A pela

difer-ença

at.uação

dos

observa muit.o ao

empenho

revelada

banqueiros.

bem como

dos

pat.ronos

no Em

período seu

enf"ocado

est.udo

sobre

é

a

direção

o

Desfile,

seguida

Cavalcant.i

os invest.iment.os nas alegorias est.ão submetidos em

recebendo em t.roca respeit.o e

demonstrar seu

poder

econômico

e

polit.ico,

prest.fgio por part.e dos muit.os segment.os

sociais emaranhados na realização do event.o. Ou seja, permeia suas ações um

principio

de

pessoalidade

elaboradores, gênero samba

valeu-lhe

Nunes,

Carvalho

gg.nhos

do

qual

decorre

a

at.it.ude

personalista

de

significa.ti vos. em um m&rcado

nesse inslg.nle que o fonográ.fico que se o.mpl~e1 andamento mais acelerado no pais. Ca.ro.tenzo.do pelo e por ser ··samba. danÇante, o chamado ··samba uma músi.cet ou de essencialmente populo.ri.da.de, le1nlo em execuÇão mui.le1 emissoras de e1h.nge embalo" de di.aeos. a.o lado do lra.ba.tho na vendo. de co.ntorCl.$ como como clo.re1 rá.dio Beth

consegue

inlerar-se

e

que elenco comporg.m o dos di.seemi.naÇã.o ehs-ga audioca..&L"seles(porláleis) contribui. que o menor.

Alcione. Muitos produziu esse a.po.relhos também

compositores de .Escola ruao da. indústria. do loco.-d~scos

segmentos crescimento em

aos

o

play, fg.ti.a

Se1mba.

disco.

À

toeCl.$-r~tas

de poder 1.375:116" das

do venda de lonc; dê cada milhõescortiz/.U>SB:.t.27-8> e abre para dO uma sobe de ampla para produções cuLturais i.nclutda.e no gênero samba. fonogrcific:a.s

do

aquisitivo

por

do

i.ndúetri.a.s exemplo, mercado

ba.nqueiros do jogo do bicho com o.&pecloe • cita.r o.lguns a.uloree, clientelismo com populaca.o o pobre; a. medi.açao marginalidade ressalta.do no or-dem legal tra.ba.lho de entre Macha.do<.t.S>PZ> revelam Chi.nelti. emeraao dos Gluei.r-o:z(.t.PP2>; bc:1nquei.ros ordem"' e Ca.va.lcanli.C.t.PS>3) num ··vg.za.i.o da deslinda malha der-eci.proci.da.d•v ei.mb6Li.ca.s maleri.ali:za.da.s no mecenato. sobre bi.bli.ogra.fi.G Samba .Escol~ observg. ZCl-lua.rC.t.SI85) A

••

a

relo.Cd.o

VCl!ôllO.

doe

em

206


doar fantasias onde

se

entre

e

joga

custear

uma

as

alegorias,

"generosidade

a

parêntese

no

campo

interessada''<1993:51)

racionalidade

t.uríst.ico-cult.ural Chlnelli

defendem

como

estruturado,

decisivo

à

Talvez,

da

dádiva

colocaria

que

pelos

promovida

assumir

em

Machado<1992).

e

O

t.ecno-econômica

banqueiros no interior do Carnaval, mot.ivados complexo

assimét.rico

hegemonia do

a

economia cont.udo,

Rio,

do

dois

os

aspectos não sejam ant.agônicos à luz do processo que os envolve. maneira

À

Samba

a

sist.ema e

part.ir

dos de

jurídico

com

administradores obrigou-lhes a

das

na

prest.igio e

Escolas,

eleitas 1

as

do

que

seu

conselho

poder

posicão

mesmo

que

paralelo, de

propósito

mesma ordenação funcional, enli.dades,

ao

set.or

evident.e

pela

o

no

um

é

Se

.

oferecido verdade

por

de

embrionário

Alocaram-se

.

manunt.encão

t.ambém

va.ri.a.ÇÕes

9

obediente

sociedade,

da

inst.it.uição

publicizacão é

funcional ,

ent.idades

diret.orias

dinamizar ainda mais a .:.

sujeito

nessas

as

de

canal

o

banqueiros entram na Escola

estrut.ura

de

poderes

pela busca de

manipulando

•Mesmo

amplos

os

sist.ematizador

desenvolvido

dominando

administrativo,

moviam-se

esboço

um

racional-legal

posteriormente

delibel."at.ivo

carnavalescos,

onde se

estrutura

adml.ni.strati.va um a.dml.nietrati.vo o outro serem grêmios oom fine carnavalesco. Por l<...tcrativos, sôci.os entida.des composta do forma.dores direçã.o assembléiCl. d= respons6.vG>l pela. eleiC:ã.o soberano do conselho poder deli bero.ti v o, geral, membros dCl. di.retoria. escolher os incumbido do E=otCl. & comandada orgão seus vices e divide-se em vâria.s o se C Ões(secret.::~.riCl., presidente pelo social, esporte, relações po.trLmôni.o, pUblic.:.s. cultura.l o tesouraria, o responliabilidade da. di.reÇão fisco.l>. É carnaval definir 09 conselho de carnaval, in.sohtui.Ção da co-mi.ssão CUJOS membros têm si.tuacao elementos competênci.a est6. sob ou a organL:za.çao do desfile da precária. do esquema. Para um detalha-menta a.qui. aumari:za.do, vor Escolas. Riotur/tl)9:1:tB:P-PO. da.

Escolo.

de

Samba

regula-se

aetores, dois recrea.livos

por

••

,

••

da cidade, no Co.rno.val a regi.slrados em cartôrio, constitutda. di.retori.a. o eapeciali:zada.CRiotur/~Ps.>i.:189} . Para

1.ncrever

estatutos socia.i.s de ensaio,

•o

depoimento

de oli.mpio Independente

corrêa, o de 'Padre

Es:cola sede

do administrativa licença. da

deve

posaui.r quadra delegacl.a

·•ao.ücho••,

por o.Lguma.a ve:zea pT-eaident& revela os episôdioa, mesmo do ma.rca.ra.m a entrada. Andra.de neeaa. escusas, qu• E&cota.. vereadores, evitando que a.gremi.a.Çã.o fosse de corrupcao de rebaixadCl. em 1~3. Seguida. eleicã.o de um "testa ferro" do o &egundo grupo do instituiCã.o o presidência. da do já. famoso contra.ventor Mocidade

Miguel, Castor do

carnavalesco Arli.ndo Rodrigues e a. renovada pora. -montagem dos desfiles. do Conselho Deliberativo da. Escola entidade -

forma.çõo de uma equipe maior e Eat.es fatos sã.o impli.ca.doe à decisã.o de promover a. ••moderni:za.Çã.o.. da

ver entrevista feita por cavalccntici"BAC/25-0?-1PP.U.

207


insel'tam~

e

a

redimensionai"'

Percebem

Cidade.

entidades

no

que

a

part.icipacão

est.ava

nas

contexto

at.ividades

de

pat.ronat.o é pelo

imperativo

ocasião

pela

produção

da

vimos,

mercado

Carnaval

destacada

a

t.urismo,

da

dessas

fonte

da

que, como empresários do set.or aumento do número de

Carnaval.

do

os

f'araônicos

bens

de

ampliado

ganha nit.ida.z na primazia da isso

e

lazer

no

Dest.a

maneira

o

exercido no compasso de uma organização da cult.ura ordenada

solidificado,

Por

mais

hospedagem, int.er-essavá-lhes o

cidade,

na

visi t.ant.es

Escolas

part.icipacão

na

legitimidade por eles pret.endida. Além do de entretenimento e

das

de

bens

simbólicos

"ajuda" m.onet.ária

delírios

dos

em

comercializáveis,

dos

carnavalesco

no

um

O

que

pais.

às Escolas.

bicheir-os

t.iveram

com.o

decisivo

á

sail"

do

papel e t.ornarem-se realidade visual. Aliás, do

o

banqueir-o

tr-abalho bicho.

do

do

carnavalesco

é

Tant.o

que

Rodr-igues

vai

patrocinada sucesso

p:rimeir-o

por

pa:ra

Cast.or de

nomes

est.eve

exemplos

Mocidade

perspectiva

mais

p:rest.igiados

aliada à

são

pr-esença

suficientes.

Independent-e

Andrade(poderoso

Leopoldinense,

Imperat.riz

na

Dois

financiadores.

desses

dos

ida

menor-es

para as Escolas ent.ão consideradas algwn

a

;faz

se

de

bancada

por

Arlindo

Padr-e

Zona Oeste),E

na

Luis

de

Miguel,

depois

faz

Drumond

de

Andrade<comandant.e das bancas na imensa :região subur-bana da Leopoldina). João Trint.a contou com a

est.r-ut.ura e

o

dinheiro dos Abr-ão David(donos do

jogo na Baixada Fluminense), posicionados no comando da Beija-Flor. Esta

aliás,

Escola,

é

o

est.ét.ico-administ.:r-at.iva{Ar-aújo/1997:126 int.Q.r-ligando

d.iapoait.ivoa

desde dos

um

cont-role

centralizado

Beija-Flor-

pessoais,

garant.iram

à

anos<1976 a

1993). Na est.eoria de-

adm1nist.rat.1vo andar

de

um

da

Escola

prédio

especializados,

os

t.it.ulos

é

baianas,

crianças,

port.a-bandeira, cada

component.e.

Est.e

do

cinco

e

nele

alocado

as

:finanças,

comissão

arquivamento

aspect.o

t.r-aduz

208

o

de de

a

um

e

em

escalonada patr-imônio,

apenas

oit.o

espaço físico do set.or

quadra-sede,

da

cuidam dos set.ores

bateria,

at.:ravés

maté:ria-prima

de

de

entidade,

da

administ-ração

à

quer

im.plement.o

O

disciplina

tais m.udanc;:as,

cont.rolam

e divulgação de eventos e

e

se

modernidade

Pe:r-eira/1982).

sucessivos

sepa:rado

comercial,

quais

e

diret.oria~

da

quando

de

ger-enciament.o

o

monetários,

r-ecursos

recor-r-ente

modelo

o

referenciar

exemplo

fixado

corpo

de-finem

de as

em

t.odo

funcionár-ios programações

t.écnicos da Escolas, f:rent.e,

fichários aut.onomia

como

mest.re-sala contendo e

um

e

dados

de

rot.inização

do


esquema

racional-legal

mercant.il

cidade.

delineado

Este

condução

na

com

peculiai'

o

advent.o

ajust.e

do

ernpresariamento

racionalidade dos meios como

da

do

ac;remiação

da

supel"espet.áculo

significa

no

ao

pel"f"il

Carnaval

da

a

introdução

definit.iv.a

element.o crucial à

produção e

realização

do fascinant.e show carnavalesco. Assim a emersão dest.es banqueiros cont.ém mais que o troca dadivosa, acumulat.ivo

inseria-se

traduzindo-o e

compart.ilhando racionalizam

de

em

raciocínio,

as

burocl"at.icament.e

sua

na

lucro

que

con:formado

na

monetár-io

e

seja,

ent.idades.

os

de

cot.idiana

acumulação simbólico.

antecederam,

int.ensificam

vont.ade

A

valo:r

agr-emiação,

na

materialidade

imediat.ament.e

qual

poder; o

int.roduzido

capital

agentes

do

adições

poder

que

e os

manifesta-se na intervenção di:ret.a sobre os recul"sos da Escola de

move Samba, para

mesmo

comando

um ideal

dos

afirmação

uma

investimentos

por

t.a:re:fa do

do

t.ranforme

se

a

termos

de

movidos

que

Complement.am

nos

formas

nas

carnavalesca,

monetária

desperdício é

na qual o

princípio da

tornando-os o

mat.éria-prima

desenvolviment.o

do

ser

a

reelaborada

superespetáculo

por

font.e

meios

t.écnicos

seu

p:rest.ígio

do

público. valol"

O

conferido

demais Escolas

se miraram as

modernist.a

postura

organização

ao

do

nas

Desfile.

modelo H

,

est.ético

espelho

onde

acompanhado pela e:srt..rema valoração da

é

representações

na

envolvidos

a~entes

dos

Trint.a,

João

Para

Beija-Flol",

da

moderrúzar

simplesmente

consiste em "adequar-se aos novos t.empos". Não se trat.aria de exterminar

as

populares,

raizes

Se:riam est.es element.os, met.ros

os

ext.ensão,

alt.os

passíveis

de alt.ur-a obrigou

mas

e

de em

e

dar-lhes

ext.ensos abrigar

t.ol"no

de

a

int.rodução

possuía os recursos

para fazer

carros mais

6

"vazas"

alegóricos.

ao

<Veja/31-01-1979). A

15

pessoas,

de

larglll"'a

especialistas.

frent.e •

de

met.ros

de

12

peJa "modernização" do carnaval

novos

aspirai

O

:feit.ura

ost.etando por-

7

t.ais set.e

metros

banqueiro

das

de

despesas

do

de

bicho

imposto

Vist.o por eles, no dizer do patrono da

No "fa.zer

Sitvio do fi..guriniat.a depoimento 19?8, era época do em ca.rna.va.l, fa.2io.C. . )"'(23-0!.-.t~). quo eopi4f' o que el.o.

••PCJ'C.

Pinto, r-ai nado

elo da

.....

recorda.:""Quando comeCei lilvija-Flor-. Agente linha

fina.nceira uma idéia desse grupo, to r b~• ae BrasiL, ano do contra.vençã.o no no carioca m~ de Ja.neiro mUhões dio.ria.ml!l'nle. média, NCz$ Monta.nte que movimentou, oquiva.Li.a. o mesmo va.Lor mobitizo.do peLa do Sã.o mo.ior do pats(.Jornal do Bro.si..l/15-0.t-.tPBB>.

••

""

209

Rio bicho na época Pa.ulo, a do


Beija Flor, Aniz Abrão David,

just.ament.e como

um processo

de

"melhoria"

am :r-alaç&o ao passado"(Jor-nal do B:r-asil/09-11-1997).

int.eressant.e

É

como

not.ar

est.a

idéia

desenvolvimant.o

de

das

Escolas de Samba aparece no modo como são divulgadas, t.r-at.ando-se mesmo de

t.ermo

um

set.ent.a,

consensual.

consolidam-se

edições

ao

número de de

luxo,

os

principais

dos

os

component.es,

números

que,

int.eirament.e

jornais

nos ao

anos

Desfile Globo,

cariocas<O

presença neles de um mesmo quadro

de

de rit.mist.as,

grandiosidade

A

verifiquei

dedicados

O Dia). É regular a

leit.or

et.c.

pesquisa,

a

tablóides

carnavalescas

Jornal do Brasil e oferecendo

DW"ant.e

cada

Escola

de carros

númerica

desfilant.e,

alegóricos,

de

uma

compreende

ou

seja,

dest.aques

valoração

do

verifica-se

no

espet.áculo. manifestação

A consolidar

e

cujo

da

classificação

espaço

uma

acolhida

físico

das

alegorias,

Ent.re

carpinteiros,

r-eceit.a

das

de

São

uma

como

amplos

elas:

galpões

com

em

madeira

Neles

t.rês

e

a

decoradores,

13

é

etapas

decoração. cost.ureiras,

projet.ist.as, vigias

cozinha,

Uusões"•

inf"ra-est.:r-ut.ura

da

aderecist.as, da

de

cobertos.

mont.ada

ferreiros,

t.rabalhadores

"fábrica

armação

desta

pínt.o:r-es,

pessoal

etc),

cer-ca

de

ser empregadas nos barracões, compromet.endo 70%

no

do

os

Brasil/17-02-1995).

e

conswno

engenheir-o

o

desfiles

dos

trabalho

recobriment.o

proporcionar

exemplo,

por

do

ent.idades:(Jornal

vertiginoso

capazes

em

vidraceiros,

200 pessoas passaram a

aumento

di visão

o

apoio<almoxa:rifes,

da

barracão

instalado

elet.ricist.as,

chapeleiros,

do

art.ículadas.

férrea

de

é

crescent.e

porém

dist.intas,

''cresciment.o ''

do

pesquisa

efeit.os

de

pretendidos

hidraúlico

O

que

e

mat.eriais na

Gilberto

c;erou

solucões

passarela. Rodrigues

um

Em

19B1,

Cavalcanti

part.icipou do t.rabalho de execução da alegoria Os Jar-dins Suspensos da concebida

Babilónia,

cinco

e

chafarizes

100 llt.ros cada) e

de água.

por

uma

Joãozinho

cascat.inha

Para isso

Trint.a.

em

Sua

espelhos,

ut.ilizou quat.ro

t.arefa jor-r-ando

bombas

de

era ambos 5

construir 2

HP<400

mil

e

quilos

uma cent.ena de t.ubos de PVC, além de uma base met.álica precisa

que sust.entasse, sobre um chassi de ônibus, as 10 t.oneladas de peso, sem incluir

••Este nas nG

as

mulheres

21

denominccao

fetlcs •nlra.dG

daqueles do

colocadas,

meados doa anoe ou trcbclhcm Manguei.rc, um ca.rta:.::

cpa.rEtc. em que dirigem

barrGeao

da

dançando,

ali. •• fcbri.ca "sonhos".

210

sobre setenta

Escolcs õ

a

peça(Bolet.im

do

la.xcti.vo

eeró.

do

r•eorrenle

scmba.. Afi.xa.do em eles ter que


Clube de Engenhar-ia/Mar-co de 1981:04). Ao mesmo t.empo, os deslocament-os ocorr-idos no âmbi t.o da própria jo~o

cont.ravencão, tornando o

um sistema, cujas zonas em que se divide

est.ão sob ordem de um número reduzido de banqueir-os, t"oment.ou uma bem apar-elhada trabalho apenas

desenvolvido contrataram

espécie

de

nas

notas

Samba.

mas

que

A

serviu

partir

A

mot.ivaram

contrat.acão

de

dest.a

técnicas

por

uma

Escolas, do

porta-bandeira ou do puxador de uma out.ra, devido

conquistadas

junto

ao

juri,

condicionou

a

mudança

gradualmente de

orgânica com a

est.ar

fazer

de

não

agremiação

uma

as

se

ao

base,

nas

relacionamento entre os chamados sambistas e

para

modelo

surgimento

o

competências

das

especializaciio.

a

de

carnavalescos,

casal de mestre-sala e boas

administrativa,

Escolas

profissionalizacão

impulsionando

as

e

estrutura material

ancorado

mister

o

identidade

na

relevo

dado

à

Escolas: o

função

no

no

vinculo deixa instituição

int.erior

do

sistema

carnavalesco. No

universo

profissionalizante Seus

amplia-se

president-es

confecção

das

dedicam-se

ao

são

enviadas

respectiva Carnaval.

Escola

Para

compra

abrem

de

com

o

cont.as

dos

o

tintas, e

da

chapeleiros,

com

que a

colas

e

dos

e

desfilant.es,

a

da

demais

próximo

formalizar

o

det.ernúnada

ant.ecipada de

serviços

da

e

ala

no

subent.ende

de

inteiras de

de

Além

na

bat.izados

desfilar-

int.uit.o

outros).

at.uar

fanúlias

e

quint.al.

de

passam

compra

encomenda

sapateiros

fundo

atividades

para

t.endência

a

alugados

as

bancárias

que

pessoais

"convite"

prover

de

são

sob.r•e

de

casos,

dados

trajes.

equipament.os

arremat.adeiras,

e

dos

linhas~

materiais<t.ecidos, a

Samba

empresas

especificas

arquivos

capaz

financeirizacão

maioria

Espaços

financiado

pa~amento

Na

de

t.ambém

remuneradas,

correspondências de

isto

direcão

equipes

fantasias.

"barracões". Organizam-se quem

na

mont.am

serviço.

enredo

de

das

de

possi"bilit.ar

de

costureiras,

profissionais

ver

rnat.erial sobre as alas no :final do capit.ulo.

Aos reconhecida sempre

nas

perfomances

dividindo

Entre

1976

bicho

venceram

colocações prest.igio,

e

de

efi~iência

a

poucos,

ent.re

1995, 16

as

si

os

Escolas

dos

segundo,

facultado

bem

pela

20

administ.rati v a

sucedidas

melhores

lugares

patrocinadas

concursos

t.erceiro

e

compet.ência 211

das

suas na

por

bicheiros

ag:r-emiações,

disputa

banqueiros

realizados. quart.o

dos

Isso

lugares.

demonst.rada,

sem A

pelo do

quase t.it.ulo.

jo~?;o

do

cont.ar

as

acumulação

do

levou-os

a

donúnar


t.ambém

os

Out.ra vez,

destinos o

mais

ger-ais

Escolas

das

e

seu

Desf"He

esquema funcional-administ.rat.ivo em germe e

desdobr-ado por

cont.r-avent.or-es~

agentes como Amauri jório, ser-vir-a de janela par-a os demarcara o perfil das suas acões. Em 1975, a

ASESG inaugura a

sede própria, t.oda em mármore, indicando na construção do o

Car-naval.

de

mas

sunt.uosa

espaço

físico

vet.or de independência almejado pela ent.idade.. pois assim desocupava o

prédio

cedido

cont.r-at.o

pelo

com

Estado.

Riot.ur,

a

Três

no

qual

det.ermina uma cert.a autonomia e

o

que

abraço

Trint.a, pelo

do

encontro

conceit.o

o

Mar-cus

pela

imprensa,

flagra

espet.áculo do

Escolas

as

de

assinam

pr-estação

no

no

pelos

set.ol"

nest.c ano

carnavalesco

satisfação

a

financiado

Estado

Tamoio

do

bicheiros,

poder

1990,

João

público

porque

t.uríst.ico<em

um

serviços

de

igualdade ent.r-e as part.es. É

prefeit.o

aos int.eresses

de mandat.o,

depois,

então

documentado

deslumbrante

anos

ia

em

de

final

Governador Moreira Franco chama diret.ament.e os banqueiros

o

ao seu Gabinete para "agradece-los pela colaboração"). Nest.e momento a relação entre o governo e a ASESG adentra out.l"o pat.amar.

A

Associação

séries{A e

B).

apropriado

para

impõe

seu

plano

Também define-se a fixar

os

Rua

a

dobro

assinat.ura

cobrar

o

de

do

valor

um

pago

acordo. de

direit.o

dividir

pelo

serviço

vez

pelas

arena

event.o

em

duas

Em

1983,

aspirou

o

as Escolas. Estas firmam pé quant.o a

pela

E

o

Marquês de Sapucaí como um local

desfiles<Araújo/1987:126).

prazo de contrat.o ent.re a Riot.ur e elevação ao

de

prest.ado.

primeira, imagens

a

Torna-se

ASESG,

difícil

enfim,

tele visuais

pôde

feit.as

do

Desfile(Jdem:127). A

inauguração

di visor de águas

na

da

passarela

hist.ória do

de.finit.iva

Cax-naval

cax-ioca

esgarçar de uma unidade já anêmica, ant.e a comercialização

e

inserção

individualização

do

superespet.áculo

popular

no

Desfile acionou

em

como

a

foi últ.ima

t.ant.o

o

got.a no

fisionomia delineada pela sua

est.at.ut.o

do

''grandes''

Escolas

o

1984

disparo

da

consumo

cultural.

de

lógica

Samba

A

como

privat.izant.e;

a

relação de forças ent.re os int.eresses assume out.ra proporção. As Escolas de Samba são agora um element.o de peso no enlacament.o. CUI"iosament.a, a forc;:a demonst.rada por est.as motiva uma crise sem precedent.es no int.erior da

sua

pr-ópr-ia

"grandes" e

as

diferenciado p:r-incipalment.e

Associação.

A

discr-epância

ent.re

"menores" leva as primei:ras a

por no

part.e que

Est.ado

do

t.an~e

à

e

distribuição

212

as

Escolas

reivindicar-

da das

direcão ve:r-bas

danominadas

um t.r-at.ament.o da

ent.idade~

result.ant.es

da


venda

de

fono~r-áfico.

disco do

ingr-essos

racha

1984,

saísse

e

A a

fundação

da

televisionament.o

à

heurística

Liga

dez

pelas

Cabe

concursos.

instituição

de

e

comercialização

atuacão dos bicheii"'OS I"'esultou fundamental

apenas

formada

últimos

dir-eitos

das

Escolas

Escolas

o

ent.endel"

de

Samba

bem

mais

significado

compreensão

do

do

pa%-a

que

Liesa,

em

classificadas

implicit.o

empr-es.al'iament.o

Liesa,

na

das

nos

práticas

fulcradas no Carnaval do Rio. Diferente

a~remiações

às

dedicada

Associação

da

das

Escolas

das

divisões

de

desde

Samba

inf'eriores

Liesa

a

se

1994

organiza

como empresa privada sem fins lucrativos, composta pelo pequeno clube de Escolas que a

fundou,

de vot.o rest.rit.o aos 33 membr-os fundadores

presidente, di:recão

que

opera

e

executiva

estatuto.

Se

lhe

conjuntamente assessoria

à

t.écnico-empresarial

e

não aceitando novas :filiações

Liga

da

cabe

de

com

pl"omove:r

dep.al't.amento

o

comunicação

event.os

no

e

:financeiro,

imprensa.

car-át.er

dedicados

ao

liberal lazer,

nem

Liesa/1985).

Com

en~ajar-se

efeito,

de

campanhas

em

de

inadmit.e

qualquer

forma

seu

cultura

de

distinção

e

natureza

t.eor ''(Est.atut.o

t.ai

à

premissa

A

diversão, ela est.á impedida de manifest.al"-se sobre ''assunt.os de partidár-ia,

direito

da entidade. Eles escolhem o

manifesta

se

mantendo o

de

da

"raça,

col", sexo, r-eligião, pr-ofissão e nivel econômico"<Idem). conjunto

O

de

post.\U"a

assinalado

cr-íticos

alguns

pi'incipalmente

l"e~ras

de

aqueles

aos

moviment.os

uma

é

''modernização''

da

ligados

acima

da

de

contl"apar-t.ida

Escola

Samba,

de

cidadania

à

que

negr-a,

defendem est.as instit.uições como p.al'te do acervo das classes populares e her-ança at.ualízada do

património

ét.nico

afr-o-brasileiro.

discurso dos ad.minist.l"ador-es da Liesa, frases

evit.a:r

entraves

ao

p:rimado

universalista derendida ressoa Escolas

filiadas,

par-a

isso

desenvolviment.ist.a

o

no

desfile

é

O objetivo c.lal"o é

o

com est.e t.eo:r:"O

14 um espet.áculo que também t.em samba, não soment..e'' .. de

r-ecorrente

É

da

Liesa;

a

ident.idade

empenho em conferil" maior- autonomia às

ajustando-se

às

práticas

de

mercado.

o

percurso das conquistas da Lies~ é emblemático nesse s~:mt.ido. Com a elit.e

dos

dias,

os

banquei:ros c.al'navais

"lucrat.i vos"

••FrQ.Se

do

construção da nova passarela, que cont.ou com t.otal aval da

pela ba.nqueiro

do

de

jogo

1984

e

do 85

bicho, foram da

Riot.urCRelat.ório do

bicho

Airton

entre i.P88 a. iPP!I.

213

e os

a

divisão pr-imeir-os

Pl"ef"eit.ura Jorge

do

oui.marã~a.

do

Desfile

em

classificados

dois como

RJ/30-06-1965). Presi.doa-nt•

o


saldo gerado pagou os cust.os do evento e obra do Sambódromo<orcada que a

em

Cr$

53

quitou 70% das despesas com a

milhões

871

Isto

miD.

possibilitou

paga pela Riotur subisse de Cr$ 19 milhões para Cr$ 133

subvenção

e

milhões,

entre

1984

relação

ent.re

Liesa

85.

e

números

Tais

governo

local.

decidiram

Este

a

out.ro

um

princípio

perf"il

protelando

na

em

negociar com os cont:ravento:res. Mas os representantes do Estado tiveram de se render à

fo:rça demonstr-ada

1985,

afrontaram

para

outras de

algumas

da

venda

suas

estadual região

da

até

est.es no comando das Escolas. Em

com

a

ameaca

metropolitana

reivindicações,

ingresso(em

de aumento e

40%)

para

participação

da

o

significado do evento par-a o

do

mercado

no país; calcar-se-ão na afirmação de que o Janeiro e

de

Rio,

do

cobrança

na

deslocar

de

para o

Brasil" e

por isso

"deve

o

Desf"ile

ver

aceitas

no

resultado

direito

transmissão da televisão. O trunfo que passam a

negociac3es é e

poder

cidades

de

relativo à

o

por

de

arena

mobilizar nas

turístico na cidade

"Desfile é

bom pa:ra o

dar

para as

lucro

Rio

Escolas

de Samba"~~.

Já reconhecia

em

1986

a

Riotur

a

''inevitabilidade

de

se

Liesa

um

documento

estabelecer

participação

uma

direito

de

transmissão,

Grupo I

as verdadeiras protagonistas do grande espetáculo, geradoras das

entender

que

de

vendas''(Transas/set.embro

referidas

reconheciment-o

se

notabiliza

da

venda

são

1996).

participação

na

as

de

qual

sobre

por

provenientes

no

percentual

as

receitas

à

enviou

escolas:

de

Escolas

Liesa consegue obter junto a

no que se refere a marca a

samba

do

do

valores

1987. Nest.e

Riot.ur um aumento do seu percentual

venda de ingressos

de 35% para 40%.

mudança na relação entre as Liesa e

Finalmente o Estado:

são

desde ent.ão sócias no contrato de prestação de serviços, que passa a

ser

ano

de 1991

do

nos

arrecadados. As cifras terão urna ascensão de 3000% de 1984 a ano, a

e

repercussão

A

das

ingressos

o

também de participação nos lucros. Por ser proprietário da Passarela, ao municipio

do Rio

cabia organizar

e

montar

a

inf"ra-est.rut.ur-a

do Desfile. Deve coordenar os 'Serviços dos 19 orgãos locais,

estaduais

exigências

..

t5

fra.se

de do

e

:federais

segurança, entao

mobilizados

conforto,

presidente

do

no

evento,

atendimento Li.esa.,

Brasi.l/Z~-Q~-~P&P>.

214

Airton

públicos pa.-a

médico, Jorge

operacional dos

niveis

cobrir

iluminação

Ou i.ma.ra.&s(Jorna.l

as e do


_

sonorizacao

t6

A

.

Riot.ur mont.a o

dispostas as cadeir-as e

dos

situados

rest.aurant.e

fora e

os

mesas

da de

praticado coberto de

de

Passarela buffet.<nos

e

píst.a

os

tapumes

17

do

Samba

Carnal"ot.es)

O

a

impedindo

servicos

são

onde são

Cai"pet.e

de

t.erceirizados

visão ba.-

junt.o

e a

empresas do eixo Rio-Sao Paulo. A Liga das Escolas de Samba se encarrega

desfiles. e

nomes

do

e

"ar-t.ist.ica''

par-t.e

chamada

da

o

corpo

de

informa

espet.áculo,

do

jurados<num t.ot.al

de

cr-it.érios

dos

de

ou

150

membros)

julgamento,

próprios

os

seja,

escolhe

durant.e

os

curso

um

realizado no mês que antecede ao concurso-espet.áculo. A

mudança

comercialização ficando a porém

st.at.us

espaço

estabeleceu

pressão event.o, o

numéricos.

caberiam

restando

da

Liesa

nos

daquela sem

a

à

da

recorrent.e Liesa

no

Nos

anos

direitos o

televisual

instalação

de

seguintes,

a

diversas

pelas

meio.

formas

de

da Riotur. Da mesma maneira aumenta

intuito do

pela

10%

Da

Riot.ur,

durante

transmissão

cobrar

obtidos

os

executados

a

sonorizacão.

dividendos

no

com

Riotur

paz-a

int.erferência

elemento

administ.radores

entidade

paz-a

saiu

arrecades

comercializacão do Desfile supera a

será

70%

sambas-enredo

dos

equipamentos

e

município

pelo

valores

dos

Liesa,

à

part.icipacão

do

parâmetros

passarela, em 1992,

da

compositores

90%

pel"tenceram materiais

recebido

do

dos

autorais

a

novos

Liesa com 30%. A venda de ingressos foi repartida meio a

10%

Desf"ile.

do

de

de

poder

público.

discurso

de

recorrent.ement.e

ent.idade à acão, dizem, "ineficient.e" e

a

assumir

administ.racão competência

A

privatização.

a

comparam

A

t.ot.al

da

Liga

Eala

dos

perfomance

da

"parasita" do Estado:

vem nos dez anos que complet.o.r tem provado que veio co.r~oco., pro povo brQa~Leiro pro povo e pro enco.nt.o.r os estro.ngeiros(. . . >. Nós devemos isoso a. turis-t.~ Castor de Andrade, o outros. fizeram A.brão Da.v~d o Que do ca.rna.vo.l Aniz o que ele ó conquisto.ndo respeito Pri-meiro o do povo hoje. brasileiro: tudo que pelo ou aqui nest.o. tro.to eacrLto, cumpre . Pro. não d.eesa cultura popular. Em se perder o beleza julho 1999 qui.aonnos conseguimos. o Samb6dromo. não alugar um co.:-no.vo.l 'eles nao nos qu19 fazemos, do melhor Nada nos dão . não so.em dos cofres o co.rnaval do Munici.pio e do verba.s para Estado federaL do governo É proJeto desta. coso. moderniz.;umenos ainda e dor felicidQ(klo ao povo do Rio de .Janeiro, do Brasil gro.nde:za e os A

Lt.ga

alegr~o.

••

••

<6

foram informo.Ções o.qui Ao Assessor de Imprenso. da. Riotur, Arlhur Rocha., em

t?

o

Assessor afi.rma.r que ingressos H.

de tot

Comunicaçao medida é

obtidos

dura.nte

questão Riotur fa:z os "direitos go.ro.ntir

215

entrevista

com

o

:U.-0~-~903.

no

do

sou depoi.m.9onto, quem po.gou seus


turistas que nos vi&oi.lam

••

A competência da Liesa é contratos

aos

at.os

estabelecidos.

consisnat.ários

compromisso

ao

est.rangeiro,

das

justificado:

pois

espet.áculo,

devem

assim

compromisso isso

se

a

maior

sendo

ser

poderão

especializam.

cat.eg"oria

de

produção

e

consumo

do

que

aqui

grande

o

"povo"

imagem

pública

identidade indivíduos

de

o

pela

evento,

é do

principalmente Afinal,

alegria,

voltada

de

o

para

para

t.or-na-se

o

crucial,

acor-do

com

os

circuito

de

conf'ig"uracão

de

todo wna

"

di:reit.o

vedetes

e

de

at.ividade

de

do

show.

uma

conclusivo

é

brasileiros

com

do

de

submetidos

defesa

inst.r-ument.alizada

sua

bem-est.ar-

de

regula%-idade

ficam

beneficiadas,

monet.ar-izacão

evento em

t.enaz

"servir"

com a

A

este

promotoras

melhoria

tratando

é

E

arrecado

é

maiores

com

privados.

organizados

ao

oferecer

na

público

basicamente

se

investir

se

provedor

A

grandes

preocupação

objet.ivos

:relacionamentos

do

suas

Em

a

cult.uraD.

também

é

obediência aos

da

client.ela<cariocas,

as

elas

como

acordados.

a

parte

entidades

r-amo dos serviços, mas

acertos

consumidor

a

dessas

exaltado

é

"servir"

o

sobre

que

dos

de

enfim,

Escolas

porque

O

ressaltada em razão

o

força

que

consumidor-es:,

t.enham

de

confir-mados

sob o pr-isma de pr-odutores especializados, mesmo profissionais.

o

agradecimento

dist.anciamento,

o

que comanda o

que

banqueiros

aos

se

explica

afast.ado

ist.o

sim

independente out.ras

decididamente

que

o

p:rocesso

dos

palavras,

executivo como

a

bens

de

18 Este Pau.to

di.scurso de

Abnei.do.,

fecho.rom

Li.eao com•rci.o.li.zcr

da.

a,çao

doe

de

empresarial

diret.ament.e comercial

do cot.idíano

culturais.

o

foi. em

um ~vento,

divert.iment.os

e

do

do Carnaval,

Pelo

Desfile

Além

er,unci.CLdo

do

peto

0?-0.t.-.t.~.

o.cordo, A

elit.e

da

significa

Ri.otur

em

:result.ado

que

os

do

CLtuCLt

se

Desfile dos

cena a

a

cabe

det.erminado obt.ido

mant.ém

montada

t.r-az à quem

Revela

bicheiros.

espet.áculo

mesmo

preei.dente <1no,

a

quo.l mantém-se,

Em

pelos

f"igura do

administ.:rar-

segment.o

com

da.

a

do

Venda

Li.eao.,

Prefei.tur<1 últi.ma.

no

entanto,

org3.oa púbti.cos eonvolvi.dos n<1 suo i.nfro-est.ruturo.Çao.

216

t.ur-ismo.

de

encomenda das agências de viagens e

No.!lOte

o

e

client.elist.as

Liesa sobreviver sem eles e

consolidado

cer-t.o

um

integr-antes

privat.izant.e

cada ano mais voltado à

ingressos, a

dos

sugere

comando das "suas" agremiações ou t.enham ramo

est.rut.ura

g"est.o:r

posicionament.o

mercado

do

interesses

banqueiros f"acult.a à

0

cárcer-e

bicho

jogo no Rio de Janeiro, em 1993, mas não

cont.ravent.ores: t.enham perdido o se

pelo

do

como

do

vereo.dor Ri.o

orgc:~.ni.:zo.r

e

<1 e

coordenadora


de

grandes

mon~an~e

dos

empresas,

que

os

repassam

t.rês

principais

eS!t.ádios

Pacaembu), nos dias do

Prefei~ura

de

de

dos

substanciam o vetol' autonomista Est.es

últimos

em

reprograma

qualit.at.ivament.e

incluindo-a

em

patamar-

consórcio

uma para

o

a

Liesa retira

comercialização

de

instalada

no

material as

país,

fonográfico.

músicas

do

gr-upo

embora rest.rit.a a a

cifra

de

um

produção

na

qual

o

da

atual

de

mesmo

bem

e

fitas

plantadas

Ariola,

BMG

Apenas

em

principal.

de

modo,

sust..ent.acão

t.ran.smissão

do

para

merchandis:ing~

de

comunicação,

distribuição

t.eor no

es~abelece

quantidades

das

concerto

cultura,

da

social

abrangente.

Tape

de

o

direito

o

audiocassete

gravação

no

mercado

audiográfico

e

1988,

cont.udo,

consegue

compilar

Apesar

disso,a

vendag-em

desse

se

inscreve

distribuir

Estão

espaços

da

anunciantes

incluídos

passarela,

os

que

patrocinadores.

fevereiro), supera

como

dos

mais

parte

do

um

bem

.

das

preces

As

t.odas

2

consiste

Escolas.

verdade,

serão

o

produt.o,

desde

Ao de

em

comprar 1988,

as

o

cobrados

ut.ilizados

pela

para

cabeceiras

duas

tripé

direito

de

emissoras

de

televisão adquirem cotas, cujo valai" fica em t..orno de 1 milhão dólares.

as

cont.endo

imprirrúr

e

e

assina um contrato com

empresa

t.elevisionament.o

na

de

gravar-,

cópias

financeira

Desfile,

das

empresariamento

tecnológico

e

gravadora Top

sucedidos empreendiment-os no setorDo

o

três meses de circulação(dezernbro a

milhão

vendas

gestão dos interesses das dez Escolas de Samba

mais

a

e

Morumbi

às do

e

como

reproducões dos sambas. Funda seu próprio selo e

uma das maiores e

f"a~uramen~o

"clássicos"<Relatório da

imagem

complexo

a

discos

dos

o

evento-espetáculo

Pois assim que assume a filiadas,

de

reveladores

com

situação

grandes

O

"'.

termos

capitalista,

client.es.

anos superou o

televisonament.o,

direitos

e

brasileiroOtaracanã~

como

ao

Somado

RJ/1994).

funcionários

úl~imos

fut.ebol

jogos tidos

fonográficas~

reproduções

ou~ro

~~ês

arrecado em cada um dos

a

200

comercialização

instalar-

os

pist.a,

da

nomes a

mil dos dos

parte

1P

fechou contr-a.to oom uma. gr-o.nde empr&ao. de Paro. .t.~, o. Li.go. f'ast.-f'ood. pr-o.Ço. de alimento.ç&o montada. no setor do coneentr-a.Çao Esta. se i.nsto.touna o.o acesso pú.bl.ico onde coLocados t.etõea noa do DesfiLe, fechado imagens tetevi.suo.i.s do que ocorr-ia. na exi.bi.das quais ero.m

pi.ata-po.sso.reto.. 2

de i~ de2embro foram vendidaa(fora representando um fat.ur-amento Revista Vejo./O.t.-02-i~}. Entre

Long

Play

""

·~

fila.e de ordem da

217

"""oa mi.thões

mit

ebpia&

disc de

do

laser},

r-ea.is<Fonte:


superior dos cronõmet.ros post.os numa das lat.erais da passarela e

..

do recuo da bat..eria<po:r ali se

mais valori:zadas no cont.r-at.o

Os suport..es de enver~adura,

prest.ado,

~ast.os

de

Hollywood. doláres.

Sob

"just.o",

em

receit.a

t.ot.al

o

a

no

um

acrescentar,

t.ermômet.ro

é

ou

Escolas

são

as part..es

ost.ent.am

out.ra

concorrent.es, devido a A sit.uação

algo

de

mant.er para

.aument.o

o

de

Liesa

numa

mas

passa obt.ida

melhores

posicionarnent.os

de

invest.iment.o

medida

o

ainda

homo~eneidade

da

no

carnaval

ao

seguint.e

t.em direit.o acirrar

do

a

espet.áculo.

maiores.

prepat.ívos

nos

modo

receber

visa

"nível"

lucros

de

de

a

obediência

a

de

dist.ributção

na

em

conquista

um

milhões

30

mont.ado

que

&m

de

estética

Cujo

t.odas

as

as

entre

generalização do esquema do superespet.áculo.

por

mais

evident.e

uma

exemplo,

tor-no

menor

colocação

alega

cert.a

most.r-a-se

1993,

em

do

Escola

crescent.ement.e

a

dos

fat.urament.o

cada

à

foi

próximo o

Desfile),

cinemat.ográf"ica média

hierar-quia

um

seja,

acumule

A

isso

expresso

agremiações,

est.abeleceu

mais

Poder-se-ia

com

anos

''democrat.izar''

rank.ing

suplement.ares.

consider-ada

TV),

da

prest.ação<o

da

t.rês

equivalent.e

mont..ant.e

e

investiu

de

arrecadada,

Escola que

carnaval

das

uma produção

a

últ.imos

Liesa

c:ompet.ição

No

financeira

objet.o-bem

nos

a

Também

~anhos

sust.enção

pret.ext.o

1991

det.erminando crit.ério: a

t.ransmissão

.

semelhant.es

que

Valor

ant.erior.

a

área

responsável pelo enquadrament.o do serviço de ent.ret.eniment.o

sint.et.izado

pat.amar

flxar-

a

de

port.ê

Escola

com

800

núl

milhão

1

gast.ou

post.ura das agremiações.

na

SOO

mil

pret.ensões

t.ft.ulo

dólares.

doláre:s:.

ao

Desses

aquela

valor-es

21%

saíram da venda dos ingressos resultantes do evento no ano anterior; 10% da

t.ransmissão

receit.a.

Os

da

ênsaios

TV.

e

vendagem

A

programações

Couberam às doações 26.5%. O que a do patrono, dono do dinheiro quando

a

Escola

ainda

que

não

fonográfica

cont..ribui

com

8%

r-enderam

34~5%.

primeira vista sobrevaloriza o

papel

realizadas

inicia a recebeu

na

compr-a

a

quadra

de

part.e

mat.eriais que

lhe

em

julho,

cabe

comercialização do espet.áculo, apenas d.istribuido em out.ubro e janeiro Z1

da

22

na .

comerci.cti.zcçao das cont.cr a fit.cs de vtdeoccsset.e qu& carna.val, fa.turou o Desfile com .to milhões de pr~pcrc cpós o reais:. a.os patrocinadores domi na.das pelO& vendendo cot.(1S indUs:tri.as de V e ja./O.t-02-1.99-:i). cerveja.CFont.e: Revist.c. A

22

E8tea

olobo E•cola.a,

Ol.obo,

sem

do.doa a&o axtr-a.-ofici.a.ie, a.pr-eaenla.dos Rede OloboCOP-O.t-.tP93). Comunidade do espet.âculo e mesmo do no S&U

218

no

acesso conjunto, ó O

de

t.olovia&o

cs conlo.s dificultado

•=

peta


Porém redefinem o

desde

os

anos

oit.ent.a

um

mercado ampliado da cultura.. segundo o

a

divulgação

Escolas

principais

concorridas no

nat.ureza própria

imagem

concorridos

de

de

vista

música

especializada.

Cabendo-lhe

esquema

em shows na cidade e

do

um

é

de

os

representando

as

praia

das

recursos.

e

no pais -

se

cada

divulgar

mais

da

sua

t.ransformação

das

investe

mais

nomes

mobilizado.

uma

por

diret.oria

acontecimentos

do enredo e do

mão

na

vez

tais

mesmo fora

!anca

apresentam

gerenciados

lançamento

O

A

onde

recurso

também

Samba

de

entretenimento,

eventos.

maneira mais eficiente possível.

a

pais. A

da

participação

comercialização

nome de algumas Escolas mais "popula:T'es" como uma marca,

mesma

ent.idades

com

areia

Escola

espetáculos,

popular,

um

cada

absorver

de

rot.inizando-se

segue a

fonográfico

fant.asiados

na

eventos

~r andes

mat.erial

armados

esfera

para

casas

em

o

grupos

int.erno,

da

pública

da

do símbolo e

do

e

na t.elevisão.

instituição

quadras-sedes

práticas

verão, são exemplos desta est.rat.égia, com ampla cobert.ura

pont.o

de

Coquet.éis

lançamento

palanques

em

na imprensa, no rádio e

Do

do

apresentações

sambas-enredo,

novas

paradi€ma empresarial da Liesa. A

CI"Ucialment.e.

int.ercede

acompanham

de

Escola de Samba racionaliza sua part.icipação no

modo como a

publicizacão

conjunt.o

direção.

dedicado

à

Para

venda

t.ant.o, de

especializa-se

canúset.as,

um

bonés,

setor

int.erno

nas

plásticos-adevisos_.

e

objetos afins. Há cont.udo

prát.icas

mais

ambiciosas,

que

insinuam

quais

poderão

ser os desdobramentos result.ant.es dest.e parãment.ro de relacionament.o no mercado

cultural.

caso

O

Mangueira. Porque

mais

já em 1984

contundent.e

sua

diretoria

empresa especializada em market.ing a apenas at.raísse um shows

público

mangueirenses

em

jovem à

viagens

o

é

da

contrata

sua quadra?

agência

ent.revist.ados :r-epresent.ant.e

de

públicidade.

Os

consideravam

a

do

samba,

37%

pais.

Falt.ou

result.ados Escola se

demonst-raram simpat.ia em consumir i.senÇÕ.O

do

tendem

di.vulgo.r

pg,go.ment.o dados

de

i.mpost.os

como

produtos

por

real.i.zo.do•.

219

de

uma

a

mas

dos

45%

tradicional

t.orcedo:r-es

Eseolg.s suo.

que

mais

ou serviços

Q

idéia

encomendada pésquisa a

seus

pa.rt.e quanto

a

fôlego

demonstraram

disseram

eu bf a.t.ura.dos

os serviços

de

como atirasse gr-upos de

plantou uma sement.e r-et.omada em 1991. Nesse ano é

wna

Primeira

fim de conceber um projeto que não

pelo

'

Estacão

e

28%

relacionados de

reeei.t.o.

So.mbo.,

e

ao que

gCI.&'t.oa


nome

da

ag"l"'emiacão.

Samba um novo

da imagem da

A

iniciativa

personagem: o Escola a

sel'

tl"'ouxe

para

o

interior

da

Escola

executivo de marok&t.ing. Cabe-lhe o

veiculada

como

pl"oduto

sedutor

e

de

fabrico

com

largo

apelo junt.o a diferentes faixas do mercado de consumo. A dil'eção da Escola alia-se então em São Paulo a

publicidade e direito a

responsável

market.ing

25% dos rendimentos.

empresas.

Estas

pagam

pelo

trato

dos

empresa de

ZMM,

seus

negócios

Foram mont.ados kits oferecidos a

para

utilizar

a

marca

escolhidos da Escola fazem shows nas festas

Mangueira.

instalar

funcionará Os

uma

subsede

Componentes

promovidas por estas firmas,

também

result.ados

arrecadou

restaurant.e

um

plasmam

um

milhão

600

1

agremiação

da

e

de

pe:rfil

na

casa

uma

Avenida de

p:rojet.o

Paulista,

onde

sambaCVeja/16-02-1994).

aut.osu:f"iciência.

dólares.

mil

com

diversas

em sua maioria sediadas em São Paulo. At.ualment.e desenvolve-se o de

-

Em

Mont.ant.e

Escola

a

1993,

suficiente

par-a

confeccionar a sua exibição no Desfile do carnaval-94, no Sambódromo. A ZMM t.ambém assessora a

oferecido.

da

mega-estrelas Veloso,

Gal

levou a

que

O

Costa

aprovação

do

poplllar-

música

Bet.hânia.

adoção

deste

enredo

Mangueir-a

fossem

invadidos

por

enredo

muit.o

com

valores

do

produto

aos

baianos

pot.enciais

em

homenagem

brasileira

Maria

A

acordo

de

consumidor-es

e

dois anos.

locais e

estejam

de

faixas

nas

consensualizados

dizer,

quer

"vendáveis",

serem

escolha dos enr-edos, no sentido de eles

Gilber-t.o

badalados

permitiu que a celebridades

Gil,

dlU'ant.e

quad:ra

e

os

o

art.íst.icas

Caetano últimos

desfile

e

da

visitantes

de out.ros estados, sobretudo de São Paulo. Também fez da Escola

alvo das reportagens das principais emp:resas de comunicação do

pais. Seu

samba-enredo foi o mais t.ocado na fase pré-carnavalesca. Como neutralidade de

Nem

no

pollt.ica,

escolha

à

e

fazer

que

não

part.e

a

racial

um

dinâmica modernizador-a sobre

no

se

pais).

novidade

pr-ojet.o

Escola, tendo em vist.a otimizar a

mer-cadológicos, em meio a

escolha

princípio

consist.e de

a

ia

A

no

mais

temática

da

primou

desenvolver-

Senzala(:focalizando

Nem

democracia

audiência

Liesa,

da

Grande,

Casa

miscigenação t.emas

nível

uma

critica

pr-oposta

cont.ext.o amplo

a

do

de

de

pela

encenação a

idéia

de

adequar

os

Desfile,

mas

:racionalização

a da

sua !"unção de ent.reteniment.o, dispõe a

t.erreno mais

amplo

e

solidificado

wna :fest.a que em 1993 fez

meandros

circular 200 milhões

de d6J.ar.es<Relat.6r-io Anual da Riot.ur/1994). A

relevância

do

tema

da

visibilidade

220

pública

das

Escolas

e

do


seu

produt.o,

Seja a

das

Desfile

r-epresent.~cão

relações

imagem cidade

o

do de

espacial ou a

sociais

são

espet.áculo. início

carnavalesco,

localização

aspecto

nest.as

novas

condições.

inserção do evento no espaço concreto

acompanhant.es

A

teve

sugere-se

inseparáveis

do

Desfile

n1 tidament.e

do

depurament.o

região

na

estl"atégico:

da

cent.r-al

visava

da

mante·r

o

evento numa área de .fácil acesso, às margens da principal via de ligação entre as Zonas Nol"t.e e Sapucaí

situa-se

ao

t..ambém

é

o

aquele

lado

sede

de

com

as

um

conjunto

do

Pl"aca

XI,

centl"o,

a

empresarial

lendál"io Cidade

e

financeiro economia

da

Nova,

t.elecomunicações{o medida

o

so:fist.icados.

serviços

expansão

Teleport.o)

sat.élit.es

de

Hoje,

20

, a

Mas

os

a

anos

torná-lo

concatenado articulada náutico

pólo

valol"aç.ão

economia

numa

sist.ema

do

a

samba".

sel"vicos,

como

Marquês de

desde

à e

Cidade Nova se vai

e

de

:financeiro

de

financeiro

conglomerado

do

encabeça

do

vistas

administrat.i v o,

projeto

projeção

sua

da

cult.ural,

complexo

como

Rua

que

com

de

t.urist.ico<inspil"ado no South Seapoi"t. de New York) consolidando

"berço

mundial.

pol"t.uál"ia

Zona

ant.iga

da

Sul do Rio. Além do que a

de projetas model"nizant.es

estruturas

novas

l"evitalização

da

local

sessent.a t.em sido alvo

e

Oest.e

do

globalizada,

local

possível

artificiais,

justa

na

desde

com

os

a

anos

set.ent.a<Harvey./1992:264). A

volt.ada

de

como

segundo

índices

considerados. per-iodo,

o

privilegiado

pólo

exemplo,

em 1962,

fat.urament.o

d61ares at.é chegar- a

o

par-a

pal"t.icipa

de

so:fist.icado

476

líquido

de

do "'.

setox-

e

exposição

avaliar

de

di ver-são

e

em

no

ano

viajando

elevou-se

da

quando

passou Nest.e 8

se

esforço

mundial

1992.

dos

o

cultura,

escala

de

ele

que

possível

t.uristas

milhões,

2

signos,

sist.emat.ização

É

divertimento

númel"o

2!34 bilhões

e

dessa

entretenimento

int.ernacional.

de

set.or

ali

in:for-mações

de

padrão

desse no

Por

rnilh3es 30 mil,

Samb6dromo

espaço um

concretização

alguns

do

comércio

o

para

internaliza cult.ura,

construção

são de

81

mesmo

bilhões

de

A imagem do local mundializado assume

••Noa

do co.i.s do porto estlio arma.:zéne desati.vados hoje i.nstatado& pri.nci.pai.a EscoLas de Samba. de al.g~.o~ma.s da.s o projeto prevê de vi.si.ta.Ção públ.i.ca., onde expostQii Q de Locai.• fi.carao alegorias e oeorreri.am shovs para turistas dural"">te lodo o <11"">0 • barracões

..

.......

que a con•li.tui. Vale acrescentell" ho,;. Fonte:OMT/!l:PPS. atrá.e a pence da Europa. tu:rlsti.ca mundial, Em o pólo de atra.Çdo 400 mil luri.slas. Além as mi.l.h5ea e di.•ao, uma recebeu conli.l"">enle que atemaes. franceses, dQ canadenses, OMT mostra pesquisa dos vi.a.ja.nt&s a.nua.i.s ja.poneses, em e norl&-o.meri.canos

221


port.ant.o

import.ância

crucial

implement.ad.o

congressos

proflssionais

de

disput.am

ent.re

para locação publicização

de

a

filmes,

globalizada

ensaios

cont.ido

nessas

diversas

at.ividades

a

nos

respect.ivas

vídeos,

A circulação da imagem é

signos.

O

quais

represent.ant.es

suas

de

de

locat.ions,

e

mídia

escolha

comércio

de

anuais

t.lll"ismo,

si

nesse

de

produções,

é

o

de

públicos

como

et.c.

t.em

milhares

orgãos

cidades

fot.ográficos

que

O

cenários

pot.encial

alvo

de

ambicionado.

apar-ência concr-et.a capaz de fazer moviment.ar alavancar-

e

quant.ias

campos

de

t.ambém

variados<t.urismo e esport.e, por exemplo). Aut.ores como David Harvey t.êm suger-ido que a televisão

e

economia

os

equipament.os

capi t.alist.a,

quant.idade

de

audioimagens

quant.o

qualquer

int.eraja das

lugar-es

espaço local

abst.r-at.o

enfat.-izada

é

especiais. format.o

Porém,

produção é

mundial.

acrescenta

for-ma,

espacialidade

mundial

com

Har-vey,

com

out.ras

as

localidades

unive~salizável<export.ável).

privadas

que

a

para

t.orne

O argument.o

de

prover

a

cidade(ou

difer-ent.ement.e Harvey

e:fêmero

uso que sob

a

e

do

o a

local égide

compet.ir A

no

diferença qualidades

obedece~

devem

t.ant.o~

Toda

um uma

governamentais

região

ag-radável

heurístico

é

o

suas

Para

áreas t.orna a

localidades.

as

enorme

de

implica

vist.a

da

O que

globalizada

especificar

de

uma

produção e

capit.alist.a,

sent.ido

no

do mundo.

at.ivada cont.ando com esforços das agências

inst.it.uições at.most"era

mercado

que

simult.aneament.e,

mesma

da

da

acumulação

t.o~nem

que as

E

financeirizacao

da

possibilidade

"encolham" os espaços

figlll"acão

de

do

lado

espaços<. .. )t.ão abert.a à

e

nova

formas

a

ao

pr-ovenient.es,

out.r-a. "<Idem:264).

nest.a

novas

sat.élit.e,

estabelecem

diferenciadas do planet.a, "imagem de

de

combinação ent.re a

ou

país)

acessível

problema

de

ao

e

uma

capit.al

debat.ido

aqui,

pois "se os capit.alist.as se t.ornam cada vez mais sensíveis às qualidades espacialmente

diferenciadas

de

que

se

compõe

a

geografia

do

mundo~

é

possível que as pessoas e forças que donúnarn esses espaços os alt.erem de um

modo

que

os

t.orne

mais

at.raent.es

par-a

o

capi t.al

alt.ament.e

móvel.''(ldem:266). A experiência local do Rio de Janeiro plasma um empenho de

diversos

set.ores

mundial de diversão e

da

sociedade

em

consolidar

a

cidade

consumo cult.ural. Empenho que revela a

regular

como

p61o

import.ância

est.rat.égica assumida pelo set.or de ent.ret.eniment.o na economia da cidade, egcolheram vir para. terras a.meri.ca.na.B em busca. de ··a.traÇÕes culturais··.

222


do

mesmo

e

Est.ado

t.uríst.ieas

ser

deste de

600

400

6,4%

de

milhões

de

1

milhão

origem

por de

e

500

foi

mil

920 e

de

as

export.aç:oes

de

t.urist.as

e

gerada

milhões

90

exemplo,

turístico

est.rangeira

dólar-es

arrecadou

aPrefeit.ura

paut.a

da

movimento

pelo

quando

mil

1988,

janeiro contribuiu com mais

medido

verão(1995),

Em

país.

represent.ax-am

cidade do Rio de pode

do

425

brasileiras.

desse

t.ot.al.

O que

na

cidade

no

último

est.iveram.

brasileiros.

mil

pessoas

dólares

A

40%

mil

at.i v idades

com

Sendo

Uma

que

l"eceit.a

empregadas.

visi t.ant.es

do

os

ext.er-ior. Algo dent.ro hoje

evidenciado se

do

t.odo

um

andar-

financeiro

do

Rio,

at.ividades

e

motivações

para

a

também

no

alinhamento

inclui

a

de

sofisticado

um

Avenida

dividendos

ação

Rio

forcas

racionalizadora prédio

Branco

no

inseridos

realização

de

conjunta

de

entre

int.er-esses,

Liesa

da

que

escr-it.ór-ios

volt.ado set.or.

e

à

no

coração

apropriacão

Justifica-se

poder

ocupa

das

as

assim

público

iniciativa

privada de medidas visando dotar o Rio de infra-estrutura para função de ent.ret.er-~ mas segundo as regr-as do empres:ar-iamento.

Ao

lado

do

bast.ant.e s:ig-nificat..ivo em

um

cenário

par-aíso de

"sol~

existent.e

competitivo mar-~

produção

parque 26

na

montanha e

~ a

própria

arena

::;

industrial paisagem

mundial:

car-naval". A

2

o

Rio

audioima~ens:

local

é

convertido

oferece-se

como

es:t.:rut.ur-a ar-quit.et.ônica

do

Sambódromo erguida no coração pós-moderno(se considerado este termo como

••Este • lendo

da. tmpla.nla.Çã.o de um o caso escri.lôrio especi.o.ti.za.do em mO.l'keti.ng mela. de melho:ra.r a. ima.g.em da. cida.deco Convent.ion Vis:it.ors cenas sucessivos Bureau), tão dega.stado com o de violêncto. urbo.na. somoda.s Leva.-nos miséria. social. o crescente Zsto entender o intervenÇão velado a.rmodQG no ano. O da.e forÇas últi.mo emP&nho rnó.ximo manter o Rio no circuito mundi.o.L do ta::eer e do compet i.ti v o diversão, já. agora. a que lornou-8le a.mea.Çadora.. Nordeste Nos presenÇa. do últimos anos, o Prefeitura turistas com enqu&tes com os o objetivo f&i.lo de tem estabelecer uma i. tem mtni.ma. o ser atendida.. Em violência decresceu entre pauta os vi.srilanles, n&gativos apontados peLos restando ponto• o ··sujeira" o '"mi.sréria'". o

' Prefeitura últi.rna década a do Rio fi>~ou uma longa fo.i>la em .1a.ca.r&paguá., !Zona Oeste, pa.ra i.mplantaçõ.o de um pôlo do vldeo. Além de alguns conglomerados japoneses que ali vao fi>~a.r cin• a. grande beneficiada foi. a Rede Olobo de Televi.sdo, que pare tá. eat.U.dios, algun• doa s&ua núoleosr deproduc;:éio, expandindo-os numo. transferiu hollyvoodiana, No. eateiro. desta oonoenlrac;:Q.o do grande oo.pilal, di.m•naéio de médias emprescs produlora.s surgem vi.so.ndo concorrer na uma rede ou complemento de se:rviços neste nU.cleo audiovisual presta.çao lransna.çional i.zo.do . 26

Duro.nle territorial

a

223


a

concett.uacão

uma

a

t.r-aduz

gr-au

do

emer~ent.e

dimensão

comunicaç~o

cu.lt.ura e o

de

da

modernidade,

na

alcançam st.at.us na exper-iência social)

compr-omisso

assumido

pela

localidade

qual

cidade

da

nest.e

a

cont.ext.o

globalizado.

A FANTASIA CONCRETIZADA A part.ir da inauguração do Sambódromo, ganha vult.o a

vet.ores

na

pública

do

Especial",

relação

t.eor-

do

ao

gênero

Cont.udo

espet.áculo,

poder-se-ia de

comport.ament.o

dizer

mais a

denso.

que,

para

e

feit.ur-a

rigor-osos,

ser

post.o

nova

A

como

a

do

crivo

inf'o:rmal

de

Grupo

at.inge

públicos

pela

fe.st.a, uma

modalidade da

t.ais

imprescindível dos

do

confere

manifestação

Desfile

imagem

de

"especial"

realização

da

desdobrar-se

nomeação

uma

de

crit.ério

ao

"Desfile

carát.er

mesmo

e

de:

pernrlt.e-lhe

seu

aut.o-definindo

organização

alicerces

é

do

consolidação

A

1991

econômico,

Carnaval

de

cot.idiano.

desde

investido

popularidade

Desfile

cot.idianidade sob:re

just.ament.e

de

ident.idade

arcabouço

seu

do

e

carnaval e

denominado

event.o,

ordinariedade cujo

ent.re

inversão de

cult.ura.

objet.ivos,

uma

a

acomodação

para

o

t.ipo

ident.ificados

de com

det.erminados e.st.ilos de vida e agora acomodados na nova passarela. Procur-o Sambódr-omo simbólica

examinar

oferece

defendida

como

mat.erial

pelos

agent.es

da

dispõe

t.odos

cult.ural

inst.it.ucionalizada

const.it.uída

imprescindível

Fest.a-Espet.áculo.

que

sociólogica,

que

forma

espacializacão

suport.e

espet.acularizacão, na

a

um

amarração

uma

encerra

agora

na

sua

hierarquia

à

Simult.aneament.e,

t.enho

element.os

os

pelo

chamado

manifest.acão

da

arquit.et.ura,

de

no

sent.ido

de

que formem urna t.ot.alidade compact.a fascinant.ement.e visivel. A mot.ivacão do argument.o a que

o

Desfile

int.erdependências

de

Carnaval

sociais

ser desenvolvido est.á na hipót.ese de

carioca

mundializadas~

popular como forma de ent.ret.eniment.o. penso,

rnat.erializa

est.a

part.icipa

nova

hoje

ambientado O

condição

na

cenário da à

do

complexo

esfera

da

Passarela

realização

e

de

cult.ura

do Samba,

consumo

do

espet.áculo carnavalesco. Desenho a seguir o meu post.ulado. No seu est.udo sobre o modernidade,

St.u.ar-t.

modernist-as Niemeyer -

Ewen(19BB)

consumo de imagens observa

que

a

e

est.ilos

ar-quit.et.ur-a

de

vida

feit.a

na

pelos:

caso do Sambódromo, concebido pelo mest.re modernist.a Oscar

t.em a

caract.erist.ica de exalt.ar a

224

pur-a abst.ração.

O

emprego


de

f"ormas

geométricas,

concei tual, onde a à

"i~inação",.

er-a

do

cénica

evanescência

ao

vago.

"capit.alismo

parece-me

observa,

sugestivo

motivadora

insere-se

toma o

Fat.or

o

espaço

dos

rasgos

bem

no

entronizado

como

investimento

na abstração

Destas

um

espaço

a

apela com

por-

como

element.o

um

mercado

do

e

consonância

of'e:recidas

de

como

de

passar-ela

ampliado

comporta-se

em

pistas

imaginativos

circuito

ele,

nova

da

busca

da substancialidade

para

cultural,

especulativo". pensar-

lugar

na

Ewen,

a

caixa

simbólico

o

cultural.

possibilidade

a

de

dialogar

no t.empo ef"êmero da exibição t.ransnacionalizada.

A

análise

espaço-temporal, em

seguinte

no

grande medida,

sent.ido

cot.ejara de

questão

represent.ações

observaç5es

nas

a

feit.as

no

sociológicas

per-íodo

o

sobre e

eixo

basea-se,

compreendido

entre

1992 e 1995, quando realizei o mapeamento do campo empírico. I -

ESPAÇO

Em 19B5, um ano após a Samba e 0

Carnaval afirmava que a

luxo",

dança

inauguração do Sambódr-omo, a

com total

elaborados.

Por-

a

sua

enr-edos,

exigindo

efeit.os

especiais

hist.óricos e

a

havia

"inst.it.ucionalizado

pr-edominância do espetáculo visual sobre

atribuia

e

nova passarela

Revist.a Rio,

vez

maior e

"nova

uma

liber-dade

plásticas

novas

p.lat.éias

filosofia"

balizaria

das

exigência

se

para

criar

mult.icores".

canto

a

em

escolha e

desuso

fim); o

e

a

"delírios"

os

"fantasias"

Caiam

narrat.iva linear<começo, meio e

o

dos

"inventar os

t.emas

tempo agora era o

das abstr-ações'•(:10).

O texto defende a

hist.órica formas e em

e o

estrutural apelo a

comer-cialização

os

Desfile.

anos

Car-naval

do

como

no

Vimos

que

a

monument.alidade

das

t.emas de natureza onírica consist.iam numa t.endência

desde

mar-cha

Sambódromo

t.ese de que o novo espaço introduz uma r-uptura

sessenta, carioca.

acompanhando

o

inst.it.ucit~malização

a

que

nos

física

dos

compasso

da

a

do

condicionamentos

o

leva

present.es na dinâmica mesma do evento. Mas é verdade t.ambém que as novas condiç5es exibidas

alt.e:ram na

pist.a.

o

conteúdo

Alguns

e

dados

redimensionam sobre

colaboram par-a a compreens.3.o dest.e Numa mont.adas

em

área

tot.al

est.rut.uras

de

85

a

o

const.rução

volume e

sua

das

formas

arquit.et.ura

ar~ument.o.

mil

met.ros

quadrados,

pré-moldadas{conswnidoras

225

de

55 17

mil mil

est.ão met.ros


cúbicos de Sua

concret.o),

capacidade

mar,;eando

de

lot.acão

para

cadeir-as de pist.as e

camar-ot.as,

em

cinco

média

degraus

dos

acima

das

Municipal

os

lados

700 met..r-os

assistência,

chega a

met.:ros

arquibancadas

de

de ambos

do

ent.I"e

BB mil e

nível

dist.anciam-se

do

em

pist..a.

arquibancadas,

500 lugares, inst.alados

chão.

met.ros

30

Engenha:ria/dezembro:vol.XXXJX)

de

ver

os do

alt.os

mais

solo<Revist.a

ilust.racoã.o

na

página

seguint.e. magnit.ude

À

é

:física

somado

o

valor

simbólico

cont"erido

pela

assinat.ur-a do .arquit.et.o Oscar Niemeyer ao pr-ojet.o, mas sobremaneira pelo sent.ido

emprest.ado

t.radut.ora Ribeiro

de

foi

t.odo

naquela obras

o

espírit.o

preciso

pel'feit.ament.e

const.rucão:

à

quando

consciente

hora,

simbólicas<. .. ),

da

t.emplo O

cidade a

Rio um

da

de

para

fest.a

vice-governador

Darcy

obr-a:"Est.ava

um

vivíamos

do

definitivo

ent.ão

inaugu:racão

que

at.endendo

de

cidade.

na

de

à

dava-se

o

moment.o

Janeiro

a

sonho

dos

velho

e

est.ou

histórico.

principal

Ali,

de

sambist.as:

suas o

de

t.er uma casa definitiva para o Carnaval"(ldern). !'ala

A

plasma

eixo

o

sobre

espaço de desfiles. Compreende a da

pr-ópria

fantasia

forma,

uma

padrão

Passarela do Samba. O ante a locais

devam

oferecer mais

assistência,

melhor

caros.

agora suas at.o

pagar-

de

wúvoco

Enf'im, re~ras

produção

ali

o

ver

e/ou

o

conforto,

modelo

parte

das

obriga

a

alguns

são

espetacula:r-

de

dependê-ncias às

a

fest.a

da

setores,

do

pista

novo

outros,

é

da

imer-~e

por-

custam

absolutizado. pelo agentes

teatro.

condições

e

embora

just..amente

que

observadas

toma

arquitetura

particip-=-cão;

carnaval

suas

mais ainda

na divisão entre de

novo

do

fantasia

na

melhores

devem ser

obediência

dizer,

extraordinário

comercial

papel

o

sonho e

um

crist.alizado

Desfile,

estabilizam-se,

E

no

Alcancar

semi6t.icas

de

as quais t.razem embutidas um complexo de relac5es

discursiva,

sociais

parâmet.ro

para

visão

t.ornar

significação

o

fixado

melhor

monumentalidade estável do prédio. Fixa, de

todos

Seria

tr-ansitór-io e

dado

é

qual

concr-etizacão de

carnavalesca. um

ganha

o

do

constit.ut.ivas

espaço

concreto

de

exibição

das

práticas

carnavalescas. Ilwninada

t.om

cinza

como

a

a

uma

base

t.emperatu:ra de luz cromá.t.ica,

a

de

Passarela

90

mi!

wat.ts e

responde

ao

tendo

o

primado

da

neutralidade, traduzido nas represent.acões de alguns membr-os das Escolas como

um

conferem

local

"f"rio".

sobriedade.

O

As

linhas

branco

da

retas

e

pista,

espécie

226

a

inspiração de

vert.ical

rebatedor

da

lhe luz,


~•

~-· 3l s··

_o

"' '"m' roc

0>· ~·

,

< ro. ,. ~·~

~o'

.,

·''

·~

••• '"ro ~

~

-

• co co ~ "'•


Escolas,

protagonismo

o

ressalt.a

homogêneo do restante.

distinguindo

Port.anto, cabem a

elas

a

continuo

aquele

da f'est..a

concretização

carnavalesca. Devem t.omar o espaço, já que nele não cont.am se quer com a dêcor-ação aérêa. cuidado

O

dêcisiva. t.al

Desde

como

concepção

de

enredo

na

just.if'ica

1977,

carnaval se

define

a

recolhlment.o

da

do Carnaval. E de

falando

do

cort.ejo

temas lazer

carnavalesca

para

como

ela

Maria

uma cidade

mergulhar

em

é

est.iveram

f'est.a

libido

a

E

f'est.a.

alia-se

ao

feliz

por essência.

t.r-ês

dias

de

do

pois o

fant.as:ia.

da

carne, ent.rar a

vale

e

O do no

"cidade

ser hwnano

Tudo

27

cor"

est.a

é

uma pelo

é

depois

Aqui

a

Governador

mundana,

Rio,

cidade,

aliados

f'est.a

par-a

da

responsável

Ilha

da

irnport..ância

uma

cot.idiano

August.a,

União

"(. .. )wna

ist.o

ao

carioca,

da

liberar

de

assume

ligados

.afirmando:"Carnaval

quaresma." E

é

do

pluricromática.

hora

É

privilégio

de

época, opção,

coloração

idéia

desfile

a

erotismo.

a

Dominco,

o

a

com

t.em

o

nada

é

feio"(O Globo/21-02-1993).

A descrição de uma component.e da Escola União da Ilha, no ano de 1977,

perfilament.o Not.a-se pelo

o

esferas

do

t..om

enredo:

lirico

apoiadas

em

pernas

Blusões

lamê

Domingo

no

enfeit.ados Araut.os.

Rio. com

Araut.os

Meias

azuis

vermelhas

em

compõe

núcleo

August.a

mágica

de o

element.os

Rorigues

set.e

let.ras

abre-alas

e e

dourado, Chapéus fit.as do

enredo conjuga-se à

de

malha,

da

verdes,

perna

uma

azuais

e

brancas

laranjas:

laranjas, frent.e

inút..ando

dourados,

alt.os.

mult.icoloridas,

o E

t.emát.ica que apanha o

mar. Música, coreografia e

a

e

grandes

escola<. .. ).

Araut..os

at..é

mesmo f'eia se

de

cada

e

verdes,

de

mãos,

2).

colorida".

em

A

cor.

No

verdes

e

douradas.

Copacabana

clarins

arco-iris.

o

no

responsável

e ... Sapat.ilhas

nas

Amanhece:r-<Colombina/1988:1

é

que,

calçadão

como

somados

"emoção

de

nome da fant.asia. Fant.asia simples, e

vermelhas,

sol e

t.ripés,

individua.lment.e.

conjunt.o,

como

comovido:"Maria Palavra

de

composição

a

Desf'ile-Espet.áculo

Domingo.

do Amanhecer, o vist..a

quant.o

elucidat.iva

é

dourados

Clarins

programação

de do

Rio de janeiro como cenário de

cores compõem um conjunt.o que t.raduz a

exuberância da "cidade maravilhosa ... Ora, mais que um est.ilo, a

... , ......

concepção do "desfile leve., cont.ém os

,;ermes do modelo que as condições do Samb6dr-omo absolut..iza como padrão: Depot.m•n o

ort.o

,

ugus o.

227


a

apelo ao discurso das cores. just.ament.e à

ima«:em da f'est.a det.ermina o

medida

que

os

humor-íst.ico

t.emas

t.omam

de

Jug-a!'

decadência

da

Escolas.

efervescência

das

A

dit.adura

for-mas:"Já

r-everberação.

viram

visuais,

às

apelam

do

carnaval

m&sma cores

pollt.ica

início a

No

"quent.es"

no

de

sat.írico

oit.ent.a,

coloração

do

ela

"são

mais

a

das

luz

loucura

como

e

mult.icor-

explode

rit.ual<Rio,

carnavalescos,

com

visual

fer-vi.l.ha.r

delírios,

no

pois

cunho

anos

Car-naval

exorcizada os

dos

maior

est.ados

direcão

de

res:salt.ada

é

d&t.onar-?

si~nificar

e

no

ocorre

porque

Na

social

Dasflle,

cor-

Pret.ende

Carnaval/1986:17).

no

milit.ar,

bendit.a

e

sant.a

crit.ica

e

t.ornada

Samba

e

programadores

comunicat.ivas",

ou

seja, são signos incont.est.eis de carnavalidade. No chamada

cur-so

de

''carnavalesca'',

regularidade

a

Escolas Passarela

brasileira

fest.a

a

cort.e

confecção

mesclados est.ét.ica moderna

aos do

de

samba-enredo

mostra reis,

para

o

conjunt.ament.e na

visuais

é

mundo ent.ra

em

cont.inuidade

a fest.a

da

nobreza

clara,

haja

outra

ilust.rat.iva

t.odo

mundo

observação

é

igual"(Lula, feit.a

t.ransmissão da Rede Globo, Referindo-se

ao

fest.a e

pelo

dur-ant.e a

inusit.ado

da

da

Tit.o

locut.or

duas

dos

a

Bet.o

oferecida

dos

t.:r-ópicos su~ere

a

seguint.e

t.recho

do

à

art.e

numa

na

às

cort.e

raizes

minha

razão da

t.raz

quant.o

minha vida,

Pernada/1994).

Fernando

dos

solidariedade

de

t.ão

nova

emoção/ E

Ou

Vannucci,

a na

passagem da Imper-at.riz Leopoldinse. "fest.a

brasileira"

&m

comparou:''Nobres assist.em ma.ravilhados, como est.aJDOs nós ac;ora, a de indias e índios ent.:re :frut.as t.ropicais".

228

de

da

apelo

O

à

indigenas

f"rancesa

galera de

cont.inua,

e

1994,

raízes

junt.a

é

uma

as

sent.iment.o

branco

a

época,

realçar o

na

foram

cidade

brasileiro/Como

mesmo

popular:''Assim...a

de

vez<. .. )".

Em

animais

cont.agiando a

carnaval

do

e

se

e

pot.encialidade

vist.o

cult.ura

ano.

da

de

:r-esult.ou

presença

A

criação

Serrano

européia

int.enção

o

a

aves

A

sua/ Nest.e delírio t.ropical/ O verde folia

1550.

flora,

"

nest.a

t.ema:

da

:fest.a,

cena

Império

t.emát.ica

carnaval

cada

habit.ant.es

em

Serrano:"A

int.eiro,

pt"óprio a

o

mesmo

barr-oco".

Império :faz a

engalanado

vicejado

reproduções

Império

dimensão/Hoje o

e

pelos

à

mult.icromát.ico ao

a

ent.r&

alt.ernat.ivas

aparecem

Medieis,

carnavalesca

do

o

organizada

"delírio

:fest.a

geral

Leopoldinense

element.os

combinação

padrão

refel"ent.es

em

dos

a

anos

propocionar

o

defendendo

na

para

por

ertl'edos

os

Samba

onze

e

Imperat.riz

do

brasileiros

para

como

t.ropical

Rouen

últ.imos

deslumbrant.es:,

ima~ens

fest.a

dos

Rouen, dança


No

ent..ant..o,

:representações

pe:rmeando

sobre

a

como

t.ropical

mater-ializada

quest.ão,

c:reio,

um

evento:

plasmam

para

:recorrem

em

a

na

ambient.ados

sig-nos

posição

determinado

ap:resent..acão

que

ocupada

concerto

pr-ópr-io

o

à

leva

que

a

confir-mem

pela

dest..as

esme:ro

ao

pr-óprio

o

que

o

existência.

sua

nele

a

justificativa

uma

audiovisual,

no

reside

t.odo

int.ecionalidade,

relacionament.os:

dos

produção

como

festa oferece

Carnaval-Espet.áculo configuração

a

na

sua

carnavalidade

superespet.áculo.

inst.it.uicão

sócio-cultural.

A

carnavalesca hist.oricidade

A

recent.e da t.endência descrit.a, pr-ecisa o meu argumento. De coloca é

um

o

do

proporções

de

present.e

o

p:roblema que

o

quem

sua

às

e

de

p:reparação.

imposições

acordo

a

se

porém

em

precariedade

e

constituição

da

um

vez

lógica

do

tipo

de

processo

acesso

t.er com

decorrent..es

que

o

A

deflagr-ado

É

uma

do event.o,

aspect.o

Sambódromo.

de

porém

o

à

responde

com

selecion.a

público<pagant.e),

ent.ão

mais

audiovisual

inibindo

at.é

instituído

que

ampliado,

maiores,

cert.a manei:ra,

espet.áculo cadeia

algo

preenchimento do espac o

bem

improvisação Liesa,

âng-ulo

ao

em

olhar

pri vat.izacâ.o

de

da

cultura. Vejamos alguns depoiment.os à propósit.o: Nos

••

o

po.ssa.do,

pouc::os

mantenha

&lamentos os mestre-sala e

baio.nas,

nao Antes no

S&

pó.

••

uma

via

ár-vore

nao ola culluro.i.e

••

não

histório. a inte-rna. unidade &voluÇã.o pela. d~

A

toenológi.ea.e

00

Revi.ato.

t, 2

depoimentos Ri..o,

do

turiatiea.

e

ao

que

do

camarotes

pode

samba

o

néío eonc...i.to

&><pc.ndl.rem. do

fundamental

componentes abandonar a corna.vo.l.

como

anterl.orment&.

••

prendem Claro

evoluir.

esc::ola,

ralzes o.no.l1.sa.r

ter

umo

Houve

uma

proposto. mudanÇa

técnico.&.

grandiosidade

evolução

••

••

não

do se

que

arquüetura via

se

suas

se

frutos.

moldes

ar qui bo.nca.da.s

como

hoje

uma

própria

uma

houve

nos

importante

do

QB

resgatar estes se pode

que

i.nduatri.al

inteiro.

Jduitos

pessoa.s.

condiÇões

É

o

carnaval.

o

por

bons

permitem

o

assistir.

pista

mantenha

de&unvol.verci. nã.o

a

entre

dUvida

carnaval

formadores

componente

o

sem

um

porto.- bandeira,

••

qu•

gra.ndi.oso. Avenida

na

om

distância

perrn1.tem

eepetciculo

coloca.do

fosse teriam

a

So.mbódromo,

••

com

acostumamos

evolue ao

que

natural,

.ao

Sla.mbo.

de

vemo10

f02

L

teia.

nQ..&I

hoje

da

po.rt.o

La.oerda.,

Carno.vo.lU.PP:U.

229

escola..s mudanÇa

Li.Li.a.n

linha do.

Ro.bolo

de vida.

a.contec ... r.

e

Vi.rio.to

A

descobertas

Ferreiro.


Os depoimentos dos três carnavalescos COI'l'espondem pel'feit.amente ao

interesse

de

produtores

aos

concerne

mundo

de

resultado

grupo

evolução

da

nivelações

às

Contudo

um

de

trabalhos

seus

superdimensionado.

social

toma

Carnaval

ur.riversal

pol:'

Car-ioca

simbólico

e

econômico

reveladores

natural de

como

uma

de novo

o

concepção

espaço

tar-efa

a

de

funcionamento

mercado

do

e

espécie

novidade,

e

culturais

da

mesmos,

em

racionais

como

adequar-se

espetacuLaridade

idéia

produtores

coadunando

Sambódromo

da

à

conferida

do

conceber

ao

imperativos

valoração

expressos

são

que,

estabilidade

valor

estrutura

os

do

cuja

um

trechos

definidas

comercialização

expectativa

os

natural,

Entendem

cultural.

culturais,

de

públicos

seus

consumidores: sambo., não resista. Mas bom co.rnavat que um espaÇo fi.xo, os ehntos Sambódromo, que pn.vitegio. samba Com i.sso, imagens. os escolo.s deti.rio prectso e aos carros alegórteos. realce à.s fantasias precuoa.m d= que desfUe, paro. conqutstar a.s pessoas brilhantes cores levo.r de-spi ao carnavaL< . . . }. Para liberdade, dar mo.\.or agora chegando esi.ã.o carros a.legórtcos desfi.la.m e h:.: com que os que pessoo.s bastante no carna.vot da. s-1> mex& art.t.culados. Tl..ldo em objetos tra.nsf ormem se bi.lho, no seJa. eri.mple-ament.G> arrast.a.do, oom nada que. Wocido.de,

que do carnaval o o espetacutares, É

pi.si.a.. a

um

sem

verdo.de

vi.deo-go.m~&J.s,

se movimentam .sem revista..s em quadrinhos

do

Fernando

Pinto

moldura

dentro

bi.chos

As

lin~~ag~&Jm

planeto.s-

e

po.rar, e

imüando shovs

dos

de rock

palavras

As

cênico

do

formas,

Sambódromo

cor-es

materialiZai' em

1995

Clar-k

ele,

e

Isaac

principalmente, Espaco~

natureza

a

em

do

imagens

As:imov, do

além

o

enredo

século

XXI

a

O

série

efeitos de

de

Assim

"delirio" toda

Gordon

Odi.sséia

basea-se

Carnaval

a

de Via

que

e,

no

nas no

Láct.ea,

=

ca.rna.valesco

Fernando Pinto reproducao a.qu.i ctfixo.do como parle da mo r lo em 1s:>S? no A

230

Flash

Um

um painel ca.rna.vo.leeco

t.ext.ura,

cient.ifica Al'thur

u~a

;eooz,

at.ingi:ria

a

espaço

impactant.es.

ficção

no

ao

pl:'incípio

ao

Z'iritfft.lidum,

brasileira do

qual

da

obedecer

Kubrick,

:;:ooz

entrevista. fC1Z parle da o trecho otobo, Hoje, da. Rede Telejornal da. transcri.cao a. ret.irei a.presentado. expo•ieS.O rea.H.zado. em homenage-m ao Nuaeu do Cc:a.rna.va.l, em 1P90.

reservam

cinematográfica

argumento

cult.ura

de

aut.o:res

St.anley

filme

concebeu

da

devem

visuais

partir da leit.ura dos

Estrelas<Veja/27-02-1985). limiar

de

criações

t.emas

e

deli:rios a

carnavalesco


ent.~o

seria

astros

nove

dos

realizado

um

mega

carnaval

sistema

do

int.erplanet.ário, adotaria

solar

quando

cada

popular

folguedo

um

um

brasileiro. Vieram assim: O Corso dos Mares da Lua, Boi Robô de Plutão, Pirilampos Mercúrio,

de

Marte,

Reisado

de

Afoxé

dos

Netuno,

Filhos

Frevo

de

Uraniano,

Out.ra vez a reaparece,

que

no

debochado

delírio

present.e

a

sociedade

exigê-ncia

brasilidade de

dos

de

cosmopolistimo.

futurista

diferença,

menos

Talvez

investida corno

de

o

cosmos

perpassa

fosse

os

mais

de

cult.ural Rio,

teor

O

e

no

Samba

Mocidade

e

e

o

do

popular

circuito

do

Carnaval projeto

é

t.urismo

ident.ificado mundial.

sublinhava dos

ao

agentes

sit.uada

mesmo

familiaridade

a

banqueiros

do

jogo

do

cor.

os no

sinais

empenho

na

entre

esta

mercado do

ano,

bicho,

cultur-a

da

com

o

pela

pensar

trânsito

Nest.e

e

promovida

jogar

mas

moderno

alegria

adequado

ao

irredutível,

o

carnavalesco

reordenação

a

legi t.imidade

identidade

do

de distinção no int.eriol' de um mesma esfer-a, onde funciona o simb6lico.

de

Fandancos

t.radicão e

tropicalista

conhece

industrializacão em seus diversos niveis; a

Júpiter

premissa de dialét.ica entre a

folguedo popular brasileiro vestiria no futur-o no

Pirilampos

Rancho da Primavera de Vênus.

Siderais e

Porém

Saturno,

indúst.ria a

revista

enredo

da

fundadores

da

o

Liesa: o l<:1Lve2 S&J<:l Est& que, &ale de Andra.d&. :Indep&ndente( . . . } . Li.go. os outros pr&sid&r.ls-s

Pr&s\.der.t& do reun\.u dez Castor \.d&i.o. de dssa.mb<:1, escol<:1

proj&to a.no, A

de

de Honr<:1 do a-scol<:1, Ca.stor m<:1\.ores. escolas de samba. no de Andro.d&, tí.der de lodos é tro.nsf orma.ro. L\.go. numa sof\.sti.co.Cã.o da Pa.sS<:lr9lo. do

bete2a & super empres<:1 & <:1provei.ta.ra. sa.mb<:1 pa.r<:1 exportar o ca.rn<:1v<:1l do Bra.si.l pa.r<:1 o mundo{1985:89).

Em lugar de ver aí apenas uma estratégia de produt..ores culturais embebidos por

uma

líderes

Escolas

refere--a insércão cenário

cínica

da.

paradisiaco,

racionalidade

cidade

na

vitrine

da

talvez

condicionantes

de

resulte

econômica,

Civilizacão

a

intransitivos.

Mundial Moderna

"brasilidade"

e

projecão

locus

dos Isto

no st.at.us

para

o

de

desfrut.e

hedonista. Algo observado na concepc3.o de alguns enredos elaborados para o

event.o. No mesmo ano de

Adao

e

Eva.

Um

"delírio"

jeneiro no Éden biblico,

1985,

cuja

onde

"anjos" dourados pelo sol

e

o o

a

Beija-Flor trouxe

narrativa

revelava

casal pr-imevo eram "fruto

pribido"

a

da banana. O trat.amento dado ao tema most.rava o

231

o a

t.ema

de

jovens surfist.as,

os

fálica

Rio como o

do

de

Rio

figura

origem

Lapa

A

e

tropical

"paraíso do


pr-azer-

e

do

pecado",

que

o

"Jar-dim

do

Éden"

t.ornou-se

a

ir-r-evel"'ent.ement.e car-navalesca "'Sodoma e GomOl"'l"'a'' da at.ualidade. O

Carnaval-Espet.ácu.lo,

Janeil"'o,

const.it.ui-se

no

por-

Desfile

est.ét.ico

classificação

"fest.a

t.ropical

excelent.e

:facilidade

nat.ureza,

a

capi t.al

repr-esent.a o

Rio

turismo

o

é

sua

de

de

do

com um evento

tol"na

circuit.o

infr-a-estr-utura,

à

que

do

tur-ismo

do

Janeiro das

objeto

t.ur-ist.ica: absoluto

Escolas

de

o

no

Samba,

poliment.o

de

Carnaval

nat.ur-eza

explicit.a

exuber-ante,

e

culturais{. .. )

cidade,

bonita

Rio

conta,

o

Mas

o

Riot.ur

históricos dest.a

de

entretenimento,

da

Afir-ma:''Sua

brasileiro.

atracão

e

Desfile

popular sem paralelo em qualquer maior

Desfile

do

relat.ório

:fazem

Rio

própl"'ia sobr-evivência

mundializado

atrativos

do

compr-omet.indo

racionalização

O

acessos

novo

qual a

posição

à

emblema

dest.e

a

compr-omet.iment.o.

acoplados

t.udo,

Porque

brasileira",

est.e

event.o

base, sem a

corr-espondem

na

cont.undent.ement.e sua

ameaçada.

observados

carioca como

vê-se

o

car-l"'o-chefe

ag-rilhoant.e. Est.e impõe-se como do

sal'

parte

Carnaval roteiro

pelo

por-

acima

do

mundo

Carioca.

O

e

e

que

int.ernacional

espetácu.lo

de

do

serviços

o:ferecidos''(199B:07). Inserido em t.al pat.amal' de compl'omet.imentos, penso_, a conjug-ar Desfile,

tradição

modernidade,

ressignificada.

e

t.ão

que

t.ot.alidade

Fest.a-Espetáculo campo

a

distingue t.l'opical

economia

da

dos

a

diferença

como

alteridade

br-asileir-a

signos

de

resolve-se

desliza

imediato

do

do

nacional

condições,

mer-cado

produção

local~

t.ais

no

na

dispõe os símbolos em uma int.el'ação simu.lt.ânea ent.re o Sob

cir-culação

também

mundial,

global.

A

emoldurada

popula1"

o

é

e

:fórmula de

somente

na

reconhecivel(Or-t.iz/1994).

A

então

e

o

t.ot.alment.e

acessi vel

para

l'econhec:imento

o

e

censura-se o que mantenha- na presa a idiossincrasias part.icu.lares. A para

essa

descr-ição

do

perspectiva.

"zirí{!:uidum" Fer-nando

nas

Pint.o

estrelas

er-a

:for-nece

categór-ico:"O

mais

insumos

Carnaval

quer

subir no Espaço. Os discos voadol"'es na Avenida são os contatos ímediat.os com

o

samba"(Veja/27-02-1985). ' Situo

des:f"ile. O desenvolviment-o narr-ativos

que

vice-versa,

do

poderiam que

não

enredo

sei' havia

sucediam ricas em dat.alhes,

mas

est.as

:fl'ases

seguiu ao

apresentados uma

projet.o de

linear-idade,

compactadas

na

no

traz mas bloco

concl"et.izacão de

expor

p~a

único

set.ores

:f"rente

imagens a

do

que ser

ou se

visto

do alt.o, dist.anciado para t.er o definit.ívo efeit.o. A

pist.a

do

Samb6dromo

for-a

232

t.omada

por-

astronautas

com


bandeirinhas maquet.e

do

do

Brasil

na

comissão

selai'

sist.ema

com

os

de

astros

girando

siderais", envoltas numa nuvem

de

rit.mist.as

mestre-sala

seres nos

autômat.os

exóticos,

:filmes

de

três imensos no

espaço,

:fiçcão

esculturas.

da

ret.orno

Terra"

metamorfosear-se

o

tecido

vestia

o

brilhoso que

do

formas

lamê

forrou

moviam-se

como

o

futur-o:

samba

pela

:fim,

carioca

o

uso

de

leveza

e

formatou

diversas,

que

Como

por

E

Predominou

acetat.o,

em

moscas,

gafanhotos).

passado

Mãe.

o

plásticos.

"mulatas

met.aleiros,

int.erplanetários.

Naue

na

de

enorme

Vieram baianas

vespas,,

ao

romanos

lado

justament.e representando

os

emborrachados,

e

o

ao

uma

port.a-bandeira

e

inset.os(besouros,

voadores,

como

em

branca fumaça.

cent.ur-iões

"Carnaval

leves,

flexibilidade

de

cient.ifica,

e

discos

o

materiais

espumas

forma

em

e~ípicias

pirâmides

dourados,

Se~uiu-se

f'rent.e.

camadas

espessas

de

dançando

ao

da

ritmo

percussão. O resultado obtido :foi um maior volume nas peças alegóricas e o

clima

metálico

ou

esbranquiçado

dos

cenários

futuristas

do

cinema

de

ficção, ao modo de Jornada e Guerra nas Estrelas, Barbarella ou Laranja Mecânica.

"delírio" est.aría na conjunção

O

formas

é

com o

exemplar

desta

sentido

de

real,

medida

à

repertório da unidade,

cultura

que

popular-

just.ament.e

universalidade

uma

mobiliza

da

ao

cultural.

sinais

de

modernidade brasileira. utilizar

Ou

:fácil

seja,

dos

próprio

O

t.emas o

t..emas e

desfile

formas

e

delírio

r-econhecimento

das

era

pelo

no

muit.o público,

durante o exígUo tempo da apresentacão da Escola. A aposta

car-naval

como

fato de que

absoluto" . sinais

mil

No

entanto

enredo

cada

complexo

pessoas

a

:fant.asia

dimensão

com

o

opera

est.á

carnavalesca

de

irredutibilidade

a

e

despropositada

ilusões

objetivo

com

ligada ao r-ecor-r-e

produzir

ao

relativa

do ao

despojament.o acer-vo

si~nifica:ções.

dos Deve

de que surjam :fulgur-antes em cores as suas ambientações

envolver

superando a

do

brincadeira,

cot.idianizados

cotidiano 80

uma

"delír-io"

"a: necessidade de cr-iar

também, a: fim móveis,

no

de

vez

mais

sua

estejam

elernent.os

el~bor-acão

envolvidas

de

humanos, "delír-ios".

diretament.e

t.écnicos

e

Calcula-se

nela<O

idéias hoje

que

Globo/16-02-1993),

mão-de-obr-a empregada no set.or da construção naval,

.João:i.nho Tri.nlo.CVejo./11!1.-02-J.P?P). Fr05& de El.o. eató enredo O Paraíso da Loucur-a. justi.fi.Frase do .Juato.rnenle rno.terio.li::~:ado. "dimenaõ.o ca.rna.va.lesco.", "deltrio" isto fa.nla.ai.a.a, rilmo, do.nco. e o..Le9"ori.a.e, enfim, no prõpri.o DesfiLe.

233

no

...

urno.

um dos

i.naerida. na pr·oposto. de músi.ca, nc


maiores

do

Est.ado

do

Rio.

a.l.av.anca t..al. cont.igent.e

A o

é

imperiosidade

da

produção

em

hábil

tempo

estendê êSpaço-tempor-alment...e, dentr-o de

uma

rotina anual.

II - TEMPO

O

alongado

perfil

de

t.rint.a

metros

das

ar-quibancadas

dêfinem

dimensões para os carros alegóricos em t.orno dos 10 metros de altura. A busca

plane jamento

e

execuções

gerenciament.o

cuidadoso,

implacável

produção.

É

concatenados

da

porque

repletas

de

detalhes

audiência.

Ist.o

determinou

projetá-lo limite

julho.

em

iniciado

logo

escassos

indument.árias, presidentes:

de

que

de

abril.

uma

Do

se

mesmo

do

modo,

Escolas

as

torna em

par-a

durante

manter

de

desfile

"desfile

e

qualidade

nos

protótipos

das

em

de

agora

enredo

o

.a

produzir

um

polifônica

:feitura,

conceber

a

alegorias

12 da

de

um

supervisor

um

média

periodo

devem

chamado

ritual

demanda:

expectativa

à

car-navalesco

apr-esentadas

alas:

apuradas

construir-

expansão

o

tempo, são

tempo

preciso

Levando

em

o

mais

outubr-o

aos

pr-otótipos".

A

adoção por todas as entidades do Grupo Especial deste método deve-se ao propósito

de

que

carnavalescos,

as

para

negociações

modificação

entr-e

de

os

detalhes

presidentes nas

peças,

de não

os

e

ala

atr-asem

a

dinâmica da produção dessas peças, de em média dois metros de altura. Tal desfiles

dinamismo

de

protótipos,

badalados

e

adeptos

apresento

nos

podem

As

capitulo.

permite

alas

últimos

anos

as

not.adamente

exi.bí-los

da

que

para

em

exemplar-es

Escola

de

t.êm

Samba

exibido

recintos{bares

públicos

alguns

com

de

realizem

alas

seus e

ampliados,

di vulgacao

Caprichosos

de

antecipação

de

shopping-center da cidade. Ou pe:rmit.e que hotéis e

mais

boit.es)

visando a.l.a,

Pilares,

suas

próprios

no por

fantasias

atrair final

do

exemplo. em

um

agências de viagem as

comercializem no escopo de seus pacotes turísticos.

recursos criação,

assunti.._~

importância

A

int.er:Cere

acelerando

plane jament.o

barracões,

vai-se

estrei tament.o

e

a

dos ni veis de

administr-ação

di:ferenciacão

e

direção

inscrevendo

o

pela

uma

aquelas

espaço

que

as:

t.arefas

manuais.

No

espaço

baseada

mais

é

e

exat.ament.e

decisiva será a

restrito:

o

acesso

dos de

dos

no

:função

racionalizant.e

mais

parmi tido só a

pessoas autorizadas. Bem di:ferent.e do pát.io de construção

234

ocupa

t.empo

entre

hier-arquia

comando: quanto

do

está


das

alego:rías

os set.o:res de

e

deco:racão, escult.ura e

abnoxa:rifado.

apresentam divisões tênues, estando aberto tant.o aos operários e profissionais aqueles

envolvidos

no

trabalho,

permanecem

que

ambientados

ar-condicionado<ca:rnavalesco,

seguranças,

seja

salas

em

just.ament.e e

Fechadas

com

selet.ivo.

às

Depende

diret.orias

crivo

do

entidades.

das

de

Estas

divulgação pela imprensa das suas "armas" a

''grande

no

exibidas

muit.o

obedientes

tudo fazem par-a restringir a ser.

supervisores.

seus

bar-:r-acão

do

e

po:r-t.eir-os

aos

demais

assistentes e dir-et.ores), fabulando 31 serem revelados no espetáculo . Mui t.o embora o acesso as

os mistérios a dependências

como

Est.es

dia''

prot.egê-las

ou

espionagem

da

das

concorr-ent.es.

o

barracão

classificação

do

Beija-Flor

da

espace

social

é

paradigmático.

constituído

quat.ro mil metros quadrados, manif'est.a a internos às seus

Escolas e

destas

comprometimentos

decide

posições

e

com

a

hierarquias.

de

cerca

e de

maneira como os rela.cionament.os do

instauram

direcão

A

área

urna

instituição

amplos,

mais

em

organização

A

Carnaval-Espetáculo cognição

urna

vertical

como

est.á

e

própria

e

montado

o

ambiente corresponde a escala de poder. Assim

dos

carros

ger-enciament.o. onde

são

prontas, ent.ão,

t.ér-r-eo

alegóricos,

A t.r-avés

descem

as

por-

barrulho.

Ali

um

espaço

do

em

uma

de

um

construção

junt.o

elevador o

assist..ent.es mais diret.os, aos quais

e

e

acesso

para

contendo

coberturas

das

esculturas.

serviço

à

ao

segundo

Est.as

cobrir

os

é

oferece

protegido uma

t.rabalham

recai

a

visão o

função

de

andar,

depois

de

carros.

no

t.erceiro

e

do

privilegiada

de

do

calor-

carnavalesco de

as de

secretaria

carnavalesco apar-ece

execução "embaixo". Aí

com a diret.oria da Escola -

••A

as

barracão. Dent.r-o dele

idéias do "alto" com a

tem

seu interior

t.r-ansparent.e

esqueletos

almoxarifado

se

gabinete do

compensado,

janelão

ao

e

de

dos

elétricas

escada

decorações

por- out.ra escada, Feito

a

instalações

das

elaboradas

paviment.o.

t.odo o

no

metálicos,

armações madeira

fica

e

seus

int.e:rmedia:rizar as

também ocor-rem as r-euniões

ver- pla.nt.as de 03 a 05 .

·~

deaeri.Çõo a.ei.mo. resulta de:zembr-o de ~~ o. f&ver-ei.ro União l:ndependent.e de Padre Mi.guet, unidos de vila Leopoldi.nense, exceÇÕes, mesmo um existam a.Lg1.1ma.s

••

ne&lii&B recintos.

235

durCLnte 00 meses de ba.rrac&es Mocidade Ilha., Está.ei.o de S6., ~mp&:r-alri.:z Portela Beija-Flor. Embora do eapa.Ço foi. observado uso

••


PLANTA 03 BARRACliO DA ESCOLA D~ SAU;BA llE!,JA-l!'LOR(TllHREO)

', sà:cretaria

'''

portaria

1------/'ll r-------~

''

'

''

''

'

'' '' ',

''

''

pátio de fabricação e montagem dos carros (ferragens, madeira, mecânica, hidráulica e e}étrica)

~ ,.., c"'

e:<>

almoxarifado


I'LAN'rA 04 BARRACli:O DA ESCOl,A DE SAMBA BEIJA-"LOR(2o ANDAR)

refeitório

banhel.r os

./l

./[

.-/1

cozinha

•'

.•••

=

/

/

•l ti

''

'

''

''

''

~==-~~ ,.,.

~-

'"-<"v.

= ~-=

<!/<i

o

Q-0

costuras

decoração

'

"~

"

"'"'-0~

>'o

escultura e pintura

rrrmm

/'~

./1


PLAN'rA 05 BAR 8ACÃO DA ilCiCGLA DE SAMBA !lEI JA-J<'LOH ( 3º AKDAR)

"'"' - - - - - - - - - . janelão

H o

o[ZJ o[ZJ o[ZJ

~

"'"' o "'o<d

o

""' ri "' ~ "' H

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"

o

"'

"ro "

ri

transparentas

"'o ~"'

banc~dus

de riscos

.;:; "'o ~

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"'

o

...p,O"' "' ~ ~

"' "' "'

ri ~ ,ri ·rl

mesa de desenhos

<l)

""'"

sala de criação

.. .·.. .

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.•·

L__J

~-------------------------~c·------------------------------------------------------------------------------------------------~ ~

H

o

rl

"

·ri

·d ~

o o I H

"


Roteiro do Desfile COMISSÃO DE FRENTE Grupo de Apresentação da Escola Quadripés

Quadripés Destaques A· William

B · Kiko C- Renato

D · Joel 01 -Ala do Mar- Comunidade Cavalos Marinhos - Grupo Abre Alas

Destaques.. 1 -Jorge Bras 2- Agatha Ferraz

5 - Isabel Fillardis 12- Roberta Vermont 2 - Ala T uaregas 3 - Ala odaliscas 4 - Ala Mercadores


A Grande Muralha

0@

0

0

Destaques 1 - Te reza de Aquino 2 -José Cerqueira 09 - Ala Máscaras 10- Ala A Corte Dança Afro - Grupo A Mãe Negra - África

1- Watusi 2 - Toni Tornado 11 - Ala Guardiães 12 -Ala Baliness 13 - Ala Saris 14:::: Ala Nobres O Boi como Moeda (A Índia)

63


O barracão, em t.al medida, quant.o

a

quadra

Escola

da

e

passa a

suas

as:

dimensões

art.esanalidade

administ.ração

funde

se

e

impessoais

de

prát.icas

alt.a

a

com

rnandonisrnos

emprei t.as,

lug-ar

espaciais

ampliadas, t.al como as divisões em seu int.erior. a

um

ocupar

especial,

t.rabalho

e

exist.ent.e. exemplo,

cont.ext.o,

ent.r-ecr-uzarn-se

equalizados

que ainda

Jorge

passa

sala inst.alada pelo sucesso 1990-91.

encomendas t.êxt.eis,

e

no

de

funcão

infor-malidade

à

o

"Chlquinho"

da

nos

carnavais

de

const.ant.es reuniões de

com a

Praça

pelo e

no

orcament.á:r-ia

de

ano,

t.odo

at.ribufdo nos

na

muit.o

anos

informações

assessores,

por

de

ent.re

cuida

das

mat.éria- prima{indúst.rias

e

no

É-lhe

de

lugar

envolvidos

bicampeã

seus

obras

decoracão,

diret.oria geral.

conjunt.o

XI.

.

Independent.e.

correr

t.rânsit.o

supervisiona as

cost.ura

de

no

últ.imos

carnavalesco

o

dia,

na

determinada

out.ras),

e

seu

32

det.ém

base

Mocidade

da

Escola,

fornecedor-es

aos

do

espaces a

de

imperat.ivo

car-naval

com

de

t.écnicas

pelo

de e

demandas

as

hor-as

12

é

at.ende

idéia

t.empos

ent.idade

at.elieres

confere à

os

barracão

químicas

nos

cool"denar

sincronizar

mais

sua

A

diret.or-

Fr-ancisco,

da

set.ores:

os

deve

do

ser-

a

o micro-universo onde

É

t.ecnologia;

figura

a

cent.ral

t.endem

circulação no circuit.o monet.á:r-io e financeiro, que os nor-mat.iza Nesse

t.ão

Desfile

A

mas

no

pát.io

deve

valorizacão

at.ual,

det.ermina

producão

de

part.icipar que o

das

ele

próprio

peso

polít.ico

adquirido pelo seu cargo:

o superqu&silota uni.dad& con;unlo um lodoi. A comtesão d• o maioria da escola at nda so.tndo, a na concenlro.Ção. Este é frenl& o tempo Saber d.OSQ.l'" a escola desfi.l.a me-Lhor: mtslêri.o. o = ategoriel$ d&elizam, bateri.o. fa.ntc;L$i.CI.S o.parecem, aegura, so.mbo. bem cantado. Não cansa o públ.ico HOJO,

de

••

A ênfase na dosagem da t.emporalidade de apresent.acão do conjunt.o t.raduz

o

horário desfile

rigor de

é

como

inicio

e

set.orizada

o

regulamento

t.érmino "de por

da

cada

letreiros

Liesa

desfile.

sinalizadores

exige Dest.e do

o

cumpriment.o

modo,

começo.,

a

pist.a

meio

92

é

do de fim.

Q possí.vel peequi.aa foi. avl!i"ri.gucuque as Escola.a trabal.ham Duro.nte que Lhe& prestam sobretudo com empreea.e informai.&, servico ó.rea.s e lei. Estas espectficos<•erralheria., vidraceiros úUima.s cont.ra.t.am os serviCos de uma. sêri.e dE> profissionais, t.a.mbêm i.nforma.tment.e.

•m

••

• Depotmento

de

a.ut.or<.:iB-.:iO-.:i!>-!>2>.

Jof!lé

236


Candelabros - Grupo O Fausto da Corte e o Mercado de Escravos

1 - Sílvia Bastos

2 - Marquinhos 3 - Klaus Haurberg 4 - !sara Spier 5 - Carlos Queiras

26 -Ala A Corte Imperial 27 - Ala A Guarda Real

28 -Ala Bela Época 29- Ala Baianas

Do Império à República

Destaque 1 - Reinaldo

Velha Guarda 65


últ.ima ala

Assim que a

é

seguint.e ing-ressar

informada

para

imediat.ament.e

no

concorrent.e. Liesa,

Nas

duas

auxiliados

por

t.é:rmíno

ou alegoria

de

assumir percurso

cabeceiras

Ao

cronômet.ros(inst.alados

em

lugar

no

passarela, de

vídeo,

longo

de

do

a

o

saida

posicionam-se gravar

traje to

est.ão

quant.o

meio,

a

concent.racão,

para

contabilizando

1986),

set.or

compet.it.ivo, após

da

equipamento

Escola.

cada

Escola ant.erior at.inge

da

outra

da

fiscais

da

início

o

e

distribuídos

foi

gasto

dos

80

minut.os pe:rmi t.idos. Isto tát.icas

de

leva as desfile,

ver

rot.eiros

exemplo,

por

Escolas

a

montar

formulados

05 a

09.

1991,

exige

mapas

desde

em

antecipadamente

diversas

A Mocidade dos

reuniões

e

Independente

presidentes

c:ronogramas expressos

de

de

e em

Padr-e

Miguel,

o

envio

alas

ant.ecipado do número e dados sobre cada um dos seus membros. Além disso, fixou o

cont.tgente máximo de

cobranca análoga,

uma

de

a

Escola

multa que

pont.o por minut.o. A imprescindível desnlant.es,

desíilant.es. A

l'ef"el'ente

ult.I'apassa

a o

violação

implica na

da regra

cada

elemento

a

mais.

De

t.empo

permitido

é

penalizada

maneira em

int.rodução da tecnologia do comput.ador result.a ent.ão

:f"rent.e

necessidade

a

tanto

do

conti'ole

quanto do cálculo do deslocament.o de t.odo o

dos

números

A ent.::r-ada das alas e component.es

out.ro,

segundo

a

alegorias no cortejo obedece a

entl"am na

cronologia

concent.racão

dramática

o::r-ient.adas no sentido de mant.er-se à as alas devem fazer

o

do

por

um

enredo.

lado Os

a

uma

confusões

no

dança

int.ez.io:r

mas

também e

das

Cal"l'OS

desfilant.es

po::rsão

distância de um b::r-aço dos demais e

mesmo. Cabem às direções de

vibrante,

•• .

um ::r-igoi'oso

e

conjunt.o,

harmonia, cuida::r- par-a que t.ant.o haja um canto harmonioso e somado

de

corpo da Escola

no coi't.ejo, sem pel"mit.i::r- buracos ou COI'I'&I'ias, mas evitando at.I'asOs

esquema:

wn

devem

ent.I'e

evitar elas.

evolução e consistente,

que

Ao

ocorram

cont.rário,

''btll'acos''(ausência de membros da Escola) podem se f"ormar, proporcionando vácuos de sent..ido na unidade espet.aculai' da apresent.acão. Do mesmo modo, para evitar at.I'asos,

••

as

devem evacua%' imediat.ament.e o

set.or

de

Escola. de Samba. os componentes da. Aca.dêmicoe do Sa.lg~eU'O foram pista. pa.ra. obr-i.ga.doe a. correr evi.ta.r a. pontos. literalmente a.legóri.coe a.la.e inteiras e da. .Eseola. de Sá. Em .ts:I'P4, concentraÇão, no setor do poi.s diretorio. enti.do.de retidos da fi.co.ram ev\.to.r o desconto devido única a.llerna.tivc. pa.ra. das notas, considerou a. regula.mento da. Liesa. muito cronometragem. O é tambêm QO o.lr"Cl$0 no define-os os claros dei.~a.dos pelas a.gremi.a.cões no cortejo, rigoroso com Em

.t993,

como ·•faltas graves".

237


~spe~são,

te~ndno

após o

decorre, sabemos, ele

agora

base

do

fat.or incisivo do no

papel

decisivo

sustendora

t.ipo

relacionamento

de

ent.re

do

"tempo

em

evento.

Escolas

do

força

est.ét.ica

ent.anto,

assumida

instâncias

pela

t.elevisual

est.rut.ural

e

tempo,

No

transmissão

outras

e

consumo".

da

a

É

de

imperativo

função

cont.rat.ualidade as

ao

atrelado

compromisso com o

desempenha

mercadológica

unidade

de

esfo~ço

Esse

co~tejo.

do seu

do

o

present.e

mercado

da

cultura. Aloysio Legey capt.a os t.ermos que configuram essa ident.idade: bom para fi.nahda.de televutã.o. Agora o mostra shov; de O carno.vo.l

ri.gor no tempo Esse objehvo., tranami.so.:.ao pO\.S po.ra a O decfi.Le di.m\.nui o. noite você manhõ.. E A noi.te ê quer mostrar-. colorido, tem entro.da de luz.

A preocupação com o

aos

interesses

proporcionam

cri t.érios

cot.as

do

noit.e

racionaliza

mot.i v o

de

tempo

da

pelas

Samba

é

estáveis

a

relação

prot.agonist.as a

sempre

pist.a,

mais

De

ent.re

do

t.elevisão,

a

com

igual modo,

a

carnaval o

enquadrada

A

anunciantes do

Desfile

cint.ilantement.e

lent.es

da atenção

das

circunscrevendo-a

responsabilidade

nas

horár-ios

dos

limitação

TV,

show

e-vent.o.

excitadoras

e

os

da

à ao

mult.icor, Escolas

das

câmeras,

das

a

t.ant.o

afinal

regularidade

negociação

seja,

qual

de

como

à

programação.

t.omar

ambient.ações

empresa

desfile

unificant.es,

lhes

es:t.:relado

de

t.empo

do

diminuição

"telespectador" est.á intimamente relacionada da

comerciais

..

o Tornou o telespectador. eo.mba. mostrar o escola d• o ci.nco do de.efi.le o.ca.ba onde mostro.r: reftetores põe põe canhão ehov. A noi.te

audiência,

no

com

t.empo

ef'ême.ro definido para sua exibição. O deslocamento da câmera de TV aérea na

~reção

cont.rá.ria

inst.it.uindo-lhe,

As

Escolas

o

acessiveis

de impel'at.ivo:

do

final

é

uma

cort.ejo,

visualizando,

a

dimensão

dest.a

encher

t.elevisual,

t.ela

da

do

of'erece

procuram

Samba

de

jornalist.ica no

percurso

conjunt.o,

conseqüent.ement.e informações

ao

mas

com

impact.ant.es

capii:ulo.

A

novidade

a vel'

.resposabilidade.

moldura

elementos

pist.a,

da

encharcados

reprodução

assume

e

deste

de

modo

presença que iguala t.odas as concorrentes

e

de

mat.éria

o e

lugar forma

det.er-m.inado imaginár-io a respeito da Fest.a-Espetáculo: vai.

ser

no

di.f erenle do

que Sapucc..t

do

Como

mudou,

••Depot.m•nto . de

A l oysi.o Legey.

passou. com

escolas

Em .1988 edi.tor-i.ai..s pculi.ram

238

as em

escolas de samba entraram ritmo de zi.ri.gui.dumc ••• ) . outros enredos. Ficaram


eel.ét-i.eo.s( . . • ). ma1.s É sobrevi.verã.o tornam

Numa

festa

se

já.

que

v1.suai.s·

e

um

tornou

doo

oxplodem

mus1.ca.1.s

eseoLCUI: sabem o &!:lpet6.eulo

ano

cada

a

mudanÇas

mundo, estilos

mel.hor

o

1.nva.dem

ano: espaÇo do

o

cada escola se renovo., guardando referênci.o. paro. suas i.nvençõesotanchet.e/J.8-02-1P89).

O deve

ale~órico

carro

superar-se

não

cataliza em

eletr-ônicos.

fácil

leitura,

roupas,

A

semelhantes

cenógra:Io

f'iglU'ação

inclusive

Renato

é

se

persuasiva. memória

tratam

Isto

de

da

metonimicamente o

exacerbação artifícios olhos

da

dos

plat.éia,

cujo

es:t.ética,

recorre ao apelo a

quem

luz,

cor

e

som,

um

que

alegoria a

ce:rt.o

um

aut.or

do

opera

com

com

a

manancial

barroca

são

são

inst.abilidade,

Para quem a

como

o

art.efat.o

quer

o

"arquétipos

excit.ada.

cor

que

Para

que

a

alet;or-ia

quant.o Maria

ao

das na

dos

direção

dos

empreendimento

de

ação

uma

cenográfica,

At.rela-s:e

inst.âncias

o

olhar

às

tr-anse especular pelo

carnavalesca

Viveiros:

a

e

como

do

imediat.ez

da

his:t.6rica. guarda real,

Cast.ro

figuração alegórica das Escolas: condiz com o

239

cores

mat.éria

dilaceramento

LaUI"a

ima6"em,

da

O

afiançado

da

informações.

at.uam sobre as

es:petáculo.

ident.it.ároio,

caracteres

pois

port.ant.o,

a

força

selecionados,

disparados

at.enç:ão

o

Ai

confecção

na

espiritualizar

assiste

afinidades:

de das

projeto .•

aparência de

instrumentação

sinais a

à

art.icular as

caracterizado, de

portant.o

elementos

fosforecent.es

expos:ic;:.ão, que suprime a ausência de profundidade af'et.iva e É

seja

Joiffo Moderno,

de

formas mbveis:; estes moment.apeament.e for-mam, dur-ante o de

que

sorriso sapeca,

série

facultem

que

a

recur-sos: de luz e

de

de

audiovisual.

convocando-lhes

é

impact.o

ácidos

virtuais. O

incitado a

Tais

exercício

psico-sensoriais

do

visíveis,

comunicat.i vo-expres:s:ional

uma

cores

comparece

mecanismo

iluminação.

de

de

cient.e

reclU'so

cult.ura

sinais

de

figurações

espectador é

outro

um

tanto,

no

ano

a

simples''.

ao

graças

signos

ut.iliza

bastante

de

mas

Ano

seus óculos refletiam as imagens dos

imagens

as

comuns; com .figur-ações bem Mas

se

t.ons

os

Laje,

novidade.

da

do

ponto

como

com boné de baisebol e

vídeo-~ame,

manejava uma manet.a de

primado física,

o

t.ro.di.Çã.o

a

t.elevi.aac do de novos ma.teri.a.i.s, curioso e

Mocidade t.rouxe, ílust.rando o

imensa escultur-a de um menino,

jogos

est.e

proporção

capaz de provocar. Em 1993 a a

programas novos sambo..

cada

como

inovando que aó empoLgant.e(Jornat do

o

com

a

excesso,

Cavalcanti.

processo social


de

elabor-ação

diferenças alegórica na

Jocus

cidade

de

mediadas.

int.eração

na

ruína é

progr-esso

sentido

trocas

mas

forma,

defende

agoníst.icas

No

caso

do

na

a

de

ent.:r-e

estética

fragment-adas

fulcradas

inferência

que,

de

percepção

a

para

entronizada como concepção de mundo e

moder-no.

imanente

encont.:ra

Entretanto,

0 inst.ant.e fragrnent.ário que interrompe a do

um

experiências

das

baseia,

se

exist.e

Desta

met.rópole(1993:168).

Benjarnin<1984)~

bat"'roca, a

não

simbólica~

art.e

da

sócio-cult.ur-ais o

que

Desfile,

semelhança

à

unidade,

do

ao mesmo tempo

repet.icão do mesmo na hist.ória

Car-naval,

a

alegor-ia

compreende

a

comw"ricação

eficiente; a

busca da univocidade do sentido por- meio de

um

simulacro

unidade{que

é

em

um

e

da

de

sist.erna-cenog:ráfico especialização aut.omát.ica. contempla. uma

O

informações ao

o

a

fim

que

excesso

t.otalidade

carro

t.ribut.ário

técnica

Pois

o

se

de

cuja

ot.imizar-

quer

provocar

detalhes

dimensão

t.em

o

ocupa

est.á

tecnologia

da

objet.ivo

é

ident.ificacão

a

propósito o

de

significação

:Funcional

olhar.

evita-se

a

de

quem

de

simu.l.a:r

Bombardeia-o

apatia

unidade,

em

.ar-t.iculada

seu

todo

dispostas;

heterogeneidade

a

E

conquist.as

das

de

sist.emat.icament.e

trans:F o r mar

alegórico).

do

com

espectador

conjunto

em

o

a

com

homogeneidade rítmica-musical. Durant.e

o

últ.imo

Beija-Flor

de

Canto

Cri.stal<homenagem

lilás

de

de

Nilópolis,

suas

quatro

a

carnaval<1985),

mil

aplausos

"chicot.e

seqüencial",

Lido quais

de

e

Paris

é

da

a

cont.ou

Escola,

carr-o

lírica

abre-alas,

Bidú

alimentadas

platéia.

da

mesma

ainda

present.e

Saião),

poi'

com diversos

observar

que

o

A

nas

int.it.ulado com

dois

Escola

da

o

O

luzir

geradot'es

tecnologia

cenar-izacões

canhões

proporcionavam bordados pude

passagem

da

de 60 KVA -, controladas por um computador,

acalo:r-ados

pot.ent.es raios

barracão

cantora

lâmpadas,

respect.ivamente, de 45 KVA e arrancou

do

apresent.ação a

quando

de

do

luz.

t.ipo

Na

utilizada, feéricas

strong,

visit.a

carnavalesco{e

do dos

feita

designer

ao de

moda) Milt.on Cunha mont.ou um painél simulando os dez set.ores cromát.icos em que dividiu o subt.ons). elaborados: ser

Algo os

que de

cont.emplado

visualidade

desfile(e os quais se subdividiam, lhe

uma do

máxima,

peromit.iu

espécie

alto. contou

O

de

arco-íris

t.rat.o

com a

testar

com

as

r-eluzência

cada um,

em mais dez

ant.ecipadament.e

os

seropent..eando

pist.a,

formas dos

e

na

cores,

mat.e:riais

efeitos para

visando

plásticos

e

a a

transparência dos t.ecidos sint.ét.icos. Ambos funcionaram como rebat.edores coloridos de luz.

240


FLANTA 06 ATELIER DE G~Tl1LTO D:.íillOJA(PRgDIO DA Flili1HE/l2ANDAR) I I

I

s:.:Lla de

e ser i tório

adereçamento

varanda I

banheiro

.' .' '

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''

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Ql

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+' <1 Ql

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'H

''

/

'

''

Ql

'

"' .1;!" Ql

''

''

''

.. '

'

secretaria administrativa

depósito de fantasias

-~---


PLANTA 07 ATELIER De: GETULIO BARll03A( GALPÃD EXTERNO )

-

"'··..

#' "'"

.•

J'<

/

·---J

I

000000 máquinas de costura

c:ümox<1Tifado de adereços

refeitório

···...

[;sade~~

...•.../ almoxa-rifado de costura

bancada de adereços

máquina de

aderêçaria

certe[2l

J1TflllJ! lililltli .,.o 'à'!! .,.o 'à'"

"'

·§'

;,;"'

o'éY

"'

setor de solda


PLANrA 08 ATELIER DE GE'rtlLIO llARBOSA(PRi:JIO DA FRENTE/Tl!:RREO)

sala de escultura

mรกquina de 11 Vacuo forming 11

''

''

'

oficina de modelagem

''

-------

''

' ',

'

' ' ',


Mesmo singulai".

Eeicão

barroca

barroquismo

O

suíicien~e

a

para

é

envolver

explorado

comunicabilidade

mais

diret.a.

que

forma,

dissolva

combinacão est.ão

a

de

Porém

em

ou

na

reenfantizadas

qual

na

a

dado

sinuoso das

anarquia

o

linhas de

abertura

uma

pastiche

forma,

muit.o

geométricos

buscar um

e

seja,

pr-olixo,

int.roducão

se

de

comparece

ou

aspec~o

~racos

exuberância

expressão,

à

os

lug-ar

reinventando-a,

técnicas

seu

comport.a

art.-nouveau

do

de~ém

Eormas

em

eclet.ismo;

um

florais

dos

e

finas

dessas

feito

da

carnavalescas

função

e

sent.ido

conjugam-se na direção de um mesmo efeito de sig-nificação. Por outro lado, a Escolas a de-

descentralizar a ~eia

complexa

con~rat.os

qual

embutidas

entrou

anos

Em

1972

proí'issional.

e

pr-odut.oras

de

pelo

situação da firma.

Hoje,

Vila

Penha,

da

meses

por

ele

pelas

mãos

montou

se-u

governo

setores

e

Comecou

.

de

Arlindo

próprio

de

tr-abalho

ano

em em

e<

fins 1979,

televisão,

a

com

as

juridicamente

a

1990,

subúrbio

pessoas

57

secret.ária,

no

de

do

estilista

para

reg-ularizou

de

como

atelier.

No

trajet.o

O

Rodr-igues

serviços

cine-ma.

Collor,

de

emersão

ausência

A

serviço".

inst.alado em um casarão o

variada.

de 36

prest-ar

comer-ciais

coor-dena

ano<nos

heur-ístico

a

concorre à

ce-na uma dive-rsidade de pequenas e

"prestadoras

Começou

postas

exigências

como

Sambódromo obriga as

Is~o

carnaval.

mão-de-obra

traz à

carnaval

no

se-ssenta.

t.ornou-seteatro

insere-se

Barbosa é

plástico Getúlio

cenóg-rafo, dos

na

produção do

formais de trabalho

micro-empresas, artista

expansão inst-ituída com o

carioca

empre~adas

contabilidade

da

sete

producã.o),

e

inteir-amente dedicados ao Desfile no Sambódr-omo. seu

A

ver-,

nessa

t.r-abalho "carreira"

e

a

fundação

possibilitando-lhe

ár-ea,

um

mer-cado

refere-se a Liesa como a e do

técnicas

no

pet.róleo",

passou

a

Escolas(agoY..a

a

possivel cheias

96

os

dados

de e

o2-4-!5/02/S993.

cores

de

confecção

a

de

ele

ao

r-esist-ência

a

resu\.t.o.m deecri.cões Ver p\.o..nt.o.s de Oó o. 011:.

De

como igual

sugest-ivamente fan~asias

f o:r-necida

enr-iquecimento As

sit-uações

e

do uma

modo,

de

de

indústria

pela

monetário

além de chuva,

das

aparecem uma

por

o.t.eher

"era

adereços

conseqliioncias

Desfile,

que

241

carnaval

o

alegorias,

peças no

"mor-alização"

entrada de novos materiais

chama

..petróleo ../dinheiro). das

a

competitivo.

matéria-prima

s:raças

enve:rg-adura e

definir

pont.e que f'acult.ou a

porque

com

significou

bast.ante

Esta nova fase

no maior volume e variedade

fechado,

Desfile.

con~ar

petroquímica,

Liesa

da

maior

exemplo, noe


porém com t.ambém maior leveza e :flexibidade na composição das formas. Seu at.elier é A

resinas.

pa:I"'t.ir

especializado no manejo com est.r-ut.uras de ar-arnê e

do

I"isco

do

Cai"navalesco,

ent.I"e

os

meses

de

julho

a

set.êmbro, é

feit.o um molde ampliado, ent.regue aos pr-ofissionais de ambos

os set.ores.

O

arame,

r-esplendores(em

ut.ilizado

média,

soldadores

em

est.rut.uras

met.álicas

de

quat.ro

como base

cent.imet.ros),

80

t.ornos

em

para

10

e

série,

máquinas

contando

com

por

costura.

tecidos

as

esculturas

I"esina.

é

Esta

colocada

Est.ados

Unidos,

nos

uma

mesma

matriz

de

anos

na

plantas

pecas

06

Dent.ro funcões

no

o

o

Spinosa com

ent.rou

o

de

sagr-ado

campeã,

afirma

que

não

desde

em

oxigênio

e

espumas,

do

set.or

argila

de

vacuo

f'orming. consist.ê Tem

de

acet.at.o.

ou

de

isopor,

de

conferir

medida

Trazida

empregada

format.o

com o

aos

mais

de

t.empo

mínimo

pelo

dos

impressão

na

sido

mas

do

ficou os

t.arefa

a

na

de de

principalment.e

padrão

carioca

projetos

planejarant.es,

em

desde 1988,

de

quant.o todos

Sá. ao

do

cada

"grande",

vez

ofert.a de

1974,

desenhando Mário

mais

mérit.o

detalhados;

a pelo

perde

diluída

na

bases

para

paulista

Chico

as

o

de

coordenador

de

roupas.

Mont.eiro,

Embora

di visão

da

carnavalesco

espécie

nal"rado,

cenógr-afo

Est.ácio

dúvida

t.empol"al

artíst.ico",

t.elevisão

badalado

e

espacial

agora

de

Carnaval

carnavalesco

deixou

grupo

sob

"dil"et..or

Figurinist.a

afast.ament..o

posição

como

confeccionam

cent.l"alizador

um

no

produzindo

solda,

costureiras

reol"ganizacão

exemplo

argument.o.

e

.

dest.a

de

especialização

pelo

em lar-ga escala e

as

feit.as

aspect.o

o

ar-madores

com emborrachados e

t.ecnologia

placas

Carnaval carioca, a

gradualment.e

est.ét.ico.

37

tal

flexibilidade

08.

a

indumentárias

"médio" e "pequeno"

de

primeiro

máquina

oitent.a,

diferent.es mot.ivos figurativos, ver

por

matel"iais

t.rabalhados

moldadas

sobre

a

devido

macicament.e

são

e

uma "cama de gesso", daí se faz uma mat.riz posit.iva

depois post.as sobre em

sintéticos,

golas

chapéus,

t.rabalhado

é

acet.ileno. São depois for-radas as ar-macões rec:obert.as

os alt.os

em

Escola

Assumiu 1991,

t.enha

t.ít.ulo.

a se

Monteil"o

Spinosa sublinha

que

97

as

costureiras de trabalham com mesmo padrão. Ele muitas o To.mbém f Ql"'t0$ia.s, porque possibilita vend&-l0i51 la.rga comércio da.s em o facilita Q fase prê-ca.rna.vo.lesco., devido nao no peri.odo curto do. esc:o.la antecipadamente o corpo hoje de medir do Algo obrigatoriedade procura. mo.ssi. v o. de lugares na.s alas, vezes pelo. mui. ta.& invi.bi.a.lizo.do Q outros esto.dos ou pa.i.ses, loca.liza.da..e em que têm acesso por peeeoa.& Desfile. Hoje di.a mesmo do a.pena.s os destaques de luxo ou vesti.mento. no c:elebri.da.des usam roupas feiia.s sob medida.s.

-

242


soluções cot.idianas que det.erminaram o t.raba.lho, foram suas. um processo que se impessoaliza à

A polêmica remet.e a

incorpora divisão

cadeia

t.rabalho

do

meio a

de

uma

carnavalesco,

int.erdependent..e

concurso)

a

páginas

plat.éia. Nomes

durant.e

o

Desfile,

out..ras

a

noção

qual

funções

desfile,

jornais

como

exemplo,

por

a

Desfile,

de

no

define

sistema

os

pode

e

significar

:revist.as

ou

anunciados

quando são

da

aut.oria

em

ovacionados.

pela

do

de

t.elas

da

t..ít..ulos

:facilit..ado

de

De

TV.

no da

igual

cria expect.at..iva

Rosa

Magalhães

e

Renat.o

locução

oficial

da

Liesa,

assim

marcas

Const.it.uem

na hierarquia ent..re as Escolas de Samba e

função

padrão

o

acesso

nas

joãozinho Trint.a.

de

part.es

mercadalógico

adesão de novos component.es nas alas e

modo incent.iva a

Lai;e.

de

ressignif"icando

como

assinat..u:ra de um art.ist.a{det..ent.or

det.e:rminado

nas

Escola

embora a

a

compromet.idos

construir cenários de acordo com a

do

fest.ivo

ent.ret.eniment.o

cultura. M.uit.o

~ent.es

de

exigência de projet.ar e

t.rabalho,

na

maior

medida que

valorizadas

aquela part..icular exist.ent..e no

meio profissional dos carnavalescos.

colet.iva

da

produção

sist..ema que cult.ural t.errnos

ai

contradição

A

uma

concret.os,

conferido ao

no

qual

este

os a

Passarela.

A

porque

a

element..os

e

estabilidade

Desf"Ue

de

insere-se,

aspect.o sempre mais

singularidade

org~zação

e

ant.ít.ese,

redistribui

ali

entre

estrut.ura os

física

acelel.""ando

da

event..o

das

urna

pecas

novidade

mais que

do

o

a

no

consumo

Em

significado

processo que

conf"eccionadas embutida

t..ensão

circulam.

e

Sambódromo t.odo

est..rut..ura

uma

nela

quantif"icacão

traz

e

mercadológica

valores do

criador

é

Carnaval agem sobre

ef'êmero

valoração

do

do

para

produtivo

det.er-mina

o

exibição

na

obsolecência

corno

essencial a t.udo quant.o ganhe mat.erialidade plást.ico-visual na pista.

o

trabalho

do

carnavalesco

:fixa-se

con:fecção

na

de

brilhos

excit.ant.es mas imediat.os. Dai decorre que atuação desse agent.e não pode colar-se

a

sobrevivem

art.íst.ico; comunicat.iva

espiri t.uallzem-se,

que

uma

com

. platéia eles

pz.ecariedade

da

anônima,

artef'at.os engenhosos em tempo escasso e coligidos

de

diferentes

pat.rocinadores.>. apreendida,

em

A

:fontes<de

conformação

part..e,

pela

perpet.uando

a

qual

elaborador-es

experiência

na

e

de

sugest.iva:"O

carnaval,

como

a

TV,

243

é

a

relação

f"eit.ura

nest..a

m.i5.o-de-obr-a, órbit.a

indústria

homologia desenhada por Mário Mont.eiro, também cenógraf'o

é

da

de

com uma variedade de recursos

mat.éria-prima

dos

oriunda envolve

f"a.zer

seu

o

um

t..:r-abalho

pode

t-elevisiva. da

de serA

Rede Globo,

descart.ãvel.

Sou


especialist.a

nesse

t.ipo

ceno~rafla.<. .. )Quando

de

barr-acão, acho

tudo ultrapassado.

fascina"(jornal

do

é

acento

o

Brasil/21-02-1993).

que

dif'er-enciador-

e

produção

o

Mas

contribui

entret.eniment.o. Ele é

para

alegorias

brilho efêmero

Todavia

conf"er-e

distinção

a

as

a

da

voltam

ao

cenogra!"ia

me

assinatura

do

"artista"

esttlo{marca-signo) do

evento

outros

de

deste modo um misto de gênio criador e

grande

a

bens

de

coordenador

do const.ruto visual levado à pista. próprio

O

festas",

a

quem

Chico

ordenal"

cabe

Vale, por isso, descr-ever À

principio escolhe

Spinosa

um

a

reconhece

se

esteticamente a

sua rot.ina

t.ema

ent.idade

dUl""ant.e

com amplas

como

a

um

"operário

que

o

cont.r-at.a

produção do

possibilidades de

de

•• .

espetáculo.

const.it.uição

de

imagens. Em 1994 concebeu o enredo Abrakadabra. O Despertar dos Macicos,

para a a

União da Ilha do Governador.

potencialidade

cidade/Amor,

temát.ica:"Amor~

da

que

a

mar-avilha1,

De posse do t.ema e compositores~

que

O refrão do

noit.e dando

Ilha

pesquisa inicial,

da

a

a

partir

dela

brilha/A um

elaboraram

Então

escala

de

multicor

a

procedeu cores

do

que,

cortejo,

realização

mantendo como se

de

a

uma

do

cor

de

qual

inscritas

no

Spinosa integrou

desenhos,

na

a

sinopse entregue aos

cromát.ica,

"ent.rasse

encanta

.f'elicidadeC..)".

canções

as

duzentos

unidade

magia

banho

escreveu a

concur-so inter-no de samba-enredo da Escola juri.

samba-enr-edo deixa claro

segundo

cont.rola

out.:r-a·•,

o

sem

o

uma

efeito cair em

anarquismo. Cabe-lhe cola

colorida)

"modernidade'', eletrônicos -

e

fazer

estando a

deve

pr-incípio

de

de

de

escolher que

"a

leveza

no

técnicas os

gente

novas

figurinos

confecção a

habituados

aperfeiçoar

exemplo,

riscos

expr-esso na maior

escultores{t.ambém ainda o

pesquisar

igualmente

do

e

exemplo,

a

carros

crit.é:r-io

da

traçado

cargo de

universo

materiais(por

da

um

e

sob

o

no

uso

grupo

eficientes na figlll"'ação

corpos gost.a

exibidos de

ve.r

nas

gente

alt.as

vestindo

...

"".

e

t.are.f'a

imagens.

alegorias,

bonita. A gente gosta, nessa festa pagã, de ver corpos nus" 98

sua

É

das

bonita

eíeit.os

figurinista

de

televisão).

de

Por

com

o

roupa.

Em 1994, o

Da.doa recolhido• no depoimento de Chico Spi.noea. ao a.ut.ortto-o:t-.tP94> .

como figurações model-os disputa.m eobrea.e a.le-gorio.e. Atualmente atrito di.vulgaçS.O ftsi.co ganhou mui. ta entre du~ modeloso pelo Em .t993 Escola samba. Oro.nde um ca.rro do Ri.o. respeito, om A indo. lugar a. nos conto. com a todos os presenÇa do um contou que grupo spinoaa s-e prepo.ro.m desde rapo.:zes(fisioculturist.as> que do outubro o p=o paseo.relas da D.-sfite. Nome-a famoso& moda aferram-se pelo direito do

•=

244


destaque do seu trabalho ficou por da

e

Escola.

Set.e

garrafas

bolas

de

imensas

esculturas

plást.icas<cont.endo sur~iram

sabão,

imagem foi

sem

para

medo

de

de

do

carl'o

cavalos

anilina

azuD,

saudar-

elogiada na imprensa.

sent..enciou:"Olha,

conta

a

que

fechou

o

marinhos,

feit.as

em

replet.as

magia

da

apresentador

O

é

errar,

um

de

Era

de TV,

dos

carros

luz de

desfile metal

solt..ando

e

Aquárius.

Fernando mais

A

Vannucci, que

bonit..os

passaram aqui, ont..em e hoje. Chiquinho Spinosa abusou da criat..ividade."

o

carnavalesco

profissional

t..eve pela

cont..radada

de

ainda Escola

e

int..eragir responsável

coreógrafa

a

com

elaboracão

pela

e

treino dos moviment..os exibidos pela comissão de .frent..e. Ambos negociam a

uma homogeneidade física,

escolha dos int..egrant.es<que devem t.er ao

port.e

atlético

figurino e a União

repr-esent.at..iva isso,

da

descoberta

africanas. Durant..e a

referenciarem o

suas

sint.et.izando

a

envergadura espet.áculo. no

os

E

sent.ido

a

idéia

Tal formato

do

alta

est.at.ura),

t.rês a

de

o

t.ipo

de

20 mil são vest.idas

ant.igüidade.

na

est.ilizados

frent..e

de

comissão

homem

de

sido

como

Para

t.ribais

dane as

imaginárias"

caract.eríst.icos,

primando

met.ros). ot.inri:zação

as

regular

"anfit.riões

pelo

adereços

e

mágicos" dos

por

ef"eit.o

Trat.a-se

de

um

de

os

elementos

que

enredos.

encenações cor-eográfico

ut.ili:z.ados<em

todos

Escolas

média,

show

dentro do

a

do

cort.ejo

impact.o. homogeneidade

audiovisual, pessoas

pelas

t.em

''viagens

ant.es

conferir

espet.ác:ulo

carnavalesco. Das 70 mil

nas

roupas

das

anos

t.emas,

dos

deslumbrant.e

esforço

uma

pelo

frent..e

solenes,

geral a

de

imergir

explicitam do

fogo

últimos

Nos

g-est..os

chega

trouxe

passos

comissões

magnit.ude

alt.a

de

evolução do grupo de 16 homens, wna nuvem de fumaça

público

Subst.ít.uem-se

do

gest..os

envolvia.

os

convidam

homens

Governandor

do

coreografou-se

colorida

de

encenação propost.a na dança coreograf"ada. No ano de 1994, a Ilha

da

esportivo

tendendo

que

Escolas"".

para

em média

ao além

conjunt-o das

desfilam nas

São int.egr-ant.es

das

alas

amplia

t.aref"as duas de

o do

noit.es, baianas,

""rai.nhas··. frente bo.ler-i.o.s como Em outrosr c: as os, mul.hers-s manequins como ge1nha.m pr-esllgi.o e a.lri.zes ocupando a.quel.e atri.z L uma. da hoje famoliiia do Oti.veira., descoberta. em .t.P87, c~ o C:a.pri.chosoe de Pi.tares. A a.nsi.a. das Escola.s em sa.mbou pela. esla.bel.ece cs condiÇÕes i.nserçao deste especi.li.st.as de o públi.co

de-ttc:onheci.das l.uga.r. quando fgsci.na.r do. eeduC ao. 4

foi. o.ti.ngi.da a. part.i.r dos da.do51 qua.nlo a.o número de A. médi.a. di.stri.bui.Çã.o nos .s:etorés, forneci.dos pelas Escolas à. Li.eso., e sua. na revi.s:la Abre-Ala.slconttulta.da. pelo corpo de juro.doa:>. publi.ca

245

desfi.la.nte.s: qu.,O!õ ConsuLtei.


mest.:re-sala e

port.a-bandei:ras, comissão de

os

São

bat.erias.

chamados

onde

''comunidade'' just.i:ficado

pelo

tradição

do

por- isso

mesmo,

predominam

significado

e

Desfile

conformam

o

consist.em

em

''set.or-es

ao

mesmo

event.o

como

funções

pessoas

semiót.icas

popular

na

no de

cult.ura.

é

hist.ó:ria

e

concurso.

E

t.:radição

Signos,

pr-eenchidas

e da

invest.iment.o

signos

de

ser-em

a

O

elementos

nos

passist.as

das

desempenhado

consist.em

gênero

um

além

negras.

desses

est.:rat.égico

tempo,

cr-ianças,

t.écnicos",

expressivo

papel

o

as

:fr-ente,

com

que

por-que

eficiência,

t.endo em vist.a o :reforço da imagem do ..balé-ópera" de rua, protagonizado .. povo''

do

genialidade

pela

dir-igido

e

f olclo:rist.a

imaginár-io

alimentado pela lit.ur-atur-a jornalística, publicitária e pár-a-intelect.ual. Para t.anto t.ais setores ensaiam mais de duas vezes na semana nos

meses antecedentes ao Desfile, quando recebem orient.ações a gestos e

do t.ipo de coreografia a

:respeito dos

ser :realizado para realçar momentos da

letra do samba-enredo ou do personagem que interpretam na narrativa. Por exemplo, em 1993 as baianas da Escola Acadêmicos do Salgueiro faziam urna

balanço das

ondas,

braços,

eu vou/No mar

agrupamento

pelo

atingido

os

com

remada

de

espécie

à

assemelhava-se

ondulação

quando

eu jogo

a

compacto

ag-it.ada

a

saudade,

dizia:"( ... )E

amor(. .. )".

longas

das ondas~

das

música

O

visto

efeito rodadas

saias

quando

no

do

alto

ou

alas

de

fim

do

das arquibancadas e camarotes ou das lentes das câme:ras de TV. mesma

Da

comunidade

em

cor-tejo seus

as

setores

disposição

a

normalmente

de

..vest.ir

clientelismo doada

se

malhas

de

torna

meio

dança

. A escolha dos

sociabilidades

de

Amizade,

marcam elo

um

e

inicio,

origem.

politico

..

das

a

lacas

indicacão compromete

que

que de

dos

o

entidade: deve gratuitamente dedicar-se aos ensaios com

Para é

bairros

seus

fantasia

A

af'lnco.

administ-ração:

aos

prát.icas

e

desfilant.e com a

esta

e

os

dirigentes,

• exalt.ada

da:r

por

alegoria

as ediÇõea respectiveull a.oso costumam desfi.la.r com entre

a.nos Q

à

essas

realizar sua de

mi.l

.9. 500) .

•• Fonte:

que

pelas

determinada

é

Escolas

integr-antes.

seja,

explica

objetiva obter maior harmonia de canto e

parentesco

ou

Laila

determinados

component-es

vinculam

maior

forma,

depoimento de LCl.ila..

246

o

papel da Escola de

comunidade".

......

promove-lhes

alas

Tais

Q

componentes,

a..s

a

Samba,

condicionantes

entida.des maiores menores de 3 Q


às

permit.iram carnavalesco.

Escolas

Também

post.eriores)

anos

realizando

uma

Nazaré,

que

ent.re a

o

novos Salgueiro

a

com

o

t.ema

o

seu

desfile

comunidade,

da

correspondent-e

cont.ava

sua capit.al at.é

abriu

ala

coreosrafia

Rio

no

desdobrament-os

as de

Janeiro.

de

1993(e

romeiros

de

um

do

e

dois

cordas. Sírio

paraense

A regularidade

nos

por

rodeada

aos

avent.uras

desempenho

seu

na

de

viag-em

consistência

dos moviment.os result.ar-am de dois meses de ensaios permanent.es. No espet.áculo das Escolas de Samba não há o

o

pois

conjunt.o,

especialização

as

simples

coro de

cort.ejo

het.erogeneidade

indument.ária,

um

de

alas

das

formalizados

são

entant.o,

desf"ilant.es eiU"edo.

int.egra Nest.as

dos

relações

pelo

ar-t.efat.os

sociais

tais

conjunt.o narrat.ivos

f"ulcradas

cê nico, do

enredo

aperfeiçoem

t.ecnicament.e

cont.rat.ações passistas,

de

por

as

puxadores

exemplo,

suas

de

performances.

samba,

condizem

Na

com

a

circularem com seu t.alent.o t.ecnicament.e desenvolvido inst.::r-ução da Liesa que p::r-oibe homens ant.i€as

"t.ias"

do

samba

Pr-aça

XI,

vest.idos de elimina

o

est.á em jogo não é perpetuar

uma

uma memória grupal a imagem

práticas carnavalescas

do

est..ã.o,

present.e, desart.e,

de 42

encorparem

a

especialização direção,

especialist-as

cr-iador

t.odos

divinificador-a na

as

em

em respeit.o às da

ala

os casos,

ser resguardada, mas o

supost.as

Não

Da mesma forma, a

.

ato

No

port.a- bandeiras,

baiana,

os malandros t.r-avest.idos de baianas. Em

Escolas

em

da

e

disposição

cidade.

mesma

mest.re-salas

ent.:r-ada no

carnavalesco.

obstant.e, os set.ores mais expressivos conheçem uma maior e

int.egrant.es

na

ao

de

set.or-

o

evolução dançada, abert.ura :fundament.al à

encorpam o da

dos

maioria

a

ensaio geral de t.odo

do

nas

o

que

empenho

espet.áculo.

realização

As

est.rit.a

do

modelo espet.acular-fest.ivo. O subordina visual.

mesmo os

Em

propósit.o

aspectos

1991,

foi

rít.micos

inst.alado

sonorizacllío colocados

••t

na

de

um

bat.eria

e

configurar

ident.idade

e

aos

musicais

pela

empresa

sist.ema

art.iculado

aos

de

desígnios

Inst.alsom,

composto

por

micr-ofones

.

f"ort.e da

impact.o

plast.icidade

responsável 32

pela

microfones

ut.ilizados

palos

dizer qu& eapeci.o.li.zaÇão/profi.ssi.onal.i.zccã.o ba.stant.e a.fet.i.vos, a.s sol.i.dari.edades comuni..t.ári.cw Os l.o.Cos hes\.La.nt.e. de apo.dri.nhamento cl.l.ent.el.i.smo, prá.li.cas cl.i.a.dcw fami.li.crea, entronizado brincadeira QO Carnaval., do ciment.o.m sent.i.ment.o chegam, peLo por quo n!io menos enquanto, relacionamentos cont.rat.os a o ret.orno monet.á.rio mo.iori.a. desse e forma.is. p=a agent.e!l" a.lgo desproporci.ono.l bs suo.s cont.ribui.ções. prec-..ao

247


puxadol"es sonol"a

do

samba-enl"edo

simultaneamente

pista

e

pelos

corpo

da

conferindo

é

de

lares

alimentado

simetria

t.elevisão.

da

distribuída,

milhões

Escola

e

de

pelo

desempenho

ao

por

O

uma

onde

se

ritmo

da

de

todo

é

l"esult.ado mesa

a

central,

assista

o

bateria cortejo.

em

toda

a

Desfile.

Todo

o

voz

e

do

competência

samba como rit.mo musical, cuja danca é

dos

passistas.

Cabem

as

alas

mexerem

puxador,

entanto,

No

mil wat.t.s de volume sonoro abafam o coro das alas. O puxador e resumem então o

sincl"onia

os

a

360

bateria

especializada na

progressivamente,

no

ato de alongar- os braços para o alto, fazendo-os bailar. A posição das bat.erias,

e

proporcionar

manter

do samba-enredo e

à

a

hoje, ilustra bem a

cadência

situação.

rít.mica-percussiva,

vit.al

Cabe-lhes

à

monofonia

expressiva coesão da evolução dançada. Mas, além de

funcionarem como atrativo visual, em razão da massa compacta de mais 300 pessoas

agrupadas,

próprias

bat.Grias,

e

experimentar facultar a em

por

da

em

interna

conexão

introduzir-

todo

a

"par-adinhas", altura

dinâmica

com

do

a

novidades

realização de shows

relação

adotados

a

totalidade

anualmente.

outras

Escolas.

Entre

os

por

t.amborins.

Est.es

recursos

levam-nas

razão

instrument.os

deixam

alguns

por

sonoros

logo

as

destacam-se de

de

lhes

e

celebradas

tocar-

segundos

sincronizados. Ou ainda os florearnentos agudos das de

em

isso,

t.odos,

samba-enredo

do

Isto

evento,

das

padronizados

Artifícios,

letra

do

instrumento

de expectat.iva

cort.ejo.

t.odos

dP.

particulares mas indutores

o

quando

concerto

a

cert.a

retornam

e

cada vez maiores alas

impulsionam

o

deslocamento

mais

rápido dos componentes, que desobrigados da danca com os pés, solt.am os braços

igualmente torcida

alt.o.

o

para

agita

os

organizada

Também

braços, de

suscitam

muitas

futebol,

empolgação

vezes

das

contratados

incent.ivada

pelas

platéia,

na

Escolas

por

que

grupos

para

animá-las.

O result.udo tem sido coreografias de milhal'-es de braços movendo-se a só

tempo,

nas

destacada

imagens

da

televisão,

conjuntamente

de

emocionar

o

de

a

um

evolucão

do conjunt.o desfilant.e. O

cat.e~órico

imperat.i vo

elemento

sistemat.izador.

"gagues"

inseridas

Beija-Flor, int.el"ligam público.

'I"

"'·

na

Permanecem

sua

''Sacode!

ou

plat..éia

Nesse

e

sent.ido,

performance. Sacode!'',

desfilant.es

como solist.as

e por

248

público

puxadores

os

pox-

Britam~

injet.ando chegam duas

a

impõe-se exemplo,

termos alcançar-

horas

,

funciona

como

pelas

"olha

coloquiais

a que

reconheciment.o

não

interessando


voz das alas, como antes

mais apenas complementar a samba-enredo

facilit.am

a

sua

at.uação.

música, baseada na dimuicão e melodia,

com

ên.t'ase

consag-ração depoiment.o as

do

o

tinham

a

foi

predominou

ao

Mart.inho

enredos

dramát.icos, românt.icos,

simples,

limitou

composi t.or-

que

aceler-ação

respondeu

aspecto

nem

de

é

Vila

da

a

do

da

andament.o

intensidade

festival

e1~am

sempre

refrão.

o

alegre,

da

da

corno

a

alegria.

O

cont.undent.e:"Ant.igament.e, alegres.

emocionantes. O Carnaval foi

coisa

As modif'icações no

simplificação da est.rut.ura das letras e

refrão

Desfile

do

escolas

no

A

•• .

Podiam

ganhando a

E

ser-

projeção

t.endência

e

foi

acelerar. "(jornal do Brasil/21-02-1993). Resulta

conjunt.o braços,

plástico

cant.o

o

cabecas

alegorias,

c:obert.os

movimentos

variados.

fascinar

as

sent.ido

de

produt.o

cultura.l.

engendrado

no

no

explosivo~

de

:festejo

em

que

a

O

são

o

deslize

roupas~

chapéus,

das

grandes

o

inst.ant.e,

luz

fechamento

do

forma

do

conseguido

da

ao

espat.áculo

signo

carros

para

significado

plást.ico-visual

inequívoco

alegóricos,

de

altos

espa.:rramando

at.ua

campact.o

movimento

suave

e

nest.e

art.ist.as;

pelo

coloridos,

polimento

fundir-se,

carnaval:

nas

o

moviment.ação

platéias.

todos

tecidos

impr-essionante

pelo

formado

huma.na.s

figura.cões

do

beleza

em

enlace-se

permite-lhe

qual

mat.erializada

ele

suplant.ado

pessoas

mil

envolvidos

A

r-esplendores.

é

coral

quatro

de

e

ombros

e

golas

que

alegr-ia

danca

e

sorriso

dos foliões, apa.nhado na imediat.icidade da sua aparição. Est.e

t.eor-

e

na

que de

"fria",

isto

Durkheim.

"bem"

o

é,

ou

foi

seu

Evidencia-se,

exteriorização

das

part.icipações

unive:r-so

simbólico

o

conjunt.o

eng-lobante

as

Sambódr-omo,

ali.

lhe

que

em

apanha

••

:l&to

o

249

brilhou

•às'

em

para

retomarde

é à

como ritmo a

de

idéia

objet.ivação,

que

informam

pr-imado

wna

no

Escolas

obediência

impulsiona. a individua.lizacao do puxador como monetó.ri.o;~. festa e tra.z consigo g. valorizo;~.c;ao pcu=oa• do puxo.dor bem sucedido no Desfile & fi.xa.do em oporlunido.de de ~luCU"" em ca.sa.s de ahovs fa.zer exterior, dura.nt.e todo o a.noCVejo;~./0•-os-t!>:!>Z). Outro• elenco de cantores de sucosso, ca.eo d9 Noguinho do. Bei.jo-Flor. d~

ou

condições

do

desf'ilant..e,

que

apresentação

empolgante feit.a

Os

permanent..ement.e.

cada

"efervescente",

logo,

arqui t.etura

sent.ido

pouco

papel

na

de

relat.am

Obser-va-se:.a cobr-ança

mat.er-ializadas

invest.e

t.est..adD

algo

imprensa

visual-plasticidade.

represent.em

é

festa

publicados

coment..ár-ios "quente" ou

de

do

a

à

exibivel

det.erminado

grade

cognitiva,

um a.nima.dor muU"ica.l funcao. cho;~.mo;~.do o dóla.rea a.bro-tho pelo no chegam QO rest.ri.t.o


classificado e

dentro da qual é felicidade

individual,

possibilit.a,

nos

é,

isto

seus

reconhecido como a

limit.es,

do

legit.imidade

viver

de

elemento realizador Desfile

acordo

com

de

os

da

Carnaval

deuses

ou

à

perfeita ant.l"opolog:ia moderna. lst.o

que

Bast.ide(1971:253), função

da

Renato

Ortiz,

present.e

dizer rit.ual

o

mitologia

pleno,

:formato estes

t.al

Porém

a

fim

mecanismos

impositiva

do

de

nexo

a

ritmicos-percussivos,

esta

linguagem

lógica

do

humana

espet.áculo,

da

experiências,

o

seja,

''emoções''(Dumont/1995, Giddens/1991 e Por

cert.o

contemporâneo escolha

e

algW"lB

desfrute

o

da

e

significação

exemplo,

das

mito

desse

idiossincrático

o

eg6ica-reflexiva:

à

individualidade.

luzes de

do

No

são

do

por

o

det.er

como est.a

Vejo

linguagem

uma

coreográficos, popular.

além

Mas

festiva da

post.ulado

se pela

identidade

de

sujeitos

acumular

novas

disciplina

das

de

é

identifica dos

objetos

é

mercado

com

O

est.a

a

lógica

imperativo,

serviços,

por

identidade

racionalizado as

contrat.ual;

a

felicidade

da

a

com

uso

at.endiment.o

esta função segredo

de

onde prevalece a

de

social

singularidade

102).

a

o

personagem

o

sua

compactua

primeira

mesmo

acesas

por

esplendido,

da '

quadro

Sambódromo

ser

serviço

imperat.i v o

em

do

Pois

informados

a

mit.o

distinção<Baudr-illard/1979:97 de

expost.os.

fundant.e

do

fato

Urry/1991).

intérpretes

ativid.ades

e

do

semiót.icos

informalidade

programação do estatuto da sociedade de consumo, de

âmbito

:fest.a

da

sobre

versões

das

uma

que

dramáticos

inclusive

de

modernidade.

possibilidade

à

esterilizado

sinais

implicar

compartilha

dispõe

atuando

gênero

no

um

no

elementos

significado

ancora-se

nos

de

organização

Ou

os

do

a

mecanismos

dos

sígnos

elementos

a

ela

modernidade.

razoabilidade

cuja

escolhas

com

condiciona

aos

que,

por

dado

referente

logo

de

em

sent.ido

no

et.erna.,

concretude

estet.icidade os

quer

convencido

assumir

nas

entre

se

Roge r

de

consist.e

Samb6dromo moderna

recorrer

idéia

da

hist.oricidade.

fazendo-os

veiculados,

sincronia no fato

de

deve

aLuam

que

estou

de

no

Mit.ologia

palavra

mitologia

Desfile,

conteúdos

dos

a

partir

Desfile

despossilldo

cont.radiçôes<1990:27). estudado,

do

moderna.

é,

isto

a

que,

"mágicas" qualidade individual,

posiciona o st.at.us do event.o.

Nas premissa.

narrat.ivas Desfilant.es

part.icipant.es

de

regist.radas ou

ambos

pelos

membros setores~

250

da

jornais

aparecem

plat.éia

relatam

o

ou

índices

ainda

"êxt.ase''

dessa

pessoas vi venciado;


ref"erem-se a

"carga emot.iva" det.onada no Des:file, quando

"aut.ênt.ico.s"

mais

"prazer"

na

sent.idos

empresário

um

à

vêm

t.ona

figura

paulist.ano

e

por

do

e

isso

representam

"indiscrit.ível". mulher,

sua

os sent.iment.os a

"aleg-ria"

duas

Vejamos

falas,

:figurant.es

ambos

de

e

o

a

de

alas

alguns anos. Ela t.est.emunha: em

Sa.i.r

do

Ri.o

m~nha

ala

escola

uma

desfi. lei.,

que

mtnulo. o carnaval cc:u·i.oca

al9

Seu marido compart.Hha

da

sambar desfi.l.ar

um

no

é uma eslava

senaa.Çã.o perlc-

f cczi.o. cócegas fi.m da vi.da.

som o

mesma

par&L

nos

mas

"fé"

pri.mei.ra

~ndescri.li.vel..

da. pés.

const.at.a

abrang-ência

a

d& trta

que

Resolvi.

do

rit.ual espet.áculo: quem

Mesmo

maravilhados.

sabe

nõ.o

Sambaram

entra

desfi.l.o.r

o

para

na

a.ntma.ÇÕ.o.

com

.iunlo

comeÇo

do

i anla.sta.s

reserv~u·am

.sambar

qutserarn

alem.S..s

ao

g&nle. Oostaram

fi.m.

carnaval

ano

No

do

ano

doi.s

pa.ssa.do,

a

fi. c aram

Eles ta.nlo

que

vernCFolha

que

de

SP/05-12-1993: 4-18).

Not.a-se,

as

e no

o

t.ot.alizações

t.errit.ório desencaixe

com

a

é,

alvo de

processo

socialment.e

Fest.a-Espet.áculo promovida

ent.ret.eniment.o

~eneralizada

imaget.icament.e, volições,

as est.a

paradi~ma

últ.ima

Algo

esse

condicionant.e

part.e

pr-óprio

Ou

que a

melhor,

conjunt.o.

Ele

espet.áculo; suscit.a a com o

a

novo espaço de

parcelas

int.ersecção

o

lugar da

modelo

espaços

conexão

Pois de

os

seus

de

objet.os

É

ent.re

cult.ural par-aísos

personalização.

simulacionais,

dos

sent.iment.os

moder-no.

export.ação

consumo.

o

universalidade

de

folia

da

t.ol"ne-se

cenários-ambient.es dispost.os

"humanos".

Não

int.l"ansit.iva,

à

em

posse

obst.ant.e

fechada

sobre

dos valores ''modernos'' lhe det.erminant.e. III -

Carnaval.

uma

como

format.o

e

do

com

capacidade

no

socializador-

princípio

t.empo

que,

ideais de

pelo

operarem

a

e

const.ruído,

pelo

medida

à

espet.acularização

civilizacional

da

crença

individual,

t.rânsit.o ent.re a

corpo

consagr-am-se

t.rat.ar-se

o

do

do

concret.izar

o

do

concent.r-acão

art.ificiais Ist.o

com isso,

maiores ent.re

O .fULGOR DA ÁURA

present.if'ica-se

no

part.e ' da conformação

a

e !!!posição

det.ermina elevação do

define-se

o

aumento

público.

tecnologia

de

de

conjunt.o

do

como do

valor-

cust.o

preço do seu valor

apl"esent.ação~

de

no

sent.ido

de

de

exposiç-ão Desfile

de

absolut.o

do

produção

do

exposição.

Est.e,

t.orna-se menos acessivel cliret.ament.e A

mediação

comunicação

251

e

televisiva

viabiliza,

na

mercado

publicit.ário,

a


efet.ivacão

de

uma

t.er uma idéia, a br.as:ileiro(com

assist.ência

dist.anciada.

do

Desflle.

t.ransmissão do Desf'ile chegou a média

um

espect..adores) e

de

público

aos países do Mercosul e

p~a

1995,

se

t..odo mercado t..elevisua.l

t.orno

<>m

Em

aqueles

20

de

da

milhões

de

Comunidade Européia,

além do Japão e os Estados Unidos. No

ent..ant.o,

imprescinde

da

sua

pública.

imagem

se

rei t.eraçâo

Não

decisivo.

por

t.rat.ar

do

significado

problema

O

um

de

da

do

disput..a

desfrut.ando

social

realizada

ampliada.

proeminente fest..a,

cobertura

A

nessa

tema

o

de

é

crucial

pela

t.orno

sua

do

st.at.us

ela

se

t.ornar

a

das

idéia

elit.es,

desfilando

de

Edgar

seja

e/ou

Morin

política,

assistindo

art.íst.ica-cultural, ao

espetáculo,

impressos,

abast.ece

o

por

exemplo,

t.ransf o r ma

Veja,

personalidades,

o

durante Escolas

e

Carnaval,

para o

Desfile

suas

"olimpianos",

de

de

divertindo-se,

que

seu posicioname-nto no

pontos

ranking

das

ou TV

para

económica, ou

veículos

a

revista

no

t.ransi t.ararn

acrescent..a

as

badalados

Quando

"gente"

uma

freqüenta

nomes

pela

simbólico.

se-cão

idiossincrasias_,

é,

esportiva

divulgados

capital

sua

isto

da

definitiva

com

quem

d"

lugar

um

dependêncas do Sambódromo nas duas noi t.es. Um coeficiente alt.o de retomar

faz

comunicação

tratando

vincula

público

se

âmbito

detém

se

em

no

de

evento

e,

da

esot.éricas

inst..ituições do

valoração

consagração

Desfile concorre

pelas

a

a

inst.âncias

distinção

participação

da

em

jornalística

estratégia

questão

A

importância.

principalment.e

o

cult.ural

event.o

mesmas

consagração dos bens culturais eruditos, publicizacão

bem

ao

das

Passarela

na

espetáculo

legitimidades

no

das ramo

do ent.ret.eniment.o.

seguintes dados. at..raídos est.e

dessa

influência

A

pelos

número

Dos

t.urist.as

pontos

sobe

publicização que

vísit.aram

turist.icos,

para

72_.7%.

pode

no

Ao

caso

lado

o

public:izacã.o,

a

da

Embrat.ur/1991>.

Riot.ur

imprensa

equipado

aparelhos

de

t.elex

instalou

com

e

fax.

em

1993

computadores, O

centro

pais,

dos

cart.ões

66,2% em 1991

vieram

do

Rio

po:s:t.ai:s:,

dest.e

centro

serviço

atende

pelos

decisivos para a

Dentro um

identificada

especifico

imagens televisuais são citadas como fatores viagemCAnuário

ser

de

cerca de

de

de

janeiro

revist.as

escolha da

principio operação

telefonia dois

mil

e

para

de

a

próprio,

jor-nalistas

credenciados, sendo que 250 são estrangeiros. Ao mesmo t.empo, seja para as inst.it.uicões de comunicação ou os nomes famosos:, seja os conglomer-ados empresariais(que adquir-em camarotes

252


nos

leilões

pois

o

é

espaço mas

eníocado, uso

públicos),

ser

a

de

nele

de

cerveja)

na

Forma-se

próprias um

o

quem

perfil

seus

são

modelos

signos .

camarot.e

••

e

internacionais,

é do

m.arcas;

ali

como

imagens,

apenas

condiciona são

modelos

suas

não

permut.ando

inst.ala

de

Se

uma

convida membros

Rede Globo insere-o no esquema da sua

pat.rocinadora

as

ouvindo um

delas

soei li tes,

é

espaço

entidades

Brahama,

econômico. E a

repórteres,

convidados.

a

dest.aque

orbit.am

exposição

como

em O

e

Pessoas

cervejaria

programacão<a

põe

que

publictza

Sambódromo

divulgador.

art.ist.as,

do poder polit.ico e

no

que

di:ferenças

:fi€urar

dispondo

o

:feit.o.

comunicat.iva

índúst.ria para

vi t.rine

igualment.e

represent.acões e:ficiência

uma

dele

ali

est.ar-

circui t.o

emocionadas

falas

no

qual

t.ransmissão

da

part.e

cada

event.o),

do

célebres

dos

t.oma

do

out.ro

o

brilho que o destaca. Mas é a luzidão do cenário que os sublimiza.

As

objet.ivam uma aura, que não a

Na

t.ot.al··.

confi.;ur-ados

no

no sent.ido de

es:pet.áculo

algo

assinala

a

in:finit.a.

Est.ar--se

cuja

que

da

visão

é

r-eferência

circular-idade

de

aut.onomia,

buscam,

reproduz

do

ela

entorno

o

do

mas

.

propr~a

do

relacinament.os

o

máximo

imediat.ament.e idêntico,

espet.áculo '

aut.o-referent.e

ofuscam

os

just.ament.e,

o

alt.eridade

díant.e

Sambódromo

45

,

na

mesmo sua

é,

ist.o

significado

na

de

do

que

proximidade,

aquilo

que

de

aparência,

simulacl'o

e

autonomiza

sua

na

coloca-se

..,

isto simulc.cro, Ó, nunca. mais possivel do m= trocando-se om real, mos st mesmo, ci.rcui.to t.rocado por num e circunferência. cuja. referência. eneontram em lado ininterrupto parte(. . > do sLmulc.Céio sLgno como reversão e nenhum< . . . J.

(. _.>não

irreal,

..

••

Lnclui-se i.niciativa n= ::1.992. A organL.za.Ç ã.o fica. em são Paulo, Vi.ctor Ol.i.va..

45

não

cont.inuidade

sua

inteireza

sociais

no mundo como signo de sua pr-ópria refer-ência:

••..

e

benjaminiana .• mas aquela da "obra de ar-t.e

imperiosidade

sua

do

luzes

incandecent.es

valho-me

rea.li!i!'o.da.

aqui por

Espetáculo. termos reflexão "'i.mg,gom l:nfere,

da.

Eduardo o a.utor

representa.Ção, platõnic:a, da kone, ou então, que o

estrat&gia.s cargo do

sugestã.o Subi.ra.la, encontra

~-

de mo.rketing empreséu-io do

empre&a. entretenimento

inscri.ta. no no sou uma

pesqui.ea. fil.o5lófi.ca. e et.mol.ógi.ca. estudo sobre a. Cultur-a como mesma ro::J.i.:t no lingua. os gre-ga

simulacro e espetâculo, de ri va.ndo-o&, matriz semâ.nti.ca eidalon, no duplo idolo, do si.mula.cro e espetciculo como si.mul<'l.ero SligT'Iifiea. "ri!>-IQ}-pre9e-T'Ita.r"

da realidade, numa dimensão teatral voltada c6pi.a. humana.<speceare, raiz de espetó.culo>, especificada cenosrrélfi.co e devotado, como modelo repr.:.<Santacional, ontologicamente o

ger ri!>present<'1dO,

noturno

tomando-lhe o

253

lugar<1PSP:5P>.

mediante

a

C5pecto de do mundo". a ... nti.do da contemplaÇão o

caró.ter sobrepujar


todo. de aniqui.tamen1o qualquer rea.l.i.da.àe: puro(B a.udri t 1.arà/1.!)9f:1.3> .

Pelo

é

Fest.a-Espetáculo que

de

ané!

função da

e

de

e

de

da

operação

linguagem a

quando

imag"ens". formato

é

do

Numa

de

um

de

crit.ícar

o

espaço

gênero

Desfile

est.a

cénico de

de

o

belas

circuit.o

auto-bast.ar,

no

mediático.

A

nas

do

de

regras que

O

ocorre das

"carnaval

"paraíso e

das

do

além

vertigem

Car-naval

possível"

e

imagens.

do

sua

text.ualidades

modelo

das

a

dos

previst.a

fruição

imagem

sat.isfação

catálog-o

para

mediát.ica, e

no

espécie

a

"mundo

e

da

:relações

das

faz

o

de

abertura

espaço

realizando

comunhão

outras

rei terações

a

ent.re

espet.acular

a

se

como

incessante

exibição

intenção

conexão

A

de

o

vida

carnavalesca,

aspirações

soment.e

de

da

espetacular

fant.asia

totalizada.

const.it.uem tão

magicamente

desprendido

cla:rão

permitir

comunicação

t.orna-se

da

cobr-e,

circular

relaÇão com próprt.o simul.a.ero tom

aeu

auto-celebrando-se

das

isso

pr-át.icas

exper-iência

o

o

o

nao

ELo

remetem in:f1nit.amente a

com

transparente

mesmo

que

sem

as

Sobret.udo

o

>.

sublime,

alegre

realização

represent.ações

qual

da

durante

prazeres,

ao

realiza;

absolut.a divertir.

festa

imagens,

o

que

luz

alçado

cot.idianament.e

concreta

referência< . . . eLo

artificial",

t.empo

efêmero

o do

consumo é ast.uciosa armadilha.

1988,

Em maioria

trabalho

do

escravo da

no

da

Unidos

país.

uma

''negra",

para

A

principal

brilho ou

pela

fez

pequeno. do

opô-la

ao

fácil"(paet.ês,

Para

ele

de

medida

en~enhocas

optou

espécie

miçang~,

e

Festa da

no

ret.ir-ar

centenário algo do

Raça.

Sambódromo, ''frívolo''

quaisquer br-ocais:,

do

A

de

extinção

do

primasse

presente

de

pela lutas.

proposta era íaze:r

baseado carnaval

materiais

fitas

da

sua

enredo

um

que

seu

em

formada

numa

est.ét.ica

"ocidentalizado''.

que

"promet.essem

e

met.alizadas

espelhos)

tecnológicas. compor

palha,

questão Todos

Af"oxé

Isabel, elaborou

então

negr-o-africana

glaJnOur

foi

do

Idealizou-se

ancestralidade

Vila

negro,

ano,

Resultou ent.ão no enredo kizomba, a desfilar

de

movimento naquele

comemoração,

à

valorização

díretoria

mili tant.es

por

protesto

a

os

o

"visual

f'elt.r-o,

e

t.ecidos

enf"at.izar:''Nosso

de

nossos

BrasiL/14-02-1988).

cor-da

africano",

E

de

21

o

carnavalesco est.ampadamente

carnaval

é

carros são grandiosos:.

fat.o

a

Escola

254

Nilt.on

venceu

o

color-idos.

mas

barato, Espero

Siqueira

não

Mas é

ganhar"(Jornal

concurso.

O

prot.est.o


em

transformou

se

espet.áculo,

belo

um

abert.o

Guerreiros

por-

Africanos(com escudo e lanças), assemelhados com os recorrentes na série de

convidando

Torzan,

TV

conlrat.ernízacão fHmes,

como

at.or-es e

racial".

o

platéia

ambient.e

O

Quilombo,

de

de

a

participar

art.ificial

Caca

de

proporcional~

uma

cores

de

t.ons

gradua.;:ão

com

para

de

alguns

dos

O conjunt.o traduzia

visando

planejado,

det.alhadament.e

efeit.o

de

cenários e

palhoças

em 1984).

bast.ant.e

''fest.a

daquela

remetia

Diégues(nas

at.ri:zes que at.uaram na produção,

combinação

uma

a

visual,

conformando

a

af'ricanidade como um est.ilo, mas obedient.e ao format.o espet.acular.

No de

uma

ano

provável

Trint.a, a

r-adical nosso

car-naval.

est.ilo

de

no

Nessa

uma para

prost.it.ut.as Brasil"(jornal

do

gost.ava

e

e

lhe

das

década

seus

Lar-guem

de

os

de

Fantasia.

Pr-opõe

wna no

nossa

escola

int.roduziu

um

esse

de

quem

cobri:r

a

Beija-Flor

pivet.es,

que

luxo um

a

enredo,

mendigos,

rest.os Para

idéia

peca Os Miseráveis,

r-evir-avolt.a

Com

os

Joãozinho

uma

desfile. todos

respeit.o

Samba:"É

no

Brasil/05-02-1989).

trabalhos,

Hinha

a

a

crít.icas a

t.eria causado a

Escolas

aprovei t.arem

a

nos

passou,

luxo

"luxo",

diversas

que

convocação

de

receber

fórmulas

Urubus,

desfile

sunt-uosidade

fazendo

de

impact.o que

Ratos

enr-edo

guinada

"povo"

repet.ição

part.ir do

o

concebe

est.á

seguint.e(1989), após

dia

loucos

ainda

sent.enciou

pista-passarela

que

de

e

no o

"lixo"

poderia ser considerada uma revolução. No de

inicio

carnaval,

mal

a

t.rapilhos,

remetia

ao

absurdo,

no

e

loucos

formas

inclusive

manhã

Beija-Flor

prot.est.o visava a variadas:

da

do

dia

t.oda

a

não

se

fevereir-o plat.éia

ali

a

de

com

ruas:

das

vira

o

1989,

t.erça-íeira

levas

de

mendigos

insólit.o

da

sit.uacão

ost.ent.ação

costumeira.

O

sociedade moderna produz lixos das mais

principalment.e,

como

sunt.uoso

espet.áculo

a

cor-ja

maneira como a

"pr-ot.est.o" :s:it.uava-se no

de

"assombrou"

porque

e,

07

ambient.e

do

ela

se

rnanifest.a

Sambódromo"

carnavalesco.

E

6

no

Brasil,

Ent.ret.ant.o

ist.o e:s:t.ava

o

pat.ent.eado

no imenso ca:rt..az de um dos primeir-os carros alegór-icos apresent.ados, que

...

convidava os mendigos

Este pol..tti.co.

da

desfUe

socic:.t os:

temos.

Assombr-ações, FMl:

o

um grande

Bei.jo.-Ftor foi no Desfil.,

o

ccu-ro

be\.ezo., com o

"bal

a.o

Referindo-a&

etabora.do o.\.eg6rico

po.ro. ê

a

Jna.Sque".

cume da Escolas

explicitou

Ar-lindo

co.rno.vo.Le~eo

lr-o.ta.do

par-a

unia.o

vi•toso,

co.rna.vct. "(0 Olobo/OD-02-.tP&cS>.

299

FMl:, do. bem

c

voga de

Nele,

de

dos ele

vermelho,

lixo

enredoa

Sambo.. diaposiÇã.o

um :rtha,

o

Em com

déver-ia

d&

crtlico.

J.986,

que do

o era

qua.droa enredo foi co.teg6ri.co:..o meu L em

compromisso

com

o


se transformar em luxo, afinal estava em moviment.o(nos termos do próprio joãozinho

Trint.a)

a se

deveria

mendigo

um

Cinderela<aliás, de final

"usina

alegria"

de

carros

era a

é

o

rei",

em

''transformar

dos

que

Car-naval como

metamorfose

brasileiro; história

na

uma melancia

de

Madrinha

da

Passar-ela

o

fazendas

"xepeiros", tornados nobres cort.esãos, Do

Folia).

"bloco

rasgadas.

de

meticuloso sujo"

(pois

planejamento

O

t.rat.ament.o dos

concretizou-se

com

em

mesmo

graças a

suas

fantasias

Fada

t.omou

a

malhas

e

visuais

e

plástico-visual,

"sujos"),

de

podre

de feira numa carruagem encant..ada puxada por rat.azanas, o

acont.ecendo com os

o

sonora: ouro ou la.ia./Formou a grande confusão/Qual ar&>.a (, . . >Reluziu. . . & no meu mundo epobreza farofa, é o l.uxo de ilusã.o/Xepá, d& la pro cá vida urn da fol>.a eu Q da sou lLXO Xepe>./Sou de consome/Se fi.ca.r c• raio que pega, ca>.r urubu riqueza, euf o r ta se &mba.lQ o pOVO, corpo/A loucura mi.r.ha é geraL/Larguem a come/V>.bra meu

fantasia.,

eu agon>.a.!/DEnxe br>.ncar Q manif esiaC Õ.o/E>.s e

que

alegr>.o.

perfLl,

de

frutos

Aver.i..da,

no

uma

t

c

carnava.l/Fi.rme,

m&u

Bet.jo.-Flor

b9lo

linda/Derramando

m<;>.g>.r.aC ãorBei>.r.ho,

Oyv<;>.ldo,

e. Osmar}.

Dent.ro carnavalesca,

do

o

paradigma

delirio

foi

de

sincretizações

t.:raduzido

em

marcant.e

imagens::

visuais

multicromát.icas que falavam de out.ras representações de

Vintens,

vest.iu-se

de

Álice

Brecht.,

Chapeleiros no

Pais

Cats

nos

exemplo,

por

Broadway,

fábula

Bert.old

Os

e

o

quais

das

a

grotesco

o

O

Maravilhas.

à

obra

cume

de

da

e

óper-a dos Três

grandes

é

p:rodução

deslumbrant.es

Miseráveis,

alusão

Loucos,

desta

sucessos

t.ema. Lewis

da

bat.eria

A

a

Car-:rol

apresentação

est.eve

:reservado ao set.or Banquete dos Mendigos. O set.or do enredo marcou uma

das

muit.as

colorida

da

opulência

grot.esca

banquete,

champanhe seria f"oi a e

aquele

de

rest.os

pLást.ico-vis~s

soluções

irreverência

et.c)

da

folia.

Dent.ro

realist.a,

montado jant.ar-

um

próprio

do

''carnavalização''

verdadeira

no' da

mesmo filme

alt.a

porém

nas

um

humanas

chafariz

encenavam branco

atingir

a

citação,

out..ra

ocorreu:

a

excessiva,

da

de

encenação Frederico

burguesia(faisões,

produzidas.

256

os

de

instante

Igualmente sobre

escandalosas. mendigos,

ele,

E,

out.ro

Fellini.

champions,

Nest.e

Lixo do Sexo -

banhava

citadas

pa:ra

desta

pervesões

foram

ali

utilizadas

Satiricon,

imar:;ens

orgia visualizada no carro o

cort.ejo,

eram apropriados pe-los mendigos.

dist.ribuida,

f"iguracões

carnaval:

Os

caviar-, a

delicia

f ellinian.a esculturas

encerrando

"clar-eando-os";

0

a


ut.opia

da

saiu

imaginação

em confrat.erna fest.a

<?

e

. A

realizou-se

negação

na

t.omou

cena

dos

forma,

alvejados

visualizou-se.

pedint.es Indo

para

isso buscar o formato das procissões religiosas da cristandade cat.ólica. mágica do

A

a

vida,

que

Desfile

de

o

Carnaval-Espetáculo atingira sua funcão:

reencant.ar.a

desfile

ao

à

Carnaval,

sua

inebriantes,

mesmo

Diria que

gramática do

gênero

a

baianas,

audiência.

o

eixo

dest.aques,

tantos

outros

objetivou

elaborar

variações

de

sociedade lógica

contemporânea.

per-formadora do

frent.e,

o

o

êsquema

t.erreno,

as

modelo:

deambult.ante destaques,

alas,

incorporaram

comunicação

próprio

ver-tiginosas,

reafirmam

fantasias

reafirma

par-aiso

imagens

fest.a-espetáculo

Comissão

mecanismos de

do

da

que

da

e

epinício

um

revela; a

mesmo

modo

promessa

a

foi

mont.uro

passistas

var-iacão deste

A

de

plást.ico-visual.

e

de

do

de

espetáculo se

introdução

bateria,

sintét.icas

capacidade

oriundas

retornam sobre

ri t.mo-musical

Est.e

à

abre-se

novidades

se

Beija-Flor

da

soluções

reconhecíveis

pela

estético-expr-essivo.

cumprindo

sua

part.e

no

cont.rat.o comunicat.ivo. A crit.ica e assinou

Ventura Brasil. de

ar-tigo,

comparando

mostrar

que

após

r-etor-nar--

como

a

Joãozinho Trinta se reconciliaram.

o

poesia

campeã

operistico"

M.anchet.e,

Rober-t.o

do

de da.

diret.ores

t.ant.as

...

do

Escola

fez

t.eat.rais,

descriÇões vil.a.

1sa.be~.

argument.o.Çao, o.ucliovtdG-o-casseles, evenlo da enlre J.P88

chamou

ar-t.ificial,

que

ensaiar-am

aqui e

qu<1l.

de alobo Rede a. 2.99:1'. Em

melhor do

Para

conjunto mais

de

dos

d&sfi.les oulros de-sfi.le.s corpus recolhido eslâ. reproduzida o

de

t.elevi.séi.o do relação aos

que est.i..ve no Sa.mbódromo, a.ssi.sli.ndo o

o.no de ca.rna.va.i..s

Desfile

257

.,.,. de

ousadia público, Escola

exalt.ar-am

não

r-evist.a

do

da

o TV

apenas

Manchet.e,

t.eatr-o do

absurdo

se assemelhavam aos

at.ingirde

a

coment.arist.a

Já a

deliravam,

O

aclamou

componentes

t.empo t.odo".

por

pela

esse

efeito,

desfilant.es,

t.rês

meses

seu Grupo Tá na Rua formaram a

apresenlo.da.e lambem

O

atenção:"Os

ao

1922,

revistas

e

Beija-Flor-.

espectadores,

incorporar-

de

Jornal

do

pr-osáico"(QS-02-1989).

Jornais

esquinas''(25-02-19B9.

diret.or t.eat.ral Amir Hadad e 47

no

Ala dos Loucos repr-esent.ou o

na Sapucaí: eles fit.avam os

dir-ecão

da

página

moder-nist.as

torneio.

desfile

pl~imeira

par-aíso

cantam, eles int.erpret.am o

acr-escent.ou:"A

loucos

também

do

Parr-eir-a,

na

aos

delir-ante

daquele

"aspect.o

dançam e

carnavalesco

"há

vir-t.ual

publicado

escrit.or Zuenir

O

a

at.ores

e

seguidos.

O

comissão de

Bei.ja.-Flor da Unido .. aludidos 00 longo da conjunlo de fila.a de lransmi.ssã.o lelevi.sua.l do dos a.nos compreendidos 2.s>s::l2, P9 a.crescenlo

dos Escolas de Sa.mba..


frent.e curso em

de de

mendig-os. Teat.ro

Jovens

da

at.ores 7

Urúversidade

muit.os

Urúrio,

''moviment.os expressivos'', exibidos

se

Logo,

a

elabo:racão

"loucura"

de

tema,

:realcada,

o

''su:rpreendent.e''

como

descrit.o

é

os

mont.aram

dUl"ant.e

criat.iva

do

ent.re

a

~rupos

do

do

especializados

Trint..a,

na

pist.a

Escola

da

•• . na

expressa

desfile

"ordem

pela

est.udant.es

apresent.acão

Joãozinho conjunto

quais

é das

exuberância

cores''(09-02-1989). Fundem-se formalidade e infor-malidade. frase

A

respeit.o

do

inst.ant.e:"O

de

seu

t.rabalho

carnaval?

complement.ando o fest.ivos

do

espace

da

apenas

as

adormecidas

de

encant.o o

cada

a

capaz

sublime,

é

o

grande

ao

de

vaga

na

a

no

e

do

dia-

no

e

pista-passarela,

o

séria".

for-a

dos

o

os

serem abert.os

a

nest.e Porque, portais

que

t.ransit.a

no

do

consumo),

silêncio

na

cont.at.o

pirot.écnico

quando

lapidar

obscuro

realizar

í'est.ival

seu cotidiano, ao

Escola campeã é

abst.rat.o

a-dia,

diferenciar

que

Escolas,

as

é

muit.o

forma"

"bela

t.empo

para

event.o,

brincadeira

uma

promet.ido

Escola

recolhe-se

jurados e

presta servicos

t.odo

onde

t.revas

com

que

raciocínio, empenha-se em most.rar

deslocalizada

absolut.o

e

carnaval

O

cu.lt.ur-a

do

noit.e,

de

e

Sambódromo(aí

ausência

ent.rada

art.esão,

um

que

fogos os

imediat.o

precede

a

acendem

a

envelopes

conhecida, em t.odo pais. Mas fica

a

dos

cer-t.eza:

as luzes do Sambódromo brilharão magicarnent.e no pr-óximo ano, confirmando a

vocacão

de

maravilhar

do

Rio

de

Janeiro,

cujo

Ícô-ne.

iluminado

pair-a

com seus br-aços abert.os sobre a Passar-ela do Carnaval-Espet.áculo.

48

nGdos

obti.dolil

cola.boreLÇão de fi.na.l. do ca.pltulo

junto sou

a.

Ala.

presidente,

Uni.ri.o

André

258

·~ Porfi.ro.

E eco la. V&r

Bei.ja.-Flor.

regulamento

AgradeÇo

da.

Ala..

no


..

,_:

~

.

. .~"- . gredos ··~'""é estado

_,

Momentos que f!Zeram a galera levantar Surpresa no carnaval é aquilo que consegue ammcar da platéia o mesmo "uhTr' de um quase gol em dia de Maracanã. No caso mais famoso, o tiro quase saiu pela culatra. O enredo era "Ratos e urubus. larguem minha fantasia" ~-o carnavalesco Joãosinh.o Trinta bolou para a BeijaFlor uma alegona de Cristo vestido como mendigo. Escondeu como pôde sua ln· vencão, proibindo fotogra· fias em jornais e revistas A Arquidiocese foi à Justiça e vetou o Cristo na Avenida. Coberto com plástico preto e uma faixa onde se lia ''Mesmo proibido, olhai por

,.


Nova IiUaçu, 18 de novembro de 1992. Prezado Cnmpnnente: Estamns cada vez mais pr~xim"s dn carnaval, I') samba já f'ni esc,..,lhidn ,- as fantasias apresentadas, "Darracã('! funcinnando, tudn in~er11&ado

para a &rande

virada da Beija-

:Flnr.

ANOTE NA SUA AGENDA +APRESENTAÇÃO DO PROTÓTIPO DA FANTASIA DA ALA UNI-RIO DI.A 25 de ncvembro de 1992 A PARTIR DAS 2Q:OO ·h, LOCAL: RESTAURANTE PR!NCIPE DA ARÁBIA Rua Dezenove de Fevereiro., 21 ~ctafn&n• (Esta rua fica entre a Vn1untá ri,...s da Pátria e a Sã~ Clemente. Deacer n~ Metr~ Entefngn pele sã~ Cleaente, é a 2a. rua à esquerda ,a 1~ é e em saída.)

A partir dn dia 24 a fantasia estará expnsta

•~

sal~ dn restaurante.

Venha e trasa seus amisns para verem aia para n Ca:no.aval 9). .'. ] , Um

\

n~sse fent~


lI

O Informativo Ala Uni Rio do mês de setembro de 94 foi recebido por poucos componentes~ O motivo alegado pelo extravio foi o grande número de cartas, devido ae eleições. A justificativa n&o

I

procede e este informativo' já

TELEFOHE5 IMPORTRNTES ~NDRE

RUBINHO SERGIO DJALMA

:lUADRA

-

{021) {021) {021) {021) {021)

será enviado através de outra agência. Ao recebê-lo entre em cantata com um dos diretores da Ala. No mêa de novembro as .camisas da ala estarão prontas. Quem quiser ver o protótipo

221-4909 COD.27279 234-7034 767-3185 392-2528 RAMAL 234 791-2868

da fantasia ou a foto.é só ligar também.

ALA UNI RIO

..

ANDRI! PORFI RO

RUA LENITA, 52 iJARDIM STA.EUGENIA NOVA IGUACU - RJ CEP 26286-440 ~-- ~---

'

..

, ·-..:.-."

-$

~ L,_

~

'-...0,


De Bidu Sayao aoa"eepantoe de Debret

O ano de 1995 aer4 rico de informaçõese histórias na passarela da Sapucai. As Escolas de Samba do grupo especial., mostrarão enredos variS:doa e para todos os gostos. Haverá enredos históricos, biografias. passando pelo Paraná, pelo time do Flamengo, até a história do Padre Miguel. A nossa Bei~a-Flor de Nilópolis • vem contando a história da cantora lirica mais importante do Brasil no I ' enredo Bidu SayAo e o Canto de Cristal. Abaixo a relação dos enredos para o Carnaval de 1995. "

I,

ENREDOS

ESCOLAS Hcija-Fior

Bidu Saiiio ·O r:a111u de cristal

t ·aprkhost~.\

A LETRA DO SAMBA BIDU SAYAO E O CANTO DE CRISTAL Bela menina "Voz de Cristal" Deslumbrava multidões O seu talento, dom divinal Encantou os corações Grande guerreira que conquistou Seu lugar ao sol É festa é luz, é cor, é poesia É diva internacional. Neste palco surge ela,.Bidu Sayão Sacudindo a paaearela,a Beija-flor Traz no peito a emocão,vem aplaudir Bachianaa e O Guarani.

IJn terra bmtei, 11egro ,çu11 e o11ro virei Uma ,.,.~

· ' 1-:stücin

Essa carioca da gema Cultiva a vida inteira O sonho de voltar a pAtria E o orgulho de ser brasileira E semeou de norte a sul deste pais Se canto lírico feliz E hoje é musa na Sapucai

Flame11go

1/i.\'/Úrill pura nirmr um pu1·u patriota

( ;r;mdc Rio

Mui.1· mi•• umje~'"' tflte mr t·arrt·~tu.•.

lmpt"l":llri:t

O ll'mpo mio pára

Jmpéric1 Sl·rruuu

.\langurira

,1 e.mlt'raldtl 1fo Atlâlltico /'mln• Jli~tfl'l, 11llllfi por uús

.\ ludt!ud1.'

fifl.\'/11

l'urtl"ia

1(111' 11/l' C//rtJl'C/1

() l"fl.\"11

O samba é amor. é nessa que eu vou Swinga minha bateria Tô neste ópera Extravasando alegria

d11 fil/r (fCII.nl

H11dtt, gira, gira, mda

lluiiiu dulllau

111d11 dit1 é dia de ímlin

l 'nitlns d:J l'unlc \'nidus da Tljutu

0.1· IW\"e braJ'tl.~ d11 Guara11i

Cllm IIII c·m·1m • Af dtw.~ /tiC"f!.Ç... f 1.\ 1n'.1· t'.l/llllll/JI 1/e JJehret

\ ira1lulln1

L~-------___.J

VOCI! IRA DESFILAR EM 95? ENTRE EM CONTATO AINDA HOJE COM UM DOS DIRETORES DA ALA UNI RIO <TELEFONES NA PAGINA>. NESTE ANO SERAO SOMENTE 50 COMPONENTES E ALGUMAS VAGAS, JA ESTAO . "'

.

.

AQUI ESTA O DESENHO DA FANTASIA

~

DA ALA UNI RIO PARA O CARNAVAL 95.

DOMINGO Império Serrano Unidos da Ponte Beija-Flor União da Ilha

SEGUNDA Unidos da Tljuca Estácio de.Sá Vila Isabel Mocidade


REGULA!IENTO DO GRUPO UNI RIO

I-DOS ODJETIVOS

1..:.. O GRUPO Uf!I RIO rlo GRES Deija flor ter:1 Por ohjetivo bus-

cn.r n expP0ssiviclnrle cênica no C;'lrnavnl etrr1vés ele novinentos r~IJrporR.ir-,

r;estos e intençÕes intcrlir:ados com o SA.f'\ba de'-

enredo.

2- Porie1

p.ctrticipar do GTWPO UI .!I TIIO qualquer per;son, indicada

por un conponente, aprovacia pela cliretoria e que aceite os

ternos de:::;se rer.ulancnto. 8-S~o obri~aç~es ~os

conponentes:

8.) /lentar as cleterr1inaçÕes cta diretoria do grupo;

h)Participar dos ensaios ~Rpeclficos, en local deterninado pe-

la ctiretoria e dos gerais, na quadra da Deija Flor em IJilbpolis: 4-0 cor:1ponente que faltar 2(dois) ensaios consecutivos sera' autonaticA.nente desligado do grupo, salvo ern casos excepcionais. 5-0

co~pütlente

que for

' e~cluldo,

ou que desistir de desfilar,

não poderá, e8 hipÓtese al~u~a, passar sua fantasia para outro

soh pena r:1a pessoa que adquirir a fantasia não desfilar. r.-o dinheiro paeo pelo cor.1ponenete desistente ou exclu:Í.do sera clevol v ido ser.1 Rcréscirlos, se o conponentc não ti ver eeraclo des--

pesas ao r,rupo, neste caso, a ir1portância será devolvida descontada as despesas.

7-As clevoluç-0es serrw fei tar. nA r.eJ:lflna nPcuinte no desfile elas

-

car:rpeas.

III- DAS FA!JTASIAS 8-A f'ant:=~.sia será rmstrada ao crupe em encontro marcado com antecedência'parãbeste fin

9-A entre~a das fantasias será feita ern local, dia e horário determinadas pela diretoria. ''· 10-SÓ receberá a fantasia o componete que estiver quitado a

mesma.


IV: DOS ENSAIOS 11-0s ensaios serão realizados as 2as., em local determina-

do pela diretoria e as 5as. na quadra da Beija Flor em NilÓpolis. Os horários serão definidos na época. V -DO(S) DESFILE(S) 12-flo(s) dia(s) de desrile(s) os componenetes do GRUPO UNI RIO deverão estar na concentração 30 minutos antes do horário previsto para a concentração da escola em local determinado pela diretoria.

13-0s componentes tem obrigação de realizar os movimentos determinados durante os ensaios e manterem seus lugares na armação da escola e durante o(s) desfiDle(s). 14-0 conponente que transçredir o item anterior será excluido do grupo no carnaval do ano seguinte.

15-0 componente é responsável pela sua fantasia apÓs sua entrega. Não será perr:titido o desfile do componente que transforme sua fantasia colocando ou retirando adereços.

VI-DA DIRETORIA

.

16-A diretoria do GRUPO UNI Riô e formada por um presidente

e um diretor cênico cabendo aos dois dirimirem quaisquer dÚvidas e definirem a organizaçao do grupo.

VII-DAS DISPOSIÇÕES GER4IS

-

17-0s casos omissos neste regulamento serao resolvidos pela diretoria.

Eu, abaixo assinado, estou de acordo com este regulamen,'

<~.

to e concordo em.) participar do GRUPO UNI RIO .. • _:; >

·~·

--


DIGRESSÃO

Vimos

advent.o

de

que

um

os

novo

na

época,

ist.o

refundado de

e

do

redefiniu:

uma

para

acervos

not.ou-se

um

de

for-cas,

se-

que

ent.idade

Logo

modalidade

a

classes

ela

fora

sucedeu

na

r-egência

de

e

Mar-avilhosa

o

ainda

gênero

o

Janeiro

pela

que

voltada

denominada

é

de

irredut.ível

rurais;

Carnaval,

pelo

sociais, a

a

correlato~

t.radições

det.er-mina.do

é

função

epit.et.o

aqui

Desfile

Car-naval-Espet.áculo

capital

popular.

das

o

me:rcado

sua

de

popular

:relações

das

Rio

fest.a

cat.egoria

compasso

o

moment.o

de

ou

com Para

colado

forma

pelo

O

o

ur-banas,

subalternas

pública.

país

at.est.am

singularizada

Em

a

arrumado

do

profundas;

''civilizada''

Nest.e,

brasileira

moderno.

moderna.

multidões

carioca.

exibição

Cidade

simbólico

cidade

país.

sincret.ismo

seu sentido

:relacionamento

universo

grande

das

das

República

mar-avilhosa".

diversão

a

no

da

t.ransformacões

o

a

Carnaval-Espet.áculo

aos

o

"cidade

inst.it.ucionaliza-se para

com

significou

enquanto

vit.rine

pat.a:mar

e

capit.alist.a mundial

primórdios

pelo

concer-t.o

de

encaminhou

a

simbiose

na

uma

qual ambos apa:recem complement-ar-es. combinação ent.re um e

Porém a

à

luz

de

uma

pr-ocessos níveis

locais,

capital,

a

de

ent.endiment.o lazer,

por-

a

cult.o ao

monopolizados

em

em

do

do

uso

uma

e

presença de

do

o

consumo

out.r-os::,

e

a

O

uma do

t.tll'íst.ico

esfera

Car-naval

mundial

da

de

de

e

do no

Os

consagram o são

conjunto de

simbólicos,

a

sobre

Rio de

da

qual

o

imperativo fêl.iX:ddade,

de

que

de

elementos

dentr-o

status

o

at.ividades

desses

:ritmados

os

e

das

vet.or-es

nos

grande

comunicação

ent.z.et.eniment.o,o de

de

foram

incidência

simbólica,

signos

beleza··,

259

e

cult.ur-ais,

perfil

economia

com

de

cult.ura.

abrangência desse circui t.o.

no

valorização

e

engajamento

desses

int.ricament.o

como

car-ioca e

o

int-ermediários

corpo,

par-a

ascendem

na

t.ecnologias

ao

indivíduos.

Alguns:

mudança

cult.ural

e

com

:realinhament.os

Est.ado

novas

r-elação tempo

a

arquit.et.ura 1nst.it.uc1onal

por

"'l"eferência

de

aos

tr-abalho,

pr-odução

at.it.ude

espet.acularizacão uma

do

da

montada

t.r-ansna.cionais.

emergência

indivíduo,

moviment.o

econômicos e

mundo

massas

confecciona

do

no

especialist.as

mudança

e

nacionais

redefinição

sociedade,

novos

hist.órico-social

sócio-pollt.icos

deslocamentos

da

totalidade

outro só se mostr-ou compreensível

acelex'am Janeir-o

pela

a

como

not.ável


fact.ual

É

própria

paisagem

cosmpolit.a simbiose sinais

que

essa

cultura

que

está Mas

Desfile

o

Moderna.

ambient.es

codificacão

urbana

int.ernacional.

ent.r-e

Mundial

a

e

mundial

t.ambém

a

Cidade

nest.a

ao

não

ela

como

propost.a

uma

da

das

tropicais

sist.ema

as fest.as

mundial

com

coletivas. At.est.am idiossincrasias

as

"desencaixar" e

participar

consórcio

geográ:ficas,

históricas. Ou seja, são espaços onde a capaz de

o

dos

étnicas,

que

a

seus

em

Civilização

mat.rizes

de

artificiais,

ernblemat.izados pelo cenário espet.acular onde est.ão combinados a paradisíaca e

da

padrão

de

mat.er-ializa

parai.s:o.s:

de

um

de

constitutiva

últ.ima

chama:T'

a

apenas

é

e

carnavalescas

paradigma

defensável

moderna:

poderiam

pl'áticas

relacionada

é

Int.roduz-se

se

das

paisagem

princípios

do

culturais

e

diferença consiste em uma imagem

de um "nós'

difuso,

complexo,

que

se

insinua nos luga:r-es( ... )''(Ort.iz/1994:220). Um

enquant.o Tarde,

trag-o

de

soment.e

tão

No

Salvador.

dados dá suport.e a

de

dos

um

t.ext.o,

o

edit.orialist.a

est.a hipót.ese.

publicados assevera

desvencilhar-se

ét..nica.s

dependências

represent.ados

edit.oriais

em

baianos

Afoxés

dos

cort..ejo

exp~~essivo

conjunto

jornal

urgência

A

do

''obstáculos''

dos

Conclama-os

religiosas.

e

a

no

Por

a

const.ruir "novos degraus" na escada de sucesso que os poder-á conduzir à mesma

e

riqueza

popularidade

do

Carnaval

carioca,

no

f'ormat.o

de

f'est..ivais coreog-rá:ficos(12-02-1989: Car-deno 02). Ant.es

de

pensarmos

em

uma imposição

da

"midia"

implícit..a

export..ação do modelo carioca da Fest.a-Espetáculo, não seria o fat..ores

out..ros

supor

sociais

mais

abrangent..es,

"desencaixe'' das

prát.icas carnavalescas nordest.inas

regiões

e

do

processos

pais

da

sent.ido,

t.uríst..icos circuit.o ano",

do

nos

a

exemplar,

organizados

em

do

folias

d.ifer-ent.es

Ou

e

do

carioca

os

se

mont..am

Neles o

pacotes

complement.am

"carnavais

pais.

e

caso

pois

baianas

t..ambém

cidades

Teatro-Passarela

via~;em,

de

car-iocas

Brasileir-o".

estão

que

a~;ências

o

out.ras

no campo translocal do ent.retenimento. É das

seja

mesmo de

a

as

"Carnaval

e

o

interferindo

civilizat.órios

Talvez

condicionando

vasculhar

atitude

quais

Latina?

moment.o de

de

e

sociais

inserção dos festejos nesse

América

nessa

se

de

no

meio

de

combinam

"despojament.o•·

a

dos

Blocos de Trio-Elét.rico de Salvador-. Poder-ia

ent.ão

reprocessando esses lógica

da

se

dizer-

que

t.errit.órios, e

export.acão

o

carisma

do

espet.áculo

est.e ja

com ele os element.os sincrét.icos pela

cult.ural?

260

Par-ece

sugest.ivo

viajar

nest.a


possibilidade,

aliment.ada

redefinições

em

sua

fat.o

e

de

Salvador

ur-bana,

ecologia

balneário"

''metrópole

pelo

at.ualment.e,

modelada

no

ascender

ser,

roteiro

pelo

de

alvo

paradigma

turístico

da

internacional,

puxada pelo carát.er de fest.a "afr-o-baiana" do seu carnaval.

As

duas

da

produção

Nest.e

pont.o

sentido

ar-tificiais.

.Moderna, qual seja, o sociedade

no

caracterizado

modernizante no

cidades,

torna-se

passa a

ser

a

possuem

poderes

ent.ant.o,

org~zacão

pela

de

imag-ens,

sinalizam

'moderna'

produção

e

quando

o

extraordinários

sócio-geográfico

idílios

evidenciador

experiência

cobiçadas

da

experiência aut.ênt.ica.. estabilidade

das

de

para

validade

à

algo

uma

consumo

à

economia,

espaço de

esforço

mesmo

tropicais

da

Civilização

primado das imagens, como sugere Susan Sont.ag:"Uma

respeit.o

da

do

espécie

com

um

revelam

suas

principais

at.ividades im~ens,

imagens,

quando

as

determinar

nossas

exigências

são

e

t.ornam-se

e

politica

mesmas

elas

indispensáveis

a

à

busca

se

a

jaulda

que com

substitutas boa saúde

à

.felicidade

indi vidual"(1986:t 4 7-8). Talvez descrita

sejamos

por Weber,

um anél de tubos

levados

haja

de

a

deixado

neon.

Por

perguntarde

ser

serem

de

mais

"ferro":

da

modernidade

met.amoíorseou-se

sedutores,

a

"gaiola"

se

.faz

mais sor-rat.eir..a. As metáfor-as dest.a confortável cadeia de luz, cor e dão

contornos

à

esconderijo

das

transformar

as

para

conhecer

sensações, t.ornam

imagens, ou

os

modelos,

referendar-se:

revelam

ou

do

extensão

Manifest.a-se

abnas.

parcelas

cuja

semeiópolis

escondem planeta

as

na

em

em

t.endência

razões

imagens

vontades,

abrange

som e

contemporânea

subst.anciais

habitam

desejos

paraísos

mundo

o

os

não

ter-renos,

Até

par-a

o

de

apenas

sentimentos

poderes.

e

em

e

mesmo

desfrute

o

daqueles possuidores de passorte para circular nos seus delír-ios. Ao

cont.:r-ár-io,

Tempestade,

porém,

da

terra

prenhe

ilha-simulacro estável,

de

incapaz

principalmente mant.ém-se processável

por-

Próspero

de Shakespeare -, alu cinado com uma nat.llr'eza viva,

lhe subvert.er, .a Amér-ica tropical que o.ferta-se

encontrada

com

e

de

uma

nat.ureza

Inuencão

a de

de

per-mi t.ir-

que

fest.eja,

quando

novos

desenhos:

ag-or-a

o

a

Morel,

quando

volát.il

despont.a par-a

suficiente

carisma. 261

serviço

do

oferece-se

a

o

olhos

homem.

como

um

desconheça se

emociona.

exporta-se par-a

a

E

do

o

de

A

capaz de "mundo", Como

a

t.er-ritór-io

os

pacto

limites, colonial

natureza-informação,

r-eproduzir

seu

fascinante


BIBUOilRAFIA CITADA E CONSULTADA ~45

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