Quadro 4: Tipologia dos ritmistas entrevistados Ritmista entrevistado
Idade
Tempo na bateria Anos em que estudou na rede Teve pública aulas de música?
Gil
32
7 anos
Entre 1992 e 2004
Sim
M.C.
34
8 anos
Entre 1987 e 2002
Não
W.L.
15
6 anos
Cursando
Sim
L.R.
17
4 anos
Cursando
Sim
C.T.
59
40 anos
Entre 1966 e 1975
Sim
Fonte: elaboração própria
Como podemos observar, cinco ritmistas foram entrevistados: dois nascidos na década de 1980, dois nascidos na década de 2000 e um nascido na década de 1960. Os ritmistas foram alocados no quadro conforme a ordem cronológica em que se deram as entrevistas. Em uma primeira avaliação, podemos notar que apenas um dos entrevistados não teve aulas de música na escola. 4.3.2. CHEGANDO AO RECUO – AS ENTREVISTAS Dois roteiros de entrevistas organizados em tópicos semiestruturados foram elaborados: um voltado para ritmistas adolescentes alunos/ex-alunos da rede pública e outro direcionado a ritmistas adultos que passaram pela escola pública em algum momento da vida. Embora tenha sido organizada a partir das entrevistas supracitadas, a análise de dados também contemplou tópicos que foram acrescidos ao longo das conversas. É parte relevante do trabalho conhecer a idade, as experiências e a trajetória de cada um dos entrevistados. O ponto de partida das entrevistas era o nome e a data de nascimento. Em seguida, o bairro em que fora nascido e criado, além do local em que reside atualmente. De acordo com Trindade (2006), memória e ancestralidade são aspectos integrantes dos saberes e referenciais afro necessários aos currículos escolares em uma educação antirracista e democrática. Outrossim, a autora defende que a afetividade deve ser o fio condutor de tal perspectiva. Lembranças da infância, da escola e dos primeiros passos no mundo do samba – temas também abordados nas entrevistas – são, portanto, de grande valia, uma vez que a relação do entrevistado com as instituições aqui abordadas é um tema primordial à pesquisa.
91