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Administrariio: Walter Teixeira da Silva •
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Rua Jacinto, 67 - Meier 20725-020 - Rio de Janeiro - RJ Tel: 2269-3445 / 2269-1862 3899-8897 / 2596-1127
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AESCRJ
CARNAVAL 2002 GRUPOA Data: 09 de fevereiro de 2002 - sabado Horario: inicio as 19:00 horas Local: Passare1a do Samba Av. Marques de Sapucai
ORDEM DO DESFILE
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GRES UNIAO DE JACAREPAGUA GRES ACADEMICOS DA ROCINHA GRES LEAO DE NOVA IGUA<;::U GRES UNIAO DA ILHA DO GOVERNADOR GRES UNIDOS DE VILA ISABEL. GRES UNIDOS DA VILLA RICA GRES ESTAcIO DE sA GRES BOI DA ILHA DO GOVERNADOR GRESE IMPERIO DA TImCA GRES UNIDOS DA PONTE GRES ACADEMICOS DE SANTA CRUZ GRES PARA.iSO DO TUIUTI •
• A Esco1a de Samba cuja posir;:ao na ordem do desfile corresponda a numerar;:ao impar, devera se concentrar no lade do Edificio Balan~a Mais Nao Cai. • A Escola de Samba cuja posir;:ao na ordem do des file corresponda a numerar;:ao par, devera se concentrar no lade dos Correios
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GR.E.S. UNIAO DE JACAREPAGUA
Asas: Sonho de Muitos, Privih~gio de Poucos, Tecnologia de Todos PRES/DENTE: Reinaldo Bandeira CARNAVALESCO: Jorge Mendes 3
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ASAS: SONHO DE MillTO, PRIVILEGIO DE POUCOS TECNOLOGIA DE TODOS INTRODUr;;AO
o homem nao tern asas, Mas nos as construiremos, e entao "poderemos voar "
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A Uniiio de Jacarepagua, conla em seu enredo algumas caraclerislicas das , asas. Da cera ao a,o, dividindo·a Ires paries SONHO, PRiVILEGIO E TECNOLOGIA, (sonho) milologia asas de cera, (privitegio) seres alados, aves inselos elc, (Iecnologia) asas de a,o
r PARTE SONHO ( Milologia) Ha Ires mil anos, os anligos gregos conlavam que Dedalo era um habilidoso escullor. Suas obras eram adoradas e respeiladas por lodos. Mas a inveja e 0 ciume conduziram 0 arlisla a miseria. Banido de sua terra por Ter assassinado 0 jovem Talo, Dedalo se avenlurou pela 'a Atica com seu jilho fcara e foi acolhido com honras pelo rei Minos, que conquistou sua amizade, Mais larde 0 rei 0 incumbiu de construir um labirinto para afastar do convivio dos demais homens, 0 Minotauro ( 0 terrivel monslrO metade homem melade touro) que aprisionava e devorava allllaimente sele mo,as e sele rapazes alenienses como Iribllto imposto por Minos, rei de Creta, E Dedalo 0 fez: 0 labirinto era lao cheio de curvas e segredos que ele proprio teve dificuldade de sair de la, Logo, a amizade de Minos transformou·se em tirania. Ele conjinou Dedalo a uma ilha da qual jamais poderia sair sem sua autoriza,iio. Para escapar do rei, 0 unico jeito seria voando. Dedalo 0 jcarofabricaram dais enormes pares de asas, com penas amarradas comjio de linho e sobre elas colocaram cera, para que jicassem coladas lImas nas olilras e saltaram para 0 injinito. Os primeiros momenlOS de vao siio penosos. Os corpos nao enconlram 0 equilibrio exalo e Iremem com 0 venlo. Preocupado Dedalo recomenda ao jilho que voe nllma allitude media, mas , !cara deslumbrado com a beleza do jirmamenlo chega proximo demais do sol., Os raios ardenles amolecem a cera e as asas comec;am a se desfazer. 0 corpo de !cara mergulha no mar. Na superjicie mansa das aguas, dllas asasjluluam, perdidas, cada pena que compunha as asas do jovem transformam·se nl/ma ilha conslill/indo 0 arquipidago das !carias.
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A SAGA DE PEGASO ,
Outro ser fantastieo da milologia grega era pegaso 0 eavalo alado. Perseu, um dos filhos de Zeus, eortou a eabe"a da Gorgona (Medusa), e pegaso naseeu do sangue gotejante. 0 eavalo voou para os ares a fim de reunir-se aos deuses e fOi capturado pela deusaAtena. Atena domou 0 eavalo eom umfreio de ouro. A deusa deu estefreio a Belerofonte, que aplaeoupegaso com essefreio e montou 0 eavalo alado para com bater a Quimera e as Amazonas. Pegaso saeudiu Belerofonte de seu dorso e voou rumo aos eeus. Zeus transformou 0 eavalo em uma constela"ao do hemisjerio celeste norte.
2' PARTE PRIVILEGIO (Seres A/ados) Entre os seres privilegiados que possuem asas, nao distinguem apenas os anjos no ambito cristao mas tambhn os seres demoniacos, fadas insetos e prineipa/mente as aves. Os insetos sao 0 grupo de animais mais numerosos do mundo. Dentre os insetos que possuem asas, destacamos a borbo/eta pela be/eza de sua asa e 0 romantismo de seu voo. A liMlu/a (lavadeiras) pela transpareneia de suas asas e as abelhas que possuem asas poueo visiveis mas de rara destreza. A os seres demoniacos nao se atribuem as leves asas, mas sim os eoriaeeas do morcego. A asa de uma ave obedeee a rigorosos prineipios aerodinamicos, nao so e desenhada para cortar 0 ar com poueo atrito mas tambem Ii curva para dar sustenta"ao, aforr;a que mantem as aves no ar. 0 ar que passa pela borda de ataque e sobre a superficie convexa da parte superior da asa ve/ocidade. As aves que voam, desde 0 menor beija-jlor ao maior a/batroz, sao mais semelhante por sua eonstituir;ao que qualquer outro gnlpo de animais. Aforma da asa revela seu uso. As aves que planam sobre 0 mar tem asas longas estreilas (parde/a, gaivotas) . As que voam sobre a terra tem asas largas e com interstieio (gaviao) . Aquelas que se desloeam rapidas e vigorosas (faisao). As que asseguram grandes veloeidades e eontinuidade do voo nas migrat;iies (andorinhas) . â&#x20AC;˘ E em beleza 0 eolorido da asa da arara. Os acrobatas aereos que sao os beija-jlores podem voar verticalmente e ate para tras, mas 0 que realiza de mais nota vel e adejar imove/ no ar. 3" PARTE TECNOLOGIA ( ASAS DE At;::O)
Desde os tempos remotos, variadas eulturas imaginaramformas de ganhar a liberdade do espa"o sem limites. Ha mais de um s(iculo, 0 homem vem eriando maquinas voadoras sojisticadas, eapazes de levar 0 ser humano aos limites do universo.
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o planador e uma versao moderna das asas de Dedalo e Icara e precllrsor
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da asa delta. 0 primeira homem a cOllstroir e voar num planador foi 0 engenheiro alemao Otto Lilienthal. 0 brasileiro Alberto Santos Dllmont, realizou 0 primeiro voo meciinico com 0 14 Bis em 23 de outubro de 1906 em Paris, foi 11m grande saito na historia da conquista do ceu. Surgiram entao as asas de afo e com elas as gran des empresas de avia,ao, que fazem 0 transporte aereo de passageiros e cargas para qualquer lugar do mundo. Tal como os passaros, 0 aviao so se mantem no ar e voa porque tem asas. A tecnologia avanfou e conquistou para 0 bem de todos a oportunidade de 11m voo mais alto. 0 onibus especial, columbia lan,ado em /981, realizou 37 orbitas na terra, para pesquisas a bem da humallidade. 0 lanfamento do onibus espaeial e igual a de umfoguete, ele eircula a terra como urn satelite e depois usa as asas para retornar. E nao poderiamos deixar de fazer uma menr;ao honrosa a nossa A eranautica, que tem como simbolo a asa.
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GR.E.S. ACADEMIC OS DA ROCINHA
N ,a Rocinha '0 Povo
E Sempre Noticia
PRESIDENTE: Ivan Martins CARNAVALESCO: Lucianno Costa •
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"NA ROCINHA 0 POVO It SEMPRE NOTicIA"
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Neste Novo Secuio, com toda esta moderna tecnologia, via FAX, E-mail e etc., a noticia chega ao nosso conhecimento quase (ou) installtaneamente, ao mesmo tempo em que ocorreram osfatos. Diante desta conclusiio, 0 GRES. ACADEMICOS DA ROCINHA traz para 0 Carnaval de 2002, um enredo, mostrando na Sapucai, 0 trabaiho grandioso e preciso que e feito pela "IMPRENSA ESCRITA ". Homenageia um Jornal verdade, que leva ao conhecimento, niio sa das classes mais favorecidas, mas tambem a grande massa que e 0 "POVAO ", a informa,iio precisa, a noticia quentinha e a prestar;iio de servifos de que um jornal com proposta de seriedade tem a obrigar;iio de faze-lo . desjile sera composto de cinco setores distintos, que seriio distribuidos em forma de Caderno pela Avenida, abordando, cada um deles um tema especijico, que formariio no conjunto, a EDI(:AO, super especial de um JORNAL: o PRIMEIRO CADERNO emite 00 publico a confecfiio do jornal, no seu grandioso e moderno "PARQUE GRAFICO", composto da: Redar;iio, Ojicinas com as suas Impressoras de ultima gerar;iio, Rotativas com sistema colorido, os Tecnicos, Jornalistas, Fotayrafos e demais atividades e maquinarias que siio necessarias as conclusoes do trabalho grajico, para que os milhares de exemplares estejam nos miios dos jornaleiros nos primeiras horas matutinas, ou entiio em edifiio extraordinaria. o segundo setor, faz um CADERNO ESPECIAL em forma de retrospectiva, mostrando alguns fatos que foram manchetes nas primeiras paginas do jornal nestas cinco decadas. Mostrara por exemplo: 0 avam;o das conql/istas espaciais, desde 0 primeiro homem a pisar no solo lunar. os passeios no anibus espacial e 0 show do robozinho em Marte, e ainda a Batalha pela Conquista do Poder, nos guerras que destroem tantas vidas humanas, e a Conquista Cientijica que agora cria vidas atraves de c/onagens. No Brasil grandes fatos mudaram a sua histaria, teremos manchetes politicas que viio da inaugurafiio de Brasilia (Capital Federal) a sede do poder, e tambem os grandes movimentos e passeatas feilas pe/o Povo com as caras pintadas exigindo a destituifiio do poder. nas marchas das Diretas Ja ou pelo Impeachment. Dedica uma pagina as lembranr;as dos grandes movimentos musicais, que jizeram a Histaria de tantas gerat;oes como a Candida Jovem Guarda, a Polemica Tropicalia, a irreverencia dos Secos e Molhados, eainda a meladica Bossa Nova. o Jornal participou desse tobogii repleto de contradifoes. Foi 0 grande tradutor de todos os segmentos dessas nllldanfas falando de tlldo 0 que venha a ser , NOTlCIA, mostrando de forma simples, direta e criativa a verdade dos fatos ocorridos. Seguindo para 0 terceiro setor. 0 enredo apresenta 0 cadenzo que e lido por todos com grande eu(oria, mas as vezes com muitas tristezas, quando 0 que esta em
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manehete 0 abafado grito, preso na garganta de : "GOOOL ", 0 eaderno de "ESPORTES" um informativo eompleto de t!-ldo 0 que aeonteee no Rio de Janeiro, no Brasil e no Mundo, dentre todas as modalidades esportivas, com reportagens especiais, nas coberturas completas das Olimpiadas e Copas do Mundo. Publica ainda a emot;:ao da velocidade dos Grandes Premios Automobilisticos e as grandes vilorias do extraordinario Mestre do Tenis. Um jornal repleto de tantas informar;oes tem que apresentar aos SBUS leilores, opr;oes de escolherem, as melhores formas de entretenimento e lazer, por tanto, 0 Quarto Setor um tablbide de dicas culturais em geral, como; CINEMAS, TEATROS, CASAS DE ESPETAcULOS, BARES, RESTAURANTES, os "Furos" de sociedade e ainda, uma pagina inteira, ao HUMOR, com charges de renomados Caricaturistas, as RECEITAS CULINARlAS, as Previsoes do Tempo e Astrologia estao sempre presente todos os dias na vida dos leitores. Para finalizar este exemplar do Jornal 0 GRES ACADEMICOS DA ROCINHA apresenta no Quinto Setor, 0 caderno que vai onde 0 povo esta, e faz pe/a popular;ao um trabalho de intercambio de negociar;oes, com os anuncios de compra, venda, aluga, troca, doar;oes, editais, religiosos, amorosos e etc., etc.. o desfile term ina folheando os "CLASSIFICADOS", com as suas publicar,:oes diarias, que levam ao leitor, todas as chances de negbcios e inclusive a oportunidade do tao sonhado "EMPREGO ", hOje com vagas tao escassas em nosso Pais. Como a ROCINHA e sempre noticia, neste desfile de carnaval resolveu homenagear este tao antigo veiculo de comunicar,:ao mundial que 0 Jamal; por que: RQCJNHA DO POVO PARA 0 POVO NESTE CARNAVAL
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GR.E.S. LEAO DE NOVA IGUAC;U Do Esplendor Diamantino aos Sonhos Dourados de Juscelino
PRES/DENTE: Jorge Marotte CARNAVALESCO: Alex de Souza 10
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Do Esplendor Diamantino aos Sonhos Dourados de Juscelino Sintese do Enredo Entre as comenlOra<;iies do primeiro eentenario de JK, a Eseola de Samba Leilo de Nova 19uar,:u jara sua homenagem com 0 enredo "Do Esplendor Diamantino aos Sonhos Dourados de Juseelino ". A Eseola pretende re/ratar a vida e obra do grande estadista e um panorama alegorieo do Brasil deJK. Pela seqiiencia, 0 enredo representara 0 imaginario da bela eidade historiea de Diamantina, cidade natal de Juseelino, sua his/aria, lendas e tradir,:iies, que 0 menino "Nona" ouvia. Duro, diamantes, grandes personalidades e 0 esplendor do barroco Mineiro. Em seguida seu espirito progress is/a, sua marca durante /oda a carreira politica sera representada nas fantasias e em uma grande alegoria ao avam;:o industrial a que 0 Brasil alcanr,:ou com 0 "Plano de Me/as ". sucesso de seu governo parecia rejletir uma epoca de ouro nas arIes, esportes e nas comunica<;iies, eo terceiro setor do en redo quefara desfilar Ulll pouco dos anos dourados. A ultima parte eaminhara pelo cerrado da regiiio Centro-Oeste, pelos sonhos profhieos de D. Bosco, pelas lin has de Niemeyer e encerrara com 0 grande democrata em meio aos eandangos, piol1eiros que cons/ruiram nossa capital federal.
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I". Quadro: D1AMANT1NA - A infancia e as his/arias do velho Tljuco Juscelino Kubitschek de Oliveirafoi um dos mais popu/ares presidentes do historia do Brasil, fimdador de Brasilia, jUho de Joiio Cesar de Oliveira e Julia Kubitschek, Nona nasceu no dia 12 de setembro de 1902, em 2002, se estivesse vivo completaria cem anos. Herdou do bisavo materno Jan Nepomuscky Kubitschek, aportuguesado para Joiio Nepomuceno, um imigrante tcheco vindo da Boernia, 0 sobrenome â&#x20AC;˘
lncomum.
Perdeu cedo seu pai, com tres anos, sua miie, dona Julia, era professora e para trabalhar deixava Nona e sua irmil Maria do Conceir,:ilo, a Nam], aos cuidados de Augusta, uma vizinha, da Rua Direi/a aonde nasceu. Augus/a que era descendente de escravos contava-Ihes his/arias que com¡tam das memorias de Juseelino: "Augusta, costumava enciler essas longas horas contando-nos historias do Velho Tljuco. Em sua palavra colorida e pitoresca sucederam-se fantasias que nos enlevavam e exei/aram, com duelos sangrentos entre osjaiscadores, assaltos de indios, maldir,:iies de um cacique sobre os antigos habitantes do arraial.
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Contavamos tam bern alenda de uma arvore gigantesca, aAcacaia, que era tabu entre os puris. Ainda hOje me lembro de que em suas narrativas, havia paneloes de diamantes, barricas atulhadas de moedas de ouro e poroes onde ocultavam arcas cheias de prata ". Da cidade natal de Juscelino, conta-se tam bern, que os primeiros exploradores chegaram atraidos pela descoberta de ricas jazidas de ouro, pr6ximas cidade Serro, entre 0 rio Grande e 0 Piruruca. Em 1713 foi fundado 0 Arraial do Jijuco (lama em Tupi) por bandeirantes. Em 1720 foram descobertas jazidas de diamante. Foi fundado 0 Distrito Diamantino em 1729, com sede no Tljuco, para ojicializaro controle da explorar;oo. A vila mais tarde, em 1831, passou a se chamar Diamantina e declarada cidade em 06 demarr;ode 1838. Entre tantas preciosidades: metais; pedras; arquitetura barroco, Diamantina orgulha-se de seusjilhos celebres, atem do grande estadista JK, 0 Padre Rolim, urn dos mentores da Inconjidencia Mineira; Isidoro, 0 martir; 0 maestro Francisco Nunes, fundador da Orquestra Sinfonica do Rio de Janeiro e da tambbn lendaria Chica da Silva, a amante do contratador Jooo Fernandes de Oliveira, que "de escrava a rainha" escandalizou a sociedade da epoca e esbanjava todo 0 luxo que seu am or poderia the oferecer.
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2". Quadro: A MARCHA PROGRESSISTA - A carreira politica e a visoo desenvolvimentista Juscelino mudou-se para Belo Horizonte em 1921 ajim de continuar seus estudos,formou-se medico em 1927. Mesmo com tantas dificuldades, viajoupara a Europa para aprimorar seus estudos, especializando em urologia. Retornou em 1930. Casou-se com Sarah Luiza Gomes de Mello Lemos em 1931, com quem teria duas jilhas, Marcia e Maristela. Alistou-se na forr;a publica do Estado de Minas. Ap6s a Revolur;oo Constitucionalista, em 1934, aceitou a nomear;oo de chefe do gabinete civil de Benedito Valadares, interventor federal em Minas Gerais. Elegeu-se deputado federal no mesmo ana pelo Partido Progressista. Porem perdeu 0 mandato em 1937, devidoaoEstadoNovo, voltandoa clinicar. Nomeado prefeito de BH em 1940 comer;ou a conquistar a projer;oo que 0 levaria presidencia. Seu principalfdto foi a constru,oo do Conjunto Arquitetonico da Pampulha, projeto do iniciante Oscar Niemeyer. Em 1945 elegeu-se pela 2" vez deputado federal. Em 1950 foi eleito governador de Minas Gerais, sua administrar;oo era norteada pelo binomio "Energia e Transporte ". Sua imagem era associada modernizar;oo e industrializa,oo do Pais. Em 1956 chega Presidencia da Republica, pelo PSD, seu plano de metas: "50_anos em 5 "funda'mentava-se na expansoo industrial. Entre tantas obras, construiu estradas,
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como a BeLem -Brasilia; pontes; um reator atomico em SP; a Usiminas (siderurgia); hidre!etricas (dobrando a capacidade de energia do go verno anterior); fabricas de auto pet;as; industrias automobilisticas europe;as instalaram fabricas no pais. Em 1958, 50% das pe,as do automovel DKW-Vemag eram nacionais e em 1959 foi lant;ado 0 primeirofuscafabricado no Brasil. Criou 0 mercado de capitais. Aumentou em ate nove vezes a produ,iio de barris de petroleo. JK denunciou e rompeu com 0 FMI por impor medidas restritivas ao desenvolvimento brasileiro. E declarou: "0 maior inimigo da America Latina niio e 0 comunismo, ... (vivia-se a guerra fria) ... mas 0 subdesenvolvimento ". Discurso que empolgou ate Luis Carlos Prestes, grande lidercomunista. 3'. Quadro: ANOS DOURADOS - Allos JK A politica desenvolvimentista de JK causou euforia niio so no setor economico, mas em toda uma epoca marcada de grandes acontecimentos na area • artlstlca e esportlva . • Epoca da poesia concretista que iria injluenciar 0 Tropicalismo da decada seguinte. Era dos grandes cantores do radio, com suasfos, as macacas de auditorio que lotavam os programas de Cesar deAlencar e A ry Barroso. Program as de humor e novelas, que revelariam mais tarde, gran des autores para a televisiio.O poder do Radio naqueles tempos era semelhante a injlwincia das grandes emissoras de tv de hOje. No cinema, aitkm do sucesso das chanchadas da Atliintida e Vera Cruz e do inicio do cinema novo, 0 fi/me Orfeu Negro, com roteiro de Vinicius de Morais e dire,iio de Marcel Camus, vence em 1959 a Palma de Ouro no Festival de Cannes e Oscar de melhor filme estrangeiro, mesmo niio sendo um filme nacional, produ,iio e dire,iio francesa, seria a mola precursora do movimento musical sintese da epoca, a Bossa Nova que se tornaria 0 genero musical brasileiro de maior injlwzncia no •
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exterior.
A "patria de chuteira ", apos a traumatica derrota para 0 Uruguai no inicio da decada, vence sua primeira copa do mundo em 1958 na Swicia. Nunca houve tantos e tiio magnificos craques como os daquele mundial. "Com brasileiro_niio ha quem possa, eeeeeta esquadriio de ouro ... " cantava uma marchinha da epoca. Pele e Garrincha levaram 0 Brasil a vito ria. A sele,iio canarinho tambem contava com 0 talento de Mlton Santos, Zagallo, Bellini, Didi e Vava. 0 sonho dourado da Jules Rimet foi finalmente alcan,ado. Segundo Nelson Rodrigues: "0 escrete deu-nos a maior alegria de nossas vidas. Tornou qualquer vira-lata um campeiio do mundo ".Maria Esther Bueno, campeii de ten is de Wimbledon, deu-nos 0 orgulho nas quadras, que hOje temos com Guga. A televisiio dava seus primeiros passos. Tupi; Tv Rio; Excelsior; Tv Continental faziam suas programat;i5es diarias totalmente ao vivo, niio havia 0
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videotape, 0 que era uma dor de cabet;a para as garotas propaganda, que para demonstrarem as novidades eletr6nicas, soFiam quando as geringol1l;:as as faziam passar vergonha diante das cameras. "0 ceu e 0 limite "; Reporter Esso; Noite de Gala; Clube do Guri; Teatrinho Trol e 0 "Grande Teatro ", com textos que iam de Tchecov a Machado de Assis, entre outros, eram programas que encantavam os "teventes", ou os telespectadores de entiio. Em materia de mulher bonita havia as diversas turmas. Havia os concursos de misses que mobilizavam toda a na,iio. Havia as certinhas do Lalau (naquele tempo, nemjuiz nem ladriio) ou como preferir Stanislaw Ponte Preta, pseud6nimo do jornalista Sergio Porto, que publicava em sua coluna, a lista das mais desejadas mulheres, quase todas vedetes do teatro rebolado de Carlos Machado e Walter Pinto. E na outraponta, as dez mais elegantes do Ibrahim Sued, grande colunistasocial, que fazia a lista das mulheres da alta-sociedade. Para quem niio estava em nenhuma das tribos anteriores, restava seguir os passos dasfamosas Garotas do Alceu, desenhista que riscava croquis de belas garotas e serviam como uma biblia da moda e do comportamento da epoca, na revista 0 Cruzeiro. o teatro estava em uma de suas melhores fases, as grandes companhias: TBC, Teatro Brasileiro de Com Mia; Teatro de Arena; 0 Grupo Oficina; Companhia Maria Della Costa. Entre tantos diretores Ziembinsky foi um dos mais importantes daquele tempo. Cacilda Becker; T6nia Carrero; Sergio Cardoso; Paulo Autran; Fernanda Montenegro; eram algumas das estrelas que brilhavam nos palcos. E os textos de Nelson Rodrigues, Gianfrancesco Guarnieri, Ariano Suassuna, Carlos Queiroz Telles, criavam uma nova dramaturgia. Eram outros tempos de fato, eram anos dourados, mas como no titulo da musica de Tom: "Chega.de Saudade "... 4". Quadro: BRASiLIA - Um Sonho Dourado Outra de suas metas era a constru,iio de uma nova capital federal. lde!a apresentada ja em 1823 por Jose Bonifacio, que sugerira este mesmo nome e localiza,iio no centro do pais enos sonhos de Dom Bosco,jUndador da Ordem dos Salesianos e santo italiano, que em 1883 teria sonhado com uma terra-prometida entre. os paralelos 15 e 20 com depressiio lopograjica ollde se formava um lago e dessa terra verleria leite e mel, dela surgiria uma grande.civiliza,iio, em seus relalos ele descrevia a regiiio que seria afutura capital do Brasil. Na conslitui,iio de 1891 fica determinada a fundariio da nova capilal no cenlro do pais. Em 1892 Ii nomeada a Comissiio Exploradora do Plana Ito Cenlral, a Missiio Cruls, chefiada pelo aslr6nomo Luis Cruls, que dois anos depois demarca 14.400 km2 considerada adequada para a futura capilal. Esta area ficou conhecida como "Quadrilatero Cruls". Em 1922foi colocada a pedrafundamental "dafutura capilal dos Estados
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Unidos do Brasil", perto da cidade de Planaltina, no perimetro do atual Distrito Federal. Tambem na constituinte de 1946 consta a transferencia da capital para 0 Plana Ito Central. o Celltro-Oeste brasileiro, corat;iio do cerrado, abriga um ecossistema extremamente rico, em meio asua vegetat;iio tipica, inumeras especies de orquideas e nafauna, animais belos e raros como tamanduas-bandeira, lobos-guara, seriemas e cervos-do-pantanal. Brasilia, patrimonio da humanidade,foi a grande realizat;iio de seu governo. Um dos objetivos era levar desenvolvimento regiiio centro-oeste e maior integrat;iio do pais. Em um comicio em Jatai, Goias, 0 entiio candida to a presidencia da republica JK, respondendo a pergunta de um eieitor, promete que se eleito transferiria a capital do pais para 0 planalto central. Em 1955 a Comissiio de Localizat;iio da Nova Capital Federal, que fora criada em 1953, escolhe 0 local definitivo onde sera construida Brasilia 0 Sitio Castanho. Logo que assume a presidencia em 56, Juscelino encaminha ao congresso a Mensagem de Anapolis, propondo, entre outras medidas, a cria<;iio da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (afutura NOVACAP) e 0 nome de Brasilia para a nova capital. 0 Congresso aprova por unanimidade 0 projeto, que se converte em Lei no. 2.874. Lan<;ado 0 edital do Concurso do Plano Piloto. 0 editalfoi publicado no Diario Oficial de 30/09/56. "Deste Plana Ito Central, desta solidiio que em breve se transformara em cerebro das altas decisoes nacionais, lam;o os olhos mais uma vez sobre 0 amanhii do meu pais e antevejo esta alvorada com je inquebrantavel e uma confianr,;a sem limites no seu grande destino". Esta citar,;iio esta em um monumento da pra<;a dos tres poderes edata de 02 de outubro de 1956. oprojeto de Lucio Costafoi escolhido 0 vencedor. o conjunto arquitetonico equase todo deautoria de Oscar Niemeyer. A cidade planejada foi construida por pioneiros vindos de varias partes do pais, eram conhecidos como candangos e a eles foi prestada uma homenagem em forma de escuitura, "Os Dois Candangos", na prar,:a dos tres poderes. A inaugura<;iiofoi em 2/ de abril de 1960.
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"Brasileiros ": Daqui do centro da patria, leva 0 meu pensamento a nossos lares e vos , dirijo a minha saudar,;iio. Explicai a vossos filhos 0 que esta acontecendo agora. E sobretudo para eles que se ergue esta cidade sintese, prenuncio de uma revolur;iio fecunda em prosperidade. Eles e que nos hiio de julgar amanhii. Juscelino Kubitschek de Oliveira, Presidenle da Republica Federativa do Brasil. Brasilia, 2/ de abril de /960.
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Israel Pinheiro foi 0 primeiro pr~reilo de Brasilia e Helio Prates 0 primeiro governador do Distrito Federal. luscelino disse uma vez: "Os individuos, como as nar;oes,fazem 0 destino. Se eu nao tivessefeilo Brasilia rapidamente, ela nUllca feria saido do papel n. Aofinal de seu mandato,foi eleito senador pelo Estado de Goias, mas acabou cassada pelo regime militar em 1964. Exilou-se voluntariamellte, percorrendo cidades americanas e europfiias. De volta ao Brasil fundou a Frellte Ampla de Oposir;ao ao governo rnilitar, com Carlos Lacerda e loao Goulart. Foi eleito para a Academia Mineira de Letras e assurniu a presidencia do grupo financeiro DENASA. Faleceu em 22 de agosto de 1976, vitirna de urn acidente automobilistico. Admirador das serestas, que sao tradir;ao de sua Diamantina, luscelino foi homenageado por sua cidade natal com a criar;ao do dia da seresta que relembra seu aniversario com rnuita calltoria pelas ruas da cidade. Leao de Nova 19uar;u tern a hOllra de participar das homenagens a este grande brasileiro pelo seu centenario e a urna epoca de ouro na histaria do Brasil.
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Folias, de Caxias: De Joao a Joao .... Eo Carnaval da Uniao!!!
PRES/DEN TE: Alfredo Fernando da Silva CARNAVALESCO: Mario Borrielo 17
F 0 L I A S DE C A X I AS: De JOAO A JOAO ...E 0 CARNAVAL DA UNIAO!!! Durante muitos anos trago na memoria umfato que teve grande importancia na minha vida: a visita que jiz ao Terreiro de Joaozinho da Golmeia, 0 Rei do Candomble, no Municipio de Duque de Caxias. La se vao muitos anos, mas me lembro da viagem por ruas escuras que formavam um misterioso labirinto, constante cenario de manchetes policiais e do misterioso Homem da Capa Preta, e de sua inseparavel Lurdinha. Grandes trechos sem calt;amento emolduravam criam;as soltando pipas, de olhares tristes que acompanhavam os carros que seguiam em dim:;ao ao famoso Terreiro. Quando la chegamos, em um passe de magica, toda a pobreza que haviamos visto ate entao, se transformou numafantastica passarela por onde desjilavam imponentes senhoras muito orgulhosas de seus turbantes e suas saias brancas, longas e rodadas. Um grande salao decorado com bandeirinhas e muitas luzes, e um mezanino repleto de autoridades e convidados, aguardava 0 grande momenta em que Joaozinho da Golmba, 0 Rei do Candomble, incorporaria Jansa, a Rainha dos Raios e da Tempestade, e empolgaria atodos dam;ando com uma bacia de fogo sobre a cabet,:a. Tive a oportunidade de presenciar imagens muito fortes: Yaos, Ogans e os atabaques que baliam enquanto as Yabas entravam em transe e eram recolhidas Camarinha, retornando com ricos trajes caracteristicos da entidade que representavam. Nao era so a mistura de culturas, e as imagens exoticas que me impressionavam, mas principalmente 0 choque da suntuosidade daquele momento, com a pobreza que havia logo aolado. Muitos Carnavais se passaram, e, recentemente, aceitei 0 convite para visitar um outro Joaozinho de Caxias, so que desta vez 0 Joaozinho Trinta: 0 Rei do Carnaval, atual carnavalesco da Escola de Samba Academicos do GrandeRio. Logo no caminho, tive uma agradavel surpresa. Onde antes era a Favela do Lixao, autoretrato da po breza, hoje, eo Parque Vila-Nova, e, com certeza, la se pode encontraro Lar-Doce-Lar ! E, quase nao acreditei ao ver a quantidade de Universidades, das mais diversas especialidades, trazendo um constante vai e vem de jovens estudantes.
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Comecei, entiio, a entender que estava chegando em uma outra cidade, totalmente diferente daquela que outrora havia conhecido. No lugar das crianqas tristes, vi crianqas indo para a escola. E, me entusiasmei quando soube que a Feira de Caxias continuava mantendo suas tradiqoes e ajudando os nordestinos a matar a saudade do /eijiio de corda e da manteiga de garra/a. Soltei minha imaginaqiio e pude comparar os personagens e as cenas da Feira de Caxias com as gravuras de Debret e de Rugendas, mostrando vendedores de um periodo em que as carruagens em direqiio a Petropolis apeavam por ali. Que diferenqa dos tempos de outrora para a atualidade! Hoje um estruturado Polo Industrial e 0 parque grafico de um dos mais importantes jornais dao suportefinanceiro e modernidade ao Municipio. E voces sabiam, que apesar de tantas industrias, existe uma consciencia ambiental? Caxias esta repleto de belezas natura is, como 0 Parque Municipal da Taquara, area de proteqiio ambiental, e as Cachoeiras de Xerl?m, tiio divulgadas pelo seu ilustre morador, 0 compositor Zeca Pagodinho. Uma grande extensiio verde decorada com as mais diversas flores, passaros e saltitantes borboletas. Vi tanta prosperidade que quis logo saber qual 0 Santo Protetor! ... Soube que e Santo Antonio, e por essas bandas ninguemfica sem casamento. E com certeza pra Festa Junina melhor lugar niio ha. Anavii, Anarrie, casamento na roqa e vai seguin do a quadrilha, mas desde pequeno a garotada aprende que soltar baliio niio da. Caxias, sem duvida, da uma valiosa colaboraqiio ao Carnaval Carioca, 0 Maior Espetaculo da Terra! E, Chegamos finalmente ao nosso destino, a quadra da GRES A cademicos do Grande Rio, cujo carnavalesco Joiiozinho Trinta, eo responsavei por levar a Folia de Caxias para a Sapucai e para 0 mundo. Rodeado pelas Baianas e por Pierrots e Arlequins, encontreifinalmente o pequeno-grande mago do Carnaval! Entretanto, ele niio quis/alar nem de luxo nem de lixo. Mas sim do lixo para as flores, seu projeto de ajuda as crianqas, adolescentes e idosos, que alem de trazer beleza e perfume, tambem devolve a dignidade. Ja muito emocionado, e, em extase pelo ritmo da bateria, vejo a miragem de um pomposo desfile, que mistura 0 projilllo e 0 sagrado, enos tras o esplendor de Joiiozinho da Golmeia saudando 0 eterno Rei do Carnaval EPA-HE!.
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GLOssARIO - Municipio de Duque de Caxias: 0 nome do municipio adw'!m do ilustre Luiz Alves de Lima, a Duque de Caxias, a Patrono do Exercito Brasileiro, que nasceu na Fazenda Siio Paulo localizada na Vila da Estrela. - Joiiozinho da Golmeia: Considerado a eterno Rei do Candomble. Vivia no Municipio de Duque de Caxias. - Joiiozinho Trinta: urn dos mais importantes carnavalescos de todos as tempos, responsavel par diversas inovar;oes nos desfiles das escolas de samba. Carnavalesco da GRES Academicos da Grande Rio, localizado no Municipio de Duque de Caxias, onde tambem tern uma importante atuar;iio social. - Homem da Capa Preta: Alcunha dada a Joaquim Tenorio Cavalcanti, prefeito do municipio de Duque de Caxias no periodo de 1963 a 1967. Foi representado no filme de mesmo nome pelo ator Jose Wilker. - Lurdinha: denominar;iio dada ametralhadora usada pelo prefetto Joaquim Tenorio Cavalcanti. - Yaos: Pessoa que se inicia no candomble. - Ogdns: segunda pessoa do zelador de santo. - YaMs: santas mulheres efilhas da "casa ". - Yansii: Orixa dos raios e das tempestades, mulher de Xango, guerreira e bravia. - Debret (Jean Baptiste Debret): naturalistafrances que viajou para a Brasil . integrando a Missiio A rtistica Francesa, no inicio do seculo XIX. - Rugendas (Johann Moritz Rugendas ): naturalista alemiio que integrou a missiio cientijica do Bariio de Langsdorf. Autor da obra Viagem Pitoresc.a ao Brasil (1835) .. - Polo Industrial: Ii a maior do Estado do Rio de Janeiro, reunindo gigantes como Texaco, Shell, Esso, Ipiranga, White Martins, IBF (Industria Brasileira de Filmes), Transportes Carvalhiio, Sadia, Ciferal, entre outros. 0 segmento esta mais direcionado nos setores de quimica e petroquimica, estimulados pela presenr;a da RefinariaDuque de Caxias (REDUC), a maior do pais. - Parque Grafico: Apresentando urn dos mais belos exemplos da arquitetura futurista, esta instalado no municipio de Duque de Caxias, na Rodovia Washington Luis, 0 parque grafico do jornal 0 Globo, 0 maior da America Latina. - Xerem: area rural de Duque de Caxias, que abriga as principais recantos de belezas natura is da regiiio. - Parque Municipal da Taquara: area de preservar;iio ecologica do Municipio de Duque de Caxias.
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=~ G RUPO ~ A =====~ C",, = avaI 2002
GR.E.S. UNIDOS DE VILA ISABEL
o Glorioso Nilton Santos ... sua Bola, sua Vida, N ossa Vila ...
PRESIDENT£: Olicio Alves dos Santos CARNAVALESCO: Joiio Luis de Moura 21
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" 0 Glorioso Nilton Santos ... sua bola, sua vida, nossa vila ... " JUST/FlCAT/VA DO ENREDO O[utebol para preparo e Jortalecimento do corpo e do espirito, e uma ocupa,Go que pode ser considerada parte do Inventario da Sociedade Contempordnea. Sem essa pratica sadia, 0 comportamento do jovem moderno serio imprevisivel. Oeupando 0 seu pensamento sobreo que esta acontecendo no mundo da bola, a mente e 0 tempo disponivel do jovem voltado para pratieas nGO condenadas pela sociedade. Certamente, 0 jutebolnGo deve ter sido inventado com essa jinalidade, mas depois de conhecer essa modalidade esportiva, da qual ningubn pode se aJastar ou desprezar, 0 homemjica sujeito as suas emo,Des, que podem ser de alegria, desespero ou tristeza ... Fica impregnado no espirito e, as vezes, se torna a maior paixGo, comparavel ate meSmo ao arnor - 0 mais sublime dos sentimentos. Essas considerar,:Des SGO extremamente oportunas para entendimento do trabalho que a Unidos de Vila Isabel apresentara no Carnaval2002, baseados ern jellos pitorescos sobre a vida de um dos mais virtuosos pratieantes da arte jutebolistica, dentro eJora do terreno gramado. Jogando eom a bola, sem ela, ou por causa dela ... Dessa forma: 0 trabalho da Unidos de Vila Isabel, dentro da rela,Go tempo x volume x espw;o, mostrara, no Carnaval2002, aos amantes da arte do futebol, Jatos historicos dos esportes em geral e fatos verdadeiros de uma vida projissional {jesse grande artista de pes de ouro ... : Nitton Santos E a Vila Isabel, agradecida e emocionada, grita e incentiva 0 seu craque no Carnaval2002:
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.. sab'/Q E ste e' nosso... E U Ja
If', â&#x20AC;˘â&#x20AC;˘
DESENVOLVIMENTO TEMATICO DO ENREDO Forra e vigor ... Esportes ... Futebol... Nitton Santos... Nossa Encic/opedia Viva do Futebol... No girar da Coroa de Vila Isabel, nosso simbolo maior, vamos demonstrar a luta pela for,a de nossa garra, onde all'aves de nossas tradi('oes esportivas demonstraremos 0 lado vigoroso e fogoso de sambistas amanles-amados e apaixonados pelo futebol ... o futebol chega hoje a Vila Isabel, para tambem demonstrarmos ajorr,:a de nossas raizes, de nosso esporte, de nossosamba. No berr,:o desta invenr;iio milenm;fez-se um artista neste in vento triunfal ...
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o mundo e uma bola que gira em plena euforia, assim como sua bola e sua vida atraves do futebol, e mais um dos seus cenarios que seria povoado pela sua exuberante imagina,lio, um lugar ondefalaria de vitorias e derrotas. Vindo das terras distantes da lnglaterra, somas contemplados com esta modalidade esportiva e nobre, e atraves dos cinco continentes e dos tempos, a mundo reconhece, essa colaborar;lio. As 19 horas do dia 16 de maio, nlio importa que ana, nascia a "Encielopedia do Futebol", simplesmente Nilton Salltos, para os mais intilllos ... A llha do Governador, durante a sua in/alicia, foi a seu campo sem limites, testemunha silenciosa da formar;lio de urn dos mais virtuosos jogadores de filtebol do mundo. Mas, tratando-se de Nilton Santos, nlio sabemos onde comer;a a homem ou 0 talentoso jogador. Ambos se confundem pela excelencia da personalidade, pela grandeza da arte. Dezessete anos servindo a wn mesmo elube, demonstra a seu carater sereno, comportamento avesso ci aventuras, portanto, uma criatura docil e leal. o futebol para ele, eo esplendor da saude do povo brasileiro, algo alhn do que seus olhos podem vereJinalmente, a pulsante vitalidade que este esporte instilou em suas arterias verde-amarelas. Sendo a bola asua companheira de trabalho, da qual em nenhum momenta se afastava, achava que com ela poderia executar a seu trabalho em qualquer posir;lio do terreno gramado. ofutebol para ele, emais que uma paixlio, a motor das massas, eum celeiro de craques, talvez surgido das peladas que slio a propria in/ancia do moleque da Estrada das Fleicheiras. E pensar, que este idolo, hoje nosso homenageado, uma vez moleque, correndo alras de bolas de meias em campos de terras de ruas de paralelepipedosJez esta trajetoria gloriosa, e que vai do Oiapoque ao Tocantins, atraves do folclore futebolistico e malldingas de uma torcida fanatica ou simplesmente solitaria: "a estrela solitaria ... " Todas as conquistas, seus 26 titulos e suas vitorias, slio consequencias de uma dedicar;lio superior, wn am or sublime pela arte de jogar bola ... Nosso craque hoje, ejOia rara de pes de ouro. Uma jOia de devor;lio e prazer pela artefutebolistica ... Elando correntes pra jrente e com vitorias conquistadas, como heroi de nossas seler;oes de 58 e 62, na Suecia e no Chile, esse notavel artista de marca registrada, tem a arte nos pes, assim como, pintores de urn linda quadro, tem a arte nasmaos. A Copa do Mundo eNossa ! A Tar;aJules Rimet e nossa! Tudo em cima novamente, no sobrevoo da passarela do samba ... Que beleza ! A Vila Isabel e Nilton Santos, vlio sacudirestagalera, vibrando e torcendo nestefestival de cores ...
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Foi dito acima e a Vila Isabel demonstrara que 0 fotebol niio emociona apenas no momento das vitorias. Nilton Santos sente todas as emo,oes, e e grato todos que 0 aplaudiram e chama ram pelo seu nome nos estadios ... :
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Boa Nilton ! Boa! Hoje, nossas crian,as de Vila Isabel, vibram e torcem porfazerem parte desta festa, desta escola de samba, desta escola de vida, desta escolinha de futebol, onde 0 tecnico maior e 0 nosso homenageado nesse imenso saliio de festas da Marques de Sapucai ... o Rio de Janeiro, 0 ana inteiro e Samba e Maracanii ... ! Nosso Nilton, nao esquece 0 calor sentido nas faces, durante as cerimonias oficiais de premia,iio, como aquela que recebeu, quando teve 0 seu nome incluido na "Sele,iio Mundial do Skulo. " Com certeza essefoi 0 gol de placa de sua carreira ... E nesta profosiio de cores, onde, somos raiz, semente,fruto e flores do samba, sensibilizamos 0 visual campeiio desta grande "Enciciopedia do Futebol ", onde a
"ARTE E FAZER UM GOL DE VITORIA E FAZER A FESTA NESTE CARNAVAL. .. E a Vila Isabel, mais uma vez agradecida e emocionada, grita e incentiva seu craque neste CarmlVal2002: .. sab'la ... II' E ste e¡ nosso... E UJa
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GR.E.S. UNIDOS DA VILLA RICA
Sou Rio; Sou Grande; Sou Villa Rica do Norte
PRES/DENTE: Luiz Roberto dos Santos CARNAVALESCA: Veronica Marinho 25
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sou RIO; SOU GRANDE; SOU VILLA RICA DO NORTE/ Terra de encantos mil. ate onde alcam;a nosso olhar, a forma,iio do Rio Grallde do Norte vem de um tempo secular: a saga de uma gellte singular
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povo
riograndellse. que sua historia a VILLA RICA. vem con tar. Nunca se viu nada igual. nem lIeste nem em outro carnaval. uma ocupar,:iio infernal
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vai-e-vem dos mares aqui estavam eies. holalldeses e franceses. em
busca da descoberta dos portugueses. 0 Forte dos Magos. uma estrela querida primeiro ponto de partida e com sigo veio
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0
interesse nacional. a cOllstmr,:iio da
Cidade Natal. .. Ecoavam dasfus5es as paix5es. aqui miscigenaram-se Illlln so principio de unidade geral: negros. indios e europeus ganharam
UlIl
so corpo. virando uma so
gente. abellroada pelos "deuses nordestinos ". Terra dos sonhos. terra dos ji/hos potiguares. com seus belos olhos da cor dos mares. a liberdade para os negros cativos e uma atitude exemplOl; quero dizer pro senhor sem ter medo de errar, sou pequeno. sou principe. sou pequeno principe que de umaftibula illfantilllasci. da sapiellcia deAntoine de Saint-Exuphy. a grande missiio: aviador de profissiio e escritor por devot;:iio. Do sua /ogica
0
encanto da
sabedoria humana. chega pra se mostrar em harmollia popular. Call to!; dan,ar, 6 xente. e
0
perpetuar dessa cultura secular as tradit;oes
folelorieas aqui se faz presente num enroscado envolvellte. Sua Ie e seu pecado. 11a dant;:a. no xote ou no xaxado quem chega deixa
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seu reeado. E alegria pastoril. e
sim senhor, das cores, as quadrilhas festejam a ehegada de Siio Joiio. num bailado luxuoso dele e dedica,ao ... 0 ritmo do ellamorado e oforro arretado que de dois vira um Ilum bate coxa assanhado. que so lIao aproveita cabra avechado, por que a ordem militare dan,arate 0 dia e1arear! Das cantorias. evocam a riqueza do lugar. de origem tao .familiar os american os lapelos idos da II Guerra Mundial trallsformaram 0 raso "tabuleiro do
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Parnamirim ", em alga Jenomenal
a base aerea espacial, criando liIna ponte
,
atlantica para Dakar no Ajiica, contemplando sua historia tendo sido chamada de "lrampolim da viloria ". Do America a ten/at;:Go, a goma de mascm; a coca-cola, a mos/arda hoje e ji-uto de nossa na9GO; dos obje/os de luxo, da moda, da mtisica, do cinema, do Cria9GO do mito "Fora/l"; as imagens a impressionar, um sonl1o
00 JUluro
estava
preste a chegar. .. Uma "bela vida ", a exuberancia de seu cenario no/ural ellcadeado par dezenas, celltenas de praias, parques florestais, ulIla belfssima jaulla, piscinas
natura is; lagoas, picas, lajedos, inscri90es mpestres, etc., tanta vida, tan/a historia que nGo sai da memoria aJome de tallta beleza a segredo deste ulliverso chamado natureza ...
Do mar Ponta Negra, do Forte, Areia Pre/a, Genipabu. Da Jauna XiqueXique e a entGo Macambira enchendo as nossos olhos de lira e compaixGo ... De Massaro a Lajedo de Soledade, com suas alltigas inscri90es mantelldo a tradi9GO da verdade em um so sopro dejidelidade ... Rio Grande do Norte, eo seu call to em tlllla sO voz de tIIn tmbalho de sorte e an-oz.
Ea
translado
busca de liIlI bocado, para deixar a fristeza de lado, sob a luz de um
aecollomia do seu reillado
carnmiba, algodGo, cajueiro produz-se a ana
illfeiro, lIesse "mundo brasileiro "; as minerais
e a jilGO que enla('a tal produr;:Go,
onde osal e a orgulho dessa na,Go ... Riograndenses, mercadores da
rique~a,
arautos do
bele~a,
alegre
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conJeccionar com tantajirmeza a pura arte de sua terra. Do renda de bib'o, um ponto
e
elltremeio, palma de coqueiro; cia ceriirnica uma panoramica, a atilude dinamica;
no cesto e 110 tran,ado, nGo tem misterio, if serio, if arte deJato: as garrajinhas que baralo,ja tem reconhecimento em sell aparato ...
Da culinaria umjino anel en valve todos as pratos como sarapatel, mlln roll da carne de sol, sent tremedeira tem
0
empadiio de macaxeira, sadia alimenta(:iio
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vem 0 aratu, 0 peixe-agulha. P de antemiio a tradicionalfritada de camariio ...
o futuro e aqui! 0
Nordeste tem nome, a cada dia cresce
respeito e admira,iio pe/os segredos de um Rio que
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conceito de
e Grande e e do Norte e se
apresenta como uma imensuravel nat;:iio!
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GR.E.S. ESTAcIO DE sA
Nos Bra.;os do Povo ... Na Passarela do Samba... 50 Anos do Jornal 0 DIA. PRESIDENTE: Acyr Pereira Alves CARNAVALESCO: Roberto Szaniecki
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NOS BRAC;:OS DO POVO, NA PASSARELA DO SAMBA: ClNQUENTAANOS DE "0 DIA" INTENc,;A-O DO ENREDO Moslraremos 0 ellredo no oven ida, como se nos, a ESlaciu de Sa, j6sselllos a cidade que vai ser relratada pelo jornal "0 Dia ", e cOlllet;:arelllus COlli a prepara,ao desta edi,ao, Mostraremos as rolativas imprimindo 0 jomal e viajaremus alraves de sells cademos e nolicias. Lembrarelllos que 00 Dia e a vo~ do povo atraves do seu Jomal, de suas radios e da internel. Seremos as noticias das pagillas do jornal, que all'aves de nossas alas injormarao 0 pl/blico sobre lIossa cidade e seus acolllecimenlos, as reivindicar;oes do povo a respeito de sua cidadallia, osjatos polilicos, as variar;oes da economia, as dem/llcias de corrup,ao, as cobran,as aos politicos e as solur;oes pralicas para 0 dia a dia; jalat'emos sobre esporle e lazer em IIOSSO eadem a de diversoes. Mostrarelllos a modo, a cullllra, 0 leatro e 0 cinellla. EJillalizarelllos COlli a 1I0ssa Eslacio na Avenida, Ira~elldo 0 "0 Dia" IIOS brat;:os do povo, para comemorar os cinquenla anos desle grallde jornal em nosso palco maispopular: a Passarela do Samba. t dessa jorllla silllpies e clara que levarelllos 1I0SS0 ellredo para a Avenida; simples e clara como 0 0 proprio jornal, retrato de lIossa gellte.
e
"NOS BRAC;OS DO POVO, NA PASSARELA DO SAMBA: CINQUENTA A NOS DE "0 DIA " 10 SETOR .¡ CIDADE E ClDADANIA Hoje a Estacio jaz 1I0ticia com 0 Jomal "0 Dia ", lIIostraremos que somos bans de briga, lulalllos e vibramos COlli a Rio deJalleiro. As rOlalivas imprilllirao, as radios jolarao e, pOl' Jim, 1I0liciarao alraves da Inlernet 0 dia a dia da nossa cidade. SerenlOs as jornalislas ql/e delll/Ilciaroo 0 quanta a 1I0ssa cidadania eSlajragilizada. "0 Dia" como a voz dos anseios do povo, grila um "BASTA" para a impullidade, para as deslllalldos e 0 pal/co caso para com a lIossa gellte. Ale 0 "Viva Rio" ader!u a esse chamado e trallsjorlllol/ 0 "BASTA" em balldeira. Denullciamos 0 descaso com a popular,:oo de rua, os jalllintos, os excluidos do baixada, a poll/i,au, e lalllbelll, dizelllos NAO as armas.
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SETOR - "POL/TICA E ECONOMIA"
Trazelllos as nolicias da politica e da ecollolllia, SOIllOS formadores de opiniiio, denunciamos e apoialllos as lutas par tlllI Rio melhor; pilltamos a cara, fazemos passeatas e cobramos dos politicos !llIIa postura de honestidade que deveria existir naturalmente, mas que infelizmellte nem sempre lui. Entra govemo, sai governo e as buracos das obras niio siio tapados. A cormp,iio rala salta, mas estamos aqui para denunciar. E em sefalando de dinheiro? 0 carioca, apesar de seu grande jogo de cintura, esta sempre endividado ... e e af que ajudamos com nossas dicas de como sair do buraco, como se proteger de tantos planas e arroxos que sempre fazem COlli que entremos pelo canO. E da-Ihe taxa dejuros, e da-Ihe alta do d6lar, desvalorizar;:iio da lIIoeda, presta,iio da casa pr6pria, CPMF, UFJR, TR e tantos outros nomes que conjimdem 0 POl'O num "econollu§s" que ninguhn entende. Nosso interesse Ii informar a povo, falando a lingua que 0 povo entende. Mostrarcomo preservaro bolso da popula,iio.
3° SETOR - "ESPORTES E LAZER" Ja "cobrilllos" as noticias chatas de nossa cidade, ja inforlllalllos as ditas "coisas importantes" , agora valllos nos divertir. E a diversiio tradicional do carioca e a praia. E eomo niio poderia deixar de ser, linhamos que inventar lim esporte praia no, (alem da velha e gostoso "pelada" na areia), dai swgill a volley de praia que virou esporte olilllpico! Sem con tar COlli 0 tradicional Stiff, que faz de nossas praias um palco internacional ondegrandesferas vem se apresentar. Mas, nossa grande paixiio Ii a Futebol. Rei dos e;portes populares, com ele vibramos, lorcemos, so/remos mas amamos em/anatiea admirayiio 110SS0S grandes times que tantas g/6rias 110S diio pelo mundo afora. Somas 0 Pais do Futebol e n6s, cariocas, podemos nos orgulhar de possuir 0 maior dos palcos, nosso campo sagrado, 0 Maracanii. E temos que lembrar que 0 Maracanii niio e s6 Futebol. Em seu complexo esportivo esta 0 Celio de Barros, que se tornou parte do circuito internacional para Esportes Olimpicos. Com sua geograjia privilegiada, repleta de praias e montallhas, 0 Rio apresenta lima grande diversidade de meios a serem explorados; seguir trilhas Ilas f/orestas e escalar paredoes viraram boas pedidas para 0 lazer dos esportistas de jim-de-semana. Eo lazer vira moda, como a passeio de ciciistas que se espalhou pelopais. E nossa informa,iio vai alem de garantir a lazer do carioca e noticiar sabre seu esportefavorito; mostramos as bastidores esportivos, as graIJdesjiguras,
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os "vi/oes" de nossas decepr;:oes e os "mocinhos " de nossas conquistas, mostramos quem e quem no mundo dos esportes, e periodicamente elegemos 0 "Heroi do Dia ". 4° SETOR - "MODA, ARTE E CULTURA "
o Rio cria moda, e vanguardista, lanr;:a esti/os. Nas Artes e na Cu/tura, 0 carioca e antenado, curte um "mix ", danr;:a em salao, sacode com 0 "fimk", vibra com 0 "Rock in Rio" enos mostramos ao carioca onde e como se divertir, ao falarmos sobre teatro, televisao e cinema. Porem, hOje, a grande noticia e a nossa Estt:icio na Avenida; eo 110SS0 Leao defendendo com garra a bandeira da tradir;:ao do Samba, mostrando que e bom de briga, com 0 "0 Dia" naAvenida. Somos os jornalistas com a cara do Rio e acabamos de editar em nossas paginas "ao vivo ", 0 retrato sem retoques de uma cidade que, mesmo castigada, teima em ser maravilhosa assim como 0 e 0 seu povo. Esta e a nossa meta, seja como jornal, radio, internet e, em umfuturo muito proximo, tambem na T. V. Somos a voz do carioca em nossas paginas, e e atraves delas que damos as maos pelas nossas causas, ajudando nossa popular;:ao, sempre com muita garra, seguindo a tradir;:ao dos grandes pioneiros deste grande jornal, que a cinquenta anos atras ja se mostrava um arauto popular. E em seu formato moderno, em seu vanguardismo, totalmente colorido, reflete nossa cidade, com nuances obscuras que 'a luz da informar;:ao pode se tornar clara, ever a vida com alegria e esperanr;:a de um dia se ter um mundo melhor. A maior e mais legitima "arm a " do povo e a INFORMA9AO! Hoje, a Estacio eo "ODia ". BomdeSamba eBom de Briga.
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GR.E.S. BOI DA ILHA DO GOVERNADOR
Boi da Ilha e Holambra, A Tulipa Brasileira
PRES/DENTE: Eloy Eharaldt CARNAVALESCO: Marco Antonio 33
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Hoi da Ilha
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e Holambra, A Thlipa Hrasileira
Justijicativa
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Nosso enredo uma viagem de sonho e Jantasia. Vamos conhecer um pedacinho deste grande e maravilhoso Brasil. Vamos viajar para Holambra, que Ii uma pequena e tranquila cidade no interior de Siio Paulo, com uma historia de luta, derrotas e vilorias para conta~ Mas ha nela algo unico que a difere das demais, uma luz propria que encanta moradores e visitantes. Erguida por imigrantes, Holambra possui um brilho que se deve as origens holandesas, cujajusiio originou 0 nome do municipio e uma cultura rica e curiosa. A "Cidade das Flores ", pedacinho da Holanda no Brasil, merece ser conhecida pela tradir;iio e costumes marcantes, pelas flores que cultiva, pela arquitetura, enjim pelo charme de detalhes que a torna especial. Sinopse A historia de Holambra se desenrola em meio a determinw;:iio e conquista de um povo, que apos a 2° Guerra Mundial, com os problemas socio-econ6micos em todos os paises europeus, entre eles a Holanda,Jez com que a imigrar;iio se tornasse uma opr;iio para resolver essas dificuldades, atraves da auto-iniciativa e com 0 incentivo do governo, via organizw;oes, em busca de novos horizontes. ¡ A organizar;iio Lavradores e Horticultores Catolicos e Holanda foi quem iniciou 0 esludo de flXar;iio de um nucleo de colonizar;iio. A comissiio de estudo era eomposta por tres membros, que pesquisaram as possibilidades oJerecidas no Brasil, pois este era um dos unicos paises que aceitava a imigrar;iio coletiva, sendo uma das metas da comissiio. Apos analise dos dois governos, Brasil e Holanda jirmaram acordo e iniciou-se a entrada de grupos de holandeses. A Cooperativa Agropecuaria Holambra JOi criada em J948, quando 0 J 0 grupo de agricultores holandeses desembarcou no Brasil, instalando-se na Fazenda Ribeiriio, e ali comer;aram a desenvolver as mesmas atividades que praticavam na Holanda. A primeira tentativa JOi 0 gada leileiro holandes, que niio se adaptou ao clima muito quente, nem as doenr;as tropicais que os acoitavam. imigrantes partiram entiio para a lavoura e cultivo das jlores; a partir dai com emprestimos dos governos holandes e brasileiro, eles passaram a incrementar seus lotes para 0 plantio de diversas eulluras e para a criar;iio de animais ja aclimatados, como porcos e galinhas. Criou-se 0 plano dos 20 hectares, que dividia os 5 mil hectares da Fazenda Ribeiriio em lotes para os imigrantes, desde que eles desenvolvessem qualquer atividade produtiva. A cooperativa nasceu dai e hoje possui em torno de 400 cooperados, entre holandeses e brasileiros.
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o nome Holambra nasceu dajunr;ao das iniciais Holanda
America Brasil, uniiio de dois povos, duas culturas, sob egide de valorizar;iio social, cultural e economica do homem do campo.
o passado
de Holambra foi pontilhado de dificuldade, mas 0 espirilo idealizador dos holandeses unidos aos brasileiros comer;ou a construir 0 1 ntieleo de vida social, economica e politica, sempre baseada em ideias cooperativas. Este forte sentimento comunitario se fez presente na luta pela autonomia politica, quando em plebiscito, realizado em 1991, 98% dos habilantes votaram a favorda emancipar;ao do municipio. Holambra empossava, emjaneiro de 1993, seus primeiros representantes dos poderes Executivo e Legislalivo. Holambra orgulha-se de se apresentar com um dos mais atraentes palos turisticos do pais. Em 1988, atraves da Lei n° 9.995, Holambra e elevada categoria de Estancia Turistica. Preparando-se para a nova realidade, seus habilantes iniciaram varias ar;oes com intuito de bem receber. Hoje, Holambra conta com uma estrutura agricola forte especialmente no segmento de jloricultura, a base da economia da cidade, que atraves do sistema de comercializar;ao, realizado no leiliio no Veiling de Holambra, um dos mais sojisticados do mundo, escoa a maior produr;iio deflores e plantas ornamentais da America Latina. As principaisfestas de Holambra siio afesta da colheitaJesta do padroeiro, festa de sao Nicolau, e a Expojlora, uma festa brasileira com sotaque holandes. Um dos mairoes eventos do municipio, it uma exposir;iio que ocorre em setembro e recebe em media 250 mil pessoas. Os visitantes, aLem de delirar com a perfeir;iio das jlores que siio 0 ponto principal do even to podem de~rrutar de agradaveis momentos musicais e danr;as tipicas. A gastronomia e a tradir;iio cultural holandesa tambem sefazem presentes em Holambra. Outro costume e 0 uso do tamanco de madeira confeccionado artesanalmente. Outro ponto forte de Holambra it 0 Parque de Lindenhof, que possui muito verde, estufas dejlores e plantas, borboletario tropical, moinho holandes, mirante e um lindo trenzinho que percorre toda sua extensiio. t por tudo isso que 0 GR.E.S. BO! DA ILHAfez esta linda viagem e vem contar e can tar na avenida as belezas e encantos de Holambra. Hoje tem holandeses e jlores no samba pois, can tar Holambra e cantar 0 Brasil. 0
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GR.E~S.E. IMPERIO DA TIJUCA â&#x20AC;¢
Vossa Excelencia: Feijao com Arroz
PRES/DENTE: Fernando Sergio de Oliveira CARNAVALESCO: Guilherme Alexandre 36
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"VOSSA EXCELENCIA: FEIJAO COM ARROZ" ,
Minha origem deu-se como a do povo brasileiro. Sou resultado da miscigenar;iio entre broncos (0 arroz, asiatico, foi trazido pelos portugueses- assim Caminha relatou), indios (0 feijiio, americana do sui, ja existia por estas bandas, chamado de "cumanda" au "comanda" pelos nossos tupinamba), e negros (responsaveis pela colheita e todo 0 trabalho pesado). Neste encontro de culturas e troca de sabores, fui finalmente apresentado a mesa do brasileiro, e quando sou servido, paira no ar uma dose de cultura. Nas mais diferentes versoes, estou presente em todos os costllmes brasileiros, do dia- a- dia: no folclore, religiiio, educa,iio, artes, politica, saude e beleza, culinaria .. . /lirei institu;,;iio nacional. Assim como a Brasil chamado de ''pais do futebo!" e "pais do carnaval ", tambem deve ser chamado de ''pais do feijiio com
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arroz n ,
Minhas proteinas siio de boa qualidade, e como mistllra, complemento mells aminoacidos, tornando mell povo forte e sadio (quando pode comer). Assim como a alma brasileira, SOli de natureza supersticiosa, assimilando as clllturas dos povos miscigenadores, entre elas as crendices, que acabaram por fazer parte de nosso rico folclore. Dentre essas crendices, estou presente em muitas ligadas afartura e afertilidade. Por extensiio, penetrei no mundo religioso, servindo de alimento a muitos deuses, em troca de paz, am or, salide, prosperidade e proler;iio. Freqiiento a e/lSino pre- escolar. onde ensino "algumas" crianr;:as a contarem ale dez (um, dais, ... feijiio com arroz; tres, qualm .. feijiio no prato). InJelizmente. por puro descaso, desleixo, au sei ta 0 "que", niio posso ensinar a lodas as crianr;:as esla allla tiio gostosa, apesar da propaganda governamental insistir no sllcesso do programa " Toda crianr,:a na escola ". Alias, Carlos Pinkusfeld apelidou nossa administrar;:iio economica e social de "feijiio com arroz ", au seja, a abandono dos objetivos maiores de media e longo prazo, pelo "apaga incendio" caracterizado pelas famosas Medidas provisorias. Em outras palavras, e a saida dos prer;os (pretensa extinr;iio da injlar;:iio), para as quantidades, mais especijicamente, onde a rabo pode balanr;ar 0 cachorro. Como artista, sou arteiro, niio podia deixar de estar presente nas artes deste Brasil varonil, desde na Lileratura, passando pela Musica ("Construr;:iio "- de Chico Buarque, "A marcha de um povo doido "- de Gonzaguinha, e outros), Artes ptasticas ("Trabalhadores Rurais "- de Candido Portinari), Circo e ate a arte de superfaturar (olha eu ai, envolvido no esdmdalo das quentinhas dos presidiarios), onde me intitulei "Feijiio e arroz, com Coelho- entenda como quiser! Mas, tambem, cuido da saude e beleza: se 0 medico atesta colesterol alto, obesidade, apresento logo minha versiio "diet ": feijiio azuki e arroz integral.
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Sou tiro e queda, ateste no espelho! Chego, afinal, a eulinaria, porque nenhum pais do mundo se dedica, com lanlO amor, ao meu cullo. Aeeilo todas as variantes, de /lorlea sui do Brasil. Mas, nada como 0 meu eSlilo: afeijoada! Pralo colelivo, convocalivo, ecumenico, comensal, nos dizeres de Guilherme Figueiredo, afeijoada so admite alguns ruidos, de lalheres e 0 quero mais. Pralo lipieo? Instilui,iio naeional? Rilual alimenticio? Sou ludo isso e muilo mais, aLeali,o 0 peeado capilal dagula ... Fazero que? Sou excetencia, por natureza! No mais, sou 0 prelo no branco, sou feijiio com arroz, sou povo mulato, sou povo brasileiro, esperlo e maneiro ... Por ludo isso, serei apresenlado nesle Carnaval de 2002 pelo Grernio Recrealivo Escola de Samba Educaliva Imperio da ILjuca eomo "Vossa ExceIencia: Feijiio com arroz ", pois sou dinamieo e, com os contalos eotidianos, nossa eomunica,iio sera inevilave!'
APRESENTA9AO
o dinamismo do presenle en redo encanla, uma vez que 0 feijiio com arroz e uma inslilui,iio nacional, assim como 0 JUlebol e a carnaval, a que, par si so, arrebalara 0 publico presenle ao Samb6dromo, que vera sell dia- a- dia relratado em fantasias e alegorias, ao rUmo do genuino samba, lembrando desde sua infancia, a "urn, dOis, ..j'eijiio com arroz; ... "ale a respansabilidade de por 0 feijiio com arroz na mesa da familia, sempre com a preocupa,iio com a carestia, que assola 0 pais. A perfeita comunieat;iio com a esse publico sera inevitavel. ESTRUTURA9AO ''Vossa exceieneia: feijiio com arroz ", esta eslrulurado nos quadros: HISTORIA DOS GRA-OS: Onde seriio mostradas as origens do feijiio e arroz, relraladas nos povos indigenas, mexicanos, egipeios, indianos, chineses, arabes, afrieanos e porlugueses, eo enCO/ltro destas cu/turas, atraves dos europeus, indios e eseravos, que eulmit/aria com a "cria,iio da unanimidade nacional: a bam feijiio com arroz. PLANTIO E COLHEITA: Moslraremos, as planlar;oes destas culluras, 0 perfeilo habilat nalural das mesmas, seus valores nulrilivos, bem eomo lodo 0 maquinario indi;pensavel 00 planlio e colheila dos diversos lipos desles prodlilos. RELIGIAO E CRENDICES: Representara a alimenla(:iio dos dellses para a boa venlurallt;a de uma pessoa ou comunidade, como ofereeer arroz cru a Buda ou arroz de huassa a Oxa/Q, ou como oferecer feijiio fradinho a Oxum, para
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conquislar urn grande arnor. Dizern que sem chuva de arroz nos noivos, 0 . . . casamento nao vmga, e outra estonas curlOsas ... ARTES E EDUCAl;AO: Moslrani que ofeijao com arroz nao s6 inspirou arlislas nas aries pitislicas, musica e lileralura, como lambbn foi defesa de lese para 0 ensino preescolar. , CULfNARIA E DIA- A- DIA: Moslrara Vlirios lipos de pralos comfeijao e arroz por esle pais afora, e a meihor forma de acompanhar a deliciosa feijoada, sin lese do dia- a- dia do povo brasileiro, que iula e quer ser feliz, apesar de tudo.
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GR.E.S. UNIDOS DA PONTE •
De Minas para 0 Brasil - Tancredo Neves o Martir da Nova Republica PRES/DENTE: Candido Pereira Mattos CARNAVALESCO: Edgley Cunha
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DE MINAS PARA 0 BRASIL - TANCREDO NEVES - 0 MARTIR DA NOVA REPUBLICA Seu nome significa Minas Gerais, isto e, de toda especie, e, conseqiientemente, minas de ouro, prata, cobre e ferro, encontradas dentro de seus Iimites, alem de muitas pedras preciosas. Minas de Igrejas magniticas que pasmam os fieis com 0 brilho de seus adomos, em suas fachadas e interiores luxuosos, realizados por mestres do barroco • • mmelro. Minas de Ouro Preto, Sao Joao Del Rei, Congonhas e Sabani, verdadeiros • • monumentos artlsticoS. Minas Gerais, on de comeya a liberdade, tao sonhada por nossos Incontidentes e sobretudo 0 Alferes Xavier, 0 Tiradentes que ao j untarem seus esforyos, defenderam a bandeira, e adotaram como lema urn verso do poeta latino Virgilio que se inicia dizendo: "Libertas, quae sera tamen ... " Liberdade, ainda que tardia. Minas de grandes politicos como Juscelino Kubitschek, conhecido por suas realizayoes economicas, e 0 nosso grande e etemo, Tancredo Neves, que sera nosso triunfal Enredo para 0 camaval de 2002. Tancredo de Almeida Neves integrava a especialissima linhagem de politico cujas ayoes nao so ajudaram a tomar viaveis as transformayoes do Brasil nas ultimas decadas como, com suas freqiientes demonstrayoes de maleabilidade e guinadas oportunas (eventualmente oportunistas), permitiram desvendar 0 caniter sinuoso dos meandros da politica. Disposto a retroceder sobre os proprios passos, aliar-se com os inirnigos, perdoa-los e esquecer suas ofens as, Tancredo foi 0 tipico politico mineiro. Calado sempre que possivel, reticente quando necessario, corajoso em momentos chaves, tomou-se um especialista em caminhar no tio da navalha . Tais habilidades de malabarismo politico nao 0 impediram de ser eventual mente foryado a descer do muro - ora a esquerda, ora a direita. Depois de ir as ruas pedindo eleiyoes diretas-ja, rendeu-se as evidencias de que 0 periodo mais nebuloso da vida publica brasileira estava atrelado ao "entulho autoritano" e candidatou-se a presidencia da Republica em pleito indireto. Em 1985, aos 75 anos, seria eleito presidente, mas morreria antes da posse. Tragedia de tal proporyiio, levou Tancredo ao patamar reservado aos martires nacionais - e irnpediu que sua vida e obra fossem analisadas sob 0 angulo frio dos fatos concretos. Mais do que se tomar 0 presidente que oao foi, Tancredo Neves passou a historia como 0 presidente que poderia ter sido no sentido ideal daexpressao. Descendente de ayorianos, Tancredo Neves nasceu em 4 de maryo de 1910 em Sao Joao del Rey (MG) quinto dos 12 filhos de Francisco Neves e Antonina de Almeida. 0 pai, vereador, morreu aos 48 anos, mas inoculou no filho 0 gosto pela politica. Em 1932, Tancredo tomou-se advogado. Tres anos depois, elegeu-se vereador pelo Partido Progressista . •
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Com 0 golpe do Estado Novo, em 1937, Tancredo perdeu 0 mandato. Em 1945, com a queda da "'::"oura, novos venlos 0 levaram ao Partido Social Democrata (PSD). Elegeu-sc deputado em 1946 e apoiou a candidatura de Dutra II presidencia. Em 1953, tornou-se ministro da Justiya de Vargas (que 0 cassara 15 anos antes). Foi ignorado pel a "Rcpublica do Galeao", que investigou por si 0 atentado a Lacerda, e assistiu da ante-sala do poder ao drarnatico desfecho da madrugada de 24 dc agosto de 1954, quando Gerulio deixou "a vida para entrar na hist6ria". Depois de atacar duramente 0 novo governo chefiado por Cafe Filho, Tancredo foi um dos maio res articuladores da campanha de JK de quem se tornou conselheiro. Em 1961 , quando a turbulencia de um golpe de Estadoja se desenhava nos ceus do pais, Tancredo foi encarregado de negociar com Joao Goulart as condiyoes para que os militares aceitassem a posse do vice-presidente ap6s a renuncia de Jiinio Quadros. Grayas ao exito da missao, assumiu como primeiro- ministro do go verno parlamentarista. Quando 0 go verno Goulart comeyou a perder para a esquerda, Tancredo se demitiu. Mas 0 golpe era paginaja escrita e, quando ele ec1odiu, Tancredo se manteve no posto de dcputado federal. Da trincheira no MDB, equilibrou com rara eficiencia papeis antagonicos como a negociayao e a oposiyiio a urn regime militar de ferocidade crescente, funyao que 0 fez manter-se cal ado inumeras vezes e 0 impediu de ser cassado. Senador em 1978, aliou-se ao seu inimigo hist6rico Magalhiies Pinto para formar 0 Partido Popular (PP), que se fundiu com 0 PMDB quando Tancredo se tornou, junto com Ulysses Guimaraes, uma das principais figuras da campanha das diretas e 0 "candidalo natural" it presidencia da Republica, ainda que por caminhos indiretos. Os brasileiros despertaram cedo naquele 15 de maryO de 1985, sobressaltados pela saudavel expectativa de assistir II posse de um presidente eleito - ainda que indiretamente. Acabaram tendo uma desagradavel surpresa ao ligar a TV e assistir it posse de Jose Samey, urn vice que parecia ter entrado na chapa como mero complemento. Aquela altura, Tancredo Neves embarcava numa viagem sem volta nurn leito do Hospital de Base, em Brasilia. Internado as pressas, estava destinado a jamais assumir a condiyao de ocupante do Pahicio do Planalto. As dores se manifestavam havia van os meses, mas, apesar da insistencia de sua mulher, Risoleta, e de amigos e assessores mais pr6xirnos, Tancredo estava decidido a levar ate 0 fim 0 papel do candidato viavel- 0 que naquele momenta significava alguem de perfil liberal 0 suficiente para canalizar as esperanyas da retomada da democracia, e conservador 0 bastante para nao cutucar demais a moribunda ditadura militar. Em IS de janeiro de 1985, 0 Congresso elegeu Tancredo Neves 0 34° presidente do Brasil, conferindo-lhe 480 votos, contra os 180 dados a Paulo Salim Maluf. A heranya do regime mil itar inc1uia a maior inflayao da Hist6ria, uma divida de US$ 100 bilhoes e uma lista de incontaveis escandalos financeiros. Tancredo carregava 0 sonho dos brasileiros de ver 0 pais ingressar num periodo de liberdades
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politicas, transparencia da administra9ao publica e crescimento economico sustentavel. o sonbo de Tancredo de conduzir 0 processo, no entanto, nao chegou a se concretizar. Em 13 de mar90, a dois dias da posse, submetido a exames, foi infonnado pelos medicos da existencia de um processo infeccioso agudo no abdomen. Precisava ser operado com urgcncia. "Os senbores precisam saber ate 0 dia 17, as 5 horas da tarde, eu nao posso me submeter a essa cirurgia",disse taxativamente. Para 0 dia e honlrio citados, estava marcada a prime ira reuniao ministerial do novo governo. A partir dali, imaginava, sua interna9ao ja nao provocaria turbulencia graves e os militares nao iriam intervir no processo de redemocratiza9ao. Na noite do dia 14, 0 quadro clinico indicava possibilidade de parada cardiaca, parada respirat6ria e morte. Mesmo alertado dos riscos, Tancredo Neves s6 concordou em ir ao hospital para tomar soro. Foi 0 truque encontrado pelos medicos para interna-Io. Come9ava a longa agonia de Tancredo e de todos os brasileiros. Enquanto se iniciava a cirurgia, numa sala reservada do Hospital de Base, alguns dos caciques da "Nova Republica", entre os quais os novos ministros Marco Maciel, Aureliano Chaves; Leonidas Pires Gon9alves e Affonso Camargo e 0 senador Fernando Henrique Cardoso decidiram que era preciso preparar com rapidez a posse do vice-presidente eleito Jose Sarney. Havia temores de que a linba dura nao aceitasse a posse de Sarney e aproveitasse 0 pretexto para criar uma nova crise institucional de conseqiiencias realmente imprevisiveis. "(",). A na9ao inteira comunga deste ato de esperan9a, Reencontramos, depois de ilusees perdidas e pesados sacrificios, 0 bom e velho caminbo democnltico. Nao ha Patria onde falta democracia. Esta memoravel campanba confinnou a ilimitada fe que tenbo em nosso povo. Nunca, em nossa Historia, tivemos tanta gente nas ruas, para reclamar a recupera9ao dos direitos da cidadania e manifestar seu apoio a um candida to. Em todo 0 pais foi 0 mesmo entusiasmo. De Rio Branco a Natal, de Belt~m a Porto Alegre, as multidees se reuniram, em paz, cantando, para dizer que era preciso mudar, que a Na9ao cansada do arbitrio, nao admitia mais as manobras que protelassem 0 retorno das liberdades democraticas. Nao vamos nos dispersar. Continuemos reunidos, como nas pra9as publicas, com a mesma em09aO, a mesma dignidade e a mesma decisao. Se todos quisennos dizia-nos, h:i quase duzentos an os, Tiradentes, aquele heroi enlouquecido de esperan9a, podemos fazer deste Pais uma grande Na9ao. Vamos faze-Ia. "* . * (Trecho do discurso perante 0 Congresso Nacional, logo apos sua vit6ria no Colegio Eleiforal, em 15 de janeiro de 1985),
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Vamos juntos cantar ~ mostrar, aplaudir e enaltecer 0 homem Tancredo Neves, seu tempo, sua .raJet6ria politica, suas iniciativas. Recordaremos em grande homenagem ao Presidente Tancredo Neves, 0 martirda "Nova Republica".
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- Das Origens it Folia -
Historia, Arte e Magia
PRES/DENTE: Moyses Antonio Coutinho Filho CARNAVALESCO: Fernando Alvarez 45
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Papel - Das Origens it Folia - Historia, Arte e Magia
o GR.E.S. Academicos de Santa Cruz. reafirmando as suas caracteristicas de Escola preocupada e empenhada em divulgar cultura. personalidades e acontecimentos registrados na Historia da Humanidade. vem. atraves de seu enredo. apresentar uma das mais importantes inven,oes do homem - 0 Papel. Cruzando mares e atravessando 0 tempo. 0 papel nunca deixou de acompanhar 0 homem e ser por ele utilizado. Desde as suas origens tem sido de importdnciafundamental no desenvolvimento cultural e industrial da Humanidade. A inven,iio do papel. segundo alguns historiadores. so e comparavel inven,iio da roda.
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Oriente e Ocidente no Surgimento do Papel Em 105 d.c.. a Chinafoi a pioneira nafabrica,iio do papelfeito comfibras vegetais e trapos de seda. originando uma das maiores revolu,oes tecnologicos da Historia da Humanidade. . Essa mistura de vegetais e trapos era trilurada e cozida. sendo depois colocada para secar estendida em tram as de bam bu. Processo esse que serve de base para a fabrica,iio do papel ate os dias de hOje. Entretanto. esta arte se difundiu com lentidiio. pois os chineses mantiveram Por muito tempo 0 segredo desta tecnica dentro de suas fronteiras. Apesar do cuidado. cerea de 600 anos depois de sua inven,iio. 0 segredo da fabrica,iio do papel foi revelado ao Japiio. Mais ou menos na mesma epoca .â&#x20AC;˘ os arabes aprisionaram alguns chineses. trocando a liberdade deles pela revela,iio do processo de obten,iio do papel. Assim. rompeu-se 0 monopolio chines e inicio a produ,iio de papel em Bagda (795 d.C..J. A industriajloresceu na cidade ate 0 seculo XV, sendo inclusive exportado ao Ocidente. Logo afabrica,iio papeleira estendeu-se ate a Europa. chegando Espanha. onde foi instalada a primeirafabrica. que passou a produzir papel em maior escala. No seculo XV1. os holandeses inventaram uma maquina. conhecida como "Holandesa". que pemlitia desintegrar tropas. transformando-os emfibras e. facilitando assim. a produr;iio do pape/. Esta Ii a idliia basica das maquinas atuais. Portugal tambem ja produzia 0 papel. visto que a Carta de Pero Vaz de Caminhafoi escrita em 1500. No Brasil. a primeirafabrica surgiu em 1810. com a chegada da familia real portuguesa.
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Historico do Enredo As Origens do Papel Antecedentes Antes da invem;iio do papel, a homem se utiliza de diversos materiais para se expressar atraves de desenhos e da escrita. Os esquimos utilizavam ossos de baleia e dentes de faca; as chineses escreviam em conchas e em cascos de tartaruga. A materia-prima mais famosa e proxima do papel, utilizada como base para a escrita,foi 0 papiro. Por volta de 3000 a. C, as margens do Rio Nito no Egito, 0 homem come,ou a utilizar uma planta chamada "papiro" como suporte para a sua comunica,iio. Os egipcios exlraiam finas lascas do talo do papiro, esmagavam-nas, entrela,avam-nas e, apos constituida a trama, banhavam-na com um oleo para torna-la mais resistente. Essafabricar;iiofoi uma das mais tipicas atividades dos . ,. antlgos eglpclOs. Os papiros primavam pela consistencia admiravel e resistiram ao tempo. Milhares de documentos egipcios chegaram ate os nossos dias. o papiro pode ser considerado aforma mais rudimentar do papel.
o Papel da Cultura o fato que deu grande impulso afabrica do papelfoi, sem duvida, a invenr;iio da imprensa, que gerou urn grande ressurgimento intelectual, incentivando as letras e as artes. As publica90es literarias e informativas tornaram-se mais acessiveis. 0 conhecimento cientifico e cultural expandiu-se pelo mundo alraves do veiculo chamado papel. 0 papel passou a ser parte integrante da vida do homem, identificando-o e cercando-o durante 0 seu crescimento. Ao nascer, 0 homem recebe uma certidiio para atesta-lhe a existencia. Durante todo 0 seu percurso pela face da Terra, imprescindiveis papeis siio anexados a vida humana: Carteira de Vacina,iio, Cadernos, Livros, Boletim escolar, Carteira de Identidade, Titulo de Eleitor, Carteira de Trabalho e muito outros. Ainda que inumeros meios de comunica9iio tenham sido criado, 0 homem continua man tendo contado COlli seus semelhantes por lIIeio de cartas, telegram as, . e cartoes. postalS Muito cedo aprende-se a dar valor a um papel especial e raro: 0 perseguido papel-moeda. Cobir;ado e venerado, em torno dele 0 mundo gira. Dobrando e desdobrando faz surgir barquinhos, chapeus e toda a especie de animais. Colando
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paphs coloridos, 0 homemJaz voar seus sonhos. E, se entregando a esses sonhos, busca a sorte nos bichos e nas cartas de baralho. Maravilhado, descobre que 0 papel e uma grande caixa de surpresas.
Dos Moinhos de Papel a Reciclagem Ate 0 jim do seculo XVIII, a Jabrica<;do do papel era totalmente artesanal . os moinhos eram ojicinas primitivas e as Jolhas de papel eram Jeitas uma a uma, em quantidade bastante reduzidas. Por volta de 1850, os paises produtores passaram a utilizar materia-prima extra ida das arvores. A tecnica barateou 0 custo de Jabrica<;do. No entanto, a polui<;do do ar resultante desse processo e a derrubada desenJreada das arvores Jor<;ou a decreta,do de leis ambientais, visando 0 controle do desmatamento e 0 rejiorestamento obrigatorio. A industria papeleira do Brasil, consciente das suas responsabilidades perante as gera<;oesjilluras, executa e incentiva inumeros projetos de reciclagem, no intuito de preservar as florestas e 0 meio-ambiente. Hoje, alern da celulose, utiliza-se a cana-de-ar;ucar, 0 algoddo, 0 linho e oU/ros vegetais na Jabricar;do do papel. Para eada tonelada de papel reciclado poupa-se cerea de 20 arvores e muita energia.
o Papel do Carnaval Presente em todos os momentos, nas mais di(erentes situar;oes, 0 papel nao poderia deixar de participar daJolia do Carnaval. Quando os saloes da cidade se enehem de Jolioes, conJe/es e serpentinas ddo colorido a animar;ao. Nos antigos carnavais, nas batalhas de rua ou a beira-mar, passeavam diabinhos, morcegos, pretos-velhos e caveiras, exibindo assustadoras de papel mache. Alias, estas ultimas podendo representar 0 derradeiro papel recebido pelo homem: a Certiddo de Obito. Embora 0 homem tenha alcanr;ado enormes indices de desenvolvimento teenologico e cultural, ainda nao conseguiu um substituto que desempenhe tantos papeis, quanta 0 papel. Resistindo ao tempo, 0 popel provavelmente se tornara imortal.
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Arlindo, Arlequins e Querubins: urn Carnaval no Paraiso!
PRES/DENTE: Amari/do Felipe CARNAVALESCO: Paulo Menezes
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"Arlindo, arlequins e querubins: urn carnaval no Paraiso!" Estou chegando para brincar com voces 0 carnaval de 2002. Voces nao sao 0 Paraiso? Pois e. Eu adoro Paraiso, anjos, arcanjos, querubins, e adoro carnaval. Ja trabalhei com isto muito tempo. Eu fazia a decora,ao das avenidas onde havia desfiles carnavalescos e tambem a ornamenta<;ao de bailes de gala, como 0 Municipal e 0 Copacabana Palace. Mas 0 que me realizou mesmo como profissionalfoi 0 meu trabalho com as escolas de samba, meu trabalho como carnavalesco. Trabalhei ao longo de anos em algumas escolas, com elas sonhei efiz muitagente sonharjunto comigo. Se voces tiverem um tempinho agora, eu posso falar um pouco do meu estilo, da minha maneira de ver 0 carnaval. Nao vou citar nomes das escolas por onde passei nem datas: seria muito monotono. Mas talvez voces gostassem de ouvir os principais temas com que trabalhei.
1 Arlindo Barroco Ja disse a voces que adoro anjos, arcanjos e querubins. isto se deve a um sentimento de religiosidade que me acompanha desde a infancia. Curiosamente 0 aspecto visual da religiao sempre foi 0 que mais me interessou: quando crian<;a eu colecionava santinhos. Os elementos barrocos, sempre presentes em igrejas, imagens de santos, etc., marcariam muito a minha obra. Meus carnavais tiveram requinte,fioraes, arabescos e anjos, muitos anjos, querubins em alegorias, em adere<;os e emfantasias. 2 Arlindo Religioso Fui criado lla religiao catolica: igrejas e santos sempre estiveram presentes em minha forma<;ao. Mas, como muitos brasileiros, outras religiaes despertaram a minha aten,ao. As religioes afro-brasileiras, por exemplo, com seu visual exuberante, acabaram me encantando e entrando na minha obra. Ai se explica por que, sendo carioca, falei tanto de Bahia. 0 candomble, seus preceitos, seus orixas e suas grandes figuras, como Menininha do Gantois, se misturaram a elementos da religiosidade crista popular, como a festa do Divino e a lavagem do BOllfim, me inspirando em varios carnavais.
3 ArlindoFolciorico Talvez a religiao, com suas manifesta,oes diferentes em cada regiao do Brasil, tenha me levado a uma visao mais geral do pais. E deste imenso territorio 0 que me chamou particularmente a aten,ao fOi 0 folclore, tao rico, tao diverso e tao
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fascinante : 0 maracatu, 0 reisado, 0 boi-bumbti, as lendas, as dan,as, asjitas, a arte sublime de mestre Vitalino, tudo isso eu retratei em meus carnavais.
4 ArlindoNegro
ofolclore e as religioes afro-brasileiras me mostraram 0 que deveria ser abvio para todo cidadiio deste pais: 0 Brasil e um pais fondamentalmente negro. E desde que comecei a trabalhar com carnaval, sendo as escolas de samba uma manifesta,iio cultural da ra,a negra, ocorreu-me que era preciso que 0 negro falasse de si, de sua histaria, em vez de se vestir de nobre, de jidalgo e repetir os chavoes ensinados na escola. Por isso, os temas afro-brasileiros estiveram sempre presentes em minha obra.
5 Arlindo HistOrico Trabalhando com enredos afro, desejei tamMmJugir a esta histaria ojicial que nos e transmitida pela escola. E cheguei ao conhecimento de outros hera is, ate entiio desconhecidos, mas igualmente importantes, como Chica da Silva e Chico Rei, dos quais os livros escolares niio falavam. Curioso e que, com meus carnavais, contribui para que esses herais se tornassem conhecidos e respeitados. Elementos histaricos novos na epoca, como 0 minueto e 0 sarau, causaram ate p olâ&#x201A;Źmica sobre sua adequa,iio a um desjile carnavalesco. Mas, depois, foram apreciados e incorporados, contribuindo para 0 enriquecimento cultural e visual do desjile.
6 Arlindo Redescobre 0 Brasil Mas minha predile,iio por estes personagens esquecidos pela histaria ojicial niio me impediu de abordar temas tradicionais. Procurar uma nova forma de visitar temas antigosfoi um desajio constante em minha obra. 0 descobrimento do Brasil, por exemplo, foi utilizado por mim duas vezes, com visoes diferentes. E a revalorizar;iio de elementos tipicos da nacionalidade, como 0 uirapuru,jamais me pareceu lugar-comum, pois tudo depende de como os vemos, de como os apresentamos.
7 HojeArlindoiCarnaval Este e 0 relato do quefoi minha carreira projissionai. Trabalhei com amor pelo carnaval carioca. Adoro carnavai. Por isso, gostaria de estar com voces neste momenta para brincar e contribuir para que 0 carnaval de nossa cidade continue atraindo as aten,oes do mundo.
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Costumavam chamar-me "0 Arlequim do Carnaval ". De Jato, 0 arlequim era uma de minhas jiguras carnavalescas preJeridas e jiz dela presem;a marcante em minha obra. Ficarei conlente se, nesle carnaval que se prepara, puder encontrar este elemento tiio simb6lico, tiio decorativo e liio expressivo, que muilo encantou esta minha alma "brasiliana ". Talvez vocesja lenham ouvidoJalar de mim. Meu nome eArlindo Rodrigues. Carnavais de Arlindo Rodrigues: Salgueiro: "Descobrimento do Brasil" Salgueiro: "Chica da Silva" Salgueiro: "Chico Rei" Salgueiro: "Historia do Carnaval Carioca Eneida" Salgueiro: "Historia da Liberdade no Brasil" Salgueiro: "Bahia de Todos os Deuses" Salgueiro: "Festa para um Rei Negro" Salgueiro: "Nossa Madrinha, Mangueira Querida" Mocidade: "A Festa do Divino" Mocidade: "0 Mundo Fantastico do Uirapuru" Mocidade: "Mae Menininha do Gantois" Vila Isabel: "Ai que Saudades que Eu tenho" Mocidade: uBrasiliana" Mocidade: "0 Descobrimento do Brasil" Imperatriz: "0 Que i Que a Bahia Tem" Imperatriz: "0 Teu Cabelo nao Nega" Imperatriz: "Onde Canta 0 Sabia" Imperatriz: "0 Rei da Costa do Marjim visita Chica da Silva em Diamantina" 1984 Salgueiro: "Skindo, Skind{j" 1986 Uniiio da [lha: "Assombraroes" 1987 Imperalriz: "Estrela Dalva de Oliveira" 1962 1963 1964 1965 1967 1969 1971 1972 1974 1975 1976 1977 1978 1979 1980 1981 1982 1983
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Leia
POVO
Jomal
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Verdade.
Presidente: Alberto Ahmel