Revista Brasília Carnaval 1976 by Portal Academia do Samba

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CAR NAVAL . . . . . . • • . • • . . . . . • . . . . • • . . • • . . . . • . . . . • .

Em Brasilia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . II

III

BLOCOS . . . . . . . . . . . . . . . . . • . . . . . . . . . . . . Gemio Recreativo Embalo de Sobradinho . . . . . Bloco Carnavalesco "Mocidade da Ceilandia" . . . Gemio Recreativo bloco Carnavalesco "0 Pula do

. . . .•.. . . .. . . . . . . . . . . .

Bloea Carnavalesco "'Turma do Barril" . . . . . . . . . . . . . . . . .. Bloco Carnavalesco "Boemios da Asa Sui" . . . . . . . . . . . . . . ..

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A ESCOLA . . . . . . . . . . . . . . • . . . . . . . . . • . . . . . . . . . . . . ..

Samba ..... . .•. . • • . . . . . . . . . • . . . . . • . . . . . . . . . ..

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- 0 FREVO . . . . . . . . . . • . . • . . • . . . . . .. . . . .. . . . . . Os clubes de frevo. . . . . • . • • . . . . . . . . . . . • . . . . . Clube misto Carnavalesco Vassourinhas de Brasilia", Sociedade mista "Lenhadores de Brasflia" . • . . . . . . • . Clube Carnavalesco misto "As Pas Oouradas de Bras(\ia"

IV -

5 6

18 18 19

20 20 22 23

Gremio Recreativo Escola de Samba "Independentes de Brasilia"

Gremio Recreativo Escola de Samba "Unidos de Sobradinho" . .. Gremio Recreativo Escola de Samba "Academicos da Asa Norte"

26 27

Associa;:ao Recreativa "Unidos do Cruzeiro" . . . . . . . . . . . . . .

CAR NAVAL

o Carnaval brasileiro, que junta mente com 0 fute bo l e a expressao popular mais autentica, vem do latim e significa "abstencao de carne", designando a vespera da quarta-feira de cinzas, 0 inicio da abstinencia de carne exigida na Quaresma _ De origem obscura, e provavel que tenha suas raizes em alguma festividade primitiva, de feiCao religiosa, em honra da primavera _ 10 possivel, tambem, localizar sua origem em celebracoes da Antiguidade, as saturnais e bacanais romanas_ o disfarce, a danca , 0 canto eo gozo de certa liberdade, inexistente ou grandemente refreada durante 0 resto do ano, sao os elementos determinantes da folia carnavalesca. 0 Carnaval e realizado em varias partes do mundo, em datas que normalmente nao coincidem com a do Brasil. Em Colonia (Alemanha Federal) , p~r exemplo, e comemorado no dia 11 de novembro; na Franca, na terca-feira gorda. Dignos de registro sao tambem os de toda a Italia e 0 de Nova Orleans (EUA). Festejo popular de ambito nacional, 0 carnaval brasileiro, em algumas areas, se transformou em justifjcado motivo de atracao turistica. Mais que um fenomeno de raizes eminentemente nativas, 0 carnaval e uma soma de influencias recebidas desde 0 inicio do seculo, 0 que o faz ter semelhancas com os carnavais realizados em outras nacoes. Sua evoluCao atraves dos tempos vem confirmar a capacidade brasileira de assimilacao; olhando-se 0 desenvolvimento das manifestacaes carnavalescas, percebem-se, ainda nos festejos de hoje, os fortes tracos que Ihe deram origem. 5

o Entrudo portugues, durante 0 Brasil colonial, consistia, na essencia, de um folguedo violento: 0 de atirar contra pessoas, nao apenas agua, atraves de bisnagas ou de limoes de cera, mas tambem punhados de p6s ou cal, e, mais tarde, quando 0 jogo selvagem comecou a civilizar-se, agua perfumada (Iimoes de cheiro), vinagre, groselha ou vinho, mas sempre com a intencao de molhar ou sujar 0 transeunte_

o Ze Pereira, introduzido nos antigos carnavais do Rio de Janeiro, por um sapateiro portugues, marcou epoca, animando a folia ao som de zabumbas e tambores, percurtidos em passeatas pelas ruas. o primeiro baile carnavalesco carioca realizou-se a 22 de janeiro de 1840, na atual Praca Tiradentes, no Hotel Italia, cujos proprietarios, influenciados pelas notfcias do sucesso dos grandes bailes de mascara da Europa, procuraram imita-Ios, alcancando muito exito.

o Corso, cuja moda foi lancada em fins da decada de 1900, consistia numa passeata carnavalesca de autom6veis, na maioria enfeitados, conduzindo familias ou grupo de folioes dispostos a brincar, nao apenas com os ocupantes dos veiculos vizinhos, como com os pedestres que se amontoavam nas beiras das calcadas para ve-Ios passar e confraternizar com eles.

o Carnaval, da maneira como se apresenta hoje, ainda conserva as influencias sofridas atraves dos tempos. Junte-se a ele 0 confete, a serpentina, 0 tom vivo das cores, 0 ritmo quente dos instrumentos de percussao, a graca contagiante da mulata evocetera um quadro completo do CARNAVAL BRASILEIRO. EM BRASfLlA Com sua populacao oriunda de todas as partes do Pars, Brasilia naturalmente nao poderia ficar imune a vibracao do carnaval. Assim, desde antes de sua fundacao, grupos de pessoas se reuniram, ora em casas de familias, ora dentro de alguma quadra ainda em construcao,e ali se exercitavam no samba. 6

Os grupos que se formaram, entao, nao contavam com qualquer

apoio oficial, conse9uindo 0 dinhe'iro necessario para as fantasias e compra de instrumentos, realizando bailes e feijoadas, Algumas agremiayoes de entao: Unidos da Candangol<lndia , Brasil Moreno, Imperio de Brasilia, Alvorada em Ritmo , Dado 0 canlter de improvisayao que sustentava essas entidades, umas tiveram vida curta, outras fundiram-se em novas escolas e blocos,

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Hoje, oficializadas, as agremiayoes carnavalescas brasilienses contam com um grande numero de filiados e tendem a se consolidar, mais e mais, como legltimos representantes de nossa maior festa popular , Oeste modo, participam dos desfiles carnavalescos de 1976, 12 agremiayoes, sendo 4 Escolas de Samba, 5 blocos carnavalescos e 3 clubes de frevo ,

BLOCOS

Os Blocos, ou grupos de folines fantasiados que se divertem em passeatas carnavalescas pelas ruas, danyando e cantando ao som de baterias, apresentam-se hoje em dia como conjuntos organizados e homogeneos. Percebe-se nos organizadores dos desfiles a preocupayao de combater a tendencia de alguns blocos de procurarem aproximar-se da configuray80 das escolas de samba. A deliberay80 oficial de tansformar em competiyao organizada 0 que em principio era um prazer sem normas, tem, no entanto, a seu favor a circunstancia de representar uma tentativa de preservay80, atraves de uma regulamentay80 rfgida, da pureza de linhas de um dos tipos populares de folguedos carnavalescos mais difundidos. No julgamento dos blocos atribuem-se notas aos seguintes quesitos: originalidade, fantasia, bateria, desfile, letra e mlisica, coreografia da Porta-Estandarte e do Mestre-Sala e evoluyao. Estabeleceu-se uma r(gida proibiyao quanto ao usa de alegorias (carretas ou qualquer outro tipo de carro); a utilizayao, na bate ria, de instrumento de sopro; e a apresentayao, na avenida, com menos de 200 participantes.

o tempo de durayao do desfile de bloco carnavalesco ficou estabelecido em 50 minutos.

GREMIO RECREATIVO EMBALO DE SOBRADINHO (Bloco)

Fundado a 19 de maio de 1972,0 Gremio Recreativo Embalo de Sobradinho tem como Presidente, desde aquela data, 0 Sr. Carlos Pereira da Silva. Nao possuindo sede pr6pria, essa agremia9ao vem fazendo seus ensaios na escola de Sobradinho. Representado pelas cores verde e rosa, 0 bloco "Embalo de Sobradinho" se colocou em 49 lugar no primeiro Carnaval de que participou, em 1973, com 0 tema "A H ist6ria da M inha Cidade". Sivuca e Cascavel foram os compositores de seu samba-tema para aquele ano. No ano seguinte, em 1974, Cascavel trocou seu parceiro por Jorge e ajudou a garantir para 0 Bloco 0 39 luga r. Em 1975, novamente Cascavel e Jorge fizeram 0 samba para 0 tema "Os Negros na Forma9ao de Nosso Povo", alcan9ando para o bloco 059 lugar,mantendo, assim, sempre uma boa coloca9ao. Para 0 Carnaval de 1976 apresentam como tema "Sonho de Dom Bosco", trazendo ao publico 0 samba de um novo compositor: A. Lacerda. Este ano, 0 bloco vem com um numero bem maior de participantes: 200, enos traz quatro alas. A prime ira, "Garimpeiros", uma homenagem ao desbravamento de terras; a segunda, "Candangos", homenagem aos construtores de Brasflia; a terceira, "Colegial", traz uma homenagem as salesianas; a quarta e ultima, "Ca9adores", faz uma homenagem a fauna brasileira.

GREMIO RECREATIVO EMBALO DE SOBRADINHO "SONHO DE DOM BOSCO" Letra de A. Lacerda

Foi em 1883, Sua maravilhosa visao Entre os Andes, 0 mar e 0 ceu de anil, Ele encontrou 0 paralelo dezesseis No interior do nosso querido BRASI L.

II No seu sonho singular, No meio do plana Ito central, D. Bosco conseguiu vislumbrar A Terra Prometida , Que mais tarde seria a nossa Capital. III Entre florestas, grandes rios Que corriam para 0 mar; Entre aves, feras e outros anima is, Ele via no fundo da terra Nossas minas de ferro , De oura e outros metais; E com a mais absoluta precisao, Nossa petr6leo, nossas minas de Carvao IV Foi assim sua famosa previsao: Uma grande cidade aqui vai se formar Antes que passe a segunda gera9ao. Sessenta anos se passaram e outros sessenta Virao,

Mostrando 0 Santo com incrfvel precisao Onde seria a Capital de nossa imensa NACAO. BLOCO CARNAVALESCO "MOCIDADE DA CEILANDIA"

Fundado a 11 de janeiro de 1973,0 Bloco Carnavalesco'Mocidade da Ceilandia'; sob a presidencia de Marcelo Martins Moraes e v ice-pres idencia de Antonio Fran9a Cardoso, que substituiu 0 primeiro no ano passado, tem sua sede pr6pria na Area Especial B - QN 29 - Ceilandia Norte, e faz seus ensaios na QNN 3 - Conj. D - Lote 1, na mesma cida10 de.

Defendendo as cores azul, rosa e branco, a agremia<;ao vem conseguindo 6timas apresenta<;oes: em seu primeiro ano, 1973, obteve a 1~ coloca<;ao com 0 tema "Viemos Apresentar", do compositor Dedeu; em 1974, obteve 0 3'? lugar, apresentando 0 tema "Ceiliindia e seu Alb", com samba de Jose Teixeira Filho; em 1975,conseguiu a 4~coloca<;ao, desenvolvendo 0 tema "Riquezas do Brasil", samba de Dedeu . Para 1976, a agremia<;ao carnavalesca nos traz como tema "As Duzentas Milhas", com samba novamente de Dedeu. Sao 17 alas e 3 destaques, num total de' 200 participantes, que vao nos mostrar a amplia<;ao do mar territorial, vi sando a defesa dos interesses nacionais, protegendo a fauna mar(tima, a flora aquatica e fiscalizando a pesca no litoral brasileiro, focalizando fatos importantes como 0 epis6dio ocorrido nas costas do Brasil com rela<;ao 11 chamada Guerra da Lagosta; barcos pesqueiros estrangeiros realizando incursoes sobre nosso litoral; navios estrangeiros apreendidos quando realizavam, ilegalmente,pesquisas de minerios em nossa plataforma etc. Assim, suas alas masculinas sao: Pescadores, Marinheiros, Acordo, Piratas, SUDEPE, Mar(tima, Invasores, Congresso. Alas femininas: Lagostas, Baianas, Piranhas, Arrastao, Sereias, Turistas, Beira-Mar, Mare Mansa, Sombrinhas. Maria Sonia e William Fernandes de Morais sao sua Porta-Bandeira e seu Mestre Sala.

BLOCO CARNAVALESCO "MOCIDADE DA CEILANDIA" APRESENTA 0 CAR NAVAL 1976 SAMBA As 200 MILHAS

- Compositor: DEDEU

o meu barco vai

} Navegando devagar (Bis) Camarao, peixe e lagosta No meu mar eu vou pescar

II Viemos desta vez homenagear A!s duzentas milhas Existentes em nosso mar Orgulho deste povo varonil Na guerra da lagosta Quem venceu foi 0 Brasil

(Bis)

III Lino de Mattos E Haroldo de Carvalho Trabalharam seus projetos Na Camara e no Senado Proibindo 0 intruso a jogar Sua rede alterada Nas 200 para col, Com a Sudepe e Marinha a proteger Pescador da minha terra Vem cantando prol voce,

GREMIO RECREATIVO BLOCO CARNAVALESCO "0 PULO DO GATO"

o Bloco Carnavalesco "0 Pulo do Gato" foi fundado em 8 de dezembro de 1974 e ja no Carnaval de 1975 estreava nos desfiles oficiais das agremiar,;oes carnavalescas de Brasilia. Desde sua fundar,;ao a presidencia do Bloco est;; a cargo da Sra. Anna dos Santos Oliveira, e a sede fica na Quadra 3, Casa 14, no Cruzeiro Velho. Os ensaios vem sendo realizados no Clube Unidade de Vizinhanr,;a, do Cruzeiro Velho, e as cores representativas do Bloco sao 0 azul e 0 rosa.

Em 1975,0 Bloco defendeu osamba-tema

"Exaltar,;ao ao Nucleo

Bandeirante", de Alberto Farias e Antonio Soares, com 560 participantes, em 10 alas, colocando-se em 29lugar. Para 0 Carnaval deste ano, 0 Bloco Carnavalesco "0 Pulo do Gato" desfilani cem 0 samba "Uma Manhii de Sol em Copacabana", de Copa, Tunico e Vareta, com 1.129 participantes em 6 alas.

BRASfLlA CARNAVAL 1976 BLOCO CARNAVALESCO "0 PULO DO GATO" UMA LINDA MANHA NA PRAIA DE COPACABANA SambaÂˇTema Compositores: COPA - TUNICO E VARETA Brilhou brilhou no horizonte aumentando 0 brilho da fonte Fonte de alegria e prazer E como e bacana Uma linda manhii r,a praia de Copacabana

o sol

(Bis)

(

Copacabana Copacabana Obra de rarfssimo explendor Copacabana Copacabana Cemirio linda Que nosso Senhor criou III

Tem turista Tambem tem sereia Tem crianc;:a Pulando e brincando na areia.

BLOCO CARNAVALESCO "TURMA DO BARRIL"

o Bloco do Barril surgiu de um bate-papo entre jovens companheiros: Crispim de Oliveira Coelho, Nelson Antonio Mariquito, Jairo Sergio de Freitas, Francisco das Chagas de Oliveira, Jose Carlos de Freitas, Carlos Alberto Ximenes Lobo, Julio Cesar de Freitas e Luis Franco, que resolveram, a princ(pio, formar um bloco de Sujo, para sair no carnaval de 1967.

Os primeiros instrumentos foram todos improvisados, com barricas de uva, latas de conserva e outros. E, naquele primeiro ano de apresenta,ao do bloco de Sujo, desfilando na Avenida W/3, recebeu 0 convite da Associa<;:ao das Escolas de Samba do Distrito Federal para participar dos desfiles oficiais. 0 resultado foi positivo e, alem de receber L'm pre· mio extra, uma vez que 0 bloco nao era oficializado, no ano seguinte obteve a sua regulamenta<;:ao junto a Associa<;:ao das Escolas de Samba do DF. 0 nome de Bloco do Barril adveio da improvisa<;:ao dos primei· ros instrumentos (barricas de uva), e seus componentes definem a sua agremia<;:ao da seguinte maneira: "Vamos la mo<;:ada, fantasiar a vida". Seu atual presidente eo Sr. Crispim de Oliveira Coelho, que substianterior dirigente, Sr. Francisco das Chagas de Oliveira. Ainda nao possui sede social e seus contatos administrativos sao efetuados na Av. W/3 Sui, Q. 709, BI. C, casa 46, e os ensaios deste ano estao sendo realizados na Barraca de Brasilia, atnls da "orre de Televi· sao. 0 Bloco Carnavalesco"A Turma do Barril"desfila com as cores azul e branco. tuiu

Desde a sua funda<;:ao, 0 bloco apresentou os seguintes sambastema: "Vamos la mo<;:ada" (1967 - Premio Extra), de Chico e Nelson; "Nao ha hora certa para chorar" (1968 - 49 lugar), de Chico; "Tributo a Noel Rosa" (1960 - 39 lugar), de Chico; "Rio-Mar" (1970 - 39 lugar),de Chico; "Brasilia·menina" (1971 - 39 lugar),de Crispim e Lobinho; "Alegria, Alegria" (1972 - 39 lugar), de Jose Carlos e Luiz; "Ceu Azul e Branco" (1973 - 3<? lugar), de Chico e Crispim; "Colorido Magistral" (1974 - 2<? lugar), de Nascimento; "Orixas na Festa do Povo" (1975 - 1<? lugar), de Chico. Em 1976, apresentando·se com cerca de 1.200 participantes, a 14 Turma do Barril traz para a Avenida 0 tema "0 Barril na Festa dos Es·

tados", uma homenagem ao tradicional evento realizado em Brasflia. Composto de 22 alas, cada uma representando um Estado brasilei路 ro, 0 Bloco do Barril tranl este ~no 0 semba "Barril na Festas dos Esta路 dos", de Jaime e Chico, acompanhado por sua bateria de 125 integran路 tes. Sua Porta路Bandeira e Beth e seu Mestre-Sala, Marrom. BLOCO CARNAVALESCO - 1976 "A TURMA DO BARRIL" "BARRIL, NA FESTA DOS ESTADOS"

(Chico e Jaime) Quando "A turma do Barril" chegou, Teve alguem que comentou: "Foi 0 ceu que desabou no chao". Passista, cabrochas, sambando por toda pista. No calor da avenida: tamborim e marcaCao . Foi assim que atnls de um novo tema , } BIS Nasceu este poema Na mais linda inspiraCao. Todo mes Todo mes de junho, Nesta linda capital, A vida explode multicor, Numa festa tradicional.

i: a Festa dos Estados. } i: 0 Brasil se dando as maos. BIS i: 0 menor abandonado, Vibrando com essa uniao. Vai entrar na roda Quem sabe sambar Mas quem entrar na roda Nao pode parar.

BLOCO CARNAVALESCO "BOEMIOS OA ASA SUL"

o Bloco Carnavalesco "Boemios da Asa Sui" e uma entidade carnavalesca que surgiu por iniciativa de um grupo de folioes da SOS 414/ 415, que pretendiam dar um cunho mais alegre e divertido aquelas quadras. Assim e que em 6 de mar~o de 1971 foram feitos a Ata de Funda~ao e os Estatutos Sociais, tendo como seu Presidente 0 Sr. Otaviano Rosa, figura conhecid(ssima do carnaval carioca, onde integrava os quadros da Portela. Obteve em sua primeira apresenta~ao, no ano de 1972, o 49 lugar, desfilando com 0 samba VIOLA VIOLEIRO, de Copacaba· na, Oedeu e Sivuca. Na segunda apresenta~ao, em 1973, com 0 samba RIO QUER 01 ZER SAUOAOE, de Waldomiro Barbosa, os Boemios arrancaram na Rodovi~ria a quarta posi~ao. Ao termino desse carnaval, estinguindo-se o mandato da primeira diretoria, a assembhiia geral dos associados ele· geu Salvador Candido da Rocha, outro sambista, como seu novo Presi· dente. No Carnaval de 1974, os Boemios sagrara,o ·se campeoes do Carna· val, desfilando com 0 samba VAl SER ASSIM,de AntJnio Soares e Ma· rio Sergio. No ana seguinte, 1975, com 0 samba LAGRIMAS, de Jose Carlos, os Boemios conquistaram a 3~ coloca~ao. Para 0 carnaval de 1976, a Oiretoria resolveu fazer reviver os carnavais antigos e apresenta vestimentas e fantasias que ja vao ficando no esquecimento do publico - os saudosos Pierros, Colombinas, Arle· quins, Palha~os etc., desenvolvendo, no desfile, 0 tema EXAL TA<;:Ao AO CARNAVAL. o Bloco devera apresentar essas fantasias em dois estilos: em destaque e em grupos caracter(sticos; fantasias que sao resultado de longo trabalho de pesquisa do desenhista Joel. Os ensaios do Bloco "Boemios da Asa Sui" sao realizados em sua sede, na Avenida L2 Sui, Ouadra 614, no Clube Unidade Vizinhan~a, e suas cores representativas sao 0 vermelho e 0 amarelo·ouro. 16

0 samba·tema deste ano, "ALEGRIA, ALEGRIA': fo; escolhido

pelo pr6prio povo e e de auto ria de Dudu e Pixinguinha. Os Boemios desfilam em 1976 com 800 participantes e essas sao algumas de suas alas: piratas, cocotas, arlequim, colombina, pierro, nega face ira, baiana, capoeira, ala do trem etc. BLOCO RECREATIVO CARNAVALESCO

"BOEMIOS DA ASA SUL" APRESENTA PARA 0 CARNAVAL DE 1976 EXAL TACAO AO CARNAVAL "ALEGRIA, ALEGRIA" Autores: DUDU e PIXINGUINHA

Os astros Novamente viio brilhar Surge na avenida o bloco mais popular

)

BIS

Tem vermelho, colombina Amarelo, serpentina Pierrot, arlequim Beleza do principio ate 0 fim Nos festejos, vem mostrar As baianas, boi bumba Bobo da corte, nega faceira Com confete, Ze Pereira Alegria, alegria Alegria vamos la Se segura Os boemios viio passar

o FREVO Dan9ando nas ruas enos saloes, tendo como caracter(sticas 0 ritmo sincopado e frenetico, e, como coreografia, baile de multidao, ao mesmo tempo em que permite a exibi9ao individual, livre e improvisada. A influencia da musica hispano-americana se faz sentir no frevo atraves da varia9ao do ritmo e do andamento do maxixe. Nas primeiras fanfarras de frevo 0 ritmo foi sendo mais sustentado pelo tarol e pelo tambor surdo. Pelo fato de por a ferver 0 povo (que costuma dizer freverl, denominou-se frevo a dan9a surgida no fim do seculo XIX, no Recife, em Pernambuco.

OS CLUSES DE FREVO

Conservando, basicamente, os nomes das entidades que Ihes deram origem, os clubes de frevo desfil~m na avenida pelo tempo de 45 minutos, com um numero de integrantes superior a 200. Para seu julgamento sao considerados os seguintes (tens: evolu9ao, conjunto de passistas de frevo, fantasias, enredo, melodia, porta-estan18 darte e porta-bandeira, sendo proibido cantar durante as evolu90es.

CLUBE MISTO CARNAVALESCO "OS VASSOURINHAS DE BRASfLlA" Com 0 objetivo de realizar reunioes socia is e desportivas, incentivar a divulgac;ao do folclore nordestino e promover desfiles durante 0 per(odo carnavalesco e que foi fundado 0 Clube Misto Carnavalesco "Os Vassourinhas de Brasflia", em 20 de marc;o de 1967. Em func;ao da categoria dessa agremiac;ao carnavalesca - Clube de Frevo - ela nao possui samba-enredo. A presidencia da entidade coube, no per(odo de 1967 ate 1970, ao Sr. Geraldo Luiz Alves e, desde entao, est;! a cargo do Sr. Alberto Eduardo Nobre. A prime ira sede social dos "Vassourinhas de Brasflia" ficava na Super-quadra Sui 208. A seguir, foi transferida para a a.E. 20 - Conjunto S - Casa 5, no Guar~ I, e, depois, para a a.E. 20 - Conjunto 0 Casa 64, tambem no Guar~ I. Seus ensaios, atualmente, sao rea liz ados na a.E. 20. Em suas fantasias predominam as cores verde, branco e vermelho. Entre os anos de 1967 e 1970, 0 Clube nao teve participac;ao nos desfiles oficiais, apenas se apresentando em shows realizados no Brasflia Palace Hotel e outros lugares semelhantes. Em 1970, em virtude do falecimento de seu Presidente, Sr. Geraldo Luiz Alves, e devido II ausencia de seu Vice-Presidente que residia em Recife, a primeira Diretoria foi dissolvida. Assim, os Vassourinhas nao participaram de qualquer apresentac;ao oficial ou particular, s6 retornando ao asfalto em 1973, com 0 tema "Visita II Transamazonica", ocasiao em que obteve 0 29 lugar. Em 1974, com 0 tema "Passistas e Pierro", tambem se classificou em 29lugar. Baseado nas figuras de Debret, famoso pintor frances do seculo passado, 0 Clube desceu II avenida em 1975, conseguindo 0 39 lugar. Para 0 carnaval de 19760 Clube Misto Carnavalesco "Os Vassourinhas de Bras{lja" apresenta A HISTORIA PITORESCA DO RECIFE ONTEM E HOJE, uma homenagem Ii cidade berc;o do frevo. o Teatro Santa Isabel, as aguas do Capibaribe, 0 Arco de Santo Antonio, 0 PMio do Livramento e muitos outros monumentos serao relembrados pelo Clube que, com os 50 figurantes do Grupo Teatral Sergio Cardoso (com quem desfila M do is anos), rememora uma tradic;ao de frevo inconfund(vel no cen~rio do carnaval brasileiro. o Porta-Estandarte deste ana e Wadson das Neves Barbosa de Souza. 19

SOCIEDADE MISTA "LENHADORES DE BRASfLlA"

Os "L..enhadores de Brasilia" foi 0 primeiro bloco de Frevo a surgir no Distrito Federal, em 26 de janeiro de 1976. Desde a sua funda9ao, a presidencia esta a cargo do Sr. Julio Rodrigues dos Santos. Com cores variadas - amareloÂˇouro, azul, branco e vermelho - a Sociedade tem sua sede na O. 36 - Bloco B - Casa 27, no Cruzeiro VeIho, e realiza seus ensaios na quadra da Associa9ao Ath!tica daquele nucleo habitacional. . Nas apresenta90es em desfiles oficiais realizados nos anos anteriores, "Os Lenhadores" defendeu os seguintes enredos e obteve as seguintes classifica90es: "F ilha da Lavadeira" (1967 - 19 lugar); "Homenagem a Brasilia" (1968 - 19 lugar); "Cangaceiro" (1969 - 19 lugar); "Pierr6s" (1970 - 2 0 lugar); "Os Batutas" (1971 - 29 lugar); "A linda Cidade Eterna" (1972 - 29 lugar); "Vit6ria Regia" (1973 - 19 lugar); "Os Caboclinhos Oueridos do Nordeste" (1974 - 19 lugar); "Bumba Meu Boi" (1975 - 29 lugar). Para este ano, 0 tema escolhido foi "0 Pastoril", adapta<yao da apresenta<yao.em 1972.do co-irmao recifense do clube e cujos personagens sao a caracteriza<yao dos espetaculos populares do Nordeste, levados ao publico pela prime ira vez, no Recife, no seculo XVI. 0 auto de sua hist6ria conta a viagem das pastoras a caminho de Belem, onde nasceu Jesus e as mil artimanhas de que Lusbal lan<ya mao para desvia-Ias de de seu caminho. Com 250 participantes, contara com as seguintes alas: comissao de frente, capoeira, pastoril, baianas, vaqueiros, candango, reisado, rainhas e balizas. o Porta-Estandarte sera Jose Coreolano da Silva. CLUBE CARNAVALESCO MISTO "AS PAS DOURADAS DE BRASfLlA" (Frevo)

a Clube Carnavalesco misto "As Pas Douradas de Brasnia", coirmao dos "Pas Douradas do Recife" e dos "Pas Douradas do Rio de Janeiro", fundado a 25 de janeiro de 1968 e defendendo as cores vermelho, azul e branco, sob a presidencia de Geraldo Machado da Silva Campos, tem como sede provis6ria a SOS 411 - bloco A - ap. 310, e 20 faz seus ensaios na ONJ 23, na SH IS Norte, em Taguatinga.

Sempni com excelentes classifica90es "As Pas Douradas de Brasilia", conseguiram 0 1C;> lugar por 3 anos consecutivos: 1960 (Homenagem aos Bandeirantes), 1970 (Reminiscencias Africanas no Brasil) e 1971 (Bahia, suas tradi90esl. sucesso repetido no ano passado, quando tambem obteve a 1~ coloca,ao (Carnaval de Vedetes). Na primeira apresenta9ao, em 1968, ja come,ava bem, se colocando em 2C? lugar (Pescadores do Nordeste) ;'em 1973 colocou-se em 3C? lugar (Homenagem ao Rio Grande do Sui), Em 1972 e 1974 nao desfilaram, _ Neste ano de 1976, "As Pas Douradas de Bras!l ia" vem com 0 tema "Os Bandeirantes", que 'fala dos homens autonomos que partiam de Sao Paulo, rumo ao interior do Brasil, com inten,oes definidas de aprisionar indios e posteriormente de explorar meta is e pedras preciosas, compondo-se suas caravanas de cerca de 200 homens vestidos com espessos casacos acolchoados, giboes de couro, botas altas e chapeloes de abas largas, numa indumentaria peculiar, face aos perigos da selva, com destaques para Antonio Raposo Tavares, Bartolomeu Bueno da Silva, Fernao Dias Paes, Domingos Jorge Velho e Antonio Dias Adorno, Para nos mostrar isto,"As Pas Douradas"vem com 150 participantes, distribuidos em 9 alas: Comissao de Frente, Bandeirante Feminina, Indio e Escravos, Bandeirante Masculino, Mirim, Passista Show de Frevo, Passistas-Evolu,oes e 0 Porta-Estandarte - Venino Cezarios,

A ESCOLA

Originaria, em parte, do rancho carnavalesco, de que conserva ate hoje alguns elementos (0 par porta-bandeira/ mestre-sala e as pastoras), a primeira Escola de Samba , teria sido fundada por Ismael Silva, no Estacio, ba irro boemio do Rio de Janeiro, e foi batizada " Deixa Falar", no dia 12 de agosto de 1928, Se se apelidou de escola, 0 apelido se deveu a uma das seguintes circunstiincias: a) a influencia da voz de comando "Escola Sentido! ", corrente nos Tiros de Guerra;) a existencia, na epoca, no largo do Estacio, de uma Escola Normal. No carnaval de 1929 a "Deixa Fala r" apresentou na Pra~a Onze 0 samba em toda a sua pureza rltmica, acompanhado de instrumentos de percussao: tamborins, cu Icas, surdos etc , As mu Iheres fantasiavam -se de baianas e os homens envergavam pijamas listrados, camisas de malandros ou simplesmente macacoes; na ca~a um chapeu de palha, Ate 1935 existiu uma grande confusao entre os nomes "b locos carnavalescos" e Escolas de samba", Ponim, tudo indica que asduas agremia~Bes que surgiram ap6s a "Deixa Falar " foram a "Fiquei Firme" , do morro da Favela e, a seguir, a Esta~ao Primeira de Mangueira. A partir de 1940 e que tudo veio a se concretizar definitivamente, quando surgiu 0 samba-enredo, responsavel pela estrutura~ao das escolas, sob todos os aspectos, principalmente no de encenar dramaticamen22 te seus enredos, sob a forma de uma 6pera-bale ambulante.

Na decada de 50 come<;aram as fusoes de escolas de samba, com maior organiza<;ao, desaparecendo antigas rivalidades. Dal; entao, elas foram transformadas em sociedades civis, com diretores (presidente de bateria , de harmonia etc,),secretarios etc., que vieram a ser, dentro de suas fun<;oes, pessoas responsaveis por toda a organiza<;ao e desempenho de cada uma das agremia<;oes. Abre-alas, diretoria ou comissao de frente, pastoras, carretas aleg6ricas, passistas, alas, porta-bandeira e mestre-sala sao os componentes de uma escola de samba em desfile, variando, c'lntudo, a disposi<;ao com que se coordenam, de um gremio para outro. Os quesitos utilizados no julgamento de uma escola de samba podem ser agrupados de acordo com a seguinte sistematiza<;ao dos elementos que a caracterizam: elemento musical - melodia (samba). harmonia (canto) e ritmo (bateria); elemento coreogratico, elemento plastico, elemento dramatico e elemento disciplinar. SAMBA Uma das coisas mais fantasticas dentro de uma sociedade vem ser a heran<;a cUltural: atitudes, institui<;oes e valores adquiridos ou assimilados de outros povos. o negro nos trouxe mu ita coisa de seu long inquo continente e os elementos culturais que mais pesaram na forma<;ao de nossos usos e costumes foram, sem duvida, a musica e a dan<;a, que se caracterizam pela riqueza de ritmo, harmonia e, porque nao dizer, a coreografia. A palavra SAMBA tem sua origem nos dialetos ioruba e quimbunda - semba - nao menos africana. A palavra nos define mais um tipo de dan<;a do que propriamente um genero musical, e significa umbigada . Sua coreografia assimilou tambtlm os requebros e a vivacidade do maxixe (versao nacionalizada da polca importada da Europa). do qual se tornou um prolongamento, ate substitui-Io totalmente. Em 1917, a composi<;ao "Pelo Telefone", atribuida ao sambista Ernesto dos Santos, 0 "Donga", marcou 0 aparecimento oficial do primeiro SAMBA e chamou a aten<;ao popular para 0 novo ritmo, que foi logo aproveitado pelos compositores e divulgado atraves de grava<;oes e programa de radio, como musica de salao. Em sua evolu<;ao, 0 samba 50freu uma influencia da musica de JAZZ norte-americana, que invadiu 0 Rio de Janeiro atraves do gramofone e das orquestras de musica de dan<;a. Enquanto isso, nos morros, os cariocas, os compositores oriundos 23

das camadas mais pobres da popula<;ao continuavam a cultivar 0 samba batucado, resultado da fusao do samba de rod a baiano com a musica urbana do Rio de Janeiro, herdeira do " Iundu" que ficou logo conhecido como "SAMBA DE MORRO " . GREMIO RECREATIVO ESCOLA DE SAMBA "INDEPENDENTES DE BRASfLlA"

A Escola de Samba "I ndependentes de Bras(lia" foi fundada no dia 17 de fevereiro de 1967. A ideia de se fazer a escola foi de Jocelino, Japi, Ataide e Lola, todos integrantes do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, com a coopera<;ao de outros entusiastas do Carnaval. primeiro presidente da "I ndependentes" foi Jocelino da Silva Santos, um dos idealizadores, e, posteriormente, devido ao seu falecimento, tomou posse provisoria na presidencia 0 Sr. Sebastiao dos Santos, que permaneceu no cargo ate a data das elei<;oes oficiais da entidade. Em assembleia geral, vencendo por unanimidade de votos, assumiu a presidencia a Sra. Iza Barbosa de Almeida. A sede do Gremio Recreativo "Independentes de Brasnia" esta localizada, em canlter provisorio, na SQN 40B, bloco 0, apto. 209 e seus ensaios se realizam,este ano, na L-2 Norte (Clube Messianico) . As cores dos Independentes sao 0 verde e 0 branco. Desde a sua funda<;i'io, em 1967, a escola defendeu os seguintes sambas-enredo: "De Cabral a Bras(lia" (1968 - 29 lugar), de Jocelino e Japi; "Carnaval Antigo" (1969 - 29lugar), de Iza e Lo16; "Coroa<;ao de D. Joao VI" (1970 - 1<? lugar). deAdi eJocelino; "Lenda do Ind(gena Maraba" (1971 - 39 lugar),de Chiquinho e Jocelino; "Brasil, Folclore e Comunica<;ao" (1973 - 19lugar), de Miro Sorriso; "Xang6 da Bahia" (1974 - 29 lugar), de Roberto e Aylton; "0 Grande Sonho de Moema" (1975 - 39 lugar), de Copacabana e Derebi. Para 0 Carnaval de 1976, a escola desfilara com 0 samba-enredo "0 Grande Legado Negro", de Tardsio Marujo, onde se relatam os 300 anos de escravidao, fatores preponderantes na consolida<;ao de nossa economia, a influencia do negro nos costumes e nas artes brasileiras, as leis de liberta<;ao, a expansiio do negro e, acima de tudo, a alegria vinda com ele: 0 samba ... 0 nosso samba "Que seria a alegria do Brasil para reinar em todos os carnavais".

Os "I ndependentes de Brasilia" desfilam, este ano, com 900 partici路 pantes distribu (dos em 22 alas, dentre as quais destacamos ados africanos, baianas e candombll~, capoeira, negros escravos, nobres, lavra路 dores, garimpeiros, colhedores de cafe, algodoeiros, nobres estrangeiros, fazendeiros, principes, sinhazinhas etc, tendo como primeiros porta路 bandeira e mestre-sala, respectivamente, Ivone Davi dos Santos e Zezinho. G.R.E.S. "INDEPENDENTES DE BRASfLlA"

"0 GRANDE LEGADO NEGRO" Samba路enredo Autor: TARCISIO MARUJO Desfolhando A historia do Brasil Eu encontrei Esta linda pagina de gloria E transformei Num enredo original Onde 0 Negro Africano E a figura central Com bra~os de ouro 0 Negro abriu } As portas do progresso no Brasil Com sacrificio lagrimas suplicio e dor Ate que um dia A Princesa Isabel 0 Negro libertou (BIS) 00000 De p.scravo 0 negro passou a senhor Senhor nas artes Na cultura em geral Senhor do ritmo Que comam:la 0 carnaval E 0 samba lilli! (BIS) Eo samba Lala E 0 samba que mexe Que nos faz vibrar.

Bis

GRJ:MIO RECREATIVO ESCOLA DE SAMBA "UNIDOS DE SOBRADINHO"

Sua primeira apresenta~ao foi ainda como bloco carnavalesco, em 1968. 56 no ana seguinte foi regularizada sua situa~ao de Escola de Samba, oportunidade em que desfilou com 0 samba "Exalta~ao a Brasilia",

Tradicionalmente, suas cores eram 0 verde e 0 amarelo, ponlm, ap6s ter sido batizada, no dia 19 de fevereiro de 1975, pela Esta~ao Primeira de Mangueira, mudou para verde e rosa, cores de sua famosa madrinha.

A "Unidos de Sobradinho" trouxe para a avenida, em 1969, 0 samba "Anchieta, Caxias, Tiradentes e Santos Dumont", de Heitor, c1assificando-se em 29 lugar. Em 1970, "Tres Capita is do Brasil", de Renato, 39 lugar; "Macuna(ma", de Zeca Melodia e Chiquinho, 20 lugar, em 1971; "Eneida, Amor e Fantasia", de Zeca Melodia, 19 lugar, em 1972; "Ultimo Baile da Corte", de Cascavel, 29 lugar,em 1973; "Goias, Planalto de Gl6rias", de Copacabana, 39 lugar, em 1974; "Um Pedacinho do Nordeste", de Sivuca, 49 lugar, em 1975. Cobra Norato, 0 celebre poema modernista de Raul Bopp e 0 enredo que a Escola de Samba "Unidos de Sobradinho" traz este ano para a avenida, desenvolvendo os mitos amaz6nicos, a lenda da cobra grande, a pureza IIrica dos elementos da natureza,criando vida e se fazendo personagens de nossa hist6ria.

A escola, que realiza seus ensaios em sua sede pr6pria, na Area Especial, quadra 05, em Sobradinho, e que tem atualmente a Sra. Maria Natividade Cardoso da Silva como Presidente, desfilara, este ano, com 300 participantes.

G.R.E.S. "UNIDOS DE SOBRADINHO" "COBRA NORATO" Autoria: ZE CARLOS E CHIQUINHO

Neste eenario de real valor Sobradinho faz seu earnaval Com 0 tema Cobra Norato Extrardo do folelore naeional Na imensa Amazonia Onde os cip6s deixam imagina90es Um poet a inspirado Os transformou em tradi90es

REFRAO -

Eis Cobra Norato Um eip6 que se tornou Num mito popular Que exaltamos com esplendor

E a mata virgem encantada } Traz a rainha Luzia Com seu eneanto fascinante (BIS) Comprimentando esta festa popular GR!:MIO RECREATIVO ESCOLA DE SAMBA "ACAD!:MICOS DA ASA NORTE"

o Gremio Reereativo Eseola de Samba "Aeademieosda Asa Norte" foi fundado em 15 de fevereiro de 1969, eome9ando a se apresentar em nosso carnaval a partir de 1970 sob a presidencia do Sr. Anadir Rodrigues dos Santos, na eategoria de bloeo. Como bloeo, os Aeademieos da Asa Norte obtiveram varias vit6rias: em 1970,sua eoloea9ao foi 0 primeiro lugar, com 0 enredo "Meu Pe de Laranja Lima", de Paulo Marinho; 191ugar novamente com "Rosas", de Waldomiro Luiz Barbosa, em 1971; com "Ate Cinzas Chegar", 27

de Jose Carlos Tavares, 1C? lugar, em 1972; "Ogum-De-U\", de Alberto Faria e Fausto Faria. 1C? lugar, em 1973_ A partir de 1974,0 Gremio Recreativo transformou-se em Escola de Samba, desta feita sob a presidencia do Sr_Jonas Araujo Pereira, que eo atual presidente_ Como Escola de Samba, os "Academicos da Asa Norte'; vem conseguindo bastante sucesso: em 1974, com 0 samba-enredo "Exaltaciio aos Deuses Africanos", de Edinho, ela conquistou 0 19 lugar; com "Bah ia, Encanto do Brasil", de Miriio e Tonico, ela conseguiu 0 2C? lugar, em 1975_ Com suas cores vermelho e branca, a .esco la tem realizado seus ensaios em sua sede, no Clube N<iutico de Brasflia , no SCEN. Este ano, os Academicos da Asa Norte viio para a avenida com 0 enredo " Brasil Atomico, Potencia de Paz", de Miriio e Tonico, com 900 participantes, divididos entre as seguintes alas: ala do Brasil Colonia, constitu(da de indios e negros; ala das baianas tradicionais, ala do Brasil Independencia, composta de soldados, ala da abo liciio, ala das damas antigas e cavalheiros romanticos, ala das baianas estilizadas e ala dos sambistas. Como porta-bandeira, Marli, e, como mestre-sala, Jaime, componentes tambem da apresentaciio de um enredo que procura dar uma visao hist6rica do Brasil ate os dias atuais. CARNAVAL BRASfLlA -76 G.R. ESCOLA DE SAMBA "ACADEMICOS DA ASA NORTE" " BRASIL PROGRESSO Samba-enredo Autores: MI RAO E TONICO Enaltecendo Este pais continental A sua hist6ria n6s contamos De maneira original A comecar pela colonia o seu tempo imperial E naRepublicachegamos 28 Ao progresso atual

o Brasil

(BIS)

{

Vou te exaltar lOs a terra hospitaleira Que tem muito amor pra dar

Hoje esta a r pra se ver A energia nuclear 10 um bem que 0 nosso povo Ja come<;:a a desfrutar 10 bom olhar De su I a norte progresso constante No meu Brasil tao firme e forte

(BIS)

{

o Brasil Vou te exaltar lOs a terra hospitaleira Que tem muito amor pra dar.

ASSOCIACAO RECREATIVA "UNIDOS DO CRUZEIRO" (ESCOLA DE SAMBA)

â&#x20AC;˘

F.undada em 21 de outubro de 1961, a agremia<;:ao carnavalesca "Unidos do Cruzeiro" tem como cores 0 azul e 0 branco. A primeira diretoria foi eleita em reuniao realizada a 30 de novembro de 1961 eo presidente foi 0 Sr. Jose Santana, sendo 0 presidente atual, Nilton de Oliveira. A escola de samba foi batizada no dia 18 de janeiro pela Portela, com apresenta<;:ao do seu presidente, 0 popular Natal. A primeira apresenta<;:ao foi no Hotel Nacional de Brasilia, em homenagem ao Sr. Juscelino Kubitschek e, na oportunidade, concorreram tambem outras escolas de samba, como: Brasil Moreno, Candangolandia, Unidos da Cidade Livre e Alvorada em R itmo . . No primeiro desfile oficial da Escola do Cruzeiro, em 1962, ela apresentou 0 enredo "Homenagem Nova Capital", cujo autor foi 0 Sr. Euclides Santana, tirando 29 lugar. Em 1963, com "Homenagem aos 29

Bandeirantes", de Jose Carlos, colocou-se novamente em 29lugar. Em 1964, "Exalta~ao a Bahia", de Claudio Silva, 29 lugar; Em 1965, "Imprensa Regia", de Claudio Silva, em 19 lugar; "Homenagem a Santos Dumont", de Renato Gomes Monteiro, 19 lugar, em 1966; "Homenagem a Bernardo Sayao", de Claudio Silva, 19 lugar, em 1967; "Dona Beja", de Paulo Marinho, 19lugar, em 1968; "R io Atraves dos Seculos", de Paulo Marinho, 19 lugar, em 1969; "Chico Viola", de Tonico e Copacabana, 29 lugar, em 1970; "Brasil Grande", de Nei Cidade, 19 lugar, em 1971; "Noite Inspiradora", de Nei Cidade, 59 lugar, em 1972; "Exalta~ao aos Imortais", de Nei Cidade, 39 lugar, em 1973; em 1974. Unidos do Cruzeiro concorreu com 0 enredo "Musica, Poesia e Arte"; e, finalmente, em 1975, ela conquistou 0 19 lugar com "Rafzes do Nosso Povo ~ de Alberto Faria e Ciro. Para este ano, a Unidos do Cruzeiro, atualmente sob a presidencia do Sr. Nilton de Oliveira (0 Sabinol. traz para a avenida 0 en redo "Nordeste Explode em Festa", com samba de Antonio Soares e J. Nascimento, na inten~ao de mostrar as festas e dan~as (guerreiros, bumba meu boi, reisado, frevo, maracatu etc.), que compoem 0 folclore nordestino, bem como os tipos caracterfsticos da regiao (violeiros, sanfoneiros, vaqueiros, repentistas, vendedores de frutas e de floresl. ahim de figuras, aspectos e coisas tradicionais (senhores de engenho, 0 canga~o, a feira de Caruaru etc.). Ela desfilara com 2.000 participantes ao todo, sendo feita a divisao em nove alas, representando os seguintes Estados: Maranhao, Piauf, Ceara, Rio Grande do Norte, Parafba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia. A Porta-Bandeira sera Estela Maria e 0 Mestre Sala, Carlinhos.

SAMBA ENREDO Autores: J. Nascimento e Antonio Soares Neste carnaval Relembramos 0 Nordeste brasileiro Que explode em festas Com seu festejo fagueiro Vamos cantar do Maranhao it Bahia Esquecendo a nostalgia 30 Em dellrio popular

No Maranhao a danl=a do caboclinho Assistimos com carinho Bem lembramos como foi Tangas de penas e coca res suntuosos Com figurantes famosos Vimos 0 bumba meu boi

o meu boi morreu Deixemos aqui Relembram'os a ciranda meu bem Do Piau( Tanta maravilha a ser mostrada Festa do divino e pastoril Bumba meu boi, marujada Cemirio do folclore do Brasil Na Bahia tem Tem capoeira meu bem Lindas baianas faceiras Cheias de encantos mil

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Desejando quaisquer outras de inronna~ do DETUR.

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AEROPORTO Tel 42.3828 Diariamente das 8 as 23 hs. EST A~AO RODOVIARIA DE BRASrtlA Tel 23.3266 Diuiamente das 8 as 20 hs.

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