Revista Domingo nº 877

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. EhoJe ., o •. ,


-VI •

~ Uma

graaaande CerV1

Kaiser. Acerveja oficial do Carnaval.


CONVERSA J1 teiro e Chiquinho Spino-

BRUNOTHYS E CLAuDIO HENRIQUE

ir: za, tentam resolver, na

a s profecias de final de i pista, uma disputa pes~ a no, as pitonisas de plansoal: quem foi 0 responsatao - babalorixas, astrovel pelo campeonato da logos, taro logos, numeroEstilcio, em 921 Isto /:, logos ou seja la 0 que for quem e 0 melhor? A vai- preferem prever a quedade, cada vez mais, estil da da innaCao ou de urn presidente em jogo nesta festa: moda Republica a apontar a escola A exploe60 da alegrla na . .;eiiicla·- delos x mulatas, eerveja x cam pea do carnaval. 0 desfile e tao cerveja, samba x musica imprevisivel que nem os bicheiros se arriscam a lanear baiana e, principalmente, escola x escola. A Doll'linllO urn jogo de apostas sobre a melhor escola. Este ano, preparou uma edieao especial para que todos acompaen tao, qualquer palpite/: capaz de transformar pai-de- nhem 0 desfile de forma "ativa e propositiva": os enresanto em padastro. E a primeira vez que no Sambodro- dos, os sambas, destaques, servieos da passarela e ate mo nao Va G passar fanta sias e aJegorias assinadas pete urn quadro para voce avaliar os quesitos de cada escola e mestre loaozinho Trinta - exilado da folia. E a pri- comparar sua nota com a de seus amigos. Alinal, vale meira vez tam bern que dais carnavalescos, Mario Mon- tam bern disputar quem entende mais de samba.

N

DONIINGO

SUMARIO Oilmar Cavalher

IdIOM Bruno Thys ........M

..........

ClAudio Henrlque

Eslhef OamuJo

Fefll.ndo Gett1elm ),lareelo

o

D ....IL. Conheea as 14 escolas do grupo especial, que viio deslilar hoje e amanhii na Passarela do Samba. Oa Unidos da Ponte, que abre a festa esta noite, a Mangueira, que encerra 0 o carnaval, na madrugada de ter~a-feira, a revista traz 0 resumo dos enredos e informacoes sobre componentes, destaques. alegorias e as letras de todos os sambas. 14

Gl~holti

sergIO Garci a Simone Candi da

Solia CarCI'Jelr. '~ogl"lflll

Rog/tr lo RI~ (tdl1Of)

FlAllio RodrlOU's (subedltorl Oilmar CIYllller Erneoi d'~In>eida Marcelo TatJAeh Rog6no Falual

....

leu Al)drlol.lM led~or.) Rita MorIno (produlOfl)

....

F'bIO DupIn (edilof I projeto grltllCol Femando Pena (subeditor)

.... ...... ~

JoAo Carlot Guedes

-Ev.ldo C Lima David l,o'l'(lI

SIiRVltr° Tudo sobre 0 deslile na Sapucai. Oicas de como chegar a passarela, on de estacionar. os principais acessos, as alternativas de transporte e honirios em que vao funcionar metro, barcas, trens e 6nibus. Ha ainda uma relacao de objetos que nao podem ser levados para as arquibancadas e urn mapa com a localizacao de cada setor do Sambodromo 28

""

luis Ferfllndo Veflsslmo Miguel Paiva

Anlulvo

'01.*'100

Ana. Loot de Araulo (chIlli) Ma,lsooSintana

SeoenUIrio Grtnco .lost Fernando Cordeiro

PI Ofi ."ado,.. .Ios6 Ferraro RafTlOll Acdc io Marli ns Teixeira Gerellta CoITIarclal da ~I.u.

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6 NOMES/ DESTAQUES/LAN •

8 PERFIL/MARIO MONTEIRO/

• 32 MODA /0 QUE USAR NA PASSARELA DO SAMBA ............................................................................................................................................. • 40/ PROMOtrAO/DIRETAS/CARTAS/ • 42 RADICAL CHIC .............................................................................................................................................


Desfila por toda avenida.

-nao fazparteda bateria. o

ORELHAo

NAo

E

BUMBO

PRA

CENTE BATER , PANDEIRO PRA SACUDIR, RECO-RECO PRA ACITAR NEM CUfCA PRA DAR AQUELA MACHUCADA. PRESERVE ESTE INSTRUMENTO QUE PODE DAR MUlTO SAMBA.

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FAZER VOCE SAM BAR

NA HORA QUE PRECISAR DELE.

Coma Telerj voci se entende.

Empresado

Sistema Tetetirlts


PESQUISA asso todos os dias de carnaval mal podendo esperar a hora de me preparar, botar a roupa adequada, pegar 0 que for preciso - e ligar a televisao. Nao existe maior prazer do que ver uma multidao pulando amis do trio eletrico sob urn sol baiano e gritar " Oba, que born que eu nao estou bi!" E quando que, num baile, eu poderia chegar tao perto da genitalia adornada de uma folia quanta chega a camera, sem 0 perigo de levar uma garrafada do seu acompanhante? A televisao se transformou numa especie de cateter social. Nos leva a lugares antes inacessiveis sem graves amea~as a nossa integridade fisica: uma cidade sob bombardeio , os fundilhos em movimento de mulheres que nao conhecemos. A camera, no carnaval, tambem e urn instrumento de pesquisa socioeconomico. Descobre-se no close do detalhe que nos escaparia no local que a situa,ao nacional nao esta tao ruim assim. 0 povo brasileiro ate engordou depois do ultimo carnaval. Pe10 menos aquela parcela do povo que a TV mostra nos bailes de clube, geralmente de urn angulo baixo. Ou talvez a conclusao deva ser outra. Os tempos dificeis tornaram mais raras as tradicionais ostenta~oes de riqueza 0 carriio, 0 casarao e a classe media se vi: obrigada a ostenta-Ia na pr6pria carne. Adiposidade agora e status. Celulite e patrimonio. Finalmente se ve a concentra,ao de renda, por assim dizer, em pessoa. Ou pelo menos nas coxas da pessoa. 0 marido ou namorado ao seu lado nao esta com aquela cara porque e urn imbecil, ou s6 porque e urn imbecil. Esta com a cara de quem ainda tern 0 que dar como garantia para urn emprestimo. Tenho uma teoria sobre essas mulheres que

P

ficam em cima das mesas, esperando que a camera as foque para com~ar a bambolear. Nas raras vezes em que a camera se aventura acima da cintura, descobrimos que a expressao em seus rostos varia do en to rpeci men to aquela avidez meio desesperada de quem s6 tern urn minuto de celebridade na vida e nao quer perde-Io. Minha tese e que essas mulheres s6 saem no carvaval. Nao se sabe 0 que fazem no resto do aoo. Nunca sao vistas em outro lugar. Nao aparecem em restaurantes, nem para subir nas mesas. Ninguem

as conhece. Ninguem as ve antes ou depois do carnaval. Suspeita-se de que fiquem trancadas em casa 0 ano todo, apanhando sol em terra,os indevassaveis, treinando seus movimentos e esperando a convoca,ao para 0 baile. E, de uns tempos para ca, sendo superalimentadas para oao deixar malo acompanhante, 0 namorado, marido ou patrocinador que precisa mostrar seU status na amplidao da sua bacia. 0 termo saude financeira ganhou novo significado. Ou entao eu e que tenho 0 azar de s6 ligar a TV quando estao mostrando as mais tremebundas. Sao os riscos da sociologia apressada. DOMINGO 5


EMALTOE BOMTOM

o novo puxador de samba da Caprichosos de Pilares, MARCIO SOUTO, garante estar a al .. tura do prestigio de sua escola. Com 1,89 metro, ele parece ter toda a razao. Graqas a estatura privilegiada, Marclo, 29 anos, ja foi jogador de basquete, com passa .. gens pelo Olar ia, Flamengo e Botafogo. Para levar no gogo 0 samba-enredo Nao existe ,Ie.. cado no lado de ca do tunel Rebou{:Bs, sem deixar cair a anima Qao, e le dill a receit a: " Dorm ir muito e fazer gar· garejos de agua morna com propolis."

Uma nova passarela

~ r.:::''':;;;iiiiii!iii••~

A mod e loG A BRIELA BAZ IN. ~ 20 a nos, ja esta ~ acostumada a des- ~ fi lar. S6 que agora ~ vai enfrentar uma nova passarela, a do samba. Nada que a assuste. "Desfilar no Samb6d romo e um sonho antigo" . d iz. 0 momento tao esperado acontece hoje noite, quando, pela pri meira vez, Gabriela coloca,,\ os pes na Ma rques de Sapucai. Contratada da agencia Ford. ela vai sair na ala dos estudantes da Portela. Apostando na sua beleza. eia trancou 0 curso de Medicina da UFF ano passado para se dedicar exc1usivamente carreira de modelo. Gabriela ga rante que tern muita ginga e samba no pO. "Estudei bale ciassico durante dez anos, mas sou uma ioura de alma negra", diz. t ver para crer.

a

a

Rogerio Faissal

'Avloes' na plsta A Marques de Sa-

pucai vai virar urn aeroporto quando a frota de aviiies da agencia Class invadir 0 Samb6dromo. Sao 70 modelos q ue vao ater rissar na avenlda amanha, na

ala Me enganll que da Estacio de Sa. Os ensaios teln sido uma loucura. Oia desses, quando o ito delas fo ram fazer 0 reco-

eu gOSl o,

nhecimento da area no Samb6dromo. os tecnicos da R iotur que ace rtavam os ultimos deta lhes da

festa fizeram urn minuto de silencio quando elas passaram. Nao sera SUfpresa se 0 publico fi-

zer a mesma coisa qua ndo a Estacio entrar na avenida. A escola campea de 92 vern com todas as lurbil1l1s ligadas. DOMINGO 6


A benfW:ao carioca Na guerra do samba, a Bahia

entra com tad as os santos e 0 Rio, com Sao Se bastiao. A promoter

da cidade, LEA PENTEADO, levou 200 fitinhas com a

InSCfl(;aO

Cidade Maravilhasa para serem benzidas na 19reja dos Capuchin has. Elas serao a senha de entrada para 0 camarote da Pre-

feitura , no Sambedromo. "Urn no para a alegria, urn para a saude, urn para 0 arnor",

ensina Lea. FREI GASPAR, que ben ze u as fitas, disse que, como 0 camarote, 0 Rio tam bern deve ser maravilhoso.

FLAGRANTE/LAN

DOM N

7


" '>'

PERFIL

o

carnavalesco mais cotado para assumir

SERGIO GARCIA

ara

P

0

bern do espel:lculo. Mario Monteiro

e urn

carnavalesco vulncnivel a provocac;oes. Hit cin-

co anos. 0 cargo dc diretor de cenografia da TV Globo 0 impedia de agendar oulros compromissos que naa os estritamente profissionais. Ainda assim. mordeu a isca do colega Arlindo Rodrigues - que 0 desafiava a voltar as escolas de samba - , e assumiu 0 carnaval do Salgueiro. Embora, peJa

0

cetro de .Joaozinho Trinta

res, com principio, meio e tim - necessariamente nesta ordem - , e sempre enfocam urn tema culLura!, que pode ser a viagem de Langsdorff ao Brasil, 0 movimento modernista ou a cerimonia do casamenLo, que apresenta este ano na Portela. "Os enredos sao minha principal inova,ao no ¡samb •. A maioria dos colegas prefere 0 lugar-comum do surrealismo", critica, sem nenhum pedantismo. Ele acredita que os enredos VaG muito alem

"Enredos lineares sao minha marca. Os colegas

tradi,ao do desfile, vice-campeiio da preferem 0 lugar-comum do surrealismo" avenida caia no ostracismo ja na Quarta-Feira de Cinzas. 0 quarto lugar obtido naquele ano pela escola tijucana foi um do uso festivo: tern fun,ao educativa. "0 carnaval resultado expressivo. "Voce ganhou 0 carnavaL Nos e mostra que 0 conhecimento e acessivel ao grande publique perdemo,', confortou-Ihe 0 bicheiro Miro Garcia. co", repete. Na sua breve estada na Unidos da Tijuca , 0 o patrono do Salgueiro referia-se ao fraco desempenho enredo No pais da Bienal, tudo acaba em carnaval serviu do mestre-sala e da porta-bandeira - quesito nada de atalho para Mario Monteiro organizar uma exposiinOuenciado pelo carnavalesco - , que afastou a cscola l;aO na quadra da escola, no Morro do Borel, com obras da disputa. em 1988. de pintores modernistas. "0 pessoallogo se familiarizou Os elogios ao desfile serviram-Ihe de abre-alas para a com as Tarsilas e os Bandeiras", lembra .

rClOmada da carreira carnavalesca. Em 1989, conseguiu manter a modest a Unidos da Tijuca no Grupo Especial, quando 0 regulamento determinava 0 rebaixamento das seis ultimas colocadas. Na Est<icio, aic.n,ou dois quintos lugares. antes do titulo no ano passado. No desfile de hoje, sua estn!ia na Portela, Mario Monteiro imanta a expectativ. geral a sexta escola a desfilar no Sambodromo. Ha motivos de sobra para tamanho destaque ao Midas da Sapucai. Com a aposentadoria precoce de loaozinh o Trinla, ele se efetiva como 0 carnavalesco mais genial e cobic;ado na orbita do samba. Nao fosse

seu talento urn convincente chamariz, a disputa particular com 0 colega Chico Spinoza - urn ex-discipulo que atropelou 0 mestre e assumiu 0 desfile da Estacio - , fomentada menos por clc do que por seus simpatizantes, tornou-se uma das principais atra,oes da festa de hoje e amanhii. "0 carnavaL como a TV. e urn trabalho descartavel. Sou especialista nesse tipo de cenografia", conta Monteiro. Ele nao acha, porem. que a descartabilidade seja urn demerito ao oflcio. "Quando as alegorias voltarn ao barracao, acho tudo ultrapassado. Mas 0 brilho eremero da cenografia me fascina" , completa. Mais do que ninguem, Mario Monteiro est ciente de que suas alegorias vao passar. E so. Mas seu estilo de conceber 0 desfile perpetua-se. Ele nao revolucionou 0 carnaval, como loaozinho Trinta, nem tern 0 delirio como marca. Seus enredos sao bem-humorados e linea-

a

DOMINGO B

A repulsa a tematica realista-fantastica e apenas urn dos pontos que 0 afastam dos demais carnavalescos do Rio. As vesperas de encarar a Marques de Sapucai, orientando os retoques de ultima hora no barracao, nem assim ele abandona 0 jeito manso de falar e 0 born humor. "A func;ao do carnavalesco e motivar 0 grupo. Sou apenas urn dos 4.800 componentes da escola ", diz Monteiro, que, apesar dos seus 56 anos, e tratado carinhosamente pela velha-guarda portelense de "garoto", por sua aparencia jovem, que nao se casa com a idade. 0 carnavalesco so sai do ritmo quando se comenta 0 favoritism a atribuido este ana a escola de Madureira: "Tenho pavor dessa historia. Isso coisa produzida pelos adversarios", reage. "0 carnaval e a minha liberta,ao. No cinema e na TV, minhas cria,oes estao subordinadas ao texto e it concepC;ao de urn autor. So na avenida eu assino tudo", afirma ele. Pode parecer estranho que 0 autor desta frase ja tenha pensado algumas vezes em abandonar 0 samba. Por sorte. a ameal;a so se consumou uma vez. Na sua primeira incursao como carnavalesco, no final dos an os 60, a frente da Mocidade Independente de Padre Miguel, a quinta coloca~ao conquistada - urn resultado excelente para urna escola que, naquela epoca, de grande so tinha a bateria -

e



nao fo i 0 bastante para ele prosseguir oa avenida. Falou mais alto a carreira na televisao, aliada a traba lhos em teatro. cinema e decora<;30 de interiores. Seria muito desgastante conciliar tudo isso com 0 carnaval.

trenzinho caipira do

Apos os dois ultimos desfiles, Mario Monteiro novamente ace-

nou com a possibi lidade de largar tudo. Em 1991, a fuga seria resultado de urn misto de frustrat;:ao e exeesso de tarefas extraearnaval.

"Achava que uma escola de porte me nor, como a Estaeio, jamais

conseguiria urn titulo." 0 desfile do ana seguinte 0 desmentiu, s6 que, mais uma vez, a overdose de

traba lho na TV e uma outra decepC;ao quase

0

afastaram da passare-

la. 0 figurinista Chico Spinoza , cria de Mario Monteiro, tratou de alardear que 0 campeonato da Estac io na verdade era de responsabi-

Ii dade sua, e nao do dirctor de cenografia da Globo que. segundo Spinoza, teria privilegiado

0

estan-

de brasileiro da Expo-92 de Sevilha em detrimento do carnaval. Mario

rebate: "A concep,ao do enredo foi toda minha. Niio preciso ficar full-lime no barradio. Meu traba-

Iho e todo detalhado em desenhos e, por isso, 0 carnaval se descnvolve sem a minha presenc;a perma-

nente", justifica. "0 que

0

Sobre a briga com 0 ex-discipulo Chico Spinoza: "0 que ele fez comigo foi uma crocodilagem"

Chiquinho fez comigo foi

uma crocodilagem", eonclui.

A julgar pel os convites de outras escolas do Grupo Especia l que surgiram logo depois de sua saida da Estacio, ao menos

0

mundo do samba pareee nao ter

duvidas sobre quem foi

0

verdadeiro campeao. Os

admiradores do carnavalesco podcm riear tranqiiilos

apos 0 desfile desta noite. A principio, sua participac;ao na festa do ano que vern esta garantida, quem sabe

ate a frente da Imperio Serrano, sua escola do eorac;ao e onde pretende cncerrar a carreira. "Vou rever a minha agenda para cste ana. Estou muito cansado", diz ele, recebendo a end ossa da mulher, Katia Monteiro, com

quem esta casado hi 18 anos. Ninguem duvida, entretanto, que 0 samba permaner,;a como urn compromisso cativo. o desgaste a que ele sc refere se renova diariamcnte. A Quarta-Feira de Cinzas e prenuncio de calmaria para quase todos os carnavalescos, a eXCeyaO de Mario. Em plena ressaca momesca ele inicia novas missaes, como a cenografia da proxima novela das sete.

Nao e pouco para quem fez 0 enredo da Portela, deu novo layout aos carros de som e de abertura do desfile deste ano, e, na vida particular, comanda a mudanr,;a da Tijuca, onde morou ate semana passada, para uma cobertura na Barra. Alias, trabalho nunea 0 assustou. Aos 12 anos, ajudava 0 avo, Alcebiadcs Monteiro, e 0

pai, Monteiro Filho, ambos cenografos. As conversas em familia , em Copacabana, onde naseeu, foram as

melhores aulas que este profissional autodidata poderia tef freqiientado. "Ele e uma das maiores inte ligen cias do pais", enaltece a cen6grafo Ireni o Maia, com quem Mario assinou 0 estandc brasileiro na Espanha. Os elogios nao sobem a cabec;a de Mario Monteiro. urn carnavalesco que desfila na contramao das vaidades

tao comuns ao asfalto branco da Marques de Sapucai. Com diplomacia, soube conquistar os destaques de sua nova escola. "Estou habituado it gente vaidosa. Alinal , lido com artista", frisa. Com relafYao sua estreia

a

porte!ense, ele niio promete nada, pois sa be que

0

desfile e uma magia que, para dar certo, necessita da quimica da arquibancada. "0 carnaval, infelizmente, e

imprevisivel. Infelizmente, nao, fel izmente." •

Kaiser. Acerveja oficial do Carnaval. [ ~a1ier ] llma graaaandl' ccncja.

DOM INGO 10


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PASSARELA e ruim da ca~ adora dizer que carnaval, todo ano, e a mesma colsa: mulata sambando, moctelG s~minua, artista de TV pendurado em carro alegorico, ritmista mistt.l!,., 0 batuque com I gargalhadt IjDta dez... l1J~ita nota dez. Ledo engano! Nada como uma • escola depois da outra para desfazer esta ideia. Um desfile jamais e igual ao que paSsouj dois passistas nunca tem 0 mesmo gingado. E por mals que insistam na balela samba x musica baiana, quando uma bateria passa, arrasta qualquer duvida sobre a for~ do carnaval carioca. A ~uir, um roteiro para voce acompanhar a mais impressionante manife~io da cuHura nacional. E hoje o dia. E ama.nhi tambem!

o

DESFILE

Ordem e horario previsto para 0 desfile das 14 escolas:

SEGUNDA

DOMINGO

• Unidos da Ponte (t9h) • Vila Isabel (20h20) • Uniiio da IIha (21 h40) • Viradouro (entre 22h15 e 23h) • Mocidade (entre 23h50 e Oh50) • Portela (entre Oh50 e 2h10) • Imperatriz (entre 2h e 3h30)

• • • •

Grande Rio (19h) Caprichosos (20h20) Salgueiro (21h40) Unidos da Tijuca (entre 22h15 e 23h) • Estacio de Sa (entre 23h50 e Oh50) • Beija-Flor (entre Oh50 e 2h10) • Mangueira (entre 2h e 3h30)


AFACE DO DISFARCE

Tern ate polones no samba

Autor: Adilson Xavier Interprete: Geraldao Eu hoje you soltar a fantasia Feiticeiro, palha~o e rei E IIOU me revelar na alegria Pra viver do jeito que sonhei Hoje you sam bar de cara limpa Como eu 90510 e sempre quis E you desmascarar tada tristeza 86 pelo prazer de ser feliz Sai tristeza Que eu yOU passar Viajar no tempo Vou me encontrar ... (bis) Oesfilando Desfilando pela hist6ria Magia, realidade. ilu5ao Tantas faces do disfarce Disfarc;ando a em~ao Na guerra ou na dany8 tribal Nos misterios do Oriente No passado e no presente Diferente e tao igual Sao as mascaras da vida Tudo acaba em carnaval. .. Oeixa a mascara cair Deixa a mascara cair Que eu quero ver voc~ sorrindo 80ta fe no seu olhar Que amanha sera bem-vindo ... Eu hoje vou ...

A U ni dos da fa ntasias leves e de grandes efeiPonte nao quer tos visuais. A Ponte e a escola mais ficar no pen- rna is economica em numero de dulo entre os G ru- componentes e alegorias a desfipos I e Especial. A lar hoje e amanha. Os destaques vice-campeii d o sao 0 abre-alas Tunel do Tempo, Grupo I no ano passado desta com 300 metros de neon e tres vez retornou decidida a manter- movimentos simultaneos, 0 Carse de vez na eli te da Sapucai. ro do Egilo, 0 maior do desfile da Para fugir do rebaixamento, a es- Ponte, e 0 Carro Medieval, 0 mais cola importou ate mesmo mao- luxuoso. A modelo Nani Venande-obra: contratou 0 carnavales- cio e a madrinha da bateria. "Esco Roberto Sveniscki, urn polo- tamos iniciando uma briga seria nes naturalizado brasileiro, que pa ra sermos respeitados pel os assina 0 enredo da escola. Este grandes. Viemos para incomodar sera 0 primeiro carnaval de Sve- e nao a penas pa ra competir" , niscki entre as grandes do Grupo promete Roberto Sveniscki. Especial carioca. A Ponte abre 0 desfile desta noite cheia de mas- / FICHA TECNICA \. cara. Literalmente. Explica-se: 0 Enreclo: A face do enredo conta a hist6ria das mas- disfarce Component•• : 3 mil caras, "desde que 0 mundo e Ala.: 26 mundo", como afirma 0 publiciRlbnl.taa: 300 tario polaco. Sveniscki adianta Carro. 8I806rI00.: 8 que a escola vai dosar 0 luxo com

M

N

014


ilL GBALA - VIAGEM AO TEMPLO DA CRIAC;Ao Autor: Martinho da Vila InUrprete: Martinho da Vila e Gera Meu Deus

o grande criador adoeceu Porque A sua gerac;;ao ja se perdeu Quando acaba a criac;ao Oesaparece 0 Criador

Pra salvar a gerac;;ao 86 esperanc;;a e muito arnor Entao Foram abertos as caminhos E a inocencia entrau No templo da criac;;ao

La as guias protetores do planeta Colocaram 0 futuro em suas maDS E atrav8S dos Orixas se encontram Com 0 deus dos deuses, Olarum

E viram Viram como foi criado 0 mundo Se encantaram Com a Mae Natureza Descobrindo 0 pr6prio corpo compreenderam Que a func;;ao do homem e evoluir Conheceram as valores Do trabalho e do amor

E a importAncia da justic;;a Sete aguas revelaram em sete cores

Que a beleza

e

a missao de todo

artista

e resgatar salvar E a crianc;;a, esperanC;;8 de OxalA Gbala, resgatar, salvar E a crian~a e esperan~a de OxalA Vamos sonhar Gbala

I

A cultura afro Ina is ulna vez A Vila apresenta novamente um tema ligado a cultura afrobrasileira, a exemplo do enredo de seu ultimo titulo, em 1988, Kizomba, a jesta da rara, Desta vez, a escola inspirou-sc na rela~iio do homem com deuses e 0 universo, segundo as tradi~iies loruba. 0 enredo conta a historia do dia em que Oxala adoece e Olorum ensina as crian~as como ajuda-Io. A Vila e tida como a escola mais pobre do Grupo Especial. Nao tem patrono e sequer possui quadra de ensaio para arrecadar dinheiro . Seu trunfo sao 0 samba, assinado

por Martinho da Vila, a garra dos componentes - a maioria do Morro dos Macacos - e a vontade com que 0 carnavalesco Oswaldo Jardim (ex-Unidos da Tijuca) desembarcou na escola. Destaque para as crian~as e para a atriz Zeze Motta.

fIB

FICHA niCNICA \. Enr.do: Gbala· Viagem ao templo da cria940 Component•• 4 mIl

AI••: 26 Ritml..... : 280 Carro. al.g6rlco.: 11

Kaiser. Acerveja oficial do Carnaval. [ ~aTs~r 1 I

mil

Rra<laandc

( '('f\'(.'ja

DOMINGO 15


DAILHA OS MAJORES ESPETAcULOS DATERRA Autores: Bicudo/Ojalma Falcao! Guara da Empresa Interprete: Mauricio 100

Ala, a16, chegou ahara 8rilhou no ceu a luz da felicidade Sob 0 clarao da paesia Cruzo 0 mar da alegria E me abra~o com a cidade Laia, laia, laia, laia Batam palmas que 0 palha«o vai passar Vov6 va; sorrir , crianya brinear I: muito born poder sonhar Cigano a danyar a luz do luar o show tern que continuar A vida e um grande circa !:. 0 chao da ilusao (bis) Sou artista na avenida Vou roubar seu corac;:ao (bis) Senhoras e senhores , nossa atral(ao principal E 0 pavo que esta na corda bamba Esperando a voz do samba pra brinear 0 carnaval E vai desfitar 6 6 6 Em preto e branco, mais um sonho colorido

Mostrando na telinha com emoc;:ao Que 0 domador quando entra em "senna" Nao da mole pro "Ieao" Compra que eu vendo alegria, meu amor Sou a ilha, dona dessa festa multicolor (bis)

DOMINGO 16

Palha~os,

serpentes e motores

A Uniao da IIha vai de circo esle ano, tema batido no carnaval carioca. Mas, para fugir do lugar-eomum , a eseola abre a lona do circo, incluindo a Formula leo circo dos horrores. Em sua estreia na escola, Sylvio Cunha, excarnavaleseo da Portela , rea proxima a Uniao da IIha dos enredos populares, que ate mead os dos anos 80 caracterizaram a escola tricolor. "Na tentativa de ser campea, a IIha perdeu sua identidade", diz Sylvio. 0 lema para hoje, quando a eseola busca seu primeiro titulo no Grupo Especial, resume-se a uma frase: "i: proibido complicar." 0 antigo bloco de embalo, que virou eseola nos anos 70, mostra 0 circo

como a origem de todas as artes. A dirc~iio estima que tellha gasto Cr$ 5 bilhocs. A principal alegoria 0 Cireo dos horrores, um carro decorado com serpentes gigantes e irmas siamesas. As 010delos Enoli Lara, Edna Velho e Dayse Nunes sao deslaques. 0 tricampeao mundial de Formula I. Ayrton Senna lambem pode dar as caras esta noite no desfile da IIha: ele foi convidado pela diretoria da eseola.

e

FICHA TECNICA Enredo : Os maiores

espetaculos da Terra Component•• : 4.200

Aloa: 36 RIImi.tas: 300 Carros aleg6ricos: 10


AMOR, SUBLIME AMOR Autores: Heraldo Faria/Flavinho Machado/Gelson Interprete: Quinzinho Vou levantar minha bandeira Amor, sublime amor Meu sonho eu vou realizar Esse futuro Vou apertar

0 0

que sera? botao do cora<;:ao

E veneer a for9a da raz8.o oa paixao primitiva it natureza em liar E, ninguem resiste aos encantos do amor Nasceu na floresta Um guerreiro, um artesao Na fonte da vida

o dono da terra defende 0 seu chao Negra Xica, eu te amo Amor que renuneia, a Corte zombou Que divino exemplo, que li98.0 de

Fogueira do arnor e da paixao

amor Ibis) Bandido a amor no sertao

A unica rcprcscntante do o utro' lado da Baia quer rcpclir 0 succsso do ano passado. mas nao a coloca· ,,';0. Em 92, com urn des file que a rrancou gritos de campc~i", a Viradouro teve urn carro incendiado na pisla e perdeu os ponlos de cronomclragem , fieando em 7" lugar. A escola. que jil exallo u a eomedianle Derey G o n"alvcs c os eiganos, cnvereda agora po r urn lema balidissimo: 0 amor. M as nada de LOI'e Slory. Vai moslrar do amor arlc ao amo r libcrdade. " Abordaremos 0 amor na literalura. na aftc, na natureza c nas coi-

Em Palmares 0 grito do rei No sonho do her6i ineonfidente Mesmo que tarde a liberdade Na arte 0 amor no genio mulato No Guarani e Orfeu do Carnaval A colombina nao foi embora Hoje 0 pierrot nao chora Clareia mae Oxum , clareia minha fe Para as crian<;:as a pureza 00 bem-me-quer, do malmequer A Viradouro clama em versos Paz e amor no Universo

"e

a

a

sas do Brasil", adianta Dcjair dos Santos, dirct o r da escola . No carna va l a ssinad o pe\a dupl a M ax Lo pes e Mauro Quintacs. os ciesla· ques sao a a tri z T ;:l nia Alves c Rcnalo Arag,io.

FICHA TECNICA \. Enredo: Amor sublime amot

Componentes: 4.000

Alas: 35 Ritmistas: 320

Carros alegorlcos: 12

Kaiser. Acerveja oficial do Carnaval. [ ~aTser J lma graaaandc..· Ct.:rwja .


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*:. lNDEPENDENTE

MARRAIO FERIDO SOU REI Autores: Serafim Adriano/Edu Ferreira/Antonio Andrade Intitrprete: Paulinho Mocidade

Vai come((ar A Mocidade acende a chama da

emoc;ao Lembrando a Grecia cnde 0 jogo S8 tornou Urna forma de competic;ao lIuminada pelos deuses A Mocidade ve m jogar no ca rna-

val A sorte da estrela que nos guia No pano verde desta minha fanta-

sia

Ja joguei

multo com a vida

Ja"'rodei igual piao A sorte pode vir parar oa rninha

mao (bis) Vem me seduzir Com se u jogo de olhar

I:

um jogo de prazer, sem medo de perder Eo 905tO de arriscar (bis) A vi da e como um jogo de xadrez

Vern do comec;o da humanidade Aqui se (lasee jogando, perdendo ou ganhando Em busea da felicidade Rol a bola, bola rola Na vida sempre joguei Se carambo lar eu ganho Ferid6 marraio sou rei (refrao)

No jogo da vito ria Com 0 sonho do tri interrompido em 1992, a Mocidade tenta a sorte este ano falando sobre a arte dos jogos. Bern a cara do patrono e bicheiro Casto r de Andrade. "Estamos mordidos com 0 ultimo resultado. Vamos para a Sapucai com os animos redobrados", salienta 0 carnavalesco Renato Lage, que trabalha pela primeira vez sem a ex-mulher Lilian Rabello. 0 enredo enfoca dos jogos de dados as olimpiadas. Como se tornou habito nos ultimos desfiles, a escola de Padre Miguel e nova mente forte candidata ao titulo, exibindo fantasias luxuosas e alegorias cheias de suntuosidade. 0 ve locista Robson Caetano e 0 ex-nadador

Romulo Arantes sao destaques da verde-e-branco , ao lado de Beth Andrade, nora de Castor, que detesta ser ofusc ada por gente famosa. " Sou contra a presen~ de artistas sem urn motivo" , reforl'a Renato Lage. "Ninguem nos tira este campeonato", garante 0 otimista carnavalesco.

FICHA TECNICA Ent-ecIo< Marraio Fe,;-

d6 Sou Rei

Component.a: 4.300 ....,30 Rltmlstaa:: 290 CIIrroa aleg6rlcoa:: 12

g 0


CERIMONIA DE CASAMENTO Autorea: Wilson Cruz/C lAudio Russo/Jorginho Estre la Negra

Interprete: Oede da Portela

Eu

YOU

Ihe con vi dar pro camarate

Quero Ihe mostrar 0 dote Desta doce uniao Veja, arquibancada estA em festa Na mais sublime relat;:ao

Ate que enfim, encontrei Alguem que gos!a s6 de mim E, na verdade, essa tal felicidade Vai comigo ate 0 tim

Me leva Me leva. amor Sou Adao no Paraiso

Me encantou a sedtu;ao do seu sorriso (bis)

t:: hera de emoldurar contos de fada De conquistar a paz sonhada

E festejar no arraial

Eu sei que

0

amar conduz

a eternidade

Oa colorida amizade

A comunhao tradicional

La yOU

eu

Meu casamento e minha

fe

Quera fazer bodas de ouro

E preservar a criac;ao como Noe

A aguia de cara nova na avenida Nada sera como antes na Portela. Palavra do diretor de cenografia da TV Globo, Mario Monteiro, que estfl!ia como carnavalesco da escola. "E preciso acabar com 0 conservadorismo" , prega Monteiro, campeao pela Estacio em 1992. Em Cerimonia de casamento - que conta a historia do matrimonio, seu cerimonial e

!:: born

demais amar, amar, amar You me Bcabar nesse veu Vern Portela consagrar Meu samba em lua-de-mel

(retrao)

0

enlace no reino animal - , as fantasias pesadas - marca da Portela - dao lugar a figurinos bem leves. 0 des file sera recheado de diversas cores, ao contnirio de

outros carnavais, quando a escola se limitava ao azul e branco. Apontada como favorita ao titulo, a Portela inova ate no outrora intocavel abre-alas da aguia, que, de acordo com 0 enredo, ganhou companheiro e filhotes.

F1CHA TECNICA Enredo: Cerim6nia de casamento Componentea: 4.800 Alaa: 39 Rtlmlataa: 320 Carroa alegOrlcoa: 10 ' - -"

Kaiser. Acerveja oficial do Carnaval. [ DlaTser

1


MARQU~S QUE E

MARQUES, QO SASSARICO E FREGUES Autores: Marcia Andre/Alvinho/Aranha/Alexandre da Imperatriz Interprete: Preto J6ia Vou passar mais uma vez Na avenida da ilu530 Carnaval, alegria geral no meu

corayao Vern de la , da Corte Imperial (La vern

Marques) o Marques iluminado Bicentenario Palco do meu carnaval (E assim) Assim na Serrar;:;ao da Velha Nasceu a semente que embalou a multidao 8aila, baila camigo, meu amer mascarado No jogo da sedu((ao Oh jog a agua amar, limBo de cera Oh vale tudo ne5sa brincadeira (bis) o luxe das grandes sociedades Coloriu felicidade nos olhos do Imperador E hoje e5sa folia ¡ Tem na Apoteose seu esplendor E como sera, alem do infinito sonho desse povo tao bonito De verde e branco sambando vern 0 Marques (e e) Sassaricando, mostrando que e fregues o samba e rac;:a , e paixao , viver feliz Oesfilando na Imperatriz (Eu you) Eu you no sassarico, eu you Nessa que eu quero ir Balam;a, Sapucai (bis)

o

DOMINGO 20

Urna hornenagern ao carnaval Sem ganhar urn titulo hit tres anos, a Imperatriz vai

ram 0 mundo do samba", anuncia Rosa Magalhiies. Ultima escola a desfilar hoje, a Impera-

con tar na avcnida

tri z aprescntani. como destaqucs

a hist6ria do carnaval brasileiro, desde os tempos em que viveu 0 Marques de Sapucai, passando pela Pra~a Onze, Presidente Vargas ate chegar ao Samb6dromo. 0 tema nao c ine-

o cantor Elymar Santos - num carro homenageando a carnavalesco Fernando Pinto - , 0 esguio ator Jorge Lafond - figura disputadi ssima pelas principais escolas - , a modelo Lilian Ramos e muitas outras beldades. "Nosso grande sucesso sera a mulherada ", garante Rosa Magalhaes.

dito , mas a ca rnavalesca da esco-

la, Ro sa Magalhaes, promete uma serie de novidades. Para isso, foram gastos US$ 800 mil. Boa parte desta quantia saill do bolso do patrono da escola , 0 banqueiro do jogo do bicho Luizi nho Drummond, que quer de todo jeito ga nhar este ca rnaval para poder disputar a presidencia da Iiga das escolas. "Vamos homcnagear c rcverenclar os grandes carnavalcscos que conslrui-

FICHA TECNICA Enredo : Marques que e marques, do sassarico e fregues Componentes: 4.000 Alas: 32 Ritmlstas: 300 Carros alegoricos : 12


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NO MUNDO DALUA Autor•• : Nego/Jacy Inspira~ao/Majs Velho/G. Martins/Oicr6/Juarez Dyl Calvoza/Adao Conceic;:ao/Carlinhos P2/Rocco Filho/Ronaldo Interprete: Nego 00 rnundo encantado de Jaci Nessa aquarela a Grande Rio

e a tela

Vern do ceu Pra se refletir nessa folia Oh!

Doce fonte de inspira'tao Influenciado no destino Urn toque na astrologia No rnisterio e na magia

o luar, 0

luar

Vern pratear a nossa rua A semente da fartura semear Virar 0 mundo de bumbum pra Lua

(bis) Nos mares, cachoeiras e cascatas vern se banhar Eu queria ser um astronauta pra te alcan'tar Tu as vida na beleza dessas matas Tu es a sorte para quem acreditar em ser feliz Quem me dera urn dia no teu solo Cantar, sorrir, sam bar, brincar E no encanto do seu mundo vai Tornando tantas mentes aluadas Como

e 90Sl0S0 se ado~ar no mel

Em noites enluaradas Salve Ogum 0 Yle Na

t

imagina~ao,

um guardiao

lindo ver a tua imagem

Encantando a multidao Clareia Oidinha Teu rnundo tai A festa e nossa hoje na Sapucai

(bis)

A Baixada quer fazer bonito A Grande Rio quer provar que de peq uena niio tern nada. A escola de Caxias traz alegorias ricas e inspiradas. A coincidencia de enredo com a Estitcio restringe-se a inspira~iio lunar. No rna is, a escola da Baixada apresenta as influencias da Lua sobre a Terra. A vencedora do Grupo I no ana passado gastou US$ 500 mil no desfile. 0 carnavalesco Alexan·dre Louzada, ex-Caprichosos. esta chcio de otimismo. "Retornamos a nata do samba para ficar". diz. A escola tenI uma ala com 100 artistas - Victor Fasano e Baby

Consuelo. entre outro~ - e um tima90 de modelos onde se destacam Marinara Vannucci e Andrea Guerra. A novidade. porcm. a escolha de urn padrinho de bateria. o core6grafo Ze Reynaldo.

e

FICHA TECNICA Enredo : No mundo da Lua Componentes: 4.000

Alas: 52 Hltml.las: 300 Carro. alegorico.: 12

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C~

Kaiser. Acerveja oficial do Carnaval. [Kaiser 1 lima graaaandl' cc:rwja

DOMINGO 21


DE PI LARES NAo EXISTE PECADO NO LADO DE cA DO TONEL REBOU~AS Autores: Marco Lessa/Tico do Galal Carlos Ortiz/Luizito/Kariinho's de Madureira Interprete: Marcia Souto da Caprichosos

Vern pro lado de ca Vern se aeabar na minha aldeia Vern do tunel pra

ca

Pecado naQ ha e nern areia Sou suburbano Sou caprichoso , assumido e orgulhoso

E issa ai , 0

operario marmiteiro E muambeiro lit de Acari t. de carona que eu you (E de carona) Nesse vai e vern (No vai e vern)

Tern surfista diferente Tirando onda em cima do trem (bis)

a

Aqui 66, sombra da tamarineira Pagode, risos , brincadeiras

A pra((a e crianc;:a pe no chao E bate forte, bate norte 0 cora((ao Urn velho fusea e a minha curti((ao Sou baloeiro , eu sou Sou peladeiro, eu sou Eu sou 0 Mengo no Maracana Bata Macumba bern rezada na avenida Pra ver a minha escola campea Eu yOU daqui pra 18 De frango e sarava E no burgues farofafa (bis)

Exaltac;ao ao suburbio do Rio A Capricho sos trouxe de volta 0 carnavalesco Luiz Ferna ndo Rei s . responsavel pela ascensao da escola ao Grllpo Especial em 1983, com 0 antol6gico enredo Mora bOllif{[ mio paga. A escola far!1 lima apologia do s costumes suburbanos e vern no embalo da polemica provocada pclo seu abre-alas. 0 secretilrio municipal de Turi s mo. Jo se Eduardo Guinlc. criticou 0 carro que exibe lim turista sendo assaltado no Cal~adao de Copacabana. Os sambi stas nao arrefeceram e apresentam logo de cara a alegoria. Os destaques femininos da escola sao a atriz Isadora Ribeiro e as trigemeas gauchas da Plal'hoy. A Caprichosos promete resgatar sua tradi G30 de d es file s

bem-humo rados com um enredo

popular, bem ao estdo de Reis, lllll carnavalesco que nao tem 0 costume de consultar uma vasta bibliografia para co nceber urn des file. Os carros aleg6ricos simboli zam h,ibitos e programa s dos suburbios cariocas. como a Feira de Sao Cristovao. a pipa e 0 piao. "Nao vamos incentivar a rivalidade entre as zonas Sui e Norte. Mostraremos os costumes do lado de cil do tlll1el" , diz Fernando Leandro , presi dente da Caprichosos e morador da Tijuca .

FICHA TECNICA Enredo: Nao existe pecado do lado de ca do TUnel Rebouqas Componentes: 4.500 Alas : 35 Ritmistas: 300 Carros alegorlcos: 12


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PEGUEI UM ITA NO NORTE Autores: Dema. Chagas/Arizao/Balal Guaracy/Celso Trindade Interprete: Quinho

La vou eu Me leva pelo mar da seduc;:ao Sou mais um aventureiro Rumo ao Rio de Janeiro Adeus, Selem do Para Um dia volta, meu pai Nao chore pais YOU sorrir Felicidade a velho Ita vai partir Oi no balanc;:o das ondas ... eu YOU No mar eu jogo a saudade ... amor o tempo traz esperanc;:a e ansiedade Vou navegando em busca da felicidade Ibis) Em cad a porto que passo Eu vejo e retrato , em fantasias Cultura, folclore e habitos Com isso refac;:o minha alegria Chego ao Rio de Janeiro Terra do samba, da mulata e futebol Vou vivendo 0 dia-a-dia Embalado na magia Do seu carnaval Explode corac;:ao Na maior felicidade E lindo meu Salgueiro Contagiando, sacudindo essa cidade Ibis)

Urna saga ern verrnelho e branco

o Salgueiro celebra os navios Itas c a saga nortista rumo as metropoles do Sui para quebrar 0 jejum de 17 anos sem titulo. "f; a visao de um anista plitstico urbano sobre um feniimeno regional"·. diz 0 carnavalesco Mar io Borri ello . 0 gigantismo ser{l a caracteristica das alegorias da escola: "Os carros serao maio res. mais altos e com mais volume". antecipa ele. A escola tijucana jura fid elidade as cores vermelha e branca . Entre seus destaques esta a baiana Dona Concei<;ao da Casa da Gam-

boa , considerada a maior COZInheira do pais . Bancada pelo bicheiro Miro Garcia. a escola espera uma coloca<;ao melhor do que 0 4' lugar de 1992. "Viremos com luxo e originalidade nas doses cenas", diz Borriello.

FICHA TECNICA Enredo : Peguei urn Ita no Norte Componentes : mais de 5 mil Alas : 32 Ritmistas : 250 Carros alegorlcos: 12

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.

••••.'.

Kaiser. Acerveja oficial do Carnaval. [ Di~T~~r 1 DOMINGO 23


DATIJUCA DANC;A BRASIL Autores: Dario lima/EspanhollPaulo Ribeiro/Azeitona Interprete: Vaguinho Movimento milenar Fez danlfar terra e mar .. Urna flor brincou no vento Tern poesia no ar. .. Deixa 0 vento me levar Que no tempo eu sei voltar Canto no ceu de Acaua Que 0 meu reino e 0 de Tupa E lei na mata se tern lua cheia Menina-moc;:a taz danc;:ar a a/deia (bis) Bailam no mar Velas de de uses gigantes Pra me ensinar o saber dos navegantes Negro chegou Meu Brasil morenizou forte, lutou pela sorte, Cantou e danc;:ou Quando se tibertau Canta Borel, A tua raya Hoje e cor de mel "Oan((a Brasil" Teus acordes vern do ceu (bis)

Folia do tango ao rock'n' roll A escola aposta na for~a do Morro do Borel para fazer uma boa a pre-

senta<;ao amanha

- ea quarta a cruzar a Passarela do Samba. Sob 0 patrocinio do empresario portugU':s Fernando Horta, foi fcita lima farta distribui~iio de fantasias it comunidade: mais de dois mil componentes nao desembolsaram urn tostiio sequer para desfilar. Para decantar a forma<;ao clnica e a cultura da dan~a brasileiras, a Unidos da Tijuca trouxe do carnaval de Manaus 0 escultor carioca Carlos Fernandes, 0 Shangai, discipulo de Joiiozinho Trinta na BeijaFlor. "Carnaval e mais artc do que show", entoa 0 carnavalesco. As alegorias da escola foram feitas artesanalmcnte e tern poucos movimentos, contrariando a ten-

dencia do desfile deste ano. as puristas v:;o se descabelar, mas 0 Borel exibira 0 carro Discoteca, com gente dan~ando funk , ro<;k e tango em ritmo de samba. E a historia de todos os estilos de dan~a contada ao som dos tamborins. Entre os destaques, estiio as apresentadoras de programas infantis Angelica e Mara Maravilha. Cerca de US$ 700 mil roi o custo do desfile. "Vamos botar a Sapucai para dan~ar" , promete Shangai.

FICHA TECNICA Enredo: Oan(:8 Brasil Componentes: 4.500

Alas: 28 Hitmlstas: 320 Carros alegoricos: 9


A DAN<;:A DA LUA Autores: Wilsinho Paz/Luciano Primo Intel"prete: Dominguinhos do Estacio

Clareou, clareou, clareou A dan!(3 ja vai comec;ar, aba, oba Clareou, clareou, clareou A Estacio tern a lua como par (A Estacio tern a lua como par) Quvi cantar QUlli cantar, as indios Carajas Que nada existia. atl! Kananc;ue criar Na fragilluz da Lua nova Fez a Terra e a flora, a fauna, 0 rio e 0 mar verdadeiro paraisQ, Jardim do Eden Gu quem sabe Shangrilah E assim a Lua dan90u e se fez crescente (E revelou) e revelou, 0 reino das pedras verdes Os Guaquaris e as Sac;s, Canc;ao e a Mae da Mata Que protegiam as amazonas Bravas guerreiras da naC(ao Icamiabas Bota fogo na foguelra, pra clarear Caipora flamejante , nao quer parar Se vagalume mau ilumina. manda soltar Aprisiona 0 urubu-rei, pra Lua cheia libertar Ibis) Dragao lunar me conceda, 0 prazer de contemplar Estas deusas que estao SOQ sua

o

prot~ao

Que a Lua minguante nao tarda a chegar Quando vier, reduzira a claridade Trara consigo a maldade, 0 zodiaco danc;:ara As bruxas negras casarao com satanas Muita orgia e algo mais, urn verdadeiro saba A deusa Lua partiu A Lua negra chegou , na busca do arnor preto e 0 branco colorido Tudo e mais lindo no nosso interior

o

e

o

Leao ruge elTl busca do bi

Ha motivos de sobra para a Estacio ser 0 cen tro das atenc;oes do Carnaval 93. A escola do Morro de Sao Carlos c a atual campea do carnaval carioca, investiu pesado no· desfile de amanhii - so para a bateria comprou 250 instrumentos - e tem 0 polemico Chico Spinosa debutando como carnavalesco. Em 1992. ele come~ou como figurinista da escola do Leao e. ao final. ao acusar 0 carnavalesco Mario Monteiro de ter se ausentado do barracii.o, deixou no ar a duvida sobre quem seria 0 responsavel pelo campeonato. Agora. Spinosa tern a oportunidade de mostrar seu talento. sozinho. na concepc;ao de urn enredo. Para isso. escolheu A danc;a da Lua - sobre a criac;iio do mundo segundo a cultura dos Carajas. 0 samba e

tido como urn dos mais bonitos e. a exemplo do ultimo desfile. tem tudo para contagiar a arquibancada. A escola teni uma ala inteira de modelos da agencia Class e a participac;iio especial de Carolina Sa. a M usa do Veriio elei ta pela revista Domingo. A ten,ao para a disputa entre oulros dois destaqucs: a madrinha da bate ria. Monique Evans. e a modc1o Luciana Sargentelli. que ano passado foi um dos simbolos da vitoria da Estilcio ao atravessar a Sapucai com os pes sangrando.

/ FICHA TtCNICA \. Enredo: A dan9a da Lua

Component•• : 4.200 AI•• : 36 Rlbnl.la.: 330

Carro•• 1.g6rlco.: 10

DOMINGO 25


UNI-DUNI-TE, A BEUA-FLOR ESCOLHEU: EVOCE Autores路 Wilson Bombeiro/Edeor de Paula/Sergio Fonseca Interprete: Neguinho da Seija-Flor

Uni-duni-te Vern ver 0 sol no amanhecer A BeiJa-Flor escolheu : e voce Se a vida uma volta na lembran<;:a Uma rada de esperanQa Espalhando arnor no ar, Liberle do seu peito e5sa crian<;:a. De as maDS na contradanQa, Vamos juntos cirandar Nessa pique-fantasia Vai bnncando pela rua

e

Eo anoitecer do dia Ve 0 sol beijando a lua ibis) Vai, crianl;:a beija-flor Year no azul do infinito Quem semeia paz e arnor .. paz

e arnor Faz 0 mundo mais bonito Se esta via fosse minha, Eu mandava ela brilhar Com as cores do meu mundo de alegria S6 pro tempo nao parar (bis) Gira, meu mundo-piao De listras brancas e azuis E vai bordando no chao Um arco路iris de luz (bis)

bOMINCO ?fi

As arnarelinhas de Nilopolis Mais do que fazer lima bela aprescn路 ta<;ao. a BeijaFlor teril que convenee r 0 plJblico de q lie lima escola que cousegue brdhar independentemente do talento de loaozinho Trinta, carnavalesco que este ve H frente da azul-ebranea de Nilopolis de 1976 ate o ano passado e foi respons{lvel pelas maiores revolu<;6es do ca rna val carioca nas duas tIitimas decadas. Para substi tuir a genialidade do earnava lesco aposenlado. roi convocada a vetcrana Maria Augusta. com passagens par algumas das grandes escolas do Rio. como a Uniao da IIha. 0 apelo quase se mpre infalivel as co isas da inf::lncia C a formula COI11 que a Be ija-Flor espcra conqllista r as arquibancada s no desfile de Hm<:lnhii. Tem lim bam

e

samba e um enredo que trata da magia do s jogos infantis, desIlando na pa ssarcla 0 uni verse das brineadeiras de roda, da amarelinha e de outras divers6es de criam;a. Bancacla pelo banqueiro do bicho Aniz Abraiio DCl vid. 0 Allisia. a cscola vcm com enormcs alegorias, esbanjando movimentos e cores. 0 esfo rGo nao e pequeno para provar que a era J oaozin he TrinHI deve SCI' co nju gada no preterito, mas o esplendor da eseola permaneee. a despeito de qucm comanda seu desfile.

FICHA TECNICA Enredo: Uni-duni-te. a BeiJil路Flor escolheu: voce Componentes 5.000 Alas: 40 Carros aleg6ricos: 12 Ritmistas : 300


DESSA FRUTA EU COMO ATE o CAROC;O Au tores: Dlrceu/Eraldo CaelVerinha/Preto/Fernando de Lima/Ney Mattos/8ira do Ponto/Gustavo Inte rprete: Jame lao Na india a manga se ori9inou 6 6 Floresceu como a poesia E 18 na Afrtca encantou P6s na boca um 90Sl0 de alegria E fOI a primeira vez que 0 co lono portugues No Brasi l veio plantar fruto macio seduziu meu Rio Chegou pra ficar Sente, oh! tinda Lua o aroma que flutua E que me faz sonhar Tern manga rosa Eu vou provar

o

Chet ro e magia Bailam no ar Ibis) Entre lantos tipos de manguelra

Ha uma especial Na Estac;:ao Primeira Eta simboliza 0 samba E a uniao de gente bamba Onde desabrocham tanlas flores E hoje linda Te vejo mais bela Nessa passarela voce explode corac;:ao Mangueira Estou lao fe liz!

E verde-rosa,

e verde-rosa a

minha emoc;:ao Seja a fruta brasi leira Oa Mangueira esse colosso Oessa fruta eu como ate 0 carQ(;:o

Ibis)

Modernidade na verde-e-rosa Se popu laridade fosse dinheiro. a Mangucira seria a cscola mais rica do Rio. Como nao c. a falta de verba levou a verde-e-rosa a praticamente 56 comcc;;ar seu carnaval lim mes atnis. Nada que desespc,re sua imcnsa torcida. Hit cinco anos sem ganhar, a Esta<;ao Primeira tem no carisma sua principal armao A nova dirctoria - a frenle, 0 polemico Ivo Meirelles - , manteve 0 earnavaleseo Jlvamar MagaIhaes e promete sllrpresas no desfi le. qlle pode ser a perellssao paraJela de liros de eanhao. 0 en redo evoca a fruta manga e a

propria escola. Outros destaqucs sao a batcria - a lmica que mantern a tradicional levada do surdao sem resposta - , as cantoras Aleione c Rosemary e a empolga,ao de seus componentes.

FICHA TECNICA Enredo: Dessa (ruta como ate 0 caroyo Componentes: 3.200 Alas: 42 Ritmistas: 350 Carros alegoricos:

Kaiser. Acerveja oficial do Carnaval. ~aiser

DOMINGO 27


SERVU:;:O

Arte JB

-

-

I

I

Viaduto S~o SBbasti~o

Zona Norte e Centro

rn

Acessos

11;,..;-

Policia

1·1-1Posto medico

RuaPres.

o que e preciso saber na avenida

Uma das· piorcs coi"as que podem aconleccr nllma noite de carnaval i: ficar doellr/' do Pl' de lanlO <lndar a pro(ura do Sambodroll1o. Conhcccr a~ ruas quc cSlanio lIltcrditadas. os prec;os tabclado!\ net avcnida c ale os obj~lt)s q uc pOdC111 ~er levados para 0 desfilc. cntre oulras dicas. sempre valc a pena. Filmadoras. por excmplo. slio pr01bldas. Confira sells dlrcJto~ c dc\'ercs.

• TRAI'SPORTE - A CctRIO rccomenda que se evile ir de carro para 0 SambOdromo. Hoje e amanha. onibus. trens. burcas e metro estarao funcionando normalmente. Ate quarta-feira. haven! trens parlindo da Central do Brasil de meJa em meia hora. salvo uma interrup<;ao IOdos os dias das 23h55 ,IS 3h55. 0 metro c a mclhor op<;ao para qucm vem de dlversos pontos da cidadc. DOMING0-----28

A partir das 15h dc hojc. ate as 20h de ten;a-feira, clc eSlara ci reulando com inlervalos de 3 minulOs e 45 segundos na Linha I. cinco minutos na Linha 2 c sete minutos no Pre-Metro. Uma dica: quem tern ingresso para 0 seLOr par deve dcscmbarcar na eslaC;ao da Pra<;a Onzc. Aque1es que van para 0 setor impar, descem na Central. Tres esta<;ces va~ estar fcchadas - Presidentc Vargas, Maracana e Del Cas tilho. Todas as outras estanio disponiveis. Para quem vem do outro Iado da baia. as bareas vao funcionar nos dois sentidos das 5h30 as 23h. em illlcrvalos de meia hora (hojc) e de 20 minulos (amanha). Para quem vai de ani bus, as opl;6cs sao 1l111ilas. Da Zona Nortc va~ partir. entre ou Lras. as segu intes linhas: 324 (Castelo-Ribeiraj, 292 (Pra,a IS-Inhallma); Da Zona OeSle: 389 (Lgo. de Sao Francisco-Vila Alianc;a) e 390 (Passcio-Scpctiba); Da Zona Sui: 434 (Grajau-Lcblon), 456 (Meier-Gen.Osorio), 484 (Olaria-Copacabana)

c 175 (Alvorada-Estr.Fcrro). • PREC;:OS DE TRANSPORTE - Metro: bilhcte unitario a Cr$ 5 mil. duplo a CrS 9 mil. Jigac;ao metro-barcas a Cr$ 9.500 e metro-onibus. que parte da estac;ao de BOlarogo para Copacabana c Ipanema, a Cr$ 8.500. A passagem das barcas est a a CrS 5.500, aerobarcos a Cr$ 45 mil e dos trens da Central do Brasil a Cr$ 3.400. Os pre,os dos onibus sao os seguintcs: C r$ 4.500 a modal, Cr$ 9.500 para os que vem e vao para a Zona OCSle e Cr$ 6.500 os que fazem a Jigac;ao CentroBarra e Cent ro-Zona Norte. • PONTOS DE TAXI Para quem quer voltar para casa no conforto: Taxi Espc.:ial - Av. Salvador dc Sa (prox imo ao quarte! do BataIhao de Choque da PM) e R. Julio do Carmo (proximo ao selOr 2): Taxi comum - relOrno sob a Av. 3 1 de Man;o. Prac;a Castelo Branco (entre a {ravessa 1° de Maio e R. Pres. Barroso), Rua do Catumbi e R. Bcncdito Hipolito (proximo ao Terreirao do Samba).

• POLICIAMENTO Trcs mil homcns da PM farao o policiamcnto na A venida Marques de Sapucai e adjacenci as. Dentro do Sambodromo haveni varios POSlOS policiais (ver mapa). A Policia Civi l contara com 284 homens. A coordcnacao fieara scdiada 11<1 Policia Especia li zada (R. Silvino Montenegro, nO I. Cais do Porto). • DE CRAC;:A - A Riotur resolveu repelir a deixa do ano passado e ja instalou na avenida <I arquibancada em cima do Canal do Mangue, que no ano passado ficou conhccida como ··durodrolllo" . E de gra<;a e permite que os folices scm grana ass istam it concentracao das escolas . • 0 QLE PODE EO QUE I'AO PODE LEVAR - Filmadoras. garraras. latas e isopor eSlao cxpressamente proibidos de entrar na avcn ida. Segundo a Riolllr, so C permitido levar maquina rotognlfica, guarda-c hu va. almofadas, lOa lhas, rrutas c sa nduiches.


I

Barroso

rlJ 7e9 _---.... I...........

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Servic;o

• uxo -

Ao lango da passa rcla scrao distribuidos 600 lalOes para a coleta SClcliva de

lixo. LuOcs verde c branco scrda dcslinados aD lixo rcciclavcJ c azul c branco ao lixo comum.

• POSTOS MiWICOS _ A Scc rctar ia Municipal de Saude montOl! qualro postos de atcndimcnto medico no Samb6dromo Com 400 prollssio nais de saLlde, entre medi. cos. cnrcrmciros c auxiliarcs. Oito ambui<incias vao ficar cspalhadas pcla passarcJa _ (res no setor I (uma dclas aparc lh ada Com UTI), uma no setar II. lima na Apoleose, lima no selar 3 e duas ambulancias na fua Salvador de Sa (uma delas Corn UTI). • BANHEIROS - Cada setor da Passarcla do Samba tern aito banhciros. salvo 0 setar I. que tern apcnas qua-

tro. No setar IJ. n;:i urn banheiro para paraplCgicos. • JUIZADO DE MENORES - No posta do juizado de menores, a ra e a 2a varas vao estar de plantao para quaJquer eventualidade.

• BARf.s - Quando a rOl11e apcnar, os foli3cs \lao poder se abastcccr nos 28 bares da Hellen's e nos 10 bares da rcdc

Caviar. Sanduiches. refrigerantes c chopc da Kaiser compoem 0 menu. Nos camarotcs. eerveja. Os pr~os sao os Il1CSmos: l11isto qucntc (Cr$ 25 mi l); saco de batata-fri ta (Cr$ 10 mil); chope (Cr$ 15 l11il); refrigerantc (Cr$ 10 mil): cachorro-qucil le (Cr$ 30 mil). A Hellen's c ntra co m a lguma s novidadcs: agu<l de coco em garrafas de meio-litro por Cr$ 35 mil c caipirinha em copos de 350 1111 a Cr$ 35 l11il. ESle ano, pcla primcira vez, vai havcr bares na concclllraf;ao. • DlCAS DE TRANSITO_ A CET-Rio da as dicas: 1110toristas que vern da A v. Bnlsi!. Linha Venllclha e Ponte RioNitcroi devem cvit ar pcgar a Av. Francisco Bicalho. quc eslara sobrccarregada com 0 feehamcnlo das duas pistas de accsso a Presidcllle Varg~lS. Quem \lcm da Zona Norte com destino ao Centro tcm as scguintcs oP<;Ocs: ruas Hadock Lobo. do Bispo. EstrcJa. ltapiru, Dr. Agra, Camerino. luncl Martin de Sa, Praf;a da Bandeira. viaduto dos Marinhei1'05, avenidas Radial Oesle. Rodrigucs Alves, Banl0 de Terfe ou Venezue la. Quem

mora nas flIas inlerditadas. dcve levar no carro LII11 COJTIp rova nt c dc rcsidencia para !laO tcr problcmas na hora de voltar para eas,1.

nheiros ate 0 predio da Prefeit ura e descida do Elevado Pau lo de Front;n. • INGRESSOS PARA 0 DESFllE DAS CAMPEAS - No proximo sclbado as cscolas vCllcedoras - duas do Grupo I. duas do Grupo 2 c as tres primeiras do Grupo Especial - sc dcspcdcm do carnaval9J. Quem ",10 quiser ficar de fora. deve correr p~ra comprar os IIlgressos que alnda restam. Os pr~os sao os scguintes: Cadciras - SClor 3: CrS 770 mil; selor 5: CrS 1.050 milhao: setor 13 e setor 6: Cr$ 385 mil: selor II: Cr$ 1.535 m;lh"io: sctor 9: Cr$ 1.687.500 milhao. Arquibancadas - setor 4; Cr$ 105 mil; selor 9 - Cr$ 931.500 l11il.

• RUAS INTERD ITADAS P ARA 0 DESFILE NO SAMBODROMO - Av. Pres. Vargas (pist'l lateral no sentido Tijuca-Ccntro, do pred io da Prefeitura atc a R.de Santana) e trechos das ruas Amoroso lima. Carmo Nelo, Afonso Cavalcanti. BcncdilO Hipolito. Machado Coe lh o. Estaeio de Sa, Sa lvador de S[I. J u li o do Carmo. Laura de Araujo, Viscondc de Pirassununga. Heitor Carrilho. Anibal Bcncvolo. Martinho PedregClis. Presidenle Barroso. Tr.l.vcssa Onze dc Maio. ToI1UtS Rebelo. I fa vessa do lo• ONDE COMPRAR _ pes. Senhor de Matosinhos. Todos os ingressos eslao scnMarques de Pombal. lI adock do vendidos nas agencias do lobo, Frei Cancca. Caroline Banco Meridional. Cadeiras Reydner. Joao Vcntum. Cados SClores 3 e 9 e arquibancatumbi, Francisco Bicalho (pisdas dos setores 4 e 9, na agenta junto ao canal sentido cia da Rua da Altandega, 8/60 A v. BrasiJ-Pr. Bandeira. entre a andar: cadeiras dos SClorcs 5 e usina de asfalto e viaduto dos 6 na ageneia da: Av. Rio Pracinhas), c levado 31 de Branco, I 85/ B: cadciras do scmarco (pista do lado da BrahlOr 13 na Av. Copacabana. ma), toda a rua Pereira Fran862/lj.A; cadeiras do selor II. co, parte do viaduto dos MariAv. das Americas. 4.441. DOMINGO 29


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Unldos da Pont. Unldo. da Vila Isabel Uni.., de IIha do Gov.rnador Unidoado Viradouro Mocidad. Independente da Padre Miguel Portala Imperatriz leopoldinense AcadAmicos do Grand. Rio Caprlchoaos de Pi lares Acad'micoa do Salgueiro Unidosda TiJuca Esticio de 58

BeiJa-Flor Est~o

Primeira de Mangueire

Kaiser. Acerveja oficial do Carnaval. [ ~aiser ] DOMINGO 30


A SERPENTINA QUE NAO PODE FALTAR NO SEU CARNAVAL. Brinque Ii vontade. Saia de um baile, va para outro. Chegue no Sambodromo, vire passista. Ou pegue a estrada, descanse de toda a folia. Mas dentro do carro, mude o ritmo. Va no enredo da Radio Cidade. E desfile sempre com 0 cinto de seguranfa.

TOULON SU_1t LtOUIDA~O D.: v_RAe»


• a Imperatrlz Leopoldlnen ••• 5e aonhar n60 cu.ta nada, que tal rev.tar a palxilo pelo aamba num autl.. Bem verda, da 'Intlmlty', 80b camlsa 'Gravura' e

'Cltycol J , pulclnto Roaana Bernard ••. O. rftml.ta.

• • Ira •

da Moeldade vao

no a.tUo cadenclado da calqa da IInho da ',Jo •• Fr.lhot'


MODA

Convite garantido, ingresso com prado. prepare-se para 0 privilegio de \ assistir ao maior espeta-' culo da Terra. Em menos de 30 anos, 0 desfile das escolas de samba dcixou de ser urn lote de fantasias de duques c perueas baratas. organizadas por urn cordiio de isolamento na Avenida Rio Branco. passou pela fase das alvoradas com a Candelaria ao fundo, e chegou ao seu palco oficia!. 0 Samb6dromo. 0 que menos se ve e fantasia de Dobre frances alias. 0 que hit de fantasia e bern pouquinho. quanta mais nu, melhor. Mas, na plateia. ha urn clima de torcida. E como se vestir para esta jornada de samba e canto¡ ria? A ideia e usaf as CQ('e8 de sua escola do cora,ao. Sem complicar, se 0 lugar for na democnltica arquibancada - short ou bermuda de malha, top razoave\. nunca do tipo tomara-que-caia, e cai mesmo. Tenis velho, para pular e proteger os pes de eventuais cacos de vidro. buracos. Bone

ou chapeuzinho de lona, se pretende fimr ate as ultimas eseolas, que desfilam de dia. Nos camarotes, 0 desfile e outro. 0 short ou bermuda de malha pode conti¡ nuar valendo. Lembre do conforto. da eleganeia, mas nao esque,a que e carnava\. Uma boa torcida se reconhece pelo eolorido - combine com 0 grupo de vestir as cores da escola. Quem sabe, come,arnos uma nOva tradi<;.ao, a da plateia tor-

eedora, e da camisa da escola?


Tern morena, pe.soal, na coIhelta de eacau! o Inconfundivel verde-a-rosa da Manguelra nao tem nada de duvldoso~

Ao con-

triirlo, pode calr multo beln~ A ealqa ·fu.eau' ro_ it da 'Socco' • a carnl •• ta, da 'Cltycol'~ O. brlnco • • puls.lr •• do •Alta Sobra" .. o •• coIAo it d. 'Pit d. 801'. Dona Zic. val go.tar•••


o

vermelho • 0 bran co sempre estAo na moda e talvez por 1•• 0 aeJam as cores de tanta • • • colas: a campeA EstAclo, 0 Salguelro e a Vlradouro~ 0 short de 'cotton' e da fCltycol'~ 0 top de lals., do CantAo. Clnto, brlncos e 6culos

o

r • • to .. folia •••


No carnaval de

tons. Saja

0

azul-

vermelho-branco da UnlAo da IIha,

ou

0

verde-bran-

co-vermelho da

Grande Rio, a padid. it chasar 41

passarela n. torclda do areo-ir' •• A calqa • 0 top sao da 'Movie'. Clnto 'Marco Sa-

bino' e sand.". 'Margot'. 0 modeUto .erve tam... bem para a torel-

da azul. Duro d. Unidos da TIJuca


azu I, e branco, pela Por tela, a BeIJa-Flor, a Vila .sabel, a Caprlchoaos ou a Unidoa da Ponte. Com ar de sgula, de shorl azul do 'Cant.o', top 'Marcia Pinheiro', correntes a brlncoa 'Ro_na Bernard •• '. 0 sapato elenata • 'Terea. 'Gur.g'. Hem ~oaozlnho Trlnta farla melhor ... w


Onovo templo da folia Em 84, 0 camaval do Rio ganha uma passarela FERNANDO GERHEIM.

tiando

0

Rei Momo abriu

oficialmente

0

carnaval

de 1984, havia um motivo a mais para calf no sam-

ba. A dala mais feslejada do calendario nacional ganhava urn monumento

a altura: a Passarela do Samba, balizada de Sambodromo antes mesmo de sua inaugura<;ao. No lugar do monta-desmonta de arquibancadas, um velho enredo que se repetia a

A

anlma~Ao

da ala das balana. da Manguelra (no detalhe) no ...

cada ano, uma estrutura de concre-

to, assinada por Oscar Niemeyer e

concluida as vesperas da festa, dava urn con tor no definitivo a Marques

A mais nova marca do Rio

de Sapucai. Terminava, assim, no

DARCY RIBEIRO

auge do verao, 0 periplo das escolas de samba em busca de uma passarela definitiva, que incluiu passagens pela Pra<;a Onze, Avenida Rio Branco e Avenida Presidente Vargas. o Sambodromo foi feito da noite para 0 dia: da pedra fundamental a inaugura~ao da obra sc' passaram exatos quatro meses, urn recorde da

engenharia nacional. Bem ao eSlilo do entao vice-govemador Darcy Ribeiro, 0 idealizador da Passarela do Samba. Inconformado com a inexistencia de um espa<;o proprio para 0 camaval, Darcy chamou 0 arquiteto DOMINGO 38

orgulho arquitet6nico e

"A conslrupio do Sarnb6drorno provocou urn;, gande du~'ida: como cons/ruir todo um M;Jf8Cana para ;, celebrayiio de uns poucos dias de carnaval? A duvida se dissipou quando sllrgiu a ideia de criar 200 sa/;Js de aula deb;II'xo das (1rquibancadas. Assim, 0 Samb6dromo virou tam-

bern urn Escol6drorno. A obra de Oscar Niemeyer hoje

e um grande

um novo sfmboJo do Rio

de Janeiro. E tambem 0 maior espa~o de sholVs do Brasil, gra(:8s a sua Prm;a d;:l Apoceose. que se .'1bre no fim da passafe/a. Ali, 0 ritmo e a gra98 da coreografia em que

se desdobram as alas ao redor da baterhl aconlecem como nas quadras. Isso {oi 0 que fez a Mangueira 110 desfile inesquecivel de inaugura~ao do Sambodromo. Uma beleza.'''


Oscar Niemeyer, que desenvolveu 0 projeto em quatro dias. "Procurei fazer algo simples e funcional, que fic.sse marcado como urn novo simbolo da cidade", justificou Niemeyer. E ficou mesmo. Com 85 mil metros quadrados, 0 Samb6dromo se juntou ao Maracana, Corcovado e Pao de A~ucar na galeria de monument as que traduzem 0 proprio espirito da cidade. Naquele verao de 1984, foi 0 grande presente ganho pela cid.de. "Aquele venio nunca rna is vai sair da nossa mente. Foi uma apotease", lembra dona Zica. Pudera. A verde-e-rosa se sagrou - grac;as a urn regulamento que deeidi. a vencedor em dois fins de semana, numa espe.cie de turna e returnoSupercampeii do carnav.I, .desfilando pelos 650 metros d •• venida com 0 en redo Yes, nos temos Braguillha. Titulo incontestavcl. A Mangueir. foi a ilOic. escola que conseguiu driblar a armadilha inventada por Darcy Ribeiro - a Apotcose, uma pra~a de 10 mil metros quadrados no rim da pista, criada com a intem;ao de ser 0 palco de urn gralld fillale. Ao contrario das demais escolas, engolidas pel a irnensidiio da pra~a, a Mangueira deu urn show. Ao chegarem Pr.~. da Apoteose, scus integrantes deram meia-volta e retornaram na conlramao do desfile. misturados ao povo. Uma cena inesqucciveL Naquele ana, passada a ressaca do carnaval, os cariocas comec;avam a mobilizar-se para outro desfile, de inspira~ao menos momesca e mais civica: a manifesta~ao, em abri!. de urn milhiio de pesso.s na Presidente Vargas pelas dire/as ja. Urn pedido s6 atendido cinco carnavais depois. au melhor, cinco verDes. •

a

... primeiro earnaval do Samb6dromo, veneldo pel a verde-e-rosa

5EDE DEPRAZER


ra.;iio do decrcto aprovando 0 Plano Diretor da Area de Prote~ao Ambiental, para que a IIha Grande nfro vcnha a ter

0

mcsmo destino da

outrora paradisiaca IIha de Paquet" (... ) cspecie de bairro abandonado no rundo da Baia de Guanabara. com seriosproblema s de infraestrutura e ja nao Hie charmosa assim. Considerando-se ainda tratar-se de Beleza de ilha

Mais uma vez 0 JORNAL DO BRASIL marca urn tcnto' Com a reportagem de Sergio Garcia (Domingo n' 875) sobre a Ilha Grande, a excmplo de Marambaia (Domingo nO 869), mostra-sc mais lima vez as incriveis belezas naturais que ponteiam 0 litoral brasileiro, especialmente a costa carioca. Contudo. existe na reportagem urn sinal de

uma ilha onde predominam resquicios da combalida Mata Atlantica, com mais razao deve-se IUlar por

sua

prcserva~ao,

coibindo os abusos

e ganancias a vista. para que mais urn palrimonio natural da humani·

dade niio venha a sucumbir pela a~iio predatoria daqueles que nao tem consciencia dos males que causam aos demais, vilimas que sao do proprio egoismo. Joanir dos Santos Cos/a, Rio de Janeiro, RJ

alerta quanto a ocupa~iio desordenada da ilha (... ) Urge que 0 ilustre

Sugestao

governador determine logo a clabo-

pondencia para dar meus parabens

Aproveito

0

ensejo desta corres-

~

pela excelcnte reportagem com 0 titulo Marambaia , 0 para/so perdi-

ilo, (Domingo n° 869). Gostaria de sugeri r que a revisla fa<;a uma re-

portagem sobre a Restinga de Massambaba, que separa a bela Lagoa de Araruama do Oceano Atliintico. Sinceros agradecimenlOS. Aoede Marcia de Andrade Joaquim. Rio de Janeiro. RJ.

o

A.~ carial' paul ('sta l't'((io del'('m Iro:er 110/11(' t' e(ulerero cOlllpleto.\. If'r ale 10 I/"has f'ser ""l"Ia(/as (If) JORNAL DO BRASIL. rt'liS/(J Domingo. IUS-

TRisSIMO DOMINGO, AI'. Bra~'iI 500 64 (l11(/ar. S,io Cris{()l'{lu, RJ, eEl' 20922-97

............................................................... ,

PROMocAo , DIRETAS

Serpenti'nas, confetes e paetes e lantejoulas. Tudo isso e como aquele samba do Chico Buarque: vai passar! A promoc;:ao Diretas na Musica VIII tambem. Dia 26, pr6xima sexta-feira, e 0 ultimo dia para os ganhadores dos 1.031 discos retirarem, das 9h as 17h, seus premios no saguao do predio do JORNAL DO BRASIL (Avenida Brasil, 500). Oepois disso, 56 ano que vem. Por isso, e bom nao deixar para a ultima hora. Nao vale choradeira. Os leitores que ganharam discos mas moram em outras cidades ou estados devem escrever para a revista e, no envelope, mandar uma c6pia da carteira de identidade ou da certidao de nascimento. 0 endereco e Avenida Brasil 500, 6° andar, Sao Crist6vao, CEP. 20.949900. Basta enviar a carta para "Promoc;:ao-Vencedor da Oiretas". Se quiser, 0 leitor pode listar seus discos de

DOMINGO 40

NA MUSICA preferencia. 0 pedido sera atendido, desde que os discos escolhidos nao estejam esgotados. Quem mora no Rio e nao tem tido tempo de buscar 0 brinde, pode pedir a um amigo para faze-Io. Neste caso, 0 portador deve trazer uma autorizac;:ao por escrito e a xerox da identidade do ganhador ou c6pia da certidao de nascimento. No mais, pilhas e mais pilhas de cupons com os votos dos melhores da musica nacional e internacional no ano de 1992 continuam chegando a redac;:ao. Tudo esta sendo digitado num computador que total izara os dados para apontar quem realmente se destacou no ano passado. 0 resultado final da promoc;:ao sai em maio, assim comQ a lista dos ganhadores das fitas de video cedidas pela Emi-Odeon. Para a chegada dos cupons, a data final (de postagem) e 29 de maio. Fique atento e bom Carnaval!


•

BARES

Onde

A

Ismar Ingber

0

cupido tern nome

penas tres ano s de Rio Sui e 0 BcJffalo Crill ja coleciona hist6rias.. Como aquela do s alemaes que certa dia pa ssavam em frente e acabaram

confundindo, com toda a ra zao,

0

Garrincha dono do

restaurante (e bar) com urn outro Garrincha, 0 her6i do futebo1. Claro que ninguem â‚Źstragou a alegria dos turistas. Volta ram para a Europa satisfeitissimos co m 0 {dolo

devidamente fotografado. a Garrincha do Buffa/o, alias, nasceu no Ceara com outro nome: Antonio de Antenor. Mas a semelhan<,:3 incrfvel com 0 mest re da bol a nEIO escapou ao poetinha Viniciu s de Morais que, ali pel os anos 60, rebatizou 0

rapaz. Era urn tempo em que Carrincha, como gan;om, jii trazia 0 carisma e a simpatia que sao sua marca. Completam a alma da casa um maitre cearense, 0 Barbalho, e um espanhol, 0 Madrugada, todos am igos de longa data. Ede encantar - e todos param para apreciar 0 modo co mo a Madrugada prepara, com a maior classe, sobremesas flambadas ma ravilhosas ou pratos que viram sucesso. Um argulho e a picanha maritima, badejo assado na brasa servido no alho, br6colis e um molho que ele prepara co.m todo carinho e ritu a l. o Buffalo do Rio SuI, ha pouco tempo, era um tipico ambi ente masculi no. De dezembro para ca, no en tanto, as mesas andam mais floridas. E que belas mulheres se animaram com 0 Buffallo Light, op<;ao de ca rd ap io mais

leve, criada par Tania Barros, amiga de Carrincha. "A comida pode ser saborosa e bonita sem precisar pesar no estomago au no bolso", sugere Tania. Ate os homens aderiram as delfcias leves como chope. Sao muito pedidos os espetinhos de frango, as saladas do buffet, e a picanha light, despida de gorduras e acompanhada apenas de legumes, milagre de leveza. A ideia agradou as amigas Patricia, Martha e Marilda que fazem do Buffalo seu ponto de encontro. Marilda, inclusive, ficou pouco tempo solteira depois do dia em que um admiradar - da mesa ao lado da sua - nao resistiu e mandou flores. 0 cupido, no caso, tinha nome: era 0 maitre Barbalho, de todas as horas .. As horas, par sinal, nem sao contadas no Buffalo Crill. Um happy-hour pode come<;:ar as onze e meia da manha e se esticar ate 0 final da tarde. Ninguem percebe. Pelo menos na mesa em que estejam Joao, lucio, Daniel, Joel, Jackson, Carlin has, Cesar e Pau lo Henrique. liSe nao houver motivo, a gente inventa. 0 neg6cio e co mem orar, ate mesmo 0 prazer de â‚Źstar aqui", brindam, a moda etflica.

BUFFALO GRILL Shopping Rio Sui, t"rreo DOMINGO 41


DIZ A VElZPADE.: '\Ieee. ME. \IE. COtz:nt\\DO 0 ~NA­ VALI~I~DO i'E.LA~

EM FSCOLA DE S6MM

I

\NDO /Y::1S eA\\..E..S DE. BUN~ DE. FO\?A,CA.\\'IDO NA~MA. POf2. :3 mAS?

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