INVESTIMENTOS Crlada para fomentar 0 progresso da Guanabara, a COPEG ja financiou e ajudou a construir mais de 300 unidades industriais e 5.250 unidades habitacionais. Suas tetras Imobiliarias, tetras de Cambio COPEG ou dep6silos em Cadernetas de Poupanca Livre, correspondem a dinheiro que se mulliplica. E agora voce pode comprar seu carro, geladeira ou televisao, dentro dos pianos de linanciamento da CO PEG. INFORMICDES: Rua da Candelaria, 9 . 9.° andar ou Rua da Illandega, 70 - loja
GUaNJUlJUUl EM REVI8TA N.O 18 • 1969
(mGAO UO .)IUStW UA I i\fAGEM E DO SO,\1 (f'UNOACAO Vlf;IRA FAZENDA) REUACAO: AV. i\I \UECIIAL C,\)1ARA
271 - GR. 80 1 - TEl" 42-80-10, RAMAL 9 EUITOR, JORC": n ,\MOS _ SUI'ERIN_ TENJ)K~TF.: RIC·UIUO eltA VO ALliiN - REI)ATOn CIIEn:: c l..:t'umo DUENO ROCIIA - Slo:cRt:-rARIO: ANTONIO BAR_ ROSO n :RNANDES - COpy _ DESK: AnY VASCONCELOS. CONSELIIO DE
PRA<;:A II
REI)A(,:A'O : !.UIZ I\tllJo:RTO llAIIIA, HUMIlEllTO DRAGA , EDUARDO PORTELA NKrI'O. I'A U I .O HE"U":R , 5tHGIO GUI~IARAES. CAIH.OS C II AGAS. WILLIAM J>llAOO E IlENATO JOUIN. FOTOGHAFIA: PI ..;TRO FANTAPlt. REI'OKT": R FOTOGRAFICO: CL()VIS ~CAKI·INO. ARTE: MILTON D'AVILA. PUHI.ICIOAOt:: JUSTO CARVAL IIO E NEY MUUCE.
TIRACEMI) 0 MIL
EXEMPL4RES
EU SOU 0
SAMBA
TIPOS DO RIO
NESTE NUMERO Mlrante ... ..... . ... . . . Oplnl6.o do Leltor Eu Sou 0 Samba Secreta ria de Obril!!ls - 1968 Maestro Nunes Sobrlnho ..... III SImp6sl0 do SarT'lba Golflnho de Ouro ....... . Ern Rltrno de Carnaval ... Os Tlpos do Rio A Boa Prat;.a do Carnaval Est6rlas do Bidet .. ......... .... . . . . .... . o Trabalho na Modlnha Carnavalesca
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7 10 16
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27
34 40 46 48
NOSSA CAPA "Eu SOU 0 Samba", ideia e foto de Clovis Scarpino, simboliza (com 0 prato, a faca e caixa de f6sforo) a origem primeira de varlos sambas antol6gicos, criados pelos composltores das nossas escolas de samba.
Inaugurou-se na p,.at;:a de. Republica, 0 n6vo edlfrcio do Tribunal de Contas do Estado da Guan abara, dotado dos rT\als rT\odernos re~ qulsltos de funclonamento. Na foto verT\OS 0 governador NegrAo de Lima, no ate festlvo, tendo a seu lado 0 presldente do Tribunal, Mlnlstro Gama Fllho, e 0 desembergador Murta Ribeiro.
3
Os artigos assinados SaO escrilos especialmenle para GUAHABARA EM REVISTA e os conceilos neles emltidos sao de inleira responsabilidade de sens antores.
MIRANTE
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Raimundo de Paula Soares, Secretdrio de obras A SURSAN espera realizar. den. facilitando sobremaneira a penetra. tro de dots meses ,a concorrencla :;ao naquela regiAo e, conseqUente. para constru~ do TUnel Leme.Praia mente. acelerando a devasta~Ao de Vennelha, que sera. a 5' vla de pene. grande parte da area e amea.;ando a tr~ de Copacabana e concorrem integridade da Reserva BioI6g1ca de para allvlar 0 congestlonamento de Jacarepagua. Essa penetr~io rodo. trafego entre 0 Tunel do Pasmado e ~aria seguiu A: riseR 0 tra~ado do o inicio da Rua Barata Ribeiro, jli. projeto original, sem que fOssem leoue os · vdculos que 8C desUnam ao vadas em considera<;ao as pondera.. Leme, ou mcsrno a Copacabana at6 c;;~es apresentadas por parte dos res. o posto 2, poderiio utUlzar essa nova ponsaveis pela defesa da integridade via da area em apre~o. Nao foram acei. Segundo 0 Secretarlo de ObTas, tas as sug-estoes no sen tid. de con. Paula Soares, a cidado ficarti deven. tornc1.1a, recusados foram os pedidos do essa obru, de inegavel ImportAn. de tra~ar os desvios qu~ se impunha eta para a 801u(:80 do velho problefazer, desatendida ficou a exigencia . rna do tnifego no Rio, ~ colabora~ de se observar pelo menos 0 limite e, sobretudo, a oompreensii.o das minimo en tre a estrada principal. de autoridades mUlt.ares, atnwes do Depenetra~a.o e a Reserva Biol6gica, partamento de Obras e Fortifica~s instituida para 0 fim de existir e fun. do Ex(;rcito. a cujo exame e estudo cionar como tal. fol submettdo 0 projeto e cujos e nE assim prevaleceram as razOes genhelros nAo sO 0 aprovaram Inte. contrariai- ao born senso, lesivas ao gralmente como o.lnda ofereceram interesse coletivo, alem de ferirelfl 8ugestoes para 0 melbor andamento em cheio os dispositivos da Lei que da obm. E sem falar no. do~ii.o do. garantiu a integridade da area . area., pertencente ao Exercito. oode Nas aspira!;Oes' dos 6rgaos esta. serao construhlas. em plena TOcha, duais incumbidos de zelar pelos bens as dU8s pJstas que lIgario 0 tunel naturais do Estado, sente.se a preo. de 250 metros de extensao _ a Ave. cupa!;ao do Governo, expref'sa no nlda Pasteur. pr6prio texto do Decreto ~ N » n'l 1144, Encarregado da execucao da obra. de 11 de outubro de 1968, que diz o Departamento de UrbanizatAo da ~ .. , foi definida.. como politica SURSAN val dccldlr. mediante es. territorial do Governo a utiliza~ao tudos jA' Jniciados, se constr61 urn dos espac;os a serem ocupados, no Wnel de dols aodares - oomo 0 do futuro, pela comunidade em expan. JOB - ou de largura suflcicnte para sao, segur.do Urn plano urbanistico duas pJstas, Trata...se. por~m. de pe- integrado que evite nas novas areas queno detalhe. que do retardari. 0 a repeti~iio de erras ja verificados InicJo da obra, prevista para dentro na cornunidade urbana existente, e de tres meses . que possiLilite 0 surgimento de agru. pamentos com condic;oes de moradia, emprego, educac;ao, trans porte, sau· de, etc . ", :. «Tal po1itica supOe, para a Bai~ A abertura de estra<las nn Ba1xa.. xada de Jacarepagua e adjacencias, uma concep~ao urbanistica de gran~ cia de Jacarepagua, em certos as.. pectos necessaria e mesmo louvavel, deza proporcional a. area a ser pro~ lomou.se aut~ntico ccavalo.deTroia:., jetada e que se destina a acolher·
Tecnologia
nao apenas urn bairro, mas uma pIa e diversificada cornunidade _sufidente, que sur~ira. natUl"alJnOll te da expansao do Rio. l!:sse projeto transcende 8. ma~ao urbanistica de rotina, do a elaborw;Ao de urn PI,OTI".P_ ja confiadc ao eminente arqulteto urbanista brasileiro Lucio Costa. A oportunidade do Plano_PHOto configura no momento em que em plena realizacAo algumas de infra,_estrutura de carater ro de acesso e de comunica~a.o a area, e que as demais base, daqu~ por diante, deverio decer a urn projeto integrado e filosof1a unica,:' Expressamos a convicc;a.o de que & equipe dirigida pelo arquiteto Lacio Costa, na elabora~ao do Plano.PilOto para a urbaniza~Ao daquela area, dedicara. especial atencA.o ao ponto do programa relativo as areas verdes (parques, jardins, etc.) com que para a preserva~Ao e anlplia!~ da ReserV8 Biol6gica de Jacarepa. gua. '
Neg6cios Devera chegar em abrit do ano pr6ximo, 0 primeiro dos cinco « Boeings ::. ~ 737 encorq.endados pel a V ASP para suas linhas domesticas. o nOvo aviao desenvolve 950 quilO_ metros hora.rios e transporta 100 passageiros. Em Sao Paulo, operara no aeroporto de Congonhas e, na Guanabara, no Galeao. Nesse per. curso, despendera apenas 3() minutos. A V ASP ja esta utilizando os «Sa.. murais:.::. e seu primeiro vOO comer· cial foi realizado dia 21 de novem_ bro, transportando do Rio de Janeiro, os jornalistas que estiver:am presentes a apresenta~Ao do VW.1600_
• Postos bancarios passarao a eionar no recinto das grandes em. presas e reparti!;Oes publicas, segun. do a Circular 122 expedida pe\o Banco Central. Em Sao Paulo e na Guanabara sarnente bancos com ca. pital e reservas rninimas de NCrS 10 milhoes poder-ao montar os 'postos, limitados a 2 para cada banco. Nos demais Estados, os bancos poderao manter diversos "postos, ate 0 total de 20. As atividades dos postos ban_ cArios incluem: arrecadac;ao de tri. butos, pagamentos e recebimentos de inter~sse das reparth;oes publicas, dep6sitos e retiradas das empr~sas e dos funcionarios . . A Petrobra.s: estA adotando pro\'l.denc.ias pam incremental" 0 l'onSlImo de 61eo combustivel APF pela Ind68_ Iris. nacional. Ne'sse senti do, estA proporclonando financiamento neces. sario 1\ adapta~ das tnstaJa('.oes fa... bris ao uso daquele tlpo de 61eo. Os industrials lnteressados poderao soUcitar Jn1orma~Oes ao Grupo Executi~ ,YO de Financiamento da empresa, a Avenida. Presidente Val"gas, 309, 21' andar, Guanabara.
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Autom6veis
Sera. vendido por urn prec;o' accessivel a familia de c1asse media.
Jornalismo
Urn Volkswagem maior, de 4 por~ las, com motor de 1,6 Jitros e 60 HP. linhas modemas, bastante dlferente modelos tradicionais, foi apre_
a
imprensa Fela Diretoda
Volkswagen do Brasil . .s: 0 VW. 1600. urn can-o capaz de desenvoivei' ate 135 km/h, com um consumo me.
dia de 1 litro de gasolina em casa 11 quilbmetros e qua tern
0
desenho
de sua carroc;aria in~ito. sem simi. lar ate mesmo na Volkswagen ale. rna. Seu principia fundamental foi 0 maximo aproveitamcnto do espac.;o interior. Projetado e desenvolvido em Wol. ksburg (sede da Volkswagen oa AJemanha) e em Sao Bernardo do Campo, num trabalho conjunto de
engenheiroE e tOCnicos hrasileiros e alemaes, 0 VW.1600 foi construido para atender, especificamente, as condi<.;0e9 de tnUego no Brasil e as necessidades do Mercado interno que se ressentia de urn carro de passageiros da categoria do mod~lo agora apresentado a imprensa.
Aqui estl1. 0 carro da integrac;ao econ6mica europtHa. Foi projetado e sera fabricado conjuntamente pela Ford da Inglaterra e da Alemanha. Seu nome: Ford Ca-pri. 1':: urn auto. mOve T que tern tudo para fazer su. cesso. Seus principais ingredientes
sao:
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Desenho modemo com as linhas de urn cu~ esporte. Tarnanho compacta com lugar de sobra para quatro passa. geiros adultos, aMm da baga. gem. 26 versOes diferentes para es. cclher.
GUANABARA - N.o 18 • 1969
Com a: presen~ de dirctores de joroais e revistas do Rio e Silo Pau_ }o, e de OOI"C8. de 300 jornallstas, coroou.sc· de exito a festa para entrega d08 premios aDs vencedores do Premio Esso de Jornalismo. o dlrctor da Esso, SI". walter Ga. bardo Hore.tmaon, saudando os pre. miados, aflrmou que «Iolhear os tra. balhos qu" concorreram ao Premio Esso nesses IS anos de sua existen. cia, vale bern como uma arnostragem da grande e decisiva evolutAo por gue I=assou a imprensa brasUeira lIesse periodolt. Falandc· em nome dos w..embros da Comissao Julgadora, discursou 0 seu relator, jornaUsta FlAvio Brito, que explicou' 0 crlterio usado para a sc. lecao dOE trabalhos. Os repOrteres Hedyl Valle Jr. 8 Vital Batagli..a, da Edi~o de Espor. tes do «Estado de Sao l'aulo», que conquistamrn 0 Premio Esso de Jar. nallsmo, com a repoTtagem «Jub:, Ladriio e Her61», receberam tres mil cruzeiros novos e urna passagem de ida e volta a Nova York, pela VARIG, com 300 d61ares de ajuda de custo .
Oil Pa"-Sarelli, da «Folha. de Silo Paulo», vencedor do «Premio Esso de Fotografia», ('om a foto «De Repen. te, a Violencial>; Jorge Neto, do «Jomal do Commercio» de Recife, vencedor do «Premio Esso de fnfor. ma~o Ecanomica», com a reporta. gem «0 Progres!iO do Nordeste e a. dWcll vez ·de Jose» e 0 «Jornnl da Taroe»»»,>J de Sao Paulo, que obteve o «Premin Esso de Equipe». com «Primeiro Transplante de Cora~ na America do Sub, receberam~ cada. urn, mil c ruzeiros novos. o rep6rter GUdAvio Bastos, do «Jomal do Brasil». que conquistou 0 «Preml.o Esso de Imprensa Reglo. na1», pela sua reportng-em «Os me_ nores Estlvadorcs do Mundo», rew. bell NC~ 700,00. Recebcram diplomas de «1\len~ao Honross) os scguintes trabalhos: «As Seis Horns do Protesto», da cquipe de «Fatos e Fotos» e «Urn Cego Tim. Carteira: de Motoristu).o, reportagem de Domingos Mclrelles. da su{'ursal carioca da re,rlsta «Quatro Rodas».
Teatro A Associac;ao de Teatro Amador (ATA) e urna entidade sediada na Guanabara. ':'a , em seis anos, reali. zou cinco festivais regionais. tra. zendo aos prin'cipais teatr09 da capi. tal cultural do Pais, 0 Rio, grupos arnadorista.!, da Guanabara, c algu. mas vhes do Estado do Rio. A entidade qUl.. hoje tern sua sede n a
Abertura do 1.0 Festival de Teatro Amador Guanabara, grac.;as ao Servi~o Na. cional de Tea tro, que Ihe cedeu de· pendencia~ de urn seu im6vel na rua do Lavradio, 54, tem orientado deze. nas de grupos que manU~rn em todo o Estado a atividade cenica, com grande produtividade arUsHca e de. senvolvendo nas suas comu,nidades 0 respeito ao Teatro. A AT A, grac;as ao patrocinio da Secretaria de Turismo da Guanaba. ra, com a cornpreensao de seu titular Dr. Levy Neves, e sob as auspicios do Servi(;o Nacional de Teatro e 0 entusiasmo de seu Diretor, Sr. Fe. !into Rodrigues Neto, uniu·se ~o Clube Ginastico Portugues, que co. rnemorou em 1968 0 seu centenario de at i v ida des s6cio.culturais no Brasil e promoveu 0 d Festival Bra. sileiro de Teatro Amadon, cuja sede principal, onde se realizaram a maio. ria das DpresentaC;;i"5es, foi 0 Teatro Nacional de Comedia. Nos me!!lcs de Janeiro e fe\'erelro 0 l'EATRO NOVO !Ieam fechado para reformas da plat6la e para termlnar a. Instala~ao de ar condiclonado qU'e, em vlrtud6 da lnaugura..(Ao do tea~ tm. tlnhn. sofrldo um atraso. Simultaneamente a CO"f\.IPAl\....lA BRASILEIRA DE BALLET se pre. pararA para sua prirneira escursao para 0 estrangeiro, ensalando uma programn9t1o especialmente ('..cncebl. da para ser levada pa.ra a Inglaterra, a. Alemanha. Holanda, Portul!al, etc. A COMI'ANHrA DRAMATrCA do T.N. ensalaTA «UBU REI» de Jarry, que sera apresentado em mar~o proximo vlndouro.
Esportes Como ja 6 tra.dJ~, todos os anos a «AtJetics Foundation» de Los An. geles escolhe os melhores atletas de cada contlnente. os quals tern 08 seus nomes gravados no Quadro de Honra da Fundat80 e recebem urna placa de prata aluslva ao acontec1mento. 0 BrasU, atraves de seus representantes, nAo raras 'vezes tem sldo honrado com essa selec;Ao, ape..
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liar dp B0886 lIubdesenvolvlmento eBportlvo. Em 1968. mals uma vfJz, um atleta br&.8l1etro mereceu k8e
do.t8Ajuo na flgUra do tripUsIa NBIOD Prud~nclo, vlce-campeAo olim~ co e recordista sulamericano deesa prova. A pesar de nAo ser reconbecldo pel" cronistas de futebol cla G.umabara, N~lson Prud~nclo ~ com t6da8 8.8 honms de estUo, 0 malor allota da America Latina, po. decL sAo de geote que entende de
Cinema
corte erraQr; na foto da capa (foi decepado 0 Iraci) e au~ncia total de infonn~0e8 na contfa..capa. Nota zero para a gravadora. Esfor~ glgantesco reallzou 0 Mu.seu da Irnagem e do 80m, com 0 lan~mento do «elepb A PEQUENA HISTORIA DO SAMBA, contendo em 12 falxas wna sele!;Ao d08 sam.bas male representatlv08 da. nossa hlst6ria, a partir de «Pelo Telefone» (primeira grava~ vocallzada, com Bai.aQ.o e c6ro) e ate Des.aflnado (no lantamento de JoAo Gilberto) o rlisco, aoompanhado pOl' uma. mo_ nografla em ', tres ldiomas, dB um& jdeia do que tern sldo 0 samba e as lnnuencios que sofreu, com grava; ~Oes originals, algumas., inclusive au~ tenticas raridade!.l . fonograficas. 0 elepe niW esta sendo vendido comer~ clalmente, tendo em vista a sua prensagem llmUada., podendo as re_ servas serem feltas na Av . Marechal Camara, 271 ...:.... sala 801.
Artes Plasticas
Justiticalldo pleJ)amente 0 prestigio que vern angariando com 0 tempo, a Cinemateca do Museu de Arte Moderna. che!iada pelo critico Cosme Alves Neto, exibiu. durante 0 segundo sernestre de 1968, urn total de 94 filmes selecionados entre as grandes obras cinematogrAficas . de 10 palses, a saber: Estados Unidos (27), Fran~a (23), Brasil (20), TchecoslovAqui. (15), Bulgaria (3), Italia (2), Sueeia, CanadA, Alemanha e Gra...Brets.nha (1 eada).
6
D08 e FamUlares (Trk Rlos), Clu,.. be dos Sub tenentes e Sargentos do
EIerclto, Agencia olD, Osmar Alves de Lima., Horbf Turi8D1lo e Passagcns Ltda.. A Imprensa Estudan.. til, Oswaldo M ......in1 (Clnedlstrl), Alcebiades Moreira de CastrG, Edt... tara Vitale, Servlsan. D1retorlo Academlco da Esoola de EduClll;Bo FamilIar, Ivan! Alves de Mello. Co~ lumbla Pictures, Llceu Liteniri.o Portu~, Instituto Naclonal .to L1vro, JlfIY RegiAo Adminl.tratlva, Laf;t..M aye I' CUcherlas Reunidas. A.letha Marla, Sinval SOl'&, Asso~
. Darcy Gonzaga - Anotamos a de seu enderer;o para fa.. turas remessas.
alte~
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Lan!;amento valioso 0 da Continental, com 0 conjunto c A Voz do Samba>, em elel)! com faixas apre~ sentando me-lodias de alto nfvel ar_ tistico. 0 conjunto, integrado par VAlter Rosa e Silvinho (da Portela). Noel Rosa, Iraci e Mazinho (do Salgueiro), Martinho (da Vila) e Darci (da Mangueira), revela..se a altura dOR grandes sam bistas das nossas escolac de samba, nao fossem eles figuras de .prOa nesses grupa.. mentos. Dp. lamentar~se, apenas, a apresen~ao da gravadora. com urn
He-
do Rio de JanelnJ, Pu611mundls. Chrts6stomo e Famillap Departamento de Turismo e Infonna~o da. Prefeltura de Saban1, Departameo.. to de Cultura da Secreta.... de Educa!;Ao e Cultura do Estado do Parana (Casa de Alfredo Ander~ sen), Sebastiana 'Arruda, Prefeitura l\olunicfpa' de Caxaotbu, Roberto Oliveira da SUva, Fabio Leite LObo. Nlterol Esperanto Clube, Slnd1cato do Com~rclo Varejlsta de Produtos Fa~UtIC08 da Guanabara, Marla Leonor Kuhn ., Walter Ruschell e Familla.
Entre os grandes lancamentos da ColUmbia para kte ano no Brasil, destacam...se: «Interludlo» (com Oskar Werner e BArbara Ferri8), cCs~ ao Pistolelro» (com Alex Cord e Nicoletta J\olachlaveUl). «Urn Golpe das An\bias» (Jerry Lewis), c:Ollvel'"h (com l\lark Lester) e «Funny Girl» (com Barbra Streisand cOmaI' Shariff).
Discos Populates
Recebemos e ~ as
guJntes mensagens de ano novo: Paulo MArcIo Ferreira (Prefelto de Arad), Seba8t1Ao Praia (Grande Otelo), Amazonas Hotel (sao Pau.\0), Cia.. T .JaD4i. ()om4;rcio 0 IndUstria, ~ doto _ ..tarla.-
claj;Bo dos RepOrteres FotogrAficos .
•••
Elogios destacados 80S promotores do II" Festival Internacional do Ci~ nema, previsto para ~ste ano nas terras cariocas.
OPINIAO DO LEITOR
Digna de destaque a exposir;ii.o da desenhista Sonia Von Bruski, na Galeria Domus, durante , 0 mes de dezembro pr6ximo passado. Segun.tIo 0 critico Walmir Ayala, a expo~ sitOra dendo passado pelo crivo de Ivan Serpa, este orientador insupe.. rAvel de novos talentos, SOnia se inscreve na categoria muito em dis do surrealismo er6tico. Lembramos o aparecimento, ha pouco mais de urn ano, de Darcilio Lima - sao ar.. tistas da mesma familia. S6 que, na medida em que Darcilio parte para o sinfonico, para a espantosa ale~ goria, SOnia libera sua sonata de camera, partindo para uma sintese pertinaz dos motivos que a obce;
eam.)
Pedidos de revista - Reeebemos com orgulho e jli. provldenclamo8 a remessa das seguintes sollclta.. e<>es: M. Lorena Martins (GB), Alfredo Passos (RecUe), Rinaldo Ra.mos da Fonseca (GB), PontHicla Unlversldade Cat611ca do Rio Grande do Sui (Reltorfa), Rosa. Ma.rla Marques (RS), Am~rlco .Jo~ TeIxeira Fllho (GB), Paulo Barragat (GB), Centro de Conservlll)ilo da Natureza (GB), Leonardo LeAo de Oliveira (GB). Publica~Oes recebldas AAstna.. lamos e receblmento e agradcce.. 1D08: «0 Caranguejo:t (Casa. de sao loiW , da Barra), 0 FerroviBrio. Ro~ t.elro Twistico de' caxambu, Dotur New., .( Boletim Informatlvo). 0
Conservaclonista.' .
CoI~gio Sao Jorgo (BangUl _ MoJto nos 8eDSibllizou 0 diploma oferecldo POI' essa inst1tu1~ de ensino, nas comemor~s do seu «JubUeu de Prata:t.
Alfredo Passos (Recife) -
cTive
a feliz oportunldade de ler a gi'an.-
de revlsta educativa dlrtgida por Vv. 88. e com satlsfa!;Ao .flnno que, por sen Jntenn6dlo, flquel coDheceudo vUlos &88UDtos ioteressantes do pa.888.do e do presente da Gua.nabara . :a uma reviBta maravl- ' lhosa!lt. Agradecemos as refe~ elo. glosas e InfOI'lDBlD08 que 0 envlo d08 proxJmoo n6meroo jli fol pro_ videDcIado. Maria Leonor KUhn (Brasilia) «Fol com enonne sat1sfa~ que ce.. rebt 0 ultimo n6mero de GUANABARA EM REVISTA. 0 que tnu: para mlm moment08 de 1mensa. alegrla, pols seus &rUgos demonstram urn profundo conhecimento de causa, allado a um born g6sto e tknlcao de redal)Ao admlnivels. A n..... GB EM REVISTA t; realde primelra categorla, tanto como artistlcamente. Como carioca que seo, slnto-me orgulhosa de apr&.IeIlU-la aos meus colegas. de Faculdade. prlnclpalmente ~u6les que alada do conbecem • DD88a «CIdade Maravllbooa•• Sou palavraa D08 eonfol'tam! e dIG a oerteza de que VSIIlO8 CUJIl.. priDdo 0 D0880 ob~ttvo . 0 envio doe _ sollcltad08 fol devldameute concretizado.
Enrlqup Cuadrado Gambardella (Montevld~u
roo
- UruguaI) - cCJIe.. l8 D088B8 mios um ellemplar
de GUANABARA EM REVISTA e fIcamo& eutm1asmadoe COlD a _ l b W _ de """~Ja rquIar_ mente, bem como dados e lDfonna.. gies .abre 0 Museu cia. lmagem e do 8Gm, pols milltamos na Impren.. ... de M o n _ (Cine _ R6dIo Aclualldad TV) .. 'I,II'D- um dI&rio de m6sk:a popular
,ropama
_ I r a na _ .. ~ R6dIo de grande recepUvi_ to ao p6b11ico ....guaio•• it com. imeIIfIo prazer que CODSIaJamoo ....... _ _ _r_
IDa an cplap.. urngaalao, oude a m60Ica popular b _ jA ... _pande a ~ em prefe_ daa. 80... pedIdoo foram ......_
e .. rem
.. provldend'de..
'
•••
Do Sr. outioConQ cia ~ o governador Negrio de LIma ...,. eebeo a augestlva aeguIr
c:ana.
tran.&crevemos:
que a
"IlMBAIXADOB FIUNCISCO NEGBAO DIl LIMA. ADMINISTBADOB Il POLITICO IlXCEPClONAL" "S_ndo velho e l ....... tutG1>el eminamento. politica arte lie !>em govemar os IIe.tI_ lie 11m
e
pOrJO.
AteRdendo a me princfplo /1Indamental na dir~ao IIa coIIcI ptibIica. 0 Govemo.dor FIUNCISCO NIlGIlAO DIl LIMA • • 'elto em um p/elto memonivel. entrentondo poderora /~ paUtIca'. vem reILGUANASARA • N.- 18 - '888
lizando, nest. Estado. obra a4miniStrativa e tecnol6gicQ) lias mais proveitosas ao progresso do8 ca-
riocas.
* Encontrando 0 Estado numa situaciio das rna'is diliceis, no terre...
no econ6mico-/inanceiro, com
0
juncionalismo em atrasa, contas a ,pagnr do exercicio anterior, teve S. Ex". de en/rentaT problemas serios para reorganizar as linancas e as economias do Erano Publico ,a lim de Ihe ser possivel 0
pagamento dos vencimentos atra...
sados dos servidores e do tmenso numero de contas pTocessadas, ntio deixando, no entanto, paraZisada
a maquina administrativa, no sen!ida de incrementa',
desenvoIvimento da term que. pe!a segun~ da vez, exerce a Chelia do Poder 0
Executivo.
Homem de cuztura invulgar, ad... qulrida na langa atividade de sua vi1a publica, na constante preocuracao pelos estudos, no sempre .Qr dente arnor pelo conhecimento d,,~ rPfllidrtde.~ brasileiras, 0 Governador N egrao de Lima uma ligura excepeianal de politico e 114mintstrador. Hao se pode negar que, no Go-_ verno Negrao de Lima, 0 Esta40 da ' Guanabara esta passando pOr uma jasp. de trabalhos permanentes e rejormas sociais~ no smUda de melhoria. de candieoe. de vida do povo que habita a "Cidade MaravUhosa". V arias obras. inlciadas p D:l0 seu antecessor, ·1a foram con_ cluidas pelo atual Governador e multas outras estao em pleno. lase de trabalho, como tais: Embele2l1-mentos de ruas e prac;as, pavimen.ta~ao de arterias publica.. m'Ur~ lha. para sustentll(:ao de morros constru~oes de "iadutos !! tunds: o meu pensamento. atrave. IIa pa!avra escrita. utllizando uma jilha que me serve de .ecret<iria. Par outro /ado. .ou natural do Blo Grande do Norte. ande ia ezercl 0 mandato de Deputado E.ta4ual. 0 cargo de Secrefdrlo dos Neg6clos Internos e Juridlcos da Pre/eltura Municipal da Natal (BN). inicianda a ....nha vida p.wllca. n.. Imprema . daquela Capttal Nordestlna. Ii qual pr..tei .ervi{:o durante leis anos, a/a.stando-me, . para a~ar as ativido.des de pro/iSlianat do· DlTeito. Por is... motlVos. que n<io me poslivel ..tudar e aslinar. com t6das as suas peculiarida4e.. a personalldade e a obra admlnlstrativa do Uustre Embaizador Francisco Negrao de Lima. Mas. na qualidade de brasUelro e inte/ectual. erriIxJra alasttulo dII atlvidade. pe!a InValidez. sinto prazer em pr..tor a mlnha contribui¢o em /aVOr de um Uwtre brasllelro. que esUi govemando eua "Cida4e Mltrnvilhooa". com a malor dedl_ cat;tio e amar cl coisa ptibllca. em""fa 1140 seja carioca, cidade que. quiJado era Capital do Pais. lora govemada pelo siWdoso Mlni&tro Amaro Cavalcanti. homem de cu/tura e ·de grande capacldade ad..
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e
e
muitas das quaiS, iniciadas na atual Administra~ao. ia loram cancluidas. Convem ressaltar as trabalhos preliminares para constru_ ~do da Cidade Nova, no que serao derroidos pre~ios velhos para, nos terrenos por eles ocupados serem canstruido. modernos edilielas. Esta obra assegu'rara d cidade muitas arterias de incomparavel beleza e trara melhores condi90t!s de hab ita 9ao e abrtra ao comercio e d indus~ria novos campos de atlVlda_ des. A mplia~ao de area. e servi~os de hospitai•• tambem tem sklo rcalizados para atender, com mats ellciencia as necess:dades da popupobre . N lio esqueceu S. Exa. o Servi~o de Abasteclmento d·allua. melhorando-o e ampliando-o para atender 0 interi!6se publico. Estao sendo alnda realiza4as e planejadas muitas e importantes obras em colabora~ao com 0 Governo Federal, que assegurarao beneficios e varia. melhorias de candi,oes de ·vida ao Povo desta Capital. Como se observa dessa IIgeira apreciUfao. altas. inc<mI.pleta das ativillau. do Governo Guanabarin~. nao tern S. Exa. deiJ:ado Ii margem a solU9cio de qualquer pre.blema de interesse coletivo e que diga res pelto ao desenvolvirMnto e progresso da ex-capital lederal. R.se 0 panora""a 11/:lministratlvo do Governo d~ste Estado. analisado. apenas. nos seus princlpai& aspectos. Quanto ao piano Politico C071_ vem ressaztar que 0 GOVe~dor N egrao de Lima. C<ml. a sua cultura rfe elite. a sua inteligencia prlvllealada. diplomata que nlio tern felto outra colsa senao pacillcar 0 Estado. harmonizando as corren/tes nolitlcas, de modo a evita,. ag~_ ta~oes e IUMs anti-dernocratlcas, l1arantfndo a todos os direttos Indlviduais. aue sao postulados pela Crmstitulqao da BepUbllca. Nao tenho ,. hanra de conhecer pessoalmente 0 Governador Negrao de Lima. e. tambem est4. .Imple. apreclll(:ao de alQU118 aSveetos de oua Ad....nistracao. a eiaborei com certa dtllculdade, parque sou pu_ ralitico. portador de uma le.40 nos membros direlto. provocada par um disturbiO cardia-vascular. alem.. de molestia na coluna vertebral. que me Impos$lbllitam lie
!a,ao
e.
ucrever.
Amm. sou lor,ado a tra",mitir mlnistruUva. que tombem n40 sendo Illho desta Terra a governou com a mesma dedlclWao 0 mesmo es pirito publico e a ~& ma lisura do Governador N egrao de Lima Que Dews salba 7/WJnter Ii frente dos destinos da Guanabara h ... mem da estirpe moral. IIa caPtaclda~e admlnistrativa e do senlU) polItico. do Embaiza4ar Negrao de Lima." . Bio. 1t_1_69 Gastao Correia da COoSta Bua Aaevedo Lima. 93 - Bio Com-
prido.
7
o
Instltuto de Prevideneia do Estado da Guanabara que se pro .. poe ser din:1.mico visando a atingir urn grau de eficiimcia cada vez mats afinado com as interesses do contribuinte, teve. em 1968, urn ano de realizac;oes realmente promiss6ras. No ano que passou foram criadas condic;6es para que as Ageneias do IPEG pudessem, no inieio de 1969, operar de rnaneiu. a conceder ao contribuinte urn atendimento mais amplo, constituindo-se 0 fato num largo passQ no sentido da efet\va deseentra1iza~ao programada. Na list,a de Servl~os prestados pelas Agenclas do IPEG. pade-se agora acrescentar aqueles relacionados com a inscric;ao e recebimento de alguns tipos de emprestimo, possibilitando ao interessado 0 conferto de ser atendldo mals rapldamente. e, possivelmente, evitando
IPEG PRESTA CONTAS DE SUAS ATIVIDADES
fHas.
A nova Tabela de Pagamento do Servider do Estado, foi utilizada basicamente no novo sistema de atendimento do IPEG. Assim, para efeito de in ~c ric;ao e recebimento de emprestimos, tais como: "Comum" (C6c1igos 20 e 21). antigo "Emergeneia" (C6digo 30) e "Casamento" <C6digos 40 e 43). 0 intÂŁ:ressado devera procurar a Agencia do IPEG que the compete. basea do na Agencia do BEG pela qual recebe seus vencimentos, conforme tabeJa elucidativa abaixo demonstrada. AGll:NCIAS DO BEG
IPEG
1 .2.3.9.10 . 12.26 27 . 28.29.33.52.99
sede
ENDER~O
BAmRO
Av. Pres. Vargas. 670
Av. Ce.:ario de Meb, 1135
Centro
Campo Grande
a
1
21.22 . 23.25
g
3
4 . 5.6 . 7.8 . 36
e
4
Marques de Abrantes, 160
Botafogo
16 . 17.18 . 24.30
e
5.
Rua Papary. 15-A
Bento Ribeiro
19 e 20
Pl"a~a
das
Na~oes .
22_A
Bonsucesso
n
11.31.35
6
Rua Major Avila. 132
Tijuea
7
Rua Frederico Meier, 22
Meier
a 13.14.15 B
s
Credito ImobilhiA Carteira rio - que continua funci'Onando somente na sede - efetuou, durante 0 ano de 1968. 897 eserituras de im6veis financiados e os profe ~sores estaduals foram as que mais utilizaram este tipo de beneficia como se ))'Ode observar:
Profess6res Guarda ....... .. . .... .. Trabalhador . . . . . . . â&#x20AC;˘ . . . Eserlturarlo . . . . .. . . .
160
56 46 36
Ofieial de Motorista ............. . Oontrolador de Fazenda. 23 Outros Cargos . . ........ . 512 Total ...................
897
Embora concedido ate urn teto maXImo de NCrS 15.000.00. os nfuneros bem demonstram 0 interesse pela finan-ciamento que ,atingiu, no ano que passou, a media de 3,74 escrlturas por dia.
Objetivando alcan(:ar propositos de sua politica imlob,jlj"-I ria, 0 !PEG manU~m 0 mesmo to maximo de NCr$ 15 .000.00. que prOI)icia urn maior mimero de . atendimentos, . atingindo as classes men os favOl:ecidas, justamente aquelas que mais necessitam desse tipo de conf6rto assistenciaJ. o montante de aplicac;oes IPEG, somou, em 1968, a citra NCr$ 50.045.ZS1.85 - em tOdas modalidades - tendo sido aU,ndl- f dos 59.960 contribuintes.
Informatlvo est&tistloo relatlvo ao movlmento de emprflitimoa no ano de 1968 C6digo 30
Funera!
+
+
Assistencia Jurldica : m~di a
Montante NCr$ 3 . 129 . 388.33
atendtmentos 20 . HS
NCr $150,84
C6digo 20 a tendimentos 33. 648
Monta nte NCr$ 33 ,502 ,284,80
mMia NCr$ 995,66
monta nte NCr$ 1. 722,550,00
NCr$ 915,76
Montante NCr$ 7.152 .694,72'
media NCr$ 7 .974,01
Casamentos: atendimentos 1.881
m ~ dia
, ImobiliArio : atendimentos 897
(f
[«f
Em pr~sti mo
sob CaU(;A.o da A p6lice de P e culio : media NCr$ 1. 688.36
Monta nte N Cr$ 4 .538. 314,00
a te ndtmentos 2 . 688 Movimento Global :
media. NCr$ 836,04
Montante NCr$ 50.045.231,85
atendimentos 59 . 860
ESTATISTICA
O. quadros ababo d('monstram 0 mo\'lmento comparado de Beneficlos no ultimo evldencla a constllnte e\'olut:!o do IPEG no atendbnent-o a seus contribuintes e pensionlstas. QUANTIDADE
PeDsoes Novas ....••• ... . ..• . . •. Penstonistp..:; Novo,," .. .. ... .... .... ..... .. .. Pens<Ses Exlsuntes · ... .... .... ... .. ... . , .. Penstonlstas Exlstentes ....... .... ....... ... Pec6Uos «Post.l\lortem» . . .. .' . . .. ....•• • . . . . Pe('uUos FncuUatlvos . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . t\uxHlos.NataUdadeo · ...... .. ....... ...... .. AuxUios.Educa!;ll.o . . ... . ... . . . . . .. .. . ... .. .
.
,'ALOR
Medlo das P ensoos · .... .... ..... . . .... .... )Iedlo da s Cotas de P ensilo ...... . . .. .... .. Total dn ~ P ens6es • • • • • • ''I' • • • • • • • • ~ P eculios «Pos t ~ l\lort em » ..... ... .. . S P eculios Fa{'ultati\'o8 . . . . .. ..... . . Auxilios. Natalldade . . . . . . . . . . . . . . S ~ Auxilios _ Edu ca~ao . . . ... . . • •..... . . Total do!!" Beneficios ........ ......
= "
:r I'<
!
(Fonte:
.
GUANABARA . N.o 18 • 1969
1967
830 1.995 12 . 819 Zi . US 1 .307 129 6.174
993 2 .42S 13.787 26 . 182 1 .525 19:; 7 . 096 379
1 . 022 %.53% 14 .31S 27 . 178 %. 275 149 6.602 871
1966
1967
1968
131,73 55,49 6 . U6. 838,87 986 .087,07 79 .815,45 209 .047,86
-,-
10 .038 .942,3G
Departamento de Seguro Social e BeneficJo8)
onde
1966
--
(NCr$)
trl~nlo,
177,28 72,58 12 . 057 . 926,SS 1. 565 .476,71 210 .926,55 299 . 161.92 34 .860,00 14 .168 .351,57
SO
1968
307,52 128,13 18 ,205. 065,45 2 . 761.173,48 448 . 195,47 348 .801,94 69 .680,00 21. 883 . 089,83
9
• 'Tl!txto e fotos de Clovis Scarpino F:JtATERNIDADE AO SAlI{BA -
F ..teA riscou lxmito no prato e f€z 0 samba popular. A alegria estorou em Titmo e a "Velha Guarda" e presentes
A
"dan~aram juntos em todo fandango e festinha". E Joiio da Baiana "que era valente, chorou"; Pixinguinha, que era menino born, soprou flauta; Donga castigou 0 "pinho" e teletonou para as tias Cedata e Ciata. 0 chorinho chorou . Ai veio 0 "entiio" e surgiu . 0 SAMBA-ESCOLA PRIMEIRA. "Sambem; sambem com harmonia; todos cantando com todos, pra todos, por todos". 1:. a hist6ria samba penetrando no es-
0:.
colhidinho da gente em Titmo botiio4e-rosa, esparramado em repiniques . Faz passo certo, cadencia. 0 cor~iio-poeta derramou Ufgrimas de amor; g6tas e pingos, em am6res, catam no chiio . Mano Decia, Silas de Oliveira, Vcflter Rosa, Martinho da Vila, Datci da Mangueira, Candeia, Noel Rosa de Oliveira, Anescar, Cartola, Tol.i to, Nilton Ru~, Mario. Pereira e PauzinIW da Viola cantam e contam ttIfW. E reverenciam os demais: · Chocolate, Preto Rico, EUon Medeiros, Helio Cabral, Cicero, Geraldo . Babiio, B a l .a, Gemeu, Zagaia, Cumprido, . Zeca Melo(1ia, Jorginho, AuTinho da 11ha, Cabana, Monarcho, Ramon R~, Vdlter Coringa, Zinco, Jorge Cabo e OUt7W. ·
N' 1
(de Walter Rosa)
Envio aqut musicalmente Mensagem carinhosa A todoE) os poetas e ·compositores. EsI*ro que esta os encontre contentes t Gozando saude e feUzes em seus amores Zlnco, lA dos «Filhos do Deserto», Pr~fere sempre estar perto Das (lorestas, ouvindo os passaros a cantar. Cartola se afasta do morro, mas nao vai embora, A saudade lhe devora De Carlos Moreira, ZagaJa e Padelrlnbo . Com ~ste ultimo, ja. conversei bastante
SObre urn assunto interessante do Non6 do «.Jaca. r~zinho».
;\ .riosto Ventura, sempl'e diZendo:
«Vern morar com igo Se andares direito darei arnor Se errares darei 56 castigo».
II
IIqno, 1A do «Engenho da Rainha», Urna v~z numa tendinha Me charnou em parUC;ular : Walter Rosa, par Deus quero compor qom vo~ uma gloza, que nao relacione '0 arnor. Sllas, v iga mestra do «Imperio Serrano», L8. do alto, quando se abre 0 pano, Aparece a can tar : c::es a luz da minha vida » para ela A Serrinha em ~o abre a janela Para ouvir .o seu · cantor, (Jande~ Waldh'. Plcollno.. .Ma.na.OOla, . Alvalade e A velino, Monareho e Chattm, PadrOes de taIentos da «Portela» Os seus valOres nAo tem fim.
cial do Imperio do Samba, d.a ctdade de Santos. ll:ste ana, aparece mais uma vez em parcerla com Silas de Oliveira e Manuel Ferreira (ex;"companhetro de Noel Rosa. o Poeta da Vila, em So Para Contrarlar), com a enredo "Her6ts da L1berdade" . Mana conlessa que fica emocionado quando 0 samba vern surgindo e ve 0 prato de lou~a tocado com a faca . Tern eer. teza absoluta que as Escolas de Samba jamais acabarao: "eIas oonstltuem a DIVINA FESTA DO MUNDO".
Silas de Oliveira
Mano D<lcio
«0 POETA DOS MORROS.
Na flor da Wade (18 anos) travou ronherimento com Mano DeFulelro e Ze das Orotas, acao samba era brabo. A policia clo, banda par ingressar no Prazer da dlssolvla tudo e qualquer roda em Serrll}ha. Tocou tamoorim du_ 1915 s\gnillcava cadeia. 0 cld"adao rante t.res carnavais e consegulu do samba era enjaulado, 'c rime que ser Diretor de Bateria na epoca do hoie em dla e alegoria do Carnafamoso "Fuma~a", como dtz 0 Sival. Mana velo do samba famIlas: Mestre Dlretor de Bater!a . liar, pols seu pal (Hermogenes) Domingo de 'festa - 20 de fundou 0 primelro rancho, com Num janeiro apresentou 0 primeiro Julio Trlndade - A ORUTA DOS samba, -entitulado . "Meu Orande ENCANTADOS. Antes do samba, Amor", em parceria com Mano fez algumas perlpecias: Ifuglu de Declo. Foi bern reeebido pelo Decasa e se danou como baiello, v~n partamento Musical e pastoras em dedor de jornais e engraxate, tugera!. Esta muslca fol gravada do na Prac;a 11. Com 0 tempo ai pelo cantor Miguel Bausa em diseriou ambiente e penetrou na co da Casa Edson. Com 0 samba .. amlzade de Oradlm, Ernanl· SUva enredo "Conferencia da Paz" ga(0 Sete), e Angenor de Ollvelra nhou a primeiro titulo, mas, como (0 Cartola). Surglu 0 prlmelro j& fill d1to, a Serrinha entregou 0 samba - "Vern Meu Amor" - que galhardao a Manguelra . Enta:o, vendeu aD Bide e Braguinha, conns casa de Eulalia OliveIra, ele, seguin do, pa rem, sair como parMana Elol, Molequlnho (atual celro na grava~ao de Almirante. presldente do Imperio Serrano), Da!, Altredo Costa (dono da Serrlnha) the fez 0 convlte e Ma- Gradim, Decio, Ze das Grotas e outros, fundaram a ImperlO Serfro 10i elelto Diretor de samba. Com a crise surgida no Prazer da rano com escudo e coroa do reerrlnba, fol urn dos parlamenta- gime Impenal. 0 samba "Boa dares para a lunda~ao do Imperio Noite Imperial" contou a~.. lrase da Serrano, que nasceu ap6s a Se~r1-' Sernnha, em juventude, bern co. rna a tran.:.ferencia e funda~ao da nha ter cedldo 0 titulo de campea para a Manguelra. 0 motivo ale- nova escola. Fat quando a Imperio Serrano des.ceu 0 morro para gada foi a d<>en~a de .Saturnlno (pal da hoje famosa Neuma da ensaiar no asfalto, ali na rua EdMangueira), que senslblllzou a dI- gar Romero. Conta Silas que a retoria do Prazer da Serrinha. 0 Imperio Serrano lan~ou a primeiro destaque na Hist6ria do Carnaval, ~an\ba-enredo vencedQr era de Silas de Oliveira e Mana Decio . com Helegaria dos Anjos Fllho, eeBurgiu entao a predestinada Esco- posa do Callsto do Prato. Ela trouxe exuberencia, charne. e na Ia de Samba Imperio Serrano e Mano Declo com as pareeiros E~.. verdade talvez nao soubes ~ e 0 que tanisiau Silva e Penteado compuestava representando. Depois vieseram 0 antologico "Joaquim Jose ram as copias. Lembra tarnbem da Silva Xavier". Sua escoia es- de "Arnor" (Oetulio Marinho), treou vencendo 0 desflle da Av. Mestre Sala negro que trabalhava Presidente Vargas, bern como nos nos Corr.,los e Telegrafos . Silas tres seguintes, conseguindo urn ja gahhou, a q\le e ooisa rara, tres hlstorieo tetra ..:ampeonato. Mano vezes seguidas os temas de S8plsempre trabalhou com parcetros, ·· ba-enredo. Seu samba "Meu Dra. entre outros 'Com NBo de Oliveira ma", ' gravado por Eltsete Cardoso e Ramon Ru~o (autor do "Tlm(Sinto abalada a m!nha calma, b6) em "Barbara Hellodora". Es - embrlagada mlnha alma) e conhetremeceu 0 Itamarati e a Embai- cido e canti.do em tOdas as Escoxada do Paraguai com Q enredo las de Samba. Ex-expedlclonarlo (ficou urn ano e sels meses na "Expulsao dos Franceses. Com 47 anos de Idade e a com posltor of 1- Itll.lIa) e ex-estudante do Coleglo
.SAMBA ME EMOCIONA.
GUANABARA • N.- 18 - 1969
Pedro 11, tern uma tristeza profunda, pols perdeu uma fIIha de 15 anos de Idade, com a qual fazia parceria. A menina delxou a lembranc;a de urn samba ritmado: "Me Leva em Teus Bra~os". Os sambq,~ -enredo "Aquarela do Bra-· sil", "Pernambuco. Leao do Norte". bem como urn total .rte quinze outres. alom de sambas de terrelro, como "Radio Patrulha", fazem de S'la..~ de Oliveira. um carioca de madurelra, urn autentico poeta dos morros, testemunba de urna poesi a pura engrandecendo 0 CE'nario nacional. t:"te ano, Stlas descera a. Avenida Prcsidpnte Vargas com "Herols da Llberdade". de parcerla com Mano necio e Ma.nuel Ferreira . Valter Rosa
.0 QUE fA NASCEU SAMBISTA. Ao nascer, Valt.P.r logo ouviu · ~m samba. pols urn bloco passava d\ante de SUa CRsa, e Os velhos ate lizeram brincadeira... "naSf"eu urn sambista u . Ate oue i"so SF! tomou uma realldade. jll. que Valter pos_ sui 0 vplo musical e e considerado o IfFil6sofo" do samba. Criado em Cambuc;u, fot no ~ngenho ~da Rainha que se flrmou como compositor. Seu samba-.enredo "Bar8:o de Maua e Suas RealizacQes" ests. enquadrado como do~ maiores entre Os que as Escola-s de Samba ja apresentaram em to~os os tempos. Hs. pouco fez 0 samba "Dr. Oetullo e Sua Obra". (de parceria com Silas de Oliveira e letra ,de Ferreira Goulart), gravado por Nara Leao e ouvido no Brasil 1nteiro na pe~a teatral do mesmo nome. Figura marcante da E:: cola de Samba Portela, acha que as escolas estao dando urn passo a {rente e cinco para tras, porque, a partir do momento em que se ex_ t1ngulu a Ala das Balanas (sua torma~o era em fila Indiana) se
-
Ii
FRATERNIDADE AO,,'SAMBA -
N' 2
(de Walter Rooa)
Ren ovarei aquela ;mensagem Ao's poetas e compositores ja citados. Chegou a vez dOB que nio loram Jembrados Que vivem escondidos por at Com llndas melodias Que '0 povo quer ouvir. Noel e AnescarzJnho, do cSalgueiro>, Lant;aram com brilho no terreiro o samba que 0 braslleiro vlbrou ~ Chica da Silva, do cativeiro zombou> 00,06.
II Clce", e
H~1I0
Cabral,
da cE8ta1;lo Prlmelra:>
D1zem que a semente do samba
.
Quem possui 6 56 cManguel~ )tamon RUBBO so passar pelo «Imperio> Fat um caso M:r1o Com aqu&le tal de crimM>. Fot riot6ria a. presen.,;a de Os6r1o DJ..ss6- -0 que quts no samba <Tango>
Escreveu como ~le sl'E a ...im redlglu: «Dan.,;ando me viu e tlnglu que nAo vtu. Com aquAle cavalheiro ela saiu>. Walter Corlngs s6 escreve 0 fino e bacana Assim como 0 grande Cabana, :\.dno, Catone e Wanc06. bte que" fez sua transterenc.1a.
Para a cPortew Tal qual 0 "&Jr, da c:Capela>, Hoje, com .Jorge cBubu. e CuquInba Defendem Oswaldo · Cruz Aonde a musica seduz.
-
blll tado de se locomover; eontudQ
e xtralu uma quantldade de harmama Que nio -se ve mals em qualquer conjunto, prlnclpalmente na "mlnha querlda portela". Hoje, as que as subsUtulram .ao valdosas e em sua maiaria niD cantam, Os Instruliores eheg"" a fIcar rouc;os pedindo para eantar e poucas os atendem : "e urn mal ineurs.vel; elas sO pensam em mostrar a fantasia", ,A presepada dos passlstas e rltmlstas em frente as eamaras de televLsao prejudlea e abre todo 0 conjunto e ha palmas restrttas para eles . ' Fora dos sambas-enrMo, Vater
DaD delxou de compor e promover rodas de samba em sua resldilncia, nols a tradi~o' tern de ser manttda . 2ste ano concorreu ao Eamba-enredo da Portela, sua escola, sob 0 tema. uTreze Naus",
mas como nao houve C()ml....o juIgadora. 0 escolhldQ pela d1retorla fol 0 do seu companhelro ArI do Cavaqutnho . Tolito
Rosa fez
«PAIXAO PELO SAMBA E PELO FUTEBOL»
fundo musical para 0 fllme-chanchada "Mlnha Sogra em Paqueta"
e tern onze mus1cas gravadas, das
quais gosta multo de "A TImlde. me Devora", exlblda pelo proprio nos espetaculos "Nem Todo Crlou_ 10 e Doldo" '(Teatros Joao caetano e Naclonal de' Comedla) e "Samba AutentlC()" (Teatro Sergio Porto),. g rande sucesso, Possul 16 sam-
bas e 4 deles mereceram do pubU- :
co slmpatlca
acelta~ao .
Ja d1riglu
Candela
urn elepe "M.ensagem do Samba!'.
«SAMBA E TRADIG.A.O
do pandelro, que estourou na pra~a durante urn anD enfrentando tOda
com Casqulnila, Plcollno e ' David
DE Fl\.MlLIA 12
a
for~a
do le-Ie-Ie.
Em sna carreira musical sempre famlllar na Por- , se espelhou em partideiros 'e re-
Com tradl~ao tela, Candela despontou com os samb8.f'_enredo "Brasil POderoso" e
"D. J oao VI", alem de ter parceria com · Paullnho da Viola no samba "M1nhas Madrugadas", gra-
vado " por Elisete Cardoso com
Herllto Machado Fonseca (Tolle flgura por demals conheol'da nas rodas do samba e do futebo1. Alem de ser famoso por sua patxao futebolistlea, que fa. da banea de jomal da esqulna da rua sete de setembro C()m Avenlda Rio Branco um centro de dlscussao do. grandes tem ..s do futebol, f~ andatflias por multas escolas de samba: .da BOca do Mato a Un!dos de Lucas, onde com 0 parcelro Nllton ,Ruco descera .. Aveuld& Presldente Vargas com 0 tema to)
'pentlsta, como ze , Com ,Fome e Paulo da Portela . DI. que fa. sen_ Udo ~ostar da boa m \i'lea de PIxlngulnha, Vila-Lobo's 'e Cartola . Devido a um lament8.vel acfdente,
Candela esta llcenclado e Impossl-
"Rap£6d1a Folc16r1ca", de'fendJdo
pela cantora Analla e tMas u pastoras da Eseola. Oraflco e compOSitor, com 30 anos de samba, Tollto com~ no "Parasita. de Ramos" fazendo e contra-canto do mestre-sala. Audou por 14 escolas e nesse e&paoo
de tempo consegulu vencer 16 enredos . :I!: favoravel a renova~o em vez de . arengaQi,o, e. sempre com ele, possuI urna ala de 20 flgurantes, 'dai 0 motlvo prlnclpal de pular de uma escola para outra. Tollto levou Martlnho da VIla para compor no Aprendlzes da BOca do Mato, para 1880 retlrando o reu ~amba que concort1a ao enredo da Esrola. :I!: um exemolo de apolo a renova~o, que Tollto, go..... ta de cltar. De 60 a 69 possu! tres sambas-enredo vpneedores na Escola de samba Unldos de Lucas. ToUto ji ,fol Dlretor de Harmonia e e campeao de versos Improvl_ sano•. Seu parcel-ro no samba-enredo deste ano e Nliton Zavarls INllton Ru~), orlundo da antll'!a "Capela", que, apas fundlr.se com a ADrendl ..." de Lucas, oI1ilfnou ' 'a atu.l Unldos de Lucas . ':I!: bl-cam- da sua escola. C'endo eo-au_ ( [ ;do lamoso "Sublime Pergaml0". juntampnt.p. cern Zp.ca MeJo~I" e Carllnhos ' Madrullada. Nllton dlz que quando B Escola perde (val P!"B poelra) tOda a cul_ pa recal no elemento camava1eaco, porem, quando vence, a fama fica sO "om os desta~ues. :I!: urna Injustl~ que preclsa. ser eorrlglda, aflrma 0 bi-campeiio da Uru. dos de Lucas .
Noel Rosa • J\ne1ljXtt
Mario Pereira
cUMA DUPLA DO BARULHO.
cO QUE JUSTIFICOU
Ambo. 'pertencem aos Academicos do salguelro e como dupla de composltores merecem 0 grande respelto de todos, princlpalmente como criadores de sucessos como. "Chlea da SUva" e "Qullombo dos Palmares", sambas-enredo de ex.. traordlnarlos teor artistlco e musical. Noel nasceu no Morro do Salguelro e ai vlve ate hoje defendendo as cores do Salguelro. Alem de sambs_'mredo. possuem excelentes sambas de terr.lro, como "Vem Chegando a Madrugada" (de Noel Rosa e Zuzuca) talvez 0 mals boemlo ,amba carloca. Com ,Anescar, Noel tem 0 conheeldo "0 Negulnho Gostou da F1lha da Madame". Anescar fez parte do conjunto "A VOZ do Morro", com Ze Ket!, Nelson Sargento e outros. :I!: Dareelro tambem de Elton Medeiros, compOSitor gabarltado e Compositor laureado 'd a Escola reccnhecldo que desma pela UnI_ ~e Samba Imperio da Tijuca, que dos de Lucas. Ambos fazem parte ele ajudou a '1undar, juntamente COm Sinval Silva e outros. Antes' do Grupo RenovMiio e Adlantamentn Musical. de compor fol Mestre-Sala e DJ.. retor de Baterla . Convldado pnr J<>rge Emidlo Silva Ingressou na Escola Boemios do Andari como MestreSala e compnsltor, lan~an do 0 samba "Justlflquel a Mlnha Jura",
(' m
face de uma' promessa
de nao mals salr em Eseolas. Fl. cou 4 anos na "Fl'oresta do Andarai. voltando posterlormente ao Imperio <I" Tljuca( onde e olto ' v~zes eampeio de samba-enred/), destacando-se 0 do BOO passado, "C~d1do Portlnarl", em parcerta com AUton Furtado, que flgura entre os melhores ji compostos entre as grandes Escolas. Tern e grava~Oes, sendo a mals eonheclda a marcha "Niio FIlma Bocalu-, va", ,gravada pnr Tutuca. tate ano tem gravado com 0 conjpnto "Anjos 00 Sol" 0 samba "ll1nguem me Ve". Com. sucesso, tambem Jan.;ou no ano passado, no ushow" Nem Todo Crloulo e 00100, 0 samba "De Feverelro a Feverelro", gravado posterlorment!> por tie me~mo .
Martinho cia Vlia
ct IMPORTANTE CRIAR ALGUMA COISA. Martlnho' Jose .Ferrelra dos mals jovens composltores d.u nossas Escolas, faz samba hi 15 anos Penetrou no amblente 1Jocando frl~ gldelra no bloco "BOca do Mato" ai flcando 11 anos, lutando peJ4 escola Aprendlzes ,da BOca do Ma_ to, onde aprendeu partloo ' alto batucada, ' passos, hannonta e t1~ gurlno. Ate 0 saliio ,!Ie varrla ' para enfeltar 0 balle . Ap6. ga_"'
-+, GUANA9ARA ~ N.- 18 • 1989
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Rebelo e muitos outros. A muslea popular nao podena deixar de reerutS_los 19ualmente. No earnaval tSlmbem sf-riam caricaturado3 ou glo,ados. Mas aQul e ali Ihes fazlam just1~a. Oomo n", samblnha BARNAB~. de Haroldo Barbosa e AntOnio de Almejda, exlto do carnaval de 1948 . Embora 0 tom de' carlcatura. 0 saIftba reflete com preclsao a vida absenra do pequeno func1onarlo adjetlvado como barnabe. mal remunerado, mal referendado, embora 0 sen humllde esfor~o e a vida de sacrlficlos: Barnabe, 0 funciondrlo Ouadro extra-numerdrlo, Ganha s6 0 necessaria Pro ciQarro e pro cafe. Ouando acaba 0 seu dlnhelro Ele Illpela pro bichelro Cerca 0 gTUpo do carneiro Da fle tarde 0 jacar •. Ai, ai. Barnabe Ai, ai, functonarlo letra E At. ai, BarnaM Todo mundo anda de bonde S6 voco que anda ape.
e
Mas nem tudo na vida sera barnabe. Se os humUdes servldores letra E alnda consUtuem malorla, tambem abundam funcionarios bern remunerados que vivem vida folgada. Prlnclpalmente fun cion arlas bonltas, elegantes e aUvas. Sao chamadas barnaboas. Conseguem aqul e ali aUngir a postos altos, adoram ser tesQureiras e fazero tnveja a muita gente. Serlam ac\nte aos amanuenses de OVtros tempos. Armando cavalcanti e Kleclus, Caldas, dupla. que, enquanto na\> fol dlssolvlda com 0 desapareclmento do p rim eir~, sempre acompanhou 0 rltmo da vida carioca para t1xa-Io nas suas
comnosl~5es. crlaram 0 tipo de MARIA CANDELARIA. num fia!!'rante que e, de fato, pltoresco. No carnaval carIoca a saborosa marchina obteve exioo marcante (1952) e a figura-titulo In<orpo.rO\'-,>e definttivamente nao samen te ao canctoneiro carnavalesco como tambOm a palsagem burocratlca do pais:
Marin Candelaria I: alta ,functonaria Saltau. de paraquedas Caiu na letra 0
6. 6, 6, 6, Comeca ao melo-dia Coitacln. da Maria Trabalha, trabalha Trabalha de fazer do!
6, 6, 6, 6,
NesS$\. parada sonora em que 0 trabalho Mrve de motlvo. seja N>mo ptofissao ou como fixaCao do trabalhador, nem tudo sera 13_ mento, critica, Quelxa, recrlminacao ou sattra. No carnaval de 1946, 0 compositor Almeldlnha. lan~ou, em cima da hora, urn samba Que alcan<;ou Inegavel sucef_ o . Pelo seu tom negatlVlsta, pela franQueza malandra dos seus versos em Que se exaltava nao 0 trabalho, mas justamente 0 contrario. e sobretudo pela sua bonita melodla, 0 samba venceu em roda l1nha, apesar de ter aoarecido as vesperas da grande festa sem 0 trabalho. de plcaretagem de OUtras composl~oes lan~adas a. tempo para a: grande oompetil;ao . Dir-se-1a que 0 compositor, cumprlndo a rlsca. 0 que preconisa no poema, nio se aventurou nem mesmo ao trabalho do seu samba que, mesmo asslm, venceu. Trata-se na. verdade de composl~
de 1946 que vern sendo cantada em todos os camavals cariocas. Eis Os versos melo subversivos de TRABALHAR EU NAO, de Almeldlnha : Quem sublr 0 mo.rro Venha apreciar a. nossa unido. Trabalho nao tenho nada De ' lome nao morro nao Trabalhar. eu nao. eu nao.
Eu trabalho como um louco Ate fiz calo na mao o meu patriio jicou rico R eu pobre sem tostiio Foi per tsso que agora Eu mudei de opiniao. Trabalhar, eu nao, eu nao! Trabalhar, eu nao, eu nao!
o trabalho alnda aparece em rnuitas composl~6es carnavalesc:as como tema, sob varios angulos. A dureza dos transportes e a penuria dos salarios sao os dois ~-. que mais seduzem Os 'Com res. Uns serao sinceros e ex s n a sua poematica, outros se vale. rao apenas do tema e ainda outros 0 exercitarao fazendo a sua demagogiazinha 0 que tambem e carnaval. Alias. COm eXCef;3.o dos sambas-enredo que tern a sua sistematica e seguem a lInha da exal. ta<;ao civica, nao iriamos exigir de compositores humildes, ou nao in~\nceridade nos versos simples que formulam para expandir suas queixas ou suas alegrias. No dia em que 0 carnaval carioca nao refletisse nas suas cantigas a alma so fred ora mas entusiasta, alegre e boemia da sua gente, 0 seu g6sto pel a satira, 0 seu admiravel poder de eritica e observa<;ao. entao a grande festa lrla perdendo sua fei«;ao eminentemente popular. No duro, no duro, nao seria mais ca. rioca. Nem carnaval. •
MalS UMa EDieiO fONOGR.FlCI DO MUSEU oa IMaGEM E DO SOM
50
"PEQUENa HISTORII DO SIMBa" Os componentes dos conselhos do Mu .. seu da Imagem e dO Som homenagea.ram os escolhfdos para 0 "Golflnho de de Ouro" e Estacio de Sa" co"", banquete na ChurrascarJa. Tijuca.na, do qual a foto de.. uma sugestlva idela.
12 lalus de grnacOes rarlssl· mas e uma monogralla conteAdl a hlstOrla das mlislcas. Yendas:
ay.
CAmara, 21t • s/80t
VALE DE SANTO AMARO - Palco de verdcideira trallMia no temporal de 1966, quando urn editiclo recem-construido lal quase totalmente soterrado, com periAa de centenas de vida, 0 Vale de Santo
VIADUTOS SANTIAGO DANTAS Ligando a Praia de BOM/ago ao Tunel Santa Barbara l este
vtnduto
.~olucino1L
urn grave problema de conges-
tionamento de tratego em Botatago, eliminando 0 cru.amento da Rua Farani com a Praia. Integra obra ck urICn~ ck Bota/O/1O, que complementtUJa com a Pr~a Paragual e a dupllcGgcio do Tunel Velho.
Amla'ro, como hoje se apresenta e
an
e conhecido, vaZe
como documento do estor90~ aa capacidade e aa ciedica9ilo dos tecnicos e opertiTios Cia SURSAN em prol da seguran9a da popula9ilo.
\
ELEVADO PJ>P1NO-JOA -
PONTE DA BARBA - Com exte,..ilo ck 120 metr08, par 12 de. ·I argura, com urn viio livre m4ximo de 60 _tro. e pista de rolamento de 8 metro., " Ponte da Barro duplicou a capacidade de ac_ B"rra da Tijuca e Av. d ... America•. ·E.tli loca' ..ada aobre a ca",,1 da wgoa de Jacarepaguti, pr6ximo ella AV. Olegario Maciel.
tlntco na America do .
do Sui, pais terti dols andares ("double . deck") a Vladuto do Joti, jti perturado em toda a extensilo, integra a Via 11 ({utura Ria-Santos); 0 desenho acima mostra 0 eletJado que Ziga 0 tunel :Joo' aO
a
do Peplno.
Machado, e lios AVUldores, nO 'Treva dos Marinheiros. . Iniclado. em 68, e.tilo em trtse de constru9ilo e prestes a ser Inaug.urados, os viaduto. do Gasl!metro, na contluencla dAs avenid... FranciSco Bicalho, BraBiI e Rodrigues Alves; Pedro Alvares Cabral e 0 da Pra~a Paraguat, no Mourisco; do Meyer e de Ramos, nos re'pectivos bairros; Prelelto Olimpio de Melo, sobre a Avenida BraBiI; e a elevado do R. M. de GUANABARA • N.- 18 - 1989
Sapucaf, na conlluencla da Presldente Vargas com a Rull do mesmo nome. Em rel~iio ' aos tllnefs, o do Rebou9as ainda !unciona com metade da. duas pistaa. 0 Tunel do Joli e.tli em tase adiantada de
perlura9ao, enquanto
constru~iio
38 ' executa
a
dos tunels DOis Irmii08 e Pepino, todos projetados para dar Barra da Tijuca nOvo acesso rodovi6.7io, atraves do free way
a
Joq~ei-Barra.
Ha projeto para
0
tunel longitu-
dinal Botalago-Lagoa Rodrigo de
Freitas que, d semielhan9a do Re. bou9as, tera duas laSes. A prime/''l7 Ta ligara as proxi77iidades do predio do ESPEG, em Irente d Igreja Santa Terezinha, Rua Siqueira Campos. Nesse ' ponto, urn v/aduto mefa encosta larli a Iiga9iio c~m a segunda lase, que come~a. I ra na Rua Santa Clara para saiT na Lagoa, pr6ximo d . Favela da Catacumba. Sua linalidade serli descongestionar a tralego de Copacaba"".
a
a
18
VIADUTO DE MANGUEIRA - A SURSAN iii iniciou, paTa entregar dentr o de 360 dias. 0 viaduto de dais andares da estarriio. de Mangueira, tigando a Av. Marechal Rondon e a Rua Sao Francisco Xa vier. 0 conjunto terti 600 metros - , 385 do pav:mento ·superior e 215 do inferior. No pavimento in/erio.r Sera construi1a uma Tampa de 2,5 met.-os para: a travessirr. de I)edestres.
RIO JACARt - ReslJcnsavel flor tantas mortes. flaM dois temporais de venia aUe se abateram sabre 0 Rio €rn '61l e 67. 0 Rio Jacare. ccmo tantos outrOM. loi reti/!cado. dragado e canalizado. Gracas a isso. h,oie urn rio tranouilo, que nao o/erece mais r-engo aos moradores dq extensa are:l que ele banha .
TREVO DOS MARINHEIROS - Com a constru~llo do Viaduto dos Aviadores, inaugurado em novembro do ano ,)assado, comJJletou-se a constTugdo do Trevo dos Marinheiros, iniciada na administracao pasada, cabendo ci atual C01l5truir as duas ultimas etapas. Uma obra arrojada e de grande importancia na solucao do I)roblema do trd/ego da ddade para a Zona Norte atraves du Av. presidente Vargas.
VIADUTO AUGUSTO FREDERICO SCHMIDTEliminando 0 cruzame1lto do ' Cprte do Cantagalo com Av. EIJitacio Pessoa, na LagoC/ . Jste v ~ aduto soluctonou tambem outro serio IJ"o blema de congestionam"ento de tra/€go na Zona SuI. agravado com a abertur a do Tunel Rebout;as . Foi inaugu.rado no dia J 2 de abril, data d e aniversarto de nascimento do "Pacta da Cidade" que Ihe deu 0 nome.
--
ENCOSTAS A Sf] RSAN real!zou cerca de 500 trabaZhos de contenccio de encosta~ dos morros. protegendo-os contra as catac:trofes semelhantes as de 1966 e 1967, tendo gasto, so.. mente nessa penoSa e ao m.esmo tempo heroica obra, mais de 12 bi-
e
lluies antigos. Destacam-se os, trabalhos efetuados no Morro e Cor. te do Cantagalo, Beniamin Batista, Tabatiguera, Morro dos Urubus, encosta de Santo Amaro e Laranjeiras. A maior despesa da SURSAN em 19611 foi com as obras de canaUzaccio e retilica~cio, dragagem e construccio de pontes e barragens em rios. Os trabalhos mais inlportantes neSse setor scio
os dos rios Maracand, care, Salgado, Pe1ras, Segundo as tecnicc,o~:S~g~d~~ai~~:e~~~~~,:~ de Obms. foram d rios-m'"oblemas da rando-os para as ver(/.o. Para evitar enchentes , as lhos de menor vulto sl1.o realizados no
, 1
PONTE DA BARRA Construida pelo DER-GB com 0 objettvo de duplicar a capacidade de acesso a Barra da Ti;uca e Av, das Americas, esta I>onte estd localizada s6b.'e 0 canal da Lagoa de Jacarepagua (canal eta Barra da Tijuca) , proximo Ii Av. Olegario Maciel. Custem NCrS 410.000, sua extensdo de 120 metros, tendo 0 seu vao livre maximo de 60 metros e /!ista de Tolamentos de 8
e
metros de largura, com duas laixas para veiculos.
TUNEL DO JOA - Ja perfurado em t6da sua extensdo de 350 metros, 0 Tunel do JoiL 0 primeiTo da America do Sul a seT construido no sitema de dois anda "es ("double deck", com mao e contramao inteiramente se/laradas em diferentes niveis). Foram escavadas em torno de 50.000 m3 de terra, mediante 0 emprego de 75 ton . de dinamite. Or~a:lo em NcrS 4.500.000,00 e integrando a Via II - futura Rio-Santos - deverci ser entregue ainda este ana.
e
·~~l~~~",,":l~~
PI!,;RIMETRAL - Orc:ada em cerca de 12 milh6es de cruzeiros novDs e' com. /Jrazo de 720 dias, esSa obra se destina ada ," C01ltmuidade d Av. Perimetral desde a Candelriria ate a Praea Mauei. 0 ele_
vado pas:Klrci por baixo do futuro 'edi/icio da Marinha Mercante e contornarti 0 Morro de Sao Bento, pasando em /rente aD Ministerio da Marinha.
VIADUTO MEIER Denominado alicialmente "Castro Alves", iste viaduto, que tem SUa inaugurac;ao marcada /lelo W'Ol-rio governador Negrao de Lima {Jara 0 dia 14 de tevereiro. dois dias antes do Carnavul e carnavalescame71te. com des/ile de escolas de samba , bloccs, etc. - se destina a ili_ tf-grar 0 tradicional baiTro do Meier. dividldo em . dOis IJelas linhas da Central do Brasil .
19 Tias de ciguas "luviais. onde fOTam gastos 5 m:lh6es novos. HOtlve imllortantes obras nas ruas Fabio da Luz e Bis"o e flO Largo da Se_ gunda Feir4 e muitos outros. PRAI;AS E RUAS Dutro setor de intensa atividade da Secretaria. de Obras loi 0 De_
GUANABARA • N.- 18 • 1969
Ilortamento de Parques, que constriu flovas p!'acas, recUIJerou e embp.1p.zou as px'stentes, alcancando tfj"a a ddade. sem f}rejerincia 1)or esso. au .aauela zona. Os tra~ bnlho.'f de maior vulto foram .reo_ lizndos nn Oninta da 130a" Vida, Paraw~ .do Flamenno. Campo de Santana e Passeio .PuiJtico. Disflosta a dar urn banho · de aslalto ·noRoo, seQundo feliz ex-
IJresst10 do Secreta rio Ral/nz:undo dp. Pattla Soares. a Secretarja de Obras atllou de manetra eliciente, recal /eando e (ts/altan10 ruas. avenidas e I'rac;as em todos os bairro'f da c;dade. eSllecialmente as vias de flenetracao /lara 0 que utilizou as quatro usinas do DERLitonirzea, Campo Grande, Jaca.re/laguci e [raja - e a da SUR_ SAN. •
SUA
CONTRIBUI<;AO AO CARNAVAL
.JOTA EFEGI':
M novembro ultimo, dia 14, mor~ reu, aqui na Guanabara, aos 81 anos de idade, Jos~ Nunes da Silva Sobrinho. Era Major refonna.. do da Policia Militar, musico de excelente categoria e, durante mui~ tos anos, foi mestre da (anfarra do Regimento de Cavalaria da Brigada Polictal, como entao se chamava . flo referida corpora~ao. Nao foi ele apenas tigura marcante no esporte citadino como associado do America Futebol Clube, onde ingressou levado peto famosa Belfort Duarte, fez parte de seu Conselho Deliberativo e exerceu cargos em algumas dire. torias. Torcedol' «doenle», ardoroso, esta... va sempre presente aos jogos, quer no campo da rua Campos Sales, como nos dos adversArios, incenti~ vando Ojeda, Oswaldinho, Ferreira, lodos, enfim, que defendiam, no gra.... mado, as cores alvi_rubras do c: cam~ peao do Centenario». Fol urn «ame_ ricano» do mesmo quilate do saudoso Fontainha e lanto quanto ainda 0 sao MArio Reis, Chico An1sio, Mar~ ques Rebelo e Joao Anthero, " para s6 cUar quatro dos mais conhecidos. L1gou, tamb~m, e principalmente, seu ncme it nossa musica popular e ao carnava~ carioca, dando a ambos apreciAvel contrlbuic;A.o. Vindo de uma epoca de pouco ou nenhum fito promocional, suas reallza~6es, infe. lizmcnte, nao chp.garam aos dias atuais. capazes de interessar aos es~ tudio~os ou pesquisadores.
E
20
Pemambucano, natural do Recife, com apenas 10 anos, all ~omeC;ou 0 aprendizado da musica com 0 pro~ fessor padre Maximino Cortat e . de~ pois, com Jo~ Labirre, no CoI~gio ~a1esiano . Seria, assim, pot' essa micia~ao artistica, urn erudlto dis. tanciado das manifestacoes simnUs. tas e populares Tal nao aconteceu. Nero mesmo 0 aprimoramento a que se suhmeteu, mais tarde. com 0 co_ nhecido cZuzinha.. (Jo~ Lourenc:;o da Silva), regente da importante banda do Limoeiro. 0 fixou na mu. sica seleta, de esc61. Em 1905. com dezotto anos. fazia parte da banda do « Fr~vo das Quitandeiras», intei. ramente formado por mulheres e no qual a,penas os musicos eram hom.ens. 1::sse 0 seu primeiro contato, que se tornou definitivo , com 0 carnaval. BOrn executante, ja. pertencendo ao Corpo de Policia de Pernambuco, de cuja banda era integrante, outros grupos de fr~vo buscaram 0 seu con_ curso. E tocando bombardino, trom_ bone ou pistom - qualquer urn dos instrumentos Com a mesma seguran~ ~a apareceu nas ruas do Recife fazendo parte do «Vassourinhas>, do «Lenhadores:t, do «Ciscadores de Fei~ tosa> e de outros. Poucos anos mais tarde, em 1908, Jose Nunes da Silva Sobrinho cpe. gava 0 seu Ita no Norte:. e desem_ barcava no Rio. Aqui, enquanto nAo conseguia emp~go certo, ocupacao que Ihe permitisse pagar quarto e «b6ia», arranjava, atrav~s de con.. 0
o
0
terrAr.eos tamb~m musicos, «tocadas». Nao eram bern relmunmt das, mas rendiam dinheiro, que ~le nccessitada muito. ceu_fue, porem, a tao . tunidade ofereclda pelo banda do 4' BataNo Policial, lQ sargento Fonseca, que 0 e sabia ser ~le born Perdeu, ou melhor, nao veitar essa ajuda que em momento de grande Ao ser submeUdo ao exame m~dico, foi mindo mal, nlo se venientemente, estava fislco. Voltou Sobrinho a catar para dazen batles em clubes, nas cgafieiras» (os cham ados «miJ.e.cem ») familiares. Confiante, mar. esperava nova <eloatlee,> Exercito. Prevalecendo veio trazida por outro banda, 0 l' sargento do 1Y BatalhAo ' de Exercito. Prevalecendo na o seu comprovado valor como co e jA com melhor indice de teve, afinal, sua inclusao a",eg1.,. da. Passou, entio, a ser solldado... .. sico e a ttl :"" uma base de tAvel. Ainda nao seria no Exercito se firmarjn como musico Certo dia, Archimedes de nome bash-mte conhecido dos
cuidam de nossa musiea :popular, por ser 0 autor do popularlssimo «Vern ca mulata. (<<NA.o yOU lA, nao,/Sou democrata/ De Cor~A.o » ) - surpre~ endeu Nunes Sobrinho, TraZia-lhe urn eonvite irrecusAve1. A Brigada Policial estava reerutando rnusieOs de categoria e ~Ie era urn dos que a eorporal,;8.o desejava ter em urna de suas bandas. Sem pElstanejar, animado pela pro posta de melhor soldo e de urn princ1piq de carreira que lhe pareeia mais faeil, Sobrinho' logo respol!deu afirmativamente. Deu baixa e mudou de farda e de tropa. C!:lsslf! ~ad o no 1 ~ Batalhao, depois transferidc para 0 51' e, a seguir, para o 41', ao mesmo tempo alcanl,;ava as mereeidas promol,;Oes de eontra~mes~ tre a 1~ sargento mestre de banda. Nesse p6sto designaram_no para 0 Regimentc de Cavalaria A frente de cuja fanfarra - uma. das mais dispu~ tadas r:ela qua lidade de seus compo~ ntu - aeabou se tornando bas_ te eonhecido. Passou, dai em iante, a conviver com os mais fa.. mosos compositores da musiea popu_ lar no periodo que se pode marear entre ] 910 a 1930, . dentre ~les Don_ ga, Pixinghinha, Sinh6, Freire Ju~ nior, Eduardo Souto · e Careea. Qt1a~do, pela primeira vez, 0 co_ m~ndo do Regimento 0 escalou para toear em urn elube earnavaleseo, foi no dos Feninanos, a antiga travessa Flora (hoje Ramalho Drtigao), que teve essa ineumb~n.eia. Sabia que deveria preparar urn re.:;:ert6rio onde as poleas e oe mnxixes em yoga es_ tafiam em predominAneia. Nos en_ saios, apurol;l bern os arranjos e a instn' mentac;ao, visando a agradar aos folicer; Que aeorressem ao «fan_ dango. (como ft'ra a nuneia do 0 bai~ Ie nos jornais), em que faria sua estreia eM urn ambiente dominado pela. a leg-ria. desordenada. Seus mU;. sicos tinham que toear muito, segui_ damente. e no ritmo bulicoso, eapaz e empolgar os «gatos. (ehamava~se sim ao~ associados do c1ubes), Fa~ endo sua fanfarra realizar iSso, con~ seguiu manter em eferveseencia rui~ dosa 0 «poleiro», como era designa~ do 0 salao de festas. Nessa apresentac;ao, naturalmente posta em confronto com as de ou~ tras cortloraGoes mititares, da Ml\Ti~ nha e do Exer~ito, ccmumente cha~ madas para a mesmo ftm, a banda do maestrc Sobrinho nAo fleou em inferioridade. Os clubes tinham pre~ fer~neias. Democratieos, Fenianos e Tenentes, as di-,idiam entre os maestros Jesus, Rezende, JanuArio e mais alguns que, pela eontinuidade da presenc;a nas festas, acabavam se afeic;oando a tais agremiac;6es. Que a fanfarra do Regimento de Cavalaria da Brigada Policial e 0 seu mestre, 1 9 sargento Jose Nunes da Silva Sobrinho, agradaram inteira~ mente A diretoria do Clube dos Fe.. nianos nessa sua primeira apresen~ tal,;ao, nao hA duvida. Miguel Cava.. nelas (Min6), presidente, e seus eo~ legas, daquela noite em diante deci~ diram eontratA~los sempre para as festividades (enianas. Isto ao mes~ rno tempo que Sobrinho se tornava
GUANABARA • N, o 18 - 1969
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adepto da agremiac;Ao e tinha como amigos todOs os seus baluartes, Des~ sa eonviv~neia com Bouvier, Viros~ ca, Chaby, Salgado, Brac;o Forte, Pirolito, Faz-Tudo, Xuxu, Roberto Maury, Novidades e muitos mais (js. que aqui foram citados, ao acaso, apenas alguns), acabou sendo fenia~ no. Gral,;as A dedic~A.o ao elube por c(lineid~ncia tam bern vermelho e braneo como 0 America - fizeram~
_no benemerito . Elegerarn~no tam~ bern para vArios earg-os, inclusive 0 de presidente, do qual se aiastou por motivo de doenc;a. Integrado no meio carnavalesco, Nune.; Sobrinho, conseqUentemente, como rnusico e a freDte de urn exee~ lente eonjunto, era muito procurado pelos compositores populares . Pe. diam~lhe para escrever, instrumentar e exeeutal' em suas apresental,;Oes
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OS
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AMPEOV,S DOS SAM8AS CAJt.NAVAt. tSCO$
Maestro Nunes Sobrinho, mestre da banda de mu.iea do Reg/menta de Cavalaria da Brigada PoUciaZ, vista. na Iota, luntamente com t) 3audoso "Stnhll' ·
n as .retretas n08 jardins e p·rac;as da ctdade, nos baDes e passeatas dOB clubes, OB sambas e marchinhas que faziam. Musica que 0 maestro SOM brinho incluia no repert6rlo de sua banda popularisava..se fatalmente du~ rante a temporada preparat6ria da chegada de Momo. AMm disso, quan. do iniciando 0 presttto dos Fenianos - que ~le sempre fazie. .questAo de c puxan sua fanfarra entrava triunfalmente na Aventda, era tOM cando 0 samba ou marcha que eBM tava em franco sucesso . e por &e lnstnlmentado. Fot aSsim que, em 1917, atacando 0 cPelo Telefgone:.n. de Donga e ~au!:Q de Almeida, selli} mtisicos ftzeram delirar 0 povo. Sua procura pelos compositores era tl.o sabtda que 0 cronlsta CUM navalesco cVagalume:. (capttAo Francisco GuimarAes), na irreverln.. cia costumeira, escreveu no cc.DiArio Carioca>, de 22 de-janeiro de 1930:
.Z2
c . " os sambe&tros roubam milslcas de compositores do morro do Salguelro e pedem .. aos maestros Sobrinho e Ja.. nuA.rl0 para escrev~~las, apre.. sentando.BB, depots, como de sua autorla.:..
Talvez 0 iornaltsta tenha exage.. rado, mas 0 incontestA.vel ~ que Nunes Sobrinho escrevla, punha na pauta e burlla.va as m1l,slea.s dos com.·posJtores de oitlva (os que agora tAm 0 apeUdo de c.maestro caJ.xa de f6s!oros»:., ou c.orelhudon). E, com mats eflclencla do que os c.caetetus:. de hoje, dava..lhes dIvul~o, ex... cutando~8S pela sua lantarra e a.asegurando_lhes a popularldade. o samba cQuem SA.9 ~es ?:.. de
autona do consagrado SlnhO, urn dos grandes suceSS09 do Carnaval de 1918, at6 hoje tldo como IlroVOC81:iU> a Plxingulnha e a seus companhel... ros, nAo 0 tol. 'revs tal Utulo ape.. nas por ter ' sldo lantado no sallo
do Clube dos Fenianos, ' no baUe de 1n1claUva de urn gropo tlliado A agre..
m~, na no1te de 26 de janetr.o. e que adotara ·essa denom1n~A.o C0mo desaflo As socledades coArmAs. A banda que entAo 0 executou tol a de Nunes Sobrlnho, promovendo 0 exit<> alcan~o. e motlvando 0 ja. bOo que a nota pubUcado no «.To mal do Brasil:. de 15 de tevereiro bern demonstra: c. .. 08 foll6es da Unha de frente do grupo Quem do @.lesT acabam de resolver a realiza;1.o de urn -ba.1le..forro~ bod6 ,em regosljo to gr'I\1Ide vtt6r!a c1.os Fenlanos no Car. naval de' 1918, e em homena.. gem ao aplaudldo e popular plantsta S1nh6, autor do sam. ba Quem do ~"" T, a mtl.slca que consegulu a malor popu.. Iarldade nas lutas de Momo hte ana, e ao maestro Sobri,.. nho, da Brlgada Pollclal, que Instrumentou 0 jA querlclo samba~ •
NAo fol s6 aos Fenlanos que Nunes Sobrlnho deu sua dediC8l;iU> de m!islco e de carnavalesco. 0 rancho .Cruzelro do Sub, da desapareclda rua VLscdrule de ltatina (Pra!;a Onze de Junbo). teve..o tamWm em suas fUetras como. d1retor de · harmonia e flgurando em ..us deefU.., .tal como f~z em 192.. Naquele ano, a agremJ81:A<>, apresentando 0 enrMo cFonte CastAlia:., contou com a par. tic1p.a~ de Nunes Sobrinho, regen..
do vtnte m!Lsteos, e rlcamente tan... wiado de demr Pan. Solene, majestOBO,
empunhando
a
batuta,
COfll..
duzia a orquestra na execu4;A.o bonltas marehas, algumas de autoria e com :pomposas letras Augusto Barone, urn dos Uderes vitorioso rancho da Cldade Compositor . de produC;lo nio
to numerosa, pois se dedicou lnstrumentac;A.o . e A reg~cia de das, deixou..a esparsa e, na m.,lnri., i apenas constante dos bandas mWtares a que
~r~:;:~~j
mesmo aconteceu com as
.rancho, que niU> tlnham d1vulga~iU> comercia1. em partituras ou disc senda linicarnente cantadas nOlI d tUes. Isto, &tora 0 deslnter&se pelo rendlmento autora! ou pela publicL. dade. Asslm, pode_se c1tar poucas
mdalcas de sua wtorta:
cBalan~
Que Peaa Ouro:., «Vale Quem Tem«, cV~ Vab, cMa.rnAe Me Delxa:., cOnde EstAo !lIes 1:., cCremUd.a>, vlBto que jamals se preocupou em orden.4.-las para um reglStro f!ell. NAo conhecklo com deveria ser pelos, estudlO8O& de nossa mtisica po~ pular, hoje organlzada, Interessando 08 meios artisticos, Jos~ Nunes da -SUva Sobrinho morreu sern destaque na lmprensa. 0 Mestre da tantarra do Reglmento de CavaJarla da Brt.. gada Pollcla~ no entanto, mereee, juntamente com JanuArlo SUva, JesUs, Rezende, Albertina PImentel e outr08 regentes de bandas m1l1ta... res, que 8e avalle a sua atu~Ao. Eta . fol Importante e (itU. Da ImporUn.i tia e do mutto que Sobrinho t~ podem falar 09 da «velha guardul de nossa m1ls1ca popular, entre ~ea J".., da Balana, Donj(&, Plxlngulnh Patricio Teixeira, FIIeto Moura
outros.
O
III Sirtlp6s10 do Samba, recen-
temento reallzado no Rio de Janeiro, sob os auspicios da Secretarla de Turismo, maroou dois tent08 de rara lnteligf;ncia para a vida cultural e artistiea da cidade: o prtmetro, fol 0 conjun~ de teses apresentadas e debaUdas nos quatro dias de dur~ao do simp6s10, que veto proval' que as dirigentes das Escolas de Samba nAo sAo vastos e sabem 0 que almejam; 0 segundo foi lavrado pela esplrito publico do atual SecretAdo de Turismo, que nA.o me. diu esfo~os para abriihantar mats
ab,da
0
encontro, oterecendo, de pri_
melra qualidade. t6das as con<1i~s necessArlas para 08 simposiastas, re~tivando deesa lonna, no conceUo d.o s visitantes, a imagem do que 0 Rio nAo abre mAo : Capital do Samba.
III SIMPOSIO DO SAMBA
UX SIMP()SIO "Nt P8~a
partlctpar
d~sse
encontro
rcante, sambistas do Norte e do u1 do Brasil, interessados no apf'i_ moramento de seus conhecimentos e . n~ perpetuac;ao das Escolas de Samba, delxaram os seus afazeres e ru.. maram para 0 Rio, com uma tese debalxo . do brac;o, para, sob 0 co. mando da propria ST e algumas entldades carnavalescas, como a A1J. sociaC;lo das Escolas de Samba d.a Gu~abara. entre outras, pudessem chegal' a tun denominador comum quanta aos problemas que assOber~ bam as agremiac;6es carnava,lescas.
IF
Fot irmanado desse ideal puro que durante quatro di8.8,. alguns deles en.. trando· pela noite a dentro, que · mals de 300 delegados estudaram e deba.. teram as teses a~resentidas par va.. rias delega~s. Teses da mats alta importAncia. para as Escolas de Sam~ ba toram apresentadas. Os simpo~ .siastas fic~am . agregados em co~
miss6es que estudaram e debateram pesquisas tats como: cO Comporta~ mento Socio16gico das Escolas de Samba>. Analisaram estudos dos cFatores Negativos nas Entidades Carnavalescas>. Discutiram cAs atl... vidades econOmica...ftnanceiras>, bern ~omo 0 cProttssionaltsm.o dentro das
do 11 S/mp6S1o do Samba, venda-se 0 secretdrlo LeV1/ Ntroe. e outra autortdade.
GUANABARA - N.· 18 - 1969
-
-
Se9iJo de debates de testes, notando-se 0. ST.. Ricardo Cravo Albin (Diretor do MIS ), Arnalda Pederneira. (Imperio da Tijuca) , Htran Araujo (Imperatriz Leopoldinense) e Austeclinio Silva (Presidente da AESEG)
E scolas de Sam ba:t . AMm d~sses temas, varies outros, foram analisados e discutido ~ nas suas minuciosidades
por tOdas as
deleg~6es
presentes.
que eada uma deu sua quota de par_ tlcipacA.o nos trabalhos .
.
ORGANIZA~AO INSTALA~AO
DA
E
24
o ill Slmp6sio, que pela pr6prla ComiSSAo Organizadora, deLxa va an.. tever 0 sucesso que estava tadado a alcan~al' , teve como presidente de honra, 0 Govemador do Estado, Em_ baixador Francisco Negrlo de Lima e seu Secret4rlo de Turismo, depu . . tado Levy Neves, sendo que a vice. . . . presid~ncia , coube so Dtretor do Departamentc. de Certarnes e ' Insta..' IJlI"&.. itA ~'l' n.. 'An1 'D....... I.... n ..
urn. tuncient-rio do mesmo Departamento, sr Salvador Pinto. A coor_ denaeA.o caube, enttetanto, a velhos samblstas cariocas, como 0 presiden. . te da Assocta~ao das Escolas de Samba da Guanabara, sr. AustecUnl0 .Joaquim da Sliva, sr. Amaurt 16rto, sr. Amaldc Pedemelra, sr. Hiran Araujo, al~m de outros. Finalmente, no dia 17 de -janeiro ultimo, com a prese~a do titular da Secretarla de Turismo e varlas ~r_ sonaUdades:: do nosso Ca maval (Rei Morno, Ralnha dos Blocos, Rei do Carnaval e outros) toi instalad.o otL. ctalmente, no audtt6rio do jomal cO Globo>, ill Slmp6sio do Samba . Nessa ocaslAo, tugindo A praxe, Ja' lararn apenas 0 deputado Levy ~e ves que, em nome do Gov~mo do Estado, colocou a cidade A disposL. ~Ao osu_,_ sambistas do ..1t_ Brasil, _ _ de __ todos .. ___ ,, __ T _____ ' _ C'O
°
cariocas aos seUB companheiros outra9 plngas. Para encerrar a prirneira noite encontro, os participantes com a te n~A.o uma confe~ncia do ltdison Carne iro, que versou sObre tema: cAt: Escolas de Samba e Music.l Popular Brasileira:t, do em seguida todos os delle.·ados1 para a f~sta da Confeder~lo leira tlas E scolas de Samba, foram homenageados ,na Escola Samba Unidos de Sao Clemente . TRABALHC' E CONFRATERNIZA~AO
Dando prossegulmento 009 traba.. Ihos, no dia seguint. (18_1_69), foi discuUdo 0 tema cHlst6rtco <las Ea. colas de Samba (analise) tendo va. rios debatedores discuUdo 0 assunto, ~
.
frater~Ao
na
Assoc~ao
d04
Cronistas Camavalescos, oferecldo pels Secretana de Turismo da Gua.. nahara, atrav~s do seu Departamen~ to de Certame. Enquanto que para finalizar 0 dia,
no setar de recreativismo, tot movida
vLslt~
pro~
aos Museus: Host6-
lco, Nac1onal, do Teatro, Nac10nal de Belas Artes e da RepubUca.
Tina Copeba IImperio Serrano) e Mario P.eetras (Salguelro) particlparam ativamente c!o Sfmp6sio Jarginho (Imperio Serrano) tot escalhieto com 1usti9<l para Cleta(Uio .samc~ 1969
No domingo, i.e nove horas da rnanhA, as slmposiastas visitaram pon.. to~ turfsUcos da cldade, como: Largo" do BoticArlo, P&rto VeJho da Urea, Vista Chinesa, Alto da . Boa Vista e tOda Barra da Tljuca, sendo que a parth' das 18 horas, teve inielo, no audit6rlo do Autom6vel . Clube do BrasH, as sess6es .plenarias, cujos temas destacaram_se: cComuntc~Ao Escola .. Pavo; Coreagrafia..Enr~do » . cComlssAo Julgadora e Apuradora» e cPerspectiva Sociab, aIm de .outros temas !ivrea. Fina~ente, segunda-teira, dia 20 de janeiro de 1969, com prlttcamen~ te as teses apresentada,g aprovadas e recomendadas A todas as entida... des carnavalescas brasileiras, As 20 horas, toi -encerrado, no grande sa.. lAo do Social Ramos Clube, 0 In Simp6sio do Samba. Sendo que a seguir, entre nove concorrentes de vArias agremiac;Oes da carnavalesca Guanabara, foi escolhido 0 Cidadao Samba/I9S£l, satndo vitorioso, 0 re~ presentantf'J do Imp~rio Serrano, sr_ Jorge Pe1;anha, que atingiu a soma de 95 pontos. QUEM PARTICIPOlT Foram os -seguintes as delegados Guanabarinos ao III Simp6sio do Samba: Mangueira, srs. Juvenal Lo. pes e Marcelino Jos~ Claudino, Jor. ge Zacarias, XangO, Celio Teixeira, Tereza Santo() e Darq, da Mangueira; Portela: C16vifj Bornay; Salguei. ro; Mario Pedra e NoeI Rosa de Oli. veira; Unido::: de Lucas: d .-. Vitor Passos, 1!::lton Medeiros, Marcos Au_ relio Guimalae.s e Darci Tecidlo; Unldos d. Vila Isabel: Waldemar Garcia, Eurico Moreira da Silva e FAbio Melo; Imperio Serrano: Se. bast1&o de Oliveira • TlAo Copeba; Moc1dade Independente de Padre ML.. guel: Darcy Pereira e dr. Dulclerc Dias; Em Clma da Hora: JoAo Se. verina; Imperatriz Leopoldinense: dr. Hiran Aralij,o e Arnaurt I6rio; Imp~rlo da Tljuea: Arnaldo Peder. nelra, RomAo de LIma e Slnval SI\" va; Lins Imperial: Ivo Paes e Daniel Fernandes; UniAo de Jacarepagua: John Rubem Ide, e Unldos da Tlju. ea: AcAdo Pereira. •
GUANABARA • N.o 18 • 1969
25
AFESTA DO GOLFINHO B rilha nte so b l odo~ os aspectos a solenidade de entrega dos premios «Golfinh o de Duro> e «E stAcio ete SA» As f ig ura!) que m ai s se dest a..
caram nas a rteSt musica , leatro, es ~ porte, literatura e cin ema, dura n te o anp de 1968.
Idealizado pelo Museu da Imagem e do Som, a promoc,;8.0 conta com 0 patrocinio da Secretar ia tie Turlsmo do Estado da Guan abara, que, ~ste ano; sob 0 com ando ,do deputado
Levy
Neves,
organizou fest a
das
ma is s impUicas. pres idida peto sr. NegrAo de Lima , governador do E stado, em mesa d o. qual f aziam pa rte tamb~m
0 s r , Levy Neves, 0 diretor
do Museu do. Im agem e do Som Ricardo C ra vo Albin - e 0 deseJU.. ba rgador Murta Ribeiro, D ada
a
m agnitude da
f est a ,
0
a udtt6r io do. Sala Cecilia Meireles tomou.se pequeno para a brigar 0 tlumeroso publico que a li foi para apla udir os se us a rtistas e assis tir no espetliculo montado pela TV Tupi. com a pa rticipa~Ao de Clem en tina de J esus. J a ir R odr igues. Elsa Soa res e Maria Lu cia God6i. De Pan~ b~ n s a Sec reta ria de Tu ~ r ismo da Guanabara e 0 Muse u da Imagem e do Som pela reper cussao dessR prom~io. em tio boa hora idea lizada .
...
Eliset e Car doso (" Estdcio de Sa" na mtlsica popular)
PR~MIO "GOLFINHO DE OURO" - 1968
ARTES PLAsTICAS
FAIGA OSTROWER
MUSICA ERUDITA
FRANCISCO MIGNONE
TEATRO
MARIA CLARA MACHADO
ESPORTE
MANOEL DOS SANTOS, GARRINCHA
LITERATURA
ADONIAS FILHO
CINEMA
NELSON PEREIRA DOS SANTOS
MUSICA POPULAR
PAULINHO DAVIOLA
TROFEU "ESTAcIO DE sA" -1968 ARTES PLAsTICAS
RODRIGO MELLO FILHO
MUSICA ERUDITA
AYRES DE ANDRADE
TEATRO
PAULO FERRAZ
ESPORTE
ABELARD FRAN9A
LITERATURA
ELIZIO CONDE
CINEMA
PEDRO LIMA
MUSICA POPULAR
ELIZETE CARDOSO
16
NelSon Pereira dos Santos (" golfin h,o" n o cinema)
N
o
turbilhlio de acontecimentos, com crtticas de alguns e apro~ vac;:A.o de outros, ai estA a
ctdade pre parada para a maior festa do Rio, e por que n10 dizer do Brasil. Para n69 que se deparam lodos fisseJ acpntecimentos em va:t ios pon... tos do Estado, em tao grande mime . . ro e tao bern coordenados, passa desapercebido 0 mecanismo do preparo de tudo isto. FAcil.ou diflcil? Caro ou barato? Alguns criUcam,
mas sem rnA Inten~Ao; outros apro. . vam, nao chegam a elogiar, mas comtemplam com olhar e saUsfac;:a.o e As vt!zes urn comentArio.
A Secretaria de Turismo do Esta.. do da Guanabara, como
~
sabido
e
direta e ,1 ndiretamente, 0 6rgao r~s_ ponsavel por todo aste complexo tes. . tivo. A meta torna impulso em ja_ neiro, mas desde novembr.o, a Comis_ sAo de Carnaval jA esLi atuando sob a chetia do Diretor de Certames . Todos as aspectos cancementes a" urna festivtdade popular sao art:1... culados. Hi urna concaten~Ao en.. tre as 8ecretarias de Turlsrno, 8all. de e Seguran~a, para a devtda assis. t~ncia durante os 4 dias de carnaval Antes, urna festa de camada infe: nor da sociedade; hON, urna festa
-
EM RITMO DE CARNA V AL
27
GUANABARA â&#x20AC;˘ N.- 18 - 1969
Cenas do desflle de abertura do Carnaval de 1969
de todos e fan.te de renda turistica, o carnava} ganha disctpUnas e de-
terminacOes de ano para ano. Os pIanos sao elaborados com base na
28
programac;ao ofieial da Secretaria de Tulismo, prevem esquemss novos para Desfile nos varias pontos da ci.. dade, bern como a seguranC;a, onde @ste ano 9110 mobllizados cereB de 20 mil homens de todos os setores da Secretaria de Seguranc;a e 8uxilio dM FOrc;as Annadas. ESQUEMA
COm base em plantas e croquis dos locals de festa e desfUe elabora.. dos pela Sccretaria de Turismo , as coordenadores do polictamento calculam 0 niimero, contrOle, comando,
horario e natureza do pol1ctarnento, tendo a Secretarla de Seguranc;n., 0 Centro de Comando e Inform~Oes
em urn palanque na esquina das Av~ nidas Presidente Vargas e Passos, sob a chelia do superintendente da Policia Executiva.. A freqU@ncia as arquibancadas da Avenida Presidents Vargas sera con~ trolada com ingressos de varias cO~ res correspondente a eada setor, e numeradm-1 de ace·:do com os lugares, acompanhando uma alm.ofada com cOr e mirnero correspondentes ao 1n.. gresso, Segundo 0 craqui da Secre .. tria de Turismo, as ' arqutbancadas situar.se.ao em urn lado apenas da· Avenida Presidente Vargas, faciU~ · tando o · policiamento e circulat;;Ao. No lado dlreito da Avenlda, no sen. tido candelaria-Central do Brasil, ficarao as poptllares, tendo parale. lamente tuna faix:\. de 3 metros de largura com isolamento de cabo de at;;o da passarela, para jomalistas, fot6grafos, cinegraflstas e radialis. taes, lidando com t'!s tes, cadctes da. Policia Milital" recorrendo aos sol. dados se necessario fOr". Os postos do Julzado de Menores, (uncionarao 24 horas por dia duran... te 0 carnaval, nos seguintes locals: A venida Rio Branco, Botafogo, Le. blon, Tljuca, Bonsucesso, Meier, Ro. cha Miranda, Jacarepagua, Realen... go, CampCo Grande e Ilha do Gover. nador . Os servit;;.os buroeratico, car... t6rios, fiscalizat;;A.o, servlt;;o social, medico, censura, transporte etc" fun ... cionara em sua sede, na Rua d:l Se. nado, 20. A ornamentat;;ao, que tern como motivQ eRlo, Sol e Alegria )., foi apre. sentada na concorrencia pliblica par Botelho, salndo vencedora. A sua execut;;ao, tambl!m vencida em con... corr@ncia. esta a cargo da firma, que venceu entre muitas, haja visto que, a1~m da explora~l!.o das arqulbanca. das (NCr$ 70,00 com coberta, e NCr$ 25,00 sem eoberta.), montam barracas para venda de comestiveis, e alugam sob as condi~Oes prevtas da Secretaria de Turtsmo. TAlIIB£JI1 NOS BAIRROS
.--
A exemplo do ano passado, haver8. palanques armados .pclo$ suburbios,
GUANABARA • N.- 18 • 1969
2S
-
p ara a".l imar 0 camaval nos balrros. Contd rio aas anos anterlores, a Se# cretana de Turismo nlo convidara personalidades artistic&s tnternaclta nais que com grande gasto e setY
nenhum
prov~ito
para n6s, passavam
poor cvedetes,. quando a grande ve~ dete, e 0 prOprio carnaval, testa de todos n6s. Vlra, 8im, segundo Evan.. dro Guerreiro, alguns grandes jor..
nalistas italianos, franceses, norte.. _americanos e alemAes; homens que despidos de preten~6es Dutras que nao sejarr. suas atua~6es · profissio_ nais, focallzar8..0 e difundiriio, esta que e uma das· maia fortes fontes da nossa industria turlstica. Personalt... dade que quiser vir, que venha, reee.. be_Ia-emGs com nossa costumeira hospitaUdade, mas... por conta pr6pria. As Escolas de Samba, megA-velmente ponto alto do carnaval "de rna, foram sorteadas para 0 desfile na c:passarela da . Presidente Vargas>, com os seguintes enr@dos: Imperatrlz Leopoldtnense, com 0 estudo de «Brasil -.. FlOr Amorosa de .T~s Rac;as>; Em Clma aa Hora, trazendo at~ n6s, «Ouro Escravo>; Indeperj dente de Padre Miguel, contandL.-..J «Vida e Obra de Varnhagen>; Por_ tela; «Treze Naus>; Unidos de SAo Carlos, tra:z para 9. asfalto, «Gabrie_ la, Cravo e Canela>; Untdos de Lucas, executara em ritmo de samba, «Raps6dta FolcI6rtcB,>; Salgueiro nos t!'aJtSportes A «Bahia de Todos os Deuses>; Imp~rio Serrano nos faz conhecer «Her6is da Liberdade); Unidos de Vila Isabel apresenta-nos data do Cats Dourado>; Manguelra, «Mercadores e Mascatea».
o Teatr:c Municipal, com seu tra.. dlcional baite adulto para segunda.. ...tetra, dia 17; e 0 tnfantil .para t~r ta..feira, dia 18, pOs lL venda os con_ vUes atrav~s de diversas entidades fUantr6picas e religiosas. Os clubes e associa.c;Oes recreativas, com seus programa.r. jA elaborados; 0 intenso movimento do com~rcio, na venda de adOrnos; alguns fugtndo do Rio, outros chegando; .o s hot~1s todos to_ rnados desde janeiro; preparativos, expectaUva e anbnac;ilo geral, por_ qu.e 0 assunto em pauta ~: CARNAVAL!
,.
CEDAG DIZ QUE MELHORA A CORRE<;AO DE V AZAMENTOS, MAS VULTO DAS DESPESAS
,
E MAIOR QUE SEUS RECURSOS
A elfctencta cttda vez maior nos trabalhos de
rua~ ~ob1eUvo
permanente
do CEDAG
A CEDAG inlormoo haver realizack>, em 1968, 38.813 trabalhos de correcao de vaMmentos de rua na rede de dlstribulCao de ligua do Cidade, a que correspondeu a 75% das r eclarnacaes leitas pelo publico 00' dos releltos Zocaltzados pela propria Companhia. 0 oble~ tivo do CEDAG aleancar urna correfao de 100% dos vaMmentos
e
te6rtcos e prdticos para
antigas tubulacae., sempre que hli urna melharia na di.trilJuiCao.
lirmado entre a CEDAG e a ABNT, a indlistria nactonal passou a !aaricar o. materials usados na
tar eomo cau.a de mUhares de va~ .amentos de rua <t lato do desvio de correntes de tra/ego · de vei-
de
CUTSOS
a seu quadro de .oldodore•. Alem disso, em decorrencia de convenio
correcdo de vazamentos chumbo. 1untas, conex6es,
·solda,
etc.~
-
cada vez
II base de especilicacaes teenicas mais rigorosa.,' com rellexos positiro. na qualidade des.es mate-
mals curio entre a localiMCaO dos mesmos e sua ellminacao. Segundo revelou a empresa, e posslvel que Iii no ourso deste somestre aquele prazo chegue a apena. 24
Nao e so por moti vo de tempo ~e utilizafao daB tubulacoes que
apontados, num
horas, isto
pTazo
e,
urn vazamemo tdentilicado num dta deverli ser eor-
'rigldo Iii no dla segulnte. Para atingir esse nivel de e/icf~ a CEDAG vern aprimorando Vl4 propria ma~de-obra, atraves
encia
GUANABARA • N.o 18 - 1969
rials. CAUSAS
as
vazamentos
vern
ocorrendo
com intensldade nos Ultimos anos. Segundo esClareeeu a CEDAG•. se lator realmente acarreta deleitos de tal natureza, sobretudo em lace da malor pressao da ligua naB
es-
Mas,
e relevante
tambem apon-
culas para muitas vias publicas nas quais isto nao havta antes. Ta fs ruas nao joram origindria-
mente projetadas para suporta'r 0
peso de veiculos de carga au de passageiros. Por isso, aincla que assentadas a cerca de 50 au 60 em de prolundidade, a rede de
agua nao restste d passagem das veicutos e come!tam, em conseqii.encta, a aparecer inumeros pontos pdt· onde escapa a tigua que se acumula na superlicfe da rua, crlando problemas pa'ra 0 proprio
trd,lego e para os seus transeuntes e mora.dores. ---..
3'
,
Um dos modernos carros-ofteina que a CEDAG usa na
va;mmentos
--
cam. No que toea d propria C~Â
DAG, esses tatores sao responsaveb par pesados encargos quandt se trata de superti...Zos.
evidente que 0 atendlmento
rcipido nos casas de vaznmento pOT sf 86 nao resolve 0 problema, porquanta eles continuarGo a Burgir em decorrencia daqueles /atores
AMORTIZAQAO
antericmnente apontados. 0 que a CEDAG tem conseguido Ii reduzir
verttcalmente
0
Informou a CEDAG que, em 68,
a amorttzacao dos juros, comissoes e do principal dos emprestimos
indice de vaza ...
mentos reincidentes, atraves de um trabalho local melhor reaUzado e a utiliza9cio de materiais de qualidade bastante superior d dos que, ate pOlleD tempo, eram aplicadas.
32
dos
te as vazamentos e, ao mesmo tempo, os jatores que as provo-
RECURSOS
t
corre~ao
concedidos pelo BID e BEG abscrveu nada menos que 33% de
SUa arrecadaqao. Ao primeiro foram pagos NeTS 8,336 71iilhoes, en.-
quanto aD segundo mais NCr$ 12,5 milhOes. As parcelas do BID
sao resgatadas em d6lar. 0 que traz permanente elevaC;ao do desemb6lso em cruzeiros pela peri6-
Mas, para en/rentar as milhares
de nOVDS vazamentos que certa-
mente surgirao, no futuro, enquanta aquelas causas nao tOTem
pessoal - mantido no anD fin do dica moilftca~ao da taxa cambial.
de todo removidas, a CEDAG tem um grave obstaculo pela trente: a
Apesar de empenho da CEDAG
limita~ao
das seus proprios recursos ftnanceiTos. A empresa estd com 0 seu orcamento seriamente comprometido por muitos anos pelos pagamentos de emp.I'"estimos
concedidos durante as obras do novo Guandu, 0 que lhe deixa uma disponibilidade livre relativamente
pequena para ataear maci9amen ...
em limitar ao maximo
0
gasto com
em 20,3% das despesas globais da Companhia - 0 forte compromis-
CEDIG
so com obrigac;oes /inanceiras internas e externas acarreta severa Zimita'cao em investimentos na rede, nao 56 para obras de assentamento de novas tubulacoes distri-
Para aprtmorar a' mao-de-obra a CEDAG cUi cursos aos seus soldadores para corrigir vazamentos com tecnica e rapidez '
provettamento. Tudo isso trara serios embaracos /inanceiros para a empresa, diticultando-Ihe 0 pro- · gram..rr. de obras novas de amplia<rtio da rede em varios pontos da Cidade.
bu idora~ como, no particular, para tra balho,t; de correcao de vaza .. mentos
\VlMENTAQAO
RECEITA
Para dar uma ideia dos encargos que a CEDAG tern pela trente, segundo revelou a empresa, basta veT que 0 programa da Secretaria de Obras de pavimentat;ao de 1.000 ruas na Guanabara em 18 meses provocarcl. uma despesa extra para a CEDAG, somente este ano, da ordem de NCr8 5,100 milhiies e de NCrS 7,6 milhiies durante aquele periodo, Esses trabalhos eorrespondem a. retirada de atuais tubulac6es na maioria dos casas assentadas no meio das runs para baixo das calt;adas, a Jim de evitar novos vazarnentos no futuro como tambem permitir eventuais consertos sern a interrupcao do tratego. Alem disso, ha 0 problema da propria substituicao, segundo os calculos da CEDAG, de cerca de 50% das tubulat;iies a serem desloeadas, porquanto 0 restante nao devera o/ereeer condi~{jes de rea-
GUANABARA - N.· 18 - 1969
CEDIG
Frisou a CEDAG que, enquantu as despesas scio crescentes e se apresentam, em certos casos, como · imprevisiveis, a sua receita e de limitada elasticidade, porquanto baseada quase exclusivamente na . ::obran<ra da tarila sabre a agua. Esta e, par sua vez, calculada ern /un~a.o do saldric_minimo e 60mente se altcra com a modi/icaCdo deste ultimo. Apesar do signijicati1.1o avanco da arrecadacao nos exercicios de 67 e 68 - sobretudo em razaa de projunda revisdo e ampliaciio do cadastro de consumidores - a CEDAG nao pode elevar a sua receita arbitrdriamente para acompanha-r t6das as saZicita ~{jes a que deve /azer jace, Ista leva a empresa, its vezes, a adiar obras para melhor oportunidade .
•
33
OS TIPOS DO RIO ..
llllTUSIltll DE FRfITIS Gentlleza
Carllnda Machado
"A BAIANA"
Na . esquina da Av. Rlo Branco com a Rua Sete de Setembro, la esta c6modamente sen tad a, com sens' 100 kg, tez morena-jam~o e simpatica como sempre: Carlinda Maia Machado. Nascida em 1921 em Xique-Xique, cldade do inte. rior aa BaWa. Embora carioca de cora~ao e registro, desde 9 meSOl; de idade, nem por isso deixa de ser urna "boa baiana". como tantas outras que encontramos com cidade.
Ocupa este ponto, desde 1954, onde temJ atendido mUitos "doutOres" e trabalhacores, relem.. bran do que, no tempo em Que 0 Rio era a capital da Republica, a venda era bern melhor, sendo aS func1onarios publicos seus melhores lregueses. Hoje em dia, a coisa esta urn pOllCO mats dura, prlncipalmente por que toi suprimido o togareiro, ajudante indispensa. vel no negocio que e tambem a propria tradil;;ao' das baianas . A baiana ja se tornou Urn tlpo carioca. Usa normalmente, par exi34
genet a da fiscaUza~ao, urna sata
rodada colorida, blusa branca rendada, e coiares de varias cores, os quais encerram "terriveis segre_ dos", com "pesados castigos" para quem as descobre, bern como pafa a baiana que as revelar. Na Bahia as "baianas" concentram-se na 'prac;:a Visconde de Cairu e a porta do Elevador Lacerda ; aaui no Rio, como e urn pOuco mals dlficil a venda na rua, espalham-se pelo centro da ci<!ade, a fim de servir as apreciadores de seus
cuitutes e guloseimas. Muitos "apelam" para 2 abaras ou acarajes. para uma refei~ao, sendo dificiI a e ~ colha da sobremesa, aU reforc;:o ate 0 alm6~o, entre 0 bolo de aipim, bolo de milho, cocada branca aU preta, cuscus de tapioca, pamonha de rnUho verde, a incomparavel cocada-puxa, e outras delicias mats. Que so provando teremos uma tdeia do seu alto gabarito cuUnario. Tudo isto po. de ser provar!o tranqUllamente pois 0 que tem de gostoso, tern tambem de die;erivel, os Quttutes sendo teitos dentrb do figurino higtentco, as "balanas" sendo obri~adas a ter carteira de saude e de Identidade para 0 tuncionamento . Durante os poucos mlnutos de Dassa palestra, presenclel 0 aten_ d1men to a alguns tregueses : _ Como val "dautor"? Como vai a "madama"? Que leva hoie? Ccntou-me d.epots que eram fregueses habituals, que compravam para as familiares em casa, ou mesmo para amigos de outros estados aU paises, relembrando que alguns, apos conquistar a confian~a, faziam grandes compras no "pago depois" e sumlam, sern que lsto que servlsse de UC;ao . Para a baiana Carlinda Mata, serta urn otimo neg6cl0. .se fosse permlUdo as JUhas do Senhor do Bonfim 0 acesso a locais de grandes testas como no Pavilhao de Sao Cristovao, Maracanazinho e Maracana, a exemplo do que acontece na Bahia .
reza como criadora das coisas; tu. r. o Qne temos. e a natureza. somos rilL mesma; devemoc:-. nortanto, viver em paz amorosamente com nossoc;:, semelhant.ps. numa vtrtfl dp f!entl.lez~.c:-. Caoeta e 0 ca,l oital, e 0 demonio dinhplro. nue h .z ('am que corramos durf:lnte 0 dla todo. A. vida t6r!a. sem darmng urn mlnuto siquer de nOSSA.5 v'_ das". Nao. n~n e urn filosofo in· diano au chines aue assim SP. exnrecsa, ma~ ,lose Dat rinl. "0 Opnt.l}pza" Paulista dp 1917. 0\11" ati~_ giu RO oonto de " tluminflcao" olrttllRl ha 7 anns. rlesde preganr!o su~ fBosofia no (E ~ trad~ dp Fer ro e Centro d~ ('.1_ dade. not.damentel. p pm Niter6\, onde reside a A v. Feliciano Sodr., Muro da Subsistencia do Exerclto, portao 129, sendo cons!derado "Who da casa" . Auto-pedagogico no campo da espiritualidade, teve este preparo constituido de 2 estagios: 0 1.° a procura do camlnho - po.r volta C'! 1937, com uma prega~ao em Lins, Sao Paulo, obte,:,do muitos seguidores; 0 2.° estaglo - a de_ terminac;ao - verificou-se durante 0 tempo em que fol casado, com fUhos e bens, terminando com a "mensagem" recebida para inlciar sua vida de prega~ao , a 23 de d e~.embro de 1961. Sua ligura exc. tica • Querida de todos, e tern penetrac;:ao tao grande que. alem de goza'f gratujda~~ nos restaurantes, colettvos e Mercado das Flores (arse nal de suas armas contra 0 mal), "Oenttleza", ja foi a varios proo "GENTrLEZA" gramas de televisao conceder en"Deus. e essP. Mundo; a n!ltu-I trevi!: tas; fol tema de urn fUme
colorldo (cujo produtor desconhecel, atuanr.o ainda em "Uma RC'sq, PRra Todos", fazendo questao de nao receber urn centavo por tais narticipac;oes, pois SUa recom pensa, como dlz. vern do Pal Celestial. e, s6 0 falso profeta acelta dlnhelro em nome de Deus, como aeont!!:ce na maloria das casas de ora(:8.o e entidades reUgi'osas at.uals. Demonstrando extraordlnarla C2pacldade de flxa~~o, relata que e se"arado da esposa (que vlve com I"utro em companhia dos dais fithos menores), mas com ela man- . tenr!o boas relacoes. Para OentUeza. nunCa havera urna catastrofe rnunc!lal exterrnj_ nando a esptkle humana, mas sim. a Hpassagern" de cada urn, flcan": do aqui rnesmo nR face terrestre com('l urna lampada acesa se tlver nrattcando bons atos, e apagada, se ttver praticado maus atos. penan.vlf.entemente. Classlf1ca a fa_ ia 50mo: paoal, urn jardinelro; mamae, urna planta; e as tfUhos. as flOres. Dai conslderarmos todos Os seres como flores do jardim de Deus: a Natureza. A beleza, deve ser a natural, mats Interior do que exterior, a mulher; plntando-oe demasladamente, trai a Deus; e 0 corpo, mio deve ser mostrado, a nao ser ·para 0 homem amado, caso contrarlo .5era comerciallzado (os pais, sao os malo res pecadc_ res, permltlndo tais atos). Aposentado do IAPETEC, percebe NCr$ 92,00. dos quais pouco utill' za, pais Ole rnals facil urn burI"O criar asas e voar do que dinheiro aceitar". Considera a televlsao de hoje "escola da perdiC;ao", com a ma\orla r..r:>s programas (novelas, Chacrlnha e outros do mesmo teor) , verdadelros atentados 8. formacao moral e Intelectual dos que assi.s tem. Finaltza desmentido veempnte 0 . ato crlado nelo jornal "ultima ra" e urn filme documentario. Que afirmaram ter ele pprdtdo teda famil1a, ao vir de Nova Iguacu, em urn caminhao, nara a ~sls tir ::. 11m es petaculo no clr~o que. pm Nitero\. celfou tantas vidas a fata vf'rdadelro e a de SUa estada no local durante 4 anos, orando e confortando os faml11ares dos que Iii poreceram . A BANCA "QUENTE Ha momentos em Que a coisa fica tao "preta", Que ate parece briga, assustando. inclusive, os transeuntes que, p'o r ventura nao conhecem a "barraca do Botafogo"; aquela da Av . Rio Branco, quase esquina com Rua Sete de Setembro, onde talvez os mais fre_ neticos dlscuttdores de futebol se c,?ncentram, ocasionando algumas vezes a presenc;a da policia para "estriar" Os animos . A banea encontra-se no local ha tanto tempo, que quase nao se pode preeisar, tendo muitos de seus GUANABARA • N.• 18 • 1969
Tollto
"ntlgos donos ja falecidos. 0 atual, Erl1to da Fonseca, la se encontra d ~'sde 1940. Nasceu ein Pernambu('o, sendo norem carioca de cc1'a(:ao e registro desr!e 4' meses . "ToBOO", cpmo e conhecldo por 00dos, tr~balhava Quando guri na Ca ~ a Queiroz no Jar~o de Rar:) Francisco, e ia a C'ststir as dlscu~:s6es rte futebol encabecadas pelo chefe da tOfclda do V.'co, em frente ao exttnto Ca'fe palhf"_ t.a , ou, em frente a Igreja. Salu da Casa Quelroz, gurl ainr.I\, e fot vender jornais na rual pulando de 1I'Tl bonde para outr~ . caindo flnalmente na banca . Torcla pelo Andarai F. C., mas como, na epoea, n Botafogo encetou utna campanha de anoj~ aos ttmes pequenos, nasceu "aouele" amor nplo alvi; negro. motivando a InstalaC;ao de sua bandeira na banca . ToUto. conta aue ja. fol eonvl_ dado. varins vezes, nl"lra ser memhro It-anorario do clube, rn~s prf'ferp. ficar com 0 perrnamp.nte. nol~ f'sta multI) bf'm assim. Casado. e pai de uGarrinchinha" Que e urn Botafogo "subversivo",· pots, no fundo. e vascaino. Mora no Engenho de Dentro, onde nao foge as provoca~oes para a dtscussao de futebol. A ARTE ... PELOS PtB Balano lip na!:cirnento de 14 de malo de 1934, restdindo em Olinda (Estado do Rio \. e com "aU_ lier" monta~!) a Rua Gon<;alves Dias. na Galeria do Empregados do Comereio, a todos catlva e prendp. cor alg-uns minutos. Nl1ton Ho n ~facio, cuja ptntura simples, bell'\. e noettea tern urna caracte-
ri~tica inu C'ltada: a uttllza(:ao dos pes para tao nobre tarefa . BonHaclo comeC;ou a pintar aos 2 anos de idace - 0 Que prova a existencla do sentlrnento artistico antes do comercial - e hOje tern opo trnbalhar intensamrnte nara sobrevlver. sendo de NCrS 2500 p- medta de pre<;o dos seus Q~a~ dros. Executa na plntura, tanto t~abalho de encomenda, ('orno cepia feltA. na hora. A maioria de So us t.r abalhos e fruto c!~ sua im:?_ IZtnac;ao. Vende relatlvamente bern mas consideta-se urn princinjan~ t eo admlra Portlnarl e NllOOn Bravo, como bons criadore~. E casado, e tem uma fllha, Maria Hr_ lena, que e seu orgulho e a Quem T'''ptende tran!mitir t6da sua tecnlea. Para grande satisfaC;ao dos apreciaaores da pintura Nilton Bonifacio, e Urn estudiooo da arte cursa a Escola Nacional de Bel~ Artes, onde devera formar-se dentro de 2 anos . Acha que a pintura esta urn tanto relegada no BrasH e tern vontade de conhecer o~ grances centros europeus da plntura. Bonifaci-o estuda, pesquisa e aprlmora_se, merecendo, portanto, ~do nosso apolo para a reaUzac;ao do seu grande sonho: man tar uma exposiCao ali mesmo na Rua Oonc;alves DIas, oOde e tao conhecldo por OOdos n6s. "()~Tr,O .
nUARDADOR
DE CARRO" ~ talvez 0 m~ls antl~o l<Uarda~ rt.o r rip, rarms clo Rio rip. Janeiro. Das 9h as 22h la esta, ha 20 anos, sndando- de urn lado nara 0 outr~, ~t,ento a t.udo que acontece na sua "arpa" Trata-se de urn carioca d. 19 de novembro de 1917. Anti'_ nlo arico, servldor estadual aue, lotado na Assembhila Leglsltlva, funelona como guardador de CRrros no estaclonamento da Rua EvartsOO da Veiga . A area tOda abrlga cerca de 20 veiculos, mas como tem "quebra galhos" de muIta gente prlncipalmente pela ma_ nha, este mimero se trlplica Oll Quadruplica, trazendo-Ihe muttas vezes, problemas . E que multos, Inclusive funelonarlos da AssembIela, nao procurarn entender Que as areas ~ao cativas dos parIs. men tares, e Que, com a chegada destes, a obrlgaciio dele e colocar os carros dos mesmos, nao sendo, portanto, possivel 0 estacionamen00 alem do tempo por ele determtnado. Nunca houve, felizmentete, roubo de carros; de objetos slm, mas totalmente Ifora de sua responsabUidade; tambem, nunca houve caso de baUda de carro manobrar.o por ele ou roubo · de pe<;as. Goza da arnizade de qu:?_ se todos parlamentares; presta tnforma<;5es das mais varladas, tendo pleno conhecimento de quem ehegou, ou de quem saiu, quando sollcltado. _
3!
-
fcsse rico, reallzarla seus 2, gran-
Reside em Campo 'Grande, em
companhia da
esposa
des fonhos: 0 de comprar a sede
80m~nte.
velha do Flamengo e construlr a doo Ex-C<>mbatentea; e
pols todos seus fIIhos ja silro casa(los . 0 que ganha, aUxUiado pela "detesa" do estaclonamento. da bem para viver . Antonio Orlco t.m energla su!lclente para Impf. r.lr que algum "esplrlto de por-
Assocla~ao
comprar urna casa com quintal,
horta e
r.o", tente estacionar em momen"'1
coracao (abranda seu sofrimento
tos Inadeauados. Usa no volante uma admiravel mae,trla adqulrl-
a vida que leva) . Flnallza Chlta, dlzendo Que esla
rla nos anos de trabalho, para f'('_ lo ~ ar nas vagas as carros que the
na hora de mais urn· "show". 00meeta eantando trechos c!~ "Tor. ca", "Rtgolleto", "Aida" e outru 6oeras: nao perde uma no Muntclpal e 'gosta de Paulo Fortes Se-
sin entrelZUes com tOda con1ian~a
pelos usuarios .
As vezes Inter-
rampe a translto por alguns segundos, a tim de colocar urn car-
gue-se uma cena de "bang-bang"
"". ocaslonando businadas e xln. goo, segUldos de grace.los e palavrOeS quando, desimnedicfn ,., mes-
oomo se fora 0 proprio Cooper, oa a representa~ao de "0 Medico e 0 Monstro" . Ou atnda urn ex-prest-
mo. A.OS ouais Onco responde com urn dar dp. ornbro<l: aU sorriso .
dente ea Republica . Para flnsU-
zarJ a presen-;a extraordinaria da
"CHITA-."
Chlta, pelo Chlta.
Encontra ~10.
em toda. extensio
ARI MEU BEM
da Praia de Ipanema ou do Arpoador, e tacll, basta perguntar a
aualauer urn. ::tIe pode estar "em
trente 'ao Rio 1.880, ou em qua'. quer parte da prall', preterenclalmente no Ca, tellnho. Moreno quelmado pelo sol, baixo. de corpo "atletico". e as
quadas para a
tel~oes.
faeiais ade-
Imlta~ao
do "astro"
clnemabografico, que, aos 10 anos ao Jrnpressiona-Io com sua Intel'_ genela, ,t~ com que Jose COnce1c;ao, de.sde entao, passasse a usar
seu nome cemo apell<lQ: Chlta.
J.>esde a momento em que chega, Chlta niio para, brmca e compnmenta aOuitos e crian~as (quando wio e cumprlffientaco). fazendo as caretas malS variadas . Nas areias
da Urca, Copacabana ou Ipane.ma e realmente 0 elemento ma19
popular. No sell circulo de "am!zaaes". incluem-se : Carl1nhos Nie-
mayer, Matara""", Baby Plgnatarl Ide quem "ja tm" cO'.lnhelro), Edu Tem Tern (ex-c<>mandante da Pa. natr) . e outros mats . Vive de "rendimentos" pagos pelo gvverno <e eX-lexpeclclomirlo da FEB, no
pcsto de cabo) . Quando a colsa "aperta", "bate urn papo" com urn
dos amigos aclma c\tados e con, egue uma erva" (dinhelro) , ou faz wna visita a. SUa. !'av6_mae" residente em Jacarepagua com a
Idade de 113 anos (a qual ele pretende ultrapassar) e defende a "erva". Nunea se preocupa com a
36
vida, leva-a calma, com s1ncerid2. de, s<mpre brlncando, nada de orgulho; "0 que envelhece e a ma-
terIa, nio 0 espirito". Mora com
urn dos f ellS "am1gos", ( 0 dono do
sal Agula) , onde fica totalmente a vontade . V€z por outra brlga, e verdade com tollos e dlz que val em bora, mas
0
ncssoal da c asa pe_
de-Ihe que flque. ~and e
r.,
animals, onde arnt~os. to. tes desejos ocaslonam-!he treqiienternente, "ataques", pots sofre do crla~a",
pudesse receber seus
Chita tem 0
sonh;) de ter sua cass:. on-
de pcssa levar sua vida de "boemiD c receber sellS amigos. sO er-
trando quem nao tem responsablIIdade com famlUa . Conslderan-
do-se urn pOliglota" ''lfala'' frances
Chlta Italiano, Ingles e brasilelro, (nao portugues) porque Ee aproxlma multo do guarani, (ja que e neto de Tajoa). ll: carioca de 21 de mar~o de 1925. achado a porta ea santa Casa da Miserlc6rdla, em Laranjelras, onde fol crlado, dall salndo para 0 se~o MllItar. Pratlcou nata~iio, 0 que !he deu urn titulo, aDs 19 anos, na sede do
Flamengo (guarda 0 jornal que publlcou 0 aconteclmento) , e per.
mtte atuar como usa!va-1tdas" au
vigilante nas pralas. Sendo ta do
"maior
m:iOclnho
Gary Cooper, que
do
e0
cinema";
modelo para
suas representaf;OeS no geneI'D.
Chlta (que faz questao do tra. tamento) chega ao Castellnho ~em
cta marcado, por volta das
10 , horas .
,Antes de vir, lava
0
carro de um dos "donas" d.a CBS, seu a.migo, e que mora no mesmo predlo; joga, "bate papo", e quando esta "quebrado, da. um "show" para as Ifreqiientadores do Rio 1. 800, tirando uma media de
"O!ha meu bem, para mud.n~ falar eom Arl da Bolivar, lOS, daI 7 as 18h30 - K1 beleza" - "A fonetlca ~Ipou urn pouca errada ne garcto?" Expllca Art da Silva abbre a Inscri~a'o plntada num peda~o c!e pllistico branco, coloe.do aclma da cablna do seu cllminbiO (talvez 0 mals antigo do Rio); or.
guem-f'e outras; no sarrafo que serve de suporte para lana. lateralmente: ·"Agrade-;o a preteril!.
cia"; na parte trazelra. alnda sarrato, seu rosto pintado a (presente do 'Melreles, ' dado pols e grande a tente entre os r.ols) pela Inscrl~ao "Art preferencla" ; e abaixo ceria, "Nao e moU", 0
plica com'" uma adve"te:ncla
Quem vier na trazetx:a:. xlneo para. um amigo que critica 0 "i" ao Inves de '
SUva sempre simpatico e trata a todos (\~~~~c~~~:~:~~~ te, ment€: ) por "meu 1
~)l~~~~~~~i~~~~:~1
oo que faz do com que em retlexo nas proxlmidar.es da Rua
nlnguem desconhe~a Arl De boa estatura, slco avantajado (~;~~;;~~,~~~::I abdomen). moreno t NCr$ 30,00; quando esta com a alguns dentes faltosos, cachorra" chega aos NCrS 40,00; c1ar slm pa tla. 0 mlnelro se tlra NCr$ 20,00, pretere dlstrlbnl-los com a crlan~ada do morro \ te Nova. nasceu aos 20 de 1910 velo para 0 Rio rom da Babllcnla. Nao tem 'hora para ir embora, nem dia marcac!o para Trabalha como m~~~~~:;~a':;;~~1 anos, a principia vir; quando !he da na cabe~a, val e durante 15 anos, para a Urca ou Lido . Consldera Oscarito e Orande Otelo os dois 606 na Av . N, S.0 1.0 o;>~~::~~~ Em 1940, comprou matores atOres braslletros, com "bonzlnho mas acabou quem ja traba!hou em "Os 3 va. pois 0 2.°, e gabundos" em 52; na mUslca, adsempre "tlnlndo". We mIra Angela Marla, Elm Soares. mecanlco). Trabalha Clro Monteiro. Jorge Veiga e condantes .. AntonIo Sera!lm, Ne,JZIJi~ sldera 0 le-ie.!e rldlculo. Ja trae Nllton, bons rapazes balhou nas Tvs Tupl, ExcelsIor e nada tern a reclamar e Globo( esta Ultima. alias, nao !he satlsteltos . Ate agora. pagou) . J a trabalhou no Clrco fregueses tern tlcado sal:iS~Ott.iiI do Dudu, onde aprendeu plantar bananeiras como nlnguem .
Se
com 0 servlt;o de Ari
Arl "Mau Bern"
As vozes, apareee algum mals en· joado, mas 1850 raramente acontece, a malorla gosta, e faz ate In'llca~Oes". Tem grande cu!dado com Os objetos, pagando algo que por ventura flQue dan!flcado durante o transporte. 0 p~o da carga varia:" por exemplo, para Cop" aca_ bana mesmo, urna sala eusta uns NCrS 30,00, tOda mobilia, uns NCrS 50,00. 0 carrlnho "tlnlndo" sempre agiienta ~!rme" tendo klo, !nclusive. a Petr6polls. N!ter6! e Resende. As gorgetas sao bastante razoavels. De bermuda. chlnelos, camlsa manga. e urn bonOzinho !\....\b."allco (da fUha. "emprestado"). Art Meu Bern, que, como born fretelro, faz "boa. pra~a" a qualQuer urn, motlvando com Isso no "boteco" S . Judas Tadeu (onde ele atende pelo telefone 36-6668 quando a portugues esta de "boa mare"). 0 aneUdo de "Tagarela. ,. 011anr!oo sol,citado, sapatela no Chacr!nha, e sa! todo ano no Imperio Serrano . E... "Olha meu bem nara mudanca, !falar corn Arl da Bolivar. 105, das 7 as 18h30m - Kl beleza" . .
pornue achou Que a nolte tinha musica, mulheres e poesia mas nao p0S8uia as flAres tao neCessar!as ao amor. Por !88O. sente-~ plenamente reallzado auando vende uma lflor a urn -cavalheiro e e~te a "belja oferecendo a sua compa. nhelra, que, par sua vez, retrtbul. be!jando-o nO: face . Ii: urn ritual que slntetlza 0 amor. Impelldo por este espirlto e que Pedro. quando oferece uma fior a uma dama que nao esteja acompanha. da. nada Ihe cobra, pols pagar e mlssao do cavalbelro. Aas1m age Pedro das Flores, cuja at!vldade de .culto ao amor e a cortesla nasceu sob fste signo, pols a prlme!ra flor que sa1u de sua cesta nao fol vendlda, mas oferec1da gratultamente a urna dama. :t: par essa razio que snas fIores ria:o tem pre~o, elas valem exatamente a quantla que 0 comprador paga a sua vontade, ou melbor, a altura do"amor que carre".. ga no cora~ao ou do dlnhelro que leva no OOlso. Pedro e urn homem fellz com a sua at!v!dade notuma : "d!arla_ mente !nlc!o a m!nha trajet6r1a pela Cantina. Sorrento e percorro to!! ... as casas notumas de Copacabana e Ipanerna, 0 que me rende em media cerca de 50 cruze!ros novos d!ar!os, nos dlas nor. mats, e de 100 a 200 cruzeiros novOs nos sabados de grande mov!menta . ,. As vezes "ae:ontecem umas surpresas: "Certa nolte. "n o "Balato", em reunlao da Halta", inclusive com a presen~a da cupula adm!_ n!strat!va e de dlplomatas, ehegue! normalmente e ful oferecendo flores aos cavalhe!ros presentes . 0 resultado fol que vend! to. (jas as m!nhas flOres e sai daquela casa com 2 m!l e 600 cruzeiros no.vos. ser..do · boa parte em d6lares. Este e recorde dlfic!l de ser su~ perado." Pedro. que sempre fol boemlo e sempre trabalhou com flores, d!z que dessas duas palxOes surglu a sua proflssao. Esta acostumado com 0 seu trabalho, que lbe da !nclu:!ve !nsp!ra~ao ' para fazer poe. sia ten~o como tema as suas queridas flores, nao s6 as rosas como as v!oletas e a Orquidea: Adepto da mUslca popular bralSlle!ra, ja compos urn samba em jhomenagem a Art Barroso e acha
PEDRO, 0 DAS FLORES madrugada fria Mu.lca e alegrla Mulberes e uma flor Ii: poesla . Representa 0 arnor" o autor deste, versos - Pedro Luis de Ol1velra Nunes - come~ou a vender Hores ha 23 anos na ant!ga buate "Casablanca" da Urca, UE sta
IiiUANABARA • N.- 18 • 1969
.
Pedro d .... FlOrea
que a "le-i~~le " esta passando de moda . Lamenta alnda que tenham estabelec1do urn horarlo de encerramento para a nolte, medl_ da se~slvelmente prejudlc!al a v!da boem!a da c!dade. Ii Hlinll.... f••1 ... I••r..SI., ....... •• ,......'., ufiIntI n.sso Inri•• 1I1••• e•. Fie•• ~,....... IllsI. r••,rt.. ,.. c.. • ••• .111 •• ••lre'I.... DI_.II.....
,m... .
f., __
"MANDUCA AMERICANO" Batxote, de Demas aroueadas
p
glOSsas, magr!~o, aparentando ~ an~s quando jll. carrega nas "ostu
74, ao passar pelas ruaa Ih cidade pedalando uma b!c1cleta ou um trlClclo che!o de bandelrolas do America, e fac1lmente !dent!flcll...
vel
Antes de 1913. seu esporte fllvOr!to era o · c!cUsmo, corrla pelos Fentanos, que tinha as cores vel'''; melbo e branoo: da!.ua preferencla pelo time alv!-rubro. Conta ele que, \1Dl d!a, passando por Camp03 Sales, entrou para ver de perto 0 "templo do D!abo", e dele nao mals sa!u. Pols ate hoje v!ve per all, espreltando para. ver se precisaram. dele, que estara sempre as ordens. Canega e ex!ge com orgulho a cartelrlnha dada por Glullte Cout!nho, embrulhada num pape) celofane para proteger do suor. Sa! dlar!amente de casa na rua blclcleta, trocada na 10ja p<. la do patrao, com urn belo escudo do AmOr!ca: e!e nao e do mesrno time, mas concordou, caso contrario nao 0 ter!a com<> empregado . De 1915 a 1920, Manduca jogou futebol pelo S. c. Opos1~ao, time que funrlg,ra mas, corn a necessldade de ananjar dlnhelro para casar, f!cou lmpo,s1b!l!tado de -::ontinuar vestlndo a camlsa encamada do ~ i1!ado da " Federa~ao da Ro~a" . Forte -como um touro e alegre -como urn andorlnha - como ele mesmo fala a. sell respelto, aos domlngos pega a b!c!cleta sa! da Aboll~ao, atravessa Inhafuna, pedala pela estrada de Itarare, passando por Ramos e Olarla, e chega a Penha, nas !medla~oes do Hosp!tal Getullo Vargas. para ver o tornelo "juvenil. onde aprecia a gurizada, sempre achando que um deles vat f1car urn "estoura~o" e que tena grande chance com Flavio Costa. Satlsfeito, pega sua b!cicleta e percorre novamente todo o trajeto de volta chegando. lep!_ do como saiu, polS, como afirma, "" forte como urn touro e alegre como uma andorlnha". Pergun~ tam-Ihe porque usa, de manhii. a nolte, a camlsa do America. Responde que e questiio sentimental e de saude, paiS sendo americano ha 50 anos, nao haverla de usar a ramiEa de outra agremia~ao qua!quer ,ou mesmo uma outra que par melbor que fosse, •
37
ENTROSAMENTO UNIAO - EST ADO GARANTE ACAO DA COHAB-GB
38
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COMPANmA DE HAB
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conh.ecp., 0 pedreiro Valdemar' Nii(l conhece? Mas eu vou Zke apresentar De maclrugada tama 0 trem ntJ [circular Faz tanta casa e neio tem casa prtl. [morar.
o TRABALHO EdIger de Aleneer I I NA MODINHA CARNAVALESCA
D
Leva a mannlta embrol/ulda no [tornal Se tem al~o nem ¡ sempre tem [jantar Valdemar que mestre no ojiclO Constr6i um edi/icilo E de pois nao pede entrar.
o
e
Por vezes a lamenta~a., e malor. trabaJhador reclama a destrul_ ~ao do seu barraco. E um drama repetldo. Na batalha das .favelas, em que a Govemo intervem como Ihe cabe, Inclusive para resguardo da vida dos proprlos moradores, muitas vezes tendo que ag!r drasUeamente, os eomposltores buscar moUm para as suas q xas. Como no samba de Manoel Pinto A1rao e JOI"gl> de Castro (1960). AI MEU SENHOR!:
o
Ai, at meu Senh01" Ai, al meu Senhor Desce aqui na terra . E vem ver a vida do trabalhador. Ate 0 1MU barraco de.troiram Do meu amor um .. ldgrim4 roloa A turma da e&cola com<lvida Chor'ou, chorou, chorou.
,
POR
multo tempo a musi-ea popular do Rio, na sua quase totalidade, f'ol produ~ao de gente humllde, de assalilrlados de tOdas as profissOes, de funcionarlos publicos modestos, de proletarl08 e pequenos burgueses. Quando hevia urn escrl tor ou bacharel pelo
meio era
48
exce~ao.
Geralmente se
tratava de gente que tinha as vistas voltadas mals para 0 teatro musicado, que rendia regularmente e proplcla va 0 melhor tutu dos tempos. Ainda DaO ganhara a m1islca do povo 0 formldavel ref6r~ dos jovens, dos estudantes, que de uns anos nara ca, tomaram ()()nta da pra~a, botaram banca e foram pra frente.
Pena
e
que
esses jovens por motivos qualsquer ainda nio tenham aderido com tOdas as f6r~as a can~ao de car_ naval, tao Importante (e rendosa) no Mercado e no cenario da muslca papula: brasllelra. Alnda pelas decadas de 20 e 30 deste secula, quando mo~os se metiam nR musiea. como executan-. tes. Interpretes Oll composltores, 0 fazlam com reservas. a medo, 80r_ ratelramente. 0 radio alnda come<;ava. Almirante conta semple
que
~u
0
Bando de Tangaras dlsfar-
as sens t"'omponentes, inelu ...
sive 0 Bragulnha (Joao de Barro), parque moc;<Js dl, tintos. de boas famillas, tlnham ver~onha de apa_ reeer em publico cantando, tocando ou compondo, Braguinha era mho de grande Industrial, conhecldisslmo em Vila Isabel. Da! ter fleado como Joao de Barro ate hoje. TamMm por multo tempo se pensou que a musica vopular cartoea fosse apenas "trabalho" de' malandros e desocupados. Essa est6ria de mustca de morro au. mentou a versao. Mas a verdade e aue 0 trabauio sem pre esteve presente na composieao popular, senao romo atividade. ao menos como terna, como materia prima ... Um R.. das oomnosicoes mats felizes sobre 0 tTabalho e, sem duvl.da, o samba PEDREIRO VALDEMAR, de Roberto MaTtins e Wilson Batista, para 0 Carnaval de 1949. Tern sldo cltado em varlas oca~ sloes e. alem da beleza melodlca, os dois' Vf~te ranos comnosltores' (Wilson, Infelrzmente, ja. se fol) focal1zaram 0 drama do pedreiro que eonstr6\ casa pra todo mundo e nao tern onde morar :
Dlrao que ai nilo M propria.. mente Q tema trabalho, mas M. Alem do trabalhador reclamante, em tom de samba, transparece a magoa pela destrul~ao do barraco que deu trabaJho a construlr. Para usar a designacao' em yoga, eu dlrla que se trata de atltentlco samba de protesto. Urn dos mals belos sambas do canclonelro carioca e A LATA D'" GUA, no qual dols composlt( de cartaz. Luis AntOnio e Jo Junior, retrataram, com fellclda de, nilo somente a. vida durisslm.. de uma lavadelra de roupa morro, mas tambem a ¡ etema e cruclante falta d'agua que tan anglistla ja Infllnglu ao carioca morro e da planicie. do barraco do apartamento de luxo, da de suburblo ao solar da Aven! Edison Passos: Lata d'al1ua na cabe~ Lei va; MaHa .. . La vai Maria .. .
Sobe
0
morro e nao se cama
mao
Pela leva a crian9a Lei vai Maria!
Maria lava rPUpa Id no clto, Lutando pela plio de cada dia, Sonhllndo com a vida do G3J Que acaba onde 0 11UII'1"0 P lci
Aqul e all 0 drama na., nem a ser comMia. pOis se 0 tente e duro, a prec!siio nem
Vau pro: oasa descansaT Mas 0 expresso Quase sempTe se atrasa E quando chego em casa Estd na hara de voltar.
o trem e 0 grande veicwo Que as composlc;oes carnav&lescas tocaUzam como instrumenta de aflleao e desespero. Mas tamoom ha 1/08' barcas de Nlterol. Se a agonla 'lIo trem e permanente, tambem constltul tartura a obrlga~;;,o de vlajar pela linda Baia de Guanabara Que se dlra da 'c rlatura Que diarlamente e obrigada a utlllzar-se dos dols melos de transporte? l!:- de lascar 0 cano. Pols essa tragedia diarla fol posta em versos alegres por barbosa da SlIva e Elol de Warthon na matchina Ealtltante CANTAREIRA, do carnaval de 1961:
e
S6 vendo como que doi S6 venda conto e que dot Trabalha r em Madureira Via;ar na Cantareira E morar em Niter6i.
Na verdade, esse lance escapou ao Dante Alllghierl no seu Inferno. Mas delxemos as barcas e volte_ mos ao trem. Quem nao se lembra do belisslmo samba 0 TREM ATRASOU; de PaQulta, VlIarlnho e Estanlslau Sliva, urn dos classlcos do genero e grande sucesso do carnaval de 19411 Patrao, a tTem atrasou Por isso estou chegando agora 7'rago aqui 0 memoranda da [Central.
a o
trem atrasou meia hora, senhor nao tem razao Para me mandar embara . Araci de Almeida, consagrou a "Mulher do Leiteiro"
pols
t
0
objetlvo do ganho e ou-
exato que eSSR estOrla de
guardar dinheiro para 0 carnaval faz parte tambem da vida do trabalhador. Afinal nem tudo e lesco...l.esco. MARIA LAVADEIRA, batucada de Black Silva e Jose Domingos (camaval de 1961), tlnba versos expressivos: M a.ria lava. lava Maria esfrega esfrega
Depois do passa passa BZa vai fazeT entrega
E assim
0
ana inteiro
Trabalhando noite e dia
E-aa
leva
0
seu dinheiro
Pra faz er a fantaSia
Na verdade maior sofrimento era o da mulher do leitetro, inclusive por falta de motlva~ao. E como "0 letteiro. coitado, nao conhece ferlado", a sua cara metade ds. urn duro de cortar cora~ao. Haroldo Lobo e Mllton de Oliveira, urna -dupla de sucesso, lan~aram paTa 0 carnaval de 1942 a ID8.!"chlnha A MULHER DO LElTEIRO, Que Aracl de Almenda perpetuou com excelente lnterpreta~ao: GUANABARA . N.- 18 â&#x20AC;˘ 1969
Todo mundo diz aue sofre
sotre, sotre neste mundo Mas a mulher tio leiteiro sotre mais
Ela "assa, lava, case controZa a freguesia
e ainda lava garraja vasia.
o Que In/emallza a vida do trabalhador, muitas vezes, nao e propnamente 0 trabalho, mas a conduC;a:O. A conduc;ao e fogo. No Rio o tran~pOrte ern trem au 6nlbus a1nda e urn supliclo que leva qualquer cristao para os ceus sem trimslta pelo purgatario, louvado seja. Trabalhar nao d6i, chegar, ao local do dioo e que e de amargar a~ucarelro . Antanlp Almeida e NlIo Barbosa, no samba MEU TUTU, focai1zam 0 drama:
as
Eu saia 4 horas de Bangu You pro tralJalha defender 0 meu [tutu Ai, ai, ai, Rasalina Voce nao sabe como triste a mi[nha sina.
e
Na lim do dia. Cansada de trabalhar Eu peaa 0 trem
ZI!: MARMITA, samba de Brazlnha e Luis Antonto (carnaval de 1953), contem outra descrl~ao felicisslma do ope:arlo que sal de madrugada com rnarmlta. Mals tarde a esquentara e depols de esvazla-ln, lsto e de tranterlr 0 seu conteiido para a barriga, vat descansar jogando urna pelada com bola de mel a : Quatro horas da manh6 Sai de casa 0 Mannita Ze Marmita vai e vern. Pendurado na porta do trem
ze
o funclonarlo publlco fol selJ'_ pre flgura de llteratura. Ou de caricatura. No romance, no conto. no teatro ou na "charge" 0 velho setvidor publico nUDca delxou de ser retratado. Quase sempre com temura e pledade, mas de Quando em vez com maldade e com rE'!quintada sattra. Amanuenses de outros tempos, <lnclals admlnlstratlvos "de hoje, continuos e ser_ ventes, rhefes de se{:ao e dlretores emproados, roda essa tmensa coorte aparece em capituIos Sllcessivos de Manuel Antanlo de Almeida, Machado de Assls, Lima Barreta, Clro dos Anjos, Marques
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