Car
no
val
84
LOJA *** CAPITAO ELIAS #lei
ESPECIALIZADA EM ARTIGOSMASCULINOS DE 1a. QUALIDADE CALCAS - CAMISAS - BLUSOES - PIJAMAS ATACADO E VAREJO - PRECOS ESPECIAIS - VENHAM CONFERIR
A apresentar;ao deste anuncio dfl direito a urn desconto de 10/
RUA DA AL FANDEGA, 370 - tel. 224-2264 - RIO DE JANEl RO
IMITADA
MAS
CONFEITARIA NOVA CENTRAL DE CASCADURA
NUNCA
IGUALADA
NERVAL GOUVEIA, 439 RIO DE JANEIRO - RJ
•
Esta e a decima edi<;ao da revista que 0 Departamento Cultural da Lins Imperial publica todos os carnavais, com 0 objetivo de gravar para 0 futu ro, a hist6ria de cada desfile da Escola. 10 dificil de se com preender, mas a verdade e que a bibliografia das escolas de samba e bast an te pobre, praticamente nao existe. Na Lins Imperial, a situa<;ao nao era diferente: as fotografias eram raras, e 0 enredo, 'J samba-enredo, a n dos desfi les, alas, os artistas praticamente to tes dos desfiles arnavalescoseram guardados no pequeno cofre da mem6ria dos sambistas mais ant igos.
E, assim, muita coisa foi perdida deste manancial de informa<;Oes tao importantes para a compreensao, 0 entendimento e a evolu<;§o dessa arte popula r de tanto significado no Brasil , 0 desfile das escolas de samba. Agora, com a cria<;ao do Museu do Carnava l, novos cam inhos se abrem rva<;ao dos que
nossa parte, acreditaque 0 grande objetivo da Revista foi plenamente atingindo: perpetuar, nos seus aspectos mai s significativos, todos os carnavais da Escola. Essa e uma alegria que compensa todo 0 sacrificio e trabalho que se fizeram necessa ri os. Incomodamos muita gente. Mas, se todos voces nao tivesse m c omprado conosco esta iooia, ela nao seria real idade. Voce, que viveram conosco esta decada de samba, recebam, de cora<;ao, com muito amor e carinh 0, a nossa ed i<;ao dos dez anos. Ela e dedicada a todos voces, nossos am igos, colaboradores, anunc iantes, sambistas e dirigentes, cujo apoio al imentou o nosso esp irito nessa luta. Agora, todos Passarela do Samba.
a
3
Como Nasceu 0 Dinheiro HA
HUAN~
DU .DD'
ZlIEHN _MARK_ • ••• ,,". • • ,.DEi' .... • " • .. h-'·-.......:..t __ t. .". ~LH~
•••
•
~
••
!)r'l'f!KRA"S(HEN:
"" ••••• Upu81n,.. "
No in/cio da hist6ria da humanidade, muitos sCcuios antes de se USa! 0 dinheiro, praticava-se 0 cscambo, trocando-se mCIcadOo rias e outros bens. Com 0 tempo, em cada regiao, algumas mercadorias, pela sua utilidade passaram a ser mais procuradas do que outra:J. Aceitas por todos, assumiram a funlt30 de moeda, circulando como elemen10 trocado por outros produtos e servindo para avaliar-lhes 0 valor. Eram as moedasrnercadoria. o gada, principaimente a gado bovino, foi a moeda-mercadoria mais usada. e ate hoje cmpregamos paiavras como pecunia (dinheira) e peculia (dinheiro acumulado) derivadas do tenno latina pecus (gado). Da mesma forma, a palavra capital (patrim~ ruo) vern do iatim c!lpita (cab~a) e a unidade monetma da India - a rupia - tern o nome derivado do hindu rupa (gado)_ o gada teve tanta importancta, que inumeras moedas de metal, surgidas posteriormente, apresentavam a grava~ao de figuras de bois. 0 usa do gada como moeda foi ampiamenle difundido entre povos pastores da Grecia Antiga, Persia, Italia, Germfmia, Jrlanda e outra!> regiOes asiaticas e africa-
nas.
a
Ceo t;Ill BRnk 0
••
rooCi O!NQUiENTA KWANZ:A~ 4
A grande proeura de sal, condimento empr~do na conserva~ao de alimentos e de diflcil obten~o no mterior dos continentes, levou utiliza~3o desse produto como moeda-mercadoria. Na China. durante muito tempo, foi 0 meio circulante oficial. A palavra satano (remunera~io) tern como origem 0 usa do sal para pagamento de servi~05 prestados_ No Brasil, trazido pclo escravo africano, 0 cauri se manteve durante longo tempo como moeda, empregado, primordialmente, em transa~Oes comerciais entre os negros. o comercio de escravos. praticado pelo hOo mem desde a AntiSUidade, Jevou ao aparecimento desta insOhta moeda: 0 homem. Escravos foram, durante muito tempo, moeda corrente em vastas extensOes do mundo, servindo nao apenas como meio de pagamento, mas tambem para a acumula~ao de riquezas_ Para 0 Brasil, roram trazidos como bra~os para a lavoura e eram, geralmente, adqullidos na Africa em troea de grande quantidade de cauris. A primeira moeda-mercadoria que os nativos brasileiros possulram foi 0 pau-brasil. madeira abundante em nossa terra e bas{ante cobi~da pelos eUfopeus, que a troeaYam por pradutos manufaturados. Outras mercadorias que aqui circularam como moeda foram 0 a~ucar, 0 cacau, 0 tabaco, o pano de algodao e a borracha. A maeda, como hoje a conhecemos, e 0 rcsultado de uma longa evolu~ao_ Quando o homem aprendeu a trabalhar 0 metal para fabricar seus utensilios, estes passaram a ser mcrcadorias muito apreciadas. Os objetos de metal utilizados como moeda-mcrcadoria, apresentavarn fOfmas das mais diversas. Variavam de tripes e ta~as de bronze (Grecia), terrinas c garfos de bronze (It:iJ ia), lanltas de ferro (Africa), gigantescos bloeos de cobre em forma de achas (A1asca) a ancis e braceletcs de ouro. Bas-
tante curiosa era a p~a denominada more do dinheiro, da qual eram retiradas moedas de cstanho no momento do pagamento. Barras de metal se impuzeram como meio circuJante, devido nio sO a sua procura e aceita'rio, mas tambem por quaJidades increntes ao novo material: durabilidade, possibilidade de ser fragmentado e facilidade de transporte. As barras, lingotes de metal com padrOes definidos, eram pesadas e avaliadas a cada troea. Para se evitar inumeras pesagcns, passou-se, posteriormente, .a gravat;ao, nas pC'ras, de carimbos que dessem o valor certo do Iin~te. Essa marca de garantia, 0 cunha ofictal, transformou 0 conceito do dinhciro. Surgiram, entio, no seculo Vll AC, as primeiras moedas. Na lIha de I!gina, Grecia, sio cunhadas pe-;as de prata com valor e peso definidos e, na Lfbia., aparecem pcquenos lingotes ovais, de uma liga natural de ouro e prata. Os primeiros metais usados na cunhagem de moedas foram 0 ferro, 0 bronze, a prata eoouro. A cunhagem de moedas ern ouro e prata manteve-se durante muitos sCculos, sendo as pet;as garantidas pelo valor comercial do metal empregado na sua confect;io.
Formosa 5 yuan ¡1955
Quando os ocidentais clmhavam. as primeiras moedas metaJicas os chineses da dinastia Xi (600 AC), faziarn circular tiras de tecidos com a fun-;ao de dinheiro, passando depois ao papeJ moeda. A impressio era feita com tipos entalhados em blocos de madeira. Notas de varios valores apareciam ja, em 650 da era cristi. Dizem alguns historiadores que 0 Banco da' Inglaterra foi 0 primeiro a lan-;<tr no ~ei dente 0 papeJ moeda em verdadeira circulat;io, em 1694. No Brasil, os primeiros bilhetes de bancos, precursores das cedulas atuais, foram emitidos pelo Banco do Brasil, em 1810. o enciclopedista frances d' Alembert atirmou 9ue "bastariam as moedas para contar a historia do mundo". A Numismatica ehoje importante ciencia, c1assificando e estudando milhares de moecias que sio importantcs documentos das diferentes epocas e civilizat;Oes. o conjunto de cedulas e moedas utilizadas por urn pais forma 0 seu sistema moneta.rio. Este sistema e organizado a partir de urn valor que Ihe serve de base e que e a sua unidade monetana. Atualmente, quase todos os paise.s adotam o sistema monetano de base centesimal, no qual a moeda division ana da unidade repre¡ senta urn centesimo de seu valor. Apesar da variedade de simbolos que 0 dinheiro assume hoje em dia, ha quem defenda (assim como os esperantistas, no setor da Hngua) uma moeda universal, que fosse a mesma para todos os paises.
Moedas do mundo Afganistao Albania Alemanha Arabia Saudita Argentina A.ustria Belgica Bulgaria Canada Chile China Costa Rica Cuba Dinamarca Rep. Dominicana Egito Equador Espanha Estados Unidos Eti6pia Filipinas
afgani lek marco alemiio rial
peso
schilling franco lev dolar canadense peso chilena jen-min-piao col6n peso krone (coroa) peso libra egipcia sucre peseta dolar d61ar etiope peso
Urn florim ouro, do seculo XIV.
PAIS
MOEDA
PAIS
MOEDA
Finland!a
markka (marco) libra esterlina dracma gourde gulden (florim) lempira forint rupia indiana rupia dirtar libra israelen5{~ lira dinar yen dinar libra libra franco peso
Nicaragua Noruega Panama Paquista.o Paraguai Peru PolOnia Portugal Romenia Salvador Siria Suecia
cordoba. krone (coroa) balboa rupia guarani sol zloty escudo leu col6n libra dria krona (coroa) franco sui~o baht ou tical koruna (coroa) dinar libra rurca tchervonetz peso piastra Dong IXgAn Hang
Gra-Bretanha Grecia Haiti Holanda Honduras Hungria India Indonesia Iraque Israel 'tAlia Iugosiavia japAo JordAnia Libano Libia Luxemburgo Mexico
Menor moeda do mundo: J apso.
Sui~a
Tailandia T checoslovaquia Tunisia Turquia VRSS l1ruguai Vietna (Norte)
Decadracma, Siracusa, 500 a.C.
5
;; o
.~
o m
'"
;::• E
.~
..•
E o
.~
o
~
!• o
o
C
~
o
Z•
•o
,3
6
50 ANOS DE SAMBA Cinquenta anos de samba. Muita g/6ria e um aumento substancial de responsabilidadB. At~ porque s50 poucas as escolas de samba do Rio de Janeiro que ja completaram meio Sllfculo. Podemos citar a Portela, de 1923; a Mangueira, de 1928 e a FiIhas do Deserto, de 1933, de cuja fusao, com a Flor do Lins, de 1946, nasceu s Lins Imperial. Nestes cinquenta anos de sanba muitas coisas aconteceram, sempre com as cores verde e rosa dando 0 seu meado para a beleza maior de uma manifestaC§o popular que os especialistas em festejos folcl6ricos mundiais classificam como 0 maior espetaculo audiovisual do mundo. tncomparavet em cor, luxo, cri~ao, improvisac;ao, 0 desfite das escolas de samba e 0 que se pode chamar de urna verdadeira 6pera de rua, completa, por sinal, por abranger todas as artes classicas - canto, dant;a, musica. E nessa 6pera de rua caracteristicamente brasiteira, a Lins Imperial marea present;a com a pujant;a e a garra de seus desfilantes, desde 0 modesto empurrador de alegorias aos dirigentes da Escota. Cinquenta anos de samba consti10em um longo passado. E, dele, avultam . lembrant;as que nfo podern ser relegadas ao esquecimento. Etas estlo vivas e fazem parte da pr6pria hist6ria des desfiles, que jc\ rnarearam 'pees na Pr~. Onze e na Candeliria. Uma ~poca boa. De grancles sacriHcios, mas muita satisfac;:ao: a ootebre corda que protegia 0 sambista do p'ublico e evitava 0 confronto com os integrantes de outras agremiac;:Cies, as primitivas alegorias confeccionadas pel os pr6prios componentes das escolas, bem como a bandeira, que contava pontos nos desfiles, e que era pintada com motivos alusivos ao en redo camavalesco. E por falar em enredo, vale lembrar os daquela t!poca, quase todos baseados em temas hist6ricos au de exaltat;ao. Aqui, alguns desses temas: Batalha do Riachue/o, Cotonicultura Brasileira, Brasil Primaveril, Cultura do CaM, Independ§ncia do Brasil, A Redentora, Tres Vultos da Medicina Brasileira, Catulo da Paixao Cearense, Reino do Mar e tantos outros. Um .tempo em que os sambistas pagavam as suas fantasias, nao se falava em dinheiro, tudo era puro amadorismo. am or ~s cores da escola. Dar 0 ga rbo das damas e barCSes, pr(ncipes e princesas, fantasias de maior agrado des desfil antes, que disputavam ainda 0 direito de vestir outros membros da nobreza se, porventura. 0 enredo assim 0 exigisse.
o $orriso de Clementina de Jesus ao recaber a notfcia de que seria homenageada como Rainha Negra, enredo do carnaval de 82. Ao seu lado, Car· los Manoel de Carvalho, Vice Presi· dente do Departamento Cultural da Lins Imperial , Daniel Fernandes, Presidente da Escola; e a compositor Helvecio Antonio de Lima (Tibur. cio) . (fot o 0 Globo)
o
compositor Agnelo Campos. 0 Guine, recebeu 0 cob~ado troMu, 0 Estandarte de Duro, de "0 Globo ". pelo melhor samba enredo do carnaval de 80: " Guarda Velha, Velha.
ANTERO MARQUES Advoaado
Guarda" . composto em pareeria com Valdir Sargento. Presente ao ato, 0 pu xador oficial da Escola Fernando d. Lins (foto 0 Globol
Antigamente, as problemas eram reo solvidos com imag inacao, como Ii 0 caso da torre de sam , imp rovisa-;ijo que reunia uma duzia de baterias e um a corneta que gerava o som para 0 desfile. Ali. era acoplado 0 microfone que seria usado pelo puxador oficial para cantar a samba. 0 mals ironico e que esse maqu inismo quase sempre falha· va na ho ra rna is importante, a do des fil e. 0 que ocasionava um inev itave l at raso. E os ca rros aleg6rices, entao? Eram montados sobre rodas de madeira, algu mas emprastadas pela Companh ia de Limpeza Urbana. Nao raro. cediam ao peso das escuhuras e pai.....eis. motivando tambem 0 atraso do desfila. Mu ito bern, Nestes cinquenta anos, muita coisa mudou. Se para methor ou pi~r, f! questao de ponto de vista, 0 importante Ii que a pureza do espetacuto de canto e danc;a arraigado na alma popular fez com que 0 desfile das escolas pudesse resis· tir a tudo, ao tempo e aos mod ism os, gao nhando enorme prest(gio a ponto de cons· tituir-se na expressio maior do carnaval, uma atrac;ao turistica internacional. E se hoje, 0 espetttculo se enrique' ceu de luxo e grandiosidade, grac;as , princi· palmente a participac;ao de art(stas plasti· cos que criam e confeccionam fantasias e alegorias, e a utilizac;ao de um sofisticado sistema de som, conserva tambem a criati· vidacle in ata dos passistas, do mestre-sala e porta-bandeira, das baianas, e de tantos ou· tres remanescentes daqueles -..e thos e bons tempos. No caso da Lim Imperial, este meio sekula E! um marco bem vivido e sofrido . . Ate porque a Escola nao tem patrocinadores; viw de seus p r6prios ensaies e da colabo rac;ao de seus componentes, que pagam suas fa ntasias. Sao cinqOe nta anos colorindo a pin a do desf ile com a \Ie rde e rosa que tanta gente espera 0 ano inte iro. Cinquenta anos bem vividos e sof ridos. repetimas, Mas valeu a pena ...
Escrit6rio Rua senador Dantas 117 sala 645 Tel. : 240-8589 7
oQUE
FALA MAIS ALTO
~I>.-ÂŤ.::
f
un:1I \
H~
IIFl
o homem nada criou no Un iverso alem do dinheiro. Os fenomenos qu im icos, mecan icos e fisicos - todos eles - estavam apenas esperando 'serem descobertos, interpretados e aproveitados. A religiao jazia latente no primeiro macaco que, apavorado com a luz subita, viu no re lampago um potencial e perigoso in im lgo. E, no sol, com seu calor, um amigo e aliado, que Ihe garant ia com ida e aconchego. E, na lua, uma protetora pal ida e lum inosa em noites interminaveis. Tudo isso, il medida em que se desenvolvia, o homem passou a aproveitar de uma forma ou de outra, ate descobrir que poderia, com os prbprios bens, obter - por traca - outros que Ihe eram necessar ios. Era a moeda-mercador ia. Ha porem, uma di ferenc;a fundamental entre dinhe iro e moeda. "Tenho isto e quera aqu ilo" o simples enunciado nega 0 dinheiro como tal. "Isto" e aquilo" poderiam ser bois, cereais, frutas, objetos e ate homens, mulheres e crianc;as. Du rante milenios 0 sistema funcionou, ate que 0 primeiro homem percebeu que as milhares de conchas entesouradas .il custa de sal, milho, arroz, trigo, nao podiam converter-se, de imediato, num machado novo ou numa parelha de bois para arar a terra. Nao era ju sto um homem possui r m il ovelhas e nao poder comprar com elas a mulher de seus sonhos que, ao valor corrente, valeria no max imo cem. Comer,;ava ai a deixar de exi sti r a moedamercadoria com o val or economico. E 0 homem, que nada hav la cri ado ate en tio, comet ia sua primei ra e un lca incursao no ca mp o da invenr,;ao: nasceu 0 dinheiro - um val o r absol u to que determlnana, para se mp re. 0 dest in o de todos - povos e ind iv iduos. E que - logo a segu ir, por ironia - 0 prOpriO homem, pela voz de suas mU ltas re lig i(ies, iri a consi derar como a "ralz de todos os males ". Mas nao importa. mal estava fei to e 0 que nao tem remedio remediado esta E e assim que a lIns Imperial - trazendo em suas alas os descenden tes diretos de quem f oi moeda co rrente - entra na Avenl da absolutame nte ce rt a de que, ho je como se mp re , sO VA L E QUEM TEM .
o
8
Enredo
TEXTO: Rene Amaral
Introdu~ao Embora 0 dinheiro representado por moedas s6 viesse a aparecer m ilh5es de anos mais tarde, ele passoo a existir, praticamente, desde 0 momenta em que 0 homem comecoo a agrupar-se em tribos e comun idades_ Sua forma era um tanto vaga: poderia ser a disposicao que 0 homem tinha para 0 trabalho, a coragem para a luta, a agil idade para a caca 00, mesmo, a capacidade que demonstrava para gu iar seus companheiros a terras melhores e mais hospitale iras. Dentro desse conoe ito, as primeiras riquezas foram se fonnando, pois, aqueles que se destacavam nas comun idades, os bens acorriam com maior facilidade, comecando, assim, a divisao de classes de acordo com as posses de cada um e, con~quen-
temente, a cobica, que nunca abandonou 0 h omem desde a primeira vez que alguem desejoo algo que rno Ihe pertencia_ A evolucao foi lenta. Como moeda corrente comevaram a ser usados an imais, frutos, peles, armas a ate mulheres e filhos - estes tiltimos tenpo alcancado valores incalculaveis pelo que representavam em satisfacao pessoal e na capacidade de aumentar a forca do "trabalho de seus possuidores. Paralelamente, foi se desenvolvendo 0 conceito oposto - 0 da "dureza" -, em que 0 homem ao inves de ser respeitado pelo que tem e desprezado pelo que nao tem, 0 que tornoo etema a luta - nao mais pela sobrevivencia, mas pela necessidade quase atavica de sobreviver em melhores condic5es que 0 proximo_ 9
~e
nossa finalidade fosse falar sobre 0 dinheiro como sfmbolo universal do poder, nao poderfamos deixar de mencionar os fenfcios que, criando 0 comercio, deram ao dinheiro seu verdadeiro sentido; os chineses, tidos como os criadores das prime iras moedas, nem os judeus, criadores do mit 0 financeiro e tradicionais acumuladores de riqueza_ Mas 0 objetivo e outro_ IE dar uma ideia do papel que representa 0 dinheiro na obtent;:ao diiiria do alimento e das facilidades da vida_ IE registrar sua influencia na vida e na felicidade das pessoas, quando e pouco, ou nenhum, ou quando e tanto que distorce men tes e car;iteres_ IE raeiocinar sobre o que 0 homem e capaz de fazer em sua busca e, tambem, anotar 0 desprendimento de uns poucos, incapazes de reter consigo um so centavo, ja que distribuiram em beneffcio de terceiros tudo 0 que possuiam_ Erva, grana, capim, vento, arame, bronze, tutu, alcatra, algum,nao importa como ele e chamado, carinhosa ou desdenhosamente_ Para 0 malandro, 0 importante e que ele esteja no "buraco de pano", isto e, no bolso; para 0 aventureiro, e necessario que ele esteja sempre a mao, escondido no colchao ou costurado a roupa; para 0 cuidadoso e fundamental que esteja depositado num solido ban-
10
co; para 0 esperant;:oso, seu destino e, tranquila mente, a caderneta de poupant;:a, para 0 empreendedor, certamente, ele estara girando incessantemente nas bolsas de valores e, para 0 aventureiro, inevitavelmente ele estara correndo frente, sempre um passo adiante e, quando apanhado, nao esquenta lugar nem mora muito tempo em sua companhia_ Sao varios os comportamentos e atitudes em relar;:ยงo a este monstro que regula a vida do universo, que determina guerra e paz, que provoca desgra~as e alegrias, que tanto pode curar como adoecer, que faz rir na mesma medida em que faz chorar e que, protegendo 0 amor, tambem pode levar a trai-
a
~ao_
Bzem que quem trabalha mui to nao tem tempo para ganhar din heiro. Pode ser, mas a verdade que, desde tempos imemoria is, este 0 principal cam inho para quem quer botar a mao na "massa", mesm o que esta 56 seja suficien te para uma sObrev ivencia nem sempre das mais folgadas. E assi m desde mui to te mpo antes da pat aca e do mil -reis, moedas cantadas em prosa e verso pelos saudosistas que vi am nelas um poder de com pra mui to supe ri or ao do pob re cruze iro, que, com isso, sof re rn ais uma inju st ica, pois, n o te mpo daquelas, 0 povO ja chorava de sauda des do patacao. Essa insufic iencia, essa eterna dific uldade de ' ganhar dinheiro aguca 0 esp irito criativo do homem, sempre disposto a bolar n ovas ideias para con-
e
e
e segu i-Io com men os trabal ho e mais mal icia, nem que se ja com preju izo de terceiros . E apareceram, entao , os amigos do al heio, que vao desde 0 pu nguista, que nao faz cerimonia para mete r a mao no bolso de alguem, aos que metem, da mesma mane ira, mas com sofist icacao, como os f i lipetas e os "carnes fartura". Alias, 0 conto do vigar io, 0 conto do paco, 0 golpe do bi lhete p'rem iado, passaram a ser uma instituicao parte, ap rimorada e defendida por uma certa "classe" de profissionais que, de tanta sabedoria, poderiam - se honestos fossem - ganhar muito mais em fnuito menos tempo, com muito men os traba lh o e sem qua lquer risco. Nao e atoa que a voz do povo proclama que a maior mala ndragem se r h onesto.
a
e
11
A
Loto
a Lotoca mataram todas as outras fontes de son has dos brasileiros. Hoje em dia, cad a urn e milionario entre ten;:a e domingo, ate que os resultados semanais das loterias sejam conhecidos. A antiga e tao desejada "sorte grande" representada par urn bilhete da Loteria Federal, tomou outra
0
concepc;:ao. ~
0
bilhete. hoje em dia,
nao esta
com nada. Ultimamente, as caprichos da fortuna tern- escoIhido caminhos nunca dantes trilhados par outras especies de lateria. E criaturas pobres, perdidas em longinquas cidades do interior, tern ganho importancias de cuja existencia elas nem sequer desconfiavam. Compreende-se; enquanto, antigamente, QUem podia comprar urn bilhete inteira ja era
relativamente bern situado na vida, hoje, com apenas setenta cruzeiros ja se pade comprar uma semana de esperanf;as, muitas delas tomadas realidade ao cair bolinhas e ao correr dos gols polo Brasil afora.
~e5qu15a5
E e en tao QUe as mais mirabolantes fantasias sao realizadas pelos felizes ganhadores. Carr5es, iates, mans5es, enfim, tudo quanto 0 dinheiro possa comprar, passa a fazer parte do dia-a-dia de quem, antes, sonhava apenas em ter um POLICO de feijao com arroz para matar a propria fome e a da fam ilia. Mas, nao raro, 0 sonho acaba cedo e 0 dinhei ro, caprichoso e insttivel, vai em bora da noite para 0 dia. A pobreza, entao, antes, uma velha conhecida, toma-se uma situat;io estranha e insuportavel e nao tem side poucos os milienarios da sorte que enlouqueceram ou acabaram com a vida, nao sem antes terem provado a sens~ao de ter tido 0 mundo, nao a seus pes, mas subindo-Ihes as ca~as e transformando-Ihes a existencia, para sempre. Como disse Brigitte Bardot, dinheiro nao traz fellcldade; mas e melhor ser infeliz num Mercedes do que nurn trem da Central as sois da tarde.
Maeda / Brasil / Mundo. Banco Central do Brasil Divisao de Museu de Va/ores Brasl7ia - D. F.
Conhecer - Enciciopedia Semanal lIustrada "Moeda Nao Vale Mais Ouanto Pesa " - nO 62 Abril Cultural.
Banco do Brasil - Passado e Presence. Fernando Monteiro Banco do Brasil
Museu , Arquivo Hist6rico e Bib/ioteca. A Moeda Oncem & Hoje.
Banco Central do Brasil Divisao de Museu de Val ores Bras 11 ia - D. F.
12
Banco do Brasil (1808 - 1829) 8anco do Brasil Museu e Arquivo Hist6rico
-Rea/idade " Dinheiro" - setembro, 1970 Edi tora Abril. Enciclopedia Block lIustrada
"Como Nasceu
0
Roberto Muggiati.
Dinheiro"
Quem nao se comunica ... Uma das mais importantes atividades para a sucesso do desfile de uma escola de samba, e uma boa divul gayao, que deve ati ngir, princ ipaimente, a povo em geral, at raves as jornais e emissoras de radio e televisiio.
o Departamento de Divulgac;:ao da
Lins Imperial e atualmente di rigido par Jose Carlos Ferrei ra Barreto , a Carlos, carioca do Engenho de Dentro, amante dos esportes e do samba. Ingressou na Escola par acaso, pais dirigia a time
Ze
de futebol fem inino do Vitoria Esporte Clube, onde travou cantata com a compositor AI tai r Marques, pai da jogadora Alice. 0 sambista, que concorria a samba-enredo na Lins Imperial, pediu-Ihe para ajudar na divul gac;:ao da sua musica e, dai, foi um passo para ele "firmar pEl" na agremia<;iio. No ana seguinte, grac;:as a sua habilidade e competencia, foi convidado pela Diretoria da Escola para dirigir as atividades de divulgac;:ao. Ana passado foi a tecnico do time da Lins Imperial, que se sagrou campeao da Copa River - de futebol entre as escolas de samba - e este ana, pretende alcanc;:ar a bi-campeonato. Conquistou, tambem, como tecnico, 0 campeonato carioca feminino pelo Magnatas de Futebol de Sa lao. Desfila M dezesseis anos no Cac ique de Ramos, 0 que 0 ajudou a enfrp.ntar com ga lhardia a Marques de Sapuca i.
z. Carlos, Vice Presid ente de Divulgaciio da Lins Imperial, ao lado da jogadora de futebol feminino Bile.
Em suas andanc;:as pelas madrugadas, fez enorme circulo de amizades do mundo do samba, alem de ser mu ito estimado par radialistas e jornalistas. Penetra com facilidade nos programa s de samba e sempre consegue dar a seu recado e encontrar uma vaguinha para uma noticia num cantinho de coluna dos jornais. Leva a vida na esportiva e esta sempre de bam humor. Solteira e de habitos simples, prefere mesmo um feijao com arraz a outras Iguanas, e, para acompanhar, uma cervejinha bem gelada.
!;tcm
I ~~~~~~~~!~~A~
ADER ECOS. ME TAl OIDES, l AMINADOS, ACETATO. ENFE lTES, PLUMAS, PENAS, MISANGAS, l ANTEJOUlAS, PED RA RIAS. PIN GENTES, lAME, BROCAl. TU lES, PAET ES, BROCADOS, CETIM, RAFIA, ISOPOR, ETC.
INSTRUMENTOS MUSICAlS Rua Alexandre Mackenzie, 40 -
GOP.ÂŁ' ,
Centro -
Tel.: (021) 263¡ 2996 Rio de Janeiro -
R.J .
13
L
Foi na Serra do Preto Forro que se fonnou uma das primeiras comunidades negras do Rio de Janeiro. Antigos escravos, libertos au fugidos, procuravam aquela serra que reunia ooze diferentes morros e I~ sa estabeleciam, com seus lares, suas culturas primitivas de verduras e legumes.
Os¡ morros todos tinham nomes pitorescos - Pendura Saia, Gam-
ba, Barro Preto, Barro Vermetho, Camarista, Outeiro, Bacia, C4u, Encontro, e muito especial Cachoeira, Especial, porque sua prOpria topografia 0 tomou 0 preferido dos criaulos que ali encontravam, como 0 nome mesmo diz, uma linda caseata que despejava suas ~g.Jas c/aras e frescas, abrindo caminho pelas encostas, procurando leito e forman do delici05as lagoas, ende nolo faltavam 0 pitu, 0 lambari e a traira, para alegrar as manhfs e tardes dos ex-escravos.
°
14
Ali, a noitinha, as ata baques espalhavam 0 som da maeumba afdcana auu!ntica, pontilhada pela melodia das vozes quentes da naI;ao Nagb, em chamado a seus Exus e Orixas. E 0 rUldo cadenciado do bater de pEl-s das maes-de-santo, subia livre, animado, despe · jando sobre 0 rio a fertil semente do samba. Mas foi na Cachoeira que uma quantid:tde significativa de sambistas, malandros e bam bas comel;ou a se reun ir, a compor, a batucar e a danl;ar. Como nilo pod ia deixar de ser, a Cachoeira e suas lavadeiras inspiraram muitos poetas, como Nelson Gomes, que exaltau assim 0 modesto oHcio daquelas mulheres: "Sa dona lava roupa na Cach6eira Pr~ ganhar 0 pao de se!JJnda a sexta-feira a coitadinh a batia pra ('Iarear na pedra a rcupa que tinha pr~ lavar." Nao tardaram a surgir os valentes e 0 jogo, numa agit8l;:ao nova para a ccmunidade . As noites de ronda arrastavam-se pela madru · gada, nao sem que , muitas vezes, as ncr.ialhas cortassem 0 ar e as rostos; e varavam as moohas claras que chamavam para a rinha de gal os, onde a gritaria dos apostadores e a grana correndo solta, levaram Otacllio Caraco - hoje compositor na Manguaira - a gozar a turma em debochadas e precisas frases : "Tenho uma rinha de galo Que e de nosso e:;mpanheiro Por isso qUMdo eu falo Al i e que vai meu dinheiro." Oa Cachoeira, sairam tradicionais escolas, como a Filhos do Oeserto, e a Flor do Lins, levan do a gaJeria de personalidades ilustres do samba, nomes como os de Cosme Salustiano da Silva, 0 Oja; Candido Marques Pimenta, 0 Candinho; Jose da Silva, 0 Jaguarao; Jones da S ilva, 0 Zineo; Antonio Bamabe de Campos, Ourval 01 impio da Silva, Luc(lio Sliva, Jorge Cal\loeiro, Joa'o Oureza , Cesar AUgJsto, Dionisio e Jocelyn de Assis, Alvaro CaxMga, Tiao Papo Roxo, Carobinha, Cecl, Atherio Salustiano da Silva, Horacio Pinto da Rocha (este ultimo fundador de setS escolas com as cores verde e rosa), Dona Salome, Dona OUlia, Dona Maria da Gloria, Dona Floripes, 0 mestre-sala Jorge Nogueira e as portas-bandeiras Yone e DOQUinha.
E: a Cachoeira da Lins Imperial. de gente pacata que na"o troca nada do mundo par uma noitada de samba au por um desafio de partido alto no terreiro. r:. a Cachoeira que 0 fabuloso Zinco, tao singa:lamente cantou :
CAPRICHO DA NATUREZA (Cachoci,.) De loao de Oliveira (J030 Banana)
"Eu v;"o na Cachoeira onde canta a passarada na Cachoeira eu me criei gosto do samba e no samba morrerei."
Estc bal'ulho incessante aguas que descem constantes Em plena monotoRia
De tuas
Traz uma
inspira~o
completa
Que eleva feus filhos poetas A escreverem fabulosas poesias
Esta! folhagens ba1an ~ando sem cessar Trazendo ar fresco pata 0 teu respirar E a passarada fazendo seu revoar Que vai dcsdc a andorinha Ao sabia cantador
Te enche de paisagem; que explendor! Sopra urn vento tao fortc, balan~a os galhos de (teus arvorcdos
Teus habitantcs assislem passivamcnte SCm (demonstrar medo Cresce 0 diluvio, a chuva d C5aba tarnando (tuas aguas barrentas
Tuas pedras sc desJocam, se encontram com . (outras causando tormentas Mas quando 0 sol desponta no horizonte
• • • • • • •
PENAS BROCAL RAFIA PAETES PLUMAS ENfEITE S LANTEJOULAS
Estas lao bela quanto antes
Como se nada Ie movesse E eu te agrad~o oh t natureza Por dcixar na Cachocira Todo capricho scu
)
ARTIGOS P'ARAc:!~ BALE - TELEVISAo E SHOWS EM GERAL
RUA REGENTE FEUO. 18 TElE FONE 232 -92 49 RIO DE JANeiRO· RJ
15
ESCOLA OA SAMBA
"UNS, 0 PASSADO QUE SE FAZ PRESENTE" Enredo do G_R.E.S. Imperio das Princesas Negras
de
CI~udia
Regina Ribeiro Marques
aluna da 8a. s(uie da Escola Municipal M;nistro Gama Filho
1•. PARTE: INFLU~NCIA DO NEGRO NO LINS DE ONTEM A comunidade do Lins de Vasconcelos, na parte que abran-
ge os morros da Cachoeirinha, Cachoe;ra Grande, GambA e ruas vizinhas herdou v~rios rrar;os culturais dos negros, seus originais habitantes. A regiio era a escolhida pelos escravos das fazendas vizinhas que fugiam ou recebiam alforria, dal 0 nome de Serra do Preto Forro. Os morros onde se reuniam os negros tinham nomes pitorescos como Pendura Saia, GambA, CfJu, Barro Verme/ho, Barro Preto, Encomro, Bacia, Outeiro, Camarista e Cachoeira. • E era 0 morro da Cachoeira 0 preferido dos negros, pOis ali aninhava-se frondosa cachoeira e no leito do rio JacarfJ eram encontrados 0 pitu, a rralra, Jagostas e cascudos. E tambem era na Cachoeira Grande e regiass vizinhas que 0 ressoar dos atabaques chamavam seus er8s do CandombJfJ e or;x~s de Umbanda. 0 bater eloqiiente das mios, as gires, os clJnticos e a linguagem dos santos fazem-se ainda presentes na regiio, cuja cultura foi fortemente influenciada pelos escravos, tendo, no fundo da terra, nas ra(zes do povo, 0 verdadeiro sangue negro_ E temos 0 samba de morro, 0 jo9O de ronda, a Umbanda e o CandombJfJ. Em 1915, nao existia ainda aqui a luz elfJtrica. E eram as negros que vinham acender os lampioes a gAs. Quando 0 acendedar chegava, os meninos gritavam: - CORRE' Crisro, que vem diabo com a lantal E 0 acendedor precipitava--se atrlJs dos meninos que apagavam os lampioes. Inicialmente, 0 unico barraco do morro pertencia famflia do Sr. Davi. Aos poucos, vArios outros foram sendo construfdos. Coma-se, tambfJm, que na atual rua Lins de Vasconcelos havia linhas de bonde, pux ados por burros. Na epoca, a rua era de areia.
a
20, PARTE: A COMUNIDADE E SUA CUL TURA (COSTUMES, CREN«;:AS, DAN«;:ASI
a projeto "A Escata 0<1 Samba", da Secretaria Municipal de Educaf;ao, ocasionou 0 surgimento de uma nOlia escola de samba - 0 Gremio Recreativo Imperio das Princesas ,Negras. A novel agremi8l;io tern a finalidade didc1tica de aprowitar, ao maximo. 0 siber da comunidade como forma de amptiar 0 conhe cimento dos alunos e incentivar netes 0 cultivo de valeras genuina· mente nacionais , a partir da prbpria realidade.
o
projErto tol desenvolvido na Escota Municipal Ministro Gama Filho, localizada na ruB Eufrazio Borges, na subida do Morro da
Gamba. no Lins de Vasconcelos. A coordenac;io estew a cargo de Claudia Maria de Oliwira, Jo9d Carlos de Souza IZe Tuea), Carlos Raimundo Lagoeiro, Paulete Torres, Francisca Soares da Costa (Kinha), Mara Sueli Sampaio Januzzi, aiem de Neila Barros David Marcelo. professora de Comunicac;:ao e Expressao da Escola Gama Filho e, da Oi Illt ora, Professora Marli Lima Lopes Nunes. A "escola de samba" fez seu primeiro desfile no ~s de dezembro ultimo , apresentando-se com 18 alas com fantasias de mhs-de-santo, acendedores de lampi?>es, escravos e escravas, moleques, tropei ros, lavadeiras, lobishomens, sacis, rezadeiras, boemios, dOfTll!sticas, operarios, baloeiros, turma da bica, estudantes e baianas. Integrado por cerea de 600 alunos da Escola Gama Filho, e xibiu ainda do is carros aleg6ricos - sen do um atHe-alas - bateria com 60 ritmistas, comissao de frente - com doze princes as negras - e duas dupl as de mestre-sal a e porta-bandeira. Com a colaborac;:ao da RIOTUR, que ofereceu um carro de som igua l ao utilizado nos desf iles oficiais de carnaval , e protegida por policiais do 39 Batalhao da Pol icia Militar, a "escola" sambou durante Quase gu at ro iloras, no pe rcurso compreendido ent re as ruas Eufrazio Borges e Conego Tobias, onde est~ localizada a Quadra de ensaios da Lins Imperial madrinha da nova ag remiac;:ao. A festa telA! com mestre de cerimbnias 0 radialista R~rio Campos e contou com a presenca de conhecidas figuras do mundo do samba, dentre el as, a porta-bandeira Vilma e a sambista Mazinho, da Portela. a mestre-sala e a porta-bandeira do Sal gue iro.
o desfile coroou
de pleno ex ito todos os objetivos do projeto
Escola Oa Samba".
16
"A
AtfJ hoje, a comunidade conserva objetos raros do tempo da escravidio, como os pelourinhos, 8 antigas supertif8es persistam na alma, no jeito, na mente enos passos de um povo influenciado pelo negro, partideiro do samba, slmbolo de uma rBfa altaneira. E comum a crendice e a mistificBfio das pessoas da comunidade: e 0 que mais falam a respeito deste assumo tJ que apareciam esplritos na Cachoeira, como a Mie Agua lou Sereia, ou lara) e 0 Saci Perer8 que aparecia em caminhos que lavam ao morro. Casos sao contados de ataques do sad. E as sextas-feiras, quando a lua cheia surgia. 0 Lobisomem aparecia assustando 0 pessoal. Segundo os habitantes do local, 0 Lobisomem era 0 morador de ums fazenda que existia na rua Sincor~ 107. Aos s~bados, seu galinheiro amanhecia aberto, com Frangos dilacerados e os dentes do tal vizinho cobertos de penas e rripas de galinha. Casos como esse. apesar de raros, hoje em dia sio perfeita-mente conhecidos peJos moradores. E as crianfas embrenham-se em arm~rios, assustacias, ao ouvir esras hist6rias ao redor da fogueira. As habi/idades sao comuns e variadas nas pessoas do OOirro. Ternos desde rezadeiras are doceiras e artesios, Na Cachoeira surgiram os primeiros passistas, sambisras e maJandros do lugar, que se dispuseram a OOrucar, a compor e a sambar. Foi em 1933, no morro da Cachoeira, que paS$ou a existir a Escola de Samba FiJhos do Deserro, que surgiu de um clube de futebol, 0 Baianas da Cachoeira Futebol Clube. Teve como fundador o popular "OjO", Cosme Salustiano da Silva, que mudou 0 nome para Cachoeira Futebol Clube. Em 1946 desabrochava a Escola de Samba Flor do Lins, na Cachoeirinha, liderada por Tancredo e Hor~cio Pinto da Rocha. Em homenagem a outra escola, tinha as cores verde e rosa. Mas a ex.istencia de duas escolas na mesma localidade, deu origem a uma slirie de imprevistos como rixas carnavalescas que, 56 fazia decair a apresentBfio sambista do baino. Somente em 1963, os presidentes das dUBS (!Scolas, Daniel Fernandes e Angelo Campos, fizeram a fusio entre as duas agremiafoes, entio surgindo a LlNS IMPERIAL, que tornou-se oorguIho dos sambistas do bairro e de outros bairros adjacentes, reeoIhendo adeptos em varias localidade. A Lins Imperial e a comunidade t8m como padroeira N_S. da Guia. cuja capela fica no morro da GambA.
cr
.la. PARTE: ATUALlOAOES
Tida como carente, a comunidade apresenta no a/to dos morros casas na sua maioda de pau-a,pique. Muitas casas encontram-se em rulnas, com telhados de zinco, presos com pedras para que nao voem. A popu/iJ{:lio vive, no alto do morro, em estado
SAMBA ENREDO
dep/or~vel.
H~
fa/ta de luz, Agua e esgoto. Enconrramos em demasia as profissOes de dom6srica, pintor, servente, fa)c;neira e cozinheira, entre outras. As mO(:as, quase sempre, a/em do estudo, fraba/ham. Grande numero de migrantes slio encontrados na regilo, principa/mente nordestinos. Pode-se tambem avistar de longe 0 verde das Arvores, que ma;s parecem um ;menso tapete verde. Mangueiras, bananeiras, amendoeiras, jaqueiras e abacateiros sustentam em seus galhos 0 habitar dos animais emplumados, que buscam prot8f:lio da chuva. Ao entardecer, ouve-se 0 canto das cigarras. E A noite, 0 coaxar dos sapos e 0 cdcdlar dos grilos unem-se numa sinfonia que parece embiJlar 0 sono dos moradores. Nlio falta 0 futebol de rua em campos organizados pelos proprios moradores. Em fevereir", 0 povao se agita, 0 cor~iio do sambista imperial bate cadenc;ado ao pisar na avenida defendendo as cores verde
e rosa. No momento do "rango", como iJ ma;s conhecida a hora da encontramos 0 feijlio com arroz, angu baiana, muitas vezes acompanhados pelo popular "disco voador" (ovo). H~ tamMm 0 "baiio de dois", que iJ 0 arroz com feijio preparados iun tos, na mesma panela. Os lugares mais conhecidos sao: a cachoeira, a PeeJra do Raio (a peeJra que foi partida por um raio), a Pedra do Salio fonde moleques se reuniam para um animado futebolJ, a Escola Municipal Ministro Gama Filho, a Fundi~io Cavina (onde fo; esculpido 0 I'? busto de Getulio Vargas), a Igreja de Nossa Senhora da Guia a confeitaria da D. Juju, 0 Largo do Cruzeiro, a PecJra da Andorinh~, 0 Largo do Angu, 0 Canto dB Lavadeira, 0 ArmaziJm do Tamanqueiro e a vista que se tem da Serra do Preto Forro, no 81to do morro da GambA. A comunidade tem tamMm turmas orga;,izadas que fazem festas, jogos, balOes e almO(:os como a TURMA DA SICA e a
a
aliment~io,
"LlNS, 0 PASSAOO QUE SE FAZ PRESENTE" G. R. E.S. Imperio das Princesas Negras de Samuel da Silva Netn aluno da 6a. serie da Escola Municipal Ministro Gama Filho.
Oeu um toque de tristeza em minha mente. Lembrei dos tempos que nao voltam mais, Quando 0 nosso Rio de Janeiro Era todo iluminado Pelos lampiiies a gas. Ooces lembrancas desse tempo que partiu Num mundo de zinco e tabique, De estuque e de pau·a·pique, o nosso morro surgiu. Vem, meu povo, Vamos todos cantar, t a nossa comunidade Vamos homenagear.
TURMA 8ASEADA ND ASSUNTO.
Sis
Cachoeira, De girias, mulheres e batuques, Tem Saci, tem lara, a rainha do mar, Tem Dona Georgina e Oje, Gente boa de lembiar; Nas tendinhas, que beleza, Tem viola e samba quente, o malandro chega e canta, Toma uma e vai em frente. Ale, gente bamba, Ale, Lins Imperial A Imperio das Princesas Negras Te homenageia neste carnaval.
Sis
_=_lllIlIlIIlIm 111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111 1=_
=
I §
~
~
Garagem Privativa Suites de Luxo
.~~
0~
~
~' ;,,:rX"
ROlflJ
OW
6':,:":'~","~,~, MOTEL
Av. Arenopolis, 4726 - tel. 3.426565 · Jaearepagua · R,o de Janeiro
=
I §
11!I1II1I1II1II1I11I1 1111111 II 111111111111 111111111 11111111111111 11111111111111111 tlllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllill11111111111111111 17
Os Carnavais da Lins
Herois Anonimos Para 0 sambista, "botar 0 carnaval na rua" significa a participa<;ao de sua escola no desfile oficia!. Mas para que isso aconte~a, um grupo de pessoas trabalha muito. dando duro durante todo o ano, em atividades de vital importancia para a culminancia, que e a grande apresenta~ao na Avenida. No bar da Escola; na instala~ao da aparelhagem de som para os ensaios; na venda de ingressos na portaria; na cozinha: nos angus baiana, macarronadas e peixadas, enfim, em tudo que e preciso para a obten~ao de recursos. Esses verdadeiros her6is anonlmos, trabalham ainda durante todo a desfile e ate mesmo depois que ele se eneer ra. zelando pel os carras aleg6ricos, adere~os. pe~as da bateria e out ros bens da Escola. Normalmente, a povo 56 conhece 0 presidente, a carnavalesco e alguns sambistas destacados. Mas sao esses homens e mulheres, as verdadeiros sustentaculos do grande espetaculo de arte e cultura popular que e 0 desfile das escolas de samba.
ANO
a
o popular Ze Manel A eles a nossa Escola quer homenagear e agradecer, escolhendo, para tanto, uma figura das mais modestas - a carregador de alegorias - i ntegrante da "estiva", no linguajar do samba. Na sua humildade e anonimato, eles . trazem consigo mu ito do amo r as cores da E seol a e ao carnaval em gera!. Sem a sua participa~ao, muito do que e visto e aplaudido pelo mundo inteiro, seria imposslvel de ser real izado.
Tudo para Carnaval
ENREDO
1964 1965 1966 1967 1968 1969 1970 1971 1972 1973 1974
0 SonhO das Esmeraldas Rio at raves da Historia Chiquinha Gonzaga e sua .poea A Condessa de Barral Entrada, & Bandeira, A Imperatriz da, Ro,a, Memoria, da Rua do Ouv idor Casa Grande & Senzala Salve, Salve Independ;;ncia! Bahia de Jorge Amado Cobra-Norato
1975
Dona Flor e seus dois maridos
1976 Folia, de Rei, 1977 Cruz Credo, Eta Diabo! 1978 Viagem do Tio Benjamin pelo Vale da Esperan~a 1979 A Guerra do Reino Divino 1980 Guarda Velha, Velha Guarda 1981 Meu Padim, Pade Cisso 1982 Clementina: Uma Rainha Negra 1983 Glauber Pre,ente!
EXPEDIENTE LlNS IMPERIAL em revista n~ 10
ano X few rei ro.84
Red-rio. Administr'llelo: RUB Lins de Vasconcelos. 520 Lins de Vasconcelos - RJ
Editon Carlos Manoel de Carvalho Rddator-Chafe: Aroldo BonifAcio
Redatores: Alberto Nunes Rend Amaral Rubens Marques Fotografias:
Gam. Arte: J~
Felix
Diagram~io
CHAPEUS E ADERECOS. METALOIDES. LAMINADOS. ACETA TO, ENFEITES, PLUMAS, PENAS, MISANGAS, LANTEJOULAS, PEDRARIA, PINGEN'TES, LAME, BROCAL, TULES, PAETES, BROCADOS, CETIM, RAFIA, ISOPOR, ETC.
INSTRUMENTOS MUSICAlS Ru. do Sen ado, 172 - Centro . Tel. 242-7902 - RJ
18
â&#x20AC;˘ Art. Final: Paulo Valentin Tiragem: 50.000 exemplares Imprasslo 8 Compos~io: Z. Valentin Gr.Uica e Editora Rua Barfo de S. F~lix. 138¡A tel. 253-3291- Rio de Janeiro
I CANTINHO DA SAUDADE
A bateria da Lins Imperial foi urna das poucas, dentre as escolas de samba do Rio de Janeiro, a apresentar-se com um par de trmpanos, instrumento de dificil execUl;ao e que exige do ritmista, alem de invulgar habilidade, urna forte dose de preparo fisico para enfrentar as setenta minutos de desfile camavalesco. Alem disso tratava-se de
uma P"l'a rara, cedida por ocasiio do carnaval, pela Banda Portugal. Mas 0 seu executante, 0 Darcy, desapareceu como por encanto. Alias s6 aparecia nas proximidades do camaval. Ensaiava ccm a bateria
Nossa homenagem a Joao Rodrigues, fa· lecido no in(cio deste ano. Foi Diretor
Social do
Sal~eiro
was ou tres vezes, e seguia imponente, em sua carreta para a Avenicomo na foto no desfile de carnaval de 75 (foto "0 Oia'1 .
re,
e da Lins Imperial.
Apaixonado par tudo que dizia respeito ao camayal e muito habilidoso, canfeccionou bandeiras para v4rias escolas de
samba; trabalhou em barraciles e, ulti· mamente, vinha executanckJ alegorias para blocos camavaleseos. Um grande foliSo. Com 13 anos de existenci., a Revista Rio, Samba § Camaval • um exemplo de tradi~So que se renova e
revista
RiP
sambae carnaval
moderniza com a passar dos tempos. Uma festa de cores, como 0 pr6prio carnaval que ela tao bem retrata e historia, a public~So de Mauricio Mattos prima, tambOm, pela sua alta qualidade goWca e valioso contelldo editorial. />.. Rio, Samba § Camaval, a homenagem sincera da Lins Imperial.
ERRATA:
A Comissao de Frente da LlNS IMPERIAL serli representada pela tradicional Ala das Comodistas.
19
Ala dos Compositores A Ala dos Compositores da Lins Imperial sempre foi composta par pagodeiros famosos no mundo do samba, como as ja falecidos Zinco, Jaguarao e Carobinha. Entre as mais antigos, devem ser citados Guine, Joao Banana, Tiburcio, Nelzinho, Zico, Homero, Tiaozinho da Viola, Tiao PM., Mestre Simeao e Altair Marques. Na "jovem guarda", estao entre outros, Edivaldo Sargento, Antero Marques, Joao Ribeiro e Carlinhos Melo-
Com positores Aglelo Campos (GuimH Altair Marques Altai r Silva Bonfim Antero Marques Antonio Carlos dos Santos Jesus (Cariinhos Melad,a) Antonio Plocido T. Neto (Toninho) Attila Andajaf de Souza Aylton N. Guimadfes Carlos All:erto RodrigJes de Abreu ICarli-
nhas Mustang) Claudio Ferreira Dias
Celina Dias Celso Helena Nogueira Darcy Knuth Machado (Caxanbul Presidente de Honra
Edivaldo Jose da Conceicoo Messias
IEdi-
vajda Sargento) Edna de Oliveira Fernando Luiz Felicia Harofdo Motta Helcio Roberto Frngoso (Colored) Helvtkio Antonio de Lima (TibUrcio) Homero Fonseca Requenha Horatio Pinto da Rocha Filho (lieo) I srael Soares Joao de Oliveira (JoioBananal Presidents da
dia, autor do samba enredo da Escola de Samba Un ida's da Tijuca para a carnaval de 84. Uma dupla ficou famosa na decada de 50: a fabuloso Zinco e a inspirado Caxambu. Durante onze anos segu idos, eles venceram a concurso de sambas-enredo na Escola de Samba Filhos do Deserto. Darcy Knuth Machado, a Caxambu,. foi de tudo nas Escolas de Samba Filhos do Deserto e Lins Imperial: Presidente, Secretario, Tesoureiro, Presidente da Ala dos Compositores . TrabaIhou no barracao, no bar, deu, enfim, muito de si para as g16rias Verde e Rosa. Par ISSO e, tambem, merecedor de nossa gratidiio e homenagens. Tem inumeros sambas gravados, sendo a mais recente "Amazonia Fantastica", inclu ido no LP "Sambas Enredo", de Martinho da Vila. Caxambu continua a compor e e a Presidente de Honra da Ala dos Compositores da Lins Imperial. A obra musical de Caxambu e seu parceiro Zinco tem sido, ultimamente, muito reverenciada pelos estudiosos da Musica Popular Brasileira e sao valores como esses que enobrecem a
Ala dos Compositores da escola de samba do bairro do Lins de Vasconcelos, cujos integrantes sao, frequentemente, convidados para compor sambas em outras agremia~5es, Valdir Sargento, detentor do "Estandarte de Ouro" e a mais recente exemplo, ao ingressar, como compositor, na Escola de Samba Imperio Serrano, alem de Angelo Campos (Guine). que concorre a samba-enredo na Escola de Samba Acaoomicos do Siagueiro, ha varios anos. Como se ve, uma Ala de Compositores de memoraveis tradi~5es e atua~ao marcante no cenario musical do samba no Rio de Janeiro.
Ala dos Compositores Joao Ribeiro Jorge Lu iz Cardoso Costa Jorge Lu iz Mercadante Jorge Silva !Crioulo Doido) Jose Antonio MeneEs Pereira (Zeca) Jose Carlos Lemos JOSf! Carlos de Souza (Caneco) Jose da Paula (Z~ da Rita) Luiz Carlos Lopes (Risadinha) Luiz Celestino Herdy Lenilton Pedro-Camilo Pereira Maurfcio Simeao da Silva (Mestre Simeaol Paulo Roberto de Oliveira (Paulinho Folia) Reginaldo Tavares Ricardo Jose da Conceic;:ao Sebastiao Alves do Nascimento (Tiao P.M.) Sebastiao Correia Neto (Tiaozinho da ViolaSidnei Pereira Santos Sergio Guedes Valdir da Silva Santos (Sargento) Velanci Bile Velanci de Andrade Bile Waldir Augusto Dias
20
DECORVIDROS COMERCIO DE VIDROS E DECORACOES LTDA. C.G.C. (M.F.) 27.601.212/0001-90
-
INSC. ESTADUAL 81.748.616
VIDROS. ESPELHOS , CRISTAIS, MOLDURAS. FUM1l:: NACIONAL E IMPORTADO. ESQUADRIAS DE ALUMiNIO, JANELAS. BOXES, BASCULANTES, PORT AS e etc. (Fabrlc:aGao Propria). OR9AME...TIQ 8:!!.~1 CO?-.ll:lROMISSO COLOC.~QAO
A
DO~"lIC1LIO
RnA L1NS DE YASCOl\CI';LOS. 631 F E' QUI'i" '): YILELA TAVARES
TEL. 269-0596 RiO DE JANEIRO â&#x20AC;˘
~J
Quem Fez 0 Samba Enredo A dupla de compositores Antero e Joao de Oliveira, 0 Joao ·Banana, p~r supersti~ao ou simpatia, tem side vencedora de sambas-enredo na EsAntero Marques - Foliilo muito conhecido por sua participa~o na Banda do Lins, em festivais de samba e na Ala dos Compositores da Lins
cola em varios carnavais, sempre incluindo um novo parceiro. Em "Guarda Velha, Velha Guarda" e "Clementina: Uma Rainha Negra", com Helvecio Antonio de Lima (Tiburcio) e em "Glauber Presente", com Altair Marques. A f6rmula tem dado certo, e este ana Edivaldo Sargento foi 0 masc(:Jte escolhido.
Imperial, onde ingressou em 1970, Naquela epo· ca, frequentava 0 Atlas Atletico Clube, onde eram realizados os ensaios da Escola. i: advogado m ilitante no Foro do Rio de Janeiro e Vice-Presidente do Departamento Jurldico da Lins Imperial .
Samba Enredo ;'s6
VALE QUEM TEM"
de Antero Marques, Joao de Oliveira (Joao Banana) e Edi.aldoJose da Conceir;ao Messias (SargentQ/ da Ala dos Compositores da Lins Imperial Dinheiro, oh! dinheiro A mo/a do mIJndo Engrenagem de ambi(;iJes Fabricante de verdades Causador de ilusiJes 51mbolo de bans e maus costumes Fac50 de dois (1Jmes, de tanto valor Que dita, que provoca grito ) Que gem cooflito e 0 desamor ) Sis
Jaio de Oliveira - 0 Joao Banana .- Carioca do Engenho de Dentro, II sambista autentico e de raiz, pois com~u a desfilar na Escola de SamtB Filhos do Deserto com quatro anos de idade. Fez parte da bateria, onde tocava reco-reco. Com parceiros diferentes, tem inumeras composif;Oes, sempre no genero samba . Participa de festivais e concursos de sambas-enredo na Lins Imperial, desde a sua funda~o, sendo um de seus conselheiros.
So vale quem tem Quem nao tem morre de fome Esse moostro me fascina
) S'
Esse monstro me consome
)
IS
Vou procurarum meio do dinheiro conquistar
Querosair da pobreza E na riqueza viver sem reclarnar No trabalho, mao grande au baralho
Eu you tentsr Na loto, na loteca au loteria Pais se; que meu dia Niio tarda a chegor Ovando e/e chefllr, 0000
Vou navegar no esplendor Eu you comprareste mundo pra mim Vou
Edivaldo Jose da Concei~o Messias, 0 Edivaldo Sargento - i: paraense e ganhou este apelido por ter sido integrante da Marinha,. Foi Presidente da Ala dos Compositores e Vice-Presidente da Lins Imperial. Participou de concur.;os de samtBs·enredo nos blocos: Amendoeira e Bafo do Leao, e tem, entre suas composi"oes mais famosas, 0 samba "Nossa Senhora da Gu ia", em homenagem a padroeira da Escola, em parceira com Wilson Gambaxirra, compositor ja falecido.
abr~ar 0
espar;o, enfim
Eu YOU me realizar Por favo" nao rob acordem Me deixem sonhar,
) S IS '
)
Gravado por Nadinho da IIha no LP das Esc olas de Samba/ 1984, editado pela TOP -TAPE. Estesamba
r,~~.~
esta incluido no LP·
- ,'-" •
., •
Sambas de Enredo "I . V as £ s c olas d e "amba
I.
Idn,.,llwnlll
'J; ,p 1lf''7''I'" '\,
~y
~, ,-'
,,~j
,
\ l .>dd""'",,l>~
t:..1..J~i..;.i...:!.j 1.""h~m,"'1<7
21
A Comissao de Carnaval em plena ~tividade. nos desfile de carnaval de 1983. na Avenida Marques de Sapucai.
Quem taz
o
Carnaval DEBRET
Poucas sao as pessoas que assistem aos des files de samba no carnaval e conhecem todos os detalhes dos preparativos para este grande espetaculo. feito par componentes da e;Tudo cola, que formam a Comissao de Carnaval. Logo apas a divulgCN;ao do resultado dos des files, eles dao iniclo as sUas reunifies com vistas ao carnaval do ano seguinte. Escolhem 0 tema, distribuem os figurinos, fiscalizam a confeet;:ao das fantasias, organizam a disputa do samba en redo, acompanham os traba/has de barracao. Toda esta luta para que a apresentat;aO da e!jcola seja perfeita. ( ~ como qualquer ESpetaculo, tudo tem que salr corretamente, nao Importando que a pe~a tenha sido ensaiada por um dia ou por um mes_ No des file, cada ala deve estar no seu devido lugar, assim como a bateria, os destaques, as baianas, os passistas, n'gorosamente no esquem a tra~a do an teriormente, a teatro ou 6pera de rua, deve estar em ordem para que 0 publico possa entender e aplaudir 0 desenvolvimento do des file da escola. Os cenarios do teatro - as alegorias e adere~os devem estar dist ribufdos de acordo com 0 ato que se esca re-
e
e
NOS ESPORTES E NA MODA A MELHOR JOGADA I
22
presen tando; e nao deve haver espa90s entre os de;fi/antes, de forma a manter a harmonia do conjunto. E um trabalho inaudito, com multiplas e complexas tarefas, cuja grande a certeza recompensa, para rodas, de que a escola se apresentou com perfeit;ao no gran de des fil e.
e
COMissAo OE CA RNAVAL Milson Craveiro dos Santos A'varo Alberto da Silva Gomes Antonio Dias de Castro Filho Aroldo Bonifflcio A t tOa A ndajai de Souza
Carlos Man oel de Carvalho (PtesidenmJ Carlos Tavares Dalva Maria Sa da Paz Daniel Ferna ndes Dirlei Goia Geroncio Dias de Castro Guilherm e Sim Oes Jair Marques Jer onimo Dias de Castro Jorge Luiz Villela Julio Cesar Gomes de Oliveira Juscttlino D ias de C~tlU Mar ta Gon~alves Ramos Odafea Lucia da Sifva Cezar;o Potiguar M . Aguiar (Poly ) Rogerio Co rrea Montenegro
Fantasias Potiguar M. Aguiar, 0 Poty, e quem assina as figurinos para 0 desfile de carnaval de 1984 da Lins Imperial. Carioca de Bonsucesso, solteiro e toreedor do Flamengo, iniciou seus estudos de desenho, pintura e modelagem na Escola do Exercito, onde desenvolveu 0 gosto pelas artes. Fai, por acaso, atraves do saudoso compositor Bidi, da Im!1eratriz Leopoldinense, que desenhou urn figurino para um componente de verde e branco de Ramos. No ana seguinte era 0 figurinista oficial da escola, para 0 enredo "As Tres Capita is". Trabalhou tambem para as escolas de samba Unidos de Vila Isabel e Unidos da Tijuca e os blocos Canarios das Laranjeiras e Quem Fala de Nbs Nao Sabe 0 Que Oiz. Como tigurinista foi campeau em concursos de fantasias, na categoria original ida de, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro e de Sao Paulo, Clubes Monte Llbano, Sirio e Libanes e Hotel Quitandinha. Na entressafra do camaval, e fotbgrafo profissional. Adquiriu, ao longo dos anos de trabalho, grande amor pelas coisas do carnaval e hoje esta integrado a grande
familia do samba, onde
e muito
estimado, grcu;:as
a sua
competencia e dedica~aa as agrem ia~Oes carnavalescas, pais, segundo diz, seu desejo e que todas sejam cam peas. E, sem duvida, urn artista popular. Possui tra~o personallssima e forte dose de vibrayaa e amor aos des files camavalescos.
H PARTE: A HISTORIA
2~
PARTE: 0 TRABALHO
ALAS 01 02 03 04 OS 06 07 08 09 10
fenlcios chineses judeus aventureiros ciganos mercadores mascates ourives garimpeiros a1quimiltas
ALAS 11 12 13 14 IS 16 17 18 19 20
esluclantes agricultores come",iantes openirios carnelo. meninos vendedores vendedoras de iluslles tostDeS vintens banqueiros
DESTAOUES 01 02 03 04 OS
OURO PRATA COBRE NiQUEL A MOEDA
06 0 CRUZEIRO 07 0 MIL - RtIS 08 APATACA 09 OCABRAL 100BARAO
Comissilo de Frente Bateria Ala dos Compositores Diretoria I!' Mestre-Sala I!' Port ... Bandeira
21 22 23 24 2$ 26 27 28 29 30
Passistas Baianas Estilizadas Nobres
Damas 2!' Mestre-Sala 2!' Porta-Bandeira
jogadores crupies corutas cartas de baraJho joquetas futebolistas corretoras zooJ6gjcas zebrinhas trevos milionArios
DESTAQUES 11 12 13 14 IS
OJOGO REI DE OUROS A FORTUNA A SORTE 0 AZAR
COMPONENTES
COMPONENTES 07 08 09 10 II 12
PARTE: 0 SONHO ALAS
DESTAOUES
COMPONENTES 01 02 03 04 OS 06
3~
J3 14 IS 16 17 18
Aderecistas Mestre-Sala Infantil Porta-Bandeira Infantil Conjunto e Puxador Baianas Tradicionais Velha Gu.rda
I 23
Alegorias ABRE-ALAS:
A MOEDA Ap resentac;:ao da Eseola e do enredo. A moeda - 0 mais imp ortante in st rumento unive rsal de troea.
la. ALEGORIA: ESTE MONSTRO ME FASCINA ESTE MONSTRO ME CONSOME
Alegoria do Carnaval de 83 - "0 Dragao da Maldade Contra Santo Guerreiro".
0
o dinheiro - um dos monstros sagrados da human idade. Segun do a Biblia "a raiz de todos os males e 0 amor ao dinheiro" .. pore m, um mal necessari O.
2a. ALEGORIA: VOU COMPRAR ESTE MUNDO PRA MIM Um antigo proverb io d iz que dinheiro eapaz de mover 0 mun do". Para 0 homem, 0 sonho e a espe ranc;:a que envolvem a eonqu ist a do dinheiro. sao uma busca permanente.
e
"0
ADERECOS:
1a. Parte: A Historia A primeira moeda eh inesa A moeda do pode r 2a. Parte :
o Trabalho Trabal ho, Mao Grande ou BaraIho Sacos de Dinhei ro Ca rne Fartu ra 3a. Parte: "AF RICA", carro alegorico do desfile de Camaval de 1983, para o enredo "Glauber Presente!".
24
OSonho Loto. Loteea, Loteria
o reinado
(
Destaques
)
.-
"m' jl:J
A
Maria das Gra;:as Farias de Castro, na fantasia lemanja, destaque do enredo "Glauber Presente!".
NIGUEL
Hilza Silva
Geroocio Oias de Castro representou 0 camaval de 1983.
PRATA
Carlos Henrique Lima Mariano
COBRE
Fabiola
CHIN~S
Nilton Alves
A MOEDA
Sonia Ru beno
OURO
Regina Luci a Freire de
Mendon~a
o CABRAL
Paulo America Motta de AgJiar
TRAPACEIROS
Regi naldo Alves Messias Josias Bruno de Faria
Regina Lucia Freire de Mendonl;a encarnou A Seca, como um d05 destaques do enredo "Glauber Presente!".
S~,
como destaque no
PATACA
Cotinha
o MONSTRO o CRUZEI RO
Carlos Vitor S. Maia
A SORTE
Maria das G ra~as Farias de Castro
A FORTUNA
Dalco
Reni da Paz
A PAZ
Fe lix Cardoso
BAIANA RICA
Zilda Pereira
o Oiabo foi a f.mtasia de destaque de Paul o Ameri c o Motta de AfPJiar. no desfile do camaval de 1983. 25
BATERIA Paulo Cesar Barbosa, ou melhor, Pau· linho Batata, como e mat's conhecido no cemirio do samba, 0 mestre de bateria da Lins Imperial. Carioca, nas·
e
cido no Morro cia Cachaeirinha, rem wdo para se destacar como urn dos me/hares condutores de ritmistas da" cidade, jli que
e,
tamMm, . filho do Waldemiro da Mangueira. E a Lins Imperial, como nao podia deixar de ser, prestigiando a prata da casa, entregou·lhe 0 co· inesquec/ve/ mestre
manda da sua bateria pais, como se sabe, e ela quem. com sua caeJencia, sustenta 0 rirma indispensavel aD desenvolvimento do canto e das evolu,lies do conjunto. A bateria da Lins Imperial, como ocorre com quase todas as dernais esea/as, tern seu firma caracterlstico e inconfundfvel. E sem· pre muito aplaudida nos dedi/es.
ALA DAS CRIANCAS Por determinat;5o do regulamento que rege os desfiles de samba, torn escola tem que possuir UrT'B
ala-mi rim, as sambistas do futuro. E
0
MESTRE SALA E PORTA BANDEIRA MIRINS
e tradi~ao da Lins Imperial preparar sambistas para todos os setores dI escola, e, um exemplo disto,
esta
no· casal Andre· Vera que, pela
grupo inla ntil da Lins Imperial esta entre os melhores da cidade. Quase todos oriundos do Morro da Cachoeira, base da escola, ja trazem
terceira vez consecutiva, desfila como mestre·sala e porta·bandeira mirins da Verde e Rosa. E sempre com sucesso, nao estando longe,
o 5amoo no sangue.
pavilhao nos desfiles da Passarela do Samba.
26
portanto,
0
dia em que, como principais, estario conduzindo nosso
PAR JUVENIL Iltamar e Katia.
formam a par juvenil de mes-
tre-sala e porta-bandeira da Lins ImperiaL Sao, tamoom, pratas da casa. Eles contrariam a velho ditado popular de que "santo de casa nac faz milagre". Anteriormente, a porta bandeira era a jovem Maria Auxiliadora, que desfilou, por cinco
anos na Escola. Para substitul-Ia, por certo com a
mesmo sucessa do Que sua antecessoJa, a Lins
e
Imperial escolheu a jovem sambista Katia, que filha de urn dos auto res do samba-en redo. 0 com-
positor Edivaldo Sargento.
""
A arte do sambista se manifesta de maneira mais legrti-
rna, atraves da dan(:3, com as passos elegantes do mestre-sala e da porta-ba ndeira, os guardiaes do pavilhao da escola. No instante em que exibem seu inconfund{.
vel ba ilado, estao, em nome da Escola, homenag... ndo as amigos e 0 publico em geral. E sera isto que farao Bebeto e Ana Alice, sambistas conhecidos com passagens marcantes em outras agremiac;:5es.
BAiANAS Sem 0 conjunto das baianas, as escolas perdem muito de sua original ida. de, po is e inegavel que essas figuras estao entre as principais tradic;:i5es do samm. Em evoluc;:i5es inconfund(veis, as mianas, na maioria dos casos senhoras de idade avanc;:ada, mostram, no pe e nas cadeiras, e ainda com um
gin[Jldo inimitavel,
0
que
e0
samba
autentico. Na Lins Imperial, as baianas, com suas vistosas fantasias com
turbantes, colares, babados, figas e balangandans estao sob a orientac;:ao de Gecenyra, a Crioulinha
27
Cesfile h. perte
H istbria
Oest_que Oest8qUe Dest-wue
A BRE¡ALAS N(OUEL PRATA COBRE
A Moeda Hilla Carios Henrique Fab(ola
Comisdo de Franta
Ala Mulatas Imperiais AleSsi Ouem OIJer
fen(cios aventu rei ros mercadores Bateria Adereco
Cest.qua Oestaque Destaque
Aderelro OestllqUe
A Primei ra Moed. Q, ineu CHIN~S
mascates 19 Mest re-Sal a
1~
Port~Bandeira
ciganos A Moeda do Pader AMOEOA passista ourives garimpei ros
DestMlU8
2.. parte Adere(:os
QURO Trabalho
Aderwo Oesuqua
[)est.,... Aderel;:o Estandartas
camel Os Sacos de Dinhei ro
Destaqu. Dest ..... 3a. part. Ader8fi:O
Aderel;:o
Dastaqu. Deltaque o.st ....._
Dest .....
Estancil rte
28
Bebeto Ana Alice Ala do Metrb Sonia Selma Ala Mocidade Unida Ala das Cobic;:adas Regina Lucia
Ala Imp6rio das Princesas Ne-
gras AI a AcabaTlos de Chegar
Mestre-Sala Juvenil Utlmer Porta-Bandeira Juvenii Katie Trabalho, Mia G,.,de ou Ba rlilh o Paulo CABRAL Ala daMartinha meninos vendedores tastOOs Ala doSout Raginaldo a Josias TRAPACEI RDS Cam' Fartu ra vintens passistas banqueiros mil-reis 1.. ALEGORIA
Dest8Cf.l8
Nitta" Ala dos Mascates
Sacos de Oinhe iro
estudCl'ltes
Ade~os
Ala do Da(co AI a dos I mpe riais Ala da Ssteria
PATACA MONSTRO CRUZEIRO Sonho o Sonho crupih coristas joquetas corretoras zool6gicas Mestre-SaiaMirim Porta¡Bandeira Mi rim lato, Loteca, Loteria zebrinhas trevos grupo silTtba-show passistas 2 .. ALEGORIA ASORTE A FORTUNA APAZ milionlir.os vendedora de ilusi5es BAIANA RICA bai aninh as estil izadas baianas tradicionais Reinado
o
o
Ala "0 Amanhecer" Gargalhada a Marinate Ala Gavii5es da Cotia Ala das Comodistas Este monnro me fascina Ene monstro me consome Cotinha Carlos Vitor Reni
Ala Ala Ala Ala
dlJi; Gatas das MimoslJi; do Lins da Amizade eES Mimosas
And~
Vera AI a Em Clma da H ora AI a dm t dans AI a F iITt (lia Ala das Fofinhas Voo c~rareste mundo pra mim Maria des Gra;:as Da(co Felix Cardoso Ala Imp_rial Ala das Bacanas Zitda AI a des Bal ani nh 3S Ala das Baianes
( Quesitos em Oesfile ) BATERIA 250 ritmistas sob 0 comando de Paulinho Batata, coadjuvado pelos Diretores Bola, Biloca e
Paulo.
HARMONIA Puxador do saml:B: Femando da Lins Dire~ao de Harmonia: Joao de Oliveira e Walter Pereira (Gil:i) .
SAMBA ENREDO "56 Vale Ouem Tem", de Antero Marques, Joao de Oliveira (Joao Banana) e Edivaldo Sargento.
EVOLUCAO Dire~ao
de desfile a cargo da Ala dos Corr-pos,
tores.
Os artistas
FANTASIAS Criac50 de Poty e
As alegorias apresentadas pela Lins Imperial no desfile de carnaval de 84 foram criadas pelo jovem ar-
confec~ao
dos desfilantes.
tista Jorge Luiz Villela. Fluminense de Nitera, gran-
ENREDO
jeou experiencia, trabalhando com Joaozinho Trinta, no Salgueiro e re 8eija-Flor, e com Viriato Ferreira,
"S6 Vale Quem Tem ", pesquisa do Departa-
na Portela. Depois, voltou para sua terra natal, onde foi campeao, pelas Escolas de Samba Tem Branco no Samba, 8airro Almerinda e Acadimicas do Sassego. t artista plastico formado pela Universidade Federal Fluminense e trabalha na Rede Globo de Televisio , em decora~ao para
0
profTama "Fantas-
tico ¡'. Como cen6grafo esta fazendo sua estreia no carnaval do Rio de J;neiro, tendo elaborado tamMm as fantasias e alegarias para 0 Bloeo Unidas de Sao Crista-
vao.
A execut;ao do criativo trabalho do artista Vil/ela esta sob a responsabilidade de Dirfiei Goia, 0 Gaucho, apelido que recebeu por se, natuml cia cidade de Santana do Livramento, no Rio Grande do SuI. La, comer;ou a desenhar figurinos, como modista, transferindo-se clepois para Rivera, no Uroguai.
No Rio de Janeiro, desde 79, trabalhou, como aderecista , na Portela.. .
a comunidade e morador do bairro,
Integrado
do Lins de Vasconcelos,
pols
executou chapeu5 e ae/ere-
90S para algumas alas e destaques da Escola e, este ana , convidado pela Lins Imperial, tamMm esta fazenda sua estnfia no camaval carioca. Sua equipe,
clas rna is eficientes, t! composta cia; serralheiros Sebastiao, Evair, Jose Nilton e Jorge: do marceneiro Tiaozinho; do pintor Paulo: das aderecistas Jussara, Fatima, Jane, Deise, Janete e Netinha; e do vigia 8e1eza, que de tudo faz urn pouco. Da obra deste modesto e incansdvel traba/hador as alegorias Vcfo surgindo, em meio a espelhos, acetatos, plasticos, isopor, feltros, brocais, rendas e tintas. Enfim, os Uautornoveisu, como dzem os sarnbistas, estao prontos para 0 carna val de inaugura~io da Passarela do Samba.
.%A
~~ ~\.-
/((
~
~ ~
mento Cultural da Lins Imperial Texto de Rent! Amaral.
COMiSSAO DE FRENTE Ala Os Tradicionais
.
:a~~~~~orge Conf~ao
Luiz Villela e arte final de Dirnei Goia e equi-
pe.
MESTRE SALA e PORTA BANDEl RA Bebeto e Ana Alice, na primeira parte do des-
fciloe'NJ"taumNaTrOe Katia na segunda e encerrando o espetaculo 0 par infantil Andre e Veta
.
Organizac5o de desfile elaborada pela Comissao de Carnaval.
ALA DAS BAIANAS Cern baianas tradicionais, sob 0 comando de
Gecenyra, a Crioulinha (este em julgamenlo)
ques~o
nao entra
ALA DAS CRIANCAS Cern
crian~s
fantasiadls de estudantes e cem fantasiadls de vendedores de amendoim. (tambem as crian~s ""0 representam quesito para julgamento) crian~as
29
QUADRA DE ENSAIOS Escola Municipal Bento Ribeiro Rua C6nego Tobias. 112 Meier - Rio de Janeiro ESCOLA-COMUNIDADE-SAMBA
fundada em 07.03.1963
SOCIEDADE RECREATIVA ESCOLA DE SAMBA LlNS IMPERIAL Sede Administrativa: Rua Lins de Vasconcelos .. - 520 - RJ Considerada de utilidade publica pelo Decreto Estadual n9349 de 04.09.80 Filiada a AssocillCfao das Escolas de Samba da cidade do Rio de Janeiro - A ESCRJ
Diretoria
Presidente Vice Presidente Administrativo 19 Secretario 29 Secretario Vice-Presidente Financeiro 1'? Tesoureiro 2'? Tesoureiro Diretor de Patrimonio Dlretor de Patrimonio Diretor de Patrimonio Diretor de Patrimonio Vice Presidente Social o iretQr Social Diretor Social Vice Presidente Feminina Diretora Feminina
Oiretora Feminina Diretora Feminina Diretora Feminina Diretor de Harmonia O;retor de Harmonia Diretor de Sateria Vice Presidente Juridico Vice Presidente Cultural Vice Presidente Divulga<;ao Diretor de Divulga<;ao
Representante na AESCRJ
~
CONSELHO DE FUNDADORES Daniel Fernandes Antonio Dias de Castro F~ Geroncio D ias de Castro Jeronimo Dias de Castro Julio Cesar Gomes de Oliveira Ailson Campos Correa Euclides Ramos Filho Am.a uri da Costa Tadeu Sergio de Oliveira Dantas Luiz Carlos de Assis Oliveira Vicente Silva Guilherme Simoes Waldir Augusto Dias Alvaro Jose Duarte Georgina Amorim Odalea Lucia da Silva Cezario Dalva Maria Sa da Paz Judith Vieira Coelho Marta Gonl;alves Ramos Walter Pereira (Gibil Joao de Oliveira Paulo Cesar Barboza Dr. Antero Marques Carlos Manoel de Carvalho Jose Carlos Ferreira Ba-reto Jose Quirino S. Aezende Aroldo Bonifacio
MONZA HOTEL
~ Organiza~ao do grupo Escafura
30
HOMENAGEM POSTUMA Atherio Salustiano da Silva Jones da Silva (linco) Jose da Silva (Jaguarao) Durval Olimpio da Silva Paulo Areal Francisco Xavier
• Luxuosas suites
• Estacionamento prOprio
• TV a cores
• Ar condicionado
Avenida Embaixador Abelardo Bueno, 1.000 - Jacarepaguil Tel. 3.423885 - Rio de Janeiro
I
Altair A'J gusto Marques Alberto Alves dos Santos Filho Antonio Dias de Castro Filho Agnelo Campos Arlinda Pereira (Presidente) Ascanio da Silva Antonio Carlos Esteineker Francisco Carlos Tavares Darcy Knuth Machado Daniel Fernandes Fidelis dos Santos Flaviano Pinheiro da Silva Helvecio Antonio de Lima Homp.ro Fonseca Aequenha Jose Lu is dos Santo~ Maur(cio Simeao da Silva Octacilio Acacio dos Santos Sebastiao Correia Neto Sebastiiio Alves do Nascimento . Waldair da Silva Georgina Amorim Joao de Oliveira Juvenil Gomes da Silva N ilton Barbosa
• Bar e Restau rante (Em frente ao Aut6dromo)
CHOPP
..
..
E
BACALHAU VINHOS •
DlA
•
•
NOlTE
DISTRIBUIDORA DE BEBIDAS LANDINHO QUALQUER TIPO DE BEBIDA ATACADO E VAREJO
AVENIDA DOS ITALIANOS, 225 -B - ROCHA MIRANDA tel. 260-6612 - RIO DE JANEIRO
â&#x20AC;¢
A GOPE fabrica os instrumentos que estso revolucionando 0 carnaval brasileiro
.....
E=
Inetrumentae mueical e Itda.
o SOM NA PERCUSSAO
FABRIC A E VENDA S
Av. CelIO Garcia. 1338 - Tels.: 292-1315 292-2020 - 291-1840 e 291-1903 Belem - SAo Paulo - SP (com eSlacionamenlo)