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Parabéns para Suas Excelências as Escolas de Samba Os meses de março e abril são marcados pelo alto número de escolas de samba que aniversariam. É claro que durante todos os meses do ano uma ou outra escola faz aniversário. A nossa querida Beija-Flor, por exemplo, aniversaria no dia 24 de dezembro: quando todos só pensavam no Natal, a turma de bambas de Nilópolis pensava também na folia. Mas o que chama mesmo a atenção é o fato de, num país onde as instituições têm tão pouca longevidade, as escolas de samba, de porte pequeno, médio ou grande, conseguirem de uma forma heróica sobreviver e durar. Só para dar dois exemplos: a Portela no dia 11 de abril completou 83 anos e a Acadêmicos da Rocinha, uma das mais novas e com duas passagens pelo Grupo Especial, chegou à maioridade, 18 anos, no dia 30 de março. Esta é uma prova da força da cultura popular, da garra daqueles que, sem a devida ajuda dos governos, se unem em torno de um bem cultural comum . Só quem vive o dia-a-dia do samba sabe com que pesar se anuncia que uma escola enrolou a bandeira. Até outro dia existiam a Tupi de Brás de Pina, a Foliões de Botafogo, a Unidos de Campinho e tantas outras escolas. Seu fim deixa vazio e tristeza. Mas, se fizermos as contas , poderemos ver que o número de baixas é bem menor do que o das que lutam - e como lutam - e perduram. Mais do que em qualquer outro período do ano, o samba está de parabéns em março e abril. Conselho Editorial
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Fale com O Beija-Flor Rua Rivadávia Correia, 60 - Barracão 11 - Gamboa Rio de Janeiro - RJ - Te!.: (21) 2291-9150 e-mail: admbeijaflor@veloxmail.com.br
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No dia 2 de abril, o presidente da Beija-Flor e prefeito de Nilópolis, Farid Ab rão David, abriu as portas de sua residência para comemorar seu aniversário com um churrasco. Com a presença da bateria e outros integrantes da escola, a festa foi aberta para a comunidade e durou todo o domingo . Na segunda-feira, 3, data de nascimento de Farid , um almoço com os secretários municipais celebrou o dia.
Nelsinho comemora seu aniversário ao lado de Júnior, no show da banda Cheiro de Amor É massa! Foi a definição dada pelos componentes da Banda Cheiro de Amor, por estarem pela primeira vez tocando na Baixada Fluminense e na quadra de uma escola de samba. No domingo 9 de abril a Beija-Flor recebeu um público estimado em mais de 10 mil pessoas, no NiloAxé. A festa , que reuniu jovens de toda a baixada que tomaram de forma descontraída e ordeira as ruas ao redor da quadra da azul-ebranco desde às 3:00h da tarde de domingo.
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Agenda
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No dia 1Q de maio será realizada, na quadra da Beija-Flor de Nilópolis, a primeira feijoada da ala dos compositores da escola. Com direito a roda de samba, a festa acontecerá das 14 às 18 horas e terá Serginho do Porto como convidado especial. Outra presença esperada é a de Alexandre Louzada, novo integrante da Comissão de Carnaval da azul-e-branco. "Queremos muito que ele venha. Vai ser bom para ele se familiarizar conosco cada vez mais", diz J . Veloso, presidente da ala. Mas o evento não pára por aí. Segundo Veloso, a feijoada se repetirá todo primeiro domingo do mês, sempre com um sambista convidado. A entrada custa R$ 5,00 .
~......~..."".... Uma publicação da G.R .E.S. ESCOLA DE SAMBA BEIJA-FLOR DE NILÓPOLlS - Rua Pracinha Wallace Paes Leme, 1025 - Centro -
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Nilópolis - Rio de Janeiro - Tel. : (021) 2791 -2866 . Presidente de Honra : Anízio Abrahão David; Presidente Administrativo : Farid Abrão ....., . . David ; Vice-Presidente : Nelson Alexandre Sennas David; Presidente do Conselho Deliberativo: Ary Rodrigues - Editor: Walter Honorato Gomes; Jornalista Responsável : Walter Honorato Gomes (RP 20 .559); Projeto Gráfico e Diagramação : Marcos Caram ; Redação: Murillo Victorazzo e Adalberto Neto; Fotógrafos: Henrique Mattos e Robson Barreto ; Produção e Marketing : Unità ; Impressão: Walprint .....IIIIIiIM......1IIIIII1II Gráfica e Editora ; Tiragem :10.000 exemplares.
A cara da Beija-Flor Marcos Antonio Há 12 anos desfilando como destaque da Beija-Flor, Marcos Antonio Escaleira é um legítimo filho de Nilópolis e da azul-e-branco. Não bastasse ser nascido e criado na cidade , ele ainda por cima mora em frente à quadra da escola. Aos 16 anos, começou a participar dos desfiles no rastro do pai, Gil Escaleira, diretor da agremiação na época. A partir daí o amor pela escola só aumentou . Afilhado de Marlene Sennas David , mãe do vice-presidente da escola, Nelsinho David, Marcos passou a destaque em 1994, após uma conversa com o então carnavalesco Milton Cunha. "Eu não conseguia mais me distrair desfilando no chão. Sou tão apaixonado pela escola que ficava vendo se havia buracos na ala. Acabava ajudando a Harmonia em vez de me divertir. No carro é mais tranqüilo", diz. Nem mesmo os 23 anos de Beija-Flor são suficientes ,para Marcos conseguir explicar o que sente ao entrar na Avenida. IC E muito difícil descrever o que acontece naquele momento", confessa. Promoter da boate Excentric, ele ainda desfilava no chão nos dois carnavais que considera mais marcantes da escola: O mundo é uma bola e Ratos e urubus, larguem minha fantasia . "A chuva que caiu no desfile de 1986 e a revolução que foi o de 1989 são inesquecíveis", recorda. Este ano Marcos foi destaque da segunda alegoria da escola, "A terra primitiva e a água O gênesis da vida". Sua fantasia , como sempre, foi feita pelo sobrinho Waldeck, aderecista da azul-e-branco. O tetracampeonato não veio, mas o que o deixou mais triste foi a colocação final da escola. "Perder faz parte. Mas a escola merecia mais do que um quinto lugar" , lamenta. As apurações, aliás, são sempre um tormento para ele. "Geralmente assisto à apuração na quadra. Mas fico muito nervoso. Prefiro ficar num canto, sozinho." Basta conversar com Marcos para notar que ser Beija-Flor de corpo e alma é motivo de orgulho para ele. "Amo ser um integrante da escola. Gosto do carnaval como um todo, mas o principal é o desfile da Beija-Flor. Para mim , ela é o sinônimo de carnaval". Por toda essa paixão pela azul-e-branco, Marcos é a cara da Beija-Flor.
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Entrevista
Dr. Hiram Ãraújo Por Walter Honorato e Murillo Victorazzo
Um Dom Quixote do carnaval. É assim que o diretor cultural da Liga Independente das Escolas de Samba (LIESA), doutor Hiram Araújo, se define. E não é para menos. Há décadas lutando pela valorização e preservação da maior festa popular brasileira, ele é o idealizador de dois projetos lançados nos últimos dois anos que vêm ao encontro de uma cada vez maior profissionalização das escolas de samba: o Centro de Memória do Carnaval, na LlESA, e o Instituto do Carnaval, na Faculdade Estácio de Sá. Sempre com novas idéias, ele lança uma proposta que promete bons debates: a fixação das datas do carnaval.
o Beija-Flor - O que é o Centro de Memória do Carnaval?
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Or. Hiram Araújo - O centro era uma idéia antiga minha, desde o tempo do Amaury JÓrio. Ele e eu tínhamos a idéia de implantar um local de estudo e reflexão do carnaval. Tentamos de várias maneiras, mas não conseguimos. O primeiro passo que demos foi em 1967, quando o Amaury me chamou e fundamos o primeiro departamento cultural de escola de samba, na Imperatriz Leopoldinense. Começamos a juntar coisas e em 1969 escrevemos Escola de samba em desfile , o primeiro livro publicado sobre escolas de samba. Iniciamos então uma série de atividades culturais na Imperatriz. O então presidente Osvaldo Macedo tinha um lado cultural muito forte, era da área, cigano. Deu um grande incentivo na parte cultural, principalmente nos grandes enredos que fez, como 1922 Oropa, França e Bahia. Depois fomos para a Associação das Escolas de Samba, no tempo em que ainda era uma verdadeira associação. Durante dez anos, o Amaury deu um perfil de dignidade à associação. Ele foi o grande articulador disso tudo. Sempre teve muito cuidado com a área cultural. Falávamos muito que precisávamos de um local onde se pudesse estudar o carnaval. Dei uma ajuda ao Museu do Carnaval da Apoteose. Quando o Capitão Guimarães assumiu seu segundo mandato falei com ele sobre a idéia do Centro novamente. Disse-lhe
que precisava de uma área somente para pesquisas sobre carnaval , tudo muito planejado. Ele logo aceitou . Comprou um andar . no prédio em que funciona a Liga e o equipou com aparelhagem de última geração. Deu-nos todas as condições para montar um centro de estudos e memória. Trouxe meu filho Fernando, que preparou antes da inauguração todo o acervo que eu tinha. Quando o Amaury morreu , em 1980, fique i com muita coisa que havia na casa dele. Ele era muito meticuloso com pesquisa. Todo esse material foi levado para o Museu do Carnaval na Apoteose , mas estava se perdendo. Quando o Capitão deu sinal verde, tive a autorização do prefeito César Maia para pegar tudo que estava lá e trazer para o Centro.
o Beija-Flor - Desde quando o Centro funciona? A quem ele atende? Or. Hiram Araújo - Inauguramos o projeto no dia 4 de agosto de 2004. Temos um acervo todo computadorizado. Os estudiosos e pesquisadores marcam uma hora e vêm. Não atendemos ninguém que não tenha a finalidade de estudo. É uma pesquisa interna, não está na internet, apenas numa intranet. Temos terminais de computadores , salas onde se pode fazer a pesquisa e um auditório para palestras. Estamos funcionando muito bem . Talvez sejamos o único local do Rio de Janeiro em condições de oferecer um estudo tão detalhado do carnaval.
o Beija-Flor - Um dos fatos mais importantes para o mundo do samba este ano foi a criação do . Instituto do Carnaval , na Faculdade Estácio de Sá. O senhor é o coordenador do primeiro curso de Gestão de Festas e Eventos Carnavalescos. e o grande idealizador do projeto . Como foi a luta para im plementálo?
mas tem que entender o trabalho desses profissionais. Deve saber como se prepara uma festa , como receber um turista. Planejamos criar posteriormente algo mais profundo , como pós-graduações , mestrado e doutorado em todos os setores do carnaval. Os professores são todos ligados ao carnaval e com formação acadêmica. Além disso , o Instituto do Carnaval tem um conselho consultivo , composto por nomes com grande experiência na área, convocado para grandes discussões . O primeiro curso , iniciado no dia 5 de outubro , foi dado no campus Praça XI da Faculdade Estácio de Sá. Temos já 120 alunos , divididos em duas turmas . Daqui para adiante , é só aperfeiçoar.
Or. Hiram Araújo - Logo depois do carnaval do ano passado encontrei dois diretores da Estácio de Sá , o Fernando Uchoa e o Alberto Guimarães , e lhes expus um antigo projeto meu de estudo do carnaval nas universidades. Expliquei que sempre lutei por isso e considerava a universidade preconceituosa nesse assunto. Até então não haviam aberto as portas para algo como uma disciplina sobre o assunto . Assim como a mitologia grega, que ficou muito tempo fora das universidades até ser oficializada em 1960. Hoje nas faculdades de Letras se estuda isso. Apresentei o projeto aos dois , que concordaram em realizá-lo desde que houvesse o apoio da Liga . Fizemos então uma reunião entre eles e o Capitão Guimarães , que logo topou a idéia. Posteriormente, em plenário, as 14 escolas aprovaram por unanimidade o projeto.
Or. Hiram Araújo - Confesso que não achava que iríamos ter essa demanda logo no início. Imaginei que fosse ser aos poucos . Foi uma grata surpresa termos já 120 alunos. Mas creio que é por se tratar de um mercado tão amplo , que comporta de 300 a 500 mil empregos formais e informais. As pessoas que já estão nesse ramo não são formadas , são curiosas . Agora, com um diploma universitário, terão uma valorização muito maior.
o Beija-Flor - Como funciona o curso?
o Beija-Flor - Qual é o perfil desses alunos?
Or. Hiram Araújo - Inicialmente faremos cursos de gestão , através de uma nova lei de diretrizes de politécnica . São cursos de graduação tecnológica de curta duração (dois anos), mas de nível superior. A pessoa precisa ter o ensino médio ou superior para se inscrever. Mas , caso venha do ensino médio , tem que fazer um vestibular. O aluno sairá como gestor. A idéia não é formar especialistas inicialmente. Vamos formar pessoas que lidam com a preparação do carnaval. Para entrar nesse mercado, temos que ensinar o que ele pede . A pessoa vai entrar num barracão e saber administrar aquele complexo de pessoas que trabalham ali nas mais variadas áreas de atividade. Não precisa ser, por exemplo , um cenógrafo , um carnavalesco,
Or. Hiram Araújo - Eles não são muitos novos. A maioria é mais experiente. São universitários , pós-graduados , jornalistas. O Lula Branco Martins , do Jornal do Brasil, é um deles. Não há ainda muitas personalidades badaladas das escolas , mas são pessoas que já militam no samba .
o Beija-Flor - A expectativa era de ter já esse numero de alunos?
o Beija-Flor - O senhor acha que muito do interesse desses alunos tem a ver com a possibilidade de emprego na Cidade do Samba , cuja inauguração coincide com a criação do curso? Or. Hiram Araújo - Acho que sim . Não só na Cidade do Samba , mas no mercado total do carnaval, no Rio e em outros estados e países. No exterior há pessoas que produzem shows, carnaval , que muitas vezes não estão
preparadas para isso. Estive na Suécia há três anos e me falaram da falta de gente mais capacitada para instru í-Ios. Eles eram obrigados a contratar brasileiros que se diziam entendidos , mas que conheciam o ramo pela televisão. Pegavam um vídeo e aprendiam. A g ora os estrangeiros poderão empregar pessoas diplomadas no assunto para gerir o carnaval lá. Se souberem que há um profissional preparado, com diploma, este terá mais chance do que o outro que está ali e conhece mal o assunto . Hoje na Europa todo mundo quer participar, criar uma escola de samba . Quando se fala em carnaval lá, pensa-se em escola de samba . Às vezes formam um grupo carnavalesco que não tem nada a ver com escola de samba, mas que, para eles, é uma. Se essa gente tiver condição de formar uma escola de samba com padrão parecido com o nosso , será muito melhor!
o Beija-Flor - O senhor, como uma pessoa que milita no samba há tanto tempo , pesquisando , trabalhando e preservando, sente-se mais realizado com tais projetos? Or. Hiram Araújo - Fico muito satisfeito. É a realização de projetos que, como disse, iniciei em 1967 com o Amaury. Pena que ele não esteja vivo pra usufruir também . A concretização dessas idéias é conseqüência de um trabalho com seriedade. O carnaval ainda é visto como uma coisa de entretenimento, brincadeira apenas. As pessoas ainda não olham o carnaval como deve ser olhado. É uma coisa muito séria, um evento que movimenta na cidade do Rio de Janeiro cerca de um bilhão de dólares e emprega cerca de 500 mil pessoas. É uma indústria altamente competitiva e fértil . Precisa ser administrada por pessoas que conheçam o ramo. A gente luta e vai conseguindo aos poucos.
o Beija-Flor - Há alguma outra idéia que o senhor defenda para fortalecer ainda mais o carnaval? Or : Hiram Araújo - Uma luta que tenho, mas que ainda não consegui sucesso, é estabelecer datas fixas para o carnaval. Ainda
há um preconceito sobre isso . Não há no mundo inteiro carnaval segundo o calendário religioso, que é na verdade apenas uma referência para uma festa que a Igreja adotou em 590. A Igreja tolera, mas não é uma festa católica , é pagã. Mesmo em Parintins, que rea lizava o festival no dia da santa deles, era realmente uma festa religiosa , fixaram uma data. Antes era sempre nos dias 27, 28 e 29, caindo às vezes no meio da semana. Para atrair mais turista , resolveram colocar sempre no último final de semana do mês. O que proponho não é alterar calendário nenhum. Apenas defendo a comemoração do carnaval no final de fevereiro. O ex-presidente da Associação de Hoteleiros, Caribé da Rocha, dizia já em 1983 que quando o carnaval cai na primeira quinzena de fevereiro é um desastre econômico para o Rio de Janeiro. Assim que terminam os desfiles, os turistas vão embora . Quando é no inicio do fevereiro, deixamos de faturar quase um mês todo. Por exemplo: em 2008, o carnaval será dia 3 de fevereiro. Nesse ano comemoraremos a abertura dos portos. O prefeito já declarou que irá fazer uma grande festa , quem sabe até um carnaval temático. Vamos perder um mês inteiro de lucro, com a cidade cheia de turistas? Quanto as escolas deixarão de ganhar? A Mangueira, por exemplo, põe todo sábado cerca de dez mil pessoas na quadra , com o ingresso custando R$30 ,00 perto do carnaval. São R$300 mil por noite! Em 2008, com praticamente menos quatro ensaios, a escola deixará de faturar cerca de R$1 milhão! Em nome de quê isso? Por um sentimento religioso é que não é. O sábado das Campeãs cai na Quaresma. A apuração é na quarta-feira de Cinzas, uma data religiosa forte , mas que não impede que haja festa nas quadras das escolas campeãs. É uma festa religiosa ou turística? Claro que turística! Cada cidade no mundo faz seu carnaval nas melhores datas para os seus interesses econômicos. Ainda não consegui concretizar essa idéia. Sou quase um Dom Quixote, um cavaleiro andante brigando. Mas quem sabe um dia 5 consigo.
o Centro de Memória do Carnaval o Centro de Memória do Carnaval foi inaugurado no dia 4 de agosto de 2004 . Funciona no 2º andar do prédio-sede da LlESA, na avenida Rio Branco, 4, numa área de 230m 2 . Tem uma sala de projeção com capacidade para 34 pessoas, telão e aparelho data-show, e outra para pesquisas equipada com cinco terminais de computadores. Há também duas salas para o Departamento Cultural. Entre mais de vinte mil arquivos digitalizados, o Centro possui documentos de todas as manifestações carnavalescas do Brasil e do mundo. No acervo digital , há bancos de imagens, de enredos, discoteca de sambas-enredos , sons de baterias, etc . Reúne ainda material impresso, fotografias, fitas de áudio, VHS , CDs e DVDs sobre as escolas.
o Centro funciona diariamente , de segunda a sexta-feira . Atende pesquisadores e estudiosos previamente agendados pelo telefone (21 )22333990 ou pelo email centrodememoria@ liesa.com.br.
Instituto do Carnaval: o Instituto do Carnaval iniciou suas atividades com a criação do primeiro curso de Gestão de Festas e Eventos Carnavalescos no dia 5 de outubro. O curso visa formar profissionais de nível superior em produção e gestão de eventos carnavalescos , com base na cultura brasileira e experiência das escolas de sambas e outras manifestações regionais similares. Tem duração de dois anos, divididos em quatro períodos com carga horária de 1.600 horas. 1º período
2º período
3º período
4º período
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• História do Carnaval Aplicada à Gestão • Introdução à Linguagem Visual e Estética • Contabilidade Empresarial • Modelos e Gestões de Festas e Eventos • Antropologia do Carnaval • Mitos e Folclore Brasileiros • Gestão Estratégica
• Universo do Carnaval • Produção do Carnaval • Planejamento Estratégico de Festas e Desfiles • Gestão de Escolas de Sambas • Pesquisa e Documentação de Carnaval • Laboratório de Produção de • Projetos Carnavalescos • Relações Públicas
• Artes e Manifestações Populares • Escolas de Samba e suas Operacionalidades • Custos e Orçamentos • Fundamentos do Marketing • Turismo e Eventos Carnavalescos • Projeto de Integração • Competência em Eventos
História do Carnaval Comunicação e Expressão Cultura Brasileira História da Arte Matemática Financeira Sociologia do Carnaval História Política e Social do Brasil
O Instituto do Carnaval é coordenado pelo doutor Hiram Araújo e tem a professora Helena Theodoro como orientadora pedagógica junto ao MEC . O conselho consultivo é formado por: Alcyone Barreto, Cláudio Vieira , Felipe Ferreira, Francisco Guarisa, Gabriel de Oliveira Pinto , Haroldo Costa, Helena Teodoro, Helenise Guimarães , Hiram Araújo, Jorge Mendes Carneiro, Jorge Perlingeiro, José Carlos Neto, José Carlos Rego , José Roberto, Júlio César Farias Santos , Júlio Machado, Lamartine Pereira da Costa, Lígia Santos, Luís Fernando Vieira, Lu la Vieira, Manuel Alves, Marília Barbosa, Max Lopes, Milto n Cunha, Moacir Luz, Rache i Valença, Ricardo Cravo Albin, Roberto Moura, Roberto Peixoto, Rosa Magalhães, Sérgio Cabral , Tarik de Souza , Walter Honorato .
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Entrevista
indressa Ârmada Por Walter Honorato e Murillo Victorazzo Nilópolis é conhecida pela qualidade do seu samba, representado pela Beija-Flor, primeira colocada no ranking da LlESA. Mas a cidade também se destaca pela beleza de suas mulheres. A maior prova disso é Andressa Armada Vital. Aos 19 anos, essa morena de cabelos castanhos escuros, 1,74m e 60kg foi eleita Miss Nilópolis 2006 no início do ano. Estudante do 32 período da faculdade de Administração e funcionária do Detran, ela foi indicada para disputar o concurso por Aroldo Silva, administrador do Centro de Atendimento Comunitário Nélson Abrão David (CAC). Ganhou assim o direito de concorrer ao título de Miss Rio de Janeiro, cuja cerimônia foi realizada no dia 25 de março, no Garden Hall, na Barra da Tijuca. Na ocasião, Andressa desfilou seu charme e simpatia para orgulho da cidade-berço da azul-e-branco. Infelizmente não foi a eleita, mas, ao ficar entre as 10 finalistas, mostrou a todos a beleza da mulher nilopolitana.
o Beija-Flor - Como surgiu a chance de disputar o título de Miss Nilópolis? Andressa Armada - Eu conheci o Aroldo quando fiz um minicurso de dois dias com a ex-Miss Brasil Leila Schuster no CAC, em julho do ano passado. Lá eu tive aulas de passarela, postura , maquiagem e etiqueta com ela. Sempre quis ser modelo. Quando o coordenador do Miss Nilópolis pediu ao Aroldo para indicar algumas meninas, ele se lembrou de mim . O Aroldo sempre me disse que assim que pudesse iria me indicar para algum concurso de beleza.
o Beija-Flor - Qual é a sua relação com a Beija-Flor? Você já desfilou pela escola?
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Andressa Armada - Nunca desfilei. Mas adoro carnaval, samba. Vou praticamente a todos os ensaios da escola. Estou sempre que posso na quadra. Este ano eu ia desfilar de
destaque, com a faixa de Miss, mas não deu tempo para a roupa ficar pronta. Foi tudo muito em cima da hora. Quem sabe ano que vem .. .
o Beija-Flor - Como foi representar Nilópolis num concurso de Miss Rio de Janeiro? Andressa Armada - Foi maravilhoso! Senti um orgulho enorme de representar o meu município, a terra onde sempre vivi. Ainda mais com a minha família e amigos assistindo a tudo.
o Beija-Flor- E o futuro? Você acha que o título de Miss Nilópolis lhe abrirá as portas para outros trabalhos? Andressa Armada - Eu nunca tive ambição pela coroa de miss. Aceitei concorrer pensando exatamente nas portas que me seriam abertas como modelo. É uma chance para tentar algo nessa área. Adorei concorrer a Miss Rio de Janeiro, mas o que quero mesmo é ser modelo, desfilar em passarela.
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odestino dos carnavais Por Adalbel'to Neto Quem nunca percebeu semelhanças entre esculturas de pequenas escolas de samba e as da Beija-Flor que atire a primeira serpentina. Todo ano, após o carnaval, os telefones da agremiação nilopolitana não param de tocar, com interessados em comprar peças do seu último desfile. Esse mercado, que a cada ano tem uma demanda maior, é o que aquece a receita da escola enquanto não se iniciam os trabalhos sobre o novo enredo. "Escolas de samba menores, blocos de carnaval, atores e expositores são os nossos principais clientes. Eles, em sua maioria, nos procuram interessados em comprar fantasias e esculturas", conta o diretor administrativo Robson Pellegrini , acrescentando, no entanto, que o que dá mais lucro é a venda de ferro e metal para os sucateiros. Mas, como nem tudo dá samba, o isopor utilizado nas alegorias vai todo para o lixo, por ser muito sensível e quebrar facilmente durante o desmonte. Apesar disso, cerca de 80% do que sobra do carnaval é reaproveitado, vendido ou reciclado. A equipe de desmonte é composta por 62 funcionários, entre eles ferreiros, carpinteiros e marceneiros. A previsão da direção da Beija-Flor é de que até o início de junho todos os carros estejam "nus" para que o trabalho com o próximo enredo, que deve ser decidido até o começo de maio, se inicie. A média dos preços das fantasias é de R$ 300,00. Já o valor das esculturas, segundo Pellegrini, varia de acordo com tamanho e material utilizado. Os interessados devem correr para comprar o que ainda está disponível para venda. Até porque a procura aumentou e tem ultrapassado limites, divisas e fronteiras da cidade do carnaval. "Muitas escolas de outras cidades e estados têm nos procurado. No ano passado, um grupo de expositores franceses comprou algumas de nossas fantasias e este ano já fomos sondados por alemães interessados em montar uma alegoria com nossas esculturas", afirma Pellegrini.
Por Walter Honorato email: walterhonorato@yahoo.com.br 3 - Justificativas finais das escolas de domingo; 4 - Notas das escolas de segunda-feira (com a indicação do bônus) ; 5 - Justificativas das escolas de segunda-feira; 6 - Justificativas finais das escolas de segunda-feira.
30/03/06 - O sambista Noca da Portei a foi empossado como Secretário Estadual de Cultura. Noca subistitui Arnaldo Niskier, que foi transferido para a Secretaria de Educação. 31/03/06 - Wagner Araújo, presidente da Imperatriz Leopoldinense, foi contratado como diretor de carnaval da Acadêmicos da Rocinha. Wagner retorna ao posto que foi seu no carnaval de 2005, quando a escola de São Conrado foi Campeã do Grupo de Acesso A. Em 2006, o presidente da Imperatriz deu expediente na direção de carnaval da União da Ilha do Governador, que acaba de contratar o radialista João Estevam para ocupar o posto vago. Anízio Abrahão e Aílton Guimarães Jorge na festa de confraternização da LlESA
29/03/06 - A LlESA entregou na noite de quarta-feira , 29 de março, cópias dos mapas de notas com as justificativas dos julgadores dos desfiles das escolas de samba do Grupo Especial aos presidentes das agremiações , e também divulgou os fac-similes de todos os mapas através do site LiesaNet. A iniciativa é uma decisão conjunta da Liga Independente e da Prefeitura do Rio, objetivando que o público tome conhecimento das justificativas das notas diferentes de 10, mostrando os motivos que levaram os jurados a aplicar penalidades previstas no Manual do Julgador. A LlESA também tornou público o resultado da segunda experiência vivida pelos julgadores para a concessão de um bônus extra de 0,1 (um décimo) às agremiações que mais se destacaram nos respectivos quesitos. A bonificação era facultativa e foi realizada em caráter experimental pelo segundo ano consecutivo. O assunto voltará a ser discutido nas próximas reuniões plenárias e, se aprovado pela maioria dos presidentes, será incluído oficialmente no Regulamento do Carnaval 2007 . Os fac-similes dos mapas foram gravados em arquivos PDF e, para consultá-los, basta escolher o quesito e, em seguida, clicar sobre o nome do julgador. As planilhas seguem a mesma ordem dos mapas oficiais, ou seja: 1 - Notas das escolas de domingo; 2 - Justificativas das escolas de domingo;
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31/03/06 - Cahe Rodrigues comandará o carnaval da Portela em 2007, ao lado de Amarildo Mello, que continua na agremiação. Cahe subistituirá IIvamar Magalhães, que deixou a azul-e-branco de Madureira. 06/04/06 - Morreu aos 85 anos Jair de Araújo Costa , o Jair do Cavaquinho, sócio número 1 da Portela, vítima de complicações cardíacas . Era integrante da Velha Guarda da Portela . 09/04/06 - Na festa de encerramento das comemorações pela conquista do título de campeã do Grupo de Acesso A, no último carnaval, a direção da Estácio de Sá apresentou seu novo intérprete oficial , Anderson Paz, que no último carnaval defendeu a Rocinha . Além de Anderson, foi confirmada a permanência de Marco Aurélio Fernandes na direção de Carnaval e de Carlinhos Maracanã como patrono da vermelho-e-branco .
o Beija-Flor indica o OVO "Carnaval 2006 compacto do desfile das escolas de samba do grupo especial do Rio de Janeiro", direção geral de Aloysio Legey, da gravadora Som Livre. ~
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Convertedora Irmão Gomes
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Cimento • Argamassa • Tijolo Ferro • Elétrica • Hidráulica Pisos • Tintas • Ferramentas etc Rua Manoel Rodrigues Fontinha, 76 2691-2260 e 2791-5157
(illlil!b Estrada Senador Salgado Filho, 109 (Esq. Getúlio Vargas) 2693-3097
IRMÃOS
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Peças e Serviços
2691-4062 ÚNICO AUTORIZADO BRASTEMP E CONSUL
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Babadão da Folia e Beija-Flor, • urna parceria que dá Samba. ~~J.;'
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