Revista Unidos do Porto da Pedra 1997

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Ga.rt\a.va.l


,

Indice • Apresenta9ao •

Um Tigre com muita Garra

• A Comunidad e e Imprensa •

Saudades

Destaques

Samba Enredo

• Alegorias e Alas •

Enredo

• Conselho, Diretoria e Departamentos • Agradecimentos •

Hist6ria dos Campeonatos


Apresenta~ao

Gremio Recreativo Escola de Samba Unidos do Porto da Pedra Carnaval/ 97

No Reino da Alegria cada Louco com sua Mania Porto da Pedra, num momenta de "Lucidez" , apresenta 0 seu Carnaval e, descontraidamente, mostra com personagens reais e fictfcios obras e ensinamentos leg ados a posterioridade. Esses loucos personagens, mesmo privados da auto-direr;:ao, nao abdicaram da condir;:ao humana demonstrando em alguns casos a capacidade de criar dentro das suas limitar;:6es e se mostraram dignos da especie atraves dos significados das mais variadas formas de arte, desde a expressao corporal passando pela sensibilidade poetica e filos6fica chegando ate a mais divertida das loucuras ... A LOUCURA DA INFANCIA. E neste grande hospicio NO REINO DA ALEGRIA, CADA LOUCO COM SUA MANIA.

NEM rooos QUE ESTAo sAo NEM TOOOS QUE sAo ESTAo


Urn Tigre corn rnuita Garra Cliwdio Vieira

o mundo do .samba perdeu um grande amigo no dia 8 de agosto do ana passado , quando parou de bater 0 corac;ao gonc;alense de Sergio Oliveira, presidente do Porto da Pedra. Naquele dia, acordou cedo, telefonou para 0 diretor Sebastiao Bergara e pediu que vestisse uma roupa a/inhada pais passariam a dia reso/vendo neg6cios da esco/a e a noite teriam um compromisso com as companheiros da Liesa, que receberiam um candidato a Prefeitura do Rio, na sede da empresa. Um enfarte fu/minante chegou antes que as . dois tivessem tempo de se encontrar. Sergio nao precisou mais de um ann para criar um cfrculo de amizades entre os sambistas do Rio. Humilde, cordial , sempre disposto a ajudar, tornou-se querido. Na sua escola , que ajudou a fundar, em marc;o de 78 , era respeitado e amado. Nao e exagero dizer que foi 0 principal responsavel pel a ascensao mete6rica do Tigre de Sao Gonc;alo. Para isso, muitas vezes teve que deixar a familia e os neg6cios em segundo plano, para dedicar-se de corpo e alma ao interesses da vermelho e branco. Em 96 , com 0 compromisso de "fazer bonito"na estreia do Grupo Especial , esqueceu-se ate das safenas no corac;ao e travou uma luta incansavel durante mais de seis meses para conseguir um barracao para 0 Porto da Pedra . Isso sem falar no empenho para a construc;ao de uma quadra fantastica, com capacidade para oito mil pessoas. Sergio partiu dez dias antes de completar 50 anos. Deixa saudades e um exemplo de determinac;ao, que ficara para sempre. Quando 0 Porto da Pedra entrar na avenida , certamente ele estara presente. Sergio e a Garra do Tigre .


A Cornunidade e a Irnprensa A apresenta~ao anual das Escolas de Samba no Carnaval do Rio 13 considerado a maior manifesta~ao artistica-popular do mundo, com 0 emprego de milhares de horas de trabalho fisico e enorme desgaste emocional dos que participam espontaneamente da sua organiza~ao , sem 0 minimo arrependimento , porque 0 samba possui uma mistica inexplicavel que impregna a alma e mergulha no interior do Homem, atraves de uma caminho sem volta . 0 samba 13 assim mesmo' o espetacular evento nao pode ser igualado em g~nero , numero e grau , porque envolve um incontavel numero de pessoas, participando, organizando ou assistindo; pelas caracteristicas do ritmo e da dan~a que desperta a sensualidade e ate a sensibilidade poetica e literaria e, finalmente, porque 13 0 unico capaz de emocionar e alegrar ate as lagrimas dele historiarfatos, criar lendas, mistificar ou simplesmente parodiar. 0 samba 13, portanto , 0 palanque alegorico do povo, que pelas tradi~6es e pureza sempre reconhece os sensatos e mantem-se fora do alcance do mal. o desfile nao pode ser igualado em qualquer outra parte deste Pais, devido a fatores que somente ci samba , institui~ao aberta para a alegria , pode inspirar e manter uma atividade artistica exciusiva da alma do povo. Mas, por tras de todo esse trabalho colorido , e feito outro com 0 maximo de carinho e seriedade , atraves de cada uma das Escolas de Samba que sao 0 proprio espirito do Carnaval. Eo caso da Unidos do Porto da Pedra , de cuja caminhada e conquista se torna desnecessario falar. Mas a Porto da Pedra e mais do que uma Escola de Samba , e 0 prolongamento da casa de cada um de voces onde todos se con hecem e sao conhecidos e chamados pelos seus nomes pelo atual presidente , assim como foram pelos antigos companheiros que exerceram a presidencia . Portanto, con stitui uma familia , que se sente privilegiada de ter sido presidida por pessoas da mais elevada honra, credibilidade e aceita~ao popular, bastando citar apenas e tao somente 0 nome do mais recente ex-presidente, 0 saudoso Sergio , do qual pouco falamos em respeito a sua reconhecida simplicidade e timidez . o espirito do Porto da Pedra , principalmente daqueles que a presidiram , bem como do atual presidente, eo mesmo do Tigre: discreto, silencioso e disposto a mostrar as garras no momento certo , quando e onde e menos esperado. Isso acontecera certamente no Carnaval/97. "No Grupo" de verdade, 0 nO do Tigre e 22 , muito "caracteristico". Vale arriscar 10 pratas e correr para esperar 0 resultado ser escrito no poste. Depois e caminhar para os abra~os , seguindo pela Abilio Jose de Mattos, Amaral Peixoto e Niteroi-Manilha. Nao importa: todos os caminhos levam a TOCA DO TIGRE. A Diretoria .


Saudades A presen{:a dos Ausentes A escola de samba Unidos do Porto da Pedra . Atraves de sua comunidade que tem alma , vibra e vive aqueles que sao 0 seu firmamento estejam eles ja no ceu ou ainda na terra . Aqui estao eles como saudade, eles que tanto nos ajudaram nesta caminhada. t Sergio de Oliveira (Ktemo Presidellle) t Aida Ferreira de Oliveira t K17Ia17i Seixas Gui?ltll1cio t l arbas Ferreira t Raimulldo Nogueira f l orge Breguelesso t Helello t 'jimil7ho Lampina t Clazidionor t Nelson Grande tCrispim t Liley Pinho da Silva t/ .ilico t Vicellle M on/eiro t Possidol/io \liana de Albuquerque t Bolao t Sen. Nelson Carneiro


Destaques: Karina Lambel Lucio Gomes Painho Solange Gomes Marquinho Marcia Mary Ricardo de Aquino Taisa Loran Angelica Ravache Jaime Rangel Renato Lula Jurema Silva Gil Gouveia Katia Lambel Jurandir Roberto Xang6

Puxadores de Samba: Wantuir, Palito, Edinho, Aloisio

Instrumentistas: Jose Soares (Violao 7 cordas) Bene (Cavaquinho)

Barracao: Carnavalescc ' Mauro Quintaes Diretor Responsave l: Roger e Jorge Bergara Ferreiro: Manoel R. Batista Carpi nteiro : Luiz Machado Klopper Escultor: Flavinho Eletrica : Beto Sotto Maior Pinturas : Puchinelli Mecanica : Jorge Bergara Projetos : Daniel Rocha

Mestre Sala e Porta Bandeira: 1° Casa l: Andrea e Tuninho do Porto da Pedra 2° Casa l: Jane e Rogerio

M a d rinha da Bateria: Claudia Mauro


G.R.E.S. UNIDOS DO PORTO DA PEDRA CARNAVAL 1997 Enredo: "NO REINO DA ALEGRIA CADA LOUCO COM SUA MANIA" Autores: Vadinho / Carlinho / Pinto Carnava/esco: Mauro Quintaes Interprete: Wantuir OUTRA VEZ 0 TIGRE MOSTRA AS GARRAS NA AVENIDA E DOl DO PRA GANHAR 0 CARNAVAL FAZ PARECER BEM NATURAL A LOUCURA QUE E ESSA VIDA NEM TOI;)OS QUE AQUI ESTAo SAo LOUCOS NEM TODOS QUE sAo LOUCOS AQUI ESTAo NESTE REINO DA INSANIDADE A TEIMOSIA E A VAIDADE DAo AS MAos E DONA MARIA PRIMEIRA ATE NO NOME HA DE ENCONTRAR NAPOLEAo ASSOMBRANDO A OPERA EM PARIS UM COMPOSITOR FANTASMA CONDENADO A SOLiDAo o MAL QUE ERA APENAS APARENTE FOI TOMANDO A SUA MENTE FRUTO DO DESTINO E DA DISCRIMINA<;:Ao FEITO 0 GALANTE DOM QUIXOTE QUE A LOUCURA IDEALISTA FEZ LUTAR ATE A MORTE

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RAUL MALUCO BELEZA, HA DEZ MIL ANOS ATRAs JA DAVA ADEUS A TRISTEZA , PREGANDO 0 AMOR E A PAZ MENINO MALUQUINHO PELA IDADE DO CINEMA ATE E TEMA, LOUCA E TODA CRIAN<;:A NINJINSKI BAILARINO INCOMPARAvEL COM CERTEZA INCURAvEL NA LOUCURA PELA DAN<;:A TAo LOUCO QUANTO BISPO DO RosARIO FEZ DO MUNDO UM INVENTARIO PARA DOAR AO CRIADOR EU VI SAIR DE UM PAVILHAo EM sAo GON<;:ALO LOUCURAS VINDAS DE IMAGINARIOS TAo LOUCOS QUANTO OS QUE A GENTE JA CANTOU

BIS {

EU CANTO, EU PINTO EU BORDO SAPUCAi E A TELA PORTO DA PEDRA ENLOUQUECE A PASSARELA


Alegorias - Carro nO 1 - 0 Simbolo Maximo da Agremia!;30: 0 Tigre, que junto dos Anjos Anunciadores da Loucura abrem os portoes de um imaginario hospicio . - Carro nO 2 - D. Maria Louca: Onde, em meio a grande floresta imaginaria, surgem os aposentos reais onde poderemos testemunhar a nobre senhora atormentada e "perseguida" por Napoleao. - Carro nO 3 - 0 Fantasma da Opera: Reproduzindo os poroes da Opera de Paris onde ele e sua musa encenam um momenta magico do carnaval. - Carro nO 4 - D. Quixote: Onde percebe-se num cenario espanhol uma gigantesca escu ltura de Quixote tendo ao fundo os Moinhos num clima de alucina<;:oes medievais . - Carro nO 5 - Raul Seixas: Sobre uma enorme guitarra envolvido por magos e moscas. Legitimo representante dos Anos 70. - Carro nO 6 - Urn Enorme Menino Maluquinho: Sobre skates e a presen<;:a de seu criadof Ziraldo, nos remetendo de volta as loucuras da infancia .


- Carro nO 7 - Bah~ do Fauno: Uma replica em Art Nouveau de um palco de teatro oncle 0 cenario original acolhe a figura de ninfas e 0 artista interpretando a sua mais polemica coreografia. - Carro nO 8 - 0 Surto do Bispo: Por si s6 ja e uma loucura ; seus elementos sao de tecnicas e montagens "impares", devido a esta insana exclusividade, 0 carnavalesco explode e explora 0 "momento do surto" compondo este carro como se n6s estivessemos naquele dia decisivo junto com 0 Bispo vivendo a chegada brusca dos Anjos Anunciadores da Loucura. Esta ultima imagem e a representaC;;80 de todo 0 sentido do enredo, pois neste hospicio. NEM TOOOS QUE ESTAo sAo NEM TOOOS QUE sAo ESTAo .


Alas Comissao de Frente : Napoleao montado em seu cavalinho de pau, ,sendo assistido pelo pa'i da psicanalise Freud . Ala das Baianas: Fantasia D. Maria Louca. Ala Tigre Foliao: Fantasia Fauna Louca. Ala Tigre Elegante: Fantasia Espectro Napoleonico. Ala Marbella: Fantasia Louca Flora. Ala Tigre Boa Pinta: Fantasia Partitura. Ala Artimanha 1: Fantasia Sons da Loucura. Ala Artimanha 2: Fantasia Arniga Mascara. Ala Academicos 1: Fantasia Medieval Sonho. Ala Academicos 2: Fantasia Moinho. Bateria: Fantasia 0 Louco Cervantes. - Ala Tigre Vermelho: Fantasia Drag6es. - Ala Tigre Boa Pra<;a: Fantasia Metarnorfose. - Ala da Giza: Fanta'1ia Dez Mil Anos Atras . - Ala Boemios do Tigre: Fantasia Mosca Louca. - Ala dos Sonhos: Fantasia Olho Maior que a Barriga. - Ala Tigre Muito Louco: Fantasia Brincadeira de Maluquinho. - Ala Filhotes do Tigre: Fantasia Menino Maluquinho. - Ala Tigre da Sorte: Fantasia Grande Nijinsky. Ala do Tigre: Fantasia Art Nouveau. Ala Explosao : Fantasia 0 Fauno . Ala Alegria Alegria: Fantasia Anjos Anunciadores da Loucura. Ala Tigre Dourado: Fantasia Qua5e urn Bispo. Ala Tigre da Amizade: Fantasia Arte de Bispo. - Ala Tigre e Tigrezas: Fantasia Carnisa de Forya .


Desenvolvirnento 18 Razao: As damas sempre primeiro! Par isso D. Maria I, primeira ate no nome, abrira 0 sequito, por ter sido chamada "A LOUCA". A alcunha real pode ter feito justiya as suas excentricidades e atos cometidos, como a manifestayao publica de ojeriza pelos franceses , causadares de sua intempestiva saida de Portugal. Em dias de pessimo humor, pelo fato de se dizer perseguida pelo espectro de Napoleao, amaldiyoava 0 seu desafeto , coincidentemente 0 mais caracteristico e completo representante do Reino da Inconsciencia. Mesmo arrastando 0 peso da alcunha , mostrava 0 tamanho de sua realeza e sensat~z quando dizia nao compreender como era possivel voltar-se contra a dignidade, empreendendo uma fuga sem ao menos tentar-se a luta , ainda que sujeita a derrota? A sabia Rainha ficou sem resposta. Para complicar ainda mais a questao , Napoleao, pela teimosia e D. Maria I, pela vaidade, serao colocados, lado a lado, durante 0 desfile da Porto da Pedra. Talvez se reconcil iem no final e ate desejem repetir a dose no Sabado das Campeas. Pensam que e IOucura?


2" Razao - (Fantasma da Opera) : 0 talento literario de¡.GA,;ton Lerou x presenteou a Humanidade com 0 mais apavorante e ao mesmo tempo apaixonante Romance de Terror. A narrativa tensa nos leva a crer que 0 personagem teria ingressado no mundo da inconsciencia levado pela intolerancia humana que 0 sentenciou a um confinamento nos po roes da OPERA DE PARIS , o verdadeiro palco dos¡ acontecimentos na vida daquele que antes de sofrer terrivel acidente , que Ihe privou da <:lparencia e comportamento humano, fora um admiravel compositor. A maldade aliada a linha do destino usurparam-Ihe 0 direito de assinar a sua obra musical e poder ou vila pela interpreta<;:ao da sua eleita . A revolta com 0 sofrimento e sobretudo com os acontecimentos, aquela altura mais doloridos do que a dor de se ver no espelho, inevitavelmente levou-o ao confronto violento com a sociedade, que ainda insatisfeita atribuiu-Ihe 0 papel de "FANTASMA DA OPERA", obrigando-o a procurar, numa fanta si a, a razao de sua miseravel existencia . Essa fantasia sera reprocflnida pela PORTO DA PEDRA , em pie no Carnaval/97 ~ como tributo a essa figura de fi c<;:ao , que neutralizou a insanidade, aflorando a sua capacidade de amar, na solidao de uma fronteira sem principio , sem meio e sem fim .


3" Razao - (Dom Quixote): A cons iderar pela obra , incomum a capacidade humana de real izar, CERVANTES poderia ser julgado louco , se nao transferisse para DOM QU!XOTE essa condi<;:a o, Escrita apenas com uma das maos, ja que a outra fo i 0 pre<;:o de sua participa<;:ao na famosa Batalha de LEPANTO , a obra nos da a sensa<;:ao de que come<;:amos a flutuar no espa<;:o , regressivamente , em dire<;:ao aquele romantico periodo de puro cavalheirismo , quando a honra era mais valiosa que a propria vida, quando a palavra representava mais que um tesouro , As atitudes assumidas pelo Galante Quixote , em defesa da dignidade, comparativamente com os Tempos Modernos , poder-se-ia dizer que se tratava de atos loucos , A honra pode ser lavada com 2 ou 3 copos de cerveja, dependendo de quem pag a, e a palavra facilmente trocada , Mas , a proposta nao e retificar a Humanidade e sim fa lar sobre Qui xote , Atualmente esse cavalheiro nao poderia cava lgar sobre qualquer lugar do Planeta porque nao encontraria boa grama para 0 seu animaL Muito adubo e agrqtoxico, incompativeis co m a dieta e a sensibilidade estomacal do seu inseparavel ROCINANTE , Nao entenderia e come<;:aria a buscar explica<;:6es lendo tudo que encontrasse , ate mesmo catalogos te lef6n icos; todos os Diarios Oficiais, Programas do Jockey Club , esperando ver a pa rti cipa<;:ao de ROCINANTE no ultimo pareo e ate a tabela de horario dos 6nibus para Sao Gon<;:alo, e 0 resultado nao poderia ser outr~ , Esg ota ria todo 0 fosfato cerebral e se tornaria louco, a ponto de ir mais adiante, pela Amaral Peixoto, lutar com os moinhos de sal existentes na Reg iao dos Lagos, Conseguiria fazer outra viagem mais louca do que essa ? A resposta va i ser dada pela PORTO DA PEDRA, em outro momenta de pura lucidez ,


4" Razao - (Raul Seixas): Periodicamente a sociedade vem sendo contestada pelos movimentos de varios grupos. o movimento "hippie" foi 0 que mais refletiu no comportamento socia l. 0 seu aparecimento se deu por volta da decada de 60 , mas 0 periodo mais efervescen te, de maior movimento e contestayao ocupou todos os anos 70 , e a bandeira desse movimento foi levada ao ponto mais alto por RAUL SE IXAS - MALUCO BELEZA - autentico representante desse movimento un iversa l. Tratava-se de um artista genia l que se rotu lava de louco por raz6es profissionais , mas que, na verdade , nao passava de um irreverente poeta provido de um elevado sentido de liberdade , s6 comparada ados que vivem no mu ndo dos son hos, onde tudo pode ser tolerado e compreendido. A sua passagem na Terra fo i sufi ciente para deixar marcas profun das da sua filosofi a, resum ida no "viver por viver", sem contar 0 presente, sem se importar com 0 futuro , muito menos com 0 pass ado que ja passou! Parte dessa fi losofia era: "Nada a fazer; apenas estar e ocupar, nao importa 0 que, nem pra que. E 0 meio de ser notado, dizendo nao a tudo, era atraves da apa rencia, dos atos e, pri ncipalmente, pelas musicas "1 0.000 anos atras"e "Mosca na sopa"entre outras , "chamadas de protesto", pelo simples impulso de protestar, ate contra quem concordava ou protestava. Nada mais lou co, rep resentativo , desleixado e irreve rente . Sem querer protestar contra tudo isso , desfi laremos com a sua bandei ra no Ca rn ava l/97, e se for preciso entraremos de costas para pa recer que ja estamos' de sa ida. A co isa nao e semelhante ; e loucura de verdade l


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sa Razao - (Menino Maluquinho): Antes mesmo de terminar a leitura da pungente infancia vivida pelo "MENINO MALUQUINHO", hoje um adu lto responsavel , 0 bern sucedido escritor e cartunista ZIRALDO , todos nos , com raras exce90es , nos sentimos tambem como ele , um pouco daquele traquina . As nossas medidas, fisionomia e atitudes foram iguais as suas . A constata9ao dessa semelhan9a invade as profundeza s da nossa mente enos remete ao mundo do faz de conta , e suportamos com prazer a doce sensa9ao das lagrimas , causadas pela felicidade . E, no reg resso, passamos pelas irremoviveis marcas do tempo e sentimos saudad es daquelas brincadeiras e atitudes proprias da idade, antes chamadas "M ALUQUICES" A PORTO DA PEDRA e de forma9ao essencialmente familiar e os seus ad ultos de hoje, crian9as de ontem, que viveram , cresceram e hoje enfrentam as "Ioucuras da vida" se verao refletidos nas crian9as participantes do desfile e faraD uma outra viagem ';'quele mundo de sonho colorido , onde,a imagina9ao e tornada realidade e a inconseqOencia infantil nao diferencia da consciencia de hoje . BOA VIAGEMI


6a Razao - (Nijinsky): A permanente busca da perfei<;:ao artistica , como acontece com a maioria dos virtuosos, e uma das principais raz6es das viagens que realizam pelo mundo da Fantasia. NIJINSKY foi um desses personagens. A sua viagem, sem retorno , foi precedida de uma serie de desembarques em algumas esta<;:6es , ao longo da estrada da vida , chamadas "Espectro da Rosa" , "A Sagra<;:80 da Primavera" , e "Fauno", a principal e ultima delas. A passagem por essa Esta<;:ao mostrou que ja estava com 0 bilhete vencido, sem direito a volta . A cabine em que viajava , nesse Trem Fantasma, era decorada com as cores do mundo dos sonhos, e durante as transferencias, sentia-se 0 princ' ;:>io e 0 fim, com 0 direito de tudo fazer, de tudo sentir, sem constrangimentos,. acobertado que estava pelo intocavel manto da arte, mesmo para os padr6es da epoca. No usa dessas regalias, entendeu que ate mesmo 0 mais antigo, necessario e indispensavel ate humano , 0 sexual , deveria ser praticado par ele em plena representa<;:ao artistica , com uma echarpe , pe<;:a material, diferentemente dos outros mortais que realizam com a propria especie. Mas, nessa altura , ja se encontrava no fim da viagem , distante demais para qualquer tentativa de volta . A dan<;:a artistica, porem, e imortal , e a de NIJINSKY sera reprisada no Teatro Sao Gon<;:alo, em Fevereiro de 1997, com toda pompa e sensatez.


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7" Raziio - (Bispo do Rosario): Se 0 incomparavel ARTHUR BISPO DO RosARIO tivesse pertencido ao seleto grupo de carnavalescos , 0 seu melhor enredo teria sido 0 "INVENTARIO DO MUNDO" . A montagem deste fantastico enredo exigiria toda a criatividade , a sabedoria e a capacidade de resistencia a adversidade , alem das tesouras, canivetes , agulhas , fitas, etc. que deram formas as suas criayoes e a existencia delas testemunham , silenciosamente , 0 elevado grau de sensibilidade deste artista que se revelou quando se viu de frente com duas alternativas: "Ou cria ou simplesmente morre" . Agarrou-se ardentemente a primeira e se tornou um admiravel artista , criando comp uisivamente, com surpreendente requinte e originalidade, proprias de um carnavalesco. Muito mais do que a obra plastica , deixou-nos este criador uma comovente liyao de vida. Superou as dificuldades normais enfrentadas por um carnavalesco, quando se viu desafiado para realizar uma obra e cheio de esperanya, comeya a criar, como se depend esse de cad a pe9a para se afirmar como ser humano. Com a sensibilidade comum dos artistas, dedicou a uma unica mulher, como prova de elevado amor, a guarda material e espiritual do fantastico patrimonio , hoje pertencente ao Mundo , da mesma forma que o carnavalesco dedica seu trabalho Comunidade que 0 aceita como artista , porque de '.'Carnavalesco e louco , todos nos temos um pouco" . Se, por um lado a Humanidade , fiel depositaria da sua memoria , perdeu com 0 seu desaparecimento , tornou-se mais enobrecida e rica com as perolas da frase proferida par um deficiente mental : "Agora , gostaria que as pessoas dessem um agrado para os coveiros, pois seu BISPO era uma pessoa ilustre. E gente ilustre , quando e enterrada , seus parentes dao um agcado para os coveiros" (Jorge Gorila , em 10107 /89), no seu momenta da mais pura e absoluta lucidez .

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• Prontuario Nem todos que estao ja sao. o estado de consciencia dos "Loucos Varridos de Sao Gonc;:alo" sera demonstrado com bom exemplo de conduta , respeito aos visitantes e as Instituic;:6es Medicas. Alem disso, mostrara inclinac;:ao pela limpeza, varrendo toda a extensao da Marques de Sapucai para que outros pacientes possam desfilar com seguranc;:a sem tropec;:os em objetos atirados pelos mais conscientes .

Diagnostico Final

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o autor do enredo nao pretende, de nenhuma maneira , ofender, agredir ou rid icularizar aqueles que estao ou estiveram na sombra da inconsciencia. Ao contra rio , pretende mostrar a sociedade que grandes pe rso nalidades, ate mesmo reis , passa ram pelas sombras da inconsciencia, mas nem por isso perderam 0 merecido res peito ou fo ram excluidos da memoria da humanidade. A leitura completa do texto comprova que apenas a parte dedicada aos carnavalescos conte:m certa dose de brincadeira e irreverencia, mas isso certamente sera normalmente aceito, porque de carnavalesco e louco, ainda somos, ja fomos ou seremos um pouco?


• Conselho Deliberativo Presidente: Jorge Luiz Seixas Guinancio Vice-Presidente: Rommel Martins de Oliveira

Membros: - Adilson Azevedo dos Santos - William Martins Carvalho - Adail Neto Gomes - Fabio Guimaraes Pinto Guinancio - Alaelso Moreira Cesar - Jorge da Cunha Pinheiro - Ivo Ferreira - Benedito Martins de Oliveira - Nilton Gomes - Genilton de Souza Pereira - Paulo Francisco da Silva - Paulo Cezar Ferreira - Jorge Bergara Ferraz - Mano"el Alexandre da Silva - Ulisses Silva Neto - Helio dos Santos Montibelo - Welington Pinto da Silva - Admilson de Moraes Dutra - Pedro Luiz Macedo Soares - Paulo Sergio Cortes Harduin - Waldeck Guinancio - Uberlan de Oliveira - Walmir Fernandes Machado - Wellington Mach ,', Gome'>

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• Diretoria

Presidente: Nei Sebastiao da Silva Vice-Presidente: Sebastiao Bergara Vice-Pres. Administrativo: Katia Regina Pinto Vice-Pres. de Patrim6nio: Frankin Barros Ferreira Vice-Pres. Social: Uberlan de Oliveira Vice-Pres. de Carnaval: Dejahyr dos Santos Vice-Pres. Juridico: Dr. Geraldo Vice-Pres. de Comunica~ao e Divulga~ao: Edinho Sapatinho Vice-Pres. Cultural e Artistico: Nino Giovanetti Vice-Pres. do Dept" Feminino: Nilza Sampaio Vice-Pres. de Esporte: Edson Mataini Diretor de Finan~as: Amauri M. Oliveira 1° Secretario: Sebastiao Bergara 2° Secretario: Willian Azevedo Patrim6nio: Andre Luiz Administrativo: Pedro Celestino Departamento Feminino: Nilza Sampaio dos Santos Maria de Fatima Nogueira Mattaini Maria de Fatima de Figueredo Moura Rosaria de Fatima da Silva Ferraz Sandra Maria de Faria Trindade Sonia Romano de Avila Rosimara Franya Peyanha Elizabeth Rodrigues de Carvalho Gleise Ferreira Vieira

Coordenac;rao das Baianas Maria de Fatima F. Moura

Coreografia de Alas Vitor Gonyalves


Ala de Compositores

Diretoria: Presidente: Jorge Fernandes Leal (Jorge Galocha) Vice-Presidente: Zacarias Gomes Fernandes (Zacarias) Secreta rio: Ivan Trevas Santos (Ivan Professor) 1° Tesoureiro: Valdir Vieira Lima (Vald ir) 2° Tesoureiro: Herondino Ignacio da Silva (Heron) Diretor de Patrim6nio e Compras: Osvaldino Nunes (Vadinho)

Conselho Fiscal: Presidente : Gilson Nunes da Silva (G ilson do Gas) Membros:

Carlos Alberto Cordeiro Macie l (Carlin hos) Ricardo da Costa Gomes (Ricardo) Luiz Carlos Andrade Noguei ra (Luizao) Jose Paulo Pereira (J. Paul o)

suplentes: Helvecio Luiz de Campos (Helvecio Sabia) Urbano do Valle Coelho (Urbano do Valle)


Compositores: Jorge Fernandes Leal (Jorge Galocha) Zacarias Gomes Fernandes (Zacarias) Ivan Trevas Santos (Ivan Professor) Va ldir Vieira Lima (Valdir) Herondino Ignacio da Silva (H eron) tlsvaldo Nunes (Vadinho) Adilson da Silva Roza (Adilson Capoteiro) Aloiso Costa Rodrigues (Interprete - Aloisio) Alvaro ~ellas (Alvinho 08) Antonio Carlos Soares dos Reis (Nenem Swatt) Arildo da Rocha Taveira (Oindao) Augusto Cesar B. da Rocha (Interprete - Torino) Carlos Alberto Cordeiro Maciel (Cartinhos M.) Carlos Roberto Moreira Gomes (Beto Grande) Cesar de Almeida Reis (Cesar Reis) Edvaldo dos Santos Ramos (Edvaldo) Edson Mendes (Interprete - Edinho II) Edson da Silva Maia (Edinho I) Elio Sabino dos Santos (Elio Sabino) Elmo Borges dos Santos (Elmo Borges) Ernesto Jose Teixeira Filho (Ernesto do Cavaco) Evaldo Carneiro de Lima (Evaldo Melodia) Felisberto l. A. Soares da Silva (Soares) Ceci Luiz da Sitva (Pinto) Gilson Cordeiro (Gilson Harmonia) Gilson Nunes da Silva (Gilson do Gas) Glademir Gon,alves Correa (Oico) Helvecio Luiz de Campos (Helvecio Sabia) Hugo Araujo Silva (Hugo Camburao) Isaias de Jesus Gomes (Mado Inspira,"o) Jacirlei Vanderley Galvao (Sirlei) Jorge Ailton da Silva Camacho (Camacho) Jorge Antonio dos Santos (Billy Boy) Jorge Birapuan de Oliveira (Bira) Jorge Carra da Concei,ao (Jorge Ru,o) Jorge Luiz Schettino (Mano Lu) Jorge Martins (Quentinho) Jose Carlos R. da Costa (Interprete - Palito do Porto) Jose Claudio da Silva (Cla udio Luzimar)


Jose Manoel dos Santos (Santinho) Jose Maria de Andrade (Jose Maria do Tigre) Jose Marques da Silva (Jose Marques) Jose do Patrocinio Siqueira Junior (Junior da 13) Jose Paulo Pereira (J. Paulo) Laudelino Alves Siqueira (Laudelino) Luiz Antonio Novato ( Luiz Novato) Luiz Cartos Andrade Nogueira (Luizao) Luiz Carlos da Matta (Da Matta) Luiz Santos Alves (Muniz) Manoel Fontes da Silva (Manelzinho) Marco Aurelio Flores (Marquinhos) Maria Nazare da Fonseca (Nazare) Mario Sergio Fontes da Silva (Mario Foca) Nelson Silva (Nelson Bahia) Nesio Ferreira dos Santos (Tuca) Neuber Ribeiro (Neuber) Nier Ribeiro da Silva (Nier) Nilo Ramos do Nascimento (Nilo Ramos) Oswaldo Orlando Colla res Nogueira (Oswaldo Barba) Paulo Cesar de Lima e Silva (Paulo Lima) Paulo Cesar Luiz Pimentel (Pimen tel) Paulo Roberto Garcia Silva (Paulo Roberto) Paulo Roberto M. de Souza (Paulinho He man) Pedro Paulo dos Santos (Pedro Paulo) Pedro dos Santos Pereira (Pedro Dentinho) Roberto dos Santos Spezani (R oberto Spezani) Rogerio Ribeiro Gon""lves (Rage rio Naval) Ricardo da Costa Gomes (Ricardo) Salaciel Dias de Souza (Doquinha do Cavaco) Sergio Barboza da Silva (Serg io Barboza) Sergio Reis (Sergio Reis) Severino Cosmo da Silva (Cosmo) Urbano do Valle Coelho (Urbano do Valle) Valdoir Lopes (Cuppim) Wilson de Oliveira (Wilson Timbo)


Componentes da Velha Guarda Adilson Varelha Botelho Ailton Bonfim Andre Luiz Costa Aroldo Dyres Francisco de Paula Nascimento Filho Joao Souto de Oliveira Jose da Costa Ferras Filho Jqse Antonio Juli80 de Souza Jose Marques Campelo Fatima Conceiy8o Barbosa Bernadino Marcos Aurelio da Encarnayao Maria Izabel dos Santos Ernesto Ferreira dos Santos Sauro Franco Leonor F. de Oliveira Maria Olivra Nogueira Maria Luiza Bonfim Mario Calixto Marlene Machado Olinda de Carvalho Sidney Brito Sonia Cristina de Andrade Bonfim Vera Lucia Andrade Costa Zileia Ferreira d9S Santos Gilsom dos Santos Coreia Antonio Maria da S. Pereira Ubiracy Correia de Sa Jorge Alcantara

Diretoria Presidente da Ala: Aquida Nadyr de Mellu 10 Secreta rio: Eizer da Silva 20 Secreta rio: Carlos Alberto Bernadino Tesourei ro: Grimbaldo Augusto Carvalho


Departamento de Harmonia Jorge Caduza Mauri9iio Luiz Carlos Onofre Jorginho Ze Carlos e Fabiano

Departamento de Bateria Cosme Isaac Robson Manalo

Core6grafo Nino Geovanetti (Maitre de Ballet)


Agradecimentos Especiais

Acomunidade gont;:alense, aos

amigos e aos empresarios em geral , que com alegria profunda aqui registramos nos so maior reconhecimento nesta luta .

-

Aos amigos : Walcimar Martins e Luiz Morgado

Agradecendo sempre As familias de Gilse Oliveira e Karina Guinancio, sem eles seria impossivel e real izat;:ao desta festa Ao irmao "conselheiro" Jorginho do Imperio que sempre nos estendeu a mao, bllscando mostrar os caminhos da vitoria .

Adiretoria da

LlESA na pessoa do seu Presidente, Sr. Jorge Castanheira , sao aqui expressados nossos sentimentos de confiant;:a e desejando um feliz Carnaval.

Adiretoria da RIOTUR . A Prefeitura

Municipal de Sao Gont;:alo , atraves do Exmo . Sr. Prefeito Edson Ezequiel e funcionarios , que nao mediram esfort;:os na ajuda a nossa agremia~ao .

Ao eterno Senador Nelsoll Carneiro. que conseg uiu nosso barracao.

A quenda

Deputada Estadllal Gra~a Matt os

Aos al11lgos da Imprensa


Historico dos Campeonatos 1979 -

Festa Junina (Campea - Sao Gon<;:alo)

1980 -

Esta<;:ao do Ano (Cam pea - Sao Gon<;:alo)

1981 -

No Reino da Fantasia (Campea - Sao Gon<;:alo)

1983 -

Domingo na Pra<;:a (Vice-Campea - Sao Gon<;:alo)

1994 -

Novo Sol do Amanha (Vice-Cam pea - Av . Rio Branco)

1995 -

Campo Cidade em Busca da Felicidade (Cam pea - Sapucai)

1996 -

A Folia no Mundo - Um Carnaval dos Carnavais (9° lugar)

1997 -

No Reino da Alegria - Cad a Louco Com Sua Mania.


Apoio Cultural Sanitaria

~~U PISOS E AZULEJOS

AGRADECENDO 0 APOIO

tl) 712-1509

CDM?fl1(§)g Comercio e Transp. de Oleo

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