155 PAULINHO DA VIOLA Os muitos Carnavais do compositor que completa 50 anos de carreira
ILHAS DO RIO Cagarras, Paquetá e Gigoia mostram que o Rio vai além dos cartões-postais PARCEIRAS:
PLANO DE VOO
155
90
98
EU CANTO SAMBA
É MUITA AREIA
VOU DE TÁXI
Paulinho da Viola celebra 50 anos de carreira com turnê e lançamento de caixa de CDs
Entre o Piauí e o Maranhão, o delta do rio Parnaíba tem praias desertas, lagoas e dunas
Operando em 300 cidades do Brasil, a 99Taxis contabiliza mais de 1,5 milhão de corridas por mês
EDITORIAL CARTAS NO TABLET BASTIDORES DA AVIAÇÃO EM TRÂNSITO EMBARQUE COMPORTAMENTO POSTAIS POR ESCRITO BEM VIVER VOE GOL MEU JEITO DE VOAR
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VOCÊ ESTÁ CERCADO Um roteiro pelas belezas naturais, bares e ruas pacatas das ilhas do Rio de Janeiro 10 REVISTA GOL
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FOTOS BOB WOLFENSON / THAÍS ANTHUNES / FELIPE GOMBOSSY / ADRIANO FAGUNDES
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FEVEREIRO 2015
EDITORIAL
FEVEREIRO 2015
Cuidar hoje do amanhã.
Meu mundo é hoje Personagem que nós orgulhosamente estampamos na capa desta edição da revista da GOL, Paulinho da Viola criou uma de suas frases mais belas e sábias na música “Dança da solidão”: “Quando eu penso no futuro, não esqueço meu passado”. Lembrei da frase de Paulinho – brilhante cantor e compositor que inovou a tradição do samba e do choro – ao pensar no passado e no futuro da GOL. No aniversário de 14 anos da companhia, completados no mês passado, fica ainda mais claro para nós que a inovação foi fundamental para o crescimento da GOL desde seus primeiros dias de existência – e que ela será ainda mais essencial nos próximos anos. Ao ser criada em 2001, a GOL se tornou a primeira companhia aérea brasileira a vender passagens pela internet – reduzindo os antigos bilhetes (um bloquinho preenchido à mão, com várias vias de papel e carbono vermelho entre elas) a um simples extrato. Hoje isso soa banal, mas à época foi uma pequena revolução na aviação brasileira. Desde então, nosso esforço para melhorar sua experiência de viagem com a ajuda da tecnologia só aumentou. Mas posso afirmar, com segurança, que 12 REVISTA GOL
nunca em nossa história nós tivemos tantas inovações a apresentar como neste começo de ano. A mais recente delas é um sistema de geolocalização pioneiro no setor aéreo mundial. Uma nova e gratuita funcionalidade em nosso aplicativo mobile permite ao cliente receber, antes da viagem e enquanto estiver a caminho, orientações que vão indicar o tempo estimado do seu deslocamento até o aeroporto. Considerando o trânsito da região onde estiver, o cliente ainda receberá informações tais como se conseguirá chegar a tempo do embarque ou ainda se poderá antecipar ou adiar a viagem, de acordo com sua necessidade. Também oferecemos outro serviço, que informa o status dos voos aos clientes por SMS e e-mail, incluindo casos de atrasos e cancelamentos, a
partir do cadastro no site da companhia ou no aplicativo. E, neste início de ano, lançamos ainda uma nova versão de site especialmente voltada para tablets, com mais facilidade para realizar pesquisas, comprar passagens e fazer o check-in diretamente no dispositivo. Lembro que temos também uma versão para tablet da revista que você segura em mãos cheia de extras caprichados. Essas novidades tecnológicas se somam a outras tantas lançadas no passado e têm um objetivo claro: oferecer a você mais comodidade, conforto, segurança e praticidade. Estamos de olho no passado e no futuro para elevar a excelência dos nossos serviços no presente. Em outra de suas belas músicas, Paulinho da Viola canta: “Meu mundo é hoje”. O nosso também. Boa leitura e boa viagem. PAULO KAKINOFF PRESIDENTE DA GOL LINHAS AÉREAS INTELIGENTES
# esseéoplano CUIDAR DE VOCÊ. ESSE É O PLANO. A UNIMED SABE QUE SEUS PLANOS SÃO IMPORTANTES PARA SUA VIDA E SE CUIDAR É A MANEIRA DE VOCÊ REALIZAR CADA UM DELES.
TRIPULAÇÃO GOL LINHAS AÉREAS INTELIGENTES Presidente PAULO SÉRGIO KAKINOFF Vice-presidente EDMAR LOPES Diretores executivos EDUARDO BERNARDES, CELSO FERRER e SÉRGIO QUITO REVISTA GOL LINHAS AÉREAS INTELIGENTES Editor-presidente PAULO LIMA Diretor Superintendente CARLOS SARLI Diretor Editorial FERNANDO LUNA Diretor Financeiro AGENOR S. SANTOS Diretora de Publicidade e Circulação ISABEL BORBA Diretora de Eventos e Projetos Especiais Proprietários ANA PAULA WEHBA Diretora de Criação CIÇA PINHEIRO Conselho Editorial CONSTANTINO DE OLIVEIRA JR., JOAQUIM CONSTANTINO NETO, PAULO SÉRGIO KAKINOFF, FLORENCE SCAPPINI, MARCIA FERREIRA CARLOS MAGNO, RAFAELA ALVES, CARLA DATE e EVERTON FERNANDES Diretor de Núcleo RICARDO CALIL Diretor de Redação THIAGO LOTUFO Redator-chefe FELIPE GIL Editor MARCO TOMAZZONI Repórteres DANIEL MARQUES e HEITOR FLUMIAN Estagiária de Redação BRUNA CAVALINI Diretor de Arte THIAGO BOLOTTA Editor de Arte RODRIGO PICKERSGILL Coordenadora de Produção CARLA ARAKAKI Produtora DEBORAH DI CIANNI Projeto Gráfico PEDRO INOUE
CLAUDIO LEAL
Um dos fotógrafos mais respeitados do Brasil, Bob Wolfenson, 60 anos, coleciona quatro décadas de profissão, faz parte da Coleção Pirelli Masp e publicou, em 2013, o livro Belvedere. Nesta edição ele assina os retratos da matéria de capa com Paulinho da Viola, personagem que já havia fotografado nos anos 90. “Foi um reencontro muito bonito. Apesar dos anos, ele continua igual”, diz.
O baiano Claudio Leal, 33, vive em São Paulo e foi ao Rio de Janeiro encontrar Paulinho da Viola, com quem conversou para escrever a matéria de capa desta edição. “Ele é um grande narrador”, conta o jornalista, admirado com a prosa do compositor. “No momento, ‘Nada de novo’ é o meu samba favorito.”
INES GARÇONI
LUCAS LIMA
A paulistana Ines Garçoni, 37, tirou de letra a reportagem desta edição sobre as ilhas cariocas. Há dez anos morando no Rio de Janeiro, a jornalista, que já colaborou com publicações como Marie Claire e Elle, é especialista em achados na capital fluminense. Desta vez, ela adorou as Ilhas Cagarras. “São maravilhosas. A partir delas se vê a cidade do Rio de um ângulo único.
O paulista de 31 anos foi o autor das imagens da reportagem de comportamento sobre esportes na madrugada. “Foi um desafio fotografar à noite, mas fiquei contente. Acho que captei bem o espírito da pauta”, diz. Além da revista da GOL, o fotógrafo, formado em jornalismo pela Universidade Metodista, colabora frequentemente com o jornal Folha de S. Paulo e o portal UOL.
14 REVISTA GOL
COLABORARAM NESTA EDIÇÃO TEXTO ARTHUR VERÍSSIMO, CLAUDIO LEAL, ELIZABETH MIDORI, INES GARÇONI, LUIZA TERPINS, LUIS PATRIANI, MÁRCIA DE LUCA, MARCELA RODRIGUES, MICHEL ALECRIM, NINA RAHE, RAFAEL TONON, RICARDO FREIRE FOTOS ALEXIA SANTI, ADRIANO FAGUNDES, BOB WOLFENSON, FELIPE GOMBOSSY, FERNANDO GENARO, LUCAS LIMA, THAIS ANTUNES ILUSTRAÇÃO BEL ANDRADE LIMA, DAVI AUGUSTO, EDSON LOVATTO, FRANCISCO MARTINS, JOANA RESEK, MARCELL MARRA PRODUÇÃO LUIZA TERPINS A revista GOL Linhas Aéreas Inteligentes é uma publicação mensal da Trip Editora e Propaganda S/A, sob licença da GOL Transportes Aéreos. Redação e Publicidade: caixa postal 11485-5, CEP 05422-970. Tels.: (11) 2244-8747, 2244-8797. Esta revista não pode ser comercializada. Envie seus comentários para a redação pelo e-mail: gol@trip. com.br. Tiragem 150.000 exemplares. Impressão LOG&PRINT GRÁFICA E LOGÍSTICA S.A. PARA ANUNCIAR (11) 3898-8241. www.tripeditora.com.br
A Trip Editora, consciente das questões ambientais e sociais, utiliza papéis com certificado FSC (Forest Stewardship Council) para impressão deste material. A Certificação FSC garante que uma matéria-prima florestal provenha de um manejo considerado social, ambiental e economicamente adequado e outras fontes controladas.
AUDITADO POR
FOTOS ARQUIVO PESSOAL
BOB WOLFENSON
PESQUISAS DE IMAGENS Coordenador ALDRIN FERRAZ Bibliotecário DANIEL ANDRADE Estagiários MAYÃ MAIA e ARTHUR FERNANDES PRODUÇÃO GRÁFICA WALMIR GRACIANO Produtor Gráfico CLEBER TRIDA Tratamento de Imagens ROBERTO LONGATTO e ROBERTO OLIVEIRA REVISÃO Coordenadora ECILA CIANNI Revisores JANAÍNA MELLO, DANIELA UEMURA e MARCOS VISNADI DEPARTAMENTO COMERCIAL PUBLICIDADE Gerente de Publicidade GOL e GOL On Board PATRICIA BARROS patricia@trip.com.br (11) 3898-8206 Supervisor de Mídia On Board CESAR VIOLIN cesar.violin@trip.com.br Assistente Comercial da Diretoria GABRIELA TRENTIN gabi.t@trip.com.br (11) 2244-8727 Assistente de Marketing Publicitário FABIANA CORDEIRO Executivos de Contas GOL e GOL On Board ALESSANDRA HIDALGO alessandra.hidalgo@trip.com.br, ELIANA GERVÁSIO elianagervasio@trip.com.br, LILIAN RIBEIRO lilian@trip.com. br e SÉRGIO CRIADO sergio.criado@trip.com.br CAROLINA WEHBA carolina.wehba@trip.com.br Assistente de Tráfego Comercial ALINE TRIDA aline.trida@trip.com.br Assistente de Opec CRISTIANE MORAES PARA ANUNCIAR publicidade@trip.com.br (11) 3898-8227 representantes: AL/SE Gabinete De Midia PEDRO AMARANTE MARIO comercial@gabinetedemidia.com.br (79) 9978-8962/9956-9495 BA Aura Bahia CAIO SILVEIRA caiosilveira@aurabahia.com.br CESAR SILVEIRA csilveira@aurabahia.com.br (71) 9965-8141/9965-8133 CE Canal C ANANIAS GOMES ananiasgomes@canalc.com.br (85) 9987-1780 DF A2 Representação ALAOR MACHADO alaormachado@a2representacao.com.br (61) 8102-8855 ES Versátil Representações DÍDIMO EFFGEN didimo.effgen@uol.com.br CASSIA EFFGEN versatil.es@uol. com.br (27)9.9947-4493 GO Versu0s Representação ANTONIO CORDEIRO (TONTON) tonton.front@ terra.com.br (61) 9655-1684 MG Box Private Media RODRIGO FREITAS rodrigobox@me.com FABÍOLA VARGAS fabiolabox@me.com (31) 9421-6777 (31)8658-0706 PE Wsa Representações WLADMIR ANDRADE wladmir.wsa@gmail.com / (81) 8852-2262 PR Consultoria Resultado RAPHAEL MULLER raphaelmuller@consultoriaresultado.com.br (41) 9695-3288 RJ X2 Representação ALEXANDRA LIBERO alexandralibero@xaoquadrado.com.br (21) 3177-1430 e (21) 99914-0450 ZEIRY DIAS zeirydiasxaoquadrado@gmail.com (21) 98762-8254 RS/SC Ad O2 ADO HENRICHS ado@trip.com.br DANIEL MAINIERI danielm@trip.com.br (51) 9191-8744 (51) 9191-8741 SP Prime Media Representações ANTONIO CARLOS BONFÁ JUNIOR (TOTÓ) antonio.bonfa@subvert.art.br (11) 98125-0550 SP INTERIOR E LITORAL Ld2 Comunicação DANIEL PALADINO dpaladino@ld2comunicacao.com.br LUCIANA VERDE SELVA luverdeselva@ld2comunicacao.com.br (11) 98384-0008 7810-7115 SP PERMUTAS Gdr Marketing DENIS OLIVEIRA gdrmarketing@hotmail.com contato@gdrmarketing.com.br (11) 97030.8383 (11) 4324.5584 USA Multimedia FERNANDO MARIANO / VIVIANE BISPO fmar@multimediausa.com ceo@multimediausa.com MARKETING Assistente de Arte NATÁLIA COELHO PROJETOS ESPECIAIS PROPRIETÁRIOS Coordenação REGINA TRAMA regina@trip.com.br Analista MARIANA BEULKE Editor de Arte RAFAEL KENDI COMERCIAL TRADE E CIRCULAÇÃO Diretora DANIELA BASILE danielab@trip.com.br Coordenadora de Assinaturas ANDREA FERNANDES Analista de Trade RENATA VILAR rvilar@trip.com.br Gerente de Logística e Circulação Bancas/Varejo ADRIANO BIRELLO adriano@trip.com.br Analista de Circulação VANESSA MARCHETTI vanessa.marchetti@trip.com.br PROJETOS DIGITAIS Editores de Arte DÉBORA ANDREUCCI debora.andreucci@trip.com.br e DIEGO MALDONADO diego@trip.com.br NEGÓCIOS Gerente de Negócios IZABELLA ZUANAZZI izabella@trip.com.br RELAÇÕES PÚBLICAS Assistente de RP JULIO HERCOWITZE Julio.herco@trip.com.br e MONALISA OLIVEIRA monalisa@trip.com.br Estagiária LUIZA NASCIMENTO rp@trip.com.br JURÍDICO Advogado VITOR PARDO vitor.pardo@trip.com.br Estagiário LUCAS BORBA lucas. borba@trip.com.br
CAIXA DE ENTRADA A atriz Sheron Menezzes, capa da edição de janeiro. Abaixo, Gabriel Medina em foto de 2010
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“Parabéns à minha querida amiga e eterna parceira @sheronmenezzes, capa da revista da GOL!” MARCELO GRANGEIRO, VIA INSTAGRAM
“Linda e talentosa... Ela merece!” KEITTY ALVES, VIA GOOGLE+
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Decola, Cairo
“A @voegoloficial ganhou um cantinho no coração. Revista [edição 153] tem matéria sobre o @cairosantos19 e #nf l.”
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Nos bastidores da aviação
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“Parabéns pelas revistas maravilhosas da GOL, sempre com novidades.” ANA PAULA FRANCISCO SILVA, VIA GOOGLE+
Espetáculo
“Pelo que eu pude ler e ver nas fotografias, as geleiras [da Terra da Fogo, edição 153] são um espetáculo da natureza.” NILCÉA ALMEIDA, VIA FACEBOOK
“SER CAMPEÃO GANHANDO DO MICK FANNING EM UMA FINAL DE WCT NÃO SERIA NADA MAU” GABRIEL MEDINA, AOS 16 ANOS, NA
ERRATA: Diferente do que foi publicado na matéria “Caso encerrado”, da edição 153, a graphic novel Do inferno não é inédita no Brasil. A história já havia sida lançada nos anos 2000 em quatro edições.
*
EDIÇÃO 104 DA REVISTA DA GOL, DE 2010. EM DEZEMBRO DE 2014, O SURFISTA SE TORNOU CAMPEÃO MUNDIAL SUPERANDO JUSTAMENTE FANNING, ENTÃO 2º COLOCADO NO RANKING.
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18 REVISTA GOL
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Nosso vídeo mostra um rolê de patins pelo centro de São Paulo, à noite, com a galera do Clã Corvos.
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De patins pelo centro de SP
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Patinadores do Clã Corvos na praça da Sé, no centro de São Paulo. Abaixo, a capa digital desta edição
Conheça o passeio até a Ilha Fiscal, a 15 minutos de barco do centro do Rio de Janeiro, onde foi celebrado o último baile imperial.
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BASTIDORES DA AVIAÇÃO
SATÉLITE
RNP AR é a sigla em inglês para “performance de navegação requerida com autorização”. O sistema por satélite transmite informações on-line sobre as condições climáticas da rota e dados de altíssima precisão sobre o posicionamento da aeronave em relação ao solo e ao horizonte.
ESTAMOS LIGADOS A GOL é a primeira companhia brasileira a operar aeronaves com o sistema por satélite RNP AR no aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro. A novidade garante uma aterrissagem mais linear e sustentável. Entenda um pouco mais sobre o funcionamento dessa tecnologia POR DANIEL MARQUES
20 REVISTA GOL
ILUSTRAÇÕES BEL ANDRADE LIMA
VISIBILIDADE
As aeronaves com RNP AR podem realizar aterrissagens absolutamente seguras mesmo com baixa visibilidade. Devido à alta precisão e à confiabilidade do sistema por satélite, o teto – altura das nuvens em relação ao solo – para pousos passou de 300 para 93 metros no Santos Dumont.
MENOS É MAIS
Por proporcionar um plano de voo mais preciso, sem desvios, o sistema RNP AR permite que os pilotos façam descidas contínuas. Exigindo menos potência das turbinas, a aeronave economiza combustível no trajeto, emite menores índices de CO2 e produz menos ruído externo.
TORRE DE CONTROLE
A tecnologia RNP AR não depende da instalação de novos aparelhos para funcionar, mas é necessário treinar, em centros de formação específicos, a equipe de controladores de voo, que recebem instruções sobre os novos procedimentos de segurança para pouso.
NA CABINE
Mais de 50 aeronaves da GOL foram equipadas com o software para o funcionamento do sistema RNP AR. Os dados em tempo real ajudam o comandante a fazer a transição do piloto automático para o comando manual e a realizar o pouso de forma mais linear e constante.
REVISTA GOL 21
PLANO DE VOO O comandante da GOL Leonardo Constant e o especialista em operações de voo Renato Gonzaga contam mais detalhes sobre o sistema RNP AR
Por que o aeroporto Santos Dumont foi escolhido para receber aviões com sistema RNP AR? O Santos Dumont exige bastante dos pilotos e das aeronaves em função das formações geográficas ao redor do aeroporto, como o morro do Pão de Açúcar, e de sua pista curta – é uma das menores do mundo, com apenas 1.323 metros. Além disso, a região sofre influência constante de nevoeiros, o que diminui a visibilidade para pouso. Esse sistema tem influência no uso do piloto automático? Nos aviões com o sistema RNP AR a tripulação recebe informações precisas e confiáveis, o que permite que o piloto automático seja desativado apenas no estágio final da aproximação do aeroporto. A partir desse momento, são efetuadas as operações normais de pouso, 22 REVISTA GOL
seguindo os procedimentos estabelecidos pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e pela GOL. Os pilotos sempre são os responsáveis pelo controle da aeronave durante a aterrissagem, em qualquer situação. Há quanto tempo a GOL realiza voos com RNP AR? Antes de começar a operar comercialmente com o sistema, em agosto de 2014, a GOL passou dois anos testando a tecnologia e capacitando tripulações destacadas para o Santos Dumont em simuladores de voo de última geração no Centro de Treinamento da companhia, em Diadema (SP), e em voos teste para o Rio de Janeiro.
O quanto se economiza com a nova tecnologia? O procedimento RNP AR reduz a necessidade de manobras e permite descidas mais lineares e constantes. Cada voo na ponte aérea economiza cerca de 120 quilos de combustível – no total por semana, 22,6 toneladas. Quanto menos se consome, menos gases causadores do efeito estufa são liberados para o ambiente. Outros aeroportos também poderão utilizar o sistema? Operações em outras bases estão previstas para este ano, mas dependem de aprovação da Anac. As prioridades para a GOL são os aeroportos de Congonhas, em São Paulo; Cumbica, em Guarulhos; Viracopos, em Campinas; Galeão, no Rio de Janeiro; e Lauro Carneiro de Loyola, em Joinville.
EM TRÂNSITO
QUEM
ANDRÉ MACHADO O QUE FAZ
QUEM
Roteirista
CRIS VIANNA
DE ONDE/PARA ONDE
Rio de Janeiro/ São Paulo
O QUE FAZ
Atriz
POR QUÊ
DE ONDE/PARA ONDE
Gravar uma reportagem
Rio de Janeiro/ São José do Rio Preto POR QUÊ
Participar de um evento
QUEM
QUEM
PALOMA CASAGRANDE O QUE FAZ
Estudante DE ONDE/PARA ONDE
Florianópolis/ São Paulo POR QUÊ
Pegar uma conexão e fazer intercâmbio no exterior
QUEM
GUTTO SZUSTER O QUE FAZ
PATRÍCIA GOMES O QUE FAZ
Juíza DE ONDE/PARA ONDE
Rio de Janeiro/ Porto Alegre
Ator DE ONDE/PARA ONDE
Porto Alegre/ São Paulo POR QUÊ
Voltar para casa depois de gravar um comercial
POR QUÊ
Ir ao casamento de uma amiga COMO FOI
“Gosto de passear na rua Padre Chagas, cheia de lojas, restaurantes e barzinhos”
QUEM
TONI GARRIDO O QUE FAZ
Músico DE ONDE/PARA ONDE
São Paulo/ Rio de Janeiro POR QUÊ
Voltar para casa depois de uma reunião
24 REVISTA GOL
REVISTA GOL 25
EM TRÂNSITO
QUEM
JORDANA MASSA O QUE FAZ
Empresária DE ONDE/PARA ONDE
QUEM
QUEM
MARCIO DA SILVA ROSA O QUE FAZ
Militar DE ONDE/PARA ONDE
MARCELA E MANUELA DA CRUZ
QUEM
RAUL ARAGÃO O QUE FAZ
Fotógrafo
O QUE FAZEM
Estudantes
DE ONDE/PARA ONDE
DE ONDE/PARA ONDE
Rio de Janeiro/ Porto Alegre
Rio de Janeiro/Brasília
Rio de Janeiro/ Presidente Prudente
POR QUÊ
POR QUÊ
Participar de uma reunião
Voltar para casa depois de curtir as férias
Rio de Janeiro/ São Paulo POR QUÊ
Comemorar o aniversário da mãe COMO FOI
“Adoro caminhar pelos jardins do Museu do Ipiranga, um passeio delicioso e gratuito”
POR QUÊ
Cobrir o Meca Festival, no litoral gaúcho
QUEM
O QUE FAZ
Cineasta DE ONDE/PARA ONDE
Rio de Janeiro/ São Paulo POR QUÊ
Rever amigos e curtir a cidade COMO FOI
“O Museu de Arte Brasileira da Faap tem um acervo muito interessante”
26 REVISTA GOL
, PRODUÇÃO CARLA ARAKAKI, DEBORA DI CIANNI, LAÍSA CAMARGO E LUIZA TERPINS
ALLEXIA GALVÃO
FOTOS ALEXIA SANTI, ANA ROVATI E FERNANDO GENARO PRODUÇÃO CARLA ARAKAKI, DEBORA DI CIANNI, LAÍSA CAMARGO E LUIZA TERPINS
QUEM
GABRIELA LENZI O QUE FAZ
Estudante DE ONDE/PARA ONDE
Florianópolis/ Porto Alegre POR QUÊ
Voltar para casa depois de visitar a família
REVISTA GOL 27
EM TRÂNSITO
WWW.ADLIFESTYLE.COM.BR
VOCÊ NA REVISTA DA GOL Envie sua imagem com nome, o trecho e o motivo da viagem para gol@trip.com.br. Sua foto pode ser publicada!
QUEM
ELTON E RODRIGO DERETTI O QUE FAZ
Administrador DE ONDE/PARA ONDE
Florianópolis/Manaus POR QUÊ
Passar o fim de ano com a família
QUEM
CRISTIANA E LUCAS TORQUATO O QUE FAZ
Psicóloga
QUEM
RENATA E LUÍSA SCHAEPPI O QUE FAZ
DE ONDE/PARA ONDE
São Paulo/Natal POR QUÊ
Conhecer o primo Gabriel e passar o fim de ano com a família
28 REVISTA GOL
DE ONDE/PARA ONDE
Orlando/Salvador POR QUÊ
Voltar para casa depois de curtir a Disney
FOTOS ARQUIVO PESSOAL
Advogada
Rio de Janeiro | Niterói | Búzios | Petrópolis | Teresópolis | Cabo Frio | Araruama | Friburgo | Macaé | Campos Rio das Ostras | Resende | Volta Redonda | Aracajú | Brasília | Fortaleza | Goiânia | Ipatinga | João Pessoa | Juiz de Fora Londrina | Maceió | Natal | Recife | Ribeirão Preto | Salvador | São Luis | Teresina | Vitória | Vila Velha SEJA UM FRANQUEADO AD Mais informações: 21 2549 3099
EM TRÂNSITO
SUA VIAGEM NA REVISTA DA GOL Mande sua história e fotos para nós: gol@trip.com.br 1 2
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FELIPE TIBÉRIO FERREIRA O QUE FAZ
Assistente Social DE ONDE/PARA ONDE
Recife/Ouro Preto
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“Depois de aterrissar em Belo Horizonte, eu e minha noiva, Francine, seguimos para Ouro Preto (MG), onde passamos quatro dias e nos encantamos com a rica arquitetura das igrejas e das casas históricas. Um dos primeiros lugares que visitamos na cidade foi a praça Tiradentes (2), onde há um monumento em homenagem ao inconfidente. Foi muito interessante conhecer, pertinho dali, o Museu Casa dos Contos, onde eram feitas e contabilizadas as moedas na época do ciclo do ouro. Das janelinhas do prédio (5) dava para ver o Parque Horto dos Contos e o casario antigo. As igrejas são um espetáculo. Tiramos uma foto em frente à de Santa Efigênia (1), que tem dois relógios de pedra na fachada, os mais antigos da cidade. Num fim de tarde, visitamos a Igreja de Nossa Senhora do Carmo, projetada por Aleijadinho, e de lá vimos o horizonte alaranjado emoldurando a de Nossa Senhora do Rosário (4). A gastronomia também é ótima. Muitos restaurantes estão concentrados na rua Conde de Bobadela (3), perfeita para conhecer a culinária tradicional mineira. A viagem foi tão agradável que pretendemos voltar logo.”
FOTOS ARQUIVO PESSOAL
QUEM
EM TRÂNSITO
Jericoacoara, CE
DO INSTAGRAM PARA A REVISTA DA GOL
“Ao chegar à Lagoa Azul, eu e meu namorado sentamos e ficamos admirando. Nos fez lembrar como as coisas mais simples têm belezas particulares.”
Para ver a sua foto publicada aqui, siga o @voegoloficial e marque as imagens de sua autoria com a hashtag #voegol. Lembre-se de indicar o seu nome e o lugar onde elas foram tiradas
GABRIELLE ARAÚJO (@GABRIELLEAARAUJO), ATRIZ E PRODUTORA, 25 ANOS, DE SÃO PAULO (SP).
Santiago, Chile “No viagem de ida, a comissária avisou que estávamos sobrevoando a Cordilheira dos Andes e eu corri para tirar a foto. Dei a sorte de ser um dia bonito e ter bastante neve, mesmo depois do fim do inverno.” DIEGO AVILA (@DIEGOAVILARJ), DESIGNER, 32 ANOS, DO RIO DE JANEIRO (RJ).
Rio de Janeiro, RJ “Estava surfando na Barra da Guaratiba e resolvi pegar a trilha para a Praia do Perigoso, que não conhecia. Foi cansativo, mas valeu a pena: a vista é bonita demais.”
Buenos Aires, Argentina “Fiz minha primeira foto de longa exposição no obelisco da avenida Nove de Julho. O semáforo abriu e o movimento causou este rastro de luz.” VICTOR CASALE (@VICTORCASALE), ASSESSOR JURÍDICO, 35 ANOS, DE SÃO CARLOS (SP).
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FOTOS ARQUIVO PESSOAL
CAMILA RODRIGUES PAZ (@MIAPAZ), DESIGNER, 33 ANOS, DO RIO DE JANEIRO (RJ).
EMBARQUE FEVEREIRO 2015
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PÁG. 40
ESTÁ CHEGANDO A HORA Veja V j nossas di d dicas, i como o bloco Simpatia é quase amor (foto), no Rio, para aproveitar o Carnaval Brasil afora
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ME LEVA Marjorie Estiano dá dicas do que fazer em sua cidade natal POR BRUNA CAVALINI
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“A comida do bar Hora Extra é muito boa, servem uma feijoada famosa. Tem sempre um grupo tocando samba ao vivo.”
“O Teatro Guaíra é o mais importante da cidade. Abriga peças, concertos e espetáculos de música e dança. Sempre tive uma conexão com o lugar, gostaria muito de subir nesse palco.”
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OLHO QUE TUDO VÊ “O Museu Oscar Niemeyer, apelidado de ‘museu do olho’, tem um acervo bem interessante e exposições que sempre valem a pena.” MUSEU OSCAR NIEMEYER R. MARECHAL HERMES, 999, CENTRO CÍVICO. TEL.: (41) 3350-4400. WWW.MUSEUOSCARNIEMEYER. ORG.BR. R$ 6.
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A cantora e atriz de 32 anos morou até os 18 na capital paranaense, onde nasceu. Desde então, vive no Rio de Janeiro, onde grava a novela Império. Nos intervalos da agenda intensa, viaja pelo país para divulgar 8, seu terceiro disco, lançado em 2014.
EMBARQUE CARNAVAL São Paulo
ESTÁ CHEGANDO A HORA
O ponto alto do intenso pré-Carnaval paulistano é a concentração dos Acadêmicos do Baixo Augusta (foto), dia 8. Simoninha dirige a bateria. A folia terá cerca de 300 blocos espalhados pela cidade, marcando o de 2015 como o maior Carnaval de rua da história de São Paulo. Destaque para o bloco Tarado Ni Você, que homenageia Caetano Veloso e sai no dia 14 da esquina das avenidas Ipiranga e São João. Já o Bloco 77 – Originais do Punk (dias 13 e 15) toca em Pinheiros clássicos do punk rock nacional e marchinhas adaptadas, como “Mamãe eu quero pogar” e “Punkinho bacana”.
Confira nas próximas páginas nossas dicas para aproveitar o Carnaval país afora POR LUIZA TERPINS
ILUSTRAÇÕES FRANCISCO MARTINS
Belo Horizonte
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O Carnaval de rua de 2015 promete ser o maior que Belo Horizonte já teve. São esperados 200 blocos, entre eles o tradicional Baianas Ozadas (foto abaixo), no dia 16, que vai homenagear os blocos afro de Salvador, como o Olodum, e tocar sucessos dos anos 70, 80 e 90 em ritmo de marchinha. Outro bloco que invocará o axé é o Juventude Bronzeada, que desfila no dia 17 pelo bairro Floresta.
“PARA APROVEITAR OS BLOCOS DE RUA, O QUE EU MAIS CURTO NO CARNAVAL, É PRECISO IR COM UMA ROUPA LEVE. COSTUMO USAR REGATA, SHORT E TÊNIS OU CHINELO. SEM ESQUECER DOS ACESSÓRIOS, COMO UM PAETÊ OU UMA FLOR”
“SOU MUITO FÃ DO CARNAVAL. VI A FESTA DE RUA DO RIO RENASCER E HOJE ME ORGULHO DE SER MADRINHA DE BATERIA DO BLOCO EMPOLGA ÀS 9, QUE TEM CANTORES E REPERTÓRIO NOTA 10” THALITA REBOUÇAS, 40 ANOS, ESCRITORA, CARIOCA
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Mais de 450 blocos vão incendiar o Carnaval de rua carioca. Além de sucessos de público como Bloco do Sargento Pimenta (acima), que sai do Aterro do Flamengo no dia 16 para embalar 120 mil pessoas ao som dos Beatles, e Simpatia É quase Amor (dia 15), em Ipanema, estão na programação novatos como Brasília Amarela (16), em Copacabana, um tributo aos Mamonas Assassinas. O Cordão da Bola Preta (dia 14) vai trocar a avenida Rio Branco, em obras, pela Presidente Antonio Carlos. WWW.RIOGUIAOFICIAL.COM.BR.
FOTOS DIVULGAÇÃO/FRÂNCIO DE HOLANDA / VALÉRIO TRABANCO / RODRIGO LOPES / CARLA GARCIA/GOVBA
Rio de Janeiro
FOTOS DIVULGAÇÃO/JÚLIA LANARI / RAPHAEL DIAS/RIOTUR / CARLOS LUZ
WWW.CARNAVALDEBH.COM.BR.
JULIANA DIDONE, 30 ANOS, ATRIZ, PORTO-ALEGRENSE
Salvador Além dos desfiles de blocos de axé como o Cocobambu, com Claudia Leitte e Durval Lelys, e de música afro, caso do Ile Ayiê (foto), que vai homenagear a Jamaica, os foliões poderão curtir outros estilos na folia. Na sexta (13), o bloco Yes Bahia Club traz o DJ francês Bob Sinclair, e no sábado (14) o sertanejo Gusttavo Lima se apresenta no bloco Doidaça. Uma novidade deste ano é o bloco Amanhecer (16), que terá comando do cantor Tomate. FACEBOOK.COM/CARNAVALSSA
“AMO O CARNAVAL DE SALVADOR. ACHO ESPECIALMENTE LINDO O CIRCUITO DOS BLOCOS AFRO, COMO O ILÊ AIYÊ. TRAZ UMA SENSAÇÃO INDESCRITÍVEL VER A DANÇA DAS MULHERES E SENTIR A FORÇA DA BATERIA” EMANUELLE ARAÚJO, 38 ANOS, CANTORA E ATRIZ, SOTEROPOLITANA
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EMBARQUE CARNAVAL Recife/Olinda Se engana quem pensa que a única opção para as manhãs de sábado no Carnaval da região de Recife é o Galo de Madrugada (foto), que reúne milhões no centro da cidade. O bloco Trinca de Ás comemora 30 anos ocupando as ruas e ladeiras de Olinda, antes vazias pela multidão que ia ver o Galo. Quem também arrasta multidões na vizinha da capital pernambucana é o bloco Eu Acho É Pouco – seu dragão vermelho e amarelo sai do mosteiro de São Bento nos dias 14 e 17. Já o quarentão Bloco da Saudade desfila com muito lirismo nos dias 15, em Olinda, e 16 e 17, no centro do Recife.
“VISITEI A GRANDE RIO E DESCOBRI ESSE UNIVERSO GIGANTE DAS ESCOLAS DE SAMBA. ACHAVA LINDO O DESFILE E, QUANDO CONHECI O QUE ESTAVA POR TRÁS DE TUDO AQUILO, DEI MAIS VALOR”
“TODOS OS ANOS TENTO IR AO GALO DA MADRUGADA. DESDE CRIANÇA A GENTE ACOMPANHA E ESPERA PELO GALO, QUE ABRE O CARNAVAL E TOCA MUITO FREVOCANÇÃO. SEM ELE, NÃO EXISTE FESTA NO RECIFE. É ALGO QUE SEMPRE ME EMOCIONA
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O bloco Emílias e Viscondes homenageia há dez anos a obra mais famosa de Monteiro Lobato, Sítio do Picapau Amarelo. A cada ano um personagem ganha uma marchinha, tocada no desfile pelas crianças que participam das oficinas oferecidas na Biblioteca Monteiro Lobato no pré-Carnaval. A homenageada deste ano é Dona Benta.
Na segunda-feira (16) vai ser a vez de as crianças curtirem o som da Banda de Ipanema, um dos blocos mais tradicionais do Rio. A farra acontece dentro da praça General Osório, ao som de um repertório feito com exclusividade para os pequenos. A criançada ainda recebe confete e serpentina para a brincadeira ficar completa.
O tradicional Bloco Happy faz no sábado (14), em Salvador, o percurso inverso ao Barra-Ondina – desse jeito, as crianças não precisam subir a ladeira. Durante as duas horas de trajeto a banda Babado Novo e Tio Paulinho vão divertir os pequenos foliões e suas famílias com marchinhas e muito axé. Palhaços, colombinas e pierrôs são alguns personagens que acompanham o trio.
“AMO CARNAVAL DESDE PEQUENA. FAÇO ANIVERSÁRIO EM 4 DE FEVEREIRO, ENTÃO TIVE ALGUMAS FESTINHAS COM TEMA DE CARNAVAL. MINHA MÃE FAZIA MINHAS FANTASIAS DE PIRATA, ODALISCA, PALHACINHA... ERA O MÁXIMO!” SABRINA SATO, 33 ANOS, APRESENTADORA, PAULISTA
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Faculdade Como manda Chega de do Carnaval a tradição saudade JÚNIOR / ALEX NUNES / EDU MORAES / ASCOM/PM0P
Goiabada de marmelo
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Veja mais dicas de personalidades e conheça festivais de música durante a folia
Uma das maiores concentrações de universitários do Brasil, Ouro Preto (MG, foto) não dorme no Carnaval. Em atividade há mais de cem anos, o bloco Zé Pereira Clube dos Lacaios desfila seus bonecos gigantes nos dias 12, 14, 15 e 17. Já o Bloco do Caixão, na terça (17), terá Monobloco e Léo Santana.
Em São Luiz do Paraitinga, no interior de São Paulo, o ritmo é o das marchinhas inspiradas no imaginário e na cultura local. Muitos foliões usam fantasias de chita, tradicional na região. Entre os clássicos da cidade estão o Bloco do Juca Teles, que sai no dia 14, e o do Barbosa, no dia 17.
WWW.OUROPRETO.MG. GOV.BR.
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A festa em Diamantina (MG) conta com os chamados blocos caricatos, que incorporam o clima dos antigos Carnavais com charangas, marchinhas e muito confete. Um dos mais antigos, em atividade há quase cem anos, é o Sapo Seco, que sai nos dias 15 e 17. O Xai Xai, fundado pela banda Bartucada, vai às ruas no dia 16. WWW.DIAMANTINA.MG.GOV.BR
Já pensou em conhecer uma escola de samba de perto, longe da Sapucaí? Agremiações tradicionais do Rio de Janeiro criaram programas que permitem visitas às oficinas onde são feitas as alegorias e até batucar e sambar com os integrantes da escola. A Mangueira abre seu barracão durante o ano todo para que turistas e moradores conheçam os bastidores. Fantasias de Carnavais passados ficam expostas para quem quiser tirar uma foto como se estivesse pronto para desfilar. Já a Grande Rio oferece pacotes de até 8 horas de entretenimento em sua “fábrica de sonhos”. Na Salgueiro, quem chega é recebido com uma caipirinha, aprende a requebrar com as passistas (foto acima) e recebe até aula de história do Carnaval. Campeã do Carnaval de 2014, a Unidos da Tijuca permite que os visitantes realizem oficinas para aprender a tocar os instrumentos e até peguem em tesoura e cola para improvisar nos adereços. O tour normalmente termina com feijoada e muito samba. (Michel Alecrim) MANGUEIRA TEL.: (21) 2253-3962 GRANDE RIO TEL.: (21) 99931-7316 SALGUEIRO TEL.: (21) 2258-0069 UNIDOS DA TIJUCA TEL.: (21) 2263-9679
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BLOCO DO EU SOZINHO Três opções para quem quer se hospedar bem longe da folia no Carnaval
Ilha do sol
No alto da montanha
Com acesso apenas por mar, a Ilha de Boipeba, no litoral sul da Bahia, vive o clima oposto ao de Salvador durante todo o ano – e no Carnaval também. Por lá reina a sensação de tranquilidade em meio a praias vazias, piscinas naturais e gente com pé na areia. A pousada Mangabeiras, na ponta norte da Praia Boca da Barra, soube aproveitar bem esse cenário. São nove bangalôs espalhados em uma área de quase 50 mil metros quadrados, com piscina e sala para massagens e acupuntura.
A Quinta dos Pinhais é o refúgio paulista para quem trocaria um bloco carnavalesco pelo contato com a natureza. A 1.400 metros acima do nível do mar, em Santo Antônio do Pinhal, o hotel abriu suas portas em 2001 com intenção de aliar conforto, boa gastronomia e lazer a práticas sustentáveis. O bistrô Bernadette, por exemplo, usa produtos da estação cultivados em horta própria. Já os quartos são divididos em três categorias, sendo a Vivendas, mais ampla e com piscina privativa, indicada para casais.
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Olhar do paraíso Não existe folia, confete ou marchinhas em Key West, onde o Carnaval nem sequer é celebrado. A principal cidade das Florida Keys, arquipélago no extremo sul dos Estados Unidos, reserva praias com água cristalina e boa infraestrutura. O Double Tree by Hilton é uma boa pedida para visitantes de primeira viagem – tem quartos modernos, complexo aquático e serviços de van para atrações locais. Alugue um carro e aproveite a viagem desde Miami – a estrada é uma das mais cênicas do mundo. DOUBLE TREE BY HILTON ROOSEVELT BLVD KEY WEST, FLÓRIDA, EUA. TEL.: (1 305) 293-1818. WWW.DOUBLETREE3.HILTON.COM. DIÁRIAS A PARTIR DE R$ 694 PARA CASAL, SEM CAFÉ DA MANHÃ.
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FOTOS DIVULGAÇÃO/MARCELO ISOLA
POR DANIEL MARQUES
EMBARQUE GASTRONOMIA
SÃO PAULO E PARANÁ
É FRIA! O sorvete sai da sobremesa para deixar as refeições muito mais refrescantes no verão POR RAFAEL TONON
Para enfrentar o calor, às vezes a vontade não é almoçar e jantar sorvete? Pois tem gente em São Paulo levando isso ao pé da letra. No restaurante Tuju, o chef Ivan Ralston criou um steak tartare com sorvete de mostarda Dijon (R$ 38). Feito à base de patinho, o prato se tornou um sucesso na casa, aberta há menos de um ano. “Sempre gostei de comer o tartare bem frio, por isso me veio a ideia de pôr o sorvete sobre a carne”, conta Ralston. No Bar da Dona Onça, a chef Janaína Rueda voltou de uma viagem à Dinamarca decidida a fazer um prato com beterraba, vegetal comum na cozinha nórdica. Em parceria com o sócio e marido, Jefferson Rueda, criou uma salada estilo “dank” com bacon e queijo (R$ 29), em que o ingrediente surge em seis versões, de picles e chips a um equilibrado sorbet. “É uma salada bem fresca, cheia de texturas”, explica Janaína.
Salada do Bar da Dona Onça tem beterraba em seis versões, entre elas um sorbet
No Maní, o sorvete já usado em pratos salgados pela chef Helena Rizzo deu lugar a uma raspadinha de cajuína com cachaça, servida junto com o ceviche de caju. “Quis potencializar o frescor do ceviche”, conta ela. Feito com a fruta in natura, leva leite da castanha de caju fazendo as vezes do leche de tigre, molho tradicional à base de limão e temperos. Disponível no menu de temporada (seis pratos, R$ 195), em breve entrará no cardápio da casa.
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A salada criada pela chef Manu Buffara para o cardápio de verão do restaurante Manu Alma Gastronomia é um oásis para quem está em Curitiba. A entrada, parte do menu degustação de nove etapas (R$ 209), é composta de gel de maçã vermelha, acelga crua temperada e lâminas de cogumelos e salsão bem geladas (foto). “Elas ficam na geladeira até serem servidas, para ficarem crocantes”, explica Manu. Tudo é coroado por um sorvete de queijo Azul do Bosque, feito com leite de cabra de Joanópolis, interior de São Paulo. “Dá um toque geladinho à receita”, diz. MANU ALMA GASTRONOMIA R. D. PEDRO II, 317, BATEL, CURITIBA, PR. TEL.: (41) 3044-4395. WWW. RESTAURANTEMANU.COM.BR
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O BEM-AMADO Matheus Nachtergaele emenda projetos no cinema e se prepara para interpretar Zé do Caixão POR NINA RAHE
Nome: Matheus Nachtergaele. Idade: 45 anos. Natural de: São Paulo. Cidade atual: Rio de Janeiro. Mora com: Dois gatos, quatro passarinhos e dez cachorros. Sou o único humano da casa. Maior frustração: Não ter me tornado um biólogo. Não enjoa: De arte e de bicho. Um cheiro: Seiva de alfazema. Lembra os lençóis da casa da minha avó. Tenho um pote só para sentir o perfume. 48 REVISTA GOL
Ainda não interpretou: Uma mulher. Tenho essa pulga atrás da orelha. Se alguém me oferecer o papel, topo. Perda insuperável: A do anonimato. Sinto falta de estar na multidão. Uma mania: A de me culpar por coisas de que não tive culpa. Odeia: Dirigir em cidades grandes. Controla a ansiedade: Fazendo terapia. Lugar para onde quer voltar: Fernando de Noronha. Gosta de trabalhar com: Fernanda
Montenegro e Paulo José, amigos que admiro profundamente e me ensinam a alegria de perseverar no ofício. Um mestre: Kazuo Ohno, coreógrafo japonês que transformou a morte em celebração. Cinema é: O fi lho predileto de todas as artes. É música, teatro, ópera, artes plásticas e fotografia. No futuro quer: Trabalhar menos e curtir mais amores, amigos e família. Nem tudo é: 100% suor e labuta. Há sempre um lado divertido.
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No fim de 2014, Matheus Nachtergaele viveu na ficção uma experiência ainda inédita: a de ser pai. Em Mãe só há uma, longa da cineasta Anna Muylaert, ele interpreta um homem que conhece o filho depois de anos. “É um filme cheio de sentimentos novos para mim”, afirma. Antes das gravações, Nachtergaele considerava esse o papel mais penoso de sua carreira. Do mesmo jeito que encarava a ideia de encarnar Joãosinho Trinta na cinebiografia do carnavalesco. “O personagem mais difícil de interpretar é sempre o próximo.” Trinta fez o ator se aproximar do Carnaval. Ele não sabe onde vai passar a festa. “As pessoas me cobravam para que eu escolhesse uma escola. Por força do Cartola, escolhi a Mangueira, mas não sou roxo.” Depois da folia, enquanto Big Jato e Sangue azul não chegam aos cinemas, começa a filmar Pedro Malasartes – O único homem que enganou a morte. Na sequência, se prepara para viver Zé do Caixão em uma minissérie para a TV paga e negocia os direitos de uma peça. “Trabalho bastante para poder brincar quando roda a câmera ou sobe o pano. Se não for para me divertir em cena, não vale a pena.”
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VALE A PENA OUVIR DE NOVO
Sabe que músicas embalavam as principais novelas nas décadas de 60, 70 e 80? Teste seus conhecimentos no quiz inspirado no livro Teletema, de Guilherme Bryan e Vincent Villari
POR DANIEL MARQUES
1 Uma das mais bem-sucedidas da história, a trilha nacional dessa novela vendeu quase 1 milhão de discos na década de 80. (A) Selva de pedra (B) Guerra dos sexos (C) Roque Santeiro (D) Vereda tropical
4 A dupla Raul Seixas e Paulo Coelho foi responsável pela maior parte da trilha original de uma novela que ganhou nova versão recentemente: (A) Meu pedacinho de chão (B) O rebu (C) A viagem (D) O astro
gem Jocasta, vivida por Vera Fischer, na novela Mandala?
5 Uma das cantoras abaixo foi convidada a assumir o papel principal de uma novela de grande sucesso da TV nos anos 70.
(A) “Eu já tirei a roupa”, de Wando (B) “Perigosa”, da banda Syndicatto (C) “Seu nome”, de Byafra (D) “O amor e o poder”, de Rosana
(A) Rita Lee, em Ovelha negra (B) Wanderléa, em A moreninha (C) Elza Soares, em Sassaricando (D) Gal Costa, em Gabriela
2 Qual era o tema da persona-
Ney Latorraca travestido em Um sonho a mais
3 Que cantor, na trilha internacional de Selva de pedra, uma das recordistas em vendas, dominou as rádios em 1972?
Elis Regina em foto publicada em 1981
6 Que novela traz a música “Me deixas louca”, última gravação em estúdio de Elis Regina? (A) De quina pra lua (B) Brilhante (C) Obrigado doutor (D) Transas e caretas
7 Toquinho e Vinicius de Moraes assinam nove músicas da trilha de: Dina Sfat, Francisco Cuoco e Regina Duarte em Selva de pedra 50 REVISTA GOL
(A) Mulheres de areia (B) Beto Rockfeller (C) Irmãos Coragem (D) O bem-amado
8 Um sonho a mais, de 1985, não deu muito Ibope, mas sua trilha emplacou um grande hit. Qual? (A) “Pai”, de Fábio Jr. (B) “Faz parte do meu show”, de Cazuza (C) “Uísque a Go Go”, do grupo Roupa Nova (D) “Menina veneno”, de Ritchie
+ NO TABLET Responda mais perguntas e ouça sucessos das novelas
TELETEMA - VOL. 1 (1964 A 1989) GUILHERME BRYAN E VINCENT VILLARI. DASH EDITORA. R$ 69.
RESPOSTAS: 1-C | 2-D | 3-A | 4-B | 5-D | 6-B | 7-D | 8-C FOTOS DIVULGAÇÃO E SYDNEY CORRALLO/AE
(A) BJ. Thomas (B) Al Green (C) Elton John (D) Paul Anka
EMBARQUE CINEMA
ANTES DO TAPETE VERMELHO Prepare-se para a festa do Oscar, em 22 de fevereiro, com a temporada de estreia dos filmes indicados
Sniper americano
POR BRUNA CAVALINI
Inspirado na autobiografia do atirador de elite Chris Kyle (Bradley Cooper), o novo filme do veterano Clint Eastwood mostra as duas faces do oficial – pai de família e peça inestimável do exército americano nos conflitos no Iraque, para onde foi enviado quatro vezes. É a terceira indicação consecutiva de Cooper ao Oscar, depois de O lado bom da vida e Trapaça. ESTREIA PREVISTA PARA 19/2.
O jogo da imitação
Stephen Hawking (Eddie Redmayne) é um jovem estudante de física em Cambridge nos anos 60, quando engata um romance com Jane (Felicity Jones), sua futura mulher, e começa a desenvolver as teorias que revolucionariam o estudo das origens do universo. Também descobre a doença que em breve lhe roubaria os movimentos e a fala. A cinebiografia concorre em seis categorias e tem direção de James Marsh, ganhador do Oscar pelo documentário O equilibrista. EM CARTAZ NOS CINEMAS.
+ NO TABLET Assista aos trailers dos filmes indicados
EM CARTAZ NOS CINEMAS.
Dois dias, uma noite
No filme dos irmãos belgas Jean-Pierre e Luc Dardenne, a jovem mãe Sandra (Marion Cotillard) descobre que os outros funcionários da fábrica em que trabalha concordaram em demiti-la para, em troca, receber um bônus no salário. Sandra tenta convencê-los, um por um, a abrir mão do benefício. Ganhadora do Oscar por Piaf, a atriz francesa disputa o prêmio novamente. ESTREIA PREVISTA PARA 5/2.
52 REVISTA GOL
FOTOS DIVULGAÇÃO
A teoria de tudo
Com nove indicações ao Oscar, o longa conta a história do pioneiro da computação Alan Turing (Benedict Cumberbatch), que se aliou a oficiais ingleses e a uma equipe de matemáticos para decodificar mensagens nazistas na Segunda Guerra Mundial. Pressionado pelo exército, esconde sua homossexualidade, à época considerada crime no Reino Unido.
EMBARQUE FOTOGRAFIA
SÃO PAULO
NÃO ESTOU LÁ A atriz Jessica Lange exibe em São Paulo fotos em que tenta “ser invisível” e flagrar belezas do cotidiano
+ NO TABLET Veja uma galeria de fotos e leia uma entrevista com a atriz
POR NINA RAHE
Cena do interior de Minnesota, estado natal da atriz americana, abaixo
KEVINGSTON Acostumada aos holofotes, Jessica Lange quer, como fotógrafa, ficar longe de qualquer atenção. Ganhadora de dois Oscars (Tootsie, Céu azul), a atriz de 65 anos, estrela da série American Horror Story, quer ser, por trás da lente, uma “testemunha escondida”. A Leica M6 que ganhou na década de 90 do ex-marido, o ator e dramaturgo Sam Shepard, já funciona, Jessica explica, como um prolongamento da mão. “Tenho com ela a mesma relação de um músico com o seu instrumento”, conta. 54 REVISTA GOL
O Museu da Imagem e do Som de São Paulo (MIS-SP) exibe até maio 135 de suas fotografias em preto e branco, feitas até o ano passado em Minnesota, seu estado natal, e durante viagens pela Europa, África e principalmente pelo México, país que visita com frequência. “O trabalho de Jessica é simples e extraordinário, pois revela o imperceptível”, afirma a curadora Anne Morin. JESSICA LANGE FOTÓGRAFA MUSEU DA IMAGEM E DO SOM DE SÃO PAULO. AV. EUROPA, 158, JARDIM EUROPA, SÃO PAULO, SP. TEL.: (11) 2117-4777. DE 11/2 A 5/5. DE R$ 3 A R$ 6. WWW.MIS-SP.ORG.BR.
FRANQUIAS / MULTIMARCAS WWW.KEVINGSTON.COM
BA / DF / ES / GO / MG / MS / MT / PI / RJ / RS / SC / SP facebook.com/kevingstonbrasil
EMBARQUE ACHADOS DO ARTHUR
ZONA LESTE Nosso repórter foi conhecer o Farol do Cabo Branco, em João Pessoa, construído para marcar a região mais oriental da América
Desfrute da tranquilidade, das paisagens, da culinária e dos 30 quilômetros de praias paradisíacas de João Pessoa. Esse é um convite que sempre faço. A capital da Paraíba possui uma das maiores áreas verdes urbanas do Brasil e uma rígida legislação municipal para construções à beira-mar. Na minha última estada, fiquei hospedado na belíssima enseada da Praia do Cabo Branco. É um oásis, com coqueiros, falésias e um mar com temperatura fresquinha.
PARAÍBA
Um grande paredão de 40 metros de pedra calcária hospeda no alto o Farol do Cabo Branco, que já foi considerado o ponto mais oriental do Brasil e da América. Projetado por Pedro Abraão Dieb, o farol é o único do país a ter forma triangular – ele representa o sisal, planta importante para a economia do estado. Desde sua inauguração, em 1972, nunca teve a função de orientar navios, mas justamente marcar o lugar onde o sol nasce primeiro no continente.
Medições posteriores, porém, indicaram a Ponta do Seixas, alguns quilômetros ao sul, como o ponto mais oriental. A natureza teria sido a responsável: reza a lenda que ao longo dos anos as ondas desgastaram o Cabo Branco e a erosão marinha fez com que os sedimentos fossem depositados na Ponta do Seixas. O visual lá de cima é estonteante: do mirante se pode avistar a própria Ponta do Seixas e grande parte do litoral paraibano. Ótimo para aproveitar a brisa e curtir o visual.
O Farol do Cabo Branco, único do país com forma triangular
AO FAROL • Depois da subida pela avenida Cabo Branco até o farol, tomar uma água de coco é fundamental. Ao redor, algumas lojinhas vendem artesanato, lembranças, lanches e frutas.
Estação Cabo Branco – Ciência, Cultura e Artes. Com projeto de Oscar Niemeyer, o complexo, inaugurado em 2008, tem 8.500 metros quadrados e programação intensa. Seis esculturas de Abelardo da Hora recepcionam os visitantes.
• A distância entre a Ponta do Seixas, pertinho do farol, e o continente africano é de cerca de 2.850 quilômetros, menor que a de João Pessoa a Porto Alegre, por exemplo (3.900 quilômetros). *Arthur Veríssimo é repórter há 30 anos e se notabilizou por buscar pautas e assuntos exóticos e pitorescos pelo Brasil e pelo mundo. Se você tiver algum achado, mande para: gol@trip.com.br
56 REVISTA GOL
FOTOS ALESSANDRA VIEIRA
• No caminho, se passa na frente da
EMBARQUE SUSTENTABILIDADE
À MODA ANTIGA Pranchas fabricadas com de madeira obtida de forma sustentável ganham espaço no Brasil POR BRUNA CAVALINI
Em busca de materiais não agressivos ao meio ambiente, surfistas brasileiros têm se dedicado a criar pranchas de madeira, como as tradicionais havaianas, utilizadas nos primórdios do esporte. Encantado com a leveza e a resistência das pranchas de seu mestre, o californiano Gary Linden, pioneiro no uso da madeira de agave, Marcelo Ulysséa criou a Agave Hunter, empresa em Itajaí (SC) que fabrica blocos para shapers. A madeira é retirada de plantas já mortas, em praias da região. “Extraindo a matéria-prima dessa forma, não desmatamos”, explica Ulysséa, que estuda a planta em parceria com a Universidade do Vale do Itajaí. O carioca Thomas Scott procurou saber mais sobre materiais de uso sustentável em 2005, quando uma das maiores fábricas de pranchas
do mundo, a americana Clark Foam, não obteve licença ambiental para seguir em atividade. “Descobri o quão problemática era a produção com poliuretano”, diz o shaper. Enquanto experimentava com o agave, Scott encontrou o miriti, palmeira bastante utilizada no artesanato do Pará. Segundo ele, as pranchas feitas das buchas de miriti, que prendem as folhas ao tronco, têm maior rigidez e leveza. “Para extrair as buchas não precisamos cortar a palmeira, só podá-la, o que a ajuda a crescer”, afirma. Falta de divulgação, preço (em média, R$ 2.500) e peso (10% a 20% maior do que as de poliuretano) ainda impedem a popularização das pranchas de madeira. “A produção artesanal não consegue competir com a industrial”, diz Ulysséa.
JÁ INVESTIMOS
2 BILHÕES
Thomas Scott em ação com uma prancha de sua marca; e instalando uma quilha feita de miriti
EM AÇÕES SOCIOAMBIENTAIS NA REGIÃO DA UHE BELO MONTE
Até dezembro de 2014, a Norte Energia investiu 2 bilhões de 3,7 bilhões de reais em ações socioambientais na Região da UHE Belo Monte. É uma grande notícia para as pessoas da região do Xingu, que vêm sendo beneficiadas com 117 projetos de cunho econômico, ambiental, social e cultural. Dentre as ações realizadas, estão obras de saneamento, saúde, educação, segurança pública, entre outras. Vamos gerar energia limpa e renovável com respeito ao meio ambiente e também às pessoas. Belo Monte é um exemplo de desenvolvimento sustentável do Brasil para o mundo.
AGAVE HUNTER WWW.AGAVEHUNTER.COM.BR.
90%
NOS CASOS DE MALÁRIA NA REGIÃO DO XINGU*
TAMBÁ BRASIL WWW.TAMBABRASIL.COM.
205 MILHÕES
+ NO TABLET Conheça uma linha de pranchas que não agride o meio ambiente
Entenda as diferenças das pranchas de madeira para as convencionais 58 REVISTA GOL
MATÉRIA-PRIMA
RESINA
As pranchas convencionais são feitas de poliuretano, poliéster e isopor, materiais sintéticos que não se decompõem e podem intoxicar animais marinhos. As de madeira são biodegradáveis.
Para impermeabilizar as pranchas de madeira, podem ser usadas resinas naturais, extraídas da mamona. As convencionais usam resina de poliéster e fibra de vidro, que liberam gases nocivos e geram resíduos não recicláveis.
QUILHAS
DURABILIDADE
As de madeira têm visual atraente e são mais leves do que as de fibra de vidro. Podem ser instaladas também em pranchas convencionais.
Pranchas de madeira duram a vida toda, sem quebrar ou amarelar. As convencionais devem ser trocadas a cada quatro anos, em média.
INVESTIDOS EM COMUNIDADES INDÍGENAS
FOTOS ANA LUIZA CABEZA / CAPIM FILMES
As vantagens de ser sustentável
DE REDUÇÃO
*de 2011 ao 1º semestre de 2014
26 MIL
458 MILHÕES
27 UNIDADES
95 MILHÕES
HECTARES DE ÁREA DE PRESERVAÇÃO/RECUPERAÇÃO AMBIENTAL**
BÁSICAS DE SAÚDE
3 HOSPITAIS
INVESTIDOS EM
SANEAMENTO BÁSICO
EM AÇÕES PARA
FORTALECER A SEGURANÇA NA REGIÃO DO XINGU
**área 5 vezes maior que a dos ambientes florestais suprimidos nos reservatórios
TRANSPORTADORA OFICIAL
/HIV.Aids.MS
EMBARQUE ESPORTE
@aidsMS
INO V E R P E M U E EU ME TESTAOL
A FILA ANDA Talita já foi dupla de Jacqueline Silva, que jogou com Maria Clara, que foi companheira de Raquel... Nem sempre é fácil acompanhar o vai e vem das atletas na areia. Relembre nesta página quem já jogou com as três duplas líderes do Circuito Banco do Brasil Vôlei de Praia, que tem a GOL como transportadora oficial
AV N R A C O O C EU BRIN
POR DANIEL MARQUES ILUSTRAÇÕES LOVATTO
Ana Richa
ele á aí e com t s ém. e l a v a n idade tamb il O Car b a s n o p s a re o vírus a alegria e tra o HIV, n o c ir n e v e ça para se pr misinha. Fa a c e r p m e de es ade de saú id da AIDS, us n u a m u hiv em guro o teste de ratuito, se g , o id p á r é omece já do SUS, ele positivo, c r e S. d e s . o ido pelo SU t n a e sigilos r a g é nto, que o tratame
Leila Juliana BÁRBARA ÁGATHA (2012) SEIXAS
LARISSA (2014) TALITA
Vivian
Ana Paula
quem soas com para s e p s a e ê Assim, vocna ficam protegidasvais. se relacioos os outros carna este e tod
Neide Bruna
Taiana
Sandra Pires Jacqueline Silva Andréa Teixeira
Shaylyn Renata Val
Fabí
PREVINA-SE, FAÇA O TESTE DO HIV/AIDS E SIGA EM FRENTE
Isabela Maio MARIA CLARA (2003) CAROL
Maria Elisa
Raquel Taís
FOTOS DIVULGAÇÃO
Luiza Amélia
60 REVISTA GOL
PREVINA-SE, FAÇA O TESTE DO HIV/AIDS E SIGA EM FRENTE
TRANSPORTADORA OFICIAL
EMBARQUE ESPORTE
TAMO JUNTO Conheça os jogadores que há mais tempo defendem seus times na Série A do Campeonato Brasileiro, que tem a GOL como transportadora oficial POR HEITOR FLUMIAN ILUSTRAÇÃO DAVI AUGUSTO
ROGÉRIO CENI SÃO PAULO
FÁBIO CRUZEIRO
LÉO MOURA FLAMENGO
D’ALESSANDRO INTERNACIONAL
CHEGADA: 1990, aos 17 anos, quando surgiu o primeiro celular no Brasil, o Motorola PT-550, ou “Tijorola”
CHEGADA: 2005, ano em que o YouTube foi lançado
CHEGADA: 2005, quando Ronaldinho Gaúcho, então no Barcelona, foi eleito melhor do mundo
CHEGADA: 2008, ano em que Barack Obama foi eleito presidente dos EUA pela primeira vez
Mesmo tendo jogado pelos rivais Botafogo, Vasco e Fluminense, Léo Moura, 36, não demorou a se adaptar ao Flamengo. Com mais de 500 jogos pelo clube, o lateral direito lembra bem o melhor e o pior que viveu nesses dez anos. “O melhor momento foi a conquista do Campeonato Brasileiro de 2009”, diz o jogador. “O pior foi a eliminação da Libertadores de 2008 para o América do México em um Maracanã lotado.”
A estreia do argentino D’Alessandro, 33, pelo Internacional foi emblemática: diante do Grêmio em uma partida de mata-mata pela Copa Sul-Americana de 2008. Embora tenha conquistado títulos importantes, como a Libertadores de 2010, o fato que mais marcou o meia aconteceu fora de campo. “Foi o dia em que a torcida veio à minha casa, em 2012, pedir que eu ficasse no time. Isso nunca tinha me acontecido”, conta.
Rogério Ceni, 42, debutou no profissional do São Paulo em 1993, mas a titularidade só veio em 1997. Desde então, se tornou dono de vários recordes, como o de atleta que mais jogou por um mesmo clube (1.117) e o de goleiro que mais fez gols (123). “Foi muito importante sentir o carinho e a amizade de todos em um lugar que frequento há 25 anos”, disse ao São Paulo FC TV, justificando o adiamento da aposentadoria para agosto deste ano.
62 REVISTA GOL
O goleiro Fábio, 34, teve poucas oportunidades em sua primeira passagem pelo Cruzeiro, em 2000, quando foi reserva na conquista da Copa do Brasil. Em 2005, voltou de vez ao clube. Hoje é o terceiro jogador que mais vezes defendeu as cores da raposa e, a depender de seu contrato, vigente até 2016, em breve vai encabeçar a lista. “Independente do que aconteça você tem que ser um espelho para o seu time”, disse o bicampeão brasileiro ao Esporte espetacular, da Globo.
EMBARQUE DECOLAGEM
A NÚMERO UM
Primeira colocada no ranking brasileiro, a tenista Teliana Pereira se afirma no cenário internacional e vai com tudo disputar o Rio Open este mês POR PAULO KEHDI
64 REVISTA GOL
Como foi 2014 para você? Um ano fantástico, em que pude alcançar quase todos os objetivos que tinha traçado. Queria ficar entre as cem
Qual é sua avaliação do atual momento do tênis brasileiro? Não é o cenário ideal, mas estamos em um momento de crescimento novamente. Acho que, para um país com a dimensão do nosso, deveríamos ter mais tenistas entre os cem melhores do mundo. A Confederação Brasileira de Tênis vem trabalhando nisso e têm surgido novos talentos, como Beatriz Haddad e Gabriela Cé. É preciso paciência, dar tempo ao tempo. O que você espera para o futuro? Sempre é difícil traçar metas, tudo tem que ser feito passo a passo. Mas quero muito terminar 2015 entre as 50 melhores do mundo e vencer meu primeiro WTA. É nesses torneios que você joga contra a elite do tênis feminino. Ganhá-los é um sonho para qualquer tenista.
QUEM É NOME: Teliana Santos Pereira IDADE: 26 anos DE ONDE: Santana do Ipanema (AL) FOTO GUILHERME PUPO / FOLHAPRESS
pelo esporte: Renato, hoje seu técnico, e José Pereira Júnior. Aos 15 anos Teliana disputou seu primeiro torneio profissional, em Campos do Jordão (SP). De 2003 a 2009, só subiu no ranking da WTA, sigla em inglês para a Associação das Tenistas Profissionais. Uma contusão no joelho, porém, a fez ficar afastada do circuito. “Foi um momento difícil, perdi patrocínios, ritmo de jogo. Consegui voltar com força total apenas dois anos depois.” Em 2013 derrotou a francesa Alizé Cornet, então 35ª colocada do ranking, e alcançou a semifinal do WTA de Bogotá. Fazia 23 anos que uma tenista brasileira não chegava tão longe em um torneio de primeira linha. Oito meses depois, chegou a ser a 87ª do mundo, sua melhor posição no ranking até hoje. Antes do Rio Open, Teliana ainda lidera no México, entre 4 e 7 de fevereiro, a equipe brasileira na Fed Cup, equivalente da Copa Davis para as mulheres. “Tenho grandes expectativas não só em relação ao Rio Open, mas para toda a temporada”, afirma a tenista.
melhores do mundo e participar dos quatro Grand Slams, o que consegui. Só não foi perfeito porque tive uma contusão em setembro, durante a temporada europeia, e tive que ficar até novembro sem treinar. Só voltei a disputar torneios no início de 2015, na Austrália. A retomada para um tenista é sempre difícil, mas tenho treinado forte.
FOTO GUILHERME PUPO / FOLHAPRESS
A tenista número 1 do ranking brasileiro encerrou, em 2014, um jejum histórico para o país. Teliana Pereira, 26 anos, entrou na chave principal dos quatro mais importantes torneios de tênis do planeta – Australian Open, Roland Garros, Wimbledon e US Open. Só Maria Esther Bueno, em 1960 e 1965, havia jogado os quatro Grand Slams em um mesmo ano. Depois de uma breve temporada na Austrália, Teliana, atual 112ª do mundo, está de olho no Rio Open, de 16 a 22 de fevereiro, campeonato em que, com o apoio da torcida, chegou às semifinais no ano passado. “Quero que 2015 seja ainda melhor”, diz. Terceira filha de um total de sete irmãos, Teliana nasceu em Santana do Ipanema, em Alagoas, porque Águas Belas, no sertão pernambucano, onde vivia sua família, não possuía maternidade. Quando tinha 7 anos, seu pai, José, que foi boia-fria, viajou para Curitiba em busca de uma vida melhor. Arrumou emprego como pedreiro em uma academia de tênis e acabou contratado como faz-tudo. Um ano depois, a família se juntou a ele na capital paranaense. “Esse trabalho mudou nossa vida”, conta Teliana. “Foi lá que tive contato com o tênis pela primeira vez.” Além dela, outros dois irmãos enveredaram
PROFISSÃO: Tenista PONTO FORTE: Backhand PRATO PREFERIDO: “Temaki. Adoro culinária japonesa”
Teliana na academia de tênis onde treina, em Curitiba
SE NÃO FOSSE TENISTA: “Na minha infância queria ser jogadora de vôlei”
REVISTA GOL 65
CAPA
EU CANTO SAMBA 66 REVISTA GOL
Paulinho da Viola comemora 50 anos de carreira em grande estilo. Desfila pela Portela no Carnaval, sai em turnê pelo Brasil, lança caixa de discos e site novo e faz uma confissão: “Sempre me vi como um violonista que cantava algumas músicas de si mesmo e dos outros. Eu canto, mas não me vejo como cantor” POR CLAUDIO LEAL
FOTOS BOB WOLFENSON
REVISTA GOL 67
CAPA
68 REVISTA GOL
No Carnaval deste ano, Paulinho desfila novamente pela Portela, preservando a cadência de quem não se adaptou à velocidade dos atuais desfiles, estranhos demais ao autor do samba-enredo “Memórias de um sargento de milícias”, vitorioso em 1966. “Estou um pouco afastado de escola de samba. Hoje é a necessidade de correr. Depois do Carnaval você já começa a pensar no próximo, não pode perder tempo”, afirma o portelense, que se aproximou da agremiação no final de 1964 e logo foi incorporado à ala dos compositores. “Você sente que as coisas mudam. A vida tem que mudar, tem uma dinâmica. Mas nem sempre as coisas mudam pra melhor.” A Portela vem com o enredo “Imagina Rio, 450 janeiros de uma cidade surreal”, e dentro dele faz uma homenagem a Paulinho, destaque do último carro, Trem do Samba, ao lado das cantoras Maria Rita e Roberta Sá, bem como do presidente de honra da azul e branco, Monarco. Há mais Carnaval:
em Madureira, Paulinho dará “uma força” ao bloco de rua Timoneiros da Viola, cujo repertório reverencia seus sambas e os do mangueirense Cartola, o homenageado de 2015. Na levada da conversa, as memórias momescas do compositor alcançam o dia em que descobriu o passado carnavalesco da mãe, Paulina. Certa vez, ela o convidou a visitar uma colega de enfermagem, no hospital do Engenho de Dentro. “É isso aí a minha vida... Chega um tempo...”, lamentou a senhora, de súbito voltando-se para a comadre: “Mas nós brincamos muitos Carnavais!”. O músico encerra esse relato com um sorriso de saudade. Na sala, os móveis de madeira formam um arquivo improvisado de discos e livros. Nem o piano se livra das pequenas pilhas de CDs. “Papéis sem conta/ Sobre a minha mesa”: o samba “Nada de novo” será lembrado por quem
FOTOS MARCOS ANDRÉ PINTO / AGÊNCIA O GLOBO / ARQUIVO PESSOAL / ARQUIVO PESSOAL / ALEXANDRE CASSIANO / AGÊNCIA O GLOBO / ARQUIVO / AGÊNCIA O GLOBO
“HOJE É A NECESSIDADE DE CORRER. DEPOIS DO CARNAVAL VOCÊ JÁ COMEÇA A PENSAR NO PRÓXIMO, NÃO PODE PERDER TEMPO”
FOTOS MARCOS ANDRÉ PINTO / AGÊNCIA O GLOBO / ARQUIVO PESSOAL / ARQUIVO PESSOAL /
O verão chegou apressado ao quintal de Paulinho da Viola. Desde novembro do ano passado, descreve o compositor, o sol vem por cima da floresta, esquenta a sua casa, impõe um calor danado e inclina-se para o mar do Rio de Janeiro. “Nas tardes lindas, venho aqui e fico olhando a Pedra [da Gávea]”, conta Paulinho, fugitivo da quentura da sala, enquanto almoça um peixe. O dia compensa: abafado, mas azul. O compositor nunca deixou de contemplar a noite no bairro do Itanhangá, onde mora. “Gosto de ficar sozinho. Ainda mais num lugar como este”, diz. “Quando tem noite de lua, ouço os barulhos. Sou assim desde menino, quero um canto para ficar ali, pensando.” Notívago profissional, aproveitava as madrugadas para gravar discos e dirigir até Copacabana pelas ruas desertas da cidade – às vezes, perseguido por melodias nascidas nas travessias de túneis. Aos 72 anos, ele deixa esse quintal de insônia e contemplação para celebrar cinco décadas de carreira numa turnê nacional iniciada no Rio. “Fazer shows, sem paradinhas, não é muito a dele. Mas agora se animou”, garante a mulher e empresária, Lila Rabello. “Começo, mas não sei quando termino. Não fiquem atrás de mim”, ele advertiu à filha Cecília. Dentro das comemorações, um site sobre sua obra (www.cantodesala.com. br) e uma caixa com 11 discos lançados entre 1968 e 1979, além de mais um dedicado a gravações raras, em fase de pós-produção na Universal Music.
Em sentido horário, a partir da foto acima: Paulinho, em 1967, numa das poucas fotos feitas com Cartola: “Acho que esta foi num restaurante na Tijuca”; ao lado de Chico e Caetano, em 1987; com Zeca Pagodinho desfilando pela Portela em 2004; e, em 1966, com Elton Medeiros e Clementina de Jesus. Na pág. ao lado, com Gil, Monarco e a Velha Guarda da Portela, em 1994 REVISTA GOL 69
CAPA Paulinho da Viola em sua casa, no Itanhangá, no Rio de Janeiro. Ao lado, tocando com o pai, César Faria, em 2003
encontre a desordem bem ordenada da escrivaninha cheia de gavetas. Num canto, o pequeno quadro de cena musical do pintor e compositor Heitor dos Prazeres. Um cômodo guarda a coleção de vinis; outro, a mesa de sinuca. Em reforma, a casa apresenta as escolhas intelectuais de Paulinho, a começar pelos livros dos poetas Jorge de Lima, Vinicius de Moraes, Carlos Drummond de Andrade... E, talvez para não passar aperto na oficina de marcenaria, logo ali em frente, uma Enciclopédia do trabalho em madeira. As fotografias de seus feitos como marceneiro estimulam o recebimento de cartões na ponte aérea Rio-SP. “Também sou do ramo”, dizia um bilhete. Os desfechos alegres de suas histórias amaciam os cabelos brancos. Erudito desengravatado, ainda mais lépido entre goles de cerveja, Paulinho é dos que conversam sem olhadelas para o relógio. De cor, sabe que o número 21 da Revista brasileira de folclore aborda o jongo, a dança de origem africana coberta de segredos. Com saberes afro-baianos,
pode comentar a sucessão de mães de santo no candomblé. A prosa fluente esconde que o garoto criado em Botafogo chegou, como o próprio artista conta, “tímido e inseguro” à vida adulta. “Foi uma luta muito dura para poder superar isso. Por formação, por educação. A gente veio de uma família humilde, que não ambicionava nada. Todo mundo queria ser honesto, trabalhar e estudar”, resume Paulinho. Segundo ele, o irmão, Francisco, “é aquela pessoa doce, que fala como se estivesse pedindo desculpas para falar”. Nascido em 12 de novembro de 1942, Paulo César Baptista de Faria assistiu desde rapagote às rodas de choro do pai, César Faria, violonista do conjunto Época de Ouro. Calado, absorvia as manhas de Jacob do Bandolim, em cuja casa avistou Hermínio Bello de Carvalho. Reencontrou-o dali a cinco anos, como cliente da agência do Banco Nacional em que trabalhava. Em 1964, Hermínio extraviou o bancário para o restaurante Zicartola (de Zica e Cartola), onde a vocação musical passaria
ARGUMENTO Paulinho da Viola fala sobre suas composições
“Pra escrever alguma coisa, estou diante de algo que não sei”, diz Paulinho da Viola sobre o nascimento de um samba. “É como se fosse assim: ‘O que estou fazendo aqui? Não tenho nada pra dizer, por que esse papel está em minha frente?’. Mas não é bem assim. É algo que está te puxando pra alguma coisa que vem”, acrescenta o compositor, que comenta três de suas músicas. “MEMÓRIAS DE UM SARGENTO DE MILÍCIAS” (1966) “O samba era legal, Martinho da Vila até gravou. Mas tinha um erro que um compositor experiente não cometeria, que é começar o samba com um acorde mais baixo. Normalmente, num samba-exaltação, tudo é feito num grau mais alto, porque é para o coro.”
“NADA DE NOVO” (1969) “Às vezes, não encontro uma coisa, como todo mundo. O próprio ‘Nada de novo’ é assim: ‘Como é que acaba essa música?’. Eu fui e acabei de qualquer maneira. Era um samba que meu pai gostava... Sou muito intuitivo. Tudo o mais vem depois. Eu mexo muito. Sempre mexia. Gravava uma coisa e quando o disco saía não queria ouvir mais, porque não podia mexer.”
70 REVISTA GOL
FOTO ARQUIVO PESSOAL
“14 ANOS” (1968) “Esse samba foi feito quase na adolescência. Eu estava começando, não sabia de nada, achando que sabia um monte de coisa. Sempre falei que fiz pra mexer um pouco com meu pai, porque era isso mesmo que se pensava (‘Sambista não tem valor/ Nesta terra de doutor’)... É uma coisa que a gente ouve aí. Tem grandes sambistas, grandes compositores, mas tem sempre aquela coisa que não era só do negro, mas daquilo que não era nem profissão.”
REVISTA GOL 71
CAPA
O fotógrafo Bob Wolfenson conta abaixo como foi reencontrar Paulinho da Viola 20 anos depois
Fotografar Paulinho da Viola? Claro, respondi ao convite feito pela revista da GOL. Reservei a data, e, no dia acordado, seguimos viagem. Ao chegar na frente da casa dele, num condomínio no Itanhangá, no Rio, reconheci a geografia e a arquitetura do local. Tinha estado ali havia 20 anos para fotografá-lo para a minha exposição e respectivo livro, Jardim da luz, um trabalho de retratos de personalidades brasileiras, exposto no Masp e publicado em 1996, pela DBA em parceria com a Cia. das Letras. De imediato, achei bonito ser no mesmo lugar, e, se minhas sensações não me traírem, a casa estava, digamos assim, intacta. No que diz respeito à minha observação, havia a mesma atmosfera. Paulinho apareceu meia hora após nossa chegada e, digamos assim,
72 REVISTA GOL
intacto, o tempo não o maltratou. Obviamente não me reconheceria, mas, como fui precedido pelo meu nome, ele me cumprimentou com um: “Bob, como você está?”. Antes da sua chegada, vasculhei a casa pra encontrar o lugar ideal para a sessão. O local escolhido foi parecido àquele de 20 anos antes, me fiei na minha experiência. Não, nada disso, foi um acaso. Era onde havia mais espaço e luz do dia. Como dizia o saudoso e genial fotógrafo americano Richard Avedon, “nós, fotógrafos, somos especialistas em breves encontros”. Estou super de acordo e mais: “Esses encontros não nos conferem grandes intimidades com nossos fotografados’’. Ao começar a sessão, Paulinho sugeriu que fizéssemos algo olhando para o lado e para cima,
“como no seu livro”, disse ele. Fiquei feliz, ele lembrara. Eu mesmo não via esse livro havia algum tempo e teria dificuldades de saber qual teria sido a “pose” de sua imagem publicada. O negativo original se perdeu numa enchente que inundou meu estúdio há dez anos. A imagem publicada aqui acima, é de uma ampliação que usei no livro Jardim da Luz. Nos meus dois encontros com o compositor usei o mesmo tipo de equipamento: uma câmera da marca sueca Hasselblad. No primeiro, analógica; no mais recente, digital. Ao despedir-me, eu disse: espero que nos vejamos antes dos próximos 20 anos. Ele riu. BOB WOLFENSON, 60 ANOS, É UM DOS MAIORES RETRATISTAS DO PAÍS E AUTOR DE ENSAIOS ANTOLÓGICOS PARA A REVISTA PLAYBOY.
Em sua obra, o samba se abriu para as experimentações de “Sinal fechado”, “Comprimido” e “Roendo as unhas” – “sem essa de tradição, raiz e autêntico”, sustenta o artista. “Eu não tinha essas coisas. Queria experimentar, mas algo que me agradasse. Primeiro, com um respeito natural a uma história em que estava envolvido. Como é que eu podia negar Pixinguinha, Jacob [do Bandolim], meu pai, todo esse povo? Não podia. Isso foi a minha vida durante muito tempo e estava ali com uma certa vida em mim. Quando fi z, procurei ser o mais espontâneo e o mais verdadeiro que eu podia, com uma lealdade a minha história. Não era um confl ito.” O compositor renovou o samba “a partir de uma sintonia fina com o choro”, avalia o crítico musical Tárik de Souza. “Paulinho da Viola tem uma posição singular na geração surgida nos anos 60, sob impulso dos festivais. É essencialmente um sambista, algo raro entre seus pares universitários. Na sua formação também inclui-se o choro, por influência do pai. Ao mesmo tempo, ele transitou pelas inovações conceituais que surgiam na época, propulsionadas pelo Tropicalismo. Foi parceiro de um dos integrantes do movimento, José Carlos Capinan [‘Vinhos finos, cristais’], assim como, adiante, se aliaria a Arrigo Barnabé, da vanguarda paulista, em ‘Crotalus terrificus’”, analisa Tárik. Esse caminho foi pontuado por gestos de solidão, sim, e de teimosia. “Nunca nenhum produtor, ninguém ligado às FOTOS BOB WOLFENSON / BETI NIEMEYER
MEU MUNDO É HOJE
por lapidações nas noites de samba com Nelson Cavaquinho, Zé Keti, Elton Medeiros e Nelson Sargento. Formouse em contabilidade, mas esse ofício durou cerca de três anos em sua vida. Certo dia, Cartola o chamou de lado e, por justiça, entregou-lhe o primeiro cachê: “Você vem todo dia, fica tocando. Toma isso aqui pelo menos pra sua passagem”. Em 1965, também puxado por Hermínio, embarcou no musical Rosa de ouro, no qual despontaria a cantora Clementina de Jesus. Lançado em 1969, o samba “Foi um rio que passou em minha vida” conquistou as rádios e o Carnaval de 70, reafirmando sua confiança na viola: “Bom, é a minha profissão mesmo, vou cuidar disso”. Em “Foi um rio”, ele exaltava a Portela com poesia bastante para dissipar o mal-estar causado pelo sucesso de “Sei lá, Mangueira”, uma ode à adversária composta por Paulinho e Hermínio. Na ponta da mesa, noite caída, Paulinho acompanha o jantar da família. Sem fome, retoma a história: “Se eu não encontrasse Hermínio, não sei, provavelmente largaria a música para fazer outra coisa”. Lila concorda: “É verdade, há encontros decisivos”. “Bonito...”, sorri Hermínio, 79, ao saber da frase do amigo. Numa poltrona de seu apartamento em Botafogo, o primeiro parceiro de Paulinho entrefecha os olhos e canta a “Valsa da solidão”, de autoria dos dois: “Onde estava tanta estrela que eu não via/ Onde estavam os meus olhos que não te encontravam...”. “Além da integridade, Paulinho provou ter amor por sua escola, respeito pela obra alheia e nenhum pedantismo. O trabalho com a Velha Guarda da Portela é um dos momentos mais sublimes da música brasileira. Obrigou outras escolas a tomar vergonha na cara e fazer algo parecido”, reconhece o poeta Hermínio. Produtor do disco Portela, passado de glória, de 1970, Paulinho conta que o idealizou “por amor, por paixão, por respeito”.
Acima, em 1997, Paulinho com Hermínio Bello de Carvalho recebendo o prêmio Sharp. Na pág. ao lado, o retrato feito por Bob Wolfenson 20 anos atrás
“SE EU NÃO ENCONTRASSE HERMÍNIO, NÃO SEI, PROVAVELMENTE LARGARIA A MÚSICA PARA FAZER OUTRA COISA” gravadoras, chegou pra dizer: ‘Vai ser assim’ ou ‘vai ser assado’. Não. Sempre fiz o meu trabalho. Talvez isso tenha seu lado negativo. Mas sempre fiz praticamente sozinho, escolhendo as músicas, compondo ou combinando arranjos com esse e aquele”, narra Paulinho. Sem gravadora, ele não balança com as cobranças de novos álbuns de inéditas desde Bebadosamba, de 1996. De lá para cá, registrou três discos ao vivo (Sinal aberto é dividido com Toquinho) e neste momento evita cravar uma data para o retorno aos estúdios, embora reconheça a existência de dez novas canções. “Não componho muito, entendeu?”, explica. “Sempre me vi como um violonista que cantava algumas músicas de si mesmo e dos outros. Porque um cantor é um cantor. Eu canto, mas não me vejo como cantor.”
Pai de sete fi lhos, quatro deles do casamento com Lila, aprofunda a experiência familiar nos palcos. Beatriz, 34, é cantora; João, 32, é violonista; e Cecília, 33, integra a produção da turnê. Paulinho prefere opinar sobre o trabalho dos rebentos somente se houver um pedido de conselho. “Eles sempre tiveram liberdade para escolher o que quisessem, até time de futebol. Meu pai era Fluminense, minha mãe era Flamengo, meu irmão é Botafogo, como é que vou querer impor algo pros meus fi lhos? Tanto que eu tenho fi lho flamenguista”, resigna-se o vascaíno. A democracia do futebol se traduz na camisa rubro-negra do neto Luan, 9, jogador aprendiz e infi ltrado flamenguista. Paulinho da Viola, só de onda: “O Vasco agora subiu para a série A, viu? Vai ter que vestir a camisa!”. Luan, em busca da bola, avisa: “Se o Flamengo pegar esse Vasco aí, vai dar nove a zero”. O avô se conforma com o placar e acompanha o visitante até a porta, como quem pede desculpas por fechá-la.
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COMPORTAMENTO
Rodrigo Palaver (sem capacete) durante treino com os companheiros do Porto Alegre Bulls, na capital gaúcha
BOA NOITE E BOA SORTE
Enquanto a maioria dorme, milhares de pessoas aproveitam a madrugada para praticar esportes tão diversos quanto o triatlo e o futebol americano sem ter que enfrentar o trânsito e o calor e driblando a falta de tempo POR HEITOR FLUMIAN FOTOS LUCAS LIMA
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COMPORTAMENTO Robson Corvo (em pé), Paola Picherzky com o filho, Pedro Tiné, e Lucindo Ribeiro no rolê de patins pelo centro de São Paulo
São Paulo, 1h15 de uma madrugada de sexta-feira de verão. Às sirenes e buzinas que soam intermitentes ao longo da noite se junta o chiado dos patins da musicista Paola Picherzky, 48 anos, que rodam pelo asfalto do elevado Costa e Silva, mais conhecido como Minhocão, onde o tráfego de veículos é proibido após as 21h30. Enquanto um punhado de moradores dos prédios ao redor se debruça nas janelas e sacadas para espiar a movimentação ela flexiona os joelhos e inclina ligeiramente o corpo para frente para ganhar velocidade na descida. “Patinar à noite pela cidade é simplesmente impagável”, diz, extasiada, ao fim do passeio, às 2 horas. O horário pode parecer estranho, mas ela não está sozinha. O grupo de patinadores inline do qual faz parte, o Clã Corvos, reúne de 50 a 80 pessoas todas as quintasfeiras – em 2012, quando começou, contava com apenas oito participantes. A partida se dá às 23 horas na praça Roosevelt, no centro da cidade, para onde retornam depois de percorrerem 16 quilômetros pela região. Eles passam por pontos como Theatro Municipal, viaduto do Chá, praça da Sé, viaduto Santa Ifi gênia, estação da Luz, largo do Arouche e Minhocão. “Eu dirigia por algumas partes do trajeto pela manhã e sempre pensava que deveria ser incrível percorrê-las de patins na madrugada. É uma outra cidade”, conta Paola, que costuma acordar às 6 horas. “No dia seguinte, basta dormir mais cedo. Quem pode tira um cochilo à tarde e está tudo certo”, explica. Ela levou o filho, Pedro Tiné, 14, para debutar no passeio. A segurança dele – e de todo o grupo – é feita por patinadores mais experientes, que se
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dividem ao longo da extensa fila que se forma dando orientações e, quando necessário, intercedendo no trânsito. Mãe e fi lho começaram a praticar a atividade há seis anos, sob a batuta do patinador Robson Silva, o “Corvo’’, 42, que dá aulas no Parque do Ibirapuera desde 2000. É ele o idealizador do “rolê” que agrega pessoas de diferentes classes sociais e de faixas etárias que variam dos 13 aos 70 anos, idade do engenheiro aposentado Lucindo Ribeiro. “Patinar nesse horário muda o estado de espírito e coloca o cansaço do dia em segundo plano”, diz ele, que há seis meses se juntou à trupe. “Estar na rua é diferente de estar no parque. Dá uma certa adrenalina.” Não há uma estimativa oficial sobre quantas pessoas estão praticando atividades físicas madrugada adentro na maior cidade do país. Mas quem conhece bem suas ruas reconhece a tendência. A jornalista e cicloativista Renata Falzoni, 61, usa a bicicleta como meio de transporte na cidade desde 1976 e é fundadora do pioneiro Night Biker’s Club, de 1989. “Se no final da década de 80 pedalavam conosco uma média de 50 pessoas por vez, hoje pode-se multiplicar esse número por no mínimo 30, que é a quantidade de grupos que rodam à noite. Isso sem contar os outros esportes”, diz. Além dos patins e dos pedais, a madrugada acolhe, por todo Brasil, quem pratica futebol, corrida, skate, rúgbi e rapel e ainda quem treina em academias que funcionam 24 horas. Entre os motivos para a sessão coruja estão fugir do calor e do trânsito, se adaptar a expedientes que vão até tarde ou dividir os aparelhos da academia com menos gente.
“PATINAR NESSE HORÁRIO MUDA O ESTADO DE ESPÍRITO E COLOCA O CANSAÇO DO DIA EM SEGUNDO PLANO” LUCINDO RIBEIRO
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COMPORTAMENTO Os amigos Danilo Alves e Diego Gomes praticam parkour na rua Santa Ernestina, na região da avenida Paulista, em São Paulo
“ESTAMOS NOS APROPRIANDO DO ESPAÇO PÚBLICO DE UM MODO DIFERENTE” DANILO ALVES
No caso de Danilo Alves, 27, professor de parkour e membro da equipe Le Parkour Brasil, o que importa é dividir as ruas com menos gente. Ao menos uma vez por semana, por volta da meia-noite, ele se junta a amigos para saltar as grades do canteiro central da avenida Paulista e escalar as entradas de suas estações de metrô – duas das diversas manobras criadas a partir dos obstáculos encontrados pelo caminho. Dependendo da animação da turma, não é raro voltarem para casa apenas às 4h40, quando abre o metrô. “Já tomei muito enquadro de polícia achando que eu era bandido”, conta o esportista, praticante de parkour desde 2005. Alves acredita que os olhares desconfiados direcionados à modalidade diminuíram. “As pessoas estão passando a entender que estamos nos apropriando do espaço público de um modo diferente, que não destruímos nada, e pensam: ‘Existem pessoas que fazem coisas tão legais de noite quanto as que são feitas de dia’.”
Colocando na balança Ainda que os esportistas ampliem a prática madrugada adentro, quase metade dos brasileiros é considerada sedentária. A Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), divulgada em dezembro do ano passado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelou que 46% dos brasileiros não se exercitam o suficiente. Isto é: fazem menos de 150 minutos de atividade física por semana, seja nos momentos de lazer, nos deslocamentos cotidianos ou no trabalho. Há pouco mais de um ano, o carioca Jorge Roberto Pimentel Júnior, diretor de TV do canal Fox Sports, era uma dessas pessoas. Hoje, por conta
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das partidas de futebol que rolam às terças e quintas nos campos do Aterro do Flamengo, na zona sul do Rio de Janeiro, “Canela”, como é conhecido nas peladas, tem uma atividade física para chamar de sua e se sente mais disposto no dia a dia. “Fiquei muitos anos sem jogar porque meus horários não me permitiam. Nesse tempo, engordei bastante e mal conseguia subir um lance de escadas”, lembra. Seu expediente normalmente vai até à 1 hora. “Não sei quanto peso perdi desde que voltei a jogar, mas hoje me sinto mais tranquilo em saber que meu corpo vai aguentar ir mais longe”, conta o camisa 11 do Borussia Fox, que atualmente pesa 98 quilos. As partidas se esticam até as 3 horas, 4 horas, dependendo da disponibilidade das quadras, disputadas por times formados em sua maioria por porteiros, garçons e cozinheiros. “As pessoas têm que encaixar o exercício em suas rotinas independente do horário, mas a prática não deve atrapalhar pilares fundamentais para a saúde e para a qualidade de vida, como a alimentação, a hidratação e, principalmente, as horas de sono, que devem ser pelo menos 7”, diz Gustavo Magliocca, médico especialista em medicina do exercício e do esporte e colaborador do programa Bem estar, da Rede Globo. Segundo ele, as pessoas arranjam diferentes desculpas para não se mexer. “Elas vão de agendas atribuladas ao receio com a violência, passando pela falta de um lugar adequado, público ou privado, próximo de onde moram.” A gerente comercial Danieli Vidal, 38, tinha pelo menos duas dessas desculpas para dar: o horário e a distância. Mas o amor ao stand up paddle, esporte que descobriu no fim de 2013, REVISTA GOL 79
COMPORTAMENTO Jorge Roberto Pimentel Júnior, o “Canela”: disposição nas partidas de futebol do Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro
“FIQUEI MUITOS ANOS SEM JOGAR PORQUE MEUS HORÁRIOS NÃO ME PERMITIAM. NESSE TEMPO, ENGORDEI BASTANTE E MAL CONSEGUIA SUBIR UM LANCE DE ESCADA”
AGRADECIMENTOS: HDSPORTCENTER WWW.HDSPORT.COM.BR
JORGE ROBERTO PIMENTEL JÚNIOR
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depois de inúmeros convites feitos por uma amiga, faz com que ela supere essas dificuldades. “Sempre gostei de esportes praticados no mar, mas tinha medo. Dei duas remadas e falei: ‘Eu quero isso para a minha vida’”, conta. A partir daí, em média quatro vezes por mês, quando a maré está cheia e não há vento nem ondas, ela dirige mais de 30 quilômetros até chegar à Barra de Guaratiba, na zona oeste do Rio. Da meia-noite às 2 horas, Danieli e mais meia dúzia de conhecidos se embrenham pelos canais de acesso à Baía de Sepetiba, passando por uma área de manguezais até chegar com as pranchas em mar aberto. “Esse é o horário que tenho livre. O lado bom é o clima estar mais fresco e não ter o sol torrando a nossa cabeça’’, diz. “No dia seguinte me sinto revigorada, mesmo acordando às 7 horas. É melhor do que se tivesse ficado em um bar bebendo. Sorte que encontrei algumas pessoas que são igualmente malucas e sem tempo.” O jornalista Rodrigo Palaver, 28, de Porto Alegre, também foi chamado de maluco algumas vezes. Menos pelo esporte pelo qual tomou gosto há dois anos, o futebol americano, do que pelo horário das práticas, toda quarta-feira: das 23 horas à 1h30, em um centro de treinamentos em Farrapos, zona norte da capital gaúcha. “Se jogássemos no horário normal muita gente não iria. Ganhamos em frequência nos treinos”, diz o jogador do Porto Alegre Bulls. Na preparação para a disputa do Campeonato Brasileiro, o Bulls, que atualmente conta com 60 atletas no elenco, espera aumentar sua base para cem. “Os novatos podem até estranhar o horário, mas depois do primeiro treino percebem que rende mais. No fi nal, os caras vão embora sorrindo, antes de capotarem em suas camas”, diz Palaver.
Antes do sono dos extenuados, no entanto, é recomendável comer, já que o corpo precisa de certos nutrientes para realizar o ganho do exercício. “É importante fazer uma alimentação completa, porém mais leve. Isso significa ter carboidrato, proteína e um pouco de gordura, de preferência gordura insaturada. Uma refeição mais pesada pode atrapalhar o sono”, explica o preparador físico Marcio Atalla, especialista em treinamento de alto rendimento e apresentador do quadro “Medida certa˜, do Fantástico.
Horas contadas Além da turma que chega em casa tarde, existe a que se levanta muito antes do sol. É o caso de triatletas como o técnico em informática Fernando Armelin, 56, que começa a prática às 4h45 para estar às 9 horas no trabalho. O paulistano, que aderiu ao triatlo em 2011, treina quatro vezes por semana cada modalidade – em cada treino, corre de 8 a 14 quilômetros, pedala 90 e nada 3. “A primeira vez que acordei mais cedo para treinar foi difícil. Hoje, meu corpo já se acostumou e acordo sozinho às 4 horas. Só não posso me deitar à meia- noite”, conta Armelin, que foi recuando o horário de toque do despertador conforme aumentava as distâncias percorridas. Campeão do Ironman Brasil 2013 na categoria de 55 a 59 anos, o que lhe rendeu uma vaga no mundial realizado em Kona, no Havaí, no mesmo ano, Armelin se prepara para o próximo Ironman Brasil, que acontece em maio em Florianópolis. “Se fico um dia sem acordar cedinho para treinar, tudo bem. Se fico dois, já começo a sentir uma certa culpa. Se passar disso, noto uma clara alteração no humor, e já não sou eu mesmo.” Para a trupe dos esportes na madrugada, mau humor mesmo é passar tempo demais na cama. REVISTA GOL 81
ROTA RIO DE JANEIRO
VOCÊ ESTÁ
CERCADO
Com água e atrativos por todos os lados, as ilhas do Rio de Janeiro guardam belezas naturais, rotinas pacatas e restaurantes e barzinhos sem o barulho dos carros POR INES GARÇONI FOTOS ADRIANO FAGUNDES
Visitante aproveita o mar calmo nas Ilhas Cagarras. Na pág. ao lado, a Ilha das Palmas, parte do arquipélago 82 REVISTA GOL
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ROTA DESCOBERTA RIO DE JANEIRO BÚZIOS
+NO TABLET Conheça a Ilha Fiscal, palco do último baile do Império
banho, ao lado de José Bonifácio – e a uma grande pedra à beira-mar. Pedras, aliás, não faltam neste pedaço da Baía de Guanabara e elas compõem o cenário das praias. Uma delas, a pedra dos Namorados, está ali à disposição dos apaixonados que desejam saber se são correspondidos: é preciso jogar três pedrinhas em cima dela, e, se pelo menos uma ficar lá no alto, a resposta é sim. Aqui perto, o Parque Darke de Matos tem outras centenas de árvores frondosas e algumas trilhas. Do outro lado da ilha, a Casa de Artes de Paquetá é um centro cultural que abriga uma mostra sobre a história do lugar, com um restaurante ao ar livre cuja especialidade é o escondidinho. Outros restaurantes do bairro servem todo tipo de comida, mas, principalmente, peixes e frutos do mar. Só não se deve esperar por luxo. Em Paquetá, simplicidade é a tônica. Muito menos se pode exigir eficiência e rapidez. Afinal, o tempo na ilha está congelado.
PAQUETÁ
Sob um céu de flamboyant A cerca de uma hora de barca do centro do Rio, a ilha vive no ritmo das bicicletas, das charretes e do balançar dos galhos das árvores
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junino — mesmo assim, é agito com cara de interior, tendo como cenário o coreto, igrejas e casinhas. Se você gosta de samba de raiz, a pedida é a roda do grupo Jequitibá do Samba, que toca no Paquetá Iate Clube todo terceiro domingo do mês. Uma das convidadas que costumam dar pinta é a cantora Cristina Buarque. “Nosso formato é clássico. Não temos microfones nem amplificação de som. A ideia é que todo mundo chegue no gogó, como antigamente se fazia nas quadras”, diz Régia Macêdo, organizadora do evento. A arquitetura de Paquetá guarda a história. Há, por exemplo, a casa onde teria vivido José Bonifácio, patriarca da Independência, nos anos 1830. E a mais famosa do bairro, cor-de-rosa, é capaz de chamar a atenção até de quem está em alto-mar: conhecida como “A Casa da Moreninha”, abrigou as locações da novela A moreninha, de 1965, com Marília Pêra no papel principal. A produção foi baseada no romance homônimo, ambientado em Paquetá e escrito por Joaquim Manuel de Macedo (1820-1882), pioneiro do Romantismo no Brasil. Até hoje a Moreninha é a personagem histórica mais importante da ilha e dá nome a uma praia – uma das duas boas para
VOOS PARA O RIO (GIG E SDU) — GOL ORIGEM
SAÍDA
CHEGADA
Porto Alegre (POA)
17h47
19h31 (GIG)
Salvador (SSA)
20h28
22h31 (GIG)
Fortaleza (FOR)
18h50
22h21 (GIG)
São Paulo (CGH)
20h10
21h07 (SDU)
Confins (CNF)
19h11
20h12 (SDU)
Brasília (BSB)
19h24
20h56(SDU)
Rio de Janeiro A partir do alto: pescador lança rede na Baía de Guanabara; e o tradicional flamboyant. Na pág. ao lado, pedalinhos na Praia José Bonifácio; a Casa da Moreninha; e as bicicletas e charretes que marcam o ritmo da ilha
Baía de Guanabara
Como chegar
• Ilha de Paquetá
ESTAÇÃO PRAÇA XV Pça. XV, s/n. Tel.: 0800721-1012. www.barcas-sa.com.br. De 2a a 6a, das 5h30 às 24h. Sáb. e dom., das 4h30 às 24h.
BR-101
Acesse www.voegol.com.br para mais opções de voos ou consulte seu agente de viagens. Voos sujeitos a alteração sem aviso prévio.
PONTE RIO-NITERÓI
• Ilha Fiscal • Ilha da Gigoia
O que fazer Niterói
CHARRETES Saem da frente da estação das barcas. A partir de R$ 70. PÉROLA DA GUANABARA facebook.com/ peroladaguanabara.
• Ilhas Cagarras
Oceano Atlântico
JEQUITIBÁ DO SAMBA Paquetá Iate Clube R. das Gaivotas, s/n. Tel.: (21) 3397-0113. bit.ly/ rodajequitiba.
Onde comer ARTE E GULA CAFÉ (Casa de Artes Paquetá) Pça. de São Roque, 31. Tel.: (21) 3397-2124. www.casadeartespaqueta.org.br. BAR DO ZARUR R. Doutor Lacerda, 18. Tel.: (21) 3397-0656.
Onde ficar MAPA MARCELL MARRA
O tempo foi congelado em Paquetá: na pracinha, as únicas coisas que se movem são as bicicletas e os cavalos com suas charretes, todos lentamente. Até os flamboyants parecem balançar os galhos devagar. Na rua principal desta ilha carioca, tão antiga e histórica quanto a própria capital, só se vê agito nos fins de semana, quando turistas invadem o bairro bucólico a cerca de 1 hora de barca (R$ 4,80), a partir da praça XV. Mas, mesmo com a ilha lotada de gente, o tempo insiste em continuar parado. Talvez seja porque as 12 praias daqui têm mar calmo – embora nem todas sejam limpas – e não há carros circulando pelas ruas, à exceção dos caminhões de lixo, que chegam transportados por balsa. Ou porque uma caminhada pelas ruas internas revele construções do século 19 ainda preservadas, algumas com portões baixos, outras com anões no jardim, cadeiras na varanda ou ainda com animais circulando por seus domínios. A paz só é quebrada quando o bloco de rua Pérola da Guanabara desfila por aqui no Carnaval ou promove o seu arraial
HOTEL LIDO Praia José Bonifácio, 59. Tel.: (21) 3397-0182. www.hotellido.portalpa queta.com.br. Diária para casal, com café da manhã, a partir de R$ 180. POUSADA ACORDES AO LUAR Pça. Bom Jesus, 15. Tel.: (21) 3397-2024. Diária para casal, com café da manhã, a partir de R$ 180.
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CAGARRAS
É um pássaro?!
Sim, muitos deles. Aqui, as aves são as donas do arquipélago que é ideal para a prática de mergulho e stand-up paddle
O caminho até o arquipélago das Cagarras é tão ou mais interessante do que as próprias ilhas: em alto-mar se veem todas as praias da zona sul e São Conrado, de um lado, e, do outro, uma extensa silhueta de morros no horizonte. Os ângulos das paisagens são quase sempre surpreendentes. Até as costas do Pão de Açúcar podem ser descobertas, se o passeio começar em Botafogo ou na marina da Glória. O Cristo Redentor surge imponente no meio da Praia de Copacabana, atrás dos prédios, e as construções da orla ganham outra dimensão. Enquanto isso, perto da embarcação, grandes pássaros dão voos rasantes, como se dissessem “oi” aos tripulantes. Muitas aves usam as ilhas para se reproduzir, descansar, comer e deixar seus dejetos. Esses, ricos em cálcio, são lançados no alto dos rochedos e escorrem para o mar, deixando marcas brancas visíveis para quem chega até
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a graça do passeio não está em colocar os pés em terra firme, e sim ficar na água transparente, nadando, boiando ou remando livremente em alto-mar, como numa piscina infinita. Nos fins de semana, barcos de turismo, lanchas particulares e alugadas disputam o pedaço ao largo da Ilha Comprida, a maior delas. Por causa da boa visibilidade da água, mergulhos também são comuns e há empresas especializadas que promovem, inclusive, passeios noturnos. “A vida marinha nas Cagarras é muito peculiar e há profundidade para diversos níveis de mergulho, do amador ao profissional”, explica o instrutor Mario Henrique Soares. “A região abrigada e os pontos de passagem nas pedras também facilitam”, diz. O tempo de travessia pode levar de 15 minutos a 2 horas, dependendo do tipo de embarcação e do ponto de partida. Sair da marina da Glória, na região central, por exemplo, significa levar mais tempo para chegar, mas o visual deslumbrante do trajeto compensa. Luis Goldfeld, feliz proprietário de um veleiro que aluga para passeios particulares, confirma: “As pessoas ficam boquiabertas”.
aqui. O nome de batismo, portanto, teria sido outro, com a letra “d” no lugar de dois erres. Segundo o Instituto Mar Adentro, há 51 espécies de aves transitando pelas ilhas. “Ilhas” é só um modo de dizer: o Arquipélago das Cagarras, área de preservação desde 2010, é formado basicamente por rochedos. São seis – Ilha Comprida, Laje da Cagarra, Filhote da Cagarra, Matias, Praça Onze e Palmas – e apenas pesquisadores podem descer ou atracar em qualquer uma delas. Mas
Quem leva VELEIRO GANDAIA Tel.: (21) 98801-8440. www.veleirogandaia.com.br. Saídas particulares para grupos de até 8 pessoas com duração de 4 a 8 horas. A partir de R$ 800. MAR DO MUNDO Av. Pasteur, 333, Urca. Tel.: (21) 2537-3068. www.mardomundo.com.br. Leva mergulhadores não certificados a partir de R$ 350. MAR DO RIO Av. Infante Dom Henrique, s/n, loja A5, marina da Glória, Glória. Tel.: (21) 2225-7508. www.mardorio.com.br. Leva apenas mergulhadores certificados. A partir de R$ 190.
Turista pratica stand up-paddle próximo às Ilhas Cagarras. Na pág. ao lado, vista do arquipélago a partir do Morro do Vidigal; e as aves que ajudaram a batizar as Cagarras REVISTA GOL 87
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GIGÓIA
Ilha de silêncio
No meio da Lagoa da Tijuca, é a pedida para quem quer tranquilidade
Deixar para trás o trânsito acelerado da avenida Armando Lombardi, na Barra da Tijuca, atravessar uma viela e alcançar a beira da lagoa da Tijuca, onde embarcações buscam e deixam passageiros no continente, é como chegar a uma cidade ribeirinha — embora a lagoa seja abastecida pelo oceano Atlântico, por um canal estreito da Praia do Pepê. Na travessia, que leva de 2 a 3 minutos, e na chegada à Ilha da Gigoia, a impressão é a de se estar em algum lugar fora – e longe – do Rio. Maior e mais populosa das 11 ilhas do seu arquipélago, com cerca de 3 mil moradores, a Gigoia, como as outras, é sobretudo residencial, com suas casas à beira da lagoa e barquinhos estacionados à porta. A tranquilidade e o silêncio (carros não entram) são os principais atrativos. Aos fins de semana, os chamarizes da Gigoia e da Ilha Primeira, sua vizinha mais próxima,
são os restaurantes e barzinhos, sempre cheios e com vista para os canais e o vaivém dos barquinhos. Cícero Rodrigues é dono do bar mais popular da lagoa, o Bar do Cícero, e serve um pastel de camarão tido como um dos melhores do Rio, além de fartas moquecas de peixe, camarão e caipirinhas. “Cheguei aqui em 1972, ainda
criança, e a gente criava porco e galinha. Eram apenas cinco casas”, conta o ex-pescador. Hoje, quem caminha pelas ruelas da ilha – de uma ponta a outra são 15 minutos – observa, lado a lado, moradias simples e casarões, como a da atriz Dira Paes, que, se o visitante tiver sorte, pode ser vista pilotando seu próprio barco. Mas são jacarés, garças e capivaras os habitantes que mais chamam a atenção dos forasteiros, na área de preservação natural, um pedaço aonde se chega de barco. “Na maré alta, fica tudo clarinho e dá até para mergulhar”, garante Cícero. As árvores e a proximidade constante da água dão a sensação de que o clima no arquipélago é mais ameno que do outro lado do canal. 88 REVISTA GOL
Em sentido horário, a partir da foto abaixo: os famosos pastéis de camarão do Bar do Cícero; o ambiente do lugar; garça na área de preservação ambiental; e a lagoa da Tijuca, com a pedra da Gávea ao fundo
Como chegar A parada dos barcos fica na altura do número 1.000 da av. Armando Lombardi, atrás do shopping Barra Point. A travessia custa R$ 1 e os barqueiros fazem passeios (R$ 20 por pessoa).
Onde comer BAR DO CÍCERO Ilha Primeira, lagoa da Tijuca. Tel.: (21) 2493-8053. bardocicero.com.br. RESTAURANTE LAGUNA Ilha da Gigoia, 46, lagoa da Tijuca. Tel.: (21) 2495-1229. restaurantelaguna.com.br.
Onde ficar POUSADA DA GIGOIA Al. Danton Barreto, 13, Ilha da Gogoia. Tel.: (21) 3215-5330. www.pousadadagigoia.com. Diária para casal, com café da manhã, a partir de R$ 180. POUSADA BARRA DA TIJUCA Al. Dalton Barreto, 11, Ilha da Gigoia. Tel.: (21) 3648-4736. www. pousadabarradatijuca.com.br. Diária para casal, com café da manhã, a partir de R$ 180.
DESCOBERTA DELTA DO PARNAÍBA
Dunas na Ilha Grande de Santa Isabel
É MUITA AREIA E muita praia deserta, muita lagoa, muita história e muito rio. Na divisa do Piauí com o Maranhão, a foz do rio Parnaíba se espalha em um delta que forma mais de 80 ilhas e abriga linda e vasta riqueza natural POR LUIS PATRIANI FOTOS THAIS ANTUNES
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DESCOBERTA DELTA DO PARNAÍBA
Na divisa do Piauí com o Maranhão, uma foz nada comum torna o encontro entre o rio Parnaíba e o oceano Atlântico um dos lugares mais bonitos e impactantes do litoral brasileiro. Perto de desembocar no mar, o leito do Parnaíba forma um delta e se espalha a oeste, dividindo-se em cinco saídas como se fossem os dedos de uma mão. Com isso dá origem a um arquipélago de 80 ilhas e ilhotas que ocupa mais de 2.700 quilômetros quadrados, preenchidos por um emaranhado de canais, igarapés, praias desertas, dunas, lagoas, manguezais, fauna, povoados e história. Muita história. Luiz Mario da Costa, 48 anos, o Maica, é um dos muitos personagens desse cenário. O repertório de suas habilidades vai desde a navegação precisa pelos labirintos de furos e igarapés até o rastreamento de um dos maiores ícones da região, os guarás, uma esbelta ave de penas vermelhas que garante o espetáculo dos fins de tarde com suas revoadas coloridas.
“Tô sentindo cheiro de guará”, diz Maica, enquanto acelera a lancha em direção ao local onde supõe que eles vão dormir. Cinco minutos depois a previsão se confi rma. Os primeiros bandos passam voando até aterrissarem nas árvores que margeiam a baía da Melancieira, a quarta saída do rio Parnaíba para o Atlântico. Os grupos de guarás, que ganham sua cor por se alimentarem de um pequeno caranguejo rico em betacaroteno, vão chegando. Em questão de minutos já são 2 mil deles aglomerados no alto da f loresta de manguezais. Estima-se que existam cerca de 4 mil em todo o delta. “Os guarás costumam dormir sempre no mesmo lugar, uma ilhota que os isola dos seus predadores, próxima à Ilha do Caju, onde se reproduzem, mas quando estão sem filhotes e trocam de pena eles não têm local certo para passar a noite”, afirma seu Maica, feliz por ter acertado o lugar de pouso.
A Ilha do Caju, onde Maica nasceu, é um dos principais atrativos da região. Trata-se de uma propriedade particular com mais de 17 quilômetros de praias desertas que esteve fechada ao turismo por cinco anos (recebia apenas biólogos), mas este ano deve reabrir, fruto de um acordo de arrendamento para o desenvolvimento do ecoturismo na área. Aqui há mangue, dunas, mata e uma fauna que, além do guará, inclui tucanos, macacos, quatis e jacarés. A lancha de seu Maica, como as outras que fazem passeios pela região (a partir de R$ 300, para quatro pessoas), parte do Porto do Tatu, na Ilha Grande de Santa Isabel. A ilha é ligada por uma ponte à parte continental da cidade piauiense de Parnaíba, a porta de entrada da região, a 340 quilômetros de Teresina. Nessa parte de Parnaíba, um antigo porto, o das Barcas, abriga pousadas, restaurantes, agências de ecoturismo e lojinhas de artesanato. No século 18, era por onde se escoavam para a Europa a produção de charque (carne salgada e seca ao sol) e a cera da carnaúba (pal-
meira nativa do semiárido nordestino), usada para fazer as velas que iluminavam as casas da nobreza europeia. Com Maica de piloto e guia, a expedição pelo delta do Parnaíba continua. O barco para na entrada do pequeno igarapé do Guirindó, na Ilha das Canárias, onde é preciso trocar a lancha pela canoa de Sérgio da Rocha, 57, que espera paciente para apresentar um personagem inteligente, atrevido e guloso.
Bugios Dentro do igarapé, Reis rema e assovia ao mesmo tempo. Ele convoca a presença dos macacos-prego, que, ao contrário dos bugios, chamados aqui de guaribas, estão longe de ser tímidos e preguiçosos. A canoa desliza pela tranquilidade do Guirindó. O som é uma mistura de barulhos da mata com o toque do remo na água e fortes lufadas de vento sopradas no alto das árvores, assim como o quebrar das ondas no mar.
O DELTA DIVIDE-SE EM CINCO SAÍDAS PARA O MAR, DANDO ORIGEM A UM ARQUIPÉLAGO DE 80 ILHAS E ILHOTAS E 2.700 QUILÔMETROS QUADRADOS 92 REVISTA GOL
Sorrateiramente, um bando de 20 pregos se aproxima por entre as raízes retorcidas do mangue e cerca a canoa. O líder, desconfiado, espreita e, contrariado, constata que aqui não há comida. Vai ter que se contentar com a sua dieta básica de caranguejos, cocos, palmito e a fruta do jiquiri, uma trepadeira típica do Nordeste. “Eu me criei neste igarapé. Já tive roça de arroz. Mas a floresta está enmatando [sic] e os macacos estão com mais espaço para procriar e comem tudo. Tive que ir embora para a cidade. Eles são os donos deste lugar”, diz seu Sérgio, pai de seis filhos e com 14 netos na conta. De volta ao barco, seu Maica segue para a baía do Feijão Bravo. No caminho, uma parada para conhecer o difícil trabalho de coleta de caranguejo-uçá, cuja extração chega a mais de 100 mil cordas (com quatro caranguejos em
Em sentido horário, a partir da foto ao lado: guarás encontram pouso na baía da Melancieira; pescador joga âncora na baía do Caju; catadores de caranguejo na Ilha da Barracoa; o rio Parnaíba com duna ao fundo; e Sérgio Rocha no igarapé do Guirindó. Na pág. ao lado, fim de tarde na Praia Pedra do Sal, em Santa Isabel REVISTA GOL 93
DESCOBERTA DELTA DO PARNAÍBA
tamento da civilização. Em três dias é possível conhecer o delta, e quem quiser um pouco mais de tempo e sossego pode esticar uma noite por aqui ou na Ilha do Guajiru.
Lagoas Em Parnaíba, o casal de sergipanos Marcondes Santos Costa, 48, e Gilvania Alves da Costa, 45, que está hospedado na Pousada Porto das Barcas, no centro histórico, prepara a mala de volta para casa prometendo retornar. “Conhecemos todo o Nordeste, mas nunca vi nada parecido com esta região. A natureza daqui é fantástica e muito extensa. Na próxima queremos ver as lagoas”, diz Marcondes. Ele se refere às porções de água acumuladas entre as dunas no período de chuvas. A melhor época para isso é entre abril e julho. Quem volta ou quem vem ao delta deve incluir no roteiro uma visita às
Em sentido horário, a partir da foto acima: kitesurf na praia do Macapá; a rendeira Maria do Socorro; o Porto das Barcas; e duna na Ilha das Canárias
EM TRÊS DIAS É POSSÍVEL CONHECER O DELTA. QUEM QUISER SOSSEGO PODE ESTICAR UMA NOITE NA ILHA DO GUAJIRU cada uma) por semana, o que coloca a população da espécie sob risco por aqui. As dunas, por sua vez, não param de crescer e se mover, formando praias belíssimas e, ao mesmo tempo, assoreando o rio e tornando a navegação mais difícil na maré baixa. Vencidos os bancos de areia, surge a bela e isolada Ilha do Guajiru, onde funciona a pousada homônima, com bangalôs de frente para a baía do Feijão Bravo e com o mar de pano de fundo. Os hóspedes são, em sua maio94 REVISTA GOL
ria, praticantes de kitesurf que vêm atrás dos fortes e constantes ventos, corroborados pelas usinas eólicas instaladas por aqui. Não muito longe da pousada, o restaurante do Paulão chama a atenção pelas ostras frescas que cultiva e oferece (na brasa, R$ 12; ensopadas, R$ 20), além da reclusão em que vive seu dono. “Moro sozinho aqui há 12 anos. Não tenho TV e fico sem notícia, mas eu gosto. Meus fi lhos vivem em Parnaíba e querem que eu retorne, mas só de ir para lá
fazer feira já quero voltar correndo”, diz Vicente de Paulo Cirilo, 51. Na pousada da Ilha dos Poldros, a menos de 20 minutos de barco do Paulão, o retiro e a localização também são festejados por seus hóspedes. A casa foi projetada pelo arquiteto piauiense Gerson Castelo Branco, que tem os telhados imponentes como marca e foi reconhecido por publicações como a americana Architectural Digest. O ambiente, somado ao visual que se tem do oceano, justifica o afas-
rendeiras de bilro da Ilha Grande de Santa Isabel, famosas desde que participaram, junto com o estilista Walter Rodrigues, do São Paulo Fashion Week de 2001. “O desfile com o Walter foi um divisor de águas na nossa cooperativa, que tem 80 mulheres. Depois dele passamos a receber pedidos de encomendas, inclusive o vestido da dona Marisa, esposa do Lula, na cerimônia de posse dele em 2003”, diz Maria do Socorro Reis, 61, presidente da associação. Vivaz, ela desenha o modelo da renda com precisão antes de entregálo para as colegas fazerem babados, mangas e costas. São tantos detalhes que é possível imaginar uma relação entre o trabalho das artesãs e o arquipélago – os fios da renda são como os furos e igarapés que recortam o delta e formam um lindo emaranhado de ilhas, mangues e praias. REVISTA GOL 95
MAPA MARCELL MARRA
DESCOBERTA DELTA DO PARNAÍBA
Caranguejos no Aires Restaurante, na Ilha das Canárias; abaixo, a piscina da pousada Ilha dos Poldros com bangalô ao fundo
VOOS PARA TERESINA (THE) — GOL ORIGEM
SAÍDA
CHEGADA
Brasília (BSB)
09h54
12h24
São Paulo (GRU)
15h45
18h50
Rio de Janeiro (GIG)
07h20
12h24
Acesse www.voegol.com.br para mais opções de voos ou consulte seu agente de viagens. Voos sujeitos a alteração sem aviso prévio.
CLIP ECOTURISMO Av. Pres. Getúlio Vargas, 274, Parnaíba (PI). Tel.: (86) 3322-3129. www.clipecoturismo.com.br. AVENTURECOTURISMO Av. Pres. Getúlio Vargas, 2, Parnaíba (PI). Tel.: (86) 3321-3002. www. aventurecoturismo.com.br.
Onde comer PIZZARIA COMILÃO R. da Praia, 70, Centro. Parnaíba (PI). Tel.: (86) 3322-3416.
Baía da Melancieira
Baía do Feijão Bravo
OCEANO ATLÂNTICO
• Ilha do Caju • Ilha das Canárias
Igarapé do Guirindó
• Ilha Grande de Santa Isabel MARANHÃO
• Parnaíba PIAUÍ
BAR DO JOCA/AVENTURECOTURISMO Av. Pres. Vargas, 2, Centro, Parnaíba (PI). Tel.: (86) 3321-3002. www.aventurecoturismo.com.br. AIRES RESTAURANTE Morro do Meio, Ilha das Canárias (MA). Tel.: (86) 9941-6070. RESTAURANTE DO PAULÃO Ilha das Canárias (MA). Tel.: (86) 3322-3129.
Onde dormir POUSADA VILA PARNAÍBA R. Mons. Joaquim Lopes, 500, Parnaíba (PI). Tel.: (86) 3323-2781. www.pousadavilaparnaiba.com. br. Diária para casal, com café da manhã, a partir de R$ 170. PORTO DAS BARCAS R. do Comércio, 100, Parnaíba (PI). Tel.: (86) 3321-1281. www.pousadaportodasbarcas.com. Diária
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para casal, com café da manhã, a partir de R$ 100. POUSADA ILHA DO GUAJIRU Ilha do Guajiru, Baía do Feijão Bravo (MA). Tel.: (86) 33223129. Diária para casal, com pensão completa, a partir de R$ 700 (transfer por R$ 350). POUSADA DOS POLDROS Ilha dos Poldros (MA). Tel.: (86) 3322-3129. Diária para casal, com pensão completa, a partir de R$ 700 (transfer por R$ 250).
Aonde ir CASA DAS RENDEIRAS R. Vitoriano Ribeiro, 380, Ilha Grande de Santa Isabel, Ilha Grande (PI). Tel.: (86) 3323-0187. TRANÇADOS DA ILHA R. Santa Isabel, 560, Ilha Grande de Santa Isabel, Parnaíba (PI). Tel.: (86) 3323-6581. IGARAPÉ DO FEIJÃO BRAVO Clip Ecoturismo. Av. Pres. Getúlio Vargas, 274, Parnaíba (PI). Tel.: (86) 3322-3129. www. clipecoturismo.com.br. A partir de R$ 300 (até 4 pessoas).
Alugue um carro LOCALIZA Aeroporto de Teresina. Praça Santos Dumont, s/n, Teresina (PI). Tel.: (86) 3214-8700. www.localiza.com. Central de reservas: 0800-979-2000.
AGRADECIMENTOS: POUSADA VILA PARNAIBA WWW.POUSADAVILLAPARNAIBA.COM.BR / CLIP ECOTURISMO WWW.CLIPECOTURISMO.COM.BR
Quem leva
EXECUTIVA
Ariel, Renato e Paulo, sócios fundadores da 99Taxis num parque de diversões em São Paulo
VOU DE TÁXI
Criado há quase três anos por um trio de engenheiros de São Paulo, o aplicativo para celular da 99Taxis já contabiliza 80 mil taxistas cadastrados e 1,5 milhão de corridas por mês feitas por meio dele POR ELIZABETH MIDORI FOTOS FELIPE GOMBOSSY ILUSTRAÇÃO LOVATTO
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REVISTA GOL 99
EXECUTIVA Na foto ao lado, os sócios com alguns dos 80 funcionários da 99 no escritório da empresa em São Paulo
Aproximar-se do meio-fio, esticar o braço e acenar com a mão para chamar um táxi tá virando algo tão fora de propósito quanto usar um telefone celular para fazer uma ligação. Precisa de um táxi? Pegue o celular, dê alguns cliques e voilá! Em poucos minutos, no estilo “cara-crachá”, o motorista e o carro que apareceram na sua telinha vão estar materializados à sua frente. Mais: você terá acompanhado em tempo real o trajeto feito pelo taxista desde o momento em que clicou “pedir táxi”. No Brasil, 80 mil dos 140 mil taxistas da frota nacional aceitam o “pedir táxi” por meio do aplicativo da 99Taxis, empresa com sede em São Paulo, fundada em 2012, que já contabiliza mais de 2,5 milhões de downloads de seu aplicativo e 1,5 milhão de corridas por mês feitas por meio dele. Os sócios da empresa, três engenheiros mecatrônicos formados pela Universidade de São Paulo (USP), afirmam que o 99 é o maior aplicativo para pedir táxis pelo celular
do país. Está presente em mais de 300 cidades e tem a maior frota de taxistas cadastrados – praticamente toda a frota paulistana e carioca, que juntas somam 67 mil carros, usa o 99Taxis. Em dezembro do ano passado, dentro do plano de expansão, o aplicativo começou a ser disponibilizado também em Lisboa e já faz parte do cotidiano de 150 “patrícios” condutores de táxi. O sucesso do 99 pode ser explicado por sua interface, fácil de usar; pelo download gratuito; e, sobretudo, pela rapidez em conseguir um táxi: o tempo médio de espera, segundo a empresa, é 4 minutos (claro que há exceções, como uma sexta-feira com chuva em São Paulo...). “Usei o aplicativo pela primeira vez no fi m do ano passado, quando precisei deixar meu carro na revisão. Na mecânica, ninguém conhecia um taxista ou um ponto próximo. Baixei o app da 99, em 5 minutos estava dentro do táxi e ainda pude pagar com Paypal”, diz o psicólogo Rogério Rodrigues de Souza, 36 anos, de São Paulo.
Ao chamar um táxi via aplicativo, o passageiro recebe informações tais como o nome e a foto do taxista, além do modelo e da placa do carro. Dá para escolher o tipo de veículo (com porta-malas grande, ar-condicionado, acessível para portadores de deficiência etc). Durante o processo, é possível ligar para o motorista ou se comunicar com ele por mensagens via aplicativo. Ao final, pode-se avaliar o atendimento e pagar com dinheiro, cartão de débito ou crédito ou Paypal. Todas essas facilidades, no entanto, não eram compreendidas pelos passageiros e taxistas no início de 2012 – muitos nem sequer tinham um smartphone, modelo de celular necessário para baixar o app. Paulo Veras, 42 anos, Ariel Lambrecht, 33, e Renato Freitas, 31, os três engenheiros fundadores da 99, partiram para o corpo a corpo em abril de 2012. A missão era convencer a turma da praça a aderir ao novo produto. Até junho daquele ano, Veras havia conversado com pelo menos cem taxistas e feito demonstrações de como funcionava a engenhoca. Nenhum deles, porém, se dobrou à novidade. “Mas o Ariel e o Renato conseguiram algumas adesões”, conta Veras, o CEO da 99.
“NÃO ESTAMOS RICOS, NÃO. MAS TEM GENTE QUE ACHA QUE SOMOS UMA EMPRESA DO GOOGLE E QUE ESTAMOS MILIONÁRIOS” ARIEL LAMBRECHT, DIRETOR DE PRODUTO
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A primeira delas só veio após um anúncio de meia página num jornal distribuído para a categoria com o chamariz de que o uso do aplicativo era gratuito e livre de taxas. A 99Taxis foi então lançada em 1o de agosto de 2012, cinco meses depois de sua principal concorrente, a carioca Easy Taxi, que na época cobrava do motorista R$ 2 por cada corrida. “Vi um anúncio do aplicativo no jornal dos taxistas. Eu já tinha um smartphone e a 99Taxis não cobrava taxa por corrida”, diz Antônio Carlos Manduco, o primeiro taxista a aderir ao aplicativo da 99, que diz ter registrado um aumento de 20% no número de viagens após baixar o app.
Para os taxistas, aderir a aplicativos é, por exemplo, uma maneira de driblar os altos custos para ingressar numa cooperativa e ainda contar com a segurança de atender clientes previamente cadastrados, que precisam registrar e-mail e telefone.
Inspiração alemã A ideia de criar um aplicativo para táxis partiu de Ariel Lambrecht durante um intercâmbio na Alemanha, onde conheceu o MyTaxi – app de táxi criado em 2009. “No mesmo dia em que baixei o aplicativo na Alemanha, liguei para o Renato para desenvolvermos algo similar no Brasil”, diz Lambrecht, diretor de produto da 99. Apesar dos números em ascensão e de ter recebido, em 2013, um aporte de valores não divulgados de dois im-
portantes fundos de capital de risco, Monashees e Qualcomm, a empresa ainda não é lucrativa. A previsão é que atinja o break-even (ponto de equilíbrio entre receita e despesas) no segundo semestre deste ano. “Não estamos ricos, não. Mas tem gente que acha que somos uma empresa do Google e que estamos milionários”, conta Lambrecht, que, coincidentemente, foi funcionário do escritório do Google na Irlanda de 2007 a 2011. O trio de fundadores trabalha de 14 a 15 horas por dia. Veras é o primeiro a chegar ao escritório, uma casa com pé-direito alto no bairro do Brooklin, em São Paulo. Isso por volta das 8 horas, logo após deixar as fi lhas na escola. O caçula da trinca, Renato Freitas, é o último e, normalmente, faz um segundo turno em casa durante a madrugada, período que diz ser mais produtivo. Já Lambre-
TÁAXII! Entenda como funciona o aplicativo da 99
1 O usuário baixa gratuitamente o aplicativo da 99Taxis num smartphone e preeenche um cadastro.
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5
O aplicativo informa o nome completo do motorista, com foto, modelo e placa do carro. Em tempo real, mostra o trajeto do taxista e em quanto tempo ele chegará ao endereço do usuário. É possível ligar ou mandar mensagens para o motorista se for preciso.
O usuário pode avaliar o motorista ao final do trajeto e o aplicativo guarda o histórico das corridas.
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Há uma ferramenta que funciona como um serviço de achados e perdidos. Os itens esquecidos com mais frequência são celular e notebook, mas já teve até perna mecânica.
2 Para chamar o táxi, coloca o endereço e após 30 segundos sabe qual taxista irá atendê-lo.
4 O sistema da 99Táxi seleciona o motorista que está mais perto da chamada. Ele não pode estar a uma distância superior a 15 minutos do local da chamada.
7 Ao fim da corrida, o passageiro recebe o recibo por e-mail com informações detalhadas sobre o trajeto. REVISTA GOL 101
churrasco para gourmets
EXECUTIVA
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A RECEITA VEM DAS TRANSAÇÕES COM CARTÃO DE CRÉDITO E DOS CONTRATOS CORPORATIVOS 102 REVISTA GOL
M
BANDEIRADA
CONHEÇA OS NÚMEROS DA 99TAXIS
2,5 MILHÕES
Y
CM
MY
CY
CMY
K
DE DOWNLOADS DO APLICATIVO
80 1,5
MIL TAXISTAS CADASTRADOS NO PAÍS, O QUE REPRESENTA
57%
DA FROTA TOTAL
MILHÃO DE CORRIDAS POR MÊS
80
300 ESTÃO PRESENTES EM
CIDADES BRASILEIRAS
AGRADECIMENTOS: SP DIVERSÕES WWW.SPDIVERSOES.COM.BR (11) 3723-7070
cooperativas começam a reagir à nova concorrência. Em São Paulo, cinco cooperativas (Use Táxi, Coopertáxi, LigueTáxi, Chame-Táxi e Leste Táxi) juntaram suas frotas para concorrer com os aplicativos. No Rio de Janeiro e em Curitiba, há iniciativas semelhantes em andamento. Mas o fato é que os próprios taxistas de cooperativas também usam aplicativos. O potencial de crescimento desse negócio é alto. Estima-se que, em média, 1 milhão de corridas sejam feitas por dia no país todo e elas geram uma receita anual de cerca de R$ 20 bilhões. As corridas feitas por meio do smartphone representem cerca de 10% do total. Ou seja, ainda há muito a explorar. Para a turma da 99, isso significa fazer com que cada vez mais pessoas estiquem o braço para apanhar o celular e apertar “pedir táxi” na telinha em vez de acenar para um motorista no meio da rua.
FUNCIONÁRIOS
cht vai para a empresa de bicicleta e ganhou o apelido de “zelador” da 99 por conta de suas habilidades para trocar lâmpadas, consertar fechaduras, bater prego etc. “É praticamente um marido de aluguel”, brinca Veras, o “tio Paulo”, segundo os dois sócios mais jovens. A idade média dos 80 funcionários da 99Taxis é 26 anos. Em meio à descontração, uma das metas da empresa é aumentar o faturamento, cujo valor os sócios não revelam. Atualmente, a receita da 99 vem das transações pagas com cartão de crédito, Paypal e dos contratos corporativos. Nesses casos, a empresa de aplicativo fica com 9% do valor das corridas. Nesse percentual, já está embutida a taxa média de 2,72% cobrada pelas operadoras de cartões, que fazem o repasse ao taxista normalmente após 30 dias. Quando há a antecipação do pagamento para dois dias, esse percentual é maior. No pagamento feito com dinheiro ou cartão de débito, o taxista não precisa fazer nenhum repasse à companhia. Por isso, ela está reforçando parcerias com marcas, como Johnnie Walker e Claro, que dão descontos para os usuários e incentivam o pagamento via Paypal. “Acreditamos que cada vez mais os pagamentos serão realizados por meio eletrônico”, afirma Freitas, diretor de tecnologia. “Nosso objetivo não é ganhar dinheiro com publicidade.” A fonte de receita mais rentável são os contratos empresariais, habitualmente atendidos pelas cooperativas de táxi. A 99Taxis já trabalha com quase 200 empresas, mas as
Av. Ver. José Diniz, 3864 11 5093 6006
Av. Brig. Faria Lima, 140 11 3031 1204
Av. Juscelino Kubitschek, 816 11 3078 0999
Av. Ramiro Barcelos, 389 51 3225 2205
Av. Nilo Peçanha, 2131 51 3333 1413
Estádio Beira Rio 51 3232 7622
POSTAIS POR ESCRITO
TCHIBUM! Perobas, a 75 quilômetros de Natal, guarda as piscinas naturais menos conhecidas do Rio Grande do Norte
Cheguei ao vilarejo de Rio de Fogo e resolvi perguntar em um posto informações sobre como ir até Perobas. A resposta: “Depois da quarta lombada o senhor vira à esquerda, vai até o fim da rua, contorna o grupo escolar e segue pela estrada de chão. Mas se quiser pode ir atrás daquele rapaz na moto, que ele vai pra lá”. O rapaz na moto era um mototáxi. Dei R$ 10 de caixinha e, pelo sorriso espantado, devia ser mais do que ele cobraria pela corrida. Perobas é o endereço dos parrachos mais secretos do Rio Grande do Norte, 75 quilômetros ao norte de Natal. Os mais famosos ficam 25 quilômetros antes, em Maracajaú. E o que são parrachos? São o equivalente potiguar às piscinas naturais dos outros estados nordestinos. Na verdade, Maracajaú é um pouco diferente das piscinas de Porto de Galinhas ou Maragogi – a profundidade é maior, e por isso é preciso nadar. Em compensação, a riqueza dos corais e dos peixes é incomparável. 104 REVISTA GOL
“A ÁGUA, CRISTALINA, DAVA NA CINTURA, E O VENTO ME PROPORCIONOU UMA EXPERIÊNCIA INÉDITA: ONDINHAS” Para curtir água transparente e rasinha, porém, Perobas é o canal. Mas Perobas não tem catamarãs, apenas umas poucas lanchas. O jeito mais garantido de chegar às piscinas é contratando o passeio num dos receptivos em Natal. Como eu estava de carro e não voltaria a Natal naquele dia, precisei garantir o meu lugar por um canal direto. Liguei para a pousada do Vozinho, que fica na praia de onde saem as lanchas, com uma semana de antecedência.
“Você liga de novo na véspera? Pode deixar que eu o encaixo numa lancha.” No dia em que eu fui – no finalzinho de uma lua cheia – a partida estava marcada para 10h20. Às 9h30 eu já estava no restaurante do Vozinho. Um pouco antes das 10 horas chegou um micro-ônibus. Às 10, um ônibus. Sairiam seis lanchas. Vozinho me garantiu que um lugar era meu. “Posso esperar você com um fi lezinho de lagosta na volta?” São 20 minutos até os parrachos, que ficam em redor de um farol plantado em alto-mar. A água, cristalina, dava na cintura, e o vento de dezembro me proporcionou uma experiência inédita: piscina natural com ondinhas. Na volta, lagosta acebolada, arroz, feijão, salada e macaxeira. R$ 80 pelo passeio, R$ 50 pela lagosta. Você acha mesmo o Brasil caro? RICARDO FREIRE É TURISTA PROFISSIONAL. PARA SABER SEU PARADEIRO, VISITE WWW.VIAJENAVIAGEM.COM.
ILUSTRAÇÃO JOANA RESEK
POR RICARDO FREIRE
BEM VIVER
COM QUE ROUPA? Escolher o que vestir de olhos fechados é um bom jeito de estimular o cérebro POR MÁRCIA DE LUCA
VOLT.AG
Uma boa viagem começa antes mesmo de embarcar DICAS PARA VOAR MELHOR EM ÉPOCAS DE GRANDE MOVIMENTO
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disso, aumentam a memória e a capacidade de lidar com imprevistos. Os Vedas, mais antigas escrituras indianas, com cerca de 5 mil anos, ensinam sobre o poder do ciclo cármico. Qualquer coisa que fazemos fica gravada em nossas células. Conforme refazemos uma determinada ação, a
memória dessa ação se fortalece, até que conseguimos repeti-la sem esforço – um novo hábito. Segundo a neurolinguística, precisamos repetir uma ação no mínimo 21 dias para assimilá-la. Proponho o seguinte exercício: escolha as roupas que você vai vestir de olhos fechados. É isso mesmo que você leu! De olhos fechados, abra seu armário e vá apalpando as roupas penduradas nos cabides. Sinta os cheiros, use o tato para sentir a textura do tecido, descobrir o comprimento. Ainda sem olhar, vista a roupa que você escolheu. No começo, pode parecer difícil – ou até mesmo impossível – se vestir dessa maneira. Persevere. Lembre que você está criando novas conexões neuronais de forma divertida, a melhor maneira para conseguir o que se quer. Aproveite este voo e faça uma simulação desse exercício. Com a coluna ereta na poltrona, feche os olhos. Inspire e expire profundamente algumas vezes. Em sua mente, imagine-se abrindo seu armário de olhos fechados e interagindo com as roupas. Sem julgar, sem criticar, sem achar que você não consegue. Tudo na vida é possível, e também uma questão de escolha. Até o próximo voo! MÁRCIA DE LUCA É ESPECIALISTA EM IOGA, MEDITAÇÃO E AUTORA DO LIVRO AYURVEDA — A CULTURA DE BEM VIVER. PARA CONTATÁ-LA, ESCREVA PARA GOL@TRIP.COM.BR
PARA CONFERIR EM CASA
• Sempre verifique com antecedência a validade dos documentos exigidos.
SEGUINDO PARA O AEROPORTO
Fique atento aos horários de embarque! O Brasil tem três fusos horários e diferenças regionais para o horário de verão. Em viagens internacionais as diferenças podem ser ainda maiores. Fique atento, os bilhetes e sites das companhias informam sempre o horário local no dia do voo.
• Consulte a necessidade de atestados ou autorizações para voar com crianças, idosos ou gestantes.
VOANDO COM MALAS DE MÃO • Peso máximo: 5 kg • A soma de comprimento, altura e largura deve ser de até 115 cm.
A mala de mão é ideal para objetos frágeis ou de valor. Leve itens úteis e essenciais (dinheiro, chaves, reservas de hotel), além de uma muda de roupa.
• Guarde os documentos necessários junto com o(s) bilhete(s) e mantenha-os sempre à mão.
PESO DA BAGAGEM DESPACHADA Voos Nacionais • Peso máximo: 23 kg por passageiro (total de todos os itens despachados).
Voos Internacionais • As regras variam de acordo com o destino e a política da companhia. • Consulte sempre com antecedência.
IMPORTANTE
Calcule o tempo do trânsito e programe-se para chegar com o mínimo de antecedência: Voos nacionais - 1 hora antes Voos internacionais - 2 horas antes
ILUSTRAÇÃO JOANA RESEK
Ter a intenção de aprender, a determinação de colocar em prática, e a persistência de continuar, dando tempo ao tempo. Esses são os três principais ingredientes para mudar ou criar um hábito. Nos últimos meses este tem sido nosso foco: introduzir novidades no dia a dia para estimular o cérebro. Elas impulsionam a formação de novas conexões neuronais, o que nos faz mais alertas, inteligentes, atentos. Além
“SINTA OS CHEIROS, USE O TATO PARA SENTIR A TEXTURA DO TECIDO E DESCOBRIR O COMPRIMENTO”
Os principais contratempos de uma viagem de avião ocorrem nos preparativos e nos aeroportos. Para agilizar o embarque e evitar imprevistos, principalmente em épocas de grande movimento, conte com as nossas dicas e faça um breve check-list!
ATENÇÃO: Remédios de uso contínuo devem ir na bagagem de mão! Informe-se sobre os itens proibidos de entrar a bordo. Existem regras diferentes para voos nacionais e internacionais.
TOP DICA: Identifique as malas com seus
dados pessoais e use fitas coloridas ou adesivos que facilitem a identificação na esteira.
ABEAR.COM.BR
110 GOL MOBILE 112 SMILES 114 GOLLOG 116 FUNCIONÁRIO 118 NOVOS VOOS 120 MAPAS DE ROTAS
FOTO DIVULGAÇÃO
121 SUA VIAGEM MAIS PERTO
SEMPRE POR PERTO GOL lança recurso inédito de geolocalização para seu aplicativo nos celulares e oferece consulta ao status dos voos
EM SUAS MÃOS
MEU NOME É GAL Campanha virtual Viaje sem Dúvidas responde as perguntas mais frequentes enviadas pelos clientes da GOL e os ajuda na hora de planejar seu voo
Nova função do aplicativo da GOL calcula o tempo para deslocamento até o aeroporto e permite adiar, antecipar e consultar o status do voo Tempo é algo precioso quando se viaja. Pensando nisso, a GOL Linhas Aéreas Inteligentes lançou uma nova funcionalidade para seu aplicativo para celulares. Pioneira no setor aéreo, a ferramenta permite ao cliente receber orientações que vão indicar o tempo estimado para seu deslocamento até o aeroporto. Por meio de GPS e de informações on-line do trânsito, o aplicativo avisa se será possível chegar a tempo para o embarque e oferece a possibilidade, de acordo com o caso e a disponibilidade em outros voos, de antecipar ou adiar sua viagem de onde você estiver. “Essa tecnologia visa oferecer ainda mais comodidade e facilidade aos passageiros. Desenvolvemos o sistema com processos simples e intuitivos, com baixo consumo de bateria dos smartphones e compatível com a interface que a companhia já disponibiliza”, diz Paulo Palaia, diretor de TI da GOL. Ao acessar o aplicativo e fazer seu check-in, o cliente opta por ativar a funcionalidade, que enviará notificações e, a partir de 4 horas antes do voo lembretes baseados em sua geolocalização. O aplicativo também permite que o cliente consulte o status de seu voo, para saber se ele está no horário ou atrasado. Se for habilitado o recebimento de notificações, que também pode ser por SMS ou e-mail, o app avisa automaticamente qualquer mudança de status. O serviço é gratuito e já está disponível para smartphones com sistema iOS e, a partir do final de fevereiro, também para Android. Basta procurar por “GOL Linhas Aéreas” na Apple Store ou no Google Play para fazer o download do aplicativo. O novo recurso será automaticamente atualizado para os clientes que já possuem o app instalado.
110 REVISTA GOL
PARTIU?
No dia da viagem, o aplicativo avisa o horário que você deve sair de casa para chegar tranquilo para o embarque.
COM VOCÊ
O programa acompanha o trajeto para o aeroporto e, de acordo com o trânsito, avisa se você está com tempo ou não.
NÃO DEU
Em caso de atraso, o sistema apresenta opções de voos posteriores. As taxas de remarcação podem ser pagas no momento do check-in.
GAL é atenciosa, esperta e foi criada pela GOL Linhas Aéreas Inteligentes, a maior companhia aérea de baixo custo e melhor tarifa da América Latina, para ajudar você. Ela é a protagonista da campanha Viaje sem Dúvidas, lanProjeção no centro çada em dezembro histórico em 2014. de 2014, que busca mostrar maneira Abaixo,de Daniel de prática e rápida Oliveira e Dira Paes em informações relacionadas às diferentes Órfãos do Eldoradopara o embarque. etapas necessárias A cada semana a GAL trata de um tema diferente e compartilha as dicas nas redes sociais e no site da GOL. Até o fim deste mês de fevereiro, ela terá abordado questões sobre bagagem, documentação, status de voo, transporte de animais de estimação, cancelamento de voo e instruções para gestantes na hora de viajar. Para acessá-la é só entrar no site www.voegol.com.br e procurar por uma robozinha simpática que fica ali no canto esquerdo da tela. Além da campanha, a GAL também pode responder suas dúvidas. Para
conversar com ela em uma ferramenta de chat, basta clicar na aba “Posso ajudar?” e escrever a sua pergunta. Em pouco tempo ela responderá. “Ouvimos nossos clientes e selecionamos os temas que eram mais recorrentes”, diz Lilian Santos, gerente de marketing digital e e-commerce da GOL. “Nossa proposta é apresentar todas as respostas para esses assuntos de forma simples, lúdica e resumida em infográficos”, completa. A ideia é que o cliente consiga otimizar os processos da viagem para poder aproveitar seu tempo livre como quiser. A campanha Viaje sem Dúvidas também foi elaborada para atender o aumento da demanda da GOL na chamada alta temporada, que vai de dezembro a fevereiro. Segundo a Infraero, durante esse período estima-se que 9,25 milhões de pessoas passarão pelos aeroportos administrados pelo governo no Brasil.
JÁ CHEGUEI
Se você já estiver por perto do aeroporto bem antes do horário, o programa vai sugerir opções de voos que decolam mais cedo, para o caso de você querer antecipar a viagem.
REVISTA GOL 111
MUNDO SMILES
Cartão de crédito, promoções e outros benefícios para os participantes Smiles
MILHAS COM O PROGRAMA MEMBERSHIP REWARDS
PELA TERRA OU PELO AR Clientes Smiles podem usar milhas para alugar carros da Localiza com 20% de desconto
“O aluguel de carros passa a ser mais uma boa alternativa de troca de milhas para os clientes Smiles que querem mais mobilidade, com as conveniências que só a Localiza oferece”, diz Herbert Viana, diretor de marketing da Localiza.
Tela do Shopping Smiles para resgatar milhas com aluguéis na Localiza
112 REVISTA GOL
Para alugar um carro com milhas, é preciso acessar sua conta no site do Smiles (www.smiles.com.br), informando seus dados de login e senha. Ao entrar na sua conta, acesse o Shopping Smiles e clique no ícone da Localiza. Você irá visualizar a tela com os termos e condições e os modelos de carro disponíveis para resgate, podendo selecionar o seu favorito. Após o final do processo, você deverá aguardar até que a Localiza confirme o resgate das milhas através do e-mail cadastrado ou, se preferir, pode consultar o status diretamente no seu extrato Smiles. Aproveite agora mesmo e boa viagem!
atendimento do cartão, no site americanexpress.com.br/rewards ou pelos telefones 4004-2639 (capitais) e 0800-7262639 (demais localidades). Esta promoção não é cumulativa com outras promoções que estejam em vigor ou que venham a ser lançadas. Consulte os termos e condições completos no site www.smiles.com.br/amexbonus. Você só tem até 28 de fevereiro de 2015 para garantir seu bônus de 20%. Acesse já!
FÉRIAS, AÍ VOU EU! Clube Smiles ajuda você a acumular milhas para viajar para onde quiser
FOTOS DIVULGAÇÃO
do Smiles de oferecer as melhores opções de resgate de milhas. Aluguel de carros se junta à emissão de passagens aéreas, compra de produtos e serviços no Shopping Smiles e até ingressos de shows”, afi rma Leonel Andrade, presidente do Smiles.
FOTOS DIVULGAÇÃO
O Smiles fechou mais uma parceria para suas férias ficarem ainda mais completas. Agora você pode trocar suas milhas por diárias de carros da Localiza, a maior rede de locação de veículos da América Latina. Quer mais? Você ainda ganha 20% de desconto na tarifa km livre sempre que resgatar milhas para aluguéis de carro no Shopping Smiles. “A parceria com a Localiza complementa a experiência de viagem de nossos clientes e fortalece o compromisso
Associados da American Express® Membership Cards, inscritos no Programa Membership Rewards, podem transferir seus pontos do cartão de crédito, transformá-los em milhas Smiles e ainda ganhar 20% de bônus! Desse jeito ficou mais fácil acumular milhas para fazer aquela viagem dos sonhos ou trocar por milhares de produtos no Shopping Smiles. Para ganhar as milhas adicionais, é preciso se cadastrar na promoção da Amex no site Smiles. Acesse www.smiles.com.br/amexbonus, insira seu número Smiles e aceite os termos e condições. Pronto: para transferir suas milhas é só entrar em contato com a central de
Com o Clube Smiles, sua próxima viagem vai ganhar um empurrão e tanto. A cada mês, mil milhas são depositadas automaticamente em sua conta. No total, são 12 mil milhas por ano, que sozinhas garantem uma passagem promocional de ida e volta no Brasil. Por apenas R$ 30 por mês, você tem acesso antecipado a promoções para resgatar passagens usando milhas Smiles, como o Destino Surpresa, que tem trechos a partir de 2 mil milhas na viagem de volta em destinos nacionais e a partir de 5 mil milhas na volta para destinos internacionais. Sócios também contam com descontos exclusivos em promoções para resgatar passagens com a GOL. Basta pesquisar no site Smiles os trechos que te interessam e pronto, as tarifas com desconto disponíveis para membros do Clube aparecerão destacadas. Quem faz parte do Clube Smiles ainda tem direito a reservas grátis voando pela GOL, desconto na compra de milhas, bônus ao transferir os pontos do cartão de crédito das instituições parceiras e muito mais. Não perca tempo: confi ra todos os detalhes no site www.smiles.com.br e faça já sua adesão. REVISTA GOL 113
ENTREGA SEGURA
Informações sobre o serviço de logística da GOL para você e para a sua empresa
ESTÁ PRA PEIXE Em parceria com a Air Cargo Recife, Gollog transporta caixas de atum de Natal para o resto do Brasil Uma das muitas riquezas de Natal (RN) é a indústria pesqueira. A costa do Rio Grande do Norte é uma das maiores produtoras de atum do país, que viaja da capital potiguar para abastecer restaurantes e cozinhas de cidades como São Paulo, Brasília, Salvador e Rio de Janeiro. Para garantir que os peixes cheguem com a maior qualidade possível a seus destinos, a empresa de logística Air Cargo Recife conta com a Gollog, divisão de cargas da GOL Linhas Aéreas. Empresas de pesca como Produmar, Norpeixe e Transmar, clientes da Air Cargo Recife, acondicionam o atum em caixas com isolamento térmico e gelo em gel e as encaminham para o aeroporto internacional de Natal. Cada uma tem capacidade para cerca 114 REVISTA GOL
de 120 quilos de peixe e fica armazenada em uma câmara fria do aeroporto enquanto aguarda os próximos voos para as bases da GOL. Ao chegar em seus aeroportos de destino, os volumes são retirados por representantes das mesmas indústrias fornecedoras, ou reencaminhados para exportação a partir de Guarulhos. Anualmente, são transportadas em média 500 toneladas de peixes para todo o país. A parceria com a Air Cargo Recife, há 20 anos no mercado, vem desde 2011, pouco depois da inauguração da unidade da Gollog de Natal. Além da fi lial no Rio Grande do Norte, a empresa, com sede na capital pernambucana, tem unidades em Fortaleza e no Rio de
Janeiro. “É de suma importância que o transporte seja realizado com rapidez e cuidado para que os alimentos cheguem frescos ao consumidor”, afirma Gean dos Santos, gerente da Air Cargo de Natal. “A Gollog dispõe das estruturas para garantir que isso aconteça e oferece um serviço de qualidade.” Para Herbs Santos, gerente executivo comercial da Gollog, os diferenciais da companhia não se esgotam na pontualidade dos voos e na ampla malha aérea da GOL. “Embora essas questões sejam muito importantes em um país extenso e cheio de diferenças como o Brasil, o principal é a confiança na Gollog, conquistada pela proximidade e atenção que damos aos clientes por meio de nossas unidades franqueadas”, diz.
ILIUSTRAÇÃO JOANA RESEK
POR BRUNA CAVALINI
FUNCIONÁRIO
TEMPERO DO CÉU
O comissário paulista Fábio Camargo mostra seus dotes na cozinha produzindo azeites aromatizados artesanalmente
POR BRUNA CAVALINI FOTO FERNANDO GENARO
Comissário de bordo há quase 30 anos, Fábio Camargo, 55, tem uma paixão ainda mais antiga: a cozinha. Os pratos que passam pelas mãos do paulista de Itu, desde 2007 colaborador da GOL Linhas Aéreas Inteligentes, contam com um ingrediente muito especial: os azeites de oliva que ele mesmo aromatiza. São nove sabores, como limão-siciliano, gengibre, alho e louro, que ele oferece para colegas e divulga pela internet, na Azeites & Cia (bit.ly/azeitesecia), onde também compartilha suas receitas. O interesse de Fábio pela aviação surgiu aos 20 anos, quando ele começou a trabalhar como atendente em 116 REVISTA GOL
uma loja da Vasp, em São Paulo. Pouco depois, se tornou comissário da Varig e não quis mais deixar os céus. “Atendo aos passageiros como se fossem meus amigos, é muito natural”, conta. Já o gosto pelas panelas foi herdado da mãe, Anna Maria. Fábio chegou a colocar em prática seu conhecimento fazendo comidas congeladas para vender, até que ele descobriu a arte dos azeites. “No intervalo de uma viagem, vi um especialista ensinando a fazer azeites aromatizados na televisão. Achei simples e quis tentar do meu jeito.” O critério para escolher os sabores é a intuição. “Mesmo que alguns
ingredientes não funcionem, o prazer maior é experimentar”, diz ele, que aproveita as folgas na cidade natal para se dedicar a suas experiências, misturando azeites, ervas e condimentos. “Agora estou desenvolvendo o sabor cardamomo. Tento atender a vários tipos de paladar.” Além de se ver no futuro no comando de um bistrô (“quem sabe um dia”), Fábio pretende continuar praticando corrida – ele costuma correr diariamente e participa ao menos uma vez por mês de provas de até 10 quilômetros. “Cruzar a linha de chegada é de uma alegria que se compara à de ver os outros raspando o fundo da panela.”
FOTOS ARQUIVO PESSOAL
O comissário Fábio no aeroporto de Congonhas, em São Paulo. Ao lado, com o traje de cozinheiro; e os azeites que produz no interior paulista
NOVOS VOOS Festa na Marquês de Sapucaí: Rio ganha mais voos no Carnaval
NOVOS VOOS
CARIBE À VISTA GOL lança voo inédito para a Ilha de Tobago e amplia atuação na região
Conheça as mais recentes operações da GOL
Visando chegar cada vez mais longe e incluir novos destinos nos roteiros de viagem de nossos clientes, a GOL Linhas Aéreas Inteligentes, maior companhia aérea de baixo custo e melhor tarifa da América Latina, deu início no dia 31 janeiro a operações para a Ilha de Tobago, no Caribe. Com saídas do aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, os voos, com escala em Barbados, partem aos sábados e retornam aos domingos. A companhia é a primeira aérea brasileira a voar para a ilha.
TEM PRA TODO MUNDO GOL terá 700 voos adicionais durante o período do Carnaval Para garantir que todo mundo possa aproveitar a folia onde quiser, a GOL, maior companhia aérea de baixo custo e melhor tarifa da América Latina, vai disponibilizar cerca de 700 voos extras para o período do Carnaval. São novas rotas para cidades que promovem algumas das maiores festas do gênero no país, como Rio de Janeiro, Recife e Salvador, e também para destinos turísticos bastante procurados em feriados prolongados, caso, por exemplo, de Florianópolis, Maceió e Montevidéu. Veja uma pequena amostra das novidades na tabela abaixo e consulte todas as opções no site da GOL (www.voegol.com.br).
“A iniciativa reforça a presença da GOL no Caribe, um dos destinos preferidos dos brasileiros, onde hoje a companhia é líder em número de voos. Além disso, o trecho também visa atender à demanda do setor corporativo, em constante crescimento nos últimos anos nessa localidade”, afi rma Claudio Borges, diretor de Planejamento de Malha da GOL. Com terreno montanhoso e clima tropical, a Ilha de Tobago, situada próxima à costa da Venezuela, oferece belas praias de águas cristalinas – como
Bucco Reef e Bon Accord Lagoon – e paisagens exuberantes, que podem ser desbravadas por meio de diversos passeios de ecoaventura. A ilha caribenha também se destaca pela gastronomia, influenciada, entre outras, pelas cozinhas árabe, indiana e espanhola. Atualmente, a GOL possui 78 operações semanais para o Caribe, incluindo, além de Barbados, Punta Cana, Aruba e Santo Domingo. As passagens podem ser adquiridas pelo site da GOL (www.voegol.com.br), lojas VoeGOL ou agências de viagem.
CONFIRA MAIS DETALHES SOBRE AS NOVAS OPERAÇÕES * VOO
FREQUÊNCIA
ORIGEM
DESTINO
SAÍDA
CHEGADA
2138
Sexta
São Paulo (GRU)
Recife (REC)
05h25
08H08
9334
Sexta
Belo Horizonte (CNF)
Salvador (SSA)
22h30
23h15
2152
Sexta
Rio de Janeiro (SDU)
Florianópolis (FLN)
11h58
13h13
9308
Sexta
Belo Horizonte (CNF)
Maceió (MCZ)
13h00
00h15
9302
Sábado
Rio de Janeiro (SDU)
Ilhéus (IOS)
16h05
17h20
9430
Sábado
Brasília (BSB)
Fortaleza (FOR)
11h40
13h10
Sábado
São Paulo (GRU) Rio de Janeiro (SDU)
Montevidéu (MVD) Salvador (SSA)
04h25 12h40
IDA
07h00 13h50
*As saídas e chegadas levam em conta o horário de verão em cada cidade. Mais informações estão disponíveis no site da GOL (www.voegol.com.br), via agentes de viagens ou pela Central de Relacionamento com o Cliente, pelo telefone 0300-115-2121. Os horários dos voos estão sujeitos a alteração.
118 REVISTA GOL
VOO
FOTO RAPHAEL BRAGA
9185
Sábado
CONFIRA MAIS DETALHES SOBRE AS NOVAS OPERAÇÕES *
FOTO RAPHAEL BRAGA
9454
Goat Island e Little Tobago: beleza na costa da ilha caribenha de Tobago
VOLTA
7640
FREQUÊNCIA
ORIGEM
DESTINO
SAÍDA
CHEGADA
São Paulo (GRU)
Barbados (BGI)
11H55
15H35
Barbados (BGI)
Tobago (TAB)
16H25
17H15
ORIGEM
DESTINO
SAÍDA
CHEGADA
Tobago (TAB)
Barbados (BGI)
07H35
08H25
Barbados (BGI)
São Paulo (GRU)
09H15
17H10
Sábados
VOO
FREQUÊNCIA
7641
Domingos
*As saídas e chegadas levam em conta o horário de verão em cada cidade. Mais informações estão disponíveis no site da GOL (www.voegol.com.br), via agentes de viagens ou pela Central de Relacionamento com o Cliente, pelo telefone 0300-115-2121. Os horários dos voos estão sujeitos a alteração.
REVISTA GOL 119
ENCURTANDO CAMINHOS
Conheça os destinos nacionais e internacionais da GOL Linhas Aéreas Inteligentes
SUA VIAGEM MAIS PERTO
Pagamentos facilitados, cartões de crédito, telefones úteis... tudo para que voar se torne algo bem simples
FALE COM A GENTE GOL Central de Vendas
0300-1152121 SAC GOL
0800-7040465 Central de Atendimento ao Surdo (CAS)
0800-7090466 Clientes Argentina:
0810-2663131 (vendas e relação com o cliente)
COMO COMPRAR SUA PASSAGEM INTERNET O pagamento pode ser feito, à vista ou parcelado, com cartão de crédito (American Express, Diners, Elo, Hipercard, Mastercard e Visa), transferência bancária (para clientes dos bancos Bradesco, Banco do Brasil, Itaú), Oi Paggo e PayPal. Para pagamentos à vista aceitamos o UATP e os cartões emitidos no exterior American Express, Mastercard e Visa.
GOL UATP Usando o cartão corporativo GOL UATP sua empresa terá um demonstrativo gerencial para maior controle dos investimentos em viagens, permitindo conciliação e gestão de contas. O cartão é aceito em mais de 250 companhias aéreas. Para mais informações, acesse www.voegol. com.br/gol/empresas.
LOJAS E QUIOSQUES VOE GOL A GOL possui diversos pontos de venda de passagens espalhados pelo Brasil. Na Grande São Paulo, por exemplo, há quiosques nas estações de metrô Tucuruvi e shopping Metrô Itaquera, Shopping Light, Mauá Plaza Shopping e no Osasco Plaza Shopping, além de duas lojas no bairro Santo Amaro (alameda Santo Amaro e Mais Shopping Largo 13), uma em Pinheiros (rua Teodoro Sampaio) e outra em São Mateus (avenida Mateo Bei). Há ainda quiosques no Rio de
Clientes EUA e Canadá:
+1 855 862 9190 (central de vendas)
Janeiro (Central do Brasil), em Salvador (shopping Piedade), em Porto Alegre (Estação Mercado) e em Recife (shopping Boa Vista). Para mais informações, contate o SAC (0800-7040465) ou acesse www. voegol.com.br/pt-br/atendimento/lojas-depassagens-gol.
BALCÃO Além dos cartões de crédito aceitos pela internet, nos balcões dos aeroportos também é possível pagar com dinheiro e cartões de débito Visa Electron, Redeshop/ Maestro e Elo.
CARTÃO DE CRÉDITO SMILES
Com o cartão de crédito Smiles, você pode acumular até 3 milhas por dólar gasto, uma das melhores conversões do mercado. Com ele, seus gastos do dia a dia se transformam em milhas automaticamente. Aproveite esse e outros benefícios como: prioridade no embarque*, acesso à sala VIP Smiles** e excesso de bagagem de 20 kg gratuito**. Na aquisição você pode ganhar até 10.000 milhas para utilizar em passagens, produtos e serviços. Mais informações: www.smiles.com.br/cartaodecreditosmiles. Cartões de crédito Smiles: você a poucas milhas da sua viagem! *Aplicado aos cartões Platinum e Gold. **Aplicado ao cartão Platinum.
Países em que a GOL não opera
+598 2403-8007 (central de vendas)
no Twitter: @voeGOLAtende
SMILES E VOE FÁCIL SMILES: Acesse o site
www.smiles.com.br e clique em Atendimento On-line
VOE FÁCIL Acesse o site
www.voegol.com.br e clique em Atendimento, Atendimento On-line Voe Fácil
SERVIÇO DE TRANSPORTE GRATUITO SÃO PAULO (Congonhas - Cumbica) Confira as regras de utilização de nossos traslados no site da GOL
www.voegol.com.br
120 REVISTA GOL
REVISTA GOL 121
PATHY DEJESUS A repórter do Vídeo Show, na Rede Globo, está sempre na ponte aérea ouvindo música e de olho na paisagem POR MARCELA RODRIGUES
CONTEMPLAÇÃO
KIT DE SOBREVIVÊNCIA
“Por causa do corre-corre, o tempo no ar é precioso para poder pensar na vida. Melhor ainda se for próximo ao pôr do sol. Adoro olhar o céu e meditar. Por isso, procuro sentar na janela, na parte dianteira do avião.”
“Trabalho no Rio de Janeiro, mas sou de São Paulo, por isso vivo na ponte aérea. Laptop, hidratante para as mãos e um kit básico de maquiagem não saem da minha mala de mão.” C
M
Y
CM
MY
CY
CMY
K
MIXTAPE
MAIS CONFORTO
“Me visto para ficar confortável ao máximo. Calça de modelagem solta, camiseta básica, tênis e óculos escuros são minha produção perfeita para voar. Se estiver frio, ainda levo um gorro de lã.”
122 REVISTA GOL
MENU LEVE
“A bordo, prefiro comer só opções leves. Se for uma viagem curta, bebo um suco e deixo para me alimentar melhor depois da viagem.”
FOTO DIVULGAÇÃO/CARLO LOCATELLI
“Também sou DJ e não vivo sem música. Fones de ouvido são obrigatórios para qualquer destino. Costumo escutar minhas próprias mixtapes, mas ando viciada na mixtape de hip-hop Summertime, dos DJs Jazzy Jeff e Mick.”