Revista X-9 (Santos - SP) 1984

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-GOPE INSTRUMENTOS MUSICAIS

ESCOUIS DE SnMBn - ...BLOCOS CnRNnVnLESCOS .·'" BANDAS E· FANFARRAS CONJUNTOS MUSICQIS

e BATERIAS

e PANDEIROS

eculcAs eooNGOS eATABAQUES e SURDOS eAGOGOS e TAMBORINS e TIMBADORAS e CAIXAS RECO • RECOS PRATOS e AFUCHES MARACAS e REPINIQUES e CHOCALHOS FRIGIDEIRAS ROGAR e TALABARTES ACORDEÕES FLAUTAS e sOPROS AMPLIFICADORES VIOLÕES e .PIANOS ORQUESTRAS IGREJAS CONJ. MUSICAIS

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"Vi-a pela primeira vez há muitos e muitos carnavais atrás. Era final de desfile de escolas de samba. Duas horas da madrugada, se tanto, mas parecendo ser muito mais. Sabe quando o cansaço põe chumbo nas pernas, muito sono nos olhos que já quase nada sabem apreciar? Assim estava eu, na avenida; espremida, saturada de ver apresentações medíocres, com vontade de ir pra casa, mas ficando porque a escola que diziam ser uma das grandes ainda não havia mostrado o seu carnaval. Custou a aparecer a "grande" lá no começo da curva. Como vinha? E eu tinha condições de saber? Via uma faixa branca, humana mOvei, que fazia com que as duas compactas alas de espectadores, postados, desde o. escurecer, nas laterais da avenida, também se movessem; novamente acordados para o espetáculo e para o samba que, no lugar, nada mais que em dois pés de espaço, gostavam de marcar. Não podiam deixar de sambar. Era essa ondulação apenas que eu via, àquela altura. Depois a turma foi avançando. Apresentou seus destaques. Cantou seu samba-enredo vezes sem fim. Mostrou suas pastorinhas e seus passistas. E desse revoluteio nessa ginga de hora,·. sempre sublinhado pelo brilho • do estandarte rodopiante, sOme ficou na mente a visão de uma

AMadrinha mulher que, embora !'lão sambasse, não gritasse nem cantasse, era a figura maior da Escola de Samba X-9. Por que ela? Ai é que está. Nunca soube justificar a escolha. Sabe quando você, ao pensarna nobreza Inglesa, vê a flgura da rainha, sem pose alguma mas carregando em sua postura simples toda a estirpe de centenas de damas, em séculos de reinado? De certa forma, muito mal comparando, a madrinha daquela escola de samba tinha essa falta de pose para o seu excesso de classe, de mando e de carnaval entende? Foi Isso que, desde então, na minha Iambrança, a marcou . Veja! Não me recordo da porta-bandeira nem do mestre-sala. Não me lembro :de nenhum dos destaques daquele meu primeiro encontro com a Xis-9. Não poderia sequer dizer uma sO frase do estribilho

Mi:~tério e

cem vezes ouvido. Mas vejo ainda num rosto de bronze multo sereno, o brilho de dois olhos a sorver, com satisfação, os aplausos de uma multidão feliz e um pequeno sorriso que dizia, melhor que mil palavras ou acenos, o agradecimento de toda "sua" Escola. Contei, tempos depois, essa impressão a um amigo. Ele sorriu . Concordou. Explicou, que, de fato, no palco, no picadeiro, na sua real função, um bom artista ou artifício, se for realmente bom. sempre aparece com essa aura de grandeza. Será? Claro que sim . Mas, uma noite, vi dona Inês em casa. Não havia luzes especiais colorindo-lhe o vestido caseiro. Não havia samba envolvendo-me a alma. Aplausos não alegravam o coração orgulhoso de dona Inês. Tampouco, no seu sorriso, havia algo a transmitir. No entanto, ela continuava a ser a "madrinha" de sua Escola de Samba. Ela era uma mulher diferente, carregada de dignidade. Assim como a rainha que ê rainha mesmo na intimidade, entende o que quero dizer? í=ol essa rainha que, há três. dias, já sem poder ouvir, fez os surdos tocarem. Em despedida. Deve ter ido embora como sempre esteve entre sua gente. Tranquila e senhora!". (Lydla Federlci, "Gente e Coisas da Cidade", A Tribuna, 08-01 -76)

M119ia

A história da Escola de s·ainba X-9, cujo nome já é uma incognita, se reveste de um certo misticismo devido aos seus episódios e fatos memoráveis. É uma escola de samba de raiz, e como não podia deixar de ser, com suas tradições Afro-Brasileiras, herdadas dos seus inesqueciveis iniciadores e antigos baluartes, na sua maioria, pessoas de cor negra.

Samba-Hino da X-9 Autor: Walter Prado Duarte (Marinheiro\

Quando, você ouvir a melodia Que lhe trará tanta alegria Seu coração palpitará... Quando, ao repicar dos tamborins Você vier cantando assim: Quero sambar, sambar, sambar...

É a melodia do meu samba Que faz vibrar a gente bamba E faz seu corpo balançar Quero, ouvir você gritar bem alto Cantando e sambando no asfalto: Dá licença, deixa a X-9 passar 1


Cabo Manézinho

Os Baluartes

Foi um dos fundadores da "X-9" em 19~ época em que já era um batuquelro conceituado na cidade. Como mestre de bateria, dlretor geral e de harmonia (ensaiador), e compositor, ajudou a conquistar as primeiras glórias para as cores xlsnoveanas. Era um mestre rigoroso e comandava a escola com orgulho e decisão, não admitindo vacllos. Deixou a escola em fins da década de 1941), mas sempre que podia marcava presença nas festas de aniversário da escola, demonstrando sempre aquele antigo amor pela Pioneira, da qual foi um Baluarte.

daP1one~ra

TIBNeth Era filha da Tia Inês e foi considerada uma das maiores puxadoras de samba de todos os tempos (a outra foi a Georgina, de Novo Horizonte). Começou na X-9 no Carnaval de 1947, quando os puxadores não tinham microfones à disposição e cantavam no peito e na raça. Participou de memoráveis campanhas em Santos, Sio Paulo e no Rio de Janeiro e também ensaiava as pastoras. Desempenhou sua funçio até princípios da década de 1971), passando a desfilar na Ala de Baianas (da qual foi fundadora) até o fim de sua vida . Foi xlsnoveana até morrer, perdendo ou ganhando, por Isso chegou a afirmar num

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tom de desabafo: "Nio tolero sambistas (ou sambelros) que andam por aí mudando de agremiação de ano para ano. A bandeira de minha escola é para mim tão sagrada como o Pavilhão do meu País". Até hoje ainda não apareceu outra puxadora de sambas com a sua fibra e raça.

Cabo Leitão Batuqueiro e compositor. Era integrante do famoso trio: 06ca, Popó e Leitão, da Capital. Tinha uma certa vaidade pela bateria da escola e dentro da sua rígida disciplina, todos os ritmlstas calouros eram obrigados a fazer rigososa prova-de-fog o (teste de seleção) e só eram admitidos aqueles que fossem aprovados com louvor. Quando dirigente da antiga União das Escolas de Samba do Estado de São Paulo, abriu caminho para a X-9 disputar concursos na capital a partir de 194!l. Depois que deixou a presidência ficou como diretor geral e montou o primei-

ro grupo samba-show que se apresentava em clubes, boates, programas radiofõnlcos e na televisão. Gostava de desfilar na bateria sempre marcando a sua velha tamborete e somente deixou de batucar quando ficou preso a uma cadeira de rodas, da qual chegou a se levantar num momento dramático com os olhos cheios de lágrimas, quando soube que a X-9 fora a grande campeã de 196~ (em Santos e em São Paulo). Foi uma das últimas emoções de sua vida.

O Legendário

Cabo Roque Vem participando atlvamente da vida da X-9 desde 1946. quando sua mulher_ a saudosa Tia Inês __ tornou-se màdrlnha da Escola. Desempenhou várias funções na dlretoria, chegando a presidência em 196} P).ISSOU a ocupar o cargo de preslé:tente de honra após o Carnaval de 196Q, mas voltou a assumir a presidência em princípios de 1970. onde permanece até a époéa atual, apoiado e respeitado pelos antigos e novos dlretores, como um verdadeiro mito. Ele viu a escola chegar em sua casa ainda pequenina e se dedicou incansavelmente em seu favor, Inclusive nos momentos mais difíceis, para que ela nunca deixasse de sair às ruas nos Carnavais. Depois da sua mulher, a X-9 tornou-se a grande paixão de sua vida. Está atualmente com dO anos de Idade.

GRÊMIO RECREATIVO ESCOLA DE SAMBA X9 Funoadr, em 1 de Maio de 1944 Reg1st10 n 13 7 416·A Livro A-3. Fol ha 148. II•'<>CIIC ão CGC 45.005.050/0001 I11Scriçào Esta· r1ua1 n 633. 11 11 750. Sede soc1a1· t\~e·o~da S1que1ra Campo·. 97110• · Santo<. SD

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Considerada a Pioneira do mundo do samba da Baixada Santista e uma das mais antigas de todo o Estado de São Paulo, a Escola de Samba X-9 está completando quarenta anos de lutas e glórias. Esse pioneirismo aludido à Xisnova, segundo esclarecemos em nossa obra " X-9: Escola Pioneira" , deve-se ao fato da agremiação ter surgido de um simples grupamento de samba, como outros que existiam na época, e que soube porém transformar-se numÇI verdadeira escola de samba. E portanto, pioneira pela iniciativa original e pela organização do seu conjunto, pois foi realmente a primeira a sair às ruas em forma de "cortejo", sagrando-se até vencedora do primeiro concurso extra de sua categoria. Foi, igualmente, a primeira escola de samba da Baixada Sanlista e de todo o interior do Estado a disputar e a vencer concursos na capital, onde passou a gozar de um grande prestígio desde 1948, quando ganhou o seu primeiro troféu em disputa com agremiações paulistanas. Além de ter sido a responsável por inúmeras iniciativas, como a de ter começado um intercâm· bio com o mundo do samba carioca, coube à Xisnove a incumbên· ela de comemorar, condignamente, o I DIA DO SAMBA no Estado de São Paulo em 1963. Teve ainda a primazia de lançar, em 1967, o movimento de se fazer samba o ano todo, e ainda a prioridade de representar o samba paulista num desfile oficial realizado em

RITMO DE IIMII

Mestre Manezinho 1968 no Aio de Janeiro, a Capital do Samba. Apontada como uma escola de muita luta e garra, nunca esmoreceu, mesmo diante das maiores adversidades e até de injustiças, permanecendo até hoje no mesmo bairro onde surgiu, a Bacia do Macuco, desfrutando da admiração e o respeito de todos moradores. O INÍCIO DE TUDO Tudo começou no Carnaval de 1944, bastante fraco devido ao estado de guerra então existente, quando uma rapaziada da Bacia do Macuco, na sua maioria remanescente do conjunto Mensageiros do Samba, organizou um grupo para dar maior animação ao bairro e saíram batucando da casa de número nove da Rua Almirante Tamandaré. Naquela primeira saída o grupo entrou batucando e cantando na sede do Santos Dumont F.C., que ficava na mesma rua. Ao ver aquele punhado de rapazes adentrando ao recinto com a sua ba·

tucada improvisada, o baterista da orquestra, Waldomiro da Silva Ferreira, conhecido por ''Tricolor" Oá falecido), exclamou anunciativ~mente em tom de pilhéria: "Aí vem uma quadrilha de bandidos da revista "X-9"! Convém ressaltar que, naquela época, a Bacia do Macuco gozava de má fama por ser um bairro considerado da pesada, onde, constantemente, eram presenciadas arruaças e brigas, que ganhavam destaque nas colunas policiais dos órgãos de imprensa da cidade. Assim é que, ao notar que entre alguns dos batuqueiros ressaltava a semelhança com os bandidos da revista policiai "X-9", muito lida na época, resolveu então batizar o grupo com a mesma denominação. E logo após o carnaval, durante uma excursão realizada em Guarujá, no dia primeiro de maio, a mesma rapaziada resolveu transformar o grupamento numa escola de samba, sendo adotada as cores verde-e-branco, segundo afirmativa de um dos fundadores da agremiação, o saudoso Mestra Manezlnho. Dentre os fundadores da "escola" figuravam: Orlando Feijó (o primeiro presidente), Fernando Baptista Aavazannl, Dorival Farias, Antenor Santiago (Bicudo), Manoel Benedito de Souza (Cabo Manezlnho), Aureliano dos SaRtos (Cabo Laurindo), Francisco Marino, Acácio, Geninho e outros batuqueiros do bairro. Depois de sua fundação a agre-

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RITMO DE SAMBA

miação ficou provisoriamente InStalada na sede do Santos Dumont F.C., à rua Almirante Tamandaré, 38, passando depois para a casa de número 104 da mesma rua. Sua primeira apresentação carnavalesca ocorreu em 1945, sob o comando do Cabo Manezinho, quando desfilou no bairro e na cidade, fazendo, inclusive, uma visita aos jornais " O Diário" (já extinto) e "A Tribuna". Voltou a desfilar no ano seguinte, durante o "Carnaval da Vitória", sem disputar nenhum concurso, pois somente os choros, blocos, cordões e ranchos é que participavam dos certames carnavalescos. Mas, aconteceu que, depois do carnaval a escola não ti nha mais onde ficar, por isso, alguns dirigentes foram convidar a Senhora Guiomar de Lima Ramos, uma pernambucana que morava pelas imediações, para ser madrinha da X-9 e guardar os instrumentos e outros pertences que estavam para ser jogados na rua. Dessa maneira, Dona Guiomar, contando com o apoio do marido, Eugênio Pedro Ramos (Cabo Roque), resolveu adotar a escola em sua própria casa, na rua Almirante Tamandaré, 94, e, na qualidade de "madrinha", acrescentou o vermelho em suas cores ao batizar o estandarte da escola. E para que a sua afilhada pudesse sair às ruas no carnaval, providenciou a oartir de então. o local para os ensaios (o terreiro de sua casa), bem como costureiras para confeccionar as fantasias dos sambistas. E. mesmo antes do Carnaval

TiaNeth de 1947, a Xisnove saiu às ruas para vencer a primeira disputa de sua categoria, num concurso pré-carnavalesco na rua General Câmara. Volto•; a vencer no domingo gordo, um outro concurso no Gonzaga, contando com as atuações marcantes do Mestre Manezinho, no comando da bateria e da extraordinária puxadora de samba Neth de Lima, que na época cantava no peito e na raça (sem microfone).• Tendo na sua presidência o famoso sambista Marcelino Leme (Cabo Leitão), indicado e apoiado pela madrinha Tia Inês, a escola voltou a brilhar no Carnaval de 1948, prosseguindo na sua trajetória vitoriosa vencendo os concursos-extras de 1949 e 1950. Vale ressaltar que logo após o Carnaval de 1949, a diretoria xisnoveana alugou um salão, localizado na Linha Forte Augusto, 5, no Estuário. E foi ali, na chamada sede do Brasipés, que a X-9 realizou memoráveis matinées, dançantes aos domingos, animadas por conjunto musical, contando com renomados "crooners" e bailarinos da cidade. O salão

transformou-se numa verdadeira gaflelra, e foi muito frequentado nas décadas de 1950 e 1960, servindo igualmente para a realização dos ensaios nos meses que antecediam ao tríduo momistíco. Apesar do salão, a casa da "madrinha" na rua Almirante Tamandaré, continuava sendo o ponto de encontro dos componentes da escola, onde as costureiras trabalhavam nas fantasias eram traçados os planos e discutidos todos os detalhes referentes ao carnaval. PRIMEIRA, NA CAPITAL Graças a iniciativa do presidente Cabo Leitão, a X-9 foi filiada na antiga União das Escolas de Samba do Estado de São Paulo, e pode assim viajar pela primeira vez a São Paulo em dezembro de 1948, onde disputou um concurso patrocinado pelo jornal "O Dia" (já extinto(, em pleno Vale do Anhangabau e conquistou a Taça " Papai Noel". Voltou à capital em 1949 e aumentou o seu cartaz, al;liscoitando a cobiçada taça "DIARIOS ASSOCIADOS" - a sua maior glória naquele decênio - numa acirrada disputa com as valorosas co-irmãs paulistanas. Subiu a serra novamente no Carnaval de 1950 para conquistar o seu terceiro triunfo, e, desta vez, foi premiada como a "Melhor Escola de Samba do Estado", ganhando a taça "Coronel Nelson de Aquino' . No ano seguinte, novamente na Paulicéia, foi agraciada com a Copa " A Maioral", da União das Escolas de Samba.

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Outro feito memorável da Pio· neira aconteceu no Carnaval do IV Centenário de São Paulo, quando venceu o concurso patrocinado pela Rádio Record, empol· gando o público paulistano com uma brilhante exibição de ritmo e harmonia. Voltou a desfilar na Capital nos carnavais de 1958 e 1959, sendo que, nesse último ano,_ Qanhou a taça "Móveis lpê", part1c1pando do Grande Carnaval do Brás. Foi a partir de H63 que passou a disputar o concurso de âmbito estadual, patrocinado pelo Clube dos LojiStas da Lapa, onde foi a terceira colocada em 1963, campeã de 1964 e vice-campeã de 1965, em disputa com as mais conceituadas agremiações da capital e do interior. Ainda em 1969, foi proclamada Campeã do Interior, recebendo o troféu ofertado pela Prefeitura Municipal de São Paulo, pela sua apresentação, considerada " espetacular" . A Pioneira esteve por diversas vezes na Capital, exibindo-se em outras promoções de rua, na televisão e nas quadras das co-irmãs gozando até hoje de um excelen~ te prestigio no mundo do samba paulistano, devido às suas campanhas memoráveis, que levaram o público da Paulicéia e aplaudi-la delirantemente no decurso de várias décadas. SAMBA O ANO TODO Voltando ao carnaval santista, a X-9 sagrou-se vice-campeã em 1951 , voltando a vencer em 1952 e 1953, ficando com a segunda colocação no I Concurso Oficial

RITMO DE SAMBA

Cabo leitão da cidade no Carnaval de 1954. Bi· campeã de 1955-1956, perdeu a supremacia do mundo do samba no ano seguinte, quando ocorreu uma série de fatos que abalaram sua estrutura, voltando somente a conquistar o título de campeã sete anos depois. E bom que se diga que, naquela época de adversidades. muitos sambistas que se intitula· vam xisnoveanos abandonaram a escola. Foram poucos os sam· bistas que lutaram incessantemente pela sua recuperação e não deixaram a escola morrer Dentre esses abnegados, verda· deiros "cabos-de-guerra", poderemos mencionar as saudosas Tias Inês e Neth de Lima, os Cabos Roque, Leitão e Batucada, além de outras destacadas figuras como Roberto Fernandes (atual Cidadão Samba), Ormezindo dos Santos, Mestre Rubens (da ba· teria), Rosalinda Alves, Lourdes da Conceição (Tia Lourdes), o sempre lembrado Antenor Santiago, o popular Bicudo e outros. A partir de 1961 , a Xisnove não se limitou a movimentar seus

sambistas somente na época carnavalesca. procurando apresentar espetáculos folclóricos e artísticos no seu antigo terreiro da rua Almirante Tamandaré, com a participação de embaixadas e alas das escolas do Aio de Janei· ro, e inclusive de artistas de nossa música popular. Por ostentar a denominação de Grêmio Recreativo (antecedendo a de escola de samba), procurou realmente promover alguma recreação durante o ano, partindo assim para uma campanha de se "fazer samba o ano todo" . E na qualidade de filiada da Confederação Brasileira das Es· colas de Samba, passou a festejar condignamente o DIA DO SAM· BA em Santos a partir de 1963. E até a época atual a data maior dos sambistas continua sendo comemorado condignamente pelos ritmistas xisnoveanos, que nunca deixaram de realizar a tradicional alvorada festiva no amanhecer do dia dois de dezembro. Adotando o lema:· "Lutamos o ano inteiro em defesa do Samba Brasileiro", a partir de 1967 a di· retoria da Xisnove resolveu promover festividades todos os sábados, através das chamadas "sessões de samba" que acabaram se transformando nos atuais "Sambões". A campanha veio a atingir o seu objetivo, atraindo para o samba pessoas de outras camadas sociais, que vinham levantar a poeira do chão e sentir a verdadeira essência do samba no modesto terreiro de chão batido na casa da Tia Inês. Suas promoções, como a

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Noite da Abolição, do Folclore, da Imprensa, do Rádio, do Professor, do Médico, do Soldado, da Independência, do Aviador, do Marinheiro, da Bandeira e outras promoções revestidas de cunho cívico, resultaram em elogios das autoridades.civis e militares, conforme atestam os documentos recebidos posteriormente pela direteria da escola. UM DESFILE MEMORÁVEL Na qualidade de filiada da Confederação Brasileira das Escolas de Samba a Xis nove teve a primazia de representar o samba bandeirante no Carnaval em Maio no Meier, defile realizado em 1968 e que foi considerado "o maior espetáculo da Guanabara, ao ar livre, fora do período oficial do Carnaval". Foi a pedido do engenheiro Wilmar Pallis, então administrador Regional do Meier e contando com o apoio do radialista Salvador Batista, da Secretaria de Estado do Turismo da Guanabara e do inesquecível Natal da Portela (Natalino José do Nascimento), a X-9 desfilou junto com as escolas do Grupo I, como a Estação Primeira, Portela, Império Serrano, Acadêmicos do Salgueiro, Unidos de Vila Isabel, Mocidade Independente de Padre Miguel e outras, apresentando o seu pavilhão perante o governador do Estado (Embaixador Negrão de lima) e outras altas autoridades do palanque oficial. Um fato que não deve ser esquecido, o pavilhão xisnoveano foi batizado oficialmente numa

Cabo Roque cerimônia que teve lugar no terreiro da Tia Inês, dia 30 de Julho de 1967, tendo como padrinho o mestre-sala Hégio Laurinda, o famoso Delegado da Mangueira, representando a sua agremiação Estação Primeira, a madrinha da bandeira. Ainda durante uma visita que fez à sede da X-9 em 1966, o saudoso radialista Salvador Batista · o Marechal do Samba, batizou o tradicional reduto da Bacia com a pomposa denominação de QUAR· TEL GENERAL DO SAMBA PRAIANO BANDEIRANTE. NOVA SEDE, NOVA VIDA Foi em fins de 1972, que o prédio onde a escola vinha funcionando desde 1946 foi vendido, motivo pelo qual os sambistas xisnoveanos tiveram que abandoná-lo com lágrimas nos olhos, ficando então alguns meses com a maior parte do seu património guardado pela vizinhança. Faz-se mister revelar que foi graças a iniciativa do incansável casal CABO ROQUE-TIA INÊS,

Mestre Rubens. está á frente da bateria do X-9 desde 1959.

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contando com o apoio do abnepado Julinho (Júlio Venâncio Salgado), que a agremiação foi para uma nova sede localizada à Avenida Siqueira Campos, 97, ali mesmo na Bacia do Macuco, transferindo-se para lá em princípios de 1973, quando ocorreu uma festiva inauguração. Em 1976 a quadra foi parcial· mente coberta, e no ano seguinte, durante a sua festa de aniversário, houve a inauguração solene da placa numa pilastra em homenagem à Tia Inês, que havia faleci~o no começo do ano, com a segutnte inscrição: GRES X-9 - QUADRA DE SAMBA - Gl,!IOMAR DE LIMA RAMOS - TIA INES". Ainda em março de 1978, a diretoria da Pioneira comprou um terreno ao lado da quadra, que foi incorporado ao seu património, prosseguindo na sua luta incessante, iniciada em 1944 com um pequeno grupamento e que, no decorrer de sua árdua jornada veio a transformar-se numa das mais conceituadas agremiações da Baixada Santista e do Estado. Assim, em todos O$ pontos de vista histórico, o GREMIO RE' CREATIVO ESCOLA DE SAMBA X-9 vem se destacando pelo seu pioneirismo devido às suas inúmeras iniciativas. E no decorrer de quarenta anos em ritmo de samba, vem realizando um trabalho honrado, não poupando esforços para brindar o povo com o seu ritmo tradicional (com uma só marcação do surdo), com o harmonioso coro de canto de suas cabrochas e baianas, o deslumbrar dos seus destaques, o bambolear dos seus passistas e com o desfraldar de sua bandei ra gloriosa, sempre empunhado pela graciosa portabandeira acompanhada nas evoluções pelo garboso mestre-sala. " E o mais importante de tudo, é que, além dos dezassete títulos de campeã conquistados em Santos e de inúmeros outros em São Paulo, a X-9 nunca falhou um carnaval siquer desde a sua fundação, devendo completar em 1984 a sua quadragésima apresentação carnavalesca consecutiva, que é um feto heróico no cenário do mundo do samba brasileiro, uma verdadeira epopéia carnavalesca em ritmo de samba. J. Muniz Jr. é jornalista, pesquisador, autor de vários livros sobre o samba. ~ também o Gabo Batucada, várias vezes citado nesta revista.


Carnavalesco,

O CARNAVALESCO ADEMIR FONTANA - Formado em Arquitetura de Interior, especialista em decoração, figurtnlsta. cenóorafo teatral e de.;orador de clubes . Desfilou pela primeira vez numa escola de samba em 1972, no Rio de Janeiro, na Império Serrano, que apresentou "Aiô ... Aiô ... Tai, Carmem Miranda". Em 1980 saiu de figura de destaque na E S Mocidade Independente P. Paulo, mas acabou sendo convidado para fazer o carnaval da Xis nove em 1981, estreiando assim com "Reinação é Rei Povo", que deu vitória para a escola. Voltou em 1983 com "Quando Chega oVerão", vencendo novamente o carnaval. Para o· reinado de Momo de 1984 pretende mos Irar uma verdadeira festa na passarela do asfalto visando comemorar condignamente a quadragésima apresentação carnavalesca consecutiva da Pioneira, num tributo a sua figura maior, a inesquecível madrinha Tia Inês e a outros baluartes que se consagraram no decorrer de tantos anos de lu tas, decepções e glórias.

DIRETOR GERAL DE HARMONIA NAHUM CAETANO DA SILVA - Apesar de santista debutou no mundo do samba no Rio de Janeiro (onde foi criado), desfilando pela Escola de Samba Apréndlzes de Lucas üá extinta. Em Santos, saiu de destaque na Império do Samba no Carnaval de 1967 e naquele mesmo ano foi apresentado na Xisnove pelo Mestre-Sala Roberto Fernandes, para assumir suas funções. E assim, passou a desfilar como guardião do pavilhão xisnoveano de 1968 a 1970. Voltou a desempenhar as funções de Mestre-Sala a partir do Carnaval de 1973, entregando o bastão ao seu sucessor, o jovem Jadir. após o Carnaval de 1981. Além de exímio passista, foi um mestre-sala completo, utilizando tanto o leque, como o bastão e a espada, duelando como um verdadeiro espadachim durante as suas espetaculares proezas coreográficas, motivo pelo qual recebeu a denominação de- O Magnifico. Foi fundador da Ala de Compositores da Escola e vencedor dos sambas-de-enredo de 1975 e 1979. Assumiu o cargo de Diretor Geral e de Harmonia em 1981, fazendo jús a sua patente de Cabo, que equivale a Mestre de Samba em

Mestres e Porta-bandeira 1982. Goza de um grande prestigio no mundo do samba do Rio de Janeiro e de São Paulo, pela sua condição de ex"celente partideiro. PORTA-BANDEIRA VERA HELENA GONÇALVES (Veruska) - Está no samba desde os oito anos de idade. quando começou a sair como passista da Escola de Samba Serigy. de Vicente de Carvalho e aos quatorze anos já conduzia a bandeira da agremiação. Desfilou pela Escol a de Samba Brasil em 1975 e no ano seguinte veio para a Xisnove como integrante da Ala Ouro Verde. Em 1979. depois de participar de um concurso para Segunda PortaBandeira e vencer oito candidatas . passou a sair com a bandeira do enredo nos desfiles carnavalescos. Assumiu o Cargo de PortaBandeira Oficial em meadbs de 1981 e ao lado do Mestre-Sala Jadir, ganhou nota d.ez nos carnavais de 1982 e 1983. E sambista internacional. pois já viajou pela América Central em 1982 como integrante do Conjunto Rio SeleSamba do Brasil. MESTRE-SALA JADIR MUNIZ DE SOUZA -Debutou no samba ainda menino. aos quatro anos de idade. levado pelas mãos do seu padrinho. o Moacyr Lord da ES Acadêmicos do Salgueiro, no Rio de Janeiro. Em 1966 e 1967 participou como passista-mirim nos I e 11 Simpósios do Samba, realizados em Santos, representando a Xisnove. bem como nos Festivais de Samba de 1970 e 1972. respectivamente. Desfilou como Mestre-Sala Mirim de 1969 a 1973. voltando a desfilar como passista a partir de 1974. Cedido a Escola de Samba Independência, de Cubatão. em 1981 . saiu de Mestre-Sala Oficial n0 Car· naval ganhando nota 10 (Grupo 11), no campeonato de Santos. Naquele mesmo ano. recebeu o bastão do Mestre-Sala Nahum O Magnifico, assumindo assim as funções de guardião da bandeira xisnoveana. passando a evoluir ao lado da Porta-Bandeira Vera Helena, ganhando a nota máxima nos certames realizados nos car· navais de 1982 e 1983.

OURO FINO

MESTRES DE BATERIA 20 Diretor LUIZ JOSÉ DE SOUZA · Contemporâneo do seu comoanhe1ro Rubens. começou na Escola de Samba Brasil e veio oara a Xisnove em 1955. ondé. como ritmista. destacou-se no tamborim . aqogô. frigideira. e em outros instrumentos de percussão. firman· do-se de ano para ano no conceito da Ala de Bateria Magia Xisnoveana, tendo sido aqraciado com a Ordem do Samba Xisnoveano em

1968. Passou a Contra-Mestre da Ba· teria em 1977. exercendo ainda o carqo de instrutor da Ala de Ba· teria Mirim. cheqando a condição" de Mestre de Bateria em 1981 ~;__ Por antiguidade e merecimento recebeu a patente de Cabo em 1982 e pela sua incansável dedi· cação as cores xisnoveanas. foi agraciado com o titulo de Sócio BÊmemérito. Com cinquenta e dois anos de idade. dedicou a maior parte de sua vida a bateria xisnoveana. considerada a "menina dos seus olhos". Dizem que nos tempos de sua juventude. quando chegou com o tamborim debaixo do braço num reduto de samba. a turma estranhou e um dos presentes foi logo dizendo: "Tem um alemão ai querendo batucar". Hoje. o decano "Alemão" é um mestre de samba. 1° Dlretor RUBENS DOS SANTOS· Começou a batucar ainda jovem no antigo Rancho Novo Horizonte, que era integrado por crioulos da pesada. Veio para a Xisnove em 1953 como pandeirista. tornando-se, inclusive. integrante do grupo Samba-Shaw do Cabo Leitão. Passou a mestre de bateria em 1959 e em 1961 ganhou o titulo de Lorde Apito de Ouro, que lhe foi concedi· do por S.M. o Rei Momo I e Único. recebendo posteriormente, uma batuta de ouro das mãos da madrinha Tia Inês. Nunca deixou de sair na bateria e está completando trinta e uma apresentações carnava· lescas em defesa das cores xisnoveanas. Foi elevado a condição de Cabo (Mestre de Samba) em 1979 e aclamado Cidadão Samba em 1981 (único i!nO em que não pode desfilar). E uni dos mais antigos e fiéis defensores da Xisnove. tendo sido agraciado com as seguintes distinções honorificas: Ordem da Palheta Dou· rada, Ordem do Samba Xisnovea· no e com o Medalhão da Ordem do Rei. Dos seus cinquenta e quatro anos de idade. trinta e dois foram dedicados<~ P.i<:>.,eira.

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Um Santo Guerreiro, O Patrono Segundo uma tradição do mundo do samba carioca, desde o início da década de 1960, que a Xisnove - também por sugestão do Cabo Batucada - veio a adotar um padroeiro, recaindg a escolha sobre o legendário SAO JORGE. Coube então a "madrinha" Tia Inês, introduzir uma pequena imagem do santo em sua antiga residência da Rua Almirante Tamandará, que serviu de sede da escola de 1946 a 1972 e ficou conhecida pela denominação de QUARTEL GENERAL DO SAMBA. Postefiormente, durante a festa de inauguração da sua nova sede da Avenida Siqueira Campos, que ocorreu no dia 22 de janeiro de 1973 houve um ritual solene de introdução de uma imagem maior do padroeiro no recinto. De acordo com a tradição, o santo herói só poderia ser carregado por militares, e, como naquele momento havia uma grande movimentação de marinheiros de um navio de guerra atracado no Armazém 30, Neth de Lima foi pedir a quatrr cabos de Armada, que fizes&em aquela gentileza, tendo sido atendida de imediato por parte dos militares.

E assim, o Santo Guerreiro,que a exemplo de Ogun (o orixá das lutas e das guerras) - é o patrono das artes da guerra e vencedor das batalhas e demandas, pode entrar triunfante na nova quadra e ser colocado no seu respectivo lugar de honra (pegi). Todavia, naquele exato momento, cerrou-se o céu e desabou forte temporal, com o ribombardes trovões e o relampejar dos raios. Apesar do repentino e pesado aguaceiro, a bateria prosseguiu firme com o seu rít-

mo esfusiante, enquanto que, no meio da quadra, passistas, cabrochas, mestre-sala e portabandeira, completamente encharcados, sambavam com multa empolgação. De repente, c9mo que obedecendo a um toque mágico de Xangõ (orixá dos raios e dos trovões), o temporal serenou e as estrelas voltaram a brilhar majestosamente no céu oferecendo uma visão deslumbrante. Estava inaugurada a nova quadra. J. MunizJr.

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A Bandeira é a imagem sim· bólica de uma agremiaçao e quan· do desfraldada, na sua haste, devemos render-lhes homenagem de respeito e admiração, porque indica os grandes feitos de seus sambistas. A Escola de Samba X·9 adotou Brasão e Bandeira Oficial a partir de 1957, criados pelo Cabo Batu· cada, cujas características são as seguintes: I · Confeccionada de seda branca, com um retãngulo verde de menor proporção ao centro, sendo que dentro do campo verde, figura um escudo prateado, estilo inglês. na rigorosa proporção . de heráldica. 11 · O escudo é um retângulo medindo oito partes de altura por sete de largura, com ângulos in· feriores arredondados por 1/4 de circulo, descrito com um raio igual a uma das partes, e uma ponta descrita também com dois arcos tangentes do mesmo raio. Bordado à prata. III · Na parte interior do escudo de prata, de um só metal, como de um bom estilo de heráldica, figura o dístico X·9 na cor verde. IV · O escudo é encimado por uma coroa de quatro (4) pontas, sendo que na frente ficam vi si veis apenas três (3), também de metal prateado (bordado à prata), guar· necida de pedrarias (esmeraldas e rubis), que fica descansado sobre o escudo. simbolizando "O Reinado dos Sambistas". V . Firmada a coroa sobre o escudo, é o mesmo circundado pelo paqueife compost() de dois (2) ramos de louros · também na cor prateada · e ligados na parte inferior por um laço vermelho. Os ramos de louros consagram o va· lor dos sambistas, que tem sabido

ABandeiTa Oticial

enobrecer as tradições da escola. Quanto a cor verde, representa a esperança e a liberdade, e o ver· melho o espírito decidido de guer· ra, o valor e a vitória. VI · Coroa, escudo e paquife, ostentam a cor prateada, porque a prata é o metal que simboliza a lealdade, a nobreza e a glória. VIl · Tanto na parte superior do escudo, como na parte inferior, figuram duas faixas em arco, de cor branca. com a seguinte ins· crição em verde: "G.R. ESCOLA DE SAMBA", na primeira e "FUND. em 1·5-944", na segu nda; Essas faixas dobradas em cada la· do, terminam com duas pontas,

quase ligadas lateralmente. Tanto na parte superior como na parte inferior das letras, aparece um filete de cor verde. VIII · A Bandeira é toda franja· da de verde, presa a uma haste de metal prateado, da qual penderão duas fitas de seda verde-e· branca, franjadas de vermelho, além de pingentes prateados. IX · A haste de metal (prateado), termina na parte superior com um paquife de louros igualmente prateado, levando ainda uma roseta com o emblema da Escola de Samba "Estação Primeira de Mangueira", madrinha da bandei· ra X - O talabarte forrado de seda verde, verr.1elho ou prateado, também poderá ser limitado por ga· Iões, tendo na parte inferior, uma conteira de metal que poderá ser revestida de tecido. ' XI - A Bandeira assim constituída, foi adotada com PAVILHÃO OFICIAL DO GRES X-9 no ano de 1957, para substituir o antigo, que consistia num círculo verde com os dizeres "X-9" no centro. XII · O Pavilhão Oficial xisnoveano foi balizado em ritual solene no ano de 1967, e teve como padrinho o Mestre-Sala Hégio Laurindo, o famoso Delegado da Mangueira, representando a EsTAÇAO PRIMEIRA. que passou assim a ser a ESCOLA MADRINHAdaX-9. A Bandeira Oficial da Xisnove foi devidamente registrada e liberapa pelo Departamento de POLICIA FEDERAL de Santos. Respeitar e prestigiar a Bao· deira·imagem refletida do GREMIO RECREATIVO ESCOLA DE SAMBA X-9 deve ser um dever imperioso de todos os sambistas e carnavalescos.

1972 - Debaixo de chuva o X·9 conquista o vlce-campeonato

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X· 9 40 ANOS EM RITMO DE SAMBA • Saída do antigo grupamento de samba, balizado com o nome de "X-9" e que deu origem à escola de samba. 1945 - Primeira apresentação da Escola de Samba X-9, que desfilou pelas ruas da Cidade, sem disputar nenhum concurso. 1946 - (Carnaval da VItória) - saiu às ruas, sem participar de nenhuma disputa. 1947 - Campeã do I Concurso Extra (pré-carnavalesco) para a categoria de escolas de samba realizado no centro da cidade (Rua General Câmara) Campeã da Batalha de Confete (concurso-extra), que teve lugar no Gonzaga, no domingo de Carnaval - Campeã da Batalha de Confete do Brooklin Santista na terça-fei ra de Carnaval. 1948 - Campeã da Batalha-Concurso promovida pelos comerciantes do centro da cidade (Rua General Câmara) Campeã do concurso carnavalesco patrocinado pelo jornal "O Ola", em São Paulo. 1949- Campeã do concurso pré-carnavalesco organizado pelo SES I - Campal do concurso promovido pelo jornal O DI•· rlo·R•dlo Atllntlca de Santos, no domingo de Carnaval Campeã do concurso patrocinad o pelos Dl,rlos Associados, na capital bandeirante. 1950 - Campeã (empatada) do concurso efaborado pela Comissão Para Incentivo do Carnaval de Santos, no domingo de Carnaval - Campeã na Capital, onde se consagrou como a "Melhor Escola de Samba do Estado de Slo Paulo". 1951 - Vice-campeã do concurso-extra promovido pelos comerciantes do Gonzaga Ganhou a Copa Ao Maioral, ofertada pela antiga União das Escolas de Samba do Estado de São Paulo (na Capital).

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Destiles e Concursos. *

1952 - Campeã (empatada) do concurso (Batalha de Confete) realizado no Marapé, organizado pelos moradores do bairro. 1953 - Campeã (empatada) do concurso-extra da Batalha de Confete realizada no domingo de Carnaval, na Rua João Guerra, sob o patrocínio do Clube Guarany. 1954 - Vice-campeã do I Concurso Oficial, organizado pelo antigo Conselho Municipal de Turismo - Campeã do concurso promovido pela Rádio Record, no Carnaval do IV Centenário de São Paulo. 1t 1955 Campeã do Concurso Oficial de Santos. 1956- blcampel (empatada) do Concurso Oficial de Santos - Campeã da I Clarinada VIcentina ( concurso pré-carnavalesco), em São Vicente. 1957 - Terceiro lugar no Concurso Oficial de Santos. 1958 - Vlce-campeã do Concurso Oficial de Santos Campel da li Clarinada VIcentina. 1959 - Vice-campeã do Concurso Oficial de Santos campellí da III Clarinada VIcentina - Ganhou a Taça "Móveis lpê", num concurso realizado no Brás , em São Paulo. 1960 - Terceiro lugar no Concurso Oficial de Santos. 1961 - Vlce-campeã do Concurso Oficial de Santos. 1962 - Vlce-campeã do Concurso Oficial de Santos. 1963 - Vlce-campeã do Concurso Oficial de Santos Terceiro lugar no Concurso de

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Escolas de Samba da Lapa, em São Paulo. 1964 - Campal do Concurso Oficial de Santos - Campeã do concurso de âmbito estadual. patrocinado pelo Clube dos Lojistas da Lapa (Capital). 1965 - Vlce-campeã do Concurso Oficial de Santos Vice-campeã do Concurso Estadual da Lapa, em São Paulo. 1966 - Terceiro lugar no Concurso Oficial de Santos. 1967- Terceiro lugar no I Campeonato Estadual de Samba , patrocinado pelo Conselho Municipal de Turismo da Prefeitura Municipal de Santos. 1968 - Vice-campeã do 11 Campeonato Estadual de Samba em Santos - Participou como convidada especial do Grande Carnaval em Maio no Meter, na Guanabara. 1969 - Vice-campeã do III Campeonato Estadual de Samba, com a chancela da Sec:turCampeã do Interior, no concurso promovido pela Secretaria de Turismo de São Paulo.

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1970 -:- Vice-campeã do IV Campeonato Estadual de Samba , em Santos. 1971::. - Desfi Iou para o povo na terça-feira, devido ao cancelamento do V Campeonato Estadual de Samba, uma vez que a orla da praia foi alagada pelas fortes chuvas que caíram no Carnaval. 1972 - Vice-campeã do Concurso Oficial de Santos. 1973 - Campeã do Concurso Oficial de Santos. 1974 - Vice-campeã do Concurso Oficiai de Santos.

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1975 - Campeã do Concurso Oficial de Sa ntos - Campeã do concurso promovido pela Supervisão das Promoções Municipais, na segu nda-feira de Carnaval, em São Vicente. Btcampeã do Concurso Oficial de Santos. 1977 - Trfcampei do Concurso Oficial de Santos. 1978 - Tetracampel do certame de âmbito regional de Santos. 1980 Vice-campeã do concurso de âmbito regional patrocinado pelo Sectur. 1981 - Campeã do certame de âmbito regional patrocinado pela Sectur. 19,132 - Vlce-campeã do 1 Campeonato Regional de Samba. 1983 - Campeã do 11 Campeonato Regional de Samba , em Santos.

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1984 - QUADRAG~SIMA APRESENTAÇÃO CARNAVALESCA CONSECUTIVA.


X· 9 40 AIOS EM RITMO DE SAMBA Os Enredos apresentados na passarela

Os Sambas-enredos e seus Autores

1954- _ "Pioneiros do Samba", de Maruim 1959-; _ "Exaltaçio à Henrique Dias", de Sílvia F. de Lima 195&,._ "Heróis da lnvasio Holandesa", de Cabo Batucada 1957 _ "Sua Majestade o Samba"(*) 1951} _ "0 Samba em Festa" (*)

195i_ "A Voz do Samba" ( *) 196 _ Nio apresentou enredo 196 , __, "Apoteose ao Samba" (*) 196~ _ "Exaltaçio ao Samba" (*)

1963.. _ "A Epopéla do Samba" (*) 1964-_ "Santos, seu Fundador e seus Filhos Ilustres" ( *) 1965.. _ "Exaltaçio ao Rio de Janeiro" ( *) 1966. _ "Heróis de VIla Rica" (*)

:

1967 _ "A História da Rosa de Ouro" ( *) 1968-_ "0 Patriarca da Independência" ( *) 1969. _ "As Mnas d~. Prata" ( *) 1970 _ "O Chafartá da Coroaçio'' ( *) 1971._ ~'Alegrias da Bahla, Suas Lendas·e Tradlç6es", de Newton de Souza Telles, Carlos Alberto Silva e Cabo Batucada 1972-_ "Festival Gaucho" ( *) 197a. _ "Antologia do Samba"

De 1945 a 1960 a X-9 desfilou com sambas (gravados) que eram cons iderados os maiores sucessos carnavalescos da época . Também en·toava sambas de compositores da escola, como o Cabo Manézinho, Cativeiro (Roberto Barros) e Maruim. Somente a partir de 1961 é que passou a apresentar sambas-deenredos propriamentes ditos, cu1a relação é a seguinte: 1961 -"Apoteose ao Samba", de José Leopoldo 1962- "Exaltação ao Samba" , de José Leopoldo 1963- ·-A Epopéia do Samba" , de José Leopoldo 1964- ··santos. Seu Fun<iador e Seus Filhos Ilustres. de José Le opold o e Cabo Batucada. 1965 - "Exaltação ao Rio de Jane1 ro" , de Jos& Leopoldo e Cabo Batucada . 1966- "Heróis de Vila Rica··. de José Leopoldo e Cabo Batucada 1967- "A História da Rosa de Ou r o" , de José Leopoldo, Cabo Batucada e Odilon Filho. 1968 - "O Patriarca da Independência" , d e Cabo Batucada e Jorge Costa 1969- "As Minas de Prata", de Cabo Batucada e Juarez Bahia

1970 - "Chafariz da Coroação'. de Cabo Batucada 1971- "Alegrias da Bahia, Suas Lendas e Tradições", de Adllson Ramos de Oliveira (Adilson Madrugada) 1972 - "Festival Gaúcho", de Ad11son Madrugada 1973- "Antologia do Samba", de Ad1lson Madrugada 1974 - "Na Corte do Maracatu ' . de Adilson Madrugada 1975 - "A Beleza das Aguas" , de Na hum Cae tano da Silva (Cabo Magnífico) 1976 - "Hoje é dia de Feira", de Zelo e Elenira 1977- "Viva o Verde" , de Celso do Pandei ro 1918 - "Hoje Tem Marmelada·)··. de Zelo e Elenira 1979- " Amor, Saúde e Negónos " . do Cabo Magnífico 1980- "VIagem ao País de São Saruê" . de Pedro Cordeiro da r:o·s ta (Pedrinho da Véia) 1981 - "Reinação é Rei e Povo· . de Devanil da Si ll(a 1982- "A lvor, a Primeira Luz da Manhã". de Júlio Alves Barreto 1983 -"Quando Chega oVerão". de C harles e Bira 1984 - "Sua Bênção madri nha", de Júlio Barreto e Pedrinho da Véia

(*)

1974 _ "Na Corte do Maracatu" (*)

1975. _"A Beleza das Aguas", de José Carlos Serronl e José Roberto Ardulm 1976 _"HoJe é Dia de Feira", de J.C. Serronr e J.R. Ardulm 1977 _"VIva o Verde", de J.R. ArduhTi e J.C. Serronl 1978-_ "Hoje Tem Marmelada?, de J.R. Ardulm e J.C. Serronl •· 1979.. _ "Amor, Saúde e Negócios", de Barauna, Adellno e Cleyton 1980 _ "VIagem. ao País de Sio Saruê, de Cabo Batucada 1981 _ "Relnaçio é Rei e Povo", de Ademlr Fontana 1982._ "Alvor, a Primeira Luz da Malihl, de Renato DI Renzo 198~ _ "Quando Chega o Vario' , de Ademlr Fontana. ( *) Enredos de Cabo Batucada

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1980 - Comlssio de Frente nota 10 no Concurso Regional.

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.,.

Diretoria Executiva da X -9 Presidente: Eugar:lio Pedro Ramos Diretores: Júlio Venâncio Salgado Fernando Paulo Blanco Lourenço Adilson Ribeiro Ferreira Nahum Caetano d9 Silva José Epaminondas de Lima João de Amara I Filho Ricardo Blanco Aragon Carlos Alberto Ferreira José Marques Batista filho Reinaldo Segundo Rico Hipólito

....---------------------'',:··""1· Porta-bandeiras e Mestres-sala Marlene Hilda Dul<-.e Maria Ivone Zuleika Cléia Maria Aparecida Irene Maria Aparecida Sueli Marlene Maria Aparecida Vera

Cabo Cabo Cabo Cabo Cabo Cabo Cabo Cabo Cabo Cabo Jadir

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_ Orlando Feijó (1944-1946) .

(19~~~f~4 ~)· ~achado

- .Marcolino:L-eme. Cabo Le1tflu (1947-1'958) · _ Virgílio Gonçalves (1959-1960) _ Manoel João GomesMari·é (!;abo Verde (1960-1961) _ Eugênio Pedro RamosC;it>o Roque (1962-1969) _..;::.Edmundo João Mamer (1969 - após o Carnaval) _.:__Eugênio Pedro RamosCabo Roque (1970 até o pre~ente ano)

liil8stl'88 de Blltwis Batucada Roberto Roberto Roberto Nahum Caetano Nahum Caetano Nahum Caetano Roberto Nahum Caetano Nahum Caetano

ATLAN11CA•AM 5.9.0 DA TRADIÇÃO À UMA NOVA EMOÇÃO

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Os Presidentes XisnovfMJnOS

_ Manoel Benedito de Souza (Cabo Manézinho) _ Afonso Bento de Araujo (Mestre Afonso) _ Dorival Farias (Mestre Catarina) _ Joel Ferreira (Cabo Joel) .· 1 _Afonso Bento de Araujo (Mestre Afonso) _ Rubens dos Santos (Cabo Apito de Ouro) _ Luiz José de Souza (Cabo Alemão)

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na terça·feira, dia 6 a partir das 21 hs.

Desfile das Campeãs, no sábado, dia 10, a partir das 21 hs.


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