Revista Comunitá Italiana nº 77

Page 1


2

Rio de Janeiro, 18FEV2004 I NQ77

Comumtaltaliana

OPINIAo I Servi<;:o ao Leitor

edito

------------------------

ri

a

l

Comumtaltaliana Pietro Petraglia ~ Esperando as aguas de este mes, em que tudo e festa, muitas sao as expectativas. No Brasil, aguardamos a defini,ao de uma politica economica e social do governo Lula. Aten,iies voltadas tambem para as urnas dos EUA, que decidirao entre democratas e republicanas. Mar~o para a comunidade itaLiana no mundo e 0 mes em que se elegerao as representantes dos Comites dos Italianos no Exterior (Comites). A importancia desse orgao foi refor,ada pela aprova,ao, em 2002, do voto para as italianos no exterior. Espera-se que mais de 200 mil italianos residentes no Brasil votem. Mar,o tam bern e a mes em que (omunita Italiana completa 10 anos de existencia. Publica,ao que marcou a historia de uma decada de importantes transformac;6es e inovac;6es para a imprensa mundiaL iniciou alternativa e aos poucos se consolidou entre

N

FUNDADO EM

MAR~O

DE 1994

DIRETOR-PRESIDENTf I EDITOR: Pietro Domenico Petraglia

mar~o italianos e brasileiros, pautou e influenciou a meTcado editorial e grafico. Muitos foram as names importantes em nossa trajetoria. Ejusta recordarmos names como a do professor Angelo Longo e do empresario Luigi Papaiz, que naD estao mais entre n6s, mas que certamente sao imortais em nossas paginas. Das iniciativas que preparamos para este ano, estao, entre outras, duas importantes obras: uma antologia da literatura italiana, idealizada e traduzida pelo nosso grande colaborador Giuseppe O'Angelo, e uma publica,ao especial dos 10 anos de (omunita, que buscara tra,ar a cenario passado, presente e futuro da comunidade itatiana nos mais diversos setores. Todas as iniciativas estao em fase de capta ~ao de recursos. Para a momenta, samba e ft.ores. Boa Leitura!

(RJ23820JP) 0IRETOR: Julio (ezar Vanni PUBUCA~AO MENSAL E PROOU(.40:

Editora Comunita Ltda . TIRAGEM: 30.000 exe mplares ESTA E01(.40 FOI CONCLUioA EM:

16/02/2004 as 17:30h 0ISTR1BU1~AO:

Rio de Janeiro, Espirito Santo, Rio Gra nde do SuL Santa Catari na, Bahia, Minas Gerais, Manaus, Sao Paulo REOA ~A O E ADMINISTRA~AO:

Rua Visco nde de Uruguai, 98 Centro - Niter6i - RJ - Brasil

____ franco da Montevarchi

CEP: 24030¡070 Tel/Fax: (21) 2722-0181/ (21) 2620¡6680 E-MAlL: reda cao@comunita;taLiana.com.br

Marisa Ser passista e saber que nao apenas as pes, mas todo 0 corpo

interpreta cada nota, frase e slncope que a bateria produz com

muito estilo e sedu,ao.

REDA~AO:

Renata Rezende e Oavi Raposo DIAGRAMA~AO E ARTE:

Alberto Carvalho COLABORADORES: Franco Vicenzotti - Francesco Carli Braz Maiolino - Lan - Giuseppe D'Angelo - Pietro Polizzo - Giovanni CrisafuLli - VencesLao Soligo - Marco Lucchesi luca Martucci - Domenico De Masi - Nanci Bernardi Minuscoli - Vittorio Medioli - Franco Urani - Francesco Alberoni - Rafae lla de Antonellis - Giovanni Mea Zilio Guido Sonino - Fern anda Maranesi CORRESPONOENTES:

Ana Paula Torres (Roma) Matteo Spini (Bergamo) Guilherme Aquino (Milao)

Lan se perdeu em rneio ao Carnaval enos deixou esse presente que define urn pouco desta grande festa que e 0 Carnaval do Rio.

Com unita Italia na esta aberto as e pesquisas de est udiosos brasileiros, italia nos e estrangeiros. Os artigos assi nados sao de inteira responsa bilidade de seus autores, sendo assi m, nao refietem, necessaria mente, as opinioes e conceitos do Jornal. contri b ui ~oes

11 gionate Comunita Italiana e aperto aj contributi e aUe ricerche di studiosi ed esperti brasitiani, italioni e estranieri. 11 collaboratori esprimono, nella massima liberto, personali opinioni che non riflettono necessariamente it pensiero della direzione.

ISSN 1676-3220 _

....._ _.1

Filiato all'Associazione Stampa lta!iana in Brasile


I NQ77 ...... 3_ _

Per la elM a Parigi • un congresso strateglco MAIO, MES DOS LUCCHESI As associa~6es Lucchesi nel Mondo do Rio e de Sao Paulo estarao em festa no mes de maio quando serao comemorados, respectivamente, 20 e 30 anos de suas funda~6es. As datas dos festejos ainda nao estao acertadas. Oependem da co n firma~ao das presen~as do governador da Provincia de Lucca, Andrea Tagliasacchi, do si ndaco (prefeito) daquela cidade, on. Fazzi, e do presidente da Associazione Lucchesi nel Mondo,

on. Cecchetti. Na expectativa dos eventos, tanto quanto os ariundi pa ulistas, os flumin enses prometem recep~6es ca ndignas, ca lorosas e atrativas. FESTA DA ABITA EMM AR~O A Assacia~aa Beneficente ltaliana de Niteroi comemora, no proximo dia 20 de mar~o, os seus doze anas de funda~ao. Satisfeita com o exito do ano passado, sua diretaria promove nessa data a tradicianal festa italiana no late Clube Sao Francisco, com comida lipica, vinho, musicas italianas madernas e tradicionais ao vivo, show e baile aD som do conjunto lipica Finestra del Cuore, de Sao Paulo. Cantatos pelo telefone 21- 26212737. Vitoria t em novo consul honoraria Tamou posse, em dezembro ulti mo, como Vice-Consul honorario da Italia em Vitoria, Franco Gaggiato, expressiva fig ura da comunidade italiana no Espirito Santo. A sole nidade, presidida pelo c6nsul geral do Rio de Janeiro, Francesco Mariano, teve lugar na sede do Clube Italo- Brasileiro do Esirito Santo. NOTiCIAS DE MINAS GERAIS de Italo Bertoletti i naugura~ao

epois da da D Casa d'ltalia de Barbacena, MG, em dezembro do ano passado, Sao Joao del Rei, tambem em Minas, esta mobilizanda a comunidade italiana a fim de resgatar a sua Casa d'ltalia, desativada ha

mais de 50 anos. A terra de Tiradentes sempre foi urn nueleo dinamico de imigrantes italianos . Ali , 0 gove rno de Minas eriou, em 1888, a colonia do Mar~a l, possive lmente a mais din amica da epoca no estado, conforme revelam pesqui sas hi storicas. m Barbacena, a co munidade E italiana recebeu, no dia sete de fevereiro, Elio Pujatti, prefeito de Oderso, na Provincia de Treviso, que veio ao Brasil para visitar os fa miliares residentes nesta cidade. Em rece p ~ao na Casa d'ltalia, usa ndo a faixa de sindaco - simbolo da sua autoridade - Elio Pujatti saudou a comunidade italiana loca l em nome da sua Comune. Em seg uida, sem a faixa, co nfraternizou-se com o publico presente, integrandose, inelusive, aos seus fa miliares brasileiros. ob os auspicios da Funda~ao Tori no, serao iniciadas em agosto proximo as aulas do curso de lingua ita lia na de Barbacena, prevendo-se a forma~ao de tres turmas, devido ao grande nu mero de inscri~6es.

S

m 18 de abri l proximo, a casa d'ltalia de Barbace na promovera ani mada festa italiana na Colonia Rodrigo Silva, em comemora~ao aos 116 anos da cria~ao dessa comunidade, uma das poucas que ainda sobrevivem em Minas Gerais.

E

NOTiCIAS DE NOVA FRIBURGO de Luis Carlos Striotto

o "Circolo Ita lia ni Uniti Casa d'ltalia de Nova Friburgo", co memorou , no di a 14 de feve reiro , os 90 anos de sua fun d a ~ a o . Uma mi ssa de A ~a o de Gra ~as foi celebrada na Igreja de Sao Franci sco de Assis, reunindo a com unidade ita li ana da cidade e periferia . Em seguida, na sede da entidade, foi inaugurada, pelo presidente Ro naldo Vanzilotta uma placa comemorativa . A entidade teve sua origem com a reuniao de varias i ns ti t ui~6es ita lianas que existira m nesta cidade.

ROMA - "La politica nazionaIe e internazionale sta vivendo una fase molto delicata e decisiva per Ie scelte dei prossimi anni. It congresso di Parigi della Cim, grazie alia presenza di delegati e di amministratori provenienti da tutto il mondo, rappresentera senza dubbio un importante momento di verifica, di confronto e di interscambio ad ogni livello, da quello economico a quello socia Ie e culturale". Angelo Sollauo, presidente della Confederazione degli Italiani all'estero, non nasconde l'importanza del nona congresso della Cim, che avra luogo a Parigi dal 27 al 29 febbraio. Sana previste oltre 2 mila presenze nella tre giorni francese, un quarto delle quali costituita dai delegati provenienti da ogni parte del mondo, dal Sud America, agli Stati Uniti, dal Canada all'Australia, dalla Germania al Belgio. Dall'Italia non mancheranno Ie delegazioni regionali, sviluppatesi notevolmente negli ultimi mesi (nutrita, ad esempio, la presenza di friulani e di molisani). Al centro dei lavori parigini, tra l'altro, la legge elettorale per gli italiani all'estero, quella di riforma dei Comites, Ie iniziative legislative a fa vore dei giovani d'origine italiana e l'ampio dibattito sullo stato della cultura italiana nel mondo. "La realta dei nostri connazionali all'estero si sta trasformando radicalmente - spiega Sollazzo - aile cornu nita italiane ormai radicate ed inserite da generazioni, con decine di milioni di unita, si affiancano i nuovi 'emigrati' che annoverano soprattutto giovani professionisti: tecnici, ingegneri, architetti , economisti, imprenditori, operatori turistici, rappresentanti delle organizzazioni non governative. Ma anche militari, missionari e circa 56 mila studenti impegnati in attivita didattiche d'interscambio". "Stiamo vivendo un momento di grande espansione orga-

nizzativa e politica sia in Italia sia all'estero - continua l'ex parlamentare, oggi alia guida della confederazione - "Con la nostra opera stiamo contribuendo a modifieare e ad implementare Ie relazioni tra il nostro paese e 'Ie altre Italie'. Perche occorre prendere coscienza che l'emigrazione italiana chiede sempre di meno ed offre sempre di piil - conelude Sollazzo. Nella fase di riorganizzazione, la Cim sta puntando a rafforzare i propri organi direttivi. So no almeno una ventina i manager entrati a far parte del direttivo nelIe ultime settimane. Tra questi: Fausto Capalbo, presidente della compagnia aerea Azzurra Air, Lucio Francario, presidente dell'authority della previdenza, Antonio Francioni, direttore generale dell'Isfol, Vito Alfonso Gamberale, amministratore della societa Autostrade.. Gaetano Pergamo, dirigente del eentro studi di Confesercenti, Gianni Profita, direttore generale del settore cinema del Ministero dei beni culturali, Lucio Sepede, amministratore delegato di I & T e Mario Serpillo, presidente dell'Unione coltivatori italiani. Nomi nuovi anche all'ufficio stampa, affidato a Giampiero Castellotti, giornalista professionista ed ex consulente di Confindustria per i Giovani Imprenditori, coadiuvato da Gabriele Di Nucci, image producer. "Nel corso della tre giorni di Parigi - informa Giampiero Castellotti, portavoee dell'organismo - sono previsti, tra l'altro, workshop sui settori agro-alimentare, edile, tessile e turismo, un'esposizione di prodotti regionali italiani curata dall'Unione coltivatori italiani e l'assegnazione di borse di studio per giovani d'origine italiana". It programma prevede anche uno spettacolo "made in Italy" offerto dalla Rai con la presenza, tra gli altri, di Gigliola Cinguetti, Rita Forte, Memo Remigi e Tony Santagata (quest'ultimo, tra l'altro, membro del direttivo della Cim). (G.(.)


4

-------

Rio de Janeiro, 18 FEV2004 I N° 77

CULTURA I Atual idade

Agenda Cultural Em mar,o duas grandes exposi,6es desembarcarao no Brasil: "Lodola: Controluce" e "Facchinetti". Controluce sera apresentada primeiramente ao pubLico de Sao Paulo, onde estara no Museu BrasiLeiro da EscuLtura Marilisa Rathsam entre os dias 16 de fevereiro e 19 de mar,o. ELa e formada por 110 obras que vao de desenhos sobre papeL a escuLturas Luminosas. Sua obra Lembra a paisagem urbana, sintetizando passado e futuro, encontrando uma Liga,ao entre 0 passado e a tecnoLogia do terceiro milenio, at raves de jogos com materiais industriaLizados. lodoLa nasceu em Dorno (Pavia), em 4 de abriL de

1955, e foi colaborador de importantes empresas (Swatch, Illy e Coca-Cola), grupos musicais e escritores. Por sua vez, Facchinetti sera inaugurada no Rio de Janeiro em 29 de mar,o, no Centro Cultural Banco do Brasil. A exposi,ao do artista Nicolao Facchinetti apresentara urn rico acervo do artista italiano erradicado no Brasil em meados do seculo XIX. Esta sera a primeira vez que sua obra podera ser vista em uma grande exposi,ao com 115 trabalhos, todos produzidos no Brasil e pertencentes a colecionadores brasi leiros. A mostra permanecera em cartaz ate 6 de junho, de ter,a a domingo, das 12 as 20hs.

PATRONATO ITAL UIL A maior rede de

serv i~os

a favor dos Italianos e descendentes no Brasil

NOVASE DE: RI O DE J ANE IRO RUAANDRE CAVALCANTI, 26 / 2" ANDAR - CEP: 20231-050 - CENTRO - RJ TEL: (21) 9888-3616 cl Sm. Katia - e-mail: italrj@patronato-ita l. org.br PO RTO ALEG R E - RS RUA JERON IMO COELHO, 85 BLOCO A SA LA 303 CEP: 900 I0-24 I PORTO ALEGRE RS TEL: (5 I) 3228-7699 e-mail: ilalpoa@patronato-ital.org. br

H IG IENOPOLIS SP RUA PARA. , 66 CE P: 0 1243 -020 HIG IENOPOUS .TELS : (I I) 32 14-6446-32 14-4289 FAX: (I I) 3151-4213 c-mail: italso@:natronato-ilnl.org.br SAO CAETA 0 DO.SUL SP RUA PERRELA, 229 CE P: 09520-060 SCS CENTRO TELS: (I I) 4229-9050 FAX: 4229-905 I e-ma il: uilabc@patronato-ital .org. br

ITAI:

CUR ITlBA- P R RUA XV DE NOVEMBRO,I040 CEP:8oo60-oo0 CENTRO TELEFAX: (4 I) 232-0344 e-mai l: jtalpr@patfonato-ital on: br

C RI C IlJ MA SC RUA CO RONEL PEDRO BENEDET. 46 SALA 122 CEP: 88801-250 C RI C IUMA - SC TELEFAX: (48) 437-438 I C-1ll3 i J: ita Ie ri @patronato-ilal .org,hr SALVADOR BA AV SETE DE SETEMBRO, 1238 CE P: 40060-000 SALVADOR BA TELEFAX: (71) 328-4388 e-mail: jtalba@patronaIQ-jtaI Qn;.br

.\pnsentadoria para ltalian(lS • I'l'nsii~s para \"ith as' Busta d~ Doculll~ntos • Encalllinhalllcnto c acolll"anham~nto d~ proccssos junto ao consulado

rradu~iics

.

.

It ,

IDIOM AR ~

-

(gJ19 (!ll!£ff3

~OO~

~

I}H:~

--

COmunltaltallana

-

.

Sede Central: Av. Presidenle Mlonio Corlos, 40/4° andor 20020-010 - Centro - Rio de Janeiro - RJ Tel.: (21) 2532-2T46 - Fax: (21) 2262-901 1' Filial de Copacabano Av. N. S. de Copacabana, 788 /8° andar Tel.: (21) 2255-5543

Pannalat, la vetita di Torma: "Cosi si pagavano i poIitici"

l'ex direttore finanziario riveIa.: "Tanzi finanziava i poIitici con i ton. di per 13 cancelleriau • In corso i primi interrogatori per Cirio. II crack Pannalat diventa un videogioco "Si penso proprio di 5i". Cosi Fausto Tonoa entrando in Procura ha rispo5tO ai giomalisti che gli chiedcvano se intende scrivere un mcmoriale sulla vicenda Pannalat. Ma ]'cx dire!tore finanziario ha gil.!. iniziato a raecontare I'intreccio tra politica. alta finanza e l'azicnda agro-alimentarc. Nel munero in edicola domani de "L' Espresso" Tonoa racconta che in Pannalat c'era un fondo destinato alI'acquisto di francobolli c marche cia bollo. Da que! fondo, Calisto Tanzi era solito prelevare "tre 0 quattro miliardi di lire alranno" chiedcndoli direnamente alia tesoreria. Probabilmente quei soldi andavano ai politici. Ma I'ex direttore finanziario del gruppo non si fenna qui e racconta la vicenda dell'acquisto eli Eurolat, la societa del laue del gruppo Cirio: "10 e Tanzi - secondo quanta riferito da "L' Espresso" - ci incontranuno sia con CragnoUi che con i vertici della Banca di Roma, Geronzi, Nottola, Bmmbilla e poi un altro di cui non ricordo il nome attualmente deceduto. Costoro insistettero a tutti i costi affinche facessimo I' operazione, dicendo che, dopo I'acquisizione ci avrcbbero fornito i finanziamenti. Ci elissero anchc che, se non avessimo fatto I'operazione, i rapporti trn Pannalat e Banca di Roma si sarebbero compromessi", "Geronzi e Brambilla e la persona deceduta - continua Tonna - insistettero affincM noi acquistassimo la divisione latte della Cirio" perche I' operazione ern funzionale al fatto che Cirio "riducesse Ie esposizioni" e per "salvare Crngnotti", lmportanti rivelazioni su lla sitnazionc del anche sui settimanalc "Panorama": il risultato industriale del gruppo Pannalat prima delle tasse, rogistra una perdita eli 351 milioni di euro, al 30 settembre scorso mentro il tesoro della famiglia Tanzi sarebbe di ohre 352 milioni di euro, Intanto proseguono gli interrogatori nel Carcerc romano di Regina CoeIi per il caso Cirio. Oggi sentiti <fal il gip Vardaro c i pm Cugini e De Marinis, Andrea Cragnotti e Filippo Fucile. Sergio Cragnotti invece dotrebbe essere sentilo nei prossimi giomi. E 10 scandalo finanziario delI'anno e diventato un videogioco che sJXlpola in rete. 11 sito www.bastardidentro.com propone lma nuova versione di Pacman ispirata aile vicende della Parmalat di Calisto Tanzi. Pannan e stalO giii. scaricato dal site olrre 20miJa volte


Rio de Janeiro , 18 FEV20 04 I NQ77

Comumtaltallana

LlTERATURA I Cultura

eseus anjos

e i 4«Di a4dt Claudio Magris e hoje um dos autores italianos mais traduzidos na Europa enos Estados Unidos. Ganhou notoriedade, a de suas reflex6es ace rca do Danubio e Cultura de uma Europa Central. Seguiramse novos ensaios e pe~as, que abordam e discutem uma certa heran~a do seculo xx. Marco Lucchesi - Nel libro Utopia e disincanto, il primo capitoLo - omonimo - muove da queUa

presunta opposiz;one - the in un (etta sensa e stata coadiuvante di quella stranissima brevita deL secolo XX, come 10 dice Hobsbawn. E penso a Marx, Nietzsche e Dostoievskij. Siama gia liberi di Que; fantasm; , come vuoLe it pensiero unieo?

Claudio Magtis - No, non penso affatto che Nietzsche, Dostoevskij, Marx 0 attri grand; siano fantasm; 0 che siano superati. Questa e uno de; pill. madornali, anzi indecenti errori, anz; una falsificazione del cosiddetto pensiero unico, di queUa visione del mondo che non soLo ogg; domina (cosa che di per se non sarebbe strana, perche nell'alternarsi della Stana 0, come dicevano i barocchi, della ruota della fortuna, viene per tutti a quasi, per i migliori a anche per i peggiori, il turno a il momenta del breve trionfo) ma pretende di essere l'ultimo, definitivo, immutabile ed eterno assetto del mondo e dunque l'unica e definitiva visione del mondo. COS1 com'era ridicolo, nel1929 a anche negli anni Settanta, credere che it capitalismo fosse agonizzante, e altrettanto ridicolo ritenere che esso (e tutta la filoso"fia che e implicita in tutto questa) sia la definitiva condizione del mondo. QueUe grandi personalita sana pia che mai vive e presenti, in came ed ossa, e non solo perche ogni grande valore dura e non passa mai; la lirica Tang a le saghe vichinghe non sana "superate" dalla

successiva, anche grandissima, evoluzione letteraria. Ma Nietzsche e Dostoevskij - e, in misura diversa e in forme diverse, Marx - sana degli aruspici che hanna fissato it loro sguardo, con acutezza spietata, nelle pieghe piil profonde del divenire storico, di un tempo che e ancora it nostro tempo. Essi ci aiutano dun que a capire non solo queUo che e successo alla loro epoca a poco dopa, rna quello che sta succedendo, quello

che succedera prossimamente. E' impressionante come soprattutto Nietzsche e Dostoevskij abbiano analiuato e descritto una trasformazione radicale, epocale dell'umanita (non solo della sodeta e della

cultura, ma dellindividuo stesso) che sta awenendo, nella Quale siamo coinvolti. ~oltre-uomo di Nietzsche, owero come diceva egli stesso l'uomo del sottosuolo di Dostoevskij, e quel nuovo stadio antropologico, quell'individuo non pia individuo, quella specie di mutante, di nuovo modo, plurimo, di aggregare la molteplicita di cui siamo composti, insomma di quel nuovo uomo the sta configurandosi, che stiamo diventando. Lucchesi - Nietzsche e 00(" 1 1/ 'l.' viva coinddenza tra sup Sottosuolo e Oltn!-Uom

5

Magris - Credo di aver risposto in parte a questa domanda nella mia risposta precedente, a proposito di quella vidnanza fra oltre-uomo e uomo del sottosuolo - due modi per esprimere quelrintuizione della trasformazione antropologica che hanno avuto Nietzsche e Dostoevskij. Un individuo non pia compatto e unitario, non pia formato (0 imprigionato, secondo i punti di vista) dalla corazza, dalla camicia di forza della cosdenza, da un'identita precisa (che comporta un preciso sistema di valori su cui fondarsi), rna fLuttuante, mutevole, provvisoria. La differenza sta net fatto che per Nietzsche si trattava di una tiberazione, mentre per Dostoevskij si trattava di una malattia da combattere; per entrambi si trattava, tuttavia, di una verita epocale, di una verita (anche negativa, per Dostoevskij) dell'epoca

con La quale era (ed e, aggiungo) necessario fare i conti. Quanto alla redenzione, credo che una redenzione concreta non possa basarsi su sogni di porre fine una volta per tutte aHa storia, al suo divenire, alle sue contraddizioni (questa utopia, che si crede gia realizzata 0 che pretende di avere una formula definitiva, e pericolosa, mortale) bensi nella simbiasi di utopia e disincanto, nella consapevolezza che non saremo mai nella Terra Promessa owero che non realizzeremo mai una redenzione definitiva, che andremo incontro a continue sconfitte, talora anche a passi indietro, rna nella tenace volonta di proseguire, nonostante tutto, il cammina verso La Terra Promessa, verso it miglioramento del mondo, rafforzati, resi piu maturi e non devastati da questa disincanto. Altrimenti, non c'e nessuna salvezza possibite, neanche queUa piccola, limitata e provvisoria che e runica che possiamo realizzare. Chi crede che it mondo possa cambiare da oggi a domani, magari senza sforzo, solo can un nobile sag no, l'indomani, quando vede che do naturatmente non e successo, rimane vittima di una delusione che lo porta a un cinismo reattivQ, a diventare reazionario, a sputare su quegLi ideali nei quali aveva ciecamente creduto. Lucchesi - Sergio Quinzio scrisse un libro sorprendente suUa sconfttta di oio, e su quelLa dolorosa aspettativa, rimandata da secoli. Penso air angelo della storia, in Benjamin, e al

Prindpio-Speranza, di Bloch. Magris .. Anche a me quel libra di Quinzio interessa molto, perche mette t'accento suL pia grande paradosso cristiano di un Dio che si cala nella debalezza estrema. per partecipare sino in fondo della miseria, della fragilita, talora anche

della indegnita, delrangoscia e della paura, del

finito, del caduco, e dunque anche dell'uomo e della storia dell'uomo. Solo passando attraverso queste forche caudine (l'impressionante momento in cui Gesa, nel Getsemani, per un attimo, sopraffatto dall'angoscia, vorrebbe ritirarsi, vorrebbe cancellare e annullare it progetto della redenzione prestabilito, secondo la fede,

dall'eternita e culminante nella sua passione, morte e resurrezione, e possibite una salvezza 0 almeno un migtioramento della storia reale. Un miglioramento cioe che tenga conto di tutta la piccolezza dell'uomo e di ogni uomo, di tutta la debolezza e di tutte le debolezze, di tutta La nostra oscurita. E it grande principio-Speranza e appunto questa: it sensa del granello di lievito nascosto anche nel fango piil misero. Lucchesi - Le belle pagine del suo Oanubjo ••• e quelrampia visione della storia, e La sua corrente, con que; 1Lussi e rifluss;, quel desiderio di fare e di soffrire la storia (come Vico). Sappiamo tuttavia che il processO .non e

finito e non pUG finire ... Magris - Certo che it processo non e finito e non PUQ finire e nemmeno si ripete, come atcuni anche grandi hanna creduto. Ma questo e appunto it sensa del nostro vivere e della nostra storia ed e anche queLlo che ho cercato di esprimere in Danubio. Lucchesi - La prima volta che ho letto it suo teatro - e parto di Stade/mann - credo di aver seguito un satto notevole daUa storia alta finzione, e quanto fosse stata La metafora (in senso profondo) il presupposto di queUo

spostamento necessario ••. Magris - S1, it passo dalla storia alta finzione e stato molto rilevante, nella mia staria personate. E' iniziato con Illazioni su una sciabola ed e poi continuato con Stadelmann, con altri testi pia brevi, recentemente con La mostra, il testa in cui Forse mi riconosco di piil, da un punto di vista dolorosamente e anche angosdosamente soggettivo. Ma anche Danubio e Microcosmi sono opere di finzione, anche se aderenti alla realta, proprio perche fondate sulla metafora. 10 parto quasi sempre dalla realta, da cose vera mente successe e da persone vera mente esistite. La vita e originale, diceva Svevo; 1a verita, diceva Melville, e piil bizzarra della finzione. C'e nella vita concreta un'incredibile creativita (a seconda dei casi, drammatica, comica, entusiasmante, terribile e casi via) che e molto pia forte di queUo che noi possiamo immaginare 0 inventare. 10 COS1 ho preso quasi sempre (si pensi a Danubio e a Microcosmlj tanti pezzi della realta che corrispondono a cose reatmente accadute e a persone veramente esistite, poi e it montaggio fantastico che trasforma tutto questa in una costruzione poetica, ";nventata". Come se si prendessero tante tessere di un mosaico, ognuna delle quali corrisponde fedetmente a un pezza del mondo, rna si componesse, con esse, una figura che e inventata. E' questo, e anche questo "lo spostamento" di cui lei parla. Lucchesi - Tra rangelo della storia e la stazione

Finlandia, verso dove andiamo? Magris - Non sana proprio in grado di rispondere a questa domanda; se lo fossi, sarei uno dei piil grandi geni di tutti i tempi, cosa che ahime non sana. Credo che nessuno possa vera mente sapere verso dove stiamo andando; forse mai come oggi

e stato diffidle saperlo.


Em ano de troca-troca na Embaixada e no Consulado do Rio, Frattini vern ao Pais em busca de novas fronteiras para intensificar rela~oes uma ensolarada manha do intense inverno romano, 0 ministro Pasquale Ter-

N

racdano recebeu a nossa corresponden-

te em Roma no seu gabinete, na Famesina, sede do Ministerio das Rela~oes Exteriores. Para esta entrevista exclusiva, na qual revela 0 forte interesse do governo italiano de refor~ar seus la~os com 0 Brasil, Terracciano an uncia a visita de uma comitiva liderada pelo ministro Franco Frattini. 0 diplomata, que foi consul geral no Rio de Janeiro, fala ainda sobre a importancia do associativismo dos itatianos no exterior, destacando as proximas elei~oes para

o Co mite dos Italianos no Exterior (Comites), e ressalta as temas mais importantes a serem tratados na viagem aAmerica Latina. • Comunit. - 0 sr. foi consul no Rio de Janeiro. Quais foram as suas experiencias ao longo da sua carreira?

Pasquale Terracciano - Iniciei a minha carreira em 1981, aqui em Rama, no Ministerio das Rela~ae s Exteriores. quando me dediquei a questaes juridicas. Em 20 de fevereiro de 1985 cheguei aD Rio de Janeiro como consul. Lembro-me muito bern da data. porque a primeira sede nunca se eSQuece. FiQuei no Rio ate ianeiro de 1989.

Em seguida, eslive em Bruxelas por quatro anos como representante italiano na OTAN. Retornando aRoma, permaneci dois anos no ministerio, tratando de quest6es eomunitarias e Uniao Europeia. Logo apos, por outros dois anos. trabalhei no gabinete da ministra Susanna Agnelli, e naquele periodo pude acompanha-ta em uma viagem por toda a America Latina, estando tambem no Rio. Em 1996 fui para Londres, on de perm aneei por quatro anos e, depois, retornei novamente a aTAN, em Bruxelas. Em 2001 fui nomeado vice-chefe de gabinete do Ministerio das Rela~aes Exteriores, minha atual ocupa,ao. • c.I. - 0 que 0 sr. destacaria da permanencia no Rio de Janeiro? Terracciano - ACTedito que 0 Rio tenha sido a sede de maior salisfa~ao, tanto do ponto de vista humano quanto do profissional, apesar de outras como a aTAN e Londres serem sedes talvez de maior prestigio para urn diplomata . No Rio tive 0 primeiro contato com 0 meu trabalho no exterior, num Consulado, e fo; extremamente prazeroso. Alem disso, em uma cidade como a do Rio de Janeiro, em urn pais como 0 Brasil, encontrase urn tipo de trabalho em que e preciso estar oreoarado Oata resolver ouaWueJCJl,tobie.lltla.J!'......_

de ser desde urn acordo comereial com 0 Brasil. ou 0 aeompanhamento de uma licita~ao em que estejam envolvidas empresas itatianas dentro do Estado do Rio de Janeiro, ate resolver 0 pequeno problema de urn italiano em dificuldade. • LI. _ Problemas dos imigrantes italianos? Terracciano _ Principalmente do imigrante. que e 0 que deve ser de maior interesse para urn can suI. Mas tambem do turista de passagem, que normalmente e algo de menores dimens6es. a problema do imigrante que reside no Rio de Janeiro e urn problema que 0 Consulado, 0 c6nsuI, e, portanto, indiretamente tam bern 0 Estado italiano, devem de qualque r forma se empenhar a resolver de modo permanente. E diferente de urn turista que foi assaltado, por exemplo. • c.I. - Seria possivel tra~ar urn perfil da comunidade italiana com a qual 0 sr. conviveu? Terracciano - Fiquei comovido quando tive os primeiros encontros com a coletividade no Rio. Conheci imigrantes de todas as condi~aes socialS e vi que ao lado de uma comunidade composta por profissionais, empresarios de sueesso, existe tam bern uma grande quantidade de italianos que foram para 0 Brasil pela !oec id d COD,Ira.....m.~IIij.bo_ _............


ATUALIDADE I Comunidade Clllltral,am em sua patria. Entao senti que co· IUlia, nbs linhamos urn debito em rela~ao a possoas. Pessoas que nao Iinhamos conse· valorizar nem integrar no nosso pais. mas quase incentivamos a iT para fora, procurar da Italia. Enquanto isso, 0 pais cresceu tornou urna das maio res potencias econado mundo. Seria impossivel nao sentir debito em rela~ao aos proprios filhos que menos sorte e que faram de (erta forma ltelrti.'ad()s a deixar 0 proprio pais, mas que continuaram ligados a patria. (.1. - 0 que 0 sr. acha da atividade dos or!talianos e associa~oes, presentes no Epreciso melhorar 0 atendlmento? Terracciano - Lembro-me das varias sociedabeneficentes, a de Mutuo Socorro, por exemque e a mais antiga da America Latina. Existambem varias associa~oes regionais, circulos, 0 hospital italiano, e todos fazem a sua parte para cuidar do bem-estar da coletividade italiana. Porem, a situa~ao econ6mica no Brasil e periodicamente diftcil e as exigencias de interven~ao financeira sao muito elevadas, nem sempre podendo ser atendidas com os meios dis poniveis no Consulado e em outras institui~6es. Urn grande passo foi realizado no periodo em que eu estava no Rio, com a regulamental.;ao da aposentadoria minima. Fai dada aDS imigrantes a possibilidade de fazer 0 pedido para validar os poucos anos de trabalho transcorridos na Italia, ou mesmo somente 0 tempo do servic;o militaT. Essa regulamenta~ao faz com que a pessoa tenha automaticamente direito ao minima da aposentadoria italiana. mesmo tendo poucos anos de contribui~ao. E, naquele periodo, eu me lembro que 0 valor era de cerca de 400 dolares, 0 que fazia uma boa diferen~a para essas pessoas, pois no Brasil tinha uma grande infl.a~ao e essa quantia representava uma grande fonte de sustento para muitas familias. Agora talvez 0 poder de compra seja menor por causa do cambia. Atualmente 0 mais interessante e a reforma (On5t;tucional e a atribu;~ao de majores competencias as regi6es italianas, que se tornaram ma;s uma fonte de ajuda para os imigrantes. • C.I. - E como as regioes podem auxiliar 0 italiano residente no exterior? Terracciano - As regioes podem se encarregar de projetos de assistencia para os italianos necessitados que vivem no exterior e tambem eventualmente auxiliar aqueles que decidam retornar a patria. Outras atividades, como a forma~ao profissional de jovens, tambem podem ser desenvolvidas. • C.I. - Ja se sabe quem sera 0 proximo embaixador no Brasil? Terracciano - Ainda nao, porque 0 mandato do atual embaixador termina no final do ano. E ceda para que 0 ministro decida, mas posso dizeT que ja existem muitos candidatos, porque urn lugar como 0 Brasil obviamente atTai, • C.1. - Em mar~o serao realizadas as elei~jjes para 0 Comites. Qual e a importancia que 0 Ministerio das Rela~jjes Exteriores atribui a

esse orga~? P_T.- Eu lembro de quando foi instituido 0 primeiro Comite dos Italianos no Exterior (Comites) no Rio de Janeiro, quando eu era consul. Aproveito a ocas;ao para recorda r 0 primeiro oresldente do Comites. Que fOl 0 medico Braz

Maiolino. Ele foi uma figura de grande inspirapara todos os italianos no Brasil e sempre respeitador das institui~iies, seja do seu pais de origem, seja daqueLe de ado~ao, isto e, 0 Brasil. Sou be tam bern interpretar da melhor forma a figura de presidente, unindo a componente de assistencia ao atendimento consular. Deu contribui~ao de carater cultural, interesse geral e tambem, no seu caso, ajuda para 0 hospital itaLiana do Grajau. Ele se dedicava muito para manter a centro de assistencia para os itaLianos. Depais, no ano seguinte, veio Corrado Bosco, que hoje e representante do Conselho Geral dos Italianos no Exterior (CGIE). Tive 0 prazer de trabalhar com ele tam bern. Uma pessoa dina mica, que interpretou 0 espirito democratico que esta na base da constitui~ao dos Comites. Os Comites foram constituidos quando 0 direito de voto dos italianos no exterior ainda nao era reconheddo. Era urn modo para consentir, as nossas coLetividades no exterior, de exprimir a propria vontade e eleger alguem que pudesse, junto ao Consulado, ser interprete da vontade da coletivida de. Esse metodo funcionou bern, porque reaproximou muito as coletividades no exterior ao governo de Roma. criando uma conexao estavel. Foi entao decidido que os Comites seriam mantidos tambem apos a concessao do voto aos italianos no exterior, exatamente porque desempenham essa func;ao muito importante de Liga~ao, atraves tambem do CGIE. ~ao

ses do mundo. 0 ministro sera acompanhado pelos membros de seu gabinete, na minha pessoa ou na do chefe de gabinete, alem do diretor geral para a America Latina, Ludovico Ortona, que e quem esta organizando a via gem e mantendo contato com as nossas Embaixadas no Brasil, Argentina e Chile. • c.1. - E a viagem sera para intensificar as rela~oes entre as paises em seus mais variados aspectos? Terracciano - Sem duvida. Serao tratados assuntos como relac;oes comerciais e politicas. A reforma da ONU, por exemplo, sera 0 centro das atenc;oes. Alem de relac;oes entre Uniao Europeia e America Latina. tam bern discutiremos a Luta contra 0 terrorismo e contra a proLifera~ao das armas de destr:uiC;ao em massa . E tambem fataremos do fortalecimento dos la~os e dos intercambios culturais entre os dois paises, alem, obviamente, das problematicas especificas da nossa coletividade no Brasil. • c.1. - (omunita Italiana completa em 2004 dez anos de vida. Qual mensagem 0 sr. deixaria aos nossos leitores? Terracoano - A mensagem e de cumprimentos pelo 6timo trabalho desenvolvido ate agora e votos de encorajamento para muitas outras decadas de atividade jornalistica. Revista que eu pude ler, que aprecio muito e considero que tenha conquistado urn equilibrio dif)cil, mas importante neste tipo de publica~ao. Vejo que existe uma aten~ao aos problemas e a realidade do Brasil e, portanto, dos italianos que La vivem. Ao mesmo tempo, existe uma justa preocupa~ao em rela~ao as raizes dessa comunidade, que esta muito bern inserida no pais, como e correto que seja, e brasiLeira em todos os eFeitos, mas possui uma sua raiz, corna acontece com tantas outras componentes da grande civiliza~ao brasileira. As origens italianas sao especiais e e normal que se queira cultivar e conservar. Por isso. eu fa~o novamente os (umprimentos a direC;ao da revista, que soube estabelecer 0 justo equilibrio entre essas duas exigencias. ~

• C.I. - Eprevista uma visita do ministro das Rela~oes Exteriores, Frattini, ao Brasil. Qual e o motivo da viagem e assuntos que serao tratados? Ja foi estabelecida a data e a comissao que 0 acompanhara? Terracciano - Sim, 0 ministro estara no Brasil em maio. as motivos sao aqueles de refor~ar os la~os entre Italia e Brasil. eliminando urn pouco urn vazio dos ultimos anos, devido a trocas de governo na Italia e posteriormente no Brasil. Ocorrerarn menos contatos nos ultimos tempos do que aqueles que teriam sido oportunos. E verda de que no ano passado 0 ministro (elsa Amorim esteve aqui e se encontrou com 0 ministro Frattini. Neste momento, depois do semestre de presidencia europeia, que exigiu muito do ministro Frattini na Europa, exercendo as suas fun~iies de Presidente do Conselho Europeu, gostariamos de retomar as rela~6es bilaterais com paises com os quais nos sentimos especialmente ligados. Portanto, uma das primeiras missoes sera na America TI. .rnn..;;.....-::-:-t Latina, onde 0 ministro provavelmente visitara Brasil. Argentina e Chile. A visita ao Brasil sera aquela mais articulada, com atividades em Brasilia, Sao Paulo, Rio de Janeiro e, se possivel, Bahia. Nos outros paises, visitara Buenos Aires e Santiago. Portanto, 0 Brasil sera a parte central da nossa via gem, porque e a maior pais da AL, uma area que queremos levar ao centro das rela ~ 6e s bilate rais da ItaLia com as outros oai-


e seus principais dados: nome, do diariamente sobrenome, data de nascimen- com os italianos, to, local de residencia, entre nao poder enviaroutras informa~6es. Mas 0 pro- lhes uma cedula eleitoral por blema nao e novo. Situa~ao se- eonta destas diferen~as", desabafa Mariano, melhante ocorreu durante 0 re- acrescentando que sua equipe tem se empeferendum realizado em meados nhado para reduzir estas divergencias. de 2003, no qual os italianos no Se as autoridades eonsulares estao eontraexterior decidiram sobre a pas- riadas com a situa~ao, os italianos que fieasagem de dutos por baixo das rao de fora do pleito mostram total insatisfacasas na Italia . ~ao com a eondu~ao de todo 0 proeesso. A puNa circunscri~ao de Sao blicitaria Anita Santoro, moradora de Niter6i, Paulo, que compreende os esta- conta ter se sentido "traida" ao saber de uma ao sera desta vez que 0 direito ao voto dos de Mato Grosso, Mato Grosso do SuI, Acre e elei~ao da qual nao podera partieipar apesar Roraima, 0 panorama nao e menos grave. A es- de ter votado na ultima elei~ao para 0 Comisera dado de forma plena a todos os cidadaos italianos ao redor do mundo. A timativa do Comites daquela circunscri~ao e de tes, em 1997. "Nilo recebi nenhum comunicado do consuque dos 171 mil membros da comunidade, apeelei~ao para os Comites dos Italianos no Exnas 72 mil ten ham direito ao voto. Para tentar lado, nem uma carta ou e-mail. Fui pega de surterior (Comites), no pr6ximo dia 26 de mar~o, sera marcada pelos entraves da burocracia do reduzir as diferenc;as entre as listas eleitorais e presa ao saber da elei~ao por uma amiga. Eu me governo italiano. No Consulado do Rio de Ja- o numero de italianos registrados na anagrafe sinto excluida da eomunidade italiana no Brasil porque nao posso decidir sobre os assuntos que neiro - que atende as comunidades italianas consular, os funcionarios consulares trabalham do estado, alem de Espirito Santo e Bahia - a contra 0 tempo para enviar comunicados atra- me dizem respeito, alem de ficar a parte de toestimativa do Comites atual e de que menos ves de faxes as prefeituras das de 20 mil pessoas participem do pleito, quan- cidades de origem na Italia e, do 38 mil cidadaos italianos estao inscritos em muitos casos, aRoma. nesta circunscric;ao. Para 0 consul no Rio, Frano fato de 40 a 50"10 dos italianos residen- cesco Mariano, reconhecer 0 dites no exterior nao poderem votar ocorre de- rei to de voto a todos os italianos vido as divergencias apresentadas nas listas no exterior ate a data da elei~ao eleitorais enviadas pelo Ministerio do Interior, do Comites "seria um milagre que deixaram de fora milhares de nomes inscri- que ele nao pade esperar". tos no Aire (Anagrafe degli Italiani Residenti "Este problema ja existia no al~Estero). 0 Aire e um banco de dados criado referendum e se repete agora pelas prefeituras das cidades de origem, onde nas elei~6es dos Comites, apeConsulados se empenham para fieam cadastrados todos os cidadaos italianos sar da intensa a~ao dos consuresolver problemas com cadastros I.-;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;w;;;~;;;;;;] lados. Mas se ele e i mportante agora, 0 sera muito mais durante dos os eventos politicos e culturais desenvolvias elei~6es para deputados e senadores dos aqui. Se meu voto nao interessa, a quem interessa esta elei,ao?", questiona a publicitaria. I ~~.~UUU~ alerta Francesco Mariano. a consul afirma q~e a falta de emo pre' ente do Comites de Sao aulo, penho do Ministerio do nterior e das Claudio Pie ni, ressalta que nao altaram prefeituras levou a frustra -0 aos que alertas e soliC! ,6es para resolv r este propais de ori em: blema nos ultimos anos. S6 ele nviou reeentemente uma carta mais d 20 autoridades do governo como 0 prime' o-ministro Silvio Berlusco ni presidente arlo Azeglio iampi e 0 presid nt da Camara, Ferdin, ldo asini,

N

J

,


Rio de Janeiro 18FEV2004 I N° 77

Comumtaitallana

, ESPECIAL I Comunidade

AGENDA DAS ELEI~6ES PARA OS COMITES ATE 15 DE MAR~O DE 2004 Os cidadaos italianos podem requerer aComissao situa~ao

eleitoral e, em particular, a conde sua inscrit;ao na Lista dos cidadaos com direito de voto, fornecida peto Ministerio do Interior. Caso 0 ddadao nao (Dnste nesta lista, 0 Consutado podera aceitar seu voto ap6s teT efetuado com resultado positivo- adequada averigua~ao junto aprefeitura do municipio italiano competente. ATE 30 DE JANEIRO DE 2004 Econstituldo. por decreta consular, a (amite fi rma~ao

Eleitoral Circunscricional (CEe) presidido pelo titular da Chancelaria consular au por seu preposto e composto petos representantes designados pelos apresentadores das listas e pelos representantes das associa~oes italianas (maximo de seis representantes, eventualmente sorteados entre as

indicados ao Consulado). as candidatos nao podem fazer parte do CEe. ATE 4 DE FEVEREIRO DE 2004

oComite Eteitoral verifica as listas dos candidatos entregues peta Comissao Eleitoral e declara a aceita~ao das mesmas. NO MAxIMO ATE DIA 6 DE MAR~O DE 2004 A Comissao Eleitoral envia aos eleitores 0 enve-

Lope contendo 0 material eLeitoral. As vota~6es ocorrerao par correspondencia.

se~ao

dos escrutinadores e designarn para cada eleitoral instituida pelo (EC urn representante de lista e urn suplente.

A PARTIR DE 12 DE MAR~O DE 2004 as eleitores que nao tiverem recebido em seu dornicilio 0 envelope eleitoral podem requerer uma

segunda via no Setor Eleitoral do Consulado. ATE 16 DE MAR~O DE 2004

o (omite Eleitoral

co nstitui as se~oes eleitorais (uma para cada 5000 eleitores) e nomeia os escrutinadores (quatro para cada se\ao). 0 Secretario e escolhido pelo Presidente da se~ao antes de sua posse. ATE AS 24 HORAS 00 DIA 26 DE MAR~O DE 2004

Prazo maximo para a chegada (ou entrega) ao Consulado dos envelopes pre-franqueados contendo as cedulas eleitorais preenchidas. 27 DE MAR~O DE 2004 Na hara estabelecida pelo Comite Eleitoral tomam posse as se~oes eleitorais e se inida a apura~ao. As sel;oes transmitem ao Comite Eleitoral as cedu-

las apuradas. Ate 48 horas ap6s

0

recebimento das

cedulas apuradas, 0 CEe examina e indica os votos contestados e provisoriamente nao atribuidos; procede-se entao a reparti~ao das se~6es. 0 CEC, en fim, proclama os eleitos.

ATE 11 DE MAR~O DE 2004

ATE 15 DE ABRIL DE 2004

Os apresentadores das listas validas entregam ao (amite ELeitoral uma lista de eleitores para a no-

o Presidente em fim de mandata convoca a primeira reuniao do novo Comites

"Se em seis anos os italianos nao tomaram providencias, na~ e no prazo de urn mes que esta situa,ao sera resolvida", preve.

pleito atraves do "par condicio" (paridade de condi,6es) e evitaria a influencia financeira

Pieroni acrescenta que a identifica,ao fica mais dificil, pois boa parte dos italianos nao foi cadastrada no Aire de sua provincia de origem e sim em Roma, 0 que demanda, em alguns casos, duas verifica,6es para cada eleitor. Ele cita 0 exemplo da propria famHia: sua mae e filhos foram registrados na Comune de Castiglione di Garfagnana, na Provincia de

"A comunica,ao do consulado com 0 eleitor e deficitaria. Se esta campanha come,ar a ser feita apenas em mead os de fevereiro, em pleno Carnaval, sera tarde demais", alerta Arduino Monti, acrescentando que os consulados deveriam publicar informes em jornais e divulgar 0 processo eleitoral atraves das radios e da TV. Apesar dos obstaculos na formaliza,ao de quem tern direito ao voto, os consulados tern cumprido 0 calendario previsto pelo Ministerio do Interior. As listas de candidatos ao Comites no Rio ja foram entregues, cada qual com 12 nomes e 100 assinaturas de italianos que endossam sua participa,ao no pleito. Em Sao Paulo, 0 mesmo aconteceu, sendo que 0 numero de candidatos por lista e de 16 e 0 de assinaturas de 200, devido ao maior nu-

Lucca e, com certeza, estao no Aire. No en-

tanto, nenhum deles aparece na lista eleitoral enviada ao consulado de Sao Paulo. a presidente do Comites no Rio de Janeiro, Arduino Monti, faz coro as solicita,6es de Pieroni e acrescenta ser obriga,ao do consulado enviar, 0 mais breve possivel, uma carta aos

eleitores com informa,6es sobre as atividades do organismo e as propostas de cada chapa. Para ele, a medida garantiria a democracia do

na campanha.

CHAPAS DA CIRCUNSCRIc;:Ao RIO DE IANEIRO, EspiRITO SANTO E BAHIA EQRZA ilLTERNATIYI\; Corrado Bosco Francesco Perrotta Caterina Barone

Liliana Frenda Francesco Giglio Arlinda Carnevale Mario Masella Fernando Schettino

Sergio Seafano Fabio Chiappetta Alberto Caschili Fernanda Maranesi

SAIBA MAIS SOBRE OS COMITES:

mea~ao

Eleitoral institufda no Consulado Geral a verifica~ao

de sua

9

~~

Constantino (oladett; Diego Marchi Diego Errini Oymas Spindu\a Flavia Dusmanovich

Giovanni Castagna Giovanni Piala Tarcirio Franzosi Jose Dell'Armeliina

Miguel Guizzardi Rita de Cassia Bortoluzzi Sergio Guizzardi Nemerio Cesconetto

VIVA

~ITALlA:

Arduino Monti Giovanni Battilana Marcia Christina Bordin Cristiana (occo Alessandra GibeUi Daniela lannia Andrea Lanzi

Carlo Pagani Luciano Pessina Giorgio Venezian; Antonio Scotti Mauro Porru Andressa De Para

luis Carlos Arpin;

o QUE SAO:

Instituidos pela Lei n' 205/1985, modificada na Lei nO 172/ 1990, os Comites de ltalianos no Exterior (Comites) sao organismos representativos da coletividade, eleitos pelos italianos residentes no exterior. Eles operam em cada circunscri~ao consular, na qual residem no minimo 3 mil cidadaos italianos. COMO SAO FORMADOS:

o numero de membros dos comites e definido proporcionalmente pelo numero de cidadaos itallanos registrados em cada cirscunscri\ao: 12 membros eleitos para comunidades com ate 100 mil cidadaos italianos (exemplo do Rio) e 16 membros para comunidades entre 100 mil e 200 mil

cidadaos (exemplo de Sao Paulo). PRINCIPAlS FUN~6ES:

Em colabora~ao com a autoridade consular e as associa\oes italianas, 0 Comites tern a fun\ao de promover atlvidades culturais e sociais, cuidar da assistencia social e da forma\3o profissional. propor e sugerir iniciativas ao Governo italiano em favor da comunidade no exterior, entre outras. DURA~AO 00 MANDATO: Todos os membros do Comites ficam por urn periodo de cinco anos com direito a reeteil;ao.

mero de italianos residentes naquela circunscri~ao.

a segundo passo - a apresenta,ao dos no-

mes de representantes de associac;6es civis e

dos candidatos que formarao 0 Comite Eleitoral - tambem foi concluido. Este verificou a validade das listas de candidatos para, no dia 4 de fevereiro, definir a cedula oficial. No Rio, estao aptas a participar do pleito as chapas "Forza Alternativa", "Spirito Italiano:' e "Viva malia" (Veja Box com nomes dos candidatos). ~


Comumtaitallana

Ha 147 anos aSIBMS constroi uma vida de glorias no Brasil Vigorosa e eterna, forjada pelo trabalho de homens e mulheres. imigrantes que uniram povos espalhando Gultura, alte e sabedoria.

SOCIEDADE ITALIANA DE BENEFICIENCIA EMUTUO SOCORRO Av. Pres. Antonio Carios, 40 -8° andar -RJ Tels.: (21) 2220-7817 /2220-8065 ... VE RONESBVIAGG I

o

VE RONHSEVLAGGI

VE RONES EVlAGGI

~ APROVEITE ESSAS VANTAGENS! ~ ~ ~

I:ll

~

• ~

Roma, MiHio, Veneza, Napoli, Verona, Floren~a, La Mezia...

a partir de apenas

~

m (/}

~

> ~

~I iI)« j-1I

~z

~

~

~

~

ou em ~X s/ juros

>

Que tal fazer um eurso na lulia? GIANFRANCO pode realizar seu desejo!

g <

5:

.

Tel/Fax: (:&1)

U~5-6709

Atendemo. tamWm aos "bados e cIomingos

~

~

~ ~ Z

"

~ ~ ~ : St' Clara, 1~% / .. and_ - Copaeabana ~ ~

~ I~VIAilS3.NO'l 3A

~ I:Y.)VlA'aS'ilNOliHA

I:>:)VlA'3:SBNOH9A

9


Rio de Janeiro, 18FEV2004 I NQ 77

Comunttaltaftana

11

ATUALIDADE I Comunidade

r[~ -C~~ ~-~it~- -I-t-~ ii~~; Assinatura

j

Anuidade R 42

(este cupom pode ser fotocopiado caso nao queira recortar 0 jornal)

Nome: _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __ Endere90: _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __ Bairro: _ _ _ _ _ Cidade: _ _ _ _ _ __ Estado: _ _ CEP: _ _ _ _ Tel.: ( Fax: ( I

_ _ _ _ e-mail: _ _ _ _ _ __

Data de Naseimento: _ _ I _ _ I _ _ (opeional) Profissao: Quero reeeber 0 brinde deste mes (

(opcional) )

Frete de R$ 6,00

- - FORMAS DE PAGAMENTO - -

CHEQUE NOMINAL A EDITORA COMUNITA ( ) (Anexa-Ia junto a este cupom) DEPOSITO BAN CARlO ( ) CNPJ 03.353.753/0001-79 BANCO: UNIBANCO AG. 0422 C.CORRENTE 749.833-6 (Para sua seguran9a envie·nos copia do recolhimento)

BOLETO BANCARIO ( ) (Nos 0 enviamos e voce paga em qualquer agencia bancaria)

Editora Comunita - Comunita Italiana jJ: Rua Visconde do Uruguai, 98 ~ Centro - Niter6i - RJ - 24030-070 Tel/Fax: (OXX21) 2722-0181


12

R IO

de Janeiro , 18FEV2004

1

NQ 77

ATUALIDADE I Comunidade

ci saranno soltanto i 'tamborins" riscaldare il clima nel Sambodromo Carnevale. La presenza di turisti da tutte parti del mondo promette dare colore alla grande festa. Secondo la Riotur, sono attesi circa 400mila turisti, il 20% di cui stranieri, molti di piLI dei 300mila dell'anno --"1r1I1 ~~

I

scorso. Ma raumento del flusso dei visitanti non e La sola buona notizia: secondo Ie aspettative questi dovrebbero produrre un reddito di US$ 141 milioni. I turisti sono cominciati ad arrivare a Carnevale per vedere 10 spettacolo dei "fuochi d'artificio a Copacabana e, fino alia fine delrestate, la Riotur prevede che passeranno per la citta 2 milioni e 700mila persone, che si prevede spenderanno US$ 950 milioni per l'allegria, in special modo, di negozianti e proprietari di ristoranti e bar. Se fino a ieri l'aereo era il mezzo di trasporto piLI usato, oggi, probabilmente dovuto al 'sapore' di novita, i turisti preferiscono Ie crociere, che approdano ormai ogni giorno sulla costa brasiliana. Tra sabato e martedi grassi all'incirca 11.500 turisti arriveranno a Rio de Janeiro su otto navi: Costa Allegra, Island Scape, Melody, Costa Tropicale, Princess Danae, Infinity, Caronia e la piLI grande nave da crociera del mondo - la Queen Mary - nel suo viaggio d'inaugurazione. Secondo Claudio Del Bianco, proprietario di una delle principali agenzie di turismo per italiani a Rio - la Del Bianco - la crescita del flusso e del consumo pro capite dei turisti europei e direttamente proporzionale alia valorizzazione delreuro. Ma le differenze non sono soltanto relative al consumo: "It profilo dei turisti italiani ed europei e cambiato in meglio: adesso cercano di conoscere itinerari e destini turistici come Itha Grande, a Angra dos Reis, Morro de Sao Paulo, a Salvador di Bahia e Porto Seguro, sempre a Bahia, solo per fare qua lche esempio" dice

-C ----,-,omu~a

,

Del Bianco, aggiungendo l'informazione di che adesso sono piLI famiglie e coppie a cercare il Brasile, rifuggendo cos; lo stereotipo del turismo sessuale, di predominanza maschile. Secondo Del Bianco, la citta meravigliosa continua ad essere roggetto del desiderio degli stranieri, malgrado il crescente interesse per altri luoghi del paese. Per questa motivo, preoccuparsi della sicurezza e della pulizia di Rio e fondamentale. Riaprire rAeroporto In¡ ternazionale "Tom Jobim" alle rotte internazionali e stata un'altra importante decisione, dato che molte companie aeree preferivano entrare in Brasile via Sao Paulo. Gli addetti al turismo dicono che, nonostante il grande interesse degli europei e degli americani per la cultura brasiliana, molti stranieri arrivano a Rio de Janeiro senza avere la minima idea della dimensione del Carnavale carioca e di tutto il lavoro che 10 precede. Secondo la maggior parte dei turisti, 10 spettacolo si riduce ai due giorni della sfilata del Gruppo Speciale nella 'Marques de Sapucai", al Centro di Rio. Pochi sanno, per esempio, che la preparazione per la gara nel Samb6dromo (passarella del samba) inizia un anno prima com la scelta del tema. A partire da quel momenta tutta la comunita, in cui si includono varie centinaia di persone comandate dal "carnavalesco" " comincia il lavoro di creazione delle maschere, dei cam allegorici, addobbi vari, musica ecc. La scelta del samba che condurra il rilmo nel Sa mbodromo e una sloria a ,arte. Ogni scuola inizia la selezione, I I, , la, del-


77 1, 13.

-C omunttaIta1-lana ---------!a migliore composizione in serate piene di emozioni e eccitazione, Cantanti di tutte Ie eta vengono accompagnati dalla batteria, che tra l'uno e l'altro concorrente, ricardano i vecchi e tradizionali samba della scuola. cestate arriva e il eli rna si riscalda, tanto nelle sedi delle scuole, come negli enormi magazzini al 'Cais do Porto' dove vengono preparate Ie maschere, i carri allegorici e gli addobbi. Nelle prove aperte al pubblico si distaccano Ie principali passiste, la porta bandiera, il mestre sala, la commissione di presentazione, rala di baiane e la regina della batteria' - in genere una attrice oppure una personalita conosciuta. Ma il cuore batte piu forte proprio quando la batteria, formata da piU di 200 persone, fa impazzire tutti e in special modo i turisti stranieri, meravigliati con tutta quella energia. Nei tre mesi che procedono il Carnevale, Ie prove nelle scuole di samba diventano il principale programma dei 'cariocas'. Ognuna delle scuole del Gruppo Speciale ha un suo giorno di festa. Le prove nella Mangueira, ad esempio, ci sono il sabato, nella Viradouro, it martedl, nella Beija-Flor la festa e sempre il giovedl e nell' Academicos do Salgueiro, il venerdl. Attri eventi molto frequentati e valorizzati dai 'cariocas' sono Ie sfilate dei 'Blocos de rua". Battezzati con nomi pittoreschi e divertenti come "Cachorro cansado", "Concentra mas nao sai", "Empurra que pega" (che in ordine significano: "Cane stanco", "Si riunisce rna non parte", "Spingi che si mette in moto"), cominciano ad invadere la citta . due settimane prima della festa ufficiale. Oiversamente dai 'Blocos' a Salvador - dove si puo sfilare soltanto se si compra la maschera o la maglietta propria di determinato 'Bloco' - a Rio non c'e bisogno di comprare una maschera in particolare per participare a questa festa popolare e democratica. Gruppi piu tradizionali come "Si mpatia e quase amor" riescono a trascinare cinquemita persone per Ie vie di Ipanema. Gli itinerari e i giorni di presentazione cambiano a seconda del profilo di ogni gruppo. ~

Luoghi per prendere informazioni sulla piu grande festa del mondo: Liesa - Liga das Escolas de Samba - http:// liesa.globo.coml Riotur - Empresa de Turismo do Rio www.rio.rj.gov.br/rioturI Embratur - Empresa Brasileira de Turismo www.embratur.gov.br/ Agencia Del Bianco - Agencia especializada em receber italianos - www.delbianco.com.br ABAV - Associa,ao Brasileira de Agencias de /Viagem http://www.abav.com.br r Ornal 0 Dial Caderno de Turismo - http:// odia. ig. com. brlodia/turismo

Rio de Janeiro, 18FEV2004 I NQ

ENTRETENIMENTO ¡I Servir,:o ao Leitor

(Footnotes) Tipico tamburello che si suona con due bacchette. Viale progettato da Niemeyer ove si svolgono Ie sfilate del Gruppo Speciale. I

(Endnotes) Glossario e di tutto cia ad esso legato, com~~.1\'~~ :li1;"i~jJ~~ schere ed i carri allegorici; , Le passiste sono quelle giovarri in bikini che sambano benissimo; la po a barldil!fff'''r.~~~ e il suo compagno mestre s la """~.ii ro che presentano la bandier facendo evoluzioni per il Sarnblflil.,); la commissione di presenta gruppo, in genere co,,~oorafalto, senta la scuola, entrand Sambodromo; l'ala delle gruppo di signore avanti ~~"~:Il nere nere, che vestono ruota, e girano vor1ticoS'anle1li il percorso della Marques gina della batteria e una tante delle altre che viene alia batteria. , I 'blocos de rua' so no gruppi di naia di persone che organizzatl 0 no niscono per la strada durante la settimana carnevale e cantano, suonano e si divertono all'impazzata, al suo no della batteria e samba scelto per quell'anno. Le maschere solito so no fatte in casa e sonl q i enuine di uelle del Gru po ..lIJJ"'-"=_ _ __ ....."'-'.:..._ --'OToll

-...


14

Rio de Janeiro, 18 FEV2004 I NQ77

Comumtaltaltana

ATUALIDADE I Comunidade

Moij~OO~~~ @ ~D~~ @lo

~ ~DD

Industriale, rnecenate, rna soprattutto un uorno che ha " inventato" un pezzo di sviluppo del Brasile

HERDEIROS GARANTEM SUCESSO FAMILIAR DA PAPAIZ Luigi Papaiz construiu em 50 anos a maior empresa de fechaduras do Pai s e passou a (have da industria para os fi lhos Sand ra, Pao lo e Roberta (que confia ao marido

Rica rdo Franco sua parte na direc;ao) ainda no ana passado. Todos tern poderes iguais e cuidam respectivamente das areas adm inistrativa, industrial e comerciaL Sandra . afirma que tudo loi definido segundo 0 perfil de cada um i e que a espirito t radicional da empresa sera mantido. Os herdeiros garantem que estao empenhados em cumprir as~etas de cresci menta. Em 2003, 0 faturamento foi de R$ 160 mHhoes e, para est e ano, esperam dobrar as ex po rtac;oe~ equ~valentes a 2 0o~o da ~. re;eit~r·~·~~.r~~ ~- . '.~.-.--':::;~~<

hi ha landato il primo ferro da stiro a va pore in Italia alla fine deg li an n; Qua( ra nta quando questa nella penisola era quasi fa ntascienza? Chi e stato il primo italiano residente all'estero nominata cavaliere del lavoro dal Presidente delta Repubblica (1992)? Chi ha brevettato per la prima volta nel manda nel 1996 un gruppo ma niglia-serratura dotato di un rivoluzionario cilindro "tetra" a prova del pill abile deg li scassinat ori? Questa pe rsonagg io e Luigi Papaiz, fri ulana "Doc", classe 1924, industriale leader in Brasile e in America Latina nel settore de; Lucchetti e delle serrature". COS1 comincia il capitolo dedicato a Papaiz del libro edito da Scheiwiller nel1996 sugli imprenditori italiani nel manda di ieri e di oggi, e a quattro ann; di distanza e una presentazione tuttora valida. Luigi Papaiz e orma; pe nsionato, non sta pili dietro alla sua impresa come ai vecchi tempi, rna nel frattempo ha aumentato l'attivita di beneficenza e mecenatismo che ne fanno un benemerito delta cornunita itaLiana in Brasile e delL1talia nel mondo. Due esempi: l'imprenditore friuLano ha finanziato La costruzione della nuova sede della scuola 'Eugenio Montale', la scuola italiana di San Paolo, uno splendido edificio da lle linee modernissime come Le costruzion; delle sue fabbriche, e ha donato aUo Stato italiano (!!) la som ma necessaria per l'acquisto at Circolo Italiano di San Paolo della coUezione completa dei quadri di Giutio Arislide Sartorio sulla battaglia del Piave, che l'istituzione non era in grade di conservare degna mente. Al di La degli esempi, si puc dire che da decenni, non c'e grande iniziativa a favore delL1taLia a degli italiani in Brasile che Papaiz non aiuti can munificenza, dalla stampa locale alle grand i mostre, dal Comites alla creazione di una 'Plaua Italia' a San Paolo. Papaiz e nato il 29 settembre 1924 a Sesto al Reghena, in provincia di Pordenone. "Sin da piccolo ho convissuto can l'espatrio e l'emigrazione - spiega oggi limpre nditore lriu lano - Sentivo sempre parlare degli Stati Uniti d'America e del Canada, mio padre, i miei zii ed i miei fratelli andarono prima in California, dal1912 a11922, poi papa si trasferi dal1926 at 1930 in Canada dove in seguito chiamo i mie; frateUi maggiori. Insomma, il rapporto can l'emigrazione era una costante in famiglia". A segna re perc per La vita il ragazzo fu iL corso di tecnico industria le nel coLlegia Don Bosco dei padri Salesiani a Bologna: ancora oggi, l'a nziano imprendito re cita can amore La figura e l'insegnamento di Don Giovanni Bosco, che considera un esempio costante. "U si e formato il mio carattere, li ho im parata a prendere sul serio La vit a, Ii mi hanno insegnato a pensare in grande", asserisce. Subito dopo la guerra e fino a11952, il giovane Luigi partecipa a BoLogna ad aLcune sad eta prima di macchine per La lavorazione dellegno, poi quando i fratelli gli prestano del capitale per mettersi in proprio, per fab bricare valvole

di pressione per gas liquido e prodotti inediti, come iL primo fe rro eLettrico a va pore italiano. Ma presto si fa vivo anche per lui l'appeLlo,e in parte la necessita, dell'espat rio in cerca di sorte migliore. Al contra rio deLresto della famiglia, scarta it Nord America, perch€! e indipendente e intraprende nte: "Se uno voLeva tavorare negli Usa poteva tutt'al pill trasformarsi in un dipendente a in un'operaio, mettere su una fabbrichetta La era irrealiuabile. Ecca perch€! scelsi il Sudameri ca: ci ritenevama pili avanzati. Eravamo canvinti che it Brasile patesse diventare uno dei grand; mercati mandiali". Quando sbarca nel porto di Santos, nel maggio del 1952, it Brasile sta passando dalta monocultura deL caffe ad un'economia in via di sviLuppo. Le opportunita non mancano, rna e tutto diverso dalL1talia : i ferri a vapore non selVono e Ie valvole non hanna mercato. Bisogna cominciare daccapa. l'incontro can due italiani che avevano Lavorata in una fabbrica di Lucchetti segna di nuovo it destino di Papaiz: nasce queUo che diventera it maggior produttore di lucchetti dell'America Latina. l'inizio non e facile, rna quando Papaiz decide di puntare anche suLle serrature per mobili, archivi e scrivanie, e ottiene un contratto can it maggior produttore locale, la Securit, anch'essa in mana a emigrati italiani, l'impresa decolta. Oai ventuno operai della meta degli anni Cinquanta si arriva ai mille attuaLi, dagli 80 metri quadrati del pri mo impianto si arriva a mille dopo due anni, a 8.000 nel1970 e ai 70.000 attuali . Oggi ta labbrica alta perileria di San Paolo tavora can macchinari modernissimi tutti acquistali in Italia, e la fabbrica di lucchetti e serrature e diventata una holding con sei imprese che vanna dalla fonderia dei metalli agli infissi aUe lamiere per iL settore automobilistico, e filiali neg li Usa, in Ca nada, in Arge ntina e in Asia. La fa bb rica e considerata un madelta in Brasile, i servizi sodali pe r i di pendenti sana di primissimo ordine, rna per Papaiz non era abbastanza: "Ci tengo a sottotineare sempre - ama ri petere - che non ho avuto pace fi no a quando non ha potuto costruire accanto alta fa bbrica una cappella in onore di Don Bosco", La cappella, un progetto avve ni ristico poggiat o suLL'acqua, e stata inaugurata nel1988, centenario della marte de l sa nto: Papaiz era felice come quando apri la prima "fabbrichetta", Roberto Cattani / NIP "'.ggio 2003


Comumtaltallana

Rio de Janeiro, 18FEV2004 I NQ 77

ECONOMIA I Franco Urani

--------~--~

.'ieiti.,luri'''' erso la meta del 1997, fui visitato a Rio de Janeiro dall'ex governalore del Minas Gerais Rondon Pacheco. Ci legava una ormai antica e profonda amicizia in quanloavevamo avuto la ventura di realiuare, negli anni 71175 in cui Rondon era governatore ed io il responsabile della FIAT in Brasile, in piena comunita d'intenti, slretta collaborazione e assoluta trasparenza, l'insediamento della FIAT AUTOMOVEIS e della TEKSID (fonderie) a Betim, presso Belo Horizonte, un'impresa gigantesca che aveva cosUtuito una svolta decisiva per l'industrializzazione di quello Stato. Dopa un 20 anni di transizione democratica, di difficolta politiche e economiche, di inflazione galoppante che avevano allontanato il Brasile dall'interesse internazionate, nel 1997 - con I'awento del Real, di un Governo responsabile e democratico, della stabiliuazione monetaria - la situazione stava cambiando ed io, ormai fuori dal 1980 dai circuiti FIAT, stavo pensando di farmi promotore di un qualche altro tipo di iniziativa industriale in una delle molte zone del Brasile di potenziale interesse. Ne accennai a Rondon , gli parlai dell'evoluzione - in alcune regioni d'ltalia - di tante picoole aziende industriali in distretti, una nuova formula individualistica ed insieme associativa che aveva data risultati straordinari, gli accennai ad alcuni contatti che avevo awiato con amici nel Nord Est Brasile e delle difficoltll di stabilirvi dialoghi oostruttivi. La risposta di Rondon era stata pronta e perentoria : VAAD UBERLANDIA! Sapevo che lui era nato la, che era stato il piu eminente uomo p<>itico del cosiddetto Triangolo Mineiro, che - quando Governalore - aveva migliorato i collegamenti alia cittii e costituito un Distretto Industriale importante specie rivolto al settore alimentare. Ma ricordavo i tempi del mio arrivo in Brasile, dei viaggi in auto da S. Paolo a Brasilia degli anni '65 in cui si pemottava ad Uberlandia, in quanto a meta percorso, nell'Hotel Presidente - unico ediflCio della cittadina che contava un 50.000 abitanti. Rioonlavo gli interminabili spazi del cerrado verso Brasilia, Ie piante contorte, la terra povera, i piccoli struzzi (siriema) che traversavano la strada. Avevamo venduta nella zona una quantita di tratton dng"ati per i disboscamenn (10 spirito ecologioo era allora inesistente) e la trasfoonazione de! oemado in pescoli esten~vi per gli zebu. A queste mle considerazioni, Rondon sooideva ed ins~teva perche andassi ta a vedere una nuova realta. Ricevetti subito un invito del Municipio, ma dovevo recanmi in ltalia ed andai ad Uberlandia al mio ritomo,

V

15

verso l'Ottobre 97. Rimasi a bocca aperta : gia dall'aereo si vedeva che il cerrado ed i magri pascoli di 30 anni prima erano stati convertiti in splendide fazende, che la cittil era completamenle trasfoonata, decuplicata (oggi conta 550.000 abitanti), con una quantita di edifici nel centro e una miriade di casette in periferia, non I'ombra di una favela. Fui impressionato dall'amministrazione comunale modema ed efflCiente, dalla popotazione cosmopoIita in quanta oonai in prevalenza costituita da immigranti del sud Brasile con un 20% di discendenti di italiani, dall'apertura tecnologica per I'agricoltura, gli allevamenti, Ie comunicazioni, dalla pnesenza dei maggiori distributori per Ie vendite al dettaglio del Brasile, organizzazioni gigantesche con migliaia di autocarri Iocalizzate ad Uberlandia per la sua privilegiata posizione logistica in relazione ai recenti sviluppi delle zone centrali, da significative presenze di multinazionali, quali Monsanto, Cargil, Agroceres, Souza Cruz, di Universita pubbliche e private. In effetti, come gia avevo scritto in precedenti servizi, si era scoperto che il cerrado - trattato con Ie moderne tecnologie agricole - si trasformava in un immenso territorio di enorme potenzialita, vasto 7 ltalie, con clima e piovosita ideali ed ancor poco popolato. Esso si diparte dal Triangolo Mineiro ed Uberlandia costituisce uno dei centri industriali piu importanti per la trasformazione dei suoi prodotti e per la distribuzione nel Paese. Che fare? Andando per esdusione, scartavo a priori di tentare di coinvolgermi in iniziative industriali alimentari in quanta gia erano presenti molti e importann Gruppi; non potevano prendersi in considerazione industrie legate ad elettrodomesnci, automobili, motoaclette, tratton, in quanta gill solidamente localizzate a Manaus e nel Brasile pi" popolato; data I'enorme potenzialita della regione non valeva la pena di dedicarsi ad iniziative marginali e modeste. Vidi peraltro con $Orpresa che non erano presenti mobilifici, solo un 200 artigiani dellegnoe che ad Uberaba, a neppure 100 Km a Sud, si trovava un comples$O importante di capitale brasiliano - la SATIPEL - per la produzione dei trudolari (scarti di legno mescolati can colle speciali e pressati) con un imponente programma di espansione delle produzioni anche sull'MDF (medium density fiber che sostituisce il leg no massiccio) e di acquisto dal BRADESCO di una vicina foresta artificiale di pini maturi di ben 50.000 ettari. Studiai il mercato del mobile brasiliano di dimensioni rispettabili (fatturato annuo di circa 8 miliardi di dollari) ma rivolto all'interno nella sua quasi totalita, quindi con forte potenzialita di crescita se il Brasile dovesse espandersi e soprattutto di

esportare verso gli USA, un mercato di ollre 60 miliardi di dollari con grosse quote di esportazione, specie cinese e presenza italiana nel settore lusso. Sapevo che I'ltalia era all'avanguardia nel settore, che esistevano distretti industriali e quindi, prima di acx:ettare la consulenza di Uberlandia alia quale sottoposi un progetto di massima di POLO DEL MOBILE ITALIANO, tomal in ltalia e dedicai pratlcamente un 3 mesi a cercare di rendermi personalmente conto di che cosa fosse I'industria del mobile italiano ed in che modo la si potesse coinvolgere. Totalizzai nel periodo un 20.000 Km di viaggi in auto, visite a moltissime industrie ed enti. Ben presto, mi resi conto che il settore piu vitale ed importante era quello del Triveneto dove 10 spirito distrettuale era fortissimo, ma mi era difficile trovare validi intertocutori. La svolta awenne a Treviso, nel Marzo '98, quando la locale Associazione Industriale mi infoono che la FEDERLEGNO ARREDO - I'ente con sede a Milano che riunisce tutti i fabbricanti italiani del settore - aveva cost~uito in quei giomi una sua filiale nel vicino Patazzo Giacomelli. Mi incontrai cosi con il Dott. Tomaelio, direttore coordinamento Triveneto della FEDERLEGNO, 10 vidi interessato e ricettivo, gli sottomisi il mio progetto. Dopo un mese FEDERLEGNO mi comunic6 che era interessata e cos] assunsi a Maggio '981a consulenza del Municipio di Uberlandia per la realizzazione del POLO MOVELEIRO. Non staro qui a riconlare tutte Ie complesse vicende di questi anni: i viaggi in ltalia delle missioni del Municipio di Uberlandia, i molti viaggi in Brasile dei responsabili di FEDERLEGNO TRIVENETO, i loro incontri emozionati con i discendenti veneti dei molti mobilifici del Rio Grande do Sui, gli studi di mercato sv"ti in tutto il Brasile, la lora opzione per Uberlandia sulla cui realta e potenzialita si erano convinti quanta me, gli incontriALINVEST organizzati ad Uberlandia dall'Unione Europea tra impresari brasiliani ed europei, la scommessa del Muricipio di Uberlandia che dona all'iniziativa 1 milione di m' di Distretto industriale urbanizzan, con opzione per aitrettann limitrofi. Nel 2002 viene deciso di procedere alia prima iniziativa, una fabbrica denominata BRAVO SA che costruirii inizialmente mobili in truciolare di classe mediolalta e massicci per I'esportazione in USA. La partecipazione italiana del 57% viene assicurata da 16 dei maggiori mobilieri veneti che costituiscono un apposito consorzio, quella brasiliana da gruppi finanziari di Uberlandia e con appoggio della stesso Municipio per la costruzione della fabbrica. I macchinari $Ono i pill modemi dell'industria veneta con finanziamento agevolato a 5 anni, gli impianti locali vengono finanziati dal Banca di Sviluppo del Minas Gerais, il primo modulo della fabbrica e di circa 11 .000 m' oltre agli uffici, l'investimento di un 12 milioni di EURO, gli addetti a regime e su un tumo di lavoro un 150. E' previsto che, a questo primo modulo della BRAVO, se ne aggiungeranno altri 3 se il mercato domestico ed export risponderanno nel modo sperato. Le attivitil sono iniziate a dicembre 2003 e I'inaugurazione viene prevista nel primo trimestre 2004. Con fa BRAVO in funzione, 10 sJirito associativo veneto, il fatto che i vari soci italiani BRAVO sono liberi di fare nel Distretto Ie iniziative a loro congeniali in ltalia, con il forte appoggio politico e finanziario europeo, e presumibile che con il tempo si costituisca ad Uberlandia un p<>o del mobile con decine di impnese, lavoro per migliaia di addetti, fatturato di centinaia di milioni di d"lari all'anno. Non ~ tratta di utopie, in quanto esistono attualmente una dozzina di poli del mobile in Brasile il cui fatturato globale e di circa 8 milianli di d"lari. E' importante rilevare che questa iniziativa costituisce il primo tentativo di trapianto ail'estero di un Distretto italiano e che essa nulla toglie allavoro in patria, in quanta I'esportazione in Brasile non e praticamente fattibile (con I'eccezione di una categoria di alto lusso) per motivi di cambio e dogana e Ie esportazioni italiane di lusso verso gli USA verrebbero utilmente complementate da quelle brasiliane di classe mediolalta. Per quanta mi riguanla, concludo con soddisfazione la consulenza specifica e tiferO, come neI caso FIAT, per iI successo deU'iniziativa me ho CX)nceoito_~O


16

Rio de Janeiro, 18FEV2004 I NQ 77

ATUALIDADE I Comunidade

rei esta nu, de novo. 0 manto judicial que protegia 0 primeiro-ministro Silvio Berlusconi dos processos lhe foi arrancado pelos proprios juizes. A lei da imunidade parlamentar foi cancelada pelo Tribunal Constitucional, institui~ao maxima da corte italiana. A queda da sua inimputabilidade o levara de volta ao banco dos reus por causa de a~6es na justi~a que 0 acusam de corrup~ao. A lei da imunidade parlamentar tinha side aprovada pelo parlamento em junho de 2003 . Por ela, nao podiam responder a nenhum processo penal enquanto estivessem nos cargos 0 primeiro-ministro, as presidentes da Camara dos Deputados, do Senado e da Corte Constitucional. A lei tinha sido aprovada em toque de ca;xa antes que 0 primeiro-ministro assumisse a presidencia de turno da Uniao Europeia, mandato iniciado em julho de 2003 e expirado em dezembro do mesmo ano. Eta violava 0 principio constitucional da igualdade de todos diante da lei.

O

1852-2002

o episodio e mais um capitulo da guerra travada entre 0 primeiro-ministro Silvio Berlusconi e 0 poder judicia rio. Berlusconi responde II acusa~ao do Ministerio Publico de ter tentado subornar juizes para evitar que empresas concorrentes controlassem a estatal de alimentos SME. Na epoca, em meados dos anos 80, 0 primeiro-ministro era apenas empresario e na~ tinha ainda entrado para 0 mundo da politica, pelo menos nao oficialmente. Semanas antes de assumir 0 cargo de presidente da UE, Silvio Berlusconi chegou a apresentar-se, espontaneamente, ao Tribunal de Milao, institui~ao por onde corre o processo, e dectarou a sua inocencia. Quase ao mesmo tempo, 0 seu estreito colaborador, Cesare Previti, era condenado a cinco anos de prisao. 0 Tribunal de Milao e 0 mesmo que questionou a legalidade da lei apelidada pelos opositores de "salva-Berlusconi". A lei da imunidade parlamentar e uma figura juridica antiga da ltalia, mas tinha saido de circula~ao em 1993, durante a opera~ao Maos Limpas. Para os advogados de Silvio Berlusconi, a decisao e politica e 0 seu cliente, que e o homem mais rico da Italia, seria vitima de uma persegui~ao. A mesma opiniao foi declarada pela maioria governista. Segundo os partidarios do primeiro-ministro, for~as ocultas da oposi~ao estariam por detras da decisao de revogar a lei . 0 fim da imunidade parlamentar acaba com a sensa~ao geral de que a justi~a italiana e "mais igual" para uns do que para outros. Mesmo assim, uma opera~ao de emergencia para afastar 0 risco de uma condena~ao ja foi anunciada.

Comunitaltaflana oministro das Rela~6es com 0 Parlamento, Carlo Giovanardi, disse que 0 governo vai propor uma reforma constitucional. Eta abriria espa~o para a vota~ao de um projeto de lei nos moldes ja existentes em outros paises europeus. Ao contrario da Justi~a ser impedida de julgar 0 mandata rio do cargo politico, como previa a lei, seria 0 Parlamento a decidir se seria possivel que 0 processo contra um de seus membros fosse II frente ou nao. A tropa de choque governista tem que se mexer rapidamente se quiser evitar a exposi~ao do primeiro-ministro aos processos de corrup~ao ja reabertos. Silvio Berlusconi assumiu 0 mandato em 2001 e vive atualmente um verdadeiro inferno astral. A quebra da Parmalat veio a coroar um momenta que nao e dos melhores. Os falsos balan~os de urn dos principais cart6es de visitas empresariais da ltalia arranharam a imagem do pais junto II comunidade internacional, e colocou em xeque a confian~a de investidores internacionais e poupadores nacionais no sistema. A crise de credibilidade e grande tanto dentro quanto fora da Italia. 0 governo atravessa problemas internos entre os aliados dos partidos que the sustentarn e esta sob fogo cerrado da oposi~ao, minoria, mas muito barulhenta e coerente aos olhos da popula~ao. A sombra do prestigiado Romano Prodi ganha cada vez mais espa~o. Alem disso, a sua politica externa de alinhamento incondicional com os Estados Unidos veste a Italia dentro de uma saia justa diante dos seus vizinhos europeus. Isso sem falar no decreto de lei votado para salvar a Rete 4, canal de televisao de propriedade de Silvio Berlusconi. Nao por acaso, 0 primeiro-ministro, combatente sempre na linha de fogo, esta em silencio. Afinal, tudo 0 que for dito poder ser usado contra ele. Acostumado a dar declara~6es controversas, 0 chefe do poder executivo adotou a estrategia do silencio. Este filme Silvio Berlusconi ja viu, em circunstancias diferentes, durante 0 seu primeiro mandato, em 1994. Um governo que nao chegou ao fim. :iJJ

• Papaiz (holding) • Udinese Metais • Papaiz Nordeste • Friuli Agropecuaria • Faber-Papaiz Ooint-venture)

Show-room: Av. 9 dejulho, 6017, Slio Paulo, SP' Tel. 0800 701 4443' www.papaiz.com.br·papaiz@papaiz.com.br


o

s milaneses acabam de encontrar uma extensao de sua casa num dos

mais nob res enderel;os cariocas entre Ipanema e Copacabana:

0

res-

taurante MilanoOoc, na Rua Gomes Carneiro 132. Logo na entrada,

camisas de jogadores do Milan e urn painel fotografico panoramico de uma mais cosmopolitas cidades italianas daD a exata noc;ao de que naquele espal;o se respira a gastronomia e a cultura da Lombardia com denomina.;ao de origem controlada. o estilo rustica sofisticado predomina nos dais ambientes da casa - pizzaria no primeiro andar e restaurante no segundo piso - que tern capaddade para receber 300 pessoas. 0 projeto de decora,ao e de Mario Monteiro e da mulher KakA Monteiro, cenografo e produtora de arte da TV Globa e a ilumina~ao e assinada por Peter Gasper. a empresario Michele Enriquez, 61 anos, naD poupou investimentos e esfon;os para concretizar seu projeto de trazer urn pedal;o de Milao para 0 Rio de Janeiro : "Em todo 0 Brasil, encontramos casas que seguem a estilo Napo litano. Nao era possivel que a cidade mais maravilhosa do mundo nao tivesse urn restaurante t'ipico de Milao", camentou, acrescentando que a obra duII meses. Se na arquitetura e decora~ao a espirita milanes esta forte mente presente; enos pratos criados pelo chef Buca que sua alma exala em forma e sabor. Destaque para a Risoto Milano Doc com camaroes, aspargos verdes, alcachofra e tomate; para 0 Ravioli di Zucca ai Porcini, com recheio de ab6bora com trufas e funghi porcini e para a Pizza de Milano, com tres tipos diferentes de muzzarela, tomate cereja e generosas lascas de parmigiano. as ingredientes, em sua maiaria, sao italianos, mas esta na criatividae atualidade da cozinha da lombardia 0 segredo do MilanoDoc. Enriquez ""',,,m. visitar 0 pais natal pelo menos tres vezes por ana e nestas viagens explorat6rias levar seus escudeiros: a gerente Humberto Fernandes e a chef Buca, que se sentem motivados com a inidativa. as vinhos merecem uma atenl;ao especial. Uma adega climatizada a 14° e aberta a visita das clientes guarda preciosidades das principais regioes 'virlicollas italianas como Piemonte, Veneto e Toscana. Do Chianti mais simples ao Brunella di Montalcino, ha texturas e prec;:os para todos os gostos e bolsos. Porem ha tambem r6tulos espanh6is, franceses, portugueses e, claro, brasileiros. lodes selecionados a dedo. Vivendo no pais ha 30 anos, Enriquez conheceu 0 sucesso no ramo da gastronomia no Rio ha apenas dez, com a abertura do Restaurante Don Camillo, em Copacabana. Membro do Confcommercio Milano e da Associal;ao Cornercial do Rio de Janeiro, 0 empresario se orgulha de empregar 70 brasileiros somente no MilanoDoc, inaugurado ha tres meses. Apesar de tao recente, a casa vive cheia e concorre com os melhores restaurantes de Jpanema em qualidade, atendimento e estrutura fisica. Sempre sorridente, Enriquez (onta a segredo de tanto sucesso: "Tenho muito a agradecer aos brasileiros, peLo calor, afeto e criatividade deste pavo. Nos, estrangeiros, temos que nos adaptar a mentalidade brasiteira e nao impor nossos costumes", revela. Servic;:o: MilanoDoc - Ristorante e Pizzeria Enderel;o: Rua Gomes Carneiro 132, Ipanema, Rio de Janeiro. TeL: 25220303/ 2522-3003. Site: www.milanodoc.com.br E-mail: mjlanodoc@mjlan odoe eom,br Funcionamento: de segunda a quinta-feira, das 18h ate a ultimo cliente; sexta, sabado e do mingo, a parth das 12h. ~


Comumtaltaltana

DE I Serviyo ao Leitor

-

- -

---------

D~t_a1J mTI.dtitgtrtruem ,alrljljl'eljl-~a~a~ _ s.a.l!ldaMgJj ap) al~aIjlJ~g) d~ ¡t~~g~ m alerta para quem, por causa da forma fisica, anda evitando as deliciosas receitas trazidas do Mediterraneo. Produtos como azeite de oliva, cerealS integrais, verduras, ervas, frutas e quantidades moderadas de vinho, Leite e peixe evitam ataques cardlacos e proporcionam longevidade. Aliados a exerdcios fisicos e a uma vida sem estresse, nao engordam, como ressalta 0 endocrinologista da USP e membro da Associa,ao Brasileira de Estudos sobre a Obesidade, Filippo Pedrinola. - Ingredientes fundamentais na dieta dos habitantes de Creta por quatro seculos, os produtos da dieta mediterranea sao ricos em gorduras nao saturadas, que nao se acumulam nas arterias e diminuem os T;SCOS de ataque cardiaco, possibilitando vida longa . diz 0 medico. a medico Pedrinola vem apoiando a campanha por maior consumo de produtos da dieta do Mediterraneo lan,ada pelas quatro Camaras halo-Brasileiras de Comercio e Industria - Rio de Janeiro, Sao Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. A ideia e mostrar qu.e e possivel, com alimenta,ao a base de produtos mediterraneos, associar paladar agradavel a alimenta,ao saudavel, sem sacrificios. Para a campanha, as Camaras de Comercio programaram para 2004 mais de 300 seminarios com demonstra\oes gastronomicas pete Brasil, alem de cursos e intercambio entre chefs brasileiros e italianos culminando com o lanc;amento de um livro sobre 0 tema. Essa e uma forma de combater conceitos errados sobre 0 consumo de massas e azeite de oliva, por exemplo, e recuperar 0 prestigio dos tradicionais produtos italianos em queda no Brasil, nos ultimos anos. "Muitos jovens tern hoje a imagem da velha cantina como algo negativo e

U

deixam de consumir produtos italianos", observa a diretora da Camara do Rio, Denise de Almeida Peres, que participou da abertura da campanha no Rio, no dia 5 de dezembro, na Federa,ao das Industrias do Rio de Janeiro (Firjan). a evento foi organizado pela Camara e pelo Consulado Geral da !talia no Rio de Janeiro e 0 discurso de abertura foi feito pelo consul Francesco Mariano. Ele ressaltou a importancia de se adotar 0 estilo de vida saudavel dos italianos. Alem de Pedrinola, foram convidados para o seminario no Rio 0 cozinheiro siciliano Pippo Paulini - tri-campeao mundial de pizzas (1997, 1998 e 2001) e com registro no Guiness Book, por preparar a maior pizza a metro do mundo (138,40 m) - e 0 chef Alessandro Cucco, dono da asteria del~Angolo e um dos expoentes da cozinha italiana no Rio de Janeiro. Paulini contou ao publico que a Escola Italiana de Pizzaria vern desenvolvendo desde 1988 pesquisas sobre as vantagens da pizza na alimenta,ao. Entre todas as dicas para a prepara,ao de uma pizza saudavel, ele destacou a importancia de uma fermentac;ao adequada do produto, com repouso de cerca de 48 horas em baixas temperaturas, para que, com a transformac;ao dos ac;ucares contidos na massa, estes sejam melhor aproveitados pelo organismo. "Hoje existem farinhas especialmente desenvolvidas para 0 preparo da pizza, alem de dietas de emagrecimento a base desse prato". a especialista tambem ressaltou que, em media, um prato de pizza ideal deve corresponder a 180 gr de massa. Ja 0 chef Cucco, ao falar das vantagens da massa, apresentou dicas como 0 preparo da pasta fresca e a forma de reconhecer se uma massa e boa. "A pasta fresca pode ser feita em casa com um quilo de farinha, 20 ovos (porque os ovos no Brasil sao pequenos) e urn poueo de sal, se quiser". Ele diz que usa apenas a gema, mas acrescenta que podem ser usados ovos interos. "Misturam-se os ingredientes e a massa resultante deve descansar por, no minimo, me;a hora. Depois e que se abre a massa com 0 roLo". Cucco explicou tambem que a massa seca e feita com semola de grao duro e outras variantes e para saber se e boa 56 mesmo atraves do cozimento. "A pasta nao pode quebrar enquanto cozinha, tern que se manter a consistencia mesmo que fique no cozimento no tempo a mais que o previsto. Se voce espera urn ou dois minutos a mais ela continua boa, nao vira grude como acontece com a massa ruim". Ainda segundo 0 cozinheiro, a quantidade certa para 0 cozimento da massa e de urn litro a cada 100 gramas. A panela tambem e importante. "Para 0 espaguete (massa longa) e importante usar uma panela alta e para 0 penne (massa curta) usar panela baixa para 0 calor permaneeer mais concentrado".

CARACTERisTICAS DA DIETA MEDITERRANEA

A Dieta Mediterranea se caracteriza pela abundancia de cereais (massas, paes, polenta), verduras, legumes e frutas (frescas e secas); pelo uso do azeite de oliva como principal fonte de gordura e pelo moderado consumo de produtos de origem animaL. Rica em vitaminas, minerais, carboidratos e fibras e pobre em acidos graxos saturados, a Dieta Mediterranea faz com que os povos da regiao apresentem menores indices de infarto e derrame, desenvoLvam menos doenc;as cardiovasculares, gastrite, ulcera e alguns tipos de canceres e vivam mais. A!talia, por exemplo, ocupa 0 primeiro lugar em longevidade na Europa, com uma expectativa de vida de 76 anos para os homens e de 82 para as mulheres. A taxa de pessoas com idade acima de 65 anos, na !talia, e de 27% em rela,ao a populac;ao economicamente ativa, tambem a maior da Europa. as estudiosos nao tem duvida de que a longevidade italiana esta diretamente ligada aos habitos alimentares da popula,ao. Ao informar os conceitos e beneftcios da Dieta Mediterranea, as Camaras Italo-Brasileiras pretendem divulgar a qualidade e os sabores dos produtos italianos para um publico potencial consumidor no Brasil. Entre eles, 0 azeite de oliva, as massas, 0 tomate e seus derivados e 0 vinho tinto - as "estrelas" da Dieta Mediterranea ao lado de frutas (frescas e secas), legumes e verduras, mas de consum~ ainda restrito no Brasil. Ao destacar 0 azeite de oliva, 0 medico Pedrinolla enumera uma longa serie de beneficios do produto para a saude dentre os quais sua func;ao contra gastrite e ulcera. Em relaC;ao ao peixe, 0 medico recomenda 0 consumo de 300 gramas semanalmente. Ele ainda cita 0 vinho como utH na prevenc;ao do cancer de mama. De acordo com pesquisa da Camara de Sao Paulo sabre a Dieta do Mediterraneo, a Brasil e 0 terceiro maior produtor mundial de massas, mas fica em 13' no ranking dos consumidores do produto. Cada brasileiro consome em media 5,7 Kg par ana, abaixo da media de paises vizinhos como a Venezuela (12,7 kg) e 0 Chile (8,2 Kg). Apesar de serem consideradas como 0 simbolo da Dieta Mediterranea - tanto pelo seu valor nutricional (sao ricas em carboidratos, fibras e vitaminas e sao essencialmente fontes de energia) como pelas infinitas combina,6es que permitem com legumes e verduras, especialmente 0 tomate -, as massas ainda tem consumo limitado no Brasil pela propaga,ao de alguns mitos, como 0 de que seria urn alimento pouco nutritivo e que engorda. o con sumo de azeite de oliva - alimento rico em antioxidantes, de facil digestao, apontado como de grande utilidade na preven,ao de doen,as cardiovasculares -, nao passa de 0,2 kg per capita, por ano. Na !talia, cada habitante consome entre 8 e 10 Kq de azeite. Em 2002, 0 mercado


Comumtaltaliana

- - -- - - - - - -

brasileiro consum;u apenas 23 mil toneladas de azeite, volume assegurado por importa\oes. Dutro integrante da Dieta Mediterranea e 0 vinho tinto que, por possuir uma alta quantidade de antioxidantes e taninos, evita a forma~ao de placas de gordura na parte interna dos vasos sangUineos e, por conseqilencia, reduz 0 risco de doen~as cardiovasculares. 0 consumo de vinho esta crescendo

no Brasil, mas a media ainda e baixa: 2 litros por habitante por ano (com exce~ao da Serra Gaucha, uma regiao povoada por imigrantes italianos, onde o consumo per capita e de 25 a 30 litros por ano). Na !talia, 0 consumo do vinho gira em torno de 55 litros habitante/ano. ~ BENEFiClOS DOS PRINCIPAlS PRODUTOS DA DlETA DO MEDlTERRANEO: AlElTE DE OLIVA

-Nao cantem coLesterol oRico em vitaminas A, B1, B2, C, 0, E, Ke ferro oCalorias: 9 / grama ·Pouca altera~ao mesmo quando usado para fritura -Maior fonte natural de acidos graxos mono;nsaturados (acido oleico) eQuantidade de acido oleico = Leite materna o"Oleo da beleza" - Anti-envelhecimento • Anti-carci nogenico eAnti-aterogenico -Antinflamat6rio oProtege contra gastrite e ulcera (produ~ao de acido cloridrico no estomago) oBeneficia 0 sistema digestivo (laxativo) -E colagogo: ativa secre~ao pancreatica e da bile VINHO -Rico em fiavon6ides (antioxidantes) ·Com postos fen6licos: resveratrol (componentes dos vinhos que ajudam na preven~ao de tumores) o[nibe forma~ao de trombo oQuantidade moderada: aju-

da a evitar cancer de mama TOMATE • Rico em vitaminas "A" e "C" e em potassio • Licopeno: reduz risco de cancer de pr6stata MASSAS E PAES o Carboidratos complexos • Graos integrais: fibras e vitaminas complexo "B", "E" e selenium • Energia LEITE, QUElJOS E PAES • Fonte de calcio e protein as • Combate a osteoporose • Probi6ticos OLEAGINOSAS (NOlES, AMENDOAS, AVELAS, PISTACHE) ·Excelente fonte de proteinas e acidos graxos mono e pol; insaturados LEGUMINOSAS • Ricas em fibras e proteinas vegetais o Combate ao cancer de colon e doen~as cardiovasculares Fonte: Filippo Pedrinola

Municipio gaucho investe na qualidade da uva A partir da implanta~ao do projeto Uva e Qualidade, dese nvolvido pelo municipio de Flores da Cunha (RS), os produtores passarao a ser pagos de acordo com a qualidade da uva que produzirem. 0 objetivo e melhorar a qua lidade do vinho, atendendo as normas vigentes para a fabrica~ao do produto. o projeto envolve cinco vinicolas do municipio, sendo mais de trinta viticultores locais. A proposta visa 11 uti liza~ao de tecnicas adequadas a produ~ao da uva, com acompanhamento da prefeitura, da Emater e da Embrapa. Alem disso, a administra~ao municipal disp6e de uma esta~ao de monitoramento eli matico para auxi liar os agricultores, no controle de doen~as e aplica~ao de tratamentos. o resultado do trabalho de qualifica~ao da uva podera ser conferido no concurso Os melhores yin hos de Flores da Cunha, programado para acon tecer entre 17 de maio e 05 de junho.

A rischio la protezione dei vini italiani La pro posta de lla Commisione Europea, mirante a 'liberalizzare' l'uso internazionale di 17 'menzioni' tradizionali riservate a vini italiani, ha avuto 'successo': il testa formalizzato dovrebbe entrare in vigore nei prossi mi giorni . Il Bel Paese che e il secondo Paese produttore di vino in Europa e conta circa 427 vini Docg, Doc e Igt, rischia di vedere compromesse la propria bilancia commerciale: con un valore pari a 2,5 miliardi di Euro, l'esportazione di vino costituisce la principale voce dell'export agroalimentare nazionale.


Si sono conclu se a Roma Ie sfilate di Alta M od a . Trionfano i big Ferrera , Furstenberg , Sarl i, Bale stra , Coretti , Curiel , Burani , Gattin oni aceanto a i ' giovani ' Miglio nico, Pi era lisi, Bo na, Vitti , Mozzillo . II Presidente del Consiglio Berlusconi ha ricevuto a Palazzo Chigi stilisti, modelle e imprenditori impegnati nel campo della moda.

I

Oi Carmela Picdone

Moda: gli stilisti a Palazzo Chigi ricevuti dal premier Silvio Berlusconi Curiel. abiti amm iccanti e sensuali. Un omaggio a Zelda Sayre Scott Fitzgerald, la ricerca di un presidente del Consiglio Silvio Berlusconi che lusso estremo e sofisticato. Giullermo Mariotto per La prima vo lta ha ospitato stilisti, giorna listi e per Gattinoni ha aperto le sfilate romane al Piper operatori del settore. Rilassato, cordiaLe il premier con una performance musica le e un cd firmato dal si e abbandonato a qua lche confidenza privata ... giovane stilista 'Gattinon; l'atelier de la musique' promeltendo il suo appoggio al settore. "Perche che ha visto sfilare in passerella, per la prima VOl stilisti - ha detto - avete La fortu na di lava ra re volta, Victor, mannequin e cantante dalla voce per quelto che c/e di pili bello at mondo. La don na", vellutata. La collezione Primavera Estate 2004 Ed le sfilate di quest'anno, ideate e attraversa l'universo dei grandi stilisti delt'Alta organizzate da Alta Rama e Moda italiana dagli anni '50. Si riscoprono radici daL suo presidente Stefano dimenticate e nomi storici come Veneziani, Simonetta, Fabiani, Schubert e Forquet. Mariotto Oominella con il sostegno crea e interpreta . Bustier rieamati con paillettes, del Comune, Regione e strass e mierofibre, tailleur dal collo alto in Camera di Commercio, so no state l'esaltazione organza estraibile (Capucci), gonne in tulle nero a cannelli fermati da strisce di vinil nero, abiti in del cinema italiano e della femminilita. Sofisticata, organza luminescente a grandi fiari (a piil strati) intraprendente, romantica, savrapposti con stampe digital. Cita il grande cinema di 'Riso amaro', di 'Otto e mezzo' con accattivante. Sempre con una straordinaria le indimenticabili Silvana Mangano e Giulietta Masina la sfilata dj Mariella Burani con gli abiti personalita. Hanno trionfato i big. Sarli, fiorati da contadina iperchic, il vintage di ctasse, i pantaloni leggeri in seta metallica e gli stivaletti Curiel, Furstenberg, 'camperos' stampati, le sottogonne vaporose, Marco Coretti per le SoreUe Fontana, realizzate assemblando tessuti (stile ca.n can, un po gitane) accompagnate da stole di peUicce Burani, colorate e giacche in pelle leggera. Fausto Sarli premiata con un ha confermata ancora una volta La sua 'grandeur' di stilista e creatore. AlL'Auditorium hanno sfilato riconoscimento 40 capi ispirati all'Africa. Linee perfette, ricam; alla carriera dal sofisticati, ricercatissimi abiti-farfalla realizzati con migliaia di nastri sovrapposti. A chi usura la splendida top italiana Eva tessuti Riccobono ha sfilato can un abito da sposa in a fiori seta (avo rio) con una lunga coda di prezioso merlelto. AII'Hotel Plaza Marco Coretti ha firmato sfumati sui il suo primo defile' per La maison delle Sorelle Fontana. "Non sara un arnarca rd della moda italian toni del rosa, del - aveva precisato prima della sfilata - desidera beige, deUa semplicemente ridisegnare un marchio storieo can lavanda la mia sensibiLita, il mio gusto, il mio stile. Senza Raffaella rinnegare fitosofie comportamentaLi. Guello che in fondo mi unisce aUe Sarelle Fontana Color rosso fuoco e uno - aveva aggiunto - e La passione degli abiti creati dalla stilista ,2- - - - - - - 1 Laura Pieralis. (foto Max Botticelli) assaluta per l'alta sartorialita, per i sona concluse le sfilate di Alta Mada a Rama con un invito a Palazzo Chigi da parte del

S

il dettag lio, per il segno artigianale che rende unico ed inimitabile t'abito". La sua callezione haute couture si ispira a Jean Michel Basquiat, artista iconoclasta e irriverente. Un'kona, un mito de lL'arte contemporanea che Coretti utilizza co me punto di partenza per i suoi abiti. 'Ruba' graffiti, immagini di metropoLi contemporanee, di grattacieli, automobili, aerei e Li ricama con perline, jet e cristalli swaroski. Predominano i rosa (anche per gLi stivali e i sandali da sera), i taffetas, i crepe de chine, i tagli-scultura, gli abiti che rima ndano incosciamente al grande cinema della 'Dolce vita' romana. Ed an cora cinema (ma soprattutto straordinaria classe ed eleganza) per la sfilata superlativa di Marella Ferrera al Tempio di Adriano (presente anche l'ex ministro dell'Interno Enzo Bianco). Frammenti di pelLieole che emandano aUa storia della Sicilia (dal 'Gattopardo' di Visconti a 'MaLena' di Tornatore), musiche di Rota e Morricone che hanna accompagnato I colori della primavera nella creazione della stilista Raffaella Curiel.

1


I N2 77

La proposta Primavera Estate della giovane acclamata stilista. Un tripudio di pizzi, merletti, ricami impreziositi da corpetti lavorati con coralli e madreperla. Un sogno, un incantesimo, l'orgoglio della femminilita. Quella pili nascosta e prepotente. Si ispira ai Tropici, invece, la collezione di Renato Balestra. Profuma di mare, di sale, di salsedine. II noto stilista ha firmato abiti che richiamano i colori dei fiori came Le orchidee, le forsizie, gli hibiscus. Per La prossima stagione Balestra consiglia pantaloni indossati can giacche aderenti, abiti in chiffan cangianti e plisse', intramati di pizzi e merletti. Tra le performance pili applaudite quella dell'israeliano Yossi Cohen can La sua modella-ballerina che si vestiva in scena in una profusiane di abiti e mise, tutte declinate sui tani deL panna e delL'avoria. Ogni abita assaLutamente unico e perfettamente camplementare con gli attri. Hanna sfiLato all'Auditorium Parco della Musica anche Ie griffe del libanese Tony Ward, di Bianca Maria Gervasia, della stilista-imprenditore Massimo Canestrini per Shiro' accanto a Matteo Thiela, Roberto Musso, Francesco Scognamiglio per 'ALta Roma', Silvio Betterelli, la polacca Ewa Minge, Abed Mahfouz che ha dedicato la sua collezione a Veronica lario, moglie del premier Silvio Berlusconi, gli allievi dell'Accademia di Costume e Moda di Rama, Silvia Bruschini con i suoi eccentrici cappeUi ispirati al cinema modeUati su strutture metalliche, tecnologiche e multimediali. l:assessore alta comunicazione della regione Toscana Chiara Boni e ritornata alla moda sulle passerelle romane can una collezione d'antan realizzata sui toni del mauve, del rosa, del ciclamino con tessuti diversi e originaLi patchwork creati can raso, chiffon, pizzo, organza e soprattutto tulle, merletti, pellicce. Riconfermano it successo delle passate stagioni per i giovani big, Simane (e) Tornaforte, Gianni Calignano, Susanna lisa per le Tartarughe, laura Pieralisi ('memorie' degli ann; '50, alchimie di ptissettature, scolli sciaUati, e ricami di cristallo su tre colori fondamentali, it rosso, il rosa, il geranio) Angela Vitti con una collezione ispirata a Toto che girera per l'Italia accanto ad una mastra di aggetti, lacandine, ricordi del grande 'principe della risata', Angelo Mozzillo, Camillo Bona, Michele Miglianico con i suai abiti ispirati a 'Barbie' applauditi da un foltissimo parterre e giovani stelle del teatro italiano come Chiara Muti, figlia del celebre direttore d'orchestra che ha (onfessata di "sentirsi perfettamente a suo agio negli abiti di Michele MigLionica e di aver sempre amato le sue collezioni. Soprattutto i (appotti. Michele Miglionico - ha agg;unto - sa esaltare la classe e La femminilita d; ogni donna". Durante le sfilate romane di Alta Moda premiati alla carriera it noto hair styList Sergio Valente, la giornalista e storica del (ostume iraniana Malha Zamani che ha ricevuto it prestigioso riconoscimento dalle mani dell'assessore "aile attivita produttive della Regione lazio Francesco Saponaro che ha sottolineato (orne "Malha Zamani ha avuto it coraggio e il merito di diffondere La cultura detla moda in Iran contribuendo, indirettamente, a migliorare it dialogo con LOccidente. E sono proprio il dialogo, ~ solidarie!a, al rispetto della cultura e della civilta alcuni degli aspetti che caratterizzano i programmi di internazionalizzazione deLla giunta Storace Un elegante abito da sera dai tenui colon pastello creata da Angelo Mozzillo,

l

Rosa pallido e trasparenze sexy nell'abita di Egan von Furstenberg.

ha agg;unto 5aponaro - In agenda due 'missian' importanti. In Russia (a Mosca) e in Libano", ha concluso l'assessore aUe attivita produttive. l'Alta Moda romana ha riconfermato la sua 'mission' soCiale con it progetto che vedra coinvolte le detenute di Rebibbia in corsi di formazione nel settore dell'artigianata con l'obiettivo di un graduale reinserimento nella societa una volta fuori dal carcere, 5i e svolta durante La settimana della Moda la serata di beneficenza che ha visto coinvolti, in Campidoglio, molti stilisti per il gala charity 'The smiting collection' i cui proventi so no stati devoluti aLl'associazione di medici che si occupa di ridare un 'sarriso' a tutti quei bambini devastati daUe maLattie e dai conftitti. Accanto ai video clip di cinema & moda firmati da Alta Roma e Cinecitta Entertainement, la haute couture italiana sara trasmessa in differita su Rai Due (2 febbraio) e successivamente su Rai International con il programma dal titolo "Mada e Cinema. La notte delle grande moda' condotto da Amanda Lear. (AONKRONOS) ~


22 Rio de Janeiro, 18FEV2004 I NQ 77

Comumtaltallana

Sociedade I Comunidade

o engenheiro italiano Vincenzo Maltese, conhecido como Enzo entre os motociclistas do estado do Rio, recebeu da Camara Municipal do Rio de Janeiro 0 titulo de Cidadao Honorario.

Agip patrocina ~~mazon;a canta" "Quando as tocadores de Urua De coso em coso dao sinal passaros levam olmos em suas asas

as

E as pousam nos riDS, nas arvores, nos brotos"

Foi lan ,ado em Sao Paulo e no Rio de Janeiro 0 livro "Amazonia Canto", primeira publica,ao brasileira da escritora e antropologa Marcia Theophilo. Admirada na Italia - vive em Roma desde 1972, ana em que saiu do Brasil exilada pela ditadura -, onde representa a Uniao BrasiLeira de Escritores, e considerada poetisa de excepcional qualidade alem de ser reconhecida como ativa defensora da causa ambiental e social da Amazonia. Sua obra e totalmente inspirada na floresta e em suas crian,as. 0 livro evoca a magia primitiva presente neste ambiente mitico, expondo com sen-

Prefeito de Palermo busca ajuda para divulgar regiao prefeito de Palermo, Diego Cammarata, esteve no Rio de Janeiro, durante as dias 19 e 22 de janeiro, onde se reuniu com a prefeito Cesar Maia. No encontro, foram tratados temas como as atividades das pequenas e medias empresas, a artesanato e a luta contra 0 crime organizado. 0 administrador siciliano aproveitou a oportunidade para convidar 0 colega carioca para uma visita oficial a Palermo para dar continuidade as inten,6es de acordos. No dia seguinte ao encontro com Cesar Maia, Cammarata se reuniu com a comunidade italiana local na sede do Consulado Geral da Italia. Falando para representantes de diversas entidades, 0 lider siciliano da coalizao de centro-direita enfatizou 0 avan,o da "Casa delle Liberta" - da qual Forza Italia de Berlusconi e 0 maior partido - nas ultimas elei,6es da ilha. "Ganhamos em todas as 61 circunscri,6es eleitorais". Preocupado em apagar a imagem negativa ligada a Matia, Cammarata afirmou que nao poupa esfor,os para a divulga,ao das diversas qualidades da sua regiao. Alem do mar de beleza unica, a "terra do sol" tem atra,6es unicas como 0 vulcao e 0 parque do Etna, e as inumeraveis obras da Magna Grecia. Com uma natureza rica, a Sicilia se destaca na agricultura. Seus vinhos fazem sucesso no mercado internacional e a cozinha tipica e cada vez mais apreciada em diversos restaurantes pelo mundo. Em resposta ao professor Luigi Filippo, presidente da Associa,ao Cultural haloBrasileira (ACIB), que afirmou faltar material informativo sobre a Sicilia para ser distribuido aos alunos da rede de ensino da lingua italiana, Cammarata se comprometeu em realizar uma campanha de divulga,ao exclusiva para 0 Brasil. Na presen,a do presidente da Sociedade Italiana de Beneficencia e Mutuo Socorro, Jose Mario Santoro, ele ainda prometeu ajuda a Casa de Repouso Villa Paradiso, que abriga italianos idosos, sugerindo a ado,ao, par parte do governo siciliano, de um grupo de pessoas. Ao final do encontro, 0 consul geral Francesco Mariano recebeu uma placa com a imagem de Aquila, simbolo da cidade italiana.

O

sibilidade seus diversos rituais. Para a autora, so e possivel dar voz e traduzir em palavras toda intensidade do universo sensorial deste fantastico mundo atraves da poesia. Somente com a linguagem poHica a sua homenagem e a sua indigna,ao diante da devasta,ao se completam: Lembrando sua forma,ao em antropologia, a autora, coloca com priori dade a compreensao e 0 valor exato dos mitos da "sociedade natureza", que para ela nao sao crendices, mas sim a ilustra,ao da totalidade existencial do homem. Marcia e um dos nomes da lista de candidatura ao Premio Nobel, ja foi agraciada com 0 Premio Fregene (que e concedido nas areas de literatura, jornalismo pesquisa cultural cientifica a personalidades que contri buem para a difusao cultural voltada para o desenvolvimento da sociedade), e tem desenvolvido uma constante atividade de intercambio cultural entre a Italia e 0 Brasil, organizando encontros de poesia, fazendo conferencias e traduzindo obras de poetas brasileiros para a lingua italiana. "Amazonia Canto" foi realizado sob a concep,ao e capta,ao da Newsday Consultoria de Comunica,ao e Marketing, com patrocinio da empresa Agip do Brasil. Servi,o: Informa~oes

sabre a autora e sobre a venda de livros

http://www.theophilo-amazonia-e-poesia.info tel. (11) 8234-1785


Rio de Janeiro

23

TURISMO I Servi90

Renda-se ao misterio e ao encanto de uma das mais gradosas diJa'des CIa ainda desconhedda Basilicata quase que inabalaveis ve-

Ihinhas

de

preto, ainda lavam suas roupas na fon-

te da cidade e as

nostalgica e tao casta mo-

dalidade de disputa, nunca se sabe eo mais branco.

tro de artesanato da regiao, como op~ao de emprego para fixar 0 jovem no local atraindo

nelas de casa. E nesta quallen~ol

Todos tem seus sagrados horarios para a

sesta diaria apos 0

almo~o,

ralho na pracinha, para a conversa fiada e para a cantina. Sim, este mais urn dos misterios

Urn abra~o pro Giovanni Em Tramutola e Vila D'Agri, cidade que

que so quem vai a Tramutola podera conhecer:

concentra 0 comercio da regiao, vivem pouco mais de 4 mil habitantes, dos quais, cerca de 70%, sao pensionati, ou seja, aposen-

cantina e 0 nome dado a um quarto que existe em todas as casas onde sao armazenadas ver-

(

encravada entre montanhas cobertas

de bosques de castanheiras e pinheiros, construfda sabre urn vulcao extinto, fica a 400 km ao sui da encantadora e inebriante Rama, na comarca de Potenza, regiao Basilicata, lta-

dadeiras preciosidades da culinaria italiana. Como em Tramutola tomate so e colhido em dais meses por ano, seus moradores produzem

seu molho pomodoro. A produ~ao e fascinanteo Lat6es fervem vidros e garrafas, num arcaico processo de esteri liza<;ao que vai permitir

lia. Neste "piccolo paese", fundado par vol-

que este molho seja conservado e garanta

ta de 1200, pessoas como Davide, Michele,

consumo da famIlia durante todo

Giancario, Teresa e Silvana, da familia Tedesco, sao a verdadeira prova do carinho italiano

garrafa de coca-cola, de vinho, de maionese,

para com as que os visitam; apego que parece crescer, quanta menor a cidade, nesse pars_

o molho (ou seria melhor chama-Io de po,ao?1 sao cuidadosamente lacrados e guardados na

Cultivando os habitos passados de gera,ao a gera~ao, pessoas como os Tedesco tem

famosa cantina em temperatura e umidade ideais controladas pela natureza. Mas nao sao apenas os molhos pomodoros.

e

outras empresas para investir na regiao.

para 0 jogo de ba-

e

omune de Tramutola, uma cidadezinha

modalidade de esporte, ele planeja criar um Palacio de Cultura Musical numa das mais antigas casas da cidade. Mais: pensa transformar algumas delas em hoteis para que os turistas possam sentir durante todo 0 dia 0 clima de uma real cidade do interior italiano, uma oportunidade unica. Simone tambem pretende criar um cen-

penduram nas ja-

tria Fonseca de Souza

Com duas zonas de esqui com condi,oes ideais de seguranc;a para os amantes dessa

0

0

ana. Tem

nao importa; fodos os recipientes que contem

tados. Nao e exagero dizer que todos se conhecem. 0 tramutolese discorre com naturalidade sobre a vida dos avos a vida atual dos netos de cad a um deles. Sera que eles tem no,ao disto? Da sua singeleza? Sua peculiaridade? Do paraiso que inocentemente mantiveram vivo? Quem responde e um senhor que, numa das ruas tranquilas do povoado, com a maior simplici-

dade do mundo faz um sincero pedido para um grupo de turistas: "Manda um abra,o pro Giovanni. Ele habita no Brasil". Mas, ha uma certa duvida pairando sobre 0 futuro de Tramutola. Atualmente, mui-

uvas e fazem a melhor massa do mundo. Sim,

Salames sao feitos em casa. Ma,as tambem sao colhidas e dispostas uma ao lade da outra para

tos dos jovens migraram para outras cidades, na maioria para Roma para continuar os estu-

au par acaso havera no mundo muitos outros

o consumo anual, assim como as castanhas co-

dos. Isso nos faz relle-

lugares em que a dona de casa, realizando

Ihidas nos bosques. Como a partir de outubro o frio come~a a apertar, elas ficam preservadas por muito tempo. Todos na cidade consomem vinho, pamodoro e ma~a, muita ma~a. Talvez esteja aqui 0 segredo da sa "de, juventude e alegria de um pavo como 0 tramutolese.

tir se daqui a uns 101 ~~~==~:::::::::::~ anos aquela tradi~ao, J aqueles valores e as

Discipulos de Michelangelo Quem tem a oportunidade de conhecer

encontrarem Giovanni, pergun-

pa-

Tramutola fica fascinado com sua arquite-

captam

tura. 0 trabalho de entalhe em madeira de carvalho executa do pelo mastro Lionardo da Avigliano em 1671, na porta da Chiesa della Madonna del Rosario, padroeira da cidade, e

tem a ele. Talvez ele tenha uma ideia

orgulho em mostrar que eles, assim como a maioria dos Qutros moradores, plantam suas

seu ritual culinario, pesa cuidadosamente as

gramas da pasta que ela propria fez para servir aos convidados? 0 peso

nao muda hci se-

culos: sempre 120 gramas por pessoa. Num impressionante cenario de contrastes, em Tramutola 0 vinho ainda e feito como

na Idade Media, mas 0 avan,o tecnologico e indiscutivel na pequena prefeitura do local. Enquanto

antenas

rabol icas

imagens rnodernas, em tempo real, viu-

vas do 10-

centenas de cantinas nao estarao extintos?

Aqueles que

um deles. Tem-se a impressao de estar diante

da porta do Duomo, em Firenze. Se nao nasceram ali talentos como Michelangelo, com certeza seus espfritos influenciaram e guiaram muitos deles.

La na cidade, prefeito e conhecido como sindaco. 0 atual, Franco Simone, em seu segundo mandato, tern pianos

de mostrar Tramutola para 0 resto do mundo. Que nao comprometa um reduto italiano que provavelmente seja tombado como humanidade.

patrimoo:n~io~d:a _ _::'==]!!~~!!~;!~~==:1L_ _


RTIGIANO e il nome del Ristorante-Pizzeria che gode di un'ottima localizzazione, di fronte al "Jardim de Allah", tra Ipanema e Leblon. Casa a due piani, dotata di veranda - amatissima da molti italiani che non so no molto abituati condizionata, indispensabile arredata con

A

,PrVl7'ln e attento, il npr,onal gentile e premuroso anche quando Ristorante e affollato e vi sono clienti in attesa. Si mangiano delle buone pizze, almeno secondo il gusto non napoletano di chi ama la pasta sottile. Grande assontimento di primi, paste ripiene di molte varieta, buoni gli gnocchi, il soffiato di parmigiano con funghi porcini. Noi apprezziamo molto raccurata scelta degli ingredienti, tutti di ottima qualit;J e mai presentati come Italiani do non 10 sono. Tra i piatti da non perdere suggeriamo i "Ravioli neri di aragosta" ed i vari antipasti, gustosi sebbene pensati per chi conta con attenzione Ie calorie. Joao Carlos Aleixo, il pro prieta rio che e quasi sempre presente, dopo il suo ultimo viaggio in Italia si e anche convinto a servire il Parmigiano grattugiato come di dovere, e non piu con quelle macchine elettriche che ne nascondono Ie qualita producendo orrendi fili che fan sembrare il nostro Re dei formaggi un'imitazione.

ha poi il grande merito di offrire una carta di vini varia, che presenta vini italiani non sempre fadli da trovare in Brasile e, soprattutto, ad un preuo che etra i migliori della citta, ragione per la quale sovente si dice tra amici: "... e ora andiamo a berci un buon Gattinara - e solo un esempio - alrArtigiano". E la scelta del piatto vien dopo. La parola a Ana Lucia Aleixo per presentare la ricetta del piatto che ha scelto ed il vino suggerito per accompagnarlo. ~

La chef Anna Aleixo presenta it sua piotto

/

,


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.