orgao da associalfao das escolas de samba da gb - ana I - n." 3 - 1969
Henne Alizaton BELEZA E REJUVENESCIMENTO DO SEU CABELO
Nao pense duas vezes". Quer ver os seus cabelos brilhantes, sedosos e
perfumados,
use
HENNE ALiZATON
e
tenha
certeza do sucesso,
AS CASAS GEBARA DISPoEM DO (JNICO DEPARTAMENTO ESPECIALIZADO EM FANTA· SIAS NA GUANABARA. TECIDOS PARA ESCOLAS DE SAM BA, RANCHOS E BLOCOS. PROCURE 0 DEPARTAMENTO ESPECIA· LIZADO DA SUA CASA GEBARA, A RUA LUIS DE CAMo'ES, 36/ 42, E ADQUIRA OS MAIS BELOS TECIDOS, COM NOVAS SUGESToES E PRE COS SEM COMPETIDORES ... CARNAVAL COM FANTASIA E MAIS CAR· NAVAL E CARNAVAL E COM AS CAS A S CEBARA.
ABAIXO 0
LEITE DE PATD»
«
As li:scolas d e Samba pal'cec que nao perccbcram aimla 0 sen l'cal "aIm', a sua l' cl'dadci!'a f6r<;a, 0 (IUando podcm l'Cali7..ar, com 0 seu contin· genie, constituido, em sua maioria, de "('l'dadeh'os artistas. E connnn ,'el'-SCuma Es('ola de Samba s e cxibh' f'm pra<;a publica, pal'a homenagcal' isso un aquilo, ~('m que nenhuma l'antagem advenha para os srus associados ou pam 0 seu patrimonio. Os ",lI'omotol'cs" de samba u sam e abu&'111l das Escolas, (liante das tacililiadl' ... com que rstas se deixam "leva ..", Combittado a hOl'a, 0 oUlbus OIpanha 0 IH'SSoaJ na I.ot'ia c1a quadra e 0 pl'oblema esta. 1'esol\'i<lo. Ra..'> tou lima boa con'\"e.'Sc'1, um POllCO de ],,'omcssas c mais nma vC'z. 0 samba rot "le"~Hlo". de g-ra<;a, pal'a que um pscu(]o bacana qualqucr fa(,,~a uma boa "media" COlll os seus SUI)criol'cs.
E tl'iste cOllstatal'tllOS csta rcali<lade! Scra <Ine os dlrigcntcs das :Escolas ainch, nao percebt!l'am que al)resenta~,oes na base de promcssas !lao se aplicam mais a entidadcs que jli atingiram gl6ria e fama, - )rangueil'a, Portela, Imperio Serrano, Salgueil'O, etc. - enfim, escolas d e pl'imeil'o grupo'? l>oi~ t'stas sao as mais disl'utada~ pclos "pl'omotol'es", Os etcl'1l0S bendiciados ('om ceria ingcnui<ladc quc aim1a hoje cxist!"', meslllo nas ~randes escolas. POI' qui) nao seguirmos 0 cxcmplo dos clubes de futf'hol'! POI' ~lcaso algum delcs se exibc de gra~a? Nao, Ncm mcsmo nas gl'allde~ tH'o mo(,,'iks eS IJ('ciais: Dia do Tl'abalho, Visita da Rainha da Ing'latCl'I'a, Visit:l do Rei <la NUl'ucga, ou outl'OS quejan<1os. Tais jogoS, g:(,l'ahlH'llje, sao l'calizados com "portfies aberto!:!" 0 que da a apal'encia d(' uma ex ibi<;a o gratuila, mas todos sa bemos, atl'a,'cs de comentarios da imlll'(,llsa, qu ... <t challla(la "CO'rA FTXA" e exigida inapf'lavelmene pel os times particiI,antf's. lliantf' di~so, gostal'iamos de i"ol'llluIar a segninte pel'gunl~l: .POl' title as }<;scola:-; (le Sam ba nao agem <la mesma man e it'a? POI'\'C'l1tlll'a rl('seonhc(' cm que as minguadas SUbvcllc;.:oes que l'eee bC'm nao lhes obl'igam a t~lzel' qualqu('I' ouh'a aJll'esenta~fto que nao a do desfile normal de Domingo de Carna ,-al?
t:: 1))'('ciso peUSal' me1hor no futUT'O das nossas Eseolas de Samba. l~oi s como c sabido Sao l'aJ'as as que possnem depend encias adcq1Ladas, isto f., 11uadt'a c sed c p1'6pria. A nosos ve •., uma das ca llsas dessa df'ri('if'ncia (> a faHa d e \"alol'i7.a(,50 das pr6prias cscolas pOl' ('las mesmo. POi s ainda mantem aquela mania an1iga de agl'adar a gCl'ahncnte quem 1150 11I(,I'e('e. 11: preciso superal' essa mania, pois quem di s l)C'ndc tanto para apl'est'ntal' t50 bons carnavais nao pode se dar ao luxo de agl'adm' a quem quel' que seja em troca d e "LEITE DE I"ATO". RA~IAO
DE LDU Editor
ENSAIO GERAL Duas Escolas de Samba existentes num mCSnIO buil'l'l) viviam em pel'manente disputa e deselltcndimcnto, scm (Juc nCllhuma delas conseguisse, contudo, pl'oje(,;ao no mumto do SAMBi\.. Um punhado de sambistas abnegados, depois de ba· tulhal' incallsadamcnte, conscgue unifica-Ias, nascendo do,.sa simbiose a ESCOLA DE SAMBA UNIAO DE .JACA· H.EP.I\GUA, que, logo de infcio, elevou-se it categoI'ia das grandes ESCOLAS.
Eis, um~ E'scola de Samba da Zona Rural, sit u ada em Jacarepagua, que nada difere dab demais co-if'mas Ioealizadas nos mOl~r os e Zona Urbana. Mantem a tradirao do Samba puro e autentico. Seus componentes sao do pr6prio bairro. POlleD se tern a C omen tar sabre esta simpatica agremiac;ao verde-branea de J aCaJrepagua pelo fato de: ser um'a EscoJa de Samba ainda muito jov,e m, e que procura valentemente t:ma posi ~ao de destaque no cenarlO do samba. Nada apresenta de anormal em s u a hist6ria, a nao ser a adesao de Cal~a Larga, quando da fusao das Escolas cle Samba KIo 1\1"orro do Salgueiro, proporcionando ao falecido sambista seu vinculo como urn cos fund adores e primeiro pres.idente da "Uniao de J acarepagua". ~
°
ORIGEM
1"oi fundada 'e m ]5 de novembro rie 1956, com a fusao de duas famosas E scolas de Samba - "Vai Sc Qui-ser" c "C()ra~6€s Unidos -de Jacarepagua". E importante mencionar quc cssas antigas Escolas de Samba eram conhecidissimas peJa rivalidade existente, oncle a coloca~ao .era 0 que menos importava n'O desfile ue carnaval; entretanto a tens5.o cresci a quando uma deIas se colocava a frcnte da outra. Era uma goza~ao bairl'lstica, ir6nica e f.ru:;trada, que narla rle positiv~ acrescentava para 0 engrandecimento deambas e do pr6prio samba.
Com 0 tempo veio a fusao, gra~as ao empenho de Aloysio, i}&te pelo "CoraGocs Unidos", c Julio Pi nto pela "'lai Se Quiser", que naquele m()... menta culminante para 0 samba, nao esmoreceram para que a uniao se tornasse urn fato consumado. Nes:se congra~amento, contudo, aparece urn terceiro homem, que na surclina, la na "Saude", tramava e ;10 mesmo tempo aconselhava, aDs sambistas de Jacar.EWagua, freqiienladores daquele bakro, que 56 a unifica<;,ao tral'ia benefieios. ~ sse hom-em, era Hermes da Mangueira, que com·o born sa11lbist13 de grande visao, observava 0 quanta era necessaria e jus.ta 'c ssa fusao_
°
OS ]o' UNDADORES
Foram fundauores da "arroz com cou ve" as seguintes sambistas: A,loysio, Cruz, Oracy On6rio Teixei'ra, Julio Pinto e Casimiro Leal Teixeira. o primeiro presidente foi Cal~a Lar~ ga, com os seguintes demais diretores: :vIazinho, A ,loysio, Oraey, ISebastiao, Leal Teixeira e Julio Pinto. Ilma foi a primeira pOl~ta ~bandcira. tendo como companheil'o mestre-sala, 0 Burica_ Os (;ompositores Catone eRenata Nascimento foram as primeiros a compor para "Uniao". OS BALUARTES E natoria nas Escolas de Samba existir elementos de frente - os car~ regadores de piano - cuja responsa~ bilidade Ihes cai t6da nos ombros. Eis que a "UnUio" nao foge a eS5a
MARIO PEDRAS Tegra. Destacamos como grandes baluartes: Mourao, Catuca, Saturnino, Aloysia, Mazinho, Dica, J oao Pingola, l'ita, Da. Carlota, Tiala, Oracy e Pimenta. FATOS IMPORT ANTES
A "Vniaa de Jacarepagua" teve a honra de s'er a primeira Escola de Samba a receber a visita de urn chefe de E'Stado, Dr. Juscelino Kubitschek, e de urn Embaixador, Sr. Francisco N egrao de Lima. Nos poueos anas de samba, apeSdl' de nao ?lcan~ar as primeiras coloea~6es, tern brilhado intensamente no desfile da Presidente Vargas. Desde a sua fundac;ao sempre fez parte das dez do I Grupo, pel'Clendo esta categoria no desfHe do TV Ccntenario,
quando passou a disputar na Rio Branco, pela II Grupo. COMPONENTES -
DESTAQUES
COMPOSITORES Quase duas mil pessoas compollhem as quac1ros c1essa brilh~nte E '3cola de Samba_ Numerosas sao as suas alas, c1entre as quais destac3mos: "OS SAMBISTAS", "OS A)I'1'1GOS", "OS DUQUES", "OS PRINC!PES" "<\5 MELINDROSAJS" alem da BATERIA e ALA DOS COMPOSl'l'ORES. Tambem e c1Igno de de;:;taque 0 conjunto samba " show", "OS GUANABARINOS". Como principais destaques temos: CATAnT)lA, DICA, FRANCISCO E JUREMA. J1! a ala dos compositores e form ada pOl' inumeros sac1bistas, c1entre as quais podcriamas citar: "Djalma, Araujo, Renata, Dnandir, Catone e Jorge Mexe'...l, totIns c\es campconissimos de varios carnavais.
o primeiro enredo apresentado pela "UNIAO DE JACAREPAGUA" [oi "ARERTURA DOS PORTOS", de 'utoria de DARCY e ALOYSIO, no ano de 1957, quando conseguiu desfilar na Presidente Varga-so classificandose portan to para 0 primeiro grupo. Em 1968, Renato foi 0 autor do SAMBA ENRf.:DO, denominado "PROMULGACAO DA LEI AUREA". Ou-
tros sambas enrectos foram: "De Ca. bral a Brasilia", "Brasil dos Vices· Reis", "Primeira E strofe do Hino Nacional", "Mestre Valentim", 'lodos de autoria de Catone; "Uma Festa no Tijuco", "CarnavaI, Alegria do Povo", "Galeria de Vultos Imperiais·', de autoria de Jorge Mcxeu; e finalmente "Contratadares de Diamantes" fle autoria de Djalma. OS
I,iDERES
Scm du vida alguma 0 HeIer da E scola de Saml:)a "Uniao de Jacarepagua", e bse extraordinario sambista Saturnino Nunes, que com sua f6r~a de vontaeIe, inteligencia e dedicac;ao 11ao mede es(orQos para colocal' a "Uniiio" num pedestal bern alto, jun· tamente com as demais dirigentes. A atual DiretcTia e formada pel os seguintcs sambiS'tas: Presi<lente, John Rubem Ide; Vice, Oracy O. Teixeira; Sccretario, Aida Lopes Gon9alves; 2.° Secretario, Claudionor; 1.0 Tesourei1'0, J(tlio Pin to; 2.° Tesoureiro, Julio Germano; Procuraflor, Djalma S. Ara(ljo; Diretor Social, Alcenir, Dirctor Gerai, H armonia e do Conjun· to, Rira; Bateria, Jorge Mendes; Asse;;.;or, Sergio Carneiro. DETALHES
Um local para ensaios e urn do::; mais serIOS problemas a ser enfl'€ntado pelos sambislas. E a "Uni5.o" tambem se er.contra nesse dilema. B mais uma Escola que 1150 po::;sui Iugar para slias festividades sociais, recrcativas e, principaimente, os preparativos pre-carnavaiescos. 0 : > ensaios sao realizalios na l'ua Pinto TeI€:.." 1058, campo do "Nova. America", hi lnes mo em Jacarepagu:l. A quaot'a roi construida pe\·a s maos dos proprios diretores e componentes da Escola. Santos Padrooiros: S. Jorge e N. S. Sant'Ana. 0 fabuloso sambista Ubirajara da Silva Proen~ (Mestre Bira) e 0 atual Vice-Cidadao ,Samba. Eis ai urn resumo de uma Escola de Samba das mais admiradas e sim· paticas a todos. mst! prestigio adqui· rido pela "Uniao" ~ reconhecic1o POl' suas co·irmas, que vern em sua hi s,toria, lutas, abnegacaD e renuncia Em prol do samba tradicional.
e 56 piada *
0 Prcsidcntc JUVEN A1.1 anun· cion que vai ofcl'eceu 0 TRI· CAMl'EONATO iI RAlNHA RLT· ZAnETH! Cuidado com ~le!
*
i\luita gentc estaya pcns.-tlldo que 0 Pl'csidente da R){ CTlUA DA RORA, 0 men amigo SEVE· RT~O, tinba compl'ado nm I'cstan· ranto! ~ menth'a! A(IUilo era apenas uma hal'l'aca da I'enha.
*
Segundo
entenclimentos
*
S('gundo 0 sCI'vic;o de 1\leterco. logia, s6 val chovcl' uo carDa"\'al pat'a as escola que nao apanha· ram chu"Va no (l('sfile pI'6ximo pas· sado.
*
0 regulam(,llto de Cal'ual'''] pam 0 ano de 1969 diz que C
{'xpl'cssamente pl'oibido cllchcrial' rs('nlas (le sambas com componcn· tes de outros gl'lll!.OS!
com
sua RXCTA. 0 Govf'l'nador do
Estado, 0 Dr. WIL~IAR l'ALIS val mudal' a 19l'cja da Penha para
o I\ICiCl'.
*
0 JOl'llal GAZE'.l'A DE NOTi. CTAS c HEN:l'J ALTZATON vao OfCl'CCCl' 11m premio extra a EMBATXATRTZ DO SAMRA! Viio manda·Ia com pa~sagem tIe ida c voU..'l ao JAPAO.
*
Dil·(·tamentc (le Pm'is, 0 profess6r FLAVIO t('l('follou ao presidente Asteclinio dizendo que os alullos de llota~ocs musieais que fOl'cm apl'ovudos esfe ann Ne ira mandaI' busear para um pas· seio un Fl'an~"'I.
*
AJtcrada com grande cficicil.
}.'ol cOllchtfdo com gl'andc Gx:ito 0 tl'ansplantc a que fot snbmrtido 0 gl'alHle sambista RF.)'" ,\1'0 da MOCIDADE INDEPE:>I·
cia a letl'a do samba do MAR· TTNHO da VILA.
DE:>ITE DE PADRR MIGUEl,! Est .. agol'a engOl'dando multo!
"I(
Menina en parel nn tua l'al'ci e vou tc COnVCl'S3I' En qucro que VOCe va M IH'a [Vila Que 0 MIRO , 'al tc ajndar .. . Parabens
~lARTI.:\'HO,
den uma
f61'~a!
*
'l'ndo indica que 0 Romao de Lima, antes (10 c31'naval, jii estani. encorpol'ado a F.~· cola flo Samba UNTnOS DO JACARI~ ZINHO!
*
0
Secl'etfirio de '1'llrismo da Depl1tado LEvr NEVES rcso]veu fle uma vez pOl' tOdas os pl'oblemas financeiros das E scolas de Samba: 1.° GRUPO: f'inqiicuta mil CI'uzeiros nOvOS; 2.° GRUPO: qual'cnta mil cl'uzeil'os nov OS; 3.° GRUPO: trinta mil crn· zeit'os novos. Agora situ, um bom sambista, cmbol'a seja pobl'c, ]l0dera SCI' presidrllte de uma c£co· In d e samba. (~uanabara,
NEY DE GASpAR
A t'oda d e samba cslava fOl'mada - a Batu cad a co mia fiJ'm e e quente, cnqua nto 0 cl'iouJ o ex plod ia e m r ftm o e malieia. De rcp en te, uma ulIl b igad a a('ol" l'u..'Xa· , -a outl'O p a l'a a I'oda, e se a ginga era d iHcil e g l'otes ca "inha logo a go za ~ ao.
OLHA
o
SAMBEIRO!!! HIRAN
Isto ocorria nos primordios do samba. A pa,lavra sambeiro e tao antiga quanta 0 samba, afirma Juvenal Lopes. E, num esfon;o de mem6ria, para confirmar 0 que dizia, com.erou a contarolar um samba, dos mais an· tigos, em que a palavra sambeil'o aparecia . •\ palavra sambeiro era usada no sentido de ·ridicularizar aquele que !':Ie metia a sam bar, sem saber faze-Io_ Caracterizava, pOI'lanto, 0 falso sambist.a. Mas, pOl' sel' pequeno 0 mime1'0 de pessoas que se aventuravam a uma situa~ao desta, a termo era poueo empregado, pquca con hecido. Entretanto, e pt'Cdiso notal' qu.e 0 scntido era apenas zombe.teil'o, mesmo porqu~ 0 presepeiro nao tinha Dutro obj etivo senao 0 de se mostrar. Quando os m6~os da c1asse media, <.t p<1rtir da decada de 50, descobl'i.ram a maneira .de entrar ,para as escolas de samba, sem saber sqmbar e sem eel' preciso sambaI', possibili· tou ao tcrmo sambeiro urn USD cada vez mais genera liz ado c hoje nao ha, entre os que frcquentam Escolas de Samha, quem 0 desconhec;a. Se, POl' urn lado 0 ~mpr~go se tornOll corriqueiro e comum, 0 seu ~ignificado sofreu contestat;;ao, sen do para un s depreciativo e para Qutl'OS apenas 0 elern-ento de fora incorporado ao samba . Vamos '"entar analisar as razocs fiesta contraversia. Alguns sao de opiniao de que a palavra 56 deve ser empregada 110 sentido de identificar as pessoas que p3rticipam efetivamente das Escolas de Samba, illcorporando-se em urn de se lls setores, sem ser capaz de fazer o que 0 sambista faz. N6s achamos que este seria 0 mais justa empl'~go dapalavra. Se existem pessoas (lentro das escalas de samba, exc.rcendo func;6es tambcm valie}as, est.as pes-
ARAUJO soas dey jam sel' designadas como sambeiros, nao in tercssando se as mesmas ,agiam honesta ou dcsones· tarnente. Ou-tros chamam sambeiro aquele que se mete o:t f~(';Cr 0 que nao sabe (nao possui a arte do sambista), pro· duzindo, UI.o·somonte, uma pulha~a ua_ E 0 que comumente se denomina o PRESEPE1HO. Para a grande maiaria dos sambistas 0 U~rmo tern um significado negativo e qucr dizer 0 falso sambista, que se aproveita do samba. Assim scndo, 0 termo hoje e mais aplicado segunLlo esta ultima interpretat;;ao. Por que razao os sambistas cons ideram sambeiro 0 que S~ aproveita do samba'! Porque sc alguns Ol1ltra· Yam para as escolas com as melhores inten~ocs. muitos 0 faziam visando ir.el'esses escusos, como prOmOt;;aO Ipessoal, fin-al1dades l'ucrativas, etc., etc. .Hi nao preuominava a inocencia do presepeiro e sim 0 aventul'eirisrno de pessoas intoressadas em tirar provc.ito do samba. Par cste motivo, o sambista s~ vingava, depreciando o individuo com a palavra, cheia de malici", SAMBElHO. P·ar-a terminal', lernbramos que 0 uicio nario regist ra a palavra (0 que prova Que C mesmo muito antiga) como s inonimo de sambista. Ora, em nossa pesquisa, no sentido de esclarecer 0 vercladeiro .significado cIa paIavra. nao vimos nunca ningucm eli· :ler que sambista e sambeiro sao a mesma coisa. Dessa forma, proposiLalmentc, s6 citamos 0 dicionaria no final de nossa exposi~ao com a intent;;50 de demonstrar que a palavra. confonmc esta registrada no Iivro, nao corres-ponde ao vel'dadeiro sentido com que e empregada, devendo, destarte, ser corrigida" para 0 vercladeiro se n tido que o povo usa _
FESTIVAL! ... FESTIVAL!... FESTIVAL? ... Por mais indiferentes ou mal informados que sejamos, Illao podemos fugir a evidencia <Ie uma infla<;Ao de festivais que. em prin'Clpio, parecenos trazer beneficios, enlretanto, se analisados os u,pr6s" e os "contras", verificamos qu e estes sao em rnume1'0 bastantc superior aquelcs. Nossa intencao aqui, e apresentar uma situal;ao de fato. Nao 6, absoluta-mente, fazer uma analise profunda da<luilo que 'm uitos podem ju1gar ser urn fenomeno, mas que, na rea· lidade e, sern sombra de duvida, nacia mais que moda. como out.ra qualquer, Que, antes de ser lan~da) passa, por urn pr{)cesso rle !plan eja· mento, sem 0 qual nao existe realiza<;ao.
Segundo os estudiosos, existem no muneo mais de 200 festivals de musica erudita, folcl6rica e popular. Acreditamos que todos se proponham a entrada de divL<;as no pais organizador, como tambem, a ampla divulgaca'O das pec;as concorrentes, pois, a demonstrac;ao de suas boas qualidades, identifica como boa a qualidade do certame. No Brasil ,0 unico festival de ambito mundial e 0 Festiva'l Intennacional da Canc;;ao da Guanabara. Nele llesidem esperanc;as bern maiores, com relac;;ao aos objeti vos acima ref'eridos do que nos certames regionais, dada'" sua dimensao_ Entretanto, conforme se observa nas revistas 'cspcoializadas, 0 evento nao (j)nsegu iu des pertar 0 interesse, nem dos turistas americanos, nem dos turistas europeus, 0 que, se realrnente acontecesse, poderia compensal' os gastos <los organizadores com os convi{lados que, quando nao sao urtistas decadentes, sao ilu stres desconhecidos, com raras excec;;oes. Na aus€mcia de !tul"'i&tas, poderiamos, pelo menos, conseguir dos convida do...;; (decadentes, desconhecidos e famosos) - como Sf! fosse UtlTla especie de premio de consolaC;;ao, pelo esforco de se realizar urn festival - a assimilac;;.ao da verdadeira musica popular brasile ira, durante 0 tJempo em que aqui permanecessem. No en tan to, essa espel'anc;a se perde, ja no transcurso dos festivais, quando os
E LTON MEDEIROS
supra-citados convidados tern oontato pantir da fase nacional - com musicas pscudo-erud itas, e, se pOl' ncaso assistem televisao ou ligarn radio, verificam que da pTogramac;;ao destes V'Clculos de d i vulgac;;ao constu um nu.mel'o m aior de musicas estrangeiras do que nacion.a:is e a pequena pa.t'cela destas, e 'Sofisticad'a. 8Lm, e a sofisticaC;;50 a que aludimos e resultante, n ao s6, da tirustrada erudic;;ao, como da mescla de r~tmos nacionais com estrangeiros. A rnistura entre rftmos ,nacionais - na chamada "musica modern a brasileil'a" - e menos frcf1 i.licnte, em bora ambos 09 recu r50S sejam, larnbem, utilizados na maioria das composil,;Oes que concorrem aos diversos fest.ivais brasileiros. Alias, achamos oportuno observar quc essas propositadas d-eforma~6es, vern detennina ndo 0 aniquilamenlo flo genero mus-ical que Hi d:esapareceu dos selos dos discos e deixou de scr anunciado, como sao os casos do samba, do choro, da toada, do baiaC) c de outras musicas de genero definido, com raiz'Os nacionais, e que diga-se de passagem, alt~m de 'serem pouco gravadas, diflcilmente "item vez" n as emissoras. Quanta ao lado negativo das apresental,;oes de ·E scolas de Samba aos convidados esbrangeiros, nao precis3rno::; falar muito, 'pois sabemos que todas eJas tern sido rcaliza(las, ap6s convites feitos as agremiac;Ocs, quu5e oue em cirna da h ora, proporcionai1do assim, uma visao detUl'pada dn.quilo que, se reali7..ado com 0 deviclo cuidado, s6 poderia oferecer momentos de prazer, em razao de seu s valores incomensuraveis. Ora, se os nossos feslivais nao tem conseguido atingir os seus princi.pais Qbjetivos - va mesma forma que atingern oS' demais existenltes nO resto do mundo -, se pelo cont.rario, acar,retam pl'cjufzos, inolusive na preciosa fonte tmuSical que possuimos, quebranoo a s ua eSltrutura, deform-a ndo-a, apresenta!l1do um BrasiJ musicaL totalmente diferente daquele que todos n6s conh ecemos, term ina· mos com esta pergunta: PARA QUE FESTIVAlS?
- a
POR QU!::: NA.O CANTA
o
,
5 A B I A ?•
Contra a vontade da mulHdao, que saJ:>e e faz a hora, os sabios da Comissao Julgadora deram 0 primeiro premia do Festival da Canr;;ao a composirao Sabia, de Antonio Carlos J obim e Chico Buarque de Rolanda, premia confit'mado ,peJa comissao encarregaLla da Ipante intern-adonal do Festival -, que, entl'a ano, s ai ano, so comete mancaclas -contra averdadcira -e autentica musica popular brasileira.
Logo se levant-aram algumas vozes em defesa da posi~ao dos membJ'os do juri e argumentaram com um absurdo: a mu s.ica mais boni,ta p.ara o povo naD eI'a a melhor. Como se um juugametno de musica popular
pudesse sair
10
campo da subjetivi-
dade, negar 0 linpressionismo como foram valida de aferiGao die qualidade. Rouve ate quem - Nelson Mota -, fantasiado de entendido de musien popular, viesse a publico afirmar que H vit6ria conseguida por Sabili era 0 reconhecimento ..nternacional d e que a bossa nova e a verd'adeiTa expressao mu siical do Brasil. Pifia e tola eJGP1'eSSao musical de urn pais que precisa ser r,e conhecida por elementos estrangeiros e tern seu s portavozes num pequeno grupo de pequenos-burgueses sempre ,r evoltados com tudo aquilo que cheira - eles diriam f'cdc - a povo. Mas para a alegria de me ia duz ia de beocios muito assanhados com co batidinha moderninha dos mil hares de J oaos Gilbertos que se encontram pela s eSQuinas da Zona SuI. Sabia venceu. Bateu a can~ao de Vandre, de linha mel6dica pobl'C, tao pohl'C quanta ") caatinga nordestina - mas como esta r,e pleta de e s pinhos, Houvc ate quem nao reconhecesse 0 protesto maior na composic;ao de Vanrlre, sua posic;ao verdadei'ramente
construtiva: 11odos, lSoldad'os, estudantes, operarios, 'tocios, 'Sao br,asiIeiros . Para ouem sabe de passaninho e eu sei urn bocado para ensinar aos m6~os que vivem eles ,p roprios engaiolados -, 0 s'abia e pOl' exoelencia urn dos maiores cantores brasileiros. 0 sabia, com seu canto plangente, passaro quase flauta, tern no canto a sua tOnica. 0 sabia canta -o can.to e s ua vida. o Sabhi de Ant.onio (Tom e americanismo baralo) Jobim e Chico Buarque de Holand a veneeu. f1. . . ruto de uma parceria espuria: de urn lado, urn 'l etrista que tern ,coTIcseguido com over o povo com seus sambas de mllsica singela; do aura, ha urn maestro que sistematicamente vai buscar na mllsica americana, prineipalmente no jazz, as rafzes de sua harmonia meIodica, 0 Sabia venceu - mas ate agora esta mudo. M,a is uma vez 0 Festiva'l Interna· ciona,] da Can~5.o foi urn desp erl'dicio do dinheiro do contribuinte calfioca, E vai continual' a se-la enquanto en'tregue a tOda sor.te de influt€!ncias nefast.as, de comparl'rios, de safa rlezas. Jamais deixara de ser urn desperdicio de dinheiro enfluanto 0 verdadeiro samba f6r 0 grande ausente, enquanto as orquest.raroes calhordas, as roupas atpalha~das, 0 choque pelo choque for a sua cons~nte. o samba, 0 verdadeiro, continua pOl' f ora do FestiV1al. MUllto preocupada com 'a opiniao dos crLticos, seu organi:tador, 0 SI'. Augusto Marzagao, faz tOda sorte de concess5es. E 'Como a Crftica tCsta dominada, com raras e honrosas exce~5es, por p~ quon'os-bUJrgueses itra vest,idos de esquerdistas, as comissoes jUllgadoras espelham ta l estado de coisa. E par tudo isso. pela primeira vez no Brasil, urn sab ia n ao canta.
Marco Aurelio Guimaraes
BEMBOLADO «
ZALINA
DESCANSA MUNHECA"
_________ _ _ clovis scarpino
Quem inventou a Pandeiro? Foi 0 Gato: desccndo 0 morro qui ::; correr, escorregou e rolcu aqui embaixo, sentindo a Carnaval na pel~. Ai
0
Descansa
~lunheca
pegou 0
bl-
chinho sapecou 0 COl'O e deu a primeira batida legal. 0 dtmo veio depois, servi n do para acompanhar canjuntos, orquestras, baterias e ficar na his toria do samba. Quem invcntou
0
Pandeirista?
Foi 0 Joao da Baiana (agora com 81 anos e "Rei do Ritmo"). Isso do para abrir um "ipsilone" e dizer: que a Velha Guarda c bonita pOl'que fez lima pOl'~iio de cOisa bonita. Dan~a
urn chorinho Pixinguinhal com 0 "Telefone" Danga!
Telefona
Quem toea Pandeiro?
Entao pessoal, a1 vern assuntado a neg6cio: pandcit"ista nao e (somente) c malabarista que faz "mil e uma" na avenida, boates, no estrangeiro e coisas mais . Pandeirista, 0 born, e aquelc que segura 0 ritmo das escolas de samba. Aquele que sai tocando da Candel~ria e vai ate a Central, do Brasil, sem parar (urn minuto) de mexer a munheca: vivendo 0 sustentaculo samba. Evidentemente que se considera 0 malabarismo como atra~ao turistica, cOl'eografica e bale sambfstico que cmpolga arquibancadas. Contudo, pode·se informar em carater secreta: que 0 "Rei do Pandeiro" estii escond:idinho na bateria e dcsapercebido da folclore popular.
Xcga bonita, ,'ahlosa. Jeitos inha, ate chcirosa, F.I'a a nega Rosalina. Sabia ralal' bonito J;-; Hnha 0 jf"ito csquisifp D(' ulIIa mocinha gl'a·fina. V ('sHa tl'OC;O estrangciro, Qu(' cn~ta HluitO dinheiro. S6 U$.t va coisa boa. Pois as l'oupa5 que Ihc dav3m Nela Ttl('lhoJ' 3s~ellt(ClVam Do que mesmo na patT'oa. Essa llegllillha faccil'a Poi a III clhol' pOl'ta-bandeira Que Cll jti "i no Ca.l'naval. Qua ndo saia na Escola, Ronita, toda fl'ajola, Era vit61'ia total.
S6 vC1Hl0 com que cadencia, ('om que t~11 manellloH~ncia Cal'l'egava 0 ])avilhao. l!: quaJHl0 l'od opiaYa o "pano" se Csc..'U1Cal'aVa Pl'a moshal' a inscl'i~ao. Hoj(', a 11cga Zalina Ta col'ija, ta mofina, Ncm Ilal'f'Cr mai~ aqu(']a Que to(10 compositor ]i'azia samba de Clmor F~,lando no nome d('la. ('sq ueceu s ua gente, A 'lwma bl'ava, val('ute, Que dcf('ude " h'adi~ao Dc sua Escola famos.-'l, Ollde onh'ol'a, g:ubosa, Fez. fu1'01', foi sensatao. )1<15 11aO
R assim mcsmo se arastando, Com dol' do Iado, manc..'lndo, D('sce 0 mol'l'O com a mo~ada.
QUESTAo
DE
CONSCIENCIA QueI' vel' a turma garrida Entrando na A,·enida .Ta bl"m alta madrugada,
E quando a tUl'Hla gingando, Ufanosa ,'ai passando Dialltc da Com issao, Ai Zalina se inflama. Cl'it,a, dii vivas, aclama, Numa incontida cxpansao. rarcce que a mocidade no t empo em QUI" ~ua idade Era vinte On vinte-e-um, Retorna, viva, pujante, Com a batida provocant,c
DaquC"le ziriguidnm. Sua filha, a Tiana,
Sai rut Escola de baian3 Com a ala da cantoria. Sen filho, 0 Mano .Tnca, Que c campeao de sinnca, E 0 mestl'e da batcl'ia.
Ate sen ncto, PNlrillho, De oito alIOS, !Jcqueninho, Que de passist,a c apl'endiz, 'ram hem ja sai na Escola }'azendo letras, gabola, Com alvara do ,Juiz. )fas apesar de vel' fOl'mada, Na Escola intcgmda Toda a sua gera«;50. Zalina tern a vaidafle Dr' vel' qne essa mocidade N5.o Ihc rouba
0
gaJardao
De tel' sido a pl'imeil'3, A 1lJf'lhor porta-bandeira,
In ve nciveI, scm igual, Que passon, bela,· s orrindo,
Com todo povo aplaudindo Pel a Avenida Central.
JOTA EFEGJ;)
Aproxima-se a rcaliza~ao do III Simposio de Samba. Sera promovida pel a Associa~ao das Escolas de Samba e tera 0 patrocinio da Secretaria de Turismo do E st.ado da Cuanabara. h; urn conclave de real importfmcia para as Escolas de Samba.
o III Simposio de Samba, e a grande oportunidade que as_Escolas terao para em conjunto, efetuarem um balan\';o de seus erros e accrtos, bem como fixar posi~ao frente aos problemas que surgirao daqui para <:I'iante. Teses impQl'tantissLmas serao debntidas - Comercialismo Profissionalismo - destaque - influenoias estranhas - compositorcs de Escol.a de Samba, gra vadoras c dir,e itos autorais - a papel da Escola de Samba na cu~tura popular - imlp ortancia da Bscola de Samba em sua comunidade - levantamento e dados.
Como se pode depreender este Simp6sio sig:ni fica a passagem da adoIescencia, para a fase adulta par p arte das 10scolas, Imas !para que liSito seja confirm.ado e preciso a comparecimento real e efetivo das delega~5es do Estndo .da Guanabarn, pais a maoir contribui~ao, sera sem dli vida das mesmas. Todos as problemas dcvem ser debatidos, e dever do Sambista dar a sua contribui(,ao, ter e:m mente que de sua participa\';ac, de sua integra\,;ao real e cfetiva nas discuroes, debates, col6quios e ,pale.:;tras, as Escolas de Samba esUio alicerrando-se, f1ortificando suas bases e afirmando-se como Wrea criadora artistico-popular. As delegal;oes dos outros E'stados especialmente convidados, as obse!'vadores, as pesosas in teres sad as nes· te III Simp6sio, comparecel'a'O ao mesmo na expectativa de tirarem ensinamentos, e a seu ex1to ou fracasso depende do grau de consciencia das Escolas de Samba. Al'naldo Pedel'neiras
SAMBA PEDE PASSAGEM _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ ANTONIO BARROSO _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __
o samba, :em sua forma mais aut entica, brota e se expande na,s cama· das 'm ais pobl'es da cidade. E a mu· sica popular em sua acep.;ao real, isto e, feiLa pelo e palra 0 povo. Nao esta, portanto, isento de sofrer a conCDI'rencia das investidas pseudo-eruditas. })aqu~les que fazem musica tentando alcan<;ar a popula,ridade. Por r3zoc::; sociais, a bala n<,;a ,tende a pender para esses oportUiI1listas, principal men· te porque eles delem em suas maus os meios de comunica.;a:o: gravado.. l"aS, radio, televisao, teatro e imprcnsa de uma forma geral. F echam-se as cfrculos, que se Itornam mai,s ou menos impenetraveis, e imp6e-se ao publico aquila que na verdade nao lhe e de inteiro agrado. 0 martelar dos interesseiros funciona como propaganda constanbe na mente dos assistentes, 1eitores e ouvintes, os quais, anest esiados, acabam POl' se alienar nas prefer€mcias. Como coroltirio desse esquema desonesto ooorrea proten-;ao'C 0 desoonhccimento de obras musicais de inconteste beleza, 56 ouvidas n os red u tos dos sambistas autenticos_ Urn passar de olhas na hi:;loria d.1 mu sica popular brasileira ,revelu, de imediato, que os nossos compositores mais humildes sempre encontram barreiras quase intransponJveis no caminho da divulga(!ao_ Vcz por outra, lim mais afortunado consegue uma brecha ,e ,a ela se agarra com t6das a;; suas f6n;;as, tentando veneer fr5 nefastas "pall clinhas". CorlLud-o, s6 0 :tempo Ihe da esperan~as de cOisas m ais concretas, pois, finanoeiramenle, c:ificiJrnente e aquinhoado com uma remunera(!ao a altUra de !Sua al'tc. o nueleo desses arM~6 sLtua-sE: nas escolas de samba, tOMS de papel importante no desenvolvimento do nosso eancloneiro_ E se alguem quiser falar com urn del-es, basta ir aonde tiver samba que ele deve estar pOl' la, pensamento pOsto em vcrso e m elodia por Mat'Unho Jose Ferreira, 1a aa Vila_ POI' formaC;ao sao humil-
des, alguns ate preferem ficar no anonimato a enfrentar a turba que apregoa conduzir 0 progreSSQ. Com isso, mU8icas de eXltraor:dJinario ipOder de comunica~ao res.tam inediLas. Angenor de Oliveira, 0 ·popular Cal'tola da Mangueira, autor de seu primeioro sam ba-enredo e responsavel POl' inumeros succssos da musica popular brasilcira, ate hOje permanece t.!s..sobel'bado opor problemas f.inanceiros, sendo obrigado a aceilar fesw.vais de beneficio para conseguir casa propria. Sinval Silva, fundador da E scola de Samba Imperio da Tijuca e a u· tor de v~kios sucessos da saudosa Carmen Miranda, continua a morar no :Morro da Ji'orrniga e a nao ser .reeo!1hecido em seu valor por grande par· te da critica especializada, que ~le nao hajula , bern como nao se s uhmcte a pe-rniciosa caSIta dos progl'amadores radiofOnicos. Paulinho da Vi ola, oriundo da Portela, esta sendo usado pelos grupinhos .tIa zona s uI, nao se sabe ate qua'ndo. Martiinho da Vila, Darei cia Mangueira, Walter Rosa da Portela, Silas de Oliveira do Imperio Ser· rano e outros eomposHores de valor continuam a lutl3.r POI' urn ,J ugar no sol, mesmo sol que cobre atualmente deZ'enas de incompetentes. Nao ra· ras vezes sao convidadQs a grayall' ou a papticipar de programas 'e ou'Lros espct.kulos, sempre mediante pagamentos 'ridiculos. Enquanto isse, urn tal de Ibraim Suet!. e lan9ado como compositor fazendo dupla com 0 engra(!ado carlos Imperia.L Musicalmente vivemos urn regime rle exce~ao_ A ditadura na musica popular brasileira. funciona com tOclas as prerrogativas, inclusive nos festivais onde 0 samba esta qu ase postergada pela aliena~ao dos opganizadores e do juri. Promove-se a medriOC'T'idadle e fecham-se as portas aos verdadeiros autores nacianais.
°
Habitaeao Social na Guanabara e - - - E. do Rio· Novos Esclarecimentos- -
-
Fala -nos 0 jor nalista Augusto V illas·Baas, Prcsidcll te da CO tlllla nhi a de Habi ta~ao Popular d o Estado d a Gn anabara - COHAB.
Este or,gao publicou, em seu ul· timo numera, um a!1tigo contendo explica~oes
dos
a
sabre problemas liga-
obtew;J:o de casa propria
nas ageneia s do Govel"TIo.
o interesse des pertado pel a materia fez nos procurar ouvhr 0 jO!'· nalista AU.iu:.,to Villas-Boas, Presidente da Companhia de Habit.a~ao Popular do Es.tado da Cuandbara - COHAB. A prkmcira pej'· guntn rl0 reporter foi s6bre a CHISAM, 0 que e, e que atribuiGoes tern e.~sa entidade. - A Coordena<;:ao de HabitaGao de Interesse Social da Area MetropoHtana do Grande Rio (CHI· SAM) roi oriada na orbita federal pelo Decreto n .o 62.654, de 3 de maio de 1968. A ela compete coordenar os program as de habita(30 social, is-to e, da construG3o de casas para a popula~ao pub re, ne~.'sa area, utilizar as terras pertencentes a Uni ao e entidades publicas, por serem mais barat.as, promover a participa~ao Iteenit'a de entidades financeiras, coordenar as concorrencias ipara obras, etc. Enfim, urn vasto ,programa. Trata-se alern disto - acentuou o P.residenle da COHAB - de a;sen tar em s6lidas bases urn no\'o criterio na atribuiGao de casas f' apartamentos aos candidatos que preencham as condic;oes, 0 criterio nao paternalista. Nesse sentido estao atuando as agendas do sistema naciona~ de habitaQa o. Nao se trata de proteger, POl' es.sc au aquele interesse, esse au aqu'21e grupo de pessoas au, me::smo, -:le categorias profis'Sionais. - A prioridade e concedida para as candidatos que moram em favelas em ,processo de erradicaca'o, ,t ornados os candidatas em seu conj u nto. 0 criteria adotado, assim, e de ordem globalizante Q setorial, 0 que ,parece corresponder melhor a'S -necessidades dos cand idatos e da s oluCao r acional do problem a.
Perguntamos ao nosso entrevi;;· tado se na atualidade continua a existir urn 'listanciamento entre a TI1assa de candidaos it casu propria c os 6rgaos .encarregados de resolver 0 problema. Dissc-nos 0 jornalista Augus to Villas- Boas: - Exatamente ai e Que queria chegar. A continua~ao do meu raciocin io condu7. d irctamente ao aspecto que a pefigunta aborda. A n50 cxistencia de paternali:.;,mo, iSIO e, do beneficiamento sem 0 corrcspanuente esf6r~0 e excluindo 0 lado de justi~a, leva seguramrn t 0 a aproxima~ao real entre os 6rgaos que superintendcm a prohlema e a ma so5a nele in teressada. - Com 0 funcionamento desses or~5.os, na.s 6rbitas federal e cs,tad ual - pros.seguiu a nasso entreYi~·tado obSe1'\l13da a nova legis.Ja~ao que rege a materia f' <-lflmitindo-se, tambem, uma me· lho:-i8 economica, 0 que existe, de f,do, e que as classes menos favo"pcidas chegam mais facilment.e a po~se ua casa pr6pria. 0 sistema nacional de habita<;iio, de que a (,OHAB e .Ima agenda, age entro~ac1o atrav€s de varias orgao::; que cooper am para um 56 fim. Descle n ()C~tlmul0 a noupanqa la~e ?t fase de aquisi<;aa cia casa propria por quem para iso5o se habilita existc uma a<;ao harmonica visando ,-l urn meg.mo objetivo. F.sta a raz::io pela qual 0 sistema nacional de habita<;ao atua por intermedio (e diferente s institui<;5es na orbila fedoral, esotadual c municipal, a carta qual es-tando Teservado urn papel nesse mecanismo. A uma pcrgunta s ubre Cidade de Deus, disse-nos 0 Presidente da COHAB que aquele Conjunto e urn bairro como outr~ qualquer. Na!tura lmente - contin uou - nao e interessante para quem di-sp6e de melh ores possibilidades morar nu rn conjunto que ,nao esta a sua
altura. A V-opulac;ao das cidades, independente de qualquer conceituac;ao politica, hoje se divide por classes: Classe A, Classe B, Clas· se C. As-siro tamb~m ha graus de capacidade econom ica em u ma mesma classe. ~sses graus variarn extraordinariamente. Admito que para uns Cidade de Deus nao e 0 ideal - is to depende do seu grau de capacidade economica, de sua renda fa:niliar, etc. Mas para ou·
UMA
-
OPINIAO RUBEM CONFETE (Ala dos Compositores do G.R.E.S. IMP ERIO DA TIJUCA)
Ha urn movimento de rerorma rJo regulamento dos desfiles oficiais das ESCOLAS DE SAMBA. Quisera que
o mesmo viesse a preencher os an· seios do Samba 'e dos Sambist.as scm· pre esquecidos, mas que no apice de suas realizaGoes, 0 CARNAVAL, tor· na·se cavalo de ha.:talha de figurinhas e figuroes. No azo se faz necessario, tam· bern, a reformulac;ao do Juri dos des· files oliciais das ESCOLAS DE SAM·
BA. A parlronizac;ao do Juri e uma necessidade que se impoe com a rna· xima urg~ncia.
tros e a realizac;ao de urn son ho. Sonho modesto, diga-se de pas sa· gem, nem por is so deixa de ser son ho. E e preciso confiar nos melhol'amentos que advirao, colestivos ou 'ilndi¥iduais; e~tes ulti' mas, por exemplo, compreendidos no Projeto denominado Recon Social, que ja pronto no Banco Na· ciona! de Habita~ao. esHi it beira de ser pos ta em exeCUc;ao.
Juiz em qualquer assunto e 0 pro· fundo conhecedor, a autoridade capo.z c!e arbitra l' e dar parecer como e lie direito. Isto ocone em tod os campos competiti vos da vida humana. POl' que sornelltte 0 Sambisla nao goza des· ta prerrogativa? Ano apns ano a Secret.aria de 'I'u· rismo escolhe 0 Jur i para 0 desfile ,!as ESCOLAS DEl SAMBA sem
0
m\·
nimo criterio. Fazem parle do mesmo, de urn modo geral: JornaU9tas, Cron ist?s Mus icais, Bailarinos Chissi· cos, Intelectuais, etc., etc. . .. Estas pessoas (de boas famflias, por sinal) nada ~ntendem de SAMBA e as pou· ca.:; que sa hem algo aprendcram·no de maneira incompleta e ate POI' vezes deturpada. Opinamos, depois de inumeraveis obscrval.;oes, que a Associal.;ao das E s· colas de Samba do E. G. houvesse pOl' bern fealizar Cu rsos e Palestras para todas as pessoas que se in teressam pOl' SAMBA e as que sempre au quase sempre sao convocadas para comporem a comissao julgado,ra de tais tlcsriIes. Estas pessoas de vern reo ceber aulas dos vcrdadeiros sambistas, ou seja: Dir€torc!=> de Carnaval, de Bateria, de Harmon ia, Me::;tres-Sa· las c POl'ta·Bandekas oas prinoipais F,SCOLAS DE SAMBAS <la Guana· hara.
Nao cahe na maior Festa turfstica do mundo, onde 0 Samba C 0 maior agente de aLrac;ao, que scnhores so:!· quiosos de ~uto-prom oc;ao Lomcm as redeas dos festejos e os manipulem a !jell bel-prazer em detl'imento do sambista, 0 grande desconhecido, que sacrifica 0 seu bem-€sLalr e a sua saude dando ludo de si e senclo eshu· Iharlo.
:\Iiisica Popular
UM TEMA EM DEBATE Em seu Ii VI'D "MOSICA POPULAR, UM TE:vIA EM DEBATE" 0 critico Jose Ramos Tinhori'io mostra· ~e urn profundo conheeedor dos pro· blemas cia nossa musica popular e, hoje, passados dois amos do lan~amen· to cIo )'eferido livro (que naquela epo· ca causou uma gramle reac;ao), con:.::· tatamos, em rapida leitura, que mui· tas das suas conclusoes continuam vei· HeIas e merecem uma Dutra aprecia' (,ao por parte daqueles que, precon· ceituosamente, acharam par bern ata· ea-Jo a partir de uma analise supe!'· ficiaI do livro.
£-no$ impos...~ive l , aqui, em pouca~ linhas, tranSCl'ever trechos que julgamos da muxima importancia para 0 E-Sclarecimento de temas aue ainda hoje est5.o na onlem do dia de alguns de nossos estudiosos, entre outros temas: 0 problema das Escolas de Samba como fenumeno de cultura popular urbana. 0 problema do sam· bista, na maioI'ia das vezes dcscrim inado como tal e pressionado pelos valares da classe media como ,r esultante ue suas rela~Oes com aquela camada. A apropl'ia~ao das formas populares (em a lguns casas), slla utiliza~ao (valida sob certos aspeotos), slla transforma~ao e c1eforma~ao atrav~s cia:; chamados veiculos de comunica· <.:50 de massa. (TV, Radio, etc ... _l. )lao concardamos com a injusti~a daqucles que veem nas teses e conclu::::oes do Tinhor5.o sintomas de urn espirito purista e reacionariQ. No capitulo referente a bossa no· va, I"econhecemos que sua abo.rdagem e bastante resscntida e &le nao sabQ au nao achou importa'llte ex,trair 05 elcrncntos positivos legados a musicu popular pela movimento citado. Se por um lado alcga-se a descoberta de urn certo saudosismo envoIvendo todo 0 trabalho (0 que nao e verdade) esquece-se de dizer au naD ~e quer conceber que Tinhorao nJo
se insurge contra 0 elemento novo pOl' sel' novo mas apenas tenta dcnUncial' 0 ,resuLtado de uma relat;ao
cie troca ou mclhor, de uma rela~50 existente no sistema de rela~OeS ge· ra'is a quc estamos s ubmelidos no munc1lo aLLlaI. Em outras palavras, no ato cia troca, quem est<i POI' baixo ~empre sui pcrdenrio. Quem csta POl' cima, quase sempre e assimilado e pouco consegue assimilar_ E desnecessa"io dizer em que condi~6es se enconlra 0 ~ambista no atual sis~e rna. Em todos as momentos dessa troca, scm nada perceber, elc sempre sa i perdendo. Foi um erro grave a cita~ao dus names (no capitulo subre a bossa noya) d~ p-eSSN~S que sao, inccntesHlycImentp., :.lS mni.3 importanteq da no~s3. l11usica moderna. 0 Droblema a hoI'dado Exigie um nivel de pesquisa flue csta acima UJClUele utilizado pOl' nosso ilu.stre PE'squif·ador. Diversos pesquisadu)'es conscientes, autoreR c cantOl'es qOC! hojc rc' presentam a vangll<:lrd'a da nossa M. P., com 0.:; quais estamos sempre em contato e acompanhamos em trabaihos e exp,eriencias, buscando uma causa comum, -sabem que nao ha interesses menore.s ou rna-fe naquiIo Que aqui estamos expondo e nem a l10ssa palavra prete-nde ser definith·a. Dentl'e outros, 6 fundamental citar Capinan, Sergio Ricardo. Sidney Mi· leI', Caetano Veloso, Gilberto Gii, Chlco, Badem, Nelson Mota, Dori Cafme e Francis Rime. Recomendamos a todos as sambistas intere:.::saclos em ampliar seus co· nhecimcntos subre a nossa musica _ rogando que se fa (,a Ulna analise cui· (j'adosa antes da tomada de uma posiI;<lO - a leitura des.se Jivrinho do no:':· so amigo Tinhorao como ponto de ]JarMda para futuros debates. PAUL I XHO DA l'TOT,A
Sambamba AB FERNANDES
A Esia{,ao Primcil'a da I\iangueit'tl hOlllcnageoll 0 :M useu da Imagem e do Som e a "Guanabara em Rcvista" mn lesta d enomillada " ..'\las em Hal" monia", no ,iltilllo din (10 mes de ou· tubl'o. Na opol'tnnltlade, ontl'as hom(,.
Jlagcns fOl'am concl'ctizadus nn qua· dl'a da Rua Visconde de NUcl'oi, supedo'ada e com samba ate 0 dia cla-
Ala dos Composi tores Francisco __________
rC31'.
Astl'OS da Televisao, Radio e JUl-
pl'ensa foram l'cccpcionados lIa Uni· dos de Lucas no dia 17 I'r6xlmo pas sado, em noite que fical'a assinalada COIllO das mais impol'tantes do culen· (lado cal'navalesco (10 COlTcnte auo,
o
fntcbol de 8al50 ja faz pal'te Ita da Impcrio dn Ti· juca. No dia 15 de llovehloro proxi· mo passado, ('om t.ol'n eio d e gala (,11 , tl'C as divcl'sas alas da oscola. iuangUt'on-se a quach'a de futeb ol de sa· Jao, onde a cscola da Tijuea IJl'et endc l'eecbcl' a vi s ita das equil) CS l'('lH"ese n· tativas da s d cmais agl'cmia<;oes da d· dadc. IH'ogl'ama~ao ~ ocial
A excml'lo da Unidos d e L u ca!;, tambc m a qu cl'ida Port,eJa co m ('~ ou ~I emsaiar' na Zona SuI. ~Iai s pl'o p r ia · m Cllt e, na s rd e (10 1\:IOUl'i£.co (10 B ota· fogo, todos os sabados, a pal'til' d a~ 21 hOl'as. E 0 s amba pl'ocm'and o 0 !)OVo.
Estamos
118
l'e ta final da alH'cscn·
ta\:ao dos sambas ·cnl'i~ d os par a 0 CUI"
naval de 1969. Darcy, H 6lio Turco, Jurandir (d .. l\[angucira). W a lter R o· sa, Candeias, Cabana (da POI·tela ). No el Rosa, Aul'inho (do Salgn eiro ), !\Iartinho da Vila, Silas do Imperio S C1'l'ana, Jorge Cabo do S50 Carlos. Zcca !\Ielodia do Unidos d e J.Jucas e outros, estii..o em franca aUvWadc, cada quaI confiando no seu " boi com ab6bora", pOis todos serlio, para va· rim', Ji ndos de morrel'.
Na minha oplmao, uma E scola de Sam ba e uma m aquina, m aquina esta q ue t em em cada urn com ponente, uma pe~a fu nda mC'n ta l. I\1esmo que esta p eGa seja urn Simples parafuso, oeixa de sel' simples para tomar u ma impol'tancia ind iscu tivel, qu a n do esta 1igada ao todo, pois qu e, sem ele pode est.a rn aqu ina deixar de [u nc ion ar, as· si m en tendo seja uma E scola d e Samba, que tern em cad a u rn de seu,:; componentes u rn parafusa de su ma importancia. Uma ALA , contudo, re pl'esen ta n es ta maquina, m Ul to m ais do que urn parafu so, e em se traumdo de ala, a peca rna is importante sem d u vida alguma e a ALA DOS COMPOSITORES, isto porque, pegu nto e u e pe rm ito-me responder: Se nao houvesse compositores, como a E::i' cola des filaria sem sa m ba? Certmncn· te nem haveria escola ! pais qu e ::iem samba, nao h averia m otivac,;ao, nao haveria cabrochas aprescntando sells reholados, n50 haveria batuqueiros 2presentando seus passes, suas gingas, seus malemolejos. Contestarao alguns, alcgando qu e 0 couro do "f3lecido" cantaria, e eu enUlo pergunto: E todos ficadam m udos ? Claro que nao, nen hum born sambista aguentaria sambar sem can tar e como exernp!o contu ndC'nte, eu apresento: llum born sa mba ha ma ior en t usiasm~, ha ma ior empolgaGao. Tudo g ira em torna do samba. E a ala? A ala, cOitada, e fo rm ada de u rn grupo que 56 pensa em fazer bons samb as, bons sambas p ara que coloque a s u a Escola em posic;ao de d estaque. o compositor , e como urn jogador de fu tebol, quando con segue ma rcar urn got todos apl aude-m, quando pe r·
Colegio Cardeal Leme Escola Tecnica de Comercio Normal Cientifico - Ginasial e Jardim de Infancia. SOB
IN SP E C;::AO
Escola Primario
PERMA NE N T E
Oirec;:ao: Dr. Mourao Filho
38 A NOS A SERVI<;O DA J U V ENTUDE L E OPOLDINt: NSE AGOR A CU RSO N ORM A L
Sede: Rua Dr. Miguel Vieira Ferreira, 6 4 6 Ramos Fone: 30-2489 Sucursal:
<.le, todos vaiam. S6 que
Rua Uranos, 1317 - Olaria Fone: 30-1870
~
muitas vezes e que muito ainda se
profissional, ganha fazenclo D,ll nao gol e 0 compositor 5e fizer born sam· ba, ganha somente apJausos, mas aplausos que para eic fe-presentam tooo 0 dinheiro do mundo, pois Que, n 50 senda profissional, t1'aoalha gastando sua massa encefalica, somente POl' amar a E:;cola, POl' amar ao samba. Born, mas tambem tern uma COl· ~a, 0 compositor n50 precisa se preocupar, pois que e certa a sua presen~'a no desfile no carnaval! Coitado do
tern pra falar_ Uma ALA DE COMPOSITORES. n50 difere muito tIas tlcmais aIas, lU-
0
jogador
compositor. Garanto-lhes amigos que
aconteceu muitas Ve7.e5 0 pr6prio autor do sa mba-ent'~ do nao desfilar no ca:·naval. POl' que? Ora porque, ja
!=;implesme n t-e POl' falta de dinheiro. que a Escola nao ajuda'!, ajuda!, ajuda quando pode, mas geralmente nao pode, nem mesmo tem para cob:-ir as suas pr6prias despe~as: _ Mas sao outras convcrsas j~i abordadas POl'
clas com as m esmas dificuidades para ~air, fazendo festas, que nem sempre dao certo, empenhanclo terna, j6ias qua ndo as tern, utcn s ilios dome-sticos e ate em ultimo caso, 0 pr6prio pan-
<.leiro, porque e mclhor sair sem pande iro, do que nao sail'; s6bl'e a ALA DOS COMI'OSITORES, enoretanto, como disse antes, esta t6da a rCSlponsa bilidade do carnaval, ista desde o~ ensaios, desde os ensaios porque s6 os bans sambas proporcionam bon s ensaios e escola bern ensaiada, e sucesso na certa no carnaval, pois qu e a escola adquire melhor conjunto (harmonia) c a bateria entrosa melhor e 6 pOl' isto que eu acho que 0 COraf;:lO de uma E scola de S,}mha, ~ , ALA DOS C01IPOSITORES.
Samba e Cultura EXPEDIENTE EDITOR
Romio de Lima SECRETARIO
Arnaldo Pederneiras ARTE
A. B. Fernandes
Orgao oficial da Associac;ao das Escotas de Samba da Guanabara - Rua Joaquim Palhares n,o 282. Distribui-
cao
interna e gratuita a t6das as Escoles filiadas. :£laborado pel a assessoria ds Presidencia.
~OSSA CAP.'\. J!:ste foi 0 ano 60 de Augenor de Oliveira, 0 c01lhl" cWo Cal'tols da bicampca Mangucit'a. Figura tradicional da Estm;ao Pl'imeil'8, Car'Io1a e 1ambcm um dos gl'~mdes cODlpositol'CS da 1I0 s~a musica popular, autor inclusiYc de melodias que certamen1e fic81'ao 118 historia do canciuneil'O bl'Ssileil'o. As homenagcns t>l'cstadas a Cal'10la no decol'rer dcste anD, junta·se tamb6m a nossa, COmo l'eCOnhl'ci· , mento a sua I"'e st' n~a mal'cante lIa vida das Escolas de Samba do Es· tado da Guanabara.
o SaMBI Nil BIIIIol Existe em Duque de Caxias - Estado do Rio de Janeiro -, uma forc;a desconcentrada em materia de Escolas de Samba. Sao reprerentantes da· quele municipio nos desfiles oficiais da Guanabal'a as seguintes E scolas: Uniao do Centenario, Capricho do Ccntenario, Unidos da Vila e Cartolonhas l.e Caxias. Ao toda, quall'o agl'emiac;6es, Destas, apenas a "UnUio do Centenario", desfila na Av. Rio Bl'anco~ as outras desfilam na Prac;a Onze de Junho, estando, em v ista dis sa, classificadas no segundo e terceiro grupo, respeotivamente. Nenhuma delas ate haje conseguiu desfilar na Presidente Vargas, local destinado as Escolas de pl'irneiro grupe, Como se pode observar, e necessario a unia'O des sa forc;a dispersa, com o que muito lucrarA aquele municipio, porque Escola de Samba e atrac;ao, e fonte de divisas, e, acima de ,t udo, propaganda para 0 bairro onde estiio si-
luadas. Duque de Caxias possui granaes sambistas, quer sejam compositores, passistas, ritimistas ou meso rna dirigentes, que refon;am E'scola~ da Cuanabara, devido exclus-ivamente a grande dispersao causada peIo ele· vado numero de agremiacoes na loca· lidade, tirando t6da e qualquer possibilidade de atingir aquilo que 0 ~'ial1l· bista mais des-eja que e desfilar na passarela da P rcsidente Vargas. Aqui vai a nossa s ug:estao ao Sr. Pre re-ito de Duque de Caxias: - P Ol que Vossa Excia. nlo assume a lide· ran<:a cia lut.a pel a unificac;ao das Escolas de Samba desse municipio'! Reuna os dirigentes das diversas E scolas, mostre-Ihes que a dispe1"sao Sl' tern trazido prejulzQs ao samba e que se essas f6rc;as fot'em aglutinadas numa (mica e grande Escola, todos sairao ganhando: 0 samba, os sambis· tas e Duque de Caxia-s. Mas para isso e necessal"io n50 esquecer de Ihes dar 0 indispen s~ve l para que 0 sonho se torne realidade, isto l!, urn local condfgno para quadl'a de ensaios e sede pr6pria,
FELIPE S. PEREIRA
- ELETRONICA
Rua Manguaba N." 6 . Parada de Lucas Telefone Cctel 91·0757 Todo material eletr6nico - - Valvulas testadas na hora Radio TV Hi·fi
PRECOS
POR
ATACADO
Adornos para
DEPOSITO DAS SEDAS
Fantasias e Vestidos de Gala
o
l\lissangas
o Canutilhos o Contas de crista I, de madeira o Tecido de lantejou las o o o
lou~a
e de
Paetes Pcrotas para bordar Colares
Liis, Linhos, Sedas. As maiores
o Aneis o 1\1edalhoes o Correntes o Bijuterias
novidades em tecidos Lisos e Estampados.
Fa{:a V. mesma sua fantasia, j6ias e adornos
Irmarinho eUma Completa Seccao de lingerie
Visite a
SILMER LTDA. ARTIGOS
PARA
Rua Lucas Rodrigues, 62-A
BOROAR
Rua da Alfandega, 173 TEL. 23·1343 - RIO DE JANEIRO
[Bern no Centro Comercial de IUCASl
1
I .__ ... _-_ ............ _--_ ........... __ ......... __ ........... _.................................. -........ _ .. _..
_.-............... --_.
Os melhores artigos pelos menores precos
COMPLET A SECAO DE NOIVAS
M. H. L. Barbosa - Tecidos S. A.
RUA LUIZ DE CAMOES, 24/26 TELS. 23- 0977 e 22-0656 RIO DE JANEIRO - GUANABARA