Revista Sampa Carnaval e Turismo n° 32

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Novembro / 2020

Edição nº 32

SAMPA CARNAVAL E TURISMO


O ano de 2020 foi atípico na vida de todos os sambistas, de repente um lockdow e tudo para. Sim, por alguns meses nossa voz se calou. Músicos, cantores, artistas de uma maneira geral foram obrigados a ficarem confinados em suas residências e as casas de show fechadas. O isolamento social é devido ao Covid 19, que infelizmente, nos pegou de surpresa. A parte boa do confinamento é o surgimento de belas obras, pois muitos poetas colocaram suas mentes brilhantes para elaborarem as composições. A equipe do Grupo Sampa, que tem o ritmo em seu pensamento e apoia a cultura brasileira, resolveu promover o “Primeiro Festival Virtual de Samba e Pagode”. O objetivo foi dar a oportunidade para novos e antigos intérpretes divulgarem seus sambas e foram recebidas 13 inscrições de belíssimas canções. Na edição desse mês de novembro, nossos leitores poderão acompanhar cada obra inscrita com seu intérprete e conhecer a história de cada jurado. O júri foi composto por apresentadores da rádio Sampa, e também, músicos experientes e consagrados no cenário do samba nacional. O grande campeão do festival foi Anderson Tobias, que interpretou “Os vários Dons”, autoria de Evandro Mello, sendo aplaudido por todos os participantes. Nessa edição temos, também, uma sensacional matéria com o pastor sambista Aguinaldo Silva, que conta um pouco do Movimento Samba Gospel.

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Grupo

Editorial

O samba não parou...

SAMPA


Sumário

Anderson Tobias, o campeão do festival

Intérpretes, um sonho realizado

06 09

Jurados, a difícil tarefa

20

Aguinaldo, o sambista gospel

26

Olhar da Sampa

30


Anderson Tobias é o grande vencedor do 1° festival da rádio Sampa por: Jéssica Souza A música ‘Vários Dons’ conquistou o primeiro lugar no concurso, que contou com a participação de 13 artistas

Aos 28 anos de carreira, o paulistano Anderson Tobias é um verdadeiro apaixonado pelo samba. Influenciado pelo som dos atabaques nos cantos entoados nos cultos africanos e por sua família, desde a infância frequentava bailes, desfiles de carnaval e rodas de samba após as partidas de futebol que aconteciam no bairro de Cidade Tiradentes, zona leste de São Paulo.

Início O olhar atento ao ritmo e desenvoltura dos mais velhos na roda samba da várzea, despertou em Anderson o desejo de fazer música. " Fui escolhido pela música desde muito jovem, costumo dizer que ela me escolheu. A mosquinha musical me picou nas rodas da Cohab Tiradentes.Tentei outras profissões, trabalhei anos na área comercial,inicie faculdade de marketing,porém, música sempre foi muito presente e forte, na minha história”

Mas, as influências que o levaram ao mundo musical ultrapassaram as fronteiras de sua comunidade local. Almir Guineto, Beth Carvalho,Cartola,Grupo Fundo De Quintal,João Nogueira,Jorge Aragão, Zeca Pagodinho e outros grandes nomes da música popular brasileira são alguns das suas inspirações.

Carreira Começou a tocar profissionalmente aos 15 anos e de lá para cá não largou mais o mundo musical. Autodidata, Anderson Tobias toca pandeiro,repique, tantanzinho e outros instrumentos de percussão. Aprimorou suas habilidades estudando teoria musical e canto coral. Além disso, fez aulas de canto e atualmente se dedica a aprender piano. Entre as décadas de 80 e 2000 participou de diversos grupos musicais no cenário do samba paulista como o Grupo Tendência, Orvalho da Madrugada Apadrinhado pelo Quinteto Branco e Preto e o Grupo Total. Também passou pelo grupo Tia Bida, Parada Zona Leste e Roda de Samba do Magrão.Dividiu espaço nos palcos com o artistas consagrados Almirzinho,Grazzi Brasil,Marquinhos Sensação e Sombrinha são alguns nomes.Hoje, o músico faz parte do grupo de samba Quintal da Xika. “Assim que pisei naquele quintal me identifiquei ! Veio toda história de estar ligado a minha base na zona leste, ao samba de roda em comunidade. Eu participei de alguns projetos de samba antes do quintal. Com o grupo Total realizei dois projetos, o pagode da Tia Bida, que durou 4 anos e o parada Zona Leste que aconteceu por dois anos. Mas, o formato do Quintal da Xika tem tudo haver com minha essência. Antes de integrar oficialmente, participei de um projeto do grupo em homenagem ao Mussum. E aí logo depois veio o convite para fazer parte integralmente. Quando Vitão, fundador do Quintal da Xika, me chamou nem pensei, só perguntei o dia , a hora e a roupa que deveria usar para participar!!” Em 2016, Anderson Tobias iniciou uma nova fase em sua carreira.Como intérprete solista, o músico formou a banda Molho Misto com a proposta de fazer melodias que vão de encontro com alma do público sambista.


Alcançando novos voos

Futuro

O concurso dedicado a compositores e cantores de samba e pagode promovido pela rádio web do grupo Sampa, foi visto por Anderson Tobias como uma oportunidade de levar a sua música para outros lugares e conquistar novos espectadores.

Para os próximos passos, o artista planeja mergulhar cada vez mais fundo em sua música. Levar o seu trabalho a mais pessoas é a sua prioridade.”Estou focado em participar de projetos com lei de incentivo à cultura, circular shows em equipamentos públicos como casas de cultura, escolas e teatro. Quero levar minha música de forma gratuita. O trabalho precisa ir para estrada e chegar nas pessoas, tocar seus corações”

A disputa pelo primeiro lugar no concurso contou com 13 artistas e a música ‘Vários Dons’ foi a vencedora. A canção que foi inscrita na competição chegou ao conhecimento/ radar de Tobias há três anos durante uma temporada de shows em Belo Horizonte. A autoria da canção pertence a Evandro Mello, integrante do coletivo Reduto Vários Dons, grupo que desde 2017 diversos compositores da capital Mineira.

“Assim que ele me apresentou a canção tive vontade de gravar, me tocou a letra, a melodia, acho que era o que eu buscava no trabalho solo que estava iniciando na época. Só pude gravar um ano e meio depois, e numa produção independente. ‘Vários Dons’ trás uma inovação nos arranjos com uma dinâmica bem interessante somente do trombone com os instrumentos percussivos em determinado trecho da música” Para ele, vencer o torneio foi um grande incentivo para continuar correndo atrás dos seus sonhos. “ Sinto que se qualquer outro ganhasse, meu sentimento, só de chegar lá, e mostrar o trabalho para um grande número de pessoas que não me conhecem, já seria motivo de gratidão.Todos nós que fazemos arte neste país, que defendemos a bandeira do samba, já somos vencedores.Mas conquistar o primeiro lugar me deu a sensação de que o caminho está sendo bem trilhado” Em 2019, Anderson Tobias lançou o seu EP solo. O projeto “Samba Brasil" reúne compositores de diversas regiões do país para representar a musicalidade brasileira e exaltar a nossa cultura popular. Por meio das canções o EP conta a trajetória do artista evidenciando sua origem e essência. Em novembro do mesmo ano o álbum se transformou em DVD e o show da turnê começaria em São paulo a partir de março, mas a pandemia do novo coronavírus alterou os planos.”Após tanto tempo de confinamento acredito que as emoções estarão à flor da pele. A festa de lançamento acontecerá no próximo dia 28 novembro e a minha expectativa é grande para esse evento, juntar os músicos, a família, o público e mostrar o resultado do trabalho.Estará imperdível!”

Em sua opinião, a arte e a cultura são peças fundamentais para a existência dos povos,elementos imortais. E são as próximas gerações que vão ajudar a tornar este legado eterno.

“Tudo pode morrer, se houver cultura , há possibilidade de recomeçar. Para aqueles que estão começando eu aconselho a não desistir dos sonhos, se a música bateu no seu coração, vá atrás, procure estudar, tem cursos gratuitos oferecidos na cidade, a internet também pode auxiliar. Observe os mais velhos, respeite e aprenda com quem abriu caminhos para que pudéssemos estar aqui hoje expressando nossa arte sem apanhar. Não se desconectar da sua base, da sua origem e formação, valorize os que correm com você! Não posso dizer que existe uma receita a ser seguida para o sucesso, mas existe carinho e dedicação no que fazemos. Acredite , confie , persevere e ouça as convicções do coração.”

Zezé Martins: Veja a História deste artista do samba O artista iniciou na música de maneira inusitada por: Rita Lutfi

Zezé Martins iniciou na música de uma maneira diferente, com um pandeiro de plástico, baldes e muita palma na mão, juntamente com os amigos da rua. Após algum tempo conseguiram comprar instrumentos para darem continuidade com o grupo. O tempo foi passando e os amigos não mais quiseram continuar com a música. A partir disso, ele continuou e começou a tocar cavaquinho no grupo Meninos do Pagode, e depois no grupo Beira Rio. O artista teve o prazer de tocar com Belo, que para ele é um dos melhores cantores da atualidade e foi um excelente aprendizado. Atualmente Zezé Martins está em carreira solo.

O isolamento social o deixa triste pelo fato de ter desencadeado desempregos e mortes, além do fechamento das casas de show, às quais afetou bastante a classe musical. Na visão do cantor, o festival foi muito bom para ele e importante para todos e para o samba a oportunidade que a rádio Sampa proporcionou. A música concorrente “Amor Distante” teve como inspiração para a composição o término da relação de um amigo, a qual disse que o lado boêmio não o deixava parar de ir para o samba, ou para outros locais. Zezé iniciou a letra da música e seu primo Toni Delgado a concluiu.


Evandro Melo, o cavaquinista compositor O dom artístico é hereditário na família do músico mineiro por: Erick Eduardo

Evandro Melo é de Belo Horizonte, Minas Gerais e conta que veio de uma família musical. Seu pai era violonista de um conjunto de choro e seus irmãos por sua vez também tocam choro. Evandro que gosta muito do gênero, que já se aventurou em grupos de choro, fazendo cavaco de centro e se declara autodidata, nunca estudou musica e tocou “apenas ouvindo”. Ele diz que foi o samba que lhe pegou de fato! Aos 14 anos montou com alguns de seus amigos, um grupo de samba e pagode na comunidade onde nasceu e foi criado, o Morro das Pedras, na zona oeste de Belo Horizonte. Ele também foi convidado para tocar cavaco em outras bandas, passou por várias formações, compôs com os amigos e participou de concurso s e festivais de musica. Algumas de suas canções compostas são cantadas até os dias de hoje nas rodas de samba e pagode da capital mineira. Segundo ele, a pandemia atrapalhou demais a vida dos músicos em gerais, ainda mais do pessoal que depende diretamente do dinheiro dos shows, pois eles estão passando por apertos por lá. Evandro diz que Belo Horizonte não tem muitas casas de show e as poucas que tem, não estão podendo funcionar em sua capacidade máxima. “Enfim, tá complicado”, completa ele. Em relação ao Festival da Rádio Sampa, Evandro confessa que foi uma grata surpresa quando viu na página Anderson Tobias, seu amigo e parceiro, vários dons inscritos e concorrendo. Ele ainda elogiou o trabalho com a canção de Anderson e também disse que a presença especial do Mestre Bocatto no trombone, deu mais vida e “temperou” de forma agradável a canção. Para ele ser sambista hoje no Brasil é algo complicado, ainda mais em Belo Horizonte, por questões de visibilidade e vender esse produto para todo o país é algo bem difícil. Por mais que se tenham ótimos compositores, intérpretes, músicos geniais, estúdios de gravação bem montados com profissionais gabaritados, a distribuição do que se produz aqui é o que deixa a desejar. Ele diz que trabalhar com cultura de raiz no Brasil hoje em dia é uma barra e que a galera consome o que é comercial, como as musicas com refrões fáceis pra curtir nas baladinhas nos finais de semana e nada de músicas que trazem informação, instrução, reflexão e etc. “Desejo sorte a rádio sampa neste projeto superespecial e que tenham mais canções de Compositores de BH nas paradas (risos).”

As experiências e desafios na carreira de Walmir de Oliveira O dom musical despontou com apenas 8 anos por: Victoria Vianna Nascido em 11 de maio de 1972, na cidade de Guarulhos, São Paulo, Walmir de Oliveira foi um dos finalistas do 1°Festival Samba e Pagode, da Rádio Sampa, com a música “Viver em Função de Te Amar”. Aos 8 anos de idade, Walmir já se destacava por sua afinação no coro da escola onde estudava. A carreira como cantor inicia-se em sua adolescência, quando fez parte de um grupo amador, e, ao descobrir seu talento musical, começa a se interessar e estudar música. Foi então que o cantor começou a trabalhar como vocalista em grupos de samba e pagode. Um dos grupos em que teve passagem foi o Nova Safra, onde, em 2002, através da música “Chega Mais Feijão da Dona Vicentina”, o cantor participou do 1°Festival de Novos Talentos, realizado pela Rádio Transcontinental FM. O Pout Pourri alcançou o primeiro lugar entre as mais tocadas da emissora por mais de dois meses.

Carreira solo e seus desafios Dentro dos 33 anos de experiência, Walmir já trabalhou em diversas áreas da música, uma delas, foi ser intérprete de escolas de samba do município de Guarulhos. O cantor passou por diversas agremiações, mas em 2016, representando a Tok Final Pimentas, foi premiado com o Troféu Sururu no Samba como Melhor Intérprete. Além disso, cantou também no Afoxé Kaomy Olhos de Xangô e no Bloco Três Rosas. Walmir também trabalhou em outros Carnavais. Na cidade de Joaçaba, localizada na região meio oeste de Santa Catarina, foi intérprete da escola de samba Aliança e, em São Paulo, atuou na tradicional agremiação Flor de Vila Dalila. O cantor então segue na carreira solo e explora seu lado romântico com a música “Viver em Função de Te Amar”, uma composição de Flávio Sampaio com a produção e arranjo de Fabio Negrão e Naldo de Souza. Em 2017, participou pela segunda vez de um evento promovido pela Rádio Transcontinental, no 1° Festival de Samba e Pagode. Walmir concorreu com este samba e foi o único cantor solo entre 13 os finalistas, percebendo então que deveria continuar neste caminho. Para o músico, seu maior desafio da carreira é encontrar uma parceria, ou seja, empresário, que acredite em seu projeto e auxilie na divulgação de sua marca. Como conselho para quem está começando agora na música, Walmir diz que procurar um empresário pode ser um dos objetivos, mesmo sendo uma tarefa difícil. Além disso, o cantor sugestiona como primeiro passo o autoconhecimento, ou seja, encontrar seus pontos fortes e fraquezas, trabalhando bem essas áreas, porém dando ênfase no lado positivo.

Participação no 1°Festival Samba e Pagode da Rádio Sampa e projetos para 2021 Em outubro de 2020, Walmir e mais 3 artistas foram finalistas do 1°Festival Samba e Pagode, da Rádio Sampa projeto criado com o objetivo de incentivar a cultura musical e divulgar novos grupos. O cantor afirma que foi muito legal e divertido participar de uma disputa online, pois nunca tinha visto algo parecido. Para 2021, Walmir tem um projeto em andamento: o lançamento de seu CD e outras novidades, trazendo inovação e criatividade ao seu público.


Paulinho Cuica traz o samba romântico para o festival da rádio Sampa A inspiração da música foi o fim de um relacionamento

Neide Sales, a voz da Sambista Feminina no festival de samba e pagode da rádio Sampa

por: Rita Lutfi

Paulinho Cuica participou do festival virtual da rádio Sampa com a música “Samba de Amor, Não”. Ele nos conta que a música fora composta no ano de 2009, após o final de um relacionamento, onde ele estava triste e não cantava músicas românticas nas rodas de samba. A pandemia, na opinião dele, não deveria acontecer, pois a população mundial sofre há mais de 100 anos, onde pessoas morrem como se a ciência e a tecnologia atual não tivesse evoluído. Ressalta, também, que a cultura, as artes foram bastante afetados e consequentemente o samba. Nesse isolamento social as casas de shows, os artistas de uma maneira geral e também os músicos sofreram no primeiro momento, mas as lives chegaram para que os animassem. “Não é o mesmo que o presencial, o calor humano, mas esse foi o jeito até que as coisas se normalizem. ” – comenta Paulinho. A opinião do artista em relação ao festival virtual é que ele surgiu em um momento importante e que nos próximos abranja mais compositores, músicos e cantores.

Por meio da canção, a artista levantou a bandeira contra o machismo por: Rita Lutfi foto: Elena Dias

A trajetória musical de Neide Sales iniciou, quando com apenas 3 anos de idade, cantou o Hino Nacional Brasileiro na íntegra. A cantora relembra sua infância nos contando que sua memória sempre foi muito ativa, aprendeu a ler e escrever sozinha e com 5 anos ingressou na primeira série do ensino fundamental I. Mudou–se para a cidade de São Paulo com 9 anos e juntamente com os amigos, que moravam na mesma rua, montaram uma banda. A partir desse fato nunca mais parou de cantar. A falta do público, nessa pandemia, afetou demasiadamente os bares e consequentemente os músicos, uma vez que as pessoas estão resguardadas em casa e ao saírem existem os protocolos de segurança e não estão frequentando os shows. O seu desejo é, que quando esse isolamento social findar, as pessoas sejam mais humanas. A música apresentada no festival da rádio Sampa retrata o momento de evidência do machismo, segundo Neide, nas redes sociais, onde a mulher estava sendo “passada para trás”, como diz no ditado popular. Pensando nisso, compôs a música para mostrar, que estão atuantes e podem assumir qualquer função. A cantora participou com a música “ Lugar de Mulher”, onde ela comenta que foi uma ótima oportunidade dos artistas mostrarem seus trabalhos de músicas autorais.


Mauro Amorim, o autodidata no violão Músico é sinônimo de referência e experiência no mundo do samba por: Rita Lutfi

Mauro Amorim nasceu na cidade de Osasco (SP), é cantor, violonista, compositor. As suas referências musicais vai de Tunico e Tinoco a Adoniran Barbosa. O artista considera-se um autodidata no violão, pois desde os 16 anos toca o instrumento e na adolescência iniciou a paixão pela MPB dos tempos da ditadura. Ele percorreu festivais na década de 70 e nos anos 80 conseguiu tocar em bares de Moema (SP) e na sua terra natal. A interrupção de sua carreira foi a partir de 1990, por motivos familiares e profissionais, retomando-a em 2010, quando retornou às rodas de samba e aos bares de Osasco e Vila Madalena (SP). O CD autoral, Dia de Jogo, foi lançado em 2016, a qual trazia vertentes do samba paulista. Em sua trajetória artística, Mauro , apresentou-se em hotéis, Anhembi, Pavilhão Imigrantes, nos SESCs das cidades de Taubaté, Santo André, Osasco, além do da 24 de Maio e Pompéia. Vale ressaltar, que também se apresentou na cidade de Santana de Parnaíba e na saudosa casa Tupi or not Tupi.

Para ele a pandemia não afetou somente o samba, mas sim a todos os artistas. Os artistas mais jovens conseguem utilizar a tecnologia e se reinventarem, mas os com mais idade sentem muito esse momento de isolamento social. No festival, Mauro Amorim , participou com a música Brasiliano, a qual ele declara que é um protesto a esse governo, que para ele, apoderam-se da nossa bandeira como símbolo do conservador, racista, homofóbico e genocida. “Somos chamados por um nome de profissão, quando deveríamos ser Brasiles ou Brasiliano.” – complementa. O artista considerou-se meio antigo em relação ao festival, por ainda ter o conceito dos que viu em épocas passadas, a qual era um espaço de protesto. Percebeu seu engano quando ouviu as belas canções românticas , que estavam concorrendo.

Em “Falsa Liberdade” Júnior Oliveira, canta a luta do povo negro O artista traz em sua composição a dor e força da população negra brasileira por: Rita Lutfi

A música “Falsa Liberdade” nasceu na Gurigica, que é uma comunidade em Vitória (ES). Tudo começou em um lindo dia quando Júnior Oliveira estava em um bar situado no Morro da Floresta, a qual fica atrás de sua casa. Segundo as histórias do local, no morro há uma pedra, a qual é chamada de cativeiro, pois pessoas maldosas levavam suas vítimas para serem mortas lá. Pensando no que sempre ouviu, começou a escrever o refrão, mas para ele não estava fazendo sentido, mesmo assim, continuou a pensar no que poderia retratar. Júnior começou a pensar no sofrimento do negro e então, a composição aos poucos começava a ser escrita e as conversas com o parceiro Nego Josy foram iniciadas. A analogia entre morros e senzalas está na parte “daqui debaixo eu enxergo o cativeiro”, onde retrata o cidadão que vai para o trabalho e retorna para casa e em diversas vezes não tem a estrutura que merece. As demais partes da letra da música, segundo ele, se auto explica no que se refere a violência, racismo e demais temas que é sabido da população brasileira. No que se refere a pandemia, Júnior Oliveira, acredita que tenha atrapalhado o entretenimento em geral, mas por outro lado, traz a verdade de saber quem se preocupa com seus semelhantes. Ele não sabe mensurar o prejuízo que os músicos sambistas tiveram, pois acha que é um egoísmo pensarmos nesse tipo de perda, uma vez que o pior é a dor da saudade, que diversas famílias tiveram ao perderem seus entes queridos. O artista é apaixonado pelo samba, pela batucada, por harmonias e nos conta que o primeiro grupo musical que participou foi em 1993, onde relembra um trecho da música que cantavam : “...O mundo está cheio de sonhos ,cheio de ilusão O povo busca a qualquer preço a felicidade para o coração Sabendo que o candência, descência,ciência e inspiração Convido porque sou amigo,vem junto comigo cantar o refrão Liberdade,liberdade Liberdade no samba Liberdade Quem samba tem mais simpatia tem os pés no chão Anda cheio de euforia curte a poesia batendo na palma da mão Vive sempre em sintonia com som do Cavaco Banjo, violão O surdo, chocalho,tantan ,afoxé e o repique de mão....”


Raízes musicais e cristianismo: A carreira de Edineo Martins por: Victoria Vianna A imersão de Edineo Martins no mundo da música se inicia a partir da infância. Com uma família festeira, que frequentava escolas de samba no Carnaval de São Paulo, o cantor afirma que quando havia festas de aniversário em sua casa, seus parentes celebravam com canções de samba-rock e pagode. Ao ver seus amigos aprenderem a tocar instrumentos, achou interessante e procurou acompanhá-los. Foi então que surgiu o Grupo Descontração, em que Edineo afirma que foi criado na brincadeira, mas, logo depois, o projeto acabou ficando para trás. O cantor então conheceu, através de seu amigo Carlos Eduardo, um grupo chamado Atitude Brasil. “Foi um grande divisor de águas na minha vida”, conta. Edineo então passou a levar a música mais sério e sonhar em ser um músico de verdade. Durante dois anos, o cantor conta que continuou aprendendo e crescendo dentro da música, mas, a partir dos anos 2000, saiu do grupo e se converteu ao cristianismo, onde mudou sua vida e passou a cantar na igreja. “Deus me trouxe uma revelação de que eu não tinha que largar minhas raízes, mas sim trazer as minhas raízes para dentro da igreja. Então, aprendi que eu poderia cantar o meu pagode para Deus, e isso foi um grande marco na minha vida.” “Na Santidade”: Canção finalista do 1°Festival Samba e Pagode Juntamente ao seu amigo Daniel Holanda, compôs a canção “Na Santidade”, a qual foi finalista do 1°Festival Samba e Pagode, da Rádio Sampa. Edineo conta que esta música marcou muito a sua vida, assim como de outras pessoas, incluindo a de seu parceiro compositor. O autor de “Na Santidade” conta sua experiência no Festival. Para ele, serviu como uma grande chance de mostrar um trabalho que, durante um bom tempo, estava adormecido e, de repente, despertou. Edineo também afirma sobre a importância de procurar novos talentos e continuar mostrando a nossa cultura afro-brasileira: “Muitos dizem que o samba iria acabar, mas isso é impossível. Ande nas ruas, vejam os lugares. O samba e o pagode estão mais vivos que nunca. Essa é nossa cultura, esse é o nosso som, é uma chama que não se apaga”. Aos novos músicos que estão chegando, Edineo aconselha para que eles sigam acreditando em seus potenciais e busquem melhorar sempre, pois, segundo ele, a música é infinita e pode te levar a lugares maravilhosos, assim como pode trazer paz e esperança para pessoas. O cantor cita novamente sobre o Festival, dizendo que estar entre os finalistas foi justamente porque acredita que podemos cantar aquilo que vivemos e também mostrar para o povo aquilo que sentimos. Futuro projeto Em 2021, Edineo planeja o lançamento de um EP chamado “Homenagens”, trazendo a participação de alguns amigos do estilo samba gospel. O músico afirma que realizará uma grande roda de samba àqueles curtem pagode, para que assim possam todos juntos adorar à Deus por meio deste ritmo.

Roberta Oliveira, cantora, foi uma das juradas do festival da rádio Sampa A música é o instrumento de sua vida por: Rita Lutfi

Roberta Oliveira é cantora e a música é o instrumento fundamental em sua vida. A tradição ancestral, descoberta tardiamente por ela, é parte da história de grandes baluartes, com quem teve a honra e privilégio de conviver e aprender algo com eles. A cantora destaca Seo Carlão (Peruche), Toquinho Batuqueiro, toinho Melodia, silvio Modesto, Ideval Anselmo, Zelão, Sr. Airton Santamaria, tio Mário, dona Neide. As tias Baianas Paulistas que contribuíram para a resignificância de sua vida. A pandemia atinge todos os setores e o de eventos foi o mais afetado. Vale ressaltar, que o samba e a arte, a qual vivem com poucos recursos e reconhecimentos, estão entre os que tiveram que parar e os músicos tiveram que se adaptar, por não poderem trabalhar, uma vez que depende do público. Roberta acredita que esse momento tem mostrado, que uma pessoa precisa da outra e a importância de organização para proporcionarem mudanças significativas no segmento musical. “Ações, como por exemplo, o festival amplificam a voz de tantos compositores e tantas compositoras incríveis que pouco espaço tem hoje em dia. A rádio Sampa está de parabéns pela iniciativa.” – declara a jurada do festival, Roberta.


Alisson do Banjo, o mineiro sambista no corpo de jurados do festival da rádio Sampa O sambista que compôs sua primeira música aos 17 anos por: Kathelin Malafaia

Alison do Banjo é músico, compositor e intérprete mais conhecido como Alisson do Banjo nasceu em Belo Horizonte (MG) no ano de 1975. Quando criança foi apresentado ao samba pelo seus pais, tios e avós, a família fazia comemorações com muita alegria, sempre regado à música mais popular do Brasil. O cantor teve uma relação de amor à primeira vista, quando teve proximidade com o instrumento cavaquinho. O músico compôs sua primeira canção (Falsa Promessa) no auge dos seus 17 anos de idade, além disso Banjo foi integrante do grupo Mania do Samba por 16 anos, e já chegou a abrir show de diversos artistas renomados, entre eles: Arlindo Cruz e o grupo Fundo de Quintal. Atualmente o cantor segue em uma carreira solo, atuando no mercado musical capixaba com um repertório repleto de sambas consagrados e composições próprias. Banjo, acredita que sairemos melhor de toda essa situação de pandemia em que estamos vivendo, é como choque de realidade e consciência que nos faz entender que vida é preciosa e precisa ser o centro de tudo. O músico apoia a ideia do festival e crê que será uma oportunidade de grandes artistas mostrarem seus trabalhos para o público. Talentos serão descobertos!

Desde pequeno o jurado Pica Pau, sabia que seria DJ Para ser DJ é necessário ter sensibilidade musical

por: Rita Lutfi

Nascido em uma família de DJs, Pica Pau desde pequeno é encantado com a música. Aos 10 anos já sabia qual caminho seguiria na fase adulta. Quando completou 16 anos, ingressou na equipe Zimbabwe e como é sabido para se tornar um DJ é necessário ter uma sensibilidade musical para ter êxito na profissão. Para ele é fato, que as pessoas estão se adaptando com um novo começo e o meio artístico é o que mais sentiu esse isolamento social. “Com a reabertura gradual dos estabelecimentos, a tendência é que as coisas se normalizem” – comenta o DJ. A classe musical está sem exercer o que mais gosta e sendo assim, Pica Pau, declara que o festival foi uma maneira de dar um ânimo aos músicos em tempos de pandemia e parabeniza os organizadores pela iniciativa.


As artes sempre presentes a vida da jurada Márcia Franco A busca por conhecimento a faz se considerar autodidata

Lula Matos, o sambista carioca no julgamento do festival da Rádio Sampa O sambista teve influência familiar para se aproximar da música por: Kathelin Malafaia

por: Rita Lutfi

Márcia Franco é graduada em artes. Desde criança sempre apreciou a dança, a qual participou de aulas de jazz, e a música, que sempre esteve presente em sua trajetória de vida. Na adolescência, mais precisamente com 17 anos, começou a cantar no coral da igreja. A jurada considera-se autodidata, pois busca conhecimento para treinar a respiração, afinação, aquecimento vocal para que seu canto saia com perfeição. O distanciamento social fez com que os eventos parassem e com isso, as casas de espetáculos fecharam as portas por precaução. Não há show sem público, sendo assim, a classe musical foi afetada. “Foi uma ótima oportunidade para conhecermos novas obras, novos talentos, existem diversos trabalhos bons que nem imaginávamos, quero aqui parabenizar a toda equipe do Grupo Sampa por essa iniciativa, podem sempre contar comigo. Esse será o primeiro de muitos com certeza.” – declara Márcia referindo-se ao 1º Festival Virtual da Rádio Sampa

Lula Matos nasceu e cresceu durante toda a sua infância na Baixada Fluminense, Rio de Janeiro. O amor pelo samba vem de família, seu pai tocava tambor e seu tios, cavaquinho e cuíca em escolas de samba, esses foram um dos motivos que o levou à essa proximidade com a música. O artista acredita, que o isolamento social mostrou que as pessoas estão totalmente vulneráveis, uma vez que um vírus pode dizimar toda uma sociedade, principalmente em um país como o Brasil, cheio de mazelas e preconceitos. ‘’Acredito que o momento chegou e nos fez ter ainda mais humildade’’ disse o carioca. Em meio a uma pandemia o artista acredita que a ideia do festival virtual da rádio Sampa é simplesmente magnífico. Poderá ser uma oportunidade gigantesca para milhares de sambistas de qualidade e que grandes talentos surgirão a partir desse evento, grandioso e um ótimo momento para que muitas pessoas realizem seus sonhos e um incentivo a mostrar todo o seu talento e potencial.


O ritmo é o cotidiano do DJ Bitta, jurado do festival da rádio Sampa O interesse pelo meio artístico veio do seu primeiro emprego

O julgamento das canções nos olhares do poeta Aquiles da Vila No próximo festival deseja concorrer com composição própria

por: Kathelin Malafaia

por: Rita Lutfi

DJ Bitta é nascido e criado no Jardim Peri, um bairro da Zona Norte de São Paulo. Aos seus 12 anos de idade trabalhava na bilheteria da Elite Itaquerense, local esse que estava rodeado de música e foi lá que ele se interessou por esse meio artístico, além de curtir muito, ia às matinês de São Paulo. Bitta era integrante da escola de samba Camisa Verde e Branco, onde participava tocando um dos instrumentos da escola, a bateria.

O samba e o carnaval fazem parte da vida de Aquiles da Vila. Ele é nascido na Vila Sá Barbosa, um vilarejo próximo à Avenida Tiradentes (SP), que é o palco dos antigos carnavais.

Encantando pela música, pelas pessoas, pelo ritmo, o rapaz pegava os discos de vinil de sua mãe e se divertia, e consequentemente esse amor pela música só aumentava. O DJ deixou sua opinião sobre o isolamento social e a pandemia do novo coronavírus ‘’Fez com que muitas pessoas aprendesse a dar mais valor a vida, a família e as pessoas que realmente amamos. Nos aproximou mesmo distante dos nossos entes queridos’’ disse o artista. Ainda complementou afirmando que o festival é sem dúvidas, uma grande oportunidade para tantas pessoas talentosas e um incentivo positivo.

Desde a infância ouve músicas, e exemplifica com The Beatles e Nelson Gonçalves, além de declarar que se emocionava com as canções. De uma forma geral, a pandemia afetou a população mundial e a música também faz parte desse fato. Porém como em outras situações já vividas pela humanidade, o homem se reinventará. O festival, segundo Aquiles, resgata grandes momentos da nossa música. Nesse tipo de evento grandes talentos são revelados e por essa razão é um incentivador desses projetos. “Esse ano participo como jurado, mas ano que vem, quero participar como compositor” – declara Aquiles da Vila.


Andréa Gadelha crê que os festivais “não deixam o samba morrer”

O músico Renan Siqueira, declara que o festival é uma excelente inciativa O trabalho social faz parte do grupo “Segunda Sem Lei”

Os cantores sambistas são suas influências musicais por: Rita Lutfi

Andréa Gadelha, graduada em artes visuais e educação ambiental, teve seu início na música desde pequena, época em que frequentava a quadra da escola de samba Império Lapeano. Em sua casa a boa música estava sempre presente, recorda-se de cantores, tais como, Beth Carvalho, Lupicínio Rodrigues, Martinho da Vila, Clara Nunes, Maísa, Dalva de Oliveira. Quando questionada a respeito da pandemia, nos diz, que a pandemia é uma situação nova, que teremos que conviver, talvez, para sempre. Em relação ao mundo do samba, para ela, assim como demais setores, foram e ainda serão afetados. O festival virtual é definido, pela jurada, como uma maneira de não deixar o samba morrer e também apresentar novos talentos, que estejam trilhando um caminho longo, para serem conhecidos.

por: Kathelin Malafaia

Renan Farias Siqueira, 35 anos, integrante do ‘’Segunda sem-lei’’ um dos dirigentes do pagode SSL. Atualmente, o grupo tem 6 anos de existência e o pagode do SSL começou em 2014 e vem fazendo um trabalho de solidariedade e samba, uma vez por mês arrecada em média uma tonelada de alimento com o projeto pagode solidário, para ajudar o próximo. Siqueira, toca desde os seus 14 anos de idade, começou tocando repique em rodas de samba entre amigos e logo após passou por alguns grupos até montar o projeto SSL. O grupo já tem um DVD , quatro músicas gravadas e já tem feito participações fora da cidade de São Paulo, tais como Porto Alegre, Rio de Janeiro, Ribeirão Preto, Campinas, Jundiaí, Sorocaba. Siqueira, impactado sobre a pandemia do novo coronavírus, diz acreditar, que Deus de alguma forma paralisou a população para que pudessem dar mais atenção às pequenas coisas ao nosso redor, para que só assim pudéssemos enxergar a vida de outras maneiras, com outros olhos. Pensativo, ele faz uma reflexão: ‘’Precisamos sair desse momento, dessa pandemia melhor do que no inicio quando nós entramos. É importante analisar, são tempos para que possamos evoluir, corrigir os nossos erros e ser cauteloso para que voltemos todos com saúde e mais consciência.’’ Na visão do cantor, o festival além de ser uma excelente iniciativa é, também, uma grande oportunidade para realização de sonhos de tantos outros artistas que vivem pela música.


O Sambista de Cristo, pastor Aguinaldo Silva Atualmente, o pastor conta com a discografia de 52 músicas gravadas, 3 álbuns, 9 EPs, 2 DVDs, além de diversas participações em outros trabalhos.

por: Rita Lutfi

O propósito desse trabalho é levar o samba gospel para as ruas, bares, escolas de samba, sempre com a mensagem de paz, vida e esperança através da música. O pastor Aguinaldo Silva é um sambista de Cristo, o que para muitos causa surpresa. Para ele, o ritmo musical é tão maravilhoso e cheio de amor que abraça todos os segmentos musicais, assim como a música cristã ou gospel. A sua carreira foi iniciada em 1985, aos 15 anos de idade, a qual tocava nas rodas de samba de sua comunidade, mais precisamente na região de São Miguel (SP), com o Grupo Musical Nossa Gente, a qual o aprendizado dos primeiros sons dos instrumentos pandeiro e cuíca foi com os músicos. O artista, também, cantou e tocou com vários nomes do samba, tais como, Anselmo (Quinteto Pagão), Grupo Cultura Samba, além de acompanhar o apresentador Sargentelli nos shows e tocou cavaco na escola de samba 1ª do Itaim, em 1985. A sua nova caminhada aconteceu em 1997, ano esse, que o pastor inicia sua trajetória trazendo uma mensagem de vida através da música, ou seja, do samba. A vida e a esperança agora era cantada através do ritmo brasileiro, o samba gospel. A música tem um papel fundamental na ação social, que o pastor Aguinaldo realiza. O seu objetivo é tirar as pessoas em situação de rua, aprisionados aos vícios e apoio a casas de recuperações e instituições, que cuidam de crianças.

A caminhada não acontece sem a mão de Deus, pois ninguém chega sozinho a lugar nenhum e o pastor Aguinaldo ressalta que no samba gospel tem “bamba” também. Há diversos apoiadores nesse projeto e destaca grupos, tais como, Dom da Fé, Nova Raiz em Cristo, que sempre o apoiam e quando possível o acompanham, Pagodeiros do Abc, Luciano JS, Ricardo Muniz, Edi Musica (Edineo), que participaram de trabalhos com o pastor Aguinaldo, e vice-versa, pastora Nice Garcia, que também é uma batalhadora pelo samba, pastor Dymys Gil (Ex Grupo Sem Compromisso), que é baterista , pastor Akira Takaiama da 96.5 FM, programa Palavra Para Hoje e TP1 RTV, há também, o apoio dos produtores musicais,Pepeu do PS Studio, pastor Serginho Bisica e o Studio Prisco,que são os responsáveis por inserirem as músicas no mercado fonográfico, integrantes da CEPA, pastor Douglas Cervi, que dirige uma Igreja de sambistas . A sua comunidade, a UNT com os bispos Luis e Elizabeth, que também são seus apoiadores em todas as ocasiões. Nos dias atuais, o samba no segmento gospel está bem representado, pois há muita gente se dedicando a este trabalho. Conheça seu trabalho acessando: Site: www.prguina.com Facebook: https://facebook.com/prguina / Youtube: https://youtube.com/praguinaldosilva Instagram: https://www.instagram.com/pr.aguinaldosilva


A torre atravĂŠs do grande espelho na Avenida Paulista

JoĂŁo Belli


O gracioso olhar de palavras expressas Elson Santos


Novembro Azul Lutas podem ser ďŹ nalizadas antes mesmo de serem iniciadas Previna-se!

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