Revista da Tupy de Braz de Pina 1973

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Grêmio Recreativo Escola de Sa ba Tupy de Braz de Pina PREFACIO Com o objetivo de alcançar as gentes desta terra e de outras que não sejam Brasis, aqui estamos, "TUPY DE BRAS DE PINA" no desfile principal, prontos a mostrar a todos o material folclórico de que somos donos com o intuito de glorificar as coisas puras e humildes que caracterizam a nos:;a cultura popular. Aos que amam a pureza das nossas c.oisas, aos que- ainda são capazes de se emocionar patrioticamente com as nossas verdadeiras· manifestações folclóricas, procuraremos exibir o mat erial vastíssimo da nossa civilização: a verdadeira alma do brasileiro No que diz respeito à t-ncenação de cada quadro/ dança evidentemente não poderemos manter as marcações coreográficas per motivo muito óbvio: estamos numa Escola de Samba; mas, feito o despojamento core.ográfico, manteremos o mais honestamente possivel, (lógico que dando asas à criação) as características fundamentais de cada dança, imaginando a maneira mais simples de faz~r com que as pessoas se sintam atraidas por essa torrente que é o nosso folclore. Com a crença inflexível nas nossa tradições, fizemos da Avenida a galeria onde serão expostos todos os momentos da n ossa História. Confiamos na nossa arte e no nosso folclore, sabemos o seu devido lugar, e por isso cá estamos.



ENRE.DO PARA O CARNAVAL DE 1973

assim Dança o Brasil De autoria

de Carlos D'Andrade

FORMAÇÃO DAS DANÇAS BRASILEIRAS Quando da chegada dos navios carregados de gente ele cutras terras, vindos por impcsiçã::. dos· pcderoscs para a nossa, era ev:.dente qae não s:; estava import ando tão s::-rr.ente ma.teria! ~wnanc mas. ~.c· m=. d;; tL~do a cultura inerente a essa gente . Uma cultura que sobrepujava todas as n~cessi dades de escravos; nossa terra prec!sava de ccsttimes, fossem quai~ foss!Om, que contribuíssem para e1 seu desenvolvimento, insuficiente que era o indígena 11um êricamante, para cobrir imensa região. Havia uma cultura distante de nós mas bastante aproximada pela linha dos trópicos, localizados nós e eles nesse ponto sugestivo. do Universo . Era tudo aquilo de selvagem e excelso que agora, sanadas as turbulências mais elementares da raça negra, chamamos de- desconsertante . Sim, desconsertante porque emocionante, inexplicavelmente emocionante. No dizer de Mário D'Andrade três raças tristes, cingidas numa mesma circunstância histórica, envolvidas na mesma crise, que como resultante, uma das mais inspiradoras culturas do mundo. Dessa cultura nascau uma Terpsícore afro-latina, portunhola, que largou no Olimpo a leveza das guzes-, e agora coberta de pe-nas e peles danças ao som de atabaques, agogôs. maracás e bate-palmas. Cantando as de res da escravidão, da terra distante, saculejantes, convulsos, escabujantes cm exorcismo para expulsar os exus, o negro dança; nosso indígena à procura de Tupã, com medo de Anhangá, comemorando os seus mortos ou nas vésperas das batalhas, dança convicto das possibilidades da dança Da Europa nos vier am, principa)mente de portugal, Espanha e França as mais variadas formas de mover o corpo aristocrát!ca e popularm~nte- . Dos fandangos, todo o calor latino foi incorporado, numa espécie de ressonância, de identificação de temperamentcs. mais principalmente devido ao fato da n ossa escassez cultural, em face de processo de "e:. vaziamento" da nosssso. t erra em formação. As formas musicais européias usadas ~.;m salão juntam-se as dos nosscs indígenas e as do negro africano, numa espécie de "Suite Universal" donde se originariam, dina.mindas peta fertilidade da criação popular as nossas maneiras de exi~bição coreográficas. algumas alt amente ::;laboradas de caráter programático, com o Bumba-Meu-Boi, sendo por isso dencminadas de "Danças: dramáticas" . Outras de culto religioso, onde se sugerem as divindades pertinentes a estes cultos. Possuindo algumas centenas de diferentes tipcs de danças, o Brasil é por conseqüência um dos maiores celeiros do mundo no campo do Folclore. Se o pensamento admirável de Oswaido de Andrade nos conduz ao antropofagismo, no sentido em que devamos sempre assimilar o qu~ vem de fora e nunca admitir os padrões culturais estrangeiros, as nossas danças traduzem efetivamente essa ideologia . Como ateS'tado do nosso poder t~mos como nosso, definitivamente, os frevos, os maracatus, os reisados, as congadas, os candomblés, as pajelanças, as capoeiras, as quadrilhas, os Bumbas-meu-boi etc. . .. Somos fortes concorrentes no mercado internacional da dança folclórica, e que aqui estamos, no int~rêsse de fazer o nossc povo atentar para a importânt!ia de no~:.sa cultura, ameríndia. tropical, magnífica.



QUADROS 1 -

PAJELANÇA:

Cerimônia de natureza fe-iticeira de origem tupy-guarani que ocorrem entre as populações da Amazônia e do Maranhão. O pajé é o feiticeiro que encarna espíritos que respondem as perguntas dos consulentes. Há música e danças sob os efeitos de cachaça O pajé maneja um maracá promovendo a defumação podendo usar também um feixe de penas para espantar os maus espíritos. Uma das funções mais importantes do paje é o preparo de amuletos e a utilização de ervas medicinais receitadas aos crentes. Sua influência se estende ao Sul do país mas de forma muita aténuada.

As características nitidamente

ameríndias são encontradas na Amazônia e em Mato Grosso. Em algumas regiões do nordeste, a pajelança influi em cultos de origem africana, recebendo o ritual resultante o nome, de "Macumba de Cablocos".



2 - BUMBA-MEU-BOI:

E considerada por Mario de Andrade "a mais estranha, origenal e complexa de nossas danças dramáticas" apr esentando variantes em quase t odos os estados do Brasil (Na Amazônia: Boi-Bum,bá' no Ceará: Boi-Surubim; em Santa Catarina; Boi de Mamão; mas sempre conservando a figura do boi como elemento central . O bailado consiste na sucessão de várias cenas alusivas ao animal que depois de conduzido por dois vaqueiros e ferido por um deles é morto tendo suas partes distribuídas. Depois chamam um médico, e o boi acaba por ressuscitar em meio aos folguedos, alegrias e regozijo gerais. O Bumbameu-boi é maieo popular no norte e nordeste do país.



3 -

MARACATU:

Dança dramática de origem africana, fazendo parte agora do Carnaval de Recife, e uma das mais populares do Brasil levada às ruas através de grupos chamados nações, em vez de clubes; são famosas as nações de Porto Rico, de Cambinda Velha, Nação do Leão Coroado, etc . . ..

Tem todas as características de um cortejo real, de uma nação africana exilada: a bandeira, um rei se abrigam sob um chapeu-de-sol ou pálio em movimento, adornado com fitas, franjas, rendas, espelhos. Em torno do séquito desfilam baianas, conduzindo bonecos que representam figuras reais. Se-us cantos, na forma tradicional, a cargo do Tirador e do coro são em compasso binário quando utilizam instrumentos de percussão tais como zabumbas, bombos; gonguês .



4 -

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FREVO:

Dança pernambucana, a preferida pelo povo A palavra tem origem de "Ferver" e assim se justifica devido ao caráter fogoso e dinamogênico de sua coreografia.

É

uma

dança urbana e individual que ganhou formas definidas de 1905 a 1915. Seus passos tiveram migem nas capoeiras que desfilavam à frente das bandas do Recife, provocadoras, riscando a faca no chão. A música do frevo é de andamento rápido, virtuos'istico, animada pela fanfarra, que é um instrumental de sop;:cs . Seus passos mais famosos são: parafuso, chão de barriguinha, corrupio, dobradiça, sacarrolha e tesoura. Segundo Waldemar de Oliveira, de inicio o povo se mexia pouco, mas a os poucos as introduções foram tomando 'lquele cgráter impetuoso, frenético e desabrido . Só o compasso binário identifica o frevo com a marcha carioca, não podendo ser inclusive cantada pelo passista, já absorvido nos intricados.

É

um fenômeno tipicamente recifense, que n ão sofreu reformações. Os prin-

cipais compositores de frevo são Zuzinha e Juvenal (Mestre de Banda), Zeferino Bandeira e .Jos-é Aniceto (contra mestre) , Sapateiro e Levino Ferreira (pistonistas) . Foi introduzido nos salões em 1917, mas a sua moradia é nas ruas, tempestuosos, avassalador, caudaloso como o Capibaribe.



5- CAPOEI RADA:

De início no Brasil era folguedo tradicional dos negros angolenses ou, segundo Renato de Almeida, simples esporte que era precedido de cantoria acompanhada de instrumentos de percussão em que preponderava. o berjmbau. A capoeira e uma ginástica d~generada

em poderosos recursos de agressão e pasmosos auxílios de desafronta, como

sugere Mello Moraes Filho. Entre seus golpes mais conhecidos figuram o "rabo de arraia", o "escorão", o "pass'O a dois", "tombo da ladeira" e outros passos incorporados à coreografia do frevo. Transformados em perigosos bandos

desordeiros, os capoeiras pertur-

bavam os desfiles de batalhões, dos préstimos carnavalescos, as festas religiosas e até mesmo os pleitos eleitorais. A memória popular guardou a figura de Manduca da Praia que respondeu por 27 processos de ferimentos . As autoridades através do Código Penal em seu artigo 402 proibiram as capoeiradas em praça pública. Agora foram incorporadas à cultura através das academias existentes no Rio e na Bahia



6 -

CONGADA:

Já os congos ou congadas são autos brasileiros de origem africanas . São encon-

tradas principalmente em Minas Gerais e São Paulo. O tema principal é a embaixada enviada pela guerreira rainha Ginga a um pontetado negro. As danças da congada imitam lutas, com movimentação de armas e cantigas de excitação do mesmo tipo que as congadas são os cumcubis baianos . Os reis do Congo são coroados nas igrejas com grandes cerimônias. Nas congadas h á o sincretísmo religioso e social comuns- a outros itens do folclore Afro-Brasileiro.



7 -

PAU-DE-FITAS:

Essa dança é origem européia e E:'ncontra-se no Brasil na região sul principalmente .

É

executada em redor de um pau fincado no chão . De sua extremidade superior

partem diversas fitas que são tomadas

pelo~

pares. Com execução de figuras como a

trama, a tra nça e a rede de pE:'scador, formam-se variados entremeies das fitas. A música que anima

es~a

dança é geralmente muito viva.



DESCRIÇÃO DOS CARROS E ALEGORIAS

A - ABRE-ALAS:

Alegorias apresentada através da representação duma peça de cerâmica tupy, decorada com lanças, escudos e objetos de origem indígena, tendo como centro de atração um grande cocar feito em lâminas de metal. Não medimos esforços para reproduzir, dentro de certa estilização, a exuberância desm peça ornamental encontrada nas vitrines de nossos museus e revelada através da mão habilidosa e histórica de mente, o a bre-alas da Escola recebe o nome de Cocar Tupy.

J. B. DEBRET.

Tradicional-



B -

CABANA D O PAJÉ: (Do quadro n .O 1 -

PAJELANÇA

Neste carro, transportamos à avenida o clima natural de um "Terreiro de Caboclos" e sua manifestação coreográfica-religiosa dentro do que nos é conhe-cido, através de in formações sobre os catimbós ou macumba de caboclos A alegoria reproduz uma oca (cabana) construída de ráfia e esteira branca, exibindo também objetos de uso pessoal do pajé -

os fetiches.

O pajé também presente na Avenida, em destaque, incrementando as atividades exorcíticas tais como gesticulações, escabujos e queima de incensos num grande fogarei ro de barro. O ambiente florestal será representado por alegorias de mão reproduzindo árvores e folhagens, confeccionadas em metalóides prateados. Ainda como alegorias de mão teremos os obje-tos caracterí1:'ticos dos indígenas como lanças, escudos, instrumentos de percussão .



C- PALIO DOS REIS DO MARACATU: (Do quadro n. 0 2 -

MARACATU)

Neste quadro a preferência pelas alegorias de mão um enorme Pálio carregado por seis homens (Pajens dos Reis) proteje e ena! tece o pr:: tenso poderio dos Reis do Maracatu. Bordados e apalicados darão o toque de exuberância a estas alegorias. A Rainha leva, por tradição folclórica, a miniatura denominada "Boneca de Maracatu", ou a sua própria figura. Os componentes do faustoso cortejo exibirão suntuoso ornamentos, além de estandartes, onde predominarão com ornamentos grandes quantidades de flores e fitas variàvelmente coloridas.

D -

O BOI: (Do 3.0 Quadro -

BUMBA-MEU-BOI)

Neste quadro houve preferência pelas alegorias mais humildes como humildes também é a encenação e representação dessa dança dramática em todo o Brasil. A figura central, evidentemente a do Boi destaca-se por suas proporções e por suas diabruras. Talvez seja este o quadro em que as al~gorias de mão sejam uma dominante, como não se encontra sem nenhuma outra seção da Escola. A diversidade de personagens do Bumba-Meu-Boi contribui enormemente para a criação de um clima festivo e benfazejo. alegre e bonito . Tomaremos assim contacto com os cantadores, os vaqueiros, os caboclos de lança, caboclos-de-fitas, o capitão boca-mole, Catilina (ou Catirina).. Os personagens levam tradicionalmente uma série de alegorias de mão (parte integrante de seus figurinos) como seus nomes afirmam: de flores de fitas. Outras alegorias (já menos severas quanto à tradição) representarão o Boi, através de sua cabeça ornamentada com bastantes fitas coloridas. Lanças de fitas, lanças de flores, chocalhos, escudos e- a barriguinha do Capitão Boca-Mole, serão a complemantação desse quadro, que é ao nosso ver uma das melhores expressões do Brasil.



E --· PONTE DUARTE COELHO PEREIRA: (Do quadro n. 0 4 TEMPO DE FREVO)

O CAPIBARIBE EM

A ponte que cruza o Capibaribe o terr:a enfocado para representar alegoricamente o ambiente natural dos frevos: O carro tem prcporções que buscam o monumental e, evidentemente>, dentro de certa estilização procura reproduzir a obra. A ilumin ação será feita através de lampiões coloniais e o revestimento de azulejos no afã de maior autenticidade, reproduzirá temas coloniais, presentes ainda hoje nas construções do Recife, relembr ando cs tempos da colonização Holandeza. O

Cap~baribe

será substituído na Avenida pelos con-

tingentes humanos, que sugerirão ao especta dor a corrent e do referido rio, "Presente", torrencial, agitada . Neste quadro, o preciosismo dos de ta lhes é freqüente como bolhas na fervura. Não se medirão esforços em empregar grande quantidade de bolas que significarão uma tentativa de transmitir, impressionist amente, uma imagem de fragorosa ebulição, frevo

ra~ado .

delírio caótico, fervura vulcânica . Muitas alegorias de mão comporão o cenário frenético do frevo, de praxe, as sombrinhas enfeitadas com fitas e bolas, estandartes, adereços de bolas e fitas flamejantes, guizos e pompons . Neste quadro estarão presentes os segundos Por ta estandarte e Mestre Sala da Escola, além de um destaque repr esentando os lampiões coloniais.



F -

CRUZ DE PASCOAL: (Do quadro n. 0 5 -

CapoE'irada) CARRO DO CANTOR

A alegoria deste quadro reproduz o famoso monumento histórico que recebeu tal nome (CRUZ DE PASCOAL) em virtude de ter sido mandado construir por Antonio de Azevedo Pascoal, como paga a urna promessa feita a Nessa Senhora do Pilar. Este monumento foi escolhido para alegoria, por estar localizado numa pracinha onde outrora se reuniam os grupos de capoeira e servia de palco a certas transações. As capoeir adas estarão presente, sendo acompanhadas por toda ambiência que lhes é peculiar: Malandros, baianas, tocadores de berimbau, etc. .

Caracterizando a terra baiana, algumas alegorias de mão tais como coqueiros velas dE> saveiros. e num laivo de condensação os báculos de Ogum-guias estilizados nas cores da Escola.

Neste quadro será inserido o carro do Cantor que por pureza, será um coreto . Nesta alegoria, todo o brejeirismo das cidades interiores, românticas, e singelas, onde aos domingos e à tarde as bandas, soldadinhos de chumbo deliciavam o povo com dobrados, polcas e valsas, na dolência dos carramar chões e na languidez dos coqueiros.

Para oompletar es•ta aml::iiência festiva, a bateria, em traje de gala, cartola e colarinho, reproduzirá o recato e as tradições dos tempos da brilhantina Royal Briar .



G-

COROA DA RAINHA GINGA: (Do quadro n.O 6 -

CONGADA)

Grande quantidade de armas em virtude do tema principal da congada Embaixada da Guerreira Rainha Ginga, enviada a um pontentado negro, constituirão as alegorias de mão.

I

Arcos, flexas, lanças, escudos, machados, etc . .. A alegoria maior desse quadro é uma enorme coroa, que encimará a rainha (desempenhada pela 1." figura de destaque da Escola) caracterizando o clima cortês, obtido através do sincretismo, vamos dizer, Social. Predominam aí figuras de feição africana, podendo ser encontrado também elementos com influências européias tais como negrinhos rendados das casas grandes .



H-

TOLDO E PAUS-DE-FITAS: (Do quadro n.O 7 -

DANÇA DO PAU-DE-FITA)

As arumadas cores das fitas conferirão a este quadro um brilho entusiástico e folgazão. As alegorias usadas na dança do Pau-de-Fitas serão encimadas por buquês de flores que caracterizam o clima primaverial e saudável (Edelweiss/ Austria)

das cidades

sulistas e os pampas. Um toldo, à maneira de entrada de circo, traduzirá o aspecto festivo de um rodeio, cuja concretização se fará perceber através dos laços e das cabeças dos cavalos que o enfeitarão . Laços de cordas, chicotes, flores, lenços, boleadeiros darão o toque genuinamente ga úcho a este quadro, bastante diferenciado dos que lhe precederam, na medida em que nada tem a ver com as raízes afro-brasileiras.

I - ALEGRIA A ALEGRIA DO POVO: (Do quadro n. 0 8)

Neste quadro final, encerrando o desfile- um grande carro alegórico, Leque de Mestre Sala, constituirá uma alusão pleonástica, sabidamente, ao samba. Homenagear o Samba dentro duma Escola de Samba . Este quadro foge às estruturas for,mais que constituirá a quadro antecedentes com um contingente humano grande, mas sem variações figurinísticas. O esteio tradicional duma Escola de Samba, está aí presente: a amável, incansável e maternal. "Ala das Baianas", o Mestre-Sala e a Porta-Estandarte, com os seus trejeit os e mesuras, irônicas heranças das cortes a que os negros nunca tiveram acesso.



GRANDES DESTAQUES ABRE-ALAS -

índia de prata

FREVO - Porta estandarte e mestre-sala, estandarte de frevo e lampião imperial

PAJELANÇA -

Pajé

CAPOEIRA -

Baiana de luxo

CONGADA -

Rainha Ginga

Bumba-meuboi MARACATU -

cantor e vaqueiro

Rei, r ainha e pajem

Pau de fitas- O Gaúcho

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Fotos Cedidos pela Agência .J B Aníbal

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Gouvêia

Color

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ARTE

E

GRAVURAS

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