VILA REVISTA DA
2018 / ANO 8
EDITORIAL
FALA, PRESIDENTE
Fernando Fernandes
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os meses que antecederam o Carnaval de 2018, poucas agremiações pensaram tanto no futuro como a Unidos de Vila Isabel. Não apenas por ser o enredo que escolhemos levar à Marquês da Sapucaí, mas também por se tratar de umas das principais preocupações da diretoria da escola. Foi pensando no futuro que a Vila contratou profissionais altamente relevantes para os segmentos que representam e batalhou incansavelmente para eles poderem trabalhar amparados pelas condições necessárias. Mais: que tivessem a liberdade necessária para desenvolverem plenamente a arte de criar um Carnaval. Ainda de olho nos tempos que virão, viabilizamos a transformação das instalações do nosso barracão na Cidade do Samba e melhoramos o espaço para deixá-lo apto à construção do projeto de desfile - além de garantir a segurança dos nossos funcionários. Cuidados
semelhantes tivemos com a equipe da nossa quadra na Boulevard 28 de Setembro. Pensando lá na frente, lutamos cada vez mais pelo hoje: nossa aguerrida comunidade chegou a ensaiar até três vezes por semana na temporada que antecedeu o desfile. Lotamos a principal via do bairro incansavelmente, fazendo a alegria dos moradores e mostrando à cidade que o Carnaval e a Vila seguem vivos, firmes e fortes. Agora, aproxima-se o aguardado momento de despontarmos na curva de entrada do Sambódromo com a sensação de dever cumprido, diante de um dos Carnavais mais aguardados da nossa agremiação. Quando a sirene tocar, tenham certeza: estaremos empenhados em fazer um desfile à altura da nossa comunidade. Não se enganem: já estamos pensando no ano que vem, porque a nossa meta é a consolidação de uma escola sempre bem preparada e competitiva. Corra que o futuro da Vila Isabel vem aí!
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EXPEDIENTE
Presidente executivo: Bernardo Bello
Direção Geral de Harmonia: Marcelinho Emoção
André Menezez, Luiz Fernando e Janaína Santos
Vice-presidente executivo: Fernando Fernandes
Mestre de Bateria: Chuvisco
Departamento Jurídico: Fernando Fernandes
Presidente de honra: Martinho da Vila Carnavalescos: Paulo Barros e Paulo Menezes Historiadoras: Isabel Azevedo, Simone Martins, Ana Paula Trindade Comissão de Carnaval: Paulo Barros, Moisés Carvalho, Ricardo Fernandes, Marcelinho Emoção e Luizinho Guimarães.
Rainha de Bateria: Sabrina Sato Princesa de Bateria: Dandara Oliveira 1º casal de mestre-sala e porta-bandeira: Raphael Rodrigues e Denadir Garcia 2º casal de mestresala e portabandeira: Jackson Senhorio e Barbara Dionísio Departamento de Finanças: Pedro Saboya Departamento de Patrimônio:
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Departamento Administrativo: Antônio Carlos Ferreira Diretor da ala de compositores: Eduardo Katata Diretor da Ala de Comunidade: Ednilson Lopes Diretora da Ala de Baianas: Vera Lúcia Bellandi Direção da Velha Guarda: Cheila Rangel Assessoria de Imprensa: Natalia Louise
Revista da Vila Isabel 2018 Publicação do Grêmio Recreativo Escola de Samba Unidos de Vila Isabel Edição: Natalia Louise e Aydano André Motta Projeto gráfico e diagramação: Raquel Cordeiro Reportagem e Redação: Aydano André Motta, João Paulo Saconi, Natalia Louise, Rodrigo Coutinho Jornalista responsável: Aydano André Motta (MTb 18405) Fotografia: Eduardo Hollanda e Leandro Lucas Foto da capa: Renata Xavier Agradecimento: Departamento Cultural da Unidos de Vila Isabel Produção: Elloo Comunicação Impressão: Gráfica Trena
SUMÁRIO 6
O futuro sustentável, no ritmo da Vila Isabel
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Aí sim, meus pretinhos!
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O inspirado professor de samba.
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A Sapucaí exclusiva da Vila Isabel
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Samba-enredo
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Feijão de Noel, sob a receita da alegria
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Vila viaja ao futuro de Renault -Nissan -Mitsubishi
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Alegria azul e branca dos bambas da Vila
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A construção de um futuro campeão
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Martinho da Vila, o negro rei do samba faz 80 anos
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O primeiro show: Paulo Barros e a comissão de frente
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Os craques dos carnavais de amanhã
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Moisés abre os caminhos do barracão
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Palmas para os guardiões dos fundamentos da Vila
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Encontro nota 10: a entrega de Raphael e Denadir
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Passistas, o povo do samba que risca o chão de poesia
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Um multicampeão a serviço da Vila
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Viagem pelo mundo de folia da Vila Isabel
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Harmonia e amor, receita de Marcelinho Emoção
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Vila Cultural, 71 anos de história e devoção à cultura popular
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New Ótica: colaboração para um olhar social
Um herdeiro da Vila
A Vila é campeã!
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Bateria de cara nova no ritmo das notas 10
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Despojada majestade foliã
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Superar obstáculos, romper barreiras...
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Teste seus conhecimentos sobre a Vila
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ENREDO
O FUTURO SUSTENTÁVEL, NO RITMO DA VILA ISABEL
Uma parceria campeã!
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E-mail: a3j@a3j.com.br Telefone: (21) 38275001
ENREDO
Enredo da escola mostra o valor da tecnologia na busca por um amanhã de bem estar
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ara construir o futuro, serenidade e sabedoria são essenciais – deles vem a certeza de que o amanhã precisa chegar na via da sustentabilidade, com a tecnologia a serviço do bem-estar. Tais conceitos balizam o enredo da Unidos de Vila Isabel para o Carnaval de 2018. Criação de Paulo Barros e Paulo Menezes, “Corra que o futuro vem aí” vai dar num desfile que mostrará o valor do engenho humano, quando usado para defender o planeta, reduzir a poluição, absorver os saberes da Natureza – tudo para viabilizar uma vida melhor. Vamos ao futuro, no ritmo apaixonante da Vila!
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SAMBA-ENREDO
O INSPIRADO PROFESSOR DE SAMBA
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Vila Isabel ostenta a mais impressionante coleção de sambas antológicos da história recente do Carnaval. Boa parte deles nasceu do talento de um bamba que dá aula sobre o assunto. André Diniz é professor – de história e de paticumbum. Nascido, criado e morador para sempre na terra de Noel, ele assina 17 sambas da azul e branco. Inclusive o de 2018 (com Pinguim, JP, Marcelo Valência, Julio, Deco Augusto, Evandro Bocão, André Diniz e BJ Carioca da Vila).
Integrante da parceria que assina o hino da Vila, André Diniz emplaca sua 17ª composição na escola
As vitórias começaram em 1994, com o hino (composto em parceria o companheiro de sempre Evandro Bocão e Bombril) de “Muito prazer! Isabel de Bragança e Drumond Rosa da Silva, mas pode me chamar de Vila”, ganhador do Estandarte de Ouro. Surgia ali o compositor hoje aclamado em todas as escolas como um dos melhores da festa. A inspiração nasce de um amor inegociável. “É uma relação uterina, que nasceu e cresceu no bairro, escutando Martinho”, explica André. “Sou filho da escola, numa história de muita intensidade”. Boa parte do sentimento nasce do estilo da Vila, que aproxima o Morro dos Macacos e o Boulevard 28 de Setembro numa sortida reunião de bambas. “Características tão diferentes, que formam um conjunto homogêneo”, exalta o compositor. André enxerga a escola à frente do seu tempo, na união de moderno e tradicional nos seus desfiles. Fica melhor no ritmo das composições arrebatadoras do professor de samba.
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André Diniz: “Sou filho da escola e tenho com ela uma relação de muita intensidade”
Quem quer tocar o horizonte E conhecer o que virá Mergulhe fundo, o passado é a fonte Quem nunca foi, jamais será O fogo que arde na alma da gente Desvenda mistérios e traz o saber Forja o sonho, ilumina a mente Brilha no meu ser
O mundo gira nas voltas da vila Rodas da vida que movem moinhos No sopro de um novo tempo, força do pensamento Descobrindo novos caminhos
Destinos moldados na palma da mão Lições da história pra se folhear Os livros inspiram a evolução Um click nos leva pra qualquer lugar Nas ondas do rádio ou na televisão Na sétima arte que mostra até mais Ensinamentos, efeitos bem mais que especiais Aventureiros cruzaram o oceano Chegaram o sonho pro fundo do mar Riscaram o espaço e deram um passo Maior que o homem podia imaginar Hoje pensar em ciência É ter consciência do que está por vir Então pra que desistir Corra que o futuro vem aí
O povo do samba, é vanguarda popular Mora nos macacos e no boulevard Vem aqui aprender, “minha vila tá legal” “O moderno e o tradicional”
Compositores: Pinguim, JP, Marcelo Valência, Julio e Deco Augusto, Evandro Bocão, André Diniz e BJ Carioca da Vila Intérprete: Igor Sorriso
SAMBA-ENREDO
SAMBA-ENREDO
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CORRA QUE O FUTURO VEM AÍ
VILA VIAJA AO FUTURO DE RENAULT -NISSAN -MITSUBISHI
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enredo da Vila Isabel para o Carnaval 2018, “Corra que o futuro vem aí”, está fortemente conectado com os pilares da Renault-Nissan-Mitsubishi: o futuro e a integração da mobilidade com o meio ambiente para melhorar a vida das pessoas. Assim, nada mais natural que a Aliança estivesse junto com a escola no Carnaval do Rio em 2018. Líder mundial em veículos zero emissões, com mais de 500 mil unidades vendidas em todo o mundo, o grupo está avançando no desenvolvimento de novas tecnologias focadas nos veículos do futuro, que serão elétricos, autônomos e conectados. Agora, contribui com a Vila Isabel e o carnavalesco Paulo Barros, para contar a história de como será o amanhã das cidades. O artista também visitou o Technocentre (Centro de Pesquisa e Desenvolvimento) da empresa em Guyancourt, perto de Paris. No local – muito restrito –, são trabalhadas informações estratégicas envolvendo novos projetos e tecnologias em desenvolvimento. O carnavalesco foi recebido por executivos e visitou o estúdio de design, para entender como são desenvolvidos os veículos do futuro; conheceu o carro-conceito Renault TREZOR, cupê elétrico de dois lugares; passou por imersão no futuro dos projetos de direção autônoma via realidade virtual; e
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terminou o tour com um test drive em estrada aberta, ao volante do protótipo MadMax. Em dezembro, executivos da Aliança visitaram o barracão da Vila, na Cidade do Samba, para conferir o processo de criação do Carnaval.
CARNAVAL 2018
União entre a escola e a multinacional viabiliza troca de informações para Carnaval mais sustentável
Paulo Barros com diretores da RenaultNissan-Mitsubishi, na visita ao Centro de Pesquisa e Desenvolvimento, na França.
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CORRA QUE O FUTURO VEM AÍ
A CONSTRUÇÃO DE UM FUTURO CAMPEÃO De volta à Vila, Paulo Barros revela como superou dificuldades para levar espetáculo de tecnologia e sustentabilidade à Sapucaí
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CARNAVAL 2018
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maior estrela do Carnaval é da Vila! Artista mais esperado da Sapucaí, Paulo Barros reestreia na escola, onde continuará a desenhar o futuro da grande festa popular. Desde a década de 1990, ele promove importante renovação da estética do desfile, cumprindo papel fundamental na mudança de enredos, concepção visual de alegorias e fantasias e mesmo no papel dos componentes. Com isso, atraiu a atenção do grande público, incluindo aquele que havia perdido o interesse pelo que passa no Sambódromo. Agora, em Vila Isabel, ele carrega a responsabilidade de levar ao campeonato uma escola aguerrida, cujo último resultado foi o 10º lugar em 2017. Desafio é, portanto, palavra-chave no caminho da azul e branco. “Meu futuro está muito perto: é exatamente o domingo de Carnaval. Meu 31 de dezembro é meu desfile, quando meu ano muda. É o dia que tenho de entregar o projeto funcionando. Não costumo me preocupar com o futuro e talvez esteja fazendo isso enquanto realizo o presente”, explica. Gestão: a palavra-chave O enredo “Corra que o futuro vem aí!”, desenvolvido por Barros e Paulo Menezes, é o pano de fundo das reflexões do carnavalesco. Para ele, a mensagem que a Vila levará à Sapucaí aponta para a mudança na filosofia de grandes corporações, como a Nissan, quanto à necessidade de planejar os próximos anos com cuidado. “Hoje, as empresas se preocupam não só em criar um futuro brilhante, mas em fazê-lo utilizando energia limpa e preservando a Natureza. Antigamente, isso não existia. Tanto que os mundos tecnológicos e modernos das obras de ficção científica incluíam o planeta destruído por conta dos avanços”, sustenta.
Há um encontro entre a filosofia empresarial e o método Paulo Barros de administrar os recursos dos barracões. De olho em todas as etapas do processo, ele é cuidadoso não só com a produção, mas também com o armazenamento dos materiais. Pratica, assim, sustentabilidade na fabricação de alegorias e fantasias.
O carnavalesco, com o Museu do Amanhã ao fundo: austeridade orçamentária, criatividade e profissionalismo
A economia é ainda mais necessária porque os desfiles do artista contam com amplo aparato tecnológico, que garantem a surpresa do público da Avenida. “Sei que meu projeto tem coisas que vão custar dinheiro, como tecnologia. Para compensar, tenho de fazer um planejamento financeiro adequado à realidade”, reconhece. Orçamento: “O ano mais correto que já tive até hoje” Foi grande o desafio de seguir à risca o projetado, num ano em que parte da subvenção pública municipal se foi e o os barracões ficaram temporariamente fechados por questões trabalhistas. Mas deu certo. “A Vila está com todo seu planejamento financeiro muito bem feito: sabemos exatamente o que temos e aonde iremos usar”, garante. “Considero esse o ano mais correto que tive, financeiramente
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CORRA QUE O FUTURO VEM AÍ
Paulo Barros e Paulo Menezes: sintonia muito além do nome
falando. Não é mérito meu, mas da escola, com a competência da equipe que a gerencia. O Carnaval não tem mistério: é gestão administrativa e operacional”, resume. Equipe parceira Após passar por Unidos da Tijuca, Mocidade e Portela, ele chegou na escola do bairro de Noel muito bem acompanhado: trouxe Paulo Menezes, com quem dividiu carnavais na Renascer de Jacarepaguá e na Portela, e Moisés Carvalho, responsável pelo barracão e seu braço direito. “Uma equipe perfeita, que se entende pelo olhar”, elogia.
Paulo Menezes no momento de criação
Logo ao chegar, Paulo Barros liderou intervenções no barracão da Vila. Limpeza e organização ficaram a cargo de Moisés Carvalho, do time desde os carnavais de 2016 e 2017 na Portela. ”Barracão de escola de samba sempre foi muito largado. A primeira coisa que faço é limpar e organizar. O Moisés é Um cara muito organizado e conhecedor profundo de todo o processo de construção do Carnaval”, descreve. “Faz parte da minha engrenagem de trabalho”. A parceria com Paulo Menezes, coautor do
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Alegoria do desfile sobre o Municipal, primeira passagem do carnavalesco pela Vila
Carnaval da Vila, é completa: não há um responsável definido pelo projeto alegórico e outro pelos figurinos, por exemplo. A dupla põe a mão na massa junta. “A gente senta e discute um carro, por exemplo: damos palpite até chegarmos à conclusão do que vai ser melhor e vai causar mais efeito” detalha Barros. A Vila completa uma transformação no estilo de Menezes. Conhecido pelo visual barroco de suas criações, o carnavalesco vinha abandonado o rótulo desde 2013, quando conduziu projeto solo na Portela. Agora, mudou ainda mais. “Quando via uma fantasia saindo do papel, até pensava assim: ‘Nossa, mas eu que fiz isso?’ Saio da zona de conforto e da caixinha”, alegra-se. O resultado final do trabalho de Paulo Barros, Paulo Menezes e de toda a equipe da Unidos de Vila Isabel poderá ser apreciado pelo público dia 11 de fevereiro, quando a escola será a terceira a se apresentar na Sapucaí. Além do time que construiu o projeto de Carnaval, há ainda milhares de componentes envolvidos na busca pelo título que não vem desde 2013. Organizada e aguerrida, a Vila busca um futuro campeão.
O PRIMEIRO SHOW: PAULO BARROS E A COMISSÃO DE FRENTE
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esde que Paulo Barros mostrou como ganhar o público do Sambódromo em poucos minutos de desfile, o quesito comissão de frente passou a ser visto sob nova perspectiva. O modelo clássico, dos componentes que saudavam arquibancadas e júri, deu lugar a um espetáculo cada vez mais aguardado.
ca do quesito, o carnavalesco explica que o trabalho desenvolvido por ele é uma fuga à tradição de abrir o desfile como parte avulsa do restante da apresentação. “Por muito tempo, a comissão de frente foi deixada pelo carnavalesco a critério de outra pessoa”, analisa ele. “Tenho medo disso: a partir do momento que tenho um projeto, ele tem de estar conectado do início ao fim”.
O espetáculo só cresceu: das trocas de roupa às cabeças que saíam do lugar (do próprio Paulo Barros na Unidos da Tijuca), truques e efeitos especiais ganharam espaço e levaram todos a tentar descobrir: “Qual será a surpresa dessa comissão de frente?”. A espera por um clímax é mais forte a cada ano.
De olho na importância das notas do quesito, o artista revela que não abre mão de ser parte ativa na construção da comissão. Durante os preparativos da Vila Isabel para 2018 não foi diferente. “Preciso ter garantia de que a comissão vai se apresentar dentro do enredo, com o propósito de pontuar”, sustenta. “É um quesito, mas está inserido em todo o resto do desfile”.
Consciente da ansiedade do público acer-
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MOISÉS ABRE OS CAMINHOS DO BARRACÃO Braço-direito de Paulo Barros estreia na escola mostrando competência e talento n os bastidores
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ntegrante da comissão responsável pelo desfile e braço-direito do carnavalesco Paulo Barros, Moisés Carvalho era vizinho da quadra da Unidos do Porto da Pedra, em São Gonçalo, quando deixou a posição de torcedor para se envolver com os bastidores da folia. Viagem só de ida – há 12 anos, ele trabalha em postos administrativos nas escolas de samba e hoje é comanda o barracão da Vila Isabel. “Num barracão, todo mundo é importante, dos porteiros aos aderecistas. Cuido para a engrenagem funcionar direitinho: sou o elo entre os funcionários do barracão e a diretoria”, explica ele, responsável também pela manutenção das instalações físicas, que passaram por ampla intervenção antes do início da construção do Carnaval de 2018. “Passamos mais tempo no barracão do que em casa. Logo, precisamos de um lugar limpo e organizado onde todos se sintam importantes”, ensina ele, campeão na Portela ao lado de Paulo Barros em 2017. Agora, Moisés cuida de abrir caminhos para materializar o sonho de vitória da Vila Isabel.
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Moisés: em poucos meses, profissional conquistou a simpatia de todos na Vila
Renault CAPTUR Design à primeira vista.
AGOR A COM C Â M B I O AU T O M ÁT I C O C V T X-T R O N I C . REDUÇÃO DO CONSUMO DE COMBUSTÍVEL E AINDA MAIS CONFORTO: SENSAÇÃO DE MARCHA INFINITA COM OPÇÃO DE TROCA SEQUENCIAL DE 6 VELOCIDADES.
Minha escolha faz a diferença no trânsito.
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MESTRE-SALA E PORTA-BANDEIRA
ENCONTRO NOTA 10: A ENTREGA DE RAPHAEL E DENADIR
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aphael Rodrigues e Denadir Garcia, primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira da Unidos de Vila Isabel, podem ser considerados veteranos da busca pela nota 10 na Sapucaí. Mas, em 2018, vão viver momento único: será a primeira vez que dançarão juntos, realizando desejo antigo, ligado à amizade da dupla. Eles mergulharam na preparação, encarando treinamento diário. “Começamos em julho e intensificamos com o tempo. Fomos nos encaixando, e a dança fluiu”, analisa Raphael. “A Denadir foi um presente que a Vila Isabel me deu”. Há tempos tentávamos dançar juntos”, comenta o mestre-sala. Denadir compartilha do sentimento, descrevendo como a parceria foi construída ao longo de 25 anos, desde que se conheceram. Na época, ele integrava o projeto de formação do mestre Manoel Dionísio e ela, escola mirim da Mocidade. “Fizemos amizade enquanto o trabalho do Raphael foi despontando. Há alguns anos, fomos convidados para dançar juntos na própria Vila, mas a união não se consumou”, relembra a porta-bandeira. O casal da Vila costuma treinar na Sapucaí durante a madrugada, num ritual comum aos sambistas. Comove observar a concentração e o esforço dos dois, atrás da perfeição dos movimentos. Nos ensaios de rua e de quadra, a cumplicidade surge cada vez mais sólida. As
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Casal de mestre-sala e porta-bandeira unido na condução do pavilhão azul e branco celebra a amizade em ritmo de samba apresentações para o público na pré-temporada comprovam o acerto dos comandantes da escola ao se decidir pela formação do novo casal. Os dois parecem veteranos na condução do pavilhão azul e branco, com a coroa como imagem soberana. A coreografia preparada para o grande dia é guarada sob pesado segredo. A apresentação terá o toque de Paulo Barros, conhecido pelos desfiles inventivos e surpreendentes, pontilhados de efeitos especiais. “A nossa coreografia foi construída com base no papel que ele nos deu no desfile. Paramos, estudamos e fizemos um laboratório, até nascer a dança”, relata Raphael, que, como Denadir, trabalhou com o carnavalesco anteriormente. “Não vou negar que tem uma coisinha diferente, mas tudo está adaptado à realidade e às necessidades de um casal de mestre-sala e porta-bandeira”, assegura Denadir.
Denadir e Raphael dançam no ensaio: dupla experiente é garantia de qualidade no quesito para a Vila
Para garantir o bom desempenho no desfile oficial, o casal reduziu a rotina de ensaios cerca de uma semana antes da apresentação oficial. Quando a hora se aproxima, o melhor a fazer é descansar, com a consciência do dever cumprido na preparação. Tamanha entrega há de proporcionar o resultado esperado pela torcida de Vila Isabel no grande espetáculo da Passarela. Raphael e Denadir garantiram, antes do primeiro paticumbum, a nota 10 em dedicação e entrega ao pavilhão de Noel.
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UM MULTICAMPEÃO A SERVIÇO DA VILA
Ricardo: “Encontrei uma escola muito bem estruturada”
De volta, Ricardo Fernandes vai em busca de seu oitavo título
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ma festa das dimensões do desfile das grandes escolas de samba no século XXI precisa da gestão minuciosa de um executivo. Está longe de ser pouca coisa: viabilizar as “viagens” do carnavalesco, administrar os custos (ainda mais num cenário de crise), participar da escolha do samba, supervisionar os ensaios da comunidade, cuidar da confecção das fantasias, conduzir a escola na Avenida... Ufa! A Vila Isabel conta com um dos grandes nomes do setor, à frente de seu Carnaval. Multicampeão da Sapucaí, Ricardo Fernandes volta à azul e branco em busca de novo título, agora em 2018. Será mais um na vasta
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coleção do diretor, três vezes vencedor com a Imperatriz, outras três com a Tijuca e uma com a própria Vila, em 2006. “Encontrei uma escola muito bem estruturada para os desafios do espetáculo”, constata Ricardo, comparando o momento atual com a passagem de 12 anos atrás. “A visão empresarial do presidente Bernardo Bello é que permite isso”, elogia ele. “As contratações pontuais para vários segmentos tornaram a Vila extremamente profissional. Até porque uma andorinha não faz verão”, ensina ele, confirmando que Carnaval é uma obra coletiva. De preferência, com um comandante campeão.
HARMONIA
HARMONIA E AMOR, RECEITA DE MARCELINHO EMOÇÃO
Diretor põe sua vasta experiência a serviço da Vila Isabel
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nir e liderar 84 pessoas em torno de um objetivo exige talento todo especial. Marcelinho Emoção, o diretor geral de harmonia da Vila Isabel, revela o segredo (com nome de filme) para comandar o numeroso time do departamento responsável por pontos cruciais no desfile da escola: simplesmente amor. “Um departamento de harmonia tem que ser da própria escola. O meu projeto é continuar construindo um grupo seja só da Vila Isabel”, explica. “Escolho componentes que amam a escola, pratas da casa que deixam o coração falar mais alto”. Marcelinho é rodado no planeta Carnaval – passou por Mangueira, Imperatriz, Beija-Flor, Tijuca e Tupy de Brás de Pina. Nelas, aprimorou o delicado ofício de comandar os encarregados de guiar as alas, garantindo que elas não se misturem e, ao mesmo tempo, sustentem o canto, entrosados com o carro de som.
Marcelinho: emoção no nome de guerra e na atitude com seus comandados
Estar agora na Vila tem tudo a ver com amor – e endereço. Ele mora no bairro da escola, onde cevou desde criança sua paixão pelo Carnaval. “A Vila Isabel é uma escola pronta, de comunidade forte, que canta e evolui muito bem. Sempre via os ensaios e me encantava com a comunidade guerreira, um rolo compressor. Não há escola melhor para ensaiar”, elogia.
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UM HERDEIRO DA VILA
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companhar o trabalho da Comissão de Carnaval da Vila Isabel apresenta uma surpresa: entre os encarregados de produzir o desfile de 2018, está... um menino. Mas não se engane – Luizinho Guimarães tem história, contribuições a dar e muita determinação para aprender incessantemente, no projeto de ser tornar dirigente da festa. Aos 20 anos (aparentando menos), o filho caçula do Capitão Guimarães assume sem rodeios o plano de assumir, um dia no futuro, o lugar que foi do pai, como presidente da escola. Mas não se aboleta na posição de herdeiro. Ao contrário, consome os dias no
aprendizado dos mistérios da folia. “Há muito para conhecer, e procuro observar os mais experientes, para absorver as lições e aproveitar tudo que vejo e ouço”, descreve ele, que mantém interlocução constante com o carnavalesco Paulo Barros e os gestores do barracão. Sem abandonar a quadra, onde tem assento nas reuniões da diretoria. “Procuro cuidar da escola por inteiro. As demandas da Vila vão muito além do desfile”, aponta o jovem, que conversa sempre com o pai sobre a rotina de dirigente. “Ele tem muito conhecimento, dá conselhos valiosos”, elogia, mostrando respeito de bamba.
Luizinho Guimarães é aposta segura no futuro da escola
Luizinho: “Procuro observar os mais experientes, absorver as lições e aproveitar tudo que vejo e ouço”
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BATERIA
BATERIA DE CARA NOVA NO RITMO DAS NOTAS 10
Os ritmistas da Swingueira de Noel: orquestra da Vila Isabel pronta para ir à luta pelas notas 10 na Sapucaí
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BATERIA
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esde junho do ano passado, a bateria da Unidos de Vila Isabel está sob comando de Mestre Chuvisco. ‘Cria’ da Estácio de Sá, ele sempre se destacou como ritmista das principais escolas de samba do Carnaval carioca e comandou a bateria da vermelho e branco do morro de São Carlos durante nove anos. Chuvisco – ou Reinaldo de Souza, seu nome de batismo – esteve no Grupo Especial em 2016 e obteve a pontuação máxima com a estola do Leão, e pretende repetir o feito em sua estreia na Swingueira de Noel.
Swingueira de Noel reformula seu estilo para garantir o melhor desempenho na Sapucaí
A última vez que a bateria da Unidos de Vila Isabel conseguiu a pontuação máxima foi em 2005, ano em que retornava ao Grupo Especial, comandada pelo lendário mestre Mug. “Procuro sempre dar o meu máximo para alcançar o resultado”, garante falando um pouco de seus planos. “Nos últimos anos a bateria tinha andamento mais lento. Esse ano, até pelo samba escolhido, buscamos algo mais alegre e firme”. O projeto prevê um casamento entre características históricas da bateria, como os toques de caixa e tarol e os surdos de terceira “centradores”, com andamento um pouco mais “valente”. Algo mais próximo de 2006 e 2013, os dois últimos títulos da azul e branco. Como em toda mudança, há um período de adaptação. Chuvisco tem conseguido fazer os integrantes da Swingueira de Noel entenderem sua maneira de trabalhar. Agora, as quatro bossas planejadas para o desfile estão prontas. “Tenho certeza que o planejado tem tudo para trazer as notas”, aposta. “Vamos fazer um grande desfile e ajudaremos a escola a brigar pelo título. É um trabalho muito bom!”
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CORRA QUE O FUTURO VEM AÍ
DESPOJADA MAJESTADE FOLIÃ Cada vez mais ‘local’ na escola, Sabrina Sato desfila amor pelo samba
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a certidão de nascimento, consta que Sabrina Sato nasceu em Penápolis, interior de São Paulo. Mas a alma e a paixão indicam o berço no Boulevard 28 de Setembro, em Vila Isabel. A rainha de bateria da escola do bairro de Noel é exemplo perfeito – e lindo! – de naturalização ao Carnaval do Rio. Sabrina é de raiz! Ela até comprou apartamento no Rio, para ficar mais perto de sua paixão. “O povo daqui sabe ver o lado bom da vida”, constata ela, com o sotaque típico dos nascidos no interior. “Faço tudo pela Vila de coração. É minha escola, minha comunidade”, garante ela. A majestade foliã paga a própria fantasia e não falta aos ensaios de rua, onde curte a alegria mais despojada. “O carinho que recebo não tem preço”, agradece. “Só fica no samba quem gosta de verdade. E eu amo demais”, derrete-se.
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Sabrina: “O povo daqui sabe ver o lado bom da vida”
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AÍ SIM, MEUS PRETINHOS! Um dos grandes cantores do Carnaval atual, Igor Sorriso é exemplo de dedicação à Vila
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elo terceiro ano consecutivo, a voz de Igor Sorriso será a responsável por conduzir o canto dos cerca de três mil componentes da Vila Isabel que cruzarão a Sapucaí em busca do campeonato. Tanta responsabilidade só pode ser depositada em alguém que cative as pessoas, ao longo dos muitos ensaios pré-desfile. Alguém com Sorriso no sobrenome parece perfeito para a missão. “O tempo que você permanece numa escola é determinante para essa identificação. Mas a intensidade da entrega ao trabalho também influencia”, ensina o intérprete da Vila, batizado Igor da Silva Moreira mas hoje conhecido no Carnaval pelo apelido inspirado em sua permanente simpatia. A entrega ao trabalho é, de fato, uma das características do cantor. Ele faz tratamento contínuo com fonoaudióloga, recebe aulas de canto e ainda cuida do condicionamento físico. “Gosto muito de cantar em contato com as pessoas e isso exige preparo”, explica. Em 2018, a expectativa é alta: o cantor acredita que o hino tem potencial para conquistar as notas máximas no quesito e pavimentar a vitória. “O samba tem refrões muito fortes, populares e simples. O povo consegue cantar e interagir. Bem a essência da Vila Isabel”, arremata num – você já sabe – sorriso.
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CORRA QUE O FUTURO VEM AÍ
Principal rua do bairro se transforma em Passarela para ver passar o melhor ensaio do Carnaval
A SAPUCAÍ EXCLUSIVA DA VILA ISABEL 28 Revista da Vila 2018
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Edson com as passistas (acima); integrantes da harmonia (no alto, à direita); componentes evoluem no ensaio (meio, à direita); e Pedro Saboya, administrador da escola
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arrebatamento que acompanha a Vila Isabel no palco iluminado da Sapucaí nasce na principal avenida do bairro da escola. Em jornadas que conjugam alegria e determinação, os ensaios da azul e branco lotam o Boulevard 28 de Setembro, numa apoteose semanal. Alas e segmentos se armam inteiros, para evoluir diante de um público exatasiado, no ritmo preciso da Swingueira de Noel e conduzidos pela voz do incrível Igor Sorriso. Da Igreja Nossa Senhora de Lourdes à porta da quadra, é magia pura. Programa imperdível do verão carioca!
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Feijoada da escola FEIJÃO DE NOEL, SOB A firma-se em programa RECEITA DA ALEGRIA obrigatório da folia carioca
CORRA QUE O FUTURO VEM AÍ
Feijão de Noel: comida de primeira no bom tempero do samba
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inho de tradição boêmia e musical, Vila Isabel oferece no seu menu de alegrias o prato tradicional das almas cariocas: a feijoada temperada no ritmo do tambor. Reunião mensal de bambas, o Feijão de Noel reúne componentes da escola, gente de toda a cidade e turistas interessados em decifrar aqueles sabores do corpo e da alma. Torcedores espalhados pelo Brasil viajam ao Rio para viver a experiência única de uma tarde musical na quadra do Boulevard 28 de Setembro. Além da deliciosa feijoada saboreada, a mú-
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sica também faz parte do menu: no palco do Feijão de Noel, já se apresentaram Martinho da Vila, Mart’nália, Xande de Pilares, Fundo de Quintal, Sombrinha, Bebeto, Pique Novo, entre muitos outros astros da cultura popular. Os preços em conta atrarem multidões para o evento, que ganha assim o molho da diversidade tipicamente carioca. Novas edições e atrações são anunciadas nas páginas da Vila Isabel no Facebook (www. facebook.com/ unidosdevilaisabeloficial) e no Instagram (@unidosdevilaisabel). Numa palavra, imperdível.
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FOTO: PEDRITA JUNCKS
SABRINA SATO
GALERIA
ALEGRIA AZUL E BRANCA DOS BAMBAS DA VILA Em ensaios e feijoadas, sambistas do bairro de Noel esbanjam talento e alto astral
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GALERIA
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CORRA QUE O FUTURO VEM AÍ
MARTINHO DA VILA, O NEGRO REI DO SAMBA FAZ 80 ANOS
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Nome mais importante da escola festejará seu aniversário no desfile da Sapucaí
Martinho visita o barracão: “Fui ver o desenvolvimento do enredo e achei muito legal”
uando a Vila Isabel pisar o altar dos bambas na madrugada da Terça-Feira de Carnaval será uma festa ainda mais inesquecível do que o habitual. Entre os componentes, vai estar um octogenário muito especial – Martinho da Vila, emblema da azul e branco fará aniversário em plena Sapucaí. Não há sobre a Terra lugar melhor para festejar – e ele, artista que a folia carioca deu de presente à MPB, sabe muito bem disso. Nascido em Duas Barras, na serra fluminense, Martinho adotou Vila Isabel como endereço, sobrenome e destino. Autor de sambas premiados da escola, até cogitou não desfilar. Quando estou com samba na Avenida, aí gosto. Este ano, não estou nada envolvido”, admite. ”E aquele negócio de passar no carro dando adeus já enjoou, não tem mais lógica”. Mas a paixão, ainda bem, falou mais alto – e o Carnaval 2018 vai passar com uma de suas grandes estrelas na pista. “Fui ver o desenvolvimento do enredo e achei muito legal. E como me deixaram desfilar do jeito que eu quiser, não teve jeito... eu vou. E a Vila vai ganhar!”, aposta, com aquele estilo único de enfileirar as frases. Seu primeiro samba-enredo conduziu a escola no desfile de 1967, “Carnaval de ilusões”, e está no recém-lançado disco “Alô Vila Isabeeeel!!!”, em que Martinho conta a história da escola. Agora, com oito filhos, “10 netos e meio” (a filha Maíra está grávida) e uma bisneta, terá sua festa na Passarela. Parabéns pra você, poeta da Vila!
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CARNAVAL 2018
Momentos de um artista fundamental para a escola e a cultura brasileira
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HERDEIROS DA VILA
Departamento Social trabalha para perpetuar a magia do Carnaval da Vila
OS CRAQUES DOS CARNAVAIS DE AMANHÃ
Casal de mestresala e portabandeira: aposta na formação de novos talentos
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importância das escolas de samba vai muito além dos 82 minutos do desfile no Carnaval. Células de cultura espalhadas pela cidade, cumprem de forma direta e indireta importantíssimo papel social. Na Unidos de Vila Isabel, não é diferente. O departamento social da azul e branca, comandado por Sônia Rossi, que faz trabalho incessante para oferecer opções de entretenimento, cultura e assistência. ”Tenho a ajuda de todos os segmentos. São colaboradores. O mais gratificante é encontrar pessoas querendo participar e ajudar”, agradece ela.
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CORRA QUE O FUTURO VEM AÍ
A escola oferece serviços públicos, brincadeiras educativas, atendimento médico e odontológico, casamentos comunitários, festa de Natal com distribuição de presentes, festa junina, aulas gratuitas de lutas como muay thai, submission, caratê e capoeira. (Os cursos são destinados às crianças e, para frequentá-los, é necessário estar matriculado em uma escola e comparecer no dia da inscrição acompanhado de um responsável legal.) A Vila, claro, também ensina Carnaval. As crianças têm acesso a aulas – igualmente gratuitas – de mestre-sala e porta-bandeira, samba e percussão. Além de oferecer o aprendizado, transmite importantes valores de disciplina e ética. Aqui, um braço essen-
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Sônia Rossi, presidente da Herdeiros da Vila, com integrantes da escola mirim (foto maior); luta de boxe na quadra (no meio); Sônia com a carnavalesca Carla Ivantes
SOCIAL
cial é a Herdeiros da Vila, escola que todo ano leva para a Sapucaí cerca de mil crianças fantasiadas, num trabalho inteiramente gratuito. O futuro da agremiação mãe formado dentro de casa. Mas para que tudo funcione é necessário investimento. O Departamento Social usa criatividade e determinação para superar as dificuldades. ”Temos mão de obra, costureiras, carnavalesca, barracão organizado e limpo”, lista Sônia. “Isso tudo custa dinheiro e tempo”. Em 2018, a Herdeiros da Vila terá um samba composto por Macaco Branco e Claudia Nel, dentro do enredo “Música: o alimento da alma”. Os bambas do futuro da terra de Noel serão a 13ª escola a cruzar a Passarela, na terça-feira de folia.
O pequeno ritmista e a princesa da bateria: paixão pelo samba desde a maternidade
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CORRA QUE O FUTURO VEM AÍ
PALMAS PARA OS GUARDIÕES DOS FUNDAMENTOS DA VILA Velha Guarda desfilará em 2018 logo depois do abrealas, reafirmando sua importância
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os 87 anos, dona Therezinha de Jesus Cardoso ostenta vigor de bamba para conduzir a bandeira. Missão importante: nos braços dela, vai o pavilhão da Velha Guarda da Unidos de Vila Isabel. Ela é a mais antiga integrante do grupo, guardião dos fundamentos da escola, e pedaço essencial de sua estrutura.
Dona Therezinha, da Velha Guarda: portabandeira nota 10
Cheila Rangel: “Vivo a escola o ano inteiro. O desfile é só um capítulo”
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Além de dona Therezinha, outros 73 integrantes participam do segmento, sob liderença de Cheila Rangel, 66 anos, há 7 anos na ala. Com quatro décadas de Vila Isabe, ela já foi passista, diretora social, conselheira e agora, além de presidente o Conselho Fiscal da Herdeiros da Vila, tornou-se benemérita. “Vivo a escola o ano inteiro, porque o desfile é apenas um pedaço do nosso cotidiano”, constata ela. “Somos portadores da memória da Vila Isabel”, acrescenta. Em 2018, a Velha Guarda estará no início do desfile, logo depois do abre-alas. Não deixem de aplaudir.
PASSISTAS, O POVO DO SAMBA QUE RISCA O CHÃO DE POESIA
CARNAVAL 2018
O
precioso título de Povo do Samba, da Unidos de Vila Isabel, mora na magia e no esforço de 60 moças e 30 rapazes integrante da ala de passistas da escola. Liderado pela dupla Edson Santos e Dandara Oliveira, o grupo ratifica a honraria construída com o passar dos Carnavais e, mais uma vez, brilha no samba-enredo – “O Povo do Samba é vanguarda popular...”
rigorosas. “Nossa ala fica contente por ser reconhecida assim”.
Do alto da experiência proporcionada por 17 anos de participação no segmento (12 como coordenador), Santos define à perfeição o sentimento embutido no bordão. “A demonstração do povo é o samba no pé: o rasgado, o miudinho”, lista, garantindo a dança espontânea, protegida de coreografias
Para o Carnaval de 2018, ele ganhou a parceria de Dandara Oliveira, passista de primeira linha, reverenciada em todas as escolas, que começou na Herdeiros da Vila e hoje é princesa da bateria. O trabalho da dupla de professores é um dos alicerces para o sucesso do mágico Povo do Samba.
Garantir a excelência da dança está longe de ser moleza. O trabalho começa em maio e envolve aulas, ensaios, encontros, palestras e até reciclagem para os talentos selecionados. “A Vila Isabel defende o samba no pé do malandro e da cabrocha”, garante Santos.
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A VILA AGRADECE...
Janaina Santos
Antônio Carlos Ferreira
VIAGEM PELO MUNDO DE FOLIA DA VILA ISABEL A festa permanente de uma comunidade que respira samba Juciara
Sr Batista
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Sr Arthur
Severino
Sr Manoel
Jaison
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Samantha Dias
Leide Lucia
Luis Martins
Adriano
Walace dos Santos
Alexandre Carreira
CĂŠlio
Eduardo Hollanda
Fabiano Santos
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VILA CULTURAL, 71 ANOS DE HISTÓRIA E DEVOÇÃO À CULTURA POPULAR
DEPARTAMENTO CULTURAL
Integrantes do Departamento Cultural: valorização dos registros históricos da Vila Isabel
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s memórias de Vila Isabel precisam de um destino seguro para se perpetuarem na direção do futuro. A escola pode contar sete décadas de emoção proporcionada pelos sambistas desde sua fundação, em 1946. Para garantir legado tão inestimável, o Departamento Cultural tem se dedicado ao registro do presente, à recuperação do passado e ao cuidado com o patrimônio afetivo da agremiação.
do o desfile em ferramenta pedagógica”, planeja. ”Não nos associamos a produtoras tradicionais porque queremos que seja um trabalho nosso, realizado através do olhar de gente que vive e entende a escola”.
Em 2018, os 30 anos de “Kizomba, a festa da raça” serão comemorados com a produção de um documentário especialmente dedicado àquele desfile mítico. A produção independente, financiada por editais da Secretaria de Cultura do Município do Rio de Janeiro, será lançada em abril, vai reconstituir o Carnaval único, cultuado por toda a tribo do samba.
O Departamento Cultural tem reservado esforços para a documentação audiovisual de outros Carnavais e momentos importantes. O projeto “Memórias da Vila Isabel” tem registrado, em vídeo, depoimentos de 30 integrantes históricos, num trabalho que vai continuar. “É importante que a escola se veja como instituição, guardiã de memória, história e identidade cultural próprias”, defende Vinicius. “Tal reconhecimento se dá não só no sentido do espetáculo, mas também no cotidiano, em vivências, práticas e símbolos que são muito importantes”.
O trabalho guarda uma preocupação didática, atesta Vinícius Natal. “A ideia é fazer um documentário com a duração adequada para exibição em salas de aula, transforman-
Essas e outras iniciativas do Departamento Cultural da Vila são compartilhadas com o público através da internet, no site www.vilaisabelcultural.com.br.
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PROJETO
Integrantes do projeto, reunidos na quadra da escola: parceria que rendeu frutos
Levi Junior Lafetá, Samira Lafetá e Hélio Brum Crespo durante ensaio de rua
NEW ÓTICA: COLABORAÇÃO PARA UM OLHAR SOCIAL Empresa e escola se unem para viabilizar projetos de capacitação que revelam novos artistas do Carnaval
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temporada do Carnaval de 2018 tem inúmeros motivos para despertar a alegria na comunidade da Unidos de Vila Isabel. Um deles é o resgate de ações sociais importantes para a formação de novos talentos, realizadas em parceria com a rede New Ótica. O Projeto Samba no Pé e a Escola de Percussão são exemplos de iniciativas bem-sucedidas: em um ano, formaram novos passistas e ritmistas absorvidos pelos segmentos da escola A renovação partiu das aulas semanais gratuitas de dança ministradas por Dandara Oliveira (coordenadora da ala de passistas e princesa da bateria) e de percussão sob
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a batuta de Chuvisco (mestre de bateria). “É importante passar os ensinamentos e incentivar pessoas a aprenderem algum instrumento. Estamos aqui fazendo isso e certamente colheremos frutos para a nossa bateria. É o que importa: contribuir para a formação de novos sambistas”, defende o comandante da Swingueira de Noel. Dandara também classifica positivamente a oportunidade de trocar experiências com os alunos. “O projeto vai além de ensinar passos de samba, é uma oportunidade de trabalho social, físico e psicológico. Tornou-se mais que um ambiente de aprendizado e de trocas sobre a arte de sambar”, finaliza.
A Vila Isabel agradece a Hélio Brum Crespo (in memorian), da rede New Ótica, pelo papel fundamental na criação da parceria para a realização de seus projetos sociais. Além de lamentar a perda de um de nossos grandes torcedores e agradecer por sua essencial colaboração, destacamos a obrigação social de cada brasileiro diante da necessidade de mais responsabilidade e consciência no trânsito. Crespo era ciclista e foi vítima da imprudência de um motorista em agosto de 2017. Não deixou apenas saudades nos familiares e amigos, mas também um importante legado para a Vila e para aqueles que são beneficiados pelos projetos que ajudou a implantar.
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Direta Comunicação
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ARTIGO
Aydano André Motta
Gestão afinada, esforço e solidariedade materializam sonho do Carnaval de 2018
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o enredo sombrio da crise econômica, somou-se a conspiração destruidora do bispo Marcelo Crivella, e o Carnaval 2018 vestiu a fantasia da incerteza. O espetáculo da Marquês de Sapucaí ficou sob risco até de não acontecer – e a cidade viu-se privada da festa antes da festa, com o cancelamento dos ensaios técnicos. A folia, vocação e destino do Rio, precisou se reinventar, para sobreviver.
A VILA É CAMPEÃ!
Exatamente aí, a Vila sagrou-se campeã. A escola do bairro de Noel suou a camisa para viabilizar seu espetáculo e foi longe na ambição. Seu elenco para a maratona de alegria fevereira ganhou o reforço luxuoso da principal estrela do babado. Atual campeão da festa – ajudando a encerrar o jejum de títulos da Portela –, Paulo Barros mudou-se para Vila Isabel, reencontrando o povo do samba que conheceu em 2009. A opção do carnavalesco tem motivações profundas. O mago das alegorias vivas tem, como característica marcante do seu trabalho, a aposta inegociável no profissionalismo e numa sólida estrutura de produção. Nada foge ao crivo dele, que funciona como um diretor-geral do show, cuidando de cada detalhe, numa obsessão cirúrgica. O casamento com a Vila consumou-se perfeito, na medida em que a diretoria da escola defende o mesmo método. Tudo muito bom, tudo muito bem – mas
materializar espetáculo de tamanho apuro custa (muito) dinheiro. E a azul branco do bairro de Noel correu atrás dos recursos para viabilizar seu sonho. Num país com cinto apertado no último furo, atraiu uma gigante da indústria, a Nissan, para fechar patrocínio que envolve atividades na quadra e na avenida. A empresa aposta na evolução tecnológica como alicerce do bem estar, exatamente o que prega e pratica a Vila Isabel em seu cotidiano. A parceria se consumou ainda em 2017, e a Nissan está presente desde então em todos os eventos da quadra, além do ensaio de rua. A escola tem outros encantos a oferecer. Ostenta, por exemplo, a mais sortida coleção de sambas-enredo da história recente do Carnaval, ganhadores de vários prêmios do setor; sua bateria está entre as mais aclamadas da festa; o cantor Igor Sorriso destaca-se entre os intérpretes da folia pelo estilo alegre e incendiário. Mas nada supera a eletrizante comunidade da azul e branco. Os componentes da Vila formam um conjunto arrebatador de sambistas apaixonados e apaixonantes, capazes de toda a entrega do mundo em nome de cantar sua escola. Basta conferir nos ensaios do Boulevard 28 de Setembro e no próprio desfile, o clímax da magia dos seguidores de Noel. Vida longa a eles, vida longa à Unidos de Vila Isabel!
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o longo de sua história, as Escolas de Samba e seus artistas sempre passaram por isso.
E, com sua arte, conseguiram sonhar e projetar um futuro melhor. Foi assim que conseguimos nos transformar no maior espetáculo da Terra. Mesmo quando situações completamente alheias à vontade de todos se apresentam, os sambistas dão mostras de sua criatividade, de sua inventividade, e avançam. Como certamente faremos, todos, neste Carnaval. Para a Unidos de Vila Isabel, com seu enredo “Corra que o futuro vem aí”, a mensagem do que será o nosso futuro vem, como a evolução das Escolas de Samba, alicerçada em tudo o que foi feito até hoje. Ano após ano, superação por superação. Se não foi fácil para chegar ao espaço e comunicar-se à distância em tempo real, as Escolas de Samba também superaram seus desafios. De perseguidos a artistas valorizados, os sambistas sentiram o que é - e como é difícil - buscar um futuro melhor. A esperança, de todos nós, sambistas ou não, é que o futuro seja realmente muito melhor, mais feliz, repleto de sonhos realizados. Com muito samba. Bom Carnaval a todos.
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TESTE SEUS CONHECIMENTOS SOBRE A VILA
SUPERAR OBSTÁCULOS, ROMPER BARREIRAS...
Jorge Castanheira, presidente da Liesa
ARTIGO
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Qual é a data de fundação da Unidos de Vila Isabel?
a) 4 de abril de 1946 b) 4 de abril de 1948 c) 4 de abril de 1944
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Qual dos compositores abaixo não é autor de “Kizomba – a festa da raça”?
a) Jonas b) Martinho da Vila c) Luiz Carlos da Vila
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Em que ano foi fundado a Herdeiros da Vila, escola mirim Vila Isabel?
a) 1989 b) 1984 c) 1988
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Quais os maiores vencedores das disputas de sambas-enredo da escola?
a) Brasão, Martinho e Luiz Carlos da Vila b) Brasão, André Diniz e Luiz Carlos
DIVERSÃO
Qual o nome de batismo do Seu China, fundador da escola?
a) Alberto Antonio da Silveira b) Antônio Fernandes da Silveira c) Américo Fernandes da Silveira
Quem foi a primeira mulher presidente da Unidos de Vila Isabel?
a) Elizabeth Aquino, a Dona Beta. b) Lícia Maria, a Ruça c) Pildes Pereira
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Nome de um dos autores do famoso “Sou da Vila e não tem jeito”?
a) João Harmonia b) Jaiminho Harmonia c) Jairo Harmonia
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Quem foi o grande homenageado no Carnaval 2003?
a) Nilton Santos b) Martinho da Vila c) Oscar Niemeyer
Respostas:
1) a; 2) b; 3) c;
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Alexandre Macieira/Riotur
a) “Kizomba – a festa da raça” (1988) b) “Academia Indígena de Letras – eu sou índio, eu também sou imortal”. (2000) c) “Muito prazer! Isabel de Bragança e Drummond Rosa da Silva, mas pode me chamar de Vila” (1994)
a) 1988, 2006, 2013 b) 1988, 2009, 2013 c) 1988, 2012, 2013
Descubra quais são os sete erros na foto do último campeonato conquistado pela Unidos de Vila Isabel. Em 2013, a escola encantou o público e os jurados da Marquês de Sapucaí com o enredo “A Vila canta o Brasil, celeiro do mundo - Água no feijão que chegou mais um”, desenvolvido pela carnavalesca Rosa Magalhães. O desfile, que marcou o terceiro campeonato da história da Vila, celebrou os homens do campo. O samba-enredo, um dos melhores da temporada, caiu na boca do povo por conta dos versos “Festa no arraiá / é pra lá de bão / ao som do fole eu e você”.
4) c; 5) b; 6)
Qual dos enredos da Vila Isabel não foi reeditado pela Herdeiros da Vila?
Jogo dos 7 Erros
b; 7) a; 8) c;
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Em quais anos a Vila Isabel ganhou o título do Grupo Especial?
9) b; 10) c
da Vila c) Brasão, André Diniz e Martinho
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