Marquise do cassino da Pampulha, c. 1949. Belo Horizonte/MG  Formato: 45x45cm
De 02 de agosto a 03 de outubro de 2010
MUSEU DE ARTE MODERNA DA BAHIA
Calçada arborizada, 1947. Rio de Janeiro/RJ Formato: 163x110cm
THOMAZ FARKAS
Representação sensível da experiência humana, a obra de Thomaz Farkas reitera a potência do outro. Política em sua mais pura essência, nos faz lembrar, e de forma singela nos aproxima, a um sentido específico da palavra política, aquele de dar início a uma ação, e concluí-la, junto com outras pessoas. Não me refiro apenas ao processo adotado para a realização do importantíssimo, visionário e inovador projeto A Condição Humana, que foi coerente com a sua - e de seus muitos companheiros - ideologia, mas à sua crença no homem, na possibilidade do homem. Desta forma, e através do registro da diversidade cultural do Brasil, expandiu as próprias possibilidades de um trabalho que oferecia ao povo brasileiro a oportunidade de conhecer e entender sua própria história. Este forte caráter antropológico na estética de sua obra possibilitou a muitos, verdadeiramente, a tomada de consciência de sua condição e de seu papel na estrutura social de um país, revelando-nos a nós mesmos; em suas palavras, “conheça o teu país para transformá-lo, se puder”. É com orgulho, respeito e profunda emoção que apresento ao público do Museu de Arte Moderna da Bahia a obra deste fotógrafo, cineasta, professor, humanista, raro homem pela sua sinceridade, que sempre acreditou na maravilha que é o nosso povo e nosso país, e que continua a empenhar-se para que, como dizia Brecht, nada deva parecer impossível de mudar. Solange Farkas Diretora do Museu de Arte Moderna da Bahia
O livro e as fotografias Diógenes Moura Curador
Flora esvaída ao longo da vazante - estuo o passo, demandando a costa mas onde vou, se sou navegante Neste cabo sempre por recomeçar?
O Tempo Dissolvido vem de uma construção imagética para dimensionar a profunda relação que a presença da fotografia tem na existência de Thomaz Farkas: o que aqui quero dizer é que cada imagem de sua autoria representa um instante significativo em seus dias, em sua obra. Esse fato possui uma “representação ancestral” desde que ele chegou ao Brasil com a família, vindo de Budapeste, em 1930, e ganhou de seu pai
uma câmera fotográfica. O Tempo Dissolvido diz respeito, também, ao percurso desenvolvido pelo artista, que, envolvido pelas épocas em que viveu, produziu uma obra diante do seu tempo, do que viria a ser experimental, modernista, surrealista, documental. Mas como identificar um verdadeiro fotógrafo? A resposta vem do próprio Farkas, que muitas vezes para mim repetiu: “Fotografia é emoção”. Assim está dito. E vem »
Mulher em mesa de bar, déc. 1940. Rio de Janeiro/RJ Formato: 45x45cm
Lúcio Cardoso, A Vasa
Ensaio do Ballet des Champs Elysées, c. 1947. São Paulo/SP Formato: 150x110cm
» dessa “emoção” um outro momento para dissertar O Tempo Dissolvido: na exposição, o fotógrafo mostra-se tão intenso quanto reservado; tão poético quanto pesquisador; tão humano quanto sofisticado: suas imagens perpassam mais de seis décadas com os mesmos músculos daqueles outros tempos iniciais, quando o mundo descortinava-se diante dos seus olhos
no novo país que escolhera para ser sua pátria. Mais adiante, O Tempo Dissolvido refere-se a uma experiência. Uma experiência com retratos e auto-retratos, uma experiência com cenas da vida privada; uma experiência com enquadramentos (luz/contraluz/recortes/sombras); uma experiência com
as cidades e seus habitantes. Algo pelo sol do barroco que a transforque se protege, algo que se reve- mou numa das cidades culturalmente la. Em todo esse percurso, desde as mais representativas do Brasil. Melhor imagens autorais realizadas no início assim. Melhor não pensar no presendos anos de 1940, podemos notar te. Ao apresentar O Tempo Dissolvido, como o artista trata com leveza o ri- no Museu de Arte Moderna da Bahia gor formal que caracteriza cada um – MAM, a nossa intenção é irmanar dos seus registros. Para se chegar a o percurso de Thomaz Farkas à meesse “estado de espírito”, em outros mória e à história da Cidade da Bahia; casos, pode-se levar uma vida inteira. desvendar o mistério da sua criação, No caso de Thomaz, esse fenômeno dos seus dias. Mostrar como o tempo acontece desde os primeiros momen- sempre esteve a seu lado. O Tempo tos em que ele disparou o seu olhar Dissolvido é mais que uma exposição: adolescente em direção aos olhos é também uma autobiografia, um lido mundo. Vejamos: duas mulheres vro aberto que poderá ir do ontem ao descem as escadas da Galeria Prestes muito além. Maia, em São Paulo. Uma nesga de luz em diagonal “cerca” o quadro da imagem sugerindo um outro ponto Diógenes Moura nasceu na Rua do Lima, em de fuga. Ao contrário, um corrimão Recife, PE. Passa a infância no arrabalde de Tejipío aponta para dois personagens que e, por um golpe do destino, muda-se com a famíem 1971, para Salvador, onde passa a viver no quase entram na escuridão. O olhar lia, bairro da Liberdade. Nas décadas de 1970/1980, de Farkas toma conta de tudo. O que vê Salvador explodir em sua ancestralidade gestupoderia ser uma caixa de concreto al e poética. Neste período, integra a equipe que inaugura a TV Educativa da Bahia, onde trabalha transforma-se numa “paisagem hu- como diretor e roteirista. Quando a memória da mana”. Era um dia qualquer no ano cidade começa a ser carnavalizada, em meados da década de 1980, muda-se para São Paulo. Tem de 1946. Thomaz sempre me disse que gostaria de ser baiano. Guarda na lembrança e nas suas imagens a ideia de um povo doce e acolhedor. Guarda na memória o frontispício de uma cidade, Salvador, refletida e “protegida”
publicados Elásticos Chineses - Poemas Físicos e Drão de Roma - Dezembro Caiu, ambos de poesia. Acaba de lançar Ficção Interrompida - Uma Caixa de Curtas, contos. Atualmente é curador e editor de fotografia da Pinacoteca do Estado de São Paulo e finaliza a novela Um Nome - Ensaio para Sinônimos. Seu trabalho como curador no projeto A Gosto da Fotografia deve-se ao profundo respeito que tem pela memória do tempo em que viveu na Cidade da Bahia.
Foto Solange Farkas
entrevista Thomaz Farkas Entrevista para o livro e exposição “Brasil e brasileiros no olhar de Thomaz Farkas”, realizada por Rosely Nakagawa (São Paulo, 1954). Arquiteta, curadora e editora de fotografia, fundou com Thomaz Farkas a Galeria Fotoptica em 1979. Atuou em diversas instituições culturais e realizou inúmeras curadorias de exposições e publicações no Brasil e no exterior.
ROSELY - Como eram organizadas as viagens ao Nordeste? Era feito um mapeamento, organizadas com antecedência, pensando no filme? Havia um roteiro pré-estabelecido para a produção? THOMAZ - Claro, o Sergio Muniz ia antes, fazia o levantamento com um professor de geografia, que identificava pontos de indústria e comércio. O Sergio ia na frente para ver os lugares, as melhores datas... Dentro deste roteiro pré-estabelecido, aconteciam coisas inesperadas, que eram as mais interessantes. De repente, no caminho, aparecia um tecelão, ou uma casa de farinha, que a gente ia lá filmar. Daí, fazíamos uns trinta rolos
de filmes, mas no começo eram uns dez. No Crato, fomos numa vaquejada e encontramos o Frei Damião, e então filmamos o Frei. Havia sempre muitas coisas, e íamos filmando de acordo com o que o Sergio e o Geraldo Sarno tinham visto, daí o Paulo Vanzolini concordava e assim por diante. É, o gostoso da viagem é filmar o inesperado...
havia deixado lá. O resultado financeiro foi zero, nem a televisão quis passar. O Jorge Petraglia, da TV Cultura, alegou que o pessoal não iria gostar, pois tinha muita miséria, fazer o quê? Então, ficou parado, só agora passou na TV, no Canal Brasil, um sucesso, o pessoal de Portugal me chamou... TV hoje é outra coisa.
ROSELY – Como era a recepção a este trabalho que você fazia? Os documentários tinham alguma perspectiva de serem divulgados ou distribuídos em algum lugar? THOMAZ – Queríamos divulgar nas escolas, mas o formato 16mm era difícil de mostrar, necessitava de uma parafernália, levar equipamentos para sala, projetor, tela, alto-falante, colocar o filme... O aparelho era uma dificuldade para operar, precisava ser engenheiro, e os professores tinham medo que o filme os substituíssem. Daí, tive que explicar que o filme devia ser usado como um livro. Não se vendeu nada, mas se mostrava muito, e hoje há mais interesse.
ROSELY – E Thomaz, a viagem com o Paulo Vanzolini, foi parte do roteiro deste documentário? THOMAZ – Não. Eu ia para o Norte de férias, e o Geraldo Sarno tinha combinado com o Vanzolini de ir junto. Na mesma época, a gente foi no Rio Negro filmar, fotografar. Faria parte deste material, só que, você sabe o que aconteceu? O gelo da caixa de isopor derreteu e entrou água nos negativos. Só sobraram as fotografias porque eram feitas em Kodachrome. O Vanzolini está escrevendo sobre esta aventura...
ROSELY – Eu mesma fui até a Fotoptica quando era estudante de arquitetura. Qualquer pessoa podia alugar os filmes e levar para qualquer lugar, e eu levei para a sala de aula em Santos. Quando entrei na FAU-USP, meu professor era o Cristiano Mascaro e ele recomendava esses documentários, alugava-se o projetor e o filme. THOMAZ – Foram alguns filmes que eu
ROSELY – Você fazia a produção de outros filmes? THOMAZ – Não, só destes (Brasil Verdade 1964-1965) ROSELY – Isto foi feito ao longo de quanto tempo? THOMAZ – Uns 10 anos. Eu não me lembro exatamente o ano em que foi realizado o último ou o primeiro filme... Eu produzia alguns outros filmes. Por exemplo, o arquiteto Fábio Penteado tinha um projeto para o Centro Cultural
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em Campinas, que não ficou completo, e nós fizemos um filme lá, com uma entrevista do Fábio. Existe uma versão francesa deste filme que foi para Paris.
pessoa importante, mas não aparece em lugar nenhum! Daí comprei aquele Fiat Vermelho, para me tornar uma pessoa mais pública... (risos).
ROSELY – Você conhece o Brasil todo...
ROSELY – Como era a edição do material filmado, você acompanhava a pós-produção? THOMAZ – A montagem dos filmes sim. Eu acompanhava todas as montagens que podia. As montagens eram feitas na casa da Rua Itaperuna, onde funcionava a produtora. A Moviola ficava no porão.
THOMAZ –
Eu conheci o Brasil daquela época, do Amazonas até o Rio Grande do Sul. A gente fez uns 30 filmes de alto a baixo. Havia um grupo que compartilhava uma ideia, tinha a mesma ideologia e interesses políticos parecidos, tanto que o Vlado (Vladimir Herzog, jornalista morto nos porões da ditadura em 1975) fez parte, era assim uma coisa bem familiar... Havia uma mobilidade em relação à atuação de um ou outro participante, dependendo do filme, mas a turma era parecida, às vezes um participava, às vezes não... ROSELY – Vocês nunca tiveram problemas políticos? THOMAZ – Não, só eu, quando alguém foi preso na ditadura com uma caderneta de endereços com meu nome. Eu ia fornecer uns binóculos para uma produção, e o DOPS achou que seriam para espionagem! Daí fiquei “parado” oito, dez dias. Uma vez, projetei na minha casa um filme feito por um holandês, o Paralelo 57, sobre o Vietnã e revolucionários da época. Durante a projeção, um dos espectadores levantou e foi embora, e me denunciou como sendo chefe da União Cultural Brasil/Cuba. Isto contribuiu para minha prisão. Na delegacia, me disseram: - O senhor é uma
ROSELY -
E suas fotografias, você revelava e ampliava na Fotoptica? THOMAZ – As fotos P&B eu ampliava em casa, eu tinha um tanquinho... Eu ampliava também na Fotoptica, ao lado do laboratorista, determinando o queria. Para a revelação do Kodachrome, nós enviávamos para a Kodak. ROSELY – Você fotografava com que câmera nestas viagens? THOMAZ – Com uma Leica. Era uma coisa bem portátil. Depois, fui trocando... Agora tenho duas, uma mais antiga que comprei há 10 anos nos EUA, e a outra comprei agora. Estas, eu guardo. Eu trabalhei muito com a Nikon, mas a Nikon tem um monte de objetivas e ficou pesada, mas tenho uma porção de objetivas desta marca. Da Leica, tenho as de 35 e 90, que são fantásticas. ROSELY – Thomaz, você voltou para o Nordeste depois, e viu que mudou
alguma coisa. O que você acha do Brasil agora? THOMAZ – O Brasil mudou nas capitais e nas estradas, tem o asfalto, luz, televisão, tem progresso. Saindo das capitais, você vai ver que no interior continua igual, tem luz e televisão, mas também muita miséria... ROSELY – Esta vontade que você tinha, que você falou no começo, de conhecer o Brasil, você acha que ainda falta muito? THOMAZ – Era para terem sido feito 100 filmes, era meu projeto para as escolas, mas no meio acabou o gás... ROSELY –
Mas é uma coisa que, de algum jeito, necessita de atualidade... THOMAZ – Mas muitos estão fazendo isto agora, percorrendo o Brasil de Norte a Sul. De algum jeito, a coisa está se realizando... Se você acha que eu plantei, eu plantei, eu botei a semente... Eu achei que se a gente mostrasse o Brasil para o brasileiro, estaríamos possibilitando o conhecimento do país. Conheça o teu país para você transformá-lo, se puder... ROSELY – Thomaz, tem uma diferença entre a sua fotografia autoral e o trabalho de fotografia de cinema. Na fotografia autoral, você realiza um trabalho mais ficcional. THOMAZ – A fotografia é um trabalho. Eu não sou artista, eu sou fotógrafo. Porém, procurei fazer documentação
fotográfica de coisas interessantes. Fotografo as pessoas e como elas vivem. ROSELY – Os documentários partiam do real, mas não tinham o compromisso de mostrar os fatos como eles aconteciam. Era um documental sem o objetivo de mostrar a miséria ou a denúncia... THOMAZ – A denúncia viria do fato das coisas existirem, mas não é uma denúncia política. Havia uma ideia fotográfica, ou cinematográfica, sem nenhuma conotação política ou de denúncia. Eram realizadas para mostrar as maravilhas do Brasil. ROSELY – Eu vejo as suas fotos e as do Cristiano Mascaro, do Luiz Braga, e parece que eles conheciam seu trabalho, mas ninguém tinha visto suas fotos antes. Eles se identificam com você no futuro, como isso é possível? THOMAZ – Quando éramos jovens, nós víamos muitas revistas de fotografia. Vendo estas revistas, você vê grandes fotógrafos, que não sei se me influenciaram. Eu sei que eu era um cara que via as coisas. É tão maravilhoso o que estes fotógrafos novos estão fazendo, eu digo “viva!” para eles, mas cada um no seu caminho. Miguel Rio Branco, Cristiano Mascaro, Pedro Martinelli, Mario Cravo Neto, são fantásticas as coisas que eles fazem. Eu não sei se tenho alguma coisa a ver com eles, eu faço outras coisas, mas eles me estimulam muito... Atualmente, estou fazendo fotografias de família.
Thomaz, Melanie e o filho João, 1956. São Paulo/SP Formato: 35x53cm
thomaz farkas biografia Thomaz Farkas nasceu em Budapeste, Hungria, 1924. Imigra para o Brasil em 1930, radicando-se com a família em São Paulo. Filho de um dos sócios fundadores da Fotoptica, uma das principais lojas de equipamentos fotográficos do Brasil, começa a fotografar na adolescência e já em 1942 associa-se ao Foto Cine Clube Bandeirantes, em São Paulo, participando de salões nacionais e internacionais. Em 1949, realiza a mostra individual Estudos Fotográficos, no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM-SP). Nesse período, também faz experimentações em cinema, atividade que desenvolverá nas décadas seguintes, paralelamente à fotografia. Em 1953, gradua-se em engenharia mecânica e elétrica na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli/USP). Após o falecimento do pai, em 1960, assume a direção da Fotoptica, cargo que ocupa até 1997, coordenando a Revista e a Galeria Fotoptica. Em 1963, torna-se sócio fundador do MAM-SP. Em 1964, funda a Caravana Farkas porque tinha a certeza de que para conhecer o Brasil, só restava uma saída: documentar o país. Entre 1964 e 1980, participa alternadamente como produtor, co-produtor, diretor e diretor de fotografia de 40 documentários sobre a cultura popular no interior do país. Os filmes são exibidos e premiados em festivais no Brasil e exterior. Entre 1969 e 1989,
leciona fotografia nos Departamentos de Cinema e Jornalismo da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/ USP), onde defende tese de doutorado, em 1977. Sua obra fotográfica alcança reconhecimento público durante as décadas de 1990 e 2000, sendo homenageada com diversas exposições, publicações e prêmios, como a Medalha Ordem do Mérito Cultural, concedida pela Presidência da República, em 2000. Também desenvolve importante atuação institucional como membro dos Conselhos da Fundação Bienal de São Paulo; Coleção Pirelli Masp de Fotografia; Cinemateca Brasileira de São Paulo e Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Em 2005, inaugurou, na Pinacoteca do Estado de São Paulo, a exposição Brasil e Brasileiros no Olhar de Thomaz Farkas, sob curadoria de Rosely Nakagawa e Diógenes Moura, série que realizou durante uma viagem pelo Rio Negro, no início dos anos 70, ao lado do zoólogo e compositor Paulo Vanzolini para produzir mais um dos documentários para a Caravana Farkas. No ano seguinte, uma edição dessas fotografias foi reunida no livro Thomaz Farkas, Notas de Viagem (Ed. Cosac Naify). Sua obra, com cerca de 34 mil imagens, foi incorporada ao acervo do Instituto Moreira Salles, sob o regime de comodato, em dezembro de 2007.
Dia da inauguração populares sobre laje do edifício do palácio do Congresso Nacional, 21.abr.1960. Brasília/DF Formato: 166x110cm
CICLO DE CINEMA
Thomaz Farkas e A Condição Humana Rubens Fernandes Junior
[…] Em toda sua filmografia, Farkas constrói a narrativa de modo inusitado. Ao mesmo tempo que se posta distante do seu objeto, nele está integrado e dele participa intensamente, ou seja, mergulha naquele universo em busca da experiência plena e do essencial das relações entre os homens e o meio ambiente. Além de envolver-se totalmente com cada um de seus projetos, sempre soube dar plena liberdade de criação para os seus parceiros desenvolverem seus trabalhos. Para ele, ”a ideia principal era a de realizar uma série de documentários mostrando como vivia o povo brasileiro. Não havia uma finalidade revolucionária, mas foi considerado revolucionário na época. […] Os filmes não tinham nenhum cunho politico declarado, mas tinham um fundo de realidade, que era uma coisa nova na época. E isso incomodou muito”[…]. Fica claro, portanto, que a experimentação e a conexão com a nossa realidade sempre foi a tônica do trabalho criativo de Thomaz Farkas. […] Ele tinha plena consciência de sua atuação na área da imagem cinematográfica, já que acreditava que o cinema teria maior possibilidade de divulgação, ou
seja, poderia ampliar a escala de recepção. Seu projeto era realizar uma coleção para os professors projetarem em sala de aula, e que os filmes servissem de aquecimento para uma discussão sobre a realidade da cultura brasileira […] Igualmente surpreendente, sua produção cinematográfica, pautada pelo cinema documentário, deixou uma contribuição inestimável para nossas artes visuais. Novamente Farkas, discreto e disposto, sintonizado com outras iniciativas culturais da mesma importância no país, se lançou num projeto inovador, num período de forte controle das informações que circulavam pelas mídias e revolucionou tanto na técnica quanto na estética de um cinema de um autêntico significado cultural. A Caravana Farkas é uma experiência cultural sem precedentes na história do cinema brasileiro […].* Rubens Fernandes Junior é jornalista, crítico e curador, doutor em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP, professor e diretor da Faculdade de Comunicação da FAAP. Pesquisador e crítico de fotografia, é membro da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA). * Trecho extraído do livro THOMAZ FARKAS Notas de Viagem. São Paulo, 2006. p. 14-15
programaçÃO
PROGRAMA 1:
THOMAZ FARKAS: DOCUMENTÁRIOS 1h51min
03 e 21 de agosto e 07 de setembro ∙ 14h ∙ 11 de agosto ∙ 16h
Thomaz Farkas, brasileiro Hermeto Campeão Paraíso, Juarez Todomundo Pixinguinha e a velha guarda do samba
Walter Lima Jr. Thomaz Farkas Thomaz Farkas Thomaz Farkas
Brasil Brasil Brasil Brasil
2003 1981 1971 1980
16’ 44’ 6’ 35’
Thomaz Farkas
Brasil
2006
10’
Balé da Juventude da UNE, déc. 1940. Rio de Janeiro/RJ Formato: 163x110cm
CICLO DE CINEMA Local: Cinema do MAM
PROGRAMA 2:
GUIDO ARAÚJO, SERGIO MUNIZ, ROBERTO DUARTE, MIGUEL RIO BRANCO 2h05min
PROGRAMA 4:
MAURICE CAPOVILLA, EDUARDO ESCOREL, MANUEL HORACIO GIMENEZ 1h38min
03, 12 e 24 de agosto ∙ 16H ∙ 08 de setembro ∙ 14h
Thomaz Farkas, brasileiro A morte das velas do recôncavo Feira da banana De raízes e rezas, entre outros Roda e outras estórias Ensaio Trio Elétrico
Walter Lima Jr. Guido Araújo Guido Araújo Sergio Muniz Sergio Muniz Roberto Duarte Miguel Rio Branco
17 de agosto e 14 de setembro ∙ 14h ∙ 04 e 25 de agosto ∙ 16h
Brasil Brasil Brasil Brasil Brasil Brasil Brasil
2003 1976 1973 1972 1965 1975 1977
16’ 23’ 17’ 38’ 9’ 14' 12'
Nossa escola de samba
Walter Lima Jr. Maurice Capovilla Eduardo Escorel Manuel Horácio Gimenez
Brasil Brasil Brasil
2003 1965 1970
16’ 33’ 20’
Brasil
1965
29’
2003 1978 1969 1976 1978 1969 1978
16’ 9’ 20’ 16’ 9’ 24’ 15’
PROGRAMA 5:
SERGIO MUNIZ 1 1h49min
05 e 26 de agosto e 15 de setembro ∙ 14h ∙ 17 de agosto ∙ 16h
PROGRAMA 3:
GERALDO SARNO 1h43min
04 e 25 de agosto e 09 de setembro ∙ 14H ∙ 12 e 14 de agosto ∙ 16h
Thomaz Farkas, brasileiro Viramundo Viva Cariri! Eu carrego um sertão dentro de mim
Thomaz Farkas, brasileiro Subterrâneos do futebol Visão de Juazeiro
Walter Lima Jr. Geraldo Sarno Geraldo Sarno
Brasil Brasil Brasil
2003 1965 1970
16’ 37’ 36’
Geraldo Sarno
Brasil
1980
14’
Thomaz Farkas, brasileiro A cuíca Beste Cheiro, gosto: o provador de café O berimbau Rastejador Um a um
Walter Lima Jr. Sergio Muniz Sergio Muniz Sergio Muniz Sergio Muniz Sergio Muniz Sergio Muniz
Brasil Brasil Brasil Brasil Brasil Brasil Brasil
PROGRAMA 6:
SERGIO MUNIZ 2 1h36min
18 de agosto e 16 de setembro 14h ∙ 05 e 26 de agosto ∙ 16h
Thomaz Farkas, brasileiro Andiamo in’merica
Walter Lima Jr. Sérgio Muniz
Brasil Brasil
2003 1980
16’ 80’
PROGRAMA 7:
GERALDO SARNO: Enciclopédia Audiovisual da Cultura Popular 1h35min 10 e 31 de agosto e 21 de setembro ∙ 14h ∙ 18 de agosto ∙ 16h
Thomaz Farkas, brasileiro Os imaginários Jornal do sertão Vitalino Lampião A cantoria O engenho Padre Cícero Casa de farinha
Walter Lima Jr. Geraldo Sarno Geraldo Sarno Geraldo Sarno Geraldo Sarno Geraldo Sarno Geraldo Sarno Geraldo Sarno
Brasil Brasil Brasil Brasil Brasil Brasil Brasil Brasil
2003 1970 1970 1969 1970 1970 1972 1970
16’ 9’ 13’ 9’ 15’ 10’ 10’ 13’
2003 1964 1970 1970 1970
16’ 29’ 21’ 20’ 19’
PROGRAMA 8:
Thomaz Farkas, brasileiro Memória do cangaço Erva bruxa Jaramantaia A mão do homem
Walter Lima Jr. Paulo Gil Soares Paulo Gil Soares Paulo Gil Soares Paulo Gil Soares
Brasil Brasil Brasil Brasil Brasil
PROGRAMA 9:
PAULO GIL SOARES 2 1h20min
11 e 19 de agosto ∙ 14h ∙ 02 e 23 de setembro ∙ 16h
Thomaz Farkas, brasileiro
Walter Lima Jr.
Brasil
2003
16’
A Morte do Boi
Paulo Gil Soares
Brasil
1970
11
Vaquejada
Paulo Gil Soares
Brasil
1970
11
O homem de couro Frei Damião, trombeta dos aflitos martelo dos hereges
Paulo Gil Soares
Brasil
1970
21’
Paulo Gil Soares
Brasil
1970
20’
Torcedores no estádio do Pacaembu, 1942. São Paulo/SP Formato: 150x110cm
19 de agosto 01 e 22 de setembro ∙ 14h ∙ 10 de agosto ∙ 16h
Torcedores no estádio do Pacaembu, 1942. São Paulo/SP Formato: 150x110cm
PAULO GIL SOARES 1 1h45min
programa educativo Inter.Mediações O Tempo Dissolvido
THOMAZ FARKAS: CONSTRUINDO HISTÓRIA COM IMAGENS
Empinando pipa, déc. 1940. Rio de Janeiro/RJ Formato: 45x45cm
Antonio Carlos Portela
A carreira de Thomaz Farkas foi cons- de cada época para produzir sentidos truída, desde cedo, pelo seu encanto em seus trabalhos como processos com a imagem. Seu universo familiar sociais. foi um grande cúmplice e partícipe ”O tempo dissolvido” é o eixo poétide suas experiências no campo da fo- co que o curador Diógenes Moura tografia e do cinema, no que diz res- elegeu para trazer, ao MAM-BA, um peito tanto ao acesso às tecnologias conjunto de imagens reveladoras da quanto ao apoio dado, contribuindo própria vida do artista, ora articulapara sua inserção no circuito artístico. das para nos revelar uma trajetória Desde cedo então, o artista, fotógra- construída pelas relações artístico-pofo, cineasta (produtor e professor) lítico-sociais: seu domínio do meio de pode dar vazão à sua imaginação expressão condiciona a produção e a e ao seu potencial de comunicação circulação da imagem como resultado através das imagens, sob olhares de processos que aguçam os sentidos sensíveis, determinando o fazer des- em diversos contextos culturais. tes olhares meios para reconhecer Às fotos em preto e branco e às coas várias dimensões da experiência loridas que fazem parte da mostra, social. Ou seja, seu processo criativo foram agregadas fotos selecionadas tem articulado os dados da realidade pelos familiares, especialmente para
Beatriz, filha de Thomaz, 1956. São Paulo/SP Formato: 50x38cm
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esta exposição, assim como documentos, cartas, certificados, fotos de funcionários da Fotoptica e câmera fotográfica, para compor o Núcleo de Afeto. Da ”Caravana Farkas”, uma série de filmes compõem o programa ”Thomaz Farkas e a Condição Humana”, documentários que serão exibidos durante o período expositivo, estendendo assim, o repertório imagético para nossa fruição, com curadoria de Solange Farkas. Qual o papel do visual no mundo atual? Que reflexões podemos fazer sobre os meios técnicos na expressão visual, e como podemos discutir a fotografia e o cinema? Modos de ver foi o questionamento lançado por John Berger ao admitir que ”o olhar é múltiplo e requer conhecer características intrínsecas às imagens, mas também admite que o olhar precisa ser preparado para ver e analisar as imagens, [sublinhando] que as convenções oculares ( )permitem articular a dimensão visual das relações sociais”*. Nesta perspectiva, foi elaborado um núcleo reflexivo para explorar as dimensões artística, social, cultural e política do artista, propondo mesas redondas, ciclo de palestras, abarcando temáticas da biografia do artista e elementos conceituais intrínsecos à
sua obra. Atividades artísticas serão oferecidas para os visitantes, como o paint light e pinhole para crianças; os mini cursos “O Pinhole para Arte Educadores” e “Animação stopmotion” e também oficina prática de documentário. Essas propostas compõem a programação de mediação que também conta com visitas agendadas, o que oportuniza ao público um contato intenso com as obras e com a linguagem da fotografia e do cinema. Desenvolver atividades capazes de gerar uma crescente aproximação com a sociedade, difundir as inúmeras oportunidades de formação humana possibilitadas pelo contato com o Museu e as exposições artísticas, mantendo um compromisso com a cultura e com a história, têm sido o desafio do Núcleo de Arte Educação do MAMBA, que tem dado ênfase na interrelação entre o fazer, a leitura da obra de arte e a contextualização histórica, social e estética da arte, com o objetivo de ampliar a rede de interações que dinamiza os diferentes atores da construção social.
* John Berger citado por Paulo Knauss, em “O desafio de fazer História com imagens”. Art Cultura: Revista do Instituto de História da Universidade Federal de Uberlândia. V. 8, n. 12, 2006.
programa educativo Inter.Mediações O Tempo Dissolvido
MESA REDONDA DE ABERTURA 03.08 (terça-feira) THOMAZ FARKAS E A CONDIÇÃO HUMANA João Farkas, André Setaro e Guido Araújo
18h30min Galeria 1
CICLO DE PALESTRAS A Transparência e o Obstáculo Galeria 1
05.08 (quinta-feira) Homenagem a Thomaz Farkas Rosely Nakagawa
18h30min às 20h30min
06.08 (sexta-feira) Mulher: Santa ou Prostituta? A alma feminina na obra de Antoine D’Agatha
28.09 (terça-feira) “Thomas Farkas e o documentário” Marise Berta e Cláudio Pereira
18h30min
CURSOS, WORKSHOPS E OFICINAS Curso modular Pinhole para arte educadores A proposta visa à multiplicação da técnica do pinhole – fotografia artesanal – , fornecendo aos professores instrumentos que viabilizem a sua utilização em escolas e comunidades. O curso será ministrado pelos artistas visuais e arte educadores Roseli Amado, Belinda Neves, Neila Maciel e Luis Augusto Gonçalves, proporcionando diversas oportunidades de vivência e conhecimento da técnica através dos seguintes módulos:
Sala da Galeria Subsolo
04.09 e 02.10 (sábados) 14h às 17h · 10 participantes Sala da Galeria Subsolo
Atividade “Paint Light” Ministrada pela equipe de arte-educadores do MAM-BA, permite aos participantes vivenciar a experiência da pintura com o feixe de luz e seu registro, gerando uma infinita possibilidade estética e artística. 11.08, 25.08, 08.09 (quartas-feiras) e 21.08, 25.09 (sábados) 15h às 16 horas · 15 participantes
18h30min às 20h30min
O QUE É PINHOLE?
07.08 (sábado) Fotografia como Memória – O Processo de criação
09.09 MÓDULO 2 PINHOLE E A ARTE EDUCAÇÃO
Rubens Fernandes Junior
16.09 MÓDULO 3 CONSTRUINDO A CÂMERA ARTESANAL
Mini curso “Oficina Prática de Documentário”
OFERECEMOS CERTIFICAÇÃO
VISITAS MEDIADAS COM PERCURSOS TEMÁTICOS Durante todo o período da exposição, grupos de até vinte pessoas com idade a partir de seis anos poderão participar de visitas mediadas por educadores, que conversam com o público sobre conceitos, temas e práticas presentes na exposição assim como sobre o Solar e o Parque de Esculturas e Ciclo de Cinema.
MEDIAÇÃO PARA GRUPOS AGENDADOS Terça a domingo, às 14h e 16h Inscrições: 71 3117 6141
MEDIAÇÃO PARA PÚBLICO ESPONTÂNEO (sem agendamento)
Terça a domingo, às 15h e 17h
Josias Pires (cineasta)
Inscrições podem ser feitas na hora,
Introdução aos conceitos e etapas para a realização de um vídeo documentário. 27.09 a 01.10 (segunda a sexta-feira) 15h às 18h · 15 participantes
na Lojinha do MAM.
Sala da Galeria Subsolo
O projeto Zoom.In Zoom.Out busca estreitar as relações entre o museu e a cidade, e estabelecer vínculos com comunidades do entorno do Museu e da região metropolitana. Envolve visitas, conversas e oficinas realizadas nas comunidades; e também traz públicos ao MAM, em transporte gratuito, para participar de ações de mediação.
23.09 MÓDULO 4 CAPTURANDO E REVELANDO IMAGENS
Mini curso “Oficina de Animação – Stop-Motion”
14.09 (terça-feira) “A fotografia na condição de arte”
30.09 MÓDULO 5 PINHOLE NA ARTE CONTEMPORÂNEA
Taygoara Aguiar (arte-educador e designer)
Maria Celeste Almeida Wanner
14h às 17h
Oficina prática de animação com a utilização de modelagem, fotografia quadro a quadro e edição.
e Eriel Araújo
25 participantes
10.09 e 11.09 · 14h às 18h
18h30min
Sala da Galeria Subsolo
12 participantes
Local: Galeria 1
INSCRIÇÕES: 3117-6143
crianças, jovens e adultos Sala da Galeria Subsolo
02.09 MÓDULO 1
MESAS REDONDAS
adolescentes, jovens e adultos
crianças de 8 a 12 anos
Luiz Felipe Pondé
16h30min às 18h30min
Atividade Pinhole para crianças Ministrada pela equipe de arte-educadores do MAM-BA, a proposta visa o contato e a vivência com a técnica do pinhole, estimulando o olhar para novos diálogos e possibilidades da fotografia artesanal.
ZOOM.IN ZOOM.OUT: O MAM E AS COMUNIDADES
Inscrições: 71 3117 6141
PROJETO GRÁFICO
Marcus Sampaio REALIZAÇÃO
Museu de Arte Moderna da Bahia ACOMPANHAMENTO MUSEOLÓGICO
Sandra Regina Jesus MEDIAÇÃO CULTURAL Supervisora
Belinda Neves Mediadores
Aldemiro Brandão Daniel Almeida Luiz Augusto Gonçalves Roseli Rocha
MONTAGEM Produção
Daiane Oliveira Técnicos de Montagem
Antônio Agnaldo Jairo Morais Carpintaria
Marquinho de Olinda Pintura
Ademir Ferreira Antônio Jorge Cid Eduardo Ferreira
Sem título, c. 1946. São Paulo/SP Formato: 35x53cm
CURADORIA
Diógenes Moura
Elétrica
Jorge Bispo dos Santos José de Assis Alecrim PRODUÇÃO
Lisi Araújo Nara Pino Paulo Tosta COMUNICAÇÃO Assessoria de Imprensa
Juliana Maia Web Design
André Bertotti Todas as imagens da exposição Thomaz Farkas - O Tempo Dissolvido integram o acervo do fotógrafo sob a guarda do Instituto Moreira Salles e foram ampliadas nos laboratórios da reserva técnica fotográfica do IMS no Rio de Janeiro.
A Gosto da Fotografia 6ª edição 2010 Realização Instituto Casa da Photographia Co-realização Pinacoteca do Estado de São Paulo Direção Marcelo Reis Curadoria Diógenes Moura
Produção Executiva Salvador Carol Almeida Produção Executiva São Paulo Ana Célia Pires Assistente de Produção Jamile Moraes Assessoria de Imprensa Marco Cerqueira Maurício Ferreira
Design Gráfico Maria Helena Pereira Produção Gráfica Azeviche Design Revisão André Correia Montagem Roberto Feitoza Molduras Capricho Molduras
Assessoria Jurídica Cristiane Matusita
Agradecimentos: Sergio Burgi, Virgínia Albertini, Cídio Martins Neto, equipe do Instituto Moreira Salles (RJ/SP) e muito afetuosamente à família Farkas.
Cena noturna, déc. 1940. São Paulo/SP Formato: 53x35cm
GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA Governo do Estado da Bahia
Jaques Wagner Secretaria de Cultura do Estado da Bahia
Márcio Meirelles Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia - IPAC
Frederico Mendonça Diretoria de Museus - DIMUS
Daniel Rangel
MUSEU DE ARTE MODERNA DA BAHIA Direção
Solange Farkas Assessora Artística
Stella Carrozzo Assessora Técnica
Luciana Moniz Secretária Executiva
Estela Santana Coordenação do Núcleo de Museologia
Helder Bello de Mello Coordenação do Núcleo de Restauro
Natalie Roth Coordenação do Núcleo de Arte Educação
Antonio Carlos Portela
Coordenação do Núcleo de Montagem
Raquel Rocha Coordenação do Núcleo de Projetos e Eventos
Carolina Câmara Coordenação do Núcleo de Comunicação
Juliana Maia Coordenação do Núcleo Administrativo
ABERTURA 02.08.10 (segunda-feira), 19h VISITAÇÃO 03.08.10 a 03.10.10 Terça-feira a domingo, 13h às 19h Sábado, 13h às 21 h Casarão Térreo
MUSEU DE ARTE MODERNA DA BAHIA
José Carlos Ferreira
Av. Contorno, s/n Solar do Unhão, Salvador - Bahia - Brasil
www.mam.ba.gov.br
www.mam.ba.gov.br · mam@mam.ba.gov.br · 71 3117 6139
APOIO
PATROCÍNIO
COREALIZAÇÃO
REALIZAÇÃO
MUSEU DE ARTE MODERNA DA BAHIA Av. Contorno, s/n Solar do Unhão, Salvador - Bahia - Brasil www.mam.ba.gov.br · mam@mam.ba.gov.br · 71 3117 6139