Cartilha para os grupos- DNJ 2014

CARTILHA DE ENCONTROS PARA GRUPOS DE JOVENS

2014

APRESENTAÇÃO

A Pastoral da Juventude do Regional CNBB Sul 3 acredita no e defende o protagonismo juvenil na Igreja e na sociedade a partir do seguimento e do discipulado a Jesus Cristo. É a partir do estudo, da reflexão, da oração e da opção pelo Projeto de Vida de Jesus que os jovens da Pastoral da Juventude celebram a vida das juventudes, anunciando a Boa Nova e denunciando as situações de violência pelas quais tantos jovens têm que enfrentar. É com a certeza da permanente construção do Reino de Deus por meio do aprofundamento da fé e da formação integral do/a jovem e do ser humano na sua própria realidade, a partir do comprometimento e amadurecimento pessoal, eclesial e social que priorizamos a celebração do DIA NACIONAL DA JUVENTUDE em nossas comunidades, paróquias e (arqui)dioceses.

Para o ano de 2014, a PJ Sul 3 articulou, novamente, a celebração estadual do DNJ a fim de rearticularmos e integramos as (arqui)dioceses e vicariatos vivenciando a partilha de tantos grupos de jovens por esses pagos do nosso Rio Grande. Para isso, escolhemos como lema do DNJ a 1ª Carta de São João “O que ouvimos, o que nós vimos com nossos olhos, o que contemplamos, o que nossas mãos apalparam (...) nós vos anunciamos”, e como tema “Pastorais da Juventude em defesa da vida”.

As PJs já lutam em defesa da vida a partir dos projetos nacionais, regionais, diocesanos e paroquiais, além de refletir e tentar transformar suas próprias realidades com o protagonismo juvenil.

Por isso a escolha do tema que enfatiza a luta da PJ contra a violência e o extermínio de jovens (Campanha Nacional). E o lema da 1ª Carta de São João nos motiva a denunciar as situações de violência, assim como anunciar a Boa Nova de Jesus Cristo como forma de transformar a sociedade.

O DNJ tem sido uma celebração permanente das Pastorais da Juventude do Brasil há mais de 25 anos, com o objetivo de motivar, partilhar e refletir com as juventudes das mais diversas realidades. A PJ do RS já realizou essa celebração cinco vezes, sendo a última em 2006, em Canoas/RS. Assim, com essa motivação em defender a vida, inspirados pela coragem e ousadia do Jovem Jesus de Nazaré, a Equipe de Articulação do DNJ Estadual 2014 organizou essa cartilha como sugestão de encontros para preparação ao DNJ. Essa cartilha também pode ser um material a ser usado posterior ao DNJ como forma de refletir e celebrar as diferentes realidades juvenis.

O DNJ Estadual 2014 acontece na Arquidiocese de Santa Maria, na cidade de Santa Maria/RS, no dia 19 de outubro (domingo), a partir das 8h.

Data: 19 de outubro de 2014 (domingo).

Local: Ginásio do Parque da Basílica da Medianeira (Avenida Medianeira, n. 670, Santa Maria/RS).

Horário: Início: 08h Encerramento: 17h PROGRAMAÇÃO: 8h – Acolhida 08h30min – Abertura e oração inicial 09h – 1ª Caminhada Libertadora da Juventude 10h – Missa (Santuário Basílica Medianeira) 11h30min – Palco Livre e almoço 13h – Roda de conversa “Situações juvenis de violência” 13h45min – Fila da juventude 14h15min – Oficinas temáticas (inscrições no dia) 16h15min – Envio

A Arquidiocese de Santa Maria com muita alegria acolhe esse momento bonito e orante da Pastoral da Juventude do Rio Grande do Sul. Sejam desde já tod@s bem-vind@s!

Equipe de Articulação do DNJ Estadual 2014 Betyna Faccin Preischardt (Arquidiocese de Santa Maria) Débora Giehl (Diocese de Novo Hamburgo) Diego Flores (Diocese de Caxias do Sul) Diego Noda (Diocese de Rio Grande) Elise Severo (Diocese de Cruz Alta) Gabriel Dornelles (PJE) Givago Petri (Diocese de Santo Ângelo) Jaqueline Borgartz (Diocese de Santo Ângelo) Jean Zardin Wagner (Diocese de Cruz Alta) Marcelo Moura (Articulação Regional da CEBs – Vicariato de Canoas) Matheus Fernandes da Silva (Arquidiocese de Passo Fundo) Wagner Azevedo (Arquidiocese de Santa Maria) Assessores Paulo Vitor Patalo (Arquidiocese de Porto Alegre) Alberto Chamorro (Diocese de Cachoeira do Sul)

1º Encontro – Criminalização da juventude Objetivo: Refletir sobre as diversas formas que a violência pode assumir.

Materiais: Matérias de jornais e revistas que retratem morte de jovens; Bíblia; etiquetas adesivas; canetinhas; aparelho de som com a música “Não é sério” do Charlie Brown JR. Ambientação: Bíblia e notícias no centro.

Acolhida A coordenação dá boas vindas ao grupo e motiva as/os jovens a se acolherem por meio de um abraço. Enquanto isso se pode ir cantando alguma música conhecida.

Olhando a realidade a) O coordenador introduz o tema do encontro e convida os jovens a olharem as notícias colocadas no centro do círculo. b) Algumas das pessoas da coordenação colocam etiquetas adesivas na testa dos jovens, sem que estes vejam o que está escrito. Em cada etiqueta há um nome de um “personagem da sociedade” que frequentemente é violentado ou vítima de preconceito. Enquanto toca a música “Não é sério”, os jovens terão de se movimentar pelo espaço e, por meio de frases e gestos, trata os “personagens” como eles são tratados pela sociedade, no cuidado de não revelar os nomes.

SUGESTÃO DE PERSONAGENS: negro, pobre, índio, favelado, gay, lésbica, jovem, pichador, prostituta, mendigo, nerd e outros. c) Após o término da música, o coordenador pede às pessoas para tirar as etiquetas e verem seus personagens. Em seguida forma-se um grande círculo para conversarem sobre a temática: - Como cada um foi tratado/a? Quais os sentimentos que essa dinâmica provocou?

- Na sua opinião, por que você acha que essas pessoas são tratadas dessa maneira?

- Uma das formas que a violência assume é o preconceito por meio de piadinhas e ameaças. No modo como cada um foi tratado, a violência aconteceu? À luz da palavra de Deus

Pode-se cantar um canto para aclamar a Palavra. Um jovem faz a leitura de Jo 8, 1-11 e em seguida a reflexão.

-Motivados pela atitude de Jesus que acolhe um/a excluído/a da sociedade de sua época, o que essa leitura diz? O que nos faz pensar sobre a violência? O que nos faz dizer a Deus? E quais os compromissos que podemos firmar a partir dessa leitura?

Compromisso Durante a semana, pensar e formar uma ideia sobre o que é ‘violência’.

Oração final

Em oração, citar nomes de pessoas que conhecem que sofrem/sofreram algum tipo de violência.

Pai- Nosso...

Despedida O coordenador motiva os jovens a organizarem um círculo e desejarem-se boas vibrações, finalizando com um abraço da paz.

2º Encontro – Somos chamados a pensar uma sociedade mais justa!

Objetivo: Perceber a realidade social na qual a Igreja está inserida e os elementos que a compõem.

Material: Bíblia, vela, panos, cartolina, jornais, revistas, fotos/imagens com contrastes da realidade (explorados e exploradores).

Ambientação: Colocar a Bíblia, a vela e as imagens solicitadas sobre os panos no centro da sala.

Acolhida: MANTRA/ ANIMAÇÃO: Preparar um canto bem animado.

Um(a) jovem lê o poema:

Da marginalização de um mar de gente (Luis Adriano Correia) No cenário imaginado De gente que dispara E no disparo se encontra Ser um mar/ginalizado.

Do mar de gente que somos Das gentes que nos acrescentam Das lutas que se fazem novas O outro nos representa.

E o sentido que a vida interpela É o pó, é a lama, a ladeira, É a marcha, a pisada ligeira De quem sai sem saber o destino Mas que sonha e se vê tão menino E ela luta engrossa suas veias.

Atenuadamente os direitos Desejos de sempre e de sempre Ferem, mas, o ser insistente Sabe o que se tem que fazer Na hora do "Vamos ver" Só sabe o que é certo Quem de fato precisa VIVER.

(Luis Adriano Correia)

Em seguida os(as) jovens são convidados(as) a circular pela sala olhando as figuras enquanto se ouve a música: Até Quando?

Gabriel o Pensador Tom: E (E) Não adianta olhar pro céu, com muita fé e pouca luta.

Levanta aí que você tem muito protesto pra fazer e muita greve, você pode, você deve, pode crer.

Não adianta olhar pro chão, virar a cara pra não ver.

Se liga aí que te botaram numa cruz e só porque Jesus sofreu não quer dizer que você tenha que sofrer.

(E G D A) Até quando você vai ficar usando rédea?

Rindo da própria tragédia?

Até quando você vai ficar usando rédea? (Pobre, rico, ou classe média).

Até quando você vai levar cascudo mudo?

Muda, muda essa postura.

Até quando você vai ficando mudo?

Muda que o medo é um modo de fazer censura.

Refrão 2x (E G D A) Até quando você vai levando?_(Porrada!_Porrada!)

Até quando vai ficar sem fazer nada?

Até quando você vai levando? (Porrada!_Porrada!)

Até quando vai ser saco de pancada?

(E G D A) Você tenta ser feliz, não vê que é deprimente, seu filho sem escola, seu velho ta sem dente.

Cê tenta ser contente e não vê que é revoltante, você ta sem emprego e a sua filha ta gestante.

Você se faz de surdo, não vê que é absurdo, você que é inocente foi preso em flagrante! É tudo flagrante! É tudo flagrante!

REFRãO 2x (E G D A) Até quando você vai levando? (Porrada!_Porrada!)

Até quando vai fica sem fazer nada?

Até quando você vai levando? (Porrada!_Porrada!)

Até quando vai ser saco de pancada?

(E) A polícia matou o estudante, falou que era bandido, chamou de traficante.

A justiça prendeu o pé-rapado soltou o deputado e absolveu os PM's de Vigário.

(E G D A) Até quando você vai levando? (Porrada!_Porrada!)

Até quando vai fica sem fazer nada?

Até quando você vai levando? (Porrada!_Porrada!)

Até quando vai ser saco de pancada?

(E G D A) A polícia só existe pra manter você na lei, lei do silêncio, lei do mais fraco: ou aceita ser um saco de pancada ou vai pro saco.

A programação existe pra manter você na frente, na frente da TV, que é pra te entreter, que é pra você não ver que o porgramado é você.

E Acordo, não tenho trabalho, procuro trabalho, quero trabalhar.

G O cara me pede o diploma, não tenho diploma, não pude estudar.

B E querem que eu seja educado, que eu ande arrumado, que eu saiba falar.

D Aquilo que o mundo me pede não é o que o mundo me dá.

E Consigo um emprego, começa o emprego, me mato de tanto ralar.

G Acordo bem cedo, não tenho sossego nem tempo pra raciocinar.

B Não peço arrego, mas onde que eu chego se eu fico no mesmo lugar?

D Brinquedo que o filho me pede, não tenho dinheiro pra dar.

E G Escola, esmola! Favela, cadeia!

D Sem terra, enterra!

A Sem renda, se renda! Não! Não!!

REFRãO 2x (E G D A) Até quando você vai levando? (Porrada!_Porrada!)

Até quando vai fica sem fazer nada?

Até quando você vai levando? (Porrada!_Porrada!)

Até quando vai ser saco de pancada?

(E G D A) Muda, que quando a gente muda o mundo muda com a gente.

A gente muda o mundo na mudança da mente.

E quando a mente muda a gente anda pra frente.

E quando a gente manda ninguém manda na gente.

Na mudança de atitude não há mal que não se mude nem doença sem cura.

Na mudança de postura a gente fica mais seguro, na mudança do presente a gente molda o futuro!

Até quando você vai ficar levando porrada,

até quando vai ficar sem fazer nada?

Até quando você vai ficar de saco de pancada?

Até quando você vai levando?

Recordação do último encontro: O animador do encontro motiva os(as) jovens a fazer memória do encontro anterior e a partilhar as situações de violência e morte ou situação em seu cotidiano. Em seguida introduz o tema a ser abordado.

Olhando a realidade: Técnica/ Dinâmica (Se o grupo for pequeno, fazer o debate entre o grande grupo). a) DEBATE: Dividir o grande grupo em grupos menores e lançar perguntas para os grupos debater:  Quais os sentimentos que surgiram ao ver aquelas imagens?  Nos lugares onde você passa e vive, você encontra situações parecidas e iguais? Cite-as.  Em sua opinião, porque a realidade está assim? b) Partilha

À luz da palavra de Deus: Em círculo um(a) jovem proclama a passagem bíblica.

Leitura Bíblica: Marcos 10,46-52.

- Jesus curou o cego. Não apenas seus olhos físicos mas a cegueira do seu coração.

Bartimeu manifestou a fé tornou-se um discípulo do Messias.

-

Em que momentos somos cegos(as) que nem Bartimeu?

-

Nossa fé tem o poder de abrir nossos olhos, nosso coração e fazer com que percebamos a realidade que nos cerca?

Motivar o grupo para partilhar a leitura em grupos menores e após no grande grupo.

Assumindo o compromisso com a vida: Após a partilha, o animador convida os jovens a firmar um compromisso acerca da percepção da violência para o próximo encontro. Perceber nos lugares onde transitam (ambiente familiar, escola, shopping, parques) as formas de violência que atingem os(as) jovens.

3º Encontro – Juventude em defesa da vida Objetivo: Apresentar a proposta do DNJ Estadual que vem nos provocar com tema: Pastorais da Juventude em defesa da vida.

Materiais: Cartaz do DNJ; manchetes de jornais e revistas sobre violência e morte de jovens; número de velas correspondente ao número de manchetes; rádio com a música “A Minha Alma (A Paz que eu não Quero)” do O Rappa; cartolina ou papel grande para cartaz com as informações sobre o DNJ (TEMA E LEMA); pano branco ou papel pardo grande; tintas coloridas.

Ambientação: Cartaz do DNJ no centro e os outros materiais ao redor.

Acolhida: A coordenação dá boas vindas ao grupo e motiva as/os jovens a se acolherem por meio de um abraço. Enquanto isso se pode ir cantando alguma música conhecida.

Olhando para a realidade: Apagam-se as luzes. Alguns jovens entram com velas. Outros jovens vão lendo as manchetes de jornais, um de cada vez. A cada notícia lida se apaga uma vela. Depois de alguns instantes se coloca a música “A Minha Alma”. (o rappa) a) Em grupos menores o coordenador encaminha a reflexão explicando que a violência se manifesta de várias formas e em vários espaços. Divide-se o grande grupo em grupos menores, um para cada espaço que a violência se manifesta: Escola, Trabalho, Família, Lazer. Cada grupo terá que refletir: Como a violência atua neste espaço? Liste exemplos. b) Após, forma-se um grande círculo para a partilha de cada grupo.

FORMAS DE VIOLÊNCIA 1) Física: homicídios, brigas, estupro.

2) Psicológica: piadinhas, assédio, ameaças, chantagens.

3) Simbólica: desrespeito às diversas culturas, indígenas, quilombolas, desvalorização das pessoas por serem negras, homossexuais, pobres, deficientes físicos...

c)O coordenador pede para olhar para o cartaz do DNJ e motiva para a discussão sobre o

significado dos símbolos, diversos tipos de povos, a caminhada, etc...

Fazer memória e relacionar com o cartaz da Campanha Contra a Violência e Extermínio de Jovens e motiva para o que pode significar o símbolo da mão.

Depois providencia um cartaz com o texto grande de forma que todos possam ler o seguinte texto (ou entregar cópias para os participantes):

A Campanha Contra a Violência e o Extermínio de Jovens é uma ação articulada de diversas organizações para levar a toda sociedade o debate sobre as diversas formas de violência contra a juventude, especialmente o extermínio de milhares de jovens que está acontecendo no Brasil. Com isso, a Campanha objetiva avançar na conscientização e desencadear ações que possam mudar essa realidade de morte. A campanha nasceu de uma reflexão da 15ª Assembleia das Pastorais da Juventude do Brasil em 2008, devido

ao crescente número de jovens mortos pela violência. Além das Pastorais da Juventude, outras organizações se unem nessa campanha.

A campanha está pautada por três linhas de ação ou Eixos: 1) Formação Política e Trabalho de Base; 2) Ações de Massa e Divulgação; 3) Monitoramento da Mídia e denúncia quanto à violação dos direitos humanos Trabalho em grupo:

Reproduzir no tecido branco ou no papel pardo o símbolo da Campanha e com o cartaz do DNJ (mãos dispostas com tinta). O coordenador explica que as mãos solidárias e unidas formam um verdadeiro mutirão contra a violência. Esses símbolos podem ser ofertados na Celebração Eucarística e na Romaria Libertadora da Juventude no DNJ ESTADUAL em Santa Maria.

Compromisso:

O coordenador motiva o grupo para abraçarem a campanha numa ação concreta em grupo.

Sugestões: trabalho nas escolas, lembrar nas missas a campanha, fazer alguma ação na comunidade...

Oração final:

Pode-se distribuir as estrofes desse poema aos jovens: Latino-Americanos Pe. Marcionei Miguel da Silva Marcha de sangue, de suor e lágrima Extermínio de sonhos, juventude e paz Construção de torres, desertos e pedras Silêncio breve, sono sem volta, perda.

Sociedade calada, covarde, sem rosto Armas sem liberdade, avessa ao diálogo Companheiro sem pão, faminto e só Família de costas pro sino do amor.

Política azeda, sem força, sem ética Políticos sem cultura, sem lei, sem documento Cidadania podre, escola pichada, casas vazias Ruas marcadas pelo rasto da invasão: alucinação. poder, distinção, força e imposição na contramão Palco sem platéia, suspiro, vitória e fuga outra vez.

Morte que chega, vida que vai, bala que falta Mas a vida também some quando o trabalho não vem.

Economia de boteco, da China e do Paraguai Economia brasileira, força negra, Tupi-Guarani Gingado, ciranda, berimbau, violão e flauta Somos simples, somos gente, somos latino-americanos

Nossas matas não reinam mais, aprenderam a matar tudo Nossos jovens ainda brilham, mas são mal amados Exterminaram os jovens, o futuro, a nação Mataram as referências do trabalho e da educação Nunca é tarde pra dizer quanto é lindo amar de novo Acreditar no dom da vida, no abraço, na partilha Rompemos o cordel, quebramos as regras O que importa é a marcha, pouco importa como cantam.

Teu canto é a tua vida, tua voz o nosso hino, teu rosto nossa bandeira Teu sorriso nossa esperança, teu olhar nossa alegria, tua fala nossa comunhão Teu querer nosso desafio, tua luta nossa teimosia e teus versos nossa poesia Tua pergunta a nossa pesquisa, tua resposta a nossa pergunta e o nosso orgulho Assim se faz a vida: com perguntas, respostas, poemas, marchas e canções Assim se vence a dor: com coragem, ousadia, fé e determinação Assim se faz a marcha: em grupo, em sintonia, num só canto de emoção Assim se faz os sonhos: olhando pra frente, agarrado à história e firmes na decisão

CELEBRAÇÃO: Celebrar o amor de Deus em cada um de nós1.

Objetivo: Celebrar a caminhada do grupo, renovando a fé e a esperança no Deus da Vida e da jovialidade.

Ambiente: O animador deverá providenciar o material necessário para a celebração: Bíblia, vela, argila, recipiente com água, vaso de barro, sementes, CARTAZ DO DNJ E DA CAMPANHA e óleo perfumado. O recipiente com a água e a argila deverão ficar num lugar bem visível por todos, fora do espaço sagrado.

Acolhida: Leitor 1: Que bom que estamos aqui reunidos mais uma vez em nosso grupo. Hoje viemos para celebrar a nossa vida e a vida de nosso grupo. A nossa participação é a essência para a vida do grupo. O Espírito de Deus nos ajudou a fazer muitos passos. Por isso, a nossa celebração é de confiança e de louvor a Deus. Sejamos todos e todas bem vindos.

Canto: -Vem, ó Deus da vida, vem nos ajudar (bis) Vem, não demores mais, vem nos libertar -Seu amor por nós, firme para sempre (bis) Sua fidelidade dura eternamente -Juventude (urbana, do campo...), firme na oração (bis) Juntos e organizados buscam a união.

-Glória ao Pai, ao Filho e ao Santo Espírito(bis)-fazer o sinal da cruz Glória a Trindade Santa, glória ao Deus bendito Acolhida da Palavra de Deus: Leitor 2: Deus nos confiou toda a sua criação. Nos fez parte dela e assim e nos deu muitos dons: o da alegria, o de cuidar, o de acolher, o de reconhecer, o de amar, o de libertar. E assim com os nossos dons, todos juntos podemos fazer mais, para tornar cada vez mais bela a Sua criação.

Escutemos atentamente o que Jeremias tem para nos contar. (Durante a leitura faz-se a dinâmica.)

Dinâmica do Vaso de Barro  Criar um clima de silêncio e de concentração. Se possível, apagar as luzes e colocar um fundo musical.  Entra um(a) jovem com o vaso de barro na mão, mostra-o para todos, coloca-se no meio do grupo e quebra o vaso no chão.  Em seguida, entra outro(a) jovem com uma vela acesa e a coloca no meio do vaso quebrado.  Sem dizer nada, alguém proclama a leitura de Jr 18,1-6 (que deverá ser lida pausadamente repetindo as frases mais importantes). Enquanto isso, alguém vai até o lugar onde está a argila e modela um novo vaso.

Momento Penitencial:

1

Adaptação da Celebração para os grupos de jovens urbanos, Roteiros de encontros para os grupos de jovens.

Leitor 3: Olhemos todos para o vaso quebrado no chão (deixar um momento de silêncio e perguntar e partilhar).  O que isso representa para nós?  Já nos sentimos quebrados(as)? Em quais momentos sentimos a fragilidade de um vaso de argila?

Canto: A ti meu Deus.

Padre Zezinho Tom: G Intro: G D7

G Am A Ti meu Deus, elevo meu coração D7 C G D7 Elevo as minhas mãos, meu olhar minha voz G G7 C Cm G A Ti meu Deus, eu quero oferecer meus passos e meu viver D G D7 Meus caminhos meu sofrer Refrão: G C G A tua ternura, Senhor, vem me abraçar E Am E a tua bondade infinita, me perdoar C Cm G E Vou ser o teu seguidor, e te dar o meu coração Am D7 G Eu quero sentir o calor de tuas mãos D7 G Am A Ti meu Deus, que és bom e que tens amor D C G D7 Ao pobre e ao sofredor vou servir te esperar G G7 C Em Ti meu Deus, humildes se alegrarão.

Cm G D G D7 Cantando a nova canção de esperança e de paz (Refrão) Momento de Louvor: Leitor 4: Muitos foram os momentos que nos sentimos quebrados(as). Mas muitos outros foram os momentos em que nos reconstruímos, em que moldamos novos vasos da nossa vida. Nesse momento, louvemos ao Deus Pai e Mãe as reconstruções que acontecem em nossa vida, no grupo, na escola, na família e que são motivos de alegria e de louvor (deixar um tempo para que os jovens falem destes momentos).

Canto:

Olha a glória de Deus brilhando

Zé Vicente

E Olha a glória de Deus brilhando, aleluia !

A E Olha a glória de Deus brilhando, aleluia !

E Nosso Deus é o artista do universo , B7 é a fonte da luz,do ar, da cor é o som,é a música,é a dança,

B7

E

é o mar jangadeiro e pescador .

B7 É o seio materno sempre fértil ,

E

é a beleza, a pureza e é calor. (bis) B7 Aleluia! Aleluia!Vamos criar B7 que é pra glória de Deus brilhar! (bis)

E

Nosso Deus é caminho e caminhada, de seu povo para a libertação. / Onde quer que esteja um oprimido, é Javé que promove a redenção . / Ele quebra a força do tirano, e garante a vitória da união! (bis) / Aleluia!

Aleluia! Vamos lutar / que é pra glória de Deus brilhar! (bis) Nosso Deus é a voz que se levanta, é o canto, o gemido e o clamor. / É o braço erguido para a luta, é o braço em nome do amor. / É o pé conquistando um novo espaço, é a terra, é o fruto, é a flor! / Aleluia! Aleluia! Vamos amar, /que é pra glória de Deus brilhar! (bis) Nosso Deus está brilhando noite e dia, pêlos campos e praças do País. / É presença na voz da meninada, que convoca um futuro mais feliz. / É a infinita razão da plena vida , todo o povo cantando hoje bendiz! (bis) / Aleluia !

Aleluia! Vamos cantar, que é pra glória de Deus brilhar! (bis)

Renovação da Fé e da Esperança:

E

 O animador motiva para que cada um(a) expresse em voz alta: Sendo jovens, em que acreditamos? (depois de cada partilha, cantar “Eu creio sim”).  No final das colocações, cantar: Eu creio na semente (Durante o canto, alguém entra e joga

sementes no meio do grupo e entrega uma semente para cada componente do grupo).

Canto: Eu creio na semente

Padre Osmar

Tom: B C F C Eu creio sim! (4X) (refrão) C F C Eu creio na semente F C Lançada na terra na vida da gente C Eu creio no amor C F C No canto sonoro da ave que voa A liberdade é um grito G Que bem alto ressoa C F O jovem que luta a esperança se faz G C A semente que nasce é vitória da paz

G

C7

C F C Na voz dos pequenos reunidos em prece No serviço e louvor G Vida nova acontece C F Na força do povo novo dia já brilha G C Na mesa de todos, eis o pão da partilha

C7

C F C Nas mãos que semeiam o sonho de Deus Na terra de todos G presente do céu C F Renasce a alegria no rosto do povo G C Com certeza veremos um mundo mais novo

C7



No final do canto de mãos dadas cantar rezar o Pai Nosso.

Oração: Leitor 5: Ó Deus, Vós sois o Senhor da criação e da vida. Nós vos bendizemos pelos dons que ofereceis à juventude. Nós vos pedimos, derramai vossa bênção sobre o nosso grupo e ajudai-nos para que, em nossas quedas, possamos nos reconstruir e nos deixar modelar por vossas mãos. Por Jesus Cristo, o eterno jovem, na unidade com o Espírito Santo. Amém.

Benção Final: Leitor 6: Precisamos estar sempre unidos uns aos outros. Assim conseguiremos mais força para construir a Vida Nova. Deus nos quer jovens construtores da unidade, como discípulos, missionários e profetas. Olhamos agora para o rosto de cada um e de cada uma de nós. Todos somos importantes para o grupo e para nós mesmos. O óleo perfumado nos deixará marcados pelo compromisso que assumimos como construtores da Civilização do Amor. Assim sendo, cada um abençoe quem está ao seu lado, fazendo o sinal da cruz na testa e dê-lhe também um abraço de paz e de muita amizade.

Canto: Nova Civilização

Focolares

G C Uma terra que não tem mais fronteiras, BC Mãos que unidas no mundo formarão EBUma corrente mais forte, C G que a guerra e que a morte.

Eb F Nós sabemos, o caminho é o amor.

EBUma pátria mais justa e mais fraterna.

BB C Onde juntos construímos a unidade, EBE ninguém é desprezado C G Porque todos são chamados.

Eb F Nós sabemos: o caminho é o amor.

C D G EUm novo sol se levanta, C D Pois nasce hoje a civilização do amanhã.

G D

G D D

G

G

C B7 Uma corrente mais forte EC Que ódio e que a morte.

G Eb F Nós sabemos: o caminho é o amor.

G

A justiça, novo nome para a paz; / O amor leva sempre a perdoar: / A verdade, a força que nos dá a liberdade. / Nós sabemos: o caminho é o amor. / Um novo sol...

E quem ama irradia com a vida. / Sabe ver o amor além da dor. / Pois o homem se sente / Solidário com o mundo. / Nós sabemos: o caminho é o amor. / Um novo sol...

Meu irmão é você que está ao meu lado, / Todos filhos de Deus, que nos criou. / Ele veio a esta Terra para unir a humanidade. / Nós sabemos: o caminho é o amor. / Um novo sol...