Revista Digital - Mausoleum #3

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HOSPEDE-SE NOS LABIRINTOS TERRÍVEIS DE SUA PRÓPRIA MENTE!!!

HOTEL CREPÚSCULO Às vezes, sua mente não é o que parece!

www.ucmcomics.com/hotelcrespusculo.htm


É com muito orgulho que chegamos a terceira edição de Mausoleum. Nossas edições anteriores foram muito bem elogiadas e é justamente por esse motivo que sempre mantemos a qualidade indiscutível de nossas publicações e essa terceira edição não seria diferente. Aproveitando esse espaço, quero agradecer aos nossos leitores que sempre estão nos mandando sugestões, críticas (constrututivas) e elogios mil, assim, ficamos cada vez mais entusiasmados em fazer o melhor quadrinho possível. A UCMComics tem essa dívida com nossos mais categóricos colaboradores. Nesta edição de Mausoleum temos duas aterrorizantes histórias. A primeira, Freaks, permeia sobre o universo sempre tão doentio dos circos de horrores. A segunda história, uma ficção científica nos moldes daqueles suspenses dos anos 50, conta-nos sobre uma época no futuro em que teremos a dura responsabilidade de conviver com robôs. Então, o que está esperando, caro leitor? Aterrorize-se com mais uma edição da revista Mausoleum, uma homenagem as mais clássicas revistas de terror de todos os tempos e nos vemos na próxima edição. O Editor.

Sumário: Freaks ...................... 05 Olá, Jonny Boy! ......... 12

www.ucmcomics.com/mausoleum.htm


fREAKS No século 19, os circos de horrores cruzavam a europa com seus terríveis espetáculos trazendo as mais bizarras criaturas, os chamados “freaks”.

os donos de circo não precisavam ir atrás dessas criaturas...

famílias, com seus casamentos consanguíneos, tratavam de vender seus deficientes físicos aos inescrupulosos donos desses asquerosos circos. Roteiro e desenhos: Marcelo de Oliveira

aqueles dois não poderão escapar! são lentos e não devem estar muito longe!

você trará a pequena criatura para mim, arquimedes! deixe que o traidor do pierre desapareça duma vez!

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“mas a miserável da cordélia eu quero de volta!!!”

sabe, cordélia, eu acho que já estamos longe o suficiente! não acha? podemos descansar um pouco antes de cruzarmos a fronteira, o que acha?

escutou isso? é claro que você escutou isso! corra, cordélia, corra!

é

arquimedes, cordélia, o maldito e diabólico arquimedes! são trotes de um cavalo, vindo em nossa direção! merda, merda! corremos a noite toda para esses filhos da puta nos acharem tão facilmente!

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pierre, seu desgraçado, a farra acabou!


traga a criaturinha detestável aqui...

por isso, lhe dou 3 segundos para cair fora!

agora!

eu deveria degolar você, pierre, mas não foram essas as ordens que recebi!

espere, arquimedes, o que você fará será desumado até mesmo para um animal como você!

cretino filho de uma puta! as ordens que recebi diziam para deixá-lo vivo, mas não em que circunstâncias! e você, monstrinha nojenta, já estou mais do que atrasado para devolvê-la ao circo!

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quero entregá-la...

pegar minha grana... e ir dormir! vamos, vagabunda! achou o quê? que iria montar no meu cavalo?

arqui... medes, por favor... não faça isso!

ela... ela é só uma adolescente! tenha piedade!

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não adianta se segurar, irá se esfolar inteira!

sua desgraçada! o dinheiro só valerá se eu a entregar inteira!

você irá morrer, arquimedes!

repita isso, sua monstra!

repita! que tal se nós brincarmos um pouco e eu deixar suas pernas um pouco mais bambas!

“morrer”

você irá...

i s

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cordélia? é você mesma... mas como você conseguiu escapar?

ele machucou você? fale para mim, ele machucou você? você quer o quê? que nós sigamos para lá?

por que há sangue em suas mãos, cordélia?

bom... vamos ver o que você tem em mente, menina!

mas para lá estaremos voltando para o circo!

você tem um plano, não tem? precisa ter, estamos voltando para o abatedouro!

ah! finalmente aquele imprestável voltou

a já vai! por que a pressa... não, cordélia, espere...

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s

meu deus, cordélia, isso foi realmente necessário?

pelo amor de deus, tire este desgraçado daqui! “oi... rapazes...”

“por favor, não me machuquem.”

mas pierre teve uma surpresa naquela noite.

aquelas criaturas precisavam de um líder, o qual o gordo homem acabou sendo promovido.

herdou um circo e adotou estranhas e bizarras criaturas, os chamados freaks!

FIM


já estou indo!

olá, senhor lício!

boa tarde, dona mercedes!

puxa, já era tempo!

tenho uma encomenda das grandes para a senhora!

quem era, mãe?

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o carteiro! venha ver o que ele trouxe, jonny!

a senhora, por favor, assine aqui e aqui!


mãe, o que diabos é isso!

sim, sim, meu amor! você comprou um... um... boneco?

esse é aquele robô quase humano da tv, não é? Argumento e desenhos: Marcelo de Oliveira.

eu e seu pai achamos que ele lhe fará companhia, já que a lei não nos permite ter mais do que um filho!

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mas mãe, isso é um absurdo!

eu não preciso de um irmão!

por favor, jonny, eu não lhe comprei um irmão...

por que não vão brincar lá encima, hem?

eu lhe comprei um amigo!

Muito bem, “meu amigo”, antes de mais nada, quem manda na parada sou eu, entendeu?

olá, jonny boy!

então, tudo neste quarto é meu, e quando eu falo tudo, é tudo mesmo!

cada partezinha, cada brinquedo...

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...e o super kron!

ninguém mexe no super kron!


mas... putz...

são 22:00, hora de dormir.

“coloquei-o no armário, jonny, agora vá dormir!” mãe, onde está aquele boneco imbecil?

mããããeeee! mas isso é impossível, meu filho! por cristo, jonny, o que é agora?

mas, mãe!

pronto, aí está!

aquele robô desgraçado quebrou meu super kron!

eu

desliguei ele há três horas atrás!

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não sei se foi uma boa idéia comprarmos este robô!

como ele está?

está bem. coloquei-o na cama agora, está meio assustado!

besteira! daqui a pouco os dois estarão brincando juntos, você vai ver!

“espero que você tenha razão!” se esse boneco acha que vou pegar no sono, está muito enganado! que merda é essa?

quem está aí?

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olá, jonny boy!!!


VOCÊ QUEBROU MEU SUPER KROOON!

olá... ghhhrrrr, jonny... ghr! boyyyyyy!

você não deveria ter me provocado, seu robô estúpido!

você só sabe repetir isso?

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por exemplo: destruir é uma delas!

você se engana, jonny boy, há outras palavras em meu sistema operacional!

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você precisa respeitar as três leis da robótica!

você não pode estar falando sério!


mamãe!?

mamãe?

...humm...?

papai?

mãe? Pai?

vocês estão em casa?

vocês estão vendo TV?

“que bom que estão aqui!”

“preciso falar com vocês...”

“...sobre aquele robô idiota!...”

fim


MIRZA

A OBRA MÁXIMA DE EUGÊNIO COLLONESE • O italiano Eugênio Colonnese será sempre um dos maiores mestres do quadrinho brasileiro, num elevado patamar o qual também colocamos vários outros, de Rodolfo Zalla, passando por Shimamoto, à Mozart Couto. E uma das obras mor deste imigrante, que começou a carreira em 1949, não poderia ser outra senão as belíssimas páginas de sua belíssima criação: a vampira Mirza. Aqui, repasso a entrevista dada por Colonnese ao então jornalista Worney Almeida de Souza, explicando o surgimento desta adorada personagem brasileira. • “Numa tarde no Estúdio D-Arte, o qual fundei junto com Rodolfo Zalla, apareceu Zelão (José Sidekerskis) da Editora Jotaesse. Era final de expediente, devia ser no final do verão. Descemos para a lanchonete, no térreo do prédio, que ficava ali na rua Beneficiência Portuguesa, uma Travessa da Avenida Ipiranga (na cidade de São Paulo). Eu e o Zelão éramos adeptos de uma boa caipirinha. Ali, ele pediu que eu criasse uma mulher vampira. No dia seguinte surgiu a Mirza! O Zelão adorou e logo saiu a revista. O nome foi uma variação de Mylar (superherói de sucesso de Colonnese). Não parecia o nome de uma mulher, tanto que resolvi acrescentar no título ‘a mulher vampira’, para acentuar mais. Hoje se você pesquisar na lista tele-

fônica vai achar várias Mirzas, mas naquele tempo não existia. Já o Morto do Pântano (outro personagem fantástico de Colonnese, uma criação vinda antes mesmo do Monstro da DC Comics ou o Homem Coisa, da Marvel), surgiu para ser um contraponto: para haver a bela e a fera na mesma revista (os dois personagens tinham histórias publicadas sempre na mesma revista). Naquela época havia muita censura, mas o pessoal me pedia para mostrar os joelhos da personagem e isso já era um sucesso. A única diretriz que eu tinha com os roteiros era que Mirza deveria ser sexy.” •

Foto clássica dos grandes mestres reunidos em 1969. Da esquerda para a direita: Rodolfo Zalla, Rubens Cordeiro, Eugênio Colonnese, Reinaldo de Oliveira e Luiz Meri. Todos muito criativos no auge do Estúdio D-Arte, fundado por Zalla e Colonnese.



VOCÊ JÁ O CONHECE!

Ele é o Senhor do Mundo dos Devaneios, o mundo o qual um dia você já esteve! Ele é...

FANTASIA

Em breve, em sua própria revista!


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